44º CBOT 44º CBOT

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44º CBOT 44º CBOT
Jornal da SBOT
Nº 105 Maio/Junho 2012
44º CBOT
Salvador espera todos
os ortopedistas
SBOT Entrevista
Baixe um leitor de QR Code em
seu celular, fotografe o código,
acesse o PDF do Jornal da SBOT.
www.sbot.org.br,
Lavínio Nilton Camarim, conselheiro do Cremesp, fala sobre os
cuidados que o médico precisa ter
ao gravar ou fotografar cirurgias
Pág. 14
A Ortopedia na ponta
dos dedos
Conheça o novo aplicativo voltado exclusivamente para a Ortopedia
Pág. 07
Acupuntura é
procedimento médico
A técnica é uma importante aliada no tratamento das lesões ortopédicas
Pág. 19
@sbotnacional, www.youtube.com/SBOTBR, facebook.com/SBOTNacional
Rita Barreto
Órgão Oficial de Divulgação da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
Sumário
Expediente
Nesta Edição
Presidente
Geraldo Rocha Motta Filho (RJ)
1° Vice-presidente
Flávio Faloppa (SP)
2° Vice-presidente
Arnaldo José Hernandez (SP)
Secretário-geral
Patricia M. de Moraes
Barros Fucs (SP)
1° Secretário
Arnaldo Amado Ferreira Neto (SP)
2° Secretário
Jota Freitas-Setur
Luiz Antonio Munhoz
da Cunha – (PR)
1° Tesoureiro
Fernando Baldy dos Reis (SP)
2° Tesoureiro
44º CBOT
A cidade de Salvador será sede do congresso brasileiro de Ortopedia. Confira as
últimas atualizações da programação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Págs. 10 a 12
Marco Antonio Percope
de Andrade (MG)
Jornal da SBOT
Conselho Editorial
Editor Chefe
Moisés Cohen (SP)
SBOT Entrevista o conselheiro do
Cremesp, Lavínio Nilton Camarim
Pág. 14
Editores Associados
Antonio Marcos Ferracini (BA)
Benno Ejnisman (SP)
Giancarlo Polesello (SP)
Marcos Musafir (RJ)
Rene Jorge Abdalla (SP)
Acupuntura é procedimento médico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Págs. 19 e 20
Tesouraria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 08
Toda edição
Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 4
Palavra do Presidente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 5
Radar SBOT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Págs. 06 e 07
Artigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 13
Caderno de Defesa Profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Págs 15 a 18
Espaço das Regionais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Págs. 22 a 26
Espaço dos Comitês . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Págs. 27 a 29
Agenda de Eventos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pág. 30
Projeto e Execução
Phototexto
Comunicação & Imagem
Jornalista Responsável
Bárbara Cheffer
(MTB 53.105/SP)
Revisão
Carmen Garcez
Projeto Gráfico e Editoração
Wagner G. Francisco
ATUALIZAÇÃO ON-LINE 2011.
TODAS AS SEGUNDAS-FEIRAS, ÀS 21H. ACESSE O PORTAL DA SBOT
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
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Editorial
Tecnologia é a ordem do dia.
A exploração médica também!
J
á estamos em clima de Congresso Brasileiro, em busca de hotéis, passagens, programa científico e – por que não? – um pouco de lazer na magnífica Bahia. Teremos pela primeira vez
estações de DVDs com demonstrações cirúrgicas passo a passo e discussões interativas com
os cirurgiões, usufruindo do avanço tecnológico que estamos vivendo. A cidade de Salvador nos
aguarda e, como ninguém, nossos irmãos baianos já se preparam para nos receber de braços abertos, com todo o carinho que lhes é peculiar. Nosso jornal está repleto de assuntos interessantes.
Moisés Cohen
Editor
Nos tempos atuais, em que a necessidade de esclarecimentos aos nossos pacientes aumenta e
as tecnologias para a documentação científica e a mídia evoluem de forma galopante, Dr. Lavínio
Nilton Camarim, conselheiro do Cremesp, nos mostra que cuidados devemos ter na documentação de nossos procedimentos e, principalmente, na divulgação do material, que facilmente pode
fugir dos objetivos científicos para se tornar material de propaganda não ética. O aprendizado
também evolui tecnologicamente, através de aplicativos que facilitam a todos nós, como o criado
pelo Dr. Bruno Gobbato.
Com muito orgulho, parabenizamos nosso ex-presidente, Prof. Gilberto Luis Camanho, por ter
assumido a coordenação da Revista Latino-Americana de Ortopedia e Traumatologia, que terá
forma eletrônica, em perfeito alinhamento com as tendências tecnológicas. O nosso setor de
Defesa Profissional não deixou por menos e transmitirá seu curso via internet on-line a partir do
próximo mês.
Uma grande vitória para a classe médica foi o reconhecimento pelas autoridades de que a acupuntura é uma especialidade médica (fato este já defendido pelo CFM desde 1995), porém praticada por muitos outros profissionais sem formação médica. Sem preconceitos, mas de imediato,
me lembrei de um encontro, no ano de 2004, com um velho amigo vendedor de tecidos para
confecção de roupas. Como ele estava vestido de branco, perguntei-lhe: “Você visita seus clientes
de roupa branca?”. Aí veio a chocante e engasgadora resposta: “Não, o mercado de tecidos está
fraco, porque está perdendo muito espaço para os importados, por isso eu continuo vendendo
de manhã, me troco e vou para o consultório no período da tarde. Fiz um curso de um ano de
acupuntura e meu consultório tem ficado cheio. Logo abandonarei os tecidos”. Nunca mais o vi,
mas tenho certeza de que com essa sábia decisão ele deve estar preocupado.
O ponto negativo de nossa profissão fica por conta dos planos de saúde. Em reunião realizada em
28 de junho último, da Comissão Nacional de Saúde Suplementar (COMSU), as entidades médicas
aprovaram um indicativo de nova paralisação no atendimento dos planos de saúde para outubro
próximo. Apesar da última mobilização em 25 de abril, novos caminhos precisam ser apontados,
pois até o momento a melhor organização das empresas médicas tem ganhado por nocaute da
classe médica que, muito menos organizada, clama por melhorias.
Em relação a esse tema, faço minhas as palavras do Prof. Sobania: “Quando convencermos o
governo brasileiro a acreditar que saúde é importante, que saúde é investimento para a área
econômica e não gasto social, aí sim os convênios que quiserem sobreviver terão que pagar adequadamente ao médico e ao hospital”. Temos sido motivo de comparação de que o valor/hora do
médico é menor que o de um barbeiro ou de um mecânico. É correto?
Os convênios, por sua vez, estão negociando com os hospitais, com pacotes para baratear o custo,
muitas vezes interferindo na conduta do médico. Outras vezes, depois de muitos relatórios exigidos, negam ou autorizam os procedimentos, após muito estresse para o paciente, familiares e
equipe médica, até o último minuto, impedindo o planejamento da equipe, tão necessário nos
dias de hoje. Quem paga esse prejuízo que vai além do financeiro? Até quando iremos suportar
isso? Talvez a única solução seja a saída massiva dos médicos dos maus convênios, pois é a forma
de passarmos parte de nossos problemas a quem hoje está favorecido pela situação.
A SBOT é sua e o jornal também. Faça seus comentários, participe e boa leitura!
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www.sbot.org.br
Palavra do Presidente
Ouvidos abertos
A
comunicação clara, transparente e eficaz entre os membros de qualquer entidade
figura entre os itens de maior prioridade nos modelos de administração adotados
pelas grandes corporações. Ciente dessa necessidade, a SBOT adotou nos últimos
anos vários mecanismos para contato ágil e direto com os seus sócios: Portal da SBOT (Fale
Conosco, Facebook e Twitter), e-mail (newsletter, e-mail marketing e pesquisas) e Jornal da
SBOT, além de meios tradicionais como telefone e os Correios.
Apesar dessas iniciativas, faltava ainda um canal direto com a Diretoria da SBOT por meio
do qual o sócio pudesse expressar sua opinião, enviar sugestões, reclamações e discutir
assuntos relevantes para a Ortopedia brasileira. Por essa razão estamos criando a OUVIDORIA
NACIONAL – serviço que entrará em funcionamento no mês de agosto deste ano e que terá
como princípios fundamentais:
Geraldo Motta
Presidente da SBOT
• Subordinação direta à Presidência da SBOT.
• Nenhum contato deve ficar sem retorno.
• Resposta em até sete dias úteis.
Esses princípios vão nortear o trabalho voluntário e altruísta de um grupo de trabalho formado por ortopedistas com senso crítico apurado, equilíbrio e bom-senso para encaminhar as solicitações aos canais competentes. A OUVIDORIA NACIONAL terá coordenação
do colega Marcelo Mercadante, cuja experiência será fundamental para dar solidez a esse
projeto.
É importante salientar que a OUVIDORIA NACIONAL não está sendo criada para ser uma
espécie de “muro das lamentações” dos críticos e descontentes, mas para interagir com
os sócios verdadeiramente interessados no crescimento da Ortopedia brasileira, para que
tenhamos cada vez mais força e representatividade no cenário da saúde brasileira. Muitas iniciativas dessa natureza naufragaram justamente porque o princípio que rege esse
serviço – dar respostas sérias para questões sérias – foi desvirtuado. Não cometeremos tal
engano.
O contato com a OUVIDORIA NACIONAL será, prioritariamente, através de e-mail e todos os
sócios serão informados em breve sobre como tirar o melhor proveito de mais esse canal
criado pela SBOT.
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
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Radar SBOT
Gilberto Camanho é editor-chefe
da nova Revista Latino-Americana
De 16 a 18 de maio, sob patrocínio da
Sociedade Colombiana de Ortopedia,
os editores chefes das principais publicações científicas em Ortopedia e Traumatologia reuniram-se para a criação da
Revista Latino-Americana de Ortopedia e
Gilberto Luís
Traumatologia (RLAOT). A nova publicaCamanho
ção terá formato eletrônico (E-journal)
e coordenação do editor-chefe da RBO, Gilberto Luís Camanho. Ao lado de Camanho, Felipe Gomes, do México, será o
2º editor, e Francisco Forriol, da Espanha, o 3º editor. Juan
Manuel Herrera, da Colômbia, foi designado como editor
junto à Sociedade Latino-Americana de Ortopedia e Traumatologia (SLAOT), sede da nova revista.
Durante o primeiro ano, a RLAOT terá quatro números trimestrais compostos por dez trabalhos já publicados nas
revistas científicas das sociedades que a compõem. As publicações escolhidas serão originárias de um banco de trabalhos encaminhados pelos editores. Os trabalhos estarão
estruturados segundo as normas internacionais fornecidas
pela Acta Mexicana.
