Estabilidade de Fases em Processos Industriais de Polimerização
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Estabilidade de Fases em Processos Industriais de Polimerização
Estabilidade de Fases em Processos Industriais de Polimerização de Eteno a Alta Pressão Gloria Meyberg Nunes Costa TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO PROGRAMA DE PÓSGRADUAÇÃO EM ENGENHARIA INDUSTRIAL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE DOUTOR EM CIÊNCIAS EM ENGENHARIA INDUSTRIAL. Aprovada por: ________________________________________________ Prof. Marcelo Embiruçu ________________________________________________ Prof. Silvio Alexandre Beisl Vieira de Melo ________________________________________________ Prof. Emerson Andrade Sales ________________________________________________ Prof. Saul Gonçalves d'Ávila ________________________________________________ Prof. Rubens Maciel Filho ________________________________________________ Prof. Helcio Rangel Barreto Orlande SALVADOR, BA - BRASIL SETEMBRO DE 2009 COSTA, GLORIA M. N. Estabilidade de Fases em Processos Industriais de Polimerização de Eteno a Alta Pressão [Salvador] 2009. XXII, 331 p. 29,7 cm (EP/UFBA, D.Sc., Engenharia Industrial, 2009). Tese - Universidade Federal da Bahia, PEI/EP. 1. Polietileno, 2. Equilíbrio de Fases, 3. Equação de Estado, 4. Soluções Poliméricas, 5. Estabilidade de Fase, 6. Coeficiente de Atividade, 7. Separação Flash, 8. Processo Industrial, 9. Equilíbrio Sólido-Líquido, 10. Polipropileno, 11. Regras de Mistura, 12. Ponto de Turbidez, 13. Polímero, 14. Equilíbrio LíquidoVapor, 15. Equilíbrio Líquido -Líquido I. EP/UFBA II. Título (série) Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Agradecimentos Em primeiro lugar gostaria de agradecer imensamente meus orientadores professores Marcelo Embiruçu, Silvio Alexandre Beisl Vieira de Melo e Fernando Luiz Pelegrini Pessoa pela maravilhosa orientação, imensa gama de conhecimento que sempre me passaram, incentivo, ajuda, dedicação, atenção e principalmente a eterna amizade que nos une meus amigos irmãos. Agradeço pela oportunidade e ajuda de transformar em realidade um sonho. Com toda certeza vocês são exemplo de dignidade do mais alto nível, são símbolo de tudo de mais maravilhoso que um ser humano possa ter. Sou eternamente grata por tudo. Agradeço a meus filhos, Tissiana, Talita e Raoni, meu marido Pedro Luiz, minhas amigas irmãs, Zunara Leite e Rosana Melo, meus amigos e amigas pelo carinho, atenção incentivo, enfim por tudo. À Fapesb pelo apoio financeiro. A Denise Sara Key pela cooperação, ajuda e atenção na correção dos textos em inglês. iii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Dedicatória Dedico esta tese a meus filhos Tissiana, Talita, Raoni e meu marido Pedro Luiz, por tudo que representam para mim. iv Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Índice Capítulo I. Introdução I.1. Motivação e Importância 3 I.2. Os Objetivos e a Organização do Trabalho Realizado 5 Referências Bibliográficas 8 Capítulo II. Modelagem do equilíbrio de fases em sistemas poliméricos II.1. II.1.1. Introdução Descrição sucinta da planta de PEBD (PoliEtileno de Baixa 13 15 Densidade) II.1.2. Descrição sucinta da planta de PELBD (PoliEtileno Linear de 18 Baixa Densidade) II.2. II.2.1. Revisão bibliográfica Equações de estado cúbicas e regras de mistura 24 24 II.2.1.1. Regras de mistura do tipo van der Waals 26 II.2.1.2. Regras de mistura que incorporam modelos de GE 26 II.2.1.3. Modelagem de sistemas poliméricos usando equações de 32 estado que incorporam modelos de GE II.2.2. Modelos de rede 34 II.2.2.1. Equação de Sanchez e Lacombe 36 II.2.2.2. Modelagem de sistemas poliméricos usando a equação de 38 Sanchez e Lacombe II.2.3. Modelos de perturbação 42 II.2.3.1. Equações de estado para moléculas constituídas por cadeias 42 II.2.3.2. Equações de estado para fluidos que se associam 45 II.2.3.3. Equação de estado PC-SAFT 46 II.2.3.4. Modelagem de sistemas poliméricos utilizando as equações 47 SAFT e PC-SAFT II.2.4. II.3. Estabilidade de fases Modelagem Termodinâmica 52 66 II.3.1. Modelagem do equilíbrio de fases 66 II.3.2. Equações de estado 67 II.3.2.1. Equação de estado de Soave-Redlich-Kwong 67 v Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares II.3.2.1.1. Regras de mistura 68 II.3.2.1.2. Modelo de Bogdanic e Vidal para GE 71 II.3.2.2. Equação de estado de Sanches e Lacombe 73 II.3.2.3. Equação de estado PC-SAFT 75 II.3.3. II.3.3.1. II.4. Estabilidade de fases Análise da distância do plano tangente 81 81 Conclusões 88 Referências Bibliográficas 89 Capítulo III. Predição do equilíbrio líquido-vapor e do equilíbrio líquido-líquido para sistemas poliméricos: comparação de modelos de coeficiente de atividade III.1. Introduction 106 III.2. Thermodynamic models 107 III.3. Results and discussion for vapor liquid equilibrium 112 III.4. Results and discussion for liquid-liquid equilibrium 127 III.5. Conclusion 137 List of symbols 139 Greek letters 139 Superscripts 139 Subscripts 140 Abbreviations 140 References 142 Capítulo IV. Simulação da separação flash em processos industriais de polietileno: comparação das equações de estado SRK e SL IV.1. Introduction 148 IV.2. Process description 150 IV.2.1. Low-density polyethylene (LDPE) processing 150 IV.2.2. Linear low density polyethylene (LLDPE) processing 151 IV.3. Thermodynamic models 153 IV.3.1. Sanchez–Lacombe (SL) 153 IV.3.2. Soave-Redlich-Kwong equation of state 154 IV.3.3. Mixing rules 154 IV.3.3.1. van der Waals one-fluid (VDW) mixing rule [28] 154 IV.3.3.2. Wong-Sandler mixing rule 155 vi Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares IV.3.3.3. LCVM mixing rule 156 IV.3.3.4. Excess Gibbs free energy (GE) model 156 IV.4. Results and discussion 159 IV.4.1. General observations 159 IV.4.2. Assumptions used to obtain the experimental data in the 161 separation stage of the process in LDPE plant IV.4.3. Assumptions used to obtain experimental data in the separation 162 stage of the LLDPE processing plant IV.4.4. IV.4.4.1. Simulation results Binary interaction parameters of the models for simulation of 165 166 the LPS (LDPE resin) IV.4.4.2. Binary interaction parameters of the models for simulation of 168 the HPS (LDPE resin) IV.4.4.3. Binary interaction parameters of the models for simulation of 178 the IPS separator (LLDPE resin) IV.4.4.4. Comparison of the LPS overhead composition for LDPE resin 181 IV.4.4.5. Comparison of the HPS overhead and bottom compositions for 185 LDPE resin IV.4.4.6. Comparison of IPS overhead and bottom stream compositions 191 for LLDPE resin IV.4.4.7. Comparison of HPS overhead and bottom compositions for 195 LLDPE resin using parameter values estimated for LPS IV.5. Conclusions 198 List of symbols 199 Greek letters 200 Superscripts 200 Subscripts 200 References 202 Capítulo V. Modelagem do equilíbrio sólido-líquido para soluções de polietileno e poliproplileno com equações de estado V.1. Introduction 212 V.2. Thermodynamic models 214 V.2.1. Solubility basic equation 214 vii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares V.2.2. PC-SAFT equation of state 214 V.2.3. Soave-Redlich-Kwong equation of state 215 V.2.3.1. Wong-Sandler mixing rule 215 V.2.3.2. LCVM mixing rule 216 V.2.3.3. Excess Gibbs free energy (GE) model 216 V.3. V.3.1. Results and discussion 219 Experimental data and general approach to calculate solid-liquid 219 equilibrium V.3.2. Results and discussion for solid-liquid equilibrium at 223 atmospheric pressure V.3.3. Results and discussion for solid-liquid equilibrium at high 228 pressure V.4. Conclusions 243 List of symbols 245 Greek letters 246 Superscripts 246 Subscripts 246 Abbreviations 247 References 248 Capítulo VI. Cálculo da distância para a transição de fases em diagramas pressãotemperatura para soluções de polietileno VI.1. Introduction 256 VI.2. Mathematical model development 259 VI.2.1. Polymer-solvent phase behavior 259 VI.2.2. Thermodynamic model 266 VI.3. VI.3.1. Results and discussion High critical temperature solvent as the main solvent 269 269 VI.3.1.1. Calculation procedure for the LCST curve with binary systems 269 VI.3.1.2. Calculation procedure of the crystallization boundary with 271 binary systems VI.3.1.3. Calculation procedure for the LCST curve and crystallization 278 boundary with multicomponent systems viii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 VI.3.1.4. Preliminares Calculation procedure for LV and LLV curves with 280 multicomponent systems VI.3.1.5. Calculation of the distance to phase transition in pressure- 281 temperature diagrams for polyethylene solutions VI.3.2. Low critical temperature solvents: calculation procedure for the 286 UCST curve with binary systems VI.4. Conclusions 296 List of symbols 297 Greek letters 297 Superscripts 297 Subscripts 298 Abbreviations 298 References 300 Capítulo VII. Conclusões e sugestões para trabalhos futuros VII.1. Comentários Finais 306 VII.2. Sugestões para Trabalhos Futuros 309 Lista de Símbolos e Abreviaturas 311 Referências Bibliográficas 312 Apêndice A. Avaliação da estabilidade de fase pelo método de Michelsen A.1 Introdução 315 A.2 Cálculos de estabilidade para hidrocarbonetos simples com a 316 equação SRK e parâmetros de interação binária nulos A.3 Cálculos de estabilidade para hidrocarbonetos simples com as 319 equações SRK e PC-SAFT e parâmetros de interação binária estimados A.4 Cálculos de estabilidade para sistemas poliméricos com a equação 329 PC-SAFT e parâmetros de interação binária estimados A.5 Conclusões 330 Referências Bibliográficas 331 ix Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Lista de figuras Figura II.1. Fluxograma do processo de produção de polietileno a alta pressão 15 (HPPE). Planta de PEBD (Folie e Radosz [2]). Figura II.2. Fluxograma esquemático da planta PELBD. Polimerização em 19 solução. a) Bomba de alimentação do reator; b) Reator; c) Préaquecedor; d) Adsorverdor do catalisador; e) Separador de pressão intermediária (IPS, Intermediate Pressure Separator); f) Separador de baixa pressão (LPS, Low Pressure Separator); g) Silo; h) Trocador de calor (resfriador); i) Unidade de purificação de monômero [4]. Figura II.3. Diagrama de fases [6]. Figure III.1. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 22 121 experimental values for model M1. Figure III.2. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 121 experimental values for model M2. Figure III.3. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 122 experimental values for model M4. Figure III.4. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 122 experimental values for model M7. Figure III.5. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 123 experimental values for model M5. Figure III.6. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 123 experimental values for model M6. Figure III.7. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 124 experimental values for model M8. Figure III.8. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 124 experimental values for model M10. Figure III.9. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus 125 experimental values for model M11. Figure III.10. Carbon number distribution error for HDPE polymer. 136 Figure IV.1. Simplified flowsheet of a LDPE plant. 151 Figure IV.2. Simplified flowsheet of a LLDPE plant. 152 x Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Figure IV.3. Preliminares Regression of LCVM parameter λ with LDPE resin molecular 168 weight (β = Mw.10-5) for LPS. Figure IV.4. Sanchez-Lacombe parameters SL1ij and SL2ij as a function of LDPE 169 resin weight average molecular weight (Mw) and the mass ratio of polyethylene to ethylene (%Pol/%Et) for HPS, where α = log[Mw ⋅ (% Pol % Et )] . Figure IV.5. Modeling the LDPE-5: (a-top) and (b-bottom) using the normal 171 simulation (all 8 resins used in correlation estimation); (c-top) and (d-bottom) using 6 resins in the estimation of the new correlation. Figure IV.6. Modeling the LDPE-6: (a-top) and (b-bottom) using the normal 172 simulation (all 8 resins used in correlation estimation); (c-top) and (d-bottom) using 6 resins in the estimation of the new correlation. Figure IV.7. Wong-Sandler parameter WSij as a function of LDPE resin weight 176 average molecular weight (Mw) and the mass ratio of polyethylene to ethylene (%Pol/%Et) for HPS, where α = log[Mw ⋅ (% Pol % Et )] . Figure IV.8. LCVM parameter λ as a function of LDPE resin weight average 177 molecular weight (Mw) and the mass ratio of polyethylene to ethylene (%Pol/%Et) for HPS, where α = log[Mw ⋅ (% Pol % Et )] . Figure IV.9. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and 182 predicted data by SL EOS. Figure IV.10. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and 183 predicted data by SRK-LCVM EOS. Figure IV.11. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and 184 predicted data by SRK-WS EOS. Figure IV.12. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and 185 predicted data by SRK-VDW EOS. Figure IV.13. HPS overhead compositions for LDPE resin: Experimental and 187 predicted data by SL EOS. Figure IV.14. HPS bottom compositions for LDPE resin: Experimental and 188 predicted data by SL EOS. Figure IV.15. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and 190 predicted data by SRK-LCVM EOS. xi Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Figure IV.16. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and 191 predicted data by SRK-WS EOS. Figure IV.17. IPS overhead compositions for LLDPE resin: Experimental and 192 predicted data by SL EOS. Figure IV.18. IPS bottom compositions for LLDPE resin: Experimental and 193 predicted data by SL EOS. Figure IV.19. IPS overhead compositions for LLDPE resin: Experimental and 194 predicted data by SRK-WS EOS. Figure IV.20. IPS bottom compositions for LLDPE resin: Experimental and 194 predicted data by SRK-WS EOS. Figure IV.21. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and 195 predicted data by SRK-LCVM EOS with parameter λ estimated from low and high pressure plant data. Figure IV.22. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and 196 predicted data by SRK-WS EOS with parameter WSij estimated from low and high pressure plant data. Figure IV.23. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and 197 predicted data by SL EOS with parameters estimated from low and high pressure plant data. Figure V.1. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: 234 (a) Mw = 7000; (b) Mw = 23625; (c) Mw = 52000. Figure V.2. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: 236 (a) Mw = 7000, wt=2 and 2.7; (b) Mw = 7000, wt=7.4 and 17.5; (c) Mw = 13600, wt=0.25 and 2; (d) Mw = 13600, wt=5 and 10; (e) Mw = 23625, wt=2 and 6.9; (f) Mw = 23625, wt=17. Figure V.3. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: 237 (a) Mw = 42900; (b) Mw = 52000; (c) Mw = 59300; (d) Mw = 119600. Figure V.4. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: 238 (a) Zoom on Figure V.2c; (b) Zoom on Figure V.2d; (c) Zoom on Figure V.3a; (d) Zoom on Figure V.3a. Figure V.5. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + pentane system 239 (Mw = 121000). xii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Figure V.6. Preliminares Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethylene system: 239 (a) Mw = 7000; (b) Mw =23625. Figure VI.1. Schematic pressure-temperature diagram for an amorphous and 260 monodisperse hydrocarbon polymer-solvent binary system [17]: (A) Complete diagram; (B) Details of LCST and UCST curves for a polymer solution. Figure VI.2. Estimated P-T diagram for the system ethylene/polyethylene [19]. 262 Figure VI.3. Estimated P-T diagram for the system n-hexane/polyethylene [19]. 262 Figure VI.4. Polyethylene-solvent phase diagram [13]. 264 Figure VI.5. Process operating conditions relative to polymer/solvent phase 265 diagram [21]. Figure VI.6. Phase diagrams for LLDPE (Mw=15500) + n-hexane. 273 Figure VI.7. Phase diagrams for LLDPE (Mw=51480) + n-hexane. 274 Figure VI.8. Phase diagrams for LLDPE (Mw=52000) + n-hexane. 275 Figure VI.9. Phase diagrams for LLDPE (Mw=67100) + n-hexane. 276 Figure VI.10. Phase diagrams for LLDPE (Mw=124000) + n-hexane. 277 Figure VI.11. Phase diagrams for LLDPE (Mw=177000) + n-hexane: (a) to (d); 278 and for LLDPE (Mw=382800) + n-hexane: (e) and (f). Figure VI.12. Phase diagrams for LLDPE (Mw=52000) + n-hexane+ ethylene. 281 Figure VI.13. 3D plot (temperature-polymer fraction-pressure) for LLDPE 285 (Mw=15500) + n-hexane. Figure VI.14. 3D plot (temperature-polymer fraction-pressure) for LLDPE 286 (Mw=52000) + n-hexane. Figure VI.15. 3D plot (temperature-polymer fraction-pressure) for LLDPE 286 (Mw=124000) + n-hexane. Figure VI.16. Phase diagrams for LLDPE + ethylene (a) Mw=21000, (b) 290 Mw=42000. Figure VI.17. Phase diagrams for LLDPE (Mw=52000) + ethylene. 291 Figure VI.18. Phase diagram for LLDPE + ethylene (Mw=53000). 292 Figure VI.19. Phase diagrams for LLDPE (Mw=55000) + ethylene. 292 Figure VI.20. Phase diagrams for LLDPE (Mw=58000) + ethylene. 293 Figure VI.21. Phase diagrams for LLDPE (Mw=118000) + ethylene. 294 xiii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Lista de tabelas Tabela II.1. Constantes para as integrais – equação de estado PC-SAFT 79 Table III.1. Models: identification and application 107 Table III.2. Number of systems and data points contained in the database used 113 for finite concentration calculations Table III.3. Mean percentage deviation between experimental and predicted 115 solvent activities at finite concentration Table III.4. Summary of prediction results of finite activity coefficients by 118 different models for polymer-solvent systems Table III.5. Database used for infinite dilution calculations 120 Table III.6. Summary of results of infinite dilution activity coefficients 126 calculated by different models for polymer-solvent systems Table III.7. Database used for liquid-liquid equilibrium calculations 128 Table III.8. Comparison between calculated and experimental LLE data 130 Table III.9. Comparison between M4 and M5 models according to the polymer 133 Table III.10. Comparison between M3 and M2 models according to polymer 133 Table III.11. Comparison between M7 and M9 models according to polymer 134 Table III.12. Comparison between calculated and experimental LLE data for M9 135 model – extra database Table IV.1. Identification of the models and their parameters 160 Table IV.2. LDPE molecular weight and separators operational conditions 162 Table IV.3. LPDE feed range composition in the HPS and LPS separators 162 Table IV.4. LLDPE resins and IPS operational conditions 164 Table IV.5. LLDPE feed range composition in the IPS separator 165 Table IV.6. Pure component or segment parameters used in Sanchez–Lacombe 165 EOS Table IV.7. Binary interaction parameters of EOS used for LPS simulation 167 (LDPE resin with any solvent) Table IV.8. Binary interaction parameters of EOS used for HPS simulation 168 (LDPE resin) Table IV.9. Polymer polydispersity caracterization 174 xiv Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Table IV.10. Preliminares Comparison between monodisperse and polydisperse results using 175 Sanchez-Lacombe EOS Table IV.11. Binary interaction parameters of EOS used for IPS simulation 180 (LLDPE resin) Table V.1. Data points contained in the database used for solid - liquid 221 calculations at atmospheric pressure Table V.2. Data points contained in the database used for solid-liquid 223 calculations at high pressure Table V.3. Maximum percentile temperature error for non-associated systems 225 in solid-liquid equilibrium at atmospheric pressure Table V.4. Maximum percentile temperature error for associated systems in 225 solid-liquid equilibrium at atmospheric pressure Table V.5. Parameter correlation with temperature for non-associated systems 227 in solid-liquid equilibrium at atmospheric pressure Table V.6. Correlation coefficients for parameter correlation for non-associated 228 systems in solid-liquid equilibrium at atmospheric pressure Table V.7. Average percentile temperature error and averaged parameters for 230 solid-liquid equilibrium at high pressure Table V.8. PC-SAFT parameter correlation at high pressure 231 Table V.9. SRK+LCVM parameter correlation at high pressure 232 Table V.10. Average percentile temperature error obtained with correlated 233 parameters for solid-liquid equilibrium at high pressure Table V.11. Polyethylene + propane temperature calculation with SRK+WS 240 model without correlating adjusted parameters with molecular weight and polymer concentration Table V.12. Polyethylene + propane temperature calculation with correlated 242 parameters Table VI.1. Experimental cloud point data for polyethylene and n-hexane 270 system (some of these data are used to parameter estimation and other are used only to correlation validation) Table VI.2. Experimental data used to generate the cloud point (LCST), LV and 279 LLV for polyethylene, hexane and ethylene system xv Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Table VI.3. Preliminares Experimental cloud point data for polyethylene and ethylene system 287 (some of these data are used to parameter estimation and other are used only to correlation validation) Table VI.4. PC-SAFT parameter coefficient for polyethylene and ethylene 289 systems Tabela A.1. Dados experimentais utilizados na avaliação do método de 317 Michelsen Tabela A.2. Resultados da aplicação do método de estabilidade de Michelsen 321 para sistemas simples (equações de estado: SRK e PC-SAFT) Tabela A.3. Resultados da aplicação do método de estabilidade de Michelsen 325 para sistemas simples (equação de estado SRK) xvi Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Resumo da Tese apresentada ao PEI/UFBA como parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Doutor em Ciências (D.Sc.) Estabilidade de Fases em Processos Industriais de Polimerização de Eteno a Alta Pressão Gloria Meyberg Nunes Costa Setembro/2009 Orientadores: Marcelo Embiruçu Silvio Alexandre Beisl Vieira de Melo Fernando Luiz Pellegrini Pessoa Programa: Engenharia Industrial Embora os polímeros possuam uma larga faixa de aplicações, a modelagem do equilíbrio de fases de sistemas poliméricos permanece ainda uma tarefa desafiadora. A previsão precisa do equilíbrio de fases de misturas poliméricas necessita de modelos termodinâmicos que sejam capazes de lidar com grandes diferenças de tamanho entre as moléculas e de levar em conta grandes desvios do comportamento ideal em largas faixas de condições de operação. A habilidade em modelar e prever equilíbrios de fase em sistemas poliméricos é importante em todas as fases da produção e do processamento dos polímeros, e é essencial para controlar as propriedades finais e de processamento deste material. O sucesso da simulação das fases em equilíbrio depende da predição correta do número e das composições das fases presentes a uma dada temperatura, pressão e composição global. O principal objetivo desta tese é descrever o equilíbrio de fases entre o polietileno e o solvente em cada uma das etapas de processamento de processos de produção de polietileno a alta pressão. O estudo inclui também descrever as fronteiras que envolvem várias regiões distintas nas quais existem diferentes combinações de fases sólida, líquida e gás em condições de equilíbrio. Para assegurar condições operacionais em uma determinada fase (descrita por uma temperatura e pressão específicas) e monitorar a faixa destas variáveis para manter estas condições, foi desenvolvida uma estratégia para calcular a distância entre um ponto operacional (pressão e temperatura) e xvii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares o ponto correspondente na interface, fixados o peso molecular do polímero e a fração em peso. Os comportamentos de equilíbrio líquido-vapor, líquido-líquido e sólidolíquido são investigados exaustivamente, através de dados experimentais da literatura e de uma aplicação industrial de interesse, e avaliados com quatro modelos diferentes, baseados nas equações de estado Sanchez-Lacombe e PC-SAFT e na equação cúbica de Soave-Redlich-Kwong. Esta última equação é testada com duas regras de mistura diferentes, LCVM e Wong-Sandler, incorporadas com o modelo Bogdanic e Vidal de coeficiente de atividade. xviii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Abstract of Thesis presented to PEI/EP/UFBA as a partial fulfillment of the requirements for the degree of Doctor of Science (D.Sc.) Phase Stability in High Pressure Ethylene Polymerization Industrial Processes Gloria Meyberg Nunes Costa September/2009 Advisors: Marcelo Embiruçu Silvio Alexandre Beisl Vieira de Melo Fernando Luiz Pellegrini Pessoa Programme: Industrial Engineering Although polymers are found in a wide spread range of applications, modeling phase equilibria of polymer systems still remains a challenging task. Accurate predictions of phase equilibria of polymer mixtures require thermodynamic models that are able to deal with large size differences between molecules and also to account for strong deviations from ideal behavior over a wide range of operational conditions. The ability to model and predict phase equilibria in polymer systems is important in all stages of polymer manufacturing and processing and it is essential for controlling the processing and final properties of the polymer. The success in phase equilibrium simulation depends on the correct prediction of the number and the compositions of the actual phases present at a given temperature, pressure and overall mixture composition. The main objective of this thesis is to describe the polyethylene-solvent phase equilibrium in each one of the production and processing steps of high pressure polyethylene processes. The study also includes describing the boundaries that separate several distinct regions where different combinations of solid, liquid and gas phases exist under equilibrium conditions. In order to guarantee the operational conditions at a specified phase (described by specific pressure and temperature) and to monitor the range of these variables with the purpose of keeping these operational conditions, a strategy was developed to calculate the distance between an operational point (specified through pressure and temperature) and its corresponding point in the interface, for a xix Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares fixed molecular weight of the polymer and a fixed weight fraction. Vapor-liquid, liquidliquid and solid-liquid equilibria behaviors are thoroughly investigated through literature experimental data and through an interesting industrial application, and these equilibria are evaluated with four different models based on Sanchez-Lacombe and PC-SAFT equations of sate and on Soave-Redlich-Kwong cubic equation of state. This last equation of state is tested with two different mixing rules, LCVM and Wong-Sandler, coupled with the Bogdanic and Vidal activity coefficient model. xx Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares Lista de Publicações Artigos em periódicos indexados: • Costa, G. M. N.; Dias, T.; Cardoso, M.; Guerrieri, Y.; Pessoa, F. L. P.; Vieira de Melo, S. A. B.; Embiruçu, M. Prediction of vapor-liquid and liquid-liquid equilibria of polymer systems: comparison of activity coefficients models. Fluid Phase Equilibria, v. 267, p. 140-149, 2008. • Costa, G. M. N.; Guerrieri, Y.; Kislansky, S.; Pessoa, F. L. P.; Vieira de Melo, S. A. B.; Embiruçu, M. Simulation of flash separation in polyethylene industrial processing: comparison of SRK and SL equations of state. Industrial Eng. Chem. Research, accepted. • Costa, G. M. N.; Kislansky, S.; Oliveira, L. C.; Pessoa, F. L. P.; Vieira de Melo, S. A. B.; Embiruçu, M. Modeling solid-liquid equilibrium for polyethylene and polypropylene solutions with equations of state. Fluid Phase Equilibria, submitted. • Costa, G. M. N.; Kislansky, S.; Pessoa, F. L. P.; Vieira de Melo, S. A. B.; Embiruçu, M. Calculation of pressure-temperature diagrams and distance to phase transition for polyethylene solutions. Industrial Eng. Chem. Research, submitted. Artigos completos em anais de congresso: • Costa, G. M. N.; Guerrieri, Y.; Kislansky, S.; Embirucu, M.; Vieira de Melo, S. A. B.; Pessoa, F. L. P., Modelagem do Equilíbrio Líquido-Vapor em Separador Industrial de Polietileno usando a Equação Sanchez-Lacombe. In: Anais do V Congresso Nacional de Engenharia Mecânica – CONEM (em CD-ROM), Salvador-BA, Brasil, 2008. • Costa, G. M. N.; Kislansky, S.; Embirucu, M.; Vieira de Melo, S. A. B.; Guerrieri, Y., Pessoa, F. L. P., Modeling High-Pressure Vapor-Liquid Equilibrium for Polyethylene Industrial Systems. In: 9th International Symposium on Supercritical Fluids, Arcachon, França, 2009. • Costa, G. M. N.; Guerrieri, Y.; Kislansky, S.; Vieira de Melo, S. A. B.; Embiruçu, M.; Pessoa, F. L. P., Computational Aspects for Optimization of High Pressure Phase Equilibrium for Polymer Industrial Systems. In: 10th xxi Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Preliminares International Symposium on Process System Engineering – PSE 2009, Salvador-BA, Brasil, 2009. • Costa, G. M. N.; Kislansky, S.; Guerrieri, Y.; Embiruçu, M.; Pessoa, F. L. P.; Vieira de Melo, S. A. B. High-Pressure Flash Simulation in Low-Density Polyethylene Separators. In: 8th World Congress of Chemical Engineering, Montreal, Canadá, 2009. xxii Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução CHAPTER I Chapter I. Introduction Abstract Polymeric systems, with or without chemical reactions, are in general too much complex due to molecules structure and due to the existence of many interactions between them. Thermodynamics of polymeric systems, and more specifically phase equilibria, is a fundamental aspect in many polymerization processes, since they directly influence on the characteristics of the material produced. The target of this chapter is to present and discuss the steps necessary to achieve the global objective of this thesis, which aims to investigate the phase behavior of two polyethylene production processes: low density polyethylene (LDPE) and linear low density polyethylene (LLDPE). Moreover, the features necessary to characterize a thesis work, such as importance, challenges, relevancy, novelty and original contribution of the work, are also discussed. Finally, the organization of thesis chapters is presented. Keywords polyethylene, phase equilibria, equation of state 1 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução CAPÍTULO I Capítulo I. Introdução Resumo Os sistemas poliméricos, sejam eles reacionais ou não-reacionais, são em geral muito complexos, devido à estrutura das moléculas e devido à existência de diversas interações entre elas. A termodinâmica de sistemas poliméricos, e mais especificamente o equilíbrio de fases, é um aspecto fundamental em muitos processos de polimerização, pois tem impacto direto nas características do material produzido. A finalidade deste capítulo é apresentar e discutir as várias etapas necessárias para se alcançar o objetivo geral desta tese, que é a investigação do comportamento polimérico de fase em dois processos de produção de polietileno: polietileno de baixa densidade (PEBD) e polietileno linear de baixa densidade (PELBD). Além disso, são também discutidos os aspectos relacionados à importância, aos desafios, à relevância, à contribuição e à originalidade do trabalho realizado, necessários para caracterizar uma tese de doutorado. É também apresentada a organização dos capítulos da tese. Palavras-chave polietileno, equilíbrio de fases, equação de estado 2 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução I.1. Motivação e Importância Os polímeros, devido à sua estrutura modular, adquirem propriedades físicas, químicas e térmicas específicas que os tornaram adequados para o desenvolvimento de uma larga variedade de novos materiais. Nos processos de polimerização, a demanda por produtos de alta qualidade implica na importância cada vez maior do estudo e interpretação do comportamento de fases de sistemas poliméricos. O comportamento de fases em soluções poliméricas depende fortemente das interações energéticas e da diferença de tamanho entre as moléculas de polímero e de solvente. É importante notar que ambos os efeitos sempre estão presentes e que o diagrama de fases resultante é função de qual dos efeitos é predominante a uma determinada temperatura, pressão e composição. Diferentes tipos de equilíbrio de fases estão presentes quando se trata dos processos de polimerização, dependendo do estado físico em que se encontra o meio reacional nas condições de processamento, bem como nas sucessivas etapas de separação. O equilíbrio de fases determina as composições do meio reacional, que controlam as taxas de reação de polimerização e a estrutura molecular do polímero resultante. A habilidade para modelar e prever o equilíbrio de fases em sistemas poliméricos é importante em todos os estágios de produção e processamento de polímeros, sendo essencial para controlar as suas propriedades. Portanto o conhecimento do equilíbrio de fases é um pré-requisito para o planejamento e a otimização das plantas de produção de polímeros. Uma etapa de importância vital nos cálculos de equilíbrio de fases é determinar se, de fato, múltiplas fases estão presentes. A resolução do problema da estabilidade de fase e a resolução do problema do equilíbrio de fases são desafios significativos para o entendimento fidedigno dos diversos tipos de equilíbrios envolvidos. Resinas de polietileno (PE) são uma classe geral de termoplásticos produzidos a partir do eteno. Sob diferentes pressões, temperaturas e catalisadores (dependendo do tipo de polietileno), o etileno polimeriza para formar cadeias poliméricas muito longas. Através da utilização de diferentes tipos de reatores, da configuração de múltiplos reatores ou da copolimerização com outros monômeros, diferentes tipos de resinas podem ser produzidos. Esta capacidade para a produção de uma variedade de materiais permite o uso do PE em diversas aplicações, como filmes para embalagens, recipientes rígidos para alimentos, garrafas de água e leite, brinquedos, etc. Nos últimos anos, as 3 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução aplicações do PE cresceram muito devido às melhorias nas suas propriedades óticas, mecânicas e outras propriedades físicas e químicas. Nos processos de polimerização de eteno, o comportamento de fases pode ser importante por diversas razões diferentes. Por exemplo, em certas situações a polimerização de eteno deve ocorrer em uma fase líquida homogênea, pois a taxa de reação e a subseqüente qualidade do produto é mais fácil de controlar se o fluido permanecer em uma única fase. Em outras situações é desejável o contrário, ou seja, que a reação seja levada a cabo em um meio com duas fases. Os processos industriais para produzir polietileno são contínuos, e muitos deles necessitam que a mistura polímerosolvente permaneça um fluido homogêneo até que o estágio de separação seja alcançado. Problemas de escoamento podem ocorrer se a mistura se separa antes do momento adequado, pois a fase rica em polímero tem alta viscosidade. No estágio de separação, a recuperação do etileno não reagido deve ser realizada, sendo necessário fazer com que a mistura polímero-solvente esteja na região multifásica. Outro fato relevante a ser considerado no estudo da polimerização de eteno está relacionado às condições operacionais seguras em qualquer etapa do processo, garantindo uma margem de manobra operacional. Por exemplo, se é necessária a manutenção do sistema polimérico em uma única fase, é importante conhecer quais são os intervalos de pressão e temperatura que podem ser considerados como sendo ainda factíveis de operação para a manutenção da fase única. Para a determinação deste intervalo é necessário que se conheça com precisão, além da localização das condições reinantes de operação, a curva da interface que delimita a região de uma fase da região de duas fases. 