ROSMAN-FC-CORANTES-BIOLOGICOS-EVOLUCAO-HISTORICA-OS-PIONEIROS-(2012 2a.ed. 2018)

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ROSMAN-FC-CORANTES-BIOLOGICOS-EVOLUCAO-HISTORICA-OS-PIONEIROS-(2012 2a.ed. 2018)
CORANTES BIOLÓGICOS
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
NO ESTUDO
HISTOCITOLÓGICO
“OS PIONEIROS”
Fernando Colonna Rosman
Novembro de 2012
2a edição 2018
IN MEMORIAM
HENRIQUE LEONEL LENZI
(1943-2011)
Médico patologista, pesquisador
Instituto Oswaldo Cruz, FIOCRUZ
Rio de Janeiro, RJ
(1984-2011)
Jacopo Berengario da Carpi (1460-1530)
=1521-1523: Jacopo Berengario da Carpi, médico
anatomista italiano, já injetava corantes na luz dos vasos
sanguíneos, bem antes de se corarem os tecidos. Foi o
primeiro anatomista a valorizar as ilustrações no livro de
anatomia, como importante complemento do texto.
= Commentaria cum amplissimis additionibus super anatomia Mundini. Ed. Hieronymus de Benedictis
(Bologne), 1521.
= Isagogae breves perlucidae ac uberrimae in anatomiam humani corporis a communi medicorum
Oil on canvas by an Emilian painter of 17th Century
academia usitatam, a Carpo, in almo Bononiensi Gymnasio ordinariam chirurgiae docente, ad suorum
scholasticorum preces in lucem datae. Ed. Benedetto di Ettore Faelli (Bologne), 1523.
Antonius Mizaldus (1510-1578)
= Século XVI: Na França já era sabido que as vacas que comem a planta Rubia
tinctorum (Rubiaceae) [madder root] ficavam com o leite vermelho, assim como
os ossos dos bezerros.
=1567: Antonius Mizaldus, astrólogo e médico
francês, publicou o primeiro relato sobre a coloração
dos tecidos, tendo como base a coloração dos ossos
pela rúbia (garança).
Garança (Rubia tinctorum)
Robiquet (1780-1840))
Madder root
Alizarina Red S
Karl Graebe (1841-1927)
= 1826: Pierre Jean Robiquet
(1780-1840), químico francês,
do extrato das raízes de Rubia
tinctorum (garança, madder
root), (Rubiaceae), obteve os
corantes vermelhos alizarina e
purpurina.
= 1886: Karl James Peter
Graebe (1841-1927) e Karl
Theodor Libermann (18421914), químicos alemães,
sintetizaram a alizarina a
partir do antraceno obtido do
alcatrão da hulha.
= 1958: Método da Alizarina
Red S para Cálcio (McGEERUSSELL, S.M. - Histochemical
methods for calcium. J. Histochem.
Cytochem., 6: 22, 1958).
Libermann (1842-1914)
Rubia tinctorum
http://www.bris.ac.uk
Rim. Depósitos de cálcio no
interstício. Alizarina Red S.
Feto humano de 12 semanas.
Desenvolvimento ósseo.
Método da Alizarina.
Robert Hooke (1635-1703)
= Robert Hooke (1635-1703), físico,
astrônomo e paleontologista inglês,
melhorou o microscópio, com lentes
compostas capazes de aumentar 30x a 40x.
= 1665: Publicado o seu livro: Micrographia:
or some Physiological Descriptions of Minute
Bodies Made by Magnifying Glasses with
Observations and Inquiries Thereupon.
Schleiden (1804-1881)
Schwann (1810-1882)
= Nesta obra também descreveu ser a
cortiça constituida por “little boxes or cells,
distinct from one another,” não percebendo
ter descoberto a menor unidade dos tecidos
dos seres vivos, a célula, o que viria a ser
demonstrado nas plantas, em 1838, por
Mathias Jacob Schleiden (1804-1881),
médico e botânico alemão e, em 1839, nos
tecidos de animais, por Theodor Ambrose
Hubert Schwann (1810-1882), médico
alemão (=Teoria Celular).
= Fez várias observações microscópicas
sobre a cor de cabelo, lã, penas, seda, etc, e
envolvendo tinturas de Aloe, cochonilha,
pau-campeche, açafrão, etc.
Several other sorts of Hair
Texture of Cork
Antoni van Leeuwenhoek (1632-1723)
1719: Antoni van Leeuwenhoek, holandês,
mercador de tecidos, boticário, autodidata
em astronomia, matemática, química e
história natural.
= Utilizou solução de açafrão verdadeiro
(Crocus sativus, Iridaceae), no estudo ao
microscópio de preparados de músculo
estriado de vaca, peixe, etc. Inventou um
microscópio simples (1673) e descreveu as
hemácias, espermatozóides, bactérias,
protozoários, etc, tornando-se membro da
Royal Society, Londres, em 1680.
Músculo estriado
de vaca
Músculo estriado
de peixe
Açafrão Verdadeiro
O pigmento natural amarelo avermelhado é
extraído dos estigmas secos da flor Crocus
sativus (Iridaceae), originária do sudeste da
Europa e sudoeste da Ásia.
A substância corante é a crocina (carotenóide
diéster do dissacarídeo gentiobiose com o
ácido dicarboxílico crocetina).
1911: Introduzido na técnica histológica por
Claude Laurent Pierre Masson (1880-1959),
médico anatomopatologista francês, com
hemalúmen e eosina, para corar as fibras
colágenas.
Masson (1880-1959)
Estigmas de açafrão
Crocus sativus
Utilizado: culinária, medicina, corante de
tecidos (roupas) e histológico (e.g. Método da
Hematoxilina-Floxina-Açafrão, etc).
http://en.wikipedia.org
Adenocarcinoma de próstata. Infiltração de nervo
(Hematoxilina-Floxina-Açafrão).
http://www.pubcan.org
Pâncreas: Neoplasia pseudopapilar sólida mostrando
numerosos glóbulos hialinos (Hematoxilina-Floxina-Açafrão).
Frederik Ruysch (1638-1731)
1724: Frederik Ruysch, (1638-1731), médico, botânico e
anatomista holandês, empregou o microscópio no estudo dos
vasos sanguíneos humanos, que ficaram visíveis com a
injeção de solução alcoólica de cinabre/cinábrio (sulfureto de
mercúrio vermelho, vermelhão), misturado com gordura de
carneiro, ou cera branca, e tinta de escrever, ou terebintina
corada em verde com sulfato de cobre.
Cinábrio
Nicolas Sarrabat de la Baïsse (1698-1739)
1733: Sarrabat, padre jesuíta, matemático, astrônomo e botânico francês, colocou raízes de
plantas vivas em suco vermelho, carmesim, de frutos de Phytolacca sp (Phytolaccaceae) e
observou a coloração dos vasos, da raíz até as folhas e os estames (coloração vital), tendo
publicado os seus achados na obra: Dissertation sur la circulation de la sève dans les plantes.
Phytolacca thyrsiflora Fenzl.
Classificação segundo a Flora Brasiliensis
fam. Phytolaccaceae
trib. Phytolacceae Endl.
trib. Phytolacceae subtrib. Giesekieae Endl.
Phytolacca L.
Phytolacca decandra L.
Phytolacca icosandra L.
Phytolacca thyrsiflora Fenzl
Abraham Trembley (1710-1784)
=Abraham Trembley (1710 -1784), naturalista suíço. Foi o
primeiro a estudar pólipos e hidras.
= 1744: Trembley fez espécies de Hydra sp (Cnidaria; Hidridae)
ficarem coloridas dando-lhes alimentos e organismos coloridos
(planária negra) para comerem.
Planária negra
1770: Microscópio construído por John Cuff para A. Trembley
Johann Nathanael Lieberkühn (1711-1756)
=1745: Johann N. Lieberkühn (1711-1756), médico e anatomista
alemão, fez estudos com injeções de cera branca, colofônio (breu, de
resina de Pinus sp) e terebintina (de resina de Pinus sp), associadas
com cinábrio (sulfeto de mercúrio, vermelhão) e outros corantes,
em vasos arteriais, venosos e linfáticos, contribuindo para o estudo
microscópico da circulação dos órgãos, como o íleo humano, entre
outros.
Lieberkühnsche
Wundergläser
Vasos sanguíneos observados após
injeção com cera branca, breu,
cinábrio, terebintina, e posterior
corrosão com ácido. (Preparado de
Johannis N. Lieberkühn).
Microscópio anatômico
(Microscópio de dissecação)
Dissertatio AnatomicoPhysiologica ... 1745.
Colofônio (breu)
TAB. I, II, III: Villorum intestinorum tenuium hominis
Cinábrio
Georg Christian Reichel (1727-1771)
1758: G. C. Reichel, médico e botânico alemão, colocou caules, com ou sem
raízes e flores, em solução, previamente fervida, contendo lascas de tronco de
pau-brasil [Caesalpinia echinata, Leguminosae (Fabaceae)] e observou, ao
microscópio, as partes que foram penetradas pelo líquido colorido (brasilina),
tendo publicado os seus achados na obra: De Vasis Plantarvm Spiralibvs.
Classificação segundo a Flora Brasiliensis
Família Leguminosae (Fabaceae)
George Bentham [Benth.]
SubFamília Caesalpinieae
Tribo Eucaesalpinieae
Gênero Caesalpinia L.
Caesalpinia echinata Lam.
Referência: Vol 15 Part 2 pag. 66 tab. 22
A Flora Brasiliensis foi produzida entre 1840 e 1906
pelos editores Carl Friedrich Philipp von Martius,
August Wilhelm Eichler & Ignatz Urban, com a
participação de 65 especialistas de vários países. Contém
tratamentos taxonômicos de 22.767 espécies, a maioria
de angiospermas brasileiras, reunidos em 15 volumes,
divididos em 40 partes, com um total de 10.367 páginas..
http://florabrasiliensis.cria.org.br/opus
Sir John Hill (1716/17-1775)
= 1770: John Hill, inglês, escritor, crítico
teatral, historiador, teólogo, médico e,
sobretudo, botânico, observou a
preservação (fixação) e o endurecimento
de fragmentos, previamente amolecidos, de
madeira colocando-os em solução de
alúmen e, posteriormente, em solução de
etanol.
= No estudo de plantas preparou tintura
alcoólica de cochonilha (carmim), onde
colocou caules de plantas e observou, ao
microscópio, os vasos corados pelo carmim
nos cortes das partes não diretamente
imersas na tintura.
= Noutros estudos colocou caules de
plantas em solução de acetato de chumbo
transferindo-os, após dois dias, para
solução aquosa de ouropigmento
(ouropimenta = trissulfeto de arsênio) e cal
(óxido de cálcio), onde permaneceram por
dois dias. Os caules de incolores, ao serem
tirados da primeira solução, ficaram
castanhos escuros, depois de retirados da
segunda solução.
Ouropigmento
Óxido de cálcio
Christian Gottfried Ehrenberg (1795-1876)
= 1838: Christian Gottfried
Ehrenberg (1795-1876), teólogo,
médico, biologista, e micropaleontologista alemão, tratou
cultura de infusórios (Protista;
Ciliophora; Ciliata) com solução de
índigo (anil) ou carmim e observou
que os corantes não penetravam
por absorção nos corpos dos
animálculos, ficando apenas nos
seus “estômagos,” pois acreditava
que estes seres microscópicos
possuíam órgãos alimentares
(Classe Polygastrica). Na realidade
o que ele observou corados foram
os vacúolos de fagocitose com os
grãos dos corantes.
= Também descreveu as bactérias,
como A.V. Leeuwenhoek.
[Ehrenberg, C.G. - Die Infusionsthierchen als
volkommene Organismen. Leipzig: L. Voss, 1838].
Johann Heinrich Robert Göppert (1800-1884)
Ferdinand Julius Cohn (1828-1898)
J.H.R.Göppert
=1849: J.H.R. Göppert, botânico
e paleontologista prussiano e F.J.
Cohn, microbiologista e botânico
prussiano, usaram o carmim e a
garança (garancina, alizarina,
purpurina, tinturas vermelhas
derivadas das raízes de Rubia
tinctorum, Rubiaceae [madder
root]), no estudo do movimento
de rotação do conteúdo (grânulos
corados) das grandes células da
alga Nitella flexilis (Characeae).
Göppert, H.R. & Cohn, F. - Über die Rotation des
Zellinhaltes von Nitella flexilis. Botan. Zeitg. 7: 665-673,
681-691, 697-705, 713-719; 1849.
Nitella flexilis
Alfonso G. G. Corti (1822-1876)
1851: Alfonso Giacomo Gaspare Corti (1822-1876), médico,
cirurgião, anatomista e zoologista italiano, foi o primeiro a
usar corante em tecidos mortos (previamente fixados em éter
ou álcool), ao estudar o epitélio coclear (ouvido interno),
empregando carmim em solução aquosa e alcoólica (1:1),
açucarada, tendo notado que os núcleos das células coram-se
mais que o citoplasma (Corti, A. – Recherches sur l`organe de
l`ouie des mammifères. Z. Wiss. Zool. 3: 109-169, 1851).
Alfonso G. G. Corti (1822-1876)
Pranchas IV & V. Fig. 1 a 12: Cóclea e vestíbulo (fig. 1 a 5); células epiteliais (fig. 6 a 11); corpúsculo ósseo (fig.12). In: Corti, A. – Recherches sur
l`organe de l`ouie des mammifères. Zeitschrift für Wissenschaftliche Zoologie, 3: 109-169, 1851.
Theodor Hartig (1805-1880)
Theodor Hartig (1805-1880)
= 1854: Theodor Hartig, botânico alemão, empregou o carmim
como corante para observar a divisão do núcleo celular de Allium
porrum (Alliaceae).
= Mostrou a afinidade dos grânulos de clorofila (“clorogênio”) pelo
carmim; suco de Phytolacca decandra (Phytolaccaceae); goma-guta
[gamboge, tintura amarela da resina da árvore Garcinia sp,
Clusiaceae (Guttiferae)]; cinábrio/cinabre (sulfeto de mercúrio
vermelho); sulfato de cobre; litmus (mistura de corantes aquosos
derivados, especialmente, do líquen Rocella tinctorum, entre outros)
e tinta de escrever; importando-se em saber como se dá a ação dos
corantes.
= Concluiu que a clorofila tem função absortiva.
Gamboge flowers, 19th century.
Credit: KING'S COLLEGE LONDON
Caption: Gamboge flowers and fruits. Several different species from the
Clusiaceae (Guttiferae) family are shown here. Artwork from Volume 1 of the
1868 edition of 'Illustrations of the natural orders of plants with groups and
descriptions‘ by the British botanical illustrator Elizabeth Twining (18051889). Twinning's illustrations were based on observations made in botanical
gardens, such as the one at Kew in London. This work was originally published
in two volumes in 1849 and 1855, and then republished in 1868.
(Cinábrio & Sulfato de Cobre)
“Cinábrio (do lat. cinnabrium), cinabre (do lat. cinnabari;
do gr. kinnábari) ou cinabrita, vermelhão nativo, são os
nomes empregados para o sulfeto de mercúrio II (HgS), o
minério de mercúrio comum. O nome grego foi usado por
Teofrasto (371a.C−287a.C) e provavelmente foi aplicado
a muitas substâncias diferentes. Acredita-se que a
palavra vem do persa ‫( زینجیفرح‬zinjifrah), originalmente
significando sangue perdido de dragão.”
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Cinábrio)
Sulfato de cobre
(Litmus)
= O litmus compreende 10 a 15
Pó de litmus
1235–1311
diferentes corantes (relacionados
com a orceína), solúveis em água,
extraídos de vários líquens,
especialmente, Roccella tinctoria
(Roccellaceae) entre outros
(Roccella fuciformis, R. pygmaea,
Roccella tinctoria
R. phycopsis, R. montagnei,
Lecanora tartarea, Variolaria
dealbata, Ochrolechia parella,
Parmotrema tinctorum, ou
Dendrographa leucophaea).
= A solução aquosa de litmus em
meio ácido é vermelha e em meio
c. 1300: Arnaldo de
Vilanueva (1235-1311) básico é azul.
= O cromóforo da mistura de
médico, astrólogo e
alquimista espanhol,
litmus é o 7-hidroxifenoxazona.
já empregava o litmus
como indicador
ácido-básico.
(Tinta de Escrever)
“O pigmento para a tinta de escrever era
cinza de carvão, à qual se adicionava goma
ou substâncias metálicas, para lhe dar
fluidez e consistência. A noz de galha ou
bugalho de carvalho, diluída em vinho e
fixada com minerais, era outro pigmento
usado no fabrico de tintas na Idade
Média.”
“Não raro, a tinta, ou algumas das suas
componentes, eram importadas. Usava-se
tinta preta para o texto, por vezes sépia; a
tinta vermelha (rubra) ficava reservada
para os títulos de capítulos e para partes
do texto a realçar. As outras cores e o ouro
eram usadas nas iluminuras e para
ornamentar as margens do livro.”
(In: Heitlinger, Paulo. Tipografia: origens, formas e uso das
letras. Copyright © Paulo Heitlinger, Dinalivro, Lisboa, 2006).
noz-de-galha
Bugalho ou noz-de-galha do carvalho
(Quercus sp, Fagaceae)
n. substantivo feminino
Rubrica: fitopatologia.
Cecídio do carvalho, globular ou coroado por formações semelhantes a tubérculos,
que se produz por insetos; outrora usado como adstringente e hemostático, devido à
alta concentração de tanino, do qual se obtém o ácido gálico; bugalho, galha, galhade-alepo. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa; 2001.
Two columns. 39 lines.
12th century Latin fragment of a Bible on
parchment. This section is 1 Maccabees 9,
29-31; 2 Maccabees 1, 11-23.
Probably produced in Germany or Austria.
The script is Condensed Carolingian.
Decorated initials, Litterae Notabiliores and
some text in red.
Dates of 1616 and 1674 in ink. Ex libris ink
stamp of previous owner: Walter B. Beals
Joseph von Gerlach (1820-1896)
= 1858: Joseph von Gerlach, médico anatomopatologista, anatomista, fisiologista e microscopista
alemão.
= Fez injeção, nos vasos sanguíneos de animais, com
solução de carmim, amônia e gelatina e notou que os
núcleos celulares coravam-se mais intensamente, que o
restante da célula e o interstício.
= Descobriu a coloração diferencial ao observar os
neurônios e as fibras nervosas em fatias de cerebelo,
previamente endurecidas em solução de bicromato de
potássio, que foram deixadas, por uma noite,
acidentalmente, em solução diluída de carmim, ao
invés das soluções concentradas, usualmente
empregadas, onde os resultados da coloração eram
ruins, levando-o a notar a importância do controle no
método de coloração.
= Popularizou o uso do carmim, sendo grande
incentivador das colorações no estudo microscópico
dos tecidos.
Carmim: Corante Derivado da Cochonilha
= O corante do carmim, o ácido carmínico,
constitui 17% a 24% do peso seco do inseto
Dactilopius coccus, fêmea (Hemiptera,
Dactilopiidae). A sua extração da cochonilha já
era conhecida muitos anos antes de Cristo, pelos
hebreus, gregos e romanos, assim como pelos
astecas e maias no século XV, para uso na tintura
de tecidos.
Opuntia sp (Cactaceae)
= A demanda pelo carmim diminuiu no século
XIX, quando surgiu a alizarina, proveniente das
raízes da garança [madder root] (Rubia tinctorum,
Rubiaceae), e com a produção dos corantes
sintéticos.
1774 - O maquiador particular de Maria
Antonieta, esposa de Luís XVI, rei da
França, desenvolveu nove tonalidades
de ruge para a rainha. A cochonilha
(corante de cor carmim), retirada do
inseto Dactilopius coccus, tornou-se a
principal base para o ruge.
Dactilopius coccus
A GRANDE IMPORTÂNCIA DADA AO CARMIM REFLETE-SE NOS
INÚMEROS PESQUISADORES PIONEIROS QUE O EMPREGARAM,
COMO CORANTE, EM VÁRIAS TÉCNICAS, POR MUITOS ANOS:
J. Hill (1770); C.G. Ehrenberg (1838); Göppert & Cohn (1849);
S.G. Osborne (1857); A. Corti (1851); T. Hartig (1854); F. Gerlach
(1858); M. Schultze (1865); C. Thiersch (1865); F. SchweigerSeidel & J. Dogiel (1866); E. Schwartz (1867); L. Ranvier (1868);
W. Betz (1872); Woodward (1872, 1882); N. Lieberkühn (1874);
W. Flemming (1874); H. Hoyer (1877); H. Obersteiner (1878); H.
Grenacher (1879); P. Mayer (1878; 1892); H. Schneider (1880); J.
Czokor (1880); J. Orth (1883); B. Rawitz (1899); A. Spuler (1901);
F. Best (1906); etc.
= Várias técnicas de coloração usam o carmim: Carmim de Best
(glicogênio); Mucicarmim de Mayer (mucopolissacarídeos
ácidos); Carmalúmen de Mayer (núcleo), etc.
(Carmim de Best para glicogênio)
http://www.corbisimages.com/stock-photo/rights-managed/42-26620511/liver-section-with-glycogen-bests-carmine-stain
http://dspace.udel.edu:8080/dspace/handle/19716/1982
Fígado. Glicogênio. Carmim de Best.
Corte de fígado. Hepatócitos com glicogênio.
Carmim de Best , LM X140.
1906: O carmim
combinado com sais
de potássio deu o
método do Carmim
de Best, que cora o
glicogênio.
http://www.udel.edu/biology/Wags/histopage/colorpage/clg/clg.htm
Fígado. Glicogênio. Carmim de Best.
http://people.usd.edu/~btimms/web521/Cytology/cyt113a.htm
Fígado: Glicogênio. Carmim de Best.
(Mucicarmim de Mayer)
http://cytopathnet.org/tiki-browse_image.php?galleryId=2&imageId=842
Punção aspirativa por agulha fina de criptococoma pulmonar mostrando
leveduras encapsuladas (Filobasidiella neoformans = Cryptococcus
neoformans) positivas para mucina. Mucicarmim de Mayer.
http://www.jhsteel.clara.net/histology.html
Células epiteliais do cólon repletas de mucina.
Mucicarmim de Mayer.
(Carmim na coloração de helmintos)
Epinephelus morrhua
Trematódeo Pseudorhabdosynochus morrhua Justine, 2008
(Monogenea, Diplectanidae), parasita da garoupa
Epinephelus morrhua (Epinephelinae, Serranidae,
Perciformes) da Nova Caledônia, Pacífico Sul. Fotografia do
holotipo, diapositivo MNHN JNC2453A5. Coloração pelo
Carmim. Comprimento total do espécime: 340 µm.
Justine, 2008, Systematic Parasitology, 71, 145-158.
Trematódeo renal Tanaisia inopina.
In: Pinto, R.M. et al.- Primeiro relato de
infecção helmíntica natural na codornadoméstica Coturnix japonica, Temminck &
Schlegel (Aves, Phasianidae, Galliformes) na
região neotropical. Coloração pelo Carmim.
Rev. Bras. Zool., vol.22, no 4, Curitiba, Dec. 2005.
Coturnix japonica
Otto Friedrich Rudolf Maschke (1804-1900)
= 1859: O. F. R. Maschke, farmacêutico alemão, procurou
interpretar a ação dos corantes sob o ponto de vista químico.
= Observou que diferentes substâncias químicas, como
proteínas e carboidratos, têm diferentes afinidades pelos
corantes, corando-se ou não, concluindo, assim, que os
corantes poderiam ser empregados para identificar tais
substâncias nos exames microscópicos de tecidos animais e
vegetais (histoquímica), além de serem úteis como meios
contrastantes das estruturas teciduais.
= Introduziu o índigo (anil) na coloração histológica.
Índigo (Anil)
= O corante anil natural (indigotina)
por muitos séculos provinha do extrato
fermentado das folhas da planta Isatis
tinctoria [woad] (Brassicaceae), a qual
foi substituída pela planta Indigofera
anil (= Indigofera suffruticosa) e
Indigofera tinctoria (Fabaceae /
Leguminosae), e Persicaria tinctoria
(Polygonaceae) na Ásia.
Isatis tinctoria
von Baeyer (1835-1917)
Indigofera anil
Indigofera tinctoria
Heinrich Caro (1834-1910)
Persicaria tinctoria
= Em 1880 foi sintetizado por Johann
Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer
(1835-1917), matemático, físico e
químico alemão e por Heinrich Caro
(1834-1910), químico alemão, a partir
do o-nitrobenzaldeído e a acetona
adicionados ao hidróxido de sódio
diluído ou ao hidróxido de bário ou a
amônia.
= Usado na tintura de tecidos, pintura,
cosméticos, corante alimentar e na
medicina (anti-helmíntico, antitérmico).
Pau-Campeche, Madeira-Amarela e Catechu
Queckett (1815–1861)
Maclura tinctoria
Wigand (1821-1886)
Cor caqui
Catechu
Acacia catechu
= 1848: John Thomas Queckett (1815–
1861), histologista e microscopista inglês,
recomendava carbonizar ou corar os
tecidos de plantas com iodo, ou com
extratos de Maclura tinctoria (madeiraamarela, old fustic) (Moraceae) (cor caqui)
ou de pau-campeche (Haematoxylon
campechianum, Leguminosae), de modo a
aumentar-lhes o contraste, antes de
montá-los em bálsamo.
= 1862: Albert Julius Wilhelm Wigand
(1821-1886), botânico alemão, realizou
extenso estudo, não-microscópico, sobre as
propriedades tintoriais dos diferentes
tecidos de plantas, experimentando as
substâncias corantes, visando o valor
comercial das mesmas. Além do corante
da cochonilha (carmim) e do extrato de
pau-campeche, experimentou extratos de
Maclura tinctoria e de Acacia catechu
(=Mimosa catechu)(cauchu, catechu)
(Leguminosae), entre outros.
