Cristowan Wanderley Picaço Diniz
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Cristowan Wanderley Picaço Diniz
MEMORIAL DESCRITIVO DAS ATIVIDADES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CRISTOVAM WANDERLEY PICANÇO DINIZ Memorial apresentado como requisito parcial para progressão para o cargo de Professor Titular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará B512s Diniz, Cristovam Wanderley Picanço. MEMORIAL DESCRITIVO DAS ATIVIDADES DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO. – Belém, (PA), 2016. 84p. Memorial acadêmico (requisito parcial para progressão para o cargo de Professor Titular) – Universidade Federal do Pará - UFPA 1. Ciências Biológicas. 2.Neurociências. I. Título. Capa: Mosaico com fotografias dos Doutores e Mestres formados pelo autor (ao fundo na imagem) e contorno do mapa geográfico da cidade de Oriximiná onde nasceu. As palavras CDU que formam as iniciais e nome cientifico do autor foram retiradas dos títulos de todos os trabalhos científicos por ele publicados. Autor da capa: João Bento Torres Neto Não há como pagar a dívida a meus pais, meus irmãos, meus meninos homens Cristovam, Daniel e Cesar e minha mulher Ana. Eles foram em tempos diferentes, a origem, o meio e o fim de quase tudo que fiz, em busca de me tornar uma pessoa melhor.... Dedicatória A Eduardo Oswaldo-Cruz (in memoriam). 4 I. Sumário Introdução ...................................................................................................................... 5 II. Do lugar e do tempo onde eu nasci 5 III. A mudança para a cidade grande, o ginasial e o científico 7 IV. A graduação em medicina 8 V. A pós-graduação e o retorno à UFPA 9 VI. O pós-doutorado em Oxford, Inglaterra e o retorno aos rios de água doce VII. A árvore e seus frutos .....................................................................................................16 14 1. Das atividades administrativas 16 2. Das atividades de ensino 21 3. Da produção de conhecimento novo 30 4. Das atividades de extensão 78 Anexo 1 - Comprovante das dissertações e teses orientadas 80 Anexo 2 – Comprovantes dos livros publicados............................................................................ 85 VIII. Epílogo 86 5 I. Introdução Este manuscrito é uma tentativa de reunir, reescrever e ordenar cronologicamente os fatos e as ideias com que me ocupei ao longo dos anos. A forma de fazê-lo reflete de perto o pouco tempo dedicado a essa tarefa, realizada a toque de caixa, para alcançar os prazos permitidos. II. Do lugar e do tempo onde eu nasci. Filho de José e Laura que se casaram em 1947, eu nasci em 1953, o quarto de oito filhos. Natural de Oriximiná, nasci na casa de meus pais, no Pão de Açúcar, na Rua 24 de Dezembro, em uma manhã de setembro, ajudado por uma injeção de ocitocina, que mamãe pedira a meu pai que aplicasse, achando que eu não ia nascer. Constatou-se depois que a cabeça era grande e a injeção fora providencial. À esquerda meus pais quando se casaram. Ao centro, Papai e Argemiro de pé, e sentados estão a Mamãe, comigo em seu colo, ao lado de Nazaré e Armando. No começo nos misturávamos à paisagem simplesmente. Impregnávamo-nos com todos os cheiros, mergulhávamos de olhos abertos no fundo do rio e colidíamos com pequenos peixes em fuga. Ganhávamos a atenção preocupada da mãe na febre alta, e com sorte, uma visita do pai à beira da rede. Muitos de nós desistiram de suas carreiras de coroinhas, mas continuaram ostentando a fita da cruzada eucarística na missa de domingo. Jamais nos livramos do medo do demônio e das almas penadas que chegavam com a matraca e o canto fúnebre da encomendação das almas. Participávamos compenetrados da procissão de Corpus Christi e, aos domingos de manhã, sagrávamo-nos acrobatas do circo das águas, atirando-nos do trapiche para o rio, centenas de vezes. 6 O “banho saltado” nos rios e lagos em Oriximiná. Nossas vidas retiveram para sempre as marcas desse tempo molhado de água doce. Filhos de Mãe fervorosa e de Pai moderado que costumava ir à missa aos domingos, crescemos católicos. Da esquerda para a direita a primeira comunhão de Argemiro, Cristovam, Nazaré, Domingos e José Antônio. Embora os resultados tenham sido heterogêneos quanto às crenças fundamentais, em todos, o espírito cristão da generosidade e da compaixão prevaleceu. Nesse tempo de infância, partilhado com rios, lagos, igarapés e currais, o relógio trabalhava a favor e a pressa era banida do mundo.... Quando as águas baixavam e a terra semeada pelos rios reaparecia, a floresta inundada deixava espaço para a vida selvagem em busca de alimento. Os rios, encolhidos, permitiam renascer as várzeas, o gado voltava para casa e uma explosão de vida se repetia em todos os lugares. Expressa em ninhos, casulos, cantos e revoadas, a vida em movimento pintava os céus de genuína alegria a cada ano e todos nós celebrávamos por termos nascido amazônicos. Sr. Américo e D. Carmosa me deram a alegria de lembrar para sempre das terras do Nhamundá.... Com o galope e o vento no rosto, eu me sentia um vaqueiro a correr atrás do boi desgarrado ...O cheiro da Artemísia da várzea permaneceu e essa sensação de alegria genuína me acompanhou por muitos anos. O porto da casa do Sr. Américo e D. Carmosa no Igarapé do Nhamundá Foto: Rosângela Picanço Nossos pais criaram uma atmosfera favorável à leitura, e deles recebemos o privilégio de escolher o que faríamos, provendo os meios para que todos estudássemos. D. Leonor foi a minha primeira professora, depois a Profa. Ermelinda no Colégio Santa Maria Goretti em Oriximiná, até que em 1961, mudamos para Belém. 7 III. A Mudança para a Cidade Grande, o Ginasial e o Científico Em Belém, após um breve intervalo no Grupo Escolar José Veríssimo, onde estudei a 4ª série do curso primário, Mamãe nos matriculou no Colégio do Carmo. Sob a atmosfera salesiana, por um ano fiz o Curso de Admissão, que me conduziria ao Curso o Ginasial e ao término deste, ao Curso Científico. Durante o Curso científico recebi o convite de Luiz Carlos Silveira para participar de um Clube de Ciências, o Movimento Científico da Amazônia (MCA). Ali nos porões da casa de uma de nossas amigas de clube, na rua 16 de Novembro, jovens talentosos se reuniam aos sábados para experimentar ciência. Construía-se foguetes, realizava-se experimentos em biologia, preparava-se trabalhos para as feiras de ciências, mantendo-se uma atmosfera propícia à escolha de uma carreira científica. Primeira Série A do Curso Ginasial do Colégio do Carmo com o Prof. Amynthor Bastos. O retângulo indica minha posição na fotografia. Por muitos anos depois da partida para a cidade grande, voltamos a Oriximiná durante as férias escolares. Em nossas festas, muitos encontros e desencontros selaram destinos de muitos de nós. Minha mulher e eu nos aproximamos em um desses encontros. Sem saber que o destino conspirava, atravessei o Trombetas na direção da outra margem, onde ficava a Capela, que celebrava naquela noite seu Santo Padroeiro. Encontrei Ana de olhos inchados na outra margem do rio. Chorava pela promessa que cumpria que não era sua, mas de sua Mãe, e que minara o encontro marcado com um rapaz de uma cidade vizinha planejado para acontecer naquela noite. Fui recebido por seus pais, Oswaldo e Dilma como se um filho fora, e desde então Ana e eu nos encontramos e desencontramos muitas vezes, até que em 17 de fevereiro de 1978, decidimos partilhar o sal de todo dia, e assim fazemos, com altos e baixos, há 37 anos. Com seus irmãos João e Osvaldinho, Fatima e Dilminha, sempre por perto, dividimos muitas alegrias e tristezas, estas que sempre chegam, quando temos que nos despedir de nossos entes queridos. 8 Reencontros em Oriximiná durante as férias de fim de ano. À esquerda, Ana aos 15 e eu aos 16 anos de idade. IV. A Graduação em Medicina Em 1972, prestamos vestibular para a grande área de ciências biológicas e da saúde. José Luiz Martins do Nascimento e William Emanuel Sarmento Ferreira, meus colegas de turma no ensino médio, formaram comigo uma equipe de estudo que nos levou a aprovação na grande área das ciências da vida. Com José Luiz aprendi a apreciar a vida de forma mais alegre, aprendi a me divertir sem remorso, ao mesmo tempo em que perseguíamos as coisas sérias da vida. Escolhemos prosseguir com o Curso de Medicina e essa escolha mudaria dramaticamente nossas vidas. Numa atitude confiante de que nossos sonhos sobreviveriam, em agosto de 1972, José Luiz Martins do Nascimento, Luiz Carlos de Lima Silveira e eu, subscrevemos um documento no primeiro ano da universidade, nos comprometendo a nos reunirmos em minha casa, em 19 de agosto de 1999. Esse compromisso de contorno indistinto, mas pleno de fé, dá bem a dimensão da confiança que depositávamos em nossos futuros. Embora não tenhamos nos reunido em 1999, por muitos anos, trabalhamos por versões diferentes do mesmo sonho, e como verão, o Departamento de Fisiologia no Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, deve muito ao tripé, LCLS, CWPD e JLMN. Realmente a fisiologia e a bioquímica depois deles mudariam seu curso quando do retorno desses professores. Como disse antes, comecei tentando me dedicar ao ofício de curar os males, mas muito cedo, nas enfermarias da Sta. Casa de Misericórdia do Pará, experimentei o gosto amargo da doença social, associada à pobreza. A incapacidade de vencer a morte causada pela miséria, me trouxe pânico e confundiu-me. Levei pacientes para casa, paguei consultas hospitalares de crianças internadas no Pronto-Socorro Municipal, até que meu Pai em uma conversa cuidadosa, plena de paciência, estancou a sangria. Fui tomado pela mão por meu professor de psicologia médica, o Dr. Dorvalino Braga, que me conduziu a lugar seguro. De nossa interação, um período de profunda reflexão para mim, desentristeci. Retomei uma esperança lúdica nascida da leitura dos livros de ficção científica de meu irmão Armando e das histórias fantásticas acerca de um mundo escondido atrás das lentes, dos instrumentos e 9 das ideias. Nesse mundo escondido, era prometido que a sabedoria poderia ser alcançada. Aprofundei ao longo dos anos o gosto pelo livro herdado de meus pais, e juntos, Luiz Carlos, José Luiz e eu construímos a base ideológica que nos empurraria em direção à pós-graduação, à docência e a pesquisa na Universidade. Em 1977 graduei-me em Medicina. Desse tempo permanecem as imagens de Ronaldo Araújo e José Monteiro Leite, professores de Anatomia e Fisiologia Patológicas. A erudição e o rigor científico com que estabeleciam as relações de causa e efeito quando ministravam suas aulas eram um prelúdio de que Prof. Ronaldo Araujo encontraríamos o mundo que buscávamos atrás dos instrumentos e das ideias. V. A Pós-Graduação e o Retorno à UFPA Em busca do conhecimento, pequenos pássaros, de ensaio ainda, de voo assíncrono, abraçaram as correntes de ar e se deixaram levar. Não conheciam os acordes, não sabiam a quantos nós moviam-se e muito menos o rumo que tomavam. Aterrissaram em uma terra distante das crenças, onde a magia fora destruída pelo método e a objetividade invadira a paisagem onírica. Aterrissaram na pós-graduação. Apesar disso, e talvez por isso, me casei com Ana, que sustentaria a casa nas fases iniciais. Três anos depois nasceu Cristovam, dois anos após o Daniel e finalmente o Cesar. Vieram para mudar o curso de nossas vidas de forma definitiva. Eles são a nossa maior recompensa. Nosso primeiro neto, fruto do amor de Cristovam e Nara, nasceu ano passado e como eu e meu filho mais velho, também se chama Cristovam. Meus filhos Cesar, Daniel e Cristovam com sua Mãe Ana. Meu filho mais velho sua mulher Nara e meu neto Cristovam 10 Um ano depois, quando já tínhamos sido aprovados na pós-graduação, numa atitude incomum, o Reitor Aracy Amazonas Barreto, mandou contratar a mim e a Luiz Carlos Silveira como Professores Colaboradores, mesmo estando afastados da sala de aula. Por conta disso Ana deixou de sustentar a nossa casa sozinha. Nossa casa era do tamanho de nossas finanças. Nos primeiros anos moramos em um quarto e sala estrategicamente situado em cima de uma garagem, de frente para a Baia de Guanabara. O lugar era a Praia da Bandeira, no Bairro de Cocotá, na Ilha do Governador. Depois mudamos para um apartamento de dois quartos na Gregório de Castro Moraes no Jardim Guanabara também na Ilha. Essa mudança só foi possível porque Aglai Pena Barbosa de Sousa, uma amiga querida que nos acompanhou vida a fora, estava de mudança para uma temporada nos Estados Unidos e nos permitiu morar nele com um custo compatível com nosso orçamento. Dilma Maria, irmã mais moça de minha mulher partilhou esse tempo conosco. Ainda que tenhamos vivido esse tempo em um espaço acanhado, nossa vida na Praia da Bandeira é lembrada com muita saudade. O barulho do mar, a Rádio Jornal do Brasil, e os LPs de Nat King Cole em espanhol, e os de Elis Regina são marcas inolvidáveis desse tempo. Dilma (à esquerda) e Ana, em 1979, no quarto e Ana e eu somos sempre gratos a Dilminha por sala da Praia da Bandeira muitos motivos, mas sobretudo pela ajuda carinhosa e sempre pronta que nos ofereceu quando nossos filhos chegaram. Com o contrato autorizado pelo Reitor nossa história docente na UFPA começa, em julho de 1978. A UFPA seria o meu primeiro e único empregador em dedicação exclusiva, de fato e de direito. Na pós-graduação a metodologia reducionista das ciências duras exibiu implacavelmente suas armas, transformando nossas crenças, com poderosas ferramentas. Em troca, oferecia lápis e borracha para apagarmos as indignidades e reescrevermos, com base nas relações de causa e efeito, alguma coisa reprodutível e que ainda não tivesse sido O primeiro e único emprego descrita. Diante de oferta tão escassa achávamos que mentia e decidimos não recuar. Seguindo o protocolo recomendado começamos a investigar relações de causa e efeito com auxílio do Professor Eduardo Oswaldo-Cruz que nos conduziu por muitos anos como cientista, até que recentemente o perdemos. O Prof. Eduardo Eduardo Oswaldo-Cruz 11 Oswaldo Cruz tem em sua excepcional carreira, um capítulo particularmente profícuo ligado a esta Instituição. Esse capítulo começa em 1977 quando recebeu em seu laboratório no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ os dois paraenses: os então estudantes de Medicina Luiz Carlos Silveira e Cristovam Diniz. A partir de então como orientador daqueles, durante os Cursos de Mestrado e Doutorado, passaria o Prof. Eduardo Oswaldo Cruz a desempenhar papel decisivo na implantação do que viria a ser um Núcleo de Docentes Pesquisadores em Neurociências no Instituto de Ciências Biológicas desta Universidade. Sob a supervisão de Eduardo Oswaldo-Cruz dediquei-me por longo período à Neurobiologia da Visão. Durante o curso de mestrado, fomos habilitados em técnica eletrofisiológica de registro de potenciais provocados aplicada a medidas de acuidade visual e erros de refração em modelo experimental animal, o Didelphis marsupialis aurita. Essa espécie que se desenvolve em grande parte no marsúpio fora selecionada para estudos de neuroplasticidade e a neurobiologia básica no animal adulto era desconhecida. Durante esse período Raimundo Francisco Bernardes, a época responsável por quase todas as preparações experimentais, nos Laboratórios de Neuro I e Neuro II do Dep. de Neurobiologia do Instituto de Biofísica, nos ensinou todos os procedimentos de nossa preparação para tornar-nos independentes. As dissertações de Mestrado demonstraram pela primeira vez que se tratava de um animal míope de cerca de 2,7 dioptrias com acuidade visual de cerca de 1.2 ciclos/grau, e os resultados das dissertações, incluindo a curva de sensibilidade ao contraste da dissertação de Luiz Carlos Silveira foram publicados como dois artigos plenos no Vision Research. Concluímos o Mestrado em Sala de Eletrofisiologia do Lab. de Fisiologia dos Tecidos Excitáveis Biofísica em 1980 e voltamos para casa. Esse esforço de treinamento sistemático convergiu para instalação plena do então denominado Laboratório de Fisiologia dos Tecidos Excitáveis hoje Lab. de Neurofisiologia Eduardo Oswaldo-Cruz na UFPA. A implantação desse Laboratório era parte de um programa maior idealizado pelos Professores João Paulo do Vale Mendes do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA e Antônio Paes de Carvalho do Instituto de Biofísica da UFRJ. Esse programa aliava a formação avançada de recursos humanos à instalação de grupos de docentes pesquisadores em fisiologia, no então Centro de Ciências Biológicas. Ele previa a reestruturação do Dep. de Fisiologia daquele Centro tanto em área física quanto em abrangência técnica e científica. 12 Como consequência desse projeto, Luiz Carlos e Cristovam foram então selecionados para compor uma das equipes que receberiam treinamento avançado no Instituto de Biofísica da UFRJ. Então alunos do Curso de Medicina da UFPA, foram deslocados para o estágio em disciplina básica no Instituto de Biofísica da UFRJ, graças à clarividência e determinação do Dr. João Paulo Mendes, que fez aprovar no Conselho Superior de Ensino e Pesquisa desta instituição a possibilidade de realizarem o período de internato do Curso Médico sob Antônio Paes de Carvalho João Paulo Mendes esse modelo. Nosso trabalho de Conclusão de Curso foi realizado sob supervisão de Leny Cavalcante à época trabalhando com o Professor Carlos Eduardo Guinle da Rocha-Miranda, Chefe do laboratório de Neuro II do Departamento de Neurobiologia do Instituto de Biofísica. Leny Cavalcante foi fundamental para que nos adaptássemos rapidamente às mudanças que os novos tempos impunham. Chamou para si a ajuda aos nortistas que chegavam e carinhosamente nos fez atravessar as turbulências das primeiras águas. Muito tempo depois voltaria ao Lab. de Neuro II e participaria dos experimentos dedicados a estudar as propriedades eletrofisiológicas do núcleo do trato óptico do gambá. Guardo bem a perplexidade que os registros dos neurônios isolados sob estímulos em movimento me causaram e não me lembro de nada mais extraordinário em minha carreira do que esse diálogo experimental com as unidades do trato óptico. Leny permaneceu nossa madrinha por todos esses anos. Durante o internato Luiz Carlos Silveira e eu, após visitas sistemáticas aos Chefes de Laboratório do Instituto de Biofísica, desenhamos os Laboratórios de Investigação do Departamento de Fisiologia na UFPA que cobriam, as áreas de biomecânica, fisiologia dos tecidos excitáveis, metabolismo, biofísica celular, farmacologia e bioquímica. Esses laboratórios que ocupariam o 2º andar do que chamávamos à época, o braço novo do H do prédio do Centro de Ciências Biológicas, sofreram adaptações a posteriori para receberem outros doutores formados na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto (Profa. Georgina Lobato dos Santos e Domingos Luiz Wanderley Picanço Diniz) e Laboratório de Neuroquímica do Instituto de Biofísica da UFRJ (José Luiz Martins do Nascimento). Esses Laboratórios foram equipados com recursos do Programa PREMESU IV. Ainda na condição de alunos de graduação, iniciamos nossa formação acadêmica sob supervisão direta do Dr. Antônio Paes de Carvalho, no Instituto de Biofísica da UFRJ. Dr. Antônio nos fez revisitar a fisiologia integralmente, recomendando que frequentássemos os módulos de ensino desenhados para o Curso de Medicina da UFRJ. Ele acompanharia os resultados de nossas provas durante esses módulos, garantindo que estivéssemos preparados para o Curso de Nivelamento, que conduziria ao Curso de Mestrado e que ocorreria em janeiro do ano subsequente. Tendo em conta nossas preferências acadêmicas pelas neurociências, fomos encaminhados após a aprovação no Curso de Nivelamento, ao Dep. de Neurobiologia daquele instituto, onde ficaríamos sob orientação de Eduardo Oswaldo Cruz. A partir de então, um esforço intenso de preparação para o retorno ao Dep. de Fisiologia da UFPA se iniciou. Motivado pela dedicação integral, atitude respeitosa e desempenho dos paraenses, Eduardo Oswaldo-Cruz passaria a ter um papel decisivo na transferência das tecnologias necessárias à sobrevivência científica quando do retorno à 13 UFPA. Com essa óptica fomos habilitados em um grande número de procedimentos experimentais, dos mais triviais aos mais sofisticados, garantindo que poderíamos imprimir excelência aos trabalhos quando voltássemos para casa. Ao término do Mestrado, Oswaldo-Cruz não apenas emprestou-nos os equipamentos que garantiriam a continuidade dos trabalhos que havíamos iniciado na UFRJ, como também se deslocou para Belém no período das férias, por anos consecutivos, até que se certificasse que andaríamos com nossas próprias pernas. De volta ao Dep. de Fisiologia em Belém, à época chefiado pelo Dr. Jorge Loureiro Pinheiro do Amaral, requerer-se-ia dos jovens mestres, trabalho sistemático e organizado, energia e disciplina para porem o pé na estrada. Graças ao apoio fundamental do Dr. Jovelino Quintino de Castro Leão Filho, Diretor do Centro de Ciências Biológicas quando do retorno dos paraenses, muitos obstáculos foram removidos e a proteção administrativa e executiva necessária àquela empreitada, foi garantida. Com o suporte de grupos de pesquisa já instalados no Centro, como aqueles do Dep. de Genética sob a liderança do Prof. Horácio Schneider e do Lab. de Biologia de Reprodução Animal, sob liderança do Prof. William Vale, as facilidades iniciais para realização dos experimentos mínimos tornaram-se possíveis. Partilhamos com esses grupos muito de nossas dificuldades e a partir deles aprendemos a enfrentar as adversidades que o isolamento científico e a burocracia do Serviço Público Federal representariam. O suporte do Museu Paraense Emilio Goeldi através do seu Diretor, Dr. Luiz Scaff, hospedando o Prof. Oswaldo-Cruz no apartamento para visitantes do Museu Goeldi, e a garantia da reprodução em cativeiro da fauna local de roedores, utilizada nos ensaios experimentais iniciais, foi essencial. Convencidos por Eduardo Oswaldo-Cruz, o então Vice-Presidente do CNPq Guilherme Maurício Souza Marcos de la Penha, o Diretor Executivo da FADESP Prof. Antônio Gomes de Oliveira, e o Prof. Ronaldo de Araújo, Conselheiro da Fundação, concederam os meios materiais iniciais para que os primeiros passos dessa jornada fossem possíveis. A fase sofisticada do trabalho científico em Belém, sob a supervisão de Oswaldo Cruz, contou com a contribuição em mecânica fina e eletrônica de Manoel da Silva Filho. Manoel com suas mãos habilidosas, muito talento e a supervisão de Oswaldo-Cruz, foi peça fundamental para pormos os experimentos mais complexos em curso. Por conta disso as teses de doutorado de ambos, Luiz Carlos e Cristovam foram integralmente realizadas do ponto de vista experimental em Belém do Pará. Durante o trabalho de Doutoramento um volume apreciável de dados foi produzido; uma parte deles constituiu as Teses de Doutorado e outra foi sendo publicada ao longo dos anos em associação com outros dados obtidos por pesquisadores da segunda geração. Para os ensaios experimentais Oswaldo-Cruz escolheu os roedores amazônicos de médio e grande porte (cutia, paca e capivara) semeando entre nós os estudos de 14 neuroanatomia comparada. Luiz Carlos Silveira empreendeu um estudo comparativo da organização da óptica ocular e da camada ganglionar da retina dessas espécies (Dasyprocta aguti, Cuniculus paca e Hydrocherus hydrochaeris) e Cristovam Diniz os estudos eletrofisiológicos do córtex visual empregando a técnica de registro multiunitário com eletrodos de tungstênio. Com essa técnica mapeamos os campos receptores do córtex visual estriado e extra estriado da cutia (Dasyprocta aguti) descrevendo a representação do campo visual nas várias áreas do córtex cerebral visual daquela espécie, gerando uma série de publicações em revistas internacionais de grande visibilidade. Ficaria óbvio que a soma do trabalho em equipe era muito maior do que a soma dos trabalhos feitos individualmente. Recuperamos a certeza ao caminhar, de que dois somariam mais que 100 e um, menos do que 50%. Essa convicção estimulou o trabalho de geração dos dados para ambas as teses em conjunto. Em 1985 Luiz Carlos Silveira defendeu o Doutoramento e eu o fiz em 1987. A contribuição de Eduardo Oswaldo-Cruz ainda não acabara...Ele sabia que era fundamental prover os meios para que os paraenses, como ele chamava, realizassem um período de estágio avançado no exterior. Para isso recomendou Luiz Carlos Silveira à Allan Cowey, do Departamento de Psicologia Alan Cowey Experimental da Universidade de Oxford, e subsequentemente, Cristovam foi encaminhado à Kevan Martin da Unidade de Farmacologia Neuroanatômica do Kevan Martin à esquerda e Luiz Carlos Silveira à direita Medical Research Council, unidade essa vinculada ao em nossa casa em Oxford, Inglaterra, em 1988. Dep. de Farmacologia da mesma Universidade. VI. O Pós-Doutorado em Oxford, Inglaterra e o Retorno aos Rios de Água Doce Filhos de um país pobre, lá estavam como meninos ricos a aprender em terras bretãs. Enquanto durou aquele exílio voluntário, perderam a genuína alegria, desaprenderam os impropérios e passaram a assoviar secretamente. Falavam sozinhos, misturavam as línguas e cantavam para si mesmos quando voltavam para casa. Sua bicicleta carregou muitos deles, Gal, Chico, Caetano, Elba, Dorival, Milton Nascimento, vozes inseparáveis na terra gelada de paisagem lúgubre no inverno. 