Defesa Profissional On-line
No dia 20 de agosto será realizada a primeira aula de Defesa Profissional através do programa de educação médica
continuada da CEC – Atualização On-line. Robson Azevedo,
presidente da Comissão de Dignidade e Defesa Profissio-
nal, será o moderador do programa, que discutirá sobre temas de interesse ao ortopedista. A aula será transmitida ao
vivo, porém o conteúdo ficará disponível no site da SBOT
para ser acessado posteriormente. Aguarde informações!
SBOT terá ouvidoria nacional
Foi aprovada a criação de uma ouvidoria da SBOT. O novo
canal de comunicação que facilitará o diálogo entre a diretoria e os associados estará disponível a partir de agosto e
será intermediado por Marcelo Mercadante.
embaraço burocrático, o novo canal representará forte instrumento na busca da qualidade dos serviços e processos.
Presente na administração de organizações públicas e privadas, a ouvidoria tem como finalidade representar o usuário,
interferindo em beneficio de suas solicitações, defendendoas ante a tomada de decisões da administração. “A intenção
da SBOT é, por meio de uma equipe de membros com a
função de ouvidores, identificar as demandas de melhorias e
transformá-las em oportunidades para a correção de processos internos, buscando assim a excelência no atendimento
das demandas dos associados”, diz Mercadante.
Foco no Associado – A ouvidoria percebe e identifica
as necessidades do associado em busca da excelência.
A SBOT entende que o foco principal da ouvidoria deve
ser o associado. Por isso, através das sugestões ou reclamações que deverão ser encaminhas por escrito, sem ônus ou
Critérios da Ouvidoria da SBOT:
Decisão baseada em fatos – As solicitações fazem
com que os processos sejam apurados e com base nas
análises modificados quando necessários.
Aprendizado organizacional – A ouvidoria busca
melhorias e inovações que levam a instituição a estágios superiores de excelência.
Visão sistêmica – A ouvidoria ajuda a se entender as
inter-relações entre os diversos departamentos e a interação destes com o associado.
Membros da Comissão Eleitoral
Eleitos os membros da Comissão Eleitoral da SBOT. A votação foi realizada entre os associados presentes na reunião da
Comissão Executiva, no dia 10 de maio. Como titulares foram escolhidos os ortopedistas Claudio Santili, Akira Ishida e
Roberto Santin. Para suplentes, assumirão os médicos Jorge dos Santos Silva, José Sérgio Franco e Arlindo Pardini. São
obrigações da Comissão Eleitoral: conduzir o processo eleitoral, fazer cumprir as normas eleitorais do regimento, exercer
a fiscalização nas eleições, entre outras.
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Radar SBOT
A Ortopedia na ponta dos dedos
Monteggia, Garden, Tronzo, Shatzker. Eram difíceis de decorar”, recorda.
Essa dificuldade em conhecer todas as classificações, aliada
à paixão pela tecnologia, fez com que o ortopedista criasse
o OrtoClass. “Não queremos mais ter que entrar no Google
para obter determinada informação ou consultar milhares
de livros. Queremos tê-la na ponta do dedo, em qualquer
lugar. E é exatamente isso que esse aplicativo proporciona”,
explica Gobbato.
Bruno Gobbato, criador do aplicativo OrtoClass
Acaba de ser lançado um aplicativo promissor para a Ortopedia. Idealizado pelo ortopedista Bruno Gobbato no final
de 2011, a nova ferramenta tecnológica traz todas as classificações ortopédicas presentes no dia a dia do especialista.
Batizado de OrtoClass, o novo aplicativo foi apresentado
para a Comissão de Educação Continuada (CEC) no dia 25
de maio durante reunião.
Quando questionado sobre a criação do aplicativo, que
está disponível para download no site App Store (http://
itunes.apple.com/br/app/ortoclass/id476930211?mt=8)
somente para o sistema operacional Apple, Gobbato
fala sobre seus anos de residência e da dificuldade de
decorar todas as classificações usadas. “Ainda me lembro
da minha primeira semana de residência em Ortopedia.
Sentia-me um estrangeiro dentro do hospital onde havia estudado. Espantavam-me tantas palavras diferentes
usadas no dia a dia com naturalidade pelos R+, tais como
Com mais de 7.500 downloads, o OrtoClass pode ser baixado gratuitamente. Para os usuários do sistema operacional Android, estão sendo desenvolvidas novas alternativas.
Porém, o conteúdo pode ser totalmente acessado pelo
site: http://bit.ly/OrtoClassWeb. A nova ferramenta de atualização tem o apoio da CEC, que objetiva buscar novas
alternativas de educação para os associados.
Na tela do iPhone é possível ter acesso a todas as classificações
Sócio com 70 anos é isento de pagar a anuidade
A Reunião da Comissão Executiva, realizada no dia 10 de maio durante o COTESP em Campos do Jordão, aprovou a proposta de alteração do Art. 9º do Regimento Geral da SBOT, referente à isenção de pagamento da anuidade da SBOT. Agora
o médico passa a ficar isento do pagamento quando completar 70 anos de idade. O benefício começará a valer após o
registro do Regimento Geral da SBOT em cartório.
CEC realiza projetos presenciais
Com início em julho, o Projeto Movimento sem Dor realizará 35 simpósios por todo o Brasil com o tema principal “Dor
lombar: abordagem atual do tratamento”. Segundo João Maurício Barreto, presidente da Comissão de Educação Continuada (CEC), o projeto possibilitará aos ortopedistas agregar conhecimento e aprimorar o relacionamento entre os
membros da SBOT. “Serão convidados cerca de 30 médicos por simpósio, com a presença de um palestrante responsável
por moderar uma aula padrão gravada. A conferência será transmitida via telão, com breves intervalos onde o moderador
irá interagir com os convidados”, informa o presidente da CEC.
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
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Tesouraria
Modernização do Balanço e maior
facilidade para compreensão das contas
tas”, afirmou Marcio Passini, membro titular
do Conselho Fiscal. “O balanço da SBOT foi
modernizado para atender às exigências
legais vigentes e nossa maior preocupação
é de que a fiscalização seja idônea e desvinculada de diretorias eleitas”, finalizou.
Conselho Fiscal da SBOT aprovou o balanço contábil de 2011 e iniciou processo de
acompanhamento das contas em 2012
No dia 31 de maio último foi realizada, na
sede da SBOT, a reunião do Conselho Fiscal
para análise do balanço contábil referente
ao exercício de 2011 e início dos trabalhos
em 2012. Todas as apresentações foram feitas pelos contadores e auditores responsáveis e discutidas pelos presentes.
Para análise do balanço de 2011, além do
Conselho Fiscal, estiveram presentes membros da Diretoria 2011, da atual Diretoria
da SBOT e das Diretorias já eleitas para
2013 e 2014. As informações importantes
trazidas pelos contadores e auditores presentes foram as mudanças introduzidas no
balanço da SBOT no segundo semestre de
2011, quando as demonstrações fiscal e
contábil passaram a seguir as práticas contábeis internacionais.
Na nova prática a Tesouraria da SBOT deixou de vincular os lançamentos contábeis
à movimentação bancária. “É o que chamamos de Regime de Competência”, explicou o contador, Edeno Tostes. Segundo
ele, a SBOT adotava o regime de caixa,
vinculando saídas e entradas aos extratos
bancários, o que não é recomendável. “No
Regime de Competência todas as receitas e despesas do 43º CBOT, por exemplo, foram lançadas no balanço de 2011,
mesmo que algumas tenham ocorrido no
início de 2012”, explicou. Ficará mais fácil
para os associados da SBOT acompanhar
as contas da Sociedade.
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Após a avaliação das contas de 2011 foi feita
a apresentação do balanço contábil do primeiro quadrimestre de 2012, com a presença
dos presidentes e tesoureiros das Diretorias
já eleitas. “A participação ampliada na apresentação dos balanços contábeis foi introduzida pela Diretoria 2011 e decidimos mantêla porque proporciona maior transparência
na prestação de contas e permite aos futuros gestores acompanhar o fluxo contábil e
financeiro da nossa Sociedade antes mesmo
de assumirem seus mandatos”, afirmou o
presidente da SBOT, Geraldo Motta.
Algumas mudanças importantes foram
efetivadas em 2012. Uma das mais relevantes foi o trabalho de avaliação patrimonial
dos bens imóveis, que readequou o valor
da sede da SBOT, que estava defasado, ao
valor de mercado. Também foi feito o levantamento e avaliação patrimonial de equipamentos, móveis e utensílios, que agora
estão atualizados.
Na esfera contábil a SBOT passou a fazer o
provisionamento de receitas e despesas nos
balancetes mensais, permitindo que a Diretoria e o Conselho Fiscal tenham um panorama mais abrangente do que o período
avaliado. “Mesmo tendo fiscalizado apenas
os primeiros quatro meses de 2012 conseguimos antever todas as despesas e receitas futuras já contratadas. Isso é importante
porque permite o planejamento prévio e,
sobretudo, uma análise mais crítica das con-
Uma proposta da Diretoria 2012, discutida
pelos presentes, foi a alteração do período
do mandato do Conselho Fiscal. “No modelo
atual cada exercício fiscal é analisado por
duas gestões do Conselho, já que a contabilidade e auditoria encerram os trabalhos
somente em março ou abril do ano seguinte,
mas o mandato do Conselho se encerra em
31 de dezembro. Com a mudança, o Conselho Fiscal terá condições de acompanhar
todo o processo contábil de uma gestão,
do início ao fim”, esclareceu Geraldo Motta.
A proposta será apreciada pela Diretoria da
SBOT e submetida à aprovação da Comissão
Executiva, mas já recebeu avaliação positiva
do Conselho Fiscal de 2012.
PARECER RELATIVO AO BALANÇO
ENCERRADO EM 31/12/2011
“O Conselho Fiscal da Sociedade Brasileira
de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), no
exercício de suas atribuições legais e estatutárias, tendo examinado o Relatório da
Administração, o Balanço Patrimonial, a
Demonstração do Resultado, a Demonstração dos Fluxos de Caixa, as Mutações do
Patrimônio Líquido e as respectivas Notas
Explicativas relativos ao exercício social
encerrado em 31 de dezembro de 2011,
e tomando por base o Relatório dos Auditores Independentes, os esclarecimentos
obtidos quanto aos efeitos e ajustes apurados decorrentes da adoção inicial das
novas normas de contabilidade aplicáveis
à entidade, é de opinião que as citadas
peças, examinadas à luz da legislação societária vigente e das normas brasileiras de
contabilidade, representam a real situação
econômico-financeira da Entidade e recomendam a sua aprovação na Assembleia
Geral da SBOT”.
São Paulo, 31 de maio de 2012
Márcio Passini Gonçalves de Souza (SP)
Membro titular
André Khun (RS)
Membro titular
Augusto Braga dos Santos (GO)
1º suplente
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44º CBOT
De 15 a 17 de novembro:
reserve esta data!
