centro estadual de educação tecnológica paula souza
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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES EDUARDO SIERRA FERNANDES SAMBA 4 ALTERNATIVA OPENSOURCE AO ACTIVE DIRECTORY LINS/SP 1º SEMESTRE/2015 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES EDUARDO SIERRA FERNANDES SAMBA 4 ALTERNATIVA OPENSOURCE AO ACTIVE DIRECTORY Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins para obtenção do Título de Tecnólogo em Redes de Computadores. Orientador: Prof. Me. Alexandre Ponce de Oliveira LINS/SP 1º SEMESTRE/2015 EDUARDO SIERRA FERNANDES SAMBA 4 ALTERNATIVA OPENSOURCE AO ACTIVE DIRECTORY Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Tecnólogo(a) em Redes de Computadores sob orientação do Prof. MSC Alexandre Ponce de Oliveira. Data de aprovação: ___/___/___ ___________________________ Orientador (Nome do Orientador) ______________________________ Examinador 1 (Nome do Examinador) ______________________________ Examinador 2 (Nome do Examinador). Aos meus pais, José Luiz Fernandes e Sara Sierra Ascêncio Fernandes, aos meus avós, Aurio Sierra Pardo, in memoriam e Percília Sierra Assêncio Pardo e a minha futura esposa Eloisa Suzuki Maia pelo apoio e incentivo nesta jornada. EDUARDO SIERRA FERNANDES AGRADECIMENTOS Primeiramente gostaria de agradecer a todos que participaram de forma direta ou indireta para a conquista dessa meta tão importante em minha vida. Faltariam páginas para listar todos vocês e certamente haveria alguma omissão. Quero agradecer especialmente a meus pais, José Luiz Fernandes e Sara Sierra Ascêncio Fernandes, meus avós maternos Aurio Sierra Pardo in memoriam e Percília Sierra Assêncio, a minha namorada Eloisa Suzuki Maia pelo incentivo (e cobrança) ao longo dos anos para eu concluir o ensino superior. Sem vocês eu teria desistido (novamente). Meus sinceros agradecimentos a meu orientador, Alexandre Ponce de Oliveira, pela amizade e ajuda na realização deste sonho, ao Centro Paula Souza pela oportunidade que me foi dada e a todos Colaboradores e Professores da Fatec de Lins. EDUARDO SIERRA FERNANDES RESUMO Em pequenas e médias empresas o investimento em Tecnologia da Informação é escasso e realizado em casos de extrema necessidade. É comum o uso de softwares proprietários, sem licenciamento, para suprir necessidades básicas de funcionamento da rede em servidores e em estações de trabalho. A facilidade de uso dos recursos providos pelo Microsoft Active Directory para gerenciamento de usuários e compartilhamento de arquivos são os principais motivos para o uso de servidores Windows sem licenciamento, de modo que a empresa está passível de multas e outros transtornos causados pela pirataria de software. Este trabalho apresenta uma proposta de implementação de um servidor Active Directory com utilização somente de softwares livres, conforme designação da Free Software Foundation, de modo a implementar a interoperabilidade entre os sistemas operacionais Linux e Windows em ambientes de produção, com baixo custo de manutenção e livre de licenciamento de software, do lado servidor. Para o total entendimento da solução adotada, foram abordados conceitos de funcionamento do Active Directory e tecnologias necessárias para seu funcionamento. A estrutura utilizada simula um ambiente comum em pequenas e medias empresas, implementando gerenciamento de usuários, compartilhamento de arquivos, controle de acesso à Internet e procedimentos básicos de administração. Palavras-chave: Gerenciamento de Usuários. Active Directory. Samba. Kerberos. ABSTRACT In small and medium enterprises investing in Information Technology is scarce and performed in cases of extreme need. It's common the use of proprietary software without licensing for basic needs of the network in servers and workstations. The ease of use of the resources provided by Microsoft Active Directory for user management and file sharing are the main reasons for using unlicensed Windows servers, so the company is subject to fines and other disorders caused by software piracy. This paper presents a proposal to implement an Active Directory server that's use only free software, as designated by the Free Software Foundation, in order to implement interoperability between Linux and Windows operating systems in production environments, with low maintenance costs and free software licensing on the server-side. For the full understanding of the solution adopted, they were addressed Active Directory operating concepts and technologies required for its operation. The structure used simulates a common environment for small and medium enterprises, implementing user management, file sharing, internet access control and basic administration procedures. Keywords: User management. Active Directory. Samba. Kerberos. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1.1: Modelo de referência TCP/IP....................................................................16 Figura 1.2: Protocolos e redes no modelo TCP/IP Inicial...........................................17 Figura 1.3: Servidores DNS raiz em 2012..................................................................18 Figura 1.4: DNS Root Servers distribuídos pelo mundo.............................................18 Figura 1.5: Hierarquia de servidores DNS..................................................................19 Figura 1.6: Exemplo de uma árvore de diretório LDAP..............................................21 Figura 1.7: Exemplo de domínio Kerberos..................................................................23 Figura 1.8: O mascote do Linux - Tux.........................................................................25 Figura 2.1: Hierarquia de um domínio Active Directory..............................................31 Figura 2.2: Domínios de uma árvore...........................................................................32 Figura 2.3: Relações de confiança bidirecionais e transitivas....................................33 Figura 2.4: Relações de confiança externas – unidirecional ou bidirecional..............35 Figura 2.5: Relação de confiança do tipo Shortcut.....................................................36 Figura 2.6: Usuário herda as permissões do grupo....................................................38 Figura 2.7: Divisão de um domínio em Unidades Organizacionais............................41 Figura 2.8: Definição de um site..................................................................................43 Figura 2.9:Topologia de replicação simples................................................................45 Figura 2.10: MMC sem nenhum snap-in carregado...................................................48 Figura 2.11: Janela de adição de Snap-ins.................................................................48 Figura 3.1: Registro de nome com e sem servidor de Nomes NetBIOS....................51 Figura 3.2: Resolução de nomes com e sem servidor de nomes NetBIOS...............52 Figura 4.1: Topologia da rede de testes......................................................................58 Figura 4.2: Snap-ins....................................................................................................66 Figura 4.3: Criação de novo grupo..............................................................................67 Figura 4.4: Parâmetros para criação do grupo...........................................................67 Figura 4.5: Grupos criados separados em unidades organizacionais........................68 Figura 4.6: Parâmetros para criação de um novo usuário..........................................68 Figura 4.7: Parâmetros de segurança.........................................................................69 Figura 4.8: Usuários criados separados em unidades organizacionais.....................69 Figura 4.9: Grupos do usuário.....................................................................................70 Figura 4.10: Seleção de grupos do usuário................................................................70 Figura 4.11: Adição de snap-in para controle de GPO...............................................71 Figura 4.12: Configurações de proxy via GPO...........................................................72 Figura 4.13: snap-in para permissões de pastas........................................................72 Figura 4.14: Seleção do computador a ser gerenciado..............................................73 Figura 4.15: Permissões da pasta ADM......................................................................73 Figura 4.16: Domínio disponível para logon...............................................................75 Figura 4.17: Acesso às pastas compartilhadas pelo servidor.....................................75 Figura A.1: Tela de boot do CD de Instalação Debian 8.0 (Jessie)............................80 Figura A.2: Falha na configuração automática de rede..............................................81 Figura A.3: Seleção de configuração manual de rede................................................81 Figura A.4: Configurações de rede - SRV-FW001......................................................81 Figura A.5: Configurações de rede - SRV-AD001.......................................................82 Figura A.6: Configuração de gateway em SRV-AD001..............................................82 Figura A.7: Configuração de servidores DNS em SRV-AD001...................................83 Figura A.8: Configuração de domínio em SRV-AD001 e SRV-FW001.......................83 Figura A.9: Definição da senha de root.......................................................................83 Figura A.10: Definição de nome de usuário “restrito”.................................................84 Figura A.11: Definição de senha de usuário “restrito”.................................................84 Figura A.12: Seleção do método de particionamento de disco..................................84 Figura A.13: Particionamento de disco – SRV-FW001...............................................85 Figura A.14: Particionamento de disco – SRV-AD001................................................85 Figura A.15: Seleção de mirror do gerenciador de pacotes.......................................86 Figura A.16: Seleção de software...............................................................................86 Figura A.17: Instalação do gerenciador GRUB...........................................................87 Figura A.18: Instalação do sistema finalizada.............................................................87 Figura A.19: Tela de login – SRV-FW001....................................................................87 Figura A.20: Tela de login – SRV-AD001....................................................................87 LISTA DE TABELAS Tabela 1.1 - Principais tipos de registros de recursos DNS para IPv4.......................20 Tabela 1.2 - Nomes de atributo comuns encontrados em hierarquias LDAP.............22 Tabela 2.1 - Requisitos de Hardware – Windows Server 2008..................................30 Tabela 3.1 - Tipos de nós NetBIOS.............................................................................53 Tabela 3.2 - Tipos de recursos....................................................................................53 Tabela 3.3 - Tipos de recursos de grupos NetBIOS....................................................53 Tabela 4.1 - Distribuição de endereços IP..................................................................58 Tabela 4.2 - Configurações das máquinas virtuais.....................................................59 Tabela 4.3 - Opções utilizadas no provisionamento do domínio................................63 Tabela 4.4 - Relacionamento entre usuários e grupos...............................................71 Tabela A.1 - Particionamento de disco........................................................................85 Tabela E.1 - Funcionalidades disponíveis em cada um dos modos de domínios......99 Tabela F.1 - Funcionalidades disponíveis em cada um dos modos de florestas......100 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AD – Active Directory BGP – Border Gateway Protocol BIND – Berkeley Internet Name Domain CIFS – Common Internet File System DC – Domain Controller DFS – Distributed File System DNS – Domain Name System FSF – Free Software Foundation FTP – File Transfer Protocol GPL – Gnu Public License GPO – Group Policy Object IETF – Internet Engineering Task Force IP – Internet Protocol ISO – International Organization for Standardization ITU – International Telecommunication Union KCC – Knowledge Consistency Checker LDAP – Lightweight Directory Access Protocol MMC – Microsoft Management Console MIT – Massachusetts Institute of Technology NBNS – NetBIOS Name Server NTP – Network Time Protocol OSI – Open Systems Interconnection OSPF – Open Shortest Path First RODC – Read-only Domain Controller SMB – Server Message Block TCP – Transmission Control Protocol TLD – Top-Level-Domain UDP – User Datagram Protocol UNC – Universal Naming Convention WINS – Windows Internet Name Service SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................................13 1 TECNOLOGIAS ENVOLVIDAS................................................................................15 1.1 TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL/INTERNET PROTOCOL (TCP/IP)....15 1.2 DOMAIN NAME SYSTEM (DNS)..........................................................................17 1.2.1 BIND...................................................................................................................20 1.3 LIGHTWEIGHT DIRECTORY ACCESS PROTOCOL (LDAP)..............................21 1.4 KERBEROS...........................................................................................................22 1.5 LINUX....................................................................................................................24 1.5.1 Debian GNU/Linux.............................................................................................26 2 MICROSOFT® ACTIVE DIRECTORY.....................................................................28 2.1 NOMENCLATURAS E CAMINHOS UNC.............................................................28 2.2 INTRODUÇÃO AO ACTIVE DIRECTORY............................................................29 2.2.1 Domínios............................................................................................................31 2.2.2 Árvores...............................................................................................................32 2.2.3 Relação de Confiança e Florestas.....................................................................32 2.2.4 Contas de Usuário..............................................................................................36 2.2.5 Grupos de Usuários...........................................................................................37 2.2.6 Contas de Computador......................................................................................39 2.2.7 Unidades Organizacionais.................................................................................40 2.2.8 Schema..............................................................................................................41 2.2.9 Sites....................................................................................................................42 2.3 REPLICAÇÃO.......................................................................................................44 2.4 FUNCIONALIDADES DE UM DOMÍNIO...............................................................45 2.5 GROUP POLICY OBJECT (GPO)........................................................................46 2.6 CONSOLE DE ADMINISTRAÇÃO E SNAP-IN.....................................................47 3 SAMBA.....................................................................................................................49 3.1 O QUE É O SAMBA..............................................................................................49 3.2 HISTÓRIA..............................................................................................................49 3.3 BASE DE FUNCIONAMENTO..............................................................................50 3.3.1 NetBIOS.............................................................................................................50 3.3.2 SMB/CIFS...........................................................................................................54 3.4 SAMBA 4...............................................................................................................54 