Boletim Epidemiológico n. 1 2013

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Boletim Epidemiológico n. 1 2013
Boletim
Epidemiológico
Volume 44
N° 1 - 2013
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde
Situação epidemiológica da malária
no Brasil, 2000 a 2011
Introdução
No Brasil, no ano de 2011, 99,7% da transmissão
da malária concentrou-se na Região Amazônica,
composta pelos estados do Acre, Amazonas,
Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins, compreendendo
807 municípios. Por ser a doença de maior
magnitude da região, a malária, de certa forma,
tem contribuído para a melhoria dos serviços de
saúde com a ampliação do atendimento a seus
portadores e, consequentemente, maior atenção a
pacientes de outras doenças.1,2
A partir de 2000, o Ministério da Saúde
desencadeou o processo de descentralização das
ações de vigilância em saúde. Esse processo vem
se efetivando anualmente, com o fortalecimento
da estrutura dos serviços de saúde e da
capacidade de gestão dos estados e municípios.
O Ministério da Saúde tem procurado suprir as
dificuldades operacionais na Amazônia com o
reforço de recursos financeiros e materiais; e de
conhecimento, dirigido aos técnicos dedicados ao
desenvolvimento desses serviços.1-3
No decorrer da análise deste informe
epidemiológico, poder-se-á constatar que
muitos municípios saíram da fase crítica da
alta transmissão da malária graças aos esforços,
envidados pelos gestores das três esferas de
governo, para o controle da malária. Entretanto, a
intensa e desordenada ocupação das periferias das
cidades tem levado à concentração de casos em
poucos municípios.
Na análise dos indicadores, é possível perceber
os avanços e as dificuldades, todavia persistentes,
para o controle da malária.
A rede de diagnóstico da malária no Brasil
No Brasil, no período de 2000 a 2011, a rede de
diagnóstico de malária realizou mais de 2 milhões
de exames ao ano.
Em 2011, a rede de diagnóstico da malária da
Região Amazônica realizou um total de 2.565.616
exames. A região conta com mais de 3000
laboratórios, 33,7% deles concentrados no estado
do Amazonas. O estado do Amapá apresentou
um aumento de 21,3% no número de exames em
relação a 2010. E o estado que apresentou maior
redução no quantitativo de exames foi Roraima,
com 19,5% (Tabela 1).
Tabela 1 – Número de exames de diagnóstico de malária – por laboratório – e variação de exames em relação a 2010, por
Unidade Federada (UF) na Região Amazônica. Brasil, 2011
UF
População
Nº de laboratórios
Nº de exames
Variação percentual sobre 2010
AC
746.375
158
500.520
-9,8%
AM
3.538.359
1.089
922.541
-5,9%
AP
684.301
148
95.862
21,3%
MA
6.645.665
248
81.577
5,5%
MT
3.075.862
133
12.557
-1,5%
PA
7.688.531
696
561.547
7,4%
RO
1.576.423
323
212.148
-18,9%
RR
460.157
242
177.913
-19,5%
TO
1.400.813
187
951
16,7%
25.816.486
3.224
2.565.616
-5,3%
TOTAL
Fonte: Laboratórios Centrais de Saúde Pública/Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Lacen/CGLAB/SVS/MS).
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Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Exames e detecção de casos
A realização de exames de malária no Brasil,
especialmente na Região Amazônica, é feita
por detecção ativa (DA) quando se tem uma
busca de casos nos domicílios em áreas de risco;
ou por detecção passiva (DP), por meio dos
atendimentos da demanda dos pacientes que
procuram os postos de diagnóstico.1 No período
de 2003 a 2011, observa-se aumento no percentual
de exames realizados de forma ativa na região;
principalmente a partir de 2007, quando ocorre
uma inversão na proporção entre DA e DP (Figura
1). Ao final do período, o incremento de exames
por DA foi de 83,4%, o que correspondeu a um
aumento de 647.143 exames. Esse aumento pode
ser explicado, em parte, pela inserção da coleta
de lâminas para diagnóstico de malária nas ações
da Atenção Básica, e pela intensificação das ações
de detecção ativa pelos agentes de controle de
endemias.4
A positividade da DP na Região Amazônica
foi sempre superior à da DA em todos os anos do
período estudado (Figura 2).