4 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução I.2. Os Objetivos e a Organização do Trabalho Realizado O objetivo geral do trabalho é desenvolver estratégias e programas computacionais que permitam determinar com segurança, para um sistema polimérico constituído por polietilenos comerciais, o número de fases em equilíbrio e as respectivas composições, sendo conhecidas: a pressão, a temperatura e a composição global. Outro aspecto relevante e complementar está relacionado ao desenvolvimento de estratégias de cálculo para determinar, em termos de pressão, temperatura e composições, ou suas combinações, a distância que o sistema polimérico se encontra da partição de fases. Na descrição do equilíbrio de fases de sistemas poliméricos, é essencial como ponto de partida uma avaliação das aplicações e dos limites de algumas equações de estado. Para efeito de comparação foi selecionada uma equação de estado que se insere na classe dos modelos de rede. Escolheu-se a equação de estado de Sanchez-Lacombe [1] devido a sua relativa simplicidade computacional e sua habilidade em descrever as características gerais dos equilíbrios líquido-vapor e líquido-líquido-vapor. O outro modelo avaliado é uma equação de estado que se enquadra nos modelos de perturbação, nesse caso a equação PC-SAFT [2]. Estas duas equações de estado são modelos projetados especificamente para moléculas de cadeia longa. De certo modo, estes dois modelos representam dois extremos de um espectro de equações de estado desenvolvidas para soluções poliméricas. Há um terceiro modelo termodinâmico considerado que não se enquadra nos moldes tradicionais. Trata-se de uma equação de estado cúbica, a equação de Soave-Redlich-Kwong (SRK) [3], porém com regras de mistura que incorporam modelos de energia livre de Gibbs em excesso (GE). As regras de mistura que foram avaliadas são as de Wong-Sandler (WS) [4] e LCVM [5]. Este trabalho encontra-se dividido em capítulos organizados de tal forma que os assuntos são apresentados com um aprofundamento gradativo no tema. Por outro lado, os capítulos são auto-consistentes, contendo os seus próprios resumos, objetivos específicos e referências bibliográficas, podendo, desta forma, serem lidos em separado. Não obstante, a fim de reforçar a continuidade do texto como um todo, um item de contextualização foi acrescido em cada capítulo, com o objetivo de ressaltar a inserção de cada capítulo no contexto da tese. Em consonância com a prática de uso intensivo e difundido da língua inglesa como meio de comunicação e divulgação, usual na comunidade científica das áreas de engenharia e tecnologia, e respeitadas as normas do PEI-UFBA, os capítulos que apresentam os principais resultados e contribuições novos 5 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução são apresentados em língua inglesa, a fim de que se possa permitir um maior impacto e um acesso mais amplo à comunidade científica internacional. Por outro lado, a fim de garantir um entendimento mínimo em língua portuguesa, todos os itens chave de cada capítulo, quais sejam, contextualização, resumo e conclusões, são também apresentados em língua portuguesa. Procedimento análogo, em relação à língua inglesa, foi adotado nos capítulos cujos textos principais estão escritos em língua portuguesa. Além disso, também buscando aderência com as normas científicas internacionais, é adotada a convenção de utilização do ponto como separador decimal, ao invés da vírgula. O Capítulo II é dividido em três itens: o primeiro está relacionado à apresentação sucinta dos dois processos alvo de nosso estudo, processo de polimerização de eteno a alta pressão (planta PEBD, PoliEtileno de Baixa Densidade) e de polimerização em solução (planta PELBD, PoliEtileno Linear de Baixa Densidade). No segundo item é apresentada revisão bibliográfica envolvendo as aplicações das equações de estado selecionadas na descrição do equilíbrio para os sistemas polietileno-solventes. Consta também a revisão da modelagem relativa à estabilidade de fases em sistemas poliméricos. No item final são detalhadas as equações relevantes empregadas na simulação do equilíbrio de fases em sistemas poliméricos. Como parte integrante do estudo realizado no cálculo do equilíbrio de fases em sistemas poliméricos está a avaliação da equação SRK com as regras de mistura de WS e LCVM. Uma primeira abordagem natural é relativa à seleção do modelo de coeficiente de atividade a ser acoplado as estas regras de mistura. Com esta finalidade foi realizado um amplo estudo dos modelos mais representativos disponíveis na literatura. No Capítulo III é apresentado um estudo exaustivo e bastante informativo dos resultados desta investigação, envolvendo os equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor para sistemas poliméricos, com dados experimentais obtidos da literatura, e comparando vários modelos de coeficiente de atividade para cálculos de equilíbrio de fases, seja em diluição finita, seja em diluição infinita. Estes resultados podem ser bastante valiosos e de bastante interesse para a comunidade científica, tanto para os pesquisadores da academia quanto para os usuários das indústrias e empresas de projeto. O Capítulo IV apresenta a modelagem termodinâmica (equilíbrio de fases) que foi utilizada para descrever os fenômenos que ocorrem em separadores dos dois processos de polimerização estudados, envolvendo uma ampla faixa de pressão. Como resultado desta etapa têm-se todo o arcabouço computacional envolvido no equilíbrio de 6 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução fases líquido-vapor e uma avaliação das limitações dos métodos e modelos, em termos de pressão e critérios de convergência das equações de estado selecionadas. A avaliação dos conceitos teóricos foi realizada modelado uma aplicação industrial de interesse, e comparando-se os resultados simulados com dados industriais. Nesta investigação foi possível se chegar a um bom resultado em um projeto relativamente ambicioso, envolvendo um grande número de soluções poliméricas bastante diversas. Além dos equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor, nos processos de polimerização de eteno é muito importante também o equilíbrio envolvendo a fase sólida, principalmente como limite inferior da faixa de temperatura do sistema reacional. No Capítulo V são apresentadas a modelagem e as simulações relativas ao equilíbrio sólido-líquido utilizando as equações de estado selecionadas, e diferentes regras de mistura, e a avaliação dos modelos foi realizada através da comparação dos seus resultados com dados experimentais da literatura para baixas e altas pressões, e uma contribuição importante deste capítulo é mostrar a bem sucedida aplicação de equações de estado na descrição do equilíbrio sólido-líquido de sistemas poliméricos. Como uma convergência dos estudos dos vários tipos de equilíbrio avaliados anteriormente, no Capítulo VI são apresentados os resultados da descrição das diversas interfaces que delimitam as regiões correspondentes aos vários tipos de equilíbrio. Portanto ficam assim estabelecidas as condições de determinação da estabilidade de fase, através de uma sistemática bastante original. Esta abordagem também fornece subsídios para se conhecer a distância que separa as condições de operação, em termos de pressão e temperatura, do limite da interface correspondente que sinaliza uma alteração na partição de fases. Este trabalho é encerrado no Capítulo VII com a apresentação das conclusões finais e sugestões para o desenvolvimento de estudos posteriores. Como forma de complementação, o Apêndice I tem o objetivo de apresentar os resultados da implementação e dos testes realizados com o método de estabilidade desenvolvido por Michelsen [6], metodologia que havia sido selecionada inicialmente para este trabalho. As equações de estado investigadas foram SRK com regra de mistura tradicional e PC-SAFT. 7 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. I – Introdução Referências Bibliográficas [ 1 ] Sanchez, I. C.; Lacombe, R. H. Statistical Thermodynamics of Polymer Solutions. Macromolecules 1978, 11, 1145. [ 2 ] Gross, J., Sadowski, G. Perturbed-Chain SAFT: an Equation of State Based on a Perturbation Theory for Chain Molecules. Ind. Eng. Chem. Res. 2001, 40, 1244. [ 3 ] Soave, G. Equilibrium Constants from a Modified Redlich-Kwong Equation of State. Chem. Eng. Sci. 1972, 27, 1197. [ 4 ] Wong, D. S. H.; Sandler, S. I. A Theoretically Correct Mixing Rule for Cubic Equation of State. AIChE J. 1992, 38, 671. [ 5 ] Boukouvalas, C.; Spiliots, N.; Coutsikos, P.; Tzouvaras, N.; Tassios, D. Prediction of Vapor-Liquid Equilibrium with the LCVM Model: a Linear Combination of the Vidal and Michelsen Mixing Rules Coupled with the Original UNIFAC and the t-mPR Equation of State. Fluid Phase Equilibria 1994, 92, 75. [ 6 ] Michelsen, M. The Isothermal Flash Problem. Part 1. Stability. Fluid Phase Equilibria 1982, 9, 1. 8 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos CHAPTER II Chapter II. Modeling phase equilibrium in polymer systems Contextualization in the Thesis The ultimate objective of this thesys is to describe pressure versus temperature diagrams for polymeric systems, especially polyethylene ones. To achieve this objective, it is necessary to carry out thermodynamic equilibria and stability calculutaions, for different kinds of equilibria, in order to assure the number and the correct types of phases in equilibrium. Reagardless of the nature of the system and the types of phases involved, the most important item in this modeling problem is the thermodynamic model chosen to describe the various steps covered in this task. The literature is plentiful of models, so that the first step is to select some models based on the experience of the researchers. Therefore, this chapter falls within the general context of this thesys, carring out a revision of thermodynamic models and stability calculation strategies applied to polymeric systems. Abstract Phase equilibrium calculations and phase stability analysis are of fundamental importance for predicting the existence of phases and their compositions in various operations and processes of chemical industry. Many different methods have been suggested in the literature. The purpose of this chapter is to present several works associated with the use of equation of state models to describe polymer phase equilibrium. In particular we select those works related to the models and polymers involved in this research. Regarding to the phase stability problem some important work are covered in this chapter. A brief description of the equations involved in polymer phase equilibria modeling is presented, as well as the standard method for solving the phase stability problem. In order to explain the different types of phase equilibria involved in this thesys, the chapter begins with a brief description of the production 9 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos processes of LLDPE (Linear Low-Density PolyEthylene) and LDPE (Low-Density PolyEthylene). Keywords polymer solution, phase stability, equation of state Conclusions Several references on equations of state PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory) and Sanchez-Lacombe have been presented and discussed. However, almost all of them are restricted to liquid-liquid and liquid-vapor equilibria evaluations and these evaluations are always constrained to a small range of concentrations. References on solid-liquid equilibrium assessment are seldomly found. It is very difficult to apprehend in this literature, even when applied to polymeric systems, which are the limits of models application as well as the numerical and convergence problems that arise are not clear. Although references on cubic equation of state coupled with Gibbs energy in excess models are routinely found, mostly applied in liquid-vapor equilibrium, there are few citations on the employment of these types of models in polymeric systems. In addition these few evaluations are always conducted at low pressure conditions. With respect to phase stability modeling, there is no convergence with the different points of view presented in the literature. Despite this fact, Michelesen method can be considered a reasonable source as an initial basis for a research in this field. 10 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos CAPÍTULO II Capítulo II. Modelagem do equilíbrio de fases em sistemas poliméricos Contextualização na Tese O objetivo último desta tese é descrever diagramas pressão versus temperatura para sistemas poliméricos, em especial com polietileno. Para alcançar este objetivo, é necessário realizar cálculos de equilíbrio termodinâmico e cálculos de estabilidade de fase, para diferentes tipos de equilíbrio, a fim de assegurar o número e tipos corretos de fases em equilíbrio. Independentemente da natureza do sistema e dos tipos de fases envolvidas, o item mais importante na modelagem do equilíbrio de fases é o modelo termodinâmico escolhido para descrever as várias etapas envolvidas nesta modelagem. A literatura de modelos termodinâmicos é abundante, portanto o primeiro passo é selecionar alguns modelos com base na experiência gerada nestas pesquisas. Portanto, dentro do contexto geral desta tese, este capítulo se insere fazendo uma revisão de modelos termodinâmicos e estratégias de cálculos de estabilidade aplicados a sistemas poliméricos. Resumo Cálculos de equilíbrio de fases e análise de estabilidade de fases são de importância fundamental para prever a formação de fases e suas composições em várias operações e processos da indústria química. Na literatura são sugeridos muitos métodos diferentes. A finalidade deste capítulo é apresentar vários trabalhos associados ao uso de modelos de equação de estado para descrever o equilíbrio de fases com polímeros. Em particular selecionamos aqueles relacionados aos modelos e polímeros envolvidos nesta pesquisa. Em relação ao problema de estabilidade de fase alguns trabalhos importantes são cobertos neste capítulo. Também é apresentada uma breve descrição das equações envolvidas na modelagem do equilíbrio de fases de polímeros e o método padrão para 11 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos resolver o problema de estabilidade de fase. Para explicar os diferentes tipos de equilíbrio de fases envolvidos neste estudo, o capítulo se inicia com uma breve descrição dos processos de polimerização para produzir PELBD (PoliEtileno Linear de Baixa Densidade) e PEBD (PoliEtileno de Baixa Densidade). Palavras-chave solução polimérica, estabilidade de fase, equação de estado 12 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos II.1. Introdução Embora os polímeros sejam utilizados em uma larga faixa de aplicações, a modelagem do equilíbrio de fase de sistemas poliméricos permanece ainda uma tarefa desafiadora. A complexidade crescente dos polímeros e dos sistemas poliméricos resultantes de novas técnicas de polimerização e novas abordagens para as suas aplicações agravam esta situação. Desde uma época passada aonde os polímeros eram usados em um estado quase puro, isto é, poucos aditivos eram usados para melhorar suas propriedades químicas e mecânicas, até o presente onde as propriedades do material polimérico podem ser adaptadas a especificações por formulação, o cálculo e a predição do equilíbrio de fases envolvendo polímero tem aumentado em complexidade, mas também em importância. A ausência de modelos adequados para calcular as propriedades e prever comportamento de fases de sistemas poliméricos transforma este procedimento de projeto em uma tarefa que consome muito tempo e é onerosa, pois é realizada em uma base de tentativa e erro. O equilíbrio de fases polímero-solvente é, de fato, um importante aspecto na produção, processamento e formulação de polímeros. Na reação de polimerização há vários compostos a serem considerados, dependendo do tipo de reação, tal como polímero, monômero não reagido, e frequentemente solvente. Os outros compostos que podem estar presentes (iniciadores, surfactantes, etc.) podem ser desprezados em termos de equilíbrio de fases, pois sua quantidade é usualmente pequena para influenciá-lo significativamente. O processamento do polímero também envolve cálculos de equilíbrio de fases em relação a como monômero não reagido e solvente podem ser separados do polímero. A descrição precisa do equilíbrio de fases de misturas poliméricas necessita de modelos termodinâmicos que sejam capazes de lidar com grandes diferenças de tamanho entre as moléculas, lidar com polímeros polidispersos, e levar em conta fortes desvios do comportamento ideal em largas faixas de condições de operação. Em um reator de polimerização, é importante conhecer em que condições de temperatura, pressão, composição e peso molecular do polímero a mistura será homogênea ou heterogênea. Na polimerização em solução, para se obter um produto com boas propriedades, e também por razões cinéticas, é importante que a mistura reacional esteja em uma única fase (de Loos et al. [1]). Em alguns casos é desejável que a reação ocorra na região de duas fases (Folie e Radoz [2]). PoliEtileno de Baixa 13 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Densidade (PEBD) produzido em um sistema de duas fases tem propriedades de filme superiores, devido à estreita faixa de distribuição de peso molecular. Algumas vezes o polímero pode se precipitar da mistura reacional e causar incrustações no reator. A produção de polietileno pelo processo a alta pressão é usualmente realizada em uma única fase (Folie e Radoz [2]). A reação é exotérmica e uma única fase é mais desejável pelo ponto de vista da remoção de calor. Também uma fase rica em polietileno é viscosa e pode formar pontos quentes no reator. Este fato pode degradar o polímero e causar reações indesejáveis no reator. A corrente de produto que sai de um reator de polimerização é normalmente uma mistura de moléculas de comprimentos de cadeia variados, monômero(s) não reagido(s), iniciador residual, moléculas de catalisador, solvente, etc. Um desafio crucial no processamento da solução de materiais poliméricos é como separar o solvente. Os solventes líquidos subcríticos são separados do polímero ou por evaporação a baixas pressões ou por diluição com um anti-solvente. Os solventes supercríticos, por outro lado, podem ser separados por expansão rápida. Esta separação por expansão rápida é muito mais rápida do que a separação anterior e fornece um grau muito maior de flexibilidade no controle da morfologia do material, por exemplo, a forma e o tamanho das partículas e poros. A separação por expansão rápida é aplicável a pares fluido supercrítico-polímero que exibem miscibilidade completa. Os pares que não exibem uma miscibilidade completa podem ser processados de acordo com uma abordagem híbrida: dissolve-se o polímero em um solvente líquido subcrítico, porém, ao invés de evaporação do solvente, a solução é pressurizada com um anti-solvente para formar um material sólido (Chan e Radosz [3]). Dependendo da utilização final, é necessária uma purificação adicional. O conhecimento do comportamento de fase da solução polimérica é importante para a realização destas etapas de uma forma econômica, e também para desenvolver métodos novos e mais econômicos. Esta abordagem introdutória explicita a importância do cálculo do equilíbrio de fases e o monitoramento do número de fases presentes em determinadas condições de pressão, temperatura e composição em sistemas poliméricos, porém sob um caráter absolutamente genérico. Para situar as especificidades dos dois processos alvo de nosso estudo, será feita a seguir uma descrição do processo de polimerização de eteno a alta 14 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos pressão (planta PEBD) e de polimerização em solução (planta PELBD, PoliEtileno Linear de Baixa Densidade). II.1.1. Descrição sucinta da planta de PEBD (PoliEtileno de Baixa Densidade) O PEBD é um dos materiais plásticos mais difundidos, sintetizados comercialmente a temperaturas relativamente altas (180-300) ºC e a pressões muito altas (1000-3000) bar, por polimerização em massa via radical livre, em etileno supercrítico. Um processo a alta pressão inclui três unidades básicas: 1) a unidade de compressão, 2) o reator, e 3) o sistema de separação do produto. A polimerização é realizada em reatores agitados tipo autoclave, com único estágio ou múltiplos estágios, ou em reatores tubulares. Um fluxograma simplificado da produção de polietileno a alta pressão (HPPE, High Pressure PolyEthylene) é mostrado na Figura II.1. Figura II.1. Fluxograma do processo de produção de polietileno a alta pressão (HPPE). Planta de PEBD (Folie e Radosz [2]). Um reator tubular de PEBD é constituído de uma tubulação metálica em espiral com uma grande razão comprimento/diâmetro. O comprimento total desse reator está entre 500 e 1500 metros, enquanto seu diâmetro interno não excede 60 milímetros. O calor da reação é removido através das paredes do reator por um fluido refrigerante que 15 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos passa pela jaqueta. Apenas cerca de metade do calor de reação é normalmente removido através das paredes do reator. Isto resulta na operação não-isotérmica do reator. Eteno, iniciador de radical livre e solvente são injetados na entrada do reator, enquanto o agente de transferência de cadeia, e quantidades adicionais de eteno e iniciador, podem ser adicionados ao longo do comprimento do reator. Reatores tipo autoclave geralmente são constituídos por vasos agitados que operam sob condições de temperatura e pressão controladas. Esses reatores são usualmente longos vasos, com uma razão comprimento/diâmetro tão grande quanto 20/1. O reator pode ser dividido em múltiplas zonas de reação, o que o caracteriza como um reator multi-zona. Condições de reação (temperatura, pressão, concentração de iniciador, etc.) podem ser ajustadas separadamente, em cada zona, para fornecer polímeros com uma ampla faixa de peso molecular. Independentemente do tipo de reator, as etapas de separação, detalhadas a seguir, são válidas. A descarga do reator é despressurizada através de uma válvula redutora de pressão para 150-250 bar, para permitir a separação do produto do etileno não reagido no separador de alta pressão (HPS, High Pressure Separator). O polímero fundido e o gás não reagido que saem da seção de reação são separados na seção de separação. Primeiro, o gás não reagido é separado por força gravitacional no HPS. O polímero vai para o fundo do vaso e o gás sai pelo topo, sendo que uma grande quantidade de gás é arrastada junto com o polímero para o fundo do separador. O gás não reagido que sai pelo topo do vaso é resfriado e, após as ceras (oligômeros) serem removidas, é reciclado para a sucção do compressor secundário, onde é novamente comprimido para a seção de reação. A corrente de fundo do HPS, rica em polímero, é encaminhada para uma segunda etapa de separação, dessa vez a pressões próximas à pressão atmosférica, em um separador de baixa pressão (LPS, Low Pressure Separator). O topo do LPS é enviado à sucção do compressor primário, de baixa pressão, e é recirculado para o reator, enquanto o etileno residual e os comonômeros dissolvidos no polímero fundido podem ser opcionalmente retirados (stripped) sob vácuo, em uma extrusora de desvolatização. Finalmente, o extrudado é granulado (“peletizado”) sob água, e as partículas são secas e estocadas em silos que são continuamente purgados com ar. Diversos aspectos termodinâmicos podem ser investigados na planta de PEBD. O estado da mistura reacional (1 ou 2 fases) é o que define a cinética de polimerização 16 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos e, portanto, a estrutura do polímero e suas propriedades de uso final. Em um reator autoclave agitado, a reação de polimerização exotérmica é usualmente conduzida em uma única fase, para facilitar a remoção do calor de reação e, dessa forma, assegurar o controle adequado da temperatura da reação e prevenir a formação de materiais com ligações cruzadas (cross-link). Além disso, a presença de uma fase rica em polímero (mais viscosa) aumenta a probabilidade de formar pontos quentes no reator, e culminar na iniciação de uma reação de decomposição explosiva. Como implicação principal da separação de fases, microgéis (micropellets) são formados, afetando a qualidade de produto gerado. Nesta região de alta viscosidade o processo se torna controlado severamente pela difusão, resultando em um rápido aumento da razão da constante da taxa de propagação em relação à constante da taxa de terminação. Como consequência, ocorre um aumento do peso molecular do polímero que, combinado com a alta exotermicidade da reação de polimerização, pode eventualmente conduzir, localmente, a reações de cross-linking. As reações de cross-linking geram minúsculos géis visíveis no filme (produto feito a partir do PEBD), causando sujeira no reator e, nos casos mais extremos, conduzindo à reação de decomposição do etileno. A despeito do exposto acima, em alguns casos é desejável que a polimerização seja conduzida na região de duas fases, separação esta provocada tipicamente em reatores autoclave, através da diminuição da pressão ou por adição de um inerte, como o N2, na mistura reacional. O PEBD produzido em sistemas com duas fases apresenta propriedades de filme superiores, devido à estreita distribuição de peso molecular e menor quantidade de ramificações de cadeia longa (Folie e Radosz [2]). Entretanto, a polimerização de eteno em um sistema de duas fases requer um maior consumo de iniciador (Folie e Radosz [2]). Uma vez que a entropia de mistura diminui com o decorrer da polimerização, a mistura supercrítica tem a tendência de se separar em duas fases. Um exemplo de uma transição de fase indesejável, em reatores tubulares a alta pressão, é a precipitação do polímero provocado pelo resfriamento da mistura reacional (devido à transferência de calor pelas paredes do reator), que antecipa a deposição de um filme de polímero nas paredes internas do reator. Portanto, é crucial conhecer a temperatura, a pressão e a composição da mistura correspondentes ao ponto de separação das fases (cloud point). 17 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos No sistema de separação do polímero do monômero não reagido, podem ser verificados diferentes tipos de transição de fases, que podem incluir equilíbrio líquidolíquido (ELL), equilíbrio líquido-vapor (ELV), equilíbrio sólido-vapor (ESV) e equilíbrio sólido-líquido (ESL). Pode ser verificado, por exemplo, ELL no HPS, no caso em que uma das fases (fase rica em solvente) seja supercrítica, ELV no LPS e na extrusora, e ESV nos silos (Folie e Radosz [2]). Os polímeros produzidos neste processo são sempre polidispersos, possuindo uma larga distribuição de peso molecular, e contêm uma fração de moléculas com baixo peso molecular (conhecidas como “ceras”) que pode ser altamente solúvel na fase rica em monômero, no HPS. Isto conduz a alterações da eficiência dos trocadores de calor do sistema de reciclo de alta pressão. Assim, alguns processos incluem uma ou mais etapas adicionais de separação de fases, sólido-líquido (SL) ou LL, no sistema de reciclo, para remover as ceras da corrente de recirculação de monômero. Na realidade, enfrenta-se um problema de otimização difícil, uma vez que a pressão no HPS deveria ser alta o bastante para reduzir o custo da recompressão de etileno, e, ao mesmo tempo, baixa o suficiente para reduzir a solubilidade de cera na fase rica em monômero e a solubilidade de monômero na fase rica em polímero. II.1.2. Descrição sucinta da planta de PELBD (PoliEtileno Linear de Baixa Densidade) Polietileno linear de baixa densidade é um material plástico bastante difundido, sintetizado comercialmente em temperaturas relativamente altas (200-300) ºC e pressões moderadas (100-300) bar, através da polimerização em solução. Na fabricação comercial de PELBD, em solução, uma alfa-olefina maior, geralmente 1-buteno, 1hexeno ou 1-octeno, é usada como comonômero. O reator é alimentado com uma mistura de monômero (etileno), comonômero, catalisador (na verdade uma mistura de catalisadores), co-catalisador (na verdade também uma mistura de co-catalisadores) e hidrogênio, no solvente (cicloexano). Além do PELBD, esta planta é capaz de produzir PEAD (PoliEtileno de Alta Densidade) e PEMD (PoliEtileno de Média Densidade), a depender da quantidade e tipo de comonômero (1-buteno e 1-octeno) adicionado no reator. Um fluxograma simplificado do processo é mostrado esquematicamente na Figura II.2. 18 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Figura II.2. Fluxograma esquemático da planta PELBD. Polimerização em solução. a) Bomba de alimentação do reator; b) Reator; c) Pré-aquecedor; d) Adsorverdor do catalisador; e) Separador de pressão intermediária (IPS, Intermediate Pressure Separator); f) Separador de baixa pressão (LPS, Low Pressure Separator); g) Silo; h) Trocador de calor (resfriador); i) Unidade de purificação de monômero [4]. O etileno e o comonômero são inicialmente purificados, e antes de serem enviados para os reatores são absorvidos em cicloexano, pressurizados e condicionados termicamente para as condições de reação. Na seção de reação, uma solução catalítica é injetada para propiciar a polimerização do eteno e do comonômero. No processo existem três reatores onde o monômero e o comonômero são combinados para produzir polietileno. As condições de operação do sistema são ajustadas para cada tipo de polímero, a depender das propriedades desejadas: densidade, índice de fluidez (MI, Melt Index) e distribuição do peso molecular. Cada passagem no processo resulta em cerca de 95% de conversão do eteno em polietileno. Na saída do reator é introduzido um desativador do catalisador, de forma a assegurar o término da reação de polimerização [4]. Na combinação destes três reatores em variadas configurações (série ou paralelo), é possível alterar a distribuição do peso molecular de estreita a larga. A reação de polimerização é altamente exotérmica. Todos os módulos de reação operam 19 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos adiabaticamente e, portanto, existe um incremento substancial de temperatura na mistura reacional ao longo do sistema de reação. O calor de reação fornece a maior parte do calor necessário para favorecer a separação de fases (seção de separação). Algumas resinas, entretanto, necessitam de uma carga térmica adicional, que é suprida pelo préaquecedor. A solução polimérica proveniente da seção de reação é aquecida no préaquecedor, com a finalidade de absorver o calor necessário para a separação de fases (flash). Daí segue para os adsorvedores onde o catalisador é removido e finalmente vai para os separadores onde o cicloexano, o eteno e o comonômero não reagidos são separados do polímero no separador de pressão intermediária (IPS, Intermediate Pressure Separator). Para que a remoção do catalisador seja feita, ele deve ser previamente desativado. Saindo do IPS, o polímero, ainda contaminado pelo solvente, é encaminhado para o LPS. No primeiro estágio, no IPS, a pressão do sistema é reduzida para valores em torno de 30 kgf/cm2 (Cheluget et al. [5] ). Nesta etapa, a maioria do cicloexano (e do 1octeno, quando presente) vaporiza, saindo na corrente gasosa, de topo, do IPS. A solução que sai no fundo contém aproximadamente de 40 a 60% de polietileno e cicloexano, em massa. Se a pressão for elevada, a quantidade de solvente na fase líquida aumenta, diminuindo o fluxo de topo para a área de reciclo, e aumentando a vazão de alimentação para o separador de baixa pressão. Ocorre, também, um aumento da densidade da fase vapor e uma maior quantidade de cera (polímero com baixo peso molecular) sai pelo topo. Se a pressão for reduzida, uma maior quantidade de vapor quente sai pelo topo e alimenta a área de reciclo, reduzindo as necessidades de aquecimento, tendo em vista o acréscimo do conteúdo energético da corrente. O LPS é formado por dois estágios, separados entre si por um prato perfurado, cuja função é proporcionar a deposição de resina no primeiro estágio. A solução polimérica proveniente do fundo do IPS, após sofrer redução de pressão, alimenta o primeiro estágio do LPS, com redução de pressão. Solvente e componentes mais leves que vaporizaram saem pelo topo, e o polímero em estado pastoso sai pelo fundo. O polímero que é acumulado no fundo do vaso alimenta a extrusora, onde é extrudado e granulado (“pelletizado”). 20 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos O diagrama de fases para o sistema polietileno/cicloexano é mostrado na Figura II.3 [6]. Este diagrama representa a pressão do sistema versus a temperatura e engloba as regiões de operação da síntese de PELBD, desde o reator até o separador de baixa pressão (LPS). O diagrama pode ser dividido em 5 zonas. Na Zona 1, abaixo de 100 ºC e acima da curva de pressão de vapor, existem duas fases: polímero sólido + solvente líquido. Desta forma, o meio reacional seria constituído por duas fases (1 rica em polímero e 1 rica em solvente), o que desfavorece a troca térmica do reator, contribuindo com a formação de pontos quentes e dificultando o controle de temperatura. O processo nunca deve ser operado nesta região. Na Zona 2, abaixo de 100 ºC e abaixo da curva de pressão de vapor, as duas fases são: polímero sólido e solvente gasoso. Em torno de 100 ºC, o polímero se torna pegajoso. Acima de 100 ºC e acima da curva de pressão de vapor, há uma única fase contendo polímero dissolvido em solvente (Zona 3). Abaixo da curva de pressão de vapor (A), existe uma região de duas fases, sendo uma fase líquida rica em polímero e uma fase gás rica em solvente (Zona 4). A linha de separação (B), que é determinada experimentalmente, define a pressão e a temperatura nas quais a solução polimérica com uma única fase irá mudar para duas fases. A temperaturas abaixo da temperatura critica, Tc, existe a Zona 5, que consiste em duas fases, uma fase líquida rica em solvente e uma fase líquida rica em polímero. Esta zona deve ser evitada no processo, pois ela cria dificuldades na medição de nível. Acima da temperatura crítica, o gás rico em solvente e a fase líquida rica em polímero se tornam uma única fase. Na planta PELBD a reação deve ser conduzida em apenas uma fase e os vasos separadores devem ser operados na região de formação de duas fases, uma fase vapor e outra líquida. 21 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Figura II.3. Diagrama de fases [6]. Após o adsorvedor, a pressão é reduzida no IPS, que opera na área D do lado direito da Zona 5 (triangular). O LPS opera na área E, em pressões próximas à pressão atmosférica. Para evitar a Zona 5, a pressão no IPS não deve ser muito alta. Alta pressão no IPS resulta em um sistema de única fase e dissolve mais cera na fase de topo. A 900 psia no IPS, mais de 1% de polímero dissolvido na corrente de topo pode ser arrastado, causando graves problemas na área de destilação. No IPS, quando operado a uma pressão reduzida, a densidade da solução polimérica decresce, o polímero precipita e o separador apresenta duas fases. De forma semelhante, se a temperatura aumenta, a densidade decresce e o polímero precipita. Outro parâmetro que afeta a densidade é o teor de 1-buteno ou etileno. A pressão da solução polimérica deve ser ajustada de acordo com o teor de 1-buteno e eteno na 22 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos solução, para evitar que se formem duas fases antes, ou três fases no IPS. A pressão da solução polimérica no vaso separador deve ser mantida em um valor tal que ocorra somente a formação de duas fases neste equipamento. Considera-se que a concentração do polímero na fase gasosa pode ser desprezada. Assim, quanto melhor for a descrição do equilíbrio de fases fornecida pela equação de estado, melhor será o desempenho do modelo global. 