Adalberto Visco, Geraldo Motta e Romeu Krause: trabalho árduo para proporcionar atualização de qualidade aos ortopedistas brasileiros
Neste ano, o grande encontro da Ortopedia brasileira acontece
em Salvador, Bahia, e traz novidades para o congressista
Programação científica interativa e participativa, passo a passo de técnicas cirúrgicas, nova carga horária, entre outros
itens, farão do 44º CBOT um encontro
único para todos os participantes. O
evento acontecerá de 15 a 17 de novembro em Salvador, Bahia.
“O congresso é da SBOT e a SBOT é do
ortopedista brasileiro, portanto, eu asseguro que o 44º CBOT está sendo organizado para colocar à disposição dos
congressistas todos os recursos necessários para atualização e ampliação do
conhecimento”, assegura o presidente
da instituição, Geraldo Motta.
Inovação
Estimular a atualização científica é umas
das prioridades da SBOT e, para isso, os
organizadores dos congressos não medem esforços para, a cada ano, apresentar novas atividades científicas e metodologias de ensino.
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Em 2012, a atividade “Técnicas Cirúrgicas Passo a Passo em Ortopedia e Traumatologia” é a grande novidade. Durante o evento, será montado no Centro
de Convenções da Bahia, no 2º piso, um
espaço com “estações” de vídeos, onde
serão transmitidas as técnicas cirúrgicas
executadas por renomados médicos
nas especialidades: Joelho, Ombro, Pé
e Tornozelo, Mão, Medicina Esportiva,
Quadril, Trauma, Ortopedia Pediátrica,
Tumor e Coluna.
Serão disponibilizadas 20 estações de TV
com seis cadeiras cada uma com um áudio individual. As técnicas serão transmitidas durante o dia, das 8h30 às 17h30.
Também será criado um programa presencial para que, diariamente, os interessados possam debater sobre as apresentações diretamente com os autores.
“É a primeira vez que essa atividade
acontece em um CBOT. A ação foi
criada seguindo o exemplo do que é
feito nos congressos da American Aca-
demy of Orthopaedic Surgeon (AAOS).
Porém, a implementação do Passo a
Passo é algo inédito e elaborado pela
Comissão Organizadora do 44º CBOT”,
explica o presidente do congresso,
Adalberto Visco.
Programação
científica
Visando os 100% de aproveitamento de
todos os participantes, o programa científico foi organizado de forma interativa,
onde os congressistas podem, durante
as apresentações, emitir suas opiniões,
fazer questionamentos e, desta forma,
ampliar suas experiências. O presidente
da Comissão Científica do congresso,
Romeu Krause, ressalta que o aperfeiçoamento científico dos ortopedistas é
a grande meta da SBOT. “O CBOT tornase o grande evento da Sociedade e a
oportunidade para trocarmos ideias e
conhecimentos.”
www.sbot.org.br
44º CBOT
Quinta Feira – 15/11/2012
9h às 10h30
10h30 às
11h
11h às 12h
12h às
12h30
12h30 às
13h30
Sala 1
Sala 2
Sala 3
Sala 4
Sala 5
Sala 6
Curso
Curso
Curso
Curso
Curso
Curso
Conferência Conferência Conferência
Internacional Internacional Internacional
Atualização
Atualização
Atualização
Atualização
Tema Oficial
Tema Oficial
Tema Oficial
Mesaredonda
Tema Livre
Mesaredonda
Conferência Conferência Conferência
Internacional Internacional Internacional
Atualização
Atualização
Atualização
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
Tema Livre
Tema Oficial
Tema Livre
Tema Livre
13h30 às
14h30
14h30 às
15h30
Especialidade Especialidade Especialidade Especialidade
15h30 às
16h30
Sala 7
Tema Livre
Especialidade
Sexta Feira – 16/11/2012
Sala 1
Sala 2
Sala 3
Sala 4
Sala 5
Sala 6
Curso
Curso
Curso
Curso
Curso
Curso
Conferência Conferência Conferência
Internacional Internacional Internacional
Atualização
Atualização
Atualização
11h às 12h
Tema Oficial
Tema Oficial
Tema Oficial
Tema Oficial
Tema Livre
Tema Livre
12h às 13h
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
13h às
13h30
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Tema Livre
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
9h às 10h
10h30 às
11h
13h30 às
14h30
15h30 às
16h30
Especialidade Especialidade Especialidade Especialidade
16h30 às
18h
Assembleia SBOT
Sábado –17/11/2012
9h às 10h30
Sala 1
Sala 2
Sala 3
Sala 4
Sala 5
Sala 6
Curso
Curso
Curso
Curso
Curso
Curso
10h30 às
11h30
Defesa Profissional
11h30 às
12h30
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
12h30 às
13h30
Mesaredonda
Mesaredonda
Mesaredonda
13h30 às
14h30
Conferência Conferência Conferência
Internacional Internacional Internacional
14h30 às
15h
Conferência Conferência Conferência
Internacional Internacional Internacional
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
Especialidade Especialidade Especialidade
Atualização
Atualização
Atualização
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Alberto Coutinho-AGECOM
44º CBOT
Tatiana Azeviche
O Centro de Convenções possui uma excelente infraestrutura para receber os ortopedistas brasileiros
Palestrantes estrangeiros
Para as conferências internacionais, a comissão organizadora preocupou-se
em convidar renomados palestrantes que agregarão conhecimento aos congressistas brasileiros. Para estas atividades já está confirmada a presença de 11
colegas. São eles:
Portugal
• Rui Pinto
Presidente da Asociación Argentina de
Ortopedia y Traumatología
Igreja Nosso Senhor do Bonfim
Turismo Bahia
Argentina
• José Maria Rotella
Presidente da S.P.O.T. – Sociedade
Portuguesa de Ortopedia e
Traumatologia
• Helder Pereira
S.P.O.T. – Sociedade Portuguesa
de Ortopedia e Traumatologia
EUA
• Bernard Morrey
• João Gamelas
M.D. Professor Orthopaedic Surgery Mayo
Medical School
S.P.O.T. – Sociedade Portuguesa
de Ortopedia e Traumatologia
• James O. Stannard
• Manuel Mendonça
J. Vernon Luck Distinguished Professor
and Chairman – University of Missouri
S.P.O.T. – Sociedade Portuguesa
de Ortopedia e Traumatologia
• Vernon T. Tolo
University of Southern California
Children’s Hospital Los Angeles, Los
Angeles, California
12
• Manuel Gutierres
S.P.O.T. – Sociedade Portuguesa
de Ortopedia e Traumatologia
França
• Philippe Hernigou
Uruguai
• Daniel Rienzi
Professor da Universidade de Paris e
Editor Internacional da RBO
Presidente da Sociedade de Ortopedia e
Traumatologia Uruguaia (SOTU)
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A comunicação dentro da
carreira do médico
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por Renato Gregório*
Em 2007, uma médica ginecologista recém-formada, com um consultório montado em uma
região nobre da cidade de São Paulo, buscou orientação para divulgar seu nome e seu trabalho.
Tinha consciência de que precisava de um bom plano de comunicação, mas diante de tantas
opções diferentes, simplesmente não sabia por onde seguir.
Por não ter muito conhecimento sobre o assunto, sua primeira ideia foi distribuir panfletos em
pontos estratégicos e pagar alguns anúncios em mídia exterior e no jornal do bairro. Antes
disso, porém, procurou a orientação de um especialista. E não se arrependeu. Se mantivesse
seus planos, provavelmente gastaria dinheiro sem obter resultados.
Quando o consultor lhe informou que em seu plano de comunicação não haveria necessidade
de anúncios pagos, a médica estranhou: comunicação sem anúncio? A maioria estranha
porque confunde comunicação exclusivamente com publicidade. Na realidade, dentro de um
planejamento de marketing, comunicação é um item muito importante, mas suas ferramentas
não se limitam aos anúncios, mesmo se tratando da divulgação de um produto ou serviço.
O consultor explicou que a publicidade é apenas uma das armas da comunicação e que ela
não se aplica, necessariamente, a todas as situações. No caso de um consultório, é preciso
cuidado, primeiro, para não esbarrar em restrições legais e no Código de Ética Médica. Segundo,
será que distribuindo panfletos e colocando pequenos anúncios em jornais locais estamos
gerando credibilidade e diferencial competitivo para o médico? Não há um risco grande de
esse investimento em mídia pulverizar-se e gerar um efeito quase nulo ou denegrir a imagem
do médico?
Após ter ponderado sobre esses pontos, o consultor apresentou outros canais de comunicação
que, nesse caso, seriam bem mais efetivos. Orientou a médica que contratasse uma boa
assessoria de imprensa ou um profissional de relações públicas. Estes teriam como missões
apresentá-la aos principais líderes e formadores de opinião na região, articular e promover
eventos, congressos e palestras, além de inseri-la em reportagens e entrevistas (mídia
espontânea). Também foi desenvolvido um plano de ação comunitário, com o objetivo de
realizar trabalho social em áreas mais carentes, com dias específicos para atendimentos
gratuitos e distribuição de material com orientação às mulheres.
Outra sugestão foi criar uma boa identidade visual. Com isso, reformularam-se o papel
timbrado, os cartões de visita, o material gráfico e o próprio design interno do consultório,
que foram padronizados. As recepcionistas também passaram a vestir uniformes que seguiam
o padrão visual estabelecido. Tanto o cartão de visita como o cartão de retorno seguiam o
mesmo padrão gráfico. Dentro do consultório, toda essa comunicação visual estava em perfeita
harmonia com a decoração.
Por fim, o consultor sugeriu a contratação de um web designer para a construção de um site
ligado ao consultório, especializado em saúde e que permitisse uma comunicação direta dos
visitantes com o atendimento do consultório, para o agendamento de uma consulta. Junto ao
site, a médica desenvolveu um blog, atualizado três vezes por semana, trazendo desde notícias
até comentários sobre assuntos ligados ao seu trabalho.
Três meses depois, os resultados obtidos foram bastante interessantes. O website crescia em
visitação e comentários positivos e a ginecologista, graças a algumas ações comunitárias
realizadas, participou de duas reportagens, uma em um jornal de bairro e outra para um site
especializado. Seu nome já começava a ficar conhecido na região pelo trabalho desenvolvido.
Em termos de visibilidade e credibilidade, esse planejamento de comunicação, que deixa de
lado ferramentas tradicionais como a publicidade e privilegia mídias sociais e digitais, com a
complementação de um bom trabalho de assessoria de imprensa, certamente gera resultados
bem mais efetivos para a carreira de um médico. Esta breve história serve para mostrar
quanto a maioria das pessoas entende comunicação equivocadamente. Quando pensam em
comunicação, logo associam à publicidade. Porém, existem outros canais que são mais baratos
e muito mais efetivos para o médico divulgar o seu trabalho e suas competências.
Seguindo os preceitos que defendo para o marketing médico, a comunicação só deve ser
utilizada quando agregar valor e credibilidade à carreira do médico. Caso contrário, qualquer
ação nesse sentido será desnecessária.
