Nanofilme de Dióxido de Silício como Inibidor do Crescimento
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Nanofilme de Dióxido de Silício como Inibidor do Crescimento
Universidade do Brasil – UFRJ Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Odontologia NANOFILME DE DIÓXIDO DE SILÍCIO COMO INIBIDOR DO CRESCIMENTO MICROBIANO EM SUPERFÍCIE PLÁSTICA Rowan do Vale Vilar CD Dissertação submetida ao corpo docente da Faculdade de Odontologia da Universidade do Brasil - UFRJ, como parte dos requisitos, para a obtenção do Título de Mestre em Odontologia (Ortodontia). Rio de Janeiro 2014 i NANOFILME DE DIÓXIDO DE SILÍCIO COMO INIBIDOR DO CRESCIMENTO MICROBIANO EM SUPERFÍCIE PLÁSTICA ROWAN DO VALE VILAR, CD Orientador: Prof. Dr. Antônio Carlos de Oliveira Ruellas Dissertação submetida ao corpo docente da Faculdade de Odontologia da Universidade do Brasil UFRJ, como parte dos requisitos, para obtenção do Título de Mestre em Odontologia (Ortodontia). Comissão Examinadora: ____________________________________ Prof. Dr. Rogério Lacerda dos Santos, CD ____________________________________ Profª. Drª. Ana Maria Bolognese, CD ____________________________________ Profª. Drª. Margareth Maria Gomes de Souza, CD Rio de Janeiro 2014 ii Ficha Catalográfica VILAR, Rowan do Vale Nanofilme de dióxido de silício como inibidor do crescimento microbiano em superfície plástica. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Odontologia, 2014. xiii, 69 f. Tese: Mestrado em Odontologia (Ortodontia) – Universidade do Brasil – UFRJ, Faculdade de Odontologia, 2014. 1. Dióxido de silício 2. Citotoxicidade 3. Crescimento microbiano 4. Teses I. Título II. Dissertação (Mestrado – UFRJ/Faculdade de Odontologia) iii Ao autor da minha vida, Jesus Cristo. Aos meus pais, Getúlio e Raquel. Aos meus irmãos, Zander e Jaqueline. "Porque Dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém." Romanos 11:36 DEDICO iv AGRADECIMENTOS Ao meu amado Deus pela breve vida terrena e pela almejada vida eterna, concedida através de Sua infinita misericórdia e sacrifício de Jesus, a quem reconheço como único salvador da minha alma. Agradeço por conduzir minha vida de acordo com Sua perfeita vontade, colocando em minha mente os sonhos que nascem em Seu coração. Obrigado porque sei o quão imperfeito sou e por ter me dado a maior referência de perfeição, à qual tento me aproximar a cada dia. Aos meus queridos pais, Getúlio e Raquel, por serem tão importantes para mim que nenhuma palavra pode expressar o tamanho da minha gratidão. Obrigado por cuidarem de mim de forma tão especial desde o momento que souberam que eu estava sendo gerado. Obrigado por cada noite mal dormida cuidando da minha saúde. Por todo investimento em educação formal e informal. Pelas horas de conversas e broncas, em prol de me tornar um homem digno. Obrigado mãe, porque seu cuidado, carinho e amor me tornaram quem sou hoje e porque suas orações diárias, e incessantes, têm chegado aos ouvidos do nosso Deus. Obrigado pai, por ser meu mais precioso orientador. Por ser meu maior exemplo de professor, pesquisador e principalmente, por ser o melhor pai que alguém poderia desejar. v Aos meus irmãos Zander e Jaqueline, por me apoiarem em minhas decisões, torcerem pelo meu sucesso e estarem sempre dispostos a me ouvir e aconselhar. A minha namorada Juliane, por compreender meu cansaço e ausência durante o curso. Obrigado por todas suas orações, pois através delas, Deus renovou minhas forças e me permitiu chegar até aqui. A todos meus tios, primos e avó, que têm acompanhado minha trajetória e desenvolvimento pessoal e profissional, torcendo e orando por mim. Aos meus amigos de graduação Rudá França Moreira e Vitor Hugo Silva Nunes por toda amizade e por não permitirem que eu desistisse do meu sonho. Aos Professores, Ana Maria Bolognese, Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, Eduardo Franzotti Sant’Anna, José Fernando Stangler Brazalle, José Vinicius Bolognesi Maciel, Lincoln Issamu Nojima, Margareth Maria Gomes de Souza, Maria Evangelina Monnerat, Matilde da Cunha Gonçalves Nojima, Mônica Tirre de Souza Araújo e Teresa Cristina Moreira (in memoriam), por me ensinarem muito mais do que Ortodontia. Os congratulo pelo comprometimento com a qualidade e tradição desse curso e pela decência com que o conduzem. Sinto-me honrado por ter feito parte dessa história. Obrigado por tornarem possível a realização desse meu sonho. Ao meu orientador, Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, por ter acreditado em mim e no meu trabalho desde a primeira apresentação. Obrigado por ser meu exemplo profissional e pessoal. Seu comprometimento, dedicação e carinho são exemplos para nossa geração. vi As professoras Daniela Sales Alviano e Maria Teresa Villela Romanos por terem me ajudado de forma ímpar em seus laboratórios. A atenção dispensada foi surpreendentemente positiva. Todos os resultados dos meus experimentos só foram possíveis graças à dedicação e cuidado de vocês. À professora Claudia Trindade Mattos, por todos os ensinamentos transmitidos com segurança, competência e carinho. Ao professor Julio Orrico de Aragão Pedra e Cal Neto, por orientar meus primeiros passos em pesquisa e por ter sido minha primeira referência de Ortodontista, a qual me serviu de inspiração para escolha da minha especialidade e me vale como modelo para meus planejamentos futuros. As professoras Kátia Regina Hostílio Cervantes Dias e Teresa Cristina Ávila Berlinck por terem sido minhas tutoras no grupo PET-UERJ e grandes incentivadoras para meu crescimento dentro e fora da universidade. Aos meus colegas de turma, Amanda Carneiro da Cunha, Ana Paula Tenório de Sá, Carolina Vieira Valadares, Cinthia Candemil Nuernberg e Renata de Faria Santos, por cada segundo de convívio. A amizade e as lembranças serão carregadas com muito carinho por toda minha vida. Obrigado por tornarem mais suaves os dias difíceis e mais alegres os dias cinzentos. Tudo foi bem mais fácil e divertido com a companhia de vocês. Aos colegas da 47ª turma, Adriele Silveira Araújo, Ana Carolina Portes Canongia, Júlia Sotero Vianna, Lara Carvalho de Freitas Sigilião, Leonardo Koerich de Paula e Rodrigo Lopes Lima, pelo conhecimento transmitido e pela convivência agradável. vii Aos colegas da 49ª turma Alice Spitz, Carla Juliane Lima, Fernanda Blaudt Carvalho Marques, Fernando Cardoso Brito, Lilian Siqueira de Lima e Nathalia Ferrare Pinto, por trazerem ainda mais alegria para nosso departamento e pelas conversas sempre recheadas de bom-humor. As alunas de doutorado, Dayane Lopes da Silva, Geórgia Wain Thi Lau e Amanda Osório Ayres de Freitas, pela amizade e ajuda na elaboração e condução dos experimentos realizados. Aos demais alunos de doutorado, Alline Birra Nolasco Fernandes, Daniel Paludo Brunetto, Hibernon Lopes Filho, Ligia Vieira Claudino, Lúcio Henrique E.G. Maia, Sania Ornellas e Teresa Cristina Pereira de Oliveira, pelo incentivo e compartilhamento de experiências. Aos funcionários Diane Esteves de Souza Dores, Fernanda Ribeiro da Silva, Laís Paiva Monteiro, Mônica Mello do Nascimento Gonçalves, Robson Antônio de França (in memoriam), Vanilda Antônio Saturnino e Waltencir Silva Ferreira pela dedicação e carinho. À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa de estudos concedida durante o primeiro ano de curso. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) pela bolsa de estudos concedida durante o segundo ano de curso. viii RESUMO VILAR, Rowan do Vale. Nanofilme de dióxido de silício como inibidor do crescimento microbiano em superfície plástica. Orientador: Dr. Antônio Carlos de Oliveira Ruellas. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Odontologia, 2014. Dissertação (Mestrado em Odontologia - Ortodontia) xiii, 69f. Os autores tiveram como objetivo verificar a citotoxicidade e o potencial de inibição microbiana, sobre S. mutans, S. aureus e C. albicans, dos nanofilmes de dióxido de silício, com e sem agentes antimicrobianos (Bacterlon® e NP Liquid glass, respectivamente). Para testar a citotoxicidade dos produtos, foi utilizada a técnica de "dye-uptake" em fibroblastos de camundongos. A fim de avaliar o potencial antimicrobiano dos nanofilmes, foram utilizadas placas plásticas para cultivo celular, agrupadas e revestidas com cada um dos nanofilmes e, posteriormente, inoculadas com suspensões de cada microrganismo, com diferentes concentrações iniciais. A densidade óptica foi obtida pela mensuração em espectrofotômetro digital. Quanto à citotoxicidade, a análise de variância Oneway ANOVA apontou diferença estatisticamente significativa entre o Bacterlon ® e o grupo controle celular não citotóxico (p<0,01), enquanto o NP Liquid glass não a apresenta (p>0,01). Já os testes microbiológicos com Bacterlon® apresentaram ix diferença estatística para todas as espécies em comparação com seus grupos controle sem revestimento (p<0,05), sendo seu maior efeito de inibição encontrado nas menores concentrações iniciais de inóculo. Por outro lado, os testes com NP Liquid glass apenas expressaram diferença estatisticamente significante no grupo do S. aureus (p<0,05), provavelmente devido a sua capacidade em formar uma superfície antiaderente. A partir dos resultados obtidos pode-se concluir que: o nanofilme de SiO2 convencional (NP Liquid glass) não é citotóxico, e tem potencial para inibir o crescimento de bactérias do tipo S. aureus, enquanto o nanofilme de SiO2 enriquecido com antimicrobianos (Bacterlon®) é citotóxico e têm grande potencial de inibir crescimento de bactérias do tipo S.mutans e S.aureus, além de fungos do tipo C. albicans, principalmente em concentrações abaixo de 106 UFC/mL. x SUMMARY VILAR, Rowan do Vale. Nanofilme de dióxido de silício como inibidor do crescimento microbiano em superfície plástica. Orientador: Dr. Antônio Carlos de Oliveira Ruellas. Rio de Janeiro: UFRJ/Faculdade de Odontologia, 