3.4.1 Modos de Operação Suportados.......................................................................55 3.4.2 Limitações..........................................................................................................55 3.4.3 Novos Recursos (versão 4.2).............................................................................55 3.4.4 Requisitos de Software......................................................................................56 4 ESTUDO DE CASO.................................................................................................58 4.1 CONFIGURAÇÃO SRV-FW001............................................................................59 4.1.1 Configuração do Servidor DHCP.......................................................................60 4.1.2 Configuração do Servidor DNS Secundário......................................................60 4.1.3 Configuração do Firewall....................................................................................61 4.1.4 Configuração do Proxy SQUID..........................................................................61 4.2 CONFIGURAÇÃO SRV-AD001.............................................................................61 4.2.1 Instalação do SAMBA 4......................................................................................62 4.2.2 Provisionamento do Domínio.............................................................................63 4.2.3 Configuração do BIND9.....................................................................................64 4.2.3 Configuração do Kerberos.................................................................................64 4.2.3 Criação das Pastas Compartilhadas..................................................................65 4.3 GERENCIAMENTO DO DOMÍNIO.......................................................................66 4.3.1 Criação de Grupos.............................................................................................67 4.3.2 Criação de Usuários...........................................................................................68 4.3.3 Atribuição de Usuários a Grupos.......................................................................69 4.3.4 Definição de Proxy via GPO...............................................................................71 4.3.5 Permissão de Pastas Compartilhadas...............................................................72 4.4 INGRESSAR ESTAÇÕES DE TRABALHO NO DOMÍNIO...................................74 CONCLUSÃO..............................................................................................................76 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................78 ANEXO A – INSTALAÇÃO DEBIAN GNU/LINUX.......................................................80 ANEXO B – SCRIPT DE FIREWALL..........................................................................88 ANEXO C – ARQUIVO SQUID.CONF........................................................................92 ANEXO D – ARQUIVO DE INICIALIZAÇÃO DO SAMBA 4........................................95 ANEXO E – FUNCIONALIDADES DE MODOS DE DOMÍNIOS................................99 ANEXO F – FUNCIONALIDADES DE MODOS DE FLORESTAS...........................100 13 INTRODUÇÃO As redes de computadores são atualmente um recurso indispensável para as empresas. Compartilhar recursos, dispositivos e gerenciamento de usuários tornouse uma necessidade crescente nas empresas de todos os tamanhos. (TANENBAUM, 2003) Nas décadas de 70 e 80, o modelo de armazenamento de dados e sistemas era baseado em computadores de grande porte, os chamados mainframes. Os terminais (comumente conhecidos como terminais burros) se conectavam ao mainframe, normalmente via modem, e acessavam os sistemas e dados após autenticação. Dentre as principais vantagens do uso de mainframes, pode-se citar: gerenciamento e atualização centralizada, ambiente mais seguro e facilidade na atualização dos sistemas. Em contrapartida, as principais desvantagens do uso de mainframes são: custo elevado, sistema de comunicação precário e os dados da empresa eram administrados por terceiros. (BATTISTI; SANTANA, 2009) Na década de 90 iniciou-se um processo de substituição dos mainframes, principalmente devido ao aumento do poder de processamento e barateamento dos computadores pessoais do padrão IBM/PC. O mainframe continua em uso, porém em empresas de grande porte ou em aplicações que necessitem alto poder de processamento. Com essa migração, um processo natural foi a interligação desses computadores através de redes, inicialmente com o uso de cabos coaxiais. Surgiu então um modelo conhecido como Cliente/Servidor, onde um equipamento com maior capacidade de processamento (Servidor) compartilha recursos com outros equipamentos (Cliente). Com essa migração, ocorreu uma descentralização de acesso, criando-se a necessidade de definir permissões de acesso aos recursos compartilhados, de forma que um determinado usuário tivesse acesso apenas ao que fosse necessário à execução de seu trabalho, o que gerou um problema devido a cada sistema criar seu próprio arquivo de senhas, de maneira descentralizada, isso dificultou a manutenção e gerenciamento. (BATTISTI; SANTANA, 2009) Com o lançamento do Windows 2000 Server, foi introduzido o serviço Active Directory (AD), que foi a principal atualização do sistema em relação a seu antecessor, o Windows NT Server 4.0. A proposta da Microsoft® é que aos poucos as aplicações sejam integradas com o AD, ou seja, em vez de cada sistema ter seu próprio cadastro de usuários, senhas e grupos, ele seja capaz de acessar as contas 14 e grupos do AD e com isso atribuir as respectivas permissões de acesso. (BATTISTI; SANTANA, 2009) Em sistemas operacionais do tipo UNIX, a interoperabilidade com os sistemas de rede da Microsoft (tanto do lado cliente quanto do lado servidor) é feita através do software Samba. Segundo Blackman (1997), o Samba é um conjunto de programas trabalham que juntos para permitir que clientes acessem compartilhamento de arquivos e impressoras. O Samba 4 lançado em dezembro de 2012, possibilitou a replicação completa de um controlador AD sem a necessidade de outros programas, como acontecia com o Samba 3 e versões anteriores. (SAMBA-HISTORY, 2012) O objetivo deste trabalho é realizar a implementação do Samba 4 em uma empresa de médio porte, com aproximadamente 400 usuários, para utilizar os recursos de autenticação centralizada para prover acesso às áreas de rede de cada departamento e o controle do uso de internet. A metodologia utilizada para realizar a implementação deste trabalho foi a utilização de diversos materiais, como manuais disponibilizados pela equipe de desenvolvimento do Samba 4 e livros relacionados a redes de computadores, Windows Server e Linux. O presente trabalho está dividido em quatro capítulos. O primeiro capítulo aborda as tecnologias envolvidas que servirão de base fundamental para atingir o objetivo do trabalho. O segundo capítulo aborda os conceitos fundamentais para funcionamento do Active Directory, incluindo e não se limitando a árvores, grupos, usuários e outros objetos. No terceiro capítulo tem-se a história, conceitos e funcionamento do Samba, assim como uma apresentação da versão 4. O quarto capítulo contém a implementação do Samba 4 como um controlador de domínio Active Directory e os passos para realizar a configuração do servidor proxy Squid, para utilizar a base de dados centralizada e prover acesso à Internet. Por fim, têm-se as considerações finais do trabalho e as referências utilizadas ao longo de seu desenvolvimento. 15 1 TECNOLOGIAS ENVOLVIDAS Este capítulo descreve os conceitos e tecnologias que serviram de base para a implementação do Samba 4 como um controlador de domínio Active Directory em um servidor Linux. Para o desenvolvimento do presente trabalho foram utilizadas diversas tecnologias, interligadas ou não, sendo que todos os softwares utilizados são gratuitos, segundo enquadramento da Free Software Foundation (FSF). Dentre os softwares e tecnologias utilizadas destacam-se os protocolos, serviços e sistemas operacionais. 1.1 TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL/INTERNET PROTOCOL (TCP/IP) O modelo de interconexão TCP/IP foi desenvolvido pelo departamento de defesa americano para resolver o problema de interconexão de computadores heterogêneos, sendo uma evolução de trabalhos iniciados no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e contando com a cooperação de várias empresas. Foi implementado dez anos antes em relação ao modelo de referência Open Systems Interconnection/International Organization for Standardization (OSI/ISO). (TEIXEIRA JR. et al., 1998) Uma das preocupações do Departamento de Defesa dos Estados Unidos era com a destruição de hosts, pois a rede deveria ser capaz de sobreviver a essas perdas e manter as comunicações existentes, ou seja, as conexões deveriam permanecer intactas enquanto as máquinas de origem e destino estivessem funcionando, independente se algumas máquinas ou linhas de transmissão deixassem de operar repentinamente. Outra necessidade era que a implementação deveria ser em uma arquitetura flexível, que fosse capaz de se adaptar a aplicações com requisitos diferentes, como por exemplo, transferência de arquivos e transmissão de dados de voz, em tempo real. (TANENBAUM, 2003) Segundo Teixeira Jr. et al. (1998), os serviços de protocolos TCP/IP podem ser organizados de acordo com o esquema de camadas proposto pelo modelo de referência OSI/ISO, sendo que no TCP/IP, o modelo de arquitetura tem base em 4 camadas, ante as 7 camadas do modelo de referência OSI, conforme ilustra a Figura 1.1. 16 Figura 1.1: Modelo de referência TCP/IP Fonte: Tanenbaum, 2003, p. 46 Segundo Tanenbaum (2003), a camada de aplicação contém todos os protocolos de nível mais alto. A camada de transporte tem a finalidade de permitir que os hosts de origem e destino mantenham comunicação. Para isso, são utilizados o TCP e o User Datagram Protocol (UDP). A camada Inter-redes trabalha de forma a permitir que os hosts injetem pacotes em qualquer rede e garanta que eles trafegarão de forma independente até o destino, inclusive receber em uma ordem diferente da ordem que foram enviados. A camada de host/rede não especifica exatamente uma regra, excetuando-se o fato de que o host precisa se conectar através de algum protocolo que permita o envio de pacotes IP. Em cada camada são encontrados um ou mais protocolos usados na comunicação entre os pares na mesma camada, por exemplo, o File Transfer Protocol (FTP) é um protocolo da camada de aplicação, o TCP um protocolo da camada de transporte, o IP um protocolo da camada inter-redes e o Ethernet é um protocolo da camada de host/rede. (TEIXEIRA JR. et al., 1998). As camadas do protocolo TCP/IP representam a forma mais usada de comunicação entre computadores remotos atualmente, pois suas especificações e muitas implementações estão disponíveis a um preço mínimo ou de graça. (TEIXEIRA JR. et al., 1998) A Figura 1.2 ilustra as camadas e alguns de seus protocolos. 17 Figura 1.2: Protocolos e redes no modelo TCP/IP Inicial Fonte: Tanenbaum, 2003, p. 47 1.2 DOMAIN NAME SYSTEM (DNS) O DNS é um serviço de banco de dados distribuído utilizado pelas aplicações TCP/IP para traduzir endereços simbólicos de estações para endereços IP numéricos. Cada domínio mantém isoladamente o seu próprio banco de dados e fornece tais informações através de um serviço para os demais domínios terem acesso. Sendo assim, o DNS fornece o protocolo para permitir que clientes e servidores possam se comunicar uns com os outros em ambientes de Serviços de Redes. (TEIXEIRA JR. et al., 1998) O software de serviços de nomes do DNS é dividido conceitualmente em dois componentes: o resolver, que é o módulo de software responsável pela montagem das consultas e o servidor de nomes, que é o processo responsável por responder às perguntas. (TEIXEIRA JR. et al., 1998) O DNS utiliza um grande número de servidores, organizados de maneira hierárquica e distribuídos por todo o mundo. Nenhum servidor de nomes isolado tem todos os mapeamentos para todos os hospedeiros da Internet. Em vez disso, os mapeamentos são distribuídos pelos servidores de nomes. Há três classes de servidores de nomes: servidores de nome raiz, servidores de nomes de alto nível (Top-Level Domain – TLD) e servidores de nome com autoridade. (KUROSE; ROSS, 2013) Por não possuir uma tabela centralizada e sim um sistema de banco de dados distribuído, não ocorre degradação do serviço à medida que as bases de dados crescem. O DNS propaga automaticamente as novas informações de suas bases de dados, para o restante da rede, à medida que essas novas informações forem solicitadas por outros domínios. Além de propagar as informações de forma automática, essas só são propagadas para quem tiver interesse nelas, ou seja, essa 18 propagação é feita por demanda. (TEIXEIRA JR. et al., 1998) Na Internet há 13 servidores de nomes raiz, nomeados de A a M, sendo que a maior parte deles está localizada na América do Norte. Apesar de nos referenciarmos a cada um dos 13 servidores como se fossem um único servidor, na realidade, cada um é um conglomerado de servidores replicados, para fins de segurança e confiabilidade. (KUROSE; ROSS, 2013) Na Figura 1.3 é exibida uma lista dos servidores de nome raiz, conforme sua distribuição geográfica em 2012. É exibido o nome, organização e localização. Figura 1.3: Servidores DNS raiz em 2012 Fonte: Kurose; Ross, 2013, p. 135 É possível visualizar um mapa completo e atualizado desses servidores, através do site http://www.root-servers.org, conforme mostrado pela Figura 1.4. Figura 1.4: DNS Root Servers distribuídos pelo mundo Fonte: Root-Server, 2013 19 Os servidores TLD são responsáveis por domínios de alto nível, como por exemplo, domínios com, org, net, edu e gov, além de todos os domínios de alto nível que identificam os países, como, por exemplo, br, uk, fr, ca e jp. (KUROSE; ROSS, 2013) Os servidores de nomes com autoridade são aqueles utilizados por empresas para que seus serviços possam ser acessados pela Internet. Dentre esses serviços podemos citar servidores web e correio eletrônico. Os servidores de nomes raiz, TLD e com autoridade pertencem à hierarquia de servidores DNS, como exemplifica a Figura 1.5. (KUROSE; ROSS, 2013) Figura 1.5: Hierarquia de servidores DNS Fonte: Kurose, Ross, 2013, p. 134 Outra funcionalidade muito importante dos servidores DNS é o cache DNS. O Cache é utilizado extensivamente para melhorar o desempenho e reduzir o tráfego de mensagens DNS pela Internet e seu funcionamento é extremamente simples. Quando o servidor recebe uma resposta DNS, ele faz cache das informações em sua memória local. Se em uma próxima consulta o servidor possuir no cache a informação para o host em questão, ele fornecerá o endereço desejado, mesmo que não seja a autoridade para este domínio. (KUROSE; ROSS, 2013) Todo domínio, independente de ser um único host ou um domínio de nível superior, pode ter um conjunto de registros de recursos associados a ele. Para um único host, o registro de recurso mais comum é apenas o seu endereço IP, porém existem muitos outros tipos de registros de recursos. Um registro de recurso é uma tupla de cinco campos: Domain Name – informa o domínio ao qual esse registro se aplica; Time to Live – fornece uma indicação de estabilidade do registo; Class – No caso de informações relacionadas à Internet, ele é sempre definido como IN; Type – 20 Informa qual o tipo do registro; e Value – um número, nome de domínio ou string ASCII, sendo que sua semântica dependerá do tipo de registro. Os principais tipos de registros para o sistema IPv4 são mostrados na Tabela 1.1. (TANENBAUM, 2003) Tabela 1.1 - Principais tipos de registros de recursos DNS para IPv4 Tipo Significado Valor SOA Início de autoridade Parâmetros para essa zona A Endereço IP de um host Inteiro de 32 bits MX Troca de mensagens de correio NS Servidor de nomes CNAME Nome canônico Nome alternativo de um endereço IP PTR Ponteiro CPU e sistema operacional em ASCII HINFO Descrição de host Texto ASCII não-interpretado TXT Texto Prioridade, domínio disposto a aceitar correio eletrônico Nome de um servidor para este domínio Fonte: Tanenbaum, 2003, p. 621 No DNS, existe somente um servidor primário (master) para cada domínio, sendo que os dados do DNS são fornecidos à base de dados do servidor primário pelo administrador do domínio. Há também o servidor secundário (slave) que possui a base de dados completa, referente a um determinado domínio replicada a partir do servidor primário (master). (TEIXEIRA JR. et al.1998) 1.2.1 BIND O Bind é o software open-source que