Meio século de história - corecon
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Meio século de história - corecon
18 nº AGOSTO 2009 Publicação do Conselho Regional de Economia - 2ª Região - CORECON-SP Meio século de história Mais uma vez, Delfim Netto é o “Economista do ano” Destaque Ladislau Dowbor Homenagem aos Homenagem aos Remidos Remidos Economistas registrados e com mais de 15 anos de contribuição junto ao CORECON-SP, em dia com as anuidades e com mais de 65 anos de idade (*homens), ou 60 anos (*mulheres), podem requerer a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos de julho: 1.436 - FRANCISCO XAVIER D’ELIA; 1.711 - OTAVIO AUGUSTO ESCOBAR; 2.856 - ANDRÉ GESINI; 3.771 - SIGEHISA MIURA; 3.915 - ADALBERTO CAMPOS; 3.955 - GELSON RAMOS CASAROLLI; 3.975 - MARCOS MASAO TAKAKI; 4.340 - ROBERTO CHEBAT; 4.431 - EDMAR PEREIRA LIMA JUNIOR; 4.606 - LUPÉRCIO DESPONTIN; 4.883 - ARAKEN ANTONIO GADIOLI; 5.100 - ERIBERTO MONTEIRO; 5.333 - KEM YOSHIDA; 5.467 - HELIO ROBERTO ASCENCIO GAIA; 5.474 - FERNANDO SILVA ZOCCO; 6.013 - IVANI AMÉLIA DE SOUSA FERNANDES; 6.360 - JOSE ROBERTO DINARDI; 6.506 - TATSUO YOSHIDA; 6.700 - ALMIR DA SILVA MOTA; 7.044 - OCTAVIO DE MAGALHÃES; 7.376 - NEI DE SOUZA BEIXIGA; 7.651- ROXANA MARIA MORARU TOPEL; 8.117 - JOSÉ ROBERTO PEGO; 8.462 - JOSÉ ROBERTO SCIGLIANO; 8.540 - ANTONIO LIONI; 8.746 - MARIA MADALENA MARCON; 8.888 ROBERTO PEREIRA DA SILVA; 9.252 - LEONEL FERREIRA DOMINGUES; 9.386 - HELIO RUBENS THOMAZ ALEGRE; 10.060 - JOSE ARAUJO COSTA; 11.544 - LAERCIO MARTINS DE OLIVEIRA; 12.941 - MIGUEL GERONIMO CARDOSO; 14.237 - VERA LUCIA DE CARVALHO FIDALE; 14.369 - NELSON KALIL DAMUS; 15.211 - ANTONIO CARLOS CARDOSO; 15.526 - LUCIA MARIA VIDIGAL LOPES DA SILVA; 16.227 - ROVAIL MAZZO; 16.342 - ALENCAR DO CARMO AZEVEDO; 16.850 - AISSUR MAINARDI DA SILVA GUIMARÃES; 19.118 - MAURICIO ANDRADE MARSIGLIA; 22.829 - ADEMAR PINTO NAZÁRIO; 23.071 - SERGIO FARACO. Na relação acima constam os nomes dos Remidos do mês de agosto de 2009. Atenção: o Conselho Federal de Economia, considerando o princípio da anterioridade, já observado pelo Departamento Jurídico do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) em seus pareceres, deliberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite de idade para os homens (70 anos) e para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOU em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente a partir do 1º de janeiro de 2010. Com isso, ficam revogados os efeitos da norma no período de 9 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2009. Caso queira fazer parte dos Remidos desta coluna, entre em contato com a redação de “O Economista”. O Editor 2 agosto 2009 Conselho Regional de Economia 2ª Região - SP Sumário Presidente: Antonio Luiz de Queiroz Silva Vice-Presidente: Manuel Enriquez Garcia Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares de Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson de Lima Garófalo; Jin Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga, Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Medeiros Magliano, Modesto Stama, Orozimbo José de Moraes, Paulo Brasil Corrêa de Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster, Teruo Hida, Vera Martins da Silva Conselheiros por São Paulo do Conselho Federal de Economia - COFECON: Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa, Wilson Roberto Villas Boas Antunes; Suplentes - Antonio Luiz de Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Waldir Pereira Gomes 05 Missão no interior Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701 E-mail: [email protected] Assessoria de imprensa: Hélio Perazollo DELEGACIAS REGIONAIS ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto (11) 4436-6482 – www.abc.coreconsp.org.br 06 Ladislau Dowbor Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão (18) 3624-5311 - www.aracatuba.coreconsp.org.br 04 Editorial 05 Radar 06 Destaque 08 Capa 12 CBE 2009 14 Na mídia 15 Indicadores Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo (14) 3227-1646 – www.bauru.coreconsp.org.br Campinas – Delegado: Paulo César Adani (19) 3236-2664/9742 – www.campinas.coreconsp.org.br Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior (11) 4586-6121 – www.jundiai.coreconsp.org.br Presidente Prudente – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos (18) 3223-9015 – www.presidenteprudente.coreconsp.org.br 12 Inscreva-se para o CBE 2009 Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral (16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.coreconsp.org.br Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti (13) 3284-9890 – www.santos.coreconsp.org.br São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr (12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.coreconsp.org.br São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho (17) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.coreconsp.org.br Sorocaba – Delegado: Alexander Itria (15) 3233-3552 – www.sorocaba.coreconsp.org.br 08 Prêmio Economista do ano Núcleo de Criação e Desenvolvimento Rua Cayowaá, 228 - Perdizes São Paulo - SP - CEP: 05018-000 Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296 Site: www.rspress.com.br Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor-chefe: Fábio Berklian | Editora: Lilian Burgardt Reportagem: Thiago Bento e Amanda Campos Projeto gráfico: Leonardo Fial agosto 2009 Diagramação: Leonardo Fial, Gabriel Rabesco e Fernando Almeida 3 Editorial 50 anos de história Há cinquenta anos Celso Furtado publicava “Formação Econômica do Brasil” e a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB) - instituição co-irmã do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) - realizava, pela primeira vez, a entrega do título “Economista do Ano”. A feliz coincidência foi celebrada no dia 17 de agosto, ocasião em que foi lançado o livro “Celso Furtado e a Formação Econômica do Brasil - Edição Comemorativa dos 50 anos de Publicação (1959-2009)”, junto à realização da 50ª edição do prêmio. O encontro foi uma oportunidade em que os economistas puderam desfrutar, ainda que por alguns instantes, da satisfação de celebrar personagens que contribuem para o aperfeiçoamento da sociedade, como o homenageado deste ano, o ex - ministro da Fazenda e nosso professor, Antônio Delfim Netto que, por motivos de saúde, infelizmente não pôde comparecer à cerimônia. Incansável na luta pela valorização do trabalho desenvolvido por nós, economistas, é um grande propagador de ideias da teoria econômica. Não é à toa que, aos 81 anos, é o profissional que mais vezes ganhou o prêmio: quatro. Enquanto alguns de nós colecionamos inúmeros títulos em reconhecimento ao árduo trabalho realizado em prol do desenvolvimento de nosso País, outros dão seus primeiros passos, e o Conselho também os valoriza. É o caso dos vencedores da 14ª edição do Prêmio CORECON-SP de excelência em economia, concurso de monografias das faculdades do Estado de São Paulo; Daniela de Abreu Carbinato, Nathalia Sbarai e Maria Isabel Accorani Theodoro e dos ganhadores das menções honrosas, Paula Oda e Claudio Ferreira Fernandes de Lima. A expectativa é a de que eles possam contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Grande também é a espera pelo XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2009) a ser realizado entre 16 e 18 de setembro, reunindo, assim como o “Economista do Ano”, importantes representantes da atividade. Um desses nomes é Ladislau Dowbor que conversou com “O Economista” sobre desenvolvimento, qualidade de vida e revisão do Produto Interno Bruto, tópicos imprescindíveis para qualquer discussão sobre o nosso futuro. Boa Leitura! Antonio Luiz de Queiroz Silva Presidente 4 agosto 2009 Radar Araçatuba e Presidente Prudente Durante o encontro com a missão da FEIP, os delegados regionais de Araçatuba, Alair Orlando Barão, e de Presidente Prudente, Alvaro Barboza dos Santos, definiram novas metas para aumentar o cadastro de economistas no CORECON-SP. Segundo eles, a maior dificuldade em obter novos registros é a influência das famílias dos estudantes do ensino médio que os desaconselham a cursar economia. Uma das metas propostas pelos delegados foi a realização de campanhas de valorização do curso e da profissão nos municípios que integram suas regiões. De acordo com o presidente do conselho, Antonio Luiz de Queiroz Silva, embora a proposta seja válida, deve ser encaminhada aos membros da Plenária para ser discutida e aprovada. Criada Bolsa CORECON Amigo Desenvolvido na atual gestão, o Bolsa Corecon Amigo (BCA) é um programa de estímulo ao ingresso de alunos nos cursos de economia. Em parceria com as faculdades, o Conselho emprestará seu nome, promovendo ações de prestígio junto aos alunos. Assim, a instituição de ensino proporciona ao estudante um desconto na mensalidade. Para ter o benefício é preciso registro no CORECON- SP. Segundo Queiroz Silva, a iniciativa tem sido bem recebida pelas instituições de ensino, pois trata-se de uma parceria em prol da educação. agosto 2009 Missão FEIP visita São José do Rio Preto