70,0
60,0
50,0
%
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
DP
61,4
59,5
59,0
51,9
49,9
45,9
44,1
44,1
44,5
DA
38,6
40,5
41,0
48,1
50,1
54,1
55,9
55,9
55,5
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 1 – Proporção de exames realizados por detecção ativa (DA) e por detecção passiva (DP) na Região Amazônica. Brasil,
2003 a 2011
© 1969. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que
citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
Comitê Editorial
Jarbas Barbosa da Silva Jr (editor geral), Sônia M. F. Brito, Marcus Quito, Cláudio Maierovitch P. Henriques, Deborah C. Malta, Dirceu
B. Greco, Guilherme Franco Netto, Elisete Duarte, Geraldo Ferreira, Eunice de Lima e Carlos Estênio Freire Brasilino
Equipe Editorial
Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviço/SVS/MS: Pedro Luiz Tauil (editor científico convidado), Luciana
M. V. Sardinha (editora assistente) e Thaisa A. Oliveira (secretária executiva)
Colaboradores
Malária (CGPNCM/DEVEP): Juliana Chedid Nogared Rossi, Oscar Martin Mesones Lapouble e Ana Carolina Faria e Silva Santelli
Distribuição impressa e eletrônica
Núcleo de Comunicação/SVS
Revisão de texto
Ermenegyldo Munhoz Junior
Normalização
Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS
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100%
80%
60%
40%
20%
0%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
DA
20,7
22,1
23,9
27,4
26,0
26,2
26,6
25,6
22,6
DP
79,3
77,9
76,1
72,6
74,0
73,8
73,4
74,4
77,4
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 2 – Proporção de casos detectados por detecção ativa (DA) e detecção passiva (DP) na Região Amazônica. Brasil, 2003
a 2011
Em 2011, o percentual de exames por DA na
Região representou mais de 50,0% dos exames
realizados; no entanto, 77,4% dos casos foram
detectados de forma passiva.
Registros de casos de malária
No período de 2000 a 2011, 99,7% dos casos de
malária foram notificados na Região Amazônica,
considerada área endêmica no país. Nos últimos
12 anos, foi notificada uma média de 422.858
casos por ano.
Entre 2000 e 2002, houve redução do número
de casos notificados. Porém, no período de 2002 a
2005, a malária apresentou tendência de aumento
até chegar a 607.782 casos em 2005, representando
um incremento de 73,7% em relação ao número de
casos de 2002.
O aumento dos casos deveu-se, principalmente,
à intensa e desordenada ocupação das periferias
das grandes cidades da Região Amazônica. O
desmatamento para extração de madeira, criação
de gado, agricultura e assentamentos, atividades
não autorizadas pelos órgãos competentes,
contribuiu para o aumento da transmissão da
doença.2-5 Outro fator colaborador foi o aumento
dos criadouros do mosquito, vetor da malária, em
função da atividade de piscicultura desordenada,
com a construção de tanques artificiais em
quintais de domicílios ou nas periferias de diversas
cidades da Região.2
A partir de 2006, essa tendência mudou,
apresentando uma redução média de 56.866 casos
a cada ano (Figura 3).
A redução no período de 2000 a 2011 foi de
56,7% dos casos, o que representa uma diminuição
700.000
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
Brasil
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
615.247 389.762 349.896 409.881 466.416 607.782 550.679 458.622 315.714 309.261 334.686 266.348
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Malária/Ministério da Saúde (Sismal/MS) (2000 a 2002); Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/
Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS) (2003 a 2011) para a Região Amazônica; e Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Secretaria de
Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sinan-Web/SVS/MS) para a Região Extra-Amazônica (2003 a 2011).
Figura 3 – Casos de malária notificados. Brasil, 2000 a 2011
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total de 348.899 mil casos; no ano de 2011, ela foi
de 20,4% em relação a 2010.
