comércio bilateral brasil-china balança comercial
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EDIÇÃO 11_JANEIRO 2015 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-CHINA BALANÇA COMERCIAL No ano de 2014, a corrente de comércio Brasil-China totalizou US$ 77,9 bilhões, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exte- rior. O número reflete uma queda de 6% em relação ao ano anterior, ainda que represente o segundo maior resultado de toda a série histórica. Gráfico 1 – CORRENTE DE COMÉRCIO BRASIL - CHINA ENTRE 2004 E 2014 (US$ MILHÕES) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 83.330 90.000 77.103 80.000 77.956 75.476 70.000 60.000 50.000 36.102 30.000 20.000 10.000 0 56.288 36.443 40.000 9.152 2004 23.367 12.190 16.392 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 As exportações somaram US$ 40,6 bilhões, representando um declínio de 12% em comparação com o ano de 2013. Já as importações advindas do país asiático totalizaram US$ 37,3 bilhões, refletindo um pequeno aumento de 0,1%. Com estes resultados, o saldo da balança comercial entre os dois países fechou o ano de 2014 com US$ 3,2 bilhões favoráveis ao Brasil. O China Brazil Update é uma publicação do CEBC, que tem por objetivo atualizar os empresários brasileiros e chineses e os representantes de governo sobre as principais notícias de investimentos e comércio entre os dois países, reunindo, sob a ótica empresarial, dados e fatos da agenda bilateral. CHINA/BRAZIL UPDATE Tabela 1 − BALANÇA COMERCIAL ENTRE BRASIL E CHINA − 2014 EM COMPARAÇÃO COM 2013 (US$ MILHÕES) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC EXPORTAÇÃO IMPORTAÇÃO SALDO CORRENTE 2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. % 2013 2014 Var. % 2013 2014 1º Trimestre 7.718 9.582 24% 8.823 9.748 10% -1.104 -166 85% 16.541 19.330 17% Janeiro 1.705 2.178 28% 3.107 4.005 29% -1.402 -1.827 -30% 4.812 6.183 28% Fevereiro 2.109 2.847 35% 2.863 2.977 4% -754 -130 83% 4.972 5.824 17% Março 3.905 4.557 17% 2.853 2.766 -3% 1.052 1.791 70% 6.757 7.323 8% 2º Trimestre 15.238 14.298 -6% 8.762 8.656 -1% 6.476 5.642 -13% 24.001 22.954 -4% Var. % Abril 4.712 4.487 -5% 2.834 2.915 3% 1.877 1.573 -16% 7.546 7.402 -2% Maio 5.630 5.020 -11% 2.864 3.100 8% 2.767 1.920 -31% 8.494 8.119 -4% Junho 4.896 4.791 -2% 3.064 2.642 -14% 1.831 2.149 17% 7.960 7.433 -7% 3º Trimestre 12.954 10.755 -17% 10.220 9.608 -6% 2.734 1.147 -58% 23.175 20.363 -12% Julho 4.092 4.134 1% 3.397 3.166 -7% 695 968 39% 7.489 7.299 -3% Agosto 4.764 3.716 -22% 3.370 3.078 -9% 1.395 637 -54% 8.134 6.794 -16% Setembro 4.098 2.906 -29% 3.454 3.364 -3% 644 -458 -171% 7.552 6.270 -17% 4º Trimestre 10.115 5.981 -41% 9.499 9.328 -2% 617 -3.347 -643% 19.614 15.309 -22% Outubro 3.640 2.044 -44% 3.708 3.498 -6% -68 -1.454 -2047% 7.349 5.542 -25% Novembro 3.133 1.850 -41% 2.997 3.128 4% 137 -1.277 -1033% 6.130 4.978 -19% Dezembro 3.341 2.087 -38% 2.794 2.702 -3% 547 -615 -212% 6.135 4.789 -22% Acumulado 46.026 40.616 -12% 37.304 37.340 0,1% 8.722 3.276 -62% 83.330 77.956 -6% CEBC 2 CHINA/BRAZIL UPDATE Tabela 2 − BALANÇA COMERCIAL DAS UNIDADES FEDERATIVAS DO BRASIL COM A CHINA EM 2014 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 2014 Unidade Federativa Exportações (US$ milhões) Saldo Importações (US$ milhões) (US$ milhões) Minas Gerais 8.824 1.718 7.106 Mato Grosso 4.983 133 4.850 Pará 4.709 51 4.658 Rio Grande do Sul 4.455 1.301 3.154 Goiás 1.884 242 1.642 Rio de Janeiro 3.367 2.121 1.247 Mato Grosso do Sul 1.481 489 992 Bahia 1.736 898 838 Maranhão 602 70 532 3.365 2.942 424 Tocantins 286 77 209 Amapá 117 21 96 Piauí 102 78 24 Distrito Federal 70 67 2,7 Acre Paraná 0,2 1,1 -0,9 Roraima 0 5,5 -5,5 Sergipe 0,37 26 -25 11 116 -104 Paraíba 2,3 128 -125 Alagoas 3,8 173 -169 Rio Grande do Norte Rondônia 14 297 -283 885 1.400 -516 Pernambuco 10 591 -581 Ceará 61 721 -660 Espírito Santo Santa Catarina 979 5.217 -4.238 Amazonas 29 4.935 -4.906 São Paulo 2.546 13.519 -10.973 Uma análise do comércio bilateral por unidades federativas sugere que a maior parte das economias estaduais se beneficia da expansão da economia chinesa, potencial compradora dos produtos presentes nas pautas de exportação dos estados brasileiros. De acordo com as especificidades regionais, no período recente, o crescimento econômico de estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso foi influenciado positivamente pela participação de produtos de base natural no total exportado, e pela complementaridade em relação à pauta de exportações para a China. As principais exceções ocorrem nos estados do Amazonas, Santa Catarina e São Paulo, em decorrência da Zona Franca de Manaus e da importação de insumos utilizados pela indústria nacional. Por sua vez, estados exportadores de produtos de origem natural com maior nível de beneficiamento, como o Rio Grande do Sul e Paraná − com destaque para itens como celulose e óleo de soja − também obtiveram superávits com o país asiático. 3 CEBC CHINA/BRAZIL UPDATE PAUTA DE EXPORTAÇÃO A redução no valor das exportações brasileiras para a China, em 2014, teve como causa principal a tendência de queda dos preços internacionais das principais commodities exportadas pelo país. Nesse sentido, é possivel observar que a soja e o minério de ferro, produtos responsáveis por 71,2% do total da pauta, tiveram um crescimento quantitativo de 1% e 5%, respectivamente. Apesar do aumento da quantidade exportada, os dois produtos encerraram o ano com quedas de 3,1% e 22,8% no valor total. Tabela 3 − PAUTA DE EXPORTAÇÃO − 2014 EM COMPARAÇÃO COM 2013 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 2013 EXPORTAÇÕES PRODUTOS OU FAMÍLIAS DE PRODUTOS US$ (milhões) 2014 Ton (mil) US$ (milhões) Ton (mil) Var. (%) US$ Var.