Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo
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Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo
Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho Porto, 2012 Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos Dissertação apresentada às provas para obtenção do grau de Doutor em Ciências do Desporto, nos termos do Decreto - Lei nº 74/2006 de 24 de Março, sob orientação da Professora Doutora Eunice Maria Xavier Guedes Lebre e coorientação da Professora Doutora Maria da Luz Palomero Ródenas. Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho Porto, 2012 Ficha de catalogação: Ávila-Carvalho, L. (2012). Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo. Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos. Dissertação de Doutoramento em Ciências do Desporto apresentada à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Palavras-Chave: GINÁSTICA RÍTMICA, CARACTERISTICAS, DESEMPENHO IV CONJUNTOS, ELITE, Dedicatória À minha Treinadora À minha Orientadora V Agradecimentos À Professora Eunice Lebre, minha orientadora, pelo apoio, pela oportunidade, pelo incentivo, pela confiança, pela dedicação, pela amizade e por ser ainda modelo de pessoa inspirador da minha vida. E portanto, por tudo! À Professora Maria da Luz Palomero, minha coorientadora, pela coorientação. Às Organizações das Taças do Mundo de Ginástica Rítmica de Portimão 2007, 2008, 2009 e 2010 pela autorização da recolha dos dados e pelo incentivo na elaboração deste estudo. Às Treinadoras, Chefes de Delegação e ginastas dos conjuntos participantes nas Taças do Mundo 2007, 2008, 2009 e 2010 pela autorização e disponibilidade na recolha dos dados. À Comissão Científica da Federação Internacional de Ginástica pelo apoio e incentivo na elaboração destes estudos. À Rita Araújo, Margarida Lebre, Sílvia Canelas, Carla Andrade e Liliana Freitas pela colaboração na recolha dos dados. À Professora Panaginota Klentrou pelos conselhos e sugestões durante a construção dos artigos. Aos Professores André Seabra, Rui Garganta, José Maia, Teresa Lacerda e Olga Vasconcelos pela disponibilidade, simpatia e apoio. Ao professor Rui Faria pelo apoio e incentivo próprios de um verdadeiro amigo. VII Aos funcionários da secretaria, biblioteca, informática e reprografia pela disponibilidade e simpatia. A todos os professores do Gabinete de Ginástica da Faculdade, nomeadamente Cristina Corte Real, Alda Corte Real, Manuel Botelho e Carlos Araújo pelo incentivo e compreensão nos momentos mais difíceis. Ao João Luis Esteves, colega incansável, pela amizade e constante disponibilidade. À Catarina Leandro, Gabriela Salvador, Rute Santos e Susana Vale por serem frontais, leais e ainda pelas sugestões e amizade. Aos meus sogros, Antonieta e Armando e à Sara e Matt, meus cunhados, pelo apoio, amizade e revisões do Inglês dos artigos. À Manuela Duarte, minha treinadora, por tudo o que fez no meu percurso como ginasta e como pessoa, pela sua franqueza, sinceridade, transparência e força inspiradora. Aos meus Pais e irmãos pelo apoio, incentivo e encorajamento, sem eles não teria de todo sido possível a elaboração desta dissertação. Pilares na minha vida que guardo com admiração, gratidão e apreço. Ao Bruno, meu marido, por ser o meu companheiro e melhor amigo. Obrigada! Apesar de não poder agradecer aos meus filhos, Maria e Rafael, a compreensão e apoio durante a elaboração desta dissertação, posso referir que tudo o que faço agora é acima de tudo a pensar neles. VIII Índice Geral Agradecimentos VII Índice Geral IX Índice de Figuras X Índice de Tabelas XI Resumo XIII Abstract XV Résumé XVII Abreviaturas XIX I. Introdução 1 II. Estudo Teórico 15 2.1. O conteúdo dos exercícios de competição em Ginástica Rítmica 17 III. Estudos Empíricos 39 3.1. Estudo 1 - Analysis of the Technical Content of Elite Rhythmic Gymnastics Group Routines 41 3.2. Estudo 2 - Handling, Throws, Catches and Collaborations in Elite Group Rhythmic Gymnastics 61 3.3. Estudo 3 - Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age 81 3.4. Estudo 4 - Body composition profile of Elite Group Rhythmic Gymnasts 105 IV. Considerações Finais 125 Referências Finais 143 IX Índice de Figuras Estudo Teórico Estudo 1 Figura 1 - Exigências de composição dos exercícios de competição de conjuntos de Ginástica Rítmica. 24 Estudos Empíricos Estudo 1 Fig. 1 - Number of difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). 47 Fig. 2 - Technical value of the difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). 48 Fig. 3 - Number of exchange difficulties with and without body difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). 49 Fig. 4 - Technical value of exchange difficulties with and without body difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). 50 X Índice de Tabelas Introdução Tabela 1 - Quadro resumo dos estudos realizados na presente dissertação. 10 Estudo Teórico Estudo 1 Tabela 1 - Quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da composição dos exercícios de competição em Ginástica Rítmica. 28 Estudos Empíricos Estudo 1 Table 1 - Classes of difficulties per technical category. 46 Table 2 – Number of exchange difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 47 Table 3 - Technical value of exchange and rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 48 Table 4 - Number of balance difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 50 Table 5. Technical value of balance difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 51 Table 6 - Number of jump difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 51 Table 7 - Technical value of jump difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 52 Table 8 - Number of rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 52 Table 9 - Technical value of rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking. 53 XI Estudo 2 Table 1 - Handling categories by apparatus. 67 Table 2 - Descriptive and Inferential statistics of handling categories by apparatus. 69 Table 3 - Descriptive and Inferential statistics of throw and catches according to the final ranking position of the group routine. 70 Table 4 - Descriptive and Inferential statistics of collaboration elements according to the final ranking position. 71 Estudo 3 Table 1 - Anthropometric characteristics, body composition variables, training data and age at menarche for the young gymnasts (<18 years old) and the adult gymnasts (>18 years old). Data are mean (SD). 91 Table 2 - Anthropometric, body composition, training data and age at menarche (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts. 98 Estudo 4 Table 1 - Gymnasts Anthropometric characteristics for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 110 Table 2 - Age, body mass and height (Mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts. 111 Table 3 - Body composition variables for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 113 Table 4 - Body composition data (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts. 114 Table 5 - Training data for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 116 Table 6 - Training data (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts. 117 Table 7 - Age at menarche data for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 118 Table 8 - Age at menarche (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts. 119 XII Resumo A presente dissertação teve como objetivo analisar as características antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de treino, o início da atividade desportiva e anos de prática das ginastas de Elite de conjuntos de Ginástica Rítmica (GR) e analisar, em função do desempenho em competição, o conteúdo dos exercícios de competição desses conjuntos contribuindo para a caracterização quer das ginastas quer da performance dos conjuntos de excelência em GR. Foram analisadas as características de 84 ginastas de conjuntos que participaram nas Taças do Mundo de GR de Portimão em 2009 e 2010 e analisado o conteúdo de 126 exercícios de competição de conjuntos de 28 países que submeteram as cartas de competição durante 4 Taças do Mundo de GR em Portimão (2007 a 2010). Para a análise das características das ginastas foi calculado o índice de massa corporal, massa gorda e massa magra, as duas últimas estimadas a partir de pregas cutâneas e perímetros corporais. A informação relativa à idade da menarca das ginastas assim como a idade de início do treino em GR, anos de prática e volume de horas de treino (diário e semanal) foi recolhida apartir de questionário. Para a análise do conteúdo dos exercícios, todos os elementos de dificuldade corporal, de aparelho e específicos de conjuntos registados nas fichas técnicas dos conjuntos fornecidas nas competições foram analisadas. Apartir dos resultados referentes à caracterização das ginastas de elite de conjuntos de GR, consideramos que não são as características antropométricas, da composição corporal e da idade da menarca as que se apresentam substancialmente relevantes na explicação do sucesso em competição destas ginastas. No entanto, concluímos que essas características são comuns às ginastas de elevado nível de desempenho. O elevado volume de horas de treino semanal (cerca de 42 horas) explicou 42% do sucesso em competição. A iniciação precoce em GR (aos 6 anos de idade) e o elevado número de anos de prática são significativamente relevantes no alcance do patamar de excelência em conjuntos de GR. A idade da menarca observada nas ginastas foi significativamente mais tardia nas ginastas mais velhas pelo maior número de anos de treino em GR que antecederam o aparecimento da menarca. Os resultados referentes à análise do conteúdo dos exercícios permitiu-nos considerar como consistente o padrão das composições dos exercícios de competição de elevado nível de desempenho desportivo. Estes incluem: maior número e complexidade na utilização de elementos de dificuldade em troca, dificuldades em equilíbrio executadas na sua maioria com elevada amplitude e executadas com diferentes apoios de forma dinâmica, dificuldades em salto maioritariamente executados com rotação, dificuldades em rotação executadas na sua maioria com elevada complexidade técnica, maior utilização de critérios associados aos lançamentos (explicando 6% do sucesso em competição) em detrimento de critérios associados às receções, maior utilização de colaborações com perda de contacto visual com o aparelho durante o voo explicando 16,5% do sucesso em competição. PALAVRAS CHAVE: GINÁSTICA CARACTERISTICAS, DESEMPENHO XIII RÍTMICA, CONJUNTOS, ELITE, Abstract This dissertation aimed to analyze, anthropometric characteristics, body composition, age at menarche, training hours volume, sport activity initiation and years of practice of Elite Rhythmic Gymnastics (RG) gymnasts and analyze according to the competition performance, the content of the competition routines contributing to the characterization of high level RG gymnasts and RG group’s performance. We studied 84 group gymnasts’ characteristics who participated in Portimão 2009 and 2010 RG World Cups, and the 126 group competition routines content from 28 countries that participated at 4 GR World Cups in Portimão (2007 to 2010). For the analysis of the gymnasts characteristics was calculated body mass index, body fat and lean body mass, the last two estimated from skinfolds thicknesses and circunferences. Age at menarche, age of RG training initiation, years of practice and training volume (daily and weekly) was recorded using a questionnaire. For the routines content analysis, all body difficulty elements, apparatus elements and specific groups elements recorded on the official forms provided in competitions were analyzed. Related to gymnasts’ characterization results it was clear that anthropometric characteristics, body composition and age at menarche were not relevant in success competition explanation. However, we concluded that those characteristics were similar for the high level performance gymnasts. The high number of training hours per week (about 42 hours) explained 42% of competition success. Early initiation in RG (6 years old) and the high number of years of practice are significantly relevant to achieve the excellence level in RG groups. The age at menarche observed in gymnasts was significantly more delayed in older gymnasts probably due a higher number of years training gymnastics prior to the menarche onset. Studding the competition routines content it is possible to conclude that they follow a pattern consistent with the high level sports performance in RG. This pattern includes: high number and complexity in exchange difficulties; balance difficulties mostly performed with high amplitude movements and performed on different supports in a dynamic way; jump difficulties mainly performed with rotation; rotation difficulties performed mostly with high technical complexity; higher use of throws criteria (explaining 6% of competition success) than the caches criteria; high use of collaborations with loss of visual contact with the apparatus during its flight explaining 16.5% of competition success. KEYWORDS: RHYTHMIC GYMNASTICS, CHARACTERISTICS, PERFORMANCE XV GROUPS, ELITE, Résumé Le but de cette thèse était analyser, les caractéristiques anthropométriques, la composition corporelle, l'âge à la ménarche, le volume d’entraînement, l’âge au début du processus d’entraînement et aussi les années de pratique de la gymnastique rythmique (GR) d’haute niveau; il était aussi le but de la thèse analyser le contenu des routines de compétition en fonction des performances en compétition, bien que contribuer pour la caractérisation de la performance des ensembles de GR d’haute niveau. Nous avons étudié 84 gymnastes d’ensemble qui ont participé aux Coupes du Monde de GR à Portimão, les années 2009 et 2010 et le contenu de 126 routines performait par les ensembles appartenaient à 28 pays qui ont participé aux 4 Coupes du Monde de GR à Portimão entre 2007 et 2010. Pour l'analyse des caractéristiques des gymnastes a été calculé l'indice de masse corporelle, la masse grasse et la masse maigre, les deux derniers ont était calculés par les plis cutanés et périmètres du corps. L’âge à la ménarche, l'âge de l'initiation de formation RG, le nombre d’années de pratique et le volume d'entraînement (quotidien et hebdomadaire) a été enregistrée à l'aide d'un questionnaire. Pour l'analyse du contenu des routines, tous les éléments de difficulté du corps, des éléments engin et des éléments spécifiques pour les ensembles ont été analysés les informations enregistrés sur les fiches officiels fournis aux compétitions. En ce qui concerne la caractérisation des gymnastes, il était clair que les caractéristiques anthropométriques, la composition corporelle et l'âge à la ménarche n'étaient pas pertinentes pour expliquer le succès à la compétition. Toutefois, nous avons conclu que ces caractéristiques étaient similaires pour les gymnastes de haut niveau performance. Le nombre élevé d'heures d’entraînement par semaine (environ 42 heures) explique 42% de réussite a là compétition. L'initiation précoce dans GR (6 ans) et le nombre élevé d'années de pratique sont nettement pertinente pour atteindre le niveau d'excellence dans les ensembles de GR. L'âge à la ménarche observé chez des gymnastes était plus tardif dans les anciennes gymnastes probablement en raison d'un plus grand nombre d'années d’entraînement en GR avant le début de la ménarche. En ce qui concerne le contenu des routines, il était possible de conclure qu'ils suivent un modèle compatible avec les exigences pour l’haute niveau de performance en GR. Ce modèle comprend: nombre élevé et la grand complexité des difficultés de échange; des d'équilibres avec des mouvements de grande amplitude et réalisée avec différents type de appui et performé de façon dynamique, des difficultés de saut surtout réalisées avec rotation; difficultés de rotation de grande complexité technique, une plus grande utilisation de critères au moment du lancer (expliquant 6% de réussite en compétition) que au moment de la récupération; l'utilisation élevée de collaborations avec perte de contact visuel avec l’engin pendant le vol en expliquant 16,5% de réussite au concours. MOTS-CLÉS: GYMNASTIQUE RYTHMIQUE, CARACTÉRISTIQUES, PERFORMANCE XVII ENSEMBLES, ELITE, Abreviaturas BMI – Body Mass Index CA – Coincidence-Anticipation CoP / CP – Code of Points EC – European Championship e.g. – For example et al. – And colleagues ex. - exemplo EGR - Gymnastes des Ensemble de Gymnastique Rythmique FADEUP – Faculdade de Desporto da Universidade do Porto Fig. – Figure FIG – Federação Internacional de Ginástica / International Federation of Gymnastics FM – Fat Mass GR – Ginástica Rítmica/ Gymnastique Rythmique GRG – Group Rhythmic Gymnasts i.e. – That is / isto é IMC - Indice de Masse Corporelle / Índice de Massa corporal LBM – Lean Body Mass max. – Maximum MG - Masse Grasse / Massa Gorda min. – Minimum MMC - Masse Maigre du Corps RG – Rhythmic Gymnastics sd – Standard Deviation SPSS – Statistical Package for the Social Sciences vs. - Versus WHO - World Health Organization 1st – First 2nd – Second %MG – Valores relativos de Massa Gorda (percentagem) %MM - Valores relativos de Massa Magra (percentagem) %GC - Graisse Corporelle Relative (pourcentage) %BF – Relative Body Fat (percentage) XIX I. INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO A Ginástica Rítmica (GR) é caracterizada pela constante busca do belo, pela explosão de talento e criatividade, em que a expressão corporal e o virtuosismo técnico se desenvolvem juntos, formando um conjunto harmonioso de movimento e ritmo (Laffranchi, 2005). A GR é também para Róbeva (1995) uma modalidade abrangente que engloba em si exigências técnicas e estéticas conducentes ao Desporto e à Arte. A consideração da GR como arte deve ser encarada com alguma ponderação, já que nem todas as composições coreográficas percorrem o que Laffranchi (2005) definiu como o difícil caminho de tentar encontrar a força criativa capaz de gerar composições excecionais, sem temor de enfrentar o trabalho árduo requerido pelo ato de gerar novas perspetivas de movimento. No entanto, é sobre a GR como modalidade desportiva, sujeita a uma regulamentação específica (Bobo & Sierra, 1998) e procura da excelência da performance (Laffranchi, 2005) que incide o nosso interesse. A GR não pode ser encarada, segundo Bobo & Sierra (1998), como uma modalidade com um reportório técnico fechado e já completamente estabelecido pois para além dos elementos que já existem (registados e valorizados pelo código de pontuação) há também um reportório técnico “por criar” (elementos novos e originais que surgem ao longo das competições e que são resultado da capacidade criativa de técnicos e ginastas) que vai aumentando a lista de elementos já conhecidos. No entanto, e face à natureza pouco dinâmica das modalidades gímnicas, o estudo do conteúdo dos exercícios de competição coloca os investigadores e os treinadores perante uma elevada quantidade de números com grande poder representativo e interpretativo. Uma dupla fonte de informação extraída, por um lado, das normas oficiais do regulamento da modalidade, que segundo Kulka (1995) constitui uma ferramenta de base para orientar a deteção, o ensino, a preparação e seleção de futuras ginastas, e das Ciências do Desporto por outro será a complementaridade entre a prática e a Ciência que poderá contribuir para um melhor entendimento do processo evolutivo da própria modalidade. A extrema complexidade dos exercícios de conjuntos de GR exige a compreensão profunda dos diferentes elementos que os constituem (Gonzales- 3 INTRODUÇÃO Rubio, 1995) quer por parte dos técnicos que os compõem quer ainda pelas juízes que os avaliam. Nesta perspetiva, a observação e análise do treino e da competição em GR bem como dos seus conteúdos constituem uma tarefa essencial para o conhecimento da modalidade (Laffranchi, 2005). A análise metódica dos exercícios de competição em GR em função do rendimento desportivo revela-se vantajosa na medida em que disponibiliza informações que permitem: antever as tendências evolutivas da modalidade; informar e/ou orientar as escolhas e decisões das treinadoras; configurar modelos de contribuição para o desempenho desportivo, potenciando a construção de estratégias de trabalho. A conexão entre os conteúdos do processo de treino e de competição é quase perfeita já que não existem, à partida, meios externos que disturbem a passagem de um contexto para outro. O contexto de competição é normalmente encarado pelas treinadoras experts em ginástica como um contexto onde devem ser minimizadas as indicações e adaptações técnicas (Côté & Salmela, 1995) revelando também, desta forma, a natureza pouco dinâmica da passagem do contexto treino para o contexto competição. Assim, o conteúdo dos exercícios de competição pode ser encarado como um produto do processo de treino, contexto onde é preestabelecido o conteúdo e este último revelador das matérias de preocupação, dedicação e aposta por parte das treinadoras. Law, Côté, & Ericsson (2007) referem que as ginastas de Elite de GR despendem de um elevado volume de tempo de treino já em idades baixas, e por isso é limitada a oportunidade de fazerem parte de outras atividades pelo compromisso que têm na prática do ballet (trabalho de base em Ginástica Rítmica) e da ginástica. Segundo os autores, o volume de treino vai aumentando à medida que as ginastas vão atingindo elevadas performances e é também acompanhado pelo maior desafio técnico da composição dos seus exercícios. A aquisição de expertise enfatiza a natural mudança da relação do envolvimento da performance através do desenvolvimento e do ganho de experiência através do treino e da competição (Phillips, Davids, Renshaw, & Portus, 2010). Segundo o estudo de Côté & Salmela (1995), onde analisaram o 4 INTRODUÇÃO conhecimento usado pelos treinadores Canadianos experts em ginástica no treino e na competição, referem que a maior tarefa do treinador é ajudar os atletas a otimizar o seu potencial em treino e em competição. Os treinadores têm a função de transmitir e de transformar um abrangente leque de conhecimentos no sentido de poderem ajudar os atletas a adquirirem e a saberem usar esse conhecimento em diversas situações (Côté, Salmela, & Russell, 1995). Law et al. (2007) refere que a quantidade e qualidade das atividades práticas também podem explicar as diferenças individuais na obtenção da performance em muitos domínios da expertise. Segundo os mesmos autores a principal diferença entre as ginastas olímpicas e as ginastas não olímpicas (de nível Internacional) foi o facto das primeiras apresentarem um maior volume de horas de treino dedicado aos exercícios de competição e ao aperfeiçoamento técnico dos elementos. O que segundo os autores são as exigências e condições que mais se aproximam dos requisitos competitivos desta modalidade. Também Côté & Salmela (1995) referem que uma das características apresentadas pelas ginastas que obtêm um nível mais elevado de performance em provas internacionais é o facto de terem um volume de treino superior e uma especialização mais precoce na modalidade. Em média, as ginastas de treinadores experts despendem cerca de 30 horas (Côté & Salmela, 1995) a 36 horas de treino semanais (Berlutti et al., 2010). Para os treinadores experts em ginástica não existe substituto para uma aprendizagem das habilidades em ginástica senão a do tipo progressivo, consolidando a aprendizagem e reduzindo o receio na execução das habilidades (Côté & Salmela, 1995). Este princípio metodológico é moroso quer na aprendizagem de novas habilidades, quer numa fase posterior de consolidação onde a própria habilidade é normalmente explorada em condições dificultadoras e/ou diversificadas (ex. no caso da GR: com ligações que antecedem e precedem a própria habilidade, com diferentes formas de manipulação do aparelho, executada com diferentes aparelhos, executada após uma rotação ou um elemento dinâmico). É então uma das características do treino em ginástica que faz com que o elevado nível de prestação na modalidade esteja associado 5 INTRODUÇÃO a um elevado tempo acumulado despendido no treino durante o desenvolvimento da ginasta (Law et al., 2007). Segundo Ericsson & Smith (1991) o acesso a patamares de excelência numa determinada atividade decorre de 3 fases: a) a identificação da excelência nessa atividade (ex. características, tarefas próprias), b) a análise das performances de excelência nessa atividade e c) definição e implementação das estratégias, metodologias e meios que levem os indivíduos a atingir tais excelentes performances. Segundo Esteves (2009), o Desporto, de um modo geral, acaba por ser padronizado pelos seus protagonistas de excelência, i.e., são estes que servem de modelo de referência a todos quantos desenvolvem funções análogas. Requisitos estéticos na avaliação da performance de algumas modalidades são normalmente a causa da importância da composição corporal e das dimensões antropométricas das suas praticantes (Claessens, Lefevre, Beunen, & Malina, 1999; Lebre, 1993). A Ginástica, patinagem no gelo e natação sincronizada podem ser modalidades incluídas neste grupo (Lebre, 1993). Para Kulka (1995) a morfologia da ginasta é um elemento capital de apreciação subjetiva (beleza do gesto) mas também pela eficácia da utilização do aparelho (perfil da GR). A constituição morfológica das ginastas pode ter, entre outros fatores, um impacto significante na obtenção de bons desempenhos em Ginástica (Claessens et al., 1999; Di Cagno et al., 2009). O aumento da longevidade da carreira desportiva das ginastas de Elite de GR faz com que todo um processo exigente que promova a evolução desta modalidade tenha de ter em conta esta nova, mas mais experiente e madura população alvo, assim como as jovens ginastas que poderão ainda permitir que a longevidade nesta modalidade seja encarada como um processo evolutivo. Segundo Anderson et al. (2000) o programa de treino deverá garantir a longevidade das ginastas e minimizar o risco para a sua saúde. Para isso, é necessário considerar a importância de um acompanhamento médico a quando da formação de uma jovem ginasta. Podem ocorrer consequências sérias para a sua saúde decorrentes da conjugação em atletas femininos de desordens alimentares, amenorreia e osteoporose – tríade da mulher atleta (Anderson et al., 2000; Ray, 2005). O 6 INTRODUÇÃO normal ciclo menstrual pode ser de alguma forma um sistema frágil pelo baixo peso, nutrição inadequada, treino excessivo, doença e por fatores psicossociais (Ray, 2005). A Amenorreia não deverá ser considerada uma resposta normal ao exercício (Anderson et al., 2000) mas deve também ser considerada a possibilidade de ocorrência de uma simples menarca tardia (Blanco-Garcia, Evain-Brion, Toublanc, & Job, 1984). Em competições individuais a avaliação estética subjetiva realizada pelas juízes é mais focada no perfil da ginasta enquanto na especialidade de conjuntos é mais focada no desenho do trabalho do grupo (Nina Vitrichenko, Nota Klentrou, Natalia Gorbulina, Daniela Della Chiaie, & Fink, 2011). Laffranchi (2005) acrescenta ainda que uma das características dos conjuntos é que o seu trabalho depende mais do talento criativo do grupo, do que da excelência dos elementos corporais. Na presente dissertação serão estudadas e analisadas algumas das variáveis que contribuem para a identificação e caracterização das melhores ginastas de conjuntos de GR (características antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de treino, idade de início na modalidade e anos de prática em GR) assim como também serão analisadas algumas variáveis do seu desempenho em competição (conteúdo da composição dos exercícios de competição). Problema e objetivos do estudo: A presente dissertação reflete o nosso interesse pela análise das características e do desempenho das ginastas de Elite de conjuntos de GR, relativamente ao conteúdo da composição dos exercícios de competição ao nível dos elementos de técnica corporal, técnica de aparelho e elementos específicos de conjuntos assim como em relação às características antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de treino, início da atividade desportiva e anos de prática em GR das ginastas que constituem os conjuntos de referência mundial. 