O USO DE ESTEREOGRAMAS EM PERFIS DE IMAGEM
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O USO DE ESTEREOGRAMAS EM PERFIS DE IMAGEM
O USO DE ESTEREOGRAMAS EM PERFIS DE IMAGEM Author: Igor Lima - Geólogo Nos últimos anos o uso das ferramentas de perfil de imagem para caracterização de camadas e/ou identificação de estruturas vem aumentando exponencialmente. O produto final dessas ferramentas possui uma melhor resolução permitindo ao intérprete uma maior acuidade à sua análise. As principais prestadoras possuem ferramentas para fazer a aquisição desse tipo de dado de duas maneiras distintas: a cabo (resistivas e acústicas) e LWD (logging while drilling). As ferramentas a cabo resistivas, onde a aquisição de dados é feito a partir de pads (patins) posicionados junto à parede do poço. Cada pad possui uma quantidade de botões e estes fazem uma leitura cada. Nas ferramentas acústicas, aquisição é feita por um transdutor que gira em torno do próprio eixo. Em todos os casos as imagens geradas são orientadas com o norte, em poços verticais ou com o top of hole no caso de poços direcionais/horizontais. Seguido o processamento e geração de um perfil de imagem, o interprete começa a marcar camadas e estruturas (fraturas, falhas, vugs, break out, fraturas induzidas, fraturas abertas, fechadas, condutivas, etc.). Buscando uma melhor compreensão de como essas estruturas se relacionam entre si em um poço, bem como para todo o campo uma análise de Projeção estereográfica ou estreograma poderá ter grande contribuição. Projeção estereográfica também conhecida como equiangular é a representação de estruturas planas e lineares em um diagrama de duas dimensões. Ao imaginar um plano atravessando o centro de uma esfera, a linha de intersecção entre o plano e a esfera será representada por um círculo, conhecido como Grande Círculo (figuras 1A e B). Para se compreender como fazer uma projeção, deve-se considerar uma linha como um subconjunto de um plano. Linhas são projetadas como pontos, bem como planos possuem sua projeção em grandes círculos. Figura 1: Em A, plano mergulhando para ESE. Em B, a intersecção do plano com a esfera, identificando o grande círculo (fonte: Fossen). Para utilizar as projeções estereográficas de forma prática, uma malha de referência com superfícies conhecidas deve ser definida, marcando no círculo primitivo as direções geográficas. Assim ao observar do polo sul ao norte longitudes e latitudes são linhas de intersecção entre os grandes círculos e os pequenos círculos. Desta forma, obtemos um estereograma (figura 2). Os estereogramas são divididos em redes de Wulff e Schmidt. A primeira permite trabalhar relações angulares, enquanto a segunda a projeção será de igual área, e não estereográfica visando a preservação da área, para que a densidade de uma parte do gráfico seja diretamente comparável com outra. Em geral utilizamos o hemisfério inferior. Figura 2: Identificação de pequenos círculos e sua representação nos hemisférios (fonte: Fossen). Outro conceito importante é o polo. Entende-se por polo como o ângulo de 90º, oposto a um plano (grande circulo), são comumente utilizados em análises estruturais que envolvam grandes quantidades de medidas de atitudes (figura 3). Figura 3: Identificação de polo em um estereograma (fonte: Fossen). Em Geolog, o usuário pode selecionar qual rede pretende usar (Schmidt ou Wulff), bem como qual hemisfério, superior ou inferior (figuras 4A e B). Figuras 4A e B: Hemisfério inferior com Rede de Wulff e hemisfério superior com Rede de Schmidt. A B Com um grupo de estruturas disposto no estereograma, é possível selecionar uma, ou mais, traçar o Grande Círculo, salientar contornos e diagramas de roseta indicando frequências de mergulho ou de azimute (figuras 5A e B, 6A e B). Figura 5: Em A, estereograma com estruturas dispostas. Em B, uma estrutura selecionada com seu grande círculo e polo. A B Figura 6: Em A, a partir das estruturas foi identificado seu contorno. Em B, diagrama de roseta, indicando frequência de mergulho. A B O uso do estereograma em conjunto com a análise do perfil de imagem permite uma melhor compreensão do comportamento tectônico do poço, bem como sua propagação para o campo (figura 7). Figura 7: Perfil de imagem resistivo com estruturas identificadas e representadas em um estereograma. Geolog é um software para interpretação de perfis, que permite realizar análises básicas de perfis ou análises petrofísicas robustas e complexas, de forma amigável e prazerosa. Nosso lema é Ciência Avançada para Todos. Visite-nos em www.pdgm.com.