archives of anatomy - Sociedade Anatomica

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archives of anatomy - Sociedade Anatomica
ARCHIVES OF ANATOMY
Official Journal of the
Portuguese Anatomical Society
(AAP-SAP)
Archives of Anatomy – Suppl. vol. 2, no. 1,
2014
ISSN 2183-329X
EDITOR IN CHIEF
Ivo Álvares Furtado (Portugal)
Lisbon Medical Faculty
[email protected]
SCIENTIFIC ADVISORS
António Manuel de Sousa
Pereira (Portugal)
Institute of Biomedical Sciences – Oporto
University
[email protected]
Deolinda MariaValente A. Lima
Teixeira (Portugal)
Oporto Medical Faculty
[email protected]
João Goyri O`Neill
(Portugal)
NOVA Medical School
[email protected]
António da Silva Bernardes (Portugal)
Coimbra Medical Faculty
[email protected]
President:
ASSOCIATE EDITORS
Maria Alexandre Bettencourt
Pires (Portugal)
NOVA Medical School
[email protected]
Vice President:
IT SUPPORT
(Design Binário)
Engº. Nuno Conceição
[email protected]
Cláudia Neves Marques
[email protected]
João Luís Diogo Cavaco
[email protected]
Published by:
Miguel de Oliveira Correia (Portugal)
NOVA Medical School
[email protected]
Portuguese Anatomical Society
(SAP/AAP))
Diogo de Freitas Branco Pais (Portugal)
NOVA Medical School
[email protected]
Ivo da Piedade Álvares Furtado
(Portugal)
Lisbon Medical Faculty
[email protected]
Secretary:
Maria Alexandre Bettencourt
Pires (Portugal)
NOVA Medical School
[email protected]
Secretary:
Jorge Celso Dias Correia da Fonseca
[email protected]
Treasurer:
Maria Alexandra Silva Braga Pedreira
Brito (Portugal)
Faculty of Pharmacy, University of Lisbon
[email protected]
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ARCHIVES OF ANATOMY
Supplement – vol. 2, no. 1, 2014
XLVIII Reunião Científica da
SOCIEDADE ANATÓMICA PORTUGUESA (SAP)
e
I Reunião Científica da
ASSOCIAÇÃO ANATÓMICA PORTUGUESA (AAP)
O presente número suplementar de Archives of Anatomy é dedicado à publicação dos resumos de trabalhos apresentados por ocasião
da XLVIII Reunião Científica da Sociedade Anatómica Portuguesa e I Reunião da Associação Anatómica Portuguesa que decorreu
nas instalações da Nova Medical School, em 22 de Março de 2014.
The present Supplement to the Archives of Anatomy is dedicated to the publication of the abstracts of the communications presented
on the occasion of the XLVIII Scientific Meeting of the Portuguese Anatomical Society (AAP/SAP), on the 22 nd of March 2014.
2
Índice de Matérias do Suplemento/ Table of Contents
XLVIII Reunião Científica
Sociedade Anatómica Portuguesa/I Reunião Científica da Associação Anatómica Portuguesa.
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Nota do Evento: Professora Doutora Maria Alexandre Bettencourt Pires…………………... 4
Resumo de Conferência Plenária Professor Doutor Nuno Jorge Carvalho de Sousa……........7
Resumos de Comunicações ………………………………………………………………….....8
Posters…………………………………………………………………………………………….……..19
Exposição “Anatomia e Arte”……………………………………………………………….…31
Lista de Participantes …………………………………………………………..………….…..32
3
NOTA DO EVENTO:
É com grato orgulho que vemos publicados, sob a forma de
Suplemento da Revista Archives of Anatomy, os resultados do esforço
organizativo da Comissão Científica da XLVIII Reunião da Sociedade
Anatómica da SAP e I Reunião da Associação Anatómica Portuguesa.
Consideramos de especial importância a publicação da colectânea de
resumos dos trabalhos científicos, pelo que congratulamos todos os
participantes pelo seu contributo para um evento de extraordinária
riqueza e variedade que certamente, a todos surpreendeu pelo
dinamismo, vigor e rejuvenescimento trazido pela Associação Anatómica à mais antiga Sociedade Científica ainda em vigor na Península
Ibérica.
Foi tido especial cuidado e empenho na organização da
Reunião Científica neste momento de "passagem de testemunho" entre
a ancestral Sociedade Anatómica e a sua congénere sucessora
Associação, de nome modificado por força de legalização de estatutos e
oficialização como Associação Científica Nacional. No culminar de um
biénio de reuniões mensais presenciais dos membros da Direcção, o
sucesso da Reunião Científica e a publicação da Revista Oficial na
plataforma informática, constituem o reflexo do árduo lavor de
preparação dos respectivos Grupos de Trabalho implementados pela
Direcção cessante, sob superior coordenação do Prof. Doutor João
Goyri-O'Neill.
A XLVIII Reunião Científica SAP e I Reunião Científica AAP
realizou-se, em 22 de Março de 2014, nas instalações da Faculdade de
Ciências Médicas de Lisboa (Nova Medical School), contando com
mais de uma centena de participantes e com apresentação de 45
trabalhos científicos (23 comunicações orais, incluindo um vídeo, e 22
comunicações sob a forma de póster). Em simultâneo com a exposição
dos pósters científicos nos claustros da Faculdade, decorreram duas
outras exposições: a exposição de trabalhos dos alunos de Mestrado em
Anatomia Artística da Faculdade de Belas Artes da Universidade de
Lisboa e a exposição de equipamentos tecnológicos da empresa TAPER
(um dos patrocinadores que auxiliaram a realização do evento).
Perante a difícil conjuntura socio-económica vigente,
concretizou-se toda a preparação da Reunião com relativa escassez de
recursos financeiros, apenas secundados por dois patrocínios de
empresas (TAPER e PINGO DOCE), permitindo um custo apenas
simbólico para a inscrição dos participantes, mas garantindo, mesmo
assim, as necessárias condições de admissão de tão grande número de
participantes, com o garante de dignidade e conforto, incluindo almoço
de trabalho e pastas com documentação científica.
Foi assim assegurada a recepção de participantes, vindos de
todo o País, tendo-se contabilizado a inscrição e presença de
representantes das principais Escolas Médicas com ensino de Ciências
Morfológicas, de Braga, Coimbra, Lisboa e Porto, e de visitantes
estrangeiros. Acresce ainda o especial orgulho que sentimos em poder
contar com a participação de congressistas provenientes de diversos
Serviços Hospitalares com o contributo de variados trabalhos no
âmbito da Anatomia Clínicocirúrgica, reflexo da boa promoção de
relação interdisciplinar e interinstitucional em que a Direcção cessante
da SAP se foi empenhando. Destacamos, nomeadamente, a forte
participação do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Egas
Moniz de Lisboa que, apesar de ter a decorrer em simultâneo, um
Congresso Nacional de Especialistas, nos presenteou com apresentação
de numerosas e interessantes comunicações orais.
Constituíram um momento de especial importância a
apresentação da Conferência Plenária pelo prelector convidado Prof.
Doutor Nuno Jorge de Sousa da Universidade do Minho, que a todos
encantou com a sua exposição sobre “Um novo olhar sobre a Anatomia
– O cérebro sob stress” e ainda as palavras de abertura do Congresso,
proferidas pelo Prof. Doutor Jaime da Cunha Branco, que tão bem nos
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acolheu, na sua qualidade de Director da Nova Medical School, e que
valorizou o ensino e investigação em Ciências Morfológicas, no âmbito
do ensino das Ciências Médicas.
Na sequência da Reunião Científica e do almoço de trabalho,
deu-se início à Assembleia Geral da Associação Anatómica, com
eleição da actual Presidência e Direcção da Associação. Com o
Manifesto eleitoral dos Corpos Gerentes novamente empossados,
verificámos a continuidade de linhas de acção programáticas da AAP
/SAP, nomeadamente o empenho na interdisciplinaridade, relações
interinstitucionais e internacionalização. Apresentamos, por isso, os
nossos melhores cumprimentos aos recém-eleitos Presidentes da
Assembleia Geral da AAP, Prof. Martins dos Santos, e da nova
Direcção da AAP/SAP, Prof. Doutor Diogo Pais, que acumulará esta
nova função com a Presidência da Federação Europeia de Morfologia
Experimental (E.F.E.M.).
Com essa conjugação de cargos, tomámos conhecimento de
que uma das próximas Reuniões Científicas Internacionais de
Morfologistas se irá realizar em breve na cidade de Badajoz, pelo que
deveremos ter a ambição de concretizar o projecto de uma próxima
edição de Suplemento dos Archives of Anatomy, dedicado à publicação
de trabalhos apresentados nessa Reunião conjunta da AAP/EFEM...
Nas primeiras décadas do século XXI, com o nítido prenúncio
de uma nova era de Humanismo fundamentado no íntimo entrelaçamento da renovação de Cultura e Conhecimento, conjugados com a
permanente e incessante renovação de tecnologias e inovações
científicas, afigura-se como fundamental a promessa de renovação
humanizada da nossa ancestral Sociedade Anatómica, de novo
alicerçada na conjugação do Humanismo cientificamente renovador,
com participação dos diversos quadrantes da Morfologia Nacional.
Nesse sentido, consideramos de fulcral importância, a
manutenção do vigor científico demonstrado nesta I Reunião Científica
da AAP. Igualmente se nos afigura de relevante interesse, a promoção
do mútuo patrocínio científico entre a Revista Oficial e as futuras
Direcções da Associação Anatómica Portuguesa, sendo mutuamente
frutuosas as publicações dos trabalhos apresentados em Reuniões
Científicas, com melhor visibilidade internacional, em plataforma
informática própria.
MARIA ALEXANDRE BETTENCOURT PIRES (MD, PhD)
(Prof. Auxiliar de Anatomia, Nova Medical School)
Secretária da Comissão Organizadora da XLVIII Reunião Científica AAP/SAP;
Editora Associada Archives of Anatomy;
Secretária da Direcção da AAP/SAP)
Fotografia dos Congressistas presentes na I Reunião Científica da AAP, nos claustros da
Faculdade de Ciências Médicas, Lisboa, 22 de Março de 2014.
Capa do panfleto da Exposição «Anatomia e Arte», organizada pela
FBAUL (v. Pg. 15)
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XLVIII Reunião Científica da SOCIEDADE ANATÓMICA PORTUGUESA (SAP)
e
I Reunião Científica da ASSOCIAÇÃO ANATÓMICA PORTUGUESA (AAP)
COMISSÃO ORGANIZADORA:
Presidente de Honra
J.A. Esperança Pina
Presidência
J.E. Goyri-O’Neill
D. Freitas Branco Pais
Comissão Científica
A.J. Gonçalves Ferreira
M. Oliveira Correia
Tesoureiro
F. Freire de Andrade
PROGRAMA CIENTÍFICO
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Comissão de Exposições e Posters
M. Assunção O’Neill
D. Casal
L. Mascarenhas de Lemos
P. Barata
D. Cabral
V. Cunha
Secretariado
I. Álvares Furtado
M. A. Bettencourt Pires
1. CONFERÊNCIA PLENÁRIA
Um Novo Olhar sobre a Anatomia
Cérebro sob stress
Resumo:
Prelector:
Prof. Doutor NUNO JORGE CARVALHO DE
SOUSA (MD PhD)
Life and Health Sciences Research Institute (ICVS)
School of Health Sciences
University of Minho
And ICVS/3B’s - PT Government Associate Laboratory,
Braga/Guimarães, Portugal
O stress, quando mal-adaptativo, tem um profundo
impacto na estrutura do cérebro e dos seus circuitos.
Na última década, houve um esforço para mapear os
efeitos crónicos do stress na estrutura cerebral e, em
paralelo, na caraterização dos seus correlatos
comportamentais e funcionais. A visão emergente é
que a exposição prolongada a stress induz um
“síndroma disconectivo”, que interfere na transmissão
e integração de informação crítica para orquestrar
uma resposta adaptativa apropriada. Nesta apresentação pretende-se partilhar um conceito integrado do
impacto do stress a nível cerebral e quais as suas
implicações patológicas.
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2. COMUNICAÇÕES ORAIS:
Anatomia Clínica;
Pedagogia em Anatomia/Medicina
Uma apresentação atípica de uma ferida perforante pré-auricular: exemplo de como a Anatomia é fundamental em situações emergentes.
Autores:
Diogo Casal1,2, Diogo Pais1, Maria Angélica
Almeida2, Diogo Gomes3, Luís Mascarenhas
Lemos1,4, Maria Alexandre Bettencourt
Pires1, João Goyri O’Neill1
Resumo:
Introdução: A importância da Anatomia na educação
médica pré-graduada tem vindo a decrescer na
maioria das escolas médicas de todo o mundo.
Todavia, do ponto de vista dos autores, esta matéria
continua a ser fundamental para os futuros médicos.
Caso Clínico: Um jovem de 22 anos, sexo
masculino, sem antecedentes pessoais relevantes, foi
transferido para um hospital central após uma
agressão com um fragmento de vidro na região préauricular direita duas horas antes. Segundo o médico
que transferiu o doente do hospital distrital, este
apresentava uma hemorragia arterial de grande débito através da ferida pré-auricular que tinha sido
tamponada nesse hospital. Na admissão, apresentava
uma lesão pulsátil pré-auricular na região do tamponamento e um défice motor discreto no territórío do
nervo bucal inferior. O doente foi levado ao Bloco
Operatório onde, sob anestesia geral, foi feito o
diagnóstico de secção longitudinal da artéria carótida
externa no interior da glândula parótida. Desafiando
as probabilidades, o fragmento de vidro tinha passado entre os dois grupos principais de ramos do nervo
facial e atingindo a carótida externa e alguns ramos
arteriais parotídeos.
Para melhor documentar esta situação, os autores
dissecaram em 5 cadáveres, a face e a região cervical
após injecção intravascular de um marcador corado,
de forma a colocar em evidência as várias estruturas
anatómicas envolvidas no diagnóstico e no tratamento deste caso clínico invulgar.
Conclusão: A Anatomia continua a ser uma
disciplina basilar no diagnóstico e tratamento
das
mais
diversas
situações
clínicas,
particularmente em casos dramáticos como o
descrito.
