Meio século de história - corecon

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Meio século de história - corecon
18
nº
AGOSTO 2009
Publicação do Conselho Regional de Economia - 2ª Região - CORECON-SP
Meio século
de história
Mais uma vez, Delfim Netto
é o “Economista do ano”
Destaque
Ladislau Dowbor
Homenagem aos
Homenagem
aos Remidos
Remidos
Economistas registrados e com mais de 15 anos de contribuição junto ao CORECON-SP, em dia
com as anuidades e com mais de 65 anos de idade (*homens), ou 60 anos (*mulheres), podem
requerer a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos de julho:
1.436 - FRANCISCO XAVIER D’ELIA; 1.711 - OTAVIO AUGUSTO ESCOBAR; 2.856 - ANDRÉ GESINI; 3.771 - SIGEHISA MIURA; 3.915
- ADALBERTO CAMPOS; 3.955 - GELSON RAMOS CASAROLLI; 3.975 - MARCOS MASAO TAKAKI; 4.340 - ROBERTO CHEBAT;
4.431 - EDMAR PEREIRA LIMA JUNIOR; 4.606 - LUPÉRCIO DESPONTIN; 4.883 - ARAKEN ANTONIO GADIOLI; 5.100 - ERIBERTO
MONTEIRO; 5.333 - KEM YOSHIDA; 5.467 - HELIO ROBERTO ASCENCIO GAIA; 5.474 - FERNANDO SILVA ZOCCO; 6.013 - IVANI
AMÉLIA DE SOUSA FERNANDES; 6.360 - JOSE ROBERTO DINARDI; 6.506 - TATSUO YOSHIDA; 6.700 - ALMIR DA SILVA MOTA;
7.044 - OCTAVIO DE MAGALHÃES; 7.376 - NEI DE SOUZA BEIXIGA; 7.651- ROXANA MARIA MORARU TOPEL; 8.117 - JOSÉ
ROBERTO PEGO; 8.462 - JOSÉ ROBERTO SCIGLIANO; 8.540 - ANTONIO LIONI; 8.746 - MARIA MADALENA MARCON; 8.888 ROBERTO PEREIRA DA SILVA; 9.252 - LEONEL FERREIRA DOMINGUES; 9.386 - HELIO RUBENS THOMAZ ALEGRE; 10.060 - JOSE
ARAUJO COSTA; 11.544 - LAERCIO MARTINS DE OLIVEIRA; 12.941 - MIGUEL GERONIMO CARDOSO; 14.237 - VERA LUCIA DE
CARVALHO FIDALE; 14.369 - NELSON KALIL DAMUS; 15.211 - ANTONIO CARLOS CARDOSO; 15.526 - LUCIA MARIA VIDIGAL
LOPES DA SILVA; 16.227 - ROVAIL MAZZO; 16.342 - ALENCAR DO CARMO AZEVEDO; 16.850 - AISSUR MAINARDI DA SILVA
GUIMARÃES; 19.118 - MAURICIO ANDRADE MARSIGLIA; 22.829 - ADEMAR PINTO NAZÁRIO; 23.071 - SERGIO FARACO.
Na relação acima constam os nomes dos Remidos do mês de agosto de 2009. Atenção: o Conselho Federal de Economia, considerando o princípio da anterioridade, já observado pelo Departamento Jurídico do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) em seus
pareceres, deliberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite de idade para os homens
(70 anos) e para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOU em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente a partir do 1º de janeiro de 2010. Com isso, ficam revogados os efeitos da norma no
período de 9 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2009. Caso queira fazer parte dos Remidos
desta coluna, entre em contato com a redação de “O Economista”.
