Bem-vindos - Odebrecht Informa

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Bem-vindos - Odebrecht Informa
ODEBRECHT
#147 • ano XXXVII • mar/abr 2010
I N F O R M A
Bem-vindos
A história da aquisição da Quattor e da Sunoco pela Braskem
américo vermelho
hoje
Rio de Janeiro
acervo odebrecht
O campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e o Aeroporto Internacional Maestro
Antonio Carlos Jobim – Galeão são obras que simbolizam uma época de grande desenvolvimento para o
Rio de Janeiro e o Brasil. São motivos de orgulho para uma cidade que ocupa lugar cativo no coração
de todos os brasileiros, lugar de “encantos mil”, como diz a letra da canção de André Filho, e que,
no dia 1º de março, completou 445 anos de fundação.
04
Com 5 mil integrantes de 35 nacionalidades, Odebrecht Líbia
tem como grande desafio a manutenção da unidade cultural
07
Curso de formação de operadores agrícolas prepara profissionais
multifuncionais e capacitados para a preservação ambiental
08
ETH e Brenco combinam seus ativos e formam a maior produtora
mundial de bioenergia a partir da cana-de-açúcar
09
Arrecadação da campanha de 2009 permitirá ao Programa Tributo
ao Futuro beneficiar 8 mil pessoas com 12 projetos
10
Projeto CCR é o maior investimento realizado na Argentina
nos últimos 10 anos no segmento de refino de petróleo
14
Resultado da primeira PPP no setor de saneamento no Brasil,
obra do emissário submarino de Salvador chega à reta final
16
Projeto viário Corredor Duarte vai solucionar problemas
de tráfego no centro de Santo Domingo
19
Fundação Odebrecht completa 45 anos reafirmando seu
compromisso de contribuir para o fortalecimento das famílias
20
Com a aquisição da Quattor e da Sunoco, a Braskem passa da
12ª para a oitava posição no ranking da petroquímica mundial
26
Na Reunião Anual 2009, líderes da Odebrecht analisam conquistas
e projetam o futuro da Organização
30
Comunidades de Conhecimento da Odebrecht se consolidam
como fórum permanente de discussão e intercâmbio
32
Um programa de TV protagonizado pelos integrantes do canteiro de
obras está entre os vencedores do Prêmio Destaque 2009
34
Em Salvador, 161 integrantes recebem medalhas por
seus 25 anos de trabalho na Odebrecht
38
Dragagem do canal de acesso vai possibilitar ao porto de Rio
Grande assumir um papel ainda mais estratégico no Mercosul
40
Metrô do Rio de Janeiro inaugura sua primeira estação em
Ipanema, atendendo mais 80 mil passageiros/dia
42
Chegam ao Polo de Triunfo, via porto de Rio Grande, os
equipamentos da planta de eteno verde da Braskem
44
OOG mescla jovens profissionais e integrantes experientes para
crescer em um setor marcado pelos avanços tecnológicos
46
O Escola em Ação, projeto com base no voluntariado,
está sendo ampliado em Macaé (RJ)
ODEBRECHT
INFORMA
Ana Paula Bezerra
de Araújo e
Maurício Ostroer,
integrantes da
Quattor.
Foto de Edu Simões
seções
03
12
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25
35
48
giro
entrevista
perfil
gente
notas da redação
argumento
02
Crescimento industrial
Esta edição de Odebrecht Informa estava prevista para ter 32 páginas, mas a
grande quantidade de realizações das equipes da Odebrecht, ocorrida nos últimos
dois meses, levou à sua ampliação para 48 páginas, de maneira que pudéssemos
fazer chegar aos nossos leitores reportagens sobre tudo o que de mais relevante
aconteceu no período.
O crescimento da Organização vem se dando de forma orgânica em seus diversos negócios. No último bimestre, porém, foi no setor industrial que os fatos mais
repercutiram. As aquisições da Quattor Petroquímica, no Brasil, em aliança com
a Petrobras, e da Sunoco Chemicals, nos Estados Unidos, foram as principais
novidades. Voltadas para tornar a indústria petroquímica brasileira uma das mais
fortes do mundo, as aquisições fizeram com que a Braskem, criada em 2002, saísse
da terceira para a primeira posição em produção de resinas termoplásticas nas
Américas e, no ranking global da petroquímica, passasse do 12º para o oitavo posto.
As notícias sobre investimentos relevantes no setor industrial se estenderam
também à ETH Bioenergia. A empresa de bioenergia da Odebrecht e a Brenco –
Companhia Brasileira de Energia Renovável anunciaram a combinação de seus
ativos, o que resultou na formação da maior produtora mundial de etanol e energia
elétrica a partir da cana-de-açúcar.
Os fatos confirmam a consolidação da presença da Odebrecht no setor industrial.
Embora originária do setor de serviços, a Organização vem, desde que ingressou
no setor petroquímico, em 1979, crescendo com vigor na indústria. Este crescimento se potencializou na última década, com a formação da Braskem, em 2002,
e a criação da ETH, em 2007.
Durante a Reunião Anual da Odebrecht (também assunto desta edição de
Odebrecht Informa), realizada em dezembro de 2009, Marcelo Odebrecht, DiretorPresidente da Odebrecht S.A., apresentou a Visão 2020 da Organização. As aquisições da Quattor e da Sunoco e a fusão de ativos da ETH e da Brenco contribuem
decisivamente para que a década que se inicia seja muito promissora.
ODEBRECHT
Fundada em 1944, a Odebrecht
é uma organização brasileira
composta de negócios
diversificados, com atuação e
padrão de qualidade globais.
Seus 92 mil integrantes estão
presentes nas três Américas,
na África, na Ásia e na Europa.
www.odebrechtonline.com.br
Videorreportagem
> Obras no mar para o Emissário Submarino de Salvador
> Programas sociais em São
Roque do Paraguaçu
> Caia na Rede: inclusão digital
de trabalhadores e comunidades
> ETBE, o bioaditivo que gera
ganhos ambientais
Acervos online
> Acesse os números anteriores
de Odebrecht Informa, dos
Relatórios Anuais da Odebrecht
S.A. desde 2002, e de publicações
especiais (Edição Especial sobre
Ações Sociais, 60 anos da
Organização Odebrecht,
40 anos da Fundação Odebrecht e
10 anos da Odeprev)
Responsável por Comunicação Empresarial
na construtora norberto odebrecht s.a. Márcio Polidoro
Responsável por Programas Editoriais
na construtora norberto odebrecht s.a. Karolina Gutiez
Coordenadores nas Áreas de Negócios
Nelson Letaif Química e Petroquímica • Miucha Andrade Etanol e Açúcar • José Cláudio Grossi
Óleo e Gás • Daelcio Freitas Engenharia Ambiental • Sergio Kertész Realizações Imobiliárias •
Coordenadora na Fundação odebrecht Vivian Barbosa
Coordenação Editorial Versal Editores
Editor José Enrique Barreiro • Editor Executivo Cláudio Lovato Filho •
Arte e Produção Gráfica Rogério Nunes • Editora de Fotografia Holanda Cavalcanti •
Infografia Adilson Secco • Ilustração Gilberto Marchi
Tiragem 8.100 exemplares • Pré-impressão e impressão Pancrom
Redação: Rio de Janeiro (55) 21 2239-1778 • São Paulo (55) 11 3030-9466
email: [email protected]
03
Acervo odebrecht
Capacitação
de equipes em
Moçambique
Terminal marítimo concluído no Peru
Iniciada em agosto de 2006, a construção do Terminal Marítimo da Planta de
Exportação de GNL (gás natural líquido) da Perú LNG, entre as províncias
de Chincha e Cañete, no Peru, foi concluída em março. Com o terminal,
executado pelo Consórcio CDB Melchorita (formado por Odebrecht, ENI,
Saipem e Jan de Nul), o Peru passa a ser exportador de gás. Localizado
170 km ao sul de Lima, o terminal teve sua construção realizada por 2 mil
trabalhadores; poderá produzir 4,4 milhões de t de GNL por ano e receber
navios capazes de transportar até 170 mil m3 de gás. O primeiro navio
carregado de GNL deverá sair do porto no início de junho de 2010.
Líderes angolanos em formação
Uma parceria entre a Odebrecht e o Governo de Angola, firmada em 2007,
permitiu a 10 jovens angolanos cursarem as faculdades de Engenharia Civil
e Arquitetura na Universidade Salvador (Unifacs), na Bahia. O objetivo da Odebrecht com essa parceria é formar integrantes estratégicos naturais de Angola
para atuar naquele país. Em 14 de janeiro, na sede da Odebrecht Angola, em
Luanda, os estudantes conheceram a atuação global da Organização e as
operações da empresa no país; conversaram com integrantes do programa de
Pessoas e Organização, relataram suas experiências no Brasil e expuseram
suas expectativas. Os universitários deverão finalizar os cursos entre 2011 e
2012, quando ingressarão na Odebrecht Angola. Dois jovens já fazem estágio
obrigatório na empresa.
A primeira turma de operadores de equipamentos móveis
do Projeto Carvão Moatize,
em Moçambique, recebeu
certificação em dezembro.
Oitenta integrantes foram
aprovados para a operação de
equipamentos móveis como
pá carregadeira, escavadeira
hidráulica e motoniveladora.
O trabalho de qualificação
que resultou na certificação
teve como objetivo melhorar
o desempenho dos trabalhadores e possibilitar uma operação mais segura e eficiente.
“O sentimento de reconhecimento e valorização profissional dominou o ambiente
na entrega dos certificados”,
diz Paulo Avena, Responsável
por Pessoas da Odebrecht em
Moçambique. “Estamos mais
motivados”, afirma Salvador Mulaphiha, Operador de
Retroescavadeira.
reprodução
Livro é lançado na Venezuela
A Odebrecht Venezuela lançou em dezembro o livro Los Wayuu – Na
Wayuukana, sobre a história e a realidade atual de um dos maiores povos
indígenas do país, os wayuus. A obra tem texto em espanhol e wayuunaiki
(idioma dos wayuus) de autoria do educador, escritor e tradutor Jorge
Enrique Pocaterra González. Pela primeira vez, a Odebrecht publica um
livro em língua indígena. As fotos são de Américo Vermelho e Andrés
Manner. Os wayuus formam a maioria dos beneficiários do Projeto Agrário Socialista Planície de Maracaibo, ampliação do Projeto de Irrigação
El Diluvio-Palmar, executado pela Odebrecht na região de Maracaibo.
“Nossa proposta era produzir um registro etnográfico de alta qualidade
informativa e estética. Creio que conseguimos”, diz José Cláudio Daltro,
Responsável por Planejamento, Administração e Finanças na Odebrecht
Venezuela, coordenador geral do projeto do livro.
04
líbia
Uma cultura que
é idioma universal
odebrecht informa
Na Líbia, Odebrecht vive o desafio de manter a unidade
cultural entre seus 5 mil integrantes de 35 nacionalidades
texto Leonardo Maia / fotos Américo Vermelho
Com apenas três anos de atuação na Líbia, a Odebrecht tem nesta
nação árabe sua verdadeira Torre de
Babel. São mais de 5 mil integrantes
de 35 nacionalidades, em dois dos
maiores projetos de infraestrutura
do país: a ampliação do Aeroporto
Internacional de Trípoli e o Terceiro
Anel Viário da mesma cidade. Com
integrantes vindos dos cinco continentes, muitos deles de fora da
Organização, a Odebrecht Líbia cria
oportunidade para a formação de
uma nova geração. Manter a unidade
cultural em um ambiente novo é o
grande desafio.
No momento da mobilização para a
Líbia, a Odebrecht decidiu apostar na
diversidade e nos jovens. Atualmente,
87 expatriados com até 30 anos
enfrentam seus primeiros desafios na
África. Eles vêm de 13 países diferentes, 40% deles estão em sua primeira
experiência na Organização e praticamente todos nasceram em países
não muçulmanos. Eles se juntam a
profissionais mais maduros vindos
de países tão diversos como Canadá,
Vietnã, Equador e Egito.
“A Líbia é um grande laboratório de
formação da nova geração, conta com
o apoio de Pessoas de Conhecimento
ocupando cargos de liderança. O
ambiente reúne muitos elementos
necessários para o rápido crescimento pessoal e profissional dos
jovens”, explica Daniel Villar, DiretorSuperintendente da Odebrecht na
Líbia. O jovem engenheiro gaúcho
Alexandre Del Sálvio, que está em
Trípoli desde o início da operação,
concorda: “As coisas aqui acontecem
numa velocidade maior. O amadurecimento é acelerado; um ano na Líbia
vale como três ou quatro no Brasil”.
A esposa de Alexandre, Janaíne,
que trabalha na área de Pessoas e
Organização do Terceiro Anel Viário, já
se considera adaptada à cultura líbia,
mas não deixa de listar os desafios.
Entre as 35 nacionalidades
da Odebrecht na Líbia, a mais
numerosa é a tailandesa
(mais de 1.800 pessoas),
seguida da líbia e da vietnamita.
Na página ao lado, Alexandre Del
Sálvio entre suas companheiras de
trabalho Khiria Mohamed (à esquerda)
e Ebtihal Salem, no canteiro de obras
do Terceiro Anel Viário de Trípoli; ao
lado, Sara Fathi Omar, Janaíne Del
Sálvio, Kholod Mohamed Bajagni
e Farida Kadah: investimento na
diversidade
odebrecht informa
No mundo árabe é comum
que grande parte do pessoal
operacional venha de outros
países. Para as funções de
nível técnico e universitário, a
Odebrecht prioriza os árabes
da região.
Para o líbio, recusar a
comida oferecida é desfeita.
E durante o período do jejum
conhecido como Ramadã, o
ocidental deve evitar comer
na frente dos árabes.
O iraquiano Hussein Al Khashab (de jaqueta verde) entre companheiros de
trabalho: "Em alguns momentos, confundo brasileiros com árabes"
“O conceito de diversão é diferente.
Aqui a bebida alcoólica é proibida, não
há boates, grandes shoppings, shows.
É também estranho trabalhar aos
sábados e domingos e ter apenas a
folga da sexta”, diz ela, que já sofreu
algumas provocações por andar na
rua sem lenço na cabeça. “Temos de
respeitar a cultura e não sair de saia
curta, por exemplo. Se alguém usasse
burca em Passo Fundo, todos iriam
estranhar também.”
Para o iraquiano Hussein Al
Khashab, que entrou na Odebrecht em
2003 e já passou pelo Emirados Árabes
e Djibuti, os brasileiros se adaptam de
maneira rápida. “Não posso ignorar
que alguns têm dificuldade por conta
da língua, mas a influência da imigração árabe no Brasil ajuda. Em alguns
momentos, confundo os brasileiros
com os árabes, eles se parecem bastante.” Fadel Eswedi, de 28 anos, que
atua na obra do Aeroporto, também
aposta numa adaptação rápida: “Eu
acredito que a conversa é a melhor
maneira de entender a cultura do
outro. Os brasileiros são interessados
e perguntam sobre tudo”.
A disseminação dos conceitos e
valores da Tecnologia Empresarial
odebrecht informa
Odebrecht (TEO) vem sendo bastante
desafiadora na Líbia por conta dos
muitos integrantes recém-contratados. A busca da unidade cultural
passa por programas como o de
Introdução à Cultura Odebrecht e
o Rotas do Conhecimento, que já
tiveram a participação de mais de
350 expatriados. Antes de chegar, o
estrangeiro também recebe amplo
material sobre a Líbia. O plano agora
é fazer com que a TEO chegue mais
facilmente aos integrantes locais. “Os
líbios que são líderes e falam inglês
participam dos mesmos programas
de desenvolvimento dos expatriados
e têm se integrado de forma natural
e positiva. Já nos níveis médio e operacional, nos quais o idioma árabe
é necessário, estamos capacitando
um integrante local para nos ajudar a
transmitir a TEO”, conta Ciro Barbosa,
Responsável por Planejamento,
Administração e Finanças.