(%) Ton (mil) Participação na pauta em 2014 (US$) Soja, mesmo triturada 17.148 32.252 16.615 32.664 -3,1% 1% 40,9% Minérios de ferro e seus concentrados 15.933 170.709 12.303 179.877 -22,8% 5% 30,3% Óleos brutos de petróleo 4.035 5.976 3.473 5.576 -13,9% -7% 8,6% Celulose 1.347 2.681 1.424 3.061 5,7% 14% 3,5% Açúcares 1.432 3.496 880 2.282 -38,6% -35% 2,2% Couros e peles, não preparados 429 187 554 188 29,1% 1% 1,4% Carne de aves 441 190 519 228 17,7% 20% 1,3% Ferro-ligas 497 57 504 42 1,4% -26% 1,2% Óleo de soja 517 529 340 396 -34,3% -25% 0,8% Tabaco não manufaturado 454 56 334 44 -26,5% -22% 0,8% Algodão, não cardado nem penteado 189 96,6 333 180,6 75,8% 87% 0,8% Pasta química de madeira, para dissolução 230 273 282 310 22,8% 14% 0,7% Couros preparados 210 14 271 15 29,3% 14% 0,7% 587 80 256 36 -56,5% -54% 0,6% 2.577 - 2.529 - -1,9% - 6,2% Cobre afinado e ligas de cobre, em formas brutas PAUTA DE IMPORTAÇÃO Outros De forma geral, o padrão das exportações brasileiras para o país asiático se manteve igual ao verificado nos anos anteriores, uma vez que as vendas para a China se concetraram no envio de soja, minério de ferro e óleos brutos de petróleo, que, somados, representam 79,8% da pauta. Cabe destacar a forte tendência de crescimento de alguns produtos oriundos do agronegócio, na qual houve um crescimento acentuado no valor exportado de itens como couros e peles não preparados (29,1%), carne de aves (17,7%) e algodão (75,8%). Destaque também deve ser dado às exportações de celulose, que apresentaram um aumento de 5,7% no valor, e 14% na quantidade exportada. Em 2014, as exportações brasileiras destinadas à China representaram 18% de todas as vendas do país para o mundo. Houve uma leve queda em relação ao ano anterior, quando a saída de produtos brasileiros para o parceiro asiático representou 19% dessas transações. De todo modo, a representatividade das vendas brasileiras para a China continua maior do que em anos anteriores, como pode ser observado no gráfico 2. CEBC 4 Gráfico 2 – PARTICIPAÇÃO DA CHINA NAS EXPORTAÇÕES DO BRASIL PARA O MUNDO ENTRE 2010 E 2014 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 20% 18% 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 17,3% 17% 2011 2012 15% 2010 19% 18% 2013 2014 CHINA/BRAZIL UPDATE PAUTA DE IMPORTAÇÃO constatar que as compras de máquinas e aparelhos elétricos encerraram o ano com um módico acréscimo de 0,3%, ao mesmo tempo que se verificou uma queda de 12,1%, em dólares no setor de máquinas e aparelhos mecânicos. As importações brasileiras oriundas da China em 2014 mantiveram-se concentradas nos setores de máquinas e aparelhos elétricos e mecânicos, que, somados, corresponderam a 48,4% do montante de tais operações. No entanto, pode-se Tabela 4 − PAUTA DE IMPORTAÇÃO – 2014 EM COMPARAÇÃO COM 2013 Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 2013 IMPORTAÇÕES PRODUTOS OU FAMÍLIAS DE PRODUTOS US$ (milhões) 2014 Qte (10 mil) US$ (milhões) Qte (10 mil) Var. (%) Var.(%) - US$ Qte (10 mil) Participação na pauta em 2014 (US$) Máquinas, aparelhos e materiais elétricos e suas partes 10.869 49.612 10.897 49.640 0,3% 0,1% 29,2% Aparelhos elétricos para telefonia ou telegrafia 2.519 10.570 3.029 11.237 20,2% 6,3% 8,1% Aparelhos e partes para rádio e televisão 1.907 2.100 1.512 1.793 -20,7% -14,6% 4,1% Circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos 1.024 93.225 982 100.674 -4,1% 8,0% 2,6% Transformadores elétricos, conversores elétricos estáticos 537 195.263 548 225.252 1,9% 15,4% 1,5% Aquecedores elétricos de água 449 6.479 492 6.235 9,7% -3,8% 1,3% Máquinas e aparelhos mecânicos e suas partes 8.132 876 7.151 869 -12,1% -0,8% 19,2% Partes e acessórios para máquinas e equipamentos mecânicos 1.547 6.782 1.317 4.696 -14,9% -30,8% 3,5% Máquinas automáticas para processamento de dados 835 6.822 673 5.551 -19,3% -18,6% 1,8% Máquinas e aparelhos de ar condicionado 477 53 542 54 13,8% 1,1% 1,5% Bombas e compressores de ar ou de vácuo 466 4.119 495 3.762 6,2% -8,7% 1,3% Máquinas e aparelhos para impressão 550 122 492 96 -10,6% -21,2% 1,3% Produtos químicos orgânicos 2.184 - 2.230 - 2,1% - 6% 978 - 1.388 - 41,9% - 3,7% Ferro fundido, ferro e aço Plásticos e suas obras 1.006 - 1.070 - 6,4% - 2,9% Veículos automóveis, tratores, ciclos e suas partes 1.034 79,7 1.002 79,5 -3,1% -0,2% 2,7% Partes e acessórios para tratores e veículos automóveis especiais 421 7.604 450 7.586 7% -0,2% 1,2% Partes e acessórios para motocicletas e outros ciclos 236 273 252 245 6,8% -10% 0,7% Automóveis de passageiros 115 2,38 74 1,5 -35,7% -36,9% 0,2% Veículos automóveis para usos especiais 90 0,036 58 0,016 -35,1% -55,2% 0,2% Motocicletas (incluídos os ciclomotores) 52 18 51 17 -2,4% -2,0% 0,1% Obras de ferro fundido, ferro ou aço 1.017 1,04 978 1,24 -3,8% 19,4% 2,6% Vestuário e seus acessórios, exceto de malha 884 232 935 269 5,8% 16,3% 2,5% Filamentos sintéticos ou artificiais 745 - 809 - 8,7% - 2,2% Instrumentos e aparelhos de óptica; aparelhos médico-cirúrgicos 789 976 780 1.209 -1,2% 23,9% 2,1% Adubos ou fertilizantes 512 - 681 - 33% - 1,8% O setor de veículos automóveis, tratores, ciclos e suas partes, apresentou, também, um declínio em dólares de 3,1%. Entre os produtos desta categoria, cabe ressaltar a forte diminuição nas importações de automóveis de passageiros e veículos automóveis para usos especiais, que encerraram o ano com quedas, em dólares, de 35,7% e 35,1%, respectivamente. Por sua vez, o aumento de 7% no valor das importações de partes e acessórios para tratores e veículos pode ser consequência da instalação e inauguração de unidades fabris de montadoras chinesas no Brasil. Por outro lado, alguns itens da pauta apresentaram aumentos consideráveis, como no caso das importações de ferro fundido, ferro e aço, que tiveram crescimento, em valor, de 41,9%, e adubos e fertilizantes, com aumento de 33%. Gráfico 3 – EVOLUÇÃO DAS IMPORTAÇÕES DE CARROS DA CHINA (MILHARES DE UNIDADES) Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Elaboração: CEBC 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 