o seu sucesso é o nosso sucesso!
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o seu sucesso é o nosso sucesso!
REVISTA DO COURO Revista da Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro ISSN 0103-5827 | Ano XXXV | Edição 215 | Março e Abril de 2011 A MK atua junto à indústria curtidora desenvolvendo produtos e processos que reduzem o impacto ambiental dos curtumes. A preservação do meio ambiente faz parte do dia-a-dia da MK, pois sabemos que O SEU SUCESSO É O NOSSO SUCESSO! www.mkquimica.com.br 2 3 Revista do Couro | ABQTIC Revista do Couro | ABQTIC sumário Entrelinhas 4 5 Roberto Kamelman Regina Cánovas Teixeira Katia Streit Michele Erhardt Presidente entrelinhas editorial páginas douradas notícias MERCADO moda abqtic empresas tecnologia gestão meio-ambiente para ler 5 6 7 2º Secretário Vice-Presidente 1º Secretário Valmor Trevisan Alexandre Finkler Conselho Técnico Científico Relação Internacional e Nacional 1º Tesoureiro 2º Tesoureiro Zulfe Biehl Gustavo Fink - diretor 16 Ricardo Becker Mauri Barbieri Luiz Augusto Krug Zugno Samuel Cansi Machado 19 Roberto Luis Hartmann Diretor Social Luis Carlos Ferrari Jorge Schroer Daniel Cesar Bierende Marcelo Luis Schenkel 24 Luciano Agostini Diretoria de Marketing Tatiana Link Carlos Kolling 30 OF THE UNTRAINED ASSOCIATION Karl Luersen Corema Marina Moreira 38 in archaism and primitive brutality, Immersed alerted by the revolt ofMarcelo elements, Zilles we Edinéa T. R. Gonçalves Carlos Zimmermann are obsessed Doggedly searching for sources, obsessed 41 by raw art and Palaeolithic. Janete Schneider Antonio Mattielo by the animal that slumbers inside us, lulled by phantasmagoria, we build huts in Mariliz Guterrez 71 Lisiane Metz Dieter Lehmann the city, giant nests on the walls of buildings. Pedro Stump Ademir D. de Vargas 74 Isabel Claas Marcos Lelling Publicação e Divulgação Regina Cánovas Teixeira Aline Dresch 22 Diretoria de Moda Vitor Fasolo Gerusa Giacomolli Dir. Projetos e Rel. com Entidades Hugo Springer Diretoria de Gestão e Planejamento Conselho Fiscal Vilmar Trevisan Jose Valdir Dilkin Adolfo Klein Relações Associados Gildomar Jorge da Silva Pedrinho Giacomoli Cristiano Velho Ricardo Sommer Francisco Masutti Jorge Andrade NATURE AND PRECIOSITY Fernando Geib Conselho Consultivo 21’st century Amazons and the heirs of baroque tradition seize on nature to gives Clecio Eggers Vice-Presidencias rhythm to their eccentricities.Established as a Catarinense: demonstration of contemporary Athos Schuckart, it Planalto médio e Oeste Luis Dieter LehmannThey is the pretext for installations and Sérgio the Nunes site Costa of their artistic performances. Luiz Mario Leuck and Alto Taquari: Felipe Magedanz outstrip each da other in their exuberance and organise a new expressive Tendências Francisco Alziro Gomes Paraná: Jose Alex Garcia provocative moda em dandy cou- posture. Franca: Henrique Alexandre Brando e Etevaldo Zilli ro para o verão 2012/13 Larisa Leal Ramos Norte/Nordeste: Elcid Lemos Minas Gerais: José Vilmar V. Castro Goias: Lourival Ponchio MS: Fabrício Castelli Cuiaba MT: Humberto Fuentes Sócios Honorários Tecnologia é evolução. o desenvolvimento ou aperfeiçoamento das tecnologias que nos permite viver melhor e trabalhar melhor. E não existe tecnologia sem pesquisa e sem informação. Todos nós podemos contribuir de alguma maneira para o desenvolvimento de novas tecnologias ou o aperfeiçoamento das já existentes em nosso setor. Para isto, muitas vezes, basta simplesmente colocar no papel aquilo que praticamos no nosso dia-a-dia. A formação continuada é importante e as universidades e os centros de tecnologia estão à nossa disposição para isto. Não há mais espaço para quem acredita que já sabe tudo, que não tem nada a aprender. Tendo em vista esta realidade, a É A melhor marca para o melhor couro Desde 1941, a SETA fabrica soluções ideais para explorar as melhores características do couro. Sua reconhecida experiência em Tanino está aplicada também em uma completa linha de recurtentes, atendendo as demandas e exigências do mercado. Adroaldo Migliavacca José Fernando Bello Antonio Adolfo Klein Lauro Krug Paulo Rezende Valmor Trevisan Alexandre Finkler Carlos Guilherme Kiefer Jose Waldir Dilkin Vilmar Trevisan SETA: completando 70 anos de história. Alberto Sofia Clécio Eggers A SIMPLE LIFE Dieter Lehmann Sunny and consensual, yellow is the bearer of optimism. It is a simple, and Jornalistamodest Responsável: Georg valet fun chap, guileless and easygoing. An accommodating person, he likes to be outside Michel Pozzebon Associação Brasileira dos Químicos e profissional: MTBLively 14315 and indoors, lazing on Mediterranean Nordic deco. Técnicosbeaches da Indústria doand Courobrightening Reg. [email protected] and bright, he enjoys clichés andRua adopts ordinary objects Gregorioadelow Mattos,profi 182, le to render offbeat. Para ficar por dentro dos aniversariantes, acesse nosso site! www.abqtic.com.br Estância Velha - RS - 93600-000 Fones: (51) 3561-2761 | (51) 3561-2250 [email protected] www.abqtic.com.br Aline Dresch Diretoria de Publicação e Divulgação - ABQTIC Setasyn FRL Setasyn FRL é um recurtente sintético composto de base fenólica e resínica, indicado para recurtimento de todos os tipos de couros. Para estofamentos traz excelentes resultados de solidez à luz, proporciona couros com flor firme e bom enchimento. As propriedades de lixabilidade e retenção de estampa são aumentadas com o uso do produto. Pode também ser usado em couros brancos. Para couros tingidos possui ótimas propriedades de tingimento, conferindo uma cor limpa e bem igualizada. Setasyn FRL produz bom enchimento, boa igualização de maciez e boa lisura na flor. Setasyn Deblank Agente para Descurtimento de Wet-blue Evelise de Oliveira Reg. profissional: 5712/12/77 [email protected] Tel: (51) 96441600 Setasyn SRT Recurtente Sintético para Couros Cheios e Macios Diagramação e Arte-final: Representante Exclusivo no Brasil: will find all the pantone references for the colour trends, making their creation of new collections easier. Next appointment: estas exigências está a forte preocupação ambiental). Além disso, contamos com artigos e matérias bastante interessantes, que tem um forte apelo para o desenvolvimento de tecnologias que garantam um produto de qualidade e que, acima de tudo, busquem a sustentabilidade da indústria, não só ambiental, mas também econômica e social. Setasyn SAP Tanino Sintético Base Fenólica Ácida Assessoria de Marketing e Vendas: Camila da Costa [email protected] The Leather Colour Card, exclusive to LE CUIR A PARIS, is already available for sale. Designers, stylists, tanners, buyers… Revista do Couro | ABQTIC ABQTIC está organizando para o mês de outubro, o XIX Encontro Nacional, que ocorrerá em Franca. Aproveite esta oportunidade e participe, envie suas pesquisas e suas experiências para serem apresentadas durante o evento. Se não tiver algo a apresentar, participe como espectador, pois certamente terá muito a contribuir também neste papel. A Revista do Couro, como ferramenta que busca contribuir para o desenvolvimento do setor, trás nesta edição, onde o enfoque é a tecnologia do processamento de couros, uma entrevista com a Profª Marina Moreira, que discorre sobre os mais diversos desafios que o setor tem passado para atender a um consumidor cada vez mais consciente e exigente quanto ao uso do couro (entre Óleos para engraxe Cromo Av. 1º de Maio, 1109 - Bairro das Rosas Estância Velha/RS 51 3205.2211 - [email protected] www.setaonline.com Revista do Couro | ABQTIC ® editorial 6 Aproveitem as oportunidades! F eiras tecnológicas e de negócios são um marco para qualquer segmento de negócio. Além de retratar a capacidade de um setor organizar-se ao redor de uma meta comum (neste caso, entenda-se por setor todos os beneficiados da atividade: indústrias, governos, profissionais e população em geral) e ser uma grande oportunidade de conviver alguns dias com um público altamente selecionado e focado no negócio, também dá a oportunidade de medir a receptividade de novos produtos, tecnologias e serviços, criar novos relacionamentos, fortalecer os já existentes, promover sua marca e principalmente, gerar negócios. Mesmo sabendo que cada segmento tem suas particularidades e que é extremamente difícil mensurar os resultados diretos e indiretos de uma feira, especialistas arriscam alguns números gerais sobre estes eventos de negócios: eles podem aceleram até 66% o fechamento de negócios, 80% dos visitantes possuem algum poder de decisão na compra, 55% dos visitantes traçam planos a partir do que vêem nas feiras ..... enfim, independentemente deste números, o fato é que a Feira tem impacto positivo no nosso negócio e segue sendo o evento anual principal do nosso setor. Para os Técnicos em Curtimento, a Feira é momento obrigatório: ver com tempo e minúcias o que os diferentes segmentos propõe como evolução e melhoria de nossa atividade, buscar inspiração para novos desenvolvimentos, identificar oportunidades, ganhos de qualidade e produtividade, criação de relacionamentos, são obrigações de todo profissional da área. Aproveitem-a como ferramenta de negócios e de crescimento. Aliás, outro evento obri- gatório para nós técnicos será o Congresso Nacional da ABQTIC em Franca SP, organizado para outubro deste ano. A ABQTIC está trabalhando muito para oferecer aos associados e demais participantes oportunidades de ver e discutir assuntos relevantes ao setor, desde tecnologias, meio-ambiente e mercado&negócios. A nossa capacidade de organizar-se em pró de instituições, feiras e congressos foi o que nos fez grande e referência mundial no setor. E falando em proporcionar conhecimento, nós pretendemos rechear este evento com nossa tradicional edição da FIMEC cujo tema principal são tecnologias focadas no Meio-Ambiente. Faço ressalva especial para a entrevista da Professora do CT Couro SENAI de Estância Velha, Marina Moreira, conhecida de todos nós que aporta com muita propriedade suas opiniões sobre temas polêmicos e reincidentes nas discussões ambientais do setor, assim como sua experiência na implementação e desenvolvimento de melhorias , um raro momento de equilíbrio entre conhecimento acadêmico e prático. Participem, mantenham-se ativos em todas atividades que nos proporcionam conhecimento e aproveitem todas oportunidades! Boa Feira e boa leitura a todos! Gustavo Fink Diretor do Conselho Técnico ABQTIC Revista do Couro | ABQTIC páginas douradas 7 Processamento de couros voltado para uma produção mais sustentável e competitiva Por Michel Pozzebon (texto e fotos) A gestão de processos com foco em uma produção que alie sustentabilidade e competitividade no setor coureiro. É neste foco que a supervisora de Educação e Tecnologia do Centro Tecnológico do Couro - Senai (Estância Velha/RS), Marina Vergílio Moreira (fotos), destaca o seu trabalho na área de processamento de couros. Em entrevista para a Revista do Couro, a especialista natural de Pelotas, na região sul do Rio Grande do Sul, destacou a importância da informação nos procedimentos empregados nos setores produtivos. O curtimento de couro ao cromo, um dos temas em evidência no segmento, também foi destacado por Marina, assim como as substâncias restritivas e as pesquisas e perspectivas para a área. Revista do Couro - Como foi o teu trabalho como uma das autoras do Manual Básico de Processamento do Couro? Marina Vergílio Moreira - Esta publicação tem duas coisas que acredito que tenha que ser ressaltadas. Foi um trabalho coletivo e que partiu do desafio do professor Hugo Springer, que Revista do Couro | ABQTIC páginas douradas 8 no Senai para que todos esses desenvolvimentos de teorias pudessem ser aplicados lá. Então hoje, estamos trabalhando nesta indústria o reuso de água e não apenas reciclagem, fazendo segregação de banhos e reaproveitando no processo em uma quantidade bem significativa. RC - Em se tratando de sustentabilidade, como é este trabalho de reuso de água em curtumes? sempre me trouxe desafios. Eu estava praticamente começando a carreira após ter vindo de Pelotas, onde eu trabalhava e não era da área do couro, mas sempre era da área do meio ambiente, o que sempre fez com que eu atuasse com couro ligado à área do meio ambiente. Mas, eu tive aqui no Centro Tecnológico do Couro, um grande mestre, que é uma referência, professor Eugenio Hoinacki, que sempre me dizia: Marina, quanto mais tu souberes, mas tu vai saber que não sabe. Ele escreveu junto comigo este manual e assim como o Springer foi um grande incentivador. Sem contar nos alunos, que me apoiaram bastante. Revista do Couro | ABQTIC Para escrever este manual necessitamos de muitas horas de estudo. Para se ter uma ideia, de pesquisa e trabalho foram 1 ano e meio. Mas eu também tive um preparo no exterior e em curtumes do Brasil. E isso tudo contou com o incentivo dos professores Springer e Hoinacki, que já tinha escrito um livro chamado Peles e Couros. Em 2002, também participei de um trabalho para o CNTL tratando sobre o processamento de couros voltado para uma produção mais limpa, que é a área que mais tenho trabalhado, estudado e aplicado em curtumes. A gente tem um curtume que se tornou nosso parceiro e que acreditou Marina - Inclusive, o reuso de água já tem sido uma exigência de alguns clientes. Pelo Protocolo da LGW, que é um protocolo específico para curtume, em que a empresa é avaliada em uma série de requisitos, muito próximos da ISO 14001. Para participar deste protocolo, o BLC (Leather Technology Centre), que é um centro de tecnologia de Northampton, na Inglaterra, avalia estes curtumes e a partir daí, a indústria começa a pensar desde a rastreabilidade da matéria-prima (de onde veio esta matéria-prima), que não pode ser de zona de floresta, de desmatamento, até o produto acabado. E uma das inovações neste tema é a logística reversa. Os curtumes têm uma licença de operação e eles têm um volume de água captada. E como estas indústrias precisam aumentar a sua produção, por uma questão de sobrevivência no mercado. E daí entra aquele dilema de que se tem que produzir mais, mas eu não tenho uma maior capacidade de captação de água. E também não tem sentido hoje em dia a gente começar a captar água e devolver uma água de qualidade pior do que foi captada. Então é páginas douradas necessário se trabalhar no sentido de minimizar dentro do processo o que eu preciso usar, se tratar essa água e voltar para o processo. Este trabalho foi dividido em três partes: ribeira, que é uma parte que as pessoas costumam se referir a ela como suja, então foi uma grande oportunidade e novamente um desafio em que a água após sair do primário, o curtume tinha necessidade de que ela voltasse como um processo. Então, utilizamos conceitos de engenharia de extração sólido/líquido em uma parte mais técnica, em que se utilizava uma determinada água não dava para voltar todo o processo. Fizemos um estudo para qual etapa ela poderia voltar. Por exemplo, a água em que era lavada a purga, que é uma etapa final da ribeira, que antecede o píquel, aquela água avaliamos que poderia ser utilizada para extrair cálcio no início da desencalagem, e assim passamos a fazer circuitos fechados. Se estudava a água, se fazia um controle de processo, que a chave é a gestão desse processo, que é o que faz dar certo ou não. A partir de então, a gente atuava no sentido de recircular o máximo possível dos banhos, fechando o circuito. O reciclo de caleiro a empresa já tinha, com isso se trabalhou no reuso de água na parte desde a desencalagem no próprio curtimento e no recurtimento, então foram três fases. Hoje, o curtume está estudando e implementando o reuso da água na graxaria. A gente sabe que hoje a graxa no curtume é um ponto bastante importante, porque o Brasil é um dos maiores produtores de biodiesel e o 9 sebo bovino que sai das peles verdes, pode ser usado para fazer biocombustível. Então, essa graxa com a água de reuso, eu tenho que utilizar e garantir a qualidade do produto. Quando te lançam um desafio como este, é necessário que se faça um trabalho minimizando a utilização de água. E isto é um pré-requisito e que não deve interferir no produto, que tem que sair com a mesma conformidade de antes ou até melhor. Fechar o circuito fez com que a otimização do processo ficasse mais evidente para o curtume. É necessário otimizar o processo e controlá-lo melhor. tender o que estavam fazendo. A partir desta constatação, chamamos estas pessoas, os operadores, as pessoas que trabalhavam diretamente na produção e fizemos treinamentos, aos sábados, inclusive. Isso foi muito importante, porque acabou se tornando um aprendizado para a gente também. Em um determinado momento eles me colocaram que aquela água estava cheirando e por isso eles não gostavam de reusar. Bom, mas ela não precisa cheirar. Nós fomos atrás de tecnologia para redução de cheiro. E muito de redução é controle de processo e é colocar o produto na quantidade certa e isso é competitividade. RC - De certa forma esse RC - Como é este trabalho processo alia o meio aminovador em se tratando de biente à competitividade? logística reversa? Marina - Com certeza, eu acreMarina - O que você quer hoje dito que estas coisas hoje em dia não estão dissociadas. O trabalho em dia quando se compra uma no curtume começa por organização na casa, e essa ordem que chama-se housekeeping, é o primeiro passo. Depois, o segundo passo é conhecer métodos utilizados pelo curtume, conhecer o pessoal e capacitá-los. No Senai, quando fazemos a assessoria em uma empresa, a gente nunca deixa de fazer capacitação, porque diferente de se fazer um trabalho de consultoria, nós somos formadores. E assim como a gente forma os nossos alunos, a gente tem isso no DNA de preparar as pessoas na empresa para que elas façam o trabalho. E esse trabalho de competitividade, quando começamos a trabalhar e fazer o reuso, passamos a ver que é preciso reduzir os produtos no processo, mas para isso, as pessoas precisavam en- “As peles e os couros têm acompanhado o homem em toda a sua evolução, seja pela sua disponibilidade, ou por sua versatilidade, ou ainda por ambas”. Revista do Couro | ABQTIC páginas douradas páginas douradas 10 11 caneta? A gente se sente muito inconfortável quando termina o ciclo de vida e a gente tem que jogar fora. Acontece isso com carro, com celular. Estamos criando, espero que mais, aquela consciência de que "puxa, vamos ter que descartar isso e eu creio que isso vai levar um certo tempo para degradar". Eu não sei, mas isso começou a incomodar. Então, a logística reversa trata justamente disso. Terminado o ciclo de vida do produto, eu conseguir trazer esse produto o mais próximo dele de matéria-prima, transformar de novo esse item em matéria-prima. O que em termos de couro é uma desafio, porque o curtimento ao cromo, ele tem excelentes vantagens, ele pode ser bem conduzido, inclusive isso no protocolo do LGW destaca que eles não são contrários ao processo, mas que isso tem que ser feito com controle, com eficiência. Inclusive, o LGW pontua de acordo com a eficiência. Então, terminado o ciclo de vida, aquele couro continua, seja na forma de um calçado, de um artefato ou de uma cortina, ou do que for, porque o couro hoje em dia tem sido usado para uma gama cada vez maior de produtos. Justamente, porque ele é um item com uma boa absorção, tem uma boa troca térmica, uma boa troca higiênica. Mas, o curtimento ao cromo é muito difícil de se desestabilizar, pelo fato de ser muito estável. Então, o que a gente estuda são formas de desestabilização deste produto para que ele se transforme depois em matéria-prima. O que mais me fascina em trabalhar com couro é o fato de que 60% da matéria-prima verde é água, então 40% são outros materiais, destes 35% é proteína, Revista do Couro | ABQTIC então, é uma fonte muito rica de proteína, inclusive alimentícia. Então, o que a gente estuda, cada vez mais, é para curtir aquilo que vai se tornar produto e não aquilo que se tornará resíduo. Minimizar o resíduo e maximizar a valorização daquele rejeito que não se consegue trabalhar como couro e você utilizar em atividades nobres. A gente sempre fala em gelatina, mas a proteína da pele é um excelente veículo que pode ser utilizada em queijos, iogurtes, é um espessante de consistência e com um conteúdo proteíco muito importante para a alimentação em um País, onde a gente tem falta de alimentação, eu acho fantástico. Até porque se você pensar, à medida que a gente abate um animal, que tem em média um ciclo de vida de 3 a 3 anos e meio no campo, se eu abatesse somente para usar a carne e não fizesse nada com a pele, ela seria um resíduo. Então, ela se torna um produto e o disassembling, que é a logística reversa. No caso, eu vou descurtir aquele material e vou utilizar como fonte de nitrogênio na própria terra e existem muitos trabalhos sobre este assunto. Acredito que estamos em um período muito fértil de conhecimento e de busca pelo conhecimento e a ideia é aproveitar ao máximo. RC - Em se tratando desse período fértil da busca pelo conhecimento, quais as perspectivas para a área do processamento de couros? Marina - Estive na Alemanha em setembro de 2010, visitando a empresa Kärcher, para conhecer a questão das energias renováveis, afinal, uma das par- tes que os curtumes ainda não tem desenvolvido é a utilização da energia, então a gente trabalha em otimização de água e necessitávamos buscar conhecimento em uma área que ainda não tínhamos, que era a eficiência energética. E nessa missão à Alemanha, o que me chamou a atenção foi que nessa visita à Kärcher, perguntei ao dono sobre terminado o ciclo de vida de uma lavadora produzida por eles, o que poderia fazer com aquele equipamento. E ele disse: “trazer de volta para a empresa em que você comprou que ela retornará para a gente, onde vamos desmontar o produto e ver o que pode retornar para o processo e dar sequência”. Perguntei a ele se no Brasil seria assim e ele não soube me responder. Isso teoricamente lá é mais fácil. Mas aos poucos a gente está adquirindo esta cultura, mas muitas pessoas ainda não usam. Nos supermercados já observamos aqueles coletores de pilhas, lâmpadas e porque não na sapataria eu não posso colocar o meu calçado e nas montadoras de automóveis o meu carro, não deixar de usar, mas fazer o uso consciente. Eu acho que temos que evoluir para isso, o consciente e racional das coisas, sejam elas água, energia ou matéria-prima. E independente da nossa empresa ser um curtume, acredito que é preciso investir muito em comunicação, na gestão da informação, isso para mim tem sido um dos grandes desafios, não é a falta de tecnologia, mas é como essa tecnologia vai chegar e em que linguagem ela se disseminará aos diferentes níveis que ela necessita atingir. RC - Comunicação e gestão são aliadas nos processos dos curtumes? Marina - Vivenciei e vivencio nas empresas que trabalho e as pesquisas mostram que a comunicação é o principal problema. E o que a gente tem visto é que quando se desenvolve tecnicamente alguém e se deixa a comunicação de lado, não adianta o conhecimento sem você conseguir comunicar. E daí vem o desafio: conseguir comunicar o teu conhecimento da maneira que as pessoas possam entender. E no curtume onde trabalhamos, o que mais me chamou a atenção foi que depois de 6 meses de trabalho, nós vimos tudo que não estava dando certo, então, resol- Revista do Couro | ABQTIC páginas douradas vemos fazer este meeting, este curso com eles. As mudanças que precisamos no processo, foram todas sugeridas pelas pessoas da empresa. Eles sabiam, mas por a gente não ter se comunicado adequadamente, eles não nos disseram. Afinal, aqueles trabalhadores estavam lá vivenciando o dia-a-dia da empresa e nós íamos, uma ou duas vezes por semana na empresa. E no momento em que chegamos até eles, nos apontaram as sugestões de melhorias. Nós temos um perfil como técnicos, e eu vou fazer uma crítica a mim mesma, de que somos muito fechados, nós não comunicamos aquilo que pensamos ou não de forma efetiva, mas a gente pensa que comunica. Então, por trabalharmos o raciocínio muito rapidamente, às vezes esquecemos ou não verbalizamos isso corretamente e isso tem sido um grande entrave. Esses entraves são por comunicação, não são por dominar a tecnologia, claro, que quando você trabalha em uma empresa, você trabalha com que o local dispõe e a gente tem tido muito crescimento em automação e essa área para a competitividade é fantástica. Alguns curtumes aderiram a isso e outros estão em uma caminhada. No Brasil nós temos curtumes com caminhadas e pensamentos muito diferentes, mas eu não tenho dúvida de que todo o desenvolvimento vai para ciclos fechados de processo, otimização de processo com racionalização de energia, de água e de matéria-prima, treinamento e capacitação. RC - Como estão as pesquisas na área de processamento de couros? Revista do Couro | ABQTIC Marina - Temos visto o uso da nanotecnologia em vários segmentos e no couro para mim não é diferente. Sem sombra de dúvida, como a gente tem uma lista de substâncias restritas cada vez maior e em função disto a pesquisa por novos materiais têm sido bastante significativa. E nesse foco, avalia-se também em qual etapa que determinado produto será colocado, em que ele será mais eficiente cada vez mais tem sido estudado. Por isso que é importante que órgãos neutros de pesquisa trabalhem. Por um longo tempo, a indústria química era detentora de pesquisa e isso foi fantástico, agora nós também temos que ter órgãos independentes trabalhando. Para crescermos como país, como nação tem que ser reconhecido como país de ponta. E tecnologia a gente faz com estudo, com pesquisa, então é papel do governo fomentar a pesquisa, mas a pesquisa tem que ocorrer nas indústrias sim e também de maneira independente em órgãos independentes e isso eu acho um verdadeiro crescimento. Não podemos delegar só para um ou só para outro, porque como as indústrias químicas ou de materiais ela é muito rápida, ela promove desenvolvimento, cabe a estes órgãos verificar como esta tecnologia pode ser utilizada, às vezes até, em que quantidade ela pode ser empregada. de forma integrada, de modo que a gente traga a pesquisa para dentro do ensino, da educação e que a gente leve para a pesquisa, a necessidade das indústrias, dos curtumes. Isto faz com que as quatro vertentes caminhem e trabalhem juntas. A gente tem todo o respaldo da informação, que acredito ser uma área fundamental. Uma das coisas que faz com que os curtumes cresçam, é a gestão da informação. Não adianta a termos os meios adequados, o conhecimento adequado, se não soubermos, ter uma gestão adequada disso, é complicado. Então se trabalha nestas quatro vertentes. Os nossos professores, a nossa equipe, trabalha na educação, e em pelo menos mais uma das outras áreas. Com isso, fazemos uma rotação, de maneira que se esse ano atuei na assessoria tecnológica e na pesquisa, eu vou em algum semestre, seja através de um seminário, passar isso para a educação. RC - O que possibilita para o aluno este trânsito dos professores nestas quatro ênfases? Marina - Isso faz com que o aluno tenha uma visão já como educando como pesquisador também. Nós temos uma mostra tecnológica, que este ano já vai para a sua 37ª edição. A Fecurt trabalha toda a questão da RC - Qual a ênfase do teu iniciação científica com o aluno e que eu particularmente acho trabalho no setor? fantástica. Quando um docenMarina - No Senai atuamos em te tem que orientar um aluno quatro áreas: educação tecnológi- em uma pesquisa, ele vai ter um ca, informação tecnológica, pesqui- cunho acadêmico, mas também sa aplicada e assessoria tecnológi- um cunho de pesquisa aplicada. ca. Estas quatro áreas trabalham Um grande diferencial do Senai páginas douradas 13 em relação aos outros centros de tecnologia é a possibilidade de você estar mais perto da indústria e fazer uma pesquisa mais aplicada. Então, o que a gente tem aqui, com doutorandos, mestres, e outros com uma formação mais técnica, acredito que propicia o desenvolvimento, o que fez com que a escola nestes anos tenha crescido. Quando a gente se refere como escola, não é um demérito, é mais um carinho porque começou com uma escola em 1965 e depois passou a ser centro tecnológico. Hoje, nós estamos buscando ser centro de excelência, o que pressupõe cada vez mais pesquisa e inovação. AP ao tempo em que ele apresenta para os gestores da área, o trabalho que ele vem desempenhando no centro tecnológico. Como é isso? Marina - Sem dúvida é muito importante, porque é uma forma do aluno já se relacionar com quem ele futuramente irá trabalhar. E a Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro (ABQTIC) está com um programa bem interessante que é a de se aproximar do aluno. Acredito que no início ainda não saiu por uma inibição dos alunos, porque até a entidade colocou profissionais à disposição, mas às vezes existe uma certa timidez de quem está se formando para conRC - Para o aluno, a Fecurt versar com quem já está no merRevista do couro 210x140:CAP 28/01/11 11:09 Page 1 acaba sendo um incentivo, cado há mais tempo. Então, talvez essa aproximação tenha que ser mais no sentido inverso. Quem está se formando venha para o centro para que se possa promover esse crescimento de ambos. Estamos também com um projeto bem diferente que é trabalhar com pessoas com deficiência mental para prepará-los para atuar em curtumes. E não queremos fazer isso de forma segregada, a gente quer trabalhar aqui no CT Couro em um horário que nossos outros alunos estejam aqui, para que eles consigam, quando chegarem ao mercado de trabalho, se sentirem incluídos, inclusive, pelos nossos alunos que já vão ter convivido com eles. www.lecuiraparis.com LECUIRAPARIS Ce document est financé par CTC Direction Taxe et Subventions 12 LEATHER&FUR EVENT 20-22 SETEMBRO 2011 PARIS NORD VILLEPINTE HALL4 OUTONO INVERNO Couros Peles Tecidos Componentes SIC S.A. 105, rue du Faubourg St Honoré - 75373 Paris Cedex 08 - France Tél. : +33 (0) 1 43 59 05 69 - Fax : +33 (0) 1 43 59 30 02 [email protected] Revista do Couro | ABQTIC 15 Revista do Couro | ABQTIC Revista do Couro | ABQTIC notícias notícias 17 Couro é destaque na arquitetura de interiores freemultimídia 16 O couro foi um dos destaques da arquitetura de interiores apresentada na Expo Revestir 2011, ocorrida entre os dias 22 e 25 de março, em São Paulo. A mostra é um dos principais encontros do calendário mundial dedicado aos lançamentos de produtos e serviços para revestimento de pisos e paredes. O pavilhão italiano da feira trouxe empresas fabricantes de formas variadas de revestimentos. Entre elas, aplicações inusitadas de couro, tanto para pisos, quanto para paredes. Confirmado! Congresso Mundial do Couro ocorre em novembro no Rio Foi confirmada a data do World Leather Congress ou Congresso Mundial do Couro. O evento, considerado um dos principais encontros do setor no mundo, ocorrerá no dia 9 de novembro no Hotel Sofitel - Copacabana, no Rio de Janeiro. Participarão do congresso especialistas da área de 14 países. Entre os assuntos a serem debatidos estão assuntos como materiais, ecologia, moda e gestão de processos e marcas. Curtume de Nova Andradina - MS contratará funcionários 100 95 75 25 5 0 A Viposa, empresa que arrendou o curtume do frigorífico Independência, irá contratar aproximadamente 120 funcionários nos próximos dias em Nova Andradina (MS). Cerca de 230 pessoas trabalham no curtume atualmente. De acordo com a empresa, com as contratações, o quadro de funcionários deverá ultrapassar a margem de 300 contratados. A Viposa começou seus trabalhos em Nova Andradina nas primeiras semanas de 2011 fabricando cerca de 1.500 peças de couro Wet-Blue e 230 semi-acabados. As vagas oferecidas são para as mais diversas áreas. Os interessados devem entregar os currículos na sede da empresa, localizada na saída para Ivinhema. