Arte Castreja Catálogo
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Arte Castreja Catálogo
SOCIEDADE MARTINS SARMENTO ARTE CASTREJA DO NORTE DE PORTUGAL CATÁLOGO DA EXPOSIÇÃO 15 de Setembro – 21 de Novembro Guimarães 1999 INTRODUÇÃO A realização da Exposição de Arte Castreja do Norte de Portugal é, para nós, uma iniciativa importante a vários títulos. E exactamente por isso, quisemo-la enriquecer com uma Exposição Bibliográfica de monografias e estudos de Arte Antiga de Martins Sarmento. Sublinhamos a relevância da exposição de arte castreja, não só por constituir uma justa homenagem a Francisco Martins Sarmento, incontornável figura de referência da descoberta do castrejo no noroeste peninsular, mas porque prenuncia uma nova ambição/desafio das nossas preocupações museológicas. De facto, o acervo do Museu Arqueológico Martins Sarmento há muito que exige uma adequada proposta expositiva de acordo com a sua incontestável importância. Reconhecemos as dificuldades em avançar com uma oferta que não só tem a ver com a opção de fundo a tomar em relação às colecções a expor, como pelos materiais de suporte das mesmas, como ainda pelos espaços a dedicar a este ex-libris da nossa Sociedade. E na passagem do Centenário do nosso Patrono, tomámos, deliberadamente, a resolução de avançar com a instalação de um Museu de Cultura Castreja no Solar da Ponte em Briteiros (Salvador). Não só pelo Museu, em si, que é um velho sonho de sucessivas direcções, mas pela justa ambição que temos de reformular, actualizando, a mostra museológica do nosso acervo patrimonial arqueológico e porque a concretização deste sonho também imporá aos responsáveis deste país a premência de instalação condigna do Museu Martins Sarmento. Ao realizarmos esta Exposição e, principalmente, quanto à forma como a realizamos, estamos a afirmar publicamente a nossa determinação e o grau de qualidade com que queremos marcar os nossos desafios na área museológica. Cremos que as imagens que ilustram este Catálogo são suficientemente expressivas da extrema qualidade das peças apresentadas, e a relação pormenorizada das mesmas registará para a posteridade que esta foi uma iniciativa dificilmente repetível. E onde falhem as imagens, aqui deixamos o registo da verba que envolveu a concretização da Exposição: 14 066 037$00, com 5 283 577$00, ou seja, 37.5% daquela verba, gastos com a segurança da mesma. Foi um enorme esforço, em tudo digno da memória dessa figura notável que foi o, para nós, sempre omnipresente Francisco Martins Sarmento, e desta Terra, Guimarães, e deste País, Portugal, que só com realizações desta qualidade se podem considerar integráveis e integrados numa Europa que nada tem a ver com culturas de telenovela ou futebolísticas e 2 menos ainda ao ritmo pimba, pese embora serem estas, ainda!!, e o jet set lisboeta, as marcas de referência do portugal hodierno. 3 Ver legenda na página seguinte 4 LEGENDA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 Espaço da Exposição Bibliográfica Suporte de equipamento de vídeo Painel das estações castrejas do Norte de Portugal Texto de apoio às estátuas de Guerreiros Aspecto geral da 1ª sala Estátua de Guerreiro SMS Estátua de Guerreiro MNA Estátua de Guerreiro MRDDS Estátuas Sedentes SMS e CMPL Estátua Sedente ANM Aspecto geral: estátuas zoomórficas e painel de Foz Côa Barrão MNA Barrão MNA Estátua de VIRGEM AFT Réplica de gravuras de Foz Côa CNAR Descodificação das gravuras da réplica Painel de Foz Côa Aspecto geral da 2ª sala Citânia de Briteiros Pórtico de Âncora Ombrais da casa da Citânia Maqueta de unidade doméstica Maqueta dos BANHOS Aspecto geral das epígrafes e pedras esculpidas Pedra esculpida Padieira da porta da Citânia Trísceles Tetrásceles Pedra esculpida Painel da Pedra Formosa Painel da ourivesaria castreja Aspecto geral da 3ª sala Vitrines de joalharia de ouro Vitrine do CARRO DE VILELA e ESPETO Suporte de equipamento de vídeo EXPOSIÇÃO BIBLIOGRÁFICA DE FRANCISCO MARTINS SARMENTO – monografias e Estudos de Arte Antiga – organização: SOCIEDADE MARTINS SARMENTO comissária: Maria José Meireles 1 1. 