Com a experiência de quem já
participou de programas de desenvolvimento em Djibuti, Hussein Al
Khashab acredita que iniciativas
desse tipo são importantes. “A
Odebrecht possui um ambiente único
e valores que poucas companhias
têm. Na nossa empresa não se olha
apenas a habilidade e experiência do
indivíduo, mas também a sua cultura.” Alexandre Del Sálvio, que participou do Programa de Introdução à
Cultura em 2008, acredita que a TEO
está se disseminando. “Integrantes
com anos de experiência vêm sendo
mobilizados e hoje vemos a TEO na
prática. Um dos pontos que mais me
chamam a atenção é a identificação
do substituto. É uma mentalidade
diferente, de investimento em pessoas
mais novas”, ressalta.
Um desafio talvez ainda maior
seja influenciar os líbios a assumirem um plano de vida e carreira
na empresa. Na cultura local, o
trabalho ainda é, para muitos, apenas a quarta prioridade, atrás da
religião, da família e dos amigos.
Alguns, como Fadel Eswedi, já dão
a entender que algo está mudando.
“Se eu recebesse uma proposta de
outra empresa, pensaria bastante.
Sinto, porém, que na Odebrecht
tenho mais oportunidades. Aprendi
a liderar e a conviver com culturas
diferentes. Projetos grandes como
o do Aeroporto não são comuns na
Líbia; preciso aproveitar.”
qualificação
Garra para vencer
07
Rony Wilton: "Somos
treinados para liderar"
Curso de formação de operadores de equipamentos agrícolas abre
oportunidades de crescimento a profissionais do setor de etanol e açúcar
texto Guilherme Oliveira / foto Sérgio Alberti
“Ainda vou operar uma máquina dessas”, pensou Rony Wilton
Santana ao deparar com uma colhedora de cana-de-açúcar em seu
primeiro dia de trabalho, em maio
de 2008. Ele estava trabalhando no
plantio manual de cana da Unidade
Santa Luzia da ETH Bioenergia, em
Nova Alvorada do Sul (MS). Após
sete meses, foi indicado para operar uma plantadeira. “Ouvia sobre
cursos e vagas e trabalhei duro para
ser visto”, relembra. Em janeiro de
2010, Rony se tornou um dos 206
alunos do Curso de Formação de
Operadores Agrícolas, oferecido pela
ETH Bioenergia. Quinhentas horas de
aula, em cinco meses, o levarão ao
cargo de Operador de Colhedora da
Unidade Santa Luzia.
Cerca de R$ 150 mil foram investidos no programa, que dispõe de
turmas de formação de tratoristas e de
operadores de plantadeiras e colhedoras. “Serão profissionais diferenciados,
multifuncionais e preocupados com
segurança e meio ambiente. Eles têm
aulas não apenas sobre a operação,
mas também sobre a mecânica das
máquinas”, diz Luiz Antonio Borges,
Gerente Agrícola da Unidade.
O curso abrange diversas áreas, do
plantio à colheita da cana-de-açúcar.
“Investimentos como esse são fundamentais para acompanhar o nosso
ritmo de crescimento e nos tornar
cada vez mais competitivos”, enfatiza
Luiz Antonio. “O curso é complexo,
motiva e desafia as pessoas. É uma
grande oportunidade para os alunos e
traz benefícios para a empresa, como
redução de custos de manutenção e
conscientização para prevenção de acidentes”, acrescenta.
Na Unidade Rio Claro, em Caçu
(GO), mais 40 alunos participam
de um curso nos mesmos moldes.
Este é apenas o começo do calendário de programas de desenvolvimento da empresa, que em 2009
capacitou 1.170 integrantes em
cursos de Formação de Operadores
Agrícolas, Operadores Industriais e
Mantenedores. Rony Wilton já planeja
os próximos passos. “Seremos mais
qualificados e poderemos transitar
em diferentes áreas. Temos uma carreira e somos treinados para liderar”,
vislumbra o aluno que, em junho,
colherá o que plantou em 2008.
odebrecht informa
bioenergia
Acervo odebrecht
8
08
Philippe Reichstul, Presidente da Brenco (à esquerda), e José Carlos Grubisich:
otimismo e preparação para grandes desafios
Liderança mundial
Combinação de ativos da ETH e da Brenco resulta no surgimento da maior
produtora de etanol e energia elétrica a partir da cana-de-açúcar do mundo
texto Miucha Andrade
O dia 18 de fevereiro, uma quintafeira, entrou para a história da
ETH Bioenergia. Depois de muitas
negociações e de quatro meses da
assinatura de um memorando de
entendimentos, a ETH e a Brenco
– Companhia Brasileira de Energia
Renovável anunciaram a combinação de seus ativos, resultando
na formação da maior produtora
mundial de etanol e energia elétrica
a partir da biomassa (cana-deaçúcar).
Em 2012, a ETH terá capacidade
de produzir 3 bilhões de l de etanol.
Serão gerados também 2.700 GWh
de energia elétrica, o equivalente ao
consumo da Paraíba, com 216 municípios e 3 milhões de pessoas atendidas. Com investimento total de
R$ 7,3 bilhões, a nova empresa atingirá a marca de 10 mil integrantes
odebrecht informa
em 2012, um aumento de 2.400 pessoas em relação ao efetivo de 2010.
No acordo, a Odebrecht S.A.,
em associação com a Sojitz, passa
a deter 65% do capital da ETH
Bioenergia, e os acionistas da
Brenco participam com 35%.
Antes do anúncio oficial para a
imprensa, todos os integrantes da
ETH receberam uma carta e um
vídeo com uma mensagem de José
Carlos Grubisich, Líder Empresarial
da ETH: “É uma ocasião de celebração e de alegria para todos nós.
Esse processo acelera nosso plano
de crescimento e nos consolida no
mercado com novos desafios”.
O tom otimista do depoimento
demonstra que muito trabalho vem
pela frente: a prioridade de inaugurar duas unidades ainda em 2010
e mais duas em 2011, em Goiás,
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul,
cumprindo prazos e custos estabelecidos.
As dúvidas sobre os próximos
passos da integração foram respondidas em um evento realizado
no próprio dia 18 de fevereiro, para
líderes de ambas as empresas. O
recado foi claro: “Vamos começar a
trabalhar juntos a partir de amanhã.
Se precisarem tomar uma decisão,
tomem-na e não esperem, porque
não há tempo a perder”, disse José
Carlos, acrescentando um agradecimento final: “Queria agradecer
o empenho, a determinação e o
investimento de tempo e energia de
vocês. Só conseguimos completar
esta operação porque vocês realizaram um trabalho excepcional e
mostraram a qualidade da nossa
gestão e dos nossos ativos”.
responsabilidade social
09
Para que os sonhos se realizem
Crescimento das contribuições ao Programa Tributo ao Futuro permitirá
a realização de 12 projetos que beneficiarão mais de 8 mil pessoas
texto Gabriela Vasconcellos / foto Diego Costa
Assim foi o desempenho do
Programa Tributo ao Futuro em
sua última campanha, realizada ao
longo de 2009: 1.620 investidores e
R$ 2.374.765,62 captados. Este valor
permitirá a realização de 12 projetos,
que beneficiarão 8.243 pessoas. O
aumento da participação dos integrantes da Organização foi o destaque
no ano (veja quadro). Miguel Gradin,
Líder Empresarial da Odebrecht Óleo
e Gás (OOG), é enfático: “O líder deve
conscientizar os liderados de que a
responsabilidade social é uma missão de todos, em linha com a nossa
cultura”.
Paul Altit, Líder Empresarial da
Odebrecht Realizações (OR), acredita
que ações como a contribuição ao
Tributo ao Futuro devem compor o
plano de vida e carreira dos integran-
tes. “Se temos a Fundação Odebrecht
preparada para identificar projetos
para os quais possamos contribuir,
então temos uma oportunidade única.
O Tributo ao Futuro é uma alternativa
eficaz de alinharmos as nossas responsabilidades profissionais às responsabilidades pessoais de contribuição à melhoria da qualidade de vida
de pessoas carentes no nosso país.”
O diferencial qualitativo do programa, na opinião de Luis Fernando
Cassinelli, Diretor de Tecnologia e
Inovação da Braskem, é sua organização. “Já vi diversas iniciativas para
melhorar o acesso à educação de
comunidades carentes, mas nunca
uma tão disciplinada e com resultados expressivos.”
Em 2009, o Consórcio Conpar, que
realiza a ampliação e modernização
da Refinaria Presidente Getúlio Vargas
(Repar), no Paraná, destacou-se,
com 356 investidores. Antônio Costa,
Diretor de Contrato da Odebrecht no
projeto, observa: “Chegamos a esse
resultado pelo envolvimento e a conscientização de todos, pela importância
do programa e pelo espírito de apoio
social presente em nossa equipe”.
Clovis Faleiro, coordenador do programa, acredita que a estratégia adotada
para o Tributo ao Futuro assegura
capilaridade às ações. “Os líderes e
integrantes perceberam os resultados e se apropriaram do programa.
Isso explica o número de investidores
e sinaliza que ainda há muito a ser
feito.”
Conheça os projetos que serão apoiados em 2010 acessando
www.tributoaofuturo.org.br
Jovens que participam de programas apoiados pela
Fundação Odebrecht no Baixo Sul da Bahia
odebrecht informa
10
retranca
argentina
Complexo Industrial Ensenada, em La Plata, onde será erguida a planta de CCR da YPF: combustível mais limpo
Referência nacional
Planta da YPF em construção em La Plata é resultado do maior
investimento na área de refino de petróleo nos últimos 10 anos
texto Cláudio Lovato Filho / fotos Guilherme Afonso
O setor petroquímico argentino
vive um momento especial. Está
em execução no país a primeira
planta de Reformado Catalítico
Contínuo (CCR, na sigla em
inglês). Nela, excedentes exportáveis de nafta, de baixo valor, serão
transformados em combustíveis
de maior qualidade, que têm
demanda crescente na Argentina.
A planta está sendo construída
para a YPF S.A. no seu Complexo
Industrial Ensenada, na cidade de
La Plata, localizada a 60 km de
Buenos Aires. A nova planta trará
vantagens para o mercado, mas
também para o meio ambiente,
ao possibilitar a produção de um
combustível mais limpo.
A unidade, que estará pronta em
julho de 2012, absorverá o maior
investimento no segmento de refino de petróleo na Argentina nos
últimos 10 anos: US$ 348 milhões.
Produzirá 200 mil t/ano de compostos aromáticos, que serão adicionados à nafta. Com isso, a produção
de nafta super e premium será
acrescida em 900 milhões de l/ano.
A Odebrecht, que executa a obra,
iniciada em novembro de 2009,
realiza neste momento o detalhamento de engenharia, em Buenos
Aires e em São Paulo, e a gestão
"Esta obra cria uma referência no país"
odebrecht informa
do procurement dos equipamentos
em âmbito global, enquanto em
La Plata é feito o levantamento
topográfico. Em Buenos Aires,
integrantes da Odebrecht e da YPF
compartilham o mesmo escritório.
Mais do que isso: trabalham como
uma só equipe.
“Esta obra cria uma referência no
país”, diz Pablo Brottier, Diretor de
Contrato da Odebrecht. “A nova unidade permitirá aumentar a quantidade e a qualidade do combustível.
Acreditamos que ela também será
um incentivo para outras empresas
do setor, que terão de acompanhar
a liderança da YPF.”
[ P ablo B rottier ]
Natural de Mendoza, terra dos
melhores vinhos argentinos, o
engenheiro civil Pablo Brottier está
há três anos na Odebrecht. Sua
relação com a empresa começou
quando ele morava em São Paulo.
Sente-se satisfeito e motivado por
ter recebido a oportunidade de trabalhar em uma empresa na qual
se sente em casa e participar de
um projeto importante para o crescimento da Argentina. Em janeiro
passado, Pablo pôde rever São
Paulo e participar de um evento de
grande valia para a execução da
planta de CCR.
Em um workshop promovido
especificamente para o empreendimento e organizado pela
Odebrecht, com mais de 40 participantes, profissionais da empresa
que atuam no Brasil, em projetos
similares ao da planta de CCR,
trocaram informações e experiências com integrantes da Odebrecht
Argentina e da YPF. O evento durou
um dia e foi enriquecido com uma
visita às obras da Odebrecht na
Refinaria Presidente Getúlio Vargas
(Repar), em Araucária (PR), e na
Refinaria Henrique Lage (Revap),
em São José dos Campos (SP). “Foi
um momento de grande sinergia,
que vai possibilitar-nos usar as
experiências da Odebrecht para
fazer eventuais melhorias no projeto”, salienta Pablo Brottier.
Um dos participantes do
workshop foi o engenheiro elétrico Marcelo Broccoli, Gerente de
Projetos e Construções da Direção
de Engenharia da YPF. Ao lado de
Pablo, ele lidera a implantação
da nova unidade, com desafios
como a montagem de estruturas
gigantescas (veja infográfico) em
La Plata: cidade a 60 km de Buenos Aires tem 550 mil habitantes
um complexo industrial em pleno
funcionamento e no qual o espaço
é reduzido, além da realização de
intervenções em outras cinco plantas, para as interconexões. “Temos
aqui uma equipe integrada, com
um objetivo comum e cujas competências se complementam. Vamos
fazer do projeto da planta de CCR
um modelo para a Argentina.”
os Destaques da nova unidade
Os principais equipamentos da planta de CCR são: dois
compressores centrífugos de 11 MW, um forno de quatro câmaras
com capacidade de 35 milhões de Kcal/h, um módulo de regeneração,
PSA (unidade de purificação do hidrogênio produzido), um reator e
um intercambiador de calor de placas. O projeto se complementa com
um flare de 115 m de altura e com intervenções nas unidades existentes a serem modificadas: Unidade de Hidrotratamento de Naftas,
Unidade de Extração de Aromáticos e Unidade de Fracionamento de
Aromáticos, com suas interconexões. A planta terá capacidade para
produzir 120 m3/h de reformado (usado para aumentar a octanagem
da gasolina) e 1.000 lb/h de regeneração catalítica (para purificação
do hidrogênio).
odebrecht informa
12
entrevista
Odebrecht Informa – Como tem sido a
vida de barrageiro?
José Bonifácio Pinto Júnior – É uma
vida de cigano, mas gratificante, pois
vejo, do início ao fim de cada hidrelétrica, os frutos do trabalho de uma grande equipe. Atuei em obras em vários
estados antes de voltar a Rondônia
para implantar Santo Antônio, que é a
maior de que já participei. Na década
de 1980, participei da construção da
Hidrelétrica de Samuel, no Rio Jamari,
afluente do Rio Madeira, perto de
Porto Velho. Minha esposa, Luce, é de
Guajará-Mirim, em Rondônia. Tenho
duas filhas, Alessandra e Rebeca. A
mais velha, Alessandra, administradora de empresas, nasceu em Porto
Velho. Rebeca nasceu em Guayaquil,
no Equador, quando eu trabalhava no
projeto de irrigação Chagón Cerecita.