O Editor
2
agosto 2009
Conselho Regional
de Economia
2ª Região - SP
Sumário
Presidente: Antonio Luiz de Queiroz Silva
Vice-Presidente: Manuel Enriquez Garcia
Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares
de Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson de Lima Garófalo; Jin
Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga,
Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa
Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo
Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Medeiros Magliano, Modesto Stama, Orozimbo José de Moraes, Paulo Brasil
Corrêa de Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster, Teruo Hida, Vera Martins da Silva
Conselheiros por São Paulo do
Conselho Federal de Economia - COFECON:
Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa,
Wilson Roberto Villas Boas Antunes;
Suplentes - Antonio Luiz de Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval
de Vasconcellos, Waldir Pereira Gomes
05
Missão no interior
Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro
São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701
E-mail: [email protected]
Assessoria de imprensa: Hélio Perazollo
DELEGACIAS REGIONAIS
ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto
(11) 4436-6482 – www.abc.coreconsp.org.br
06
Ladislau Dowbor
Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão
(18) 3624-5311 - www.aracatuba.coreconsp.org.br
04
Editorial
05
Radar
06
Destaque
08
Capa
12
CBE 2009
14
Na mídia
15
Indicadores
Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo
(14) 3227-1646 – www.bauru.coreconsp.org.br
Campinas – Delegado: Paulo César Adani
(19) 3236-2664/9742 – www.campinas.coreconsp.org.br
Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior
(11) 4586-6121 – www.jundiai.coreconsp.org.br
Presidente Prudente – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos
(18) 3223-9015 – www.presidenteprudente.coreconsp.org.br
12
Inscreva-se para o
CBE 2009
Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral
(16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.coreconsp.org.br
Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti
(13) 3284-9890 – www.santos.coreconsp.org.br
São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr
(12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.coreconsp.org.br
São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho
(17) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.coreconsp.org.br
Sorocaba – Delegado: Alexander Itria
(15) 3233-3552 – www.sorocaba.coreconsp.org.br
08
Prêmio Economista do ano
Núcleo de Criação e Desenvolvimento
Rua Cayowaá, 228 - Perdizes
São Paulo - SP - CEP: 05018-000
Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296
Site: www.rspress.com.br
Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408)
Editor-chefe: Fábio Berklian | Editora: Lilian Burgardt
Reportagem: Thiago Bento e Amanda Campos
Projeto gráfico: Leonardo Fial
agosto 2009
Diagramação: Leonardo Fial, Gabriel Rabesco e Fernando Almeida
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Editorial
50 anos de história
Há cinquenta anos Celso Furtado publicava “Formação Econômica do Brasil” e a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB)
- instituição co-irmã do Conselho Regional de Economia de São
Paulo (CORECON-SP) - realizava, pela primeira vez, a entrega
do título “Economista do Ano”. A feliz coincidência foi celebrada no dia 17 de agosto, ocasião em que foi lançado o livro “Celso
Furtado e a Formação Econômica do Brasil - Edição Comemorativa dos 50 anos de Publicação (1959-2009)”, junto à realização
da 50ª edição do prêmio.
O encontro foi uma oportunidade em que os economistas
puderam desfrutar, ainda que por alguns instantes, da satisfação de celebrar personagens que contribuem para o aperfeiçoamento da sociedade, como o homenageado deste ano, o ex
- ministro da Fazenda e nosso professor, Antônio Delfim Netto
que, por motivos de saúde, infelizmente não pôde comparecer
à cerimônia. Incansável na luta pela valorização do trabalho desenvolvido por nós, economistas, é um grande propagador de
ideias da teoria econômica. Não é à toa que, aos 81 anos, é o
profissional que mais vezes ganhou o prêmio: quatro.
Enquanto alguns de nós colecionamos inúmeros títulos em reconhecimento ao árduo trabalho realizado em prol do desenvolvimento de nosso País, outros dão seus primeiros passos, e o Conselho também os valoriza. É o caso dos vencedores da 14ª edição
do Prêmio CORECON-SP de excelência em economia, concurso
de monografias das faculdades do Estado de São Paulo; Daniela de
Abreu Carbinato, Nathalia Sbarai e Maria Isabel Accorani Theodoro e dos ganhadores das menções honrosas, Paula Oda e Claudio
Ferreira Fernandes de Lima. A expectativa é a de que eles possam
contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.
Grande também é a espera pelo XVIII Congresso Brasileiro de
Economia (CBE 2009) a ser realizado entre 16 e 18 de setembro, reunindo, assim como o “Economista do Ano”, importantes
representantes da atividade. Um desses nomes é Ladislau Dowbor que conversou com “O Economista” sobre desenvolvimento,
qualidade de vida e revisão do Produto Interno Bruto, tópicos
imprescindíveis para qualquer discussão sobre o nosso futuro.
Boa Leitura!
Antonio Luiz de Queiroz Silva
Presidente
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agosto 2009
Radar
Araçatuba e
Presidente Prudente
Durante o encontro com a missão
da FEIP, os delegados regionais de Araçatuba, Alair Orlando Barão, e de Presidente Prudente, Alvaro Barboza dos
Santos, definiram novas metas para
aumentar o cadastro de economistas no CORECON-SP. Segundo eles, a
maior dificuldade em obter novos registros é a influência das famílias dos
estudantes do ensino médio que os
desaconselham a cursar economia.
Uma das metas propostas pelos
delegados foi a realização de campanhas de valorização do curso e da
profissão nos municípios que integram suas regiões. De acordo com
o presidente do conselho, Antonio
Luiz de Queiroz Silva, embora a
proposta seja válida, deve ser encaminhada aos membros da Plenária
para ser discutida e aprovada.
Criada Bolsa
CORECON Amigo
Desenvolvido na atual gestão, o
Bolsa Corecon Amigo (BCA) é um programa de estímulo ao ingresso de alunos nos cursos de economia. Em parceria com as faculdades, o Conselho
emprestará seu nome, promovendo
ações de prestígio junto aos alunos.
Assim, a instituição de ensino proporciona ao estudante um desconto na
mensalidade. Para ter o benefício é
preciso registro no CORECON- SP. Segundo Queiroz Silva, a iniciativa tem
sido bem recebida pelas instituições
de ensino, pois trata-se de uma parceria em prol da educação.
agosto 2009
Missão FEIP visita São José do Rio Preto
No último mês de julho, as delegacias regionais de São José do
Rio Preto, Araçatuba e Presidente
Prudente receberam a visita da
comitiva da Força Econômica do
Interior Paulista (FEIP) e da Associação dos Jovens Economistas
(AJEB). Atualmente, com 682 economistas registrados, São José do
Rio Preto vive um dos momentos
mais importantes de sua história:
é a 59ª maior economia do Brasil
e a 18ª do Estado de São Paulo,
apresentando um crescimento em
seu PIB de 34,2%, chegando a R$
5,2 bilhões.