15 Na Unidade do Medical Research Council (MRC – Unit) do Departamento de Farmacologia da Universidade de Oxford (England – UK), sob supervisão de do Professor Kevan Martin, habilitei-me em uma série de procedimentos experimentais empregando numerosos traçadores fluorescentes, foto-oxidação para estabilização da marcação das células injetadas com traçadores fluorescentes, marcação intracelular por transporte anterógrado e retrógrado, imunomarcação e histoquímica. Fui exposto pela primeira vez ao trabalho de reconstrução tridimensional e estereologia, reunindo um arsenal de abordagens experimentais para estudos neuroanatômicos, com repercussão duradoura em nossos trabalhos na UFPA. Digno de nota foi a doação que recebi do estereotáxico e do microscópio do Professor David Whitteridge, um dos principais cientistas a descobrir as regras subjacentes à representação do campo visual no sistema nervoso central de mamíferos e principal mentor do Professor Kevan Martin. Em busca das cartas de alforria, depois de período bem-comportado entre os ingleses, voltei para casa. Há pouco tempo, a chegada era apenas um projeto, uma meta a ser perseguida, um sonho. Antes, a força nos remos, o entusiasmo e a energia sobrando nos guiava através da corrente. Aos poucos, durante a viagem, meu coração vai se encharcando novamente nas águas do grande rio. Na pele reapareceram marcas indeléveis de sol e sal. Voltas e voltas sem fim no rio eterno. Céu azul e água barrenta vendo o verde nascer e sumir com o sol. O silêncio dos igapós, o barulho da máquina empurrando o barco, tudo virando música na orquestra amazônica. Escondendo a água dos olhos, revejo a minha gente em cada braço de rio, em cada pequena vila, nas canoas, nas cestas de frutas, em todos os lugares eles remam em direção à próxima refeição. Há que vê-los, sem futuro, sem dentes e sorrindo. Há que vê-los a ouvir as cartas dos que se foram para a cidade grande, que a professora lê com os olhos sempre no papel para não ver-lhes os olhos molhados. De que história ouviremos dos muitos meninos e meninas que não puderam migrar para a cidade grande? De como são essas crianças sem começo, possivelmente sem meio, mas com o fim de todos? Quantas cantigas poderão cantar se já dormiam antes de ouvi-las? De que vidas falarão a não ser das suas próprias, construídas sobre quase nada e levando a nenhum lugar. Não falarão dos aromas posto que não estiveram nos jardins, não nos dirão da música nem do homem, a não ser das imitações que conheceram.... De que futuro nos dirão a não ser o da próxima refeição. Jamais ouvirão Mozart, ficarão sem saber de Leonardo, sem conhecer Henrique V nas palavras de Shakespeare. Quem são essas professoras que há cinquenta anos, tentam ensinar os meninos a juntar as letras para formar palavras que supostamente permitiriam a transformação? Nessas águas grandes, seus esforços não dizem muito para o homem que vive do rio a pendurar a isca, a consertar a rede, a levantar o soalho, a capinar o roçado, enterrar raízes, embarcar o gado e a embriagar-se. Ele não tem as informações para apreciar o que significam os esforços da professora e não o fará só para agradá-la. Nessa orquestra sem regente, sem músicos, sem instrumentos, a criatura não saberá de si mesma. Viverá sem saber de seus irmãos de outras terras. Caminhará entre o amanhecer e o ocaso 16 e morrerá, como nós, como todos os homens. O direito à cidadania que nos faz iguais e que nos habilita a usar a experiência acumulada, jamais será exercido em sua plenitude. A medida que avançava no grande rio tornava-se claro que o gigantesco desafio esmagaria Davi... ...restava-nos resgatar o Quixote que sobrara, empunhar a lança e avançar contra o moinho...afinal era voz corrente que, se salvássemos um, salvaríamos o mundo inteiro... Durante muitos anos após o período de pós-doutorado, o Professor Eduardo Oswaldo-Cruz continuou a interagir com os paraenses, dando-lhes visibilidade nas agências de fomento, garantindo minimamente os meios materiais para manutenção de suas linhas de investigação. Isso foi essencial para que depois fossem capazes de conquistar seus próprios meios. Eduardo Oswaldo Cruz projetou o nome da UFPA no mapa científico internacional na esfera das neurociências visuais pela primeira vez, arrastando consigo mais uma vez o nome do Instituto de Ciências Biológicas antes iluminado solitariamente pela genética de Manuel Ayres e sua descendência acadêmica. Nos dias atuais já é possível encontrar dentre a descendência científica de Oswaldo-Cruz, netos, bisnetos e mesmo tataranetos nos corredores do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA. Seguindo essa trilha e esse projeto, outros jovens doutores enviados para pós-graduação se juntaram a nós no Departamento em outros domínios. Assim foi por exemplo que se instalou o Lab. de Neuroquímica liderado pelo Prof. José Luiz Martins do Nascimento, o de Neuroendocrinologia liderado pelo Prof. Dr. Domingos Diniz e por um período mais curto o Lab. de Etnofarmacologia da Profa. Elaine Elizabetsky. Muitos outros se seguiram, incluindo o Prof. Manoel da Silva Filho que passou a liderar o Laboratório de Biofísica Celular, a Profa. Elizabeth Yamada e o Prof. Edmar Tavares da Costa no Laboratório de Neuropatologia Experimental, e Silene Lima que passou a conduzir sua própria linha de trabalho em José Luiz M do Nascimento morfofisiologia visual. Neste ponto cumpre-me abandonar o fio condutor cronológico da narrativa, optando por um painel descritivo guiado pela natureza das atividades que empreendi. Isso facilitará a visualização das contribuições nas atividades meio (administração) e fim (ensino-pesquisa e extensão) descritas neste memorial. VII. A Árvore e seus Frutos Uma das dificuldades institucionais mais severas a ser contornada pelas universidades na Amazônia é a baixa densidade de grupos de docentes-pesquisadores na região. Formar recursos humanos, é, portanto, uma atividade essencial. Para empreender essa tarefa há na carreira docente de ensino superior, duas janelas de oportunidade com ações complementares: a participação direta em programas de pós-graduação regionais como orientador e a participação na gestão administrativa universitária liderando iniciativas que acelerem o processo de formação e de fixação de recursos humanos. Durante esses anos todos de dedicação exclusiva à UFPA, participei ativamente de ambas. 17 1. Das atividades administrativas: Um passaporte para o macrocosmo institucional Uma das principais consequências benéficas que a atividade administrativa trouxe foi o de me fazer consciente das dimensões institucionais incorporando ao microcosmo da vida anteriormente limitada ao laboratório e a sala de aula, uma visão mais larga da instituição. Essa visão ampliada começa quando esquerda para direita Cristovam (Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação), assumi o cargo de coordenador do Da Marcos Ximenes (Reitor) e Elisa Sá, (Diretora do Hospital João de Barros Curso de Mestrado em Ciências Barreto, já falecida). Biológicas durante o período de agosto de 1990 a julho de 1993. Esse curso era desenhado para reunir a competência instalada que havia em citogenética e genética de populações, morfofisiologia da visão, virologia, zoologia, botânica, e algumas linhas de pesquisa dos laboratórios da EMBRAPA que constituiria a posteriori a área de biologia ambiental. Esse programa por recomendação da CAPES, substituiu o Mestrado em Zoologia criado pelo Prof. Dr. José Seixas Lourenço em parceria com os pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi, a instituição centenária dedicada a Biologia e a Antropologia Amazônica. A partir dele a maturação das áreas de concentração foi alcançada, constituindo elas próprias, programas independentes de pós-graduação. Assim, a genética criou seu próprio programa, depois a Biologia de Agentes Infecciosos em colaboração com o Instituto Evandro Chagas, e finalmente as Neurociências e Biologia Celular. A Zoologia criou de forma independente seu próprio mestrado e a área de Biologia Ambiental mudou sua sede para o Campus da UFPA em Bragança tempos depois, embrião do que viria a ser o Instituto de Estudos Costeiros coordenado pelo Prof. Horácio Schneider e Iracilda Sampaio. Coordenei as ações iniciais do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas em seu formato multidisciplinar. Prossegui com as ações administrativas voltadas para a formação avançada de recursos humanos assumindo o cargo de Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação da UFPA durante o período de julho de 1993 a junho de 1997. Essa mudança para a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação foi fundamental para visualizar os problemas em escala institucional e regional e para promover ações intra- e interinstitucionais em parceria com as agências de fomento à pós-graduação. Compondo com Professor Dr. Marcos Ximenes Ponte a equipe que daria sequência ao trabalho continuado de fazer crescer a UFPA, começamos pelo diagnóstico institucional. Marcos Ximenes visitou comigo todos os grupos promissores da UFPA e enquanto havia disponibilidade de recursos, garantiu que os pedidos de grupos emergentes com mérito reconhecido, fossem atendidos. Enquanto Reitor da UFPA Marcos Ximenes apoiou todas as iniciativas da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação para a qual me convidara. 18 Por conta desse suporte sistemático instalamos em Santarém o Laboratório de Biologia Ambiental que também recebeu apoio da FINEP, em Altamira o Laboratório de Análise de Solos, equipamos o Laboratório de Cultura de Células do Dep. de Fisiologia e promovemos o primeiro movimento institucional rumo à pós-graduação interinstitucional. Esse esforço de diagnóstico da densidade de competência instalada me habilitaria ao passo subsequente que era de expandi-lo à escala regional. Completamos assim um diagnóstico quantitativo da densidade de competência instalada e do volume de financiamento para cada uma das macrorregiões brasileiras. Esse trabalho foi empreendido com a ajuda primorosa de Francinete Freitas que durante anos respondeu pela Secretaria dessas ações e a Bibliotecária Graça Pena que além de emprestar sua expertise técnica às publicações se ocupava com seus aspectos estéticos. Com esses dados publicamos um livro, distribuído largamente em várias esferas, dando às desigualdades regionais maior visibilidade política. Documentava-se assim enormes assimetrias regionais (que hoje ainda perduram), que acentuadas pela espiral concentradora exigiam políticas de estado que as combatessem. A publicação intitulada “Universidades da Amazônia Brasileira: O Pecado e a Penitência”, denunciava o ciclo vicioso da baixa densidade de competência instalada na Região Amazônica e a insuficiência de recursos proporcionais para sua correção. Tornava-se claro que o sistema de financiamento de C e T brasileiro reproduzia de forma darwinista a lei do mais forte. O pecado da baixa densidade acadêmica da região identificada por comitês assessores ocupados em sua maioria por Francinete Freitas e Graça Pena pesquisadores do Sudeste/Sul, recebia como penitência, a abstinência dos recursos indispensáveis à mudança. Diante do desafio começamos a construir mecanismos com as agências de financiamento que permitissem romper o ciclo de abstinência de recursos para as regiões mais periféricas. Na presidência da CAPES o Professor Abílio Baeta Neves, foi fundamental para as ações que se seguiram. Abílio convidou-me para compor o Conselho Superior da CAPES onde parte das decisões políticas da PósGraduação Brasileira eram tomadas. Concebemos e implantamos em parceria com a CAPES e as universidades mais desenvolvidas os Mestrados e Doutorados Interinstitucionais. Desenhados com o intuito de acelerar o programa de formação pós-graduada, permitiram aos nossos professores desenvolver seus projetos de Dissertações e Teses em temáticas de interesse regional. Retomamos o Projeto Norte de Pesquisa e Pós-Graduação concebido pelo Prof. Seixas Lourenço para instalação de grupos de docentes pesquisadores em áreas 19 prioritárias para a Amazônia. Lideramos ações junto ao legislativo e executivo chamando atenção para a necessidade de rompermos o ciclo vicioso da espiral concentradora de recursos no Sudeste e no Sul. No quadriênio subsequente (julho de 1997 a junho de 2001), assumi o cargo de Reitor da UFPA. Comigo trabalharam como Vice-Reitora por seis meses, a Profa. Zelia Amador de Deus e por 3 anos e seis meses a Profa. Telma Lobo. Nas Pró-Reitorias os seguintes Professores lideraram as ações: João Batista Sena Costa no Planejamento, Luciano Nicolau da Costa na Administração, José Miguel Martins Veloso na Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Marlene Freitas no Ensino de Graduação, José Carlos Fontes na Extensão, Edison Ortiz de Matos na Prefeitura do Campus e na Procuradoria Geral Suzy Elizabeth Cavalcante Koury. Posteriormente a PróReitoria de Ensino passou a ser responsabilidade do Prof. José Miguel Veloso, a de Pesquisa e Pós-Graduação do Prof. Alberto Cardoso Arruda, a PróRecebendo o abraço de minha mãe na cerimônia de posse Reitoria de Extensão passou a ser função do Prof. Cristhian Costa, no Planejamento a função passaria às mãos do Prof. Renato Guerra e a Procuradoria Geral às mãos de Fernanda Monte-Santo Andrade. Na Chefia de Gabinete contei com a ajuda da Profa. Vera Braz durante todo o mandato. Muitos outros colaboradores cujo nome sou obrigado a omitir por limitações de espaço e tempo, me ajudaram a atravessar aqueles tempos bicudos. Peço perdão por não os distinguir como fiz aos outros, ao mesmo tempo em que agradeço a enorme ajuda dispensada na construção e manutenção de novos horizontes para o maior investimento humano da Amazônia Brasileira, a Universidade Federal do Pará. No início do mandato, por determinação do Ministro da Educação empreendemos visita sistemática às Universidades da Inglaterra e Portugal e suas correspondentes agências de fomento governamentais para estudar mecanismos de planejamento, avaliação e financiamento do ensino superior. Essa viagem foi determinante para consolidar o processo do Ensino a Distância na UFPA. Em visita a Open University na Inglaterra, identificamos Cursos de Graduação que com adaptações à realidade amazônica, teriam chance de serem implementados. Em parceria com o Departamento de Matemática da UFPA e sob liderança do Doutor em Matemática e Pró-Reitor de Ensino de Graduação, o Prof. José Miguel Martins Veloso, demos partida ao Curso de Licenciatura em Matemática à distância na UFPA. Muitas outras iniciativas se seguiram no resto do País e esse trabalho pioneiro da UFPA acabou por estimular no Ministério da Educação a criação da Universidade Aberta do Brasil – UAB. O esforço de documentação detalhada das assimetrias regionais prosseguiu a partir das bases de dados das agências de fomento CAPES, CNPQ e INEP, e essa iniciativa seria essencial para enfrentarmos o descompasso entre densidade de competência instalada e o desafio do desenvolvimento sustentado da Região Amazônica. Publicamos em colaboração com o Professor Renato Guerra o livro intitulado “Assimetrias da Educação Superior Brasileira: vários brasis e suas consequências”. Naquela, um ensaio preditivo, quantitativo, é feito, anunciando os custos e a evolução provável do ensino superior público e privado no Brasil e em cada uma de suas macrorregiões. Com ampla distribuição esse trabalho ainda é, 15 anos depois de publicado, uma referência para os ensaios analíticos dedicados ao tema da necessidade de correção das desigualdades 20 regionais. Com o trabalho primoroso de composição estética de Laís Zumero essa publicação tem sido útil para quem prosseguiu os estudos do ensino superior brasileiro. Em 2001, em parceria com o Professor José Miguel Veloso, então Pró-Reitor de Ensino da UFPA, documentamos e publicamos o livro intitulado “A Exclusão do Acesso ao Ensino Superior: uma biografia socioeconômica versus o desempenho dos candidatos e das escolas”. Nesse ensaio revelouse estreita associação entre renda familiar e o acesso à escola básica de melhor qualidade e o desempenho nas provas do vestibular unificado. Ficaria patente que o estrato econômico a que pertenciam os candidatos influenciava diretamente a escolha do curso e o desempenho no vestibular. Preciso dizer, entretanto que, em que pese o trabalho insano realizado como gestor, esse quadriênio na Reitoria foi o mais turbulento de minha atividade acadêmico-administrativo. Vivíamos o desalento da redução dramática do financiamento do ensino superior público e gratuito, estimulado sobretudo pelo Banco Mundial, e a despeito da presença de um acadêmico na Presidência da República, não me lembro de terem as universidades públicas, experimentado nada pior em termos de redução de financiamento. Curiosamente, a ausência de investimentos nesse período, nos levaria a concentrar todos os esforços na formação avançada de recursos humanos, uma das poucas ações que sobreviveu aqueles anos de penúria. De fato, a UFPA experimentaria a partir desse momento um crescimento continuado substantivo em seu índice de qualificação docente. Uma outra iniciativa administrativa relevante foi a criação dos projetos integrados. Para tentar corrigir uma deficiência de quase todos os cursos de graduação na esfera da investigação científica e da extensão na formação dos alunos de graduação, desenhamos um programa de financiamento institucional com recursos do ensino de graduação dedicado a priorizar ações que integrassem as atividades fim. Estimulávamos com isso a reunião do ensino, pesquisa e extensão em projetos que abrigavam obrigatoriamente os alunos do ensino de graduação nessas atividades. Na época em que foram implantados, os projetos integrados tramitavam com celeridade e viabilizavam a aquisição de meios materiais essenciais à integração das atividades fim incluindo material de consumo e bolsas. Esse programa institucional teve seu mérito reconhecido dentro e fora da universidade, sobreviveu às administrações subsequentes e permanece como janela de oportunidade de financiamento, facilitando a integração das atividades fim há pelo menos 15 anos. Em relação ao Programa de Interiorização da UFPA, conferimos autonomia financeira aos campi universitários do interior, que passaram a administrar seus próprios recursos, contratando serviços e adquirindo bens materiais de forma mais ágil e menos onerosa. Propiciamos igualmente a possibilidade de remanejamento de pessoal técnicoadministrativo, que em busca de qualidade de vida deixavam a metrópole e migravam para as cidades sede dos campi do interior ajudando a Universidade Federal do Pará a abraçar este Estado, lenta, mas continuadamente. Comprometiam-se os servidores transferidos com as Letras de Itaituba, as Ciências Biológicas em Bragança, com a Pedagogia e a Matemática em Altamira, com as Licenciaturas em História e Geografia em Marabá e assim por diante, e ajudavam a atender as demandas de mais educação para as terras amazônicas mais distantes da capital. Um dos exemplos mais notáveis do acerto dessa medida foi a contribuição de Sr. Purisso (motorista do Campus de Belém) que transferido 21 para o Campus Universitário da UFPA em Bragança, teria papel decisivo na consolidação do trabalho de campo de alunos de graduação, de pós-graduação e de professores pesquisadores. Um dos resultados mais significantes obtidos com o Programa de Interiorização, nesse período de vagas magras, foi a decisão administrativa acertada de convidar o Prof. Horácio Schneider para liderar a formação e instalação de um Grupo de Docentes-Pesquisadores no Campus da UFPA em Bragança. Essa equipe chamaria para si o trabalho de investigar a Biologia do estuário com ênfase nos manguezais, formaria recursos humanos avançados e faria renascer o Curso de Biologia em Bragança. Em seu alforje quase vazio, Horácio levava consigo competência, liderança e sua convicção inabalável de jamais desistir, aliado à ajuda diligente e dedicada de Iracilda Sampaio e de outros jovens doutores que se juntaram a ele no trabalho diuturno de plantar as sementes, regar a terra seca e cuidar para que as que brotassem, crescessem protegidas e dessem os frutos esperados. Dessa empreitada nasceu um Curso de Biologia em Bragança focado na Biologia do estuário, consolidou-se um curso de pós-graduação (mestrado e doutorado) e construiu-se o Instituto de Estudos Costeiros, materializando-se o improvável. Sempre que posso felicito-os por essa contribuição extraordinária à educação amazônica. Essa batalha épica de vendedor de sonhos e provedor de alforjes quase vazios em tempos difíceis revelou-se acertada com o passar dos anos. O Curso de Medicina Veterinária liderado pelo Professor Diomedes, nascido na manjedoura de palha daqueles tempos bicudos, beneficiou-se dos programas de infraestrutura dos governos subsequentes e é hoje uma realidade estratégica para a formação de competências e habilidades no domínio das ciências veterinárias na Amazônia. Quando deixamos a administração, sobrevieram anos de fartura no ensino superior com o FNDCT recuperando sua capacidade de financiamento por 12 anos consecutivos. Nesse intervalo os espasmos dolorosos que a ausência de financiamentos no governo anterior provocou, desapareceram e o que pareciam deslizes oníricos plantados no deserto, materializaram-se em prédios, vagas docentes, equipamentos, e competência instalada. Por conta dessas contribuições o Poder Legislativo do Estado do Pará concedeu-me a distinção especial da Ordem do Mérito da Cabanagem, e a CAPES, o Prêmio Anísio Teixeira. 2. Das Atividades de Ensino Nossas atividades docentes na graduação começaram de fato em 1980, quando retornamos do Curso de Mestrado na UFRJ ao Dep. de Fisiologia em Belém. Ainda no Rio de Janeiro organizamos um Curso de Especialização em Fisiologia ministrado pelos Professores do Instituto de Biofísica da UFRJ, que se deslocavam para Belém por períodos curtos. Esse curso oferecido aos Professores do Departamento de Fisiologia, foi precioso para planejarmos nosso retorno. Desenhamos então algumas mudanças no Curso de Fisiologia oferecido para todos os Cursos de Graduação das Ciências da Vida (Nutrição, Enfermagem, Odontologia, Medicina e Biologia), especializando os módulos por sistema funcional. O primeiro dos módulos era o de neurofisiologia seguido do módulo de sistema endócrino. Esses dois 22 módulos recebiam o nome conjunto de sistemas de controle. Com essas mudanças tornou-se possível concentrar nossa atividade didática em uma das metades de cada semestre letivo, o que nos permitiu reservar a segunda metade de cada semestre para os experimentos de nossas teses. Introduzimos nesse momento um sistema de ensino que incluía aulas práticas e demonstrações experimentais, contribuindo para melhoria do ensino de fisiologia na graduação. Em 1993 quando assumi a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, reduzi minha carga horária no ensino de graduação, o que se estenderia até junho de 2001 quando conclui o mandato como Reitor. Entre 1993 e 2001, concluímos os Laboratórios de Neuroquímica e Neuroendocrinologia planejados para receberem os Professores José Luiz Martins do Nascimento e Domingos Luiz Wanderley Picanço Diniz, laboratórios esses vinculados às disciplinas de Bioquímica e ao módulo de Endocrinologia da disciplina de Fisiologia. Em 2001, para remover da pele todos os vestígios da Administração, incluindo os cacoetes, antes de retomar minhas atividades de ensino e pesquisa no Departamento de Fisiologia, solicitei e obtive licença de afastamento por um ano para cumprir estágio avançado em Pós-Doutoramento, desta vez na Universidade de Southampton, na Inglaterra sob supervisão de Victor Hugh Perry. Quando retornei ao Brasil solicitei e obtive minha transferência para o Departamento de Morfologia, na esperança de reproduzir ali, mudanças semelhantes às implementadas na Fisiologia. O Prof. Manoel da Silva Filho assumiu o meu lugar no Laboratório de Biofísica Celular e isso permitiu que começássemos o trabalho de formação de recursos humanos voltados desta feita para a área de morfologia. Seguindo o protocolo bem-sucedido da Fisiologia, começamos realizando um Curso de Especialização, cujas disciplinas geraram créditos para o Curso de Mestrado Interinstitucional realizado em parceria com o Departamento de Morfologia da UFRJ. Pelo menos 10 professores dos departamentos de histologia e morfologia do Centro de Ciências Biológicas se titularam nesse programa de mestrado, abrindo a possibilidade para o estabelecimento de um Doutorado Interinstitucional – DINTER. Alguns dos professores egressos do Mestrado Interinstitucional prosseguiram com suas carreiras e concluíram o doutoramento interinstitucional mudando o perfil dos departamentos que os abrigavam. Nesse momento instalamos o Laboratório de Neuroanatomia Funcional que daria partida aos projetos de investigação dedicados a estudar os efeitos do exercício físico, do ambiente, das infecções e da idade sobre o sistema límbico. Empregando modelo de doença neurodegenerativa crônica a doença príon em modelo murino, uma equipe de jovens estudantes de iniciação científica (Amanda Quintairos, José Augusto, Nonata Trévia, Nara Lins, e Aline Passos), sob coordenação de João Bento Torres Neto, instalou com ajuda de Colm Cunningham (Post-Doctoral fellow da Universidade de Southampton que nos visitava), de forma pioneira, todas as ações João Bento Torres Neto experimentais que iniciariam esse programa de investigação. Por outro lado, a medida que a instituição se interiorizava com seus programas de graduação intervalares, os cursos de biologia foram se multiplicando e a demanda de professores de ensino superior durante o período de férias foi crescendo. Ofereci-me para ensinar a disciplina de Anatomia Comparada comprometendo-me com o Programa de Interiorização e ministrei-a no Campus de Bragança para os alunos de Licenciatura em Biologia de várias turmas. Considero essa experiência com o ensino de graduação em Bragança uma das mais profícuas de minha carreira, sobretudo pelo entusiasmo com que os alunos se empenhavam no curso, contagiando-me como professor. Não me 23 lembro de aventura mais prazerosa no ensino de graduação do que a de orientar a preparação de peças anatômicas de anfíbios, répteis, mamíferos e aves envolvendo os sistemas, cardiovascular, respiratório, digestivo, nervoso, locomotor, excretor e reprodutor com alunos e monitores motivados, que sabiam apreciar a oportunidade que lhes oferecíamos. Os alunos imergiam nessa disciplina em tempo integral durante 30 dias, e com uma abordagem morfofuncional, visitavam águas nunca antes navegadas e o resultado desse esforço, tanto para mim quanto para eles, era extraordinário. No que tange às atividades de pós-graduação, a contribuição direta como orientador de Dissertações e Teses foi a mais expressiva. O endereço na internet a seguir permite apreciar uma versão visual da árvore genealógica, com a indicação de meus ancestrais acadêmicos e dos descendentes que ajudei a formar. http://neurotree.org/neurotree/tree.php?pid=25421 Em termos numéricos, entre 1993 e o tempo presente, supervisionei como Orientador ou Coorientador, a formação de 37 Mestres e 13 Doutores, quase todos eles formados no Programa de PósGraduação em Neurociências e Biologia Celular do ICB da UFPA. Alguns outros, são produto de coorientação ou mesmo orientação junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Gestão do Instituto de Bioquímica da UFRJ, junto ao Programa em Educação em Ciências e Matemática da UFPA e mais raramente junto ao Programa de Nutrição da UFPE. Importante registrar que durante o período de 1993 a 2001 tive que privilegiar atividades administrativas pesadas, com prejuízo expressivo das atividades de investigação e formação direta de recursos humanos. Nesse período ocupei sucessivamente os cargos de Pró-Reitor de Pesquisa e PósGraduação e subsequentemente o de Reitor da UFPA. Em junho de 2001, quando deixei a administração, retomei após um período de pósdoutorado minhas atividades de docência e de pesquisa mantendo-as regulares desde então. A consulta à plataforma Lates do CNPq permite recuperar detalhes dessas contribuições e ao final deste texto incluo os resumos dos artigos plenos, compilados da plataforma do NCBI (PUBMED) e a capa dos livros publicados, à guisa de comprovação. De forma esquemática esse período abriga esforços em duas áreas de investigação principais onde a densidade de contribuição é mais densa. Essas incluem estudos da organização do sistema visual e do sistema límbico com ênfase no hipocampo e giro denteado e em muito menor proporção, a área de educação para a ciência. O período inicial que incluiu os estudos do sistema visual envolveu a geração dos dados da minha e da dissertação de mestrado de Luiz Carlos Silveira, a instalação do Laboratório de Fisiologia dos Tecidos Excitáveis no Departamento de Fisiologia da UFPA e meu doutoramento (concluído em 1985), assim como a supervisão dos 10 primeiros alunos de mestrado e de um de doutorado. Esse período dedicado a neurobiologia da visão compreende o intervalo que vai de 1978 a 2001. A partir de 2001 quando deixei a administração até o momento atual, dediquei-me aos estudos das alterações do sistema límbico com ênfase no hipocampo e giro denteado, investigando a influência do ambiente, da idade e das infecções sobre memória e aprendizado em suas possíveis associações com alterações gliais. 