Um bairro com jeito de interior
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Um bairro com jeito de interior
JORNAL DA CIDADE Fechamento desta edição 12h00 www.jornaldacidade.net “sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero”. beaumarchais domingo tb A perda de água de 52% é o maior desafio enfrentado pela Deso. Veja na entrevista com o presidente Sérgio Ferrari. Página 3 Mercado Sergipe R$ 1,50 - Outros Estados R$ 2,00 Aracaju-SE, 9 e 10 de fevereiro de 2014 - Ano XLII - Nº 12.480 fórum empresarial defende a carnalita unicred quer superar resultado de 2013 Pág. 1 Insônia tem tratamento Hoje nas colunas A TAM vai exibir nos voos um vídeo sobre os encantos de Sergipe. Em destaque, a bela Júlia Sobral Vilanova de Carvalho. Pág. 6 Eugênio Nascimento Nesta fase de ‘Tensão Pré-Eleitoral’ (TPE), partidos que estão se sentindo fora da chapa majoritária se mobilizam para conseguir uma das vagas e propagam força e tradição política. A5 Ivan Valença O prefeito Ezequiel Leite sabe que o subsolo brasileiro, pela Constituição, pertence à União e não ao município. Sabe também que a decisão de localizar a usina é técnica e econômica. O resto é proselitismo político que só faz prejudicar o Estado. A5 Briga pela carnalita deve parar na mesa de Dilma Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, José Sobral, o governador vai pedir audiência à presidente. Entrevista “ Capela não perde nada, quem perde é o governo ” A3 Ezequiel Leite A3 Jadilson Simões Bugio Preso jovem de 18 anos acusado de liderar quadrilha que aterroriza o município de Pedrinhas. “ Índice UV 13 muito Alto B9 Instável - Nebulosidade variável com chuva a qualquer hora do dia. Probabilidade de chuva - 70% Umidade relativa 90 % - Mín. 24º - Máx. 31º Jadilson Simões Sergipe entra no clima da Copa. O Hotel Radisson, na Orla da Atalaia, já tem 68 quartos reservados pela Fifa para abrigar a seleção grega de futebol. B2 e C4 MARÉS alta: 12h30: 1.7 bAIXA: 06h24: 0.8 18h54: 0.7 Edição de hoje 60 páginas COMERCIAL: 3226.4820 FAX: 3215.5009 [email protected] REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826 FALE COM O JC: 3226.4800 Coronel Iunes B1 Amadense encara o Tricolor Serrano para garantir título. Fonte: INPE CLIMATEMPO 12480 Bancos e empresas de ônibus descumprem normas de segurança. Esportes previsão do tempo ISSN 1981-8971 9 771981 897101 Entrevista Turismo municípios “ Um bairro com jeito de interior São 17.773 habitantes que, apesar da insegurança apontada por alguns moradores, gostam de sentar nas praças e à frente das residências para jogar dominó ou conversar. É no Assis Chateaubriand, nome de registro da localidade, que está o santuário de Nossa Senhora Aparecida. B6 [email protected] oPINIÃO a Jornal da Cidade Superintendente Evando Ferreira Diretor Comercial Diretora de Redação andréa moura (INTERINA) CADERNO Empresa Gráfica Jornal da Cidade Ltda Av. Antônio Cabral, 1069 - B. Industrial - Aracaju-SE - CEP: 49.065.090 Telefone: (79) 3226.4800 - Fax/Red.: 3215.4687 - Com.: 3215.5009 .......................................................................................................... Representante Nacional Pereira de Souza LTDA SP-RJ-DF-MG-RS-SC-PR-GO-BA-PE-CE-PA - Telefone: (21) 2544.3070 arnildo ricardo Aracaju domingo 9 e segunda 10.2.2014 Periscópio [email protected] Da Editoria Política Posse Os advogados Benedito Figueiredo e Francisco Dantas e o economista Valter Lima Pereira serão nomeados e imediatamente empossados na tarde desta segunda-feira nas Secretarias de Governo, Agricultura e Justiça, respectivamente. O ato será presidido pelo governador Jackson Barreto (PMDB). Insegurança Os estudantes que frequentam cursos noturnos da UFS em Laranjeiras andam nervosos com a ação dos marginais, que roubam celulares, notebooks, relógios e até tênis no meio da rua. Mas também lhes causa irritação a falta de ônus para o retorno para suas casas, na maioria dos casos, em Aracaju. O reitor e o vice-reitor da Universidade, respectivamente Angelo Antoniolli e André Maurício, já buscaram soluções junto aos órgãos competentes e nada tem sido resolvido. São muitos os atos de violência contra a comunidade universitária. O Carnalita Esperteza demais atrapalha. Veja o caso da exploração da carnalita. Os governistas garantem que o senador Eduardo Amorim e o deputado federal André Moura atuaram no sentido de levar a usina de beneficiamento para Japaratuba, onde Lara Moura, mulher de André, era prefeita. Isso atingiria Sukita, que era prefeito de Capela e opositor dos Amorim e Moura. Lara não elegeu o sucessor. Aí, agora, eles querem a usina em Capela, onde Sukita também não fez o sucessor e o amorinista Ezequiel se elegeu. E agora está aí instalada a confusão. Aparências governador Jackson Barreto (PMDB) elogia o senador Antônio Carlos Valadares (PSB), que sempre retribui. Mas há um abalo grave no relacionamento. O PSB deseja indicar o vicegovernador na chapa encabeçada por Jackson, que anda conversando com o DEM e deseja abrir o espaço para o deputado federal Mendonça Prado. Há também problemas com o PT, que deseja indicar o candidato a senador e agora apareceram mais políticos desejando a vaga. Esta é a fase das pressões para ocupação de espaços políticos para a eleições. Sem problema O prefeito de Japaratuba, Hélio Sobral, acompanha toda essa crise da exploração da carnalita com certa tranquilidade. É claro que ele gostaria de ter todos os impostos para o seu povo. Mas, mostra-se solidário aos capelenses quando se dispõe a dividir os recursos de forma a Capela e Japaratuba ficarem bem e em paz. Destino dos mensaleiros A s voltas que o mundo dá... Não muito tempo atrás, o Brasil deu asilo a um declarado terrorista italiano, Cesare Battisti, que, embora acusado de integrar agremiação terrorista, de ter cometido pelo menos quatro crimes de morte e de ser condenado pela Justiça do seu país, conseguiu garantir-se da não extradição. Contrariando boa parte da sociedade brasileira, o presidente Lula, então, abraçou a causa de Battisti e até hoje ele vive no País livre, leve e solto. A Itália não se conformou com esse destino final dado a Battisti. Pois agora o Brasil poderá ter o troco devido... Esta semana foi preso em Maranello, a 320 km de Roma, na Itália, e está detido na prisão de Modena, um foragido da Justiça brasileira, o Sr. Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses pelo STF (Supremo Tribunal Federal) – mais uma multa de R$ 1 milhão e 300 mil - no processo do mensalão. Foi detido por policiais italianos portando documentação falsa. O passaporte que usava é de seu irmão, Celso Pizzolato, falecido há 35 anos, em acidente de trânsito. Henrique Pizzolato estava quase irreconhecível porque retirara o bigode que lhe dava a aparência conhecida de todos os brasileiros. Pizzolato, quando da fuga, há quase três meses, disse que esperava ter na Itália o “julgamento limpo” que o Brasil lhe negara. Mas, na Itália não se apresentou à Justiça, preferindo integrar-se a uma reclusão própria sob a proteção de parentes longínquos. O Brasil vai atrás agora da extradição do ex-diretor do Banco do Brasil para que ele cumpra, aqui, a pena a que foi condenado. A pergunta que fica no ar é: concederá a Itália a extradição a ser pedida? O caso Battisti influenciará Pizzolato preso na Itália. João Paulo Cunha, na Papuda. e Pepe Vargas desafiando a Justiça na decisão de agora? Como Pizzolato tem dupla cidadania, é bem possível que a Justiça italiana não conceda o aval para que ele saia da Itália direto para uma cadeia brasileira. O cerco a Pizzolato teve a participação efetiva da Polícia Federal que conseguiu rastrear os momentos da fuga dele do Brasil até chegar finalmente a Itália, passando antes pela Argentina. Agora só resta desejar a Pizzolato: seja bem-vindo a sua nova casa, a prisão da Papuda em Brasília. Enquanto isso, o deputado federal João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, teve cumprido seu mandado de prisão de ordem do STF. Ele já está detido na Papuda, onde vai cumprir pena de nove anos e quatro meses, por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Como tem recurso pendente em relação à pena de lavagem (três anos)ele cumprirá inicialmente a pena de seis anos e quatro meses no semiaberto. Na sexta-feira, Joao Paulo Cunha não manteve a sua própria palavra e renunciou ao mandato de deputado federal. Não causou mais constrangimento à Casa que já está às voltas com um parlamentar, Natan Donaldon, cumprindo pena em regime fechado. Por fim, destaque-se o tom desafiador do deputado federal Pepe Vargas, no início desta semana. Ao lado do presidente do STF, Joaquim Barbosa, em solenidade no Congresso Nacional, ele fez gestos para a plateia com o braço erguido e os punhos cerrados, a lembrar dos gestos de José Dirceu e José Genoino ao chegarem à prisão da Papuda. Foi um gesto de puro desafio ao STF, ali representado pelo seu presidente. Os petistas não se cansam de vociferar contra o STF. O gesto de Pepe Vargas, porém, foi antes de tudo má educação – política, inclusive. Capela Na próxima quarta-feira, dia 12/02/2014, o governador Jackson Barreto irá inaugurar uma fábrica cerâmica no município de Capela-SE, de propriedade do presidente da Associação das Empresas do Setor Cerâmico Senhor Abílio, o empreendimento vai empregar mais de 100 pessoas. A escolha do município foi do empresário por questões técnicas da teoria de localização. Dores Na sequência a comitiva irá visitar a Usina Campo Lindo, que fica no limite de Nossa Senhora das Dores e Capela, mas está localizada em Nossa Senhora das Dores, por escolha do empresário e com critérios técnicos. Lá serão discutidos, com os novos empreendedores que adquiriram o empreendimento, outros projetos que eles pretendem desenvolver no Estado de Sergipe, inclusive em outros municípios sergipanos, projetos do setor rural (criação de cogumelos, avicultura, etc.) e o plano de expansão e utilização da agroindústria. É bom rezar Como não há outra alternativa, é bom que todos rezem para que as chuvas atinjam o Rio São Francisco e seus afluentes e não venham a surgir problemas no abastecimento de água. O Sistema Poxim ainda tem água suficiente. Mas no Rio São Francisco houve uma queda significativa nos lagos das usinas e um maior represamento foi inevitável. Isso pode complicar a captação para o abastecimento de Sergipe. Ditadura O Grupo de Pesquisa Poder, Cultura e Relações Sociais em História (PROHIS) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) promove no período de 22 a 24 de abril o seminário “1964, Golpe e Ditadura: 50 anos de lutas por democracia”. O evento acontecerá no auditório da Adufs. Disputa 1 O vereador Adriano Taxista (PSDB) é pré-candidato a deputado estadual nas eleições deste ano. Segundo o secretário-geral do partido e vice-prefeito de Aracaju, José Carlos Machado, Adriano tem feito um trabalho diferenciado na Câmara Municipal de Aracaju e tem contribuído muito com a sigla. O PSDB sergipano, segundo Machado, tem quadros importantes e com densidade. Disputa 2 Quem também deve tentar um novo mandato parlamentar é o ex-governador Albano Franco (PSDB). Aliás, a executiva nacional tem cobrado que os diretórios estaduais montem chapas competitivas, com candidatos com destacado potencial eleitoral. Albano, no entanto, como sempre só deve anunciar no último momento. Inflacionada A campanha de deputado estadual e federal este ano está muito mais inflacionada. Alguns figurões estão pagando caro por apoios de líderes políticos e prefeitos, principalmente do interior do Estado. Com isso, conquistar um mandato com voto livre está cada vez mais difícil. O problema vai ser reaver o investimento feito numa campanha dessas. comissões Disputa 3 Quem também anuncia o desejo de disputar uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa é o empresário Waldemar Silva Carvalho Neto, filho do ex-deputado estadual Walker Carvalho. Filiado ao Democratas, segundo Walker, o rapaz está pronto para o desafio de participar da disputa política este ano. Sondando Ex-primeira-dama de Sergipe, Eliane Aquino tem consultado alguns parlamentares sobre a possibilidade de apoio a uma possível candidatura sua ao Senado Federal. Entre os que ela sondou está um deputado federal e um estadual. Eliane espera resolver o imbróglio sobre a sua filiação para anunciar o seu projeto. Se decidir ser candidata, tem espaço garantido na chapa encabeçada pelo governador Jackson Barreto. Vergonha A senadora Maria do Carmo Alves (DEM) considera que o país precisa avançar muito para melhorar a sua posição no ranking de serviços essenciais, como educação. Ela citou como exemplo para a sua preocupação os números de um levantamento mostrando que o país ocupa a oitava posição no ranking de analfabetos adultos. No próximo dia 19, representantes de comissões do Senado Federal se reúnem em Aracaju para discutir com representantes da empresa Vale sobre o projeto Carnalita. Os senadores querem conhecer detalhes do projeto, investimentos e benefícios para Sergipe, especialmente para os municípios de Capela e Japaratuba. ROLF KUNTZ O Estado de S.Paulo Em 2014, muito risco e pouca escolha para Dilma Inflação oficial em queda foi a novidade boa, mas nem tanto, da primeira semana de fevereiro, marcada por mais um apagão, pelo miserável balanço da produção industrial em 2013 e pela notícia de um déficit comercial recorde em janeiro. A boa nova foi divulgada na sexta-feira. Ficou em 0,55%, no mês passado, a alta do IPCA, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, referência para a política de metas de inflação. Em dezembro o aumento havia chegado a 0,92% e a alta acumulada no ano, a 5,91%. Para janeiro as consultorias e instituições do mercado financeiro haviam projetado uma variação de 0,76%. O resultado efetivo foi bem melhor e o resultado de 12 meses caiu para 5,59%, ainda muito longe da meta, 4,5%, mas bem menos feio que o alcançado em dezembro. Mas o governo deveria ser moderado na comemoração. Ainda há um longo caminho até se alcançar uma taxa mensal compatível com a meta de inflação anual. Nem para 2015 os técnicos do Banco Central (BC) projetam esse resultado. Além disso, o contágio inflacionário foi maior em janeiro que no mês anterior. O índice de difusão passou de 69,3% em dezembro para 72,1% no mês passado, segundo cálculo da Votorantim Corretora, divulgado logo depois de conhecidos os dados gerais do IPCA. Em resumo, quase três quartos dos itens cobertos pela pesquisa ficaram mais caros. Obviamente, os aumentos e repasses ocorrem com muita facilidade e isso torna mais complicado o combate à inflação. A presidente Dilma Rousseff inicia seu quarto ano de governo com uma assustadora coleção de desafios - indústria emperrada, baixo nível de investimento público e privado, contas externas em deterioração, contas públicas novamente em perigo e intensa vigilância das agências de classificação de risco. A agenda é extensa e complicada e, para evitar um desastre maior, o governo terá de levar em conta, em todas as suas decisões, a persistente alta de preços. Precisará resolver, em primeiro lugar, se o Executivo participará do combate à inflação ou se apenas continuará tentando maquiar os indicadores e deixando o trabalho sério para o BC. Não pode haver dúvida, neste momento, quanto a um novo aumento de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para os dias 25 e 26. Mas a presidente e sua equipe cometerão dois erros se escolherem o caminho mais cômodo e mais compatível, à primeira vista, com as conveniências eleitorais. Para continuar maquiando os indicadores de inflação o governo terá de aumentar o subsídio ao consumo de eletricidade e a ajuda às empresas do setor. O custo fiscal dessa política poderá subir de R$ 9,7 bilhões em 2013 para algo entre R$ 16 bilhões e R$ 18 bilhões neste ano. As contas públicas serão prejudicadas, o espaço de manobra orçamentária será menor, as pressões inflacionárias persistirão e os consumidores de energia elétrica receberão um sinal errado. Nenhum investidor ou financiador estrangeiro será enganado pela repetição de manobras desse tipo. A confiança na política econômica, já reduzida, continuará diminuindo. Se a piora da imagem externa comprometer o ingresso de capitais, uma das saídas será ajustar a política de juros para atenuar também esse problema. No ano passado o investimento estrangeiro direto, US$ 64,04 bilhões, foi insuficiente para cobrir o déficit externo em transações correntes, US$ 81,37 bilhões. Para este ano o BC projeta um déficit de US$ 78 bilhões e investimento direto de US$ 63 bilhões. O superávit comercial, US$ 2,56 bilhões nos cálculos oficiais de 2013, deve subir para US$ 10 bilhões, segundo a mesma projeção. Um superávit comercial de US$ 10 bilhões já ficará muito abaixo das necessidades brasileiras, por causa do enorme déficit nas contas de serviços e de rendas, mas até esse resultado medíocre parece duvidoso, neste momento. O déficit comercial de janeiro, US$ 4,06 bilhões, foi recorde, mas muito parecido com o de um ano antes, US$ 4,04 bilhões. Os saldos mensais poderão ser menos ruins no resto do ano, mas nada permite prever resultado final muito melhor que o de 2013. O pequeno superávit oficial do ano passado foi garantido pelo agronegócio (saldo de US$ 82,91 bilhões) e pelas exportações fictícias de plataformas de petróleo, no valor de US$ 7,74 bilhões. Nada justifica, neste momento, uma aposta num desempenho muito melhor da indústria no comércio exterior. Partidos que acatarem diretrizes do PSB serão bem-vindos, diz Campos Política Jornal da Cidade Secom/Gov/PE ELEIÇÕES/alianças Política/Nacional A4 Aracaju domingo ENTREVISTA Zezinho Sobral ENTREVISTA Ezequiel Leite “JB vai expor dificuldades para Projeto Carnalita a presidente Dilma” O governador Jackson Barreto (PMDB) vai solicitar audiência com a presidente Dilma Rousseff para tratar de uma agenda de interesse de Sergipe e nesse encontro lhe comunicará como está o encaminhamento das discussões sobre a implantação do Projeto Carnalita nos municípios de Capela e Japaratuba. A informação é do secretário de Estado da Casa Civil, José Macedo Sobral. Segundo ele, Jackson está praticamente encerrando a reforma de sua equipe e a partir de agora vai cobrar trabalho de todos cada vez mais. Zezinho Sobral, como é mais conhecido, afirma que o governo está dando atenção especial à saúde e fala ainda sobre a adoção de reajuste salarial dos servidores. A seguir, os principais trechos da entrevista: Eugênio Nascimento Da equipe JC w JORNAL DA CIDADE - Com as nomeações e posses desta segunda-feira, termina a reforma que o governador Jackson Barreto prometeu fazer no Governo? O que mudou? Atende às reais necessidades de operacionalização da máquina? ZEZINHO SOBRAL - Acredito que está praticamente no fim a reforma proposta, falta somente algumas questões relativas ao PCdoB, poderá haver ajustes administrativos menores e preenchimento de alguns espaços vagos e ou acumulados, porém sem repercussão na linha mestra o governo. w JC - O que esperar da equipe que está posta? Há condições plenas de trabalho? Há recursos para a viabilização dos projetos? Quais são as prioridades? ZS - A equipe deve dar cabimento às propostas de celeridade do Governador que trabalha 16h por dia, Jackson tem um ritmo muito forte, é detalhista e vai a fundo nas questões. O Governo tem prioridade de colocar em andamento todas e obras do proinveste e dos demais programas de investimento como PAC, Sergipe Cidades, Sergipe infraestrutura e outros, além disso os programas de educação e reestruturação da saúde e apoio a agricultura familiar, atração de novos investimentos e outros. Uma agenda extensa e muito positiva pra Sergipe. JB está com foco na administração. Os recursos existentes garantem as ações e a liberação de mais é uma luta diária em BSB. w JC - Sergipe disporá dos recursos previstos no Orçamento de 2014? Qual o valor? Haverá contingenciamento? De quanto? Por quê? ZS - O orçamento de Sergipe para 2014 é de R$ 8 bilhões, incluídos convênios e contratos. Cinco por cento do custeio dos órgãos estão contingenciados, com exceção da Educação Saúde e Segurança. w JC - As pastas mais criticadas do governo são as da Saúde e da Segurança? O que fazer para superar os problemas e melhorar as imagens? ZS - Criatividade, trabalho e financiamento são as ordens do dia para as pastas. Primeiro mostrar as conquistas, na saúde uma central de medicamentos de primeiro mundo foi implantada a 15 dias com controle e estoque para 60 dias, inauguramos 75 leitos de UTI no Huse, onde no início do governo eram apenas 19, ordem para construção do hospital do câncer e outras ações que não param, respondendo a críticas com trabalho. Na segurança temos o melhor índice nacional de elucidação de crimes, ou seja, não se admite impunidade, além disso, o concurso da PM está em andamento, um plano de Sergipe mais seguro sendo elaborado e criando mecanismos de controle e eficiência, equipamentos e muitos investimentos na área, mais uma vez responder as críticas com resultados, trabalho e investimentos. w JC - O que o governo fará para viabilizar o Projeto Carnalita? ZS - O carnalita está repetindo a história do Proinveste. Existe um grupo político que [email protected] Editoria de política 9 e segunda 10.2.2014 Arquivo JC “Capela não perde nada, quem perde é o governo” O prefeito de Capela, Ezequiel Leite, não tem pressa em assinar a autorização para que a Vale explore o seu subsolo e dele extraia a carnalita, produto que, submetido ao processamento em usina, gerará o potássio usado na produção de adubos. Ele alega desconhecer os dados técnicos do projeto e ainda que se não assinar, Capela nada perde, pois a riqueza mineral ficará no mesmo local, intocável. Em entrevista ao JORNAL DA CIDADE, Leite diz ainda que Capela tem sido injustiçada, pois tem 80% da carnalita e ficará sem a industrialização. Ele deseja ir à direção da Vale, junto ao governador Eugênio Nascimento Da equipe JC w JORNAL DA CIDADE – A decisão de não assinar a autorização para a exploração da carnalita é definitiva? EZEQUIEL LEITE – Não, mas precisamos de dados técnicos consistentes para que o projeto seja melhor avaliado. O que não podemos é prejudicar o povo capelense. w JC - Capela perde o quê? EL - Se não assinarmos nesse momento, Capela não perde porque o nosso minério está lá, onde sempre esteve. Quem perde é o governo em postergar essa implantação. tenta impedir a implantação do projeto com argumentos e campanhas inverídicas. A decisão do local foi tomada em 2009 sobre o local por 18 doutores e 6 técnicos no assunto com base num estudo contratado pela vale. O governo já apresentou solução técnica e jurídica para o ICMS que garante a proporcionalidade para Capela e Japaratuba (« A Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus). Argumentar que 10 metros resolveria o problema num projeto que tem 46 km de tubos é hilário e absurdo. A história cobrará um preço alto a estes que iludem, mentem e negam a juventude de Capela o direito de serem algo mais que cortadores de cana. são 4 mil empregos diretos. w JC - O que o governo vai pedir ajuda ao Palácio do Planalto? Quando? ZS - O governador Jackson Barreto (PMDB) vai pedir audiência à presidente Dilma Rousseff para tratar de alguns pontos agendáveis de interesse de Sergipe e lhe comunicar como está o encaminhamento das discussões sobre a implantação do projeto carnalita nos municípios de Capela e Japaratuba. O governo já está convencido de que o prefeito Ezequiel Leite (Capela) não autorizou a exploração do subsolo por recomendação de políticos de seu grupo. Isso está visível. w JC - Há algum componente político nessa rejeição ao projeto carnalita? ZS – Acho que sim. O grupo que nos faz oposição aposta no quanto pior melhor. Eles rejeitam quatro mil empregos e R$ 4 bilhões em investimentos, tão somente para prejudicar Sergipe, não permitir que o governador Jackson Barreto tenha em sua gestão uma obra de grande porte. Estão querendo prejudicar o povo de Sergipe, estão virando as costas para o povo de Capela e Japaratuba. w JC - Houve algum componente político na escolha de Japaratuba? Quem indicou? Quem escolheu? ZS – A escolha foi meramente técnica, embora se fale muito que teria havido ingerência do grupo político que comandava Japaratuba e seus aliados. A Vale é uma empresa de grande porte, com atuação reconhecida mundialmente e que jamais se deixaria ser influenciada pelo governo na definição de locais para suas instalações. Em momento algum, o ex-governador Marcelo Déda (PT) ou o governador Jackson Barreto fizeram pedidos nesse sentido. Agora, todos sabemos, o grupo dos Amorim pediu para que o empreendimento para a exploração da carnalita se estabelecesse em Japaratuba, quando a mulher do deputado federal André Moura, Lara, era prefeita. Agora o grupo renega Japaratuba e quer Capela, porque o prefeito é ligado a eles. Mas a Vale é uma empresa privada e define seus investimentos, prioridades e localizações. w JC - Os servidores públicos estaduais terão reajuste salarial neste ano de 2014? Quando isso será definido? Quais as dificuldades existentes? ZS – O governo tem desejo de dar aumento e está trabalhando neste sentido e se houver espaço fiscal e legal o fará não tenha dúvida, porém estamos condicionados ao dispositivo legal da LRF. w JC - Japaratuba ganha o quê? EL - Japaratuba é o município que mais recebe royalties no Estado de Sergipe. Já é muito rico. Não perde nada! w JC - Capela é injustiçada em que e por quê? EL - Capela é injustiçada sim. Temos 80% da carnalita e querem colocar a fábrica a 10 metros de distância do limite entre os dois municípios. Com essa medida, praticamente, todos os impostos vão Arquivo JC Jackson Barreto, pedir para que a empresa defina sua base de processamento em Capela. A disputa pelos impostos que a carnalita vai gerar é intensa desde o meio do ano passado. Japaratuba foi escolhida para base da usina e Capela não aceita isso por ter a maior reserva do mineral. Japaratuba está disposta a negociar uma melhor divisão dos impostos e o Governo do Estado e o ministro das Minas e Energio, Edison Lobão, entraram nas conversações. Mas as negociações não avançam de forma a atender o que quer o prefeito Ezequiel Leite. A seguir, os principais trechos da entrevista: para o local da instalação da usina e nós que temos a riqueza mineral ficamos com as compensações. projeto e, que pela dimensão da área a ser explorada, pode muito bem ser deslocado. w JC - O governo diz que a posição do senhor é política e segue orientação do seu grupo. EL - A questão é meramente técnica. Não há explicação lógica da Vale e nem do Governo do Estado para que a indústria não se instale em Capela. w JC - Qual seria a proposta ideal para viabilizar o Projeto Carnalita? EL - Que o Governo, junto a esta Prefeitura, fosse solicitar a presidência da Vale a implantação da usina no local onde tem a maior quantidade de minério. Também que (a Vale e o Governo do Estado) nos apresentassem de forma consistente os motivos que os levam a não querer executar o projeto no nosso município. w JC - Não é ruim para o seu município, seu povo, a rejeição dos quatro mil empregos e R$ 4 bilhões em investimentos? EL - Essa rejeição, como você coloca, será temporária. A Vale tem muita vontade de implementar esse projeto. Para a empresa tanto faz pagar o imposto em Capela ou em Japaratuba. Porém, já que temos 80% do minério é mais que justo que a decisão seja pelo nosso município. w JC - O que Capela e o senhor querem? EL - Queremos o deslocamento da usina, uma vez que não existe terreno comprado e nenhum pilar erguido. O que existe é apenas um w JC - E se a Vale resolver iniciar a exploração sem sua autorização, seguindo apenas as leis federais que permitem isso. O que o senhor faria? EL - Segundo o presidente da Vale, Dr. Murilo Ferreira, ele só implantará com minha autorização, para evitar problemas jurídicos. Essa situação ocorreu na Argentina, onde a empresa teve um prejuízo de R$ 1 bilhão. Ele informou que a empresa não está disposta a enfrentar liminares que possam atrasar a implantação da usina. A-4 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 DORA kRAMER da Agência Estado Tranco no barranco S ão Paulo, (AE) - O problema do PMDB com o governo já não é o ministério A, B ou C. A revolta da bancada da Câmara, que culminou com a decisão na semana passada de não indicar nomes para substituir os dois deputados que sairão das pastas do Turismo e da Agricultura para disputar eleições, tem a ver com a percepção de que o partido se tornou um estorvo a ser removido. Não uma eliminação abrupta e radical. Afinal, tem ainda serventia: votos no Congresso e, em decorrência de uma representação parlamentar robusta, cobiçados minutos no horário eleitoral de televisão. O movimento do governo seria o da desidratação lenta e gradual, com reflexos a cada nova eleição de modo a que o PMDB vá paulatinamente perdendo seu poder de fogo na cena nacional, até que não tenha mais a importância de hoje. “Há uma tentativa deliberada de reduzir a bancada na Câmara”, diz o líder do partido, deputado Eduardo Cunha. Ele não atribui a ação exclusivamente à presidente Dilma Rousseff; considera o conjunto da obra: o projeto do PT de assumir a hegemonia política no País de modo a esticar ao máximo seu período de permanência no poder. Por esse raciocínio, o PMDB seria a próxima vítima do processo de estrangulamento que enfraqueceu os partidos de oposição e quase fez desaparecer legendas outrora poderosas como o DEM. A cada dia é mais firme essa convicção entre os peemedebistas, principalmente os deputados, os alvos preferenciais. Explicando melhor: a força do PMDB tem origem na eleição do maior número possível de deputados federais. Por lei, a bancada na Câmara serve de parâmetro para estabelecer a divisão do tempo no horário eleitoral e a distribuição do dinheiro do Fundo Partidário. Duas moedas muito fortes no jogo do poder. Com recursos e tempo, o PMDB se torna um aliado cobiçado para qualquer governo dos quais recebe a contrapartida em ocupação de espaços na máquina administrativa. Espaços estes de fundamental importância para eleger deputados, senadores, prefeitos e governadores. Uma vez obstruídos esses caminhos, o partido tem reduzido seu fornecimento de oxigênio. Tende a eleger menos deputados o que, no ano seguinte, vai se refletir em parcela mais reduzida do fundo partidário e na eleição subsequente, em menor tempo de televisão. Ao longo de duas, três eleições, um partido cai da classificação de legenda grande para agremiação de médio porte. Fica em segundo plano, não se credencia a postos de comando no Congresso e, quando dá por si, está em irremediável trajetória descendente Esse é o resumo da ópera da revolta do PMDB com o PT, o governo e a presidente Dilma. O partido não irá ao ataque. Não tem condições objetivas para romper. Mas, na trincheira da defesa, pode perfilar durante a campanha um desconfortável exército de dissidentes nos palanques estaduais. Atrás da orelha. Permeia o ambiente no PMDB a desconfiança de que não está de todo afastada a possibilidade de o ex-presidente Lula da Silva vir a se candidatar a presidente, se o acúmulo de más notícias que rondam o governo não for só uma fase ruim. Há também a suspeita de que Lula incentivou a filiação do empresário Josué Gomes da Silva - filho do falecido vicepresidente José de Alencar - como reserva técnica para a composição de uma chapa. No caso, para deixar Michel Temer de fora. Se for isso mesmo, os pemedebistas já avisam que não há a menor hipótese e lembraram que Lula tentou o mesmo, sem sucesso, com Henrique Meirelles, hoje no PSD. No PMDB, reiteram os caciques, são precisos anos de serviços prestados para conseguir acesso à área VIP. Adicional. Como se não fossem suficientes os problemas entre os dois partidos, a relação do PMDB com o PT do Rio de Janeiro está, na definição de um dirigente local, “cada vez pior”. Política/Nacional Jornal da Cidade PSB não vetará alianças Partidos que acatarem diretrizes serão bem-vindos, diz Eduardo Campos R ECIFE, (O Estado de S. Paulo) - Provável candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), afirmou na setxa-feira, que não fará veto a alianças por ideologia. Ele afirmou, após encontro com a neoaliada Marina Silva em Recife, que poderá se aliar a qualquer partido que concorde com o programa da dobradinha PSB-Rede. “Aqueles que quiserem se somar a essas diretrizes, a esse conteúdo, serão bem-vindos”, disse. A prévia do plano de governo foi lançada nesta semana em Brasília. O documento traz orientações genéricas sobre grandes temas do País e procura abarcar o discurso de sustentabilidade da ex-ministra do Meio Ambiente. Na parte política, porém, a parceria PSB-Rede vive um momento de tensão. Os aliados de Marina resistem à aproximação do partido do governador pernambucano em dois Estados: São Paulo, onde o PSB é muito próximo do governador Geraldo Alckmin (PSDB), e Minas Gerais, terra do também presidenciável Aécio Neves (PSDB) e onde os correligionários de Campos costumam se aliar aos tucanos. Campos falou à imprensa na porta de sua casa, no bairro de Dois Irmãos, ao lado de Marina, que fez uma visita à primeira-dama do Estado, Renata, e à família depois da chegada do quinto filho do governador, Miguel. Marina afirmou que “nenhuma aliança está consolidada”. “Os contatos que estão sendo feitos são os que vinham sendo feitos pelo PSB e o esforço que estamos fazendo é que este programa tenha uma base de sustentação coerente com este programa”, observou. “Este é o esforço do governador, é o esforço da Rede e, como disse o governador, não vamos fazer nada que se sobreponha a este conteúdo, a este processo de inovação na política brasileira”. A Rede de Marina teve o re- gistro rejeitado no ano passado porque não conseguiu o número de assinaturas necessárias para a sua criação. Para poder disputar a eleição, Marina e seu grupo se filiaram ao PSB de Campos. Velha política I ndagado se a abertura para alianças partidárias não é característica da “velha política”, indo de encontro à “nova política” que prega, Campos afirmou que hoje os partidos se unem “em torno dos seus interesses, só para ter as coisas”, enquanto suas alianças serão feitas “em torno de uma pauta do povo”. “A nova política estamos fazendo”, disse o presidenciável. “Fizemos a primeira união de partidos políticos em torno de um programa e apresentamos as diretrizes deste programa para a sociedade”, afirmou. “Fizemos um governo de mudança, reconhecido por 86% da população porque fizemos aliança em torno de programa de mudança efeti- va, de respeito à cidadania, com participação da população nas decisões no controle social, que aposta na transparência”, afirmou o governador pernambucano. Ainda segundo Campos, seu candidato a vice será anunciado “quando chegar a hora, no tempo certo”. “Sabemos, eu e Marina, dos passos seguintes às diretrizes programáticas que foram lançadas há poucos dias”, afirmou. A ex-ministra do Meio Ambiente é cotada para assumir o posto. “Os Estados já começam a discutir as diretrizes do programa para preparar um debate consistente em cada um deles e nós vamos dar o passo seguinte de forma combinada, no tempo certo”, disse o governador. No dia 22 de fevereiro haverá o primeiro encontro regional, no Rio Grande do Sul. Marina fez palestra sobre desenvolvimento sustentável à noite num seminário da Igreja Anglicana, no município metropolitano de Jaboatão dos Guararapes. Esportes FUTEBOL/LUTO Maicon morre de acidente de carro DONETSK, Ucrânia, (Por GloboEsporte.com) - O futebol está de luto. Morreu neste sábado o brasileiro Maicon Oliveira, do Shakhtar Donetsk, vítima de um acidente de carro na cidade ucraniana. O atacante tinha 25 anos e atuava no país desde 2009 - atualmente estava emprestado ao Illichivets Mariupol. No Brasil, ele passou pela base de Fluminense (2005-2006) e Flamengo (20072008) até se profissionalizar pelo Atlético Mogi. Maicon viveu sua melhor fase na temporada 2011/2012, quando marcou 16 gols pelo Volyn no Campeonato Ucraniano e mais dez na Copa da Ucrânia. Ele se sagrou campeão do principal torneio do país no ano seguinte, em 2012/2013, quando já vestia a camisa do Shakhtar. Alguns torcedores confundiram a vítima com outro joga- Reprodução/Site Oficial Maicon Oliveira passou pelo Fla-Flu e atualmente jogava na Ucrânia dor do mesmo nome: Maicon Marques Bittencourt, apelidado de Maicon Bolt após suas atuações pelo Fluminense, em 2009, quando fez dupla de ataque com Fred. Atualmente ele Ilimar Franco panorama político (com cristiane jungblut) - agência o globo Caça aos sonegadores A defende o Lokomotiv Moscou, da Rússia. Comunicado O site oficial do Shakhtar se manifestou em um comuni- cado. Confira abaixo, na íntegra: “O FC Shakhtar Donetsk informa com pesar que a vida do futebolista Maicon Pereira de Oliveira foi tragicamente ceifada no dia 8 de fevereiro de 2014. Ele morreu em um acidente de carro em Donetsk. Maicon era um jogador talentoso, uma pessoa aberta e amigável que amava a vida e sabia como trazer para ela positivismo e alegria. Esta morte trágica, prematura e sem sentido arrancou de nosso convívio uma pessoa maravilhosa. Maicon tinha apenas 25 anos. Esta é uma perda terrível e pesada para cada um de nós. O FC Shakhtar Donetsk manifesta as suas mais sinceras e sentidas condolências à família e amigos de Maicon. Que seja para sempre lembrado com carinho...” “ “É um casamento maluco. O fracasso de um pode ser o fracasso do outro” - Roberto Amaral ,Vicepresidente do PSB, sobre o pacto de convivência entre os candidatos à Presidência Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) Receita Federal criou uma força-tarefa para investigar as empresas Google e Facebook. A devassa é feita por ordem da presidente Dilma. Essas empresas estão no topo da lista dos maiores sonegadores de impostos do país. O Google é o segundo faturamento em publicidade no Brasil. Essas firmas vendem aqui e recebem em paraísos fiscais. E lucram ao atuar fora da lei que rege os concorrentes. Ailton de Freitas/11.10.2011 O exemplo que vem da Europa A presidente Dilma tratou do assunto com os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Comunicações). A dura atuação dos países europeus contra essas corporações, sobretudo na França e na Alemanha, chamou a atenção da presidente. Informes produzidos pela área econômica estimam que a Google recebeu mais de R$ 3 bilhões em publicidade, no Brasil, em 2013. A maior parte dos serviços prestados por essas empresas é paga com cartões internacionais e não aparecem no balanço das subsidiárias brasileiras. A única receita é o IOF dos clientes. Dilma quer também a adoção de legislação que as obrigue a pagar direitos autorais. Na barganha No PSB não há nenhum dúvida que Marina Silva (Rede) será a vice de Eduardo Campos. Avaliam que ela só não anuncia agora, porque se reduziria o seu poder de pressão em torno de candidaturas próprias aos governos de São Paulo, Rio e Minas. Dando um gelo Os dirigentes do PMDB que se reúnem com o presidente do PT, Rui Falcão, para tratar de palanques estaduais não querem mais conversa. Dizem que, depois de cada encontro, os petistas arranjam confusão em algum lugar. Plataforma eleitoral A oposição acusa o governo Dilma de descontrole fiscal e teme pelos desdobramentos da crise mundial. Mas, de olho no empresariado, a visão da presidente Dilma se volta para o outro lado. Até junho, o governo lançará, com toda pompa, a terceira etapa do PAC e o Minha Casa Minha Vida III, cuja meta é contratar três milhões de casas. Alô? Presidente? O deputado Renan Filho (PMDB-AL) foi surpreendido por ligação do Planalto. “Renan? Vou passar a presidenta, ela está retornando sua ligação”. O deputado não sabia o que fazer. “Alô? Oi Renan, como vai?” “Presidente, acho que a senhora está falando com o Renan errado, aqui é o deputado”. Dilma riu, se desculpou, e ligou para Renan Calheiros. Pós-graduação O deputado Ronaldo Caiado (DEM) esteve em Miami durante o recesso, onde conversou com a comunidade cubana sobre formas e instrumentos para estimular os médicos que estão no Brasil a pedir refúgio para não retornarem ao seu país. Sabe com quem está falando? Em viagem aos EUA, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, enfrentou uma saia-justa. O hotel fez débitos irregulares, e o BB bloqueou o cartão. O gerente suspeitou de golpe, mas recuou quando soube com quem falava. O presidente do SDD, Paulo Pereira da Silva, vai à Europa em abril para encontro com o ex-premiê da Polônia, o sindicalista Lech Walesa. Especial Jornal da Cidade Eugênio Nascimento [email protected] TPE deixa os partidos extasiados por cargos majoritários em SE N esta fase de Tensão Pré-Eleitoral (TPE), quando os prováveis candidatos começam a demonstrar as suas pretensões eleitorais, é comum eles propagarem que seus partidos são fortes, tem nomes capazes de captar milhares de votos, unem todos os membros do grupo, podem ser um bom elo para a captação de recursos, têm tradição política e o reconhecimento popular. E, por isso, precisam compor a chapa majoritária ou o apoio de todos os membros do grupo para se eleger e, talvez, junto com ele, um grande bom amigo. É isso o que está acontecendo em Sergipe agora. Os partidos que estão se sentindo fora da chapa majoritária se mobilizam para conseguir uma das vagas. No bloco governista, Jackson Barreto (PMDB) é candidato à reeleição e, portanto, uma vaga já está preenchida. Restam a definição do vice, que o PSB quer indicar (poderia ser o deputado federal Valadares Filho ou o atual secretário de Educação, Belivaldo Chagas), do senador, que o PT (conta com os nomes do deputado federal Rogério Carvalho e da ex-primeira-dama Eliane Aquino) e o PCdoB (apresentou o nome do ex-prefeito Edvaldo Nogueira) desejam para si, e dos suplentes, figuras aparentemente sem importância, mas que são os substitutos dos titulares do cargo no Senado e que podem assumir o cargo em casos de cassação, morte ou doença do titular. Ainda sobre a fase da TPE, observa-se que as agremiações oposionistas exibem escancaradamente os defeitos dos governistas, dizem ser a salvação e tentam cooptar quadros do poder para seus grupos, coisa que os que se encontram no poder fazem também e com maior facilidade. O poder encanta e atrai. Disputa por cargos majoritários é grande e abala os governistas O governador Jackson Barreto (PMDB) elogia o senador, que sempre retribui. Mas há um abalo no relacionamento. O PSB deseja indicar o vice-governador na chapa encabeçada por Jackson, que anda conversando com o DEM e deseja abrir o espaço para o deputado federal Mendonça Prado. Há também problemas com o PT, que deseja indicar o candidato a senador e agora apareceram mais políticos desejando a vaga. Esta é a fase das pressões para ocupação de espaços políticos para as eleições. Valadares quer indicar o vice, o PT quer indicar o senador e outras forças também estão de olho nos mesmos cargos, inclusive o DEM, que poderá indicar o deputado federal Mendonça Prado para vice-governador de JB. Os dois querem andar juntos, avaliam que somam, isso quer dizer, atraem mais votos. Quem são os mais cotados para a as 8 vagas da Câmara Federal por SE Um levantamento feito em bate-papo com experientes políticos – dois deles são, inclusive, pré-candidatos -, mostra os nomes mais cotados na disputa das oito cadeiras junto à Câmara Federal. Os nomes por todos citados foram: Valadares Filho (PSB); Rogério Carvalho (PT); Fábio Reis (PMDB); Mendonça Prado (DEM); Iran Barbosa (PT); José Carlos Machado (PSDB); André Moura (PSC); Laércio Oliveira (SOL); Antônio Neto (PP); Fábio Mitidieri (PSD); Ivan Leite (PRB); Adelson Barreto (PTB); Márcio Macedo (PT); Pastor Jony (PRB); e Bosco Costa (PROS). Há uma avaliação dando conta de que dois ou três dos atuais parlamentares não se reelegerão. É bom que fique claro que não se trata de pesquisa ou enquete, mas sim – e apenas – de uma avaliação aleatória, mas que me parece bastante realista. Aracaju - Câmara homenageia atingidos pela ditadura militar A Câmara Municipal de Aracaju, numa forma de reparar um equívoco praticado pelo Parlamento na década de 60, vai fazer a entrega póstuma de títulos de cidadania ao ex-presidente João Goulart e ao ex-deputado federal, Leonel Brizola. O anúncio foi feito pelo presidente da Casa, vereador Vinicius Porto, que revelou que pretende devolver simbolicamente o mandato de vereador de Manuel Vicente do Nascimento, eleito pelo povo, e que foi cassado através de Resolução. “A verdade deve sempre ser reparada. Em nome da Câmara de Vereadores peço desculpas pela injustiça praticada contra esses ilustres brasileiros cuja história, por eles construída, hoje se coloca acima dos partidos políticos”. É o que afirma Vinícius Porto que ainda vai definir uma data para a realização da sessão solene. Revogação – Conforme informações divulgadas pela própria Casa, em maio de 1964, a Câmara de Vereadores de Aracaju revogou, por meio de Resoluções, o Decreto Legislativo n° 2, de 19 de outubro de 1961, que concedeu o Título de Cidadão de Aracaju a Leonel Brizola, “em vista haver o ex-deputado federal concorrido para a comunização do Brasil” e também “tendo em vista a recente cassação dos seus direitos políticos e a perda de seu mandato, decretadas pelos órgãos competentes”, aqui, no caso, a Ditadura Militar que acabara de se instalar no poder. No mesmo mês e ano, mais um ato equivocado é adotado pela Câmara de Vereadores, supõe-se, sob pressão ou por conta do medo que assolava o país. Na época, foi aprovada Resolução nº 11, de 26 de maio de 1964, revogando o Decreto-Legislativo n° 5, de 24 de outubro de 1960, que concedeu o Título de Cidadão de Aracaju ao ex-presidente da República, João Belchior Goulart, “tendo em vista a recente cassação dos seus direitos políticos e a perda de seu mandato, decretadas pelos órgãos competentes”. A mesma ditadura a que nos referimos anteriormente. Já em abril de 1964, também por meio de Resolução, os vereadores declararam a perda do mandato do vereador Manuel Vicente do Nascimento, eleito pelo Partido Trabalhista Brasileiro. Manuel Vicente era de fato um quadro comunista e passou um bom tempo. Equipe de JB é cheia de advogados Se insistir na tese de colocar, ainda que inconscientemente, muitos advogados em sua equipe, o governador Jackson Barreto (PMDB) vai terminar transformando essa sua gestão numa nova OAB. Ele próprio é advogado, Zezinho Sobral (Casa Civil), Francisco Dantas (Agricultura), Benedito Figueiredo (Governo), Márcio Leite Resende (PGE), Eduardo Oliva (Direitos Humanos), Belivaldo Chagas (Educação), Lauro Seixas (Sergipe Previdência) e ainda há quem diga que há vários outros ocupando cargos no segundo e terceiro escalões, além dos quadros efetivos da Defensoria. Agora, uma correção, quem vai assumir a Secretaria de Estado da Justiça é Valter Lima Pereira, um economista da Receita Federal, que estava na Secretaria de Planejamento de Sergipe (Seplag), indicado para o cargo pelo PSD, e não o advogado Wellington Mangueira, como se propagou muito na sexta-feira. Carnalita em audiência - No próximo dia 19, representantes de comissões do Senado Federal se reúnem em Aracaju para discutir com representantes da empresa Vale sobre o Projeto Carnalita. Os senadores querem conhecer detalhes do projeto, investimentos e benefícios para Sergipe, especialmente para os municípios de Capela e Japaratuba. Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 A-5 colunão Ivan Valença E-mail: [email protected] Demora caracteriza exploração dos minérios Tem sido demorada, e às vezes penosa, a exploração dos minérios sergipanos. No momento, depois de mais de uma década de exaustivos estudos econômicos, ensaios tecnológicos, gestões políticas e, portanto, tempo e vultosos recursos despendidos, a população sergipana assiste estupefata o “quero porque quero” do prefeito Ezequiel Leite, de Capela, que a usina de beneficiamento do cloreto de potássio seja localizada nesse município. É bom recordar a firme e decisiva luta de dois governos para que a Companhia Vale do Rio Doce resolvesse explorar os depósitos de carnalita de Sergipe, porque, ressalte-se, a Vale tem outras opções de extração de potássio com viabilidade econômica em outros Estados. Atento a este fato e informado de que as reservas de silvinita (minério do qual atualmente se extrai o potássio) estavam prestes a se esgotar e na perspectiva de acelerar as decisões sobre o aproveitamento da carnalita, o então governador Albano Franco, sem perda de tempo, em agosto de 2002, promoveu importante reunião na sede da Vale, no Rio, com as presenças do ministro Ronaldo Sardenberg, da Ciência e Tecnologia, do embaixador Jório Dauster, presidente da mineradora e de mais Chamamento “Todos unidos pela viabilização do Projeto Carnalita!”. É com esse chamamento que o Fórum Empresarial divulgou nota, na sexta-feira, em apoio ao Projeto Carnalita: “(...) Temos absoluta convicção que o Projeto Carnalita trará grande impacto positivo para a economia sergipana, gerando desenvolvimento, renda e empregos, além de perpetuar o diferencial competitivo do Polo de Fertilizantes de Sergipe. Não bastassem todas essas razões, o Projeto Carnalita vem ao encontro do interesse estratégico do Brasil, reduzindo sua dependência externa nesse importantíssimo insumo para a agricultura nacional”. Na nota, o Fórum pede ainda que seja garantida à Vale o direito de instalar o seu empreendimento, de caráter totalmente privado, na localidade onde os estudos indicaram como mais viável, inclusive já tendo sido aprovados pelos órgãos competentes”. Pelo menos 30 órgãos estão representados no Fórum, entre estes, o Sebrae, a Federação das Indústrias, a Ases (Associação Sergipana de Supermercados), a Fecomércio, o Setransp, o Sinduscon (Indústrias de Construção Civil) e o CRA (Conselho Regional de Administração). *** Já o residente da Acese (Associação Comercial e Empresarial de Sergipe), Sr. Alexandre Porto, lamentou que “ainda não tenham chegado a nenhum entendimento com o prefeito Ezequiel e deste com a Vale. O projeto é grandioso e beneficia Capela, Japaratuba e Sergipe”. E completa: “Parabenizo o governo e a oposição pela postura e espero que ainda haja solução para que o Estado de Sergipe não perca esse grandioso investimento”. Negociações As negociações para que o governador Jackson Barreto obtenha o apoio do prefeito João Alves Filho nas eleições de outubro próximo estão bem avançadas. Estas negociações são a prova de que João Alves não é candidato, vai continuar à frente da Prefeitura. Dizem que neste acordo de Jackson com João Alves passa pelo financiamento, pelo Estado, de várias obras em Aracaju. O Estado recebe o projeto e, na medida de uma por vez, concretiza-o. Uma vez pronta, a obra volta aos domínios da Prefeitura. Unimed x Hospitais Está tudo parado, tudo como era antes. Na semana passada a gente expôs para todos os sergipanos a crise entre os dois maiores hospitais e a Unimed. Houve uma tentativa de querer desmentir o escriba, mas o Ministério Público Estadual pôs os pingos nos ‘is’. Existem dois procedimentos dos hospitais contra a Unimed. Numa delas, os hospitais comunicam ao Ministério Público que dentro de 60 dias, eles estarão pedindo o descredenciamento. Naturalmente, a opinião pública espantou-se com a perspectiva de ficar sem atendimento nos Hospitais São Lucas e Primavera. Entre segunda e terça-feira houve uma reunião atrás da outra para encontrar saída para o impasse. Depois, parou tudo. Não se falou mais nada. Um médico comentou que “não há preocupação da Unimed em resolver o problema”. E foi claro: “Nada saiu do lugar. Estão querendo brincar de fazer saúde complementar”. Numa roda de médicos, que conversavam sobre a crise da Unimed com os hospitais, um profissional dizia que “a Unimed precisa descer do pedestal e calçar as sandálias da humildade, para resolver o problema”. Tá difícil, né? A Copa e os gregos Mais um legado de grande significado para Sergipe foi deixado pelo saudoso governador Marcelo Déda. Desde meados do seu primeiro mandato, Déda vislumbrou a oportunidade de Sergipe receber uma das seleções da Copa do Mundo de 2014 e orientou sua equipe, designando o então presidente da Emsetur e atual secretário adjunto de Turismo, José Roberto Lima, para diretores, oportunidade em que se firmou um acordo cm que a Vale providenciaria os estudos de viabilidade econômica e da tecnologia adequada, nos quais investiu US$ 80 milhões. Acordo cumprido, precisava, então, a Vale dar cessão das áreas para o início dos trabalhos, cujos direitos de lavra, pertencentes à Petrobras, levaram um enorme tempo para serem concedidas pela petroleira. Convém relembrar que este imbróglio só foi resolvido depois que o governador Marcelo Déda levou o caso à presidente Dilma que determinou à Petrobras a cessão das áreas. Resolvido o impasse, no dia 23 de abril de 2012, os atos foram assinados entre a Vale e a Petrobras na presença da presidente Dilma que veio a Sergipe para esta solenidade. O prefeito Ezequiel Leite certamente está informado de que o subsolo brasileiro, pela Constituição, pertence à União e não ao município e que a decisão de localizar a usina é eminentemente técnica e econômica e não política. O resto é proselitismo político que só faz prejudicar o Estado. Oxalá a diretoria da Vale, que é uma empresa privada, não perca a paciência e vá explorar potássio em outras plagas. E ficamos a ver navios! Enquanto isso, no território livre da Internet lução do Banco Central. Para o sr. Edson Moreira, um dos diretores do Sindicato dos Bancários de Sergipe, “na hipótese de um saldo de R$ 5, o banco retirar R$ 4 de tarifa é algo absurdo. Até se for cobrado R$ 1,50 (30%) é exorbitante”. O que se constata no Brasil é o beneficiamento de instituições bancárias que lucram bilhões com as tarifas e, ainda assim, lucram em cima do pouco dinheiro que o brasileiro deixa numa poupança. Gastos na Saúde cuidar da candidatura junto ao Comitê Organizador da Copa 2014. A primeira tentativa teria como local para o Centro de Treinamento de Seleções (CTS) o Hotel Dioro, que depois veio a desistir. Mas a persistência de Zé Roberto, seguindo as orientações de Déda, fez com que Sergipe fosse um dos 32 locais escolhidos, dentre 400 inscritos, para ter um CTS. Um dado importante: o CTS será o próprio Batistão, que já iria passar por uma reforma, ou seja, praticamente não há custo adicional exclusivo para atender à Copa. As vantagens de sediar um CTS são muitas, como o natural aumento do fluxo turístico internacional e a exposição na mídia (são esperados 150 jornalistas somente para cobrir a seleção grega, que ficará instalada em nosso Estado). Por sua vez, o governador Jackson Barreto vem dando a necessária importância à iniciativa e já assumiu o compromisso de entregar o Batistão reformado no prazo determinado pela Fifa. Resta o desafio posto ao setor do turismo do Estado, que precisa se preparar para receber bem os ilustres visitantes. Sem praia O jornal “Folha de São Paulo”, em seu caderno de turismo, edição da última quarta-feira, publicou uma importante matéria sobre o turismo no Nordeste, tendo, inclusive, selecionado 16 praias da região como as mais atrativas do ponto de vista de turismo. Praias de todos os Estados foram ressaltadas com comentários e vistosas fotografias. Menos Sergipe. Será verdade que não temos bonitas e turísticas praias ou elas não estão sendo divulgadas? O vice Fernando Henrique Cardoso tem toda a razão em mostrar as fraquezas políticas de Joaquim Barbosa, a quem até mesmo comparou a Collor. O que torna curioso que ele aponte, como destinos políticos possíveis do magistrado, o Senado ou... a vice-presidência da República. Não são as mesmas coisas. Um senador não pode fazer grande mal. Mas um vice-presidente é um possível quase-presidente. Dos quatro presidentes eleitos na democracia de 1946 e dos cinco após a ditadura militar, três cederam lugar ao vice – Getúlio (Café Filho), Tancredo (Sarney) e Collor (Itamar). Três em nove! É muita coisa. O vice geralmente soma votos ou, sobretudo, financiamento e apoios. Por definição, é diferente e eventualmente até contrastante ou oposto ao titular do cargo. Precisamos de cuidado na sua escolha. Como os partidos escolherão os vices em troca de dinheiro e de minutos de TV, cabe a nós, eleitores, protestar e tornar difícil a escolha de vices ruins (Abrahão Crispim Filho – abrahaojornalista. blogspot.com.br). Duas de Estância 1 – O DNIT retirou o acostamento que existia nas proximidades dos Bairros Bomfim, Camaçari e Piauitinga. Os moradores, para ir ao centro da cidade, têm que cruzar a rodovia federal. Ocorrem, então, muitos acidentes. Esta semana, a jovem Fabiana Sacramento, que estava na carona de uma moto, foi mais uma das vítimas. 2 – Operação conjunta da Polícia Militar, SMTT e Guarda Municipal realizou blitz para apreensão de várias motos que circulavam irregularmente em Estância. Outras blitzen serão realizadas nos pontos críticos da cidade. Os bancos Os bancos podem cobrar uma tarifa mensal de R$ 4 ou 30% do saldo de conta de poupança inativa, sem saques ou depósitos por seis meses e com saldo inferior a R$ 20, de acordo com reso- O Governo do Estado tem feito um baita investimento no Centro de Atenção à Saúde (Case). Nos meses de setembro e outubro, a soma do custeio do Case ficou em R$ 4.507.632,13, sendo que o Estado recebeu apenas R$ 554.774,61 e R$ 356.890,38 por mês do Ministério da Saúde. O Estado entrou com R$ 3.595.967,14, o equivalente a 80% do custo do Case. Em dezembro, foram investidos R$ 2.316.162,87, na aquisição de medicamentos e insumos do Case. Naquele mês, enquanto a União arcou com 12% dos custos totais, o Estado custeou 88% do serviço. Outro fator que chama a atenção é o custo com itens que não constam da relação de medicamentos obrigatórios. Mais de R$ 3 milhões foram para medicamentos padronizados, aqueles que o Estado tem a obrigação de fornecer, enquanto R$ 1.441.579,10 foram para produtos fora da padronização, ou seja, de caráter judicial, incluindo ostomia, fraldas, fórmulas e até insulinas. O Case encerrou o ano de 2013 com 21.277 usuários ativos. PONTO FINAL *** Os professores do município de Lagarto são um poço de reclamação contra a banca de advogados que serve ao Sintese. Na briga com a Prefeitura local eles não contam com o Sindicato. *** Comenta-se pelos quatro cantos da Secretaria de Saúde que a titular da pasta, dra. Joélia Silva Santos, deve retornar ao Rio de Janeiro, e, portanto, deixará o cargo. Já se fala até num substituto: o Sr. Gilberto dos Santos, o atual homem forte do Hospital de Cirurgia. *** O Reitor da UFS recebeu em audiência, uma comitiva de Estância, reivindicando um campus de Engenharia naquele município. Além de vereadores, a comitiva tinha três deputados federais. *** Senac abriu vários cursos em Estância, em parceria com a Prefeitura local. Foram disponibilizados os cursos de organizador de eventos, agentes de informações e recepcionistas de hospedagem. As aulas começam dia 18 de março. *** A Executiva Municipal do PT reuniu-se na quarta-feira para fazer um mapa da atual conjuntura do legislativo municipal e da situação política na capital. Mas, o aterro da Praia 13 de Julho também entrou no debate. *** O programa de governo do presidenciável Eduardo Campos ficará pronto em junho próximo. As diretrizes deste programa obedecerão a cinco enfoques: Estado e democracia de alta intensidade; desenvolvimento sustentável; educação, cultura e inovação; políticas sociais e qualidade de vida; novo urbanismo e pacto pela vida. *** Parece brincadeira, mas o prefeito de Capela, Sr. Ezequiel Leite, para sensibilizar a empresa Vale a instalar sua planta industrial no seu município, está oferecendo o terreno para a construção da usina. Uma empresa que pretende investir R$ 4 bilhões não teria “dez mil réis” para comprar um terreno para sua sede? Não é brincadeira? A-6 Economia Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 A economia sergipana na década de noventa MÍRIAM LEITÃO agência GLOBO - COM Álvaro GABRIel e valéria Mineiro (interino) [email protected] Retalhos da verdade T em sido um longo caminho até a verdade, que talvez nunca se conheça inteiramente. Agora, é um general aposentado que admite o que todos sabiam, mas é fundamental que ele confesse: que o Exército montou uma farsa para culpar grupos de esquerda pelo desaparecimento do deputado Rubens Paiva. No ano passado, registros do coronel Molinas Dias tinham revelado outro pedaço. E tudo o que se tinha antes, para se contrapor a tão longo silêncio sobre a vida e morte do deputado, era uma carta-depoimento e um recibo burocrático. Na carta, a testemunha Cecília Viveiros de Castro relata que ouviu seu padecimento no Doi-Codi. “A noite toda eu ouvi perguntarem o nome do preso ao meu lado, e o ouvi responder: Rubens Paiva, Rubens Paiva.” Havia também uma prova física, guardada por 40 anos com a família, o recibo da retirada do carro do deputado do quartel da Polícia do Exército, onde funcionava o Doi-Codi. Quando Molinas Dias foi assassinado em Porto Alegre, foi encontrado com ele documentos que detalhavam como Rubens Paiva chegou ao Exército, entregues pelo serviço de informação da Aeronáutica. Mas tudo já se sabia. Que ele foi preso em sua casa no dia 20 de Janeiro de 1971, na frente da família. Que foi no seu carro, mas prisioneiro, para a Aeronáutica. Que de lá foi para a PE. Que se montou uma farsa para dizer que ele havia sido tomado dos militares, por grupos de esquerda, no Alto da Boa Vista. Mas o depoimento para a Comissão da Verdade do general Raimundo Ronaldo Campos, que, na época, capitão, dirigia o automóvel, é mais um retalho precioso da verdade que os militares não reconhecem. Convivemos com essas certezas não confirmadas por um tempo longo demais. A Comissão da Verdade, agora, está juntando pedaços do que foi negado ao país por todas essas décadas. É espantosa a incapacidade de o Brasil olhar para trás, reconhecer sua história, procurar sua verdade. Ainda convivemos com avenidas 31 de Março no Brasil todo. Ou ruas, praças e colégios com nomes dos ditadores. Ainda aceitamos que as Forças Armadas nada façam para tirar, um pouco que seja, Os pontos-chave o véu que encobre os Trauma do golpe militar fatos vividos na história completa 50 anos, e o do país, mesmo aqueles Brasil ainda desconhece o militares das gerações paradeiro de vários mortos. que vieram depois. Eles seguem ainda as ordens Poderosos da época de silêncio enviadas por não mandam mais, seus ex-comandantes democracia é sólida, mas a aposentados. Aceitamos verdade continua escondida. que a versão frauduGerações de brasileiros lenta seja repassada de nasceram sob o geração a geração de manto da mentira e do militares, numa renovasilêncio das instituições ção macabra do pacto responsáveis. do silêncio, da mentira, da cumplicidade. País estranho esse que aceita que não se saiba como morreu Vladimir Herzog, o que foi feito do filho de Zuzu Angel, como foram as últimas horas e que fim teve o corpo do deputado Rubens Paiva. Tanto não se sabe de tantos. O tempo já se esgotou de saber sobre esses e outros mortos e desaparecidos. Foi há 50 anos que o pesadelo começou e ele se prolongou por 21 anos. Sobrevive no silêncio das instituições responsáveis. Gerações de brasileiros nasceram sob esse manto da mentira e do silêncio eloquente das Forças Armadas brasileiras. Quando fiz a reportagem sobre Rubens Paiva, em 2012, no início dos trabalhos da Comissão da Verdade, o IBGE fez uma conta para mim do percentual de brasileiros que haviam nascido depois da morte de Rubens Paiva: eram 68%. Os jornalistas têm conseguido encontrar nos escaninhos da burocracia, nos depoimentos de torturadores ainda vivos, nos documentos que ficam em subsolos de ministérios ou em arquivos particulares, retalhos da história. A maioria dos jornalistas, dedicados ao resgate, estão nos dois terços de brasileiros que nasceram depois da morte de Rubens Paiva. São os filhos dos jovens daquela época; logo, logo, serão os netos. E ainda não saberemos o que devíamos saber. A busca coletiva por respostas permanece porque é necessária. O passado só pode passar depois de esclarecido. E um país que sofre um trauma político como esse, que em 2014 completa meio século, só se vacina contra a sua repetição procurando os fatos sonegados. Os poderosos da época já não mandam mais, a ordem democrática foi restabelecida, a faixa presidencial foi passada por ombros de eleitos pelo voto direto. E, ainda assim, chaves trancam os fatos. De vez em quando, arranca-se de um arquivo, ou em um depoimento, um retalho. E nos contentamos. 1 2 3 LOTERIAS Concurso - 1571 - 05/02/2014 Concurso - 3411 - 07/02/2014 MEGA-SENA 03 29 32 46 55 60 QUINA Concurso - 1253 - 07/02/2014 Concurso - 1016 - 07/02/2014 05 07 09 15 70 DUPLA SENA 02 13 21 23 34 39 LOTOFÁCIL 01 02 03 05 06 09 16 34 38 42 45 11 12 14 15 16 19 20 21 23 25 Concurso - 1424 - 05/02/2014 LOTOMANIA 09 15 16 17 21 28 49 61 64 67 76 80 86 87 88 91 92 93 94 96 Jornal da Cidade Ricardo Lacerda Professor do Departamento de Economia da UFS e Assessor Econômico do Governo de Sergipe D esde os anos oitenta, a economia agrícola de Sergipe já havia assumido as características básicas que apresenta atualmente, com a liderança da laranja no sul e em parcela do centro-sul do estado, cana-de-açúcar e coco na zona litorânea ao sul e ao norte de Aracaju, e a rizicultura no Baixo São Francisco. Nas áreas menos úmidas, predominam a mandioca, no agreste, e milho e feijão no sertão. A pecuária se estendia por quase todo o território, com presença mais acentuada no sertão e no agreste, tendo a microrregião de Nossa Senhora da Glória polarizando a produção pecuária leiteira. Na verdade, com exceção da laranja, que iniciou sua expansão nos anos sessenta, a configuração das culturas no território é muito mais antiga. Ainda assim, algumas modificações dignas de nota ocorreram nos anos noventa. E é exatamente a laranja que diferencia Sergipe da maioria dos estados da região Nordeste, em que as culturas temporárias ocupam áreas muito mais vastas do que as permanentes. É importante registrar que o território da citricultura, cujo epicentro é ainda hoje Boquim, já havia se estendido para um grande número de municípios de Sergipe e transbordado para a região do nordeste baiano. Em termos da distribuição do uso do solo, o censo agropecuário de 1995-96 apresenta os seguintes dados para Sergipe: cerca de 2/3 (68%) das terras agricultáveis eram ocupadas com pastagens, enquanto as lavouras respondiam Indicadores DÓLAR Comercial CompraV e n d a R$ 2,378..........................R$ 2,379 Paralelo Compra Ve n d a R$ 2,44 ..............................R $ 2 , 5 4 Turismo Compra................................ V e n d a R$ 2,343........................R$ 2,507 Imposto de renda na fonte Fonte Alíquota Dedução Até R$1.710,78........................isento...........0....... De R$1.710,79 a R$ 2.563,91...7,5%.....R$ 128,31. De R$ 2.563,92 a R$ 3.418,59...15% ......R$ 320,60. De R$3.418,60 a R$4.271,59..22,5%...R$577,00. A partir de R$4.271,59 ...........27,5%...R$790,58. Dedução por dependentes..........................R$171,97 tr Janeiro Dia23.............................0,0913% Dia24............................0,0621% Dia25............................0,0485% Dia26............................0,0765% Dia27............................0,1393% Dia28............................0,1314% Dia29............................0,1228% Dia30............................0,0850% Dia31............................0,0759% Fevereiro Dia01............................0,0537% Dia02............................0,0537% Dia03............................0,0586% Dia04............................0,0240% Dia05............................0,5027% Dia06.............................0,5000% tbf Principais culturas S egundo a Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), do IBGE, em 1990 quatro culturas temporárias, milho, feijão, mandioca e cana-de-açúcar, e duas culturas permanentes, laranja e coco, ocupavam 88% das áreas plantadas em Sergipe. Em 2000, essas mesmas culturas respondiam por 90% da área plantada.. Entre as culturas temporárias, a principal mudança na composição ao longo dos anos noventa se deveu ao recuo da cana-de-açúcar, prejudicada pela crise de desabastecimento do etanol nos primeiros anos da década, que levou à perda da confiança da população em relação aos veículos movidos a álcool. Somente com o desenvolvimento dos motores bicombustíveis, na década seguinte, a produção de etanol voltou a se recuperar. Entre os anos extremos do período 1990 e 2000, a área de plantio da cultura em Sergipe recuou de 38 mil hectares para 22 mil hectares. As colunas mais à direita mostram a mudança na composição das áreas pelas culturas calculando as médias anuais de 1990-1995 e de 1996-2000, para amortecer os efeitos de um ano ruim atípico. Nessa comparação, os plantios do milho e mandioca foram ampliados, enquanto os da cana-de-açúcar e de feijão recuaram. A redução da área de plantio do algodão confirmou a sua trajetória de desaparecimento. Em relação ao cultivo do arroz, marca da região do Baixo São Francisco, a trajetória é de forte retração na área plantada nos anos de 1995 e 1996, seguida de intensa expansão a partir de 1997, fazendo com que em 2000 a produção estadual se posicionasse bem acima dos resultados do início da década (ver Tabela 2). Permanentes E ntre as principais culturas permanentes, a laranja continuou se expandindo nos anos noventa, espalhando-se no entorno do município de Boquim, cuja área plantada, já inteiramente tomada, pouco cresceu entre 1990 e 2000. A cultura ocupou rapidamente novas terras mais ao sul, em Itabaianinha, Cristinápolis, Tomar do Geru, Indiaroba e Santa Luzia do Itanhy, além de conquistar áreas a leste, em Estância e a Umbaúba, e a noroeste, em Lagarto e Riachão do Dantas . Entre 1990 e 2000, a área plantada de laranja se ampliou de 34 mil hectares para 52 mil hectares, agregando novos 18 mil hectares, incremento de 51%. A expansão da cultura no nordeste baiano foi ainda mais intensa, agregando 22 mil novos hectares, expansão notável de 139%. Diferente foi o desempenho da cultura do coco, cuja área de cultivo estagnou no período, somente voltando a se ampliar em meados da década seguinte. Um aspecto significativo é que a cultura do coco recuaria nas áreas litorâneas mais adensadas por residências ou de maior presença de empreendimentos econômicos nos municípios de Itaporanga, Barra dos Coqueiros e Santo Amaro, enquanto apresentaria uma expansão moderada nos municípios de Estância e Santa Luzia do Itanhy, além de intenso crescimento em Japoatã e Neópolis, no Baixo São Francisco, certamente por conta dos projetos públicos de irrigação ou de assentamentos. No próximo artigo, será examinada a evolução da pecuária no período. por 19%, as matas por 9%, e as terras produtivas não utilizadas representavam 3% (ver Tabela 1). Janeiro Dia22..............................0,8569% Dia23.............................0,8520% Dia24.............................0,8126% Dia25............................0,7989% Dia26............................0,8371% Dia27............................0,8603% Dia28............................0,8523% Dia29............................0,8136% Dia30............................0,8456% Dia31............................0,7764% Fevereiro Dia01............................0,0537% Dia02............................0,0537% Dia03............................0,0586% Dia04............................0,0240% Dia05............................0,0027% Dia06..............................0,0000% SALÁRIO MÍNIMO MÍNIMO SALÁRIO Janeiro - R$ 724,00 Janeiro - R$ 724,00 incc Ano 2013 Janeiro............................................0,38. Fevereiro..........................................0,80. Março.............................................0,28 Abril...............................................0,84 Maio..............................................1,24 Junho.............................................1,96 Julho..............................................0,73 Agosto...........................................0,31 Índice acumulado nos últimos 12 meses.........................7,7682 INSS - assalariados, domésticos e trabalhadores avulsos Contribuição - Aliquota Até 1.247,70............................................8.00% De 1.247,71 até 2.079,50.........................9,00% De 2.079,51 até 4.159,00......................11,00% Salário Família Até R$646,55...................R$33,16............01-Filho De R$646,56 a R$971,78 ..........R$23,36....01-Filho POUPANÇA Janeiro Dia07........0,5082% Dia08........0,5346% Dia09........0,5756% Dia10........0,5670% Dia11........0,5721% Dia12........0,5380% Dia13........0,5013% Dia14........0,5191% Dia15........0,5443% Dia16........0,5593% Dia17........0,5505% Dia18........0,5738% Dia19........0,5081% Dia20........0,5000% Dia21........0,5088% Dia22........0,5337% Dia23........0,5728% Dia24........0,5486% Dia25........0,5625% Dia26........0,5764% Dia27........0,5482% Dia28........0,5377% Dia29........________ Dia30........________ Dia31........________ Dia06.........0,6155% Dia07.........0,6131% Dia08.........0,6137% Dia09.........0,5936% Dia10.........0,5846% Dia11.........0,5785% Dia12.........0,6056% Dia13.........0,6088% Dia14.........0,6100% Dia15.........0,6425% Dia16.........0,5933% Dia17.........0,5809% Dia18.........0,5963% Dia19.........0,6144% Dia20.........0,6092% Dia21.........0,5789% Dia22 ........0,6366% Dia23.. ......0,5918% Dia24. .......0,5624% Dia25 ........0,5487% Dia26 ........0,5769% Dia27.........0,6400% Dia28.........0,6321% Dia29........________ Dia30........________ Março Fevereiro Dia01....... 0,5540% Dia01........0,6132% Dia02....... 0,5540% Dia02.......0,6104%Dia03....... 0,5589% Dia03........ 0,5792% Dia04........0,5241% Dia04.........0,5760% Dia05........0,5027% Dia05.........0,6030% Dia06........0,5000% Fontes: FGV/IBGE/BANCO CENTRAL/FIPE/SEFAZ/SE Fontes: FGV/IBGE/BANCO CENTRAL/FIPE/SEFAZ/SE Jornal da Cidade Esplanada Por leandro mazzini Marinha vai comprar dois porta-aviões para os caças C om a confirmação da compra dos 36 caças Gripen, chegou a vez de a Marinha cobrar do governo a realização do Programa de Obtenção de Navios-Aeródromos, engavetado no Planalto, pelo qual encomendará dois porta-aviões a estaleiros estrangeiros, com construção em parceria com a Força. Os caças Gripen serão adaptados para pousar nos porta-aviões, conta fonte da FAB. Os porta-aviões, segundo a própria Marinha, serão fundamentais para proteger a costa brasileira na ‘faixa que vai de Santos a Vitória, onde se localizam os principais campos produtores de petróleo’, e a foz do rio Amazonas. Charge de Aliedo Relíquia ao mar - Atualmente, o Brasil conta apenas com o porta-aviões São Paulo, ancorado na base naval do Rio, comprado da França em 2000, com mais de 50 anos de uso. Uma relíquia. Quase-naufrágio - A ‘idade’ está pesando. Há dias houve dois incidentes com o porta-aviões. Derramou óleo na Baía da Guanabara e provocou vazamento de vapor que atingiu três oficiais. Recado dado - A Marinha ratifica para o governo a importância da armada: ‘Em caso de crise ou de conflito armado, é dever da MB impedir a aproximação de uma força naval adversária’. Conexão - A Embraer já vendeu mais de 80 aviões modelo KC 90, ainda protótipo, a vários países. Trata-se do substituto do Hércules, agora a jato, que vai abastecer os Gripen em voo. Black Blocs x Governos A presidente Dilma e os governadores Cabral (Rio) e Alckmin (SP) já sabiam da volta dos protestos e dos Black blocs às ruas. Como antecipou a coluna, tiveram acesso a uma pesquisa encomendada por emissora sobre predisposição do povo de voltar às ruas este ano. O desafio não é barrá-los: É como a PM vai controlar a situação. E não sabe. MP cerca GDF - Avançaram as investigações da Promotoria de Defesa da Saúde sobre a denúncia da Coluna da tentativa do superfaturamento de aparelho de fisioterapia importado. O MP já tem provas suficientes para enquadrar o secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, e seus subordinados. A nota de empenho foi cancelada, mas o contrato não. Memória - Em dezembro a Coluna denunciou que o GDF iria pagar R$ 4,58 milhões pelo Lokomat Pro, da Suíça, que custa R$ 1,2 milhão instalado no Brasil. O aparelho é um exoesqueleto robótico de última geração para reabilitação de acidentados. Cerco - Vem operação grande da PF em Brasília. Qualquer mandado de busca e apreensão no circuito da Esplanada não será mero acaso. Vaivém - A população mira o governador Agnelo Queiroz (PT), do DF, médico que prometeu revolucionar a saúde. O jornalista Chico Lago sofreu vaivém burocrático de uma semana entre hospitais, apenas para ter uma guia carimbada. No fim, faltou remédio. Rico sofre - Passageiro rico também sofre no Aeroporto do Galeão, no Rio. Um empresário americano aterrissou no fim de 2013 em seu Falcon (uns US$ 40 milhões) com a família. Teve de esperar uma hora e meia para ser liberado até aparecer um agente. Caiena 50º - Em Caiena, capital da Guiana Francesa, os habitantes acordam suados de madrugada, sem energia elétrica, devido a roubos seguidos de fiação condutora e outros materiais em cobre. São vendidos por R$ 12 o quilo no mercado paralelo. Lá e no Amapá. Número triste - A ONG Repórteres Sem Fronteiras divulgou dados estarrecedores sobre 2013: foram assassinados em todo o mundo 75 jornalistas por causa de seu trabalho; 177 foram detidos. Em tempos modernos, ainda soa o alarme para a liberdade de expressão. Ponto comum - Do senador Wellington Dias (PT-PI): ‘Fico feliz em ver o PSDB mudar de posição, em apoio ao Mais Médico’, sobre a simpatia de Aécio Neves com o programa. Pós-Lago - O irmão caçula do falecido ex-goverandor Jackson Lago, Zé Luis Lago, também médico, será candidato ao governo do Maranhão pelo PPL. Ponto Final -Lugar de Black bloc é na cadeia!! Com Maurício Nogueira, Luana Lopes e Equipe DF e SP www.colunaesplanada.com.br LM Comunicação Coluna Esplanada [email protected] Caixa Postal 1980 – CEP 70254-970 – Brasília-DF (61) 30342192 / (61) 99993339 / (61) 78137537 Brasil/Opinião Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 A-7 MAGNO FRANCISCO DE JESUS SANTOS Editor da Revista do IHGSE, professor da Faculdade Pio Décimo e doutorando em História na Universidade Federal Fluminense. E-mail: [email protected] Memórias de família e a história privada do mundo rural sergipano Alguns historiadores marcaram sua produção pela força de suas convicções, mantendo uma coerência na linha interpretativa do passado. Outros, por sua vez, demarcam o espaço no âmbito historiográfico pela incrível capacidade de se reinventar e dialogar com os novos pressupostos teóricos e metodológicos da História. Ibarê Dantas, principal historiador de Sergipe contemporâneo, consegue aglutinar essas duas qualidades do ofício de intérprete dos tempos pretéritos. Essa constatação foi reafirmada no livro “Memórias de família”, em que ele busca “adquirir uma noção de conjunto do percurso de vida de familiares”, traçando “um esboço sumário de cada uma das trajetórias dos quatro ancestrais” (DANTAS, 2013, p. 16). A proposta do autor, em princípio, pode até iludir, levando o leitor desatento a pensar que se trata de um texto essencialmente memorialístico, restrito as memórias de uma das mais tradicionais famílias do centro-sul sergipano, fato que por si só já tornava o texto digno de ser apreciado. Todavia, ao ler as primeiras páginas percebe-se que Dantas vai além do campo mnemônico. Trata-se de um texto muito mais complexo e enriquecedor, em que o autor provoca uma excelente discussão acerca do passado local, problematizando a história de Riachão do Dantas e de Sergipe entre os séculos XIX e XX, levando-nos a repensar algumas questões silenciadas na história de Sergipe. Com maestria, o livro perpassa os meandros da vida social sergipana no Arquivo JC século XIX, contrapondo questões do mundo privado, com as querelas da política local, provincial e até nacional. Intercala o cotidiano das fazendas da Cotinguiba e principalmente do centro-sul de Sergipe com a vida pública das pequenas cidades em processo de modernização. A pequena província de Sergipe é pintada pelo professor Ibarê como um quadro complexo, plural e muitas vezes destoante do que conhecíamos até então pelas análises acerca das regiões da Cotinguiba e do Vaza-barris. O livro paulatinamente nos apresenta a história das famílias da zona rural que até então eram negligenciadas pela historiografia sergipana. Os “homens do gado” e dos engenhos do além-Cotinguiba e Vaza-barris são apresentados ao leitor de forma instigante, principalmente quando são analisadas em suas redes de sociabilidades, com diálogo constante com as lideranças políticas da capital sergipana e até mesmo do Império. Evidencia o processo de ascensão social dos fazendeiros que oscilam em suas atividades econômicas, atentos às mudanças que ocorriam tanto no plano local, como também no nacional e internacional. Assim, torna-se possível conhecer os bastidores e as angústias de homens que buscavam se reinventar diante da emergência de crises e de instabilidade políticas. Homens que sucumbiam, assim como crianças que se faziam homens para zelar pela família e preservação do patrimônio. Do Império à República, dos tempos democráticos à ditadura, o livro evidencia as diferentes estratégias de acúmulo de capital por homens de mando nas regiões mais distantes da capital. A redefinição dos limites das propriedades e do poderio econômico das famílias davam-se por meio de casamentos, inventários e compra. O professor Ibarê Dantas nos leva uma história econômica de Sergipe em movimento, com o complexo mundo dos negócios e de partilha de bens, evidenciando as preocupações com a aquisição e administração das terras. Esses homens do gado também eram viajantes. A rede de sociabilidades dos proprietários rurais de Sergipe, especialmente no período imperial chega a impressionar, com uma vasta circulação pela Cotinguiba e pelos sertões da Bahia. Nessa circularidade de famílias, esposas e riquezas, destacam-se as alianças políticas e a articulação com familiares influentes. Também pode ser vista como elemento relevante na permanência dos laços afetivos entre familiares que viviam em Sergipe e no norte da Bahia, mostrando uma vertente alternativa para a questão sentimental dos limites entre os dois estados. Essas viagens perpassam o tempo e com o avanço dos “tempos de modernidade” e aquisição de veículos a motor esses deslocamentos ficam mais constantes e ainda mais distantes. Contudo, a obra tem como fio condutor a preocupação com a descendência. Delegar um futuro tranquilo aos filhos parece que foi uma preocupação presente em diferentes gerações dos ancestrais do autor. Fosse com a distribuição de terras, fosse com o financiamento dos estudos, a trajetória dos quatro fazendeiros biografados expressam as experiências da elite sergipana em seu dilema entre a morte e a continuação da vida por meio de seus descendentes. Mais do que isso, reflete também como a educação paulatinamente foi se consolidando ao longo do século XX como estratégia de garantia de um futuro promissor para os jovens sergipanos. Em “Memórias de família”, Ibarê Dantas consolida uma forma de escrita iniciada com o livro “História da Casa de Sergipe” e nos brinda com uma instigante reflexão acerca da escrita da história de si. Paulo F. T. Morais Jornalista e escritor Pequenas reflexões sobre um grande livro Pa s s a d o s q u a s e d u zentos anos, por volta de 182.., tem-se a impressão de que ainda reboam o “grande estrondo e alarido de alegria” provocados por “mais de quarenta soldados e dois oficiais de justiça” fazendo roda de fogo com seus bacamartes, pistolas e espingardas em torno da casa-grande do Engenho Senhor do Bomfim, município de Lagarto, cujo proprietário, Francisco Xavier de Góes, há pouco havia chegado de viagem. Mais adiante o intimorato senhor registraria para seus pósteros, na queixa que apresentou contra o ex-ouvidor interino da comarca, Antônio Rodrigues Montes, a arbitrariedade praticada num cenário de fanfarrice intimidadora por subordinados daquela autoridade, que se apossaram de gado, cavalos e escravos. O arrastão inaugural de MEMÓRIAS DE FAMÍLIA – O percurso de quatro fazendeiros -, se desdo- bra nesse livro singular, o mais recente do historiador Ibarê Dantas, que homenageia o centenário de nascimento de David Dantas de Brito Fontes, seu pai, e relembra como alguns de seus parentes participaram da História de Riachão do Dantas. Num texto que não pega atalho para livrar-se das quinas existenciais, filosófico pelas perguntas que suscita sobre a condição humana, o autor reescreve a luta de um punhado de homens intrépidos determinados a desbravar e levar o progresso ao meio ambiente em que viviam. A leitura incita a curiosidade do leitor até a última página. A linguagem, como vem ocorrendo nas últimas produções literárias do historiador, reafirma com mais solidez seus pendores de romancista. Acostumados que estamos de ler panegíricos no lugar de memórias, o livro surpreende pela habilidade com que Ibarê Dantas lida com os apelos do sangue, e constrói um painel de família – a sua família sem manipular a realidade, escorado em documentos particulares e oficiais, orais ou escritos. Uma aventura humana na qual os envolvidos conhecem perdas e ganhos, mas no fluxo dela é normal irromperem cintilações de heroísmo. Como um filme dividido em quatro partes interligadas, cada uma dirigida por homens dotados de uma visão de mundo em que o pragmatismo e a solidariedade não se excluem, porque ligadíssimos à terra por tradição e como escolha de meio de vida, e não obstante integrassem a classe patronal possuíam a virtude de serem conduzidos por um senso moral que os excluía do comportamento comum, muitas vezes injusto, de senhores da mesma estirpe. Desconcertante, também, a inclinação dos Dantas para as letras num meio natural hostil à fluidez das ideias. O labor com diários, cartas, relatórios, caderno de anotações, documentos demonstra o cuidado que tiveram os biografados de preservá-los da batida dos anos para chegarem incólumes até as gerações vindouras ramificadas do mesmo tronco familiar. Quer tenham tido intenção ou não, eles próprios escreveram as primeiras linhas de suas memórias. A consolidação dessa tendência vê-se hoje nos parentes e afins, escritores nacionalmente conhecidos e admirados, como o autor da obra, Beatriz Góis Dantas, Francisco J.C.Dantas, Maria Lúcia Dal Farra, e, para ocupar plano idêntico, vem chegando Sílvia Góis Dantas, que escreveu o prefácio para o livro do pai. MEMÓRIAS DE FAMÍLIA – O percurso de quatro fazendeiros - é um livro belo e eletrizante, que dá mais brilho e substância à memorialística sergipana. A-8 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Informe Publicitário Jornal da Cidade Cidades B Jornal da Cidade Saúde C ADE R N O Pesquisas mostram que quiabo pode ajudar na redução da glicemia Cidades B7 Aracaju domingo 9 e segunda 10.2.2014 [email protected] Editora: Andréa Moura (interina) ENTREVISTA coronel iunes “Esse ciclo, prender e soltar, é ruim” André Moreira O comandante da Polícia Militar de comandante da Polícia Militar, Maurício Iunes, lamenta que algumas pessoas sejam presas dez vezes e soltas em seguida Sergipe, coronel Maurício Iunes, sugere que bancos e empresas de ônibus cumpram as regras de segurança para evitar assaltos. Isso porque, na quintafeira, dois postos foram assaltados e, por não serem agências, não cumprem o que a legislação federal determina. No caso dos ônibus, Iunes disse que não há assaltos durante a madrugada e que as empresas deveriam instalar equipamentos que já foram sugeridos por ele próprio, há dois anos, quando era comandante mudanças na legislação e lamenta que pessoas tenham sido presas em flagrante com arma de fogo, mas dois dias depois estão soltas e voltam a praticar delitos. Ele diz que é importante o cumprimento de um ciclo de segurança: “O ciclo tem que ser completo: desde prevenção, repressão, encarceramento e cumprimento de pena. Se, em algum momento, esse elo não funcionar, nós teremos problemas de segurança de policiamento da capital pública”, assegurou. Antônio Carlos Garcia Da equipe jc w JORNAL DA CIDADE – Na quinta-feira aconteceram dois assaltos a postos do Banese, numa diferença de pouco tempo entre um e outro. Como o senhor analisa essa situação? CORONEL IUNES - A gente observa que não deveriam ocorrer esses assaltos, se a legislação federal fosse cumprida na sua íntegra. O posto de atendimento deveria atender os itens de segurança que tem numa agência bancária. Entretanto, como não são agências, não cumprem a legislação. E passaram a ser locais onde tem valores monetários. Transformaram pequenos pontos em agências bancárias, mas não se provê a segurança necessária. Infelizmente, vamos ter esse tipo de ação contra estes pontos, enquanto não houver o cumprimento da legislação. w JC – Isso se estende também para as casas lotéricas e agências dos Correios que funcionam como se fossem bancos? CI – Todos os assaltos que possam ocorrer a esses pontos, na realidade, se nós tivéssemos focados para as agências bancárias, dentro dos padrões de segurança, com pânico silencioso, com porta giratória, vigilância, alarme. Se tivéssemos todos os padrões necessários, evidentemente, não teríamos esse tipo de incidência. Agora, é muito mais fácil dizer que a responsabilidade é da segurança pública, no que dizer que a responsabilidade é pelo não cumprimento da legislação vigência. w JC – Além dos assaltos a postos bancários, há também outro problema: os motoristas de ônibus estão desde o dia 20 de janeiro sem circular o corujão, alegando falta de segurança. CI – Primeiro, o problema não é de segurança. É um ledo engano. A imprensa e quem divulga isso O comandante defende, também, o faz de forma equivocada. Por que equivocada? Porque nós pegamos os registros e vimos que tivemos um assalto a corujão. Então, o problema não é assalto a corujão. Quem está dizendo isso tenta ludibriar a boa fé de alguém. Só não vai ludibriar a minha boa fé, porque pego os dados estatísticos e sei que de meia-noite às quatro da manhã não tivemos esse tipo de problema. Estão divulgando de forma equivocada, para que eu não tenha que usar uma palavra mais dura. w JC - Essa semana, tivemos três ocorrências de roubo a ônibus durante o dia. E o combate a esses assaltos durante o dia? CI – Se não for feito o que eu solicitei há dois anos, quando fui comandante do policiamento da capital, os ônibus continuarão sendo um alvo potencial. Pedimos que retirassem o busdoor (publicidade no para-brisa traseiro), colocassem catracas eletrônicas, cofres embaixo dos bancos, como foi feito no Rio de Janeiro, as câmaras em todos os ônibus. Se adotarmos um padrão de segurança, evidentemente, nós vamos ter segurança. Se pensarmos em brincar de segurança, não a teremos de forma eficaz. Compete aquele que tem o seu patrimônio, que tenha os padrões mínimos de segurança. Sem o busdoor facilita a observação da polícia e da comunidade e vai poder ligar. Se colocar catraca eletrônica, os valores serão reduzidos significadamente. E se colocar cofre, os valores estarão ali guardados. As pessoas falam de segurança sem ter conhecimento. Precisamos falar de segurança tendo um pouco de conhecimento técnico. Mesmo que tenhamos 10 mil homens e se não houver um padrão mínimo de segurança, não a teremos. w JC – Numa reunião na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) se chegou a cogitar a colocação de dois policiais em cada corujão. CI – Vamos uma conta significativa: por que não se tirou o busdoor, não se colocou o cofre, as catracas eletrônicas e sistema de TV? w JC – Para não fazer investimentos? CI – Certo. E os valores subtraídos? Quais são esses valores? w JC – Valores irrisórios, de R$ 20 a R$ 30 ou talvez menos. CI – As grandes perguntas que fizemos? Quem tem um negócio que gera lucro, tem que investir em segurança. Isso é um princípio básico. A PM vai fazer o seu trabalho, lógico. Mas