Filiação:
1-Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Nova de Lisboa
2-Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade
de Queimados; Centro Hospitalar de Lisboa Central
3-Departamento de Cirurgia Geral; Centro Hospitalar de
Lisboa Central
4-Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de
Lisboa Central
[email protected]
Indicações Anátomo-Clínicas e Resultados
Terapêuticos da Artrocentese no Tratamento da Disfunção Temporomandibular
Autores:
David Serrano Ângelo2; Ivo A. Furtado1,2;
R. Sousa1,3; T. Marques Rodrigues4; M.
Cassiano2; F. Salvado 2
Resumo:
Introdução: A Disfunção Temporo-mandibular
(DTM) é uma patologia que pode manifestar-se
com dor intensa, limitação da abertura máxima
oral e estalidos articulares. A artrocentense de
lise e lavagem é uma técnica cirúrgica simples
de tratamento da dor e da limitação da abertura
máxima oral. Objectivos: O principal objectivo
deste trabalho foi o de avaliar a melhoria na
escala da dor e na abertura máxima oral dos
doentes, pré e pós artrocentese. Foi abordada a
correlação entre as alterações clínicas e imagiológicas pré e pós artrocentese.
Material e Métodos: Efectuou-se uma análise
exploratória dos dados procurando evidenciar-se
as diferenças clínicas, analitica e graficamente.
Oito doentes com queixas de dor > 7 numa
escala de 0-10 (Visual Analogue Scale) na
Articulação Temporomandibular (ATM) e com
algum grau de limitação da abertura oral, foram
submetidos a artrocentese com visco-suplementação. Todos os doentes apresentavam diagnóstico por ressonância magnética (RM) de patologia
intra-articular. Aos 3 meses de pós-operatório
foi realizada nova RM em 3 doentes.
Resultados: Os resultados preliminares deste
estudo evidenciam uma acentuada diminuição
das queixas de dor no pós-operatório imediato e
8
ao 1º mês. A abertura máxima oral melhorou em
todos os doentes sendo significativa no final do 1º
mês. A melhoria clínica destes doentes não foi
sustentada por alterações imagiológicas.
Conclusões: A artrocentese é uma técnica cirúrgica
minimamente invasiva, de rápida execução, pouco
dispendiosa e com raras complicações associadas,
que permite diminuir a dor dos doentes e aumentar a
abertura máxima oral num curto período de tempo.
Está indicada em casos de dor intensa da ATM,
associada a patologia intra-articular, com marcada
limitação funcional e que não cede à terapêutica
médica convencional. É necessário um estudo mais
abrangente, já em curso, com follow-up de maior
duração para validar e complementar estes
resultados.
Filiação:
1.Instituto de Anatomia. Faculdade de Medicina. Universidade
de Lisboa.
2.Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar de LisboaNorte
3.Serviço de Imagiologia do Centro Hospitalar de Lisboa-Norte
4.Departamento de Bioestatística da Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa
[email protected]
Alterações anatómicas crânio-faciais em crianças com patologia respiratória crónica
Autores:
Helena Afonso Agostinho2; Ivo Álvares
Furtado1,2; F. Salvado e Silva2; J.M.Ustrell3
Resumo:
Introdução: Os autores apresentam resultados de
estudo efectuado, entre 2010 e 2013, no Serviço de
Estomatologia do CHLN. Objectivos: a) Determinar
o padrão facial e a má-oclusão numa população com
patologia respiratória crónica, comparando-a com
outra sem a mesma patologia; b) Verificar se existe
correlação, entre o tipo de dificuldade respiratória e
o de má-oclusão. c) Identificar, os diferentes tipos de
má-oclusão que correspondem aos diferentes tipos
de obstrução.
Material e Métodos: Comparou-se um grupo de 100
crianças, 5 aos 14 anos, ambos os sexos, com máoclusão dentária, patologia respiratória crónica e
respiração oral (grupo de estudo) com um grupo de
100 crianças com má-oclusão, sem patologia
respiratória, com respiração nasal (grupo de
controlo).
Realizou-se
sistematicamente
estudo
cefalométrico na telerradiografia de perfil e
medições em modelos de estudo. Utilizou-se o
teste estatístico de t-student e de Mann Whitney
(software SPSS). Considerou-se o nível de
significância ≤ 0,05.
Resultados:Encontraram-se
alterações
estatística-mente significativas no padrão do
esqueleto cefálico. O grupo de estudo apresentou
valores mais elevados para as variáveis FMA,
SN.GoGn, SN-Ocl, AFI e valores menores para
o comprimento maxilar, N-ANS, Po-Go, e
overbite. Na avaliação das vias respiratórias
realizaram-se 5 medições, desde a nasofaringe
até à altura do hióide. Verificou-se que o grupo
de estudo apresenta valores menores em quatro
das cinco medidas efectuadas.
Nos modelos de estudo obteve-se um aumento,
das distâncias intermolares inferiores, distância
intercaninos inferiores e número de dentes cruzados anteriores e posteriores para o grupo de
estudo.
Conclusões: a) A doença respiratória crónica
altera o padrão de crescimento crânio-maxilofacial b) Os doentes do grupo de estudo são
esqueleticamente mais verticais; apresentam
uma arcada dentária inferior mais larga no sector
posterior; têm uma via respiratória de menor
largura que pode condicionar alterações esqueléticas. c) O diagnóstico anátomo-clínico preçoce permite prevenir e corrigir alterações de
ocorrência previsível.
Filiação:
1.Instituto de Anatomia, Faculdade de Medicina de Lisboa
2.Serviço de Estomatologia do Centro Hospitalar de
Lisboa-Norte
3.Faculdade de Odontologia da Universidade de Barcelona
[email protected]
Anatomia Endoscópica do Esfenóide e
Clívus. Caso Clínico de Rádio-necrose do
Clívus Secundário a Radiocirurgia.
Autores:
Vitor Oliveira1; Paulo Vale1; Ricardo
Santos1; Deodato Rego Silva1; Pedro
Escada1,2
Resumo:
Introdução: Em resultado dos avanços das
técnicas endoscópicas, estas têm ganho prefe-
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rência no acesso a lesões da base do crânio. A janela
cirúrgica anterior transnasal garante um acesso
directo ao esfenóide e ao clívus. O conhe-cimento
anatómico desta área da base do crânio é
imprescindível à instrumentação local numa área
complexa e com relações anatómicas neurovasculares importantes.
Caso clínico: Descrição de um caso clínico de um
doente de 44 anos de idade, submetido a
radiocirurgia (“Gama Knife”) por recorrência local
de carcinoma da nasofaringe. O tratamen-to
controlou a doença local mas o doente desen-volveu,
6 meses depois, uma fístula de líquor do clívus por
osteoradionecrose. Para o tratamento da fístula
foram realizados vários procedimentos de
reconstrução por técnica transnasal endoscópica,
com utilização de retalhos vasculares pediculados.
Conclusões: A janela cirúrgica anterior transnasal
permite acesso directo ao clívus e esfenóide. A
condição para a segura abordagem desta área da base
do crânio é a criação de uma equipa multidisciplinar
suplementada de conhecimento anatómico e cirúrgico extenso bem como de técnicas de imagem,
instrumentação e proficiência nas estratégias de
reconstrução.
Filiação:
1.Serviço de ORL, Hospital de Egas Moniz (CHLO)
2.Faculdade de Ciências Médicas, Univ. Nova de Lisboa
[email protected]
Retalhos Baseados na Artéria Esfeno-Palatina
para Reconstrução de Defeitos da Base do
Crânio
Autores:
João Pimentel1 ; Ricardo Santos2; Pedro
Escada3; Assunção O'Neill4; João Goyri
O'Neill 5
Resumo:
Introdução: A cirurgia nasal endoscópica da base do
crânio pode criar, após a resecção tumoral, grandes
defeitos durais da base do crânio.
O desenvolvimento de retalhos pediculados
baseados nos ramos da artéria esfeno-palatina veio
diminuir a taxa de complicações e facilitar a rápida e
completa cicatrização dos defeitos.
Materiais e Métodos: Descrição da anatomia
intranasal e dos retalhos baseados na artéria esfenopalatina e dos seus ramos.
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Apresentação
de
dois
casos
clínicos
demonstrativos da aplicação clínica dos retalhos
pediculados baseados na artéria esfeno-palatina.
Resultados: A artéria esfeno-palatina divide-se
dando origem aos seus ramos terminais: ramo
septal posterior e ramo nasal postero-lateral. O
retalho naso-septal e o retalho do corneto
inferior de pedículo posterior têm origem nestes
ramos e permi-tem a reconstrução de defeitos da
base do crânio. No primeiro caso clínico
apresentado a doente tinha um defeito de toda
base anterior do crânio, criado após resecção
endoscópica de um estesioneuro-blastoma com
extensão intracraniana. A reconstrução foi
realizada com um retalho pediculado do septo
nasal baseado na artéria septal posterior (retalho
naso-septal de Hadad-Bassa-gasteguy). No
segundo caso, o doente tinha um defeito do
clivus criado após osteo-necrose rádica por
tumor da nasofaringe. A reconstrução foi
realizada com um retalho pediculado baseado da
artéria do corneto inferior (retalho do corneto
inferior de pedículo poste-rior).
Conclusão: O conhecimento da anatomia da
artéria esfeno-palatina é fundamental na cirurgia
endonasal endoscópica da base do crânio. A utilização de retalhos pediculados permite uma
adequada reconstrução dos defeitos da base do
crânio diminuindo a taxa de complicações.
Filiação:
1. Licenciado em Medicina (Médico interno do 5º ano) /
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Egas Moniz
2. Licenciado em Medicina (Médico interno do 4º ano) /
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Egas Moniz
3. Doutorado (Médico, Director de Serviço) / Serviço de
Otorrinolaringologia do Hospital de Egas Moniz /
Faculdade de Ciências Médica da Universidade Nova de
Lisboa
4. Licenciada em Medicina (Médica, Assistente Hospitalar
Graduada) / Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de
Egas Moniz / Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Nova de Lisboa
5. Doutorado (Professor Catedrático Anatomia) / Faculdade
de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Variantes
anatómicas
das
artérias
coronárias – revisão imagiológica não
invasiva.
Autores:Hugo
Miguel
Rodrigues
Marques1 ; Pedro Gonçalves2; António
Ferreira3;
O´Neill5
Rosana
Santos4;
João
Goyri
Resumo:
O conhecimento das variantes anatómicas das
artérias coronárias reveste-se de importância clínica.
Apesar de raras, existem variantes que estão
correlacionadas com prematura morbi-lidade e
mortalidade cardíaca. As variantes malignas são
aquelas que causam ou podem causar morte súbita
O uso crescente de métodos imagiológicos não
invasivos tridimensionais de avaliação das arté-rias
coronárias, nomeadamente a Angio-TC co-ronária e
a RM coronária, tem permitido um maior
conhecimento e acuidade diagnóstica des-tas
variantes.
Tendo por base um registo prospectivo com mais de
2500 Angio-TC e Angio-RM das coro-narias,
ilustram-se os principais tipos de variantes
anatómicas e discute-se a sua significância clínica.
Filiação:
1. DR/PhD student/Hospital da Luz; Hospital de Santa Marta;
FCM
2. PhD/ Hospital da Luz
3. Dr/Hospital da Luz
4. DR/ Hospital santa Marta
5. PhD/ FCM
[email protected]
Estudo anatómico e clínico do retalho braquial
posterior.
Autores:
Diogo Casal1,2, Diogo Pais1, Maria Angélica
Almeida2, Joaquim Bexiga2, Francisco
Carvalho2, Luís Mascarenhas Lemos1,3,
Maria Alexandre Bettencourt Pires1, Carlos
Godinho1, João Goyri O’Neill1
Resumo:
Introdução: O retalho posterior do braço foi descrito
por Masquelet em 1984. Contudo, o seu uso não tem
sido muito divulgado e a sua descrição está mesmo
ausente da maioria dos tratados de Cirurgia Reconstrutiva.
Métodos: Em 10 cadáveres humanos, efectuou-se
uma injecção intravascular de contraste corado. Em
seguida, o flanco posterior do braço foi cuidadosamente dissecado, a fim de determinar a origem,
número e calibre das artérias, veias e nervos que
supriam esta região. Após a dissecção, o retalho
braquial posterior foi diafanizado e o território de
cada vaso foi observado. Os resultados foram
resumidos
e
utilizados
como suporte
bibliográfico para o tratamento cirúrgico de sete
doentes com defeitos tegumentares da região
axilar.
Resultados: Na maioria dos membros dissecados
(70%), foram encontrados dois pedículos
arteriais principais. O pedículo superior derivava
da artéria braquial em quase todos os casos,
enquanto o pedi-culo inferior era oriundo da
artéria colateral ulnar superior. Foram
encontrados diversos pedículos miocutâneos
menores. A drenagem venosa da região do
retalho era dependente das veias comitantes das
arté-rias mencionadas, e por várias veias
menores variáveis que escoavam para as veias
braquial ou basílica. O nervo cutâneo posterior
do braço parecia fornecer a maior parte do
território do retalho. Clinicamente, o tamanho do
retalho variou entre 7 e 12 cm de largura e 15 a
25 cm de comprimento. Todos os retalhos
sobreviveram sem intercorrências cumprindo os
objectivos reconstrutivos.
Conclusões: Os dados anatómicos descritos
neste trabalho diferem significativamente dos
que foram descritos por outros autores, nomeadamente por terem sidos encontrados dois
pedículos principais na maioria dos casos.
Filiação:
1-Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Nova de Lisboa
2-Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade
de Queimados; Centro Hospitalar de Lisboa Central
3-Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de
Lisboa Central
[email protected]
Anatomia. O Impacto em Medicina Geral e
Familiar
Autores:
Rita Fontes de Oliveira; Eduarda
Cerdeira
Resumo:
A Anatomia é um dos pilares fundamentais das
ciências médicas, com um envolvimento transversal a todas as áreas da medicina.
Intuitivamente menos relacionada com esta
disciplina é a Medicina Geral e Familiar, uma
especialidade predominantemente médica. Este
trabalho surge no âmbito da necessidade de cla-
11
rificar quais as áreas de aplicação do conhe-cimento
anatómico, identificar as suas even-tuais lacunas e
promover a pesquisa e a apren-dizagem.