Gilbert Morgan Smith - The Development of Botanical Microtechnique. Transactions of the
American Microscopical Society, Vol. 34, No 2. (Apr., 1915), pp. 71-129.
Hematoxilina/Hemateína
= A hematoxilina provém do extrato da madeira
envelhecida de pau-campeche [logwood],
Haematoxylon campechianum (Leguminosae),
sendo a substância corante a hemateína, forma
oxidada da hematoxilina, descoberta, em 1891,
por Paul Mayer (1848-1923).
Haematoxylon campechianum
http://www.flickr.com/photos/36571160@N07/3543038016/lightbox/
Heinrich Wilhelm Gottfried von Waldeyer-Hartz (1836-1921)
Boraginaceae Alkanna tinctoria.
From: Darstellung
und Beschreibung
sämtlicher in der
Pharmacopoea
Borusica aufgeführten
offizinellen Gewächse
by Otto Carl Berg &
Carl Friedrich
Schmidt.
Leipzig, Arthur Felix,
[1858-1863], 1.
edition, volume 3
(plate 24c). Handcoloured lithograph
(sheet 215 x 280 mm).
www.meemelink.com
Neurônios piramidais
http://brainmaps.org/index.php?p=screenshots
Extrato de Alkanna tinctoria
= 1863: H. W. G. von Waldeyer Hartz,
anatomista alemão, foi o primeiro a
usar a hematoxilina (extrato completo,
aquoso, de pau-campeche) na coloração histológica (tecido nervoso), porém
sem muito sucesso, por não conhecer a
técnica do uso do mordente. Passou,
então, a usar extrato de raízes de
Alkanna tinctoria (Boraginaceae)
[alcanina].
= 1884: Descreveu o tecido linfóide
orofaríngeo (anel de Waldeyer).
= 1888: Denominou cromossomos as
estruturas filamentosas nucleares,
basofílicas, coradas por corantes
básicos derivados da anilina,
provenientes da cromatina descrita
por Walther Flemming (1843-1905).
= 1891: Ajudou a consolidar a “teoria
do neurônio,” dando o nome de
neurônio para as células básicas do
Sistema Nervoso Central.
Franz Böhmer
= 1865: Franz Böhmer foi o primeiro a empregar,
com sucesso, o método de coloração com hematoxilina
sob a forma de alúmen-hematoxilina, ao estudar
cortes de cérebro de pacientes com meningite
purulenta, pois observou ser o alúmen amplamente
usado, como mordente, na indústria de corantes e que
o poder corante do pau-campeche ficava evidente na
presença de alúmen. [Sol.1: 0,35g de hematoxilina
cristalizada + 10 g de etanol absoluto. Sol. 2: 0,1 g de alúmen
+ 30 g de água destilada] [Böhmer, F. - Zur pathologischen
Anatomie der Meningitis cerebromedullaris epidemica.
Aerztliches Intelligenz-Blatt (Munchen), 12 (39):539-550, 1865].
Pulmão. Hematoxilina & Eosina.
= Notou também que os preparados corados em solução
de hematoxilina alcoólica, diluida em água, e tratados
com ácido crômico, bicromato de potássio, sulfato de
cobre e outros sais metálicos, tornam-se azulados
(diferenciação).
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Emphysema_H_and_E.jpg
= Muitos passaram a empregar a solução de alúmen-hematoxilina na coloração dos
tecidos, cuja fórmula original de Franz Böhmer foi sofrendo modificações, assim como o
procedimento de coloração: F. Merkel (1872); A. Arnold (1872); N. Kleinenberg (1879);
J. Renaut (1879; 1881); Delafield [J. M. Prudden (1885)]; P. Ehrlich (1886); P. Mayer
(1880; 1891; 1899); H.F. Harris (1900); G. Clark (1979).
Hematoxilina/Hemateína
(sais de metal como mordentes)
= Hematoxilina com cromo (mono- ou bicromato de potássio; ácido crômico):
F. Böhmer (1865); C. Weigert (1884); M. Flesch (1884); R. Heidenhain (1885);
J. Pal (1886); S. Apáthy (1888); G. Platner (1889).
= Hematoxilina com cobre (sulfato de cobre): F. Böhmer (1865); E.A. Cook
(1879); C. Benda (1891); C. Weigert (1904).
= Hematoxilina com ferro: C. Benda (1886; 1893); M. Heidenhain (1892);
C. Weigert (1904); A. Weil (1928); G.H. Spooner, C.S. Reed & G. Clark (1980).
= Hematoxilina com outros metais: F. Mallory (1891) (ácido fosfomolíbdico);
Wolters (1890) (cloreto de vanádio); F. Mallory (1897) (ácido fosfotúngstico);
G.W. Gill, J.K. Frost & K.A. Miller (1974) (alumínio).
(Hematoxilina - Ácido Fosfotúngstico)
http://www.anatomyatlases.org/MicroscopicAnatomy/Section05/Plate0566.shtml
Músculo estriado esquelético humano (estriações transversais, secção longitudinal).
Fixador de Helly. Hematoxilina-Ácido Fosfotúngstico, A. 612 x; B. 1416 x.
http://www.bris.ac.uk/vetpath/cpl/ptahothr.html
Pele. Corte transversal de anexos. Hematoxilina-Ácido Fosfotúngstico.
(Hematoxilina Férrica / Carmim)
http://www.atlas-protozoa.com/gallery.php?SOT_CAP=A_HIST#5
Fig. 1. Trematódeos (Classe Monogenea)
obtidos da tartaruga de orelha vermelha
(Trachemys scripta elegans). (A)
Neopolystoma exhamatum (Hematoxilina
Férrica de Heidenhain). (B) Polystomoides
japonicum (Ácido Carmínico). BarrasEscalas = 1 mm (A) e 500 μm (B). (In: M.
Oi; J. Araki; J. Matsumoto & S. Nogami. Helminth fauna of a turtle species introduced
in Japan, the red-eared slider turtle
(Trachemys scripta elegans). Research in
Veterinary Science, 93(2):826-830, 2012).
Trachemys scripta elegans, Emydidae.
Fig. 2. Trematódeos (Classe
Digenea) obtidos da tartaruga de
orelha vermelha (Trachemys
scripta elegans). (A) Spirorchis
elegans (Hematoxilina Férrica
de Heidenhain). (B) Telorchis
clemmydis (Ácido Carmínico).
Barras-Escalas = 1 mm. (In: M.
Oi; J. Araki; J. Matsumoto & S.
Nogami - Helminth fauna of a
turtle species introduced in Japan,
the red-eared slider turtle
(Trachemys scripta elegans).
Research in Veterinary Science,
93(2):826-830, 2012)).
Fig. 6. Entamoeba histolytica, forma hematófaga.
Hematoxilina Férrica. Observam-se dois trofozoítas com
cariossomos difusamente distribuídos, em meio a grânulos
acromáticos, apresentando cromatina densa na periferia,
com disposição não-uniforme em relação à membrana
nuclear.
(Hematoxilina Férrica)
http://thunderhouse4-yuri.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html
Entamoeba histolytica, trofozoíto. Hematoxilina-Férrica (1000 X).
http://histol.narod.ru/atlas-en/cytol-en.htm
Note os cílios em células de epitélio pseudoestratificado
cilíndrico ciliado. Hematoxilina-Férrica.
1 – corpos basais dos cílios. 2 – cílios.
http://geiselmed.dartmouth.edu/anatomy/courses/cto/resources/lab2/slide22.php
22. Fígado de anfíbio, hematoxilina-férrica. Observe a abundância
de grânulos azul-acinzentados, representando as mitocôndrias, no
citoplasma dos hepatócitos de anfíbio. As grandes células castanhas
contêm pigmento não-presente no fígado humano.
Eosina
von Baeyer (1835-1917)
Sangue: Eosinófilo. H&E
= Corante vermelho, fluorescente, derivado da
reação do bromo com a fluoresceína: Eosina Y
(eosin yellowish, tetrabromofluoresceína) e Eosina B
(eosin bluish, dibromodinitrofluoresceína).
= 1871: Johann Friedrich Wilhelm Adolf von
Baeyer (1835-1917), químico alemão, sintetizou a
fluoresceína, aquecendo o anidrido ftálico com
resorcinol em solução aquosa.
Heinrich Caro (1834-1910)
Fluoresceína
= 1874: Heinrich Caro (1834-1910), químico alemão,
sintetizou a eosina.
= 1876: Hermann Emil Fischer (1852-1919),
químico alemão, promoveu o uso da eosina em
soluções aquosa ou alcoólica na coloração de vários
tecidos.
= 1884: Julius Dreschfeld (1846-1907), patologista
alemão, introduziu método de coloração rápido com
solução aquosa de eosina nos cortes histológicos,
valorizando, especialmente, a coloração do tecido
nervoso e a dos tecidos frescos, para fins
diagnósticos.
H. E. Fischer (1852-1919)
Julius Dreschfeld (1846-1907)
= Usualmente a eosina é utilizada como contracorante junto com a hematoxilina.
Hematoxilina & Eosina
= O uso da Hematoxilina e Eosina combinadas foi primeiramente publicado por
N. Wissozky (1877), F. Busch (1878) e J. Renaut (1879/1881):
Wissozky, N. - Ueber das Eosin als Reagens auf Hämoglobin und die Bildung von Blutgefässen und Blutkörperchen
bei Säugethier- und Hülinerembryonen. Archiv für Mikroskopische Anatomie. Dreizehnter Band. (13):479-496; 1877.
Busch, F. - Über die Doppelfärbung des Ossificationsrandes mit Eosin and Haematoxylin. Archiv für Physiologie;
594–595; 1878.
Renaut, J. (Note de M. J. Renaut présentée par M. Bouley) Histologie – Sur l’eosine hématoxylique e sur son
emploi en histologie. Comptes Rendue Hebdomadaires des Séances de L’Académie des Sciences; Tome quatre-vingthuitième; janvier-juin 1879; pages 1039-1042.
Renaut, J. – Sur le mode de préparation, et l’emploi de l’eosine et de la glycérine hématoxylique en histologie.
Archives de Physiologie Normale et Pathologique; Paris; G. Masson, Éditeur; 1881; pages 640-649.
HMJ10920. Pele. Hiperceratose epidermolítica. Hematoxilina & Eosina, 200x
(Fotomicrografado por Fernando Colonna Rosman)
Rudolf Peter Heinrich Heidenhain (1834 –1897)
= Rudolf P. H. Heidenhain, médico prussiano,
fisiologista e microscopista:
= 1870: Detectou as células cromafins, coradas em
amarelo, na mucosa gástrica tratada com dicromato
de potássio.
= Propôs o uso de coloração com a hematoxilinacromo usando-se, como mordentes, o bicromato de
potássio (1885) ou o monocromato de potássio (1886).
= 1888: Rudolf e Martin Heidenhain, pai e filho,
contribuíram com a técnica de Ehrlich-BiondiHeidenhain (uma aplicação da coloração pelo método
“triácido” de Ehrlich em cortes finos de tecidos).
= 1892: Seu filho, Martin Heidenhain, propôs a
Hematoxilina com sais de ferro como mordente,
originando a conhecida Hematoxilina de Heidenhain.
Paul Mayer
(1848 – 1923)
= 1870-1920: Paul Mayer, médico, farmacologista, zoologista
e botânico alemão. Foi um dos mais importantes
pesquisadores no desenvolvimento, organização, avaliação
crítica e sistematização das técnicas de coloração dos tecidos.
= Contribuiu com os métodos de coloração usando o carmim
e a hematoxilina (carmalúmen, hemalúmen e hemacálcio), e
na demonstração das substâncias mucóides pela técnica do
ferrocianeto, base dos futuros métodos de C.W. Hale (1946)
[Histochemical demonstration of acid polysaccharides in
animal tissue. Nature 157: 802, 1946] e de R. D. Lillie & R. W.
Mowry (1949) [Histochemical studies on absortion of iron by
tissue sections. Bull Int Assoc Med 30: 91-94, 1949].
= Iniciou seus trabalhos nos anos de 1870, quando os
materiais eram examinados, não-corados, em água ou em
soluções salinas fisiológicas;
= As preparações eram montadas em glicerina, cloreto de
cálcio ou em solução de Farrant (solução aquosa de goma
arábica branca, clara de ovo, fenol, glicerina);
= O ácido crômico, a solução de Müller (solução aquosa de
bicromato de potássio e sulfato de sódio) e o tetróxido de
ósmio atuavam como fixadores e, ou como corantes;
= Muito contribuiu com a revisão, a melhoria
e o aumento do conteúdo do livro de Arthur
Bolles Lee – The Microtomist`s Vade-Mecum.
A Handbook of the Methods of Microscopic
Anatomy. London, Churchill, 1885.
= As fórmulas corantes conhecidas empregavam o carmim e
a hematoxilina, em procedimentos sem padronização.
= 1878: Propôs fórmula do carmim em etanol a 70%, que se
mostrou a melhor. Demonstrou que a coloração com carmim
é melhor após fixação com ácidos crômico ou ósmico.
Os Primeiros Corantes Sintéticos I
= 1300 d.C: A Orceína (litmus) era produzida com o nome
de French purple pela oxidação, ao ar, do extrato do
líquen Roccella tinctoria, na presença de amônia
proveniente da urina fermentada. Na técnica histológica é
usada nas colorações do sistema elástico, do antígeno de
superfície do VHB, e do cobre associado a proteínas.
= 1744: Bergrat Barth, químico alemão, produziu
índigocarmim (Saxe blue) pela sulfonação do índigo
natural (anil) com ácido sulfúrico.
Aorta. Sistema Elástico. Orceína, 100x
Hepatite. HBsAg. Orceína
= 1776: Carl Wilhelm Scheele (1742-1786), farmacêutico
sueco, produziu murexida (purpurato de amônio), corante
púrpura, a partir de ácido úrico (de cálculo vesical)
tratado com ácido nítrico e amônia.
ácido pícrico
Woulfe (1727-1803)
murexida
Scheele (1742-1786)
W. Prout (1785-1850)
= 1771: Peter Woulfe (1727-1803), mineralogista e
químico irlandez, produziu acidentalmente o ácido pícrico,
ao tratar o índigo com ácido nítrico. O ácido pícrico foi
usado como corante têxtil (seda) a partir de 1840.
= 1818: William Prout (1785-1850), médico inglês,
ressintetizou a murexida a partir de urato ácido de amônio
de excremento de Boa constrictor (cobra jiboia); sendo
introduzida como corante têxtil, por Fritsche, em 1846.
Os Primeiros Corantes Sintéticos II
= 1825: Michael Faraday (1791-1867), físico e químico
inglês, descobriu o benzeno num experimento com
cilindro contendo gás-óleo de iluminação comprimido.
= 1834: Friedlieb Ferdinand Runge (1795-1867),
químico alemão, obteve o ácido rosólico (aurina) a
partir do alcatrão da hulha (mistura de substâncias
aromáticas caracterizada por líquido viscoso castanho
escuro ou preto, derivado da destilação destrutiva
[queima] do carvão mineral).
Faraday (1791-1867)
Runge (1795- 1867)
= 1842: August Laurent (1807-1853), químico francês,
obteve o ácido pícrico, corante amarelo, a partir da
nitração do ácido carbólico (fenol).
= 1845: John Leigh, químico inglês, descobriu o
benzeno a partir do alcatrão da hulha.
= 1856: William Henry Perkin (1838-1907) sintetizou o
corante púrpura de anilina (mauve dye).
Laurent (1807-1853)
Natanson (1832-1884)
= 1856: Jakub Natanson (1832-1884), químico polonês,
sintetizou a fucsina básica (magenta I), ao observar a
ação do cloreto de etileno sobre a anilina.
Anilina (Fenilamina, Aminobenzeno)
= 1826: Otto Unverborden (1806-1873), químico alemão,
a partir da destilação destrutiva do índigo natural isolou
uma substância incolor, que denominou Cristalina.
Unverborden (1806-1873)
Runge (1795-1867)
= 1834: Friedlieb Ferdinand Runge (1795-1867), químico
alemão, observou a formação de substância azulada, que
chamou de Cianol, pela ação do hipoclorito de sódio
sobre a anilina derivada do alcatrão da hulha.
= 1839: Nikolay Nikolaevich Zinin (1812-1880), químico
russo, através da redução do nitrobenzeno com sulfureto
de sódio obteve a substância que chamou Benzidam.
N.N.Zinin (1812-1880)
Fritzsche (1808-1871)
= 1841: Carl Julius Fritzsche (1808-1871), farmacêutico e
químico alemão, tratou o índigo natural com potassa
cáustica (KOH), obtendo um óleo que chamou de Anilina,
com base no nome da planta Añil (Indigofera anil),
Fabaceae (= Leguminosae).
= 1855: August Wilhelm von Hofmann (1818-1892),
químico alemão, demonstrou que a Cristalina, o Cianol, o
Benzidam e a Anilina são da mesma substância química:
Fenilamina (aminobenzeno) ou, simplesmente, Anilina.
August Wilhelm von Hofmann (1818-1892)
Sir William Henry Perkin (1838-1907)
=1856: W.H.Perkin, químico inglês, com 18 anos, em
laboratório de sua casa, na busca da síntese de quinino a
partir do naftaleno, segundo o seu professor A.W. von
Hofmann, empiricamente após tratar sulfato de anilina,
derivada do alcatrão da hulha, com dicromato de potássio,
deu atenção ao precipitado castanho avermelhado escuro, em
geral descartado pelos químicos. Tratando o precipitado com
metanol (solvente) extraiu o primeiro corante sintético
derivado da anilina, que chamou “the mauve” (mauve dye).
Fotografia que William Henry
Perkin tirou de si mesmo, com a
idade de 14 anos, quatro anos
antes de produzir o primeiro
corante sintético (CHF Collections).
Perkin com 22 anos (1860).
(Edelstein Collection, Hebrew
University).
= Após enviar amostra de seda tingida com mauve para
Robert Pullar (Pullar & Sons), importante comerciante de
corantes têxteis, obteve entusiástica aprovação das
propriedades do novo corante, levando-o a patentear a sua
descoberta em 1856.
= 1857: Em laboratório montado com o apoio do pai e do
irmão, em Greenford Green, próximo de Londres, passou a
produzir o novo corante para a indústria.
Sir William Henry Perkin, químico
inglês, 1906.
Sir William Henry Perkin, 1892
Artist: by Sir Arthur Stockdale Cope
© Science Museum , London /
Science & Society Picture Library.
Fábrica de Perkin em Greenford Green, próximo
de Londres.
Science Museum, London/ Science & Society Picture Library.
Sir William Henry Perkin (1838-1907)
Malva sp
Mauve dye original de Sir William Perkin.
(Courtesy the Science Museum / Science
& Society Picture Library).
= 1856: O novo corante sintetizado por W. H. Perkin,
de cor violeta brilhante (mauve dye, púrpura de
anilina) ficou também conhecido como mauveine,
nome dado pela empresa francesa responsável pela
produção do novo corante na França, devido à flor
Malva sp (Malvaceae).
= 1857: A Imperatriz Eugênia (Napoleão III) adotou a
cor violeta brilhante (mauve) para os seus vestidos.
= 1858: A rainha Victoria também usou vestido violeta
brilhante no noivado de sua filha.
= Assim, foi introduzido na indústria têxtil e nas
tipografias, tornando-se o corante da moda.
= A rainha Victoria usou um vestido violeta brilhante
na International Great Exibition, London, 1862.
Os Primeiros Corantes Sintéticos III
APÓS A SÍNTESE DE WILLIAM HENRY PERKIN,
MUITOS OUTROS CORANTES FORAM PRODUZIDOS:
Safranina (G.Williams, 1859);
Verde malaquita (E. Fischer, 1877);
Magenta (E. Verguin, 1859);
Crisoidina (O. N. Witt, 1877);
Violeta de metila (C. Lauth, 1861);
Fucsina ácida (H. Caro, 1877);
Azul de anilina (Girard & de Lalpe, 1861);
Bismark brown R (J. P. Griess, 1878);
Anilina WS (Nicholson, 1862);
Orange G (H. Baum, 1878);
Violeta de Hofmann (A.W. von Hofmann, 1863) Sudan III (Rumf & Grasche, 1879);
Bismark brown G (C. Martius, 1865);
Auramina O (H. Caro & C. Kern, 1883);
Fluoresceína (A. von Bayer, 1871);
Violeta cristal (H. Caro & C. Kern, 1883);
Verde de metila (C. Lauth & Boubigny, 1871);
Azur B (A. Bernthsen, 1885);
Eosina (H. Caro, 1874);
Rodamina B (M. Cérésole, 1887);
Crisoidina (H. Caro, 1875);
Pironina G (Bender, 1889);
Tionina (C. Lauth, 1876);
Amarelo de acridina (Bender, 1889);
Azul de metileno (H. Caro, 1876);
Laranja de acridina (Bender, 1889); etc
OS CORANTES SINTETIZADOS A PARTIR DA DESCOBERTA
DO VIOLETA DE ANILINA DE PERKIN (1856 – 1930)
Shreve, R.N. & Brink Jr., J.A. – Indústria de
Processos Químicos. 4a ed.; Rio de Janeiro,
Guanabara Dois, 1980. pág. 853.
Os Corantes Sintéticos na Histologia I
F.W. Beneke (1824-1882)
H.W.G. von Waldeyer Hartz
(1836-1921)
Böttcher (1831-1889)
V. A. Cornil (1837-1908)
E. N. J. Onimus (1840-1915)
H. E. Fischer (1852-1919)
= 1862: Friedrich Wilhelm Beneke (1824-1882), médico
alemão, foi o primeiro a usar, na histologia, corante que
chamou “lilac anilin” [lilás de anilina, violeta de anilina,
púrpura de anilina, “purpurina,” ou púrpura de Tyrian
(púrpura-de-Tiro)].
= 1863: Heinrich W. G. von Waldeyer Hartz (1836-1921),
anatomista alemão, empregou vários corantes sintéticos,
derivados da anilina, em cortes do SNC: rosanilina (vermelho
de anilina), azul Paris (azul de anilina) e anileína
(provavelmente “lilac anilin,” corante violeta resultante da
oxidação da anilina).
= 1865: Ernest Nicolas Joseph Onimus (1840-1915), médico e
fisiologista francês, descreveu a utilização da fucsina básica
nos seus estudos in vivo (primeiro uso como corante vital) e
microscópicos.
= 1869: Jakob Ernst Arthur Böttcher (1831-1889), patologista
alemão, introduziu o princípio da diferenciação com álcool
(etanol), após a coloração com rosalinina ou carmim.
= 1875: Victor André Cornil (1837-1908), patologista francês,
foi o primeiro a observar o efeito metacromático nos tecidos
corados com “metil violeta de anilina.”
= 1876: Hermann Emil Fischer (1852-1919), químico alemão,
promoveu o uso da eosina na coloração de vários tecidos,
empregando soluções aquosas ou alcoólicas.
Os Corantes Sintéticos na Histologia II
= As duplas colorações (combinadas) foram logo surgindo:
• E. Schwartz (1867): Carmim amônio & Ácido pícrico;
• L. Ranvier (1868): Carmim + Ácido pícrico (Picrocarmim);
• L. Jullien (1872): Índigocarmim & Ácido pícrico;
• Von Gerlach (1872): Hematoxilina & Ácido pícrico;
• Z.J. Strelzoff (1873): Carmim & Hematoxilina;
• W.H. Poole (1875): Hematoxilina & Azul de anilina;
• M. Duval (1876): Carmim & Azul de anilina;
• N. Wissozky (1877): Hematoxilina & Eosina;
• M. Lavdovsky (1877): Ácido pícrico & Eosina;
• E. Calberla (1877): Eosina & Verde de metila (mistura);
• P. Schiefferdecker (1878): Eosina em combinação com: “dahlia”
(fucsina básica + violeta de metila), violeta de metila, verde metila, etc.
Os Corantes Sintéticos na Histologia III
=1877-1891: Paul Ehrlich (1854-1915), médico alemão, fez estudo sistemático de
vários corantes sintéticos na coloração dos tecidos (safranina, fucsina básica,
fucsina ácida, violeta de metila, rosanilina, pararosanilina, tionina).
= 1882: Paul Ehrlich corou seletivamente os mastócitos com “dahlia” (“monofenilrosanilina,” segundo Paul Ehrlich).
Paul Ehrlich (1854-1915)
= 1886: H. Griesbach foi o primeiro a usar o Vermelho Congo na coloração
histológica (axônios).
= 1891: Paul G. Unna (1850-1929), médico dermatologista alemão, propôs três
formulações diferentes no uso de azul de metileno nas colorações diferenciais de
mastócitos e plasmócitos.
= 1896: Lamberto Daddi, fisiologista italiano, incluiu Sudan III na dieta de coelhos,
cobaias, frangos e pombos e observou que só os seus tecidos adiposos eram corados
em vermelho-alaranjado. Assim, elaborou método de coloração com Sudan III para
o tecido adiposo, nos cortes teciduais a serem examinados ao microscópio.
Pappenheim (1870-1916)
= 1899: Artur Martin Pappenheim (1870-1916), médico hematologista alemão,
introduziu a combinação dos corantes verde de metila e pironina (proposta por
P. Ehrlich & A. Lazarus, 1898) na coloração dos linfócitos (sangue). O método de
Pappenheim, além de ser útil em corar os mastócitos, os plasmócitos, e o gonococo
(Neisseria gonorrhoeae, em esfregaços de pus), tornou-se a base de muitos estudos
citológicos e histológicos, incluindo a histoquímica do RNA e do DNA.