23 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos II.2. Revisão bibliográfica Uma quantidade substancial de trabalho tem sido realizada para a compreensão do comportamento de fase de misturas poliméricas, tanto do ponto de vista experimental como teórico. Os experimentos, além de fornecer dados importantes, permitem a avaliação de modelos de equação de estado para a correlação e/ou predição do comportamento de fases. Um modelo, por outro lado, pode reduzir significativamente a quantidade de esforço experimental e orientar o experimentalista na direção correta. Para sistemas poliméricos a altas pressões, os modelos termodinâmicos podem ser divididos em três grandes grupos: • Equações de estado cúbicas; • Modelos de rede; • Modelos de perturbação. II.2.1. Equações de estado cúbicas e regras de mistura O primeiro grupo de modelos para a descrição do comportamento de fases (através do cálculo da constante de equilíbrio) corresponde às equações de estado do tipo van der Waals, conhecidas como equações cúbicas, tanto nas suas formas originais quanto nas suas formas modificadas. São modelos extremamente simples e eficientes para correlação dos dados experimentais. Neste grupo destacam-se as variações da equação de Redlich-Kwong, especialmente a de Soave-Redlich-Kwong (SRK) [7] e a de Peng-Robinson (PR) [8], que podem calcular, frequentemente com sucesso, o equilíbrio líquido-vapor para fluidos normais e misturas. Porém, a aplicação da equação de estado cúbica para misturas poliméricas não é imediatamente óbvia, ou seja, não segue os procedimentos padrão, pois o método convencional de calcular os parâmetros puros das equações de estado cúbicas necessita de propriedades críticas e de pressão de vapor que não são disponíveis para polímeros. A primeira tentativa de aplicar a equação SRK para polímeros foi feita por Sako et al. [9] para calcular o equilíbrio líquido-vapor a alta pressão do sistema polietilenoetileno. Para vencer o problema do cálculo do parâmetro puro para o polímero, Sako et al. [9] calcularam o parâmetro de atração a da equação SRK usando a fórmula de dispersão de London, e extrapolaram os valores do parâmetro de covolume b a partir de 24 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos dados de n-alcano. Para levar em conta graus de liberdade externos, eles também adicionaram um terceiro parâmetro c, cujos valores foram ajustados com dados de densidade. A equação de Sako et al. [9] foi usada com relativo sucesso por Tork et al. [10] para o cálculo do equilíbrio de fases em sistemas binários e ternários de poliolefinas. Os cálculos foram feitos para equilíbrio de fases a alta pressão em sistemas etileno-polietileno e para equilíbrio líquido-líquido em sistemas contendo ou polietileno de alta densidade ou copolímero polietileno-polipropileno. Os cálculos para o sistema copolímero/solvente foram comparados com aqueles fornecidos pelo uso da equação SAFT (Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatístico de fluido associativo). As duas equações de estado podem descrever os comportamentos UCST (Upper Critical Solution Temperature, temperatura crítica superior da solução) e LCST (Lower Critical Solution Temperature, temperatura crítica inferior da solução), bem como U-LCST, com precisão semelhante. Enquanto que na equação SAFT o parâmetro de interação binária é independente da temperatura, no caso da equação de Sako et al. [9] este parâmetro é considerado como uma função da temperatura. Além disso, é investigado o uso da equação de Sako et al. [9] na influência de um gás inerte sobre a LCST para o sistema polietileno/hexano. A polidispersão de diferentes polietilenos é considerada nos cálculos de equilíbrio de fases usando pseudocomponentes escolhidos pelos momentos das distribuições experimentais de peso molecular. Para os sistemas de polietileno investigados, a capacidade de predição e previsão da equação de Sako et al. [9] é semelhante à de SAFT. Kontogeorgis et al. [11] usaram a equação de estado de van der Waals para correlacionar dados de equilíbrio líquido-vapor para soluções poliméricas. Eles propuseram um método para calcular os parâmetros de interação a e de co-volume b da equação de estado para polímeros, a partir de dois dados volumétricos a baixa pressão. Tanto o parâmetro a como o parâmetro b (assumido como independente da temperatura) podem ser expressos analiticamente usando dois volumes molares experimentais, cada um em uma temperatura diferente. A pressão na equação de van der Waals é considerada então igual a zero. Os parâmetros a e b são funções lineares do peso molecular. Para a aplicação em soluções poliméricas, foram usadas as regras de mistura de um fluido de van der Waals para os parâmetros a e b, bem como as regras de combinação clássicas. Com apenas um parâmetro binário ajustado, a equação de estado de van der Waals é capaz de correlacionar as pressões de equilíbrio para várias soluções 25 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos de polietileno e poliisobutileno com boa precisão. Porém, são quase sempre necessários grandes valores negativos dos parâmetros de interação binária, fora da realidade, indicando que este procedimento, embora empiricamente bem sucedido, não possui uma base física significativa. Para soluções aproximadamente atérmicas, a regra de combinação de Berthelot (Prausnitz et al. [12]) foi adotada e o parâmetro de interação binária foi predito por uma função simples do peso molecular do solvente. Desta maneira, eles obtiveram resultados satisfatórios. O desempenho das equações de estado cúbicas está diretamente relacionado com a eficiência das regras de mistura em representar o equilíbrio de fases a altas pressões. Basicamente, as regras de mistura podem ser divididas em duas classes: regras de mistura do tipo van der Waals e regras de mistura que incorporam modelos de GE. II.2.1.1. Regras de mistura do tipo van der Waals As regras de mistura do tipo van der Waals utilizam observações do comportamento experimental de diferentes sistemas como base para o desenvolvimento de equações semi-empíricas, por exemplo: Adachi e Sugie [13]; Panagiotopoulos e Reid [14] e Schwartzentruber et al. [15]. Estas regras normalmente têm por objetivo resolver problemas específicos, e o número de parâmetros de interação binária é bastante variável. II.2.1.2. Regras de mistura que incorporam modelos de GE De maneira semelhante à modelagem convencional de equilíbrio de fases, há duas ferramentas básicas de modelagem disponíveis para o tratamento de misturas polímero-solvente: modelos de energia livre de Gibbs em excesso (GE) (ou modelos de coeficiente de atividade) e modelos de equação de estado. Há uma abundância de modelos em cada categoria, e frequentemente a seleção do melhor modelo para um projeto específico pode ser difícil. O processo de seleção de modelo é, além disso, complicado, pois modelos de coeficiente de atividade e de equação de estado possuem capacidades diferentes de extrapolar dados em relação à pressão e à temperatura. Eles também se comportam diferentemente na predição de equilíbrio líquido-vapor a partir de outras propriedades medidas como, por exemplo, o coeficiente de atividade na diluição infinita de polímero em solvente. 26 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Nas duas últimas décadas surgiram métodos que permitem a combinação de modelos de coeficiente de atividade com equações de estado. Esses métodos são boas ferramentas para correlação/predição de equilíbrio de fases de misturas convencionais, e podem ser promissores para misturas que contenham polímero. Além disso, sua existência permite estudar um modelo de coeficiente de atividade de duas maneiras: primeiro como um modelo convencional de coeficiente de atividade (isto é, na abordagem convencional γ-φ); segundo como parte de uma equação de estado. Em geral, os modelos de coeficiente de atividade são considerados mais flexíveis para acomodar o comportamento de fase altamente complexo. Modelos de equação de estado, por outro lado, podem levar em conta efeitos de compressibilidade de uma maneira termodinamicamente mais consistente, e são mais úteis a pressões mais altas. O trabalho de Huron e Vidal [16], pioneiro neste campo do conhecimento, consiste em incorporar um modelo de energia livre de Gibbs em excesso a uma regra de mistura. Seu método se baseia em três suposições. A primeira: a energia livre de Gibbs em excesso calculada a partir de uma equação de estado na pressão infinita é igualada à energia livre de Gibbs em excesso calculada a partir de um modelo de coeficiente de atividade para a fase líquida. Na segunda suposição, o parâmetro de co-volume b é igualado ao volume na pressão infinita. Na terceira suposição, o volume em excesso é igualado a zero. Huron e Vidal [16] mostraram que sua regra de mistura fornece bons resultados para misturas não ideais. Soave [17] mostrou que a regra de Huron e Vidal representa uma melhoria em relação às regras de mistura quadráticas clássicas e torna possível correlacionar o equilíbrio líquido-vapor para sistemas altamente não ideais, com boa precisão. A regra de mistura de Huron e Vidal foi também aplicada a uma variedade de sistemas polares e assimétricos: Adachi e Sugie [18]; Gupte e Daubert [19]; Heidemann e Rizvi [20]; dentre outros. A regra de mistura de Huron e Vidal possui algumas características indesejáveis, tais como: não reproduz a dependência quadrática do segundo coeficiente virial (DQSCV) com a composição, a baixa pressão; não tem poder preditivo, já que os parâmetros do modelo de coeficiente de atividade estimados a baixa pressão são reestimados a alta pressão; e, além disso, estes parâmetros mostram-se dependentes da temperatura. Várias propostas [21, 22] tentaram vencer estas dificuldades, porém sem sucesso. 27 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Mollerup [23] sugeriu um método alternativo ao de Huron e Vidal, assumindo que o volume em excesso é nulo, a baixa pressão, e que as energias livres de Gibbs em excesso calculadas por uma equação de estado e por um modelo de coeficiente de atividade podem ser igualadas nesta condição. Dessa forma, os parâmetros do modelo de coeficiente de atividade não precisariam ser re-estimados, desde que as condições de pressão e temperatura do sistema correspondessem àquelas em que os ditos parâmetros foram ajustados. Porém, o fato de não poder ser aplicada a fluidos supercríticos, aliado à dificuldade de calcular uma raiz (da equação de estado) para a fase líquida, à pressão zero, restringiu muito a possibilidade de aplicação desta metodologia. Heidemann e Kokal [24] seguiram a mesma linha de Mollerup [23], ou seja, consideraram o estado de referência como sendo a pressão zero, procurando, contudo, contornar o problema de cálculo da raiz para a fase líquida nesta condição. Uma grande contribuição deste método foi a concepção de um procedimento de extrapolação, na pressão do sistema, que permitisse o cálculo para temperaturas próximas e acima do ponto crítico. Vale dizer, porém, que a metodologia proposta prevê a solução de uma equação transcendental durante o cálculo da regra de mistura. Estudos comparativos demonstraram um melhor desempenho da regra de Heidemann e Kokal em relação à regra de Huron e Vidal [16]. Paralelamente a Heidemann e Kokal [24], uma metodologia bastante semelhante foi proposta por Michelsen [25], cuja diferença principal foi quanto à forma de extrapolação adotada para componentes supercríticos. Neste caso, a regra de mistura também é gerada resolvendo-se uma equação transcendental. O modelo SRK–Wilson (usando a equação de estado SRK e o modelo Wilson para o coeficiente de atividade), obtido segundo este método, foi testado para o cálculo do envelope de fases, incluindo os pontos críticos, e para o cálculo de diagramas de fases a alta pressão, sem re-estimar os parâmetros do modelo de Wilson, dando bons resultados. Michelsen [26] modificou seu próprio método, colocando a regra de mistura em uma forma explícita, isto é, eliminando a exigência de resolução da equação transcendental. O ônus dessa modificação foi apenas não garantir a exata reprodução do modelo de GE a baixas temperaturas. Assim, impondo-se uma função linear para a regra de mistura ao parâmetro a, foi obtida uma expressão semelhante à de Huron e Vidal [16], denominada por isso, de Huron e Vidal modificada de primeira ordem (MHV1, Modified Huron e Vidal 1). 28 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Dahl e Michelsen [27] descobriram que a substituição da forma linear, obtida em MHV1, por uma aproximação quadrática, melhora sensivelmente a reprodução do modelo de GE. A regra de mistura resultante, uma modificação de Huron e Vidal de segunda ordem, ficou conhecida como MHV2 (Modified Huron e Vidal 2), sendo mantida a regra linear para o parâmetro de co-volume b. A MHV2, assim como a regra de mistura de Huron e Vidal, também não descreve satisfatoriamente o volume molar em excesso e é teoricamente incorreta no limite de baixa pressão (quando a pressão tende para zero), onde não apresenta a DQSCV com a fração molar. Visando corrigir a inconsistência teórica das regras de mistura anteriores, Wong e Sandler [28] propuseram uma nova metodologia de modo que as regras satisfizessem a DQSCV com a composição, na condição de pressão baixa. A idéia básica foi considerar que a energia livre de Helmholtz em excesso é muito menos dependente da pressão do que a energia livre de Gibbs em excesso. Sendo assim, o excesso de energia livre de Helmholtz a pressão alta pode ser igualado ao excesso de energia livre de Gibbs a pressão baixa. A regra de mistura produz o limite correto de baixa densidade (o segundo coeficiente virial da mistura tem uma dependência quadrática na fração molar) e o limite a alta densidade é consistente com dados experimentais (a equação de estado prevê a mesma energia livre de Helmholtz molar em excesso na pressão infinita em função da composição, assim como aquela obtida a partir do modelo selecionado do coeficiente de atividade). A regra de mistura de Wong e Sandler [28] não é dependente da densidade. Cabe, porém, uma observação: diversamente dos métodos propostos anteriormente, a regra de mistura de Wong-Sandler levou à introdução adicional de um parâmetro de interação binária, além daqueles previstos pelo modelo do coeficiente de atividade, que é o próprio parâmetro de interação binária do segundo coeficiente virial. Segundo os autores, este parâmetro e também aqueles do modelo de coeficiente de atividade, estimados a baixa pressão, podem ser usados indistintamente (isto é, sem restrição) a alta pressão. Boukouvalas et al. [29] propuseram uma nova regra de mistura para o parâmetro a do termo atrativo das equações de estado cúbicas. A idéia foi fazer uma combinação linear das regras de mistura de Huron e Vidal e MHV1, surgindo daí o nome LCVM (Linear Combination of Vidal and Michelsen mixing rules). Para o parâmetro b foi adotada a regra linear clássica. O desempenho deste modelo foi comparado aos desempenhos dos modelos MHV2 e MHV1, usando a equação de Soave e o modelo 29 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos UNIFAC (UNIquac Functional-group Activity Coefficient, coeficiente de atividade UNIQUAC com grupo funcional) para sistemas apolares e polares, simétricos e assimétricos, a baixas e altas pressões. Os resultados indicaram um desempenho do LCVM equivalente aos dos outros dois modelos para sistemas cujos componentes possuíam moléculas de tamanhos próximos. Nas misturas com grande diferença de tamanho entre as moléculas constituintes, em particular sistemas de gases com alcanos, o LCVM apresentou resultados superiores. Zhong e Masuoka [30], usando dados experimentais, avaliaram a regra de mistura MHV1 com a equação de estado SRK e o modelo UNIFAC original como modelo de GE, tendo constatado o seguinte: 1) a equação SRK com MHV1 não pode reproduzir o GE do modelo de GE usado na regra de mistura para sistemas assimétricos, mesmo a baixa pressão; 2) O UNIFAC original não é preciso para sistemas assimétricos com alcanos grandes. O primeiro ponto reflete a deficiência de MHV1 para sistemas assimétricos, enquanto o segundo ponto é causado pela baixa capacidade de predição do UNIFAC para sistemas contendo alcanos grandes. Além disso, é evidente que embora MHV1 possa reproduzir exatamente o modelo de GE, esta regra pode não ser precisa para sistemas gás/alcanos grandes, devido à inabilidade do UNIFAC em descrever satisfatoriamente estes sistemas. Como resultado, não é útil perseguir a reprodução exata do modelo de GE para melhorar a capacidade preditiva para estes sistemas. Porém, é interessante descobrir que, quando um fator de correção for adicionado ao GE do UNIFAC original em MHV1, a equação SRK com MHV1 pode reproduzir os dados experimentais de GE muito bem. Este fato conduziu à proposta de uma nova regra de mistura: regra MR1, obtida por Zhong e Masuoka [30]. A regra MR1 é muito precisa para sistemas gás/alcano grande, sendo que o parâmetro de correção foi correlacionado como uma função simples do número de carbonos para um dado gás. Uma nova regra de mistura para equações cúbicas de estado foi proposta por Zhong e Masuoka [31], que é particularmente adequada para sistemas altamente simétricos. Foram usadas duas equações cúbicas de estado para testar a nova regra de mistura: uma modificação da equação Peng-Robinson proposta por Stryjek e Vera (PRSV) [32] e a equação SRK. Para polímeros, o ponto crítico não existe, assim os parâmetros a e b na equação de estado não podem ser calculados a partir de propriedades críticas. Como os polímeros são quase não voláteis, suas pressões de vapor são muito baixas. Portanto, é possível usar densidades experimentais a pressão zero para 30 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos determiná-las, ou usar densidades a baixa pressão com uma pressão de vapor hipotética muito baixa, por exemplo 10-7 MPa, como adotada por Orbey e Sandler [33]. Os autores consideraram, na geração dessa nova regra de mistura, que a energia livre de Helmholtz é zero no limite quando a pressão tende para infinito. A única diferença entre esta nova regra de mistura e a regra e mistura de Wong e Sandler [28] é que a energia livre de Helmholtz em excesso na pressão infinita é considerada zero na primeira regra. Como resultado, é necessário somente um parâmetro na nova regra de mistura, que é muito mais simples do que a regra de mistura de Wong e Sandler [28] e tem a mesma simplicidade do modelo de Kontogeorgis et al. [11]. Os resultados para dez soluções de polímeros com faixas largas de temperatura mostram que a nova regra de mistura faz com que as equações cúbicas de estado correlacionem com precisão o equilíbrio líquidovapor de soluções poliméricas, com somente um parâmetro independente da temperatura. Estes resultados mostram que a suposição de se considerar energia livre de Helmholtz em excesso como zero na pressão infinita é viável, ou pelo menos aceitável, para soluções poliméricas. Os autores demonstraram que correlações precisas para soluções poliméricas são insensíveis aos parâmetros a e b da equação de estado. Nos últimos anos, muitos estudos foram focados na melhoria dos modelos híbridos equação de estado/ GE, ou seja, equações de estado que incorporam nas regras de mistura modelos de GE, para expandir sua aplicabilidade em sistemas mais complexos, tais como aqueles contendo compostos que são altamente polares ou diferem significativamente em tamanho (por exemplo, sistemas polímero/solvente), sem perder sua versatilidade e simplicidade. Recentemente, Ahlers e Gmehling [34] propuseram o modelo VTPR (Volume Translated Peng-Robinson, Peng-Robinson com volume transladado) que combina a equação de Peng-Robinson com volume transladado e UNIFAC. No modelo VTPR os dois termos combinatoriais do tipo Flory-Huggins (FH) [35], oriundos da equação de estado e do modelo UNIFAC, bem como a parte Staverman-Guggenheim [36] do termo combinatorial do UNIFAC, foram eliminados. Além disso, uma base empírica em VTPR incorpora diferentes expoentes na regra de combinação para o parâmetro de co-volume cruzado da equação de estado, dependendo do sistema estudado: para sistemas que não envolvem polímero o expoente foi determinado como sendo 0.75, enquanto para sistemas solvente/polímero foi considerado como sendo igual a 0.5. Esta abordagem empírica introduz, porém, algumas incertezas na aplicação do modelo. Por exemplo, não pode ser definido um único 31 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos parâmetro para misturas contendo dois solventes e um polímero. Além disso, há uma dificuldade em escolher dois expoentes para alguns sistemas contendo uma molécula semelhante ao polímero, por exemplo, propano/hexacontano. II.2.1.3. Modelagem de sistemas poliméricos usando equações de estado que incorporam modelos de GE Orbey e Sandler [33] aplicaram a equação de estado de Peng-Robinson, junto com as regras de mistura propostas por Wong e Sandler [28], para correlacionar os dados de equilíbrio líquido-vapor para algumas soluções poliméricas. Para solventes puros, eles usaram o método convencional para determinar os parâmetros da equação de estado a partir das propriedades críticas e do fator acêntrico. Para polímeros, porém, para determinar os parâmetros da equação de estado, eles escolheram um valor arbitrário fixado em 10-7 MPa para a pressão de vapor e usaram dados experimentais de densidades de polímeros fundidos. Como esperado, os parâmetros a e b da equação de estado, determinados desta maneira para os polímeros, são pelos menos ligeiramente dependentes do peso molecular. Orbey e Sandler [33] usaram a expressão de FloryHuggins [35] como modelo para o cálculo do coeficiente de atividade. A equação de estado SRK [7], combinada com o modelo de GE de FloryHuggins na regra de mistura de Huron e Vidal [16], foi usada por Orbey et al. [37] para correlacionar equilíbrio líquido-vapor de misturas polímero/solvente. Para estender a equação SRK para polímeros puros, foram selecionadas constantes críticas adequadas, baseadas em informações disponíveis de hidrocarbonetos de cadeia longa. Nas aplicações para misturas, o único parâmetro de interação binária do modelo de FloryHuggins [35] foi obtido a partir de dados de coeficiente de atividade na diluição infinita, sem o uso de qualquer informação experimental de equilíbrio líquido-vapor. Os resultados mostraram que a abordagem de equação de estado com regra de mistura que incorpora GE pode representar o equilíbrio líquido-vapor de polímero/solvente com boa precisão. Foi também observado que o parâmetro de interação binária de Flory-Huggins [35] é muito menos dependente da temperatura e da composição quando o modelo de Flory-Huggins é acoplado com a equação SRK do que quando ele é usado diretamente em um modelo de coeficiente de atividade. 32 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Uma equação de estado baseada em ASOG (Analytical Solution Of Groups, solução analítica de grupos), chamada PRASOG (Peng-Robinson-ASOG), foi desenvolvida por Tochigi [38] para prever o equilíbrio líquido-vapor de soluções não poliméricas e poliméricas. Ele utiliza a regra de mistura que contém GE na pressão zero, consistente com a condição de segundo coeficiente virial, para calcular os parâmetros de mistura na equação de estado de Peng-Robinson e prevê o GE usando o método de ASOG. Para aplicar PRASOG a soluções poliméricas (PRASOG-FV, PRASOG Free Volume, PRASOG com volume livre), foi proposto calcular GE a partir de ASOG-FV, e o equilíbrio líquido-vapor em soluções de poliisobutileno foi previsto. Tochigi et al [39] estenderam a aplicação da equação PRASOG apresentada em Tochigi [38] para soluções poliméricas. Os sistemas discutidos foram nove sistemas binários compostos de seis solventes (benzeno, tolueno, acetona, metil-etil-cetona, acetato de etila, acetato de propila) e quatro polímeros (poliestireno, óxido de polietileno, óxido de polipropileno, acetato de polivinila). A faixa de temperatura foi de (298.15 a 361.25) K. A precisão usando PRASOG-FV foi quase comparável àquelas de ASOG-FV e de UNIFAC-FV. Kang et al. [40] realizaram um estudo comparativo para polímeros e sistemas que se associam utilizando a equação de Peng-Robinson com a regra de mistura de Wong-Sandler, a equação SAFT e a equação NLF-HB (Non-Random Lattice Fluid Theory with Hydrogen Bonding, teorria de rede para fluido não aleatório com ligação de hidrogênio), modelo de rede fluida não aleatória. A comparação foi baseada na precisão da predição de pressão no ponto de bolha, da fração molar na fase vapor e da atividade do componente na fase líquida. Foram considerados vários fatores para efeito de comparação: avaliações dos modelos por comparação dos erros, características dos parâmetros e aspectos computacionais. Em geral, quando são usados parâmetros apropriados, todos os modelos forneceram bons resultados longe das regiões críticas, exceto no caso de polímeros não polares dissolvidos em solventes polares que não se associam. Usando a equação cúbica de estado PRSV (modificação de Stryjek Vera [32] da equação de Peng-Robinson), Haghtalab e Espanani [41] estudaram o equilíbrio líquidovapor em soluções poliméricas binárias com diferentes pesos moleculares e temperaturas. Os parâmetros da equação cúbica de estado foram calculados usando a regra de mistura de Wong-Sandler [28] e usando FH-NRTL-NRF (Flory-Huggins Non33 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Random Two Liquid–Non–Random Factor, Flory-Huggins com o modelo de dois fluidos não aleatórios e com fator não aleatório) como modelo de energia livre de Gibbs em excesso na regra de mistura. A pressão de vapor total de soluções poliméricas foi correlacionada usando dois parâmetros de energia ajustáveis como funções da temperatura, com seis constantes para toda a faixa de temperatura. Os resultados do modelo mostraram uma concordância muito boa com dados experimentais de muitas soluções binárias de polímeros. II.2.2. Modelos de rede No segundo grupo de modelos para o cálculo da constante de equilíbrio, admitese que as moléculas tenham um ou mais segmentos, e que a função partição do sistema pode ser obtida contando-se o número de configurações possíveis quando estes segmentos são arranjados em células hipotéticas que se assemelham a uma rede cristalina num sólido. As funções termodinâmicas podem ser calculadas utilizando o formalismo da mecânica estatística. Estas redes cristalinas podem ser consideradas compressíveis ou incompressíveis. Redes incompressíveis são utilizadas geralmente para modelar líquidos a baixas pressões, onde é utilizado o conceito de coeficiente de atividade. Os modelos mais utilizados de coeficientes de atividade são baseados neste formalismo, tendo-se como exemplos os modelos de Flory [35], Wilson [42], Renon e Prausnitz [43] e Abrams e Praunsnitz [44]. Equações de estado baseadas em modelos de rede são obtidas quando as mesmas são consideradas compressíveis. Como exemplo de tais modelos tem-se a teoria de fluidos em rede [45, 46]. O modelo de rede desenvolvido originalmente para descrever a fase líquida considera o líquido em um estado quase cristalino, onde as moléculas não transladam caoticamente como em um gás, mas onde cada molécula tende a se estabelecer em uma pequena região, em uma posição mais ou menos fixa no espaço, em torno da qual ela vibra para frente e para traz. O quadro quase cristalino do estado líquido supõe que as moléculas se situam em um arranjo regular no espaço, chamado rede, e, portanto, modelos para líquidos e misturas de líquidos são denominados modelos de rede. Considerações moleculares sugerem que desvios do comportamento ideal em soluções líquidas são devidos principalmente aos seguintes efeitos: primeiro, as forças de atração entre moléculas desiguais são quantitativamente diferentes daquelas entre moléculas iguais, dando origem a uma entalpia de mistura não nula; segundo, se moléculas 34 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos diferentes diferem significativamente em tamanho ou forma, o arranjo molecular na mistura pode ser apreciavelmente diferente daquele para líquidos puros, dando origem a uma entropia de mistura não ideal; e, finalmente, em misturas binárias, se as forças de atração entre um dos três pares de interação possíveis são muito mais fortes (ou muito mais fracas) do que as dos outros dois pares, existirão algumas orientações preferenciais das moléculas na mistura que, em casos extremos, podem induzir a instabilidade ou miscibilidade incompleta [12]. O modelo de rede mais simples considera a mistura de dois líquidos cujas moléculas são pequenas e simetricamente esféricas, e a razão de seus tamanhos é próxima a um. Este modelo supõe que o arranjo das moléculas em cada líquido puro é um arranjo regular, onde todas as moléculas estão situadas em pontos da rede que são equidistantes um do outro. O movimento molecular é limitado a vibrações em torno de posições de equilíbrio e não é afetado pelo processo de mistura. Este modelo também supõe que, para uma temperatura fixada, os espaçamentos da rede para os dois líquidos puros e para a mistura são os mesmos, independentes de composição (o volume em excesso é nulo). A primeira etapa consiste em derivar uma expressão para a energia potencial de um líquido puro ou de uma mistura, sendo assumido que a energia potencial é aditiva, par a par, para todos os pares moleculares e que somente vizinhos mais próximos devem ser considerados neste somatório. Isto significa que a energia potencial de um grande número de moléculas situadas na rede é dada pela soma das energias potenciais de todos os pares de moléculas que estão situados imediatamente próximos uns dos outros. Portanto, a partir da energia potencial total da rede, considerando-se o volume em excesso zero e a entropia em excesso zero, obtém-se a equação de energia livre de Gibbs em excesso para o modelo de Margules de dois sufixos [12]. Este modelo de rede é particularmente útil para descrever soluções de polímeros em solventes líquidos. Flory e Huggins [12], independentemente, desenvolveram uma teoria de soluções poliméricas que foi a base da maioria dos desenvolvimentos subsequentes nos últimos cinquenta anos. No modelo de Flory-Huggins [47] o sistema polímero/solvente foi modelado como uma estrutura de rede, onde cada sítio é ocupado por uma molécula de solvente ou seguimento do polímero. As contribuições combinatoriais para as funções termodinâmicas de mistura foram calculadas a partir do número de maneiras em que as moléculas do polímero e do solvente foram arranjadas na 35 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos rede. Estas contribuições combinatoriais correspondem à entropia de mistura. Está implícito, no tratamento de Flory-Huggins [47] para as contribuições combinatoriais, que o volume de mistura e a entalpia de mistura são nulas. O número de maneiras em que estas moléculas são arranjadas conduz à bem conhecida expressão de Flory-Huggins para a entropia de mistura [12]. A teoria de Flory-Huggins e suas variações têm tido sucesso em correlacionar e/ou prever o comportamento do tipo UCST e o comportamento de fase em forma de loop (laço). As variações desta teoria incluem tornar o parâmetro de interação no termo de entalpia de mistura dependente da composição e/ou da temperatura. Alguns trabalhos nesta linha foram realizados por Cheluget et al. [48] e Bae et al. [49]. O comportamento UCST, tipificado pela transição de um sistema de duas fases para um sistema de uma fase, ocorre em decorrência de efeitos energéticos. O comportamento em forma de laço normalmente acontece quando interações específicas como, por exemplo, ligações hidrogênio, estão presentes. A compressibilidade da solução polimérica não é uma questão-chave e assim pode ser modelada por uma teoria baseada na rede incompressível. Porém, como mencionado anteriormente, soluções poliméricas também exibem comportamento LCST, que ocorre como consequência de expansões volumétricas diferentes das moléculas do polímero e do solvente. Para estes sistemas é necessária uma teoria que leve em conta os efeitos de compressibilidade. Tem sido feito um trabalho significativo no sentido de estender a teoria de Flory-Huggins para estes sistemas através da inclusão de vazios na rede, sendo o número destes vazios variado, para permitir a adoção de uma rede compressível. Nesta abordagem é possível destacar os modelos de Sanchez e Lacombe [45], Kleintjens e Koningveld [50] e Panayiotou e Vera [51]. II.2.2.1. Equação de Sanchez e Lacombe A teoria de fluidos em rede para misturas líquidas e gasosas desenvolvida por Sanchez e Lacombe [45] é formalmente semelhante à teoria de Flory–Huggins. A diferença essencial e importante é que nesta nova teoria os vazios são introduzidos para levar em conta variações na compressibilidade e na densidade, ou seja, a densidade da mistura pode variar aumentando a fração de vazios na rede. A equação de Sanchez e Lacombe usa uma expressão aleatória de mistura para o termo de energia atrativa. Mistura aleatória significa que a composição em qualquer lugar na solução é igual à composição global, isto é, não há efeitos de composição local. A energia da rede 36 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos depende somente das interações dos vizinhos mais próximos. Para um componente puro a única energia de interação não nula é a energia de interação do par mero-mero. As energias de interação vazio-mero e vazio-vazio são nulas. A equação de Sanchez e Lacombe assume mistura aleatória de vazios e meros. Portanto, o número de vizinhos mais próximos mero-mero é proporcional à probabilidade de achar dois meros vizinhos no sistema. Assim, usando a equação de Sanchez e Lacombe, as propriedades PVT (Pressão-Temperatura-Volume) de componentes puros são calculadas assumindo que o componente puro é quebrado em partes ou meros que são colocados em uma rede, e é permitido que estas partes interajam com potencial intermolecular. Para permitir que a densidade correta do sistema seja calculada, um número apropriado de vazios é também colocado em sítios específicos da rede. Em principio, essa equação de estado é adequada para descrever propriedades termodinâmicas de fluidos em uma faixa extensa de condições, de líquido normal ou estado gasoso até altas temperaturas e pressões onde o fluido pode ser supercrítico. Um fluido real é caracterizado por três parâmetros moleculares ou por três parâmetros de equação de estado. Para usar a equação de estado é necessário conhecer os parâmetros característicos. Em princípio, qualquer propriedade termodinâmica configuracional experimental pode ser usada para determinar estes parâmetros. Porém, dados de pressão de vapor são particularmente úteis para solventes, pois são facilmente disponíveis para uma grande variedade de fluidos. Para polímeros, os parâmetros característicos podem ser determinados por um ajuste de dados experimentais de densidade do líquido em uma larga faixa de pressões e temperaturas, através, por exemplo, de um procedimento numérico não linear utilizando mínimos quadrados. Quando são disponíveis somente dados PVT limitados, os parâmetros podem ser estimados a partir de valores experimentais de densidade, coeficiente de expansão térmica e fator de compressibilidade na temperatura e pressão ambientes. Gauter e Heidemann [52] propuseram um procedimento para obter parâmetros puros do solvente a partir da temperatura crítica, da pressão crítica e do fator acêntrico, como é convencionalmente feito com equações cúbicas de estado. Parâmetros do polímero foram determinados através da regressão de dados PVT. Gauter e Heidemann [53] sugeriram que os parâmetros do polímero podem ser ajustados para reproduzir simultaneamente dados de cloud-point de equilíbrio polímeros/solvente e dados de comportamento PVT. A finalidade seria obter parâmetros da equação de Sanchez e Lacombe para polietileno que podem ser aplicados para 37 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos amostras diferentes, independentemente do peso molecular e da distribuição do peso molecular. O grau de ramificação e/ou inclusão de comonômeros pode ainda influenciar os parâmetros do polímero. II.2.2.2. Modelagem de sistemas poliméricos usando a equação de Sanchez e Lacombe A eficiência da equação de Sanchez e Lacombe na predição do comportamento de fase a alta pressão de soluções de polietileno de peso molecular 2, 150, 16400, 108000 e 420000 em n-pentano e em solventes binários n-pentano/dióxido de carbono foi avaliada por Kiran et al. [54]. Foi mostrado que através do ajuste apropriado da temperatura característica do polímero, ajuste este alcançado usando dados de uma amostra com um peso molecular específico, variações em relação à concentração e pressão são previstas corretamente. O modelo também prevê corretamente o deslocamento do comportamento de LCST para UCST, dependente do solvente, com o aumento da quantidade de dióxido de carbono no solvente n-pentano/dióxido de carbono. Xiong e Kiran [55] modelaram sistemas ternários polietileno/n-pentano/dióxido de carbono usando a equação de Sanchez e Lacombe. Foram gerados diagramas de fase para pressões até 300 MPa e temperaturas até 460 K. Os resultados mostram que o sistema pode exibir duas fases ou três fases, dependendo da pressão. A uma dada temperatura, a região de três fases desaparece com o aumento da pressão. Dependendo da pressão, os cálculos também prevêem os deslocamentos, observados experimentalmente, de LSCT para UCST, que são ilustrados em diagramas ternários como deslocamentos das fronteiras da fase com a temperatura. Também foi mostrado que, para amostras de polímeros de alto peso molecular, cálculos ternários podem ser simplificados assumindo que a fase pobre em polímero está essencialmente livre de polímero. Wang et al. [56] compararam o desempenho da equação de estado de rede fluida por contribuição (GCLF, Group Contribution Lattice Fluid, fluido em rede por contribuição de grupo) com a equação de Sanchez e Lacombe para dados de equilíbrio líquido-líquido em sistemas polímero/solvente. Os autores mostraram que ambas as equações de estado são capazes de predizer o comportamento UCST, o comportamento 38 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos LCST, os comportamentos LCST e UCST simultâneos e o comportamento em forma de ampulheta no qual não há LCST nem UCST. Os sistemas específicos estudados foram: acido acético/dodecano, poliisobutileno/n-pentano, polietileno/n-hexano, poliestireno/nhexano, poliisobutileno/ n-pentano e poliestireno/acetona. Em todos os casos a equação GCLF apresentou um desempenho melhor do que a equação de Sanchez e Lacombe [45]. A equação GCLF mostrou boa sensibilidade ao peso molecular do polímero, mas falhou ao não descrever corretamente a sensibilidade em relação à pressão. O melhor desempenho da equação GCLF foi atribuído ao uso simultâneo de propriedades do vapor saturado e de propriedades do líquido na regressão dos parâmetros de grupo para a equação. A aplicabilidade de modelos de equação de estado para modelagem e simulação do equilíbrio de fases em processos de produção de polímero é investigada por Orbey et al. [37]. A separação (flash) de etileno não reagido do polietileno é usada como um protótipo para a simulação. Primeiro, três equações de estado (SAFT, Sanchez e Lacombe e a equação SRK com regra de mistura MHV1 e modelo de Flory-Huggins para GE) são usadas comparativamente para correlacionar propriedades volumétricas, calorimétricas e de equilíbrio de fases para etileno e polietileno. Depois, elas são testadas para a correlação de equilíbrio líquido-vapor de misturas de etileno/polietileno de baixa densidade (PEBD). Finalmente um problema de flash de dois estágios, que imita o processo de separação na produção de PEBD é simulado usando estes três modelos. Cada modelo de equação de estado tem algumas características únicas que afetam o resultado da modelagem de componente puro, bem como o comportamento da mistura. Quando estendidas para misturas binárias de etileno com polietileno, os resultados demonstram que as três equações são capazes de fornecer um ajuste aceitável dos dados, embora os melhores resultados tenham sido obtidos com a equação SRK. Todos os modelos exibem resultados menos satisfatórios na ausência de parâmetros binários ajustados aos dados. Para as equações SAFT e SRK, somente um parâmetro binário afetou significativamente o desempenho do modelo. Ao contrário, na equação de Sanchez e Lacombe foi observado pelos autores que o segundo parâmetro de interação binária pode fazer uma diferença significativa. Koak et al. [57] estudaram o comportamento de fase a alta pressão de alguns sistemas poliméricos industrialmente importantes: polietileno/etileno e polibuteno/1buteno. Foram apresentados novos dados experimentais do sistema polibuteno/1-buteno 39 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos na faixa de pressão de (9 a 17) MPa e na faixa de temperatura de (405 a 447) K. A faixa de concentração de polímero, expressa como percentagem mássica de polímero, variou de 0.31 a 16.65. O sistema mostrou comportamento LCST. Dados de polibuteno/1buteno, junto com os dados de mistura de polietileno e etileno, apresentados por de Loos et al. [58], foram modelados usando a equação SAFT e a equação de Sanchez e Lacombe. Os cálculos de equilíbrio de fase foram efetuados para dois casos: i) o polímero é tratado como monodisperso; ii) a polidispersão do polímero é levada em conta caracterizando o polímero por pseudocomponentes. A polidispersão do polímero tem um efeito significativo sobre o comportamento de fase do sistema investigado. Os resultados demonstram que embora a modelagem seja satisfatória para polietileno/ etileno, são necessários parâmetros de interação dependentes da temperatura e do sistema. A polidispersão do polímero tem um efeito significativo no comportamento de fase da mistura mesmo para amostras de polietileno razoavelmente monodispersas. O esforço de modelagem para o sistema polibuteno/1-buteno mostrou que, se os modelos forem usados em sua forma comum, são necessárias estratégias alternativas para estimar os parâmetros do polímero para se obter correlação e/ou predição razoável do comportamento de fase da solução polimérica. Com a intenção de examinar se um único conjunto de parâmetros para polietileno pode ser empregado para se obter correlações úteis para polietilenos de caráter variado e com diferentes solventes, Gauter e Heidemann [53] usaram a equação de Sanchez e Lacombe para modelar isotermas cloud point de dois sistemas de polietileno em etileno e um sistema de polietileno em n-hexano. As três amostras de polietileno examinadas foram muito diferentes em peso molecular médio e polidispersão. Os parâmetros do polímero foram obtidos ajustando dados volumétricos de polietileno puro, usando um coeficiente de deslocamento adicional de volume. Os resultados demonstraram que o comportamento de cloud point do equilíbrio polímero/solvente para uma variedade de polímeros e solventes pode ser correlacionado com o mesmo conjunto de parâmetros do polímero. Os parâmetros de interação necessários são de magnitude relativamente pequena. Infelizmente os resultados calculados são extremamente sensíveis a estes números, mesmo na terceira casa decimal. Além disso, a dependência da temperatura, embora leve, é essencial na obtenção de um bom ajuste de dados. 