ninguém está colocando na conta que mais de 50 menores estão nas ruas. Eles estão fazendo o quê? w JC – O senhor acha que existem falhas na legislação, pois muitas pessoas que deveriam estar presas já foram liberadas? CI – Claro que há. Não tenho dúvida. A dificuldade é que nós, sociedade, não temos coragem de enfrentar esse problema. Precisamos de mudança legislativa urgente. Não vai resolver mais polícia e mais equipamento. Sabemos que as pessoas são presas cinco, oito, dez vezes. Temos aquelas incoerências, com aquelas pessoas presas em flagrantes e logo são liberadas. Então, a gente se surpreende com determinadas ações. Se está certo ou errado a legislação, mude-se a legislação. Não adianta, porque vai aumentar as questões de violência, não vai se resolver simplesmente com polícia. O ciclo de segurança tem que ser completo: desde prevenção, repressão, encarceramento e cumprimento de pena. Se, em algum momento, esse elo não funcionar, nós teremos problemas de segurança pública. Se falta iluminação, temos problemas de segurança. Nós temos um grande defeito que é trabalhar nas consequências. Por que tantas pessoas estão retornando para as ruas. Na quinta-feira, foram presas várias pessoas envolvidas em roubos que saíram da prisão em outubro ou novembro. Para nós não é surpresa isso. w JC – Então, o senhor defende mudanças urgentes na legislação? CI – Sim. As pessoas falam que querem mais segurança, mais segurança, acho que usam a frase errada. Precisamos de legislação mais eficiente e eficaz. Por que em determinados países delitos não ocorrem? Por que temos a máxima de que todo mundo nos Estados Unidos é preso? O que nós precisamos muito é essa mudança, que acho que vai demorar bastante. Enquanto procurarmos paz social, imaginando que colocando mais homens armados, mais carros nas ruas, não é essa dinâmica que é utilizada. Em países civilizados, você tem um policial dentro do carro. Mas lá a lei protege o policial. Qualquer um que cometa um ato contra o policial está cometendo um ato contra o Estado. Aqui não. A gente acha que o policial tem obrigação de tomar tiro. Quando ocorre um fato com esse policial, nós, sociedade, encaramos de forma natural. Mas se ocorrer com alguém que não está nesse contexto, precisa-se tomar as providências. Precisamos ter a mentalidade de que o homem que lhe defende, com sacrifício da própria vida, tem que possuir legislação que o ampare para fazer isso. As pessoas que entendem o que a Constituição fala que segurança é responsabilidade de todos. Isso foi em 1988. w JC – A Polícia Militar está recebendo mais armas vindas de São Paulo? CI – Nós estamos recebendo da PM paulista mil pistolas. Nós tivemos, há um mês e meio, uma equipe encaminhada a São Paulo para selecionar essas armas. A PM de São Paulo padronizou as suas armas. Então, essa padronização em São Paulo nos permitiu receber mil pistolas. Então, vamos atender a todos os policiais militares. Todos eles irão portar uma pistola. Os revólveres não serão mais utilizados pela PM. Vai virar museu, com certeza. B-2 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Cidades Jornal da Cidade Rotina de Aracaju deve ser alterada pela Copa do Mundo Correios, agências bancárias e taxistas, por exemplo, já se preparam A seleção da Grécia vai aterrissar em Aracaju durante a Copa do Mundo de 2014. A equipe integra o grupo C e disputará a primeira fase com as seleções da Colômbia, Costa do Marfim e Japão. O primeiro jogo acontecerá em Belo Horizonte no dia 14 de junho. Mas, será em Sergipe que o time irá ajustar os lances, alinhar as últimas jogadas e concluir todo esquema tático. Antes mesmo da bola rolar em campo, a Grécia teve que disputar por Aracaju. O campeonato teve como adversários a Coreia do Sul, Honduras e Colômbia. “Há dois anos estávamos sendo disputados, mas a elaboração teve que ser mantida em segredo, conforme exigência da Federação Internacional de Futebol (Fifa). Uma grande felicidade ser concorrida por quatro seleções que queriam vir pra cá”, explicou o secretário de Turismo do Estado, Elber Batalha Filho. Com a certeza da vinda da Grécia, algumas questões tiveram que ser definidas referentes ao futebol como, por exemplo, o centro de treinamento da seleção. Atentos a isso, a Secretaria de Turismo do Estado garantiu que o Estádio Estadual Lourival Baptista (o Batistão, como conhecido) estará pronto para atender esse fim. “Alteramos a ordem da construção. Isso quer dizer que vamos garantir a parte interna, como gramado e vestiário, para depois preparar os demais. Queremos que fique adequado para receber os jogadores, equipe técnica e possíveis jornalistas”, garantiu o secretário afirmando que as obras seguem aceleradas. Com a notícia de que Sergipe também está inserido na Copa, os turistas e, principalmente, os sergipanos se preparam para receber uma nova cultura, povo e nação diferentes. Segundo Elber Batalha, a informação deve ser vista como oportunidade de divulgação das belezas e pontos fortes de Sergipe. “A cidade foi escolhida de forma inversa. Enquanto os outros municípios usavam investimentos altos, fizemos apenas o dever de casa. Ou seja, os investimentos foram os normais, como por exemplo, a ampliação dos voos diários que totalizam 44. Atualmente, contamos com 16 destinos diretos, sendo três em que a Grécia vai jogar. Isso foi Jorge Henrique André Moreira Itabaiana registra o 6º homicídio do ano uatro pessoas foram assassinadas a tiros, na sexta-feira, em diversos Q pontos do Estado. A polícia registrou um homicídio em Itabaiana, o sexto de janeiro até agora; uma morte em Ribeirópolis, o terceiro crime em apenas uma semana; além de outros dois em Laranjeiras e São Cristóvão. Em Itabaiana, Dany Alisson Passos de Almeida, 24 anos, que já tinha passagens pela polícia, foi morto a tiros, na Rua José Filadelfo de Araújo, no Bairro Eucalipto. De acordo com testemunhas, dois homens em uma motocicleta CG abordaram o rapaz, dispararam os tiros e fugiram em seguida. Ontem, na Delegacia Regional de Itabaiana, os policiais de plantão disseram que desconheciam o assunto. No município de Ribeirópolis, Cledinaldo Santos Andrade, conhecido como Cledinaldo Borracheiro, foi assassinado a tiros. Ele estava trabalhando, quando um homem entrou no estabelecimento e o atingiu. O crime aconteceu na rua das Tabocas. No Conjunto Roza Elze, em São Cristóvão, o jovem Bruno Feitosa dos Santos, 18 anos, foi morto a tiros. A polícia ainda investiga as causa do crime. Em Laranjeiras, a polícia investiga as circunstâncias da morte de José dos Santos, 60 anos, assassinado a tiros. Lagarto a tarde da sexta-feira, populares encontraram o corpo de uma N mulher, em avançado estado de decomposição, em um terreno baldio que fica nos fundos de uma loja de veículos, na Avenida Contorno, em Lagarto. A polícia acredita que o corpo é da idosa Josefa Dias da Hora, 64 anos, conhecida como Finha, que estava desaparecida há 15 dias. Aracaju poderá mostrar aos estrangeiros o que tem de melhor. Elber disse que investimentos foram os necessários fator determinante para a opção da seleção”, explicou. Gregos e pessoas de toda parte do mundo terão Aracaju como casa num curto espaço de tempo. Com relação à hospedagem, os hotéis vão definindo como serão os dias durante o período. Sobre o tema, o empresário de uma pousada na Orla, Manoel Lisboa, opina que a situação não vai mudar o cenário hoteleiro. “Até porque a delegação da Grécia e equipe de jornalistas já estão com hotéis fechados. Não consigo ver esse fluxo da Copa. Mas, o estabelecimento vai ter a movimentação comum desse período: mês das férias e o São João”. Com o fluxo significativo de estrangeiros, a cidade deve estar pronta para ratificar o perfil de lugar hospitaleiro. “Já estamos planejando uma campanha de mobilização onde vamos convocar todo o Estado para ficar atento com a importância desse acontecimento. Seremos reconhecidos pelo mundo e não podemos perder essa oportunidade que será o caminho da visibilidade que precisamos. Todos devem ver como uma forma de investimento”, destacou Elber. Com o clima de ‘estamos em casa e vamos mandar notícias’ feito, certamente o número de correspondências que serão en- viadas para o exterior também será modificado. Para atender essa demanda, os Correios receberam a notícia oficial somente essa semana. “Então, vamos montar o planejamento de preparação na capital, pois ainda não tinha nada definido. Temos ciência que será feito um plano de capacitação para os funcionários, principalmente dos serviços internacionais”, informou a Assessoria de Comunicação da empresa em Sergipe. Sair de um ponto da cidade para outro também será o desafio dos gregos, turistas. A história de que ‘em Aracaju tudo é perto’ não desanima os profissionais que trabalham no ramo de táxi. “Temos o dever de tratar bem para o que o cliente volte. Atualmente, sentimos a necessidade de organização, de saber mais como será esse público. Alguns taxistas que trabalham de forma autônoma já começaram a fazer a parte de forma individual. Inclusive, já estamos acompanhando a mudança de frota para carros melhores e novos”, detalhou o vice-presidente do Sindicato dos Taxistas de Sergipe (Sintaxe), Gerson Ferreira. O idioma é outra preocupação da categoria. “Sobre isso estamos recebendo o apoio do poder público. A secretaria de Estado do Turismo já vem dis- ponibilizando cursos de inglês e espanhol”, conta. Idioma de grego O grego é um idioma difícil, do ramo independente da família linguística indo-europeia. Mas, não precisa ser a única língua de comunicação, pois até a Fifa já estabelece como idiomas oficiais o inglês, espanhol, francês, alemão, árabe e o português. “Pensando assim, desde 2013 estamos capacitando 1.500 pessoas em inglês e espanhol para facilitar a comunicação dos estrangeiros que virão para cá nesse período”, expõe Elber Batalha. Moeda A moeda oficial da Grécia é o euro. Segundo a superintendente do Banco do Brasil em Sergipe, Lucia Helena Cuevas, a estrutura está preparada para receber a delegação grega, todos os profissionais que virão a Sergipe em função do evento e turistas. “A necessidade que estas pessoas terão será a de fazer operações de câmbio e já estamos com profissionais especializados para atendê-los. Estamos com um programa de cursos de inglês para funcionários que trabalham em agências definidas como ponto de atendimento das delegações, ou que terão um grande fluxo de clientes em decorrência da Copa”, apontou. Comunicação terá que ser melhorada Independentemente da vinda de uma equipe estrangeira para a capital, a Copa do Mundo será um momento para fomentar a geração de empregos. “Mantenho 120 funcionários, pois me preparo antes. Em março já mudo a decoração do restaurante para o clima da copa, organizo os quatros projetores para os jogos e planejo as atrações musicais no ritmo do forró”, diz o empresário de um restaurante na Orla da cidade, José Hamilton de Santana. Sobre a gastronomia, José Hamilton vai destacar a culinária Violência da região. “Esse é o forte do meu estabelecimento, onde ofereço 86 tipos de pratos. No período de grande fluxo de turistas destaco os frutos do mar, como camarão, lagosta e, principalmente, nosso caranguejo. E para facilitar a comunicação nos pedidos, temos um cardápio em português e inglês, em breve teremos um na língua hebraica”, conta frisando que ninguém da equipe de trabalho fala outro idioma, pois sente dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. A falta de conhecimento do idioma é a principal preocupação dos trabalhadores que atuam com nesse ramo. “Eu ainda não fui orientado sobre como vou servir em outra língua. A sorte é que aqui o produto principal é o coco, não precisa saber falar, basta apontar. O problema vai ser na hora de pagar e passar o troco”, desabafa o funcionário do quiosque de coco, Luis Carlos Pereira. “E como vou explicar os sabores da tapioca e detalhar que é prato típico da cidade? Ainda não sei como vai ser esses estrangeiros pedindo e eu precisando enten- der”, compartilha Jéssica Maria de Souza. Imprensa V ão ser as mídias impressa, televisiva, radiofônica e online que levará o nome do Estado para as terras distantes. Por isso, além do estádio Batistão, o governo estadual prepara o ginásio Constâncio Vieira. “O ginásio será o centro da imprensa mundial. Os jornalistas cadastrados pela Confederação Brasileira de Futebol terão o local como casa durante o período”, informou o secretário de Turismo. Cidades Jornal da Cidade Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 B-3 Estresse 'persegue' profissionais de saúde Problemas no ambiente de trabalho, como falta de leitos e materiais, afetam especialmente enfermeiros s voltas com falta de leitos, medicamentos, estrutura física e morosidade de atendimento, entre outras problemáticas, a saúde também enfrenta a enfermidade dos seus próprios profissionais, cuja função é o combate, prevenção e tratamento de pessoas também doentes. Nada imunes às moléstias que tratam e absorvendo a sobrecarga da complexa ausência de materiais e, consequentemente, a grande demanda de pacientes, trabalhadores da saúde enfrentam o estresse, a depressão e outras doenças ocupacionais, sendo estas as principais causas de afastamento da atividade laboral em Sergipe. Uma realidade que preocupa órgãos fiscalizadores, trabalhadores e a sociedade, uma vez usuária dos serviços prestados nas redes pública e privada de atendimento. Categoria que registra a crescente incidência de enfermidades entre os seus, os enfermeiros apontam dados que demonstram a expansão de males naqueles que têm a responsabilidade de cuidar da saúde do próximo. Segundo dados do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Sergipe (Seese), dos cinco leitos psiquiátricos disponíveis no Hospital Universitário, três são ocupados por profissionais de saúde. “É alto o número de afastamentos, recentemente tivemos três condutores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), dois surtaram e não conseguiram reverter o quadro, dando entrada na aposentadoria, e um sofreu infarto, e está afastado. O número de acidentes com perfurocortante é bastante reduzido, ainda que sejam constantes outros acidentes de trabalho causados pela falta de equipamentos de proteção individual. Mas hoje a grande doença que atinge os profissionais da saúde está relacionada ao psicológico”, afirmou a presidente do Seese, Flávia Brasileiro. Sobrecarga, péssimas condições de trabalho, pressão do tempo de atendimento e o assédio moral são alguns dos fatores motivadores da grande ocorrência doentia entres os profissionais. “Infelizmente essa é a nossa realidade no estado. Seja no setor privado ou público, as condições não são adequadas para o exercício da profissão. No setor público, com a recorrente fiscalização, atuação do Ministério Público, ainda conseguimos denunciar e mostrar a realidade, mas no setor privado é complicado porque os profissionais sofrem a pressão, o assédio e tudo isso acaba resultando no comprometimento do profissional. É necessário que medidas preventivas sejam adotadas, porque está cada dia mais complicado. Muitas vezes nos preocupamos em oferecer e cobrar melhorias para os usuários da rede de saúde, ficando os trabalhadores esquecidos”, declarou. Jorge Henrique Jadilson Simões Gilmara Costa Da equipe jc À André Moreira flávia brasileiro alerta para o grande número de profissionais de saúde que se afastam por estresse junta comercial Setor de serviços se expande D raymundo ribeiro e Celuta Krauss: trabalhadores sofrem com ambientes de trabalho inadequados e inseguros Setor público é alvo de fiscalização Acompanhando a problemática da saúde nas suas respectivas competências, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Sergipe (SRTE/SE) também destacam a grande incidência de problemas que acarretam o desgaste físico e psicológico dos profissionais de saúde. “A área da saúde é uma das mais estressantes realmente porque você lida com vidas humanas e carência de serviço. Infelizmente, no setor público existem muitos problemas. A Fundação Hospitalar de Segipe, por exemplo, não consegue prestar o serviço adequado, ora imagino por uma grande desorganização administrativa, ora a sobrecarga de serviço, uma vez que os hospitais do estado respondem por uma demanda do interior e estados vizinhos muitos grande”, afirmou o procurador-chefe do MPT, Raymundo Ribeiro. Com 31 investigações que versam sobre as condições de trabalho na Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Raymundo aponta algumas deficiências encontradas e fala sobre a conclusão dos inquéritos. “Já encerramos algumas investigações relacionadas ao meio ambiente do trabalho, cuja relação tem a ver com irregularidades na saúde e segurança que vão desde a ineficiência no fornecimento de EPI que são fornecidos, mas não regularmente substituídos, às irregularidades de ar-condicionado. Imagine a pessoas sob estresse trabalhando, durante o verão, num ambiente quente. A área da saúde realmente tem que tomar um choque de atuação, o MPF e MPE tem tomado medidas importantes e agora chegou a vez do MPT tomar medidas mais duras porque o estado da coisa não está bem na FHS. Na rede privada, a gente sabe que também não está bem, mas o número de denúncias é bem menor”, declarou. Rede privada A o ressaltar que na rede privada a ausência de estrutura para o desenvolvimento dos trabalhos dos profissionais de saúde também é recorrente, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe, Flávia Brasileiro, lamenta a ausência de ações na tentativa de reversão do quadro. “No ano passado fizemos uma inspeção num hospital particular e verificamos a falta de materiais básicos para o nosso trabalho, o que prejudica não somente o paciente, mas também o profissional. Nos reunimos com o Ministério Público e também com a SRTE para discutir a situação, a falta de fiscalização dos órgãos do trabalho. E fomos informados do baixo número de auditores para atender todo o estado. Então, modificar algo na rede privada é ainda mais complicado, até porque os trabalhadores também sofrem assédio moral, enfim, não há a mesma denúncia que acontece no setor público, por exemplo”, destacou. Reconhecendo o número reduzido de auditores fiscais no estado, a superintendente da SRTE/ SE, Celuta Cruz Moraes Krauss, ressalta a adoção de medidas com o objetivo de atender o número cada vez maior de trabalhadores. “A SRTE possui 38 auditores fiscais do trabalho, número de fato reduzido para atender a todo o Estado de Sergipe, que se encontra em constante desenvolvimento e com um crescimento significativo da economia. Visando potencializar as nossas ações, estamos sempre buscando meios de alcançar um número cada vez maior de trabalhadores, com ações diferenciadas, como fiscalizações indiretas, notificações coletivas, seminários, reuniões, onde são convidados os sindicatos dos empregadores, os sindicatos dos trabalhadores e as empresas do setor econômico”, explicou. e 2007 até 2013, a abertura de empresas prestadoras de serviço cresceu mais que as comerciais. Enquanto em 2007, as comerciais contabilizavam 46,58%, as de serviço subiram para 47,49. Em 2013, foram 37,05% de empresas comerciais, e 57,93% de serviços. Segundo o presidente da Junta Comercial de Sergipe (Jucese), George da Trindade Góis, esse acréscimo ocorre porque hoje há muita terceirização de serviços, daí as pessoas procuram formalizar as empresas. “Nós temos esse raio X aqui do que está acontecendo, mas não há uma análise mais profunda sobre isso. Mas a terceirização vem fomentando, a cada dia, a prestação de serviços e isso, no meu ponto de vista, é crescente”, comentou George Góis. Quanto ao número geral de abertura de empresas, George disse que há um equilíbrio entre 2012 e 2013, com o um pequeno decréscimo entre um ano e outro. Em 2012, foram abertas 4.518 empresas, enquanto no ano passado esse número foi de 4.514, o que dá um percentual de 0,2%. No entanto, Góis observa que de 2006 até agora houve um desenvolvimento em abertura de novas empresas. “Foram 3.138 em 2006 e no ano passado 4.514. “Não há dúvida que houve um crescimento significativo ao longo destes anos”, ressaltou o presidente da Jucese. Em 2013, foram fechadas 1.373 empresas. “Ainda temos muitas pessoas que não vem à Jucese dar baixa na empresa”, acrescentou. Rede Sim H oje, o cidadão pode abrir uma empresa em até três dias, mas ainda tem que amargar a burocracia, com por exemplo, buscar juntos a órgãos especializados algumas licenças, a exemplo do Corpo de Bombeiros, Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), entre outras. Essa situação, no entanto, deve mudar a partir de abril, quando a Jucese implantar a Rede Sim (Rede de Simplificação de Registros) que vai facilitar tudo para o empresário. “Hoje, ele abre a empresa e já leva o CNPJ e o Contrato Social, mas teria que ir atrás do alvará de funcionamento na prefeitura. Com esse serviço, ele faz tudo de uma vez só”, avisou. O tempo de abertura pode aumentar mais um dia, mas o empresário não vai precisar ir a prefeitura, por exemplo”, disse George. A inauguração da Rede Sim, em abril, depende da agenda do governador Jackson Barreto e de Guilherme Afif Domingos, ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. A Rede Sim será ampliada para outros órgãos, com Adema, Corpo de Bombeiros e demais prefeituras do interior, mas ocorrerá de forma fragmentada. Hoje, a Jucese possui oito escritórios regionais: Estância, Boquim, Lagarto, Itabaiana, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Glória, Propriá e Carmópolis. André Moreira Sindicato faz levantamento Ainda com a falta de números exatos quanto ao número de denúncias que versam sobre saúde, o MPT aponta o setor como um dos líderes. “Em termos absolutos, o comércio em modo geral e a prestação de serviços são os recordes de denúncias trabalhistas. E na área de prestação de serviços, a saúde entra porque existem empresas que prestam serviços médicos, então é muito complexo apontar o número relativo ao setor de saúde. Na área rural, especialmente nas usinas também temos registros de ilegalidades em Sergipe, não como em estados como Bahia e Mato Grosso, em que é forte o agronegócio, mas frequentemente recebemos denúncias em usinas. Na área urbana, a saúde é um dos que mais recebem denúncias, pois os sindicatos do trabalhadores da saúde são sindicatos atuantes, fazem muita provocação, embora eu acredite que falta um maior provocação judicial”, disse. Na busca por mapear o número de profissionais acometidos por alguma enfermidade e quais as principais ocorrências, Flávia Brasileiro diz que o sindicato está realizando um cadastro com todos os seus associados com objetivo de promover ações preventivas. “Vamos entregar questionários aos profissionais e a partir dele fazer o mapeamento quantitativo de trabalhadores doentes, como também identificar as doenças mais presentes. Com isso, acreditamos que podemos fazer alguma ação de prevenção para que os números de profissionais doentes possam diminuir. Infelizmente, hoje acontece muito do profissional estar em depressão ou algum outro distúrbio, se afastar da atividade, e retornar sem ter passado por uma avaliação médica. Isso somente piora a situação, daí a realização desse mapeamento”, explicou. george góis destaca crescimento de empresas prestadoras de serviços: na Jucese elas lideram no número de pedido de aberturas B-4 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Sociedade no Divã Rosa Cristina Ettinger* A monopolização da violência A o retornar ao meu país, depois de passar 45 dias fora, encontrei as mais cruéis manchetes em relação aos Direitos Humanos – um direito inerente ao ser humano. Enquanto ainda vivemos o impacto da perda de Mandela, que a nível mundial, defendia a paz entre as nações com seu “sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para vivermos como irmãos” sentimos, como estamos distantes de construirmos esse país justo, humano e igualitário... A primeira manchete que li foi a barbárie que aconteceu no Maranhão no complexo Penitenciário de Pedrinhas. Em 2013 houve 62 assassinatos inclusive com decapitações e estrangulamentos de detentos. Para meu espanto, a governadora Roseana Sarney justificou, a nível nacional, esse lamentável acontecimento contra os direitos humanos como o enriquecimento do Estado e aumento da população... É revoltante ouvir uma justificativa tão incoerente principalmente de uma chefe de Estado como se o enriquecimento em vez de oferecer mais empregos para a população e melhores condições de vida para os habitantes, nos levasse para o mundo da criminalidade. É revoltante ouvir uma autoridade eleita pelo povo narrar uma atrocidade como foi o acontecido no Complexo Penitenciário de Pedrinhas sem demonstrar um mínimo de compaixão. É como se a vida desses detentos nada valesse e suas famílias não sofressem com a perda de seus entes queridos. Como podemos pensar em paz, em acabar com a violência, em combater o tráfico de drogas, em diminuir a insegurança em que vivemos diante de tudo isso? No mesmo estado leio outras manchetes: “Governo Roseana gastará R$ 1,4 milhões em caviar e uísque (JC 10/01/14), Direitos Humanos/MA “Senador: priorizar presos é equivoco (JC 14/01/04). Sinto-me como se vivesse em dois Brasis: um formado pela elite burguesa (os governantes e a classe dominante) e outro formado pelo povo que não tem direito aos serviços públicos, que não tem escolaridade, que não tem emprego, que é sempre o “suspeito” e que vai para a cadeia sem direito de defesa. Quantos equívocos são cometidos em nome da lei, mas mesmo assim o discurso dos legisladores e dos representantes da Segurança Pública do país é sempre o mesmo: aumentar contingente policial, prender cada vez mais, comprar mais viaturas, criar leis penais mais severas, aprovar como solução para o combate à violência, à redução da maioridade penal etc. Mas em nosso Estado há também uma manchete que eu gostaria de comentar: “23 mil presos em quatro anos e meio” (JC 12/01/14). Para o Secretário de Segurança Pública essa medida é um saldo positivo do governo do Estado de Sergipe. Acredito que não podemos medir a eficiência de um governo pela quantidade de prisões efetuadas pela polícia. Acredito que esse número – 23 mil presos - poderia ser reduzido se houvesse vontade política do governo em construir mais escolas públicas, oferecer à juventude cursos profissionalizantes nos bairros periféricos, promover uma política mais eficiente para os dependentes de drogas, implantar as medidas socioeducativas no CENAM e USIP de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e Sistema Nacional de Medidas Socioeducativas – SINASE. Além disso, oferecer acompanhamento com possibilidade de trabalho para os egressos do CENAM e USIP e oficinas de curto prazo para jovens em situação de risco etc. Sabemos que o sistema prisional no Brasil é caótico e não tem como objetivo a ressocialização dos detentos e sim a punição, os maus tratos e a tortura, levando-os a reincidência. Será que todos os 23 mil presos nesses quatro anos e meio eram todos traficantes, estupradores, homicidas, sequestradores, enfim, todos praticaram crimes hediondos? Claro que não, mesmo aquele jovem réu primário vai ter o mesmo tratamento desumano, vai ficar na cela superlotada dividindo o espaço com um veterano que lhe ensinará, com competência, o que é ser um bandido de “alta periculosidade”. Será que se houvesse mais humanização nos nossos presídios, sem superlotação, sem ociosidade, sem castigos físicos e psicológicos não haveria redução desse número? Será que se houvesse trabalho, oficinas profissionalizantes, esporte, alimentação de qualidade, assistência médica e odontológica e perspectiva de um futuro digno não haveria diminuição desse número assustador de 23 mil prisões em quatro anos e meio? Diante da manchete “Reincidência chega em SE a 70%, denuncia especialista” (JC 26/06/2013), reafirmamos que prender para mostrar eficiência da polícia é um equívoco. Se quisermos diminuir a violência, além dos muros das penitenciárias, temos primeiramente que acabar com a maior violência cometida dentro dos presídios – que é a violação dos direitos humanos. Essas manchetes mostram quanto o nosso país não prioriza solucionar os problemas do sistema prisional brasileiro. Somos coerentes em citar as palavras do pai da psicanálise Sigmund Freud: “O Estado proíbe ao indivíduo a prática de atos infratores não porque deseja aboli-los, mas sim porque quer monopolizá-los”. *Pedagoga Opinião Jornal da Cidade Dom Henrique Soares da Costa Bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju O que os cristãos creem sobre a família V ivemos em tempos de politicamente correto, de uma ditadura das minorias que, por vezes, de modo virulento, vão destruindo as convicções e os valores que plasmaram a nossa cultura. Neste contexto, a família é constantemente atacada, ridicularizada, apresentada como algo hipócrita e ultrapassado A moda é nos querer impor famílias alternativas que, na verdade, pouco têm de família. Basta dar uma olhada nas novelas... Pois bem, a seguir, resumo o que os cristãos creem sobre essa misteriosa instituição chamada “família”. Não se trata de ser contra ninguém, mas de defender com toda convicção a verdade revelada pelo Senhor Deus e por Ele inscrita no coração de cada ser humano e no esculpida na própria dimensão corpórea do homem e da mulher. Eis a nossa fé, que nos foi revelada, ensinada e transmitida pelas gerações cristãs; eis o plano do Senhor Deus para a família: Cremos que a família foi instituída pelo Senhor Deus desde a origem da humanidade e é constitutiva do homem e da sociedade humana. Cremos que a família cristã, fundada no sacramento do matrimônio entre um homem e uma mulher, é sagrada e está acima das leis, dos caprichos e arbítrios humanos. Cremos que o matrimônio entre um homem e uma mulher, santificado por Cristo Jesus com um sacramento, sinal do amor entre Cristo-Esposo e a IgrejaEsposa, é indissolúvel. Cremos que cada família foi misteriosamente reunida pelo Senhor Deus para ser espaço de humanização, escola de amor e solidariedade e sinal da comunhão que vigora o seio da Trindade Santa. Cremos que os pais receberam do próprio Deus a sua missão de gerar e educar sua prole e dela prestarão contas um dia ao Senhor. Divulgação Cremos que os pais têm uma autoridade sagrada sobre os filhos e devem exercê-la com amor, firmeza, doçura, espírito de serviço e responsabilidade. Cremos que nenhuma autoridade humana – muito menos a do estado – pode se sobrepor ao direito dos pais de educar seus filhos livremente de acordo com a lei natural e a lei de Deus. Cremos que os filhos devem piedoso respeito e veneração pelos pais durante toda a vida e devem honrar sua memória, mesmo após a morte. Cremos que pais e filhos formam a Igreja doméstica, sinal vivo da única e santa Igreja de Cristo, comunidade de amor e de vida. Cremos que os membros da família devem ser instrumentos de santificação uns para os outros. Cremos que as dificuldades e crises da vida familiar, quando enfrentadas em união com Cristo, tornam-se cruz redentora, que leva sempre à ressurreição. Cremos que o desígnio de Deus para a família é o fundamento de uma sociedade sadia e humana e que tal desígnio está acima de quaisquer diferenças culturais ou direitos reais ou presumidos de minorias, sejam elas quais forem. Cremos firmemente e abertamente proclamamos que, no plano de Deus, família é tão somente um homem e uma mulher numa união estável e total, num amor aberto à vida efetivada nos filhos que Deus lhes confia por geração biológica ou afetiva. Cremos que todo aquele que vive, respeita e defende este sonho de Deus para a família receberá a recompensa do Senhor, hoje e por toda a eternidade. Amém. Jácome Góes da equipe de articulistas O tempo é uma bênção Silencie a ansiedade, ative a serenidade, e a paz será, em sua vida, uma lídima verdade! Elimine o veneno do ódio com o antídoto do perdão, promovendo, assim, autoproteção! Dissipe as sombras da indiferença, facilitando acontecer a feliz oportunidade para gerar a brilhante luz da consciência! Reconheça a família como sala de aula na escola do mundo, e assim agindo, será crível doar o melhor de si em termos de fraternidade e solidariedade, investindo na difícil experiência do adeus, podendo chorar, não de remorso, mas, sim, de saudade. Aprenda a aplicar a empatia respeitando as diferenças individuais, e será essencialmente bem mais fácil manter uma boa convivência interpessoal! Com a difícil experiência da ofensa, aplique a humildade para pedir perdão reconhecendo-se ofensor, assim como a generosidade para perdoar sentindo-se ofendido, pois agindo de forma racional estará, por justiça, credenciando-se a receber, de retorno, o apoio da luminosa atenção espiritual! Invista no patrimônio material, sem jamais infringir os princípios éticos e morais codificados pela dignidade, pois extremamente importante é sabiamente reconhecer que tudo é tangível e temporal, e só o patrimônio da alma é realmente válido em todas as dimensões! Aplique o eficiente recurso da autovigilância, e assim agindo, será viável ativar o método da presciência e antevisão das consequências, antes de assumir qualquer atitude! Acredite que expressões verbais - as palavras -, quando ensinam, confortam e abençoam, traduzem a pura essência do amor em ampla dimensão! Valorize o tempo como bênção de inestimável importância e feliz oportunidade para redimir, no presente, os erros do passado, projetando luz nos caminhos do futuro! Tudo é possível em termos de autorredenção, para quem realmente acredita que o legítimo sentido da vida é, sim, sem dúvida, iluminar a consciência, enobrecer a alma e dignificar a própria existência! Cada dia é uma maravilhosa oportunidade para promover a dinâmica da autorredenção, tudo em nome do amor: seiva que nutre a vida! Pense nisso, por favor. Meu abraço, de coração a coração! Kleber Santos Da Equipe JC Salmista Davi X Facebook Muita gente deixa a sua Bíblia aberta em algum salmo em cima da televisão ou numa cômoda. Geralmente, no Salmo 23: “O Senhor é o meu pastor...” ou no Salmo 91: “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo...” como se fosse um amuleto. Um objeto que em deixando aberto pudesse expulsar qualquer mal. Talvez, choque você, mas não vejo vantagem nisso. Porque não é a Bíblia aberta que faz a diferença na vida de alguém, mas a Palavra nela contida. E esta Palavra tem que estar guardada no coração. Salmo 119 registra: “Escondi a tua palavra no meu coração”. Logo há algo a ser guardado em nós: a Palavra. Mas existe o outro lado da moeda. Acredito que existem sentimentos que não podem ser escondidos, mas expostos. E mesmo Deus sabendo de tudo o que acontece conosco, algumas palavras precisam ser ditos a Ele. Davi sabia disso. Pouca gente faz uma ligação ao fato de Davi ser "um homem segundo o coração de Deus" e também ser o cara que mais expressou o seu coração a Deus nos Salmos. Sim, Davi não temia expor quem ele era a Deus e o que sentia. Salmo fala de momento, de instante, de alma, de sentimento, ainda que muitas vezes contraditórios. Ora, por isso, vemos que no Salmo 16.8 Davi escreveu: "Sempre tenho o Senhor diante de mim...", mas no Salmo 13.1, o mesmo Davi desabafa: "Até quando, Senhor? Para sempre te esquecerás de mim?". Para entender esse impasse, o próprio Davi pode nos responder no Salmo 51.6: "Deus deseja a verdade no íntimo". Sim, independente de qual seja a nossa verdade, o que está dentro de nós, Deus quer ouvir. O inusitado é que Davi começa o Salmo 13 falando "até quando, Senhor?", mas termina o mesmo salmo afirmando "eu, porém, confio no teu amor". Davi era extremamente relativista, assim como nós, e Deus sabe da nossa relatividade, até porque absoluto só Ele. É por isso que não precisamos es- conder nada de Deus: Ele nos ama. E, por tabela, não nos rejeita. E o fato de expormos as nossas vísceras, trazer à luz o que está latente, o que dói, o que nos machuca, não anula a nossa confiança nEle. Na medicina, sempre ouvi que o primeiro passo para curar uma doença é saber qual é a doença. Talvez, seja isso que nos falta: a sinceridade de expor a Deus o que nos incomoda? Acredite nesse princípio: guarde a Palavra contigo e exponha a sua alma a Deus. Sabe, conversar com Ele como você pudesse se abrir a um amigo pode ser mais terapêutico do que você imagina. Em tempos de Facebook, infelizmente, muita gente esquece que o melhor lugar para expor a alma, salmodiar, abrir o coração não é nenhuma rede social, mas no divã de Deus. Como bem diz o escritor cristão, Caio Fábio: "insensato é o que faz conhecer o que está dentro de si para todos". É isso! [email protected] Opinião Jornal da Cidade Rua São Cristóvão (III) O edifício Santana, localizado no nº 270, da Rua São Cristóvão e construído pelo empresário Augusto Santana, foi o primeiro prédio de apartamentos do logradouro, exclusivamente residenciais. No início dos anos de 1960, um dos seus ilustres moradores foi o jornalista e acadêmico da Academia Sergipana de Letras, Orlando Vieira Dantas, diretor do combativo jornal Gazeta de Sergipe e da Usina Vassouras de Capela. No térreo desse prédio foram dispostas salas para atividades comerciais de diversos segmentos, tipo relojoaria, sapataria, barbearia, entre outros. Atualmente funcionam a Ótica Nacional, bem na esquina com a Rua Itabaianinha, além de diversas lojas, entre elas o Paraíso Infantil, loja de brinquedos e óticas. Seguindo-se ainda pelo lado direito da Rua São Cristóvão em direção da Rua Santo Amaro, encontrávamos, no número 302, a residência do dentista, artista plástico e intelectual de projeção, Celso Oliva, que integrou sociedades culturais de Sergipe, em funcionamento nos anos de 1950. Nesse imóvel funcionou, depois, a empresa Habitacional, dirigida pela advogada e atual Senadora Maria do Carmo Nascimento Alves e pelo seu marido, o engenheiro, político, ex-Governador do Estado de Sergipe e ocupante da Cadeira nº 22, da Academia Sergipana de Letras, João Alves Filho, atual Prefeito de Aracaju. Anos após, nesse lugar, foi fundado o Jornal da Manhã, pertencente a esse mesmo grupo empresarial. O Jornal da Manhã mudou-se para a Rua Cláudio Batista, nº 334, no Bairro Santo Antônio, e foi sucedido pelo Correio de Aracaju, atualmente dirigido pelo empresário João Alves Neto. No imóvel, funcionaram nos últimos anos empreendimentos variados. Mais adiante, residiram familiares do professor Alcebíades Melo Vilas-Boas, diretor-proprietário do Colégio Tobias Barreto e, no número 358, residiu Wilson Wynne da Mota, pai de Wellington Paixão, Prefeito de Aracaju na gestão (1989-1992). Na esquina com a Rua Santo Amaro, no número 368, funcionava o armazém pertencente a José Sizino Calumby Barreto. Esse logradouro, a esse tempo, já era pavimentado até a Rua Santo Amaro, a paralelepípedos-retangulares procedentes de jazidas de granito de Itaporanga d?Ajuda. No lado esquerdo dessa mesma rua, ainda no trecho entre as Ruas Itabaianinha e Santo Amaro, havia a residência do empresário Augusto Barreto de Moura, proprietário do Café Império (o Imperador dos Cafés), cuja torrefação era localizada na Rua José do Prado Franco. Augusto Barreto, como era conhecido, era um empresário que tinha um bom trânsito nas classes produtoras e culturais do estado. Pertencia à Associação Comercial do Estado e ao Lions Clube Aracaju-Centro, do qual foi presidente. Dedicou-se, também, à produção artística, patrocinando artistas locais, nacionais e concursos de miss Sergipe, além de participar da organização da Associação Atlética de Sergipe e do Iate Clube de Aracaju. Quando Terezinha Morango foi entronizada como Miss Brasil, Augusto Barreto realizou uma festa para recebê-la em Aracaju. Essa linda mulher foi hóspede do empresário e da sua família e, enquanto esteve na cidade, foi alvo de tietagem dos seus ardorosos fãs, que ficavam no sereno, na vigilância do oitão do casarão, para disputarem autógrafos da miss, fotos e lances coloquiais, quando ela abria um dos janelões para a Rua São Cristóvão, quando era ovacionada pela moçada. Nessa antiga casa, funcionou o Banco América do Sul e na atualidade sedia uma das agências do Banco Santander. Caminhando-se com destino à Rua Santo Amaro, havia um galpão com uma oficina mecânica, transformado em estacionamento, atualmente. Ao longo desse trecho, seguem-se lojas de produtos infantis, tipo Magazin do Bebê, O herdeiro. Antigamente, nesse mesmo trecho, havia a residência do Deputado Estadual Antônio Torres Júnior, advogado e brilhante orador, um dos líderes políticos da União Democrática Nacional, em Sergipe, partido político de extrema direita, cujos filiados defendiam o conservadorismo político e as relações mais próximas com a política externa norte-americana. Acompanhando essa linha política o Deputado Torres Júnior, como era mais conhecido, alcançou representações estaduais como Secretário da Justiça, na gestão governamental de Leandro Maciel (1955-1959), Presidente da Assembleia Legislativa, na gestão do governador Luiz Garcia (1959-1962) e líder do governo na Assembleia Legislativa, durante a administração do governador Lourival Baptista, ocasião em que defendia os interesses políticos da ARENA ? Aliança Renovadora Nacional. Foi um dos mais ferrenhos opositores da política do governador João de Seixas Dória (1963-1964) e autor da Resolução nº 4, de 4 de abril de 1964, que alavancou o processo de impeachment de Seixas Dória, deposto por representantes da Ditadura Militar de 1964, sob a acusação de subversivo, ante ao seu discurso democrático, que propugnava por reformas políticas capazes de dignificar a sociedade brasileira. Torres Junior, no exercício do mandato de deputado estadual, foi assassinado, com cinco tiros de arma de fogo, no dia 21 de dezembro de 1967, na Rua São Cristóvão, esquina com a Avenida Rio Branco, por questões de vingança, motivadas pelo comando político de Canhoba, em Sergipe, a sua cidade natal. Era casado com a advogada e depois Juíza de Direito Gicélia de Araújo Torres, magistrada que valorizou o Judiciário sergipano. No mesmo lado esquerdo, erguia-se a residência de Joel da Jurema, empresário rural muito conhecido na Região do Cotinguiba. O seu filho, Juce Faro, era proprietário de um carro conversível americano, que sempre o emprestava ao governador para passar em revista as tropas militares, no desfile de 7 de setembro, sob o aplauso do povo. Já na esquina com a Rua Santo Amaro, havia a residência do empresário Edson da Cunha Lima, proprietário da loja A Soberana, no segmento de móveis, localizada na Rua Itabaianinha. Edson da Cunha Lima, além de comerciante era proprietário rural no município de Frei Paulo. Na sua antiga residência, cuja fachada lateral era bastante comprida e voltada para a Rua São Cristóvão, tempos depois funcionou um pensionato exclusivo do sexo feminino, frequentado por comerciárias, funcionárias públicas, estudantes e autônomas. Na atualidade, o imóvel foi dividido em várias lojinhas, que atendem a um variado comércio. A Rua São Cristóvão, nessa intersecção com a Rua Itabaianinha, mantém um grande movimento de populares que se destinam a outros espaços públicos das imediações, especialmente, a Praça João XXIII, centro do fluxo de transporte alternativo para os municípios da Grande Aracaju. B-5 Wanderley Ribeiro José Anderson Nascimento Presidente da Academia Sergipana de Letras, jornalista e memorialista Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Advogado/UCSal. Pedagogo/FEBa.Mestre em Educação/UFBa. Professor na Graduação e na Pós-Graduação. Ex-Avaliador do INEP e do CEE-Ba.Consultor. Autor nas áreas de Educação e Direito. Vem chegando o Carnaval. E a Educação? E stá se aproximando o Carnaval. Aqui em Salvador já houve promessa de dois carnavais: um agora, em fevereiro e outro em junho, com a Copa do Mundo de Futebol de Campo da FIFA. Sem polemizar sobre a (s) referida (s) festa (s), que, como se sabe, é a festa mais popular no Brasil, geralmente dura três dias e, como se diz popularmente, “o ano só começa depois do Carnaval”. Em Salvador, como se sabe, a referida Festa se inicia na quinta-feira à noite e termina na Quarta-Feira de Cinzas, inclusive com os famosos “arrastões”, prolongando a mesma. Pessoalmente, nada tenho contra a festa da carne, e creio, inclusive, que a indústria do Carnaval, sendo bem organizada, pode ser um fato gerador de emprego e renda para movimentar o ano todo a economia do município que a promove, realizando, por exemplo e não apenas, ações de incremento ao turismo. Entretanto, cabe ressaltar que, muitas vezes, a indústria do Carnaval não beneficia todos, mas muito poucos e vemos, ainda, a falta de respeito com o direito dos que não gostam ou não querem participar do reinado de Momo. Em Salvador, por exemplo, abadás de blocos tidos como preferidos pelos foliões, chegam a custar R$3.000,00 (três mil reais) ou 4,14 salários-mínimos! Tais valores são bastante significativos frente à realidade do Brasil e, consequentemente, da crise econômico-social e da miséria que grassam entre nós, brasileiros. Quisera eu que a ansiedade que muitos têm pela chegada do Carnaval fosse semelhante à nossa necessidade em outras situações, e que parece que nem nos deixa indignados, tais como: o descaso dos governos para políticas públicas como Educação, Saúde, Moradia, Transporte, Segurança, Seguridade Social... Quisera eu que tal a ansiedade pelo Carnaval se transformasse e ficasse bastante retratada na indignação quando nossos pequeninos, mas cidadãos, não têm acesso à educação formal, apesar das garantias constitucionais, ex vi art. 205 e seguintes da Constituição Federal, isso para nem entrar no mérito da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) vigente, a Lei nº 9.394/96 e outras tantas legislações infraconstitucionais. Quisera eu que a população brasileira se indignasse e demonstrasse tal indignação quando esperamos horas e horas para marcarmos um atendimento médico e conseguimos...para um mês após, ou mais. Ou ainda, que tivéssemos a possibilidade de escolher não fazermos um seguro saúde, sem medo