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (67) 34410-2020. (Nova News) Revista do Couro | ABQTIC mercado 18 19 Máquinas vêem Fimec como vitrine de tecnologia O Brasil é um dos principais fornecedores mundiais de tecnologia para a indústria coureiro-calçadista, e os principais lançamentos dos fabricantes brasileiros de máquinas e equipamentos destes setores são apresentados durante a Fimec em Novo Hamburgo. A Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins – Abrameq – está preparando ações para potencializar esta participação nesta que é uma das três maiores do mundo em produtos para a produção de couro e calçados. Marlos Schmidt, vice-presidente da entidade na área de Projetos e diretor da empresa Máquinas Erps, destacou que os visitantes da Fimec deverão conhecer muitas novidades em termos de segurança em máquinas, tendo como um dos fatores de estímulo o trabalho desenvolvido pela Abrameq, em parceria com a Abicalçados, que resultou na edição da Cartilha de Segurança em Máquinas para Calçados, publicada no ano passado. Antecipa ainda que a sustentabilidade seguirá como uma tendência em inovação tecnológica, adicionando-se uma grande preocupação em adequar as máquinas e os equipamentos às necessidades do clientes. “Estão sendo desenvolvidos produtos compactos, com todos os recursos necessários para as indústrias de couro e calçados, mas sem qualquer supérfluo”, afirma o empresário. A entidade estima que mais de 50 empresas associadas sejam expositoras da edição deste ano da Fimec. E elas poderão se beneficiar do Projeto Comprador, uma iniciativa da Abrameq, em parceria com a Apex-Brasil, que traz para o Brasil possíveis clientes dos mercados com maior potencial de negócios para as empresas do setor. Deverão vir 13 compradores da Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, México e Peru, além da Índia. A vinda de compradores da Índia está relacionada com ação de pros- pecção de mercado desenvolvida pela Abrameq. O trabalho foi desenvolvido pelo consultor Paulo César de Almeida e o gestor de projetos da Abrameq, Daniel Steigleder. Estiveram na 22ª India International Leather Fair, em Chennai, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro. Depois visitaram curtumes e fábricas de calçados masculinos, femininos e de segurança nos polos de Chennai, Kampur e Agra. Viram bom potencial de negócios neste mercado, que em 2010 obteve US$ 7 bilhões na exportação de calçados, couro e artefatos, observando que a meta dos indianos para 2013 é chegar a US$ 8,5 bilhões. Outra ação da Abrameq na Fimec, em parceria com a Apex-Brasil, será o Projeto Imagem, trazendo para a feira um jornalista da Argentina e outro da Índia. O objetivo é divulgar para estes mercados o elevado nível tecnológico do Brasil nos setores de couro e calçados Brasil é a inspiração da nova exposição do Museu do Calçado O Museu Nacional do Calçado, localizado no Campus I da Universidade Feevale (Av. Dr. Maurício Cardoso, 510, Novo Hamburgo), está com nova exposição em seu espaço destinado a mostras temporárias. A exposição Brasil pode ser conferida de segunda a sexta-feira, das 14 horas às 18 horas e das 19 horas às 22 horas, e, aos sábados, das 8h30 às 12 horas. A visitação é gratuita. Integram a mostra calçados criados no projeto Referências Brasi- Revista do Couro | ABQTIC leiras, realizado de 2002 a 2005 pela Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e, posteriormente, doados ao acervo do Museu Nacional do Calçado. O projeto estabeleceu relações inéditas entre a base etnográfica e a história do design, da arte e da arquitetura, por meio de coleções desenhadas por estilistas, tais como Fanny Littmann e Eduardo Motta, propondo novas alternativas de pesquisa para o circuito da moda. Em suas edições, as culturas indígena, a dos negros trazidos para o Brasil e a dos diversos imigrantes que hoje fazem parte do povo brasileiro são relacionadas com variados movimentos artísticos como Art Déco, o Barroco o Neo Concretismo. Mais informações podem ser obtidas no site www.mncalcado.br. Visitas podem ser agendas pelo telefone (51) 3584-7101. Déficit em produtos químicos cresceu 35% no primeiro bimestre O Brasil importou mais de US$ 5,4 bilhões em produtos químicos no primeiro bimestre deste ano, valor 27,2% superior ao do mesmo período de 2010. As exportações, de US$ 2,2 bilhões, aumentaram 17,2%, na mesma comparação. O déficit acumulado nos dois primeiros meses deste ano, de US$ 3,2 bilhões, é 35% maior do que o apurado no primeiro bimestre do ano passado. O preço médio das importações, de US$ 1.143,00 por tonelada, manteve-se praticamente estável no período, mas o das exportações, de US$ 1.122,00 por tonelada, cresceu 13,2%. Em fevereiro, especificamente, as compras externas de produtos químicos somaram US$ 2,7 bilhões, 2,2% mais do que em janeiro. As exportações cresceram 4%, na mesma comparação, alcançando US$ 1,1 bilhão. Em relação a fevereiro de 2010, as importações aumentaram 32,1% e as exportações tiveram incremento de 25,6%. Os intermediários para fertilizantes, com compras de US$ 846 milhões no primeiro bimestre, permanecem como o principal item da pauta de importações químicas do País. Mas os fertilizantes formulados apresentaram no período o maior crescimento relativo. O volume de importações desses produtos, de 293,8 mil toneladas, aumentou 412,2% em relação ao primeiro bimestre de 2010. O valor dessas compras, de US$ 121 milhões, deu um salto de 505,9%. As resinas termoplásticas, com vendas de US$ 347,8 milhões, foram os produtos químicos mais exportados pelo País no primeiro bimestre. Foram embarcadas 223,2 mil toneladas. Na comparação com igual período do ano passado, houve crescimento de 27,6% em valor e de 9,7% em volume. As importações de resinas somaram US$ 552 milhões, com crescimento de 26,2% na mesma comparação. O volume de compras, de 310 mil toneladas, aumentou 11,6%. SP, 16/03/11 Luiz Carlos de Medeiros (MTb 12.293) Comunicação Abiquim freemultimídia notícias UNIPELLI Soluções químicas ao alcance de sua mão. Un ell INDÚSTRIA QUÍMICA Rua Graça Aranha, 215 - Bairro Bom Jardim - Ivoti - RS - Brasil Fone/Fax: 55 51 3563.3146 - E-mail: [email protected] Revista do Couro | ABQTIC Entre outras nações que cresceram as compras do produto nacional, figuram o Uruguai (US$ 1,75 milhão), a Espanha (US$ 1,6 milhão) e a Turquia (US$ 1,15 milhão). mercado 21 DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DE COUROS E PELES POR PAÍS 2011 VALOR (US$) US$ 302,74 Milhões até Fevereiro 31% 35% EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE COUROS E PELES CHINA + HONG KONG Valor FOB US$ ITALIA 180.000.000 ESTADOS UNIDOS 160.000.000 OUTROS PAÍSES 140.000.000 120.000.000 12% 100.000.000 22% ANO 2009 80.000.000 ANO 2010 60.000.000 ANO 2011 40.000.000 Fonte: Secex/MDCI/CICB Os demais estados são Bahia (US$ 18,65 milhões), Minas Gerais (US$ 17,55 milhões), Goiás (US$ 15,8 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 12,35 milhões), Mato Grosso (US$ 12,2 milhões), Maranhão (US$ 6,26 milhões) e Pará (US$ 5,88 milhões). Ranking dos estados exportadores Revista do Couro | ABQTIC Ranking dos estados exportadores no acumulado de 2011 EXPORTAÇÃO DE COUROS E PELES POR ESTADO 2009/2011 VALOR FOB (US$) 80 O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no primeiro bimestre de 2011 ante o mesmo período do ano passado destaca a liderança de São Paulo como maior exportador nacional (US$ 72 milhões), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 69,33 milhões), Paraná (US$ 35,14 milhões, 11,6% e 60%) e Ceará (US$ 30,88 milhões). 70 60 50 40 30 Jan-Fev/2009 Jan-Fev/2010 20 Jan-Fev/2011 Ilimitadas propriedades de solidez! 10 O M AR AN HA O GR OS S DO O M AT O SU L - GO IA S AsFonte: exportações brasileiras de fevereiro estão acima da média 67,66 milhões (22,3% de partiSecex/MDCI/CICB couros e peles registraram US$ de 2010, mas, ainda, abaixo dos cipação e elevação de 16%); Es302,74 milhões no primeiro bi- valores médios de 2008. tados Unidos, com US$ 36,43 mestre, crescimento de 29% “O perfil da exportação brasi- milhões (12%, aumento de 56%); De acordo a análise dadaentidade, preçosdomédios em comparação a 2010 ecom 104% leira emmensal receita foi ordem de os e Coréia Sul, comdos US$ 11,55 maior do que 2009, embora 16% 75% de produtos acabados, os milhões (3,8% e salto de 182%). couros exportados em fevereiro estão acima da média de 2010, mas, ainda, abaixo do apurado em 2008,médios ano dede maior valor agregado, e 67% No acumulado de 2011, Méxiabaixo dos valores 2008. da crise internacional. em volume de couros acabados co (US$ 9,88 milhões, aumento A receita obtida em fevereiro e crust. Os principais importado- de 48%), Alemanha (US$ 9,37 foi de US$ 161,6 milhões, au- res do produto brasileiro foram milhões, incremento de 38%), mento de 15% em relação a ja- a China e Hong Kong, seguidos Noruega (US$ 6,55 milhões, neiro, 23% superior ao mesmo pela Itália e Estados Unidos”, in- 136%), Taiwan (US$ 6,4 milhões, mês do ano passado e 116% ante forma o Relatório do CICB. elevação de 86%), Indonésia 2009. A indústria curtidora emFonte: Secex/MDCI/CICB (US$ 5,68 milhões, 14%) e Hobarcou 2,37 milhões de couros landa (US$ 5 milhões, 13%) foChina e Hong Kong, Itá- ram outros importantes destibovinos, volume 4% maior do que fevereiro de 2010 e elevação lia e Estados Unidos são os nos das exportações brasileiras. de 61% ante o segundo mês do principais destinos do couro Também elevaram as aquisições nacional; Brasil também au- de couros Portugal (US$ 4,38 ano anterior. O cálculo é do Centro das In- menta embarques para In- milhões), República Tcheca (US$ dústrias de Curtumes do Brasil donésia, Portugal, República 4,1 milhões) e Hungria (US$ 3 (CICB), com base no balanço Tcheca e Hungria milhões). da Secretaria de Comércio ExEntre outras nações que cresNo primeiro bimestre, os prin- ceram as compras do produto terior (Secex), do Ministério da Indústria, Desenvolvimento e cipais mercados do couro bra- nacional, figuram o Uruguai (US$ sileiro foram a China e Hong 1,75 milhão), a Espanha (US$ 1,6 Comércio Exterior. De acordo com a análise men- Kong, com US$ 94,94 milhões milhão) e a Turquia (US$ 1,15 sal da entidade, os preços mé- (31,4% de participação e cresci- milhão). dios dos couros exportados em mento de 21%); Itália, com US$ Fonte: Secex/MDCI/CICB no acumulado de 2011 GR OS S DEZ M AT O NOV M IN AS GE RA IS OUT BA HI A SET CE AR A AGO PA RA NA JUL MÊS SU L JUN DO MAI PA UL O ABR O MAR GR AN DE FEV RI O JAN US$ 0.000 SA 20.000.000 Milhões US$ 20 Ministério da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior. “O perfil da exportação brasileira em receita foi da ordem de 75% de produtos acabados, os de maior valor agregado, e 67% em volume demercado couros acabados e crust. Os principais importadores do produto brasileiro foram a China e Hong Kong, seguidos pela Itália e Estados Unidos”, Exportações de Couros Movimentaram informa o Relatório do CICB. Lugafast® Colorlock Technology Estado Exportador Fonte: Secex/MDCI/CICB O balanço das vendas externas de couros dos estados brasileiros no primeiro bimestre de 2011 ante o mesmo período do ano passado destaca a liderança de São Paulo como maior exportador nacional (US$ 72 milhões), seguido pelo Rio Grande do Sul (US$ 69,33 milhões), Paraná (US$ 35,14 milhões, 11,6% e 60%) e Ceará (US$ 30,88 milhões). Os demais estados são Bahia (US$ 18,65 milhões), Minas Gerais (US$ 17,55 milhões), Goiás (US$ 15,8 milhões), Mato Grosso do Sul (US$ 12,35 milhões), Mato Grosso (US$ 12,2 milhões), Maranhão (US$ 6,26 milhões) e Pará (US$ 5,88 milhões). Brilliant solutions with leather technology from Basf Fonte: Secex/MDCI/CICB Revista do Couro | ABQTIC moda moda Paris, 09 December 2010 Paris, 09 December 2010 PRESS RELEASE PRESS RELEASE 22 Paris, 09 December 2010 PRESS RELEASE LE CUIR CUIR A A PARIS PARIS :: LE Leather trends trends for for summer summer 2012 2012 Leather LE CUIR A PARIS : Leather trends for summer 2012 Four opposing and inseparable triads, made up of “colour-yakusas” that are both simultaneously and alternately: primitive, worrying, innocent, reverential, artificial, natural, virtual. Materials and colours are linked: deep and sombre, milky and transparent, shimmering and bright, sandy and chalky. Tendências da emtriads, couro Four moda opposing and inseparable made up of “colour-yakusas” that are both simultaneously and alternately: Four opposing and inseparable triads, made up of “colour-yakusas” that are both simultaneously and alternately: primitive, worrying, innocent, reverential, artificial, natural, virtual. Materials and colours are linked: deep and sombre, primitive, worrying, innocent, reverential, artificial, natural, virtual. Materials and colours are linked: deep and sombre, para o verão 2012/13 milky and transparent, shimmering and bright, sandy and chalky. milky and transparent, shimmering and bright, sandy and chalky. Banded together like organised criminals, where it is best not to forget them, unconcerned about seasons and utterly unyielding, they demand recurrence and change. Denying all dangers, a solar and candid traveller dares to defy them and make an elegy for simplicity. Antagonistic and inseparable, the inspirations for summer 2012 will put our sense of adaptation to the test. Banded together like organised criminals, where it is best not to forget them, unconcerned about seasons and utterly Banded together like organised criminals, where it is best not to forget them, unconcerned about seasons and utterly unyielding, they demand recurrence and change. unyielding, they demand recurrence and change. Denying all dangers, a solar and candid traveller dares to defy them and make an elegy for simplicity. ASSOCIATION OF INNOCENTS Denying all dangers, a solar and candid traveller dares to defy them and make an elegy for simplicity. Clouds and mystery Antagonistic and inseparable, the inspirations for summer 2012 putwith our senseshades. of adaptation Clouds break up and arewill iridescent The water-soakedto the test. Antagonistic and inseparable, the inspirations for summer will putMaterials ourwatercolour sense of are adaptation brush washes 2012 the summer skies. and colours indistinct, loving,to the test. impossible to name. ASSOCIAÇÕES VERÃO 2012/13 Quatro tríades opostas e inseparáveis, compostas de quadrilhas de cores que, simultânea e alternativamente, são: primitivos, preocupantes, inocentes, reverentes, artificiais, naturais, virtuais. Os materiais e as cores estão ligados: profundos e escuros, leitosos e transparentes, tremeluzentes e brilhantes, arenosos e esbranquiçados. Agrupados como membros do crime organizado, pelo qual é melhor não esquecê-los, indiferentes com as estações e nunca submissos, exigem repetição e mudanças. Negando todos os perigos, um viajante solar e cândido se atreve a desafiá-los e faz uma elegia à simplicidade. Antagônicas e inseparáveis, as inspirações para o verão 2012 testarão o nosso senso de adaptação. Revista do Couro | ABQTIC ASSOCIAÇÃO DE INOCENTES Nuvens e mistério As nuvens se Dquebram e se torESERT AND SACRED A desert hermit and a spaceman observe the movement of the stars, the traces of nam iridescentes com tons de aquamoon at dawn, the mica stones in the sand, the light fl ight of silvery egrets. On ASSOCIATION OFtheINNOCENTS A SSOCIATION OF I NNOCENTS the line of the horizon, turning gold under the burgeoning sky, a virtual mirage is rela. O pincel empapado em água Clouds and mystery taking shape. Archaeologists and monks of the future decipher the hieroglyphics Clouds and mystery inscribed on sacred stones. lavaClouds os céus doupverão. Osiridescent materiaiswith watercolour shades. The water-soaked break and are Clouds break up and are iridescent with watercolour shades. The water-soaked brush washes the summer skies. Materials and colours are indistinct, loving, e as cores são indistinguíveis, adobrush washes the summer skies. Materials and colours are indistinct, loving, impossible to name. ráveis, impossíveis impossible to name.de serem nomeados. ASSOCIAÇÃO DE INDOMADOS Associação dos Inexperientes Imersos no arcaísmo e na brutalidade primitiva, alertados pela revolta dos elementos, somos obcecados pela arte ASSOCIATION OF THE UNTRAINED ASSOCIATION OF THE UNTRAINED crua e o Paleolítico. Como sabujos proImmersed in archaism and primitive brutality, alerted by the revolt of elements, we Immersedas in archaism primitive brutality, curando origens,andobcecados pelo alerted by the revolt of elements, we are obsessed by raw art and Palaeolithic. Doggedly searching for sources, obsessed are obsessed by raw art and Palaeolithic. Doggedly searching for sources, obsessed animal no nosso by the adormecido animal that slumbers inside interior, us, lulled by phantasmagoria, we build huts in by the animal that slumbers inside us, lulled by phantasmagoria, we build huts in aquietados pela fantasmagoria, the city, giant nests on the walls of construbuildings. the city, giant nests on the walls of buildings. ímos choças na cidade, ninhos gigantes nas paredes dos edifícios. 23 ASSOCIAÇÃO DE EXUBERANTES Natureza e preciosidade O Amazonas do século 21 e os herdeiros da tradição barroca se agarram na natureza para imprimir ritmo às suas excentricidades. NATURE AND PRECIOSITYEstabelecido como NATURE AND PRECIOSITY 21’stdemonstração century Amazonsda and the contempoheirs of baroque tradition seize on nature to gives uma arte 21’st century Amazons and the heirs of baroque tradition seize on nature to gives rhythm to their eccentricities.Established as a demonstration of contemporary art, it rânea, é a desculpa para as instalações rhythm to their eccentricities.Established as ea demonstration of contemporary art, it is the pretext for installations and the site of their artistic performances. They oislocal de suasfor apresentações artísticas. the pretext installations and the site of their artistic performances. They outstrip each other in their exuberance and organise a new expressive and outstrip each other their exuberance Eles ultrapassam unsinaos outros na suaand organise a new expressive and provocative dandy posture. provocative dandy posture. exuberância e organizam uma expressiva e provocativa postura de dândi. GREEN. Our Color. Our Commitment. VIAGEM AO REDOR DO SOL Uma vida simples AEnsolarado SIMPLE LIFE e consensual, o amarelo é A SIMPLE LIFE O compromisso mais importante para a Buckman é com um futuro sustentável. Sabemos que isso não somente beneficia o and planeta; mas and consensual, yellowÉis um the bearer optimism. It is a simple, modest oSunny portador do otimismo. sujeitoof Sunny and consensual, yellow is the bearer of optimism. It is a simple, modest and fun chap, guileless and easygoing. An accommodating person, he likes to be outside simples, e divertido, rumo também bom para os negócios. fun chap,modesto guileless and easygoing.sem An accommodating person, heélikes to be outside indoors, lazing on Mediterranean beaches and brightening Nordic deco. Lively eand despreocupado. Pessoa obsequiosa, and indoors, lazing on Mediterranean beaches and brightening Nordic Entendemos quedeco. não Lively se trata apenas and bright, he enjoys clichés and adopts a low profi le to render ordinary objects and bright, he enjoys clichés and adoptsnas a low profi le to render ordinary objects gosta de estar ao ar livre, relaxando do meio ambiente; também diz respeito offbeat. offbeat.do Mediterrâneo e iluminando praias às pessoas. Conte com a Buckman na a decoração nórdica. Vívido e brilhanbusca de soluções sustentáveis. Nós te, ele adora clichês e adota um perfil podemos ajudá-lo. baixo para tornar objetos comuns em incomuns. ASSOCIAÇÃO DE ERMITÕES Um ermitão do deserto e um homem do espaço observam o movimento das estrelas, os rastros da The Leather Colour Card, exclusive to LE CUIR A PARIS, is already available for sale. Designers, stylists, tanners, buyers… ESERT AND SACRED luaDDao amanhecer, The Leather Colour Card, exclusive to LE CUIR A PARIS, is already available for sale. Designers, stylists, tanners, buyers… ESERT AND SACREDas pedras de mica findthe all traces the pantone references for the colour trends, making their creation of new collections easier. desert hermit andgarças a spaceman observe the movement of thewill stars, of Cores naAAareia, o vôo das prateadas. Athe Cartela de do Couro, de Le Cuirtheir à Paris, já está find alltraces the pantone references for theexclusiva colour trends, making creation of new collections easier. desert hermit and a spaceman observe the movement of the will stars, of the moondo at dawn, the micatornandostones in the sand, the light fl ight of silvery egrets.para On compra. designers, estilistas, curtidores, compradoNathe linha horizonte, disponível moon at dawn, the mica stones in the sand, the light fl ight of silvery egrets. On the line of the horizon, turning gold under the burgeoning sky, a virtual mirage is -sethe dourada sob o céu crescente, todas as referências para as tendências em cores, line of the horizon, turning gold under the burgeoning sky,Next a res... virtualencontrarão mirage is taking shape. Archaeologists and monks of the future decipher theappointment: hieroglyphics appointment: uma miragem virtual tomaand forma. taking shape. Archaeologists monks of the future decipherNext hieroglyphics 8-the 10 February 2011, hall 4, Paris Nord Villepinte tornando mais fácil o processo de Exhibition criação Park. das suas coleções. 