Neste sentido, foi feita uma extensa revisão
bibliográfica de artigos relativos a estudos reveladores desses indicadores e apresentados os temas
que suscitam maior debate no quotidiano de um
Interno Complementar de Formação Especifica de
Medicina Geral e Familiar.
Deste modo, é incontestável a importância do
conhecimento anatómico para todos estes médicos,
sendo o Sistema Nervoso Periférico, Aparelho
Locomotor e o Sistema Nervoso Cen-tral as áreas de
maior relevo. É flagrante o desconhecimento da
população face à anatomia, mesmo naqueles
portadores de doença relacio-nada com determinada
região anatómica.
Sendo o front-office de todo o Sistema Nacional de
Saúde, os Cuidados de Saúde Primários, na pessoa
do Médico de Família, assumem o papel principal na
Saúde em Portugal. É imperativo que este aprimore
as competências técnicas e, por outro lado, adquirira
os conhecimentos necessários para dar resposta às
questões dos utentes relativamente à fisiopatologia
das suas doenças, promovendo, assim, direta ou
indire-tamente, a educação para a saúde.
Realçam-se também as diferenças entre a
Anatomia Clássica laparotómica da Anatomia
laparoscópica.
[email protected]
Resumo:
Introdução: Recentemente, o ensino da Anatomia tem sofrido alterações na Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade Nova de
Lisboa (FCM-UNL). No novo Plano de Estudos
de 2011, o ensino pré-graduado da Anatomia
deixou de ser efectuado em duas disciplinas
anuais, para passar a ser ministrado em 3
unidades curriculares (UCs) semestrais obrigatórias: Anatomia Geral, Fundamentos de Neurociências e Imagiologia e Anatomia Clínicas.
Concomitantemente, passaram a existir duas
UCs semestrais opcionais no primeiro e segundo
anos de Anatomia Regional I: Tórax, Abdómen,
Pelve e Períneo e Anatomia Regional II: Cabeça,
Pescoço, Dorso e Membros, em que o ensino da
Anatomia é eminentemente prático e centrado na
dissecção cadavérica.
Metódos: Para este trabalho foram registados
prospectivamente os resultados das avaliações
dos alunos destas UCs, na sua componente
prática e teórica. Adicionalmente, foram
aplicados questionários anónimos para avaliar a
Pedagogia em Anatomia/Medicina :
Vídeo:
Aprendizagem de cirurgia laparoscópica –
uma visão anatómica perfeita
Autores:
Jose Manuel Novo Matos 1,2; António Silva
Bernardes1,2
Resumo:
Os autores apresentam um video representativo da
abordagem cirúrgica de uma hérnia gigante do hiato
esofagico, realizado no cadáver embalsamado. e que
serviu para ensino desta tecnica num curso destinado a Cirurgiões.
A utilização do cadáver é uma inovação nacional no
ensino das técnicas macroscópicas, tendo sido ate
aqui sempre utilizado o sus scrofa domestica pelas
suas semelhanças anatómicas ao homem.
12
Filiação:
1. Serviço CHLC
2. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
[email protected]
As novas Unidades Curriculares de
Anatomia Regional I e II na Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade Nova de
Lisboa – avaliação dos dois primeiros anos
de expe-riência
Autores:
Diogo Pais, Diogo Casal, Luís
Mascarenhas-Lemos, Pedro Barata,
Carlos Godinho, Maria Alexandre
Bettencourt-Pires, Francisco Freire-deAndrade, Maria Assunção O’Neill, Rafael
Roque, Nelson Gilberto, Luís Cardoso,
Tiago Eça, João Pedro Marto, João
Goyri-O'Neill
importância que os alunos atribuíam a estas UCs
para a sua formação em diversos domínios.
Resultados: As taxas de aprovação e as ava-liações
finais nestas UCs não diferiram signi-ficativamente
dos observados nas outras UCs em que a Anatomia
era ensinada. Mais de 75% dos alunos classificavam
o ensino nestas UCs como “Bom” ou Muito Bom” e
consideravam a UC como “Muito Importante” para a
sua formação global como médicos.
Conclusões: Estes dados suportam a pertinência da
introdução das novas unidades curriculares de
Anatomia Regional I e II no novo plano de estudos
da FCM-UNL. De acordo com a per-cepção dos
alunos que frequentaram estas uni-dades curriculares
e dos próprios docentes que as ministraram, estas
disciplinas deveriam ser tornadas obrigatórias.
Filiação: Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Exemplo prático do ensino de Anatomia
Regional e dissecção na Nova Lisbon Medical
School
Autores:
Maria Alexandre Bettencourt Pires1; Diogo
Pais1; Inês Tlemçani1; João Chambino1;
Mariana Martinho1; João Goyri O’Neill 1.
Resumo:
Em 2011, iniciou-se com nova Reforma curricular
do ensino de Mestrado Integrado em Medicina na
Faculdade de Ciências Médicas (Nova Medical
School), a leccionação da disciplina opcional de
Anatomia Regional, sob regência do Prof. Doutor
Diogo Pais. Logo no primeiro minuto de abertura
das inscrições para a disciplina ficaram largamente
esgotadas as 50 vagas (numerous clausus) da
disciplina.
O entusiasmo do corpo discente na adesão às
inscrições reflectiu-se igualmente no entusiasmo
verificado pelos estudantes em aderir e corresponder
a todas as tarefas atribuídas a longo da leccionação
da disciplina, e na excelência dos resultados obtidos.
A título de exemplo prático e informativo, daremos
palavra a três dos nossos estudantes (Inês Tlemçani;
João Chambino e Mariana Martinho), para pequena
demonstração de resultados, sob a forma de apresentação do seu relatório final de dissecção, escolhido
por entre apresentações de trabalhos da sessão de
encerramento da disciplina e avaliação final.
A presente comunicação funcionará como
comple-mento ilustrativo de prévia exposição
preparada pelo Regente da disciplina, Prof.
Diogo Pais.
Filiação:
1. Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências da
Universidade Nova de Lisboa
[email protected]
Terminologias Morfológicas – Tendências
Futuras
Autores:
Diogo Pais1,2, Lutz Vollrath3, Pierre
Sprumont4, João O’Neill1
Resumo:
Panorama histórico – Desde a publicação da
Basle Nomina Anatomica (BNA)(1895),
desenvolvida pela Sociedade Anatómica alemã,
que não teve aceitação universal, várias
tentativas de uniformizar as terminologias
morfológicas foram sendo discutidas e
publicadas pelos comités de nomenclatura da
“Inter-national Federation of Associations of
Anatomists” (IFAA): a Parisiensia Nomina
Anatomica (1955), posteriormente Nomina
Anatomica, com várias actualizações, a Nomina
Histologica (1977), a Nomina Embryologica
(1977) e mais recentemente as Terminologia
Anatomica (TA)(1998), Terminologia Histologica (2007) e Terminologia Embryologica (2013).
Organização Federativa – Face à falta de
universalidade da BNA, o 5º Congresso da
IFAA, reunido em Oxford em 1950, estabeleceu
o “International Anatomical Nomenclature
Committee” (IANC) que, tendo tentado ser
independente da IFAA em Londres (1985), foi
substituído pelo “Federative Committee on
Anatomical Terminology” (FCAT) (Rio de Janeiro, 1989), posteriormente designado “Federative International Committee on Anatomical
Terminology” (FICAT) responsável pela TA,
cuja aceitação mais generalizada se encontra
exemplificada, por exemplo, no seu reconhecimento e adopção pela 39ª edição do Gray’s
Anatomy (2005) e, em Portugal, pelas últimas
edições do tratado de Anatomia Humana de J.A.
Esperança Pina. Em 2010, em Taormina-Sicília,
o FICAT deu lugar a um novo paradigma na
discussão e revisão federativa das Termi-
13
nologias Morfológicas, o “Federative Interna-tional
Programme on Anatomical Terminolo-gies”
(FIPAT) actualmente em vigor.
FIPAT e Tendências Futuras – O FIPAT vem alterar
radicalmente a forma como a IFAA se posiciona em
relação às Terminologias Morfo-lógicas: enquanto
no FCAT/FICAT um conjunto alargado de
morfologistas de várias especiali-dades se reuniam,
periodicamente,
para
discutir
as
várias
Terminologias, o FIPAT criou grupos de trabalho
definidos por especialidades, cada um com um
coordenador, 3 ou 4 conselheiros (advisors) e um
número ilimitado de consultores (consultants). Estão
a ser finalizadas as Termi-nologias Odontologica e
Antropologica, ao mesmo tempo que está a ser
revista a TA, tornando-a progressivamente mais
estruturada informaticamente através de uma árvore
hierárquica que estará acessível online livre-mente a
todos os membros das Sociedades Anatómicas do
mundo inteiro, para que possam contribuir para a sua
revisão.
Filiação:
1 – Departamento de Anatomia da FCM-UNL
2 – Conselheiro para a Anatomia Macroscópica (Advisor –
Gross Anatomy) do FIPAT
3 – Presidente do FIPAT (Universidade Johannes Gutenberg de
Mainz – Alemanha)
4 – Secretário e Coordenador do Grupo Informático do FIPAT
(Universidade de Fribourg – Suiça)
[email protected]
Anatomia da Macro à Ultraestrutura;
Novas Tecnologias aplicadas à
Anatomia/Medicina;
Da barreira hematoencefálica à unidade neurovascular: conceitos actuais e novos desafios
Autor:
Maria Alexandra Brito
Resumo:
A barreira hematoencefálica (BHE) é uma interface
complexa entre o sangue e o encéfalo que protege o
tecido nervoso da entrada de compostos tóxicos e
agentes patogénicos. Recentemente surgiu o conceito de unidade neurovascular (UNV), que constitui
um novo paradigma para a investigação do sistema
nervoso central (SNC) em condições fisiológicas e
patológicas. De acordo com este conceito, todos os
14
componentes do encéfalo, incluindo as células
vasculares e perivasculares, bem como as células
nervosas e gliais, e ainda a matriz extracelular,
devem ser examinados num contexto integrado
uma vez que a normal interacção e comunicação
entre eles é essencial para assegurar a
homeostase do tecido nervoso. Este trabalho visa
apresentar o estado da arte relativamente à
organização estrutural da BHE e suas
propriedades, salientando-se o papel do
endotélio como interface dinâmica entre a
periferia e o SNC, revendo-se os mecanismos de
transporte através do endotélio e o papel dos
transportadores de efluxo como obstáculo à
terapêutica de patologias do SNC. Serão também
apresentadas as principais características dos
vários componentes da UNV e a sua influência
nas propriedades da BHE e do parênquima
encefálico. Será, ainda, abordada a teoria
neurovascular para a neurodegeneração, que
preconiza que alterações no funcionamento da
UNV estejam na base de estados de doença e
que a disfunção vascular possa mesmo preceder
a lesão neuronal em doenças neurodegenerativas. Serão igualmente indicados
aspectos que merecem clarificação e apontadas
direcções para possíveis estudos futuros.
Filiação: Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa
[email protected]
Decrease in pericyte vascular coverage may
contribute to vascular fragility and agerelated brain vulnerabilities
Autores:
Cátia Janota1; Dora Brites2; Cynthia
Lemere3; Maria Alexandra Brito4
Resumo: The increase of life expectancy is
accompanied by an upsurge of age-related
diseases and neurodegeneration, which may be
mediated by pericyte loss. To assess the
involvement of these perivascular cells in brain
vulnerability, we examined immunohistochemically the hippocampus of C57 BL/6 mice
at three ages: young, middle and old (6, 12-14
and 23-28 month, respectively). The number of
hippocampal vessels with no ensheathing
pericytes increased from 19% in young to 32%
in middle-age (p<0.05), and further progressed
to 38% in old animals (p<0.05), pointing to microvascular fragility with ageing. CA1 was the most
affected region, increasing from 20% to 45% the
number of microvessels not covered with pericytes.
Interestingly, circulating molecules appeared in the
parenchyma along time as a function of molecularweight, with thrombin detected in middle-age and
albumin in old animals. The receptor for advanced
glycation end-product (RAGE), expressed by
endothelial cells and responsible for the brain influx
of Aβ peptide, was already increased (p<0.01) in
middle-age and sustained thereafter. This receptor
was similarly elevated in the diverse hippocampal
regions. These results reveal a decline in pericyte
microvascular coverage with ageing that may
contribute to microvessel hyperpermeability and the
entrance of blood-borne molecules into the brain,
with ensuing neurotoxicity, thus pointing to
pericytes as a possible target to prevent microvascular alterations with ageing.
Supported by FCT (CJ, DB, MAB) and philanthropic funds
(CL).
Filiação:
1. Research Institute for Medicines (iMed.UL), Faculdade de
Farmácia, Universidade de Lisboa
2. Research Institute for Medicines (iMed.UL), Faculdade de
Farmácia, Universidade de Lisboa e Departmento de Bioquímica e
Biologia Humana, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa
3. Center for Neurologic Diseases, Brigham and Women's Hospital,
Harvard Medical School, Boston, USA
4. Research Institute for Medicines (iMed.UL), Faculdade de Farmácia,
Universidade de Lisboa e Departmento de Bioquímica e Biologia
Humana, Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa
[email protected]
Arquitectura arteriolar do estômago da cobaia
por M.E.V. (Microscopia Electró-nica de
Varrimento) de moldes de corrosão vascular.
Autores:
José Luís Guedes da Silva, Pedro Coelho
Barata, Assunção O’Neill, João Goyri
O’Neill.
Resumo:
Introdução: Descrevemos a Arquitetura arteriolar da
parede gástrica da cobaia no âmbito da investigação
experimental
das
consequências
sobre
a
microcirculação do fundo gástrico após laqueação
dos vasos curtos.
Material e método: Em oito cobaias adultas, género
feminino, peso médio de 741,6 gramas, eutanasiadas
por exsanguinação, sob anestesia geral, colocou-se
um cateter plástico na aorta ascendente, via
punção do ventrículo esquerdo, para infusão
sequencial com: heparina, soro fisiológico
aquecido, Gluter-aldeído, e solução de Mercox
CL-2R com metil-metacrilato monomérico (10%
do peso animal). Após corrosão e metalização,
amostras de parede gástrica foram analisadas em
MEV.