No último mês de julho, as delegacias regionais de São José do Rio Preto, Araçatuba e Presidente Prudente receberam a visita da comitiva da Força Econômica do Interior Paulista (FEIP) e da Associação dos Jovens Economistas (AJEB). Atualmente, com 682 economistas registrados, São José do Rio Preto vive um dos momentos mais importantes de sua história: é a 59ª maior economia do Brasil e a 18ª do Estado de São Paulo, apresentando um crescimento em seu PIB de 34,2%, chegando a R$ 5,2 bilhões. Durante a visita à prefeitura da cidade, a ex-secretária do Planejamento, Emilia de Toledo Leme, e os atuais secretários da Fazenda e de Administração, Mary de Brito e Inácio Buzini, respectivamente, comentaram sobre a breve instalação do pólo tecnológico que deverá absorver mais economistas. Na ocasião, o presidente do CORECON-SP, Antonio Luiz de Queiroz Silva, e o conselheiro Modesto Stama elogiaram o elevado nível dos economistas que ocupam as funções de secretários em ações executivas da prefeitura de Rio Preto. Queiroz se comprometeu a encaminhar sugestões para a classificação do plano de carreiras de economistas, além de um modelo para edital de concurso público aos cargos destinados aos profissionais da área. “Nossa missão é dar visibilidade aos economistas em todos os municípios do Estado exatamente para que esses órgãos se valham desses profissionais na gestão pública”, explicou. Ainda em São José do Rio Preto, o delegado regional do CORECONSP, Hipólito Martins Filho, acompanhou a comissão da FEIP em visita à Faculdade Dom Pedro II, recebida pelo diretor Archilles Fernando Catapani Abelaira. Atualmente apenas 26 alunos estão cursando economia.“Há 30 anos, tudo girava em torno de Rio Preto. Hoje, a cada 50 quilômetros, há uma faculdade de economia, nem sempre de boa qualidade”. 5 Destaque Ladislau Dowbor Um observador de vanguarda Considerado visionário por alguns de seus alunos e contemporâneo por outros tantos, Ladislau Dowbor acompanha de perto a discussão sobre novos indicadores de desenvolvimento dos países e afirma que o alarme para tomarmos as atitudes necessárias já soou 6 Lutar por um mundo mais igualitário - e menos dominado por cifras - deixou de ser discurso ideológico para integrar a agenda de diversos governos, inclusive do brasileiro. Em tempos que o Butão oficializa o uso da “Felicidade Interna Bruta” (FIB) - criado em 1972 quando o rei do distante reino do Himalaia questionou se o Produto Interno Bruto (PIB) era a melhor maneira de mensurar o desenvolvimento de uma nação -, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, idealiza uma comissão para identificar deficiências do indicador tradicional, acrescentando a ele critérios de sustentabilidade e qualidade de vida, é hora de rever conceitos. O economista Ladislau Dowbor vem fazendo isso há tempos. Doutor em Ciências Econômicas pela Escola Central de Planejamento e Estatística de Varsóvia, professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e consultor de diversas agências da Organização das Nações Unidas (ONU), ele tem propriedade de sobra para afirmar que a humanidade caminha na direção errada. Autor de diversos livros sobre desenvolvimento, Dowbor recebeu a reportagem da “O Economista” para comentar sobre sua palestra durante o Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2009): “Qualidade de vida nas grandes cidades” e sua participação no Compêndio de sustentabilidade das nações, publicado no último mês de junho, com 25 indicadores alternativos ao PIB elaborados no Brasil e no mundo. agosto 2009 O Economista - Sobre o que é seu capítulo no livro? Ladislau Dowbor - Basicamente sobre as novas formas de contabilizar resultados, pois herdamos um sistema elaborado ainda nos anos 1940 e sistematizado em 1953 para acompanhar o plano Marshall da reconstrução da Europa, onde acreditava-se que quanto mais se gastava com cimento, ferro e itens do gênero, mais o continente estava sendo reconstruído. Obviamente essa atividade demandou recursos naturais, exageradamente. Dessa maneira, não contabilizamos algo essencial que é a redução do capital natural herdado pela humanidade nem a qualidade de vida. O Economista - Qualidade de vida está ligada ao desenvolvimento ou é uma consequência dele? Dowbor - Na verdade são eixos distintos. É diferente medir o fluxo de recursos nos processo produtivos dos resultados. Quando o navio Exxon Valdez derramou óleo no Alasca, em 1989, acabou criando um desastre ambiental gigantesco prejudicando a qualidade de vida de muitas pessoas. Por outro lado, aumentou