* Mestre em Administração e Desenvolvimento Empresarial, Renato Gregório é um dos maiores
especialistas em gestão de carreira médica do país. Escritor e professor com MBA em Gestão
Estratégica, ministra cursos e palestras, além de publicar diversos trabalhos nesse campo. Ao longo
de sua carreira tem assessorado diversas sociedades de especialidades, associações médicas e
instituições de saúde no Brasil. É autor do livro Marketing Médico – Criando valor para o paciente,
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SBOT Entrevista
O que o médico precisa saber?
Como o médico deve proceder quando precisa gravar uma cirurgia ou
fotografar a evolução de um tratamento para apresentar em congressos,
simpósios e em salas de aula? Qual é a importância de o paciente preencher uma autorização de uso de imagem? Quais são os cuidados que o
profissional precisa ter para evitar um processo ao usar essas imagens, por
exemplo?
Para responder a essas questões e orientar da melhor forma os ortopedistas
que usam essas imagens para enriquecer e exemplificar suas apresentações
de casos clínicos, o Jornal da SBOT entrevistou Lavínio Nilton Camarim, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp)
e membro da Comissão de Divulgação
de Assuntos Médicos (Codame).
Jornal da SBOT – Muitas vezes, o
médico grava uma cirurgia ou fotografa algum tratamento para uso
em trabalhos e eventos científicos.
Ele pode fazer isso?
Lavínio – Sim, mas para utilizar em
eventos científicos (médicos), o profissional deve solicitar autorização por
escrito ao paciente ou ao seu responsável legal. E, sempre que possível, evitar identificar o paciente.
Jornal da SBOT – O que deve constar
nessa autorização?
Lavínio – A autorização deve ser feita
por escrito (de próprio punho ou digitalizada), indicando o evento (médico) e o
propósito.
Lavínio Nilton Camarim
Jornal da SBOT – O médico pode entregar as imagens de vídeo artroscopia ao paciente? Como ele deve
proceder?
Lavínio Nilton Camarim – Sim, pois
esta documentação também faz parte
do prontuário médico do paciente. É
importante o médico anotar na evolução clínica, que forneceu a cópia do vídeo ao paciente e o mesmo dar ciência
(assinar) que recebeu este material.
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Jornal da SBOT – Com a autorização do paciente em mãos, o médico
pode expor o vídeo ou foto na imprensa leiga?
Lavínio – Não, pois o médico está
preso ao sigilo profissional, mesmo
com autorização.
Jornal da SBOT – Quais são os riscos
que o médico corre, caso não tenha
a autorização do paciente?
Lavínio – O médico não pode expor o
paciente, mesmo com autorização do
mesmo. Mas no caso de eventos científicos (médicos), a exposição do paciente, sem prévia autorização, pode
ensejar ao profissional ações cíveis, criminais e administrativas/éticas.
Exposição na
imprensa leiga
Quanto à imprensa leiga, o Art. 75
do Código de Ética Médica diz que é
vedado ao médico “Fazer referência
a casos clínicos identificáveis, exibir
pacientes ou seus retratos em anúncios profissionais ou na divulgação
de assuntos médicos, em meios
de comunicação em geral, mesmo
com autorização do paciente”. Segundo Adriana C. Turri Joubert, assessora jurídica da SBOT, a proibição persiste, independentemente
da autorização do paciente. “Neste
caso não se trata de proibir a exibição da cirurgia de uma perna, braço
ou joelho. O que o artigo considera
antiético é a menção a casos cujos
pacientes possam ser identificados,
ou a exibição de seus respectivos
retratos em anúncios ou afins, ou
veiculados através da mídia.”
Adriana Joubert finaliza enfatizando
que o Código de Ética Médica contém normas que valorizam a ética.
“Além disso, o que está por trás da
vedação é a intenção que um profissional pode ter de, ao revelar a
identidade de paciente ou personalidade de prestígio que foi submetido a determinado tratamento,
conseguir atrair novos pacientes”,
acrescenta.
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CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
d e s t a q u e
e
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Contratualização
A Resolução nº 71/2004 da Agência Nacional de Saúde estabelece os requisitos necessários à formalização contratual entre os médicos e as operadoras de planos de saúde/seguradoras. A norma, cuja intenção era possibilitar
o ajuste e equilíbrio das relações por meio de instrumento jurídico adequado, visa orientar os médicos sobre os
seus direitos e sinalizar aos tomadores de serviços acerca de suas obrigações. Como todos devem se lembrar, na
ocasião, nos anos 2004 e 2005, um grande movimento da classe médica foi deflagrado, o qual culminou com a
luta pela implantação da CBHPM.
Em que pesem os esforços, na prática os resultados ainda não são satisfatórios e os contratos continuam mantendo
desigualdades que desfavorecem o médico. É nesse cenário que a ANS acaba de publicar a Instrução Normativa
nº 49, que regulamenta os critérios para o reajuste do valor estabelecido nos contratos de prestação de saúde na
área suplementar. Sejam eles a periodicidade do reajuste ou a definição de índice para o reajuste, tais requisitos não
estão claramente definidos, ou seja, a IN aponta conceitos, dispondo que o contrato deve contemplá-los, mas não
define qual deve ser tal periodicidade, nem quais devem ser tais índices. Portanto, há quem diga que o ocorrido
no passado poderá se repetir, pois a capacidade de fiscalização da ANS ainda é deficitária, questionando como o
médico conseguirá negociar diretamente com os planos, sendo ele a parte mais fraca na relação.
O argumento procede, mas primeiramente é importante esclarecer que a Instrução Normativa regulamenta os
critérios de reajuste conforme o disposto na Resolução 71/04, e nesta constam as cláusulas que um contrato dessa
natureza obrigatoriamente deve ter (qualificação das partes; objeto e natureza do trato com a descrição de todos
os serviços; prazos e procedimentos para faturamento e pagamento; critérios para reajuste – forma e periodicidade;
vigência; renovação, rescisão e respectivos critérios; bem como as diretrizes básicas contidas na Lei nº 9656/88, nas
normas do Consu e da ANS). Não se trata de um modelo padrão, mas a Resolução dá ênfase à aplicação dos princípios da teoria geral dos contratos, como não poderia deixar de ser. Logo, os médicos, ao conhecerem o assunto,
não devem formalizar instrumentos que não contemplem tais itens. Afinal, os movimentos coletivos só ganham
peso se os respectivos indivíduos, isoladamente, lutarem pela aplicabilidade de seus direitos. Isso não significa que
eles devam permanecer isolados, afinal é crucial que as entidades médicas participem das negociações, como
representantes legítimas da categoria. Entretanto, cada um tem que fazer a sua parte.
Portanto, o bom-senso recomenda que enquanto as entidades se organizam, enquanto a ANS estuda mecanismos de ampliação da fiscalização, os médicos devem analisar com muita cautela as minutas oferecidas pelas
operadoras, comparando-as aos termos da Resolução nº 71/04 e Instrução Normativa 40/12, observadas as
regras do bom direito. Aliás, é bom salientar que o prazo final para adequação dos contratos é de 180 dias após
a publicação da norma ocorrida em maio de 2012. De qualquer forma, as Comissões de Defesa Profissional e de
Assuntos AMB/CFM da SBOT estão sempre atentas a todos os movimentos que envolvem a classe, participando
assiduamente das reuniões, quer opinando, quer trazendo orientações para os ortopedistas. Aliás, a SBOT agora
tem assento no Conselho de Defesa Profissional da AMB e é representada pelo dr. Robson Azevedo.
Adriana C. Turri Joubert
Assessora jurídica da SBOT
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
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CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
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SBOT divulga parecer relacionado
às cirurgias artroscópicas
Os or topedistas Jaime Wageck, Paulo Rockett e
Alexandre Carpeggiani escreveram um parecer
sobre honorários relacionados à cirurgia de ligamento e os correspondentes códigos da CBHPM.
O texto foi elaborado após ampla discussão dos
médicos com os auditores dos convênios sobre
o que determina a CBHPM com relação aos procedimentos necessários para completar o ato
cirúrgico. Recentemente os or topedistas, principalmente da Região Nor te do país, vêm sofrendo
problemas relacionados aos códigos cirúrgicos
cobrados. O texto abaixo visa o esclarecimento
dos profissionais.
Parecer: Honorários médicos relacionados à cirurgia de ligamento e os correspondentes códigos da CBHPM
A articulação do joelho é uma das mais expostas para
sofrer lesões no dia a dia das pessoas, devido a sua
localização e função. Está colocada entre dois ossos
longos e recebe toda a carga e energia dos movimentos, especialmente nas atividades esportivas, presente
na vida diária da maioria da população, em especial
nos jovens, que praticam toda espécie de atividade de
alto impacto e com alta energia cinética.
O espírito da CBHPM é remunerar o ato médico.
Quando temos apenas uma lesão articular, remunerase apenas o ato praticado. Por exemplo: na ruptura de 1
menisco, realiza-se somente a meniscectomia parcial (COD:
30733057). Entretanto, as lesões articulares podem ser de
múltiplas estruturas, devido à própria condição da articulação do joelho e sua função, como acima comentado.
Raramente ocorre uma ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) isolada. Para que o LCA rompa, é necessário um
movimento associado, geralmente com o pé fixo ao solo e
uma torção que irá atingir múltiplas estruturas: ligamentos
colaterais, LCA ou LCP e as estruturas que estão entre os
dois segmentos rígidos (ossos), que são os meniscos e a
cartilagem articular. Nesses casos podemos ter, além das
lesões dos meniscos, as lesões condrais ou osteocondrais.
Precisamos tratar as lesões intra-articulares conforme previsto pela CBHPM e remunerar até 3 (três) procedimentos
intra-articulares. Podemos fazer a meniscectomia (COD:
30733057) ou o reparo meniscal (COD: 30733065) de 1
16
ou 2 meniscos + a reconstrução do LCA, ou termos outras
combinações de lesões intra-articulares, às quais devem
ser tratadas e remuneradas conforme previsto na CBHPM
3.07.99.00-7.
OBSERVAÇÕES
6. Referentes aos códigos 3.07.33.00-6, 3.07.34.00-2,
3.07.35.00-9, 3.07.36.00-5, 3.07.37.00-1, 3.07.38.00-8:
a) Nas cirurgias videoartroscópicas, quando houver a necessidade de atuar em mais de uma estrutura articular,
procedimentos intra-articulares poderão ser associados
para conclusão do ato operatório até um limite de três por
articulação. Essas associações estarão sujeitas às Instruções
Gerais da CBHPM.
b) Os procedimentos extra-articulares poderão ser associados a qualquer procedimento ou associações de procedimentos intra-articulares desta lista para conclusão em
bom termo do ato médico cirúrgico (retirada e transposições tendíneas, retirada e transposições osteocondrais,
osteotomias). Estes atos estarão regidos pelas Instruções
Gerais da CBHPM. Os procedimentos videoartroscópicos
não contemplam a retirada de enxertos. # Exclui a captura
e transposição de enxertos, devem ser cobrados em código específico.
