Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo

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Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo
Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo
Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos
Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho
Porto, 2012
Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo
Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos
Dissertação apresentada às provas para obtenção do grau de Doutor em
Ciências do Desporto, nos termos do Decreto - Lei nº 74/2006 de 24 de Março,
sob orientação da Professora Doutora Eunice Maria Xavier Guedes Lebre e
coorientação da Professora Doutora Maria da Luz Palomero Ródenas.
Maria de Lurdes Tristão Ávila Carvalho
Porto, 2012
Ficha de catalogação:
Ávila-Carvalho, L. (2012). Ginástica Rítmica de Alto Rendimento Desportivo.
Estudo de variáveis do desempenho na especialidade de conjuntos.
Dissertação de Doutoramento em Ciências do Desporto apresentada à
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
Palavras-Chave:
GINÁSTICA
RÍTMICA,
CARACTERISTICAS, DESEMPENHO
IV
CONJUNTOS,
ELITE,
Dedicatória
À minha Treinadora
À minha Orientadora
V
Agradecimentos
 À Professora Eunice Lebre, minha orientadora, pelo apoio, pela
oportunidade, pelo incentivo, pela confiança, pela dedicação, pela
amizade e por ser ainda modelo de pessoa inspirador da minha vida. E
portanto, por tudo!
 À Professora Maria da Luz Palomero, minha coorientadora, pela
coorientação.
 Às Organizações das Taças do Mundo de Ginástica Rítmica de Portimão
2007, 2008, 2009 e 2010 pela autorização da recolha dos dados e pelo
incentivo na elaboração deste estudo.
 Às Treinadoras, Chefes de Delegação e ginastas dos conjuntos
participantes nas Taças do Mundo 2007, 2008, 2009 e 2010 pela
autorização e disponibilidade na recolha dos dados.
 À Comissão Científica da Federação Internacional de Ginástica pelo
apoio e incentivo na elaboração destes estudos.
 À Rita Araújo, Margarida Lebre, Sílvia Canelas, Carla Andrade e Liliana
Freitas pela colaboração na recolha dos dados.
 À Professora Panaginota Klentrou pelos conselhos e sugestões durante
a construção dos artigos.
 Aos Professores André Seabra, Rui Garganta, José Maia, Teresa
Lacerda e Olga Vasconcelos pela disponibilidade, simpatia e apoio.
 Ao professor Rui Faria pelo apoio e incentivo próprios de um verdadeiro
amigo.
VII
 Aos funcionários da secretaria, biblioteca, informática e reprografia pela
disponibilidade e simpatia.
 A todos os professores do Gabinete de Ginástica da Faculdade,
nomeadamente Cristina Corte Real, Alda Corte Real, Manuel Botelho e
Carlos Araújo pelo incentivo e compreensão nos momentos mais
difíceis.
 Ao João Luis Esteves, colega incansável, pela amizade e constante
disponibilidade.
 À Catarina Leandro, Gabriela Salvador, Rute Santos e Susana Vale por
serem frontais, leais e ainda pelas sugestões e amizade.
 Aos meus sogros, Antonieta e Armando e à Sara e Matt, meus
cunhados, pelo apoio, amizade e revisões do Inglês dos artigos.
 À Manuela Duarte, minha treinadora, por tudo o que fez no meu
percurso como ginasta e como pessoa, pela sua franqueza, sinceridade,
transparência e força inspiradora.
 Aos meus Pais e irmãos pelo apoio, incentivo e encorajamento, sem
eles não teria de todo sido possível a elaboração desta dissertação.
Pilares na minha vida que guardo com admiração, gratidão e apreço.
 Ao Bruno, meu marido, por ser o meu companheiro e melhor amigo.
Obrigada!
Apesar de não poder agradecer aos meus filhos, Maria e Rafael, a
compreensão e apoio durante a elaboração desta dissertação, posso referir
que tudo o que faço agora é acima de tudo a pensar neles.
VIII
Índice Geral
Agradecimentos
VII
Índice Geral
IX
Índice de Figuras
X
Índice de Tabelas
XI
Resumo
XIII
Abstract
XV
Résumé
XVII
Abreviaturas
XIX
I. Introdução
1
II. Estudo Teórico
15
2.1. O conteúdo dos exercícios de competição em Ginástica
Rítmica
17
III. Estudos Empíricos
39
3.1. Estudo 1 - Analysis of the Technical Content of Elite Rhythmic
Gymnastics Group Routines
41
3.2. Estudo 2 - Handling, Throws, Catches and Collaborations in
Elite Group Rhythmic Gymnastics
61
3.3. Estudo 3 - Anthropometric profiles and age at menarche in
elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age
81
3.4. Estudo 4 - Body composition profile of Elite Group Rhythmic
Gymnasts
105
IV. Considerações Finais
125
Referências Finais
143
IX
Índice de Figuras
Estudo Teórico
Estudo 1
Figura 1 - Exigências de composição dos exercícios de
competição de conjuntos de Ginástica Rítmica.
24
Estudos Empíricos
Estudo 1
Fig. 1 - Number of difficulties presented in the Rhythmic
Gymnastics group routines clustered according to their position
in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05).
47
Fig. 2 - Technical value of the difficulties presented in the
Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their
position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05).
48
Fig. 3 - Number of exchange difficulties with and without body
difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines
clustered according to their position in the 2010 World
Championship ranking (*p<0.05).
49
Fig. 4 - Technical value of exchange difficulties with and without
body difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group
routines clustered according to their position in the 2010 World
Championship ranking (*p<0.05).
50
X
Índice de Tabelas
Introdução
Tabela 1 - Quadro resumo dos estudos realizados na presente
dissertação.
10
Estudo Teórico
Estudo 1
Tabela 1 - Quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da
composição dos exercícios de competição em Ginástica Rítmica.
28
Estudos Empíricos
Estudo 1
Table 1 - Classes of difficulties per technical category.
46
Table 2 – Number of exchange difficulties presented in the
Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their
position in the 2010 World Championship ranking.
47
Table 3 - Technical value of exchange and rotation difficulties
presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered
according to their position in the 2010 World Championship
ranking.
48
Table 4 - Number of balance difficulties presented in the Rhythmic
Gymnastics group routines clustered according to their position in
the 2010 World Championship ranking.
50
Table 5. Technical value of balance difficulties presented in the
Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their
position in the 2010 World Championship ranking.
51
Table 6 - Number of jump difficulties presented in the Rhythmic
Gymnastics group routines clustered according to their position in
the 2010 World Championship ranking.
51
Table 7 - Technical value of jump difficulties presented in the
Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their
position in the 2010 World Championship ranking.
52
Table 8 - Number of rotation difficulties presented in the Rhythmic
Gymnastics group routines clustered according to their position in
the 2010 World Championship ranking.
52
Table 9 - Technical value of rotation difficulties presented in the
Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their
position in the 2010 World Championship ranking.
53
XI
Estudo 2
Table 1 - Handling categories by apparatus.
67
Table 2 - Descriptive and Inferential statistics of handling
categories by apparatus.
69
Table 3 - Descriptive and Inferential statistics of throw and catches
according to the final ranking position of the group routine.
70
Table 4 - Descriptive and Inferential statistics of collaboration
elements according to the final ranking position.
71
Estudo 3
Table 1 - Anthropometric characteristics, body composition
variables, training data and age at menarche for the young
gymnasts (<18 years old) and the adult gymnasts (>18 years old).
Data are mean (SD).
91
Table 2 - Anthropometric, body composition, training data and age
at menarche (mean ± standard deviation) previously reported in
rhythmic gymnasts.
98
Estudo 4
Table 1 - Gymnasts Anthropometric characteristics for all sample
and in two groups (first half and second half ranking routines in
5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD).
110
Table 2 - Age, body mass and height (Mean ± standard deviation)
previously reported in rhythmic gymnasts.
111
Table 3 - Body composition variables for all sample and in two
groups (first half and second half ranking routines in 5hoops and in
ropes & ribbons). Data are mean (SD).
113
Table 4 - Body composition data (mean ± standard deviation)
previously reported in rhythmic gymnasts.
114
Table 5 - Training data for all sample and in two groups (first half
and second half ranking routines in 5hoops and in ropes &
ribbons). Data are mean (SD).
116
Table 6 - Training data (mean ± standard deviation) previously
reported in rhythmic gymnasts.
117
Table 7 - Age at menarche data for all sample and in two groups
(first half and second half ranking routines in 5hoops and in ropes
& ribbons). Data are mean (SD).
118
Table 8 - Age at menarche (mean ± standard deviation) previously
reported in rhythmic gymnasts.
119
XII
Resumo
A presente dissertação teve como objetivo analisar as características
antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de
treino, o início da atividade desportiva e anos de prática das ginastas de Elite
de conjuntos de Ginástica Rítmica (GR) e analisar, em função do desempenho
em competição, o conteúdo dos exercícios de competição desses conjuntos
contribuindo para a caracterização quer das ginastas quer da performance dos
conjuntos de excelência em GR.
Foram analisadas as características de 84 ginastas de conjuntos que
participaram nas Taças do Mundo de GR de Portimão em 2009 e 2010 e
analisado o conteúdo de 126 exercícios de competição de conjuntos de 28
países que submeteram as cartas de competição durante 4 Taças do Mundo
de GR em Portimão (2007 a 2010). Para a análise das características das
ginastas foi calculado o índice de massa corporal, massa gorda e massa
magra, as duas últimas estimadas a partir de pregas cutâneas e perímetros
corporais. A informação relativa à idade da menarca das ginastas assim como
a idade de início do treino em GR, anos de prática e volume de horas de treino
(diário e semanal) foi recolhida apartir de questionário. Para a análise do
conteúdo dos exercícios, todos os elementos de dificuldade corporal, de
aparelho e específicos de conjuntos registados nas fichas técnicas dos
conjuntos fornecidas nas competições foram analisadas.
Apartir dos resultados referentes à caracterização das ginastas de elite de
conjuntos de GR, consideramos que não são as características
antropométricas, da composição corporal e da idade da menarca as que se
apresentam substancialmente relevantes na explicação do sucesso em
competição destas ginastas. No entanto, concluímos que essas características
são comuns às ginastas de elevado nível de desempenho. O elevado volume
de horas de treino semanal (cerca de 42 horas) explicou 42% do sucesso em
competição. A iniciação precoce em GR (aos 6 anos de idade) e o elevado
número de anos de prática são significativamente relevantes no alcance do
patamar de excelência em conjuntos de GR. A idade da menarca observada
nas ginastas foi significativamente mais tardia nas ginastas mais velhas pelo
maior número de anos de treino em GR que antecederam o aparecimento da
menarca. Os resultados referentes à análise do conteúdo dos exercícios
permitiu-nos considerar como consistente o padrão das composições dos
exercícios de competição de elevado nível de desempenho desportivo. Estes
incluem: maior número e complexidade na utilização de elementos de
dificuldade em troca, dificuldades em equilíbrio executadas na sua maioria com
elevada amplitude e executadas com diferentes apoios de forma dinâmica,
dificuldades em salto maioritariamente executados com rotação, dificuldades
em rotação executadas na sua maioria com elevada complexidade técnica,
maior utilização de critérios associados aos lançamentos (explicando 6% do
sucesso em competição) em detrimento de critérios associados às receções,
maior utilização de colaborações com perda de contacto visual com o aparelho
durante o voo explicando 16,5% do sucesso em competição.
PALAVRAS CHAVE: GINÁSTICA
CARACTERISTICAS, DESEMPENHO
XIII
RÍTMICA,
CONJUNTOS,
ELITE,
Abstract
This dissertation aimed to analyze, anthropometric characteristics, body
composition, age at menarche, training hours volume, sport activity initiation
and years of practice of Elite Rhythmic Gymnastics (RG) gymnasts and analyze
according to the competition performance, the content of the competition
routines contributing to the characterization of high level RG gymnasts and RG
group’s performance.
We studied 84 group gymnasts’ characteristics who participated in Portimão
2009 and 2010 RG World Cups, and the 126 group competition routines content
from 28 countries that participated at 4 GR World Cups in Portimão (2007 to
2010). For the analysis of the gymnasts characteristics was calculated body
mass index, body fat and lean body mass, the last two estimated from skinfolds
thicknesses and circunferences. Age at menarche, age of RG training initiation,
years of practice and training volume (daily and weekly) was recorded using a
questionnaire. For the routines content analysis, all body difficulty elements,
apparatus elements and specific groups elements recorded on the official forms
provided in competitions were analyzed.
Related to gymnasts’ characterization results it was clear that anthropometric
characteristics, body composition and age at menarche were not relevant in
success competition explanation. However, we concluded that those
characteristics were similar for the high level performance gymnasts. The high
number of training hours per week (about 42 hours) explained 42% of
competition success. Early initiation in RG (6 years old) and the high number of
years of practice are significantly relevant to achieve the excellence level in RG
groups. The age at menarche observed in gymnasts was significantly more
delayed in older gymnasts probably due a higher number of years training
gymnastics prior to the menarche onset. Studding the competition routines
content it is possible to conclude that they follow a pattern consistent with the
high level sports performance in RG. This pattern includes: high number and
complexity in exchange difficulties; balance difficulties mostly performed with
high amplitude movements and performed on different supports in a dynamic
way; jump difficulties mainly performed with rotation; rotation difficulties
performed mostly with high technical complexity; higher use of throws criteria
(explaining 6% of competition success) than the caches criteria; high use of
collaborations with loss of visual contact with the apparatus during its flight
explaining 16.5% of competition success.
KEYWORDS:
RHYTHMIC
GYMNASTICS,
CHARACTERISTICS, PERFORMANCE
XV
GROUPS,
ELITE,
Résumé
Le but de cette thèse était analyser, les caractéristiques anthropométriques, la
composition corporelle, l'âge à la ménarche, le volume d’entraînement, l’âge au
début du processus d’entraînement et aussi les années de pratique de la
gymnastique rythmique (GR) d’haute niveau; il était aussi le but de la thèse
analyser le contenu des routines de compétition en fonction des performances
en compétition, bien que contribuer pour la caractérisation de la performance
des ensembles de GR d’haute niveau.
Nous avons étudié 84 gymnastes d’ensemble qui ont participé aux Coupes du
Monde de GR à Portimão, les années 2009 et 2010 et le contenu de 126
routines performait par les ensembles appartenaient à 28 pays qui ont participé
aux 4 Coupes du Monde de GR à Portimão entre 2007 et 2010. Pour l'analyse
des caractéristiques des gymnastes a été calculé l'indice de masse corporelle,
la masse grasse et la masse maigre, les deux derniers ont était calculés par les
plis cutanés et périmètres du corps. L’âge à la ménarche, l'âge de l'initiation de
formation RG, le nombre d’années de pratique et le volume d'entraînement
(quotidien et hebdomadaire) a été enregistrée à l'aide d'un questionnaire. Pour
l'analyse du contenu des routines, tous les éléments de difficulté du corps, des
éléments engin et des éléments spécifiques pour les ensembles ont été
analysés les informations enregistrés sur les fiches officiels fournis aux
compétitions.
En ce qui concerne la caractérisation des gymnastes, il était clair que les
caractéristiques anthropométriques, la composition corporelle et l'âge à la
ménarche n'étaient pas pertinentes pour expliquer le succès à la compétition.
Toutefois, nous avons conclu que ces caractéristiques étaient similaires pour
les gymnastes de haut niveau performance. Le nombre élevé d'heures
d’entraînement par semaine (environ 42 heures) explique 42% de réussite a là
compétition. L'initiation précoce dans GR (6 ans) et le nombre élevé d'années
de pratique sont nettement pertinente pour atteindre le niveau d'excellence
dans les ensembles de GR. L'âge à la ménarche observé chez des gymnastes
était plus tardif dans les anciennes gymnastes probablement en raison d'un
plus grand nombre d'années d’entraînement en GR avant le début de la
ménarche. En ce qui concerne le contenu des routines, il était possible de
conclure qu'ils suivent un modèle compatible avec les exigences pour l’haute
niveau de performance en GR. Ce modèle comprend: nombre élevé et la grand
complexité des difficultés de échange; des d'équilibres avec des mouvements
de grande amplitude et réalisée avec différents type de appui et performé de
façon dynamique, des difficultés de saut surtout réalisées avec rotation;
difficultés de rotation de grande complexité technique, une plus grande
utilisation de critères au moment du lancer (expliquant 6% de réussite en
compétition) que au moment de la récupération; l'utilisation élevée de
collaborations avec perte de contact visuel avec l’engin pendant le vol en
expliquant 16,5% de réussite au concours.
MOTS-CLÉS:
GYMNASTIQUE
RYTHMIQUE,
CARACTÉRISTIQUES, PERFORMANCE
XVII
ENSEMBLES,
ELITE,
Abreviaturas
BMI – Body Mass Index
CA – Coincidence-Anticipation
CoP / CP – Code of Points
EC – European Championship
e.g. – For example
et al. – And colleagues
ex. - exemplo
EGR - Gymnastes des Ensemble de Gymnastique Rythmique
FADEUP – Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Fig. – Figure
FIG – Federação Internacional de Ginástica / International Federation of Gymnastics
FM – Fat Mass
GR – Ginástica Rítmica/ Gymnastique Rythmique
GRG – Group Rhythmic Gymnasts
i.e. – That is / isto é
IMC - Indice de Masse Corporelle / Índice de Massa corporal
LBM – Lean Body Mass
max. – Maximum
MG - Masse Grasse / Massa Gorda
min. – Minimum
MMC - Masse Maigre du Corps
RG – Rhythmic Gymnastics
sd – Standard Deviation
SPSS – Statistical Package for the Social Sciences
vs. - Versus
WHO - World Health Organization
1st – First
2nd – Second
%MG – Valores relativos de Massa Gorda (percentagem)
%MM - Valores relativos de Massa Magra (percentagem)
%GC - Graisse Corporelle Relative (pourcentage)
%BF – Relative Body Fat (percentage)
XIX
I.
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A Ginástica Rítmica (GR) é caracterizada pela constante busca do belo, pela
explosão de talento e criatividade, em que a expressão corporal e o virtuosismo
técnico se desenvolvem juntos, formando um conjunto harmonioso de
movimento e ritmo (Laffranchi, 2005). A GR é também para Róbeva (1995)
uma modalidade abrangente que engloba em si exigências técnicas e estéticas
conducentes ao Desporto e à Arte. A consideração da GR como arte deve ser
encarada com alguma ponderação, já que nem todas as composições
coreográficas percorrem o que Laffranchi (2005) definiu como o difícil caminho
de tentar encontrar a força criativa capaz de gerar composições excecionais,
sem temor de enfrentar o trabalho árduo requerido pelo ato de gerar novas
perspetivas de movimento. No entanto, é sobre a GR como modalidade
desportiva, sujeita a uma regulamentação específica (Bobo & Sierra, 1998) e
procura da excelência da performance (Laffranchi, 2005) que incide o nosso
interesse. A GR não pode ser encarada, segundo Bobo & Sierra (1998), como
uma modalidade com um reportório técnico fechado e já completamente
estabelecido pois para além dos elementos que já existem (registados e
valorizados pelo código de pontuação) há também um reportório técnico “por
criar” (elementos novos e originais que surgem ao longo das competições e
que são resultado da capacidade criativa de técnicos e ginastas) que vai
aumentando a lista de elementos já conhecidos. No entanto, e face à natureza
pouco dinâmica das modalidades gímnicas, o estudo do conteúdo dos
exercícios de competição coloca os investigadores e os treinadores perante
uma elevada quantidade de números com grande poder representativo e
interpretativo. Uma dupla fonte de informação extraída, por um lado, das
normas oficiais do regulamento da modalidade, que segundo Kulka (1995)
constitui uma ferramenta de base para orientar a deteção, o ensino, a
preparação e seleção de futuras ginastas, e das Ciências do Desporto por
outro será a complementaridade entre a prática e a Ciência que poderá
contribuir para um melhor entendimento do processo evolutivo da própria
modalidade.
A extrema complexidade dos exercícios de conjuntos de GR exige a
compreensão profunda dos diferentes elementos que os constituem (Gonzales-
3
INTRODUÇÃO
Rubio, 1995) quer por parte dos técnicos que os compõem quer ainda pelas
juízes que os avaliam. Nesta perspetiva, a observação e análise do treino e da
competição em GR bem como dos seus conteúdos constituem uma tarefa
essencial para o conhecimento da modalidade (Laffranchi, 2005). A análise
metódica dos exercícios de competição em GR em função do rendimento
desportivo revela-se vantajosa na medida em que disponibiliza informações
que permitem: antever as tendências evolutivas da modalidade; informar e/ou
orientar as escolhas e decisões das treinadoras; configurar modelos de
contribuição para o desempenho desportivo, potenciando a construção de
estratégias de trabalho.
A conexão entre os conteúdos do processo de treino e de competição é quase
perfeita já que não existem, à partida, meios externos que disturbem a
passagem de um contexto para outro. O contexto de competição é
normalmente encarado pelas treinadoras experts em ginástica como um
contexto onde devem ser minimizadas as indicações e adaptações técnicas
(Côté & Salmela, 1995) revelando também, desta forma, a natureza pouco
dinâmica da passagem do contexto treino para o contexto competição. Assim,
o conteúdo dos exercícios de competição pode ser encarado como um produto
do processo de treino, contexto onde é preestabelecido o conteúdo e este
último revelador das matérias de preocupação, dedicação e aposta por parte
das treinadoras.
Law, Côté, & Ericsson (2007) referem que as ginastas de Elite de GR
despendem de um elevado volume de tempo de treino já em idades baixas, e
por isso é limitada a oportunidade de fazerem parte de outras atividades pelo
compromisso que têm na prática do ballet (trabalho de base em Ginástica
Rítmica) e da ginástica. Segundo os autores, o volume de treino vai
aumentando à medida que as ginastas vão atingindo elevadas performances e
é também acompanhado pelo maior desafio técnico da composição dos seus
exercícios. A aquisição de expertise enfatiza a natural mudança da relação do
envolvimento da performance através do desenvolvimento e do ganho de
experiência através do treino e da competição (Phillips, Davids, Renshaw, &
Portus, 2010). Segundo o estudo de Côté & Salmela (1995), onde analisaram o
4
INTRODUÇÃO
conhecimento usado pelos treinadores Canadianos experts em ginástica no
treino e na competição, referem que a maior tarefa do treinador é ajudar os
atletas a otimizar o seu potencial em treino e em competição. Os treinadores
têm a função de transmitir e de transformar um abrangente leque de
conhecimentos no sentido de poderem ajudar os atletas a adquirirem e a
saberem usar esse conhecimento em diversas situações (Côté, Salmela, &
Russell, 1995). Law et al. (2007) refere que a quantidade e qualidade das
atividades práticas também podem explicar as diferenças individuais na
obtenção da performance em muitos domínios da expertise. Segundo os
mesmos autores a principal diferença entre as ginastas olímpicas e as ginastas
não olímpicas (de nível Internacional) foi o facto das primeiras apresentarem
um maior volume de horas de treino dedicado aos exercícios de competição e
ao aperfeiçoamento técnico dos elementos. O que segundo os autores são as
exigências e condições que mais se aproximam dos requisitos competitivos
desta modalidade. Também Côté & Salmela (1995) referem que uma das
características apresentadas pelas ginastas que obtêm um nível mais elevado
de performance em provas internacionais é o facto de terem um volume de
treino superior e uma especialização mais precoce na modalidade. Em média,
as ginastas de treinadores experts despendem cerca de 30 horas (Côté &
Salmela, 1995) a 36 horas de treino semanais (Berlutti et al., 2010). Para os
treinadores experts em ginástica não existe substituto para uma aprendizagem
das habilidades em ginástica senão a do tipo progressivo, consolidando a
aprendizagem e reduzindo o receio na execução das habilidades (Côté &
Salmela, 1995). Este princípio metodológico é moroso quer na aprendizagem
de novas habilidades, quer numa fase posterior de consolidação onde a própria
habilidade é normalmente explorada em condições dificultadoras e/ou
diversificadas (ex. no caso da GR: com ligações que antecedem e precedem a
própria habilidade, com diferentes formas de manipulação do aparelho,
executada com diferentes aparelhos, executada após uma rotação ou um
elemento dinâmico). É então uma das características do treino em ginástica
que faz com que o elevado nível de prestação na modalidade esteja associado
5
INTRODUÇÃO
a
um
elevado
tempo
acumulado
despendido
no
treino
durante
o
desenvolvimento da ginasta (Law et al., 2007).
Segundo Ericsson & Smith (1991) o acesso a patamares de excelência numa
determinada atividade decorre de 3 fases: a) a identificação da excelência
nessa atividade (ex. características, tarefas próprias), b) a análise das
performances de excelência nessa atividade e c) definição e implementação
das estratégias, metodologias e meios que levem os indivíduos a atingir tais
excelentes performances. Segundo Esteves (2009), o Desporto, de um modo
geral, acaba por ser padronizado pelos seus protagonistas de excelência, i.e.,
são estes que servem de modelo de referência a todos quantos desenvolvem
funções análogas.
Requisitos estéticos na avaliação da performance de algumas modalidades são
normalmente a causa da importância da composição corporal e das dimensões
antropométricas das suas praticantes (Claessens, Lefevre, Beunen, & Malina,
1999; Lebre, 1993). A Ginástica, patinagem no gelo e natação sincronizada
podem ser modalidades incluídas neste grupo (Lebre, 1993). Para Kulka (1995)
a morfologia da ginasta é um elemento capital de apreciação subjetiva (beleza
do gesto) mas também pela eficácia da utilização do aparelho (perfil da GR). A
constituição morfológica das ginastas pode ter, entre outros fatores, um
impacto significante na obtenção de bons desempenhos em Ginástica
(Claessens et al., 1999; Di Cagno et al., 2009). O aumento da longevidade da
carreira desportiva das ginastas de Elite de GR faz com que todo um processo
exigente que promova a evolução desta modalidade tenha de ter em conta esta
nova, mas mais experiente e madura população alvo, assim como as jovens
ginastas que poderão ainda permitir que a longevidade nesta modalidade seja
encarada como um processo evolutivo. Segundo Anderson et al. (2000) o
programa de treino deverá garantir a longevidade das ginastas e minimizar o
risco para a sua saúde. Para isso, é necessário considerar a importância de um
acompanhamento médico a quando da formação de uma jovem ginasta.