o PIB, pois foi necessário contratar equipes de limpeza, recuperação e resgate. Ao participar de um Compêndio como esse último, é importante repensar como medir resultados, pois como nos orientamos pelo PIB e ele não mede aquilo que realmente queremos, estamos indo pelo caminho errado: aumentando custos e destruindo a natureza. agosto 2009 O Economista - A solução é diminuir o ritmo ou mudar o caminho? Dowbor - Sem dúvida é mudar o caminho e sugiro como modelo o programa “Nossa São Paulo” que promove iniciativas capazes de recuperar para a sociedade os valores do desenvolvimento sustentável, da ética e da democracia participativa. O Economista - Mudar como o Butão e a França? Dowbor - A grande guinada aconteceu em 1990 com a elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pelos economistas Mahub ul Haq, do Paquistão, e o indiano Amartya Sen - em contraposição ao Banco Mundial com seu Índice de Desenvolvimento Econômico -, que acrescentava ao PIB os indicadores “saúde” e “educação”. Em seguida, chegou a Metodologia Calvert-Henderson com seus 12 indicadores. Isso ajudou bastante. O Economista - Responsabilidade Social e Sustentabilidade são consequências disso? Dowbor - Seriam sim, entretanto, ainda há movimentos em desenvolvimento como o Beyond GDP (“além do PIB”, em tradução livre), o Relatório Stiglitz, organizado por Joseph Stiglitz, Sen e Jean-Paul Fitoussi, a pedido do presidente francês Nicolas Sarkozy e o FIB butanês. Além disso, uma série de pesquisas recentes revelou que o aumento do PIB simplesmente não melhora a qualidade de vida a partir de um determinado ponto. Isso é relevante sobre a velha questão se dinheiro traz ou não felicidade. Percebemos que para pessoas em um nível muito baixo, ele ajuda e que quanto mais chega a quem realmente precisa, seu valor multiplica. Depois das necessidades básicas essa curva deixa de subir. O Economista - Ela fica estagnada ou cai? Dowbor - Cai. O PIB norteamericano, por exemplo, aumentou brutalmente em 1960 e a partir da década seguinte foi sistemática a insatisfação das pessoas com as próprias vidas. Estamos nos matando de trabalhar e infelizes. E esse “porre” tecnológico que vivemos? Divida o montante de US$ 53 trilhões pelos 6.7 bilhões de habitantes do planeta e teremos condições para todos viverem bem. A questão é que temos casos, como o das 14.500 famílias americanas com renda média de US$ 35 milhões anuais, isso é 1.100 vezes a renda da maioria das famílias. Esse desequilíbrio é patológico, pois envolve, além de injustiça e gastos simplesmente desnecessários por parte dessa famílias, poder político devido ao volume de recursos que manejam. Anualmente 10 milhões de crianças morrem no mundo por motivos banais. Não alimentar bem uma criança gera um custo posterior imenso, pois teremos uma pessoa doente e não produtiva. No passado, chamavam isso de assistencialismo, com a crise perceberam que ajudar aos pobres não atrapalha os ricos, muito pelo contrário. 7 50 Capa “Economista do Ano” celebra cinquentenário com homenagem a Antônio Delfim Netto, nomeado pela quarta vez ao prêmio N anos de prêmio o último dia 17 de agosto, o economista Antônio Delfim Netto foi eleito pela quarta vez o “Economista do ano” em cerimônia realizada pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). A homenagem - recebida por Paulo Yokota, representante do economista que por motivos de saúde não pôde comparecer ao encontro - foi concedida em reconhecimento aos vários anos dedicados à Economia e sua representatividade para o Brasil. Segundo o presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), Antonio Luiz de Queiroz Silva, a indicação de Delfim Netto reflete a máxima da política de que o eleitor é sábio em suas escolhas. “O professor (como os economistas chamam Netto) é um obstinado, assim como o CORECON-SP, por valorizar a nossa profissão”, explicou Queiroz quando convidado ao palco. “Delfim Netto é um incansável de- fensor da profissão e continuará por muito tempo como nosso professor”, reforçou, na ocasião, o vice-presidente do CORECON-SP, Manuel Enríquez Garcia, que também lembrou a excelência do homenageado como propagador das ideias da teoria econômica. “O recente reconhecimento chegou em boa hora, pois coincide com o cinquentenário da OEB e da obra de Celso Furtado”, destacou Garcia. A coincidência também foi lembrada pelo presidente da OEB, Francisco da Silva Coelho, que confessou estar satisfeito pessoal e profissionalmente por coordenar a premiação em momento tão importante. De acordo com ele, o