24 Durante esse segundo período de 15 anos consecutivos, dedicados exclusivamente às atividades fim, contribui para a formação dos demais mestres (27) e quase todos os doutores (12). Os ensaios em educação para ciência envolveram três dissertações de mestrado e foram dedicados à investigação do impacto de metodologias ativas de aprendizado. Assim, ocupei-me inicialmente com o sistema nervoso visual durante 23 anos, redirecionando os esforços nos 15 anos subsequentes (2001 a 2015) para a investigação das doenças neurodegenerativas crônicas associadas ao envelhecimento, agravadas por alterações ambientais e por infecções. Para facilitar a implantação do trabalho de pesquisa translacional dessa nova linha de investigação transferimos o Laboratório, outrora denominado de Neuroanatomia Funcional, para o Hospital João de Barros Barreto dando-lhe um novo nome para comportar as novas áreas de pesquisa com que se ocuparia. Essa transposição só foi possível graças à generosidade, competência e interferência de Ricardo Gattass que à época administrava os programas da Financiadora de Estudos e Projetos dedicados à recuperação da infraestrutura das universidades brasileiras. Ricardo Gattass Uma equipe de trabalho formado por jovens estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado e de colegas Pesquisadores na UFPA (Marcia Kronka, Daniel Guerreiro Diniz, João Bento Torres Neto, Natali Valim Oliver Bento Torres, Luciana Almeida, Emiliana Guerra da Rocha (in memoriam) e Lucidia Santiago), no IFPA campus de Bragança (Cristovam Guerreiro Diniz), na Universidade de Southampton (Prof. Victor Hugh Perry), no Instituto de Neuroimunologia do Trinity College em Dublin (Prof. Colm Cunningham) e mais recentemente na Universidade de Oxford (Prof. Daniel Clive Anthony) foram decisivos para a implantação e progresso do Laboratório de Investigações em Doenças Neurodegenerativas e Infecção - LNI. Os recursos para sua construção provieram do FNDCT através dos programas da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP voltados para infraestrutura das universidades brasileiras CT-Infra. A decisão administrativa de abriga-lo na área do HUJBB coube a Profa. Dra. Elisa Sá, Diretora do Hospital que manteria uma atmosfera receptiva que seria reproduzida nas Administrações que a sucederam no Hospital. Equipe do Lab. de Investigações em Neurodegeneração e Infecção no dia de sua inauguração realizada pelo Reitor Carlos Edilson Maneschy (de paletó e gravata a minha direita). A manutenção desse laboratório e o planejamento ao longo dos anos contou com a energia e a capacidade de organização incansáveis de Daniel Guerreiro Diniz e a gestão financeira dedicada e competente de Marcia Kronka. No suporte técnico à unidade de microscopia tridimensional contei com a ajuda permanente de Cristovam Guerreiro Diniz e João Bento Torres Neto. 25 Os mestres e doutores formados ao longo do tempo nessas três linhas de pesquisa, são listados a seguir. Dissertações de mestrado concluídas: 1. Alessandra Mendonça Tomás. Condicionamento físico em adultos jovens e desempenho em testes neuropsicológicos. 2015. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 2. LILIANE DIAS E DIAS MACEDO. ESTUDO EXPLORATÓRIO COMPARATIVO DO DECLÍNIO COGNITIVO SENIL APÓS ESTIMULAÇÃO MULTISSENSORIAL E COGNITIVA EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E NÃO INSTITUCIONALIZADOS. 2014. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 3. Daniel da Silva Leão. A produção audiovisual como recurso para didático no ensino de neuroanatomia funcional do cerebelo. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação, Gestão e Difusão em Ciências) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 4. Camila Mendes de Lima. INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA NINHADA E DA VIDA SEDENTÁRIA SOBRE O DECLÍNIO COGNITIVO SENIL E SOBRE A MORFOLOGIA MICROGLIAL DO SEPTUM LATERAL EM RATTUS NOVERGICUS. 2012. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 5. Renata Rodrigues dos Reis. ESTUDO DAS ALTERAÇÕES NEUROPATOLÓGICAS E DO COMPORTAMENTO EM TAREFAS HIPOCAMPO-DEPENDENTES INDUZIDAS PELA ENCEFALITE EXPERIMENTAL AGUDA ASSOCIADA AO VÍRUS PIRY. 2012. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 6. THAÍS CRISTINA GALDINO DE OLIVEIRA. EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO MULTISSENSORIAL E COGNITIVA SOBRE O DECLÍNIO COGNITIVO SENIL AGRAVADO PELO AMBIENTE EMPOBRECIDO DAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA. 2012. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 7. MARCUS AUGUSTO DE OLIVEIRA. INFLUÊNCIA DO TAMANHO DA NINHADA SOBRE O DECLÍNIO COGNITIVO E A MORFOLOGIA MICROGLIAL DA CAMADA MOLECULAR DO GIRO DENTEADO EM Rattus novergicus. 2012. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 8. Nonata Lucia Trevia da Silva. ACUIDADE VISUAL E MATRIZ EXTRACELULAR NO CÓRTEX VISUAL PRIMÁRIO: ALTERAÇÕES ASSOCIADAS À PRIVAÇÃO MONOCULAR PRECOCE E AO ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL. 2012. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 9. Fernanda Cabral Soares. ENVELHECIMENTO, LINGUAGEM E MEMÓRIA VISUO-ESPACIAL: um estudo comparativo exploratório do desempenho humano em testes neuropsicológicos selecionados. 2012. Dissertação (Mestrado em 26 Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 10. Fabio Renato Rendeiro de Oliveira. O AUDIOVISUAL COMO FACILITADOR DO APRENDIZADO BASEADO EM RESOLUÇÕES DE PROBLEMAS (PROBLEM-BASED LEARNING - PBL): UM ESTUDO EXPLORATÓRIO A PARTIR DA CONSTRUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE UM VÍDEO EXPERIMENTAL NO ENSINO DE NEUROANATOMIA. 2011. Dissertação (Mestrado em Química Biológica) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 11. Zaire Alves dos Santos. CINÉTICA DA INFECÇÃO PELO ARBOVÍRUS PIRY EM MODELO MURINO: A RESPOSTA DO HOSPEDEIRO ADULTO. 2011. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 12. Maíra Catherine Pereira Turiel. ENCEFALITE VIRAL INDUZIDA PELO VÍRUS DA DENGUE (DENV3, genótipo III) EM CAMUNDONGOS SUÍÇOS ALBINOS: a resposta inflamatória do SNC do hospedeiro neonato. 2011. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 13. Tatyana Pereira Tokuhashi. Envelhecimento, Declínio Cognitivo e Plasticidade Astroglial em CA3. 2011. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 14. Nara Alves de Almeida Lins. Doença Crônica Neurodegenerativa Agravada por Infecção Viral em Modelo Murino: Ensaios Comportamentais e Neuropatológicos. 2011. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 15. Aline Cristine Passos de Souza. Envelhecimento e Doenças Neurodegenerativas Crônicas na Amazônia Brasileira: Implantação de novas metodologias de avaliação em pacientes com declínio cognitivo leve e doença de Alzheimer. 2011. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 16. Aline Andrade de Sousa. ENCEFALITE VIRAL, AMBIENTE ENRIQUECIDO E NEUROPROTEÇÃO EM MODELO MURINO: MUDANÇAS COMPORTAMENAIS E NEUROPATOLÓGICAS EM FÊMEAS ADULTAS DA VARIEDADE SUÍÇA ALBINA APÓS INFECÇÃO PELO ARBOVÍRUS PIRY. 2010. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) Universidade Federal do Pará, FAPESPA. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 17. Roberta Bentes de Melo Paz. Estudos Estereológicos da Distribuição de Astrócitos e Redes Perineuronais no Giro Denteado do Cebus apella. 2010. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 18. Mayra Hermínia Simões Hamad Farias do Couto. Estimativa do Número de Astrócitos e de Redes Perineuronais de Ca1, CA2, CA3 do Macaco Prego (Cebus apella) utilizando o Fracionador Óptico. 2010. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 19. Amanda de Oliveira Ferreira. ISOLAMENTO SOCIAL ANTECIPA A INSTALAÇÃO DAS ALTERAÇÕES COMPORTMENTAIS EM MODELO MURINO DE DOENÇA PRION. 2009. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia 27 Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 20. JULIANA MARIA MARTINS PAPALÉO PAES. ENVELHECIMENTO, DEFICITS DE MEMÓRIA ESPACIAL E REDUÇÃO DO NÚMERO DE ASTRÓCITOS NO GIRO DENTEADO DO CAMUNDONGO. 2009. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 21. DANIEL GUERREIRO DINIZ. O ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL E O ENVELHECIMENTO ALTERAM O RECONHECIMENTO DE OBJETOS, MEMÓRIA ESPACIAL E ASTROCITOS HIPOCAMPAIS. 2008. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 22. Carlos Santos Filho. Morfometria de terminais axonais intrínsecos do giro denteado, córtex entorrinal e da via perfurante do camundongo suiço albino adulto. 2007. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 23. Cristovam Guerreiro Diniz. Arquitetonia e estimativa do número de células de CA1, CA2, CA3 e giro denteado do macaco prego (Cebus apella) utilizando o fracionador óptico. 2007. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 24. Lane Coelho Viana. O EXERCÍCIO VOLUNTÁRIO REDUZ O IMPACTO DA SUBNUTRIÇÃO PÓS NATAL PRECOCE SOBRE A ATIVIDADE HISTOQUÍMICA DA NADPH-DIAFORASE NO HIPOCAMPO E ESTRIADO EM CAMUNDONGOS SUÍÇOS ALBINOS ADULTOS APÓS REABILITAÇÃO NUTRICIONAL. 2006. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 25. João Manoel da Silva Malheiro. Panorama da Educação Fundamental e Média no Brasil: o modelo da Aprendizagem Baseada em Problemas como experiência na prática docente. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 26. Daisa Gomes do Rosario. A aprendizagem baseada em problemas e sua contribuição para o desempenho do professor na sala de aula. 2005. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 27. João Bento Torres Neto. A Memória Espacial e a Atividade Histoquímica da NADPH-diaforase, no Hipocampo, Cerebelo e Estriado são Moduladas por Diferentes Modalidades de Exercício. 2005. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 28. Emiliana Guerra. Morfometria e densidade de neurônios em NADPH-diforase positivos e/ou fator de ampliação cortical na área 17 do córtex visual da cotia (Dasyprocta aguti). 2000. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 29. Wallace Gomes Leal. Morfometria de terminais axonais intrínsecos do córtex visual primário do gato (Felix catus). 2000. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 28 30. Juliana M. C. Borba. Organização Morfofuncional no Cérebro do Rato Desnutrido: Análise Qualitativa e Quantitativa de Neurônios de NADPH-diaforase positivo no Córtex Visual Primário de Ratos Recém-desmamados Submetidos à Desnutrição Perinatal. 1998. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Universidade Federal de Pernambuco, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 31. Marília S. Araújo. Organização Morfofuncional no Cérebro do Rato Desnutrido: Análise Qualitativa e Quantitativa de Neurônios de NADPH-diaforase positivo no Córtex Visual no Rato Adulto após Desnutrição Pré-Natal. 1997. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 32. Lilian Rosana Ferreira Faro. Atividade de NADPH-diaforase na Área 17 do Córtex Visual Humano. 1997. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 33. Ana Karla Jansen Amorim. Circuitos Corticais da Área 17 do Macaco-prego (Cebus apella): Origem, Correlação Laminar, Módulos e Morfologia dos Terminais Axonais Intrínsecos e dos Neurônios de Projeção entre. 1995. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 34. Edmar Tavares da Costa. Uma Análise Comparativa da Atividade da Enzima NADPH-diaforase no Córtex Estriado de Roedores e Primatas da Amazônia. 1995. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 35. Ligia Catarina Trindade Campos. Atividade da NADPH-diaforase na Área 17 do Córtex Visual do Macaco-da-noite (Aotus azarae0: Morfologia Neuronal, Distribuição Laminar e Padrão de Neurópila. 1994. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 36. Manuel da Silva Filho. Desenvolvimento de Instrumentação para Experimentação in Vivo e in Vitro em Fisiologia Visual. 1993. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 37. João Guedes da Franca. NADPH- diaforase no Córtex Visual do Macaco-de-cheiro (Saimiri sciureus): Atividade Histoquímica nas Áreas 17 e 18. 1993. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. Teses de doutorado concluídas: 1. Daniel Guerreiro Diniz. INFLUÊNCIAS DA IDADE E DO AMBIENTE SOBRE O CURSO TEMPORAL DA INFECÇÃO PELO VÍRUS DA DENGUE ACENTUADA POR ANTICORPO HETERÓLOGO EM MODELO MURINO: ENSAIOS COMPORTAMENTAIS E HISTOPATOLÓGICOS. 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 2. Lane Coelho Viana. Influências do Tamanho da Ninhada e da Atividade Física sobre a plasticidade glial na formação hipocampal em modelo murino. 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 29 3. Edilene Maia Liebentritt. ESTUDO EXPLORATÓRIO DE ALTERAÇÕES NA LINGUAGEM EM PACIENTES COM ALZHEIMER EM INDIVÍDUOS COM BAIXA ESCOLARIDADE. 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 4. Aline Andrade de Sousa. INFLUÊNCIAS DO ENVELHECIMENTO E DO AMBIENTE SOBRE A PROGRESSÃO DA ENCEFALITE EXPERIMENTAL POR ARBOVÍRUS PIRY EM MODELO MURINO: MUDANÇAS MORFOLÓGICAS MICROGLIAIS E ALTERAÇÕES COMPORTAMENTAIS. 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 5. João Bento Torres Neto. ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL REDUZ AS ALTERAÇÕES ASTROCITÁRIAS E A PROGRESSÃO DA DOENÇA PRION EM MODELO MURINO: ensaios morfométricos, Estereológicos e comportamentais. 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 6. Carlos Santos Filho. MEMÓRIA ESPACIAL E MORFOMETRIA TRIDIMENSIONAL DA MICRÓGLIA DE CA1 E DO GIRO DENTEADO DO Cebus apella. 2013. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) Universidade Federal do Pará, FAPESPA. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 7. Cristovam Guerreiro Diniz. ENSAIOS ESTEREOLÓGICOS E MORFOLOGIA TRIDIMENSIONAL NA FORMAÇÃO HIPOCAMPAL DE AVES MIGRATÓRIAS MARINHAS: Análise quantitativa da imunomarcação seletiva de neurônios e micróglia em Calidris pusilla e Actitis macularia. 2013. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Fundação Amazônia Paraense de Amparo à Pesquisa. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 8. João Bento Torres Neto. ENVELHECIMENTO E AMBIENTE AFETAM A NEURODEGNERAÇÃO CRÔNICA EM MODELO MURINO DE DOENÇA PRION: ENSAIOS COMPORTAMENTAIS E NEUROPATOLÓGICOS. 2010. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 9. Roseane Borner de Oliveira. Neurodegeneração Crônica em Modelo Murino: Ensaios Comportamentais e Neuropatológicos na Doença PRION em Fêmeas Adultas de Camundongos Albinos Suíços. 2009. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 10. Ricardo Bezerra de Oliveira. Efeitos do Metilmercúrio sobre a Morfologia de Neurônios do Córtex Visual do Gato. 2007. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 11. Emiliana Guerra da Rocha. Análise Comparativa do Padrão de Conexões e dos Terminais Axônicos Calosos das Regiões de Representação das Patas Anteriores e Posteriores no Córtex Somestésico Primário (S1) da Cutia (Dasyprocta primnolopha). 2006. Tese (Doutorado em Ciências Morfológicas) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Co-orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 12. Walace Gomes Leal. Inflamacao aguda, resposta glial e lesão axonal em um modelo de excitotoxicidade na medula espinhal. 2002. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. 30 13. Manoel da Silva Filho. Forma e função de neurônios da substância branca do córtex visual do rato. 2000. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal do Pará, Orientador: Cristovam Wanderley Picanço Diniz. Um mestrando e 5 doutorandos permanecem com sua dissertação e teses em andamento: Dissertações de mestrado em andamento: 1. DARIO CARVALHO PAULO. A morfologia tridimensional dos astrócitos do hipocampo de aves migratórias com diferentes estratégias de migração. Início 2014 (Mestrado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará. (Orientador). Teses de doutorado em andamento: 1. Thaís Cristina Galdino de Oliveira. EFEITOS NEUROPROTETORES DA ESTIMULAÇÃO MULTISSENSORIAL E COGNITIVA E DO EXERCÍCIO FÍSICO EM IDOSOS. Início: 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador). 2. Camila Mendes de Lima. Estudo Comparativo da Neurogênese e da Morfologia Tridimensional dos Astrócitos do Hipocampo de Aves Migratórias e Não Migratórias. Início: 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador). 3. Marcus Augusto de Oliveira. Estudo Comparativo da Morfologia Tridimensional e Estereologia da Micróglia Hipocampal em Aves Migratórias e Não Migratórias. Início: 2014. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. (Orientador). 4. Nara Gyzely de Morais Magalhães. ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO CLUSTER N EM PÁSSAROS MIGRATÓRIOS: ENSAIOS ESTEREOLÓGICOS E VARIAÇÃO SAZONAL EM Actitis macularia. Início: 2012. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará. (Orientador). 5. Natáli Valim Oliver Bento-Torres. ENVELHECIMENTO, NEURODEGNERAÇÃO CRÔNICA E INFECÇÃO: O Impacto do Nível de Atividade Física e das Infecções sobre o Declínio Cognitivo na Doença de Alzheimer. Início: 2011. Tese (Doutorado em Neurociências e Biologia Celular) - Universidade Federal do Pará. (Orientador). - Comprovação das Dissertações e Teses Orientadas e Concluídas (ver anexo 1) 3. Da produção de conhecimento novo A produção de conhecimento novo sob a forma de artigos plenos publicados, tal como esperado, está associada em sua imensa maioria, às dissertações e teses supervisionadas. Nesses dados é possível reconhecer o ciclo virtuoso da ciência brasileira referido por Guimarães (ExPresidente da CAPES) que enfatiza que a iniciação científica, o mestrado e o doutorado são os responsáveis pelo crescimento extraordinário da produção científica brasileira. A listagem simples com o resumo dos artigos completos, publicados em periódicos de circulação internacional extraídos da base de dados do NCBI (PUBMED), é incorporada ao texto. Para 31 facilitar a medida do grau de apreciação desses trabalhos pela comunidade científica ilustra-se a seguir a síntese do total das citações ao longo dos anos a partir das bases de dados do google scholar (1232 citações com índice H = 18) e do web of knowledge (992 citações, com índice H = 16). Sumário das citações dos artigos publicados a partir da base de dados do Google Scholar acima, e do Web of Knowledge abaixo. Na impossibilidade de descrever de forma contextualizada cada uma das publicações e dissertações e teses supervisionadas por óbvias limitações de espaço, optamos por descrever exemplos síntese das abordagens experimentais subjacentes aos estudos do sistema visual e do sistema límbico. Como forma de comprovação dos artigos publicados incorporamos a este manuscrito apenas os Resumos dos artigos publicados a partir da base de dados do NCBI (Pubmed). 3.1 Estratégia experimental utilizada nos projetos de investigação do sistema visual A ênfase nos ensaios experimentais para investigação morfofuncional do sistema visual de roedores amazônicos foi desenhada para a reconstrução dos mapas centrais da periferia sensorial e sua correlação com os limites arquitetônicos das áreas de interesse. O artigo mais recente que sintetiza essa análise foi publicado recentemente no Journal of Comparative Neurology e intitula-se Topografia e Arquitetura das Áreas Visuais e Somatossensoriais da Cutia. 32 Nos estudos de topografia do sistema visual emprega-se um estímulo adequado para o sistema investigado (e.g. estímulos táteis para o sistema somestésico ou luminoso para o sistema visual) e registra-se a atividade elétrica de grupamentos neuronais com eletrodos de tungstênio de baixa impedância. Os sinais captados pelo microelétrodo são amplificados usando amplificador diferencial que alimenta a tela de um osciloscópio e um monitor de áudio. Nesses estudos, é esperado que as regiões de maior densidade de receptores e menor convergência, ocupem volumes de tecido cerebral maiores do que aquelas de baixa densidade de receptores e maior convergência. Nesse trabalho demonstramos que no córtex visual primário há uma quebra dessa regra fundamental por conta do fato de que regiões de baixa densidade de células ganglionares na retina, na região de intersecção dos meridianos horizontal e vertical, tem grande ampliação no córtex visual primário. O outro achado de interesse desse trabalho é o de que, embora haja organização modular na área de representação somestésica primária onde se situam os campos de barris, não há módulos definidos em V1 nessa espécie. Na Figura 1 uma vista dorsal e outra dorsolateral do córtex cerebral da cutia ilustrada ao lado. Na Figura 2, o parcelamento das áreas somatossensoriais, visuais e auditivas. Note que o padrão de mielinização muda entre as diferentes áreas permitindo que se defina as fronteiras entre uma área e outra. Na figura a seguir a correlação entre os sítios de registro corticais e a posição espacial dos campos receptores no campo visual. 33 Diferentes áreas visuais corticais enfatizam (amplificam) diferentes regiões do campo visual (ver figura a seguir). Por exemplo, enquanto no córtex visual primário um ponto do campo visual tem sua máxima representação no córtex visual primário (point image size - P.I.S.) na zona de interseção entre os meridianos horizontal e vertical, na área visual secundária (V2), a região de maior representação de um ponto no espaço ocorre na intersecção entre o meridiano 68 e o meridiano horizontal. Tomados em conjunto esses dados sugerem que as diferentes áreas visuais contribuem de forma distinta para análise do ambiente visual onde vive a cutia. Importante realçar que diferente dos primatas que tem uma região foveal bem definida, Luiz Carlos Silveira demonstrou em sua Tese de Doutorado que esse animal tem uma retina com maior densidade de células ocupando uma faixa horizontal que em condições usuais se alinha com o horizonte, quando o animal se alimenta sentando sobre suas patas traseiras. Esses dados confirmaram que a regra de Adrian-Mountcastle é respeitada na área visual secundária, mas é rompida na área visual primária. Esse trabalho publicado recentemente reúne dados do sistema visual registrados à época da minha Tese de Doutorado, assim como os dados da organização do córtex somatossensorial da Tese de Doutorado de Ivanira Dias realizada sob supervisão de Prof. Antônio Pereira. Para maiores detalhes acerca da metodologia e dos resultados é possível obter facilmente o trabalho utilizando o Sistema de Periódicos da CAPES. Antonio Pereira, um engenheiro mecânico que se tornou neurobiólogo ao longo dos anos me ajudou sistematicamente quando de meu afastamento para o Pós-Doutorado em 2001, liderando o trabalho experimental em minha ausência no Laboratório de Neuroanatomia Funcional. Ele contribuiu para a consolidação do esforço que se fazia então para transplantar as experiências bemsucedidas previamente aplicadas ao Dep. de Fisiologia. Como resultado de sua contribuição pelo 34 menos três professoras do Departamento de Histologia da UFPA se beneficiaram da expertise de Antonio Pereira quando da construção de suas Teses de Doutoramento (Lucídia Santiago, Emiliana Guerra da Rocha e Ivanira Dias). 