TIREÓIDE
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TIREÓIDE TIREÓIDE OBJETIVOS Conduta no nódulo tireoideano. Conduta no câncer de tireóide. TIREÓIDE Nódulo tireóide USG suspeito: Nódulo irregular Microcalcificações Vasc. central História, exame físico, TSH, T4L, Ac. AntiTg, Ac. Anti-peroxidase, USG com doppler TSH normal ou ↑ Forte suspeita de câncer Cintilografia Avaliação Clínica e USG Nódulo >1 cm ou ≤1 cm suspeito Cirurgia TSH ↓ Nódulo Morno ou frio Nódulo funcionante PAAF guiado por USG Cirurgia Benigna USG a cada 6 meses Maligno/suspei to para carcinoma Cirurgia Neoplasia folicular / Hürthle / hipercelular e nódulo ≥ 2cm Aumento nódulo >20% PAAF Não diagnóstica Repetir PAAF guiado por US Não diagnóstica Cirurgia Acompanhamento rigoroso / cirurgia TIREÓIDE Classificação de Bethesda para o diagnóstico citológico da tireóide Categoria Diagnóstica Risco de Malignidade (%) Não-diagnóstica/insatisfatória 1–4 Benigna 0–3 Atipia ou lesão folicular de significado indeterminado Neoplasia folicular ou suspeita de neoplasia folicular 5–15 15–30 Suspeita de malignidade 60–75 Maligna 97–99 TIREÓIDE INDICADORES CLÍNICOS SUGESTIVOS DE MALIGNIDADE Suspeita moderada Forte suspeita Crescimento rápido Nódulo endurecido Fixação às estruturas adjacentes História familiar de câncer da tireóide Paralisia de corda vocal ipsilateral ao nódulo Linfadenopatia regional ipsilateral ao nódulo Sintomas de invasão nas estruturas do pescoço História familiar de Ca Medular ou NEM História de irradiação de cabeça e/ou pescoço ou irradiação total para transplante MO Idade <15 anos ou >60 anos Sexo masculino Nódulo >4 cm Exposição à radiação ionizante Critérios Ultrassonográficos Hipervascularização central Microcalcificação Bordas irregulares Nódulo hipoecóico Cisto com vegetação interna TIREÓIDE INDICAÇÕES DE TIREOIDECTOMIA Suspeita de malignidade Nódulo > 2,0 cm Bócio Mergulhante Sinais e sintomas compressivos Estética TIREÓIDE GRUPOS DE RISCO BASEADOS NOS FATORES PROGNÓSTICOS DO CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIREÓIDE Muito Baixo Risco Baixo Risco Alto Risco Idade (anos) 15 – 45 <45 >45 Metástases à distância M0 M0 M+ Metástase linfonodal N0 N0 N1 Extensão extra-capsular Não Não Sim Histologia / grau Papilífero clássico Papilífero Folicular e/ou alto grau Tumor Microcarcinoma <4 cm ≥4 cm Sobrevivência 20 anos (%) 100 99 57 TIREÓIDE CONDUTA NO NÓDULO TIREOIDEANO SEGUNDO A CITOLOGIA Benigna Ca Papilífero Rx tórax PAAF Ca Medular Laringoscopia Cirurgia CT se necessário Indiferenciado Suspeita Nódulo >ou igual a 2 cm Neoplasia folicular Neoplasia de células de Hürthle Nódulo hipercelular Nódulo < 1 cm Observar ou Auxílio Imunocitoquímica TIREÓIDE CONDUTA INTRAINTRA-OPERATÓ OPERATÓRIA NO BÓ BÓCIO NODULAR PAAF=Bócio ou Padrão Folicular Lobectomia + Istmectomia Congelaçã o Maligno Tireoidectomia Total + Benigno Bócio Multinodular / Nódulo contralateral presente Exploração recorrencial Sim Tireoidectomia total Não Observação USG anual TIREÓIDE CONDUTA NO CARCINOMA PAPILÍFERO T. Total + Pescoço N- Exploração Recorrencial Ca Papilífero Unilateral T. Total + EC II, III, IV,V ipsilateral + recorrenciais Pescoço N+ Bilateral T. Total + EC II, III, IV,V bilateral + recorrenciais TIREÓIDE CONDUTA NO CARCINOMA FOLICULAR T. Total + Pescoço N- Exploração recorrencial Ca Folicular Ca Céls. Hürthle Unilateral T. Total + EC II, III, IV,V ipsilateral + recorrenciais Pescoço N+ Bilateral T. Total + EC II, III, IV,V bilateral + recorrenciais TIREÓIDE CONDUTA NO CARCINOMA MEDULAR Tu < 1 cm T. Total + EC VI e mediastinal Pescoço N- Unilateral Ca Medular Pescoço N+ Calcitonina CEA Bilateral Cálcio sérico Pesquisa Feocromocitoma Tu ≥ 1 cm T. Total + EC II,III,IV,V ipsilateral + EC II, III, IV contralateral + VI e mediastinal T. Total + EC II,III,IV,V bilateral + Nível VI + mediastinal Pesquisa RET Pescoço N- Obs: Avaliar