encontro dos economistas tem o claro objetivo de celebrar os bons resultados de políticas aplicadas na década de 1950, quando o Brasil passava por um momento de reflexão sobre o crescimento econômico social e a curva de desenvolvimento. Na opinião de Coelho, o desenvol- Delfim Netto é um incansável defensor da econom 8 agosto 2009 vimento econômico social sustentável deve ser a principal contribuição dos agraciados pela premiação da instituição, e o conceito de “sustentabilidade”, segundo ele, implica em sintonia entre interesse público e privado. “As organizações devem ser importantes para comunidade e ter lucro, pois ele gera crescimento, desenvolvimento e investimento”, ensinou. Ainda durante o encontro, o presidente da OEB comentou sobre a importância do trabalho e obra de Celso Furtado; analisadas no livro “Celso Furtado e a Formação Econômica do Brasil - Edição Comemorativa dos 50 Anos de Publicação (1959-2009)”, organizado junto ao economista Rui Guilherme Granziera, e com prefácio do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Convidado ao palco, o ex-presidente - um dos homenageados especiais da noite - afirmou que poucos economistas - ou talvez nenhum - conseguiram compreender os problemas sociais e econômicos como Furtado. Por isso, revelou ele, escrever o prefácio foi emocionante. Mais homenagens Além de Antônio Delfim Netto e Celso Furtado, outras homenagens foram realizadas durante o encontro. Heródoto Barbeiro e Luís Artur Nogueira receberam o título de “Jornalista Econômico”, Tânia Bacelar de Araújo foi nomeada “Economista do Setor Público”, Fernando Cardoso Pedrão foi reconhecido na categoria “Ensino e Pesquisa” e a empresária Luiza Hele- na Trajano, da rede de lojas Magazine Luiza, em “Comércio”. Um dos diretores do Banco Bradesco, Octávio Manoel Rodrigues de Barros, foi agraciado com o título de “Economista Chefe”. Em seu discurso de agradecimento ele ressaltou que os economistas de sua equipe são registrados no CORECON-SP. O diretor dos departamentos de infraestrutura (DEINFRA) e meio ambiente (DMA) da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP), Luiz Gonzaga Bertelli foi homenageado na categoria “Indústria”. O economista Vespasiano Consiglio (economista do ano em 1964) recebeu menção especial por seus anos dedicados à OEB. Também houve espaço na cerimônia para homenagear com menção especial outros profissionais, que não economistas, representativos na história nacional como o compositor Carlos Eduardo Lyra Barbosa, o automobilista Emerson Fittipaldi, a tenista Maria Esther Bueno, o vicepresidente do Grupo Bandeirantes de Comunicação, Paulo Saad Jafet e o cantor Renato Braz. Economistas do futuro Simultaneamente ao “Economista do Ano” da OEB, o CORECON-SP realizou a 14ª edição do Prêmio CORECON-SP de Excelência em Economia, concurso de monografias das faculdades do Estado de São Paulo. Este ano, três mulheres ficaram com as principais posições. A primeira colocada foi Daniela de Abreu Carbinato da Faculdade de Adminis- nonono Boa leitura! Com prefácio do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e dividido em três partes: fontes e antecedentes; histórica econômica e desdobramentos; “Celso Furtado e a Formação Econômica do Brasil - Edição Comemorativa dos 50 anos de publicação (1959-2009)” atende a estudantes, economistas e demais interessados em conhecer os assuntos de natureza econômica e financeira. A Parte I, “fontes e antecedentes”, refere-se a Celso Furtado e sua obra. A segunda parte trata da interpretação de temas recorrentes na Formação Econômica. “Desdobramentos” compreende os três últimos capítulos e aborda questões voltadas às políticas regionais, uma consequência natural do trabalho de Furtado. Celso Furtado e a Formação Econômica do Brasil Autor: Carlos von Sohsten Preço: R$ 86,00 mia e continuará como nosso professor Editora: Atlas Manuel Enríquez Garcia agosto 2009 9 Capa 02. 01. 10 agosto 2009 Nelson Teixeira Laudo Natel O Economista do Ano surgiu com a edição da Resolução 0/023-59, de 29 de outubro de 1959, assinada por Jamil Zantut, na época presidente da Ordem dos Economistas de São Paulo (mais tarde Ordem dos Economistas do Brasil). A premiação é um programa contínuo de reconhecimento dos profissionais da área que contribuíram para fortalecer o desenvolvimento do País. Miguel Colasuono Linha do tempo Carlos Antonio Rocca Queiroz Silva. José Flávio Pécora sidente do CORECON-SP, Antonio Luiz de Mario Henrique Simonsen Maria Isabel Accoroni Theodoro. 