O realizador
O engenheiro pernambucano José Bonifácio Pinto Júnior já montou
acampamento em vários pontos do Brasil e hoje comanda um
exército de mais de 10 mil trabalhadores na construção da Hidrelétrica
Santo Antônio, em Porto Velho. Bonifácio completou em janeiro
33 anos na Organização. Diretor-Superintendente da Odebrecht e
Responsável pela Implantação da usina, recebeu em 22 de
dezembro, do Governador Ivo Cassol, a Medalha Ordem do Mérito
Marechal Rondon, em reconhecimento a seu trabalho e à atuação da
empresa para o bem de Rondônia. Energia, trabalho, desenvolvimento
e qualidade de vida são conquistas que a usina proporciona e
proporcionará à região. Bonifácio vê na homenagem que recebeu um
reflexo do apoio da comunidade local à obra – um dos objetivos da
Odebrecht desde os primeiros movimentos relacionados ao projeto.
texto Luiz Carlos Ramos / foto Roberto Rosa
odebrecht informa
OI – Como é hoje sua relação com
Porto Velho?
Bonifácio – É de presença e atenção
constantes. Vivo entre três cidades:
acompanho as obras de Santo Antônio,
tenho escritório no Rio de Janeiro e
passo os fins de semana com a família
em Belo Horizonte. E ainda estou ligado a Recife, sim: no futebol, torço pelo
Náutico, infelizmente rebaixado para
a Série B do Brasileiro, mas, temos
certeza, trata-se de uma situação temporária.
OI – Quando você começou a se dedicar ao projeto Santo Antônio?
Bonifácio – Foi em 2001, bem antes
do início das obras, quando o Brasil
enfrentava uma crise de energia elétrica e muita gente ainda duvidava de que
fosse válido explorar o potencial dos
rios da Amazônia para a produção de
energia. Os estudos iniciais apontavam
para quatro usinas; foram liberadas
duas. Em julho de 2007, saiu a licença
ambiental e, em 10 de dezembro, o
Consórcio Madeira Energia, liderado
pela Odebrecht e por Furnas, ofereceu
a menor tarifa média pela energia
a ser gerada e venceu o leilão de
concessão da Usina Santo Antônio.
A empresa Santo Antônio Energia foi
constituída para operar a usina por 30
anos. Para a construção, foi contratado
o Consórcio Construtor Santo Antônio,
liderado pela Odebrecht e formado
ainda pelo Consórcio Santo Antônio
Civil (Odebrecht e Andrade Gutierrez),
pelo Gicom – Grupo Industrial do
Complexo do Rio Madeira (Alstom,
Bardella, Voith Siemens, Andritz e
Areva), encarregado do fornecimento
dos equipamentos, e pela Odebrecht
Engenharia e Construção, para a
montagem eletromecânica. As obras
começaram em setembro de 2008 e
têm avançado com incrível rapidez.
OI – Essa rapidez corresponde às
previsões iniciais?
Bonifácio – Sim. A previsão é de que a
obra esteja pronta, com as 44 turbinas
bulbo funcionando, em 2015. Mas, já
em dezembro de 2011, será possível
a geração de energia pela primeira
turbina, de acordo com nosso cronograma de antecipação.
OI – Como as obras estão se
desenvolvendo?
Bonifácio – Estão se desenvolvendo às
duas margens, com a priorização da
casa de força da margem direita, onde
estarão as primeiras turbinas a entrar
em operação a partir de dezembro
de 2011, e das obras do vertedouro à
margem esquerda, que garantirão o
desvio do rio a partir de maio de 2011.
Além disso, toda a infraestrutura do
empreendimento está concluída, destacando-se a cozinha industrial para
21 mil refeições por dia e Centro de
"Desde 2001,
dialogamos com
autoridades, com a
população em geral e
com os ribeirinhos"
[ José Bonifácio ]
A Usina Santo Antônio em obras
Atendimento ao Trabalhador (CAT), que
inclui 15 leitos hospitalares.
OI – Como foi possível vencer a
resistência inicial às obras?
Bonifácio – Com diálogo e um longo
trabalho de conscientização dos diversos atores envolvidos no projeto. Desde
2001, nós, da Odebrecht, dialogamos
com autoridades, com a população
em geral e com os ribeirinhos. Em
audiências públicas e reuniões
demonstramos que o meio ambiente
não sofreria grande impacto com a
obra. Como serão utilizadas turbinas
do tipo bulbo, a barragem não será
alta e, assim, a área a ser alagada
terá apenas 217 km2, dos quais 164
km2 serão da própria calha do rio.
Oferecemos compensações às famílias
moradoras das regiões atingidas pela
obra e tratamos de preservar a fauna,
a flora e a história locais.
OI – A Odebrecht lançou em Porto
Velho, em janeiro de 2008, o
Programa Acreditar para qualificação
de trabalhadores locais. Como vai
esse programa?
Bonifácio – Tem sido um emocionante sucesso. Dos 10 mil trabalhadores
atualmente mobilizados na obra,
83% são provenientes do Acreditar.
Ganharam uma nova profissão. Mais
de 10% são mulheres. O programa
mereceu elogios do Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e está sendo
agora aplicado em canteiros de obra
da Odebrecht Brasil afora.
OI – E o programa ainda gerou o
Acreditar Júnior...
Bonifácio – O Acreditar Júnior se destina a adolescentes de 14 a 17 anos,
filhos de integrantes do Consórcio
Santo Antônio Civil. Mais de 400 garotos já ganharam uniforme, mochila e
apostilas e começaram a participar de
aulas e treinamentos, com a condição
de que estejam pelo menos no sexto
ano do ensino básico e não abandonem a escola. Eles recebem meio
salário mínimo por mês e fazem um
exercício de cidadania.
OI – Qual é a principal lição obtida
neste projeto e nos outros de que
você vem participando há 33 anos?
Bonifácio – É a lição do respeito
ao ser humano, transmitida pelo
Dr. Norberto Odebrecht a todas as
gerações da Organização. É a lição
da confiança nas pessoas e na sua
vontade de servir e de se desenvolver.
Lembro-me com emoção de meu
ingresso na empresa em 1977, na
filial de Recife, como estagiário do
quarto ano de Engenharia Civil da
Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE), das lições aprendidas com
meus líderes e, particularmente, do
saudoso Mestre Claudionor.
odebrecht informa
14
saneamento
Desafio no
mar e na terra
Construção do
Emissário Submarino
da Boca do Rio, em
Salvador, chega à
reta final com uma
operação de alta
complexidade
texto Rodrigo Vilar
fotos Nilton Souza
odebrecht informa
Uma das mais importantes obras
de saneamento básico realizadas
em Salvador nas últimas décadas, a
construção do Sistema de Disposição
Oceânica (SDO) Jaguaribe, pela
Odebrecht, chega a sua reta final. Em
dezembro, ocorreram o afundamento
da última seção da tubulação marítima
e a conclusão do trecho terrestre.
Mais conhecido como Emissário
Submarino da Boca do Rio, o projeto é uma iniciativa do Governo
Federal e do Governo da Bahia, por
meio da Empresa Baiana de Águas
e Saneamento (Embasa). É formado
por um trecho, em túnel, de 1,3 km
(em terra), estação de bombeio, linha
de recalque, estação de pré-condicionamento, além do próprio emissário
submarino, com 3,6 km de extensão.
Essa foi a primeira PPP (parceria
público-privada) licitada no setor de
saneamento no Brasil. A Foz do Brasil
é a concessionária responsável pela
operação e exploração do sistema por
15 anos.
Apesar de seu porte, a obra, em
seus quase dois anos de execução,
passou praticamente despercebida
pela população. O trecho de terra
interferiu muito pouco na rotina da
cidade, resultado do tipo de equi-
Momento da operação de afundamento
do último trecho de tubulação na Baía
de Todos os Santos e, na foto menor,
detalhe do material utilizado, feito de
polietileno de alta densidade
pamento utilizado, o pipe jacking,
importado da Alemanha e considerado
o melhor do mundo para esse tipo
de perfuração. O chamado “tatuzão”
utiliza um sistema automatizado que
perfura o solo com baixíssimo nível de
impacto, embutindo automaticamente
os tubos de concreto. “Passamos sob
avenidas e casas sem interrupção
de tráfego e com pouca interferência
para as pessoas”, explica Jorge Oke,
Responsável por Produção.
Desafios não faltaram. Na fase
terrestre de perfuração, por exemplo, uma rocha de alta resistência
retardou a evolução do equipamento.
“Normalmente ele perfura de 50
mm a 80 mm por minuto, mas nessa
rocha ficamos entre 8 mm e 10 mm.
Com isso, houve demora e o desgaste
excessivo de discos de cortes, que
precisavam ser trocados constantemente”, relata Roberto Santos, Diretor
de Contrato. Mesmo encontrando esse
tipo de obstáculo, os 280 integrantes
da equipe conseguiram manter o cronograma da obra. “Mesclamos profissionais maduros de primeira qualidade
e uma turma nova que chegou com
muita capacidade e vontade de aprender”, diz Roberto.
O afundamento no mar do último
trecho – de um total de quatro – da
tubulação de PEAD (Polietileno de
Alta Densidade) foi uma operação
complexa. Os tubos foram fabricados e
montados na Baía de Aratu, dentro da
Baía de Todos os Santos, onde eram
pressurizados e depois transportados
como uma grande boia tubular de 900
m. A viagem dura 24 horas em média,
percorrendo 52 km, num trabalho
coordenado que envolve de seis a oito
rebocadores e até cinco embarcações
de apoio, e que só pode ser feito em
períodos específicos, com condições
apropriadas de mar e vento. Com a
experiência acumulada em mais de
cinco emissários submarinos, Roberto
Santos observa: “Na água, a gente
tem de respeitar o meu amigo Netuno,
chamar o mar de senhor e não querer
ser melhor do que ele. Se ele disser
que não se deve trabalhar, não se trabalha. Felizmente concluímos a operação com êxito”.
Com o início da operação do emissário previsto para abril, a capacidade
de esgotamento sanitário de Salvador
e do município de Lauro de Freitas,
na região metropolitana da capital da
Bahia, chegará a 90%, segundo dados
da Embasa. Isso garantirá a Salvador
a permanência entre as cidades de
melhor índice de saneamento no
Brasil.
“As iniciativas de formatação de
parcerias público-privadas devem
ser antecedidas de avaliações
amplas sobre a prioridade e a
necessidade da obra, ou da
conveniência de ser executada por
meio de PPP. É importante saber
que temos a possibilidade de contar
com a Foz do Brasil, sobretudo após
a experiência positiva que estamos
tendo com o SDO Jaguaribe”, ressalta Abelardo de Oliveira Filho,
Diretor-Presidente da Embasa.
Segundo Raul Ribeiro, Diretor da Foz
do Brasil-Jaguaribe, empresa responsável pela operação do sistema,
“a parceria transformará experiência
e complementaridade de competências das gestões pública e privada em
benefícios para a comunidade”.
odebrecht informa
16
república dominicana
Dias contados
para os tapones
Sistema viário Corredor Duarte vai reduzir os
engarrafamentos no centro de Santo Domingo
texto Humberto Werneck / fotos Holanda Cavalcanti
Dono de uma van que lhe garante o
sustento, Daniel de los Santos mora
a 14 km do centro de Santo Domingo.
Na tranquilidade de um fim de semana, esse percurso não lhe toma mais
que 20 minutos. Em dias úteis, porém,
a viagem dura 1h30. A culpa, ele
explica, é dos tapones, os engarrafamentos. Mas o tormento de Daniel
e de muitos dos quase 3 milhões de
habitantes de Santo Domingo acabará
graças ao sistema viário Corredor
Duarte, que a Odebrecht, associada à
Ingeniería Estrella, está construindo
no centro da capital da República
Dominicana.
Ao custo de US$ 204 milhões,
dos quais US$ 100 milhões são
financiados pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social
odebrecht informa
(BNDES), o projeto compreende a
construção de seis elevados e três
passagens subterrâneas. As obras
começaram em julho de 2009 e, em
maio, estarão prontos os dois primeiros viadutos — o que, para Daniel,
já significará menos 30 minutos de
pesadelo. “Quando tudo estiver concluído, no fim do ano que vem, será
possível ir do aeroporto ao centro da
cidade, uma viagem de 30 km, praticamente sem semáforos”, antecipa o
Diretor de Contrato Luiz Sérgio Ferraz
da Costa.
O Corredor Duarte, o primeiro
contrato que a Odebrecht executa na
capital do país, no qual atua desde
2002, é também a primeira obra
pública conquistada na República
Dominicana por meio de concorrência
Na imagem ao lado, Daniel de
los Santos: engarrafamentos no
centro da cidade são tormento
para os motoristas. Nesta
imagem, obras do Corredor
Duarte: trânsito bem organizado
durante a execução do projeto
pública internacional. Ele se estende
no sentido leste-oeste e compõe-se,
na verdade, de dois corredores: o da
Avenida Kennedy, entrada para quem
vem de Santiago, a segunda maior
cidade dominicana, que terá quatro
elevados; e o da 27 de Fevereiro, com
dois elevados, cada um com 500 m de
extensão.
Uma intervenção urbana dessa
envergadura, numa área por onde
passam 200 mil veículos/dia, impunha desafios gigantescos. Para
enfrentá-los, o consórcio liderado
pela Odebrecht adotou procedimentos inéditos no país. Contratou uma
consultoria de trânsito, a Tectran, de
Belo Horizonte, pôs nas ruas uma
campanha de informação e esclarecimento, com anúncios na imprensa
e distribuição de folhetos, e abriu um
diálogo com a população, naturalmente preocupada com o impacto
dos trabalhos em sua rotina. Cuidou
também de implantar placas de sinalização para orientar os motoristas
enquanto durem os trabalhos.
Deu certo. “O trânsito está mais
bem organizado nas proximidades
das obras do que em outros pontos
da cidade”, constata o empresário
Manuel Estrella, dono da construtora que leva seu sobrenome e
que, antes de se tornar parceira da
Odebrecht, foi fornecedora de concreto. “Estou aprendendo muito”, revela
Estrella, que de saída se surpreendeu
com o longo tempo que os colegas
brasileiros dedicam à planificação do
trabalho. Um de seus mais jovens
colaboradores, o engenheiro Victor
Collado, de 25 anos, Responsável por
Programa de Produção nas obras do
Corredor Duarte, anuncia: “Uma das
minhas metas é captar a cultura e a
filosofia de trabalho da Odebrecht e
levá-las para a Estrella”. Victor Díaz
Rúa, titular do Ministério de Obras
Públicas e Comunicações, cliente da obra, salienta: “O que faz da
Odebrecht uma empresa admirada na
República Dominicana é a qualidade,
não só na construção como no manejo da obra, marcado por altos padrões
de organização e segurança”.
Marcos Machado, Diretor de
Contrato responsável pela conquista e
mobilização do projeto, diz que, para
a Odebrecht, o Corredor Duarte constitui um desafio de imagem mais do
que de técnica. E para a boa imagem
vêm contribuindo também algumas
outras iniciativas da empresa, como
a recuperação de parte do Centro
Olímpico Juan Pablo Duarte, construído para os Jogos Panamericanos de
odebrecht informa
2003. Um acordo entre o Ministério
de Obras e o Ministério de Esportes
permitiu a utilização temporária de
uma pequena fatia do parque para
que se instalasse o acampamento do
consórcio — o qual, em retribuição,
se propôs recuperar 14 quadras de
basquete e futsal, além de um campo
de beisebol, existentes na área.
“Já entregamos quatro”, comenta
Humberto Sampaio, da Odebrecht,
Gerente Administrativo-Financeiro.
Reformou-se também o quartel do
Departamento de Segurança Militar,
vizinho a essas quadras.
A formação e qualificação de
trabalhadores locais é coordenada
por Cláudio Medeiros, Responsável
pelo Programa AdministrativoFinanceiro na estrutura do DiretorSuperintendente Marco Cruz. Desde
2005, uma peneira fina vem garimpando jovens profissionais, entre eles o
engenheiro Jensson Nina, Responsável
por Produção, que entrou como Jovem
Parceiro na primeira fornada. “Aqui
você é estimulado a ganhar independência, autonomia para tomar decisões”, diz Jensson.