Podem ocorrer consequências sérias para a sua saúde decorrentes da
conjugação em atletas femininos de desordens alimentares, amenorreia e
osteoporose – tríade da mulher atleta (Anderson et al., 2000; Ray, 2005). O
6
INTRODUÇÃO
normal ciclo menstrual pode ser de alguma forma um sistema frágil pelo baixo
peso, nutrição inadequada, treino excessivo, doença e por fatores psicossociais
(Ray, 2005). A Amenorreia não deverá ser considerada uma resposta normal
ao exercício (Anderson et al., 2000) mas deve também ser considerada a
possibilidade de ocorrência de uma simples menarca tardia (Blanco-Garcia,
Evain-Brion, Toublanc, & Job, 1984).
Em competições individuais a avaliação estética subjetiva realizada pelas
juízes é mais focada no perfil da ginasta enquanto na especialidade de
conjuntos é mais focada no desenho do trabalho do grupo (Nina Vitrichenko,
Nota Klentrou, Natalia Gorbulina, Daniela Della Chiaie, & Fink, 2011).
Laffranchi (2005) acrescenta ainda que uma das características dos conjuntos
é que o seu trabalho depende mais do talento criativo do grupo, do que da
excelência dos elementos corporais.
Na presente dissertação serão estudadas e analisadas algumas das variáveis
que contribuem para a identificação e caracterização das melhores ginastas de
conjuntos de GR (características antropométricas, composição corporal, idade
da menarca, volume de horas de treino, idade de início na modalidade e anos
de prática em GR) assim como também serão analisadas algumas variáveis do
seu desempenho em competição (conteúdo da composição dos exercícios de
competição).
Problema e objetivos do estudo:
A
presente
dissertação
reflete o
nosso
interesse
pela
análise
das
características e do desempenho das ginastas de Elite de conjuntos de GR,
relativamente ao conteúdo da composição dos exercícios de competição ao
nível dos elementos de técnica corporal, técnica de aparelho e elementos
específicos de conjuntos assim como em relação às características
antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de
treino, início da atividade desportiva e anos de prática em GR das ginastas que
constituem os conjuntos de referência mundial.
7
INTRODUÇÃO
Os seguintes problemas, relativos às características das ginastas e ao
desempenho dos conjuntos de Elite de GR, foram suportados de acordo com
os interesses acima referidos:
1) De que forma a seleção dos elementos de técnica corporal, de técnica
de aparelho e específicas de conjuntos realizada pelas treinadoras e
executados pelas ginastas caracterizam e/ou explicam o sucesso em
competição em conjuntos de GR?
2) De que forma as características antropométricas e composição corporal
distinguem as ginastas da atualidade em função da sua idade
cronológica e do sucesso em competição?
3) De que forma a idade da menarca distingue as ginastas em função da
sua idade cronológica e do sucesso em competição?
4) De que forma os anos de prática em GR, o volume de horas de treino e
idade de início da atividade desportiva distinguem as ginastas de Elite
em função da sua idade cronológica e do sucesso em competição?
Foi de seguida definido o objetivo geral:
Analisar, em função do desempenho em competição, o conteúdo dos
exercícios de competição de conjuntos de Elite e analisar as características
antropométricas, da composição corporal, idade da menarca, volume de horas
de treino, início da atividade desportiva e anos de prática em GR das ginastas
desses conjuntos contribuindo para a caracterização quer das ginastas quer da
performance dos conjuntos de excelência em GR. Com base no objetivo geral
foram definidos os seguintes objetivos específicos:
1) Analisar o conteúdo dos exercícios de competição relativamente aos
elementos corporais e específicos de conjuntos em função do
desempenho em competição.
2) Analisar o conteúdo dos exercícios de competição relativamente aos
elementos técnicos de aparelho e específicos de conjuntos em função
do desempenho em competição.
8
INTRODUÇÃO
3) Analisar as características antropométricas e da composição corporal
das ginastas de conjuntos de Elite e verificar de que forma se distinguem
em função da idade cronológica e do sucesso em competição.
4) Analisar a idade da menarca das ginastas, anos de prática em GR,
volume de horas de treino e idade de início da atividade desportiva em
função da sua idade cronológica e do seu sucesso em competição.
Estrutura da Dissertação
A presente dissertação apresenta-se segundo as normas e orientações para a
redação e apresentação de dissertações da Faculdade de Desporto da
Universidade do Porto (FADEUP, 2009). A sua estrutura recorre ao modelo
escandinavo composto por artigos científicos publicados e submetidos em
revistas com revisão de pares. Este modelo permite o desenvolvimento
progressivo da capacidade de realizar trabalhos científicos de uma forma
sustentada e mais autónoma. Aumenta também o espaço crítico e promove a
divulgação dos resultados com maior brevidade. Devido à adoção deste
modelo, as partes constituintes desta dissertação, que se referem aos artigos
submetidos e publicados nos diferentes periódicos, respeitarão as normas de
publicação, no que se refere às referências bibliográficas de cada revista
submetida ou publicada. Desta forma, tentámos aproximar os artigos aqui
compilados com os publicados por cada periódico.
A presente dissertação está estruturada em quatro capítulos, por forma a
responder adequadamente às questões formuladas e à extensão dos objetivos
propostos.
O capítulo I é composto pela presente Introdução que apresenta o
enquadramento dos estudos realizados, a sua justificação e pertinência, assim
como os objetivos propostos e a respetiva estrutura da dissertação.
O capítulo II é composto por um estudo teórico sobre o conteúdo dos
exercícios de competição em Ginástica Rítmica. Foi realizado com o intuito de
reunir as principais considerações dos estudos realizados sobre o conteúdo
dos exercícios de competição de Ginástica Rítmica e revelar o nosso
9
INTRODUÇÃO
entendimento sobre este domínio da identificação e análise do desempenho
em GR.
O capítulo III integra quatro estudos empíricos. Enquanto os dois primeiros
analisam os conteúdos da composição dos exercícios de competição de
conjuntos ao nível dos elementos de técnica corporal, de técnica de aparelho,
de técnica específica de conjuntos e do volume de horas de treino em função
do seu desempenho em competição, os dois últimos focalizam a análise nas
caracteristicas antropométricas e da composição corporal assim como na idade
da menarca, anos de prática em GR, volume de horas de treino e idade de
início da atividade desportiva das ginastas de Elite de conjuntos de GR, em
função da sua performance em competição e idade cronológica.
A tabela 1 apresenta um quadro resumo dos estudos realizados na presente
dissertação designando os autores, a data de publicação ou submissão, o
título, e a revista onde foram publicados ou submetidos.
Tabela 1. Quadro resumo dos estudos realizados na presente dissertação
Capítulo II
Estudo Teórico
Ávila-Ávila-Carvalho, L., Leandro, C., & Lebre, E. O conteúdo dos
Estudo 1
exercícios de competição em Ginástica Rítmica. Brazilian Journal
of Kinanthropometry and Human Performance, submetido para
publicação em Maio/2012
Capítulo III
Estudos Empíricos
Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E.
Estudo 1
Analysis of the Technical Content of Elite Rhythmic Gymnastics
Group Routines. The Open Sports Sciences Journal, in press.
Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., & Lebre, E. Handling, Throws,
Estudo 2
Catches and Collaborations in Elite Group Rhythmic Gymnastics.
Science of Gymnastics Journal, in press.
10
INTRODUÇÃO
Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E.
Estudo 3
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group
rhythmic gymnasts according to their chronological age. Science
& Sports Journal, in press.
Ávila- Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E.
Estudo 4
(2012). Body composition profile of Elite Group Rhythmic
Gymnasts. Science of Gymnastics Journal, 4(1), 21-32.
No capítulo IV apresentamos as considerações finais, com base nas
conclusões provenientes dos diferentes estudos. Pretendemos neste último
capítulo sintetizar e relacionar os resultados alcançados, referenciando a nossa
visão sobre os diversos assuntos tratados e as considerações para o domínio
da prática que tendem a contribuir para um melhor entendimento do que
caracteriza as ginastas e o desempenho dos conjuntos de Elite de GR. É
também nossa intensão poder expor como podem servir de referência o estudo
e análise das características das ginastas, dos conjuntos e do conteúdo das
composições dos exercícios de competição de Elite para as treinadoras que
pretendam utilizar as nossas pesquisas como conhecimento e/ou referência na
sua atividade de treinadoras de GR no âmbito do treino de alto rendimento.
As referências bibliográficas relativas a cada estudo são apresentadas no seu
final em concordância com as normas das revistas onde foram publicados ou
submetidos. As referências bibliográficas finais de todos os estudos realizados
são apresentadas no final de toda a dissertação.
REFERÊNCIAS
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Body
11
composition,
biological
maturation,
INTRODUÇÃO
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12
INTRODUÇÃO
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das
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National du Sport et de L'Education Physique.
13
II.
ESTUDO TEÓRICO
ESTUDO TEÓRICO 1
Ávila-Carvalho, L., Leandro, C., & Lebre, E. O conteúdo dos exercícios de
competição em Ginástica Rítmica. Brazilian Journal of Kinanthropometry and
Human Performance, submetido para publicação em Maio/2012
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
O conteúdo dos exercícios de competição em Ginástica Rítmica
The content in Rhythmic Gymnastics competition routines
RESUMO
O desempenho desportivo em Ginástica Rítmica (GR) está associado a 3
fatores principais que abrangem a qualidade da composição, a qualidade da
execução e ainda a qualidade da composição e execução artística. Desta
forma, será fundamental uma análise focada entre outros fatores na eficácia e
no rendimento desportivo. Uma dupla fonte de informação extraída, por um
lado, das normas oficiais do regulamento da modalidade e das Ciências do
Desporto por outro será a complementaridade entre a prática e a Ciência que
poderá contribuir para a evolução da própria modalidade.
Conhecer de forma metódica e sistemática o conteúdo da composição dos
exercícios de competição das ginastas individuais ou de conjuntos de GR que
obtêm os melhores resultados a nível Internacional permite-nos, por um lado,
descortinar uma direção e orientação de trabalho, já que com esta análise
podemos identificar o caminho que as ginastas ou os conjuntos de topo estão a
percorrer e, por outro lado, perceber a interpretação dos Códigos de Pontuação
e as estratégias de composição utilizadas pelas treinadoras de GR
consideradas de referência. O estudo do conteúdo dos exercícios de
competição deve abranger as componentes técnicas - corporal, de aparelho, e
específicas de conjuntos, bem como as componentes da dimensão artística, já
que é da sua combinação que resulta efetivamente a análise integrada da
composição de um exercício de GR. Por fim, pensamos que o resultado deste
tipo de análise pode, não só influenciar os programas de desenvolvimento da
prática, como também conduzir a novos desenhos experimentais utilizados na
pesquisa científica em GR.
19
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
ABSTRACT
The sports performance in Rhythmic Gymnastics (RG) is linked to three major
factors that include the quality of the routines composition, the quality of
execution and the artistic performance. Thus, is important the focus the analysis
on the sports performance success. It can identify a dual information source: in
one hand all the information given by the code of points as official guideline,
and in the other hand all date given by the Sport Sciences.
Is this
complementarity obtained by the link between practice and science that that it
can be realized the sports evolution. Study, in a methodical and systematic way,
the composition content of the RG Elite individual and groups competition
routines allow us (1) to reveal the direction and guidance of the bests gymnasts
and groups and (2) to reveal the way the code of points has been interpreted
and the composition strategies used by reference coaches in RG. The routines
content study should include the body, apparatus and groups specific
requirements technique, and, also, artistic dimension components. The
combination of all those data can result on a real integrated analysis of the
routines composition in GR. Finally, we believe that this knowledge can be used
to influence the practice development programs and can also lead to new
experimental design used in scientific research in RG.
20
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
INTRODUÇÃO
A primeira participação da modalidade de conjuntos de Ginástica Rítmica (GR)
em Jogos Olímpicos foi em 1996, em Atlanta. Desde então, o padrão de
desempenho dos conjuntos participantes em competições Internacionais tem
sido cada vez mais exigente. Os Códigos de Pontuação de GR são as
diretrizes universais concretizadas pelo Comité Técnico da Federação
Internacional de Ginástica (FIG). O Código de Pontuação é, no fundo, o
documento orientador que rege a forma como os exercícios são concebidos,
executados e ainda a forma como deverão ser interpretados. Este documento
tem dois grandes objetivos 1) uniformizar as exigências técnicas da disciplina,
permitindo uma avaliação mais objetiva e 2) orientar o caminho de
desenvolvimento da modalidade através, quer da bonificação dos elementos
técnicos, quer através da penalização dos elementos que se consideram
nocivos para a evolução da GR. Este documento de referência é alvo de
alterações periódicas (habitualmente no início de cada ciclo olímpico), fazendo
com que os requisitos para a composição dos exercícios de competição se
tornem normalmente mais exigentes1. Um dos temas de central interesse no
âmbito das Ciências do Desporto é o estudo do prognóstico do talento e do
desempenho desportivo2. Neste último, é fundamental o estudo do conteúdo
dos exercícios de competição, dado que o desempenho desportivo em GR está
associado a 3 fatores principais que abrangem a qualidade da composição, a
qualidade da execução e ainda a qualidade da composição e execução
artística. Desta forma, pensamos que será fundamental uma análise focada,
entre outros fatores, na eficácia e no rendimento desportivo. Normalmente os
estudos técnicos nas disciplinas de ginástica têm sido baseados nos Códigos
de Pontuação. No entanto, de acordo com Bauch 3 a análise dos exercícios de
competição deverá ser mais focada no conteúdo qualitativo dos exercícios do
que nas regras do Código de Pontuação. Segundo o autor, só assim será
possível realizar diferentes abordagens na composição de um exercício de
competição. Então, poder-se-á alargar o conceito desportivo da GR utilizando
uma dupla fonte de informação: as normas oficiais extraídas do seu
21
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
regulamento4, por um lado, e as Ciências do Desporto por outro. Segundo
Vidal4 a avaliação de um exercício de competição é feito a partir de um juízo ou
apreciação subjetiva por um grupo de experts que avaliam a qualidade dos
exercícios em função de um regulamento preestabelecido. Apesar da
componente subjetiva a que a avaliação em Ginástica está sujeita, a análise
objetiva (quer em termos quantitativos quer em termos qualitativos) das
dificuldades permite um melhor conhecimento das estratégias
e
da
interpretação dos regulamentos por parte das treinadoras, fornecendo ainda
dados sobre a evolução das ginastas e do grau de afastamento do resultado
final em relação ao inicialmente planeado.
Os propósitos do presente artigo são: (i) aprofundar e contextualizar as
características da GR de conjuntos; e (ii) analisar as particularidades dos
estudos efetuados no âmbito da composição de exercícios em Ginástica
Rítmica.
DESENVOLVIMENTO
Características da Ginástica Rítmica
Numerosas definições de GR têm sido apontadas, de acordo com os diferentes
pontos de vista dos autores4. Uma das definições que julgamos abarcar os
mais importantes domínios da modalidade foi elaborada por Laffranchi5.
Segundo esta autora a GR é uma constante busca do belo, uma explosão de
talento e criatividade, em que a expressão corporal e o virtuosismo técnico se
desenvolvem juntos, formando um conjunto harmonioso de movimento.
Segundo Vidal4 os estudos realizados em GR têm passado por analisar o
manejo dos aparelhos, as condições físicas ou as habilidades motoras
necessárias para a sua prática ou ainda centrados na dimensão estética e
artística da modalidade. Se nos centrarmos na composição de um exercício de
GR teremos como base o movimento corporal (natural, total, fluido e rítmico)
em harmonia com a manipulação dos diferentes aparelhos portáteis (corda,
arco, bola, maças e fita)4. Segundo o mesmo autor, ao estudar a qualidade da
execução teremos de ter em consideração a interpretação das composições
22
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
(maestria e virtuosismo) que, pelo seu caráter estético, revelam qualidades
associadas à graciosidade, à harmonia, ao ritmo, à beleza. É na conjugação da
qualidade da composição e da execução que resulta a fonte de prazer estético
que é o grande atrativo de espetacularidade 4 desta modalidade gímnica.
Segundo Lebre6 a escassez de estudos em GR no que se refere à análise
técnica dos exercícios de competição associada à constante evolução das
exigências quer de composição quer de execução tem justificado o número
reduzido de estudos na modalidade. Segundo a autora essa escassez
impossibilita a confrontação dos resultados obtidos para quem se pretende
dedicar ao estudo do conteúdo dos exercícios de competição. A GR é
caracterizada
por
promover
diferentes
habilidades
motoras
tanto
na
coordenação dinâmica geral (deslocamentos, saltos, rotações e equilíbrios)
como nas diferentes formas de manipulação dos aparelhos (conduzir, rodar,
lançar, receber…)4. As tarefas motoras em GR são de alta complexidade e
risco4, 6. Os movimentos não são puramente mecânicos, existem neles uma
carga afetiva que transmite vivências interiores permitindo a expressão de
sentimentos4. Numa análise global e abrangente da modalidade para Vidal4 o
estudo da técnica não é suficiente.
A seleção dos conteúdos da composição dos exercícios de competição de GR
é normalmente realizada pela treinadora6. Esta seleção é feita em função de 3
fatores principais: as exigências do Código de Pontuação, o escalão etário e o
nível técnico das ginastas. A interpretação da composição é conduzida e
supervisionada pela treinadora durante o processo de treino orientado pela
equipa técnica, contudo, se analisarmos essa interpretação como produto, ou
seja, no momento da competição, esta é da inteira responsabilidade da ginasta.
De seguida, apresentamos de forma esquemática e resumida as exigências de
composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR nos últimos 2
Ciclos Olímpicos e no período Olímpico que se inicia em 2013.
23
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
Conjuntos de GR
Componentes Técnicas
Elementos específicos
Exigências
em 2005
Exigências
em 2009
Exigências
em 2013*
Saltos
Dificuldade Corporal
Rotações
Utilização variada e
equilibrada
Utilização
variada e
equilibrada
Equilíbrios
Flexibilidades/Ondas
Composição dos
exercícios de
competição
Passos de Dança
Dificuldade de Aparelho
min. 1
Lançamentos e
receções
Utilização variada e equilibrada
Mestria de aparelho
máx. 1
Com risco
Dificuldade específica
de conjuntos
Trocas
min. 6
min. 6
min. 5
Colaborações
min.3
min.5
min.6
Formações
min.6
min. 6
min. 6
Fig. 1. Exigências de composição dos exercícios de competição de conjuntos
de Ginástica Rítmica. (* proposta de regulamento que orienta a GR para o
próximo ciclo olímpico, 2013-2016)
24
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
Este conjunto de regras na construção da composição dos exercícios de
conjuntos de GR tem como principal objetivo a uniformização das exigências 6
permitindo desta forma a distinção quantitativa e qualitativa das diferentes
composições. As exigências esquematizadas na Fig. 1 são de aplicação
generalizada, ou seja, destinadas a exercícios de conjuntos realizados com
qualquer um dos aparelhos portáteis (corda, arco, bola, maças e fita)
independentemente do exercício ser executado com apenas um tipo de
aparelho (ex. 5 arcos) ou com 2 tipos diferentes (ex. 3 fitas 2 cordas).
Podemos observar na Fig. 1 que os elementos de dificuldade, na composição
dos exercícios de competição de conjuntos de GR se dividem em 3
componentes técnicas: elementos de dificuldade corporal, elementos de
dificuldade de aparelho e elementos de dificuldade específicos do trabalho de
conjuntos. Estas 3 componentes técnicas principais subdividem-se em
diferentes tipos de elementos técnicos específicos. Os elementos de
dificuldade
corporal
estão
divididos
em
saltos,
rotações,
equilíbrios,
flexibilidades/ondas e passos de dança que ao longo dos últimos ciclos
Olímpicos têm tido como exigência o facto de deverem ser utilizados de forma
variada e equilibrada (caso dos saltos, rotações, equilíbrios, ondas) não
havendo exigência quantitativa na seleção destes elementos de dificuldade. No
caso dos passos rítmicos e segundo a proposta de regulamento que orienta a
GR para o próximo ciclo Olímpico haverá a exigência da inclusão de pelo
menos 1 momento na composição dos exercícios de competição. Os
elementos de dificuldade de aparelho estão divididos de forma genérica em:
mestria de aparelho, lançamentos/receções e elementos de risco. O primeiro é
específico de cada aparelho e os dois últimos têm características gerais para a
execução com qualquer um dos aparelhos de GR. Apenas os elementos de
risco terão, segundo a proposta de regulamento que orienta a GR para o
próximo ciclo Olímpico, como exigência obrigatória a inclusão de pelo menos 1
momento de risco no exercício de conjuntos de GR. Em relação aos elementos
de dificuldade específicos de conjuntos, dividem-se em: trocas, colaborações e
formações (apesar de não ser elemento técnico é de exigência específica na
composição dos exercícios de competição de conjuntos). Enquanto o número
25
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
mínimo exigido de formações tem-se mantido nos últimos ciclos Olímpicos, as
trocas terão, segundo a nova proposta de regulamento para o próximo ciclo
Olímpico, uma diminuição quantitativa de exigência. As colaborações têm
revelado um aumento quantitativo na composição dos exercícios o que tem
promovido uma evolução qualitativa da ginástica de conjuntos de GR.
Estas alterações, nos Códigos de Pontuação, podem ter em termos gerais 3
características diferentes: 1) serem Organizacionais, 2) serem Estruturais ou
serem 3) Morfológicas. 1) Organizacionais como é o caso dos elementos de
dificuldade de flexibilidade/ondas, que desaparecem como grupo técnico
corporal na proposta de regulamento de 2013, mas que são redistribuídos
pelos restantes grupos em função da sua característica mecânica. Desta forma
as Flexibilidades/ondas foram recolocadas nos restantes grupos técnicos
corporais em função da presença de rotação ou de equilíbrio (mesmo que a
base de apoio seja outra parte do corpo que não o pé). 2) Estruturais, como
são os casos dos passos de dança, que surgem como elemento de dificuldade
corporal, ou dos riscos como dificuldade de aparelho obrigatória na composição
dos exercícios de competição a partir de 2013. Ou ainda 3) Morfológicas, que
se referem à alteração dos critérios de qualificação do nível de exigência das
dificuldades corporais. Estas alterações são por vezes de tal ordem que
dificultam a possibilidade de confrontação dos resultados obtidos 6 em
diferentes estudos nos diferentes Ciclos Olímpicos.
Para além das regras gerais de composição acima descritas existem também
regras gerais no que concerne à qualidade de execução e de construção e
interpretação artística. Em relação à execução existe uma uniformização
relativamente à forma como devem ser realizadas as dificuldades de técnica
corporal, de aparelho ou de técnica específica de conjuntos por forma a que
objetivamente todas as ginastas e conjuntos sejam avaliados dentro dos
mesmos critérios técnicos a quando da realização dos exercícios de
competição.
A construção e interpretação artística num exercício de GR têm como principal
objetivo a projeção de uma imagem emocional para os espectadores e a
apresentação de uma ideia coreográfica com interpretação expressiva guiada
26
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
por três aspetos fundamentais: o acompanhamento musical, a imagem artística
e a expressividade7. O desempenho artístico refere-se à capacidade da ginasta
ou conjunto em transformar uma composição tecnicamente bem estruturada
numa performance artística, onde a interpretação expressiva, a musicalidade e
a parceria têm em conjunto um papel fundamental8. A componente artística tem
também previsto nos regulamentos oficiais diretrizes quantitativas e qualitativas
para que o mais objetivo possível se possa avaliar os exercícios de
competição.
O conteúdo da composição dos exercícios em Ginástica Rítmica
De seguida apresentamos um quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da
composição dos exercícios de competição de Ginástica Rítmica onde incluímos
os nossos.
27
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
Tabela 1. Quadro resumo de estudos sobre o conteúdo da composição dos exercícios de competição em GR
Amostra
Autores (Ano)
(n)
Nível
Estudo comparativo das
exigências técnicas e
morfofuncionais em
Ginástica Rítmica
Desportiva
184
Internacional
(CM Atenas
1991)
Vidal (1997)4
La Dimensión Artística de
la Gimnasia Rítmica
Deportiva
17
Bobo & Sierra
(1998) 9
Una nueva propuesta de
dificultades corporales en
gimnasia rítmica
deportiva
Sierra & Bobo
(2000) 10
Estudio de la variable
técnica en los ejercicios
de conjunto en gimnasia
rítmica deportiva
Lebre (1993) 6
Título
Tipo de
conteúdo
Análise
Estatística
Principais conclusões e considerações
Individuais (corda,
arco, bola,
maças/ginastas de
nível Nacional vs.
de nível
Internacional)
/Seniores
Tempo de
duração,
distância
percorrida,
velocidade de
deslocamento,
Técnica
Corporal,
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
correlação,
Anova
(Sheffé Ftest)
As ginastas de nível Internacional registaram um tempo de duração do exercício
maior, menor distância percorrida e menor velocidade de deslocamento que as
ginastas de nível Nacional. Os exercícios das ginastas de nível Internacional
apresentaram um índice de risco e de dificuldade superior às de nível Nacional.
Os exercícios das ginastas de nível Internacional apresentaram características
específicas para cada um dos aparelhos (tempo de duração do exercício,
distância percorrida, nº de elementos) o que não foi verificado nas ginastas de
nível Nacional.
Internacional
(CEsp 1994
e 1995)
Conjuntos (5 gin.
2TA) /Seniores, (5
gin. AI)/Juvenis, (5
gin. AI)/ Juniores, (6
gin. ML, 6 gin.
AI)/Infantis, (6 gin.