08. Pre- a monografia “Aplicação de medidas antidupping, proteção necessária ou criação de barreiras?”, orientada pela professora Márcia Azanha Ferraz Dias de Moraes. O terceiro lugar foi da aluna da Faculdade de Administração, Economia e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP), Maria Isabel Accoroni Theodoro, autora de “O impacto da redução dos encargos trabalhistas sobre a formalização e os Antônio Delfim Netto dio Ferreira Fernandes de Lima. 07. 3º lugar, Roberto Oliveira Campos Nathalia Sbarai. 06. 2ª menção honrosa, Clau- Vespasiano Consiglio 1ª menção honrosa, Paula Oda. 05. 2º lugar, Celso Furtado CORECON, Daniela de Abreu Carbinato. 04. Raul Prebisch (ARG) Henrique Cardoso. 03. 1º lugar do concurso tração, Economia e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) com o trabalho “Mudanças estruturais e crescimento econômico: uma análise sobre as relações entre padrão setorial e restrição externa”, orientado pelo professor Gilberto Tadeu Lima. Nathalia Sbarai, da turma de Ciências Econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da USP, ficou em segundo lugar com 1959 1960 1961 1964 1965 1966 1970 1971 1972 1973 1974 1975 tel. 02. Francisco da Silva Coelho e Fernando Milton Impriota 01. Homenagem ao economista Laudo Na- 03. 04. 06. 05. 07. professor André Wakamatsu. E para o aluno da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Claudio Ferreira Fernandes de Lima autor de “Possibilidades econômicas do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL): potencial na negociação de crédito de carbono a partir da substituição do diesel por biodiesel em ônibus urbanos do município de São Paulo”, sob a orientação do professor Carlos Tadao Kawamato. Durante a entrega dos títulos, o presidente do CORECON-SP Antônio Luiz de Queiroz Silva ressaltou que a premiação é o momento em que os economistas podem desfrutar, ainda que por alguns instantes, da satisfação de conviver com personagens que contribuem para o aperfeiçoamento da sociedade. Segundo ele, a cada edição do prêmio assiste-se a um desfile de ótimos economistas. agosto 2009 Antônio Delfim Netto Luciano Coutinho Celso Luiz Martone André Pinheiro de Lara Resende José Alexandre Scheinkman Eduardo Gianetti da Fonseca Persio Arida Aloisio Mercadante Oliva Arminio Fraga Arminio Fraga Arminio Fraga José Roberto Mendonça de Barros Gustavo Franco Antônio Delfim Netto Mario Henrique Simonsen Jamil Zantut Nello Ferrentini Affonso Celso Pastore Antônio Delfim Netto 1976 1977 1978 1979 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 salários dos empregados domésticos”, com orientação do professor Luiz Guilherme Dacor da Silva Scarzafave. As menções honrosas do concurso foram para a monografia “O impacto da flutuação cambial na competitividade do setor industrial brasileiro frente ao mercado internacional suavizado pelo uso de Derivativos”, da aluna da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Paula Oda, orientada pelo 08. 11 Educação O Última chamada para o CBE 2009 XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE 2009) ainda recebe inscrições 12 rganizado pelo Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), o CBE 2009, que acontece entre os dias 16 e 18 de setembro, ainda oferece vagas para os interessados em debater o tema “Economia brasileira pós-estabilização e retomada do crescimento: a urgência do resgate da dívida social”. Mesmo sem o desconto da inscrição on-line encerrada em 30 de agosto, o investimento de R$ 300,00 - que poderá ser feito até a data do Encontro - vale a pena. Serão mais de 20 economistas de peso discutindo o desenvolvimento do País depois da crise financeira. Segundo o presidente do CORECON-SP, Antônio Luiz de Queiroz Silva, os nomes foram selecionados devido à sua familiaridade com o assunto. Durante o primeiro dia de palestras, 17 de setembro, o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Naercio Aquino apresenta “Educação como instrumento de combate à criminalidade”. Enquanto o secretário de negócios jurídicos da cidade de São Paulo, Claudio Lembo e o doutor em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Áquilas Mendes, tratarão de “A Constituição cidadã” e “Saúde pública”, respectivamente. Para comentar “Economia e Movimento Demográfico”, o professordoutor do departamento de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Antonio Corrêa de Lacerda, comenta os “Efeitos Econômicos da Transição Demográfica”, enquanto o econo- agosto 2009 mista Fabio Giambiagi apresenta “Efeitos da transição demográfica sobre a seguridade e previdência social”. O