8- 10 February 2011, hall 4, Paris Nord Villepinte Exhibition Park. inscribed on sacred stones. inscribed on sacred stones. do futuro Arqueólogos e monges Para obter maiores informações e elementos visuais, contatar: Please take note of the press meeting: decifram os hieróglifos inscritos nas PleaseErica take note of [email protected] press meeting: (0)1 43 59 89 44 Wednesday, Caron 9th February at 3pm,VIP/Press Room of +33 LE CUIR A PARIS. Wednesday, 9th February at 3pm,VIP/Press Room of LE CUIR A PARIS. pedras sagradas. SIC AS, 105 rue Du fbg Saint Honoré 75373 Paris cedex 08 França Further information and visuals: Further information and visuals: +33 (0)1 43 59 89 44 Erica Caron [email protected] Erica Caron [email protected] +33 (0)1 43 59 89 44 Para informações adicionais contate +55 19 3864-5000 ou acesse Revista do nosso Couro | ABQTIC site buckman.com 2 2 ©2011 Buckman Laboratories International, Inc. ABQTIC ABQTIC 24 25 Encontro Nacional dos Químicos e Técnicos do Couro ocorre em outubro A Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro (ABQTIC) segue organizando o XIX Encontro Nacional dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro, que ocorrerá no Dan Inn Hotel, em Franca - SP, nos dias 07 e 08 de outubro de 2011, tendo como tema principal: Inovações no Processamento de Couros. Trabalhos técnicos podem ser submetidos ao evento. Estes trabalhos poderão ser apresentados no formato oral (paper) ou visual (poster, ou visual presentations). Os resumos (abstracts) deverão ser enviados até o dia 30 de abril de 2011 para abqtic@ abqtic.com.br, a/c da Comissão Científico-Técnica do XIX Encontro Nacional da ABQTIC. Reunião da Comissão de Resíduos e Meio Ambiente (COREMA) Em 14/03 reuniram-se na sede da ABQTIC membros da Comissão de Resíduos e Meio Ambiente (COREMA), a fim de tratar do planejamento de ações para 2011. A COREMA é composta por Marcelo Zilles, Carlos Zimmermann, Antonio Mattiello, Lisiane Metz, Pedro Stumpf e Isabel Claas. Entre as metas estão a organização do III Fórum Ambiental do Setor Couro, que ocorrerá em 08/06, palestras e painéis sobre a área ambiental para informar os associados, representação da Entidade nas discussões sobre este relevante tema e atuação conjunta com a Diretoria de Publicações para buscar materiais e notícias a serem publicadas na Revista do Couro. Revista do Couro | ABQTIC Antonio Mattiello, Marcelo Zilles, Pedro Stumpf e Lisiane Metz Revista do Couro | ABQTIC ABQTIC 26 Vice Presidência do Vale do Taquari Promove Reunião na Cidade de Colinas 27 A Vice Presidência da ABQTIC do Vale do Taquari realizou no dia 12 de março seu primeiro encontro do ano de 2011. O encontro teve como sede a bela cidade de Colinas e foi realizado na cabana de festas da família Scheer, um belíssimo local em meio a natureza situado as margens do Rio Taquari. O tema do encontro foi SUBSTÂNCIAS RESTRITAS EM COUROS, com palestra ministrada pelo Sr Ricardo Perez da empresa Noko Química LTDA. Durante a palestra foram abordados e debatidos temas referentes às diferentes substâncias que vêm tendo sua utilização restringida para o emprego na indústria em geral com ênfase na indústria coureira. Também foram abordados e esclarecidos aspectos relacionados ao surgimento de restrições de deter- minados produtos bem como sobre os principais institutos mundiais que elaboram as famosas listas de produtos de utilização restrita. Com uma grande atenção e constante participação de técnicos e curtidores presentes foi abordado e comentado o fato de que nos dias atuais se faz necessária uma maior atenção da indústria e de seus profissionais para os acontecimentos no setor, tanto em âmbito local, nacional e até mesmo o que se passa em outros países, uma vez que em um mercado cada vez mais globalizado os clientes das empresas encontram-se muitas vezes em países espalhados por todo o mundo. Ao final observou-se que o tema abordado foi de grande importância e interesse, e a troca de experiências e informações sobre o assunto agradou a todos os participantes. Após a palestra a empresa palestrante patrocinou um excelente almoço com um variado cardápio de carnes e peixes muito bem elaborados por cozinheiros da cidade, seguido de um variado Buffet de sobremesas. Após o almoço, com os participantes do encontro sentindo-se muito a vontade houve uma demonstração de alguns talentos musicais que animaram os presentes durante a tarde de sábado. A vice presidência da ABQTIC do Vale do Taquari na pessoa do seu vice presidente Felipe Cristiano Magedanz gentilmente agradece a participação e o empenho de todos para a realização de mais este evento de sucesso e continua no apelo no que diz respeito à todos estarem em dia com suas anuidades. Tensoativo altamente umectante para o processo de remolho. Tensoativo biodegradável com excelente capacidade desengraxante. Auxiliar de caleiro especial, livre de sulfetos e mercaptanos. Desengraxante a base de solvente e emulgadores biodegradáveis. Basificante para o curtimento ao cromo base óxido de magnésio. Revista do Couro | ABQTIC Revista do Couro | ABQTIC ABQTIC 28 ABQTIC 29 Na ABQTIC: Pesquisador apresentou inovações sobre o Curtimento de Couros sem Cromo Os associados da ABQTIC estiveram reunidos no auditório do CT Couro Senai em Estância Velha - RS, no último dia 14 de março, para a apresentação da palestra “ÚLTIMOS AVANÇOS NO CURTIMENTO DE COUROS SEM CROMO”. O tema foi abordado pelo profissional do Grupo CROMOGENIA UNITS S A, Enrique Comes. Segundo Comes, o curtimento sem cromo segue sendo um dos principais objetivos das pesquisas realizadas pela empresa. Para facilitar a apresentação para a ABQTIC, o tema de cunho tecnológico foi dividido em três partes: A primeira parte tratou da Otimização do processo de curtimento composto por um produto orgânico etoxilado (abreviatura RETANAL FWL-4), juntamente com um produto derivado de hidroxidifenilsulfona (abreviatura RETANAL SUL). Foram valorizados pontos como influência do pH nos seguintes parâmetros, temperatura de contração, distribuição da anionização, solidez à luz e capacidade de reidratação. A segunda parte da palestra destacou a Otimização do curtimento com glutaraldeído (50%), juntamente com a hidroxidifenilsulfona (abreviatura RETANAL SUL), medindo todos os parâmetros mencionados no item anterior. Destacou neste ensaio a melhoria que fornece o RETANAL SUL ao curtimento somente com glutaraldeído, tanto na temperatura de contração, anionização e especialmente quanto à solidez à luz. Revista do Couro | ABQTIC Palestrante da Units durante a reunião de março Por último, o palestrante apresentou um estudo comparativo entre ambos os processos, que compreendeu todas as avaliações anteriores bem como um couro dividido ao meio com avaliações de maciez, espessura, cor, resistências físicas e organolépticas. Além disso, apresentou avaliação dos custos de ambos os processos. Meio-ambiente Além de promover a palestra mensal, a ABQTIC também reuniu na mesma data os membros da Comissão de Resíduos e Meio Ambiente – COREMA, para um primeiro encontro do ano. A COREMA é composta por Marcelo Zilles, Carlos Zimmermann, Antonio Mattiello, Lisiane Metz, Pedro Stumpf e Isabel Claas. Além do planejamento das ações para 2011, a Comissão também tratou de detalhes da organização do III Fórum Ambiental do Setor Couro, que ocorrerá em 8 de junho próximo. No evento deste ano, estão previstas palestras e painéis com convidados sobre diferentes enfoques da área ambiental. O grupo também debateu sobre a representação da ABQTIC nas discussões sobre o tema, e atuação conjunta com a Diretoria de Publicações na pesquisa por materiais e notícias a serem publicadas na Revista do Couro. Encontro de Diretoria Integrantes de diretoria da ABQTIC também reuniram-se na sede da ABQTIC, anteriormente a palestra, para tratar das ações da entidade para 2011. Entre as prioridades se destacam a participação da ABQTIC na Fimec 2011, encontro de vice-presidentes regionais que será realizado durante o evento, organização do XIX Encontro Nacional da ABQTIC em outubro em Franca – SP, e os 40 Anos da ABQTIC que serão comemorados em novembro. Revista do Couro | ABQTIC EMPRESAS 30 EMPRESAS 31 Synbios atende novas demandas em tecnologias de acabamento A Synbios, uma das maiores indústrias italianas de insumos químicos, ingressou no Brasil há cerca de um ano através da Cortume Carioca , e tem como objetivo participar do processo de acabamento de couros o qual requer constantemente o emprego de novas tecnologias. Estas tecnologias permitem aos curtumes fazer frente as novas demandas de mercado. Recentemente o técnico da Synbios, Sr. Andréa Stefani, acompanhado de Jayme Marder, do Cortume Carioca, esteve visitando os curtumes, realizando trabalhos técnicos e verificando as necessidades dos clientes. Andréa Stefani também nos relatou que a empresa tem como foco no mercado brasileiro a inserção da linha de produtos para acabamento , tendo como prioridade a linha de TopCoats , reticulantes, e produtos inovativos. A linha de Topcoat é oferecida ao mercado na modalidade , “ pronta para uso “, ou seja , o técnico somente tem de ajustar a viscosidade e fazer a reticulação. São produtos dirigidos ao mercado de estofamento, de altíssima qualidade nos testes físicos, sem repolimento, agregando ao couro um toque sedoso e agradável. Estes produtos são apresentados sob a denominação de : Proxy 2130 Opaco – extremamente fosco, sedoso e muito agradável, pronto para o uso. Proxy 2145 Lucido – brilhoso com bom toque, pronto para o Revista do Couro | ABQTIC uso. Estes produtos podem ser misturados , fazendo assim o ajuste de brilho , se necessário. A linha de reticulantes consiste em dois produtos; Proxy 2090 – produto a base de aziridine , tamponado , evitando problemas alérgicos. Proxy 2060 – produto a base de Isocianato . Full White System -Um novo conceito de acabamento branco é apresentado pela empresa Synbios através do produto chamado Full White, sendo que o resultado é a obtenção de couros extremamente cobertos , com no máximo uma ou duas aplicações. Também pode-se produzir couros com tonalidades claras com este produto. O objetivo é produzir couro branco ( pastel ) com maior rapidez, e somente com um produto. Excelente resistência a luz e ao envelhecimento. A empresa Synbios é uma das maiores produtoras de pigmentos para couro, destacando na sua gama : Syn-Rex – pigmento de alta concentração. Unicrom – pigmentos para calçados, livres de caseína. C P M - pigmentos para calçados, estofamento, micro dispersos. Syn-Lak – pigmentos a base de solvente , não inflamável. Syn-Lux – pigmentos finos, micro-dispersos com vivacidade e brilho como anilina . Boa resistência a luz. Syn-Flu – pigmentos fluorescentes , micro dispersos . DHL – corantes metal-complexos , solúveis em água e solvente. Revista do Couro | ABQTIC EMPRESAS 32 Curtumes brasileiros dispõem de nova opção de fornecimento de sulfato de cromo O surgimento de novas opções de fornecimento de insumos químicos para couros, permite maior flexibilidade e agilidade de produção para os curtumes brasileiros. Através da Cortume Carioca Ltda, os curtumes dispõem do sulfato de cromo produzido pela Vishnu Chemicals da Índia. A empresa foi fundada em 1989 na cidade de Hyderabad para a produção de dicromato de sódio. Há quatro anos, ampliou seu leque de produtos e iniciou a produção de sulfato de cromo naquela unidade. O diretor comercial para as Américas da empresa, Lee Iwan, esteve recentemente em visita ao Brasil. Informou que o país é o mais Revista do Couro | ABQTIC cutar atividades rotineiras, os laboratórios são responsáveis pela análise de matérias-primas e de produtos acabados e pela análise química de couros, bem como pelo tratamento de efluentes e resíduos industriais. A inauguração contou com a presença dos Srs. Eugen Katzenstein e Peter Amann, membros do Conselho de Administração da TFL, e também do Sr. Roberto Italia, responsável por Vendas Sul. 33 MK recebe certificado de “Acidente Zero” No ano de 2010 a MK não registrou acidentes no transporte de produtos químicos envolvendo o meio ambiente. Este é o resultado do trabalho preventivo nas áreas de segurança, saúde, meio ambiente e qualidade, que a empresa desenvolve em parceria com a SOS COTEC, empresa especializada em atendimento de emergências ambientais causadas por produtos químicos. Segundo o Gerente da Qualidade, Segurança e Transportes da MK, Vilson Paiva, “a empresa optou por ter a assistência da SOS COTEC em todo o território nacional para garantir uma segurança a mais ao nosso cliente, pois em caso de qualquer incidente ou acidente envolvendo produtos da MK, haverá uma importante das Américas pela qualidade, tecnologia e matéria-prima que oferece aos clientes. “O Brasil é um país estratégico para a nossa empresa” destacou. Acrescentou que a Vishnu Chemicals está inserida nas exigências de normas de produção do REACH, e comercializa sua produção para 35 países. A produção do sulfato de cromo está localizada na cidade de VISAKHAPATNAM (Vizag). Os clientes brasileiros podem dispor de importação direta, assim como de compra local. Maiores informações podem ser solicitadas pelo fone 51 3563-6090 ou e-mail: [email protected] A TFL do Brasil inaugura novas instalações No final de 2010, a TFL do Brasil inaugurou as novas instalações dos Laboratórios de Controle de Qualidade e de Pesquisa & Desenvolvimento. Os responsáveis pelo projeto, Sueli Schallenberger e Jean Rochel, se empenharam em criar um ambiente amplo e de instalações modernas, que hoje facilitam o fluxo de trabalho e o dia-a-dia da equipe e, consequentemente, tornam mais ágil o atendimento aos clientes, funcionários e terceiros envolvidos. Além de exe- EMPRESAS equipe técnica qualificada para o pronto atendimento do sinistro.” Em função de não haver registrado acidentes no ano passado a SOS COTEC conferiu o certificado “Acidente Zero”. Este certificado é um reconhecimento de todos os esforços que a MK dedica à segurança no transporte de seus produtos, quer seja através da sua própria transportadora, quer seja através de transportadoras terceirizadas que passam por um rigoroso processo de qualificação. No ano de 2010 foram atendidos pela SOS COTEC, em todo o Brasil, 4,7 acidentes/dia envolvendo produtos químicos. Fonte: Equipe de Marketing MK Química do Brasil Inpol, uma história produzida em PU. Investir em tecnologia e inovação para desenvolver soluções em poliuretano é o negócio da Inpol. Os setores coureiro-calçadista, metal-mecânico, cerâmico, moveleiro, fumageiro, agrícola e têxtil, entre outros, são exemplos do alcance da marca, que a cada ano aumenta sua gama de produtos e os mercados atendidos. O novo slogan da Inpol: Todo o Potencial do PU, afirma sua posição de destaque no setor onde sempre foi referência de qualidade. Através das marcas Supertaco Inpol e Poliprene, a Inpol busca otimizar processos para proporcionar maior durabilidade, menor necessidade de manutenção e maior produtividade à indústria. A história da Inpol conta a evolução do PU. Uma história de quem sempre pesquisou, descobriu e inovou. Visite o estande da empresa na 35ª Fimec: Pavilhão 5, Corredor P, Números 5059 e 5060. Para mais informações acesse www.inpol.com.br ou ligue 51 3587.4503. Revista do Couro | ABQTIC EMPRESAS 34 35 Minerva inaugura primeira unidade de biodiesel O Minerva S.A., um dos líderes no Brasil na produção e comercialização de carne in natura, boi vivo e seus derivados e que atua também nos segmentos de processamento de carne bovina, suína e de aves inaugurou em dia 18 de março, sua primeira unidade de produção de biodiesel. A planta está localizada na cidade de Palmeiras de Goiás/GO, junto a sua unidade frigorífica. A unidade produzirá inicialmente 45m3/dia de biodiesel e tem capacidade para atingir até 100m3/ dia. A matéria prima utilizada para Revista do Couro | ABQTIC a transformação em biodiesel será o sebo bovino, subproduto das plantas frigoríficas do Minerva no estado de Goiás (Palmeiras de Goiás e Goianésia). “A unidade irá transformar sebo de suas fábricas ou de terceiros em produto de valor, além de ter a flexibilidade de poder usar outras matérias primas, como óleo de soja. O resultado é uma fonte renovável de energia, fortalecendo nosso compromisso com a sustentabilidade e com as questões ambientais e também agregando valor ao produto do Minerva.”, diz Fernando Galletti de Queiroz, Presidente da Companhia. Parte da produção de biodiesel vai abastecer a frota de caminhões da Companhia e o restante será comercializado através de leilões para ANP. Além da unidade de Palmeiras de Goiás, o Minerva planeja colocar plantas de produção de biodiesel nas unidades de José Bonifácio/ SP e Barretos/SP. O objetivo da companhia é ter uma planta de biodiesel em cada unidade frigorífica. Fonte: Phábrica de Ideias Revista do Couro | ABQTIC empresas 37 Exportação de componentes começa o ano em alta O setor brasileiro de componentes para calçados, couro e artefatos comemora o bom índice de exportação já nos primeiros dois meses do ano. Segundo dados do Sistema de Informações da Assintecal (SISINFO), no período de janeiro a fevereiro as vendas de produtos da indústria de componentes para outros países somaram US$ 166.492.759, um crescimento de 13,13% em relação ao mesmo período de 2010. O resultado positivo já atingiu 6,6% a mais do projetado para o ano. Somente em fevereiro o resultado das exportações rendeu aos fabricantes US$ US$ 82.185.853, um incremento de 3,42% nos embarques em relação ao mesmo mês do ano passado. Em relação ao mês de janeiro, o volume embarcado apresentou crescimento de 4,3%. Os segmentos que apresenta- ram maior participação nas exportações neste bimestre foram o de saltos e solados (19%), cabedal (15%) e produtos químicos para couro (14%). Em comparação ao mesmo período do ano passado, os segmentos que registraram acréscimos foram palmilhas (61%), saltos e solados (31%) e sintéticos (27%). Ao total, o Brasil exportou componentes para 128 países. DESTINOS - Entre os principais destinos do setor neste começo do ano estão a Argentina e Nicarágua. Na Argentina, as exportações brasileiras cresceram 21,43% em fevereiro, na comparação ao mesmo mês do ano passado. Pelo terceiro ano, o país vizinho sustenta a posição de maior parceiro comercial do setor de componentes brasileiro, respondendo por um montante de US$ 36.830.085 nas exporta- ções nestes primeiros dois meses, o que representa 16% do acumulado em 2010. Entre as principais matérias primas exportadas para a Argentina em 2011 estão: saltos e solados (24%), produtos químicos para couro (16%) e ferramentaria (16%). Já os negócios com a Nicarágua vão de “vento em popa” em 2011. Somente de janeiro a fevereiro, as vendas com o país da América Central somaram US$ 2.428.598, o que representa 80% de todo acumulado em 2010, quando foram exportados US$ 3.039.435. Na lista de produtos exportados neste ano se destacam os saltos e solados (30%), ferramentaria (13%) e cabedal (11%). Atualmente, a Nicarágua ocupa a 19.ª posição na lista de países para onde o Brasil mais exportou componentes até fevereiro de 2011. Colour. Coat. Create. T 36 Revista do Couro | ABQTIC he Fin is hing T c u o h Revista do Couro | ABQTIC gestão gestão 38 39 O Novo Curtume - NC Tema Básico I -Avançando no Conceito deCurtume “ Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam” Salmo 127:1 Por Fernando Geib 8º. CAPÍTULO: Inovações sim, A Simultaneidade de voz, texto desapercebidos. mas com Futurização e Valor. e imagem no “tempo agora" deUm deles é o da agricultura 1-Onde está o poder das Ino- monstra e comprova de modo brasileira, de sucesso internaciovações. prático e tangível uma caracte- nal e até bem pouco anos atrás A medida que o tempo passa, rística do mundo que nos cerca, classificada como “atividade ecoas pessoas e organizações vão que é a Simultaneidade. nômica tradicional”. descobrindo pelo aprendizado, A Simultaneidade tem como Esta, através de pesquisas e os imensos benefícios que a In- instrumento de referência o da inovação de procedimentos, ternet lhes traz. Ela oferece a Tempo, ou seja, quando ele pas- desenvolveu os fundamentos Instantaneidade, a Interatividade sa a ser ou assumir o ponto de do que passou a se chamar de e a disponibilidade das informa- referência e de convergência de “Plantio Direto”, tornando posções e do conhecimento como ações e de processos. sível a otimização dos seus projamais aconteceu na história da Quando os processos conver- cessos produtivos, pelo desenhumanidade. gem para “ocupar um mesmo volvimento de tecnologias onde Este poderoso benefício é vis- tempo e espaço” de modo a eli- a Sequencialidade das operações to e entendido pela maioria das minar a variedade de tempos de de preparação do solo, adubação pessoas como algo incomum. Ja- referência, reduzindo-os a um e sementização, puderam ser elimais havia sido pensado que o único tempo como instrumento minadas ou substituídas por uma rádio, os jornais e a própria te- referencial da medida de desem- única operação Simultânea, que levisão pudessem ser superados penho destes processos, estamos foi chamada de “Plantio Direto”. em rapidez, agilidade e tempora- saindo de um comportamento O Plantio Direto não exclui lidade por algum outro meio de de Sequencialidades para atingir as exigências de preparação do informação. a condição de Simultaneidades. solo, adubação e sementização. Enquanto a maioria das pesFomos educados para dar Ele simplesmente demonstrou soas assim pensava, outras iden- continuidade e confirmar uma que estas operações podem ser tificaram que era possível ser cultura onde tudo deve obe- desenvolvidas ao mesmo tempo, criada uma nova forma de co- decer ao Princípio da Sucessão. Simultaneamente, ao contrário municação, mais flexível, mais de- Dificilmente ou quase nunca se do pensamento e crença milenar, mocrática e mais ágil. Uma gran- questiona se esta “verdade” é de que elas devam ser desenvolde rede de informações surgiu, realmente “verdadeira” e prin- vidas uma após a outra. se aperfeiçoou e se consolidou cipalmente se é válido continuar Por esta inovação o Brasil é ree hoje temos a Internet. insistindo nela ela. conhecido internacionalmente A realidade nos mostra que este Exemplos de abandono de pela pujança da sua agricultura, poderoso recurso desempenha tecnologias tradicionais e até que hoje é baseada neste princípio um impressionante e até agora seculares baseadas na Sequen- desenvolvido e tornado realidade impensado papel, como pouquís- cialidade pela adoção do princí- no município de Não Me Toque, simas inovações fizeram ao longo pio da Simultaneidade que levam do Estado do Rio Grande do Sul. de tantos séculos de vivência do setores econômicos ao sucesso Por esta inovação, este muniser humano sobre a terra. espetacular, ainda nos passam cípio ganhou a marca “Não me Revista do Couro | ABQTIC Toque a cidade do Plantio Direto” e é conhecido mundialmente por ela. Com base nas considerações feitas, a partir deste exemplo apresentado, todas as vezes que falamos de Inovações é de fundamental importância termos uma adequada percepção dos fundamentos e princípios que as tornam efetivas, do impacto que elas causam e quanto e como elas se tornam em um instrumento de mudanças nos ambientes de sua aplicação, sempre, sob uma visão de curto e principalmente, e o que é o mais importante, de longo prazo. É de fundamental importância em todas as transformações propostas e implementadas por Inovações, saber-se e ter a adequada idéia do impacto que elas tem para as organizações e a sociedade, que é onde se refletirão os benefícios dos seus efeitos. Sob o ponto de vista econômico-empresarial, onde se situa o Novo Curtume-NC, a aplicação do processo inovador é bem específica e mais rapidamente mensurável, pois não podemos deixar de considerar sempre, qual a repercussão sob o ponto de vista de criação de vantagens competitivas para esta organização e como e por quanto tempo estes eventos impactantes e transformadores, influirão na sua Sustentabilidade Plena. No caso anteriormente relatado, esta inovação repercutiu enormemente no desempenho setorial do País inteiro, elevando a produtividade da agricultura brasileira à níveis de liderança mundial. Este exemplo demonstra que a Inovação não tem preferências quanto à modelos econômicos e dinamismo das atividades onde ela se desenvolverá. Ela estará presente, sempre que haja um ambiente que a incentive. 2-As inovações e o seu poder de transformar o Novo Curtume-NC em uma Organização de Movimento. A condição de elevados níveis de competitividade que as organizações hoje enfrentam, onde se situa o Novo Curtume-NC, é resultado principalmente do comportamento dos mercados onde estas atuam: eles são desregulamentados e por isto são, o ambiente onde surgem novos modelos de negócios cada vez mais complexos e sofisticados impondo mudanças que vão, da Melhoria Contínua às mais Radicais, as Inovações, tanto nas suas estruturas, como e principalmente na cultura das pessoas envolvidas. Estes novos ambientes competitivos trazem consigo um comportamento empresarial e organizacional significativamente diferente das teorias tradicionais de gerenciamento hoje praticados pelos dos curtumes. Na medida em que estas mudanças se manifestam, as pessoas e as organizações, onde o Novo Curtume-NC também se situa, assumem um duplo papel que traz consigo intrinsecamente, uma boa dose de incertezas: devem gerenciar as instabilidades inerentes às transformações propostas e promover os avanços e as transformações planejadas. Assim, as mudanças são ao mesmo tempo, fontes de instabilidade, e os sujeitos dos desenvolvimentos organizacionais do Novo Curtume-NC. Os seus gestores, devem ter uma compreensão do dinamismo das transformações, que identificam o Novo Curtume-NC como uma “Organização Viva”. Esta percepção é importante para projetar os processos de suas mudanças organizacionais, os quais procuram prorrogar a sua vida, ou seja, que lhe possibilite uma contínua sobrevivência e perenidade no ambiente onde atua. Os mercados exigem que o Novo Curtume –NC assuma novas responsabilidades, de ou seja, conduzam os seus gestores e as pessoas que nele atuam a enfrentar desafios e desenvolver estratégias competitivas baseadas em propostas de Valor para os Clientes e o Mercado. Os mercados devem estar permanentemente em primeiro lugar para esta Organização e as relações por ela implementada, com aqueles, não podem basear-se numa visão de curto prazo. Elas devem ser sólidas e de prazos estendidos! O Novo Curtume-NC deve ser percebido continuamente como o melhor ofertante, agora não mais de produtos e serviços, mas sim, de soluções duradouras para os mercados, desenvolvidas para serem antecipações do atendimento das necessidades manifestas e latentes dos seus clientes e ainda não-clientes. Estes atendimentos antecipados, devem ter o poder de demonstrar que esta Organização gerencia e tem o domínio do Tempo, por ser uma fonte permanente de oferta de Inovações e soluções em qualquer situação que venha surgir na sua caminhada. Esta condição privilegiada e Revista do Couro | ABQTIC gestão tecnologia 40 41 tão importante para a sua Sustentabilidade Plena, demonstra um dinamismo organizacional fundamentado em uma visão sistêmica, que propõe e realiza a progressiva substituição do princípio da Seqüencialidade pela Simultaneidade dos seus processos, qualificando o Novo Curtume-NC como uma Organização de Movimento. Nesta condição de comportamento e desempenho organizacional o curtume e o Tempo avançam Simultaneamente. A Futurização como fundamento e estratégia de consolidar o Novo Curtume-NC como uma Organização de Movimento Como manter, ou qual a estratégia organizacional para mobilizar o sistema de oferta de Produtos e Serviços capazes de antecipar o atendimento das necessidades latentes reais e latentes dos Clientes atuais e Potenciais de uma Organização? Para responder esta questão vamos nos valer do papel da Futurização. A Futurização é o processo organizacional de identificar tendências, avanços e comportamentos tecnológicos, sociais, econômicos, políticos e eco-ambientais, tanto de pessoas/ indivíduos, como coletivos e de organizações, para gerar produtos , serviços e relacionamentos inovadores que efetivamente tornem realidade este futuro pensado, sonhado ou desejado por estas partes interessadas. A Futurização vai além da Qualidade, da Produtividade e dos Custos. Ela se fundamenta no Ineditismo, no conteúdo de Novidade e naquilo que é realRevista do Couro | ABQTIC mente inovador e inédito, para gerar o Valor aos Consumidores Reais e Potenciais. Ela não pensa somente nos consumidores reais e potenciais. Ela cria novos consumidores em um espaço de tempo desejado pela Organização. Ela é hoje, aquilo que os consumidores reais e potenciais e pessoas desejam ter amanhã ou em um futuro próximo. Ao se adotar esta estratégia de pensar, e de conduzir a gestão do Novo Curtume-NC, há uma mudança significativa no comportamento organizacional desta empresa. O tradicional comportamento de esperar os movimentos dos mercados ou de eventualmente fazer tentativas de identificá-los, é substituída por ações sistematizadas de atuar proativamente para identificar quais os Comportamentos de Valor destes, e a partir desta conclusões, gerar Produtos e Serviços perfeitamente alinhados com estas definições. A Futurização é uma ação estruturada, sistêmica e gerenciada por indicadores e obedece ou se orienta pelo princípio da Melhoria Contínua, ou seja, o amanhã da Futurização deve ser melhor que o hoje da Futurização e assim continuamente. A Futurização não é uma novidade, ela já é uma prática adotada por Organizações que perseguem tenazmente e desejam tornar realidade a sua Sustentabilidade sob uma visão de ampla e de plenitude. O perseguir permanente da condição acima referidas identifica o que se denomina de Organizações de Movimento. Qual a diferença entre