3.2 Estratégia experimental utilizada nos projetos de investigação do sistema límbico Exemplo No.1 Como um exemplo dos ensaios dedicados a investigar as alterações do hipocampo e do giro denteado, que afetam funções de alta hierarquia em idosos, comprometendo memória e aprendizado, desenhamos um programa de investigação translacional que incluiu experimentos de bancada assim como experimentos de aprendizado e memória visuo-espaciais e de linguagem em humanos. Os ensaios comportamentais para medir memória espacial e episódica em camundongos eram seguidos do sacrifício de alguns animais para investigação das alterações estereológicas e morfológicas de populações celulares de interesse nas áreas de interesse. Para mimetizar um estilo de vida ativo os animais foram mantidos em ambiente enriquecido desde o desmame e para mimetizar um estilo de vida sedentário, outros indivíduos foram mantidos em gaiolas padrão de laboratório (ambiente empobrecido). Comparamos esses ensaios de bancada a medidas de memória e aprendizado realizados em um grupo de idosos que viviam em instituições de longa permanência (estilo de vida sedentário) ou viviam em comunidade com suas famílias com estilo de vida ativo. Nesses Natali Valim Oliver Bento Torres ensaios demonstramos que os idosos vivendo em instituições de longa permanência obtiveram resultados nos testes cognitivos inferiores aos que obtiveram os idosos vivendo com suas famílias. De forma coerente os camundongos mimetizando a o estilo de vida sedentário obtiveram piores desempenhos nos testes de memória episódica e espacial. A análise estereológica e de morfologia tridimensional da micróglia e dos astrócitos do giro denteado revelou que o envelhecimento promove o aumento do número de células, bem como a retração dos ramos que se tornam mais espessos, sugerindo que as células da glia alteradas pelo envelhecimento e pela vida sedentária podem contribuir para comprometer os circuitos funcionais subjacentes, de cuja integridade depende à formação de memórias do tempo presente. Com base nos resultados benéficos obtidos nos camundongos do ambiente enriquecido desenhamos uma série de 48 oficinas de estimulação multissensorial e cognitiva nos idosos humanos demonstrando que era possível melhorar significantemente o desempenho nos testes cognitivos e que o impacto era maior nos idosos que viviam em instituições de longa permanência. Em seguida medimos a duração dos efeitos da estimulação multissensorial uma vez cessada a estimulação e encontramos que os idosos vivendo em instituições de longa permanência começam a revelar perdas cognitivas após 4 meses sem estimulação. Essas informações são úteis para o planejador de políticas públicas relacionadas aos idosos. A implantação do projeto de investigação em humanos contou com 35 a dedicação e liderança competente de Natali Valim Oliver Bento-Torres que tem coordenado sob minha supervisão todas ações voltadas para investigação do declínio cognitivo em idosos e das ações terapêuticas não medicamentosas de interesse para as políticas públicas relacionadas. Exemplo no. 2 Com o intuito de demonstrar os efeitos de longo prazo do estresse perinatal testamos a hipótese de que a competição pelas tetas gerada em ninhadas grandes agravaria o declínio cognitivo durante o envelhecimento e que esse agravamento poderia estar associado a alterações das células gliais. Para isso comparamos o desempenho cognitivo de ratos provenientes de ninhadas de 12 filhotes por nutriz com indivíduos provenientes de ninhadas de 6 filhotes por nutriz e investigamos as alterações numéricas e morfológicas da micróglia na camada molecular do giro denteado. Restou evidente desse ensaio que animais provenientes de ninhadas grandes revelariam mudanças permanentes em seu sistema imune com micróglias mais numerosas, de ramos mais espessos, com maior volume de ramos e corpos celulares maiores do que aquelas dos indivíduos de mesma idade provenientes de ninhadas pequenas (ver figuras síntese a seguir). 36 A análise multivariada dos parâmetros morfométricos tridimensionais das micróglias reconstruídas, revelou que as células dos grupos jovens e idosos se distinguiam claramente e que o tamanho da ninhada era determinante para discriminação entre os grupos idosos identificados pela análise de clusters (ver figura a seguir). Além disso tornou-se evidente que o número de células (p = 0.01) e a área da árvore microglial (p = 0.01) foram os parâmetros que mais contribuíram para a distinção entre os grupos. A publicação decorrente dos ensaios contidos no exemplo de No. 2 é representativa de uma série de outras publicações envolvendo o Laboratório de Fisiologia da Nutrição Naíde Teodósio do Departamento de Nutrição da UFPE liderado pelo Prof. Rubem Guedes e o Laboratório de Investigações em Neurodegeneração e Infecção da UFPA sob minha coordenação. Já se vão mais de 15 anos desde que publicamos nosso primeiro artigo como fruto dessa cooperação intitulado “Permanent and transitory morphometric changes of NADPH-diaphorase-containing neurons in the rat visual cortex after early malnutrition”, de autoria de Borba JM, Araújo MS, Picanço-Diniz CW, Manhães-de-Castro R, Guedes RC, e que foi publicado no Brain Res Bull (2000), 53:193-201. 37 38 Esse programa de cooperação bilateral tornou-se recentemente quadrilateral para abrigar o Laboratório de Neuropatologia Experimental do Departamento de Farmacologia da Universidade de Oxford, England - UK sob liderança do Prof. Daniel Clive Anthony, e o Professor David Sherry da Universidade de Western Ontario – Ontario, Canadá. Exemplo No.3 Em cooperação com o Dr Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, Chefe da Unidade de Arbovirologia e Febres Hemorrágicas e o Dr José Antonio Picanço Diniz Jr da Unidade de Microscopia Eletrônica do Instituto Evandro Chagas, desenvolvemos uma série de estudos com a finalidade de medir o impacto da infecção por arbovirus no cérebro envelhecido, com ênfase em estudos comportamentais e neuropatológicos. Esse exemplo empregando o arbovírus Piry integra ferramentas aplicadas à neurobiologia celular e à resposta imune manifestada pela micróglia, combina técnicas de reconstrução tridimensional à amostragem aleatória e sistemática. Essa forma de coletar os dados dita sem viés, aplicada a grandes amostras, garante que todas as células imunomarcadas de interesse tem a mesma probabilidade de compor o ensaio. Artigo recente publicado no European Journal of Neuroscience (ver imagens a seguir), empregando 640 micróglias reconstruídas em três dimensões revelou que o arbovirus Piry está associado a uma resposta morfológica microglial mais intensa nos animais jovens do que nos animais velhos e que essa resposta microglial diminuída parece estar associada a maior mortalidade dos animais velhos. Além disso, que o ambiente enriquecido onde cresceram os animais que se exercitaram ao longo da vida parece contribuir para modular as alterações morfológicas da micróglia nos animais jovens, mas esse feito é reduzido nos animais velhos. Do ponto de vista comportamental demonstrou-se que a perda olfatória e a atividade de remoção e estocagem de comida associada à infecção foi permanente nos animais velhos, mas transitória nos indivíduos jovens. 39 40 Essas linhas de investigação interinstitucionais têm propiciado a formação avançada de recursos humanos em uma área estratégica para a Região Amazônica com impactos translacionais importantes e de interesse para o formulador de políticas públicas. - Comprovação dos Artigos Publicados Para comprovar os artigos publicados reduzindo o volume de material a ser examinado optamos pela apresentação do resumo dos artigos a partir da base de dados do NCBI (PUBMED). São apresentados resumos de 73 artigos que espelham o esforço de produção de conhecimento em diferentes linhas de investigação ao longo dos anos. A listagem segue a ordem cronológica inversa (do mais recente para o mais antigo). Braz J Med Biol Res. 2016;49(1). pii: S0100-879X2016000100603. doi: 10.1590/1414-431X20155005. Epub 2016 Nov 17. Microglia and neurons in the hippocampus of migratory sandpipers. Diniz CG1, Magalhães NG2, Sousa AA2, Santos Filho C2, Diniz DG2, Lima CM2, Oliveira MA2, Paulo DC2, Pereira PD1, Sherry DF3, Picanço-Diniz CW 2. Author information Abstract The semipalmated sandpiper Calidris pusilla and the spotted sandpiper Actitis macularia are longand short-distance migrants, respectively. C. pusilla breeds in the sub-arctic and mid-arctic tundra of Canada and Alaska and winters on the north and east coasts of South America. A. macularia breeds in a broad distribution across most of North America from the treeline to the southern United States. It winters in the southern United States, and Central and South America. The autumn migration route of C. pusilla includes a non-stop flight over the Atlantic Ocean, whereas autumn route of A. macularia is largely over land. Because of this difference in their migratory paths and the visuo-spatial recognition tasks involved, we hypothesized that hippocampal volume and neuronal and glial numbers would differ between these two species. A. macularia did not differ from C. pusilla in the total number of hippocampal neurons, but the species had a larger hippocampal formation and more hippocampal microglia. It remains to be investigated whether these differences indicate interspecies differences or neural specializations associated with different strategies of orientation and navigation. 41 Clin Interv Aging. 2015 Aug 19;10:1351-9. doi: 10.2147/CIA.S80997. eCollection 2015. Beneficial effects of multisensory and cognitive stimulation in institutionalized elderly: 12-months follow-up. de Macedo LD1, De Oliveira TC1, Soares FC1, Bento-Torres J2, Bento-Torres NV2, Anthony DC3, Picanço-Diniz CW 1. Author information Abstract We previously demonstrated the beneficial effects of a multisensory and cognitive stimulation program, consisting of 48 sessions, twice a week, to improve the cognition of elderly subjects living either in long-term care institutions (institutionalized - I) or in communities with their families (noninstitutionalized - NI). In the present study, we evaluated these subjects after the end of the intervention and compared the rate of age-related cognitive decline of those living in an enriched community environment (NI group, n=15, 74.1±3.9 years old) with those living in the impoverished environment of long-term care institutions (I group, n=20, 75.1±6.8 years old). Both groups participated fully in our stimulation program. Over 1 year, we conducted revaluations at five time points (2 months, 4 months, 6 months, 8 months, and 12 months) after the completion of the intervention. Both elderly groups were evaluated with the mini-mental state examination and selected language tests. Progressive cognitive decline was observed in both groups over the period. Indeed, it took only 4-6 months after the end of the stimulation program for significant reductions in language test scores to become apparent. However, earlier reductions in test scores were mainly associated with I group, and linguistic prosody test scores were significantly affected by institutionalization and time, two variables that interacted and reduced these scores. Moreover, I group reduced the Montréal cognitive assessment battery language tests scores 4 months before NI group. It remains to be investigated what mechanisms may explain the earlier and more intense language losses in institutionalized elderly. KEYWORDS: age-related cognitive impairment; community living; language assessment; long-term care institutions; multisensory and cognitive stimulation Neuropathology. 2015 Aug 24. doi: 10.1111/neup.12229. [Epub ahead of print] Antibody-enhanced dengue disease generates a marked CNS inflammatory response in the black-tufted marmoset Callithrix penicillata. Vasconcelos BC1, Vieira JA2, Silva GO2, Fernandes TN3, Rocha LC2, Viana AP2, Serique CD2, Filho CS2, Bringel RA2, Teixeira FF2, Ferreira MS4, Casseb SM4, Carvalho VL4, de Melo KF4, de Castro PH5, Araújo SC6, Diniz JA6, Demachki S7, Anaissi AK7, Sosthenes MC2, Vasconcelos PF4, Anthony DC8, Diniz CW 2, Diniz DG2. Author information Abstract Severe dengue disease is often associated with long-term neurological impairments, but it is unclear what mechanisms are associated with neurological sequelae. Previously, we demonstrated antibodyenhanced dengue disease (ADE) dengue in an immunocompetent mouse model with a dengue virus 2 (DENV2) antibody injection followed by DENV3 virus infection. Here we migrated this ADE model to Callithrix penicillata. To mimic human multiple infections of endemic zones where abundant vectors and multiple serotypes co-exist, three animals received weekly subcutaneous injections of DENV3 42 (genotype III)-infected supernatant of C6/36 cell cultures, followed 24 h later by anti-DENV2 antibody for 12 weeks. There were six control animals, two of which received weekly anti-DENV2 antibodies, and four further animals received no injections. After multiple infections, brain, liver, and spleen samples were collected and tissue was immunolabeled for DENV3 antigens, ionized calcium binding adapter molecule 1, Ki-67, TNFα. There were marked morphological changes in the microglial population of ADE monkeys characterized by more highly ramified microglial processes, higher numbers of trees and larger surface areas. These changes were associated with intense TNFαpositive immunolabeling. It is unclear why ADE should generate such microglial activation given that IgG does not cross the blood-brain barrier, but this study reveals that in ADE dengue therapy targeting the CNS host response is likely to be important. © 2015 Japanese Society of Neuropathology. KEYWORDS: dengue virus infection; exacerbated inflammatory response; microglial morphology; nonhuman primate and host inflammatory response Eur J Neurosci. 2015 Aug;42(4):2036-50. doi: 10.1111/ejn.12951. Epub 2015 Jun 26. Three-dimensional morphometric analysis of microglial changes in a mouse model of virus encephalitis: age and environmental influences. de Sousa AA1, Dos Reis RR1, de Lima CM1, de Oliveira MA1, Fernandes TN2, Gomes GF1, Diniz DG1, Magalhães NM1, Diniz CG3, Sosthenes MC1, Bento-Torres J1, Diniz JA Jr4, Vasconcelos PF4, Diniz CW 1,5. Author information Abstract Many RNA virus CNS infections cause neurological disease. Because Piry virus has a limited human pathogenicity and exercise reduces activation of microglia in aged mice, possible influences of environment and aging on microglial morphology and behavior in mice sublethal encephalitis were investigated. Female albino Swiss mice were raised either in standard (S) or in enriched (EE) cages from age 2 to 6 months (young - Y), or from 2 to 16 months (aged - A). After behavioral tests, mice nostrils were instilled with Piry-virus-infected or with normal brain homogenates. Brain sections were immunolabeled for virus antigens or microglia at 8 days post-infection (dpi), when behavioral changes became apparent, and at 20 and 40 dpi, after additional behavioral testing. Young infected mice from standard (SYPy) and enriched (EYPy) groups showed similar transient impairment in burrowing activity and olfactory discrimination, whereas aged infected mice from both environments (EAPy, SAPy) showed permanent reduction in both tasks. The beneficial effects of an enriched environment were smaller in aged than in young mice. Six-hundred and forty microglial cells, 80 from each group were reconstructed. An unbiased, stereological sampling approach and multivariate statistical analysis were used to search for microglial morphological families. This procedure allowed distinguishing between microglial morphology of infected and control subjects. More severe virusassociated microglial changes were observed in young than in aged mice, and EYPy seem to recover microglial homeostatic morphology earlier than SYPy . Because Piry-virus encephalitis outcomes were more severe in aged mice, it is suggested that the reduced inflammatory response in those individuals may aggravate encephalitis outcomes. © 2015 Federation of European Neuroscience Societies and John Wiley & Sons Ltd. KEYWORDS: aging; behavioral changes; enriched environment; microglial morphometry; sublethal arbovirus encephalitis 43 Clin Interv Aging. 2014 Dec 19;10:37-48. doi: 10.2147/CIA.S68186. eCollection 2015. CANTAB object recognition and language tests to detect aging cognitive decline: an exploratory comparative study. Soares FC1, de Oliveira TC1, de Macedo LD1, Tomás AM1, Picanço-Diniz DL2, Bento-Torres J3, Bento-Torres NV3, Picanço-Diniz CW 1. Author information Abstract OBJECTIVE: The recognition of the limits between normal and pathological aging is essential to start preventive actions. The aim of this paper is to compare the Cambridge Neuropsychological Test Automated Battery (CANTAB) and language tests to distinguish subtle differences in cognitive performances in two different age groups, namely young adults and elderly cognitively normal subjects. METHOD: We selected 29 young adults (29.9±1.06 years) and 31 older adults (74.1±1.15 years) matched by educational level (years of schooling). All subjects underwent a general assessment and a battery of neuropsychological tests, including the Mini Mental State Examination, visuospatial learning, and memory tasks from CANTAB and language tests. Cluster and discriminant analysis were applied to all neuropsychological test results to distinguish possible subgroups inside each age group. RESULTS: Significant differences in the performance of aged and young adults were detected in both language and visuospatial memory tests. Intragroup cluster and discriminant analysis revealed that CANTAB, as compared to language tests, was able to detect subtle but significant differences between the subjects. CONCLUSION: Based on these findings, we concluded that, as compared to language tests, large-scale application of automated visuospatial tests to assess learning and memory might increase our ability to discern the limits between normal and pathological aging. KEYWORDS: aging; cluster analysis; discriminant analysis; neuropsychological tests J Chem Neuroanat. 2014 Nov;61-62:176-88. doi: 10.1016/j.jchemneu.2014.10.001. Epub 2014 Oct 22. Visuospatial learning and memory in the Cebus apella and microglial morphology in the molecular layer of the dentate gyrus and CA1 lacunosum molecular layer. Santos-Filho C1, de Lima CM1, Fôro CA1, de Oliveira MA1, Magalhães NG1, GuerreiroDiniz C1, Diniz DG1, Vasconcelos PF2, Diniz CW 3. Author information Abstract We investigated whether the morphology of microglia in the molecular layer of the dentate gyrus (DGMol) or in the lacunosum molecular layer of CA1 (CA1-LMol) was correlated with spatial learning and memory in the capuchin monkey (Cebus apella). Learning and memory was tested in 4 monkeys with visuo-spatial, paired associated learning (PAL) tasks from the Cambridge battery of neuropsychological tests. After testing, monkeys were sacrificed, and hippocampi were sectioned. We specifically immunolabeled microglia with an antibody against the adapter binding, ionized calcium 44 protein. Microglia were selected from the middle and outer thirds of the DG-Mol (n=268) and the CA1LMol (n=185) for three-dimensional reconstructions created with Neurolucida and Neuroexplorer software. Cluster and discriminant analyses, based on microglial morphometric parameters, identified two major morphological microglia phenotypes (types I and II) found in both the CA1-LMol and DGMol of all individuals. Compared to type II, type I microglia were significantly smaller, thinner, more tortuous and ramified, and less complex (lower fractal dimensions). PAL performance was both linearly and non-linearly correlated with type I microglial morphological features from the rostral and caudal DG-Mol, but not with microglia from the CA1-LMol. These differences in microglial morphology and correlations with PAL performance were consistent with previous proposals of hippocampal regional contributions for spatial learning and memory. Our results suggested that at least two morphological microglial phenotypes provided distinct physiological roles to learning-associated activity in the rostral and caudal DG-Mol of the monkey brain. Copyright © 2014 Elsevier B.V. All rights reserved. KEYWORDS: Cebus apella; Dentate gyrus; Microglial morphology; Paired associates learning; Spatial memory Parasitology. 2014 Jul;141(8):1052-63. doi: 10.1017/S0031182014000274. Epub 2014 Apr 9. In vitro cytokines profile and ultrastructural changes of microglia and macrophages following interaction with Leishmania. Ramos PK1, Brito Mde V2, Silveira FT1, Salgado CG3, De Souza W 4, Picanço-Diniz CW 5, Picanço-Diniz JA2. Author information Abstract In the present study, we assessed morphological changes and cytokine production after in vitro interaction with causative agents of American cutaneous leishmaniasis and compared the microglia and macrophage immune responses. Cultures of microglia and macrophages infected with stationaryphase promastigotes of Leishmania (Viannia) shawi, Leishmania (Viannia) braziliensis or Leishmania (Leishmania) amazonensis were evaluated 24, 48 and 72 h after interaction. Macrophages only presented the classical phagocytic process while microglia also displayed large cytoplasmic projections similar to the ruffles described in macropinocytosis. In the macrophage cultures, the percentage of infected cells increased over time, in a fashion that was dependent on the parasite species. In contrast, in microglial cells as the culture time progressed, there was a significant reduction in the percentage of infected cells independent of parasite species. Measurements of cytokines in macrophage cultures 48 h after interactions revealed distinct expression patterns for different parasites, whereas in microglial cultures they were similar for all Leishmania tested species. Taken together, our results suggest that microglia may have a higher phagocytic ability and cytotoxic potential than macrophages for all investigated species. The robust response of microglia against all parasite species may suggest microglia have an important role in the defence against cerebral leishmaniasis. Clin Interv Aging. 2014 Feb 14;9:309-20. doi: 10.2147/CIA.S54383. eCollection 2014. Beneficial effects of multisensory and cognitive stimulation on age-related cognitive decline in long-term-care institutions. 45 De Oliveira TC1, Soares FC1, De Macedo LD1, Diniz DL1, Bento-Torres NV2, Picanço-Diniz CW 1. Author information Abstract The aim of the present report was to evaluate the effectiveness and impact of multisensory and cognitive stimulation on improving cognition in elderly persons living in long-term-care institutions (institutionalized [I]) or in communities with their families (noninstitutionalized [NI]). We compared neuropsychological performance using language and Mini-Mental State Examination (MMSE) test scores before and after 24 and 48 stimulation sessions. The two groups were matched by age and years of schooling. Small groups of ten or fewer volunteers underwent the stimulation program, twice a week, over 6 months (48 sessions in total). Sessions were based on language and memory exercises, as well as visual, olfactory, auditory, and ludic stimulation, including music, singing, and dance. Both groups were assessed at the beginning (before stimulation), in the middle (after 24 sessions), and at the end (after 48 sessions) of the stimulation program. Although the NI group showed higher performance in all tasks in all time windows compared with I subjects, both groups improved their performance after stimulation. In addition, the improvement was significantly higher in the I group than the NI group. Language tests seem to be more efficient than the MMSE to detect early changes in cognitive status. The results suggest the impoverished environment of long-termcare institutions may contribute to lower cognitive scores before stimulation and the higher improvement rate of this group after stimulation. In conclusion, language tests should be routinely adopted in the neuropsychological assessment of elderly subjects, and long-term-care institutions need to include regular sensorimotor, social, and cognitive stimulation as a public health policy for elderly persons. KEYWORDS: aging; cognition; impoverished environment; language; long-term-care institutions; multisensory stimulation J Comp Neurol. 2014 Aug 1;522(11):2576-93. doi: 10.1002/cne.23550. Topography and architecture of visual and somatosensory areas of the agouti. Dias IA1, Bahia CP, Franca JG, Houzel JC, Lent R, Mayer AO, Santiago LF, Silveira LC, Picanço-Diniz CW, Pereira A. Author information Abstract We analyzed the organization of the somatosensory and visual cortices of the agouti, a diurnal rodent with a relatively big brain, using a combination of multiunit microelectrode recordings and histological techniques including myelin and cytochrome oxidase staining. We found multiple representations of the sensory periphery in the parietal, temporal, and occipital lobes. While the agouti's primary (V1) and secondary visual areas seemed to lack any obvious modular arrangement, such as blobs or stripes, which are found in some primates and carnivores, the primary somatosensory area (S1) was internally subdivided in discrete regions, isomorphically associated with peripheral structures. Our results confirm and extend previous reports on this species, and provide additional data to understand how variations in lifestyle can influence brain organization in rodents. © 2014 Wiley Periodicals, Inc. KEYWORDS: comparative neuroanatomy; cortical evolution; rodents; somatosensory cortex; visual cortex 46 BMC Neurosci. 2013 Jun 28;14:63. doi: 10.1186/1471-2202-14-63. Enriched environment and masticatory activity rehabilitation recover spatial memory decline in aged mice. Mendes Fde C1, de Almeida MN, Felício AP, Fadel AC, Silva Dde J, Borralho TG, da Silva RP, Bento-Torres J, Vasconcelos PF, Perry VH, Ramos EM, Picanço-Diniz CW, Sosthenes MC. Author information Abstract BACKGROUND: To measure the impact of masticatory reduction on learning and memory, previous studies have produced experimental masticatory reduction by modified diet or molar removal. Here we induced spatial learning impairment in mice by reducing masticatory activity and then tested the effect of a combination of environmental enrichment and masticatory rehabilitation in recovering spatial learning at adulthood and in later life. For 6 months (6M) or 18 months (18M), we fed three groups of mice from postnatal day 21 respectively with a hard diet (HD) of pellets; pellets followed by a powdered, soft diet (HD/SD, divided into equal periods); or pellets followed by powder, followed by pellets again (HD/SD/HD, divided into equal periods). To mimic sedentary or active lifestyles, half of the animals from each group were raised from weaning in standard cages (impoverished environment; IE) and the other half in enriched cages (enriched environment; EE). To evaluate spatial learning, we used the Morris water maze. RESULTS: IE6M-HD/SD mice showed lower learning rates compared with control (IE6M-HD) or masticatory rehabilitated (IE6MHD/SD/HD) animals. Similarly, EE-HD/SD mice independent of age showed lower performance than controls (EE-HD) or rehabilitated mice (EE-HD/SD/HD). However, combined rehabilitation and EE in aged mice improved learning rate up to control levels. Learning rates did not correlate with swim speed. CONCLUSIONS: Reduction in masticatory activity imposed on mice previously fed a hard diet (HD/SD) impaired spatial learning in the Morris water maze. In adults, masticatory rehabilitation recovered spatial abilities in both sedentary and active mice, and rehabilitation of masticatory activity combined with EE recovered these losses in aged mice. Neuroscience. 