ML)/minis
Dimensão
Artística
Descritiva
Os momentos culminantes dos exercícios foram coincidentes com lançamentos
sucessivos, predomínio da igualdade de ações corporais com exceção dos
exercícios com 2 aparelhos ou nº impar de ginastas. A condução da atenção foi
predominantemente dispersa, o nº de trocas de aparelho foram reduzidas
atingindo uma média de 5, as formações foram muito variadas predominando as
figuras geométricas e linhas. Os deslocamentos foram pouco variados, os
movimentos com grande amplitude foram os mais executados seguidos dos com
ondas, houve grande variedade na técnica de aparelho apesar dos aparelhos
mais pobres terem sido: a fita e as maças. As características de personalidade
dos exercícios basearam-se mais na expressividade que na originalidade.
8
Internacional
(CE Grécia
1997)
Individuais (arco)
/Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva
Os níveis de dificuldade dos exercícios de competição foram diferentes e a
pontuação final não revelou essas diferenças com a consequente repercussão
na classificação final das ginastas. As ginastas tenderam a apresentar as
mesmas dificuldades com a consequente falta de variedade.
72
Internacional
(CM Sevilha
1988, CEsp
de Zaragoza
1998, CE
Budapeste
1999)
Conjuntos (5 bolas,
3 arcos/2 fitas, 10
maças) /Seniores,
(5 fitas)/Juniores, (3
arcos/ 4maças)/
Juvenis, (6
bolas)/Infantis
Técnica
Corporal
Descritiva e
distribuição
de
frequências
As ações mais utilizadas nos exercícios de competição foram ações sem
dificuldades corporais. Dentro das ações com dificuldade, foram as trocas as
que apresentaram maior frequência de ocorrências. A duração média das ações
com dificuldade foi de 3.58 segundos (min.2 e máx. 4). As dificuldades foram
distribuídas de forma homogénea ao longo dos 150 segundos de duração do
exercício de competição.
Nacional
(Prova de
observação
Seleção
Nacional
1992)
Especialidade
(Aparelhos/
especificidade)
/Escalão
28
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
Ávila (2001) 11
Estudo do nível de
dificuldades dos
exercícios de Ginástica
Rítmica nos Jogos
Olímpicos de Sydney
2000
12
Internacional
(JO Sydney
2000)
Individuais (corda,
bola, arco, fita)
/Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva
As alterações que o CP (2001) introduziu (relativamente ao CP de 1997)
obrigaram a profundas alterações na composição dos exercícios de competição
nomeadamente na inclusão de um maior nº de saltos nos exercícios de corda,
de maior nº de flexibilidades nos exercícios de bola, de maior nº de pivots nos
exercícios de fita e de uma equilibrada utilização das dificuldades corporais nos
exercícios de arco. Estas alterações dificultaram a obtenção do valor máximo
em Valor Técnico e permitiram maior facilidade em distinguir o nível das
ginastas. Estas alterações incentivam à especialização de ginastas por
aparelhos e fomentam uma avaliação mais rigorosa (pela obrigatoriedade em se
apresentar as cartas de competição).
Bobo & Sierra
(2003)12
Estudio de las
repercusiones de los
cambios de código de
puntuación en la
composición de los
ejercicios de gimnasia
rítmica en la técnica
corporal
96
Internacional
(CE de
Zaragoza
1999, CE de
Ginebra
2001, CM de
Budapeste
2003)
Individuais (corda,
arco, bola, maças e
fita) /Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva e
análise de
variância
Houve um aumento do nº total assim como da variedade das dificuldades
corporais nos exercícios executados após as alterações do CP em 2003.
Caburrasi &
Santana (2003)
Análisis de las
dificultades corporales en
los Campeonatos
Europeos de Gimnasia
Rítmica Deportiva
Granada 2002
32
Internacional
(CE de
Granada
2002)
Individuais (corda,
arco, bola,
maças)/Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
valores
percentuais
e
correlação
Com o CP (2001) houve o aumento do nº de dificuldades. Os saltos foram os
mais utilizados seguidos das flexibilidades e dos equilíbrios. Os pivots foram
aqueles que apresentaram menor utilização. O valor técnico dos exercícios
correlacionou-se com o nível das dificuldades e não com o nº de dificuldades.
Lebre (2007) 14
Estudo da dificuldade dos
exercícios apresentados
pelas ginastas individuais
na Taça do Mundo de
Portimão 2007
240
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007)
Individuais (corda,
arco, maças,
fita)/Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
valores
percentuais
Nos 4 aparelhos analisados registaram-se a mesma escolha de dificuldades
corporais: Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco
na horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº com
perna livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na
horizontal ou à retaguarda com perna elevada. O grupo corporal dos saltos foi o
grupo que registou uma menor variedade na escolha das dificuldades e os
pivots o que apresentou uma maior variedade.
Ávila-Carvalho et
al. (2008) 15
Artistic value score for
Rhythmic Gymnastics
group exercises in
Portimão 2007 World Cup
Series
38
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007)
Conjuntos (5 cordas
vs. 3 arcos/
4maças)/Seniores
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
valores
percentuais
Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos
comparativamente às receções, no entanto nos exercícios com diferentes
aparelhos houve um maior nº de mestria de aparelho realizado com receções.
Colaborações – Nos exercícios de 5 cordas houve um maior nº de colaborações
sem lançamento e com risco enquanto que em 3 arcos/ 4maças houve um maior
nº de colaborações simples com lançamento. Técnica específica de aparelho –
em 5 cordas houve um maior nº de saltos por dentro da corda e em 3 arcos/
4maças houve um maior nº de “manejos”.
13
29
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
Ávila-Carvalho et
al. (2008) 16
Difficulty score for
Rhythmic Gymnastics
group exercises in
Portimão 2007 World Cup
Series
38
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007)
Conjuntos (5 cordas
vs. 3 arcos/
4maças)/Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
valores
percentuais
Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na
horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº com perna
livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na horizontal
com perna elevada. Os grupos corporais mais utilizados foram os saltos e as
flexibilidades/ondas. As trocas foram executadas na sua maioria sem
dificuldades corporais mas quando se verificou incluíram em maior nº os saltos.
Cardoso (2009)
Avaliação do Nível de
Dificuldade de Aparelho
dos Exercícios Individuais
de Competição de
Ginástica Rítmica das
Ginastas Portuguesas
dos Escalões Juvenil e
Júnior
336
Nacional
(CN de 2008
e 2009)
Individuais (corda,
arco, bola)/Juvenil e
Júnior
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
valores
percentuais
Em 2009, houve um aumento generalizado e uma distribuição mais equilibrada
dos grupos técnicos de dificuldade de aparelho do que em 2008. Houve uma
maior variedade na escolha dos elementos de dificuldade de aparelho. As
alterações introduzidas no CP refletir-se-ão nas tendências, evolução e
enriquecimento da modalidade.
Avaliação do Nível de
Dificuldade Corporal dos
Exercícios Individuais de
Competição de Ginástica
Rítmica das Ginastas
Portuguesas da
Categoria de Juvenil e de
Júnior
300
Nacional
(CN de 2008
e 2009)
Individuais (corda,
arco, bola)/Juvenil e
Júnior
Técnica
Corporal
Descritiva
No CN de 2009 houve um aumento generalizado do valor dos saltos e uma
diminuição do valor dos equilíbrios e pivots nos exercícios realizados em
competição. Verificou-se também uma diminuição quer da quantidade total de
dificuldades realizadas, quer do número de dificuldades do grupo corporal não
obrigatório. Registou-se um aumento do número e do valor das dificuldades dos
grupos corporais obrigatórios em cada aparelho. O grupo dos pivots foi o menos
utilizado nos exercícios em competição em todos os aparelhos analisados.
Ávila-Carvalho,
Palomero &
Lebre (2009) 19
Artistic score for
Rhythmic Gymnastics
group routines in 2008
Portimão World Cup
Series
32
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2008)
Conjuntos (5 cordas
vs. 3 arcos/
4maças)/Seniores
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
valores
percentuais
Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos
comparativamente às receções, no entanto nos exercícios com diferentes
aparelhos houve um maior nº de mestria de aparelho realizado com receções.
Colaborações – Nos exercícios de 5 cordas houve um maior nº de colaborações
com risco enquanto que em 3 arcos/ 4maças houve uma maior nº de
colaborações simples com lançamento. Técnica específica de aparelho – em 5
cordas houve um maior nº de saltos por dentro da corda e em 3 arcos/ 4maças
houve um maior nº de “manejos”.
Ávila-Carvalho,
Palomero &
Lebre (2009) 20
Difficulty score for
Rhythmic Gymnastics
group routines in
Portimão 2008 World Cup
Series
32
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2008)
Conjuntos (5 cordas
vs. 3 arcos/
4maças)/Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
valores
percentuais
Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na
horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº de “fuettes”
em 3 arcos/ 4maças e os executados com perna livre à frente ou ao lado,
flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na horizontal com perna elevada. Os
grupos corporais mais utilizados foram os saltos e as flexibilidades/ondas. As
trocas foram executadas na sua maioria sem dificuldades corporais mas quando
se verificou incluíram em maior nº os saltos nos exercícios de corda e saltos e
flexibilidades nos exercícios de arcos/maças.
17
Salvador (2009)
18
30
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
Conjuntos (5 cordas
vs. 3 arcos/
4maças)/ Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
valores
percentuais
Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na
horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº de “fuettes”
nas composições de 2008 e maior nº de pivots executados com perna livre à
frente ou ao lado em 2007, flexibilidades/ondas - maior nº com tronco na
horizontal com perna elevada. Os grupos corporais mais utilizados foram os
saltos (2007 e 2008) apesar de em 2008 ter havido um decréscimo do nº destes
elementos e o aumento do nº de pivots. As trocas foram executadas na sua
maioria sem dificuldades corporais mas quando se verificou incluíram em maior
nº os saltos e as flexibilidades (2007 e 2008) apesar de ter havido uma
diminuição da utilização de dificuldades corporais nas trocas em 2008
aumentando por isso o nº de trocas sem dificuldades corporais.
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2009)
Conjuntos (5 arcos
vs. 3 fitas/ 2cordas)/
Seniores
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
Wilcoxon
test
Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos
comparativamente às receções. Os lançamentos foram executados na sua
maioria durante um salto. Receções - foram executadas na sua maioria durante
um elemento de rotação em 3 fitas/ 2cordas e sem ajuda das mãos em 5 arcos.
Riscos – maior nº de riscos em 5 arcos que em 3 fitas/ 2cordas, maior nº de
riscos executados de forma simples em 5 arcos e com 1 rotação adicional em 3
fitas/ 2cordas. Em ambos os exercícios a mudança de eixo corporal foi o critério
mais utilizado para aumentar o valor dos riscos, no entanto superior em 5 arcos
que em 3 fitas/ 2cordas. Técnica específica de aparelho – em 5 arcos houve um
maior nº de “manejos” e em fita houve um maior nº de espirais e serpentinas.
Colaborações – Nos exercícios de 5 arcos houve um maior nº de colaborações
com risco enquanto que em 3 fitas/ 2cordas houve uma maior nº de
colaborações simples com lançamento.
26
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2009)
Conjuntos (5 arcos
vs. 3 fitas/ 2cordas)
/ Seniores
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
valores
percentuais
Mestria com lançamento – maior nº nos exercícios com 5 arcos, Mestria sem
lançamento - maior nº nos exercícios com 3 fitas/ 2cordas. Os lançamentos
foram executados na sua maioria durante um salto (em ambos exercícios), no
entanto as receções foram executadas na sua maioria durante um elemento de
rotação em 3 fitas/ 2cordas e sem ajuda das mãos em 5 arcos. Riscos –
executados de forma simples em 5 arcos e com rotações adicionais em 3 fitas/
2cordas. Em ambos os exercícios a mudança de eixo corporal foi o critério mais
utilizado para aumentar o valor dos riscos.
19 (C)
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007)
Individuais (Corda e
arco) vs. Conjuntos
(5 cordas e 3 arcos/
4maças)/ Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
valores
percentuais
Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na
horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº de pivots
executados com perna livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº
com tronco na horizontal com perna elevada com a particularidade de em
Individuais também realizarem um elevado nº de elementos com grande
afastamento dos MI com tronco à retaguarda. Os grupos corporais mais
utilizados foram os saltos (C e I corda) e as flexibilidades/ondas no caso dos
Individuais arco. Os equilíbrios foram as dificuldades menos utilizadas nos
exercícios Individuais e de Conjuntos (5 cordas) já em conjuntos arco/maças
Ávila-Carvalho,
Palomero &
Lebre (2009) 21
Difficulty score in Group
Rhythmic Gymnastics.
Portimão 2007/2008
World Cup Series
70
Ávila-Carvalho,
Palomero &
Lebre (2010) 22
Apparatus difficulty in
groups routines of elite
rhythmic gymnastics at
the Portimão 2009 World
Cup Series
26
Ávila-Carvalho,
Palomero &
Lebre (2010) 23
Mastery and risk with
throw in apparatus
difficulty of elite rhythmic
gymnastics groups
Ávila-Carvalho &
Lebre (2011) 24
A Dificuldade dos
Exercícios Individuais e
de Conjuntos de Elite de
Ginástica Rítmica
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007 e
2008)
74 (I)
31
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
foram os pivots as dificuldades menos utilizadas.
Ávila-Carvalho,
Palomero &
Lebre (2011) 25
Body Difficulty Score (D1)
in Group Rhythmic
Gymnastics in Portimão
2009 World Cup Series
26
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2009)
Conjuntos (5 arcos
vs. 3 fitas/ 2cordas)
/Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
valores
percentuais
Saltos - maior nº de “jeté with turn”, equilíbrios – maior nº com tronco na
horizontal com diferentes posições da perna livre, pivots – maior nº com perna
livre à frente ou ao lado, flexibilidades/ondas - maior nº com elevação da perna à
retaguarda e rotação no eixo vertical. Os grupos corporais mais utilizados foram
os saltos. As trocas foram executadas na sua maioria sem dificuldades
corporais, mas quando se verificou incluíram em maior nº os saltos.
Ávila-Carvalho,
Palomero &
Lebre (2011) 26
Estudio del valor artístico
de los ejercicios de
conjunto de Gimnasia
Rítmica de la Copa del
Mundo de Portimão 2007
y 2008
35
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007 e
2008)
Conjuntos (5 cordas
vs. 3 arcos/ 4maças
– 2007 vs. 2008)
/Seniores
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
valores
percentuais
Lançamentos – maior nº de mestria de aparelho realizado com lançamentos
comparativamente às receções, no entanto em 2008 houve um aumento do nº
de lançamentos e uma diminuição das receções. Colaborações – maior nº de
colaborações sem lançamento em 2007, enquanto que em 2008 maior nº de
colaborações com risco nos exercícios de 5 cordas. Em 3 arcos/ 4maças houve
um maior nº de colaborações com lançamento mas com decréscimo em 2008 e
um aumento do nº de colaborações com risco. Técnica específica de aparelho –
em 5 cordas houve um maior nº de saltos por dentro da corda aumentando em
2008, em 3 arcos/ 4maças houve um maior nº de “manejos” de arco que se
manteve de 2007 para 2008 e um maior nº de moinhos em maças em 2007 e
2008 apesar de ter havido uma diminuição em 2008 e um aumento de manejos
no mesmo ano.
Ávila-Carvalho,
Klentrou,
Palomero &
Lebre 27
Body elements technical
and level evaluation in
high level Rhythmic
Gymnastics groups
routines
126
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007 a
2010)
Conjuntos (primeira
parte do ranking vs.
Segunda parte do
ranking)/ Seniores
Técnica
Corporal
Descritiva,
Kolmogoro
v-Smirnov
e t-test
As dificuldades corporais seguiram um padrão consistente com a posição dos
conjuntos no ranking. As principais características da composição dos exercícios
foram a prevalência de trocas e saltos e a pobre utilização das rotações. Os
saltos foram a categoria técnica com menor variedade e as rotações a categoria
técnica com maior variedade. A limitada variedade de escolha de dificuldades
corporais na composição dos exercícios de competição de conjuntos de GR
tornam-nos monótonos e compromete a sua avaliação artística.
Ávila-Carvalho,
Klentrou & Lebre
Handling, throws and
collaborations in Elite
Rhythmic gymnastics
126
Internacional
(Taça do
Mundo de
Portimão
2007 a
2010)
Conjuntos (corda
vs. Arco vs. Maças
vs. Fita/ Finalistas
vs. Não finalistas)
/Seniores
Técnica de
Aparelho
Descritiva,
Kolmogoro
v-Smirnov ,
KruskalWallis,
MannWhitney,
Regressão
linear
Os exercícios de arco são os que apresentaram maior equilíbrio na utilização
das diferentes técnicas de aparelho e os exercícios de maças os que se
apresentaram mais pobres, o que se deveu provavelmente ao facto de ser o
único aparelho duplo. De acordo com a análise do sucesso em competição, este
pôde ser explicado pelo: elevado volume de horas de treino (43%), elevada
utilização de critérios em lançamento (6%) e de colaborações com risco (16,5%).
Esta arriscada forma de técnica de aparelho nos conjuntos com maior sucesso
em competição requer a capacidade de antecipação-coincidência que é
dificultada pela perca de contacto visual com os aparelhos.
28
Legenda: CE – Campeonato da Europa, TM – Taça do mundo, CM – Campeonato do Mundo, CEsp – Campeonato de Espanha, CN – Campeonato Nacional, JO – Jogos Olímpicos, C – Conjuntos, I –
Individuais, CP – Código de Pontuação, ML – Movimentos livres, AI – Aparelhos Idênticos, 2TA – 2 tipos de aparelho, nº - número, n – nº exercícios de competição, gin. - ginastas
32
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
Da tabela acima apresentada podemos referir que a maioria dos estudos
realizados sobre o conteúdo dos exercícios de competição em GR foi
elaborada em função dos elementos de técnica corporal (64% - 14 estudos).
Os estudos sobre os elementos de técnica de aparelho perfizeram 32% (7
estudos) da totalidade dos estudos encontrados em GR. Por último, apenas 1
estudo (4%) teve como objetivo a análise do conteúdo Artístico dos exercícios
de competição de GR. Quando analisamos os estudos sobre o conteúdo dos
exercícios de competição em função da Especialidade da Ginástica (individuais
ou conjuntos) podemos constatar que 59% (13 estudos) são referentes a
conjuntos, 36% (8 estudos) são referentes a individuais e que 5% (1 estudo) se
refere à comparação entre as duas especialidades (individuais vs. conjuntos).
Quando analisamos as principais conclusões e considerações dos estudos
apresentados na tabela 1 podemos referir que: a) as dificuldades corporais
apresentadas nos exercícios de competição de GR (individuais e conjuntos)
tendem a ser idênticas nas diferentes composições analisadas9, 14, 16, 20, 21, 24, 25,
27
, tendo como consequência a falta de variedade que este facto tem associado
b) os saltos têm sido as dificuldades corporais mais utilizadas nos exercícios de
competição de GR16,
utilizados13,
18, 20, 27
24, 25, 27
e os pivots/rotações têm sido os menos
no entanto são os saltos, o grupo corporal que apresenta
uma menor variedade na escolha dos elementos e os pivots o grupo corporal
que registou uma maior variedade14,
27
c) tem-se verificado um aumento do
número de trocas realizadas na composição dos exercícios de competição de
conjuntos ao longo dos últimos ciclos Olímpicos4, 10, 20, 21, 27, d) os exercícios de
conjuntos executados com um ou dois aparelhos têm apresentado diferenças
em termos de conteúdo técnico corporal4, relativamente à escolha de
colaborações22, 26, 28 e aos elementos de técnica de aparelho23, e) os elementos
de risco têm sido elementos que caracterizam as ginastas e os conjuntos de
alto nível6, 22, 23, 28, f) tem-se registado uma elevada variedade na escolha dos
elementos de técnica de aparelho17, 26, no entanto os exercícios de maças têm
apresentado uma menor variedade comparativamente com os restantes
aparelhos
4, 28
e g) tem-se verificado uma prevalência na utilização de critérios
em lançamentos em detrimento de receções15, 19, 22, 26, 28.
33
Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecer de forma metódica e sistemática o conteúdo da composição dos
exercícios de competição das ginastas individuais e de conjuntos de GR que
obtêm os melhores resultados a nível Internacional permitem-nos em primeiro
lugar revelar uma direção e orientação de trabalho já que com esta análise
podemos identificar o caminho que as ginastas ou os conjuntos de topo estão a
percorrer e em segundo lugar revelar a interpretação dos Códigos de
Pontuação e estratégias de composição utilizadas pelas treinadoras de GR
consideradas de referência. O estudo do conteúdo dos exercícios de
competição deve abranger os elementos técnicos: corporais, de aparelho,
específicos de conjuntos e as dimensões artística e de execução já que é da
sua combinação que resulta efetivamente uma abrangente e integrada análise
da composição dos exercícios de conjuntos de GR. Por fim, pensamos ainda
que o estudo do conteúdo dos exercícios de competição para além de poder
influenciar os programas de desenvolvimento da prática, pode ainda influenciar
os desenhos experimentais utilizados na pesquisa científica em GR.
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Exercícios de Competição em Ginástica Rítmica
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Ávila-Carvalho L, Klentrou P, Palomero MdL, Lebre E. Analysis of the
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Sports Sciences Journal. in press.
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Collaborations in Elite Group Rhythmic Gymnastics. Science of Gymnastics
Journal. in press.
37
III.
ESTUDOS EMPIRICOS
ESTUDO EMPÍRICO 1
Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., Palomero, M. d. L., & Lebre, E. Analysis of the
Technical Content of Elite Rhythmic Gymnastics Group Routines. The
Open Sports Sciences Journal. In press.
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
Analysis of the Technical Content of Elite Rhythmic Gymnastics Group Routines
Abstract
The purpose of this study was to analyse all technical elements used in elite
Rhythmic Gymnastics group routines. All technical difficulties reported in the
forms submitted during the 2007, 2008, 2009 and 2010 Portimão World Cup
competitions were analysed. These included a total of 126 different Group
routines from 28 countries. The Groups were clustered for the analysis into two
subgroups according to their ranking at the 2010 World Championship. The
body difficulties were organized according to the new technical framework into
four technical element categories including balances, jumps, rotations and
exchange difficulties. Body difficulties in Rhythmic Gymnastics group routines
followed a pattern consistent with their ranking. The main characteristic of the
routine composition was the focus on exchanges, balances and jumps and the
lesser use of rotations. Amongst all body difficulties, the jumps was the
technical category with the most limited variety while rotations although less
used had more variety. The limited variety in the choice of body difficulties in the
composition of Rhythmic Gymnastics group routines makes them monotonous
and compromises their artistic value. This study provides updated information
regarding the mainstream strategies in the Rhythmic Gymnastics routine
composition.
Keywords: Body difficulty, elite rhythmic gymnastics, group routines, evaluation
43
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
INTRODUCTION
Traditionally, technical studies in gymnastics disciplines have been based on
the Code of Points. However, according to Bauch [1] the analysis of competition
routines must be focused more on the qualitative content rather than the Code
of Points rules, allowing different approaches in the routine composition.
According to Bobo & Sierra [2] the physical difficulty presented by International
Federation of Gymnastics (FIG) is ambiguous and does not define appropriate
criteria based actions executed by the gymnasts. Movements that involve
different qualitative and quantitative requirements are often seen running within
the same category or level of difficulty, hence the lack of variety in the
compositions.
The new principles of technical movement elements proposed by Lebre [3] to
be adopted by FIG in the new Olympic cycle (2013-2016) is based on scientific
evidence [3], and allows a better analysis of the routine content. The new
classification was based on the basic movement skills and on the level of
technical difficulty and complexity in Rhythmic Gymnastics [3]. This way, the
technical movement elements were classified into three major categories:
balances, jumps and rotations. This classification is consistent with Russel’s [4]
movement analysis according to which the gymnastics actions are divided into
stationary and non-stationary positions. The stationary positions were further
subdivided into support, balance and suspension positions. In Rhythmic
Gymnastics, however, only the balance positions are classified in the Code of
Points as technical elements. The non-stationary positions are subdivided by
Russel [4] into linear (jumps and locomotion) and rotational movements
(rotations and swings). In Rhythmic Gymnastics only jumps and rotation
movements are considered difficulty elements by the Code of Points. Therefore,
Lebre [3] based the new Rhythmic Gymnastics technical movement elements
on the fundamental movement skills that are consistent across all gymnastics
disciplines. This consistency between the FIG technical curriculum [5] and the
Code of Points is important for the integration of coaching and judging principles
and competences.
Strategies employed in the composition of Rhythmic Gymnastics routines follow
the international trends of the sport in improving the harmony, dynamism,
44
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
originality, beauty and increased risks [6]. The increased complexity of elements
and routines, and the interaction between the gymnast and the apparatus are,
according to Lisistskaya [7], the main characteristics of Rhythmic Gymnastics.
In group routines the success is achieved when there is a high degree of
movement synchrony, ample use of space and a balanced and emotional
expression through different group formations. However, very few studies have
analyzed the difficulty elements used in routines [8-16], and the technical value
of elite Rhythmic Gymnastics group routines. According to Caburrasi & Santana
[13], it is more important to study the difficulty value than the total number of
difficulty elements in the routine. In this case, only one study by Salvador [16]
has evaluated the difficulty value of Rhythmic Gymnastics individual routines
while there has been no published data on the technical content of elite
Rhythmic Gymnastics group routines. Therefore, the purpose of this study was
to analyse the technical difficulties used in the group routines at the 2007, 2008,
2009 and 2010 Portimão World Cup competitions both from a quantitative and
qualitative perspective.
METHODS
Subjects and design
A hundred twenty six group routines from 28 countries competing at the
Rhythmic Gymnastics World Cup in Portimão, Portugal in 2007, 2008, 2009 and
2010 were analysed. All the groups participating in these competitions were
invited and gave consent to participate in the study. This study was approved by
the Scientific Committee of FIG.
