principais doenças colheita emanuseio pós-colheita - Infoteca-e

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principais doenças colheita emanuseio pós-colheita - Infoteca-e
PRINCIPAIS DOENÇAS
COLHEITA EMANUSEIO PÓS-COLHEITA
oocultivo damangueira figura hoje com destaque nafruticultura brasileira,
evalor
nutritivo desuas frutas.
OBrasil
é o 7° produtor
mundial eo 1°na América do Sul,
comuma área plantada de 126.500 hae uma produção anual
de 390.000 t.
O semi-árido nordestino apresenta condições de clima (pluviosidade,
ar, temperatura)
devido ao sabor
umidade relativado
que permitem aprodução defrutos de alta qualidade durante um longo
período do ano.
A época deprodução nesta região é tradicionalmente concentrada entre os
meses de novembro ejaneiro,
sendo possível,
através do usodetécnicas de indução floral,
produção em épocas mais adequadas àcomercialização,
aa
devido àbaixa oferta doproduto
nosmercados interno e externo (Quadro 1).
Osprincipais objetivos nocultivo da mangueira na região doVale do São Francisco são:a
obtenção deuma safra regular,
definida deacordo com o mercado;
plantas deporte baixoe
precoces;frutos com carcaterísticas deboaaceitação no mercado (tamanho variando de360
a500g, coloração de alaranjada avermelho,
polpa firme, sem fibras); resistência às principais
doenças epragas;
interno da fruta;
ausência
de colapso
II
transporte.
MANGA-EPOCA DE PROnUç
fev
MIIf
Abr
Maio
Jun
Jul
Ago
[rica do Sul
Brasil (São Francisco)
Brasil (R.G. do Norte)
Brasil (São Paulo)
Brasil (Sudoeste Snhia)
Costa Rica
Filipinas
Guatemnla
India
Israel
México
l'aquistão
I>eru
Porto Rico
Quênia
Venezuelll
Fonte: Voltaire Diaz Medilla (VALEXPORT) ..
••
maior concentração da,produção
menor
P:,t(Oitl
produçfto
Set
características
adequadas
ao
As regiões
com melhores
estações seca ee chuvosa
condições para o cultivo
são bem definidas.
f1orescimento, de modo apermitir
frequentes na fase
da mangueira
Operíodo
beneficia opegamento
onde as
seco deve ocorrer antes do
um período derepouso vegetativo.
de frutificação
são aquelas
Aocorrência
de chuvas
dos frutos, bem como
oseu
t;
desenvolvimento. Aprecipitação
Amangueira
dessas regiões podevariar
de500 a2500 mm anuais.
éé uma cultura pouco exigente
em solos, desde que nãosejaimplantada
em
área de lençol freático alto, solos de baixada,
mal drenados e sujeitos aencharcamento,
onde
aprofundidade
As cultivares
éinferior a 1,5 m.
de manga
com boa aceitação
mais indicadas são asque apresentam características
no mercado,
poucas fibras eainda resistência
também apresenta
de introdução
frutos, com coloração
para mercados distantes.
são: Tommy Atkins, Haden, Keitt eVan
da Kent, com oalternativa,
requeridas no mercado.
de meia
estação, tem como
roxo-vermelha-alaranjada-amarelo,
Suas desvantagens/defeitos
são: aroma e sabor
já que amesma
Em seguida,
são apresentadas
fracos,
vantagens aboa aparência
esua resistência
dos
ao transporte.
presença de fibras longas efiapos
tamanho graúdo, com peso médio emtorno de550g ealta susceptibilidade
ao "coração mole". ÉÉa manga de maior
ena Europa.
boa palatabilidade,
características dosfrutos dessas cultivares.
Tommy Atkins -- variedade
perto do caroço,
entre osprodutores
características
algumas das principais
amarelo-avermelhado,
ao manuseio eaotransporte
As cultivares mais difundidas
Dyke, havendo perspectiva
como coloração
de frutos
volume comercial
hoje noBrasil,
naAmérica do Norte
Haden -variedade
precoce, écolhida emmédia três semanas
antes da Tommy
boa aparência, coloração vermelha-rosa-amarela,
sabor earoma superiores
quase não apresenta
etem um peso médio
420g.
fibras longas, nem fiapos,
Suas desvantagens
são:
antracnose euma alternância
Van Dyke -- variedade
menor
resistência
muito pronunciada
tardia, coloração
ao transporte,
Seu tamanho
ààTommy Atkins,
ideal, em torno de
pouca
tolerância
àà
deciclos deprodução.
parecida
coma
Haden, com sabor
superiores ààTommy Atkins, boa consistência da polpa, sem fibras longas,
resistência ao transporte.
Atkins, tem
épequeno,
ee aroma
boa conservação ee
peso médio em torno
de 280g.
AA
alternância deciclos deprodução ébastante citada como defeito.
Keitt -- variedade muito tardia,
combom sabor
earoma,
porém compesomédio muito alto
(750g )epouco ou nada decoloração vermelha.
Kent -- variedade demeia estação
para tardia,
com bomsabor
epeso médio em torno de
650g e compouca coloração vermelha.
4. PROPAGAÇÃO
As cultivares de manga
consequência,
apropagação
de expressivo
valor comercial são monoembriônicas
se faz através do processo
cultivares comerciais éfeita sobre porta-enxertos
e, em
vegetativo, onde aenxertia
de plantas poliembriônicas
das
obtidas apartir
de sementes.