1854 Pregão Escolástico. [Guimarães: Comissão dos Antigos Estudantes], 1854. 2. 1855 Poesias. Porto: Na Tipografia de Sebastião José Pereira, 1855. 3. 1877 Citânia: explicação das fotografias. [S.l.: s.n., 1877?] 1 5 4. 1879 Arte Pré-Romana. Ocidente. Vol. 2, nº 44 (15 de Out. 1879) p. 157-158 5. 1879 Observação à Citânia do Sr. Doutor Emílio Hübner. Porto: Tipografia de António José da Silva Teixeira, 1879. 6. 1880 Ora Marítima: estudo deste poema na parte respectiva à Galiza e Portugal. Porto: Tipografia de António José da Silva Teixeira, 1880. 7. 1883 Expedição Arqueológica à Serra da Estrela em 1881: Secção de Arqueologia. Sociedade de Geografia de Lisboa. Lisboa: Imprensa Nacional, 1883. 8. 1884 Les Lusitaniens: extrait du compte rendu de la 9e session du Congrès International d'Antropologie et d'Archéologie Préhistoriques en 1880. Lisbonne: Academie Royale des Sciences, 1884. 9. 1884Revista de Guimarães. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento: [1884]-. 10. 1887 Os Argonautas: subsídios para a antiga História do Ocidente. Porto: Tipografia de António José da Silva Teixeira, 1887. 11. 1887 Óbolo às crianças. Camilo Castelo Branco, Francisco Martins Sarmento. Porto: Joaquim Ferreira Moutinho, 1887. 12. 1891-93 Lusitanos, Lígueres e Celtas. Porto: Tipografia de António José da Silva Teixeira, 1891-1893. 6 1 13. 1896 Ora Marítima: Estudo deste poema na parte respectiva às costas ocidentais da Europa. 2ª Edição. Porto: Tipografia de António José da Silva Teixeira, 1896. 14. 1899 A Arte Micénica no Noroeste da Hispânia. Portugália. Tomo I, faz. 1 1899 p. 1-12. 15. 1933 Dispersos: colectânea de artigos publicados, desde 1876 a 1899 sobre Arqueologia, Etnografia, Mitologia, Epigrafia e Arte Pré- -Histórica. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1933. 16. 1990 Revista de Guimarães. 1990, vol. 100. ISSN 0871-0759. 17. 1991 Contos Populares. Org. A. Amaro das Neves. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, 1991. 18. 1992 Citânia: Álbum de Fotografias. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, 1992. 19. 1998 Antíqua: tradições e contos populares. Org. A. Amaro das Neves. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, 1998. 20. 1999 Antíqua: apontamentos de Arqueologia. Org. A. Amaro das Neves. Guimarães: Sociedade Martins Sarmento, 1999. 7 EXPOSIÇÃO ICONOGRÁFICA 2 Catálogo elaborado com textos integrantes da Exposição e fotografias de peças, maquetas, plantas e outro material exposto. Responsável J. Santos Simões 8 ARTE CASTREJA NO NORTE DE PORTUGAL A cultura castreja do Noroeste peninsular apresenta uma forte personalidade no quadro da ProtoHistória europeia. A sua originalidade foi já reconhecida pelos autores clássicos, em especial pelo historiador e geógrafo grego Estrabão (64-63 a.C. – 24-25 d.C.), do tempo dos imperadores Augusto e Tibério, de que se transcrevem algumas passagens da sua Geografia nesta exposição. 3 Durante o seu desenvolvimento, que percorre o I Milénio a. C., desde pequenos povoados do final da Idade do Bronze até ao aparecimento de grandes aglomerados urbanos, no final da Idade do Ferro, com a Citânia de Briteiros, esta cultura conheceu, do mesmo modo que as civilizações europeias congéneres, importantes inovações, que determinam os aspectos económicos, sociais e espirituais mais marcantes desta "primeira Europa": • a complexificação e hierarquização da sociedade e a problemática das origens do Estado; • os movimentos migratórios e as relações entre os povos, com o alargamento dos intercâmbios de longa distância, atlânticos, mediterrânicos e continentais, relacionados com a Antiguidade clássica e o mundo céltico; • a