A Odebrecht conta no momento
com 52 Jovens Parceiros no país (sete
dos quais estão no Corredor Duarte),
todos eles dominicanos. A engenheira Analie García Pena, 22 anos,
da área de Planejamento do projeto
do Corredor Duarte, avalia: “Nesta
empresa, os colegas se interessam
em passar conhecimentos”. No mais
recente processo de seleção, iniciado em outubro de 2009, a empresa
acolheu 327 candidatos, dos quais
21 poderão ser incorporados. “Esse
processo de seleção é a semente
que estamos plantando, e já vamos
colhendo frutos”, entusiasma-se
Cláudio Medeiros.
odebrecht informa
Mobilização para ajuda ao Haiti
Equipamento da Odebrecht
em Porto Príncipe: contribuição
Tão logo se soube do terremoto
que atingiu o Haiti, em 12 de janeiro, a Odebrecht se mobilizou para
socorrer a população.
Na República Dominicana,
que divide com o Haiti a Ilha de
Hispaniola, a Odebrecht somou
forças com o Governo local e a
Embaixada brasileira. Providenciou
para que cinco escavadeiras hidráulicas, três carregadeiras sobre rodas
e um cavalo mecânico com prancha
fossem enviados ao Haiti para ajudar no resgate de vítimas, além de
medicamentos, 25 barracas grandes
de camping, mil cobertores, 565
lonas plásticas, 14 mil galões de
gasolina para helicóptero e caminhões-pipa com água potável. O
esforço, coordenado pelo Diretor de
Contrato Marcos Machado, incluiu
ainda apoio ao comitê de ajuda
montado pela Embaixada brasileira
em Santo Domingo, para cotação e
logística de materiais e empréstimo
de móveis para acolher pessoal do
Itamaraty.
Em Miami, Gilberto Neves,
Diretor-Superintendente da
Odebrecht nos Estados Unidos,
coordenou uma operação que
permitiu recuperar instalações do
Aeroporto de Porto Príncipe em
apenas três semanas, num esforço
conjunto com a American Airlines,
que se incumbiu do transporte de
pessoal, equipamentos e materiais
a partir da Flórida, da República
Dominicana e de Porto Rico. Um
terminal de carga que sofrera poucos danos foi convertido em terminal de desembarque, com alfândega, migração, sistema de bagagens
e estrutura administrativa. Outro
edifício razoavelmente preservado,
com três andares, foi transformado
em terminal de embarque. Além do
pessoal trazido de fora, a Odebrecht
contou com 30 profissionais haitianos, parte deles capacitada numa
oficina que a empresa montou
no local. As obras realizadas pela
Odebrecht permitiram, em 19 de
fevereiro, o reinício dos voos comerciais para o Haiti, interrompidos
desde o momento da tragédia.
memória
19
O espírito do tempo
Fundação Odebrecht completa 45 anos reiterando sua crença
na importância da família para a construção de uma sociedade melhor
texto Gabriela Vasconcellos / foto Eduardo Moody
A Fundação Odebrecht completa
45 anos em 2010 reafirmando sua
missão – educar jovens para a vida,
pelo trabalho, para valores e limites
– com uma visão de futuro consolidada: quer se tornar administradora
de recursos não reembolsáveis e
implantar, na Área de Proteção
Ambiental (APA) do Pratigi, no Baixo
Sul da Bahia, um modelo de turismo
agrícola, ecológico e sustentável, o
Agro Eco Turismo.
Desde 2003, a Fundação vem se
concentrando em tornar próspera e
dinâmica uma área rural estagnada
e deficitária, com grande potencial ambiental, e fixar os jovens
no campo. Com investimentos
que ultrapassam R$ 130 milhões,
o Programa de Desenvolvimento
Integrado e Sustentável do Mosaico
de APAs do Baixo Sul da Bahia contribui para gerar trabalho e elevar a
renda das famílias. O objetivo é criar
uma classe média rural.
Segundo Norberto Odebrecht,
Presidente do Conselho de
Curadores da Fundação Odebrecht,
contribuir para a formação de uma
população estruturada na família é
o foco há 45 anos. “Nossa missão
tem sido a de oferecer apoio às
famílias para que possam formar
novas gerações estruturadas e
preparadas para crescer”, afirma.
No auge de sua maturidade, a
Fundação se volta para o futuro.
“Quem tem o espírito do tempo
não olha para si nem para trás:
olha para a frente e trabalha em
equipe para o bem da comunidade”,
salienta Norberto Odebrecht.
Grupo de beneficiários de um dos
projetos da Fundação no Baixo Sul
da Bahia: participantes da criação
de uma classe média rural
odebrecht informa
20
competitividade
A nova petroquímica
brasileira
Braskem adquire a Quattor e
a Sunoco Chemicals e
passa a ocupar a primeira
posição como produtora
de resinas termoplásticas
nas Américas
texto Thereza Martins / fotos Edu Simões
odebrecht informa
Unidade da
Quattor em
Duque de Caxias
(RJ): planos de
expansão
A aquisição da Quattor
Petroquímica, no Brasil, e da
Sunoco Chemicals, nos Estados
Unidos, coloca a Braskem em um
novo patamar de competitividade e
porte. A empresa saiu da terceira
para a primeira posição em produção de resinas termoplásticas nas
Américas. No ranking global da
petroquímica, passou do 12º para o
oitavo posto. “A aquisição da Quattor
faz parte do movimento estratégico da Braskem de promover uma
aliança ampla com a Petrobras para
tornar a indústria petroquímica
brasileira uma das mais fortes do
mundo”, afirma Bernardo Gradin,
Líder Empresarial da Braskem. “A
Sunoco, por sua vez, representa
a nossa primeira oportunidade de
operação fora do Brasil.”
Os quase sete meses de negociações para a aquisição da Quattor
foram selados em janeiro por um
acordo que, entre outros pontos,
modificará a estrutura societária da
Braskem. Odebrecht e Petrobras
compartilharão as decisões estratégicas da companhia, cabendo à
Odebrecht participação de 50,1%
do capital votante. A incorporação
da Quattor, escalonada em atapas,
será submetida à apreciação do
Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade).
O engenheiro Luiz de Mendonça
foi designado para presidir a
Quattor. Ele é integrante da
Braskem desde 2002, ano de formação da empresa. Sua última posição
foi a de Vice-Presidente responsável pela Unidade de Polímeros.
Mendonça tem o desafio de liderar
a unificação de culturas e práticas empresariais da Quattor aos
princípios da Braskem. O ponto de
partida foi realizar reuniões abertas
com equipes das plantas industriais
de Duque de Caxias (RJ), ABC (SP)
e Camaçari (BA), além do escritório de São Paulo, para conversar
sobre a integração da Quattor à
Braskem, apresentando a visão
estratégica, a cultura e o papel das
equipes Quattor no crescimento da
Braskem.
Para analisar os processos
da Quattor e acelerar o domínio
da operação, foram organizadas
frentes de trabalho, que deverão
identificar sinergias e as melhores
práticas a serem compartilhadas.
Integrantes da Braskem irão trabalhar na Quattor e vice-versa. Haverá,
também, integração de áreas para
melhor aproveitamento do potencial
das duas empresas.
A Quattor possui unidades e
investimentos em expansão prontos
para serem colocados em marcha,
os quais adicionarão 200 mil t/
ano à sua capacidade de produção
de eteno, possivelmente a partir
de maio, e outras 200 mil t/ano de
polietileno. A Rio Polímeros (RioPol)
deverá operar em 2010 a plena
capacidade, com a entrada em operação do Plangás, da Petrobras.
odebrecht informa
Sala de controle em
Duque de Caxias: Quattor
possui nove plantas industriais
Segundo Otávio Carvalho,
Diretor da consultoria MaxiQuim, a
Braskem escolheu o caminho certo
para fazer frente à concorrência
internacional e ampliar mercado.
Optou pelo fortalecimento da indústria no Brasil e pela internacionali-
odebrecht informa
zação, incorporando petroquímicas,
além de desenvolver projetos a
partir do zero, com prospecção de
matéria-prima competitiva e construção de fábricas. A Braskem possui projetos desse tipo, conhecidos
como greenfield, em estudos no
México, Peru, Venezuela e Bolívia.
No caso do México, o primeiro
passo já foi dado. Braskem e Idesa,
petroquímica mexicana, serão parceiras em uma joint venture, com controle da Braskem (65%). O objetivo é
desenvolver um projeto petroquímico
integrado para produção de eteno e
polietileno naquele país, utilizando
gás natural como matéria-prima.
Com capacidade para 1 milhão de t/
ano de polietileno, as novas plantas
deverão entrar em operação em
2015.
Os principais números...
... da Braskem, com a
aquisição da Quattor:
• 5,510 milhões de t/ano de resinas:
polietileno (3.035 t), polipropileno
(1.965 t) e PVC (510 t);
• R$ 26 bilhões de faturamento anual;
• 26 plantas produtivas; e
• 6,3 mil integrantes.
• R$ 700 milhões foi o valor da
operação para compra da Quattor.
... sobre a Sunoco Chemicals:
• 950 mil t/ano de polipropileno;
• 3 unidades industriais;
• 1 centro de tecnologia; e
• 360 integrantes.
• Valor da operação de compra da
Sunoco: US$ 350 milhões.
Otávio Carvalho salienta que uma
das características da indústria petroquímica é a globalização do mercado
e da concorrência. Com a economia
aquecida e o consumo em alta, fazer
negócios no Brasil tornou-se atraente
para produtores das mais variadas
bandeiras. “China, Índia e países do
Oriente Médio, por exemplo, se movimentam nesta direção”, ele analisa.
E acrescenta: “Embora seja a única
produtora no Brasil, a Braskem não é
o único vendedor. Distribuidores globais atuam no país e empresas internacionais com plantas na Argentina,
Colômbia e Estados Unidos têm
bases comerciais aqui instaladas,
disputando os cerca de 11 mil clientes da indústria do plástico nacional”.
Parceira de longa data em projetos no Polo Petroquímico de Triunfo
(RS) e na Unidade Paulínia (SP),
a Petrobras escolheu a Braskem
para ampliar sua participação na
indústria petroquímica “pela expertise e pela capacidade de gestão,
técnica e comercial”, de acordo com
Paulo Roberto Costa, Diretor de
Abastecimento da estatal. “Essas
características nos dão tranqüilidade
para participar de forma mais ativa e
com mais percentual em sua composição societária.”
Carlos Fadigas, Vice-Presidente
de Finanças e Relações com
Investidores da Braskem, ressalta um
aspecto importante da parceria com
a Petrobras: o compartilhamento
com a Odebrecht da visão de longo
prazo nos negócios. “A indústria
petroquímica requer capital intensivo
e visão de longo prazo. Um ou dois
anos de maré baixa não afugentam
sócios que estão no mercado há
décadas, conhecem os ciclos de alta
e baixa do setor e sabem planejar
para crescer”, afirma ele.
A reação da indústria do plástico à
aquisição da Quattor foi de “expectativa e confiança”, na definição de
Alfredo Schmitt, Presidente da
Associação Brasileira da Indústria de
Embalagens Plásticas (Abief). “Nós,
empresários, entendemos a tendência mundial da indústria petroquímica
em relação à verticalização e consolidação para competir globalmente, e
esperamos que os ganhos de escala
que virão sejam distribuídos ao longo
da cadeia produtiva do plástico.”
odebrecht informa
24
perfil
Carioca da gema
texto Júlio Cesar Souza / foto Américo Vermelho
Marcos Vidigal do Amaral poderia ter “Botafogo” incorporado ao sobrenome. Carioca nascido no bairro que leva
esse nome, é torcedor apaixonado do clube que deu
ao mundo Mané Garrincha. Esse engenheiro de 47
anos tem sido personagem de destaque em importantes obras de infraestrutura em sua cidade natal.
Atuou na construção e modernização de estádios,
metrô, centros educacionais, emissários, estradas e
presídios.
Há 19 anos na Odebrecht, Vidigal diz que os últimos
quatro anos foram intensos. “Temos equipes experientes e comprometidas, mas os projetos eram complexos
e com prazos bastante apertados, exigiram grande dedicação, nada podia dar errado.” Ele cita como exemplos a
modernização do Estádio do Maracanã e a construção do
Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, para os
Jogos Panamericanos de 2007, e a construção do Metrô
de Ipanema (veja reportagem sobre o metrô nesta edição).
“Eram desafios públicos a serem cumpridos.”
Vidigal entrou na Odebrecht em 1991, durante a execução do
acesso à Estação Cantagalo do Metrô, em Copacabana. Hoje
está à frente de dois projetos: a expansão da Linha 1 do Metrô
do Rio e as obras de infraestrutura no Complexo do Alemão.
Vidigal sabe que essas obras são oportunidades valiosas
para melhorar a cidade. “Eventos como a Copa do Mundo e
as Olimpíadas serão marcos, mas temos a oportunidade de
melhorar o Rio já, a partir de hoje. Espero poder contribuir.”
Casado e pai de três filhos, Vidigal gosta de dedicar uma
parte de suas horas vagas à culinária. “Isso começou há dois
anos. Há todo um ritual: saio de manhã para comprar ingredientes, preparo os pratos, sirvo e ainda dou conta da louça”.
Quando não está cozinhando, Vidigal vai à praia (“como todo
bom carioca”, diz ele) e, claro, acompanha os jogos do clube
da estrela solitária.
odebrecht informa
25
por eliana simonetti
Bola pra frente
O economista paulistano Alexandre Assaf está há 17 anos na Odebrecht.
Atuou no Brasil, no Peru, na Argentina e hoje é Responsável por Planejamento
e Administração na Odebrecht Angola. É apaixonado por seu trabalho. Outra
paixão, conhecida por todos os que convivem com ele, é o futebol. Veste a camisa
do Palmeiras desde os 7 anos, e sua mulher e os três filhos, claro, aderiram
ao clube. “Em todos os lugares onde trabalho é a mesma história: o Palmeiras
ganhando ou perdendo a turma me liga para dar os parabéns ou para pegar no
meu pé. Até os fregueses corintianos entram na brincadeira.” Assaf foi ao estádio,
em Luanda, para ver os jogos da seleção angolana na Copa Africana das Nações
(CAN 2010). “Estava tudo muito organizado e bonito. Nível de Copa do Mundo.
Mais uma vez Angola se afirmou como uma potência na África.”
arquivo pessoal
Um economista apaixonado por futebol
Movimento constante
Antonia Luengo nasceu em Barcelona, na Espanha, chegou ao Brasil
aos 5 anos, cresceu na Bahia e há 22 anos vive em Alagoas. Mestre em
Química Analítica e em Engenharia Ambiental e Urbana, é Coordenadora
de Qualidade e Produtividade da Unidade Polímeros da Braskem, que
tem unidades em Alagoas, na Bahia, em São Paulo e no Rio Grande do
Sul. Gosta de morar em Maceió. “Adoro as praias e o povo amigo”, diz.
Para realizar seu trabalho, porém, Antonia passa grande parte do tempo
entre aeroportos e fábricas – às vezes em três estados num único dia.
Ela garante que isso não interfere na vida familiar com o marido e os
filhos. “Quando comecei a viajar com essa frequência, meus dois filhos
já eram independentes. Hoje um é médico e outro é advogado.”
Satisfação no canteiro de obras
Um mineiro construindo metrô em Novo Hamburgo
O mineiro Rodrigo Lacerda, Responsável por Engenharia nas obras de extensão do Metrô de Porto Alegre (Trensurb) em Novo Hamburgo e São Leopoldo,
ingressou na Odebrecht em 2006, em São Paulo, no programa de Desenvolvimento de Negócios. Ficou tão animado com o convite para atuar no canteiro de
obras que, antes mesmo do início da execução do projeto, em fevereiro de 2009,
instalou-se com a família em Novo Hamburgo para estudar a região e planejar
o trabalho da Odebrecht. “Esta é uma obra muito desejada pela população”, diz.