no intra-operatório as 4 paratireóides. T. Total + EC II,III,IV Bilateral + VI + mediastinal TIREÓIDE CONDUTA NO CARCINOMA INDIFERENCIADO Ressecável T. Total + Ressecção seletiva das cadeias linfonodais acometidas + Traqueostomia Rxt + QT Indiferenciado CT pescoço Laringoscopia EDA Irressecável Biópsia + Traqueostomia TIREÓIDE AVALIAÇÃO PÓS OPERATÓRIA CARCINOMA BEM DIFERENCIADO Sem doença residual macroscópica 3 meses de PO: PCI e Tg com TSH↑ ↑, TSH, T4L, Ac anti-Tg Tg > 2 ng/mL PCI + Tg indetectável PCI - PCI Seguimento Meta distância Captação Discutir Dose Cervical >1% terapêutica I131 Dose terapêutica I131 A Dose terapêutica com I131 deve ser feita em todos os doentes de ALTO RISCO, SEM EXCEÇÕES TIREÓIDE AVALIAÇÃO PÓS OPERATÓRIA CARCINOMA BEM DIFERENCIADO Com doença residual macroscópica irressecável 4-6 semanas de PO: PCI e Tg com TSH↑ ↑, TSH, T4L Ac anti-Tg PCI sem captação PCI + RXT Dose terapêutica I131 Discutir RXT TIREÓIDE SEGUIMENTO CARCINOMA BEM DIFERENCIADO Exame físico a cada 6 meses durante 2 primeiros anos, depois anualmente se livre de doença TSH, Tg e anti-Tg aos 6 e 12 meses, depois anualmente se livre de doença USG cervical a cada 6 a 12 meses Dose supressiva de Levotiroxina (T4) – TSH≤0,1 PCI se houver elevação Tg Dosagem de Tg, Ac atg e PCI com estimulo de “Thyrogen” ou TSH endógeno no quarto ano de pós-op Recidiva local Tg > 10 ng/dL PCI - Cirurgia e/ou Radioiodo, se houver captação RXT Discutir Dose terapêutica I131 / PET Doença Metastática Discutir tratamento conforme localização da doença TIREÓIDE SEGUIMENTO CARCINOMA MEDULAR Calcitonina CEA Positiva Pesquisa Imagem: CT, RNM, SPECT c/ DMSA Imagem + ou doença sintomática 3 meses PO Negativa Calcitonina + Calcitonina e CEA anual USG anual Doença persistente/recidiva (VIDE PRÓXIMO SLIDE) Se NEM 2A e 2B, pesquisa anual para Feocromocitoma e hiperparatireoidismo (NEM 2A) TIREÓIDE CARCINOMA MEDULAR DOENÇA PERSISTENTE/RECIDIVA Locorregional Sintomático Metástase à distância Ressecção ou RXT, se irressecável Ressecção paliativa RXT Assintomático Observação ou Metástase à distância Ressecção, se possível Doença Disseminada Sintomático RXT ou Bifosfonados se meta óssea TIREÓIDE RADIOTERAPIA Indicações Carcinoma indiferenciado/anaplásico Carcinoma medular com extensa doença linfonodal e mediastinal Carcinoma medular com doença residual irressecável Carcinoma bem diferenciado com tumor residual irressecável Carcinoma pouco diferenciado invadindo o compartimento central Casos selecionados com metástases, como osso e cérebro TIREÓIDE QUIMIOTERAPIA Indicações Nenhum tratamento quimioterápico tem tido bom resultado Alternativas em tu irressecáveis/sintomáticos Linfoma: CHOP Indiferenciado: Doxorrubicina/cisplatina Medular: Dacarbazina TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) T - Tumor Primário: TX – Tumor primário não pode ser avaliado T1a – Tumor ≤ 1cm em sua maior dimensão, limitado à tireóide T1b – Tumor >1cm, até 2cm em sua maior dimensão, limitado à tireóide T2 – Tumor > 2 cm, até 4 cm em sua maior dimensão, limitado à tireóide T3 – Tumor > 4 cm em sua maior dimensão, limitado à tireóide, ou qualquer tumor com extensão extratireoideana mínima (extensão para m. esternotireóideo ou partes moles peritireóide) T4a – Tumor de qualquer dimensão, estendendo-se além da cápsula da tireóide para tecido subcutâneo, laringe, traquéia, esôfago ou nervo laríngeo recorrente T4b – Tumor que invade fáscia pré-vertebral ou engloba artéria carótida ou vasos mediastinais TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) Todos os carcinomas anaplásicos são considerados tumores T4: T4a – Carcinoma indiferenciado intra-tireoideano T4b – Carcinoma indiferenciado extra-tireoideano TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) N – Linfonodos Regionais: Os linfonodos regionais são do compartimento central, cervicais laterais e