A Figura 4 apresenta o número de casos
notificados por estado da Região Amazônica entre
2000 e 2011.
É possível observar que no ano de 2011, 98,0%
dos casos estavam concentrados em seis estados:
Pará, Amazonas, Rondônia, Acre, Amapá e
Roraima.
Todos os estados da Região apresentaram uma
redução no número de casos no período de 2000 a
2011; com exceção apenas do estado do Acre, que
apresentou um incremento final de 4,8%. O estado
que registrou maior queda no número de casos foi
o Maranhão, com 95,5%, seguido pelos Estados de
Tocantins (95,4%), Mato Grosso (86,1%), Roraima
(61,0%), Pará (58,8%), Amapá (46,2%), Rondônia
(43,8%) e Amazonas (38,1%).
Para o ano de 2011, apenas o estado do Amapá
apresentou incremento – de 23,4% – no número
de casos em relação ao ano de 2010. Os demais
Estados apresentaram queda nesse número,
sendo o Acre o estado com maior redução, de
38,6%, seguido de Roraima (35,3%), Mato Grosso
(31,0%), Rondônia (30,2%), Tocantins (26,9%),
Amazonas (19,8%), Pará (14,8%) e Maranhão
(9,9%) (Figura 5).
Casos por espécie
No Brasil, ocorre a transmissão de três espécies
de parasitos da malária: Plasmodium vivax,
Plasmodium falciparum e Plasmodium malariae.
As infecções causadas por P. vivax predominam.
Na Região Amazônica, no período de 2000
a 2011, as infecções por P. vivax representavam
78,7% dos casos notificados. As infecções por P.
falciparum, que em 2006 representavam mais de
20,0% dos casos notificados na região, caíram
para menos de 12,0% em 2011. Atribui-se essa
redução expressiva por P. falciparum à mudança,
a partir de 2006, no tratamento de primeira
escolha da malária por essa espécie, passando do
esquema terapêutico com quinina e doxiciclina
para combinações com derivados da artemisinina
(Figura 6).2,3,5-7
A Figura 7 apresenta a proporção de casos por
espécie, na Região Amazônica, em 2011.
Em 2011, observou-se redução na notificação
de casos de P. vivax para praticamente todos
os estados da Região Amazônica quando
comparado com o ano de 2010; com exceção
apenas dos Estados do Amapá e Maranhão,
cujas notificações apresentaram crescimento de
18,7% e 2,3%, respectivamente. A maior redução
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
AC
21.560
7.774
9.216
12.264
31.720
57.242
93.864
51.277
27.706
27.568
36.905
22.586
AM
96.026
48.385
70.223
141.005
147.579
226.413
185.622
197.140
133.786
100.216
74.135
59.431
AP
35.278
24.487
16.257
16.651
20.670
28.059
29.290
21.975
15.131
15.504
15.388
18.978
MA
78.818
39.507
16.000
11.432
14.505
11.196
9.519
6.621
4.757
5.708
3.904
3.510
MT
11.767
6.832
7.085
5.022
6.484
8.437
6.650
6.760
4.081
3.276
2.365
1.631
PA
278.204
186.367
149.088
115.510
109.777
123.406
101.763
76.207
69.212
99.609
135.246
114.752
RO
54.074
57.679
71.224
93.853
107.115
118.635
101.646
81.929
49.807
41.366
43.576
30.412
RR
35.874
16.028
8.036
11.818
26.200
31.964
20.646
15.236
10.235
15.032
21.806
14.006
TO
1.640
1.244
1.130
1.211
850
717
379
288
165
129
104
76
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Malária/Ministério da Saúde (Sismal/MS) (2000 a 2002); Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/
Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS) (2003 a 2011).