Futurização e Inovação ? A Futurização é o processo e a Inovação é o resultado! A Futurização tem como propósito assegurar que a Inovação seja efetivamente algo inédito e alinhado com o futuro e sonhado tanto pelas pessoas como pelas as organizações. Perguntarão então os mais pessimistas: como adivinhar o futuro? A Futurização não é adivinhação do futuro. Futurização e um processos organizado e de características sistêmicas de tornar o futuro em realidade, tangível e utilizável. A Futurização apóia-se no desenho de cenários prospectivos, os quais preocupam-se em trazer para o Hoje, fatores ou tendências com alta condição de se tornarem realidade em futuro previamente definido pela Organização. Estas tendências identificam-se por seu poder real de gerar mudanças, sejam elas, políticas, econômicas, sociais, tecnológicas ou eco-ambiental. Concluindo Estas considerações, desenham o Novo Curtume –NC como uma instituição dotada de uma dinâmica organizacional voltada para a busca contínua de Valor, em tudo o que faz,e realiza, entendido como principal fator do desenvolvimento contínuo de sua Sustentabilidade Plena, a partir da sua condição de Organização de Movimento. Quem viver verá! Sistemas de Curtimento Alternativos ao Cromo CHROME-FREE E METAL-FREE B. Naviglio*, G. Calvanese*, R. Aveta*, D. Caracciolo*,V. Girardi*, M. Scotti*, G.Tortora*, Romagnolo M. Stazione Sperimentale per l’Industria delle Pelli e delle Materie Concianti (SSIP) – Nápoles *Departamento dos Estudos, das Instituições e dos Sistemas Territoriais – Universidade dos Estudos de Nápoles “Pathenope” Nos últimos anos chegaram na SSIP inúmeras requisições de análise para determinação de metais. A partir destas análises verificou-se que, mesmo peles não curtidas ao cromo continham outros metais curtentes como alumínio e titânio e, portanto, não poderiam ser consideradas metal-free. Na maioria dos casos as peles examinadas eram, fundamentalmente, tratadas com produtos curtentes como sais de fosfônio, taninos sintéticos e parafinas sulfocloradas. Neste trabalho estão descritos, em linhas gerais, estes sistemas de curtimento alternativos ao cromo com as respectivas características físico-químicas obtidas nos couros acabados. Ao mesmo tempo reporta-se também o significado prático dos termos wet-white, chrome-free e metal-free destas peles comercializadas como ecológicas. Finalmente, o trabalho mostra também a problemática da metodologia do ciclo de vida de um produto como instrumento necessário para se poder con- frontar os diversos sistemas de ambiental ao longo de todas as fases de seu ciclo de vida. curtimento. Portanto, a “green economy” (economia verde), entendida INTRODUÇÃO como um modelo de negócios A questão ambiental não é so- fundamentado em critérios de mente um lugar comum, mas in- eco-sustentabilidade, pode torfluencia cada vez mais a vida de na-se um fator de crescimento, todos nós. De fato, ultimamente, pois o investimento no meiodiversos estudos evidenciaram -ambiente pode criar mercados como o modelo comportamental e garantir retorno econômico. dos consumidores vem se mo- Por outro lado, também o presidificando gradualmente: lado a dente dos Estados Unidos sinalado com os critérios de escolha lizou a “green economy” como consolidados, ligados à qualidade a saída para a crise econômica, e ao custo dos produtos, vislum- enfatizando a necessidade de pobra-se sempre mais o aspecto líticas qualitativas que garantam, da sustentabilidade. O aumento ao mesmo tempo, crescimento e da sensibilidade dos cidadãos/ sustentabilidade. Também a Itália consumidores frente à sustenta- está tomando o curso da econobilidade dos próprios consumos mia verde e, particularmente a está direcionando sempre mais “green economy” made in Italy as empresas a introduzir novos segue duas diretrizes principais: o requisitos e novas estratégias desenvolvimento de alguns setovisando o posicionamento de res inovadores, energias alternaprodutos e serviços. Na prática, tivas in primis e a transformação o produto/serviço vencedor é em ferramenta eco-sustentável aquele que considera prioritário de setores tradicionais ligados o relacionamento positivo com o aos manufaturados. No que diz eco-sistema. Tornam-se competi- respeito a uma pesquisa recente tivos aqueles produtos e serviços referente à conversão verde do que garantem um baixo impacto made in Italy, o elo curtidor é ciRevista do Couro | ABQTIC tecnologia 42 tado, entre outras coisas, como: “setor onde está se difundindo uma nova sensibilidade ecológica que está mudando, pouco a pouco, a maneira de trabalhar as peles. Hoje, a verdadeira novidade é a retomada do natural, eliminando produtos químicos e aditivos: peles trabalhadas segundo os antigos métodos de curtimento vegetal, coisa que vem sendo adotada por grandes marcas visando artigos mais eco-compatíveis. O produto final é um couro completamente biodegradável e adaptado a pessoas alérgicas aos metais, produzido com pleno respeito ao meio-ambiente, somente com a utilização de substâncias naturais, os taninos, presentes no tronco e na casca das árvores, tais quais o quebracho, a castanheira e a acácia”. Portanto, no contexto geral da demanda crescente por bens sustentáveis e compatíveis com o ambiente e em coerência com a ética ecológica do consumo, enquadra-se a difusão no mercado de peles curtidas com sistemas alternativos ao cromo e comercializadas sob denominações como: “chrome free”, “metal free”’”wet white”, “curtimento orgânico” e assim por diante. Os couros, resultado do trabalho das peles isentas de cromo, são anunciados como: “couro ecológico”, “couro natural”, “biocouro”, “bioleather”, “green leather”, etc. Tais termos não possuem, evidentemente, nenhum significado científico ou técnico enquanto não exista, até o momento, nenhuma definição que estabeleça as características analíticas às quais devam satisfazer. Devem ser entendidos como uma simples descrição de um couro que não contem subsRevista do Couro | ABQTIC volvidos diversos sistemas com o emprego de aldeídos, particularmente o glutaraldeido, taninos sintéticos, aluminossilicatos (zeolites) ou com silicatos de sódio(wasserglass). Mais recentemente foram desenvolvidos sistemas de curtimento para a produção de wet white mediante o emprego de produtos orgânicos quais sejam, as oxazolidinas e os sais de fosfônio. Portanto, o termo wet whiWet White: Trata-se de um te aplicas-se às peles isentas de produto intermediário obtido cromo, mas que podem ter sido da pele descalcinada ou da pele tratadas com outros metais curpiclada, sem a utilização de cro- tentes como, por exemplo, o alumo, mas com características de mínio, o titânio e o zircônio. consistência e resistência (tamChrome Free: Este termo, que bém térmica) suficientes para que possa ser submetido às ope- indica um couro isento de crorações mecânicas de divisão e mo, mesmo definindo a ausência rebaixe. Desta forma obtém-se do cromo como curtente, não resíduos sólidos (farelo, retalhos, especifica de modo claro e defiresíduos de divisão) isentos de nitivo a classe química dos agencromo, portanto, com maior fa- tes curtentes empregados nos cilidade de tratamento quando sistemas de curtimento. se queira obter adubos, hidroMetal Free: Este termo, subslisados proteicos e assim por diante. Em seguida às operações tancialmente, indica um couro mecânicas o wet white é subme- isento de metais curtentes (crotido ao curtimento que pode ser mo, alumínio, titânio e zircônio) curtido por um sistema de curao cromo, vegetal ou outro. Um wet white aceitável tec- timento orgânico (taninos natunologicamente é aquele que não rais e sintéticos, aldeídos, resinas, confere às peles características etc.). Naturalmente, também ouirreversíveis, isto é, permita que tros metais pesados como chumas características definitivas se- bo, cádmio, níquel, etc. devem esjam conferidas pelo curtimento tar ausentes ou aparecerem em sucessivo, escolhido este em fun- quantidades insignificantes. ção do produto final desejado. IMPACTO AMBIENTAL DO O wet white pode ser obtido por diversas maneiras; inicial- CROMO mente utilizava-se um curtimenA principal razão do crescito leve ao alumínio que, devido a sua baixa estabilidade podia, mento dos curtimentos alternaem seguida, ser eliminado qua- tivos é a imagem denegrida do se totalmente com uma simples cromo e, consequentemente, lavagem com água acidulada. das peles tratadas com este meSucessivamente foram desen- tal. Mesmo que frequentemente tâncias proibidas ou perigosas e, que ao final de seu ciclo de vida pode ser reciclado ou transformado e, por isso, não representar nenhuma dificuldade de disposição e poderia até ser incinerado. No que concerne aos termos relativos aos sistemas de curtimento (wet white, chrome free, etc.), a seguir explanar-se-ão as problemáticas relativas às várias tecnologias. tecnologia negado, uma das maiores causas da poluição dos curtumes é o emprego de produtos à base de cromo no curtimento. Na prática, a presença de cromo nas águas residuais e, portanto, nos lodos e em alguns resíduos sólidos é um dos pontos mais frequentemente citados por quem acusa a indústria curtidora como fonte de poluição grave. Isto deve-se também ao fato que, talvez, quando se afirma que a indústria curtidora usa cromo tende-se a pensar que se trate de cromo hexavalente, que é, notoriamente, tóxico e cancerígeno. Todavia, também o cromo trivalente utilizado nos processos do curtume, na forma de sulfato básico de cromo, é um metal pesado e, como tal, sujeito a limitações nas águas residuais e nos 43 resíduos, embora, por tudo o que é conhecido, não apresente problemas particulares no âmbito sanitário e nem mesmo no ambiental (é facilmente transformado em hidróxido em pH 4,5 aproximadamente, e o hidróxido é praticamente inerte em condições normais). De qualquer forma, não obstante isto, é evidente que o termo “chrome free” indica necessariamente que existe um problema básico acerca do emprego do cromo trivalente na produção do couro. Este conceito tem sua origem no alegado impacto ambiental do cromo (III) nas “emissões dos curtumes” (descargas hídricas, resíduos sólidos, etc.) e na sua potencial mobilidade e transformação nos resíduos sólidos curtidos e nos lodos. Também a potencial oxidação nos couros acabados, de cromo trivalente a cromo hexavalente está, ultimamente, gerando preocupação no que diz respeito ao couro ao cromo. Além disso, outro inconveniente resultante do curtimento ao cromo é a disposição dos descartes de produção, quais sejam, o farelo do rebaixe, o pó do lixamento e os recortes dos couros. Na realidade, sua eventual incineração pode provocar a oxidação do Cromo III em Cromo VI, enquanto que a disposição de tais resíduos em aterros sanitários ou sua reutilização implica no conceito de reciclabilidade e biodegradabilidade. A este respeito, é notório que um couro com curtimento orgânico e isento de metais pesados é mais facilmente degra- Revista do Couro | ABQTIC triidrossimetilfosfina (THPO) con formazione di formaldeide (fig.2): tecnologia 44 Curtimento Mineral: curtimentos com sais minerais curtentes à base de alumínio(III), titânio(IV) e zircônio(IV). Com a utilização destes metais curtentes o couro torna-se mais catiônico criando, em consequência, problemas de aplicação de reagentes aniônicos. Por este motivo, nestes curtimentos requer-se um mascaramento mais apurado a fim de prevenir também a pre- CH 2OH O - 2 O CH2OH CH2OH HOH2C CH2OH P HOH2C CH2OH O S O O P CH2OH CH2OH Figura 1 – Sulfato de tetra-hidroxi-meta-fosfônio (THPS) I composti di questa famiglia chimica possono essere impiegati come preconcianti nella produzione di pelli metal free e sono particolarmente adatti per la lavorazione di cuoio bianco. Il THPS si presenta sottoforma di un liquido incolre,solubile in acqua, al 75% di sostanza attiva Revista do Couro | ABQTIC e con un pH di circa 4. Le pelli trattate con questa sostanza raggiungono una temperatura di contrazione di circa 75°C. Il cuoio conciato con THPS presenta un adeguato grado di bianco, Figure 2 – THPS conversion to tris(hydroxymethyl)phosphine oxide (THPO) CH2OH HOH2C + P 45 Pertanto nel corso del processo di concia che prevede l’impiego di THPS viene raccomandato di agire in una zona di pH compresa tra 3 e 6. Nella prima fase della concia l’agente conciante a base di THPS, in ambiente acido (pH circa 3,0), sottoforma di sale di fosfonio 2OH cationico,presenta una scarsa reattività neiCHconfronti del substrato e quindi penetra nella sezione O della pelle con facilità. A penetrazione ultimata, il conciante viene riattivato, in situ, mediante P CH2OHdetermina l’innalzamento graduale del HOH pH.2CLa basificazione di4 un composto + 2 CH2la O +formazione 2H2 + Na2SO O S O + 2NaOH trisostituito, il triidrossimetilfosfina (THP) che costituisce il composto in grado di instaurare legami O trasversali con il collagene (fig. 3). O CH2OH CH2OH 2 2 Figura 3 – Meccanismo di reazione dei sali di fosfonio con il collagene Figure 3 –THPO Reaction (óxido mechanism phosphonium salts with collagen Figura 2 – Transformação do THPS em deof tri-hidroxi-metil-fosfina) CH2OH CH2OH to ao problema da disposição e da reciclabilidade dos resíduos Coll-NH2 sólidos e dos produtos finais a + + Coll-NHCH2 Coll-NHCH2 P P CH2OH HOH2C serem descartados. Como é sabido, os taninos naturais vem sendo usados a miCH2OH CH2OH lênios enquanto que os taninos sintéticos e os aldeídos, há algumas décadas. Nos últimos anos, particularmente, desenvolveu-se uma pequena produção de couros “metal free” para a produção + de estofamento automotivo e Coll-NHCH2 P Coll-NHCH2 para alguns nichos de mercado, O utilizando o glutaraldeido como agente pré-curtente e a tara como curtente natural. Levando em conta também o problema Il pH a fine basificazione non superare il valore di 6 unità.dos Il meccanismo Figura 3 deve – Mecanismo de reação sais de è simile a quello da periculosidade do glutaraldella concia alla formaldeide , differendo comunque da quest’ultima per la dimensione fosfônio com o colágeno deido, mais recentemente foram maggiore delle molecole reticolanti e per il valore di pH necessario per la fissazione. desenvolvidos outros sistemas I sali di classe, fosfoniotem possono reagire facilmente dello em zolfopH dando luogo alla pH i6;composti na realidade supea seguinte fórmula con de curtimento com produtos formazione di odori sgradevoli. Per tale motivo le pelli sia prima che dopo l’uso del rior e/ou ligeiramente alcalino, sale di (Fig.1): orgânicos de síntese, quaisfosfonio se- vengono trattate con energici ossidanti come ad esempio l’acqua ossigenata; in em óxido de tri-hiOs compostos desta família transforma-se particolare il lavaggio ossidativo con H2O2, dopo l’uso del sale di fosfonio, consente di jam: as oxazolidinas, os sais de química podem ser empregados droxi-metil-fosfina (THPO), com stabilizzare meglio la concia trasformando il THP (prodotto più reattivo) in THPO (prodotto più fosfônio, as parafinas sulfoclorade formaldeído (Fig. 2): como pré-curtentes na produção così le eventuali ulteriori fontiformação di generazione di odori molesti. das, os taninos sintéticos àstabile) base eliminando Portanto, no transcorrer de peles “metal free” e são paril processo può essere schematizzato nel modo seguente (fig. 4): do de hidro-difenilsulfonato. In linea generale ticularmente aptos para couros processo de curtimento com [O] cipitação dos hidróxidos metáli- temperatura de retração bastancos. Resumindo, com estes cur- te elevada (comparável à obtida timentos consegue-se couros pelo curtimento ao cromo) por com características mercadoló- causa da formação de ligações gicas como, por exemplo, a ma- transversais entre o complexo ciez e o enchimento, inferiores Al-tanino e os grupos reativos do às obtidas com o curtimento ao colágeno. Os couros produzidos cromo. A temperatura de retra- com este sistema combinado (veCURTIMENTOS ALTERNATI- ção também mostra-se inferior getal-Al), entretanto, apresentam àquela que se obtém com a utili- um forte caráter “vegetalizado” o VOS que limita sua versatilidade, o que zação do cromo(III). seria um elemento fundamental O curtimento ao cromo soliOutros curtentes inorgânicos: de um curtimento alternativo ao dificou-se nos curtumes de todo o mundo por uma série de moti- nos últimos anos foram desen- cromo. vos, entre os quais reporta-se: a volvidos sistemas de pré-curtiCurtimentos Orgânicos: curtipraticidade de execução, o custo mento para o “wet white” aptos competitivo, a qualidade dos ar- para estabilizar a pele com o em- mentos com o emprego exclusitigos produzidos (seja em nível prego de reagentes inorgânicos vo de substâncias orgânicas, seja mercadológico, seja no tocante como, por exemplo, os silicatos de origem natural (taninos vegeaos requisitos físico-mecânicos), de sódio solúveis (wasserglass) tais), que de origem sintética (taa elevada temperatura de re- e os aluminossilicatos (zeolites). ninos sintéticos, aldeídos, oxazolidinas, sais de fosfônio, parafinas tração conferida ao colágeno, a sua extrema versatilidade na Curtimentos Combinados/mis- sulfocloradas, etc.). Este tipo de abordagem é, seprodução de toda uma gama de tos: curtimentos com o emprego guramente, a tendência mais nella loro artigos, do vestuário ao calçado, sinérgico de taninos vegetais e Sono composti, si recente introduzione nel settore conciario, che contengono moderna na pesquisa de curtiestofamento e peleteria. molecola un saisatomo de alumínio. peles curtidi fosforoAs quaternario a carica positiva. Il solfato di tetraidrossimetifosfonio cromo, Muitas propostas foram(THPS), apre- che dasrappresenta ao vegetal ile più recurtidas com noto composto mentos di questa alternativos classe, ha la ao formula qui di seguito especialmente no que diz respeisentadas para conseguir-se um sais de alumínio apresentam uma riportata(fig.1): curtimento sem emprego do cromo mas que conferisse ao Figura 1 – Solfato di tetraidrossimetilfosfonio (THPS) Figure 1 – Tetrakis(hydroxymethyl)phosphonium sulphate (THPS) couro produzido, características análogas às conferidas por ele. A este respeito, a pesquisa testou, nestes últimos anos, várias alterCH 2OH O nativas que podem, substancial+ mente, ser esquematizadas desta HOH2C P CH 2OH O S O forma: dável no confronto com aquele contendo cromo, além de ser mais analérgico. Esta última característica torna mais favorável o uso de tal tipo de couro por pessoas predispostas às alergias e às irritações cutâneas. tecnologiaFigura 2 – Trasformazione THPS in THPO (triidrossimetilfosfina ossido) brancos. CURTIMENTO COM SAIS DE O THPS apresenta-se sob a forFOSFÔNIO ma de um líquido incolor, solúvel em água, com 75% de Substância São compostos, de recente in- Ativa e com um pH em torno trodução no setor curtidor, que de 4. As peles tratadas com esta contêm em sua molécula um substância atingem a uma temátomo de fósforo quaternário peratura de retração ao redor com carga positiva. O sulfato de 75°C. O couro curtido com de tetra-hidroxi-meta-fosfônio THPS apresenta um ótimo alve(THPS), que representa o com- jamento, ótima solidez à luz e ao posto mais conhecido desta suor. O THPS é estável abaixo de THPS recomenda-se trabalhar em uma zona de pH entre 3 e 6. Na primeira fase do curtimento, o agente curtente à base de THPS, em ambiente ácido (pH ao redor de 3,0), sob a forma de sal de fosfônio catiônico, apresenta uma fraca reatividade frente ao substrato e, portanto, penetra na seção da pele com facilidade. Com a penetração finalizada, o curtente é reativado, “in situ”, Revista do Couro | ABQTIC Figura 4 – Processo di concia con sali di fosfonio Figure 4 – Phosphonium salts tanning process 46 TECNOLOGIA mediante a elevação gradual do Pelli piclate Basificazione pH. A basificação determina a formação do composto tri-hidroxi-metil-fosfina (THP) que é Depiclaggio Lavaggio Sgrassaggio o composto capaz de instaurar ossidativo ligações transversais com o colágeno (Fig. 3). O pH, ao final da basificação Lavaggio Riconcia ossidativo não deve ultrapassar a 6. O meIngrasso canismo é similar ao do curtimento com formaldeído diferinConcia con Sali do, entretanto, deste último, em Crust di fosfonio relação ao tamanho maior das moléculas de reticulação e ao Figura 4 – Processo de curtimento com sais de fosfônio valor do pH necessário para a La caratterizzazione delle pellicom ottenute conde questo processo– ècaracteriportata nelle Tabela 1a chimico-fisica – Couro curtido sais fosfônio fixação. tabelle 1a e 1b. I risultati analitici riscontrati confermano l’assenza e/o la trascurabile presenza rísticas químicas Os sais de fosfônio podem readei metalli concianti e dei metalli pesanti estraibili con sudore (Cd, Ni, Pb, Cu, Co, Zn); anche gir facilmente com os compostos la formaldeide libera rientra nei limiti previsti dalle normative vigenti. Per quanto concerne le prove fisiche i valori ottenuti evidenziano una adeguata resistenza allo de enxofre dando lugar a odores Metais Curtentes Método Crust Branco (mg/Kg) strappo e allo scoppio. La temperatura di contrazione pari a 70 °C è paragonabile a quella che si desagradáveis, por isso as peottiene con la Alumínio concia al (Al) vegetale. UNI 10887 49,00 les, antes e depois do uso do sal de fosfônio, devem ser tratadas Cromo (Cr) UNI 10887 11,00 com oxidantes fortes como, por Tabella 1a – Pelle conciata con sali di fosfonio – caratteristiche chimiche Titânio (Ti) UNI 10887 n.d Table 1a – Leather tanned with phosphonium salts – chemical characteristics exemplo, a água oxigenada; partiZircônio (Zr) UNI 10887 n.d cularmente, a lavagem oxidativa Metalli concianti Metodo Crust Bianco (mg/Kg) Metais Pesados Método Crust Branco (mg/Kg) com H²O² após a utilização do sal Alluminio (Al) UNI 10887 49,0 de fosfônio permite a melhor esCádmio (Cd) UNI 10887 n.d Cromo (Cr) UNI 10887 11,0 tabilização do curtimento, transCobalto (Co) UNI 10887 n.d n.r. formando a THP (produto mais Titanio (Ti) UNI 10887 UNI 10887 n.d n.r reativo) em THPO (produto mais Zirconio (Zr) Níquel (Ni) UNI 10887 Metalli PesantiChumbo (Pb) Crustn.d Bianco (mg/Kg) estável) eliminando, desta forma, UNIMetodo 10887 Cadmio (Cd) UNI 10887 n.r eventuais fontes de odores desaCobre (Cu) UNI 10887 n.d n.r Cobalto (Co) UNI 10887 gradáveis. Nichel (Ni) UNI 10887 Zinco (Zn) UNI 10887 n.d n.r Em linhas gerais, o processo Piombo (Pb) UNI 10887 n.r pode ser esquematizado da seFormaldeído UNI CEN UNI ISO/TS17226-2 <75 n.r Rame (Cu) 10887 guinte forma (Fig 4): Zinco (Zn) UNI com 10887 sais de fosfônio –n.rcaracteTabela 1b – Couro curtido A caracterização físico-química Formaldeide UNI CEN ISO / TS 17226-2 <75 rísticas físicas das peles obtidas por esse processo é mostrada nas Tabelas 1a e 1b. Os resultados analíticos enParâmetro Método Crust Branco contrados confirmam a ausência Espessura (mm) UNI EN ISO 2589 0,95 ou a presença insignificante de Resistência à tração (N/cm²) metais curtentes e de metais peAlongamento (%) UNI EN ISO 3376 / sados extraíveis por suor (Cd, Ni, Pb, Cu, Co, Zn). Igualmente, o forResistência ao rasgamento (N) UNI EN ISO 3377-2 75 maldeído livre encontra-se dentro Distensão ao trincamento da flor dos limites previstos pelas normas (mm) UNI 11308 9,5 vigentes. Temperatura de Retração (°C) UNI EN ISO 3380 70 Relativamente aos testes físicos, os valores obtidos evidenRevista do Couro | ABQTIC TECNOLOGIA Figura 5 - Struttura del 4,4’-diidrossidifenilsulfone (DDS) 47 Fig.5 – 4,4’-dihydrodiphenyl sulfone (DDS) chemical structure O HO S OH Figura 6 - legami tannino sintetico-collagene O Fig.6 – Syntan-collagen interactions Figura 5 – Estrutura do 4,4’- di-hidroxi-difenilsulfone (DDS) R ciam uma resistência ao rasgamento e à tração adequados. A temperatura de retração, em torno de 70°C, é comparável à obtida pelo curtimento vegetal. CURTIMENTO COM TANINOS SINTÉTICOS L’azione conciante dei tannini sintetici di sostituzione si esplica attraverso la formazione dei R ponti idrogeno grazie alla presenza dei gruppi OH fenolici. In questi legami l’idrogeno funge da taninos sintéticos, entre Alguns ponte tra l’atomo di ossigeno dell’ossidrile legato all’anello aromatico e l’ossigeno/e/ooutros l’azoto atributos, possuem a cadel gruppo peptidico. Inoltre i tannini sintetici di sostituzione si legano al collagene mediante racterística peculiar de produzir HO O si esercita interazioni dipolo-dipolo; in tal modo un’attrazione tra le cariche dei dipoli um presenti couro de cor branca que é - O + sugli anelli aromatici delle molecole dei tannini e quelle indotte sul gruppo peptidico, uma das propriedades interesHN similmente a quanto si verifica per i coloranti e i tannini naturali.