Resultados:
As artérias gástrica esquerda,
gastro-omental esquerda e vasos curtos gástricos
fornecem o plexo subseroso gástrico (primeira
ordem). Destas artérias desprendem-se dois tipos
de colaterais que nutrem a parede gástrica: os
vasos retos (segunda ordem), que estabelecem
comunicação entre a origem subserosa e o plexo
mucoso; e arteríolas penetrantes (terceira ordem)
que, dispostas em plexo, vascularizam a camada
muscular própria e se relacionam e fornecem o
plexo submucoso. Os ramos terminais dos vasos
retos e do plexo arteriolar submucoso
anastomosam-se entre si e formam o plexo
mucoso.
Faculdade de Ciências Médicas, Univ. Nova de Lisboa.
[email protected]
Variações anatómicas das paratiróides que
dificultam a sua preservação
Autores:
Catarina Melo; Susana Pinheiro; António
Bernardes.
Resumo:
Objectivo/Introdução:
É indispensável conhecer a morfologia da
glândula tiróide e das estruturas com ela
relacionadas para diminuir a incidência de
hipoparatiroidismo pós-operatório. As glândulas
paratiróides têm uma localização variável, o que
dificulta a sua identi-ficação e preservação.
Pretendeu-se identificar estas glândulas e
confirmá-las histológicamen-te.
Material e Métodos:
Foram dissecadas 46 peças de cadáver, simulando tiroidectomias, sendo isoladas as glândulas tiróides e fragmentos que correspondiam a
"eventuais" glândulas paratiróides, que foram
submetidas a estudo histológico.
Resultados:
Foram isoladas 121 "eventuais" glândulas para-
15
tiróides das quais 77 foram confirmadas histologicamente.
Construíram-se 3 grupos de acordo com o número de
paratiróides confirmadas. No Grupo 1 (18 casos)
todas as "eventuais" paratiróides foram confirmadas.
No Grupo 2 (20 casos) algumas paratiróides foram
confirmadas. No Grupo 3 (8 casos) nenhuma das
"eventuais" paratiróides foi confirmada. Em 11 das
46 tirói-des, foram identificadas glândulas
paratiróides no estudo histológico: 4 sub-capsulares;
4 extra-capsulares e 3 intratiroideias. As dimensões
das paratiróides não tinham relação estatisticamente
significativa
Discussão:
O conhecimento da anatomia do compartimento
central do pescoço e suas variações mais frequentes
diminui, mas não elimina a morbili-dade da cirurgia
da tiróide, nomeadamente a ex-cisão iatrogénica das
paratiróides, cuja dificul-dade de identificação foi
evidenciada com as peças dissecadas.
10). Por nos depararmos com taxas de necrose
parcial do retalho elevadas utilizando esta
técnica, testámos duas novas modalidades de
construção de RVA. Num grupo anastomosámos
latero-lateralmente os vasos femorais a montante
da terminação da VECS e laqueámos a veia
femoral a jusante da terminação da VECS
(Grupo II, n=10). Noutro grupo anastomosámos
termino-lateralmente a VECS na artéria femoral
(Grupo III, n=10). Noutro grupo levantámos esta
região do rato como retalho convencional
(Grupo IV, n=10) Os retalhos foram avaliados
clinicamente, com recurso a oximetria
transcutânea e, no final da experiência (30 dias),
os ratos foram sacrificados, tendo os retalhos
sido recentemen-te, têm surgido resultados
animadores com o uso de retalhos venosos
arterializados
(RVAs)
nestas
situações.
submetidos a estudo histológico ou por
microscopia electrónica de varrimento.
Filiação:Instituto de Anatomia, Faculdade de Medicina, Universidade de
Coimbra
Resultados: Cinco dos ratos do grupo II
apresentaram sinais de congestão venosa
significativa do membro inferior caudal e 4 deles
morreram nas 48 horas após o início da
experiência. Os ratos do grupo II que
sobreviveram e os ratos do grupo III
apresentaram taxas de sobrevivência significativamente maiores que os do grupo I (técnica
clássica).
Conclusões: A técnica descrita para o grupo III
corresponde a um novo método de elaborar
RVAs na parede ventro-lateral do abdómen do
rato, permitin-do obter taxas de sobrevivência
superiores à técnica classica e comparáveis às
obtidas com os retalhos convencionais.
[email protected]
Um novo modelo de retalho fascio-cutâneo
venoso arterializado no rato Wistar
Autores:
Diogo Casal1,2, Diogo Pais1, Paula Videira3,
Maria Angélica Almeida2, Eduarda Silva4,
Inês Iria5,Luís Mascarenhas Lemos1,6, Sara
Morais6, Cláudia Pen6, José Martins
Ferreira6, Mário Ferraz-Oliveira6, Valentina
Vassilenko4, João Goyri O’Neill1
Resumo:
Introdução: Em 1981, Nakayama introduziu o
conceito de retalho venoso arterializado (RVA).
Embora tenha havido desde então alguns estudos
com a utilização deste tipo de retalhos, os resultados
obtidos são muitas vezes contraditórios e
desencorajadores.
Métodos: Começámos por estudar detalhadamente a
macro e microvascularização arterial e venosa da
parede abdominal do rato Wistar em 40 ratos Wistar.
Em seguida, usámos este conhecimento, para
reproduzir a técnica descrita por Nakayama,
anastomosando latero-lateral a artéria e a veia
femorais a montante da terminação da veia
epigástrica caudal superficial (VECS) (Grupo I; n=
16
Filiação:
1-Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Nova de Lisboa
2-Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade de
Queimados; Centro Hospitalar de Lisboa Central
3-Departamento de Imunologia da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Nova de Lisboa
4-Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de
Lisboa
5-Departamento de Engenharia Biomédica da Universi-dade
Lusófona
6-Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de Lisboa
Central.
[email protected]
Estudo anatómico e histológico da potencialidade de diversas regiões dos membros
superior e inferior como fontes de retalhos
fasciocutâneos venosos arterializados.
Autores:
Diogo Casal1,2, Diogo Pais1, Paula Videira3,
Maria Angélica-Almeida2, Eduarda Silva4,
Luís Mascarenhas Lemos1,5, Cláudia Pen5,
Sara Morais5, José Martins-Ferreira5, Mário
Ferraz-Oliveira5, Maria Alexandre
Bettencourt Pires1, Carlos Godinho1, João
Goyri O’Neill1
Resumo:
Introdução: Os defeitos tegumentares isolados ou
combinados com defeitos tendinosos, ósseos,
vasculares e nervosos podem surgir após uma grande
variedade de situações, sendo o seu tratamento
difícil.
Métodos: Vinte e cinco cadáveres foram submetidos a injecção intravenosa de Micro-paque®
corado com pigmento azul nas veias dorsais dos
dedos com catéter 22 G, ao mesmo tempor que a
porção proximal dos membros era garrotada. Em
seguida, efectuou-se dissecção das regiões de
interesse. As estruturas iden-tificadas foram medidas
e posicionadas quanti-tativamente relativamente às
estruturas anató-micas mais constantes (grandes
articulações e extremidades ósseas). Efectuou-se
avaliação histológica dos segmentos de interesse
cirúrgico e coloração com hematoxilina-eosina,
tricrómio de Masson e com imunohistoquímica com
marcação
para
Neurofilamentos,
Periferina,
Acetilcolinesterase e CD-31. Após esta pre-paração,
as peças foram avaliadas histomorfo-metricamente
com recurso ao software Image J®.
Resultados: Algumas regiões dos membros
apresentam
veias
superficiais
relativamente
constantes que permitem a elaboração de RVAs com
diferentes padrões geométricos em dife-rentes
porções dos membros superiores e inferiores,
nomeadamente nas faces medial e lateral do braço,
na face anterior do antebraço, nos flancos medial e
lateral da perna e no dorso do pé. Nestes locais, é
possível associar o sistema venoso superficial a
outras estruturas, como tendões, nervos superficiais
de calibre significativo e mesmo segmentos ósseos.
Conclusões: Estes dados permitem expandir as
indicações potenciais dos RVAs na prática clínica,
permitindo a reconstrução não só de defeitos
tegumentares como de defeitos nervosos,
tendinosos e/ou ósseos.
Filiação:
1-Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Nova de Lisboa
2-Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade de
Queimados; Centro Hospitalar de Lisboa Central
3-Departamento de Imunologia da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Nova de Lisboa
4-Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de
Lisboa
5-Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de Lisboa
Central
[email protected]
Estudo Morfológico e Hemodinâmico da
Anastomose Interarterial do cordão
umbilical humano
Autores:
Diogo Reis Cabral1; Vanessa Cunha2;
Assunção O’Neill1,3; Valentina
Vassilenko4; João Goyri O’Neill1
Resumo:
Introdução: Alterações patológicas nos topos do
cordão umbilical têm sido relacionadas com
alte-rações do fluxo e morfologia dos vasos
cordonais. A relação entre hemodinâmica e
morfogénese dos sistemas vasculares, apesar de
postulada no século XIX, só recentemente
começou a ser melhor compreendida com os
contributos da bio-engenharia e biofísica.
Contudo, os modelos actualmente existentes
para a placenta humana não contemplam a
variação morfológica vascular, o que os afasta
da fisiologia vascular in vivo, tornando-os
insuficientes.
Métodos: Foi aliado ao estudo da variação morfológica o estudo hemodinâmico pela construção
de um modelo da anastomose interarterial do
cordão umbilical (Hyrtl) a partir de modelos
vasculares obtidos por injecção-corrosãofluorescência de 20 pla-centas humanas normais,
integrantes da tese de Doutoramento de Goyri
O’Neill, “Vascularização da Placenta Humana”.
Para o estudo morfológico foram efectuadas
medições paquimétricas, fotografadas as
anastomoses de Hyrtl em plano coronal e
utilizado o programa ArchiCAD14® para obter
os ângulos vasculares. Com estes dados foi
estabelecido um modelo de circulação placentar
normal onde, pela variação dos dados
17
morfológicos
observados,
foram
efectuadas
simulações através do programa ANSYS®-CFX.
Resultados e Discussão: Seguindo uma perspectiva
multidisciplinar e holística, o estudo permitiu
verificar uma correlação forte hemodinâmica entre o
fluxo da face corial da placenta, o ângulo vascular
entre a Anastomose de Hyrtl e as artérias umbilicais.
A resistência vascular equivalente apresenta também
uma relação linear com o comprimento e localização
da Anastomose de Hyrtl.
Conclusão: Os resultados obtidos sustentam a
hipótese de um papel funcional da anastomose
arterial e regulador na distribuição do fluxo
placentar.
Filiação:
1.Departamento de Anatomia, Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade NOVA de Lisboa
2.Centro de Física e Investigação Tecnológica (CeFITec), Faculdade de
Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa
3.Serviço de ORL. Hospital de Egas Moniz. Lisboa
4. Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.
[email protected]
Tratografia do Nervo Facial
Autores:
Gonçalo Neto d´ Almeida; Luis Sousa
Marques; Pedro Gonçalves Pereira; Pedro
Alberto Escada 1,2
Resumo:
Os schwannomas do nervo vestibular corres-pondem
a cerca de 6 a 8% dos tumores intra-cranianos
primários e são responsáveis por 78% dos tumores
diagnosticados no ângulo ponto-cerebeloso. O seu
diagnóstico é feito por Ressonância Magnética. A
principal morbilidade do tratamento cirúrgico é a
lesão do nervo facial.
Os autores descrevem uma técnica de imagem
inédita em Portugal - a Tratografia do Nervo Facial
por DTI - que permite obter, no pré operatório, a
imagem do trajecto do nervo facial, no seu
componente cisternal, evitando, assim, durante a
cirurgia, a morbilidade referente ao nervo facial.
Este projecto, a decorrer desde 2010, engloba os
Serviços de Neurocirurgia e Otorrinolaringo-logia
do Hospital de Egas Moniz, em Lisboa, o Serviço de
Neuroradiologia do Hospital dos Lusíadas, em
Lisboa e o Serviço de Radiologia da Universidade
Médica de Nara, no Japão.
Filiação:
1.Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
18
2.Serviço de ORL. Hospital de Egas Moniz
[email protected]
Variações anatómicas do ouvido na
cirurgia estapédica
Autores:
Ricardo Santos; João Pimentel; Paulo
Vale; Rita Lameiras; Pedro Escada
Resumo:
Introdução: A presença de um canal auditivo de
diâmetro reduzido dificulta a realização da
cirurgia estapédica. No ouvido médio, as
maiores dificul-dades advêm da presença do
nervo facial deiscente na 2ª porção, da
obliteração do nicho da janela oval pelo nervo
facial deiscente, do nicho da janela oval estreito
e da artéria estapédica patente.
Materiais/Métodos: Ilustração das variações
anató-micas do ouvido externo e médio que
interferem na realização da cirurgia estapédica.
Indicação das op-ções disponíveis para resolver
ou ultrapassar as dificuldades causadas por essas
variações anató-micas. O material iconográfico
foi obtido após consulta dos protocolos
(relatórios) cirúrgicos da cirurgia estapédica e é
constituído por imagens de tomografia
computorizada e de vídeos de cirurgias
estapédicas de doentes operados no Serviço de
Otorrinolaringologia do Hospital de Egas
Moniz.
Resultados/Conclusão:
A cirurgia estapédica é um procedimento tecnicamente delicado que pode ser influenciado por
variações da anatomia do ouvido. O cirurgião
deve ter conhecimento destas variações para, no
caso de estarem presentes, as saber ultrapassar.