40 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Trumpi et al. [59] mediram dados de cloud point para um sistema binário de polietileno de baixa densidade (PEBD) monodisperso e etileno. Os cloud points foram medidos entre (395 e 440) K e em pressões até 175 MPa. Os dados experimentais foram modelados com a equação de Sanchez e Lacombe [45]. Os parâmetros do PEBD foram obtidos a partir de uma sequência de regressões não lineares tanto em dados experimentais de cloud point como em dados PVT para polietileno fundido. Os resultados demonstram que a equação de Sanchez e Lacombe ajusta bem os dados experimentais para uma faixa larga de temperaturas, pressões e composições. Para frações mássicas diluídas o ajuste dos dados é menos preciso. A incerteza dos dados experimentais nesta região é maior do que para misturas mais ricas em polímero, mas é menor do que as diferenças entre o modelo e os dados. A diferença nas pressões de cloud point entre os dados calculados e experimentais se torna maior nas frações mássicas de polímero menores. A finalidade do trabalho de Chen et al. [60] foi medir um equilíbrio de fases importante para a produção industrial de PELBD usando a tecnologia de catalisador metaloceno. O equilíbrio de fases para misturas de n-hexano/polietileno e misturas de etileno/n-hexano/polietileno foi medido de (373.2 a 473.2) K e em pressões até 20 MPa. Polímeros aproximadamente monodispersos e suas misturas foram usados na investigação do efeito do peso molecular do polímero sobre o comportamento de fase. Todos os sistemas exibem equilíbrio líquido-líquido com UCST. A equação de Sanchez e Lacombe [45] foi usada para correlacionar o comportamento de fases destes sistemas e o efeito da adição de etileno supercrítico forneceu concordância quantitativa com os dados de equilíbrio experimentais. A função de Hosemann-Schramek [10] foi usada para fornecer uma descrição adequada da distribuição do peso molecular usada em alguns cálculos. Nagy et al [61] mediram dados de cloud point, ponto de bolha e ponto de bolha líquido-líquido-vapor para o sistema binário PELBD/n-hexano e para o sistema ternário PELBD/n-hexano/etileno. Os dados experimentais foram medidos na faixa de temperatura de (400 a 500) K e em pressões de até 14 MPa. Dados experimentais de PELBD/eteno e de PELBD/hexano foram modelados com a equação de Sanchez e Lacombe. Os parâmetros para o PELBD foram obtidos realizando uma sequência de regressões não lineares em dados PVT para polietileno fundido e dados experimentais de cloud point para os sistemas PELBD/n-hexano e PELBD/etileno. A partir desta 41 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos informação, e de um ajuste da equação de Sanchez e Lacombe para os dados de nhexano/etileno, o comportamento de fase do sistema ternário PELBD/n-hexano/etileno pôde ser previsto. Usando este procedimento, a influência da concentração de etileno na pressão de cloud point é ligeiramente superestimada. Portanto, o parâmetro de interação binária do par PELBD/etileno foi ajustado aos dados de cloud point do terno PELBD/ hexano/etileno. Desta maneira, a equação de Sanchez e Lacombe forneceu uma boa descrição das curvas de cloud point e uma predição quase quantitativa de ponto de bolha ternário e curvas limite de equilíbrio líquido-líquido-vapor. Nagy et al. [62] mediram dados de equilíbrio a alta pressão para o sistema PELBD/isohexano, que exibe comportamento LCST. As medidas foram realizadas na faixa de fração mássica do polímero de 0 a 0.25, temperaturas de (380 a 500) K e pressão de até 12 MPa. Foram medidos dados de cloud point, pontos de bolha e pontos de bolha trifásicos líquido-líquido-vapor. Os dados foram modelados usando a equação de Sanchez e Lacombe. II.2.3. Modelos de perturbação No terceiro grupo de modelos para o cálculo da constante de equilíbrio, tem-se o desenvolvimento de teoria molecular de soluções associativas e que contenham macromoléculas. A essência deste progresso é utilizar métodos da mecânica estatística, tais como teoria de perturbação, para relacionar as propriedades moleculares com as propriedades macroscópicas do sistema em estudo. Nos modelos de perturbação, inicialmente um sistema simples é utilizado como referência. Este sistema de referência, que incorpora os aspectos básicos do sistema real, é caracterizado por hipóteses bem definidas. A diferença entre o sistema real e o sistema de referência é computada por alguns termos de correção, os quais são chamados termos de perturbação e são frequentemente baseados em modelos semi-empíricos. A complexidade e magnitude destas perturbações dependem do grau de precisão com que o termo de referência pode ser especificado. II.2.3.1. Equações de estado para moléculas constituídas por cadeias Prigogine [63] introduziu uma teoria para explicar as propriedades das moléculas constituídas por cadeias que é baseada na premissa de que movimentos 42 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos rotacionais e vibracionais dependem da densidade e, consequentemente, afetam a equação de estado e outras propriedades configuracionais. Baseado nas idéias de Prigogine, Flory [47] propôs uma teoria para o comportamento termodinâmico de sistemas poliméricos. O trabalho de Flory é semelhante à teoria de Prigogine, com exceção das expressões usadas para levar em conta as interações intermoleculares, que foram obtidas dos conceitos de volume livre, ao invés da teoria de rede. Limitações de ambas as teorias (de Prigogine e de Flory) são os fatos de que elas só podem ser usadas para altas densidades e são limitadas a cálculos de propriedades da fase líquida. Elas fornecem resultados qualitativamente incorretos a baixas densidades, pois não se aproximam do comportamento de gás ideal na densidade zero. Baseado na teoria da perturbação da esfera rígida (PHST, Perturbed HardSphere Theory) para moléculas pequenas (válida para todas as densidades) e na teoria de Prigogine para moléculas constituídas de cadeias (válida apenas para fluidos com densidade semelhante à de líquidos), Beret e Prausnitz [64] desenvolveram a equação de estado da teoria da perturbação da cadeia rígida (PHCT, Perturbed Hard-Chain Theory) para fluidos contendo moléculas muito grandes, bem como moléculas simples. A equação PHCT [64] é válida para propriedades das fases gasosa e líquida. A equação PHCT difere das equações de Prigogine [63] e de Flory [47] em dois aspectos importantes. Primeiro, para aumentar a aplicabilidade da equação PHCT [64] para uma faixa maior de densidade e temperatura, são usadas expressões mais precisas para as funções partição de atração e repulsão na equação PHCT. Segundo, a equação PHCT corrige a principal deficiência nas teorias de Prigogine e Flory, que é o limite de gás ideal a baixas densidades. A equação PHCT apresenta um bom desempenho no cálculo das propriedades de fluidos, porém tem uma limitação prática que é a sua complexidade matemática. Inspirado na capacidade da equação PHCT em calcular propriedades, modificações desta teoria têm sido propostas com o objetivo de simplificar a equação de estado. Kim et al. [65] desenvolveram uma versão simplificada da equação PHCT, substituindo o termo atrativo da equação PHCT por uma expressão teórica mais simples, baseada no modelo de composição local de Lee et al. [66]. A equação é chamada teoria simplificada da perturbação da cadeia rígida (SPHCT, Simplified Perturbed Hard-Chain Theory). A equação de estado SPHCT mantém as vantagens da equação PHCT, e também pode ser usada para prever propriedades em todas as densidades de fluidos, 43 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos cobrindo a faixa de argônio e metano até moléculas poliméricas. A equação SPHCT prevê volumes molares e pressões de vapor de componentes puros de forma quase tão precisa quanto a equação PHCT original. A equação SPHCT pode também prever propriedades de mistura com precisão razoável, usando somente propriedades de componentes puros. Esta equação mais simples tem sido usada em um grande número de aplicações, incluindo misturas de moléculas que diferem grandemente em tamanho. O conceito de cadeia de esferas rígidas é o elemento mais importante de muitas tentativas sistemáticas de melhorar as equações de estado para fluidos reais. Wertheim [67] propôs uma teoria termodinâmica da perturbação (TPT, Thermodynamic Perturbed Theory) que acomoda moléculas constituídas de cadeiras duras. Como descrito abaixo, a TPT é a base de muitas equações de estado. Chapman et al. [68] generalizaram o modelo TPT de Wertheim para obter uma equação de estado para o fator de compressibilidade de uma cadeia rígida constituída de m segmentos. O fator de compressibilidade da esfera rígida pode ser determinado com precisão com a equação de Carnahan-Starling [69]. Ghonasgi e Chapman [70] modificaram a TPT para a cadeia de esfera rígida, incorporando informações estruturais para fluidos diatômicos. O fator de compressibilidade de uma cadeia rígida pode ser determinado a partir do fator de compressibilidade da esfera rígida e da função de correlação sítio-sítio no contato para esferas rígidas e para dímeros rígidos. Chang e Sandler [71] propuseram duas variantes da teoria termodinâmica de perturbação para dímero (TPT-D, Thermodynamic Perturbed Theory-Dimer). Incluindo explicitamente os efeitos de forças anisotrópicas multipolares na equação de estado PHCT, Vimalchand et al. [72] desenvolveram a teoria da perturbação anisotrópica da cadeia (PACT, Perturbed Asinotropic Chain Theory), que é aplicável tanto para moléculas simples quanto para moléculas poliméricas grandes, com ou sem interações anisotrópicas. A equação de estado PACT leva em conta os efeitos de diferenças nos tamanhos moleculares, forma e forças intermoleculares, incluindo forças anisotrópicas dipolares e quadripolares. A equação PACT é válida tanto para moléculas grandes como para moléculas pequenas, moléculas apolares e polares, e em toda a faixa des densidade dos fluidos. Os cálculos de Vimalchand et al. [73] mostram que a inclusão explícita de forças multipolares permite que as propriedades de misturas altamente não ideais sejam 44 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos prognosticadas com precisão razoável, sem o uso de parâmetros de interação binária. Porém, para fluidos puros, o comportamento de predição da equação de estado PACT é semelhante a outras equações de estado tradicionais, tais como as cúbicas. II.2.3.2. Equações de estado para fluidos que se associam Ikonomou e Donohue [74] incorporaram o modelo de equilíbrio infinito e o modelo monômero-dímero na equação PACT para derivar a equação de estado da teoria da perturbação associada anisotrópica da cadeia (APACT, Associated Perturbed Anisotropic Chain Theory). A equação de estado APACT leva em conta interações isotrópicas de repulsão e atração, interações anisotrópicas devido a momentos dipolares e quadripolares das moléculas e ligação de hidrogênio, e é capaz de prever propriedades termodinâmicas de componentes puros que se associam, bem como de misturas de mais de um componente que se associam. A equação APACT é escrita, em termos do fator de compressibilidade, como a soma das contribuições destas interações particulares. Mais recentemente, um novo modelo da família dos modelos de perturbação foi desenvolvido por Chapman et al. [75, 76] e por Huang e Radoz [77, 78]. Este modelo é conhecido como SAFT (Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística de fluidos associativos) e tem como base os trabalhos de Wertheim [79-82], que derivou sua teoria expandindo a energia livre de Helmholtz em uma série de integrais de função de distribuição molecular e potenciais de associação. Baseado em argumentos físicos, Wertheim mostrou que muitas integrais deveriam ser nulas, de maneira que uma expressão simplificada para a energia livre de Helmholtz pôde ser obtida. O resultado chave da teoria de Wertheim é uma relação entre a energia livre de Helmholtz residual devido à associação e a densidade de monômero. Esta densidade de monômero é relacionada a uma função ∆ que caracteriza a “força de associação”. Chapman et al. [75, 76] derivaram a expressão para a energia livre de Helmholtz deste novo fluido de referência e compararam os resultados obtidos com simulações tipo Monte-Carlo, obtendo bons resultados. No modelo SAFT as moléculas são interpretadas como uma mistura de segmentos esféricos de igual tamanho, interagindo segundo um potencial de poço quadrado. Adicionalmente, dois tipos de pontes entre estas esferas podem ocorrer: ligações do tipo covalente para formar cadeias e pontes de associação para interações específicas [76, 77]. Para desenvolver a equação de estado, as moléculas são formadas a 45 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos partir de segmentos de esferas rígidas, com o procedimento para formação da molécula constituído das seguintes quatro etapas: inicialmente o fluido é constituído somente de esferas rígidas de igual tamanho, e somente efeitos de esferas rígidas são considerados. Na etapa seguinte forças atrativas são adicionadas para cada esfera, e a energia de dispersão pode ser descrita por um potencial de interação apropriado, tal como poço quadrado ou Lennard-Jonnes. A seguir sítios de cadeia (ligações covalentes) são adicionados para cada esfera, e cadeias de moléculas são formadas através da ligação entre tais sítios. Finalmente sítios de associação são adicionados, e efeitos associativos são incluídos [83]. Huang e Radoz aplicaram a teoria SAFT para uma série de compostos puros reais [77], e propuseram sua extensão para misturas [78], onde a equação demonstrou-se adequada para a grande maioria dos componentes/sistemas investigados. A essência da equação SAFT é usar um sistema de referência que incorpora o comprimento de cadeia (tamanho e formato molecular) e a associação molecular, em lugar do fluido de referência de esferas duras (rígidas) muito mais simples. Espera-se que efeitos devidos a outros tipos de forças intermoleculares (dispersão, indução, etc.) sejam mais fracos, sendo, por isto, contados a partir de um termo de perturbação. Desta forma, é esperado que tal teoria seja capaz de descrever a maioria dos fluidos reais, incluindo polímeros e fluidos polares. A equação de estado HS-SAFT (Hard–Sphere Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística de fluidos associativos com esfera rígida) é uma versão simplificada da equação SAFT, que trata as moléculas como cadeias de segmentos de esferas rígidas com interações de van der Waals. Na equação HS-SAFT [68], a energia livre de Helmholtz é dividida em diferentes contribuições. II.2.3.3. Equação de estado PC-SAFT A mais nova modificação encontrada na literatura do modelo SAFT foi desenvolvida por Gross e Sadowski [84, 85], e foi denominada PC-SAFT (PerturbedChain Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística de fluidos associativos com cadeia perturbada). Os autores desenvolveram uma expressão para a dispersão, para moléculas constituídas por cadeias, aplicando uma teoria de perturbação e ajustando as constantes apropriadas para o modelo. A idéia base é dividir as interações moleculares entre repulsão e atração. As interações de repulsão são descritas por uma expressão de 46 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos cadeia rígida (esfera rígida + cadeia) desenvolvida por Chapman et al. [68] (a mesma usada na equação de estado SAFT). As interações de atração são, por sua vez, divididas em interações de dispersão e uma contribuição devido à associação. Como o fluido constituído de cadeia rígida serve como referência para a teoria da perturbação nesta nova equação, ao invés das moléculas esféricas que são usadas em modificações anteriores da equação SAFT, o modelo proposto é referido como PC-SAFT (PerturbedChain SAFT). Como colocado anteriormente, o modelo PC-SAFT é uma equação baseada na teoria das perturbações. Nesta equação, o termo de cadeia rígida (esfera rígida + cadeia) é tomado como referência, sendo os demais efeitos distribuídos em termos de associação molecular e perturbação. Para macromoléculas, este é um ponto altamente favorável, pois permite descrever adequadamente o tamanho e o formato das cadeias. Além disso, o termo de associação permite levar em conta explicitamente interações de associação, como ponte de hidrogênio. Efeitos de interações multi-pólo (como forças dipolo-dipolo) não são considerados de forma explícita na equação. Dessa forma, o modelo PC-SAFT mostra-se robusto, com boas perspectivas de descrever muitos fluidos reais, incluindo polímeros e fluidos polares. II.2.3.4. Modelagem de sistemas poliméricos utilizando as equações SAFT e PC-SAFT Esta seção tem por objetivo apresentar uma breve revisão sobre os trabalhos que utilizaram as equações de estado SAFT e PC-SAFT para a modelagem de sistemas poliméricos. Um aspecto determinante para o sucesso de modelagem com estas equações é a seleção adequada dos parâmetros de componente puro. De um modo geral, a estimativa desses parâmetros pode não ser trivial para compostos macromoleculares [86]. Além disso, o ajuste aos dados experimentais, feito através da estimação do parâmetro de interação binária kij, é um outro ponto importante para o sucesso da modelagem. Neste sentido serão comentados alguns trabalhos da literatura em que se utilizaram as equações SAFT e PC-SAFT para soluções poliméricas, ressaltando os resultados alcançados, em especial para sistemas constituídos por polietilenos. A partir dos trabalhos de Chapman et al. [75, 76] e de Huang e Radosz [77, 78], diversas aplicações do modelo SAFT podem ser encontradas na literatura. Uma revisão 47 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos mais detalhada da aplicação do modelo SAFT a sistemas poliméricos pode ser encontrada no trabalho de Dariva [86]. Chen et al. [87, 88] estudaram diferentes transições de fases (de líquido para líquido-vapor (L para LV) e de líquido para líquido-líquido (L para LL)) em sistemas binários, ternários e quaternários, contendo poli-etileno-propeno (PEP) e os seguintes solventes: etileno, propeno, 1-buteno, 1-hexeno, n-hexano e metilciclopentano. A modelagem SAFT foi utilizada para PEP com diferentes pesos moleculares a pressões baixas e moderadas (0-500 bar). O parâmetro de interação binária ajustado foi definido como uma função exponencial do peso molecular do polímero, sendo esta função ajustada por três parâmetros. Xiong e Kiran [89] comparam o desempenho da equação SAFT com a equação de estado de Sanchez-Lacombe (SL) [45], baseada em modelo de rede, para modelar curvas de cloud point em sistemas de polietileno com n-butano e n-pentano. Os parâmetros de componente puro utilizados foram encontrados na literatura [77] e os parâmetros de interação binária foram assumidos iguais a zero. Para todas as faixas de temperarura-pressão-composição, o modelo SAFT mostrou-se superior ao SL. Dariva [86] aplicou a equação de estado SAFT para modelar sistemas PoliproPileno (PP)/solventes a baixas e moderadas pressões. Foram utilizados 2 polipropilenos comerciais com pesos moleculares de (476745 e 244625) g/mol e polidispesões de 4.4 e 5.0, além de um polipropileno metalocênico com peso molecular igual a 197150 g/mol e polidispersão de 2.9. Como solventes foram utilizados propeno, n-propano, 1-buteno e n-butano. O autor modelou transições L para LV, L para LL e LL para LLV (líquido-líquido-vapor), utilizando o modelo SAFT com e sem o ajuste do parâmetro de interação binária. Uma grande quantidade de dados experimentais para esses sistemas pode ser encontrada neste trabalho. Horst et al. [90] estudaram a influência de gases supercríticos no comportamento de fases dos sistemas poliestireno/cicloexano/gás e polietileno/cicloexano/gás, modelando os dados experimentais com a equação de estado SAFT. Como gases supercríticos os autores usaram etano, propano e nitrogênio. Os dados experimentais apresentados foram coletados a pressões moderadas e os parâmetros de interação binária utilizados para o ajuste foram definidos como funções quadráticas da temperatura. Bons resultados foram encontrados na modelagem, embora se possa observar um maior 48 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos afastamento entre o modelo e os dados experimentais em regiões de maior concentração de polímero. Além dos trabalhos já citados, a equação de estado SAFT também foi aplicada em trabalhos mais recentes, dessa vez como modelo de comparação, tendo seu desempenho comparado ao do modelo PC-SAFT, que, após os trabalhos de Gross e Sadowski [84, 85], foi utilizada para algumas aplicações, como será mostrado a seguir. Tumakaka et al. [91] utilizaram a equação PC-SAFT para modelar curvas de cloud point de sistemas poliméricos constituídos por poliolefinas, utilizando etano, eteno, propano, propileno, n-butano, 1-buteno e CO2 como solventes. Em especial, destacam-se os bons resultados obtidos na modelagem dos sistemas PEBD/solventes e PEAD/eteno a altas pressões. Além da modelagem de sistemas constituídos por poliolefinas, também foi realizada a modelagem de sistemas constituídos por copolímeros de polietileno e PVA (Poly Vinyl Acetate, poliacetato de vinila). Bons resultados foram obtidos na representação de um sistema constituído por polipropileno com uma distribuição de peso molecular moderada (polidispersão igual a 2.2), assumindo que o polipropileno era monodisperso, enquanto que no sistema PEAD/eteno, o polietileno foi modelado usando pseudocomponentes, e nos sistemas PEBD/solventes o polímero foi assumido como monodisperso. Gross e Sadowski [92] utilizaram o fracionamento do PEBD em três pseudocomponentes para representar as curvas de cloud point para o sistema PEBD (polidispersão igual a 8.56)/eteno. Os parâmetros de componente puro para etileno e PEBD, e um parâmetro de interação binária kij (interação etileno-PEBD), foram estimados a partir da regressão simultânea de dados de densidade do polímero e de uma única curva de cloud point, necessitando a otimização de quatro parâmetros (m, σ, ε/k, kij). Foram feitas ainda as modelagens de outros sistemas poliméricos em diferentes condições de equilíbrio, para amplas faixas de temperatura, (75-197) ºC, pressão, (02000) bar, e composição, (0-100%) de porcentagem másica. Foram analisados sistemas poliméricos constituídos por: PEBD, PEAD, PP, polibuteno, poliisobuteno e poliestireno. Como solventes foram considerados: etileno, n-butano, 1-buteno, npentano e cicloexano. Comparações dos resultados obtidos através dos modelos SAFT e PC-SAFT mostraram um melhor desempenho do segundo na modelagem dos sistemas. Gross e Sadowski [93] apresentaram modificações na equação PC-SAFT, adicionando mais dois parâmetros relativos ao termo associativo. Simulações de 49 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos equilíbrio líquido-líquido e de equilíbrio líquido-vapor, de sistemas constituídos por moléculas simples, foram realizadas e comparadas com resultados obtidos através da modelagem com a equação SAFT. Resultados um pouco superiores foram observados na modelagem com a equação PC-SAFT. Os parâmetros de componente puro foram identificados a partir da regressão simultânea de dados de pressão de vapor e densidade da fase líquida. Assim, um total de cinco parâmetros foi otimizado para cada componente i: diâmetro do segmento (σi), número de segmentos (mi), o segmento de energia (εi/k), a energia de associação (εAiBi/k) e o volume de associação efetivo (kAiBi). Neste caso o parâmetro kij para cada sistema foi otimizado posteriormente. Cheluget et al. [5] aplicaram a equação de estado PC-SAFT para modelagem do sistema de separação (flash) de uma planta industrial de produção de PELBD. O sistema em estudo era constituído por etileno, 1-buteno, cicloexano e polímero, a 267 ºC e 33 bar. Os parâmetros necessários para o modelo PC-SAFT utilizados neste trabalho foram estimados a partir de dados de equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor de sistemas binários encontrados na literatura. Os autores não fizeram a re-estimação dos parâmetros de interação binária para ajustar o modelo aos dados da planta industrial. Foi feita apenas uma comparação entre os dados simulados (utilizando parâmetros de interação da literatura) e os dados industriais. Possivelmente a não re-estimação dos parâmetros tenha sido a principal causa do considerável desvio entre os valores calculado e experimental das variáveis analisadas. Gross et al. [94] estenderam o modelo PC-SAFT (Gross e Sadowski [85], [92]) para copolímeros. Os autores modelaram o equilíbrio de fases de sistemas constituídos por copolímeros de etileno, de cadeia aleatória e alternada, numa ampla faixa de composições (incluindo a presença de homopolímero) com pesos moleculares variando entre (709 e 242000) g/mol. Os polímeros estudados eram constituídos por unidades de repetição apolares (poli(etileno)-co-propeno e poli(etileno)-co-1-buteno)) e polares ((poli(etileno)-co-acetato de vinila e poli(etileno)-co-acrilato de metila)). Além disso, os autores apresentaram os parâmetros de interação binária do equilíbrio de fases para os sistemas constituídos por homopolímeros, cujas unidades de repetição estão presentes nos copolímeros, e diferentes solventes, sendo alguns desses parâmetros de interação escritos em função da composição do copolímero. Os parâmetros de interação foram estimados a partir de dados de equilíbrio para tais sistemas binários (homopolímero/ solvente). 50 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Kouskoumvekaki et al. [95] apresentaram a aplicação de uma versão simplificada da equação de estado PC-SAFT (desenvolvida por von Solms et al. [96], porém sem grande repercussão) a sistemas poliméricos constituídos por uma variedade de solventes, que vão de compostos polares a compostos apolares e compostos que se associam. Parâmetros de componentes puros foram estimados a partir de dados de pressão de vapor e densidade da fase líquida. Contudo, o modelo simplificado não demonstrou melhoria significativa nos resultados, em relação à versão da equação PCSAFT original, sendo seu mérito até então a maior simplicidade de suas equações. No trabalho de Tumakaka e Sadowski [97] a equação da PC-SAFT foi aplicada a compostos polares puros, bem como para os equilíbrios líquido-vapor e líquido-líquido de misturas binárias contendo compostos polares e de baixo peso molecular e copolímeros polares. Uma vez que a versão original da equação PC-SAFT [84], [85] não é capaz de descrever sistemas polares, os autores utilizaram uma versão da equação estendida para sistemas polares. As interações dipolares, que contribuem significativamente com as forças intermoleculares totais, são explicadas explicitamente na teoria molecular [98]. Com a adição do termo referente às interações polares na teoria molecular, foi necessário também se adicionar um parâmetro de componente puro para esse termo. Quando se trata da modelagem de misturas, os autores definiram o parâmetro de interação binária ora como termo independente, ora como função da fração molar de comonômero. Arce e Aznar [99] modelaram os sistemas PP/n-pentano e PP/n-pentano/CO2 utilizando a equação de estado PC-SAFT. Neste trabalho foram usadas resinas de baixo peso molecular, (50.400 e 95.400) g/mol, e pressões moderadas (inferiores a 350 bar). Os modelos PC-SAFT, Sanchez-Lacombe e Peng–Robinson foram utilizados para predizer as pressões de clould point, a partir de dados experimentais dos sistemas em questão. Embora todos os modelos tenham sido capazes de descrever os sistemas, a equação de estado PC-SAFT mostrou desempenho superior. Para todos os modelos, os autores utilizaram o parâmetro de interação binária como função da temperatura. Spyriouni e Economou [100] avaliaram o desempenho das equações de estado SAFT e PC-SAFT ao descrever o comportamento de fases de misturas contendo polímeros e copolímeros polidispersos a alta pressão. Embora existam diversos trabalhos mostrando a aplicação de ambas as equações na modelagem do comportamento de fases de sistemas poliméricos, o grande mérito deste trabalho está na 51 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos comparação do desempenho de ambos os modelos, para uma grande variedade de homopolímeros e copolímeros. Os autores concluíram que ambos os modelos possuem desempenho equivalentes na modelagem do equilíbrio. Contudo, pelos dados apresentados, o modelo PC-SAFT apresenta resultado superior para a maioria dos sistemas. Pedrosa et al. [101] apresentaram cálculos de equilíbrio de fases em soluções de polietileno em diferentes solventes obtidos com duas versões diferentes da equação SAFT: a equação PC-SAFT e a equação soft-SAFT. A equação soft-SAFT usa o fluido esférico de Lennard-Jones como termo de referência, incluindo neste termo interações atrativas e repulsivas, enquanto que o termo de referência na equação PC-SAFT é a cadeia de esfera rígida. Os estudos realizados por Pedrosa et al. [101], que incluem equilíbrio líquido-vapor, mostraram que os resultados obtidos com a equação soft-SAFT são ligeiramente mais precisos em alguns casos do que a equação PC-SAFT. Guerrieri [102] investigou, usando a equação PC-SAFT, o comportamento de sistemas poliméricos em duas plantas industriais de produção de polietileno, uma de PEBD e outra de PEL (PoliEtileno Linear), onde são produzidos PELBD) e PEAD. Na Planta PEBD foi estudado o equilíbrio líquido-líquido a alta pressão, presente no reator, e o equilíbrio líquido-vapor presente no separador de baixa pressão (flash). Para este estudo foram utilizadas 8 resinas produzidas comercialmente. Na Planta PEL foi estudado o equilíbrio líquido-vapor presente no separador de pressão intermediaria (flash). Para este estudo foram utilizadas 25 resinas produzidas comercialmente. De um modo geral foram feitas as modelagens de sistemas binários e multicomponentes constituídos por: etileno, etano, propeno, propano, 1-buteno, cicloexano, 1-octeno e polímero. Os dados experimentais utilizados foram gerados a partir de medições disponíveis e balanços de massa e energia em ambas as plantas industriais. II.2.4. Estabilidade de fases Técnicas de solução para problemas de equilíbrio de fases são variadas e dependem de alguma maneira da aplicação e da equação de estado utilizada. Porém, há três restrições que todas as soluções de equilíbrio de fases devem satisfazer. Primeiro, o balanço material deve ser preservado. Segundo, para fases em equilíbrio não deve haver força motriz que cause um movimento de qualquer componente de uma fase para outra fase qualquer. Em linguagem característica da termodinâmica, os potenciais químicos 52 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos para cada componente devem ser os mesmos em todas as fases. Terceiro, o sistema de fases predito no estado de equilíbrio deve ter a energia de Gibbs mais baixa possível na temperatura e pressão do sistema. Se a energia de Gibbs de um estado de equilíbrio previsto é maior do que um outro estado que também satisfaz a primeira e a segunda restrições, o estado com a maior energia de Gibbs não é termodinamicamente estável. As duas primeiras restrições, balanço material e igualdade de potenciais químicos, são usadas comumente como os únicos critérios para a solução de problemas de equilíbrio de fases. Em muitos casos, não há problema com este uso. Porém, há muitos exemplos importantes quando a necessidade de minimização da energia de Gibbs deve também ser considerada. A igualdade dos potenciais químicos é necessária, mas não suficiente para a minimização da energia de Gibbs. Técnicas iterativas de solução, usadas normalmente na determinação de estados de equilíbrio, podem conduzir a uma solução trivial (todas as fases presentes têm as mesmas propriedades) que sempre satisfará às duas primeiras restrições, mas não necessariamente à terceira. Talvez de maior importância ainda seja a possibilidade da predição de falsos estados de duas fases dentro ou perto da região de três fases. Estes estados podem satisfazer às restrições de balanço material e de potencial químico, embora falhem na minimização da energia de Gibbs. Inúmeros métodos foram sugeridos na literatura para os cálculos do equilíbrio de fases. Do ponto de vista de formulação e solução do problema, estes métodos podem ser agrupados em duas classes diferentes: Métodos convencionais de Função de Iteração (MFI) ou técnicas de Minimização da Energia de Gibbs (MEG). Os métodos MFI, que são baseados na conservação da massa e no critério de igualdade de fugacidade (uma forma alternativa e equivalente de expressar o critério de igualdade de potenciais químicos), produzem uma solução correta somente se o número e os tipos de fases presentes a uma dada temperatura, pressão e composição podem ser determinadas antecipadamente. Além disso, são necessárias boas estimativas iniciais para as constantes de equilíbrio ou para as frações molares. Estes métodos sempre satisfazem as necessidades de