2014. Dissertação (Mestrado em Odontologia - Ortodontia) xiii, 69f. The authors aimed at verifying the cytotoxicity and the antimicrobial potential against S. mutans, S. aureus and C. albicans, of silicon dioxide nanofilms with and without antimicrobial agents (Bacterlon® and NP Liquid glass, respectively). To assess the cytotoxicity of the products, the dye-uptake technique on mouse fibroblasts was applied. In order to assess the antimicrobial potential of the nanofilms, plastic plates for cell culture were coated, with each of nanofilms, and, subsequently, inoculated with suspensions of each microorganism with different initial concentrations. The evaluation parameters were obtained and measured with digital spectrophotometer. For the cytotoxicity assay, the analysis of variance statistical test (ANOVA) revealed a statistically significant difference between the Bacterlon® and the non-cytotoxic control group (p<0.01), not seen in the NP Liquid glass group (p>0.01). The microbiological assay revealed that, in the group coated with Bacterlon®, there were statistically significant differences between all species (p<0.05) compared to the non-coated control groups, with xi greatest inhibition effect in lower initial inoculum concentrations. On the other hand, NP Liquid glass only interfered, in a statistically significant manner, in S. aureus group (p<0.05), probably due to its ability to form a nonstick surface. From the results, can be concluded that the conventional SiO2 nanofilm (NP Liquid glass) is not cytotoxic, and has the potential to inhibit the growth of Staphylococcus aureus, while SiO2 nanofilm, associated with antimicrobial agents (Bacterlon®) is very cytotoxic and have great potential to inhibit the growth of S. mutans, S. aureus and C. albicans, especially on concentrations below 106 CFU / mL. xii ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO…….………………………………….……………… 1 2 PROPOSIÇÃO……………………………………….………………. 3 3 DELINEAMENTO DA PESQUISA…………………………………. 4 3.1 ENSAIO PARA CITOTOXICIDADE…………………………… 4 3.2 ANÁLISE DE INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICROBIANO 7 3.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA……………………………………….. 12 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA...………………………….. 13 4 4.1 ARTIGO 1: Vilar RV, Romanos MTV, Lau GWT, Ruellas ACO. Cytotoxicity of two silicon dioxide nanofilms used for multi-purpose surface protection. A ser submetido para publicação no periódico "Nano Letters". 4.2 ARTIGO 2: Vilar RV, Alviano DS, Ruellas ACO. Antibacterial and antifungal effect of two silicon dioxide nanofilms used for multi-purpose xiii surface protection. A ser submetido para publicação no periódico "Nano Letters". 5 DISCUSSÃO .................................………………………………... 52 6 CONCLUSÕES…………….………………………………………… 60 7 RECOMENDAÇÕES......................................……...……………. 61 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………….. 62 1 1 INTRODUÇÃO Ao analisar a rotina de trabalho no ambiente odontológico observa-se que todos os materiais e instrumentais utilizados, nas diversas especialidades, podem apresentar limitações de natureza mecânica, química ou biológica (Anusavice et al., 2012). Quanto à limitação biológica, alguns destes podem ter alto potencial para colonização de microrganismos patogênicos, necessitando então de algum tipo de proteção antimicrobiana, a fim de evitar a disseminação desses microrganismos e uma eventual contaminação cruzada. Está claramente descrito na literatura que o acúmulo de biofilme microbiano sobre as superfícies dentárias pode resultar no desenvolvimento de doença periodontal e cárie (Leung, 1962; Gibbons, 1964). De forma semelhante, o biofilme acumulado sobre placas acrílicas (próteses dentárias e aparelhos ortodônticos removíveis) pode causar doenças da mucosa bucal, cujo maior exemplo é a estomatite (Olsen e Birkeland, 1977). Devido à grande dificuldade em realizar uma adequada higienização desses aparatos (Budtz-Jørgensen, 1979) sem que haja prejuízo à sua integridade superficial, diversas tentativas de se obter uma inibição da formação 2 inicial de biofilme sobre essas superfícies foram testadas, seja com antimicrobianos incorporados ao metacrilato (Compagnoni et al., 2012) como pela aplicação de revestimentos ou substâncias glazeadoras (Sesma et al., 2005). Porém, todas tentativas fracassaram em algum aspecto, seja pela rápida depleção do agente antimicrobiano ou pela formação de rachaduras e falhas nos revestimentos. Visando solucionar estes problemas perenes, o autor propôs estudar uma nova substância disponibilizada no mercado internacional cujas propriedades ainda não foram descritas por quaisquer trabalhos indexados nas principais bases de dados científicas, o nanofilme de dióxido de silício (Nanopool GmbH, Schwalbach, Alemanha), também chamado de "NP Liquid glass" (NanopoolGmbh). Como características de interesse tem-se a formação de uma superfície altamente hidrofóbica e oleofóbica, resistente às variações extremas de temperatura, às variações de pH e à abrasão. Tais características seriam decorrentes da natureza ímpar do polímero formado, que além de invisível, possui características antimicrobianas. Tendo em vista o grande potencial do produto apresentado e a inexistência de qualquer publicação científica, até a presente data, com o mesmo, urge a necessidade de devida investigação científica. Tal panorama torna os resultados aqui relatados, um prelúdio para outros estudos, não só na Odontologia mas em outras áreas do conhecimento. 3 2 PROPOSIÇÃO Os autores se propõem a: 2.1 avaliar a citotoxicidade do nanofilme de SiO2 convencional (NP Liquid glass) e do nanofilme de SiO2 enriquecido com antimicrobianos (Bacterlon®); 2.2 avaliar se o NP Liquid glass apresenta potencial de redução no crescimento do S. aureus e da C. albicans; 2.3 avaliar se o Bacterlon® apresenta potencial de redução no crescimento do S. mutans, S. aureus e da C. albicans; 2.4 avaliar se há influência da concentração inicial de inóculo quanto ao potencial antimicrobiano de cada revestimento. 4 3 DELINEAMENTO DA PESQUISA 3.1 ENSAIO PARA CITOTOXICIDADE A metodologia utilizada para avaliar o grau de citotoxicidade dos revestimentos testados está suportada por diversos trabalhos, publicados em diferentes periódicos internacionais(Pithon et al., 2009; Pithon, M. M. et al., 2010; Pithon, Matheus Melo et al., 2010; Santos, Pithon, Fernandes, et al., 2010; Santos, Pithon, Martins, et al., 2010; Santos et al., 2011; Dos Santos et al., 2012). 3.1.1 CULTURA DE CÉLULAS A linhagem celular utilizada foi L929 (fibroblasto de camundongo), obtida do American Type Culture Collection (ATCC, Rockville, MD) cultivada em meio mínimo essencial de Eagle (MEM) (Cultilab, Campinas, São Paulo, Brasil) suplementado com 2mM de L-glutamina (Sigma, St. Louis, Missouri, USA), 2,5 mg/mL de fungizona (Bristol-Myers-Squibb, New York, USA), 50 mg/mL de gentamicina (Schering Plough, Kenilworth, New Jersey, USA), 10 mM de HEPES (Sigma, St. Louis, Missouri, USA), 0,25mL solução de bicarbonato de sódio (Merck, Darmstadt, Germany) e 10% de soro fetal bovino (SFB) (Cultilab, 5 Campinas, São Paulo, Brasil) e mantida a 37°C , em ambiente contendo 5% de CO2. 3.1.2 SUBSTÂNCIAS AVALIADAS Foram testadas duas substâncias: o SiO2 para revestimento de superfícies plásticas (NP PlasticProtect) e o SiO2 com agentes antimicrobianos (Bacterlon®), ambos fabricados pela empresa Nanopool GmbH (Schwalbach, Alemanha). 3.1.3 CONTROLES Para verificar a resposta celular perante os extremos, dois grupos-controle foram avaliados: o controle celular (CC), onde as células não foram expostas a nenhum material e o controle positivo (C+), constituído por um detergente celular (Tween 80). 3.1.4 ENSAIO DE CITOTOXICIDADE DOS MATERIAIS Inicialmente, foram utilizadas duas placas de cultivo celular com 24 poços, ou seja, uma placa para cada substância. Em cada placa, três poços foram revestidos com 50 µL da substância teste. As mesmas foram armazenadas em temperatura ambiente durante 24 horas para completa secagem e cura, seguindo as orientações do fabricante. Durante este tempo, as placas foram mantidas na capela de fluxo laminar a fim de evitar qualquer contaminação. Em seguida, foi colocado, em cada poço, meio de cultura (MEM, Cultilab, Campinas, São Paulo, Brasil). 6 Para a placa de Bacterlon®, a cada 24 horas, o meio de cultura foi substituído por meio novo e os sobrenadantes coletados após 24, 48, 72 horas, e avaliados quanto à citotoxicidade para as células L929. Já na placa com NP Liquid glass convencional, o meio não foi trocado, apenas completado, pois a hipótese era que o produto não fosse citotóxico, logo, o objetivo foi desafiar o produto e para isso, deixou-se o meio acumular substâncias citotóxicas que porventura fossem liberadas durante 7 dias. Os sobrenadantes foram colocados, em triplicata, em uma placa de 96 poços contendo uma monocamada confluente de L929 e, então, incubados por 24 horas a 37°C em ambiente contendo 5% de CO2. Terminado o tempo de incubação, o efeito na viabilidade celular foi determinado através da técnica “dye-uptake”, descrita por Neyndorff em 1990, com pequenas modificações. Ou seja, após 24 horas de incubação, foram adicionados 100µL de vermelho neutro a 0,01% (Sigma, St. Louis, Missouri, USA), em meio de cultura, em cada poço das microplacas e estas foram incubadas a 37°C por 3 horas para penetração do corante nas células vivas. Passado esse período, após desprezar o corante, foram adicionados 100µL de solução de formaldeído (Reagen) a 4% em PBS (NaCl 130 mM; KCl 2 mM; Na2HPO4 2H2O 6 mM; K2HPO4 1mM, pH7,2) por 5 minutos, para promover a fixação das células à superfície das placas. Em seguida, para a extração do corante, foram adicionados 100µL de uma solução de ácido acético (Vetec, Rio de Janeiro, Brasil) a 1% com metanol (Reagen, Rio de Janeiro, Brasil) a 50%. Após 20 minutos, a leitura foi realizada em espectrofotômetro (BioTek, Winooski, Vermont, USA) em comprimento de onda de 492nm (µ = 492 nm). 