Filiação: Serviço de ORL do Hospital Egas Moniz
[email protected]
Anatomia e Arte:
O “Novo Corpo”
Autores:
Mário Bernardo1,2;
José Quaresma2
Resumo:
Apresentação de um projecto de investigação
que tem por objectivo estudar e catalogar as
alterações que são introduzidas no corpo humano,
seja por acção de actividades médicas (cirurgias
estéticas e plásticas, colocação de próteses,
correcção de cicatrizes, uso da toxina botulínica,
etc.) seja como resultado de actividades não médicas
(tatuagens, piercings, alteração da cor dos cabelos,
das unhas, etc.). Outro objectivo deste projecto é a
elaboração de um arquivo de registos, com ficheiros
multi-média, de todas as alterações da forma e da
estrutura do corpo, surgidas nos domínios da ficção
e da expressão artística (literatura, artes plásticas,
performance, fotografia e cinema). Será igualmente
dada uma especial atenção às alterações que,
baseadas na extraordinária evolução das tecnologias
que apoiam a ciência, possam vir a ser postas em
prática com a finalidade de poder melhorar o
funcionamento de alguns órgãos. Esta será uma
espécie de “História do Futuro”. Finalmente,
pretende-se que este projecto venha a facilitar uma
melhor, mais esclarecida e sempre mais actualizada
representação do corpo humano e, ainda, possa
contribuir para novas linhas de criação artística.
desempenharam um papel importante nessa área.
Assim sucedeu no Egito e na Grécia. A figura
humana constituiu o tema central da arte grega.
O artista não pretende reproduzir a forma
individual, antes procura através dela a
proporção divina que rege o Cosmos.
Acreditava-se que poderia ser encon-trado um
sistema matemático que permitisse a definição
da beleza humana, relacionando-a com a ordem
cósmica, a proporção áurea, descrita no século V
AC pelos Pitagóricos, e um pouco mais tarde por
Euclides. Uma vez que a proporção áurea se
repetia na natureza, a satisfação estética estava
criada quando ela era usada na arqui-tectura e na
arte.
A sua presença na forma humana ideal confirmava que nos encontrávamos perante mais
uma prova da perfeição matemática do universo.
Filiação:
FBAUL, CIEBA-Anatomia e Ilustração
[email protected]
Filiação:
CIEBA-Anatomia e Ilustração
1.Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
2.Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
3. POSTERS :
[email protected]
Anatomia Clínica
As Idades da Anatomia Artística
Autores:
Isabel Ritto
Resumo:
Sendo o corpo humano um dos motivos mais
representados sob o ponto de vista artístico para a
maioria das civilizações, o seu estudo tem merecido
a atenção por parte dos artistas desde os tempos mais
remotos.
Desde o Renascimento a tradução da Natureza no
domínio das artes resulta de uma aproxi-mação da
Arte e da Ciência, aproximação essa que está na
origem do aparecimento da Anatomia Artística como
área do conhecimento autónomo que chegou aos
nossos dias.
Nos cerca de 50 séculos de história do conhecimento
do corpo humano na civilização ocidental, que
incluem os conhecimentos das civilizações préclássicas e clássicas até aos dias de hoje, houve
períodos em que os conhecimen-tos do corpo se
baseavam sobretudo na morfologia e os artistas
Quisto branquial da 1ª fenda branquial:
uma revisão das fendas e arcos branquiais.
A pró-pósito de um caso clínico atípico.
Autores:
Diogo Pais1, Diogo Casal1,2, Maria
Angélica-Almeida2, Daniela Cavaco1,
David Rasteiro2, Luís Mascarenhas
Lemos1,3, Maria Alexandre Bettencourt
Pires1, Carlos Godinho1, João Goyri
O’Neill1
Resumo:
Introdução: Os arcos e fendas branquiais podem
dar origem a quistos, fístulas ou depósitos
ectópicos de osso ou cartilagem que são
habitualmente
dia-gnosticados
nas
duas
primeiras décadas de vida, altura em que
representam uma causa comum de le-sões
tumorais benignas da cabeça e pescoço.
19
Contudo, algumas destas lesões não são reconhecidas senão mais tarde, obrigando ao diagnóstico
diferencial com outro tipo de patologias que são
mais frequentes nestas faixas etárias.
Caso Clínico: Uma senhora de 40 anos, sem
antecedentes pessoais relevantes, recorreu à consulta
por uma lesão de crescimento progressivo, nos 6
meses anteriores, no espaço submandibular direito,
que foi dignosticada clinicamente como quisto da 1ª
fenda branquial direita, tipo II segundo a
classificação de Work. A doente foi submetida a
excisão da lesão, tendo o diagnóstico histológico da
peça confirmado o diagnóstico. Este caso clínico
estimulou os autores a efectuar uma revisão da
literatura relativamente à embriologia, anatomia,
epidemiologia, manifestações clínicas e diagnóstico
diferencial dos derivados das fendas e arcos
branquiais.
Discussão e Conclusões: O caso clínico descrito é
extremamente invulgar, não só pela idade de
apresentação da doente, como pelo facto de os
quistos da primeira fenda branquial represen-tarem
apenas cerca de 1% das anomalias relacionadas com
as fendas e arcos branquiais.
Os autores acreditam que este caso suporta a noção
que para se diagnosticar e tratar ade-quadamente os
derivados das fendas e arcos branquiais é
fundamental estar bem famíliari-zado com a
embriologia e anatomia desta região. Só desta forma
se poderão evitar as com-plicações mais frequentes:
a reincidência e a iatrogenia.
Filiação:
1-Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Nova de Lisboa
2-Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade de
Queimados; Centro Hospitalar de Lisboa Central
3-Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de
Lisboa Central
[email protected]
Variação anatómica da AICA condi-cionando
o prognóstico cirúrgico de doente com espasmo
hemifacial
Autores:
Miguel Casimiro; Carla Reisinho
Resumo:
O espasmo hemifacial é uma síndrome com-pressiva
neurovascular. Estes resultam do contacto de um
vaso (mais frequentemente uma artéria) e um nervo
craniano no ângulo ponto-cerebeloso. O mais
20
comum é a nevralgia do trigémio provocada pelo
contacto entre a artéria cerebelosa superior e o
nervo trigémio, sendo menos comuns o espasmo
hemifacial, o síndrome vertiginoso por contacto
da AICA com o VIII par craniano, a nevralgia
do glosso-faríngeo por contacto da PICA com o
IX par craniano, etc. Estes síndromes surgem
nor-malmente a partir da quinta década de vida,
altura em que a tortuosidade das artérias
aumenta devido ao processo de arterioesclerose.
Estão contudo associadas variações anatómicas
da origem e percurso das artérias, que facilitam
o contacto com os nervos do ângulo pontocerebeloso. No espasmo hemifacial, o vaso mais
frequentemente relacionado é a AICA. Os
autores descrevem um caso de uma variante
anatómica rara do percurso da AICA,
identificada
intraoperatoriamente
numa
abordagem cirúrgica ao ângulo ponto-cerebeloso
para microdescompressão vascular. A passagem
da AICA entre o VII e VIII pares craneanos
condicionou o desenvolvimento da patologia e
também impossibilitou a descompressão cirúrgica completa, condicionando o prognóstico da
situação clínica. Pensamos que a identificação
pré-operatória desta variação anatómica deve ser
considerada uma contra-indicação relativa para o
tratamento cirúrgico desta patologia.
[email protected]
Meningoencefalocelo do Seio Esfenoidal
pelo Canal Crânio-Faríngeo Lateral de
Cruveilhier-Sternberg. Caso Clínico
Autores:
Vitor Oliveira1; Ricardo Santos1; João
Pimentel1; Deodato Rego Silva1; Pedro
Escada1,2
Resumo:
Introdução: O canal de Sternberg é um canal
craniofaríngeo lateral resultante da fusão
incompleta das grandes asas do esfenóide com o
basiesfenoide. Considerado um ponto fraco da
base do crânio, pode contribuir para a formação
de meningoencefalo-celos do recesso lateral do
esfenóide. A sua presença deve ser antecipada
nos doentes com estas lesões que tenham uma
grande pneumatização lateral das grandes asas
do esfenóide e faz prever a possibi-lidade de
cura cirúrgica por técnica complexa mas
minimamente invasiva.
Caso Clínico: Descrição de um caso clínico de um
homem de 63 anos de idade com rinorráquia
espontânea recente. A tomografia computorizada
com cisternografia e a ressonância magnética
identificaram uma herniação meningoencefálica no
recesso lateral do seio esfenoidal, extensamente
pneumatizado. Concluiu tratar-se de herniação
desenvolvida através de defeito da fusão da base do
crânio (canal de Sternberg). A cura da lesão e a
correcção do defeito base do crânio foi realizada por
técnica endoscó-pica nasal, por via transnasaltransmaxilar-transpterigoidea. Não houve complicações resultantes do procedimento cirúrgico nem
recorrência da fístula de líquor após 2 anos de
seguimento.
Conclusões: O conhecimento da anatomia normal e
das suas variações é imprescindível para o
diagnóstico e o tratamento das lesões da base do
crânio. Os meningo-encefalocelos através do canal
de Sternberg são raros e devem ser pesquisados em
doentes com fístula de líquor espontânea e
pneumatização extensa do seio esfenoidal. A cura
cirúrgica destas lesões por técnica minimamente
invasiva é um procedimento anato-micamente
complexo e estimulante mas com excelentes
resultados.
Filiação:
1.Serviço de ORL. Hospital de Egas Moniz. Centro Hospitalar
de Lisboa Ocidental
2.Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de
Lisboa
[email protected]
Variação anatómica da apófise estilóideia do
osso temporal como causa de hiper-tensão
venosa cerebral.
Autores:
Luis Marques; Miguel Casimiro
Resumo:
A obstrução da drenagem venosa cerebral é uma
entidade pouco reconhecida na prática clínica
podendo no entanto estar implicada na etiopatogenia de situações como Pseudotumor cerebrii,
enxaqueca, ou mesmo esclerose múlti-pla. Quando
sintomática, apresenta-se com sinais e sintomas de
hipertensão intracraniana crónica, nomeadamente,
cefaleias, papiledema e mais raramente acufenos
pulsáteis, consequên-cia da estase venosa
cerebral. As causas mais comuns são trombose
venosa cerebral, compres-são extrínseca por
lesão tumoral, frac-tura afundada com
atingimento do sistema venoso e raramente a
compressão da veia jugular por uma apófise
estiloideia do osso temporal hipertrófica. Estão
descritas inúmeras variações anatómicas desta
apófise, condicionando mani-festações clínicas
diversas de acordo com a estrutura anatómica
por ela afectada. Os autores reportam um caso
clínico singular de compres-são unilateral da
veia jugular interna na região cervical superior
(entre uma apófise estiloideia redundante e a
massa lateral de C1), que se apresentou por
cefaleia súbita e meningismo, mimetizando uma
hemorragia subaracnoideia (HSA). Revêem-se
as possíveis implicações desta variação
anatómica sobre a circulação venosa cerebral,
suas eventuais consequências patológicas e
opções terapêuticas. A ocorrência de situações
de deficiente drenagem venosa por compressões
extrínsecas da jugular interna na base do crânio,
segundo os autores, deverão ser despistadas
sempre que ocorram queixas de hipertensão
intra-craniana idiopática ou se objectivem
hemorragias intracranianas de etiolo-gia não
esclarecida.
[email protected]
Nervos laríngeos recorrentes e vasos do
pescoço: Anatomia de uma complicação.
Autores:
Rui Melo Cabral; Ricardo Santos; Fátima
Cruz; Pedro Escada
Resumo:
Objectivos: Os nervos laríngeos recorrentes
apresentam relações anatómicas de relevo com
grandes vasos do pescoço e tórax,
nomeadamente a artéria subclávia e veia jugular
interna à direita, e a crossa da aorta, ligamento
arterioso e artéria pulmonar à esquerda. O
objectivo deste trabalho é o de descrever casos
de lesão dos nervos laríngeos recorrentes
causados por iatrogenia em procedi-mentos
cirúrgicos endovasculares, que decorrem desta
proximidade anatómica.
21
Métodos: Revisão anatómica detalhada do trajecto
dos nervos laríngeos recorrentes, que divergem à
esquerda e à direita quanto à sua origem, trajecto e
relações. Relato de 3 casos clínicos observados no
serviço de Otorrinolaringologia do Hospital de Egas
Moniz, e discussão de outros relatados na literatura
científica internacional, descrevendo uma complicação rara dos procedimentos endovasculares: a lesão
dos nervos laríngeos recorrentes.
Resultados: A lesão iatrogénica dos nervos laríngeos
recorrentes pode dever-se a procedimentos endovasculares diversos, que são responsáveis por
trauma, hematomas, aneurismas ou processos de
fibrose. Entre estes procedimentos incluem-se o
cateterismo venoso central, a angioplastia coronária, o stenting da artéria pulmonar, a angioplastia
carotídea, o encerramento do ligamento arterioso ou
a ablação por catéter da fibrilhação auricular.
Conclusões: Os procedimentos cirúrgicos endovasculares são vantajosos por serem minimamente
invasivos. Apesar disso, pode raramente ocorrer
lesão dos nervos laríngeos recorrentes durante a sua
realização, dada a sua anatomia particular e a sua
relação com as estruturas vasculares vizinhas.
Filiação:
Serviço de ORL. Hospital de Egas Moniz
[email protected]
Ferida axilar com hemorragia profusa e lesões
nervosas: como a Anatomia permite identificar
as estruturas lesadas no trajecto da Sala de
Trauma ao Bloco Operatório
Autores:
Diogo Casal1,2, Diogo Pais1, Maria AngélicaAlmeida2, Sofia Fonseca2, José Videira e
Castro2, João Goyri O’Neill1
Resumo:
Introdução: O estudo da anatomia topográfica da
axila e do desfiladeiro cervico-torácico é
habitualmente considerado um assunto difícil pelos
estudantes de Anatomia, devido à multi-plicidade de
estruturas existentes nestas regiões e pelas suas
potenciais variações anatómicas. Contudo, este
assunto é de grande interesse na prática clínica.
Caso Clínico: Para ilustrar a pertinência do
conhecimento anatómico desta região, os au-tores
reportam o caso clínico de um doente de 40 anos,
destro, taxista, que foi trazido à sala de trauma de
22
um Serviço de Urgência de um hospital central,
na sequência de uma agressão por estocada de
faca na base da axila esquerda. Na observação,
apresentava uma hemorragia de alto débito com
características venosas através da ferida. Por se
apresentar hipotenso, apesar da fluidoterapia
agressiva, foi transportado imedia-tamente para
o Bloco Operatório. Durante o transporte na
maca, foi possível examinar suma-riamente o
membro superior esquerdo do doente,
constatando-se hipostesia na face palmar no
bordo ulnar do braço e antebraço e nos três
últimos dedos da mão. Do ponto de vista motor,
constatou-se paralisia do flexor ulnar do carpo e
dos músculos flexores dos três últimos dedos.
