1530 1530 1640 1820 1930 1940 1960 1970 1980 os

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1530 1530 1640 1820 1930 1940 1960 1970 1980 os
OS PRIMÓRDIOS DA OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO METROPOLITANO
1500
. PAU-BRASIL .
1530
1600
1640
Muito antes de se estabelecerem os primeiros moradores no território planaltino da RMC,
os colonizadores portugueses já exploravam a região por intermédio de caminhos que
partindo de São Vicente (SP), percorriam a planície do Vale do Ribeira e estabeleciam
uma ligação com o caminho pré-cabralino do Peabiru*.
Posteriormente, no século XVII, partindo de Paranaguá, os mineradores portugueses
atravessaram a Serra do Mar, estabelecendo os arraiais de mineração como uma das
primeiras formas de ocupação da região:
1. o caminho da Graciosa induziu à formação do “Arraial Queimado” em Bocaiúva do Sul,
Campina Grande do Sul e Quatro Barras;
2. através do caminho do Itupava a formação dos arraiais na Borda do Campo (Quatro
Barras) e na região do Atuba (Curitiba);
3. através Caminho do Arraial, a formação do “Arraial Grande” em São José dos Pinhais.
1700
. AÇÚCAR .
. BANDEIRANTES .
-
. TROPEIRISMO .
1800
. CAFÉ .
1820
. ERVA-MATE
/ MADEIRA .
1900
. IMIGRAÇÃO .
1930
1940
1960
1970
. INDÚSTRIA .
1980
2000
Nos séculos XVIII e XIX, o Tropeirismo determinou a ocupação dos Campos Gerais e
estimulou a expansão da Vila de Curitiba, inserindo-a em um circuito comercial mais
amplo.
No contexto metropolitano, o caminho das tropas** de gados e mulas vindas do Rio
Grande do Sul para serem vendidos nas feiras de Sorocaba (SP), passava pela região
oeste, fomentando o desenvolvimento de povoações localizadas na Lapa, Campo Largo
e Araucária.
Nestas localidades foram criadas estâncias de pouso para os tropeiros e de descanso e
engorda do gado antes do último percurso rumo a Sorocaba.
Após o Tropeirismo, a primeira economia a dominar o ambiente metropolitano foi a da
“erva mate”*** (1820-1930), determinando o surgimento da indústria no PR. A
exportação dava-se via Paranaguá, no lombo de animais via Estrada da Graciosa,
Itupava e do Arraial, até Porto de Cima em Morretes.
Destaca-se ainda a atividade portuária de Balsa Nova, onde aportavam os
carregamentos de folhas de erva-mate vindos da região limítrofe com SC, para
processamento nos moinhos curitibanos. A inauguração da ferrovia em 1885 veio a
modificar o panorama, fazendo com que as indústrias do mate, antes dispersas ao redor
de Curitiba, viessem a se concentrar próximos à estrada de ferro, inagurando seus
próprios ramais.
Somente no final do século XIX é que a ocupação e a população da RMC ganha um novo
impulso, com a chegada das primeiras levas de imigrantes. No Paraná, a imigração é
prontamente colocada no sentido de criar-se uma cultura de agricultura de
abastecimento.
A intensa atividade colonizadora de alemães, poloneses, ucranianos, italianos, suiços,
franceses e russos, atingiu sobretudo os terrenos nos arredores de Curitiba,
estabelecendo-se:
- em Curitiba, principalmente na região norte, em antigos quarteirões (Pilarzinho, Ahu,
Mercês, Bacacheri) e em colônias criadas especialmente para abrigá-los (Abranches,
Santa Cândida, Dantas, Orleans e Santa Felicidade).
- em Almirante Tamandaré - colônias Lamenha,
Antônio Prado e São Venâncio;
- em Araucária - colônia Tomás Coelho;
- em São José dos Pinhais - colônias Murici,
Zacarias, Afonso Pena, Inspetor Carvalho, Silveira
Mota e outras;
- em Campo Largo - colônia Antônio Rebouças e
outras;
- em Piraquara - colônia Santa Maria do Novo Tirol;
- em Cerro Azul - colônia Assungui;
- em Colombo - colônia Alfredo Chaves;
- em Contenda - colônia Contenda;
- na Lapa - colônias de Wirmond, Mariental e
Joanesdorf, Serrinha da Santa Ana, Catanduvas,
Ribeirão Vermelho, Passa-passa, São Miguel,
Campestre, Tagaçaba, e outros.
A infra-estrutura e desenvolvimento do Estado do Paraná, impulsionada com a
“Economia do Mate”, consolidou a cidade de Curitiba como um centro regional. Neste
contexto, no alvorecer do século XX, surgem na cidade duas grandes conquistas que
vem a transformar a sua forma de ocupação: a iluminação pública ao lado da linha dos
bondes e o motor à explosão (ônibus e automóveis).
Curitiba logo experimenta um crescimento desordenado, o que levou a aprovar, em
1943, o plano urbano de Alfred Agache. Este plano****, previu a abertura de largos
boulevares no tecido urbano a exemplo das avenidas Visconde de Guarapuava e Sete
de Setembro, além de um anel periférico que limitaria a mancha urbana ovóide - a
Avenida Nossa Sra. da Luz.
Até os anos 50, o crescimento populacional de Curitiba foi lento e constante. Com a
abertura de fronteiras agrícolas regionais, o crescimento populacional atingiu uma
velocidade acelerada, e em 1960, Curitiba tinha 361.309 habitantes.
Em 1965 foi elaborado o o Plano Preliminar Urbanístico de Curitiba, que rompeu com a
estrutrura rádio-concêntrica de Agache, prevendo um crescimento linear para a cidade,
ordenado em cima de duas vias estruturais a Sul (trinário com base na Av. Visconde de
Guarapuava) e a Norte (trinário com base na Avenida Paraná), orientando Curitiba a
crescer na direção nordeste-sudeste.
A partir dos anos 70, desencadeou-se um processo de transformação no perfil
econômico paranaense, centrado na diversificação e modernização da base técnica
produtiva da agropecuária e na introdução de ramos industriais mais modernos na linha
metal-mecânica. No mesmo período, a RMC experimenta um vertiginoso crescimento
populacional, a altas taxas de crescimento, situada entre as maiores do país. A mancha
urbana de ocupação ultrapassa os limites municipais do município pólo, com fortes
vetores ao norte provocada pela continuação da via estrutural norte-nordeste de Curitiba
(Colombo, Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul) e a leste com Piraquara e São José
dos Pinhais.
Ao final da década de 1970, foi elaborado o primeiro Plano de Desenvolvimento
Integrado da RMC. Com o crescimento populacional, seguindo com altas taxas, a
ocupação foi ocorrendo progressivamente na continuidade da mancha urbana nos
municípios mais próximos à Curitiba.
2004
2006
Na década de 2000 foi retomado o processo de planejamento metropolitano que teve
como resultado o Plano de Desenvolvimento Integrado da RMC - PDI/2006.
Atualmente, o desenho da ocupação urbana na RMC apresenta duas configurações
principais: i) uma mancha de urbanização contínua que atinge 14 municípios,
denominada Núcleo Urbano Central - NUC e ii) áreas urbanas isoladas e separadas por
extensas áreas rurais.
Os municípios que integram o NUC compõem uma aglomeração urbana metropolitana
que concentra 97,73% da população urbana da RMC, sendo, portanto, uma área de alta
complexidade e rápidas transformações urbanas, com impactos negativos ao meio
ambiente.
Desenhos de Fábio Henrique Conceição, 2007/ 2008.