formação de famílias linguísticas e a identificação de entidades étnicas proto-históricas, ainda não conhecedoras da escrita mas contemporâneas de outras civilizações que a utilizavam; • os processos de proto-urbanização e urbanização; • a especialização do artesanato, nomeadamente na metalurgia e na cerâmica; • o aparecimento de um novo reportório de expressões simbólicas da predominância masculina, como se evidencia nesta exposição sobre arte castreja do Norte de Portugal. A iconografia castreja exprime, nas suas diversas formas, os aspectos mais relevantes da organização social das comunidades indígenas no Noroeste peninsular. 9 4 Dizem que os Lusitanos são hábeis em armar emboscadas e descobrir pistas; são ágeis, rápidos e de grande destreza. Usam um pequeno escudo de dois pés de diâmetro, côncavo para diante, que é preso ao corpo por correias de couro, porque não tem nem braçadeiras nem asa. Usam também um punhal ou um gládio. A maior parte dos guerreiros veste couraças de linho, e apenas alguns cotas de malha e capacete de tríplice cimeira. Mas em geral usam elmos de nervos. Os peões calçam polainas de couro e estão armados com lanças de ponta de bronze. Estrabão, Geografia 3.3.6 A estatuária de guerreiros castrejo constitui um dos documentos arqueológicos mais significativos da área meridional calaica, como evolução das estátuas-estelas da Idade do Bronze a que se associaram elementos mediterrânicos e célticos. Considerados quase sempre como estátuas funerárias, devem, antes, entender-se como representação tutelares dos chefes enquanto glorificação dos antepassados. 5 10 5 5 11 6 12 7 8 As estátuas sedentes, por vezes tidas como femininas e igualmente funerárias, como outras congéneres do mundo mediterrânico, poderão também sugerir-se como expressões de chefes sentados no trono nas reuniões do conselho comunitário ou em actos cerimoniais. 13 9 10 As representações zoomórficas estão mais presentes nos territórios do interior, com grande densidade na área dos Astures e dos Vetões, podendo sinalizar relações com a prosperidade e a fecundidade, por outra forma representada numa estátua feminina, conforme modelos conhecidos desde o Paleolítico. 14 11 12 15 13 14 16 O conjunto de gravuras da Idade do Ferro na região do Côa constitui o mais importante núcleo de arte rupestre da Península Ibérica datável deste período. 15 temática é variada, sendo constituída por figuras zoomórficas, fundamentalmente cavalos, mas também cervídeos e canídeos, estranhas figuras antropomórficas e uma vasta panóplia de armas datável da II Idade do Ferro por 16 paralelos de cultura material. Localizadas na sua generalidade junto à foz do Côa e nas margens do curso médio do Douro, as gravuras distribuem-se pelos painéis lisos dos afloramentos xisto-grauváquicos constituem o substrato geológico regional. que Apresentam-se exemplificativamente ilustrações das Rochas 10 (réplica) e 23 do Vale da Casa (rio Douro), 2 da Canada da Moreira, 1 de Meijapão e 3 da Vermelhosa, que reflectem as principais características da arte deste período: motivos sempre gravados por incisão linear com pontas aceradas de pedra ou ferro, por vezes sobrepostos em densas estratigráfias figurativas (Rocha 10 do Vale da Casa) associados ou não entre si, em cenas que revelam os quotidianos e o imaginário mitológico das sociedades guerreiras e fortemente hierarquizadas, quase de tipo feudal, tão típicas da II da Idade do Ferro da Península Ibérica. 