(fig. 6) NH santes para produzir “wet whi+ te” isento de metais. Particularmente, os taninos sintéticos que contêm núcleos fenólicos com pontes sulfônicas (SO²) ou sulfonamídicas (SO²NH) conjuntamente com pontes metilênicas, apresentam uma boa solidez à R luz. Por esta razão os taninos sinR téticos de substituição à base de Figura 6 – Ligações tanino sintético-colágeno di-hidroxi-difenilsulfone (Fig. 5), La caratterizzazione di alcune pelli trattate con tannini sintetici a base di idrossidifenilsulfone è onde a reatividade das funções riportata nelle tabelle 2a e 2b. hidroxílicas é realçada pela preCrus Branco Crust Tingido Couro Acabado sença de pontes sulfônicas entre Metais Curtentes Método (mg/Kg) (mg/Kg) (mg/Kg) Tabella 2a - (Al) Pelli conciate con tannini 35,00 sintetici (DDS) – caratteristiche chimiche os núcleos fenólicos são muito Alumínio UNI 10887 198,00 170,00 utilizados na produção de couros Table 2a – Leather tanned with DDS syntans – chemical characteristics Cromo (Cr) UNI 10887 36,00 36,00 45,00 brancos sólidos à luz. Crustn.d bianco Crust tinto 14,00 Pelle Finita A ação curtente dos taninos Titânio (Ti) UNI 10887 7203,00 Metalli Concianti Metodo (mg/kg) (mg/Kg) (mg/Kg) sintéticos de substituição dáUNI 10887 n.d 24,00198,0 11,00 Alluminio (Al) Zircônio (Zr)UNI 10887 35,0 170,0 -se pela formação de pontes de Crus36,0 Branco Crust Tingido Cromo (Cr) UNI 10887 36,0 Couro Acabado 45,0hidrogênio devido à presença Método (mg/Kg) (mg/Kg) Titanio (Ti) Metais Pesados UNI 10887 n.r. 7203,0 (mg/Kg) 14,0dos grupos OH fenólicos. NesZirconio (Zr) Cádmio (Cd)UNI 10887 n.r. 11,0tas ligações o hidrogênio faz paUNI 10887 n.d n.d 24,0 n.d Crust Pelle Finita pel de ponte entro o átomo de Metalli PesantiCobalto (Co) Metodo Crust UNI 10887 bianco(mg/kg) n.d n.d tinto (mg/kg)n.d (mg/kg) oxigênio da oxidrila ligada ao UNI 10887 n.d n.d n.r. n.d Cadmio (Cd) Níquel (Ni)UNI 10887 n.r. n.r.anel aromático e o oxigênio e/ Cobalto (Co) Chumbo (Pb)UNI 10887 n.r. n.r.ou nitrogênio do grupo peptídiUNI 10887 n.d n.d n.r. n.d Nichel (Ni) UNI 10887 n.r. n.r. n.r.co. Por outra parte, os taninos Cobre (Cu) UNI 10887 n.d 10,00 9,00 Piombo (Pb) UNI 10887 n.r. n.r. n.rsintéticos de substituição ligamZinco (Zn) UNI 10887 UNI 10887 n.d n.d 10,0 56,00 Rame (Cu) n.r. 9,0-se ao colágeno por interações UNI CEN ISO / Zinco (Zn) UNI 10887 n.r. n.r. 56,0dipolo-dipolo; desta forma se Formaldeído TS 17226-2 n.d / 10,00 exerce uma atração entre as carUNI CEN ISO / TS Formaldeide n.r. / 10,0 17226-2 gas dos dipolos presentes nos Tabela 2a – Couros curtidos com taninos sintéticos (DDS) anéis aromáticos das moléculas – características químicas dos taninos e aquelas presentes no grupo peptídico, assim como Revista do Couro | ABQTIC 48 verosimilmente deriva anche dalla presenza del titanio (7203 mg/kg); nel caso specifico, quindi, la pelle non può essere definita metal free anche se gli altri metalli concianti risultano essere presenti in quantità trascurabile. tecnologia Negli altri casi invece le pelli esaminate possono essere considerate come esenti da metalli concianti e da altri metalli pesanti; infatti anche il valore dell’alluminio può essere considerato poco significativo ai fini della sua capacità conciante. Per quanto concerne le prove fisiche, nel complesso , non si evidenziano particolari anomalie; Crus Branco Crust Tingido Couro Acabado acontece com os corantes e os solo per un campione (crust tinto) le resistenze meccaniche taninos risultanonaturais piuttosto limitate, (Fig. 6). Parâmetro (mg/Kg) (mg/Kg) della(mg/Kg) verosimilmente ciòMétodo è legato anche allo spessore pelle che è pari a 0,45 mm. Per altre couA caracterização delealguns UNI EN ISO pelli esaminate le proprietà meccaniche prese in considerazione più chesintétiros risultano tratados essere com taninos adeguate. Espessura (mm) 2589 0,98 0,45 0,75 cos à base de di-hidroxi-difenil- O NH tecnologia S O O R S NH + 2HCl 49 O Além disso as parafinas sulfoque podem reagir desenvolvido R na Alemanha nos sulfoclorados R anos 50 e denominado Immer- com os grupos amínicos da pele, cloradas podem reagir com os gan. As parafinas sulfocloradas reticulando entre as cadeias co- grupos amídicos da pele pela seguintelareação (Fig. 9): Porammidici exemplo, tendo-se são obtidas através possono de reações Inoltre le paraffine solfoclorurate reagirelagênicas. con i gruppi della pelle attraverso A reação entre as parafinas sulum derivado contendo dois gruradicais entre parafinas, cloro e seguente reazione (fig. 9): sulfone é mostrada nas tabelas 2a pos sulfoclorados pode-se con- focloradas e os grupos amínicos/ dióxido de enxofre (Fig. 7). Resistência à tração (N/cm²) UNI EN ISO 25,9 10,0 24,7 CONCIA CON SOLFOCLORURI e 2b. seguir um tipo de reação como amídicos do colágeno é uma reaEm uma única cadeia parafínica Alongamento (%) 3376 68 39 42 ção de condensação que produz Os resultados analíticos evidena demonstrada na Fig.di8.HCl podem ser ligados mais grupos Figura 9 - Reazione di condensazione : produzione ISO che fornisce cuoi bianchi solidi allaciam Un altro metodo UNI di EN concia luce que che aètemperatura stato di recente Fig. 9: Condensation reaction: HCl loss Hcl; portanto, o equilíbrio desta de retraResistênciariproposto ao rasgamentoper (N)articoli 3377-2metal free, 88,00 con destinazione 8,00 46,00 abbigliamento, pelletteria, è quello che reação pode ser deslocado para ção, no contexto, é mais elevada prevede l’impiego R R CH3 R Distensão ao trincamento da dei solfocloruri in qualità di concianti. a direita acrescentando uma base com referência aos couros traIl primo a base fu7,50 preparato in9,00 Germaniatados negli com anni ’50 denominato como, por exemplo, carbonato ou saisede fosfônio; todaflor (mm) concianteUNI 11308di solfocloruri 9,20 O O Immergan; i solfocloruri si ottengono da reazioni radicaliche tra paraffine, cloro e80°C, biossido diacima, bicarbonato de sódio, que tem a via, o valor de visto UNI EN ISO zolfo: (fig. 7) finalidade de neutralizar o ácido deriva também da presença do CH SO2Cl + HN CH SO2 N + HCl Temperatura de Retração (°C) 3380 75 80 76 que se forma. Por este motivo o titânio (7203 mg/Kg). Neste caso processo de curtimento é execuespecífico, portanto, o couro não Tabela 2b – Couros curtidos com sintéticos (DDS) Figurataninos 7 - Solfoclorazione degli idrocarburi tado com a presença de compos– características Figurefísicas 7 – Sulphochlorination of paraffins R R CH3 R tos (álcalis) a fim de neutralizar o ácido clorídrico que se forma. Este Figura 9 – Reação de condensação: produção de Hcl h CH CH SO Cl processo é, normalmente, realizaR 3 2 2 R + SO + Cl2 + HCl Figura 82- Solfocloroparaffine: reazione di reticolazione con gruppi amminici del collagene Metais Curtentes Método Crust Branco (mg/Kg) do a uma temperatura de 35-40°C, Fig. 8 – Sulphochloroparaffins: crosslinking with amminic groups of collagen efetuando um pré-curtimento com Alumínio (Al) UNI 10887 73,00 Figura 7 – Sulfocloração dos hidrocarbonetos glutaraldeido, o que favorece senCromo (Cr) UNI 10887 La reazione fra i solfocloruri e i gruppi amminici/ammidici del29,00 collagene è una reazione di a difusão do produto pode serSuconsiderado “metal sivelmente una stessa catena paraffinica si possonoRlegare più gruppi solfocloruro, che possono reagire R condensazione che produce HCl; pertanto l’equilibrio della reazione può essere spostato verso Titânio (Ti) UNI 10887 23,00 free”, mesmo que os outros della me- pelle, dando reticolazione tra catene collageniche. Ad esempio con un através da estrutura da pele. coi gruppi amminici destra aggiungendo una base, ad esempio carbonato o bicarbonato di sodio, che ha lo scopo tais curtentes estejam presentes Esteditipo de curtimento rederivato avente due gruppi solfocloruro si può avere un tipo di reazione evidenziata in fig. 8. Zircônio (Zr) UNI 10887 n.d neutralizzare l’acido che si è formato. Per questo motivo il processo di concia si esegue in couro branco, macio, H ClO2S R SO2Cl H em quantidades insignificantes. sulta num Metais Pesados Método Crust Branco (mg/Kg) presenza di composti (alcali) in grado di neutralizzare l’acido cloridrico formatosi. Tale N N Nos outros casos, ao invés, os estável aos álcalis e lavável com Cádmio (Cd) UNI 10887 n.d H H couros examinados podem ser solventes e sabões. considerados como isentos de O tratamento sucessivo de reCobalto (Co) UNI 10887 n.d metais curtentes e de outros curtimento e engraxe prevê o R R Níquel (Ni) UNI 10887 n.d metais pesados; mesmo o valor emprego de taninos sintéticos à Chumbo (Pb) UNI 10887 n.d do alumínio pode ser considerabase de di-hidroxi-difenilsulfonas do pouco significativo, tendo em e de engraxantes sintéticos. O Cobre (Cu) UNI 10887 n.d vista sua capacidade curtente. couro produzido desta forma Zinco (Zn) UNI 10887 n.d R R No que concerne aos testes evidencia uma temperatura de físicos, no contexto, não se eviretração de 72°C e resistênO Tabela 3a – Couro curtido com parafinas sulfocloradas – O denciam anomalias particulares; cias ao rasgamento e elongação características químicas NH NH + 2HCl S R S somente em uma amostra (crust adequadas (Tab. 3b). Além disso, tingido), as resistências mecânias análises químicas mostraram O O Parâmetro Método Crust Branco cas são bastante limitadas. Isto a presença insignificante dos Espessura (mm) UNI EN ISO 2589 0,52 pode estar ligado à espessura do metais curtentes (Al, Cr, Ti, Zr) R R couro que é de 0,45 mm. Para Resistência à tração (N/cm²) 11,2 determinando que o couro proFigura 8 – Parafinas sulfocloradas: reação de reticulação os outros couros examinados, as duzido pode ser definido como Alongamento (%) UNI EN ISO 3376 43 com grupos amínicos do colágeno propriedades mecânicas levadas “metal free” (Tabela 3a). Inoltre le paraffine solfoclorurate possono reagire con i gruppi ammidici della pelle attraverso la Resistência ao rasgamento (N) UNI EN ISO 3377-2 52,8 em consideração demonstram seguenteUm reazione (fig.método 9): outro de curti- vestuário e peleteria. Trata-se do Distensão ao trincamento da flor(mm) UNI 11308 8,9 estar mais que conformes. AVALIAÇÃO DO CICLO DE mento, que resulta em couros emprego das parafinas sulfocloTemperatura de Retração (°C) UNI EN ISO 3380 72 VIDA brancos sólidos à luz foi, recen- radas como curtentes. CURTIMENTO COM PARAFINão é simples e tampouco fácil Figura 9 - Reazione di condensazione : produzione O primeiro curtente di à HCl base temente, reintroduzido para arTabela 3b – Couro curtido com parafinas sulfocloradasNAS SULFOCLORADAS Fig. 9: Condensation reaction: HCl loss fazer-se uma avaliação objetiva das tigos “metal free” destinados ao de parafinas sulfocloradas foi características físicas R Revista do Couro | ABQTIC R CH3 O R O Revista do Couro | ABQTIC TECNOLOGIA 50 vantagens produtivas e ambientais advindas do emprego de curtimentos alternativos ao cromo. No plano produtivo poder-se-ia dizer que as desvantagens são maiores que as vantagens. A limitação do destino destes couros em relação àqueles ao cromo, os processos produtivos relativamente mais complexos e longos, a necessidade do emprego de um maior número de produtos químicos para compensar alguns inconvenientes, tornam estes sistemas menos flexíveis e mais onerosos. No âmbito ambiental a poluição global produzida por estes sistemas de curtimento “chrome free” e/ou “metal free” é, provavelmente, maior, pela necessidade da utilização de produtos mais dificilmente elimináveis das águas. A este respeito, há alguns anos, um estudo conduzido por alemães, onde são confrontados quatro tipos de curtimento (curtimento convencional ao cromo, curtimento wet white com glutaraldeido e taninos sintéticos, curtimento combinado glutaraldeido e cromo e curtimento vegetal com mimosa) com a aplicação da metodologia LCA (Life Cycle Assesment) somente no processo de curtimento, evidencia que o curtimento ao cromo deveria ser preferido, considerados todos os aspectos. Com efeito, o estudo demonstra que as fases que mais contribuem para a poluição/toxicidade das águas, são aquelas sucessivas ao curtimento (recurtimento, engraxe, tingimento, etc.) e resultou muito maior para os curtimentos alternativos examinados. Na prática, a única desvantagem do curtimento convencional ao cromo foi, como era de se esperar, a presença do cromo nos loRevista do Couro | ABQTIC dos de depuração com a consequente dificuldade de disposição. O curtimento pior, dentro desta avaliação geral, foi o curtimento com tanino vegetal (mimosa) que tem somente a vantagem da ausência de metais curtentes e/ou pesados no produto e nos lodos. De qualquer forma, os resultados deste estudo são parciais, enquanto não foram levados em consideração os outros critérios ambientais previstos pela metodologia LCA. De fato, este método baseia-se numa abordagem sistemática definida “from cradle to grave”, isto é “do berço à sepultura”: o produto, processo ou serviço são analisados em cada fase de sua vida, da extração e transformação das matérias-primas através da produção, o transporte e utilização até a reciclagem e disposição final. Por meio de um estudo LCA torna-se possível, portanto, individualizar as fases onde se concentram as maiores criticidades ambientais e as informações necessárias para corrigi-las. Levando em conta que os pontos fortes dos curtimentos alternativos ao cromo, particularmente o curtimento “metal free”, estão ligados ao uso e ao descarte do produto acabado em termos de compatibilidade da pele humana com o couro (alergia aos metais) e de reciclabilidade e biodegradabilidade do manufaturado a ser descartado, seria oportuno aplicar a metodologia LCA a estes curtimentos alternativos emergentes, estendendo, porém, o campo de aplicação não somente ao processo produtivo mas também aos outros critérios ambientais previstos pela normas, ao ciclo de vida do produto. No que diz respeito à compati- bilidade do couro “chrome free” com a pele humana, um estudo recente evidenciou que este tipo de couro, testado em um grupo de 20 pessoas com problemas de alergia e irritação da pele, não demonstrou fenômenos significativos de sensibilização. Relativamente ao problema do descarte seria oportuno estabelecer-se a efetiva biodegradabilidade dos couros curtido ao cromo no confronto com os obtidos pelos sistemas alternativos (chrome free e metal free) para que se pudesse demonstrar, quantitativamente, com o auxílio de métodos estandardizados, as eventuais diferenças de tal característica entre couros obtidos com diversos processos de curtimento. Na literatura encontram-se poucos dados experimentais acerca da biodegradabilidade de couros, os quais, além de raros são, na maioria dos casos, divergentes. Neste particular, um estudo da SSIP publicado no início dos anos 90, a respeito da biodegradabilidade dos artigos de couro, avaliada através da perda de peso de amostras enterradas em um solo argiloso retirado de um aterro sanitário (SOIL BURIAL TEST), evidenciou que após dois meses de enterramento os couros ao vegetal apresentavam um substrato mais apto à hidrólise enzimática comparativamente àqueles curtidos ao cromo. Vice-versa, um estudo mais recente (início dos anos 2000), ainda referente à biodegradabilidade dos resíduos de couro, mensurada através da produção de biogás (mistura de metano e dióxido de carbono) resultante da decomposição anaeróbica deste resíduos, demonstrou que o colágeno curtido com Cromo (III) ou ex- TECNOLOGIA 51 CPMC, 85, 5, 307-317, 2009 Sammarco U., Tecnologia conciaria, Editma Manzo G., Chimica e tecnologia del cuoio, Media Service Edizioni Covington A.D., Tanning Chemistry – The Science of Leather, RSC Publishing 2009 Covington A.D., The next 100 years of leather processing, World Leather, Dezembro 2009 Ting A.Y., Chuan W.X., Chinese developments in Chrome free and low-chrome tanning materials, JSLTC, 91, 246-251 Wolf G., Breth M., Carle J. Igl G., New developments in wet white tanning technology. JALCA, 96, 111-119, 2001 Sammarco U., Conce organiche nella produzione di pelli per carrozzeria: limiti e prospetive, CPMC, 81, 4, 247-268, 2005 Trommer B., Kellert H.J., Comparison of tanning methods from an ecological viewpoint, Leather, Dezembro 1999 De Simone G., Ummarino G., Russo A., Matto D., Valutazione della biodegradabilità dei materiali cuoiosi, CPMC, 70, 4, 167174, 9994 Covington A.D., Paul R.G.,Yagoub S., Biodegradazione dei residui di BIBLIOGRAFIA cuoio, CPMC, 79, 4, 187-195, 2003 Symbola, Fondazione Farefuturo, Tommaselli M., Romagnuolo M., Green Italy-Ambiente, Innovazio- Naviglio B., Confronto fra diversi ne e Qualità per sfidare il futuro sistemi di concia delle pelli: aspetMorselli A., Qualificazione ti ambientali e produttivi, CPMC, dell’industria italiana verso la 76,3, 191-198. “Green Economy” , Convegno nazionale Filctem-Cgil-Roma, 23 Março 2010 Il Sole 24 ore, Conce al vegetale per pelli griffate, 14 Novembro 2009 Esposito R., Murino T., Naviglio CONCLUSÕES G., L’ambiente come variabile di Os curtimentos alternativos, sucesso in um Supply Chain: Gresem a utilização dos sais de cro- en Supply Chain Management, trato de mimosa é totalmente resistente à degradação anaeróbica. Por sua vez, os resíduos de colágeno não curtido podem ser rapidamente degradados e representam uma boa fonte de produção de biogás. Por outro lado, a definição de curtimento pode ser entendida como uma resistência à biodegradabilidade de um material proteico (colágeno), antes putrescível: “O curtimento é um processo de conversão de um material orgânico putrescível em um material estável que resiste à putrefação causada pelos micro-organismos”. Esta definição, substancialmente, contrasta com aquela relativa à biodegradabilidade de um material polimérico: “A biodegradabilidade é a característica das substâncias e dos materiais de serem assimilados pelos micro-organismos e serem novamente alçados aos ciclos naturais”. Na prática, a biodegradabilidade é a tendência de um material a ser convertido em CO² graças aos micro-organismos. Do ponto de vista científico, entende-se “última biodegradabilidade” como a completa degradação de um composto orgânico em compostos inorgânicos (mineralização) por obra dos micro-organismos; se o processo ocorrer na presença de oxigênio (aeróbico) haverá a completa transformação do composto orgânico em dióxido de carbono e água. mo e/ou de outros metais curtentes, são viáveis e já estão sendo utilizados em nível industrial. Sua utilização, entretanto, está limitada a alguns tipos de couro e, muitas vezes, exige modificações mais ou menos importantes nas fases de trabalho sucessivas. Além da ausência dos metais pesados, critério ambiental particularmente importante para fins da segurança de utilização do produto acabado, estes sistemas de curtimento alternativos deveriam ser avaliados e confrontados com o curtimento ao cromo, através da metodologia LCA, para determinar o impacto ambiental como um todo, ao longo do ciclo de vida do produto e verificar se, efetivamente, as inovações introduzidas acrescentam os benefícios ambientais esperados. Ainda, a este respeito, faz-se necessário desenvolver métodos analíticos específicos para avaliar a biodegradabilidade dos artigos de couro e demonstrar, de maneira objetiva, uma maior facilidade de disposição/reciclabilidade dos couros “chrome free” e/ ou “metal free”. Revista do Couro | ABQTIC TECNOLOGIA 52 Cinnamomum Uma Nova Alternativa de Curtimento Vegetal Jéssica Taís Leidecker Kroetz, aluna do Curso Técnico em Curtimento do Centro Tecnológico do Couro SENAI – Estância Velha, RS, Brasil. [email protected] Janete Schneider e Antônio Perderzolli, docentes do Curso Técnico em Curtimento do Centro Tecnológico do Couro SENAI – Estância Velha, RS, Brasil. [email protected], [email protected] RESUMO Processamento de peles ecologicamente correto, curtida com tanino vegetal de Cinnamomum, extraído da casca da caneleira. O processo de curtimento foi realizado com tanino, extraído da casca da canela. Ao concluir o processo evidenciamos que o couro, apresenta as seguintes características: boa resistência, flor firme, boa compactação de fibras, bom poder de queima, toque e cheiro agradável, com uma boa resistência ao ataque de fungos. Com este trabalho evidenciamos a possibilidade de realizar curtimento e recurtimento com um novo agente vegetal, que não agride o meio ambiente e originados de uma fonte renovável. Palavras-chave: Curtimento Vegetal, Canela - Fonte renovável, Ecologicamente Correto. couros ecologicamente corretos com características semelhantes ou até melhor do que já se estava produzindo, destaca-se a vasta variedade de opções disponíveis. Com este projeto verificamos a possibilidade da utilização do extrato extraído da casca da canela como um produto alternativo para os processos de curtimento e recurtimento. A casca de canela ou canela em pó, utilizada no dia-a-dia com finalidades medicinais, culinárias e também na fabricação de essências, ao ser consumida, apresentou elevada adstringência o que nos levou a pesquisar. Sendo assim preparamos em uma lixívia de canela e gotejamos o indicador cloreto férrico (FeCl3) que em contato com a canela apresentou cor preta indicando a presença de fenóis. Extraímos o tanino da casca da caneleira, colocada em equipamentos que fazem circular o extrato aquecido em contracorrente com o material extraível estacionário, pois o principio é semelhante ao processo industrial. O processo de curtimento foi realizado em uma pele piquelada. INTRODUÇÃO A indústria curtidora mundial faz uso com freqüência de extratos vegetais de vários tipos. Seja para processamento de couro pleno vegetal ou combinando-os com curtentes minerais ou sintéticos. Estando em constante busca, 2. LEVANTAMENTO BIBLIOpor insumos que não agridam o GRÁFICO meio ambiente e que beneficie 2.1 Histórico da Canela Revista do Couro | ABQTIC Um dos mais antigos alimentos conhecidos e considerado símbolo da sabedoria na Antiguidade, a canela já foi muito procurada na Europa, período que gerou muitos lucros a seus comerciantes. Entre os séculos XVI e XVIII, a especiaria teve sua venda disputada por portugueses, holandeses e ingleses. Os três povos europeus ocuparam, sucessivamente, a ilha asiática de Sri Lanka (ex-Ceilão), apontada, junto com Mianmar (ex-Birmânia) e Índia, como berço de origem da planta. Os jesuítas foram os responsáveis pela introdução da canela no Brasil, onde as condições do solo favoreceram sua adaptação. A caneleira conhecida como Cinnamomum zeylanicum pertence à familia Lauraceae, é uma árvore de ciclo perene, que chega a atingir 9 metros de altura e seu tronco alcança até 35 cm de diâmetro. A caneleira é uma árvore cultivada em clima tropical quente e úmido, que requer cerca de 1.300 mm de chuva por ano e temperatura média anual superior a 21°C. A casca dos ramos é comercializada em rama (pau), raspas e pó. As colheitas da casca da canela podem ser feitas de 3 a 5 anos após o plantio, quando ela naturalmen- A canela é extraída do caule da caneleira, possui um aroma forte, doce e é ligeiramente amarga. As folhas são coriáceas, lanceoladas, com nervuras na base, brilhantes e lisas na parte TECNOLOGIA superior e verde-claras e finamente reticuladas na parte inferior. As flores são de coloração amarela ou esverdeada, numerosas e bem pequenas, agrupadas em cachos ramificados. 53 co (cerca de 80%). O cinamaldeído (também denominado aldeído cinâmico) é o principal ativo do Figura 2 - Cinnamomum (Fonte a autora) óleo essencial presente na canela, pelo sabor e éaroma É composta por sacarose, tanino, vanilina, açucaresresponsável e seu principal constituinte o aldeído cinâmico (cerca de 80%). O cinamaldeído (também denominado intensosaldeído cinâmico) é o principal ativo do óleo essencial presente na canela , responsável pelo Asabor e aroma intensos utilizacanela é normalmente da como tempero na culinária, nas Figura 2 - Cinnamomum (Fontecinâmico: a autora) Fórmula do aldeído bebidas, na cosmética, perfumes e Figura 2 - Cinnamomum (Fonte a autora) sabonetes. Na medicina é conheÉ composta por sacarose, tanino, vanilina, açucares e seu principal constituinte é o aldeído cida por suas funções terapêuticinâmico (cerca de 80%). O cinamaldeído (também denominado aldeído cinâmico) é o principal cas, por reduzir significativamente ativo do óleo essencial presente na canela , responsável pelo sabor e aroma intensos o açúcar no sangue, melhorar a taxa de colesterol (LDL e trigliFórmula do aldeído cinâmico: Fórmula do aldeído cinâmico: cerídeos) e também o chá é indite se solta do tronco, geralmente -claras e finamente reticuladas na cado para diabéticos (Segundo a no outono. parte inferior. As flores são de co- Associação de Medicamentos dos A canela é extraída do caule da loração amarela ou esverdeada, Estados Unidos - USDA). caneleira, possui um aroma forte, numerosas e bem pequenas, agru2.2 Taninos doce e é ligeiramente amarga. As padas em cachos ramificados. São misturas de derivados de folhas são coriáceas, lanceoladas, É composta por sacarose, tanino, ácidos poli-hidróxi benzóicos. com nervuras na base, brilhantes vanilina, açucares e seu principal O tanino é uma substancia come lisas na parte superior e verde- constituinte é o aldeído cinâmi- Revista do Couro | ABQTIC hidroxilas fenólicas do tanino e o oxigênio dos grupos carboamídicos do colágeno. Mesmo que ligações por pontes de hidrogênio não sejam fortes, o grande número delas é que proporciona a estabilização da estrutura do colágeno. TECNOLOGIA 54 plexa, solúvel em água e adstringenSubdividem-se em dois grupos: Taninos Gálicos (Liberam Ácido Gálico na hidrolise) e te, contida em certos vegetais Taninosque Elágicos (Liberam Ácido Elágico na hidrolise). se caracteriza pela propriedade de coagular albuminas e transformar a pele em couro. O curtimento vegetal vem sendo utilizado pelo homem desde a pré-história para preservar as peles e transformá-las em couro. Isto era feito em fossas ou tanques escavados no solo onde era adicionado um pouco de água e material tanante junto às peles. Nos últimos anos o curtimento Principais características dos Taninos Hidrolisáveis: Subdividem-se em dois grupos: Taninos Gálicos (Liberam Ácido Gálico na hidrolise) e vegetal tornou-se umaTaninos alternativa Elágicos (Liberam Ácido Elágico na hidrolise). Apresentam altas concentrações de ácidos, penetração lenta no couro, coloração que mais viável em relação aos aspecvaria de tos econômicos, sociais e ambien- marrom amarelado até marrom, boa solidez a luz, baixa estabilidade aos microorganismos. tais, devido à legislação ambiental 2.2.1 Taninos Hidrolisáveis ou Pirogálicos mais rígida, despertando o interesse da indústria coureira de forma São ésteres formados por fenóis e/ou ácidos fenóis-carboxilicos. 2.2.2Taninos Condensados ou Catequínicos a realizar processos com menor dano possível ao meio ambiente. São compostos Flavanóides e apresentam composição química complexa; estrutura básica Os taninos são polifenois de dos taninos condensáveis é o Flavan – 3 – ol. Taninos Catequínicos são taninos polimerizados. alto peso molecular entre 500 e 3000 g/Mol, sendo que sua ação curtente depende da sua massa molecular e do numero de GruPrincipais características dos Taninos Hidrolisáveis: pos Fenólicos. O tanino reage Apresentam altas concentrações de ácidos, penetração lenta no couro, coloração que com o colágeno através de ligavaria de ções hidrogeniônicas, onde o pHmarrom amarelado até marrom, boa solidez a luz, baixa estabilidade aos microorganismos. de curtimento varia de 4,2 a 5,2. Uma vez que os taninos difundiram para dentro das micro fibrilas Condensados ou Catequínicos da pele, vai ocorrer a reação 2.2.2Taninos deles com o colágeno. Na verdade, São compostos Flavanóides e apresentam composição química complexa; estrutura básica a reação se dá atravésdos de taninos pontes TaninoédeoCinnamomum líquido)Catequínicos Base úmida Base seca polimerizados. condensáveis Flavan 3 –(extrato ol. Taninos são taninos Principais características dos–Taninos Condensados ou Catequínicos: de hidrogênio entre as hidroxilas 0,28% 56% baixa concentração de fenólicas do tanino e o oxigênio Apresentam estabilidade Tanantes elevada a hidrólises de microorganismos, ácidos, deposição de flobafenos, elevada velocidade de penetração, coloração que varia de róseo dos grupos carboamídicos do coTanantes 0,12% 24% até marrom menos solidez a luz. lágeno. Mesmo que ligações por avermelhado e umaNão pontes de hidrogênio não sejam Sólidos Solúveis 0,4% 80% 3. Metodologia fortes, o grande número delas é que proporciona a estabilizaçãoOdaexperimento foi conduzido Sólidos Insolúveis 0,1% do Couro- - SENAI, localizado na no Centro Tecnológico estrutura do colágeno. cidade de Estância Velha, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. No período de maio a setembro de pH do líquido tanante 5,0 2010. ou 2.2.1 Taninos Hidrolisáveis Pirogálicos Apresentam altas concentraGálico na 3.1 Extração dohidrolise) Tanino e Taninos EláSão ésteres formados por fenóis gicos (Liberam Ácido Elágico na ções de ácidos, penetração lenta e/ou ácidos fenóis-carboxilicos.Para a realização da extração do tanino de canela (Cinnamomum), foi utilizado um sistema no couro, coloração que varia de hidrolise). Subdividem-se em dois grupos: similar ao utilizado nas indústrias de tanino, ou seja, esteou foi obtido pela Principais características dos Taninos Condensados Catequínicos: amarelado atélixiviação marrom,aquosa das Principais características dos Ta- marrom porções de canela moída (vegetal tanífero), colocada em equipamentos que fazem circular o Taninos Gálicos (Liberam Ácido boa solidez a luz, baixa estabilidaninos Hidrolisáveis: extrato aquecido em contracorrente com o material extraível estacionário. Apresentam estabilidade elevada a hidrólises de microorganismos, baixa concentração de ácidos, deposição de flobafenos, elevada velocidade de penetração, coloração que varia de róseo 3.1.1 Ensaios químicos até marrom avermelhado e uma menos solidez a luz. Revista do Couro | ABQTIC 3. Metodologia TECNOLOGIA de aos microorganismos. 2.2.2Taninos Condensados ou Catequínicos São compostos Flavanóides e apresentam composição química complexa; estrutura básica dos taninos condensáveis é o Flavan – 3 – ol. Taninos Catequínicos são taninos polimerizados. Principais características dos Taninos Condensados ou Catequínicos: 55 Apresentam estabilidade elevada a hidrólises de microorganismos, baixa concentração de ácidos, deposição de flobafenos, elevada velocidade de penetração, coloração que varia de róseo até marrom avermelhado e uma menos solidez a luz. 3. Metodologia O experimento foi conduzido no Centro Tecnológico do Couro - SENAI, localizado na cidade Matéria-prima: Pele piquelada Peso: 8Kg Kg ou L Produtos 270g Auxiliar de dispersão para vegetal 1,5L Tanino de Cinnamomum Espessura: Integral Artigo: Napa Bolsa °C min pH Observações 60 1L 100g 16g Tanino de Cinnamomum Tanino de Cinnamomum em pó Seqüestrante de Ferro 40 100g 120g 80g Tanino de Cinnamomum em pó Auxiliar de dispersão para vegetal Óleo animal sulfitado 60 1,5L 300g Tanino de Cinnamomum Auxiliar de dispersão para vegetal 120 16g 1L 120g 80g 16g Seqüestrante de Ferro Tanino de Cinnamomum Auxiliar de dispersão para vegetal Óleo animal sulfitado Fungicida 120 3,8 1,5L Lavar/Esgotar/Cavaletar Tanino de Cinnamomum Auxiliar de Atravessamento e fixação Esgotar/Lavar/Cavaletar/Estirar e Enxugar/ Rebaixar 60 Bé 6 Teste de retração a 65°C de Estância Velha, estado do Rio Grande do Sul, Brasil. No período de maio a setembro de 2010. 