professor do Instituto de Economia da Unicamp, Walter Barelli palestrará sobre “Políticas públicas para atender as novas demandas sociais”. A última palestra sobre o tema é “Conflitos éticos da sociedade do século XXI e as mudanças na estrutura populacional”, de Joaquim Pedro Villaça de Souza Campos. “Economia urbana” será abordada entre 17 e 18 de setembro. No primeiro dia participam o economista Aramis Maia Patti com “Solidariedade e Trabalho”, o presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, com “Censo 2010”, o professor da FEA/ USP, Carlos Antônio Luque, “Políticas Públicas - Lei de responsabilidade fiscal”, o professor associado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Frickmann Young debate “A economia e o meio ambiente”. No segundo dia de discussão do tema, o presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), Gesner Oliveira apresenta “Condições de Saneamento”. A diretora-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Solange Paiva Vieira, participa com “Condições de Transporte”. “Qualidade de vida nas grandes cidades - Condições de Habitação” é o tema da palestra do professor titular da PUC-SP, Ladislau Dowbor. O ciclo sobre economia urbana será finalizado com “Infraestrutura urbana - Humanização das grandes cidades”, da professora da FEA/USP Silvia Maria Schor. agosto 2009 Os palestrantes foram selecionados pela familiaridade que têm com os assuntos Outro tema que será trabalhado em 18 de setembro é “Economia e Democracia”. Quando o professor colaborador da FEA/USP, José Raimundo Novaes Chiappin apresentará palestra homônima. O diretorgeral das Faculdades Integradas Rio Branco, Custódio Filipe de Jesus Pereira, comenta “Economia e responsabilidade social”. Ainda durante essa rodada de debates, a professora associada da Universidade Federal Fluminense (UFF), Carmem Aparecida Feijó discutirá “Formação do Economista e o papel da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (ANPEC). O CBE 2009 também trará atividades como cursos, conferências, o Encontro Paulista de Peritos, a VII Gincana Brasileira de Economia, e um espaço para a Comissão de Mercado Financeiro, que contará com o economista Pedro Paulo Silveira comentando “Mercado de ações”, e o economista-chefe da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Rubens Sardemberg, e o conselheiro do CORECONSP, Roberto Luis Troster, para falar sobre “Mercado de Crédito”. Os cursos serão sobre teoria Keynesiana, com Fernando Ferrari Filho e Gilberto Tadeu Lima, presidente e diretor da Associação Keynesiana Brasileira, respectivamente; e a “A dimensão moral da crise e as correntes do Pensamento Econômico”, com o economista Marcos Gonçalves e o vice-diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) - Luiz Alberto de Souza Aranha Machado. O ex-presidente do Banco Central do Brasil, Gustavo Henrique de Barros Franco e o diretor da escola de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Yoshiaki Nakano, debaterão “Perspectivas da economia brasileira e mundial diante da crise econômica”. Enquanto o mestre em economia pela Universidade de Yale, EUA, Claudio de Moura Castro, apresenta “Economia e Educação - Como estender a educação em todos os níveis, visando a cidadania e o desenvolvimento econômico”. Quem também participa das conferências é o professor da FEA/USP, Roberto Brás Matos Macedo, com “Economia e Educação - Mercado de Trabalho”. No Encontro Paulista de Peritos, as palestras serão divididas em “Perícia econômico-financeira” e “Auditoria e arbitragem econômico-financeira”. O especialista em Desenvolvimento Regional pela Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), Aurélio Lianori apresenta “Novos campos de aplicação da perícia econômica-financeira” e o coordenador de finanças, contabilidade e mercado de capitais do Instituto Brasileiro de Governança Coorporativa (IBGC), Francisco D’orto Neto, falará sobre a contribuição da ciência econômica para empresas. Por fim, o professor titular da PUC-SP, Marco Antônio Marques comenta “Perícia econômico-financeira: o que os magistrados e advogados esperam dos peritos”. 