7 INTRODUÇÃO Os seguintes problemas, relativos às características das ginastas e ao desempenho dos conjuntos de Elite de GR, foram suportados de acordo com os interesses acima referidos: 1) De que forma a seleção dos elementos de técnica corporal, de técnica de aparelho e específicas de conjuntos realizada pelas treinadoras e executados pelas ginastas caracterizam e/ou explicam o sucesso em competição em conjuntos de GR? 2) De que forma as características antropométricas e composição corporal distinguem as ginastas da atualidade em função da sua idade cronológica e do sucesso em competição? 3) De que forma a idade da menarca distingue as ginastas em função da sua idade cronológica e do sucesso em competição? 4) De que forma os anos de prática em GR, o volume de horas de treino e idade de início da atividade desportiva distinguem as ginastas de Elite em função da sua idade cronológica e do sucesso em competição? Foi de seguida definido o objetivo geral: Analisar, em função do desempenho em competição, o conteúdo dos exercícios de competição de conjuntos de Elite e analisar as características antropométricas, da composição corporal, idade da menarca, volume de horas de treino, início da atividade desportiva e anos de prática em GR das ginastas desses conjuntos contribuindo para a caracterização quer das ginastas quer da performance dos conjuntos de excelência em GR. Com base no objetivo geral foram definidos os seguintes objetivos específicos: 1) Analisar o conteúdo dos exercícios de competição relativamente aos elementos corporais e específicos de conjuntos em função do desempenho em competição. 2) Analisar o conteúdo dos exercícios de competição relativamente aos elementos técnicos de aparelho e específicos de conjuntos em função do desempenho em competição. 8 INTRODUÇÃO 3) Analisar as características antropométricas e da composição corporal das ginastas de conjuntos de Elite e verificar de que forma se distinguem em função da idade cronológica e do sucesso em competição. 4) Analisar a idade da menarca das ginastas, anos de prática em GR, volume de horas de treino e idade de início da atividade desportiva em função da sua idade cronológica e do seu sucesso em competição. Estrutura da Dissertação A presente dissertação apresenta-se segundo as normas e orientações para a redação e apresentação de dissertações da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP, 2009). A sua estrutura recorre ao modelo escandinavo composto por artigos científicos publicados e submetidos em revistas com revisão de pares. Este modelo permite o desenvolvimento progressivo da capacidade de realizar trabalhos científicos de uma forma sustentada e mais autónoma. Aumenta também o espaço crítico e promove a divulgação dos resultados com maior brevidade. Devido à adoção deste modelo, as partes constituintes desta dissertação, que se referem aos artigos submetidos e publicados nos diferentes periódicos, respeitarão as normas de publicação, no que se refere às referências bibliográficas de cada revista submetida ou publicada. Desta forma, tentámos aproximar os artigos aqui compilados com os publicados por cada periódico. A presente dissertação está estruturada em quatro capítulos, por forma a responder adequadamente às questões formuladas e à extensão dos objetivos propostos. O capítulo I é composto pela presente Introdução que apresenta o enquadramento dos estudos realizados, a sua justificação e pertinência, assim como os objetivos propostos e a respetiva estrutura da dissertação. O capítulo II é composto por um estudo teórico sobre o conteúdo dos exercícios de competição em Ginástica Rítmica. Foi realizado com o intuito de reunir as principais considerações dos estudos realizados sobre o conteúdo dos exercícios de competição de Ginástica Rítmica e revelar o nosso 9 INTRODUÇÃO entendimento sobre este domínio da identificação e análise do desempenho em GR. O capítulo III integra quatro estudos empíricos. Enquanto os dois primeiros analisam os conteúdos da composição dos exercícios de competição de conjuntos ao nível dos elementos de técnica corporal, de técnica de aparelho, de técnica específica de conjuntos e do volume de horas de treino em função do seu desempenho em competição, os dois últimos focalizam a análise nas caracteristicas antropométricas e da composição corporal assim como na idade da menarca, anos de prática em GR, volume de horas de treino e idade de início da atividade desportiva das ginastas de Elite de conjuntos de GR, em função da sua performance em competição e idade cronológica. A tabela 1 apresenta um quadro resumo dos estudos realizados na presente dissertação designando os autores, a data de publicação ou submissão, o título, e a revista onde foram publicados ou submetidos. Tabela 1. Quadro resumo dos estudos realizados na presente dissertação Capítulo II Estudo Teórico Ávila-Ávila-Carvalho, L., Leandro, C., & Lebre, E. O conteúdo dos Estudo 1 exercícios de competição em Ginástica Rítmica. Brazilian Journal of Kinanthropometry and Human Performance, submetido para publicação em Maio/2012 Capítulo III Estudos Empíricos Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E. Estudo 1 Analysis of the Technical Content of Elite Rhythmic Gymnastics Group Routines. The Open Sports Sciences Journal, in press. Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., & Lebre, E. Handling, Throws, Estudo 2 Catches and Collaborations in Elite Group Rhythmic Gymnastics. Science of Gymnastics Journal, in press. 10 INTRODUÇÃO Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E. Estudo 3 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age. Science & Sports Journal, in press. Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E. Estudo 4 (2012). Body composition profile of Elite Group Rhythmic Gymnasts. Science of Gymnastics Journal, 4(1), 21-32. No capítulo IV apresentamos as considerações finais, com base nas conclusões provenientes dos diferentes estudos. Pretendemos neste último capítulo sintetizar e relacionar os resultados alcançados, referenciando a nossa visão sobre os diversos assuntos tratados e as considerações para o domínio da prática que tendem a contribuir para um melhor entendimento do que caracteriza as ginastas e o desempenho dos conjuntos de Elite de GR. É também nossa intensão poder expor como podem servir de referência o estudo e análise das características das ginastas, dos conjuntos e do conteúdo das composições dos exercícios de competição de Elite para as treinadoras que pretendam utilizar as nossas pesquisas como conhecimento e/ou referência na sua atividade de treinadoras de GR no âmbito do treino de alto rendimento. As referências bibliográficas relativas a cada estudo são apresentadas no seu final em concordância com as normas das revistas onde foram publicados ou submetidos. As referências bibliográficas finais de todos os estudos realizados são apresentadas no final de toda a dissertação. REFERÊNCIAS Anderson, S. J., Griesemer, B. A., Johnson, M. D., Martin, T. J., McLain, L. G., Rowland, T. W., . . . Newland, H. (2000). Medical concerns in the female athlete. Pediatrics, 106(3), 610-613. Berlutti, G., Briganti, C., Pamich, T., Torrisi, L., Franco, A., Morino, G., . . . Caldarone, G. (2010). Body 11 composition, biological maturation, INTRODUÇÃO alimentary habit, anthropometric characteristics in rhythmic gymnastics athletes. In Federazione Gimnastica D’Italia (Ed.), From the Florence 1986 European Championships to the Turin 2008 Europian Championships, Twenty years of evolution (pp. 23-53). Italia. Blanco-Garcia, M., Evain-Brion, D., Toublanc, J. E., & Job, J. C. (1984). 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Brazilian Journal of Kinanthropometry and Human Performance, submetido para publicação em Maio/2012 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica O conteúdo dos exercícios de competição em Ginástica Rítmica The content in Rhythmic Gymnastics competition routines RESUMO O desempenho desportivo em Ginástica Rítmica (GR) está associado a 3 fatores principais que abrangem a qualidade da composição, a qualidade da execução e ainda a qualidade da composição e execução artística. Desta forma, será fundamental uma análise focada entre outros fatores na eficácia e no rendimento desportivo. Uma dupla fonte de informação extraída, por um lado, das normas oficiais do regulamento da modalidade e das Ciências do Desporto por outro será a complementaridade entre a prática e a Ciência que poderá contribuir para a evolução da própria modalidade. Conhecer de forma metódica e sistemática o conteúdo da composição dos exercícios de competição das ginastas individuais ou de conjuntos de GR que obtêm os melhores resultados a nível Internacional permite-nos, por um lado, descortinar uma direção e orientação de trabalho, já que com esta análise podemos identificar o caminho que as ginastas ou os conjuntos de topo estão a percorrer e, por outro lado, perceber a interpretação dos Códigos de Pontuação e as estratégias de composição utilizadas pelas treinadoras de GR consideradas de referência. O estudo do conteúdo dos exercícios de competição deve abranger as componentes técnicas - corporal, de aparelho, e específicas de conjuntos, bem como as componentes da dimensão artística, já que é da sua combinação que resulta efetivamente a análise integrada da composição de um exercício de GR. Por fim, pensamos que o resultado deste tipo de análise pode, não só influenciar os programas de desenvolvimento da prática, como também conduzir a novos desenhos experimentais utilizados na pesquisa científica em GR. 19 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica ABSTRACT The sports performance in Rhythmic Gymnastics (RG) is linked to three major factors that include the quality of the routines composition, the quality of execution and the artistic performance. Thus, is important the focus the analysis on the sports performance success. It can identify a dual information source: in one hand all the information given by the code of points as official guideline, and in the other hand all date given by the Sport Sciences. Is this complementarity obtained by the link between practice and science that that it can be realized the sports evolution. Study, in a methodical and systematic way, the composition content of the RG Elite individual and groups competition routines allow us (1) to reveal the direction and guidance of the bests gymnasts and groups and (2) to reveal the way the code of points has been interpreted and the composition strategies used by reference coaches in RG. The routines content study should include the body, apparatus and groups specific requirements technique, and, also, artistic dimension components. The combination of all those data can result on a real integrated analysis of the routines composition in GR. Finally, we believe that this knowledge can be used to influence the practice development programs and can also lead to new experimental design used in scientific research in RG. 20 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica INTRODUÇÃO A primeira participação da modalidade de conjuntos de Ginástica Rítmica (GR) em Jogos Olímpicos foi em 1996, em Atlanta. Desde então, o padrão de desempenho dos conjuntos participantes em competições Internacionais tem sido cada vez mais exigente. Os Códigos de Pontuação de GR são as diretrizes universais concretizadas pelo Comité Técnico da Federação Internacional de Ginástica (FIG). O Código de Pontuação é, no fundo, o documento orientador que rege a forma como os exercícios são concebidos, executados e ainda a forma como deverão ser interpretados. Este documento tem dois grandes objetivos 1) uniformizar as exigências técnicas da disciplina, permitindo uma avaliação mais objetiva e 2) orientar o caminho de desenvolvimento da modalidade através, quer da bonificação dos elementos técnicos, quer através da penalização dos elementos que se consideram nocivos para a evolução da GR. Este documento de referência é alvo de alterações periódicas (habitualmente no início de cada ciclo olímpico), fazendo com que os requisitos para a composição dos exercícios de competição se tornem normalmente mais exigentes1. Um dos temas de central interesse no âmbito das Ciências do Desporto é o estudo do prognóstico do talento e do desempenho desportivo2. Neste último, é fundamental o estudo do conteúdo dos exercícios de competição, dado que o desempenho desportivo em GR está associado a 3 fatores principais que abrangem a qualidade da composição, a qualidade da execução e ainda a qualidade da composição e execução artística. Desta forma, pensamos que será fundamental uma análise focada, entre outros fatores, na eficácia e no rendimento desportivo. Normalmente os estudos técnicos nas disciplinas de ginástica têm sido baseados nos Códigos de Pontuação. No entanto, de acordo com Bauch 3 a análise dos exercícios de competição deverá ser mais focada no conteúdo qualitativo dos exercícios do que nas regras do Código de Pontuação. Segundo o autor, só assim será possível realizar diferentes abordagens na composição de um exercício de competição. Então, poder-se-á alargar o conceito desportivo da GR utilizando uma dupla fonte de informação: as normas oficiais extraídas do seu 21 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica regulamento4, por um lado, e as Ciências do Desporto por outro. Segundo Vidal4 a avaliação de um exercício de competição é feito a partir de um juízo ou apreciação subjetiva por um grupo de experts que avaliam a qualidade dos exercícios em função de um regulamento preestabelecido. Apesar da componente subjetiva a que a avaliação em Ginástica está sujeita, a análise objetiva (quer em termos quantitativos quer em termos qualitativos) das dificuldades permite um melhor conhecimento das estratégias e da interpretação dos regulamentos por parte das treinadoras, fornecendo ainda dados sobre a evolução das ginastas e do grau de afastamento do resultado final em relação ao inicialmente planeado. Os propósitos do presente artigo são: (i) aprofundar e contextualizar as características da GR de conjuntos; e (ii) analisar as particularidades dos estudos efetuados no âmbito da composição de exercícios em Ginástica Rítmica. DESENVOLVIMENTO Características da Ginástica Rítmica Numerosas definições de GR têm sido apontadas, de acordo com os diferentes pontos de vista dos autores4. Uma das definições que julgamos abarcar os mais importantes domínios da modalidade foi elaborada por Laffranchi5. Segundo esta autora a GR é uma constante busca do belo, uma explosão de talento e criatividade, em que a expressão corporal e o virtuosismo técnico se desenvolvem juntos, formando um conjunto harmonioso de movimento. Segundo Vidal4 os estudos realizados em GR têm passado por analisar o manejo dos aparelhos, as condições físicas ou as habilidades motoras necessárias para a sua prática ou ainda centrados na dimensão estética e artística da modalidade. Se nos centrarmos na composição de um exercício de GR teremos como base o movimento corporal (natural, total, fluido e rítmico) em harmonia com a manipulação dos diferentes aparelhos portáteis (corda, arco, bola, maças e fita)4. Segundo o mesmo autor, ao estudar a qualidade da execução teremos de ter em consideração a interpretação das composições 22 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica (maestria e virtuosismo) que, pelo seu caráter estético, revelam qualidades associadas à graciosidade, à harmonia, ao ritmo, à beleza. É na conjugação da qualidade da composição e da execução que resulta a fonte de prazer estético que é o grande atrativo de espetacularidade 4 desta modalidade gímnica. Segundo Lebre6 a escassez de estudos em GR no que se refere à análise técnica dos exercícios de competição associada à constante evolução das exigências quer de composição quer de execução tem justificado o número reduzido de estudos na modalidade. Segundo a autora essa escassez impossibilita a confrontação dos resultados obtidos para quem se pretende dedicar ao estudo do conteúdo dos exercícios de competição. A GR é caracterizada por promover diferentes habilidades motoras tanto na coordenação dinâmica geral (deslocamentos, saltos, rotações e equilíbrios) como nas diferentes formas de manipulação dos aparelhos (conduzir, rodar, lançar, receber…)4. As tarefas motoras em GR são de alta complexidade e risco4, 6. Os movimentos não são puramente mecânicos, existem neles uma carga afetiva que transmite vivências interiores permitindo a expressão de sentimentos4. Numa análise global e abrangente da modalidade para Vidal4 o estudo da técnica não é suficiente. A seleção dos conteúdos da composição dos exercícios de competição de GR é normalmente realizada pela treinadora6. Esta seleção é feita em função de 3 fatores principais: as exigências do Código de Pontuação, o escalão etário e o nível técnico das ginastas. A interpretação da composição é conduzida e supervisionada pela treinadora durante o processo de treino orientado pela equipa técnica, contudo, se analisarmos essa interpretação como produto, ou seja, no momento da competição, esta é da inteira responsabilidade da ginasta. De seguida, apresentamos de forma esquemática e resumida as exigências de composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR nos últimos 2 Ciclos Olímpicos e no período Olímpico que se inicia em 2013. 23 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica Conjuntos de GR Componentes Técnicas Elementos específicos Exigências em 2005 Exigências em 2009 Exigências em 2013* Saltos Dificuldade Corporal Rotações Utilização variada e equilibrada Utilização variada e equilibrada Equilíbrios Flexibilidades/Ondas Composição dos exercícios de competição Passos de Dança Dificuldade de Aparelho min. 1 Lançamentos e receções Utilização variada e equilibrada Mestria de aparelho máx. 1 Com risco Dificuldade específica de conjuntos Trocas min. 6 min. 6 min. 5 Colaborações min.3 min.5 min.6 Formações min.6 min. 6 min. 6 Fig. 1. Exigências de composição dos exercícios de competição de conjuntos de Ginástica Rítmica. (* proposta de regulamento que orienta a GR para o próximo ciclo olímpico, 2013-2016) 24 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica Este conjunto de regras na construção da composição dos exercícios de conjuntos de GR tem como principal objetivo a uniformização das exigências 6 permitindo desta forma a distinção quantitativa e qualitativa das diferentes composições. As exigências esquematizadas na Fig. 1 são de aplicação generalizada, ou seja, destinadas a exercícios de conjuntos realizados com qualquer um dos aparelhos portáteis (corda, arco, bola, maças e fita) independentemente do exercício ser executado com apenas um tipo de aparelho (ex. 5 arcos) ou com 2 tipos diferentes (ex. 3 fitas 2 cordas). Podemos observar na Fig. 1 que os elementos de dificuldade, na composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR se dividem em 3 componentes técnicas: elementos de dificuldade corporal, elementos de dificuldade de aparelho e elementos de dificuldade específicos do trabalho de conjuntos. Estas 3 componentes técnicas principais subdividem-se em diferentes tipos de elementos técnicos específicos. Os elementos de dificuldade corporal estão divididos em saltos, rotações, equilíbrios, flexibilidades/ondas e passos de dança que ao longo dos últimos ciclos Olímpicos têm tido como exigência o facto de deverem ser utilizados de forma variada e equilibrada (caso dos saltos, rotações, equilíbrios, ondas) não havendo exigência quantitativa na seleção destes elementos de dificuldade. No caso dos passos rítmicos e segundo a proposta de regulamento que orienta a GR para o próximo ciclo Olímpico haverá a exigência da inclusão de pelo menos 1 momento na composição dos exercícios de competição. Os elementos de dificuldade de aparelho estão divididos de forma genérica em: mestria de aparelho, lançamentos/receções e elementos de risco. O primeiro é específico de cada aparelho e os dois últimos têm características gerais para a execução com qualquer um dos aparelhos de GR. Apenas os elementos de risco terão, segundo a proposta de regulamento que orienta a GR para o próximo ciclo Olímpico, como exigência obrigatória a inclusão de pelo menos 1 momento de risco no exercício de conjuntos de GR. Em relação aos elementos de dificuldade específicos de conjuntos, dividem-se em: trocas, colaborações e formações (apesar de não ser elemento técnico é de exigência específica na composição dos exercícios de competição de conjuntos). Enquanto o número 25 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica mínimo exigido de formações tem-se mantido nos últimos ciclos Olímpicos, as trocas terão, segundo a nova proposta de regulamento para o próximo ciclo Olímpico, uma diminuição quantitativa de exigência. As colaborações têm revelado um aumento quantitativo na composição dos exercícios o que tem promovido uma evolução qualitativa da ginástica de conjuntos de GR. Estas alterações, nos Códigos de Pontuação, podem ter em termos gerais 3 características diferentes: 1) serem Organizacionais, 2) serem Estruturais ou serem 3) Morfológicas. 1) Organizacionais como é o caso dos elementos de dificuldade de flexibilidade/ondas, que desaparecem como grupo técnico corporal na proposta de regulamento de 2013, mas que são redistribuídos pelos restantes grupos em função da sua característica mecânica. Desta forma as Flexibilidades/ondas foram recolocadas nos restantes grupos técnicos corporais em função da presença de rotação ou de equilíbrio (mesmo que a base de apoio seja outra parte do corpo que não o pé). 2) Estruturais, como são os casos dos passos de dança, que surgem como elemento de dificuldade corporal, ou dos riscos como dificuldade de aparelho obrigatória na composição dos exercícios de competição a partir de 2013. Ou ainda 3) Morfológicas, que se referem à alteração dos critérios de qualificação do nível de exigência das dificuldades corporais. Estas alterações são por vezes de tal ordem que dificultam a possibilidade de confrontação dos resultados obtidos 6 em diferentes estudos nos diferentes Ciclos Olímpicos. Para além das regras gerais de composição acima descritas existem também regras gerais no que concerne à qualidade de execução e de construção e interpretação artística. Em relação à execução existe uma uniformização relativamente à forma como devem ser realizadas as dificuldades de técnica corporal, de aparelho ou de técnica específica de conjuntos por forma a que objetivamente todas as ginastas e conjuntos sejam avaliados dentro dos mesmos critérios técnicos a quando da realização dos exercícios de competição. A construção e interpretação artística num exercício de GR têm como principal objetivo a projeção de uma imagem emocional para os espectadores e a apresentação de uma ideia coreográfica com interpretação expressiva guiada 26 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica por três aspetos fundamentais: o acompanhamento musical, a imagem artística e a expressividade7. O desempenho artístico refere-se à capacidade da ginasta ou conjunto em transformar uma composição tecnicamente bem estruturada numa performance artística, onde a interpretação expressiva, a musicalidade e a parceria têm em conjunto um papel fundamental8. A componente artística tem também previsto nos regulamentos oficiais diretrizes quantitativas e qualitativas para que o mais objetivo possível se possa avaliar os exercícios de competição. O conteúdo da composição dos exercícios em Ginástica Rítmica De seguida apresentamos um quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da composição dos exercícios de competição de Ginástica Rítmica onde incluímos os nossos. 27 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica Tabela 1. Quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da composição dos exercícios de competição em GR Amostra Autores (Ano) (n) Nível Estudo comparativo das exigências técnicas e morfofuncionais em Ginástica Rítmica Desportiva 184 Internacional (CM Atenas 1991) Vidal (1997)4 La Dimensión Artística de la Gimnasia Rítmica Deportiva 17 Bobo & Sierra (1998) 9 Una nueva propuesta de dificultades corporales en gimnasia rítmica deportiva Sierra & Bobo (2000) 10 Estudio de la variable técnica en los ejercicios de conjunto en gimnasia rítmica deportiva Lebre (1993) 6 Título Tipo de conteúdo Análise Estatística Principais conclusões e considerações Individuais (corda, arco, bola, maças/ginastas de nível Nacional vs. de nível Internacional) /Seniores Tempo de duração, distância percorrida, velocidade de deslocamento, Técnica Corporal, Técnica de Aparelho Descritiva, correlação, Anova (Sheffé Ftest) As ginastas de nível Internacional registaram um tempo de duração do exercício maior, menor distância percorrida e menor velocidade de deslocamento que as ginastas de nível Nacional. Os exercícios das ginastas de nível Internacional apresentaram um índice de risco e de dificuldade superior às de nível Nacional. Os exercícios das ginastas de nível Internacional apresentaram características específicas para cada um dos aparelhos (tempo de duração do exercício, distância percorrida, nº de elementos) o que não foi verificado nas ginastas de nível Nacional. Internacional (CEsp 1994 e 1995) Conjuntos (5 gin. 2TA) /Seniores, (5 gin. AI)/Juvenis, (5 gin. AI)/ Juniores, (6 gin. ML, 6 gin. AI)/Infantis, (6 gin. ML)/minis Dimensão Artística Descritiva Os momentos culminantes dos exercícios foram coincidentes com lançamentos sucessivos, predomínio da igualdade de ações corporais com exceção dos exercícios com 2 aparelhos ou nº impar de ginastas. A condução da atenção foi predominantemente dispersa, o nº de trocas de aparelho foram reduzidas atingindo uma média de 5, as formações foram muito variadas predominando as figuras geométricas e linhas. Os deslocamentos foram pouco variados, os movimentos com grande amplitude foram os mais executados seguidos dos com ondas, houve grande variedade na técnica de aparelho apesar dos aparelhos mais pobres terem sido: a fita e as maças. As características de personalidade dos exercícios basearam-se mais na expressividade que na originalidade. 8 Internacional (CE Grécia 1997) Individuais (arco) /Seniores Técnica Corporal Descritiva Os níveis de dificuldade dos exercícios de competição foram diferentes e a pontuação final não revelou essas diferenças com a consequente repercussão na classificação final das ginastas. As ginastas tenderam a apresentar as mesmas dificuldades com a consequente falta de variedade. 72 Internacional (CM Sevilha 1988, CEsp de Zaragoza 1998, CE Budapeste 1999) Conjuntos (5 bolas, 3 arcos/2 fitas, 10 maças) /Seniores, (5 fitas)/Juniores, (3 arcos/ 4maças)/ Juvenis, (6 bolas)/Infantis Técnica Corporal Descritiva e distribuição de frequências As ações mais utilizadas nos exercícios de competição foram ações sem dificuldades corporais. Dentro das ações com dificuldade, foram as trocas as que apresentaram maior frequência de ocorrências. A duração média das ações com dificuldade foi de 3.58 segundos (min.2 e máx. 4). As dificuldades foram distribuídas de forma homogénea ao longo dos 150 segundos de duração do exercício de competição. Nacional (Prova de observação Seleção Nacional 1992) Especialidade (Aparelhos/ especificidade) /Escalão 28 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica Ávila (2001) 11 Estudo do nível de dificuldades dos exercícios de Ginástica Rítmica nos Jogos Olímpicos de Sydney 2000 12 Internacional (JO Sydney 2000) Individuais (corda, bola, arco, fita) /Seniores Técnica Corporal Descritiva As alterações que o CP (2001) introduziu (relativamente ao CP de 1997) obrigaram a profundas alterações na composição dos exercícios de competição nomeadamente na inclusão de um maior nº de saltos nos exercícios de corda, de maior nº de flexibilidades nos exercícios de bola, de maior nº de pivots nos exercícios de fita e de uma equilibrada utilização das dificuldades corporais nos exercícios de arco. Estas alterações dificultaram a obtenção do valor máximo em Valor Técnico e permitiram maior facilidade em distinguir o nível das ginastas. Estas alterações incentivam à especialização de ginastas por aparelhos e fomentam uma avaliação mais rigorosa (pela obrigatoriedade em se apresentar as cartas de competição). Bobo & Sierra (2003)12 Estudio de las repercusiones de los cambios de código de puntuación en la composición de los ejercicios de gimnasia rítmica en la técnica corporal 96 Internacional (CE de Zaragoza 1999, CE de Ginebra 2001, CM de Budapeste 2003) Individuais (corda, arco, bola, maças e fita) /Seniores Técnica Corporal Descritiva e análise de variância Houve um aumento do nº total assim como da variedade das dificuldades corporais nos exercícios executados após as alterações do CP em 2003. Caburrasi & Santana (2003) Análisis de las dificultades corporales en los Campeonatos Europeos de Gimnasia Rítmica Deportiva Granada 2002 32 Internacional (CE de Granada 2002) Individuais (corda, arco, bola, maças)/Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais e correlação Com o CP (2001) houve o aumento do nº de dificuldades. Os saltos foram os mais utilizados seguidos das flexibilidades e dos equilíbrios. Os pivots foram aqueles que apresentaram menor utilização. O valor técnico dos exercícios correlacionou-se com o nível das dificuldades e não com o nº de dificuldades. Lebre (2007) 14 Estudo da dificuldade dos exercícios apresentados pelas ginastas individuais na Taça do Mundo de Portimão 2007 240 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007) Individuais (corda, arco, maças, fita)/Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais Nos 4 aparelhos analisados registaram-se a mesma escolha de dificuldades corporais: Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº com perna livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na horizontal ou à retaguarda com perna elevada. O grupo corporal dos saltos foi o grupo que registou uma menor variedade na escolha das dificuldades e os pivots o que apresentou uma maior variedade. Ávila-Carvalho et al. (2008) 15 Artistic value score for Rhythmic Gymnastics group exercises in Portimão 2007 World Cup Series 38 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007) Conjuntos (5 cordas vs. 3 arcos/ 4maças)/Seniores Técnica de Aparelho Descritiva, valores percentuais Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos comparativamente às receções, no entanto nos exercícios com diferentes aparelhos houve um maior nº de mestria de aparelho realizado com receções. Colaborações – Nos exercícios de 5 cordas houve um maior nº de colaborações sem lançamento e com risco enquanto que em 3 arcos/ 4maças houve um maior nº de colaborações simples com lançamento. Técnica específica de aparelho – em 5 cordas houve um maior nº de saltos por dentro da corda e em 3 arcos/ 4maças houve um maior nº de “manejos”. 