Naregião doVale do São Francisco,
Amangueira
acultivar utilizada como porta-enxerto
pode ser enxertada durante oano todo desde que sedisponha
enxertos aptos para enxertia,
método mais conveniente
garfos maduros, borbulhas intumescidas
deenxertia éodagarfagem notopo emfenda cheia.
éa espada.
de porta-
enão brotadas.
OO
5. IMPLANTAÇÃO DO POMAR
Amuda preparada
em saco
plástico, estando com doisfluxos
de crescimento
maduro,
efetuado em
que pode
pode ser
na proporção de
palha dearroz
etc.)
perdas
que servirá paraconduzir
pois a ação dovento nesta
60 a 80cm
em alturas
da planta.
50 cm de comprimento
(1 a.
ramo, que
na 1a. poda.
Apartir
daí, aplanta já está formada,
não devendo-se
inicial decondução éde grande importância
porte baixo (Figuras
Apoda
quando se quer formar plantas compactas
como
1a, 1b e 1c).
b) Poda de abertura
ramos localizados
interferir nasua estrutura.
da copa: realizada emplantas já adultas,
nocentro da planta,
consiste na eliminação
aumentando, assim, aluminosidade,
dos
ventilação ea
aeração no interior da copa. Nesta operação, deve-se dar preferência ààeliminação dos ramos
de crescimento vertical, uma vezque estes,
dificilmente, produzem frulos.
c) Levantamento de saia: consiste na eliminação
distantes uns60 cmdo solo;
oobjetivo é evilar
dosramos dabase dacopa,
que nasafra seguinte,
deixando-os
os ramos produtivos
fiquem em contato com osolo.
d) Escoramento: noinício dafrutificação,
devem ser escorados
osramos quetiverem emitido frulos
muito baixos,
com forquilhas, evitando o contato dosfrutos com o solo.
e) Controle de ervas daninhas:
coroamento das plantas
na fase
de desenvolvimento
através de capina manual.
produção, alimpeza daárea consiste em manter
limpas, através de capina
manual ou com
inicial, deve-se fazer oo
Quando as plantas
atingirem afase de
as projeções dascopas das plantas sempre
herbicidas
eo restante
roçagem. Deve-se fazer uma gradeação apóscada período chuvoso.
MANGA
PODA FORMAÇÃO
11PODA
88
,",\.:·::r~·-·
":"'~f~:'::'~ .. )~"':' ••,.
,'.
-- t·
da área através de
MANGA
PODA FORMAÇÃO
88
22
PODA
POD'f~~~ÇÃO
88
33
PODA
são constantes
emfunção daidade e tamanho
aadubação
rápido dasraízes
em todo
ociclo,
daplanta edoseu potencial
deve ser alta em Ne P,
pois
eda parte aérea da planta,
formação deum pomar
produtivo. Na
ênfase édada ao potássio.
em consideração
criteriosa ébaseada
adistribuição
do
nos resultados
da
emfunção da produtividade
das
nosolo (P e K).
Knosolo (meq/100
cm33))
0,16-0,30
0,31-0,60
SS-- KK
220- g/planta e g/caixa*
120
80 - 90
80 - 60
120
80 - 90
60 - 60
120
40 - 90
40 - 60
t'
dacom técnicas demanejo adequado,
éuma das frutas
eremover
inicia
que
possível látex
2. INSUMOS
2.1. Mudas Enxertadas
2.2. Tutores
2.3. Fertilizantes
·Esterco
·Uréia
·Superfosfato simples
·Cloreto de potássio
·FTE BR 12
·Calcário dolomitico
·Gesso
2.4. Defensivos
·Mirex
.Thiovit
·Cupravit
.Dithane
·Benlate
·Dimetoato
UN
UN
M3
Kg
Kg
Kg
Kg
TT
Kg
Kg
Kg
Kg
Kg
Kg
II
2.5. Energia (cada Projeto tem suademanda)
2.6. Outros
·Tesoura de poda
·Serrote
·Cordão ou parbante
·Cobertura morta na
superfície da cova
==
T/H trator/hora
H/O ==homem/dia
UN
UN
Rolo
275
250
10
250
450
125
50
22
500
44
66
55
55
22
55
lJ
·Espalhante adesivo
II
33
o*-EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
CENTRO DE PESQUISA AGROPECUÁRIA
PRINCIPAIS
-EMBRAPA
DO TRÓPICO SEMI-ÁRIDO -CPATSA
PRAGAS DACULTURA DA
MANGA ESEU CONTROLE
11
Francisca NemauraPedrosa Haji
José Adalberto deAlencar
22
33
2.1. MOSCAS-DAS-FRUTAS
-Anastrepha
spp.e Ceratitis capitata (Wied., 1830)
(Diptera, Tephritidae)
As moscasdasfrutas são consideradas as
pragas maisimportantespara
àà
Fruticulturade clima tropical e temperado, pois alémde destruírem a polpa dosfrutos,
facilitam a entrada de pragas secundárias e de patógenos,
na produtividade, e na qualidade dosfrutos,
provocando uma redução
tornando-os impróprios para o consumo,
comercialização interna ee externa ee industrialização. São também pragas
de
importância quarentenária.
As espécies de moscas-das-frutasque causamdanos à manga no Brasil,
pertencem aos gêneros Anastrepha eeCeratitis. Ogênero Ceratitis é originário da África
eno Brasil
é representado por uma sóespécie C.
capitata. No gênero Anastrepha
estãodescritas 193 espécies, das quais 78 ocorrem no Brasil.