Durante a visita à prefeitura da cidade, a ex-secretária do Planejamento, Emilia de Toledo Leme, e os atuais
secretários da Fazenda e de Administração, Mary de Brito e Inácio Buzini,
respectivamente, comentaram sobre
a breve instalação do pólo tecnológico que deverá absorver mais economistas. Na ocasião, o presidente do
CORECON-SP, Antonio Luiz de Queiroz Silva, e o conselheiro Modesto
Stama elogiaram o elevado nível dos
economistas que ocupam as funções
de secretários em ações executivas
da prefeitura de Rio Preto.
Queiroz se comprometeu a encaminhar sugestões para a classificação do plano de carreiras de
economistas, além de um modelo
para edital de concurso público
aos cargos destinados aos profissionais da área. “Nossa missão é
dar visibilidade aos economistas
em todos os municípios do Estado
exatamente para que esses órgãos
se valham desses profissionais na
gestão pública”, explicou.
Ainda em São José do Rio Preto,
o delegado regional do CORECONSP, Hipólito Martins Filho, acompanhou a comissão da FEIP em visita
à Faculdade Dom Pedro II, recebida
pelo diretor Archilles Fernando Catapani Abelaira.
Atualmente apenas 26 alunos estão cursando economia.“Há 30 anos,
tudo girava em torno de Rio Preto.
Hoje, a cada 50 quilômetros, há uma
faculdade de economia, nem sempre de boa qualidade”.
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Destaque
Ladislau Dowbor
Um observador
de vanguarda
Considerado visionário por alguns de
seus alunos e contemporâneo por outros
tantos, Ladislau Dowbor acompanha de
perto a discussão sobre novos indicadores
de desenvolvimento dos países e afirma
que o alarme para tomarmos as atitudes
necessárias já soou
6
Lutar por um mundo mais igualitário - e menos dominado por cifras
- deixou de ser discurso ideológico
para integrar a agenda de diversos
governos, inclusive do brasileiro.
Em tempos que o Butão oficializa
o uso da “Felicidade Interna Bruta”
(FIB) - criado em 1972 quando o
rei do distante reino do Himalaia
questionou se o Produto Interno
Bruto (PIB) era a melhor maneira
de mensurar o desenvolvimento
de uma nação -, e o presidente
francês, Nicolas Sarkozy, idealiza uma comissão para identificar
deficiências do indicador tradicional, acrescentando a ele critérios
de sustentabilidade e qualidade de
vida, é hora de rever conceitos.
O economista Ladislau Dowbor
vem fazendo isso há tempos. Doutor em Ciências Econômicas pela
Escola Central de Planejamento e
Estatística de Varsóvia, professor
titular da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP) e
consultor de diversas agências da
Organização das Nações Unidas
(ONU), ele tem propriedade de
sobra para afirmar que a humanidade caminha na direção errada.
Autor de diversos livros sobre desenvolvimento, Dowbor recebeu
a reportagem da “O Economista”
para comentar sobre sua palestra
durante o Congresso Brasileiro de
Economia (CBE 2009): “Qualidade de vida nas grandes cidades” e
sua participação no Compêndio de
sustentabilidade das nações, publicado no último mês de junho, com
25 indicadores alternativos ao PIB
elaborados no Brasil e no mundo.
agosto 2009
O Economista - Sobre o que é
seu capítulo no livro?
Ladislau Dowbor - Basicamente
sobre as novas formas de contabilizar resultados, pois herdamos um
sistema elaborado ainda nos anos
1940 e sistematizado em 1953
para acompanhar o plano Marshall
da reconstrução da Europa, onde
acreditava-se que quanto mais se
gastava com cimento, ferro e itens
do gênero, mais o continente estava sendo reconstruído. Obviamente
essa atividade demandou recursos
naturais, exageradamente. Dessa
maneira, não contabilizamos algo
essencial que é a redução do capital natural herdado pela humanidade nem a qualidade de vida.
O Economista - Qualidade de
vida está ligada ao desenvolvimento ou é uma consequência dele?
Dowbor - Na verdade são eixos
distintos. É diferente medir o fluxo de recursos nos processo produtivos dos resultados. Quando
o navio Exxon Valdez derramou
óleo no Alasca, em 1989, acabou
criando um desastre ambiental gigantesco prejudicando a qualidade de vida de muitas pessoas. Por
outro lado, aumentou o PIB, pois
foi necessário contratar equipes de
limpeza, recuperação e resgate.
Ao participar de um Compêndio como esse último, é importante repensar como medir resultados, pois como nos orientamos
pelo PIB e ele não mede aquilo
que realmente queremos, estamos indo pelo caminho errado:
aumentando custos e destruindo
a natureza.
agosto 2009
O Economista - A solução é
diminuir o ritmo ou mudar o caminho?