77,1 23,8 11,3 2010 15 9,6 2011 2012 2013 2014 5 CEBC CHINA/BRAZIL UPDATE UPDATE EMPRESARIAL – INVESTIMENTOS BILATERAIS ANUNCIADOS DE JULHO A DEZEMBRO DE 2014 FONTE: IMPRENSA * MISSÃO CHINESA CONHECE EXPERIÊNCIAS COM BAMBU NO ACRE OUTUBRO – 2014 AGRONEGÓCIO Pesquisadores e técnicos de instituições chinesas visitaram o Acre para conhecer iniciativas práticas com o bambu e discutir oportunidades de parceria em pesquisas. Em Rio Branco, as atividades coordenadas pela Embrapa Acre, Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) e Casa Civil incluíram a realização de reuniões técnicas com órgãos de pesquisa e de apoio ao desenvolvimento da cultura do bambu no Estado e visitas a cultivos nativos. CHINA LIBERA IMPORTAÇÃO DE VARIEDADES GENETICAMENTE MODIFICADAS DE SOJA E MILHO A atividade fez parte das ações de intercâmbio previstas no Memorando de Entendimento entre Brasil e China, vigente desde 2011, visando a cooperação bilateral em Ciência e Tecnologia para desenvolvimento do bambu. AGOSTO – 2014 O Ministério da Agricultura da China publicou, em agosto de 2014, a aprovação de importação de novas variedades geneticamente modificadas de soja e milho. Para a soja, estão liberadas as variedades A2704-12 (Bayer), MON89788 (Monsanto) e 305423 (Pionner). Para o milho foram aprovadas as variedades MON88017 (Bayer), MON89034 (Monsanto), NK603 (Monsanto), GA21 (Syngenta) e MIR604 (Syngenta). COURO REGISTRA PREVISÃO DE US$ 500 MILHÕES EM NEGÓCIOS NA CHINA SETEMBRO – 2014 O Brasil foi um dos grandes destaques da feira de couros All China Leather Exhibition (ACLE), realizada em Xangai, na China. As vinte e quatro empresas de curtume brasileiras que participaram do evento realizaram negócios promissores para os próximos doze meses, com previsão de vendas podendo chegar a US$ 500 milhões. Exclusivamente nos três dias de feira, mais de US$ 26 milhões em couros e peles do Brasil foram comercializados. A participação do Brasil na ACLE teve o apoio do Projeto Setorial Brazilian Leather, iniciativa do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) e da Apex-Brasil. CHINA ABRE MERCADO PARA TABACO PRODUZIDO EM SANTA CATARINA E NO PARANÁ NOVEMBRO – 2014 A China ampliou o protocolo de importação do tabaco brasileiro. A assinatura do acordo aconteceu em novembro, em Pequim, na sede da Agência de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ). Com a ampliação, as produções catarinense e paranaense também poderão ser exportadas para o mercado chinês. Até então, apenas o tabaco gaúcho (tabacos claros para cigarros) e dos estados da Bahia e Alagoas (tabacos escuros para charutos) podiam ser embarcados para o país asiático. CHINA RETIRA OFICIALMENTE EMBARGO À CARNE BOVINA BRASILEIRA NOVEMBRO – 2014 A presidente Dilma Rousseff e o presidente da China, Xi Jinping assinaram o protocolo para liberação da venda de carne bovina brasileira para o mercado chinês, embargada desde 2012. O encontro ocorreu durante um intervalo na reunião de Cúpula do G20, em Brisbane, na Austrália. Com o acordo bilateral, a expectativa do governo brasileiro é vender entre US$ 800 milhões e US$ 1,2 bilhão em carnes para a China em 2015. ABRAPA PROMOVE ALGODÃO DO BRASIL NA CHINA SETEMBRO – 2014 A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) esteve em missão comercial na China e recebeu, nos dias 24 e 26 de setembro, industriais chineses para apresentar os números do algodão brasileiro e conversar sobre a possibilidade de mais negócios envolvendo os dois países. A comitiva da Abrapa passou por Xangai, Qingdao e Pequim. CEBC 6 * O Update Empresarial é um resumo de notícias publicadas nos principais veículos de informação e o conteúdo é de responsabilidade das fontes. CHINA/BRAZIL UPDATE BRASIL E CHINA ASSINAM PROTOCOLO PARA EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS DE PET FOOD LANÇADO EDITAL PARA TERRAPLANAGEM NO TERRENO DA FÁBRICA DA SINOTRUK NOVEMBRO – 2014 OUTUBRO – 2014 O então Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, confirmou a assinatura do protocolo com o governo chinês que retira a suspensão, imposta em 2012, para exportação de alimentos destinados a animais de estimação (pet food). O acordo foi efetivado com o ministro da Agência de Supervisão da Qualidade, Inspeção e Quarentena da China (AQSIQ), Zhi Shuping, em cerimônia que contou também com a participação do secretário de Relações Internacionais do MAPA, Marcelo Junqueira, e do embaixador do Brasil em Pequim, Valdemar Carneiro Leão. Mais uma etapa para a instalação da fábrica de caminhões da chinesa Sinotruk foi realizada com o lançamento do edital para a execução dos serviços de terraplanagem no terreno onde será instalada a unidade de produção da empresa, no Parque Industrial da Serra Catarinense (SC). Para execução da obra, em cerca de 1,7 milhão de metros quadrados, serão investidos cerca de R$ 6 milhões do Governo Estadual, que serão repassados à Prefeitura de Lages. A fábrica, que já foi incluída no programa de incentivos federais Inovar-Auto, será a primeira unidade da Sinotruk fora da China. Com um investimento de aproximadamente R$ 300 milhões previsto para a construção, a instalação da montadora vai gerar quatrocentos empregos na primeira etapa e desenvolver a economia local. A previsão é de que a fábrica produza os primeiros caminhões no início de 2016, com capacidade para cinco mil veículos por ano. SHINERAY PREPARA INÍCIO DE PRODUÇÃO DE MOTOS EM PERNAMBUCO OUTUBRO – 2014 AUTOMOTIVO CHINESA BYD ANUNCIA INVESTIMENTO EM FÁBRICA DE ÔNIBUS ELÉTRICOS AGOSTO – 2014 Com 60 mil metros quadrados de área construída e investimento de R$ 130 milhões, a Shineray se prepara para inaugurar sua primeira unidade fabril fora da China. A planta industrial será instalada no Cabo de Santo Agostinho (PE), mais precisamente no Complexo Industrial Portuário (Suape). A fabricante de carros e baterias chinesa