implementa o protocolo DNS para a Internet. Além de ser uma implementação de referência desses protocolos, também é um software de nível de produção, adequado para uso em aplicações de alto volume e de alta confiança. O Bind fornece uma plataforma robusta e estável sobre a qual as organizações podem construir sistemas de computação distribuída com o conhecimento que esses sistemas são totalmente compatíveis com os padrões de DNS publicados. (ISC-BIND, 2013) A distribuição do Bind possui três partes: Um servidor de DNS (named – name daemon) responsável por responder a todas as perguntas recebidas, seguindo as regras especificadas nos padrões de protocolo DNS; um resolver – um programa 21 que resolve questões sobre nomes, enviando as perguntas para servidores apropriados e responder adequadamente às respostas dos servidores; e ferramentas para teste de servidores que servem para auxiliar em testes e diagnósticos. (ISC-BIND, 2013) 1.3 LIGHTWEIGHT DIRECTORY ACCESS PROTOCOL (LDAP) O protocolo LDAP é uma versão simplificada do serviço de diretório X.500, sendo descrito pela RFC 2251. Suas informações são organizadas como uma árvore e permite a consulta em diferentes componentes. (TANENBAUM, 2003) Os dados LDAP assumem a forma de listas de propriedades, conhecidas como “entradas”, cada uma contendo um conjunto de atributos junto com os valores desses atributos. As entradas são organizadas em uma hierarquia, pelo uso de nomes distintos, que acaba formando um tipo de caminho de pesquisa. As entradas LDAP são esquematizadas pelo uso de um atributo objectClass, que especificam os atributos que uma entrada pode conter, alguns dos quais podem ser exigidos para validação. O aninhamento e a combinação das classes de objeto são feitos baseado no conceito de orientação a objetos, sendo que o nível superior da árvore é a classe top, conforme ilustrada pela Figura 1.6. (NEMETH et al., 2007) Figura 1.6: Exemplo de uma árvore de diretório LDAP Fonte: Carter, 2003, p. 10 A tabela 1.2 lista alguns nomes de atributos comuns em hierarquias LDAP. 22 Tabela 1.2 - Nomes de atributo comuns encontrados em hierarquias LDAP Atributo Significado O que é Atributo Organização ou Unidade Organizacional cn Nome Comum dc Componente de domínio objectClass Classe de objetos Identifica frequentemente a entrada de primeiro nível de uma instalação Uma subdivisão lógica O nome mais natural para representar a entrada Utilizado em sites que modelam sua hierarquia LDAP com base no DNS Esquema ao qual os atributos dessa entrada obedecem Fonte: Nemeth et al., 2007, p. 362 Segundo Battisti e Santana (2009), um nome LDAP é formatado pelo caminho completo do objeto, partindo do domínio raiz, até chegar ao objeto referenciado. Serão usados os exemplos a seguir, para entender o formato de um nome LDAP: CN=jsilva,OU=contabilidade,DC=vendas,DC=abc,DC=COM – Este nome representa o usuário jsilva, cuja conta esta contida na unidade organizacional contabilidade do domínio vendas.abc.com. CN=maria,OU=auditoria,DC=euro,DC=vendas,DC=abc,DC=COM – Este nome representa o usuário maria, cuja conta esta contida na unidade organizacional auditoria do domínio euro.vendas.abc.com. 1.4 KERBEROS O Kerberos é um protocolo de autenticação de rede, sendo desenvolvido para prover forte autenticação para aplicações cliente/servidor com o uso de criptografia através de senha. Uma implementação gratuita desse protocolo está disponível através do MIT e também em diversos produtos comerciais. (KERBEROS, 2013) Segundo Garman (2003), a definição completa do que o Kerberos provê é: segurança, login unificado, confiabilidade e mutua autenticação de serviços de terceiros, destacando-se os seguintes recursos: Segurança – As senhas nunca são transmitidas sem criptografia pela rede. O Kerberos é o pioneiro na utilização de tickets. Os tickets são mensagens criptografadas com tempo de validade pré-definido que provê a identidade para um 23 servidor requisitante, sem a necessidade do envio constante de senhas pela rede ou o armazenando das senhas no disco local do servidor. Login unificado – O usuário identifica-se (provê seu usuário e senha) apenas uma vez. Uma vez autenticado no Kerberos, no início da sessão, suas credenciais são passadas de forma transparente para todos os outros recursos que ele acessar durante o dia. Confiança em terceiros – refere-se ao fato de que o Kerberos funciona através de um servidor de autenticação central que todos os sistemas na rede devem confiar. Todas requisições de autenticação passam obrigatoriamente pelo servidor Kerberos centralizado. Autenticação mútua – o Kerberos assegura-se que não somente o usuário que digitou seu usuário e senha seja quem ele é, porém que o servidor que ele se comunica seja quem ele é. A autenticação mútua protege a confidenciabilidade de informações sensíveis que assegura que o serviço que o usuário se comunica é genuíno. A Figura 1.7 exemplifica o funcionamento de um domínio Kerberos. Figura 1.7: Exemplo de domínio Kerberos Fonte: Siqueira, 2009, p. 110 24 Em resumo, o Kerberos é uma solução de diversos problemas de segurança de rede pois provê as ferramentas de autenticação e forte criptografia sobre a rede para ajudar a manter seguras suas informações de sistemas em toda a empresa. (KERBEROS, 2013) O sistema de autenticação utilizado no Kerberos atinge diversos objetivos para melhorar a segurança mantendo a conveniência ao mesmo tempo. Ele provê autenticação centralizada em um servidor (ou um conjunto de servidores), cada um contendo uma base de dados de todos os usuários e serviços que utilizam o Kerberos. Para não permitir o tráfego de senhas sem criptografia na rede, o Kerberos trabalha com tickets criptografados para assegurar a identidade do usuário e dos servidores de rede. Esses tickets são gerados assim que o usuário se autentica na rede. (GARMAN, 2003) 1.5 LINUX Segundo Siqueira (2009), o Linux é um sistema operacional de código aberto iniciado por Linus Torvalds, cujo objetivo inicial era desenvolver um sistema básico para estudo e lazer. O Linux em si é apenas o núcleo (kernel) do sistema. Os programas, compiladores e outros componentes do sistema são projetos de terceiros, sendo que em sua maioria fazem parte do projeto GNU. O projeto GNU é liderado por Richard Stallman, renomado desenvolvedor que idealizou todo um sistema de código aberto, que funcionasse à semelhança dos sistemas Unix tradicionais. Pelo fato de o Linux ser um sistema de código aberto existem pessoas, empresas ou organizações que decidem distribuir o Linux junto com outros aplicativos, sendo esse o significado essencial de distribuição. Cada distribuição tem suas próprias características, como por exemplo o sistema de instalação, objetivos, localização de programas, nome de arquivos, dentre outros. (SILVA, 2010) Na década de 1990, o Sistema GNU/Linux ganhou muito espaço entre os fãs de dispositivos de gerenciamento de rede. Ao lançar mão de um sistema praticamente pronto, que poderia ser alterado e sem restrições de uso, esses fabricantes reduziam drasticamente os custos de desenvolvimento do produto. O projeto era beneficiado em consequência, pois todas as melhorias feitas por esses fabricantes passavam a fazer parte do sistema operacional nas novas versões. 25 (SIQUEIRA, 2009) Em 1992, Orest Zborowski adaptou o sistema X Window para funcionar com o Linux. O X Window é uma interface gráfica livre, responsável pelas janelas exibidas na tela. Essa inovação trouxe o Linux para a versão 0.95. A meta para a versão 1.0 era que o sistema deveria possuir todos os recursos de redes essenciais. Tão logo as metas para um sistema com recursos satisfatórios e estabilidade foram alcançadas, surgiram as primeiras distribuições Linux. (SIQUEIRA, 2009) A reunião do kernel, ferramentas GNU e outros aplicativos utilitários damos o nome de distribuição. Uma distribuição pode, inclusive, utilizar o kernel Linux e as ferramentas GNU, adicionando ao pacote de aplicativos softwares proprietários licenciados, ou adotar a utilização de ferramentas de configuração próprias, protegidas por copyright. Essas combinações tomam forma nas cerca de 250 distribuições baseadas em Linux que existem atualmente, sob vários tipos de licença, e com vários enfoques diferentes: existem as distribuições voltadas para jogos, as educacionais, aquelas voltadas para trabalhos de escritório, para servidores, etc. (CARMONA, 2007) O projeto Linux precisava ter uma identidade que o fizesse ser facilmente reconhecido. Linus Torvalds é fã de pinguins desde o dia que fora mordido por um em um zoológico australiano. Pela Usenet, ele lançou um concurso para a criação do logotipo sendo que a ilustração deveria exibir um pinguim um pouco acima do peso, como que satisfeito logo após finalizar uma refeição. Larry Ewing fez a imagem vencedora, conforme Figura 1.8, e a mesma foi batizada de Tux. (SIQUEIRA, 2009) Figura 1.8: O mascote do Linux - Tux Fonte: Siqueira, 2009, p. 20 26 Dentre os diversos recursos presentes no sistema operacional Linux, podemse citar: multitarefa real; multiusuário; utilização de permissões de acesso a arquivos, diretórios e programas em execução na memória; modularização – somente é carregado na memória o que é utilizado, inclui drivers de periféricos e recursos do sistema; suporte nativo a diversas tecnologias como, por exemplo, balanceamento de carga, ip alias, failover, vlan, bridge, trunking, open shortest path first (OSPF), border gateway protocol (BGP); suporte nativo a múltiplas CPU's; roteamento estático e dinâmico de pacotes; dentre outros. (SILVA, 2010) 1.5.1 Debian GNU/Linux Segundo Carmona (2007), em 1993 o americano Ian Murdock lançou o projeto Debian, adotando o modelo de desenvolvimento do Linux para uma distribuição em sua totalidade. Debian é, ao mesmo tempo, o nome de uma distribuição não comercial do kernel GNU/Linux e de um grupo de desenvolvedores voluntários, espalhados pelo mundo. Como o Debian é fortemente estruturado tanto na filosofia quanto na concepção e utilização de ferramentas do projeto GNU ele é usualmente chamado de Debian GNU/Linux. (CARMONA, 2007) O Debian GNU/Linux possui suporte a língua Portuguesa, é a única que tem suporte a quatorze arquiteturas diferentes, por exemplo, i386, IA64, AMD64, Alpha, Sparc, PowerPc, Macintosh e Arm. (SILVA, 2010) O Projeto Debian lançou suas versões 0.9x em 1994 e 1995. Neste último ano ganhou notoriedade o sistema de empacotamento do Debian, o dpkg, principalmente devido a sua alta taxa de compactação. Em 1996, Bruce Perens substituiu Ian Murdock como líder do projeto. A primeira ação da nova liderança, seguindo a linha “filosófica” do Debian foi a redação de vários documentos importantes: o contrato social e o free software guidelines. Segundo DEBIAN-RELEASES (2013), o Debian Gnu/Linux possui três versões, stable, testing e unstable, suas respectivas características são: stable (estável): é a última versão oficial lançada, sendo a recomendada para uso em produção; testing (testes): contém os pacotes que ainda não foram aceitos na versão estável, mas que estão na fila para aprovação. A vantagem do uso dessa 27 distribuição é que a mesma possui versões mais atualizadas dos softwares; unstable (instável): é onde o desenvolvimento ativo do Debian ocorre, sendo uma distribuição mais utilizada por desenvolvedores. Os nomes das versões oficiais de lançamento são retirados do filme Toy Story da Pixar. As versões já lançadas são: 1.1 – Buzz, 1996; 1.2 – Rex, 1996; 1.3 – Bo, 2 de junho de 1997; 2.0 – Hamm, 24 de julho 1998; 2.1 – Slink, 9 de março de 1999; 2.2 – Potato, 15 de agosto 2000; 3.0 – Woody, 19 de julho de 2002; 3.1 – Sarge, 6 de junho de 2005; 4.0 – Etch, 8 de abril de 2007; 5.0 – Lenny, 15 de fevereiro de 2009; 6.0 – Squeeze, 6 de fevereiro de 2011; 7.0 – Wheezy, 4 de maio de 2013. A próxima versão, ainda sem previsão de lançamento, será nomeada Jessie. (DEBIAN-RELEASES, 2013) 28 2 MICROSOFT® ACTIVE DIRECTORY Este capítulo descreve os conceitos e tecnologias relacionadas ao funcionamento e estrutura interna do Microsoft Active Directory. 2.1 NOMENCLATURAS E CAMINHOS UNC O AD além de uma base de dados e um conjunto de serviços também interage e depende de vários outros serviços e padrões para seu completo funcionamento. O AD foi projetado baseado em padrões de diretórios, definidos por entidades internacionais de padronização, tais como a International Telecommunication Union (ITU), International Organization for Standardization (ISO) e o Internet engineering Task Force (IETF). Essas instituições trabalham em conjunto ou em colaboração para definir uma série de padrões que dão suporte a serviços de diretórios. (BATTISTI; SANTANA, 2009) Um padrão de uso genérico é o X.500 porém apesar de sua grande abrangência ele é bastante complexo e acabou por não ser adotado em sua totalidade como um padrão de mercado para a criação de serviços de diretórios. Um mais leve e que efetivamente tornou-se padrão de mercado é o LDAP. O LDAP fornece mecanismos de acesso aos objetos do AD, de tal maneira que qualquer programa ou sistema habilitado ao padrão LDAP será capaz de acessar as informações do AD. O padrão LDAP define um sistema de nomeação hierárquico, através do qual é possível referenciar qualquer objeto do AD. (BATTISTI; SANTANA, 2009). Segundo Battisti e Santana (2009), um nome LDAP é formado pelo caminho completo do objeto, a partir do domínio raiz até chegar ao objeto referenciado. Nesta nomenclatura hierárquica são utilizadas algumas abreviaturas, conforme descrito a seguir: CN: common name: por exemplo, o nome da conta de um usuário, grupo ou computador; OU: faz referência a uma unidade organizacional; DC: um componente de domínio: Normalmente o nome de um domínio; O: Nome da organização. Normalmente representado pelo nome do domínio 29 Root; C: Country: identificação de país, não sendo normalmente utilizado; Segundo Battisti e Santana (2009), a nomenclatura para localização de recursos em um servidor segue o padrão Universal Naming Convention (UNC). Neste padrão, um recurso é identificado pelo nome do servidor, separado do nome do recurso por uma barra. Abaixo são ilustrados alguns exemplos comuns de uso deste tipo de nomenclatura: \\server01.vendas.abc.com\documentos – Caminho para uma pasta compartilhada com o nome de compartilhamento “documentos” no servidor server01 do domínio vendas.abc.com; \\10.10.20.5\documentos – Exemplo anterior utilizando o número de IP do servidor ao invés do nome DNS; \\pr-server.prod.abc.com\laser01 – Caminho para uma impressora compartilhada com o nome de compartilhamento “laser01” no servidor pr-server do domínio prod.abc.com; \\10.10.30.5\laser01 – Exemplo anterior onde foi utilizado o endereço IP do servidor ao invés do nome DNS; vendas.abc.com\jsilva – referência ao usuário jsilva do domínio vendas.abc.com; VENDAS\jsilva – referência ao usuário jsilva do domínio vendas.abc.com utilizando apenas o nome NETBIOS. 