Dowbor - Sem dúvida é mudar
o caminho e sugiro como modelo
o programa “Nossa São Paulo” que
promove iniciativas capazes de recuperar para a sociedade os valores
do desenvolvimento sustentável, da
ética e da democracia participativa.
O Economista - Mudar como o
Butão e a França?
Dowbor - A grande guinada
aconteceu em 1990 com a elaboração do Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) pelos economistas
Mahub ul Haq, do Paquistão, e o
indiano Amartya Sen - em contraposição ao Banco Mundial com seu
Índice de Desenvolvimento Econômico -, que acrescentava ao PIB os
indicadores “saúde” e “educação”.
Em seguida, chegou a Metodologia
Calvert-Henderson com seus 12 indicadores. Isso ajudou bastante.
O Economista - Responsabilidade Social e Sustentabilidade são
consequências disso?
Dowbor - Seriam sim, entretanto,
ainda há movimentos em desenvolvimento como o Beyond GDP
(“além do PIB”, em tradução livre), o
Relatório Stiglitz, organizado por Joseph Stiglitz, Sen e Jean-Paul Fitoussi, a pedido do presidente francês
Nicolas Sarkozy e o FIB butanês.
Além disso, uma série de pesquisas recentes revelou que o aumento do PIB simplesmente não
melhora a qualidade de vida a partir de um determinado ponto. Isso
é relevante sobre a velha questão
se dinheiro traz ou não felicidade.
Percebemos que para pessoas em
um nível muito baixo, ele ajuda
e que quanto mais chega a quem
realmente precisa, seu valor multiplica. Depois das necessidades
básicas essa curva deixa de subir.
O Economista - Ela fica estagnada ou cai?
Dowbor - Cai. O PIB norteamericano, por exemplo, aumentou brutalmente em 1960 e
a partir da década seguinte foi
sistemática a insatisfação das
pessoas com as próprias vidas.
Estamos nos matando de trabalhar e infelizes. E esse “porre”
tecnológico que vivemos? Divida
o montante de US$ 53 trilhões
pelos 6.7 bilhões de habitantes
do planeta e teremos condições
para todos viverem bem. A questão é que temos casos, como o
das 14.500 famílias americanas
com renda média de US$ 35 milhões anuais, isso é 1.100 vezes
a renda da maioria das famílias.
Esse desequilíbrio é patológico,
pois envolve, além de injustiça e
gastos simplesmente desnecessários por parte dessa famílias, poder político devido ao volume de
recursos que manejam.
Anualmente 10 milhões de crianças morrem no mundo por motivos
banais. Não alimentar bem uma
criança gera um custo posterior
imenso, pois teremos uma pessoa
doente e não produtiva. No passado, chamavam isso de assistencialismo, com a crise perceberam que
ajudar aos pobres não atrapalha os
ricos, muito pelo contrário.
7
50
Capa
“Economista do
Ano” celebra
cinquentenário
com homenagem
a Antônio Delfim
Netto, nomeado
pela quarta vez
ao prêmio
N
anos
de prêmio
o último dia 17 de agosto, o
economista Antônio Delfim
Netto foi eleito pela quarta
vez o “Economista do ano” em cerimônia realizada pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). A homenagem - recebida por Paulo Yokota,
representante do economista que por
motivos de saúde não pôde comparecer ao encontro - foi concedida em
reconhecimento aos vários anos dedicados à Economia e sua representatividade para o Brasil.
Segundo o presidente do Conselho
Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), Antonio Luiz de
Queiroz Silva, a indicação de Delfim
Netto reflete a máxima da política de
que o eleitor é sábio em suas escolhas.
“O professor (como os economistas
chamam Netto) é um obstinado, assim como o CORECON-SP, por valorizar a nossa profissão”, explicou Queiroz quando convidado ao palco.
“Delfim Netto é um incansável de-
fensor da profissão e continuará por
muito tempo como nosso professor”,
reforçou, na ocasião, o vice-presidente
do CORECON-SP, Manuel Enríquez
Garcia, que também lembrou a excelência do homenageado como propagador das ideias da teoria econômica.
“O recente reconhecimento chegou
em boa hora, pois coincide com o cinquentenário da OEB e da obra de Celso Furtado”, destacou Garcia.
A coincidência também foi lembrada pelo presidente da OEB, Francisco
da Silva Coelho, que confessou estar
satisfeito pessoal e profissionalmente
por coordenar a premiação em momento tão importante. De acordo
com ele, o encontro dos economistas
tem o claro objetivo de celebrar os
bons resultados de políticas aplicadas
na década de 1950, quando o Brasil
passava por um momento de reflexão
sobre o crescimento econômico social
e a curva de desenvolvimento.
Na opinião de Coelho, o desenvol-
Delfim Netto é um incansável defensor da econom
8
agosto 2009
vimento econômico social sustentável
deve ser a principal contribuição dos
agraciados pela premiação da instituição, e o conceito de “sustentabilidade”, segundo ele, implica em sintonia
entre interesse público e privado. “As
organizações devem ser importantes
para comunidade e ter lucro, pois ele
gera crescimento, desenvolvimento e
investimento”, ensinou.