de não deixar de sermos atendidos quando sentirmos a dor, a necessidade e não um mês depois. Afinal, como se diz popularmente, “Se for de morrer, morre”. Quisera eu que esta mesma indignação fosse retratada por não termos moradia digna para todos, água encanada, esgotamento sanitário, iluminação elétrica... Quisera eu que tal indignação fosse taxativa quanto ao sistema de transporte público que nos humilha diariamente: ônibus mal conservados, em quantidade insuficiente, sujos, inclusive com baratas e demais insetos, além da qualidade duvidosa na prestação desse importante serviço. Quisera eu que essa mesma indignação fosse demonstrada quando estamos “presos em nossos próprios lares”, quando somos obrigados a andarmos aos sobressaltos, com medo de tudo e de todos, desconfiando do próximo que está ao nosso lado. Quisera eu que tal indignação fosse exposta quando, após trabalharmos e contribuirmos por longos anos — que, em regra, são 35 (trinta e cinco) anos para homens e 30 (trinta) para mulheres —, pudéssemos gozar do que os gregos denominavam “diagogos” (“ócio digno”). Ledo engano, em regra, a aposentadoria, no Brasil, é o início de uma nova jornada trabalho, ainda que na informalidade, sob pena de não se conseguir sobreviver com um mínimo de decência, sem sequer conseguir adquirir os remédios necessários à manutenção da saúde, que o tempo e a qualidade de vida levaram embora. Mas aí já seria uma outra sociedade. Não esta que aí está, onde a quantia de R$3.000,00 (três mil reais) para se adquirir um abadá para “curtir” três dias de festa é considerada “pouca”, ou, ainda que “muita”, todo esforço é feito para se chegar ao fim pretendido. Agora lanço a pergunta ao (à) leitor (a): e se os mesmos valores correspondessem à aquisição de um livro ou de um curso? As mudanças culturais acontecem, mas são lentas. Não podemos, como diria Émile Durkheim, mudar a sociedade, ou melhor, os valores arraigados nela, muito rapidamente, sob pena dela, sociedade, vingar-se em nós ou em nossos descendentes. Entretanto, trilhar o caminho da mudança depende de nós. Há de ser dado o primeiro passo, pois é assim que se começa a caminhada. Vamos tentar? ***** Terminou Prazo de Inscrição para o Sisu — Terminou no último dia 07/02p.p., sexta-feira, o prazo para a inscrição na lista de espera do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). NO próximo dia 11/02, terça-feira, as Instituições de Educação Superior (IES) convocarão os candidatos da lista de espera. ***** Parabéns à UFS — Nossos parabéns à comunidade universitária da nossa Universidade Federal de Sergipe (UFS, www.ufs.br) que teve 19 (dezenove) docentes contemplados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sendo 15 (quinze) com bolsas PQ, isto é, Produtividade em Pesquisa e 4 (quatro) com bolsas DT, isto é Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora. ***** Concurso no IFBa — O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA, www.ifba.edu.br)) está com inscrições abertas de 24/01 a 24/02 próximo, para o Concurso 2014 dos Cargos Técnico-Administrativos. São oferecidas 378 (trezentas e setenta e oito) vagas distribuídas em 59 (cinquenta e nove) cargos para 20 (vinte) cidades da Bahia. Os vencimentos variam de R$1.640,34 a R$3.392,42 e as taxas de inscrição de R$50,00 a R$70,00. A carga horária semanal é de 40 (quarenta) horas. Maiores informações no sítio do IFBa ou www.funrio.org.br. ***** Ateliê Art Cult: espaço de bem-estar — O Ateliê Art Cult surgiu como o resultado de uma busca pela integração, integridade e coerência dos seus participantes, e é assim que sua missão e visão se encontram. Dentre os cursos que são oferecidos estão: dança terapêutica, meditação yoga, dança do ventre, teatro, acordeon, canto, piano, teclado e violão. O referido Ateliê tem a direção vibrante dos professores Beth Soares e Pedro Soares. Maiores informações: www.atelieartcult.com ou Rua Luiz de Camões, 98 – Vila Laura – Salvador – Ba – Tels.: (71)-3484-1411/3488-8889. ***** Contatos com esta Coluna: [email protected] ou para Travessa da Ajuda, 02/601 — Centro — 40.020.030 – Salvador – Ba. Telefax.: (71)-3243-6832. JOSÉ LIMA SANTANA ADVOGADO, PROFESSOR DA UFS, MEMBRO DA ASL E DO IHGSE O choro da viúva de Agripino Maçaranduba Maçaranduba (Manilkara huberi) é uma árvore com cerca de 40 a 50 metros de altura, da família das Saponáceas, que se esparrama, sobretudo, pela região amazônica. Essa é a maçaranduba verdadeira. Sim, porque há outras variações, que vicejam em várias regiões do Brasil: maçaranduba-amarela, maçaranduba-de-leite, maçaranduba-mansa, maçaranduba-preta. A maçaranduba verdadeira é a mais valorizada, cuja madeira é mais pesada, mais dura e resistente, sendo muito apreciada na construção civil. É madeira para demorar anos e anos em bom estado de conservação. A palavra maçaranduba é de origem tupi e passou por variações gráficas ao longo dos tempos. Desde 1943, por força das normas ortográficas da língua portuguesa daquele ano, passou a ser escrita com “ç”, em substituição aos dois “s”, antes empregados. Todavia, nomes próprios conservaram a grafia anterior, ou seja, com os dois “s”. Assim é que, por exemplo, Massaranduba é nome de municípios em Santa Catarina e na Paraíba. É nome de praia no estado de São Paulo e de bairro em Salvador. E há muitos outros. Em Nossa Senhora das Dores (SE) há um povoado e um lugarejo com esse nome. Mas é também nome adotado (sobrenome ou patronímico) por algumas famílias, como foi tão comum no passado a adoção de nomes de árvores brasileiras por várias pessoas, como judeus e holandeses que por aqui fincaram raízes, e como, ademais, já era comum em Portugal, no caso de mouros e judeus que se cristianizaram forçosamente: os chamados cristãos-novos, estes muito mais judeus (os marranos) do que mouros. Carlos Maçaranduba, por exemplo, é nome de um personagem do Casseta & Planeta. Conheci, na minha infância, o velho Agripino Maçaranduba (escrevo com “ç”, embora saiba que o nome dele era grafado com dois “s”), que, outrora, fora dono de apreciada tropa de burros que fazia o transporte de cargas de cereais, cachaça e cabaú para várias cidades da Cotinguiba, do agreste e do sertão sergipano. O velho tropeiro era casado com Sá Maria de Tertina do finado Zé de Fulô, doze anos mais nova que ele. Tertina era mãe, e Zé de Fulô era avô de Sá Maria. Agripino, por conta da profissão, andava pelo mundo, transportando mercadorias e juntando cobres. E diziam as más línguas, que, na verdade, tinha e tem demais nesse mundo de meu Deus, que Sá Maria botava uns enfeites galhosos na testa larga do marido. Disso, porém, eu não dou fé. Prefiro, nesse caso, dobrar a língua, embora não posso deixar de fazer o registro do que diziam. Além da tropa de burros apaideguados, Agripino Maçaranduba tinha boa casa de morar, fincada em extenso e formoso sítio, uma solta de gado bovino de dar gosto ver, três casas no aluguel e uns trocados emprestados a juros em mãos de confiança. Em ordem de pobre, ele estava bem situado na vida. “Deus ajuda a quem trabalha”, vivia a repetir, na sua simplicidade por todos apreciada e comentada. Homem de bem. Prestativo como ele só. Era pena que fosse corneado pela mulher, se verdade fosse tamanho desfrute. Verdade era que Sá Maria era uma mulher desfrutável. Desbocada e briguenta. Brigava até com as muriçocas nas noites de empesteação dessas miniaturas de vampiro dos trópicos. Mulher sem religião, tão diferente de duas de suas irmãs, que eram do Apostolado da Oração, e da outra irmã, que tinha se bandeado para os crentes da lei batista, como era corrente dizer-se. A vida, alguém já disse, é como uma escada, por onde ora se sobe e ora se desce. Na sua condição de trabalhador incansável, Agripino Maçaranduba continuava subindo, se ajeitando, prosperando, quando, de repente, abateu-se sobre ele terrível enfermidade. O pobre homem correu daqui para ali, bateu pernas em busca de médico e valimento que lhe curasse. Os melhores médicos de Aracaju foram consultados. Exames, que, na época, não eram tantos assim, foram realizados. Remédios foram aviados e consumidos. Durante dois anos, Agripino gastou o que tinha. Desfez-se de tudo quanto possuía, exceto a casa de morar. Não teve jeito. O velho tropeiro bateu as botas, deixando Sá Maria viúva com duas filhas em idade de casar, mas sem conseguir pretendentes. Naquele tempo, muitos rapazes no interior tinham uma cisma danada em namorar e desposar filha de mulher “gaieira”, como se diz no vulgo. As pobres moças haveriam de amargar o caritó. E, deveras, amargaram. Aliás, dizia-se à larga que o velho tropeiro contraíra a terrível e temível doença chamada cornite inflamatória. Santo Deus! Segundo Sivirino rezador é um inchaço, isto é, um tumor das seiscentas mil pestes, que dá no meio da testa. No lugar não visível do chifre levado, que se enraíza de cérebro adentro e mata o corno em pouco tempo. Sivirino sabe das coisas. Reduzido a quase nada o patrimônio de Agripino, Sá Maria o enterrou em cova rasa, mal colocando uma cruz de madeira pintada com tinta preta e adornada com letrinhas miúdas, onde se lia, na vertical: “Agripino Maçaranduba”. E na horizontal: “Faleceu em 20/10/62”. Tempos depois, Sá Maria vendeu a boa morada no aprazível sítio e comprou uma casa mais modesta, onde abriu um negócio de miudezas. Deu certo. Não enriqueceria, mas também jamais passaria necessidade com as duas filhas solteironas, que se tornariam professoras do Município. Uns oito anos depois, quando eu estava findando o curso ginasial, morreu uma vizinha de Sá Maria, amiga da minha avó Lourdes. Eu fui com vovó ao enterro. E lá estavam Sá Maria e as duas filhas. No cemitério, vovó fez a costumeira romaria, indo de sepultura em sepultura dos parentes ali enterrados. Eram umas cinco ou seis carneiras simplórias, espalhadas pelo velho cemitério, que, ao longo do tempo, aumentaria de tamanho por duas vezes. Na quina esquerda dos fundos do cemitério ficava um dos descascados jazigos dos Soares Santana, sobrenome da família da minha avó, e que era vizinho da cova de Agripino, que rasa continuava, mas bem cuidada, limpinha, sem matos em cima ou ao redor, pois Vardo, o coveiro, cuidava do cemitério como se fosse o terreiro de sua casa. Ali, afastada da aglomeração de pessoas que foram à última morada da mais recente moradora daquele campo santo, minha avó deparou-se com Sá Maria. Dona Lourdes tomou um susto com o que viu: estava Sá Maria de cócoras, fazendo xixi sobre a cova do seu marido defunto. “Sá Maria, o que é que você tá fazendo aí, filha de Deus?”. E ela: “Tou chorando por essa lástima que quase me deixou na miséria, Lourdes”. Minha avó: “E isso é choro, Sá Maria?”. A resposta veio rápida como o raio da silibrina: “Cada um chora por onde quer”. Danou-se. B-6 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Cidades Jornal da Cidade Fotos: Jadilson Simões Aumenta a incidência de escorpiões morar no bugio agrada a gente como José Aragão, líder comunitário, que espera por melhorias na comunidade onde mora O Bugio é bairro com jeito de cidade Moradores reclamam da insegurança e do atendimento precário no posto de saúde Grecy Andrade Da equipe JC O fim de tarde no bairro Bugio, zona norte de Aracaju, é bem agitado. O nome do bairro, na verdade, é Assis Chateaubriand, porém parte da população aracajuana sequer o conhece por esse nome. O local parece mais uma cidade do interior. São 17.773 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas, mesmo com a insegurança apontada pelos moradores, lá, as pessoas costumam sentar-se nas praças e em frente às residências e observar quem passa pelas ruas. Os moradores também aproveitam a tranquilidade do dia para conversar, jogar dominó, bater uma bola e tomar um sorvete. É no Bugio onde está instalado o santuário de Nossa Senhora Aparecida. Questionados sobre os pontos negativos e positivos do Bugio, a primeira coisa que vem na mente deles é a falta de medicamentos no posto de saúde. É o que afirma o aposentado Adebaldo da Cruz, 78 anos, que desde menino vive no Bugio. “Eu, sinceramente, gosto muito daqui, o comércio é bom, tem praça para a gente ficar conversando, as ruas são boas; mas tem uma coisa ruim: tem dias que a gente vai ao posto de saúde e não tem remédio, e pior, às vezes nem médico tem”, reclamou Seu Bal, como é conhecido na região. Para José Tadeu, 67, o que mais preocupa no bairro é a questão da segurança. “Não tenho do que reclamar, pois o bairro mudou muito, aqui era cheio de mato, de lama, e hoje as ruas estão todas asfaltadas. Além disso, aqui pode cair um dilúvio que as ruas não ficam alagadas. Agora, reforço, o problema aqui é a falta de segurança, quase todos os dias ouvimos histórias de assaltos e de mortes aqui no bairro”, alerta. Já no ponto de vista de José Aragão Barros, presi- bairro Bugio se parece com uma cidade do interior: local possui comércio forte e falta de segurança moradores do Bugio pedem mais atenção com as áreas de lazer e de prática de esporte no verão dente da Associação de Moradores do Bugio, hoje o local enfrenta três principais problemas na área da Educação, Segurança e Saúde. Segundo Aragão, há 25 dias faltam remédios básicos nos postos de saúde Lauro Dantas e Onésimo Pinto. “Fiz até uma lista com os itens, lá está faltando luva de procedimento, captopril, insulina, seringa de insulina, paracetamol, gases, esparadrapo, lozartana, entre outros. A lista completa tem 15 itens. Enquanto isso, a população está sofrendo, tanto os idosos quanto os jovens que vão ser atendidos não conseguem atendimento eficiente nem de qualidade”, destaca. Sobre a falta de segurança, Aragão pontua que a violência está contida nos quatro cantos do bairro. “Costumo dizer que a polícia nem sequer passa por aqui, é comum ver adolescentes usando droga e assaltando. Senhoras que costumam ir à igreja a noite já estão até desistindo por causa da violência, o comércio todo dia tem roubo. Então, essa é uma das questões mais preocupantes de lá”, afirma. Já a educação, na percepção do presidente da Associação, é ‘capenga’. “Há falta de professores, as escolas estão sem estrutura física para dar uma educação melhor à própria comunidade, e sempre aquele sofrimento da gente não ter professor”. Ainda segundo Aragão, outro problema no local é que 30% do Bugio não são contemplados com saneamento básico. Já o transporte, de acordo com Aragão, é satisfatório. Além dos ônibus, o bairro é contemplado com o táxi lotação que existe há 18 anos. “As praças públicas precisam de uma melhorada, porque com uma praça arrumada, os jovens poderão usufruir. Deveríamos ter ainda programas esportivos, cam peonatos, lá não tem nada disso”, concluiu. calor e as chuvas típicas do verão são fatores determinantes para aumentar o número de aparecimento de escorpiões, principalmente nas áreas urbanas. Segundo a coordenadora do Centro de Zoonose, Roseane Nunes, no ano 2013, em Aracaju, o bairro mais crítico foi o Olaria, com o registro de sete casos. Além do clima de verão, entulho de construção civil e o lixo contribuem para o aparecimento de escorpiões. “Com a presença desse lixo urbano é certa a presença de insetos como baratas, aranhas. Ou seja, que fazem parte da cadeia alimentar do escorpião. Se possui com abundância, vai aparecer o escorpião”, explica Roseane, alertando que a melhor forma de prevenção é a limpeza. Ainda para a coordenadora, o uso de inseticidas para os escorpiões não funciona. “Pelo Ministério da Saúde não é para usar o escorpenicida, pois o esqueleto do inseto não absorve o veneno. Com a aplicação, a única coisa que acontece é o afastamento temporário”, expõe. Portanto, o escorpião pode voltar. Para suprimir a presença do escorpião de forma equilibrada, deve ser eliminado a principal fonte na cadeia alimentar. Isso quer dizer que o principal predador da barata é o escorpião. Logo, para coibir o aparecimento, deve tirar o lixo. “A relação é bem simples, didática e eficaz. Inclusive, é esse tipo de orientação que damos no trabalho preventivo. Manter os locais limpos, como a casa, a rua e os terrenos baldios. E caso tenha a presença de baratas, vale o inseticida para eliminá-las”, detalha. Além do bairro Olaria, outros locais críticos constatados pelo Centro de Zoonose no ano de 2013 foram o Santos Dumont e São Conrado, com seis casos registrados seguidos do Santa Maria, América e Novo Paraíso com cinco casos. “Quando uma pessoa é picada pelo escorpião deve ser encaminhada para a unidade de saúde imediatamente. É nesse momento que tomamos conhecimento do caso, pois somos notificados sinalizando a constatação de uma vítima”, relata. Assim, com o conhecimento do local, a Zoonose com um agente de endemia realiza o trabalho educativo. Ao constatar a presença do escorpião, a pessoa deve ligar para a Zoonose e informar a localidade através do 3179-3565 ou 3179-3528. “Todos os escorpiões são venenosos, por isso cautela. O mais comum é o Tityus stigmurs, conhecido popularmente como escorpião amarelo, e tem como característica uma faixa preta dorsal e no final do corpo possui uma mancha triangular”, informa. Cidades Jornal da Cidade Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 André Moreira B-7 alerta médico Quiabo não substitui uso de medicamento M rogério dias utiliza a prática de anotar numa caderneta suas compras: usuários e comerciantes mantêm relação de confiança com essa prática Muitos comerciantes ainda mantêm a velha 'caderneta' Na era dos cartões, muita gente ainda usa o caderno para anotar débitos Gabriele Frades Da equipe jc E m um mundo conectado e onEm um mundo conectado e onde as facilidades para obtenção de cartões de crédito estão cada dia maiores, a procura por pagamentos informais continua alta. Em vários pontos comerciais da capital e do interior de Sergipe, desde pequenos mercados em bairros, até o comércio de móveis em lojas de grande e médio porte, é possível encontrar contas penduradas em caderninhos. Segundo pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a principal causa da manutenção da pendura no comércio de todo o País são os juros altos cobrados pelos cartões de crédito. A pesquisa, realizada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) em parceria com o professor da Escola de Economia de São Paulo (FGV/EESP) Samy Dana, mostra que os juros do cartão de crédito no Brasil são mais altos que os cobrados em países como Argentina, Chile, Colômbia, Peru e México. O estudo aponta ainda que o Brasil tem juros do rotativo (modalidade de crédito em que não se paga o valor completo da fatura) até 70 vezes superior à taxa básica – o que equivale a uma média de juros de 280,82% ao ano. Os números chamam ainda mais atenção quando comparados aos de outros países. A taxa praticada no Brasil é 525% maior do que a do Peru, que cobra 44,8% ao ano. O menor percentual é da Colômbia, com 28,31% anuais. Para fugir dessa estatística, o militar reformado Rogério Dias da Silva apostou na confiança com o proprietário de um pequeno mercado do seu bairro e, há sete anos, realiza cerca de 70% de suas compras no local, usando a confiança e as anotações dos produtos comprados em um pequeno caderninho. “Há muitos anos que eu moro aqui e sempre mantivemos um vínculo de confiança. Comecei a comprar assim quando me apertei financeiramente e ele me ajudou. Hoje acho até mais fácil para mim, porque é uma compra que eu faço sem muito protocolo. Ainda realizo muitas compras no cartão, mas como ele já me deu essa credibilidade eu gosto de comprar nele, até para gerar lucro para o comércio do meu bairro. Fora que no cartão a gente paga juros muito altos se atrasar por algum motivo e aqui não, se eu atrasar a gente conversa e se entende. Além disso, o preço aqui muitas vezes está melhor que nos mercados grandes”, afirma Rogério. A proprietária do mercadinho, Cristiane dos Santos, agradece a confiança e alega que o sistema tem dado certo, mas que a confiança não é dada para qualquer um. Pra comprar no caderninho tem que merecer. “Trabalhamos com a maquineta de cartão também, mas temos clientes que chamamos de “fidelizados”, aqueles que confiamos em colocar as contas no caderninho. Hoje usamos muito mais o pagamento por cartão, mas continuamos com aqueles que conhecemos porque é uma forma de ajudar os que não têm condições de comprovar renda para ter um cartão de crédito. Não fazemos isso com todos, é claro, só com quem temos uma confiança grande da índole, da honestidade”, explica. Quando foi morar com o marido, há sete anos, o mercadinho já existia e, de lá para cá, várias mudanças foram feitas para adequar o sistema. “Meu marido foi quem teve a ideia do mercadinho, e quando começamos tivemos muito prejuízo, porque ainda não conhecíamos a todos e a venda fiado era mais comum. Ao longo de sete anos já sabemos quem são as pessoas que pagam certinho e, para fugir dos prejuízos, fugimos dos maus pagadores. Quem tem comércio, por maior que seja, não deixa de usar os caderninhos não”, alega Cristiane. Para a doméstica Sarah Rejane de Oliveira, comprar na caderneta ainda é a melhor maneira de conseguir controlar as contas no final do mês. “No mercadinho aqui perto de casa eu compro tudo que preciso e ainda tenho um controle que o dono faz a cada 15 dias. Quando vejo que estou exagerando dou uma parada. Não deixei de usar o cartão de crédito, mas só uso para comprar coisas mais caras, como móveis, eletrodomésticos, material escolar, roupa, essas coisas que é bom de parcelar. Mas feira, alimentação para casa, itens de higiene, eu compro no caderninho mesmo, porque são coisas que temos que estar comprando sempre em casa e se formos ao mercadinho direto perdemos o controle e pagar por uma coisa que você já consumiu desanima”, brinca. Mas até mesmo móveis ain- da são vendidos na base da confiança. A empresária Margarete Gois é a prova disso. Vendendo móveis há 19 anos no Conjunto Eduardo Gomes, em São Cristóvão, ela garante que não abandonou a cadernetinha, mas que como os demais parceiros de profissão também teve que enxugar a lista de confiabilidade. “Hoje eu tenho cerca de 200 clientes fiéis, até porque morando há quase 20 anos no mesmo local e vendendo a gente já conseguiu cativar a clientela. Pode parecer muito, mas já tive bem mais clientes comprando no caderninho. Precisei reduzir porque tive problemas de pagamento, mas hoje está tudo certo. Acredito que assim eu também estou ajudando as pessoas a realizarem o sonho de ter um sofá melhor, uma cama mais confortável e gosto disso”, garante. Ainda de acordo com a pesquisa da FGV, 29% da população brasileira não têm acesso a contas bancarias e 17% compram fiado porque não têm conta ou para tentar fugir dos juros, de mais de 250% no cheque especial e em média de 280% no cartão de crédito ao ano. Alternativa criticada pelo economista paulista José Matias Pereira. “Está tudo errado, por um motivo ou outro. O ideal, quando uma economia é bem organizada, é que as pessoas todas tenham acesso a contas bancárias e que paguem juros normais, juros civilizados. E nós ainda não chegamos nesse ponto. Enquanto isso, a sociedade vai buscando esses mecanismos pra poder encontrar soluções para os seus problemas”, explica. André Moreira dois barracos abrigam sem-teto na Orla da Atalaia: moradores têm deixado dejetos na área onde existem muitos bares e restaurantes barracos na praia Sem-teto se instala na Orla da Atalaia Moradores e turistas que visitam a Orla da Atalaia, na altura da passarela do Caranguejo, tem se deparado com uma decoração estranha nas areias da praia. A presença de duas pequenas barracas e seus moradores no local têm chamado a atenção, tanto pelo local inusitado em que resolveram morar, quanto pela grande quantidade de sujeira e dejetos que têm deixado no local. Debaixo das passarelas de madeira, que dão acesso ao mar através da areia, garrafas de água, cerveja e refrigerante, assim como embalagens de comida e higiene pessoal se amontoam, causando na paisagem um aspecto de desleixo. A equipe do JORNAL DA CIDADE esteve no local, mas nenhum morador das inusitadas moradias foi encontrado para falar sobre o assunto. O que chama a atenção é que uma delas está montada com tanta estrutura de conforto que até mesmo um banheiro foi improvisado na área externa da barraca, mostrando que a presença dos invasores é frequente no local. A assessora de comunicação da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), Gabriela Barbosa, afirma que a notícia foi tomada como surpresa pelo órgão e que providências foram tomadas ainda na tarde da última terça-feira, 4. “Só soubemos dessa invasão através do jornal, mas vamos averiguar a fundo o que está realmente acontecendo. Visitamos o local à tarde e constatamos realmente a presença de muito lixo e sujeira no local, mas a limpeza foi realizada e tudo retirado. As barracas ainda não foram derrubadas ou retiradas, porque precisamos fazer um contato prévio com os ocupantes, para saber a real intenção deles, se é a de morar no local, ou se estavam de passagem. Seja qual for a situação, eles precisarão sair e, para isso, serão o quanto antes notificados”, explica Gabriela. A Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seids) também foi notificada e alegou que já realizou um levantamento no local. “Identificamos que as pessoas que ali estão se encontram em situação de rua e como moradores nessa condição são transitórios, assim como aqueles que invadiram a Hermes Fontes ou as proximidades do Detran. Muitos estão nessa situação, mas têm casa, pois de acordo com a pesquisa de Caracterização da população em situação de rua de Aracaju, realizada em 2007, 60% deles já receberam moradia. Vamos voltar ao local, mas se eles não quiserem sair não podemos forçá-los, enquanto Centro Pop”, explica o coordenador do Centro Pop, Cesar Gomes Gama Junior. uita gente já ouviu falar nos benefícios do quiabo, e recentemente ele virou o mocinho na luta contra o diabetes, depois que estudantes de Minas Gerais descobriram as propriedades terapêuticas do alimento. Segundo os jovens, alunos do ensino médio mineiro, o quiabo auxilia na queda das taxas de glicemia, e para tanto, basta colocá-lo em um copo com água e beber o líquido depois de algumas horas. A descoberta dá conta de que na mucilagem (conhecida como baba) liberada pelo quiabo existe alta concentração de fibras, e é justamente isso que ajuda a baixar os níveis glicêmicos. No entanto, a nutricionista Flávia Rocha alerta que ele não substitui o uso de medicamento, como também não substitui o uso de insulina. Mas esse alimento acaba sendo um ingrediente indispensável na comida do brasileiro, sendo mais consumido pelo nordestino ou pelo mineiro. No Mercado Municipal Albano Franco e na Central de Abastecimento de Sergipe (Ceasa), a hortaliça é encontrada facilmente e o preço é bem acessível, cem unidades são vendidas a R$ 5. Manoel dos Santos comercializa frutas e verduras há mais de 30 anos. Ele, como bom conhecedor do que vende, confirma a informação de que o quiabo é realmente bom para os diabéticos. “É bom para os ossos, para diabetes, para o intestino e para um monte de coisas, o quiabo é bom para tudo”, disse o comerciante. Na banca de José Augusto o quiabo é um dos produtos mais vendidos. Ele revela que o alimento vem principalmente de Itabaiana, e está sendo vendido a R$ 5 o cento, pois no período de chuva o produto tem queda de preço. “Quando estia muito o preço sobe, mas está chovendo muito agora, aí está bem baratinho”, falou. A nutricionista Flávia Rocha explica que a hortaliça é fonte de potássio, magnésio, ferro, vitamina A, cálcio, vitamina C e ainda tem alto teor de fibras que auxilia no controle da saciedade e controle glicêmico. Devido a essa última propriedade do quiabo, ele andou caindo na mídia dizendo que ele podia até ´´curar´´ diabetes. “Tem que ter muito cuidado com o que se lê e com o que se ouve por aí. Ele não substitui o uso de medicamento como também não substitui o uso de insulina. Ainda não foi descoberta a cura para Diabetes e essa fama não vai ser do quiabo”, frisou. Ele é essencial na alimentação tanto por seu valor nutricional como pelo teor de fibras nele encontrado, propriedade também encontrada em outros alimentos ricos em fibras que nos auxiliam a retardar o esvaziamento gástrico e retardarem a absorção de glicose por tornar as refeições com baixa carga glicêmica, mas tudo isso depende da quantidade e da combinação que será feita com o quiabo. Não vai ser unicamente o quiabo que fará isso tudo por você, é a combinação dele com os outros alimentos da sua alimentação diária que controla a glicemia e saciedade. “Ele acaba sendo uma hortaliça coringa para diversos pratos, porém, infelizmente, não é tão palatável para muitos. Talvez aquele que não gosta de quiabo ainda não tenha acertado na combinação”, diz. “Atenção para os diabéticos. Podem usar o quiabo na alimentação, porém não deve ser visto como milagroso. O milagre vai estar na sua educação perante as escolhas alimentares, regularidade no exercício físico, controle do peso e obediência no tratamento medicamentoso. Muita gente ouve alguma informação na televisão e toma aquilo como verdade absoluta. É preciso ser crítico no que se ouve, principalmente quando qualquer prática pode prejudicar seu tratamento. Já ouvi gente falando que ia substitui o medicamento por água com quiabo. O Quiabo deve ser visto como um coadjuvante no tratamento, como mais um alimento rico em fibras que te auxiliará no controle glicêmico”, reforçou a nutricionista Flávia Rocha. apesar da fama de suas propriedades no tratamento da diabetes, quiabo não dispensa o uso de medicamentos B-8 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Esportes Jornal da Cidade José Cruz Articulista do UOL Pizzolato esporte & marketing dinheiro vai todo para o esporte ou parte dele fica pelo caminho para, digamos, “acertos” ou “agrados”, como ocorreu no “caso Pizzolato”? Como se sabe, Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão por crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no processo do mensalão Agora, viajava com o passaporte falso! Segundo o processo no Supremo Tribunal Federal, Pizzolato repassava dinheiro de marketing do Banco do Brasil para a empresa de Marcos Valério, operador do mensalão, e recebia um “agrado” em sua conta corrente… Ele era o homem forte do marketing do banco; dava a palavra final sobre valores dos contra- tos, inclusive os negociados por Ary Graça, então presidente da Confederação Brasileira de Vôlei. Estaria o esporte também sendo objeto dessa corrupção? ainda não se sabe. Enfim, no país do futebol onde algumas gestões já se revelaram corruptas, parcerias de marketing olímpico podem esconder, muitas vezes, maracutaias que avançam sem-cerimônia, aproveitando a emoção que o esporte oferece para desviar a discussão. E num país em que a corrupção está institucionalizada, isso deve exigir atenção em dobro da CGU e do TCU em todas as estatais que financiam o esporte: Caixa, Petrobras, Infraero, Eletrobras, Correios e o próprio Banco ENTREVISTA Cafu "O Brasil é o time a ser batido" A cerimônia do título da Copa do Mundo da FIFA 2002, o experiente Cafu não hesitou: quebrou o protocolo e subiu no púlpito para erguer a taça ainda mais alto. Ele era senhor da situação naquele momento. Para quem viu a cena, custaria crer que aquele mesmo jogador, capitão do penta, teve um início de carreira tão complicado, sendo recusado em diversos testes quando adolescente. “Foram mais ou menos uns nove ‘nãos’ que ouvi”, conta ao FIFA.com. Em entrevista exclusiva, o legendário lateral direito fala sobre essa dura provação para iniciar sua carreira e a decolada repentina que teve para, hoje, se tornar uma autoridade em termos de Seleção e Copa. Então qual a expectativa dele sobre seus jovens compatriotas no Mundial deste ano, em casa? Ele não titubeia novamente: “O Brasil é o time a ser batido”. Confira: w Esporte - Sua história é bastante intrigante. Você demorou para emplacar como jogador. Passou por vários testes, mas, uma vez aprovado no São Paulo e estreando no profissional, imaginava que em tão pouco tempo teria tanto sucesso? Que estaria numa final de Copa em 94? Dava para imaginar de ir tão longe? Cafu - Não, não dava para imaginar que poderia chegar aonde cheguei, tão rapidamente como foi. Imaginava, sim, ser um atleta profissional, um jogador, naquela época do São Paulo, o clube aonde estava. Mas depois as coisas aconteceram muito rápido. O início de carreira é uma coisa muito árdua para muitos atletas, muitos acabam desistindo na metade do caminho, até pelas próprias dificuldades que o dia-a-dia do futebol e da vida acaba te proporcionando. E o fato de ter recebido muitos ‘nãos’ no começo da carreira – foram mais ou menos uns nove –, achei que não seria realmente um atleta profissional, principalmente de Seleção Brasileira. Mas, de uma hora para a outra, num belo amistoso contra o São Paulo, o próprio clube que já havia me mandado embora várias vezes, acabei superando essa peneira e fiquei. Foram uns 15 dias para fazer teste, que duraram uma eternidade. Só faltava aquilo para mim, uma oportunidade. Quando o São Paulo deu, agarrei de uma maneira que não pudesse soltar nunca mais. De 1991, quando me firmei no profissional, em diante, foi uma sequência de seleção paulista, de seleção novos, Seleção Brasileira, até ser campeão mundial. w Esporte - Você se lembra de um ponto, de um dia em que enfim sabia que as coisas haviam virado? Que você havia conseguido? Cafu - Quando assinei meu primeiro contrato com o São Paulo, não tinha certeza ainda se daria segmento na minha carreira ou não. Mesmo se transformando em um atleta profissional, a competitividade é muito grande, e, por ter já uma certa idade, achei que seria difícil. Mas, quando me firmei como titular absoluto, quando conquistei o primeiro título, aí vi, sim, que poderia ser um pouco mais ambicioso. Comecei a trabalhar para que pudesse ir para a Seleção. Quando tive isso, aí comecei a tra- Getty Images Capitão da Seleção Brasileira no título de 2002, Caju fala sobre carreira mundial balhar pela oportunidade de ir para uma Copa do Mundo. Depois que você está lá, você só quer ganhar uma Copa. Então foi uma sequência de vitórias e coisas boas, que me proporcionou ser recordista de jogos com a Seleção, capitão e campeão mundial duas vezes técnico nisso. Mas é uma sucessão para que se possa ganhar uma Copa do Mundo, e, não, um episódio único, ou um detalhe que vai fazer você ganhar. Um detalhe pode pesar numa final, uma falta de atenção. Mas, para chegar lá, você teve toda uma preparação. w Esporte - Na final de 1994, você começa no banco, mas quando soube que teria de jogar? Como veio a notícia? Cafu - O Jorginho estava bem, fazendo uma boa Copa, e eu vinha entrando gradativamente durante os jogos. Era coisa de 10, 20 minutos. Na final, com 15 de jogo no primeiro tempo, o Jorginho colocou a mão na coxa. O Parreira viu e falou: ‘Cafu, aquece’. ‘Nossa, eu aquecer?’, perguntei. E ele disse que o Jorginho tinha sentido, que ficaria de pré-aviso. Quando veio a notícia, ele perguntou se eu estava pronto, respondi que estava preparado há muito tempo e nem precisava aquecer. Entrei na final, e graças a Deus o Brasil foi campeão em cima da Itália. w Esporte - Na véspera do início da Copa das Confederações da FIFA, você estava em Brasília e teve acesso ao treino. Como foi o contato com jogadores? Já sentia um grupo com um astral diferente nesse sentido? Cafu - Tive a oportunidade de conversar com eles no meio do campo. Até falaram que eu teria dado uma palestra, mas não foi isso. Foram apenas umas palavras que acabaram mexendo com o brio deles e da comissão técnica. Por tudo aquilo que vivi, acho que valia passar algo para aquela garotada. Acho que assimilaram bem. Ajudou a tocar os jogadores, e o Brasil ganhou a Copa das Confederações de uma maneira fantástica. w Esporte - Pensando nos grupos de 1994 e 2002, campeões, sempre ouvimos que as coisas não acontecem só dentro de campo, que o ambiente pode ser tão essencial quanto. Isso é um clichê ou realmente fundamental? Cafu - Para uma equipe, principalmente em Copa do Mundo – uma competição curta –, se não estiver unida, não vence. Sozinho ninguém vence Copa. Não vem falar para mim que o Pelé, o Maradona ou o Matthaus tenham ganhado algo sozinho. É mentira. Sempre tem um time que deu suporte para que se destacassem. Se todo mundo não estiver focado, não adianta, que não ganha. Tanto em 1994 como em 2002 nosso foco era único: a taça. Você precisa ter talento, isso é óbvio. Nós tínhamos o suficiente. Mas, se esses talentos jogassem individualmente, o Brasil não teria sido campeão. w Esporte - Sobre esse tipo de química entre um elenco: como funciona? Vem muito do técnico ou é uma sucessão de fatos que pode empurrar o time nessa direção? Cafu - É uma sucessão de fatos, mesmo. Claro que também entra o w Esporte - A Seleção não vinha com bons resultados. Houve uma troca de treinador até por isso. De repente, contra o Japão, o Neymar acerta um chutaço, as coisas dão certo, e cria-se uma sinergia com a torcida. De alguma forma, tudo isso te surpreendeu? Cafu - Para mim não. Sei do que um atleta é capaz, do que uma Seleção pode fazer. Principalmente jogando em seu país, com o apoio da torcida. Foi um dia em que tudo deu certo. O Neymar fez um gol de perna esquerda, e o gol saiu no momento certo. Tudo se encaixou. Na final, o Fred fez um gol deitado. Mas isso só acontece para quem acredita. A Seleção acreditou e ganhou daquela maneira. Então para mim não foi surpresa nenhuma. É a Seleção, e tem de ser respeitada, principalmente em casa. w Esporte - Entre a final e a estreia na Copa, temos um ano de intervalo. É possível que esse cenário possa ser alterado, ou imagina que, quando o Brasil entrar em campo, será o clima da Copa das Confederações? Cafu - Vamos entrar com o clima que vimos na final. Clima de uma Seleção campeã, vencedora, que bateu a Espanha por 3 a 0. Claro, é uma competição diferente, mais difícil. Mas o Brasil é a seleção a ser batida. do Brasil, que tem no vôlei de quadra e de praia um belo caso de marketing vitorioso e em Pizzolato um triste exemplo de corrupção institucional. Bomba N a semana passada publiquei sobre o tempo quente na Confederação de Vôlei, com muita gente questionando sobre a gestão do ex-presidente, Ary Graça, hoje na Federação Internacional da modalidade. Ainda coleciono informações. Ontem ocorreu mais uma reunião na Confederação para discutir sobre os rumos desse assunto, que domina o interesse da comunidade do vôlei brasileiro. panorama f.c Por kleber santos e Dilson Ramos Lampions League A primeira fase acabou da Copa do Nordeste ou ‘Lampions League’, como foi apelidada carinhosamente, fazendo uma referência a UEFA Champions League. Participaram 16 equipes de sete estados. Desse total, classificaram-se para as quartas de final times de cinco federações. Apenas os estados de Sergipe e Paraíba, que contaram com dois representantes cada, não conseguiram a vaga. Para os paraibanos, ameniza a situação o fato de o Botafogo-PB ter conseguido o título Brasileiro da Série D no ano passado. E como justificar os dois times sergipanos: Sergipe e Confiança? Difícil de responder. Quando comparamos com os outros estados a raiva ou tristeza é maior. Senão, veja: começaram a competição com dois clubes: Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Ceará e Sergipe. Por sua vez, Bahia e Pernambuco entraram com três representantes. Destaque para os alagoanos, nossos vizinhos aqui do lado, que colocou tanto o CSA como o CRB na segunda fase. Com isso, a partir do próximo sábado (15), a torcida contará com os duelos entre: CRB-AL x América-RN, Vitória-BA x Ceará-CE, Sport x CSA-AL e Santa Cruz-PE x Guarany-CE. Enquanto nós, pobres mortais, teremos que nos contentar com o início da segunda fase do Campeonato Sergipano de Futebol. A pergunta que não quer calar é: até quando? *** Mais bem paga do mundo Esta é a Maria Sharapova que você conhece: em quadra, jogando tênis. Mas sabia que a russa, segundo a Forbes, é a atleta mais bem paga do mundo? Ela é a primeira colocada entre as mulheres na lista anual da revista, com rendimentos de cerca de R$ 29 milhões anuais. No ranking geral, ela está na 22ª posição. E sabe como ela faz isso? Explorando sua imagem! Da sua renda anual, nada menos que R$ 23 milhões provêm de patrocínios e licenciamentos de sua marca. *** ÁLBUM ATRASADO A Panini, empresa que detém os direitos exclusivos para produção e distribuição do álbum oficial da Copa do Mundo da FIFA e do Campeonato Brasileiro - lança terça-feira (11), o primeiro álbum de figurinhas oficial da Copa do Nordeste. Inclusive, jogadores do Confiança e Sergipe estão presentes. O detalhe é que o álbum chega quando os dois já estão fora. Vá entender! *** FRASE “Ele vem do rival, mas é um jogador de futebol. Estamos fazendo o melhor pelo São Paulo. Tentamos não contratar de monte, isso não resolve nada. Foi uma surpresa para todos nós, porque um jogador desse nível é difícil achar que alguém possa fazer negócio. Estávamos procurando um segundo atacante ou um atacante, mas não esperávamos” (Muricy Ramalho, técnico do clube do Morumbi, sobre Pato). NÚMERO 3 anos, três meses e 61 jogos seguidos: há exatamente esse tempo o Manchester City não deixava de fazer gols em casa pelo Campeonato Inglês, até enfrentar o Chelsea na última segunda-feira. REUTERS/Jason Reed A prisão do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, ontem, na Itália, sugere mais um capítulo sobre as relações do Estado com o esporte. Como se sabe, o Banco do Brasil é parceiro histórico da Confederação Brasileira de Vôlei. Assim como os Correios sustentam a natação, a Caixa o atletismo e por aí vai. Porém, os valores e compromissos dessas parcerias nem sempre têm divulgação aberta por questão de “mercado”, para dificultar a reação dos concorrentes. Também ficam escondidos os compromissos das partes que assinam os contratos. E sem clareza no uso da grana pública sobram dúvidas e suspeitas. Afinal, o eSPORTES B 08h00 – Campeonato Espanhol (ESPN) 08h30 – Italiano: Torino x Bologna (Fox Sports) 10h20 – Campeonato Inglês (ESPN Brasil) 15h00 – Português: Benfica x Sporting (Sportv 2) 16h45 – Italiano: Inter de Milão x Sassuolo (Fox Sports) 17h00 – Francês: Mônaco x PSG (Sportv 2) 18h30 – Paulistão: Mogi Mirim x Corinthians (Sportv) 19h15 – Argentino: Newell's x Boca Juniors (Fox Sports) Aracaju domingo 9 e segunda-feira 10.2.2014 da Cidade CADERNO Jornal programação da tv [email protected] Editor: Kleber Santos Filippe Araújo/FSF THIAGO SILVA Dana White demite brasileiro do UFC A s últimas 24 horas na vida de Thiago Silva provavelmente foram as piores da vida do lutador. Após ameaçar sua esposa e o treinador dela de jiu-jítsu de morte, ser preso pela SWAT e condenado a permanecer encarcerado até ser julgado pela Justiça Americana, o lutador foi banido pelo UFC, seu atual empregador. “Esse cara nunca mais voltará a lutar no UFC”, disse Dana White aos sites TMZ Sports e Yahoo na sexta-feira. Horas mais tarde, o UFC divulgou um comunicado oficial confirmando as palavras do seu presidente. “O Ultimate Fighting Championship cancelou o contrato de Thiago Silva. A decisão tem caráter imediato”, disse o comunicado. Julgado em primeira instância pela Justiça do estado da Flórida, o brasileiro recebeu oficialmente duas acusações de agressão com arma de fogo, com agravante de porte ilegal, e também de resistência à prisão sem uso de violência. Sem direito a fiança, o brasileiro ficará encarcerado até a data do julgamento, que ainda não foi definida pela Justiça. Problemático D Na primeira partida da final da Copa Governo do Estado, o Amadense venceu por 1 a 0, em Itabaiana Amadense encara o Tricolor Serrano para garantir título Time de Tobias Barreto pode até perder por um gol que é campeão Paulo Roberto Da equipe jc O primeiro objetivo do Amadense, visando à conquista da Copa Governo do Estado, foi alcançado, na noite da última quinta-feira, em pleno Estádio Presidente Médici. O Leão da Zona Sul derrotou o Itabaiana, por 1 a 0, e, a partir das 16h, deste domingo, no jogo de volta, em seus domínios, o Estádio Brejeirão, em Tobias Barreto, até com uma derrota, por igual placar, garante o cetro máximo da competição, promovida pela Federação Sergipana de Futebol. O técnico Índio, após a vitória, declarou que gostou da atuação da equipe. Segundo ele, os jogadores, em todos os momentos da partida, procuraram seguir à risca as suas orientações, mas, apesar disso, tem condições de render mais. Neste domingo, quando espera ver a torcida do Leão dar o grito de “é campeão!”, o coman- dante quer o Amadense mais aplicado, em todos os aspectos. Índio demonstra muito otimismo para o jogo decisivo. E não esquece que quando foi contratado entre as prioridades da diretoria estavam a volta à Seria A-2 e a conquista da Copa Governo do Estado. “Estamos nos preparando para um desses grandes momentos. Quando cheguei ao Amadense sabia da responsabilidade que teria pela frente. Mas, graças a Deus, tudo está dando certo”, emendou o treinador. Visitantes P elo lado do Itabaiana, o técnico Ferreira não gostou nem um pouco da atuação do Itabaiana, na derrota para o Amadense. Na opinião do treinador, a equipe apresentou deficiências, nos três setores, principalmente no meio-campo que, conforme revelou, não marcou bem e facilitou as ações do adversário. “Não foi o mínimo do que esperávamos do Itabaiana. O time não fez um bom jogo, pois falhou em todos os setores. O Amadense, embora, com dificuldade aproveitou e chegou à vitória, que aumentou a sua vantagem para conquistar a Copa”, disse Ferreira. O técnico garantiu que vai partir para cima do adversário com ânimo total de vitória. “Sexta-feira, no treino leve com bola que a equipe realizou conversei, demoradamente, com os jogadores sobre o jogo. Disse que eles tem de se doar, ao máximo, e jogar o futebol envolvente e voluntarioso do que são capazes”, declarou. Formação O técnico Índio, do Amadense, não poderá escalar Rhuan. O volante foi púnico com o terceiro cartão amarelo quinta-feira e, por isso, vai ficar fora