All body difficulties reported in the technical forms provided at the competition
were analysed. The groups were clustered into two subgroups according to
their 2010 World Championship ranking. Body difficulty elements were
organized according to the new technical framework by Lebre [3] into four
technical element categories including balances, jumps, rotations and exchange
difficulties (Table 1).
45
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
Table1. Classes of difficulties per technical category
Exchanges
(a) Without
difficulty
Balances
body
(b)
With
body
difficulty:
balances,
jumps and rotations
Jumps
(a) Free leg high
Rotations
(a) Jeté with turn
(a) Fouetté
(b) Split and Stag
(b) Rotations on flat
foot
(c)
Dynamic
on
different body parts
(c) Cossack
(c) Free
horizontal
(d) Fouetté
(d) Arch and Cabriole
(d) Free leg high
(e) Dynamic with
wave
(f) Free leg below
horizontal
(e) Tuck and Vertical
(e) Cossack
(f) Fouetté
(f) Rotations on body
parts
(g) Bent support leg
(g) Pike and Straddle
(g) Free leg below
horizontal
(h) Static on different
body parts
(h) Ring
(h) Rotations
shape change
(b) Free
horizontal
leg
at
leg
at
with
(i) Others: Split and
Stag with change
legs,
Scissor,
Enterlacé
and
Butterfly
Statistical Analysis
For the statistical analysis we used the Statistical Package for the Social
Sciences - Version 17.0 (SPSS 17.0, Chicago, USA) and Microsoft Office Excel
2007. Descriptive statistics were calculated using the mean values as a
measure of central tendency, standard deviation (sd) as a measure of
dispersion, and minimum and maximum as measures of data range. After
checking the normality of the data distribution using the Kolmogorov-Smirnov
test we used a t-test to determine whether there were significant differences
between the subgroups of the first (n=96) and second half (n=30) in the 2010
World Championship ranking. A α level less than 0.05 was used as a criterion
for significance.
46
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
RESULTS
The difficulty elements reported in the group routines were clustered in four
technical categories: exchanges, balances, jumps and rotations. The results for
each category are presented both quantitatively (number of occurrences) and
qualitatively (technical value of the difficulties according to the FIG Code of
Points [17, 18]). The routines ranked in the first, top half had significantly higher
number of exchange difficulties number as compared to the routines of the
second, lower half (Table 2) but there were no other significant differences in
the number of technical difficulties according to the ranking position (Fig. 1). As
shown in Fig. 1, however, both groups had higher number of balance and jump
difficulties while the rotation difficulties were the category less used in all
routines.
Table 2. Number of exchange difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group
routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking
First half in ranking (n=96) Second half in ranking (n=30)
Difficulty number
Exchange difficulties
*p<0.05
Mean
sd
min
max
Mean
sd
min
max
6.74*
0.85
5
10
6.27
0.64
5
8
Fig. 1. Number of difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines clustered
according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05).
47
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
There was a significant difference also in the technical value of the exchange
and rotation difficulties between the routines of the first versus the second half
in the World ranking (Table 3). However, although the routines in the first top
half showed a higher value of balance and jump difficulties than those in the
second half of the ranking, these differences were not significant (Fig. 2).
Table 3. Technical value of exchange and rotation difficulties presented in the Rhythmic
Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World
Championship ranking
First half in
ranking (n=96)
Difficulty value
Mean
sd
Second half in
ranking (n=30)
min max Mean
sd
min max
Exchange difficulties 4.24* 0.93 2.20 7.10
3.59
0.98 2.10 6.30
Rotation difficulties
1.09
0.53 0.00 2.10
1.42* 0.75 0.00 3.50
*p<0.05
Fig. 2. Technical value of the difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines
clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking (*p<0.05).
Exchange Difficulties
As shown in Fig. 3, no significant difference was found in the number of
exchange difficulties types between the routines of the first versus those of the
second half of the World ranking. However, although not significant, the routines
48
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
of the first half included more exchanges without body difficulties (3.90±2.20 vs.
3.43±1.68, respectively) and with body difficulties (2.84±1.88 vs. 2.83±1.84)
than those in the second half of the ranking. In addition, jumps were the
movement category mostly used for the exchanges of both ranking groups with
the rotations being the movement category less used, but these differences
were not significant (Fig. 3).
Fig. 3. Number of exchange difficulties with and without body difficulties presented in the
Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010 World
Championship ranking (*p<0.05).
On the other hand, the mean technical value of the exchanges without
difficulties included in the routines ranked in the first half was significantly higher
than the value of those used in the routines ranked in the second half but this
was not the case with the exchanges with body difficulties (Fig. 4).
49
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
Fig. 4. Technical value of exchange difficulties with and without body difficulties presented in
the Rhythmic Gymnastics group routines clustered according to their position in the 2010
World Championship ranking (*p<0.05).
Balance Difficulties
There were significant differences in the number of balance difficulties between
the routines of the first half and those in the second half of the World ranking
(Table 4). The routines ranked in the first half had a higher number of class (a)
and (c) balance difficulties. In contrast, the routines in the second half of the
ranking had higher number of class (b), (e) and (g) balance difficulties (Table 4).
Table 4. Number of balance difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines
clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking
First half in ranking
(n=96)
Number of balance difficulties
Mean
Free leg high (a)
min max
Mean
sd
min
max
3.09*
1.03 0.00 6.00
2.37
1.65
0.00
6.00
Free leg at horizontal (b)
1.16*
0.96 0.00 4.00
1.63
0.96
0.00
3.00
Dynamic on different body parts (c)
0.55*
0.82 0.00 3.00
0.07
0.25
0.00
1.00
Dynamic with wave (e)
0.14*
0.37 0.00 2.00
0.43
0.50
0.00
1.00
0.00*
0.00 0.00 0.00
0.27
0.52
0.00
2.00
Bent support leg (g)
*p<0.05
sd
Second half in ranking
(n=30)
In addition, there were significant differences also in technical value of the
balance difficulties presented in the routines ranked in the first half and those
50
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
ranked in the second half of the World ranking. More specifically, the routines
ranked in the first half had a higher difficulty value for balances in class (a) and
(c) while the routines ranked in second half had higher value balances of class
(e) and (g) (Table 5).
Table 5. Technical value of balance difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group
routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking
Value of balance difficulties
First half in ranking (n=96)
Second half in ranking (n=30)
Mean
values
sd min max Mean values sd min max
Free leg high (a)
1.65*
0.56 0.00 3.40
1.19
0.94 0.00 3.40
Dynamic on different body parts (c)
0.32*
0.50 0.00 2.10
0.05
0.18 0.00 0.70
Dynamic with wave (e)
0.06*
0.18 0.00 1.00
0.19
0.24 0.00 0.50
Bent support leg (g)
*p<0.05
0.00*
0.00 0.00 0.00
0.10
0.19 0.00 0.70
Jump Difficulties
Significant differences were found in the number of jump difficulties when we
compared the routines in the first half of the ranking with those in the second
half of the 2010 World Championship ranking (Table 6). The routines in the first
half had a higher number of jumps in class (a) and (f) while all of the others
classes of jumps were more performed in the routines of the second half (Table
6). Interestingly, we did not record any occurrence in the class of “other” jumps
that includes the split and stag with change legs, scissor, enterlacé and butterfly
jumps.
Table 6. Number of jump difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines
clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking
First half in ranking (n=96) Second half in ranking (n=30)
Number of jump difficulties Mean
sd
min
max
Mean
sd
min
max
Jeté with turn (a)
2.79*
1.04
0.00 5.00
2.17
1.12
0.00
4.00
Cossack (c)
0.55*
0.60
0.00 2.00
1.00
0.79
0.00
2.00
Fouetté (f)
0.04*
0.20
0.00 1.00
0.00
0.00
0.00
0.00
0.00*
0.00
0.00 0.00
0.13
0.35
0.00
1.00
Pike and straddle (g)
*p<0.05
Moreover, we found significant differences in the technical value of jump
difficulties between the routines in the first half and those ranked in second half
51
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
of the 2010 World ranking (Table 7). The routines ranked in the first half had a
higher difficulty values in split/stag and fouetté jumps but only the jeté with turn
presented a significant differences. While the routines ranked in the second half
had higher difficulty values in cossack, tuck/vertical jumps but only the
arch/cabriole and pike/straddle jumps presented a significant differences.
Table 7. Technical value of jump difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group
routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking
First half in ranking (n=96) Second half in ranking (n=30)
Value of jump difficulties Mean
sd
min
max
Mean
sd
min
max
Jeté with turn (a)
1.42*
0.57
0.00 3.00
0.99
0.53
0.00
2.20
Arch and Cabriole (d)
0.01*
0.03
0.00 0.10
0.03
0.08
0.00
0.30
Pike and Straddle (g)
*p<0.05
0.00*
0.00
0.00 0.00
0.07
0.19
0.00
0.60
Rotations Difficulties
There were significant differences in the number of rotation difficulties between
the routines of the first half and those of the second half of the World ranking
(Table 8). The routines of the first half had higher number of rotations in classes
(a), (c) and (f) while all of the other classes of rotations were more used in the
routines of the second half of the ranking (Table 8).
Table 8. Number of rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group routines
clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking
First half in ranking
(n=96)
Number of Rotation difficulties Mean
max
Mean
sd
min
max
Fouetté (a)
0.85* 1.32 0.00 5.00
0.17
0.59
0.00
3.00
Rotations on flat foot (b)
0.46* 0.58 0.00 2.00
0.80
0.81
0.00
3.00
Free leg at horizontal (c)
0.50* 0.56 0.00 2.00
0.27
0.52
0.00
2.00
0.20* 0.40 0.00 1.00
0.07
0.25
0.00
1.00
Rotations on body parts (f)
*p<0.05
sd
min
Second half in ranking
(n=30)
Significant differences were also found in the mean technical value of the
rotations used in the routines of the two subgroups. The routines of the first half
had higher mean values in the classes of rotations on body parts, with free leg
below horizontal but only the fouetté, and rotations with free leg at horizontal
52
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
reported significant differences (Table 9). The routines of the second half, on
the other hand, had a higher value in the rotations on flat foot, with free leg high,
the cossack, and the rotations with shape change but without significant
differences.
Table 9. Technical value of rotation difficulties presented in the Rhythmic Gymnastics group
routines clustered according to their position in the 2010 World Championship ranking
First half in ranking
(n=96)
Rotation difficulties value
Mean
Fouetté (a)
Free leg at horizontal (c)
*p<0.05
sd
Second half in ranking
(n=30)
min max
Mean
sd
min
max
0.36*
0.51 0.00 2.50
0.07
0.22
0.00
0.90
0.34*
0.39 0.00 1.20
0.13
0.24
0.00
0.70
DISCUSSION
This study is the first to provide a quantitative and qualitative analysis of the
technical difficulties used in the group routines at the 2007, 2008, 2009 and
2010 Portimão World Cup. These 126 routines were clustered into two
subgroups according to their ranking at the 2010 World Championship. We
found no significant differences in the number of balances, jumps and rotations
performed between the routines ranked in the first, top half and those in the
second, bottom half of the World ranking. In addition, rotations were less used
in the group routines maybe because these are the most complex and time
dependent body difficulties. This makes them more unpredictable when trying to
demonstrate good synchronisation amongst five group gymnasts [5]. This
supports a previous report by Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre [12] in a study
done with group routines of 5 hoops as well as with 3 ribbons and 2 ropes.
Other studies have also reported less use of rotations and balance difficulties in
comparison to the other body difficulties [8-11, 13, 14, 16]. However, the
present study is based on the new technical framework that has eliminated the
technical category of flexibility and most of these flexibility elements have been
moved to the balances category. In all of Rhythmic Gymnastics competition
studies [8-11, 13, 19] the jumps have been reported as the most used
difficulties. In our study, jumps were the second mostly used body difficulty
category independently of the routine’s position in the World ranking.
53
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
The only significant differences between the routines ranked in the first versus
the second half of the ranking were in the exchange difficulties. This was
expected because of the higher risk of losing the apparatus. So the groups of
the higher competitive level included significantly more exchanges than the
weaker ones who had lower number of exchanges allowed by the FIG Code of
Points [17, 18] avowing losing of apparatus risk. A similar pattern has also been
reported by Sierra & Bobo [15], the authors reported a high frequent
occurrences in exchange actions. Despite the type of routine, individual versus
group [9, 16], the apparatus used [8, 10-12], and/or performance ranking the
type of body difficulties used is very similar. This limits the performance variety
during the competitions. This makes the routines not only repetitive and
monotonous but also very difficult to the judge.
Further analysis also showed that the routines ranked in the top half included
throws of higher risk and value in the exchanges than the lower ranked routines.
We also found that the better routines had significant higher value rotations than
the lower level routines. The main reason for this difference could be due to the
fact that is very difficult to achieve good synchronization between the five
gymnasts while rotating, and it is normal that the groups of lower technical level
do not choose this type of body element to perform during competitions. In fact,
the more successful routines not only had higher number of exchange and
rotation difficulties but also higher values in all difficulty categories.
Regarding the exchange difficulties, when we analysed the type exchanges we
found no significant differences between the two subgroups in the number of
exchanges performed without or with body difficulties. In addition, the
exchanges with body difficulties used in our routines were similar to those
reported by Ávila-Carvalho, Palomero & Lebre [12]. Other studies reported also
a higher number of actions without body difficulties in the exchange difficulties
[8, 10, 11, 15]. Jumps have been reported the most used body elements during
exchanges [8, 11, 12]. In our study the high level routines had more jumps and
rotations than the lower level routines. So, the lower level routines included
exchanges involving with less displacement (linear or rotational) because
stationary positions make the exchanges less risky [4].
When the balance difficulties were evaluated, we found significant differences in
the types of balances used by the two subgroups. In comparison to other
54
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
Rhythmic Gymnastics group composition studies [8-11] the present study also
reports different predominant type of balances. According Avila-Carvalho &
Lebre [9], low amplitude balances, like on bent support leg category, are more
frequent in group than individual routines. Salvador [16] reported low amplitude
balances used in novice and junior routines. Rhythmic Gymnastics is
characterized by the spectacular amplitude and plasticity movement [20]
presenting a high aesthetic component [21]. It is, therefore, logical that the best
groups had more balances with high amplitude requirements than the groups in
the second half of the ranking. According to Laffranchi [22], flexibility is the main
physical quality required for the execution of most Rhythmic Gymnastics
technical elements. So if a group wants to compete for a higher place in the
ranking they must include balances of high amplitude in their routines.
According to Hrysomallis [23], in some sports high level athletes display greater
balance ability. Although we did not directly assess the balance ability of the
groups, it was clear from the analysis that the best groups choose balances of
higher amplitude making an effort to improve not only the difficulty but also the
artistic score [14].
Considering jump difficulties, the routines in the first, top half of ranking had
higher more complex jumps with a higher technical value (jeté with turn and
fouetté jumps categories) [5]. These types of jumps with rotation place a higher
demand on the gymnasts’ physical preparation that require a higher training
level [24]. In addition, a longer and a nonlinear jump promotes the artistic quality
[5, 7] and it is hard to perform with apparatus work. In a study about jumps
complexity Sousa & Lebre [25] reported that better gymnasts performed higher
and longer jumps. In the present study, the routines of the second half of the
ranking had higher number of cossack and pike/straddle jumps that do not
require high amplitude and have a short horizontal trajectory [5, 24] so they are
less demanding with apparatus work. When we analysed the technical value of
the jumps, the jeté with turn class of jumps had the highest value in both
subgroups. However, the groups ranked in the top half performed more jumps
of high value in this class. The groups in the second half of ranking performed
arch/cabriole and pike/straddle jumps of higher technical value in comparison to
the groups in the first half of the ranking, which means that the weaker groups
choose jumps requiring an easier execution technique [5].
55
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
When analysing the rotation difficulties, although the rotations were the body
difficulty less used, it showed more variety. The better groups used more
complex rotation difficulties such as the fouetté, the free leg at horizontal and
the rotation on body parts. This could be attributed to the technical preparation
required for the execution of the fouetté rotations while performing rotations on
the floor (rotation on body parts) requires good apparatus handling [5]. In
previous studies, the fouetté was the rotation mostly used in elite group routines
[8, 10, 11] but not in individual routines [26]. Other studies also reported lesser
use of these rotations [9, 16]. The rotations on flat foot as well as the rotations
with free leg high were the rotations used in the lower ranked routines because
are easier. Salvador [16] also reported a high number of this kind of rotations in
non-elite routines.
When we analysed the technical value of the rotation difficulties used by the two
subgroups we also found some significant differences. The first half ranked
routines had a higher value in the fouetté and free leg at horizontal rotations
that the second half ranked routines. This could mean that the better routines
performed a higher number of rotations in these two types of difficulties in order
to increase their value. It is risky to perform a higher number of this type of
rotations because of the increased risk for mistakes and the added challenge of
synchronization amongst the five gymnasts of the group [5]. Rotations on flat
foot and free leg high were the ones with higher value for the routines in the
second half of the ranking because mentioned before these are rotations with
lower technical demands for both body and apparatus work.
The present study has some limitations that should be considered. The Code of
Points adjustments which have taken place every four years (Olympic cycle)
introduce some specific changes on the competition routines and in this study
we analysed the routines in 2007 and 2008 that were prepared according to a
different version of Code of Points than the routines from 2009 and 2010.
CONCLUSION
Body difficulties in Rhythmic Gymnastics group routines followed a pattern
consistent with their ranking. The main characteristic of the routine composition
was the focus on exchanges, balances and jumps difficulties and the lesser use
56
Technical Elements of Rhythmic Gymnastics Group Routines
of rotations. Amongst all body difficulties the jumps was the technical category
with the most limited variety while rotations although less used had more
variety. The main differences in the composition pattern between the routines in
the first, top half and those in the second, bottom half of the World ranking were
that the more successful routines: (i) had more and higher level exchanges and
rotations; (ii) the exchanges were done in connection with body difficulties
involving displacement and rotational movements; (iii) the exchanges without
body difficulties were more risky; (iv) had higher balance difficulty value from the
high amplitude movements, from body elements with strong technical
requirement, and from elements done in coordination with complex apparatus
work; (v) the difficulty value associated with jumps was mainly based on the
jumps involving rotation (jeté with turn); (vi) the difficulty value associated with
rotations was mainly based on the rotations with high level technique
requirement (fouetté) and with high level apparatus work. In closing, the limited
variety in the choice of body difficulties in the composition of Rhythmic
Gymnastics group routines makes them monotonous and compromises their
artistic value. This study provides updated information regarding the
mainstream strategies in the Rhythmic Gymnastics routine composition.
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60
ESTUDO EMPÍRICO 2
Ávila-Carvalho, L., Klentrou, P., & Lebre, E. Handling, Throws, Catches and
Collaborations in Elite Group Rhythmic Gymnastics. Science of Gymnastics
Journal. In press.
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
Handling, Throws, Catches and Collaborations in Elite Group Rhythmic
Gymnastics
Abstract
Apparatus technique is crucial in the Rhythmic Gymnastics (RG) performance
evaluation because of its high impact on the final score and it is the particular
requirement of this sports. The technical vigour required in the use of apparatus
evidences the need to study the composition of high level routines. An analysis
of the apparatus work in high level group routines will give a new insight in the
understanding of RG. With this in mind, we used the groups’ composition forms
submitted during the Portimão World Cup series from 2007 to 2010 to analyse
the apparatus difficulty profile of the RG high level group routines. A total of 126
group routines from 28 countries were analysed. It is concluded that hoop
routines had the most balanced apparatus technique whereas the poorest
technical apparatus work was seen in clubs maybe because is the only double
apparatus. According to the competition success analysis, success in high level
RG group competition could be explained by: higher training volume (hours per
week) (43%), higher use of throws (6%) and collaborations with risk (16,5%).
These risky technical elements performed by the higher level groups require an
anticipation coincidence ability that is linked with the loss of visual contact with
the apparatus.
Keywords: Apparatus handlings, Throws, Catches, Collaborations, Group
Rhythmic Gymnastics
63
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
Introduction
Group rhythmic gymnastics (RG) was included in the Olympic Games for the
first time in 1996 in Atlanta, Georgia, United States. Since then, the standards
of group performance have progressively improved. The RG Code of Points
(CoP) of the International Federation of Gymnastics (FIG) provides the
universal guidelines established by the scientific and technical committees with
the objective to evaluate the performance and promote the development of the
sport.
As the CoP changes every Olympic cycle, the routine requirements become
more demanding and increasingly difficult (Lisitskaya, 1995). According to Bobo
(2002) the RG performance evaluation is a judgment process and not an
arbitration. The author explains that the main difference is that in RG there is no
direct confrontation between gymnasts, the judge is not involved in the routine
development, and the judge has to evaluate the performance according to a set
of agreed guidelines namely the CoP. In addition, the judge evaluates
simultaneously technical and artistic/expressive parameters (Bobo, 2002). This
requires high intellectual activity and experience. Aesthetic and technical
judgment share emotional perception, as well as detailed and objective analysis
of the routine. This process requires a comprehensive and analytical
understanding of RG, difficult to reconcile issues in a single perception (Bobo,
2002).
The RG performance is evaluated in a competition setting by a final score that
includes 3 sub-scores: Difficulty, Artistic and Execution (Fédération International
de Gymnastique, 2009a). The main liability of the final score depends on the
apparatus (one component of Difficulty) and Artistic score (Lebre, 2007). This is
why RG is a sport that requires increased coordination of body and apparatus
movements (Τsopani, Dallas, Tasika, & Tinto, 2012).
The increasing apparatus demands have made this component of the final
score more precise in last modifications of CoP (Avila-Carvalho et al., 2008).
Apparatus difficulty is crucial in the performance evaluation because of its high
impact on the final score. According to Avilés (2001), the current trend in the
routine composition is the increase in variety of both body and apparatus
movements, an originality search, a high level of technical skill in apparatus
64
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
handling together with a high execution efficacy in specific technical elements,
the development of a strong identity based on the individual or group
characteristics, an increase in the number of risk and outstanding elements in
the composition, and the increase in artistic value of the composition. According
to Lisistskaya (1995), the virtuous interaction to the gymnasts with the
apparatus increased the difficulty of the apparatus elements in the RG routines
that characterizes the evolution of the sport. In group routines the success is
achieved when there is a high degree of synchrony between the gymnasts and
apparatus movements (Lisitskaya, 1995).
The high technical requirements in RG for both body and apparatus movement
require coach’s constant attention to guarantee appropriate execution not
allowing an automation of incorrect movements (Botti & Nascimento, 2011). A
correct distribution in space and a balanced conceptual and emotional
expression of the different group work are also according to Lisitskaya (1995)
success requirements in RG group routines. In RG practice, there is a concern
both with refinement and improvement of technique, and with the physical and
motor performance of the gymnasts (Botti & Nascimento, 2011). According to
the authors, the RG practice sessions were generally long, homogeneous, and
repetitive. Gymnasts are required to apply high level technique in order to
achieve the specific movements’ complexity while also demonstrate creativity,
beauty, feelings, sensations, behaviours and actions (Botti & Nascimento,
2011).
Anticipation and synchronicity are additional required and trained abilities that
RG gymnasts must develop in order to achieve a successful apparatus
technique. This is the ability to anticipate the trajectory of a visual stimulus
moving in space, and to organize a motor response based on temporal
anticipation (Rodrigues, Vasconcelos, Barreiros, & Barbosa, 2009). This
capacity allows, for example, the interception trajectory, such as a ball passed
between two opposing athletes (Rodrigues, Carneiro, Cabral, Vasconcelos, &
Barreiros, 2011). In RG, throws, catches and collaborations, the apparatus
trajectory and speed drive the body action and amplitude necessary for an error
free catch of the apparatus. The general criteria of judges assessment are
quantitative (number and variety of body and apparatus elements) and
qualitative (difficulty level and execution quality) (Bobo, 2002).
65
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
The technical vigour required in the use of apparatus evidenced the need to
study the composition of high level routines. However, the literature on
apparatus technical analysis is sparse.
There are very few studies (Lebre,
1993, 2007) including our previous apparatus studies, related to the specific
requirements of this sport. An analysis of the apparatus work in high level group
routines will give a new insight in the understanding of RG. With this in mind, we
used the groups’ composition forms submitted during the Portimão World Cup
series from 2007 to 2010 to analyse the apparatus difficulty profile (handling,
throws, catches and collaborations) of the RG high level group routines.
Methods
Subjects
A total of 126 group routines from 28 countries were analysed. Data were
collected during 4 years (2007 to 2010) during the RG World Cups in Portimão,
Portugal. This study was approved by the FIG Scientific Committee and World
Cup Organization. The analysis of the apparatus elements in each routine
composition was carried out based on the information provided by the
competition forms that each group has to provide prior to the competition. We
worked based on the forms instead on the video recording because in order to
ensure that the analysis would not be affected by mistakes made during the
group’s performance in the competition.
Methodology
First, the sample (126 group routines) was split in four groups according to the
type of apparatus (rope, hoop, clubs and ribbon). Each RG group had to
perform two competition routines, one with five similar apparatus and other with
two different apparatus. Once the sample was split according to the apparatus
type then we grouped the 189 different routines was split by apparatus types
into two apparatus routines. Then we further classified all the apparatus
handling in three main categories according to the arm movement amplitude
(short and large handlings), and if the apparatus movement was performed on
the gymnasts’ body or on the floor. Table 1 presents the included apparatus
movements in the different handling categories by apparatus.