13 29 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica Ávila-Carvalho et al. (2008) 16 Difficulty score for Rhythmic Gymnastics group exercises in Portimão 2007 World Cup Series 38 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007) Conjuntos (5 cordas vs. 3 arcos/ 4maças)/Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº com perna livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na horizontal com perna elevada. Os grupos corporais mais utilizados foram os saltos e as flexibilidades/ondas. As trocas foram executadas na sua maioria sem dificuldades corporais mas quando se verificou incluíram em maior nº os saltos. Cardoso (2009) Avaliação do Nível de Dificuldade de Aparelho dos Exercícios Individuais de Competição de Ginástica Rítmica das Ginastas Portuguesas dos Escalões Juvenil e Júnior 336 Nacional (CN de 2008 e 2009) Individuais (corda, arco, bola)/Juvenil e Júnior Técnica de Aparelho Descritiva, valores percentuais Em 2009, houve um aumento generalizado e uma distribuição mais equilibrada dos grupos técnicos de dificuldade de aparelho do que em 2008. Houve uma maior variedade na escolha dos elementos de dificuldade de aparelho. As alterações introduzidas no CP refletir-se-ão nas tendências, evolução e enriquecimento da modalidade. Avaliação do Nível de Dificuldade Corporal dos Exercícios Individuais de Competição de Ginástica Rítmica das Ginastas Portuguesas da Categoria de Juvenil e de Júnior 300 Nacional (CN de 2008 e 2009) Individuais (corda, arco, bola)/Juvenil e Júnior Técnica Corporal Descritiva No CN de 2009 houve um aumento generalizado do valor dos saltos e uma diminuição do valor dos equilíbrios e pivots nos exercícios realizados em competição. Verificou-se também uma diminuição quer da quantidade total de dificuldades realizadas, quer do número de dificuldades do grupo corporal não obrigatório. Registou-se um aumento do número e do valor das dificuldades dos grupos corporais obrigatórios em cada aparelho. O grupo dos pivots foi o menos utilizado nos exercícios em competição em todos os aparelhos analisados. Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre (2009) 19 Artistic score for Rhythmic Gymnastics group routines in 2008 Portimão World Cup Series 32 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2008) Conjuntos (5 cordas vs. 3 arcos/ 4maças)/Seniores Técnica de Aparelho Descritiva, valores percentuais Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos comparativamente às receções, no entanto nos exercícios com diferentes aparelhos houve um maior nº de mestria de aparelho realizado com receções. Colaborações – Nos exercícios de 5 cordas houve um maior nº de colaborações com risco enquanto que em 3 arcos/ 4maças houve uma maior nº de colaborações simples com lançamento. Técnica específica de aparelho – em 5 cordas houve um maior nº de saltos por dentro da corda e em 3 arcos/ 4maças houve um maior nº de “manejos”. Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre (2009) 20 Difficulty score for Rhythmic Gymnastics group routines in Portimão 2008 World Cup Series 32 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2008) Conjuntos (5 cordas vs. 3 arcos/ 4maças)/Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº de “fuettes” em 3 arcos/ 4maças e os executados com perna livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na horizontal com perna elevada. Os grupos corporais mais utilizados foram os saltos e as flexibilidades/ondas. As trocas foram executadas na sua maioria sem dificuldades corporais mas quando se verificou incluíram em maior nº os saltos nos exercícios de corda e saltos e flexibilidades nos exercícios de arcos/maças. 17 Salvador (2009) 18 30 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica Conjuntos (5 cordas vs. 3 arcos/ 4maças)/ Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº de “fuettes” nas composições de 2008 e maior nº de pivots executados com perna livre à frente ou ao lado em 2007, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na horizontal com perna elevada. Os grupos corporais mais utilizados foram os saltos (2007 e 2008) apesar de em 2008 ter havido um decréscimo do nº destes elementos e o aumento do nº de pivots. As trocas foram executadas na sua maioria sem dificuldades corporais mas quando se verificou incluíram em maior nº os saltos e as flexibilidades (2007 e 2008) apesar de ter havido uma diminuição da utilização de dificuldades corporais nas trocas em 2008 aumentando por isso o nº de trocas sem dificuldades corporais. Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2009) Conjuntos (5 arcos vs. 3 fitas/ 2cordas)/ Seniores Técnica de Aparelho Descritiva, Wilcoxon test Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos comparativamente às receções. Os lançamentos foram executados na sua maioria durante um salto. Receções - foram executadas na sua maioria durante um elemento de rotação em 3 fitas/ 2cordas e sem ajuda das mãos em 5 arcos. Riscos – maior nº de riscos em 5 arcos que em 3 fitas/ 2cordas, maior nº de riscos executados de forma simples em 5 arcos e com 1 rotação adicional em 3 fitas/ 2cordas. Em ambos os exercícios a mudança de eixo corporal foi o critério mais utilizado para aumentar o valor dos riscos, no entanto superior em 5 arcos que em 3 fitas/ 2cordas. Técnica específica de aparelho – em 5 arcos houve um maior nº de “manejos” e em fita houve um maior nº de espirais e serpentinas. Colaborações – Nos exercícios de 5 arcos houve um maior nº de colaborações com risco enquanto que em 3 fitas/ 2cordas houve uma maior nº de colaborações simples com lançamento. 26 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2009) Conjuntos (5 arcos vs. 3 fitas/ 2cordas) / Seniores Técnica de Aparelho Descritiva, valores percentuais Mestria com lançamento – maior nº nos exercícios com 5 arcos, Mestria sem lançamento - maior nº nos exercícios com 3 fitas/ 2cordas. Os lançamentos foram executados na sua maioria durante um salto (em ambos exercícios), no entanto as receções foram executadas na sua maioria durante um elemento de rotação em 3 fitas/ 2cordas e sem ajuda das mãos em 5 arcos. Riscos – executados de forma simples em 5 arcos e com rotações adicionais em 3 fitas/ 2cordas. Em ambos os exercícios a mudança de eixo corporal foi o critério mais utilizado para aumentar o valor dos riscos. 19 (C) Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007) Individuais (Corda e arco) vs. Conjuntos (5 cordas e 3 arcos/ 4maças)/ Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº de pivots executados com perna livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na horizontal com perna elevada com a particularidade de em Individuais também realizarem um elevado nº de elementos com grande afastamento dos MI com tronco à retaguarda. Os grupos corporais mais utilizados foram os saltos (C e I corda) e as flexibilidades/ondas no caso dos Individuais arco. Os equilíbrios foram as dificuldades menos utilizadas nos exercícios Individuais e de Conjuntos (5 cordas) já em conjuntos arco/maças Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre (2009) 21 Difficulty score in Group Rhythmic Gymnastics. Portimão 2007/2008 World Cup Series 70 Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre (2010) 22 Apparatus difficulty in groups routines of elite rhythmic gymnastics at the Portimão 2009 World Cup Series 26 Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre (2010) 23 Mastery and risk with throw in apparatus difficulty of elite rhythmic gymnastics groups Ávila-Carvalho & Lebre (2011) 24 A Dificuldade dos Exercícios Individuais e de Conjuntos de Elite de Ginástica Rítmica Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007 e 2008) 74 (I) 31 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica foram os pivots as dificuldades menos utilizadas. Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre (2011) 25 Body Difficulty Score (D1) in Group Rhythmic Gymnastics in Portimão 2009 World Cup Series 26 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2009) Conjuntos (5 arcos vs. 3 fitas/ 2cordas) /Seniores Técnica Corporal Descritiva, valores percentuais Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº com perna livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com elevação da perna à retaguarda e rotação no eixo vertical. Os grupos corporais mais utilizados foram os saltos. As trocas foram executadas na sua maioria sem dificuldades corporais, mas quando se verificou incluíram em maior nº os saltos. Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre (2011) 26 Estudio del valor artístico de los ejercicios de conjunto de Gimnasia Rítmica de la Copa del Mundo de Portimão 2007 y 2008 35 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007 e 2008) Conjuntos (5 cordas vs. 3 arcos/ 4maças – 2007 vs. 2008) /Seniores Técnica de Aparelho Descritiva, valores percentuais Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos comparativamente às receções, no entanto em 2008 houve um aumento do nº de lançamentos e uma diminuição das receções. Colaborações – maior nº de colaborações sem lançamento em 2007, enquanto que em 2008 maior nº de colaborações com risco nos exercícios de 5 cordas. Em 3 arcos/ 4maças houve um maior nº de colaborações com lançamento mas com decréscimo em 2008 e um aumento do nº de colaborações com risco. Técnica específica de aparelho – em 5 cordas houve um maior nº de saltos por dentro da corda aumentando em 2008, em 3 arcos/ 4maças houve um maior nº de “manejos” de arco que se manteve de 2007 para 2008 e um maior nº de moinhos em maças em 2007 e 2008 apesar de ter havido uma diminuição em 2008 e um aumento de manejos no mesmo ano. Ávila-Carvalho, Klentrou, Palomero & Lebre 27 Body elements technical and level evaluation in high level Rhythmic Gymnastics groups routines 126 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007 a 2010) Conjuntos (primeira parte do ranking vs. Segunda parte do ranking)/ Seniores Técnica Corporal Descritiva, Kolmogoro v-Smirnov e t-test As dificuldades corporais seguiram um padrão consistente com a posição dos conjuntos no ranking. As principais características da composição dos exercícios foram a prevalência de trocas e saltos e a pobre utilização das rotações. Os saltos foram a categoria técnica com menor variedade e as rotações a categoria técnica com maior variedade. A limitada variedade de escolha de dificuldades corporais na composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR tornam-nos monótonos e compromete a sua avaliação artística. Ávila-Carvalho, Klentrou & Lebre Handling, throws and collaborations in Elite Rhythmic gymnastics 126 Internacional (Taça do Mundo de Portimão 2007 a 2010) Conjuntos (corda vs. Arco vs. Maças vs. Fita/ Finalistas vs. Não finalistas) /Seniores Técnica de Aparelho Descritiva, Kolmogoro v-Smirnov , KruskalWallis, MannWhitney, Regressão linear Os exercícios de arco são os que apresentaram maior equilíbrio na utilização das diferentes técnicas de aparelho e os exercícios de maças os que se apresentaram mais pobres, o que se deveu provavelmente ao facto de ser o único aparelho duplo. De acordo com a análise do sucesso em competição, este pôde ser explicado pelo: elevado volume de horas de treino (43%), elevada utilização de critérios em lançamento (6%) e de colaborações com risco (16,5%). Esta arriscada forma de técnica de aparelho nos conjuntos com maior sucesso em competição requer a capacidade de antecipação-coincidência que é dificultada pela perca de contacto visual com os aparelhos. 28 Legenda: CE – Campeonato da Europa, TM – Taça do mundo, CM – Campeonato do Mundo, CEsp – Campeonato de Espanha, CN – Campeonato Nacional, JO – Jogos Olímpicos, C – Conjuntos, I – Individuais, CP – Código de Pontuação, ML – Movimentos livres, AI – Aparelhos Idênticos, 2TA – 2 tipos de aparelho, nº - número, n – nº exercícios de competição, gin. - ginastas 32 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica Da tabela acima apresentada podemos referir que a maioria dos estudos realizados sobre o conteúdo dos exercícios de competição em GR foi elaborada em função dos elementos de técnica corporal (64% - 14 estudos). Os estudos sobre os elementos de técnica de aparelho perfizeram 32% (7 estudos) da totalidade dos estudos encontrados em GR. Por último, apenas 1 estudo (4%) teve como objetivo a análise do conteúdo Artístico dos exercícios de competição de GR. Quando analisamos os estudos sobre o conteúdo dos exercícios de competição em função da Especialidade da Ginástica (individuais ou conjuntos) podemos constatar que 59% (13 estudos) são referentes a conjuntos, 36% (8 estudos) são referentes a individuais e que 5% (1 estudo) se refere à comparação entre as duas especialidades (individuais vs. conjuntos). Quando analisamos as principais conclusões e considerações dos estudos apresentados na tabela 1 podemos referir que: a) as dificuldades corporais apresentadas nos exercícios de competição de GR (individuais e conjuntos) tendem a ser idênticas nas diferentes composições analisadas9, 14, 16, 20, 21, 24, 25, 27 , tendo como consequência a falta de variedade que este facto tem associado b) os saltos têm sido as dificuldades corporais mais utilizadas nos exercícios de competição de GR16, utilizados13, 18, 20, 27 24, 25, 27 e os pivots/rotações têm sido os menos no entanto são os saltos, o grupo corporal que apresenta uma menor variedade na escolha dos elementos e os pivots o grupo corporal que registou uma maior variedade14, 27 c) tem-se verificado um aumento do número de trocas realizadas na composição dos exercícios de competição de conjuntos ao longo dos últimos ciclos Olímpicos4, 10, 20, 21, 27, d) os exercícios de conjuntos executados com um ou dois aparelhos têm apresentado diferenças em termos de conteúdo técnico corporal4, relativamente à escolha de colaborações22, 26, 28 e aos elementos de técnica de aparelho23, e) os elementos de risco têm sido elementos que caracterizam as ginastas e os conjuntos de alto nível6, 22, 23, 28, f) tem-se registado uma elevada variedade na escolha dos elementos de técnica de aparelho17, 26, no entanto os exercícios de maças têm apresentado uma menor variedade comparativamente com os restantes aparelhos 4, 28 e g) tem-se verificado uma prevalência na utilização de critérios em lançamentos em detrimento de receções15, 19, 22, 26, 28. 33 Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecer de forma metódica e sistemática o conteúdo da composição dos exercícios de competição das ginastas individuais e de conjuntos de GR que obtêm os melhores resultados a nível Internacional permitem-nos em primeiro lugar revelar uma direção e orientação de trabalho já que com esta análise podemos identificar o caminho que as ginastas ou os conjuntos de topo estão a percorrer e em segundo lugar revelar a interpretação dos Códigos de Pontuação e estratégias de composição utilizadas pelas treinadoras de GR consideradas de referência. O estudo do conteúdo dos exercícios de competição deve abranger os elementos técnicos: corporais, de aparelho, específicos de conjuntos e as dimensões artística e de execução já que é da sua combinação que resulta efetivamente uma abrangente e integrada análise da composição dos exercícios de conjuntos de GR. Por fim, pensamos ainda que o estudo do conteúdo dos exercícios de competição para além de poder influenciar os programas de desenvolvimento da prática, pode ainda influenciar os desenhos experimentais utilizados na pesquisa científica em GR. REFERÊNCIAS 1. Lisitskaya T. Datos básicos sobre la gimnasia rítmica. In: Paidotribo E, editor. Gimnasia Rítmica. Barcelona 1995. p. 9-21. 2. Schiavon LM, Paes RR, Moreira A, Maia GBM. Training phases and volume of training for Brazilian female gymnasts in Olympic Games (19802004). Motricidade. 2011;7(4):15-26. 3. 2010 Bauch R. Controversial Topic: "Code de Pointage". 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Difficulty score for Rhythmic Gymnastics group exercises in Portimão 2007 World Cup Series. In: J. Cabri FA, D. Araújo, J. Barreiros, J. Dinis, A. Veloso, editor. Book of abstracts of the 13th Annual Congress of the European College of Sport Science. Lisbon: FMH; 2008. p. 149-50. 17. Cardoso AI. Avaliação do Nível de Dificuldade de Aparelho dos Exercícios Individuais de Competição de Ginástica Rítmica das Ginastas Portuguesas dos Escalões Juvenil e Júnior [MS Thesis]. Porto: Porto University; 2009. 18. Salvador G. Avaliação do Nível de Dificuldade Corporal dos Exercícios Individuais de Competição de Ginástica Rítmica das Ginastas Portuguesas da Categoria de Juvenil e de Júnior. [MS thesis]. Porto: Porto University; 2009. 19. Ávila-Carvalho L, Palomero MdL, Lebre E. Artistic score for Rhythmic Gymnastics group routines in 2008 Portimão World Cup Series. Motricidade. 2009;5(3):94. 20. Ávila-Carvalho L, Palomero MdL, Lebre E. Difficulty score for Rhythmic Gymnastics group routines in Portimão 2008 World Cup Series. Motricidade. 2009;5(3):93. 21. Ávila-Carvalho L, Palomero MdL, Lebre E. Difficulty score in Group Rhythmic Gymnastics. Portimão 2007/2008 World Cup Series. Palestrica Mileniului III Civilizatie si sport. 2009;Anul X, 3(37):261-7. 22. Ávila-Carvalho L, Palomero MdL, Lebre E. Apparatus difficulty in groups routines of elite rhythmic gymnastics at the Portimão 2009 World Cup Series. Science of Gymnastics Journal. 2010;2(3):29-42. 23. Ávila-Carvalho L, Palomero MdL, Lebre E. Mastery and risk with throw in apparatus difficulty of elite rhythmic gymnastics groups. Anais do II Seminário Internacional de Ginástica Artística e Rítmica de Competição (SIGARC). 2010:195-201. 24. Avila-Carvalho L, Lebre E. A Dificuldade dos Exercícios Individuais e de Conjuntos de Elite de Ginástica Rítmica. 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ESTUDOS EMPIRICOS ESTUDO EMPÍRICO 1 Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E. Analysis of the Technical Content of Elite Rhythmic Gymnastics Group Routines. The Open Sports Sciences Journal. In press. Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines Analysis of the Technical Content of Elite Rhythmic Gymnastics Group Routines Abstract The purpose of this study was to analyse all technical elements used in elite Rhythmic Gymnastics group routines. All technical difficulties reported in the forms submitted during the 2007, 2008, 2009 and 2010 Portimão World Cup competitions were analysed. These included a total of 126 different Group routines from 28 countries. The Groups were clustered for the analysis into two subgroups according to their ranking at the 2010 World Championship. The body difficulties were organized according to the new technical framework into four technical element categories including balances, jumps, rotations and exchange difficulties. Body difficulties in Rhythmic Gymnastics group routines followed a pattern consistent with their ranking. The main characteristic of the routine composition was the focus on exchanges, balances and jumps and the lesser use of rotations. Amongst all body difficulties, the jumps was the technical category with the most limited variety while rotations although less used had more variety. The limited variety in the choice of body difficulties in the composition of Rhythmic Gymnastics group routines makes them monotonous and compromises their artistic value. This study provides updated information regarding the mainstream strategies in the Rhythmic Gymnastics routine composition. Keywords: Body difficulty, elite rhythmic gymnastics, group routines, evaluation 43 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines INTRODUCTION Traditionally, technical studies in gymnastics disciplines have been based on the Code of Points. However, according to Bauch [1] the analysis of competition routines must be focused more on the qualitative content rather than the Code of Points rules, allowing different approaches in the routine composition. According to Bobo & Sierra [2] the physical difficulty presented by International Federation of Gymnastics (FIG) is ambiguous and does not define appropriate criteria based actions executed by the gymnasts. Movements that involve different qualitative and quantitative requirements are often seen running within the same category or level of difficulty, hence the lack of variety in the compositions. The new principles of technical movement elements proposed by Lebre [3] to be adopted by FIG in the new Olympic cycle (2013-2016) is based on scientific evidence [3], and allows a better analysis of the routine content. The new classification was based on the basic movement skills and on the level of technical difficulty and complexity in Rhythmic Gymnastics [3]. This way, the technical movement elements were classified into three major categories: balances, jumps and rotations. This classification is consistent with Russel’s [4] movement analysis according to which the gymnastics actions are divided into stationary and non-stationary positions. The stationary positions were further subdivided into support, balance and suspension positions. In Rhythmic Gymnastics, however, only the balance positions are classified in the Code of Points as technical elements. The non-stationary positions are subdivided by Russel [4] into linear (jumps and locomotion) and rotational movements (rotations and swings). In Rhythmic Gymnastics only jumps and rotation movements are considered difficulty elements by the Code of Points. Therefore, Lebre [3] based the new Rhythmic Gymnastics technical movement elements on the fundamental movement skills that are consistent across all gymnastics disciplines. This consistency between the FIG technical curriculum [5] and the Code of Points is important for the integration of coaching and judging principles and competences. Strategies employed in the composition of Rhythmic Gymnastics routines follow the international trends of the sport in improving the harmony, dynamism, 44 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines originality, beauty and increased risks [6]. The increased complexity of elements and routines, and the interaction between the gymnast and the apparatus are, according to Lisistskaya [7], the main characteristics of Rhythmic Gymnastics. In group routines the success is achieved when there is a high degree of movement synchrony, ample use of space and a balanced and emotional expression through different group formations. However, very few studies have analyzed the difficulty elements used in routines [8-16], and the technical value of elite Rhythmic Gymnastics group routines. According to Caburrasi & Santana [13], it is more important to study the difficulty value than the total number of difficulty elements in the routine. In this case, only one study by Salvador [16] has evaluated the difficulty value of Rhythmic Gymnastics individual routines while there has been no published data on the technical content of elite Rhythmic Gymnastics group routines. Therefore, the purpose of this study was to analyse the technical difficulties used in the group routines at the 2007, 2008, 2009 and 2010 Portimão World Cup competitions both from a quantitative and qualitative perspective. METHODS Subjects and design A hundred twenty six group routines from 28 countries competing at the Rhythmic Gymnastics World Cup in Portimão, Portugal in 2007, 2008, 2009 and 2010 were analysed. All the groups participating in these competitions were invited and gave consent to participate in the study. This study was approved by the Scientific Committee of FIG. All body difficulties reported in the technical forms provided at the competition were analysed. The groups were clustered into two subgroups according to their 2010 World Championship ranking. Body difficulty elements were organized according to the new technical framework by Lebre [3] into four technical element categories including balances, jumps, rotations and exchange difficulties (Table 1). 45 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines Table1. Classes of difficulties per technical category Exchanges (a) Without difficulty Balances body (b) With body difficulty: balances, jumps and rotations Jumps (a) Free leg high Rotations (a) Jeté with turn (a) Fouetté (b) Split and Stag (b) Rotations on flat foot (c) Dynamic on different body parts (c) Cossack (c) Free horizontal (d) Fouetté (d) Arch and Cabriole (d) Free leg high (e) Dynamic with wave (f) Free leg below horizontal (e) Tuck and Vertical (e) Cossack (f) Fouetté (f) Rotations on body parts (g) Bent support leg (g) Pike and Straddle (g) Free leg below horizontal (h) Static on different body parts (h) Ring (h) Rotations shape change (b) Free horizontal leg at leg at with (i) Others: Split and Stag with change legs, Scissor, Enterlacé and Butterfly Statistical Analysis For the statistical analysis we used the Statistical Package for the Social Sciences - Version 17.0 (SPSS 17.0, Chicago, USA) and Microsoft Office Excel 2007. Descriptive statistics were calculated using the mean values as a measure of central tendency, standard deviation (sd) as a measure of dispersion, and minimum and maximum as measures of data range. After checking the normality of the data distribution using the Kolmogorov-Smirnov test we used a t-test to determine whether there were significant differences between the subgroups of the first (n=96) and second half (n=30) in the 2010 World Championship ranking. A α level less than 0.05 was used as a criterion for significance. 46 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines RESULTS The difficulty elements reported in the group routines were clustered in four technical categories: exchanges, balances, jumps and rotations. The results for each category are presented both quantitatively (number of occurrences) and qualitatively (technical value of the difficulties according to the FIG Code of Points [17, 18]). The routines ranked in the first, top half had significantly higher number of exchange difficulties number as compared to the routines of the second, lower half (Table 2) but there were no other significant differences in the number of technical difficulties according to the ranking position (Fig. 1). As shown in Fig. 1, however, both groups had higher number of balance and jump difficulties while the rotation difficulties were the category less used in all routines. Table 2. Number of exchange difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking First half in ranking (n=96) Second half in ranking (n=30) Difficulty number Exchange difficulties *p<0.05 Mean sd min max Mean sd min max 6.74* 0.85 5 10 6.27 0.64 5 8 Fig. 1. Number of difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). 