Quanto aos procedimentos extra-articulares, devem ser remunerados integralmente, pois são atos complementares
ao adequado tratamento das lesões, especialmente a retirada de enxertos autólagos, tendinosos, ósseos e de cartilagem utilizados nas reconstruções ligamentares, ósseas
e condrais, sem o que não teríamos a matéria-prima do
enxerto, pois em nosso país não temos a comercialização
de haloenxertos como em outros centros (Estados Unidos,
por exemplo).
Desta forma, a retirada dos enxertos também deve ser
remunerada como prevê a CBHPM. O código 30731216
– transposição de mais de um tendão – se refere à retirada do enxerto de mais de 1 tendão para o preparo do
enxerto a ser colocado na reconstrução do LCA, e o código 30713072 se refere à retirada do enxerto ósseo para
fechamento de defeito ósseo dos túneis realizados para a
passagem do enxerto.
O código de osteocondroplastia se refere especificamente
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CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
d e s t a q u e
a procedimentos realizados na cartilagem articular, que é a
estrutura mais importante para auxiliar no deslizamento das
superfícies articulares e está com muita frequência lesada
nas rupturas ligamentares. Geralmente são negligenciadas
ou não adequadamente procuradas nos traumatismos de
joelho e, por atingirem a cartilagem, que é a estrutura mais
importante da articulação, com frequência progridem para
osteoartrose precoce em pacientes jovens. As lesões condrais e osteocondrais estão igualmente presentes em 50%
casos de luxação patelar traumática. Conforme trabalhos
publicados na literatura, como o de Disler DG, Recht MP,
McCauley TR. MR imaging of articular cartilage. Skeletal Radiol 2000, apenas 67% das lesões osteocondrais são diagnosticadas pela ressonância nuclear magnética e perto de
100% são observados pela artroscopia.
A artroscopia é o melhor procedimento para estabelecer
o diagnóstico, extensão, a profundidade das lesões osteocondrais, assim como o seu tratamento. Com relação à
e
c o l e c i o n e
frequência, 80% das lesões do ligamento cruzado anterior
apresentam lesões condrais ou osteocondrais. O código
30733057 se refere a intervenções sobre os meniscos, que
como amortecedores e auxiliares da estabilização articular,
com frequência apresentam lesões que necessitam procedimentos cirúrgicos. Quando bem executados, irão diminuir em muito a progressão da artrose, que com frequência
acompanhava a evolução desses casos de instabilidade ligamentar que progredia rapidamente para a artrose progressivamente incapacitante em pacientes jovens e ativos.
Os procedimentos concomitantes com sutura meniscal
no tratamento de lesões ligamentares são os que apresentam melhores resultados na literatura e devem ser buscados sempre que a ruptura meniscal permitir essa opção de
tratamento.
Jaime Wageck, Paulo Rockett e
Alexandre Carpeggiani
Projeto piloto de Defesa
Profissional em São Paulo
A Comissão de Dignidade e Defesa Profissional da SBOT, cria um
grupo de trabalho para negociação com as operadoras de planos
de saúde em defesa dos honorários médicos
Com liderança da Comissão de Defesa Profissional da
SBOT-SP, coordenada por Augusto Monteiro, foram incorporados no projeto os ortopedistas Robson Azevedo,
Edison Fujiki, Nelson Astur, Luis Carlos Gracitelli, Rubens
Fichelli e Cleber Furlan, além dos membros da comissão
(João Damasceno Lopes Filho, Wilson Dractu, Marcelo
Araf e Roni Azevedo Carvalho).
Membros do grupo especial para negociação com operadoras de
saúde já definem estratégias
No dia 1º de junho, a diretoria da SBOT, representada
por Geraldo Motta, Arnaldo José Hernandez e Robson
Azevedo, presidente da Comissão de Dignidade e Defesa Profissional, participou de uma reunião com Edison
Noboru Fujiki (vice-presidente da SBOT-SP) e Nelson Astur, membro da regional paulista. Organizada na sede
da regional, a convocação deliberou sobre a criação de
um grupo especial para negociação com operadoras de
saúde no Estado de São Paulo.
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
Os profissionais têm como meta trabalhar por melhores
honorários médicos no estado paulista. Entre as ações da
equipe, está a participação ativa em reuniões com as entidades do Estado de São Paulo, o estabelecimento de negociações com operadoras e a defesa dos interesses dos ortopedistas paulistas em relação aos honorários médicos.
Segundo Robson Azevedo, a criação desse grupo é considerada um projeto piloto da SBOT que pode e deve ser
copiado por todas as regionais. “A Ortopedia precisa estar
mobilizada e ser representada em cada região, com atuação pró-ativa de seus associados. Não hesitem em procurar a Comissão de Dignidade e Defesa Profissional para o
apoio em ações em prol do ortopedista”, conclui ele.
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CADERNO DE DEFESA PROFISSIONAL
d e s t a q u e
e
c o l e c i o n e
Espaço Aberto
O ortopedista pode realizar exame de ultrassonografia e
assinar o laudo?
No tocante ao exercício de especialidade, é importante que deixemos consignado o que pondera o Conselho Federal de Medicina no Parecer 17/2004: “Os Conselhos Regionais de Medicina
não exigem que um médico seja especialista para trabalhar em
qualquer ramo da Medicina, podendo exercê-la em sua plenitude nas mais diversas áreas, desde que se responsabilize por
seus atos e, segundo a Resolução CFM n. 1.701/03, não as propague ou anuncie sem realmente estar neles registrado como
especialista”.
No mesmo sentido, diz o CREMESP: “Todo médico inscrito em
um Conselho Regional de Medicina está apto para o exercício
da profissão em qualquer de seus ramos ou especialidades, conforme o que dispõe o art. 17 da Lei n. 3268/57. Cabe ressaltar que
o limite deste proceder é fixado de acordo com a consciência
e habilidade do médico, que responde, todavia, pela prática de
seus atos” (Processo Consulta n. 8062/88 do CREMESP).
A SBOT compartilha desses posicionamentos. Isso posto, cabe
informar que o ortopedista pode realizar o USG musculoesquelético, independentemente de qualquer título, desde que se sinta
apto para tanto e, naturalmente, se responsabilize pelos atos
praticados. Esse é o nosso parecer, relativo aos aspectos éticos e
normativos do caso proposto. A Comissão de Defesa Profissional
da SBOT está de acordo com o posicionamento, completando-o
com a seguinte orientação proferida em 2005 pelo então presidente, dr. George Bitar: “O exame USG musculoesquelético é
médico dependente, portanto o ideal para o paciente é que seja
realizado por ortopedista, além do radiologista. Isso vale para todas as áreas (obstetrícia, cárdio etc.). É claro que o colega que irá
fazer o exame deve apresentar alguma qualificação (curso etc.) e
se restrinja a fazê-lo em seus pacientes exclusivamente. O objetivo é melhor atender o paciente e a cooperativa, prestar um ser-
viço de qualidade aos seus segurados. Na clínica particular, isso
já é feito há muito tempo. O ortopedista também realiza exames
radiológicos para elucidar o diagnóstico do seu paciente”.
Como ortopedista, é possível realizar um curso de Eletroneuromiografia, ministrado em Belo Horizonte, e atuar na
área sem ter problemas com o CRM?
Atualmente, é a Resolução 1974/11 do Conselho Federal de Medicina que disciplina a publicidade médica. A leitura da norma
é recomendável, sobretudo as perguntas e respostas mais frequentes. Com base, então, na Resolução, esclarecemos que, de
maneira geral, somente as especialidades, áreas de atuação e
títulos passíveis de registros no Conselho Regional podem ser
anunciados, ou seja, aqueles títulos adquiridos por meio de programa de residência médica ou por avaliação de sociedade de
especialidade reconhecida pelo CFM. Cabe ressaltar também
que título acadêmico de área diversa não deve ser associado à
especialidade.
Sobre o Serviço de Ortopedia e Traumatologia: É necessária a vinculação ao MEC e suas determinações, ou em qual
legislação deverá estar embasado tecnicamente, uma vez
que se trata de um serviço vinculado à SBOT? Devemos
falar da Lei 6.932/81? Somos obrigados a falar sobre o Decreto 80.281, ou basta afirmar no documento que somos
um serviço vinculado à CET/SBOT desde 1970?
Realmente, a confusão é grande entre residência médica e serviço credenciado SBOT. Efetivamente, existe diferença. A residência, cujas atividades estão dispostas na Lei 6932/81, está regulamentada pelo Decreto 80.281, está vinculada ao MEC, sendo que
os serviços credenciados pela SBOT para treinamento na área da
Ortopedia não estão afetos ao Ministério da Educação. Logo,
qualquer regulamentação criada pelo Serviço para discipliná-lo
deverá ser vinculada à SBOT e deverá citar a ligação existente
com a Sociedade.
AMB mantém processo de
revalidação do Título de Especialista
Com auxílio de todas as sociedades de especialidade filiadas, a
Associação Médica Brasileira (AMB) passa a ser a única responsável por administrar a pontuação dos eventos científicos necessários para que o Certificado de Atualização Profissional (CAP) seja
emitido. A decisão objetiva garantir aos médicos especialistas
uma certificação de que eles possuem conhecimentos atuais sobre a prática médica, além de assegurar o melhor atendimento
à população. O processo deixou de ser obrigatório após a publicação da Resolução CFM nº 1.984/2012, revogando a Resolução
CFM nº 1.772.
Segundo a Associação, as regras para a atualização continuam
as mesmas: o médico portador de título de especialista ou certificado de área de atuação que acumular 100 pontos no período
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de cinco anos sequenciais receberá a atualização de seu documento por meio do CAP.
A AMB salienta também que o título de especialista ou certificado
de área de atuação não perde seu valor. O médico inscrito no
processo precisa apenas comprovar que se manteve atualizado
após ser aprovado nas provas de obtenção do documento.
O trâmite para cadastramento dos eventos e a comprovação de
participação dos médicos continuará sendo o mesmo e deverá
ser feito pelo site: www.cna-cap.org.br. Entretanto, devido ao
processo de reestruturação interna da CNA, a AMB prorrogou
a emissão dos primeiros CAPs, programados para dezembro de
2011, para dezembro de 2012.
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Acupuntura
Acupuntura é
procedimento médico
Reconhecida como procedimento exclusivamente
médico pelo Tribunal Regional Federal, a Acupuntura é uma
importante aliada no tratamento das lesões ortopédicas
vamente médica. A decisão é favorável
a uma série de ações impetradas desde
2001 pelo Conselho Federal de Medicina
(CFM), que em 1995, através da Resolução 1.455, já tinha reconhecido a prática
como uma especialidade médica.