= 1901: Leonor Michaelis (1875-1949), médico, bioquímico e físico alemão, discutiu
os princípios da coloração das gorduras e a química dos corantes solúveis em óleo.
Empregou o Sudan IV (scarlet R), com melhores resultados, para corar os lipídeos.
Descobriu que o Verde Janus B é corante supravital para as mitocôndrias.
Michaelis (1875-1949)
[VERMELHO CONGO, SUDAN IV &
VERDE DE METILA–PIRONINA (PAPPENHEIM)]
http://en.wikipedia.org
http://library.med.utah.edu
https://picasaweb.google.com/lh/photo/WRWf1JjbpKJS7d-JCd7bfw
Córtex de adrenal com depósitos de amilóide.
Vermelho Congo.
Amiloidose cardíaca senil.
Vermelho Congo.
Degeneração adiposa hepática (esteatose).
Sudan IV.
http://escuela.med.puc.cl
http://scienceline.org/2006/09/health-fiore-cordblood/
Sangue. Detalhe de células leucêmicas.
Coloração de Pappenheim.
http://en.wikipedia.org/wiki/Rheumatic_fever
Sangue. Streptococcus pyogenes,
Coloração de Pappenheim.
Corte por congelação de fígado corado com
Sudan IV, corante lipossolúvel, que tinge de
vermelho alaranjado as gorduras neutras no
citoplasma dos hepatócitos. 500x.
Os Corantes Sintéticos na Histologia IV
= 1880: A Dr Georg Grübler & Company
(Leipzig) ocupou-se na produção de corantes
de qualidade para o estudo em biologia, o que
muito contribuiu para novos avanços.
http://en.wikipedia.org/wiki/Alcian_blue_stain
Esôfago de Barret. Metaplasia intestinal. Células caliciformes com
mucina corada em azul. Alcian Blue.
= A partir dos anos de 1880 colorações
combinadas triplas foram surgindo, como a
mistura “triácido” de Ehrlich (verde de
metila, fucsina ácida e orange G) e a tripla
coloração de Flemming (safranina, violeta de
Genciana e orange G).
= 1944: N. H. Haddock & Wood descobriram
a ftalocianina Alcian Blue 8GX, a qual foi
introduzida na coloração histológica de
mucinas ácidas por H.F. Steedam (1950)
Heinrich Klüver,
neuroanatomista e
psicólogo alemão
(1897-1979)
http://pl.wikipedia.org
Cérebro. Esclerose múltipla. Área de
desmielinização. Luxol Fast Blue.
(Kluver & Barrera).
[Steedman, H.F.- Alcian blue 8GS; a new stain
for mucin. Q. J. Microsc. Sci. 91: 477-479, 1950].
= 1953: Heinrich Klüver & Elizabeth Barrera
empregaram a ftalocianina Luxol Fast Blue
MBS para corar a mielina em cortes do
sistema nervoso.
(Alcian Blue)
http://www.leica-microsystems.com
Intestino Delgado. Células caliciformes com mucina corada em azul pelo Alcian Blue.
(Coloração de Klüver & Barrera para Lipofuscina)
http://www.vetmed.vt.edu/education/curriculum/vm8054/labs/lab2/examples/exkluvbarr.htm
A Coloração pelo método de Klüver & Barrera utiliza os corantes Luxol Fast Blue e Violeta de
Cresila e um componente especial que é absorvido pelo pigmento de desgaste lipofuscina, que se
acumula no corpo celular dos neurônios, corando-o em azul.
Medula Espinhal Canina, 200x e 400x
Paul Gerson Unna (1850 – 1929)
= P. G. Unna, médico dermatologista alemão, excepcional clínico e histopatologista,
desenvolveu métodos engenhosos e originais de coloração no estudo das doenças
dermatológicas, descrevendo as suas etiologias e os seus aspectos biológicos,
microbiológicos, químicos, fisiológicos e histopatológicos, em livros-textos e em
pouco mais de 1.000 artigos e ensaios publicados.
= 1875: Com o uso do ácido ósmico e do picrocarmim descreveu os diferentes
estratos da epiderme, identificando o mais profundo, que chamou estrato basal,
como o responsável pela regeneração da epiderme.
= 1887: Identificou os mastócitos, como células presentes no tecido conjuntivo,
descrevendo os seus grânulos citoplasmáticos, como sendo fortemente oxidantes,
ácidos, e metacromaticamente corados, em vermelho, com a sua técnica do azul de
metileno policromático alcalino (K2CO3), e relacionou-os com a lesão de pele
conhecida como Urticária Pigmentosa.
= 1891: O interesse no estudo das reações químicas de oxidação e de redução,
testadas com diferentes reagentes químicos nos tecidos vivos, permitiu-lhe
descobrir os plasmócitos empregando a coloração com a sua técnica do azul de
metileno policromático alcalino e posterior descoloração com glicerina-éter.
= 1902: Propôs modificação no método de Pappenheim, com adição de glicerol à
solução de fenol, surgindo o método do “verde de metila-pironina de PappenheimUnna,” com ótimos resultados na coloração dos plasmócitos, entre muitas outras
aplicações.
= 1928: Deu importantes contribuições no estudo histoquímico publicando livro
sobre a histoquímica da pele (Unna, P. G. - Histochemie der Haut. - Leipzig &
Wien: F. Deuticke; 1928; 163 pp).
As colorações em microbiologia I
= 1869: H. Hoffmann empregou soluções de fucsina ou
de carmim para corar bactérias provenientes de
líquidos.
Carl Weigert (1845-1904)
= 1874: Carl Weigert (1845-1904), médico patologista
alemão, primo de Paul Ehrlich, corou bactérias, em
lesões provenientes de tecidos humanos ou de animais,
usando procedimentos com carmim, hematoxilinaalúmen, violeta de metila, violeta de Gentiana
(pararosanilina, violeta cristal), Bismark brown, etc,
procurando experimentar os métodos de coloração já
em uso na técnica histológica.
= 1877: Carl Julius Salomonsen af Marius Christensen
(1847-1924), bacteriologista dinamarquês, descobriu
ser o sulfato de rosanilina excelente para corar
bactérias de sangue putrefeito.
Christensen (1847-1924)
Paul Ehrlich (1854 -1915)
= 1881: Paul Ehrlich (1854-1915), médico alemão, foi o
primeiro a usar o azul de metileno para corar
bactérias, defendendo os corantes básicos como os
ideais.
As colorações em microbiologia II
= 1882: Heinrich Hermann Robert Koch (18431910), médico bacteriologista alemão, adotou o
procedimento de corar as bactérias presentes em
líquidos através de esfregaços em lâminas, fixados
a seco e, posteriormente, corados com derivados
da anilina, apontando a violeta de metila e a
fucsina, em soluções aquosas, como os melhores.
Koch (1843-1910)
The Koch`s bacillus presentation
case and culture tubes.
Microbiology, 149: 3213-20, 2003
= 1882: Paul Ehrlich (1854-1915), médico alemão,
observou que os bacilos da tuberculose corados
com solução alcoólica concentrada de violeta de
metila (ou de fucsina), diluida em solução aquosa
de anilina e, posteriormente, tratados com solução
forte de ácido clorídrico, não ficavam descorados.
Ehrlich (1854-1915)
The acid-fast staining of M. tuberculosis
from the glass culture tubes containing
Koch`s isolates.100x
Microbiology, 149: 3213-20, 2003
Neisser (1855-1916)
= H. H. R. Koch corou o bacilo da tuberculose
(Mycobacterium tuberculosis) com solução
alcoólica alcalina (hidróxido de potássio a 10%) de
azul de metileno e contracoloração com solução
aquosa concentrada de vesuvina (Bismark brown).
= 1881: Albert Ludwig Sigesmund Neisser (18551916), médico alemão, já tinha feito observações
semelhantes às de Paul Ehrlich com relação ao
Mycobacterium leprae.
As colorações em microbiologia III
= 1882: Franz Ziehl (1857-1926), médico bacteriologista
alemão, substituiu, no método de Ehrlich, a solução aquosa de
anilina pelo fenol, na sua solução de violeta de metila
(carbolvioleta de metila) para corar os bacilos da tuberculose.
Linfadenite. M. tuberculosis .
Neelsen (1854-1898) Ziehl-Neelsen. 1000x (HMJ 04-953)
Corynebacterium diphtheriae.
Azul de Metileno.
Loeffler (1852-1915)
Gram (1850-1938)
= 1883: Carl Adolf Friedrich Neelsen (1854-1898), médico
patologista alemão, substituiu no método de Ziehl o carbolvioleta de metila pelo carbolfucsina (fucsina básica, em etanol
absoluto e solução aquosa de fenol a 5%).
= 1884: Friedrich August Johannes Loeffler (1852-1915),
médico bacteriologista alemão, propôs uma solução de
hidróxido de potássio mais diluída no preparo da solução
alcalina de azul de metileno do método de Koch, conseguindo
melhores resultados na coloração do bacilo da difteria. A sua
proposta passou a ser empregada nas colorações
bacteriológicas em geral.
= 1884: Hans Christian Joachim Gram (1850-1938), médico,
farmacologista e bacteriologista dinamarquês, aplicou solução
de Lugol em cortes de pulmão (pneumonia lobar) corados com
violeta de Gentiana, tendo observado, após imersão em etanol,
a descoloração dos tecidos e a dos cocos encapsulados,
mantendo-se corados, em violeta escuro, os cocos sem cápsula.
Coloração de Gram para
Staphylococcus aureus (cocos Gram Com o mesmo método observou a descoloração da bactéria do
positivos, azuis) e Escherichia coli
Tifo (Rickettsia sp). Seu método sofreu várias modificações.
(bacilos Gram negativos, róseos).
(Método de Ziehl-Neelsen)
1882: H. H. Robert Koch (1843-1910), médico
bacteriologista alemão, usou solução alcalina de azul
de metileno para corar o bacilo da tuberculose, com
contracoloração com Bismarck brown.
No mesmo ano, Paul Ehrlich (1854-1915), médico
alemão, modificou o método de Robert Koch ao usar
uma mistura de cerca de 11 ml de solução alcoólica
concentrada de violeta de metila (ou fucsina) em 100
ml de solução aquosa de anilina a 5%.
1883: Friedrich Ziehl (1857-1926), médico
bacteriologista alemão, substituiu a solução aquosa
de anilina, do método de Ehrlich, por solução de
fenol (ácido carbólico), na sua solução de violeta de
metila, passando o corante primário a ser um
carbolvioleta de metila.
No mesmo ano, C. A. Friedrich Neelsen (1854-1898),
médico patologista alemão, substituiu no método de
Ziehl, o violeta de metila pela fucsina básica,
surgindo o corante carbolfucsina.
= Nestas atividades, Paul Ehrlich e C. A. Friedrich
Neelsen desenvolveram tuberculose, que levou à
morte C. A. F. Neelsen, com a idade de 44 anos.
HMJ04953. Linfadenite. M. tuberculosis. Ziehl-Neelsen,1000x
(Fotomicrografados por Fernando Colonna Rosman)
(Coloração de Gram)
http://wwwnc.cdc.gov
Coloração de Gram de líquido céfalorraquidiano
mostrando leucócitos e Bacillus anthracis. In:
Emerging Infectious Diseases, Vol. 7, No 6, 2001.
http://www.path.cam.ac.uk
Staphylococcus aureus. Coloração
de Gram.
= 1884: Hans Christian Joachim Gram
(1853-1938), médico, farmacologista e
bacteriologista dinamarquês, aplicou
solução de Lugol em cortes de pulmão
(pneumonia lobar) já corados com violeta
de Gentiana e, após imersão em etanol,
notou a descoloração dos tecidos e a
não-descoloração dos cocos sem cápsula.
Fez contracoloração com solução diluída
de vesuvina. Jean Guillaume Auguste
Lugol (1786-1851) médico francês,
desenvolveu a solução de Lugol (solução
aquosa de iodo-iodeto de potássio), em
1829, para tratar os pacientes com
escrófula (linfadenite tuberculosa).
http://www.path.cam.ac.uk
Escherichia coli. Coloração de Gram.
http://textbookofbacteriology.net/S.pneumoniae.html
Streptococcus pneumoniae de cultura
de sangue. Coloração de Gram. CDC.
Gram (1853-1938)
Lugol (1786-1851)
As colorações em microbiologia IV
= Cheslav Ivanovich Chenzinsky (1851-1916),
médico polonês, em 1888, e Friedrich Plehn
(1862-1904), médico alemão, em 1890,
propuseram diferentes proporções nas
misturas de eosina com azul de metileno para
corar o Plasmodium sp.
Chenzinsky (1851-1916)
= 1891: Ernst Malachowski (1857-1934),
médico polonês, identificou o núcleo do
Plasmodium sp empregando mistura de eosina
com alúmen-hematoxilina ou com bórax-azul
de metileno.
Malachowski (1857-1934)
Plasmodium falciparum (formas em anel) no sangue.
= 1891: Dmitri Leonidovich Romanowsky
(1861-1921), médico russo, seguindo o método
de Chenzinsky, usou solução antiga (2 a 9
meses), embolorada, oxidada, de azul de
metileno, misturada com menos eosina, na
identificação do parasita da Malária
(Plasmodium sp), com ótimo resultado.
Romanowsky (1861-1921)
As colorações em microbiologia V
= 1899: Louis Jenner (1866–1904), médico
inglês, preparou solução de metanol com
eosinato de azul de metileno, servindo como
fixadora e, após diluição com água, como
meio de coloração, duplicando os efeitos
corantes em comparação com o método de
Chenzinsky.
http://sun025.sun.ac.za/
Sangue. Neutrófilos. Método de Wright.
1000x.
http://sv.wikipedia.org
May (1863-1936)
Medula óssea (aspirado): Mieloma
Múltiplo. Plasmócitos, leucócitos e
hemácias. Método de May-Grünwald.
= 1902: James Homer Wright (1869-1928),
médico patologista norte-americano, fez
modificação no método de Romanowsky,
usando eosina Y, azur B e azul de metileno, e
metanol como fixador, com aplicação nas
distensões sanguíneas e de medula óssea,
além da coloração dos cromossomos, etc.
= 1902: Richard May (1863-1936) & Ludwig
Grünwald (1863-1927), médicos alemães,
fizeram pequenas modificações na fórmula
de Jenner: eosina e azul de metileno nãooxidados (eosinato de azul de metileno).
As colorações em microbiologia VI
= 1901-1902: William Boog Leishman (1865-1926), médico
patologista escocês, propôs modificação do método de
Romanowsky ao usar mistura de azul de metileno (vários
azures desmetilados) com metanol e eosina, surgindo a
Coloração de Leishman, com ótima diferenciação das células
nas distensões sanguíneas e da medula óssea e na
identificação dos protozoários parasitas, Plasmodium sp,
Trypanosoma sp, etc.
Leishman (1865-1926)
Sangue. Método de Leishman.
http://englishclass.jp/reading/topic/Giemsa_stain
Cromossomos. Giemsa
Giemsa (1867-1948)
1912: Artur Martin Pappenheim (18701916) introduziu seu “método universal
panóptico,” de coloração sanguínea,
corando primeiro com a técnica de MayGrünwald e, após, com a de Giemsa.
= 1902-1904: Gustav Giemsa (1867-1948), farmacêutico e
bacteriologista alemão, melhorou as formulações anteriores
(Romanowsky), padronizando as soluções corantes (azul de
metileno, azur B e eosina Y) e acrescentando glicerol,
surgindo, assim, a Coloração de Giemsa empregada no
estudo histopatológico das doenças linfo-hematopoéticas e de
parasitoses (Plasmodium sp, Trypanosoma sp, Leishmania sp,
Histoplasma sp), estudos citogenéticos (cromossomos,
idiograma), coloração de mastócitos, etc.
O corante Giemsa na realidade é mistura de azur II
(mistura equimolar de azur I e azul de metileno) e
eosinato de azur II (corante formado pela combinação
equimolar de azur I, azul de metileno e eosina
amarelada).
Distensão sanguínea, corada pelo método de
Giemsa, mostrando trofozoítos em forma de
anel e gametócitos de Plasmodium falciparum .
(Wright, Romanoswky, May-Grünwald & Giemsa)
http://www.islh.org
Aspirado de medula óssea com hiperplasia de células
blásticas mielóides. Método de Wright, 40x.
http://www.papsociety.org
PAAF. Carcinoma papilar de tireóide. Método de
Romanowsky.
http://www.edu.upmc.fr
Macrófagos alveolares, x 1000.
Lavado alveolar humano. May Grünwald-Giemsa.
(De: Pr. Bernaudin, Chef du service d'Histologie, Biologie
tumorale de l'hôpital Tenon, Paris-France).
HMJ10799 Mastocitose cutânea (urticária pigmentosa). Método de Giemsa,
400X. (Fotomicrografado por Fernando Colonna Rosman).
A COLORAÇÃO CITOLÓGICA I
= 1875−1895: As descobertas sobre a célula, a mitose, a fertilização, a
herança genética, o desenvolvimento embrionário, impulsionaram-se com
a melhoria dos microscópios (Ernst Karl Abbé, 1840-1905, físico, óptico
alemão & Friedrich Otto Schott, 1851-1935, mineralogista, químico e
físico alemão, da Zeiss/Jena).
= Inicialmente a fixação apropriada dos tecidos foi se estabelecendo
simultaneamente com o processo de coloração: picrocarmim, acéticocarmim, acético-verde de metila, os quais também foram empregados nas
pesquisas citológicas iniciais.
= Com a necessidade de realizarem-se cortes mais finos dos tecidos, a
fixação passou a ser feita separadamente da coloração, surgindo as
técnicas de infiltração e emblocamento em celoidina e parafina, cortes em
micrótomos mais aperfeiçoados [Minot, Pfeifer, Whitman, Mark, Anders,
Giesbrecht e Mayer (séc. XIX)], técnicas de coloração mais apuradas, e
meios de montagem das lâminas em resinas (bálsamo do Canadá e goma
Damar), ao invés de em glicerina ou óleo de cravo-da-Índia.
(GOMA DAMAR, BÁLSAMO DO CANADÁ & ÓLEO DE CRAVO-DA-ÍNDIA)
= Goma Damar : Resina extraída das
árvores Shorea sp (Shorea wiesneri) e
Hopea sp (=Balanocarpus sp) da
família Dipterocarpaceae.
[damar (do malaio) = resina].
Goma Damar
Bálsamo do Canadá
Cravo-da-Índia
Shorea sp
Hopea sp (= Balanocarpus sp)
Abies balsamea
Syzygium aromaticum
= Bálsamo do Canadá: Resina
extraída da árvore Abies balsamea
(Pinaceae). Andrew Pritchard (18041882), biólogo, óptico e microscopista
inglês, em 1835 publicou sobre o
método de montagem com bálsamo
do Canadá.
A. Pritchard
(1804-1882)
= Óleo de cravo-da-Índia: Extraído
da árvore Syzygium aromaticum
(Myrtaceae). Inicialmente (1865)
usado na clarificação por Georg
Eduard von Rindfleisch (1836-1908),
médico anatomopatologista e
histologista alemão.
von Rindfleisch
(1836-1908)
A COLORAÇÃO CITOLÓGICA II
= 1865: Max Johann Sigismund Schultze (1825-1874),
anatomista e microscopista alemão, empregou ácido
ósmico em seus estudos do protoplasma (“A célula é uma
pequena massa de protoplasma nucleado”).
Schultze (1825-1874)
Schultze (1825-1874)
= 1876: Wilhelm August Oskar Hertwig (1849-1922),
anatomista, embriologista e zoologista alemão, empregou
o carmim no estudo da fertilização do ovo de ouriço do
mar.
= 1879: R. Grützner & H. Menzel demonstraram as
células enterocromafins duodenais pela fixação com
ácido ósmico.
Van Beneden (1846-1910)
Hertwig (1849-1922)
Boveri (1862-1915)
= 1883: Édouard Joseph Louis Marie Van Beneden
(1846-1910), biólogo, embriologista e citologista belga,
utilizou o carmim no estudo da fertilização, clivagem e
maturação do ovo de Ascaris sp.
= 1887: Theodor Heinrich Boveri (1862-1915), biólogo
alemão, aplicou o carmim nos estudos das divisões
celulares de Ascaris megalocephala, descobrindo no uso
da mistura carmim-ácido acético de Friedrich Anton
Schneider (1831-1890) melhores resultados.
Divisões celulares de A. megalocephala
A COLORAÇÃO CITOLÓGICA III
= 1886: Carl Benda (1857-1932), anatomopatologista alemão,
propôs a hematoxilina-férrica utilizando sulfato férrico de
amônio como mordente, antes de usar a solução amadurecida
de hematoxilina.
Entamoeba histolytica, forma
hematófaga. Hematoxilina-Férrica.
Carl Benda (1857-1932)
Richard Altmann (1852-1900)
www.atlas-protozoa.com
= 1891: Carl Benda estabeleceu a coloração citológica com
safranina e light green SF yellowish.
= 1901: Carl Benda introduziu a técnica da alizarina-sulfonato de
sódio e violeta cristal (violeta de Gentiana) na coloração da
mitocôndria, termo criado por ele, em substituição ao nome
“bioblasto” dado por Richard Altmann (1852-1900), médico
patologista e histologista alemão, que descreveu as mitocôndrias
como pequenos grânulos no protoplasma celular, com autonomia
metabólica e genética (1890). Altmann estabeleceu a coloração
com ácido pícrico, anilina e fucsina para corar as mitocôndrias.
Paul Ehrlich (1854-1915)
= 1877/79: Paul Ehrlich, médico alemão, reconheceu a diferença,
química e histológica, entre os corantes ácidos [aniônicos] e básicos
[catiônicos]: Ao corar lâminas com sangue notou que os ácidos
coram as hemácias, os grânulos dos eosinófilos e o citoplasma, e que
os básicos coram os núcleos e os grânulos dos mastócitos e o
citoplasma dos linfócitos. Na busca de um corante neutro (fucsina
ácida + azul de metileno), que servisse para todas as estruturas,
descobriu os grânulos violeta-escuros dos leucócitos
polimorfonucleares neutrófilos. Nestes estudos deu os nomes aos
leucócitos.
= 1879: Desenvolveu a mistura dos corantes verde de metila com
fucsina ácida e orange G (“triácido”de Ehrlich), que lhe permitiu
descobrir os mastócitos.
= 1881: Introduziu, como corante bacteriológico, o azul de metileno.
= 1882: Observou as propriedades ácidorresistentes do bacilo da
tuberculose, desenvolvendo método de coloração com a fucsina
básica ou violeta de metila.
= 1882: Empregou o corante fluorescente uranina (sal de sódio da
fluoresceína) para determinar a via de secreção do humor aquoso
no olho.
= 1885: Descreveu o fenômeno da metacromasia nos grânulos dos
mastócitos, na matriz da cartilagem, no amilóide e no muco,
utilizando coloração com tionina.
= 1886: Descobriu que os nervos podem ser corados pela injeção de
azul de metileno nos vasos sanguíneos dos animais vivos (coloração
vital).
WALTHER FLEMMING (1843-1905)
= Walther Flemming, médico e anatomista alemão, promoveu
avanços nas técnicas de coloração e de fixação:
= 1875: No estudo do ovo de Anodonta sp (Mollusca, Bivalvia,
Unionidae) empregou carmim-glicerina e fixação em bicromato
de potássio ou em ácido pícrico.
= 1877: Nos estudos do núcleo celular (cromatina e
cariosssomos, mitose) utilizou a coloração com fucsina e
diferenciação com etanol [método de E. Hermann (1875)] e a
safranina.
= 1879: Aberto a mudanças, defendeu a fixação com ácido
crômico, ao invés de bicromato de potássio, pondo em prática a
fixação com a mistura de ácido crômico e ácido ósmico
estabelecida por Max Flesch (1852-1943) médico, anatomista,
histologista e embriologista alemão.
= 1879: Nomeou cromatina a substância nuclear corada pelos
corantes básicos e denominou mitose a divisão celular.
= 1882: Melhorou a mistura fixadora de Flesch, acrescentando
ácido acético, o que lhe permitiu obter ótimos resultados na
fixação citológica.
= 1891: Propôs a tripla coloração com safranina, violeta de
Gentiana e orange G (coloração de Flemming) para o estudo
citológico da mitose; método também usado na citologia
botânica.
Ilustrações de W. Flemming - Zellsubstanz, Kern und
Zelltheilung (Cell substance, Nucleus and Cell division; 1882)
SOMENTE COM A INVENÇÃO E A MELHORIA DO MICROSCÓPIO
ÓPTICO É QUE HOUVE IMPULSO NO USO DE CORANTES ...
= 1284: Salvino D'Armato degli Armati (c. 12581312), italiano, inventou os primeiros óculos.
= 1590: Johannes e Zacharias Janssen (1588-1631)
(pai e filho) holandeses, fabricantes de óculos,
inventaram o primeiro microscópio composto, com
duas lentes adaptadas em um tubo.
Salvino D'Armato
= 1609: Galileu Galilei (1564-1642) adaptou sua
luneta para exames microscópicos, desenvolvendo
um microscópio composto com uma lente côncava e
uma convexa.
Microscópio composto de Johannes
& Zacharias Janssen, 1590.
Microscópio Galileu Galilei
= 1665: Robert Hooke (1638–1703) inventou um
microscópio composto com três lentes, e publicou o
primeiro livro sobre microscopia (Micrographia).
Galileu Galilei (1564-1642)
Leeuwenhoek (1632–1723)
Robert Hooke (1638–1703)
Microscópio de Robert Hooke
National Museum of Health and Medicine.
Walter Reed Army Medical Center.