7 3.2 ANÁLISE DE INIBIÇÃO DO CRESCIMENTO MICROBIANO 3.2.1 MICRORGANISMOS UTILIZADOS Neste estudo, foram expostas aos nanofilmes as seguintes cepas: Candida albicans (ATCC 10231), Staphylococcus aureus (MRSA BMB 9393) e Streptococcus mutans (ATCC 25175). Todas estas cepas foram utilizadas em outros trabalhos publicados na literatura (Söderling e Pihlanto‐Leppälä, 1989; Huh et al., 1994; Melo et al., 2004). 3.2.2 PREPARAÇÃO E PADRONIZAÇÃO DOS INÓCULOS MICROBIANOS As cepas das bactérias e levedura utilizadas no estudo foram reativadas de suas culturas originais, separadamente, em uma placa de Petri contendo caldo tríptico de soja (TSB), onde ficaram por 24 horas, quando foi realizada a troca da placa contendo TSB, permitindo assim a proliferação dos microrganismos em questão por mais 24 horas. Cabe ressaltar que em todas as etapas de incubação do S. mutans, as placas foram mantidas em ambiente pobre em oxigênio, a fim de prover as melhores condições possíveis para seu crescimento. Depois da ativação, os microrganismos foram colocados em um volume padronizado de caldo Gibbons e Nygaard (5mL) (Gibbons e Nygaard, 1968), para que o experimento prosseguisse. O caldo foi obtido a partir dos ingredientes e proporções citadas no Quadro 1. 8 Componentes Quantidade TSB 20g NaCl 2g K2HPO4 3g KH2PO4 2g K2CO3 1g MgSO4 0,12g MnSO4 0,015g Sacarose 50g Água Destilada 1000 mL pH ajustado para 6,8 Quadro 1 Composição do caldo Gibbons e Nygaard. As culturas foram, então, homogeneizadas por 30 segundos em um agitador de tubos do tipo “Vortex” e, depois, a turbidez foi ajustada através do espectrofotômetro (DU® 530 Life Science UV/ Vis Spectrophotometer, BeckmanCoulter™) até que se obtivesse a densidade óptica de 5 x 107 UFC/mL para C. albicans e 5 x 108 UFC/mL para o S. aureus e o S. mutans. 3.2.3 DIVISÃO E REVESTIMENTO DAS PLACAS DE CULTIVO Foram utilizadas 16 placas de plástico (poliestireno) para cultivo celular com 24 poços (TPP Techno PlasticProducts, Trasadingen, Suíça) as quais foram divididas de forma que fosse testado o NP Liquid glass convencional com S. 9 aureus e C. albicans e o Bacterlon® com os mesmos dois microrganismos, além do S. mutans. Cada placa recebeu um microrganismo e foi revestida com um dos produtos testados. Para todos os experimentos, foi realizado controle microbiológico do meio de cultura e dos próprios revestimentos, a fim de excluir a possibilidade de contaminação secundária. Os testes foram replicados em um segundo tempo a fim de garantir a reprodutibilidade do experimento. Seguindo estes critérios, as placas foram divididas conforme a tabela a seguir: Tabela 1 Divisão das placas. Tipo Revestimento Microrganismo Quantidade Teste Bacterlon® S.aureus 2 placas Teste Bacterlon® C. albicans 2 placas Teste Bacterlon® S. mutans 2 placas Teste NP Liquid glass S.aureus 2 placas Teste NP Liquid glass C. albicans 2 placas Controle Sem revestimento S.aureus 2 placas Controle Sem revestimento C. albicans 2 placas Controle Sem revestimento S. mutans 2 placas 10 A fim de garantir que toda a parede do poço entrasse em contato com o revestimento, cada poço foi completamente preenchido com 3 mL do respectivo produto. Logo em seguida, todo o volume foi removido a fim de permitir a secagem e cura do nanopolímero, a qual ocorre após 24 horas em temperatura ambiente dentro da câmara de fluxo laminar. 3.2.4 DISTRIBUIÇÃO DAS SUSPENSÕES, DILUIÇÕES E ARMAZENAGEM A fim de determinar qual seria a máxima concentração celular na qual o suposto efeito antimicrobiano seria observado, foram realizadas sucessivas diluições da suspensão inicial. Desta forma, cada uma das seis colunas da placa de 24 poços correspondia a uma concentração (10², 10³, 104, 105,106 e 107), e cada poço recebeu 0,5mL de suspensão com a respectiva concentração. Visto que cada placa possui quatro linhas, obtiveram-se quatro poços para cada diluição (n=4). As concentrações de 106 e 107, tiveram um poço substituído pelo controle do meio. Após a devida distribuição dos microrganismos, as placas foram mantidas em estufa microbiológica a 37°C durante 48 horas. Cabe ressaltar que as placas com S.mutans foram armazenadas em uma jarra de cultivo em anaerobiose. Após 48 horas, o biofilme foi, vigorosamente, ressuspenso para análise (Figura 1). Uma alíquota de cada concentração foi removida dos poços revestidos com Bacterlon® para cada tipo de microrganismo, a fim de verificar a viabilidade das células presentes nestes meios (UFC). 11 Figura 1 Placa de 24 poços com biofilme ressuspenso para posterior distribuição em ..................uma placa de 96 poços. 3.2.5 PREPARO PARA ESPECTROFOTOMETRIA Para análise no espectrofotômetro, cada poço teve sua suspensão dividida em dois poços de uma placa com 96 poços (Figura 2), cada um com 0,1mL de suspensão. Logo, obtiveram-se oito leituras, para cada diluição de cada tipo de microrganismo que entrou em contato com cada revestimento (n=8). A espectrofotometria das amostras foi realizada no comprimento de onda de 550nm. 12 Figura 2 Placa de 96 poços sendo preparada para análise em espectrofotômetro. A ...................suspensão de cada um dos 24 poços da placa anterior foi subdividida em ..................dois poços desta placa. 3.3 ANÁLISE ESTATÍSTICA As análises estatísticas foram realizadas com auxílio do programa SPSS 13.0 (SPSS Inc.,Chicago, Illinois, EUA). Análise estatística descritiva, incluindo média e desvio-padrão, foi calculada para todos os grupos avaliados. Tanto para os testes de citotoxicidade, quanto para os testes de inibição, os valores da quantidade de células viáveis foram submetidos à análise de variância (One-way ANOVA) e ao teste de comparações múltiplas de Tukey, para avaliar se havia diferenças estatísticas entre os grupos. Os resultados dos testes de inibição também foram submetidos ao Two-way ANOVA a fim de determinar se o tipo de revestimento, a concentração da suspensão ou uma combinação dos dois, teria influência sobre a densidade óptica. 13 4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA 4.1 ARTIGO 1 Vilar RV, Romanos MTV, Lau GWT, Ruellas ACO. Cytotoxicity of two silicon dioxide nanofilms used for multi-purpose surface protection. A ser submetido para publicação no periódico "Nano Letters" - Qualis A1 Odontologia (Fator de impacto 12,940). 4.2 ARTIGO 2 Vilar RV, Alviano DS, Ruellas ACO. Antibacterial and antifungal effect of two silicon dioxide nanofilms used for multi-purpose surface protection. A ser submetido para publicação no periódico "Nano Letters" - Qualis A1 Odontologia (Fator de impacto 12,940). 14 ARTIGO 1 CYTOTOXICITY OF TWO SILICON DIOXIDE NANOFILMS USED FOR MULTIPURPOSE SURFACE PROTECTION Rowan do Vale Vilara, , Maria Teresa Vilela Romanosbb, Geórgia Wain Thi Lauc Antônio Carlos de Oliveira Ruellasd . a Master Student, Department of Pedodontics and Orthodontics, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil b Professor, Department of Virology, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil c phD Student, Department of Pedodontics and Orthodontics, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil d Professor, Department of Pedodontics and Orthodontics, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil. CNPq Researcher Corresponding Author: Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, Department of Pedodontics and Orthodontics, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Avenida Professor Rodolpho Paulo Rocco, 325, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, 21941-617. Email: [email protected] 15 ABSTRACT Long-lasting multi-purpose surface nanocoatings have emerged in the last decade with the daring goal of solving major problems in any field where a surface must be kept safe from physical, chemical or biological hazards. Even though the manufacture's brochures are full of results of assumed laboratorial tests ensuring their products safeness, questions about their potential cytotoxicity remain unanswered by studies with no conflict of interest. The authors aimed at verifying the cytotoxicity of silicon dioxide nanofilms with and without antimicrobial agents (respectively, Bacterlon® and NP Liquid glass - Nanopool GmbH, Schwalbach, Germany). To assess the cytotoxicity of the products, the dye-uptake technique on mouse fibroblasts was applied. The analysis of variance statistical test (ANOVA) revealed a statistically significant difference between the Bacterlon® and the noncytotoxic control groups (p<0.01), not seen in the NP Liquid glass group (p>0.01). From the results, it can be concluded that NP Liquid glass is not cytotoxic, while Bacterlon® is cytotoxic. KEY WORDS: Silicon dioxide nanofilm, Liquid glass, Cytotoxicity 16 INTRODUCTION Silicon dioxide (SiO2), also known as silica, is one of the most abundant and complex families of materials, existing both in nature as being produced synthetically (Iler, 1979; Sommers, 2007). Several SiO2-based products have been applied in the most different ways in medicine, engineering, agriculture, and industries of all kind(Ma e Hadzija, 2013). With a quick web search, it can be noticed that the SiO 2 nano coatings have emerged in the last decade with the audacious promise of making, almost, all surfaces easy-to-clean, dirt-repellent, hydrophobic, oleophobic, antimicrobial protected, alkaline and acid resistant and proof against abrasion and corrosion with a 50 nm to 500 nm thick invisible layer (Wolinsky, 2006; Edwards, 2010; Richard, 2010). If all those novel properties could be added to the coated surfaces, major benefits would take place in major fields of human activities, bringing financial and social deep changes. Through this prism, we can foresee one day when daily problems such as corrosion, staining, wetting, moisture, biofilm