Carlos Vital
O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região (Brasília) decidiu, no dia 27 de março,
que a Acupuntura é uma prática exclusiJornal da SBOT – Maio/Junho 2012
Segundo o vice-presidente do CFM, Carlos
Vital, a deliberação é de fundamentação
coerente com as jurisprudências emitidas
por tribunais de instâncias superiores, que
restringem o diagnóstico e a terapêutica
das doenças ao profissional médico, legalmente habilitado e capacitado para o
exercício da Medicina. “A limitação da Acupuntura como prerrogativa do profissional
médico vem ao encontro da segurança e
eficácia dos procedimentos assistenciais a
valores absolutos, ou seja, a manutenção
da saúde e da vida humana”, diz.
O exercício da Acupuntura, no Brasil,
passa a ser juridicamente entendido
como plenamente seguidor dos pressupostos legais quando realizado por médicos devidamente habilitados ao exercício da profissão, a quem cabe também
a sua aplicação, nos seus respectivos
campos de atuação. Na China, tanto por
tradição milenar como por legislação
contemporânea, somente os graduados
em Medicina (e posteriormente os veterinários e odontólogos) podem exercer a
Acupuntura.
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Acupuntura
Dirceu de Lavor Sales, membro da Câmara Técnica de Acupuntura do CFM e
ex-presidente do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura, sustenta que a prática requer capacidade de identificação e
condução de um caso clínico e que isso
pressupõe formação médica. “Não é possível tratar uma dor, por exemplo, sem antes ter um diagnóstico”, acrescenta.
podem levar a uma elucidação diagnóstica, que é de conhecimento médico.”
Wu Tsu-Hsing
A Acupuntura aliada à Ortopedia
Ysao Yamamura
O prof. dr. Ysao Yamamura, chefe do setor
de Medicina Chinesa/Acupuntura da Escola Paulista de Medicina – Unifesp, parte
da premissa de que qualquer tratamento
implica o diagnóstico, muitas vezes requerendo exames laboratoriais como de
sangue, urina, provas cardiológicas, além
de exames de imagens (raios X, tomografia, ressonância magnética, etc). “Somente
o médico está apto a solicitar os exames
que julgar necessário para uma correta interpretação da doença e, posteriormente,
o tratamento indicado”, explica Ysao.
A Acupuntura faz parte dessa série de
procedimentos encadeados que obedecem à sequência de uma consulta médica, precedida pelos exames físicos do
paciente. “O método é seguro e desprovido de efeitos adversos quando realizado
por profissionais capacitados”, ressalta Hildebrando Sábato, presidente do Colégio
Médico Brasileiro de Acupuntura.
Wu Tsu-Hsing, chefe do Centro de Acupuntura do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas
da Faculdade de Medicina da USP, alerta
para as complicações quando a Acupuntura não é aplicada por médicos. “São comuns lesões teciduais e de órgãos nobres
pela falta de conhecimento da anatomia
topográfica, mas o principal agravante é
encobrir sintomas e sinais de alerta que
20
Na Ortopedia, a Acupuntura é uma importante aliada no tratamento de lesões
musculoesqueléticas. “A técnica tem
efeito analgésico e anti-inflamatório pela
liberação de endorfina e ACTH (precursor
da cortisona), e é excelente no tratamento
das lesões com dores musculoesqueléticas”, explica Wu Tsu-Hsing.
Para Ysao Yamamura, a Acupuntura é um
tratamento de excelência para as patologias ortopédicas em que não haja indicação cirúrgica, como nas hérnias do disco
intervertebral, artroses e, principalmente,
em dores como lombalgia, cervicobraquialgia, tendinites, ombralgias, gonalgia
e dores musculares. “Também é indicada
no tratamento pós-operatório de lesões
ortopédicas como meio de promover a
analgesia”, acrescenta.
No Centro de Acupuntura do Instituto
de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do
Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP, 80% dos pacientes que
são atendidos sofrem de dores musculoesqueléticas. O mesmo acontece no
setor de Medicina Chinesa/Acupuntura
da Escola Paulista de Medicina – Unifesp.
“A maioria dos nossos pacientes nos procuram por dores do sistema musculoesquelético. No pronto atendimento de
Acupuntura são atendidos cerca de 1.800
pacientes por mês”, informa Ysao.
Segundo dados do Colégio Médico
Brasileiro de Acupuntura, a especialidade é particularmente eficaz em
problemas comuns como na coxa e
panturrilha, lombalgias, tendinites no
joelho e calcanhar, canelite, fascite
plantar, entre outras. A técnica estimula o corpo a produzir substâncias
químicas, levando à diminuição da dor
e da inflamação, melhora a circulação
sanguínea no local e diminui o tempo
de recuperação da lesão. Estudos demonstram que o procedimento tem
sido considerado altamente eficaz por
promover analgesia nas situações de
dor no treinamento, evita o uso excessivo de medicamentos e facilita a prática esportiva plena.
A especialidade no Brasil
1. Implantada nos serviços públicos de saúde há mais de 20 anos
(desde 1988), em que o SUS (Sistema Único de Saúde) registra,
anualmente, mais de 650 mil atendimentos médicos em Acupuntura. Segundo dados do Ministério da Saúde, os atendimentos são
realizados principalmente nas Unidades Básicas de Saúde e nos
Núcleos de Apoio à Família, além dos hospitais.
2. Reconhecida oficialmente, desde 1995, como especialidade
médica pelas instâncias e autoridades competentes do
país (Conselho Federal de Medicina, Associação Médica
Brasileira e Federação Nacional dos Médicos).
3. Estabelecida e autorizada, desde 2002, pelo Ministério da Educação, com uma carga horária de 60 horas
semanais durante dois anos, num total de 5.760 horas.
O Brasil é o único país do mundo que possui programa
de residência médica em Acupuntura.
Dados do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA)
www.sbot.org.br
Espaço das Regionais
SÃO PAULO
Programe-se para os encontros científicos da SBOT-SP
Confira a programação e participe!
Sociedade Brasileira de
Ortopedia e Traumatologia
Regional São Paulo
Com inscrições gratuitas, a SBOT-SP realizará mensalmente
reuniões científicas em sua sede, localizada na Al. Lorena,
427, 3º andar – conj. 30, a partir das 20h. O objetivo é proporcionar educação continuada de qualidade e uma maior
aproximação entre os ortopedistas paulistas.
Os interessados podem se inscrever diretamente com a
SBOT-SP pelo telefone (11) 3889-7073 ou por e-mail: [email protected]. O calendário completo está disponível no portal da SBOT-SP (www.sbotsp.org.br).
19 de julho:
20h: Fratura diafisária do úmero / Tratamento com haste
Palestrante: Carlos Augusto Finelli (Hosp. Mun. Tatuapé)
20h30: Tratamento com placa
Palestrante: Luiz Fernando Cocco (UNIFESP)
21h: Placa ponte – Complicações e considerações gerais
Palestrante: William Dias Belangero (UNICAMP)
16 de agosto:
20h às 21h30: Fraturas do terço proximal do úmero
Palestrantes: Luciana Andrade Silva (SCSP), Sérgio Luiz Checchia (SCSP) e Arnaldo Amado Ferreira Neto (IOT-FMUSP)
20 de setembro:
20h: Fraturas da base da falange proximal – redução cruenta
+ placa e parafusos (indicações, técnica e complicações)
Palestrante: Álvaro Baik Cho (FMABC)
20h30: Fraturas do côndilo da falange proximal – redução
cruenta + parafusos interfragmentários (indicações, técnica e complicações)
Palestrante: Rames Mattar Júnior (IOT-FMUSP)
21h: Apresente o seu caso
Santa Catarina
SBOT-SC promove o I Fórum de Medicina e Mobilidade Urbana
talares e de salas cirúrgicas, além de inúmeras carências nas
condições de trabalho.
O evento foi realizado pela SBOT-SC em parceria com a
ACM, e teve como meta avaliar a atual situação do trânsito,
educação, legislação e atendimento hospitalar e pré-hospitalar dessa assistência tão importante na luta por salvar
vidas. Dentre as presenças, destacaram-se o presidente da
SBOT, Geraldo Motta, do coordenador de Ações Institucionais da entidade nacional, Edilson Forlin, e do ortopedista
paranaense Ricardo Falavinha.
Mesas-redondas reuniram profissionais da Medicina,
da Justiça e da Polícia Militar
No dia 16 de maio, durante o I Fórum de Medicina e Mobilidade Urbana, realizado na sede da Associação Catarinense
de Medicina (AMC), em Florianópolis, ortopedistas de Santa
Catarina, responsáveis em receber as vítimas dos acidentes
nas emergências e ambulatórios dos hospitais de todo o
estado, denunciaram a falta de vagas nas UTIs, leitos hospi-
22
A próxima etapa do trabalho será a redação de um documento com os resultados dos debates, apontando alternativas para a situação e reivindicando as mudanças necessárias na defesa da saúde dos catarinenses. A carta com
as conclusões das discussões será entregue aos gestores
da saúde nas esferas municipal e estadual, bem como aos
candidatos às próximas eleições, na busca de soluções aos
problemas existentes.
www.sbot.org.br
Espaço das Regionais
Paraná
SBOT-PR apresenta suas propostas durante o Fórum de
Planejamento
Marcelo Abagge, Luiz Antonio Munhoz da Cunha, Luiz Carlos Sobania, Marco Antonio Pedroni e Rogério Fuchs que, entre outros, representaram
o Paraná no Fórum da SBOT
Ortopedistas paranaenses participaram do Fórum de Planejamento da SBOT realizado em abril, em Angra dos Reis
(RJ), e acreditam ter dado importante contribuição ao
debate. “Entre os assuntos discutidos, falamos da necessidade de maior integração entre as regionais e da interiorização dos cursos pelos estados brasileiros”, explica o
presidente da SBOT-PR, Marco Antonio Pedroni.
Entre os vários especialistas paranaenses presentes,
Pedroni cita os nomes dos doutores Luiz Carlos Sobania e Luiz Antonio Munhoz da Cunha, dois expoentes
da Ortopedia brasileira; além dos colegas Marcelo
Abagge, atual presidente da Sociedade Brasileira de
Trauma Ortopédico, e Rogério Fuchs, que presidirá
o Congresso Brasileiro da SBOT, a ser realizado em
Curitiba em 2013.
Ele ressalta também os avanços das clínicas de Ortopedia
nas negociações com os planos de saúde. “Porém, ainda
temos muito a progredir. Mas para isso, precisamos nos
mobilizar, nos unir e tornar-nos mais participativos”, conclui o presidente da SBOT-PR.
Minas Gerais
Ações da SBOT-MG
A SBOT-MG, presidida por Wilel Benevides, está dinamizando
uma série de atividades com o objetivo de conhecer a realidade dos ortopedistas mineiros e, ao mesmo tempo, propor
melhorias profissionais e científicas.
Nesse sentido, a diretoria visitou diversos serviços credenciados de Ortopedia e Traumatologia e foi muito bem recebida
pelos seus coordenadores e membros. Entre os serviços visitados estão os dos hospitais Madre Tereza, Vera Cruz, Mater
Dei, Felício Rocho, do Hospital Universitário São José e do
Hospital Belo Horizonte.