BYD anunciou investimento de R$ 200 milhões para a construção de uma fábrica em Campinas (SP). A expectativa da empresa é gerar quatrocentos e cinquenta empregos diretos na produção de ônibus elétricos, baterias e painéis solares. A unidade de Campinas também abrigará a montagem de painéis solares e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da empresa no Brasil, focado em estudos e tecnologias para veículos elétricos, baterias, smart grid (rede inteligente de distribuição de energia), energia solar e iluminação. QUEM É? Especializada em veículos elétricos, baterias recarregáveis e novas energias, a BYD tem 180 mil funcionários em onze parques industriais em toda a China, e conta com plantas industriais e escritórios nos Estados Unidos, Europa, Japão, Coreia do Sul, Índia, Taiwan, Hong Kong e Brasil. Na área de novas energias, a BYD desenvolve produtos sustentáveis e inovadores, como painéis fotovoltaicos, sistemas de armazenagem de energia, veículos híbridos e elétricos, lâmpadas e componentes de LED, entre outros produtos associados à economia verde. 7 CEBC CHINA/BRAZIL UPDATE AVIAÇÃO ENERGIA EMBRAER ASSINA ACORDO PARA VENDER SESSENTA AVIÕES PARA A CHINA CONCLUSÃO DA VENDA PELA EDP BRASIL DE 50% NAS CENTRAIS HÍDRICAS DE JARI E CACHOEIRA CALDEIRÃO JULHO – 2014 Em cerimônia de assinatura que contou com a presença dos presidentes das duas nações, durante a visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil, a Embraer firmou um acordo de venda para até vinte E190-E2 com a ICBC Financial Leasing Co., Ltd. (ICBC Leasing), da China, sendo dez pedidos firmes e dez direitos de compra. Além disso, a Embraer concluiu também um acordo para a venda de quarenta aeronaves para a companhia aérea chinesa Tianjin Airlines, uma subsidiária do HNA Group. O contrato, avaliado em US$ 2,1 bilhões a preço de lista, inclui vinte E-Jets e vinte E-Jets E2, o que faz da Tianjin Airlines o primeiro cliente dos E-Jets E2 na China. GE CELMA ENTRA NA CHINA AGOSTO – 2014 A EDP − Energias do Brasil S.A. concluiu a venda de uma participação de 50% na empresa detentora dos direitos de desenvolvimento do projeto da central hidroelétrica de Jari e de 50% na empresa detentora dos direitos de desenvolvimento do projeto da central hidroelétrica de Cachoeira Caldeirão à CWEI Participações Ltda, subsidiária da China Three Gorges Corporation. O valor total da transação, pago pela CWEI à EDP Brasil, foi de R$ 420,6 milhões, sendo R$ 420,2 milhões relativos à venda de 50% da participação detida pela EDP no empreendimento Centrais Hídricas Santo Antônio do Jari e R$ 400 mil relativos à venda de 50% da participação detida pela EDP no empreendimento Cachoeira Caldeirão. OUTUBRO – 2014 A GE Celma, unidade brasileira de reparo e manutenção de motores aeronáuticos da GE, está se preparando para diversificar sua carteira de clientes e fornecer, a partir de 2015, equipamentos para a China. A empresa será a prestadora de serviços de revisão para a chinesa Comac. Os primeiros equipamentos, da família CF-34, deverão ser entregues à companhia chinesa em 2015. QUEM É? Localizada em Petrópolis – RJ, a GE Celma é responsável pela manutenção de turbinas de aviões do mundo todo há mais de sessenta anos e já revisou mais de oito mil turbinas para cerca de sessenta companhias aéreas. Entre os principais clientes estão a Continental Airlines, FedEx, KLM, Avianca, Latam Airlines Group, e as brasileiras TAM, Gol e Azul. CEBC 8 STATE GRID INVESTIRÁ R$ 1 BILHÃO NO BRASIL EM 2015 AGOSTO – 2014 De acordo com Cai Hongxian, presidente da State Grid, a companhia chinesa pretende dar continuidade ao ciclo de investimentos no país, com uma previsão de aportes de R$ 1 bilhão para 2015. Até o momento, os ativos da State Grid no Brasil somam R$ 7,2 bilhões, e os projetos greenfield já previstos pela companhia somam, aproximadamente, R$ 3 bilhões. CHINA/BRAZIL UPDATE MINERAÇÃO MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS VALE E COSCO ASSINAM ACORDO PARA NAVIOS VLOCS SANY INVESTIRÁ US$ 300 MILHÕES EM NOVA FÁBRICA NO BRASIL SETEMBRO – 2014 Vale e China Ocean Shipping Company (Cosco) firmaram, em Pequim, acordo que contempla a cooperação estratégica entre as duas empresas no transporte marítimo de minério de ferro. Quatro navios VLOCs (very large ore carrier), com capacidade para 400 mil toneladas, que atualmente pertencem e são operados pela Vale, serão transferidos para a Cosco e afretados para a Vale em contrato de longo prazo, de vinte e cinco anos. JULHO – 2014 A Sany Indústria do Brasil, subsidiária da multinacional de origem chinesa Grupo Sany, quinto maior fabricante de máquinas de construção do mundo, assinou um compromisso de investimento de US$ 300 milhões em nova fábrica na cidade de Jacareí (SP). QUEM É? As máquinas da marca Sany são vendidas no país desde 2007, quando a companhia começou a operar como importadora. Quatro anos depois, inaugurou sua unidade de montagem (CKD) em São José dos Campos (SP). China Ocean Shipping Companies Group é formado por oito subsidiárias que possuem e operam uma frota comercial de mais de quinhentos navios, ultrapassando mais de 15 milhões de toneladas deadweight, incluindo navios para containers, ro-ro’s, navios para carga geral, madeireiros, refrigerados, passageiros/ carga geral, graneleiros e petroleiros. Ao todo, a frota serve 1,1 mil portos em mais de cento e cinquenta países e regiões do mundo. A nova fábrica permitirá a criação de mais de mil postos de trabalho, além da fabricação, em território brasileiro, de máquinas e equipamentos ainda sem produção nacional. O acordo prevê também a concessão de vagas para estágio nas fábricas do grupo na China a estudantes brasileiros do programa Ciência sem Fronteiras. QUEM É? A Sany Group é uma empresa de engenharia com sede em Changsha, na China. O foco principal do grupo é a área de máquinas de construção, especificamente bombas de concreto em grande escala, incluindo escavadeiras, guindastes e turbinas eólicas. A empresa é a maior fabricante de máquinas para concreto do mundo, com cinco parques industriais na China e bases de produção na Índia, Indonésia, Alemanha, Estados Unidos e Brasil. Atualmente, a Sany emprega cerca de 70 mil pessoas em mais de 150 países. 