Ainda durante o encontro, o presidente da OEB comentou sobre a importância do trabalho e obra de Celso
Furtado; analisadas no livro “Celso
Furtado e a Formação Econômica do
Brasil - Edição Comemorativa dos 50
Anos de Publicação (1959-2009)”, organizado junto ao economista Rui Guilherme Granziera, e com prefácio do
ex-presidente da República, Fernando
Henrique Cardoso. Convidado ao palco, o ex-presidente - um dos homenageados especiais da noite - afirmou
que poucos economistas - ou talvez
nenhum - conseguiram compreender
os problemas sociais e econômicos
como Furtado. Por isso, revelou ele,
escrever o prefácio foi emocionante.
Mais homenagens
Além de Antônio Delfim Netto e Celso
Furtado, outras homenagens foram
realizadas durante o encontro. Heródoto Barbeiro e Luís Artur Nogueira
receberam o título de “Jornalista Econômico”, Tânia Bacelar de Araújo foi
nomeada “Economista do Setor Público”, Fernando Cardoso Pedrão foi
reconhecido na categoria “Ensino e
Pesquisa” e a empresária Luiza Hele-
na Trajano, da rede de lojas Magazine
Luiza, em “Comércio”.
Um dos diretores do Banco Bradesco, Octávio Manoel Rodrigues de
Barros, foi agraciado com o título de
“Economista Chefe”. Em seu discurso
de agradecimento ele ressaltou que
os economistas de sua equipe são registrados no CORECON-SP. O diretor
dos departamentos de infraestrutura
(DEINFRA) e meio ambiente (DMA)
da Federação das Indústrias de São
Paulo (FIESP), Luiz Gonzaga Bertelli
foi homenageado na categoria “Indústria”. O economista Vespasiano
Consiglio (economista do ano em
1964) recebeu menção especial por
seus anos dedicados à OEB.
Também houve espaço na cerimônia para homenagear com menção
especial outros profissionais, que
não economistas, representativos na
história nacional como o compositor Carlos Eduardo Lyra Barbosa, o
automobilista Emerson Fittipaldi, a
tenista Maria Esther Bueno, o vicepresidente do Grupo Bandeirantes
de Comunicação, Paulo Saad Jafet e o
cantor Renato Braz.
Economistas do futuro
Simultaneamente ao “Economista do
Ano” da OEB, o CORECON-SP realizou
a 14ª edição do Prêmio CORECON-SP
de Excelência em Economia, concurso
de monografias das faculdades do Estado de São Paulo. Este ano, três mulheres
ficaram com as principais posições. A
primeira colocada foi Daniela de Abreu
Carbinato da Faculdade de Adminis-
nonono
Boa leitura!
Com prefácio do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e
dividido em três partes: fontes e antecedentes; histórica econômica e desdobramentos; “Celso Furtado e a Formação Econômica do Brasil - Edição
Comemorativa dos 50 anos de publicação (1959-2009)” atende a estudantes, economistas e demais interessados
em conhecer os assuntos de natureza
econômica e financeira.
A Parte I, “fontes e antecedentes”,
refere-se a Celso Furtado e sua obra. A
segunda parte trata da interpretação de
temas recorrentes na Formação Econômica. “Desdobramentos” compreende os três últimos capítulos e aborda
questões voltadas às políticas regionais, uma consequência natural do trabalho de Furtado.
Celso Furtado e a Formação
Econômica do Brasil
Autor: Carlos von Sohsten
Preço: R$ 86,00
mia e continuará como nosso professor
Editora: Atlas
Manuel Enríquez Garcia
agosto 2009
9
Capa
02.
01.
10
agosto 2009
Nelson Teixeira
Laudo Natel
O Economista do Ano surgiu com a
edição da Resolução 0/023-59, de 29
de outubro de 1959, assinada por Jamil
Zantut, na época presidente da Ordem
dos Economistas de São Paulo (mais
tarde Ordem dos Economistas do Brasil).
A premiação é um programa contínuo
de reconhecimento dos profissionais da
área que contribuíram para fortalecer o
desenvolvimento do País.
Miguel Colasuono
Linha do tempo
Carlos Antonio Rocca
Queiroz Silva.
José Flávio Pécora
sidente do CORECON-SP, Antonio Luiz de
Mario Henrique
Simonsen
Maria Isabel Accoroni Theodoro. 08. Pre-
a monografia “Aplicação de medidas
antidupping, proteção necessária ou
criação de barreiras?”, orientada pela
professora Márcia Azanha Ferraz
Dias de Moraes. O terceiro lugar foi
da aluna da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade de
Ribeirão Preto (FEA-RP/USP), Maria
Isabel Accoroni Theodoro, autora de
“O impacto da redução dos encargos
trabalhistas sobre a formalização e os
Antônio Delfim Netto
dio Ferreira Fernandes de Lima. 07. 3º lugar,
Roberto Oliveira Campos
Nathalia Sbarai. 06. 2ª menção honrosa, Clau-
Vespasiano Consiglio
1ª menção honrosa, Paula Oda. 05. 2º lugar,
Celso Furtado
CORECON, Daniela de Abreu Carbinato. 04.