Figura 4 – Casos de malária notificados na Região Amazônica. Brasil, 2000 a 2011
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Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 5 – Número de casos de malária notificados – e sua variação – na Região Amazônica. Brasil, 2010 e 2011
600.000
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Vivax
480.092
306.396
267.245
320.282
354.283
450.682
403.304
364.055
265.699
257.697
282.578
230.916
Falciparum
125.529
77.549
76.337
83.733
104.345
147.110
136.825
88.306
46.111
47.543
47.102
31.736
Mista
6.697
3.784
3.851
4.429
6.055
8.059
9.016
4.929
2.990
3.071
3.575
3.216
Outras
923
574
826
322
218
218
234
143
80
97
174
133
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Malária/Ministério da Saúde (Sismal/MS) (2000 a 2002); Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/
Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS) (2003 a 2011).
Figura 6 – Casos de malária, por espécie, notificados na Região Amazônica. Brasil, 2000 a 2011
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Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
1,21%
11,93%
0,05%
86,81%
Vivax
Falciparum
Malariae
Mista
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 7 – Proporção de casos de malária notificados, por espécie, na Região Amazônica. Brasil, 2011
foi encontrada no estado do Acre (36,9%). É
relevante destacar que para a infecção por P.
falciparum, forma mais grave da doença, apenas
no estado do Amapá houve um incremento no
número de casos, da ordem de 45,7%; os demais
estados apresentaram expressivo porcentual de
redução em 2011, com destaque para Maranhão
e Rondônia com reduções de 58,6% e 55,2%
respectivamente (Figura 8).
Casos por área especial de transmissão
Para esta análise, foram consideradas como
áreas especiais de transmissão as seguintes
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 8 – Número de casos de malária notificados – e variação –, por espécie e Unidade Federada (UF) de notificação, na
Região Amazônica. Brasil, 2010 e 2011
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categorias: assentamentos agrários, incluindo áreas
de acampamentos agrários; áreas indígenas; e
garimpos.
A maioria dos casos de malária em áreas
especiais na Região Amazônica, até o ano
de 2009, ocorria em assentamentos. A partir
desse ano, observa-se um aumento no
número de casos em áreas indígenas, que
apresentou tendência de crescimento em
todo o período (Figura 9). A transmissão
em áreas indígenas apresentou um aumento
de 142,8% em 2011, com relação ao ano de
2003. No período, a maior redução, de 60,0%,
ocorreu em assentamentos. Em 2011, houve
redução no número de casos em todas as áreas,
comparativamente a 2010. A maior redução
ocorreu em assentamentos – 34,1% – seguindose áreas indígenas (19,4%) e garimpos (18,2%).
No ano de 2011, a ocorrência de casos em áreas
especiais representou 24,6% dos casos da Região
Amazônica. O maior número de casos ocorreu em
área indígena (10,6%) (Figura 10).
No ano de 2011, o estado do Pará foi
responsável pelo maior percentual de casos tanto
em assentamentos como em garimpos, com 37,2%
e 82,1% respectivamente. O estado do Amazonas
foi o responsável pelo maior número de casos de
área indígena, com 49,0% (Tabela 2).