66
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
Table 1. Handling categories by apparatus
Apparatus/
Short Handlings
Handlings

Large Handlings


Skips/hops into the
rope
Passing into the apparatus
Handling (swigs, 8 movements,
circumduction)
Tosses
Rotation with open and stretched rope
held in the middle or in end


On body or Floor Handling






Hand rotations
Rotations around
them axis


Passing into the apparatus
Handling (swigs, 8 movements,
circumduction)


Mills
Asymmetric movements
Handling (swigs, 8 movements,
circumduction)









Legend:


Snakes
Spirals
- rope,

- hoop,
Tosses
Handling (swigs, 8 movements,
circumduction)
Boomerang
- clubs,



All apparatus movement without
hands
All apparatus movement on the
floor
All apparatus movement without
hands
All apparatus movement on the
floor
Passing over the apparatus
Roll on the floor
Roll on the body
All apparatus movement without
hands
All apparatus movement on the
floor
All apparatus movement without
hands
All apparatus movement on the
floor
Snakes on the floor
Spirals on the floor
- ribbon
A ranking analysis was then done according to the 2010 Moscow World
Championship placements in order to examine if the choice of handling
elements and the weekly training volume (training hours per week) had a
relationship with the performance result. Weekly training volume was
determined by the training hours per week via questionnaire with two questions
(How many training sessions have you per week? How many hours you train in
each training sessions?). To this end, we grouped the competition routines into
two groups according to their ranking. The finalists group included the top eight
groups and the non-finalists group included all remaining competition routines.
Then we compared the total number and difficulty value of throws and catches
between finalists and non-finalists. Apparatus throws and catches are a
fundamental technical movements to RG apparatus, it will be considered a
throw when the gymnasts projects the apparatus in the air, in coordination or
not with body movements, catches will be considered only those performed by
the same gymnast that throw the apparatus. Additional criteria that increase the
apparatus difficulty in throws and catches elements score according to the CoP
were also considered. These common throws and catches additional criteria
67
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
were: 1) without hands help, 2) outside of visual contact, 3) during a flight, 4)
during a body rotation, 5) below the leg(s), 6) with a total or partial body passing
in the apparatus, and 7) in floor position. The special throws categories were: 1)
re-throw, and 2) without hands with other apparatus.
The last analysis was in regards to the elements of collaborations among
gymnasts according to the CoP. The collaborations are technical cooperation
elements unique to the group routines. This kind of group technique can be
performed by all gymnasts or by part of the group, in direct contact or by the
apparatus, moving in different directions, formations or travelling types. We
classified the technical collaborations in three categories: 1) collaborations
without apparatus throw, 2) collaborations with apparatus throw, and 3)
collaborations with risk. The last must be performed with apparatus throw and
loss of visual contact with the apparatus before the catch. With this type of
collaborations the group can further increase the technical value if the gymnasts
pass above, below or through one or several apparatus or partners during the
apparatus flight, or if the gymnasts pass through the apparatus during the flight.
Statistical Analysis
For the statistical analysis we used the Statistical Package for the Social
Sciences - Version 20.0 (SPSS 20.0, Chicago, USA).
Descriptive statistics were calculated using the mean values as a measure of
central tendency and standard deviation (sd) as measure of dispersion. When
data distribution normality was verified by the Kolmogorov-Smirnov we used
student t-test to determine whether there were significant differences between
groups. When data distribution normality wasn´t verified non-parametric tests
were applied (Kruskal-Wallis and Mann-Whitney) to determine whether there
were significant differences between groups.
Regression analysis was used to analyse the relationship between ranking
position (dependent variable), and the independent variables of handling
categories, throws and catches, collaboration elements, and training volume
(weekly training volume).
Significance level was set at α = 0.05 (corresponding to a confidence level of
95%).
68
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
RESULTS
Significantly higher value of short handlings was found in ribbon compared with
all other apparatus (Table 2).
Table 2. Descriptive and Inferential statistics of handling categories by
apparatus.
Apparatus
Statistics/Categories
Short
handling
Large
handling
On body/floor
handling
Sum
handling
mean±sd
2,97±2,35
22,62±8,71
1,83±1,67
27,41±9,76
Min.- Max.
0-9
5-42
0-7
9-48
mean±sd
4,30±4,30
6,76±4,58
6,87±3,23
17,94±8,24
Min.- Max.
0-20
0-19
2-16
3-36
mean±sd
7,03±4,00
3,11±2,47
1,00±1,08
11,14±4,55
Min.- Max.
0-15
0-10
0-4
4-22
mean±sd
22,75±5,67
8,25±5,20
2,71±2,62
33,71±7,65
Min.- Max.
11-36
0-20
0-10
20-46
P=
˂0,001*
˂0,001*
˂0,001*
˂0,001*
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
vs
(n=63)
(n=63)
(n=35)
(n=28)
Kruskal-Wallis test
vs
vs
Post-hoc
comparison
(Mann-Whitney
test)
vs
p˂=0,001
vs
vs
vs
Legend:
- rope,
- hoop,
- ribbon, Min. – minimum, Max. – maximum,
- clubs,
*p ˂0,001
No significant differences were found in short handlings between rope and
hoop. In the large handling category, rope had significantly higher mean value
compared with all other apparatus. No significant differences were found in the
large handlings between ribbon and hoop (Table 2). Significantly higher mean
value of on body or floor handling category was found in hoop compared with all
other apparatus while no significant differences were found in this category
between rope and ribbon. Only in clubs we found significant differences in all of
the three apparatus handling categories, where a significantly lower value was
found in two of the three handling categories (Table 2). In terms of Sum
69
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
handlings, significant higher values were found in both the ribbon and the rope
as compared with all other apparatus (Table 2).
The regression analysis used to further examine whether handling technique in
each apparatus was associated with the World Championship ranking position
of each group, had shown that only the On body and/or floor handling with hoop
was significantly positively related to the ranking position (β=0,704; r2=0,064;
p=0,046). According to these results, the group routines that had less on body
and/or floor handling in hoop routines had a better ranking position. On the
other hand the regression analysis has shown that weekly training volume was
negatively associated with the World Championship ranking position (β=-0,599;
r2=0,424; p˂0,001). According to these results, the groups who trained more
hours per week had a better ranking position and the weekly training volume
explained 42% of the competition results.
Throws and catches quantitative (number of use) and qualitative value
(technical value according to CoP) according to the final ranking position are
shown in Table 3.
Table 3. Descriptive and Inferential statistics of throw and catches according to
the final ranking position of the group routine.
Ranking
Finalists
(n=54)
Non Finalists
(n=72)
T-test (a)
Mann-Whitney test (b)
Categories
Mean±sd
Min.
Max.
Mean±sd
Min.
Max.
P=
Throw (nº) (n=51/70)
10,04±4,19
3,00
19,00
9,26±4,11
1,00
20,00
0,307 (a)
Throw (value)
1,09±0,49
0,30
2,30
1,01±0,47
0,10
2,20
0,335 (a)
Catches (nº)
6,06±4,64
0,00
22,00
5,40±4,80
0,00
19,00
0,288 (b)
Catches (value)
0,92±0,65
0,00
2,60
0,79±0,67
0,00
2,50
0,237 (b)
Legend: nº - number, n – sample, value – according to FIG code of points, sd - standard
deviation, Min. – minimum, max. - Maximum
As shown, although the value of throws and catches was higher in the finalists’
than in the non-finalists’ routines this difference was not significant. In addition,
the regression analysis had shown that only throws were significantly negatively
related with the ranking position both in terms of the number of throws used
(β=-0,545; r2=0,062; p=0,006) and of the technical value of throws used (β=-
70
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
4,468; r2=0,057; p=0,007). According to these, the group routines that had more
throws (number and technical value) were better ranked.
The quantitative (number of use) and qualitative (technical value according to
CoP) results for collaborations according to the final ranking are shown in Table
4.
Table 4. Descriptive and Inferential statistics of collaboration elements
according to the final ranking position.
Ranking position
Finalists (n=54)
Mann-Whitney (a)
Non finalists (n=72)
T-test (b)
Categories
Mean±sd
Min.
Max.
Mean±sd
Min.
Max.
P=
Collaborations without throw (nº)
2,24±1,78
0
6
2,33±1,67
0
8
0,769 (a)
Collaborations with throw (nº)
4,24±2,81
0
12
3,60±2,35
0
9
0,165 (b)
Collaborations with risk (nº)
5,93±2,00
2
10
4,97±1,71
2
10
0,005* (b)
Collaborations without throw (value)
0,22±0,18
0,00
0,60
0,23±0,17
0,00
0,80
0,769 (a)
Collaborations with throw (value)
0,96±0,62
0,00
2,60
0,81±0,55
0,00
2,10
0,176 (b)
Collaborations with risk (value)
2,86±0,89
1,00
4,50
2,49±0,81
0,80
5,00
0,017* (b)
Legend: nº - number, n – sample, value – according to FIG code of points, sd - standard
deviation, Min. – minimum, Max. – maximum, * p ˂0,02
Only the collaborations with risk (number and technical value) showed
significant differences between the finalists and the non-finalists.
This was confirmed by the regression analysis as only the collaborations with
risk was significantly negatively related to the ranking position both in terms of
their number (β=-1,924; r2=0,165; p˂0,001) and their technical value (β=-3,469;
r2=0,112; p˂0,001). According to these, the group routines that had more
collaborations with risk in the routines had a better ranking. Furthermore, the
number collaborations with risk explained 16,5% of the competition’s final
ranking.
DISCUSION
This study is one of few that attempted to quantify the apparatus technical
elements included in the elite RG group routines. From this analysis it is
apparent that the technical apparatus elements used in the routine composition
varies according to the type of apparatus. This is consistent with the previous
study by Bobo (2002) on individual routines according to which the apparatus
71
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
choice has to do with both its nature and specific characteristics (Vidal, 1997)
(size, shape, weight).
Apparatus Handling
According to our previous studies, (Avila-Carvalho et al., 2008; 2009, 2011) the
passing of the apparatus and tosses elements were the most common technical
elements used by the group routines with 5 ropes in the World Cups of 2007
and 2008. In the present study, these specific rope elements were included into
the large handlings, which again was the category of the highest value. The
rope technical category with the lowest mean value was the short and on body
or floor handlings. In general, the rope has been described as the apparatus of
a low versatility in terms of apparatus technique (Bozanic & Miletic, 2011). In
addition, the skips and hops into the rope was less used apparatus category
previously reported in 5 rope routines (Ávila-Carvalho et al., 2009). This kind of
elements was included in short handling category and their inclusion in high
level group routines was decreased from 2007 to 2008 (Ávila-Carvalho et al.,
2011). Rope’s physical characteristics, deformable and soft, create a challenge
in performing, error free technical elements without hands or in a floor position
and this explains the minimal use and low mean value of handling on the body
or on the floor.
According to Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre (2009), the hoop handling
movements (large handling in our study) was the most used skill in the 3 hoops
and 4 clubs high level group routines. In our study the on body or floor handling
was the highest used skill of hoop. However, the large total number of skills
included in this category may have influenced these results. Unlike the previous
studies, where handling and rotation elements reported the highest mean value
in hoop group routines (Avila-Carvalho et al., 2008; Ávila-Carvalho, Palomero, &
Lebre, 2010a), in our study were the on body or floor handling elements that
presents the highest mean value in hoop routines. This means that the handling
and rotation elements were executed without hands and on floor position
explaining the higher values in on body or floor handlings in our study. This
suggests that elite RG group routines with hoop present a superior apparatus
mastery that is not so evident in the other apparatus. This agrees with previous
studies that have reported a higher versatility in hoop technique over that seen
72
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
in rope, ball and clubs. Versatility in RG means that, using each apparatus, the
gymnasts can perform a variety of elements in a variety of combinations,
including the use of different body parts (Bozanic & Miletic, 2011).
The clubs was the only apparatus that reported a significant difference
compared with all of the others apparatus, in all of handling categories
analysed. This suggests that clubs present a higher technical challenge.
According to Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre (2011), the asymmetric
movement was the least used technical category in hoop/clubs elite group
routines in 2007 and 2008. This technique was included in the large handling
category of our study that was also the least used apparatus handling for all
apparatus analysed. For clubs, the highest technical value was recorded in the
category in short handlings, which include only mills, which is characterized by
small, repetitive, figure eight rotations, with same amplitude, same speed, in the
same direction but executed in different time with both hands. Although mills
used in hoop/clubs routines have previously reported high values mills
technique decreased from 2007 to 2008 World Cup competitions (ÁvilaCarvalho et al., 2011). In fact, clubs was the only apparatus with a lower value
in three of the four handling categories analysed. According to Tsopani et al.
(2012), the low value of qualitative execution in clubs is because clubs require a
clean execution by both hands and this requires a high coordination level (Vidal,
1997). This low qualitative technique in clubs could be linked with internal data
memory, otherwise preceded experience (Τsopani et al., 2012). Most humans
preferentially use their right hand in daily activities, while about 10% use the left
hand (Rodrigues et al., 2009). One factor that seems to affect more or less
functional asymmetry is the task complexity. In clubs, gymnasts perform the
majority of elements with both hands, which requires perfect coordination
between them, as well as between the apparatus and body difficulties and
between the group gymnasts.
In ribbon, the Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre (2010a) study reported higher
use of snakes and spirals. In our study these elements were included in the
category of short handling, which was also the most used ribbon category and
with the highest reported values amongst all apparatus analysed. We think that
due to its flexible nature, ribbon must be in constant motion in order not to lose
its form and result in technical error as specified in the CoP (Fédération
73
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
International de Gymnastique, 2009a). This constant apparatus motion may
have been the reason for the higher handling values observed in ribbon. On the
other hand, snakes and spirals are the typical ribbon handling elements (Bobo
(2002).
Apparatus and Collaboration techniques by ranking position
In RG, gymnasts are expected to execute a high number of motor skills in order
to structure their competitive routines (Τsopani et al., 2012). According to the
CoP, the body technical elements are valid only if executed in conjunction with
apparatus technical elements leading to a more complex and demanding
performance. Thus, for a group to achieve higher ranking position a complex
coordination between body and apparatus work is required. To this end, the RG
practice sessions are generally long, homogeneous, and repetitive, and are
focused on the refinement and improvement of technique, including physical
and motor performance of the gymnasts (Botti & Nascimento, 2011). Such
sessions result in better recall of information in executing the skills (Τsopani et
al., 2012). It was, therefore, not surprising that weekly training volume explained
42% of competition success.
Previous studies on apparatus technique in RG group routines reported higher
values related to throws criteria than catches elements (Avila-Carvalho et al.,
2008; Ávila-Carvalho et al., 2009, 2010a, 2011). In the routines analysed, the
authors reported a generalized strategic decision by elite groups to increase
throws difficulties and decrease catches difficulties (Ávila-Carvalho et al., 2011).
However, when the routines were performed with two different apparatus more
catches elements were performed (Avila-Carvalho et al., 2008; Ávila-Carvalho
et al., 2009, 2011). The specific throw criterion that had been mostly used by
elite groups was the throw elements during flight (Ávila-Carvalho et al., 2010a;
Ávila-Carvalho, Palomero, & Lebre, 2010b). In terms of catches the specific
criterion previously used varied according to the apparatus. For flexible
apparatus like ribbon and rope, there was higher use of catches during a
rotational body element because of the movement fluidity needed to preserve
the apparatus’ form as per the CoP requirements. For the routines performed
with rigid apparatus (hoop), most catches were performed without hands help
(Ávila-Carvalho et al., 2010a, 2010b). In the present study there were also
74
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
higher values related to throws’ criteria than to catches’ criteria, but with no
differences between the finalists and the non-finalists groups. According to the
CoP (Fédération International de Gymnastique, 2009b), the use of catches
criteria can result to equally high technical values as throws elements. Thus, the
choice of apparatus elements depends on the coach’s strategy to increase the
value of the composition by a less risky way. However, the use of different kind
of catches could be more valuable as they can increase the artistic impression
of the routine. According to the regression analysis, the group routines that
utilized more throws criteria had a better ranking position. The best RG groups
presented a more risky apparatus technique that required a momentary loss of
contact between gymnasts and apparatus.
Only the collaborations with risk reported significant differences between
finalists and non-finalists group routines. Previous studies have also reported
high values in collaborations with risk, when the routines were performed with
same apparatus like 5 ropes or hoops (Avila-Carvalho et al., 2008; ÁvilaCarvalho et al., 2009, 2010a), or during pre-Olympic, preparatory competitions
(Ávila-Carvalho et al., 2011). When the competition routines were performed
with two different apparatus like 3 ribbons & 2 ropes (Ávila-Carvalho et al.,
2010a), or 3 hoops & 4 clubs (Avila-Carvalho et al., 2008; Ávila-Carvalho et al.,
2009, 2011) the collaborations mostly used were those performed with throw.
However, when we analysed the collaborations according to the ranking
position, we didn´t find any difference between groups in collaborations with
throw.
The risk in collaboration technical elements is characterized by the loss of visual
contact with the apparatus during the throw. This loss of visual contact with the
apparatus increases the gymnast’s anxiety that may in turn result in
coordination and balance difficulties, and reduced focus and attention. This
decreases efficiency in processing information by interfering in the senseperceptive, decision-making and implementation mechanisms (Ariza-Vargas,
Domínguez-Escribano, López-Bedoya, & Vernetta-Santana, 2011). These
observations induce a strategic choice by the coaches to use risky
collaborations in the composition of higher level routines to catch the jury
attention and to promote a public surprise. The more experienced gymnasts
may experience less anxiety with this visual constraint. According to Davlin et
75
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
al. (2001), the vision is largely responsible for balance maintenance. However,
the role of visual cues for gymnasts is still under debate. Vuillerme et al. (2001)
demonstrated that gymnasts are less affected by the loss of vision during
balance tasks as they were more capable than other athletes to cope with the
lack of vision. The anticipatory timing or coincidence-anticipation (CA) is a term
developed by Belisle (1963) and is the ability to anticipate the trajectory of a
visual stimulus moving in space, and to organize a motor response based on
temporal anticipation (Rodrigues et al., 2009). In collaborations with risk, the
gymnasts have to predict the body’s rotational movement (displacement and
speed) that allows the apparatus interception in the right place at the right time.
This is supported by a study by Rodrigues et al. (2011) according to which old
groups demonstrated higher accuracy in the execution of complex tasks. This
suggests that higher experience and ability to coordinate and modify responses
based on the feedback processes of both receptors and effectors can lead to
increased accuracy (Rodrigues et al., 2011). If one assumes that the best group
routines were performed by more experienced gymnasts, it is not surprising that
these routines had more risk elements that require a high CA ability.
The present study has some limitations that should be considered. The CoP
adjustments which have taken place every four years (Olympic cycle) introduce
some specific changes on the competition routines and in this study we
analysed the routines in 2007 and 2008 that were prepared according to a
different version of Cop than the routines from 2009 and 2010.
CONCLUSION
It is concluded that hoop routines had the most balanced apparatus technique
whereas the poorest technical apparatus work was seen in clubs maybe
because is the only double apparatus. According to the competition success
analysis, success in high level RG group competition could be explained by:
higher training volume (hours per week) (43%), higher use of throws (6%) and
collaborations with risk (16,5%). These risky technical elements performed by
the higher level groups require a coincidence anticipation ability that is linked
with the loss of visual contact with the apparatus.
76
Apparatus technique in Group Rhythmic Gymnastics
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79
ESTUDO EMPÍRICO 3
Ávila-Carvalho,
L.,
Klentrou,
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Palomero,
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L.,
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Lebre,
E.
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic
gymnasts according to their chronological age. Science & Sports Journal, in
press.
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic
gymnasts according to their chronological age
Abstract
Purpose of the present study was to analyse anthropometric, body composition
profile, onset of menarche and training experience of young and adult elite
group rhythmic gymnasts (GRG). Eighty four GRG, who participated in the
2009/2010 RG World Cup were evaluated. Body Mass Index (BMI) was
calculated and relative body fat (% BF), fat mass (FM) and lean body mass
(LBM) were estimated from skinfold thicknesses (suprailiac, triceps, thigh and
calf) and circunferences (arm, thigh and calf). Age at menarche was recorded
using a questionnaire. Results: Elite GRG had a similar height, % BF, FM and
waist/hip ratio profile no matter their chronological age (20.5±1.7 vs. 16.5±0.9
yrs. old), but the values were higher than those reported in previous RG studies.
However, the adult elite RG had a higher BMI than younger gymnasts (19.0±1.2
vs. 18.5±1.4 Kg/m2) both at the normal range. The absolute and relative LBM
(Kg; %) were higher in the adult gymnasts with higher training experience level
(25.0±2.5 vs. 27.5±2.5 Kg; 48.4±2.1 vs. 50.6±2.1 %). The younger gymnasts
began training RG earlier (6.1±1.2 vs. 6.8±1.7 yrs. old) suggesting, nowadays
an earlier specific initiation in RG and had a lower training experience (10.3±1.6
vs. 13.4±2.5 yrs). The younger gymnasts recorded earlier onset of menarche
(14.8±1.1 vs. 16.6±1.2 yrs old). Years of training before menarche and
chronological age were both correlated with age at menarche: the greater the
years of training before menarche and the older the chronological age, the later
the age at menarche.
Key words: anthropometric measures, body fat, training, menarche, group
rhythmic gymnasts
83
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
Profiles anthropométriques et âge de la ménarque des gymnastes de
gymnastique rythmique d’ensemble de haut niveau selon leur âge
chronologique
Résumé
Le but de cette étude était d’analyser le profil anthropométrique, la composition
corporelle, l'âge de la ménarque et l'expérience dans le sport des gymnastes
des ensemble d'élite de Gymnastique Rythmique (EGR). Quatre-vingt-quatre
gymnastes d’ensemble, qui ont participé à la Coupe du Monde 2009/2010 de
GR ont été évaluées. L’indice de masse corporelle (IMC) est calculé et la
graisse corporelle relative (% GC), la masse grasse (MG) et la masse maigre
du corps (MMC) sont estimées à partir des plis cutanés (suprailiac, triceps,
cuisse et mollet) et périmètres du corps (bras, cuisse et mollet). L'âge de la
ménarque a été déterminé à partir d’un questionnaire. Résultats: Les valeurs de
taille, le % GC, la
MG, le ratio de taille/hanche sont équivalents entre les
groupes quel que soit l’âge (20.5±1.7 vs. 16.5±0.9 ans) et sont plus élevés que
dans la plupart des précédentes études en GR. Mais les gymnastes adultes ont
un IMC plus élevé que les gymnastes jeunes (19.0±1.2 vs. 18.5±1.4 Kg/m2)
mais toujours dans la normalité. La MMC absolue et relative (kg, %) est plus
élevée chez les gymnastes adultes avec plus d’expérience dans le sport
(25.0±2.5 vs. 27.5±2.5 Kg; 48.4±2.1 vs. 50.6±2.1 %). Les gymnastes jeunes ont
commencé plus tôt dans GR (6.1±1.2 vs. 6.8±1.7 ans) suggérant une tendance
actuelle pour un début plus précoce dans la GR mais ont une expérience
d'entraînement moins longue que les adultes (10.3±1.6 vs. 13.4±2.5 ans). Les
gymnastes jeunes ont une ménarque plus précoce que les adultes (14.8±1.1
vs. 16.6±1.2 ans).
L’augmentation des années d’entraînement avant la ménarque et l'âge
chronologique expliquent un retard de l’âge de la ménarque parmi les
gymnastes élite de GR.
Mots clés: mesures anthropométriques, graisse corporelle, entrainement,
ménarque, gymnastique rythmique d’ensemble
84
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
INTRODUCTION
The prerequisites of athletic success in many sports rely to a great extent upon
physical characteristics, including anthropometric dimensions and body
composition [1]. Over the last decades, many studies have been conducted in
order to define what could be the ideal body shape for different sports. Although
the morphological profile does not guarantee a higher level performance in a
particular sport, specific morphological traits have been considered as a
contributing factor to the individual success in sports like rhythmic gymnastics
(RG). According to previous studies in RG, these gymnasts are characterized
by low fat mass and long extremities [2, 3]. Those morphological constitution
are related to the gymnasts initial selection [4] and are a guidance of young
female gymnasts talent because of their anthropometric characteristics [1, 5]. It
is also known that psychological, skill-based factors and morphological
constitution have a significant impact in attaining good performances in
gymnastic [1, 5]. However the development of disorders eating to achieve a thin
body appearance [6] increase risk of injury duo to a decreased endurance,
strength, reaction time, speed and ability to concentrate [7]. Special medical
concerns should be considered when caring for young female athletes [6, 7].
These young athletes can develop abnormal eating patterns, which can be
associated with menstrual dysfunction (amenorrhea or oligomenorrhea) and
subsequent decreased bone mineral density, or osteoporosis. A female athlete
triad concerns when tree conditions (disordered eating, menstrual cycle
dysfunction and bone weakness) occur in athletic female [6, 7]. Menstrual
dysfunction is divided on primary amenorrhea that is defined among other
factors as the absence of menarche by age 16 years [6], secondary
amenorrhea that is defined as the absence of at least 3 to 6 consecutive
menstrual cycles in a female who has begun menstruating, and oligomenorrhea
that refers to intervals longer than every 35 days between menstrual periods [7,
8]. Aesthetic sports such as gymnastic, dance, and figure skating may put
athletes at higher risk to develop these dysfunctions [7]. The normal menstrual
cycle can be a somewhat fragile system altered by low body weight, inadequate
nutrition, excessive training, illness, and psychosocial factors [6]. Early
85
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
intervention after recognition of risk factors for menstrual dysfunction is the key
to limiting untoward effects [6]. So, amenorrhea should not be considered a
normal response to exercise [7] but incidence of simple delayed menarche must
be also considered [9]. It is unclear whether any observed delay in growth or
maturation is due simply to selection of genetically late maturing individuals
because of their body appearance [10]. This type of shape is indirectly
encouraged by the International Gymnastics Federation Code of Points (FIG
CP) demands, where factors such as elegance, fluidity and amplitude of
movement are related to the ability to perform the technical skills [11, 12]. The
FIG CP is used as the technical handbook by the RG coach, what means that
although the FIG CP does not include specific penalties related to the
gymnasts’ body shape and composition, it requires that all gymnasts
participating in a group exercise should be of similar body shape within the
group [12]. Therefore coaches try to have lean body gymnasts to have a unity
and harmony between the five gymnasts technical performance. However, very
few studies have focused on the physical characteristics and body composition
of Elite level RG gymnasts (competing in the main international competitions:
European Championships, World Championships, Olympic Games or in World
Cups) [2, 13-16] and the most part of them have no specific reference to group
gymnasts.