Rodrigo cuida das obras civis, da implantação de sistemas e também participa
do reassentamento de famílias em casas erguidas pela Odebrecht. “Tenho tido
uma oportunidade real de educação pelo trabalho”, afirma. Em março, ele se
tornou pai pela segunda vez. “Tudo aqui tem sido muito especial.”
Eneida Serrano
márcio lima
Uma incansável coordenadora de qualidade e produtividade
odebrecht informa
26
organização
Bernardo Gradin, Líder Empresarial da Braskem: "É preciso defender
o plástico e mostrar sua imensa utilidade em vários setores da vida"
“Temos uma década
fantástica pela frente”
Lançamento da Visão 2020 foi o destaque das reuniões anuais
das empresas da Organização Odebrecht
texto José Enrique Barreiro / fotos Almir Bindilatti e Beg Figueiredo
A Reunião Anual 2009 da
Organização Odebrecht foi diferente
das realizadas em anos anteriores.
Desta vez, cada empresa promoveu
o seu evento. As reuniões foram
realizadas em datas e lugares
distintos, no período de 11 a 22
de dezembro, mas todas com o
mesmo foco: apresentação de
resultados alcançados e de pla-
odebrecht informa
nos para o futuro. O destaque dos
eventos foi o lançamento da Visão
2020, o objetivo da Organização
para a próxima década, apresentada por Marcelo Odebrecht,
Diretor-Presidente da Odebrecht
S.A., durante a Reunião Anual da
Odebrecht S.A., quando manifestou
seu otimismo em relação ao futuro: “Temos uma década fantástica
pela frente”. Além de Marcelo e
dos Líderes Empresariais, também
fizeram apresentações na reunião
da Odebrecht S.A. o Presidente
do Conselho de Administração
da empresa Emílio Odebrecht,
o Presidente de Honra Norberto
Odebrecht e o Diretor Executivo
da Fundação Odebrecht Maurício
Medeiros.
< No telão, a partir da esquerda, as imagens
dos Líderes Empresariais Benedicto Júnior
(Infraestrutura), Henrique Valladares (Energia),
Márcio Faria (Engenharia Industrial), Luiz Rocha
(Internacional), Luiz Mameri (América Latina
e Angola) e Euzenando Azevedo (Venezuela).
Em sua apresentação nesse evento, Marcelo
Odebrecht disse: “O nosso único desafio no triênio 2010-2012 é superar nossos próprios limites”.
“Nosso crescimento
sustentável só depende
da prática da Tecnologia
Empresarial Odebrecht”
[ Norberto Odebrecht ]
≥
Para Bernardo Gradin, a Braskem
conseguiu superar graves dificuldades de
mercado e alcançar resultados positivos,
tendo atingido todos os alvos previstos.
Destaque para o fortalecimento da associação com a Petrobras, materializada na
recente aquisição da Quattor. A reunião
da Braskem foi realizada em Praia do
Forte (BA), com a participação de 120
líderes da empresa. Na foto, a partir da
esquerda, Manuel Carnaúba com os
vencedores do Prêmio Destaque José
Cristóvão Nunes, Antonio Tacidelli, Karen
Riordan, João Miguel de Faria Junior e
George Bispo Lacerda.
≥ “Liderança, a base para o crescimento sustentável”
foi o tema predominante na reunião anual da Odebrecht
Realizações Imobiliárias (OR), em Costa do Sauípe, que
contou com a presença de 60 integrantes da empresa.
Paul Altit, Líder Empresarial da OR, ressaltou a atuação da
Bairro Novo no segmento econômico (a empresa participa
da primeira PPP habitacional do Brasil) e da OR em projetos para Clientes corporativos e de média-alta renda. Em
Sauípe, os participantes do evento conheceram as casas
decoradas e os serviços oferecidos pelo condomínio Quintas
Private Residences, lançado recentemente pela OR.
“O salto fabuloso que a Odebrecht deu
de 2000 para cá é uma prova de que o
inacreditável acontece” [ Piero Marianetti ]
odebrecht informa
< O Líder Empresarial José Carlos
Grubisich fala durante a reunião da
ETH, realizada em 11 e 12 de dezembro, no Guarujá (SP). Para ele, 2009 foi
um ano de realizações em um mercado
desafiador: “Temos cinco usinas em
operação, das quais três foram
construídas simultaneamente num
período de 13 meses”. Grubisich
também ressaltou a associação com a
Brenco (concluída em fevereiro deste
ano), que resultou na criação da maior
produtora mundial de etanol.
“Alcançamos um dos maiores e melhores resultados de nossa história. Mas a
postura de servir requer que estejamos atentos e preocupados, cotidianamente,
com o cliente; e que não percamos a abertura para confiar, pois quem não confia
não delega, e quem não delega não cresce organicamente” [ Emílio Odebrecht ]
≥
A reunião da Odebrecht Óleo e Gás ocorreu nos dias 12 e 13 de dezembro em Petrópolis (RJ). O tema Saúde, Segurança e Meio Ambiente foi
um dos destaques do evento. O Líder Empresarial Miguel Gradin revelou
que “ao longo de três anos e sete meses, foram 30 milhões de horas/
homem sem acidentes com afastamento”, o que levou à obtenção do conceito Excelente pela Petrobras. Na foto, momento em que Pablo Martinez,
Victor Albuquerque Borba e Vágner Rogério dos Santos recebem o Prêmio
Destaque na categoria “Produtividade: Reutilização do conhecimento”, com
a presença de Miguel Gradin (o primeiro à esquerda), Marcelo Penna (ao
centro) e Paulo Cesena (o primeiro à direita).
≥ Durante a reunião da Foz do Brasil,
realizada em Salvador (BA), em 17 e
18 de dezembro, os integrantes encenaram, com o auxílio de um grupo de
teatro, como seria a empresa em 2020
e participaram de uma visita guiada
ao Núcleo de Cultura Odebrecht, no
edifício-sede da Organização. Para o
Líder Empresarial Fernando Reis (foto),
os destaques em 2009 foram a consolidação dos ativos e contratos da Foz do
Brasil e a efetivação da sociedade com o
Fundo de Investimento do FGTS.
odebrecht informa
“Saio deste encontro com a
sensação de um grande avanço.
O crescimento ganhou solidez e a
segurança empresarial foi reforçada”
[ Luiz Almeida ]
Lia Lubambo
Pedrina Belém do Rosário, que nasceu e vive no
Baixo Sul da Bahia, onde a Fundação Odebrecht atua:
convidada por Maurício Medeiros para falar durante a
reunião da Odebrecht S.A., ela emocionou a platéia
ao contar sua história e declarar que só depois de
participar dos programas desenvolvidos pela Fundação
na região pôde educar-se e tornar-se agente de seu
destino. “Antes eu não tinha futuro”, disse. >
Visão 2020
Assim a Odebrecht almeja ser daqui a uma década:
> Uma Organização formada por
milhares de Pessoas de Conhecimento,
capazes de satisfazer seus Clientes por
meio de soluções inovadoras que
contribuem para um mundo melhor.
> Organização global de origem brasileira, presente em mais de 30 países, cujos
300 mil integrantes praticam a mesma
cultura, fundada nos valores e princípios
da Tecnologia Empresarial Odebrecht.
> Orgulho para as comunidades por
sua contribuição ao desenvolvimento
sustentável.
> Uma Organização que conquista a
confiança de Clientes, sócios e parceiros
externos, por sua capacidade realizadora.
> A escolha de seus Clientes, pela
reconhecida capacidade de satisfazer
suas necessidades por meio de soluções
integradas e inovadoras.
> Com Líderes Educadores que
formam e integram anualmente milhares
de Pessoas de Conhecimento, praticam
o pleno empresariamento e capturam
sinergias para melhor satisfazer o
Cliente e propiciar diversificação
qualificada.
> Uma das 50 organizações mais
admiradas do mundo, líder dos negócios
e países em que atua e referência na
criação de valor e desenvolvimento
sustentável para Clientes, Acionistas,
Integrantes e a Sociedade.
Durante a reunião da Odebrecht S.A.,
Marcelo Odebrecht lançou a Visão
2020 da Organização
“A Visão 2020 é realista, otimista, fascinante e motivadora. É um marco”
[ Victor Gradin ]
odebrecht informa
conhecimento
Elemento agregador
Comunidades de Conhecimento são um fórum permanente
de discussão e compartilhamento de experiências
texto Leonardo Mourão
A Comunidade de Infraestrutura Marítima, em Copenhague, e a Comunidade de Empreendimentos Imobiliários,
na Bahia: preservação do acervo de práticas e de competências
Em dezembro, a Odebrecht venceu a licitação de uma das maiores
rodovias a serem construídas no
continente: a Ruta del Sol, que ligará
Bogotá à costa colombiana. O lote
conquistado, um trecho de 528 km,
terá sua construção iniciada apenas
em 2011, mas já é um marco na história da Odebrecht.
“Quando estávamos fazendo a
nossa proposta, surgiram algumas
dúvidas técnicas”, conta o Diretor
de Contrato da Ruta del Sol, Manuel
Ximenes. “Pedimos então o apoio da
odebrecht informa
Comunidade de Rodovias. Foi fantástico. Surgiram contribuições de todos
os lugares, alguns companheiros
foram à Colômbia para nos auxiliar.
Assim conquistamos essa vitória.”
A Comunidade de Rodovias a
que Manuel Ximenes se refere é
um dos 11 grupos temáticos que
compõem a Rede de Conhecimento
da Odebrecht. Criados a partir de
2001, esses grupos congregam, por
intermédio da internet, integrantes
que têm interesses e conhecimentos
em comum e querem divulgar o que
viveram nos canteiros de obras. Caso
algum deles necessite de esclarecimentos, submete a questão aos
demais. A resposta costuma vir rapidamente.
“É como uma consultoria interna,
um fórum permanente de discussão”,
compara Olindina Perez Dominguez,
do Ciaden – Conhecimento
e Informação para Apoiar
Desenvolvimento de Negócios, que
coordena a Rede de Conhecimento.
“Em uma empresa descentralizada
como a Odebrecht, esses grupos
acervo odebrecht
30
O que aconteceu em 2009:
• 1º Encontro de Líderes, em São Paulo.
• 3º Encontro da Comunidade de
Conhecimento de Rodovias, na Cidade
do Panamá.
• 1º Encontro da Comunidade de
Conhecimento de Segurança e Meio
Ambiente no Contrato, em São Paulo.
• Encontro Preparatório da Comunidade de
Conhecimento de Mineração, em Lima.
• 3º Encontro da Comunidade de
Conhecimento de Metrôs, em Caracas.
• 1º Encontro da Comunidade de
acervo odebrecht
Conhecimento de Empreendimentos
As Comunidades
de Conhecimento
vêm aumentando
sua presença na
Odebrecht. Em 2009,
foram realizados
vários encontros, três
deles fora do país.
No mesmo ano foram
publicados os fichários
de Melhores Práticas
das Comunidades
de Rodovias e de
Infraestrutura Marítima.
“O melhor do nosso
conhecimento está ali”,
diz Olindina Dominguez.
garantem a sinergia entre os negócios
e preservam o grande acervo de práticas e competências adquiridas no dia
a dia das obras.”
Líder da Comunidade de Metrôs,
Danilo Abdanur vê outros méritos.
“Porque o conhecimento é universal,
as Comunidades são democráticas”,
diz. “Todos, independentemente da
hierarquia, têm acesso a elas.” O
tom em que as informações são passadas também assegura o sucesso
da iniciativa, afirma Mauro Hueb,
líder da Comunidade de Rodovias, a
qual estará presente no Congresso
Mundial de Rodovias, que ocorrerá
em Portugal, em maio. “Ler um
artigo é importante, mas conhecer
experiências, na linguagem dos
canteiros, envolve ainda mais os profissionais.” As comunidades também
fazem chegar a seus integrantes o
que existe no estado da arte em seus
temas de interesse. O evento idealizado por Alexander Christiani, líder
Imobiliários, em Salvador.
• 3º Encontro da Comunidade de
Conhecimento de Infraestrutura
Marítima, em Copenhague.
da Comunidade de Infraestrutura
Marítima, é um exemplo. Em
novembro, 55 integrantes foram a
Copenhague para visitar os mais
importantes laboratórios do mundo
na área de hidráulica marítima, ali
localizados. “É preciso conhecer o
que há de melhor no mercado para
atingir um nível de excelência mundial”, afirma Christiani.
“Poucas empresas dão valor ao
conhecimento e à importância de
compartilhá-lo. A Odebrecht é uma
dessas bem-vindas exceções”, diz o
coordenador do Centro de Referência
em Inteligência Empresarial da
Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), Marcos Cavalcanti.
Segundo ele, a divulgação para toda
a empresa de uma experiência acumulada por milhares de integrantes
é um trunfo imbatível. “Para uma
empresa, o conhecimento não é a
cereja do bolo; é o fermento que a faz
crescer.”
odebrecht informa
32
conhecimento
TV, embalagens e
outras provas de
inventividade
Equipes demonstram sua criatividade e seu espírito
de servir com os projetos do Prêmio Destaque
texto Eliana Simonetti / foto Almir Bindilatti
Um programa de TV no qual
os integrantes da obra são os
protagonistas. Uma iniciativa de
qualificação profissional que vem
transformando vidas. Uma pesquisa que resultou na aplicação
de polímeros e na consequente
redução de custos de produção
de embalagens. Esses são alguns
dos projetos vencedores da edição 2009 do Prêmio Destaque da
Organização Odebrecht, iniciativa que, a cada ano, se fortalece
como instrumento para o compartilhamento de experiências e
conhecimento.
No canteiro de obras do Terminal
Portuário de Callao, no Peru,
um programa de TV transmitido
em circuito fechado aprimorou a
comunicação interna. Iniciativa da
equipe de Relações Comunitárias
da Odebrecht Peru, o CDB TV leva
odebrecht informa
a 800 trabalhadores informações
sobre as atividades da obra e
difunde os princípios da Tecnologia
Empresarial Odebrecht (TEO).
Muitos integrantes deram depoimentos; outros tiveram suas famílias entrevistadas. O projeto conquistou o primeiro lugar na categoria Jovem Parceiro do Prêmio
Destaque 2009.
O primeiro colocado na categoria
Sustentabilidade foi o Programa de
Qualificação Profissional Continuada
– Acreditar. Com um efetivo previsto
de 12 mil trabalhadores, a construção da Usina Santo Antônio, em
Rondônia, da qual participa a CNO,
tem como um de seus grandes
desafios a capacitação de pessoas. Hoje, dos 10 mil integrantes do
projeto, 83% são provenientes do
Acreditar. “O programa veio para
mudar a vida das pessoas”, afirma
Fabiane Costenaro, psicóloga que
atua na equipe do Acreditar em
Rondônia.
Da Braskem, veio um projeto
que, por sua criatividade e potencial de geração de economia e
conquista de mercado, foi o vencedor na categoria Agregação
de Valor ao Cliente. Equipes da
empresa realizaram uma pesquisa que resultou na aplicação
de dois polímeros ( dry blend ) à
laminadura da embalagem Tetra
Pak, o que proporcionou redução
de custos e aumento de produtividade para o cliente, além de
ter ampliado o mercado para os
polímeros da Braskem em âmbito
mundial.
Veja a seguir a relação completa dos projetos vencedores
do Prêmio Destaque 2009 e seus
autores.