90.000
80.000
70.000
60.000
50.000
40.000
30.000
20.000
10.000
0
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Assentamento
51.254
66.983
77.800
73.597
51.704
34.193
35.651
31.136
20.512
Indígena
11.204
14.678
29.887
32.749
34.217
29.670
33.811
33.763
27.198
Garimpo
16.728
20.294
21.528
17.256
17.376
13.107
16.566
19.158
15.673
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 9 – Casos de malária, por área especial, na Região Amazônica. Brasil, 2003 a 2011
6,1%
10,6%
8,0%
60,9%
14,4%
Rural
Urbana
Assentamento/Acampamentos agrários
Indígena
Garimpo
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 10 – Proporção de casos de malária, por área especial, na Região Amazônica. Brasil, 2011
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Tabela 2 – Número de casos de malária, por área especial e Unidade Federada (UF) na Região Amazônica. Brasil, 2011
Assentamento
UF
Indígena
Garimpo
Casos
%
Casos
%
Casos
%
AC
2.335
11,4
322
1,2
0
0,0
AM
3.668
17,9
13.329
49,0
412
2,6
AP
430
2,1
2.419
8,9
1.351
8,6
MA
230
1,1
28
0,1
0
0,0
MT
1
0,005
140
0,5
532
3,4
PA
7.635
37,2
6.679
24,6
12.870
82,1
RO
4.002
19,5
171
0,6
501
3,2
RR
2.210
10,8
4.110
15,1
7
0,04
TO
1
0,005
0
0,0
0
0,0
20.512
100
27.198
100
15.673
100
TOTAL
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
cia Parasitária Anual (IPA), que expressa o número
de exames positivos de malária por mil habitantes
em determinado lugar e período. As áreas são classificadas como de alto risco (IPA ≥50/1.000 hab.),
médio risco (IPA entre 10 e 49/1.000 hab.) e baixo
risco (IPA <10/1.000 hab.).1
No período de 2000 a 2002, houve redução na
IPA no país. Contudo, entre 2002 a 2005, a IPA
mostrou tendência de crescimento. A partir de
2006 essa tendência muda, apresentando redução
até chegar a seu menor valor em 2011. Em todos
os anos, a IPA no Brasil apresentou-se como de
baixo risco (Figura 11).
A urbanização da transmissão da malária
A ocupação desordenada dos espaços periurbanos tem sido relatada como um importante
fator para ocorrência de casos de malária em áreas
urbanas.5,6 No período de 2003 a 2011, o percentual
de casos em áreas urbanas sofreu uma redução de
23,0%. No ano de 2011, a malária urbana foi responsável por 14,4% dos casos e apresentou uma
redução de 25,0% em relação a 2010.
O risco da malária
No Brasil, os graus de risco para adoecer de
malária são classificados de acordo com a Incidên4,0
3,5
3,0
2,5
2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
Brasil
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
3,6
2,3
2,0
2,3
2,6
3,3
2,9
2,4
1,7
1,6
1,8
1,4
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Malária/Ministério da Saúde (Sismal/MS) (2000 a 2002); Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/
Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS) (2003 a 2011) para a Região Amazônica; e Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Secretaria de
Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sinan-Web/SVS/MS) para a Região Extra-Amazônica (2003 a 2011).
Figura 11 – Incidência Parasitária Anual (IPA). Brasil, 2000 a 2011
8 | Volume 44 − 2013 |
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Quando se observa a IPA na Região Amazônica,
o risco de adoecer de malária aumenta em relação
ao risco do país. Entre os anos 2000 e 2011, a IPA
apresentou-se de médio risco na Região (Figura 12).
No ano de 2011, apenas três estados da Região
Amazônica foram considerados de baixo risco
para adoecer de malária: Maranhão, Mato Grosso
e Tocantins. Os demais estados apresentaram
médio risco. Quando se compara com a IPA de
2010, nota-se redução na incidência para todos os
Estados, exceto no Amapá. A maior redução foi
observada no estado do Acre, que mudou sua classificação, de estado de alto risco para adoecer de
malária, para estado de médio risco (Figura 13).
Em 2011, no Brasil, 45 municípios foram classificados como de alto risco, 82 de médio risco
e 370 de baixo risco para adoecer por malária
(Figura 14).
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
Região Amazônica
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
29,1
18,0
15,9
18,3
20,5
25,7
22,8
18,7
12,9
12,5
13,1
10,3
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Malária/Ministério da Saúde (Sismal/MS) (2000 a 2002); Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/
Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS) (2003 a 2011); e Sistema de Informação de Agravos de Notificação/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da
Saúde (Sinan-Web/SVS/MS) (2003 a 2011).
Figura 12 – Incidência Parasitária Anual (IPA) na Região Amazônica. Brasil, 2000 a 2011
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 13 – Incidência Parasitária Anual (IPA), por Unidade Federada (UF), na Região Amazônica. Brasil, 2000 e 2011
| Volume 44 − 2013 | 9
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS); e Sistema de Informação de Agravos de
Notificação/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sinan/SVS/MS).