47 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines There was a significant difference also in the technical value of the exchange and rotation difficulties between the routines of the first versus the second half in the World ranking (Table 3). However, although the routines in the first top half showed a higher value of balance and jump difficulties than those in the second half of the ranking, these differences were not significant (Fig. 2). Table 3. Technical value of exchange and rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking First half in ranking (n=96) Difficulty value Mean sd Second half in ranking (n=30) min max Mean sd min max Exchange difficulties 4.24* 0.93 2.20 7.10 3.59 0.98 2.10 6.30 Rotation difficulties 1.09 0.53 0.00 2.10 1.42* 0.75 0.00 3.50 *p<0.05 Fig. 2. Technical value of the difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). Exchange Difficulties As shown in Fig. 3, no significant difference was found in the number of exchange difficulties types between the routines of the first versus those of the second half of the World ranking. However, although not significant, the routines 48 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines of the first half included more exchanges without body difficulties (3.90±2.20 vs. 3.43±1.68, respectively) and with body difficulties (2.84±1.88 vs. 2.83±1.84) than those in the second half of the ranking. In addition, jumps were the movement category mostly used for the exchanges of both ranking groups with the rotations being the movement category less used, but these differences were not significant (Fig. 3). Fig. 3. Number of exchange difficulties with and without body difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). On the other hand, the mean technical value of the exchanges without difficulties included in the routines ranked in the first half was significantly higher than the value of those used in the routines ranked in the second half but this was not the case with the exchanges with body difficulties (Fig. 4). 49 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines Fig. 4. Technical value of exchange difficulties with and without body difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05). Balance Difficulties There were significant differences in the number of balance difficulties between the routines of the first half and those in the second half of the World ranking (Table 4). The routines ranked in the first half had a higher number of class (a) and (c) balance difficulties. In contrast, the routines in the second half of the ranking had higher number of class (b), (e) and (g) balance difficulties (Table 4). Table 4. Number of balance difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking First half in ranking (n=96) Number of balance difficulties Mean Free leg high (a) min max Mean sd min max 3.09* 1.03 0.00 6.00 2.37 1.65 0.00 6.00 Free leg at horizontal (b) 1.16* 0.96 0.00 4.00 1.63 0.96 0.00 3.00 Dynamic on different body parts (c) 0.55* 0.82 0.00 3.00 0.07 0.25 0.00 1.00 Dynamic with wave (e) 0.14* 0.37 0.00 2.00 0.43 0.50 0.00 1.00 0.00* 0.00 0.00 0.00 0.27 0.52 0.00 2.00 Bent support leg (g) *p<0.05 sd Second half in ranking (n=30) In addition, there were significant differences also in technical value of the balance difficulties presented in the routines ranked in the first half and those 50 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines ranked in the second half of the World ranking. More specifically, the routines ranked in the first half had a higher difficulty value for balances in class (a) and (c) while the routines ranked in second half had higher value balances of class (e) and (g) (Table 5). Table 5. Technical value of balance difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking Value of balance difficulties First half in ranking (n=96) Second half in ranking (n=30) Mean values sd min max Mean values sd min max Free leg high (a) 1.65* 0.56 0.00 3.40 1.19 0.94 0.00 3.40 Dynamic on different body parts (c) 0.32* 0.50 0.00 2.10 0.05 0.18 0.00 0.70 Dynamic with wave (e) 0.06* 0.18 0.00 1.00 0.19 0.24 0.00 0.50 Bent support leg (g) *p<0.05 0.00* 0.00 0.00 0.00 0.10 0.19 0.00 0.70 Jump Difficulties Significant differences were found in the number of jump difficulties when we compared the routines in the first half of the ranking with those in the second half of the 2010 World Championship ranking (Table 6). The routines in the first half had a higher number of jumps in class (a) and (f) while all of the others classes of jumps were more performed in the routines of the second half (Table 6). Interestingly, we did not record any occurrence in the class of “other” jumps that includes the split and stag with change legs, scissor, enterlacé and butterfly jumps. Table 6. Number of jump difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking First half in ranking (n=96) Second half in ranking (n=30) Number of jump difficulties Mean sd min max Mean sd min max Jeté with turn (a) 2.79* 1.04 0.00 5.00 2.17 1.12 0.00 4.00 Cossack (c) 0.55* 0.60 0.00 2.00 1.00 0.79 0.00 2.00 Fouetté (f) 0.04* 0.20 0.00 1.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00* 0.00 0.00 0.00 0.13 0.35 0.00 1.00 Pike and straddle (g) *p<0.05 Moreover, we found significant differences in the technical value of jump difficulties between the routines in the first half and those ranked in second half 51 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines of the 2010 World ranking (Table 7). The routines ranked in the first half had a higher difficulty values in split/stag and fouetté jumps but only the jeté with turn presented a significant differences. While the routines ranked in the second half had higher difficulty values in cossack, tuck/vertical jumps but only the arch/cabriole and pike/straddle jumps presented a significant differences. Table 7. Technical value of jump difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking First half in ranking (n=96) Second half in ranking (n=30) Value of jump difficulties Mean sd min max Mean sd min max Jeté with turn (a) 1.42* 0.57 0.00 3.00 0.99 0.53 0.00 2.20 Arch and Cabriole (d) 0.01* 0.03 0.00 0.10 0.03 0.08 0.00 0.30 Pike and Straddle (g) *p<0.05 0.00* 0.00 0.00 0.00 0.07 0.19 0.00 0.60 Rotations Difficulties There were significant differences in the number of rotation difficulties between the routines of the first half and those of the second half of the World ranking (Table 8). The routines of the first half had higher number of rotations in classes (a), (c) and (f) while all of the other classes of rotations were more used in the routines of the second half of the ranking (Table 8). Table 8. Number of rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking First half in ranking (n=96) Number of Rotation difficulties Mean max Mean sd min max Fouetté (a) 0.85* 1.32 0.00 5.00 0.17 0.59 0.00 3.00 Rotations on flat foot (b) 0.46* 0.58 0.00 2.00 0.80 0.81 0.00 3.00 Free leg at horizontal (c) 0.50* 0.56 0.00 2.00 0.27 0.52 0.00 2.00 0.20* 0.40 0.00 1.00 0.07 0.25 0.00 1.00 Rotations on body parts (f) *p<0.05 sd min Second half in ranking (n=30) Significant differences were also found in the mean technical value of the rotations used in the routines of the two subgroups. The routines of the first half had higher mean values in the classes of rotations on body parts, with free leg below horizontal but only the fouetté, and rotations with free leg at horizontal 52 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines reported significant differences (Table 9). The routines of the second half, on the other hand, had a higher value in the rotations on flat foot, with free leg high, the cossack, and the rotations with shape change but without significant differences. Table 9. Technical value of rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking First half in ranking (n=96) Rotation difficulties value Mean Fouetté (a) Free leg at horizontal (c) *p<0.05 sd Second half in ranking (n=30) min max Mean sd min max 0.36* 0.51 0.00 2.50 0.07 0.22 0.00 0.90 0.34* 0.39 0.00 1.20 0.13 0.24 0.00 0.70 DISCUSSION This study is the first to provide a quantitative and qualitative analysis of the technical difficulties used in the group routines at the 2007, 2008, 2009 and 2010 Portimão World Cup. These 126 routines were clustered into two subgroups according to their ranking at the 2010 World Championship. We found no significant differences in the number of balances, jumps and rotations performed between the routines ranked in the first, top half and those in the second, bottom half of the World ranking. In addition, rotations were less used in the group routines maybe because these are the most complex and time dependent body difficulties. This makes them more unpredictable when trying to demonstrate good synchronisation amongst five group gymnasts [5]. This supports a previous report by Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre [12] in a study done with group routines of 5 hoops as well as with 3 ribbons and 2 ropes. Other studies have also reported less use of rotations and balance difficulties in comparison to the other body difficulties [8-11, 13, 14, 16]. However, the present study is based on the new technical framework that has eliminated the technical category of flexibility and most of these flexibility elements have been moved to the balances category. In all of Rhythmic Gymnastics competition studies [8-11, 13, 19] the jumps have been reported as the most used difficulties. In our study, jumps were the second mostly used body difficulty category independently of the routine’s position in the World ranking. 53 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines The only significant differences between the routines ranked in the first versus the second half of the ranking were in the exchange difficulties. This was expected because of the higher risk of losing the apparatus. So the groups of the higher competitive level included significantly more exchanges than the weaker ones who had lower number of exchanges allowed by the FIG Code of Points [17, 18] avowing losing of apparatus risk. A similar pattern has also been reported by Sierra & Bobo [15], the authors reported a high frequent occurrences in exchange actions. Despite the type of routine, individual versus group [9, 16], the apparatus used [8, 10-12], and/or performance ranking the type of body difficulties used is very similar. This limits the performance variety during the competitions. This makes the routines not only repetitive and monotonous but also very difficult to the judge. Further analysis also showed that the routines ranked in the top half included throws of higher risk and value in the exchanges than the lower ranked routines. We also found that the better routines had significant higher value rotations than the lower level routines. The main reason for this difference could be due to the fact that is very difficult to achieve good synchronization between the five gymnasts while rotating, and it is normal that the groups of lower technical level do not choose this type of body element to perform during competitions. In fact, the more successful routines not only had higher number of exchange and rotation difficulties but also higher values in all difficulty categories. Regarding the exchange difficulties, when we analysed the type exchanges we found no significant differences between the two subgroups in the number of exchanges performed without or with body difficulties. In addition, the exchanges with body difficulties used in our routines were similar to those reported by Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre [12]. Other studies reported also a higher number of actions without body difficulties in the exchange difficulties [8, 10, 11, 15]. Jumps have been reported the most used body elements during exchanges [8, 11, 12]. In our study the high level routines had more jumps and rotations than the lower level routines. So, the lower level routines included exchanges involving with less displacement (linear or rotational) because stationary positions make the exchanges less risky [4]. When the balance difficulties were evaluated, we found significant differences in the types of balances used by the two subgroups. In comparison to other 54 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines Rhythmic Gymnastics group composition studies [8-11] the present study also reports different predominant type of balances. According Avila-Carvalho & Lebre [9], low amplitude balances, like on bent support leg category, are more frequent in group than individual routines. Salvador [16] reported low amplitude balances used in novice and junior routines. Rhythmic Gymnastics is characterized by the spectacular amplitude and plasticity movement [20] presenting a high aesthetic component [21]. It is, therefore, logical that the best groups had more balances with high amplitude requirements than the groups in the second half of the ranking. According to Laffranchi [22], flexibility is the main physical quality required for the execution of most Rhythmic Gymnastics technical elements. So if a group wants to compete for a higher place in the ranking they must include balances of high amplitude in their routines. According to Hrysomallis [23], in some sports high level athletes display greater balance ability. Although we did not directly assess the balance ability of the groups, it was clear from the analysis that the best groups choose balances of higher amplitude making an effort to improve not only the difficulty but also the artistic score [14]. Considering jump difficulties, the routines in the first, top half of ranking had higher more complex jumps with a higher technical value (jeté with turn and fouetté jumps categories) [5]. These types of jumps with rotation place a higher demand on the gymnasts’ physical preparation that require a higher training level [24]. In addition, a longer and a nonlinear jump promotes the artistic quality [5, 7] and it is hard to perform with apparatus work. In a study about jumps complexity Sousa & Lebre [25] reported that better gymnasts performed higher and longer jumps. In the present study, the routines of the second half of the ranking had higher number of cossack and pike/straddle jumps that do not require high amplitude and have a short horizontal trajectory [5, 24] so they are less demanding with apparatus work. When we analysed the technical value of the jumps, the jeté with turn class of jumps had the highest value in both subgroups. However, the groups ranked in the top half performed more jumps of high value in this class. The groups in the second half of ranking performed arch/cabriole and pike/straddle jumps of higher technical value in comparison to the groups in the first half of the ranking, which means that the weaker groups choose jumps requiring an easier execution technique [5]. 55 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines When analysing the rotation difficulties, although the rotations were the body difficulty less used, it showed more variety. The better groups used more complex rotation difficulties such as the fouetté, the free leg at horizontal and the rotation on body parts. This could be attributed to the technical preparation required for the execution of the fouetté rotations while performing rotations on the floor (rotation on body parts) requires good apparatus handling [5]. In previous studies, the fouetté was the rotation mostly used in elite group routines [8, 10, 11] but not in individual routines [26]. Other studies also reported lesser use of these rotations [9, 16]. The rotations on flat foot as well as the rotations with free leg high were the rotations used in the lower ranked routines because are easier. Salvador [16] also reported a high number of this kind of rotations in non-elite routines. When we analysed the technical value of the rotation difficulties used by the two subgroups we also found some significant differences. The first half ranked routines had a higher value in the fouetté and free leg at horizontal rotations that the second half ranked routines. This could mean that the better routines performed a higher number of rotations in these two types of difficulties in order to increase their value. It is risky to perform a higher number of this type of rotations because of the increased risk for mistakes and the added challenge of synchronization amongst the five gymnasts of the group [5]. Rotations on flat foot and free leg high were the ones with higher value for the routines in the second half of the ranking because mentioned before these are rotations with lower technical demands for both body and apparatus work. The present study has some limitations that should be considered. The Code of Points adjustments which have taken place every four years (Olympic cycle) introduce some specific changes on the competition routines and in this study we analysed the routines in 2007 and 2008 that were prepared according to a different version of Code of Points than the routines from 2009 and 2010. CONCLUSION Body difficulties in Rhythmic Gymnastics group routines followed a pattern consistent with their ranking. The main characteristic of the routine composition was the focus on exchanges, balances and jumps difficulties and the lesser use 56 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines of rotations. Amongst all body difficulties the jumps was the technical category with the most limited variety while rotations although less used had more variety. The main differences in the composition pattern between the routines in the first, top half and those in the second, bottom half of the World ranking were that the more successful routines: (i) had more and higher level exchanges and rotations; (ii) the exchanges were done in connection with body difficulties involving displacement and rotational movements; (iii) the exchanges without body difficulties were more risky; (iv) had higher balance difficulty value from the high amplitude movements, from body elements with strong technical requirement, and from elements done in coordination with complex apparatus work; (v) the difficulty value associated with jumps was mainly based on the jumps involving rotation (jeté with turn); (vi) the difficulty value associated with rotations was mainly based on the rotations with high level technique requirement (fouetté) and with high level apparatus work. In closing, the limited variety in the choice of body difficulties in the composition of Rhythmic Gymnastics group routines makes them monotonous and compromises their artistic value. This study provides updated information regarding the mainstream strategies in the Rhythmic Gymnastics routine composition. REFERENCES [1] 2010 Bauch R. Controversial Topic: "Code de Pointage". Hamburg2001 [cited May 20]; Available from: http://www.gymmedia.com/FORUM/agforum/bauch_code_e.htm. [2] Bobo M, Sierra E. Una nueva propuesta de dificultades corporales en gimnasia rítmica deportiva. Libro de resúmenes del VI Congreso de Educación Física e Ciencias do Deporte dos Países de Lingua Portuguesa Deporte e Humanismo en clave de Futuro. 1998. [3] Lebre E. Technical principles for the new framework. Crossroads to the Future. International Federation of Gymnastics Scientific Commission. 2011. 57 Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines [4] Russel K. Fundamentos. 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Handling, Throws, Catches and Collaborations in Elite Group Rhythmic Gymnastics. Science of Gymnastics Journal. In press. Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics Handling, Throws, Catches and Collaborations in Elite Group Rhythmic Gymnastics Abstract Apparatus technique is crucial in the Rhythmic Gymnastics (RG) performance evaluation because of its high impact on the final score and it is the particular requirement of this sports. The technical vigour required in the use of apparatus evidences the need to study the composition of high level routines. An analysis of the apparatus work in high level group routines will give a new insight in the understanding of RG. With this in mind, we used the groups’ composition forms submitted during the Portimão World Cup series from 2007 to 2010 to analyse the apparatus difficulty profile of the RG high level group routines. A total of 126 group routines from 28 countries were analysed. It is concluded that hoop routines had the most balanced apparatus technique whereas the poorest technical apparatus work was seen in clubs maybe because is the only double apparatus. According to the competition success analysis, success in high level RG group competition could be explained by: higher training volume (hours per week) (43%), higher use of throws (6%) and collaborations with risk (16,5%). These risky technical elements performed by the higher level groups require an anticipation coincidence ability that is linked with the loss of visual contact with the apparatus. Keywords: Apparatus handlings, Throws, Catches, Collaborations, Group Rhythmic Gymnastics 63 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics Introduction Group rhythmic gymnastics (RG) was included in the Olympic Games for the first time in 1996 in Atlanta, Georgia, United States. Since then, the standards of group performance have progressively improved. The RG Code of Points (CoP) of the International Federation of Gymnastics (FIG) provides the universal guidelines established by the scientific and technical committees with the objective to evaluate the performance and promote the development of the sport. As the CoP changes every Olympic cycle, the routine requirements become more demanding and increasingly difficult (Lisitskaya, 1995). According to Bobo (2002) the RG performance evaluation is a judgment process and not an arbitration. The author explains that the main difference is that in RG there is no direct confrontation between gymnasts, the judge is not involved in the routine development, and the judge has to evaluate the performance according to a set of agreed guidelines namely the CoP. In addition, the judge evaluates simultaneously technical and artistic/expressive parameters (Bobo, 2002). This requires high intellectual activity and experience. Aesthetic and technical judgment share emotional perception, as well as detailed and objective analysis of the routine. This process requires a comprehensive and analytical understanding of RG, difficult to reconcile issues in a single perception (Bobo, 2002). The RG performance is evaluated in a competition setting by a final score that includes 3 sub-scores: Difficulty, Artistic and Execution (Fédération International de Gymnastique, 2009a). The main liability of the final score depends on the apparatus (one component of Difficulty) and Artistic score (Lebre, 2007). This is why RG is a sport that requires increased coordination of body and apparatus movements (Τsopani, Dallas, Tasika, & Tinto, 2012). The increasing apparatus demands have made this component of the final score more precise in last modifications of CoP (Avila-Carvalho et al., 2008). Apparatus difficulty is crucial in the performance evaluation because of its high impact on the final score. According to Avilés (2001), the current trend in the routine composition is the increase in variety of both body and apparatus movements, an originality search, a high level of technical skill in apparatus 64 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics handling together with a high execution efficacy in specific technical elements, the development of a strong identity based on the individual or group characteristics, an increase in the number of risk and outstanding elements in the composition, and the increase in artistic value of the composition. According to Lisistskaya (1995), the virtuous interaction to the gymnasts with the apparatus increased the difficulty of the apparatus elements in the RG routines that characterizes the evolution of the sport. In group routines the success is achieved when there is a high degree of synchrony between the gymnasts and apparatus movements (Lisitskaya, 1995). The high technical requirements in RG for both body and apparatus movement require coach’s constant attention to guarantee appropriate execution not allowing an automation of incorrect movements (Botti & Nascimento, 2011). A correct distribution in space and a balanced conceptual and emotional expression of the different group work are also according to Lisitskaya (1995) success requirements in RG group routines. In RG practice, there is a concern both with refinement and improvement of technique, and with the physical and motor performance of the gymnasts (Botti & Nascimento, 2011). According to the authors, the RG practice sessions were generally long, homogeneous, and repetitive. Gymnasts are required to apply high level technique in order to achieve the specific movements’ complexity while also demonstrate creativity, beauty, feelings, sensations, behaviours and actions (Botti & Nascimento, 2011). Anticipation and synchronicity are additional required and trained abilities that RG gymnasts must develop in order to achieve a successful apparatus technique. This is the ability to anticipate the trajectory of a visual stimulus moving in space, and to organize a motor response based on temporal anticipation (Rodrigues, Vasconcelos, Barreiros, & Barbosa, 2009). This capacity allows, for example, the interception trajectory, such as a ball passed between two opposing athletes (Rodrigues, Carneiro, Cabral, Vasconcelos, & Barreiros, 2011). In RG, throws, catches and collaborations, the apparatus trajectory and speed drive the body action and amplitude necessary for an error free catch of the apparatus. The general criteria of judges assessment are quantitative (number and variety of body and apparatus elements) and qualitative (difficulty level and execution quality) (Bobo, 2002). 65 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics The technical vigour required in the use of apparatus evidenced the need to study the composition of high level routines. However, the literature on apparatus technical analysis is sparse. There are very few studies (Lebre, 1993, 2007) including our previous apparatus studies, related to the specific requirements of this sport. An analysis of the apparatus work in high level group routines will give a new insight in the understanding of RG. With this in mind, we used the groups’ composition forms submitted during the Portimão World Cup series from 2007 to 2010 to analyse the apparatus difficulty profile (handling, throws, catches and collaborations) of the RG high level group routines. Methods Subjects A total of 126 group routines from 28 countries were analysed. Data were collected during 4 years (2007 to 2010) during the RG World Cups in Portimão, Portugal. This study was approved by the FIG Scientific Committee and World Cup Organization. The analysis of the apparatus elements in each routine composition was carried out based on the information provided by the competition forms that each group has to provide prior to the competition. We worked based on the forms instead on the video recording because in order to ensure that the analysis would not be affected by mistakes made during the group’s performance in the competition. Methodology First, the sample (126 group routines) was split in four groups according to the type of apparatus (rope, hoop, clubs and ribbon). Each RG group had to perform two competition routines, one with five similar apparatus and other with two different apparatus. Once the sample was split according to the apparatus type then we grouped the 189 different routines was split by apparatus types into two apparatus routines. Then we further classified all the apparatus handling in three main categories according to the arm movement amplitude (short and large handlings), and if the apparatus movement was performed on the gymnasts’ body or on the floor. Table 1 presents the included apparatus movements in the different handling categories by apparatus. 