formation and agricultural plagues will be "overcome nightmares". In spite of many studies that have been done in the last few years about the biocompatibility of the silica nanoparticles (Napierska et al., 2010; Yang et al., 2010; Ahmad et al., 2012), no study have already assessed the cytotoxicity of silicon dioxide nanofilms which, supposedly, would be safe due to its particle-free nature (Wolinsky, 2006). Based on the absence of studies on this topic, the authors aimed at verifying the cytotoxicity of two SiO2 nanofilms, which have high marketing appeal 17 on this niche market, the NP Liquid glass and the Bacterlon®, both produced by Nanopool GmbH (Schwalbach, Germany) and distributed worldwide under many different labels (NP plastic protect, Vetroliquido, etc). MATERIALS AND METHODS To accurately assess the cytotoxicity of these nanofilms, a heavily supported methodology was chosen. (Pithon et al., 2009; Pithon, M. M. et al., 2010; Pithon, Matheus Melo et al., 2010; Santos, Pithon, Fernandes, et al., 2010; Santos, Pithon, Martins, et al., 2010; Santos et al., 2011; Dos Santos et al., 2012). Cell line and culture The cell line used for this study was mouse L929 fibroblasts (American Type Culture Collection-TCC, Old Town, Maryland, USA). They were cultivated in Eagle's minimum essential medium (MEM; Cultilab, Campinas, São Paulo, Brazil). The cell culture was supplemented with 2-mM L-glutamine (Sigma, St. Louis, Missouri, USA), 10-mM HEPES (Sigma), 50 μg mL−1 gentamicin (Schering Plough, Kenilworth, New Jersey, USA), 2.5 μg mL−1 fungizone (Bristol-MyersSquib, New York, USA), 0.25-mM sodium bicarbonate solution (Merck, Darmstadt, Hessen, Germany), and 10 per cent foetal bovine serum (Cultilab) and kept in a 5 per cent CO2 environment at 37°C. 18 Tested nanofilms and sample preparation The tested nanofilms were: NP Liquid Glass for plastic protection and Bacterlon®, which, according to patent description (Jürgens e Schwindt, 2009) has embedded antimicrobial agents (Chitosan, Triclosan and quaternary ammonium salts) in a not specified mix ratio. Both products are produced by Nanopool GmbH (Schwalbach, Germany). One 24-well culture plate was used for each coating nanofilm. In each plate, three wells were filled with 50 µL of the respective nanofilm. Both plates were stored under room temperature for 24 hours to guarantee that the product was completely dried and cured, so the nanolayer was properly formed. The plates were kept into a laminar flow cabinet to avoid any contamination. Control groups To verify the cell response to opposite extreme conditions, two control groups were evaluated: Cell control group (CC) consisting of cells not exposed to any material and group C+ (positive control), consisting of cells exposed to Tween 80 (polyoxyethylene 20 sorbitan), which is a well-known cytotoxic agent. Cytotoxicity assessment Each well was filled with culture medium (MEM, Cultilab, Campinas, São Paulo, Brazil). The frequency of medium replacement, along the experiment, was different for both groups. 19 In the Bacterlon group, every 24 hours, the culture medium was replaced by new medium. The supernatants were collected after 24, 48 and 72 hours, and then evaluated for toxicity to L929 cells. In contrast, based on the hypothesis that the NP Liquid Glass was not cytotoxic, the culture medium was not replaced in this group. The medium was, only, filled up to compensate evaporation. That differentiation aimed to challenge this tested sample, with the consequent accumulation of any cytotoxic substance which could have been released during a 7 days period. The supernatant were triplicated and placed into a 96-well culture plate containing a confluent single layer of L929. The incubation was done into a 5 per cent CO2 environment, at 37ºC, during 24 hours. Following the incubation period, cell viability was assessed by the dyeuptake technique (Neyndorff et al., 1990) with minor modifications. After 24 hours, 100 μL of 0.01 per cent neutral-red staining solution (Sigma) was added to each well, which were incubated for 3 hours at 37°C to allow the dye penetration into the living cells. The cells fixation was achieved with 100 μL of 4 per cent formaldehyde solution (Reagen, Rio de Janeiro, Brazil) in PBS (130 mM NaCl, 2 mM KCl, 6 mM Na2HPO4 2H2O, 1 mM K2HPO4, pH = 7.2) for 5 minutes. Finally, the dye was removed with the addition of 100 μL of 1 per cent acetic acid solution (Vetec, Rio de Janeiro, Brazil) with 50 per cent methanol (Reagen). Absorption was measured after 20 minutes using a spectrophotometer (BioTek, Winooski, Vermont, USA) at a wave length of 492 nm. 20 Statistical analysis Statistical analysis was performed with the SPSS software (version 20, SPSS Inc, Chicago, IL, USA). The descriptive statistics, including mean and standard deviation, was calculated for all groups. Shapiro-Wilk test was applied to verify the normality. Once the normal distribution of the results had been certified, One-way ANOVA and Tukey multiple comparison tests (p<0.01) were used for intergroup comparisons. RESULTS The descriptive (means and standard deviation) and statistical analyzes (Tukey Post Hoc test) of the results regarding the cytotoxicity of NP Liquid glass are described on Table 1 and Figure 1. There were no statistically significant difference between the NP Liquid glass and the cell control group in all evaluated period. The positive control group presented, continuously, high cytotoxicity. The descriptive and statistical analyses of the results regarding Bacterlon® cytotoxicity are described on Table 2 and Figure 2. There were statistically significant difference between the Bacterlon® and the cell control group in all evaluated periods (p<0.01). In 24 hours there were no statistically difference between Bacterlon® and the positive control, since both exhibit high cytotoxic levels. In 48 and 72 hours, there were statistically significant difference between all groups, and Bacterlon® was the most cytotoxic in 72 hours. 21 DISCUSSION Biocompatibility is essential to ensure a safe interaction between a living organism (human, animal, plant, etc.) and an inanimate material. Biocompatibility assessments are common in all fields of science, as medicine (Boutrand, 2012), dentistry (Schmalz e Bindslev, 2008), cosmetics (Tomankova et al., 2011), food engineering (Das e Goyal, 2014), and others. In vitro cytotoxicity test is the firstchoice approach to evaluate the biocompatibility of any material for biomedical use, as proposed by the International Standard Organization, ISO 10993. The model used in this study to assess the cytotoxicity is the monolayer of mouse fibroblasts associated with the dye-uptake technique and spectrophotometry (Neyndorff et al., 1990; Tomakidi et al., 2000). In this technique, the vital stain is only incorporated by intact vital cells. Then, the spectrophotometer reads the optical density of each sample, allowing the comparison between the groups. It is important to emphasize that this biocompatibility assessment, with this particular technique and cell culture, gives an initial parameter of how cytotoxic is this compound, but the obtained results cannot be interpreted as a complete human (or any other living being) response. For the biocompatibility to be proved, the material must be tested by experiments ranging from in vitro assays to clinical trials (Schmalz e Bindslev, 2008; Boutrand, 2012; Isabel Cristina Celerino De Moraes, 2012). In the present study, it was observed that the NP Liquid glass for plastic surfaces (NP PlasticProtect) is not cytotoxic. 22 According to some recent studies, nanoparticles of silica are cytotoxic (Napierska et al., 2010; Ahmad et al., 2012; Passagne et al., 2012; Hassankhani et al., 2014). The non-cytotoxicity of the SiO2 nanofilm must be better investigated, but might corroborate the claim of the manufacturer that this product is particle-free and biologically safe, which allowed the obtainment of ISO 10993 certification. Being particle-free is of paramount importance because those studies point that silica nanoparticles produce, in various tissues, toxic effects such as lipid peroxidation, oxidative stress, oxidative DNA damage, disruption of cell membrane, mitochondria damage and induction of apoptosis. The non-cytotoxicity associated with the decreased strength of microbial adhesion to the coated surface could drastically change the modus operandi of how surfaces, of all types, are kept clean. According to the manufacturer, the coated surfaces could be properly cleaned with hot water, with no need of conventional cleaning chemicals (Nanopool-Gmbh; Edwards, 2010; Richard, 2010). Through this prism, social, financial and environmental benefits would rise with the application of the coating on public means of transportation, restaurants, public facilities, hospitals and dental clinics, for example. Other applications could include the prevention of biofilm formation on oil tubes, vascular and urinary catheters, orthopedic and dental prostheses, dental appliances such as orthodontic braces and wires, or even directly on tooth surface, to prevent caries and periodontal disease. 