2.2 INTRODUÇÃO AO ACTIVE DIRECTORY O AD é uma implementação da Microsoft, de um serviço de diretórios que provê autenticação centralizada e serviços de autorização com armazenamento e gerenciamento de segurança, como por exemplo, usuários, grupos de computadores e controle de permissão de recursos de rede. Adicionalmente, uma grande variedade de produtos voltados para empresas, incluindo o Servidor Exchange e os Serviços Sharepoint, necessitam do AD para funcionamento. Os requisitos para funcionamento de um servidor Windows (versão 2008) são ilustrados na tabela 2.1. (POLICELLI, 2009) 30 Tabela 2.1 - Requisitos de Hardware – Windows Server 2008 Componente Requisitos Processador Mínimo: 1GHz (para processadores x86) ou 1.4GHz (para processadores x64) – Recomendado: 2GHz ou mais Memória Mínimo: 512MB – Recomendado: 2GB ou mais Máximo (sistemas de 32-bit: 4GB (versão Standard) ou 64GB (versões Enterprise ou Datacenter) Máximo (Sistemas de 64-bit): 32GB (versão Standard) ou 2 TB (versões Enterprise, Datacenter, ou Itanium-Based) Espaço em Mínimo: 10GB – Recomendado: 40GB ou mais disco/outros NOTA: Computadores com mais de 16GB de memória requerem mais espaço em disco para paginação, hibernação e logs. Drive de DVD-ROM Monitor com resolução VGA (800 x 600) ou superior Teclado/Mouse Fonte: Policelli, 2009, p. 7 Segundo Battisti e Santana (2009), os principais elementos que compõem e mantém em funcionamento o AD são: Domínios, Árvores, Relações de confiança/Florestas, Principais objetos do AD (contas de usuário, grupos de usuários e contas de computador), Unidades organizacionais, Schema e Sites. Esses elementos compõem a chamada estrutura lógica do AD, ou seja, a maneira como o AD é apresentado ao administrador e aos usuários, quando estes utilizam as ferramentas de administração e pesquisa do AD. A estrutura lógica pode ser diferente (normalmente é) da estrutura física. A estrutura física determina onde são armazenadas as informações do AD, e as informações são sincronizadas entre os diferentes Domain Controller (DC). Este processo conhecido como replicação. (BATTISTI; SANTANA, 2009) Segundo Battisti e Santana (2009), além do banco de dados com informações sobre os elementos (objetos) que compõem o domínio, o AD também disponibiliza uma série de serviços que executam as seguintes funções: Replicação entre controladores de Domínio; Autenticação; Pesquisa de objetos na base de dados; Interface de programação para acesso aos objetos do diretório. Os domínios AD são nomeados usando o DNS. Pode-se agrupar domínios que fazem parte do mesmo DNS dentro da mesma árvore do domínio sendo esse o 31 motivo de o DNS ser um dos pré-requisitos para que o AD possa ser configurado e funcionar perfeitamente. (HUNTER; ALLEN, 2009) A Figura 2.1 representa a hierarquia de um domínio Active Directory e entre seus objetos. Figura 2.1: Hierarquia de um domínio Active Directory Fonte: Desmond, et. al, 2013, p. 6 2.2.1 Domínios Um domínio é constituído por um grupo de servidores, estações de trabalho que concordam em centralizar os nomes de contas de usuário e máquinas em um banco de dados compartilhado, e com isso permitir que um usuário tenha apenas um nome de conta e senha e possa utilizá-lo em qualquer computador dentro do domínio de uma organização. (MINASI, M. et al., 2003) Segundo Battisti e Santana (2009), todos os servidores que contém uma cópia da base de dados do AD fazem parte do domínio. Cada estação de trabalho que faz parte do domínio possui uma conta de computador criada, sendo essa o mesmo nome da estação na rede. Um domínio também pode ser definido com um limite administrativo e de segurança pois a conta de administrador possui permissão de acesso em todos os recursos do domínio mas não em recursos de outros domínios. Ele é um limite de segurança porque cada domínio tem definições de políticas de segurança que se 32 aplicam as contas de usuário e demais recursos dentro do domínio. Em um domínio baseado no AD, é possível ter dois tipos de servidores: DC e Servidor Membro (Member Server). (BATTISTI; SANTANA, 2009) 2.2.2 Árvores Segundo Battisti e Santana (2009), uma árvore é o agrupamento ou arranjo hierárquico de um ou mais domínios que compartilham o mesmo nome de espaço, conforme exemplificado na Figura 2.2. Figura 2.2: Domínios de uma árvore Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 296 Na Figura 2.2 é exibida uma árvore com 7 (sete) domínios, sendo que o domínio pai (ou root) é abc.com. Os domínios seguintes são vendas.abc.com e prod.abc.com. Quando é formada uma hierarquia de domínios, nome de espaço significa que os nomes dos objetos filho contém o nome do objeto pai. Com isso uma árvore de diretórios forma um espaço de nomes contínuo, onde o nome do objeto filho sempre contém o nome do objeto pai. (BATTISTI; SANTANA, 2009) 2.2.3 Relação de Confiança e Florestas Uma floresta é uma coleção de uma ou mais árvores de domínio. Estas árvores de domínio compartilham o mesmo esquema e contêiner, e essas árvores estão conectadas entre si através de relações de confiança transitivas. (DESMOND, 33 et al., 2013) Por meio do uso de relações de confiança entre domínios, é possível que um usuário de domínio possa fazer logon com sua conta de usuário e senha, mesmo utilizando o computador de outro domínio. As relações de confiança são criadas automaticamente entre os domínios de uma árvore de domínios. As relações são bidirecionais, ou seja, se o domínio “Dom A” confia no domínio “Dom B”, isso significa que o domínio “Dom B” também confia no domínio “Dom A”. As relações de confiança são transitivas, ou seja, se “Dom A” confia em “Dom B”, o qual confia em “Dom C”, então o “Dom A” também confia no “Dom C” e vice-versa. (BATTISTI; SANTANA, 2009) A Figura 2.3 ilustra o sistema de relações de confiança bidirecional. Figura 2.3: Relações de confiança bidirecionais e transitivas Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 307 Segundo Battisti e Santana (2009), as relações de confiança criadas automaticamente, entre os domínios de uma árvore apresentam as características descritas anteriormente: Automaticamente criadas, bidirecionais e transitivas. Porém existem situações em que pode ser necessária a criação de outros tipos de relações 34 de confiança. Por exemplo, pode ser necessária a criação de uma relação de confiança entre um dos domínios da sua rede, com um domínio baseado no Windows NT Server da rede de um fornecedor ou parceiro de negócio. Ou pode ser necessária a criação de uma relação de confiança entre um domínio da sua rede com um domínio da rede de outra empresa, ambos utilizando a mesma versão do Windows Server. Neste caso será necessário criar uma relação de confiança com um domínio em outra árvore de domínios. Abaixo são descritos os tipos de relação de confiança entre domínios e árvores de domínios. Transitiva bidirecional entre um Domínio pai e um Domínio filho: Quando o Administrador cria um domínio filho, uma relação de confiança bidirecional e transitiva é criada, automaticamente, pelo assistente de instalação do AD. Por exemplo, um domínio root chamado abc.com e cria um domínio filho chamado vendas.abc.com, o assistente de instalação do AD, automaticamente cria durante a criação do domínio vendas.abc.com, uma relação de confiança bidirecional e transitiva entre os domínios abc.com e vendas.abc.com. Transitiva bidirecional entre uma árvore de domínios e o domínio root de uma floresta: Pode-se juntar várias árvores de domínios para formar uma floresta. Este tipo de relação de confiança é automaticamente criado, quando cria-se um novo domínio em uma floresta já existente. Externa, não transitiva, unidirecional ou bidirecional: Este tipo de relacionamento é criado com um domínio externo localizado em outra floresta. Se o domínio for baseado no NT Server 4.0 a relação será unidirecional, caso contrário será bidirecional. Cabe ressaltar que para ser bidirecional a relação deve ser criada e configurada nos dois domínios. Para criar uma relação externa, bidirecional entre o domínio abc.com da árvore abc.com e o domínio vendas.xyz.com da árvore xyz.com, a relação tem que ser criada no domínio abc.com pelo administrador deste domínio e também no domínio vendas.xyz.com pelo respectivo administrador. Somente após esse processo ela será bidirecional. Caso contrário, se for criada somente em um dos domínios, ela será unidirecional. A Figura 2.4 ilustra uma relação de confiança deste tipo. 35 Figura 2.4: Relações de confiança externas – unidirecional ou bidirecional Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 308 Realm, transitiva ou não transitiva, unidirecional ou bidirecional: Este tipo de relação é criado entre um domínio baseado no Windows Server e outros domínios não Windows, também baseado no protocolo Kerberos, como por exemplo o UNIX. O protocolo Kerberos é um padrão de fato que fornece, dentre outros, serviços de autenticação em um domínio do Windows Server. Outros sistemas operacionais também utilizam o Kerberos. Este tipo de relacionamento poderia ser utilizado, por exemplo, para que as contas de um domínio baseado no UNIX, pudessem receber permissões de acesso em recursos de um domínio baseado no Windows Server. Entre florestas, transitiva, unidirecional ou bidirecional: Este tipo de relacionamento é criado entre os domínios root de duas florestas. Pode ser do tipo unidirecional ou bidirecional. Se for do tipo bidirecional, os usuários de uma floresta podem acessar recursos nos domínios da outra floresta e vice-versa. Um exemplo prático de uso deste tipo de relação de confiança seria quando é feita a fusão de duas empresas e seja necessário permitir que os usuários de uma empresa possam acessar recursos nos servidores da rede da outra empresa. Shortcut, transitiva, unidirecional ou bidirecional: Este tipo de relação de confiança é utilizado para melhorar o tempo de logon entre dois domínios, em uma 36 floresta. O principal objetivo deste tipo de relação de confiança é otimizar os tempos de logon. Quanto mais afastados (quanto maior o caminho e o número de relações de confiança a ser percorrido), menor será o tempo de logon entre os domínios, se o Administrador criar uma relação de confiança do tipo Shortcut. Importante: Só faz sentido criar este tipo de relação de confiança, se for comum usuários de um domínio acessarem recursos do outro domínio e se o tempo de logon apresentar tempos muito elevados a 2.5 exemplifica uma relação desse tipo. A Figura 2.5 ilustra uma relação de confiança desse tipo. Figura 2.5: Relação de confiança do tipo Shortcut Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 308 2.2.4 Contas de Usuário Todo usuário que quer ter acesso aos recursos dos computadores do domínio (pastas compartilhadas, impressoras compartilhadas, etc) deve ser cadastrado no AD. Cadastrar o usuário, significa criar uma conta de usuário e uma senha. Ao cadastrar um usuário, outras informações tais como: seção, nome completo, endereço, telefone, etc, podem ser cadastradas. (BATTISTI; SANTANA, 2009) As contas de usuário são os objetos mais frequentemente usados no AD. Através desse tipo de objeto são criados os meios de autenticação e autorização para acessar recursos disponíveis na rede. Em particular, o AD gerencia informações sobre senhas de usuário, grupos, ativar/desativar ou expirar uma conta de usuário. (HUNTER; ALLEN, 2009) 37 Segundo Battisti e Santana (2009), uma conta precisa ser criada somente uma vez, em um dos Controladores de domínio. Após criada, a conta será replicada para os demais DC do domínio. As contas de usuário também podem ser criadas com o Windows 2000 Professional, Windows XP Professional ou Windows 7 Professional. As contas criadas nestes computadores são conhecidas como contas locais, ou seja, existem somente no computador onde foram criadas, sendo recomendado que: Todo usuário que acessa a rede deve ter a sua própria conta: Não é recomendado que dois ou mais usuários compartilhem a mesma conta. A conta é a identidade do usuário para a rede; Com base nas contas de usuários e grupos: O administrador pode habilitar ou negar permissões de acesso aos recursos da rede, como por exemplo, restringir o acesso às pastas e arquivos compartilhados, definindo quais usuários podem ter acesso e qual o nível de acesso de cada usuário – leitura, leitura e alteração, exclusão e assim por diante; Utilização de um padrão para o nome das contas de usuários: Não podem existir dois usuários com o mesmo nome de logon dentro do mesmo Domínio. Para isso é importante que seja definido um padrão e no caso de nomes iguais deve ser definido uma maneira de diferenciá-los; Podem ter no máximo 20 caracteres e os seguintes caracteres não podem ser utilizados: “ / \ : ; [ ] | = , + * ? < > e Sempre que você for cadastrar um usuário também deve ser cadastrada uma senha para o usuário: O administrador pode especificar um número mínimo de caracteres aceito para a senha. O número máximo de caracteres da senha é 128. Para as senhas, o Windows Server distingue letras maiúsculas de minúsculas. 2.2.5 Grupos de Usuários Segundo Battisti e Santana (2009), um grupo de usuários é uma coleção de 38 contas de usuários. A principal função dos grupos de usuários é facilitar a administração e a atribuição de permissões para acesso a recursos, tais como: pastas compartilhadas, impressoras remotas, serviços diversos, etc, pois em vez de conceder permissões individualmente para cada usuário que necessitar acessar um determinado recurso, cria-se um grupo, inclui os usuários no grupo e atribui permissões para o grupo. Para que um usuário tenha permissão ao recurso, basta incluir o usuário no grupo, pois todos os usuários de um determinado grupo, herdam as permissões dos grupos aos quais o usuário pertence. A Figura 2.6 exemplifica a herança de permissões. Figura 2.6: Usuário herda as permissões do grupo Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 292 Segundo Desmond, et al. (2013), o AD suporta três escopos de grupo: Local, Global e Universal. Grupos em cada um desses escopos comportam-se de forma diferente baseado nos níveis de funcionalidade do domínio e da floresta. Cada grupo acima relacionado pode ter dois tipos: distribuição e segurança. Se o tipo é distribuição, o SID não é adicionado ao token durante o logon, não podendo ser utilizado para propósitos de segurança. Grupos de distribuição são normalmente utilizados para listas de distribuição de mensagens (grupos de e-mail, por exemplo) porém também podem ser utilizados para propósitos de segurança em aplicativos com suporte a grupos LDAP porém que não utilizem o modelo de segurança do Windows. Segundo Battisti e Santana (2009), o escopo de um grupo determina em que partes do domínio ou de uma floresta o grupo será visível, podendo ser utilizado para receber permissões de acesso aos recursos de rede. As principais características e uso de cada tipo são: Universal: Pode ser utilizado em qualquer parte do domínio; Pode conter 39 contas de usuários, outros grupos universais e grupos globais de qualquer domínio; Pode ser membro de grupos locais do domínio ou grupos universais e grupos globais de qualquer domínio; Pode receber permissões para recursos localizados em qualquer domínio. Global: Pode ser utilizado em qualquer domínio; Pode conter contas de usuários e grupos globais do mesmo domínio; Pode ser membro de grupos universais e grupos locais do domínio, de qualquer domínio e pode ser membro de qualquer grupo global do mesmo domínio; Pode receber permissões para recursos localizados em qualquer domínio. Local: Utilizados para atribuir permissões de acesso aos recursos de rede. Segundo Desmond, et al. (2013), pode haver necessidade de conversão entre tipos, contudo existem algumas restrições e observações, abaixo listadas: • Grupos de segurança podem ser convertidos em grupos de distribuição; • Grupos de distribuição podem ser convertidos em grupos de segurança; • Um grupo Local pode ser convertido em um grupo universal desde que o grupo local não seja membro de outro grupo local; • Um grupo global pode ser convertido em um grupo universal desde que o grupo global não seja membro de outro grupo global; • Um grupo do domínio universal pode ser convertido em um grupo global desde que o grupo local não seja membro de outro grupo local; • Um grupo universal pode ser convertido para um global desde que todos os membros no grupo sejam usuários do grupo; • Um grupo universal pode ser convertido para local. 2.2.6 Contas de Computador Segundo Battisti e Santana (2009), estações de trabalho que rodam o Windows NT Workstation 4.0, Windows 2000 Professional, Windows XP Professional ou Windows 7 e que fazem parte do domínio, devem ter uma conta de computador no AD. Servidores, sejam membros ou DCs, rodando Windows NT Server 4.0 ou Windows Server, também precisam possuir contas de computador no AD. A conta de 40 computador pode ser criada antes do computador ser adicionado ao domínio ou no momento em que o computador é configurado para fazer parte do domínio. A conta do computador deve ter o mesmo nome do computador na rede. Por exemplo, um computador com o nome de microxp01, terá uma conta no AD, com o nome: microxp01. Computadores rodando Windows 95/98/Me, mesmo tendo acesso à lista de usuários e grupos do domínio, não terão contas de computador criadas no AD. 2.2.7 Unidades Organizacionais Segundo Battisti e Santana (2009), uma unidade organizacional é uma divisão lógica do domínio, a qual pode ser utilizada para organizar os objetos de determinado domínio em um agrupamento lógico para efeito de administração. Segundo Desmond, et al. (2013), quando se visualiza internamente um domínio AD, se enxerga uma estrutura hierárquica dos objetos. Esta hierarquia é feita de objetos que podem servir de contêiner e outros não. O primeiro tipo de contêiner que será criado para acomodar os objetos é chamado de Unidade Organizacional. Uma unidade organizacional também pode possuir políticas de grupos específicas aplicadas a ela. Segundo Battisti e Santana (2009), as Unidades Organizacionais devem ser utilizadas quando: For necessário representar a estrutura e organização da companhia em um domínio. Sem a utilização de Unidades Organizacionais, todas as contas de usuário serão mantidas e exibidas em uma única lista, independente da localização, departamento ou função do usuário; For necessário delegar tarefas administrativas sem para isso dar poderes em todo o Domínio. Com o uso de Unidades Organizacionais, poderão ser concedidas permissões para um usuário somente em nível de Unidade Organizacional; Facilitar e melhor acomodar alterações na estrutura da companhia. Por exemplo, é mais fácil mover contas de usuário entre Unidades Organizacionais do que entre domínios. A Figura 2.7 ilustra a divisão de um domínio em Unidades Organizacionais. 