da decisão. Para vaga do titular da posição, o treinador tobiense revelou que tem como opções Jânio e Tiquinho. Na sexta-feira à tarde, menos de 24 horas da importante vitória, os jogadores que enfrentaram o Itabaiana participaram de um trabalho regenerativo, na piscina da AABB da cidade. Os que não foram para o jogo treinaram com os juniores. O time que vai a campo, hoje à tarde, de acordo com Índio, será o seguinte: Júnior; Edicarlos, Renan, Breno e Alisson; Rafinha, Michel, Carlinhos Jânio ou Tiquinho; Luan e Diego. Para a segunda partida, o Itabaiana tem dois importantes desfalques. Ícaro e Nílson Sergipano foram advertidos com o terceiro cartão amarelo, na derrota passada. Para o lugar do primeiro, Ferreira informou que conta com Marquinhos, e para o do segundo, Iuri. Caso isso se confirme, o Itabaiana deverá ser escalado com: Fábio; Carlos Henrique, Alexandre, Iago e Nilton; Lismar, Marquinhos, Igor e Iuri; Jajá e Da Silva. NOVA IGUAÇU Vasco testa boa fase no Carioca VOLTA REDONDA - Após um início de Campeonato Carioca com dois empates, o Vasco emplacou quatro vitórias seguidas e começou a rodada na vice-liderança da competição. Neste domingo, às 16h (de Aracaju), os cruzmaltinos terão pela frente o Nova Iguaçu, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A equipe da Baixada Fluminense faz boa campanha e sonha com uma vaga no grupo de classificação para as semifinais. No Vasco, o técnico Adílson Batista está tendo que trabalhar com o desgaste do elenco com a sequência de jogos. Na rodada passada, o lateral esquerdo Marlon e o atacante Edmílson foram poupados. Por conta disso, o treinador não tem divulgado a possível escalação da equipe. O colombiano Montoya treinou e pode voltar, mas o argentino Guiñazu, suspenso, é desfalque certo. A boa notícia fica por conta do bom momento e Bernardo e Thalles. Na teoria, ambos são opções, mas vem ganhando destaque no elenco neste início de temporada. Com isso, Adílson Batista tem algumas alternativas para o domingo. Mesmo em boa fase, o treinador pregou respeito ao Nova Iguaçu, que começou a rodada na quinta posição, com 11 pontos. Adílson Batista espera por ono de um histórico de problemas em sua vida profissional, o paulista Thiago Silva, de 31 anos, já foi suspenso duas vezes por doping durante sua permanência no UFC, após as vitórias sobre Brandon Vera no UFC 125 - adulterou a urina que seria usada para o exame antidoping, ficando impedido de lutar por um ano - e sobre Stanislav Nedkov no UFC Franklin x Le, quando foi suspenso por três meses por uso de maconha. Seu estilo irreverente e polêmico ficou evidenciado quando enfrentou o brasileiro Rafael Feijão. Após ironizar o adversário na coletiva e na pesagem, Thiago Silva venceu a luta por nocaute, sendo ovacionado pelo público presente ao Ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza. Atualmente membro da equipe Blackzilians, Thiago Silva teve problemas com o peso-pesado Antônio Pezão, a quem disse surrar durante os treinos, e a quem desafiou para lutar fora do octógono. Pezão recusou o confronto. UFC/Divulgação Thiago Silva é preso, armado, após fazer ameaças em academia PAULISTÃO Timão visita Mogi M OGI MIRIM - Derrotado em suas últimas quatro partidas, o Corinthians faz uma nova tentativa de reação na noite de domingo, no interior de São Paulo. Em crise em campo e na relação com a torcida, a pressionada equipe alvinegra visitará o Mogi Mirim a partir das 18h30 (de Aracaju). Apesar de mais uma derrota na última quarta-feira - 2 a 0 para o Bragantino, no Vasco/Divulgação Pacaembu -, Mano Menezes viu evolução. Ele aprovou o trabalho dos meias Cachito Ramírez e Zé Paulo, que deverão ser novamente os responsáveis pela armação. A ideia é que o Corinthians volte a pontuar após quatro rodadas e melhore a sua situação no Campeonato Paulista. Ninguém tem menos pontos (6) do que a formação do Parque São Jorge no Grupo B. JOGOS DE HOJE CAMPEONATO CARIOCA Nova Iguaçu x Vasco Bangu xMacaé Audax x Volta Redonda Boavista x Duque de Caxias Bonsucesso xResende CAMPEONATO PAULISTA Palmeiras xAudax Ponte Preta x São Paulo Mogi Mirim x Corinthians Portuguesa xLinense CAMPEONATO MINEIRO Tombense xCaldense Minas Boca x Boa Cruzeiro xAmérica Nacional xGuarani CAMPEONATO BAIANO Catuense x Vitória da Conquista Juazeirense xJacuipense Serrano xVitória Bahia xGalícia CAMPEONATO PERNAMBUCANO Santa Cruz x Central Salgueiro xPorto Thales, atacante do Vasco, não será titular, mas poderá ser uma boa opção de reserva dificuldade contra a equipe da Baixada Fluminense. “O Nova Iguaçu está bem colocado na tabela de classificação e briga por vaga nas semifinais. Com certeza vamos encontrar muitas dificuldades neste confronto, pois o time deles está bem armado. O Campeonato Carioca tem partidas muito difíceis e tenho percebido isso nos jogos que tenho acompanhado, mesmo sem ser os do Vasco. Portanto, estou esperando um duelo muito complicado”, disse. Pelo lado do Nova Iguaçu, a equipe espera poder surpreender o Vasco para seguir na briga por uma vaga nas semifinais. Depois de um bom início, o time da BAixada Fluminense sofreu com derrota para o Fluminense e uma igualdade com o REsende no meio de semana. Santa Rita CAMPEONATO ALAGOANO x Coruripe CAMPEONATO SERGIPANO Amadense xItabaiana CAMPEONATO ESPANHOL Valladolid xElche Osasuna xGetafe Real Sociedad x Levante Sevilla xBarcelona B-10 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Informe Publicitário Jornal da Cidade vARIEDADES C CADERNO Jornal da Cidade Editora: Andréa Moura (interina) Aracaju domingo 9 e segunda-feira 10.2.2014 [email protected] José Arinaldo de Oliveira Osmário Santos Da equipe JC J osé Arinaldo de Oliveira nasceu no dia 4 de maio de 1936. Seus pais: Augusto Pereira de Oliveira e Alice de Oliveira. O pai foi empresário e pecuarista, e dele o filho aplica em vida a honestidade, a maneira como educou seus filhos. Nasceram 15 e morreram três. Foram criados 12, sendo oito homens e quatro mulheres. “Meu pai foi um exemplo de dignidade e amor à família, exemplo na condição de agricultor e de pecuarista e de empresário digno”. “Quando ele casou com a minha mãe, partiu para trabalhar na cidade de Rancharia emSão Paulo e foi fazer uma roça de algodão no ano de 1940. Tinha de 50 a 60 homens trabalhando com ele na Fazenda Pocinhos”. “Depois de dois anos, minha mãe perdeu a saúde por não se adaptar ao intenso frio que fazia em São Paulo. Nesse momento, meu avô João Antônio de Santana, conhecido como Janjão de Tertino, mandou chamar meu pai e pediu para que ele voltasse com a família para Sergipe”. “Quando meu pai chegou, meu avô doou ao meu pai 50 vacas e um reprodutor, um carro de boi com seis animais, além de ovelhas e cabras, além da Fazenda Mocambo, que hoje é de minha prioridade. Essa fazenda tinha 2.500 tarefas. Meu avô João de Tertino disse para o meu pai: Augusto, tire a metade dessa propriedade, vá trabalhar, criar sua família e seus animais. Meu pai era muito tolo, tirou uma área que só deu 740 tarefas de terra”. “Meu pai começou a trabalhar e a morar na Barroca do Lázaro, no município de Ribeirópolis. Lá tinha um sítio enorme e a nossa convivência passou a ser da Barroca do Lázaro para a Fazenda Mocambo”. Da sua mãe Alice Oliveira, José Arinaldo conta que ela sempre se preocupou em evangelizar as pessoas na igreja Católica Apostólica Romana. “Quando ela sabia que tinha um casal que não convivia na fé católica, tinha uma missão de conscientizar o casal para fazer o casamento na igreja que processava sua fé”. Conta que o sue pai Augusto Pereira Oliveira, além do trabalho de sustento a família, atuava como enfermeiro. “Era quem aplicava injeção na comunidade da Barroca do Lázaro. Naquele tempo tudo era difícil”. Considera Alice Oliveira como a melhor mãe do mundo. Além de ajudar na igreja, atuava como exímia costureira a ponto de ter ajudado a pagar a casa onde residia em Ribeirópolis. Ela morreu com 40 anos incompletos, deixando 15 filhos. Agnaldo Oliveira – o mais velho; Aliete Oliveira; Advaldo Oliveira (falecido); Alisdete Oliveira (falecida) ; José Arinaldo de Oliveira; Alenice Oliveira (falecida); Aderbaldo Oliveira; Aguinaldo Oliveira; Alércio Oliveira; Cosme Oliveira; Damião Oliveira; Alenide Oliveira; Aildo Oliveira; e Pedro Eribaldo Oliveira. Revela que seu pai fez de tudo para salvar a sua querida esposa, a ponto de levá-la para se submeter a um tratamento de um mês na cidade de Salvador. “Passou com ela internada num hospital em Salvador pelo período de um mês. “Ela depois veio para Aracaju e ficou hospedada na casa da minha tia e madrinha Maria de Lourdes Santos, na Vila João Costa. Quando minha mãe partiu desse mundo para o outro, em 1953, minha madrinha Maria de Lourdes ficou dando apoio aos sobrinhos, como se fôssemos sobrinhos dela. Era uma pessoa que eu queria muito bem”. Os primeiros estudos do então menino José Arinaldo aconteceu em Ribeirópolis, na Escola de Dona Valdice, casada com Adolfo Ceará. “Depois tive como segunda professora, Dona Beatriz e tive o Sr. Horácio de Dona Djlema, como professor no Colégio Abdias Bezerra”. Revela que nos estudos fez o primeiro grau completo e o segundo incompleto. Com a morte da esposa em 1954, seu pai deixa Ribeirópolis e fixa residência na cidade de Frei Paulo com os filhos, na Avenida José da Cunha, após comprar uma usina de beneficiamento de algodão. “Hoje é de nossa propriedade”. Diz que aos 16 anos já tinha roça e criava carneiro. “Eu era muito econômico. Nessa época eu tentei comprar uma bicicleta e o meu pai não deixou. Com sete anos, meu primo carnal, filho de Zezé do Mato Grosso, comprou uma bicicleta a Antônio Pimentel, casado com a filha de Nelson Pereira, e eu fui num dia de sábado buscar a bicicleta na cidade de Itabaiana com pouco tempo de rodada. Voltei rodando coma bicicleta e quando cheguei na cidade de Ribeirópolis, meu pai me disse: agora você vai ter que me dar a bicicleta, pois quero ir em Frei Paulo. Ele rodava mais que eu e não deixou que eu comprasse a bicicleta com o meu dinheiro”. A vida do pecuarista, ex-deputado estadual por duas legislaturas e ex-prefeito de Frei Paulo Fotos Divulgação “Após um período de muito trabalho onde lutei muito, fui morar em Frei Paulo e comecei a negociar com algodão”. Registra que no ano de 1940 foi morar em Racharia em São Paulo, onde passou quatro anos e retornou em 1942, com seis anos, para Ribeirópolis. Numa nova etapa de trabalho em Ribeirópolis, trabalhou com toda disposição e garra. “Criando ração para os animais, carreando e tirando leite e outras atividades. Meu irmão Agnaldo Oliveira casou com 18 anos e assumi o comando de tudo. Às 3h da madrugada meu pai me chamava para trabalhar. Dizia: ‘Levanta que o dia está amanhecendo’. Saía para traz da serra, aquela terra esquisita, e começava a tirar o leite. Meu pai comprou essa propriedade do bisavô de José Arinaldo. José Rosendo de Souza, conhecido como Senhorzinho da Batinga, nosso bisavô, foi quem fundou a cidade de Ribeirópolis. Na época, Sergipe era governado por Maynard Gomes e o primeiro prefeito da cidade foi Felino Bonfim, filho de Senhorzinho da Batinga. Ele estudou para padre e perto de se ordenar desistiu e foi trabalhar com o pai. Foi elequem redigiu uma carta para Maynard Gomes, solicitando que o Saco do Ribeira passasse a cidade. Aí Maynard Gomes respondeu que um povoado para passar para ser uma cidade, tem que ter uma renda de Quarenta Contos de Réis e ele disse: ‘Governador, no mês que falhar, completo com o dinheiro do meu bolso’. Com mais três dias, foi publicado o decreto no Diário Oficial do Estado. Ele tinha usina de fazer açúcar e o deleera o açúcar moreno, açúcar de pedra”. Conta que quando foi morar na cidade de Frei Paulo, passou a ser o mecânico da usina de algodão. “O meu cunhado, José Alfredo Rodrigues Lima – conhecido por Juca, me convidou para ser sócio e comecei a trabalhar. Foi no tempo que comprei uma motocicletae vinha a Aracaju pela estrada de chão. Deixava a motocicleta na casa de minha tia e madrinha, Maria de Lourdes Santos, casada com José dos Santos, do Magazine dos Móveis, na Rua São Cristóvão. Quando chegava às 17h, pegava a moto e voltava para Frei Paulo. Já vendia caroço, vendia algodão a FrancoRodrigues Lima. Em 1964, compra uma caminhonete seminova da Williams, na concessionária do Sr. Moraes. Também compra uma nova casa em Frei Paulo. “Sob o comando da minha irmã, Aliete Oliveira, a coisa passou a ser diferente”. “Em 1958, meu pai resolveu casar com Dona Josefa Barreto e a coisa mudou. Ela fez uma reunião com a família e disse: ‘De agora e por diante, só eu é quem manda’”. “Como já tinha a minha casa,resolvi fazer uma boa reforma. Naquela época eu era apaixonado por uma garota chamada Cecinha, do Povoado Mocambo, mas não tinha condições de casar. Aí passei a fazer uma prece a Deus e à Virgem Mãe para que, se não tivesse condições de casar com ela, que mostrasse um meio para o término do namoro. Deus mostrou e eu terminei”. “Comecei um novo namoro com a Maria Rita Modesto de Oliveira, o amor de minha vida. A mulher que me deu quatro filhos: José Arinaldo de Oliveira Filho, Adenilza Maria de Oliveira, Dr. Jairo Anderson de Oliveira (psicólogo) e João Augusto de Oliveira. Com ela convivi 14 anos, cinco meses e cinco dias. Ela fez uma cirurgia de vesícula e chegou a falecer”. Revela que conseguiu, com muito esforço, comprar a usina de beneficiamento de algodão de seu pai. “Meu pai comprou a usina do meutio Josias em Ribeirópolis e eu comprei a dele em Frei Paulo, com o apoio do meu tio Josias”. “Eu fiquei com os meus quatro filhos e depois de alguns meses, o meu compadre, o cônego João Lima Feitosa, foi procurar o meu pai na cidade de Ribeirópolis e questionou: ‘E Seu Augusto, se Zé Arinaldo casar-se com Durcelina?’. Ele respondeu: ‘Teria o maior prazer de minha vida, pois iria tomar contar dos meus quatro sobrinhos’. Daí meu pai partiu para a cidade de Itabaiana, conversou com o meu sogro, João Modesto Sobrinho, e a minha sogra, a professora Dulce Pinho Modesto. Eles disseram a mesma coisa e eu disse: ‘Meu compadre, se Deus traçou, seja feita a vontade de Deus’. Ela era irmã da finada Maria Rita e era noiva de um rapaz da cidade de Lagarto. Ela fez uma carta pra o rapaz, colocou a aliança dentro da carta e mandou devolver ao noivo de Lagarto. Ela casou comigo em janeiro de 1984. Hoje são 40 anos de convivência e me deu essa filha que é a doutora Ana Rita Modesto de Oliveira. Ela é dentista e trabalha em Frei Paulo. Em Aracaju abriu uma loja na Av. Francisco Porto ARM (Ana Rita Modesto)”. No momento tem asfazendas: a Mocambo, no município de Ribeirópolis, São Pedro, no município de Pedro Alexandre, São Antônio, São Domingos e Queimada do Exu no município de Carira e Lagoa do Mato em Carira. Por influência do ex-prefeito de Frei Paulo, João Teles da Costa,ingressa na política e sai eleito prefeito de Frei Paulo com mandato de seis anos nas eleições de 1967. De 83 a 88. Naquele tempo, o mandato era de seis anos. Pelo amor à sua terra natal, resolve montar na Praça da Matriz a Rádio Educadora de Frei Paulo. Certa vez encontrei com o amigo e jornalista Raimundo Luís e perguntei comopoderia implantar uma emissora de rádio em Frei Paulo. De imediato me perguntou se estava louco, pois a rádio seria instalada numa pequena cidade. Ainda me deu todas as pinceladas e neste ano de 2014 a emissora irá completar 24 anos com uma intensa programação”. Como deputado estadual pelo PFL, José Arinaldo Oliveira atuou com destaque nas legislaturas de 1990 e de1994. C-2 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 TV aberta 05:00h - Jogos Olímpicos de Inverno 07:15h - Jogos Olímpicos de Inverno 08:15 - Globo Rural 09:10h - Auto Esporte 09:45h - Esporte Espetacular 12:45h - Temperatura Máxima "Rango" 14:45h - Sai do Chão 15:42h - Divertics 16:60h - Futebol 19:00h - Domingão do Faustão 21:00h - Fantástico 23:22h - Big Brother Brasil 14 00:08h -Domingo Maior "Os Reis da Rua" 01:48h - Flash do Big Brother Brasil 14 01:54h - Boletim Sochi 2014 01:54h - Sessão de Gala "Educação" TV Atalaia/Record TV Canção Nova Canal 4 Fone: (79) 3045-4400 Canal 8 Fone: (79) 3226-2600 08:00h - Caju Cap - HD 09:00h - Formandos e Noivas - HD 09:30h - Paulo Lavigne - HD 10:00h - Viva Mais - HD 10:30h - Caderno de Domingo - HD 11:00h - Record Kids - Pica-Pau 12:00h - Jogos Olímpicos de Inverno Sochi 2014 - HD 14:55h - O Melhor do Brasil 18:20h - Domingo Espetacular - HD 22:15h - Série Spartacus - HD 23:15h - 50 Por 1 - HD Aperipê TV/TV Brasil Canal 2 Fone: (79) 3179-1315 06:30h - Pense e Repense 07:00h - Santa Missa (Programação Local) 08:00h - Hora do Empreendedor (Programação Local) 09:00h - Forró no Asfalto (Programação Local) 10:00h - Castelo Rá Tim Bum Canal 13 Fone: (79) 249-5505 05:00h – Deus Abençoe/Terço 05:30h – Mensagem do Cardeal 06:00h – Igreja pelo Mundo 06:30h – Preservação Ambiental 07:00h – Transmissão 08:00h – Transmissão 09:30h – Tele Davi 10:00h – Transmissão 11:00h – Transmissão 11:30h – Angelus/Palavra de Deus 12:30h – Nossa Gente, nossa terra 13:20h – Transmissão – Missa 15:30h – Darc 16:30h – Programa de Roma 17:00h – Deus abençoe Terço 17:30h – Som e Vida 18:30h – Igreja no Novo Milênio 20:50h – CN Repórter 21:30h – Resgate Já 22:00h – O Amor Vencerá 24:00h – Gente de Fé 00:00h – Som e Vida Photo Rio News Jornal da Cidade TELEVISÃO A programação é de total responsabilidade das emissoras 10:30h - Janela Janelinha 11:00h - ABZ do Ziraldo 11:45h - Curta Criança 12:00h - Um Menimo Muito Maluquinho 12:30h - Catalendas 13:00h - Dango Balango 13:30h - TV Piá 14:00h - Stadium 15:00h - A’UWE 16:00h - Ver TV 17:00h - De Lá pra Cá 17:30h - Cara e Coroa 18:00h - Papo de Mãe 19:00h -Conexão Roberto Dávila 20:00h - Esportvisão 21:30h - Nova África 22:00h - Cine Ibermédia Solas 23:45h - A Grande Música 00:45h - Rumos TV Sergipe/Globo Variedades “Ela é primeira-dama de quadrilha”, diz Andréia Horta, sobre papel em série Divulgação/TV Globo Carla Neves Do UOL, no rio D epois de interpretar a sofrida Simone, em "Sangue Bom", Andréia Horta está no ar novamente como a destemida Celeste da "A Teia". Na série policial escrita por Bráulio Mantovani e Carolina Kotscho e dirigida por Rogério Gomes, a personagem passa a viver em meio à adrenalina dos criminosos ao se relacionar com Baroni, bandido interpretado por Paulo Vilhena. "A Celeste é a primeira-dama da quadrilha", contou Horta, revelando que as cenas de ação, cheia de tiros e perseguições, a deixaram com medo e a fizeram dormir com a luz acesa por uma semana. "Fiquei sensível e ouriçada. Esse trabalho evoca uma energia muito negativa", contou, referindo-se às gravações das cenas em que os atores usaram revólveres e deram tiros de festim. Na história, Celeste é uma ex-prostituta que tem uma filha para criar e se apaixona pelo chefe da quadrilha que, com seus homens, invade a pista do aeroporto internacional de Brasília com duas caminhonetes e uma minivan e ataca um voo comercial em que estão sendo carregados 61 quilos de ouro. Andréia Horta é Celeste na minissérie "A Teia", da Globo Guilherme Leicam "Ela tem um filho de um bandidinho e se vê numa situação complicada. Depois que ele é preso, ela precisa se prostituir para criar a filha. Até que ela conhece o Baroni e se apaixona por ele. É um amor honesto, recíproco, ela tem orgulho de ser a primeira-dama. Tem muita coisa que ela não sabe, mas eles são cúmplices", explicou. Horta elogiou o texto de Bráulio Mantovani e Carolina Kotscho e revelou que a série não retrata apenas a violência física, nas cenas de tiro e perseguições. “A violência da série é sobretudo a psicológica. O texto do Bráulio e da Carol é um delírio”, disse. A princípio escalada para viver a lésbica Marina na novela “Em Família”, a atriz teve de abandonar a personagem – que fará par romântico com Giovanna Antonelli – por causa da série “A Teia”. Horta contou que se sentiu muito honrada com o convite de Manoel Carlos e Jayme Monjardim, autor e diretor da novela, respectivamente, mas não pôde aceitar porque não poderia estar no ar em duas produções ao mesmo tempo. “A série estreia em janeiro e coincide com a novela [que estreou no dia 3 de fevereiro]”, explicou. Ator jura que não está à procura de um amor: “É muito difícil conhecer alguém” convidado Gilberto Gil tocará em São Paulo neste mês O grupo de Salvador Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz terá a presença de Gilberto Gil em série de shows no Sesc Pompeia, em São Paulo, em fevereiro. Com projeto musical que valoriza as raízes afro da música baiana com foco em seu aspecto percussivo, as apresentações contarão com quatro composições do maestro Letieres Leite e seis de Gilberto Gil. "A Rumpilezz, desde sua criação, tem entre seus objetivos artísticos a visita a compositores que em sua obra contemplem a conexão com o universo da música afro-brasileira. Gilberto Gil sempre foi uma das nossas primeiras escolhas neste sentido, não só pelo fato de sua obra reverenciar de forma direta diversos toques do universo da música ancestral afro-baiana, mas também pela maneira apurada e meticulosa que ele se utiliza de harmonias e construções melódicas complexas", explicou Letieres, por meio de comunicado. Os ingressos começam a ser vendidos pelo site do Sesc no dia 10 de fevereiro, a partir das 17h30 e na bilheteria no dia 12, também a partir das 17h30. Serão 774 entradas disponíveis para cada dia de apresentação. Os valores vão de R4 10 a R$ 50. A Orkestra foi criada por Letieres em 2006 e, além das relações sonoras com Ilê Aiyê, Olodum e os Sambas do Recôncavo, tem forte influência de jazz. Em formato de Big Band, ela tem em sua estrutura musical quatro músicos de percussão (surdos, timbaus, caixa, agogô, pandeiro e caxixi), 14 músicos de sopro (quatro trompetes, quatro trombones, quatro flautas, dois saxes alto, dois saxes tenor, dois sax soprano, um sax barítono e uma tuba) e um alabê (atabaques). Letieres Leite & Orquestra Rumpilezz convidam Gilberto Gil Onde: Teatro do Sesc Pompeia / Rua Clélia, 93 Quando: 20, 21 e 22 de fevereiro, quinta, sexta e sábado, às 21h, e 23 de fevereiro, e no domingo, às 19h. Quanto: R$ 10 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$ 25 (usuário matriculado no Sesc e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$ 50 (inteira). Informações: www. sescsp.org.br internado O cantor e compositor Gilberto Gil foi internado na última segunda-feira (3) no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para uma série de exames de rotina. A assessoria de imprensa do cantor disse que se tratam apenas de exames de rotina que Gil realiza todos os anos antes do Carnaval. O hospital não divulgou boletim médico a respeito. “Está tudo bem com ele, as pessoas não precisam ficar preocupadas”, disse a assessoria de imprensa. “Ele realiza esse check-up anualmente. É um cuidado que ele tem com sua própria saúde.” Como de costume, em 2014 Gil deve marcar presença no camarote do Expresso 2222, em Salvador. Informações sobre a programação devem ser divulgadas ainda neste mês. Guilherme Leicam, 23 anos, chega ao hotel Sheraton do Rio, no Leblon, e logo direciona sua atenção para os equipamentos de fotografia. "É um rebatedor três em um? Qual lente você está usando?", pergunta interessado antes de posar para a sessão de fotos. O ator, que volta ao ar com o personagem Laerte, par de Bruna Marquezine, 18, na segunda fase da novela Em Família (Globo), conta que sua curiosidade é um indício do desejo de trabalhar também com direção. "Quero fazer tudo e gosto de estar envolvido em muitas coisas ao mesmo tempo. Tenho cabeça de direção. Eu gosto de ver como é feita a luz, de atuar, cantar, escrever... Comigo não tem essa de uma coisa só. Sempre fui de me envolver", afirma Guilherme, que ri de si próprio ao se definir como um "hiperativo não dignosticado". Tanta hiperatividade o deixou solteiro há um ano e meio. E Guilherme jura que não está à procura de um amor. "Estou gostando da solteirice. Namorei por três anos. Agora, se eu conhecer alguém que me interesse, vou Miguel Sá/Divulgação Guilherme Leicam é Laerte na novela "Em Família" ficar e deixar desenvolver. Mas o trabalho consome muito a gente. Gravações de segunda a sábado, e domingo tem presença VIP em algum lugar. É difícil conhecer alguém", choraminga o rapaz, que, quando está com alguém, assume-se romântico. "Costumo me doar inteiro. Era muito romântico no meu namoro anterior. Comemorava todo dia 23 de cada mês. Era uma data especial. Gosto de mandar flores, de convidar para jantar em um lugar legal com boa vista, de pegar um cineminha. Tento surpreender minhas namoradas", entrega ele, afirmando que nunca beijou uma fã. "Acho muito fanfarrão um ator que faz isso. É um cara que não sabe aproveitar bem a fama. É canastrão demais", opina. Quando sobra tempo, Guilherme mantém a boa forma malhando. "Gosto também de correr. Quando está chovendo, pulo corda no play do condomínio por meia hora. São 2 mil pulos!", jura. Guilherme nasceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e foi criado na Praia do Cassino, balneário gaúcho. Há dez anos, convenceu a família a se mudar para o Rio de Janeiro para perseguir o sonho de ser ator. “Aos 13 já gostava de teatro e era apaixonado por cinema. Fiz um curso pouco antes de me mudar para o Rio e me amarrei na hora”, lembra. “Morei com a minha mãe até os 18, quando fui viver com amigos atores. A gente ficava o dia inteiro falando de arte. Agora estou morando sozinho na Barra da Tijuca”, conta. E ele não se arrepende de ter trocado as brincadeiras da adolescência para investir na carreira artística. Variedades Jornal da Cidade Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Astral ancelmo gois • Email: [email protected] • Fotos: [email protected] COM ANA CLÁUDIA GUIMARÃES, DANIEL BRUNET, JORGE ANTÔNIO BARROS E MÁRCIA VIEIRA TV Globo/João Miguel Jr. Repórter por um dia O nosso Bruno Mazzeo, repórter por um dia da coluna, constatou na Praia do Leblon os preços abusivos do verão carioca: eskibonzinho custa R$ 18, e o picolé de brigadeiro, R$ 10. Após pagar os gelados para o filho e o amiguinho dele, o ator e humorista ponderou que os valores estavam bons para tapear turista. Ao que o vendedor negou veementemente: “Pro turista, esse de R$ 18 sai por R$ 25”. Ah, bom! agência o globo Conquista da China O livro infanto-juvenil “Raul da ferrugem azul”, de Ana Maria Machado, ganhou versão em chinês pela editora Kaixin, veja a foto. Este é o sétimo livro da escritora na língua de Confúcio. Aliás... O carioca adora o verão, certo? Não é bem assim. Uma pesquisa do Ibope mostra que apenas 42% da população do Rio têm uma percepção positiva da estação. O restante tem imagem negativa do verão ou é indiferente. Ainda: o pior do verão, segundo 40% dos 800 cariocas ouvidos pelo Ibope, é o preço das coisas e dos produtos. A Paramount Pictures descontinuou os lançamentos em película apenas nos Estados Unidos. No Brasil, onde o processo de digitalização dos cinemas ainda está em andamento, a empresa continuará lançando filmes com cópias em 35mm (película), ainda sem previsão de parar. Aqui, os lançamentos da Paramount utilizam mais de 60% das cópias em 35mm, o que inviabiliza a interrupção da distribuição em película a curto prazo. Distribuiu bônus No acordo com credores internacionais, Eike Batista concordou, como se sabe, em reduzir sua participação na antiga OGX para cerca de 5%. Ato seguinte, ele reduziu sua parte para 4% e transferiu 1% das ações para o pessoal que trabalhou com ele nesta empreitada. Calma, santa O Ministério da Justiça, por meio do seu departamento de Classificação Indicativa, rejeitou e mandou arquivar denúncia do deputado e pastor Marco Feliciano, da Comissão de Direitos Humanos, contra o programa “Encontro”, de Fátima Bernardes, que exibiu reportagem sobre como as crianças lidam com pais homossexuais. Segue... Além disso, o Ministério da Justiça registrou que o programa tratou do tema com correção. O Domingo é de... ...Angélica, de 40 anos. Mãe de Joaquim, Benício e Eva, a bela mulher de Luciano Huck, depois de gravar temporada do seu “Estrelas” em Las Vegas, volta a se encontrar com as celebridades pelo Rio. Nesta foto, ela posa antes de gravar com o ator Humberto Martins, que tentava praticar kayaksurf, na Praia da Reserva. Que seja feliz! Canção do exílio Tipo mãe O Beba Água, aplicativo brasileiro pago que está entre os mais baixados por usuários de iPhone, vai ganhar versão para Android este mês. O programa, que teve 120 mil downloads em quase cinco meses, incentiva que os usuários tomem água. O verão da bermuda Caetano Veloso vai homenagear o compositor Paulo Diniz nos shows que fará, dias 14 e 15 agora, no Circo Voador, no Rio. Decidiu incluir no repertório a música “Quero voltar para a Bahia” (“I want to go back to Bahia”). A canção foi composta em 1970, em homenagem a Caetano, que se encontrava exilado em Londres. Por isso, o nome é em inglês. Oscar Quiroga Internet: www.quiroga.net E-mail: [email protected] Os livros Data Estelar: Lua cresce em Gêmeos. Já que é para pensar e tua mente não cede espaço ao silêncio, então por que não te dedicas a pensar pensamentos que te elevem? Hoje é propício pegar aquele livro que deixaste para ler em algum momento incerto do futuro. Esse futuro é aqui e agora e, vencendo a indolência e te dedicando à leitura, constatarás a importância dos livros. Não importa se esses livros ocupam espaço físico ou virtual, se são de papel ou de bytes e pixels, o que importa é que tua mente se envolva com as palavras e navegue pelo conteúdo. Há tanto conhecimento disponível e é tão fácil ter acesso a esse que seria motivo de vergonha não aproveitares a oportunidade. Conhecer é perceber, perceber é participar da realidade e seres mais uma entidade capaz de intervir nos acontecimentos e, quem sabe? Talvez mudar o mundo também! Áries (21/03 a 20/04) Agora não se pode pretender segurança a respeito de nada. Por isso, o melhor a fazer é cumprir todas as tarefas e continuar a vida como se nada demais estivesse acontecendo. Tudo dentro da mais pura normalidade. Touro (21/04 a 20/05) Quando suas sugestões sejam rejeitadas, em vez de se ressentir por isso, procure estimular a criatividade, tirando da manga algum trunfo que sob outras circunstâncias pareceria extravagante demais para manifestar. Cópias em 35mm ‘Cavalinhos de Platiplanto’ Leão (22/07 a 22/08) A dependência não é inimiga da liberdade. É num delicado equilíbrio entre a tolerância mutua e o amor próprio que se desenvolvem os melhores relacionamentos. Nem muito para lá, nem tanto para cá, relacionamento é equilíbrio. Virgem (23/08 a 22/09) Quando não se ganha, é difícil celebrar o sucesso alheio A recíproca também é verdadeira, seria muito difícil alguém celebrar sinceramente seu sucesso sem estar dentro desse barco também, não lhe parece? Libra (23/09 a 22/10) Conheça seus verdadeiros propósitos e tente se alinhar constantemente com esses. Se por ventura você não tiver pleno conhecimento de quais seriam seus propósitos, então dedique todo o tempo a isso. Escorpião (23/10 a 21/11) Uma pequena bênção restaura a visão positiva dos acontecimentos. Porém, você deve reconhecer que as bênçãos sempre ocorrem em momentos opostos a essa, quando sua alma pensa estar perdida e desamparada. Sagitário (22/11 a 21/12) A vida é aventura, os contratempos de hoje podem se transformar nas soluções de amanhã. A vida é íntegra, sempre vem completa, sem etapas, sem preliminares, sem jogos ocultos. Tente se parecer com a vida. Capricórnio (22/12 a 20/01) A boa vontade é a maneira mais prática de amar, é colocar todos os recursos em movimento para privilegiar o que for espaço e tempo em comum com outras pessoas. Pensar menos em si e mais em outrem, essa é a boa vontade. Aquário (21/01 a 19/02) O livre arbítrio é a regra do jogo da evolução humana. Você pode sofrer pressões das pessoas envolvidas, você pode até sofrer a pressão que sua própria vida interior exerce, mas você continuará livre para decidir. Peixes (20/02 a 20/03) A obediência às regras é tão importante quanto a eventual transgressão dessas. Sua alma precisa estar sempre lúcida para que nem a obediência nem a transgressão seja a nota dominante. Tudo está em constante mutação. Cinema ESTREIAS Trapaça (American Hustle). EUA, 2013. Direção de David O. Russel. Com Christian Bale, Robert de Niro, Bradley Cooper. 138m, 14 anos. Trapaceiros são forçados a colaborar com um agente do FBI. Riomar, versão com legendas, sessões às 13h, 15h50, 18h50 e 21h50. Uma Aventura Lego (The Lego Movie). EUA, 2013. Direção de Phil Lord e Chris Miller. 104m, livre. Um lego comum recorre a super heróis para evitar um complô contra o mundo de brinquedos. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão em 3D, dublado, sessões às 14h30, 16h30, 18h30, 20h30. Riomar, versão dublada, 3D, sessões às 12h, 16h40, 19h. Versão plana, dublada, sessão às 14h20. Jardins, versão dublada, sessões às 15h e 19h40. Versão 3D, dublado, sessões às 11h30, 14h10, 16h30, 19h e 21h30. Caetano, que fez um arranjo para a música, demonstra carinho com a obra: — Ela me comovia na época e, relembrada agora, comove ainda mais. Um trecho: “De repente ficou frio/Eu não vim aqui para ser feliz/Cadê o meu sol dourado?/Cadê as coisas do meu país?” Gêmeos (21/05 a 20/06) Você não perderá a cabeça por abrir seu coração. É um equívoco pensar que coração e cabeça sejam conflitantes. É melhor abrir o coração e perder a cabeça do que perder o coração por manter a cabeça no lugar. É assim. Câncer (21/06 a 21/07) Assim como você se ama e aceita seus defeitos e qualidades de forma natural, o mesmo precisa ser feito com as pessoas próximas, aquelas que fazem parte de seu círculo de influência. Facilite tudo, aceite-as sem restrições. Jack Ryan: Operação Sombra (Jack Ryan: Shadow Recruit). EUA, 2013. Direção de Kenneth Branagh. Com Cbris Pine, Kevin Costner, Keira Knightley. 105m, 14 anos. Oficial da Marinha descobe um plano russo para desvlorizar a moeda norte-americana. Jardins, versão dublada, sessões às 12h, 14h20, 16h40, 19h10, 21h40. Democracia é melhor... C-3 90m, 12 anos. Cine Sercla (Shopping Prêmio), sessões às 14h40, 16h40, 18h40 e 20h40. Jardins, sessões às 11h50, 14h, 16h10, 18h35, 20h45. Tarzan 3D (Idem). EUA, 2013. Direção de Rainhard Kloos. Bebê é criado por um gorila e ao crescer se transormar em Tarzan, o Rei da Selva. Livre, 94m. Jardins, versão 3D, dublado, sessões às 11h, 13h, 15h30. Frozen, Uma Aventura Congelante (Frozen). EUA, 2013. Direção de Chris Buck e Jennifer Lee. 108m, livre. Acompanhada por um alpinista, Anne poarte numa jornada por perigosas montanhas de gelo, para encontrar a Rainha das Neves. Jardins, versão plana, dublado, sessões às 11h10, 12h20, 17h35. Até que a Sorte nos Separe 2. Brasil, 2013. Direção de Roberto Santucci. Com Leandro Hassum, Camila Morgado, Jerry Lewis. 10 anos, 102m. Casal quebrado aproveita viagem aos Estados Unidos para ir fazer uma fezinha em Las Vegas. Jardins, sessões às 12h40, 17h20 e 22h. CINE VITÓRIA Em exibição hoje: A partir de 2015, a Companhia das Letras começa a publicar as obras completas de José J. Veiga (1915-1999), cujos direitos estavam em poder da editora Bertrand Brasil. O autor de “Cavalinhos de Platiplanto” é um dos principais nomes do realismo fantástico brasileiro. Hércules, a Origem da Lenda (The Legend of Hercules). EUA, 2013. Direção de Renny Harlin. Com Kellan Luz, Gaia Weiss, Scott Adkins. Traído por seu padrasto, Hercules batalha para voltar para casa. Jardins, versão 3D, com legendas, sessões às 11h15, 13h30, 16h, 18h50, 21h15. O ex de Luana Ajuste de Contas (Grudge Match). EUA, 2013. Direção de Peter Berg. Com Sylvester Stallone, Robert de Niro, Kim Basinger. 12 anos, 100m. Dois Férias (Ferien). Alemanha, 2007. Direção de veteranos boxeadores voltam a se encontrar num Thomas Arsla. 91m, livre. Uma temporada de ring. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão duverão numa casa de campo remota no meio de blada, sessões às 14h45, 16h45, 18h45 e 20h45. uma floresta. Sessão às 19h. CONINUAÇÕES A 5ª Turma do STJ negou o Habeas Corpus pedido pelo playboy baiano Christiano Rangel que agrediu a socos a exnamorada, Aida Nunes, em 2013. Rangel, que está foragido, namorou Luana Piovani e outras famosas. Não furou fila Semana passada, Dom Orani João Tempesta aguardou pacientemente sua vez para tirar passaporte no posto da Polícia Federal do Galeão. Não é fofo? A culpa é do Mickey Os pais de uma menina de 14 anos entraram com processo contra uma agência de viagem da Barra, que levou a filha à Disney. É que ela voltou de lá... grávida. Zeca, 55 anos Zeca Pagodinho ganhou um samba de Arlindo Cruz e Hamilton de Holanda. É pelos seus 55 anos. Um trecho: “E a vida vai prosseguir/Vai mais além/Com muito amor/para mais de cem/ anos de felicidade/Sempre com muita amizade.” Veja o vídeo no blog da coluna. Deve ser terrível A Associação Americana de Escolas de Medicina estima que até o fim da década o déficit de médicos no país chegue, por baixo, a 90 mil profissionais. No mais... Numa ilha bem pertinho de Miami tem aos montes. Multiplicação de peixes Do Ministro da Pesca, Marcelo Crivella durante assinatura do convênio que vai construir ainda este ano o maior Terminal Pesqueiro Público TPP do país em Cabo Frio. - Deus multiplicou os peixes, não a galinha e nem o boi. Por isso incentivamos a indústria da pesca - disse após aprovar o projeto numa área de 17 mil às margens da Lagoa de Araruama. É. Pode ser. O calor insuportável que vem esquentando a cabeça do carioca levantou uma questão antiga. Afinal, devemos ter uma moda tropical ou não? A irreverência tomou forma na atitude do ilustrador André Amaral Silva, de 41 anos, que decidiu ir trabalhar de saia, já que era proibido o uso de bermuda em seu trabalho, terça passada. Dois dias depois, a italiana Sandra Biondo, responsável pela tradução de autores imortais como Rachel de Queiroz para a língua de Dante, foi barrada em sua tão sonhada visita à Academia Brasileira de Letras porque usava a peça. Há quem defenda o uso de roupas mais formais, como a consultora de moda ítalo-brasileira Costanza Pascolato: “Sair arrumado é uma questão de deferência para com o outro.” Mas há também o outro lado da questão. E é sobre essa moda adaptada que a estilista carioquíssima Isabela Capeto responde a quatro perguntas. Dá para manter a pose e o estilo com esse calor todo? Dá, mas é muito difícil. A dica é usar coque, rabo de cavalo, maquiagem que não derreta. Usar bermuda é feio? Não, existem bermudas lindas! Acho um charme a pessoa que faz uma linha mais safári. Um modelo cáqui com uma camisa branca amarrada com um nó. Acho que o truque é usar uma roupa com cara de tropical. Apostar em bolsinha e sandálias de palha. Em que ocasião não se pode usar bermuda? Não existe isso. Ela pode usar bermuda tanto de manhã quanto de noite. Pode usar uma bordada, com um tecido mais nobre, colocar um salto e fica linda. Não seria o caso de as mulheres usarem menos calças e mais vestidos? Este calor é bom para as mulheres porque elas ficam mais femininas ao usar mais vestidos, mais arrumadas. No inverno, as mulheres acabam se vestindo muito com um jeito masculino. Vamos combinar que no fundo os homens morrem de inveja das mulheres que podem usar vestidos (risos). Ana Cláudia Guimarães 47 Ronins (47 Ronin) EUA, 2013. Direção de Carl Erik Rinsch. Com Keanu Reeves, Min Tanaka, Rinko Kikuchi. 120m, 14 anos. Um grupo de samurais banidos deseja reaver sua honra a partir de uma vingança contra o traiçoeiro Lorde Kira, responsável pela morte do mestre deles. Riomar, versão com legendas, sessões ás 12h30, 15h10, 17h50, 20h30. Jardins, versão 3D, dublado, sessões às 13h15, 16h20 e 22h30. Versão 3D, com legendas, sessão às 19h25. A Menina Que Roubava Livros (The Books Thief). EUA, Alemanha, 2013. Direção de Brian Percival. Com Geoffrey Rush, Emily Watson e Sophie Nélisse. 132m, 12 anos. Durante a II Guerra Mundial, garota sobrevive fora de Munique através dos livros que ela rouba. Riomar, versão com legendas, sessões às 13h40, 16h30, 19h20, 22h10. Jardins, versão dublada, sessões às 14h05, 17h05, 20h15. O Lobo de Wal Street (The Wolf of Wall Street). EUA, 2013.Direção de Martin Scorsese. Com Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Matthew McConaughey. O corretor Jordan Belfot, através de sua empresa, fez fortuna avaliada em um bilhão fraudando pequenos investidores. 180m, 16 anos. Riomar, versão com legendas, sessões às 14h, 17h30 e 21h. Frankenstein, Entre Anjos e Demônios ((I, Frankenstein). EUA, Austrália, 2014. Direção de Stuart Beattie. Com Aaron Eckhart, Bill Nighy, Miranda Otto. Nessa nova história, Frankenstein está no meio de uma guerra que já leva séculos, entre clãs rivais. 93m, 12 anos. Cine Sercla (Shopping Prêmio), versão dublada, sessão às 14h50, 16h50, 18h50, 20h50. Riomar, versão com legendas, 3D, sessão às 21h20. Jardins, versão 3D, dublado, sessões às 18h20, 20h25, 22h25. O Herdeiro do Diabo (Devil´s Due). EUA, 2013. Direção de Matt Bettinelli-Olpin, Tyler Gillett. Com Allison Miller, Zach Gilford, Vanessa Ray. 90m, 14 anos.Mulher grávida passa a ter comportamento estranho, de origem sinistra. Jardins, sessões às 15h10, 20h, 22h20. Muita Calma Nessa Hora 2. Brasil, 2012. Direão de Felipe Joffily. Com Andrea Horta, Daniel Filho e Bruno Mazzeo. Três anos após suas aventuras em Búzios, Tita, Mari, Aninha e Estrela voltam a se encontrar, agora no Rio de Janeiro. O Menino e o Mundo. Brasil, 2013. Direção de Alê Abreu. 80 anos, livre. Garoto foge de casa para encontrar o pai na cidade grande. Sessão às 15h. Minhas Mentiras, Meu Amor (Lila, Lila). Alemanha, 2009. Direção de Alain Gsponer. Garçom se faz passar por autor de um livro, para poder conquistar uma universitária. 