3.1 Extração do Tanino Para a realização da extração do tanino de canela (Cinnamomum), foi utilizado um sistema similar ao utilizado nas indústrias de tanino, ou seja, este foi obtido pela lixiviação aquosa das porções de canela moída (vegetal tanífero), colocada em equipamentos que fazem circular o extrato aquecido em contracorrente com o material extraível estacionário. 3.1.1 Ensaios químicos A partir dos resultados analíticos, comprovamos a possibilidade de realizar o curtimento vegetal com Tanino de Cinnamomum, extraído da casca da caneleira. 3.2 Curtimento com Tanino de Cinnamomum (extrato líquido). O processo de curtimento foi realizado em um meio de pele piquelada de espessura integral, seguido pelas etapas de descanso, enxugamento, rebaixamento, acabamento molhado, pré-acabamento e acabamento, conforme formulação abaixo. Depois de rebaixado, o couro foi recurtido, somente com tanino de Cinnamomum líquido e um auxiliar de atravessamento e fixação. O couro atanado produzido foi estirado e colocado para secar durante 24 horas no túnel de secagem. Após, aplicada uma fina camada de caseína na superfície do couro e óleo no carnal, para proporcionar um toque mais agradável ao artigo. O mesmo foi disposto por um minuto no vácuo seco, amaciado e em seguida, utilizou-se a chapa lisa para evidenciar o brilho que o curtimento vegetal proporciona. 3.3 Ensaio Físico-mecânico Realizou-se o teste de solidez a luz conforme EN ISO 105-B02 Revista do Couro | ABQTIC 56 Depois de rebaixado, o couro foi recurtido, somente com tanino de Cinnamomum líquido e um TECNOLOGIA TECNOLOGIA auxiliar de atravessamento e fixação. / 2002. Apresentando resultado grau 3 na escala de Cinzas. 57 Influência de Agentes Mascarantes Orgânicos no Processo de Curtimento com Sais de Cromo 4. Resultados e discussão: Ao término do processamento do couro o mesmo apresentou, coFigura 3 - Couro Recurtido (Fonte a autora) loração clara, toque agradável, bom enchimento, boa gravabilidade, boa O couro atanado produzido foi estirado e colocado para secar durante 24 horas no túnel de compactação de fibras, resultando Neimar Barronio e Marina Vergílio Moreira em um couro de flor firme. secagem. Após, aplicada uma fina camada de caseína na superfície do couro e óleo no carnal, Observou-se também que o Centro Tecnológico do Couro SENAI RS – Estância Velha, para proporcionar um toque mais agradável ao artigo. O mesmo foi disposto por um minuto no couro produzido com tanino de Rio Grande do Sul, Brasil. Cinnamomum vácuo tem certaseco, resistênamaciado e em seguida, utilizou-se a chapa lisa para evidenciar o brilho que o cia ao ataque fúngico, pois o vegetal mescurtimento proporciona. mo estava disposto com outros lúvel, com formiato de sóFigura 3 - Couro Recurtido (Fonte a autora) RESUMO couros contaminados com fungos Neste estudo observou-se a dio ficou em 0,42% e com e não apresentou evidência de capacidade de atravessamento ftalato de sódio em 0,38%, Figura 3 - Couro Recurtido (Fonte a autora) ataque fúngico. A partir deste fato e fixação do sal de cromo na o teor de Cr2O3 fixado, deiniciou-se uma pesquisa sobre o pele, a partir das quantidades de terminado por diferença poder fungicida da Canela. dois sais O couro atanado produzido foi estirado e colocado para secar durante 24 horas nomascarantes, túnel de formiato entre o total e o solúvel, Segundo ANGLE et al., 1982; e ftalato de sódio num processo com formiato de sódio fiApós, aplicada uma fina camada de caseína na superfície do couro edeóleo no carnal, DHINGRA; secagem. COELHO NETO, curtimento mascarado sem cou em 3,98% e com fta1998, a canela possui ação media realização de para proporcionar um toque mais agradável ao artigo. O mesmo foi disposto por um minutopíquel no tradicio- lato de sódio em 4,18%, cinal fungicida, por possuir em sua nal, cujo objetivo foi determinar apresentando uma eficiêncasca um óleovácuo que inibeseco, o ataqueamaciado e em seguida, utilizou-se a chapa lisa para evidenciarpara o cada brilho tipo que de sal o mascarante cia de fixação de Cr2O3 da de alguns fungos dos gêneros Asutilizado, a quantidade a ser apli- ordem de 90%. curtimento vegetal proporciona. pergillus, Fusarium e Penicillium. cada, para que se obtenha a máPalavras-Chave: CurtiSendo este fato um diferencial xima fixação dos sais de cromo mento Mascarado, Cromo inovador em relação aos demais na pele, reduzindo, assim, a possi- VI, Cr2O3 fixado, Cr2O3 socurtentes vegetais. bilidade de geração de cromo VI lúvel. Figura 4 - Couro Acabado (Fonte a autora) Portanto verificou-se a possibie a quantidade de contaminantes Figura 4 - Couro Acabado (Fonte a autora) lidade do curtimento de couros nos banhos residuais de curti1 INTRODUÇÃO com extrato vegetal de canela, um vegetal tanífero originado de acessado as 18hs00min. mento. Realizaram-se três testes Uma das etapas mais imsendo que este proporcionou ao uma fonte renovável. http://www.portalsaofrancisco. de aplicação em fulão, utilizando- portantes na transformaEnsaio couro características3.3 positivas e se Físico-mecânico O trabalho terá continuidade com.br/alfa/canela/canela.php Dis-se como sal mascarante o for- ção das peles em couros é assemelha ao curtimento com ou- neste ano de 2011, com enfoque ponível em 12/09/2010, acessado miato de sódio, nas quantidades a etapa de curtimento. No tros tipos de taninosRealizou-se já existentes. onasteste áreas de de processo as 18hs40min. estequiométricas de 0,50, 0,75 processo de curtimento, os solidez (poder a luz funconforme EN ISO 105-B02 / 2002. Apresentando resultado 5. Considerações Finais gicida), moda e marketing sensorial. http://www.sensibilidadeesabor. e 1 mol de mascarante por mol produtos curtentes mais grau 3vegetais na escala Visto que taninos são de Cinzas. com.br/canela.html Disponível de Cr2O3 ofertado e outros três utilizados são os sais de materiais biodegradáveis, que não 6. Referências em12/09/2010, acessado as 19hsutilizando-se como sal masca- cromo, cuja função é toragridem o meio ambiente, couros VIEGAS, E.C.; SOARES, A.; CAR- 15min. rante o ftalato de sódio, também nar a pele imputrescível e curtidos com agentes vegetais MO, M.G.F.; ROSSETTO, C.A.V. http://revistagloborural.glo4. Resultados e discussão: nas quantidades de 0,50, 0,75 e 1 aumentar sua estabilidade apresentam características mais Toxicidade de óleos essenciais de bo.com/GloboRural/0,6993,E mol de mascarante por mol de hidrotérmica. absorventes e mais transpiráveis alho e casca de canela contra fun- EC1702239-4529,00.html DispoDa oferta total de sal de Cr2O . Os melhores resultados 3 término do processamento do couro o mesmo apresentou, coloração clara, toque que couros curtidos Ao com metais. gos do grupo nível em 12/09/2010, acessado as foram obtidos nos testes com cromo, em um processo de Figura 4 Couro Acabado (Fonte a autora) agradável, bom enchimento, boaHorticultura gravabilidade, boa compactação de fibras, resultando0,50 emmol um O projeto viabiliza a possibiAspergillus flavus. 20hs30min. de mascarante / mol de curtimento, uma parte se couro de flor de firme. lidade de realizar o processo Brasileira, Brasília, v.23, n.4, p.915Cr2O3, onde o teor de Cr2O3 to- fixa nas fibras da pele e oucurtimento e recurtimento de 919, out-dez 2005. tal com formiato de sódio ficou tra parte fica residual nos couros, com menor3.3 impacto am- Físico-mecânico http://pt.wikipedia.org/wiki/ em 4,40% Observou-se também que o couro produzido com tanino de Cinnamomum tem certae com ftalato de sódio banhos de curtimento e Ensaio biental tendo como matéria prima Canela Disponível em 12/09/10, em 4,56%, resistência ao ataque fúngico, pois o mesmo estava disposto com outros couros contaminados com o teor de Cr2O3 so- depositada entre as fibras, Realizou-se o teste de solidez a luz conforme EN ISO 105-B02 / 2002. Apresentando resultado Revista dograu Couro ABQTIC 3 |na escala de Cinzas. Revista do Couro | ABQTIC tecnologia 58 tecnologia A figura 3.1 apresenta o fluxograma seguido nos testes de aplicação. gerando uma redução na eficiência do processo de curtimento, um grande impacto ambiental pela geração de efluentes líquidos com elevada concentração de poluentes e um risco de oxidação do cromo III não fixado a cromo VI, durante as etapas que se sucedem. A quantidade de sal de cromo residual varia de acordo com as condições e com o tipo de processo empregado. Para favorecer a absorção dos sais de cromo pela pele pode-se utilizar o processo de curtimento mascarado, através do qual se realiza a adição de sais mascarantes juntamente com os sais de cromo, os quais alteram a reatividade dos sais de cromo frente à pele. A quantidade de sal mascarante a ser utilizada está diretamente relacionada à quantidade de sal de cromo ofertada e a mesma pode ser determinada através de cálculos estequiométricos. O uso de sais mascarantes em excesso, por sua vez, pode dificultar a fixação dos sais de cromo nas fibras da pele e, conforme visto anteriormente, os sais de cromo não fixados podem sofrer oxidação nas etapas de acabamento molhado proporcionando a geração de cromo VI nos couros, que é bastante nocivo à saúde e constitui-se uma das substâncias restritas em couro. Durante o estudo observou-se a capacidade de atravessamento e fixação do sal de cromo na pele, a partir do tipo e das quantidades de sais mascarantes ofertadas, num processo de curtimento mascarado sem a realização de píquel tradicional, cujo objetivo foi determinar para cada tipo de sal mascarante utilizado no estudo, a quantidade intuito de se reduzir esses efeitos utilizam-se processos denominados de alto nível de esgotamento que permitem maior fixação do cromo no couro, reduzindo assim sua concentração no banho residual. A proposta do processo de alto esgotamento consiste, basi2 REVISÃO BIBLIOGRÁ- camente, na utilização de compostos que modifiquem a estruFICA 2.1 Reação dos Sais de tura protéica ou que alterem a reatividade do curtente (PACromo com o Colagênio A reatividade do cromo com a CHECO, 2005). pele é afetada pelo pH da pele 2.2.1 Curtimento Mascarado e pela basicidade do curtente. Estes aspectos devem ser conA proposta de alto esgotamentrolados durante o processo, que ocorre em duas etapas. Ini- to do cromo baseada no emprecialmente ocorre a difusão do go de compostos que alteram a sal de cromo para o interior da reatividade do curtente é denofibra e posteriormente a fixação minada de mascaramento. O mascaramento dos sais de do mesmo. Durante o curtimento o com- cromo consiste na substituição plexo de cromo sofre modifica- parcial dos grupos aquosos desções em sua estrutura. Inicial- se sal por grupos ácidos, que têm mente o sal de cromo não tem maior tendência a formar comreatividade com a pele, possuin- plexo. Os agentes mascarantes podem do maior velocidade de difusão. Após a penetração em toda a ser orgânicos, tais como o forespessura da pele, inicia-se o au- miato de sódio, acetato de sódio, mento da alcalinidade (pH) e da ftalato de sódio, oxalato de sódio temperatura, fazendo com que o ou inorgânicos tais como, sulfito complexo de cromo reaja com de sódio, silicatos e polifosfatos a estrutura protéica, promoven- de sódio. O complexo mascarado tem do o curtimento (FLÔRES et al., sua reatividade frente ao colagê1997). nio diminuída, favorecendo a di2.2 Processos de Curti- fusão e a distribuição do mesmo mento com Alto Nível de no interior da pele (HOINACKI et al., 1994). Esgotamento que deve ser aplicada, para que se obtenha a máxima fixação dos sais de cromo na pele, reduzindo, assim, a possibilidade de geração de cromo VI nas etapas que se sucedem e a quantidade de contaminantes nos banhos residuais de curtimento. Num processo de curtimento tradicional a quantidade de curtente fixado ao couro é parcial em relação ao total ofertado. O cromo não fixado permanece no banho residual, o que aumenta ainda mais o impacto ambiental e econômico desta etapa. Com o 3 METODOLOGIA O estudo desenvolvido foi do tipo experimental, segundo o qual se determinou como objeto de estudo a capacidade de atravessamento e fixação dos sais de cromo no curtimento mascarado sem píquel tradicional, Peles Caleiradas selecionando-se como variáveis (espessura integral) capazes de influenciá-lo o tipo e as quantidades de sais mascaranÁgua tes ofertadas e definindo como Tensoativo Lavagem formas de Acontrole observa-o fluxograma seguido nos testes de aplicação. figura 3.1eapresenta Sulfato de Amônio ção o teor de Cr2O3 nos banhos Peles Caleiradas residuais de curtimento e a Cifra (espessura integral) Água Diferencial, o teor de Cr2O3 toTensoativo Desencalagem tal e o teor de Cr2O3 solúvel nos Sulfato de Amônio Química Água Cloreto de Sódio couros wet-blue produzidos. Ácido Lático Tensoativo Lavagem Para o desenvolvimento do Sulfato de Amônio estudo foram realizados testes Água de aplicação em fulão e análiPurga Água ses químicas dos banhos residuTensoativo Enzima Pancreática Desencalagem Sulfato de Amônio ais de curtimento e dos couros Química Cloreto de Sódio wet-blue no Laboratório de PesÁcido Lático quisa do Centro Tecnológico do Água (2 x) Lavagens da Purga Couro SENAI RS. Água 3.1 Procedimento ExperiEnzima Pancreática mental Purga Água Cloreto de Sódio Alvejante Ácido Fórmico Condicionamento Segundo Hoinacki (1989), os Água (2 x) Lavagens da Purga sais mascarantes são utilizados na proporção de 0,5 a 1 mol de mascarante para cada mol de Formiato de Sódio Ftalato de Sódio Curtimento ao Curtimento ao Cr2O3 ofertado. Com o objeti-Água Sal de Cromo Sal de Cromo Cromo Mascarado Cromo Mascarado Cloreto de Sódio Basificante (MgO) Basificante (MgO) vo de se estudar esta indicação, Condicionamento com com Alvejante Água Água Formiato de Sódio Ftalato de Sódio foram realizados três testes Ácido de Fórmico Fungicida Fungicida aplicação em fulão, utilizando-se como sal mascarante o formiato Couros Wet-Blue Couros Wet-Blue de sódio, nas quantidades este(espessura integral) (espessura integral) Formiato de Sódio Ftalato de Sódio Curtimento ao Curtimento ao quiométricas de 0,50, 0,75 e 1 Cromo Sal de Cromo Sal de Cromo de aplicação. Figura 3.1:Mascarado Fluxogramados dos testes Figura 3.1: Fluxograma testes de aplicação. Mascarado Cromo (MgO) Basificante (MgO) mol de mascaranteBasificante por mol de Fonte: O autor. com com Água Água Fonte: O autor. Ftalato de Sódio Fungicida Fungicida Cr2O3 ofertado e outros três Formiato de Sódio Para a determinação da percentual saisfoimascarantes cada dos meio desenvolvidoforam de feitos c caleirado testes de aplicação utilizando-se alizado sobre um meiooferta estequiométricos sobre a oferta de sal de cromo e os resultados obtidos encontram-se com Wet-Blue espessura integral, utilizan- forma a eliminar o processo de na tabela como sal mascarante o ftalato Couros Couros Wet-Blue do-se integral) ainda como(espessura base integral) para a píquel tradicional, o qual faz uso de sódio, também nas quantida- (espessura Tabela 3.1: Porcentagem de sal mascarante ofertada em cada experimento de ácido sulfúrico, substituindorealização dos testes de aplicades estequiométricas de 0,50, Figura 3.1: Fluxograma dos testes de aplicação. % de Sal Mascarante por uma etapa denominada técnica Fonte:de O meios autor. gêmeos, -se 0,75 e 1 mol de mascarante por ção aExperimentos % de Formiato de Sódio % de Ftalato de S de condicionamento ácido da 2,16 isto é, meios de mol de Cr2O3 ofertado. 1 mol de mascarante – 1uma molmesma de Cr2Opele. 0,70 a determinação da O oferta percentual dos sais 3 mascarantes foram feitos écálculos pele, cujo objetivo diminuir a 1,62 processo Cada testePara de aplicação foi re-mol 0,75 de mascarante – aplicado 1 mol de Crsobre 0,52 2O3 estequiométricos sobre a oferta de sal de cromo e os resultados obtidos encontram-se na tabela 3.1. 0,50 mol de mascarante – 1 mol de Cr2O3 0,35 1,08 Tabela 3.1: Porcentagem Fonte: O autor.de sal mascarante ofertada em cada experimento Tabela 3.1: Porcentagem de sal mascarante ofertada em cada experimento % de Sal Mascarante 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Experimentos % de Formiato de Sódio % de Ftalato de Sódio 1 mol de mascarante – 1 mol de Cr O 0,70 2,16 3 4.1 Monitoramento2 do pH do banho durante os testes de aplicação 0,75 mol de mascarante – 1 mol de Cr2O3 0,52 1,62 0,50 mol de mascarante –A1tabela mol de4.1 Cr2apresenta O3 0,35 1,08 os resultados de monitoramento do pH do banho, a partir da et Fonte: O autor. condicionamento, a Fonte: fim de seOterautor. uma melhor avaliação da atuação dos sais mascarantes dura testes de aplicação. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Revista do Couro | ABQTIC 59 4.1 Monitoramento do pH do banho durante os testes de aplicaçãoRevista do Couro | ABQTIC Tabela 4.1: pH do banho ao longo dos testes de aplicação considerados adequados para o início atravessamento do cromo, que os quais a reatividade do salda deetapa cromodecom a pele, permitindo assim uma a suavez difusão até o Fonte: O diminuem autor. processos utilizados fazem uso de dois agentes mascarantes, formiato de sódio e ftalato de sódio, os resistência externa da pele à pe- os meios direitos o ftalato de sóinterior da mesma. quais diminuem aacromo reatividade do dio. sal mascarante de cromo com a pele, permitindo assim a sua difusão o pH Após adição dodos agente atravessamento do do cromo observa-se umaaté redução 4.1 do netração do sal deda A partir análisemasresultados obtidose no monitoramento pHMonitoramento do banho durante os interior da mesma. no pH banhos observa-se, em todos os de testes, que naqueles onde utilizou o após ftalato sódio como do banho durante os de testes A figura 3.1 apresenta flucarado. testes de dos aplicação, umasendo forma geral, queo o pH se do banho adeetapa Após a adição do agente mascarante e consequentemente atravessamento do no cromo observa-se umaem redução agente mascarante esta redução foi maior, final do curtimento, todos os condicionamento situa-se entre 3,06 e 3,16, em todos os testes realizados. Esses valores são de aplicação xograma seguido nos testes Dessa forma os testes de aplino pH doscom banhos em todos testes, onde de sede utilizou o ftalato de sódio como testes a utilização doos ftalato de sendo sódio oque pH naqueles final do processo curtimento foi mais baixo. Aos partir considerados adequados para o início da etapa de atravessamento do cromo, uma vez que cação foram compostos pelas aplicação. agente mascarante esta redução foi maior, consequentemente no afinal do curtimento, todos desta observação acredita-se nos processos onde ocorre aplicação de ftalatoem desódio, sódio os como processos utilizados fazem uso deque dois mascarantes, deAsódio e ftalato de os tabela 4.1após apresenta Paraagentes ao determinação da formiato oferta seguintes etapas: Desencalagem, testes com a utilização do ftalato detrabalhar sódio pH finalum do pH processo de curtimento foi mais baixo. A partirosdereagente mascarante, pode-se com um pouco mais elevado, a quais diminuem a reatividade do sal de cromo com a pele, permitindo assim a sua difusão etapa até o desta observação acredita-se nos processos ocorre a aplicação de ftalato de sódio como do sultados de monitoramento dos onde sais mascarantes Purga, Condicionamento e Cur-quepercentual condicionamento. interior da mesma. agente mascarante, pode-se trabalhar com um pH um pouco mais elevado, após etapa da de pH observa-se do banho, uma aa partir feitose atravessamento cálculos estequiotimento Mascarado, sendo que foram Após a adição do agente mascarante do cromo reduçãoetapa condicionamento. de condicionamento, fim de se 4.2 dos Resultados dastodos Análises Físico-Químicas dos Testes Aplicação métricos sobre a oferta dedesal as diferenças no processamento no pH banhos em os testes, sendo que naqueles onde se utilizou o ftalato de sódioacomo ter uma melhor avaliação da atude cromo e os resultados obtiforam introduzidas somente na agente mascarante esta redução foi maior, consequentemente no final do curtimento, em todos os 4.2 Resultados das Análises Físico-Químicas dos Testes de Aplicação 4.2.1 Cifra Diferencial testes a utilização do ftalato de sódio o pH final dona processo de curtimento foi mais A partir duação dos sais baixo. mascarantes dos encontram-se tabela 3.1. etapa de com curtimento mascarado, desta observação acredita-se deos ftalato dede sódio como rante testes aplicação. onde sobre os meios esquerdosque nos processos onde ocorre a aplicação 4.2.1 Diferencial OsCifra resultados obtidos para a cifra diferencial estão apresentados na tabela 4.2.a etapa de agente mascarante, pode-se trabalhar com um pH um pouco mais elevado, após A partir da análise dos resulfoi aplicado o formiato de sódio 4 RESULTADOS E DIScondicionamento. tados obtidos como agente mascarante e sobre CUSSÃO Os resultados obtidos para a cifra diferencial estão apresentados na tabela 4.2. no monitoramenTabela 4.2: Resultados obtidos para a cifra diferencial Testes de Aplicaçãoobtidos Cifra Diferencial (CD) 4.2 Resultados dasTabela Análises Físico-Químicas dos Testes de a Aplicação 4.2: Resultados para cifra diferencial Tabela 4.2: Resultados a cifra diferencial 1 mol de obtidos formiato para de sódio / mol de Cr2O3 0,44 Testes de Aplicação Cifra Diferencial 0,47 (CD) 0,440,47 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1 mol ftalato de sódio / mol /de Cr2de O3Cr2O3 0,470,57 0,75de mol de ftalato de sódio mol Os resultados para asódio cifra /diferencial estão apresentados na tabela 0,750,50 molobtidos de formiato de mol de Cr O 0,474.2. 2 3 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,47 0,750,50 mol mol de ftalato de sódio / mol/ mol de Cr 0,570,58 3 2O3 de ftalato de sódio de2OCr Tabela 4.2:0,50 obtidos diferencial mol de formiato depara sódioa/ cifra mol de Cr2O3 0,47 Fonte: OResultados autor. Cifra Diferencial (CD) 0,50 mol deTestes ftalato de de Aplicação sódio / mol de Cr2O3 0,58 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,44 Fonte: O O autor. gráfico 4.1 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada Fonte: 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O O3 autor. 0,47 teste de aplicação, no que diz respeito à cifra diferencial dos couros. 0,75 molestabelece de formiato uma de sódio / mol de Crentre 0,47 2O3 O gráfico 4.1 comparação as ofertas dos sais mascarantes, em cada 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr 0,57 0,8 2O3 teste de aplicação, no que diz respeito à cifra diferencial dos couros. 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,47 0,50 mol0,8de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,58 0,6 Cifra Diferencial 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 4.2.1 Cifra Diferencial 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 Fonte: O autor. Cifra Diferencial 0,6 0,4 O gráfico 4.1 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada 0,4 teste de aplicação, no que diz respeito à cifra diferencial dos couros. 0,2 0,8 0,2 Cifra Diferencial 60 0 0,6 0 1 Testes de Aplicação 21 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 3 3 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Testes de Aplicação 0,4 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol dede formiato sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato sódio / mol de Cr2O3 1 mol de formiato sódio /de mol de Cr2O3 1 mol de ftalato sódio /de mol de Cr2O3 0,75 0,2 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 conforme 0,50 mol de ftalato / mol de Cr2O3 de sal mascarante ofertada. Gráfico 4.1: Cifra Diferencial dos couros, tipodeesódio quantidade Gráfico 4.1: Cifra Diferencial dos couros, conforme tipo e quantidade Fonte: O autor. 0 Gráfico 4.1: Cifra Diferencial dos couros, conforme tipo e quantidade de sal mascarante ofertada. 21 de sal mascarante ofertada. 1 3 Fonte: O autor. Testes de Aplicação Fonte: O autor. 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Revista do Couro | ABQTIC Gráfico 4.1: Cifra Diferencial dos couros, conforme tipo e quantidade de sal mascarante ofertada. Fonte: O autor. 61 to do pH do banho durante os mo observa-se uma redução no Físico-Químicas dos Testes testes de aplicação, observa-se, pH dos banhos em todos os tes- de Aplicação 4.2.1 Cifra Diferencial de uma forma geral, que o pH tes, sendo que naqueles onde se do banho após a etapa de con- utilizou o ftalato de sódio como Analisando-se osresultados resultados obtidos paraaesta acifra cifra diferencialdos doscouros courosobserva-se observa-se que Os resultados obtidos para agenteobtidos mascarante redução dicionamentoAnalisando-se situa-se entreos 3,06 para diferencial que osos a mesmos situam-se entre 0,44 e 0,58 e todos os resultados são aceitáveis, pois segundo a NBR cifra diferencial estão apresentamaior, consequentemente no aceitáveis, pois segundo a NBR e 3,16,mesmos em todos os testes reasituam-se entre 0,44 foi e 0,58 e todos os resultados são 13525:05 cifradiferencial diferencial deve ser inferior 0,7,mas mas aocomparar comparar dois mascarantes verifica-se a acifra ser inferior a a0,7, ososdois mascarantes na tabela 4.2. verifica-se final do curtimento, em ao todos os dos lizados.13525:05 Esses valores são consi-deve que,nos nostestes testesonde ondefoifoiaplicado aplicadoo oformiato formiatode desódio sódioososresultados resultadosforam forammelhores. melhores.Isso Issoestá estáde de que, O gráfico 4.1 estabelece uma testes com a utilização do ftalato deradosacordo adequados para o início como oesperado, esperado,pois poisconforme conformepode podeser serobservado observadona natabela tabela4.1, 4.1,após apósa aadição adiçãodo doagente agente acordo com comparação entre asoofertas dos o pH finalem dotodos processo da etapa de atravessamento do dedosódio mascarante atravessamento salde de cromo, testes ondefoifoiaplicado aplicado ftalatode de mascarante e eatravessamento do sal cromo, em todos osostestes onde o ftalato sais mascarantes, em cada teste de curtimento foi mais baixo. A cromo,sódio uma como vez que proces- a aredução sódio como salos mascarante, reduçãodo dopH pHdo dobanho banhofoifoimaior, maior,consequentemente consequentementeososcouros couros sal mascarante, de aplicação, no que diz respeito partir desta observação acredisos utilizados fazem uso de dois apresentaram uma cifra diferencial maior. apresentaram uma cifra diferencial maior. à cifra diferencial couros./ / ta-se que obtidos nos processos onde Deum ummodo modo geral,ososresultados resultados obtidos nostestes testesde deaplicação aplicação com molde dedos mascarante agentes mascarantes, formiato De geral, nos com 1 1mol mascarante O ofertado, tanto para o formiato de sódio como para o ftalato de sódio, foramosos mol de Cr Analisando-se os resultados ocorre a aplicação de ftalato de de sódio e ftalato de sódio, os 2 3 mol de Cr2O3 ofertado, tanto para o formiato de sódio como para o ftalato de sódio, foram melhores. melhores. obtidos para a cifra diferencial sódio como agente mascarante, quais diminuem a reatividade do sal de cromo com a pele, permi- pode-se trabalhar com um pH dos couros observa-se que os Total 4.2.2Teor Teorde deÓxido ÓxidoCrômico (Cr 2O )3)Total (Cr 2O 3mais um pouco elevado, após a mesmos situam-se entre 0,44 tindo assim a4.2.2 sua difusão até o Crômico e 0,58 todosapresentados os resultados etapa de condicionamento. interior da mesma. totalpresente presentenos nos couroseestão estão na Osresultados resultadosobtidos obtidospara parao oteor teorde deCrCr 2O total couros apresentados na Os 2O 33 são aceitáveis, pois segundo a Apóstabela atabela adição do agente masca4.3. 