17 17 O armamento figurado é constituído por lanças, falcatas e facas afalcatadas, espadas e punhais. Mais comuns são as lanças, normalmente transportadas por guerreiros ou caçadores montados em cavalos com pescoços longos e esbeltos num estilo muito ao gosto ibérico. Conhecendo-se apenas uma só rocha com uma inscrição com caracteres de tipo celtibérico, ladeando uma cena de caça ao veado (Rocha 23 do Vale da Casa) e sendo extremamente mal conhecida a cultura material da Idade do Ferro desta região, não é ainda possível, identificar com segurança qual o nome do povo que nos legou este vasto património rupestre, eventualmente um ramo celtibérico. O espaço das estações castrejas, como a Citânia de Briteiros, estava ordenado de forma regular com arruamentos ortogonais, que enquadravam conjuntos de unidades domésticas, formando uma espécie de bairros subdivididos em diversos núcleos habitacionais, cada qual pertencente a um grupo familiar (avós, filhos, netos e colaterais). 18 18 CITÂNIA DE BRITEIROS 19 19 20 21 20 22 A composição de cada um destes núcleos distribuía-se em torno de um pátio de acordo com a sua função: cozinha com lareiras a forno, local de armazenagem de géneros, zonas de dormida, recinto para guarda de animais, espaços de reunião com bancos ao redor e até recintos funerários. A reconstituição etno-arqueológica de uma dessas unidades, na Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira), representa um importante contributo para a compreensão da célula base das comunidades protohistóricas, identificadas como domus na inscrição da padieira de uma casa da Citânia de Briteiros. Destacam-se destes núcleos de arquitectura doméstica o grande edifício de planta circular, para reuniões do conselho comunitário, da Citânia de Briteiros, e os balneários, que sobressaem pelo seu aparato e técnica construtiva. Estes monumentos estavam situados no sopé dos povoados e eram abastecidos por uma nascente de água, apresentando todos os elementos necessários para a realização de banhos: fornos, com chaminé, para permitir a combustão e por onde era lançada a água sobre pedras aquecidas na fogueira para provocar a vaporização; câmara de contenção, separada da ante-câmara por um orifício, decorado; na ante-câmara, havia bancos corridos para os banhos de vapor e no átrio, tanques para banhos de água fria. 21 23 Dizem que alguns dos povos das margens do rio Douro vivem à maneira dos Lacónio (Esparta). Untam-se com óleo duas vezes (por dia) em lugares especiais e tomam banhos de vapor, feito com pedras aquecidas pelo fogo e (depois) banham-se em água fria. Estrabão, Geografia 3.3.6 22 23 A arte decorativa, em relevo e gravura, das casas e dos balneários, utilizando a decoração geométrica típica da cultura castreja, em corda, espinha, círculos encadeados, tríscelos e tetráscelos, sinais espiralados, cruciformes e serpen-tiformes ou motivos congéneres, evocam uma simbologia religiosa de fundo ancestral, que F. Martins Sarmento reportava aos Lígueres ora interpretados como indo- - europeus pré-célticos. 24 25 23 26 27 27 24 27 28 29 25 29 26 A "Pedra Formosa" da Citânia de Briteiros, "talvez o mais notável monumento arqueológico do Museu" (M. Cardoso), outrora havida como ara de sacrifícios ou frontispício de mausoléu, era a estela da ante-câmara de um balneário castrejo. 30 A ourivesaria proto-histórica do Norte de Portugal, potenciada pela riqueza aurífera da região, produziu algumas séries das mais belas jóias da ourivesaria peninsular. A um substrato da Idade do Bronze, reconhecido por uma série de jóias de ouro maciço e com decoração incisa, associaram-se relações de origem centro-europeia e mediterrânica. 31 É uma terra rica em frutos, gado, ouro, prata e muitos outros metais. Estrabão, Geografia 3.3.5 27 32 As primeiras são marcadas pelo aparecimento de formas e motivos de teor celtizante e de novas técnicas decorativas, como estampilhado e o repuxado sobre matriz, sendo mais visíveis no interior transmontano. As influências mediterrânicas, que se revelam, por exemplo, na técnica da filigrama e do granulado, conferindo às jóias, a par de um certo tradicionalismo, um alto grau de qualidade e originalidade, estão mais presentes no litoral. A sua exibição manifesta a importância assumida por estes jóias enquanto bens de prestígio da hierarquia castreja. 