2008, 14 anos. Sessão às 17h. Turismo C Jornal da Cidade CADERNO Coluna do Trade Andréa Moura Editora: Andréa Moura (interina) Dias melhores I Aracaju domingo 9 e segunda-feira 10.2.2014 P Fotos: Jadilson Simões arece que as coisas este ano, na Prefeitura de Aracaju, vão ganhar novo e melhor ritmo no quesito realização de eventos que atraem turistas. Esta semana o secretário municipal da Cultura, Josenito Vitale, o Nitinho, divulgou a programação do Projeto Verão 2014, que não fora realizado em 2013 e interrompeu o calendário já esperado por todos, sergipanos e visitantes. A linha de dar mais espaço aos artistas locais segue firme. Das 16 atrações contratadas apenas quatro não são de Sergipe, e, mesmo assim, algumas delas não chegam a ser de reconhecimento nacional, tendendo mais para o regional. As quatro atrações são Batifun (BA); Onze:20 e Tihuana, ambas de São Paulo; e Patusco (PE). Dias melhores II - O bom é que alguma coisa já começou a mudar depois do fatídico réveillon da cidade, realizado apenas com artistas sergipanos e que deixou não só grande parte da população, mas também os setores ligados ao turismo, descontentes e preocupados com o futuro. Em recente entrevista ao JORNAL DA CIDADE, Manoel Lisboa, da Abih, disse que o setor pode ter os índices reduzidos no período da virada 2014/2015, como reflexo deste ano. É esperar pra ver! O Projeto Verão acontece nos dias 21 e 22 de fevereiro, às 21h, e a partir das 17h no dia 23. Mais conhecimento I Radisson Aracaju, que tem como bandeira a Atlantica Hotels International, já está credenciado junto à Fifa como hotel oficial para a hospedagem do time da Grécia durante temporada em Sergipe Hotéis de Aracaju preparados para chegada da seleção grega Estão abertas as inscrições para o programa de intercâmbio Internship China, que vai permitir ao participante vivenciar o mercado de trabalho chinês através de estágio na área de estudo ou atuação, que pode ser remunerado ou não. O programa é regulamentado pelo governo da China, tem duração entre três e seis meses, e ajuda o candidato a desenvolver competências e atitudes como flexibilidade, jogo de cintura, visão de mundo e capacidade de negociação e adaptação, que fazem a diferença para iniciar uma carreira de sucesso. Mais conhecimento II - Para participar, os interessados devem ter entre 18 e 30 anos, nível de inglês avançado, ser estudante de graduação, pós-graduação ou recém-formado, preferencialmente. Há vagas nas áreas de Administração, Arquitetura, Contabilidade, Engenharia, Entretenimento, Finanças, Health Care, Hospitalidade, Importação e Exportação, Mídia, Moda, Negócios Internacionais, Publicidade, Recursos Humanos, Tecnologia da Informação e Turismo em duas grandes cidades chinesas: a capital, Pequim e Xangai. Mais informações no site www.stb.com.br Pé na estrada I - Aracaju recebeu o primeiro Road Show Nordeste da Turise Operadora. O evento foi realizado na última terça-feira, dia 4 de fevereiro, no Radisson Hotel. Parceiros da operadora no Brasil e no exterior participaram da ação promocional expondo produtos e apresentando novidades. Na oportunidade, foi lançado o troféu Top Turise, que homenageou as 10 maiores agências locais de 2013, personalidades e instituições que engrandecem o turismo do estado.O Road Show Nordeste Turise reuniu 21 parceiros fornecedores nacionais e internacionais, entre operadores de circuitos europeus, agências de receptivos, companhias aéreas, hotéis, resorts, seguradoras e outros segmentos. Pé na estrada II - A bordo de um luxuoso ônibus, a Turise e expositores participantes estão visitando os principais estados do Nordeste e apresentando os produtos em eventos organizados pela operadora.Durante a programação do Road Show foram homenageados o Sebrae Sergipe e a primeira funcionária da operadora no estado, Clícia Rodomar. Houve ainda homenagens especiais (póstumas) dedicadas ao governador Marcelo Déda e à jornalista Silvia de Oliveira, que era carinhosamente chamada de Silvinha. Nordeste é o queridinho - Dados do Ministério do Turismo informam que a região Nordeste - que abriga quatro cidades-sede da Copa do Mundo - deve receber o maior fluxo de turismo doméstico do país até julho, período que inclui o de realização do mundial de futebol. Pesquisa realizada pelo MTur em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, “A sondagem do consumidor – intenção de viagem”, mostra que 53,8% dos potenciais viajantes elegeram algum destino da região como roteiro de viagem.O Sudeste é a segunda região mais requisitada, com 24,1% das indicações e três sedes da Copa. Já o Sul, que vai receber torcedores da Copa em duas capitais, é alvo de 11,9% dos pretensos viajantes. Radisson Aracaju e Quality já possuem apartamentos com bloqueio Andrea Moura O Da Equipe JC s hotéis Radisson Aracaju e Quality, ambos sob a mesma bandeira, a da Atlantica Hotels International, serão os dois locais de hospedagem para a seleção da Grécia e para todas as pessoas que vão trabalhar na cobertura das atividades da equipe durante a Copa do Mundo (respectivamente), a exemplo dos jornalistas. Até o momento, o Radisson, hotel oficial credenciado junto à Fifa, já possui bloqueio de 68 quartos para a seleção grega, enquanto no Quality, há bloqueio de 50 leitos. O hotel que vai abrigar o time grego deve realizar contratação temporária e aumentar o quadro de funcionários em aproximadamente 8%, mas esses números só serão confirmados após uma reunião com a equipe técnica do time, encontro previsto para acontecer no final deste mês, aqui em Aracaju, de acordo com as informações passadas por Carlos Henrique Dutra, gerente geral do Radisson. “Certamente vamos ter que modificar a rotina do empreendimento, como por exemplo, na preparação de um restaurante somente para eles. Não vai ser necessário fazer isolamentos físicos no prédio ou nos prováveis dois andares onde vão ficar alojados, porque eles mesmos não quiseram essa separação. Não quiseram, por exemplo, usar uma entrada alternativa para os quartos, e vão entrar e sair normalmente pelo lobby do hotel. Foram e estão sendo muito simples e simpáticos”, frisou Carlos Henrique. A reunião no final deste mês vai servir, também, para que a comissão técnica inspecione o Batistão e confirme o bom estado do espaço para os treinamentos. A chegada dos gregos está prevista para o início do mês de junho, mas a intenção inicial era de que passassem a pré-temporada em Sergipe, o que foi inviabilizado pelo atraso nas obras do estádio Batistão. Por causa disso, essa fase será cumprida nas terras do “Tio Sam”, ou seja, Estados Unidos. Antes dos gregos, representantes dos times da Coreia do Sul, Honduras, Colômbia e Chile avaliaram a possibilidade de Sergipe ser o Centro de Treinamento deles, e nesse interim, visitaram o Radisson para uma possível hospedagem. Os cerca de 20 dias juninos que os gregos passarão em Aracaju devem movimentar a econo- Informações foram passadas para os jornalistas sergipanos durante almoço mia da cidade, e já começa pela ocupação de leitos do outro Hotel da rede Atlantica, o Quality, como afirmou Michel Guidoni, gerente geral da instituição. Apesar do alto número de quartos já bloqueados em virtude direta da Copa do Mundo, - 50 dos 111 existentes no prédio – não será necessária a contratação de mão de obra temporária, já que não haverá a necessidade de atendimento diferenciado para esses hóspedes. “A equipe que temos hoje já é preparada para atender a uma taxa de ocupação de 100%, por isso não haverá a necessidade de mais. E também serão hóspedes comuns, digamos assim, não vão exigir um tratamento mais direcionado, como no caso de uma seleção de futebol”, comentou Michel. Amplos benefícios Além do setor hoteleiro, outros também devem ser beneficiados pela presença grega na cidade. O que não se sabe, ou pelo menos não pode ser afirmado, ainda, é se os sergipanos vão seguir a tendência dos cariocas, que fizeram com que os preços de alguns serviços passassem de ideais para extremamente ab- surdos. Exemplos: um picolé de frutas chega a custar R$ 5 e, um coco, R$ 6. “A gente sabe que em todo canto sempre vai ter gente querendo tirar vantagem de alguma situação. Espero que em Sergipe seja diferente. O que posso dizer é que as nossas tarifas não serão inflacionadas por causa do evento”, garantiu o gerente geral do Radisson, Carlos Henrique Dutra. Ele fez questão ainda de frisar que a estadia do time da Grécia em Sergipe é a oportunidade que os sergipanos têm de poder mostrar toda a beleza do estado para outros países, e, assim, atrair novos turistas estrangeiros, afinal de contas, os jornalistas que virão para cobrir a equipe de futebol não se aterão, apenas, a eles. Essas informações foram passadas nesta última semana, durante almoço promovido pelos hotéis da rede Atlantica com jornalistas sergipanos no Radisson Hotel. Na oportunidade, Carlos Henrique e Michel Guidoni falaram sobre os números alcançados em 2013 em cada uma das instituições que coordenam; sobre como o Estado e em especial, Aracaju, está despontando como uma cidade para o tu- Michel Guidoni, do Quality (à esquerda), e Carlos Henrique, do Radisson rismo de lazer; o que falta para a consolidação da capital sergipana como opção mais presente no roteiro das famílias brasileiras, e como a falta de uma estruturada Vila do Forró, na Orla da Atalaia, durante o Forró Caju 2013 e, de uma atração nacional na virada de ano (2013/2014), também na Orla, podem ter arranhado o trabalho que há muito vinha sendo realizado junto aos turistas de outros estados. No ano passado, o Radisson alcançou uma média de ocupação/ano de 68%, enquanto o Quality chegou a alcançar os 75%. De acordo com Carlos Henrique Dutra, a crise que assolou o Brasil, e que só não foi vista pela presidente Dilma Roussef e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, teve largo alcance. “Eles classificaram a crise como uma marolinha, mas foi algo que mexeu com todos os setores da economia. O turismo sergipano ainda está dependente do turismo de negócios e neste caso, o reflexo é muito rápido. A economia precisa estar bem para que haja um turismo melhor, em todas as suas espécies”, pontuou. Dutra ressaltou ainda os picos de ocupação que aconteceram já este ano. “Em janeiro registramos em vários dias 100% de ocupação, e acredito que ainda neste primeiro semestre bons números sejam alcançados, pois teremos otimos feriados, o que não vai ocorrer no segundo semestre”, comentou. Michel Guidoni aproveitou a ocasião para anunciar a reforma e ampliação do Quality, que passará a ter 78 novos leitos, todos serão erguidos no terreno ao lado das duas atuais torres, fazendo com que o hotel deixe de ter formato em “V”, para tê-lo em “Y”. Essa ampliação é motivada pela boa média anual de ocupação, de 75%, que tem tem sido mantida ao longo de vários anos. Mesmo o perfil principal dos hóspedes do hotel que coordena ser de empresários, Michel percebe que o turismo de lazer já está dando passos crescentes na cidade, e que a capital sergipana está sendo melhor percebida pelo público de outros estados, que antes enxergava como atrativos roteiros como Fortaleza e Salvador. “Aracaju é um ótimo destino e isso está sendo descoberto. Sentimos que está passando de um destino de negócios para o cenário de uma viagem em família, de quem busca beleza e tranquilidade, e isso reflete nos números de ocupação”, finalizou. JORNAL DA CIDADE na barra Municípios Fechamento desta edição 12h00 www.jornaldacidade.net “sem liberdade de criticar, não existe elogio sincero”. beaumarchais Domingo Aracaju-SE, domingo 09 e 10 de fevereiro de 2014 - Ano XLII - Nº 12.480 Sergipe R$ 1,50 - Outros Estados R$ 2,00 Prefeitura e servidores iniciam discussões sobre negociação salarial da categoria. Pág. 2 população vive refém do medo em pedrinhas itabaiana shopping vai gerar 3 mil empregos Pequena, ainda mantém hábitos cotidianos da vida no interior. Mas, há alguns anos, a rotina de tranquilidade de Pedrinhas vem sendo ameaçada. Isso porque assaltos, homicídios e até mesmo estupros, segundo os moradores, têm sido práticas cada vez mais comuns ali. Diante disso, a população vive assustada. PÁGINA 3 André Moreira O empreendimento será construído em uma localização privilegiada, tendo 17 cidades circunvizinhas, com uma área de 50 mil metros quadrados, 150 lojas, e com perspectivas de gerar mais de três mil empregos diretos. O investimento já está orçado em R$ 50 milhões. Segundo o idealizador do projeto, o empresário Messias Peixoto, o shopping surgiu de um projeto pessoal de ampliação do próprio comércio dele, que há 35 anos vem dominando o ramo supermercadista no município. socorro festa da padroeira foi um sucesso A festa em comemoração alusiva a Santa Padroeira teve uma programação social com os shows de Léo Santana e a banda Parangolé, Antônio o Clone e o cantor Galã do Brega, ritmos para agradar a todos os públicos. A segurança foi um dos pontos altos da festa. Uma estratégia montada pela Guarda Municipal contou com o apoio de 115 homens divididos entre 50 guardas municipais, 50 policiais militares e 15 policiais civis que garantiram a segurança de cerca de 15 mil pessoas. PÁGINA 2 PÁGINA 3 André Moreira lagarto penhora Justiça realiza leilão de bens. No evento, serão leiloados imóveis urbanos e comerciais, além de veículos Trt/se decidiu pela penhora dos bens imóveis do Grupo VCA, formado pelas empresas VCA, Cidade Histórica e Fazenda Boa Luz PÁGINA 4 PÁGINA 4 alto sertão cordeiros concluída implantação de perímetro uso do soro de leite baixa custos A Codevasf assinou contrato para a instalação dos últimos 14 lotes, uma área de 100 hectares que será destinada ao desenvolvimento da pecuária e da agricultura irrigada e deve beneficiar, aproximadamente, 60 pessoas que sobrevivem da produção familiar. Na área de 14 hectares destinada à prática da pecuária, suficiente para abastecer o rebanho dos produtores familiares assentados no perímetro irrigado, será instalado um sistema de irrigação por aspersão convencional. Trabalho inédito de pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos confirma que o uso do soro de leite bovino, incluso em ração concentrada, para alimentação de cordeiros em terminação sob confinamento, diminui custos de produção. Cordeiros alimentados com ração contendo soro de leite apresentaram conversão alimentar maior do que aqueles que ingeriram ração com grande percentual de milho e farelo de soja. A conversão alimentar mede o quanto o animal aproveitou da alimentação recebida, convertendo-a em ganho de peso. mais mortes na se-270 este ano Hoje nas Colunas Uma das cidades mais importantes de Sergipe, Lagarto tem se destacado, também, em número de acidentes automobilísticos. Segundo a CPRv, o município está em segunda colocação, ficando atrás apenas da capital. PÁG. 4 PÁGINA 5 agropecuário Em reunião no Ministério de Minas e Energia, o governador Jackson Barreto reafirmou sua proposta de dividir proporcionalmente, entre Capela e Japaratuba, as riquezas geradas pelo Projeto Carnalita. PÁG. 2 O presidente da Federação dos Municípios do Estado de Sergipe (Fames), Antônio Rodrigues, disse que os municípios são incapazes de cumprir com o pagamento integral do reajuste de 8,32% do piso do magistério. PÁG. 5 A semana social As inscrições para o concurso público da Câmara de Monte Alegre tiveram inicio na última quinta-feira, 6. O concurso destina vagas para os níveis fundamental completo e incompleto e médio/técnico. PÁG. 4 COMERCIAL: 3226.4820 FAX: 3215.5009 [email protected] REDAÇÃO: 3226.4824 / 3226.4826 A Prefeitura de Ribeirópolis divulgou na última quarta-feira, 5, a programação da Festa de Reis do município, que acontece nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro na Praça de Eventos. PÁG. 6 PÁGINA 5 FALE COM O JC: 3226.4800 Política [email protected] 2 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Panorama Político da redação de municípios IMPASSE I Em reunião no Ministério de Minas e Energia (MMD) última terça, 4, em Brasília, o governador Jackson Barreto reafirmou sua proposta de dividir proporcionalmente, entre os municípios de Capela e Japaratuba, as riquezas geradas pelo Projeto Carnalita. A iniciativa, não foi aceita pelo prefeito de Capela, Ezequiel Leite, foi encampada pelo ministro Edison Lobão, o qual apelou ao mandatário municipal para que acolhesse a proposta do governador. A decisão da implantação do projeto em Japaratuba foi da Vale do Rio Doce, responsável pela exploração e beneficiamento da Carnalita, a partir da qual é produzido o potássio, essencial na composição de fertilizantes. De acordo com Lobão, a proposta apresentada pela Vale é definitiva. O prefeito Ezequiel pleiteia que o complexo fique em Capela. IMPASSE II O Projeto Carnalita, de U$ 1,8 bilhão, é de interesse nacional, por isto teve a mobilização do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff, além do ex-governador Marcelo Déda, já que o Brasil é dependente da importação de fertilizantes. Com ele, estima-se que serão gerados 4.000 empregos diretos e 10.000 indiretos na fase de construção, e 1.000 empregos diretos e 2.750 indiretos na fase de operação. O secretário da Casa Civil, José Sobral, e o subsecretário de Desenvolvimento Energético Sustentável, José Oliveira Júnior, expuseram os argumentos técnicos. De acordo com Sobral, com a criação de centros de distribuição em cada município, os tributos (ICMS, ISS, CFEM) serão repartidos na proporção das riquezas contidas nos subsolos. A Secretaria da Fazenda estima que, ao longo da vida útil do projeto (cerca de 30 anos), somente Capela receberá mais de R$ 900 milhões. ‘FEIRA LIMPA’ Dentro de aproximadamente um mês, a população pacatubense contará com uma nova ação da Prefeitura. É o projeto “Feira Limpa”, que consiste no recolhimento de todo o resíduo orgânico, produzido no centro de comercialização, deixando o ambiente limpo e organizado. A medida está sendo adotada através da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da cidade, em parceria com a Petrobras e a Associação de Produtores Orgânicos do Povoado Ponta de Areia (APOP). De acordo com o secretário responsável pela pasta do Meio Ambiente de Pacatuba, Pablo Figueiredo Brayner, todo o resíduo coletado será colocado em tonéis seletivos e direcionado para a associação. “Lá, os produtores utilizarão o lixo na compostagem, o transformando em húmus, ou seja, adubo orgânico, o que ajudará na aceleração do plantio e regeneramento do solo”, explica o secretário. REPASSE DO FPM Será creditado nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, nas contas das prefeituras brasileiras, o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) referente ao 1.º decêndio do mês de fevereiro de 2014. O valor será de R$ 4.996.928.821,00, já descontada a retenção do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). Em valores brutos, isto é, incluindo a retenção do FUNDEB, o montante é de R$ 6.246.161.026,25. Em comparação com o primeiro decêndio de fevereiro de 2013, este teve um crescimento pífio de 0,9% em termos nominais, sem considerar a inflação. Em termos reais, o decêndio apresenta uma queda de 3,9%. UFS EM ESTÂNCIA 1 O deputado federal Márcio Macêdo (PT) discursou no plenário da Câmara, nesta quarta-feira, 5, em defesa da instalação de um campus, no município de Estância, da Universidade Federal de Sergipe (UFS). “Estância tem vocação empresarial e produtiva. A Universidade de Engenharia vai servir não só para Sergipe, como também para as cidades da Bahia que fazem divisa com o nosso Estado, já que há próximo dali o Polo Petroquímico de Camaçari”, destacou. O parlamentar participa, nesta quinta-feira, 6, de audiência com o reitor Ângelo Antoniolli, políticos e associação de estudantes na sede da UFS para discutir a implantação da nova unidade. UFS EM ESTÂNCIA 2 “Quero dizer que defendo a instalação da UFS em Estância, pois sei o quanto é necessário para a população daquela região. O município pleiteia o Campus de Engenharia Civil, com o objetivo de beneficiar não só a região sul e centro-sul de Sergipe, como também todo o território do Estado”, ressaltou. Para Márcio, com a intenção de se instalar na cidade, “a universidade reafirma sua responsabilidade em participar efetivamente na resolução de problemas e no atendimento às demandas sociais do Estado de Sergipe”. CONDENADO A juíza de Direito, Maria Diorlanda Castro Nóbrega, condenou o ex-prefeito de Itabaiana, Luciano Bispo de Lima, por ato de improbidade administrativa. A decisão atendeu aos pedidos do Ministério Público de Sergipe, por intermédio dos promotores de Justiça, Kelfrenn Teixeira de Menezes e Virgílio do Vale Viana. DESCUMPRIU O ex-gestor foi condenado por descumprir a obrigação de enviar informações referentes ao Convênio nº 804412/2004, que tem por objeto a implementação de ações educativas que promovam a redução da exposição de crianças e adolescentes a situações de risco, bem como combater a evasão escolar na rede pública. Além disso, Luciano, de acordo com a Ação, descumpriu a Constituição Federal no que diz respeito ao percentual exigido para os gastos com a Saúde Pública. INVESTIMENTOS O prefeito de Maruim, Jeferson Santana, anunciou uma série de investimentos na última terça-feira, 4, na primeira sessão do ano na Câmara de Vereadores. O gestor aproveitou o espaço para fazer um balanço da gestão em 2013 e anunciou uma série de investimentos para o ano de 2014. De acordo com o prefeito, cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS) serão construídas (Lachez, Arapiraca, Conjunto Albano Franco, povoados Oiteiros e Caititu). Ainda segundo o gestor, alguns projetos estão sendo finalizados para a captação de recursos para a recuperação das estradas vicinais; a reforma da praça do tamarineiro; pavimentação granilítica nos povoados Mata do São José, Pedra Branca e Pau Ferro; e urbanização da entrada da cidade pela Rodovia SE-240. ‘AGILIZA!’ O governador Jackson Barreto solicitou ao novo ministro da Educação (MEC), Henrique Paim, que agilize a implantação do Campus do Alto Sertão, da UFS (Universidade Federal de Sergipe). Na audiência, nesta terça, 4, em Brasília, o ministro fez questão de destacar que o sergipano era o primeiro governador recebido pelo novo titular do MEC. APROVADO Durante o encontro, Henrique Paim recebeu a informação do reitor da Universidade Federal de Sergipe, Angelo Antoniolli, de que o projeto do Campus do Sertão já está pronto e aprovado pelo CNE (Conselho Nacional de Educação). Resta, assim, a escolha do local e do número de vagas pelo MEC. A expansão da UFS atenderá antiga reivindicação daquela região. Inicialmente, estão previstos os cursos de veterinária, agronomia e zootecnia. O novo campus foi confirmado pelo ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em 28 de agosto de 2013, durante audiência com o então governador em exercício, Jackson Barreto. Municípios Jornal da Cidade Shopping em Itabaiana vai gerar 3 mil empregos diretos Empreendimento terá 150 lojas e deve custar cerca de R$ 50 milhões C onhecido pelo rápido desenvolvimento econômico, o município de Itabaiana, no agreste de Sergipe, distante 58 km de Aracaju, será o primeiro do interior sergipano a ganhar um shopping. O empreendimento será construído em uma localização privilegiada, tendo 17 cidades circunvizinhas, com uma área de 50 mil metros quadrados, 150 lojas, e, com perspectivas de gerar mais de três mil empregos diretos. O investimento já está orçado em R$ 50 milhões. Segundo o idealizador do projeto, o empresário Messias Peixoto, 55 anos, o shopping surgiu de um projeto pessoal de ampliação do próprio comércio dele, que há 35 anos vêm dominando o ramo supermercadista no município. “A ideia inicial era construir uma grande loja de variedades de produtos e serviços, mas após estudos de viabilidade, os técnicos avaliaram que seria mais vantajosa a construção de um grande centro de compras, o shopping”, conta. Acontece que o projeto foi ganhando fôlego e depois da grade loja ser transformada em um shopping, o projeto passou por mais uma alteração. “O projeto previa apenas 50 lojas, mas o sucesso e a aceitação da população e dos comerciantes locais e da região foi tão grande que tivemos que aumentar a oferta para 150 lojas, sendo que atualmente quase todas já estão reservadas”, comemora. O empresário conta que a construção ainda não foi iniciada, mas que já tem previsão para começar no final do mês de março. “São quatro grandes empresas disputando a construção do shopping, entre elas a Norcon e a Habitacional. Estamos finalizando as análises sobre orçamento, e esperamos que em breve as obras se iniciem. Estou particularmente ansioso por isso”, revela Peixoto. Estrutura O Shopping Peixoto, do grupo Peixoto, prevê a geração de mais de três mil empregos diretos no novo empreendimento. “O Shopping Peixoto terá 150 lojas, distribuídas em uma área de 34 mil m², sendo uma loja âncora, que sozinha ocupará 3 Fotos: André Moreira SHOPPING será construído com localização privilegiada, com uma área de 50 mil metros quadrados PEIXOTO: "O comerciante já nasce comerciante. Os filhos dos empresários já começam a trabalhar com os pais" mil m², e outras 19 mega lojas, além de praça de alimentação, três salas de cinema, uma área de saúde com 14 consultórios clínicos e estacionamento com mais de mil vagas”, detalha o empresário Messias Peixoto. Ainda de acordo com Messias, o Shopping Peixoto será construído na Avenida José Amâncio Bispo, nº 5419, no Bairro Miguel Teles de Men- donça, em Itabaiana. A partir do momento em que começar a obra, o novo centro de compras deve demorar entre 18 e 20 meses para ficar pronto. De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas Jamisson Ferreira, os moradores do município estão otimistas quanto à criação de mais um centro de compras. Isso porque, para ele, o de- senvolvimento do comércio itabaianense deve-se a uma tradição passada de pai para filho. “O comerciante já nasce comerciante. Os filhos dos empresários já começam a trabalhar com os pais e entender como funciona o comércio, e os frutos do atendimento diferenciado que nós, itabaianenses, proporcionamos aos nossos clientes”, disse. barra Servidores iniciam negociação salarial Esta semana, o secretário de Planejamento do município da Barra dos Coqueiros, Adelmo Apóstolo de Araújo, recebeu representantes dos sindicatos dos trabalhadores do município, servidores públicos e do magistério, marcando o início das negociações salariais. Essa foi a segunda reunião entre gestores e entidades de classe, a primeira aconteceu no dia 30 de janeiro após protesto em frente à prefeitura. De acordo com Adelmo Araújo, após a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sindibarra), Verônica Silva, apresentar as tabelas com as propostas de reajuste e serem ouvidas as reivindicações dos professores, foi marcada a terceira reunião para a próxima terça-feira, 11. “A expectativa é que já na terça-feira seja instalada a mesa de negociação, a partir do decreto do prefeito, que nomeia os representantes da administração e das entidades de classe”, disse. Para a presidente do Sindibarra, Verônica Silva, o início da negociação representa um avanço, já que, segundo ela, desde julho do ano passado o sindicato envia ofícios para a prefeitura solicitando uma reunião com o prefeito Airton Martins (PMDB), e até então não tinha sido atendido. “Propomos a adoção do modelo do regimento interno concedido pela Divulgação feito Airton Martins (PMDB) está pagando os servidores em dia, e, somente neste mês de janeiro, foram pagos os salários relativos ao mês de dezembro de 2012, em atraso ocasionado pela administração anterior. Sobre o retroativo do magistério, Adelmo disse que a Secretaria de Planejamento fará um levantamento do retroativo do para negociar o parcelamento. Reajuste SERVIDORES estão na bronca com o prefeito Airton Martins Central Única dos Trabalhadores para a implantação da mesa de negociação. Agora é adequar a nossa realidade e esperar que seja atendido”, afirma. Apesar de reconhecer a importância do início do diálogo com a administração municipal, Verônica lamenta a demora. Segunda ela, a data-base do servidor da Barra dos Coqueiros é em janeiro, e por tanto, as negociações já estão bastante atrasadas. “Temos direito à mesa permanente de negociação, esta legislação é uma conquista dos trabalhadores e trabalhadoras que não é cumprida”, reivindica. Reivindicação A s discussões a serem realizadas entre sindicatos e gestores com a formação da mesa de negociação dizem respeito a questões salariais, direitos previdenciário, além do cumprimento da Lei 728/2012. “A Lei é um complemento da Lei orgânica que foi revisada em 2012, através da emenda nº 04, que defende que o nosso salário mínimo deve ser fixado em Lei Nacional. No entanto, temos o básico de R$ 678, que era o antigo salário mínimo. Queremos, portanto, o reajuste que nos é garantido por direito e para iniciar o processo de negociação, a formação da mesa”, declara a presidente do Sindibarra. Já os professores buscam o pagamento do retroativo. Segundo o secretário de planejamento, Adelmo Araújo, o pre- D e acordo com o secretário Adelmo, em março de 2013 foi feita uma reunião com representantes desse e de outros sindicatos, quando a categoria exigiu reajuste salarial de 14% em cima do salário base. Na ocasião a prefeitura concedeu 9%, acompanhando o reajuste nacional do salário mínimo estabelecido pelo Governo Federal. Adelmo explicou ainda que a administração tem interesse em atender às solicitações da categoria, mesmo tendo encontrado a máquina pública com uma dívida milionária deixada pelo governo anterior. “A administração atual se comprometeu a lutar pela atualização dos vencimentos salariais do servidor público municipal, das gratificações e aposentadoria”, garante. Municípios Jornal da Cidade Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 3 Violência aterroriza cidade de Pedrinhas Quadrilha comandada pelo jovem Neguinho tem cometido inúmeros assaltos. População está temerosa Fotos: André Moreira Laudicéia Fernandes Da equipe JC Q uem chega a Pedrinhas, a 89 quilômetros de Aracaju, encontra um município aparentemente pacato. Pequena, a cidade cuja população estimada em 2013 é de 9.298 habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ainda mantém hábitos cotidianos da vida no Interior, como conversas com os vizinhos nas portas de casa e a curiosidade natural quando algum forasteiro aparece. Porém, há alguns anos, a rotina de tranquilidade de Pedrinhas vem sendo ameaçada. Isso porque assaltos, homicídios e até mesmo estupros, segundo os moradores, têm sido práticas cada vez mais comuns ali. Diante disso, a população vive assustada. E responsabiliza uma pessoa por muitos desses crimes: José Lucas de Jesus Santos. Apelidado de Neguinho, o bandido de apenas 18 anos e nascido em Pedrinhas, é bastante conhecido da Polícia, pois, ainda menor, cometeu diversos delitos. Ele é apontado como o chefe de uma quadrilha que, supostamente, possui dezenas de integrantes e que vinha aterrorizando não apenas os pedrinhenses, mas, também, os moradores de cidades circunvizinhas. A população temia, aliás, que o bandido se transformasse em um novo Pipita, o adolescente C.S.R. que cometeu inúmeras atrocidades no Sul sergipano, como roubos, estupros e assassinatos, e que foi morto pela polícia no dia 22 de março de 2008. Felizmente, Neguinho foi preso na tarde da última quinta-feira, dia 6, no Bairro Matadouro, em Pedrinhas, numa ação-surpresa realizada pela equipe de Cleones Silva, 42 anos, que assumiu recentemente a Delegacia do município, em parceria com o Complexo de Operações Especiais (Cope) e a Polícia Militar. segundo Cleones, 'Neguinho' estava foragido, mas as investigações continuaram até culminar na prisão dele Assaltos A última ação que Neguinho teria cometido em Pedrinhas é recente. Trata-se do assalto realizado no dia 30 de janeiro deste ano a um Ponto Banese. Três bandidos armados – um deles seria Neguinho – invadiram o estabelecimento, levaram dinheiro e a arma do vigilante. Além disso, uma mulher foi feita refém, sendo liberada algum tempo depois no Povoado Guin. O microempresário Cleones Nascimento Alves, 24 anos, dono de uma panificação, afirma que, praticamente, todos os pontos de comércio da Praça São José, no centro da cidade, já foram roubados. “Graças a Deus, nunca fui assaltado, mas a grande maioria foi. Neguinho estava intimidando a população com um grupo que, a gente acredita, tem mais de 30 bandidos. Dizem, inclusive, que ele até estuprou uma mulher”, comenta o microempresário. Outro comerciante, que prefere não se identificar, conta que a loja dele foi assaltada há alguns meses. Os bandidos levaram tudo o que tinha no caixa naquele dia. “Ameaçaram a gente com armas de fogo. Ficou todo mundo apavorado. Nunca se viu nada assim em Pedrinhas. Aqui está virando uma cidade sem lei. Ele [Neguinho] parece até Drogas DELEGACIA do município de Pedrinhas recebe inúmeros registros de ocorrência de assaltos aquele tal de Pipita, que deixou Sergipe em estado de terror”, compara o comerciante. Segundo Cleones Alves, na última segundafeira, dia 3, uma nova ação dos bandidos aconteceu. Quatro deles estiveram no município, atirando para todos os lados. O objetivo? Roubar a arma de um homem, provavelmente para cometerem mais assaltos. “Mas o cara era bom de tiro, e eles não conseguiram [pegar a arma]”, afirma. Investigação De acordo com Cleones Silva, que assumiu as delegacias de Pedrinhas e de Arauá na última segunda-feira, dia 3, Neguinho estava foragido e, claro, as investigações continuaram, até culminar na prisão dele. “Neguinho já é bastante conhecido no rol da criminalidade pela truculência de seus atos. Quando menor, ele praticou muitos delitos. E, mesmo maior de idade, temos notícias de muitas Festa da padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi um sucesso com muita alegria e tranquilidade No último final de semana a cidade de Nossa Senhora do Socorro celebrou sua padroeira. Para isso, a prefeitura, por meio de suas secretarias, em parceria com entidades religiosas organizaram os eventos para atender todos os públicos. A segurança foi um dos pontos altos da festa. Uma estratégia montada pela Guarda Municipal contou com o apoio de 115 homens divididos entre 50 guardas municipais, 50 policiais militares e 15 policiais civis garantiram a segurança de cerca de 15 mil pessoas. Todo esse efetivo, somado ao clima de paz criado pelo cidadão socorrense fez com que a festa fosse segura e sem nenhuma ocorrência. Trabalharam efetivamente ainda os servidores das secretarias municipais de Cultura, Comunicação, Saúde, Transporte, SMTT, Conselho Tutelar e Defesa Civil. Programação Social A festa em comemoração alusiva a Santa Padroeira teve uma programação social com os shows de Léo Santana e a banda Parangolé, Antônio o Clone e o cantor Galã do Brega, ritmos para agradar a todos os públicos. O tecnólogo em segurança do trabalho, João Otávio Carvalho, morador da Sede do município, práticas, especialmente roubos. Vamos procurar atuar e tirá-lo de circulação, usando os meios legais”, assegurou o delegado, em entrevista à equipe do JORNAL DA CIDADE, na última terça-feira, 6, dois dias antes de prender o infrator. Cleones Silva não confirma a informação de que o grupamento seja tão grande quanto a população acredita. Para ele, na verdade, é uma quadrilha bem menor e que não está tão bem armada quanto se alardeia na cidade. “Não temos dúvida de que é um grupo perigoso, que é capaz de agir com truculência. A população está, de certa forma, em risco, e a gente precisa tomar providências, pois sabemos que eles atuam não somente em Pedrinhas, mas, também, nos municípios circunvizinhos”, declara. Quanto a homicídios, Cleones Silva explica que a maioria deles é fruto de desentendimentos entre as pessoas, a exemplo de brigas de bar. Na verdade, ainda não se tem notícia de latrocínios. “O maior crime na região é realmente o assalto. E não é praticado apenas pela quadrilha de Neguinho, mas, também, por outras pessoas, que já estão sendo observadas pela Polícia”, garante. O delegado admite que o efetivo policial de Pedrinhas é muito restrito. E, por uma questão de sigilo profissional, ele não revela quantos policiais civis atuam na cidade. Salienta, porém, o fato de que há apenas dois militares a fazer a segurança em Pedrinhas cotidianamente “[Esse contingente] é insuficiente para executar qualquer ação policial. Por isso, estou tentando agremiar efetivo, ainda que seja de modo provisório, emprestado, para trabalhar conosco”, revela. Cleones Silva quer reunir, já na próxima semana, pelo menos, dez homens em Pedrinhas, durante um tempo, a fim de reforçar a fiscalização e as investigações e, assim, dizimar, como ele mesmo diz, a criminalidade local, especialmente em áreas consideradas mais violentas, a exemplo dos bairros Matadouro e Queen. destacou a tranquilidade e organização da festa. “Achei a festa muito tranquila e animada. O povo foi para brincar e se divertir. Além disso, mais uma vez, a prefeitura soube organizar dividindo os dias do evento, um para a festa social e outro com atrações católicas agradando assim a todos”. O cantor Léo Santana, revelou que estava muito feliz em poder retornar a Socorro. “É a terceira vez que venho a Nossa Senhora do Socorro, sou sempre muito bem recebido. O povo daqui tem uma vibração especial. Ficamos muito felizes quando fomos convidados para fazer esse show aqui. Ainda mais numa data tão especial como essa”, afirmou Léo, lembrando das comemorações alusivas a Santa padroeira do município. O cantor sergipano Antônio o Clone, animou o público na abertura da festa. Com 17 anos de carreira, muito romantismo e arrocha ele cantou várias músicas conhecidas do público como ‘Me Liga Amor’, ‘Minha Paixão Proibida’, ‘O Que Combina Comigo É Você’. Já o Galã do Brega, não fez diferente, animou seu fãs como uma das suas principais músicas ‘Não Devo Nada a Ninguém’. Programação religiosa Esse ano teve uma novidade com o I Louva Socorro Católico, organizado pelo padre Marcos dos Santos. A festa foi um sucesso, começou com um arrastão saindo do Centro Administrativo até a Praça Getúlio Vargas, animados pela banda Ministério de Música Nossa Senhora do Carmo. Logo depois do Arrastão do Louva Socorro, os socorrenses acompanharam os shows das bandas Maranatha e Comunidade Que Canta, no placo. Tudo isso, no sábado, dia 1º. Para a dona de casa, Josefa Ferreira da Silva Souza, a igreja chegou até as residências. “Nem precisei sair de casa, uma chuva de bênçãos veio até minha porta”, conta agradecendo o trajeto do Louva. Já para Greicele Farias, o Louva foi oportuno para garantir a diversão da família. “Além das minhas filhas brincarem, pudemos orar com tranquilidade. Esse evento é da família, aproveitei para trazer minha mãe, filha e sobrinha”, fala. Já no domingo, dia 2, finalizando as festividades de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, teve a missa solene seguida de procissão em homenagem a padroeira Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A missa, na igreja matriz da cidade, foi celebrada pelo Bispo Auxiliar de Aracaju, Dom Henrique, e pelo padre Marcos dos Santos. Para os católicos um ato importante é a peregrinação, que percorreu diversas ruas da cidade. Um momento de fé e devoção para muitos. A moradora do município e devota da Santa, Maria José da Silva, diz que todo ano participa da procissão. “Sempre venho a procissão e esse ano estou pagando uma promessa por ter recebido as graças de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro”, enfatiza. Lavagem das escadarias Os participantes de vários terreiros de Candomblé e Umbanda do Estado se reuniram em Nossa Senhora do Socorro para celebrar o dia de Iemanjá. Eles seguiram em cortejo do Povoado Porto Grande até a Igreja Matriz, onde lavaram as escadarias com cânticos e louvores. O dia 2 de fevereiro é comemorado o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro para os Católicos e o dia de Iemanjá pelas religiões Afro como Candomblé e Umbanda. O pai de santo Raimundo, ou babalorixá Raimundo, como gosta de ser chamado, disse que a atitude da prefeitura e da primeira dama em realizar o evento. É muito importante para quem participa das religiões afro e que o evento já está virando tradição no município. Cleones destaca, inclusive, a preocupação dele com a questão das drogas, principalmente o crack. “É algo que extrapola os muros da segurança pública, atingindo os da família, os da saúde e os da própria vida social. Esse problema, além de ser tráfico de drogas, causa desagregação familiar e desestruturação econômica”, resume. Apesar de não ter tido tempo ainda de fazer um levantamento mais minucioso do crack em Pedrinhas, ele salienta que se trata de um tráfico relevante e que precisa ser combatido. Aliás, o novo delegado de Pedrinhas ainda não possui dados concretos. Segundo ele, as informações precisam ser apuradas e as devidas medidas, tomadas. Detalhe: nem mesmo a Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) forneceu ao JC dados estatísticos sobre os crimes registrados no município. Mesmo ainda se ambientando ao novo cargo, com a prisão de Neguinho, Cleones já mostrou a que veio. “Gosto de colocar a cidade [em que trabalha] em ordem e creio que, daqui a 90 dias, a gente já tenha uma Pedrinhas diferente se conseguirmos colocar em prática todo o planejamento que costumamos fazer”, diz. É o que povo de Pedrinhas tanto espera. são cristóvão Polêmica pode adiar Campeonato de Futsal O 1º Campeonato Oficial da Liga de Futebol de Salão de São Cristóvão, previsto para começar na próxima terça-feira, dia 11 de fevereiro, pode não acontecer. É que está havendo um imbróglio entre Olegário dos Santos e Israel Sarmento, respectivamente, presidente da Liga de Futebol de Salão e diretor geral de Esporte e Lazer daquele município, localizado a 25 quilômetros de Aracaju. “Por questões políticas, o diretor geral está barrando a realização do evento, à medida que, até agora, não liberou a ginásio de esportes. Ele disse que libera para outros, mas não libera para mim”, afirma Olegário. Entenda: no passado, Olegário e Sarmento eram aliados. Mas houve um rompimento dessa aliança e, agora, ele se tornaram desafetos políticos. Segundo o presidente da Liga, isso dá à questão uma denotação político-pessoal que somente prejudica a população e o esporte no município. “Não podemos deixar que isso aconteça, pois se trata de um campeonato que vai envolver dez equipes de São Cristóvão”, salienta. O evento, se acontecer, terá duração de três meses, devendo ser concluído no dia 5 de maio. Para tentar dirimir a polêmica, Olegário pediu aos vereadores da situação para que intercedessem junto à prefeita Rivanda Batalha (PSB). Ele acredita que ela, como a principal força política da cidade, poderá liberar o ginásio para que o Campeonato seja realizado. “Espero que a prefeita entenda a importância desse evento esportivo e nos conceda essa liberação”, almeja. Esclarecimentos I srael Sarmento destaca que, muito antes de esse evento da Liga ser anunciado, já havia comunicado ao próprio Olegário sobre a realização de outro campeonato no município, que deverá acontecer em março. “Mesmo sabendo disso, ele [Olegário] mandou um ofício solicitando o ginásio para o campeonato dele. Nem sabemos se essa Liga é oficial. Na verdade, ele está medindo forças no momento errado. Está querendo passar por cima. Isso é um capricho dele. Mas não podemos abrir mão do que é da nossa competência”, opina Sarmento. O evento esportivo que está sendo organizado pela Prefeitura também é o primeiro de futsal a ser realizado no município. Segundo o diretor geral de Esporte e Lazer, diferentemente do Campeonato da Liga, esse irá reunir times da sede e também do Bairro Rosa Elze e do Conjunto Eduardo Gomes. “Vamos começar depois do Carnaval, no início de março. E, na próxima sexta-feira [dia 14], vamos definir, com os times, quantos vão participar, qual será a duração do campeonato e qual a data para começar”, explica. 