Representantes de algumas das equipes vencedoras do Prêmio Destaque 2009: a partir da esquerda, Mario Cecchi,
Ana Cecilia Bardales Caballero, Edgar Vinhas Teles Filho, Cássia Lins de Alencar, Fabiane Costenaro, Claudio Marcos
Lira Barros, Heraldo Barros e Alcir Guimarães
projetos vencedores do Prêmio Destaque 2009
CNO
Braskem
Sustentabilidade – Programa
Acreditar – Usina Santo Antônio , R ondônia
Melhoria Contínua –
Resina de PVC
Cássia Lins de Alencar, Edgar Vinhas
Teles Filho, Fabiane Costenaro e
Sayuri Ojima Costa
Saúde, Segurança no Trabalho
e M eio A mbiente - M udanças na
Gestão de Tratamento de Águas
Servidas – Hidrelétrica de Tocoma , V enezuela
Claudio Marcos Lira Barros,
Carlos Bendezú e Juan Vielma
Produtividade – Geração de
Conhecimento – Metodologia
Construtiva – Ações que Transformam P roblemas em O portuni dades - R odoanel , S ão P aulo
Alcir Guimarães, Mario Cecchi,
Heraldo Barros, Daniel Simões, Jorge Pereira de Souza, Leandro Elias,
Ângelo Garcia, Julio Petini,
Leandro Sobral e Rafael Roriz
Jovem Parceiro – CDB TV, Porto
de C allao , P eru
Johana Bustillos Mere e Ana
Cecilia Bardales Caballero
Agregação de Valor ao
Cliente - Dry Blend - Solução
Agrega Valor à Tetra Pak em
Nível Mundial
Antonio Tacidelli, Karen Riordan
José Cristóvão Nunes, João Miguel de
Faria Júnior e George Bispo Lacerda
Claudia Arruda, Fabio Mota, Giancarlo Roxo, Karen Pallone, Regina F.
Nonemacher e Renato di Thommazo
Reutilização do Conhecimento
- Adequação à NR-13 (Norma
Regulamentadora 13) dos
Equipamentos de Pequeno Porte
da U nidade de I nsumos B ásicos
(Unib-BA)
Voto Popular - Aumento da
Produtividade e da Segurança e
Redução do Custo das Plantas
de PE5-S lurry ( polietileno )
Omar Pinto de Abreu, Carlos
Alberto Franco, Carlos Cézar
Barbosa Lemos e Ivo Andrei
Oliveira Lino Lima
Competitividade Conexão Unib-BA
Keslyane Morbeck Santos e
Moises Augusto Sousa e Silva
SSMA (Saúde, Segurança e
Meio Ambiente) – Ferramenta de
Avaliação de Programas de Qualidade de V ida , P rodutividade e
Redução de Custos
Eduardo Arantes e Newton
Figueiredo
Marcos Loges, Antonio Hopperdizel,
Jardel Scolaro e Luis Miguel Gamaro
Odebrecht Óleo e Gás
(OOG)
Produtividade – Reutilização
do Conhecimento – Práticas de
Engenharia para Execução de
Obras em Plantas Industriais em
Operação sem Impactos
Operacionais - Contrato
Manifold, Macaé, Rio de Janeiro
Victor Albuquerque Borba, Pablo
Martinez, Roberto Miaki, Erivelto Laroca e Vágner Rogério dos
Santos
odebrecht informa
34
homenagem
Esteban Zappana, do Peru (na foto
presenteando Marcelo Odebrecht
com um poncho): “Me eduquei com
base nesta cultura e por onde passo
a dissemino para as pessoas com
quem convivo. Tenho orgulho de
participar desta Organização e de
receber esta medalha”
Grato, parceiro
Evento em Salvador reúne 161 integrantes
para a homenagem pelos 25 anos de atuação
texto Cibelle Silva / foto Beg Figueiredo
Em 2003 eram mil integrantes com
25 anos de atuação na Organização
Odebrecht. Em 2010, esse número
deverá chegar a 2.100. Para homenagear os que alcançam essa marca, é
realizado o Programa de Homenagem
Anual (PHA 25 anos), um encontro
que tem como objetivo valorizar, reconhecer e retribuir a dedicação dessas
pessoas.
O PHA 25 anos ocorre em Salvador
e dura três dias. Um momento que
costuma ser marcante é aquele em
que o integrante, acompanhado de
um familiar, conhece o Núcleo da
Cultura Odebrecht e folheia o livro
que traz os nomes de todos os que já
odebrecht informa
“Foi um dos momentos mais
emocionantes que já passei na
vida! Chegar aqui, desenvolvendo o
trabalho da forma como fiz durante
todo esse percurso, me faz sentir
realmente parte da história da
Odebrecht, assim como a empresa
é parte da minha vida. Agradeço a
todos do PHA 25 anos por terem
feito deste momento tão especial
um evento tão organizado, no qual
nos atender plenamente esteve
à frente de tudo. Esta é a nossa
empresa”
[ Rosangela Luna – Brasil ]
completaram 25 anos de Organização.
Na última noite do PHA 25 anos, uma
cerimônia especial, seguida de jantar
e show, aguarda os homenageados e seus acompanhantes. Emílio
Odebrecht, Presidente do Conselho
de Administração da Odebrecht S.A.,
juntamente com Marcelo Odebrecht,
Diretor-Presidente da Odebrecht S.A.,
e os Líderes Empresariais (LEs), entregam, em mãos, as medalhas de 25
anos.
Muitos deles estavam realizando o
sonho de conhecer Salvador; outros
viajavam pela primeira vez de avião.
Para todos os homenageados de 2009,
havia a emoção e a satisfação de participar de um encontro tão especial.
O evento foi realizado em um hotel
na praia de Stella Maris, de 8 a 10
de dezembro, e reuniu 161 homenageados, que puderam dividir aquele
momento com um familiar acompanhante.
Além de Emílio Odebrecht e Marcelo
Odebrecht, estiveram presentes os
LEs Bernardo Gradin (Braskem),
Paul Altit (OR) e Fernando Reis (Foz
do Brasil). Jorge Mitidieri e Luis Felli
representaram Miguel Gradin (OOG)
e José Carlos Grubisich (ETH). Da
Engenharia e Construção participaram
os LEs Benedicto Júnior, Luis Mameri
e Luiz Rocha; Estevão Timponi e Enio
Silva representaram os LEs Euzenando
Azevedo e Henrique Valladares.
Dos 161 homenageados de 2009,
80 são da Braskem; 69 da Engenharia
e Construção; e 12 da ETH, OR, Foz
do Brasil, OOG e Odebrecht S.A. Cada
um recebeu, do seu LE e de Emílio e
Marcelo Odebrecht, a medalha de 25
anos.
veja fotos do evento em:
www.odebrechtonline.com.br
35
acervo odebrecht
Integrantes da Chartis e da
Odebrecht em Salvador:
a partir da esquerda,
Rosemarie Bonelli, Kátia
Luz, Samanta Faria,
Guillermo León, Hamilton da
Silva, Marcos Lima, Robert
Lee, Lisa Megeaski, Pedro
Sá e Luís Cláudio Barreto
Integrantes da Chartis
visitam a Odebrecht
Executivos da seguradora Chartis, nome da nova marca da AIG para seguros e
garantias, visitaram a Odebrecht Administradora e Corretora de Seguros, em
Salvador. O grupo de visitantes era formado pelo Presidente da Chartis para América
Latina e Caribe, Hamilton da Silva; o Chefe do Departamento de Crédito para América
Latina e Ásia, Robert Lee; a Chefe do Departamento de Crédito Internacional, Lisa
Megeaski; a Vice-Presidente Internacional de Garantias, Rosemarie Bonelli; a
Vice-Presidente para a América Latina, Samanta Faria; e o Diretor-Presidente para
o Brasil, Guillermo León. Eles conheceram o Núcleo da Cultura Odebrecht e se
reuniram com representantes da Odebrecht S.A. e da Odebrecht Administradora e
Corretora de Seguros, entre os quais Paulo Cesena e Marcos Lima.
A Chartis é uma das principais seguradoras parceiras da Organização Odebrecht e a
maior provedora de capacidade de garantias (surety bonds) da Construtora Norberto
Odebrecht, sobretudo na América Latina, com uma linha internacional superior a
US$ 1 bilhão. Entre os mais recentes projetos da Organização que contaram com
garantias da Chartis destacam-se a Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia,
a concessão da Rodovia D. Pedro I, em São Paulo, e a Cinta Costera, no Panamá.
No encontro, os representantes da Chartis ratificaram o compromisso da seguradora
de continuar apoiando o crescimento da Organização Odebrecht nos próximos
anos, dando continuidade a uma relação que já se estende por 19 anos. O encontro
foi finalizado com um jantar na residência de Victor Gradin, membro do Conselho
de Administração da Odebrecht S.A., ao qual esteve presente Gilberto Sá, também
membro do Conselho de Administração da Odebrecht S.A.
Projeto atenderá
350 mil pessoas
em Campinas
Mais de 350 mil habitantes de 15 bairros da
região sudoeste de Campinas (SP) serão
beneficiados pelo Programa de Saneamento
Capivari II, cujo primeiro lote tem previsão de
entrega para 2011. O projeto compreende a
construção de uma estação de tratamento
de água de reúso, interceptores, estações
elevatórias e coletores-tronco, dos quais
serão escavadas com a utilização de um
equipamento mini-shield ou “tatuzinho”.
Contratada pela Sociedade de
Abastecimento de Água e Saneamento
(Sanasa), a Odebrecht lidera o consórcio
formado com a General Electric
responsável pela execução do Capivari II.
Um dos diferenciais da obra é que ela contará
com o sistema de membranas ultrafiltrantes
(MBR), tecnologia inédita no Brasil que filtra
o esgoto saído da estação de tratamento e
produz água de reúso para comercialização.
Essa tecnologia também será utilizada na obra
da Estação de Produção de Água Industrial
que a Odebrecht executará no ABC Paulista.
Contratado pela Aquapolo Ambiental S.A., esse
projeto consiste na construção da estação
produtora de água industrial, que destinará a
água de reúso ao Polo de Capuava através de
uma adutora de 17 km.
Alemão: 344 casas prontas
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
visitou em dezembro o Complexo do
Alemão, no Rio de Janeiro, para inaugurar
mais 192 unidades habitacionais do PAC
Favelas. Até o momento, 344 unidades
foram concluídas, de um total de 728
previstas para o complexo. Os moradores
já receberam 152 casas, além do Centro de
Geração de Trabalho e Renda.
Para 2010, estão previstas a inauguração
de uma UPA (Unidade de Pronto
Atendimento), de uma Escola de Ensino
Médio de Referência, das 384 unidades
habitacionais restantes e de um teleférico,
que terá 3.500 m de extensão e seis
estações integradas ao sistema ferroviário
da cidade, na Estação Bonsucesso. O
teleférico atenderá diariamente 120 mil
pessoas das 12 comunidades do complexo.
O Consórcio Rio Melhor (formado pela
Odebrecht, OAS e Delta Construções),
responsável pelo trabalho no Alemão,
capacita pessoas para as obras e
para o pós-obras por meio de cursos
profissionalizantes e formação de
lideranças. A equipe de Trabalho Social
do PAC-Complexo do Alemão – com
foco no desenvolvimento sustentável
por meio da geração de trabalho e
renda – estima que 6 mil pessoas
serão beneficiadas nesses cursos
até setembro de 2011, no término do
contrato.
odebrecht informa
36
Segurança na usina
Concessionária
doa 500 mudas
Segurança no e pelo trabalho foi o tema do Treinamento Diário de
Segurança (TDS) coletivo realizado em 18 de janeiro pelo Consórcio
Santo Antônio Civil (CSAC), responsável pelas obras civis da Usina
Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia. O objetivo do evento foi
reforçar a conscientização das equipes para que o desempenho em
segurança verificado até agora no projeto continue.
Nas obras da Hidrelétrica Santo Antônio, 140 pessoas atuam
no programa de segurança, incluindo engenheiros, técnicos e
auxiliares. O trabalho da equipe vem se mostrando eficaz: em 15
milhões de homens/horas trabalhadas, nenhum acidente grave foi
registrado.
Fez parte do TDS, que teve lugar no canteiro de obras da margem
direita do Rio Madeira, um culto ecumênico celebrado pelo padre
Genésio Pereira da Silva e o pastor Marcelo Amorim Mantovani.
Eles abençoaram o projeto e enfatizaram a necessidade de
atenção na execução dos trabalhos. Estiveram presentes ao
evento o Diretor de Contrato Mario Lúcio Pinheiro e o Responsável
Administrativo e Financeiro Antônio Cardilli.
Em janeiro, a Concessionária Rota das
Bandeiras doou 500 mudas de árvores
nativas ao município de Atibaia (SP). A
Prefeitura determinará os locais onde as
espécies de ipês-brancos, jacarandásmimosos e paineiras serão plantadas.
A iniciativa faz parte da política de
gestão ambiental desenvolvida pela
concessionária.
A Rota das Bandeiras já havia entregue
275 mudas a Atibaia, 1.300 a Igaratá
e 250 a Engenheiro Coelho (cidades
também localizadas no interior paulista).
Outras ações de compensação ambiental
serão feitas em Itatiba e nos municípios
paulistas de Paulínia e Cosmópolis. Os três
municípios receberão 1.825 mudas, que
ficarão sob os cuidados da concessionária
por três anos.
TDS coletivo nas obras da Hidrelétrica
Santo Antônio
Equipes da CNO passam a utilizar o O2
O Projeto O2 passou a ser utilizado pelos
integrantes da Construtora Norberto
Odebrecht em 11 de janeiro. Cerca de 1.950
integrantes da empresa, nas 50 Unidades
Operacionais implantadas, passaram a
dispor, naquela data, da nova ferramenta
para atividades administrativas e financeiras
diárias.
“Nossa liderança sempre acompanhou de
perto o projeto e, por estarmos preparados, a
implantação aconteceu muito naturalmente”,
relata o Gerente Administrativo e Financeiro
(GAF) da obra do Arco Metropolitano, em
São Paulo, Kid Meirelles. Maurício Chastinet,
GAF no Projeto Braskem, em Camaçari
(BA), completa: “O comprometimento na
realização das medidas pré-operacionais
resultou em uma implantação tranquila. Acho
que, quando estamos abertos a mudanças,
tudo dá certo”.
odebrecht informa
Em uma implantação desse porte,
entretanto, é natural surgirem
circunstâncias desafiadoras. As principais
se relacionaram tiveram a ver com
dificuldades de adaptação dos usuários
aos novos procedimentos; instabilidade
do módulo de cadastro de itens nos
primeiros 20 dias; indefinições operacionais
relacionadas, por exemplo, a quem
assumiria as aprovações (líder/liderado)
e percalços na liberação de acessos e
responsabilidades para uso da ferramenta.
Com a dedicação de todos, porém, aliada à
prática do “fechamento diário”, os desafios
estão sendo superados.
“Estamos disciplinando cada área para
conferir diariamente o movimento e
assim chegarmos aos fechamentos
financeiros mensais com o mínimo de
pendências”, conta Luciana Emerick,
Responsável Financeira (RF) da obra do
Arco Metropolitano. Vilma Vieira, RF do
contrato Projeto Braskem, confirma essa
prática, apresentando resultados. Com o
fechamento financeiro planejado para o dia
8 de fevereiro, a obra de Vilma se antecipou
a esse prazo: “Estamos muito felizes com o
O2. Conseguimos fazer o nosso fechamento
financeiro cinco dias antes do prazo
pactuado, graças ao esforço da equipe nas
medidas pré-operacionais e, sobretudo, na
conferência diária dos processos”. O Diretor
de Contrato do Projeto Braskem, Luis
Ubirajara Inacio de Sousa, observa: “O O2
trouxe maior integração e disciplina à rotina
das equipes, possibilitando um fechamento
mensal mais rápido”.