Com base no conhecimento da Anatomia da
região, foi possível determinar quais as estruturas nervosas lesadas, sem ter que recorrer a
meios auxiliares de diagnóstico, cuja aplicação
era, aliás, impossível naquele momento, dada a
emergência da situação.
Discussão: Os autores acreditam que casos
clínicos concretos como este podem estimular o
interesse pela Anatomia dos alunos de Medicina,
facilitando o estudo de regiões topográficas
complexas.
Filiação:
1-Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade Nova de Lisboa
2-Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade
de Queimados; Centro Hospitalar de Lisboa Central
[email protected]
Variantes anatómicas importantes no
tratamento cirúrgico do túnel cárpico: 3
casos clínicos e uma revisão da literatura.
Autores:
Diogo Casal1,2, Maria Angélica-Almeida2,
Diogo Pais1, João Figueiredo1, Maria
Alexandre Bettencourt Pires1, Maria
Manuel Mouzinho2, João Goyri O’Neill1
Resumo:
Introdução: O síndrome do túnel cárpico é uma
patologia frequente, ocorrendo em cerca de 3%
da população ocidental. O seu tratamento é
quase sempre cirúrgico, podendo ser feito por
diversas técnicas que têm em comum a abertura
do retináculo flexor do punho. Há a percepção
que se trata de um procedimento simples, não
sendo habitualmente pedidos exames de imagem
pré-operatórios para avaliar a morfologia das
estruturas anatómicas adjacentes ao nervo mediano.
Contudo, as estruturas anatómicas desta região
podem apresentar nume-rosas variações que
aumentam o risco de iatrogenia durante a cirurgia,
especialmente se estas variantes não forem tidas em
consideração pelo cirurgião.
Métodos: Em 3 doentes operados por síndrome do
túnel cárpico, foram detectadas intraoperatoriamente
variantes anatómicas. Em dois dos casos, existia
uma artéria mediana persistente. Noutro caso,
observava-se um nervo cutâneo palmar do nervo
mediano com um trajecto trans-retinacular. A
propósito destas variações, efectuou-se uma revisão
da literatura relativamente às variantes anatómicas
das estruturas em torno do túnel cárpico.
Resultados: Foram encontradas numerosas referências a múltiplas variantes anatómicas na literatura. A
sua frequência e implicações clínicas são discutidas.
Conclusões: As variações anatómicas das estruturas
relacionadas com o túnel cárpico são mais frequentes do que habitualmente se julga e podem
justificar que os resultados com a cirurgia do túnel
cárpico nem sempre sejam óptimos.
Filiação:
1-Departamento de Anatomia da Faculdade de Ciências Médicas
da Universidade Nova de Lisboa
2-Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva e Unidade de
Queimados; Centro Hospitalar de Lisboa Central
[email protected]
Quistos gigantes das vesículas seminais
Autores:
Andrea Furtado; Sofia Santos Lopes;
Fernando Ferrito
Resumo:
Introdução: Os quistos das vesículas seminais
podem surgir isolados, associados a anomalias
congénitas do aparelho urinário ou associados a
doença poliquísitica renal autossómica dominan-te.
Objectivo: Apresentação do tratamento cirúrgi-co de
uma entidade nosológica rara – quisto gi-gante das
vesículas seminais.
Caso Clínico: Indíviduo do sexo masculino, 60 anos,
referenciado à consulta por achado de quistos
volumosos retro-vesicais. Ao exame ob-jectivo
identificaram-se
massas
hipogástricas,
de
consistência elástica, móveis e indolores; ao toque
rectal caracterizou-se uma próstata elástica sem
características
suspeitas.
A
tomografia
computorizada confirmou marcada distensão
quistica bilateral com diâmetro de 9 centímetros,
sem captação anómala de contraste nem espessamentos parietais, conteúdo não puro, podendo
corresponder a volumosos quistos de líquido
seminal.
A abordagem laparoscópica transperitoneal das
vesículas seminais e seus quistos foi realizada
através de 5 portas: 3x10mm (peri-umbilical,
para-medianas - transição região peri-umbilical e
hipogastro, direita e esquerda) e 2x5mm (fossa
ilíaca direita e fossa ilíaca esquerda). A via de
acesso foi intraperitoneal, isola-mento dos
quistos através da abertura do fundo de saco
recto-vesical até à sua continuidade com os
ductos ejaculadores, descolamento da fáscia de
Dennonvilliers com exposição das vesículas
seminais, laqueação, aspiração de conteúdo
quístico, excisão e extracção de peças em saco
pela porta peri-umbilical.
Discussão e Conclusão: As anomalias
congénitas das vesículas seminais podem ser
classificadas como anomalias numéricas, da
maturação, posicionais e estruturais. O diagnóstico diferencial dos quistos das vesículas
seminais inclui a obstrução dos canais ejaculador ou deferente, ureterocelo, ectopia ureteral,
quisto do canal de Muller, quisto do utrículo
prostático. Apesar das alterações congénitas das
vesículas seminais serem raras, o recurso
frequente a exames complementares de diagnóstico veio aumentar a sua identificação. Serve o
presente como descrição e revisão de achado
morfológico raro e seu tratamento.
Filiação:
Serviço de Urologia. Hospial Professor Doutor Fernando
Fonseca
[email protected]
A importância da vascularização esplénica
na Esplenectomia parcial por via láparoscópica: estado de arte
Autores:
David Aparício1 ; Carlos Leichsenring1 ;
João Goyri-O'Neill2; Margarida Dias
Agudo 2; Ângela Rodrigues 2
23
Resumo:
Actualmente a grande maioria das esplenectomias
electivas deverão ser realizadas por via
laparoscópica. O desenvolvimento dos meios
imagiológicos, bem como a sua utilização mais
frequente levou a um aumento de doentes com
indicação cirúrgica. Percebeu-se que é vantajoso
reali-zar uma cirurgia conservadora. Nos adultos a
esplenectomia parcial por via laparoscópica raramente é realizada. No entanto, no futuro a sua utilização terá tendência a aumentar.
Guidelines ainda não definem qual a melhor
abordagem cirúrgica. A segurança deste procedimento será tanto maior, quanto melhor a
preparação realizada pelo cirurgião, seja do ponto
visto prática, diga-se capacidade de técnica
cirúrgica, seja teórica, diga-se conhecimento anatómico, visto que a vascularização do baço é
extremamente variável. Apesar da grande variabilidade na vascularização é possível sistematizar
alguns pontos, tendo em conta a possível abordagem
cirúrgica. Os ramos terminais podem apresentar
múltiplas divisões segmentares e subsegmentares
dentro e fora do baço, distâncias da origem ao hilo
diferentes e múltiplas anastomoses arteriais, com o
número de artérias a entrar no baço a ser entre 5 a
36.
Em suma, o profundo conhecimento anatómico
integrado na preparação cirúrgica permite uma
abordagem mais sistematizada e segura na realização
das ressecções esplénicas, particularmente nas parciais.
Filiação:
1.Hospital Fernando da Fonseca
2. Dept. Anatomia, Faculdade de Ciências Médicas,
Universidade NOVA de Lisboa
Introdução: O síndrome do túnel cárpico é uma
patologia frequente, ocorrendo em cerca de 3%
da população ocidental. O seu tratamento é
quase sempre cirúrgico, podendo ser feito por
diversas técnicas que têm em comum a abertura
do retináculo flexor do punho. Há a percepção
que se trata de um procedimento simples, não
sendo habitualmente pedidos exames de imagem pré-operatórios para avaliar a morfologia
das estruturas anatómicas adjacentes ao nervo
mediano. Contudo, as estruturas anatómicas
desta região podem apresentar numerosas
variações que aumentam o risco de iatrogenia
durante a cirurgia, especialmente se estas
variantes não forem tidas em consideração pelo
cirurgião.
Métodos: Em 3 doentes operados por síndrome
do túnel cárpico, foram detectadas intraoperatoriamente variantes anatómicas. Em dois
dos casos, existia uma artéria mediana persistente. Noutro caso, observava-se um nervo
cutâneo palmar do nervo mediano com um
trajecto trans-retinacular. A propósito destas
variações, efectuou-se uma revisão da literatura
relativamente às variantes anatómicas das estruturas em torno do túnel cárpico.
Resultados: Foram encontradas numerosas
referências a múltiplas variantes anatómicas na
literatura. A sua frequência e implicações clínicas são discutidas.
Conclusões: As variações anatómicas das estruturas relacionadas com o túnel cárpico são mais
frequentes do que habitualmente se julga e
podem justificar que os resultados com a cirurgia do túnel cárpico nem sempre sejam óptimos.
[email protected]
[email protected]
Variantes anatómicas importantes no
tratamento cirúrgico do túnel cárpico: 3 casos
clínicos e uma revisão da literatura.
Autores:
Diogo Casal, Maria Angélica-Almeida, Diogo
Pais, João Figueiredo, Maria Alexandre
Bettencourt Pires, Carlos Godinho, Carlos
Mavioso, Maria Manuel Mendes, Maria
Manuel Mouzinho, João Goyri O’Neill
Resumo:
24
Anatomia radiológica do Hipocampo:
abordagem por Ressonância Magnética 3Tesla
Autores:
Joana Moreira 1 ; Gonçalo Basilio 2 ;
Carlos Casimiro 3 ; Lia Neto 4 ; Jorge
Campos 5
Resumo:
O hipocampo humano é uma estrutura cerebral
de grande complexidade e com uma história de
difícil unanimidade terminológica na sua
descrição anatómica. A sua estabelecida importância na aprendizagem e formação de memó-rias,
na regulação de comportamentos emocio-nais e
influência no eixo hipotálamo-hipofisário, determina
o aparecimento de défices importantes após uma
lesão do Sistema Nervoso Central (SNC) em que o
hipocampo esteja implicado. A constatação de que
estes insultos condicionam lesões de segmentos bem
definidos da estrutura interna do hipocampo,
demonstra a importância do conheci-mento da sua
normal anatomia, identificável por equipamentos
radiológicos existentes em meio hospitalar.
A Ressonância Magnética (RM) permite a aquisição
de imagens com base na resposta dos tecidos à
aplicação de campos magnéticos, possibilitando, ao
nível do SNC, um grande detalhe anatómico,
proporcionando os apare-lhos de alto campo
magnético uma resolução anatómica bastante
satisfatória na identificação das diferentes estruturas
internas do hipocampo. Neste trabalho foram
utilizadas imagens coronais, sagitais e axiais
ponderadas em T1, adquiridas em RM 3-Tesla, de
indivíduos sem patologia estrutural major do SNC,
com o objetivo de rever a anatomia interna do
hipocampo e demonstrar a aplicabilidade da RM-3
Tesla, usada na prática hospitalar do serviço de Neurorradiologia, na identificação destas estrutu-ras.
Foi possível concluir que a identificação dos
componentes internos do hipocampo depende da
qualidade das imagens adquiridas, que existem
variações estruturais que dificultam a análise visual
do hipocampo, sendo que a RM 3-Tesla contribui de
forma inquestionável na sua correta avaliação
anatómica.
Filiação:
1 Mestrado Integrado em Medicina / Internato de Formação
Específica de Neurorradiologia no Centro Hospitalar Lisboa
Norte ;
2 Internato de Formação Específica de Neurorradiologia no
Centro Hospitalar Lisboa Norte ;
3 Neurorradiologista no Centro Hospitalar Lisboa Norte ;
4 Neurorradiologista no Centro Hospitalar Lisboa Norte ; 5
Doutoramento / Director de Serviço de Neurorradiologia do
Centro Hospitalar Lisboa Norte
[email protected]
Síndrome de Holt-Oram – Estudo de revisão
Autores:
Assunção O’Neill1; Rute Marques2; Cláudia
Marques3 ; João Goyri-O’Neill4
Resumo:
A síndrome de Holt-Oram trata-se de um
distúrbio autossómico dominante, com prevalência de 1: 100 000, associado a mutação no
gene TBX5 (Cr 12q 24.1) responsável por
patologias músculo-esque-léticas e cardíacas
congénitas. Outros genes podem também estar
envolvidos na origem desta síndrome,
nomeadamente GATA4 e NKX2.5. Pelo menos
um dos membros superiores é habitualmente
afetado nestes indivíduos, sendo que o lado
esquerdo é frequentemente mais afetado que o
direito. As principais alterações anatómicas a
nível do antebraço e mão incluem a ausência de
polegares do lado esquerdo, uma deformação em
valgus da mão esquerda e a sindactilia do 2º e 3º
dedos da mão esquerda. Também as anomalias
cardiovasculares são muito frequentes afetando
cerca de 75% dos indivíduos. Para que aumente
a deteção da mutação TBX5 é necessária uma
boa avaliação clínica e imagiológica sujeita a
critérios res-tritos: manifestações nos membros
superiores, história pessoal ou familiar de
patologias cardíacas e evidência de mutação no
gene TBX5. Devido à elevada variabilidade de
fenótipos, a avaliação dos familiares assintomáticos é recomendada.
Filiação:
1. Assistente de Anatomia e Otorrinolaringologia, FCMUNL
2. Monitora Voluntária de Anatomia, FCM-UNL
3. Assistente de Anatomia, FCM-UNL
4. Professor Titular e Coordenador do Departamento de
Anatomia, FCM-UNL
[email protected]
Holoprosencefalia - estudo de três casos
clínicos
Autores:
Assunção O’Neill1 ; Rute Marques2 ;
Cláudia Marques3 ; Luís Mascarenhas de
Lemos3; Diogo Pais4 ; João Goyri-O’Neill5
Resumo:
Holoprosencefalia (HPC) designa um complexo
de malformações do sistema nervoso central
caracterizadas por alterações de estruturas que
ocupam a linha média, com diferentes graus de
malformação dos hemisférios cerebrais por
25
ausência de desenvolvimento ou desenvolvi-mento
incompleto do prosencéfalo, que atingem por vezes
grande gravidade e são incompatíveis com a vida.