66 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics Table 1. Handling categories by apparatus Apparatus/ Short Handlings Handlings Large Handlings Skips/hops into the rope Passing into the apparatus Handling (swigs, 8 movements, circumduction) Tosses Rotation with open and stretched rope held in the middle or in end On body or Floor Handling Hand rotations Rotations around them axis Passing into the apparatus Handling (swigs, 8 movements, circumduction) Mills Asymmetric movements Handling (swigs, 8 movements, circumduction) Legend: Snakes Spirals - rope, - hoop, Tosses Handling (swigs, 8 movements, circumduction) Boomerang - clubs, All apparatus movement without hands All apparatus movement on the floor All apparatus movement without hands All apparatus movement on the floor Passing over the apparatus Roll on the floor Roll on the body All apparatus movement without hands All apparatus movement on the floor All apparatus movement without hands All apparatus movement on the floor Snakes on the floor Spirals on the floor - ribbon A ranking analysis was then done according to the 2010 Moscow World Championship placements in order to examine if the choice of handling elements and the weekly training volume (training hours per week) had a relationship with the performance result. Weekly training volume was determined by the training hours per week via questionnaire with two questions (How many training sessions have you per week? How many hours you train in each training sessions?). To this end, we grouped the competition routines into two groups according to their ranking. The finalists group included the top eight groups and the non-finalists group included all remaining competition routines. Then we compared the total number and difficulty value of throws and catches between finalists and non-finalists. Apparatus throws and catches are a fundamental technical movements to RG apparatus, it will be considered a throw when the gymnasts projects the apparatus in the air, in coordination or not with body movements, catches will be considered only those performed by the same gymnast that throw the apparatus. Additional criteria that increase the apparatus difficulty in throws and catches elements score according to the CoP were also considered. These common throws and catches additional criteria 67 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics were: 1) without hands help, 2) outside of visual contact, 3) during a flight, 4) during a body rotation, 5) below the leg(s), 6) with a total or partial body passing in the apparatus, and 7) in floor position. The special throws categories were: 1) re-throw, and 2) without hands with other apparatus. The last analysis was in regards to the elements of collaborations among gymnasts according to the CoP. The collaborations are technical cooperation elements unique to the group routines. This kind of group technique can be performed by all gymnasts or by part of the group, in direct contact or by the apparatus, moving in different directions, formations or travelling types. We classified the technical collaborations in three categories: 1) collaborations without apparatus throw, 2) collaborations with apparatus throw, and 3) collaborations with risk. The last must be performed with apparatus throw and loss of visual contact with the apparatus before the catch. With this type of collaborations the group can further increase the technical value if the gymnasts pass above, below or through one or several apparatus or partners during the apparatus flight, or if the gymnasts pass through the apparatus during the flight. Statistical Analysis For the statistical analysis we used the Statistical Package for the Social Sciences - Version 20.0 (SPSS 20.0, Chicago, USA). Descriptive statistics were calculated using the mean values as a measure of central tendency and standard deviation (sd) as measure of dispersion. When data distribution normality was verified by the Kolmogorov-Smirnov we used student t-test to determine whether there were significant differences between groups. When data distribution normality wasn´t verified non-parametric tests were applied (Kruskal-Wallis and Mann-Whitney) to determine whether there were significant differences between groups. Regression analysis was used to analyse the relationship between ranking position (dependent variable), and the independent variables of handling categories, throws and catches, collaboration elements, and training volume (weekly training volume). Significance level was set at α = 0.05 (corresponding to a confidence level of 95%). 68 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics RESULTS Significantly higher value of short handlings was found in ribbon compared with all other apparatus (Table 2). Table 2. Descriptive and Inferential statistics of handling categories by apparatus. Apparatus Statistics/Categories Short handling Large handling On body/floor handling Sum handling mean±sd 2,97±2,35 22,62±8,71 1,83±1,67 27,41±9,76 Min.- Max. 0-9 5-42 0-7 9-48 mean±sd 4,30±4,30 6,76±4,58 6,87±3,23 17,94±8,24 Min.- Max. 0-20 0-19 2-16 3-36 mean±sd 7,03±4,00 3,11±2,47 1,00±1,08 11,14±4,55 Min.- Max. 0-15 0-10 0-4 4-22 mean±sd 22,75±5,67 8,25±5,20 2,71±2,62 33,71±7,65 Min.- Max. 11-36 0-20 0-10 20-46 P= ˂0,001* ˂0,001* ˂0,001* ˂0,001* vs vs vs vs vs vs vs vs vs vs vs vs vs vs vs (n=63) (n=63) (n=35) (n=28) Kruskal-Wallis test vs vs Post-hoc comparison (Mann-Whitney test) vs p˂=0,001 vs vs vs Legend: - rope, - hoop, - ribbon, Min. – minimum, Max. – maximum, - clubs, *p ˂0,001 No significant differences were found in short handlings between rope and hoop. In the large handling category, rope had significantly higher mean value compared with all other apparatus. No significant differences were found in the large handlings between ribbon and hoop (Table 2). Significantly higher mean value of on body or floor handling category was found in hoop compared with all other apparatus while no significant differences were found in this category between rope and ribbon. Only in clubs we found significant differences in all of the three apparatus handling categories, where a significantly lower value was found in two of the three handling categories (Table 2). In terms of Sum 69 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics handlings, significant higher values were found in both the ribbon and the rope as compared with all other apparatus (Table 2). The regression analysis used to further examine whether handling technique in each apparatus was associated with the World Championship ranking position of each group, had shown that only the On body and/or floor handling with hoop was significantly positively related to the ranking position (β=0,704; r2=0,064; p=0,046). According to these results, the group routines that had less on body and/or floor handling in hoop routines had a better ranking position. On the other hand the regression analysis has shown that weekly training volume was negatively associated with the World Championship ranking position (β=-0,599; r2=0,424; p˂0,001). According to these results, the groups who trained more hours per week had a better ranking position and the weekly training volume explained 42% of the competition results. Throws and catches quantitative (number of use) and qualitative value (technical value according to CoP) according to the final ranking position are shown in Table 3. Table 3. Descriptive and Inferential statistics of throw and catches according to the final ranking position of the group routine. Ranking Finalists (n=54) Non Finalists (n=72) T-test (a) Mann-Whitney test (b) Categories Mean±sd Min. Max. Mean±sd Min. Max. P= Throw (nº) (n=51/70) 10,04±4,19 3,00 19,00 9,26±4,11 1,00 20,00 0,307 (a) Throw (value) 1,09±0,49 0,30 2,30 1,01±0,47 0,10 2,20 0,335 (a) Catches (nº) 6,06±4,64 0,00 22,00 5,40±4,80 0,00 19,00 0,288 (b) Catches (value) 0,92±0,65 0,00 2,60 0,79±0,67 0,00 2,50 0,237 (b) Legend: nº - number, n – sample, value – according to FIG code of points, sd - standard deviation, Min. – minimum, max. - Maximum As shown, although the value of throws and catches was higher in the finalists’ than in the non-finalists’ routines this difference was not significant. In addition, the regression analysis had shown that only throws were significantly negatively related with the ranking position both in terms of the number of throws used (β=-0,545; r2=0,062; p=0,006) and of the technical value of throws used (β=- 70 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics 4,468; r2=0,057; p=0,007). According to these, the group routines that had more throws (number and technical value) were better ranked. The quantitative (number of use) and qualitative (technical value according to CoP) results for collaborations according to the final ranking are shown in Table 4. Table 4. Descriptive and Inferential statistics of collaboration elements according to the final ranking position. Ranking position Finalists (n=54) Mann-Whitney (a) Non finalists (n=72) T-test (b) Categories Mean±sd Min. Max. Mean±sd Min. Max. P= Collaborations without throw (nº) 2,24±1,78 0 6 2,33±1,67 0 8 0,769 (a) Collaborations with throw (nº) 4,24±2,81 0 12 3,60±2,35 0 9 0,165 (b) Collaborations with risk (nº) 5,93±2,00 2 10 4,97±1,71 2 10 0,005* (b) Collaborations without throw (value) 0,22±0,18 0,00 0,60 0,23±0,17 0,00 0,80 0,769 (a) Collaborations with throw (value) 0,96±0,62 0,00 2,60 0,81±0,55 0,00 2,10 0,176 (b) Collaborations with risk (value) 2,86±0,89 1,00 4,50 2,49±0,81 0,80 5,00 0,017* (b) Legend: nº - number, n – sample, value – according to FIG code of points, sd - standard deviation, Min. – minimum, Max. – maximum, * p ˂0,02 Only the collaborations with risk (number and technical value) showed significant differences between the finalists and the non-finalists. This was confirmed by the regression analysis as only the collaborations with risk was significantly negatively related to the ranking position both in terms of their number (β=-1,924; r2=0,165; p˂0,001) and their technical value (β=-3,469; r2=0,112; p˂0,001). According to these, the group routines that had more collaborations with risk in the routines had a better ranking. Furthermore, the number collaborations with risk explained 16,5% of the competition’s final ranking. DISCUSION This study is one of few that attempted to quantify the apparatus technical elements included in the elite RG group routines. From this analysis it is apparent that the technical apparatus elements used in the routine composition varies according to the type of apparatus. This is consistent with the previous study by Bobo (2002) on individual routines according to which the apparatus 71 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics choice has to do with both its nature and specific characteristics (Vidal, 1997) (size, shape, weight). Apparatus Handling According to our previous studies, (Avila-Carvalho et al., 2008; 2009, 2011) the passing of the apparatus and tosses elements were the most common technical elements used by the group routines with 5 ropes in the World Cups of 2007 and 2008. In the present study, these specific rope elements were included into the large handlings, which again was the category of the highest value. The rope technical category with the lowest mean value was the short and on body or floor handlings. In general, the rope has been described as the apparatus of a low versatility in terms of apparatus technique (Bozanic & Miletic, 2011). In addition, the skips and hops into the rope was less used apparatus category previously reported in 5 rope routines (Ávila-Carvalho et al., 2009). This kind of elements was included in short handling category and their inclusion in high level group routines was decreased from 2007 to 2008 (Ávila-Carvalho et al., 2011). Rope’s physical characteristics, deformable and soft, create a challenge in performing, error free technical elements without hands or in a floor position and this explains the minimal use and low mean value of handling on the body or on the floor. According to Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre (2009), the hoop handling movements (large handling in our study) was the most used skill in the 3 hoops and 4 clubs high level group routines. In our study the on body or floor handling was the highest used skill of hoop. However, the large total number of skills included in this category may have influenced these results. Unlike the previous studies, where handling and rotation elements reported the highest mean value in hoop group routines (Avila-Carvalho et al., 2008; Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre, 2010a), in our study were the on body or floor handling elements that presents the highest mean value in hoop routines. This means that the handling and rotation elements were executed without hands and on floor position explaining the higher values in on body or floor handlings in our study. This suggests that elite RG group routines with hoop present a superior apparatus mastery that is not so evident in the other apparatus. This agrees with previous studies that have reported a higher versatility in hoop technique over that seen 72 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics in rope, ball and clubs. Versatility in RG means that, using each apparatus, the gymnasts can perform a variety of elements in a variety of combinations, including the use of different body parts (Bozanic & Miletic, 2011). The clubs was the only apparatus that reported a significant difference compared with all of the others apparatus, in all of handling categories analysed. This suggests that clubs present a higher technical challenge. According to Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre (2011), the asymmetric movement was the least used technical category in hoop/clubs elite group routines in 2007 and 2008. This technique was included in the large handling category of our study that was also the least used apparatus handling for all apparatus analysed. For clubs, the highest technical value was recorded in the category in short handlings, which include only mills, which is characterized by small, repetitive, figure eight rotations, with same amplitude, same speed, in the same direction but executed in different time with both hands. Although mills used in hoop/clubs routines have previously reported high values mills technique decreased from 2007 to 2008 World Cup competitions (ÁvilaCarvalho et al., 2011). In fact, clubs was the only apparatus with a lower value in three of the four handling categories analysed. According to Tsopani et al. (2012), the low value of qualitative execution in clubs is because clubs require a clean execution by both hands and this requires a high coordination level (Vidal, 1997). This low qualitative technique in clubs could be linked with internal data memory, otherwise preceded experience (Τsopani et al., 2012). Most humans preferentially use their right hand in daily activities, while about 10% use the left hand (Rodrigues et al., 2009). One factor that seems to affect more or less functional asymmetry is the task complexity. In clubs, gymnasts perform the majority of elements with both hands, which requires perfect coordination between them, as well as between the apparatus and body difficulties and between the group gymnasts. In ribbon, the Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre (2010a) study reported higher use of snakes and spirals. In our study these elements were included in the category of short handling, which was also the most used ribbon category and with the highest reported values amongst all apparatus analysed. We think that due to its flexible nature, ribbon must be in constant motion in order not to lose its form and result in technical error as specified in the CoP (Fédération 73 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics International de Gymnastique, 2009a). This constant apparatus motion may have been the reason for the higher handling values observed in ribbon. On the other hand, snakes and spirals are the typical ribbon handling elements (Bobo (2002). Apparatus and Collaboration techniques by ranking position In RG, gymnasts are expected to execute a high number of motor skills in order to structure their competitive routines (Τsopani et al., 2012). According to the CoP, the body technical elements are valid only if executed in conjunction with apparatus technical elements leading to a more complex and demanding performance. Thus, for a group to achieve higher ranking position a complex coordination between body and apparatus work is required. To this end, the RG practice sessions are generally long, homogeneous, and repetitive, and are focused on the refinement and improvement of technique, including physical and motor performance of the gymnasts (Botti & Nascimento, 2011). Such sessions result in better recall of information in executing the skills (Τsopani et al., 2012). It was, therefore, not surprising that weekly training volume explained 42% of competition success. Previous studies on apparatus technique in RG group routines reported higher values related to throws criteria than catches elements (Avila-Carvalho et al., 2008; Ávila-Carvalho et al., 2009, 2010a, 2011). In the routines analysed, the authors reported a generalized strategic decision by elite groups to increase throws difficulties and decrease catches difficulties (Ávila-Carvalho et al., 2011). However, when the routines were performed with two different apparatus more catches elements were performed (Avila-Carvalho et al., 2008; Ávila-Carvalho et al., 2009, 2011). The specific throw criterion that had been mostly used by elite groups was the throw elements during flight (Ávila-Carvalho et al., 2010a; Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre, 2010b). In terms of catches the specific criterion previously used varied according to the apparatus. For flexible apparatus like ribbon and rope, there was higher use of catches during a rotational body element because of the movement fluidity needed to preserve the apparatus’ form as per the CoP requirements. For the routines performed with rigid apparatus (hoop), most catches were performed without hands help (Ávila-Carvalho et al., 2010a, 2010b). In the present study there were also 74 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics higher values related to throws’ criteria than to catches’ criteria, but with no differences between the finalists and the non-finalists groups. According to the CoP (Fédération International de Gymnastique, 2009b), the use of catches criteria can result to equally high technical values as throws elements. Thus, the choice of apparatus elements depends on the coach’s strategy to increase the value of the composition by a less risky way. However, the use of different kind of catches could be more valuable as they can increase the artistic impression of the routine. According to the regression analysis, the group routines that utilized more throws criteria had a better ranking position. The best RG groups presented a more risky apparatus technique that required a momentary loss of contact between gymnasts and apparatus. Only the collaborations with risk reported significant differences between finalists and non-finalists group routines. Previous studies have also reported high values in collaborations with risk, when the routines were performed with same apparatus like 5 ropes or hoops (Avila-Carvalho et al., 2008; ÁvilaCarvalho et al., 2009, 2010a), or during pre-Olympic, preparatory competitions (Ávila-Carvalho et al., 2011). When the competition routines were performed with two different apparatus like 3 ribbons & 2 ropes (Ávila-Carvalho et al., 2010a), or 3 hoops & 4 clubs (Avila-Carvalho et al., 2008; Ávila-Carvalho et al., 2009, 2011) the collaborations mostly used were those performed with throw. However, when we analysed the collaborations according to the ranking position, we didn´t find any difference between groups in collaborations with throw. The risk in collaboration technical elements is characterized by the loss of visual contact with the apparatus during the throw. This loss of visual contact with the apparatus increases the gymnast’s anxiety that may in turn result in coordination and balance difficulties, and reduced focus and attention. This decreases efficiency in processing information by interfering in the senseperceptive, decision-making and implementation mechanisms (Ariza-Vargas, Domínguez-Escribano, López-Bedoya, & Vernetta-Santana, 2011). These observations induce a strategic choice by the coaches to use risky collaborations in the composition of higher level routines to catch the jury attention and to promote a public surprise. The more experienced gymnasts may experience less anxiety with this visual constraint. According to Davlin et 75 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics al. (2001), the vision is largely responsible for balance maintenance. However, the role of visual cues for gymnasts is still under debate. Vuillerme et al. (2001) demonstrated that gymnasts are less affected by the loss of vision during balance tasks as they were more capable than other athletes to cope with the lack of vision. The anticipatory timing or coincidence-anticipation (CA) is a term developed by Belisle (1963) and is the ability to anticipate the trajectory of a visual stimulus moving in space, and to organize a motor response based on temporal anticipation (Rodrigues et al., 2009). In collaborations with risk, the gymnasts have to predict the body’s rotational movement (displacement and speed) that allows the apparatus interception in the right place at the right time. This is supported by a study by Rodrigues et al. (2011) according to which old groups demonstrated higher accuracy in the execution of complex tasks. This suggests that higher experience and ability to coordinate and modify responses based on the feedback processes of both receptors and effectors can lead to increased accuracy (Rodrigues et al., 2011). If one assumes that the best group routines were performed by more experienced gymnasts, it is not surprising that these routines had more risk elements that require a high CA ability. The present study has some limitations that should be considered. The CoP adjustments which have taken place every four years (Olympic cycle) introduce some specific changes on the competition routines and in this study we analysed the routines in 2007 and 2008 that were prepared according to a different version of Cop than the routines from 2009 and 2010. CONCLUSION It is concluded that hoop routines had the most balanced apparatus technique whereas the poorest technical apparatus work was seen in clubs maybe because is the only double apparatus. According to the competition success analysis, success in high level RG group competition could be explained by: higher training volume (hours per week) (43%), higher use of throws (6%) and collaborations with risk (16,5%). These risky technical elements performed by the higher level groups require a coincidence anticipation ability that is linked with the loss of visual contact with the apparatus. 76 Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics REFERENCES Ariza-Vargas, L., Domínguez-Escribano, M., López-Bedoya, J., & VernettaSantana, M. (2011). The Effect of Anxiety on the Ability to Learn Gymnastic Skills: A Study Based on the Schema Theory. Sport Psychologist, 25(2), 127-143. Avila-Carvalho, L., Corte-Real, A., Araújo, C., Botelho, M., Lacerda, T., & Lebre, E. (2008). Artistic value score for Rhythmic Gymnastics group exercises in Portimão 2007 World Cup Series. In F. A. J. Cabri, D. Araújo, J. Barreiros, J. Dinis, A. Veloso (Ed.), Book of abstracts of the 13th Annual Congress of the European College of Sport Science, Sport Science by the sea (pp. 150-151). Lisbon: FMH. Ávila-Carvalho, L., Palomero, M. d. L., & Lebre, E. (2009). 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Τsopani, D., Dallas, G., Tasika, N., & Tinto, A. (2012). The effect of different teaching systems in learning Rhythmic Gymnastics apparatus motor skills. Science of Gymnastics Journal, 4(1), 55-62. 79 ESTUDO EMPÍRICO 3 Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E. Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age. Science & Sports Journal, in press. Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age Abstract Purpose of the present study was to analyse anthropometric, body composition profile, onset of menarche and training experience of young and adult elite group rhythmic gymnasts (GRG). Eighty four GRG, who participated in the 2009/2010 RG World Cup were evaluated. Body Mass Index (BMI) was calculated and relative body fat (% BF), fat mass (FM) and lean body mass (LBM) were estimated from skinfold thicknesses (suprailiac, triceps, thigh and calf) and circunferences (arm, thigh and calf). Age at menarche was recorded using a questionnaire. Results: Elite GRG had a similar height, % BF, FM and waist/hip ratio profile no matter their chronological age (20.5±1.7 vs. 16.5±0.9 yrs. old), but the values were higher than those reported in previous RG studies. However, the adult elite RG had a higher BMI than younger gymnasts (19.0±1.2 vs. 18.5±1.4 Kg/m2) both at the normal range. The absolute and relative LBM (Kg; %) were higher in the adult gymnasts with higher training experience level (25.0±2.5 vs. 27.5±2.5 Kg; 48.4±2.1 vs. 50.6±2.1 %). The younger gymnasts began training RG earlier (6.1±1.2 vs. 6.8±1.7 yrs. old) suggesting, nowadays an earlier specific initiation in RG and had a lower training experience (10.3±1.6 vs. 13.4±2.5 yrs). The younger gymnasts recorded earlier onset of menarche (14.8±1.1 vs. 16.6±1.2 yrs old). Years of training before menarche and chronological age were both correlated with age at menarche: the greater the years of training before menarche and the older the chronological age, the later the age at menarche. Key words: anthropometric measures, body fat, training, menarche, group rhythmic gymnasts 83 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age Profiles anthropométriques et âge de la ménarque des gymnastes de gymnastique rythmique d’ensemble de haut niveau selon leur âge chronologique Résumé Le but de cette étude était d’analyser le profil anthropométrique, la composition corporelle, l'âge de la ménarque et l'expérience dans le sport des gymnastes des ensemble d'élite de Gymnastique Rythmique (EGR). Quatre-vingt-quatre gymnastes d’ensemble, qui ont participé à la Coupe du Monde 2009/2010 de GR ont été évaluées. L’indice de masse corporelle (IMC) est calculé et la graisse corporelle relative (% GC), la masse grasse (MG) et la masse maigre du corps (MMC) sont estimées à partir des plis cutanés (suprailiac, triceps, cuisse et mollet) et périmètres du corps (bras, cuisse et mollet). L'âge de la ménarque a été déterminé à partir d’un questionnaire. Résultats: Les valeurs de taille, le % GC, la MG, le ratio de taille/hanche sont équivalents entre les groupes quel que soit l’âge (20.5±1.7 vs. 16.5±0.9 ans) et sont plus élevés que dans la plupart des précédentes études en GR. Mais les gymnastes adultes ont un IMC plus élevé que les gymnastes jeunes (19.0±1.2 vs. 18.5±1.4 Kg/m2) mais toujours dans la normalité. La MMC absolue et relative (kg, %) est plus élevée chez les gymnastes adultes avec plus d’expérience dans le sport (25.0±2.5 vs. 27.5±2.5 Kg; 48.4±2.1 vs. 50.6±2.1 %). Les gymnastes jeunes ont commencé plus tôt dans GR (6.1±1.2 vs. 6.8±1.7 ans) suggérant une tendance actuelle pour un début plus précoce dans la GR mais ont une expérience d'entraînement moins longue que les adultes (10.3±1.6 vs. 13.4±2.5 ans). Les gymnastes jeunes ont une ménarque plus précoce que les adultes (14.8±1.1 vs. 16.6±1.2 ans). L’augmentation des années d’entraînement avant la ménarque et l'âge chronologique expliquent un retard de l’âge de la ménarque parmi les gymnastes élite de GR. Mots clés: mesures anthropométriques, graisse corporelle, entrainement, ménarque, gymnastique rythmique d’ensemble 84 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age INTRODUCTION The prerequisites of athletic success in many sports rely to a great extent upon physical characteristics, including anthropometric dimensions and body composition [1]. Over the last decades, many studies have been conducted in order to define what could be the ideal body shape for different sports. Although the morphological profile does not guarantee a higher level performance in a particular sport, specific morphological traits have been considered as a contributing factor to the individual success in sports like rhythmic gymnastics (RG). According to previous studies in RG, these gymnasts are characterized by low fat mass and long extremities [2, 3]. Those morphological constitution are related to the gymnasts initial selection [4] and are a guidance of young female gymnasts talent because of their anthropometric characteristics [1, 5]. It is also known that psychological, skill-based factors and morphological constitution have a significant impact in attaining good performances in gymnastic [1, 5]. However the development of disorders eating to achieve a thin body appearance [6] increase risk of injury duo to a decreased endurance, strength, reaction time, speed and ability to concentrate [7]. Special medical concerns should be considered when caring for young female athletes [6, 7]. These young athletes can develop abnormal eating patterns, which can be associated with menstrual dysfunction (amenorrhea or oligomenorrhea) and subsequent decreased bone mineral density, or osteoporosis. A female athlete triad concerns when tree conditions (disordered eating, menstrual cycle dysfunction and bone weakness) occur in athletic female [6, 7]. Menstrual dysfunction is divided on primary amenorrhea that is defined among other factors as the absence of menarche by age 16 years [6], secondary amenorrhea that is defined as the absence of at least 3 to 6 consecutive menstrual cycles in a female who has begun menstruating, and oligomenorrhea that refers to intervals longer than every 35 days between menstrual periods [7, 8]. Aesthetic sports such as gymnastic, dance, and figure skating may put athletes at higher risk to develop these dysfunctions [7]. The normal menstrual cycle can be a somewhat fragile system altered by low body weight, inadequate nutrition, excessive training, illness, and psychosocial factors [6]. Early 85 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age intervention after recognition of risk factors for menstrual dysfunction is the key to limiting untoward effects [6]. So, amenorrhea should not be considered a normal response to exercise [7] but incidence of simple delayed menarche must be also considered [9]. It is unclear whether any observed delay in growth or maturation is due simply to selection of genetically late maturing individuals because of their body appearance [10]. This type of shape is indirectly encouraged by the International Gymnastics Federation Code of Points (FIG CP) demands, where factors such as elegance, fluidity and amplitude of movement are related to the ability to perform the technical skills [11, 12]. The FIG CP is used as the technical handbook by the RG coach, what means that although the FIG CP does not include specific penalties related to the gymnasts’ body shape and composition, it requires that all gymnasts participating in a group exercise should be of similar body shape within the group [12]. Therefore coaches try to have lean body gymnasts to have a unity and harmony between the five gymnasts technical performance. However, very few studies have focused on the physical characteristics and body composition of Elite level RG gymnasts (competing in the main international competitions: European Championships, World Championships, Olympic Games or in World Cups) [2, 13-16] and the most part of them have no specific reference to group gymnasts. The aim of this study was to analyse the anthropometric characteristics, body composition, training experience and onset of menarche of elite RG gymnasts who competed in the group exercises at the 2009 and 2010 World Cups according to their chronological age. METHODS Subjects Data were collected during the Portimão Rhythmic Gymnastics World Cup (2009 and 2010). This study was approved by the Scientific Committee of the International Gymnastic Federation, and authorized by the coaches and heads of national delegations. 