mediastinais superiores NX – Linfonodos regionais não podem ser avaliados N0 – Ausência de metástase em linfonodos regionais N1 – Metástase em linfonodos regionais: N1a – Metástase no nível VI (linfonodo pré-traqueal, para-traqueal e pré-laríngeo/delfiniano) N1b – Metástase em linfonodos unilaterais, contralaterais, ou mediastinais superiores (nível VII) bilaterais ou TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) M – Metástase à distância: M0 – Ausência de metástase à distância M1 – Metástase à distância TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) Papilífero / Folicular (abaixo dos 45 anos) Estágio I qq T qq N M0 Estágio II qq T qq N M1 TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) Papilífero / Folicular (com 45 anos ou mais) Estágio I T1 N0 M0 Estágio II T2 N0 M0 Estágio III T3 N0 M0 T1 N1a M0 T2 N1a M0 T3 N1a M0 Estágio IVA T4a N0 M0 T4a N1a M0 T1 N1a M0 T2 N1b M0 T3 N1b M0 T4a N1b M0 Estágio IVB T4b qq N M0 Estágio IVC qq T qq N M1 TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) Carcinoma Medular (qualquer idade): Estágio I T1 N0 M0 Estágio II T2 N0 M0 Estágio III Estágio IVA Estágio IVB Estágio IVC T3 T1 T2 T3 T4a T4a T1 T2 T3 T4a T4b qq T N0 N1a N1a N1a N0 N1a N1b N1b N1b N1b qq N qq N M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M0 M1 TIREÓIDE ESTADIAMENTO CARCINOMA DA TIREÓIDE (TNM/AJCC, 2010, 7a EDIÇÃO) Carcinoma Anaplásico: Todos os carcinomas anaplásicos são considerados Estágio IV. Estágio IVA T4a qq N M0 Estágio IVB T4b qq N M0 Estágio IVC qq T qq N M1 TIREÓIDE BÓCIO TÓXICO TIREÓIDE CONDUTA NO BÓCIO TÓXICO Bócio Tó Tóxico Difuso Tó Tóxico Tratamento clí clínico por 1 ano Remissão Seguimento Ver indicaç indicações cirú cirúrgicas apó ós compensaç ap compensação clí clínica Multinodular Tóxico Uninodular Tóxico Idoso Idoso Alto risco cirú cirúrgico Alto risco cirú cirúrgico Não remissão Bócio “grande” grande” Maior que 60 g e/ou Oftalmopatia severa Bócio “pequeno” pequeno” Menor que 50 g Sim Não Sim Não Tireoidectomia Total Radioiodo Radioiodo TT Radioiodo Tireoidectomia TIREÓIDE INDICAÇÕES DE TIREOIDECTOMIA NA DOENÇA DE GRAVES • • • • Nódulo suspeito de malignidade; Grávidas com falha do controle medicamentoso; Desejo de engravidar nos próximos 6-12 meses; Sintomas compressivos; TIREÓIDE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology™ Thyroid Carcinoma V.1.2010 2) AJCC Cancer Staging Manual 7ª edition. Springer-Verlag, New York, NY 2010 3) Recommendations of the latinamerican thyroid society on diagnosis and management of differentiated thyroid cancer, 2009. 4) Revised American Thyroid Association Management Guidelines for Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer. Thyroid 19(11), 2009. 5) Nódulos de Tireóide e Câncer Diferenciado de Tireóide: Consenso Brasileiro. Arq Bras Endocrinol Metab 51(5):867-893, 2007. 6) European consensus for the management of patients with differentiated thyroid carcinoma of the follicular epithelium. European Journal of Endocrinology 154 787–803, 2006. TIREÓIDE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7) Câncer Diferenciado da Tireóide: Fatores Prognósticos. Projeto diretrizes. AMB/CFM, 2006. 8) Câncer Diferenciado da Tireóide: Fatores de Risco e Diagnóstico. Projeto diretrizes. AMB/CFM, 2006. 9) Publicações de revisão da literatura e revisão sistemática. 10) Cibas ES, Ali SZ. The Bethesda system for reporting thyroid cytopathology. Thyroid 19(11): 1159-65, 2009. 11) Shaha AR. Controversies in the management of thyroid nodule. Laryngoscope 110: 183-93, 2000. 12) Stalberg P, Svensson A, Hessman O, Akerstrom G, Hellman P. Surgical treatment of Graves’ disease: evidence-based approach. World J Surg 32(7): 1269-77, 2008. DISCIPLINA DE CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO Site: www.santacasasp.org.br/cabpesc TIREÓIDE
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