The aim of this study was to analyse the anthropometric characteristics, body
composition, training experience and onset of menarche of elite RG gymnasts
who competed in the group exercises at the 2009 and 2010 World Cups
according to their chronological age.
METHODS
Subjects
Data were collected during the Portimão Rhythmic Gymnastics World Cup
(2009 and 2010). This study was approved by the Scientific Committee of the
International Gymnastic Federation, and authorized by the coaches and heads
of national delegations. 84 group gymnasts from 14 countries competing at the
86
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
World Cup were invited and gave consent to participate in the study. The
sample was divided into two groups based on the chronological age. The cut
point was set at 18 years old to be useful for menarcheal status report [17]. Age
reflects a beneficial effect of experience yet, fatness tend to accumulate with
age during adolescence in females [1]. The young group was defined for
gymnasts less than 18 years old (16.50.9 yrs) and the adult group for those of
more than 18 years old (20.51.7 yrs).
Methodology
Anthropometric measurement was taken according to Ross and Marfell-Jones
protocol [18] including their anthropometric tolerances. The gymnasts were
measured
before
training
session
in
Portimão
World
Cup,
because
measurements should not be taken after exercise due to sweating and
increased blood flow to the subcutaneous tissue, both causing larger skinfolds
[19]. Body mass was measured using an electronic digital scale (model 770,
Seca, Munich, Germany) and height using a Holtain stadiometer. We registered
the mean value of two consecutive measurements. The gymnasts stand in the
anatomic position [18]. Skinfolds thicknesses were measured with a Holtain
Skinfold Caliper (Holtain LTD., Dyfed, UK) range 0mm to 48mm, graded with
0,2mm and a pressure of 10g.mm2. All measurements’ were taken on right side
of the gymnasts, a minimum of two trials were taken for each skinfold and
registered the mean value of two measurements. Gymnasts were measured by
only one person. Each skinfold was measured at according to marks made in
advance on the anterior thigh, triceps, suprailiac and calf by one experienced
skinfold tester following Ross and Marfell-Jones protocol [18].
Circumferences were measured with the tape at right angles to the long axis of
bone or body. The tape is passed around the part and held so that the stub end
and the scale calibrations are in juxtaposition. The aim was to obtain the
perimeter distance of the part with the tape in contact with, but not pressing, the
fleshy contour. A minimum of two trials were taken, the mean is selected as the
value for subsequent analysis. Thigh, relaxed arm, hip, waist and calf
circumferences were measured in this way.
87
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
Anthropometric and body composition variables were calculated using the
following equations:
a) To determine the Body mass index (BMI) (kg/m 2) we used the following
equation:
BMI= BM/(H)2
Legend: BM – Body mass (Kg), H – Height (m)
b) For Body density (BD) (g/m³) we used the specific equation of Jackson et al.
[20]:
BD (g/m³) = 1.0994921 – 0.0009929 *(∑Sf1) + 0.0000023 *(∑Sf1)2 – 0.0001392
*(age)
Legend: ∑Sf1 – Sum of skin folds: triceps, thigh and Suprailiac (mm), age - yrs of age
c) From the equation of Slaughter et al. [21] (for gymnasts aged under 18 years)
and Siri [22] (for gymnasts aged over 18 years) we calculated the relative body
fat (BF) (%):
BF (%) gymnasts ˂ 18 years old = 0,610*∑Sf2+5,1
BF (%) gymnasts > 18 years old = ((4,95/BD)-4,50)*100
Legend: ∑Sf2 – Sum of triceps and calf Skin fold(mm), BD – body density (g/m³) of Jackson et al. (1980) above
d) From the FM (%) calculated by the equations of Slaughter et al. [21] and Siri
[22] we calculated the absolute FM (Kg):
FM (Kg) = (FM (%) * BM)/100
Legend: BM – Body mass (Kg)
e) From the equation of Poortmans et al. [23] we calculated the LBM (kg):
LBM(Kg)=H*((0,0064*ACA2)+(0,0032*ACT2)+(0,0015*ACC2))+(2,56*gender)+(
0,136*age)
Legend: ACA – Adjusted circumference of arm (cm); ACT - Adjusted circumference of thigh (cm); ACC- Adjusted
circumference of calf (cm); gender = 0 for women, 1 for men; H - Height (meters), age - yrs of age
88
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
f) From the LBM (kg) calculated using the Poortmans et al. equation [23] we
calculated the relative LBM (%):
LBM (%) = (LBM (Kg) * 100)/BM
Legend: BM – Body mass (Kg)
g) We calculate the waist/hip ratio (cm) as follows:
waist/hip (cm) = WC / HC
Legend: WC – Waist circumference (cm), HC – Hip circumference (cm)
We used the BMI values as additional information since it has very strong
association with fat-free mass [24]. In most RG studies found in literature %BF
and BMI were the most frequently used parameters [2, 13-16, 25]. Because BMI
provides limited information on the adiposity of thin subjects [24], we decided to
measure skinfold thicknesses that have the potential to substantially improve
the prediction of adiposity of thin subjects [24]. We used a BF predictors
equations that had a triceps skinfold thickness since provide a better additional
information to predict the body fatness [24] and had a high correlation with
performance in gymnastic [1].
We also used a different relative BF equation (BF %) for young and adult
gymnasts to control the age influence on data analysis. In previous RG studies
[16, 26, 27] that used a BF% equations by skinfold thickness, Slaughter et al.
[21] and Siri [22] equations were used in gymnasts with less and with more than
18 years old respectively. For the adult gymnasts body density was calculated
using Jackson et al. equation [20].
A specific age equation (Poortmans et al. [23]) for female subjects was used to
predict absolute LBM. We used the waist/hip ratio to classified the gymnasts
biotype [16].
Onset of puberty was determined, in 59 over the 84 gymnasts, by the age at
menarche via questionnaire with two questions (Have you ever had a menstrual
period? How old were you when you had your first menstruation?) adapted from
Bond et al. [28], Ross and Marfell-Jones [18] and Baxter-Jones, Eisenmann,
and Sherar [17]. We used the age that the gymnasts began RG training and the
years of practice to determine the training experience and the training duration
89
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
(hours/day) and volume (hours/week) were used to quantify the gymnasts
training level.
Statistical Analysis
Descriptive statistics were calculated using the mean values as a measure of
central tendency and standard deviation as measure of dispersion. Data
distribution normality was verified by the Kolmogorov-Smirnov test. A t-test was
used to determine whether there were significant differences between age
groups. To analyse the relationship between pubertal maturity, chronological
age and training experience, a linear regression was used on full sample.
Chronological age and RG years of practice before menarche entered as
independent variables, and age at menarche entered as the dependent
variable. Only the gymnasts that report a menarche age were included in this
analysis. A α level less than 0.05 was used as a criterion for significance.
RESULTS
Gymnasts’ main data are shown in Table 1.
There was a four-year interval between the young gymnasts mean age (<18
years old) and the adult gymnasts (>18 years old) with significant differences.
The adult gymnasts had a significant higher body mass than the young
gymnasts. No significant differences were found in height between the two
groups analysed. Adult gymnasts' hip and thigh circumferences were
significantly larger than young gymnasts.
BMI was significantly lower in young gymnasts than in the adult gymnasts.
However no significant differences were found in % BF and FM (Kg) between
the two groups analysed. We observed a significant difference in, both, absolute
and relative LBM (Kg, %) between the young and adult gymnasts with higher
values in the adults group. Both groups had very close values of waist/hip ratio.
As we can see in Table 1, the gymnasts of our sample began the RG training at
6.1 and 6.8 years of age. The young gymnasts reported a younger age of
90
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
initiation in RG than the adult gymnasts, but the adult group had more training
years (p<0.05).
The mean training load in young and adult gymnasts was 6.6 vs. 7.0 hours/day,
and 39.5 vs. 41.4 hours/week respectively, and we didn’t find significant
differences between groups.
Table 1: Anthropometric characteristics, body composition variables, training
data and age at menarche for the young gymnasts (<18 years old) and the adult
gymnasts (>18 years old). Data are mean (SD).
Young (n= 39)
Adult (n=45)
Mean (sd)
Mean (sd)
t-test
Chronological age (years)
16.5 (0.9)
20.5 (1.7)
˂0.001*
Body mass
51.6 (4.7)
54.3 (4.3)
0.007*
Height (cm)
167.2 (4.5)
169.0 (5.2)
ns
Hip circumference (cm)
86.3 (3.9)
89.6 (3.4)
0.001*
Thigh circumference (cm)
51.2 (2.7)
53.1 (2.6)
˂0.001*
BMI (Kg/m )
18.5 (1.4)
19.0 (1.2)
0.043*
BF (%)
17.3 (2.8)
16.3 (2.9)
ns
FM (Kg)
9.0 (1.9)
8.9 (1.9)
ns
LBM (Kg)
25.0 (2.5)
27.5 (2.5)
˂0.001*
LBM (%)
48.4 (2.1)
50.6 (2.1)
˂0.001*
Waist/Hip Ratio
0.77 (0.03)
0.76 (0.04)
ns
Onset RG (years of age)
6.1 (1.2)
6.8 (1.7)
0.027*
Training Experience (years)
10.3 (1.6)
13.4 (2.5)
˂0.001*
6.6 (1.2)
7.0 (1.1)
ns
39.5 (7.0)
41.4 (5.9)
ns
14.8 (1.1)
n=19
16.6 (1.2)
n=33
˂0.001*
Variables
(Kg)
2
Training duration
(hours/day)
Training Volume
(hours/week)
Menarche (age)
*p<0.05; BMI = Body Mass Index; BF = Body Fat; FM = Fat Mass; LBM = Lean
Body Mass; n= subjects number; ns= not significant
91
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
Among the 59 gymnasts who answered the menstrual history questions, 88.1%
were post-menarcheal and 11.9% were pre-menarcheal. The mean age at
menarche was 14.8 in young gymnasts and 16.6 in adult gymnasts.
The regression analysis used to further research whether the chronological age
was associated with the onset of menarche, had shown that age at menarche
was significantly positively related to gymnasts chronological age (β=0.30;
r2=0.31; p<0.001) and to the RG years of practice before menarche (β=0.38;
r2=0.29; p<0.001). According to these results, as the chronological age and the
years of practice before menarche increased, later was the menarche age.
DISCUSSION
Anthropometric characteristics, body composition variables, training experience
and age at menarche data collected from RG studies are resumed in Table 2.
The chronological age of young gymnasts group in our study had a range of 2,7
years (15,27 and 17,99 years old) much lower than adult gymnasts group that
had a range of 7 years (17,99 and 25,04 years old) that means that nowadays
the high level groups RG gymnasts are older and more experienced [1].
The adult gymnasts in our sample had higher body mass than younger
gymnasts. Both groups had higher body mass than that found in the majority of
the RG studies presented in table 2 [13, 14, 25-27]. However, the
anthropometric data in adult gymnasts group are in accordance with other
studies conducted on age-matched gymnast groups [2, 11, 16]. Only Pineau
[25] and Berlutti et al. [16] studies had a similar body mass than our young
gymnasts group. These studies were made with 1994 Germany international
level gymnasts and during 1986 European Championship (EC) data
respectively. Adult gymnasts in RG, not only from our study but also from those
in the literature [2, 11, 16], were taller compared to the reference height values
(163,7 cm) reported by the World Health Organization (WHO) [29]. The adult
gymnasts were between 75th and 90th percentile according to international
growth curves [30, 31]. The young gymnasts also reported high height values
compared to the references (162,7cm) [29] and were between 50th and 75th
percentiles according to international growth curves [30, 31]. The body mass
92
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
was lower than the WHO reference data [29] for their age (56,4 Kg for young
group and 56,6 Kg for adult group), the young and adult gymnasts were
between 25th and 50th percentiles according to international growth curves [30,
31]. Those anthropometric characteristics could be, probably related to the
gymnasts initial selection, because the anthropometric characteristics [4] are
one of the most common selection criteria in aesthetic sports [1, 5, 10]. Berlutti
et al. [16] studied the body composition, biological maturity, dietary habits and
anthropometric characteristics of the RG gymnasts who participated in 1986 EC
(Florence) and in 2008 EC (Turin). As shown in Table 2, the 2008 groups
gymnasts of EC [16] had similar characteristics to our sample. The author
showed that in 1986 study sample the gymnasts were smaller, with less body
mass and younger that in the 2008 sample. The RG groups in the past were
composed by younger and thinner gymnasts than today. Berlutti et al. [16]
reported that the thin profile of RG gymnasts required in the past, is no longer
the case nowadays, and that a thin profile should no longer considered the role
model in this sport. We found significant differences between the young and the
adult gymnasts only in the hip and thigh circumferences. Douda et al. [27] also
noted lower values of hip circumferences in gymnasts younger than 18 years of
age than Berlutti et al. [16] in adult gymnasts.
According to Amigo et al. [11], the most used body composition parameters in
sports are % BF and LBM. However, in most RG studies found in literature %
BF and BMI were the most frequently used parameters. In the most part of
studies in RG, including the present study, BMI values for adult gymnasts are at
the lower limit of what is considered the normal BMI range by WHO [32] (18.50
to 24.99 kg/m2). Our sample of young gymnasts had significantly lower BMI
than the adult gymnasts falling slightly below the minimum reference value,
while the RG studies with gymnasts under 18 years of age reported lower
values for BMI than ours [2, 13-15, 25]. According to Freedman et al. [24] a
lower BMI levels may reflect low levels of either fat mass or fat-free mass. The
young and adult gymnasts were between 10th and 25th percentile according to
international BMI-for-ages percentiles references [30, 31]. The reference values
for 50th percentile for our young group is 20.6 kg/m 2 and for adult group is 21.8
kg/m2.
93
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
The two groups analysed in our study (young vs. adult gymnasts) had similar
%BF values and is in accordance with some RG studies previously reported [2,
16, 25]. There are previous studies reporting lower %BF than found in our
sample [13-15, 26, 27]. This difference may be explained by the younger and
individual gymnasts in their sample, which may have influenced the results. We
think that judges subjective aesthetic evaluation in groups competition is more
focused on the group work design [33] than in individual competition that is
more focused on the gymnast profile. According to the reference %BF values
[34, 35] gymnasts reported lower values in both young and adult group
analysed. The young gymnasts reported values between 5th and 10th percentile
and the adult gymnasts group reported values between 2 nd and 5th percentile.
The % BF that Amigo et al. [11] recorded in Spanish gymnasts was much lower
than what we and the most authors reported (table 2). According to the author
[11] their data is significantly lower than the reference values of the Spanish
population. On the other hand, when we compare gymnasts from different
studies some precautions must be taken because the different training
requirements, seasonal variations, and diets [11].
The LBM (Kg) values of our sample were lower than that reported by the Douda
et al. [26] in elite RG gymnasts from Greece and Cyprus (Table 2). When we
compare the adult with young gymnasts in our sample we found a significant
difference, the young gymnasts having the lowest values. The gymnasts
chronological age of Douda et al. [26] study was lower than our young
gymnasts (13.4 vs. 16.5 years old respectively) and so we expected that the
LBM values were lower in younger gymnasts with lower gymnastics
involvement, and it did not happen. According to Amigo et al. [11] longitudinal
gymnasts study reported that the LBM do not differ significantly with
chronological age (15 to 18 years old), which support our initial expectation as
the Douda et al. [26] chronological age sample were less than the minimum
range of Amigo et al. [11] study. However, we expect that the LBM values
reported in our young gymnasts group will remain until they reach the adult
group (>18 years old).
94
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
We also found a significant difference in relative LBM (%) between the young
and adult gymnasts with higher values in the adults, probably due to their longer
carrier in sports.
The gymnasts from our sample (both groups) had a waist/hip ratio less than
0.78 cm. Berlutti et al. [16] found similar values and classified them to the
gynoid biotype.
Regarding to the training experience (table 2) and according to Berlutti et al.
[16], the gymnasts who competed in the 2008 European Championship began
their RG career at 6.2 years of age whereas the gymnasts competing in the
1986 European Championship started at 7.8 years of age suggesting an actual
tendency to an earlier onset in RG. Indeed, the young gymnasts group in our
study reported a younger age of onset in RG than adult gymnasts (p<0.05). All
other studies (Table 2) reported an onset in RG between 6.8 years old [2] and
7.7 years old [13].
As concerns the training level, only Berlutti et al. [16] refers to the daily training
of RG gymnasts.
The gymnasts who participated in the European
Championship of 2008 also trained on average 6 hours a day similarly to
gymnasts from our sample. We can see in the same study [16] that the
gymnasts who participated in the European Championship of 1986 trained 3.8
hours/day. This difference can also evidence a tendency to increase the training
volume over the recent years in response to the new technical requirements
[36]. Actually, our data recorded more hours of training per week than all RG
studies done in previous years [2, 13-16]. We can see in RG literature (table 2)
that was an increase training volume that start at the second half of first decade
of this century.
In the Georgopoulos et al. [13] study, 28.7% of the gymnasts who participated
in the 1999 Osaka World Championships had not reached menarche and they
were older than 15 years of age. Theodoropoulou et al. [15] also reported that
16.8% of the RG gymnasts participating in the World Cups and European
Championships from 1997 to 2004 were pre-menarcheal. In our study 7 of the
59 (11.9%) gymnasts who answered about the menarche age, were not
menstruating. Three of these gymnasts had less than 16 years old (young
group), and 4 of them have more (3 belonged to young group and 1 to adult
95
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
group). According to American Academy of Pediatrics [7] primary amenorrhea is
defined among other factor as the absence of menarche by age 16 years [6, 8].
Although only 6.8% (all sample) of the present study had a disturbed delayed
menarche that can be related to a primary amenorrhea. We recognized the
limitation of this evaluation that should be monitored by biological maturation
progress that has two components: timing and tempo [17]. According to BaxterJones, Eisenmann, and Sherar [17] the timing refers to the age at which specific
maturational events occur (e.g., age when menarche is attained, age at the
beginning of breast development, age at the appearance of pubic hair, or age at
maximum growth during the adolescent growth spurt.) and tempo refers to the
rate at which maturation progresses (i.e., how quickly or slowly an individual
passes from the initial stages of sexual maturation to the mature state).
However amenorrhea should not be considered a normal response to exercise
[7] but incidence of simple delayed menarche must be also considered [9].
Special medical concerns should be considered when caring of young female
athletes, a serious health consequence of disordered eating, amenorrhea and
osteoporosis conjugation in athletic female (triad female athlete) [6, 7] can
occur. Coaches should make a point to be up to date regarding recognition and
recommendations to medical entities [6]. It is important that no disturbed
maturation cases reported in Gymnastics but if there is a case should be
medical reported for a proper treatment.
The athletes and dancers who begin training before menarche occurs
(premenarcheal trained athletes) have later menarche and more incidence of
menstrual dysfunction when compared with athletes and dancers who begin
training after menarche occurs (postmenarcheal trained athletes) [7, 8].
According to regression analyses, the greater the training experience at the
time of menarche, the later the age at menarche, which confirm references in
the literature. We also observed that the older the chronological age, the later
the age at menarche, which confirm the previous analysis according to the
chronological age group. In this way, we expected that the onset in RG training
might be later in younger than in adult gymnasts and it did not happen.
Somewhat contradictory data which should be analyzed in future studies.
According to Frisch et al. [8] each year of training before menarche, delayed
96
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
menarche
by five
months. The
training increased
the
incidence of
oligomenorrhea and amenorrhea among both premenarche and postmenarche
trained athletes [8]. In our sample the mean age at menarche was 14.81.1 yrs
in young gymnasts and 16.6±1.2 yrs in adult gymnasts group (table 1). As
shown in Table 2, Berlutti et al. [16] reported a mean age at menarche of 15.9
years. These values were higher than those reported in non-athletic females
(12.2 yrs) and the delayed onset of puberty in these gymnasts can be explained
by their lower body mass [16]. According to Claessens et al. [1] the
performance scores in gymnastics are also associated with degree of fatness.
Di Cagno et al. [37] conclude that the anthropometric and body composition
characteristics to reach high performance in jumping ability in RG could be
described like taller gymnasts, with longer limbs and with high fat-free mass
[37]. In this way, there are some aesthetic pressures to a lean body appearance
in gymnastics but also performance assessment that related this lean profile
with the sport performance in gymnastics. The gymnasts of the 1986 European
Championship reported age at menarche of 14 years old, earlier than that
observed in more recent studies [13, 15] including ours. Some studies have
reported significant differences between age at menarche of gymnasts, of their
mothers and non-gymnast sisters suggesting the delayed menarche may not
have a genetic origin [2, 15]. In dancers longitudinal study [38] the mean age at
menarche was 13,5 and 14 years old in two groups analysed according to their
height progression. We think that one of the biggest difference between the RG
older studies and the most recent RG studies is the weekly training volume (29
hours/week in 1997 European Championship [2] and 36 hours/week in 2008
European Championship [16] and 39 to 41 hours/week in the present study)
that has increased over the years. We think that for a long-term sport carrier in
gymnastics is important to study the initial years of practice in RG regarding the
training volume, anthropometric characteristics and biological maturation
progress (timing and tempo).
97
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to their chronological age
Table 2: Anthropometric, body composition, training data and age at menarche (average ± standard deviation) previously reported
in rhythmic gymnasts
Pineau
(1994)
Variables/ Authors
Georgopoulos et al.
(1999)
Georgopoulos
et al. (2001)
Georgopoulos
et al. (2002)
Douda et al.
(2002)
Theodoropoulou
et al. (2005)
Douda
et al. (2008)
Amigo
et al. (2009)
Berlutti et al. (2010)
Sample (n)
Nr
Nr
Nr
255
16
104
129
9
423
15
151
Nr
139
Level of performance
Nat.
(France)
Int.
(Germany)
Int.
(Italy)
EC 1997
EC 1997
EC and WC
1997-2000
WC 1999
Nat.
(Greece)
WC and EC
(1997-2004)
Int. Greece
and Cyprus
Nat.
Int.
(Spain)
EC Groups
1986
EC
Groups
2008
Age (years)
14.9±9.4
16.0±1.0
16.4±0.5
14.7±2.1
(11-23)
18.4±2.1
(15-23)
16.0±1.7
(12-23)
17.1±1.4
(15-17)
15.9±2.4
13.4±1.6
18.2±0.2
16.4±2.1
18.8±2.2
Body Mass (Kg)
40.8±3.3
49.4±2.2
46.6±3.1
42.0±7.4
52.4±5.1
45.3±6.6
47.3±4.8
44.1±3.6
Nr
35.6±5.5
53.7±3.3
49.5±5.5
52.4±4.5
Height (cm)
162.0±4.5
164.7±4.6
159.0±2.2
160.4±7.4
168.2±5.2
163.6±5.6
166.3±4.6
160.4±4.8
Nr
151.1±9.5
170.8±2.9
164.8
168.9±5.6
BMI (Kg/m2)
15.5±0.5
18.2±0.6
18.4±0.8
16.3±1.8
18.5
16.8±1.8
17.1±2.1
Nr
16.9±1.8
Nr
Nr
18.1±1.5
18.3±1.3
BF (%)
13.2±0.4
16.8±1.6
15.5±1.8
16.1±4.1
Nr
15.9±4.9
13.1±4.9
15.5±4.6
14.0±2.2
11.3±1.4
LBM (Kg)
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
29.8±1.8
Nr
Nr
Nr
LBM (%)
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
47.7±1.7
Nr
Nr
Waist/Hip Ratio
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
0.75±0.03
Onset RG (years of age)
Nr
Nr
Nr
6.8±1.9
Nr
7.3±2.3
7.7±2.2
Nr
7.4±2.3
Nr
Nr
7.8±2.8
6.2±1.9
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
Nr
3.8±1.6
6.0±1.8
Nr
Nr
Nr
29.1±15.4
Nr
32.5±13.5
31.2±9.6
Nr
27.1±10.4
Nr
Nr
21.7
36
nº competitions per year
Nr
Nr
Nr
6.6±3.0
Nr
6.4±2.7
7.6±3.1
Nr
6.8±3.0
Nr
Nr
Nr
Nr
Menarche (age)
Nr
Nr
Nr
14.3±1.5
Nr
Nr
15.2±1.4
Nr
14.6±1.5
Nr
Nr
14.0±1.3
15.9±1.3
Training duration
(hours/day)
Training Volume
(hours/week)
14.3±2.8
14.4±3.8
EC = European Championship; WC = World Championship; Nat. = National; Int. = International; BF (%) = Body Fat; BMI = Body Mass Index; LBM = Lean
Body Mass; Nr= Not reported
98
17.6±3
Anthropometric profiles and age at menarche in elite group rhythmic gymnasts according to
their chronological age
CONCLUSION
The elite group RG gymnasts had a similar height, % BF, FM and waist/hip ratio
profile no matter their chronological age and they had higher values than what
is reported in previous RG studies. The younger elite RG had a lower BMI than
adult gymnasts, but at the normal range. The absolute and relative LBM (Kg, %)
was higher in the adult gymnasts with longer gymnastics involvement.
The young gymnasts had earlier onset in RG than the adult gymnasts
suggesting an earlier specific initiation in RG in recent years. We recorded more
training volume in both groups (young and adult gymnasts) than all of previous
RG studies. The young gymnasts had less years of RG practice, earlier onset in
RG and earlier menarche. It was the increased years of training before
menarche and the chronological age that explained the delayed menarche age
in Elite RG gymnasts. This study provides updated information that reports
some specific anthropometric characteristics in RG high level gymnasts. The
results also pointed out the importance of initial years of practice in RG for a
long-term sport carrier in gymnastics.
CONFLIT OF INTEREST
None.