84 group gymnasts from 14 countries competing at the 86 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age World Cup were invited and gave consent to participate in the study. The sample was divided into two groups based on the chronological age. The cut point was set at 18 years old to be useful for menarcheal status report [17]. Age reflects a beneficial effect of experience yet, fatness tend to accumulate with age during adolescence in females [1]. The young group was defined for gymnasts less than 18 years old (16.50.9 yrs) and the adult group for those of more than 18 years old (20.51.7 yrs). Methodology Anthropometric measurement was taken according to Ross and Marfell-Jones protocol [18] including their anthropometric tolerances. The gymnasts were measured before training session in Portimão World Cup, because measurements should not be taken after exercise due to sweating and increased blood flow to the subcutaneous tissue, both causing larger skinfolds [19]. Body mass was measured using an electronic digital scale (model 770, Seca, Munich, Germany) and height using a Holtain stadiometer. We registered the mean value of two consecutive measurements. The gymnasts stand in the anatomic position [18]. Skinfolds thicknesses were measured with a Holtain Skinfold Caliper (Holtain LTD., Dyfed, UK) range 0mm to 48mm, graded with 0,2mm and a pressure of 10g.mm2. All measurements’ were taken on right side of the gymnasts, a minimum of two trials were taken for each skinfold and registered the mean value of two measurements. Gymnasts were measured by only one person. Each skinfold was measured at according to marks made in advance on the anterior thigh, triceps, suprailiac and calf by one experienced skinfold tester following Ross and Marfell-Jones protocol [18]. Circumferences were measured with the tape at right angles to the long axis of bone or body. The tape is passed around the part and held so that the stub end and the scale calibrations are in juxtaposition. The aim was to obtain the perimeter distance of the part with the tape in contact with, but not pressing, the fleshy contour. A minimum of two trials were taken, the mean is selected as the value for subsequent analysis. Thigh, relaxed arm, hip, waist and calf circumferences were measured in this way. 87 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age Anthropometric and body composition variables were calculated using the following equations: a) To determine the Body mass index (BMI) (kg/m 2) we used the following equation: BMI= BM/(H)2 Legend: BM – Body mass (Kg), H – Height (m) b) For Body density (BD) (g/m³) we used the specific equation of Jackson et al. [20]: BD (g/m³) = 1.0994921 – 0.0009929 *(∑Sf1) + 0.0000023 *(∑Sf1)2 – 0.0001392 *(age) Legend: ∑Sf1 – Sum of skin folds: triceps, thigh and Suprailiac (mm), age - yrs of age c) From the equation of Slaughter et al. [21] (for gymnasts aged under 18 years) and Siri [22] (for gymnasts aged over 18 years) we calculated the relative body fat (BF) (%): BF (%) gymnasts ˂ 18 years old = 0,610*∑Sf2+5,1 BF (%) gymnasts > 18 years old = ((4,95/BD)-4,50)*100 Legend: ∑Sf2 – Sum of triceps and calf Skin fold(mm), BD – body density (g/m³) of Jackson et al. (1980) above d) From the FM (%) calculated by the equations of Slaughter et al. [21] and Siri [22] we calculated the absolute FM (Kg): FM (Kg) = (FM (%) * BM)/100 Legend: BM – Body mass (Kg) e) From the equation of Poortmans et al. [23] we calculated the LBM (kg): LBM(Kg)=H*((0,0064*ACA2)+(0,0032*ACT2)+(0,0015*ACC2))+(2,56*gender)+( 0,136*age) Legend: ACA – Adjusted circumference of arm (cm); ACT - Adjusted circumference of thigh (cm); ACC- Adjusted circumference of calf (cm); gender = 0 for women, 1 for men; H - Height (meters), age - yrs of age 88 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age f) From the LBM (kg) calculated using the Poortmans et al. equation [23] we calculated the relative LBM (%): LBM (%) = (LBM (Kg) * 100)/BM Legend: BM – Body mass (Kg) g) We calculate the waist/hip ratio (cm) as follows: waist/hip (cm) = WC / HC Legend: WC – Waist circumference (cm), HC – Hip circumference (cm) We used the BMI values as additional information since it has very strong association with fat-free mass [24]. In most RG studies found in literature %BF and BMI were the most frequently used parameters [2, 13-16, 25]. Because BMI provides limited information on the adiposity of thin subjects [24], we decided to measure skinfold thicknesses that have the potential to substantially improve the prediction of adiposity of thin subjects [24]. We used a BF predictors equations that had a triceps skinfold thickness since provide a better additional information to predict the body fatness [24] and had a high correlation with performance in gymnastic [1]. We also used a different relative BF equation (BF %) for young and adult gymnasts to control the age influence on data analysis. In previous RG studies [16, 26, 27] that used a BF% equations by skinfold thickness, Slaughter et al. [21] and Siri [22] equations were used in gymnasts with less and with more than 18 years old respectively. For the adult gymnasts body density was calculated using Jackson et al. equation [20]. A specific age equation (Poortmans et al. [23]) for female subjects was used to predict absolute LBM. We used the waist/hip ratio to classified the gymnasts biotype [16]. Onset of puberty was determined, in 59 over the 84 gymnasts, by the age at menarche via questionnaire with two questions (Have you ever had a menstrual period? How old were you when you had your first menstruation?) adapted from Bond et al. [28], Ross and Marfell-Jones [18] and Baxter-Jones, Eisenmann, and Sherar [17]. We used the age that the gymnasts began RG training and the years of practice to determine the training experience and the training duration 89 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age (hours/day) and volume (hours/week) were used to quantify the gymnasts training level. Statistical Analysis Descriptive statistics were calculated using the mean values as a measure of central tendency and standard deviation as measure of dispersion. Data distribution normality was verified by the Kolmogorov-Smirnov test. A t-test was used to determine whether there were significant differences between age groups. To analyse the relationship between pubertal maturity, chronological age and training experience, a linear regression was used on full sample. Chronological age and RG years of practice before menarche entered as independent variables, and age at menarche entered as the dependent variable. Only the gymnasts that report a menarche age were included in this analysis. A α level less than 0.05 was used as a criterion for significance. RESULTS Gymnasts’ main data are shown in Table 1. There was a four-year interval between the young gymnasts mean age (<18 years old) and the adult gymnasts (>18 years old) with significant differences. The adult gymnasts had a significant higher body mass than the young gymnasts. No significant differences were found in height between the two groups analysed. Adult gymnasts' hip and thigh circumferences were significantly larger than young gymnasts. BMI was significantly lower in young gymnasts than in the adult gymnasts. However no significant differences were found in % BF and FM (Kg) between the two groups analysed. We observed a significant difference in, both, absolute and relative LBM (Kg, %) between the young and adult gymnasts with higher values in the adults group. Both groups had very close values of waist/hip ratio. As we can see in Table 1, the gymnasts of our sample began the RG training at 6.1 and 6.8 years of age. The young gymnasts reported a younger age of 90 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age initiation in RG than the adult gymnasts, but the adult group had more training years (p<0.05). The mean training load in young and adult gymnasts was 6.6 vs. 7.0 hours/day, and 39.5 vs. 41.4 hours/week respectively, and we didn’t find significant differences between groups. Table 1: Anthropometric characteristics, body composition variables, training data and age at menarche for the young gymnasts (<18 years old) and the adult gymnasts (>18 years old). Data are mean (SD). Young (n= 39) Adult (n=45) Mean (sd) Mean (sd) t-test Chronological age (years) 16.5 (0.9) 20.5 (1.7) ˂0.001* Body mass 51.6 (4.7) 54.3 (4.3) 0.007* Height (cm) 167.2 (4.5) 169.0 (5.2) ns Hip circumference (cm) 86.3 (3.9) 89.6 (3.4) 0.001* Thigh circumference (cm) 51.2 (2.7) 53.1 (2.6) ˂0.001* BMI (Kg/m ) 18.5 (1.4) 19.0 (1.2) 0.043* BF (%) 17.3 (2.8) 16.3 (2.9) ns FM (Kg) 9.0 (1.9) 8.9 (1.9) ns LBM (Kg) 25.0 (2.5) 27.5 (2.5) ˂0.001* LBM (%) 48.4 (2.1) 50.6 (2.1) ˂0.001* Waist/Hip Ratio 0.77 (0.03) 0.76 (0.04) ns Onset RG (years of age) 6.1 (1.2) 6.8 (1.7) 0.027* Training Experience (years) 10.3 (1.6) 13.4 (2.5) ˂0.001* 6.6 (1.2) 7.0 (1.1) ns 39.5 (7.0) 41.4 (5.9) ns 14.8 (1.1) n=19 16.6 (1.2) n=33 ˂0.001* Variables (Kg) 2 Training duration (hours/day) Training Volume (hours/week) Menarche (age) *p<0.05; BMI = Body Mass Index; BF = Body Fat; FM = Fat Mass; LBM = Lean Body Mass; n= subjects number; ns= not significant 91 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age Among the 59 gymnasts who answered the menstrual history questions, 88.1% were post-menarcheal and 11.9% were pre-menarcheal. The mean age at menarche was 14.8 in young gymnasts and 16.6 in adult gymnasts. The regression analysis used to further research whether the chronological age was associated with the onset of menarche, had shown that age at menarche was significantly positively related to gymnasts chronological age (β=0.30; r2=0.31; p<0.001) and to the RG years of practice before menarche (β=0.38; r2=0.29; p<0.001). According to these results, as the chronological age and the years of practice before menarche increased, later was the menarche age. DISCUSSION Anthropometric characteristics, body composition variables, training experience and age at menarche data collected from RG studies are resumed in Table 2. The chronological age of young gymnasts group in our study had a range of 2,7 years (15,27 and 17,99 years old) much lower than adult gymnasts group that had a range of 7 years (17,99 and 25,04 years old) that means that nowadays the high level groups RG gymnasts are older and more experienced [1]. The adult gymnasts in our sample had higher body mass than younger gymnasts. Both groups had higher body mass than that found in the majority of the RG studies presented in table 2 [13, 14, 25-27]. However, the anthropometric data in adult gymnasts group are in accordance with other studies conducted on age-matched gymnast groups [2, 11, 16]. Only Pineau [25] and Berlutti et al. [16] studies had a similar body mass than our young gymnasts group. These studies were made with 1994 Germany international level gymnasts and during 1986 European Championship (EC) data respectively. Adult gymnasts in RG, not only from our study but also from those in the literature [2, 11, 16], were taller compared to the reference height values (163,7 cm) reported by the World Health Organization (WHO) [29]. The adult gymnasts were between 75th and 90th percentile according to international growth curves [30, 31]. The young gymnasts also reported high height values compared to the references (162,7cm) [29] and were between 50th and 75th percentiles according to international growth curves [30, 31]. The body mass 92 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age was lower than the WHO reference data [29] for their age (56,4 Kg for young group and 56,6 Kg for adult group), the young and adult gymnasts were between 25th and 50th percentiles according to international growth curves [30, 31]. Those anthropometric characteristics could be, probably related to the gymnasts initial selection, because the anthropometric characteristics [4] are one of the most common selection criteria in aesthetic sports [1, 5, 10]. Berlutti et al. [16] studied the body composition, biological maturity, dietary habits and anthropometric characteristics of the RG gymnasts who participated in 1986 EC (Florence) and in 2008 EC (Turin). As shown in Table 2, the 2008 groups gymnasts of EC [16] had similar characteristics to our sample. The author showed that in 1986 study sample the gymnasts were smaller, with less body mass and younger that in the 2008 sample. The RG groups in the past were composed by younger and thinner gymnasts than today. Berlutti et al. [16] reported that the thin profile of RG gymnasts required in the past, is no longer the case nowadays, and that a thin profile should no longer considered the role model in this sport. We found significant differences between the young and the adult gymnasts only in the hip and thigh circumferences. Douda et al. [27] also noted lower values of hip circumferences in gymnasts younger than 18 years of age than Berlutti et al. [16] in adult gymnasts. According to Amigo et al. [11], the most used body composition parameters in sports are % BF and LBM. However, in most RG studies found in literature % BF and BMI were the most frequently used parameters. In the most part of studies in RG, including the present study, BMI values for adult gymnasts are at the lower limit of what is considered the normal BMI range by WHO [32] (18.50 to 24.99 kg/m2). Our sample of young gymnasts had significantly lower BMI than the adult gymnasts falling slightly below the minimum reference value, while the RG studies with gymnasts under 18 years of age reported lower values for BMI than ours [2, 13-15, 25]. According to Freedman et al. [24] a lower BMI levels may reflect low levels of either fat mass or fat-free mass. The young and adult gymnasts were between 10th and 25th percentile according to international BMI-for-ages percentiles references [30, 31]. The reference values for 50th percentile for our young group is 20.6 kg/m 2 and for adult group is 21.8 kg/m2. 93 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age The two groups analysed in our study (young vs. adult gymnasts) had similar %BF values and is in accordance with some RG studies previously reported [2, 16, 25]. There are previous studies reporting lower %BF than found in our sample [13-15, 26, 27]. This difference may be explained by the younger and individual gymnasts in their sample, which may have influenced the results. We think that judges subjective aesthetic evaluation in groups competition is more focused on the group work design [33] than in individual competition that is more focused on the gymnast profile. According to the reference %BF values [34, 35] gymnasts reported lower values in both young and adult group analysed. The young gymnasts reported values between 5th and 10th percentile and the adult gymnasts group reported values between 2 nd and 5th percentile. The % BF that Amigo et al. [11] recorded in Spanish gymnasts was much lower than what we and the most authors reported (table 2). According to the author [11] their data is significantly lower than the reference values of the Spanish population. On the other hand, when we compare gymnasts from different studies some precautions must be taken because the different training requirements, seasonal variations, and diets [11]. The LBM (Kg) values of our sample were lower than that reported by the Douda et al. [26] in elite RG gymnasts from Greece and Cyprus (Table 2). When we compare the adult with young gymnasts in our sample we found a significant difference, the young gymnasts having the lowest values. The gymnasts chronological age of Douda et al. [26] study was lower than our young gymnasts (13.4 vs. 16.5 years old respectively) and so we expected that the LBM values were lower in younger gymnasts with lower gymnastics involvement, and it did not happen. According to Amigo et al. [11] longitudinal gymnasts study reported that the LBM do not differ significantly with chronological age (15 to 18 years old), which support our initial expectation as the Douda et al. [26] chronological age sample were less than the minimum range of Amigo et al. [11] study. However, we expect that the LBM values reported in our young gymnasts group will remain until they reach the adult group (>18 years old). 94 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age We also found a significant difference in relative LBM (%) between the young and adult gymnasts with higher values in the adults, probably due to their longer carrier in sports. The gymnasts from our sample (both groups) had a waist/hip ratio less than 0.78 cm. Berlutti et al. [16] found similar values and classified them to the gynoid biotype. Regarding to the training experience (table 2) and according to Berlutti et al. [16], the gymnasts who competed in the 2008 European Championship began their RG career at 6.2 years of age whereas the gymnasts competing in the 1986 European Championship started at 7.8 years of age suggesting an actual tendency to an earlier onset in RG. Indeed, the young gymnasts group in our study reported a younger age of onset in RG than adult gymnasts (p<0.05). All other studies (Table 2) reported an onset in RG between 6.8 years old [2] and 7.7 years old [13]. As concerns the training level, only Berlutti et al. [16] refers to the daily training of RG gymnasts. The gymnasts who participated in the European Championship of 2008 also trained on average 6 hours a day similarly to gymnasts from our sample. We can see in the same study [16] that the gymnasts who participated in the European Championship of 1986 trained 3.8 hours/day. This difference can also evidence a tendency to increase the training volume over the recent years in response to the new technical requirements [36]. Actually, our data recorded more hours of training per week than all RG studies done in previous years [2, 13-16]. We can see in RG literature (table 2) that was an increase training volume that start at the second half of first decade of this century. In the Georgopoulos et al. [13] study, 28.7% of the gymnasts who participated in the 1999 Osaka World Championships had not reached menarche and they were older than 15 years of age. Theodoropoulou et al. [15] also reported that 16.8% of the RG gymnasts participating in the World Cups and European Championships from 1997 to 2004 were pre-menarcheal. In our study 7 of the 59 (11.9%) gymnasts who answered about the menarche age, were not menstruating. Three of these gymnasts had less than 16 years old (young group), and 4 of them have more (3 belonged to young group and 1 to adult 95 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age group). According to American Academy of Pediatrics [7] primary amenorrhea is defined among other factor as the absence of menarche by age 16 years [6, 8]. Although only 6.8% (all sample) of the present study had a disturbed delayed menarche that can be related to a primary amenorrhea. We recognized the limitation of this evaluation that should be monitored by biological maturation progress that has two components: timing and tempo [17]. According to BaxterJones, Eisenmann, and Sherar [17] the timing refers to the age at which specific maturational events occur (e.g., age when menarche is attained, age at the beginning of breast development, age at the appearance of pubic hair, or age at maximum growth during the adolescent growth spurt.) and tempo refers to the rate at which maturation progresses (i.e., how quickly or slowly an individual passes from the initial stages of sexual maturation to the mature state). However amenorrhea should not be considered a normal response to exercise [7] but incidence of simple delayed menarche must be also considered [9]. Special medical concerns should be considered when caring of young female athletes, a serious health consequence of disordered eating, amenorrhea and osteoporosis conjugation in athletic female (triad female athlete) [6, 7] can occur. Coaches should make a point to be up to date regarding recognition and recommendations to medical entities [6]. It is important that no disturbed maturation cases reported in Gymnastics but if there is a case should be medical reported for a proper treatment. The athletes and dancers who begin training before menarche occurs (premenarcheal trained athletes) have later menarche and more incidence of menstrual dysfunction when compared with athletes and dancers who begin training after menarche occurs (postmenarcheal trained athletes) [7, 8]. According to regression analyses, the greater the training experience at the time of menarche, the later the age at menarche, which confirm references in the literature. We also observed that the older the chronological age, the later the age at menarche, which confirm the previous analysis according to the chronological age group. In this way, we expected that the onset in RG training might be later in younger than in adult gymnasts and it did not happen. Somewhat contradictory data which should be analyzed in future studies. According to Frisch et al. [8] each year of training before menarche, delayed 96 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age menarche by five months. The training increased the incidence of oligomenorrhea and amenorrhea among both premenarche and postmenarche trained athletes [8]. In our sample the mean age at menarche was 14.81.1 yrs in young gymnasts and 16.6±1.2 yrs in adult gymnasts group (table 1). As shown in Table 2, Berlutti et al. [16] reported a mean age at menarche of 15.9 years. These values were higher than those reported in non-athletic females (12.2 yrs) and the delayed onset of puberty in these gymnasts can be explained by their lower body mass [16]. According to Claessens et al. [1] the performance scores in gymnastics are also associated with degree of fatness. Di Cagno et al. [37] conclude that the anthropometric and body composition characteristics to reach high performance in jumping ability in RG could be described like taller gymnasts, with longer limbs and with high fat-free mass [37]. In this way, there are some aesthetic pressures to a lean body appearance in gymnastics but also performance assessment that related this lean profile with the sport performance in gymnastics. The gymnasts of the 1986 European Championship reported age at menarche of 14 years old, earlier than that observed in more recent studies [13, 15] including ours. Some studies have reported significant differences between age at menarche of gymnasts, of their mothers and non-gymnast sisters suggesting the delayed menarche may not have a genetic origin [2, 15]. In dancers longitudinal study [38] the mean age at menarche was 13,5 and 14 years old in two groups analysed according to their height progression. We think that one of the biggest difference between the RG older studies and the most recent RG studies is the weekly training volume (29 hours/week in 1997 European Championship [2] and 36 hours/week in 2008 European Championship [16] and 39 to 41 hours/week in the present study) that has increased over the years. We think that for a long-term sport carrier in gymnastics is important to study the initial years of practice in RG regarding the training volume, anthropometric characteristics and biological maturation progress (timing and tempo). 