Na pauta de temas debatidos, destaque para a defesa profissional, o TEOT e o tradicional Congresso Mineiro de Ortopedia, marcado para 9 a 11 de agosto, em Juiz de Fora. BeneJornal da SBOT – Maio/Junho 2012
vides ficou impressionado com a receptividade e integração
de todos os serviços.
A integração é representada através da excelente adesão
dos colegas nas jornadas científicas que estão sendo realizadas no interior de Minas Gerais. Destaque para a Jornada
do Quadril em Montes Claros; Tumores Ósseos em Uberaba;
Jornada de Ortopedia do Vale do Aço em Ipatinga e várias
outras em andamento.
No âmbito social, a SBOT-MG iniciou um ciclo de palestras
gratuitas em sua sede com temas atuais da Ortopedia e
Traumatologia e de interesse para a população em geral. O
projeto tem apresentado uma boa adesão do público e proporcionado visibilidade para a regional na mídia mineira.
23
Espaço das Regionais
Rio de Janeiro
VII Congresso de Artroplastia: convidados internacionais
Os especialistas da Campbell Clinic (EUA), parceira da SBOT-RJ
na realização do VII Congresso de Artroplastia e Reconstrução
Musculoesquelética, confirmaram participação no evento que
será realizado no mês de julho no Rio de Janeiro.
de ser apenas um simples ouvinte para fazer parte, efetivamente, de todas as atividades realizadas, como mesasredondas, debates e discussões de casos”, assegura Carlos
Alfredo Jasmin, presidente do congresso.
Além do diretor da Campbell, Terry Canale, estarão no congresso os doutores James Guyton (Joelho e Quadril), Keith D.
Williams (Coluna), Quin Throckmorton (Ombro e Cotovelo) e
William M. Mihalko (Joelho e Quadril).
O congresso acontecerá nos dias 12, 13 e 14 de julho no
Hotel Windsor, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Mais informações pelo telefone da SBOT-RJ: (21) 2543-3844 ou pelos
sites www.sbotrj.com.br e www.artroplastia.org.br.
Canale demonstra entusiasmo ao falar sobre a ocasião,
que segundo ele será uma grande oportunidade para o
intercâmbio de experiência entre especialistas brasileiros
e americanos. “Além de trocar informações e ideias sobre
os aspectos mais recentes em artroplastia e reconstrução
pós-traumática, estamos ansiosos para rever velhos conhecidos”, afirma.
Sábado cirúrgico com transmissão
on-line
Da Clínica Alemana, do Chile, virão os doutores Dante Parodi
(Quadril), Rafael Calvo (Joelho) e Felipe Toro (Ombro), que
participarão de atividades voltadas aos temas “Utilização de
Titânio Trabecular e Atroplastia do Quadril”, “Defeitos Ósseos
em Revisão de Prótese de Joelho”, e “Gestão de Tuberosidades em Fratura de Prótese Reversa e Total de Ombro”, respectivamente.
O presidente da SBOT-RJ e responsável pelas parcerias efetivadas, Paulo Barbosa, destaca que a comissão organizadora vem
trabalhando incansavelmente para proporcionar um evento
da mais alta qualidade. “Para levar aos seus membros o que
existe de melhor, a SBOT-RJ sempre demonstrou uma grande
capacidade de criação e inovação e, sendo assim, na organização do VII Congresso de Artroplastia e Reconstrução Musculoesquelética isto não poderia ser diferente!”, avalia.
A comissão organizadora afirma que essa será uma edição
renovada do evento, realizado tradicionalmente desde
1999. “Além de adicionar aos temas uma nova vertente, o
da reconstrução musculoesquelética, o participante deixa
24
No dia 5 de maio, mais de 150 ortopedistas participaram da
segunda edição do Sábado Cirúrgico, evento realizado pela
SBOT-RJ na Casa do Ortopedista Fluminense.
O curso consiste na demonstração de uma técnica cirúrgica
real, previamente registrada em vídeo e exibida para debate
em tempo real com os participantes presentes e os on-line —
que têm acesso através de link disponível no site da SBOT-RJ.
Nessa segunda edição, o Hospital Universitário da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) aplicou o curso de extensão
universitária. O evento foi patrocinado pelas empresas Merck
S.A. e RPM, e gratuito para os membros da SBOT-RJ.
Paulo Barbosa comemora a abrangência dos eventos realizados pela regional. “Atualmente disponibilizamos treinamento
e educação continuada a todos os estados do Brasil e até para
o exterior. Esse era um grande desafio que, com muito trabalho, foi vencido”, comemora.
Para ele, a reestruturação da Sociedade, não só a física, mas
também a administrativa, estimula o interesse dos investidores. “Nós oferecemos uma gama de contrapartidas às
empresas que desejam ter a SBOT-RJ como parceira. Trabalhamos com planejamento e beneficiamos os colegas ortopedistas”, conclui.
www.sbot.org.br
Espaço das Regionais
Pará
1º Curso Teórico-Prático de Microcirurgia Experimental
A SBOT-PA, em convênio com a Universidade do Estado do Pará
(UEPA), promoverá nos
dias 17 e 18 de agosto
o 1º Curso TeóricoPrático de Microcirurgia Experimental. Com
coordenação de Rui
Barros, o evento será realizado no Laboratório da UEPA.
Mais informações no site: www.sbotpa.com.br.
1ª conquista da Residência de Ortopedia
do Hospital Porto Dias/UEPA
Rui Barros, coordenador da
Residência de Ortopedia do
Hospital Porto Dias/UEPA, de
Belém, foi escolhido como
melhor tema livre em ciência
básica com o tema: “Videomicroanastomose venosa com
STENT intravascular” no 32º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, realizado em São Paulo
Espírito Santo
Inscrições abertas para o 10º COTES
As inscrições para o 10º Congresso de
Ortopedia e Traumatologia do Espírito
Santo (COTES) já estão abertas. Realizado pela SBOT-ES e considerado o maior
encontro capixaba da especialidade, o
congresso acontecerá entre os dias 30 de
agosto e 2 de setembro de 2012, em um
dos mais belos locais do estado: Pedra
Azul, distrito de Domingos Martins.
Ao todo serão três dias de palestras, conferências e simpósios, que irão abordar
assuntos relacionados à Ortopedia Pediátrica, Fratura no
Idoso, Politrauma e Osteoporose, com a presença de renomados especialistas capixabas e também de outros estados.
Mais informações e inscrições através do
site: www.congresso.sbotes.org.br.
Campanha Social
Já está em fase de pesquisa a campanha “Mitos e Verdades”, organizada pela
SBOT-ES, que consiste no esclarecimento
das principais dúvidas da população a
respeito de doenças ligadas à especialidade; e a campanha “DORT”, que tem
como objetivo investigar as causas mais
comuns dos distúrbios osteomusculares relacionados ao
trabalho, e qual tem sido a postura das empresas em relação a esse assunto.
Distrito Federal
Simpósio de Trauma do Membro Superior
A SBOT-DF realizou em abril o Simpósio de Trauma do Membro Superior como parte da programação de treinamento
dos residentes para o TEOT.
Participaram do evento os colegas Alexandre Palotino e
Marcos Giordano, da SBOT-RJ, além dos ortopedistas do
Distrito Federal: Anderson Freitas, Julio Vasconcelos e
Julian Machado.
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
Com a presença dos residentes dos diversos serviços credenciados pela SBOT e colegas membros da nossa Sociedade,
a programação contribuiu para o aprimoramento teórico e
prático de todos.
Também foi realizado o simulado do TEOT em parceria com o
Hospital das Forças Armadas, onde foi feita a simulação das provas
teórica e prática nos moldes da prova realizada em Campinas.
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Espaço das Regionais
Goiás
SBOT-GO promove atualização em Ortopedia Geral
Da dir. para esq.: Flavio Rabelo, Calim Curi,Wender Barbosa de Freitas, Paulo Silva e Marco Antonio Percope
A SBOT-GO promoveu um Curso de Atualização em Ortopedia, nos dias 20 e 21 de abril, no auditório do Crer. A
programação científica contemplou diversos temas, como
fraturas relacionadas ao quadril, ombro membros superiores e inferiores e doenças neurológicas. Os temas foram
abordados por especialistas de renome nacional.
Segundo João Alirio Teixeira da Silva Júnior, diretor técnico
do Crer e professor da Faculdade de Medicina da UFG, a
programação foi elaborada visando atender as necessidades dos especialistas, além de promover uma atualização
de qualidade do ortopedista geral.
Prestigiado pelos especialistas, o curso teve como um
dos palestrantes o mineiro Marco Antônio Percope de
Andrade, coordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais,
que falou sobre Instabilidade Fêmoro-Patelar, abordando
as novidades em cirurgias. O ortopedista mineiro parabenizou pela qualidade do evento. “Com certeza foi muito
produtivo para todos os especialistas, permitindo a interação entre os congressistas e os palestrantes. Esse formato
possibilita um maior aprendizado”, conclui.
O ortopedista de Jataí Walgmar Ramos de Oliveira
aprovou o evento. “O curso foi ótimo, com palestrantes
renomados que souberam transmitir seus conhecimentos”, avalia.
Paraíba
SBOT-PB realiza reuniões científicas
A SBOT-PB está realizando na última semana de cada mês
uma reunião científica para seus associados com um jantar de confraternização. Cada reunião é composta por
dois temas predefinidos, com 20 minutos cada para apresentação e 10 minutos para discussão. Ao final das duas
palestras é aberto espaço para discussão geral de casos
clínicos apresentados pelos participantes.
24 de agosto
Palestra 1: Problemas na Fratura do Punho
Palestrante: Ricardo Chrcanovic
Palestra 2: Lesão dos Tendões Flexores e Extensores
da Mão
Palestrante: Sacha Medeiros
Leve seu caso clínico
Confira a programação dos próximos três encontros:
19 de julho
Palestra 1: Impacto Fêmoro-Acetabular
Palestrante: Umberto Jansen
Palestra 2: Lesão de Manguito Rotador – Atualidades
Palestrante: Túlio Tormes
Leve seu caso clínico
20 de setembro
Palestra 1: Complicações nas Fraturas
Palestrante: Milton Linhares
Palestra 2: Fraturas Subtrocanterianas de Fêmur:
opções de tratamento cirúrgico
Palestrante: Jânio Gualberto
Leve seu caso clínico
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Espaço dos Comitês
Trauma Ortopédico
Congresso de Trauma Ortopédico
é sucesso em Florianópolis
2013, e escolheram Gramado (RS) para ser a cidade sede do
congresso em 2014. A edição de 2013 será em São Paulo, em
cidade a ser definida.
Mais de 100 convidados nacionais, renomados palestrantes
internacionais, interatividade, recepção ímpar. Esse conjunto
de ações agradou à unanimidade do expressivo número de
ortopedistas de todas as regiões do país, que estiveram em
Florianópolis dos dias 17 a 19 de maio para prestigiar a 18ª
edição do Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico.