41 Figura 2.7: Divisão de um domínio em Unidades Organizacionais Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 304 2.2.8 Schema Segundo Battisti e Santana (2009), a definição de todos os objetos do AD e demais informações esta contida no que é conhecido como Schema do AD, utilizando um modelo de banco de dados hierárquico, ou seja, a definição de cada objeto e seus atributos está contida no Schema. Quando um novo objeto é criado, as informações são validadas com base nas definições contidas no Schema antes que o objeto seja salvo na base de dados do AD. O Schema é feito de objetos, classes e atributos, sendo que o Schema definido por padrão com o AD contém um número de classes e atributos que atende as necessidades da maioria das empresas, sendo permitido ao administrador modificar as classes existentes ou adicionar novas classes ou atributos, sendo que essas modificações devem ser cuidadosamente planejadas, pois afetarão toda a árvore de domínios. Todos os domínios de uma árvore têm que utilizar o mesmo Schema, ou seja, não podem ser utilizados diferentes Schemas para os diferentes domínios de uma árvore de domínios. Uma característica interessante do AD, não comum em outras implementações do LDAP, é que o Schema é armazenado no AD como um conjunto de Objetos. Isso significa que o Administrador pode utilizar ferramentas para gerenciar o Schema, da mesma forma que faria em outros objetos sem a necessidade de desligar ou reiniciar o AD. Todos os Schemas são armazenados no 42 contêiner Schema, como por exemplo, cn=schema,cn=configuration,<Floresta>. O Schema é composto por duas classes de objetos: classSchema e attributeSchema. O classSchema é responsável pela definição das classes e o attributeSchema é responsável pela definição de atributos. O contêiner Schema possui um terceiro tipo de objeto chamado subSchema, também conhecido como abstractSchema, o qual é definido no LDAP versão 3 (RFC 2251). (HUNTER; ALLEN, 2009) Cada floresta pode conter um único Schema, ou seja, o Schema tem que ser único ao longo de todos os domínios da floresta. Uma cópia do Schema é replicada em todos os controladores de domínio da floresta, sendo que um único DC controla a estrutura do Schema, sendo conhecido como Schema Master. A cópia replicada para os outros DC é uma cópia somente leitura. Para que um usuário possa realizar alterações no Schema, ele deve ser membro do grupo Schema Admins. Caso um usuário com as permissões adequadas tente realizar a alteração do Schema em um DC que não seja o Schema Master, será emitida uma mensagem de erro. Após as modificações no Schema, elas serão replicadas a partir do Schema Master para os demais DCs da floresta ou árvore de domínios. Cada DC mantém uma cópia do Schema na memória do servidor para melhorar a performance de operações relacionadas ao Schema. A versão armazenada no Cache do servidor é automaticamente atualizada (em intervalos de tempo definidos) cada vez que o Schema é atualizado. (BATTISTI; SANTANA, 2009) 2.2.9 Sites O AD possui um elemento conhecido como site que é utilizado para representar a divisão física da rede e, é de extrema importância para a implementação de um sistema de replicação otimizado das informações do AD, entre os diversos DCs de um domínio. Um site no AD é utilizado para representar a estrutura física da rede. As informações sobre topologia da rede, contidas nos objetos site e link entre sites são utilizadas pelo AD para a criação de configurações de replicação otimizadas, sempre procurando reduzir o máximo possível o tráfego através de links de WAN. Um site normalmente é definido com uma ou mais redes conectadas por um caminho de alta velocidade, ou seja, é definido por um ou mais endereços IP e uma ou mais máscaras de sub-rede, ou seja, um conjunto de redes e sub-redes conectadas por um caminho de alta velocidade. (Battisti; Santana, 2009) 43 Segundo Battisti e Santana (2009), a utilização de sites e links entre sites facilita a implementação de várias atividades no AD, destacando-se: Replicação: O AD procura equilibrar a necessidade de manter os dados atualizados em todos DCs, com a necessidade de otimizar o volume de tráfego gerado devido à replicação das informações entre os DCs do domínio, sendo que a replicação entre os DCs de um mesmo site ocorre mais frequentemente do que entre DCs de sites diferentes. Autenticação: A informação sobre sites auxilia o AD a fazer a autenticação dos usuários de uma maneira mais rápida e eficiente. Quando um usuário faz logon no domínio, o AD primeiro tenta localizar um DC dentro do site definido para a rede do usuário, evitando que tráfego de autenticação desnecessário seja gerado em links mais lentos (WAN). Serviços que possuem “conhecimento” sobre as configurações de sites existentes na rede: Por exemplo, quando um usuário tenta acessar um serviço que utiliza este recurso, o serviço tentará fazer com que o usuário acesse um servidor do mesmo, evitando dessa forma que o usuário acesse um servidor remoto em outro site gerando tráfego em links mais lentos (WAN). Um exemplo dessa utilização é a do serviço DFS (permite a criação de réplicas de pastas compartilhadas em vários servidores de rede). Por exemplo, quando um usuário em sua estação de trabalho tenta acesso a uma pasta compartilhada no DFS, este é direcionado para uma réplica em um servidor do mesmo site do usuário. A Figura 2.8 ilustra a utilização de uma sub-rede para a definição de um site. Figura 2.8: Definição de um site Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 315 44 2.3 REPLICAÇÃO Segundo Battisti e Santana (2009), a base de dados do AD com todas informações completas sobre todos os objetos do AD é armazenada nos DCs do domínio e as alterações podem ser efetuadas em qualquer DC. Essas alterações devem ser replicadas para os demais DCs do domínio, de modo que todos os DCs estejam sincronizados e com uma cópia idêntica da base de dados do AD. Este processo ocorre o tempo todo, pois alterações no AD são feitas diariamente e a replicação é um processo contínuo. O AD procura determinar automaticamente qual a melhor configuração de replicação, procurando obter o menor tempo possível para atualização dos DCs do domínio, mas balanceando com o volume de tráfego gerado na rede, de tal maneira que o tráfego gerado pela replicação não venha a sobrecarregar os links de WAN. As configurações de replicação do AD são feitas automaticamente pelo processo conhecido como Knowledge Consistency Checker (KCC), que é um processo que roda em todos os DCs. O KCC automaticamente identifica as configurações de replicação mais eficientes com base nas configurações de sites do AD. O KCC regularmente recalcula a topologia de replicação para ajustar o processo para quaisquer alterações que tenham ocorrido na estrutura física da rede, como a criação de novos sites ou a inserção de novas sub-redes em um site existente. Segundo Desmond et al. (2013), o KCC possui dois tipos de algorítimos usados para determinar quais objetos de conexão são necessários: intrasite e intersite. Intrasite: Designado para criar o mínimo de latência em uma topologia de anel para cada contexto de nome, de forma que não sejam realizados mais de dois saltos entre dois DCs em um site. O KCC adiciona e remove as conexões entre os DCs quando necessário, para manter uma topologia com o mínimo de saltos. A visualização é simples quando lida-se com um único domínio e um número pequeno de controladores de domínio, porém fica extremamente difícil de visualizar quando são adicionados diversos DCs e domínios adicionais. Intersite: Não é um algorítimo baseado em um número mínimo de saltos. Ele tenta determinar quais sites são conectados entre si através de um algorítimo de spanning-tree e cria métricas para realizar as conexões entre os servidores. Uma 45 topologia de site bem definida auxiliará o KCC a gerar uma coleção de objetos para replicação de forma mais inteligente e eficiente. A Figura 2.9 exemplifica uma topologia de replicação simples. Figura 2.9:Topologia de replicação simples Fonte: Desmond et al., 2013, p. 123 2.4 FUNCIONALIDADES DE UM DOMÍNIO Segundo Battisti e Santana (2009), o nível de funcionalidade do domínio determina quais características estão ou não disponíveis no domínio e quais versões do Windows podem ou não estar presentes nos DCs do domínio. No Windows Server 2008 existem quatro níveis de funcionalidade: Windows 2000 Misto; Windows 2000 Nativo; Windows Server 2003; Windows Server 2008. O nível de funcionalidade Windows 2000 misto é o único que permite que existam DCs com NT Server 4.0, porém não é possível instalar DCs com o Windows Server em um domínio com o nível Windows 2000 Misto, pois muitos dos recursos mais avançados, tais como grupos Universais somente estão disponíveis nos demais níveis de funcionalidade. Este nível deve ser utilizado apenas na fase de migração de DCs NT Server 4.0. Após a migração do último DC com NT Server 4.0 o nível de funcionalidade do domínio pode ser alterado para os demais níveis. (BATTISTI; SANTANA, 2009). Segundo Battisti e Santana (2009), o nível de funcionalidade da floresta é uma novidade que foi introduzida com o Windows Server 2003, existindo três níveis: Windows 2000; Windows Server 2003; Windows Server 2008. 46 A tabela E.1 disponível no Anexo E descreve as funcionalidades disponíveis e quais versões do Windows podem ser utilizadas nos DCs para cada um dos modos de funcionalidade do domínio. A tabela F.1 disponível no Anexo F descreve quais funcionalidades estão disponíveis e quais versões do Windows podem ser utilizadas nos DCs para cada um dos modos de funcionalidade de floresta. 2.5 GROUP POLICY OBJECT (GPO) Segundo Desmond et al. (2013), as políticas de grupo são utilizadas por um administrador para definir o ambiente para usuários e computadores. O escopo e funcionalidades das GPO podem ser estendidos a uma grande diversidade de objetos e ações. Segundo Battisti e Santana (2009), com o uso de GPO é possível: • Gerenciar centralizadamente configurações definidas no registro do Windows, com base em modelos de administração; • Atribuição de scripts a serem executados na inicialização, desligamento, logon e logoff do Windows; • Redirecionamento de pastas, tais como Documentos, Imagens, Downloads para que elas sejam automaticamente gravadas em um servidor, facilitando e flexibilizando uma possível política de backup centralizada; • Gerenciamento de software, permitindo que um administrador possa fazer as instalações de maneira centralizada, sendo possível associar uma aplicação a um grupo de usuários; • Definir configurações de segurança para computadores executando o Windows 2000, Windows XP, Windows Vista, Windows Server 2003, Windows Server 2008 ou Windows 7. É possível criar objetos do tipo GPO e associá-los a diferentes elementos do AD, podendo ser um domínio, unidade organizacional ou um site. Também é possível a criação de GPO localmente em cada computador, desde que eles estejam executando o Windows 2000, Windows XP, Windows Vista, Windows Server 2003, Windows Server 2008 ou Windows 7. A ordem de aplicação das GPOs é: • GPO local; 47 • GPO definida para o site ao qual o computador pertence; • GPO do domínio; • GPO da unidade organizacional ou um filho (grupos, computadores, etc). 2.6 CONSOLE DE ADMINISTRAÇÃO E SNAP-IN Segundo Battisti e Santana (2009), o Microsoft Management Console (MMC) foi criado para servir como uma interface unificada para a administração e gerenciamento dos mais variados recursos do Windows. Nas versões anteriores ao Windows 2000, como por exemplo, o Windows NT Server 4.0 e 3.5.1 cada ferramenta administrativa apresentava uma interface diferente, de modo que o administrador era obrigado a aprender a utilizar uma série de interfaces e ferramentas diferentes para as tarefas de administração necessárias. Na prática o MMC por si só não oferece nenhuma funcionalidade, ele apenas fornece uma maneira padronizada para a criação de ferramentas administrativas. Toda a funcionalidade do MMC é fornecida por aplicações de gerenciamento e administração chamadas Snap-ins. O conjunto MMC + Snap-in é conhecido como console ou console de administração. Um console é composto por uma janela dividida em três painéis: o painel da esquerda exibe a árvore do console; o painel central contém o painel de detalhes e o painel de detalhes mostra as informações e funções relativas ao item que está selecionado no painel da esquerda. Cada snap-in possui seus próprios menus e sua própria barra de ferramentas, separados dos menus e da barra de ferramentas da janela principal do MMC. (BATTISTI; SANTANA, 2009) Segundo Battisti e Santana (2009), o MMC pode ser utilizado para uma série de atividades, como por exemplo: • Administração de contas de usuários, grupos e computadores; • Gerenciamento de logs de segurança e monitoramento de desempenho; • Administração e gerenciamento de servidores remotos (com a devida permissão); • Criação de consoles personalizados e definição de permissões para delegar funções para um ou mais usuários. A Figura 2.10 ilustra a janela principal do MMC sem snap-ins carregados. 48 Figura 2.10: MMC sem nenhum snap-in carregado Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 373 Segundo Battisti e Santana (2009), é possível para o administrador realizar a criação de consoles personalizados através da adição ou remoção de snap-ins, conforme necessidade. A Figura 2.11 demonstra alguns snap-ins, acessíveis através do menu Arquivo -> Adicionar ou Remover Snap-in do MMC. Figura 2.11: Janela de adição de Snap-ins Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 377 49 3 SAMBA Este capítulo tem como objetivo apresentar o software livre Samba mostrando suas principais características, um pouco de sua história, conceitos e protocolos envolvidos de forma a exemplificar o funcionamento básico em todas as suas versões 3.1 O QUE É O SAMBA Segundo Barreiros (2015), Samba é um conjunto de aplicativos UNIX que se comunicam através do protocolo Server Message Block (SMB). Suportando este protocolo, o Samba permite que servidores UNIX like se comuniquem com produtos para o Microsoft Windows. Uma máquina rodando um servidor Samba pode ficar mascarado em uma rede Microsoft, oferecendo os seguintes serviços: • Compartilhamento de um ou mais sistemas de arquivos; • Compartilhamento de impressoras, tanto no servidor como no cliente; • Auxiliar clientes na navegação do ambiente de rede; • Autenticação de clientes em domínios Windows; • Prover ou auxiliar na resolução de servidores através do Windows Internet Name Service (WINS). 3.2 HISTÓRIA Segundo Morimoto (2004), a primeira versão do Samba, disponibilizada em 1992, foi escrita por Andrew Tridgell. Naquela época, a especificação do SMB utilizada pela Microsoft ainda era fechada e Andrew desenvolveu um pequeno programa – batizado de clockspy – para examinar os pacotes de dados enviados por uma máquina Windows e assim implementar chamada por chamada de sistema utilizada. O resultado foi um programa que era executado no Solaris e era capaz de responder às chamadas do SMB como se fosse um servidor Windows. O objetivo dessa primeira versão era resolver um problema doméstico: interligar um PC executando Windows 3.1 ao servidor Solaris. 50 Algum tempo depois de começar a distribuir seu servidor sob o nome de SMB server, descobriu-se que este nome já pertencia ao produto de outra empresa. Ao pesquisar em seu sistema UNIX like por palavras contendo S, M e B (grep -i 's.*m.*b' /usr/dict/words) o resultado apresentado sugeriu, dentre outras, a palavra samba (salmonberry samba sawtimber scramble), por isso essa a escolhida. (BARREIROS, 2015) Em 1994, a Microsoft liberou as especificações do SMB e do NetBIOS, o que permitiu que o desenvolvimento do Samba desse um grande salto, tanto em termos de recursos quando em compatibilidade, passando a acompanhar em tempo real a adição dos novos recursos ao protocolo da Microsoft. (MORIMOTO, 2004) 3.3 BASE DE FUNCIONAMENTO Segundo Carmona (2007), a compatibilidade com o Windows proporcionada pelo Samba se dá, devido ele ser uma implementação do protocolo SMB, que por sua vez, é uma implementação proposta pela Microsoft para o antigo protocolo NetBEUI, oriundo do protocolo NetBIOS, criado pela IBM, no início da década de 1980. 