Asespécies A. obliqua,
A. fraterculus, A. peseudoparallela eA. sororcula, são asque atacama manga.
Os adultos de Anastrepha medemcerca de 7 mmde comprimento,
possuem
coloração amarela, tórax marrome asas comfaixas em Se emV invertidos, na maioria
dasespécies. Osovos são branco-leitoso, colocados abaixo da casca dosfrutos, ainda
imaturos. As larvas são vermiformes, desenvolvem-se napolpa dos frutos e quando
totalmentedesenvolvidas, passam ao solo para empupar.
C. capitata é umadas espécies
maisimportantesde moscas-das-frutas.
OO
adulto medede 4a 5 mmde comprimentoe 10 a 12 mmde envergadura; tem coloração
amarela, olhos castanhos-violáceos, tórax preto na face superior,
com desenhos
simétricos brancos; abdomeamarelo comduas listras amarelas sombreadas.
alongado,tem cerca de 1 mmde comprimento, coloração branca,
Oovoé
assemelhando-sea
umapequena banana.A postura, emfunção da infestação, pode ocorrer emfrutos nas
fases de maturaçãoe verdes. A larvaé branca-amarelada, mede emtorno de 8 mme
c) QUíMICO -Quando for
acurados,
sobre
observada apresença deadultos nas armadilhas,
aa ocorrência
predadores epatógenos)
ee avaliação
de moscas dasfrutas.
Anastrepha sp. pertencentes afamília
ocorrência no Nordeste.
de
inimigos
naturais
deve-se
(parasitóides,
Parasitóides delarvas ede pupas de
Braconidae são citados
na literatura
como de
f) TÉCNICA DE MACHOOU INSETO ESTÉRIL-
ÉÉ a utilização de machos ou
fêmeas de moscas dasfrutas esterilizados, para seremliberados naárea de produção
ou emoutro ecossistema definido, permitindo a sua competição comoutros insetosda
população natural da mesma espécie. Esta técnica visa diminuir
os acasalamentos
férteis,reduzindo a população da praga a cada geração.
g) TRATAMENTO PÓS-COLHEITA-
Coma proibição do uso do Dibrometode
etileno (E.D.B) comofumigante para a desinfestação de frutas
americanoe o mercado japonês,
desenvolveram-se diversos
para o mercado
métodos físicos
tratamento, que resultamna completa desinfestação do fruto,
introduçãode pragas em áreas não infestadas.
de
garantindo anão
O método utilizado atualmente éo
tratamento hidrotérmico.
Tratamento Hidrotérmico
quente àà temperatura de46,1
(Hot water dip) - Consiste na imersãodefrutos emágua
00C(115 00F)
durante 75 minutos,
parafrutos até425
gramase 90 minutos para frutos entre 426-650g (WORK PLAN FOR BRAZILlAN
MANGO TREATMENT, 1992). Este tratamento é aprovado pelo governo americano
(USDA)para a importação de manga "in natura" do México, Caribe,
Hawai, Haiti, Peru
eBrasil, sendoque três máquinas para tratamento hidrotérmico,
encontram-se em
funcionamento em Petrolina-PE e Juazeiro-BA,
instaladas nas Empresas Frutifort
Agrícola, Mapel e NovaFronteira Agrícola, permitindo a exportação de manga paraos
E.U.A.desde 1992,através da execução de um plano de trabalho estabelecido entreo
Departamentode Agricultura dos Estados Unidos,
Vegetal eAnimal
Serviço de Inspeçãoe Sanidade
(USDAlAPHIS) e Ministério da Agricultura,
do Abastecimentoe
Reforma Agrária, Departamento Nacional de Defesa Vegetal (MAARAIDNDV),coma
participaçãoconjunta de técnicos brasileiros e americanos.
Em 1995,utilizando-se os
mesmosprocedimentos aceitos pelos E.U.A,foram apresentados ao Governo Japonês,
(Stoll-Cramer, 1780)(Lepidoptera,
têm sido
3.9. IRAPUÁ- Trigona spinipes (Fabr.
1793) (Hymenoptera, Apidae)
DE BATISTA,
ALVES, S.A Manual de
São Paulo, Ed.Agronômica Ceres, 1988.649p.
L:
RS. de. Nova
Petrolina: CPATSA,
COUTINHO, C. de C.
Ocorrência e índicede infestaçãode moscas-das-frutas (Tephritidae) na região
BRASILEIRO
DE
RevistaBrasileira de Fruticultura.
CABRINI,G. Field evaluation ofthree baitsfor South
traps. Florida
Características biológicas,
Boletim Técnico
Recomendaçõespara os Perímetros Irrigados do Vale do São Francisco,
de
2.
moscas-das-frutas.
Itajaí,SC., 3(2):12-16, 1984.
Aspectos ecológicos e controle pós-colheita de moscasSãoPaulo: USP, 1990.97
A malformação da
39(3):251-267, 1987.
Sayed (Acarina
19(9110):33-
recomendações de
mangueira. 111 -Campinas.
WORK PLAN FOR BRAZILlAN MANGOTREATMENTANO PRECLEARANCE FOR
Taxonomia,
distribuição geográfica e hospedeiros. Campinas, FundaçãoCARGILL, 1988.
SILVElRA NETO,S.; NAKANO,O. Guiade identificação de pragas
DAS PRAGAS DA
t:
OOSAGENS/100L
O'ÁGUA
Trichlorfon
Fenthion
Malathion
CLASSE
TOXICOL.