Em se tratando de confraternização, o Congresso reservou
as melhores lembranças aos ortopedistas e familiares que
visitaram Santa Catarina. Os belos passeios, os restaurantes,
a programação elaborada pela Comissão Organizadora do
Congresso, além da população simpática de Florianópolis,
ficarão na memória de quem não conhecia a cidade.
Presidido por Marcelo Abagge, presidente da SBTO (Gestão
2012), o evento foi destaque, ainda, pelo diferencial em apresentar soluções alternativas em tratamentos em cada palestra, conferência e mesa-redonda.
Geraldo Motta, presidente da SBOT, foi um dos convidados
de destaque do congresso. Ele ressaltou a boa organização
do evento e, ao dirigir-se aos presentes na solenidade de
abertura, pediu a atenção para que todos refletissem sobre o
significado da palavra “sinergia”, termo que ele define como
a base para que todos alcancem o seu crescimento e a sua
valorização pessoal e profissional.
Como ação paralela, ortopedistas foram ao centro da capital
catarinense em campanha educativa, com o apoio do governo de Santa Catarina e da SBTO-SC. O trabalho de orientação teve foco no motorista e no motociclista, que é a principal vítima do politrauma.
Em assembleia, os associados elegeram João Antonio Matheus Guimarães como presidente da SBTO para a gestão
Ainda de acordo com o dirigente, o médico não pode assumir uma posição meramente “contemplativa e de reclamante” perante os fatos e as dificuldades. Deve, ao contrário,
“dar a sua parcela de contribuição, de voluntarismo em prol
da classe e da sociedade”.
Pé e Tornozelo
16º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do
Tornozelo e Pé
A cidade de Fortaleza, CE, sediará o 16º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia do Tornozelo
e Pé, a ser realizado de 2 a 4 de maio de 2013. “Nosso objetivo é proporcionar debates científicos de excelência e, para isso, convidamos renomados palestrantes nacionais e internacionais
com reconhecida experiência e capacitação”, ressalta Augusto César Monteiro, presidente da
Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPÉ). Já estão confirmadas
as presenças dos especialistas David B. Thordarson (EUA), Mark E. Easley (EUA) e Nicola Maffulli
(Reino Unido).
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
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Espaço dos Comitês
Quadril
Current Concepts of Joint Replacement
(CCJR) no Brasil em 2014
Após alguns meses de estudos, avaliações e contatos entre
os doutores A. Seth Greenwald (CCJR – Course Director) e
Luiz Sérgio Marcelino Gomes (presidente da SBQ – gestão
2010-2011), foi finalmente confirmada a realização do curso
denominado Current Concepts of Joint Replacement (CCJR)
no Brasil, considerado o mais importante foro de discussão e
referência mundial na atualização de conceitos e práticas na
artroplastia do quadril, joelho e ombro.
Nunca realizado fora dos Estados Unidos, sua concretização
no Brasil foi confirmada após o Simpósio Biolox realizado durante a 13ª edição do CCJR- Spring, em Las Vegas (de 19 a 24
de maio), no qual Luiz Sérgio Marcelino Gomes foi membro
da comissão científica e palestrante do evento.
A. Seth Greenwald (CCJR – Course Director, Current Concepts
Institute) e Luiz Sérgio Marcelino Gomes (presidente da SBQ –
Gestão 2010-2011)
Previsto para o final de julho ou início de agosto de 2014, os
últimos detalhes serão acertados ainda em outubro deste
ano, durante uma reunião com Seth Greenwald, no Brasil.
Para essa reunião, Marcelino convidará o presidente da SBOT,
Geraldo Rocha Motta Filho, para que a Sociedade tenha também participação relevante na organização do evento.
Cirurgia da Mão
32º CBCM
nadá, e Hermann Krimmer, da Alemanha”, diz
Monteiro.
Destaque para a realização de uma mesa-redonda desenvolvida pela Comissão de Ética
e Defesa Profissional, onde especialistas tiveram a oportunidade de discutir, sob a ótica
SBCM e do Ministério da Saúde, detalhes no
que se refere ao projeto de atendimento primário ao paciente traumatizado. Segundo
estatísticas oficiais, quase 50% desses acidentados sofrem lesões do membro superior
envolvendo a mão.
De 28 a 30 de abril, foi realizado o 32º Congresso Brasileiro de Cirurgia da Mão, na cidade de São Paulo.
Segundo Anderson V. Monteiro, presidente da Sociedade Brasileira
de Cirurgia da Mão, o evento alcançou o êxito com uma excelente
programação científica, além de ser palco de salutares trocas de
experiências. “Tivemos a oportunidade de rever temas relevantes à
nossa especialidade, além de compartilhar conhecimento com os
renomados convidados internacionais Donald. H. Lalonde, do Ca-
28
Visando promover o constante aperfeiçoamento profissional, Monteiro finaliza convidando a todos os especialistas para programarem-se para o 33º Congresso Brasileiro de
Cirurgia da Mão e o 14º Congresso Sul-americano de Cirurgia da Mão, que terá como sociedade convidada a Associação Americana
de Cirurgia da Mão. “Esse megaevento acontecerá no Rio de Janeiro, de 25 a 27 de abril
de 2013. Contamos com a presença de todos”,
conclui o presidente da SBCM.
www.sbot.org.br
Espaço dos Comitês
ASAMI
II Congresso Mundial de Fixação
Externa acontece no Brasil
Coluna
WCMISST
De 6 a 8 de setembro será realizado o II Congresso Mundial das
Sociedades de Fixação Externa
e Reconstrução Óssea no Hotel
Iberostar, na Praia do Forte, na
Bahia.
Segundo Rubens Antonio Fichelli Jr., o evento será
ideal para troca de experiências e conhecimentos,
através de discussões sobre as novas técnicas e abordagens em fixação externa e com a metodologia de
Ilizarov. “Teremos grandes especialistas falando sobre
o avanço da ciência e da arte da fixação externa e
reconstrução osteoarticular, abordando técnicas tradicionais e modernas, demonstrando os avanços dos
sistemas de fixação, reconstrução e alongamento ósseo, cada vez mais estáveis, leves, versáteis e multiaxiais, fazendo com que a cada dia o método de Ilizarov
se torne acessível e com melhores resultados para todos os ortopedistas.”
Inscreva-se pelo site: www.externalfixation2012.com.
Jornal da SBOT – Maio/Junho 2012
Praia do Forte, na Bahia, sediará o II Congresso Mundial de Cirurgias e Técnicas Minimamente Invasivas
da Coluna – WCMISST, de 16 a 18 de agosto, com a
participação de todas as sociedades minimamente
invasivas do mundo. A realização do evento no Brasil
é motivo de orgulho para todos os ortopedistas brasileiros. Na ocasião, também será criada a Federação
Mundial de Cirurgia da Coluna Minimamente Invasiva
e Técnicas (WFMISST ). Informações e inscrições pelo
site: www.wcmisst2012.com.br
29
Agenda de Eventos
Divulgue seu evento no Jornal da SBOT.
Mande as informações para: [email protected].
julho 2012
VII Congresso Internacional de
Artroplastia / I Congresso de
Reconstrução Músculo-Esquelético
12 a 14 de julho
Rio de Janeiro – RJ
X Congresso Catarinense de Ortopedia
e Traumatologia / IX Encontro
Catarinense de Cirurgia da Coluna /
Curso de Imersão em Ortopedia.
6 a 7 de julho
Hotel Mercure Convention
Praxis Feiras e Eventos
Florianópolis – SC
(48) 3028-5154
Curso de Lesões na Musculação e
Ciência Aplicada ao Treinamento
Muscular
21 de julho
São Paulo – SP
Viviane Arruda
(11) 3283-3326 / 9941-8492
VI Simpósio Multi-Institucional de
Oncologia Ortopédica (FCMSCSP,
FMUSP, EPM/UNIFESP)
27 e 28 de julho
São Paulo – SP
Tamiris / Mayara / 11-30864106
/ Fax 3086-4105 – [email protected]
agosto 2012
ISKT – International Sypmposium on
KNEE TRAUMA
09 a 11 de agosto
Ribeirão Preto – SP
[email protected]
(16) 3967-1003
Congresso Mineiro de Ortopedia e
Traumatologia
09 a 11 de agosto
Juiz de Fora – MG
Simpósio Multi-institucional de
Oncologia Ortopédica
10 a 11 de agosto
São Paulo – SP
[email protected]
(11) 8173-7373
5º Curso de Artroplastia do Joelho
17 a 18 de agosto
Curitiba – PR
(41) 3091-5050 / 3026-6959
30
Simpósio da SBRATE
23 a 26 de agosto
Salvador – BA
VII Curso Avançado de Cirurgia do Joelho
23 a 25 de agosto
São Paulo – SP
[email protected] ou
[email protected]
(11) 9595-8814
XX Encontro Heinz Rucker da SBOT PR
23 a 25 de agosto
Curitiba – PR
[email protected]
(11) 3262-8023
XII Congresso Paranaense de Ortopedia
23 a 25 de agosto
Curitiba – PR
[email protected]
(11) 3262-8023
setembro 2012
2º World Congress on External Fixation &
Reconstruction Societies / 11º Congresso
Brasileiro de Comitê A.S.A.M.I.
6 a 8 de setembro
Praia do Forte – BA
[email protected]
(11) 3283-3326
/ [email protected]
XXV Encontro do Centro de Estudos do
Profº José Henrique Machado
30 de setembro a 2 de outubro
Caeté – MG
[email protected]
organizaeventos@
organizacongressoseeventos.com.br
(31) 3786-6963 / 8343-5979
outubro 2012
XI Congresso Paulista de Medicina do
Esporte / XIII Encontro A. A. A. R. L. de
Medicina Esportiva
18 a 20 de outubro
Ribeirão Preto – SP
[email protected]
(11) 39512813
NOVEMBRO 2012
XX Congresso Latino Americano de
Medicina e Cirurgia da Perna e Pé
12 a 14 de novembro
Salvador – BA
[email protected]
(16) 3623-9399
44º CBOT – Congresso Brasileiro de
Ortopedia e Traumatologia
15 a 17 de novembro
Salvador – BA
[email protected][email protected]
1° Curso Internacional de Trauma do
Quadril, Pelve e Acetábulo
31 de novembro a 1 de dezembro
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Prof. Dr. Giancarlo Polesello
[email protected]
DEZEMBRO 2012
Simpósio Regional de Ombro e
Cotovelo
7 e 8 de dezembro
Belo Horizonte – MG
[email protected] /
[email protected]
XV Congresso Norte e Nordeste de
Ortopedia e Traumatologia
20 a 22 de setembro
Fortaleza – CE
XV JOPPAQ – Jornada Paulista de
Patologia do Quadril
20 a 22 de setembro
Ribeirão Preto – SP
[email protected]
(16) 3623-9399
10º COTES – Congresso de Ortopedia e
Traumatologia do Espírito Santo
30 de agosto a 2 de setembro
Vitória – ES
[email protected]
www.sbot.org.br