4.3. 4.2 Resultados das Análises NBR 13525:05 a cifra diferencial rante e atravessamento do croTabela4.3: 4.3:Resultados Resultadosobtidos obtidospara parao oteor teorde deCrCr 2O 3 total Tabela 2O 3 total Testes de Aplicação Testes de Aplicação molde deformiato formiatode desódio sódio/ mol / molde deCrCr 2O 1 1mol 2O 33 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr O 2 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 3 0,75mol molde deformiato formiatode desódio sódio/ mol / molde deCrCr 2O 0,75 2O 33 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr O 2 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 3 0,50mol molde deformiato formiatode desódio sódio/ mol / molde deCrCr 2O 0,50 2O 33 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr O 2 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 3 Fonte: autor. Fonte:Gráfico OOautor. 4.3:Teor de Cr O solúvel, conforme Cr 2O 3 total %%Cr 2O 3 total 4,74 4,74 5,10 5,10 4,55 4,55 4,65 4,65 4,40 4,40 4,56 4,56 tipo e quantidade 2 3 de sal mascarante ofertada. gráfico4.2 4.2estabelece estabeleceuma umacomparação comparaçãoentre entreasasofertas ofertasdos dossais saismascarantes, mascarantes,em emcada cada OOgráfico O total presente nos couros. testede deaplicação, aplicação,no noque quediz dizrespeito respeitoao aoteor teorde de Fonte: OCrCr autor. 2 3 O total presente nos couros. teste 2 3 5,50 5,50 5,00 5,00 4,50 4,50 4,00 4,00 3,50 3,50 3,00 3,00 2,50 2,50 2,00 2,00 1,50 1,50 1,00 1,00 0,50 0,50 0,00 0,00 21 1 tecnologia % de Cr2O3 total % de Cr2O3 total Etapas 2 – Após Atravessamento 3 – Final Etapas do Cromo Condicionamento tecnologia Testes de Aplicação 1 – Após 2 – Após Atravessamento 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 3,13 2,98 4,02 3 – Final do Cromo 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Condicionamento 3,16 2,00 3,49 1 mol formiato de sódio / mol de Cr2de O3Cr2O3 3,133,06 2,983,23 4,023,57 0,75demol de formiato de sódio / mol Tabela 4.1: pH do banho ao 3,16 longo dos testes de2,00 aplicação 1 mol ftalato de sódio / mol /de Cr2de O3Cr2O3 3,493,11 0,75de mol de ftalato de sódio mol 3,09 2,38 Fonte: O autor. Tabela 4.1:de pH banho aosódio longo dos testes 0,750,50 mol formiato de sódio / mol/ de Cr 3,063,16 3,233,01 3,573,52 2OCr 3 2O3de aplicação mol dedo formiato de mol de Etapas 0,750,50 mol mol de ftalato de sódio / mol/ mol de Cr 3,093,15 2,382,38 3,113,19 3 2O3 de ftalato de sódio de2OCr 1 –3,16 Após 2 – Após Atravessamento 0,50 mol de formiato sódio / mol de Cr2O3 3,01 3,52 Fonte: OTestes autor. dedeAplicação 3– Final do2,38 Cromo 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Condicionamento 3,15 3,19 1 mol formiato de sódio / mol de Cr2O3 3,13 2,98 4,02 Fonte: Ode autor. A partir da análise dos resultados obtidos no monitoramento 2,00 do pH do banho durante os 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 3,16 3,49 testes de aplicação, observa-se, de uma forma geral, que o pH do banho após a etapa de 0,75 mol de formiato de sódiodos / molresultados de Cr2O3 obtidos 3,06 3,23 3,57 os A partir da análise no monitoramento pH do banho durante condicionamento situa-se entre 3,06 e 3,16, 3,09 em todos os testesdorealizados. Esses valores 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr 2,38 3,11 de são 2O3 testes de aplicação, observa-se, de uma da forma geral, que o pH do banho apósuma a etapa considerados adequados etapa de atravessamento do cromo, vez 0,50 mol de formiato de sódio / para mol deoCrinício O 3,16 3,01 3,52que os 3 condicionamento situa-se entreuso 3,06 e2 3,16, em mascarantes, todos os testes realizados. Esses valores são os processos utilizados fazem deCrdois agentes formiato de sódio, 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de 3,15 2,38sódio e ftalato de 3,19 2O3 Tabela 4.1: pH do banho longo dos testes de aplicação Testes deao Aplicação 1 – Após 11 21 21 Testes Aplicação Testes dede Aplicação 33 moldede formiato sódio / moldede Cr2O3 moldede ftalato sódio / moldede Cr2O3 11 mol formiato dede sódio / mol Cr2O3 11 mol ftalato dede sódio / mol Cr2O3 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol dede Cr2O3 totalpresente presentenos noscouros, couros,conforme conformetipo tipoe equantidade quantidadede desal salmascarante mascarante Gráfico4.2: 4.2:Teor Teorde de Cr 2O total Gráfico 2O 33 Gráfico 4.2:Cr Teor de Cr O3 total presente nos couros, conforme tipo 2 ofertada. ofertada. e quantidade de sal mascarante ofertada. Fonte:OOautor. autor. Fonte: Fonte: O autor. totalpresente presentenos noscouros courosobservaobservaAnalisando-seososresultados resultadosobtidos obtidospara parao oteor teorde deCrCr 2O total Analisando-se 2O 33 , em base seca (b.s.). De acordo com a queososmesmos mesmossituam-se situam-seentre entre4,40 4,40%%e e5,10 5,10%%de deCrCr 2O seseque 2O 3,3em base seca (b.s.). De acordo com a do Couro | ABQTIC total deve ser de no mínimo 3,50Revista %, logo todos os resultados são NBR13525:05 13525:05o oteor teorde deCrCr 2O NBR 2O 3 3total deve ser de no mínimo 3,50 %, logo todos os resultados são aceitáveis, mas ao comparar os dois mascarantes verifica-se que, nos testes onde foi aplicado aceitáveis, mas ao comparar os dois mascarantes verifica-se que, nos testes onde foi aplicado o o 0,60 tecnologia Tabela 4.5: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 fixado Testes de Aplicação % Cr2O3 fixado Tabela 4.5: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 fixado 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 4,19 Testes de Aplicação % Cr2O3 fixado 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 4,56 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 4,19 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr O 4,04 2 3 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 4,56 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 4,13 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 4,04 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 3,98 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 4,13 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 4,18 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 3,98 Fonte: O autor. 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 4,18 Fonte: O autor. O gráfico 4.4 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada Tabela 4.5: Resultados obtidos para o teor de Cr O fixado teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 fixado nos couros. 2 3 Fonte: O autor. O gráfico 4.4 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 fixado nos couros. 0,50 0,40 0,40 0,30 0,30 0,20 0,20 0,10 0,10 0,00 0,00 1 1 3 21 Testes 21 de Aplicação 3 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Testes de Aplicação 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol de formiato de / mol de Cr2O3 0,50 moltipo de ftalato de sódio / mol Cr2O3 Gráfico 4.3: solúvel, conforme tipo quantidade solúvel, conforme e quantidade deede sal mascarante ofertada. Gráfico 4.3: TeorTeor desódio Crde 2O3 Cr2O3 Fonte: O autor. de sal mascarante ofertada. tipo e quantidade de sal mascarante ofertada. Gráfico 4.3: Teor de Cr2O3 solúvel, conforme Fonte: O autor. Fonte: O autor. O3 não Analisando-se os resultados obtidos para o teor de Cr 2os emligado base nos secacouros (b.s.).observa-se De acordo deve ser inferior a 0,7, mas ao para o ftalato de sódio, foram O , em base seca (b.s.), espera-se que os mesmos situam-se entre 0,38 % e 0,55 % de Cr 2 3 melhores. com a NBR 13525:05 o nesse teor de comparar Analisando-se os dois mascarantes ligado uma nos couros observa-se os resultados obtidos para o teor de Cr 2O3 não procedimento de ensaio que os resultados sejam os menores possíveis, vez que se busca Cr verifica-se que, nos testes onde O total deve ser de noaomíem seca espera-se nesse quelongo os mesmos situam-se entre 0,38 % e 0,55 % de Cr2O3,do 2 (b.s.), 3 do processo de curtimento a maior fixação possível Crbase 2O3 ofertado nos couros, sendo assim, foi procedimento aplicado o formiato de mascarantes, sódio 4.2.2 Teor Óxido Crônimo 3,50 %, logo todosaoososrede os ensaio os resultados sejam de os menores possíveis, vez que se busca ao comparar dois que verifica-se que nos testes onde foi uma aplicado o ftalato de sódio os longo resultados foram melhores. mico (Cr2O sultados são aceitáveis, mas ao ) Totalforam ofertado couros, sendo assim, do processo demelhores curtimento maior fixação possível do Cras 2O3ofertas 3 resultados foram ea ainda quanto menores denos mascarante, menores foram comparar os dois mascarantes, verifica-se que nos testes onde foi aplicado o ftalato de sódio os Issoaoestá de acordo com o escomparar os dois mascarantes os teores de Cr2O3 não ligado nos couros. resultados foram melhores ainda menores foram ofertas de verifica-se mascarante, menores foram perado, pois conforme podeeser que, nos testes onde Os resultados obtidos para Segundo Hoinacki et al.quanto (1994) o complexo de as cromo mascarado, tem sua reatividade frente não os teores de tabela Cr2O3diminuída, ao colagênio desta acredita-se quepresente quanto maiores forem as ofertas de de sódio sal observado na 4.1,ligado após nos a couros. foi aplicado o ftalato o forma teor de Cr2O3 total Segundo Hoinacki et al. (1994) o complexo de cromo mascarado, tem sua reatividade frente O não ligado nos couros. mascarante, maiores serão os teores de Cr 3 adição do agente mascarante e nos couros2 estão apresentados os resultados foram melhores e ao colagênio diminuída, desta forma acredita-se que quanto maiores forem as ofertas de sal atravessamento do sal de cromo, ainda quanto maiores foram as na tabela 4.3. ligado nos couros. mascarante,4.2.4 maiores serão os teores de Cr 3 3não ) 4.2 Fixado Teor (Cr2O 2O em todos os testes ondedefoiÓxido apli-Crômico O gráfico estabelece uma ofertas de sal mascarante, maio- cado o ftalato de resultados sódio como sal para comparação entre as ofertas dos res foram os teores de Cr2O3 4.2.4 de Óxido Crômico (Cro2Oteor 3) Fixado OsTeor obtidos de Cr2O3 fixado nos couros estão apresentados na tabela mascarante, 4.5. a redução do pH do sais mascarantes, em cada teste total obtidos. O3 que fixado couros resultados obtidos parade o aplicação, teor Cr2no banho foi Os maior, diznos respeito e tabela o teor de Estesconsequenteforam determinados peladediferença existente entre oestão teor apresentados de Cr2O3 totalna 4.5.Cr mente os2Ocouros apresentaram ao teor de Cr O total presente solúvel nos couros. 3 2 3 e oÓxido teor de CrôEstes forammaior. determinadosnos pelacouros. diferença existente entre o teor de Cr2O 3 totalde uma cifra diferencial 4.2.3 Teor Cr2O3 solúvel nos couros. De um modo geral, os resultaAnalisando-se os resultados mico (Cr2O3) Solúvel dos obtidos nos testes de apli- obtidos para o teor de Cr2O3 tocação com 1 mol de mascarante tal presente nos couros obserOs resultados obtidos para o / mol de Cr2O3 ofertado, tanto va-se que os mesmos situam-se teor de Cr2O3 não ligado nos para o formiato de sódio como entre 4,40 % e 5,10 % de Cr2O3, couros estão apresentados na Revista do Couro | ABQTIC de Cr2O3 % de % Cr2O3 fixadofixado % de Cr2O3 solúvel 0,60 0,50 % de Cr2O3 solúvel 62 4.2.3 de Óxidoobtidos Crômico (Cr2oOteor 3) Solúvel OsTeor resultados para de Cr2O3 não ligado nos couros estão apresentados na tabela 4.4. na Os resultados obtidos para o teor de Cr2O3 não ligado nos couros estão apresentados tecnologia tabela 4.4. Tabela 4.4: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 solúvel Testes de Aplicação % Cr2O3 solúvel O3O solúvel Tabela 4.4: Resultados obtidosde para o teor dede Cr2Cr 1 mol de formiato sódio / mol 0,55 2 3 de de Aplicação % Cr2O3 solúvel 1 mol Testes de ftalato sódio / mol de Cr2O3 0,54 1 mol formiato de sódio / mol /de Crde 0,550,51 2O3Cr O 0,75de mol de formiato de sódio mol 2 3 1 mol ftalato de sódio / mol/de Crde 0,540,52 2O3Cr O 0,75de mol de ftalato de sódio mol 2 3 0,750,50 mol mol de formiato de sódio / mol de Cr O 0,510,42 3 O de formiato de sódio / mol de2 Cr 2 3 0,750,50 molmol de ftalato de sódio / mol de Cr O 0,520,38 3 O de ftalato de sódio / mol de2 Cr 2 3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr O 0,42 2 3 Fonte: O autor. 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,38 Fonte: O O gráfico autor. 4.3 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada Tabelano4.4: obtidos para o teor de Cr2O3 solúvel teste de aplicação, queResultados diz respeito ao teor de Cr 2O3 não ligado nos couros. O gráfico 4.3 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada Fonte: O autor. teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 não ligado nos couros. 4,80 4,40 4,80 4,00 4,40 3,60 4,00 3,20 3,60 2,80 3,20 2,40 2,80 2,00 2,40 1,60 2,00 1,20 1,60 0,80 1,20 0,40 0,80 0,00 0,40 0,00 1 2 1 3 1 Testes de2Aplicação 1 3 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3Testes de 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Aplicação 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 nos tipo quantidade de sal mascarante Gráfico 4.4: Teor de Cr2O4.4: fixado nosecouros, conforme tipo e ofertada. Gráfico Teor decouros, Cr2Oconforme 3 fixado 3 Fonte: O autor. quantidade de conforme sal mascarante ofertada. nos couros, tipo e quantidade de sal mascarante ofertada. Gráfico 4.4: Teor de Cr2O3 fixado Fonte: autor. tabela 4.4.OAnalisando-se ros, sendopara assim, aodecomparar ) Fixado nosOcouros observa-se que os resultados obtidos o teor Cr O fixado(Cr 2 3 2 3 base seca (b.s.), espera-se para este mesmos entreuma 3,98 os % edois 4,56mascarantes, % de Cr2O3, em Oosgráfico 4.3situam-se estabelece verifica-se fixado couros observa-se que Analisando-se os resultados obtidos para o teor uma de Cr 2O3que requisito que os resultados sejam os maiores possíveis, vez estenos demonstra a eficiência dopara o comparação entre as ofertas dos que nos testes onde foiemaplicado Os resultados obtidos O , base seca (b.s.), espera-se para este os mesmos situam-se entre 3,98 % e 4,56 % de Cr 2 dois 3 processo de curtimento, sendo assim, ao comparar os mascarantes, verifica-se que nos testes saisrequisito mascarantes, cada teste o ftalato depossíveis, sódio osuma resultados teor de Cr2Oa3 fixado nos couros que osem resultados sejam osos maiores vez que este demonstra eficiência foi aplicado o ftalato de sódio resultados foram melhores e ainda quanto maiores foram do as de onde aplicação, no que diz respeito foram melhores e ainda quanto estão apresentados tabela 4.5. processo assim, aoos comparar mascarantes, verifica-se que nosnatestes ofertas de de salcurtimento, mascarante,sendo maiores foram teores deosCrdois 2O3 fixado nos couros. ao teor Cr menores foram as ofertas de Estes foram determinados O não ligado nos onde de foiPorém, aplicado o ftalato de sódio os resultados foram melhores e ainda quanto maiores foram as 2 3 como pode ser observado nos resultados anteriores do teor de Cr 2O3 não ligado nos nosforam couros. ofertas de sal mascarante, maiores foram os de Cr2Oforam os pela os diferença existente entre o couros. 3 fixado couros, quanto maiores foram as mascarante, ofertas de teores salmenores mascarante maiores teores de Cr2O3 não O não ligado nos Porém, como pode ser observado nos resultados anteriores do teor de Cr 2 3 teores de Cr teor de Cr Analisando-se os resultados O não ligado nos O total e o teor de ligado nos couros e como este estudo tem por objetivo 2 3 avaliar a oferta de sal mascarante 2 3 que garante O não quanto maiores as ofertas de sal mascarante maiores foram os teores de Cr 2 3 nos couros, mas com uma baixa geração de Cr O não ligado, reduzindoacouros, melhor fixação de Cr obtidos para o teor de2Oforam Cr couros. Cr22O3 3 solúvel nos couros. 3 2O3 ligado nosacouros e como de este estudo tem porCr objetivo avaliar aCr oferta saletapas mascarante que garante assim possibilidade oxidação deste (III) livre para (VI) de nas que se sucedem, Segundo Hoinacki et al. (1994) nãose ligado nos couros observaO nos couros, mas com uma baixa geração de Cr O não ligado, reduzindoa melhor fixação de Cr 2 3 2couros 3 foram nos uma que os melhores resultados para o requisito Crmascara2O3 fixado nosO o complexo -seacredita-se os amesmos situam-se gráfico 4.4seobtidos estabelece seque assim possibilidade de as oxidação deste estequiométricas Cr de (III)cromo livre para Cr 0,50 (VI) nas etapas que sucedem, testes onde foram aplicadas quantidades de mol de mascarante / mol de dos suaoreatividade ao comparação entre as ofertas entre 0,38 % eque 0,55os%melhores de Cr2Oresultados , do, tempara acredita-se requisito Crfrente 3 2O3 fixado nos couros foram obtidos nos Cr 2O3, pois se obteve teores de Cr2O3 fixado muito semelhantes aos testes onde foram aplicadas as colagênio diminuída, desta forma emquantidades base onde seca foram (b.s.),aplicadas espera-se sais mascarantes, em cada testes as quantidades 0,50uma molgeração de mascarante / mol de teste menor de Cr2O de 0,75 mol de mascarante / molestequiométricas de Cr 2O3, porémdecom 3 O , pois se obteve teores de Cr O fixado muito semelhantes aos testes onde foram aplicadas as Cr acredita-se que quanto maiores nesse procedimento de ensaio de aplicação, no que diz respei2 3 2 3 não ligado nos couros. O3, sal porém com uma geração menor de Cr O3 nos de 0,75 mascarante mol Cr 2de 2de forem ofertas mascaquequantidades os resultados sejam osdemeto ao teor de Cr2O fixado De posse dosmol resultados do teor/as de Crde 2O3 fixado e total pode-se calcular a eficiência 3 nãopossíveis, ligado nosOuma couros. rante, maiores serão os teores nores vez que se couros. nos couros, cujos resultados encontram-se na tabela 4.6. fixação de Cr 2 3 O3 fixado total pode-se calcular a eficiência de De posse dos resultados do Cr teorOdenão Cr2ligado busca ao longo do processo de de nos ecouros. 2 3 encontram-se na tabela 4.6. fixação de Cr2O3 nos couros, cujos resultados curtimento a maior fixação posAnalisando-se os resultados sível do Cr2O3 ofertado nos cou4.2.4 Teor de Óxido Crômico obtidos para o teor de Cr2O3 Revista do Couro | ABQTIC 63 4.2.5 Teor de Óxido Crômico (Cr2O3) no Banho Residual 2 3 O gráfico 4.5 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada 100 teste de aplicação, no que diz respeito à eficiência de fixação do Cr2O3 nos couros. 80 100 Os resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento estão apresentados na tabela 4.7. tecnologia Tabela 4.7: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento. Testes de Aplicação g/L Cr2O3 no banho 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 3,33 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 1,54 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1,33 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 1,35 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 2,38 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 2,32 Fonte: O autor. Tabela 4.7: Resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento. Fonte: O autor. O gráfico 4.6 estabelece uma comparação entre as ofertas dos sais mascarantes, em cada teste de aplicação, no que diz respeito ao teor de Cr2O3 presente nos banhos residuais de curtimento. 3,50 60 80 g / L de Cr2O3 no banho % Eficiência % Eficiência 64 Tabela 4.6: Resultados obtidos para a eficiência de fixação do Cr2O3 nos couros. Testes de Aplicação Eficiência (%) tecnologia 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 88 mol de ftalato de sódio mol de Crde 89 Tabela 4.6:1Resultados obtidos para a/eficiência do Cr2O3 nos couros. 2Ofixação 3 0,75 mol de formiato sódio / mol de Cr2O3 89 (%) Testes de de Aplicação Eficiência 0,75 ftalatodede sódio / mol 89 1 molmol de de formiato sódio / mol de de Cr2Cr O32O3 88 0,50 formiato de sódio / mol 90 1 molmol de de ftalato de sódio / mol de de Cr2Cr O32O3 89 0,50mol moldedeformiato ftalato de de sódio sódio/ /mol molde deCrCr 92 0,75 89 2O 2O 3 3 Fonte: 0,75 O autor. mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 89 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 90 O gráfico 4.5de estabelece comparação as ofertas dos sais mascarantes, em cada 0,50 mol ftalato deuma sódio / mol de Crentre 92 2O3 O nos couros. teste de aplicação, no que diz respeito à eficiência de fixação do Cr 2 3 Fonte: O autor. Tabela 4.6: Resultados obtidos para a eficiência de fixação do Cr O nos couros. 40 60 20 40 0 20 21 1 3 Testes de Aplicação 0 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1 de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de formiato Gráfico 4.5: Eficiência de fixação do Cr2O3 nos couros, conforme tipo e quantidade de sal mascarante reforça a análise dos resultados ofertas obtidos de parasala mascarante eficiência de maiofixação do Cr 2Ode 3 nos ofertada. dades 0,75couros mol de mascaranfixado nos Acouros observa-se afirmação feita anteriormente de que os melhores resultados para o requisito Cr 2O3 fixado nos couros Fonte: O autor. que foram os mesmos situam-se entre res foram os teores de Cr O3 te / mol dedeCr0,50 O , porém com 2 3 mol de obtidos nos testes onde se aplicou as quantidades 2estequiométricas 3,98 mascarante % e 4,56 %/ mol de Cr uma geração menor de Cr2O3 O , em não ligado nos couros e como 2 Cr32O3, pois, conforme ser visto no gráfico obteve-se as maiores deresultados A análise dos obtidos para apode eficiência de fixação do Cr4.5, 2O3 nos couros reforça a baseafirmação seca (b.s.), espera-se para este estudo tem por objetivo não ligado nos couros. eficiências de anteriormente fixação, com valores demelhores 90 % de resultados eficiência na deCr formiato de sódio como feita de que os paraaplicação o requisito 2O3 fixado nos couros esteforam requisito quenos os resultados a oferta mascarante De possede dos agente mascarante e de 92 onde % no avaliar teste com ftalato desal sódio. obtidos testes se aplicou as de quantidades estequiométricas 0,50resultados mol de do sejam os maiores possíveis, que garante a melhor fixação de teor de Cr O fixado e total , pois, conforme pode ser visto no gráfico 4.5, obteve-se as maiores mascarante / mol de Cr2Ouma 3 2 3 vezeficiências que este de demonstra a eficiCrde pode-se calcular a eficiência de O nos couros, mas com uma fixação, com valores 90 % de eficiência na aplicação de formiato de sódio como 2 3 Residual 4.2.5 Teor (Cr 2Oftalato 3) no Banho agente mascarante deÓxido 92 %Crômico no teste com de Cr sódio. ência do processo deede curtimenfixação de Cr baixa geração de O não ligaO nos couros, 2 3 2 3 to, sendo assim, ao comparar os do, reduzindo-se assim a possibi- cujos resultados encontram-se Os resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento estão dois apresentados mascarantes,na verifica-se que lidade de oxidação deste Cr (III) na tabela 4.6. 4.7.Crômico (Cr2O3) no Banho Residual Teor tabela Óxido nos testes4.2.5 onde foideaplicado o livre para Cr (VI) nas etapas que O gráfico 4.5 estabelece uma ftalato de sódio os resultados se sucedem, acredita-se que os comparação entre as ofertas O3 nos banhos banhos residuais Tabela 4.7: Resultados obtidos o teor residuais de decurtimento. curtimento estão dos Os resultados obtidos para para o teor de de CrCr 2O23 nos foram melhoresna e tabela ainda 4.7. quanto melhores resultados para o re- sais mascarantes, em cada teste Testes de Aplicação g/L Cr 2O3 no banho apresentados maiores foram as1ofertas de sal de quisito de aplicação, no que diz respeito O fixado nos couros mol de formiato sódio /Cr mol de Cr O 3,33 2 3 2 3 molforam de ftalato sódio /teor molde deCr Cr mascarante, os deforam à eficiência de fixação do Cr2O3 nos testes onderesiduais banhos de1,54 curtimento. Tabelamaiores 4.7:1Resultados obtidos para oobtidos 2O 2O 3 3nos molnos de formiato de sódio / mol de Cr Testes Aplicação g/L no banho 3 teores de Cr2O30,75 aplicadas as2Oquantidades fixado cou- deforam nosCrcouros. 2O31,33 0,75 mol de ftalato de sódio / mol de Cr O 1,35 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr O 3,33 2 3 2 3 estequiométricas de 0,50 mol de ros. A análise dos resultados obtiformiato de sódio / mol de 2,38 1 molmol de ftalato de sódio / mol de Cr2Cr Ode 1,54 2OCr 3 3 mascarante / mol Porém, como 0,50 pode serde obserdos para a eficiência de fixação O , pois 2 3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr O 2,32 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr O 1,33 2 3 2 3 vado nos resultados anteriores se obteve teores de Cr2O3 fixa- do Cr2O nos couros reforça a 3 Fonte: 0,75 molligado de ftalato sódio / mol de Cr2O3 aos testes afirmação 1,35 do teor de Cr2O muito semelhantes feita anteriormente O3autor. não nos dedo 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 2,38 couros, quanto maiores foram as onde foram aplicadas as quanti- de que os melhores resultados Revista do Couro | ABQTIC 2,00 1,50 1,00 0,50 2,32 1 21 3 Testes de Aplicação 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 conforme tipo e quantidade sal mascarante Gráfico 4.5:Eficiência Eficiência de do Cr 3 nos Ocouros, nos couros, conforme tipo ede quantidade de sal Gráfico 4.5: defixação fixação do2deOCr 0,75 mol de formiato de sódio / mol Cr2O3 2 3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 ofertada. 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 mascarante ofertada. Fonte: O autor. Fonte: O autor. 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Fonte: O autor. 