33 33 O colar de Baiões representa as jóias mais típicas do final da Idade do Bronze Atlântico Peninsular. A ourivesaria castreja da I Idade do Ferro manifesta uma mistura de estilos e tradições de procedência diversificada. A pulseira da Cantonha denuncia contactos culturais de origem centroeuropeia, que vemos assentar sobre um substrato da Idade do Bronze. O magnífico tesouro de Baião é composto por elementos com óbvias ligações ao mundo mediterrânico e meridional, fenício e tartéssico, bem evidenciados na decoração de palmetas das arrecadas e no uso da solda. As jóias da II Idade do Ferro de uso masculino, como os torques (colares) e as viriæ (braceletes) do tesouro de Lebução, aproximam-se pela função e pela gramática decorativa do mundo céltico, enquanto as jóias de uso feminino, como as peças da Póvoa de Varzim, com técnica 28 de granulado e filigrana, se podem relacionar com influências mediterrânicas com relações ao domínio de Cartago. 33 33 O carro votivo de bronze encontrado juntamente com um espeto em Vilela (Paredes), na área meridional do território da Citânia de Sanfins (Paços de Ferreira), com a figuração do sacrifício de um caprídeo, representará uma alegoria dos rituais indígenas ao seu Deus da Guerra, equivalente a Ares ou a Marte, conforme o texto de Estrabão. Esta cenarização, com a imolação da vítima por sacerdotes, guerreiros de um lado e mulheres oferentes do outro, poderá referenciar modelarmente uma organização hierárquica da sociedade castreja, tripartida e trifuncional, à maneira indo-europeia, em torno das ideias da soberania, força e fecundidade. Comem sobretudo carne de bode e sacrificam a Ares (Deus da Guerra) bodes, prisioneiros e cavalos, praticando hecatombes, como os Gregos, que, no dizer de Píndaro, "sacrificam tudo aos centos". Estrabão, Geografia 3.3.7 34 29 34 30 35 EXPOSIÇÃO DE ARTE CASTREJA DO NORTE DE PORTUGAL Guerreiros (4, 5, 6, 7, 8) Estátua de guerreiro de granito, fracturada. Santo Ovídio. Fafe Guerreiro. Réplica de estátua de guerreiro de granito. Outeiro. Lezenho. Campos. Boticas. MNA Estátua de guerreiro de granito com inscrição. Castro de S. Julião. Vila Verde. MRDDS Estátuas sedentes (9, 10) Granito. Sendim. Felgueiras. SMS Masculina. Rua dos Biscainhos. Braga. ANM De granito. Castro de Lanhoso. Póvoa de Lanhoso. CMPL Berrões (11, 12, 13) Dois exemplares transmontanos de berrões de granito. MNA Estátuas femininas (14) 31 Virgem de granito, designada “estátua estela”. AFT Outras peças (20, 21) Porta de Âncora, fracturada. Cividade de Âncora. Caminha. SMS Porta da Citânia de Briteiros, (sem padieira original). Citânia de Briteiros. Guimarães. SMS Maquetas (22, 23) Núcleo Familiar da Citânia de Sanfins. MNA Balneário da Santa Maria de Galegos. MNA Arte decorativa (24, 25, 26, 27, 28, 29, 30) Uma padieira e sete peças em relevo e gravura, das casas e dos balneários utilizando decoração geométrica típica da cultura castreja, tríscelos, tetráscelos, sinais espiralados, cruciformes, sepentiformes, etc. Pedra Formosa (fotografia que remetia para o claustro de S. Domingos, ao lado da exposição). Citânia de Briteiros. Guimarães. SMS Ourivesaria (33) Dois torques de ouro de terminais em urna com decoração. Tipo D3. Fase III. Castro de Lanhoso. Póvoa de Lanhoso. MRDDS Capacete de bronze decorado. Tipo derivado de Montefurtino B. Facse IIIA. Castro de Lanhoso. Póvoa de Lanhoso. MRDDS Torques de ouro maciço com decoração geométrica. Tipo A Fase IA. Castro da Senhora da Guia. Baiões. S. Pedro do Sul MNA Colar articulado de contas e pendentes de ouro. Fase IB. Baião. MNA Par de arrecadas de ouro em forma de lúnula radiada com lâmina central semicircular decorada. Tipo AI. Fase IB. Baião. MNA Colar articulado de ouro com pendentes e decorado. Fase II. Estela. Póvoa de Varzim. MNSR Par de pulseiras troncocónicas galonas com decoração. Tipo C. Fase IB. Norte de