2013 May 15;238:280-96. doi: 10.1016/j.neuroscience.2013.02.019. Epub 2013 Feb 27. Litter size, age-related memory impairments, and microglial changes in rat dentate gyrus: stereological analysis and three dimensional morphometry. Viana LC1, Lima CM, Oliveira MA, Borges RP, Cardoso TT, Almeida IN, Diniz DG, BentoTorres J, Pereira A, Batista-de-Oliveira M, Lopes AA, Silva RF, Abadie-Guedes R, Amâncio Dos Santos A, Lima DS, Vasconcelos PF, Cunningham C, Guedes RC, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract It has been demonstrated that rat litter size affects the immune cell response, but it is not known whether the long-term effects aggravate age-related memory impairments or microglial-associated changes. To that end, we raised sedentary Wistar rats that were first suckled in small or large litters (6 or 12pups/dam, respectively), then separated into groups of 2-3 rats from the 21st post-natal day to study end. At 4months (young adult) or 23months (aged), all individual rats were submitted to spatial 47 memory and object identity recognition tests, and then sacrificed. Brain sections were immunolabeled with anti-IBA-1 antibodies to selectively identify microglia/macrophages. Microglial morphological changes in the molecular layer of the dentate gyrus were estimated based on three-dimensional reconstructions. The cell number and laminar distribution in the dentate gyrus was estimated with the stereological optical fractionator method. We found that, compared to young rat groups, aged rats from large litters showed significant increases in the number of microglia in all layers of the dentate gyrus. Compared to the microglia in all other groups, microglia in aged individuals from large litters showed a significantly higher degree of tree volume expansion, branch base diameter thickening, and cell soma enlargement. These morphological changes were correlated with an increase in the number of microglia in the molecular layer. Young adult individuals from small litters exhibited preserved intact object identity recognition memory and all other groups showed reduced performance in both spatial and object identity recognition tasks. We found that, in large litters, brain development was, on average, associated with permanent changes in the innate immune system in the brain, with a significant impact on the microglial homeostasis of aged rats. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2012 Dec;107(8):1021-9. Environmental influences on antibody-enhanced dengue disease outcomes. Diniz DG1, Fôro CA, Turiel MC, Sosthenes MC, Demachki S, Gomes GF, Rego CM, Magalhães MC, Pinho BG, Ramos JP, Casseb SM, Brito Mde V, da Silva EV, Nunes MR, Diniz JA, Cunningham C, Perry VH, Vasconcelos PF, Diniz CW. Author information Abstract Because an enriched environment (EE) enhances T-cell activity and T-lymphocytes contribute to immunopathogenesis during heterologous dengue virus (DENV) infections, we hypothesised that an EE increases dengue severity. To compare single serotype (SS) and antibody-enhanced disease (AED) infections regimens, serial intraperitoneal were performed with DENV3 (genotype III) infected brain homogenate or anti-DENV2 hyperimmune serum followed 24 h later by DENV3 (genotype III) infected brain homogenate. Compared AED for which significant differences were detected between the EE and impoverished environmental (IE) groups (Kaplan-Meyer log-rank test, p = 0.0025), no significant differences were detected between the SS experimental groups (Kaplan-Meyer log-rank test, p = 0.089). Survival curves from EE and IE animals infected with the AED regimen were extended after corticoid injection and this effect was greater in the EE than in the IE group (KaplanMeyer log-rank test, p = 0.0162). Under the AED regimen the EE group showed more intense clinical signs than the IE group. Dyspnoea, tremor, hunched posture, ruffled fur, immobility, pre-terminal paralysis, shock and death were associated with dominant T-lymphocytic hyperplasia and presence of viral antigens in the liver and lungs. We propose that the increased expansion of these memory Tcells and serotype cross-reactive antibodies facilitates the infection of these cells by DENV and that these events correlate with disease severity in an EE. Front Hum Neurosci. 2012 Aug 30;6:249. doi: 10.3389/fnhum.2012.00249. eCollection 2012. Differential vulnerability of substantia nigra and corpus striatum to oxidative insult induced by reduced dietary levels of essential fatty acids. Cardoso HD1, Passos PP, Lagranha CJ, Ferraz AC, Santos Júnior EF, Oliveira RS, Oliveira PE, Santos Rde C, Santana DF, Borba JM, Rocha-de-Melo AP,Guedes RC, Navarro 48 DM, Santos GK, Borner R, Picanço-Diniz CW, Beltrão EI, Silva JF, Rodrigues MC, Andrade da Costa BL. Author information Abstract Oxidative stress (OS) has been implicated in the etiology of certain neurodegenerative disorders. Some of these disorders have been associated with unbalanced levels of essential fatty acids (EFA). The response of certain brain regions to OS, however, is not uniform and a selective vulnerability or resilience can occur. In our previous study on rat brains, we observed that a two-generation EFA dietary restriction reduced the number and size of dopaminergic neurons in the substantia nigra (SN) rostro-dorso-medial. To understand whether OS contributes to this effect, we assessed the status of lipid peroxidation (LP) and anti-oxidant markers in both SN and corpus striatum (CS) of rats submitted to this dietary treatment for one (F1) or two (F2) generations. Wistar rats were raised from conception on control or experimental diets containing adequate or reduced levels of linoleic and α-linolenic fatty acids, respectively. LP was measured using the thiobarbituric acid reaction method (TBARS) and the total superoxide dismutase (t-SOD) and catalase (CAT) enzymatic activities were assessed. The experimental diet significantly reduced the docosahexaenoic acid (DHA) levels of SN phospholipids in the F1 (~28%) and F2 (~50%) groups. In F1 adult animals of the experimental group there was no LP in both SN and CS. Consistently, there was a significant increase in the t-SOD activity (p < 0.01) in both regions. In EF2 young animals, degeneration in dopaminergic and non-dopaminergic neurons and a significant increase in LP (p < 0.01) and decrease in the CAT activity (p < 0.001) were detected in the SN, while no inter-group difference was found for these parameters in the CS. Conversely, a significant increase in t-SOD activity (p < 0.05) was detected in the CS of the experimental group compared to the control. The results show that unbalanced EFA dietary levels reduce the redox balance in the SN and reveal mechanisms of resilience in the CS under this stressful condition. KEYWORDS: DHA; catalase; corpus striatum; lipid peroxidation; neurodegeneration; oxidative stress; substantia nigra; superoxide dismutase J Chem Neuroanat. 2012 Jul;44(2):66-75. doi: 10.1016/j.jchemneu.2012.05.003. Epub 2012 Jun 9. Dopaminergic cell populations of the rat substantia nigra are differentially affected by essential fatty acid dietary restriction over two generations. Passos PP1, Borba JM, Rocha-de-Melo AP, Guedes RC, da Silva RP, Filho WT, Gouveia KM, Navarro DM, Santos GK, Borner R, Picanço-Diniz CW, Pereira A Jr, de Oliveira Costa MS, Rodrigues MC, Andrade-da-Costa BL. Author information Abstract Essential fatty acids play a crucial role in the activity of several neurotransmission systems, especially in the monoaminergic systems involved in cognitive and motor aspects of behavior. The present study investigated whether essential fatty acid dietary restriction over two generations could differentially affect dopaminergic cell populations located in the substantia nigra rostro-dorso-medial (SNrm) or caudo-ventro-lateral (SNcv) regions which display distinct neurochemical profile and vulnerability to lesions under selected pathological conditions. Wistar rats were raised from conception on control or experimental diets containing adequate or reduced levels of linoleic and α-linolenic fatty acids, respectively. Stereological methods were used to estimate both the number and soma size of tyrosine hydroxylase (TH)-immunoreactive neurons in the SNrm and SNcv. TH protein levels were assessed with Western blots. Long-term treatment with the experimental diet modified the fatty acid profile of midbrain phospholipids and significantly decreased TH protein levels in the ventral midbrain (3 fold), 49 the number of TH-positive cells in the SNrm (∼20%) and the soma size of these neurons in both SNrm (∼20%) and SNcv (∼10%). The results demonstrate for the first time a differential sensitivity of two substantia nigra dopaminergic cell populations to unbalanced levels of essential fatty acids, indicating a higher vulnerability of SNrm to the harmful effects induced by docosahexaenoic acid brain deficiency. Neuroscience. 2012 Aug 2;216:94-102. doi: 10.1016/j.neuroscience.2012.04.042. Epub 2012 Apr 25. Dendritic structure varies as a function of eccentricity in V1: a quantitative study of NADPH diaphorase neurons in the diurnal South American rodent agouti, Dasyprocta prymnolopha. da Rocha EG1, Freire MA, Bahia CP, Pereira A, Sosthenes MC, Silveira LC, Elston GN, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The cerebral cortex is often described as a composite of repeated units or columns, integrating the same basic circuit. The 'ice-cube' model of cortical organization, and 'canonical' circuit, born from insights into functional architecture, still require systematic comparative data. Here we probed the anatomy of an individual neuronal type within V1 to determine whether or not its dendritic trees are consistent with the 'ice-cube' model and theories of canonical circuits. In a previous report we studied the morphometric variability of NADPH-diaphorase (NADPH-d) neurons in the rat auditory, visual and somatosensory primary cortical areas. Our results suggested that the nitrergic cortical circuitry of primary sensory areas are differentially specialized, probably reflecting peculiarities of both habit and behavior of the species. In the present report we specifically quantified the dendritic trees of NADPHd type I neurons as a function of eccentricity within V1. Individual neurons were reconstructed in 3D, and the size, branching and space-filling of their dendritic trees were correlated with their location within the visuotopic map. We found that NADPH-d neurons became progressively smaller and less branched with progression from the central visual representation to the intermediate and peripheral visual representation. This finding suggests that aspects of cortical circuitry may vary across the cortical mantle to a greater extent that envisaged as natural variation among columns in the 'ice-cube' model. The systematic variation in neuronal structure as a function of eccentricity warrants further investigation to probe the general applicability of columnar models of cortical organization and canonical circuits. BMC Neurosci. 2012 Feb 29;13:23. doi: 10.1186/1471-2202-13-23. Spatial memory decline after masticatory deprivation and aging is associated with altered laminar distribution of CA1 astrocytes. Frota de Almeida MN1, de Siqueira Mendes Fde C, Gurgel Felício AP, Falsoni M, Ferreira de Andrade ML, Bento-Torres J, da Costa Vasconcelos PF, Perry VH,Picanço-Diniz CW, Kronka Sosthenes MC. Author information Abstract BACKGROUND: Chewing imbalances are associated with neurodegeneration and are risk factors for senile dementia in humans and memory deficits in experimental animals. We investigated the impact of long-term 50 reduced mastication on spatial memory in young, mature and aged female albino Swiss mice by stereological analysis of the laminar distribution of CA1 astrocytes. A soft diet (SD) was used to reduce mastication in the experimental group, whereas the control group was fed a hard diet (HD). Assays were performed in 3-, 6- and 18-month-old SD and HD mice. RESULTS: Eating a SD variably affected the number of astrocytes in the CA1 hippocampal field, and SD mice performed worse on water maze memory tests than HD mice. Three-month-old mice in both groups could remember/find a hidden platform in the water maze. However, 6-month-old SD mice, but not HD mice, exhibited significant spatial memory dysfunction. Both SD and HD 18-month-old mice showed spatial memory decline. Older SD mice had astrocyte hyperplasia in the strata pyramidale and oriens compared to 6-month-old mice. Aging induced astrocyte hypoplasia at 18 months in the lacunosummoleculare layer of HD mice. CONCLUSIONS: Taken together, these results suggest that the impaired spatial learning and memory induced by masticatory deprivation and aging may be associated with altered astrocyte laminar distribution and number in the CA1 hippocampal field. The underlying molecular mechanisms are unknown and merit further investigation. Neuroscience. 2012 Mar 15;205:140-53. doi: 10.1016/j.neuroscience.2011.12.029. Epub 2011 Dec 27. Morphometric variability of nicotinamide adenine dinucleotide phosphate diaphorase neurons in the primary sensory areas of the rat. Freire MA1, Faber J, Picanço-Diniz CW, Franca JG, Pereira A. Author information Abstract Even though there is great regional variation in the distribution of inhibitory neurons in the mammalian isocortex, relatively little is known about their morphological differences across areal borders. To obtain a better understanding of particularities of inhibitory circuits in cortical areas that correspond to different sensory modalities, we investigated the morphometric differences of a subset of inhibitory neurons reactive to the enzyme nicotinamide adenine dinucleotide phosphate diaphorase (NADPH-d) within the primary auditory (A1), somatosensory (S1), and visual (V1) areas of the rat. One hundred and twenty NADPH-d-reactive neurons from cortical layer IV (40 cells in each cortical area) were reconstructed using the Neurolucida system. We collected morphometric data on cell body area, dendritic field area, number of dendrites per branching order, total dendritic length, dendritic complexity (Sholl analysis), and fractal dimension. To characterize different cell groups based on morphology, we performed a cluster analysis based on the previously mentioned parameters and searched for correlations among these variables. Morphometric analysis of NADPH-d neurons allowed us to distinguish three groups of cells, corresponding to the three analyzed areas. S1 neurons have a higher morphological complexity than those found in both A1 and V1. The difference among these groups, based on cluster analysis, was mainly related to the size and complexity of dendritic branching. A principal component analysis (PCA) applied to the data showed that area of dendritic field and fractal dimension are the parameters mostly responsible for dataset variance among the three areas. Our results suggest that the nitrergic cortical circuitry of primary sensory areas of the rat is differentially specialized, probably reflecting peculiarities of both habit and behavior of the species 51 PLoS One. 2011 Jan 11;6(1):e15597. doi: 10.1371/journal.pone.0015597. Influence of enriched environment on viral encephalitis outcomes: behavioral and neuropathological changes in albino Swiss mice. de Sousa AA1, Reis R, Bento-Torres J, Trévia N, Lins NA, Passos A, Santos Z, Diniz JA, Vasconcelos PF, Cunningham C, Perry VH, Diniz CW. Author information Abstract An enriched environment has previously been described as enhancing natural killer cell activity of recognizing and killing virally infected cells. However, the effects of environmental enrichment on behavioral changes in relation to virus clearance and the neuropathology of encephalitis have not been studied in detail. We tested the hypothesis that environmental enrichment leads to less CNS neuroinvasion and/or more rapid viral clearance in association with T cells without neuronal damage. Stereology-based estimates of activated microglia perineuronal nets and neurons in CA3 were correlated with behavioral changes in the Piry rhabdovirus model of encephalitis in the albino Swiss mouse. Two-month-old female mice maintained in impoverished (IE) or enriched environments (EE) for 3 months were behaviorally tested. After the tests, an equal volume of Piry virus (IEPy, EEPy)infected or normal brain homogenates were nasally instilled. Eight days post-instillation (dpi), when behavioral changes became apparent, brains were fixed and processed to detect viral antigens, activated microglia, perineuronal nets, and T lymphocytes by immuno- or histochemical reactions. At 20 or 40 dpi, the remaining animals were behaviorally tested and processed for the same markers. In IEPy mice, burrowing activity decreased and recovered earlier (8-10 dpi) than open field (20-40 dpi) but remained unaltered in the EEPy group. EEPy mice presented higher T-cell infiltration, less CNS cell infection by the virus and/or faster virus clearance, less microgliosis, and less damage to the extracellular matrix than IEPy. In both EEPy and IEPy animals, CA3 neuronal number remained unaltered. The results suggest that an enriched environment promotes a more effective immune response to clear CNS virus and not at the cost of CNS damage. J Chem Neuroanat. 2010 Dec;40(4):339-45. doi: 10.1016/j.jchemneu.2010.09.005. Epub 2010 Oct 27. S1 to S2 hind- and forelimb projections in the agouti somatosensory cortex: axon fragments morphological analysis. Santiago LF1, Rocha EG, Santos CL, Pereira A Jr, Franca JG, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The integration of cutaneous, proprioceptive, and motor information in area S2 seems to be essential for manual object recognition and motor control. Part of the inputs to S2 comes from area S1. However no detailed investigations of the morphology of this projection are available. In the present study we describe and quantify the morphology of axon fragments of S1 to S2 ipsilateral projections in the agouti somatosensory cortex. Two groups of projecting axon arbors in S2 were individually reconstructed in three dimensions using Neurolucida, after a single electrophysiological guided BDA injection in either the forelimb (n=4) or the hindlimb (n=4). Electrophysiological mapping was performed 15 days after injections, allowing the localization of S2. Cluster analysis of 40 fragments after hindlimb and 40 after forelimb distinguished two clusters of terminals designated as type I and type II. On average, Type I fragments had greater surface areas and segment lengths than type II fragments, whereas type II fragments had higher number of terminal boutons, number of segments 52 and branching points/mm than type I fragments. Type I corresponded to 58% of the axons projecting from the hindlimb representation in S1 whereas 63% of the sample originating from the forelimb representation in S1 corresponded to type II axons. The results suggest possible parallel processing by two stereotyped classes of axon terminals in the S1 to S2 projections that may represent at least part of the circuitry groundwork associated with distinct somatomotor skills of these limbs in agoutis. Copyright © 2010 Elsevier B.V. All rights reserved. Eur J Neurosci. 2010 Aug;32(3):509-19. doi: 10.1111/j.1460-9568.2010.07296.x. Environmental impoverishment and aging alter object recognition, spatial learning, and dentate gyrus astrocytes. Diniz DG1, Foro CA, Rego CM, Gloria DA, de Oliveira FR, Paes JM, de Sousa AA, Tokuhashi TP, Trindade LS, Turiel MC, Vasconcelos EG, Torres JB,Cunnigham C, Perry VH, Vasconcelos PF, Diniz CW. Author information Abstract Environmental and age-related effects on learning and memory were analysed and compared with changes observed in astrocyte laminar distribution in the dentate gyrus. Aged (20 months) and young (6 months) adult female albino Swiss mice were housed from weaning either in impoverished conditions or in enriched conditions, and tested for episodic-like and water maze spatial memories. After these behavioral tests, brain hippocampal sections were immunolabeled for glial fibrillary acid protein to identify astrocytes. The effects of environmental enrichment on episodic-like memory were not dependent on age, and may protect water maze spatial learning and memory from declines induced by aging or impoverished environment. In the dentate gyrus, the number of astrocytes increased with both aging and enriched environment in the molecular layer, increased only with aging in the polymorphic layer, and was unchanged in the granular layer. We suggest that long-term experience-induced glial plasticity by enriched environment may represent at least part of the circuitry groundwork for improvements in behavioral performance in the aged mice brain. J Chem Neuroanat. 2010 Oct;40(2):148-59. doi: 10.1016/j.jchemneu.2010.06.002. Epub 2010 Jun 15. Hippocampus and dentate gyrus of the Cebus monkey: architectonic and stereological study. Guerreiro-Diniz C1, de Melo Paz RB, Hamad MH, Filho CS, Martins AA, Neves HB, de Souza Cunha ED, Alves GC, de Sousa LA, Dias IA, Trévia N, de Sousa AA, Passos A, Lins N, Torres Neto JB, da Costa Vasconcelos PF, Picanço-Diniz CW. Author information Erratum in J Chem Neuroanat. 2010 Dec;40(4):348. Abstract Behavioral, electrophysiological, and anatomical assays of non-human primates have provided substantial evidence that the hippocampus and dentate gyrus are essential for memory consolidation. However, a single anatomical and stereological investigation of these regions has been done in New World primates to complement those assays. The aim of the present study was to describe the cyto-, 53 myelo-, and histochemical architecture of the hippocampus and dentate gyrus, and to use the optical fractionator method to estimate the number of neurons in the hippocampal pyramidal and granular neurons in the dentate gyrus of the Cebus monkey. NeuN immunolabeling, lectin histochemical staining with Wisteria floribunda agglutinin (WFA), enzyme-histochemical detection of NADPHdiaphorase activity and Gallyas silver staining were used to define the layers and limits of the hippocampal fields and dentate gyrus. A comparative analysis of capuchin (Cebus apella) and Rhesus (Macaca mulatta) monkeys revealed similar structural organization of these regions but significant differences in the regional distribution of neurons. C. apella were found to have 1.3 times fewer pyramidal and 3.5 times fewer granular neurons than M. mulatta. Taken together the architectonic and stereological data of the present study suggest that hippocampal and dentate gyrus neural networks in the C. apella and M. mulatta may contribute to hippocampal-dentate gyrusdependent tasks in different proportions. Brain Res. 2010 May 6;1329:182-93. doi: 10.1016/j.brainres.2010.03.007. Epub 2010 Mar 11. Minocycline treatment reduces white matter damage after excitotoxic striatal injury. Guimarães JS1, Freire MA, Lima RR, Picanço-Diniz CW, Pereira A, Gomes-Leal W. Author information Abstract We investigated the protective effects of minocycline following white matter damage (WMD) in the rat striatum. Excitotoxic lesions were induced by N-Methyl-d-Aspartate (NMDA) microinjections and caused striatal damage, concomitant with microglial/macrophage activation. The excitotoxic lesion both damaged oligodendrocytes (Tau-1(+) cells) and caused a decrease in tissue reactivity for myelin basic protein (MBP) after post-lesional day 3 (PLD). Treatment with the semi-synthetic tetracycline antibiotic minocycline, however, led to oligodendrocyte preservation and decreased myelin impairment. Taken together, these results suggest that white matter damage (WMD) is an important component of the physiopathology of acute striatal damage and that microglial/macrophage activation contributes to this pathological phenomenon. Brain Res. 2010 Mar 8;1318:52-63. doi: 10.1016/j.brainres.2009.12.045. Epub 2009 Dec 28. Morphological variability of NADPH diaphorase neurons across areas V1, V2, and V3 of the common agouti. Freire MA1, Rocha EG, Oliveira JL, Guimarães JS, Silveira LC, Elston GN, Pereira A, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract Previous studies have shown a noticeable phenotypic diversity for pyramidal cells among cortical areas in the cerebral cortex. Both the extent and systematic nature of this variation suggests a correlation with particular aspects of cortical processing. Nevertheless, regional variations in the morphology of inhibitory cells have not been evaluated with the same detail. In the present study we performed a 3D morphometric analysis of 120 NADPH diaphorase (NADPH-d) type I neurons in the visual cortex of a South American Hystricomorph rodent, the diurnal agouti (Dasyprocta sp.). We found significant differences in morphology of NADPH-d type I neurons among visual cortical areas: cells became progressively larger and more branched from V1 to V2 and V3. Presumably, the specialized morphology of these cells is correlated with different sampling geometry and function. The 54 data suggest that area-specific specializations of cortical inhibitory circuitry are also present in rodents. Acta Histochem. 