13 Na mídia O CORECON-SP foi notícia em grandes meios de comunicação. Veja as principais matérias geradas pela assessoria de imprensa do Conselho: “Não houve desemprego em massa, já que as demissões aconteceram somente em alguns setores”, analisa o presidente do CORECON-SP, Antonio Luiz de Queiroz Silva. Mobile Lojista Agosto 2009 “O desemprego foi materialização da crise”, diz o vice-presidente do CORECONSP, Manuel Enríquez Garcia. Jornal da Manhã 14-06-2009 14 Presidente do CORECON-SP, Antonio “Percebe-se essa recuperação na Luiz de Queiroz Silva, diz que números indústria de automóveis”, afirma o positivos representam recuperação da Delegado regional, Leonel Tinoco. economia brasileira. Diário do Grande ABC Agora - 23-06-2009 24-06-2009 agosto 2009 Divisão Indicadores e Pesquisa Tabela de Indicadores Selecionados Índices de Preços IPCA - Acumulado Trimestral % 2,09 1,24 1,32 1,09 1,07 009 008 008 008 1,55 009 03/2 12/2 09/2 06/2 IGP-M - Acumulado Trimestral % 4,34 IPC-Fipe - Acumulado Trimestral % 2,75 1,21 1,05 1,13 0,77 009 008 008 008 06/2 09/2 Fonte: Bacen 009 06/2 IPA-M - Acumulado Trimestral % 5,00 1,48 1,12 -1,98 -1,19 009 03/2 12/2 -0,32 03/2 12/2 09/2 06/2 -0,92 009 008 008 008 06/2 1,23 008 06/2 009 8 008 12/200 06/2 09/2 009 03/2 06/2 Taxas Efetivas de Juros SELIC overnight Acumulado Trimestral% 3,36 3,22 2,76 08 set/0 08 09 3,21 2,74 08 set/0 set/0 /09 09 jun/ mar dez 09 3,18 3,05 2,65 08 jun/ mar dez 0,16 TBF Acumulado Trimestral% 2,38 /09 /08 8 jun/ 2,89 0,32 /08 8 jun/ CDI overnight Acumulado Trimestral % 3,32 0,63 0,55 0,28 jun/ mar dez TR - Acumulado Trimestral % 2,39 /09 /08 8 jun/ 2,90 set/0 2,34 /09 /08 8 jun/ 2,70 09 jun/ mar dez Fonte: Bacen Indicadores da Produção Industrial por Categorias de Uso Brasil - Maio de 2009 Variação (%) Categorias de Uso Mês/Mês* Mensal Acumulado Bens de Capital 2,1 -24,4 -23,0 Acumulado 12 Meses -6,2 Bens Intermediários 0,7 -11,8 -15,8 -8,8 Bens de Consumo -2,2 -6,2 -7,2 -3,7 Duráveis 0,4 -12,7 -19,1 -12,3 Semiduráveis e não Duráveis -2,6 -4,0 -3,1 -0,9 Indústria Geral 0,2 -10,9 -13,4 -6,5 Fonte:IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal Taxa de desemprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - % 8,2 8,3 8,2 8,0 8,0 7,7 10,5 10 9,4 10,2 10,2 9,0 7,1 Com a divulgação dos últimos dados das Contas Nacionais, o IBGE registrou que a economia brasileira tecnicamente estava em recessão. Segundo informações mais recentes, divulgadas pela Confederação Nacional da Indústria, com base no índice de confiança empresarial e do índice de medo do desemprego , o setor produtivo nacional já teria superado essa fase recessiva e, assim sendo, resta saber qual será o comportamento do mercado de trabalho no segundo semestre de 2009. No primeiro semestre de 2009, o desempenho do mercado de trabalho deixou a desejar uma vez que, em comparação com igual período de 2008, ocorreram fortes quedas tanto no nível de ocupação quanto no rendimento dos trabalhadores. Segundo dados do CAGED, a queda da ocupação no primeiro semestre de 2009 foi extremamente forte, acarretando variações positivas de emprego muito inferiores às registradas em iguais períodos de anos anteriores. O setor mais atingido foi o da indústria de transformação e este segmento embora esteja em processo de recuperação ainda apresenta em média mais desligamentos que admissões, nos primeiros seis meses de 2009. O IPEA, em estudo recente, aponta para uma forte queda no rendimento dos trabalhadores nos primeiros meses de 2009. Perderam mais (3,9%) aqueles que possuem pelo menos o ensino médio (57% da população ocupada), e segundo esse estudo essa constatação não seria o resultado de uma substituição expressiva de emprego formal por ocupações informais. 9 9 00 /2 06 9 00 00 /2 05 9 00 /2 04 9 00 /2 03 9 00 /2 02 8 00 /2 01 8 00 /2 12 8 00 /2 11 8 /2 10 8 00 /2 09 8 00 /2 08 00 /2 /2 06 07 00 8 Desemprego RMSP Fonte: IBGE PIB Trimestral 5,90 6,00 PIB Trimestral 6,30 Manuel Enríquez Garcia Vice-presidente do CORECON-SP 5,10 3,10 /08 br/08 ai/08 n/08 ul/08 go/08 et/08 ut/08 ov/08 ez/08 an/09 v/09 /09 a m j s o n d j mar fe ju a mar Fonte: IBGE Fonte: Banco Central do Brasil IBGE, Fipe. FGV e DIEESE Organização CORECON-SP Economista Responsável: Flávio Antunes Estaiano de Rezende [email protected] - (11) 3291-8728 Estes e outros indicadores econômicos podem ser encontrados no site do CORECON-SP (www.coreconsp.org.br) na página da Divisão Indicadores e Pesquisas agosto 2009 15 XVIII CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA “ECONOMIA BRASILEIRA PÓS-ESTABILIZAÇÃO E RETOMADA DO CRESCIMENTO: A URGÊNCIA DO RESGATE DA DÍVIDA SOCIAL.” � APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS � CURSOS � CONFERÊNCIAS � 7ª GINCANA BRASILEIRA DE ECONOMIA � PRÊMIO JOVEM ECONOMISTA � ENCONTRO PAULISTA DE PERITOS � PALESTRAS TÉCNICAS Realização: Patrocínio: Apoio Institucional: Organização: Mais informações: www.cbe2009.com.br www.coreconsp.org.br Monumento às Bandeiras