Portugal. MNSR Par de arrecadas de ouro em forma de coroa circular na parte superior com triangular com botão terminal e sistema duplo de suspensão. Tipo C. Fase II. Estela. Póvoa de Varzim. MNSR 32 Par de arrecadas de ouro. Tipo C. Fase II. Laundos. Póvoa de Varzim. MNSR Par de largos aros com decoração. Fase IB. Bairros. S. Martinho de Bougado. Santo Tirso. MNSR Torques de ouro maciço com decoração geométrica. Tipo CI. Fase IB. Gondeiro. Amarante. SMS Torques de ouro maciço de terminais em dupla escória com decoração Tipo D2. Fase II. Lebução. Valpaços. SMS Torques de ouro de terminais em dupla escória com decoração Tipo D2. Fase II. Lebução. Valpaços. SMS Fragmento de torques de ouro de terminais de urna. Tipo D3. Fase II. Lebução. Valpaços. SMS Pulseira galonada com decoração geométrica. Tipo D. Fase II. Monte da Saia. Grimancelos. Barcelos. SMS Bracelete galonado. Tipo D. Fase II. Lebução. Valpaços. SMS Par de arrecadas de ouro em pingente com hastes para preensão. Tipo D. Fase III. Citânia de Briteiros. Guimarães. SMS Anel espiralado em quatro voltas. Fase III. Gondeiro. Amarante. SMS Carro Votivo e Espeto (34) Carro Votivo, bronze, 38.5 x 8 cm. Monte da Costa da Figueira. Vilela. Paredes. Secs. IV/III a. C. Espeto, bronze, 87.5 x 3.7 cm, Monte da Costa da Figueira. Vilela. Paredes. Secs. IV/III a. C. Espólios de: 33 Arqto. Fernando Távora – AFT Arqto. Nuno Meira – ANM Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso – CMPL Centro Nacional de Arte Rupestre – CNAR Museu Martins Sarmento (SMS) Museu Nacional de Arqueologia – Lisboa – MNA Museu Nacional Soares dos Reis – Porto – MNSR Museu Regional D. Diogo de Sousa – Braga – MRDDS 34 REGISTO FOTOGRÁFICO DE ALGUNS ASPECTOS DA PREPARAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE ICONOGRAFIA 35 36 37 38 FICHA TÉCNICA DA EXPOSIÇÃO Apoio técnico: J. Santos Simões Maria José Meireles Apoio de secretaria Eduarda Ferreira Vigilância: Afonso Melo Costa Alberto Rodrigues Luís Miguel Fernandes Polícia de Segurança Pública Empresas: Casa Segura (Alarme) Contra-luz (Instalação eléctrica) Império (Seguros) Pinto & Magalhães Lda (Carpintaria) Securitas Teles & Cª (Alumínios) Transporte Reis (Braga) Transporte Feirexpo (Lisboa) Reporvídeo Montagem: Afonso Melo Costa (Operário Orientador) Adelino Novais, Manuel Freitas, Tiago da Costa (Pedreiros) Belmiro Ramalho (Serralheiro) Gaspar Pinto Carreira (Serralharia) Joaquim Abreu Sampaio (Operário) Manuel Campos (Carpinteiro) 39 Organização Sociedade Martins Sarmento Comissário Científico Armando Coelho F. Silva Projecto Armando Coelho F. Silva Musealização Textos António Martinho Baptista Armando Coelho F. Silva Musealização Alice Semedo Armando Coelho F. Silva Montagem Alice Semedo Armando Coelho F. Silva Manuel Furtado Mendonça Sociedade Martins Sarmento Concepção Gráfica e Design Paulo Lopes Execução gráfica Designar – Alfredo Vale Arquitectura Manuel Furtado Mendonça Maquetas Aresta – Design Serigrafia Fotografia Arte Fotográfica – Nuno Ribeiro Armando Coelho F. Silva Paulo Lopes Videografia Universidade Aberta – Armando Coelho F. Silva Colaboração António Martinho Baptista Centro Nacional de Arte Rupestre ETNOS – Património e Turismo Cultural, Lda. Fernando Távora Museu Nacional de Arqueologia Museu Nacional Soares dos Reis Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa Nuno Meira 40 FICHA TÉCNICA DO CATÁLOGO Título: Catálogo da Exposição Arte Castreja do Norte de Portugal Autor: J. Santos Simões et al Composição: J. Santos Simões Alexandra Cerqueira Ana Maria Fernandes Luís Miguel Fernandes Capa: Jóia, ouro fundido em molde e forjado, Bronze Final Cantonha, Costa, Guimarães Impressão: SMS / Cópia e Serviços Gráficos, Lda. Depósito Legal: 165040/01 ISBN: 972-8078-70-6 Direitos reservados por: Sociedade Martins Sarmento © Sociedade Martins Sarmento 41
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