2010 Nov;112(6):583-91. doi: 10.1016/j.acthis.2009.06.004. Epub 2009 Sep 12. Adult brain nitrergic activity after concomitant prenatal exposure to ethanol and methyl mercury. Maia Cdo S1, Ferreira VM, Kahwage RL, do Amaral MN, Serra RB, Noro dos Santos S, do Nascimento JL, Rodrigues LG, Trévia N, Diniz CW. Author information Abstract Pregnant rats were exposed to ethanol (EtOH) and/or methyl mercury (MeHg) during fetal brain development. Nitrergic activity was quantified by densitometric measurement of formazan deposits in the hippocampus, cerebellum and striatum of two-month-old offspring following histochemical assay for NADPH-diaphorase (NADPH-d) activity. Compared to control subjects, an increase in nitrergic activity was found in the molecular layer of dentate gyrus and in the lacunosum molecular and stratum radiatum of CA1 (cornus amoni 1) in the EtOH+MeHg group, whereas a single administration of EtOH increased the activity in all striatal segments. The cerebellum seems to be less sensitive at this timepoint to intoxication, and presented an increase only at the molecular layer of EtOH-exposed animals when compared to the MeHg and EtOH+MeHg groups (ANOVA, one-way followed by Tukey's test, p<0.05 or p<0.01). Taken together, results suggest that developmental exposure to EtOH and MeHg, singularly or in combination, alters nitrergic activity in adult rat in different ways depending on the region and layer of the central nervous system (CNS), and that these alterations might be related to different local metabolic properties. Rev Neurol. 2009 Mar 16-31;48(6):304-10. [Mechanisms of secondary degeneration in the central nervous system during acute neural disorders and white matter damage]. [Article in Spanish] Guimarães JS1, Freire MA, Lima RR, Souza-Rodrigues RD, Costa AM, dos Santos CD, Picanço-Diniz CW, Gomes-Leal W. Author information Abstract INTRODUCTION: Acute neurodegenerative diseases, including stroke and traumatic brain and spinal cord injury, possess an elevated worldwide incidence. Two distinct lesive patterns can be identified after these destructive events: primary damage, an early consequence of the primary pathological event, and secondary neural degeneration (SND), a group of pathological events inducing late degeneration in cells not or even only partially affected by the primary damage. This pathological mechanism is an important contributing factor for functional deficits and target for therapeutic approaches. Several factors are involved on the SND etiology, including excitotoxicity, inflammation, and oxidative stress. AIM: To review the main mechanisms underlying the SND occurring after acute neural disorders. DEVELOPMENT: 55 The more recent findings about the eliciting processes of SND degeneration are discussed, as well as their significance to degeneration of white matter tracts. CONCLUSIONS: The characterization of the events underlying SND is of fundamental importance for the development of new therapeutic approaches effective enough to decrease the functional deficits, contributing to the improvement of the quality of life of people suffering neurological diseases. These therapeutic approaches must be validated in experimental models of both brain and spinal cord diseases, which effectively simulate human neural disorders protecting both gray and white matters for a better neuroprotective efficacy. J Comp Neurol. 2009 May 1;514(1):66-73. doi: 10.1002/cne.21992. Number and distribution of neurons in the retinal ganglion cell layer in relation to foraging behaviors of tyrant flycatchers. Coimbra JP1, Trévia N, Marceliano ML, da Silveira Andrade-Da-Costa BL, Picanço-Diniz CW, Yamada ES. Author information Abstract The tyrant flycatchers represent a monophyletic radiation of predominantly insectivorous passerine birds that exhibit a plethora of stereotyped prey capture techniques. However, little is known about their retinal organization. Using retinal wholemounts, we estimated the total number and topography of neurons in the ganglion cell layer in the generalist yellow-bellied elaenia (Elaenia flavogaster) and the up-hover-gleaner mouse-colored tyrannulet (Phaeomyias murina) with the optical fractionator method. The mean estimated total number of neurons in the ganglion cell layer was 4,152,416 +/189,310 in E. flavogaster and 2,965,132 +/- 354,359 in P. murina. Topographic maps of isocounting lines revealed a similar distribution for both species: a central fovea and a temporal area surrounded by a poorly defined horizontal streak. In addition, both species had increased numbers of giant ganglion cells in the dorsotemporal retina forming an area giganto cellularis. In E. flavogaster, these giant ganglion cells were also distributed across the nasal and ventral retinal peripheries, which is in agreement with the generalist habits of this species. However, in P. murina these cells were rarely seen along the nasal and ventral peripheries, possibly reflecting a lesser need to perceive movement because this species captures stationary insects resting on foliage. Thus, we suggest that the retinas of the tyrant flycatchers in the present study show a general common pattern of neuron distribution in the ganglion cell layer irrespective of their foraging habits. We also suggest that the distribution of giant ganglion cells is indicative of the visual requirements of the species. Front Neuroanat. 2008 May 26;2:2. doi: 10.3389/neuro.05.002.2008. eCollection 2008. Histochemical characterization, distribution and morphometric analysis of NADPH diaphorase neurons in the spinal cord of the agouti. Freire MA1, Tourinho SC, Guimarães JS, Oliveira JL, Picanço-Diniz CW, Gomes-Leal W, Pereira A. Author information Abstract We evaluated the neuropil distribution of the enzymes NADPH diaphorase (NADPH-d) and cytochrome oxidase (CO) in the spinal cord of the agouti, a medium-sized diurnal rodent, together 56 with the distribution pattern and morphometrical characteristics of NADPH-d reactive neurons across different spinal segments. Neuropil labeling pattern was remarkably similar for both enzymes in coronal sections: reactivity was higher in regions involved with pain processing. We found two distinct types of NADPH-d reactive neurons in the agouti's spinal cord: type I neurons had large, heavily stained cell bodies while type II neurons displayed relatively small and poorly stained somata. We concentrated our analysis on type I neurons. These were found mainly in the dorsal horn and around the central canal of every spinal segment, with a few scattered neurons located in the ventral horn of both cervical and lumbar regions. Overall, type I neurons were more numerous in the cervical region. Type I neurons were also found in the white matter, particularly in the ventral funiculum. Morphometrical analysis revealed that type I neurons located in the cervical region have dendritic trees that are more complex than those located in both lumbar and thoracic regions. In addition, NADPH-d cells located in the ventral horn had a larger cell body, especially in lumbar segments. The resulting pattern of cell body and neuropil distribution is in accordance with proposed schemes of segregation of function in the mammalian spinal cord. KEYWORDS: cytochrome oxidase; evolution; interneurons; nitric oxide; pain; rodents; spinal cord Brain Res. 2008 Dec 9;1244:155-63. doi: 10.1016/j.brainres.2008.09.036. Epub 2008 Sep 20. Three dimensional morphometric analyses of axon terminals early changes induced by methylmercury intoxication in the adult cat striate cortex. de Oliveira RB1, Gomes Leal W, Picanço-Diniz DL, Torres Neto JB, Lins N, Malm O, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The aim of the present report is to investigate in detail morphometric changes of axon terminals of area 17 of adult cat induced by methylmercury intoxication. Six adult male cats (Felix catus), with 12 h day-light cycle and ad libitum water and food regimen, received a single dose of MeHgCl (6.4 mg/kg) dissolved in milk, whereas control subjects (n=6) received only milk. After 30 days, biocytin iontophoretic injections were done into the area 17, (Horsley-Clark coordinates between AP 3.0-6.0) on the crown of the lateral gyrus, near the border with area 18. MeHg and inorganic Hg (Hgi) concentrations were measured in the brain parenchyma of intoxicated cats and corresponded on average to 1.39+/-0.3 and 6.79+/-0.6 ppm (mean+/-s.e.m.) respectively. Twenty four hours after iontophoresis, aldehyde fixed brain sections (200 microm thick), were processed to reveal biocytin labeled terminals. Axonal microscopic 3D reconstructions using Neurolucida software (Microbright Systems Inc.) allowed estimations of boutons, branching points and segment densities for each terminal. Cluster analysis of morphometric axonal features from control and intoxicated group revealed, two distinct axon families (Type I and II) as described elsewhere. Total density values of boutons, branching points and segment densities of intoxicated group, decreased 81, 59 and 91% respectively, as compared to the control group (ANOVA two-way, Bonferroni a priori test p<0.05). Altered axonal morphology associated with MeHg, appeared early in the disease (30 days after contamination), revealing new aspects of the neuronal pathology of the methylmercury intoxication in the visual cortex. J Comp Neurol. 2008 Sep 10;510(2):145-57. doi: 10.1002/cne.21781. 57 Spatiotemporal distribution of proteoglycans in the developing rat's barrel field and the effects of early deafferentation. Bahia CP1, Houzel JC, Picanço-Diniz CW, Pereira A Jr. Author information Abstract The isolectin Vicia villosa B(4) (VV) selectively recognizes N-acetyl-galactosamine-terminal glycoconjugates that form perineuronal nets (PNNs) around a subset of neurons in the cerebral cortex. PNNs are thought to participate in the guidance of incoming thalamic axons and in the posterior stabilization and maintenance of synaptic contacts. Here we examine the spatial and temporal distribution of biotinylated VV in tangential sections through layer IV of the posteromedial barrel subfield in the primary somatosensory cortex (PMBSF) of rats ranging from postnatal day (P)3 to P60, which underwent unilateral deafferentation of whiskers at birth. In the afferented hemisphere, labeling first appears at P5, with a diffuse distribution, probably associated with neuropil, inside PMBSF barrels. VV distribution remains diffuse during the following week, and declines around P17. From P24 onward, however, proteoglycans form PNNs around cell bodies preferentially localized in septal regions of the PMBSF. In the contralateral, deafferented PMBSF the diffuse labeling also appears on P5, but first develops into elongated, homogeneous stripes, which disappear after P24, leaving only scattered cell bodies along layer IV. Our results indicate that proteoglycans appear simultaneous to barrel formation in the developing rat while segregation of PNNs to septal cells might be driven by afferent activity. PLoS One. 2008 Mar 5;3(3):e1733. doi: 10.1371/journal.pone.0001733. Early and late pathogenic events of newborn mice encephalitis experimentally induced by itacaiunas and curionópolis bracorhabdoviruses infection. Diniz JA1, Dos Santos ZA, Braga MA, Dias AL, da Silva DE, de Almeida Medeiros DB, de Souza Barros VL, Chiang JO, de Freitas Zoghbi KE, Quaresma JA,Takiya CM, Moura Neto V, de Souza W, da Costa Vasconcelos PF, Diniz CW. Author information Abstract In previous reports we proposed a new genus for Rhabdoviridae and described neurotropic preference and gross neuropathology in newborn albino Swiss mice after Curionopolis and Itacaiunas infections. In the present report a time-course study of experimental encephalitis induced by Itacaiunas and Curionopolis virus was conducted both in vivo and in vitro to investigate cellular targets and the sequence of neuroinvasion. We also investigate, after intranasal inoculation, clinical signs, histopathology and apoptosis in correlation with viral immunolabeling at different time points. Curionopolis and Itacaiunas viral antigens were first detected in the parenchyma of olfactory pathways at 2 and 3 days post-inoculation (dpi) and the first clinical signs were observed at 4 and 8 dpi, respectively. After Curionopolis infection, the mortality rate was 100% between 5 and 6 dpi, and 35% between 8 and 15 dpi after Itacaiunas infection. We identified CNS mice cell types both in vivo and in vitro and the temporal sequence of neuroanatomical olfactory areas infected by Itacaiunas and Curionopolis virus. Distinct virulences were reflected in the neuropathological changes including TUNEL immunolabeling and cytopathic effects, more intense and precocious after intracerebral or in vitro inoculations of Curionopolis than after Itacaiunas virus. In vitro studies revealed neuronal but not astrocyte or microglial cytopathic effects at 2 dpi, with monolayer destruction occurring at 5 and 7 dpi with Curionopolis and Itacaiunas virus, respectively. Ultrastructural changes included virus budding associated with interstitial and perivascular edema, endothelial hypertrophy, a reduced and/or collapsed small vessel luminal area, thickening of the capillary basement membrane, and presence of phagocytosed apoptotic bodies. Glial cells with viral budding similar to oligodendrocytes were infected 58 with Itacaiunas virus but not with Curionopolis virus. Thus, Curionopolis and Itacaiunas viruses share many pathological and clinical features present in other rhabdoviruses but distinct virulence and glial targets in newborn albino Swiss mice brain. Brain Res. 2008 Mar 20;1200:78-88. doi: 10.1016/j.brainres.2007.11.025. Epub 2007 Nov 22. Inflammatory response and white matter damage after microinjections of endothelin-1 into the rat striatum. Souza-Rodrigues RD1, Costa AM, Lima RR, Dos Santos CD, Picanço-Diniz CW, GomesLeal W. Author information Abstract Following acute and chronic neurodegenerative disorders, a cascade of pathological events including inflammatory response, excitotoxicity and oxidative stress induces secondary tissue loss in both gray and white matter. Axonal damage and demyelination are important components of the white matter demise during these diseases. In spite of this, a few studies have addressed the patterns of inflammatory response, axonal damage and demyelination following focal ischemic damage to the central nervous system (CNS). In the present study, we describe the patterns of inflammatory response, axonal damage and myelin impairment following microinjections of 10 pmol of endothelin-1 into the rat striatum. Animals were perfused at 1 day, 3 days and 7 days after injection. 20 mum sections were stained by hematoxylin and immunolabeled for neutrophils (anti-MBS-1), activated macrophages/microglia (anti-ED1), damaged axons (anti-betaAPP) and myelin (anti-MBP). The evolution of acute inflammation was quantitatively assessed by cell counts in different survival times. There was recruitment of both neutrophils and macrophages to the damaged striatal parenchyma with maximum recruitment at 1 day and 7 days, respectively. Progressive myelin impairment in the striatal white matter tracts has been observed mainly at later survival times. beta-APP+ endbulbs were not present in all evaluated time points. These results suggest that progress myelin impairment in the absence of damage to axonal cylinder is a feature of white matter pathology following endothelin-1induced focal striatal ischemia. Nutr Neurosci. 2007 Oct-Dec;10(5-6):215-28. Exercise and food ad libitum reduce the impact of early in life nutritional inbalances on nitrergic activity of hippocampus and striatum. Viana LC1, Torres JB, Farias JA, Kawhage R, Lins N, Passos A, Quintairos A, Trévia N, Guedes RC, Diniz CW. Author information Abstract Nutritional imbalances were produced by varying litter size pups per dam: 3 (small), 6 (medium), and 12 (large). On the 21st day, 4 subjects of each litter, were sacrificed and the remaining were grouped, 2 per cage, with or without running wheels, with food and water ad libitum. Adult subjects were tested in water maze, their brains processed for NADPH-diaphorase histochemistry and quantified by densitometry. No differences were detected in water maze. At 21st day, S and L compared with M presented reduced NADPH-d in the stratum molecular of dentate gyrus (DG), stratum lacunosum of CA1 and in all CA3 layers but not in the striatum. On the 58th day, actvity remained low in S and L in CA3 and striatum and L in CA1 and DG. Voluntary exercise increased NADPH-d in DG, CA1, CA3, and striatum in S, and in the stratum lacunosum of CA1 and CA3 in L. 59 Rev Neurosci. 2007;18(3-4):283-94. The organizational variability of the rodent somatosensory cortex. Santiago LF1, Rocha EG, Freire MA, Dias IA, Lent R, Houzel JC, Picanço-Diniz CW, Pereira A Jr, Franca JG. Author information Abstract Rodentia is the largest mammalian order, with more than 2,000 species displaying a great diversity of morphological characteristics and living in different ecological niches (terrestrial, semi-aquatic, arboreal and fossorial). Analysis of the organization of the somatosensory areas in six species of rodents allowed us to demonstrate that although these species share a similar neocortical blueprint with other eutherian mammals, important differences exist between homologous areas across different species, probably as a function of both lifestyle and peripheral sensory specializations typical of each species. We based this generalization on a phylogenetic comparison of the intrinsic organization of the primary somatosensory area (SI) across representatives of different rodent suborders. This analysis revealed considerable structural variability, including the differential expansion of cortical representation of specific body parts (cortical amplification) as well as the parcellation of areas into processing modules. Inflammation. 2008 Feb;31(1):24-35. Epub 2007 Sep 25. Diffuse axonal damage, myelin impairment, astrocytosis and inflammatory response following microinjections of NMDA into the rat striatum. Lima RR1, Guimaraes-Silva J, Oliveira JL, Costa AM, Souza-Rodrigues RD, Dos Santos CD, Picanço-Diniz CW, Gomes-Leal W. Author information Abstract White matter damage and inflammatory response are important secondary outcomes after acute neural disorders. Nevertheless, a few studies addressed the temporal outcomes of these pathological events using non-traumatic models of acute brain injury. In the present study, we describe acute inflammatory response and white matter neuropathology between 1 and 7 days after acute excitotoxic striatal damage. Twenty micrometer sections were stained by hematoxylin and eosin technique for gross histopathological analysis and immunolabed for neutrophils (anti-mbs-1), activated macrophages/microglia (anti-ed1), astrocytes (anti-gfap), damaged axons (anti-betaapp) and myelin basic protein (MBP). Recruitment peak of neutrophils and macrophages occurred at 1 and 7 days post-nmda injection, respectively. Diffuse damaged axons (beta-app + end-bulbs) were apparent at 7 days, concomitant with progressive myelin impairment and astrocytosis. Further studies using electron microscopy and blockers of inflammatory response and glutamatergic receptors should be performed to confirm and address the mechanisms of white matter damage following an excitotoxic lesion. Brain Res. 2007 Oct 3;1172:130-44. Epub 2007 Jul 31. 60 Differential patterns of inflammatory response, axonal damage and myelin impairment following excitotoxic or ischemic damage to the trigeminal spinal nucleus of adult rats. Dos Santos CD1, Picanço-Diniz CW, Gomes-Leal W. Author information Abstract Inflammatory response, axonal damage and demyelination are important components of the pathophysiology of acute neurodegenerative diseases. We have investigated the outcome of these pathological events following an excitotoxic or an ischemic damage to the spinal nucleus of adult rats at 1 and 7 days postinjury. Microinjections of 80 nmol of NMDA or 40 pmol of endothelin-1 into the rat spinal nucleus induced differential histopathological events. NMDA injection induced intense tissue loss in the gray matter (GM) without significant tissue loss in the white matter (WM). There was a mild inflammatory response, with recruitment of a few neutrophils and macrophages. Axonal damage was present in the GM following NMDA injection, with negligible axonal damage in the WM. Myelin impairment was apparent at 7 days. Microinjections of endothelin-1 into the same region induced lesser tissue loss than NMDA injections, concomitant with an intense inflammatory response characterized by recruitment of macrophages, but not of neutrophils. There were more axonal damage and early myelin impairment after endothelin-1 injection. These results were confirmed by quantitative analysis. Microcysts were present in the WM of the trigeminothalamic tract at 7 days following injection of endothelin-1. These results show that an ischemic damage to the spinal nucleus affects both GM and WM with more bystander inflammation, axonal damage and myelin impairment, while excitotoxic damage induces effects more restricted to the GM. These pathological events may occur following acute damage to the human brain stem and can be an important contributing factor to the underlying functional deficits. J Comp Neurol. 2007 Jan 10;500(2):255-66. Callosal axon arbors in the limb representations of the somatosensory cortex (SI) in the agouti (Dasyprocta primnolopha). Rocha EG1, Santiago LF, Freire MA, Gomes-Leal W, Dias IA, Lent R, Houzel JC, Franca JG, Pereira A Jr, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The present report compares the morphology of callosal axon arbors projecting from and to the hindor forelimb representations in the primary somatosensory cortex (SI) of the agouti (Dasyprocta primnolopha), a large, lisencephlic Brazilian rodent that uses forelimb coordination for feeding. Callosal axons were labeled after single pressure (n = 6) or iontophoretic injections (n = 2) of the neuronal tracer biotinylated dextran amine (BDA, 10 kD), either into the hind- (n = 4) or forelimb (n = 4) representations of SI, as identified by electrophysiological recording. Sixty-nine labeled axon fragments located across all layers of contralateral SI representations of the hindlimb (n = 35) and forelimb (n = 34) were analyzed. Quantitative morphometric features such as densities of branching points and boutons, segments length, branching angles, and terminal field areas were measured. Cluster analysis of these values revealed the existence of two types of axon terminals: Type I (46.4%), less branched and more widespread, and Type II (53.6%), more branched and compact. Both axon types were asymmetrically distributed; Type I axonal fragments being more frequent in hindlimb (71.9%) vs. forelimb (28.13%) representation, while most of Type II axonal arbors were found in the forelimb representation (67.56%). We concluded that the sets of callosal axon connecting 61 fore- and hindlimb regions in SI are morphometrically distinct from each other. As callosal projections in somatosensory and motor cortices seem to be essential for bimanual interaction, we suggest that the morphological specialization of callosal axons in SI of the agouti may be correlated with this particular function. Neurotoxicology. 2007 Jan;28(1):175-81. Epub 2006 Jul 4. Differential effects of methylmercury intoxication in the rat's barrel field as evidenced by NADPH diaphorase histochemistry. Freire MA1, Oliveira RB, Picanço-Diniz CW, Pereira A Jr. Author information Abstract In the present study, we investigated the effects of mercury intoxication on the structure of the posteromedial barrel subfield (PMBSF) in the primary somatosensory cortex (SI) of adult rats, as revealed by histochemical reactivity to the enzyme NADPH diaphorase (NADPH-d). Enzymatic reactivity in the neuropil inside barrels was drastically reduced in intoxicated animals, suggesting that the synthesis and/or transport of the nitric oxide synthase enzyme can be altered in acute mercury intoxication. However, the cell bodies and dendrites of barrel neurons, also strongly reactive to the enzyme, were spared from the mercury's deleterious effects. Brain Res. 2006 Aug 23;1106(1):99-110. Epub 2006 Jul 18. Specialization of pyramidal cell structure in the visual areas V1, V2 and V3 of the South American rodent, Dasyprocta primnolopha. Elston GN1, Elston A, Aurelio-Freire M, Gomes Leal W, Dias IA, Pereira A Jr, Silveira LC, Picanço Diniz CW. Author information Abstract Marked phenotypic variation has been reported in pyramidal cells in the primate cerebral cortex. These extent and systematic nature of these specializations suggest that they are important for specialized aspects of cortical processing. However, it remains unknown as to whether regional variations in the pyramidal cell phenotype are unique to primates or if they are widespread amongst mammalian species. In the present study we determined the receptive fields of neurons in striate and extrastriate visual cortex, and quantified pyramidal cell structure in these cortical regions, in the diurnal, large-brained, South American rodent Dasyprocta primnolopha. We found evidence for a first, second and third visual area (V1, V2 and V3, respectively) forming a lateral progression from the occipital pole to the temporal pole. Pyramidal cell structure became increasingly more complex through these areas, suggesting that regional specialization in pyramidal cell phenotype is not restricted to primates. However, cells in V1, V2 and V3 of the agouti were considerably more spinous than their counterparts in primates, suggesting different evolutionary and developmental influences may act on cortical microcircuitry in rodents and primates. Exp Brain Res. 2006 Nov;175(2):292-304. Epub 2006 Jun 9. 