9 CEBC CHINA/BRAZIL UPDATE XIAOMI INICIA SUAS OPERAÇÕES NO BRASIL AGOSTO – 2014 TECNOLOGIA BUSCADOR BAIDU ESTREIA NO BRASIL JULHO – 2014 A multinacional de Internet Baidu, segunda maior ferramenta de busca no mundo, lançou o seu buscador em português, desenvolvido especificamente para o mercado brasileiro. A empresa também assumiu o compromisso de instalar no Brasil um centro de pesquisa e desenvolvimento através de um acordo de cooperação técnica assinado com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. O investimento previsto é de R$ 120 milhões em três anos, e as áreas de atuação serão data mining e machine learning. O site do buscador pode ser acessado no seguinte link: http://www.baidu.com.br/ QUEM É? Baidu é o segundo maior buscador do mundo e o mais acessado na China, ultrapassando inclusive o Google. Além do principal produto de pesquisa na web, o Baidu oferece ferramentas de pesquisa verticais, como Maps, Image Search e Vídeo Search, entre outros. Em 2008, lançou o seu motor de pesquisa no Japão. Desde então, expandiu as operações para a Tailândia, Egito e Brasil. BRASIL E CHINA FIRMAM ACORDOS EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E ESPAÇO JULHO – 2014 Durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao país, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) firmou três acordos com empresas e o governo da China. Foi assinado um acordo de cooperação entro o MCTI e a empresa de telecomunicações Huawei com o objetivo de capacitar profissionais nas áreas de processamento de grande massa de dados, computação em nuvem e segurança. Cabe destacar também o aprofundamento da cooperação espacial entre os dois países. O Brasil e a China vêm trabalhando em conjunto nesta área desde 1988. Na ocasião, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a Administração Nacional Espacial da China (CNSA) assinaram um memorando de entendimento com o objetivo de promover a cooperação nas áreas de dados de satélite de sensoriamento e suas aplicações, capacitação de especialistas e desenvolvimento de serviços comerciais internacionais em atividades de sensoriamento remoto. CEBC 10 A fabricante de smartphones Xiaomi, conhecida como a “Apple chinesa”, iniciou oficialmente suas operações no Brasil com a abertura de seu primeiro escritório em São Paulo. Por enquanto, a empresa deve atuar no comércio de equipamentos, desenvolvimento de software e suporte técnico, sem investimentos na fabricação local de smartphones e tablets. Os produtos poderão ser importados e vendidos em lojas próprias da marca, como já ocorre na China, e também por meio de operadoras. EMPRESA NACIONAL FIRMA ACORDO COM CHINESES NO SETOR AEROESPACIAL AGOSTO – 2014 A empresa Orbital Engenharia Ltda, de São José dos Campos (SP), firmou Acordo de Cooperação no setor aeroespacial com a China Great Wall Industry Corporation (CGWIC) e com o Shanghai Institute of Space Power-sources (Sisp). A empresa brasileira representará comercialmente as duas instituições chinesas no Brasil e o acordo prevê, também, o desenvolvimento de projetos e produtos. O convênio é fruto da rodada de negociações realizada no país asiático entre empresas brasileiras e chinesas, promovida com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB) em dezembro de 2013. BRASILEIRA QRANIO FAZ PARCERIA NA CHINA SETEMBRO – 2014 A Qranio, empresa brasileira de jogos digitais de educação e entretenimento, firmou parceria com a China Mobile para iniciar operações na China. Criada em 2011, a startup tem um milhão de jogadores cadastrados, sendo 80% deles, brasileiros. Pretende, porém, dobrar o número de usuários com a chegada à Ásia. BAIDU COMPRA SITE DE COMPRAS COLETIVAS PEIXE URBANO OUTUBRO – 2014 O Baidu comprou o site de vendas online de cupons de desconto Peixe Urbano. O negócio marca o primeiro investimento direto da empresa chinesa no Brasil. O site de ofertas vai continuar a operar de forma independente e com os mesmos executivos na liderança. Dessa forma, o Baidu pretende se beneficiar do conhecimento da equipe sobre o mercado local. Com o negócio, a companhia chinesa ingressa no comércio eletrônico no Brasil e abre caminho para acelerar sua expansão no país. CHINA/BRAZIL UPDATE CHINESA RAISECOM OFICIALIZA OPERAÇÃO NO BRASIL MODA BRASILEIRA DESEMBARCA NA CHINA SOB CONCEITO BRASIL BEYOND OUTUBRO – 2014 NOVEMBRO – 2014 A Raisecom, companhia chinesa especializada em soluções de acesso e elementos de rede, anunciou, durante a Futurecom, o início de sua atividade no Brasil. Dario Zipris, CEO da empresa no país, projeta faturamento de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões para a operação local, em três anos. A empresa estima um investimento de R$ 7 milhões no mercado nacional. Também está nos planos da companhia a instalação de uma fábrica no Brasil. Entre os dias 17 e 20 de novembro, a cidade de Xangai recebeu vinte marcas brasileiras para participar da ação Discover the Brazilian Originality Beyond Trends, promovida pela Apex-Brasil em parceria com a Abest, a Abit − por meio do Programa Texbrasil − e a Abicalçados. A iniciativa na cidade chinesa foi composta por workshops com especialistas para apresentação do setor de moda na China, visitas técnicas guiadas às principais empresas multimarcas do país, rodada de negócios, evento de posicionamento de imagem e um editorial com as marcas. EMPRESA CHINESA VESTIRÁ MAIS DE 100 MIL PARTICIPANTES NAS OLIMPÍADAS DE 2016 DEZEMBRO - 2014 Os Jogos Olímpicos Rio 2016 contarão com o apoio oficial da chinesa 361° Sport para vestir 106,5 