Figura 14 – Mapa de risco da malária por Município de infecção. Brasil, 2011
Incidência por sexo e faixa etária
Na Região Amazônica, no período de 2000 a 2011,
a incidência de malária foi sempre maior no sexo
masculino. Outrossim, observou-se uma redução na
incidência em ambos os sexos no período estudado,
alcançando seu menor valor em 2011 (Figura 15).
A Figura 16 apresenta os valores da Incidência
Parasitária Anual – IPA – por faixa etária, na
Região Amazônica, nos anos de 2003 e 2011.
Observa-se uma diminuição da incidência
em todos os grupos etários no ano de 2011,
comparativamente a 2003 (Figura 16).
35,0
30,0
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Masculino
30,6
23,2
20,4
23,7
26,3
32,1
28,1
22,9
15,7
15,3
16,0
12,6
Feminino
17,5
12,8
11,1
12,9
14,5
19,1
17,4
14,1
10,0
9,6
10,1
8,0
Fonte: Sistema de Informação do Programa Nacional de Controle da Malária/Ministério da Saúde (Sismal/MS) (2000 a 2002); Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/
Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS) (2003 a 2011).
Figura 15 – Incidência Parasitária Anual (IPA) de malária por sexo, na Região Amazônica. Brasil, 2000 a 2011
10 | Volume 44 − 2013 |
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
25,0
20,0
15,0
10,0
5,0
0,0
<5 anos
5a9
10 a 14
15 a 19
20 a 39
40 a 59
2003
16,6
15,9
15,4
18,8
22,2
19,1
60 e +
9,3
2011
12,4
12,0
11,2
11,2
10,7
8,8
4,7
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 16 – Incidência Parasitária Anual (IPA) de malária por faixa etária, na Região Amazônica. Brasil, 2003 e 2011
Na Região Amazônica, a redução no número de
óbitos no período foi bastante maior: 78,3%. Em
relação ao ano de 2010, a redução foi de 19,3%.
Contudo, na Região Extra-Amazônica, observouse um incremento na proporção de óbitos de
35,7%, entre 2000 e 2011, o mesmo aumento
observado ao se comparar os óbitos por malária de
2011 com os de 2010 (Figura 18).
Os dados sobre número de óbitos de malária
no Brasil, por espécie, são incompletos. É possível
observar, em todos os anos, uma grande proporção
de óbitos com dados de espécie não informados.
Em 2011, a maior proporção de óbitos (43,5%)
A gravidade da malária
Óbitos e letalidade
Evitar óbitos por malária é o principal
objetivo do Programa Nacional de Controle
da Malária.1,2 O número absoluto de óbitos no
Brasil reduziu-se significativamente, no período
de 2000 a 2011. Em 2011, foram registrados no
Sistema de Informações sobre Mortalidade do
Ministério da Saúde (SIM) 69 óbitos por malária,
representando uma redução de 71,8% em relação
ao ano 2000 (245 óbitos), e de 9,2% quando
comparado com 2010 (76 óbitos) (Figura 17).
300
250
200
150
100
50
0
Brasil
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
245
141
91
103
100
122
105
93
67
85
76
69
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade/Ministério da Saúde (SIM/MS).
Figura 17 – Óbitos ocorridos por malária. Brasil, 2000 a 2011
| Volume 44 − 2013 | 11
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
1000
100
10
1
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Região Amazônica
231
127
82
85
93
114
93
80
56
69
62
50
Extra-Amazônia
14
14
9
18
7
8
12
13
11
16
14
19
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade/Ministério da Saúde (SIM/MS).
Figura 18 – Óbitos ocorridos por malária na regiões Amazônica e Extra-Amazônica. Brasil, 2000 a 2011
não conta com a informação sobre espécie, 37,7%
foram informados como óbitos por P. vivax e
18,8% por P. falciparum (Figura 19).
Em relação à letalidade, no Brasil, observase uma redução até o ano de 2006 e tendência
de aumento a partir de 2007, apesar da redução
contínua no número de óbitos, e também no
número de casos (Figura 20).
Na Região Amazônica, o coeficiente de
letalidade mostrou tendência de redução ao final
do período.