62 NADPH-diaphorase histochemical changes in the hippocampus, cerebellum and striatum are correlated with different modalities of exercise and watermaze performances. Torres JB1, Assunção J, Farias JA, Kahwage R, Lins N, Passos A, Quintairos A, Trévia N, Diniz CW. Author information Abstract Nitric oxide is involved in memory and motor learning. We investigated possible influences of exercise on spatial memory and NADPH-diaphorase (NADPH-d) histochemical activity in the hippocampus, striatum and cerebellum. Fifteen albino Swiss mice between the 22nd and 55th post-natal days were exercised in the following modalities: voluntary (V), acrobatic (A), acrobatic/voluntary (AV) and forced (F) and compared to inactive group (I). After the exercise period, all subjects were tested in the water maze for 3 days. Animal brains were processed for NADPH-d histochemistry. Densitometry of the neuropil of the hippocampus, striatum and cerebellum and morphometric analysis of NADPHd+ type I neurons of the striatum were done. Exercise groups presented higher levels of NADPH-d activity in the molecular and polymorphic layers of dentate gyrus and lacunosum molecular layer of CA1. The A group presented higher NADPH-d activity in the cerebellar granular layer than all other groups. Branching points and dendritic segment densities of NADPH-d type I neurons were higher in V, A and AV than in F and I groups. Exercise groups revealed best performances on water maze tests. Thus, different modalities of exercise increases in different proportions for the nitrergic activity in the hippocampus, striatum and cerebellum, and these changes seem to be beneficial to spatial memory. Brain Res. 2006 Feb 9;1072(1):19-25. Epub 2006 Jan 19. L-arginine treatment early in life influences NADPH-diaphorase neurons in visual cortex of normal and early-malnourished adult rats. Maia LM1, Frazão MF, Souza TK, Silva MB, Rocha-de-Melo AP, Picanço-Diniz CW, Amâncio-dos-Santos A, Guedes RC. Author information Abstract This study investigated the effects of repeated l-arginine administration during lactation, combined with different suckling conditions, on morphometric parameters of primary visual cortex NADPHdiaphorase-positive neurons. Wistar rat pups reared in "normal-size litters" or "large litters" (N- and Lconditions; litters formed by 6 and 12 pups, respectively) received, from postnatal day 7 to 28, either arginine (300 mg/kg/day, per gavage) or distilled water (control). At 90-120 days of life, they were perfused with saline + formaldehyde, and their brains were processed for histochemical reaction to reveal NADPH-diaphorase-positive neurons (malic enzyme indirect method). Compared to the normal-size litters, L-rats had lower body weights (P < 0.05), confirming the effectiveness of the Lcondition in affecting pup development. Concerning NADPH-d histochemistry, arginine treatment was associated with increased (P < 0.05) density of dendrite varicosities and of dendrite branching frequency, suggesting a plastic response of the developing brain to that treatment, even in previously malnourished rats. No difference was seen, however, in dendrite orientation, total number of neurons, soma area and perimeter, as well as dendrite bifurcation points, fractal dimension, and area and volume of dendrite field, suggesting that NADPH-d cells are resistant to arginine and nutritional changes, regarding these features. Data are considered of interest for studies of synaptic plasticity during neural development and its relationships to aggressive agents like malnutrition. Brain Res. 2005 Dec 20;1066(1-2):57-70. Epub 2005 Dec 2. 63 Systematic analysis of axonal damage and inflammatory response in different white matter tracts of acutely injured rat spinal cord. Gomes-Leal W 1, Corkill DJ, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The mechanisms of white matter (WM) damage during secondary degeneration are a fundamental issue in the pathophysiology of central nervous system (CNS) diseases. Our main goal was to describe the pattern of an acute inflammatory response and secondary damage to axons in different WM tracts of acutely injured rat spinal cord. Adult rats were deeply anesthetized and injected with 20 nmol of NMDA into the spinal cord ventral horn on T7. Animals were perfused after survival times of 1 day, 3 days and 7 days. Ten micrometer sections were submitted to immunocytochemical analysis for activated macrophages/microglia, neutrophils and damaged axons. There were inflammatory response and progressive tissue destruction of ventral WM (VWM) with formation of microcysts in both VWM and lateral WM (LWM). In the VWM, the number of beta-amyloid precursor protein (betaAPP) end-bulbs increased from 1 day with a peak at 3 days, decreasing by 7 days following the injection. APP end-bulbs were present in the dorsal WM (DWM) at 3 days survival time but were not in the LWM. Electron microscopic analysis revealed different degrees of myelin disruption and axonal pathology in the vacuolated WM up to 14 mm along the rostrocaudal axis. Quantitative analysis revealed a significant loss of medium and large axons (P < 0.05), but not of small axons (P > 0.05). Our results suggest that bystander axonal damage and myelin vacuolation are important secondary component of the pathology of WM tracts following rat SCI. Further studies are needed to understand the mechanisms of these pathological events. Acta Trop. 2006 Feb;97(2):126-39. Epub 2005 Nov 2. Neurotropism and neuropathological effects of selected rhabdoviruses on intranasally-infected newborn mice. Gomes-Leal W 1, Martins LC, Diniz JA, Dos Santos ZA, Borges JA, Macedo CA, Medeiros AC, De Paula LS, Guimarães JS, Freire MA, Vasconcelos PF,Picanço-Diniz CW. Author information Abstract Viral neurotropism is the ability of viruses to infect neuronal cells. This is well studied for herpesviruses, rabies-related viruses, and a few others, but it is poorly investigated among almost all arboviruses. In this study, we describe both the neurotropism and the neuropathological effects of Amazonian rhabdoviruses on the brains of experimentally infected-newborn mice. Suckling mice were intranasally infected with 10(-4) to 10(-8) LD50 of viruses. Animals were anaesthetized and perfused after they had become sick. Immunohistochemistry using specific anti-virus and anti-active caspase three antibodies was performed. All infected animals developed fatal encephalitis. Survival time ranged from 18 h to 15 days. Viruses presented distinct species-dependent neurotropism for CNS regions. Histopathological analysis revealed variable degrees of necrosis and apoptosis in different brain regions. These results showed that viruses belonging to the Rhabdoviridae family possess distinct tropism for CNS structures and induce different pattern of cell death depending on the CNS region. J Chem Neuroanat. 2005 Oct;30(2-3):71-81. 64 Neuropil reactivity, distribution and morphology of NADPH diaphorase type I neurons in the barrel cortex of the adult mouse. Freire MA1, Franca JG, Picanço-Diniz CW, Pereira A Jr. Author information Abstract The mouse, like a few other rodent and marsupial species, displays a striking modular architecture in its primary somatosensory cortex (SI). These modules, known as barrels, are mostly defined by the peculiar arrangement of granule cells and thalamic axons in layer IV. In the present work, we studied both the distribution and morphology of neurons stained for NADPH diaphorase (NADPH-d) and neuropil reactivity in the posteromedial barrel subfield (PMBSF), which represents the mystacial whiskers. We then compared our results with previous descriptions of NADPH-d distribution in both neonatal and young mice. We found two types of neurons in the PMBSF: type I neurons, which have large cell bodies and are heavily stained by the NADPH-d reaction; and type II neurons, characterized by relatively small and poorly stained cell bodies. The distribution of type I cells in the PMBSF was not homogenous, with cells tending to concentrate in septa between barrels. Moreover, the cells found in septal region possess both a larger and more complex dendritic arborization than cells located inside barrels. Our findings are at variance with results from other groups that reported both an absence of type II cells and a homogeneous distribution of type I cells in the PMBSF of young animals. In addition, our results show a distribution of type I cells which is very similar to that previously described for the rat's barrel field. Nutr Neurosci. 2004 Aug;7(4):207-16. NADPH-diaphorase histochemical labeling patterns in the hippocampal neuropil and visual cortical neurons in weaned rats reared during lactation on different litter sizes. Rocha-de-Melo AP1, Picanço-Diniz CW, Borba JM, Santos-Monteiro J, Guedes RC. Author information Abstract Tissue distribution of nitric oxide-synthases was investigated in the rat hippocampus and visual cortex under nutritional changes induced by modification of the litter size. Young (30-45-days-old) rats, suckled in litters formed by 3,6 or 12 pups (called small, medium and large litters, respectively), were studied by using nicotine-adenine-dinucleotide phosphate-diaphorase histochemistry (shortly, diaphorase), a simple and robust procedure to characterize tissue distribution of nitric oxidesynthases. We assessed morphometric features of the diaphorase-positive cells in visual cortex, and the neuropil histochemical activity in hippocampal CA1 and dentate gyrus using densitometry analysis. In the large-litter group, the labeled-cell density in white matter of area 17 was higher, as compared to the small-litter group. There was a clear trend, in the large-litter group, to lower values of soma area, dendritic field and branches per neuron, but the differences were not significant. Densitometry analysis of hippocampus revealed a significant increase in the relative neuropil histochemical activity of the dentate gyrus molecular layer in the larger litters, which may be associated to increased compensatory blood flow in the hippocampus. The pathophysiological mechanisms of the observed changes remain to be investigated. Exp Neurol. 2004 Dec;190(2):456-67. 65 Astrocytosis, microglia activation, oligodendrocyte degeneration, and pyknosis following acute spinal cord injury. Gomes-Leal W 1, Corkill DJ, Freire MA, Picanço-Diniz CW, Perry VH. Author information Abstract Glial activation and degeneration are important outcomes in the pathophysiology of acute brain and spinal cord injury (SCI). Our main goal was to investigate the pattern of glial activation and degeneration during secondary degeneration in both gray matter (GM) and white matter (WM) following SCI. Adult rats were deeply anesthetized and injected with 20 nmol of N-methyl-D-aspartate (NMDA) into the ventral horn of rat spinal cord (SC) on T7. Animals were perfused after survival times of 1, 3, and 7 days. Ten-micrometer sections were submitted to immunocytochemistry for activated macrophages/microglia, astrocytes, oligodendrocytes, and myelin. Astrocyte activation was more intense in the vacuolated white matter than in gray matter and was first noticed in this former region. Microglial activation was more intense in the gray matter and was clear by 24 h following NMDA injection. Both astrocytosis and microglial activation were more intense in the later survival times. Conspicuous WM vacuolation was present mainly at the 3-day survival time and decreased by 7 days after the primary damage. Quantitative analysis revealed an increase in the number of pyknotic bodies mainly at the 7-day survival time in both ventral and lateral white matter. These pyknotic bodies were frequently found inside white matter vacuoles like for degenerating oligodendrocytes. These results suggest a differential pattern of astrocytosis and microglia activation for white and gray matter following SCI. This phenomenon can be related to the different pathological outcomes for this two SC regions following acute injury. Neurosci Res. 2004 Sep;50(1):55-66. A morphometric study of the progressive changes on NADPH diaphorase activity in the developing rat's barrel field. Freire MA1, Gomes-Leal W, Carvalho WA, Guimarães JS, Franca JG, Picanço-Diniz CW, Pereira A Jr. Author information Abstract The distribution of NADPH diaphorase (NADPH-d)/nitric oxide synthase (NOS) neurons was evaluated during the postnatal development of the primary somatosensory cortex (SI) of the rat. Both cell counts and area measurements of barrel fields were carried out throughout cortical maturation. In addition, NADPH-d and cytochrome oxidase (CO) activities were also compared in both coronal and tangential sections of rat SI between postnatal days (P) 10 and 90. Throughout this period, the neuropil distributions of both enzymes presented a remarkable similarity and have not changed noticeably. Their distribution pattern show the PMBSF as a two-compartmented structure, displaying a highly reactive region (barrel hollows) flanked by less reactive regions (barrel septa). The number of NADPH-d neurons increased significantly in the barrel fields between P10 and P23, with peak at P23. The dendritic arborization of NADPH-d neurons became more elaborated during barrel development. In all ages evaluated, the number of NADPH-d cells was always higher in septa than in the barrel hollows. Both high neuropil reactivity and differential distribution of NADPH-d neurons during SI development suggest a role for nitric oxide throughout barrel field maturation. Neuropathol Appl Neurobiol. 2004 Jun;30(3):292-303. 66 Neuropil and neuronal changes in hippocampal NADPHdiaphorase histochemistry in the ME7 model of murine prion disease. Picanço-Diniz CW 1, Boche D, Gomes-Leal W, Perry VH, Cunningham C. Author information Abstract Nitric oxide (NO) has been implicated in neurotoxicity and cerebral blood flow changes in chronic neurodegeneration, but its activity in the mammalian prion diseases has not been studied in detail. Nicotine adenine dinucleotide phosphate (NADPH)-diaphorase (NADPH-d) histochemistry is a simple and robust histochemical procedure that allows localization of the tissue distribution of NO synthases. The aim of the present study is to assess whether NADPH-d histochemical activity is altered in the hippocampus in the ME7 model of prion disease in C57BL/6J mice. At early and late stages after the initiation of the disease we assessed features of the NADPH-d positive cells and the neuropil histochemical activity in CA1 and dentate gyrus using densitometric analysis. In C57BL/6J mice 13 weeks postinjection of the prion agent ME7, when behavioural changes first become apparent, neuropil NADPH-d histochemical staining increases, whereas at late stages it decreases dramatically. Both type I and type II NADPH-d positive cells were found to survive throughout the hippocampal formation into the late stages of the disease, but diaphorase activity was reduced in dendritic branches and abnormal varicosities were present in both dendritic and axonal processes of NADPH-d positive type I cells. The pathophysiological implications of the results remain to be investigated but both blood flow alteration and NO neurotoxicity may be features of the disease Eur J Neurosci. 2003 May;17(10):2147-55. Synaptic changes characterize early behavioural signs in the ME7 model of murine prion disease. Cunningham C1, Deacon R, Wells H, Boche D, Waters S, Diniz CP, Scott H, Rawlins JN, Perry VH. Author information Abstract Prion diseases are fatal, chronic neurodegenerative diseases of mammals, characterized by amyloid deposition, astrogliosis, microglial activation, tissue vacuolation and neuronal loss. In the ME7 model of prion disease in the C57BL/6 J mouse, we have shown previously that these animals display behavioural changes that indicate the onset of neuronal dysfunction. The current study examines the neuropathological correlates of these early behavioural changes. After injection of ME7-infected homogenate into the dorsal hippocampus, we found statistically significant impairment of burrowing, nesting and glucose consumption, and increased open field activity at 13 weeks. At this time, microglia activation and PrPSc deposition was visible selectively throughout the limbic system, including the hippocampus, entorhinal cortex, medial and lateral septum, mamillary bodies, dorsal thalamus and, to a lesser degree, in regions of the brainstem. No increase in apoptosis or neuronal cell loss was detectable at this time, while in animals at 19 weeks postinjection there was 40% neuronal loss from CA1. There was a statistically significant reduction in synaptophysin staining in the stratum radiatum of the CA1 at 13 weeks indicating loss of presynaptic terminals. Damage to the dorsal hippocampus is known to disrupt burrowing and nesting behaviour. We have demonstrated a neuropathological correlate of an early behavioural deficit in prion disease and suggest that this should allow insights into the first steps of the neuropathogenesis of prion diseases. Anat Embryol (Berl). 2002 Jul;205(4):291-300. Epub 2002 Jun 15. 67 Computer-assisted morphometric analysis of intrinsic axon terminals in the supragranular layers of cat striate cortex. Gomes-Leal W 1, Silva GJ, Oliveira RB, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract Qualitative and quantitative analyses of terminal arborizations of biocytin-labeled axon terminals were carried out in the cat primary visual cortex (V1). Extracellular iontophoretic injections of 5% biocytin were made into V1 of five adult cats. The animals were perfused 24-48 h after the injections. Labeledaxon fragments were considered to comprise two presumptive groups, according to the qualitative features, thickness, bouton features and appearance of terminal arbors. Forty axon fragments (20 for each presumptive group) were digitized using a microscope with motorized stage and a z-encoder, attached to a microcomputer. The densities of boutons, branching points and axon segments per mm of axon as well as axon segment length were used for comparison of the two groups. The two qualitative groups were confirmed to contain two axon types (I and II), according to cluster analysis of characteristics of the 40 axons in our sample. Forward stepwise discriminant analysis retained two variables as predictors of group membership: axonal length and bouton density. Parametric and nonparametric tests were employed for statistical comparisons (significance at P < 0.01). Type II axon fragments showed the greatest densities of boutons, axonal segments and branching points and the smallest values of length of segments ( P < 0.01). Both the qualitative and quantitative differences found for both types of axons suggest that they belong to different functional classes of neurons, namely spiny (type I) and smooth neurons (type II). Computer-assisted morphometric analysis of individual axon fragments seems to be a suitable approach with which different axon types can be objectively distinguished from each other. Brain Res Bull. 2000 Sep 15;53(2):193-201. Permanent and transitory morphometric changes of NADPHdiaphorase-containing neurons in the rat visual cortex after early malnutrition. Borba JM1, Araújo MS, Picanço-Diniz CW, Manhães-de-Castro R, Guedes RC. Author information Abstract We investigated the histochemical positivity to NADPH-diaphorase, which reveals nitric oxide synthase activity, in area 17 of rats malnourished early in life, both in the post-weaning period (group M1), and in adulthood after nutritional recovering (group M2). Control pups (C1 and C2 groups) received ad libitum after weaning the same diets as their mothers. Rats of group M2 were nutritionally recovered by receiving the control diet from post-natal day 42 until adulthood. Aldehyde-fixed sections (200-microm thick) through area 17 were processed for NADPH-diaphorase histochemistry following the malic enzyme indirect method. The features of NADPH-diaphorase-containing neurons of area 17 of malnourished young (M1) and adult (M2) rats were analyzed quantitatively in comparison to the matched groups C1 and C2. Permanent changes, represented by increase in the density and dendritic field areas of NADPH-diaphorase-positive cells, and transitory ones, represented by decreased values of soma areas, were observed in area 17 of the M1 and M2 cases. However, some other features, such as dendritic branch angle and number of dendrites per cell in the gray matter, remained unchanged after malnutrition. Thus, the findings indicate a possible relationship between early malnutrition and alterations in nitric oxide synthase-containing cells in the visual cortex. Physiological implications of these data may be related to synaptic plasticity and refinement of developmental brain circuits. 68 Neuroreport. 2000 Jun 26;11(9):1889-92. The barrel field of the adult mouse SmI cortex as revealed by NADPH-diaphorase histochemistry. Pereira A Jr1, Freire MA, Bahia CP, Franca JG, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The main goal of the present work was to investigate the pattern of NADPH-diaphorase activity in the somatosensory cortex of the adult mouse. Our results show that this enzyme, which is responsible for the production of the neuronal messenger nitric oxide, is abundant within the neuropil of SmI cortex, revealing the complete pattern of barrel fields. A previous study, however, had reported that NADPHdiaphorase reactivity within the barrels was transient, disappearing after the second postnatal week. We hypothesize that the massive occurrence of NADPH-diaphorase in the barrel fields of the adult mouse brain is related to the potential for plastic changes in the somatosensory cortex that is maintained throughout maturity. Braz J Med Biol Res. 1998 Sep;31(9):1157-61. Methylmercury intoxication and histochemical demonstration of NADPH-diaphorase activity in the striate cortex of adult cats. Oliveira RB1, Gomes-Leal W, do-Nascimento JL, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The effects of methylmercury (MeHg) on histochemical demonstration of the NADPH-diaphorase (NADPH-d) activity in the striate cortex were studied in 4 adult cats. Two animals were used as control. The contaminated animals received 50 ml milk containing 0.42 microgram MeHg and 100 g fish containing 0.03 microgram MeHg daily for 2 months. The level of MeHg in area 17 of intoxicated animals was 3.2 micrograms/g wet weight brain tissue. Two cats were perfused 24 h after the last dose (group 1) and the other animals were perfused 6 months later (group 2). After microtomy, sections were processed for NADPHd histochemistry procedures using the malic enzyme method. Dendritic branch counts were performed from camera lucida drawings for control and intoxicated animals (N = 80). Average, standard deviation and Student t-test were calculated for each data group. The concentrations of mercury (Hg) in milk, fish and brain tissue were measured by acid digestion of samples, followed by reduction of total Hg in the digested sample to metallic Hg using stannous chloride followed by atomic fluorescence analysis. Only group 2 revealed a reduction of the neuropil enzyme activity and morphometric analysis showed a reduction in dendritic field area and in the number of distal dendrite branches of the NADPHd neurons in the white matter (P < 0.05). These results suggest that NADPHd neurons in the white matter are more vulnerable to the long-term effects of MeHg than NADPHd neurons in the gray matter. Braz J Med Biol Res. 1997 Dec;30(12):1489-501. Horizontal projections of area 17 in Cebus monkeys: metric features, and modular and laminar distribution. 