200 cc
100 cc
200 cc
11
11
11I
70 cc
100g
11I
Carbaril
Trichlorfon
360 cc
200 cc
11
11
Parathion Etil
Trichlorfon
200 cc
200 cc
11
Parathion
Acefato
Metil
Óleo Mineral
Parathion metil
Enxofre
Nomes Técnicos
1%
70 cc
300g
Nomes Comerciais
Acefato
Orthene
Carbaril
Carvin, Sevin
Enxofre
Sulficamp
Fenthion
Lebaycid
Malathion
Malathion
Parathion Etil
~~
Gusathion
Parathion Metil
Folidol
Trichlorfon
Dipterex
,,Óleo Mineral
Triona
PRINCIPAIS DOENÇAS DA MANGUEIRAE
ALTERNATIVAS DE CONTROLE
Aintensificação nocultivo de manga eaquisição de mudas de São
Paulo vêr:n aumentando opotencial deinóculo de patógenos
no Vale
do São Francisco, que, somadas às condições climáticas econdução
fitotécnica realizadas nos pomares com produção induzida, vêm
tornando asdoenças uma constante ameaça àsáreas decultivo,
pelos
danos econsequentes
prejuízos queocasionam.
Ademanda por manga, principalmente nospaíses dohemisfério
norte, tem crescido significativamente nosúltimos cinco anos. OOBrasil
éum dos
poucos países tropicais que produz manga na chamada
entressafra mundial que seestende deoutubro amarço.
A região do
Submédio São Francisco éumadasprincipais responsáveis
por este
destaque, apresentando duascolheitas anuais e SOOOha implantados,
além do marketing dequalidade deseusfrutos.
Visando assegurar asconquistas atéentão obtidas,
econtribuir para
uma mangicultura mais-racional eestável, este capítulo enfoca, deforma
sintetizada, algumas das doenças de importância econômica nacultura
da manga~o Vale doSão Francisco.
'Eng. Agr', M.Sc., Pesquisadora em Fitopatologia. EMBRAP A-Centro dePesquisa Agropecuária
do Trópico Semi-Árido (CPATSA), Caixa postal 23, 56300-000 Petrolina-PE.
bordas, causando necrose decor palha com halo escuro. Nos ramos
podados esem proteção, apodridão acontece iniciando pelo ferimento,
avançando de forma progressiva econtínua, podendo, também, se
observar necrose eabortamento de flores edefrutos.
Nesses casos, oo
fungo penetra através do pedúnculo, causando desidratação, tornandooressequido equebradiço, provocando, portanto, queda prematura
dos frutos ou apodrecimento escuro sobre apolpa,
apresentando,
inicialmente,
umafenda variando
de marrom escuro apreto.
Nos
ramos mais grossos e no tronco, ainfecção acontece de fora para
dentro do lenho, iniciando nas rachaduras naturais do tronco edas
bifurcações e sob o córtex, onde são observadas lesões escuras, que
progridem para o interior
do lenho, causando anelamento do orgão
afetado, sobrevindo amorte daplanta.
Essaforma dê infecção exige
bastante atenção, uma vezque, quando ossintomas sãoexteriorizados,
ainfecção sobocórtexjáestá bastante avançada,
eno tronco, pode
ser fatal para aplanta.
A sintomatologia em muda (Figura 2)éevidenciada devárias formas,
que dependem dacondução recebida noviveiro, ouseja:
10. - A infecção
acontece mediante uma predisponibilidade da muda, devido auma
inadequação no preparo do solo, na adubação, ou nairrigação.
As
folhas apresentam-se commanchas marrons eofungo penetra pelas
aberturas naturais do peciolo, deonde progride para os ramos naforma
de lesões escuras, acelerando oprocesso demorte daplanta;
20. -A
infecção acontece naturalmente,
porconta deuma alta concentração
do fungo no viveiro. osintoma ééexpressado por umadesidratação
no
pedolo dasfolhas maisnovas,
acompanhada por umcrescimento do
fungo decor acinzentada, tornando asfolhas umpouco murchas.
que,
em seguida, perdem o vigor e tornam-se quebradiças. Acontece. então.
um secamento decima para baixoetoda a planta enegrece e morre;
necrosando as áreas
30. --Na poda de ramos, ofungo pode penetrar
abertas eprogredindo
portoda a planta, causando sua morte; 40. --Na
enxertia. ainfecção pode ocorrer durante o manuseio ouapós a retirada
dos sacos, causando necrose emorte rápida oulenta dáplanta:
50.
Quando nocorte da raiz principal,
após dois a três meses daenxertia.
a planta fica debilitada eofungo pode penetrar
pelo peciolo dasfolhas,
causando murcha esecamento da planta.
Esse fungo não ésistêmico.
portanto sua infecção élocalizada
ee
progressiva, destruindo célula por célula. até penetrar no interior do
lenho.
Os danos causados por esse fungo nospomares
de mangas são
diversos, porque reduzem avidaútil
da planta. diminuem aprodução,
desqualificam osfrutos para finsdecomercialização
eaumentam os
custos de cultivo. Na pós-colheita. oB. theobromae também causa
problema quando opedúnculo do fruto é infectado,
pois provoca aa
podridão basal, desqualificando-o no mercado.
Aimportância
econômica dessa doença vem seacentuando.
principalmente nasáreas irrigadas doNordeste,
onde a intensificação
de áreas cultivadas. oprccesso de indução floral para duas produções
anuais. o desequilíbrio dealguns macro e micronutrientes e ascondiç:Ses
c!imáticas. interagem favorecendo ao patógeno.