3.3.1 NetBIOS O NetBIOS é um protocolo de transporte e de sessão, para uso geral, mas originalmente destinado a serviços de arquivo e impressão. O Samba trabalha com NetBIOS encapsulado em TCP/IP, e repassando para a rede de clientes pelo sistema de broadcasting, ou seja, os pacotes NetBIOS que saem do servidor são enviados para toda a rede. (CARMONA, 2007) Segundo Barreiros (2015), no protocolo NetBIOS, cada máquina quando se conecta na rede, clama por um nome para si, o que é chamado de registro de nome (name registration), não podendo haver mais de uma máquina reclamando o mesmo nome em um ambiente de trabalho. Existem então duas diferentes abordagens para evitar que isto ocorra: Usar o NetBIOS Name Server (NBNS) para manter um controle sobre qual cliente registrou cada nome NetBIOS; Permitir que cada máquina na rede reclame o seu nome, quando uma outra máquina tentar registrar o 51 nome já utilizado. A Figura 3.1 demonstra a tentativa de registro de um nome com e sem um servidor de nomes NetBIOS. Figura 3.1: Registro de nome com e sem servidor de Nomes NetBIOS Fonte: Barreiros, 2015 Segundo Barreiros (2015), além desta verificação do nome deve existir uma maneira de se traduzir o nome NetBIOS para um endereço IP, este processo é chamado de resolução de nome (name resolution). Na NBT esta resolução pode se dar de duas maneiras: Fazer com que cada máquina responda seu endereço IP quando “escuta” uma broadcast de requisição do seu nome NetBIOS e usar o NBNS para ajudar na resolução dos nomes NetBIOS para endereços IP. A Figura 3.2 demonstra a resolução de nomes com e sem servidor de nomes NetBIOS. 52 Figura 3.2: Resolução de nomes com e sem servidor de nomes NetBIOS Fonte: Barreiros, 2015 Segundo Barreiros (2015), cada máquina em uma rede NetBIOS recebe uma das seguintes designações, dependendo de como processa o registro de nome e a resolução: nó-b, nó-p, nó-m, nó-h. Os comportamentos destes nós são resumidos conforme demonstra a tabela 3.1. Oos nomes NetBIOS devem seguir um rígido conjunto de regras. A seguir são descritos as principais regras: • Um nome NetBIOS registrado pode se referir a uma única estação de trabalho, ou a nós múltiplos que façam parte de um grupo de trabalho; • Nomes NetBIOS não possuem formato hierárquico. Ou seja, não existem pontos como no DNS; • Nomes NetBIOS devem somente possuir caracteres de a..z, A..Z, 0..9 ou um dos seguintes caracteres: ! @ # $ % ^ & ( ) – ‘ { } . ~ • Nomes NetBIOS podem ter no máximo 15 caracteres para descrever o recurso, e um octeto hexadecimal para se referir ao tipo de recurso. Este último octeto indica que propriedades o computador registrado possui. 53 A tabela 3.2 exemplifica os tipos de recursos disponíveis: Tabela 3.1 - Tipos de nós NetBIOS Descrição Comportamento nó-b Utiliza somente broadcast para o registro de nome e a resolução. nó-p Utiliza registro e resolução ponto a ponto somente. nó-m Utiliza broadcast para o registro. Se registrado com sucesso notifica o NBNS do resultado. Utiliza broadcast para a resolução, se o este não tiver sucesso utiliza o NBNS. nó-h (híbrido) Utiliza o NBNS para registro e resolução. Utiliza o broadcast se o NBNS não der resposta ou estiver inoperante. Fonte: Barreiros, 2015 Tabela 3.2 - Tipos de recursos Recurso Valor (Hexa) Serviço padrão de estação de trabalho 00 Serviço de mensagem – Messenger Service (WinPopup) 03 RAS Server Service 06 Domain Master Browser Service (associado com o controlador de domínio primário) 1b Nome do Master Browser 1d Serviço de NetDDE 1f Servidor de arquivos (incluindo servidor de impressora) 20 Serviço de cliente de RAS 21 Fonte: Barreiros, 2015 Segundo Barreiros (2015), redes SMB/CIFS também utilizam o conceito de grupos onde cada máquina da rede pode se registrar. Em um universo Windows um grupo de trabalho é equivalente a um grupo SMB. A tabela 3.3 exemplifica os tipos de recursos de grupos. Tabela 3.3 - Tipos de recursos de grupos NetBIOS Recurso Valor Grupo padrão de estação de trabalho 00 Servidor de logon 1c Nome de Master Browser 1d Nome de grupo normal (utilizado em browser elections) 1e Nome de grupo de internet (administrativo) 20 Fonte: Barreiros, 2015 54 3.3.2 SMB/CIFS O Server Message Block (SMB) e o Common Internet File System (CIFS) são protocolos de redes cujo uso mais comum é o compartilhamento de arquivos em uma LAN. Estes protocolos permitem que o cliente manipule arquivos de rede como se estes estivessem em sua máquina local, de modo a permitir operações como leitura, gravação, criação, exclusão e renomeação. O protocolos SMB/CIFS funcionam através do envio de pacotes do cliente para o servidor. Cada pacote é tipicamente baseado em uma requisição de algum tipo, como a abertura ou leitura de um arquivo. O servidor então recebe este pacote checa-o para ver se a requisição é válida, ou seja, verifica se o cliente possui as permissões apropriadas para efetuar a requisição e finalmente executa a requisição e retorna um pacote de resposta ao cliente. O cliente então analisa o pacote de resposta para determinar se a requisição inicial foi completada com sucesso. (BARREIROS, 2015) Segundo Barreiros (2015), o conjunto de aplicativos Samba resume-se a um par de daemons Unix que provêm recursos compartilhados para clientes SMB na rede. Estes recursos são também usualmente chamados de serviços: smbd: Permite o compartilhamento de arquivos e impressoras em uma rede SMB e autenticação e autorização para clientes SMB; nmbd: Procura pelo Windows Internet Name Service (WINS) e o assiste na navegação. 3.4 SAMBA 4 Segundo Leal (2014), após anos de trabalho, codificação e testes, a comunidade open source apresentou no final de 2012 o Samba 4. Além de todos os novos recursos que o servidor Samba 4 traz, destaca-se com unanimidade os recursos do AD. O Microsoft AD é muito popular em diferentes empresas e organizações de pequeno a grande porte. Com a nova versão do Samba 4, os usuários e administradores de sistema são capazes de implementar serviços de diretório, compartilhamento de arquivos e impressoras além de fornecer uma ampla gama de serviços de rede, que utilizam tecnologia de código aberto. O Samba 4 tem incluído de forma nativa todas as tecnologias necessárias do lado servidor para operar os serviços do Active Directory, como por exemplo, servidor LDAP, o centro de distribuição de chaves Kerberos, e um servidor de DNS simples. 55 3.4.1 Modos de Operação Suportados Segundo SAMBA-WIKI (2015), os seguintes modos de operação são suportados: Active Directory Domain Controller (AD-DC); Member Server em um AD ou domínio NT4-style; NT4-style (classic) PDC ou BDC; Standalone Server e Windows Print Server. 3.4.2 Limitações Segundo SAMBA-WIKI (2015), as seguintes limitações são encontradas na implementação atual: Não há suporte à tecnologia DFS-R, ou seja, não haverá replicação no conteúdo do Sysvol (diretório compartilhado que armazena os arquivos públicos de comum acesso e replicação entre os componentes do domínio). Até esta implementação ser realizada, é necessário sincronismo manual ou uso de ferramentas externas, como por exemplo, o rsync; Se o BIND foi utilizado como servidor de DNS ele deverá ser executado na mesma máquina de instalação do DC (pode ser utilizado servidor DNS forwarder – caso necessário); Distributed File System (DFS) está disponível para funcionamento apenas no modo stand-alone; Relações de confiança entre domínios e subdomínios não são suportadas; Suporte a Read-only Domain Controller (RODC) não está implementado; Os DCs não podem ser utilizados em sistemas de arquivos distribuídos, pois o DC samba não é compatível com esta implementação; Winbind não é suportado nos DCs até a versão 4.2. 3.4.3 Novos Recursos (versão 4.2) Segundo SAMBA-WIKI (2015), alguns dos novos recursos implementados com a versão 4.2 são: Compressão de arquivos transparente: Adiciona suporte à manipulação de arquivos e pastas compactadas no sistema de arquivos Btrfs; Versões de arquivos com Snapper: O módulo de suporte ao VFS adiciona suporte a versões anteriores de arquivos através do Windows Explorer, por meio da janela de diálogo “Versões Anteriores”; 56 Melhorias na segurança do Winbindd/Netlogon: Os canais seguros entre controladores de domínio foram reescritos para manter um estado global em netlogon_creds_cli.tdb, corrigindo diversos bugs, porém é necessário que uma senha de sessão “forte” seja definida, fazendo com que a antiga comunicação com servidores e clientes possa ser rejeitada; Uso do Winbindd no DC: O Winbindd é utilizado por padrão em um AD DC Samba, facilitando o suporte a relações de confiança entre os domínios do DC; Editor de Registro: Um aplicativo que permite a alteração do registro do Samba, permitindo a navegação entre as chaves de registro e edição de diferentes tipos de valores; Bloqueio de contas: Quando múltiplas tentativas de acesso indevida são detectadas, o sistema bloqueia automaticamente o acesso por 60 minutos (período pode ser manipulado); 3.4.4 Requisitos de Software Segundo SAMBA-WIKI (2015), os requisitos abaixo são recomendados/necessários para um correto funcionamento do Samba 4: Para os sistemas de arquivos que serão compartilhados pelo samba, o uso das opções user_xattr e acl,barrier=1 no /etc/fstab. Suporte do Kernel Linux às flags CONFIG_EXT4_FS_XATTR, CONFIG_EXT4_FS_SECURITY e CONFIG_EXT4_FS_POSIX_ACL; Phyton (obrigatório); perl (obrigatório); acl (opcional); xattr (opcional); blkid (opcional); gnutls (opcional); readline (opcional); cups (opcional – suporte a impressão); bsd ou setproctitle (opcional); xsltproc (opcional – suporte a criação de páginas de manuais); docbook (opcional – suporte a criação de páginas de manuais); 57 openldap (opcional – suporte a migração de servidores DC da versão 3 do samba para a versão 4). 58 4 ESTUDO DE CASO A implementação do projeto foi realizada em ambiente virtual, com a utilização do software VirtualBox. A topologia de rede utilizada nos servidores que foram virtualizados é representada pela Figura 4.1. Figura 4.1: Topologia da rede de testes Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Para o endereçamento de IP (versão 4) foi utilizada a classe 172.16.0.0/22. A tabela 4.1 exemplifica a distribuição de endereços IP na topologia anteriormente descrita. Tabela 4.1 - Distribuição de endereços IP EQUIPAMENTO FUNÇÃO IP SRV-FW001 FIREWALL/GATEWAY, SERVIDOR SERVIDOR DNS SECUNDÁRIO SRV-AD001 SERVIDOR AD, SERVIDOR DNS PRIMÁRIO 172.22.0.2/22 - RESERVADO INFRAESTRUTURA 172.22.0.3/22 a 172.22.0.255/22 CLIENTES DIVERSOS COMPUTADORES DE USUÁRIOS DINÂMICO, ATRIBUÍDO POR DHCP Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 DHCP, 172.22.0.1/22 59 Foram utilizados o domínio EMPRESA.LOCAL e nome NetBIOS EMPRESA para a implementação. As configurações referentes às máquinas virtuais utilizadas na implementação são descritas na tabela 4.2. Tabela 4.2 - Configurações das máquinas virtuais Máquina Memória (RAM) HD Rede SRV-FW001 512MB 1x 10GB 1x rede bridge 1x rede host-only SRV-AD001 512MB 1x 10GB 1x 250GB 1x rede host-only CLIENTE 1 512MB 1x 10GB 1x rede host-only CLIENTE 2 512MB 1x 10GB 1x rede host-only Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Após as definições e configurações das máquinas virtuais no VirtualBox foi realizada a instalação dos respectivos sistemas operacionais em cada máquina, o processo de instalação está disponível no Anexo A. 4.1 CONFIGURAÇÃO SRV-FW001 O primeiro passo para a instalação do firewall é definir as configurações de interface WAN. Na topologia atual, a interface de rede eth0 foi utilizada para a rede WAN e o método de atribuição de IP é DHCP. Para realizar as configurações necessárias deve-se alterar o arquivo /etc/network/interfaces e reiniciar o serviço de rede, conforme comandos: # echo allow-hotplug eth0 >> /etc/network/interfaces # echo iface eth0 inet dhcp >> /etc/network/interfaces # service networking restart A seguir procedimento realizado para instalação dos pacotes, conforme comando: # apt-get install openssh-server squid3 bind9 isc-dhcp-server 60 4.1.1 Configuração do Servidor DHCP A configuração do servidor DHCP foi realizada com alterações no arquivo /etc/dhcp/dhcpd.conf. O conteúdo do arquivo de configuração é ilustrado a seguir: ddns-update-style none; default-lease-time 64800; max-lease-time 6480; authoritative; log-facility local7; ddns-domainname "empresa.local"; option domain-name "empresa.local"; subnet 172.16.0.0 netmask 255.255.252.0 { range 172.16.1.0 172.16.3.254; option routers 172.16.0.1; option domain-name-servers 172.16.0.1, 172.16.0.2; } Na sequência deve-se reiniciar o serviço DHCP, conforme comando: # service isc-dhcp-server restart 4.1.2 Configuração do Servidor DNS Secundário O servidor SRV-FW01 é responsável pelo servidor DNS secundário, isto é, replica a zona empresa.local. Para a configuração do servidor como “slave” deve ser adicionadas as seguintes configurações no arquivo “/etc/bind/named.conf.local”: zone "empresa.local" { type slave; file "db.empresa.local"; masters { 172.16.0.2; }; allow-notify { 172.16.0.2; }; }; 61 Na sequência deve-se reiniciar o serviço bind, conforme comando: # service bind9 restart 4.1.3 Configuração do Firewall O primeiro passo para a configuração do firewall é a criação do arquivo /etc/init.d/firewall com o conteúdo definido no Anexo B. Após a criação do arquivo /etc/init.d/firewall, é necessário definir as permissões de execução do script e adicioná-lo à inicialização do sistema, conforme comandos: # chmod +x /etc/init.d/firewall # update-rc.d firewall defaults 4.1.4 Configuração do Proxy SQUID O arquivo de configuração squid.conf deve ser configurado conforme conteúdo definido no anexo C. Após a configuração do arquivo, deve-se reiniciar o serviço de PROXY, conforme comando: # service squid3 restart 4.2 CONFIGURAÇÃO SRV-AD001 O primeiro passo necessário é a instalação dos pacotes do BIND e bibliotecas de desenvolvimento utilizadas para a compilação do Samba 4, conforme comando: # apt-get install build-essential libacl1-dev libattr1-dev libblkid-dev libgnutls28-dev libreadline-dev python-dev python-dnspython gdb pkg-config libpopt-dev libldap2dev dnsutils libbsd-dev attr krb5-user docbook-xsl openssh-server bind9 Em seguida é alterado o arquivo /etc/fstab para permitir que a partição onde 62 serão gravados os dados compartilhados pelo servidor Samba 4 possa manusear corretamente as permissões de pasta necessárias pelo AD. Para isso, deve-se adicionar às opções de montagem os parâmetros user_xattr,acl,barrier=1 e sequencialmente aplicar as configurações, conforme abaixo ilustrado: # UUID=6ffe3049-b88b-4e20-bbff-4300c566ca33 /srv ext4 user_xattr,acl,barrier=1 As opções user_xattr e acl habilitam a lista de controle de acesso em sistemas POSIX enquanto a opção barrier=1 garante que as transações no banco de dados tdb estejam seguras mesmo que ocorra desligamento incorreto do sistema. 4.2.1 Instalação do SAMBA 4 Após a instalação dos pacotes necessários e configuração do sistema de arquivos, o passo seguinte é obter o código fonte da versão atual do samba, acessível através do site https://www.samba.org/samba/download/. A versão utilizada na elaboração deste estudo de caso é a 4.2.2. Por tratar-se de um arquivo com códigos-fonte que foram compilados, por convenção foi utilizado o diretório /usr/src para trabalho. A sequência de comandos utilizados para obter, compilar e instalar o código fonte do Samba 4 foram: # cd /usr/src # wget -c https://www.samba.org/samba/ftp/stable/samba-4.2.2.tar.gz # tar -zxvf samba-4.2.2.tar.gz # cd samba-4.2.2/ # ./configure # make # make install Após a criação do arquivo /etc/init.d/samba-ad-dc, é necessário definir as permissões de execução do script e adicioná-lo à inicialização do sistema, conforme comandos: # chmod +x /etc/init.d/samba-ad-dc # update-rc.d samba-ad-dc defaults 63 4.2.2 Provisionamento do Domínio O próximo passo é o provisionamento do domínio. Para isso é utilizado o utilitário samba-tool com os parâmetros de configuração, conforme: # /usr/local/samba/bin/samba-tool domain provision --domain=EMPRESA --realm=EMPRESA.LOCAL --dns-backend=BIND9_DLZ --server-role=dc --adminpass=p@ssw0rd A tabela 4.3 explica a funcionalidade de cada opção utilizada. Tabela 4.3 - Opções utilizadas no provisionamento do domínio OPÇÃO FUNÇÃO domain provision Instrui o samba-tool que será provisionamento de um novo domínio --domain=EMPRESA Define o grupo NetBIOS do domínio que será utilizado --realm=EMPRESA.LOCAL Define o nome do sufixo do domínio que será utilizado pelo AD --dns_backend=BIND9_DLZ Define que o programa de DNS utilizado será o BIND9 --server-role=dc Define que o servidor será um DC --adminpass=p@ssw0rd Define a senha do (administrador do domínio) usuário realizado o administrator Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Finalizado o provisionamento do domínio, é exibido um resumo com os locais dos arquivos de configuração do servidor DNS BIND9 e do Kerberos, abaixo ilustrado: See /usr/local/samba/private/named.conf for an example configuration for BIND and /usr/local/samba/private/named.txt for required for secure DNS updates Setting up sam.ldb rootDSE marking as synchronized A Kerberos configuration suitable for Samba 4 has been generated at /usr/local/samba/private/krb5.conf Once the above files are installed, your Samba4 server will be ready to use Server Role: active directory domain controller Hostname: SRV-AD001 NetBIOS Domain: EMPRESA DNS Domain: empresa.local DOMAIN SID: S-1-5-21-662070037-2242896996-10792671 64 4.2.3 Configuração do BIND9 O próximo passo é a configuração do BIND9 para permitir que o DNS seja atualizado de forma dinâmica pelo AD. Para isso, é necessário configurar o arquivo “/etc/bind/named.conf.local” e incluir a linha include "/usr/local/samba/private/named.conf", conforme comandos: # echo include "/usr/local/samba/private/named.conf"; >> /etc/bind/named.conf # service bind9 restart Na sequência é necessário iniciar o serviço do Samba 4 através do comando “service samba-ad-dc start”. 