conservação da massa e de igualdade de fugacidades, mas nem sempre alcançam o mínimo da energia de Gibbs, como mostrado por Heidemann [103] e por Evelein et al. [104]. Estes métodos algumas vezes conduzem a soluções triviais ou predições incorretas da distribuição de fases. É importante notar que esta é uma falha do procedimento computacional e não do foralismo termodinâmico que sustenta o modelo. As deficiências ocorrem pois as estimativas iniciais para o 53 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos procedimento podem estar muito distantes da solução correta e o código computacional converge para uma energia de Gibbs mínima local ao invés de mínimo global. Conforme o número de componentes aumenta, o número possível de fases adicionais também aumenta, bem como a probabilidade de se obter, por estes métodos, falsos equilíbrios. Nos métodos MEG, além da conservação da massa e da necessidade da igualdade de fugacidades, a mínima energia de Gibbs também deve ser alcançada. Consequentemente, os métodos MEG são superiores aos métodos MFI. Como o número de fases presentes no equilíbrio não deve ser conhecido a priori, o cálculo do equilíbrio de fases é frequentemente considerado em dois estágios. O primeiro envolve o problema de estabilidade de fase, isto é, determinar se uma dada mistura se dividirá em múltiplas fases. O segundo envolve o problema de divisão de fase, isto é, a determinação das quantidades e composições das fases consideradas presentes. Depois que o problema de divisão de fase é resolvido, é necessário fazer uma análise de estabilidade de fase sobre os resultados para determinar se o número postulado de fases foi correto e, caso não seja, repetir o problema de divisão de fase. Tanto o problema de estabilidade de fase como o de divisão de fase podem ser formulados como problemas de minimização ou como problemas equivalentes de solução de um sistema de equações não-lineares. Para a determinação do equilíbrio de fases, a pressão e temperatura constantes, um mínimo na energia livre de Gibbs total do sistema é procurado. A análise de estabilidade de fase pode ser interpretada como um teste global de otimização que determina se a fase que está sendo testada corresponde a um mínimo global na energia livre de Gibbs total do sistema. Se for determinado que a fase se dividirá, então um problema de divisão de fase é resolvido e o estado não dividido pode ser interpretado como um mínimo local na energia livre de Gibbs total do sistema. Esse mínimo local pode ser testado por otimização global usando análise de estabilidade de fase. Se necessário, o cálculo da separação de fase pode ser repetido, variando-se o número de fases presentes assumidas, até que seja encontrada uma solução que satisfaça o teste de otimização global. Claramente, a solução correta do problema de estabilidade de fase, um problema de otimização global, é a chave neste procedimento de otimização global em dois estágios para o equilíbrio de fase. Assumindo que o problema de estabilidade de fase está corretamente resolvido, mostra-se que este tipo de procedimento em dois 54 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos estágios pode convergir para um número finito de etapas na solução do equilíbrio. Técnicas de minimização convencional ou de solução de equação para resolver o problema de estabilidade de fase são dependentes das estimativas iniciais e podem falhar, convergindo para soluções triviais ou sem significado físico ou para um ponto que é um mínimo local, mas não global, mesmo para modelos muito simples. Assim, não há garantia de que o problema de estabilidade de fase tenha sido resolvido corretamente. Além disso, os métodos de dois estágios que não resolvem o problema de estabilidade de fase por otimização global não fornecem garantia de que o problema de equilíbrio de fases seja resolvido corretamente. Por esta razão, tem havido interesse significativo no desenvolvimento de modelos mais confiáveis. Uma etapa importante nos cálculos do equilíbrio multifásico usando os métodos MEG é determinar a estabilidade de fase, que determina se uma mistura a uma dada condição de operação se dividirá em múltiplas fases. Baker et al. [105] formalizaram os conceitos de estabilidade termodinâmica para misturas multicomponentes. Eles provaram que uma condição necessária e suficiente para uma solução de equilíbrio corresponder a um mínimo global da energia livre de Gibbs é que o plano tangente correspondente a esta solução deve estar sobre ou abaixo da superfície da energia livre de Gibbs para todos os valores possíveis da composição. A região metaestável é reconhecida como instável. Os autores não apresentaram uma implementação do critério. Como descrito por Michelsen [106], a estabilidade pode ser inferida procurando o mínimo na distância do plano tangente. As distâncias do plano tangente podem ser determinadas pelos pontos estacionários (pontos extremos ou de sela na energia livre de Gibbs do sistema), que são o resultado da resolução de um problema de minimização ou da resolução de um sistema equivalente de equações não lineares. Se a distância do plano tangente tem um valor negativo, então o plano tangente intercepta a superfície da energia livre de Gibbs, e a fase é instável. O principal problema na análise da estabilidade é a determinação de todos os pontos estacionários com toda a certeza. Esta dificuldade provoca tentativas significativas de vários pesquisadores para desenvolver um método confiável de resolução dos problemas de estabilidade de fase. Por exemplo, Michelsen [106] usou múltiplas tentativas iniciais para resolver o sistema de equações não lineares para pontos estacionários. Esquemas diferentes de inicialização são aplicados dependendo dos 55 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos modelos termodinâmicos usados para cada sistema. Quando os modelos são simétricos, usando uma única equação de estado para ambas as fases, Michelsen [106] sugere usar as estimativas de Wilson para baixa pressão para o equilíbrio líquido-vapor. Para múltiplas fases líquidas, para cada nova fase a ser testada, um novo conjunto de pontos iniciais precisa ser estimado. Neste caso, duas alternativas básicas podem ser utilizadas: i) considera-se que a nova fase é pura, composta unicamente do componente mais leve; ii) considera-se, para os componentes mais leves, uma composição inicial igual à média aritmética das composições das demais fases (quando a fase em questão é a segunda, considera-se, para a composição dos mais leves, a metade do valor da compoisção global, estratégia esta que pode ser utilizada, evidentemente, também no caso de apenas duas fases). Quando os modelos são assimétricos, com modelos separados para cada fase, os esquemas de inicialização incluem a suposição de gás ideal para uma fase tentativa vapor e uma solução ideal para a fase tentativa líquida. Estas estratégias refletem as dificuldades de obter bons pontos iniciais para resolver as equações estacionárias. Porém, este método não pode garantir que todos os pontos estacionários tenham sido encontrados. Um novo algoritmo para determinar o equilíbrio de fases no mínimo global da energia livre de Gibbs foi apresentado por Sun e Seider [107]. O método de continuação homotóptica foi usado para pesquisar todos os pontos estacionários da função distância do plano tangente antes da pesquisa do mínimo global da energia livre de Gibbs. Foi concluído que o algoritmo localiza de modo fidedigno todos os pontos estacionários com dois tipos de pontos iniciais: um assumindo fases aproximadamente puras e outra baseada em estimativas a baixa pressão. Estes pontos iniciais foram usados com sucesso independentemente da fase e dos modelos. A relação entre o número de pontos estacionários e a minimização da energia livre de Gibbs foi analisada para misturas que exibem múltiplas miscibilidades parciais. Para sistemas envolvendo três ou mais espécies como metano, dióxido de carbono e sulfeto de hidrogênio, os limites onde o número de pontos estacionários das variações da função distância do plano tangente muda são menos bem definidos do que para misturas binárias. Para a análise de misturas que envolvem modelos assimétricos, foi demonstrado que a identidade da fase de referência afeta o número de pontos estacionários e, portanto, os pontos estacionários para cada fase são tratados separadamente. O método da área proposto por Eubank et al. [108] é baseado na integração da 56 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos superfície de Gibbs. O critério de equilíbrio de fases é definido como a área máxima entre o plano tangente e a superfície da energia livre de Gibbs e é obtido por uma pesquisa exaustiva em uma grade definida. Para determinar a localização aproximada de soluções é aplicada primeira uma grade grosseira. As regiões contendo soluções viáveis são selecionadas, e as regiões que não fornecem soluções são eliminadas. A pesquisa para soluções continua com uma grade refinada nas regiões restantes [109]. McDonald e Floudas [110] usaram o algoritmo de otimização global de Floudas e Visweswaran [111, 112] para obter soluções globais para minimização da energia livre de Gibbs quando a fase líquida é modelada pela equação NRTL. Quando a fase líquida não ideal pode ser modelada usando a equação UNIQUAC (UNIversal QUAsiChemical, teoria quase-química universal), McDonald e Floudas [113] mostraram como a função de Gibbs pode ser transformada na diferença de duas funções convexas tal que a aplicação de uma variante do algoritmo de Falk e Soland [114] pode ser usada. Para casos onde as equações UNIFAC, Wilson, Wilson modificada e ASOG podem ser usadas para calcular coeficientes de atividade da fase líquida, McDonald e Floudas [115] mostraram como as funções de energia livre de Gibbs molar podem ser transformadas tal que o mesmo algoritmo pode ser aplicado para estas formulações. McDonald e Floudas [116] mostraram como soluções globais podem ser obtidas para o problema de estabilidade de fase, quando as fases líquidas podem ser modeladas usando as equações NRTL ou UNIQUAC. McDonald e Floudas [117] apresentaram um algoritmo que é teoricamente garantido de convergir para uma solução global de equilíbrio, não importando quão pobre seja o ponto de partida. Essa é a contribuição chave do trabalho proposto. O próprio algoritmo é conceitualmente semelhante ao trabalho de Gautam e Seider [118] e à abordagem de Michelsen [106], pois usa o critério do plano tangente para estabelecer se a energia livre de Gibbs de uma solução de equilíbrio pode ser reduzida. A principal diferença é que a otimização global é usada para resolver os subproblemas da minimização da energia livre de Gibbs e da minimização da função distância do plano tangente (em oposição às técnicas locais), permitindo que sejam feitas garantias de convergência em cada etapa do algoritmo. Uma abordagem alternativa para resolver o problema de estabilidade de fase é o uso de análise de intervalo (métodos de intervalo de Newton). Essa abordagem fornece não somente uma garantia de otimização global, mas também uma garantia computacional, pois lida automaticamente com erros de arredondamento que são 57 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos inerentes na aritmética de ponto flutuante e que conduzem à perda de garantias matemáticas. Esse método, baseado no algoritmo de bisseção generalizada de Newton, foi originalmente sugerido por Stadtherr et al. [119], que o aplicou em problemas envolvendo modelos de energia livre de Gibbs em excesso. Subsequentemente Hua et al. [120, 121] aplicaram esse método a problemas modelados com equações cúbicas de estado e foram feitos esforços para melhorar a eficiência computacional da abordagem, tanto para modelos de equação de estado como para modelos de energia livre de Gibbs em excesso. Este método é independente de inicialização e, se implementado apropriadamente, pode produzir a solução correta para o problema de estabilidade de fase, pois fornece uma garantia de que todos os pontos estacionários podem ser encontrados. A técnica baseada na análise do intervalo pode ser usada com garantia de certeza matemática e computacional, para encontrar o ótimo global de uma função não linear ou encontrar (mais precisamente cercar, como discutido em Hua et al. [121]) todas e quaisquer raízes de um sistema de equações não lineares. Embora esta técnica tenha o potencial de ser aplicada a uma grande variedade de importantes cálculos termodinâmicos em projetos de processos químicos, Hua et al. [122] se concentraram na análise de estabilidade de fase, usando tanto equações cúbicas de estado como modelos de energia livre de Gibbs em excesso, e na localização de azeótropos homogêneos. Segundo os autores, como a técnica é independente do modelo e completamente geral, seu uso pode ser estendido facilmente para qualquer modelo termodinâmico em qualquer situação de equilíbrio. Elhassan et al. [109] introduziram novos desenvolvimentos no método original da área apresentado por Eubank et al. [108]. É apresentada uma prova matemática rigorosa de que os pontos de equilíbrio são os únicos que satisfazem o critério de área máxima no caso de sistema de duas fases e dois componentes.Assim, a aplicação do critério da área identifica o sistema como estável ou instável e determina a solução de equilíbrio. É fornecida também uma prova rigorosa de que o critério de área máxima é uma condição necessária, mas não suficiente, para o equilíbrio no caso de um sistema de n-componentes e duas fases. As derivações matemáticas e as conclusões que dela se originam conduzem a uma grande variedade de possíveis implementações numéricas do critério da área para determinar a solução de equilíbrio. Porém, para determinar a solução global entre todos os equilíbrios possíveis, deve ser necessário um algoritmo combinado que incorpore o esquema integral. 58 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Zu et al. [123] introduziram o algoritmo simulated annealing (recozimento simulado) para pesquisar soluções globais ótimas para o fenômeno de múltiplos máximos e mínimos que geralmente existem nos problemas de estabilidade de fases com variáveis contínuas. Ou seja, o mínimo global da função distância do plano tangente foi obtida usando este algoritmo e as fases líquidas não ideais foram modeladas pelas equações NRTL e UNIQAUC, sendo a aplicação deste algoritmo restrita ao cálculo do equilíbrio líquido-líquido para quatro exemplos e as composições de equilíbrio calculadas pelo método de Newton-Raphson. Yushan e Zhilong [124] desenvolveram um novo algoritmo branch e bound (ramificação com limites) para minimizar a distância do plano tangente do problema de análise de estabilidade onde fases líquidas não ideais são descritas pelo modelo UNIQUAC. Foram realizadas algumas variações simples na maneira como a função distância do plano tangente é construída tal que ela pode ser remodelada como a diferença de duas funções convexas sem a suposição de função separável e sem a introdução de novos parâmetros exceto aqueles inerentes ao modelo UNIQUAC. As análises de estabilidade de fases foram restritas ao cálculo do equilíbrio líquido-líquido para três sistemas ternários com até três fases. Zu et al. [125] apresentaram uma melhoria do algoritmo simulated annealing, em relação ao já publicado anteriormente em [123], para verificar a análise de estabilidade e obter a solução verdadeira do problema de equilíbrio de fase de sistemas multicomponentes a alta pressão. Usando este algoritmo, a análise de estabilidade global é verificada com base nos resultados de minimização das funções distância do plano tangente para os sistemas nos quais as fases não ideais são descritas pelas equações de estado Peng-Robinson [8] e SRK [7]. Os cálculos subsequentes de equilíbrio de fases são realizados pelo método de Newton-Raphson baseado nos resultados da análise de estabilidade. Os cálculos foram realizados para três sistemas, incluindo misturas ternárias e quaternárias, e constituídos de cinco componentes que exibem regiões de miscibilidade parcial. Lucia et al. [126] ofereceram um algoritmo que emprega uma combinação de minimização da energia de Gibbs, análise do plano tangente binário e cálculos de ponto de bolha. Os autores propuseram um algoritmo para determinação do estado de equilíbrio de uma mistura e cálculo das composições correspondentes das fases em equilíbrio a temperatura e pressão constantes, consistente com a abordagem de duas 59 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos etapas, usando cálculo de estabilidade de fase e minimização da energia livre de Gibbs semelhante aos trabalhos de Michelsen [106, 127] Porém, a abordagem de Lucia et al. [126] difere da de Michelsen, pois os primeiros autores usaram somente a análise do plano tangente binário, ao invés de determinar todos os pontos estacionários na função distância do plano tangente no espaço total de composição. Pré-processamento foi usado para identificar todos os pares binários imiscíveis, bem como todos os componentes não voláteis e não condensáveis, e são incluídas garantias apropriadas para manusear estas características especiais durante a tarefa de resolução do problema. O algoritmo começa com uma única fase líquida e atravessa uma sequência de estados de equilíbrio sempre se movendo na direção da energia livre de Gibbs mais baixa até que não possa ser encontrada nenhuma redução na energia livre de Gibbs do sistema. Fases líquidas são adicionadas (ou retiradas), baseadas no resultado de um teste de estabilidade e no cálculo de equilíbrio de fases, até que todas as fases líquidas sejam consideradas termodinamicamente estáveis. A existência da fase vapor é então determinada usando cálculos de ponto de bolha para fases líquidas voláteis. Isto é, se a temperatura especificada está acima do ponto de bolha de todos os líquidos voláteis, que devem ser os mesmos, então vapor deve estar presente no sistema, caso contrário não haveria vapor no estado de equilíbrio de mínimo global da energia livre de Gibbs. Por outro lado, composições de equilíbrio são calculadas fazendo-se a minimização da energia livre de Gibbs, com o número usual de fases assumido. O algoritmo é iterativo e segue uma sequência lógica de fases hipotéticas com valores iniciais facilmente gerados e confiáveis das variáveis desconhecidas, até que o mínimo global da energia livre de Gibbs seja determinado. A determinação do número correto de fases em equilíbrio e das composições correspondentes das fases é complicada pela existência de falsos equilíbrios, por exemplo: equilíbrio líquido-líquido (ELL) falso em uma região de equilíbrio líquido-vapor (ELV); equilíbrio líquido-líquido-vapor (ELLV) falso em uma região de equilíbrio líquido-líquido-líquido (ELLL); soluções triviais e soluções múltiplas de equilíbrio para algumas escolhas de fases (por exemplo, soluções ELV múltiplas em uma região de ELLV, etc). Teh e Rangaiah [128] compararam métodos selecionados da abordagem de resolução de equação e da abordagem da minimização da energia livre de Gibbs para cálculo do equilíbrio de fases. Exemplos típicos cobrindo problemas de ELV, ELL e ELLV com modelos termodinâmicos simples são estudados neste trabalho. Os 60 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos resultados mostram que o algoritmo genético (GA, Genetic Algorithm) seguido do método simplex modificado de Nelder e Mead (NM) [129] é mais confiável e desejável do que métodos de resolução de equações quando há múltiplos mínimos, especialmente para cálculos ELLV. Teh e Rangaiah [128] estudaram uma versão da pesquisa Taboo (TS, Taboo Search) [130, 131], denominada TS contínua enriquecida (ECTS, Enriched Continuous TS), para cálculos de equilíbrio de fases via minimização da energia livre de Gibbs. Os resultados mostram que tanto TS como GA possuem alta confiabilidade na localização do mínimo global e que TS necessita de cálculos de um menor número de funções do que GA. Xu et al. [132] demonstraram o uso da abordagem de intervalo para solução completamente confiável da estabilidade de fase e de problemas de equilíbrio, quando a equação SAFT é usada. Como a equação SAFT é expressa mais convenientemente em termos de energia livre de Helmholtz, os autores usaram uma formulação do problema de estabilidade de fase e de equilíbrio a temperatura e pressão constantes, baseada no volume, onde a função termodinâmica mais importante é a energia livre de Helmholtz. Durante a aplicação da abordagem do intervalo, os autores realizaram outras variações numéricas relativas à equação SAFT, em particular uma abordagem tratando da interação interna quando efeitos de associação são incluídos no modelo SAFT. O resultado final é um novo procedimento computacional com garantia matemática e computacional de confiabilidade, para resolver problemas de estabilidade de fase e de equilíbrio quando a equação SAFT é usada. Nichita et al. [133] propuseram o uso do método tunneling (“tunelamento”) de otimização global para resolver problemas de estabilidade de fase e equilíbrio multifásico. Este método tem uma natureza híbrida. Ele é deterministico no sentido de produzir uma sequência monotônica melhorada de mínimos locais. Mas tem também um elemento aleatório, pois os pontos iniciais para começar a pesquisa para um ponto em uma outra depressão (tunneling phase, fase “tunelamento”) são tomados em direções aleatórias, permitindo que o método realize uma pesquisa espacial inteligente para vales mais promissores. O método tunneling é capaz de escapar de pontos de mínimo local e de sela, e tem se mostrado capaz de encontrar eficientemente a solução global para inúmeros problemas acadêmicos e industriais. O método tunneling tem duas fases. Na primeira fase é usado um método de otimização local limitado para minimizar a função objetivo. Na segunda fase (tunnelization) ou é averiguada uma otimização global ou é 61 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos gerada uma estimativa inicial exequível para uma nova minimização. Para a etapa de minimização é usado um método quase-Newton de memória limitada. O método proposto pelos autores não necessita a priori do número de fases que existem no equilíbrio. A sequência de cálculo é organizada de uma maneira etapa por etapa. Resultados de um flash bifásico e análise de estabilidade fornecem boas estimativas iniciais para o equilíbrio trifásico. Os problemas avaliados pelos autores foram ELV, ELL, ELLV e equilíbrio líquido-solido-vapor (ELSV) para uma variedade de sistemas representativos, usando equação cúbica de estado. Nichita et al. [134] também utilizaram o método tunneling, porém com uma abordagem diferente, empregando variáveis reduzidas. Neste caso, ao invés da pesquisa ser realizada no espaço composicional, ela é realizada em um espaço com um número reduzido de dimensões. A idéia básica, atrás da teoria da redução, é relacionar a função objetivo a algumas variáveis (outras que não as frações molares) cujo número é menor do que o número de componentes na mistura. O número de variáveis independentes não depende linearmente do número de componentes. Os autores utilizaram uma forma geral de equações cúbicas de estado, incluindo SRK [7] e a equação de Peng-Robinson [8]. O método é geral e independente do modelo. Embora tenha sido usada a formulação de equação de estado para a energia livre de Gibbs, qualquer outro modelo termodinâmico pode ser usado para os vários tipos de equilíbrios termodinâmicos. Sofyan et al. [135] escolheram, para resolver um sistema de equações não lineares para pontos estacionários, o método de Newton convencional, devido à sua velocidade de convergência e simplicidade. Um esquema de inicialização simples é aconselhado para eliminar o problema de estimativa inicial. A única exigência para o esquema de inicialização funcionar é o conhecimento dos limites superiores e inferiores das variáveis. Esta informação é usada para gerar pontos da grade não uniforme que servem como localização das estimativas iniciais. A aplicação do método de Newton convencional e do esquema de inicialização proposto é relativamente mais fácil de programar do que o método da bisseção generalizada de Newton. Esta técnica foi usada pelos autores para resolver sete problemas de estabilidade de fase consistindo de sistemas binários, ternários e quaternários nas vizinhanças da região crítica. Os resultados mostraram que esta técnica, com equação de estado generalizada, é capaz de prever corretamente a estabilidade do sistema, e estes resultados estão em excelente concordância com aqueles obtidos por Hua et al. [121]. 62 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Gecegormez e Demirel [136] usaram o método de intervalo de Newton com o modelo de composição local de NRTL, que pode prever raízes múltiplas em cálculos de equilíbrio de fases, para a análise de estabilidade de 10 sistemas binários e 2 sistemas ternários em várias composições de alimentação para localizar todos os pontos estacionários. A análise de intervalo (ou método do intervalo de Newton) para análise da estabilidade de fases, foi descrita por Xu et al. [137] quando é usada a modelagem assimétrica. Em comparação com o caso de modelo simétrico, o uso de modelos termodinâmicos múltiplos no caso assimétrico, acrescenta uma camada adicional de complexidade ao problema de estabilidade de fase. Por esta razão os autores formularam o problema em termos de um novo tipo de função distância do plano tangente, que usa variável binária para levar em conta a presença de diferentes modelos para as fases líquida e vapor. A nova metodologia é testada usando vários exemplos com NRTL para a fase líquida e equação cúbica (SRK [7] ou Peng-Robinson [8]) como modelo da fase vapor em sistemas com até oito componentes. Bonilla-Petrociolet et al. [138] realizaram um estudo comparativo de três métodos estocásticos de otimização para calcular a estabilidade de fases em misturas reativas e não-reativas. Os algoritmos comparados foram: simulated annealing desenvolvido por Corana et al. [139]; simulated annealing muito rápido relatado por Sharma e Kaikkonen [140]; uma versão modificada do direct search simulated annealing (recozimento simulado com busca direta) proposta por Ali et al. [141]. O desempenho numérico e a confiabilidade destes métodos foram testados usando vários problemas de estabilidade. Os resultados demonstraram ser o simulated annealing o método mais confiável. Corazza et al. [142] investigaram a aplicação do algoritmo de subdivisão desenvolvido por Smiley e Chun [143] no teste de estabilidade de fase. Em geral, os algoritmos de subdivisões consistem em estabelecer intervalos iniciais para as variáveis do sistema e aplicar uma subdivisão sistemática nestes intervalos iniciais. Em cada nível de divisão é necessário aplicar um teste para verificar a existência de raízes. Se este intervalo passa no teste, ele é retido e continua no procedimento; caso contrário, ele é descartado. Após um número finito de subdivisões, um método convencional (como os métodos de Newton-Raphson ou Broydn) é usado para encontrar as raízes, sendo que o ponto médio dos intervalos retidos pode ser usado como estimativas iniciais. Desta 63 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos maneira, dependendo do número aplicado de subdivisões, a solução (ou soluções) pode estar confinada nos intervalos retidos, o que pode propiciar uma convergência rápida, eficiente e segura do método convencional. Além disso, o benefício do algoritmo de subdivisão é que ele pode ser usado como algoritmo de pré-processamento para gerar estimativas iniciais aproximadas para um método convencional, dependendo do nível de subdivisão. Para determinar a composição e a fração de cada fase em equilíbrio, uma análise de separação de fases é realizada. Vários pesquisadores tentaram resolver o problema de separação de fases usando métodos variados. Por exemplo, Michelsen [127] usou as composições das fases instáveis encontradas na análise de estabilidade de fases como estimativas iniciais e empregou um método de convergência de segunda ordem para obter a solução. Sun e Seider [107] construíram um conjunto de equações baseado nas necessidades de balanço de massa e igualdade de fugacidades. Os pontos estacionários obtidos da análise da estabilidade de fase foram empregados como estimativa inicial e o método de Newton foi usado para resolver o conjunto de equações. Em Sofyan et al. [135], a análise da separação de fase é realizada por dois métodos. O primeiro consiste em minimizar diretamente a soma molar da energia livre de Gibbs da mistura com a restrição de balanço de massa e com a restrição de igualdade de fugacidades. Para assegurar que as soluções alcançarão o mínimo global da energia livre de Gibbs, a estabilidade encontrada de cada fase provável é testada. Então, a distribuição do equilíbrio de fases é obtida, se cada fase for estável. O segundo método consiste em aplicar o MFI com o procedimento de verificar a fase, como sugerido por Nelson [144]. Esse método é planejado para melhorar a eficiência do primeiro. Os pontos estacionários encontrados na análise da estabilidade de fase são tomados como estimativas iniciais para as frações molares. Nichita et al. [145] testaram a adequação do método tunneling para resolver o problema de estabilidade de fase para uma equação de estado mais complexa como PCSAFT. Os cálculos foram realizados para vários problemas benchmark (problemas de referência), para misturas de moléculas que não se associam, binárias e multicomponentes, testadas anteriormente pelos autores, utilizando a mesma metodologia de otimização, porém com equação cúbica de estado. O objetivo de Jalali et al. [146] foi estudar o comportamento do método de continuação usando teoria da bifurcação no domínio complexo para equilíbrio de fase 64 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos multivariável e análise de estabilidade. É mostrado que o comportamento nãoconvergente, observado algumas vezes no espaço real, pode ser transformado através do domínio complexo para o domínio real para encontrar mais soluções, entre as quais pode estar a melhor solução. Os autores estudaram o problema de equilíbrio e estabilidade quando as fases não ideais podem ser modeladas usando diferentes modelos de coeficiente de atividade. Independentemente da metodologia usada no cálculo de estabilidade de fase, todas elas envolvem o cálculo das constantes de equilíbrio, para as quais são necessárias as equações dos modelos termodinâmicos, que serão discutidos nas próximas seções. 65 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos II.3.Modelagem Termodinâmica II.3.1. Modelagem do equilíbrio de fases O critério fundamental para o equilíbrio entre duas fases é que o potencial químico de cada componente µ i deve ser igual em ambas as fases I e II: µ iI = µ iII (II.1) As fases no sistema devem também estar em equilíbrio térmico e mecânico: T I = T II (II.2) P I = P II (II.3) Na maioria dos casos, o potencial químico não é uma quantidade conveniente para finalidades de engenharia. Neste caso, pela relação entre potencial químico e fugacidade, a Equação (II.1) pode ser escrita como: f i I = f i II (II.4) ou seja a fugacidade de cada componente deve ser a mesma em ambas as fases. Um método para calcular a fugacidade de um componente no equilíbrio é através de uma equação de estado, que pode ser usada para calcular o coeficiente de fugacidade: ln φi = ∞ ∂P 1 ⋅∫ R ⋅ T V ∂ni − T ,V , n j RT ⋅ dV − ln z V (II.5) A fugacidade está relacionada ao coeficiente de fugacidade por: f i = φi ⋅ P ⋅ yi (II.6) 66 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos onde φi é o coeficiente de fugacidade do componente i, P é a pressão e yi é a fração molar do componente i. A Equação (II.5) pode ser usada com qualquer equação de estado para calcular a fugacidade dos componentes na mistura em qualquer fase, desde que a equação de estado seja precisa para as condições e fases de interesse. Uma equação de estado explícita em pressão é necessária para ser usada na Equação (II.5). Se a equação de estado é válida para ambas as fases, então a Equação (II.5) pode ser aplicada para calcular a fugacidade em ambas as fases. O critério de isofugacidade, Equação (II.4), se reduz a: φ Ii⋅xiI =φ IIi⋅ xiII (II.7) onde xiI é a fração molar do componente i na fase I e xiII é a fração molar do componente i na fase II. Nesta terminologia xi representa a fração molar em qualquer fase, que pode ser líquida ou vapor. A maior dificuldade para se usar a Equação (II.7) é encontrar uma equação de estado que seja precisa em ambas as fases. II.3.2. Equações de estado II.3.2.1. Equação de estado de Soave-Redlich-Kwong A equação SRK [7] é expressa por: P= R ⋅T a(T ) − v − b v ⋅ (v + b ) (II.8) Neste estudo o cálculo dos parâmetros de energia a e do covolume b do polímero puro,é realizado pelo método proposto por Kontogeorgis et al. [11]. De acordo com este método, a e b do polímero são ajustados a dois dados volumétricos experimentais à pressão zero. Já os parâmetros SRK dos solventes são determinados por: b = 0.08664 ⋅ R ⋅ Tc Pc (II.9) 67 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 a = 0.42748 ⋅ C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos R 2 ⋅ Tc2 ⋅ α (Tr ) Pc (II.10) onde Tc e Pc são a temperatura crítica e a pressão crítica do componente puro, respectivamente. A quantidade α ( Tr ) está relacionada ao fator acêntrico w: [ ( α (T r ) = 1 + m ⋅ 1 − Tr )] 2 m = 0.48 + w ⋅ (1.574 − 0.176 ⋅ w) (II.11) (II.12) II.3.2.1.1. Regras de mistura Para estender a equação SRK para sistemas polímero-solventes, são consideradas as seguintes regras de mistura: • Regras de mistura de van der Waals [12]: a = ∑∑ xi ⋅x j ⋅aij (II.13) b = ∑ ∑ xi ⋅ x j ⋅bij (II.14) i i j j As regras de combinação para o parâmetro de energia cruzado (aij ) e para o covolume (bij ) são dadas por: aij = (ai ⋅ a j ) ⋅ (1 − kaij ) (II.15) b + bj ⋅ (1 − kbij ) bij = i 2 (II.16) 0 .5 Os parâmetros binários kaij e kbij são obtidos através do ajuste de cálculos de flash, utilizando dados experimentais. 