mil participantes − entre voluntários, equipes de apoio e outros colaboradores − sendo a primeira vez que uma marca esportiva chinesa patrocina o evento. Os mais de cem mil uniformes serão fabricados no Vietnã, onde a 361º faz o material não comercializado no mercado chinês. As peças devem começar a ficar prontas no início de 2015. OUTROS CORREIOS E ALIBABA GROUP ASSINAM MEMORANDO DE ENTENDIMENTO JULHO – 2014 Os Correios e o Alibaba Group firmaram um memorando de entendimento para facilitação do comércio internacional entre Brasil e China. Em linhas gerais, o documento indica a intenção de melhorar os procedimentos de logística entre os dois países, além de ajudar o acesso de empresas brasileiras – sobretudo as micro, pequenas e médias – ao mercado chinês, por meio das plataformas Alibaba.com, AliExpress, Tmall.com e Alipay. QUEM É? Com mais de 7 mil lojas na China e quase 8 mil em outros trinta e quatro países, ações na bolsa desde 2009 e faturamento de U$S 800 milhões em 2013, a 361° está entre as três principais marcas esportivas na China. No Brasil, a empresa não tem uma loja própria, mas começou a venda de tênis no varejo e online em outubro de 2014. PRIMEIRA DAS SETE BARCAS CHINESAS ENCOMENDADAS PELO GOVERNO DO ESTADO DO RIO É ENVIADA AO BRASIL NOVEMBRO – 2014 Concluída, a primeira das sete embarcações encomendadas pelo governo do estado do Rio ao estaleiro China Shipping Group/AFAI partiu da cidade de Guanghzou, em meados de novembro, em direção ao porto carioca. As outras seis embarcações do mesmo porte serão integradas à frota até agosto de 2015. 11 CEBC CHINA/BRAZIL UPDATE UPDATE EMPRESARIAL – CONTRIBUIÇÕES DA SEÇÃO CHINESA DO CEBC CHERY INAUGURA FÁBRICA EM JACAREÍ AGOSTO – 2014 Inaugurada em agosto de 2014, em Jacareí, interior de São Paulo, a Chery Brasil iniciou uma nova fase no mercado brasileiro. Construída em um terreno com mais de um milhão de metros quadrados, a nova fábrica recebeu investimentos de mais de um bilhão de reais e conta com três unidades produtivas, montagem, soldagem e pintura, além de um prédio administrativo e uma pista de testes. A fabricante exibiu no Salão de São Paulo 2014 o primeiro veículo montado na recém-inaugurada unidade, o compacto Celer. Simultaneamente, a empresa já começa a traçar a segunda etapa de investimentos no país. Está nos planos a produção do Tiggo, um utilitário esportivo (SUV, na sigla em inglês), e a instalação de um centro tecnológico, com um investimento previsto de R$ 20 milhões. CHINESA HUAWEI MOSTRA INTERESSE NA AMÉRICA LATINA JULHO - 2014 A chinesa Huawei Technologies mostrou interesse no mercado latino-americano com a abertura da segunda Information and Communications Technology (ICT) Expo, realizada na Cidade do Panamá em julho de 2014. Manuel Vexler, diretor de marketing da Huawei para a América Latina, indicou a região como a chave para o crescimento da empresa no futuro. De acordo com Vexler, em seu setor de atuação a Huawei é o principal fornecedor para países como o Brasil, Argentina, Venezuela, México e Colômbia, e a empresa espera crescer entre 25% e 30% ao ano na região. REUNIÃO ENTRE CHINA E CELAC PROPORCIONA BASES PARA INTENSIFICAÇÃO DA COOPERAÇÃO ENTRE OS PAÍSES JANEIRO – 2015 O presidente Xi Jinping anunciou durante a cerimônia de abertura do primeiro encontro ministerial China – CELAC (Comunidade de Países Latino-Americanos e Caribenhos) que o comércio entre a China e a região pode alcançar US$ 500 bilhões em dez anos. Além disso, indicou também que os investimentos chineses na América Latina podem chegar a US$ 250 bilhões em uma década. A economia da China continuará com crescimento entre médio e alto nos próximos anos, trazendo mais oportunidades para o mundo, incluindo os Estados da América Latina e Caribe, assinalou o mandatário chinês. No ano passado, o presidente Xi e os lideres da CELAC anunciaram o estabelecimento do Fórum China – CELAC. O presidente chinês propôs um quadro de cooperação envolvendo diversos empréstimos, fundos e projetos nas áreas de infraestrutura, agricultura, energia, manufaturas, tecnologia, intercâmbio entre pessoas e outros setores. CHINA/BRAZIL UPDATE UPDATE INSTITUCIONAL O INSTITUTO DE ESTUDOS BRASILCHINA PROMOVE, EM PARCERIA COM A TSINGHUA UNIVERSITY, O PROGRAMA EXECUTIVO ESTADO, MERCADO E INOVAÇÃO NA CHINA HOJE O programa executivo Estado, Mercado e Inovação na China Hoje, promovido pelo Instituto de Estudos Brasil-China (IBRACH) e a Tsinghua University – com apoio do CEBC - será realizado no Rio de Janeiro, no dia 9 de abril, e em Pequim, na School for Public Policies and Management da Tsinghua University, dos dias 13 a 17 de abril de 2015. Apesar da importância econômica e política da China, o conhecimento sobre o país asiático no Brasil ainda é escasso. A comunidade empresarial, representantes do setor público e demais profissionais interessados em um maior intercâmbio com a China carecem de recursos humanos especializados, bem como de um intercâmbio bilateral convergente com a importância das relações econômicas e políticas entre os dois países. Direcionado a gestores dos setores público e privado, o Programa para Executivos tem como objetivo oferecer os meios para um entendimento estratégico da economia chinesa, em particular de como a China se organiza para enfrentar os desafios de uma economia de inovação. O curso oferece aulas com os principais professores da Tsinghua, painéis de especialistas do governo chinês e acadêmicos e visitas a empresas inovadoras, ministérios e think tanks. O programa tem duração de uma semana, de 13 a 17 de abril de 2015, e será ministrado na School for Public Policies and Management da Tsinghua University, em Pequim. Um seminário dedicado à organização econômica e política da China contemporânea precede a ida a Pequim e será realizado no dia 9 de abril, no Rio de Janeiro. Para informações adicionais, favor contatar Paula