-irrigar adequadamente opomar, evitando adistribuição
daágua e molhação dotronco das plantas;
-controlar osinsetos que possam causar
sirvam de porta deentrada para o fungo;
insuficiente
às plantas, ferimentos que
-ter cuidado no uso de retardantes
de crescimentos ede indutores de
f1oração.Estes vêm favorecendo a penetração do fungo, principalmente
quando em concentrações altas, devido aalgumas queimas que
causam no tecido vegetal.
3. Controle
Químico
-- As pulverizações com Thiabendazole (240 ml/100 II de água) ou
Benomyl (100g/100 Ide água) nos períodos criticos da cultura, ou
seja, na poda, estresse hídrico, indução floral, floração efrutificação,
devem ser acompanhadas deuma aplicação deIprodione após dez
dias (200g/100 Ide água) a fim deevitar resistência do fungo. Esse
tratamento tem oferecido bons resultados nas áreas irrigadas do
Nordeste;
-- em pomares
com o problema
já instalado, afrequência
pulverizações vari~ conforme aincidência dadoença;
de
-- otronco
ebifurcações
da planta devem ser
pincelados com
Thiabendazole ou Benomyl +um espalhante adesivo apartir
dos dois
anos deidade da planta ou antes doaparecimento
de rachaduras nos
mesmos.
Proceder àvistoria dopomar, verificando oaparecimento de manchas
edesidratação de ramos, morte deponteiros,
escapes de panículas
não eliminadas naspodas delimpezas esanidade das áreas podadas
das bifurcações edotronco da planta;
-- proceder vistorias, principalmente nas épocas de estresse hídrico,
indução floral, f1oração e frutificação, do pomar em produção.
Essa doença. também conhecida comooídio pulvirulento.
míldio
pulverulento ou cinza, écausada pelo fungo Oidium mangiferae Berthet,
cuja fase perfeita éErysiphe polygoni
D.C. Sin, fungo obrigatório que
sobrevive naatmosfera enostecidos vivos da planta. Sua disseminação
sedá pelo vento einsetos,
principalmente pelos polinizadores, comoa
mosca doméstica; penetra naplanta através
das aberturas naturais,
parasitando as células epidérmicas deonde retira assubstãncias
nutritivas deque necessita
para sedesenvolver;
éé favorecido por
ambientes 'secos e. temperaturas amenas como ótimo entre 20e 25°C.
Torna-se mais agressivo quando severifica perda deágua nostecidos
da planta, causada por forte calor egrande queda de umidade.
Os
esporos do fungo podem germinar tanto emcondições dealta umidade
como na ausência deágua livre. Os maiores índices de germinação
ocorrem nosniveis de umidade relativa de20-65%.
As chuvas nãosão
necessárias para odesenvolvimento
do oídio; pelo contrário,
as
precipitações fortes são desfavoráveis àdoença, uma vez que as
estruturas do fungo encontram-se praticamente expostas no tecido
vegetal.
A doença ocarre em 'Járiospaíses produtores demanga.
como: índia.
Austrália, África do Sul. Israel eMéxico. causando prejuízos. No Brasil.
adoença encontra-se amplamente difundida nospomares dasregiões
produtoras do Centro-Sul eNordeste. Nestaúltima região, nas áreas
semi-áridas irrigadas. adoença podeocorrer durante todo o ano, devido
às condições climáticas totalmente favoráveis eestáveis oano inteiro.
Sintomatología,
Dano e Importância
Econômica
Asintomatologia dooidio emplanta adulta (Figura 3) éécaracterizada
pela presença dasestruturas
do fungo (micélio. conidióforo econídio)
sobre asuperficie
vegetal. visível aolho nu,
na forma de intenso
crescimento pulverulento decorbranca que,
em seguida. deixa a área
afetada com aspecto ferruginoso. Os sintomas são observados nas
folhas. nas infloresc§nc:as enosfrutos naves. Nas folhas. podem causar
manchas. deformaç:Ses. escurecimento equeda. Nas inflerescências,
causam abortamento deflores prejudicando afrutificação. Em frutos,
sua presença éémarcante sobre ospedúnculos,
osquais ficam mais
finos equebradiços, favorecendo àà queda dos mesmos,
sobretudo
quando sob ação deventos fortes.
FIG. 3. Sintomatología
do ataque
do oídio
em planta
adulta da
Illangucira
Sua sintomatologia emmuda (Figura 4) ééevidenciada nas folhase
alta
ramos, podendo causar morte deplantas quando emcondições de
intensidade da doença, devido auma alta pressão dofungo noviveiro.
Damesma forma citada anteriormente, são observadas colônias quase
circulares, com crescimento pulverulento decor cinza, mais visíveis no
verso das folhas.
estirpes do fungo resistentes
aos oidícidas.
MALFORMAÇÕES FLORAL (EMBONECAMENTO)
EVEGETATIVA
(Fusarium oxysporum)
Aspectos
Gerais
Essa doença, também conhecida
por anomalia, deformação ou
vassoura debruxa é causada
por Fusarium oxysporum Schl.
Sua
ocorrência foi registrada pela primeira vez noanode 1891,
na índia,
tornando-se conhecida apenas a partir de 1953. Inicialmente, pensouseser causada porvirus,
depois, por distúrbios fisiológicos, ácaros ou
deficiência de alguns micronutrientes. Em 1966, foi mencionado oo
Fusarium monilifome
como agente causal; contudo, em 1977, foi
comprovado queo agente etiológico causal
érealmente oFusarium
oxysporum. Em 1992, no Congresso Internacional de Manga realizado
na Venezuela, estefungo foi mais umavez apontado como responsável
pela infecção, tendo oácaro dasgemas (Eriophyes
mangifera) como
agravante edisseminador.