68 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Além de regras de mistura empíricas, uma abordagem diferente se baseia na metodologia de incorporação de modelos de coeficiente de atividade a equações cúbicas de estado, através da equação que iguala a energia livre de Gibbs (ou de Helmholtz) em excesso de um modelo com o respectivo valor desta propriedade obtido pela equação de estado aplicada na pressão infinita ou na pressão zero. • Regra de Mistura de Wong-Sandler: A regra de mistura de Wong-Sandler [28] é uma regra representativa baseada na condição de pressão infinita, escrita como: x ⋅ a GE a = b ⋅ ∑ i i + c i bi (II.17) onde: ∑∑ x ⋅x ⋅(b − a R ⋅ T ) b= 1 − ∑ x ⋅(a b ⋅R ⋅ T ) − (G c ⋅ R ⋅ T ) i i j ij j (II.18) E i i i i com: (b − a R ⋅ T )ij = [ ] 1 ⋅ (b − a R ⋅ T )i + (b − a R ⋅ T ) j ⋅ (1 − K ij ) 2 (II.19) onde c é uma constante, igual a (–ln 2) para a equação SRK. O parâmetro binário Kij é obtido através do ajuste de cálculos de flash, utilizando dados experimentais. • Regra de mistura LCVM (Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rule): 69 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Boukouvalas et al. [29] propuseram a regra de mistura LCVM que é a combinação linear da regra de Huron e Vidal [16] com a regra MHV1 de Michelsen [26], tendo a seguinte estrutura: α = λ ⋅α V +(1 − λ ) ⋅ α M (II.20) onde α V e α M são fornecidas pelas expressões das regras de Vidal e Michelsen, respectivamente. As contribuições correspondentes a α são ponderadas por um fator λ , e o valor de λ proposto por Boulouvalas et al. [29] é 0.36. Para o parâmetro b, a regra de mistura convencional é usada: b = ∑ xi ⋅ bi (II.21) i Igualando o excesso de energia livre de Gibbs (GE) de uma equação cúbica de estado na pressão zero com a do modelo de GE, a regra de mistura MHV1 é: b 1 G E ⋅ + ∑ xi ⋅ ln bi q1 R ⋅ T i α M = ∑ xi ⋅ α i + i (II.22) onde o parâmetro α M é substituído pelo parâmetro adimensional α = a b ⋅ R ⋅ T , e q1 é uma constante que depende da escolha da equação de estado. O valor de q1 =-0.53 é recomendado por Michelsen [26] para a equação SRK [7]. No caso da regra de mistura de Vidal, a pressão de referência é considerada infinita, sendo obtida a seguinte regra de mistura: αV = 1 GE ⋅ + ∑ xi ⋅ α i q2 R ⋅ T i (II.23) onde q 2 = − ln 2 para a equação SRK. 70 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos II.3.2.1.2. Modelo de Bogdanic e Vidal para GE As regras de mistura LCVM [29] e Wong-Sandler [28] necessitam de um modelo de GE. Uma avaliação criteriosa de vários modelos de GE foi realizada para a descrição dos equilíbrios líquido-vapor e líquido-líquido com soluções poliméricas [147], tendo sido detectado como o melhor desempenho o obtido pelo modelo de Bogdanic e Vidal [148]. Como consequência, este foi o modelo de GE escolhido para este trabalho. O modelo é derivado do modelo entrópico-volume livre (FV) [149]. O coeficiente de atividade do componente i é dado pela seguinte expressão: ln γ i = ln γ ientr − FV + ln γ iresid (II.24) Como no modelo original, as contribuições combinatoriais e de volume livre são combinadas em um único termo, o chamado entrópico-volume livre: ln γ entr − FV i φiFV = ln xi φ FV + 1 − i xi (II.25) onde φiFV e xi são a fração de volume livre e a fração molar, respectivamente. O volume livre é definido como: vFV ,i = vi − vW ,i (II.26) onde vi e vW ,i são o volume molar do líquido e o volume molar de van der Waals, respectivamente. Para o cálculo do termo residual, ln γ iresid , a mistura é considerada como uma solução de segmentos, e a fração molar de cada segmento é calculada como: X k= ∑ ∑ ncomp i ncomp j ∑ xi ⋅ vk( i ) nseg m x j ⋅ vm( j ) (II.27) 71 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos onde xi e xj são as frações molares dos componentes i e j, respectivamente. Os somatórios são estendidos para o número total de componentes, ncomp, e o número total de segmentos, nseg, vk( i ) e vm( j ) são o número de segmentos k no componente i e de segmentos m no componente j. Estes valores são iguais ao número de unidades de repetição para homopolímeros e um para o solvente. Para um copolímero, o valor de vk( i ) é obtido a partir do peso molecular do copolímero, Mi, da fração molar, X k( i ) , de cada segmento k do copolímero, que caracteriza a composição do copolímero (a quantidade de comonômero no copolímero), e do peso molecular de cada segmento Mk: vk(i ) = Mi ∑ nseg m X (i ) m ⋅ Mm ⋅ X k(i ) (II.28) A partir da fração molar Xk, os coeficientes de atividade dos segmentos Γk na mistura são calculados aplicando um modelo de não idealidade. Os autores usaram o termo residual do modelo UNIQUAC [44]. Para uma mistura binária a expressão de ln Γk é: nseg Θ ⋅ τ nseg ln Γk = Qk ⋅ 1 − ln ∑ Θ m ⋅ τ mk − ∑ nsegm km m ∑ n Θ n ⋅ τ nm m (II.29) Nesta expressão Qk representa os parâmetros de superfície dos segmentos, derivados da área de van der Waals e de suas frações de superfície Θ n e Θ m , dadas por: Θm = X ⋅ Qm ∑ m nseg n X n ⋅ Qn (II.30) Os valores de τ nm são derivados dos parâmetros de interação entre segmentos amn, pela seguinte relação: 72 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos anm R ⋅T τ nm = exp − (II.31) Os autores assumiram que os parâmetros de interação segmental têm uma dependência linear com a temperatura, que é expressa como: anm = anm ,1 + anm , 2 ⋅ (T − T0 ) (II.32) onde m e n designam segmentos e T0 é a temperatura de referência igual a 298.15 K. Os coeficientes de atividade de segmentos Γk(i ) nos componentes puros devem ser calculados. Para um solvente ou um homopolímero, eles são iguais a um e para copolímeros são obtidos usando a Equação (II.29), onde as frações de superfície são obtidas das frações molares dos segmentos no copolímero puro, X k( i ) . Finalmente, os coeficientes de atividade dos componentes, solvente, homopolímero ou copolímero, são obtidos pela relação: ( ln γ iresid = ∑ vk(i ) ⋅ ln Γk − ln Γk( i ) ) (II.33) k II.3.2.2. Equação de estado de Sanches e Lacombe A expressão para a equação de Sanchez e Lacombe é: ~ ~ 1 ρ~ 2 + P + T ⋅ ln (1 − ρ~ ) + 1 − ⋅ ρ~ = 0 r ~ ~ onde ρ~ , T , P e r (II.34) são a densidade reduzida, a temperatura reduzida, a pressão reduzida e o número de sítios ocupados por uma molécula, respectivamente. Os parâmetros reduzidos são definidos a partir dos parâmetros característicos: ~ T T = * T ~ P P= * P ρ~ = ρ ρ* (II.35) 73 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos com: T* = ε* P* = k ε* ν* ρ* = M r ⋅ν * (II.36) onde T é a temperatura absoluta, P é a pressão, ρ é a densidade, M é o peso molecular e k é a constante de Boltzman. Portanto, um polímero puro é completamente caracterizado com a equação SL por três parâmetros da equação de estado (T*, P*, ρ*) ou equivalentemente por três parâmetros moleculares: a energia característica, ε*, o volume característico, v*, e o número de sítios da rede ocupados por uma molécula, r. Os três parâmetros são usualmente estimados utilizando-se dados PVT experimentais. Para uma mistura é assumido que, se uma molécula i ocupa ri0 sítios no estado puro, então ocupará ri sítios na mistura, tal que ri ⋅ v* = ri0 ⋅ vi* , onde v * é o volume característico da mistura e vi* é o volume característico do componente i. O número de sítios ocupados pela molécula r é dado pela expressão: r = ∑ xi ⋅ ri = 1 φi = 1 ∑ r ∑ φr i 0 i 0 i (II.37) onde xi é a fração molar do componente i e φi0 e φi são as frações de segmento definidas como: wi ρ ⋅ν i* φi0 = w ∑j ρ * ⋅νj * j j * i wi φi = ρ i* w ∑j ρ *j j (II.38) onde wi é a fração mássica do componente i. A densidade característica da mistura, ρ * , o volume característico, v * , e a energia, ε * , são calculados pelas seguinte expressões: 74 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos 1 w ∑ ρ i* i (II.39) ν * = ∑∑ φi ⋅ φ j ⋅ν ij* (II.40) ρ* = i ε* = j 1 ν * ⋅ ∑∑ φi ⋅ φ j ⋅ ε ij* ⋅ν ij* i (II.41) j Os parâmetros cruzados são: ν ij* = ⋅ [ν ii* + ν *jj ]⋅ (1 − lij ) (II.42) ε ij* = ε ii* ⋅ ε *jj ⋅ (1 − kij ) (II.43) 1 2 onde kij e lij são os parâmetros binários de interação. II.3.2.3. Equação de estado PC-SAFT Na equação PC-SAFT, a energia livre de Helmholtz residual consiste da contribuição de referência da cadeia rígida e da contribuição de dispersão: a~ res = Ares = a~ hc + a~ disp N ⋅ k ⋅T (II.44) onde N é o número total de moléculas, k é a constante de Boltzmann e T é a temperatura. A contribuição de referência para a cadeira rígida é dada por: ( ) a~ hc = m ⋅ a~ hs − ∑ xi ⋅ mi − 1 ⋅ ln giihs (σ ii ) i (II.45) onde m é o número médio de segmentos na mistura: 75 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos m = ∑ xi ⋅ mi (II.46) i A energia livre de Helmholtz para o fluido constituído de esferas rígidas é dada em uma base por segmento: a~ hs = Ahs 1 = N ⋅ k ⋅T ζ 0 3 ⋅ζ1 ⋅ζ 2 (ζ 2 )3 + − ζ + (ζ 2 )3 ⋅ ln(1 − ζ ) ⋅ + 0 3 2 (ζ 3 )2 (1 − ζ 3 ) ζ 3 ⋅ (1 − ζ 3 ) (II.47) e a função de distribuição radial do fluido de esferas rígidas é: 2 di ⋅ d j 3 ⋅ ζ 2 di ⋅ d j 1 2 ⋅ ζ 22 g = + ⋅ + ⋅ (1 − ζ 3 ) di + d j (1 − ζ 3 )2 di + d j (1 − ζ 3 )3 hs ij (II.48) com ζm definido por: ζm = π 6 m = {0,1,2,3} ⋅ ρ ⋅ ∑ xi ⋅ mi ⋅ d im (II.49) i O diâmetro do segmento do componente i, di, é dependente da temperatura, e é dado por: − 3 ⋅ ε d i (T ) = σ i ⋅ 1 − 0.12 ⋅ exp k ⋅ T (II.50) A contribuição da dispersão para a energia livre de Helmholtz é dada por: ( ) ( a~ disp = −2 ⋅ π ⋅ ρ ⋅ I1 (η , m) ⋅ m 2 ⋅ ε ⋅ σ 3 − π ⋅ ρ ⋅ m ⋅ C1 ⋅ I 2 (η , m ) ⋅ m 2 ⋅ ε 2 ⋅ σ 3 ) (II.51) onde C1 é fornecido por: 76 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 [ ] ∂ Z hc C1 = 1 + Z hc + ρ ⋅ ∂ρ C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos −1 20 ⋅η − 27 ⋅η 2 + 12 ⋅η 3 − 2 ⋅η 4 8 ⋅η − 2 ⋅η 2 + (1 − m ) ⋅ = 1 + m ⋅ 4 2 ( ) ( ) ( ) n [ 1 η 2 η ] 1 − ⋅ − − −1 (II.52) Além disso: NC NC ε ij 3 m 2 ⋅ ε ⋅ σ 3 = ∑∑ xi ⋅ x j ⋅ mi ⋅ m j ⋅ ⋅ (σ ij ) i j k ⋅T 2 ε ij 3 m ⋅ ε ⋅ σ = ∑∑ xi ⋅ x j ⋅ mi ⋅ m j ⋅ ⋅ (σ ij ) i j k ⋅T NC NC 2 2 (II.53) 3 (II.54) Regras de combinação convencionais são empregadas para determinar os parâmetros para um par de segmentos diferentes: σi +σ j σ ij = 2 (II.55) ε ij = ε i ⋅ ε j ⋅ (1 − kij ) (II.56) As integrais da teoria da perturbação são substituídas por uma série simples na densidade: 6 I1 (η , m, T ) = I1 (η , m ) = ∑ ai (m ) ⋅η i (II.57) i =0 6 I 2 (η , m, T ) = I 2 (η , m ) = ∑ bi (m ) ⋅ η i (II.58) i =0 77 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos onde ai(m) e bi(m) são os coeficientes das séries de potência na densidade. Gross e Sadowski [85] verificaram que a dependência de cada coeficiente da série de potências do número de segmentos pode ser descrita pela correlação proposta por Liu e Hu [150] (Equações (II.59) e (II.60)). ai (m ) = a0i + m −1 m −1 m − 2 ⋅ a1i + ⋅ ⋅ a2 i m m m (II.59) bi (m ) = b0i + m −1 m −1 m − 2 ⋅ b1i + ⋅ ⋅ b2i m m m (II.60) Neste modelo, tanto as constantes a0i, a1i e a2i, quanto as constantes b0i, b1i e b2i, foram determinadas a partir da regressão de propriedades termo-físicas de n-alcanos puros. Elas estão apresentadas na Tabela II.1. Tabela II.1. Constantes para as integrais – equação de estado PC-SAFT i a0i a1i a2i b0i b1i b2i 0 0.91056314452 -0.30840169183 -0.09061483510 0.72409469413 -0.57554980753 0.09768831158 1 0.63612814495 0.18605311592 0.45278428064 2.23827918609 0.69950955214 -0.25575749816 2 2.68613478914 -2.50300472587 0.59627007280 -4.00258494846 3.89256733895 -9.15585615297 3 -26.5473624915 21.4197936297 -1.72418291312 -21.0035768149 -17.2154716478 20.6420759744 4 97.7592087835 -65.2558853304 -4.13021125312 26.8556413627 192.672264465 -38.8044300521 5 -159.591540866 83.3186804809 13.7766318697 206.551338407 -161.826461649 93.6267740770 6 91.2977740839 -33.7469229297 -8.67284703680 -355.602356122 -165.207693456 -29.6669055852 Equações para o fator de compressibilidade podem ser derivadas usando a seguinte relação termodinâmica: [ ] ∂ a~ res Z = 1 + η ⋅ ∂η (II.61) É possível então escrever: Z = 1 + Z hc + Z disp (II.62) 78 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos e a contribuição residual da cadeia rígida para o fator de compressibilidade é dada por: NC Z hc = m ⋅ Z hs − ∑ xi ⋅ (mi − 1) ⋅ i =1 [ ] ∂ g iihs 1 ⋅ ⋅ ρ ∂ρ g iihs (II.63) onde Z hs é a contribuição residual de esfera rígida, fornecida por: Z hs = ζ3 3 ⋅ζ1 ⋅ζ 2 3 ⋅ ζ 23 − ζ 3 ⋅ ζ 23 + + (1 − ζ 3 ) ζ 0 ⋅ (1 − ζ 3 )2 ζ 0 ⋅ (1 − ζ 3 )3 (II.64) Além disso: ρ ∂g ijhs ∂ρ di ⋅ d j ζ3 + (1 − ζ 3 )2 d i + d j = di ⋅ d j d +d j i 3⋅ζ 2 6 ⋅ζ 2 ⋅ζ 3 ⋅ + + (1 − ζ )2 (1 − ζ )3 3 3 (II.65) 2 4 ⋅ ζ 22 6 ⋅ ζ 22 ⋅ ζ 3 ⋅ + (1 − ζ )3 (1 − ζ )4 3 3 A contribuição da dispersão para o fator de compressibilidade pode ser escrita como: Z disp = −2 ⋅ π ⋅ ρ ⋅ (m 2 ⋅ ε ⋅σ 3 ) ∂ (ηI 1 ) ⋅ ∂η ∂ (ηI 2 ) − π ⋅ ρ ⋅ m ⋅ C1 ⋅ + C 2 ⋅η ⋅ I 2 ⋅ m 2 ⋅ ε 2 ⋅ σ 3 ∂η ( ) (II.66) onde: ∂[ηI 1 ] 6 = ∑ ai (m ) ⋅ (i + 1) ⋅η i ∂η i =0 (II.67) ∂[ηI 2 ] 6 = ∑ bi (m ) ⋅ (i + 1) ⋅η i ∂η i =0 (II.68) 79 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos e C2 é uma abreviação definida como: C2 = − 4 ⋅η 2 + 20 ⋅η + 8 2 ⋅η 3 + 12 ⋅η 2 − 48 ⋅η + 40 ∂C1 ( ) m 1 + − ⋅ = −C12 ⋅ m ∂η (1 − η )5 [(1 − η ) ⋅ (2 − η )]3 (II.69) A pressão pode ser calculada em unidades SI (Pa = N/m2) aplicando a seguinte relação: P = Z ⋅ k ⋅T ⋅ ρ 0 10 A 10 m 3 (II.70) II.3.3. Estabilidade de fases Equações de estado são usadas para prever ou comparar, com dados experimentais, o comportamento do equilíbrio de fases para processos tão diversos como colunas de destilação e deslocamentos miscíveis de óleos por gás em reservatórios. O sucesso destas simulações depende da correta predição do número e das composições das fases em equilíbrio presentes a uma dada temperatura, pressão e composição global do fluido. A finalidade deste item é mostrar porque uma equação de estado pode prever o número incorreto de fases ou composições incorretas. As descrições incorretas da fase ainda satisfazem as restrições de igualdade dos potenciais químicos dos componentes em cada fase e a conservação de massa no sistema. II.3.3.1. Análise da distância do plano tangente Considere Ni moles de uma mistura homogênea a temperatura T e pressão P [151]. As frações molares globais são zi = N i c ∑N i = N i N . A energia livre de Gibbs i =1 do sistema homogêneo de uma única fase é: c G I = ∑ N i ⋅ µi ( z , T , P ) (II.71) i =1 80 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos onde z = (z1, z2 ,........., zc −1 ) . Se uma pequena quantidade de uma segunda fase é formada na mesma pressão e temperatura com ni número de moles, e ni << Ni, então a energia livre de Gibbs do novo sistema II é: G II = G (n, T , P ) + G ( N − n, T , P ) (II.72) onde G(n,T,P) e G(N-n,T,P) são as energias livres de Gibbs das duas fases do sistema II: c G (n, T , P ) = ∑ ni ⋅ µi (x, T , P ) (II.73) i =1 c ∑ ni = ni xi = ni n (II.74) i =1 e: c G ( N − n, T , P ) = G I ( N , T , P ) − ∑ ni ⋅ µi (z , T , P ) (II.75) i =1 A Equação (II.75) é uma expansão em série de Taylor de G ( N − n, T , P ) em torno de G(N,T,P). A variação na energia livre de Gibbs de I para II é ∆G = G II − G I (II.76) Combinado as Equações (II.71) a (II.74) e (II.75) e (II.76): c ∆G = ∑ ni ⋅ [µi (x, T , P ) − µi (z , T , P )] (II.77) i =1 Se ∆G > 0 para todos os valores possíveis de x, então o estado original em I é estável e GI não pode ser mais reduzido (isto é, G é um mínimo global a T e P constantes). Porém, se ∆G < 0 para qualquer valor possível de x, então o estado original 81 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos é instável e a única fase se dividirá em mais de uma fase, podendo se dividir em duas fases, três fases ou mais. Quando ∆G = 0, o sistema é dito ser neutro. Se dividirmos a Equação (II.77) por n (o número total de moles na nova fase): c ∆g ( x ) = ∆G / n = ∑ xi ⋅ [µi ( x ) − µi (z )] (II.78) i =1 onde, ∆g(x) é uma quantidade molar. Observe que a dependência de T e P foi excluida, pois T e P são mantidos constantes. Da mesma maneira, para a Equação (II.78), ∆g(x) > 0 implica que o sistema I é estável e para ∆g(x) < 0, o sistema I é instável. A Equação (II.78) tem uma interpretação geométrica simples. Por simplicidade, considere um sistema de dois componentes, no qual x2 = (1-x1). Portanto a Equação (II.78) se reduz a: 2 ∆g ( x1 ) = ∆G / n = ∑ xi ⋅ [µi (x1 ) − µi ( z1 )] (II.79) i =1 Pode-se demonstrar que a Equação (II.79) representa a distância do plano tangente (DPT) à curva g(x1) versus x1 traçada no ponto correspondente à composição original z1. Tendo em vista que pode ser atribuída agora uma interpretação geométrica, podemos reescrever: [ DPT (x ) = ∑ xi ⋅ µi (x ) − µi (z c )] (II.80) i =1 que é igual à Equação (II.78). Métodos diferentes foram propostos para pesquisar os valores de x para testar a estabilidade de um sistema com uma composição fixa z. Michelsen [106] sugeriu localizar os pontos estacionários (máximo, mínimo, ou sela) de DPT(x) ao invés de conduzir uma pesquisa exaustiva no espaço x para valores de x onde DPT(x) ≥ 0. Os pontos estacionários de DPT(x) para um sistema de c componentes ocorrem nos pontos onde: 82 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 ∂ [DPT ( x)] = 0 ∂xi C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos i = 1,2,...,c-1 (II.81) Na Equação (II.81) as derivadas são em relação a x1 até xc-1. Substituindo a expressão para DPT(x) da Equação (II.80) e usando a expressão de Gibbs-Duhem, obtém-se: µi (x ) − µ i (z ) = µ c (x ) − µ c (z ) = K i = 1,2,...,c-1 (II.82) A DPT(x) nos pontos estacionários é obtida substituindo a Equação (II.82) na Equação (II.80): c DPT ( x) = ∑ xi ⋅ K = K (II.83) i =1 Do critério de estabilidade descrito anteriormente, para um sistema estável K≥ 0 e para um sistema instável K< 0. A Equação (II.82) é uma equação chave para a análise de estabilidade. Sua solução fornece o valor x dos pontos estacionários de DPT(x), o que não é uma tarefa trivial. A forma de fugacidade dessa equação pode ser obtida como: ln φi ( x ) + ln ( xi ) − ln φi ( z ) − ln (zi ) = k i = 1,2,...,c-1 (II.84) onde k=K/R⋅T. A Equação (II.84) fornece o x no qual DPT(x) está no estado estacionário. Esta equação é não-linear e pode ser transformada na seguinte forma, introduzindo uma nova variável Xi: ln X i = ln xi − k (II.85) da qual, segue: xi = X i⋅ek (II.86) 83 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Portanto, teremos: ln φi ( x ) + ln ( X i ) − ln φi ( z ) − ln (zi ) = 0 i = 1,2,...,c-1 (II.87) onde x é dado pela Equação (II.86). A solução do sistema não-linear de equações acima fornece o valor de X que pode ser usado para examinar a análise de estabilidade. Para um sistema estável de composição fixada zi, quando k ≥ 0 o sistema é estável. Portanto, c em termos de X, quando ∑ X j < 1 o mesmo sistema é estável. Se j =1 c ∑X j > 1 , o sistema j =1 é instável. A análise de estabilidade de uma dada fase com a composição global fixada z, é uma pesquisa de uma fase tentativa (nova fase), de pequena quantidade, que é retirada da fase única original (isto é, a fase homogênea). A fase tentativa quando combinada com o restante da mistura original fornece uma energia livre de Gibbs que deve ser maior do que a mistura original de uma única fase para a fase única ser estável. Se a composição de alimentação z pode ser identificada como líquido, então pode-se pesquisar uma fase tentativa do tipo vapor com composição X estimada de: X i = zi ⋅ K i i = 1,...,c (II.88) Os valores de Ki são estimados a partir da correlação de Wilson ou de outra correlação adequada. Porém, se a composição da alimentação z, identificada for como um vapor, então necessitamos procurar uma fase tentativa do tipo líquida com composição X estimada de: X i = zi K i i = 1,...,c (II.89) Para alguns fluidos a altas pressões pode não ser possível identificar a alimentação como líquido ou vapor e, portanto, ambas as estimativas de X das Equações (II.88) e (II.89) devem ser usadas como primeira estimativa inicial. A estratégia para solução da Equação (II.87) não-linear pode ser a seguinte. Inicialmente calcular o termo 84 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos − ln φi (z ) − ln ( zi ) . Depois, com a estimativa inicial da Equação (II.88) ou da Equação (II.89), usar substituição sucessiva ou o método de Newton ou uma combinação destes dois métodos para encontrar o valor de X. Na substituição sucessiva o valor atualizado de X na iteração p+1 é simplesmente: X ip +1 = exp[(ln z i + ln φi ( z )) − ln φi ( x )] onde xi = X ip i = 1,2,...,c-1 (II.90) nc ∑X p j , sendo realizado em seguida o teste de convergência. j =1 No caso da solução ser não trivial (isto é, X não ser igual a z dentro de uma dada tolerância), a fase original é considerada instável se c ∑X j >1 (naturalmente dentro de j =1 c uma dada tolerância). Se a convergência em Xi é alcançada, porém ∑X j < 1 , é feita uma j =1 outra estimativa de X, usando a Equação (II.89), se a Equação (II.88) foi usada primeiro. Se todos os cálculos convergem para uma solução trivial, depois de usar as Equações (II.89) e (II.90) para a primeira estimativa inicial, ou se nenhuma convergência é alcançada, a fase original é assumida ser estável. Quando se testa a estabilidade de uma mistura de duas fases é necessário selecionar e testar a estabilidade de somente uma das fases para testar sua estabilidade. Uma complicação surge na estimativa inicial para X. Quatro conjuntos diferentes de estimativas iniciais de X são recomendadas para os cálculos da análise de estabilidade [106], para evitar soluções triviais de X para qualquer fase. Estas estimativas são calculadas a partir das seguintes equações [106]: X i = ( yi + xi ) 2 i = 1,...,c X s= 0.999 X i = (1 − X s ) (c − 1) (II.91) (II.92) i = 1,...,s-1,s+1,...,c X i = exp[ln zi + ln φi (z )] i = 1,...,c (II.93) (II.94) 85 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Na Equação (II.91) a composição da fase tentativa é estimada para se situar entre as composições da fase gasosa e da fase líquida. Se a estimativa das Equações (II.92) e (II.93) fornece uma convergência para uma solução trivial, a Equação (II.94) é usada. Nas Equações (II.92) e (II.93) o componente selecionado s é o componente mais volátil. Na próxima etapa Xs é a fração molar do componente mais pesado ou do pseudocomponente. A utilidade das Equações (II.92) e (II.93) é que as chances de localizar uma instabilidade de fase são melhoradas usando valores diversos de composição que são bastante diferentes. A quarta estimativa, a partir da Equação (II.94) assume comportamento ideal. De maneira semelhante à estabilidade de um sistema de uma única fase, se a partir de quaisquer estimativas iniciais da fase o sistema se tornar instável, então estimativas seguintes não serão realizadas. 86 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos II.4. Conclusões Foram apresentadas e discutidas várias referências sobre as equações de estado: PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística de fluidos associativos com cadeia perturbada) e Sanchez-Lacombe. Porém, quase todas elas são restritas aos equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor, e essas avaliações são sempre restringidas a uma pequena faixa de concentrações. Raramente são feitas referências sobre a avaliação do equilíbrio sólido-líquido. É muito difícil detectar nesta literatura, mesmo quando são usados sistemas poliméricos, quais são os limites de aplicação destes modelos, bem como não ficam claros os problemas numéricos e de convergência que surgem. Embora seja rotineiro encontrar referências sobre equações cúbicas de estado associadas a modelos de energia de Gibbs em excesso, aplicadas ao equilíbrio líquido-vapor, existem poucas citações sobre o emprego deste tipo de modelos em sistemas poliméricos. Além disso, estas poucas avaliações são conduzidas sempre a baixa pressão. Em relação ao modelo de estabilidade, não existe convergência de opiniões. Apesar deste fato, o método de Michelsen pode ser considerad uma fonte razoável como pesquisa inicial. 87 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. II – ... equilíbrio ... sistemas poliméricos Referências Bibliográficas [ 1 ] de Loos Th. W., de Graaf L. J., de Swaan Arons J. Liquid-Liquid Phase Separation in Linear Low Density Polyethylene-Solvent Systems. Fluid Phase Equilibria 1996, 117, 40. [ 2 ] Folie, B., Radosz, M. Phase Equilibria in High-Pressures Polyethylene Technology. Ind. Eng. Chem. Res. 1995, 34, 1501. [ 3 ] Chan, A. K. C., Radosz, M. 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Portanto é indispensável que seja realizado uma análise preliminar para escolher o modelo de coeficiente de atividade que melhor descreva os comportamentos de equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor para sistema poliméricos, o que é feito neste capítulo. Resumo Um grande número de equações de estado e modelos de coeficiente de atividade capazes de descrever o equilíbrio de fases em soluções poliméricas está atualmente disponível, porém somente poucos deles foram aplicados para vários sistemas. Portanto, é útil se investigar o desempenho dos modelos termodinâmicos existentes em soluções poliméricas complexas que não tenham sido ainda largamente estudadas. Este trabalho estuda a aplicação de vários modelos de coeficiente de atividade [1-9] e coeficientes de atividade originados de equações de estado [10, 11]. A avaliação destes modelos foi realizada tanto em concentrações finitas como em concentrações infinitamente diluídas, e os resultados foram comparados com dados experimentais. Além disso, são comparadas neste trabalho predições de equilíbrio líquido-líquido para soluções poliméricas binárias usando seis modelos de coeficiente de atividade. Os parâmetros foram estimados para todos os modelos, com o objetivo de alcançar a melhor representação possível do comportamento experimental de equilíbrio. 101 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Palavras-chave coeficiente de atividade, soluções poliméricas, equilíbrio de fases Conclusões Foi realizada uma comparação de nove modelos para a correlação de dados de ELV para sistemas poliméricos. Neste estudo o banco de dados contém 63 sistemas a concentração finita e 40 sistemas na diluição infinita. A comparação realizada indica a vantagem do modelo de Chen [5] (modelo M4) para representar o coeficiente de atividade a concentração finita, pois ele é capaz de produzir a melhor correlação para os dados experimentais de ELV usando apenas um par de parâmetros de interação. Os mesmos nove modelos foram aplicados para calcular os coeficientes de atividade na diluição infinita, com os mesmos parâmetros estimados na diluição finita. A análise para os dados experimentais disponíveis mostrou que o modelo de Flory [1] (modelo M1) e o modelo de Qian et al. [7] (modelo M2) fornecem as melhores predições, embora estas conclusões não possam ser conclusivas, devido às grandes margens de erro associadas a estes dados experimentais. Deve ser salientado que estes modelos não são preditivos: o modelo M1 usa um parâmetro estimado e o modelo M2 usa cinco parâmetros estimados. A similaridade de comportamento entre os modelos M1 e M2 em relação à diluição infinita é também observada em concentração finita. Seis modelos de coeficiente de atividade são comparados neste trabalho para predições de equilíbrio líquido-líquido de soluções poliméricas binárias. Os modelos selecionados são: Elbro et al. [3] (modelo M7), Qian et al. [7] (modelo M2), Chen [5] (modelo M4), Bae et al. [8] (modelo M3), Vetere [6] (modelo M5), e Bogdanic e Vidal [9] (modelo M9). A avaliação foi realizada comparando a predição de diferentes modelos com 34 sistemas polímero-solvente obtidos na literatura. .Os desvio totais expressos como DAM (Desvio Absoluto Médio, em %) são: 2.7 para o modelo de Chen [5], 1.7 para o modelo de Vetere [6], 1.5 para o modelo de Qian et al. [7], 3.9 para o modelo de Bae et al. [8], 4.0 para o modelo de Elbro et al. [3], 4.03⋅10-04 para o modelo de Bogdanic e Vidal [9] (em 15 sistemas foi alcançado ajuste perfeito). É evidente, a partir dos resultados acima, que o melhor desempenho foi obtido com o modelo de Bogdanic e Vidal [9]. Em vista deste resultado, dados experimentais adicionais, 102 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... contendo 17 novos sistemas, foram incluídos no banco de dados original (para 7 destes sistemas ocorreu ajuste perfeito). Apesar do fato de que o modelo de Bogdanic e Vidal [9] considera a contribuição de energia baseada nas interações entre segmentos individuais (unidades de repetição) de polímero e solventes, os resultados neste trabalho demonstraram a necessidade de se levar em conta a influência do peso molecular do polímero no parâmetro de interação. Porém, várias tentativas para se obter equações relacionando os parâmetros de interação ao peso molecular não tiveram sucesso. 103 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... CHAPTER III Chapter III. Prediction of vapor-liquid and liquid-liquid equilibria for polymer systems: comparison of activity coefficient models Contextualization in the Thesis Among the equations of state models selected to describe the behavior of polymer systems, the cubic SRK equation of state has been one of the chosen models, coupled with excess Gibbs energy models mixing rules. Therefore it is essential to carry out a preliminary analysis to choose the activity coefficient model that best describes the behavior of liquid-liquid and vapor-liquid equilibria for polymer systems, which is done in this chapter. Abstract A large number of equations of state and activity coefficient models capable of describing phase equilibria in polymer solutions are available today, but only a few of these models have been applied to different systems. It is therefore useful to investigate the performance of existing thermodynamic models for complex polymer solutions which have not yet been widely studied. The present work studies the application of several activity coefficient models [1-9] and activity coefficient from equations of state [10, 11]. The evaluation of these models was carried out both at infinite dilution and at finite concentrations and the results compared to experimental data. Furthermore, liquidliquid equilibrium predictions for binary polymer solutions using six activity coefficient models are compared in this work. The parameters were estimated for all the models to achieve the best possible representation of the reported experimental equilibrium behavior. 104 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Keywords activity coefficient, polymer solutions and phase equilibria. 105 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... III.1. Introduction Thermodynamics of polymeric systems play an important role in the polymer industry and are often a key factor in polymer production, processing and material development, especially for the design of advanced polymeric materials. Many polymeric products are produced ‘in solution’ with a solvent (or a mixture of solvents) and often other low molecular weight compounds (plasticizers, etc.). A problem which often arises is how to remove the low molecular weight constituent(s) from the final product (polymer). The solution to this problem involves, among other tasks, solving the vapor-liquid equilibrium (VLE) problem in which the solvent activity needs to be known (in conditions often close to infinite dilution). Polymer systems may exhibit liquid-liquid phase separation which influences the characteristics of the final polymer product and depends heavily on temperature, pressure, and the molecular weight distribution of the polymer. The activity of the polymer is a predominant factor in LLE (liquid-liquid equilibrium) calculations for polymer solutions. A large number of equations of state and activity coefficient models capable of describing phase equilibrium in polymer solutions are available today, but only a few of these models have been tested for several different systems [9, 12-13]. The studies in the literature normally focus on the residual contribution for a fixed freevolume contribution [14-15]. It is therefore useful to investigate the performance of existing thermodynamic models for the behavior of complex polymer solutions which have yet to be studied in detail. Furthermore, thermodynamic equations are frequently a key feature in developing complex models for solution and slurry reactors [16-19]. The purpose of this work is to evaluate the performance of nine activity coefficient models for vapor-liquid equilibrium calculations: activity coefficient models of Flory [1], Oishi and Prausnitz [2], Elbro et al. [3], Kontogeorgis et al. [4], Chen [5], Vetere [6], Qian et al. [7]; and activity coefficient from equations of state of Chen et al. [10] and High and Danner [11]. The evaluation of the models was carried out at infinite dilution (40 systems) and at finite concentrations (63 systems) and compared to experimental data. We also investigate the performance of six activity coefficient models for liquid-liquid equilibrium calculations in polymer solutions. The selected models are: Elbro et al. [3], Qian et al. [7], Chen [5], Bae et al. [8], Vetere [6] and Bogdanic and Vidal [9]. These models are evaluated for 34 polymer-solvent systems and compared to experimental data from the literature. 106 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... III.2. Thermodynamic models A brief description of each model follows. Table III.1 presents the identification and phase equilibria application relative to the models. A detailed description, together with the fundamental equations, is given in the cited references. Table III.1. Models: identification and application Model Identification Phase equilibrium application Type of model (*) Flory (1953) M1 Liquid-Vapor Correlation (1) Qian et al. (1991) M2 Liquid-Vapor and Liquid-Liquid Correlation (51) Bae et al. (1993) M33 Liquid-Liquid Correlation (42) Chen (1993) M4 Liquid-Vapor and Liquid-Liquid Correlation (2) Vetere (1994) M5 Liquid-Vapor and Liquid-Liquid Predictive Oishi and Prausnitz (1978) M6 Liquid-Vapor Predictive Elbro et al. (1990) M7 Liquid-Vapor and Liquid-Liquid Correlation (2) Kontogeorgis et al. (1993) M8 Liquid-Vapor Predictive Bogdanic and Vidal (2000) M9 9 Liquid-Liquid Correlation (2) Chen et al. (1990) M10 Liquid-Vapor Predictive High and Danner (1990) M11 Liquid-Vapor Predictive * number of adjustable parameters 1 In the present work only 4 parameters were adjusted: b1, b2, d0 and d1 2 In the present work only 3 parameters were adjusted: b, d0 and d1 3 These models are only applicable to liquid-liquid equilibrium according to their original formulations [8, 9] The Flory [1] model (M1 model) in terms of the solvent activity coefficients for a binary system is written as: ln γ 1 = ln Φ1 Φ + 1 − 1 + χ ⋅ Φ 22 x1 x1 (III.1) where Φ and x are the volume fractions and mole fractions respectively, and χ is the composition–independent Flory parameter. 107 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... A generalized Flory-Huggins theory to calculate liquid-liquid phase diagrams has been presented by Qian et al. [7] (M2 model). The χ -parameter is represented as a product of composition-dependent and temperature-dependent terms: χ = (d 0 + d1 T + d 2 ⋅ ln (T )) ⋅ B (Φ 2 ) = (d 0 + d1 T + d 2 ⋅ ln (T )) ⋅ (1 + b1 ⋅ Φ 2 + b2 ⋅ Φ 22 ) (III.2) where d 0 , d1 , d 2 , b1 and b2 are constants. Bae et al. [8] (M3 model) assigned empirical composition and temperature dependences to Flory parameter χ . The distinction between this model and M2 model is regarding the concentration dependent parameter function ( B(Φ 2 ) ) given as: B (Φ 2 ) = 1 1− b ⋅ Φ2 (III.3) where b is a constant. The model proposed by Chen [5] (M4 model) considered the activity coefficients of each species i in the polymer solution considered as the sum of two contributions: ln γ i = ln γ iFH + ln γ iNRTL (III.4) where γ iFH is the Flory-Huggins expression [1]. It takes into account the mixing entropy of molecules of different size and γ iNRTL takes into account the weak local physical interactions that exist between solvents and segments of polymer chains. The local compositions concept is applied to solvents and segments, rather than solvents and polymer species in the polymer solution. Therefore to calculate the energy parameters τ ij the species i and j can be solvent molecules or segments. We have considered the nonrandomness factor α constant with the value (0.2) recommended by Chen [5]. The model proposed by Vetere [6] (M5 model) relies on two assumptions: the configurational entropic term is adequately represented by the classical Flory-Huggins formulation and the enthalpic term can be described using the NRTL equation [20]. The only one modification with respect to the standard NRTL equation is the substitution of 108 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... the mole fraction by the volume fraction. The NRTL interaction parameters τ ij proposed by Vetere [6] are: R ⋅ T ⋅ τ 12 = 100.0 cal ⋅ mol −1 (III.5) and parameter τ 21 can be calculated from the following equation: R ⋅ T ⋅ τ 21 = A + B ⋅ (δ 1 − δ 2 ) (III.6) where δ i is the solubility parameter of component i. Constants A and B are presented by Vetere [6] for each class of mixtures. These classes of mixtures are classified according to their solvent and polymer polarity characteristics. The Oishi and Prausnitz [2] model (M6 model) is a group-contribution activity coefficient model based on the UNIFAC model [21]. The free-volume contribution, derived from the Flory equation of state, was added to the combinatorial and residual terms of the UNIFAC model to account for the free-volume differences between the polymer and solvent molecules. In the entropic free volume (fv) model proposed and developed by Elbro et al. [3] (M7 model) an expression for a free-volume activity coefficient was developed. The expression is similar to the Flory-Huggins expression replacing the volume or segment fraction with a free-volume fraction. The activity coefficient of component i in a polymer solution is given by the following equation: ln γ i = ln γ i fv + ln γ ires (III.7) The free volume (fv) contribution is given by: ln γ i fv = ln φi fv xi +1− φi fv xi (III.8) 109 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... where φi fv and xi are the free-volume fraction and mole fraction of component i, respectively. The free volume itself is defined as: Vi fv = Vi − Viw (III.9) where Vi and Viw are molar volume and van der Waals volume respectively, essentially a measure of the molecule’s hard-core volume. In order to study polymer solutions with energy interactions a UNIQUAC [22] residual term γ ires has been considered. The difference between the Kontogeorgis et al. [4] model (M8 model) and M7 model is that instead of using the UNIQUAC residual term, the M8 model uses the classical UNIFAC residual term with the linearly temperature-dependent interaction parameters proposed by Hansen et al. [23]. The Bogdanic and Vidal [9] model (M9 model) is derived from the entropic free volume model and the energetic contribution is based on interactions between the individual segments (repeating units) of a polymer or copolymer and the solvent molecule. Segment activity coefficients are calculated using the UNIQUAC model. The values of τ nm are derived from the interaction parameters between segments ( a nm ) by the relation: − a nm R ⋅T τ nm = exp (III.10) The segmental interaction parameters are assumed to have a linear temperature dependency which is expressed as: a nm = a nm,1 + a nm, 2 ⋅ (T − T0 ) (III.11) where m and n denote segments, and T0 is a reference temperature equal to 298.15 K. The Chen et al. [10] equation of state (M10 model) combines the free volume expression from the Flory equation of state with a local composition expression for the energy of the system derived from assumptions similar to those of the Oishi and 110 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Prausnitz [2] model. In the M10 model, the densities of pure components and the mixture are calculated with the equation of state itself, both for the polymer and solvent equation parameters. High and Danner [11] (M11 model) modified the Panayiotou-Vera [24] equation of state by developing a group contribution approach for the determination of the molecular parameters. With the Chen et al. (1990) and High and Danner (1990) equations of state, expressions for the activity coefficients are derived using classical thermodynamics. Using the partition function defined by the model, expressions for the activity coefficients can be found in Chen et al. [10] and High and Danner [11]. 