SAIBA MAIS SOBRE O O2 em:
http://portalo2.odebrecht.com
roberto rosa
Instalações da Foz do Brasil em Cachoeiro
do Itapemirim
Gestão da qualidade
dá prêmios para
a Foz do Brasil
As práticas de Gestão da Qualidade da Foz do
Brasil em Cachoeiro do Itapemirim (ES) deram
à empresa dois prêmios: o Prêmio Qualidade
Espírito Santo 2009 (PQES) e o Prêmio
Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS).
Em ambas as premiações, a Foz do Brasil foi
reconhecida com a classificação Ouro.
O PQES faz parte do Programa para
Incremento da Competitividade Sistêmica do
Espírito Santo (Compete-ES), coordenado pelo
Governo do Estado. A entrega do troféu e da
certificação foi feita pelo Governador Paulo
Hartung, em um evento em Vitória no dia 4 de
novembro. Já o PNQS é o mais importante prêmio do setor de saneamento na América Latina.
É uma iniciativa da Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes) e instituições parceiras. A premiação ocorreu em
Fortaleza, em 19 de novembro. Somente cinco
empresas de todo o Brasil alcançaram a classificação Ouro.
O Diretor da Foz do Brasil em Cachoeiro,
Antonio Carlos Brandão, destaca a importância
dessas conquistas para a empresa. “Participar
e ser avaliado contribui para nosso desenvolvimento ao estimular mais investimentos na
Gestão da Qualidade e no aumento da competitividade. A classificação Ouro é a maior
comprovação da evolução dos processos da Foz
do Brasil.”
Contrato com o BNDES
A Foz do Brasil assinou contrato de financiamento com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que garante um aporte de
R$ 55 milhões à concessão de Cachoeiro do Itapemirim (ES). Os recursos
serão aplicados em melhorias e na ampliação dos serviços prestados
pela concessionária na cidade capixaba. A Foz do Brasil investirá outros
R$ 20 milhões de recursos próprios, totalizando os R$ 70 milhões que
serão aplicados nos próximos cinco anos em Cachoeiro do Itapemirim.
As obras contemplam a construção de uma Pequena Central Hidrelétrica
(PCH), a ampliação e a modernização do sistema de distribuição de água
e a ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgotos, incluindo os
distritos próximos ao município.
Plantio de espécies nativas
A unidade da Foz do Brasil de Limeira (SP) realizou, em parceria com a
Prefeitura Municipal, no dia 22 de dezembro, o plantio de 1.534 mudas nativas
em Área de Preservação Permanente (APP) situada em terreno de domínio
público do município, no Condomínio Chácaras de Recreio Santa Helena.
O plantio foi feito em uma área de 9.200 m², em cumprimento à obrigação
contratual prevista no Termo de Aditamento nº 8, e teve como objetivo
reconstituir a mata ciliar, protegendo a nascente local, afluente do Ribeirão
Pinhal – que, juntamente com o Rio Jaguari, é utilizado como manancial de
captação da água que abastece todo o município de Limeira.
Participaram do plantio moradores do condomínio Chácaras de Recreio Santa
Helena, integrantes da Foz do Brasil, da Prefeitura de Limeira e membros do
Comitê das Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
Iniciada instalação
de coletores
Teve início em Rio Claro (SP), cidade onde a Foz do Brasil opera o sistema
de esgoto por meio de uma PPP (parceria público-privada), a implantação
de 6 km de coletores-tronco que farão a coleta do esgoto que atualmente é
despejado no Ribeirão Claro. Parte dessa rede será implantada em área da
Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade.
A Floresta Estadual e o Ribeirão Claro são dois símbolos do município. Para
marcar o início dessa intervenção, o Prefeito Du Altimari concedeu uma
entrevista coletiva, com a presença de secretários municipais e de Denise
Zanchetta, representante da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São
Paulo, para apresentar o projeto a ser desenvolvido na Floresta. Na entrevista,
Du Altimari declarou: “O desenvolvimento sustentável é um dos princípios
básicos da nossa gestão. Todos os projetos que visem a proteção do meio
ambiente têm nosso apoio”.
odebrecht informa
38
infraestrutura
Braços que
trazem o futuro
Draga utilizada em obra no
Porto de Rio Grande é a maior
em operação na América do Sul
texto Milton Gerson / fotos Mathias Cramer
É início de fevereiro e o calor não dá trégua: 34º
C e uma sensação térmica de 40º C. Estamos na
cidade portuária de Rio Grande, no extremo sul do
Rio Grande do Sul. A cerca de 25 km do cais, onde
as ondas chegam a 1,5 m, a equipe de Odebrecht
Informa, a bordo da lancha Maria Regina, chega
à draga Juan Sebastián de Elcano, a maior em
operação na América do Sul. O equipamento, de
bandeira belga, é um dos destaques da obra de
dragagem do canal de acesso ao principal porto
gaúcho e o mais estratégico para a relação do
Brasil com o Mercosul.
Sob responsabilidade do consórcio formado
pela Odebrecht e a filial brasileira da empresa
belga, líder no mercado internacional de dragagens, Jan de Nul (JDN), a obra consiste na retirada de 18 milhões de m3 de sedimentos do fundo
do oceano, ampliando o calado do canal de 14 m
para 18 m, com largura de 300 m, no lado externo; e de 12 m para 16 m, com 230 m de largura,
no interior dos molhes que protegem o acesso
ao porto. Com o aprofundamento, os grandes
navios (como os pós-panamax), que já operam
em Rio Grande e atualmente não utilizam sua
capacidade máxima de carga, poderão ampliála de 600 para 6 mil contêineres, o que reduzirá
significativamente os custos de frete. Além disso,
com um calado maior em seu canal de acesso,
o porto estará habilitado para captar, concentrar
e movimentar grãos da Argentina, do Paraguai
e da Bolívia, minério do Mato Grosso do Sul e
da Bolívia, madeira do Uruguai e contêineres da
Argentina, do Uruguai e do Paraguai, tornando-
odebrecht informa
Na página ao lado, a draga Juan Sebastián de Elcano e, acima, sequência da operação dos braços móveis:
trabalho monitorado com tecnologia de última geração
se um hub port (porto concentrador
de cargas).
O contrato, assinado em junho de
2009, faz parte do Plano Nacional
de Dragagens (PND) da Secretaria
Especial de Portos (SEP). Os investimentos são de R$ 196 milhões, financiados pelo Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC). O porto de
Rio Grande conta no momento com
três obras incluídas no PAC, cujos
investimentos ultrapassam os R$ 800
milhões. “Com essas intervenções,
vamos ampliar as operações do porto.
Para 2015, temos projetada uma
movimentação de 50 milhões de t, o
dobro do volume atual”, diz Fernando
Victor Carvalho, Subsecretário
de Portos da SEP. Dessas obras,
duas estão sendo executadas pela
Odebrecht: a extensão dos molhes, já
em sua etapa final, e a dragagem.
Mauro Darzé, Diretor de Contrato
da Odebrecht, explica que a experiência adquirida no prolongamento dos
molhes foi fundamental para que a
Odebrecht conquistasse o contrato
da dragagem. “O fato de estarmos
executando a extensão dos molhes
nos deu uma vantagem competitiva,
porque passamos a conhecer como
ninguém o subsolo do canal de acesso ao porto.”
Operando dia e noite, desde agosto
de 2009, a draga Juan Sebastián de
Elcano, que veio de Omã, em uma
viagem de um mês, retira do fundo
do mar 16 t de sedimentos (lama,
areia e água do mar) a cada ciclo
de 95 minutos. A dragagem é feita
por sucção, com a utilização de dois
braços móveis que submergem ao
fundo do oceano, acionados por duas
bombas. Equipamentos de alta tecnologia e precisão controlam tudo. O
trabalho na draga é executado por 33
profissionais: 17 estrangeiros (belgas,
espanhóis e croatas) e os demais,
brasileiros, a maioria de Rio Grande.
Além dos marinheiros de convés –
técnicos e operadores de máquinas,
que se dividem em dois turnos –, um
grupo de comando e apoio formado
por engenheiros e assistentes faz, em
terra, o acompanhamento da obra.
Pub, academia e cozinha
A fim de dar qualidade ao dia a
dia dos marinheiros embarcados, a
draga conta com espaços de convivência como um pub, uma academia
e uma cozinha-refeitório, na qual dois
cozinheiros preparam pratos da culinária local e internacional. A draga
só deixa de funcionar uma vez a cada
três semanas, quando se dirige ao
Terminal de Contêineres para abastecimento. Seu tanque de combustível
tem capacidade para 1,2 milhão de l.
Falando um bom português para
quem está no país há pouco mais de
oito meses, o engenheiro civil belga
Tom Van Slambrouck, 29 anos, Gerente
de Projetos da JDN, relata que o trabalho com a Odebrecht tem sido marcado pela sinergia e pela complementaridade. “É uma parceria em que unimos
a tecnologia da JDN ao conhecimento
que a Odebrecht tem da realidade
local.” Em oito meses de obra, a parte
mais difícil já foi executada. Ao todo,
49% da área do canal (todo o canal
interno) já foi dragada, com a retirada
de mais de 9 milhões de m3 de sedimentos. Isso, destaca Mauro Darzé, é
suficiente para que a Superintendência
de Portos do Estado peça a homologação do porto e o registro, na carta
náutica, da profundidade de 16 m,
“eliminando um dos gargalos que contribuíam negativamente para a competitividade do porto”.
Concluída a dragagem, terá início um período de dois anos para
a manutenção dos níveis de profundidade do canal. Jaime Ramiz,
Superintendente Geral do Porto de
Rio Grande, é otimista em relação
ao desenvolvimento que a obra
poderá gerar para a cidade, o estado e o país. “Estamos prestes a nos
tornar o maior polo de exportação
da região Sul, referência para quem
está entre São Paulo e Buenos
Aires”, ressalta.
odebrecht informa
40
metrô do rio
Usuários na
Estação General
Osório: quatro
acessos, esmero
visual e inovações
tecnológicas
Ipanema nos trilhos
Inauguração da Estação General Osório, a primeira do bairro, amplia a
capacidade de atendimento do metrô carioca em 80 mil usuários/dia
texto Marcus Neves / fotos Elisa Ramos
odebrecht informa
No coração de Ipanema, um dos
bairros do Rio de Janeiro mais conhecidos e admirados no Brasil e no
mundo, o Metrô do Rio inaugurou, em
21 de dezembro, a Estação General
Osório, exatos 30 anos depois que o
primeiro trem circulou no subsolo da
cidade. A cerimônia teve a presença
do Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, do Governador Sergio Cabral
Filho, do Secretário de Transportes
do Estado do Rio, Júlio Lopes, e de
autoridades e parlamentares federais, estaduais e municipais.
A obra tem características únicas
entre todas as estações do Metrô do
Rio, com destaque para o fato de ser
a maior caverna urbana esculpida em
rocha no país. São quatro acessos: um
na praça que lhe dá nome; outro na
Rua Jangadeiros; um terceiro na Rua
Sá Ferreira, que também faz a ligação
com o vizinho bairro de Copacabana;
e o quarto, na Rua Teixeira de Melo.
Nesta rua, estão sendo construídas
duas torres: uma com 65 m de altura
e dois elevadores para 30 passageiros; e outra com 25 m de altura e
dois elevadores para 20 passageiros.
Esses equipamentos, que começarão
a funcionar em junho, transportarão
os moradores do Cantagalo até o alto
do morro. No acesso da Rua Teixeira
de Melo, a Odebrecht está construindo um centro de cidadania para a
comunidade, no qual serão oferecidos
serviços de expedição de documentos
como certidões, carteiras de identidade e carteiras de trabalho.
Bento José de Lima, Diretor
de Engenharia da Companhia de
Transportes sobre Trilhos do Estado
do Rio de Janeiro (Riotrilhos),
lembra que, de acordo com o projeto inicial, a previsão para a Rua
Teixeira de Melo era apenas de
A partir da esquerda, Bento José de Lima, Diretor da Riotrilhos, o Presidente
Lula, o Governador Sergio Cabral Filho, o Secretário Júlio Lopes (atrás,
levantando o capacete) e trabalhadores da obra: união de forças
saídas de ventilação. “Mas o projeto
acabou modificado, resultando na
construção dos acessos ao morro do
Cantagalo. Nesse caso, foi o projeto
que acompanhou a obra, e não o
contrário”, observa.
Os benefícios para os moradores
das comunidades do Cantagalo e do
Pavão-Pavãozinho são enfatizados
por Paulo Cezar dos Santos. Ele
tem 59 anos e há 49 mora no Morro
do Cantagalo, onde é Presidente da
Associação dos Moradores. “Muita
gente daqui trabalha em outros
bairros, especialmente no Centro, e
perdia muito tempo indo e voltando
de ônibus.” Sua mulher, Ana Maria
da Silva Santos, comenta: “Vou adorar. Com os elevadores, vou poder
subir com sacolas de compras na
volta do supermercado”.
Relacionamento
com a Comunidade
Ao longo dos dois anos e oito
meses de execução do projeto,
foram realizadas 5.687 visitas
dirigidas de pessoas da comunidade à obra, para que elas
soubessem o que estava sendo
construído sob seus pés – o
equivalente a 178 visitas por
mês ou 44 por fim de semana.
Marcos Vidigal do Amaral, Diretor
do Contrato, diz que a execução
da obra foi complexa devido à
escavação subterrânea em área
densamente povoada e com prédios de grande porte. “A Odebrecht
estabeleceu uma ótima relação
com a comunidade e obteve seu
apoio entusiasmado. Conseguimos
realizar o sonho de nossos clientes:
o Governo do Estado, através da
Secretaria de Obras, e a comunidade”, acrescenta Vidigal.
Durante a solenidade, o
Governador Cabral declarou que
a construção da Estação General
Osório entra para a história do sistema metroviário do Rio e do país
com os méritos de ter sido concluída
rigorosamente dentro do prazo, em
pleno funcionamento e sem registro
de acidentes. “É um feito extraordinário, graças a um trabalho realizado
em parceria”, afirmou, referindo-se
à união de forças entre os governos
federal e estadual, a concessionária
Metrô Rio e a Odebrecht, responsável
pela obra. “A extensão do metrô até
Ipanema é uma conquista de fundamental importância para o sistema
de transportes públicos do Rio de
Janeiro”, salientou Cabral. A chegada
a Ipanema vai possibilitar ao Metrô
ampliar sua capacidade de atendimento em 80 mil usuários/dia.
odebrecht informa
42
petroquímica
eduardo beleske
Os equipamentos
chegam ao porto de Rio
Grande e (na página
ao lado) são recebidos
em Triunfo, depois de
uma viagem de 300 km:
operação mobiliza 150
pessoas no canteiro
Do porto ao polo
Chegam a Triunfo (RS) os equipamentos que vão compor
a unidade produtora de eteno verde da Braskem
texto Taís Hens
Madrugada de domingo, 7 de fevereiro. Atraca ao porto de Rio Grande
(RS) o primeiro dos três navios oriundos da China e do Japão carregando
os principais equipamentos da planta
de eteno verde da Braskem. A chegada coincide com o pico das obras da
nova fábrica no Polo Petroquímico de
Triunfo, as quais estão sendo executadas pela área de Engenharia Industrial
da Odebrecht. Com mais de 95% da
construção civil finalizada, inicia-se
agora a fase mais complexa: a montagem dos equipamentos de grande
porte.
odebrecht informa
O primeiro lote chegou com os reatores, que, somados às torres de destilação, trocadores de calor e compressores, pesam juntos 568 t. Somente
a torre fracionadora de eteno pesa
147 t, tem 53,5 m de altura e 2,7 m de
diâmetro. Após os trâmites legais para
liberação das cargas, os equipamentos
foram transportados por rodovia, em
um percurso de 300 km, até o Polo
de Triunfo, e descarregados em seus
locais definitivos. A operação mobilizou
uma equipe de 150 pessoas, de um
total de 1,5 mil que estão trabalhando
na obra.