Ofungo sobrevive na planta,
nostecidos vivos oumortos caídos no
chão, principalmente nosórgãos infectados. Sua disseminação ocorre
por ácaro, insetos einstrumentos
de poda. Penetra na planta por
ferimentos eéinoculado quando aseivada planta infectada é transferida
para aseiva da planta sadia.
Temperaturas amenas favorecem seu
desenvqlvimento
ea menor
incidência da anomalia
ocorre em
variedades de floração tardia. Torna-se evidente nosperíodos em que
aplanta emite suas brotações e/ou inflorescências.
Aidadedas plantas
também parece
influir na propagação da doença;
asde cinco adez
anos deidade sãoasmais afetadas.
Oíndice deocorrência decresce
ààmedida que aplanta vai envelhecendo.
Adoença ocorre em vários países produtores demanga,
causando
prejuízos na índia, Egito, Israel, Paquistão, África doSul,Estados Unidos
eMéxico. No Brasil, sua presença éconstatada
nosEstados de São
Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Bahia, Goiás, eno Distrito Federal.
Sintomatologia,
Dano e Importância
Econômica
Fugindo um pouco das características deFusarium como
um
fitopatógeno sistêmico, aestirpe do fungo
da malformação, ora se
manifesta na planta através dossintomas,
ora não. O fungo afeta as
frutos einflorescências.
Os
um pouco
ecom aspecto
chegam ao
Quando ocorre emfrutinhos novos,
oupode o fungo
prejudicandoa
aparecem manchas
alongadas no sentido
de marrom, de
Aslesões aparecem no
quandoa
SECA-DA-MANGUEIRA
OU MAL-DO-RECIFE
ferimentos de podas. O controle édifícil
plena idade produtiva.
eocorre morte de plantas em
Sua importância econômica vem aumentando pela disseminação
entre pomáres eregiões, limitando amangicultura
ecomprometendo
os investimentos nos pomares infectados. Éressaltada pelos prejuízos
com morte de milhares
de plantas emplena produção
epela não
detecção dadoença desde afase demudas,
quando infectadas via
sistema radicular.
Ocontrole preventivo mais coerente será através da medida de
exclusão, ou seja, com auxílio de medidas legais deDefesa Vegetal,
para impedir que a doença
entre emáreas
ou regiões isentas do
problema. Como exemplo de medida de exclusão, recomenda-se
impedir otransporte earecepção demudas produzidas em locais onde
adoença ocorre para locais em que
não ocorre.
Omonitoramento
nos meses demaior
do pomar com visitas periódicas, principalmente
precipitação ecalor, éuma medida conveniente.
As práticas culturais iniciam com a nãoaquisição
de mudas
procedentes delocais ouregiões
onde ocorre adoença.
Em locais
isentos do problema, mas sobrisco, como acontece noVale do São
Francisco, ao ser observada alguma ocorrência, recomenda-se aa
medida de erradicação,
ou seja, eliminação da planta infectada,
retirando-se todas asraizes,
queimando-as imediatamente. No local
da planta eliminada, suspender airrigação, colocar cal e manter osolo
limpo, sem vegetação, durante umtempo ainda nãodeterminado,
mas
por precaução, orienta-se quesejam anos.
Esta medida jáfoi adotada
em Petrolina, hádois anos e, até então, vem seobtendo sucesso.
Em locais onde adoença
não ocorre, os primeiros registros de
infecção de plantas devem ser provavelmente iniciados via sistema
radicular, portanto, sem controle, sendo, no entanto, aerradicação, aa
medida mais coerente.
Em locais onde adoença já ocorre,
asinfecções via parte aérea são
resultantes da disseminação via vetor; infecção possível de controle,
que consiste emeliminar
os galhos eramos doentes 40cm abaixo do
local infectado. Nesta situação, oprodutor deve certificar-se dasanidade
doramo que vai permanecer na planta. Para tanto, deve guiar-se pela
coloração clara dolenho e pelaausência deestria escura noseu interior.
Caso contrário, apoda deverá serfeita mais abaixo. Os galhos podados
devem ser imediatamente queimados, afim deevitar que osbesouros
infectados sejam liberados eque outros besouros
incidam. Deve-se
pincelar olocal depoda com uma pasta cúprica
++carbaril a0,2%. As
ferramentas depodadevem serimediatamente limpas comuma solução
dehipoclorito desódio (água sanitária)
a2%, para evitar atransmissão
do fungo aoutras plantas.
Ocontrole dainfecção via sistema radicular
só éépossível mediante
porta-enxertos
resistentes,
como medida preventiva
bastante
promissora. Oúnico impasse éé o número de raças que ofungo
apresenta, podendo umacultivar demangueira,
resistente numaregião,
comportar-se como suscetível em outra, dependendo da raçado fungo
que prevalece naquele local. Avariedade Jasmim ééconsiderada um
porta-enxerto resistente avárias raças dofungo,
embora seja suscetível
auma outra raça encontrada emRibeirão Preto-SP.
Outrosestudos de
resistência têm apontado as cultivares Carabao eManga D'agua.
AA
variedade Espada ééum pouco tolerante ea Coquinho, muito suscetível.
Os resultados deavaliação das copas, de ummodo geral, apresentam
alguma tolerãncia para ascultivares Rosa, Sabina, São Quirino, Oliveiras
Neto, Espada, Jasmim, Keitt, Sesation, Kent, Jrwin eTommy Atkins.