69 Amorim AK1, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract Metric features and modular and laminar distributions of intrinsic projections of area 17 were studied in Cebus apella. Anterogradely and retrogradely labeled cell appendages were obtained using both saturated pellets and iontophoretic injections of biocytin into the operculum. Laminar and modular distributions of the labeled processes were analyzed using Nissl counterstaining, and/or cytochrome oxidase and/or NADPH-diaphorase histochemistry. We distinguished three labeled cell types: pyramidal, star pyramidal and stellate cells located in supragranular cortical layers (principally in layers IIIa, IIIb alpha, IIIb beta and IIIc). Three distinct axon terminal morphologies were found, i.e., Ia, Ib and II located in granular and supragranular layers. Both complete and partial segregation of group I axon terminals relative to the limits of the blobs of V1 were found. The results are compatible with recent evidence of incomplete segregation of visual information flow in V1 of Old and New World primates. Ecotoxicol Environ Saf. 1997 Nov;38(2):95-8. Effects of methyl mercury on the in vivo release of dopamine and its acidic metabolites DOPAC and HVA from striatum of rats. Faro LR1, Durán R, do Nascimento JL, Alfonso M, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract Mercury is a neurotoxic agent that produces different effects on the brain. In the present work, the effects of chronic doses of methyl mercury (MeHg) were studied on the dopaminergic system of the rat striatum, using microdialysis coupled to high-performance liquid chromatography in order to quantify the in vivo release of dopamine (DA) and its acidic metabolites DOPAC and HVA. The administration of an equivalent total dose of 6 mg/kg of MeHg induced significant increases in the striatal release of DA and/or its acidic metabolites, independently of the pattern of administration. These effects are discussed on the base of the release and the metabolization of DA. In conclusion, the effect of MeHg administered under these experimental conditions on the in vivo release of DA and its metabolites seems to have a dose-dependent component and seems to be an accumulative process. Braz J Med Biol Res. 1997 Sep;30(9):1093-105. NADPH-diaphorase activity in area 17 of the squirrel monkey visual cortex: neuropil pattern, cell morphology and laminar distribution. Franca JG1, do-Nascimento JL, Picanço-Diniz CW, Quaresma JA, Silva AL. Author information Abstract We studied the distribution of NADPH-diaphorase activity in the visual cortex of normal adult New World monkeys (Saimiri sciureus) using the malic enzyme "indirect" method. NADPH-diaphorase neuropil activity had a heterogeneous distribution. In coronal sections, it had a clear laminar pattern that was coincident with Nissl-stained layers. In tangential sections, we observed blobs in supragranular layers of V1 and stripes throughout the entire V2. We quantified and compared the 70 tangential distribution of NADPH-diaphorase and cytochrome oxidase blobs in adjacent sections of the supragranular layers of V1. Although their spatial distributions were rather similar, the two enzymes did not always overlap. The histochemical reaction also revealed two different types of stained cells: a slightly stained subpopulation and a subgroup of deeply stained neurons resembling a Golgi impregnation. These neurons were sparsely spined non-pyramidal cells. Their dendritic arbors were very well stained but their axons were not always evident. In the gray matter, heavily stained neurons showed different dendritic arbor morphologies. However, most of the strongly reactive cells lay in the subjacent white matter, where they presented a more homogenous morphology. Our results demonstrate that the pattern of NADPH-diaphorase activity is similar to that previously described in Old World monkeys. Rev Bras Biol. 1996 Dec;56 Su 1 Pt 2:209-19. Intrinsic projections of Cebus-monkey area 17: cell morphology and axon terminals. de Amorim AK1, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract Metric features of the axon terminals and cell morphology of intrinsic projections of area 17 were studied in the Cebus apella. Anterograde and retrograde labeled cell appendages were obtained using saturated pellets and iontophoretic injections of biocytin in the operculum. Details of the histological and histochemical procedures have been described elsewhere (Amorim and PicançoDiniz, 1996). We distinguished three labeled cell types: pyramidal, star pyramidal and stellate cells and three distinct morphologies of axon terminals were found: Ia, Ib and II, located at supragranular layers. Axon terminals of the group I innervate larger extent of striate cortex through longer intermediate segments, and acute branching angles compared to group II. Group II present on average similar characteristics of the smooth neurons axon terminals. The results taken together with the occurrence of only two types of synapses (I and II) from Gray's ultrastructural studies, seem to give an additional support to extend to the Cebus apella the major subdivision of neocortical neuronal morphology that classified them as smooth and spine neurons. Braz J Med Biol Res. 1996 Oct;29(10):1363-8. Morphometric analysis of intrinsic axon terminals of Cebus monkey area 17. Amorim AK1, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract A morphological study of intrinsic projection in area 17 of Cebus monkey was conducted after iontophoretic injection of biocytin. Thirty axon terminals located in supragranular layers were qualitatively and quantitatively analyzed using 3-d automatic microscopy. Three types of axon terminals could be identified: Ia, Ib and II. Group I was characterized by a sparse and/or long-distance branch pattern, while type II presented compact and localized arborization. Ia axon terminals formed "clusters" and "terminaux" boutons while Ib did not. On average, group II axon terminals tended to present straight or obtuse branching angles and a much more ramified pattern, and occupy a smaller cortical territory with shorter intermediate segments and higher density of synaptic potential sites than group I. The common characteristics of group I included innervation of larger cortical territories, longer 71 intermediate segments, acute branching angles and lower synaptic density compared to group II. The results are compatible with the major subdivisions of neocortical neuronal morphology that classifies them as smooth and spine neurons. Smooth neurons may be related to axon terminals of group II while spine neurons may be related to group I. Braz J Med Biol Res. 1996 Oct;29(10):1355-62. Histochemical characterization of NADPH-diaphorase activity in area 17 of diurnal and nocturnal primates and rodents. Costa ET1, do-Nascimento JL, Picanço-Diniz CW, Quaresma JA, Silva-Filho M. Author information Abstract NADPH-diaphorase (NADPH-d) activity was studied comparatively in area 17 of four mammalian species, two primates and two rodents. Three brain hemispheres each from adult capuchin-monkeys, owl-monkeys, agoutis and guinea pigs were fixed with aldehyde fixatives by perfusion and 200 microns sections were submitted to NADPH-d histochemistry, using the indirect malic enzyme method. In all species studied the neuropil pattern of enzymes activity presented a clear layered appearance. In primates, histochemical staining was most intense in layer IVc, while in rodents the highest intensity of the neuropil reaction was in supragranular layers (II and III). Comparison of cell density in grey and white matter showed that the majority of NADPH-d-positive neurones were located in the white matter of primates but not of rodents. Since NADPH-d is a nitric oxide synthase the results are very important for comparative functional studies of neuromediators and their correlations with laminar and modular organization of area 17 of the mammalian brain. Brain Res. 1996 Sep 2;732(1-2):237-41. Late development of Zif268 ocular dominance columns in primary visual cortex of primates. Silveira LC1, de Mátos FM, Pontes-Arruda A, Picanço-Diniz CW, Muniz JA. Author information Erratum in Brain Res 1997 May 16;757(1):164-5. Abstract Zif268 transcription factor is expressed throughout Cebus apella visual cortex at high basal levels. Monocular eyelid suture alters the levels of Zif268 on neurons connected to the deprived eye, revealing ocular dominance columns in the striate cortex of Cebus as previously demonstrated in Old World monkeys (Chaudhuri and Cynader, Brain Res., 605 (1993) 349-353). Zif268 ocular dominance columns are revealed in adult Cebus monkey after 24-48 h of monocular deprivation, but not in infant monkeys up to 3 months of age. In 6-month-old Cebus monkeys, Zif268 ocular dominance columns are still poorly defined. These results suggest that Zif268 ocular dominance columns establish late during normal primate visual system development, and that some degree of visual plasticity is still present at this age in the Cebus monkey. Braz J Med Biol Res. 1995 Feb;28(2):246-51. 72 Localization of NADPH-diaphorase activity in the human visual cortex. Faro LR1, Araujo R, Araujo M, Do-Nascimento JL, Friedlander MJ, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract The present report describes the activity of NADPH-diaphorase (NADPHd) in area 17 of autopsied normal human visual cortex. Four human brains from autopsy tissue (4-8 h postmortem) were fixed by immersion in 4% paraformaldehyde in 0.1 M sodium phosphate buffer, pH 7.2-7.4, or in 10% formalin for 24 h. NADPHd histochemistry was done using the malic enzyme indirect method. The neuropile pattern of enzyme activity presented a clear six-layer appearance. Cell morphology and the laminar distribution of 73 NADPHd-positive neurons are described. All neurons found in area 17 of human cortex were sparsely spiny or smooth cells, located in all cortical layers except layer 4c. Quantitative analysis of the branching pattern of the dendritic tree was carried out. A symmetrical pattern was observed with no particular dendritic bias except for a few white matter and layer 1 cells. Larger dendritic fields were found in white matter cells when compared to the other cortical layers. Comparison of cell densities for gray and white matters showed that 85% of the NADPHd-positive neurons were located in the white matter. NADPHd was colocalized with nitric oxide synthase which produces nitric oxide, a short-life neuromediator implicated in synaptic plasticity, neuroprotection, and neurotoxicity. Thus, the spatial distribution of the NADPHd cells is important for posterior functional studies of the neuromediators in the brain. Neuroreport. 1994 Oct 27;5(16):2077-81. M and P retinal ganglion cells of diurnal and nocturnal NewWorld monkeys. Silveira LC1, Yamada ES, Perry VH, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract M and P retinal ganglion cell morphology revealed by biocytin retrograde labelling was compared in two closely related New-World monkeys, Cebus and Aotus, to investigate whether nocturnal and diurnal species of primates have similar cell classes. Monkey and cat ganglion cells from regions of matching cell class densities were also compared. Cat alpha, cat beta, Aotus M, and Cebus M cells were similar in many aspects, but Cebus M cells had higher branching density. Cebus and Aotus P cells formed a distinct group and represent a primate specialization common to diurnal and nocturnal simians. Proc Biol Sci. 1992 Apr 22;248(1321):27-33. The neurons in layer 1 of cat visual cortex. Anderson JC1, Martin KA, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract We have examined the morphology of neurons in layer 1 by injecting them intracellularly with lucifer yellow in lightly fixed brain slices (250 microns thick) taken from the medial bank of area 17 in adult cats. Of 22 neurons with well-filled dendrites, 16 had smooth dendrites, two had sparsely spiny dendrites (less than 200 spines) and, unexpectedly, four had spiny dendrites typical of pyramidal cells. The axon was generally not well filled. Computer reconstructions showed that parts of the 73 dendritic tree had been lost in the sectioning. Nevertheless, measurements of the length of intact dendrites suggested an average diameter of the dendritic tree of 220 microns. The density of the neurons was such that the dendritic trees of about six neurons cover each point in layer 1. Thus, despite the very low density of neurons that characterizes layer 1, there are more than sufficient neurons to sample from the entire representation of the visual field in area 17. Braz J Med Biol Res. 1992;25(1):57-62. Biocytin as a retrograde tracer in the mammalian visual system. Picanço-Diniz CW 1, Silveira LC, Yamada ES, Martin KA. Author information Abstract We have successfully used biocytin as a retrograde tracer in the mammalian visual system. Retinal ganglion cells, pyramidal and stellate cortical neurons were labelled. Both pressure injections and gel implants were used successfully for retrograde labelling. Biocytin was detected using avidin conjugates and horseradish peroxidase histochemistry. Retrograde filling with biocytin proved to be more reliable and to allow better morphological resolution than other commonly used neurotracers such as horseradish peroxidase. The fine details of cell morphology observable by this method are comparable in many cases to the results obtained with intracellular tracer injections. The morphological resolution obtained with this method allows the study of brain microcircuits using extracellular deposits of biocytin. Neuroscience. 1991;44(2):325-33. Contralateral visual field representation in area 17 of the cerebral cortex of the agouti: a comparison between the cortical magnification factor and retinal ganglion cell distribution. Picanço-Diniz CW 1, Silveira LC, de Carvalho MS, Oswaldo-Cruz E. Author information Abstract The cortical representation of the contralateral visual field in area 17 of the agouti's brain was studied by multiunit recording. The borders of area 17 were determined by electrophysiological, cytoarchitectonic and myeloarchitectonic criteria. The results were plotted in flat, bidimensional representations of the cerebral cortex to minimize perspective distortions. The V1 map, a first order topological transformation of the visual field, shows a magnified representation of the horizontal meridian that corresponds to a retinal specialization, the visual streak. The visual field representation has asymmetries that are not directly related to the topography of the retinal ganglion cell density. Whereas the ganglion cell density shows a plateau along the visual streak, the areal cortical magnification factor is higher in the region that corresponds to the intersection of the horizontal and vertical meridians. This suggests functional specializations that are not obvious when one considers the distribution of the whole ganglion cell population but which might be related to the distribution of specific ganglion cell classes. Braz J Med Biol Res. 1991;24(7):717-9. 74 Head holder for lateral-eyed species in vision research. Silva-Filho M1, Picanço-Diniz CW, Oswaldo-Cruz E. Author information Abstract The present report describes a head holder designed to be used for lateral-eyed species in vision research. The head-holder employs a prosthesis implanted on the skull and provides for adjustable movements in different planes, thus allowing precise positioning of the eye with respect to the visual space. Vis Neurosci. 1989 Nov;3(5):483-8. Displaced horizontal cells and biplexiform horizontal cells in the mammalian retina. Silveira LC1, Yamada ES, Picanço-Diniz CW. Author information Abstract We have used the neurofibrillar method of Gros-Schultze to stain the axonless horizontal cells of capybara, agouti, cat, and rabbit retinae. In all of these species, we have found two unusual horizontal cell morphologies: displaced horizontal cells and biplexiform horizontal cells. The displaced horizontal cells have perikarya located in the ganglion cell layer and dendrites branching in the inner plexiform layer. Many dendrites take an ascending trajectory to branch in the outer plexiform layer. The biplexiform horizontal cells are normally placed horizontal cells with descending processes that branch in the inner plexiform layer. Both cell types occur mainly in the retinal periphery, near the ora serrata. They are more numerous in the capybara retina, where they represent as much as 50% of the axonless horizontal cells of the retinal periphery. Braz J Med Biol Res. 1989;22(1):121-38. The visual cortex of the agouti (Dasyprocta aguti): architectonic subdivisions. Picanço-Diniz CW 1, Oliveira HL, Silveira LC, Oswaldo-Cruz E. Author information Abstract 1. We have studied the cytoarchitecture and myeloarchitecture of the agouti's cortical surface that can be activated by visual stimulation. Five architectonic subdivisions that correspond to distinctive visuotopic representations were characterized. 2. The largest portion of the visual cortex is occupied by area 17 which is situated lateral to the cingulate cortex, medial to area 18, posterior to the parietal cortex, and anterior to the agranular retrosplenial cortex. Additionally, four architectonic subdivisions in the extrastriate visual cortex were distinguished, i.e., from medial to lateral: area 18, area 19, anterior lateral area, and temporal posterior area. 3. Along the border of the extrastriate cortex a ring of nonvisual cortical fields was encountered encompassing parietal (somatic sensorial) cortex, temporal anterior and temporal intermediate (auditory) areas, a band of pre-rhinal cortex, and agranular retrosplenial cortex. Vision Res. 1989;29(11):1471-83. 75 Retinal ganglion cell distribution in the cebus monkey: a comparison with the cortical magnification factors. Silveira LC1, Picanço-Diniz CW, Sampaio LF, Oswaldo-Cruz E. Author information Abstract The distribution of ganglion cells was determined in whole-mounted Cebus monkey retinae. Ganglion cell density along the horizontal meridian was asymmetric, being 1.2-4.3 higher in the nasal retinal region when compared to temporal retina at the same eccentricities. The total number of ganglion cells varied from 1.34 to 1.4 million. Ganglion cell density peaked at 49,000/mm2 about 0.5 mm nasal to the fovea. Comparison between ganglion cell density and areal cortical magnification factors for V1 and V2 reveals that the relative representation of the fovea increases in the visual cortex. This effect seems to be a general feature of the visual system of primates. Exp Brain Res. 1989;78(2):380-6. Visual response properties of pretectal units in the nucleus of the optic tract of the opossum. Volchan E1, Rocha-Miranda CE, Picanço-Diniz CW, Zinsmeisser B, Bernardes RF, Franca JG. Author information Abstract Single-units were recorded from the nucleus of the optic tract. Most of the units showed excitation in response to random check patterns presented on a tangent screen to the contralateral eye, moving in a temporal to nasal direction and/or inhibition in the opposite direction. The excitatory response to the temporal to nasal movement, observed in most units, was unchanged throughout the range of speeds tested, except for a decrease at the slowest (0.6 deg/s) and fastest (150 deg/s) speeds. On the other hand, the inhibitory responses evoked by a nasal to temporal movement, had a peak between 3 and 16 deg/s which decreased towards both extremes. An average of 45% of the units were influenced by the stimulation of the ipsilateral eye. In one third of them the response was very weak. In the remainder, the mean frequency of spikes in one direction of the horizontal movement was more than twice that in the opposite stimulus direction. In the great majority of these units, stimulation of each eye yielded the same overall pattern of directionality, that is, movement of the stimulus towards the recording side led to excitation and/or movement in the reverse direction led to inhibition. Inhibition was stronger than excitation in most ipsilaterally responding units. Excitatory responses elicited by the ipsilateral eye were always weaker than those by the contralateral but in a few cases the ipsilateral inhibitory component was more prominent than the contralateral one. Vis Neurosci. 1989;2(3):221-35. Distribution and size of ganglion cells in the retinae of large Amazon rodents. Silveira LC1, Picanço-Diniz CW, Oswaldo-Cruz E. Author information Abstract The topographical distribution of density and soma size of the retinal ganglion cells were studied in three species of hystricomorph rodents. Flat-mounted retinae were stained by the Nissl method and the ganglion cells counted on a matrix covering the whole retinae. Soma size was determined for samples at different retinal regions. The agouti, a diurnal rodent, shows a well-developed visual 76 streak, reaching a peak density of 6250 ganglion cells/mm2. The total number of ganglion cells ranged from 477,427-548,205 in eight retinae. The ganglion-cell-size histogram of the visual streak region exhibits a marked shift towards smaller values when compared to retinal periphery. Upper and lower regions differ in both cell density and cell size. The crepuscular capybara shows a lessdeveloped visual streak with a peak ganglion cell density of 2250/mm2. The shift towards small-sized cells in the visual streak is less marked. Total ganglion cell population is 368,840. In the nocturnal paca, the upper half of the fundus oculi includes a tapetum lucidum. The retina of this species shows the least-developed visual streak of this group, with the lowest peak ganglion cell density reaching 925/mm2. The total ganglion cell number (230,804) is also smaller than in the two other species. Soma-size spectra of this species are characterized by the presence, in the lower hemi-retina, of very large perikarya comparable in size to the cat's alpha ganglion cells. Vision Res. 1983;23(9):867-72. Electrophysiological determination of the refractive state of the eye of the opossum. Picanço-Diniz CW, Silveira LC, Oswaldo-Cruz E. Abstract The refractive state of the eye of the South American opossum Didelphis marsupialis aurita was investigated with electrophysiological techniques. Using adult specimens, trapped from the wild, averaged cortical evoked responses were recorded from the region of projection of the central visual field. Stimuli consisted of a phase reversal of a square wave grating generated on a CRO screen, with luminance of 2.4 cd/m2 and contrast 0.84. The refractive state of the eye was altered by means of trial lenses and the amplitude of the cortical responses thus obtained compared to those obtained with no lens (control values). Refraction "tuning curves" were determined for each animal. The average refractive state was found to be -2.27 D indicating that this species when raised in its habitat shows, at low ambient luminosity, some degree of myopia. Determination of the Contrast Sensitivity Function indicate that induced ametropias lead to a reduction of the cut-off value of the spatial frequency and a loss of contrast sensitivity. Vision Res. 1982;22(11):1371-7. Contrast sensitivity function and visual acuity of the opossum. Silveira LC, Picanço-Diniz CW, Oswaldo-Cruz E. Abstract The Modulation Transfer Function (MTF) of the visual system of the opossum, D. marsupialis aurita, was determined using the amplitude of Visually Evoked Cortical Potentials (VECP) as response indicator. Stimuli consisted of a 180 degrees phase reversal of sinusoidally modulated gratings with an average luminance of 2.4 cd/m2. Contrast sensitivity was determined for various spatial frequencies and the MTF was calculated by the least square fit of an exponential function. The average acuity value obtained was 1.25 c/deg. The Fourier transform of the MTF was considered an approximation of the Line Spread Function of the visual system. The lowest value observed was 14 min of arc. The visual acuity observed in the mesopic range was not altered when stimulus intensity was raised to photopic levels. - Comprovação dos livros publicados (ver anexo 2) 77 4. Das Atividades de Extensão 4.1 Reduzindo o desinteresse dos alunos nas salas de aula empregando metodologias ativas de aprendizado. No Brasil, com uma população em torno de 200 milhões e mal distribuída, superposta às diferenças abissais no desenvolvimento intra/interregional, o desafio de corrigir a paisagem educacional enfrenta escalas geográficas e humanas que caminham ao largo das soluções simplificadoras. Dados do INEP, IDEB, IBGE, SAEB e PISA apontam que na Região Norte o índice de reprovação e abandono ainda são altos. Considerando a média nacional, e a formação dos professores contamos comprofessores que nem de longe conquistaram o nível de habilidades esperadas. Mais de 50% dos docentes não tem graduação (IBGE 3) e os que têm, foram formados para repassar os conteúdos dos livros e sem vinculação com a região. Nessa perspectiva ganha espaço a ação pedagógica da experimentação, à simulação e à participação, entendidas como processos que podem levar os alunos e professores a exercer sua criatividade, em vez da repetição sistemática de conteudos. Liderados pelo trabalho pioneiro do Prof. Leopoldo De Meis do Instituto de Bioquímica da UFRJ, e treinados por sua equipe, nossos monitores se deslocam a cada período intervalar para escolas públicas do interior do Estado do Pará oferecendo Cursos de Férias. Esses cursos adotam de forma sistemática metodologias ativas de aprendizado, como estímulo à curiosidade, e um motor subjacente ao interesse continuado dos alunos, em todos os cursos até então empreendidos. Além disso a produção de vídeos para didáticos com o intuito de nos apropriarmos da enorme capacidade visuo-espacial e atenção que os alunos dedicam quando a história é contada com imagens em movimento, como no cinema é útil para enfrentarmos o desinteresse crescente dos alunos em sala de aula. Seguindo essa estratégia trouxemos a biologia em movimento para as salas de aula. Produzimos 4 vídeos paradidáticos. Com diferentes formatos, esses vídeos adotam linguagem e imagens atraentes que pretendem manter a atenção e estimular a curiosidade dos alunos. Alguns deles formulam problemas cujas soluções dependem da busca de conteúdos especializados que precisam ser estudados e compreendidos de modo que os alunos possam defender com propriedade a(s) solução(ões) que pretendem encaminhar. Por exemplo o vídeo intitulado “levanta-te e anda” objeto da dissertação do aluno Fabio Rendeiro reúne muitos dos elementos da metodologia do aprendizado baseado em problemas e tem sido usado de forma sistemática no Curso de Medicina da UFPA e durante os Cursos de Férias. 78 A outra iniciativa foi a oferta regular de cursos baseado nas metodologias ativas de aprendizado. 4.2 Os cursos de férias Em seis municípios do Estado do Pará oferecemos até agora 24 Cursos de Férias centrados no aprendizado baseado em problemas (ver painel em seguida). Esse municípios incluiram Soure, Oriximiná, Bragança, Castanhal, Belém e Salinópolis, alcançando 1189 alunos e 332 professores. Embora não haja ainda levantamento sistemático do impacto global desses esforço, pelo menos duas teses de mestrado e uma de doutorado avaliaram em profundidade as vantagens e limitações dessa metodologia (ver a listagem de mestres e doutores). Na segunda geração de mestres formados a partir desse programa de extensão, há pelo menos duas outras dissertações concluidas e uma em andamento, que realizam análises sob ângulos diferentes, sugerindo que essas atividades de extensão estão contribuindo para a produção de conhecimento novo e formação avançada de recursos humanos em uma área estratégica para a Amazônia, que é a educação para ciência. 79 Anexo 1 (Comprovação das dissertações e teses orientadas) 80 81 82 83 84 Anexo (2) - Comprovação dos Livros Publicados A título de comprovação dos livros publicados transpusemos a capa de cada um deles a partir de imagem obtida por scanner. Essas publicações já reportadas no texto foram estratégicas para permitir que o legislativo e o executivo pudessem criar políticas voltadas para correção das assimetrias regionais em educação, ciência e tecnologia. 85 EPÍLOGO A dedicação de muitos de nós a esta Instituição começou há muito. De lá para cá, muitos anos se passaram e muitos como eu, apostaram suas vidas na Universidade. Embora tenha sido assim, ainda há tudo por fazer neste lugar amazônico. Desafio, entusiasmo e desânimo caminham juntos, ciclicamente, a atordoar-nos. Ensinar a voar os pássaros afinal não era tão simples.... Havia que preencher o vazio dos céus. Nossos filhos nos mostraram a fragilidade e a fortaleza que se misturam em nós, mas apesar de nós, já caminham sozinhos. O relógio do tempo acelerou a sua marcha. Daqui para frente tudo será breve. Isolda partiu por entre a fumaça, já não há a névoa nem os espíritos do rio. O mito foi demolido, a asa do pássaro quebrou. É hora de calar.