4 Municípios Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 A semana Da redação de Municípios LEILÃO A Justiça Estadual de Lagarto, em conjunto com o leiloeiro oficial Adilson Bento de Araújo, realizam leilão nos dias 7 e 21 de fevereiro de 2014, às 9h, no Fórum da cidade. No evento, serão leiloados imóveis urbanos e comerciais em Lagarto, além de veículos. Os interessados podem obter informações mais detalhadas através do site www.leiloesjudiciais.com.br ou então pelo 0800-707-9272. CONCURSO PÚBLICO As inscrições para o concurso público da Câmara Municipal de Monte Alegre tiveram início na última quinta-feira, 6. O concurso destina vagas para os níveis fundamental completo e incompleto e médio/técnico com taxas de inscrição de R$ 20 e R$ 30, respectivamente. Inscrições são até o dia 6 de março. São duas vagas para Agente Administrativo, duas para Agente Legislativo, uma para Agente de Controle Interno e uma para Serviços Gerais. As provas objetivas serão realizadas no dia 30 de março. O edital do concurso pode ser encontrado no site da Seprod. PRESOS O delegado Marcelo Cardoso, delegado do Departamento de Narcóticos (Denarc), detalhou na última segunda-feira, 3, a operação que resultou na prisão de quatro homens, duas mulheres e apreensão de um adolescente de 17 anos. Todos são suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas, esquema comandando por um detento do presídio de Tobias Barreto, em Sergipe. Com o grupo, foram encontrados 12 quilos de cocaína, uma pistola Ponto 40 e 34 munições, uma pistola 380, um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 28, seis cápsulas plásticas com a droga, duas balanças de precisão, uma prensa, moldes para a prensa, dois veículos e mais de R$ 47 mil em dinheiro. Segundo O delegado, foram três meses de investigação até a desarticulação da organização criminosa. PENHORA DE BENS O juiz do Tribunal Regional do Trabalho em Sergipe (20ª Região), Antônio Francisco de Andrade, decidiu pela penhora dos bens imóveis do Grupo VCA, formado pelas empresas VCA, Cidade Histórica e Fazenda Boa Luz. A decisão visa solucionar as questões trabalhistas enfrentadas por centenas de funcionários. As assessorias jurídicas das empresas devem cumprir prazos para oferecer os recursos e pagar a dívida avaliada em cerca de R$ 30 milhões, podendo ser maior. Caso não cumpram os prazos, os bens podem ser leiloados. De acordo com o juiz, como as empresas decretaram falência e existem processos também de funcionários que foram demitidos antes, decidiu pela penhora dos bens. “Nós decidimos penhorar Fazenda Boa Luz, avaliada em R$ 35 milhões e a garagem do grupo localizada na Av. Tancredo Neves, que possui 100 mil metros quadrados”, ressalta. SOLIDARIEDADE Diante do crime bárbaro do jovem Thyago Sobral Valença, 15 anos, assassinado a facadas na madrugada do último sábado, dia 1º de janeiro, na casa da mãe em Nossa Senhora do Socorro, familiares revelaram que a cantora Rihanna, de quem o menino era fã, se mostrou solidária e ofereceu ajuda financeira aos parentes para pagar o funeral do filho, mas eles recusaram, pedindo apenas que ela fizesse uma homenagem ao garoto, e assim foi feito pela pop star, que colocou a foto de Thyago em seu perfil no Twitter, na última segunda-feira, 3. O acusado de ter matado Thyago, a mãe dele, Vanessa Almeida Sobral, 31, e o irmão, Osvaldo Pereira dos Santos Junior, 9 anos, foi preso na manhã da última quarta-feira, 5. Marcos André Andrade dos Santos, 32 anos, foi encaminhado para o presídio. GREVE Os professores do município de Lagarto deflagraram greve na última quinta-feira, 6. A deliberação foi resultado da assembléia geral da categoria, realizada na manhã da última segunda-feira, 3. Segundo os magistrados, a greve foi motivada pela falta de propostas da administração municipal em saldar as dívidas com os professores. Os professores denunciam que o salário e a segunda parcela do décimo terceiro do ano de 2012 ainda não foram pagos. Além disso, a prefeitura ainda não teria se manifestado sobre o cumprimento da atualização anual do reajuste do piso que em 2014 passou para R$ 1.697,37. Lagarto é um dos municípios que a deputada estadual Ana Lúcia (PT) solicitou intervenção do Ministério Público com o objetivo de garantir o pagamento. TREINAMENTO O Instituto Socioeducacional Solidariedade (ISES), em parceria com a Prefeitura de Tobias Barreto, realizou na quinta (6) e sexta-feira (7) uma série de cursos de treinamento para os trabalhadores locais. Entre os temas abordados, a direção defensiva para os motoristas do transporte escolar; importância do uso dos equipamentos de proteção individual (EPI), motivação e satisfação do trabalhador e proatividade x reatividade. Cerca de 200 pessoas participaram da capacitação. A intenção do instituto, com a realização dos cursos de capacitação, é mostrar o valor do colaborador para a ISES, além de prestar um serviço com mais qualidade. Como também, um trabalhador satisfeito e motivado produz mais e leva um diferencial para a comunidade na qual ele está inserido. Por isso, estamos fazendo estes treinamentos em todas as cidades onde atuamos. Vamos seguir um cronograma anual, detalhou a capacitadora Patrícia Goldhar. ‘CAMPO VELHO’ Esta semana, uma operação, denominada Campo Velho, realizada pela Polícia Civil em conjunto com os policiais do Pelotão Especial de Policiamento em Área de Caatinga (Pepac), coordenados pelo delegado Antônio Wellington e pelo tenente do Pepac Fabrício Almeida, resultou na prisão de Franciel Costa Santos, conhecido como “Fran”, e Thiago dos Santos Pereira em Nossa Senhora das Dores, interior de Sergipe, acusados de tráfico de drogas na região. Um jovem de 17 anos também foi apreendido. CAMPANAS Segundo o delegado, após investigação, foram realizadas campanas para a filmagem da ação dos traficantes. A Polícia ainda apreendeu um revólver calibre 38 municiado e uma motocicleta que, segundo a investigação, teria sido empenhada por um usuário de drogas como garantia pelo pagamento da dívida relacionada ao tráfico de drogas. “Ainda estamos investigando a participação do grupo na prática de assaltos recentemente praticados aqui na região, bem como pela prática de um homicídio ocorrido no mês passado, na cidade de Dores, em desfavor de um usuário de entorpecentes que era cliente do agrupamento criminoso”, finalizou o delegado. Jornal da Cidade Lagarto é vice-campeão de acidentes em Sergipe Em 2013, foram registrados 78 com 12 mortes na rodovia SE-270 U ma das cidades mais importantes e economicamente promissoras de Sergipe, Lagarto tem se destacado, também, em número de acidentes automobilísticos. Pelas estatísticas da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRv), o município que fica a 75 quilômetros de Aracaju está em segunda colocação, ficando atrás apenas da própria Capital. O título de vice-campeão em acidentes é algo que não agrada em nada e que vem preocupando os lagartenses. Segundo Renilson dos Santos, 44 anos, primeiro sargento da Polícia Militar e relações-públicas da CPRv, em Sergipe, foram registrados 629 acidentes em 2013. Desses, 78 aconteceram em Lagarto, na rodovia estadual SE-270, conhecida popularmente como Rodovia Lourival Batista, que interliga quatro municípios: Itaporanga D’Ajuda, Salgado, Lagarto e Simão Dias. Assim, dos 147 mortos em acidentes no Estado no ano passado, 12 perderam a vida naquela rodovia, enquanto 50 vítimas tiveram lesões. Em todo o Estado, foram 575 feridos em acidentes de carro e moto. E o ano de 2014 já começou mal para aquelas bandas. Dos 41 acidentes de trânsito registrados no mês de janeiro nas rodovias estaduais, quatro foram em Lagarto, provocando três mortes no local e uma vítima lesionada. No primeiro dia do ano, inclusive, um carro, um caminhão e uma moto colidiram, provocando a morte do motociclista. Duas semanas depois, em 17 de janeiro, outro grave acidente acabou tirando a vida de duas pessoas. Dois homens morreram carbonizados após uma colisão envolvendo uma motocicleta e um carro. Dessa vez, foi na Rodovia SE-104, na altura do Povoado Itaperinha, em Lagarto. Uma pessoa também ficou ferida. Fotos: André Moreira imprudência continua sendo o maior motivador de acidentes na rodovia que passa por Lagarto É comum ver nas ruas da cidade de Lagarto, motociclistas se arriscando e pilotando sem capacete Imprudência O relações-públicas da CPRv ressalta que a Rodovia SE-270 passou por uma reestruturação total nos últimos anos, sendo, hoje, uma das melhores do Estado, tanto na parte de pavimentação como sinalização. Porém, segundo ele, por ser uma via com longas retas, alguns condutores fazem da imprudência uma praxe. “Eles excedem a velocidade, realizam ultrapassagens indevidas e, em trechos como entradas de povoados, não têm a atenção devida para entrar na via”, diz. Para o policial rodoviário, toda essa imprudência, somada à imperícia de alguns motoqueiros, vem contribuindo para as ocorrências de acidentes naquela rodovia. Por isso, os condutores de veículos de passeio e os motociclistas são os que mais se envolvem em acidentes na SE-270. Renilson dos Santos comenta, inclusive, que o número de acidentes vem crescendo ano a ano. De acordo com ele, um dos fatores determinante é o aumento da frota de veículos no Estado – carros de passeio e motocicletas, especialmente. No entanto, a ampliação e a segurança das vias não ocorrem na mesma proporção. “Desde fevereiro de 2013, a CPRv passou a registrar somente acidente com vitimas, com pessoas embriagadas ou outros que se caracterizem crimes. Devido a esse critério, houve uma diminuição no número de sem se preocupar com os riscos, condutores pilotam com número de passageiros acima do permitido registros oficiais. Isso não quer dizer que o número de acidentes diminuiu em relação ao ano de 2012”, esclarece. Motos O taxista Oberdran Correia de Souza, 37 anos, comenta que as facilidades para adquirir um veículo explica a grande quantidade de carros e motos transitando por Lagarto nos últimos anos. Ele destaca, inclusive, que as motonetas Shineray, de 50 cilindradas, viraram uma febre na cidade. “Aqui, em Lagarto, está parecendo uma selva. Os motoqueiros não têm carteira, andam na contramão, sem capacete, com menores de idade e levando, às vezes, mais de três pessoas de uma só vez. E isso a gente vê dentro da cidade e também na rodovia”, relata. Oberdran descreve, por exemplo, um acidente recente, envolvendo uma moto, em que o condutor teve a cabeça decepada. Em outro, ele perdeu um amigo, que também estava de moto e foi atingido por um carro. Até mesmo uma sobrinha dele, de 17 anos, sofreu um acidente numa Shineray e, por pouco, não morreu, apesar de bater a cabeça fortemente e diversas vezes. “Virou rotina [ter acidente]. Quando tem uma morte aqui em Lagarto, a gente nem se surpreende mais”, afirma. A dona de casa Riclécia Santana, 23 anos, por sua vez, se assusta com a quantidade cada vez maior de acidentes registrados no município. Ela também destaca a imprudência dos condutores, pincipalmente os motoqueiros e aqueles que misturam álcool e direção. “As pessoas também não colaboram para que não haja acidentes, porque elas bebem e são imprudentes. Meu cunhado, por exemplo, sofre acidente de moto toda semana, porque bebe e pilota. Ele ainda vai se machucar gravemente desse jeito ou pode até machucar alguém”, prevê Riclécia. Orientação Na opinião de Oberdran, seria necessário intensificar a fiscalização na SE-270. Mas, antes, é importante educar os motoristas quanto aos perigos do trânsito. Segundo Renilson dos Santos, a CPRv já está presente naquela região com dois postos de fiscalização – um no Povoado Colônia Treze e outro no município de Simão Dias. “Ambos contam com um efetivo de 24 policiais e viaturas, sendo responsáveis pelo policiamento e fiscalização das rodovias localizadas na região Centro-Sul do Estado”, destaca. Além disso, rotineiramente, são realizadas blitze ao longo de toda a rodovia. O objetivo é coibir infrações de trânsito, principalmente as ultrapassagens indevidas, o não uso do cinto de segurança e do capacete. “Porém, para evitar o excesso de velocidade em determinados pontos da via, seria necessário a instalação de radares fixos ou até mesmo a utilização de radares móveis por parte dos policiais, e disso a CPRv não dispõe”, sugere Renilson. Municípios Jornal da Cidade Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 5 José Luiz Oliveira Panorama Agropecuário Da redação de Municípios EM 2014 Feira de Agricultura Familiar faz um ano A pós 11 edições realizadas no ano passado, a Feira da Agricultura Familiar comemora um ano neste mês. A primeira edição de 2014, aliás, aconteceu na última sexta-feira, dia 7 de fevereiro. A feira, que é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), em parceria com a Secretaria da Educação (Seed), é realizada nas dependências da Seed uma vez por mês, com a venda de produtos sem agrotóxicos para estimular hábitos saudáveis junto aos servidores. O calendário da Feira da Agricultura Familiar deste ano já está pronto, e a feira acontecerá também nas dependências da Seides. Nela, os feirantes expõem os produtos em 15 barracas, onde os servidores e moradores do entorno da Secretaria poderão comprar frutas, verduras, legumes, raízes, doces e diversos outros produtos de qualidade e sem agrotóxico. De acordo com Silvio Oliveira, coordenador da Rede Qualivida, a novidade é que, neste ano, os feirantes estão diversificando mais a produção, objetivando oferecer mais produtos à comunidade. “A feira faz parte da política de valorização da agricultura familiar, com o intuito de fazer escoar a produção agrícola dos pequenos agricultores. Além disso, incentiva, também, o consumo de alimentos saudáveis”, diz. Detalhe: todos os feirantes são cadastrados no Ministério da Agricultura. E anote na agenda: a próxima edição da feira será realizada dia 20 de fevereiro, na Seides. “DOM TÁVORA” Missão do Fida em SE D ando continuidade às ações para implementação do Projeto “Dom Távora”, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural (Seagri), representada pela Unidade Estadual de Gestão do Projeto (UEGP), recepcionou a III Missão de Acompanhamento e Apoio ao Projeto do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida). Estiveram em Sergipe Ivan Cossio Cortez, gerente de Programas do Fida para o Brasil, e Hordi Wolf, oficial Nacional do Programa da Divisão da América Latina e Caribe. No encontro, a equipe visitou José Macedo So- bral, secretário da Casa Civil e secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, que, na oportunidade, reafirmou a importância do Projeto para a remissão da pobreza nas regiões mais carentes de Sergipe, notadamente para o Baixo São Francisco. A Missão do Fida também visitou o Jeferson Passos, secretário de Estado da Fazenda, que destacou a importância do Projeto “Dom Távora” para o Estado de Sergipe. Ele adiantou que a Secretaria terá atenção especial para a aplicação dos recursos, ressaltando o papel do Fida no panorama mundial. SEMENTES ORGÂNICAS Normas serão revistas O Ministério da Agricultura vai rever a instrução normativa que regulamenta a produção de alimentos orgânicos no Brasil. A decisão foi motivada pela dificuldade de encontrar sementes certificadas. O problema é que, desde dezembro do ano passado, os agricultores orgânicos estão proibidos de usar sementes convencionais. A lei entrou em vigor, mas os produtores não estão sendo cobrados. O Ministério da Agricultura, então, decidiu rever a norma, porque o País não tem sementes orgânicas em quantidade suficiente para atender toda a produção nacional. Rogério Dias, coordenador de Agroecologia do Ministério, diz que a data e a forma de cobrar o uso de sementes orgânicas serão alteradas através de uma nova instrução normativa. A partir de 2016, cada Estado vai fazer uma lista com as espécies vegetais que deverão usar obrigatoriamente sementes orgânicas no processo de produção. Curtas Banana Ana da Silva Lédo, pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju/SE), destaca que o uso de cultivares inadequadas e os problemas fitossanitários têm sido entraves para o maior desenvolvimento da cultura da banana no País. “A bananicultura em Sergipe e outras regiões do Nordeste está alicerçada em cultivares do tipo Prata, principalmente Prata Anã e Pacovan, suscetíveis a diversas doenças, como a Sigatoka Amarela e o Mal-doPanamá”, comenta. Livro O livro “Difusão de Tecnologias Apropriadas para o Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Brasileiro”, lançado na última quinta-feira, dia 6, na Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), tem como objetivo difundir tecnologias para melhorar a qualidade de vida do homem do campo. A publicação faz parte de um projeto de mesmo nome, financiado pelo CNPq, que busca resgatar e disseminar tecnologias multidisciplinares sustentáveis, de baixo custo e que possam ser facilmente adotadas para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores rurais da região semiárida do Brasil. Nos 86 hectares para o desenvolvimento da agricultura irrigada, será utilizado um sistema de irrigação localizada para o cultivo de frutas Implantação de perímetro irrigado em SE é concluída Área de 100 hectares também será destinada ao desenvolvimento da pecuária O perímetro irrigado Jacaré-Curituba, localizado entre os municípios de Canindé de São Francisco e Poço Redondo, no Alto Sertão de Sergipe, terá a implantação finalizada. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) assinou contrato para a instalação dos últimos 14 lotes, uma área de 100 hectares que será destinada ao desenvolvimento da pecuária e da agricultura irrigada e deve beneficiar, aproximadamente, 60 pessoas que sobrevivem da produção familiar. Na área de 14 hectares destinada à prática da pecuária, suficiente para abastecer o rebanho dos produtores familiares assentados no perímetro irrigado e em áreas adjacentes, será instalado um sistema de irrigação por aspersão convencional. Nos 86 hectares para o desenvolvimento da agricultura irrigada, será utilizado um sistema de irrigação localizada para o cultivo de frutas e hortaliças. Silvano Leite, diretor da Cooperativa Regional dos Assentados de Reforma Agrária do Sertão de Sergipe (Cooprase), comenta que os produtores aguardam com ansiedade pela implantação dos lotes. “Essa é uma das obras mais importantes não apenas para os produtores do perímetro, mas para todo o Alto Sertão. É uma conquista para pessoas que passaram vários anos em acampamentos. Esperamos que seja concluído o quanto antes e a gente possa avançar na diversificação do cultivo”, diz Silvano. O valor do contrato para implantação dos lotes é de R$ 948 mil. A empresa contratada terá um prazo de 90 dias a partir da emissão da ordem de serviço para finalizar as obras. Com a conclusão do serviço, a Codevasf terá finalizado a instalação de toda a infraestrutura de uso comum do perímetro irrigado Jacaré-Curituba, que já beneficia mais de 700 famílias assentadas de reforma agrária. Paulo Viana, superintendente regional da Codevasf, destacou que o fornecimento de água e manutenção da infraestrutura do perímetro vem sendo realizado por meio do contrato de pré-operação, assinado em 2013. “São centenas de famílias beneficiadas em uma região que sofre com a falta de água para a agricultura. A conclusão do perímetro Jacaré-Curituba assegura uma fonte de renda importantíssima para os sertanejos”, ressalta o superintendente. Quiabo, macaxeira, milho, frutas e hortaliças são os principais produtos cultivados no perímetro Jacaré-Curituba, que, desde o início de sua implantação, em 1997, já recebeu cerca de R$ 220 milhões em investimentos. O projeto é um dos contemplados com recursos do programa federal “Mais Irrigação”, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional e executado pela Codevasf em sua área de irrigação. Os recursos estão sendo direcionados para a realização de obras complementares e instalação de equipamentos de irrigação. em cordeiros Uso do soro de leite diminui custos Trabalho inédito de pesquisadores da Embrapa Caprinos e Ovinos confirma que o uso do soro de leite bovino, incluso em ração concentrada, para alimentação de cordeiros em terminação sob confinamento, diminui custos de produção. Cordeiros alimentados com ração contendo soro de leite apresentaram conversão alimentar maior do que aqueles que ingeriram ração com grande percentual de milho e farelo de soja. A conversão alimentar mede o quanto o animal aproveitou da alimentação recebida, convertendo-a em ganho efetivo de peso. A pesquisa foi feita com cordeiros da raça Morada Nova, durante o Teste de Desempenho realizado de outubro de 2013 a janeiro de 2014. Trinta e um animais com idade entre quatro e seis meses, de 12 criatórios, participaram do teste que se iniciou com um período de adaptação de 15 dias. Depois disso, os cordeiros passaram por uma pesagem inicial e, nos 84 dias seguintes, eles receberam ração composta por soro de leite bovino, feno de capim elefante, farelo de soja, milho, calcário e sal mineralizado. A cada 14 dias, os animais foram pesados, e a pesagem final aconteceu no 99º dia. No teste anterior, realizado em 2012 e 2013, os animais receberam ração formulada com feno de Tifton 85, milho, farelo de soja, óleo vegetal, ureia, fosfato bicálcico, bicarbonato de sódio, flor de enxofre, calcário e sal mineralizado. O resultado da pesquisa comprovou que, com uma dieta composta por menos ingredientes, mais baratos e fáceis de encontrar, os animais Divulgação Cordeiros alimentados com de soro de leite têm melhor desempenho comeram menos e ganharam o mesmo percentual de peso. Constatou-se, ainda, uma diminuição nas sobras de ração, o que demonstra que o alimento ficou mais palatável (mais saboroso) para os ovinos. De acordo com o pesquisador Marcos Cláudio Pinheiro, o gasto com alimentação animal é o que mais impacta no custo de produção na pecuária, entre 60% e 70%. Assim, os resultados obtidos com essa pesquisa são importantes, porque oferecem ao produtor uma alternativa mais barata e adequada à realidade do Semiárido brasileiro. “O uso do soro permite diminuir as quantidades de milho e farelo de soja, produtos caros na nossa região”, explica Pinheiro. Segundo o pesquisador, o soro do leite bovino, geralmente, é um resíduo desperdiçado pelas queijarias e laticínios, utilizado apenas por quem produz bebida láctea e ricota. O soro reúne valores nutricionais adequados à formulação de dietas para ruminantes por possuir adequados teores de proteínas, carboidratos e lipídios que constituem a fração energética da alimentação. Também supre as necessidades de minerais, particularmente cálcio e fósforo, de extrema importância para o crescimento, e de vitaminas A e E. O pesquisador alerta que o programa nutricional não é uma receita de bolo, mas deve ser feita sob medida, considerando as exigências de nutrientes dos animais, a disponibilidade e os custos dos alimentos ao longo do ano. Ineditismo A pesquisa realizada pela Embrapa Caprinos e Ovinos com a utilização do soro de leite de vaca, incluso na ração concentrada, na alimentação de cordeiros em terminação é inédita. Os pesquisadores estão elaborando uma publicação com os resultados detalhados do trabalho, que será divulgada posteriormente. A pesquisa sobre a utilização do soro de leite foi realizada durante o 7º Teste de Desempenho de ovinos Mo- rada Nova, coordenado pela pesquisadora Luciana Shiotsuki, cujos objetivos são selecionar animais referência para produção de carne e fornecer aos produtores subsídios para comparar os animais deles com os de outros criadores. Durante o teste, os cordeiros foram avaliados quanto ao ganho de peso médio diário, perímetro escrotal, área de olho de lombo e espessura de gordura. Nas avaliações visuais – feitas em conjunto com os criadores participantes –, observou-se a conformação, musculosidade, tipo racial e aprumos. Ao final do processo, os animais foram classificados em inferiores, regulares, superiores e elite. Nessa edição, três cordeiros foram considerados elite e 12, superiores. O teste faz parte do projeto “Estratégias para a conservação e o melhoramento genético de ovinos da raça Morada Nova”, que nasceu de uma demanda dos próprios criadores, preocupados com a conservação da raça que chegou a correr perigo de extinção. Na avaliação da pesquisadora Luciana Shiotsuki, as ações do projeto têm tido bons resultados como a revitalização da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos Morada Nova (Abmova), aprovação da Lei Municipal nº 1.597, que considera os ovinos Morada Nova patrimônio genético, histórico-cultural do município e outras, que têm impactado diretamente no aumento no número de registro da Associação de Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), reduzindo os riscos de desaparecimento da raça e aumentando a conscientização dos criadores da importância desse recurso genético no Semiárido brasileiro. Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 mUNICÍPIOS Jornal da Cidade Arquivo Pessoal A SOCORRENSE Greicele Farias fez questãode levar sua mãe e suas filhas para prestigiar a festa em homenagem a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Nossa Senhora do Socorro Arquivo Pessoal A fofinha Karolyne Reis apaga as velinhas neste sábado, 8. Ela é natural de Salgado, mas atualmente mora em Poço Verde, onde nutre boas amizades. Parabéns e muitas felicidades!!! Feliz da vida, Luciene Fernandes é a mais nova integrante da equipe da Secretaria de Saúde do município de Rosário do Catete. Sucesso, querida!!! acontecendo O queridíssimo Silvio Sotero, do setor comercial do JORNAL DA CIDADE, encontra o amigo e o prefeito de Siriri, Gervásio de Moura, na festa de reis de Siriri 2014. Só alegria! a l Interior Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal soci 6 Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal O queridíssimo amigo e secretário de Comunicação da prefeitura de Carmópolis, Cristiano Mendonça, vai festejar seus 28 anos na próxima terça-feira, 11. A comemoração promete abalar a cidade. Feliz aniversário e sucesso. Você merece! Ascom/Seed Toda elegante, Vânia Assis posa feliz ao lado do filho, Vannilton Styvenson, durante casamento de um casal de amigos, em Siriri. Felicidades!!! Arquivo Pessoal O jovem Jorge Leonardo Fontes Santos foi aprovado em primeiro lugar no curso de engenharia ambiental da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e no curso Técnico em Segurança do Trabalho do Instituto Federal de Sergipe (IFS). Ele concluiu o ensino médio no Colégio Estadual Leandro Maciel e cursou o PréUniversitário da Secretaria de Estado da Educação. Um exemplo para todos. A mãezona Denise Santos está toda orgulhosa do filho. Parabéns!!! Arquivo Pessoal A Prefeitura de Ribeirópolis divulgou na última quarta-feira, 5, a programação da Festa de Reis do município, que acontece nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro na Praça de Eventos. Confira a rogramação completa: Sexta 21/02 21h Junior Ventura 23h Polentinha do Arrocha 01h Antonio o Clone A gatinha Pamela Fernandes, de Nossa Senhora da Glória, comemorou mais uma primavera na última quinta-feira, 6. Parabéns e sucesso!! Sábado 22/02 22h Fabio Ribeiro 01h Forro da Curtição 03h Alma Gêmea Edla Maria, natural de Estância, mas atualmente residindo em Salvador/ BA, apaga as velinhas nesta segunda-feira, 10, em comemoração aos seus de 69 anos de vida. Na foto, ao lado do filho Waldeck Júnior e dos irmãos José Silveira e Marina Sobral. Felicidades à aniversariante! Domingo 23/02 8h Cortejo dos Caretas 11h Arrastao com Seeway 01h Banda Ribas City Jadilson Simões entrevista Sérgio Ferrari fala sobre a situação financeira da Deso Página 3 Aracaju domingo Mercado Jornal da Cidade Editor: Marcos Cardoso 9 e segunda-feira 10.2.2014 Economia & Negócios [email protected] Unicred planeja superar 2013 Divulgação Ativos cresceram 31,73% no ano passado, superando a casa dos R$ 100 milhões Adiberto de Souza A CAderno Mercado Unicred Aracaju pretende ampliar agora em 2014 os bons resultados alcançados no ano de 2013, quando os ativos cresceram 31,73% superando a casa dos R$ 100 milhões, os empréstimos cresceram 30,20% e o número de cooperados (correntistas) ficou 15,33% maior do que o cadastro 2012. “Uma grande conquista de 2013, quando festejamos nossos 15 anos de fundação, foi a autorização do Banco Central para que a Unicred Aracaju se transformasse em cooperativa de livre admissão, podendo assim captar correntistas em todos os segmentos da economia, exatamente como fazem os bancos”, afirma o diretor presidente da Unicred Aracaju, Jorge Viana da Silva. De acordo com ele, os números apurados em 2013 são um grande incentivo para os que fazem a cooperativa. Bom exemplo são os depósitos a prazo feitos no ano passado, que cresceram mais de 50% em relação a 2012,demonstrando a confiança dos correntistas na instituição. “Nosso resultado foi 28,05% maior do que o apurado no período anterior, enquanto o dos bancos ficou entre 12% e 13%. O diferencial é que nas instituições bancárias o lucro é todo dos banqueiros, enquanto nas cooperativas as chamadas ‘sobras’ são distribuídas com os cooperados, pois eles são os donos da instituição. É o caso das tarifas pagas no decorrer do ano, que são devolvidas aos cooperados”, explica Jorge Viana. Por falar em cooperados, o diretor presidente da Unicred Aracaju tem uma ótima notícia: “Na próxima Assembleia Geral Ordinária vão estar disponível para eles cerca de R$ 5,2 milhões relativos as “sobras” líquido apurado em 2013”, informa. Segundo Jorge Viana, o resultado bruto alcançado pela instituição no ano passado foi de R$ 8,284 milhões com uma rentabilidade sobre o Capital de 35,65% . Parte desses recursos é usada para remunerar o capital da Unicred. Outros 10% vão para o Fundo de Assistência Técnica Educacional, que garante a capacitação dos funcionários, cooperados e dirigentes, e 10% alimentam o Fundo de Reserva, utilizado como segurança da cooperativa. Os Memoráveis O diretor presidente da Unicred Aracaju confirmou a continuidade do bem sucedido Projeto “Memoráveis: sergipanos de ontem, hoje e sempre”. O objetivo é homenagear grandes personalidades de Sergipe, contribuindo para a valorização da história do estado, através de sergipanos que deixam a sua marca de realizações e conhecimento. Sobre o projeto, o saudoso intelectual Luiz Antônio Barreto escreveu que “a iniciativa aproxima do grande público nomes ilustres, além de estabelecer um vínculo, como instrumento de coesão da identidade sergipana, valorizada pelos informes, leves, diretos e objetivos, que qualificam os Memoráveis e justificam a homenagem”. Jorge Viana lembra que, para colocar em pé de igualdade bancos e cooperativas, o Banco Central criou ano passado o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). O objetivo é garantir os depósitos em cooperativas de crédito, a exemplo do que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) faz com os recursos depositados nas instituições bancárias. O percentual e a base de cálculo das contribuições ao FGCoop também devem ser os mesmos dos bancos ao FGC: 0,0125% ao mês sobre as modalidades garantidas, a exemplo dos depósitos à vista e a prazo. Muita gente não sabe, mas a Unicred opera como qualquer banco, podendo oferecer aos associados cheque especial, financiamentos de maneira geral, empréstimos pessoais, inclusive consignados, capital de giro com taxas competitivas, cartão de crédito bandeira Visa, domicílio bancário para micros e pequenas empresas. Estas operações são disponibilizadas aos cooperados com juros mais baixos em empréstimos; remuneração mais altas nas aplicações; taxas de serviços a preço de custo; melhor atendimento, personalizado; rapidez, pouca burocracia na concessão de créditos e prestação de serviços; distribuição das sobras; e baixa inadimplência. Micro e pequenos A autorização do Banco Central para que as cooperativas possam aceitar correntistas de quaisquer segmentos tem estimulado a captação de novos parceiros pela Unicred Aracaju. “Estamos trabalhando para que este ano seja muito melhor do que foi 2013, quando fomos a mais eficiente do Norte e Nordeste, sendo a cooperativa que deu maior retorno em termos de rentabilidade”, afirma. Na última quinta-feira, Jorge Viana se reuniu com o superintendente do Sebrae Sergipe, Lauro Vasconcelos, para discutir a criação de uma Sociedade Garantidora de Crédito (SGC) visando beneficiar os micros e pequenos empresários sergipanos. “Ele prometeu levar nosso pleito ao Sebrae Nacional”, informa o diretor presidente da Unicred. Nestes mais de 15 anos de atuação, a Unicred Aracaju alcançou o patamar de R$ 100 milhões de ativos. “A nossa carteira de crédito tem cerca de R$ 75 milhões emprestados e o capital social chega a R$ 23 milhões”, festeja. Nos últimos 10 anos, a cooperativa já dis- tribuiu mais R$ 18 milhões com seus cooperados. Viana revela que de 2002 a 2013 o patrimônio líquido dos bancos cresceu 1,2%, enquanto o das cooperativas de crédito cresceu 19%. E os depósitos bancários cresceram 3,5%, os das cooperativas subiram 15%. Outra diferença é que as cooperativas são obrigadas a aplicar os recursos captados onde atuam. jorge viana: BC autorizou cooperativa de livre admissão 2 Mercado Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 Jornal da Cidade Divulgação mARCOS cARDOSO [email protected] 65 assassinados em janeiro D izem que a dor mais difícil de superar é a da mãe quando perde o filho. E quando o filho é assassinado na presença da mãe? Essa é a dor que neste momento sente a professora Maria José Santos de Melo, 46 anos, moradora do bairro Japãozinho, que teve o filho morto a tiros, quase na porta de casa e sem que pudesse fazer nada, na noite da última quarta-feira. O ajudante de pedreiro Victor Lisânio Santos de Melo, 21, foi morto quando tentavam roubar sua moto. “Ele gritava: ‘Mainha, me ajude, eles querem levar minha moto’. Eu ainda pedi para eles não atirarem, mas eles atiraram e ainda apontaram a arma contra mim”, contou ela à reportagem do Portal Infonet. “Mataram meu filho na minha frente. Eu quero sair daqui”, desabafou a professora, que há pouco mais de dois meses viu o filho mais novo ser vítima de assalto, quando também teve roubada uma moto. No último mês de janeiro, Sergipe registrou impressionantes 65 assassinatos — média superior a dois por dia. O número não é oficial, foi pinçado dos registros jornalísticos do próprio Portal Infonet, e revela que 55 dos homicídios ocorridos no primeiro mês de 2014 foram perpetrados com armas de fogo. Revólveres ou pistolas, comumente. Quatro foram por armas brancas e dois por linchamentos. Outros quatro não tiveram causa determinada. Naquele mês, houve registro de crimes nos quatro cantos do estado, mais precisamente em 28 municípios, sendo que a maior incidência de mortes «matadas» aconteceu na capital, nos municípios da Grande Aracaju e nas maiores cidades do interior. Somente em Aracaju foram 15 assassinatos, considerável média de uma morte a cada dois dias. Em Nossa Senhora do Socorro, segundo município mais populoso, foram 7 mortes, em Itabaiana foram 5, e houve 3 assassinatos em São Cristóvão, Lagarto e Laranjeiras. HÁ MUITO SERGIPE DEIXOU DE SER UM LUGAR CONSIDERADO PACATO. Mesmo que estejamos aquém do índice de violência registrado nos estados vizinhos, hoje integramos a lista dos dez mais violentos. Sergipe aparecia em 2011 com 739 mortes e uma taxa de 35,4 homicídios por 100 mil habitantes, crescimento de 20,8% em relação a 2001. Taxa alta, equivalente à da Colômbia. mas se for mantida a média de assassinatos de janeiro deste ano vamos fechar 2014 com 780 mortes, elevando a taxa de homicídios para 39/100 mil. De 2001 a 2011, o crime na Bahia cresceu 223,6% (taxa de 38,7 mortes por 100 mil) e Alagoas manteve-se em 2011 com a maior taxa nacional de homicídios, 72,2 por 100 mil habitantes (crescimento de 146,5%). O Brasil fechou 2011 com taxa de 27,1 homicídios por 100 mil, redução de 2,4% em relação a 2001. Mas o suficiente para nos colocar entre os países mais violentos. Os dados são confiáveis, do Mapa da Violência 2013. Dois terços dessas mortes estão relacionadas ao uso de armas de fogo, o que transforma a questão numa situação de guerra. Para exemplificar, em Sergipe, no ano de 2010, houve 690 homicídios, sendo que 476 foram por disparos de armas de fogo — 55% a mais do que dez anos antes. Em 2011 houve 52.198 homicídios no considerado pacífico Brasil. Em comparação, no conflito atual mais sangrento, da Síria, registrou-se 73 mil mortos em 2013. MAS POR QUE A VIDA DAS PESSOAS MELHORA E A VIOLÊNCIA NÃO DIMINUI? Pelo contrário, na primeira década deste século, quando estados das regiões Norte e Nordeste registraram aumento na renda per capita acima da média nacional, ocorreu o indesejado efeito do crescimento das mortes violentas. A causa dessa aparente contradição é que as mudanças sociais e econômicas atraíram o crime, principalmente o relacionado ao tráfico de drogas, e não foram acompanhadas pela estruturação e qualificação da segurança pública. No período de 2001 a 2011, os oito estados que mais registraram aumento na taxa de mortes violentas são do Norte e do Nordeste — Bahia, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Pará e Amazonas —, e, com exceção do último, todos tiveram crescimento da renda per capita acima da média nacional. Na outra ponta, só oito unidades da Federação viram suas taxas de violência diminuir: Pernambuco, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Desse grupo, somente metade teve crescimento da renda acima da média nacional. Especialistas em segurança pública consideram inusitado que a renda melhor não tenha sido acompanhada de menos mortes violentas, principalmente na análise do Nordeste, a região que mais se beneficiou da redução da pobreza. É que os estados que foram beneficiados por mais investimentos econômicos e por programas de renda, como Bolsa Família, se descuidaram de uma criminalidade que hoje é crônica — hoje a cocaína é uma droga fácil até nos rincões do Nordeste — e não estruturaram o sistema de segurança. Colhe-se agora os resultados negativos dessa desestruturação. No Rio de Janeiro, o ex-patinho feio da segurança pública, a situação melhorou e os índices de mortes por homicídio tem caído ano a ano, quando se analisa a série histórica desde 2001. O estado já ocupava a 17ª posição em 2011 no índice de mortes por homicídio, atrás da maioria dos estados do Norte e do Nordeste, inclusive Sergipe, além de Paraná e Goiás. O segredo do sucesso: o Rio vem melhorando desde 2002, pois foram feitos investimentos nas polícias. Os resultados têm relação direta com a expansão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que mudaram o perfil das favelas. São Paulo também melhorou e hoje é, proporcionalmente, um dos estados menos violentos do país. O Nordeste vai ter que começar a fazer agora o dever de casa que tem dado certo naqueles estados. O que, em resumo, nada mais é do que investir tempo e dinheiro para ter uma gestão melhor da segurança. transrio, revendedora Volkswagen e MAN em Sergipe: 380 unidades foram comercializadas no Estado em 2013 Caminhões Volkswagen e MAN lideram vendas Marcas também foram as mais vendidas em Sergipe nos últimos cinco anos Adiberto de Souza Caderno Mercado A MAN Latin America está comemorando a liderança conquistada em 2013 nas vendas de caminhões no Brasil pelo 11º ano consecutivo. Os caminhões Volkswagen e MAN também foram os mais vendidos em Sergipe nos últimos cinco anos. “Estes resultados refletem o nosso compromisso em oferecer produtos cada vez mais competitivos e um atendimento diferenciado. Este é um trabalho contínuo. Por isso, vamos em busca de mais um ano de liderança”, festeja Hamilton Nascimento, diretor geral da Transrio Sergipe, revendedora no Estado dos caminhões Volkswagen e MAN. De acordo com ele, a liderança nas vendas em Sergipe tem muito significado, pois o mercado local é muito competitivo e possui concorrentes agressivos. “Fechar mais um ano na liderança em um Estado de forte disputa comercial é um mérito para toda nossa equipe e mostra que os sergipanos sabem escolher um produto de qualidade”, afirma Hamilton. No ano passado, foram vendidos em Sergipe 380 caminhões Volkswagen e MAN, número que, segundo o diretor geral da Transrio, deve ser superado agora em 2014: “A preferência pela marca está solidificada entre os frotistas e caminhoneiros sergipanos”, afirma. A unidade da Transrio em Sergipe está localizada no quilômetro 92 da BR 101 em Nossa Senhora do Socorro. Além dos caminhões e ônibus Volkswagen e MAN zero quilômetro, a concessionária revende seminovos e atua com corretora de seguros, aluguel de caminhões, dispõe de um completo estoque de peças e atende a todos os programas de garantia e de qualidade da fábrica, assistência técnica treinada, contratos de manutenção e serviço de socorro ChameVolks. Para assegurar uma cobertura nacional de seu atendimento pós-vendas, a MAN Latin America conta com 157 concessionárias em 26 estados. Desse total, 43 pontos são exclusivos para assistência técnica e comercialização de peças e acessórios. Os resultados do Registro Nacional de Veículos Automotores atestam a liderança da empresa no mercado brasileiro de caminhões, com participação superior a 26% no segmento de 3,5 toneladas e 2013 Produção industrial cresceu em 11 das 13 cidades pesquisadas A produção industrial cresceu em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013. Destacaram-se o Rio Grande do Sul (com alta de 6,8%), o Paraná (5,6%), Goiás (5%) e Bahia (3,8%). Também tiveram altas acima da média nacional de 1,2% os estados do Ceará (3,3%) e Santa Catarina (1,5%). Outros locais com crescimento em 2013 foram a Região Nordeste (0,8%) e os estados de São Paulo (0,7%), Pernambuco (0,7%), Amazonas (0,7%) e Rio de Janeiro (0,1%). Três estados tiveram queda na produção industrial: Espírito Agroindústria cai 0,2% em 2013 A agroindústria brasileira teve uma queda de 0,2% em 2013, um desempenho pior do que o observado pela indústria geral, que teve uma alta de 1,2% no período. Essa também foi a terceira queda consecutiva da agroindústria, que já havia recuado 0,6% em 2012 e 2,2% em 2011. Segundo dados divulgados hoje (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os setores vinculados à agricultura, que têm o maior peso na agroindústria, tiveram um recuo de 1,3%. Os demais setores tiveram desempenho positivo: pecuária (0,7%), inseticidades, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário (3,9%) e desdobramento da madeira (10,8%). Entre os setores vinculados acima. No mercado competitivo, descontados os nichos nos quais a montadora não atua, a participação sobe para 27%. O Grupo Transrio pertence à Companhia JSL, que atua em todas as regiões brasileiras, com mais de 166 filiais operacionais distribuídas em 16 estados, inclusive quatro no Nordeste, mais de 30 revendas de veículos novos e seminovos em sete estados, além de quatro países da América Latina. Com 56 anos de atividades, a sede social está localizada na capital paulista e a sede administrativa em Mogi das Cruzes (SP). Um braço do grupo, que atua em seis ramos diferentes de atividades, é a JSL Concessionárias de Veículos, detentora de cinco redes de revendas de veículos leves e pesados, entre os quais a Transrio Sergipe. Santo (-6,7%), Pará (-4,9%) e Minas Gerais (-1,3%). Comparando apenas os meses de dezembro e novembro, houve queda em 11 locais. A maior alta foi observada em Goiás (8,2%) e a maior queda, em Minas Gerais (com queda de 8,6%). Na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo período de 2012, houve queda em oito locais. O destaque positivo foi o Rio Grande do Sul, com aumento de 11% e o destaque negativo, Minas Gerais, com recuo de 7,2% na produção. à agricultura responsáveis pela queda da agroindústria estão os derivados da soja (-8,5%), celulose (-2,5%), laranja (-16,1%) e fumo (-7,4%). A produção dos derivados de soja foi prejudicada pela queda nas exportações. BNB disponibiliza linhas de crédito “verdes” Empreendedores que pretendem aliar crescimento econômico à mitigação de impactos, preservação ou mesmo recuperação do meio ambiente podem contar com linhas de crédito diferenciadas no Banco do Nordeste. São cinco diferentes tipos de financiamento que podem ser contratados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN): FNE Verde e Pronaf ECO, Agroecologia, Floresta e Semiárido, esses últimos como modalidades especiais do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). As linhas preveem financiamento de projetos de uso sustentável de recursos florestais, recuperação ambiental e convivência com o semiárido, produção de base agroecológica, controle e prevenção da poluição e da degradação ambiental, energias renováveis e eficiência energética, tecnologias ambientais, armazenamento hídrico, sistemas agroflorestais, entre outros. O FNE Verde financia até 100% do projeto, com taxas de juros a partir de 5,3% ao ano, bônus de adimplência de 15% sobre as parcelas pagas em dia, e prazo de pagamento em até 12 anos. As linhas do Pronaf também financiam até 100% do projeto, com taxas de juros ainda menores: a partir de 1% ao ano, com reembolso de acordo com a capacidade de pagamento do cliente, limitado ao prazo total de 20 anos. “Trata-se de uma excelente oportunidade para o Banco, e também para o cliente, de valorizar uma alternativa de crescimento econômico mais sustentável em um momento em que todo o planeta discute essa questão”, afirmou a gerente da Célula de Meio Ambiente, Inovação e Responsabilidade Social do BNB, Cássia Regina Xavier de Andrade. Nos últimos três anos, o Banco do Nordeste já realizou mais 8,8 mil operações pelas linhas “verdes”, totalizando mais de R$ 1 bilhão investidos. Mercado Jornal da Cidade Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 ENTREVISTA Sérgio Ferrari “A Deso trabalha para reduzir as perdas” Arquivo JC A Deso é uma empresa que busca sua viabilidade financeira investindo em tecnologia para agilizar o atendimento ao consumidor e combatendo a redução das perdas, que chegam a 52%, provocadas pelo sistema envelhecido e pelos furtos de água. Em resumo é o que informa o presidente da Companhia de Saneamento de Sergipe, Sérgio Ferrari. “A Deso tem dado passos no sentido de conseguir sobreviver, de conseguir melhorar, e ela mais cedo ou mais tarde vai conseguir também fazer w mercado - A Deso é uma empresa saneada? Como está a situação financeira da Deso hoje? SÉRGIO FERRARI - A Deso é uma empresa que consegue trabalhar sem depender do governo do Estado para fazer o dia a dia, o custeio. A Deso ainda não tem capacidade de investimento, ela depende do governo estadual e federal para fazer investimento. Isso ainda vai demorar um tempo. Hoje a empresa é capaz de se manter, mas não é capaz de ampliar o negócio. E não é um problema só da Deso, é um problema do setor de saneamento do país, que passou mais de 20 anos sem investimento. Quando o BNH (Banco Nacional de Habitação) foi extinto, o setor de saneamento passou por uma fase muito ruim. Agora, o PAC foi concebido para retomar investimentos na área de saneamento. Com o PAC, mais do que quintuplicou o investimento em saneamento no país. Quem mais aproveitou esses investimentos em saneamento foram os estados do Sul, onde as empresas já estavam mais ou menos organizadas. O Nordeste não tinha projetos para captar esses recursos e começa a receber agora. Do PAC 1 os estados do Nordeste não receberam tanto, porque não tinha estoque de projetos. O PAC 2 já foi uma mudança, os estados do Nordeste estão recebendo mais e o governo concebeu uma mudança, um novo sistema, que se chama PAC Seca, que foi específico para os estados da região atenderem essa demanda. Então a Deso tem dado passos no sentido de conseguir sobreviver, de conseguir melhorar, e ela mais cedo ou mais tarde vai conseguir também fazer investimentos. w M – E mesmo na dificuldade tem que fazer o trabalho social... SF – Tem um senão a ser discutido. Existe uma determinação, uma lógica da política, que tanto governo federal como governo estadual busquem universalizar o serviço de água e esgoto, isso em decorrência inclusive do Rio+10, das Metas do Milênio. Mas, quando você coloca a universalização da água como política, para a empresa não é um enfoque econômico. Porque universalizar significa abastecer comunidades pequenas com serviços de água que muitas vezes não vão pagar o investimento. É uma política de governo necessária, importante, social, mas talvez não seja prioridade para a Deso você ter que atender o governo, porque economicamente não é uma estratégia importante para a empresa. A empresa tem que primeiro conseguir atender bem os locais onde já atua. Nossa meta atualmente é focar nas perdas, porque a Deso é uma empresa que ainda tem muita perda de água. Na hora que você conseguir resolver essa situação, conseguir ser eficiente onde você está operando, aí sim você pode pensar nessa visão social. w M – Mas como única empresa a operar no sistema de distribuição de água e tratamento de esgoto, a Deso deve ter uma receita importante . De quanto é essa receita e ela é investida em que? SF – A Deso tem uma receita da ordem de R$ 30 milhões por mês, cerca de R$ 360 milhões ao ano. A receita nossa é basicamente para o pagamento do pessoal da empresa e manutenção e ampliação da rede. Como temos uma rede muito antiga, há muito problema ainda de manutenção dessa rede. Há vazamentos de água e tem furtos. Então se gasta muito nessa manutenção. Hoje em dia o nosso recurso é aplicado na ampliação do sistema nos locais onde já existe, porque para isso eu não dependo de recursos externos, eu posso ampliar com a receita própria. w M – Quanto se perde e o que exatamente está sendo feito no combate a essa perda? SF – Perdemos 52% de água. Nós temos um projeto muito intenso para evitar perda. Primeiro nós tentamos captar recursos do Banco Mundial. Acabou que não chegamos a bom termo, então decidimos fazer investimento próprio, com a própria investimentos”, afirma. Ele observa que a empresa que tem 1.185 funcionários efetivos, quase 10 mil quilômetros de rede de abastecimento, possui 520 mil clientes e fatura R$ 360 milhões ao ano ainda não dispõe de recursos próprios para investir nos grandes projetos. Mas tem boas notícias para dar: a ampliação das redes de esgotamento sanitário e a segurança de que, ao contrário de outras capitais, não faltará água na Grande Aracaju, muito por causa da nova barragem do rio Poxim. sérgio ferrari, presidente da Deso: situação privilegiada quanto ao abastaecimento equipe da empresa. Criamos uma área para cuidar de perdas, estamos treinando pessoal, fizemos contato com uma empresa de Portugal que tem tido um sucesso muito grande nessa área. É uma empresa que reduziu de 34% para 21% as perdas em oito anos, com um investimento bem razoável. Temos intenção de aumentar esse contato, fazer intercâmbio com eles. Começamos por Aracaju e, depois que der resultado, vamos replicar esse investimento no interior. w M – As perdas têm relação com a antiguidade do sistema? SF – Você tem três fatores que influem na perda. O primeiro fator é que o sistema é antigo. O segundo fator é algum movimento, alguma obra que você não pode prever, como por exemplo uma obra que estraga uma rede. E o terceiro fator que influencia significativamente na perda é o furto. No Centro da cidade ainda temos redes de cimento amianto, com mais de 40 anos de uso, implantadas nos anos 60 e 70, que vamos trocando aos poucos. Esse envelhecimento da rede e o furto, o popular gato, são importantes para a gente. w M – Onde acontecem mais os furtos, na zona rural ou nas cidades? SF – O furto é democrático, ocorre em todo lugar. Ocorre nos bairros de periferia e ocorre na zona rural, principalmente o furto de adutoras em épocas de seca. Temos muitos problemas de furtos nas fazendas. Mas temos feito um trabalho permanente de detecção de furtos, denunciamos ao Ministério Público, mas não somos delegacia, não podemos nos comportar como polícia. w M – Quantos clientes a Deso tem hoje e existe meta de ampliação? SF – Nós temos hoje 520 mil economias, como nós chamamos as ligações. Cada medidor é uma economia. A maioria dos clientes está na faixa de consumo de até 10 metros cúbicos por mês. Podemos dizer que 80% dos clientes da Deso consomem até 20 metros cúbicos por mês. Esses são quase todos clientes residenciais. Apesar