Maio 2005
Microscópio de Leeuwenhoek
= 1673: Antoni van Leeuwenhoek (1632–1723)
inventou um microscópio simples, com uma lente,
que permitia imagens melhores que as com
aberrações esféricas e cromáticas observadas nos
microscópios compostos já existentes em sua época.
... E NO DESENVOLVIMENTO DAS TÉCNICAS DE COLORAÇÃO.
= Séc. XVII (fins): Christiaan Huygens (16291695), matemático, astrônomo, físico e
horologista holandês, inventou um sistema
óptico simples, com duas lentes corrigidas
acromaticamente.
Huygens (1629-1695)
Joseph Jackson Lister e seu microscópio, feito
por William Tulley, London, England, 1826.
= 1729/1733: Chester Moor Hall (1703-1771),
advogado e inventor inglês, desenvolveu as
primeiras lentes acromáticas para serem usadas
em um telescópio.
= 1826: Joseph Jackson Lister (1786-1869),
enólogo, óptico e físico amador inglês, inventou
a primeira lente acromática para microscópio.
Abbé 1840-1905
Schott (1851– 1935)
Zeiss (1816-1888)
http://histoptica.files.wordpress.com/2011/10/microscopio-carl-zeis-jena_1897.jpg
= 1860: Ernst Karl Abbé (1840-1905), físico e
optometrista alemão, Friedrich Otto Schott
(1851-1935), químico alemão, e Carl Zeiss
(1816-1888), matemático, físico, mineralogista e
óptico alemão, fundaram a óptica microscópica
moderna; sendo desenvolvidos microscópios de
alta qualidade na Carl Zeiss/Jena (F. O. Schott
desenvolveu o vidro borossilicato).
MELHORES MICROSCÓPIOS EXIGIRAM
APERFEIÇOAMENTO NOS MÉTODOS DE FIXAÇÃO...
= 1864: Max Johann Sigismund Schultze (1825-1874), biologista alemão, difundiu o uso
do tetróxido de ósmio na técnica histológica, como fixador e para impregnar em negro a
gordura e o aparelho reticular interno de Golgi.
Schultze (1825-1874)
Trillat (1861-1944) Blum (1865-1959)
= 1889: August Trillat (1861-1944), químico e biólogo francês, descobriu o poder
antisséptico do formol (formaldeído). Em 1891 depositou uma patente descrevendo
sobre as propriedades do formol (formaldeído) na conservação de peças anatômicas
animais e vegetais.
= 1893: Ferdinand Blum (1865-1959), médico alemão, publicou sobre as propriedades
antissépticas e endurecedoras do formol (formaldeído), adotando, para uso, a diluição
da solução aquosa de formol (formaldeído ~ 40%) na proporção de 1:10. Em 1894 fez
publicação sobre a ação fixadora (preservadora) do formol; introduzindo-o na técnica
histológica com o aval de Carl Weigert (1845-1904), que examinou cortes histológicos de
vários órgãos fixados em formol e corados com hematoxilina, ou outros corantes,
derivados da anilina, que Ferdinand Blum lhe apresentou.
= 1894: Friedrich Albert von Zenker (1825–1898), patologista alemão, associou o
bicloreto de mercúrio ao bicromato de potássio e ao ácido acético, surgindo a solução
fixadora de Zenker, ótima para o estudo dos detalhes celulares.
Zenker (1825–1898)
= 1897: Pol André Bouin (1870-1962), histologista francês, associou o ácido pícrico ao
ácido acético e ao formol, surgindo a solução fixadora de Bouin.
= 1904: Konrad Helly, (nasc. 1875), médico patologista suíço, modificou a fórmula de
Zenker, substituindo o ácido acético pelo formol.
Pol André Bouin (1870-1962)
= 1905: Louis Lucien Brasil (1865-1918), zoologista francês, substituiu a água da
solução de Bouin pelo álcool etílico, surgindo a solução de Bouin alcoólico ou líquido de
Duboscq-Brasil, rápido fixador, introduzido na anatomia patológica por Claude
Laurent Pierre Masson (1880-1959), patologista francês.
... E NOS CORTES DOS TECIDOS DE PLANTAS ...
“Máquinas de cortar vegetais”
1770: Máquina de cortar de
George Adams Jr.
= Dentre os construtores pioneiros de micrótomos
(botânica) podem-se citar: George Adams Jr. (17501795), inglês, óptico e construtor de instrumentos;
Alexander Cummings (1733-1814), escocês, matemático,
mecânico e relojoeiro; Mr. Custance (1775), carpinteiro
inglês & Andrew Pritchard (1804-1882), inglês, biólogo,
óptico e construtor de microscópios.
Pritchard (1804-1882)
1835: Micrótomo de Andrew Pritchard
1770: Micrótomo de
Alexander Cummings.
1775: Máquina de cortar vegetais,
para estudo microscópico, de
Mr. Custance (Thornton, 1799).
Smith, G.M. - The Development of Botanical Microtechnique. Trans. Am. Microsc. Soc., 34 (2): 71-129, 1915.
Guillermo, C. –L´Evolution des Microtomes. Rev. Fr. Histotechnol. 13(1): 43-62, 2000.
... E NOS CORTES DE TECIDOS DE ANIMAIS
= Inicialmente usavam-se cloreto
mercúrico, dicromato de potássio e álcool
(etanol) para endurecer os tecidos e
facilitar fazer cortes finos para corar e
examinar ao microscópio.
Microtome of the type
used by Quekett.
From: A practical treatise
on the microscope
By: John Thomas Quekett
Published: H. Baillière,
London, 1855
Credit: Wellcome Library,
London.
Queckett (1815-1861)
= Os cortes dos tecidos originalmente
eram a mão livre.
= 1848: John Thomas Queckett (18151861), médico, microscopista e
histologista inglês inventou um modelo de
micrótomo, surgindo vários outros até
1880, quando Louis Antoine Ranvier
(1835-1922), histologista francês,
popularizou o micrótomo manual a
partir de um modelo que desenvolveu.
Rasoir à coupe et
microtome de Ranvier
Maison MATHIEU
- Circa 1905
Ranvier (1835-1922)
www.lecompendium.com
Minot
Minot (1852-1914)
Adam Pfeifer Microtome (http://www.jstor.org/stable/2450514) &
Minot-type Automatic Rotary Microtome. Maker: E. Zimmermann, Leipzig, Germany,
circa 1892. Dimensions: 19 x 15.2 x 23 cm.
Ernst-Lewis Collection, Harvard Medical School
(http://dssmhi1.fas.harvard.edu/emuseumdev/code/eMuseum.asp?lang=EN)
= 1885-1886: Charles Sedgwick Minot
(1852–1914), anatomista norte-americano
da Harvard Medical School, Harvard
University, e Adam Pfeifer, mecânico e
construtor de instrumentos do Biological
Laboratory da Johns Hopkins University,
USA, de modo independente, inventaram
o modelo rotativo de micrótomo, que se
tornou o mais popular.
Congelação, Inclusão & Emblocamento
=1842: Benedikt Stilling (1810-1879), médico e anatomista alemão,
adotou o método de congelação para o endurecimento dos tecidos.
Benedikt Stilling (1810-1879)
=1873: William Rutherford (1839-1899), médico e fisiologista escocês, foi
o primeiro a usar micrótomo de congelação, sendo o ácido carbônico
líquido usado, a partir de 1897, por Henrich Albert Johne (1839-1910),
médico patologista veterinário alemão, substituindo o éter e as misturas
frigoríficas [gelo (3kg) + etanol (½ litro) + NaCl (½kg) + água (2 litros)].
=1864: Albrecht Theodor Edwin Klebs (1834-1913), bacteriologista
alemão, adotou a inclusão em parafina; sendo o seu uso difundido, na
técnica histológica, a partir de 1881-1882.
Edwin Klebs (1834-1913)
Mathias M. Duval (1844-1915)
=1877-1913: Paul Mayer (1848-1923), médico, zoologista e histologista
alemão, aperfeiçoou o método de inclusão em parafina, nos anos em que
esteve trabalhando na Estação Zoológica de Nápolis, Itália.
=1879: Mathias Marie Duval (1844-1915), anatomista e histologista
francês, introduziu o colódio (nitrocelulose dissolvida em etanol e éter)
como meio de inclusão.
=1879: Paul Schiefferdecker (1849-1831), anatomista alemão, introduziu
a celoidina (nitrocelulose); ótima para o estudo do SNC.
M. Adolphe Nicolas (1861-1939)
=1896: Marie Adolphe Nicolas (1861-1939), médico, anatomista e
histologista francês, introduziu a inclusão em gelatina-formaldeído.
HISTOQUÍMICA I
A identificação da natureza química das estruturas e
substâncias celulares e extracelulares por reações coloridas
originou a histoquímica. Como alguns dos pioneiros
podem-se citar:
= 1825: François Vincent Raspail (1794-1878), botânico e
farmacêutico francês, introduziu a reação do iodo no
estudo da distribuição do amido nas flores, frutos e no
embrião das Gramineae. Em 1826 fez o mesmo estudo com
o pericarpo do trigo. Em 1828-29 fez testes em tecidos
animais e vegetais aplicando a reação xantocrômica para
proteínas.
= 1845: Julius Vogel (1814-1880), médico patologista
alemão, descreveu a reação histoquímica para marcar o
ferro, sob a forma de sulfureto.
Henle (1809-1885)
= 1865: Friedrich Gustav Jakob Henle (1809-1885), médico
patologista alemão, e Gregor Joesten (1864) reportaram a
reação cromafim (designação de A. Kohn, 1898) nas células
da medula da suprarrenal.
http://www.leica-microsystems.com
Hepatócitos e células de Kupffer com grânulos de
hemossiderina (ferro). Método de Perls (Azul da Prússia).
= 1866: Max Perls (1843-1881), médico patologista alemão,
introduziu a técnica do azul da Prússia (ferrocianeto
férrico) para a marcação do ferro nos tecidos.
HISTOQUÍMICA II
Fuchsia sp
= 1866: August Wilhelm von Hofmann, químico alemão, & François
Emmanuel Verguin, químico francês, estudando a matéria-corante
“magenta,” [produzida por F. E. Verguin (1859), ao oxidar anilina bruta
com tetracloreto de estanho], identificaram a “rosanilina” (pararosanilina),
popularmente conhecida como fucsina (fucsina básica), devido à flor
Fuchsia sp (Onagraceae). A fucsina básica é importante no preparo do
reagente de Schiff (H. Schiff, 1866), detector dos grupamentos carbonila.
= 1874: Johann Friedrich Miescher (1844-1895), médico e bioquímico
suíço, isolou substância do núcleo de leucócitos do pus, que chamou de
nucleína, identificando nesta a presença de ácido fosfórico e a associação
com outra substância que chamou de protamina. Notou que a nucleína na
presença de verde de metila formava sais insolúveis verdes.
Johann Friedrich Miescher.
© Dr. Ralf Dahm/University of Padua,
Padua, Italy
= 1881: Edward Zacharias (1852-1911), citologista e botânico alemão,
estudando tecidos de plantas e animais, incluindo os de plantas em divisão
celular, isolou os núcleos e os cromossomos das células e provou,
citoquimicamente, que a nucleína, a cromatina e os cromossomos têm a
mesma substância.
= 1885: Wilhelm August Oskar Hertwig (1849-1922), anatomista,
embriologista e zoologista alemão, sugeriu que a nucleína era a responsável
pela transmissão das características hereditárias.
Hertwig (1849-1922)
= 1889: Richard Altmann (1852-1901), zoologista alemão, mostrou ser a
nucleína composta por ácido nucléico e proteína.
HISTOQUÍMICA III
Ugo (Hugo) Josph Schiff (1834-1915)
26 Aprile 1915
Ugo J. Schiff (1834-1915)
= 1897: Ugo (Hugo) Josph Schiff (1834-1915), químico alemão, estudou
as reações (reagente de Schiff, 1866) associadas com o grupamento
carbonila, usadas na histoquímica dos polissacarídeos, das proteínas e
do DNA, e a reação do biureto (proteínas) com sulfato de cobre
(biureto de cobre de cor violeta púrpura), a qual foi introduzida na
histoquímica animal (1857) por Gustav von Piotrowski (1833-1884),
médico e fisiologista polaco-austríaco, e na histoquímica botânica
(1859) por Ferdinand Gustav Julius von Sachs (1832-1897), botânico
alemão.
von Sachs (1832-1897)
= 1924: Robert Joachim Feulgen (1884-1955), químico alemão,
pioneiro na histoquímica do ácido nucléico, desenvolveu a primeira
reação citoquímica nuclear para o DNA (reação de Feulgen) em células
animais e vegetais, provando que todas as células contêm no núcleo o
mesmo tipo de ácido nucléico. Empregou o reagente de Schiff para
detectar DNA em preparados teciduais hidrolizados com ácido
(Feulgen, R. & Rossenbeck, H.).
Reação de Feulgen, em corte de fígado, demonstrando a
distribuição do DNA nos hepatócitos. Note a marcação ao
longo da superfície interna do envelope (membrana) nuclear,
onde a cromatina é mais densa, assim como as áreas densas
de heterocromatina presentes no nucleoplasma. Observe
também o nucléolo com aspecto de halo com centro claro,
caracterizando ambos os componentes, DNA (a borda corada
do nucléolo) e RNA (a parte não corada por esta técnica).
Feulgen (1884-1955)
http://geiselmed.dartmouth.edu/anatomy/courses/cto/resources/lab2/slide05.php
(PAS = Ácido Periódico - Schiff)
(reagente de Schiff e fucsina básica)
http://www.pathology.vcu.edu/education/PathLab/pages/renalpath/rpsr/images/mpgnII_sr/index.htm
Glomerulonefrite Membranoproliferativa, Tipo II:
Glomérulo com moderada hipercelularidade, leve
aumento da matriz mesangial e leve espessamento da
parede dos capilares. Método do PAS, 400x.
HISTOQUÍMICA IV
Lillie (1896-1979)
Pischinger (1899-1982)
= 1917-1979: Ralph Dougall Lillie (1896-1979), médico patologista norte-americano, foi
pioneiro e inovador na histoquímica, nas técnicas histopatológicas e no estudo dos corantes,
entre outros, sendo publicado, em 1948, o seu livro Histopathologic Technic, atualizado em
três novas edições até 1976, sendo o título mudado para Histopathologic Technic and
Practical Histochemistry.
= 1926: Alfred Pischinger (1899-1982), médico e histologista austríaco, ao usar corantes
ácidos e básicos nas colorações histoquímicas, determinou que o pH ótimo para que um
dado corante dê ótimo resultado é o do ponto isoelétrico da proteína que se quer corar no
tecido. Contribuiu com o estudo da Matriz Extracelular e a sua participação na regulação do
meio interno, através dos sistemas endócrino e nervoso autônomo, sendo publicado o seu
livro The Extracellular Matrix and Ground Regulation: Basis for a Holistic Biological
Medicine.
= 1936: Lucien Alphonse Joseph Lison (1908-1979), médico, histologista e histoquímico
belga, escreveu os livros Histochimie animale. Méthodes et problèmes (1936), onde a reação
histoquímica foi descrita sem a destruição dos tecidos, e Histochimie et Cytochimie Animales.
Principes et Méthodes (1953), entre muitas outros estudos pioneiros.
Lison (1908-1979)
Pearse (1916-2003)
= 1952: György Gömöri (1904-1957), patologista e histoquímico húngaro, demonstrou as
reações histoquímicas para enzimas, tendo escrito o livro Microscopic Histochemistry.
Principles and Practice (1952), entre muitas outras publicações.
= 1953/1966: Anthony Guy Everson Pearse (1916-2003), médico patologista inglês, foi
pioneiro no estudo histoquímico, com importantes contribuições no estudo citoquímico
enzimático in situ; no estabelecimento do sistema APUD (Amine Precursor Uptake and
Decarboxylation) (1966), como responsável pela produção de aminas biogênicas e, ou
hormônios polipeptídicos (neuroendocrinologia), entre muitos outros. Escreveu o livro
Histochemistry: Theoretical and Applied, com várias edições (1953, 1980, 1985 e 1991).
COLORAÇÕES DO TECIDO NERVOSO
= 1872: Especialmente o cloreto de ouro e o carmim eram usados como
meios de coloração do tecido nervoso, em procedimentos muito
demorados e trabalhosos (15 a 20 dias e alguns passos com 10 a 12
horas), sem bons resultados.
= 1885: Carl Weigert (1845-1904) corou a bainha de mielina com
hematoxilina metalizada e diferenciação em solução alcalina de
ferrocianeto; sofrendo o seu método várias modificações, sendo a de
A.Weil (1928) a mais popular.
= 1890: Pelos métodos da orceína de Unna-Taenzer, para fibras
elásticas, e o de Ira Thompson Van Gieson (1866-1913) para colágeno,
constatou-se que o tecido conjuntivo na intimidade do SNC ficava
confinado ao redor dos vasos sanguíneos.
= 1891-1900: As colorações para a neuroglia de Carl Weigert (1895) e de
Frank Burr Mallory (1891-1900) mostraram que os prolongamentos das
células da glia não eram tecido conjuntivo.
Impregnações com sais de prata e ouro I
= As impregnações com sais de prata e de
ouro foram predominantemente empregadas
no estudo do tecido nervoso.
Krause (1797-1868)
Cohnheim (1839-1884)
= 1844: Karl Friedrich Theodor Krause
(1797-1868), anatomista alemão, já fazia
experimentos de impregnação com o nitrato
de prata em tecidos frescos, sem alcançar
resultados regulares.
= 1866: Julius Friedrich Cohnheim (18391884), médico patologista alemão, empregava
sais de ouro no estudo histológico das
terminações nervosas periféricas.
= 1868: Louis Antoine Ranvier (1835-1922),
histologista francês, estudou as fibras
nervosas periféricas com as impregnações de
sais de prata ou de ouro com sucesso.
Ranvier (1835-1922)
Ranvier, L. - Leçons sur l'Histologie du Système Nerveux. Paris, 1878
Impregnações com sais de prata e ouro II
=1873: Bartolomeo Camillo Emilio Golgi
(1843-1926), médico patologista e
histologista italiano, trabalhando à luz de
vela na cozinha do hospital de
Abbiategrasso, próximo de Milão, Itália,
elaborou o método de impregnação com
nitrato de prata, usando segmentos de
cérebro, previamente endurecidos com
dicromato de potássio e amônia, tendo
observado a célula nervosa mediante o
que chamou la reazione nera. Interpretou
os seus achados como sendo um reforço
da Teoria Reticular em voga, onde o
neurônio ainda não havia sido
identificado como célula individual.
Santiago Ramón y Cajal olhando através
de um microscópio Zeiss. Cajal Legacy.
Instituto Cajal (CSIC). Madrid (Spain).
Bulbo olfatório de cão. Desenho de C. Golgi
com base em tecido corado pelo método de
impregnação com nitrato de prata de Golgi.
1875.
Célula piramidal do córtex cerebral de
camundongo impregnada pelo método
de Golgi. De preparação original
conservada no Cajal Legacy. Instituto
Cajal (CSIC). Madrid (Spain).
Desenho original de Cajal de células
piramidais de córtex cerebral de
coelho (1896, black ink and pencil).
Espinhos dendríticos são claramente
retratados. Cajal Legacy. Instituto
Cajal (CSIC). Madrid (Spain).
Dibujo de Ramón y Cajal de las células del
cerebelo de un pollo, mostrado en "Estructura de
los centros nerviosos de las aves," Madrid, 1905.
=1887: Santiago Ramón y Cajal (18521934), médico patologista, anatomista,
histologista e neurobiologista espanhol,
aprimorou o método de impregnação
com sais de prata de Golgi, aplicando-o
no estudo histológico, ontogenético, do
tecido nervoso, o que o levou a
estabelecer a Doutrina Neuronal, contra
a Teoria Reticular defendida por J. von
Gerlach, que fez estudos com carmim e
impregnação com sais de ouro.
[Abdellatif Nemri (2010), Scholarpedia, 5(12):8577]
(COLORAÇÃO DE GOLGI PARA O TECIDO NERVOSO)
(dicromato de potássio; nitrato de prata)
Bartolomeo Camillo Emilio Golgi
1843-1926
http://www.vetmed.vt.edu/education/curriculum/vm8054/labs/lab2/examples/exgolstn.htm
Cérebro: Corpos celulares de neurônios e seus
prolongamentos (axônios) corados em castanho e preto.
Método de Golgi, 100x.
(Colorações Neurológicas: A Substância de Nissl)
= 1894: Franz Nissl (1860-1919),
médico alemão, neuropatologista,
utilizou, originalmente, dahlia violeta
ou magenta e, por fim, o azul de
metileno para corar os neurônios, num
procedimento complicado, usando
mistura do corante diluído em solução
aquosa com sabão de azeite de oliva.
Corte de hipocampo de camundongo evidenciando neurônios e
células gliais. Método de Nissl.
Medula espinhal. Neurônio motor ventral. Substância
de Nissl no corpo celular neuronal. Método de Nissl.
Neurônio do corno ventral da medula espinhal,
corado pelo método de Nissl, evidenciando:
Substância de Nissl, dendritos e grande núcleo
com proeminente nucléolo.
= O método de Nissl, com corantes
básicos, deu ao corpo celular do
neurônio aspecto mosqueado,
caracterizando o que ficou conhecido
como a substância de Nissl (RNA
ribossomal associado ao Retículo
Endoplasmático Rugoso).
= A substância ou corpúsculos de Nissl
podem ser demonstrados utilizando-se
o violeta de cresila (método de Vogt,
Luna, 1968) ou a galocianina (método
de Einarson, 1932) ou o método do
aldeído-tionina / PAS.
Impregnações com sais de prata e ouro III
= 1904: Max Bielschowsky (1869-1940), neurologista e neuropatologista alemão, foi o
primeiro a desenvolver método de impregnação com nitrato de prata capaz de corar
tanto as fibras nervosas mielinizadas, como as não-mielinizadas (Bielschowsky, M. –
Die silberimprägnation der Neurofibrillen. J. Psychol. Neurol. 3: 169-189, 1904).
Max Bielschowsky (1869-1940)
Cortes de encéfalo não-humano. Método de Bielschowsky.
Impregnações com sais de prata e ouro IV
= Claude Laurent Pierre
Masson (1880-1959),
médico patologista francês,
que descreveu a reação
argentafim (1914) na
detecção da melanina e
Hortega (1882-1945)
Masson (1880-1959)
A microglia por Del Río Hortega, P. - C: Desenho da microglia (Bol
de la Soc Esp de Biol 9: 69–120, 1919) & A-I: Evolution of
microglia during its phagocytic activity (photomicrographs from Del
Rio Hortega), In: Cytology and Cellular Pathology of the Nervous
System, Penfield, W. (ed.), New York, Hoeber, 1932, p. 482–534
(Physiol Rev 91: 461–553, 2011).
In: Somjen, G.G. (1988), Glia 1: 2-9.
= Pío del Río Hortega
(1882-1945), médico
patologista e histologista
espanhol, que descobriu a
microglia (1919), no estudo
das células gliais do SNC,
igualmente contribuíram
no desenvolvimento das
técnicas de impregnação
metálica, as quais também
tiveram aplicação no estudo
das fibras reticulares e das
espiroquetas, entre outros.
Estudos Histopatológicos I
= No desenvolvimento das técnicas histológicas
contribuíram muito mais os zoologistas, botânicos,
anatomistas e histologistas do que os patologistas.
= O diagnóstico anatomopatológico por muitos anos, desde
Antonius Benivieni (1443-1502), médico cirurgião em
Florença, Itália, e Giovanni Battista Morgagni (1682-1711),
médico italiano, em Pádua, era feito apenas com o exame
macroscópico, auxiliado ou não com uma lupa, não sendo
usado o microscópio, apesar de o mesmo já ser utilizado
por botânicos, zoologistas e anatomistas.
Benivieni (1443-1502)
Virchow (1821-1902)
Schmorl (1861-1932)
Masson (1880-1959)
Mallory (1862-1941)
Hortega (1882-1945)
=1858: Rudolph Virchow (1821-1902), médico patologista
alemão, estabeleceu as bases da patologia celular, e
valorizou o uso do microscópio no diagnóstico
histopatológico, tendo feito uso da coloração com carmim
nos exames microscópicos histopatológicos.
= Com Christian Georg Schmorl (1861-1932), médico
patologista alemão, Frank Burr Mallory (1862-1941),
médico patologista norte-americano, Claude Laurent
Pierre Masson (1880-1959), médico patologista francês, Pío
del Río Hortega (1882-1945), médico e histologista
espanhol, Ira Thompson van Gieson (1866-1913),
neuropatologista norte-americano, e Frederick Herman
Verhoeff (1874-1968), oftalmologista e patologista norteamericano, entre outros, foram surgindo técnicas
micrográficas mais apropriadas para o estudo
histopatológico.
Estudos Histopatológicos II
van Gieson para colágeno
(ácido pícrico e fucsina ácida)
=1889: Ira Thompson van Gieson (1866-1913), neuropatologista, neurologista, psiquiatra e
bacteriologista norte-americano, desenvolveu a técnica de Gieson para colágeno (van Gieson, I.T.Laboratory notes of technical methods for the nervous system. N.Y. Med. J., 50: 57, 1889).
Calásia da conjuntiva. Acentudada degeneração elastótica da
conjuntiva (van Gieson, 20×). In: Francis, I.C.; Chan, D.G.; Kim, P.; Wilcsek, G.; Filipic, M.;
Yong, J. & Coroneo, M.T. - Case-controlled clinical and histopathological study of conjunctivochalasis. Br J Ophthalmol,
89:302-305; 2005.