23 In contrast, Bacterlon® showed high cytotoxic until the end of this experiment (72 hours), presenting the same results as the positive control (Tween 80). Possibly, the high cytotoxicity of Bacterlon® is one of the factors that could make it a potent antimicrobial coating. Therefore, it will be important to know if, when Bacterlon® ceases its cytotoxicity, it preserves its antimicrobial property in some degree, which would make it eligible for application to surfaces that are in direct contact to living tissues. According to the product patent (Jürgens e Schwindt, 2007; 2009), the antimicrobial agents in Bacterlon® would be chitosan, 'trichloro-2'-hydroxy-diphenyl ether (Triclosan) and quaternary ammonium salts (QAS). However, confronting the results of the present study, the low cytotoxicity of chitosan is well stablished on the literature (Peluso et al., 1994; Singla e Chawla, 2001; Amaral, 2006; Isabel Cristina Celerino De Moraes, 2012), as well as the biocompatibility of Triclosan and QAS (Desalva, Kong e Lin, 1989; Bhargava e Leonard, 1996; Zuckerbraun et al., 1998; Jones et al., 2000; Barbolt, 2002; Fang et al., 2010; Simoncic e Tomsic, 2010) . Consequently, the hypotheses to explain the high cytotoxicity found might be the presence of other (not specified) embedded substances, a too high concentration of those antimicrobial agents that could cause cell damage or a molecular structural change of those antimicrobial agents when they are associated with the SiO2 nanofilm. Despite being cytotoxic, Bacterlon® still might have a huge applicability on improving infection control in the food industry and hospitals, for example. 24 Nevertheless, studies evaluating its real antimicrobial effect, and all the other claimed properties, must be done prior to any recommendation. CONCLUSION Under these experimental conditions, NP Liquid glass was not cytotoxic up to 7 days and Bacterlon® showed high cytotoxicity up to 72 hours. ACKNOWLEDGEMENTS The authors would like to thank Brazway S.T.E Ltda for the samples given and CAPES and FAPERJ, Brazilian government entities, for the financial support provided. REFERENCES AHMAD, J. et al. 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Mean ± SD NP Liquid 0 hour 24 hours 48 hours 72 hours 7 days 0.827± 0.465 ± 0.706 ± 0.709 ± 0.662 ± A 0.05 A 0.08 A 0.04 A 0.08 A glass 0.03 Cell 0.921 ± 0.449 ± 0.674 ± 0.623 ± 0.613 ± control 0,03 A 0,03 A 0,07 A 0,03 A 0,09 A Positive 0.066 ± 0.082 ± 0.081 ± 0.095 ± 0.094 ± control 0.04B 0.00B 0.00 B 0.01 B 0.00 B *Different letters (in the same column) represent statistically significant difference (p-value < 0.01). Table 2 Bacterlon® cytotoxic test results. Mean ± SD 24 hours 48 hours 72 hours Bacterlon® 0.163±0.03A 0.216±0.01 A 0.129±0.01 A Cell control 1.120 ±0.14B 0.595±0.04B 0.659 ±0.04B Positive control 0.083±0.01 A 0.086±0.01C 0.186±0.01C *Different letters (in the same column) represent statistically significant difference (p-value < 0.01). 29 1 0.921 0,9 0.827 Optical Dentisy 0,8 0.706 0,7 0.709 0.674 0.662 0.623 0.613 0,6 0.465 0.449 0,5 0,4 0,3 0,2 0.066 0,1 0.082 0.095 0.081 0.094 0 0 hours 24 hours NP Liquid Glass 48 hours Cell control (CC) 72 hours 7 days Positive control (C+) Figure 1 Representative graphic of the cell viability in each group (NP Liquid glass …………..essay). Bacterlon® 1,2 Cell control (CC) Positive control (C+) 1.12 Optical density 1 0,8 0.659 0.595 0,6 0,4 0,2 0.216 0.163 0.083 0.129 0.186 0.086 0 24 hours 48 hours 72 hours Figure 2 Representative graphic of the cell viability in each group (Bacterlon® essay). 30 ARTIGO 2 ANTIBACTERIAL AND ANTIFUNGAL EFFECT OF TWO SILICON DIOXIDE NANOFILMS USED FOR MULTI-PURPOSE SURFACE PROTECTION. Rowan do Vale Vilara, Daniela Sales Alvianob, Antônio Carlos de Oliveira Ruellasc . a Master Student, Department of Pedodontics and Orthodontics, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil b Professor, Department of General Microbiology, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil. c Professor, Department of Pedodontics and Orthodontics, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil. CNPq Researcher. Corresponding Author: Antônio Carlos de Oliveira Ruellas, Department of Pedodontics and Orthodontics, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Avenida Professor Rodolpho Paulo Rocco, 325, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, 21941-617. Email: [email protected] 31 ABSTRACT In the last ten years, long-lasting multi-purpose surface nanocoatings have emerged to bring novel solutions for ancient problems. By means of its application, supposedly, all surfaces could be protected from physical, chemical and biological hazards. In spite of all those appealing advantages, there is no published paper evaluating its antimicrobial potential. Thus, the authors aimed at verifying the antimicrobial potential against S. mutans, S. aureus and C. albicans, of silicon dioxide nanofilms with and without antimicrobial agents (Bacterlon® and NP Liquid glass, respectively). Plastic plates for cell culture were coated and inoculated with suspensions of each microorganism with different initial concentrations. The evaluation parameters (optical density) were obtained and measured with digital spectrophotometer. The group coated with Bacterlon®, presented statistically significant differences of all species (p<0.05) compared with their control groups, with greatest effect in lower initial inoculum concentrations. On the other hand, NP Liquid glass only interfered, in a statistically significant manner, in S. aureus group (p<0.05), probably due to its ability to form a nonstick surface. From the results, can be concluded that the NP Liquid glass has the potential to inhibit the growth of Staphylococcus aureus, while Bacterlon® have great potential to prevent the growth of S. mutans, S. aureus and C. albicans, especially on concentrations below 106 CFU / mL. KEY WORDS: Silicon dioxide nanofilm, Liquid glass, Antimicrobial 32 INTRODUCTION Contaminated surfaces and biofilm formation are two of the major problems in all fields of human activity. Problems that range from the microbiologically influenced corrosion in industries, hospital cross infection to diseases as caries, periodontitis and denture-related stomatitis (Leung, 1962; Gibbons, 1964; Burnie et al., 1985; Wilson, 1998; Hansen et al., 2010). It is clear that it would be more advantageous to prevent rather than treat biofilm formation. Therefore, several bacteria-resistant surfaces have been proposed. Most attempts depend either on adhesion inhibition or on a release of antimicrobial agents (Meyer, 2003; Genzer e Efimenko, 2006; Zhao et al., 2009; Banerjee, Pangule e Kane, 2011). In the first case, researches have focused on inhibiting protein adsorption (consequently bacterial adhesion) using surface chemical functional groups, including zwitterionic, mixed-charge, or amphiphilic materials that utilize surface heterogeneities (e.g., hydrophobicity and charge) to prevent adhesion at the nano to micrometer scales; weakly polarizable materials that reduce van der Waals interactions (e.g. Teflon), (Callow e Callow, 2011); and hydrophilic polymeric materials that inhibit protein adhesion through the formation of highly hydrated surfaces (Harris, 1992). More recently, structured superhydrophobic surfaces imitating the Lotus leaf have been suggested (Genzer e Efimenko, 2006; Fadeeva et al., 2011). In the second case, techniques usually involve one coating that release agents such as silver ions, antibiotics (Triclosan, Chitosan, etc.) and quaternary 33 ammonium salts into the surrounding environment (Banerjee, Pangule e Kane, 2011). In the last ten years, long-lasting multi-purpose surface nano coatings have emerged to bring novel solutions for ancient problems. By means of its application, supposedly, all surfaces could be protected from physical, chemical and biological hazards (Edwards, 2010; Richard, 2010). In spite of all those appealing advantages, there is no scientific information about its antimicrobial potential. Thus, the authors aimed at verifying the antimicrobial potential against S. mutans, S. aureus and C. albicans, of silicon dioxide nanofilms with and without antimicrobial agents (Bacterlon® and NP Liquid glass, respectively). MATERIALS AND METHODS Tested microorganisms In this study, the following strains were exposed to nanofilms: Candida albicans (ATCC 10231), Staphylococcus aureus (MRSA BMB 9393) and Streptococcus mutans (ATCC 25175): all these strains were used in previous published studies (Söderling e Pihlanto‐Leppälä, 1989; Huh et al., 1994; Melo et al., 2004). Preparation and standardization of microbial inoculum 34 The strains of bacteria and yeast used in the study were reactivated from their original cultures, separately, in a Petri dish containing Tryptic Soy Broth (TSB), during 48 hours. It is noteworthy that, in all stages of S. mutans incubation, the plates were kept in oxygen-poor environment, in order to provide the best growth conditions possible. After activation, the microorganisms were added to a standard volume of the broth Gibbons and Nygaard (5mL) (Gibbons e Nygaard, 1968). The cultures were homogenized for 30 seconds and then the turbidity was adjusted with a spectrophotometer (DU® 530 Life Science UV / Vis Spectrophotometer, BeckmanCoulter™) to an optical density of 5 x 107 CFU / mL for C. albicans and 5 x 108 CFU / mL for S. aureus and S. mutans. Tested nanofilms and sample preparation The tested nanofilms were: NP Liquid Glass for plastic protection and Bacterlon®, which, according to patent description (Jürgens e Schwindt, 2009) has embedded antimicrobial agents (Chitosan, Triclosan and quaternary ammonium salts) in a not specified mix ratio. Both products are produced by Nanopool GmbH (Schwalbach, Germany). Sixteen 24-well culture plates (Techno PlasticProducts TPP, Trasadingen, Switzerland) were used to evaluate both nanofilms and the three different organisms. To ensure that the entire well wall was in contact with the coating, each well was filled up with 3 mL of the respective nanofilm. Shortly thereafter, the entire volume was completely removed. The plates were stored under room 35 temperature for 24 hours to guarantee that the product was completely dried and cured, so the nanolayer was properly formed. The plates were kept into a laminar flow cabinet to avoid any contamination. For all experiments, a microbiological control of the medium and the coatings was done, in order to exclude the possibility of secondary contamination. The