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COLHEITA EMANUSEIO PÓS-COLHEITA
Mohammad M. Choudhury1
DA MANGA
ee
aa
oo
Na fase pré-c1imatérica, afrutajá acumula todas asreservas parao
desenvolvimento normal eatinge a maturidade
fisiológica. Diversos
parâmetros têm sidosugeridos
para determinação da maturação da
manga cv.Tommy Atkins produzida noSubmédio São Francisco,
com
base noseu aspecto externo enos aspectos físicos equímicos,
durante
acolheita.
oo
grau de maturação
ideal para colheita depende do tempo
necessário entre acolheita eo consumo
ou a industrialização.
Para
consumo imediato, colhem-se frutas completamente maduras, porém,
quando para transporte elou armazenagem por períodos longos, são
colhidas frutas no estádio meio madura obedecendo os seguintes
critérios:
Quando o ângulo entre o ombro eopedúnculo da manga é maior
que 90 00,, afruta está imatura; se o ângulo está próximo a90 00,, afruta
está meio madura; se o ângulo é menor que 90 00,, afruta está madura
(Figura 1).
Coloração da casca: sua tonalidade verde-escuro
passa paraum
verde-claro brilhante, com aparecimento decoloração entre vermelho
evermelho-arroxeado, ou arroxeado-púrpuro.
Forma do ápice: maischeio e arredondado.
Forma do bico: começa aaparecer
Coloração
um bico nafruta (Figura 1).
da polpa: esbranquiçada-amarela.
Textura: recomenda-se remover acasca de diversos
pontos das
frutas (15 a 20) na qual vai ser realizada amedição da resistência
da
polpa com oauxilio deum penetrômetro.
Acolheita teráinicio quando
as médias das leituras das frutas analisadas apresentarem uma
resistência dapolpa decerca de
11kg/cm22,, podendo oscilar em torno
22
de 10a 12 kg/cm ••
Sólidos Solúveis Totais: quando uma fruta contendo 6,0a7,0oBrix
vai amadurecendo normalmente edurante o amadurecimento
alcança
cerca de 170 Brix.
Acidez titulável epH: em mangas, o ácido cítrico éo principal ácido
não volátil, seguido dos ácidos succinico emálico (Shashirekha &&
Patwardhan, 1976). Acidez desejável nofruto depende
do destinoa
lhe ser dado. Para o mercado interno defrutas frescas,
apreferência
recai emfrutos com baixa acidez.
Todavia, para o mercado externo,
frutas com acidez maiselevada sãomaisadequadas
ao paladar dos
consumidores estrangeiros. Durante a colheita, acultivar Tommy Atkins
apresenta valores de pHem torno de 3,5,
o que está deacordo com os
dados obtidos por Medlicott et ai (1986).
Nenhum doscritérios citados anteriormente éindividualmente seguro
paradeterminação dograu dematuração ideal
para acolheita, devendo
PEDÚNCULO
\\
lCAVIOAOE
BASAL
,,
OMBRO VENTRAL
/'
~~
BICO-------
PROTUBERÃNCIA
II
.oMBRO DORSAL
ser utilizados em combinação
manuseio da manga.
Colheita
propriamente
eacoplados
àexperiência
prática de
''
dita
Uma vez determinado
ograu dematuração
ideal, procede-se àà
colheita, de preferência
manual. Em pomares planejados, cujas
cultivares deprimeira qualidade foram escolhidas
rigorosamente para
atender aos mercados-alvo, necessita-se quea colheita sejafeita com
o maior cuidado para nãocausar danos mecânicos àsfrutas, que afetam
oaspecto do produto, bem como, posteriormente, podem facilitar aa
deterioração patológica e/ou fisiológica.
As mangueiras apresentam-se com diferentes tamanhos, oque
depende de porta-enxerto, solo, espaçamento, formação eidade. Para
acolheita em árvores de pequeno porte, recomenda-se ocorte do
pedúnculo com umatesoura segurando-se
afruta com umadasmãos.
As frutas devem sercolhidas daplanta-mãe,
deixando-se cerca de2cm
do pedúnculo na fruta. Essa prática evita asaída dolátex exsudado
diretamente da fruta, oque pode prejudicar
sua aparência (Jacobs,
1970). Além disso, quando opedúnculo écortado menor que 1cm,
facilita-se aentrada de patógenos
oportunistas nosfrutos durante ou
após ~colheita (Choudhury,
1991).
Emárvores deporte elevado,
acolheita éfeita utilizando-se escadas
ou coletores apropriados, com um arodeferro naextremidade
ecom
uma faca naparte oposta
fixação
desse
ferro
na
vara.
Um
pequeno
àà
saco éfixado no aro,
para receber as frutas. Para facilitar acolheitae
não amassar as mangas, o saco édimensionado
para suportar, em
função do tamanho, detrês aseis frutos
(Figura 2). Ocolhedor de
saco, contendo as mangas, ébaixado
cuidadosamente
ao solo,
evitando-se batidas nos galhos ou nopróprio solo (Bleinroth,
1980).
Após acolheita
das frutas, estas devem ser colocadas
cuidadosamente nas caixas, quejá devem estar próximas do local da
colheita. Ascaixas contendo frutas devem ser
mantidas ààsombra da
própria mangueira, para evitar aquecimento e, consequentemente,
aumento da respiração etranspiração,
bem como aocorrêncía de
queimaduras pelaradiação solar. Procura-se levar ascaixas contendo
mangas em carreta-caminhão
ao galpão de embalagem ("packing
house") omais
cedo possível, para não facilitar aentrada
de
de choques ee
acondicionadas nas
sem buracos,
vagarosamente
Recomenda-se
para minimizar
Uma vez chegadas ao galpão de embalagem, as mangas são
lavadas, tratadas, polidas, selecionadas eclassificadas,
manual ou
mecanicamente.