Estudos Histopatológicos III
Orceína para sistema elástico
1890: Paul Gerson Unna (1850-1929), professor de dermatologia em Hamburgo,
Alemanha, desenvolveu o método da orceína de Unna para fibras elásticas. O método
da orceína de Unna sofreu uma modificação por T. Shikata, em 1974, de modo a ser
usado na demonstração do antígeno de superfície do VHB (Vírus B da hepatite) em
cortes histológicos de fígado.
http://www.jichi.ac.jp/pathology/index.php?
http://www.pathologyoutlines.com/caseofweek/case200646.htm
Fragmento de tumor de partes moles
de região escapular de homem de 85
anos: Elastofibroma dorsi. Este
representa hiperplasia reativa devido
à elastogênese anormal. Método da
Orceína para fibras elásticas.
Hepatite. HBsAg. Orceína (Método de Shikata)
Corte de derme com redução e
[Orcein staining (HBs antigen staining)].
fragmentação das fibras elásticas.
(Método da Orceína, 400x). In: Mariame
Meziane, Karima Senouci1, Yasmina
Ouidane, Rim Chraïbi, Tarik Marcil,
Fatima Mansouri & Badreddine Hassam.
Acrokeratoelastoidosis. [Dermatology
Online Journal, 14 (9): 11, september 2008].
Paul Gerson Unna (1850-1929)
Estudos Histopatológicos IV
Weigert para sistema elástico
(orceína ou resorcinol e fucsina, nuclear fast red ou hematoxilina)
1898: A clássica coloração para as fibras elásticas deveu-se a Carl
Weigert (1845-1904), patologista alemão, o qual desenvolveu também
a Técnica da Hematoxilina-Férrica para os núcleos celulares.
Tumor de partes moles mostrando área
profunda com fibras elásticas ramificadas ou
não, em meio a estroma conjuntivo e tecido
adiposo. Coloração de Weigert para fibras
elásticas.
Fragmento de cartilagem elástica da orelha
mostrando condrócitos em meio à matriz
contendo trama de fibras elásticas (negras).
Coloração de Weigert para fibras elásticas.
Photo by: DT Moran and JC Rowley.
In: C. R. Chandrasekar, R. J. Grimer, S. R. Carter, R. M. Tillman, A.
Abudu, A. M. Davies & V. P. Sumathi. Elastofibroma Dorsi: An
Uncommon Benign Pseudotumour. Sarcoma, Volume 2008 (2008),
Article ID 756565, 4 pages.
Córtex de cerebelo corado pelo método
da hematoxilina-férrica de Weigert,
modificado: Dendritos de células de
Purkinje; neurônio com núcleo
claramente visível, nucléolo, envelope
nuclear, membrana plasmática e células
da glia ao redor.
In: A.M. Gharravi, M.J. Golalipour, R. Ghorbani & M. Khazaei, Effects Modification of Iron Hematoxylin on Neuron Staining.
Pakistan Journal of Biological Sciences, 10: 768-772., 2007
Weigert, C. – Ueber eine Methode zur Färbung Elastischer Fasern. Cbl Allg. Path. 9: 289-292, 1898.
Estudos Histopatológicos V
Verhoeff para sistema elástico
(hematoxilina, fucsina ácida, ácido pícrico)
1908: Frederick Herman Verhoeff (1874-1968), oftalmologista e patologista norteamericano, desenvolveu o método de Verhoeff para fibras elásticas. [Verhoeff, F.H. – Some
new staining methods of wide applicability; including a rapid differential stain for elastic
tissue. J.A.M.A. 50: 876-877, 1908].
Tumor de partes moles: Elastofibroma
A Coloração de Verhoeff evidencia as fibras elásticas com a
disposição da elastina em fragmentos globulares.
Reviewer: Komal Arora, M.D. Revised: 19 July 2012, last major update July 2012
Copyright: (c) 2003-2012, PathologyOutlines.com, Inc.
Estudos Histopatológicos VI
TRICROMÁTICOS
= Frank Burr Mallory (1862-1941), professor de Patologia da Harvard
Medical School e médico patologista do Boston City Hospital, USA,
desenvolveu o método Tricromático de Mallory, entre outras histotécnicas.
Mallory (1862-1941)
= 1897: Publicou, com James Homer Wright (1869-1928), médico
patologista do Massachusetts General Hospital, USA, o livro Pathological
Technique. A practical manual for workers in pathological histology and
bacteriology, including directions for the performance of autopsies and for
clinical diagnosis by laboratory methods (1897).
http://www.vetmed.vt.edu/education/curriculum/vm8054/labs/lab2/examples/exmallory.htm
Corte de pâncreas. O estroma (tecido conjuntivo)
está corado em azul e o parênquima (ácinos) em
vermelho. Tricromático de Mallory.
http://kidneypathology.com.ar/25.htm
Rim. Podócitos glomerulares tumefeitos e finamente
vacuolados, assim como as células epiteliais dos túbulos
distais. Doença de Fabry. Tricromático de Mallory, 200x.
Estudos Histopatológicos VII
Tricromático de Mallory
(fucsina ácida, azul de anilina, orange G)
Mallory (1862-1941)
Rim normal (região cortical). Tricromático de
Mallory.
Observe na região cortical corpúsculo renal
(corpúsculo de Malphigi) constituído pelo glomérulo
renal (estrêla menor) e a cápsula de Bowmann (→ =
folheto parietal). Notar no pólo vascular (estrêla 3
pontas) a arteríola do glomérulo (seta grande).
Observe os túbulos contorcidos proximais (estrêla
maior) e túbulos contorcidos distais (*).
[De: Lycia de Brito Gitirana, Laboratório de Histologia Integrativa. UFRJ].
Epidídimo normal. Tricromático de Mallory.
Segmentos de túbulo epididimário, revestidos por
epitélio pseudoestratificado cilíndrico estereociliado, e
tecido conjuntivo intertubular (*) com vasos
sanguíneos com hemácias (em vermelho).
[De: Lycia de Brito Gitirana, Laboratório de Histologia Integrativa. UFRJ]
Estudos Histopatológicos VIII
Tricromático de Masson
(hematoxilina férrica de Weigert, fucsina ácida-biebrich scarlet, xilidina Ponceau , ou light green SF Yellow, azul de anilina)
Claude L. P. Masson (1880-1959), patologista francês, residente em Montreal, Canadá,
desenvolveu o método Tricromático de Masson (J. Techn. Methods 12: 75-90, 1929).
http://www.vetmed.vt.edu/education/curriculum/vm8054/labs/lab2/examples/exmasson.htm #
Artéria, veia e nervo femorais. O método do tricromático
de Masson apresenta variações nos procedimentos de
coloração. Na maioria o tecido conjuntivo é corado em verde
ou azul e o citoplasma das células em tons de vermelho.
Tricromático de Masson, 200x.
http://www.pathology.vcu.edu/education/PathLab/pages/renalpath/rpsr/images/mpgnII_sr/image06.jpg
Rim. Glomerulonefrite Membranoproliferativa, Tipo II.
Glomérulos com leve aumento da matriz mesangial.
Tricromático de Masson, 200x.
Estudos Histopatológicos IX
György Gömöri/George Gomori
= 1937-1952: George Gomori (1904-1957), patologista norte-americano de origem
húngara, publicou a Técnica do Nitrato de Prata Metenamina de Gomori; a Técnica da
Aldeído-Fucsina para fibras elásticas e mastócitos, e o método Tricromático de Gomori
em um passo, e amplo estudo sobre histoquímica, entre outros (Gomori, G. - Silver
impregnation of reticulum in paraffin sections. Amer. J. Path., 13:993-1002, 1937; Gomori
G. - Aldehyde-fuchsin: a new stain for elastic tissue. Amer. Cli. Path., 20:665-6,1950;
Gomori, G. - A rapid one-step trichrome. Amer. J. Clin. Path., 20: 661, 1950; Gomori, G. Microscopic Histochemistry. Chicago; University of Chicago Press; 1952).
= George Gomori faleceu de infarto agudo do miocárdio, em 1957, com 53 anos de idade.
http://freepages.genealogy.rootsweb.ancestry.com
George Gomori
(1904-1957)
Parede de artéria muscular. O Tricromático de Gomori em um
passo utiliza hematoxilina, cromotrope 2R e light green ou azul de
anilina. As fibras musculares ficam vermelhas, o tecido conjuntivo
verde (ou azul se usado o azul de anilina) e os núcleos azuis ou pretos.
Estudos Histopatológicos X
Aldeído-fucsina
& Prata Metenamina de Gomori
www.dstgroupproject.weebly.com/gomoris-aldehyde-fuschsin.html
Pele. Sistema elástico da derme.
Coloração Aldeído-Fucsina de Gomori.
http://pathhsw5m54.ucsf.edu/case16/hyphae.html
Fungos corados pela Prata Metenamina de Gomori: À
esquerda, pseudo-hifas de Candida sp e blastosporos. No
meio, hifas septadas de Aspergillus sp com ramificações
anguladas agudas. À direita, hifas largas de Zigomiceto
(ex. Mucor sp) com ramificação a 90o (seta).
Estudos Histopatológicos XI
Prata Metenamina de Gomori
Segmento de nervo facial com hifas septadas e
ramificadas em ângulos agudos (Aspergillus sp).
Prata Metenamina de Gomori.
[Connolly, J.L.; Carron, J.D. - Invasive Aspergillus of the temporal bone. American Journal of
Otolaryngology–Head and Neck Medicine and Surgery 28: 134-136; 2007]
ALGUNS MÉTODOS DE COLORAÇÃO USUAIS
= TECIDO NERVOSO:
Substância de Nissl: Métodos de Vogt (Violeta de cresila); de Einarson
(Galocianina); do PAS; da Aldeído-Fucsina modificado, etc.
Neurofibrilas e placas senis: Método de Bielschowsky.
Fibras nervosas mielinizadas e não-mielinizadas, neurofibrilas: Métodos
de Bielschowsky; de Bodian; de Holmes; etc.
Mielina e células nervosas: Métodos de Klüver-Barrera (Luxol Fast
Blue); de Woelcke, etc.
Leucodistrofia metacromática: Método de Hirsch-Peiffer.
Bainha de mielina, núcleos de células nervosas e processos de células
gliais: Hematoxilina-ácido fosfotúngstico.
Oligodendroglia e microglia: Métodos de Penfield; de Holzer, etc.
Astrócitos: Método do Ouro Sublimado de Cajal,
Et cetera.
= TECIDOS CONJUNTIVO, MUSCULAR E OUTROS:
Método Pentacromático de Russell-Movat modificado (para núcleos, fibras elásticas, colágeno,
substância fundamental amorfa e mucinas, músculo e fibrinóide).
Método Tricromático de Gomori em um passo (fibras musculares, colágeno e núcleos).
Método Tricromático de Masson (núcleos, músculo, citoplasma, queratina, colágeno).
Método de Verhoeff (sistema elástico, núcleos, colágeno e outras estruturas tissulares).
Método de van Gieson (ácido pícrico-fucsina ácida)(colágeno, músculo, epitélio cornificado).
Método de Weigert (sistema elástico).
Método de Lillie (células musculares, colágeno e fibras reticulares, membranas basais).
Método de Puchtler-Sweat (membranas basais).
Método de Luna-Ishak (canalículos biliares).
Métodos da Reticulina: de Manuel; de Wilder; de Snook; de Gomori [fibras Reticulares (proteínas
colagênicas e não-colagênicas)].
Método do Verde de Metila - Pironina de Pappenheim (DNA e RNA).
Método de Luna (mastócitos, eritrócitos, grânulos de eosinófilos).
Método do Ácido Periódico de Schiff (PAS) (glicogênio, mucinas [glicoproteínas neutras],
membranas basais, fungos, núcleos).
Método do Mucicarmim de Mayer (mucina, cápsula de Cryptococcus sp, núcleos).
Método do Alcian Blue pH 1,0 ou 2,5 ou 0,4 (glicosaminoglicanos ou proteoglicanos sulfatados e
não-sulfatados, segundo a variação do pH).
= TECIDOS CONJUNTIVO, MUSCULAR E OUTROS:
Método do Ferro Coloidal de Mowry (mucopolissacarídeos ácidos).
Método da Aldeído-Fucsina de Gomori (sistema elástico e mucina).
Método de Fraser-Lendrum (fibrina).
Método de Ayoub-Shklar (queratina e pré-queratina).
Método da Hematoxilina Ácido Fosfotúngstico de Mallory (musculatura estriada).
Método Azul de Anilina de Heidenhain (cromatina, osteócitos, neuroglia, colágeno, fibras
reticulares, músculo, osteóide).
Método da Safranina O (cartilagem, mucina, grânulos de mastócitos, núcleos e citoplasma).
Métodos do Vermelho Congo (de Bennhold); do Cristal Violeta (de Lieb); do Sirius Red
(amilóide).
Método do Oil O Red para cortes congelados (lipídeos)
Método da Hematina Ácida de Baker (fosfolipídeos).
Método de Schultz (colesterol).
Método de Giemsa de Lennert (linfócitos, mastócitos, medula óssea e outros órgãos linfóides).
Método de May-Grünwald (células do sangue, medula óssea).
Método de Maldonado (células das ilhotas pancreáticas).
Et cetera
= PIGMENTOS E MINERAIS:
Método de Warthin-Starry no pH 3,2 (melanina).
Método de Fontana-Masson (grânulos argentafins de células
neuroendócrinas e melanina).
Métodos de Grimelius, ou de Churukian-Schenk (grânulos argirófilos de
células neuroendócrinas).
Método da AFIP (lipofuscina).
Método de Hall (bilirrubina).
Reação estável de Gmelin (pigmentos biliares e hematoidina).
Métodos de Perls, ou de Mallory (hemossiderina e óxidos e sais de ferro).
Método de von Kossa (fosfatos, carbonatos e oxalatos de cálcio, ferro, etc).
Método da Alizarina Vermelha S (sais de cálcio).
Método da Rodamina (cobre).
Método de Laqueur (corpúsculo alcoólico hialino).
Método de Galantha (cristais de urato),
Et cetera.
= AGENTES INFECCIOSOS
(VÍRUS, BACTÉRIAS, PROTOZOÁRIOS & FUNGOS):
Métodos de Gram Brown & Hopps; de Gram Brown & Brenn (bactérias Gram positivas
ou negativas).
Métodos de Fite; de Ziehl-Neelsen; de Kinyoun; de Wade [baar (Mycobacterium sp)].
Método de Coates (Fite modificado) (Nocardia sp).
Método da Orceína (antígenos de superfície do VHB).
Método de Tanaka (Victoria Blue) (antígenos de superfície do VHB).
Métodos de Gaffney; de Thomas [parasitas da malária (Plasmodium sp)].
Método de Warthin-Starry (espiroquetas e corpos de Donovan, Helicobacter pylori).
Métodos da Prata Metenamina de Grocott; de Gridley (fungos)
Métodos do PAS; do Mucicarmim de Mayer (fungos).
Métodos de Waysson; de Giemsa sem diferenciação (Helicobacter pylori).
Método Giemsa de Wolbar (Rickettsia sp e outras bactérias).
Método de Gridley (amebas).
Método de Lendrum (corpos de inclusão decorrentes de infecção viral).
Método de Levaditi-Manovelian (espiroquetas),
Et cetera.
REFERÊNCIA: Prophet, E. B.; Mills, B.; Arrington, J.B. & Sobin, L.H., eds.- Armed Forces Institute of Pathology.
Laboratory Methods in Histotechnology. Washington, D.C., American Registry of Pathology, 1994.
PADRONIZAÇÃO DOS CORANTES BIOLÓGICOS
Mallory (1862-1941)
Conn (1886-1975)
Lillie (1896-1979)
= 1921-1923: Frank Burr Mallory (1862-1941), professor de Patologia da Harvard
Medical School e médico patologista do Boston City Hospital, USA, tornou-se Diretor da
Divisão de Biologia e Agricultura do Conselho de Pesquisa Nacional (USA) para formar o
Comitê para a Padronização dos Corantes Biológicos.
= 1922-1975: Harold Joel Conn (1886-1975), bacteriologista norte-americano, da New
York State Agricultural Experiment Station, Geneva, New York, USA, fundou em 1922 a
Biological Stain Commission (BSC), onde atuou até 1975, sendo o autor das principais
publicações da BSC, como: Biological Stains (1925, 1929, 1936, 1940, 1946, 1953, 1961);
Staining Procedures (1943-1944) & The History of Staining (1948), entre muitas outras.
= 1940-1979: Ralph Dougall Lillie (1896-1979), médico patologista norte-americano, da
Louisiana State University Medical Center, USA, por recomendação de Frank Burr
Mallory, em torno de 1940, passou a fazer parte da Biological Stain Commission, onde
atuou por 39 anos, contribuindo, como editor, na revisão e na atualização da 8a ed. (1969)
e da 9a ed. (1977) do livro de H. J. Conn - Biological Stains (1925).
= A Biological Stain Commission (BSC) tem o propósito de assegurar o suprimento de
corantes de alta qualidade para os laboratórios biológicos e médicos.
= Fabricantes e vendedores de corantes submetem os seus produtos para a BSC testá-los,
quanto à pureza química e a eficácia como corante biológico, sendo ao final expedido um
certificado de qualidade.
= Desde 1947 os laboratórios independentes da BSC localizam-se na University of
Rochester Medical College, Rochester, NY , USA.
= 1925-1991: A BSC publicou o periódico científico Stain Technology. Após 1991 o
periódico passou a chamar-se Biotechnic & Histochemistry.
= Sítio na internet: http://www.biologicalstaincommission.org
HISTÓRIA DOS CORANTES BIOLÓGICOS
RELAÇÃO CRONOLÓGICA DOS PRINCIPAIS EVENTOS
1284: Salvino D'Armato degli Armati (c. 1258-1312). Inventou os primeiros óculos.
1300 (cerca de): Arnaldo de Vilanueva (1235-1311). Usou o extrato de litmus como indicador ácido-base.
1300: Síntese da orceína (French Purple) já era feita por oxidação, ao ar, do extrato de litmus na presença de amônia
proveniente da urina fermentada.
Séc. XV: Astecas e maias já usavam a cochonilha (carmim) na tintura de tecidos.
1507: Antonius Benivieni (1443-1502). Foi publicada a sua obra De abditis nonnullis ac mirandis morborum et
sanationum causis, com relatos de autopsias, correlacionando os achados com os sinais e sintomas do paciente.
1521: Jacopo Berengario da Carpi (1460-1530). Fez estudo anatômico com injeções de corantes nos vasos sanguíneos.
Escreveu o primeiro livro de anatomia com figuras complementando o texto.
1567: Antonius Mizaldus (1510-1578). Usou extrato de raízes de Rubia tinctorum na coloração dos tecidos.
1590: Johannes e Zacharias Janssen (1588-1631). Inventaram o primeiro microscópio composto.
1609: Galileu Galilei (1564-1642). Adaptou a sua luneta para exames microscópicos.
1665: Robert Hooke (1635-1703). Escreveu o primeiro livro científico sobre microscopia (Micrographia), onde
descreveu “a célula” na cortiça. Fez vários estudos microscópicos e com tinturas sobre o fenômeno da cor. Inventou
um microscópio composto.
1673: Antoni van Leeuwenhoek (1632-1723). Inventou um microscópio simples.
Séc. XVII (fins): Christiaan Huygens (1629-1695). Inventou sistema óptico com duas lentes corrigidas
acromaticamente.
1719: Antoni van Leeuwenhoek (1632-1723). Usou o açafrão verdadeiro como corante em seus estudos microscópicos
de músculo estriado de vaca e de peixe.
1724: Frederik Ruysch (1638-1731). Usou injeção vascular de cinábrio, tinta de escrever, lipídeos, terebintina e
sulfato de cobre no estudo microscópico de vasos sanguíneos humanos.
1729/1733: Chester Moor Hall (1703-1771). Desenvolveu as primeiras lentes acromáticas para serem usadas em um
telescópio.
Astecas e Maias
Cochonilha-Carmim
Séc. XV
D'Armato
(c.1258-1312)
Óculos
Berengario da Carpi
(1460-1530)
Injeção Corantes
Vasos Sanguíneos
Primeiro Livro
Anatomia Ilustrada
Z. Janssen
(1588-1631)
Primeiro
Microscópio
Composto
R. Hooke
(1635-1703)
Microscópio
Composto
Primeiro Livro
Micrographia.
Estudos
Sobre a cor.
C. Huygens
(1629-1695)
F. Ruysch
Sistema Óptico
(1638-1731)
Duas Lentes
Cinábrio, Terebintina,
Correção
Tinta de Escrever, Cobre
Acromática Vasos Sanguíneos Humanos
1284 ••• 1300 ••• 1507 ••• 1521 ••• 1567 ••• 1590 ••• 1609 ••• 1665 ••• 1673 ••• c.1690 ••• 1719 ••• 1724 ••• 1729
A.Vilanueva
(1235-1311)
Litmus
Indicador
Ácido-Base
A. Benivieni
(1443-1502)
Primeiro
Relato
Necropsias
Síntese da Orceína
(French Purple)
Extrato de Litmus
Roccella tinctoria
A. Mizaldus
(1510-1578)
Rubia tinctorum
Coloração Tecidos
Pó de litmus
G. Galilei
(1564-1642)
Microscópio
Composto
A.v.Leeuwenhoek
(1632-1723)
Microscópio
Simples
A.v.Leeuwenhoek
(1632-1723)
Açafrão
Crocus sativus
Músculos estriados
Peixe e Vaca
C. Moor Hall
(1703-1771)
Lentes com
Correção
Acromática
Telescópio
1733: Nicolas Sarrabat de la Baïsse (1698-1739). Utilizou suco de frutos de Phytolacca sp no estudo da circulação das
plantas.
1744: Bergrat Barth. Fez a síntese de índigocarmim (Saxe blue) pela sulfonação do índigo natural com ácido
sulfúrico.
1744: Abraham Trembley (1710-1784). Corou hidras vivas com alimentos e organismos coloridos.
1745: Johannis Nathanael Lieberkühn (1711-1756). Fez injeção de cera branca, terebintina, colofônio e cinábrio no
estudo dos vasos do intestino delgado.
1758: Georg Christian Reichel (1727-1771). Usou extrato de Pau-Brasil (brasilina) no estudo dos vasos das plantas.
1765: Giovanni Battista Morgagni (1682-1711). Escreveu o livro De sedibus, et causis morborum per anatomen
indagatis libri quinque ..., com relatos de autopsias.
1770: John Hill (1716/17-1775). Fez fixação e endurecimento de tecidos de plantas com sulfato de alumínio e etanol.
Carmim, acetato de chumbo, ouropigmento e cal foram utilizados na coloração de plantas.
1770: George Adams Jr. (1750-1795). Inventou um micrótomo para cortar tecidos de plantas.
1770: Alexander Cummings (1733-1814). Inventou e aperfeiçoou micrótomo para cortar tecidos de plantas.
1771: Peter Woulfe (1727-1803): Fez a síntese do ácido pícrico ao tratar o índigo natural com ácido nítrico.
1774: Maquiador de Maria Antonieta (1755-1793). Empregou a cochonilha (carmim) no fabrico do ruge.
1775: Mr. Custance. Inventou ótimos micrótomos para cortar tecidos de plantas, não deixando para a posteridade os
escritos de suas invenções.
1776: Carl Wilhelm Scheele (1742-1786). Sintetizou a murexida a partir de ácido úrico (de cálculo vesical) tratado
com ácido nítrico e amônia.
1818: William Prout (1785-1850). Sintetizou a murexida a partir de urato ácido de amônio de excremento de Boa
constrictor (cobra jiboia).
1825: François Vincent Raspail (1794-1878). Introduziu a reação do iodo no estudo da distribuição do amido em
tecidos de plantas.
1825: Michael Faraday (1791-1867). Descobriu o benzeno a partir do gás-óleo de iluminação.
1826: Pierre Jean Robiquet (1780-1840). Sintetizou a alizarina e a purpurina a partir do extrato de raízes de Rubia
tinctorum [madder root], Rubiaceae.
1826: Otto Unverborden (1806-1873). Sintetizou, a partir do índigo natural, substância que denominou Cristalina
(=anilina).
G. Adams Jr (1750-1795)
A. Cummings (1733-1814)
Micrótomos-Plantas
J. N. Lieberkühn
(1711-1756)
Cera branca, Terebintina,
Colofônio, Cinábrio no
Estudo Vasos
Intestino Delgado
Bergrat Barth
Síntese
Índigocarmim
(Saxe blue)
P. Woulfe
(1727-1803)
Síntese
Ácido Pícrico
G.B. Morgagni
(1682-1711)
Relato - Necropsias
C. W. Scheele
(1742-1786)
Síntese
Murexida
Mr. Custance (1775)
M. Faraday O. Unverborden
(1791-1867)
(1806-1873)
Benzeno:
Síntese
Descoberto
Cristalina
W. Prout
a partir do
(1785-1850) a partir do
Gás-Óleo
Índigo Natural
Síntese
Iluminação
Murexida
Micrótomo-Plantas
1733 ••• •••••• ••• 1744 •1745 •••••• 1758 ••• ••• 1765 ••• 1770 •1771 ••• 1774 •1775 •1776 ••••••••1818 •••••• 1825 •1826
Sarrabat
(1698-1739)
Suco frutos
Phytolacca sp
no Estudo da
Circulação
das Plantas
A.Trembley
(1710-1784)
Estudo
Hidras com
Alimentos e
Organismos
Coloridos
G. C. Reichel
(1727-1771)
Extrato
Pau-Brasil
Estudo
Vasos de
Plantas
John Hill
(1716/17-1775)
Fixação. Carmim,
Acetato de Chumbo,
Ouropigmento, Cal.