Raul Prebisch (ARG)
Henrique Cardoso. 03. 1º lugar do concurso
tração, Economia e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (FEA/USP)
com o trabalho “Mudanças estruturais
e crescimento econômico: uma análise
sobre as relações entre padrão setorial
e restrição externa”, orientado pelo
professor Gilberto Tadeu Lima.
Nathalia Sbarai, da turma de Ciências Econômicas da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)
da USP, ficou em segundo lugar com
1959
1960
1961
1964
1965
1966
1970
1971
1972
1973
1974
1975
tel. 02. Francisco da Silva Coelho e Fernando
Milton Impriota
01. Homenagem ao economista Laudo Na-
03.
04.
06.
05.
07.
professor André Wakamatsu. E para o
aluno da Universidade Cruzeiro do Sul
(Unicsul), Claudio Ferreira Fernandes
de Lima autor de “Possibilidades econômicas do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): potencial na
negociação de crédito de carbono a
partir da substituição do diesel por
biodiesel em ônibus urbanos do município de São Paulo”, sob a orientação
do professor Carlos Tadao Kawamato.
Durante a entrega dos títulos, o
presidente do CORECON-SP Antônio
Luiz de Queiroz Silva ressaltou que a
premiação é o momento em que os
economistas podem desfrutar, ainda
que por alguns instantes, da satisfação de conviver com personagens que
contribuem para o aperfeiçoamento
da sociedade. Segundo ele, a cada edição do prêmio assiste-se a um desfile
de ótimos economistas.
agosto 2009
Antônio Delfim Netto
Luciano Coutinho
Celso Luiz Martone
André Pinheiro
de Lara Resende
José Alexandre
Scheinkman
Eduardo Gianetti da
Fonseca
Persio Arida
Aloisio
Mercadante Oliva
Arminio Fraga
Arminio Fraga
Arminio Fraga
José Roberto
Mendonça de Barros
Gustavo Franco
Antônio Delfim Netto
Mario Henrique
Simonsen
Jamil Zantut
Nello Ferrentini
Affonso Celso Pastore
Antônio Delfim Netto
1976
1977
1978
1979
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
salários dos empregados domésticos”,
com orientação do professor Luiz Guilherme Dacor da Silva Scarzafave.
As menções honrosas do concurso
foram para a monografia “O impacto
da flutuação cambial na competitividade do setor industrial brasileiro
frente ao mercado internacional suavizado pelo uso de Derivativos”, da
aluna da Universidade Presbiteriana
Mackenzie, Paula Oda, orientada pelo
08.
11
Educação
O
Última chamada para o
CBE 2009
XVIII Congresso Brasileiro de Economia
(CBE 2009) ainda recebe inscrições
12
rganizado pelo Conselho
Regional de Economia de
São Paulo (CORECON-SP),
o CBE 2009, que acontece entre os
dias 16 e 18 de setembro, ainda oferece vagas para os interessados em
debater o tema “Economia brasileira pós-estabilização e retomada do
crescimento: a urgência do resgate
da dívida social”. Mesmo sem o desconto da inscrição on-line encerrada
em 30 de agosto, o investimento de
R$ 300,00 - que poderá ser feito até a
data do Encontro - vale a pena. Serão
mais de 20 economistas de peso discutindo o desenvolvimento do País
depois da crise financeira. Segundo
o presidente do CORECON-SP, Antônio Luiz de Queiroz Silva, os nomes foram selecionados devido à sua
familiaridade com o assunto.
Durante o primeiro dia de palestras, 17 de setembro, o professor da
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade
de São Paulo (FEA/USP), Naercio
Aquino apresenta “Educação como
instrumento de combate à criminalidade”. Enquanto o secretário de
negócios jurídicos da cidade de São
Paulo, Claudio Lembo e o doutor em
Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Áquilas Mendes, tratarão de
“A Constituição cidadã” e “Saúde pública”, respectivamente.
Para comentar “Economia e Movimento Demográfico”, o professordoutor do departamento de economia da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), Antonio Corrêa de Lacerda, comenta os
“Efeitos Econômicos da Transição
Demográfica”, enquanto o econo-
agosto 2009
mista Fabio Giambiagi apresenta
“Efeitos da transição demográfica
sobre a seguridade e previdência
social”. O professor do Instituto de
Economia da Unicamp, Walter Barelli palestrará sobre “Políticas públicas para atender as novas demandas
sociais”. A última palestra sobre o
tema é “Conflitos éticos da sociedade do século XXI e as mudanças na
estrutura populacional”, de Joaquim
Pedro Villaça de Souza Campos.
“Economia urbana” será abordada
entre 17 e 18 de setembro. No primeiro dia participam o economista
Aramis Maia Patti com “Solidariedade
e Trabalho”, o presidente do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas
(IBGE), Eduardo Pereira Nunes, com
“Censo 2010”, o professor da FEA/
USP, Carlos Antônio Luque, “Políticas
Públicas - Lei de responsabilidade fiscal”, o professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Carlos Eduardo Frickmann Young debate “A economia e o meio ambiente”.