Com as ruas pavimentadas e as
bases de equipamentos e prédios
prontas para receber os equipamentos,
a operação de montagem não corre o
risco de atrasos em função das condições climáticas. Os serviços mais
complexos são a verticalização da torre
fracionadora de eteno, que, em razão
de ter sido dividida em três partes
por causa de suas dimensões, requer
içamento especial para a soldagem; e
a montagem dos compressores, um
dos quais pesa 45 t. O prédio onde
estarão localizados os compressores
foi projetado já considerando a forma
Mathias cramer
como serão montados, com a utilização de um pórtico hidráulico para fazer
o transporte diretamente para a base.
A previsão é de que o pico das obras
prossiga até maio.
Com investimento total de R$ 500
milhões, o projeto tem como uma
das novidades a busca de novos parceiros para a compra de máquinas e
equipamentos. Pela primeira vez, os
principais fornecedores são da China.
Após pesquisa e tomada de preço
em mais de 20 países, os chineses
surpreenderam pela qualidade e pelo
preço competitivo, superando Europa,
Estados Unidos e Japão, tradicionais
fornecedores desses equipamentos.
Durante a fabricação, todos os
fornecedores da China tiveram acompanhamento intensivo das equipes da
Braskem e da Odebrecht Engenharia
Industrial, para garantia de atendimento dos requisitos definidos
pelo projeto. As compras na China
exigiram investimento de cerca de
R$ 30 milhões. “Encontramos uma
importante janela de oportunidade em
relação à performance de prazo,
custos e qualidade. São parceiros
muito qualificados para atendimento
das necessidades presentes e futuras da Braskem”, afirma Sérgio Luiz
Gomes, Gerente do Projeto de Eteno
Verde da Braskem.
O contrato para implantação do
projeto é executado em regime de
Aliança entre a Braskem, a Odebrecht
Engenharia Industrial e a Genpro
Engenharia. Luiz Mutti Axelrud, da
Braskem, Responsável pelo Contrato de
Aliança, relata que as equipes planejaram as atividades das diversas etapas
buscando compatibilizar a melhor
sequência de construção e montagem
com a entrega dos sistemas operacionais. “O cronograma foi definido de
acordo com as prioridades da equipe
responsável pela partida da planta”, diz
Mutti. Segundo ele, o sucesso de um
empreendimento com prazos desafiadores de implantação (fast track) passa
por soluções de engenharia, construção
e montagem diferenciadas. “No projeto
de eteno verde, estamos à frente de
nosso cronograma. A meta é antecipar
a partida da planta, inicialmente prevista para o quarto trimestre de 2010.
Dessa forma, ganhamos mais tempo
para os ajustes finos da produção.”
A Braskem já tem entregas do
plástico verde programadas para o primeiro trimestre de 2011. Com o início
da produção em 2010, a unidade de
Eteno Verde será a pioneira no mundo
na produção em escala industrial,
reforçando a estratégia da Braskem
de acesso a novas fontes competitivas
de matéria-prima, em linha com sua
visão de sustentabilidade.
odebrecht informa
44
pessoas
Na medida certa
Atuando no Brasil, nos Emirados Árabes Unidos e na Coreia do Sul,
equipes da Odebrecht Óleo e Gás se caracterizam pela mescla
de integrantes experientes com jovens profissionais
texto Marco Antônio Antunes / foto Eduardo Barcellos
odebrecht informa
A partir da esquerda, Marcos Vinicius
Santiago, Herculano Barbosa, Nacib
Haddad, Leonardo Guimarães, Edvan
Marteleto e Fábio Valério da Conceição:
representantes de diferentes gerações
liderando projetos da OOG. Na foto
menor, a plataforma Norbe VI
acervo odebrecht
Leonardo Guimarães, de 33
anos, está há apenas quatro meses
na Odebrecht Óleo e Gás (OOG).
Engenheiro mecânico formado há oito
anos, ele é um dos muitos profissionais recém-contratados pela OOG
para atuar na operação das plataformas de exploração de petróleo Norbe
VI (em construção nos Emirados
Árabes Unidos), Norbe VIII e Norbe
IX (na Coreia do Sul). Leonardo é o
gerente da plataforma Norbe VI, que
está sendo construída em Abu Dhabi.
Ele e toda a sua tripulação, de 192
pessoas, estão tendo contato intensivo c om a Tecnologia Empresarial
Odebrecht (TEO).
“Meu primeiro curso foi o de
Introdução à Cultura Odebrecht, e
este será o começo para todos”, diz
Leonardo. Os novos integrantes passarão pelos chamados cursos mandatórios, como os de Saúde, Segurança
do Trabalho e Meio Ambiente,
Combate Avançado a Incêndio,
Salvatagem e Treinamento para
Escape de Helicóptero Submerso.
Os avanços tecnológicos foram
tantos que “exigem uma reciclagem
praticamente geral das equipes que
operarão as três novas plataformas de exploração da Odebrecht”,
explica Herculano Barbosa, DiretorSuperintendente de Operação de
Sondas da OOG e responsável pela
construção das três novas Norbes.
Um dos pioneiros da experiência da
Odebrecht no setor de óleo e gás,
através da Odebrecht Perfurações
Ltda. (OPL), onde trabalhou de
1983 a 1998, ele retornou em 2006
como Diretor de Contratos da OOG.
Herculano ajudou a formar diversos
profissionais, muitos dos quais estão
voltando agora para trabalhar com
ele e ajudar a empresa a vencer seus
novos desafios. Já vieram seis gerentes e mais de 60 tripulantes, parte
dos 400 integrantes que formarão
as três equipes das Norbe VI, VIII e
IX. “É gente experiente, necessária
para operar os novos equipamentos e
gerenciar os projetos, e também para
nos ajudar a ensinar os mais jovens”.
Entre esses profssionais experientes está Fábio Valério Farias
da Conceição, 46 anos, há um ano
na OOG, mas com duas passagens
anteriores pela Odebrecht - de
1992 a 1994, na OPL (extinta em
1998), e de 1998 a 2001, na área de
óleo e gás. Com longa trajetória na
Marinha Mercante e no setor de perfuração de poços offshore, ele será,
ao mesmo tempo, capitão da Norbe
VI e Gerente de Instalação Offshore.
“Como capitão, responderei pela
salvaguarda da vida humana no mar.
Se a plataforma provocar poluição,
encalhar ou sofrer algum dano, a
primeira pessoa a ser responsabilizada será o Capitão”.
Edvan Marteleto Sanches, engenheiro civil de 29 anos, há um ano na
OOG, será um dos jovens tripulantes
da Norbe VI, equipamento que prospectará petróleo para a Petrobras na
Bacia de Campos. “Sei que numa plataforma não existe rotina, e o desafio
tecnológico é muito grande. Foi por
isso que optei por esse trabalho”, diz
ele, que em breve irá para Abu Dhabi
para o início dos trabalhos na embarcação, cuja construção começou em
agosto de 2006. Ela ficará pronta em
maio e iniciará sua viagem ao Brasil
em junho, com cerca de 140 pessoas
a bordo.
Nacib Haddad, engenheiro de petróleo de 22 anos, acaba de conquistar
sua primeira oportunidade de trabalho. Como Edvan, está na Base de
Macaé (RJ) da OOG, fazendo cursos e
conhecendo as diversas áreas técnicas e administrativas antes de seguir
viagem para Abu Dhabi. “Pretendo
aproveitar ao máximo esta oportunidade”. Marcos Vinicius Sampaio
Santiago, engenheiro mecânico de
25 anos, também não quer perder a
chance. “Sei que podemos crescer
como profissionais e como homens
neste projeto. Além dos cursos que
fizemos e ainda vamos fazer, inclusive
os treinamentos para operação de
plataforma, seremos formados em
Engenharia de Petróleo na prática,
graças aos ensinamentos que recebemos dos mais experientes”.
odebrecht informa
46
educação
Participantes do
programa em Macaé:
valorização do potencial
das pessoas e
preparação de líderes
odebrecht informa
Escola em ação,
vidas em crescimento
Voltado para crianças, jovens e adultos, projeto educacional em Macaé (RJ)
tem a participação do poder público, da iniciativa privada e da comunidade
texto Edilson Lima / fotos Roberto Rosa
"A escola é minha segunda casa”,
diz Deusdete Carvalho, carioca, casada, mãe de três filhos. Ela mora há 14
anos em Macaé (RJ) e sempre esteve
envolvida com atividades na escola
Engenho da Praia. Por isso, foi escolhida pela direção da escola para ser
ali a coordenadora do projeto Escola
em Ação. “Eu me preocupo com os
alunos e com a conservação do espaço”, ela ressalta.
O Projeto Escola em Ação, em
Macaé, foi implantado em agosto
de 2007, através da parceria entre
Odebrecht Óleo e Gás (OOG), Unesco
e Secretaria Municipal de Educação.
Seu objetivo é contribuir para o
desenvolvimento social, econômico e
tecnológico da cidade. A estratégia do
programa é simples: escolas públicas
abrem à noite e aos fins de semana
para atividades culturais, esportivas
e de cidadania, programas de profissionalização, inclusão digital e voluntariado empresarial. São oito escolas
inseridas no projeto; quatro delas
ingressaram em outubro de 2009.
Voltado para crianças, jovens e
adultos, o Escola em Ação tem a
participação do poder público, da
iniciativa privada e da comunidade. A
iniciativa privada colabora com voluntariado e recursos financeiros. Murilo
Bonfim Neto é um desses voluntários.
Engenheiro da Odebrecht, ele dá
aulas de inglês no projeto, e atraiu
novos voluntários: Marcela Bonfim,
estudante de odontologia, que auxilia Murilo nas aulas, e Edson Abílio
Júnior, aluno do ensino fundamental,
ambos experientes em informática.
"Trocamos idéias com os alunos e
educamos pelo exemplo. Pensando
na perpetuidade do projeto, queremos
formar novas lideranças", diz Murilo.
A formação profissional se concentra nas áreas da Construção
Civil, Caldeiraria, Desenho Industrial
e Elétrica Industrial. Ministrados à
noite, durante a semana, os cursos
duram três meses, com duas edições
por ano. Desde 2007, foram formados 406 alunos. Em 2009 foram 220.
Em novembro, os alunos formados
nas turmas do segundo semestre
de 2009 receberam certificados.
Odebrecht Informa esteve presente
ao evento, no qual encontrou Manoel
Moreira, 25 anos, ex-aluno do curso
de Desenho Industrial, hoje integran-
Resultados
das oficinas
• 37 oficinas realizadas
• 500 participantes assíduos
• 27 integrantes mobilizados
pelo Programa de Voluntariado
Corporativo
• 33 voluntários comunitários
capacitados: pais, líderes
locais e professsores
te da Odebrecht. "Comecei como
ajudante de pintor, depois fui promovido a pintor industrial e agora sou
líder de equipe de pintura. Sinto-me
realizado graças ao Escola em Ação.
Tudo isso em um ano e sete meses
de trabalho."
Para a alfabetização digital, está
sendo introduzido no Escola em Ação
o programa Caia na Rede. O objetivo
é inserir no mundo da informática
pessoas das comunidades e das
empresas parceiras. Além disso, as
bibliotecas das unidades de ensino
serão informatizadas.
Capoeira, pintura em tecido, música, teatro, futsal e hóquei são outras
atividades do Escola em Ação, realizadas aos sábados. "Amo o futsal, é
bom para o corpo e para a mente",
diz a jogadora Thais Quintanilha, de
15 anos. Já Rosilda Rodrigues, professora de hóquei, há dois anos no
Escola em Ação, revela: "O hóquei
é uma paixão que eu tenho. Ensino
os alunos com muito prazer. Eles se
divertem, competem e aprendem”.
Em todas as atividades do projeto, a valorização do potencial das
pessoas está presente, de acordo
com Rita Ippólito, coordenadora
do Escola em Ação e da área de
Responsabilidade Social da OOG.
“Aqui elas não são números. São
tratadas como indivíduos com potencial de crescimento.”
odebrecht informa
48
argumento por Sergio Leão e vinício fonseca
O valor das boas práticas
sociais e ambientais
e
Existe uma crescente conscientização das lideranças políticas e
empresariais sobre a necessidade de
investir em melhores práticas sociais
e ambientais. Em 2003, um conjunto
de novas diretrizes para o financiamento de projetos de infraestrutura, conhecido como Princípios do
Equador, foi adotado por um pequeno grupo de instituições financeiras.
Hoje, 70 instituições financeiras privadas são signatárias do acordo. As
mais importantes agências de crédito internacionais também adotam
princípios semelhantes.
O principal motivo para a aceitação dos referidos princípios é o
consenso de que essas práticas
contribuem para a obtenção de
resultados positivos e diminuem o
risco de impactos negativos para
os projetos, seus patrocinadores e
odebrecht informa
financiadores. O maior obstáculo a
uma aceitação mais ampla desses
princípios é a ideia de que eles são
apenas itens de custo, sem retorno
garantido. Essa visão, entretanto, é
posta em xeque por uma recente
experiência no projeto da
Hidrelétrica de Palomino, que a
Odebrecht constrói na República
Dominicana. Lá, a implementação
de estudos ambientais específicos
sobre a fauna facilitou a obtenção
de créditos de longo prazo no valor
de US$ 150 milhões em condições favoráveis através de linhas
especiais de crédito do Banco
Interamericano de Desenvolvimento
(BID) e da Euler Hermes, a agência
alemã de crédito para exportação.
Isso ocorreu no auge da crise financeira, quando a maioria das fontes
de financiamento estava fechada.
Palomino é um exemplo do que a
Odebrecht reconhece como programas sociais e ambientais adequados. Nos diversos projetos em que
atua, a empresa coloca em prática
os mesmos princípios de responsabilidade social e ambiental, para a
geração de prosperidade.
Sergio Leão e Vinício Fonseca,
integrantes da Construtora Norberto
Odebrehct, são, respectivamente,
Responsável por Sustentabilidade e
Responsável pelo Apoio a Financiamentos
de Projetos Internacionais
Leia a íntegra do artigo em
www.odebrechtonline.com.br
Para conhecer os Princípios
do Equador acesse
www.equator-principles.com
acervo odebrecht
ontem
Rio de Janeiro
acervo odebrecht
O campus da UERJ (antiga Universidade do Estado da Guanabara) e o Aeroporto Internacional do
Rio de Janeiro tiveram sua construção iniciada nos primeiros anos da década de 1970. A Odebrecht passava
a viver sua fase de expansão nacional, e as equipes da empresa montavam acampamento e mobilizavam
as frentes de serviço que fariam surgir no horizonte da cidade maravilhosa duas obras emblemáticas,
as quais anunciavam, com seu porte e sua importância, novos tempos para o município de São Sebastião
do Rio de Janeiro, fundado por Estácio de Sá.
foto: Sérgio Alberti
Nas cidades paulistas de Limeira e Rio Claro e
na capixaba Cachoeiro do Itapemirim, a Foz do Brasil
realiza programas que têm possibilitado mudar o comportamento das pessoas em
relação ao meio ambiente. No programa Portas Abertas, a população de Limeira
conhece as estações de tratamento de água da cidade. Em Rio Claro, a empresa é
parceira em uma iniciativa que estimula alunos das escolas municipais a recolherem
o óleo que teria como destino a rede de esgoto da cidade. O óleo é revendido para a
fabricação de sabão e biocombustível. Em Cachoeiro, nascentes do Rio Itapemirim
e 60 ha de mata ciliar foram recuperados graças ao programa Rio Vida Reflorescer,
parceria da empresa com os proprietários de terras mananciais.
odebrecht informa