Coloração de Plantas
Maria Antonieta
(1755-1793)
Cochonilha
(Carmim)
Ruge
F. V. Raspail
(1794-1878)
Histoquímica
Amido-Plantas
P. J. Robiquet
(1780-1840)
Síntese
Alizarina e
Purpurina do
Extrato Raízes
Rubia tinctorum
1826: Joseph Jackson Lister (1786-1869). Inventou a primeira lente acromática para microscópio.
1828-29: François Vincent Raspail (1794-1878). Fez testes em tecidos animais e vegetais aplicando a reação
xantocrômica para proteínas que idealizou.
1829: Jean Guillaume Auguste Lugol (1786-1851). Elaborou solução de Lugol (solução aquosa de iodo-iodeto de
potássio) para tratar os pacientes com escrófula (linfadenite tuberculosa).
1834: Friedlieb Ferdinand Runge (1795-1867). Fez a síntese do ácido rosólico a partir do alcatrão da hulha e, pela
ação do hipoclorito de sódio sobre a anilina, derivada do alcatrão da hulha (carvão mineral), obteve substância
azulada que chamou Cianol (=anilina).
1835: Andrew Pritchard (1804-1882). Inventou um micrótomo para cortar tecidos de plantas.
1838: Christian Gottfried Ehrenberg (1795-1876). Usou o índigo natural e o carmim no estudo dos infusórios.
1838: Mathias Jacob Schleiden (1804-1881). Estabeleceu a Teoria Celular no estudo dos tecidos vegetais.
1839: Nikolay Nikolaevich Zinin (1812-1880). Fez a síntese de substância que chamou Benzidam (=anilina) através
da redução do nitrobenzeno com sulfureto de sódio.
1839: Theodor Ambrose Hubert Schwann (1810-1882). Estabeleceu a Teoria Celular no estudo dos tecidos animais.
1841: Carl Julius Fritzsche (1808-1871). Sintetizou substância que denominou Anilina a partir do índigo natural.
1842: August Laurent (1807-1853). Sintetizou o ácido pícrico a pJulius Vogelartir da nitração do fenol.
1842: Benedikt Stilling (1810-1879). Adotou o método de congelação para endurecer os tecidos.
1844: Karl Friedrich Theodor Krause (1797-1868). Fez experimentos de impregnação com o nitrato de prata em
tecidos frescos.
1845: John Lee. Fez a síntese do benzeno a partir do alcatrão obtido da destilação destrutiva do carvão mineral
(hulha).
1845: Julius Vogel (1814-1880). Descreveu a reação histoquímica para marcar o ferro sob a forma de sulfureto.
1848: John Thomas Queckett (1815-1861): Empregou extratos de Madeira-Amarela (Maclura tinctoria) e PauCampeche (Haematoxylon campechianum) no estudo microscópico de plantas. Inventou um modelo de micrótomo.
1849: Johann Heinrich Robert Göppert (1800-1884) & Ferdinand Julius Cohn (1828-1898). Usaram carmim e
extrato de garança [madder root] (Rubia tinctorum) no estudo do movimento nas células da alga Nitella flexilis.
1851: Alfonso Giacomo Gaspare Corti (1822-1876). Usou o carmim na coloração do ouvido interno (órgão de
Corti), como tecido morto corado após fixação em éter ou etanol.
1854: Theodor Hartig (1805-1880). Aplicou o carmim, goma-guta, cinábrio, sulfato de cobre, litmus, e tinta de
escrever no estudo microscópico de tecidos de plantas. Descobriu que o clorogênio (clorofila) tem função absortiva.
F. V. Raspail
(1794-1878)
F. F. Runge
Reação
(1795-1867)
xantocrômica
Síntese
para proteínas Ácido rosólico
nos tecidos animais e Cianol,
e vegetais
do alcatrão
(1828-1829)
J. T. Queckett
T.A.H.Schwann
A. Laurent
(1815-1861)
(1810-1882)
(1807-1853)
Maclura
tinctoria
Teoria
Celular
C. G. Ehrenberg
Síntese K. F. T. Krause
N.
N.
Zinin
e
Haematoxylon
Tecidos Animais
(1795-1876)
(1797-1868)
Ácido
(1812-1880)
campechianum
Índigo Natural
Impregnação
Pícrico
Síntese
na coloração
A.G.G. Corti
Carmim
Sais de Prata
Benzidam
em
estudo
de
(1822-1876)
Estudo
Tecidos Frescos
(Anilina)
Microscopia.
Carmim
Infusórios
Inventou um Órgão de Corti
Micrótomo
(Tecido Morto)
1826 ••• 1828 1829 ••• 1834 1835 ••• 1838 1839 ••• 1841 1842 ••• 1844 1845 ••• 1848 1849 ••• 1851 ••• 1854
J. J. Lister
(1786-1869)
Inventou primeira
lente acromática
para microscópio
J. G. A. Lugol
(1786-1851)
Solução Iodo
Tratamento
Escrófula
T. Hartig
(1805-1880)
A. Pritchard M. J. Schleiden C. J. Fritzsche
B. Stilling
John Lee
Carmim,
(1804-1882)
(1804-1881)
(1808-1871)
(1810-1879)
Síntese J. H. R. Göppert Goma-guta,
Micrótomo
(1800-1884)
Teoria Celular
Síntese
Congelação
Benzeno
Cinábrio,
Plantas
F. J. Cohn
Tecidos Vegetais
Anilina
Endurecimento (Alcatrão)
Sulfato de
Bálsamo
(1828-1898)
a partir do
Tecidos
&
cobre, Litmus,
do Canadá
Carmim,
Índigo natural
Julius Vogel
Tinta de
Garança
Histoquímica
escrever na
Nitella flexilis
Ferro
microscopia
(Sulfureto)
de plantas.
Clorofila.
1855: August Wilhelm von Hofmann (1818-1892). Demonstrou que a Cristalina, o Cianol, o Benzidam e a Anilina são
a mesma substância química: Fenilamina ou aminobenzeno, conhecida com o nome genérico de anilina.
1856: William Henry Perkin (1838-1907). Sintetizou o corante Violeta de anilina (mauve dye) a partir do alcatrão da
hulha, o qual foi patenteado e passou a ser empregado na tintura de tecidos, tipografia, tornando-se o corante da
moda.
1857: William Henry Perkin: A Perkin & Sons começou a produzir o novo corante (mauve dye) para a indústria.
1856: Jakub Natanson (1832-1884). Sintetizou a Fucsina básica (magenta I) tratando a anilina com cloreto de etileno.
1857: Gustav von Piotrowski (1833-1884). Introduziu a reação do biureto (proteínas) na histologia animal.
1858: Joseph von Gerlach (1820-1896). Empregou o carmim nas colorações histológicas. Incentivou o uso do carmim
e outros corantes no estudo microscópico. Descobriu a importância do controle no método de coloração.
1858: Rudolph Virchow (1821-1902). Estabeleceu as bases da Patologia Celular. Usou carmim na microscopia.
1859: Otto Friedrich Rudolf Maschke (1804-1900). Introduziu o índigo natural na histologia. Notou a importância da
coloração na identificação de proteínas e de carboidratos nos tecidos.
1859: Ferdinand Gustav Julius von Sachs (1832-1897). Introduziu a reação do biureto na histoquímica botânica.
1860: Ernst Karl Abbé (1840-1905), Friedrich Otto Schott (1851-1935) & Carl Zeiss (1816-1888). Estabeleceram a
óptica microscópica moderna. Otto Schott desenvolveu o vidro borossilicato.
1862: Albert Julius Wilhelm Wigand (1821-1886). Cochonilha, pau-campeche, madeira-amarela, catechu, etc, foram
estudados, segundo o valor comercial como corantes.
1862: Friedrich Wilhelm Beneke (1824-1882). Introduziu método de coloração com Violeta de anilina na histologia.
1863: H. W. G. von Waldeyer-Hartz (1836-1921). Usou extratos de Haematoxylon campechianum (hematoxilina) e de
Alkanna tinctoria (alcanina) na coloração do tecido nervoso. Experimentou vários corantes sintéticos nos estudos
histológicos.
1864: Max Johann Sigismund Schultze (1825-1874). Difundiu o uso do tetróxido de ósmio na técnica histológica
como fixador e para impregnar em negro a gordura e o aparelho reticular interno de Golgi.
1864: Albrecht Theodor Edwin Klebs (1834-1913). Adotou a inclusão em parafina na técnica histológica.
1864: Gregor Joesten. Reportou a reação cromafim (designação de A. Kohn, 1898) nas células da medula da
suprarrenal.
1865: Franz Böhmer. Primeiro a empregar, com sucesso na coloração histológica, o alúmen-hematoxilina.
Estabeleceu também a coloração com hematoxilina com sais de crômio ou de cobre, etc.
1865: Ernest Nicolas Joseph Onimus (1840-1915). Usou a Fucsina básica em estudos in vivo e microscópicos.
Rudolph Virchow
Sir W. H. Perkin
F. W. Beneke
(1821-1902)
Abbé
Schott
Zeiss
(1838-1907)
F. G. J.V. Sachs E. K. Abbé (1840-1905) (1824-1882)
Bases da
Síntese Mauveine
Patologia Celular (1832-1897) F. O. Schott (1851-1935) Violeta de
(púrpura de
Anilina
Carmim na Microscopia Reação
C. Zeiss (1816-1888)
anilina)
Histologia
do Biureto Vidro borossilicato/Schott
G. v. Piotrowski
Hístoquímica
Óptica Microscópica
(1833-1884)
Botânica Moderna. Carl Zeiss/Jena
Reação Biureto
Histologia
H. W. G. von
Waldeyer-Hartz
(1836-1921)
Hematoxilina,
Alcanina e
Derivados
da Anilina
Histologia SNC
A.T.E. Klebs
(1834-1913)
Inclusão em
Parafina na
Histologia
E. Onimus
Fucsina básica
em estudos
in vivo e
microscópicos
1855 ••• ••• 1856 ••• ••• 1857 ••• ••• 1858 ••• ••• 1859 ••• ••• 1860 ••• ••• ••• 1862 ••• ••• 1863 ••• ••• 1864 ••• ••• 1865
Perkin & Sons
Produção da
Mauveine
(indústria)
A.W.v.Hofmann
(1818-1892)
Cristalina,
J. Natanson
Cianol,
(1832-1884)
Benzidam e
Síntese
Anilina
Fucsina
= Fenilamina
Básica
(Aminobenzeno) (Magenta I)
J. W. Wigand
M.J.S. Schultze
J. von Gerlach O. F. R. Maschke
(1821-1886)
(1804-1900)
(1825-1874)
(1820-1896)
Carmim (Cochonilha) e
Introduziu
Tetróxido de
Carmim.
Extratos
corantes
de
índigo
na
Ósmio
Microscopia
Haematoxylon campechianum, na Técnica
histologia.
Sistema
Maclura tinctoria,
Importância da
Histológica
Nervoso.
Acacia
catechu:
coloração
na
Controle
Estudo Valor Comercial
identificação de
Método
proteínas
e
Coloração
carboidratos
F. Böhmer
Hematoxilina
Alúmen
Sais Crômio
Sais Cobre
Schultze
Indigofera anil
G. Joesten
Reação Cromafim
na Medula
Adrenal
Haematoxylon campechianum
1865: Max Johann Sigismund Schultze (1825-1874). Empregou o ácido ósmico nos estudos do protoplasma celular.
1865: Friedrich Gustav Jakob Henle (1809-1885). Reportou a reação cromafim (designação de A. Kohn, 1898) nas
células da medula da suprarrenal.
1866: Max Perls (1843-1881). Introduziu a técnica do azul da Prússia (ferrocianeto férrico) para a marcação do
ferro nos tecidos.
1866: August Wilhelm von Hofmann & François Emmanuel Verguin. Identificaram a “rosanilina” (pararosanilina),
popularmente conhecida como fucsina (fucsina básica), devido à flor Fuchsia sp (Onagraceae).
1866: Ugo (Hugo) Josph Schiff (1834-1915). Introduziu o reagente de Schiff com o uso da fucsina básica na detecção
histoquímica dos grupamentos carbonila (histoquímica de polissacarídeos, proteínas e do DNA).
1866: Julius Friedrich Cohnheim (1839-1884). Empregou sais de ouro no estudo histológico das terminações
nervosas periféricas.
1868: Louis Antoine Ranvier (1835-1922). Estudou as fibras nervosas periféricas com as impregnações de sais de
prata ou de ouro.
1869: Jakob Ernst Arthur Böttcher (1831-1889). Estabeleceu o princípio da diferenciação com álcool nas colorações
com rosanilina ou com carmim.
1869: H. Hoffmann. Introduziu a fucsina ou o carmim na coloração de bactérias provenientes de líquidos.
1870-1920: Paul Mayer (1848-1923). Promoveu o desenvolvimento, organização, avaliação crítica e sistematização
das técnicas de coloração dos tecidos.
1870: Rudolf Peter Heinrich Heidenhaim (1834 –1897). Detectou as células cromafins na mucosa gástrica tratada
com dicromato de potássio.
1871: Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer (1835-1917). Sintetizou a Fluoresceína.
1872: Cloreto de ouro e carmim preferencialmente usados como meios de coloração do tecido nervoso.
1873: William Rutherford (1839-1899). Foi o primeiro a utilizar micrótomo de congelação.
1873: Bartolomeo Camillo Emilio Golgi (1843-1926). Introduziu método de impregnação com sais de prata (reação
negra, reazione nera) no estudo histológico do tecido nervoso.
1874: Heinrich Caro (1834-1910). Sintetizou a Eosina.
1874: Carl Weigert (1845-1904). Primeiro a corar bactérias em tecidos de animais e de humanos.
1874: Johann Friedrich Miescher (1844-1895). Identificou no núcleo de leucócitos do pus substâncias que chamou
nucleína e protamina.
1875: Paul Gerson Unna (1850 – 1929). Usou ácido ósmico e picrocarmim no estudo da estrutura da epiderme.
1875: Victor André Cornil (1837-1908). Descreveu o efeito metacromático da coloração com violeta de metila.
F.G.J. Henle
(1809-1885)
Reação
Cromafim
Medula
Adrenal
A.W.v. Hofmann
(1818-1892)
& F.E. Verguin
Rosanilina
Fucsina Básica
Fuchsia sp
J.F. Cohnheim
(1839-1884)
Sais de Ouro
Histologia
Terminações
Nervosas
J.E.A. Böttcher
(1831-1889)
Diferenciação
com Etanol
Carmim
Rosanilina
H. Hoffmann
Fucsina/Carmim
Coloração Bactérias
Líquidos
P. Mayer
(1848-1923)
Amplo
Estudo
Técnicas
Coloração
1870-1920
J.F.W.A.v. Baeyer
(1835-1917)
Síntese
Fluoresceína
C. Weigert
(1845-1904)
Coloração Bactérias
Histologia
Tecido
Nervoso W. Rutherford
Cloreto Ouro (1839-1899)
Micrótomo
Carmim
Congelação
Histologia
J.F. Miescher
(1844-1895)
Histoquímica
Núcleo celular
Nucleína
Protamina
1865 ••• ••• 1866 ••• ••• ••• 1868 ••• ••• 1869 ••• ••• 1870 ••• ••• 1871 ••• ••• 1872 ••• ••• 1873 ••• ••• 1874 ••• ••• 1875
B.C.E. Golgi
(1843-1926)
R.P.H. Heidenhaim Sais de Prata
L. A. Ranvier
M.J.S. Schultze Max Perls
(1834 –1897)
Reazione Nera
(1843-1881)
U.
J.
Schiff
(1835-1922)
(1825-1874)
Dicromato de K
Histologia
Sais de Ouro Células Cromafins
Ácido Ósmio Azul da Prússia (1834-1915)
Cérebro
Histoquímica Reagente Schiff
e Prata
Estudo
Gástricas
Ferro
Histoquímica
Histologia
Protoplasma
Grupamentos Fibras Nervosas
Celular
Carbonila
Periféricas
H. Caro
(1834-1910)
Síntese
Eosina
P.G. Unna
(1850-1929)
Ácido Ósmico
Picrocarmim
Descrição
Epiderme
V.A. Cornil
(1837-1908)
Descrição
Metacromasia
Violeta Metila
1875: Walther Flemming (1843-1905). No estudo do ovo de Anodonta sp (Mollusca, Bivalvia, Unionidae) empregou
carmim-glicerina e fixação em bicromato de potássio ou em ácido pícrico.
1876: Hermann Emil Fischer (1852-1919). Usou a eosina em soluções aquosa e alcoólica na coloração histológica.
1876: Wilhelm August Oskar Hertwig (1849-1922). Empregou o carmim em seus estudos da fertilização do ovo do
ouriço-do-mar.
1877: N. Wissozky. Introduziu a Hematoxilina e Eosina como método de coloração combinada.
1877: Paul Ehrlich (1854-1915). Estudou corantes derivados da anilina em histologia, descreveu os corantes ácidos,
básicos e neutros, e estabeleceu os nomes dos leucócitos.
1877: Carl Julius Salomonsen af Marius Christensen (1847-1924). Usou sulfato de rosanilina na coloração de
bactérias provenientes de sangue putrefeito.
1877-1913: Paul Mayer (1848-1923). Aperfeiçoou o método de inclusão em parafina.
1878: Paul Mayer (1848-1923). Introduziu a solução de carmim em solução de etanol a 70% e a fixação em ácidos
crômico ou ósmico, apontando-os como sendo os que dão melhores resultados na coloração.
1879: R. Grützner & H. Menzel. Demonstraram as células enterocromafins duodenais com o uso do ácido ósmico.
1879: Paul Ehrlich (1854-1915). Introduziu o Método Triácido de Ehrlich. Descobriu os mastócitos.
1879: Walter Flemming (1843-1905). Promoveu a fixação com a mistura de ácido crômico e ácido ósmico
estabelecida por Max Flesch (1852-1943).
1879: Walter Flemming (1843-1905). Nomeou cromatina a substância nuclear corada pelos corantes básicos e
denominou mitose a divisão celular.
1879: Mathias Marie Duval (1844-1915). Introduziu o colódio como meio de inclusão dos tecidos.
1879: Paul Schiefferdecker (1849-1831). Introduziu a celoidina (nitrocelulose) como meio de inclusão dos tecidos.
1880: Louis Antoine Ranvier (1835-1922). Inventou modelo de micrótomo manual.
1880: Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer (1835-1917) & Heinrich Caro (1834-1910). Sintetizaram a
indigotina a partir do o-nitrobenzaldeído e a acetona adicionados ao hidróxido de sódio diluído ou ao hidróxido de
bário ou a amônia.
1880: Dr. George Grübler & Company de Leipzig. Primeira empresa na produção de corantes biológicos de
qualidade para os laboratórios de pesquisa.
1881: Paul Ehrlich (1854-1915). O azul de metileno e os corantes básicos foram indicados para corar bactérias.
1881: Albert Ludwig Sigesmund Neisser (1855-1916). Descreveu a propriedade ácidorresistente do bacilo da Lepra
(Mycobacterium leprae).
1881: Edward Zacharias (1852-1911). Provou, citoquimicamente, que a nucleína, a cromatina e os cromossomos têm
as mesmas substâncias.
W. Flemming
(1843-1905)
Estudo ovo
Anodonta sp
carmim-glicerina,
bicromato de
potássio
ou ácido pícrico
H.E. Fischer
(1852-1919)
Introduziu
Eosina
Histologia
C.J.S. M. Christensen
Paul Mayer
W. Flemming
(1847-1924)
(1848-1923)
(1843-1905)
Sulfato de rosanilina
Fixação
Ácidos
Fixação
coloração bactérias
Crômico
ou
Ácidos
Crômico
(sangue putrefeito)
Ósmico e
+ Ósmico
N. Wissozky
Coloração
(Max Flesch)
Coloração
Solução Carmim = Cromatina
Combinada
Alcoólica 70%:
= Mitose
H&E
Melhor resultado
P. Ehrlich
(1854-1915)
Azul de metileno
Corantes básicos
Bactérias
E. Zacharias
(1852-1911)
Nucleína,
Cromatina e
Cromossomos
têm as mesmas
A.L.S. Neisser
substâncias.
(1855-1916)
Bacilo Lepra
Ácido
Resistente
Dr. G. Grübler
& Company
Corantes
Biológicos
1875 •••• ••••• •••• 1876 •••• ••••• •••• 1877 •••• ••••• •••• 1878 •••• ••••• •••• 1879 •••• ••••• •••• 1880 •••• ••••• •••• 1881
W.A.O. Hertwig
(1849-1922)
Carmim
Estudo
Fertilização
Ovo
Ouriço-do-mar
P. Ehrlich
(1854-1915)
Estudo Sistemático
Corantes da Anilina
em Histologia.
Corantes Ácidos,
Básicos e Neutros:
Nomes dos leucócitos.
R. Grützner
& H. Menzel
Paul Mayer
Ácido Ósmico
(1848-1923)
Células cromafins
Aperfeiçoou
duodenais
Método
Inclusão
Parafina
P. Ehrlich
(1854-1915)
Método Triácido
Descoberta dos
Mastócitos.
P. Schiefferdecker
(1849-1831)
Introduziu
Celoidina
M.M. Duval
Meio J.F.W.A.Baeyer
(1844-1915)
Inclusão
Introduziu
(1835-1917)
Colódio
& H. Caro
Meio
(1834-1910)
Inclusão
Sintetizaram
Indigotina
(Índigo)
L.A. Ranvier
(1835-1922)
Inventou
modelo de
micrótomo
manual.
1882: Paul Ehrlich (1854-1915). Corou seletivamente os mastócitos com dahlia.
1882: Heinrich Hermann Robert Koch (1843-1910). Usou verde de metila e fucsina para corar bactérias,
provenientes de líquidos, em esfregaços fixados a seco. Corou o bacilo da Tuberculose com azul de metileno e
vesuvina (Bismark brown).
1882: Paul Ehrlich (1854-1915). Descreveu a propriedade ácidorresistente do bacilo da Tuberculose.
1882: Paul Ehrlich (1854-1915). Usou o corante fluorescente uranina (sal de sódio da fluoresceína) para determinar
a via de secreção do humor aquoso no olho.
1882: Franz Ziehl (1857-1926). Fez coloração do bacilo da tuberculose com carbolvioleta de metila.
1882: Walter Flemming (1843-1905). Melhorou a mistura fixadora de Flesch, acrescentando ácido acético.
1883: Carl Adolf Friedrich Neelsen (1854-1898). Fez coloração do bacilo da Tuberculose com carbolfucsina.
1883: Édouard Joseph Louis Marie Van Beneden (1846-1910). Empregou o carmim em seus estudos da fertilização,
clivagem e maturação do ovo de Ascaris sp.
1884: Heinrich Wilhelm Gottfried von Waldeyer Hartz (1836-1921). Descreveu o tecido linfóide orofaríngeo.
1884: Julius Dreschfeld (1846-1907). Usou a eosina na histologia em método de coloração para rápido diagnóstico.
1884: Friedrich August Johannes Loeffler (1852-1915). Corou o bacilo da Difteria com modificação da técnica do
azul de metileno de Koch, com sucesso.
1884: Hans Christian Joachim Gram (1850-1938). Elaborou Método de Coloração (de Gram) aplicando-o em cortes
de pulmão (pneumonia lobar / infecção pelo pneumococo) e na coloração das bactérias (Rickettsia sp) do Tifo.
1885: Arthur Bolles Lee (1849-1927) - Livro: The Microtomist`s Vade-Mecum. A Handbook of the Methods of
Microscopic Anatomy. London, Churchill, 1885.
1885: Paul Ehrlich (1854-1915). Descreveu o fenômeno da metacromasia nos grânulos dos mastócitos, na matriz da
cartilagem, no amilóide e no muco, na coloração com tionina.
1885: Carl Weigert (1845-1904). Corou a bainha de mielina com hematoxilina metalizada e diferenciação em solução
alcalina de ferrocianeto.
1885: Wilhelm August Oskar Hertwig (1849-1922). Sugeriu que a nucleína é a responsável pela transmissão das
características hereditárias.
1885/1886. Rudolf Peter Heinrich Heidenhain (1834 –1897). Hematoxilina com bi- ou monocromato de potássio.
1885/1886: Charles Sedgwick Minot (1852–1914) & Adam Pfeifer. Inventaram, independentemente, modelos de
micrótomos rotativos.
1886: H. Griesbach. Empregou coloração com o Vermelho Congo no estudo histológico de axônios.
P. Ehrlich
(1854-1915)
Mastócitos
corados
seletivamente
com Dahlia
H. Griesbach
Vermelho
Congo no
estudo
histológico
de axônios
C.A.F. Neelsen
F.A.J. Löeffler
A. Bolles Lee
(1854-1898)
P. Ehrlich
(1852-1915)
H.W.G.von
(1849-1927)
(1854-1915) F. Ziehl Carbolfucsina
Bacilo da
Waldeyer-Hartz
The
Microtomist`s W.A.O. Hertwig
R.P.H.
Bacilo
Difteria corado
(1857-1926) coloração
(1836-1921)
(1849-1922)
Vade-Mecum.