Também a nível facial a alteração do papel indutor
das células ectodérmicas na diferen-ciação das
estruturas da linha médio-facial condiciona
diferentes tipos de malformação.
A sua incidência é variável, estima-se que seja entre
1/16 000 e 1/53 000 nados vivos. Poderá estar
associada a anomalias cromossómicas ou transmitirse segundo a hereditariedade mendeliana. A
ocorrência de HPC autossómica recessiva e ligada
ao sexo também está descrita.
Neste estudo foram analisados, através de autópsia e
exames de imagem, fetos de três famílias, não
relacionadas entre si.
Além da ausência de desenvolvimento da vesícula
prosencefálica, outras malformações do sistema
nervoso e da face permitiram fazer a classificação
em três formas diferentes de holo-prosencefalia.
Descrevem-se anomalias associadas da face que
envolvem as cavidades orbitárias e o globo ocular, a
pirâmide nasal, e as estruturas ósseas da calote
craniana e base do crânio.
Estudou-se um caso de etmocefalia.
Filiação:
1. Assistente de Anatomia e Otorrinolaringologia, FCM-UNL
2. Monitora Voluntária de Anatomia, FCM-UNL
3. Assistente de Anatomia, FCM-UNL
4. Professor Associado de Anatomia, FCM-UNL
5. Professor Titular e Coordenador do Departamento de
Anatomia, FCM-UNL
[email protected]
Anatomia da Pirâmide Nasal antes da
Rinoplastia. Experiência do Serviço de
Otorrinolaringologia do Hospital Egas Moniz.
Autores:
Paulo Vale Fernandes1 ; Ricardo Santos1;
João Pimentel1; Pedro Sousa1; Pedro Escada2
Resumo:
Background: As deformidades da pirâmide nasal
podem ser ósseas ou cartilaginosas, con-génitas,
traumáticas ou adquiridas, e podem causar alterações
estéticas e funcionais. As deformidades ósseas
podem ser resultantes de uma excessiva ou
defeituosa projeção do dorso nasal, da lateralização
da pirâmide nasal e da própria lateralização do
septo nasal. Por outro lado, as deformidades
cartilaginosas podem condicionar alterações
funcionais por falência das cartilagens alares e
alterações estéticas tanto da forma das
cartilagens alares como da globalidade da ponta
nasal.
Objectivos: 1) Fazer uma revisão das
deformidades ósseas e cartilaginosas mais
frequentes da pirâmide nasal; e 2) Apresentar
alguns exemplos da casuística do serviço de
Otorrinolaringologia do Hospital Egas Moniz.
Métodos: No período de 2011 a 2013 (3 anos),
56 doentes foram submetidos a rinoplastia no
Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital
Egas Moniz Destes, 31 foram submetidos a
rinoplastia técnica fechada e 25 a técnica aberta.
Todos eles foram avaliados por registo
fotográfico pré e pós-cirúrgico a fim de
documentar o resultado estético objectivo do
procedimento cirúrgico e todos eles foram
avaliados pelos questionários para os sintomas
nasais NOSE (Nasal Obstruction Symptoms
Eva-luation) e para o grau de satisfação estética
ROE (Rhinoplasty Outcome Evaluation) para
determinar a satisfação pós-operatória final após
o procedimento. Com base nesta iconografia
foram selecionados os casos que melhor
exemplificam as deformidades ósseas ou
cartilaginosas da pirâmide nasal.
Resultados: Os casos selecionados documentam
situações variáveis que incluem deformidades de
todas as estruturas ósseas e cartilaginosas da
pirâmide nasal. Na maioria dos casos, e
independentemente da deformidade prévia,
conseguiu-se uma significativa correcção da
deformidade da pirâmide nasal confirmada pelo
registo fotográfico. Da mesma forma obteve-se
uma melhoria dos sintomas nasais (melhoria de
55 pontos no questionário NOSE) e da autoavaliação da situação estética (melhoria de 11
pontos no questionário ROE).
Conclusão: A rinoplastia está indicada para
corrigir uma grande diversidade de deformidades anatómicas das estruturas ósseas e das
estruturas cartilaginosas da pirâmide nasal, e é
eficaz na melhoria funcional e estética dos
doentes.
Filiação:
Hospital de Egas Moniz, Otorrinolaringologia, FCM-UNL
[email protected]
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Reporting on a novel splice mutation in
SLC26A4 gene in a Portuguese Pendred
Syndrome case
Autores:
Claudia Gonçalves 1; Ricardo Santos 2;
Assunção O'Neill 3; Graça Fialho 4; Helena
Caria 5
Doença Hemorrágica do Coelho (DHC):
Imunossupressão modifica a morfologia
hepática dos coelhos jovens infetados pelo
vírus da DHC
Autores:
Resumo:
Pendred syndrome (PS) is the second most common
type of autosomal recessive syndromic hearing loss
(HL). It is characterised by sensorineural HL and
goiter with occasional hypothyroidism. These
features are generally accompanied by malformations of the inner ear, ranging from enlarged
vestibular aqueduct (EVA) to Mondini dysplasia. In
about 50% of the probands from multiplex families,
muta-tions in the SLC26A4 gene, encoding pendrin,
are the cause of the disease.
Here we report the case of a Portuguese female
patient, aged 47, presenting severe to profound
hearing loss and hypothyroidism. Her mother and
her mother sister, already deceased, also had
suffered from HL and goiter. After MRI and CT
scanning, it could be observed manifest enlarged
vestibular aqueduct and endolymph-atic sac and
anomaly of the basal turn of the cochlea. Additional
videonystagmography (VNG) revealed bilateral
hyporeflexia.
Molecular study of the patient included screen-ing of
GJB2 coding region, GJB6 common deletions and
all the exons, as well as intronic regions 8 and 14, of
the SLC26A4 gene.
A novel mutation, c.918+2T>C (IVS7+2T>C)
(fig.1) was found in homozygosity in the intronic
region between exons 7 and 8 of the SLC26A4 gene.
This mutation occurs in the second nucleotide of the
intronic region 7 of the SLC26A4 gene, corresponding to a splicing donor site, and was predicted to
eliminate the respective splicing event, leading to
skipping of the exon 8. This skipping results in a
non-functional protein product and could thus be
pointed as the genetic cause of the PS phenotype
presented by the patient.
Resumo:
Os coelhos europeus constituem os hospedeiros
do vírus da doença hemorrágica do coelho
(VDHC) que é responsável pela morte de 90%
dos coelhos adultos, entre 1 a 3 dias após
infeção, devido a uma necrose generalizada do
fígado (órgão alvo da replicação viral).
Curiosamente, os coe-lhos jovens (menos de 4
semanas) são totalmente resistentes à infeção,
desenvolvendo uma hepatite necrótica focal e
doença subclínica. O diferente desfecho da
infeção parece dever-se a uma diferente
interação entre o VDHC e o sistema imune de
animais adultos e jovens. Para avaliarmos esta
hipótese, decidimos imunossuprimir coelhos
jovens com metilprednisolona e infetá-los uma
semana depois com o VDHC. Todos os coelhos
imunossuprimidos e infetados morreram entre
36-72 horas após infeção e apresentaram lesões
macroscópicas sugestivas de DHC: hepatomegalia, lobulação evidente e áreas de lividez;
congestão e hemorragias multifocais em vários
órgãos. Também a análise histopatológica do
fígado mostrou um quadro de hepatite necrótica
generalizada e uma marcação disseminada do
vírus no parênquima hepático, associado ainda a
um aumento significativo no soro de várias
citocinas , IL-6 e IL-10), alterações equivalentes
às documentadas nos(TNF- coelhos adultos
infetados. Concluiu-se que a imunossupressão
anula a resistência dos coelhos jovens à DHC,
corroborando a hipótese de que existem
diferenças no sistema imune inato dos coelhos
jovens e adultos que contribuem para a resistência/suscetibilidade à infeção por VDHC.
Filiação:
Hospital de Egas Moniz, Otorrinolaringologia, FCM-UNL
[email protected]
P.G. Ferreira 1 ; R.M. Marques 2; L.
Teixeira 3; M.J.R. Oliveira 4; A.P. Águas 5
Este trabalho é financiado pela FCT
(PTDC/CVT/122905/2010), COMPETE e FEDER. Luzia
Teixeira é financiada pelo Fundo Social Europeu e MCTES
através POPH-QREN- Tipologia 4.2.
Filiação:
1. PhD/ ICBAS-UPorto & UMIB
2. Estudante PhD/ PhD/ ICBAS-UPorto & UMIB
3. PhD/ ICBAS-UPorto & UMIB
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4. PhD/ ICBAS-UPorto & UMIB
5. PhD/ ICBAS-UPorto & UMIB
4. MD, PhD / Dept. Anatomia FCM-UNL
5. MD, PhD / Catedrático Dept. Anatomia, FCM-UNL
[email protected]
[email protected]
Modelo geométrico e modelação da hemodinâmica em artérias uterinas humanas
Autores:
Variantes Anatómicas do Polígono de
Willis - descrição de 7 casos
Autores:
Gonçalo Basilio 1 ; Lia Neto 2 ; Joana
Moreira1; Carlos Casimiro2; Jorge
Campos 3
Valentina Vassilenko 1 ; Andreia Serrano 2;
Vanessa Cunha 2; Assunção O’Neill 3; Maria
Alexandre Bettencourt Pires 4; João Goyri
O’Neill 5
Resumo:
A pré-eclampsia (PE) afecta cerca de 2% das
gravidezes e é uma das principais causas de
mortalidade e morbilidade perinatal e materna.
Recentemente vários estudos com o uso da ecocardiografia bidimensional têm demonstrado que a
PE é caracterizada por uma redução marcada no
débito cardíaco materno e aumento da resistência
periférica, enquanto que a fase pré-clínica da doença
é caracterizada por uma circulação hiperdinâmica de
elevado fluxo arterial e baixa resistência vascular.
Contudo os estudos na adaptação hemodinâmica
materna durante a PE e a informação disponível
sobre a hemodinâmica materna central ainda são
escassos.
O objetivo do presente estudo é de desenvolver o
modelo computacional para obter os parâmetros
hemodinâmicos relevantes na circulação materna e
útero-placentária, constituída pelas artérias aorta,
ilíacas comuns, ilíacas internas e uterinas. A primeira etapa consiste na criação do modelo geométrico.
Este modelo requer várias aproximações e generalizações de modo que permite optimizar o cálculo
numérico dos parâmetros hemodinâmicos por métodos de Dinâmica de Fluidos Computacional
(CFD), mas que também melhor represente a
morfologia e anatomia do sistema circulatório
materno-uterino. Com as simulações numéricas que
serão efectuadas através do programa ANSYS®CFX, pretende-se correlacionar os principais parâmetros hemodinâmicos, tais como fluxo, pulsatilidade e pressão arterial com variação dos dados
morfológicos uterinos.
Filiação:
1. PhD /FCT- UNL
2. Licenciatura. Estudante de Mestrado Eng. Biomédica / FCTUNL
3, MD; MsC / FCM-UNL
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Resumo:
Introdução - O polígono de Willis é um circuito
arterial da base do crânio que permite manter um
fluxo adequado em casos de obstrução aguda,
vaso-constrição ou outros comprometimentos do
fluxo cerebral. O polígono de Willis de configuração clássica é definido como um circuito
arterial fechado, bilateral e simétrico, no qual no
qual o fluido pode circular a partir de qualquer
ponto de entrada de volta para o mesmo ponto.
Esta configuração pode ter variações anatómicas
nomeadamente duplicações, hipoplasias ou agenésia (provavelmente determinadas genéticamente).
Alterações na morfologia do polígono podem
condicionar a aparência e severidade dos sintomas de várias doenças cérebro-vasculares nomeadamente aneurismas, enfartes, enxaqueca e
outras anomalias vasculares. O conhecimento da
anatomia do polígono de Willis é ainda importante no planeamento de procedimentos cirúrgicos e endovasculares.
Métodos - Realizámos uma revisão de todos os
exames de Angio TC CE no HSM no período de
3 meses e pesquisámos alterações da normal
anatomia do polígono. Detectámos 7 casos de
doentes com variantes anatómicas das quais se
destacam: fenestração do segmento A1 da ACA
(2 doen-tes), hipoplasia A1 (2 doentes, 1 com
artéria ázigos), emergência infra-óptica do
segmento A1, hipoplasia da artéria carótida
interna (1 doente), fenestração da artéria basilar
(1 doente) e origem fetal da artéria cerebral
posterior (2 doentes).
Conclusão - As variantes do polígono de Willis
têm um papel fundamental na ocorrência,
manifestação de sintomas, opções terapêuticas e
recuperação de algumas condições cérebrovasculares. O conhecimento anatómico destas
variantes é essencial na avaliação clínica e
planeamento cirúrgico e endovascular das doen-ças
cérebro-vasculares.
alterações no exame físico dos doentes e em
parti-cular quando se avalia um doente que
sofreu traumatismo do antebraço.
Filiação:
1. Interno Neurorradiologia
2. Médico especialista Neurorradiologia
3. Médico Especialista Neurorradiologia, Director Serviço
Imagiologia Neurológica CHLN
Filiação:
Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
[email protected]
[email protected]
Anatomia da Macro à Ultra-estrutu-ra:
Variações anatómicas dos músculos Palmaris
longus e Flexor digitorum superficialis
Autores
Catarina Melo; Susana Pinheiro; António
Bernardes
Resumo:
As variações na morfologia dos músculos do
compartimento anterior do antebraço são comuns.
Nesta região os músculos estão organizados em dois
planos: superficial e profundo. No plano superficial,
o músculo Palmaris longus e o músculo Flexor digitorum superficialis podem apresentar variantes na
morfologia do corpo muscular, alteração na disposição dos seus tendões ou nas conexões
intertendinosas. Na maioria dos casos, estas alterações são assintomáticas, podendo no entanto condicionar efeito de massa com comprometimento
neurovascular.