Já na Região Extra-Amazônica, esse coeficiente
apresentou tendência de aumento, alcançando seu
valor máximo em 2011 (1,8%). Nesse mesmo ano,
o coeficiente de letalidade no Brasil foi de 0,026%;
e na Região Amazônica, de 0,017% (Figura 21).
Em 2011, o coeficiente de letalidade da Região
Extra-Amazônica foi 108 vezes maior do que na
Região Amazônica.
Internações
A malária é uma doença que pode evoluir para
forma grave.1 A morbidade hospitalar por malária
no Brasil diminuiu significativamente entre 2000
e 2008, impactando positivamente na redução de
81,6% das internações por malária pelo Sistema
Único de Saúde – SUS. No período de 2008 a 2010,
100%
80%
60%
40%
20%
0%
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Não informado
35,5
23,3
13,9
15,1
11,0
22,4
16,7
12,2
11,0
16,3
12,2
12,2
P. Vivax
13,1
9,4
8,2
6,9
9,4
9,0
9,4
8,6
8,6
10,2
9,0
10,6
P. Falciparum
51,4
24,9
15,1
20,0
20,4
18,4
16,3
17,1
7,8
8,2
10,2
5,3
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade/Ministério da Saúde (SIM/MS).
Figura 19 – Proporção de óbitos por malária, por espécie. Brasil, 2000 a 2011
12 | Volume 44 − 2013 |
2011
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade/Ministério da Saúde (SIM/MS).
Figura 20 – Coeficiente de letalidade, em percentuais. Brasil, 2000 a 2011
Fonte: Sistema de Informações sobre Mortalidade/Ministério da Saúde (SIM/MS).
Figura 21 – Coeficiente de letalidade na regiões Amazônica e Extra-Amazônica. Brasil, 2000 a 2011
houve uma tendência de aumento no número de
internações, que correspondeu a um incremento
de 40,0%. A partir de 2010, essa tendência muda,
havendo uma redução de 14,0% em 2011 (Figura
22).
As internações por P. falciparum apresentaram
tendência de redução entre 2000 e 2002. De 2002 a
2005, verifica-se tendência oposta, de aumento; no
entanto, a partir de 2005 e até o final do período,
essa tendência muda novamente, chegando a uma
redução total de 87,1% nas internações por essa
espécie.
Com relação ao P. vivax, observou-se redução
entre 2000 e 2002 e, posteriormente, aumento
até o ano de 2005. A partir de 2005, novamente,
voltou-se a observar redução, até o ano de
2008; neste ano, porém, e até 2011, houve uma
tendência de aumento no número de internações,
correspondendo a um incremento de 74,0%,
provavelmente devido ao aumento de internações
para realização de protocolos de pesquisa clínica
(Figura 23).
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico e o tratamento oportuno e
correto são essenciais para a interrupção da cadeia
de transmissão da doença, evitando sua evolução
| Volume 44 − 2013 | 13
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
Brasil
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
21.288
14.751
11.500
10.690
11.762
12.542
9.884
6.772
3.911
4.705
5.474
4.713
Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde (SIH-SUS/MS).
Figura 22 – Número de internações por malária nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Brasil, 2000 a 2011
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
P. falciparum
5.396
3.709
2.788
3.063
3.742
4.081
3.648
2.100
959
1.003
1.020
697
P. vivax
4.820
3.295
3.185
4.027
3.848
4.485
3.764
2.914
1.934
2.576
3.265
3.366
Fonte: Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde/Ministério da Saúde (SIH-SUS/MS).
Figura 23 – Número de internações por malária, por espécie. Brasil, 2000 a 2011
para a forma grave.8 No período de 2003 a 2011,
a maioria dos casos sintomáticos de malária na
Região Amazônica foi diagnosticada e tratada
em até 48 horas, contadas a partir do início dos
sintomas. Em 2011, este percentual foi de 56,4%
(figuras 24 e 25).