tests were replicated in a second time in order to ensure reproducibility of the experiment. Suspension distribution, dilution and storage In order to determine which would be the maximum cell concentration at which the presumed antimicrobial effect could be observed, successive dilutions of the initial suspension were performed. Each column of a 24-well plate received an aliquot of suspension with the respective concentration (10², 10³, 104, 105,106 and 107). Since each plate has six columns and four lines, there were obtained four wells for each dilution (n = 4). However, a single well of 106 and 107 concentrations were substituted by control. After microorganisms distribution, the plates were kept in microbiological incubator at 37°C for 48 hours. Note that the S. mutans plates were stored in an oxygen-poor environment. After 48 hours, all adhered biofilm was vigorously resuspended for analysis 36 To verify cell viability (CFU), a 100µL suspension aliquot, for each microorganism and each concentration, was removed from the Bacterlon® coated wells. Sample preparation for spectrophotometry Prior to spectrophotometric analysis, each well had its suspension split into two wells of a 96-well plate, each one with 0.1 mL of suspension. Thus, eight readings were obtained for each dilution of each microorganism that was into contact to each coating (n=8). The samples were evaluated by spectrophotometry at a wavelength of 550nm. Statistical analysis Statistical analysis was performed with the SPSS software (version 20, SPSS Inc, Chicago, IL, USA). The descriptive statistics, including mean and standard deviation, was calculated for all groups. Shapiro-Wilk test was applied to verify the normal distribution of the data. Once the normal distribution of the results had been certified, One-way ANOVA and Tukey multiple comparison tests were used for intergroup comparisons. The results of the inhibition tests were also subjected to two-way ANOVA to determine if the coating type, the suspension concentration or a combination of both, have influence on the optical density. 37 RESULTS C. albicans The descriptive and statistical analyses of the results regarding the OD influence of the coating on each concentration are disclosed on Table 1 and Figures 1 and 2. For C. albicans, the one-way ANOVA and Tukey post hoc test showed statistically difference between all the groups (p<0.05). Two-way ANOVA test showed that both the concentration and the type of coating influence yeast growth. In all concentrations, a lower (and statistically different) OD for the group coated Bacterlon® was noticed. CFU analysis showed that, even at the lowest concentration (10² CFU/mL), the cells remain viable, regardless the coating nanofilm. S. mutans The descriptive and statistical analyses of the results regarding the OD influence of the coating on each concentration are disclosed on Table 2 and Figures 3 and 4. For S. mutans, Bacterlon® group showed the lowest OD in all concentrations, compared with the non-coated control. For the two lowest concentrations, there was no statistically significant difference between groups. The OD was similar to the control growth medium, i.e. there were a minimum number of cells. From 104 CFU/mL onwards (higher concentrations), there was 38 statistical significant difference between the Bacterlon® coated group and the control. There was no statistical difference within Bacterlon® group from 102 to 106 CFU / mL, whereas, in the non-coated control group, from 104 CFU/mL onwards, there was statistical difference between every following concentration (p<0.05). CFU analysis showed that, even at the lowest concentration (10² CFU/mL), the cells remain viable. S. aureus The descriptive and statistical analyses of the results regarding the OD influence of the coating on each concentration are disclosed on Table 3 and Figures 5 and 6. For S. aureus, there was statistical significant difference between all groups (Bacterlon®, NP Liquid Glass and control) in all concentrations (p<0.05). The lowest OD for all concentrations was seen in Bacterlon® group. Besides, all values were statistically indistinguishable from the lowest concentration (10 2 CFU/mL) to the highest (107 CFU/mL). Moreover, until 106 CFU / mL, the OD means were almost identical to medium control, which has minimal optical density. CFU analysis indicated that there was no viable cell up to 104 CFU / mL concentration, in Bacterlon® coated wells. 39 In NP Liquid glass group, there was no statistical difference between the 102, 103, 104 and 106 CFU / mL concentrations and there was no statistical difference between the concentrations 104, 105, 106, 107 CFU / mL. The highest values for OD were observed in the uncoated group (control). A non-measurable outcome was observed. Whereas, in the control group, cells were strongly adhered to the culture plate surface, in coated groups, bacteria gave off easily at resuspension. The optical microscopy observation (100x with oil immersion) of MRSA cells incubated in contact to Bacterlon® indicates that the exposed lining cells did not form the genus characteristic grape-like clusters, being restricted to the formation of pairs, trios or small groups, which can be seen in Figure 7. DISCUSSION Given that it is extremely difficult to prevent bacteria and fungi from colonizing surfaces, whether they are organic (like teeth, leaves and food) or inorganic (such as prostheses, appliances, dental chairs, tables, doorknobs, etc.), the technology tested in this study emerges as a great alternative for the effective control of microbial colonization of most existing surfaces. After an extensive literature search, in major databases (Web of Knowledge, SCOPUS, Scifinder, PubMed, SciELO, Cochrane Library, EMBASE, ScienceDirect) it was noticed that no independent research, testing the properties of the silicon dioxide nanofilm, was conducted to date (November, 2014). 40 The adopted method allowed the evaluation of the coatings under the state which they will be found when applied routinely on a plastic surface, i.e. in a nanofilm, not in its liquid state. To quantitatively evaluate the microbial growth on these surfaces, optical density evaluation by spectrophotometry was the chosen method for being a common and reliable procedure for many years (Gavin, 1957). It was observed that, for the group of Candida albicans, the OD tends to remain the same in lower concentrations (102, 103 and 104 CFU/mL) for any of the coatings. A fungistatic effect of Bacterlon® was evident due to the statistical significant difference at all concentrations, probably owing to the presence of the antimicrobial agents, since the conventional NP Liquid glass failed to reduce yeast growth. In addition, it was noteworthy that the NP Liquid glass group showed the highest OD at low concentrations for C. albicans, which might mean that there is a growth stimulus to this fungus under these environmental conditions, perhaps due to the electric charge of the nanocoating. In the S. mutans group, it was observed that at 102 and 103 CFU/mL, there was no OD difference between the three groups (test, coating control and medium control). Possibly that was due to the slow growth of such bacteria in vitro. However, in the Bacterlon® group, this OD behavior was maintained until the concentration of 106 CFU/mL, indicating that the present amount of antimicrobial agent was sufficient to inhibit the growth of this amount of cells. As the cell viability analysis (CFU) revealed cell growth even at lower concentrations, the conclusion is that the effect was bacteriostatic. Finally, it was observed that in 107 CFU/mL, 41 the cell growth was exuberant in all groups, probably due to the depletion of the antimicrobial agent. In S.aureus group, the most substantial differences were observed, both for Bacterlon® and NP Liquid Glass groups. For Bacterlon®, the cell viability assay (CFU) showed that there was no viable cell on all concentrations up to 104 CFU/mL, therefore, the effect was bactericidal. Even though there were viable cells on higher concentrations (higher than 104 CFU/mL), no statistically significant difference was found between all concentrations, i.e. the growth of viable cells was not sufficient to change the OD, in 48 hours. Microscopically (Figure 7), it can be observed that the cells that were in contact with Bacterlon® did not form the characteristic 5 to 20-cell clusters of Staphylococcus (Haaber et al., 2012), and that can be either the cause or the consequence of the lower growth rate. Another finding was the effect of NP Liquid Glass on S.aureus, also limiting their growth, when compared to the control group. Possibly that was due to the fact that SiO2 nanofilm creates a nonstick layer on the treated surface. Thus, the cells did not form the strongly attached biofilm, which is characteristic of this genus (Lowy e Hammer, 1983). Possibly, when these cells are planktonic its cell division rate is reduced (Haaber et al., 2012). The, alleged non-cytotoxicity of NP Liquid Glass associated with, the lower adhesion strength of S. aureus to coated surfaces might bring important benefits with the application of the coating on dental devices such as dentures, brackets, wires, etc., in medical and hospital apparatus as endotracheal tube, vascular and 42 urinary catheters and orthopedic prostheses, which are responsible for half of all nosocomial infections in the United States (Stickler, 2000). Although some questions about both nanofilms have been elucidated, others remain unanswered, waiting for further researchessuch as: are them noncytotoxic and resistant to all those physical, chemical and biological hazards, as alleged? Do the treated surfaces really become superhydrophobic and easier-toclean? Which is the needed reapplication frequency? (Borkow, 2014) Therefore, from the present study, numerous possibilities are revealed both for further research and for practical application. We can predict that soon, all the economic, environmental and social damage caused by the formation of biofilms on various industrial and medical surfaces or even on organic tissues, such as human teeth or plant's leaves and seeds (Schwindt, 2013), might remain as memories from a not-so-distant past. CONCLUSION A decreased growth of S. aureus was observed in the culture plates coated with NP Liquid glass. The same behavior was not observed when C. albicans was inoculated. In the samples coated with Bacterlon® there was a growth reduction of all the three inoculated microorganisms; There was a direct relationship between the initial concentration of the suspension and the antimicrobial potential of the coatings, so that in higher concentrations antimicrobial effect was reduced, when present. 