No segundo dia de discussão do
tema, o presidente da Companhia
de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo (SABESP), Gesner Oliveira apresenta “Condições de Saneamento”. A diretora-presidente da
Agência Nacional de Aviação Civil
(ANAC), Solange Paiva Vieira, participa com “Condições de Transporte”. “Qualidade de vida nas grandes
cidades - Condições de Habitação” é
o tema da palestra do professor titular da PUC-SP, Ladislau Dowbor.
O ciclo sobre economia urbana será
finalizado com “Infraestrutura urbana - Humanização das grandes
cidades”, da professora da FEA/USP
Silvia Maria Schor.
agosto 2009
Os palestrantes foram selecionados pela
familiaridade que têm com os assuntos
Outro tema que será trabalhado
em 18 de setembro é “Economia e
Democracia”. Quando o professor
colaborador da FEA/USP, José Raimundo Novaes Chiappin apresentará palestra homônima. O diretorgeral das Faculdades Integradas Rio
Branco, Custódio Filipe de Jesus
Pereira, comenta “Economia e responsabilidade social”. Ainda durante
essa rodada de debates, a professora
associada da Universidade Federal
Fluminense (UFF), Carmem Aparecida Feijó discutirá “Formação do
Economista e o papel da Associação
Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC).
O CBE 2009 também trará atividades como cursos, conferências, o
Encontro Paulista de Peritos, a VII
Gincana Brasileira de Economia, e um
espaço para a Comissão de Mercado
Financeiro, que contará com o economista Pedro Paulo Silveira comentando “Mercado de ações”, e o economista-chefe da Federação Brasileira dos
Bancos (Febraban), Rubens Sardemberg, e o conselheiro do CORECONSP, Roberto Luis Troster, para falar
sobre “Mercado de Crédito”.
Os cursos serão sobre teoria Keynesiana, com Fernando Ferrari Filho
e Gilberto Tadeu Lima, presidente
e diretor da Associação Keynesiana
Brasileira, respectivamente; e a “A
dimensão moral da crise e as correntes do Pensamento Econômico”, com
o economista Marcos Gonçalves e o
vice-diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares
Penteado (FAAP) - Luiz Alberto de
Souza Aranha Machado.
O ex-presidente do Banco Central do Brasil, Gustavo Henrique de
Barros Franco e o diretor da escola
de economia da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), Yoshiaki Nakano, debaterão “Perspectivas da economia
brasileira e mundial diante da crise
econômica”. Enquanto o mestre em
economia pela Universidade de Yale,
EUA, Claudio de Moura Castro, apresenta “Economia e Educação - Como
estender a educação em todos os níveis, visando a cidadania e o desenvolvimento econômico”. Quem também
participa das conferências é o professor da FEA/USP, Roberto Brás Matos
Macedo, com “Economia e Educação
- Mercado de Trabalho”.
No Encontro Paulista de Peritos, as
palestras serão divididas em “Perícia
econômico-financeira” e “Auditoria e
arbitragem econômico-financeira”.
O especialista em Desenvolvimento
Regional pela Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL),
Aurélio Lianori apresenta “Novos
campos de aplicação da perícia econômica-financeira” e o coordenador
de finanças, contabilidade e mercado
de capitais do Instituto Brasileiro de
Governança Coorporativa (IBGC),
Francisco D’orto Neto, falará sobre
a contribuição da ciência econômica
para empresas. Por fim, o professor
titular da PUC-SP, Marco Antônio
Marques comenta “Perícia econômico-financeira: o que os magistrados e
advogados esperam dos peritos”.
13
Na mídia
O CORECON-SP foi notícia em grandes meios de
comunicação. Veja as principais matérias
geradas pela assessoria de imprensa do Conselho:
“Não houve
desemprego em
massa, já que
as demissões
aconteceram
somente em alguns
setores”, analisa
o presidente do
CORECON-SP,
Antonio Luiz de
Queiroz Silva.
Mobile Lojista
Agosto 2009
“O desemprego
foi
materialização
da crise”, diz o
vice-presidente
do CORECONSP, Manuel
Enríquez Garcia.
Jornal da Manhã
14-06-2009
14
Presidente do CORECON-SP, Antonio
“Percebe-se essa recuperação na
Luiz de Queiroz Silva, diz que números
indústria de automóveis”, afirma o
positivos representam recuperação da
Delegado regional, Leonel Tinoco.
economia brasileira.