Heidenhain
Bacilo da
Tuberculose Coloração
com modificação
Descreveu
A Handbook Sugeriu Nucleína (1834-1897)
Ácido
técnica do
Bacilo da Tuberculose Tecido Linfóide
of
the Methods Responsável pela Hematoxilina
Resistente Tuberculose
Orofaríngeo Azul de metileno of Microscopic
Transmissão
com bi- ou
de Koch
Carbolvioleta
Características monocromato
Anatomy.
de metila
Hereditárias
London,
de potássio
Churchill, 1885
1885/1886
1882 ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• 1883 ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• 1884 ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• 1885 ••• ••• ••• ••• ••• ••• ••• 1886
H.H.R. Koch
(1843-1910)
P. Ehrlich
Verde de Metila e
(1854-1915)
Fucsina para
corar bactérias em Uranina (sal de sódio
esfregaços fixados da fluoresceína) para
a seco. Bacilo da determinar a via de
secreção do humor
Tuberculose
aquoso no olho
corado com Azul
de Metileno e
Vesuvina
W. Flemming
(1843-1905)
Melhorou
mistura
fixadora de
Max Flesch,
acrescentando
ácido acético
C.S. Minot
(1852–1914)
& Adam Pfeifer
E.J.L.M. Van J. Dreschfeld
H.C.J. Gram
P. Ehrlich
C. Weigert
Inventaram,
Beneden
(1846-1907)
(1850-1938)
(1854-1915)
(1845-1904)
modelos de
(1846-1910)
Eosina na
Coloração
Metacromasia Corou bainha de micrótomos
Carmim:
histologia em
de Gram:
coloração
mielina com rotativos 1885/86
Estudos
método de
Pneumococo, e
Tionina
Hematoxilina
Fertilização, coloração para
Bactérias do tifo
metalizada e
Clivagem e
diagnóstico
(Rickettsia sp)
diferenciação em
Maturação
rápido
solução alcalina
do ovo de
de ferrocianeto
Minot
Ascaris sp.
1886: Paul Ehrlich (1854-1915). Usou o azul de metileno como corante vital do tecido nervoso.
1886: Karl James Peter Graebe (1841-1927) & Karl Theodore Libermann (1842-1914). Sintetizaram a alizarina a
partir do antraceno do alcatrão do carvão mineral (hulha).
1886: Carl Benda (1857-1932). Introduziu a hematoxilina com sulfato férrico de amônio como mordente.
1887: Santiago Ramón y Cajal (1852-1934). Aprimorou a coloração de Golgi no estudo histológico, ontogenético, do
tecido nervoso, o que o levou a estabelecer a Doutrina Neuronal.
1887: Paul Gerson Unna (1850-1929). Identificou os mastócitos como corados metacromaticamente com o azul de
metileno policromático e associou-os com a Urticária Pigmentosa.
1887: Theodor Heinrich Boveri (1862-1915). Empregou o carmim nos estudos de divisão celular de Ascaris
megalocephala.
1888: Heinrich Wilhelm Gottfried von Waldeyer Hartz (1836-1921). Deu o nome de cromossomos à cromatina
descoberta por Walther Flemming (1879).
1888: Rudolf & Martin Heidenhain (1834 –1897). Introduziram a Técnica de Ehrlich-Biondi-Heidenheim.
1888: Cheslav Ivanovich Chenzinsky (1851-1916). Propôs diferentes misturas de azul de metileno e eosina para
corar o Plasmodium sp.
1889: August Trillat (1861-1944). Descobriu as propriedades antissépticas do formol (sol. aquosa formaldeído 40%).
1889: Richard Altmann (1852-1901). Mostrou que a nucleína é composta de ácido nucléico e proteína.
1889: Ira Thompson van Gieson (1866-1913). Introduziu a técnica de Gieson para colágeno.
1890: Friedrich Plehn (1862-1904). Propôs diferentes misturas de eosina com azul de metileno para corar o
Plasmodium sp.
1890: Richard Altmann (1852-1900). Publicou sobre estudos celulares, descrevendo o bioblasto (mitocôndria).
Estabeleceu a coloração com ácido pícrico, anilina e fucsina para as mitocôndrias.
1890: Paul Gerson Unna (1850-1929). Desenvolveu o método da orceína de Unna para fibras elásticas.
1890: Pelos métodos da orceína de Unna-Taenzer, para fibras elásticas, e o de Ira Thompson Van Gieson para
colágeno, constatou-se que o tecido conjuntivo na intimidade do SNC fica confinado ao redor dos vasos sanguíneos.
1891: Walter Flemming (1843-1905). Propôs a tripla coloração com safranina, violeta de Gentiana e orange G,
empregada nas colorações citológicas animais (estudo da mitose) e vegetais.
1891: Heinrich Wilhelm G. von Waldeyer Hartz (1836-1921). Cunhou o termo “neurônio.” Teoria do neurônio.
1891: Paul Mayer (1848-1923). Identificou a hemateína como a substância corante da hematoxilina.
1891: Paul Gerson Unna (1850-1929). Descobriu os plasmócitos com coloração com o seu método do azul de
metileno policromático.
P. Ehrlich
(1854-1915)
Azul de
Metileno
corante vital
sistema
nervoso por
injeção
vascular
K. J. P. Graebe
(1841-1927)
K. T. Libermann
(1842-1914)
Síntese Alizarina
a partir antraceno
(alcatrão)
P.G. Unna
(1850-1929)
Mastócitos
corados com o
Azul de metileno
policromático
(metacromasia);
Associados com
a Urticária
Pigmentosa
Métodos
Orceína de UnnaTaenzer (f. elástica)
e de van Gieson
(colágeno): Tecido
conjuntivo na
intimidade do SNC
A.
Trillat
C. I. Chenzinsky
(1861-1944) restrito ao redor dos
H.W.G.von
(1851-1916).
Descobriu poder vasos sanguíneos
Waldeyer-Hartz
Propôs
(1836-1921)
diferentes antisséptico do
Deu o nome de
Formol
misturas
cromossomos à de Azul de
Friedrich Plehn
cromatina
(1862-1904)
metileno e
descoberta por
Diferentes
misturas
Eosina
W. Flemming para corar o
de Eosina e Azul de
metileno para corar
Plasmodium sp
o Plasmodium sp
R. Altmann P.G. Unna
(1852-1900) (1850-1929)
Descreveu o Coloração
Bioblasto
Azul de
(mitocôndria) Metileno
introduzindo Policromático:
coloração com Descobriu
Ácido pícrico, plasmócitos
Anilina e
Fucsina
1886 •• ••• ••• ••• ••• ••1887•• ••• ••• ••• ••• •• 1888 •• ••• ••• ••• ••• •• 1889 •• ••• ••• ••• ••• •• 1890 •• ••• ••• ••• ••• •• 1891
C. Benda
S. Ramón y Cajal
(1857-1932)
(1852-1934)
Hematoxilina com
Aprimorou
sulfato férrico de Coloração de Golgi
amônio como
em estudo histológico,
mordente
ontogenético, do
tecido nervoso:
Doutrina Neuronal
I.T.v. Gieson
(1866-1913)
T.H. Boveri
R.P.H.
Técnica para
(1862-1915)
P.G. Unna W. Flemming H.W.G.von
P. Mayer
Heidenhain
Colágeno
Empregou o
(1850-1929) (1843-1905) Waldeyer-Hartz (1848-1923)
(1834-1897)
Carmim nos
R. Altmann Desenvolveu
Identificou a
Tripla
(1836-1921)
& Martin
estudos de
Método da
(1852-1901)
coloração: Cunhou o termo Hemateína
Heidenhain
divisão celular
Orceína de
Nucleína é
como a
Safranina,
Neurônio:
Técnica de
de Ascaris
Unna
para
composta de
substância
Violeta de
Doutrina
megalocephala Ehrlich-Biondiácido nucléico fibras elásticas Gentiana e
corante da
Neuronal
Heidenheim
e proteína
Hematoxilina
Orange G
1891: Frank Burr Mallory (1862-1951). Introduziu a hematoxilina com ácido fosfomolíbdico.
1891: Ernst Malachowski (1857-1934). Identificou o núcleo do Plasmodium sp com mistura de eosina com alúmenhematoxilina ou com bórax-azul de metileno.
1891: Dmitri Leonidovich Romanowsky (1861-1921). Usou solução antiga de azul de metileno, misturada com menos eosina,
na identificação do parasita da Malária (Plasmodium sp), com ótimo resultado.
1891: Carl Benda (1857-1932). Estabeleceu a coloração citológica com safranina e light green SF yellowish.
1891: August Trillat (1861-1944). Depositou patente sobre propriedades do formol na conservação de peças anatômicas
animais e vegetais.
1892: Martin Heidenhein. Introduziu o método da Hematoxilina férrica de Heidenheim.
1893: Ferdinand Blum (1865-1959). Publicou sobre as propriedades antissépticas e endurecedoras do formol (sol. aquosa de
formaldeído a 40%), adotando, para uso, a diluição de 1:10 da solução comercial a 40%.
1894: Ferdinand Blum (1865-1959). Fez publicação sobre a ação fixadora do formol, introduzindo-o na histologia.
1894: Friedrich Albert von Zenker (1825–1898). Introduziu a solução fixadora de Zenker (bicloreto de mercúrio associado ao
bicromato de potássio e ao ácido acético).
1894: Franz Nissl (1860-1919). Utilizou, originalmente, dahlia violeta ou magenta e, por fim, o azul de metileno para corar os
neurônios. Substância de Nissl.
1896: Lamberto Daddi. Incluiu Sudan III na dieta de animais e observou seus tecidos adiposos corados em vermelhoalaranjado. Assim, elaborou método de coloração com Sudan III para o tecido adiposo nos cortes teciduais a serem
examinados ao microscópio.
1896: Marie Adolphe Nicolas (1861-1939). Introduziu na inclusão tecidual o uso da gelatina-formaldeído.
1897: Frank Burr Mallory (1862-1951). Introduziu Método da Hematoxilina com ácido fosfotúngstico.
1897: Frank Burr Mallory (1862-1941) & James Homer Wright (1869-1928). Ocorreu a publicação do livro que escreveram:
Pathological Technique. A practical manual for workers in pathological histology and bacteriology, including directions for the
performance of autopsies and for clinical diagnosis by laboratory methods.
1897: Heinrich Albert Johne (1839-1910). Substituiu o éter e as misturas frigoríficas pelo gás carbônico líquido nos cortes de
congelação (microtomia).
1897: Pol André Bouin (1870-1962). Associou o ácido pícrico ao ácido acético e ao formol, surgindo a solução fixadora de
Bouin.
1897: Ugo (Hugo) Josph Schiff (1834-1915). Estudou as reações (reagente de Schiff, 1866) associadas com o grupamento
carbonila, usadas na histoquímica dos polissacarídeos, das proteínas e do DNA, e a reação do biureto (proteínas).
1898: Paul Ehrlich (1854-1915). Propôs o Verde de metila e a Pironina para corar esfregaço sanguíneo.
1898: Carl Weigert (1845-1904). Introduziu método (de Weigert ) para a coloração das fibras elásticas.
D. L. Romanowsky
(1861-1921)
F. B. Mallory M. Heidenhein F. A. von Zenker
Solução antiga de
Hematoxilina
(1862-1951)
(1825–1898)
Azul de metileno,
Férrica de
Hematoxilina
Introduziu
misturada com
Heidenheim Solução fixadora:
Ácido
menos Eosina, na
Fosfomolíbdico
Bicloreto de mercúrio +
identificação do
Bicromato de potássio +
Plasmodium sp, com
Ácido acético
ótimo resultado
P. A. Bouin
(1870-1962)
Solução
Fixadora:
Ácido pícrico +
Ácido acético +
Formol
U.J. Schiff
P. Ehrlich
(1834-1915)
(1854-1915)
Estudo
Propôs
Histoquímica
Verde de
polissacarídeos,
Metilaproteínas e DNA
Pironina
(reagente de Schiff) para corar
e a reação do
Esfregaços
biureto (proteínas) Sanguíneos
Carl Weigert
(1845-1904)
Introduziu
método para a
coloração das
fibras elásticas
(Sistema elástico)
1891 •••• •••• •••• 1892 •••• •••• •••• 1893 •••• •••• •••• 1894 •••• •••• •••• •••• 1896 •••• •••• •••• 1897 •••• •••• •••• 1898
E. Malachowski
(1857-1934)
Identificou
o núcleo do
Plasmodium sp
com mistura
de Eosina
com AlúmenHematoxilina
ou com BóraxAzul de Metileno
C. Benda
(1857-1932)
Estabeleceu
coloração
citológica
empregando
Safranina e
Light Green
SF Yellowish
M. A. Nicolas
F. Blum
Franz Nissl
(1861-1939)
(1865-1959)
(1860-1919)
Introduziu a
A. Trillat
Descreveu
Utilizou Dahlia
inclusão em
(1861-1944)
propriedades Violeta ou Magenta
gelatinaF.B. Mallory
Patente sobre
antissépticas, e, por fim, Azul de
formaldeído
(1862-1941) &
Formol na
endurecedoras Metileno para
F. B. Mallory J.H. Wright
conservação de e fixadoras do corar os neurônios:
(1869-1928)
(1862-1951)
peças anatômicas Formol (1:10); Substância de Nissl
Hematoxilina Publicação:
animais e
introduzindo-o
Pathological
Ácido
vegetais
na histologia
Fosfotúngtico Technique
(1893/1894)
L. Daddi
Sudan III
na dieta
de animais e
elaborou
método de
coloração
histológica
H. A. Johne
(1839-1910)
Substituiu o
éter e as
misturas
frigoríficas
pelo gás
carbônico
líquido nos
cortes de
congelação
1899: Artur Martin Pappenheim (1870-1916). Introduziu método com Verde de metila-Pironina na citologia
hematológica.
1899: Louis Jenner (1866–1904). Modificou o método de Chenzinsky empregando metanol e eosinato de azul de
metileno, com ótimos resultados.
1901: Carl Benda (1857-1932). Introduziu a técnica da alizarina-sulfonato de sódio e violeta cristal (violeta de
Gentiana) na coloração da mitocôndria, termo criado por ele para substituir o nome bioblasto dado por Richard
Altmann (1890).
1901: Leonor Michaelis (1875-1949). Introduziu o Sudan IV na coloração do tecido adiposo e o Verde Janus B na
coloração da mitocôndria.
1901-1902: William Boog Leishman (1865-1926). Modificou o método de Romanowsky ao usar mistura de azul de
metileno (vários azures desmetilados) com metanol e eosina, surgindo a Coloração de Leishman.
1902: Paul Gerson Unna (1850 – 1929). Empregou o Verde de metila-Pironina de Pappenheim-Unna na coloração
dos plasmócitos.
1902: James Homer Wright (1869-1928). Modificou o método de Romanowsky, usando eosina Y, azur B e azul de
metileno, e metanol, como fixador, nas colorações hematológicas.
1902: Richard May (1863-1936) & Ludwig Grünwald (1863-1927). Modificaram a fórmula de Jenner: Eosina e azul
de metileno não-oxidados (eosinato de azul de metileno).
1902-1904: Gustav Giemsa (1867-1948). Introduziu o Método de Giemsa.
1904: Konrad Helly (nasc. 1875). Modificou a fórmula de Zenker, substituindo o ácido acético pelo formol.
1904: Max Bielschowsky (1869-1940). Introduziu método de coloração com nitrato de prata para fibras nervosas
mielinizadas e não-mielinizadas.
1905: Louis Lucien Brasil (1865-1918). Substituiu a água da solução de Bouin pelo álcool, surgindo a solução de
Bouin alcoólico ou líquido de Duboscq-Brasil.
1906: Franz Best (1878-1920). Introduziu o Método do Carmim de Best na coloração do glicogênio em tecidos.
1908: Frederick Herman Verhoeff (1874-1968). Desenvolveu o método de Verhoeff para fibras elásticas.
1911: Claude Laurent Pierre Masson (1880-1959). Introduziu o açafrão na técnica histológica.
1912: Artur Martin Pappenheim (1870-1916). Introduziu o “Método universal panóptico,” de coloração sanguínea,
corando primeiro com a técnica de May-Grünwald e, após, com a de Giemsa.
Zenker
K. Helly
M. Bielschowsky
Substitui
o
(1869-1940)
L. Michaelis
J.H. Wright
P.G. Unna
Ácido
Acético
Método com
(1875-1949)
(1869-1928)
(1850-1929)
Nitrato
de Prata: pelo Formol
Sudan IV na Verde de MetilaModificou o
A.M. Pappenheim
na Fórmula
coloração do
Método Romanowsky: Fibras nervosas
(1870-1916)
Pironina de
de Zenker
mielinizadas e
Introduziu Método tecido adiposo. Pappenheim-Unna Eosina Y, Azur B e
Verde Janus B na Coloração dos
Azul de Metileno não-mielinizadas
Verde de Metila+ Metanol,
Pironina na citologia na coloração da
Plasmócitos
mitocôndria
como fixador
hematológica
C. L. P. Masson
F.H. Verhoeff
(1880-1959)
(1874-1968)
Introduziu
o Açafrão
Desenvolveu
na Técnica
Método de
Histológica
Coloração
para Fibras
Elásticas
1899 ••• •••• ••• 1901 ••• ••• 1902 ••• •••• ••• 1904 ••• ••• 1905 ••• ••• 1906 ••• •••• ••• 1908 ••• •••• ••• 1911 ••• ••• 1912
W.B.Leishman
Richard May
G. Giemsa
L. Jenner
C. Benda
(1865-1926)
(1863-1936)
(1867-1948)
(1866–1904)
(1857-1932)
Modificou método & L. Grünwald
Padronizou
Modificou Técnica da Alizarina- de Romanowsky:
(1863-1927)
Soluções Azul
Método de
Sulfonato de sódio
Mistura de
Modificaram
de Metileno,
Chenzinsky:
e Violeta Cristal
Azul de Metileno Fórmula de Jenner: Azur B e
Metanol e (Violeta de Gentiana)
(vários azures
Eosina e Azul de
Eosina Y +
Eosinato de
na coloração da
desmetilados)
Metileno nãoGlicerol:
Azul de
mitocôndria
com Metanol
oxidados (Eosinato Método de
Metileno
e Eosina
de Azul de Metileno)
Giemsa
L. L. Brasil
(1865-1918)
Substituiu a água
da solução de
Bouin pelo etanol:
[Bouin alcoólico
ou Líquido de
Duboscq-Brasil].
Introduzido na
Histopatologia
Por P. Masson
(1905)
Chenzinsky
Pierre Masson
F. Best
(1878-1920)
Método
Carmim
de Best na
coloração
histológica do
glicogênio
A.M. Pappenheim
(1870-1916)
Método
Panóptico:
May-Grünwald
+ Giemsa
1914: Claude Laurent Pierre Masson (1880-1959). Descreveu a reação argentafim para melanina.
1919: Pío del Río Hortega (1882-1945). Descobriu a microglia nos estudos com impregnação com sais de prata em
cortes do tecido nervoso.
1921-1923: Frank Burr Mallory (1862-1941). Foi indicado Diretor da Divisão de Biologia e Agricultura do Conselho
de Pesquisa Nacional (USA) para formar o Comitê para a Padronização dos Corantes Biológicos.
1922: Harold Joel Conn (1886-1975). Fundou a Biological Stain Commission.
1924: Robert Joachim Feulgen (1884-1955). Foi pioneiro na histoquímica do ácido nucléico, desenvolvendo a
primeira reação citoquímica nuclear para o DNA (reação de Feulgen) em células animais e vegetais.
1925: Harold Joel Conn (1886-1975). Foi publicado o seu livro: Biological Stains.
1926: Alfred Pischinger (1899-1982). Publicado o seu livro: The Extracellular Matrix And Ground Regulation: Basis
for a Holistic Biological Medicine.
1928: Paul Gerson Unna (1850 – 1929). Foi publicado o seu livro sobre a Histoquímica da pele.
1929: Claude Laurent Pierre Masson (1880-1959). Introduziu a técnica de coloração do Tricromático de Masson.
1936: Lucien Alphonse Joseph Lison (1908-1979). Lançou o livro: Histochimie animale. Méthodes et problèmes.
1937: George Gomori (1904-1957). Introduziu a técnica de impregnação pela prata para as fibras reticulares.
1940: Ralph Dougall Lillie (1896-1979). Passou a fazer parte da Biological Stain Commission.
1944: N. H. Haddock & Wood. Descobriram a ftalocianina Alcian Blue 8GX.
1948: Ralph Dougall Lillie (1896-1979). Lançou o seu livro: Histopathologic Technic.
1950: George Gomori (1904-1957). Introduziu a técnica do Tricromático de Gomori em um passo e a Técnica da
Aldeído-Fucsina para fibras elásticas e mastócitos.
1950: H. F. Steedam. Introduziu o Alcian Blue 8GX na coloração histológica de mucinas ácidas.
1952: George Gomori (1904-1957). Foi publicado o seu livro Microscopic Histochemistry.
1953: Heinrich Klüver & Elizabeth Barrera. Empregaram o Luxol Fast Blue na coloração da mielina.
1953: Anthony Guy Everson Pearse (1916-2003). Foi lançado o seu livro: Histochemistry: Theoretical and Applied.
1958: S. M. McGee –Russell: Introduziu o Método da Alizarina Red S, na coloração histoquímica do cálcio.
1966: Anthony Guy Everson Pearse (1916-2003). Estabeleceu o conceito do sistema APUD.
•••
ΑΩ
P. del R. Hortega
(1882-1945) Descobriu
a microglia nos estudos
com impregnação com
sais de prata em cortes
do tecido nervoso
H. J. Conn
(1886-1975)
Fundou a
Biological Stain
Commission
H. J. Conn
(1886-1975)
Publicado
o seu livro:
Biological Stains
P. G. Unna
(1850-1929)
Contribuiu com
estudos sobre a
histoquímica da
pele
L. A. J. Lison
(1908-1979)
Publicado seu livro:
Histochimie Animale.
Méthodes et Problèmes
1914 ••• ••• ••• 1919 ••• ••• 1921 ••• 1922 ••• ••• 1924 ••• 1925 ••• 1926 ••• ••• 1928 ••• 1929 ••• ••• ••• ••• 1936 ••• 1937
C. L. P. Masson
(1880-1959)
Descreveu a
reação argentafim
para melanina
F. B. Mallory
(1862-1941)
Foi indicado Diretor da
Divisão de Biologia e
Agricultura do Conselho de
Pesquisa Nacional (USA)
para formar o Comitê para
a Padronização dos
Corantes Biológicos
R. J. Feulgen
C. L. P. Masson
G. Gomori
A. Pischinger
(1884-1955)
(1880-1959)
(1904-1957)
(1899-1982)
Pioneiro na histoquímica
Introduziu a técnica Introduziu técnica de
Publicado
seu livro:
do ácido nucléico:
de coloração do
impregnação por sais
The Extracellular
Reação citoquímica
Tricromático de
de prata para as
Matrix and Ground
nuclear para o DNA
Masson
fibras reticulares
(reação de Feulgen) em Regulation: Basis for a
Holistic Biological
células animais e vegetais
Medicine
R. D. Lillie
(1896-1979)
N. H. Haddock & Wood
Descobriram a ftalocianina Publicado seu livro:
Histopathologic
Alcian Blue 8GX
Technic
H. F. Steedam
Introduziu o Alcian Blue
8GX na coloração
histológica de mucinas
ácidas
H. Klüver & E. Barrera
Empregaram o Luxol Fast Blue
na coloração da mielina
S.M. McGee-Russell
Introduziu o Método da
Alizarina Red S, na
coloração histoquímica
do cálcio
1940 ••• ••• ••• ••• 1944 ••• ••• ••• ••• 1948 ••• ••• 1950 ••• ••• 1952 ••• 1953 ••• ••• ••• ••• ••• 1958 ••• ••• ••• ••• ••• 1966 •••
R. D. Lillie
(1896-1979)
Passou a fazer parte
da Biological Stain
Commission
por indicação de
Frank B. Mallory
G. Gomori
(1904-1957)
Introduziu a técnica do Tricromático de
Gomori em um passo e a Técnica da
Aldeído-Fucsina para fibras elásticas e
mastócitos
G. Gomori
(1904-1957)
Publicado seu livro
Microscopic
Histochemistry
A. G. E. Pearse
(1916-2003)
Publicado seu livro:
Histochemistry:
Theoretical and Applied
A. G. E. Pearse
(1916-2003)
Estabeleceu o
conceito do
sistema APUD
ANEXO
FLUORESCÊNCIA
OS PIONEIROS
-ALGUNS APONTAMENTOS-
FLUORESCÊNCIA I
Brewster (1781-1868)
= 1838: David Brewster (1781-1868), físico,
matemático, astrônomo e inventor escocês, estudioso
da óptica, observou a dispersão da luz usando o
mineral espatoflúor (fluoreto de cálcio) e soluções de
quinino e clorofila. Descreveu a fluorescência
vermelha da clorofila (1833).
= 1852: George Stokes (1819-1903), físico e
matemático irlandês, descreveu as “radiações
refrangíveis” em experimentos com materiais como:
papel, osso, chifre, marfim, couro, cortiça e algodão,
e cunhou o termo fluorescência, considerada como a
“emissão de luz induzida durante excitação.”
Stokes (1819-1903)
von Lommel, (1837-1899)
= 1875: Eugene von Lommel, (1837-1899), físico de
alemão, com base nos estudos de G. Stokes, afirmou:
“um corpo capaz de exibir fluorescência, fluoresce
em virtude dos raios que absorve.”
= Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891), físico
francês, e Eilhard Ernst Gustav Wiedemann (18521928), físico alemão, muito contribuíram com o
entendimento do fenômeno da luminescência ou “luz
fria.”
A.E.Becquerel (1820-1891)
Wiedemann (1852-1928)
FLUORESCÊNCIA II
= 1855: Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821-1894), médico,
fisiologista e físico alemão, descobriu que a retina de cadáver fluoresce, o
mesmo confirmado em retina de vivos, em 1877, por Wilhelm von Bezold e G.
Engelhardt.