Carvalho pelo e-mail: [email protected] 13 CEBC CHINA/BRAZIL UPDATE CEBC RECOMENDA RADAR LIVROS ESTUDOS E PESQUISAS CEBC RECOMENDA: MARKETS OVER MAO: THE RISE OF PRIVATE BUSINESS IN CHINA Neste livro, Nicholas R. Lardy, um dos maiores especialistas do mundo em economia chinesa, traça o papel crescente das forças de mercado no país asiático e refuta o argumento amplamente divulgado de que o progresso econômico chinês repousa sobre o controle do governo na economia. De acordo com Lardy, existe pouca evidência de que na década de liderança do ex-presidente Hu Jintao (2003-13) o papel e a importância das empresas estatais tenha crescido drasticamente, como muitos argumentam. Pelo contrário, o livro oferece provas persuasivas de que o papel das grandes empresas estatais é superestimado e argumenta que no futuro as principais fontes de crescimento da China terão origem nas empresas privadas. Desta forma, Lardy propõe desregular e aumentar a concorrência nos setores da economia chinesa em que as empresas estatais permanecem protegidas, especialmente nas áreas de energia e finanças. LARDY, Nicholas R. Markets over Mao: The Rise of Private Business in China. Institute for International Economics, U.S. 2014. ESPECIALISTA RECOMENDA*: CHINA ON THE GROUND IN LATIN AMERICA O livro China on the Ground in Latin America é uma ótima opção de leitura para quem está interessado em conhecer a atuação comercial e de investimento da China na América Latina e Caribe (ALC). Ellis não se limita a descrever a relação do país asiático com as principais economias da ALC, mas também traça com detalhes o envolvimento da China em diversos países do Caribe. Em paralelo, o autor aborda questões que vão além da esfera comercial, buscando entender como a presença chinesa na região tem impactado o meio ambiente e despertado questões de segurança nacional. Divulgado em setembro de 2014 pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, o estudo intitulado LAC Investment in China: A New Chapter in Latin America and the Caribbean-China Relations leva em consideração uma grande amostra de empresas latino-americanas e caribenhas, e analisa como suas estratégias de entrada na China respondem a padrões específicos em setores distintos. O estudo lança uma nova luz sobre como as empresas da região ganharam posição no país asiático e fornece recomendações de políticas de apoio à iniciativa privada em relação à inserção no mercado chinês. Acesse: http://goo.gl/U98Fhj A mais recente atualização do China Economic Update, publicada em outubro de 2014 pelo Banco Mundial, apresenta uma série de atualizações sobre a evolução das políticas econômicas e sociais em andamento na China. Nesta edição é interessante notar a relação entre as medidas tomadas pelo governo para trazer bases mais sustentáveis ao crescimento econômico e a desaceleração verificada no país asiático. Acesse: http://goo.gl/fAfzc7 A pesquisa The People’s Republic of China’s Potential Growth Rate: The Long-Run Constraints, lançada em novembro de 2014, pelo Asian Development Bank, analisa a trajetória da taxa de crescimento potencial da China durante os últimos 30 anos. A partir da análise dos fatores que determinaram historicamente o crescimento do país, a pesquisa procura compreender as causas da recente diminuição na taxa de crescimento da China, assim como avaliar os possíveis cenários durante o 13º plano quinquenal (2016-2020). Acesse: http://goo.gl/NY4xNL A OECD publicou, em março de 2014, o relatório China Structural Reforms for Inclusive Growth, que apresenta uma análise das áreas de política pública que serão determinantes para o desenvolvimento social da China. Apesar das altas e contínuas taxas de crescimento, a segunda maior economia do mundo ainda enfrenta importantes desafios relativos ao sistema de proteção e inclusão social. O relatório propõe iniciativas para fortalecer o desempenho econômico do país em prol de um crescimento inclusivo. Acesse: http://goo.gl/uE9reL ELLIS, R. Evan. China on the Ground in Latin America, Palgrave Macmillan, 2014. *André Soares atua como China Consultant no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) CEBC 14 Acesse os estudos e pesquisas na versão eletrônica do China-Brazil Update, disponível no site do CEBC: www.cebc.org.br CHINA/BRAZIL UPDATE FEIRAS SIAL CHINA 2015 – THE ASIAN FOOD MARKETPLACE 6 a 8 de maio, Xangai, China Endereço: Nº. 2345 Long Yang Rd. 1# South Lobby (Near Fang Dian Rd) Website: http://www.sialchina.com/index.html Há quinze anos a SIAL China tem sido um dos principais eventos do mercado de alimentos no país asiático. O participante desta edição terá a oportunidade de conhecer e interagir com os principais players chineses dos setores de alimentos, bebidas e hotelaria, além de poder promover seus produtos em um dos mais dinâmicos mercados do mundo na área de alimentação. Para o ano de 2015, a SIAL China espera receber 2,7 mil expositores e 55 mil visitantes. Para enviar contribuições de conteúdo, críticas ou sugestões, entre em contato com a Secretaria Executiva do CEBC: [email protected] / +55 21 3212 4350 / www.cebc.org.br. THE 15th CHINA INTERNATIONAL PETROLEUM & PETROCHEMICAL TECHNOLOGY AND EQUIPMENT EXHIBITION (CIPPE) PATROCÍNIO: 26 a 28 de março, Pequim, China Endereço: New China International Exhibition Center, Beijing Nº 88, Yuxiang Road, Tianzhu, Shunyi District, Beijing Website: http://goo.gl/rv0gqU A CIPPE é uma das maiores exposições do mundo voltadas para a indústria petroquímica. A edição anterior do evento contou com 1,8 mil expositores de sessenta e cinco países e 65 mil visitantes, tendo recebido apoio de gigantes domésticas do setor de óleo e gás e áreas relacionadas, como CNPC, Sinopec, CNOOC, CSIC, CIMC Raffles, Honghua, entre outras. O CEBC O Conselho Empresarial Brasil-China é formado por duas seções independentes, uma no Brasil, outra na China. Dedica-se à