4.2.3 Configuração do Kerberos A configuração do cliente Kerberos é realizada com a cópia do arquivo krb5.conf (criado pelo samba-tool no provisionamento do domínio) para o diretório /etc através do comando “cp /usr/local/samba/private/krb5.conf /etc”. Finalizado este processo, o Kerberos já está funcional e pode ser testado através do utilitário kinit. A seguir é exibido uma demonstração de uso e saída do comando kinit: # kinit [email protected] Password for [email protected]: Warning: Your password will expire in 19 days on Seg 13 Jul 2015 20:42:54 BRT O teste realizado pelo utilitário kinit não mostra muitos detalhes. Para uma saída mais detalhada o utilitário klist deverá ser utilizado, conforme: # klist Ticket cache: FILE:/tmp/krb5cc_0 Default principal: [email protected] Valid starting Expires 24-06-2015 13:47:51 Service principal 24-06-2015 23:47:51 krbtgt/[email protected] renew until 25-06-2015 13:47:48 65 Finalizados os procedimentos anteriormente descritos, o AD já esta funcional e pode ser utilizado nas máquinas Windows. 4.2.3 Criação das Pastas Compartilhadas A criação das pastas compartilhadas pelo servidor Samba 4 é realizada no console do servidor Linux e posteriormente deve-se mapeá-las para compartilhamento no servidor Samba 4. Como diretório base, foi utilizado o diretório /srv e criadas as pastas ADM (Administração), CONT (Contabilidade), FIN (Financeiro) e TI (Tecnologia da Informação). Os comandos para criação das pastas são demonstrados abaixo: # mkdir /srv/ADM # mkdir /srv/CONT # mkdir /srv/FIN # mkdir /srv/TI Criadas as pastas, é necessário o mapeá-las para uso do Samba 4 realizando a adição de entradas de compartilhamento correspondentes no arquivo de configuração do Samba 4, localizado em /usr/local/samba/etc/smb.conf. Abaixo são exemplificados os compartilhamentos para as pastas anteriormente criadas: [ADM] path = /srv/ADM read only = No [CONT] path = /srv/CONT read only = No [FIN] path = /srv/FIN read only = No [TI] path = /srv/TI read only = No 66 Não é necessário o reinício do servidor Samba 4 após a criação dos compartilhamentos pois eles já estão disponíveis para uso, assim que o arquivo smb.conf for salvo. A única ressalva sobre a criação de compartilhamentos é que, por padrão, qualquer usuário tem acesso completo às pastas, é necessário a atribuição de permissões pelo administrador para evitar uso indevido. 4.3 GERENCIAMENTO DO DOMÍNIO O gerenciamento do domínio pode ser realizado via console do servidor Linux através do software utilitário samba-tool ou pelas ferramentas disponíveis para gerenciamento de servidores AD do próprio Windows. A última é recomendada pela equipe de desenvolvimento do Samba pela facilidade de uso e. não ser necessário acesso ao console do servidor Linux. As ferramentas para gerenciamento do servidor AD através do Windows XP estão disponíveis para download no site da Microsoft, acessível por meio do endereço https://www.microsoft.com/en- us/download/details.aspx?id=6315. Após download e instalação do adminpack os snap-ins de gerenciamento estão disponíveis através do MMC, conforme ilustra a Figura 4.2. Figura 4.2: Snap-ins Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Para fins de teste, as seguintes ações foram realizadas pelo console de gerenciamento: Criação de 4 grupos; Criação de 4 usuários; Atribuição dos usuários a seus respectivos grupos; Definição de proxy via GPO global e Atribuição de permissão por grupo às pastas compartilhadas; 67 4.3.1 Criação de Grupos A criação de grupos no AD é realizada pelo console de gerenciamento, através do snap-in “Usuários e computadores do Active Directory”. Após adicionado o snap-in, clica-se com o botão direito em área vaga do quadro da direita e em Novo → Grupo, conforme ilustra a Figura 4.3. Figura 4.3: Criação de novo grupo Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Na sequência é exibida uma janela, que informa a criação de um novo objeto do tipo grupo. Define-se o nome do grupo, escopo e tipo, conforme ilustra a Figura 4.4. Figura 4.4: Parâmetros para criação do grupo Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 68 A Figura 4.5 ilustra os grupos criados neste estudo de caso, separados em uma unidade organizacional “Matriz”. Figura 4.5: Grupos criados separados em unidades organizacionais Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 4.3.2 Criação de Usuários O processo de criação de usuários é semelhante ao processo de criação de grupos, basta selecionar a opção Novo → Usuário. Sequencialmente será exibida a janela para a criação de um novo objeto do tipo Usuário, conforme ilustra a Figura 4.6. Figura 4.6: Parâmetros para criação de um novo usuário Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 69 Depois são solicitadas informações referentes à segurança da conta. Nenhuma opção é selecionada conforme exemplifica a Figura 4.7. Figura 4.7: Parâmetros de segurança Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 A Figura 4.8 ilustra os usuários criados neste estudo de caso, separados em uma unidade organizacional “Matriz”. Figura 4.8: Usuários criados separados em unidades organizacionais Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 4.3.3 Atribuição de Usuários a Grupos A atribuição de grupos a usuários pode ser realizada de várias formas. Optouse neste estudo de caso a atribuição através da alteração dos parâmetros 70 diretamente na conta do usuário, por meio do menu suspenso “Propriedades”, aba “Membro de”, conforme ilustra a Figura 4.9. Figura 4.9: Grupos do usuário Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Após clicar em adicionar, é exibida a janela para seleção de grupo (mais de um pode ser selecionado – separados por ponto e vírgula), conforme ilustra a Figura 4.10. Figura 4.10: Seleção de grupos do usuário Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 71 Os grupos foram atribuídos aos usuários, conforme descrito na tabela 4.4. Tabela 4.4 - Relacionamento entre usuários e grupos USUÁRIO GRUPO Alexandre Ponce de Oliveira Administração Amabili Sierra Fernandes Financeiro Eduardo Sierra Fernandes Tecnologia da Informação Eloisa Suzuki Maia Contabilidade Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 4.3.4 Definição de Proxy via GPO O uso de GPO permite ao administrador definir comportamentos do computador utilizado pelo usuário, grupo de usuários ou unidades organizacionais. No presente estudo de caso é utilizado o recurso de GPO para definir automaticamente o endereço proxy do sistema após o login do usuário. Primeiramente deve-se adicionar o snap-in “Editor de objeto de diretiva de grupo”, conforme Figura 4.11. Figura 4.11: Adição de snap-in para controle de GPO Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 72 Adicionado o snap-in, o caminho para acesso à opção de configuração do proxy é: “Configurações do usuário” → “Configurações do Windows” → “Manutenção do Internet Explorer” → “Conexão” → “Configurações de proxy”. Ao clicar duas vezes sobre a opção, abre-se a janela para definição das configurações de proxy do sistema. Foi utilizado o endereço de IP 172.16.0.1 e porta 3128 para todos os endereços, conforme ilustrado pela Figura 4.12. Figura 4.12: Configurações de proxy via GPO Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 4.3.5 Permissão de Pastas Compartilhadas As permissões das pastas compartilhadas são definidas através do snap-in “Pastas Compartilhadas”, conforme ilustrado pela Figura 4.13. Figura 4.13: snap-in para permissões de pastas Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 73 Após adicionar o snap-in, é solicitado definir o computador que possui compartilhamentos gerenciados pelo snap-in, conforme ilustra a Figura 4.14. Figura 4.14: Seleção do computador a ser gerenciado Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Após aberto, o snap-in mostrará no quadro da direita os compartilhamentos. Seleciona-se a opção propriedades do menu suspenso em cima do item desejado seguido de clique na aba “Permissões de compartilhamento”. Por padrão, o Samba 4 permite que todos os usuários acessem o compartilhamento após sua criação. No estudo de caso atual, foi atribuído a cada compartilhamento seu respectivo grupo com permissão de acesso, conforme ilustra a Figura 4.15. Figura 4.15: Permissões da pasta ADM Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 74 4.4 INGRESSAR ESTAÇÕES DE TRABALHO NO DOMÍNIO O ingresso de estações de trabalho ao domínio Samba 4 é idêntico ao realizado em um domínio AD com um Windows. Para fins de compatibilidade, devido aos recursos limitados das máquinas virtuais, foi utilizado o Windows XP como estação de trabalho. Em testes, não documentados neste estudo de caso, foi possível a adição de estações de trabalho Windows 7 e Windows 8 sem qualquer restrição. O processo para adição das máquinas virtuais de teste com Windows XP foi realizado na seguinte sequência: A. Dentro das Propriedades de Meu Computador, na aba “Nome do Computador” seleciona-se a opção Alterar. O acesso às Propriedades do Meu Computador pode ser realizado de várias formas, como por exemplo, clicar com o Botão direito do mouse no ícone Meu Computador e posteriormente em Propriedades ou através do Painel de Controle → Sistema; B. Na janela “Alterações de nome do computador”, alterar a opção “Membro de” para “Domínio” e digitar o nome do domínio EMPRESA.LOCAL. Clicar em OK; C. É exibida uma janela solicitando usuário e senha. Deve-se utilizar o usuário administrator (ou algum usuário com privilégio de administrador) seguido da senha. Clicar em OK; D. Após um curto período de tempo é exibida a mensagem que o computador foi adicionado ao domínio. Clicar em OK; E. É solicitado o reinício do sistema para aplicar as alterações. Clicar em OK; F. A janela “Alterações de nome do computador” fica acessível. Clicar em OK; G. É exibida uma janela que solicita o reinício do sistema. Clicar em Sim; Neste ponto ocorrerá o reinício do sistema; Após o sistema ser reiniciado, o domínio EMPRESA aparece na caixa de seleção “Fazer logon em”, conforme ilustra a Figura 4.16. Após o usuário realizar o acesso ao sistema, utilizando seu usuário e senha, os recursos anteriormente configurados no servidor já podem ser acessados. A 75 Figura 4.17 ilustra o acesso às pastas compartilhadas pelo servidor. Figura 4.16: Domínio disponível para logon Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura 4.17: Acesso às pastas compartilhadas pelo servidor Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Finalizadas as configurações realizadas no decorrer do capítulo, o domínio EMPRESA.LOCAL está disponível para uso das estações de trabalho e usuários da rede, disponibilizando os serviços de: Definição automática de endereço IP; Logon centralizado; Compartilhamento de arquivos; Acesso à internet mediante solicitação de login e senha dentre outros. 76 CONCLUSÃO Este trabalho mostrou que é possível realizar a interoperabilidade de ambientes Linux e Windows através da nova versão do software servidor Samba, no qual fornece praticamente todos os recursos mais utilizados em servidores Windows com Active Directory. A solução apresentada pode ser utilizada por empresas que queiram economizar em licenciamento de software do lado servidor sem gerar transtorno no processo de administração dos recursos de rede pois a curva de aprendizado necessária à administração do servidor Samba 4 é mínima e nos clientes Windows é inexistente. A complexidade que existia em versões anteriores do Samba para fornecer os recursos de um servidor Active Directory é inexistente nesta nova versão. Todos os serviços necessários ao funcionamento do servidor estão integrados e em funcionamento quando o servidor é iniciado. Adicionalmente, não há necessidade de configuração de softwares adicionais, alteração de chaves de registro no Windows das estações de trabalho e instalação de programas de terceiros para a gerência do domínio, como por exemplo, clientes LDAP. Toda a administração é realizada através das ferramentas de gerenciamento disponíveis para gerenciamento dos servidores Windows. O fácil acesso à base de dados LDAP e ao Kerberos permitem que softwares com suporte a estes protocolos possam de forma simples utilizar os recursos providos pela autenticação centralizada, assim facilita a administração. No estudo de caso foi realizada a configuração do servidor proxy Squid que utiliza a base de dados LDAP para autenticar os usuários antes de prover o acesso à internet, assim melhora a segurança da rede. Entretanto ocorreram alguns problemas durante a realização do estudo de caso. O servidor DNS interno do Samba 4 parava de resolver nomes em intervalos de tempo aleatórios. Para resolver é necessária de atuação do administrador por um processo conhecido como flush DNS, através do snap-in DNS, o servidor DNS voltava a funcionar adequadamente. Após reconfiguração do Samba 4 para que fosse utilizado o BIND em detrimento ao servidor DNS interno, o problema parou de ocorrer. Outro problema encontrado foi a falta de suporte à sincronização de conteúdo da pasta SYSVOL, consequentemente, as GPO e outros objetos públicos 77 compartilhados por esta pasta deixassem de ser replicados. A solução paliativa para este problema é o uso do utilitário rsync através do agendador de tarefas do Linux (cron) para que de tempo em tempo o conteúdo fosse replicado entre os servidores. O presente trabalho pode ser melhorado com implementação de mais serviços para suprir determinadas necessidades, como por exemplo, a configuração de um servidor Network Time Protocol (NTP) para manter o sincronismo de data e hora entre os servidores e estações de trabalho pois caso não exista este sincronismo o Kerberos não funcionará. Uma proposta de trabalho futuro é utilizar o recurso de autenticação centralizada para autenticar estações de trabalho Linux no domínio Active Directory. 78 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATTISTI, J; SANTANA, F. Windows server 2008 – guia de estudos completo: implementação, administração e certificações. Rio de Janeiro: Nova Terra, 2009. BARREIROS, C. Samba. 2015. Disponível em: <http://www.gta.ufrj.br/grad/01_2/samba/samba.htm>. Acesso em: 20 mai. 2015. BLACKMAN, P. Samba FAQ. 1997. Disponível em: <http://wdocs.kmu.edu.tw/samba_faq/sambafaq.html>. Acesso em: 04 nov. 2013. CARMONA, T. Universidade Linux. 2. ed. São Paulo: Digerati Books, 2007. CARTER, G. LDAP system administration. Sebastopol: O’Reilly, 2003. DEBIAN-RELEASES. Debian releases. 2013. <http://www.debian.org/releases/>. Acesso em: 30 nov. 2013. Disponível em: DESMOND, B.; RICHARDS, J.; ALLEN, R.; LOWE-NORRIS, A., Active directory. Sebastopol: O’Reilly, 2013. GARMAN, J., Kerberos: the definitive guide. Sebastopol: O’Reilly, 2003. HUNTER, L. E.; ALLEN, R., Active directory cookbookTM. 3. ed. Sebastopol: O'Reilly, 2009. ISC-BIND. INTERNET SUSTEMS CONSORTIUM – BIND. 2013. Disponível em: <https://www.isc.org/downloads/bind/>. 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Acesso em: 10 nov. 2013. SAMBA-HISTORY. Samba release notes archive. 2012. Disponível em: <http://www.samba.org/samba/history/samba-4.0.0.html>. Acesso em: 04 nov. 2013. SAMBA-WIKI. SambaWiki. 2015. Disponível <https://wiki.samba.org/index.php/Main_Page>. Acesso em: 29 mai. 2015. em: SILVA, G. M., Guia foca linux iniciante. 2010. Disponível <http://www.guiafoca.org/?page_id=238>. Acesso em: 25 nov. 2013. em: SIQUEIRA, L. A., Coleção linux pro ubuntu. São Paulo: Linux New Media do Brasil, 2009. TANENBAUM, A. S., Redes de computadores. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. TEIXEIRA JR., J. H.; SUAVÉ, J. P.; MOURA, J. A. B.; TEIXEIRA, S. Q. R., Redes de computadores: Serviços Administração e Segurança. São Paulo: Makron Books, 1998. 