2,50 0,00 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 210,75 mol de ftalato de sódio / mol 3 Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 de 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 Testes Aplicação 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 3,00 1 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 1 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,75 mol de ftalato de sódio / mol Cr2O3 0,50 mol de formiato de sódio / mol de Cr2O3 0,50 mol de ftalato de sódio / mol de Cr2O3 banhos residuais curtimento, conforme tipo e quantidade de sal Gráfico 3 nosbanhos Gráfico 4.6:4.6: TeorTeor de de CrCr O2O nos residuaisdede curtimento, conforme tipo e quanti2 3 mascarante ofertada. dade de sal mascarante ofertada. Fonte: O autor. Fonte: O autor. Analisando-se os resultados obtidos para o teor de Cr 2O3 nos banhos residuais de curtimento, possíveis, uma vez que este para oobserva-se requisito que Cr2os O3mesmos fixado situam-se Os resultados para entre 1,33obtidos e 3,33 g/L de o Cr2Ores 3 no banho. Espera-se para este demonstra uma demonstra perda nouma pronos couros foram obtidos nos obtidos teor de Cr2os O3menores nos banhos resi- uma requisito que os resultados sejam possíveis, vez que este perdasenoaplicou processo de curtimento, gerando ainda uma para a Estação de cesso maior de curtimento, gerando testes onde as quantiduais de curtimento estãocarga apre-poluidora Tratamento de Efluentes (ETE). Sendo assim, ao comparar os dois mascarantes, verifica-se que nos ainda uma carga poluidora maior dades estequiométricas de 0,50 sentados na tabela 4.7. onde foi aplicado ftalatoO de gráfico sódio os4.6 resultados foramuma melhores. para a Estação de Tratamento de mol detestes mascarante / mol ode estabelece Segundo pode a IUE ser 6 (2008) curtumes que trabalham com processos que(ETE). utilizamSendo boas práticas Efluentes assim, ao Cr2O3, pois, conforme comparação entre as ofertas dos ambientais apresentam valores em torno de 2 g/L de Cr2O3 nos banhos residuais de curtimento, comparar os dois mascarantes, sais mascarantes, em cada teste visto no gráfico 4.5, obteve-se sendo assim, ao serem analisados os resultados obtidos, segundo as quantidades de sal mascarante verifica-se que nos testes onde aplicação, no que diz respeito as maiores eficiências de fixação, ofertadas, observa-se que nosde testes onde foram aplicadas as quantidades estequiométricas de 0,75 foi aplicado o ftalato de sódio ao2Oteor de Cr com valores 90 % de eficiênO presente nos obteve-se os melhores resultados, com valores de 1,33 g/L deos mol dedemascarante / mol de Cr 3 2 3 resultadoseforam melhores. cia na aplicação de formiato de banhos residuais de curtimento. na aplicação de formiato de sódio como agente mascarante de 1,35 g/L no teste Cr2O3 no banho, com ftalato de sódio. Segundo a IUE 6 (2008) cursódio como agente mascarante Analisando-se os resultados e de 92 % no teste com ftalato obtidos para o teor de Cr2O3 tumes que trabalham com pro5 CONSIDERAÇÕES FINAIS nos banhos residuais de curti- cessos que utilizam boas práticas de sódio. mento, observa-se que os mes- ambientais apresentam valores A partir da análise dos resultados obtidos nos testes de aplicação e nas análises físicoem torno de 2 g/L dedos Crsais mos situam-se 1,33 e de 3,33 O nos 2 3 de químicas realizadas, com o objetivo de avaliar entre a capacidade atravessamento e fixação 4.2.5 cromo Teor de Crômico g/Lsem de píquel Cr2O3tradicional, banhos residuais de curtimento, no banho.afirma-se Espera- que: no Óxido curtimento mascarado (Cr2O3) noBanho ao serem analisados -se deste para este queimportância os re- sendo Residualde estudos A realização tipo érequisito de grande para assim, a verificação da eficiência resultados obtidos, segundo sultados obtidos os menodos processos e da carga poluidora dossejam efluentes gerados,os a fim de promover a tomada de decisão quanto a alterações na formulação ou nos parâmetros operacionais do processo. Em todos os testes com o ftalato de sódio, os resultados obtidos mostram uma redução maior do Couro | ABQTIC do pH do banho após a adição do agente mascarante, oRevista que conduziu a resultados mais elevados de cifra diferencial nos couros. Apesar disso, os resultados são aceitáveis, pois 65 tecnologia 66 as quantidades de sal mascarante ofertadas, observa-se que nos testes onde foram aplicadas as quantidades estequiométricas de 0,75 mol de mascarante / mol de Cr2O3 obteve-se os melhores resultados, com valores de 1,33 g/L de Cr2O3 no banho, na aplicação de formiato de sódio como agente mascarante e de 1,35 g/L no teste com ftalato de sódio. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da análise dos resultados obtidos nos testes de aplicação e nas análises físico-químicas realizadas, com o objetivo de avaliar a capacidade de atravessamento e fixação dos sais de cromo no curtimento mascarado sem píquel tradicional, afirma-se que: A realização de estudos deste tipo é de grande importância para a verificação da eficiência dos processos e da carga poluidora dos efluentes gerados, a fim de promover a tomada de decisão quanto a alterações na formulação ou nos parâmetros operacionais do processo. Em todos os testes com o ftalato de sódio, os resultados obtidos mostram uma redução maior do pH do banho após a adição do agente mascarante, o que conduziu a resultados mais elevados de cifra diferencial nos couros. Apesar disso, os resultados são aceitáveis, pois segundo a NBR 13525:05 a cifra diferencial deve ser inferior a 0,7. Observa-se, também, que nos testes onde foi aplicado o formiato de sódio os resultados foram melhores. Uma característica positiva do processo aplicado é que o mesmo transcorre sem a adição de Revista do Couro | ABQTIC ácido sulfúrico, ácido inorgânico forte, de reconhecido impacto ambiental, tóxico no seu manuseio e aplicação e que tem seu uso controlado pelo exército. Os resultados obtidos para o teor de Cr2O3 nos couros demonstraram que, quanto maiores as ofertas de sal mascarante, maiores foram os teores de Cr2O3 total. Porém os teores de Cr2O3 solúvel, ou seja, não ligado nos couros também foram maiores quanto maiores foram as ofertas de mascarante. Com isso, estabeleceu-se uma eficiência de fixação de Cr2O3, a qual considera o teor de Cr2O3 fixado nos couros, determinado por diferença entre o Cr2O3 total e o solúvel, e o teor de Cr2O3 total, atingindo-se os melhores resultados, com uma eficiência de fixação em torno de 90%, nas menores ofertas de mascarante, ou seja, 0,50 mol de mascarante / mol de Cr2O3. Quanto aos valores obtidos para o teor de Cr2O3 nos banhos residuais, estes mostraram que os melhores resultados foram atingidos quando aplicada a quantidade de 0,75 mol de mascarante / mol de Cr2O3, obtendo-se valores que se aproximam de 1,33 g/L de Cr2O3 no banho. 6 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS Avaliação do processo de curtimento com a utilização de outros agentes mascarantes. Avaliação do processo de curtimento com outras ofertas de agentes mascarantes. Avaliação do impacto ambiental através dos parâmetros DQO, DBO e Teor de Nitrogênio dos banhos residuais de curtimento. REFERÊNCIAS BENARDES, D. ; ORDAKOWSKI, S. Determinação de Cromo Hexavalente em Couros. Revista do Couro, 2005. FLÔRES, Álvaro; GONÇALVES, Edinea. Fundamentos do curtimento ao cromo e a utilização de licores reduzidos organicamente. Revista do Couro, Estância Velha v.23, n.123, Out./Nov. 1997. HOINACKI, Eugênio. Peles e couros; origens, defeitos, industrialização. 2. ed. Porto Alegre: SENAI, 1989. HOINACKI, E.; KIEFER, C.; MOREIRA, M. Manual básico de processamento do couro. Porto Alegre: SENAI, 1994. IUE- 6: Pollution Values from Tannery Processes under Conditions of Good Practice. Disponível em: http:// www.iultcs.org/environment. asp. Acesso: 07 de dezembro de 2010 às 14:45. PACHECO, J. W. F. Curtumes (Série P + L). São Paulo, CETESB, 2005, 76 p. tecnologia 67 O que é eco couro? Autor: Centro Tecnológico do Couro BLC, Inglaterra LEATHER INTERNATIONAL OUTUBRO 2010 Com a pressão crescente sobre a cadeia de suprimento do couro para que verifique as suas credenciais ecológicas, o termo ‘eco couro’ tornou-se uma frase muito utilizada para descrever couros que apresentam um melhor desempenho do ponto de vista ambiental, porém, de fato, do ponto de vista semântico o termo ‘eco couro’ não tem significado formal. Entretanto, ambientalmente falando, existe um enorme interesse em couros que ofereçam um desempenho otimizado. Então, como interpretamos a situação atual e o que podemos fazer para compreender as questões relativas ao interesse no ‘eco couro’? De fato, a fabricação de couro tem impacto ambiental, pois nem todos os insumos utilizados no processo de produção se mantêm como parte integrante do couro. Também, devemos lembrar que quando o couro é jogado fora, passa a ser um resíduo. Ao que parece, o grau da qualidade de ser ‘eco’ que o couro possui é medido segundo a ausência de certos produtos químicos restritos, tais como os corantes azo, PCP, Cromo VI, for- maldeídos e uma relação crescente de produtos especificados pelas marcas; ou pelo método de curtimento mais do que por qualquer consideração do verdadeiro impacto ambiental. Esta linha originou-se no setor automotivo (no qual a reciclagem é regulamentada na Alemanha) e mais recentemente na ação de grupos de ativistas, etiquetas eco e varejistas assim como aquelas pessoas que procuram obter vantagens competitivas através do posicionamento de produtos. É importante julgar a real importância de todos os diferentes Revista do Couro | ABQTIC tecnologia 68 aspectos envolvidos para que os produtos possam ser selecionados, de forma inteligente e bem informada, e para que as questões pertinentes possam ser explicadas para os clientes. Curtimento - Avaliação do Ciclo de Vida Analisando a questão do curtimento em primeiro lugar, através da análise do ciclo de vida realizado pelo Ecobilan* (Ref: Relatório 002 do BLC), podemos determinar que os três principais tipos de curtimento (cromo, vegetal e aldeído) têm um impacto ambiental muito similar entre si, como mostra o parágrafo abaixo. tóxico conhecido como Cromo VI. Hoje, o couro é curtido com Cromo III que é um material inerte e essencial ao metabolismo da glucose, das proteínas e da gordura e, portanto se trata de um elemento essencial na alimentação. Isto não quer dizer que os couros curtidos ao cromo não apresentem problemas potencialmente maiores aos apresentados por curtimentos similares no fim da sua vida útil. O BLC está realizando mais estudos sobre este assunto a fim de poder compreender a biodegradabilidade dos diferentes tipos de couros e as conseqüências de seu impacto ambiental. O couro curtido com aldeído satisfaz as necessidades do setor automotivo e parece atender um nicho no mercado de produtos infantis segundo a norma EN71/3, mas pode apresentar problemas no manuseio e no tratamento de efluentes assim como causar um altíssimo consumo de energia elétrica. Se pensarmos que os diferentes tipos de curtimento mencionados acima têm impactos ambientais similares, devemos analisar a forma como o couro é fabricado. Baseados em amplas pesquisas e o conhecimento da indústria, acreditamos que o couro preferido do ponto de vista ambiental pode ser definido por dois parâmetros chave: Principais descobertas do estudo: Nenhuma das três tecnologias de curtimento estudadas oferece uma grande vantagem do ponto de vista ambiental sobre as outras duas se considerarmos todos os critérios chave que caracterizam o impacto destas tecnologias sobre o meio ambiente.’ Muitas pessoas acham que o curtimento vegetal tem um perfil ambiental preferido, porém as evidências não dão sustentação a esta idéia. É preciso assinalar que a finalidade do curtimento é reticular a matriz de colágeno a fim de evitar a putrefação e, portanto a decomposição. Por outro lado, freqüentemente, supõe-se que os couros curtidos ao cromo sejam menos deA. A forma como o couro é sejáveis devido ao seu conteúdo manufaturado de materiais minerais ou porque, B. Quais são os componentes erradamente, se pense que o empregados para manufaturá-lo couro esteja curtido com o sal Revista do Couro | ABQTIC 69 Pesquisas especializadas demonstraram que grande parte do impacto ambiental do couro está nos processos de manufatura, da obtenção da pele ao couro acabado. Neste sentido, seria a prática de gerenciamento ambiental dos curtumes junto com a seleção dos produtos químicos utilizados que deveria determinar quão ecológico um couro realmente é. Se olharmos para o modelo adotado por algumas das marcas que lideram o mercado mundial do couro que têm trabalhado nestes assuntos durante os últimos dois anos, podemos determinar as áreas da manufatura do couro que tem maior impacto potencial. - Gerenciamento de substâncias restritas - Consumo de energia - Emissões atmosféricas - Gerenciamento de resíduos (perigosos e não perigosos) - Sistemas de gerenciamento ambiental - Consumo de água - Tratamento de efluentes - Gerenciamento do cromo - Rastreabilidade dos materiais Particularmente importante é o interesse atual das marcas na rastreabilidade da matéria prima, na tentativa de identificar um possível abastecimento do mercado com peles procedentes da Amazônia Brasileira. Quanto à seleção dos componentes utilizados no processo de manufatura, precisamos considerar o uso de certos materiais que poderiam dar um perfil eco- Revista do Couro | ABQTIC acima têm impactos - Gerenciamento do cromo síduos tais como aplicação com s similares, devemos - Rastreabilidade dos materiais HVLP ou máquinas de revestiforma como o couro mento por rolos. do. Baseados em amParticularmente importante é - Biodegradabilidade de 12 me70 uisas e o conhecimen- o interesse atual das marcas na ses ou menos stria, acreditamos que preferido do ponto de EB (R*Y)-Depleção de fontes não renováveis ental pode ser definiCML - Eutroficação (água) is parâmetros chave: Água utilizada (total) TECNOLOGIA meio-ambiente Um sonho possível: universalização do saneamento1 Gesner Oliveira, presidente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), economista e professor da FGV-SP Fernando S. Marcato, secretário-executivo de Novos Negócios da Sabesp, advogado Pedro Scazufca, assistente executivo da Presidência da Sabesp, economista Fonte www.intertox.com.br Cromo Aldeído Vegetal rma como o couro é ado são os componentes os para manufaturá-lo WMO - Formação de oxidante fotoquímico (média) E energia não renovável 1 s especializadas dem que grande parte o ambiental do couro processos de manuobtenção da pele ao abado. Neste sentido, CML - Acidificação do ar Resíduos (total) IPCC - Efeito estufa (direto, 100 anos) Figura 1: Resultados comparativos do impacto geral na Avaliação do Ciclo de Vida referente a cada tecnologia de curtimento do Couro | ABQTIC lógico ao couro. Trata-se de elementos tais como: elementos chave que acredita- couro’ sob a bandeira ‘ambienmos deveriam definir o que um talmente preferidos’. Os varecouro ecológico é de fato: jistas, as marcas e os curtidores 29/03/2011 21:52:44 - Agentes humectantes de reque consigam cumprir as exigênmolho biodegradáveis - Controle dos processos de cias deste padrão poderão exibir - Processamento com baixo manufatura do couro a marca nos seus produtos. teor de sulfeto - Seleção de produtos quími- Sistemas de recurtimento cos com tecnologia limpa para Para obter maiores informanão sintéticos ou poliméricos uso nos processos ções, queira por gentileza con- Corantes naturais - Gerenciamento efetivo das tatar o BLC pelo e-mail info@ - Engraxantes à base óleo ve- substâncias restritas no couro blcleathertech.com ou pelo telegetal - Medição do impacto ambien- fone +44 (0)1604 679 999. - Sistemas otimizados de aca- tal após a vida útil do couro bamento para a redução de resíduos tais como aplicação com Pontuação BLC para o couro HVLP ou máquinas de revesti- ecológico mento por rolos. Há vários sistemas para medir - Biodegradabilidade de 12 me- o desempenho ambiental, coses ou menos nhecidos como ‘etiquetas eco’. Resumindo, embora não exista O BLC lançou um sistema espeuma definição atual, estes são os cífico de pontuação para o ‘eco Nota da tradutora: * EB - Ecobilan - Software utilizado na Avaliação do Ciclo de Vida ** IPCC - Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas *** WMO - Organização Meteorológica Mundial Revista do Couro | ABQTIC 71 Este artigo faz parte de trabalho inédito mais amplo apresentado no Encontro Nacional de Economia de 2010. A situação do saneamento brasileiro é trágica. De acordo com o IBGE, somente 44% da população brasileira tem acesso à rede de esgotamento sanitário e 79% tem acesso a água tratada. Do total de esgoto gerado, apenas 29% é tratado. Cento e sete milhões de brasileiros não têm acesso à rede de esgotamento sanitário, 134 milhões não têm os esgotos de suas casas tratados e 40 mi- lhões não têm acesso a água tratada. Oito milhões não têm nem sequer banheiro. Como mudar este quadro? Como e quando será possível universalizar os serviços de saneamento? A universalização do saneamento é um sonho possível, mas para o conjunto do país não é realizável da noite para o dia. Não é para a Copa de 2014, nem para as Olimpíadas de 2016. Mas dá para fazer em menos de 15 anos. Isso representaria uma das maiores contribuições deste século para a saúde e para o meio ambiente. Estimamos que o investimento total para a universalização seja da ordem de R$ 255 bilhões. Colocamos quatro cenários para a universalização do saneamento no Brasil sob diferentes hipóteses. Num primeiro cenário, a hipótese de manutenção do atual ní- Há mais de120 anos líder mundial em tecnologia de óleos para engraxe ® www.setaonline.com Representante exclusivo da Atlas no Brasil Atlasol RT-1 Engraxante composto de óleo natural e sintético indicado para couros que requerem boa maciez, ótimo enchimento e firmeza de flor com toque agradável. Eureka 408 Óleo à base de peixe sulfitado de excelente qualidade e versatilidade. Eureka 408 oferece aos couros uma excelente maciez através de penetração muito uniforme, indicado para luvas, vestuário e estofamentos, especialmente em couros que requerem alta resistência à tração e rasgamento. Eureka SL-2 Engraxante composto de óleo natural e sintético à base de mocotó sulfatado de alta qualidade, espermacete sintético e hidrocarbonetos refinados. Eureka SL-2 produz couros com boa maciez, enchimento e firmeza de flor com toque sedoso, recomendado para couros vegetais, podendo também ser usado em recurtimento de couros wet-blue destinados a calçados. Eureka BR Engraxante composto de óleos vegetais à base de lecitina, indicado para couros macios como estofamento, vestuário e camurça, conferindo toque sedoso à flor. Eureka TR Engraxante composto de óleo natural e sintético à base de lecitina e emulsificantes aniônicos, proporcionando uma maciez superior e recomendado para couros anapados como estofamentos, vestuário e camurças. Atlasol 200 Óleo de engraxe sintético composto de emulsificantes sintéticos, excelente para couros que requerem extrema maciez, conferindo um toque agradável e vivacidade de tingimento. Atlasol 200 é indicado para couros macios e com toque uniforme. Revista do Couro | ABQTIC Av. 1º de Maio, 1109 - Bairro das Rosas | Estância Velha/RS | 51 3205.2211 | www.setaonline.com meio-ambiente 72 vel de investimento. De acordo com dados oficiais, o investimento em saneamento caiu a partir de 1999 e se manteve entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões até 2008, último ano disponível da série. Mantidos os atuais patamares de investimentos e de produtividade, a universalização da água ocorreria em 2039 e do esgoto (coleta e tratamento) apenas em 2060. É inaceitável esperar mais meio século para serviços básicos, disponíveis em vários países desenvolvidos desde meados do o século passado! Num segundo cenário, supõe-se a duplicação do atual patamar de investimentos sem aumentar a produtividade. O horizonte de tempo para a universalização do saneamento ainda é muito distante: 2031. Numa terceira situação, trabalha-se com a manutenção do investimento, mas introduz o aumento da produtividade. Isto é, o mesmo real passa a gerar mais ligações de água e esgoto mediante melhores projetos e técnicas. Estudos recentes sugerem que um aumento de 30% na produtividade é ambicioso, porém factível. Mas só o aumento da produtividade ainda não permite obter prazo aceitável para a universalização. Neste cenário, a universalização de água se daria em 2028 e a de esgoto em 2042. E uma última hipótese serve de referência para a formulação de metas de saneamento. Para universalizar em um intervalo de tempo aceitável (até 2024) será preciso ambos: mais investimento (duplicar os Revista do Couro | ABQTIC valores atuais) e maior produtividade (30% a mais). A universalização não ocorrerá simultaneamente em todas as regiões do Brasil. A cobertura de saneamento varia muito conforme nas unidades da federação.As únicas com mais da metade dos domicílios atendidos em coleta de esgotos são Distrito Federal (86,3%), São Paulo (82,1%), e Minas Gerais (68,9%); as menores coberturas são Amapá (3,5%), Pará (1,7%) e Rondônia (1,6%). O último cenário citado só será possível com mudanças macro e microeconômicas. Do ponto de vista macro, destaquem-se três aspectos. Em primeiro lugar, é preciso reduzir a tributação. Os prestadores de serviços de água e esgoto pagam cerca de R$ 2 bilhões em PIS/ PASEP-COFINS por ano, quase um terço do investimento do setor! Essa situação foi agravada a partir de 2003 com a elevação do PIS/PASEP-COFINS. O projeto original da Lei do Saneamento previa a isenção deste tributo para investimentos, mas o artigo foi vetado pelo Executivo. Em segundo lugar, é preciso resgatar o planejamento do setor. A Lei do Saneamento obriga o Governo Federal a editar um Plano Nacional de Saneamento Básico. Passados quase quatro anos da aprovação da norma, tal plano ainda não existe. Em terceiro lugar, é preciso estimular as parcerias, tanto as Parcerias Público-Privadas (PPP), como as Parcerias Público-Públi- co e outras modalidades, como a locação de ativos. O modelo de Parcerias Público-Público vem sendo aplicado, por exemplo, em transferência de tecnologia e conhecimento na formatação de editais e modelagens contratuais entre empresas estaduais de saneamento. Do ponto de vista microeconômico, também três aspectos podem ser destacados. Em primeiro lugar, as empresas devem ter um planejamento voltado para a geração de valor. Em segundo lugar, é indispensável reduzir as perdas de água. De acordo com o Ministério das Cidades, a perda média brasileira é próxima a 40%. O combate às perdas de água posterga a necessidade de investimentos em novos sistemas e aumenta a receita das companhias. Além disso, reduz custos operacionais, uma vez que é possível atender a mesma quantidade de pessoas, sem ampliar a produção de água. Em terceiro lugar, é importante melhorar a gestão de projetos de forma a reduzir o tempo e o custo dos empreendimentos. Por fim, a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação devem ser incorporados tanto como estratégia empresarial, quanto como política pública no saneamento. A universalização do saneamento constitui grande desafio. O binômio investimento e inovação pode torná-la realidade para a atual geração. Um sonho possível. meio-ambiente 73 Agendas Tecnológicas Setoriais – ABDI Contribuição do Sr. Gustavo Fink – Diretor Técnico-Científicp da ABQTIC Nos próximos meses deverão retomar o processo de avaliação de projetos criados para aumentar a competitividade do setor coureiro-calçadista dentro das Agendas Tecnológicas Setoriais - ATS que está sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). A ATCA 11 que solicita um estudo definitivo sobre os resíduos sólidos do setor e também a implementação de uma planta piloto incineradora com geração energética foi bem acolhida na última apresentação em Brasília no final do ano passado e segue com grande expectativa quanto a sua aprovação. Esta ATCA 11 está sob coordenação da ABIQUIM e conta com o apoio da ASSINTECAL, CT Couro SENAI, ABQTIC, AICSUL e CICB. Todas as entidades envolvidas participaram na confecção e análise da proposta que também aponta e sugere outras possíveis alternativas para eliminação dos resíduos sólidos. A proposta parte que a tecnologia usada para solução dos resíduos sólidos deve obedecer algumas premissas básicas para atender ao seu propósito: Ser capaz de eliminar o passivo ambiental: ou seja, não investir tempo ou recurso em nenhuma alternativa paliativa ou intermediária, seja do ponto de vista físico ou legal, o resíduo deve ter um fim de fato que obedeça toda legislação vigente, de natureza civil ou ambiental. ter capacidade de remediar áreas afetadas: o dimensionamento da alternativa ou alternativas propostas não pode considerar somente a geração dos resíduos atualmente, mas também a remediação de resíduos depositados em aterros sanitários ou outros. Compreender a distribuição e as diferenças geográficas destes resíduos no país: o mapa dos resíduos apontará a necessidade exata de cada região, pois o volume ou mix de resíduos será fator fundamental para escolha da melhor solução, lembrando que transporte dos resíduos por si só pode inviabilizar a alternativa proposta. Viabilidade econômica: a tecnologia não pode ser subsidiada nem agregar custos para a cadeia produtiva, deve ser auto-sustentável do ponto de vista econômico. Um dos principais desafios do estudo é superar a inexistência de comprovação econômico-financeira de algumas alternativas tecnológicas disponíveis e/ou já implementadas. Ter a perspectiva de gerar matéria ou matérias-prima para novos segmentos de negócio: a escolha deverá primar por tecnologias que valorizem o resíduo como matéria nobre a outros processos e segmentos. Este conceito deve prevalecer sobre a pura e simples eliminação do resíduo e será fundamental para dar a desejada viabilidade econômica. O estudo deverá vencer alguns entraves como, por exemplo, a inexistência de um inventário nacional que dê estatísticas confiáveis de volumes armazenados e gerados pela cadeia. Paralelo ao estudo, que seria um trabalho conclusivo para a questão dentro do nosso segmento, haveria a implementação de uma planta piloto incineradora para comprovar a viabilidade da geração de energia. Este modelo aparece como alternativa mais viável e eficiente em vários segmentos da indústria e no manejo de resíduos domésticos. Também destaca-se por poder processar com rapidez grandes volumes de resíduos, processar resíduos diversificados, ser efetiva na eliminação do passivo e ter a característica de auto-sustentação econômica dada à produção energética proporcionada. Por estes motivos deve ser testada também para o setor coureiro-calçadista que possui grandes volumes e características especificas de resíduos, como diferentes classes de periculosidade e poder calorífico. A aprovação da proposta na sua íntegra seria um marco para o setor, pois a solução do passivo ambiental, além de trazer benefícios sociais para todo o país também elevaria o segmento a outro patamar dentro do cenário mundial: seria o primeiro mercado a resolver a questão dos resíduos sólidos o que atrairia marcas e negócios que zelam pela sustentabilidade, podendo ainda, o tratamento dos resíduos por si só tornar-se um negocio tão atrativo e rentável quando os produtos finais da cadeia. Revista do Couro | ABQTIC twitter.com/feirafimec | www.fimec.com.br | 51 35847200 para ler 74 75 Economia Ambiental - Instrumentos Econömicos Para O Desenvolvimento Sustentável Autor: MORAES, OROZIMBO JOSE DE Editora: CENTAURO Assunto: ECONOMIA Este livro se propõe a analisar os instrumentos econômicos de política ambiental, com base na microeconomia e segundo a classificação da matriz política do Banco Mundial. A evolução dos instrumentos de política econômicos é acompanhada pelas fases iniciadas com os instrumentos de comando e controle; na segunda fase, são usados instrumentos baseados no mercado dos anos 1970 e 1980 e, na terceira fase, são apresentados os instrumentos promotores de informações dos anos mais recentes. Os conceitos de desenvolvimento sustentável, bem-estar e falha de mercado são abordados preliminarmente para a análise dos instrumentos voltados para a administração de recursos e para o controle da poluição, como padrões, permissões comerciáveis, subsídios, impostos e taxas sobre a produção e sobre produtos, sistemas de depósito-reembolso e engajamento do público. Modelos De Gestão Os 60 Modelos Que Todo Gestor Deve Conhecer Conceito do Leitor: Seja o primeiro a opinar Autor: ASSEN, MARCEL VAN Autor: BERG, GERBEN VAN DEN Autor: PIETERSMA, PAUL Tradutor: STEGER, MILENA Editora: PRENTICE HALL BRASIL Assunto: ADMINISTRAÇÃO - GERÊNCIA No contexto de importantes tomadas de decisões, 'Modelos de gestão' fornece ao gestor - e ao aspirante a gestor - o auxílio de que ele precisa para acertar em suas escolhas. Destrinchando os 60 mais usuais modelos de gestão - entre eles a matriz BCG, o benchmarking e o balanced scorecard (BSC) -, este livro abrange tanto modelos tradicionais quanto modernos, sendo eles práticos, táticos ou operacionais. Cada modelo é apresentado de forma direta, com informações sobre quando e como usá-lo, e traz uma análise final sobre sua aplicação. 2011 35 a FEIRA INTERNACIONAL DE COUROS, PRODUTOS QUÍMICOS, COMPONENTES, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA CALÇADOS E CURTUMES A EVOLUÇÃO DO COMPLEXO COUREIRO-CALÇADISTA 12 A 15/ABRIL Parque de Exposições da FENAC | das 13 às 20 horas Novo Hamburgo | Rio Grande do Sul REALIZAÇÃO: APOIO: Revista do Couro | ABQTIC APOIO INSTITUCIONAL: ABECA • ABQTIC • ABRAMEQ • ACI-NH/CB/EV AICSUL • ASSINTECAL • CICB • IBTEC UNIVERSIDADE FEEVALE FENAC FILIADA À: Revista do Couro | ABQTIC