Relatamos uma variação encontrada durante a
dissecção do membros superior direito de um cadáver, em que o músculo Palmaris longus originava
um tendão no terço médio do antebraço que se
inseria no 4º dedo e o músculo Flexor digitorum
superficialis se encontrava dividido em dois feixes
musculares: o feixe medial (úmero-ulnar) era
digástrico e originava dois tendões no terço inferior
do antebraço que se dirigiam para o 2º e 5º dedos; o
feixe lateral (radial) originava um tendão que se
inseria no 3º dedo. Os tendões dos músculos
Palmaris longus e Flexor digitorum superficialis
dividiam-se em dois feixes ao nível da articulação
metacarpo-falângica entre os quais se situava o tendão do músculo Flexor digitorum profundus. Estas
varian-tes podem ter significado clínico, devendo ser
tomadas em consideração quando são encontradas
Variações anatómicas dos seios perinasais:
aspectos radiológicos
Autores:
Ana Rita Claudina Lameiras1,2; Ricardo
Santos1,2; Vitor Oliveira1,2; Luís Roque
Reis1,2; Pedro Escada1,2
Resumo:
Introdução - Os seios perinasais são cavidades
cheias de ar que se desenvolvem em redor das
fossas nasais. A sua anatomia é complexa e varia
de modo significativo entre indivíduos, pelo que
a com-preensão das variações anatómicas dos
mesmos é imperativa para evitar complicações
cirúrgicas.
Este trabalho tem como objectivos abordar as
principais variações anatómicas dos seios perinasais e a sua detecção por meio de tomografia
computadorizada (TC).
Materiais/Métodos Revisão da literatura e da
iconografia do Serviço de Otorrinolaringologia
do Hospital Egas Moniz, Centro Hospitalar de
Lisboa Ocidental. Foram sistematizadas as
variações anatómicas dos seios perinasais que
podem constituir factores de risco para lesões e
complicações durante as cirurgias.
Resultados -As variações anatómicas que podem
predispor à ocorrência de complicações cirúrgicas são as seguintes: 1) fossas olfativas; 2)
inserção da apófise unciforme: 3) células de
Haller; 4) células de Onodi; 5) células supraorbitárias; 6) bula frontal; 7) células frontais; 8)
agger nasi; 9) corneto médio bolhoso; 10)
curvatura paradoxal do corneto médio; 11)
relação do nervo óptico e da artéria carótida com
o seio esfenoidal.
Conclusão O conhecimento e a verificação das
variações anatómicas naso-sinusais pela visualização da TC no pré-operatório são de importância fundamental para evitar a ocorrência
de complicações operatórias.
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Filiação:
1.Serviço de ORL, Hospital de Egas Moniz/CHLO
2.Faculdade de Ciências Médicas, UNL.
[email protected]
Filiação:
1.Dept. Anatomia, Faculdade de Ciências Médicas,
Universidade NOVA de Lisboa
2.Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa
3.Instituto de Anatomia da Faculdade de Medicina da
Universidade de Lisboa
Anatomia e Arte:
Enxertos e Anatomia, Da Mitologia Antiga à
Realidade Moderna
Autores
Maria Alexandre Bettencourt Pires1; Fernando
Arrobas da Silva1; Isabel C. Ritto2; Ivo P.A.
Furtado3; Diogo Pais1; João E. Goyri O’Neill1.
Resumo:
O aprofundamento dos conhecimentos da História da
Antiguidade muito pode ainda contribuir para o
aperfeiçoamento técnico da Medicina Moderna. É
esse, decerto, o caso das primeiras referências
históricas aos conceitos de enxerto e transplantação.
Um pouco por todo o mundo e em todas as culturas,
é possível encontrar inúmeros exemplos de seres
antropomórficos e monstros, como a Quimera. Na
Idade Média, são várias as representações artísticas
de Cosme e Damião, santos patronos da medicina, a
realizar um transplante de perna de um cadáver em
substituição da perna amputada de um doente. Mais
tarde, no século XVI, a análise cuidada do texto
original da classificação de “Prodigiosos monstros
vivos e bestas” de Ambroise Paré, permite detectar
aquela que pode ser considerada como a primeira
referência científica coerente ao conceito de regeneração de tecidos, após um caso de sucesso de
reimplantação e sutura dos tendões seccionados de
uma perna humana. Vasari refere na biografia de
Leonardo da Vinci, que uma das primeiras obras
desse extraordinário artista-cientista foi a construção
de um escudo com a representação de um assustador animal imaginário, construído com diferentes
partes do corpo de insectos e répteis. Na era
moderna, a descrição do monstro Frankenstein, por
Mary Shelley, aparece como uma clara alusão ao
conceito do sucesso de enxertos. Estes exemplos
históricos parecem significar que, desde os primórdios dos tempos, sempre existiu uma permanente
busca científica da possibilidade de regeneração de
tecidos, através de enxertos e transplantes, que na
medicina moderna continuam em vias de aperfeiçoamento.
30
[email protected]
Corpo: Acontecimento e Lugar da Morte
Autores:
Nelson Manuel Ferreira Cardoso
Resumo:
A morte ontológica é o acontecimento
derradeiro do ser – lugar no mundo que termina.
Já não se afirma Eu sou o lugar que ocupo: o ser
extinto já não é lugar cinético (não evolui sobre
o espaço), mas lugar negativo, inerte.
Perante o despojo, na mesa de dissecações, sobre
que me projecto, urge perguntar: que imagem é
aquela, quando o seu referente vivo já não
existe? A morte é um processo de visibilidade –
o que já não é manifesta-se presença da
ausência, nas marcas que deixa, e traduz o lapso
entre o positivo e o negativo, o vazio.
Antes de prosseguir nas questões que se
prendem com a visibilidade exterior da morte
(aquém da dissolução em nada), como a necrose
na epiderme, importa perceber que esse é um
processo biológico vindo de dentro – a morte, a
derradeira doença, começa algures no mundo
intracelular e manifesta-se visibilidade.
Dissertar sobre a morte é fazê-lo acerca da vida;
é um privilégio poder estudar o corpo (os seus
mecanismos e estruturas internas). A pose de
certo indivíduo vivo deve-se ao que está por
debaixo da pele; será lícito perguntar se um
cadáver ainda contém o que foi da sua
psicologia (vulgo a psicologia do retratado)?
O desenho não é mera ferramenta ilustrativa do
pensar sobre a morte mas reflexão avançada do
que se vê defronte. O ente já não sendo, ocupará
um lugar de memória, simbólico, como simbólica é a mancha que deixa. O desenho de si, o que
terá ainda do concreto?
Filiação:
Mestre em Pintura (Faculdade
Universidade de Lisboa)
[email protected]
de
Belas-Artes
da
EXPOSIÇÃO: «ANATOMIA E ARTE»
Isabel Correia Ritto; Beatriz Manteigas;
Frederico Elias; João Ribeiro; José
Minderico; Rebeca Mayor; Rui Ferreira.
O corpo humano constituiu desde sempre uma das
temáticas mais utilizadas em Arte, sendo uma das mais
interessantes e de mais difícil representação.
O corpo pode ser também ele próprio um suporte, como
sucede quando a pele é tatuada. E pode ser um meio,
como na body art.
O conhecimento da morfologia sempre interessou aos
artistas, pioneiros no estudo das medidas e das proporções passíveis de serem estabelecidas entre os diversos
segmentos do corpo. Durante vários séculos os estudos
anatómicos foram essenciais na aprendizagem da
representação figurativa do corpo.
No início do século X diversas correntes artísticas
menorizaram a importância dos estudos anatómicos, no
entanto nos últimos anos assiste-se a um interesse renovado por esta matéria.
Grande número de artistas, em áreas como Desenho,
Pintura, Escultura, Ilustração Científica, Animação e
criação de imagens tridimensionais, valorizam a importância da Anatomia. Os conhecimentos anatómicos
melhoram a capacidade de representação da figura
humana, quaisquer que sejam o método ou técnica
utilizados.
O Mestrado em Anatomia Artística da Faculdade de
Belas-Artes de Lisboa veio criar uma resposta adequada
às necessidades de desenvolvimento de conhecimentos
que se têm vindo a sentir no domínio da Anatomia
Artística, uma das áreas curriculares da FBAUL, que faz
parte dos cursos de Licenciatura, Mestrado e Doutoramento ministrados naquela Faculdade. Este não é um
Mestrado exclusivo dos alunos de Belas-Artes: pode ser
frequentado por licenciados em Medicina, Medicina
Dentária, Medicina Veterinária, Biologia, Ciências da
Saúde e ESTeSL. Trata-se de um Mestrado pioneiro em
Portugal e na Europa, tendo merecido uma menção muito
positiva quando da última avaliação efectuada pela
Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Esta exposição é constituída por desenhos feitos pelos
mestrandos, com a temática da figura humana, na dupla
vertente de Desenho de Modelo Vivo e Desenho Anatómico. Os trabalhos apresentados obedeceram a um
critério de selecção que aponta para uma vertente que
articula a tradução dos conhecimentos de Anatomia
Artística no plano da linguagem gráfica.
Isabel Ritto
[email protected]
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Lista de participantes inscritos na XLVIII Reunião SAP / I Reunião científica AAP
(Listagem completada a 23 de Março de 2014, por ordem alfabética de 1º nome)
Ana Carlota DIAS
Ana CRACIUN
Ana Luísa MARQUES PEREIRA
Ana Margarida de B. N. Rocheta CASSIANO [7]
Ana Rita Claudina LAMEIRAS [27]
Ana Rute MARQUES [23; 23]
Ana Teresa LOPES BRUNO
André FERREIRA
André F. de Sobral PINHO
Andrea FURTADO [21]
Andreia SERRANO [25]
António José GONÇALVES FERREIRA [5]
Artur Manuel Perez Neves ÁGUAS [25]
Bernardo Carvalho ARAUJO
Carla Susana Lopes PINHEIRO SILVA [14; 27]
Carlos Eduardo Duarte GODINHO [10; 11; 15; 18; 22]
Carlos ZAGALO Ribeiro
Carolina Maia GAFANHÃO
Catarina MELO [14; 27]
Cátia Alexandra da Silva JANOTA [13]
Cláudia MARQUES [23: 23]
Daniela R. CAVACO [18]
David João Silva APARICIO [22]
David SERRANO ANGELO [7]
David TANGANHO
Diogo Reis CABRAL [5; 16]
Diogo B.CASAL [5; 7; 10; 11; 14; 15; 18; 20; 21; 22]
Diogo Afonso Santos da CUNHA
Diogo de Novais MATIAS
Diogo PAIS [5; 7; 10; 11; 11; 12; 14; 15; 18; 20; 21; 22; 23; 27]
Edgar Miguel Pontes LOPES
Eduarda SILVA [14; 15]
Eduardo ANTUNES
Eduardo FELÍCIO
Felipe Guimarães TORRES
Fernando ARROBAS DA SILVA [27]
Filipa RAMALHEIRA
Francisco João Nunes ALVAREZ
Francisco de Oliveira FAUSTINO
Francisco M.C. FREIRE DE ANDRADE [5; 11]
Gonçalo BASÍLIO [20; 26]
Gonçalo NETO D'ALMEIDA [16]
Helena Maria A. Lopes Roque AGOSTINHO [8]
Hugo Miguel MARQUES [9]
Hugo Nunes Vaz dos SANTOS
Inês Jorge Pires
Inês Margarida SILVA RODRIGUES
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Inês Fernandes TLEMÇANI [11]
Isabel Correia RITTO [17; 27; 29]
Ivo A. FURTADO [5; 8; 17; 27]
Joana LIMA LOPES
Joana Barroso MOREIRA [22; 26]
João BORBA MARTINS
João CHAMBINO [11]
João FIGUEIREDO [21; 22]
João GAMELAS
João GOYRI O'NEILL [5; 7; 9; 9; 10; 11; 11; 12; 14; 14; 15; 16;
18; 20; 21; 22; 22; 23; 25; 27]
João PIMENTEL [9; 16; 19; 24]
José GUEDES DA SILVA [14]
José Júlio MARTINS MARQUES
José Manuel NOVO DE MATOS [11]
José MARTINS DOS SANTOS
José Pedro Osório de Sousa FARIA
José QUARESMA [17]
Juliana Francisca DAMAS
Leandro Nobre AZEVEDO
Luis Carlos Saboeiro dos Santos CARDOSO [11]
Luis MASCARENHAS DE LEMOS [5; 7; 10; 11; 14; 15; 18; 23]
Luís Miguel Norte Bordeira RODRIGUES
Luis Pedro PAULINO FERREIRA
Maria Alexandra BRITO [13; 13]
Maria Alexandre BETTENCOURT PIRES [3; 5; 7; 10; 11;
11; 15; 18; 21; 22; 25; 27]
Maria Angélica Almeida ROBERTO [7; 10; 14; 15; 18; 20; 21;
22]
Maria Assunção O'NEILL [5; 9; 11; 14; 16; 23; 24; 25; 28]
Maria Clara Pinheiro CAPUCHO
Maria de Jesus Ferro Coutinho Alves MONTEIRO
Maria João F. P R OLIVEIRA Meireles Moreira [25]
Maria Margarida FRANCISCO
Maria Margarida RIBEIRO
Mariana Fernandes MARTINHO [11]
Mário O.BERNARDO [17]
Matilde Ferreira de ALMEIDA
Mickael Varonjan BAKTIKIAN
Miguel CASIMIRO [18; 19]
Miguel Oliveira CORREIA [5]
Nelson Manuel Ferreira CARDOSO [28]
Nelson José da Graça GILBERTO [11]
Nuno Jorge Carvalho de SOUSA [6]
Paula Cristina Gomes Ferreira PROENÇA [25]
Paulo VALE FERNANDES [8; 16; 24]
Paulo VERA CRUZ
Pedro BARATA [5; 11; 14]
Pedro Miguel de Azaredo RAPOSO
Ricardo Filipe SANTOS [8;9;16;19;20; 24;24;27]
Rita FONTES de OLIVEIRA [10]
Rodrigo ROQUETE
Rui MELO CABRAL [20]
Rui Miguel MATEUS MARQUES [25]
Santiago Andrés Rodriguez MANICA
Tiago ANTUNES DUARTE
Valentina VASSILENKO [14; 16; 25]
Vanessa CUNHA [5; 16; 25]
Ve-Ninja ME
Vitor Miguel Fernandes Lopes OLIVEIRA [8; 19; 27]
33
34