No preparo manual, asfrutas sãoimersas em pequenos tanques de
água, contendo uma solução comfungicida.
Em relação aopolimento,
este é realizado manualmente
com emprego de esponjas sintéticas.
Durante o processo de lavagem epolimento, asfrutas defeituosas (frutas
com cortes,
manchas, depressões mecãnicas, amassamentos,
raladuras, insetos, doenças edeformidades)
são eliminadas.
Aclassificação das mangas é, geralmente, efetuada baseada nos
seguintes parâmetros:
1- Estádio de maturação;
2- Coloração euniformidade;
3- Tamanho (peso);
4- Firmeza;
5- Pureza varietal;
6- Outros componentes relacionados.
Para os mercados distantes, necessita-se escolher as frutas
cuidadosamente, deacordo com o meio detransporte
aser utilizado,
seaér~o, marítimo ourodoviário.
Com oauxílio de umvertedor
hidráulico ou mecânico, as caixas de
frutas são submersas emágua corrente,
onde serealiza uma prélavagem. Depois, as frutas saem por f1utuação e seguem por esteira
rolante, onde sãolavadas epolidas com escovas ejatos deágua.
Conforme os pesos, asfrutas são classificadas mecanicamente. As
frutas seguem rolando e passam sobre alvéolos ligados a umcontrapeso
que seafasta emfunção do peso,
basculando os alvéolos eliberando
as frutas. Elas podem rolaremuma rampa onde sãoselecionadas
para
descartar frutas defeituosas.
Oacondicionamento
das frutas
selecionadas nas embalagens érealizado manualmente.
Inúmeros tratamentos pós-colheita damanga foram pesquisados.
Considera-se como omais eficiente
no controle das doenças póscolheita, deixar as frutas permanecerem imersas emágua quente
(54,4°C) com o fungicida thiabendazole (0,4%) durante cinco minutos.
Esse tratamento permitiu controlar aantracnose
durante quatro
oo
semanas ààtemperatura de 12,8 C, porém, não foi possível controlar aa
podridão basal do fruto ("stem-end-rot") segundo Spalidingt &&Reeder,
(1972).
A eficácia no controle dedeterioração
microbiana éobtida somente
quando mantida aintegração entre tratamentos
fitossanitários deprée
pós-colheita, como também através
deuma nutrição
equilibrada da
mangueira, visando ààqualidade pós-colheita.
Tratamento quarentenário
em mangas
visando controle das Moscas-das-frutas
destinadas
àà exportação
Até 1987, em diversos países, utilizava-se oinseticida fumigante
dibrometo deetileno (EBD)
para otratamento pós-colheita defrutas no
combate aovos elarvas de moscas-dasfrutas, sendo tal tratamento
aprovado pelas autoridades quarentenárias dosEstados Unidos e do
Japão. Todavia, aAgência de Proteção Ambiental
Norté americana
(EPA-USA) recomendou aproibição douso deEBD,
pelosseus ríscos
àsaúde humana (Morgante,
1991).
Tratamento
hidrotérmico
Apartir de 1992, naregião do Submédio
São Francisco, um dos
métodos alternativos -tratamento hidrotérmico (hot water dip), aceito
pelas autoridades fitossanitárias dos Estados Unidos, já está sendo
adotado comercialmente como umtratamento pós-colheita demangas
para eliminar moscas-das-frutas.
Segundo o processo do tratamento, necessita-se mergulhar as frutas
em água quente ààtemperatura de 46,1 oo
C, durante umperíodo de 75a
90 minutos, conforme opeso dafruta.
Emprega-se otempo de 75
minutos em frutas com peso até500g e90minutos para asfrutas de
501 a700g.
oocusto desse tratamento
érelativamente baixo emcomparação
com outrostratamentos alternativos. Entretanto, esse tratamento diminui
avida pós-colheita da manga. Poresta razão, precisa-se tomar cuidados
rigorosos relacionados aoponto dacolheita eaomanuseio detransporte
defrutas antes edepois do tratamento.
Recentemente, visando-se minimizar impactos ambientais, tem-se
dado importância aembalagens recicláveis, de madeira ou papelão.
utilizada para
comercialização.
Na
são empregados dois
as seguintes dimensões
355mm delargura e220 mm de
A tampa éconstituída por duas outrês ripas de 515mm x70mm
eo liquido de 22kg. Onúmero
médio defrutas por caixa éde40 para ascultivares de frutas grandes
dimensões
290mm delargura e 290mm dealtura.
tampa eoseu peso bruto é decerca de 30kg.
OO
número médio defrutas dascultivares grandes porcaixa édecerca de
Como precisa-se devolver as caixas,
nas caixas. Essas
diversas viagens durante oseu uso,
podendono máximo
caixas depapelão ondulado,
as de
aabsorver
além deapresentarem bom aspecto
resistem ao empilhamento.
ondulado tipo
oua caixa de papelão tipo peça única.
pelo menos de
assim comopara
pelas frutas
produzidas, colhidas noestádio dematuridade ideal
earmazenadas aa
temperaturas nafaixa desegurança (10 a 12 00C)e sob umidade relativa
do ar de 90%, asfrutas podem ser conservadas
durante umperíodo de
30 dias. Para proteção das frutas, recomenda-se que, antes do seu
armazenamento, sejam recobertas com uma camada fínadecera de
carnaúba. Este processo diminui aperda de água dafruta,
além de
que a cera não é uma substância tóxica.
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