promoção do intercâmbio econômico Brasil-China e, sobretudo, a fomentar o diálogo entre empresas dos dois países. O CEBC propõe-se a contribuir para um bom ambiente de comércio e investimentos, assim como a entender e divulgar as novas tendências observadas no dinâmico relacionamento Brasil-China. Atualmente, o CEBC é composto por cerca de 70 das mais importantes empresas e instituições brasileiras e chinesas com investimentos e negócios nos dois países. COMO SE ASSOCIAR Para mais detalhes sobre o processo de associação ao CEBC, entre em contato com a Secretaria Executiva por meio do e-mail cebc@cebc. org.br ou pelo telefone (21)3212-4350. EQUIPE Julia Dias Leite (Secretária Executiva) Christiane Sauerbronn (Coordenadora Institucional) Santiago Bustelo (Coordenador de Análise) Tulio Cariello (Analista Internacional) Karen Grimmer (Analista de Relações Internacionais) Jordana Gonçalves (Assistente Administrativo) DIAGRAMAÇÃO: Presto Design 15 CEBC CHINA-BRAZIL UPDATE ESTE CONTEÚDO É PARTE INTEGRANTE DO CHINA-BRAZIL UPDATE | EDIÇÃO 11 – JANEIRO DE 2015 Conteúdo de responsabilidade do patrocinador O Banco Bradesco, com presença em todo o Brasil, apresenta produtos e serviços para diferentes perfis de clientes e também atua com a proposta de suprir as demandas de empresas interessadas em estabelecer e estreitar relações comerciais nos mercados brasileiro e chinês. Para isso, o segmento Corporate mantém uma gestão de relacionamento centralizada, oferecendo soluções estruturadas – Tailor Made e de Mercado de Capitais – e gerentes especializados em visões de risco, mercado e setores econômicos. Os atendimentos são exclusivos para que as empresas recebam soluções customizadas de acordo com os negócios realizados. Ao mesmo tempo, as Agências e Subsidiárias no Exterior (Nova York, Londres, Grand Cayman, Luxemburgo, Hong Kong, Buenos Aires e México) têm como objetivo a obtenção de recursos no mercado internacional para repasses a clientes, principalmente por meio de financiamento a operações de comércio exterior brasileiro. Para mais informações acesse o site www.bradesco.com.br NOVOS ESTÍMULOS MONETÁRIOS DEVERÃO SER ADOTADOS NA CHINA DIANTE DA DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA NO PRIMEIRO TRIMESTRE DESTE ANO Fabiana D’Atri Acreditamos que a economia chinesa seguirá desacelerando neste ano, migrando para uma taxa de crescimento abaixo de 7%. Esse cenário é compatível com a sinalização dada pelo governo chinês de que a economia do país entra em uma nova fase, definida como o “novo normal”, o que deve motivá-lo a revisar a meta de crescimento deste ano, de 7,5% para 7%. Dessa forma, mantemos uma visão mais cautelosa para 2015, ressaltando o já conhecido e esperado ajuste do setor imobiliário residencial, que deverá se somar à perda de ritmo no segmento imobiliário comercial e à redução significativa das receitas públicas advindas da venda de terras, comprometendo a política fiscal daqui para frente. Diante disso, crescem as apostas de que o governo do país seguirá aliviando a política monetária para evitar uma desaceleração mais acentuada através de cortes adicionais da taxa de juros, da redução do compulsório e de outros instrumentos. Entre esses, destaca-se a já anunciada flexibilização das regras de depósitos para este começo de ano, na qual serão considerados os depósitos interbancários de instituições não financeiras para a contabilização da razão entre empréstimos e depósitos – aumentando a capacidade de empréstimo dos bancos. Por outro lado, a política fiscal deverá ser mais restritiva, tendo em vista a desaceleração no ritmo de crescimento das receitas – que avançaram 8,3% no acumulado até novembro do ano passado. No mesmo período, as despesas mostraram alta de 10,1%, revelando o aperto pelo qual passarão as contas públicas neste ano. Esse cenário se agrava à medida que lembramos que parte relevante da arrecadação do governo local e dos governos locais – ao redor de 25% e 35%, respectivamente – advém da venda de terras. Essa, diante da desaceleração dos novos lançamentos, começou a recuar em ritmo importante. A despeito desses desafios, alguns fatores positivos para a economia chinesa podem ser levantados para este ano. Dentre esses1 , destacamos que (I) a continuidade da mudança do modelo a favor do consumo em detrimento dos investimentos fortalecerá a demanda doméstica; (II) a queda do preço do petróleo será positiva para a economia, com aumento da renda disponível e diminuição dos custos das empresas; (III) essa redução dos custos com energia impulsionará as reformas nos sistemas de preços, reduzindo subsídios e aumentando a eficiência energética; (IV) os avanços na flexibilização da regra do sistema de registro dos cidadãos chineses (conhecido como hukou) estimularão a urbanização e o consumo das famílias; (V) são esperadas privatizações, como reflexo da reforma das empresas estatais e do ajuste do endividamento dos governos locais, que estão transferindo parte de seus ativos para o setor privado a fim de ajustar suas dívidas; (VI) a recuperação da economia mundial, com destaque para os EUA, ajudará as exportações e (VII) a liberalização das taxas de juros será favorável à melhoria da alocação de recursos no país. Mesmo que seja difícil refutar esses argumentos a favor do crescimento, nosso entendimento é que a grande maioria deles – ligados especialmente às reformas estruturais e à mudança de modelo de crescimento – acontecerá lenta e gradualmente, impactando especialmente a economia chinesa no longo prazo. Vale mencionar ainda o viés baixista vindo do possível aumento da inadimplência – ligado à desaceleração do setor imobiliário e ao aumento do endividamento dos governos locais –, expondo a saúde do sistema financeiro, além dos riscos já mencionados. Conforme publicado em artigo elaborado pela Bloomberg, http://goo.gl/JegTKT (consultado em 14/01/2015) 1