de que o cliente público, industrial e comercial têm uma importância no faturamento proporcionalmente maior. Os 80% que consomem até 20 metros cúbicos representam 60% do faturamento. w M – E com relação à inadimplência, ela acontece mais por parte do poder público ou do consumidor privado? SF – Independe. Nós temos uma inadimplência da ordem de 7% a 8%. Temos trabalhado muito para fazer com o poder público negociações de dívidas antigas e, com relação ao setor comercial e industrial, nós temos negociado a demanda. Com a mudança estrutural na Deso, a empresa criou uma diretoria comercial que não existia, foi criada no ano passado, e temos tentado dar tratamento diferenciado para clientes diferenciados. Estamos conversando muito com o setor hoteleiro para tentar fazer propostas. Há uma fuga muito grande do setor hoteleiro, que perfurou poços para ter água independente, e estamos buscando o diálogo com esse setor para fazer uma reaproximação. w M – Sempre houve crítica de que a Deso é uma empresa lenta. Isso procede, está sendo solucionado? SF – O setor público é diferente do setor privado, há uma lentidão maior por conta de atender a legislação. Nós não podemos, como no setor privado, decidir fazer uma obra e contratar diretamente. Temos que seguir toda uma série de trâmite legal e isso, naturalmente, causa um pouco de lentidão. Mas em alguns fatores que podem causar lentidão, como na área tecnológica, a Deso tem investido muito. Temos feito investimentos em tecnologia, em automação, para termos respostas maiores. Nesse momento, mudamos o programa de gerenciamento de informática, o setor de contabilidade, financeiro da empresa foi mudado. Compramos um software gerencial, que envolve um grande treinamento, no momento causa algum transtorno, mas que vai representar no futuro uma melhora na resolutividade da empresa. No passado nós compramos o sistema comercial, que hoje está em pleno funcionamento e permite que você evolua. Temos que partir das soluções de totens de atendimento, temos que mudar a lógica que existia, temos que ter uma sala de atendimento em cada cidade, temos que saber trabalhar com o mundo virtual. Não podemos ficar parados, na lógica do atendimento como era antigamente. Temos que evoluir como a energia e a telefonia evoluíram. Reconhecemos que ainda temos um atraso tecnológico, na área de informática, na área de atendimento ao cliente, mas estamos investindo para avançar. Por exemplo: na Energisa você pode refaturar uma conta com mais velocidade do que na Deso. Nós queremos chegar a isso e permitir que o cliente faça uma série de operações via internet. Já mudamos o nosso site, compramos mais servidores, exatamente para permitir que a Deso possa atender qualquer cliente via internet. w M – Por que o BNDES contratou a Fundação Getúlio Vargas para estudar o modelo organizacional da Deso? SF – Esse é um contrato da Secretaria de Desenvolvimento Urbano com o BNDES, que tem um valor a fundo perdido para investir no setor de saneamento. Ele escolheu Sergipe porque talvez seja o estado mais barato para fazer um investimento piloto para saneamento. Na realidade, a lógica do BNDES é fazer um estudo para o governo do estado buscar a universalização do saneamento. Esse estudo permite discutir modelo de negócios. Assim você pode estudar empresas, sistemas municipais ou terceirização. Como em Sergipe nós estamos presentes em 71 dos 74 municípios, o estudo do BNDES tem uma interação com a Deso muito forte, porque somos o maior operador do saneamento no estado, praticamente 95% operado pela Deso. Na semana passada tiveram conosco, fizeram uma visita às instalações de produção da Deso e temos fornecido informações gerenciais. Esse estudo vai prosseguir ao longo deste ano. Vai haver várias rodadas de discussão do modelo de operação da Deso. w M – Quando estará pronto o sistema de esgotamento sanitário da Grande Aracaju? SF – Nós separamos a cidade de Aracaju da região metropolitana. Quando começou o governo Marcelo Déda, em 2007, Aracaju tinha 30% de atendimento de rede de esgoto. Ele captou recursos do PAC, essas obras estão em andamento, contratadas ou em fase final, elevando para 55%. Além dessas obras, foi contratada recentemente a segunda etapa do PAC 1, que é a obra da Aruana. Então esse percentual sobe para 68%. Nós já apresentamos o projeto para a Caixa Econômica, já temos contrato assinado e recurso garantido de mais R$ 150 milhões, para fazer a zona norte de Aracaju, que vai pegar o Bugio, Santos Dumont, Siqueira Campos e alguma parte do Santa Lúcia e Sol Nascente. Devemos começar essas obras ainda este ano e, quando ficarem prontas, deveremos chegar a 85% de cobertura de rede de esgoto. E Aracaju já foi pré-selecionada com mais R$ 70 milhões para chegarmos a 95% de atendimento. Assim, vai ficar faltando apenas a zona de expansão, que ainda não temos um projeto porque é muito pouco povoada, o custo para implantar o sistema ali é muito grande. Além disso, temos em andamento hoje investimentos em Nossa Senhora do Socorro, no Parque dos Faróis, obra de R$ 40 milhões já iniciada. Temos um contrato para a sede de Socorro e mais algumas regiões do Marcos Freire. Então Socorro deve ficar com alguma coisa da ordem de 60% de cobertura de rede de esgoto. Temos muito pouco em São Cristóvão, apesar de termos feito obras no centro histórico, e temos a Barra dos Coqueiros com 80% da área. Então, provavelmente, a região metropolitana vai ter uma cobertura da ordem de 70%. Isso é um diferencial. Poucas capitais do país têm essa cobertura de rede de esgotos. w M – Essa é a solução para a questão da poluição do rio Sergipe, por exemplo? SF – Isso vai melhorar muito a poluição do rio Sergipe. Estamos iniciando a operação do São Conrado. No Coqueiral e Santa Maria já estamos fazendo operação de rede de esgotos. Essas regiões têm um índice de endemia muito grande e não tenho dúvidas de que, daqui a cinco, seis anos, a quantidade de doenças veiculadas por meio líquido vai reduzir significativamente. Estamos em contato com a Universidade Federal de Sergipe para fazer pesquisas, financiadas via Fapitec, para estudar a quantidade de doenças que eram transmitidas por via hídrica e comparar depois. O resultado será a redução com despesas médicas. Esse investimento, quando analisado no futuro, o que se vai conseguir com resultado na saúde é fenomenal. w M – Com essa estiagem forte no Nordeste, Aracaju corre risco de racionamento de água, como pode ocorrer em outras capitais? SF – Essa semana eu li na Folha de São Paulo sobre o risco da capital paulista, de Campinas, Piracicaba, Sorocaba ficarem sem água. É um risco real. Os mananciais que abastecem São Paulo estão com 30%, 40% da capacidade. No ano passado, Maceió teve racionamento, Recife, Natal, João Pessoa tiveram racionamento, e Fortaleza é uma cidade que tem dificuldades. Nós, em Aracaju, do ponto de vista do abastecimento de água, estamos muito acima do Nordeste como um todo e do Brasil. Se acontecer essa situação em São Paulo vou dizer que estamos numa situação privilegiada. Essa barragem do Poxim tem um marco histórico, vai garantir uma segurança no abastecimento para a região metropolitana de Aracaju como em poucas cidades do Brasil. Dentro da perspectiva de crescimento das cidades, temos garantido o abastecimento de água pelos próximos 20 anos. Eu tenho muita preocupação porque a Chesf tem reduzido a vazão do rio São Francisco. Ainda não tivemos problema com o abastecimento, mas já tivemos que mudar a posição das bombas de captação da Adutora do Sertão. Temos procurado conversar com a Agência Nacional das Águas e com a Codevasf para manter a vazão do rio para não ter problema de abastecimento, mas não acredito que vamos ter falta de água. E a barragem do Poxim vai ter um papel fundamental na regularidade ao longo deste ano. CADERNO MERCADO - ECONOMIA & NEGÓCIOS Comercialização: Gabinete de Mídia & Comunicação Ltda. Rua Moacir Rabelo Leite, 34, Sala 1, Bairro 13 de Julho, Aracaju/SE Contato: Pedro Amarante [email protected] - (79) 3246-4139 / 9978-8962 3 4 Mercado Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 O $ nosso de cada dia André Tavares* [email protected] Qual o melhor investimento??? A tuando já há algum tempo na área financeira de empresas e com significativa dedicação à área de investimentos financeiros, sou constantemente abordado por conhecidos, amigos, parentes e colegas de trabalho com a seguinte pergunta: “Qual é o melhor investimento no momento?”. A resposta a este questionamento tão comum – e que pode também ser seu – é o que pretendo oferecer na nossa conversa de fim de semana de hoje neste breve espaço de página. Contudo, para tentar responder de forma mais facilmente compreensível a esta pergunta, preciso primeiramente tratar do segundo questionamento mais frequente, que é: “Tenho uma enorme vontade de poupar, mas não consigo guardar $ (dinheiro). O que devo fazer?”. Esse, sem dúvida, é um dilema que muitos convivem no seu cotidiano de administração financeira de sua vida. Primeiro de tudo, é importantíssimo ressaltar que a poupança não pode ser um fim em si mesma. Ninguém deve acumular $ pelo simples prazer de acumular. Na verdade, nós devemos buscar a poupança como uma forma de atingirmos alguns objetivos que para nós são prioritários. Podemos citar como exemplos a formação de uma reserva para aposentadoria, a realização de uma poupança para comprar um imóvel, a constituição de um montante para fazer uma viagem ou ainda a formação de uma carteira de investimentos que lhe deem uma renda independente da remuneração obtida com sua atividade profissional. Definidos esses objetivos – e elencados em ordem de importância – para você e sua família, você deve estimar quanto de $ é necessário para alcançar aquela meta e definir qual o percentual de sua renda que você conseguirá direcionar para a poupança. Acredito que o razoável para poupança é pelo menos 10% de seus rendimentos. O ideal seria conseguir poupar 30% de sua renda. É preciso afirmar que esta capacidade de poupança depende muito do momento de vida em que se está. Um jovem solteiro e sem filhos tem, em princípio, condições de poupar um percentual bem maior de sua renda do que um profissional que tem família e filhos em idade escolar. Se você está começando a constituir uma poupança, sugiro que comece sempre com investimentos mais simples, como a caderneta de poupança ou um fundo de investimento em títulos públicos, disponíveis em qualquer grande banco. São opções que apresentam baixas remunerações mas que são praticamente livres de risco. À medida que você for desenvolvendo o hábito da poupança, comece a ler sobre os diferentes tipos de investimento, como fundos de investimento mais sofisticados, ações, imóveis e outros. Somente depois de ter conhecido mais sobre os diferentes tipos de investimentos, é que você deve se “aventurar” em alternativas mais complexas. Depois dessas observações, estamos prontos para responder a pergunta do início do texto sobre qual é o melhor investimento. Sem dúvida, após ter lido sobre as diversas opções do mercado, o melhor investimento para você é aquele que você mais gostar, estiver entendendo melhor, se sentir mais à vontade. Porque para investir bem, é necessário conhecer bem onde se está investindo. Uma pessoa que não gosta de acompanhar os salões de lançamentos de novos prédios; de ler semanalmente os classificados de jornais com ofertas de imóveis ou de estar em constante contato com corretores não deve aplicar seu $ em imóveis. Do mesmo modo, só deve aplicar em ações quem gosta e tem tempo para acompanhar as notícias sobre as empresas e sobre os movimentos de bolsas de valores. Ou seja: não existe um bom investimento para todos. Essa pergunta tem uma resposta diferente para cada um de nós considerando nosso nível de envolvimento com nossos investimentos e nosso perfil e apetite para correr riscos, que pode ser alto ou até mesmo nenhum. Para finalizar nossa conversa de hoje, lembro que para poupar é necessária uma boa dose de disciplina. Uma dica que pode ajudar bastante é a de nunca deixar a poupança por último na sua programação financeira. Pelo contrário. A poupança deve ser sempre a primeira coisa a ser feita antes do pagamento de qualquer outra despesa. Esta iniciativa lhe forçará sempre a trabalhar com um orçamento de gastos menor do que suas receitas e – caso seja necessário – lhe incentivará a botar sua criatividade para funcionar na busca de soluções que reduzam suas despesas. Lembre-se sempre que os objetivos da poupança traçados inicialmente são poderosos incentivadores da poupança e dão mais significado aos pequenos sacrifícios que temos que fazer para conseguir poupar. Uma coisa posso lhe garantir: se você deixar para fazer a poupança apenas depois de pagas todas as despesas, não será nenhuma surpresa se – mês após mês – não sobrar nenhum $ para a poupança. Dessa forma, espero que essas dicas lhes ajudem na formação de uma poupança que lhe permita viver com mais tranquilidade e fazendo o $ trabalhar para você a partir dos rendimentos obtidos com suas aplicações financeiras. Bons investimentos! n Ajude-nos a fazer esta coluna. Envie seus comentários, críticas, dúvidas e sugestões para o endereço eletrônico [email protected]. * O autor é analista financeiro e professor de finanças da Universidade Tiradentes. Jornal da Cidade DILSON M. BARRETO ECONOMISTA Bolsa Família e desigualdade social O Brasil tem se caracterizado como um País de extrema concentração de renda dentro do ranking mundial. Enquanto cerca de 10% da população se apropria de 50% da renda gerada na economia, metade do seu contingente populacional (50%) é detentora de tão somente 10% da renda. Parcela dessa situação é originária de uma herança atávica de injustiças sociais que ao longo dos anos tem excluído parcela significativa da população brasileira do acesso a condições mínimas de dignidade e de cidadania. Concorrem também para essa situação, a própria estrutura tributária centrada num modelo perverso de intensiva regressividade, aliado à forma como a propriedade é distribuída entre os diversos segmentos sociais. Tais situações bastante visíveis a qualquer analista social interferem profundamente para a manutenção das distorções na distribuição da renda e da riqueza. A persistência da desigualdade tem também como agravante, o distanciamento entre o discurso político e a efetiva ação quanto à resolução dos problemas que afetam os grupos mais desprotegidos e vulneráveis. As ações do Governo em seus programas de transferência de renda, como é o caso do Bolsa Família, centrado em três diretrizes, alívio imediato da pobreza, ruptura do ciclo intergeracional da pobreza (condicionalidades) e desenvolvimento das famílias (ações complementares), se de um lado ajuda a reduzir a velocidade do processo de concentração, por outro não impede sua continuidade, bem como a modificação do estágio de pobreza da população alvo, não obstante seja patente a redução da chamada “pobreza extrema”. Mesmo reconhecendo-se ser o programa Bolsa Família portador de efeitos positivos para a melhoria da vida das famílias mais pobres é, contudo, insuficiente para alterar o quadro de desigualdade social no País. Abrigando um total de 14,1 milhões de famílias, ou seja, cerca de 50,0 milhões de pessoas (um quarto da população brasileira) e um gasto financeiro da ordem de R$ 20,6 bilhões (dados de 2013), esse exército de pobres ao conseguirem superar o seu estágio de extrema pobreza (cerca de 28% segun- do dados do IPEA), nunca deixam de ser pobres, isto porque, por maiores que sejam as intenções do Governo, o perfil de pobreza dessas famílias não está sendo alterado. Não obstante a expansão anual do Programa Bolsa Família, ele não tem sido capaz de eliminar as carências primárias da população, instituindo um padrão mínimo de vida condizente com os ideais de uma sociedade civilizada e socialmente justa. Mesmo caracterizando-se como um programa relativamente barato para o Tesouro Nacional (menos de 1% do PIB), e não sendo capaz, pela sua própria dinâmica, de reverter o estágio de pobreza tem, entretanto, a capacidade de manter cada vez mais dependente essa parcela da população atrelada ao Programa, num foco muitas vezes distorcido politicamente e orientado para o processo eleitoreiro. Pelas suas potencialidades e disponibilidade de recursos naturais, pode-se afirmar não ser o Brasil um país pobre. Todavia, o seu retrato social deixa transparecer um país que abriga ainda grande contingente de famílias pobres e não será o Bolsa Família que vai resolver essa questão. Esta situação ainda persistente de pobreza é uma decorrência também do próprio processo de distribuição de renda e da propriedade, o que agrava ainda mais a desigualdade entre as classes sociais. As resistências conservadoras existentes com destaque para o viés político concorrem tanto para uma distribuição menos equitativa dos recursos nacionais, bem assim para dificultar mudanças radicais no panorama redistributivo, tudo isso deixando transparecer que o problema maior do Brasil não está limitado à pobreza em si, porém na desigualdade. Um ponto que merece destaque está relacionado ao aumento real do salário mínimo que vem sendo posto em prática pelo governo nos últimos anos, sinalizando maior efetividade quanto ao impacto produzido na redução da velocidade de crescimento da desigualdade social e de renda, com consistência muito maior que o Bolsa Família, desde quando sinaliza alternativas de ascensão social para o trabalhador na busca da melhoria efetiva do seu padrão de vida. É essa desigualdade atrelada na elevada concentração de renda, a maior determinante da pobreza, induzindo as políticas de transferências financeiras às famílias a tornarem-se insuficientes para reverter a perversa situação a que as mesmas estão submetidas. Considerando a possibilidade de ser adicionado às políticas sociais o esforço governamental de crescimento econômico, tais procedimentos, segundo observações de estudiosos no assunto, não seriam suficientes para alterar o grau de desigualdade, mesmo que fosse possível obter-se um crescimento continuado por longo tempo entre 7 e 8% ao ano e dobrar-se o valor da renda “per capita”. Além dos aspectos acima analisados, o defeito do programa Bolsa Família está também relacionado ao fato de que o mesmo ao oferecer uma porta de entrada, inserindo as famílias no atendimento econômico e social de curto prazo, não apresenta opções de saída dessas mesmas famílias para alternativas mais dignificantes junto ao mercado de trabalho. Mesmo sendo considerado importante como um instrumento de enfrentamento da pobreza extrema, servindo inclusive para aumentar o poder de compra das famílias e movimentar a economia dos pequenos municípios, todavia, a perenização dos contemplados no programa por longo tempo o descaracteriza como instrumento de promoção social, transformando-o num programa meramente assistencialista, levando inclusive muitas famílias a se acomodarem, optando pela permanência no “status quo” em que vivem e desinteressando-se pela busca de situações mais valorativas voltadas para a conquista de novas perspectivas de vida e seu próprio futuro como cidadãos. Além do mais, como fator concorrente para a persistência dessa situação, o mercado de trabalho vem exigindo trabalhadores com maior nível de escolaridade e qualificação, reduzindo drasticamente o número de ocupados de menor adestramento profissional que passam então a integrar o chamado “exército industrial de reserva”, aumentando desta maneira o contingente de pobres e excluídos social e economicamente e, em consequência, o grau de pobreza e desigualdade. Romper esse ciclo vicioso é o desafio a ser enfrentado pelos futuros governos. José Roberto de Lima Andrade Secretário Adjunto de Turismo de Sergipe. Professor do Departamento de Economia da UFS Sergipe e a Copa 2014 No último dia 31 de janeiro recebemos a confirmação do Comitê Organizador da Copa da presença da Seleção da Grécia em Sergipe. Essa notícia, que já aguardávamos desde outubro do ano passado, quando foram mantidos os primeiros contatos com algumas seleções que visitaram nosso estado, a exemplo da Coréia do Sul, Honduras, Colômbia e a própria Grécia, deve ser comemorada por todos os sergipanos pelas razões que exporemos a seguir. Em primeiro lugar é preciso lembrar que a escolha de Sergipe como Centro de Treinamento de Seleções – CTS, foi um processo que começou no final de 2011. O então Governador Marcelo Déda apostava na estratégia de trazermos para nosso estado uma seleção para treinar antes e durante a copa. Acreditava que com a conclusão da Ponte Gilberto Amado (que liga o litoral sul de Sergipe a divisa com a Bahia), Sergipe estaria em condição privilegiada do ponto de vista locacional em relação as sedes de Recife, e principalmente, de Salvador. Além do mais, Aracaju oferecia as condições ideais para a presença de uma seleção, como tranquilidade, locais de treinamento próximos a rede hoteleira, dentre outras vantagens. Infelizmente o Governador Marcelo Déda não está vivo para ver o êxito da sua estratégia. De 2011 até agora foram várias as exigências que tiveram que ser atendidas. Com a desistência do então Hotel Dioro (proposta inicial de CTS), o Governo do Estado cadastrou o Estádio Lourival Batista, que iniciava sua reforma, e que teve que fazer as alterações necessárias para se enquadrar no padrão exigido pela FIFA para ser um Centro de Treinamento de Seleções. É importante destacar aqui o empenho do governo, principalmente da SEINFRA e CEHOP, nas alterações no gramado (principal exigência da FIFA), e na agilização do cronograma das obras para que sejam entregues no prazo(abril de 2014). Destacando que o ESTÁDIO Lourival Batista estará pronto em setembro de 2014, enquanto as instalações para o CTS, fundamentalmente gramado, vestiários e sistema de iluminação, estarão prontas em abril. O compromisso formal do Governador Jackson Barreto com a FIFA, garantindo a entrega do CTS de Sergipe, foi a garantia que faltava para finalizar essa “odisseia grega”. Enfim, após três anos competindo com 403 projetos de CTS, Sergipe foi escolhido. E por uma seleção importante, primeira europeia a se classificar para a copa 2014. A vinda da seleção grega para Sergipe traz para o nosso estado a possibilidade de uma participação muito mais ativa neste evento tão importante que é uma copa do mundo. Duas consequências importantes precisam ser destacadas: A primeira diz respeito ao ganho de visibilidade do nosso estado na imprensa nacional e internacional(principalmente) durante os meses de junho e julho. São esperados cerca de 150 jornalistas da Grécia e dos países do grupo em que ele participa, como Japão, Colômbia , Costa do Marfim, além dos “olheiros” de outras seleções que provavelmente enfrentarão a Grécia nas oitavas de final. É uma oportunidade que nunca tivemos, e que nunca teríamos condições de pagar, de divulgar a imagem de Sergipe, suas belezas, cultura, hospitalidade do seu povo, para a Europa , Ásia e América do Sul. Não esqueçamos que a presença da seleção grega coincidirá com os festejos juninos, manifestação cultural das mais importantes para nós sergipanos, e que com certeza, será apresentada pela primeira vez ao mundo. Outra importante consequência da vinda da seleção grega será o salto quantitativo e qualitativo para o turismo sergipano. Quantitativo porque teremos dois meses de alta estação(junho e julho) em uma época do ano onde tradicionalmente as taxas de ocupação dos hotéis situam-se na faixa de 60% a 70%. São cerca de 60.000 novos turistas, com elevado poder aquisitivo, e que durante os intervalos dos jogos aproveitarão nossos atrativos turísticos, desconcentrando o impacto econômico para outras partes do estado além da capital. E o aspecto qualitativo, porque pela primeira vez lidaremos com um fluxo expressivo de turistas internacionais, não só de gregos é bom que se frise, mas de alemães, italianos, espanhóis, portugueses e americanos, países que jogarão em Salvador e cujos torcedores já começaram a procurar nosso estado atraído pela facilidade de locomoção, dos preços mais competitivos, da qualidade do nosso parque hoteleiro e dos atrativos turísticos, e agora, também curiosos pela presença da seleção Grega. Para finalizar, é importante deixar claro que a oportunidade de Sergipe ter uma presença mais importante na copa do mundo requer também um esforço maior, principalmente dos governos (estadual e municipais) e dos empresários do turismo, para que questões como qualidade no atendimento ao turista, segurança, sejam um diferencial de Sergipe na Copa 2014. Agora é torcer também pela Grécia. Quem sabe uma final com o Brasil? Mercado Jornal da Cidade MíDIA & CIA [email protected] As 50 maiores agências do Brasil, segundo o Ibope A Young & Rubicam continua a liderar o ranking das maiores agências de publicidade brasileiras, diz estudo do Ibope Monitor. A lista reporta o investimento publicitário dos anunciantes atendidos pelas respectivas empresas em 2013. A Y&R ultrapassou o investimento de R$ 7 bilhões em compra de mídia ao longo do ano passado. Como sempre, a conta da Casas Bahia foi a grande responsável por isso, representando mais de R$ 3 bilhões dos investimentos da agência. Em seguida aparece a Borghi Lowe, com uma verba de R$ 3,78 bilhões. As próximas colocadas são a Ogilvy e Mather Brasil e a Almap BBDO. Veja a lista das 50 maiores agências, por investimento dos anunciantes. Uma delas, a Link, tem atuação em Sergipe. Posição 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 48 50 Agência Young & Rubicam Borghi/Lowe Ogilvy & Mather Brasil AlmapBBDO WMcCann Publicis Brasil Africa JWT Havas Worldwide F/Nazca Giovanni+Draftfcb DM9DDB Leo Burnett NBS Neogama Lew Lara\TBWA My Propaganda Talent Z Mais Loducca Artplan DPZ Agência We P A Publicidade Grey 141 Taterka Propeg Nova SB Longplay Comunicação 360º Heads Propaganda Ficher & Friends Master Roma Waiteman AGE Fullpack Comunicação Dentsu Multi Solution Eugênio Publicidade R.E.F. Comunicação E-Mídia Prop. e Marketing Giacometti Propaganda AgênciaClick Wieden+Kennedy Moma Propaganda Agnelo Pacheco Comunic. Pem Publi. e Marketing Link Propaganda Wunderman F.biz Unlike Lov Investimento em R$ 7.397.091.000 3.708.665.000 3.567.548.000 3.384.046.000 3.199.117.000 2.562.652.000 2.308.283.000 2.251.883.000 2.243.472.000 2.161.473.000 2.102.832.000 2.094.216.000 2.088.822.000 2.065.816.000 1.749.400.000 1.683.930.000 1.292.178.000 1.257.344.000 1.148.244.000 1.140.805.000 1.140.805.000 1.064.726.000 1.036.828.000 974.685 946.721 870.914 865.243 863.982 816.289 752.247 694.197 645.574 598.114 590.650 567.907 558.981 541.278 533.055 482.416 422.359 412.572 405.379 339.106 330.728 325.298 315.330 302.560 299.648 281.856 278.129 Americanas em itabaiana - O comércio de Itabaiana já conta com uma filial das Lojas Americanas, a primeira da empresa instalada no interior sergipano. Localizada na avenida Doutor Luiz Magalhães, próximo ao Hospital Regional, a nova loja tem 1.100 m² e gerou 15 empregos diretos. Os itabaianenses estão adorando principalmente a grande variedade de CD›s, DVD›s e livros expostos nas Lojas Americanas. Sem hormônio - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento autorizou que empresas produtoras de carne de aves com registro do Serviço de Inspeção Federal (SIF) poderão inserir no rótulo informação sobre a não utilização de hormônios durante a criação dos animais. O objetivo é desmistificar esta informação, já que, segundo pesquisa recente, 72% dos consumidores acreditam que essas substâncias sejam utilizadas na produção avícola. As empresas podem estampar nas embalagens a frase «sem uso de hormônio, como estabelece a legislação brasileira». Mais caro - O consumidor gastou 0,45% a mais para construir em janeiro passado, segundo informações do Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil) do IBGE. Apesar da alta, a variação é 0,43 ponto percentual menor do que a registrada em dezembro de 2013, quando o índice ficou em 0,88%. Nos últimos 12 meses, o Sinapi ficou em 0,79%, acima dos 0,52% registrados no ano anterior. Já o custo por metro quadrado fechou janeiro em R$ 864,01, contra R$ 860,10 em dezembro. Do total, R$ 477 relativos aos materiais e R$ 387,01 à mão de obra. Parceria de peso - Quatro meses após anunciar sua parceria com Harvard Business Publishing para cursos de pós-graduação no Rio de Janeiro, a Estácio amplia o projeto para suas unidades em 20 estados e no Distrito Federal. Oito cursos de MBAs da Estácio terão estudos de caso da instituição americana, sendo quatro nas modalidades presencial e a distância e quatro apenas na modalidade a distância. «Este novo modelo de pós-graduação que estamos adotando reflete a mudança de conceito: cada vez mais o aluno está no centro da aprendizagem, e não como mero receptor da informação passada pelo professor», explica Rogério Melzi, presidente da Estácio. Um jeito novo - Desenvolvido a partir de um processo inteligente, que reduz materiais para gerar menos lixo, menos desperdício e menos impacto ambiental, SOU convida a consumir de um jeito novo, conciliando o prazer individual com a vida do planeta. SOU completa agora a linha de cabelos de uso diário com produtos para os fios lisos e cacheados. Com embalagens de design inteligente, que aproveita até a última gota, os novos produtos da linha SOU Liso Longa Duração e SOU Cachos Modelados complementam a rotina de cuidados específicos para os cabelos e atendem a s principais demandas da mulher. SOU é Natura. Copos Campeões - Em todos os restaurantes McDonald›s os consumidores poderão adquirir exclusivos Copos Campeões McDonald?s. São seis diferentes opções desenvolvidas em parceria com a Coca-Cola. Cinco inspiradas em bolas oficiais de mundiais e uma em comemoração à Copa do Mundo realizada em 2014 no Brasil. Para ganhar uma das novidades, basta pedir uma McOferta (sanduíche, acompanhamento e bebida) e um McFlurry no mesmo cupom fiscal. Caso o cliente prefira, poderá também adquiri-los separadamente por R$ 6,50 cada. Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 5 Trabalhador da construção civil quer 15% de reajuste Se acordo não sair até 1º de março, categoria pode entrar em greve Divulgação Adiberto de Souza E CAderno Mercado mpresários e trabalhadores da construção civil de Sergipe já iniciaram as negociações em torno do acordo salarial da categoria, que tem o próximo 1º de março como data base. Segundo Raimundo Reis, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, caso não se chegue a um acordo até lá, os operários estão mobilizados para entrar em greve, a exemplo do que aconteceu no ano passado. Com 35 cláusulas, a proposta trabalhista defende reajuste salarial de 15%, adicional de insalubridade, 6% de triênio, auxílio alimentação, cesta básica, vale transporte, seguro de vida, entre outros benefícios. Tanto o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/SE), quanto a Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas (Aseopp) já se reuniram para tratar sobre o assunto. Na assembleia geral realizada quarta-feira passada, o sindicato patronal informou aos associados sobre a pauta e ficou de realizar um novo encontro para colher sugestões. Embora não represente oficialmente as empresas, a Aseopp reuniu seus integrantes para avaliar a proposta salarial. No ano passado, a greve dos trabalhadores durou 14 dias operários da construção: adicional de insalubridade e outras reivindicações estão na pauta e só foi encerrada graças à intermediação do presidente da Associação, Luciano Barreto. O sindicalista Raimundo Reis reclama da dificuldade que ele e os demais diretores do Sintracon/SE têm para ter acesso aos canteiros de obras de Aracaju e do interior sergipano: “Mesmo assim, estamos mobilizando os cerca de 20 mil trabalhadores da construção civil espalhados por todo o Estado”, afirma. Ele revela que por parte da categoria há muita disposição para negociar as reivindicações apresentadas, “mas caso haja radicalização do lado das empresas, estamos preparados para repetir a greve vitoriosa de 2013”. A média salarial dos trabalhadores na constrição civil é de R$ 1.030,00. Caso a proposta do Sindicato seja aceita pelos empregadores, o piso médio da categoria ficará acima dos R$ 1. 180,00, porém profissionais como técnicos em segurança e medicina do trabalho, e de edificações terão salário base entre R$ 1.850,00 a R$ 2.050,00. De acordo com Raimundo Reis, o principal problema hoje dos canteiros de obra é a falta de segurança para os trabalhadores: “Infelizmente, muitas empresas descuidam deste item tão importante, resultando na morte de profissionais em acidentes que poderiam ser evitados”, se queixa. Dieese: salário mínimo deveria ser R$ 2.748,22 Para que um trabalhador conseguisse suprir as despesas básicas durante janeiro de 2014, ele deveria receber um salário mínimo no valor de R$ 2.748,22, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (06) pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor necessário é 3,80 vezes o salário mínimo vigente no período, de R$ 724. Em janeiro de 2013, o valor apurado para atender às despesas de uma família era de R$ 2.674,88, ou 3,95 vezes o mínimo da época (R$ 678). Ainda de acordo com o Dieese, a jornada de trabalho necessária para a compra dos alimentos essenciais por um trabalhador remunerado pelo salário mínimo diminuiu. Enquanto em janeiro do ano passado, a jornada exigida era de 92 horas e 17 minutos, no mesmo mês de 2014 foi de 88 horas e 51 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em janeiro deste ano, 43,9% de seus vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em dezembro de 2013, demandavam 46,83%. Em janeiro de 2013, o comprometimento do salário mínimo líquido com a compra da cesta equivalia a 45,59%. (Agência Brasil) Percepção de brasileiro sobre mercado de trabalho piora A percepção do brasileiro sobre o atual momento do mercado de trabalho apresentou uma leve queda de 0,3% entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano, segundo o Índice Coincidente de Desemprego (ICD) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Para a FGV, a piora pode ser considerada como estabilidade do indicador. Das quatro classes de renda familiar, os consumidores que ganham entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil foram os que avaliaram de forma mais negativa o mercado de trabalho, com uma piora de 1,5% entre dezembro de 2013 e janeiro deste ano. Já o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), também calculado pela Fundação Getulio Vargas, recuou 0,9% em janeiro de 2014 na comparação com o mês anterior. O índice tenta antecipar as tendências do mercado de trabalho com base nas opiniões de consumidores e de empresários dos setores de serviços e indústria. A piora foi provocada principalmente pela queda no grau de otimismo dos empresários da indústria em relação à tendência dos negócios nos seis meses seguintes (-4,5%) e no índice que mede o ímpeto de contratações pelo empresariado da indústria (-3,2%). (Agência Brasil) Universidade de Coimbra Uma campanha contra a xenofobia Denúncias de discriminação contra brasileiros na Universidade de Coimbra, em Portugal, vêm ganhando visibilidade na internet, depois que vários estudantes começaram a publicar fotos com cartazes nos quais relatam situações constrangimento e preconceito. A mobilização faz parte de uma série de ações lideradas pelo grupo de estudantes “Lista R - Reset à AAC”, que também combate outras formas de discriminação vivenciadas no ambiente universitário, como racismo, homofobia e machismo. As imagens, que começaram a circular no final do ano passado, mostram cartazes com frases como “os brasileiros e os pretos deviam todos morrer”, encontrada originalmente numa carteira da Faculdade de Letras, e “as alunas brasileiras precisam cuidar o comportamento, caso contrário, reforçarão o estereótipo de prostitutas, putas e fáceis”, que teria sido dita por uma professora. O grupo Lista R é uma espécie de chapa candidata ao comando da Associação Acadêmica de Coimbra, entidade equivalente aos diretórios centrais de estudantes no Brasil. Eles perderam a eleição, no fim do ano passado, mas as ideias difundidas por eles, de combate ao preconceito, continuaram a se propagar pelas redes sociais. No site do grupo, é possível conferir o programa deles no que diz respeito à discriminação. O texto questiona: “Orgulhamo-nos da nossa internacionalização, mas saberemos realmente receber e incluir? A discriminação por origem étnica é um problema real dentro da universidade, que parece estar dissimulado nas malhas da boa aparência. Pouco é feito no que toca à integração das multi-culturalidades, o que leva a uma alienação e a um acréscimo do preconceito”. GOVERNO DE SERGIPE SECRETARIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS - SEMARH-SE CONVITE À MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE Nº 06/2014 PROJETO ÁGUAS DE SERGIPE (PAS) ELABORAÇÃO DE PROJETO EXECUTIVO PARA REFORMA E AMPLIAÇÃO DA SEDE DA SEMARH Os serviços compreendem a elaboração, por pessoa jurídica contratada, de projeto executivo para reforma e ampliação da sede da SEMARH. O contrato terá prazo de 60 (sessenta) dias. A Unidade de Gerenciamento do Projeto Águas de Sergipe (UAPAS) convida os consultores interessados a expressar seu interesse em prestar os serviços acima solicitados, mediante apresentação de portfólios, folhetos, descrição de trabalhos e experiência em desenvolvimento de projetos sustentáveis, bem como disponibilidade de profissionais detentores do referido conhecimento técnico, aptos a desenvolver o objeto. A referida documentação deverá ser entregue, até 28 de fevereiro de 2014, na sala da Comissão Especial de Licitação (CEL), da UAPAS; At.: Zenóbia; sito à Avenida Gonçalo Rollemberg, nº 53, bairro São José, 3º andar, Aracaju - SE; CEP 49010-410. Informações mais detalhadas pelo Correio eletrônico: cel. [email protected]; pelos telefones (79) 8843-3511 e (79) 3179-7334, de segunda a sexta-feira, no horário das 7h30 às 13h e, ainda, pelo Portal: www.semarh.se.gov.br. Aracaju, 31 de janeiro de 2014 Zenóbia de Fátima Bruno da Silva Presidente da Comissão Especial de Licitação (CEL) 6 Aracaju, domingo 9 e segunda-feira 10 de fevereiro de 2014 O negócio é o seguinte [email protected] Fórum Empresarial defende Carnalita O Fórum Empresarial de Sergipe manifestou seu apoio à implantação do Projeto Carnalita da empresa Vale. “Entendemos que a discussão que vem sendo travada acerca da localização da planta industrial é legítima, porém, queremos ressaltar que a decisão sobre a localização de um empreendimento de caráter privado deve, como o foi, ser pautada por estudos técnicos de viabilidade econômica, ambiental e social, não devendo estes serem objeto de questionamentos de caráter político-partidário”, diz a nota subscrita pelas 30 entidades empresariais que compõem o Fórum. “Neste momento devemos relembrar que no passado ilustres sergipanos, independentemente de vinculação partidária, lutaram para a viabilização da exploração de potássio em Sergipe, concretizada na mina Taquari-Vassouras que representou um marco para nosso desenvolvimento econômico”, prossegue a nota. “Assim, após ouvir todos os argumentos técnicos da Vale, órgãos do governo de Sergipe e a Prefeitura de Capela vimos nos posicionar de forma clara em defesa da livre iniciativa e clamar para que, com a maior brevidade que o fato requer, seja garantido à Vale o direito de instalar o seu empreendimento, de caráter totalmente privado, na localidade onde os estudos indicaram como mais viável, inclusive já tendo sido aprovados pelos órgãos competentes”. A nota do Fórum Empresarial prossegue defendendo a importância do projeto para a economia local e nacional: “O Projeto Carnalita, temos absoluta convicção, trará grande impacto positivo para a economia sergipana, gerando desenvolvimento, renda e empregos, além de perpetuar o diferencial competitivo do Polo de Fertilizantes de Sergipe. Não bastassem todas essas razões, o Projeto Carnalita vem ao encontro do interesse estratégico do Brasil, reduzindo sua dependência externa nesse importantíssimo insumo para a agricultura nacional”. E conclui apelando para o bom senso: “O desenvolvimento de Sergipe não pode ser subjugado a interesses políticos menores e imediatistas”. ARRECADAÇÃO FEDERAL SUPERA R$ 3,5 BILHÕES - A arrecadação federal em Sergipe foi de R$ 3,59 bilhões em 2013, o que, em termos reais (descontada a inflação), apresentou crescimento de 80,8% sobre o ano anterior. Os dados incorporam as Receitas Previdenciárias, que elevaram consideravelmente o montante arrecadado pela União. A principal fonte da arrecadação foi justamente a receita previdenciária, que somou R$ 1,5 bilhão, correspondendo a 44,2% do total arrecadado no estado. Em seguida, se destacou o recolhimento do Imposto de Renda (IR) que alcançou R$ 719,8 milhões no ano passado. A arrecadação da Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) ficou em R$ 556,3 milhões, enquanto que a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) somou R$ 174,9 milhões e o IPI totalizou R$ 114,5 milhões recolhidos aos cofres da União em 2013. A informação é do Boletim Sergipe Econômico. Divulgação PRODETUR - Em dezembro ultimo, o estado, através da Secretaria do Turismo, assinou o contrato de empréstimo de US$ 60 milhões com o BID para o Prodetur Nacional. O Prodetur é um projeto de US$ 100 milhões, com duração de cinco anos. O coordenador em Sergipe, o secretário adjunto do Turismo, José Roberto Lima, informa que serão realizadas diversas obras estruturantes nos Polos Costa dos Coqueirais (abrangendo todo litoral) e Velho Chico (de Brejo Grande a Canindé). “A ideia do Prodetur é dotar esses polos de infraestrutura turística, desconcentrando a atividade de Aracaju”, informa, acrescentando que também estão previstos investimentos significativos em Promoção (US$ 5 milhões) e Capacitação Profissional (US$ 3 milhões). Sergipe foi o quarto estado do país a assinar o contrato com essa linha de financiamento. CENTRO DE IMPRENSA DA SELEÇÃO GREGA - Representantes da Empresa Sergipana de Tecnologia da Informação (Emgetis), da Secretaria do Turismo e da Emsetur reuniram-se para organizar o Centro de Imprensa que será montado quando o estado abrigar o treinamento da seleção da Grécia. Funcionará no Ginásio de Esportes Constâncio Vieira e poderá atender 150 jornalistas credenciados. Na reunião, foi apresentado o layout do Centro de Imprensa, que foi elaborado pelos arquitetos Rafael Corona, da Setur, e Rodrigo Campos, da Cehop. VOCÊ SABE O QUE É? ATAQUE ESPECUALTIVO - Venda ostensiva de moedas feita por investidores que pretendem forçar o governo a promover uma desvalorização. Foi o que aconteceu no Brasil no início de 1999, quando o governo adotou o câmbio livre. É a aposta dos investidores contra a moeda de um país, no sentido de que a mesma se desvalorize. A premissa é de que haja chance razoável de ganhar a aposta. Como não há disponibilidade automática de toda a quantidade de moeda solicitada, o governo é obrigado a desvalorizála ou elevar a taxa de juros, ou ainda a adotar ambas as medidas para tentar segurar os investidores no país. Se a moeda estiver sobrevalorizada ou o país estiver muito dependente de moeda estrangeira, as possibilidades de sucesso dos apostadores são boas. QUEM DISSE Domenico de Masi, sociólogo “O Brasil tem um PIB que o coloca na sexta posição no mundo (segundo dados de 2012 do Banco Mundial, o Brasil tem o sétimo PIB mundial), e, com seus US$ 12,6 mil de PIB per capita, pode se orgulhar de ter preciosos recursos econômicos, cada vez mais escassos no resto do mundo e cada vez menos desprezíveis na construção do novo modo de vida. Penso na copiosa mistura de raças aliada ao baixo índice de racismo, no sincretismo cultural, no amor pelo corpo, na sensualidade, na cordialidade, na musicalidade, na propensão do brasileiro a assimilar as contribuições dos estrangeiros, na hospitalidade, na alegria, na espontaneidade, na abertura ao novo e ao diferente, na tendência a encarar a realidade com um pensamento positivo, na capacidade de considerar fluidas as fronteiras entre o sagrado e o profano, o formal e o informal, o público e o privado, o emocional e o racional. A todos esses elementos positivos já presentes, hoje devemos acrescentar dois: o aumento da consciência dos grandes desafios a ser enfrentados e superados dentro do país – corrupção, violência, desigualdade, déficits educacionais –, e a percepção, agora clara, de ser um país de ponta, diferente e positivo, capaz de propor, mesmo no exterior, com orgulho, sua própria maneira de ser”. Mercado Jornal da Cidade Gastos com as compras públicas federais caem Redução foi de 5,78% no ano passado em relação a 2012 O s gastos com compras públicas federais ficaram em R$ 68,4 bilhões em 2013, 5,78% inferiores aos gastos de R$ 72,6 bilhões registrados em 2012. As informações foram divulgadas quinta-eira, 6, pelo Ministério do Planejamento. O uso do pregão eletrônico como modalidade de aquisição deu um salto no período. Os gastos com a modalidade foram R$ 41 bilhões, ou 60% do total. Em 2012, a representatividade havia sido 46% do total de compras e, em 2011, 48%. Além disso, segundo o Planejamento, a utilização do pregão cresceu 22% levando-se em conta volume financeiro, e 6% levando-se em conta a quantidade de licitações. Enquanto o uso do pregão aumentou, as modalidades dispensa e inexigibilidade de licitação tiveram queda de participação nas aquisições de bens e serviços. Em 2013, responderam por R$ 21,2 bilhões de gastos, ou 31% do total. Em 2012, a proporção foi 34% e em 2011, 37%. Houve uma divisão equilibrada entre as compras de bens, para as quais foram destinados R$ 35,6 bilhões, ou 52% do total, e de serviços, que responderam por R$ 32,8 bilhões ou 48% dos gastos. De acordo com o Planejamento, a maior parte das aquisições de bens foi para produtos para uso médico, dentário ou veterinário. Os serviços mais adquiridos foram os de engenharia.