111 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... III.3. Results and discussion for vapor liquid equilibrium The evaluation of the models was carried out both at infinite dilution and at finite concentrations. Experimental solvent activity coefficients (infinite dilution) and activities (finite concentrations) were collected from the databases DIPPR [25] and DECHEMA [26]. The number of collected data points and the types of the systems contained in the database are listed in Table III.2 for finite concentrations. The database was split up into systems containing non-polar, weakly polar and strongly polar solvents in order to validate whether one kind of system created more pronounced problems for the models than others. For each pair of polymer-solvent only one temperature was chosen. Percentile Absolute Average Deviation (AAD) of experimental and calculated activities was used as an objective function and the parameters found here were used to predict infinity dilution calculations. 112 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Table III.2. Number of systems and data points contained in the database used for finite concentration calculations Non-polar solvents Polymer a a Systems Data Points Weak polar solvents Systems Data Points Strong polar solvents Systems Data Points BR 4 26 - - - - HDPE 4 30 - - - - LDPE 3 26 - - - - PAA - - - - 1 7 PD 1 17 - - - - PDD 1 5 - - - - PDMS 6 76 1 3 - - PEO(PEG) 2 23 - - 1 6 PH 1 21 - - - - PIB 6 67 - - - - PMAA - - - - 1 7 PMMA 1 8 1 8 - - POD 1 6 - - - - PP 2 17 2 20 - - PPOX 1 11 - - 2 9 PS 4 51 3 30 - - PVAC 2 11 2 14 1 6 PVC 1 8 2 18 - - IR 2 12 2 14 - - PVME 2 26 - - - - Total 44 441 13 107 6 35 BR, polybutadiene; HDPE, high density polyethylene (linear polyethylene); LDPE, low density polyethylene; PAA, poly(acrylic acid); PD, polydecene-1; PDD, polydodecene1; PDMS, poly(dimethylsiloxane); PEO(PEG), poly(ethylene oxide); PH, polyheptene1; PIB, polyisobuthylene; PMAA, poly(methacrylic acid); POD, polyoctadecene-1; PP, polypropylene; PPOX(PPG), poly(propylene oxide); PS, polystyrene; PVAC, poly(vinyl acetate); PVC, poly(vinyl chloride); IR, polyisoprene; PVME, poly(vinyl methyl ether). 113 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... The results which are expressed as absolute average deviation for the nine models applied to 63 systems for finite concentrations are shown in Table III.3. The following models are based on the group contribution approach (predictive models): M5, M6, M8, M10 and M11. The M1 model requires one estimated parameter, models M4 and M7 require two estimated parameters and M2 model requires five. The presence of empty spaces in Table III.3 indicates the inexistence of necessary properties of group(s) for the calculation. The GCVOL model [27] is used to estimate the polymer liquid volumes. The GCVOL model is applied to solvents (up to normal boiling point) as well as waxes. The Spencer and Danner [28] model was also used to calculate the solvent molar volume. The best model to calculate the solvent molar volume was selected for each system in order to minimize activity errors. Nevertheless, no behavior pattern in terms of system types was recognized. The van der Waals volume is calculated using the group increments given by Bondi [29]. The polymer and solvent solubility parameters needed in M5 model were calculated by group contribution using Fedors [30] method, when not available in literature. 114 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Table III.3. Mean percentage deviation between experimental and predicted solvent activities at finite concentration Polymer System AAD (%)b a M1d M2d M4d M5e M6e M7d M8e M10e M11e BR + Benzene (4) 1.06 1.16 1.16 21.0 4.61 2.42 4.57 57.2 11.2 BR + Cyclohexane (4) 0.93 0.93 0.93 14.3 9.21 0.58 6.55 42.2 10.8 BR + Ethyl benzene (12) 4.85 4.85 4.85 4.85 26.5 4.47 12.0 37.7 29.4 BR + n-Hexane (6) 1.82 1.83 1.82 29.3 7.92 2.04 6.74 23.0 6.80 HDPE + Cyclohexane (6) 3.63 3.63 3.64 17.0 31.1 3.64 19.3 3.66 32.2 HDPE + n-Decane (10) 5.16 5.16 5.20 38.9 47.1 4.99 34.6 30.8 41.6 HDPE + n-Hexane (8)c 5.84 5.84 5.86 8.62 21.4 5.73 6.47 7.14 10.7 c HDPE + Isooctane (6) 3.93 3.93 3.94 18.2 5.90 4.22 16.3 - - LDPE + n-Butane (7) 1.44 1.46 1.27 45.1 63.6 1.77 59.0 - - LDPE + n-Hexane (11)c 7.85 7.82 8.00 61.6 71.9 7.61 68.7 - - LDPE + Isobutane (8)c 5.93 5.93 5.99 17.6 50.7 5.80 39.8 - - PAA + Water (7) 30.68 30.7 30.6 67.7 * 35.80 57.2 - - PD + Toluene (17) 3.48 3.48 3.49 4.58 4.25 4.08 5.37 - - PDD + Toluene (5) 8.04 8.04 8.03 23.8 14.8 7.99 13.9 - - PDMS + Benzene (16) 0.48 0.61 0.61 27.4 14.4 0.63 11.2 - 31.1 PDMS + Cyclohexane (23) 15.35 15.3 15.4 - 31.7 16.5 27.5 - 34.1 PDMS + n-Heptane (10) 0.03 0.03 0.03 - 0.23 0.03 0.40 - 1.00 PDMS + n-Hexane (16)c 0.27 0.27 0.27 - 0.33 0.18 19.0 - 23.7 PDMS+Methyl Ethyl Ketone (3) 1.90 1.92 1.88 - 1.25 1.56 5.05 - 7.95 PDMS + n-Octane (12) 0.03 0.03 0.03 - 0.16 0.04 2.01 - 0.76 PDMS + Toluene (15) 1.61 1.63 1.05 - 2.50 2.01 2.50 - 2.77 PEO(PEG) + Benzene (12) 2.05 3.33 3.28 4.53 13.0 4.14 5.74 2.20 15.5 PEO(PEG) + Chloroform (11) 33.87 33.9 33.9 45.8 34.2 33.8 42.1 60.8 - PEO(PEG) + Water (5) 1.25 1.25 1.24 15.9 7.66 0.37 6.81 - 6.18 PH + Toluene (21) 4.62 4.62 4.34 5.62 5.62 5.40 4.59 - - PIB + Benzene (26) 2.78 2.78 2.76 6.14 PIB + n-Butane (7) 1.28 1.28 1.28 9.02 4.19 1.29 26.29 10.73 41.22 PIB + Cyclohexane (10) 4.25 4.26 4.24 9.49 6.73 4.47 10.42 4.86 115 13.82 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Polymer System C. III - Prediction … equilibria for polymer ... AAD (%)b a M1d M2d M4d M5e M6e M7d M8e M10e M11e PIB + Isobutane (7)c 0.75 0.76 0.72 12.26 7.94 0.90 28.37 6.86 47.08 PIB + n-Octane (5) 0.16 0.16 0.16 0.45 1.96 0.20 2.33 0.66 2.91 PIB + n-Pentane (12) 0.38 0.41 0.28 3.64 8.92 0.37 8.58 6.29 10.52 PMAA + Water (7)c 16.76 16.75 16.78 54.06 - - PMMA+Methyl Ethyl Ketone (8) 3.45 3.45 3.45 13.47 3.75 3.40 32.74 5.55 19.61 PMMA + Toluene (8) 2.60 2.59 2.60 9.08 6.68 4.12 5.07 23.65 18.09 POD + Toluene (6) 7.66 6.73 3.01 25.74 17.73 7.82 10.90 PP + Diethyl Ketone (11)c 23.52 23.61 4.58 57.52 59.01 23.78 48.92 34.60 82.42 PP + Diisopropyl Ketone (9) 10.81 10.85 4.83 9.53 18.92 9.19 15.56 - - PP + n-Hexane (10) 3.95 3.95 3.95 22.32 12.33 4.01 4.15 - - PP + Carbon Tetrachloride (7) 3.55 3.57 1.19 20.73 38.22 5.26 22.59 36.25 - PPOX(PPG) + Benzene (11) 1.07 1.07 1.07 6.42 1.41 0.88 10.04 - - PPOX(PPG) + Water (5) 14.29 14.38 2.56 25.04 * 4.48 32.29 - - PPOX + Methanol (4) 0.85 0.84 0.84 0.84 0.44 0.10 1.02 - - PS + Acetone (8) 4.00 4.04 0.20 1.84 5.28 3.83 33.1 28.2 35.4 PS + Carbon Tetrachloride (14) 1.05 1.39 1.38 1.30 1.30 1.18 4.44 12.9 - PS + Chloroform (11) 4.50 4.91 4.91 18.8 7.36 5.29 5.54 8.15 - PS + CycloHexane (11) 1.70 1.76 1.71 1.34 2.90 1.20 9.39 2.08 5.49 PS + Methyl Ethyl Ketone (11) 3.59 3.60 3.58 10.25 3.90 3.55 57.2 30.01 26.95 PS + n-Propyl Acetate (11) 1.35 1.34 1.36 5.42 5.30 1.66 1.29 7.06 13.65 PS + Toluene (15) 0.42 0.60 0.25 2.02 6.78 1.14 2.25 14.39 5.54 PVAC + Acetone (5) 0.79 0.80 0.79 0.61 3.76 1.62 18.89 4.89 16.30 PVAC + Benzene (8) 7.93 7.93 7.93 8.48 9.75 8.21 9.57 13.66 15.00 PVAC + n-Propanol (6)c 6.96 6.98 6.86 10.82 6.92 6.72 43.07 24.19 66.36 PVAC + n-Propyl Chloride (3)c 4.00 4.00 3.99 10.83 * 3.69 7.35 PVAC + Vinyl Acetate (9) 3.05 3.84 11.00 4.98 4.14 3.17 17.28 13.43 PVC + 1,4-Dioxane (9) 2.79 2.78 1.38 5.16 57.92 2.81 8.56 PVC + Di-n-Propyl Ether (9) 5.44 5.70 5.74 16.09 34.71 6.09 17.78 36.77 32.04 PVC + Toluene (8) 5.67 5.66 5.66 6.04 23.93 7.78 12.53 21.51 IR + Benzene (5) 8.28 8.31 8.09 4.75 * 7.03 15.84 c * 17.59 21.96 - 12.08 - 116 - 3.00 6.27 - Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Polymer System C. III - Prediction … equilibria for polymer ... AAD (%)b a M1d M2d M4d M5e M6e M7d M8e IR + Acetone (5) 7.34 7.39 7.01 10.69 * 7.07 11.55 - - IR + Ethyl acetate (9) 8.03 8.07 7.86 21.68 * 6.02 10.53 - - IR+Carbon Tetrachloride (7) 1.72 1.72 1.71 8.72 * 1.96 15.33 - - PVME+TrichlorineMethane (13) 4.48 3.23 1.94 73.01 18.27 5.09 4.22 - - PVME + Benzene (13) 0.23 0.23 0.23 3.37 0.67 4.60 - - 2.53 M10e M11e (Number of data points) a BR, polybutadiene; HDPE, high density polyethylene (linear polyethylene); LDPE, low density polyethylene; PAA, poly(acrylic acid); PD, polydecene-1; PDD, polydodecene1; PDMS, poly(dimethylsiloxane); PEO(PEG), poly(ethylene oxide); PH, polyheptene1; PIB, polyisobuthylene; PMAA, poly(methacrylic acid); POD, polyoctadecene-1; PP, polypropylene; PPOX(PPG), poly(propylene oxide); PS, polystyrene; PVAC, poly(vinyl acetate); PVC, poly(vinyl chloride); IR, polyisoprene; PVME, poly(vinyl methyl ether). b AAD = (1/N) ∑(│acal – aexp│/ aexp)⋅100 c dilute concentration data d correlation models e predictive models * unrealistic behavior (huge deviations) Table III.4 summarizes the analyses of the results generated by all the models. As stated earlier, these results are separated into three groups of solvents, with solvent activities at finite concentrations. We should be careful when comparing results obtained by predictive models (non-adjusted parameters) and models with adjusted parameters, since the latter fit the experimental data directly, so we can expect a superior performance in reproducing such data. 117 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Table III.4. Summary of prediction results of finite activity coefficients by different models for polymer-solvent systems Models Non-polar solvents Weak polar Strong polar solvents solvents M11 N. of systems 44 13 6 AAD (%) 4.11 5.85 11.80 N. of systems 44 13 6 AAD (%) 4.12 5.95 11.81 N. of systems 44 13 6 AAD (%) 3.91 4.13 9.82 N. of systems 39 13 6 AAD (%) 16.72 13.10 29.06 N. of systems 41 11 * AAD (%) 16.31 17.99 * N. of systems 44 13 6 AAD (%) 4.40 5.67 10.84 N. of systems 44 13 6 AAD (%) 14.44 21.42 27.06 N. of systems 23 9 1 AAD (%) 19.89 19.18 24.19 N. of systems 25 9 2 AAD (%) 17.90 26.37 36.27 M21 M41 M52 M62 M71 M82 M102 M112 * several systems showed unrealistic behavior (huge deviations) 1 correlation models; 2 predictive models 118 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... The difference between the M1 and M2 models is the number of parameters that have to be estimated. The first one requires only one parameter (Flory parameter), while the second model involves the adjustment of five parameters. Similar results are obtained by the models M1 and M2, with a slight improvement in the former thus demonstrating that the addition of a large number of parameters does not improve the result of the simulation. In M4 and M5 models, the residual contribution was described using the NRTL equation. The main difference is that for the M4 model two binary interaction parameters are estimated, while the M5 model is predictive. For any solvent type, results have demonstrated that the M4 model is superior. It was the best not only when compared to the M5 model but also among all the analyzed models for all the systems used. M7 and M8 models are very similar. Their structures are expressed as a sum of fixed terms: a combinatorial free-volume and a residual term. The difference lies in the model used to calculate the residual contribution. The first one uses UNIQUAC (with two estimated parameters) and the second one uses UNIFAC (predictive), with the new group parameter table developed by Hansen et al. [23]. The M7 and M8 models are normally referred to in the literature as entropic-free volume models and are considered good precision models. The results in Table III.4 demonstrate that the predictive capability of the M8 model is not as good with strongly polar solvents in particular. The M7 model shows very good results but it requires the same number of adjusted parameters as M4 model (two parameters). Model M4, however, demonstrates an explicit advantage over M7 model with all solvent classes. Models M6, M10 and M11 are predictive. Moreover, group parameters for many compounds are not available. In the M6 model systems with strongly polar solvents show errors greater than 100% for the great majority of systems. The comparison of the M6 and M8 models, both predictive, demonstrate an improvement in the latter when used with non-polar and strongly polar solvents. Summarizing, the results in Table III.4 demonstrate that M4 model (which depends on 2 estimated parameters) is the best among all the models. As regards predictive models, the M8 model is better for non-polar and strongly polar solvents and M5 model for weakly polar solvents. These results can be explained by the fact that the 119 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... attractive/residual contribution that model molecular interactions is not good enough in the M5 model as these phenomena are more difficult to model. Moreover, other models based on group contribution calculations present good results, such as those obtained with M6 model. This result can not be attributed to group contribution calculation, since density calculations are made with the equation of state itself with group contribution methods just being used to calculate equation parameters. The database for infinite dilution (Table III.5) contains 29 systems for non-polar solvents, 9 systems for weakly polar solvents and 2 for strongly polar solvents. Table III.5. Database used for infinite dilution calculations Non-polar solvents Weak polar solvents Strong polar solvents BR 4 - - HDPE 3 - - LDPE 1 - - PDMS 6 - - PEO(PEG) 2 - 1 PIB 4 - - PMMA 1 1 - PS 4 3 - PVAC 1 2 1 PVC 1 1 - IR 2 2 - Total 29 9 2 Polymer Figure III.1 to Figure III.9 show comparisons of the results predicted by the nine different models. The predicted values of the weight fraction activity coefficient of component i at infinite dilution ( Ωi∞ ) are plotted against the experimental data. In these figures, a point above the diagonal line indicates over prediction, whereas a point below the diagonal line shows under prediction. Figure III.1-Figure III.4 show the correlation methods and Figure III.5-Figure III.9 the others. 120 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... The results for the models that use adjusted parameters (M1, M2, M4 and M7 models) are shown in Figure III.1-Figure III.4. There are no significant differences between them. In most cases, these models overestimate the predictions. predictedlnΩ1 at infinite dilution 3 2 1 0 0 1 2 3 experim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.1. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M1. predictedlnΩ1 at infinite dilution 3 2 1 0 0 1 2 3 experim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.2. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M2. 121 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... predicted lnΩ1 at infinite dilution 3 2 1 0 0 1 2 3 experim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.3. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M4. predictedlnΩ1at infinitedilution 3 2 1 0 0 1 2 3 e xperim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.4. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M7. As shown in Figure III.5, Figure III.7 and Figure III.8, no biased scatter is obtained with models M5, M8 and M10, showing that these models do not present 122 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... systematic errors, they neither under predict nor over predict. Models M6 and M11 under predict, as shown in Figure III.6 and Figure III.9. predictedlnΩ1 at infinite dilution 3 2 1 0 0 1 2 3 expe rim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.5. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M5. predictedlnΩ1at infinitedilution 3 2 1 0 0 1 2 3 e x pe rim e nta l lnΩ 1 a t infinite dilution Figure III.6. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M6. 123 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... predictedlnΩ1 at infinite dilution 3 2 1 0 0 1 2 3 experim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.7. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M8. predictedlnΩ1 at infinite dilution 3 2 1 0 0 1 2 3 experim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.8. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M10. 124 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... predicted lnΩ1 at infinite dilution 3 2 1 0 0 1 2 3 experim ental lnΩ 1 at infinite dilution Figure III.9. Prediction of infinite dilution activity coefficients versus experimental values for model M11. Table III.6 summarizes the analyses of the results obtained by all the models. It contains the number of polymer-solvent systems tested in each model. The superior results for the M6 model are unrealistic as it was impossible to simulate the infinite dilution activity coefficients for all 40 selected systems. The M6 model is predictive and parameters of some groups required for the simulation were unavailable. 125 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Table III.6. Summary of results of infinite dilution activity coefficients calculated by different models for polymer-solvent systems Models AAD (%)* N. of systems M11 26.64 40 M21 26.77 40 M41 29.44 40 M52 32.44 34 M62 22.43 35 1 27.15 40 M82 35.27 40 M102 36.39 29 M112 31.47 31 M7 * Average absolute deviation 1 correlation models; 2 predictive models The success of the M4 model behavior as regards finite concentration was not the same as for infinite dilution, as shown in Figure III.3 and Table III.4. The M1 and M2 models provide more accurate results than the others. It is important to emphasize that the same parameters estimated with finite concentration are used to calculate the infinite dilution. Therefore, for the systems selected here we can conclude that the successful prediction for finite concentration calculations does not guarantee the same performance for infinite dilution computations. Furthermore, given the relatively high uncertainties (in comparison to finite VLE data) in the experimental data for infinite dilution activity coefficients and the relatively similar AAD for all models (in the range of 25 to 35%), no conclusive remarks can be made from the results summarized in Table III.6. 126 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... III.4. Results and discussion for liquid-liquid equilibrium In order to perform the calculations with the selected models, values of surface area parameters, density, van der Waals volumes and solubility parameters of solvents and polymers are required. Values for the density of solvents and polymers studied in this work were obtained using the group contribution method (GCVOL) [27]. Data for van der Waals volumes and surface area parameters were taken from Bondi [29] and the solubility parameters were taken from Brandrup and Immergut [31]. Adjustable characteristic energy parameters of the various models were regressed using binary experimental LLE data available in literature [25] through the minimization of the following objective function, using the Nelder–Mead [32] simplex method: OF = ∑ ∑ (w exp i − wical ) 2 nexp ncomp (III.12) where wiexp and wical are experimental and calculated mass fractions respectively for all components. The summations are extended to the number of experimental tie lines, nexp, and to the number of components, ncomp. Many experimental liquid-liquid equilibrium data have been reported for solutions with monodisperse polymers. Only such solutions are investigated in this work. The experimental database containing 34 polymer-solvent systems is detailed in Table III.7. 127 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Table III.7. Database used for liquid-liquid equilibrium calculations Temperature Range N. of data (K) points 49.3 558-561 5 HDPE/n-decane 82.6 562-565 7 HDPE/n-decane 135.9 557-559 5 PP/Diethyl Ether 18.1 436-439 5 PP/Diethyl Ether 28.7 428-430 5 PP/Diethyl Ether 64.0 420-422 5 PS/n-Propyl Acetate 37.0 485-486 4 PS/n-Propyl Acetate 110.0 181-183 7 PS/n-Propyl Acetate 200.0 185-466 8 PS/Toluene 37.0 567-568 4 PS/Toluene 97.2 559-560 6 PS/Toluene 200.0 557-558 6 PS/Toluene 400.0 554-555 4 PS/Toluene 670.0 553-555 5 BR/n-Hexane 98.0 262-400 9 HDPE/1-Dodecanol 120.0 395-401 8 HDPE/Ethylene 37.0 388-432 12 HDPE/n-Butyl Acetate 64.0 433-449 6 HDPE/n-Heptane 82.6 463-466 8 HDPE/n-Heptane 177.0 412-414 9 HDPE/n-Hexane 49.3 409-413 6 HDPE/n-Hexane 82.6 413-419 9 HDPE/n-Pentane 4.9 411-417 5 PIB/Benzene 72.0 540-543 9 PIB/n-Octane 72.0 506-508 6 PIB/n-Pentane 225 349-355 11 PIB/n-Pentane 72.0 373-376 6 PS/Cyclohexane 20.0 295-297 26 PS/Benzene 130.0 391-409 4 Polymer systems Mw⋅10-3 (gmol-1) HDPE/n-decane 128 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... PS/Cyclopentane 67.0 274-280 56 PS/Methylcyclohexane 17.3 284-296 16 PS/Methylcyclohexane 20.2 293-298 16 PS/Methylcyclohexane 109.0 313-322 22 PS/Acetone 19.8 298-394 41 Table III.8 exhibits the percentile absolute average deviation (AAD) between LLE experimental and calculated composition of polymer using M2, M3, M4, M5, M7 and M9 models. Based on the AAD value, errors are divided into four levels: very large errors (AAD > 20%), large errors (5% < AAD < 19%), small errors (0.2% < AAD < 5%), very small errors (10-6% < AAD < 0.2%) or perfect fits (AAD < 10-6%). 129 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Table III.8. Comparison between calculated and experimental LLE data Polymer System AAD (%)b a M21 M31 M41 M52 M71 M91 HDPE/n-decane 0.444 0.114 0.206 0.185 0.156 * HDPE/n-decane 0.379 0.250 0.114 0.182 0.057 * HDPE/n-decane 0.444 0.013 0.006 0.072 0.127 * PP/Diethyl Ether 0.700 0.640 0.146 0.356 0.303 * PP/Diethyl Ether 0.329 0.221 0.203 0.244 0.032 * PP/Diethyl Ether 0.304 0.099 0.075 0.107 0.353 * PS/n-Propyl Acetate 0.391 0.067 21.723 0.071 0.161 * PS/n-Propyl Acetate 0.418 0.087 0.032 0.029 0.024 5.57E-04 PS/n-Propyl Acetate 0.235 0.006 0.025 0.014 0.031 * PS/Toluene 0.277 0.095 14.580 0.086 0.060 * PS/Toluene 0.344 0.037 0.086 0.063 0.053 * PS/Toluene 0.343 0.030 0.028 0.038 0.198 * PS/Toluene 0.335 0.010 0.012 0.023 0.069 * PS/Toluene 0.334 0.006 0.004 0.008 0.014 * BR/n-Hexane 0.259 5.058 0.048 0.151 24.311 * HDPE/1-Dodecanol 0.369 0.087 0.154 0.158 0.146 8.96E-02 HDPE/Ethylene 0.106 ** 15.180 0.685 12.203 6.62E-03 HDPE/n-Butyl Acetate 0.179 0.037 0.066 0.054 9.722 6.29E-01 HDPE/n-Heptane 0.270 0.037 0.055 0.066 0.019 3.24E-02 HDPE/n-Heptane 0.495 0.012 0.013 0.030 0.022 * HDPE/n-Hexane 0.429 0.067 0.042 0.152 38.381 9.33E-02 HDPE/n-Hexane ** ** 0.026 0.098 0.137 HDPE/n-Pentane 0.834 69.890 8.820 1.064 25.123 1.93E-01 PIB/Benzene 0.181 0.023 0.081 0.053 0.476 2.64E+00 PIB/n-Octane 0.040 0.053 0.060 0.185 0.118 5.92E-01 PIB/n-Pentane 0.004 0.010 0.004 0.006 0.004 1.37E+00 PIB/n-Pentane 0.291 0.074 0.127 0.493 16.343 4.02E-02 PS/Cyclohexane 0.000 0.000 0.007 0.006 0.395 * PS/Benzene 0.412 0.001 0.006 0.007 1.894 3.95E-03 1.37E-01 130 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Polymer System 1 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... AAD (%)b a M21 M31 M41 M52 M71 M91 PS/Cyclopentane 18.716 18.804 28.971 22.277 0.016 ** PS/Methylcyclohexane 0.000 0.000 0.009 0.009 0.204 9.11E-04 PS/Methylcyclohexane 0.000 0.000 0.008 0.008 0.039 1.34E-04 PS/Methylcyclohexane 0.000 0.000 0.001 0.001 0.512 1.62E-04 PS/Acetone 20.592 29.138 0.012 31.581 3.162 ** Overall deviation 1.468 3.905 2.670 1.722 3.967 4.03E-04 correlation models; 2 predictive models The M2 model requires the adjustment of four parameters: b1, b2, d0 and d1 defined in Equation (III.2). In this model three systems (HDPE/n-hexane, PS/Cyclopentane and PS/Acetone) did not reach convergence. The M3 model failed to achieve convergence for two systems (HDPE/Ethylene and HDPE/n-Hexane) and large errors were obtained for three systems: HDPE/nPentane, PS/Cyclopentane and PS/Acetone. When we compare the results of M3 and M2 models, both methods with similar structures, large errors occur for PS/Cyclopentane and PS/Acetone, and for HDPE/n-hexane convergence was not achieved. From the results obtained using M4 model one can conclude that the parameters a12 and a21 are not only a function of the polymer and the solvent’s chemical nature but also a function of the polymer molecular weight and a function of the analyzed temperature range. For this model 5 systems presented large errors: PS/n-Propyl Acetate (Mw = 37000 gmol-1), PS/Toluene (Mw = 37000 gmol-1), HDPE/Ethylene, HDPE/npentane and PS/Cyclopentane. For the first system there is no rational cause as its molecular weight is the lowest of the three analyzed and the temperature range is also narrow. For the same system, with a higher molecular weight (Mw = 200000 gmol-1) the adjustment was perfect. The same applies to the second system: PS/Toluene (Mw = 37000 gmol-1). For the systems HDPE/Ethylene and HDPE/n-Pentane, a reasonable explanation cannot be found because for the same polymer with similar solvents (nhexane, n-heptane and n-decane) and even more complex, such as n-Butyl Acetate and 131 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... 1-Dodecanol, the adjustments were excellent. The same remarks can be made for the PS/Cyclopentane system. It is necessary to estimate the A and B parameters in Equation (III.6) for the M5 model. According to Vetere [6], these parameters must be determined depending upon the polarity characteristics of polymers and solvents. This is valid for the vapor- liquid equilibria (VLE) calculation. However, results obtained in the present work show that this procedure is no longer valid for LLE computations. It is interesting to note in Table III.8 that large errors were obtained for PS/Cyclopentane and PS/Acetone due to the large temperature range. In general, when there is more than one molecular weight for the same system, parameters A and B, in absolute value, increase with the molecular weight. This behavior was observed for the following systems: HDPE/n-decane, PP/Diethyl Ether, PS/n-Propylacetate, PS/Toluene, HDPE/n-heptane and PIB/n-Pentane. For three systems, M7 model did not perform satisfactorily: BR/n-Hexane, HDPE/n-hexane (Mw = 49300 gmol-1) and HDPE/n-pentane. Some authors claim that solutions of hydrocarbons in Polyethylene (PE) and Polyisobutylene (PIB) are described by entropic-fv models as athermal and consequently in these polymer solutions the residual part does not contribute to the activity coefficient. This observation was not confirmed by the results obtained in this study. Using the M9 model it could be seen that convergence was not reached by only two systems: PS/Acetone and PS/Cyclopentane. One reason may be the high number of experimental data, 41 and 56, respectively. With 15 systems perfect adjustment was achieved. The assumption by the authors that energetic interactions between segments are not significantly dependent on the molecular weight (i.e. the number of repeating units of the polymer) seems unrealistic. For example, in HDPE/n-Decane the a12,1 parameter (the linear coefficient of segmental interaction parameter defined by Equation (III.11)) does not remain a constant value. The same performance, as regards the 4 parameters, can be observed in PP/Diethyl Ether, PS/n-Propyl Acetate and PS/Toluene and so on. For the two models M4 and M5 the activity coefficient calculation is expressed as Equation (III.4), but in the second model the NRTL composition contribution is expressed in terms of the volumetric fraction rather than the usual molar fraction. Therefore, the comparison between the two models is sufficiently relevant. The results are summarized in Table III.9 showing each polymer separately. Except for the HDPE 132 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... polymer system, the M4 model presents the lowest errors of the three other polymer systems. Table III.9. Comparison between M41 and M52 models according to the polymer Polymer Number of AAD (%)-M4 model AAD (%)-M5 model systems 1 HDPE 11 2.885 0.253 PS 15 7.865 11.309 PIB 4 0.059 0.144 PP 3 0.142 0.236 correlation models; 2 predictive models The M3 and M2 models have similar structures, with Flory-Huggins χ parameter represented as the product of composition-dependent and temperaturedependent terms. The great difference lies in the volumetric fraction parameter functional form: the first model expressed by the last term of Equation (III.2) and the second one by Equation (III.3). The results are presented in Table III.10. M3 model showed superior behavior except with the HDPE polymer. Table III.10. Comparison between M31 and M21 models according to polymer Polymer Number of AAD (%)-M3 model AAD (%)-M2 model systems 1 HDPE 11 4.980 0.363 PS 15 1.345 8.483 PIB 4 0.034 0.114 PP 3 0.320 0.444 correlation models M7 and M9 models have the same basic activity coefficient equation (Equation (III.7)). The main distinction is the residual contribution (UNIQUAC) calculation: the first model considers the component contribution and the second the segment contribution. An analysis of this difference is therefore very important and was carried out in overall terms using the same polymer in all systems with the results in Table 133 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... III.11. It is important to observe the difference between the two models and the excellent results achieved by the M9 model. Table III.11. Comparison between M71 and M91 models according to polymer 1 Polymer Number of systems AAD (%)-M7 model AAD (%)-M9 model HDPE 11 9.806 0.095 PS 15 0.659 4.027E-4 PIB 4 1.069 0.183 PP 3 0.682 2.336 E-5 correlation models An additional investigation was carried out. Table III.12 shows an extra experimental data set containing 17 new systems used only with the M9 model and 4 systems from the previous database and the simulation results are also shown. 134 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Table III.12. Comparison between calculated and experimental LLE data for M91 model – extra database Polymer systems Mw⋅10-3 (gmol-1) Temperature Range (K) N. of data points AAD (%) HDPE/n-pentane 4.9# 411-417 5 1.93E-01 HDPE/n-pentane 12.5 386-389 4 * HDPE/n-pentane 14.3 383-389 6 1.36E-03 HDPE/n-pentane 34.9 433-436 5 4.17E-02 HDPE/n-heptane 82.6# 463-466 8 1.45E-04 HDPE/n-heptane 93.5 461-432 5 2.22E-01 HDPE/n-heptane 125 412-414 9 3.12E-02 HDPE/n-heptane 177# 460-461 7 * HDPE/n-octane 10 496-499 4 2.96E-01 HDPE/n-octane 49.3 496-500 8 1.27E-01 HDPE/n-octane 76.8 500-501 5 1.44E-03 HDPE/n-octane 93.5 499-500 5 2.12E-02 PS/Cyclopentane 5.9 475-492 4 1.90E-04 PS/Cyclopentane 13.8 468-472 4 2.98E-03 PS/Cyclopentane 33.1 442-454 4 7.48E-03 BR/n-Hexane 98# 262-400 9 * BR/n-Hexane 99 262-265 5 * BR/n-Hexane 132 388-393 5 * BR/n-Hexane 191 379-383 6 * BR/n-Octane 44.5 435-448 6 * BR/n-Octane 65 418.424 5 * * perfect adjustment # initial database systems 1 correlation models The results show that among the 21 systems perfect adjustment occurred for 7 systems. The same comments concerning the interaction parameters dependence on the polymer molecular weight seen in the results in Table III.8 can be applied to Table III.12. 135 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... The simulations exhibited in Table III.12 for the HDPE polymer enable us to generate a correlation between the weighed percent absolute average deviation (WAAD) and the carbon number for hydrocarbon solvents. The WAAD was calculated with the AAD weighted with the number of data points. The results are shown in Figure III.10, and its behavior can be translated as: WAAD(%) = 0.0209 ⋅ C 2 - 0.2563 ⋅ C + 0.8182 (III.13) where C is the hydrocarbon solvent carbon number. 0.12 0.10 WAAD (%) 0.08 0.06 0.04 0.02 0.00 4 5 6 7 8 9 Carbon numbers Figure III.10. Carbon number distribution error for HDPE polymer. 136 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... III.5. Conclusion A comparison was made of nine models for the correlation of VLE data for polymer systems. The database in this study contains 63 systems at finite concentrations and 40 systems at infinite dilution. The comparison performed indicates the advantage of the Chen [5] model (M4 model) to represent the activity coefficient at finite concentration as it is able to produce the best correlation for the VLE experimental data using a pair of interaction parameters. The same nine models were applied to calculate the solvent activity coefficients at infinite dilution of solvents with the same parameters estimated as with finite dilution. Analyses for the currently available experimental data showed that the Flory [1] model (M1 model) and the Qian et al. [7] model (M2 model) gave the best predictions, although these conclusions cannot be conclusive due to the large error margins associated with these experimental data. It should be pointed out that these models are not predictive: the M1 model uses one estimated parameter and M2 model uses five estimated parameters. The similarity in behavior between the M1 and M2 models as regards infinite dilution was also observed with finite concentration. Six activity coefficient models are compared in this work for liquid-liquid equilibrium predictions of binary polymer solutions. The selected models are: Elbro et al. [3] (M7 model), Qian et al. [7] (M2 model), Chen [5] (M4 model), Bae et al. [8] (M3 model), Vetere [6] (M5 model), and Bogdanic and Vidal [9] (M9 model). Model evaluation was carried out by comparing the prediction of different models with 34 polymer-solvent systems from the literature. The overall deviation expressed as AAD (%) are: 2.7 for Chen [5] model, 1.7 for Vetere [6] model, 1.5 for Qian et al. [7] model, 3.9 for Bae et al. [8] model, 4.0 for Elbro et al. [3] model, 4.03⋅10-04 for Bogdanic and Vidal [9] model (in 15 systems perfect adjustment was achieved). It is evident from the above results that the best performance was obtained with the Bogdanic and Vidal [9] model. In light of this, extra experimental data containing 17 new systems were added to the original database (perfect adjustment occurred for 7 systems). Despite the fact that the Bogdanic and Vidal [9] model considers the energy contribution based on interactions between individual segments (repeating units) of polymer and solvents, the results in this work have demonstrated the need to take into account the influence of the polymer’s molecular weight on the interaction parameter. 137 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... However, several attempts to obtain equations relating the interaction parameters to the molecular weight have been unsuccessful. 138 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... List of symbols a : activity a : interaction parameters between segments A, B : constants of Vetere [6] model b : constant of Bae et al. [8] model B : parameter defining the FH parameter as a function of composition (Equation (III.3)) bi , di : constants of Qian et al. [7] model C : hydrocarbon solvent carbon number Mw : molecular weight OF : objective function R : gas constant T : temperature V : molar volume Vw : van der Waals volume w : mass fraction x : mole fraction Greek letters χ : Flory-Huggins parameter δ : solubility parameter Φ : volume fraction γ : molar activity coefficient τ : interaction parameter Ω : weight fraction activity coefficient Superscripts cal : calculated exp : experimental FH : Flory-Huggins model contribution fv : free volume NRTL : NRTL model contribution [20] 139 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 res : residual ∞ : infinite dilution C. III - Prediction … equilibria for polymer ... Subscripts 0 : reference 1 : solvent 2 : polymer i : component i j : component j m, n : segments ncomp : number of components nexp : number of experimental tie lines Abbreviations AAD : percentile absolute average deviation; BR : butadiene rubber (polybutadiene) FH : Flory-Huggins fv : free volume GCVOL : group contribution volume HDPE : high density polyethylene IR : isoprene rubber (polyisoprene) LDPE : low density polyethylene LLE : liquid-liquid equilibrium NP : total number of data points NRTL : non-random two liquids OF : objective function PAA : poly(acrylic acid) PD : polydecene-1 PDD : polydodecene-1 PDMS : poly(dimethylsiloxane) PEG : poly(ethylene glycol) PH : polyheptene-1 140 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... PIB : poly(isobutylene) PMAA : poly(methacrylic acid) PMMA : poly(methyl methacrylate) POD : polyoctadecene-1 PP : polypropylene PPOX : poly(propylene oxide) PS : polystyrene PVAC : poly(vinyl acetate) PVC : poly(vinyl chloride) PVME : poly(vinyl methyl ether) UNIFAC : universal function activity cofficient UNIQUAC : universal quasi-chemical VLE : vapour-liquid equilibrium WAAD : weighed percent absolute average deviation 141 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. III - Prediction … equilibria for polymer ... References [ 1 ] Flory, P. J. (1953). Principles of Polymer Chemistry, Cornell University Press: New York, NY. [ 2 ] Oishi, T., Prausnitz, J. M. (1978). Estimation of Solvent Activities in Polymer Solutions Using a Group-Contribution Method, Ind. Eng. Chem. Process Des. Dev., 17, p. 333. [ 3 ] Elbro, H. S., Fredenslund, A., Rasmussen, P. (1990). A New Simple Equation for the Prediction of Solvent Activities in Polymer Solutions, Macromolecules, 23, p. 4707. 