ACKNOWLEDGMENTS
The authors would like to thank the RG World Cup of Portimão 2009 and 2010
Organization, the gymnasts, coaches and heads of national delegations that
made this study possible.
REFERENCES
1.
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Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
Body composition profile of Elite Group Rhythmic Gymnasts
Abstract
The aim of this study was to analyse the anthropometric characteristics, training
experience, body composition and biological maturity of Elite group gymnasts.
84 RG group gymnasts from the 2009 and 2010 World Cup were evaluated.
Body Mass Index (BMI) was calculated using standard procedures. Relative
body fat (%BF), fat mass and lean body mass were estimated from skinfold
thickness, and waist/hip circumferences were measured. Biological maturity
was determined by the age at menarche.
Results: An increase on the age of the gymnasts participating in high level
competitions seems to affect the new body appearance profile. Gymnasts are
taller and with higher body mass than in the past. BMI were at the normal range
whatever the success in competition. The more successful gymnasts had lower
values of %BF but still higher than what have been reported in RG studies. A
relation between the body composition data and the competition results has
been not found. The higher level gymnasts had begun activity in RG earlier, and
had more years of practice, and higher training volume. All gymnasts had a late
menarche. We think that the initial selection of gymnasts who had late maturate
can influence their body appearance when they become adults.
Key words: Rhythmic gymnastics groups, Body composition, profile, ranking
107
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
INTRODUCTION
Aesthetic requirements in sports performance evaluation are usually the cause
of the body composition importance. Gymnastics, ice skating and synchronized
swimming can be included in this group (Lebre, 1993). On the other hand,
athlete development is the result of organized physical and technical training,
methodical, rigorous, and based on the sports demands and the participants
morphological profile (Freitas, 2007). According to Lebre (1993) since Seul
Olympic Games in 1988, with the first place occupied by a Soviet Union
gymnast and with physical characteristics very different from the Bulgarian
School, the body composition and the body appearance with very low body fat
became less important. Although the International Federation of Gymnastics
(FIG) Rhythmic Gymnastics (RG) Code of Points (2009) does not include
deductions related to the gymnasts’ body composition profile, it requires that all
group gymnasts should have similar body appearance. However, very few
authors studied the physical characteristics and body composition of
International level RG gymnasts (Berlutti et al., 2010; Colombo, 1997; Douda,
Toubekis,
Avloniti,
&
Tokmakidis,
2008;
Georgopoulos
et
al.,
1999;
Georgopoulos et al., 2002; Georgopoulos et al., 2001; Klentrou & Plyley, 2003;
Pineau, 1994; Theodoropoulou et al., 2005) and most of all with no specific
reference to group gymnasts.
The aim of this study was to analyse the anthropometric characteristics, training
experience, body composition and biological maturity of Elite group gymnasts.
METHODS
Subjects
A total of 84 group gymnasts (18.592.44 years of age) from 14 countries were
invited and gave consent to participate in the study. Data were collected during
the 2009 and 2010 RG World Cups in Portimão, Portugal. This study also had
the Scientific Committee of the FIG, team coaches and heads of national
delegations consent.
108
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
The sample was divided in two groups: the gymnasts from the groups that
performed routines with similar apparatus (5 hoops) and those who performed
with mixed apparatus (3 ropes and 2 ribbons). After inside each group we
organized them in two sub-groups according to their position in the competition
ranking (first and second half of the ranking).
Methodology
Body mass and height were measured using the protocol of Ross and MarfellJones (1991). Thorax (TC), hip (HC), arm (AC), thigh (ThC), waist (WC), and
calf (CC) circumferences were measured, and the waist/hip ratio was then
calculated. Relative body fat (%BF) was calculated using sex and age-specific
equations from 4 skinfold thickness (mm): suprailiac, triceps, thigh and calf. For
the gymnasts with less than 18 years, we used the equation of Slaughter et al.
(1988) using triceps and calf skinfold thickness. For gymnasts over 18 years
old, body density was calculated using the equation developed by Jackson,
Pollock & Ward (1980) for females, using triceps, thigh and suprailiac skinfold
thickness and then, %BF was calculated using the equation developed by Siri
(1961). The fat mass (FM Kg) was calculated using %BF. Body mass index
(BMI) was calculated from body mass and height (kg/m²). Absolute lean body
mass (LBMkg) and relative lean body mass (%LBM) were calculated using the
equation developed by Poortmans, Boisseau, Moraine, Moreno-Reyes, &
Goldman (2005) using adjusted circumference of arm, thigh and calf (cm).
Biological maturity was determined by the age at menarche; training experience
in years was estimated using the initiation age in RG; training volume was
defined as hours/week. All does last data were got using a questionnaire
answered by the gymnasts.
Statistical Analysis
For the statistical analysis we used the Statistical Package for the Social
Sciences - Version 17.0 (SPSS 17.0, Chicago, USA) and Microsoft Office Excel
2007. Descriptive statistics were calculated using the mean values as a
measure of central tendency, standard deviation (sd) as measures of dispersion
109
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
and minimum and maximum values as range extent. We analysed the normality
by Kolmogorov-Smirnov and found that the variable distribution in all sample
groups followed the normal distribution. Thus, Parametric Test was applied t'student test for two independent samples, to determine the significant
differences between groups.
RESULTS and DISCUSSION
The results and discussion of our sample was divided in: anthropometric
characteristics, Body composition variables, Training level and Age at
menarche sections:
Anthropometric characteristics
Gymnast’s anthropometric characteristics participants are presented in Table 1.
In table 2, we present the chronological age, body mass and height, reported in
Rhythmic Gymnastics studies from literature.
Table 1: Gymnasts Anthropometric characteristics for all sample and in two groups (first half
and second half ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD).
5 hoops
Variables
3ropes & 2 ribbons
All Sample / Ranking
First half
Second half
First half
Second half
(n=84)
(n= 42)
(n= 42)
(n= 42)
(n= 42)
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
min
max
Chronological age (years)
18.59 (2.44)
15.27 25.04
18.90 (2.54)
18.28 (2.32)
19.33 (2.35)*
17.86 (2.32)*
Body mass (Kg)
53.05 (4.66)
41.10 63.10
53.97 (4.23)
52.12 (4.93)
53.35 (4.51)
52.75 (4.85)
Height (cm)
168.13(4.95)
Thoracic circumference (cm)
83.14 (3.19)
75.20 90.05
83.30 (3.07)
83.97 (3.34)
83.16 (3.53)
83.12 (2.86)
Hip circumference (cm)
88.07 (3.94)
76.50 98.10
88.06 (3.60)
88.07 (4.30)
87.91 (3.40)
88.22 (4.45)
Arm circumference (cm)
23.51 (1.68)
20.20 27.50
23.31 (1.62)
23.75 (1.73)
23.13 (1.48)*
23.93 (1.80)*
Thigh circumference (cm)
52.22 (2.79)
45.30 57.50
52.11 (2.62)
52.32 (2.97)
52.08 (2.54)
52.35 (3.04)
Waist circumference (cm)
67.05 (3.22)
58.50 74.10
66.36 (2.71)
67.73 (3.56)
67.50 (2.79)
66.59 (3.57)
Calf circumference (cm)
34.03 (1.61)
30.90 37.00
34.32 (1.61)
33.75 (1.56)
34.01 (1.61)
34.05 (1.62)
156
180
*Significant differences for p<0.05 (T-test analysis)
110
170.24 (5.74)*
166.02(5.15)* 169.71(4.59)* 166.55(4.84)*
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
Table 2: Age, body mass and height (Mean ± standard deviation) previously reported in
rhythmic gymnasts
Level of
performance
Chronological
age (years)
Body Mass
(Kg)
Height (cm)
National
(France)
14.95±9.4
40.8±3.3
162±4.5
International
(Germany)
16±1
49.4±2.2
164.7±4.6
International
(Italy)
16.4±0.5
46.6±3.1
159±2.2
255
EC 1997
14.73 ±2.12
(11 a 23)
42±7.37
160.4±7.4
16
EC 1997
18.43±2.09 (15
a 23)
52.4±5.1
168.2±5.2
Georgopoulos et
al. (2001)
104
EC and WC
1997-2000
16.0±1.7
(12-23)
45.3±6.6
163.6±5.6
> 50
Georgopoulos et
al. (2002)
129
WC 1999
17.1±1.4
47.3±4.8
166.3±4.6
> 50
< 50
Douda et al. (2002)
9
(15-17)
44.07±3.61
160.40±4.83
Theodoropoulou
et al. (2005)
423
WC and EC
1997 to 2004
15.90±2.40
> 50
< 50
Douda et al. (2008)
15
International
Greece and
Cyprus
13.41±1.62
35.60±5.46
151.06±9.50
Amigo et al. (2009)
151
18.2±0.18
53.7±3.28
170.8±2.86
90
25
EC Groups
2008
18.8±2.2
52.4±4.5
168.9±5.6
EC Groups
1986
16.4±2.1
49.5±5.5
164.8
Canary club
championship
2008
(15-19)
51.3±5.6
162.95±6.1
Variables/ Authors
Sample
(n)
Pineau (1994)
Georgopoulos et
al. (1999)
National
(Greece)
Height
percentile
Weight
percentile
> 50
< 50
National
139
Berlutti et al.
(2010)
Quintero et al.
(2011)
15
International
(Spain)
Legend: EC = European Championship; WC = World Championship
There were significant differences in chronological age between the gymnasts
of the first half and the second half of ranking in routines with 3 ropes & 2
ribbons. The gymnasts more successful in competition were older (table 1). In
Pineau (1994) study, the national level French gymnasts were 14.95±9.4 years
old, much lower than our sample. Our study data are closed to other studies
with high level RG gymnasts (Amigo et al., 2009; Berlutti et al., 2010;
Georgopoulos et al., 1999; Georgopoulos et al., 2002) (Table 2). Nowadays, the
increase on gymnast’s age in high level competition means an increase of the
RG gymnasts’ longevity career that can affect the high-level gymnasts new
111
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
body appearance model. Our sample data for height and weight (table 1) were
not in accordance with the references values by World Health Organization
[WHO] (1995) (163,7cm and 56,6Kg, respectively). We pointed a significant
difference between the gymnasts’ height when we compared the ranking first
and second half for both type of routines. The more successful gymnasts were
the taller in both types of routines. Those data were in accordance to similar
studies (Amigo et al., 2009; Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999;
Georgopoulos et al., 2002) presented in table 2.
Berlutti, et al. (2010) analysed RG gymnasts body composition, biological
maturity, dietary habits and anthropometric characteristics during the European
Championships of 1986 (Florence) and 2008 (Turin). The group gymnasts
included in the sample from Turin had similar height as our sample. But at the
1986 European Championship the authors reporter for group gymnasts lower
height (Table 2). Those data means that the high-level gymnasts are now
higher than in the past.
As shown in Table 2, Berlutti, et al. (2010) reported a body mass value very
close to our data, in 2008 group gymnasts, while for the 1986 group gymnasts
they reported a lower value. This can be related to the fact that those gymnasts
were younger (approx. less 2 yrs.). The biggest difference found in body mass
values between our sample and those in RG studies was in Douda et al. (2008)
and Pineau (1994). We believe that those differences were related to the lower
age and level of the gymnasts in those two studies. Our results were closer to
those from the other studies with group gymnasts and/or with similar age
(Amigo et al., 2009; Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999; Quintero,
Martín, & Henríquez, 2011). Apparently, in the past, RG groups were composed
by younger and thinner gymnasts than today. Berlutti et al. (2010) reported that
the typical thin body profile of RG gymnasts from the past, is not anymore
observed nowadays.
We found (table 1) significant differences between circumferences data from the
gymnasts of the first and the second half of ranking in 3 ropes & 2 ribbons
routines only in arm circumferences. Douda et al. (2008) noted significant lower
values of arm circumferences in elite RG gymnasts vs non-elite RG gymnasts.
112
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
Douda, Laparidis, & Savvas (2002) noted lower values of arm circumferences in
RG gymnasts when compared with Artistic gymnasts, but authors in both
studies didn’t pointed out any reasons for those differences.
Body composition
Body composition variables are presented in Table 3. Body composition data
from literature are resumed in table 4.
Table 3: Body composition variables for all sample and in two groups (first half and second half
ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD).
5 Hoops
Variables
3ropes & 2 ribbons
All Sample / Ranking
First half
Second half
First half
Second half
(n= 84)
(n= 42)
(n= 42)
(n= 42)
(n= 42)
Mean (sd)
min.
max.
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
BMI (Kg/m2)
18.75 (1.30)
16.14
21.75
18.61 (1.14)
18.90 (1.44)
18.50 (1.09)
19.01 (1.45)
BF (%)
16.74 (2.87)
10.28
23.81
16.60 (3.23)
16.88 (2.50)
15.96 (2.74)*
17.53 (2.81)*
FM (Kg)
8.92 (1.89)
5.48
13.83
9.02 (2.13)
8.82 (1.63)
8.56 (1.91)
9.27 (1.82)
LBM (Kg)
26.31 (2.78)
20.31
32.23
26.57 (2.61)
26.05 (2.95)
26.50 (2.60)
26.12 (2.96)
LBM (%)
49.56 (2.39)
44.66
57.36
49.19 (2.34)
49.94 (2.40)
49.65 (2.16)
49.48 (2.61)
Waist/Hip
circumference (cm)
0.76 (0.03)
0.68
0.85
0.75 (0.03)
0.77 (0.04)
0.77 (0.03)
0.76 (0.04)
Legend: BMI = Body Mass Index; BF = Body Fat; FM = Fat Mass; LBM - Lean Body Mass
*Significant differences for p<0.05 (T-test analysis)
113
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
Table 4: Body composition data (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic
gymnasts
Sample (RG
gymnasts)
Age
(years)
BMI
(Kg/m2)
BF (%)
National
(France)
14.95±9.4
15.5±0.5
13.2±0.4
International
(Germany)
16±1
18.2±0.6
16.8±1.6
International
(Italy)
16.4±0.5
18.4±0.8
15.5±1.8
255
EC 1997
14.73
±2.12 (11 a
23)
16.26±1.82
16.1±4.07
16
EC 1997
18.43±2.09
(15 a 23)
18.52
Georgopoulos et
al. (2001)
104
EC and WC
1997-2000
16.0±1.7
(12-23)
16.8±1.8
15.9±4.9
Georgopoulos et
al. (2002)
129
WC Osaka
1999
17.1±1.4
17.1±2.1
13.1±4.9
Douda et al.
(2002)
9
National
(Greece)
(15-17)
Theodoropoulou
et al. (2005)
423
WC and EC
1997 to 2004
15.90±2.40
Douda et al.
(2008)
15
International
Greece and
Cyprus
13.41±1.62
13.97±2.18
Amigo et al.
(2009)
10
National
International
(Spain)
18.2±0.18
11.3±1.43
139
EC Groups
2008
18.8±2.2
18.3±1.3
17.6±3
EC Groups
1986
16.4±2.1
18.1±1.5
14.4±3.8
Canary club
championship
2008
(15-19)
Variables/
Authors
Sample
(n)
Pineau (1994)
Georgopoulos et
al. (1999)
Berlutti et al.
(2010)
Quintero et al.
(2011)
15
LBM
(Kg)
LBM
(%)
FFM
(Kg)
Waist/Hip
circumfer
ence
(cm)
14.33±2.80
16.9±1.80
15.5±4.60
11.99±1.5
29.84
±1.81
47.7± 47.6±
1.69
3.23
0.75±0.03
49.89
±1.1
Legend: EC = European Championship; WC = World Championship; BF (%) = Body Fat; BMI = Body
Mass Index; LBM = Lean Body Mass; FFM = Fat Free Mass
According to Amigo et al. (2009), the most used parameters of body
composition in sports are BF and LBM. However, in RG studies, the BF and
BMI were the most frequently used parameters. The BMI values in our sample
(table 3) were close to lower limit of the normal range by the WHO (2000)
(18.50 to 24.99 kg/m2). In table 4 we can see that older gymnasts from other
studies (Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999) had higher BMI than
114
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
the younger ones (Pineau, 1994; Theodoropoulou et al., 2005). Some authors
(Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 1999; Georgopoulos et al., 2001;
Pineau, 1994; Theodoropoulou et al., 2005) reported %BF values closed to
ours, studding gymnasts with similar and lower age than our sample. However,
we found also some authors that reported lower values of %BF than our study
(Amigo et al., 2009; Douda et al., 2002; Douda et al., 2008; Georgopoulos et al.,
2002; Pineau, 1994; Quintero et al., 2011) maybe because the gymnasts in
these studies were mostly younger than ours, and not so high level gymnast
than our sample (table 4). All gymnasts from these studies competed in
individual competition, which may have influenced the results. In individual
competition the subjective aesthetic evaluation from judges is more focused on
the gymnast profile while in group competition is more focused on the group
work design (Nina Vitrichenko, Nota Klentrou, Natalia Gorbulina, Daniela Della
Chiaie, & Fink, 2011).
In our study, the first half ranking gymnasts had lower values of %BF than the
second half ranking gymnasts. Even for both kind of apparatus differences were
found, only in 3 ropes & 2 ribbons routines the differences were significant. The
%BF that Amigo et al. (2009) recorded in Spanish gymnasts was much lower
than reported in other studies (including our study) and also lower than the
reference values of the Spanish population. The author pointed out that the
gymnasts in the different studies had different training requirements, were
assessed at different times of the season, and had different diets, that can had
influence on the results difference. Quintero et al. (2011) had also %BF much
lower than what we and other studies have shown (table 4), according the
author the %BF, FM (Kg), LBM (Kg and %) had no positive effect on physical
tests results in their sample. Analysing our results and those from the literature
we could observe that as the sample performance level is lower the %BF is also
lower. So we could see that lower %BF is not a measure of success in rhythmic
gymnastics nowadays.
The LBM (Kg) values of our study were close to those reported by Douda et al.
(2008) in international RG gymnasts from Greece and Cyprus (Table 4).
According to Amigo et al. (2009) the LBM (%) measured in Spanish gymnasts
115
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
(national and international level) with a mean age of 18.2 years was significantly
higher than the reference value for the Spanish population. In addition, they
reported that the LBM of the 15 to 18 years old gymnasts did not differ
significantly with age. In our sample we did not remark differences on the LBM
(Kg or %) for the different sample groups. The gymnasts from our sample were
composed by the best group gymnasts in the world, if even they were placed in
the second half of ranking on the World Cup competition, all gymnasts were
submitted to a high volume and intensity level training. According Lisitskaya
(1995) LBM (%) in GR Elite gymnasts must be around 47-50%. The results for
our sample are in according to this requirement.
Berlutti et al. (2010) observed that the group gymnasts had a waist/hip ratio less
than 0.78 cm, what, for authors defines a gynoid biotype. The results for all
sample in our study were 0.76 cm witch was very close to that appointed by
these authors.
Training level
Training data for all gymnasts in the sample are presented in Table 5. In Table
6 are resumed the data from the studies in RG that analysed training data.
Table 5: Training data for all sample and in two groups (first half and second half ranking
routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD).
5 Hoops
3 ropes & 2 ribbons
All Sample / Ranking
First half
Second half
First half
Second half
(n=84)
(n= 42)
(n= 42)
(n= 42)
(n= 42)
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
Variables
Mean (sd)
min. max.
Age of initiation in RG
(years of age)
6.46 (1.54)
4
10
6.12 (1.17)*
6.81 (1.78)*
6.10 (1.12)*
6.83 (1.81)*
Practice (years)
11.99 (2.61)
7
20
12.69 (2.88)*
11.29 (2.12)*
13.14 (2.78)*
10.83 (1.82)*
Training duration
(hours/day)
6.82 (1.12)
4.5
8.5
7.21 (0.93)*
6.43 (1.16)*
7.07 (0.87)*
6.57 (1.28)*
Training Volume
(hours/week)
40.50 (6.43)
27
51
42.43 (5.24)*
38.57 (6.97)*
41.57 (4.71)
39.43 (7.69)
*Significant differences for p<0.05 (T-test analysis)
116
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
Table 6: Training data (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic gymnasts
Authors/
Variables
Georgopoulos et al.
(1999)
Georgopoulos
et al. (2001)
Georgopoulos
et al. (2002)
Theodoropoulou
et al. (2005)
Berlutti et al. (2010)
Sample (n)
255
16
104
129
423
139
Sample (RG
gymnasts)
EC 1997
EC 1997
EC and WC
1997-2000
WC 1999
WC and EC 1997
to 2004
EC
Groups
2008
EC
Groups
1986
Age (years)
14.73 ±2.12
(11 a 23)
18.43±2.09
(15 a 23)
16.0±1.7(12-23)
17.1±1.4
15.90±2.40
18.8±2.2
16.4±2.1
7.3±2.3
7.7±2.2
7.4±2.3
6.2±1.9
7.8±2.8
6±1.8
3.8±1.6
36
21.66
Onset RG
(years of age)
6.82±1.92
Training
duration
(hours/day)
Training
volume
(hours/week)
29.14±15.3
5
32.5±13.5
31.2±9.6
27.1±10.40
Legend: EC = European Championship; WC = World Championship
In Table 5 we can see that the gymnasts from our sample began the RG
practice at 6.46 years of age although, the lower limit was 4 years old and
higher 10 years old. According to Berlutti, et al. (2010), the gymnasts who
participated in the 2008 European Championship began the practice of RG at
6.2 years old but the gymnasts who participated in the 1986 European
Championship had started at 7.8 years of age suggesting that the beginning in
RG is becoming earlier. All other studies (Table 6) have reported beginning age
in RG between 6.8 years old (Georgopoulos et al., 1999) and 7.7 years old
(Georgopoulos et al., 2002). When we compare the gymnasts from ranking first
half with the ranking second half in both types of routines, we observed
significant differences between groups, being the ranking first half gymnasts
who began earlier the activity in RG.
In our study the gymnasts have been in RG for 12 years. The range was
between 7 and 20 years of practice. When we compared the groups according
to their position on the ranking, in both type of routines, we observed significant
differences between groups, being the gymnasts from the more successful
groups those who had more years of RG practice.
The gymnasts from our study trained 6.8 hours daily, but we could see a range
from 4.5 hours/day to 8.5 hours/day. This difference is clearly reflected in the
117
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
weekly training volume. The groups participating in World Cup of Portimão
trained 40.5 hours/week (mean value for all sample). Only Berlutti, et al. (2010)
refers to the daily training of RG gymnasts, so we can see in Table 6 that the
gymnasts who participated in the 2008 European championship trained 6 hours
daily, however the authors noted trained range between 3 hours to 10 hours per
day. In the same study (Berlutti et al., 2010) reported 3.8 hours of daily training
for the gymnasts who participated in the 1986 European Championship. In our
study, when we compared the ranking first half with the ranking second half
gymnasts, for both type of routines, we observed significant differences
between groups on training duration (hours/day). The ranking first half
gymnasts trained more hours/day and more hours/week than the others.
Age at menarche
From the 59 gymnasts who answered about the menarche age (table 7), 88.1%
(52) said that they had already menarche and 11.9% (7) were not menstruating
(these gymnasts were between 15 and 18 years old).
Table 7: Age at menarche data for all sample and in two groups (first half and second half
ranking routines in 5hoops and in ropes & ribbons). Data are mean (SD).
5 Hoops
3 ropes & 2 ribbons
All Sample / Ranking
First half
Second half
First half
Second half
(n=52)
(n= 22)
(n=30)
(n= 22)
(n=30)
Variables
Mean (sd)
min.
max.
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
Mean (sd)
Menarche (age)
15.92 (1.40)
13
18
16,05 (1,53)
15,83 (1,32)
15,86 (1,46)
15,97 (1,38)
118
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
Table 8: Age at menarche (mean ± standard deviation) previously reported in rhythmic
gymnasts
Authors/
Variables
Georgopoulos et al.
(1999)
Georgopoulos et
al. (2002)
Theodoropoulou
et al. (2005)
Berlutti et al. (2010)
Sample (n)
255
16
129
423
139
Sample (RG
gymnasts)
EC 1997
EC 1997
WC 1999
WC and EC 1997
to 2004
EC Groups
2008
EC
Groups
1986
Age (years)
14.73 ±2.12
(11 a 23)
18.43±2.09
(15 a 23)
17.1±1.4
15.90±2.40
18.8±2.2
16.4±2.1
15.2±1.4
14.6±1.50
15.9±1.3
14.0±1.3
Menarche
(age)
14.3±1.46
Legend: EC = European Championship; WC = World Championship
The mean age at menarche reported in our sample was 15.92 1.40 years old.
Georgopoulos, et al. (2002) reported that 28.65% of the gymnasts in their study
(which participated in 1999 Osaka World Championships) had not reached
menarche. Also Theodoropoulou, et al. (2005) reported, in Elite gymnasts in
1997 to 2004 World and European Championships, that 16.8% had no
menarche. As shown in Table 8, Berlutti, et al. (2010) also reported a mean age
at menarche of 15.9 years old, similar to our sample. Those values were higher
than the described to normal population (Berlutti et al., 2010). The authors
noted, that the 1986 Florence European Championship, the age at menarche
was lower (14.0 years old) than that observed today. Theodoropoulou, et al.
(2005) described also an later age of menarche in RG gymnasts (14,6 years
old). Beunen et al. (1994) relates the precocious onset of menarche with a high
%BF and the delayed onset of menarche with low rates of %BF. The %BF
noted in our study and in the others RG studies was not measured gymnasts at
the moment of the menarche onset and, so, we cannot discuss if the %BF was
the main reason for the delayed menarche in these gymnasts.
Wilmore & Costill (1999) noted that the menarche onset was later in highly
trained elite athletes (such as in gymnastics) but made it clear the fact that there
is still no evidence supporting the idea that the intensive training delayed
menarche. Also Cumming, et al. (2011) said that there were some evidence in
the inverse relationship between maturational status and physical activity. In
addition, considering that the Elite gymnasts trained 30 to 40 hours/week we
119
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
may say that the biggest difference between the gymnasts in the older studies
and the gymnasts in most recent studies is the weekly training volume that has
increased over the years.