43 ACKNOWLEDGEMENTS The authors would like to thank Brazway S.T.E Ltda for the samples given, and CAPES and FAPERJ, Brazilian government entities, for the financial support provided. REFERENCES BANERJEE, I.; PANGULE, R. C.; KANE, R. S. Antifouling coatings: recent developments in the design of surfaces that prevent fouling by proteins, bacteria, and marine organisms. Advanced Materials, v. 23, n. 6, p. 690-718, 2011. ISSN 1521-4095. BORKOW, G. Use of Biocidal Surfaces for Reduction of Healthcare Acquired Infections: Springer 2014. BURNIE, J. P. et al. Outbreak of systemic Candida albicans in intensive care unit caused by cross infection. 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Journal of Biomedical Materials Research Part B: Applied Biomaterials, v. 91, n. 1, p. 470-480, 2009. ISSN 1552-4981. 46 Table 1 Optical density of Bacterlon® and NP Liquid glass coated wells inoculated with C. albicans. Mean ± SD Optical 10² 10³ 104 105 106 107 0.913 ± 0.900 ± 0.903 ± 0.952 ± 1.060 ± 1.334 ± .052A .037A .045A .055A .066B .045F 1.128 ± 1.130 ± 1.155 ± 1.191 ± 1.237 ± 1.525 ± DEF CDE CDE Dentisity Bacterlon® Not coated NP Liquid glass .057 1.234 ± BC .026 .047 1.200 ± BCD .012 .042 1.205 ± BCDE .019 EF .039 1.235 ± .031 CDE F .093 .058G 1.337 ± 1.454 ± EF .014 .015G 0.071 ± .004 Medium control * Different letters (between columns and rows) show a statistical difference. p-value <0.05 Table 2 Optical density of Bacterlon® coated samples inoculated with S.mutans. Mean ± SD Optical 10² 10³ 104 105 106 107 0.058 ± 0.056 ± 0.059 ± 0.063 ± 0.061 ± 0.283 ± .002A .001A .002A .004A .004A .016D 0.060 ± 0.062 ± 0.090 ± 0.151 ± 0.274 ± 0.498 ± .001A .004A .016B .010C .017D .018E Dentisity Bacterlon® Not coated Medium control 0.057 ± .003A * Different letters (between columns and rows) show a statistical difference. p-value <0.05 47 Table 3 Optical density of Bacterlon® and NP Liquid glass coated samples inoculated …………..with S. aureus. Mean ± SD Optical 10² 10³ 104 105 106 107 0.058 ± 0.058 ± 0.060 ± 0.058 ± 0.060 ± 0.102 ± .002A .002 A .004 A .001A .003 A .006 A 1.159 ± 1.161 ± 1.173 ± 1.207 ± 1.254 ± 1.288 ± .103B .024B .081BC .075C .012BC .028C NP Liquid 0.681 ± 0.671 ± 0.708 ± 0.798 ± 0.756 ± 0.783 ± glass .061D .031D .052DE .057DEF .043EF .052F Dentisity Bacterlon® Not coated Medium control 0.058 ± .003A * Different letters (between columns and rows) show a statistical difference. p-value <0.05 48 C. albicans 1,8 1,6 Optical density 1,4 Bacterlon 1,2 1 Not coated 0,8 NP Liquid glass 0,6 0,4 Medium control 0,2 0 10E2 10E3 10E4 10E5 10E6 10E7 Suspension concentration Figure 1 Graph representing the optical density of the samples coated with Bacterlon® …………..and NP Liquid Glass inoculated with C. albicans. Figure 2 Representative plot of estimated marginal means of optical density for ……………C.albicans group. 49 S. mutans 0,6 Optical density 0,5 0,4 Bacterlon 0,3 Not coated 0,2 Medium control 0,1 0 10E2 10E3 10E4 10E5 10E6 10E7 Suspension concentration Figure 3 Graph representing the optical density of the samples coated with Bacterlon® …….…….and NP Liquid Glass inoculated with C. albicans. Figure 4 Representative plot of estimated marginal means of optical density for ............. ………….S.mutans group. 50 S. aureus 1,4 Optical density 1,2 1 Bacterlon 0,8 Not coated 0,6 NP Liquid glass Medium control 0,4 0,2 0 10E2 10E3 10E4 10E5 10E6 10E7 Suspension concentration Figure 5 Graph representing the optical density of the samples coated with Bacterlon® …………..and NP Liquid Glass inoculated with S. aureus. . Figure 6 Representative plot of estimated marginal means of optical density for ............. ………….S.aureus group. 51 Bacterlon® Not coated Figure 7 Optical microscopy magnification (100x) of Bacterlon® group (upper) and …….……..Control group (lower) inoculated with the same initial concentration of …….……..MRSA. Characteristic grape-like clusters can be noticed in control group, while …….……..bacteria are isolated or in small groups on the coated one. 52 5 DISCUSSÃO Bactérias e fungos estão presentes em, praticamente, todas as superfícies existentes e são de crucial importância para a manutenção da vida de todos os organismos do planeta, inclusive dos seres humanos (Casadevall e Pirofski, 2000; Johnson e Versalovic, 2012). Entretanto, o desequilíbrio na concentração ou na localização desses microrganismos é responsável por diversas doenças infecciosas que podem, até levar a óbito, como a infecção por Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), que têm gerado grande preocupação em ambientes hospitalares(Hansen et al., 2010; Bertrand et al., 2012; Hughes, Tunney e Bradley, 2013; Sadsad et al., 2013; Levitt, 2014) e no ambiente odontológico (Zimmerli et al., 2009). A contaminação por MRSA representa problema de saúde pública grave. Um estudo norte-americano, em 2005, apontou que o número estimado de 94.360 pacientes nos EUA tiveram infecções invasivas de MRSA, resultando na morte de 18.650 pessoas (Klevens et al., 2007), ultrapassando a morbidade da AIDS no mesmo país. Outras infecções que permeiam o campo de trabalho odontológico são: a candidíase, causada por fungos como a C. albicans (Arendrup, 2013) e a cárie, 53 causada por bactérias bucais acidogênicas, incluindo o S.mutans (Gibbons, 1964). Sabe-se que certos aparelhos e próteses comumente utilizados na rotina da clínica odontológica podem servir de depósito para estes patógenos (Uzunoglu et al., 2014) e que qualquer superfície contaminada pode dar origem a uma infecção cruzada (Georgescu, Skaug e Patrascu, 2002). Logo, torna-se necessária a pesquisa e o desenvolvimento de meios de controle dessas populações microscópicas. Tendo em vista que, com a tecnologia até hoje utilizada, é extremamente difícil impedir que bactérias e fungos colonizem qualquer superfície, seja orgânica (como dentes, folhas e alimentos) ou inorgânica (como próteses, aparelhos, cadeiras odontológicas, mesas, maçanetas, portas, etc.), a tecnologia testada neste estudo surge como grande esperança para o controle eficaz da colonização bacteriana de quaisquer superfícies existentes. Após extensa busca bibliográfica nas principais bases de dados (Web of Knowledge, SCOPUS, Scifinder, PubMed, SciELO, Cochrane Library, EMBASE, ScienceDirect), realizada em Novambro 2014, constatou-se que não há qualquer relato na literatura científica do teste, ou uso, do nanofilme de dióxido de silício com objetivo de aproveitar qualquer uma das propriedades asseguradas pelo fabricante (Nanopool-Gmbh). Segundo o mesmo, a aplicação do produto produz uma superfície lisa, de fácil limpeza, hidrofóbica, livre de bactérias, não agressiva ao meio ambiente, ou ao ser humano, com longa durabilidade e com baixo custo (Nanopool-Gmbh; Edwards, 2010) 54 Uma das características mais interessantes das superfícies tratadas seria que as mesmas se tornariam bioestáticas, pois não permitiriam a aderência microbiana e desestabilizariam a parede celular, devido à sua natureza catiônica, criando então um ambiente que não suportaria o crescimento microbiano. Além disso, a versão com maior efeito antimicrobiano, o Bacterlon®, eliminaria os microrganismos enquanto a película do produto permanecesse na superfície, a qual pode durar mais de 10 anos, dependendo do material tratado (NanopoolGmbh). Através do presente estudo, parte dessas características pode ser confirmada. A utilização de materiais biocompatíveis é essencial para garantir um tratamento biologicamente seguro (Montanaro et al., 2005) e o teste de citotoxicidade in vitro é a primeira escolha para avaliar a biocompatibilidade de qualquer material para uso biomédico, como propõe a International Standard Organization, ISO 10993. No teste de biocompatibilidade, observou-se que o NP Liquid glass para superfícies plásticas (NP Plastic Protect) não é citotóxico, dentro das limitações do presente estudo, podendo ser utilizado com segurança em contato direto com tecidos de animais, o que corrobora com a alegação do fabricante de que seu produto é livre de partículas e que possui a certificação ISO 10993. O fato de ser livre de partículas é de suma importância, pois segundo diversos estudos, as nanopartículas de sílica produzem, nos mais variados tecidos, efeitos tóxicos como peroxidação lipídica, estresse oxidativo, dano oxidativo ao DNA, desarranjo da membrana celular, dano mitocondrial, indução da 55 apoptose e ação antiproliferativa. (Napierska et al., 2010; Yang et al., 2010; Ahmad et al., 2012; Passagne et al., 2012; Hassankhani et al., 2014). A não-citotoxicidade, hipoteticamente associada à diminuição da força de adesão do S. aureus à superfície revestida, pode trazer diversos benefícios com a aplicação desse revestimento, tanto sobre dispositivos odontológicos como próteses, bráquetes, fios, etc, e em aparatos médico-hospitalares como tubo endotraqueais, cateteres vasculares e urinários e próteses ortopédicas, as quais são responsáveis por metade das infecções nosocomiais nos EUA (Stickler, 2000). Porém, cabe ressaltar que no teste com Candida albicans, o grupo do NP Liquid glass apresentou a maior DO em baixas concentrações, o que pode significar que há um estímulo ao crescimento desse fungo sob essas condições ambientais, talvez devido à carga elétrica da superfície do nanorevestimento. Sabe-se que a carga elétrica superficial está diretamente relacionada à adesão fúngica em superfícies orgânicas e inorgânicas (Jones e O'shea, 1994; Chung et al., 2010). Devido à escassez de informações sobre as características da superfície do nanorevestimento, não é possível assegurar qual a carga da superfície do mesmo, porém, relatórios técnicos não independentes sugerem que a superfície seja catiônica (Nanopool-Gmbh; Nanopool-Gmbh; Hans-Jürgen, Buschmann e Schwindt, 2009). Por outro lado, o Bacterlon® pode ser considerado altamente citotóxico, no mínimo até 72 horas, pois apresentou o mesmo comportamento do controle positivo (Tween 80). Será interessante avaliar a substância a longo prazo a fim de determinar o momento em que esta perde a citotoxicidade. 