97 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age Table 2: Anthropometric, body composition, training data and age at menarche (average ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts Pineau (1994) Variables/ Authors Georgopoulos et al. (1999) Georgopoulos et al. (2001) Georgopoulos et al. (2002) Douda et al. (2002) Theodoropoulou et al. (2005) Douda et al. (2008) Amigo et al. (2009) Berlutti et al. (2010) Sample (n) Nr Nr Nr 255 16 104 129 9 423 15 151 Nr 139 Level of performance Nat. (France) Int. (Germany) Int. (Italy) EC 1997 EC 1997 EC and WC 1997-2000 WC 1999 Nat. (Greece) WC and EC (1997-2004) Int. Greece and Cyprus Nat. Int. (Spain) EC Groups 1986 EC Groups 2008 Age (years) 14.9±9.4 16.0±1.0 16.4±0.5 14.7±2.1 (11-23) 18.4±2.1 (15-23) 16.0±1.7 (12-23) 17.1±1.4 (15-17) 15.9±2.4 13.4±1.6 18.2±0.2 16.4±2.1 18.8±2.2 Body Mass (Kg) 40.8±3.3 49.4±2.2 46.6±3.1 42.0±7.4 52.4±5.1 45.3±6.6 47.3±4.8 44.1±3.6 Nr 35.6±5.5 53.7±3.3 49.5±5.5 52.4±4.5 Height (cm) 162.0±4.5 164.7±4.6 159.0±2.2 160.4±7.4 168.2±5.2 163.6±5.6 166.3±4.6 160.4±4.8 Nr 151.1±9.5 170.8±2.9 164.8 168.9±5.6 BMI (Kg/m2) 15.5±0.5 18.2±0.6 18.4±0.8 16.3±1.8 18.5 16.8±1.8 17.1±2.1 Nr 16.9±1.8 Nr Nr 18.1±1.5 18.3±1.3 BF (%) 13.2±0.4 16.8±1.6 15.5±1.8 16.1±4.1 Nr 15.9±4.9 13.1±4.9 15.5±4.6 14.0±2.2 11.3±1.4 LBM (Kg) Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr 29.8±1.8 Nr Nr Nr LBM (%) Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr 47.7±1.7 Nr Nr Waist/Hip Ratio Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr 0.75±0.03 Onset RG (years of age) Nr Nr Nr 6.8±1.9 Nr 7.3±2.3 7.7±2.2 Nr 7.4±2.3 Nr Nr 7.8±2.8 6.2±1.9 Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr Nr 3.8±1.6 6.0±1.8 Nr Nr Nr 29.1±15.4 Nr 32.5±13.5 31.2±9.6 Nr 27.1±10.4 Nr Nr 21.7 36 nº competitions per year Nr Nr Nr 6.6±3.0 Nr 6.4±2.7 7.6±3.1 Nr 6.8±3.0 Nr Nr Nr Nr Menarche (age) Nr Nr Nr 14.3±1.5 Nr Nr 15.2±1.4 Nr 14.6±1.5 Nr Nr 14.0±1.3 15.9±1.3 Training duration (hours/day) Training Volume (hours/week) 14.3±2.8 14.4±3.8 EC = European Championship; WC = World Championship; Nat. = National; Int. = International; BF (%) = Body Fat; BMI = Body Mass Index; LBM = Lean Body Mass; Nr= Not reported 98 17.6±3 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age CONCLUSION The elite group RG gymnasts had a similar height, % BF, FM and waist/hip ratio profile no matter their chronological age and they had higher values than what is reported in previous RG studies. The younger elite RG had a lower BMI than adult gymnasts, but at the normal range. The absolute and relative LBM (Kg, %) was higher in the adult gymnasts with longer gymnastics involvement. The young gymnasts had earlier onset in RG than the adult gymnasts suggesting an earlier specific initiation in RG in recent years. We recorded more training volume in both groups (young and adult gymnasts) than all of previous RG studies. The young gymnasts had less years of RG practice, earlier onset in RG and earlier menarche. It was the increased years of training before menarche and the chronological age that explained the delayed menarche age in Elite RG gymnasts. This study provides updated information that reports some specific anthropometric characteristics in RG high level gymnasts. The results also pointed out the importance of initial years of practice in RG for a long-term sport carrier in gymnastics. CONFLIT OF INTEREST None. ACKNOWLEDGMENTS The authors would like to thank the RG World Cup of Portimão 2009 and 2010 Organization, the gymnasts, coaches and heads of national delegations that made this study possible. REFERENCES 1. Claessens AL, Lefevre J, Beunen G, Malina RM. The contribution of anthropometric characteristics to performance scores in elite female gymnasts. The Journal Of Sports Medicine And Physical Fitness. 1999;39(4):355-60. 2. Georgopoulos N, Markou K, Theodoropoulou A, Paraskevopoulou P, Varaki L, Kazantzi Z, et al. Growth and pubertal development in elite female 99 Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age rhythmic gymnasts. The Journal Of Clinical Endocrinology And Metabolism. 1999;84(12):4525-30. 3. Klentrou P, Plyley M. Onset of puberty, menstrual frequency, and body fat in elite rhythmic gymnasts compared with normal controls. British Journal of Sports Medicine. 2003;37(6):490-4. 4. Baxter-Jones ADG, Maffulli N. 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Results: An increase on the age of the gymnasts participating in high level competitions seems to affect the new body appearance profile. Gymnasts are taller and with higher body mass than in the past. BMI were at the normal range whatever the success in competition. The more successful gymnasts had lower values of %BF but still higher than what have been reported in RG studies. A relation between the body composition data and the competition results has been not found. The higher level gymnasts had begun activity in RG earlier, and had more years of practice, and higher training volume. All gymnasts had a late menarche. We think that the initial selection of gymnasts who had late maturate can influence their body appearance when they become adults. Key words: Rhythmic gymnastics groups, Body composition, profile, ranking 107 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts INTRODUCTION Aesthetic requirements in sports performance evaluation are usually the cause of the body composition importance. Gymnastics, ice skating and synchronized swimming can be included in this group (Lebre, 1993). On the other hand, athlete development is the result of organized physical and technical training, methodical, rigorous, and based on the sports demands and the participants morphological profile (Freitas, 2007). According to Lebre (1993) since Seul Olympic Games in 1988, with the first place occupied by a Soviet Union gymnast and with physical characteristics very different from the Bulgarian School, the body composition and the body appearance with very low body fat became less important. Although the International Federation of Gymnastics (FIG) Rhythmic Gymnastics (RG) Code of Points (2009) does not include deductions related to the gymnasts’ body composition profile, it requires that all group gymnasts should have similar body appearance. However, very few authors studied the physical characteristics and body composition of International level RG gymnasts (Berlutti et al., 2010; Colombo, 1997; Douda, Toubekis, Avloniti, & Tokmakidis, 2008; Georgopoulos et al., 1999; Georgopoulos et al., 2002; Georgopoulos et al., 2001; Klentrou & Plyley, 2003; Pineau, 1994; Theodoropoulou et al., 2005) and most of all with no specific reference to group gymnasts. The aim of this study was to analyse the anthropometric characteristics, training experience, body composition and biological maturity of Elite group gymnasts. METHODS Subjects A total of 84 group gymnasts (18.592.44 years of age) from 14 countries were invited and gave consent to participate in the study. Data were collected during the 2009 and 2010 RG World Cups in Portimão, Portugal. This study also had the Scientific Committee of the FIG, team coaches and heads of national delegations consent. 108 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts The sample was divided in two groups: the gymnasts from the groups that performed routines with similar apparatus (5 hoops) and those who performed with mixed apparatus (3 ropes and 2 ribbons). After inside each group we organized them in two sub-groups according to their position in the competition ranking (first and second half of the ranking). Methodology Body mass and height were measured using the protocol of Ross and MarfellJones (1991). Thorax (TC), hip (HC), arm (AC), thigh (ThC), waist (WC), and calf (CC) circumferences were measured, and the waist/hip ratio was then calculated. Relative body fat (%BF) was calculated using sex and age-specific equations from 4 skinfold thickness (mm): suprailiac, triceps, thigh and calf. For the gymnasts with less than 18 years, we used the equation of Slaughter et al. (1988) using triceps and calf skinfold thickness. For gymnasts over 18 years old, body density was calculated using the equation developed by Jackson, Pollock & Ward (1980) for females, using triceps, thigh and suprailiac skinfold thickness and then, %BF was calculated using the equation developed by Siri (1961). The fat mass (FM Kg) was calculated using %BF. Body mass index (BMI) was calculated from body mass and height (kg/m²). Absolute lean body mass (LBMkg) and relative lean body mass (%LBM) were calculated using the equation developed by Poortmans, Boisseau, Moraine, Moreno-Reyes, & Goldman (2005) using adjusted circumference of arm, thigh and calf (cm). Biological maturity was determined by the age at menarche; training experience in years was estimated using the initiation age in RG; training volume was defined as hours/week. All does last data were got using a questionnaire answered by the gymnasts. Statistical Analysis For the statistical analysis we used the Statistical Package for the Social Sciences - Version 17.0 (SPSS 17.0, Chicago, USA) and Microsoft Office Excel 2007. Descriptive statistics were calculated using the mean values as a measure of central tendency, standard deviation (sd) as measures of dispersion 109 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts and minimum and maximum values as range extent. We analysed the normality by Kolmogorov-Smirnov and found that the variable distribution in all sample groups followed the normal distribution. Thus, Parametric Test was applied t'student test for two independent samples, to determine the significant differences between groups. RESULTS and DISCUSSION The results and discussion of our sample was divided in: anthropometric characteristics, Body composition variables, Training level and Age at menarche sections: Anthropometric characteristics Gymnast’s anthropometric characteristics participants are presented in Table 1. In table 2, we present the chronological age, body mass and height, reported in Rhythmic Gymnastics studies from literature. Table 1: Gymnasts Anthropometric characteristics for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 5 hoops Variables 3ropes & 2 ribbons All Sample / Ranking First half Second half First half Second half (n=84) (n= 42) (n= 42) (n= 42) (n= 42) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) min max Chronological age (years) 18.59 (2.44) 15.27 25.04 18.90 (2.54) 18.28 (2.32) 19.33 (2.35)* 17.86 (2.32)* Body mass (Kg) 53.05 (4.66) 41.10 63.10 53.97 (4.23) 52.12 (4.93) 53.35 (4.51) 52.75 (4.85) Height (cm) 168.13(4.95) Thoracic circumference (cm) 83.14 (3.19) 75.20 90.05 83.30 (3.07) 83.97 (3.34) 83.16 (3.53) 83.12 (2.86) Hip circumference (cm) 88.07 (3.94) 76.50 98.10 88.06 (3.60) 88.07 (4.30) 87.91 (3.40) 88.22 (4.45) Arm circumference (cm) 23.51 (1.68) 20.20 27.50 23.31 (1.62) 23.75 (1.73) 23.13 (1.48)* 23.93 (1.80)* Thigh circumference (cm) 52.22 (2.79) 45.30 57.50 52.11 (2.62) 52.32 (2.97) 52.08 (2.54) 52.35 (3.04) Waist circumference (cm) 67.05 (3.22) 58.50 74.10 66.36 (2.71) 67.73 (3.56) 67.50 (2.79) 66.59 (3.57) Calf circumference (cm) 34.03 (1.61) 30.90 37.00 34.32 (1.61) 33.75 (1.56) 34.01 (1.61) 34.05 (1.62) 156 180 *Significant differences for p<0.05 (T-test analysis) 110 170.24 (5.74)* 166.02(5.15)* 169.71(4.59)* 166.55(4.84)* Body composition of Group Rhythmic Gymnasts Table 2: Age, body mass and height (Mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts Level of performance Chronological age (years) Body Mass (Kg) Height (cm) National (France) 14.95±9.4 40.8±3.3 162±4.5 International (Germany) 16±1 49.4±2.2 164.7±4.6 International (Italy) 16.4±0.5 46.6±3.1 159±2.2 255 EC 1997 14.73 ±2.12 (11 a 23) 42±7.37 160.4±7.4 16 EC 1997 18.43±2.09 (15 a 23) 52.4±5.1 168.2±5.2 Georgopoulos et al. (2001) 104 EC and WC 1997-2000 16.0±1.7 (12-23) 45.3±6.6 163.6±5.6 > 50 Georgopoulos et al. (2002) 129 WC 1999 17.1±1.4 47.3±4.8 166.3±4.6 > 50 < 50 Douda et al. (2002) 9 (15-17) 44.07±3.61 160.40±4.83 Theodoropoulou et al. (2005) 423 WC and EC 1997 to 2004 15.90±2.40 > 50 < 50 Douda et al. (2008) 15 International Greece and Cyprus 13.41±1.62 35.60±5.46 151.06±9.50 Amigo et al. (2009) 151 18.2±0.18 53.7±3.28 170.8±2.86 90 25 EC Groups 2008 18.8±2.2 52.4±4.5 168.9±5.6 EC Groups 1986 16.4±2.1 49.5±5.5 164.8 Canary club championship 2008 (15-19) 51.3±5.6 162.95±6.1 Variables/ Authors Sample (n) Pineau (1994) Georgopoulos et al. (1999) National (Greece) Height percentile Weight percentile > 50 < 50 National 139 Berlutti et al. (2010) Quintero et al. (2011) 15 International (Spain) Legend: EC = European Championship; WC = World Championship There were significant differences in chronological age between the gymnasts of the first half and the second half of ranking in routines with 3 ropes & 2 ribbons. The gymnasts more successful in competition were older (table 1). In Pineau (1994) study, the national level French gymnasts were 14.95±9.4 years old, much lower than our sample. Our study data are closed to other studies with high level RG gymnasts (Amigo et al., 2009; Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999; Georgopoulos et al., 2002) (Table 2). Nowadays, the increase on gymnast’s age in high level competition means an increase of the RG gymnasts’ longevity career that can affect the high-level gymnasts new 111 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts body appearance model. Our sample data for height and weight (table 1) were not in accordance with the references values by World Health Organization [WHO] (1995) (163,7cm and 56,6Kg, respectively). We pointed a significant difference between the gymnasts’ height when we compared the ranking first and second half for both type of routines. The more successful gymnasts were the taller in both types of routines. Those data were in accordance to similar studies (Amigo et al., 2009; Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999; Georgopoulos et al., 2002) presented in table 2. Berlutti, et al. (2010) analysed RG gymnasts body composition, biological maturity, dietary habits and anthropometric characteristics during the European Championships of 1986 (Florence) and 2008 (Turin). The group gymnasts included in the sample from Turin had similar height as our sample. But at the 1986 European Championship the authors reporter for group gymnasts lower height (Table 2). Those data means that the high-level gymnasts are now higher than in the past. As shown in Table 2, Berlutti, et al. (2010) reported a body mass value very close to our data, in 2008 group gymnasts, while for the 1986 group gymnasts they reported a lower value. This can be related to the fact that those gymnasts were younger (approx. less 2 yrs.). The biggest difference found in body mass values between our sample and those in RG studies was in Douda et al. (2008) and Pineau (1994). We believe that those differences were related to the lower age and level of the gymnasts in those two studies. Our results were closer to those from the other studies with group gymnasts and/or with similar age (Amigo et al., 2009; Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999; Quintero, Martín, & Henríquez, 2011). Apparently, in the past, RG groups were composed by younger and thinner gymnasts than today. Berlutti et al. (2010) reported that the typical thin body profile of RG gymnasts from the past, is not anymore observed nowadays. We found (table 1) significant differences between circumferences data from the gymnasts of the first and the second half of ranking in 3 ropes & 2 ribbons routines only in arm circumferences. Douda et al. (2008) noted significant lower values of arm circumferences in elite RG gymnasts vs non-elite RG gymnasts. 112 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts Douda, Laparidis, & Savvas (2002) noted lower values of arm circumferences in RG gymnasts when compared with Artistic gymnasts, but authors in both studies didn’t pointed out any reasons for those differences. Body composition Body composition variables are presented in Table 3. Body composition data from literature are resumed in table 4. Table 3: Body composition variables for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 5 Hoops Variables 3ropes & 2 ribbons All Sample / Ranking First half Second half First half Second half (n= 84) (n= 42) (n= 42) (n= 42) (n= 42) Mean (sd) min. max. Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) BMI (Kg/m2) 18.75 (1.30) 16.14 21.75 18.61 (1.14) 18.90 (1.44) 18.50 (1.09) 19.01 (1.45) BF (%) 16.74 (2.87) 10.28 23.81 16.60 (3.23) 16.88 (2.50) 15.96 (2.74)* 17.53 (2.81)* FM (Kg) 8.92 (1.89) 5.48 13.83 9.02 (2.13) 8.82 (1.63) 8.56 (1.91) 9.27 (1.82) LBM (Kg) 26.31 (2.78) 20.31 32.23 26.57 (2.61) 26.05 (2.95) 26.50 (2.60) 26.12 (2.96) LBM (%) 49.56 (2.39) 44.66 57.36 49.19 (2.34) 49.94 (2.40) 49.65 (2.16) 49.48 (2.61) Waist/Hip circumference (cm) 0.76 (0.03) 0.68 0.85 0.75 (0.03) 0.77 (0.04) 0.77 (0.03) 0.76 (0.04) Legend: BMI = Body Mass Index; BF = Body Fat; FM = Fat Mass; LBM - Lean Body Mass *Significant differences for p<0.05 (T-test analysis) 113 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts Table 4: Body composition data (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts Sample (RG gymnasts) Age (years) BMI (Kg/m2) BF (%) National (France) 14.95±9.4 15.5±0.5 13.2±0.4 International (Germany) 16±1 18.2±0.6 16.8±1.6 International (Italy) 16.4±0.5 18.4±0.8 15.5±1.8 255 EC 1997 14.73 ±2.12 (11 a 23) 16.26±1.82 16.1±4.07 16 EC 1997 18.43±2.09 (15 a 23) 18.52 Georgopoulos et al. (2001) 104 EC and WC 1997-2000 16.0±1.7 (12-23) 16.8±1.8 15.9±4.9 Georgopoulos et al. (2002) 129 WC Osaka 1999 17.1±1.4 17.1±2.1 13.1±4.9 Douda et al. (2002) 9 National (Greece) (15-17) Theodoropoulou et al. (2005) 423 WC and EC 1997 to 2004 15.90±2.40 Douda et al. (2008) 15 International Greece and Cyprus 13.41±1.62 13.97±2.18 Amigo et al. (2009) 10 National International (Spain) 18.2±0.18 11.3±1.43 139 EC Groups 2008 18.8±2.2 18.3±1.3 17.6±3 EC Groups 1986 16.4±2.1 18.1±1.5 14.4±3.8 Canary club championship 2008 (15-19) Variables/ Authors Sample (n) Pineau (1994) Georgopoulos et al. (1999) Berlutti et al. (2010) Quintero et al. (2011) 15 LBM (Kg) LBM (%) FFM (Kg) Waist/Hip circumfer ence (cm) 14.33±2.80 16.9±1.80 15.5±4.60 11.99±1.5 29.84 ±1.81 47.7± 47.6± 1.69 3.23 0.75±0.03 49.89 ±1.1 Legend: EC = European Championship; WC = World Championship; BF (%) = Body Fat; BMI = Body Mass Index; LBM = Lean Body Mass; FFM = Fat Free Mass According to Amigo et al. (2009), the most used parameters of body composition in sports are BF and LBM. However, in RG studies, the BF and BMI were the most frequently used parameters. The BMI values in our sample (table 3) were close to lower limit of the normal range by the WHO (2000) (18.50 to 24.99 kg/m2). In table 4 we can see that older gymnasts from other studies (Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999) had higher BMI than 114 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts the younger ones (Pineau, 1994; Theodoropoulou et al., 2005). Some authors (Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999; Georgopoulos et al., 2001; Pineau, 1994; Theodoropoulou et al., 2005) reported %BF values closed to ours, studding gymnasts with similar and lower age than our sample. However, we found also some authors that reported lower values of %BF than our study (Amigo et al., 2009; Douda et al., 2002; Douda et al., 2008; Georgopoulos et al., 2002; Pineau, 1994; Quintero et al., 2011) maybe because the gymnasts in these studies were mostly younger than ours, and not so high level gymnast than our sample (table 4). All gymnasts from these studies competed in individual competition, which may have influenced the results. In individual competition the subjective aesthetic evaluation from judges is more focused on the gymnast profile while in group competition is more focused on the group work design (Nina Vitrichenko, Nota Klentrou, Natalia Gorbulina, Daniela Della Chiaie, & Fink, 2011). In our study, the first half ranking gymnasts had lower values of %BF than the second half ranking gymnasts. Even for both kind of apparatus differences were found, only in 3 ropes & 2 ribbons routines the differences were significant. The %BF that Amigo et al. (2009) recorded in Spanish gymnasts was much lower than reported in other studies (including our study) and also lower than the reference values of the Spanish population. The author pointed out that the gymnasts in the different studies had different training requirements, were assessed at different times of the season, and had different diets, that can had influence on the results difference. Quintero et al. (2011) had also %BF much lower than what we and other studies have shown (table 4), according the author the %BF, FM (Kg), LBM (Kg and %) had no positive effect on physical tests results in their sample. Analysing our results and those from the literature we could observe that as the sample performance level is lower the %BF is also lower. So we could see that lower %BF is not a measure of success in rhythmic gymnastics nowadays. The LBM (Kg) values of our study were close to those reported by Douda et al. (2008) in international RG gymnasts from Greece and Cyprus (Table 4). According to Amigo et al. (2009) the LBM (%) measured in Spanish gymnasts 115 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts (national and international level) with a mean age of 18.2 years was significantly higher than the reference value for the Spanish population. In addition, they reported that the LBM of the 15 to 18 years old gymnasts did not differ significantly with age. In our sample we did not remark differences on the LBM (Kg or %) for the different sample groups. The gymnasts from our sample were composed by the best group gymnasts in the world, if even they were placed in the second half of ranking on the World Cup competition, all gymnasts were submitted to a high volume and intensity level training. According Lisitskaya (1995) LBM (%) in GR Elite gymnasts must be around 47-50%. The results for our sample are in according to this requirement. Berlutti et al. (2010) observed that the group gymnasts had a waist/hip ratio less than 0.78 cm, what, for authors defines a gynoid biotype. The results for all sample in our study were 0.76 cm witch was very close to that appointed by these authors. Training level Training data for all gymnasts in the sample are presented in Table 5. In Table 6 are resumed the data from the studies in RG that analysed training data. Table 5: Training data for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 5 Hoops 3 ropes & 2 ribbons All Sample / Ranking First half Second half First half Second half (n=84) (n= 42) (n= 42) (n= 42) (n= 42) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) Variables Mean (sd) min. max. Age of initiation in RG (years of age) 6.46 (1.54) 4 10 6.12 (1.17)* 6.81 (1.78)* 6.10 (1.12)* 6.83 (1.81)* Practice (years) 11.99 (2.61) 7 20 12.69 (2.88)* 11.29 (2.12)* 13.14 (2.78)* 10.83 (1.82)* Training duration (hours/day) 6.82 (1.12) 4.5 8.5 7.21 (0.93)* 6.43 (1.16)* 7.07 (0.87)* 6.57 (1.28)* Training Volume (hours/week) 40.50 (6.43) 27 51 42.43 (5.24)* 38.57 (6.97)* 41.57 (4.71) 39.43 (7.69) *Significant differences for p<0.05 (T-test analysis) 116 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts Table 6: Training data (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts Authors/ Variables Georgopoulos et al. (1999) Georgopoulos et al. (2001) Georgopoulos et al. (2002) Theodoropoulou et al. (2005) Berlutti et al. (2010) Sample (n) 255 16 104 129 423 139 Sample (RG gymnasts) EC 1997 EC 1997 EC and WC 1997-2000 WC 1999 WC and EC 1997 to 2004 EC Groups 2008 EC Groups 1986 Age (years) 14.73 ±2.12 (11 a 23) 18.43±2.09 (15 a 23) 16.0±1.7(12-23) 17.1±1.4 15.90±2.40 18.8±2.2 16.4±2.1 7.3±2.3 7.7±2.2 7.4±2.3 6.2±1.9 7.8±2.8 6±1.8 3.8±1.6 36 21.66 Onset RG (years of age) 6.82±1.92 Training duration (hours/day) Training volume (hours/week) 29.14±15.3 5 32.5±13.5 31.2±9.6 27.1±10.40 Legend: EC = European Championship; WC = World Championship In Table 5 we can see that the gymnasts from our sample began the RG practice at 6.46 years of age although, the lower limit was 4 years old and higher 10 years old. According to Berlutti, et al. (2010), the gymnasts who participated in the 2008 European Championship began the practice of RG at 6.2 years old but the gymnasts who participated in the 1986 European Championship had started at 7.8 years of age suggesting that the beginning in RG is becoming earlier. All other studies (Table 6) have reported beginning age in RG between 6.8 years old (Georgopoulos et al., 1999) and 7.7 years old (Georgopoulos et al., 2002). When we compare the gymnasts from ranking first half with the ranking second half in both types of routines, we observed significant differences between groups, being the ranking first half gymnasts who began earlier the activity in RG. In our study the gymnasts have been in RG for 12 years. The range was between 7 and 20 years of practice. When we compared the groups according to their position on the ranking, in both type of routines, we observed significant differences between groups, being the gymnasts from the more successful groups those who had more years of RG practice. The gymnasts from our study trained 6.8 hours daily, but we could see a range from 4.5 hours/day to 8.5 hours/day. This difference is clearly reflected in the 117 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts weekly training volume. The groups participating in World Cup of Portimão trained 40.5 hours/week (mean value for all sample). Only Berlutti, et al. (2010) refers to the daily training of RG gymnasts, so we can see in Table 6 that the gymnasts who participated in the 2008 European championship trained 6 hours daily, however the authors noted trained range between 3 hours to 10 hours per day. In the same study (Berlutti et al., 2010) reported 3.8 hours of daily training for the gymnasts who participated in the 1986 European Championship. In our study, when we compared the ranking first half with the ranking second half gymnasts, for both type of routines, we observed significant differences between groups on training duration (hours/day). The ranking first half gymnasts trained more hours/day and more hours/week than the others. Age at menarche From the 59 gymnasts who answered about the menarche age (table 7), 88.1% (52) said that they had already menarche and 11.9% (7) were not menstruating (these gymnasts were between 15 and 18 years old). Table 7: Age at menarche data for all sample and in two groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD). 5 Hoops 3 ropes & 2 ribbons All Sample / Ranking First half Second half First half Second half (n=52) (n= 22) (n=30) (n= 22) (n=30) Variables Mean (sd) min. max. Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) Mean (sd) Menarche (age) 15.92 (1.40) 13 18 16,05 (1,53) 15,83 (1,32) 15,86 (1,46) 15,97 (1,38) 118 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts Table 8: Age at menarche (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts Authors/ Variables Georgopoulos et al. (1999) Georgopoulos et al. (2002) Theodoropoulou et al. (2005) Berlutti et al. (2010) Sample (n) 255 16 129 423 139 Sample (RG gymnasts) EC 1997 EC 1997 WC 1999 WC and EC 1997 to 2004 EC Groups 2008 EC Groups 1986 Age (years) 14.73 ±2.12 (11 a 23) 18.43±2.09 (15 a 23) 17.1±1.4 15.90±2.40 18.8±2.2 16.4±2.1 15.2±1.4 14.6±1.50 15.9±1.3 14.0±1.3 Menarche (age) 14.3±1.46 Legend: EC = European Championship; WC = World Championship The mean age at menarche reported in our sample was 15.92 1.40 years old. Georgopoulos, et al. (2002) reported that 28.65% of the gymnasts in their study (which participated in 1999 Osaka World Championships) had not reached menarche. Also Theodoropoulou, et al. (2005) reported, in Elite gymnasts in 1997 to 2004 World and European Championships, that 16.8% had no menarche. As shown in Table 8, Berlutti, et al. (2010) also reported a mean age at menarche of 15.9 years old, similar to our sample. Those values were higher than the described to normal population (Berlutti et al., 2010). The authors noted, that the 1986 Florence European Championship, the age at menarche was lower (14.0 years old) than that observed today. Theodoropoulou, et al. (2005) described also an later age of menarche in RG gymnasts (14,6 years old). Beunen et al. (1994) relates the precocious onset of menarche with a high %BF and the delayed onset of menarche with low rates of %BF. The %BF noted in our study and in the others RG studies was not measured gymnasts at the moment of the menarche onset and, so, we cannot discuss if the %BF was the main reason for the delayed menarche in these gymnasts. Wilmore & Costill (1999) noted that the menarche onset was later in highly trained elite athletes (such as in gymnastics) but made it clear the fact that there is still no evidence supporting the idea that the intensive training delayed menarche. Also Cumming, et al. (2011) said that there were some evidence in the inverse relationship between maturational status and physical activity. In addition, considering that the Elite gymnasts trained 30 to 40 hours/week we 119 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts may say that the biggest difference between the gymnasts in the older studies and the gymnasts in most recent studies is the weekly training volume that has increased over the years. Two studies reported significant differences between age at menarche of gymnasts, and the menarche age of their mothers and non-gymnast sisters suggesting the delayed menarche may not have a genetic origin (Georgopoulos et al., 1999; Theodoropoulou et al., 2005). In our study we observed a similar age for menarche onset than those described in recent literature (Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 2002; Theodoropoulou et al., 2005). The data collected cannot give enough information to point that the late onset of menarche in elite gymnasts is due to the low %BF, or genetic factors or the training intensity. However, we think that maybe also are unconscious selection of the gymnasts who had late maturate profile because the RG typical body appearance. CONCLUSIONS Analysing the results discussions we could conclude that the high-level gymnasts are, nowadays, older, taller and with more body mass than in the past; and also the more successful gymnasts were the oldest and tallest gymnasts. The Elite group RG gymnasts had a similar BMI values whatever the success in competition. The more success group gymnasts had lower %BF values but still higher than what have been reported in RG studies in the past. We could see that lower %BF is not a measure of success in rhythmic gymnastics nowadays. LBM (Kg or %) values were in accordance to reference values for Elite RG and had no effect on the competition results. The more successful gymnasts began earlier the RG, had more years of practice, train more hours a day and had more weekly training volume. The Elite group RG gymnasts had a later onset of menarche than normal population. We think that also are unconscious selection of the gymnasts who were late 120 Body composition of Group Rhythmic Gymnasts maturate in initial selection of the gymnasts in this sports because them body appearance. We believe that this study is a strong contribution to update the knowledge about the success elite RG gymnasts. The increase on gymnasts age in high level competition could mean an increase of the RG gymnasts longevity, that affect the new body appearance model of high-level gymnasts. In groups competition we think that Elite RG body composition had no direct effects on the results because the subjective aesthetic evaluation that judges do in groups competition is more focused on the design of the group work. ACKNOWLEDGMENTS The authors would like to thank to the RG World Cup of Portimão 2009 and 2010 Organization, to the gymnasts, coaches and heads of national delegations permitted that made this study possible. REFERENCES Amigo, A., Sala, V., Faciabén, A., Evrard, M., Marginet, M., & Zamora, L. (2009). Talla, peso, somatotipo y composición corporal en gimnastas de élite españolas (gimnasia rítmica) desde la infância hasta la edad adulta. Apunts Educacíon Física y Deportes, 1(1), 64-74. Berlutti, G., Briganti, C., Pamich, T., Torrisi, L., Franco, A., Morino, G., . . . Caldarone, G. (2010). From the Florence 1986 European Championships to the Turin 2008 Europian Championships, Twenty years of evolution. In Federazione Gimnastica D’Italia (Ed.), Body composition, biological maturation, alimentary habit, anthropometric characteristics in rhythmic gymnastics athletes (pp. 23-53). Italia. Beunen, G. P., Malina, R. M., Lefevre, J. A., Claessens, A. L., Renson, R., & Vanreusel, B. (1994). 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CONSIDERAÇÕES FINAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS A presente dissertação reflete o nosso interesse pela análise das características e do desempenho das ginastas de Elite de conjuntos de Ginástica Rítmica (GR). Foi nossa intensão poder contribuir para o que Ericsson & Smith (1991) denominaram como as 3 fases para o acesso a patamares de excelência de uma atividade. Para os autores estas fases passam em primeiro lugar pela identificação da excelência nessa atividade, de seguida pela análise das suas performances e por último pela definição e implementação das estratégias, metodologias e meios que levem os indivíduos a atingir tais excelentes performances. As considerações finais desta dissertação serão apresentadas de acordo com as 3 fases para o acesso a patamares de excelência de uma atividade, onde incluímos as conclusões dos estudos realizados bem como algumas considerações que julgamos de interesse relevante na análise conjunta dos diferentes artigos. 1ª Fase: Identificação e caracterização da excelência em Conjuntos de GR A identificação da excelência numa atividade encerra em si, entre outros fatores, a necessidade de caracterizar os sujeitos que atingem os patamares de excelência. Admitindo que a definição de patamar de excelência numa particular atividade tem de ser analisada em função de um determinado contexto, nos estudos realizados utilizamos como amostra as ginastas e os conjuntos de GR participantes numa das mais importantes competições da modalidade (World Cup Series). Deste modo garantimos que os estudos efetuados incluíam as melhores ginastas e os melhores conjuntos de todo o mundo já que neles estavam incluídos as equipas finalistas dos Campeonatos do Mundo de 2007, 2009 e 2011, bem como dos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012. Na análise de toda a amostra partimos do pressuposto de que todas as ginastas tiveram o mesmo tipo de oportunidades para atingir sucesso na modalidade, todas elas acompanhadas por quadros técnicos experientes e boas condições de treino. 127 CONSIDERAÇÕES FINAIS No sentido de podermos contribuir para a caracterização das ginastas dos conjuntos de excelência a nível Mundial analisámos as suas características antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de treino e início da atividade na modalidade quer em função do sucesso em competição (ranking competitivo) quer em função da idade cronológica das ginastas (maior ou menor que 18 anos de idade). Podemos considerar que as ginastas com melhor desempenho em competição no que se refere às características etárias, antropométricas e composição corporal: 1. Têm idade cronológica mais elevada revelando um aumento da longevidade da sua carreira desportiva o que contribui para um distinto modelo de aparência corporal na GR atual. 2. Têm valores mais elevados de altura quer em relação aos registados na maioria dos estudos realizados com ginastas de GR quer em relação aos valores de referência para a generalidade da população. Apesar dos valores de altura serem similares a quando de uma análise realizada em função da idade cronológica das ginastas de Elite. 3. Não se distinguem em função dos valores de massa corporal apresentando valores superiores aos expostos na maioria dos estudos menos recentes com ginastas de GR. No entanto são as ginastas mais velhas as que apresentam valores de massa corporal mais elevados apesar de serem inferiores aos de referência para a generalidade da população. 4. Não se distinguem em função dos valores das circunferências da anca e da coxa apesar das ginastas mais velhas apresentarem valores superiores. As ginastas com melhor desempenho em competição apresentam valores inferiores de circunferência do braço, distinção não apresentada na análise realizada de acordo com a idade cronológica das ginastas. 128 CONSIDERAÇÕES FINAIS 5. Têm valores relativos de massa gorda (%MG) mais baixos, mas mais elevados que a maioria dos estudos com ginastas de GR com nível competitivo inferior. Os valores de %MG são semelhantes a quando da análise realizada em função da idade cronológica das ginastas, valores esses que se situam entre o percentil 2 e 10 relativamente aos valores de referência para a generalidade da população. 6. Não se distinguem em função dos valores relativos de massa magra (%MM) apresentando valores de acordo com os de referência para a modalidade. No entanto são as ginastas mais velhas as que apresentam valores de %MM mais elevados, estas com uma maior carreira desportiva. 7. Não se distinguem em função dos valores de Índice de massa corporal (IMC) apresentando valores de acordo com os de referência para a generalidade da população e mais elevados que os apresentados na maioria dos estudos com ginastas de GR. No entanto são as ginastas mais velhas as que apresentam valores de IMC mais elevados. Apesar das ginastas mais novas apresentarem valores de IMC mais baixos são superiores aos apresentados na maioria dos estudos com ginastas de GR. 8. Têm biótipo ginoide independentemente do seu sucesso em competição e da sua idade cronológica. Podemos considerar que as ginastas com melhor desempenho em competição no que se refere à experiência desportiva e volume de horas de treino em GR: 1. Têm Idade mais baixa na iniciação à modalidade sugerindo uma atual tendência para uma especialização mais precoce na GR. São também as ginastas mais novas as que apresentam uma iniciação à modalidade mais precoce reforçando a ideia de uma tendência atual para uma precoce iniciação em GR. 129 CONSIDERAÇÕES FINAIS 2. Têm maior número de anos de prática em GR revelando uma maior experiência e maturidade na modalidade. São também as ginastas mais velhas as que apresentam maior número de anos de prática. 3. Têm maior volume de horas de treino diário revelando um aumento evidente do volume de horas de treino nos últimos anos, provavelmente em resposta aos novos requisitos técnicos da modalidade. No entanto, o volume de horas de treino diário não revela diferenças a quando de uma análise em função da idade cronológica das ginastas. 4. Têm maior volume de horas de treino semanal revelando, em confronto com a literatura da modalidade, um aumento evidente do volume de horas de treino semanal que teve início na 2ª metade da 1ª década deste século. No entanto, o volume de horas de treino semanal não revela diferenças a quando de uma análise em função da idade cronológica das ginastas. Podemos considerar que as ginastas com melhor desempenho em competição no que se refere à idade da menarca: 1. Não se distinguem em função da idade da menarca. No entanto, revelam uma maturação tardia que também poderá ser explicada por uma inconsciente seleção inicial de ginastas “late maturate” devido à sua aparência física. Relativamente à idade cronológica das ginastas, são as mais velhas as que apresentam uma idade da menarca mais tardia influenciada pelo maior número de anos de treino em GR que antecederam o aparecimento da menarca. Assim, consideramos que não são as características antropométricas, da composição corporal e da idade da menarca as que se apresentam substancialmente relevantes na explicação do sucesso em competição das ginastas de Elite de conjuntos de GR, mas sim as que se relacionam com a iniciação precoce na modalidade, elevada experiência de prática de GR e elevado volume de horas de treino destas ginastas. No entanto, o facto da 130 CONSIDERAÇÕES FINAIS maior parte das variáveis antropométricas e da composição corporal não refletirem características distintas nas ginastas de Elite com melhor desempenho em competição, não pressupõe a desvalorização do seu perfil corporal para a modalidade, mas a constatação de que esse perfil é comum e generalizado às ginastas de elevado nível de desempenho. 2ª fase: Análise das performances de excelência em Conjuntos de GR A análise da performance em GR encerra em si a necessidade de caracterizar o contexto onde é analisado. A performance em GR pode ser analisada em situação de treino, em competições de controlo ou em competições oficiais. O nosso interesse residiu no contexto competitivo oficial de relevante importância no calendário competitivo da modalidade. Em relação aos parâmetros de avaliação da performance em contexto competitivo em GR, podemos considerar que estes podem ser realizados, em termos gerais, em 3 domínios diferentes: Dificuldade (conteúdo técnico do exercício de competição), Execução (forma como as ginastas realizam o conteúdo do exercício de competição) e Artístico (interpretação do exercício de competição). O nosso interesse direcionou-se sobretudo para o domínio da Dificuldade. Esta encontra-se estruturada em 3 vertentes: os elementos de dificuldade corporal, de dificuldade de aparelho e de dificuldade específicos de conjuntos. A análise da dificuldade deverá ter em consideração o tipo, número e nível dos elementos selecionados para a composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR. Foi apartir desta preocupação e perspetiva que analisamos as performances de excelência em conjuntos de GR e onde incluímos também a análise acerca da influência do volume de horas de treino no sucesso em competição das ginastas e conjuntos de Elite de GR. Assim, os conjuntos de Elite com elevado sucesso em competição: 1. Relativamente aos elementos de técnica corporal (equilíbrios, saltos e rotações) e específicos de conjuntos (trocas) podemos considerar que: 131 CONSIDERAÇÕES FINAIS 1.1. Apresentam um padrão de composição consistente com a avaliação do seu desempenho em competição. 1.2. O conteúdo das composições dos exercícios de conjuntos de competição de nível Internacional é caracterizado pela maior utilização de elementos em troca, equilíbrios e saltos e menor utilização de rotações. Estes últimos, os de maior dificuldade de sincronização (amplitude, velocidade, número de rotações) entre as 5 ginastas do conjunto. No entanto os conjuntos com melhor desempenho em competição realizam: 1.2.1. Maior número de dificuldades em troca e por isso maior número de elementos com elevado risco de perda de aparelho. 1.2.2. Dificuldades em troca e em rotação com nível de dificuldade superior. 1.3. Os saltos são os elementos que apresentam menor variedade relativamente aos diferentes tipos de categorias existentes neste grupo de elementos de técnica corporal e as rotações apesar de serem o grupo corporal com menor utilização em conjuntos é o que apresenta uma maior variedade em relação aos tipos de categorias existentes neste grupo. 1.4. As dificuldades em troca realizadas pelos conjuntos com melhor desempenho em competição: 1.4.1. Quando envolvem elementos corporais associados, não apresentam diferenças significativas relativamente aos restantes conjuntos, no entanto as diferenças verificadas revelam uma maior utilização de elementos com deslocamento (ex. saltos) e com rotação. 1.4.2. Quando não envolvem dificuldades corporais apresentam diferenças ao nível técnico já que são executadas com um risco de execução maior pela inclusão de critérios de maior distância entre as ginastas (6 metros) e receção dos aparelhos no solo. 1.5. As dificuldades em equilíbrio realizadas pelos conjuntos com melhor desempenho em competição: 132 CONSIDERAÇÕES FINAIS 1.5.1. São executadas na sua maioria com uma elevada amplitude (equilíbrio com perna livre elevada) e executadas com diferentes apoios de forma dinâmica (equilíbrio dinâmico em diferentes partes do corpo). 1.5.2. São realizadas com elevada exigência técnica e com um trabalho complexo de aparelho já que este, para além de destabilizar o equilíbrio conseguido é de difícil execução a quando de um equilíbrio executado em apoio nos cotovelos, peito ou mesmo no pé com grande alteração da posição do tronco como é o caso dos equilíbrios dinâmicos em diferentes partes do corpo. 1.6. As dificuldades em salto realizadas pelos conjuntos com melhor desempenho em competição: 1.6.1. São maioritariamente executadas com rotação na preparação ou/e durante o salto (Jeté with turn). 1.6.2. São executadas com elevada exigência técnica já que são adicionados critérios de dificuldade à base do salto como são disso exemplo a flexão da perna (Jeté with turn com flexão da perna) ou a flexão do tronco (Jeté with turn com flexão do tronco). 1.6.3. São realizadas com elevada exigência técnica (preparação, chamada, voo e receção) exigindo também o trabalho dificultado de aparelho, já que tem de ser realizado numa das fases do próprio salto. 1.7. As dificuldades em rotação realizadas pelos conjuntos com melhor desempenho em competição: 1.7.1. São maioritariamente executadas com elementos de elevada complexidade técnica (fouetté). 1.7.2. São executadas com um nível superior de dificuldade, ou seja, executadas com um maior número de rotações o que também requer uma elevada exigência na técnica de aparelho. 1.7.3. São executadas estrategicamente no único tipo de rotação efetuado em apoio na parte anterior do pé onde há retoma do apoio na planta do pé entre as diferentes rotações, possibilitando um 133 CONSIDERAÇÕES FINAIS pequeno compasso de espera ou aceleração para um ajuste na sincronização de todas as ginastas do conjunto. A limitada variedade na escolha das dificuldades corporais apresentada nas composições dos exercícios de competição de conjuntos de alto rendimento desportivo faz com que os exercícios sejam expectáveis, comprometendo o efeito “surpresa” ao nível da dificuldade corporal, afetando negativamente o valor artístico da modalidade. Contudo, esta limitação na variedade poderá ser provocada pela necessidade de uniformização do trabalho, levando a que no momento da escolha dos elementos para incluir no exercício de competição se opte pelo conjunto de elementos possíveis de serem executados com correção por todas as ginastas do conjunto. 2. Em relação aos elementos de técnica de aparelho (manipulação, lançamentos e receções), elementos técnicos específicos de conjuntos (colaborações) e volume de horas de treino podemos concluir e considerar que: 2.1. Os elementos de manipulação técnica de aparelho utilizados na composição dos exercícios de competição variam em função do tipo de aparelho. As características específicas de cada aparelho (tamanho, forma, peso, número, material que são constituídos) influenciam esta diferente seleção dos elementos técnicos. Cada aparelho apresenta uma riqueza específica por um lado e limitações próprias das suas características por outro. As particularidades apresentadas são: 2.1.1. Um maior equilíbrio na seleção dos elementos de técnica de aparelho nos exercícios de competição executados com arco. No entanto, são as rotações e manejo do arco sem mãos e em posições no solo (categoria: manipulação no corpo da ginasta ou no solo) as categorias técnicas de arco que apresentam o valor mais elevado. Uma superior mestria e versatilidade de aparelho são reveladas por isso na utilização técnica deste aparelho. 134 CONSIDERAÇÕES FINAIS 2.1.2. Um maior número de elementos técnicos de aparelho executados nos exercícios de competição com corda e fita embora com uma prevalência em categorias de técnica de aparelho diferentes (movimento amplo do braço e movimento com pequena amplitude do braço respetivamente). 2.1.2.1. Em corda, o elevado número de elementos executados com movimento amplo do braço decorre fundamentalmente da inclusão de passagens por dentro da corda e escapadas nesta categoria. O baixo número de elementos executados no corpo da ginasta ou no solo deve-se essencialmente às características físicas da corda, aparelho deformável e mole que cria um desafio à execução sem falhas técnicas (limpa) a quando de uma manipulação sem mãos ou em posições no solo. 2.1.2.2. Em fita, o elevado número de elementos executados com movimento com pequena amplitude do braço decorre fundamentalmente da inclusão de espirais e serpentinas nesta categoria. A natureza deformável, mole e de grande dimensão faz com que haja a necessidade de constante movimento da fita não perdendo a sua forma e desenho (erro técnico resultante da interrupção do trabalho com este tipo de aparelho). 2.1.3. O aparelho com menor variedade de elementos técnicos são as maças. O facto de ser o único duplo aparelho cria dificuldades coordenativas e um elevado desafio para a execução correta dos elementos com as duas mãos. Para além disso, a necessidade de coordenar o trabalho de manipulação das duas maças, não só entre si, mas também em simultâneo com o trabalho corporal da ginasta e ainda em sincronização com as 5 ginastas do conjunto torna complexa a elaboração de uma composição variada com este tipo de aparelho. Os moinhos (categoria: movimento com pequena amplitude do braço) são os elementos técnicos que apresentam 135 CONSIDERAÇÕES FINAIS valores mais elevados de utilização, caracterizados por serem de pequena e mantida amplitude, com repetitivas rotações executadas a uma velocidade constante, na mesma direção, com as duas mãos e executadas em tempos diferentes. 2.2. Os elementos técnicos fundamentais comuns aos diferentes aparelhos (lançamentos e receções) utilizados na composição dos exercícios de competição contribuem para o sucesso em competição. Os critérios associados aos lançamentos apresentam uma maior utilização relativamente aos associados às receções e explicam 6% do sucesso em competição. As particularidades associadas a estes dois tipos de técnica de aparelho são: 2.2.1. O lançamento durante um elemento de salto é o critério adicional mais utilizado nos exercícios de competição de todos os conjuntos independentemente da sua posição no ranking. 2.2.2. A receção durante um elemento de rotação é o critério adicional mais utilizado nos exercícios de competição com aparelhos deformáveis como a fita e a corda já que o próprio movimento de rotação colabora na manutenção da fluidez do movimento deste tipo de aparelhos. A receção sem mãos é o critério adicional mais utilizado nos exercícios de competição com arco, o aparelho mais versátil como já foi referido anteriormente. 2.2.3. A inclusão de um maior número de critérios aos lançamentos em relação às receções vem do facto de terem equivalente valorização por parte do código de pontuação de GR e por serem, de facto, de distinta dificuldade. 2.3. Os elementos técnicos específicos de conjuntos (colaborações) utilizados na composição dos exercícios de competição variam em função do sucesso em competição. As colaborações com risco (com perda de contacto visual com o aparelho durante o voo) explicam 16,5% do sucesso em competição. As particularidades associadas a este tipo de colaborações são: 136 CONSIDERAÇÕES FINAIS 2.3.1. A perda de contacto visual com o aparelho aumenta o focus de atenção da ginasta dirigido à receção do aparelho diminuindo a sua atenção no trabalho do grupo e assim, para além do risco associado à perda de contacto visual com o aparelho (falha na receção) há também a necessidade das restantes ginastas do conjunto fazerem integrar esse momento num contexto comum ao grupo. São elementos que captam a atenção das juízes e promovem expectativa no público. 2.4. O elevado volume de horas de treino (horas por semana) explicam 42% do sucesso em competição. 3ª fase: Definição de estratégias, princípios metodologicos e meios que levem as ginastas a atingir excelentes performances Apesar de não nos parecerem substancialmente relevantes as diferenças encontradas no que respeita às características antropométricas e da composição corporal entre as ginastas de Elite de conjuntos de GR, parece-nos relevante considerar que as ginastas de conjuntos de elevado nível apresentam hoje em dia, características semelhantes que podem contribuir para a caracterização das ginastas na especialidade de conjuntos por um lado e de referência para quem tem a ambição de poder fazer parte deste grupo de Elite por outro. Falta no entanto perceber o porquê destas “semelhantes diferenças” e identificar quem as exige ou promove (treinadoras?, ginastas? ou especificidades da própria modalidade?) e em função de quê? (da subjetiva avaliação artística do movimento?, da uniformização das características das ginastas de um mesmo conjunto?, da possível vantagem na eficácia da execução?, entre outros…). O volume de horas de treino por semana revelou-se o mais importante fator explicativo de sucesso entre as ginastas de Elite de conjuntos de GR de superior desempenho em competição. Um volume de horas de treino de cerca de 42 horas semanais deverá ser tido em consideração já que explicou cerca 137 CONSIDERAÇÕES FINAIS de 42% do sucesso em competição. Uma iniciação precoce (aos 6 anos de idade) e por consequência um elevado número de anos de prática em GR parecem ser de substancial relevância quando se procura atingir o patamar de excelência em conjuntos de GR. Na implementação de estratégias, princíos metodologicos e meios que levem as ginastas a atingir excelentes performances, devem estar presentes preocupações ao nível do processo de maturação biológica (momento e progresso) das ginastas. A tentativa de reprodução de metodologias e estratégias quer de características das ginastas de Elite, quer de características do treino ou da competição das ginastas experts, deve ser realizado de forma ajustada e adaptada às características e condicionantes do contexto e das ginastas a que se reporta. A idade da menarca pode ser um dos indicadores do processo de maturação biológica (momento) das ginastas, onde a amenorreia não deve ser considerada como uma resposta normal ao exercício (Anderson et al., 2000). No entanto, a menarca tardia que caracteriza as ginastas (15-17 anos de idade), pode não ter contornos contraproducentes (Blanco-Garcia, Evain-Brion, Toublanc, & Job, 1984) em algumas ginastas. Para se perceber a real e individual situação da ginasta é fundamental um acompanhamento médico que abranja efetivamente o processo de maturação, ou seja, quer o momento em que os diferentes eventos ocorrem (ex. idade da menarca, idade de início do desenvolvimento da mama, ou do aparecimento dos pelos púbicos) e o progresso (ou seja, quão rápido ou lento um individuo passa de um estado inicial de maturação sexual para o estado maturo) (BaxterJones, Eisenmann, & Sherar, 2005). A análise metódica dos exercícios de competição em GR em função do rendimento desportivo revela-se vantajosa na medida em que disponibiliza informações que permitem: prenunciar as tendências evolutivas da modalidade, informar e/ou orientar as escolhas e decisões das treinadoras, configurar modelos de contribuição para o desempenho desportivo, potenciando a construção de estratégias de trabalho. Nesta perspetiva e pela análise 138 CONSIDERAÇÕES FINAIS realizada aos exercícios de competição dos conjuntos de Elite de GR, permitiunos considerar como consistente o padrão das composições dos exercícios de competição de elevado nível de desempenho desportivo. Genericamente, a composição dos exercícios de conjuntos de melhor desempenho em competição recorrem a: 1. Maior número e maior complexidade na utilização de dificuldades em troca quer ao nível da inclusão de elementos corporais com deslocamento (saltos) ou com rotação, quer pela inclusão de critérios de maior distância (6 metros) entre as ginastas e/ou receção dos aparelhos no solo. 2. Dificuldades em equilíbrio executadas na sua maioria com uma elevada amplitude (equilíbrio com perna livre elevada) e executadas com diferentes apoios de forma dinâmica (equilíbrio dinâmico em diferentes partes do corpo). 3. Dificuldades em salto maioritariamente executadas com rotação na preparação ou/e durante o salto (Jeté with turn), com adição de critérios de dificuldade como flexão da perna (Jeté with turn com flexão da perna) ou do tronco (Jeté with turn com flexão do tronco). 4. Dificuldades em rotação executadas na sua maioria com elevada complexidade técnica (fouetté). 5. Exercícios de arco onde as rotações do aparelho e os manejos do arco sem mãos e em posições no solo apresentam-se como as categorias técnicas mais utilizadas. 6. Exercícios de corda com passagens por dentro da corda e escapadas como as categorias técnicas específicas mais utilizadas neste aparelho. 7. Exercícios de fita com elevado número de elementos executados com espirais e serpentinas. 139 CONSIDERAÇÕES FINAIS 8. Exercícios de maças com moinhos como categoria de elementos técnicos específicos deste aparelho com maior utilização. 9. Maior utilização de critérios associados aos lançamentos em detrimento de critérios associados às receções, onde 6% do sucesso em competição é explicado pelo elevado número de critérios em lançamentos na composição dos exercícios. 10. Lançamentos durante um elemento de salto como critério adicional mais utilizado nos exercícios de competição de todos os conjuntos independentemente da sua posição no ranking. 11. Receções durante um elemento de rotação como critério adicional mais utilizado nos exercícios de competição com aparelhos deformáveis como a fita e a corda e as receções sem mãos como critério adicional mais utilizado nos exercícios de competição com arco. 12. Maior utilização de colaborações com risco (com perda de contacto visual com o aparelho durante o voo) onde 16,5% do sucesso em competição é explicado pelo elevado número deste tipo de elementos específicos na composição dos exercícios de competição de conjuntos de alto rendimento desportivo. 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