Two studies reported significant differences between age at menarche of
gymnasts, and the menarche age of their mothers and non-gymnast sisters
suggesting the delayed menarche may not have a genetic origin (Georgopoulos
et al., 1999; Theodoropoulou et al., 2005).
In our study we observed a similar age for menarche onset than those
described in recent literature (Berlutti et al., 2010; Georgopoulos et al., 2002;
Theodoropoulou et al., 2005).
The data collected cannot give enough information to point that the late onset of
menarche in elite gymnasts is due to the low %BF, or genetic factors or the
training intensity. However, we think that maybe also are unconscious selection
of the gymnasts who had late maturate profile because the RG typical body
appearance.
CONCLUSIONS
Analysing the results discussions we could conclude that the high-level
gymnasts are, nowadays, older, taller and with more body mass than in the
past; and also the more successful gymnasts were the oldest and tallest
gymnasts.
The Elite group RG gymnasts had a similar BMI values whatever the success in
competition. The more success group gymnasts had lower %BF values but still
higher than what have been reported in RG studies in the past. We could see
that lower %BF is not a measure of success in rhythmic gymnastics nowadays.
LBM (Kg or %) values were in accordance to reference values for Elite RG and
had no effect on the competition results.
The more successful gymnasts began earlier the RG, had more years of
practice, train more hours a day and had more weekly training volume. The Elite
group RG gymnasts had a later onset of menarche than normal population. We
think that also are unconscious selection of the gymnasts who were late
120
Body composition of Group Rhythmic Gymnasts
maturate in initial selection of the gymnasts in this sports because them body
appearance.
We believe that this study is a strong contribution to update the knowledge
about the success elite RG gymnasts. The increase on gymnasts age in high
level competition could mean an increase of the RG gymnasts longevity, that
affect the new body appearance model of high-level gymnasts. In groups
competition we think that Elite RG body composition had no direct effects on the
results because the subjective aesthetic evaluation that judges do in groups
competition is more focused on the design of the group work.
ACKNOWLEDGMENTS
The authors would like to thank to the RG World Cup of Portimão 2009 and
2010 Organization, to the gymnasts, coaches and heads of national delegations
permitted that made this study possible.
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124
IV.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
presente
dissertação
reflete o
nosso
interesse
pela
análise
das
características e do desempenho das ginastas de Elite de conjuntos de
Ginástica Rítmica (GR). Foi nossa intensão poder contribuir para o que
Ericsson & Smith (1991) denominaram como as 3 fases para o acesso a
patamares de excelência de uma atividade. Para os autores estas fases
passam em primeiro lugar pela identificação da excelência nessa atividade, de
seguida pela análise das suas performances e por último pela definição e
implementação das estratégias, metodologias e meios que levem os indivíduos
a atingir tais excelentes performances. As considerações finais desta
dissertação serão apresentadas de acordo com as 3 fases para o acesso a
patamares de excelência de uma atividade, onde incluímos as conclusões dos
estudos realizados bem como algumas considerações que julgamos de
interesse relevante na análise conjunta dos diferentes artigos.
1ª Fase: Identificação e caracterização da excelência em Conjuntos de GR
A identificação da excelência numa atividade encerra em si, entre outros
fatores, a necessidade de caracterizar os sujeitos que atingem os patamares
de excelência. Admitindo que a definição de patamar de excelência numa
particular atividade tem de ser analisada em função de um determinado
contexto, nos estudos realizados utilizamos como amostra as ginastas e os
conjuntos de GR participantes numa das mais importantes competições da
modalidade (World Cup Series). Deste modo garantimos que os estudos
efetuados incluíam as melhores ginastas e os melhores conjuntos de todo o
mundo já que neles estavam incluídos as equipas finalistas dos Campeonatos
do Mundo de 2007, 2009 e 2011, bem como dos Jogos Olímpicos de 2008 e
2012.
Na análise de toda a amostra partimos do pressuposto de que todas as
ginastas tiveram o mesmo tipo de oportunidades para atingir sucesso na
modalidade, todas elas acompanhadas por quadros técnicos experientes e
boas condições de treino.
127
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No sentido de podermos contribuir para a caracterização das ginastas dos
conjuntos de excelência a nível Mundial analisámos as suas características
antropométricas, composição corporal, idade da menarca, volume de horas de
treino e início da atividade na modalidade quer em função do sucesso em
competição (ranking competitivo) quer em função da idade cronológica das
ginastas (maior ou menor que 18 anos de idade).
Podemos considerar que as ginastas com melhor desempenho em
competição no que se refere às características etárias, antropométricas e
composição corporal:
1. Têm idade cronológica mais elevada revelando um aumento da
longevidade da sua carreira desportiva o que contribui para um distinto
modelo de aparência corporal na GR atual.
2. Têm valores mais elevados de altura quer em relação aos registados
na maioria dos estudos realizados com ginastas de GR quer em relação
aos valores de referência para a generalidade da população. Apesar dos
valores de altura serem similares a quando de uma análise realizada em
função da idade cronológica das ginastas de Elite.
3. Não se distinguem em função dos valores de massa corporal
apresentando valores superiores aos expostos na maioria dos estudos
menos recentes com ginastas de GR. No entanto são as ginastas mais
velhas as que apresentam valores de massa corporal mais elevados
apesar de serem inferiores aos de referência para a generalidade da
população.
4. Não se distinguem em função dos valores das circunferências da anca e
da coxa apesar das ginastas mais velhas apresentarem valores
superiores. As ginastas com melhor desempenho em competição
apresentam valores inferiores de circunferência do braço, distinção não
apresentada na análise realizada de acordo com a idade cronológica
das ginastas.
128
CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. Têm valores relativos de massa gorda (%MG) mais baixos, mas mais
elevados que a maioria dos estudos com ginastas de GR com nível
competitivo inferior. Os valores de %MG são semelhantes a quando da
análise realizada em função da idade cronológica das ginastas, valores
esses que se situam entre o percentil 2 e 10 relativamente aos valores
de referência para a generalidade da população.
6. Não se distinguem em função dos valores relativos de massa magra
(%MM) apresentando valores de acordo com os de referência para a
modalidade. No entanto são as ginastas mais velhas as que apresentam
valores de %MM mais elevados, estas com uma maior carreira
desportiva.
7. Não se distinguem em função dos valores de Índice de massa corporal
(IMC) apresentando valores de acordo com os de referência para a
generalidade da população e mais elevados que os apresentados na
maioria dos estudos com ginastas de GR. No entanto são as ginastas
mais velhas as que apresentam valores de IMC mais elevados. Apesar
das ginastas mais novas apresentarem valores de IMC mais baixos são
superiores aos apresentados na maioria dos estudos com ginastas de
GR.
8. Têm biótipo ginoide independentemente do seu sucesso em competição
e da sua idade cronológica.
Podemos considerar que as ginastas com melhor desempenho em
competição no que se refere à experiência desportiva e volume de horas
de treino em GR:
1. Têm Idade mais baixa na iniciação à modalidade sugerindo uma atual
tendência para uma especialização mais precoce na GR. São também
as ginastas mais novas as que apresentam uma iniciação à modalidade
mais precoce reforçando a ideia de uma tendência atual para uma
precoce iniciação em GR.
129
CONSIDERAÇÕES FINAIS
2. Têm maior número de anos de prática em GR revelando uma maior
experiência e maturidade na modalidade. São também as ginastas mais
velhas as que apresentam maior número de anos de prática.
3. Têm maior volume de horas de treino diário revelando um aumento
evidente do volume de horas de treino nos últimos anos, provavelmente
em resposta aos novos requisitos técnicos da modalidade. No entanto, o
volume de horas de treino diário não revela diferenças a quando de uma
análise em função da idade cronológica das ginastas.
4. Têm maior volume de horas de treino semanal revelando, em
confronto com a literatura da modalidade, um aumento evidente do
volume de horas de treino semanal que teve início na 2ª metade da 1ª
década deste século. No entanto, o volume de horas de treino semanal
não revela diferenças a quando de uma análise em função da idade
cronológica das ginastas.
Podemos considerar que as ginastas com melhor desempenho em
competição no que se refere à idade da menarca:
1. Não se distinguem em função da idade da menarca. No entanto,
revelam uma maturação tardia que também poderá ser explicada por
uma inconsciente seleção inicial de ginastas “late maturate” devido à sua
aparência física. Relativamente à idade cronológica das ginastas, são as
mais velhas as que apresentam uma idade da menarca mais tardia
influenciada pelo maior número de anos de treino em GR que
antecederam o aparecimento da menarca.
Assim, consideramos que não são as características antropométricas, da
composição corporal e da idade da menarca as que se apresentam
substancialmente relevantes na explicação do sucesso em competição das
ginastas de Elite de conjuntos de GR, mas sim as que se relacionam com a
iniciação precoce na modalidade, elevada experiência de prática de GR e
elevado volume de horas de treino destas ginastas. No entanto, o facto da
130
CONSIDERAÇÕES FINAIS
maior parte das variáveis antropométricas e da composição corporal não
refletirem características distintas nas ginastas de Elite com melhor
desempenho em competição, não pressupõe a desvalorização do seu perfil
corporal para a modalidade, mas a constatação de que esse perfil é comum e
generalizado às ginastas de elevado nível de desempenho.
2ª fase: Análise das performances de excelência em Conjuntos de GR
A análise da performance em GR encerra em si a necessidade de caracterizar
o contexto onde é analisado. A performance em GR pode ser analisada em
situação de treino, em competições de controlo ou em competições oficiais. O
nosso interesse residiu no contexto competitivo oficial de relevante importância
no calendário competitivo da modalidade. Em relação aos parâmetros de
avaliação da performance em contexto competitivo em GR, podemos
considerar que estes podem ser realizados, em termos gerais, em 3 domínios
diferentes: Dificuldade (conteúdo técnico do exercício de competição),
Execução (forma como as ginastas realizam o conteúdo do exercício de
competição) e Artístico (interpretação do exercício de competição). O nosso
interesse direcionou-se sobretudo para o domínio da Dificuldade. Esta
encontra-se estruturada em 3 vertentes: os elementos de dificuldade corporal,
de dificuldade de aparelho e de dificuldade específicos de conjuntos. A análise
da dificuldade deverá ter em consideração o tipo, número e nível dos
elementos selecionados para a composição dos exercícios de competição de
conjuntos de GR. Foi apartir desta preocupação e perspetiva que analisamos
as performances de excelência em conjuntos de GR e onde incluímos também
a análise acerca da influência do volume de horas de treino no sucesso em
competição das ginastas e conjuntos de Elite de GR.
Assim, os conjuntos de Elite com elevado sucesso em competição:
1. Relativamente aos elementos de técnica corporal (equilíbrios, saltos e
rotações) e específicos de conjuntos (trocas) podemos considerar que:
131
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1.1. Apresentam um padrão de composição consistente com a avaliação
do seu desempenho em competição.
1.2. O conteúdo das composições dos exercícios de conjuntos de
competição de nível Internacional é caracterizado pela maior utilização
de elementos em troca, equilíbrios e saltos e menor utilização de
rotações. Estes últimos, os de maior dificuldade de sincronização
(amplitude, velocidade, número de rotações) entre as 5 ginastas do
conjunto. No entanto os conjuntos com melhor desempenho em
competição realizam:
1.2.1. Maior número de dificuldades em troca e por isso maior
número de elementos com elevado risco de perda de aparelho.
1.2.2. Dificuldades em troca e em rotação com nível de dificuldade
superior.
1.3. Os saltos são os elementos que apresentam menor variedade
relativamente aos diferentes tipos de categorias existentes neste grupo
de elementos de técnica corporal e as rotações apesar de serem o
grupo corporal com menor utilização em conjuntos é o que apresenta
uma maior variedade em relação aos tipos de categorias existentes
neste grupo.
1.4. As dificuldades em troca realizadas pelos conjuntos com melhor
desempenho em competição:
1.4.1. Quando
envolvem
elementos
corporais
associados,
não
apresentam diferenças significativas relativamente aos restantes
conjuntos, no entanto as diferenças verificadas revelam uma maior
utilização de elementos com deslocamento (ex. saltos) e com
rotação.
1.4.2. Quando
não
envolvem
dificuldades
corporais
apresentam
diferenças ao nível técnico já que são executadas com um risco de
execução maior pela inclusão de critérios de maior distância entre
as ginastas (6 metros) e receção dos aparelhos no solo.
1.5. As dificuldades em equilíbrio realizadas pelos conjuntos com melhor
desempenho em competição:
132
CONSIDERAÇÕES FINAIS
1.5.1. São executadas na sua maioria com uma elevada amplitude
(equilíbrio com perna livre elevada) e executadas com diferentes
apoios de forma dinâmica (equilíbrio dinâmico em diferentes
partes do corpo).
1.5.2. São realizadas com elevada exigência técnica e com um trabalho
complexo de aparelho já que este, para além de destabilizar o
equilíbrio conseguido é de difícil execução a quando de um
equilíbrio executado em apoio nos cotovelos, peito ou mesmo no pé
com grande alteração da posição do tronco como é o caso dos
equilíbrios dinâmicos em diferentes partes do corpo.
1.6. As dificuldades em salto realizadas pelos conjuntos com melhor
desempenho em competição:
1.6.1. São maioritariamente executadas com rotação na preparação
ou/e durante o salto (Jeté with turn).
1.6.2. São executadas com elevada exigência técnica já que são
adicionados critérios de dificuldade à base do salto como são disso
exemplo a flexão da perna (Jeté with turn com flexão da perna) ou a
flexão do tronco (Jeté with turn com flexão do tronco).
1.6.3. São realizadas com elevada exigência técnica (preparação,
chamada, voo e receção) exigindo também o trabalho dificultado
de aparelho, já que tem de ser realizado numa das fases do
próprio salto.
1.7. As dificuldades em rotação realizadas pelos conjuntos com melhor
desempenho em competição:
1.7.1. São maioritariamente executadas com elementos de elevada
complexidade técnica (fouetté).
1.7.2. São executadas com um nível superior de dificuldade, ou seja,
executadas com um maior número de rotações o que também
requer uma elevada exigência na técnica de aparelho.
1.7.3. São executadas estrategicamente no único tipo de rotação
efetuado em apoio na parte anterior do pé onde há retoma do apoio
na planta do pé entre as diferentes rotações, possibilitando um
133
CONSIDERAÇÕES FINAIS
pequeno compasso de espera ou aceleração para um ajuste na
sincronização de todas as ginastas do conjunto.
A limitada variedade na escolha das dificuldades corporais apresentada nas
composições dos exercícios de competição de conjuntos de alto rendimento
desportivo faz com que os exercícios sejam expectáveis, comprometendo o
efeito “surpresa” ao nível da dificuldade corporal, afetando negativamente o
valor artístico da modalidade. Contudo, esta limitação na variedade poderá ser
provocada pela necessidade de uniformização do trabalho, levando a que no
momento da escolha dos elementos para incluir no exercício de competição se
opte pelo conjunto de elementos possíveis de serem executados com correção
por todas as ginastas do conjunto.
2. Em relação aos elementos de técnica de aparelho (manipulação,
lançamentos e receções), elementos técnicos específicos de conjuntos
(colaborações) e volume de horas de treino podemos concluir e
considerar que:
2.1. Os elementos de manipulação técnica de aparelho utilizados na
composição dos exercícios de competição variam em função do tipo
de aparelho. As características específicas de cada aparelho (tamanho,
forma, peso, número, material que são constituídos) influenciam esta
diferente seleção dos elementos técnicos. Cada aparelho apresenta
uma riqueza específica por um lado e limitações próprias das suas
características por outro. As particularidades apresentadas são:
2.1.1. Um maior equilíbrio na seleção dos elementos de técnica de
aparelho nos exercícios de competição executados com arco. No
entanto, são as rotações e manejo do arco sem mãos e em
posições no solo (categoria: manipulação no corpo da ginasta ou no
solo) as categorias técnicas de arco que apresentam o valor mais
elevado. Uma superior mestria e versatilidade de aparelho são
reveladas por isso na utilização técnica deste aparelho.
134
CONSIDERAÇÕES FINAIS
2.1.2. Um maior número de elementos técnicos de aparelho executados
nos exercícios de competição com corda e fita embora com uma
prevalência em categorias de técnica de aparelho diferentes
(movimento amplo do braço e movimento com pequena amplitude
do braço respetivamente).
2.1.2.1.
Em corda, o elevado número de elementos executados
com movimento amplo do braço decorre fundamentalmente da
inclusão de passagens por dentro da corda e escapadas nesta
categoria. O baixo número de elementos executados no corpo
da
ginasta
ou
no
solo
deve-se
essencialmente
às
características físicas da corda, aparelho deformável e mole
que cria um desafio à execução sem falhas técnicas (limpa) a
quando de uma manipulação sem mãos ou em posições no
solo.
2.1.2.2.
Em fita, o elevado número de elementos executados com
movimento
com
pequena
amplitude
do
braço
decorre
fundamentalmente da inclusão de espirais e serpentinas nesta
categoria. A natureza deformável, mole e de grande dimensão
faz com que haja a necessidade de constante movimento da
fita não perdendo a sua forma e desenho (erro técnico
resultante da interrupção do trabalho com este tipo de
aparelho).
2.1.3. O aparelho com menor variedade de elementos técnicos são as
maças. O facto de ser o único duplo aparelho cria dificuldades
coordenativas e um elevado desafio para a execução correta dos
elementos com as duas mãos. Para além disso, a necessidade de
coordenar o trabalho de manipulação das duas maças, não só entre
si, mas também em simultâneo com o trabalho corporal da ginasta
e ainda em sincronização com as 5 ginastas do conjunto torna
complexa a elaboração de uma composição variada com este tipo
de aparelho. Os moinhos (categoria: movimento com pequena
amplitude do braço) são os elementos técnicos que apresentam
135
CONSIDERAÇÕES FINAIS
valores mais elevados de utilização, caracterizados por serem de
pequena e mantida amplitude, com repetitivas rotações executadas
a uma velocidade constante, na mesma direção, com as duas mãos
e executadas em tempos diferentes.
2.2. Os elementos técnicos fundamentais comuns aos diferentes aparelhos
(lançamentos e receções) utilizados na composição dos exercícios de
competição contribuem para o sucesso em competição. Os critérios
associados aos lançamentos apresentam uma maior utilização
relativamente aos associados às receções e explicam 6% do sucesso
em competição. As particularidades associadas a estes dois tipos de
técnica de aparelho são:
2.2.1. O lançamento durante um elemento de salto é o critério
adicional mais utilizado nos exercícios de competição de todos os
conjuntos independentemente da sua posição no ranking.
2.2.2. A receção durante um elemento de rotação é o critério
adicional mais utilizado nos exercícios de competição com
aparelhos deformáveis como a fita e a corda já que o próprio
movimento de rotação colabora na manutenção da fluidez do
movimento deste tipo de aparelhos. A receção sem mãos é o
critério adicional mais utilizado nos exercícios de competição com
arco, o aparelho mais versátil como já foi referido anteriormente.
2.2.3. A inclusão de um maior número de critérios aos lançamentos em
relação às receções vem do facto de terem equivalente valorização
por parte do código de pontuação de GR e por serem, de facto, de
distinta dificuldade.
2.3. Os elementos técnicos específicos de conjuntos (colaborações)
utilizados na composição dos exercícios de competição variam em
função do sucesso em competição. As colaborações com risco (com
perda de contacto visual com o aparelho durante o voo) explicam 16,5%
do sucesso em competição. As particularidades associadas a este tipo
de colaborações são:
136
CONSIDERAÇÕES FINAIS
2.3.1. A perda de contacto visual com o aparelho aumenta o focus de
atenção da ginasta dirigido à receção do aparelho diminuindo a sua
atenção no trabalho do grupo e assim, para além do risco
associado à perda de contacto visual com o aparelho (falha na
receção) há também a necessidade das restantes ginastas do
conjunto fazerem integrar esse momento num contexto comum ao
grupo. São elementos que captam a atenção das juízes e
promovem expectativa no público.
2.4. O elevado volume de horas de treino (horas por semana) explicam
42% do sucesso em competição.
3ª fase: Definição de estratégias, princípios metodologicos e meios que
levem as ginastas a atingir excelentes performances
Apesar de não nos parecerem substancialmente relevantes as diferenças
encontradas no que respeita às características antropométricas e da
composição corporal entre as ginastas de Elite de conjuntos de GR, parece-nos
relevante considerar que as ginastas de conjuntos de elevado nível apresentam
hoje em dia, características semelhantes que podem contribuir para a
caracterização das ginastas na especialidade de conjuntos por um lado e de
referência para quem tem a ambição de poder fazer parte deste grupo de Elite
por outro. Falta no entanto perceber o porquê destas “semelhantes diferenças”
e identificar quem as exige ou promove (treinadoras?, ginastas? ou
especificidades da própria modalidade?) e em função de quê? (da subjetiva
avaliação artística do movimento?, da uniformização das características das
ginastas de um mesmo conjunto?, da possível vantagem na eficácia da
execução?, entre outros…).
O volume de horas de treino por semana revelou-se o mais importante fator
explicativo de sucesso entre as ginastas de Elite de conjuntos de GR de
superior desempenho em competição. Um volume de horas de treino de cerca
de 42 horas semanais deverá ser tido em consideração já que explicou cerca
137
CONSIDERAÇÕES FINAIS
de 42% do sucesso em competição. Uma iniciação precoce (aos 6 anos de
idade) e por consequência um elevado número de anos de prática em GR
parecem ser de substancial relevância quando se procura atingir o patamar de
excelência em conjuntos de GR.
Na implementação de estratégias, princíos metodologicos e meios que levem
as ginastas a atingir excelentes performances, devem estar presentes
preocupações ao nível do processo de maturação biológica (momento e
progresso) das ginastas. A tentativa de reprodução de metodologias e
estratégias
quer
de
características
das
ginastas
de
Elite,
quer
de
características do treino ou da competição das ginastas experts, deve ser
realizado de forma ajustada e adaptada às características e condicionantes do
contexto e das ginastas a que se reporta. A idade da menarca pode ser um dos
indicadores do processo de maturação biológica (momento) das ginastas, onde
a amenorreia não deve ser considerada como uma resposta normal ao
exercício (Anderson et al., 2000). No entanto, a menarca tardia que caracteriza
as ginastas (15-17 anos de idade), pode não ter contornos contraproducentes
(Blanco-Garcia, Evain-Brion, Toublanc, & Job, 1984) em algumas ginastas.
Para se perceber a real e individual situação da ginasta é fundamental um
acompanhamento médico que abranja efetivamente o processo de maturação,
ou seja, quer o momento em que os diferentes eventos ocorrem (ex. idade da
menarca, idade de início do desenvolvimento da mama, ou do aparecimento
dos pelos púbicos) e o progresso (ou seja, quão rápido ou lento um individuo
passa de um estado inicial de maturação sexual para o estado maturo) (BaxterJones, Eisenmann, & Sherar, 2005).
A análise metódica dos exercícios de competição em GR em função do
rendimento desportivo revela-se vantajosa na medida em que disponibiliza
informações que permitem: prenunciar as tendências evolutivas da modalidade,
informar e/ou orientar as escolhas e decisões das treinadoras, configurar
modelos de contribuição para o desempenho desportivo, potenciando a
construção de estratégias de trabalho. Nesta perspetiva e pela análise
138
CONSIDERAÇÕES FINAIS
realizada aos exercícios de competição dos conjuntos de Elite de GR, permitiunos considerar como consistente o padrão das composições dos exercícios de
competição de elevado nível de desempenho desportivo.
Genericamente, a composição dos exercícios de conjuntos de melhor
desempenho em competição recorrem a:
1. Maior número e maior complexidade na utilização de dificuldades em
troca quer ao nível da inclusão de elementos corporais com
deslocamento (saltos) ou com rotação, quer pela inclusão de critérios de
maior distância (6 metros) entre as ginastas e/ou receção dos aparelhos
no solo.
2. Dificuldades em equilíbrio executadas na sua maioria com uma elevada
amplitude (equilíbrio com perna livre elevada) e executadas com
diferentes apoios de forma dinâmica (equilíbrio dinâmico em diferentes
partes do corpo).
3. Dificuldades em salto maioritariamente executadas com rotação na
preparação ou/e durante o salto (Jeté with turn), com adição de critérios
de dificuldade como flexão da perna (Jeté with turn com flexão da perna)
ou do tronco (Jeté with turn com flexão do tronco).
4. Dificuldades em rotação executadas na sua maioria com elevada
complexidade técnica (fouetté).
5. Exercícios de arco onde as rotações do aparelho e os manejos do arco
sem mãos e em posições no solo apresentam-se como as categorias
técnicas mais utilizadas.
6. Exercícios de corda com passagens por dentro da corda e escapadas
como as categorias técnicas específicas mais utilizadas neste aparelho.
7. Exercícios de fita com elevado número de elementos executados com
espirais e serpentinas.
139
CONSIDERAÇÕES FINAIS
8. Exercícios de maças com moinhos como categoria de elementos
técnicos específicos deste aparelho com maior utilização.
9. Maior utilização de critérios associados aos lançamentos em detrimento
de critérios associados às receções, onde 6% do sucesso em
competição é explicado pelo elevado número de
critérios em
lançamentos na composição dos exercícios.
10. Lançamentos durante um elemento de salto como critério adicional mais
utilizado nos exercícios de competição de todos os conjuntos
independentemente da sua posição no ranking.
11. Receções durante um elemento de rotação como critério adicional mais
utilizado nos exercícios de competição com aparelhos deformáveis como
a fita e a corda e as receções sem mãos como critério adicional mais
utilizado nos exercícios de competição com arco.
12. Maior utilização de colaborações com risco (com perda de contacto
visual com o aparelho durante o voo) onde 16,5% do sucesso em
competição é explicado pelo elevado número deste tipo de elementos
específicos na composição dos exercícios de competição de conjuntos
de alto rendimento desportivo.
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