56 Possivelmente, a citotoxicidade do material é um dos fatores que o tornam um potente revestimento antimicrobiano. Será importante saber se, quando o Bacterlon® deixa de ser citotóxico, o mesmo tem sua propriedade antimicrobiana preservada em algum grau, o que o tornaria elegível para aplicação em superfícies de contato direto com tecidos vivos. Esta elevada citotoxicidade contraindica seu uso em superfícies que entrem em contato direto com tecidos orgânicos, porém o material estaria bem indicado para a proteção das demais superfícies, principalmente onde se quer limitar o desenvolvimento de bactérias como o S. aureus. Logo, sua aplicação estaria indicada para a proteção de todos os equipamentos e ambientes em hospitais, clínicas, restaurantes, transportes públicos, etc. De acordo com a patente do produto, (Jürgens e Schwindt, 2007), os agentes antimicrobianos presentes no Bacterlon® seriam a quitosana, o Triclosan e sais quaternários de amônio, porém, a alta citotoxicidade encontrada não corrobora com os achados da literatura sobre essas substâncias, que teriam baixo potencial citotóxico, isoladamente (Peluso et al., 1994; Bhargava e Leonard, 1996; Zuckerbraun et al., 1998; Singla e Chawla, 2001; Amaral, 2006; Simoncic e Tomsic, 2010). Não foram encontrados dados científicos sobre uma possível interação química entre os três compostos que os tornassem citotóxicos quando associados. A quitosana é um polissacarídeo exclusivo derivado da quitina e tem sido proposta como um biomaterial devido a sua satisfatória biocompatibilidade aparente (Peluso et al, 1994). É geralmente obtida pela desacetilação parcial de quitina, o segundo polímero mais abundante. A quitosana compreende uma série 57 de polímeros que variam no seu grau de desacetilação, peso molecular, viscosidade, pKa, etc. A presença de certo número de grupos amina, permite a quitosana reagir quimicamente com sistemas aniônicos (não iônicos), resultando assim na alteração de características físico-químicas das substâncias em questão. Apesar dos derivados quaternários da quitosana terem reconhecido efeito antibacteriano e antifúngico (Allan e Hadwiger, 1979), são necessários mais estudos para compreender os modos de ação. Acredita-se hoje que haja alguma alteração morfológica na superfície do microrganismo (Tan et al., 2013). Atualmente, três mecanismos têm sido propostos: a interação iônica na superfície resultando na alteração da permeabilidade da membrana com consequente perda de eletrólitos e micromoléculas; a inibição da síntese de proteínas e de RNA mensageiro pela penetração da quitosana no núcleo celular; e/ou pela formação de uma barreira externa que quelaria os metais, provocando a supressão de elementos essenciais ao crescimento (Liu et al., 2004; Qi et al., 2004; Goy, Britto e Assis, 2009). É muito interessante observar que há controvérsias na literatura se o efeito da quitosana seria bactericida ou bacteriostático (Coma et al., 2002). Já o Triclosan e os sais quaternários de amônio, geralmente apresentam ação bacteriostática, sendo bactericidas em altas dosagens. No presente estudo, o Bacterlon® foi bactericida para S.aureus, fungistático para Candida e bacteriostático para o S.mutans. No teste microbiológico, observou-se que, para o grupo da Candida albicans, a DO tende a se manter igual nas menores concentrações (10 2, 103 e 58 104) para qualquer um dos revestimentos. Porém, é evidente o efeito fungistático do Bacterlon®, devido à diferença estatística em todas as concentrações, provavelmente devido ao agente antimicrobiano, visto que o NP Liquid glass convencional falhou em reduzir o crescimento biológico. No grupo S.mutans, observou-se que em 102 e em 103, a DO, tanto do grupo teste como do controle, permanecem iguais a do controle do meio. Possivelmente, isso se deve ao lento crescimento deste tipo de bactéria in vitro. Porém, no grupo revestido com Bacterlon®, esse efeito sobre a DO é mantido até a concentração de 106, o que indica que a quantidade de agente ativo foi suficiente para essa quantidade de células. Como, na análise de viabilidade celular (UFC) observou-se que há crescimento celular mesmo na menor concentração, concluiu-se que o efeito seja bacteriostático. Por fim, observa-se que em 107, o crescimento passa a ser expressivo em todos os grupos, provavelmente pela depleção do agente ativo. No grupo S.aureus observou-se os resultados mais expressivos, tanto do Bacterlon®, quanto do NP Liquid glass. Através do teste de viabilidade celular (UFC) constatou-se que não havia células viáveis até a concentração de 104, ou seja, um efeito bactericida foi observado. Interessante notar também que, mesmo havendo células viáveis após 10 4, estatisticamente não há diferença entre todas as concentrações dos poços revestidos com Bacterlon®, ou seja, o crescimento das células viáveis não foi suficiente em 48h para alterar a DO. Microscopicamente, também contatou-se que as células que ficaram em contato com o Bacterlon ® não formaram grandes 59 aglomerados característicos do gênero Staphylococcus, e esta pode ser tanto causa como consequência da menor taxa de crescimento. Outro achado neste experimento foi o efeito do NP Liquid glass sobre o S.aureus, limitando também seu crescimento, quando comparado ao grupo controle. Possivelmente, isto foi devido ao fato do nanofilme de SiO2 criar uma camada antiaderente na superfície tratada. Dessa forma, as células não formaram o biofilme fortemente aderido, o qual é característico desse gênero (Lowy e Hammer, 1983). Possivelmente, quando estas células estão planctônicas, sua taxa de divisão celular é reduzida (Haaber et al., 2012). Esse efeito antiaderente em superfícies plásticas é de notável importância, visto que grande parte das bactérias tem afinidade por superfícies hidrofóbicas, das quais os plásticos são alguns dos maiores exemplos (Cerca et al., 2005). Cerca e colaboradores (2005), demostraram que cepas de Staphylococcus epidermidis, responsáveis por grande parte das infecções nosocomiais, tem maior adesão inicial e formam mais biofilme em superfícies acrílicas do que sobre vidro. Visto que o maior fator de virulência associado à habilidade desse organismo em causar infecções é dependente da aderência aos dispositivos médico-hospitalares e a formação de biofilmes (Vuong e Otto, 2002), o uso de um material não citotóxico, antiaderente, resistente, flexível e invisível como o NP Liquid glass, se mostra promissor. A partir do presente estudo, inúmeras possibilidades se descortinam, tanto para pesquisa como para aplicação prática. Pode-se então prever que, em breve, todo o prejuízo econômico, ambiental e social causado pela formação de biofilmes indesejados sobre as mais diversas superfícies industriais, hospitalares e até 60 mesmo sobre tecidos orgânicos (como dentes humanos ou sementes e folhas) serão apenas memórias de um passado não tão distante. 6 CONCLUSÕES 6.1 constatou-se que, sob as condições deste experimento, o nanofilme de SiO2 convencional (NP Liquid glass) não é citotóxico, enquanto o nanofilme de SiO2 enriquecido com antimicrobianos (Bacterlon®) é citotóxico, por prazo indeterminado; 6.2 nas amostras revestidas com NP Liquid glass houve redução do crescimento do S.aureus, o que não foi observado para a C.albicans. 6.3 nas amostras revestidas com Bacterlon® houve redução no crescimento dos três microrganismos testados. 6.4 observou-se relação direta entre a concentração inicial da suspensão e o potencial antimicrobiano dos revestimentos, de forma que nas maiores concentrações, o efeito antimicrobiano, quando existente, foi reduzido. 61 7 RECOMENDAÇÕES Para futuras pesquisas pretende-se determinar o tempo máximo de citotoxicidade do Bacterlon® e se o mesmo ainda expressará atividade antimicrobiana após este tempo. Também é sugerido o estudo do potencial antimicrobiano dos dois revestimentos sobre os mais diversos microrganismos de interesse médico, agropecuário, industrial, etc. Será importante avaliar também a resistência mecânica e química desses materiais, a fim de determinar quanto tempo as superfícies tratadas manteriam íntegro o revestimento submetido às diversas agressões ambientais. Também se faz necessário o teste das demais versões do NP Liquid glass, para revestimento de vidro, cerâmica, tecidos, pedras e madeira, observando o comportamento de todos quando submetidos aos diversos tipos de testes físicos, químicos e biológicos. Por fim, da mesma forma que a malha de nanofilme de dióxido de silício é utilizada como reservatório quitosana, outras substâncias antimicrobianas e até medicamentos poderiam ser incorporados ao nanofilme, resultando em uma tecnologia "time-release" inovadora. 62 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AHMAD, J. et al. 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