80 ANEXO A – INSTALAÇÃO DEBIAN GNU/LINUX O primeiro passo antes de iniciar a instalação é obter o arquivo ISO de instalação do Debian GNU/LINUX disponível em https://www.debian.org/CD/http-ftp/. A versão utilizada foi a 8.0 (jessie) na arquitetura amd64. Após a inicialização do sistema é apresentada uma tela que solicita a operação desejada. Selecione a opção “Install” conforme ilustra a Figura A1. Figura A.1: Tela de boot do CD de Instalação Debian 8.0 (Jessie) Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Iniciado o processo de instalação, os primeiros passos são definir as opções de localização (linguagem, localidade, região e tipo de teclado). Para linguagem foi selecionado Português do Brasil. Para localidade, Brasil e para o tipo de teclado, Português Brasileiro (teclado com ç padrão ABNT2). Posterior às configurações referentes a localização, é iniciado o processo de configuração automática das placas de rede. Esse processo falha, conforme Figura A.2 pois não há configurações automáticas disponíveis. Selecione a opção para configurar a rede manualmente conforme Figura A.6. As configurações serão 81 realizadas de forma independente, conforme regras estabelecidas na tabela 4.1. As figuras A.4 e A.5 mostram as individualidades nas configurações entre SRV-FW001 e SRV-AD001. Figura A.2: Falha na configuração automática de rede Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura A.3: Seleção de configuração manual de rede Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura A.4: Configurações de rede - SRV-FW001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 82 Figura A.5: Configurações de rede - SRV-AD001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Finalizado o processo de configuração de rede, são solicitadas as configurações de gateway, servidores DNS e domínio. O servidor SRV-AD001 tem como gateway o IP 172.16.0.1 (SRV-FW001) e servidores de DNS 127.0.0.1 (LOOPBACK) e 172.16.0.1 (SRV-FW001). O servidor SRV-FW001 não tem gateway nesta interface e os servidores de DNS são 127.0.0.1 (LOOPBACK) e 172.16.0.2 (SRV-AD001). Ambos os servidores são atribuídos ao domínio EMPRESA.LOCAL. As figuras A.6 e A.7 exibem as configurações de gateway e DNS selecionadas para o servidor SRV-AD001 enquanto a Figura A.8 exibe a configuração de domínio para ambos os servidores. Figura A.6: Configuração de gateway em SRV-AD001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 83 Figura A.7: Configuração de servidores DNS em SRV-AD001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura A.8: Configuração de domínio em SRV-AD001 e SRV-FW001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Realizadas as definições de rede, é solicitado a senha do usuário root (superusuário). Para fins de estudo, a senha utilizada é empresa.local.123. Posterior à definição da senha de root, é necessário a criação de um usuário “restrito” para uso do sistema. O nome de usuário utilizado é suporte com a senha suporte.local.123 A Figura A.9 mostra a tela de definição de senha do usuário root enquanto as figuras A.10 e A.11 exibem as telas de definição do nome de usuário “restrito” e sua senha, respectivamente. Figura A.9: Definição da senha de root Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 84 Figura A.10: Definição de nome de usuário “restrito” Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura A.11: Definição de senha de usuário “restrito” Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Na sequência é necessário definir o fuso horário dos servidores, a opção escolhida é “São Paulo” e depois é iniciado o processo de particionamento de disco. Foi selecionado a opção “Manual” conforme ilustra a Figura A.12. Figura A.12: Seleção do método de particionamento de disco Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 As definições de particionamento de disco foram realizadas conforme ilustra a tabela A.1 85 Tabela A.1 - Particionamento de disco SERVIDOR PARTIÇÃO DISPOSITIVO TAMANHO SRV-FW001 /boot /dev/sda1 200mb SRV-FW001 Swap /dev/sda5 1gb SRV-FW001 / /dev/sda6 SRV-AD001 /boot /dev/sda1 200mb SRV-AD001 Swap /dev/sda5 1gb SRV-AD001 / /dev/sda6 SRV-AD001 /srv /dev/sdb1 Espaço restante. Em torno de 9gbps Espaço restante. Em torno de 9gbps 250gb Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 As figuras A.13 e A.14 ilustram o particionamento realizado nos servidores SRV-FW001 e SRV-AD001, respectivamente. Figura A.13: Particionamento de disco – SRV-FW001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura A.14: Particionamento de disco – SRV-AD001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Finalizado o particionamento de disco, o instalador realiza a instalação dos 86 pacotes básicos do sistema. Em seguida é solicitado a configuração de mirror (espelho) do gerenciador de pacotes do Debian (apt-get). A Figura A.15 ilustra a escolha do servidor utilizado pelo gerenciador de pacotes. Figura A.15: Seleção de mirror do gerenciador de pacotes Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Finalizado a configuração do gerenciador de pacotes o instalador solicita o software a ser instalado. É utilizado apenas a opção “Utilitários standard de sistema”. A Figura A.19 ilustra a tela de seleção de software. Figura A.16: Seleção de software Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Após a instalação dos programas selecionados, o sistema solicita a instalação do gerenciador de inicialização “GRUB”. Deve-se selecionar o primeiro disco rígido (sda) conforme ilustra a Figura A17. 87 Figura A.17: Instalação do gerenciador GRUB Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Na sequência o sistema informa que a instalação foi concluída, conforme ilustra a Figura A.18 e reinicia já no prompt de login e senha conforme ilustram as figuras A.19 e A.20. Figura A.18: Instalação do sistema finalizada Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura A.19: Tela de login – SRV-FW001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 Figura A.20: Tela de login – SRV-AD001 Fonte: Elaborado pelo autor, 2015 88 ANEXO B – SCRIPT DE FIREWALL #!bin/bash # DEFINICAO DE VARIAVEIS PARA USO NO SCRIPT IPTABLES="/sbin/iptables" LAN="eth1" WAN="eth0" REDEINTERNA="172.16.0.0/22" PIDFILE="/var/lock/nat" defaultpolice(){ echo "*** Definindo politica/regras padrao" $IPTABLES -P INPUT DROP #Liberando interface lo e LAN $IPTABLES -A INPUT -i lo -j ACCEPT $IPTABLES -A INPUT -i $LAN -j ACCEPT #Bloqueia ICMP (PING) da rede interna para Internet $IPTABLES -A FORWARD -i $LAN -p icmp -j DROP #MASQUERADE $IPTABLES -t nat -A POSTROUTING -o $WAN -j MASQUERADE #MICROS QUE NAO PASSAM PELO SQUID (SEM BLOQUEIO NA PORTA 80) $IPTABLES -A FORWARD -i $LAN -p tcp --dport 80 -s 172.16.0.2/32 -j ACCEPT #BLOQUEIA ACESSO DIRETO A PORTA 80 $IPTABLES -A FORWARD -i $LAN -p tcp --dport 80 -j DROP #CONEXOES RELACIONADAS $IPTABLES -A INPUT -m state --state ESTABLISHED,RELATED -j ACCEPT } ativanat(){ 89 echo "*** Ativando NAT" #Caregando Modulos modprobe iptable_nat modprobe nf_conntrack_ftp modprobe nf_nat_ftp modprobe nf_conntrack_netlink modprobe nfnetlink echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward } reloadsquid(){ SQUIDPID=/var/run/squid3.pid if [ -e $SQUIDPID ]; then echo "*** Fazendo reload do squid" service squid3 reload else echo "*** Fazendo start do squid" service squid3 start fi } case "$1" in start) if [ -e $PIDFILE ]; then echo " * $0 ja iniciado. Tente $0 (stop|restart|firewall-rules| reloadsquid)" exit 1 fi #Ativando NAT ativanat #Aplicando politica padrao defaultpolice #Reload do squid reloadsquid 90 echo "*** Concluido" touch $PIDFILE exit 0 ;; stop) if [ -e $PIDFILE ]; then echo "*** Restaurando politica padrao " $IPTABLES -P INPUT ACCEPT $IPTABLES -P FORWARD ACCEPT echo "*** Limpando Regras do iptables" $IPTABLES -F $IPTABLES -X $IPTABLES -t nat -F $IPTABLES -t nat -X $IPTABLES -t mangle -F $IPTABLES -t mangle -X echo "*** Removendo Modulos" echo 0 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward rmmod nf_nat_ftp rmmod nf_conntrack_ftp rmmod iptable_nat rmmod nf_conntrack_netlink rmmod nfnetlink_queue rmmod nfnetlink rm $PIDFILE exit 0 else echo " * $0 nao iniciado. Tente $0 (start)" fi ;; restart) echo "" echo "*** Parando serviços ***" $0 stop 91 echo "" sleep 1 echo "*** Iniciando serviços ***" $0 start ;; firewall-rules) if [ -e $PIDFILE ]; then echo "" echo "**********************************************" echo "*** Tabela Filter ***" echo "**********************************************" echo "" $IPTABLES -L -n echo "" echo "**********************************************" echo "*** Tabela nat ***" echo "**********************************************" echo "" $IPTABLES -t nat -L -n echo "" echo "**********************************************" echo "*** Tabela mangle ***" echo "**********************************************" echo "" $IPTABLES -t mangle -L -n else echo " * $0 nao iniciado. Tente $0 (start)" fi ;; *) echo " * Uso: $0 (start|stop|restart|firewall-rules)" exit 1 ;; esac 92 ANEXO C – ARQUIVO SQUID.CONF http_port 172.16.0.1:3128 visible_hostname SRV-FW001 cache_mgr [email protected] error_directory /usr/share/squid-langpack/pt-br/ cache_mem 8 MB maximum_object_size_in_memory 64 KB maximum_object_size 8 MB minimum_object_size 0 KB cache_swap_low 90 cache_swap_high 95 cache_dir ufs /var/spool/squid3 1024 8 128 cache_access_log /var/log/squid3/access.log refresh_pattern ^ftp: 15 20% 2280 refresh_pattern ^gopher: 15 0% 2280 refresh_pattern . 15 20% 2280 #Windows update refresh_pattern windowsupdate.com/.*\.(cab|exe|dll|msi) 10080 100% 43200 reloadinto-ims refresh_pattern download.microsoft.com/.*\.(cab|exe|dll|msi) 10080 100% 43200 reload-into-ims refresh_pattern www.microsoft.com/.*\.(cab|exe|dll|msi) 10080 100% 43200 reloadinto-ims refresh_pattern au.download.windowsupdate.com/.*\.(cab|exe|dll|msi) 4320 100% 43200 reload-into-ims refresh_pattern download.windowsupdate.com/.*\.(cab|exe|dll|msi) 4320 100% 43200 reload-into-ims refresh_pattern update.microsoft.com/.*\.(cab|exe|dll|msi) 4320 100% 43200 reloadinto-ims #Lista de ACL 93 acl safe_ports port 80 # http acl safe_ports port 81 # http acl safe_ports port 21 # ftp acl safe_ports port 443 # https acl safe_ports port 563 # snews acl safe_ports port 70 # gopher acl safe_ports port 210 # wais acl safe_ports port 1025-65535 # unregistered ports acl safe_ports port 280 # http-mgmt acl safe_ports port 488 # gss-http acl safe_ports port 591 # filemaker acl safe_ports port 777 # multiling http acl safe_ports port 901 # SWAT acl purge method PURGE acl connect method CONNECT acl localhost src 127.0.0.1 #Autenticacao por LDAP auth_param basic program /usr/lib/squid3/basic_ldap_auth -R -b "dc=empresa,dc=local" -D "cn=ldap,cn=Users,dc=empresa,dc=local" -w "P@ssw0rd" -f sAMAccountName=%s -h 172.16.0.2 auth_param basic children 15 auth_param basic realm Digite seu Login/Senha #Windows Update acl windowsupdate dstdomain windowsupdate.microsoft.com acl windowsupdate dstdomain .update.microsoft.com acl windowsupdate dstdomain download.windowsupdate.com acl windowsupdate dstdomain redir.metaservices.microsoft.com acl windowsupdate dstdomain images.metaservices.microsoft.com acl windowsupdate dstdomain c.microsoft.com acl windowsupdate dstdomain www.download.windowsupdate.com acl windowsupdate dstdomain wustat.windows.com acl windowsupdate dstdomain crl.microsoft.com 94 acl windowsupdate dstdomain sls.microsoft.com acl windowsupdate dstdomain productactivation.one.microsoft.com acl windowsupdate dstdomain ntservicepack.microsoft.com http_access allow manager localhost http_access deny manager http_access allow purge localhost http_access deny purge http_access deny CONNECT !safe_ports http_access deny !safe_ports http_access allow windowsupdate acl autenticados proxy_auth REQUIRED http_access allow autenticados http_access deny all 95 ANEXO D – ARQUIVO DE INICIALIZAÇÃO DO SAMBA 4 #! /bin/sh ### BEGIN INIT INFO # Provides: samba-ad-dc # Required-Start: $network $local_fs $remote_fs # Required-Stop: $network $local_fs $remote_fs # Default-Start: 2345 # Default-Stop: 016 # Short-Description: start Samba daemons for the AD DC ### END INIT INFO # # Start/stops the Samba daemon (samba). # Adapted from the Samba 3 packages. # PIDDIR=/usr/local/samba/var/run SAMBAPID=$PIDDIR/samba.pid # clear conflicting settings from the environment unset TMPDIR # See if the daemon and the config file are there test -x /usr/local/samba/sbin/samba -a -r /usr/local/samba/etc/smb.conf || exit 0 . /lib/lsb/init-functions case "$1" in start) SERVER_ROLE=`/usr/local/samba/bin/samba-tool testparm --parametername="server role" 2>/dev/null | tail -1` 96 if [ "$SERVER_ROLE" != "active directory domain controller" ]; then exit 0 fi if init_is_upstart; then exit 1 fi # CVE-2013-4475 KEYFILE=/var/lib/samba/private/tls/key.pem if [ -e $KEYFILE ] then KEYPERMS=`stat -c %a $KEYFILE` if [ "$KEYPERMS" != "600" ] then echo "wrong permission on $KEYFILE, must be 600" echo "samba will not start (CVE-2013-4475)" echo "Removing all tls .pem files will cause an autoregeneration with the correct permissions." exit 1 fi fi log_daemon_msg "Starting Samba AD DC daemon" "samba" # Make sure we have our PIDDIR, even if it's on a tmpfs install -o root -g root -m 755 -d $PIDDIR if ! start-stop-daemon --start --quiet --oknodo --exec /usr/local/samba/sbin/samba -- -D; then log_end_msg 1 exit 1 fi log_end_msg 0 97 ;; stop) if init_is_upstart; then exit 0 fi log_daemon_msg "Stopping Samba AD DC daemon" "samba" start-stop-daemon --stop --quiet --pidfile $SAMBAPID # Wait a little and remove stale PID file sleep 1 if [ -f $SAMBAPID ] && ! ps h `cat $SAMBAPID` > /dev/null then # Stale PID file (samba was succesfully stopped), # remove it (should be removed by samba itself IMHO.) rm -f $SAMBAPID fi log_end_msg 0 ;; restart|force-reload) if init_is_upstart; then exit 1 fi $0 stop sleep 1 $0 start ;; status) status_of_proc -p $SAMBAPID /usr/local/samba/sbin/samba samba exit $? ;; *) echo "Usage: /etc/init.d/samba-ad-dc {start|stop|restart|force-reload| 98 status}" exit 1 ;; esac exit 0 99 ANEXO E – FUNCIONALIDADES DE MODOS DE DOMÍNIOS Tabela E.1 - Funcionalidades disponíveis em cada um dos modos de domínios Nível do domínio Funcionalidades Disponíveis Pode ter DCs com: Windows 2000 misto – Somente as básicas, comuns a todas as – NT Server 4.0 versões do Windows – Windows 2000 Server – Windows Server 2003 Windows 2000 Nativo – Todas as funcionalidades básicas do AD – Windows 2000 Server – Grupos Universais – Windows Server 2003 – Grupos dentro de grupos – Windows Server 2008 – Conversão de tipo de grupo – Histórico de SID Windows Server 2003 – Todas as funcionalidades básicas do AD – Windows Server 2003 – Todas as funcionalidades do modo – Windows Server 2008 Windows 2000 nativo – Renomeação de domínios – Atualização de horário do último logon – Redirecionamento dos contêineres Usuários e Computadores – Armazenamento de políticas de gerenciamento de autorização no AD – Autenticação seletiva de usuários de florestas confiáveis – Recursos avançados de segurança para o desenvolvimento de aplicações Windows Server 2008 – Todas as funcionalidades básicas do AD – Windows Server 2008 – Todas as funcionalidades do modo Windows 2000 nativo Todas as funcionalidades do modo Windows Server 2003 – Replicação distribuída do SYSVOL – Serviço avançado de criptografia (AES 128 e 256) para o protocolo de autenticação Kerberos – Informações sobre o último logon interativo bem-sucedido – Opções mais refinadas e avançadas para a definição de políticas e senhas Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 322 100 ANEXO F – FUNCIONALIDADES DE MODOS DE FLORESTAS Tabela F.1 - Funcionalidades disponíveis em cada um dos modos de florestas Nível da floresta Funcionalidades Disponíveis Pode ter DCs com: Windows 2000 – Todas as funcionalidades básicas do AD – Windows 2000 Server – Grupos Universais – Windows Server 2003 – Grupos dentro de grupos – Windows Server 2008 – Conversão de tipo de grupo – Histórico de SID Windows Server 2003 – Todas as funcionalidades básicas do AD – Windows Server 2003 – Relação de confiança entre florestas – Windows Server 2008 – Renomeação de domínios – Replicação diferencial de grupos, onde somente as alterações feitas no grupo são replicadas entre os DCs – Instalação de DCs somente leitura (RODC) – Melhorias no KCC, as quais implicam em melhorias na replicação entre DCs Criação de instâncias de classes dinâmicas auxiliares Conversão de uma instância de objeto da classe INETORGPERSON em um objeto da classe User – Desativação e redefinição de atributos de classes e no Schema Windows Server 2008 – Todas as funcionalidades básicas do AD – Windows Server 2008 – Todas as funcionalidades do modo Windows Server 2003 – Todos os novos domínios que forem adicionados a uma árvore com esta funcionalidade já serão automaticamente configurados para funcionalidade de Server 2008 Fonte: Battisti; Santana, 2009, p. 323 o domínio nível de Windows