No período, houve redução de 28,4% no
número de casos sintomáticos diagnosticados e de
25,2% nos casos tratados em até 48 horas do início
dos sintomas. Em 2011, a redução foi de 23,0%,
tanto para diagnóstico como para tratamento.
14 | Volume 44 − 2013 |
No ano de 2011, na Região, a maioria dos
estados manteve uma maior proporção de casos
sintomáticos diagnosticados e tratados em até
48 horas; porém, a proporção de diagnósticos e
tratamentos após 48 horas ainda foi alta. Chama
a atenção os estados do Maranhão e Tocantins
terem, respectivamente, 54,8% e 75,0% de seus
diagnósticos e 56,6% e 81,0% de seus casos
tratados após 48 horas (figuras 26 e 27).
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
100%
80%
60%
40%
20%
0%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
9,5
6,5
5,3
5,7
5,3
6,0
4,9
4,7
5,5
>48
39,3
41,4
39,6
36,3
37,2
36,6
36,6
37,0
38,1
≤48
51,2
52,1
55,2
58,0
57,5
57,4
58,5
58,4
56,4
Erro nas datas
2011
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 24 – Proporção de casos sintomáticos de malária diagnosticados em diferentes intervalos de tempo a partir do início
dos sintomas, na Região Amazônica. Brasil, 2003 a 2011
100%
80%
60%
40%
20%
0%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Erro nas datas
17,8
14,8
12,2
10,5
9,7
9,1
7,7
6,9
2011
7,3
>48
34,2
35,4
34,7
33,2
34,7
35,1
35,3
35,9
37,5
≤48
48,0
49,8
53,1
56,3
55,6
55,8
57,0
57,1
55,2
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 25 – Proporção de casos sintomáticos de malária tratados em diferentes intervalos de tempo a partir do início dos sintomas, na Região Amazônica. Brasil, 2003 a 2011
100%
80%
60%
40%
20%
0%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Erro nas datas
16,1
6,2
4,9
6,6
7,9
4,7
2,1
1,0
2011
3,9
>48
16,8
40,4
45,4
54,8
38,4
41,2
38,0
23,4
75,0
≤48
67,2
53,4
49,7
38,6
53,7
54,1
60,0
75,6
21,1
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 26 – Proporção de casos sintomáticos de malária diagnosticados em diferentes intervalos de tempo a partir do início
dos sintomas, por Unidade Federada (UF), na Região Amazônica. Brasil, 2011
| Volume 44 − 2013 | 15
Boletim Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde − Brasil
100%
80%
60%
40%
20%
0%
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Erro nas datas
16,2
12,5
4,9
7,1
8,1
4,8
4,0
1,9
2011
3,9
>48
16,8
36,5
45,7
56,6
38,8
41,9
37,1
23,2
81,6
≤48
67,0
51,1
49,3
36,3
53,1
53,3
58,8
74,9
14,5
Fonte: Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica-Malária/Secretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (Sivep-Malária/SVS/MS).
Figura 27 – Proporção de casos sintomáticos de malária tratados em diferentes intervalos de tempo a partir do início dos sintomas, por Unidade Federada (UF), na Região Amazônica. Brasil, 2011
Referências
1. Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria
de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância
epidemiológica: caderno 10 malária. 7a ed.
Brasília: Ministério da Saúde; 2010.
2. Oliveira-Ferreira J, Lacerda MVG, Brasil P,
Ladislau JLB, Tauil PL e Daniel-Ribeiro CT.
Malaria in Brazil: an overview. Malaria Journal.
2010;9:115.
3. Tauil P, Daniel-Ribeiro CT. Some aspects of
epidemiology and control of malaria in Brazil.
Res Rev Parasitol. 1998;58:163-7.
4. Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de
Atenção a Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Vigilância em Saúde: dengue,
esquistossomose, hanseníase, malária, tracoma
e tuberculose. 2a ed. rev. Brasília: Ministério da
Saúde; 2008.
16 | Volume 44 − 2013 |
5. Organizacion Panamericana de la Salud.
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6. Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria
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8. Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria
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