Diário do Grande ABC
Agora - 23-06-2009
24-06-2009
agosto 2009
Divisão Indicadores e Pesquisa
Tabela de Indicadores Selecionados
Índices de Preços
IPCA - Acumulado Trimestral %
2,09
1,24
1,32
1,09
1,07
009
008
008
008
1,55
009
03/2
12/2
09/2
06/2
IGP-M - Acumulado Trimestral %
4,34
IPC-Fipe - Acumulado Trimestral %
2,75
1,21
1,05
1,13
0,77
009
008
008
008
06/2
09/2
Fonte: Bacen
009
06/2
IPA-M - Acumulado Trimestral %
5,00
1,48
1,12
-1,98 -1,19
009
03/2
12/2
-0,32
03/2
12/2
09/2
06/2
-0,92
009
008
008
008
06/2
1,23
008
06/2
009
8
008 12/200
06/2
09/2
009
03/2
06/2
Taxas Efetivas de Juros
SELIC overnight Acumulado Trimestral%
3,36
3,22
2,76
08
set/0
08
09
3,21
2,74
08
set/0
set/0
/09
09
jun/
mar
dez
09
3,18
3,05
2,65
08
jun/
mar
dez
0,16
TBF Acumulado Trimestral%
2,38
/09
/08
8
jun/
2,89
0,32
/08
8
jun/
CDI overnight Acumulado Trimestral %
3,32
0,63
0,55
0,28
jun/
mar
dez
TR - Acumulado Trimestral %
2,39
/09
/08
8
jun/
2,90
set/0
2,34
/09
/08
8
jun/
2,70
09
jun/
mar
dez
Fonte: Bacen
Indicadores da Produção Industrial por Categorias de Uso
Brasil - Maio de 2009
Variação (%)
Categorias de Uso
Mês/Mês*
Mensal
Acumulado
Bens de Capital
2,1
-24,4
-23,0
Acumulado 12 Meses
-6,2
Bens Intermediários
0,7
-11,8
-15,8
-8,8
Bens de Consumo
-2,2
-6,2
-7,2
-3,7
Duráveis
0,4
-12,7
-19,1
-12,3
Semiduráveis e não Duráveis
-2,6
-4,0
-3,1
-0,9
Indústria Geral
0,2
-10,9
-13,4
-6,5
Fonte:IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*série com ajuste sazonal
Taxa de desemprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - %
8,2
8,3
8,2
8,0
8,0
7,7
10,5
10
9,4
10,2 10,2
9,0
7,1
Com a divulgação dos últimos
dados das Contas Nacionais, o
IBGE registrou que a economia
brasileira tecnicamente estava
em recessão. Segundo informações mais recentes, divulgadas
pela Confederação Nacional da
Indústria, com base no índice
de confiança empresarial e do
índice de medo do desemprego
, o setor produtivo nacional já
teria superado essa fase recessiva e, assim sendo, resta saber
qual será o comportamento do
mercado de trabalho no segundo
semestre de 2009. No primeiro
semestre de 2009, o desempenho do mercado de trabalho deixou a desejar uma vez que, em
comparação com igual período
de 2008, ocorreram fortes quedas tanto no nível de ocupação
quanto no rendimento dos trabalhadores. Segundo dados do
CAGED, a queda da ocupação
no primeiro semestre de 2009 foi
extremamente forte, acarretando
variações positivas de emprego
muito inferiores às registradas
em iguais períodos de anos anteriores. O setor mais atingido foi
o da indústria de transformação
e este segmento embora esteja em processo de recuperação
ainda apresenta em média mais
desligamentos que admissões,
nos primeiros seis meses de
2009. O IPEA, em estudo recente, aponta para uma forte queda
no rendimento dos trabalhadores
nos primeiros meses de 2009.
Perderam mais (3,9%) aqueles
que possuem pelo menos o ensino médio (57% da população
ocupada), e segundo esse estudo
essa constatação não seria o resultado de uma substituição expressiva de emprego formal por
ocupações informais.
9
9
00
/2
06
9
00
00
/2
05
9
00
/2
04
9
00
/2
03
9
00
/2
02
8
00
/2
01
8
00
/2
12
8
00
/2
11
8
/2
10
8
00
/2
09
8
00
/2
08
00
/2
/2
06
07
00
8
Desemprego RMSP
Fonte: IBGE
PIB Trimestral
5,90
6,00
PIB Trimestral
6,30
Manuel Enríquez Garcia
Vice-presidente do CORECON-SP
5,10
3,10
/08 br/08 ai/08 n/08 ul/08 go/08 et/08 ut/08 ov/08 ez/08 an/09 v/09
/09
a
m
j
s
o
n
d
j
mar
fe
ju
a
mar
Fonte: IBGE
Fonte: Banco Central do Brasil
IBGE, Fipe. FGV e DIEESE
Organização CORECON-SP
Economista Responsável: Flávio Antunes Estaiano de Rezende
[email protected] - (11) 3291-8728
Estes e outros indicadores econômicos podem ser encontrados no site do CORECON-SP (www.coreconsp.org.br) na página da Divisão Indicadores e Pesquisas
agosto 2009
15
XVIII CONGRESSO
BRASILEIRO
DE ECONOMIA
“ECONOMIA BRASILEIRA PÓS-ESTABILIZAÇÃO
E RETOMADA DO CRESCIMENTO: A URGÊNCIA
DO RESGATE DA DÍVIDA SOCIAL.”
� APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS � CURSOS
� CONFERÊNCIAS � 7ª GINCANA BRASILEIRA DE ECONOMIA
� PRÊMIO JOVEM ECONOMISTA � ENCONTRO PAULISTA DE PERITOS
� PALESTRAS TÉCNICAS
Realização:
Patrocínio:
Apoio Institucional:
Organização:
Mais informações:
www.cbe2009.com.br
www.coreconsp.org.br
Monumento às Bandeiras