= 1868: Johann Ludwig Wilhelm Thudichum (1829-1901), médico e bioquímico
alemão, reportou que a hematoporfirina, derivada da hemoglobina, tem
fluorescência vermelha.
von Helmholtz (1821-1894) Thudichum (1829-1901)
= Com a indústria de corantes sintéticos, desenvolvida a partir do químico
inglês William H. Perkin, 1854/1856, vários corantes fluorescentes foram
sintetizados.
= 1871: Johann Friedrich Wilhelm Adolf von Baeyer (1835-1917), químico
alemão, sintetizou a fluoresceína.
= 1874: Heinrich Caro (1834-1910), químico alemão, sintetizou a eosina.
= 1876: Otto Nikolaus Witt (1853-1915), químico russo, criou o termo
“cromóforo” para as partes das moléculas orgânicas responsáveis pela cor.
W. von Bezold (1837-1907)
Witt (1853-1915)
= 1897: Richard Meyer, químico alemão, cunhou o termo “fluoróforo” para os
grupos químicos associados com fluorescência.
= 1908: A lista de substâncias fluorescentes conhecidas, de plantas e de animais,
já era grande, quase duas mil.
= 1914: Stanislaus Josef Mathias von Prowazek, Edler von Lanow (1875-1915),
biólogo, zoologista, parasitologista e bacteriologista tcheco, introduziu os
corantes fluorescentes como meio de aumentar a autofluorescência das células e
tecidos (fluorescência vital).
von Prowazek (1875-1915)
Wood (1868-1955)
= 1919: Robert Williams Wood (1868-1955), físico norte-americano, observou
que o cristalino e a córnea também mostram fluorescência.
FLUORESCÊNCIA III
= Para os estudos da fluorescência em microscopia foi
necessário o desenvolvimento de microscópios
apropriados utilizando a luz ultravioleta. Neste
desenvolvimento foram pioneiros:
= 1901-1904: Moritz von Rohr (1868-1940) & August
Karl Johann Valentin Köhler (1866-1948) da Carl
Zeiss / Jena: Objetivas e construção do microscópio
com sistema fotográfico.
A. K. J. V.Köhler (1866-1948)
M. von Rohr (1868-1940)
= 1903: Robert Williams Wood (1868-1955), físico
norte-americano da Johns Hopkins University, USA &
H. Lehmann da Zeiss / Jena: inventaram sistemas de
filtros para ultravioleta.
= 1911: Carl Reichert (1851-1922), físico alemão,
fundador da Optische Werke C. Reichert. de Viena &
Otto Heimstädt, físico alemão, Zeiss/Jena:
Microscópio de fluorescência de Heimstädt (Reichert).
= 1912: Heinrich Lehmann, físico alemão, Zeiss/Jena:
Microscópio de luminescência de Lehmann.
R. W. Wood (1868-1955)
Α
C. Reichert (1851-1922)
Ω
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combination method; it utilizes Luxol Fast Blue, Cresyl Violet, and a special component that's preferentially absorbed by the lipofuscin waste material that accumulates in
neurons (see Exercise 3). In terms of delineating the morphology of neurons it isn't any better than an LFB and CV combination, but it has a very real value in being able to
pinpoint the accumulations of lipofuscin. Neurons are highly specialized and very long-lived cells that can't divide and have no capacity for endocytosis. The degraded and
indigestible end products of turning over organelles is stored as granular material that stains a steel blue in a K-B preparation. In studies of neuronal degradation, this stain is
exceptionally useful].
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Max Perls (1843-1881)
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http://en.wikipedia.org/wiki/Prussian_blue [Perls’ Prussian Blue Iron stains are used to detect and identify ferric (Fe3+) iron in tissue preparations, blood smears,or bone marrow smears. Minute
amounts of ferric acid are commonly found in bone marrow and in the spleen. Abnormal amounts of iron can indicate hemochromatosis and hemosiderosis. Lack of iron identification can
indicate deficient anemia.
http://www.leica-microsystems.com/pathologyleaders/an-introduction-to-routine-and-special-staining/ [Figure 11: Perls’ Prussian Blue Iron (liver). This stain is used to detect and identify ferric
(Fe3+) iron in tissue preparations, blood smears,or bone marrow smears. Minute amounts of ferric iron (haemosiderin) are commonly found in bone marrow and in the spleen. Abnormal
amounts of iron can indicate hemochromatosis and hemosiderosis].
HISTOQUÍMICA II
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http://geiselmed.dartmouth.edu/anatomy/courses/cto/resources/lab2/slide05.php [5. A precise demonstration of the distribution of DNA in the hepatocyte is seen in this section stained with the
Feulgen reaction which is specific for DNA. Note the staining along the inner surface of the nuclear envelope where the chromatin is most dense as well as patches of dense chromatin
(heterochromatin) within the nucleoplasm. Note also the halo-like appearance of the nucleolus which has both a DNA component (the stained border of the nucleolus) and an RNA component
which is not stained by this technique].
PAS-ÁCIDO PERIÓDICO DE SCHIFF
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HISTOQUÍMICA IV
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Santiago Ramon y Cajal (1852-1934)
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COLORAÇÃO DE GOLGI PARA O TECIDO NERVOSO
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http://www.vetmed.vt.edu/education/curriculum/vm8054/labs/lab2/examples/exgolstn.htm [Camillo Golgi developed several stains, most of them still widely used for
visualizing nerve cells and fibers; they are characterized by fixation in an aldehyde-osmium-dichromate solution, followed by impregnation with silver or gold salts. As
you can see here, the process renders the subject as several shades of golds, browns and Blacks. Neuron somata are golden and their processes black in these beautiful
images: they always remind me of the abstract paintings by the artist Jackson Pollock! This stain permits the definition of detailed structural information about the
structure of the nervous system. The drawings he made 100 years ago are still found in textbooks as the best way to show the basic shapes of neurons.
Brain: Golgi stain, paraffin section, 100x and 400x]
AS COLORAÇÕES NEUROLÓGICAS: A SUBSTÂNCIA DE NISSL
Franz Nissl (1860-1919)
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http://neuroportraits.eu/portrait/franz-nissl
http://en.wikipedia.org/wiki/File:NisslHippo2.jpg [Nissl-stained horizontal section through the mouse hippocampus showing various classes of cells (neurons and glia)]
http://faculty.une.edu/com/abell/histo/histolab3.htm [Slide #145 (spinal cord). The neurons in this slide are stained blue to lavender and vary greatly in size. The largest
cells you find are ventral motor neurons. You should see that they contain a large nucleus with a prominent nucleolus, have a number of processes evident (multipolar),
and are heavily stained with the basic dye used. What is staining in the cytoplasm? In the nucleolus?]
http://ect.downstate.edu/courseware/neurohisto_slides/slide05/slide_5__40x_-4.html [This large ventral horn cell has many of the characteristic features of Nissl
stained neurons: Nissl bodies, several dendrites, a large clear nucleus, and a prominent nucleulus]
IMPREGNAÇÕES COM SAIS DE PRATA E OURO III
Max Bielschowsky (1869-1940)
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IMPREGNAÇÕES COM SAIS DE PRATA E OURO IV, PARTE 1
Claude Laurent Pierre Masson (1880-1959)
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IMPREGNAÇÕES COM SAIS DE PRATA E OURO IV, PARTE 2
Pío del Río Hortega (1882-1945), parte 2
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http://beckerexhibits.wustl.edu/rare/collections/classics.html [Giovanni Battista Morgagni (1682-1771)]
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Rudolph Virchow (1821-1902)
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Christian Georg Schmorl (1861-1932)
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Claude Laurent Pierre Masson (1880-1959)
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http://www.wikiwand.com/fr/Pierre_Masson
ESTUDOS HISTOPATOLÓGICOS, PARTE 2
Pío del Río Hortega (1882-1945)
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http://www.biografiasyvidas.com/biografia/r/rio_hortega.htm
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http://tigger.uic.edu/~abouller/history.html [Biosketch of Pio del Rio Hortega (1882-1945)]
http://www.historiadelamedicina.org/hortega.html
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2976736 [Somjen, G.G.- Nervenkitt: Notes on the History of the Concept of Neuroglia, Glia 1: 2-9 (1988)].
Frank Burr Mallory (1862-1941)
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http://oasis.lib.harvard.edu/oasis/deliver/~med00049#med00049mallory [portraits of Frank Burr Mallory]
http://en.wikipedia.org/wiki/Frank_Burr_Mallory
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1965288/pdf/amjpathol00521-0004.pdf [Frank Burr Mallory]
Ira Thompson van Gieson (1866-1913)
http://en.wikipedia.org/wiki/Ira_Van_Gieson
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http://pt.knowledger.de/07494253/IraVanGieson
Frederick Herman Verhoeff (1874-1968)
www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1310333/ [Cogan, D.G. – Frederick Herman Verhoeff – Personal Recollections. Trans Am Ophthalmol Soc.; 67: 96–109, 1969]
http://www.flickr.com/photos/medicalmuseum/4322320363/[Portraits 05-7066-1. Frederick Herman Verhoeff, working at a table with specimen and microscope, smoking
cigarette].
VAN GIESON PARA COLÁGENO
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1772548/ [Marked elastotic degeneration of conjunctiva (20×,Van Gieson).In.: Francis, I.C.; Chan, D.G.; Kim, P.; Wilcsek,
G.; Filipic, M.; Yong, J. & Coroneo, M.T. - Case-controlled clinical and histopathological study of conjunctivochalasis. Br J Ophthalmol 2005; ]89:302-305]
ORCEÍNA PARA SISTEMA ELÁSTICO
http://www.pathologyoutlines.com/caseofweek/case200646.htm [http://www.pathologyoutlines.com/caseofweek/case200646image9.jpg / Case #2 An 85 year old man had
a scapular mass, which was excised (Fragmento de tumor de partes moles de região escapular de homem de 85 anos: Elastofibroma dorsi. Este representa hiperplasia
reativa devido à elastogênese anormal. Método da Orceína para fibras elásticas)]
http://dermatology-s10.cdlib.org/149/case_presentations/acrokeratoelastoidosis/meziane.html [Figure 3. Same sample showing fragmentation and diminution of elastic
fibers (Orcein stain, original magnification x400) In: Mariame Meziane, Karima Senouci1, Yasmina Ouidane, Rim Chraïbi, Tarik Marcil, Fatima Mansouri & Badreddine
Hassam. Acrokeratoelastoidosis. Dermatology Online Journal, 14 (9): 11, september 2008. (Corte de derme com redução e fragmentação das fibras elásticas. (Método da
Orceína, 400x)].
http://www.jichi.ac.jp/pathology/index.php? [Orcein staining (HBs antigen staining). Hepatite. HBsAg. Orceína (Método de Shikata)].
WEIGERT PARA SISTEMA ELÁSTICO
http://www.flickr.com/photos/dhudiburg/37035509/ [Elastic Cartilage from the Ear. Here, a piece of elastic cartilage, stained with Weigert's stain, shows its
chondrocytes sitting in a matrix laced with (black) elastic fibers. Photo by: DT Moran and JC Rowley (Fragmento de cartilagem elástica da orelha mostrando
condrócitos em meio a matriz contendo trama de fibras elásticas (negras). Coloração de Weigert para fibras elásticas) ]
http://www.hindawi.com/journals/srcm/2008/756565/fig5/ [Figure 5: Weigert’s elastin stain showing deeply staining branched and unbranched elastin fibres, between
benign fibroblasts and adipose tissue. In: C. R. Chandrasekar, R. J. Grimer, S. R. Carter, R. M. Tillman, A. Abudu, A. M. Davies & V. P. Sumathi. Elastofibroma Dorsi:
An Uncommon Benign Pseudotumour. Sarcoma, Volume 2008 (2008), Article ID 756565, 4 pages (Tumor de partes moles mostrando área profunda com fibras elásticas
ramificadas ou não, em meio a estroma conjuntivo e tecido adiposo. Coloração de Weigert para fibras elásticas)]
http://scialert.net/fulltext/?doi=pjbs.2007.768.772 [Fig. 5: Results staining cortex of cerebellum by Modification iron hematoxylin A) Spines of purkinje cells. B) Neuron
with clearly visible nucleus, nucleolus, nuclear envelop and C) Plasma membrane and glia surrounding it. In: A.M. Gharravi, M.J. Golalipour, R. Ghorbani & M.
Khazaei, - Effects Modification of Iron Hematoxylin on Neuron Staining. Pakistan Journal of Biological Sciences, 10: 768-772., 2007 (Córtex de cerebelo corado pelo
método da hematoxilina-férrica de Weigert, modificado: Dendritos de células de Purkinje; neurônio com núcleo claramente visível, nucléolo, envelope nuclear,
membrana plasmática e células da glia ao redor)]
VERHOEFF PARA SISTEMA ELÁSTICO
http://www.pathologyoutlines.com/topic/softtissueelastofibroma.html [http://www.pathologyoutlines.com/images/softtissue/02_27.jpg. Verhoeff elastin stain highlights
elastin fibers and the bead-like arrangement of the elastin globules. Tumor de partes moles: Elastofibroma. A Coloração de Verhoeff evidencia as fibras elásticas e a
disposição da elastina em fragmentos globulares. Soft tissue Tumors. Fibroblastic / myofibroblastic tumors. Elastofibroma .Reviewer: Komal Arora, M.D. Revised: 19
July 2012, last major update July 2012. Copyright: (c) 2003-2012, PathologyOutlines.com, Inc.]
http://www.flickr.com/photos/medicalmuseum/4322320363/ [Portraits 05-7066-1. Frederick Herman Verhoeff, working at a table with specimen and microscope,
smoking cigarette].
http://ihm.nlm.nih.gov/luna/servlet/detail/NLMNLM~1~1~101431098~191091:-Frederick-H--Verhoeff?sort=Title%2CTitle%2CSubject_MeSH_Term%2CSubject_MeSH_Term&qvq=q:verhoeff;sort:Title,Title,Subject_MeSH_Term,Subject_MeSH_Term;lc:NLMNLM~1
~1&mi=2&trs=3 [Frederick H. Verhoeff]
TRICROMÁTICOS
Cook, H.C. - Origins of tinctorial methods in histology. J Clin Pathol 1997; 50: 716-720
TRICROMÁTICO DE MALLORY
http://www.vetmed.vt.edu/education/curriculum/vm8054/labs/lab2/examples/exmallory.htm [Mallory's Connective Tissue Stain:
This stain was developed by Dr. Frank Burr Mallory (1862-1941), an American physician and pathologist. It's one of many he invented and it's one of many routines used
to identify connective tissue. The example here is from a section of the pancreas. The CT stroma (supporting elements) of this organ are highlighted in blue using this
stain, and the parenchymal tissue (i.e., the functional secretory cells) is stained in red. Mallory's CT stain is very widely used and many variations on it exist. This slide is
valuable not only as a demonstration of the method, but as an illustration of just how differently the same organ appears when stained differently. Compare this to the
image shown in Exercise 3 as an example of "Basophilia," which is also made from a sample of pancreas. The vast difference in the appearance illustrates a key point:
when using stains to highlight chemical components or details of a tissue, you will inevitably trade morphology for specificity. That is, what we think of as the "normal"
appearance of a given specimen—it's appearance in an H&E stain—is lost, in exchange for specific information about tissue or organ construction. That's why it's
important to use more than one routine to extract the maximum amount of information. One stain is almost never enough to tell you everything you may want to know].
http://oasis.lib.harvard.edu/oasis/deliver/~med00049#med00049mallory [Image No. 00138.019. [Portrait of Frank B. Mallory] 1895? Location: S067.10]
http://ids.lib.harvard.edu/ids/view/3946865 [Image No. 00138.020. [Frank B. Mallory in the laboratory using a microscope] 1920? Lillian Leavitt]
http://kidneypathology.com.ar/25.htm [Figure 25.15 The glomerular podocytes are swollen and finely vacuolated in a patient with Fabry's disease. Epithelial cells of
distal tubules are also vacuolated. (Mallory's trichrome; x200)]
http://acd.ufrj.br/labhac/figura75.htm [Rim (região cortical), tricromático de Mallory. Observe na região cortical a presença de corpúsculos renais (corpúsculo de
Malphigi) constituído pelo glomérulo renal (¬) e a cápsula de Bowmann (→ = folheto parietal). Notar no pólo vascular (è) a arteríola do glomérulo (©). Observe
túbulos contorcidos proximais («) e túbulos contorcidos distais (*)]
http://acd.ufrj.br/labhac/figura61.htm [Epidídimo, tricromático de Mallory. Notar túbulos epididimários revestidos por epitélio pseudo-estratificado cilíndrico com
estereocílios e no tecido conjuntivo intertubular (*) a presença de vasos sangüíneos com células sangüíneas (em vermelho)]
TRICROMÁTICO DE MASSON
http://www.vetmed.vt.edu/education/curriculum/vm8054/labs/lab2/examples/exmasson.htm# [Masson's Connective Tissue Stain. This is an example of Masson's Trichrome Stain for CT.
There are many variations of this routine. In most of them collagenous components are stained a green or blue color and cytoplasm is varying shades of red. In this it's easy to make out the
extensive collagenous fiber reinforcement of the wall of the large vein at left, and the CT wrappings of the bundles of nerve fibers at right. The higher magnification image shows the CT of the
vein wall in detail.
Using this stain in combination with others for different CT components allows you to distinguish collagen from elastic fibers. The Masson stain is less often used than PAS, but it's immensely
valuable in assessing such things as the extent of scarring and any other process that produces large amounts of collagen.
Femoral Artery & Femoral Nerve, Masson stain, paraffin section, 200x ]
http://www.pathology.vcu.edu/education/PathLab/pages/renalpath/rpsr/images/mpgnII_sr/image06.jpg [Fig. 6. Trichrome stain showing slight mesangial prominance (Masson's trichrome
stain, original magnification x200)]
GYÖRGY GÖMÖRI/GEORGE GOMORI
http://freepages.genealogy.rootsweb.ancestry.com/~gomery/gomorigeo.html [Gomori one-step trichrome stain - a connective tissue stain using haematoxylin and a dye mixture containing
chromotrope 2R and light green or aniline blue. Muscle fibres appear red, collagen is green (or blue if aniline blue is used), and nuclei are blue to black. Left is a photo of a muscular artery
stained using Gomori's one step trichrome. Collagen and nerve cells have stained blue. Muscle, elastic fibers and blood stained red. Cytoplasm of cells stained red. Nuclei stained purple. The
stain can be used to differentiate fibrous or nerve tissue from muscular tissue]
http://journals.sagepub.com/doi/pdf/10.1177/5.3.203
https://academic.oup.com/ajcp/article-abstract/28/4/405/1762499
http://photoarchive.lib.uchicago.edu/db.xqy?one=apf1-06410.xml
ALDEÍDO-FUCSINA & PRATA METENAMINA DE GOMORI
http://dstgroupproject.weebly.com/gomoris-aldehyde-fuschsin.html [Elastin fibers: Royal purple. Muscle, cytoplasm, collagen: Green. Nuclei: Not demonstrated. Pele. Sistem elástico dermal.
Coloração Aldeído-Fucsina de Gomori]
http://pathhsw5m54.ucsf.edu/case16/hyphae.html [Hyphal fungi: The three photos below were taken at approximately the same magnification. Identify each fungus and give characteristic
features of size, branching, and septation. All are stained with the Gomori methenamine silver (GMS) stain. (Fungos corados pela Prata Metenamina de Gomori: À esquerda, pseudo-hifas de
Candida sp e blastosporos. No meio, hifas septadas de Aspergillus sp com ramificações anguladas agudas. À direita, hifas largas de Zigomiceto (ex. Mucor sp) com ramificação a 90o (seta))]
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0196070906001542#gr4 [Connolly, J.L.; Carron, J.D.; Invasive Aspergillus of the temporal bone. American Journal of Otolaryngology–
Head and Neck Medicine and Surgery 28: 134-136; 2007. (Segmento de nervo facial com hifas septadas em ângulos agudos (Aspergillus sp). Prata Metenamina de Gomori)].
PADRONIZAÇÃO DOS CORANTES BIOLÓGICOS
Lillie, R.D. – H.J. Conn`s Biological Stains; 9th ed.; Baltimore; Williams & Wilkins (St. Louis; Reprint by Sigma Chemical Company); 1990; pp. 692.
http://www.biologicalstaincommission.org/
http://en.wikipedia.org/wiki/Biological_Stain_Commission
http://en.wikipedia.org/wiki/Biotechnic_%26_Histochemistry
Frank Burr Mallory (1862-1941)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1965288/ [Parker Jr., F. – Frank Burr Mallory. Am J Pathol 17(6): 784-786,1941].
http://www.bumc.bu.edu/busm-pathology/files/2009/05/2-fbmallory-finalprint.pdf [Frank Burr Mallory History]
http://oasis.lib.harvard.edu/oasis/deliver/~med00049#med00049mallory [portraits of Frank Burr Mallory]
http://en.wikipedia.org/wiki/Frank_Burr_Mallory
http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/1969.html [Frank Burr Mallory]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Coloração_de_Mallory
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1965288/pdf/amjpathol00521-0004.pdf [Frank Burr Mallory]
Harold Joel Conn (1886-1975)
Lillie, R.D. – H.J. Conn`s Biological Stains; 9th ed.; Baltimore; Williams & Wilkins (St. Louis; Reprint by Sigma Chemical Company); 1990; pp. 692.
http://dspace.library.cornell.edu/bitstream/1813/18078/2/Conn_Harold_J_1975.pdf
Ralph Dougall Lillie (1896-1979)
Clark, G. & Kasten, F.H., eds. – History of Staining; 3rd ed.; Baltimore; Williams & Wilkins; 1983; pp. 304 [Chapter 1 – Ralph Dougall Lillie.pp.1-34].
http://jhc.sagepub.com/content/28/4/291.full.pdf [J.D. Longley - Ralph Dougall Lillie.1896-1979. J Histochem Cytochem 1980 28: 291]
http://ihm.nlm.nih.gov/luna/servlet/detail/NLMNLM~1~1~101421546~182823:-Dr--Ralph-D--Lillie--Photo-by-Vern?printerFriendly=1
http://ihm.nlm.nih.gov/luna/servlet/detail/NLMNLM~1~1~101421545~182822?embedded=true&widgetType=detail&cic=NLMNLM~1~1&widgetFormat=wiki
ANEXO: FLUORESCÊNCIA. OS PIONEIROS. ALGUNS APONTAMENTOS.
FLUORESCÊNCIA, PARTE 1
Clark, G. & Kasten, F.H., eds. – History of Staining; 3rd ed.; Baltimore; Williams & Wilkins; 1983; pp. 304 [Chapter 23 – The Development of Fluorescence Microscopy Up Through
World War II. Pp. 147-185]
David Brewster (1781-1868)
http://www.brewstersociety.com/brewster_bio.html
http://en.wikipedia.org/wiki/David_Brewster
http://www-ah.st-andrews.ac.uk/mgstud/reflect/david.html
George Stokes (1819-1903)
http://en.wikipedia.org/wiki/Sir_George_Stokes,_1st_Baronet
http://www.cmde.dcu.ie/Stokes/GGStokes.html
http://godandmath.com/2012/05/28/christian-mathematicians-stokes/
Eugene von Lommel, (1837-1899)
http://en.wikipedia.org/wiki/Eugen_von_Lommel
http://it.wikipedia.org/wiki/Eugen_von_Lommel
Alexandre Edmond Becquerel (1820-1891)
http://en.wikipedia.org/wiki/A._E._Becquerel
http://www.sil.si.edu/digitalcollections/hst/scientific-identity/CF/by_name_display_results.cfm?scientist=Becquerel,%20Alexandre%20Edmond
http://www.deutsches-museum.de/information/jugend-im-museum/erfinderpfad/energie/photovoltaik/
Eilhard Ernst Gustav Wiedemann (1852-1928)
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Hermann Ludwig Ferdinand von Helmholtz (1821-1894)
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http://biography.yourdictionary.com/hermann-ludwig-ferdinand-von-helmholtz
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http://solmagazine.wordpress.com/2012/08/10/hermann-ludwig-ferdinand-von-helmholtz-1821-1894/
Stanislaus Josef Mathias von Prowazek, Edler von Lanow (1875-1915)
http://www.whonamedit.com/doctor.cfm/3227.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Stanislaus_von_Prowazek
http://pl.wikipedia.org/wiki/Stanislaus_von_Prowazek
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http://pl.wikipedia.org/w/index.php?title=Plik:S._Prowazek.jpg&filetimestamp=20100812184619
Robert Williams Wood (1868-1955)
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http://www.nap.edu/openbook.php?record_id=2201&page=441
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http://www.antoranz.net/CURIOSA/ZBIOR11/C2800/2827-QZE08152_Blondlot.HTM
FLUORESCÊNCIA, PARTE 2
Johann Ludwig Wilhelm Thudichum (1829-1901)
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Otto Nikolaus Witt (1853-1915)
http://opus.kobv.de/tuberlin/volltexte/2008/2012/html/festschrift/witt_e.htm
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Moritz von Rohr (1868-1940)
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August Karl Johann Valentin Köhler (1866-1948)
http://en.wikipedia.org/wiki/August_Köhler
http://pt.wikipedia.org/wiki/August_Köhler
http://www.evi.com/q/august_kohler_biography
Carl Reichert (1851-1922)
http://dssmhi1.fas.harvard.edu/emuseumdev/code/emuseum.asp?action=advsearch&newsearch=1&profile=people&rawsearch=constituentid/,/is/,/2784/,/false/,/true&styl
e=single&searchdesc=Carl%20Reichert
ΑΩ
THEOTÓKOS
CRISTO PANTOCRATOR
Virgem de Vladimir
Capela Palatina . Palermo. Itália
Galeria Tretyakov, Moscou

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