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Porém, poucas referências são encontradas na literatura sobre resultados industriais de simulação utilizando estas equações, e nenhuma citação no que diz respeito à equação SRK e as regras de mistura escolhidas, principalmente em altos níveis de pressão. Portanto, a primeira etapa para validar estes modelos é submetê-los a condições industriais rigorosas para avaliar sua faixa de aplicação, o que é feito neste capítulo. Resumo As equações de estado Soave-Redlich-Kwong (SRK) e Sanchez e Lacombe (SL) foram aplicadas na simulação flash de separadores industriais de polietileno, especificamente polietileno de baixa densidade (8 resinas) e polietileno linear de baixa densidade (25 resinas). Foram usadas três regras de mistura na equação SRK: a regra de um fluido de van der Waals (VDW), a regra de Wong-Sandler e a regra LCVM (combinação linear das regras de mistura de Vidal e de Michelsen). As duas últimas regras de mistura incorporam o modelo de coeficiente de atividade de Bogdanic e Vidal. Todos estes modelos envolvem dois parâmetros ajustáveis. Os resultados indicam que SL é o melhor modelo para simular a separação flash de polietileno em condições industriais. Palavras-chave separação flash, equação de estado, polietileno, processo industrial 145 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Conclusões Para simular os separadores flash HPS, LPS e IPS no processo industrial de polietileno, foram usados dados de planta de resinas de polietileno de baixa densidade (LDPE) e de polietileno linear de baixa densidade (LLDPE) para testar o desempenho das equações de estado Sanchez-Lacombe (SL) e Soave-Redlich-Kwong (SRK). Para a equação de estado SRK, são comparadas três regras de mistura diferentes, a regra de um fluido de van der Waals, a regra LCVM e a regra de Wong-Sandler (WS). O modelo de coeficiente de atividade de Bogdanic e Vidal é usado acoplado às regras de mistura LCVM e Wong-Sandler. Para estimar os parâmetros puros do polímero na equação de estado SRK, é usado o procedimento de Kontogeorgis junto com o método GCVOL. Os resultados para o separador LPS indicam que SL e SRK-VDW são os melhores modelos. Esta conclusão é baseada na comparação de dados previstos pelos modelos com dados experimentais para composição mássica, e também com base nos valores das constantes estimadas para os parâmetros de interação destas equações. É importante ressaltar que os resultados de SRK-LCVM são baseados em uma descrição realista de composição mássica, com uma correlação razoável para o parâmetro λ. Os resultados para o separador HPS indicam que a equação de estado SL é o melhor modelo. Da mesma maneira, esta conclusão é baseada na comparação entre dados previstos pelo modelo e dados experimentais para composição mássica, bem como nos valores das constantes estimadas para os parâmetros de interação desta equação. As equações SRKLCVM e SRK-WS são incapazes de descrever a composição de topo do HPS, pois os resultados indicam somente a presença de etileno nesta corrente. Em relação à composição de LDPE na corrente de fundo, SRK-LCVM e SRK-WS fornecem resultados semelhantes, mas não são tão precisos como SL. 146 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... CHAPTER IV Chapter IV. Simulation of flash separation in polyethylene industrial processing: Comparison of SRK and SL equations of state Contextualization in the Thesis SRK and SL equation of state were selected to describe the phase equilibrium of polymer systems under study in this thesis. However, few references regarding industrial results simulations are found. Moreover, none of them quotes the application of SRK with the selected mixing rules for these systems, mainly at high pressure level. Therefore, the first step in order to validate these models is to submit them to stringent industrial conditions to evaluate their application range, which is done in this chapter. Abstract The Soave-Redlich-Kwong (SRK) and the Sanchez and Lacombe (SL) equations of state are applied to the flash simulation of polyethylene industrial separators, specifically low-density polyethylene (8 resins) and linear low-density polyethylene (25 resins). Three mixing rules are used in the SRK equation: van der Waals (VDW) onefluid, Wong-Sandler and LCVM (Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rule). The latter two mixing rules incorporate the Bogdanic and Vidal activity coefficient model. All these models involve two adjustable parameters. The results indicate that the SL is the best model to simulate the flash separation of polyethylene under industrial conditions. Keywords flash separation, equations of state, polyethylene, industrial processing 147 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.1. Introduction The thermodynamics of polymer solutions have been used in the design of many industrial processes such as polymerization, devolatilization and separation of solvent from polymer solutions. The successful description of the vapor-liquid equilibrium (VLE) behavior in solvent-polymer systems is required in order to optimize the other two processes. Polymer systems are generally more complex than systems of low molecular weight substances due to the great difference in the molecular sizes of polymers and solvents, and the phase behavior of polymer systems often exhibits pronounced density dependence at high temperatures. Analogous to the modeling of conventional phase equilibrium, there are two basic approaches available to describe phase equilibrium of polymer-solvent mixtures: activity coefficient models and equation of state (EOS). There are several problems with the activity coefficient approach. For example, it is hard to define standard states (especially for supercritical components), the parameters of the activity coefficient models are very temperature dependent, and critical phenomena are not predicted because a different model is used for the vapor and liquid phases. Furthermore, other thermodynamic properties (densities, enthalpies, entropies, etc.) cannot usually be obtained from the same model because the excess Gibbs free energy is rarely known as a function of temperature and pressure. The use of equations of state in phase equilibrium modeling instead of activity coefficient models is mainly a result of the recent development of a class of mixing rules that enable the use of liquid activity coefficient models in the EOS formalism. The implication of this change is far-reaching as an EOS offers a unified approach in thermodynamic property modeling. With this approach, the applicability of simple cubic EOS has been extended to complex systems such as polymeric systems when coupled with the appropriate activity coefficient model. Therefore, there is much interest in mixture EOS models capable of describing higher degrees of nonideality than that possible with the van der Waals one-fluid model and its modifications. Some studies in this formalism with polymer solutions can be found in the literature [1-4]. However, they focus on low pressure ranges and laboratory experimental data, which poorly reflect the operational conditions found in industrial separation processes. Another approach for determining the phase equilibrium of polymer systems is based on the Sanchez-Lacombe EOS (SL EOS) [5-6]. This is a lattice model EOS 148 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... developed using statistical mechanics. It can be used to predict thermodynamic properties and the phase behavior of both polymeric and non polymeric systems. A large number of evaluations of SL EOS are reported in the literature, chiefly regarding liquidliquid equilibrium [7-17]. For vapor-liquid equilibrium, there is a lack of references in the literature [18, 19] and none that use industrial plant data. Buchelli et al. [20] investigated the performance of the PC-SAFT equation of state for modeling the high- (HPS) and low-pressure (LPS) separator units downstream from a low-density polyethylene tubular reactor. Plant data were used to validate the equilibrium stage model prediction for the two gas-liquid flash separators, however, the pure component and binary interaction parameters of this model were obtained exclusively from experimental data published in the literature. The authors achieved a good agreement between the model and LPS plant data, however, the model’s predicted solubility was not in agreement with plant-measured values for the HPS. Other recent SAFT-type contributions specifically for the VLE of PE +ethylene solutions are reported in the works of [21-26], including another attempt to modeling industrial separations [26]. This work presents the flash simulation of the polyethylene industrial process, more specifically low-density polyethylene (LDPE) and linear low-density polyethylene (LLDPE) with industrial plant operational data. The equilibrium behaviors from four different models based on the Sanchez-Lacombe (SL) equation of state [5] and the Soave-Redlich-Kwong (SRK) cubic equation of state are compared [27]. This last EOS is tested with three different mixing rules: the van der Waals given by Orbey and Sandler [28], LCVM [29], and the Wong-Sandler [30]. Very recently, Costa et al. [31] carried out a detailed evaluation of several activity coefficient models both at infinite dilution and finite concentration, and the results indicated that the Bogdanic and Vidal activity coefficient model [32] was the best one, with superior results in describing several polymer-solvent systems liquid-liquid equilibria. Based on this, we chose to incorporate this activity coefficient model in the mixing rules. 149 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.2. Process description Despite the simple molecular structure of ethylene, polyethylene is a complex macromolecule that can be manufactured via many different types of processes. Today polyethylene production processes offer a versatile range of products. High-pressure processes can produce linear low-density polyethylene (LLDPE) in addition to the usual range of low-density polyethylene (LDPE) and ester copolymers. Some low-pressure processing plants also produce LLDPE and VLDPE (very low-density polyethylene), as well as high-density polyethylene (HDPE), and in many cases, they compete with LDPE and the ester copolymers for the same market. IV.2.1. Low-density polyethylene (LDPE) processing Low-density polyethylene (LDPE) is industrially synthesized at relatively high temperatures (180 to 300) ºC and pressures (1000 to 3000) bar by free-radical bulk polymerization in supercritical ethylene. In this process, ethylene acts both as reagent and solvent for the polymer. A schematic diagram is shown in Figure IV.1. In the LDPE process, an important step is the flash separation of monomers and other small molecules from the polymer produced. The process is carried out adiabatically in two stages. In the first step, the reactor effluent (F2) is depressurized through a pressure reduction valve down to 150-250 bar. This allows the separation of the polymeric product from the unreacted ethylene in a high-pressure separator (HPS). The overhead monomer rich stream (F4) is cooled and recycled back to the reactor, whereas the bottom polymer rich stream (F3) undergoes a second separation step at a near atmospheric pressure in a low-pressure separator (LPS). The overhead stream of LPS (F6) is recycled back to the reactor, while the residual ethylene and comonomers dissolved in the molten polymer (F5) may be stripped under vacuum conditions in a devolatilizing extruder. There are two important issues in the design of these flash separators. The first is the prediction of the amount of monomer left in the final product. The presence of monomer in the polymer is undesirable for several reasons and should be minimized. The second issue is a consequence of the polydispersity of the polymer. The polydisperse nature of the polymer results in relatively smaller oligomer molecules (waxes) that remain in the product and can potentially go to the gas phase during the 150 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... flash operation. When the gas phase is recycled, the waxes must be removed otherwise they accumulate and eventually precipitate in the recycling lines. Figure IV.1. Simplified flowsheet of a LDPE plant. IV.2.2. Linear low density polyethylene (LLDPE) processing Linear low-density polyethylene (LLDPE) is industrially produced at relatively high temperatures (200-300) ºC and moderate pressures (100-300) bar through solution polymerization. A schematic diagram is shown in Figure IV.2. Some α-olefins such as 1-butene, 1-hexene, or 1-octene are usually used as comonomers with cyclohexane as the solvent. The polyethylene solution on leaving the reactor mixture (F8) passes through absorbers where the catalyst is removed. Two depressurization stages follow. The LLDPE is separated from the cyclohexane, the unreacted ethylene, and comonomers in the intermediate pressure separator (IPS), where the pressure is reduced to 30 bar. At this point, most of the cyclohexane (and sometimes 1-octene) vaporizes and forms the IPS overhead gas stream (F10). The solution that leaves the IPS bottom (F9) contains about 40 to 60 wt% polyethylene and cyclohexane. The remaining solvent is removed in the low pressure separator (LPS) through the overhead gas stream (F12) and the bottom stream feeds the pelletizing extruder. 151 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Figure IV.2. Simplified flowsheet of a LLDPE plant. 152 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.3. Thermodynamic models A brief description of each model follows. IV.3.1. Sanchez–Lacombe (SL) The Sanchez and Lacombe EOS [5-6] is given by: ~ ~ 1 r ρ~ 2 + P + T ⋅ ln (1 − ρ~ ) + 1 − ⋅ ρ~ = 0 (IV.1) where: ~ T T = * T T* = ~ P P= * P ε* P* = k ε* ν* ρ~ = ρ ρ* (IV.2) ρ* = Mw r ⋅ v* (IV.3) where T is the absolute temperature, P is the pressure, ρ is the density, Mw is the weight average molecular weight, k is the Boltzmann constant, and r, ε*, and v* are pure component parameters related to the corresponding scale factors T*, P*, ρ*, respectively. These scale factors are independent of the molecular size of the polymer. For mixtures the model parameters become composition dependent through the following mixing rules: * ν mix = ∑∑ φi ⋅ φ j ⋅ν ij* * ε mix = i j 1 ⋅ ∑∑ φi ⋅ φ j ⋅ ε ij* ⋅ν ij* ν * mix φ 1 =∑ j rmix j rj i (IV.4) (IV.5) j (IV.6) 153 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... where the segment fraction of component i, φi , is calculated as a function of the weight fraction wi, given by: wi ρ ⋅ν i* φi = w ∑j ρ * ⋅νj * j j * i (IV.7) The cross parameters are: ν ij* = ⋅ [ν ii* + ν *jj ]⋅ (1 − SL1ij ) (IV.8) ε ij* = ε ii* ⋅ ε *jj ⋅ (1 − SL 2ij ) (IV.9) 1 2 where SL1ij and SL2ij are binary interaction parameters. IV.3.2. Soave-Redlich-Kwong equation of state The Soave-Redlich-Kwong (SRK) equation of state [27] has the following form: P= R ⋅T a(T ) − v − b v ⋅ (v + b ) (IV.10) IV.3.3. Mixing rules In order to extend the SRK EOS to polymer-solvents systems, the following mixing rules are considered. IV.3.3.1. van der Waals one-fluid (VDW) mixing rule [28] The van der Waals one-fluid (VDW) mixing rule [28] is given by: a = ∑∑ xi ⋅ x j ⋅aij i j (IV.11) 154 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... b = ∑ ∑ xi ⋅ x j ⋅bij i (IV.12) j with the combining rules for the cross energy (aij ) and co-volume (bij ) parameters given by: aij = (ai ⋅ a j ) ⋅ (1 − SR1ij ) (IV.13) b + bj bij = i 2 (IV.14) 0 .5 ⋅ (1 − SR 2ij ) where SR1ij and SR2ij are the binary interaction parameters. IV.3.3.2. Wong-Sandler mixing rule The Wong-Sandler (WS) mixing rule [30] is based on the condition of infinite pressure and is given by: x ⋅a GE a = b ⋅ ∑ i i + b c i i ∑∑ x ⋅x (b − a R ⋅ T ) i b= (IV.15) i j j ij ( 1 − ∑ x i ⋅(ai b i ⋅R ⋅ T ) − G E c ⋅ R ⋅ T ) (IV.16) i with: (b − a R ⋅ T )ij = [ ] 1 ⋅ (b − a R ⋅ T )i +(b − a R ⋅ T ) j ⋅ (1 − WS ij ) 2 (IV.17) where c is the numerical constant equal to (-ln2) for the SRK EOS and WS ij is the interaction parameter. 155 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.3.3.3. LCVM mixing rule Boukouvalas et al. [29] proposed the LCVM mixing rule, a linear combination of the Vidal [33] and MHV1-Michelsen [34] mixing rules as follows: δ = λ ⋅δ V + (1 − λ ) ⋅ δ M (IV.18) where δ = a (b ⋅ R ⋅ T ) , and δ V and δ M are given by expressions from the Vidal and Michelsen mixing rules, respectively. Their corresponding contributions to δ are weighed by the factor λ = 0.36, as originally proposed by Boukouvalas et al. [29]. Accounting for δ V and δ M in Equation (IV.18), the expression for δ becomes: β 1− λ G E 1− λ b ⋅ + ⋅ ∑ xi ⋅ ln δ = ∑ xi ⋅ δ i + + AM R ⋅ T AM Av bi (IV.19) where AV = -ln 2 and AM = -0.53 for the SRK equation of state. The co-volume parameter mixing rule is given by: b = ∑ xi ⋅ bi i (IV.20) IV.3.3.4. Excess Gibbs free energy (GE) model LCVM and Wong-Sandler mixing rules require a GE model, and the model proposed by Bogdanic and Vidal [32] is in agreement with previous results presented by Costa et al. [31] and was selected for this work. This was the first time that Bogdanic and Vidal’s GE model has been incorporated into a mixing rule and the results are very good, even for high-pressure conditions, since both liquid- and vapor-phase compositions predicted by the model compare very well with experimental ones. It is important to point out that vapor-liquid equilibrium calculation for polymer systems usually adopts GE models to describe liquid phase behavior at low pressure. In this paper, Bogdanic and Vidal’s GE model is incorporated as an alternative in the SRK equation of state mixing rule to describe vapor-liquid equilibrium at both low and high pressures for industrial flash separation. 156 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... The Bogdanic and Vidal (BV) model is a segment-based thermodynamic model containing the combinatorial, free-volume, and energetic contributions to the excess Gibbs energy. The model is derived from the entropic free-volume model following the idea of associating the nonideality of polymer–solvent mixture with polymer segmentsolvent interaction parameters. The energetic contribution is based on interactions between individual segments (repeating units) of polymer or copolymer and solvent molecules. Segment activity coefficients are calculated by the UNIQUAC model [35]. The activity coefficient is given by the following equation: ln γ i = ln γ iFV + ln γ iRES (IV.21) As in the original model, the combinatorial and the free-volume contributions are combined in a single term, the so-called (FV) part given by: φ FV ln γ iFV = ln i xi φ FV + 1 − i xi (IV.22) where φiFV and xi are the free-volume fraction and the molar fraction, respectively. The free-volume is defined as: vFV ,i = vi − vW ,i (IV.23) where vi and vW ,i are the liquid molar volume and the van der Waals volume, respectively. For the calculation of the residual term, ln γ iRES , the mixture is considered as a solution of segments, and the molar fraction of each segment is calculated as: ∑ x ⋅v = ∑ ∑ x ⋅v nc Xk i i nc j (i ) k nseg m j ( j) m (IV.24) 157 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... where xi and xj are the mole fractions of the respective components i and j. The summations are extended to the total number of components, nc, and to the total number of segments, nseg. Parameters vk(i ) and vm( j ) are the numbers of segments k in the component i, and of segments m in the component j, respectively. 158 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.4. Results and discussion IV.4.1. General observations In order to perform calculations with the SRK equation of state for polymers, the pure parameters are not known from critical properties data but calculated following Kontogeorgis’s method [36]. According to this method, polymer parameters a and b are fitted to two experimental volumetric data points at essentially zero pressure. Instead of using experimental volumetric data in this equation of state and in the BV model, these properties are obtained using the group contribution method GCVOL [37]. Data for van der Waals volumes are taken from Bondi [38]. The pure component parameters and segment parameters of the polymer for the SL EOS are taken from [6, 10, 16]. The original Sanchez and Lacombe [6] and Koak et al. [10] parameters were fit to LDPE density and the LDPE parameters from Xiong and Kiran [16] were fit to PVT data for pure polymer. Generally, data from literature are used to estimate binary interaction parameters. This is the case for the SRK model, since this is the first time it is used coupled with Bogdanic and Vidal (BV) model for both low and high pressures. However, at high pressure, experimental data from literature are scarce and simulation results using only these data are less accurate. Thus, for both the SRK-BV and SL models plant data were used to estimate binary interaction parameters. Adjustable characteristic parameters of the various models, described in Table IV.1, are fitted to industrial operational data and the Nelder-Mead simplex method [39] is applied to minimize the following objective function: nc OF = ∑ ( wi′calc − wi′ exp i =1 2 ) + ∑( nc wi′′calc − wi′′exp 2 ) (IV.25) i =1 where the superscripts calc and exp are related to the calculated and experimental values, respectively; w’i is the mass composition of component i in the heavy phase; w”i is the mass composition of component i in the light phase; nc is the number of components. In Table IV.1, the UQij parameter is related to the UNIQUAC contribution [34] for the BV model [31], and a distinction is made for the two mixing rules (LCVM and Wong-Sandler). 159 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Table IV.1. Identification of the models and their parameters Models Parameters Sanchez and Lacombe (SL) SL1ij SL2ij SRK with van der Waals mixing rules (SRK-VDW) SR1ij SR2ij * SRK with LCVM mixing rules (SRK-LCVM) UQij SRK with Wong-Sandler mixing rules (SRK-WS) UQij λ WSij As regards polymer phase equilibrium calculations, the component composition is usually presented as a mass fraction because the polymer has a much higher molecular weight than the solvent. The equation of state is defined in terms of molar fractions, which can lead to numerical problems for computing the solvent molar fraction as it becomes very small. A similar problem may occur when modeling polymer vapor-liquid equilibrium: in the gas phase, there is almost no polymer, but thermodynamically, this value cannot be zero, even though it may be extremely low. This produces some difficulties for calculating phase equilibrium in flash separators. For collecting and treating the industrial data, the steps below were followed [40, 41]: 1. The sampling time for data acquirement in PIMS (Plant Information Management System) was 1 minute and data compression treatment was suppressed. 2. The collected raw-data were analyzed to eliminate outliers and to identify near steady-state operation regions, ten steady-state points were selected for each resin. 3. From the selected data, mass and energy balance calculations were made using the basic balance equations in order to reconcile the data. 4. To validate the thermodynamic model, an average of the ten steady state points was used for each resin. 160 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.4.2. Assumptions used to obtain the experimental data in the separation stage of the process in LDPE plant Figure IV.1 shows a schematic diagram of the LDPE flowsheet. Circles identify streams used in this study. Stream F1 contains ethylene and small amounts of propene and propane and feeds the reactor. The discharge stream (F2) containing ethylene, polymer, a small amount of ethane (formed in the reaction), propene, and propane, is sent to the HPS (High Pressure Separator). The HPS bottom stream (F3) is sent to the LPS (Low Pressure Separator). The LPS top (F6) returns to the process and its bottom (F5), containing essentially pure polymer, is sent to the extruder. The following experimental data are necessary to validate the HPS model: F2, THPS, PHPS and zHPS (input data); F3, xHPS, F4 and yHPS (output data); where zHPS, xHPS and yHPS are the mass composition of the feed, bottom and top streams, respectively; F2, F3 and F4 are the total mass flow at the feed, bottom and top, respectively; THPS and PHPS are the HPS operational temperature and pressure, respectively. Similarly, the following experimental data are needed to validate the LPS model: F3, TLPS, PLPS and zLPS (equal to xHPS) (input data); F5, xLPS, F6 and yLPS (output data); where zLPS, xLPS and yLPS are the mass composition of the feed, bottom and top streams, respectively; F3, F5 and F6 are the total mass flow at the feed, bottom and top, respectively; TLPS and PLPS are the LPS operational temperature and pressure, respectively. We selected eight resins to study the several aspects of the LDPE flash separation. Table IV.2 shows the HPS and LPS operational conditions and the characteristics of the resins, including polidispersity index (PDI) and weight (Mw) and number (Mn) average molecular weights. In order to present sufficient information to follow the simulation problem Table IV.3 shows the feed range composition of the HPS and LPS separators. 161 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Table IV.2. LDPE molecular weight and separators operational conditions Mw Mn (g/mol) (g/mol) LDPE-1 335000 23103 14.50 280.29 250.06 241.04 0.35 LDPE-2 295200 25894 11.40 278.80 251.90 239.49 0.42 LDPE-3 181000 23086 7.84 230.29 249.88 212.17 0.37 LDPE-4 166000 21813 7.61 253.03 250.55 226.73 0.46 LDPE-5 340000 20000 17.00 237.68 249.87 217.91 0.42 LDPE-6 322000 28196 11.42 277.17 249.54 242.73 0.41 LDPE-7 236600 11901 19.88 247.92 254.00 224.93 0.40 LDPE-8 426300 16497 25.84 265.33 253.28 235.69 0.42 Resin PDI THPS (°C) PHPS TLPS (°C) (bar) PLPS (bar) Table IV.3. LPDE feed range composition in the HPS and LPS separators HPS LPS Min Max Min Max Ethylene 73.4 77.0 20.7 25.9 Ethane 0.3 2.6 0.1 0.8 Propene 0.0 0.2 0.0 0.1 Propane 0.0 1.6 0.0 0.5 LDPE 19.5 25.5 72.9 79.2 IV.4.3. Assumptions used to obtain experimental data in the separation stage of the LLDPE processing plant Figure IV.2 shows a simplified flowsheet of the LLDPE industrial process. Circles identify the streams used in this study. Stream F7, containing ethylene, 1-butene, 1-octene and cyclohexane, is fed to the reactor. Stream F8, containing polymer, ethylene, 1-butene, 1-octene and cyclohexane, is discharged from the reactor to the IPS (Intermediate Pressure Separator). The IPS top stream (F10) is sent to a light separation unit. The IPS bottom stream (F9) is fed to the LPS, where the final separation between the polymer and the lights is carried out. In order to validate the model, the following experimental data are necessary: F8, T, P and z (input data); F10, y, F9 and x (output data); where z, y and x are the mass compositions of the feed, top and bottom streams, 162 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... respectively; F8, F10 and F9 are the total mass flow at the feed, top and bottom, respectively; T and P are the operational temperature and pressure, respectively. Table IV.4 presents the LLDPE resins type according to the following contents of the reactor feed: ethylene and cyclohexane (LLDPE-A); ethylene, 1-butene and cyclohexane (LLDPE-B); ethylene, 1-octene and cyclohexane (LLDPE-C); ethylene, 1butene, 1-octene and cyclohexane (LLDPE-D). Each type is numbered to indicate its pressure and temperature operational conditions. Table IV.5 shows the feed range composition information of the IPS, required to solve the simulation problem. 163 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Table IV.4. LLDPE resins and IPS operational conditions Resin Mw (g/mol) Mn (g/mol) PDI T (°C) P (bar) LLDPE-A1 141400 12855 11 269.93 31.70 LLDPE-A2 54960 17729 3.1 269.21 30.54 LLDPE-A3 84000 20488 4.1 271.80 30.87 LLDPE-A4 94000 22927 4.1 275.90 30.90 LLDPE-A5 113500 29868 3.8 271.60 30.71 LLDPE-A6 162000 18000 9 275.96 30.58 LLDPE-A7 160000 14953 10.7 273.34 31.32 LLDPE-A8 169700 11785 14.4 277.05 31.61 LLDPE-B1 156000 34667 4.5 258.02 31.49 LLDPE-B2 135400 30089 4.5 259.64 32.02 LLDPE-B3 127000 24902 5.1 256.75 31.44 LLDPE-B4 126600 26936 4.7 258.06 31.17 LLDPE-B5 84500 20610 4.1 266.11 29.55 LLDPE-B6 100800 24000 4.2 258.64 31.29 LLDPE-B7 151000 25167 6 256.07 30.65 LLDPE-B8 112000 21132 5.3 262.79 31.12 LLDPE-B9 59900 17114 3.5 259.64 31.88 LLDPE-B10 56460 17109 3.3 256.57 29.06 LLDPE-B11 92000 25556 3.6 263.48 30.74 LLDPE-B12 94100 25432 3.7 267.46 31.05 LLDPE-C1 149000 33111 4.5 275.26 29.46 LLDPE-D1 146000 31064 4.7 267.08 27.90 LLDPE-D2 145000 25439 5.7 268.38 30.86 LLDPE-D3 149200 36390 4.1 268.02 29.58 LLDPE-D4 164000 29818 5.5 274.41 28.43 164 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Table IV.5. LLDPE feed range composition in the IPS separator LLDPE-A1 LLDPE-A8 LLDPE-B1 LLDPE-B12 LLDPE-D1 LLDPE-D4 Min Max Min Max Min Max Ethylene 0.6 1.5 0.9 1.4 1.4 1.9 1-butene - - 2.2 11.5 1.3 4.1 76.3 81.9 66.7 75.8 48.5 65.4 1-octene - - - - 13.0 28.1 LLDPE 16.9 22.4 18.3 21.3 18.9 19.6 Cyclohexane The low-pressure separator (LPS) in the LLDPE plant was not examined in this study because it was not possible to estimate its process variable values since there were no available measurements of vapor properties, such as rates and compositions. IV.4.4. Simulation results The polymer is assumed to be monodisperse for all systems. As stated earlier, the pure component parameters and segment parameters of the polymer for the SL EOS are taken from [6, 10, 16] and reported in Table IV.6. Table IV.6. Pure component or segment parameters used in Sanchez–Lacombe EOS P* (atm) T* (K) ρ* (g/cm3) Ethane 3230 315 0.64 Ethylene 2000 327 0.515 Propane 3090 371 0.69 Propene 1913 385 0.555 Segment of LDPE 3543 650 0.895 1-butene 1967.88 418.35 0.592 cyclohexane 3780.21 497.00 0.902 1-octene 1882.32 521.12 0.656 Parameter 165 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.4.4.1. Binary interaction parameters of the models for simulation of the LPS (LDPE resin) The binary interaction parameters (LDPE-solvents) required for each model to fit the experimental data for each LDPE resin are shown in Table IV.7 at low pressure. Their identifications are displayed in Table IV.1. These binary interaction parameters are the same for LDPE + (any solvent, including monomers), and all the other binary interaction parameters were set to zero. The fitted parameters SL1ij, SL2ij, SR1ij, and SR2ij presented in Table IV.7 show molecular weight independent values for SL EOS and SRK EOS with the VDW mixing rule. For the latter, the two interaction parameters connected to volume and force are equal (i.e. SR1ij = SR2ij;). Parameter SR1 is related to the parameter a, and this result can be explained because the chemical structure of the compounds evolved to be the same. However, this result is unexpected for the parameter SR2 because the molecule volumes of the components are very different. Moreover, identical values of binary interaction parameters were obtained for different resins for both SL and SRK-VDW models. A possible explanation is that at low pressures these parameters are not very sensitive as they are not capable of capturing the influence of the interaction between segments and the difference between the size of molecules in different systems, as these phenomena are less pronounced in these conditions. For LCVM and Wong-Sandler, as expected, the interaction UNIQUAC parameter values with the WS mixing rule UQij* are very different from those of the LCVM mixing rule UQij, due to the differences in the mixing rules. Since this parameter is related to forces of attraction and the molecular configurations of the systems are very similar, the low values of UQij* seem more realistic than those of UQij. Unlike the original paper [28], it is evident that the LCVM parameter λ should be fitted. Similar to SL and SRK-VDW models, we also observe identical SRK-WS binary interaction parameters (UQij* and WSij) values for LDPE-1 to LDPE-4. Again, the parameters low sensitivity in these conditions is a possible explanation. 166 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Table IV.7. Binary interaction parameters of EOS used for LPS simulation (LDPE resin with any solvent) SL2ij UQij* WSij UQij λ LDPE-1 0.0098 0.0101 0.0101 0.0101 0.5420 -0.6320 0.0100 0.0100 LDPE-2 0.0098 0.0102 0.0101 0.0101 0.6230 -0.7280 0.0100 0.0100 LDPE-3 0.0098 0.0102 0.0101 0.0101 0.5700 -0.6650 0.0100 0.0100 LDPE-4 0.0098 0.0102 0.0101 0.0101 0.1030 -0.6170 0.0100 0.0100 LDPE-5 0.0098 0.0102 0.0439 0.0197 -0.5590 -0.6530 0.0100 0.0100 LDPE-6 0.0098 0.0102 0.0123 0.0227 -0.5060 -0.5910 0.0100 0.0100 LDPE-7 0.0098 0.0102 0.0108 0.0136 -0.5350 -0.6230 0.0100 0.0100 LDPE-8 0.0098 0.0102 0.0149 0.0105 -0.3580 -0.4140 0.0100 0.0100 Resin SL1ij SR1ij SR2ij Several attempts have been made to establish a connection between the model parameters λ (LCVM) and WSij (Wong-Sandler) and the molecular weight of the resin in the LPS. The only reasonable correlation is obtained with the λ parameter. These results are shown in Figure IV.3 and the data points are regressed by the following equation: λ = 0.051 ⋅ β 2 - 0.2578 ⋅ β + 0.8272 (IV.26) with β = Mw 10 5 , where Mw is the molecular weight of the resin in units of g/mol. It should be stressed that this is an empirical-developed correlation, and though there is no guarantee that it will work well beyond the molecular weight range where it was regressed. It is difficult to predict the range of extrapolation where the correlation will work well, but it is certain that greater deviations are expected as the correlation is used farther from its experimental data range. This is true not only because it is a general trend for empirical models, but also because the correlation predicts increasing dependence with increased molecular weights, which is not expected on a meaningful physical basis. Moreover, also considering a physical reasoning, a correlation capable of making great extrapolations should predict λ going to zero when the molecular weight goes to zero, which is also not observed. 167 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 0.7 0.65 0.6 λ λ 0.55 0.5 2 R = 0.8279 0.45 1 1.5 2 2.5 β 3 3.5 4 4.5 Figure IV.3. Regression of LCVM parameter λ with LDPE resin molecular weight (β = Mw.10-5) for LPS. IV.4.4.2. Binary interaction parameters of the models for simulation of the HPS (LDPE resin) The binary interaction parameters required for each model to fit the experimental data for each LDPE resin are shown in Table IV.8 at high pressure conditions. Flash simulation of these conditions could not be done with the VDW mixing rules, as expected. The other models applied are identified in Table IV.1. Table IV.8. Binary interaction parameters of EOS used for HPS simulation (LDPE resin) Resin SL1ij SL2ij UQij* WSij UQij λ LDPE-1 1.5975 1.5075 0.0010 0.9440 0.0010 -0.3663 LDPE-2 1.5975 1.5075 0.0010 0.9296 0.0010 -0.2255 LDPE-3 2.0199 1.0099 0.0010 0.8237 0.0013 0.2235 LDPE-4 2.0199 1.0099 0.0010 0.9000 0.0011 -0.0703 LDPE-5 2.0199 1.0099 -0.0032 -0.4543 0.0028 3.6224 LDPE-6 1.5074 1.5033 0.0068 0.5873 0.0016 0.8922 LDPE-7 2.0000 0.9900 -0.0297 -2.6891 0.0025 3.0426 LDPE-8 1.5299 1.4850 0.0023 0.0560 0.0020 2.0432 168 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... As a basis for comparison, the SL parameters seem more meaningful than the other models. Table IV.8 shows the results given by SL EOS. They exhibit a slight relationship between the mass ratio of polyethylene/ethylene and the molecular weight of the resin. This behavior is illustrated in Figure IV.4 and is distinct from that for the LPS, shown in Table IV.7. 2.5 SL1ij SL2ij SL1 ij or SL2 ij 2 1.5 ' 1 0.5 4.7 4.8 4.9 5 5.1 5.2 α Figure IV.4. Sanchez-Lacombe parameters SL1ij and SL2ij as a function of LDPE resin weight average molecular weight (Mw) and the mass ratio of polyethylene to ethylene (%Pol/%Et) for HPS, where α = log[Mw ⋅ (% Pol % Et )] . SL EOS parameters assume different values depending on polymer molecular weight and on the weight ratio of polyethylene to ethylene, as given by the following equations: 2.0150 ; 4.7 < α < 5 SL1ij = 1.5593; 5 ≤ α < 5.12 (IV.27) 1.0050; 4.7 < α < 5 SL 2ij = 1.5008; 5 ≤ α < 5.12 (IV.28) with α = log[Mw ⋅ (% Pol % Et )] , where %Pol is the polymer percentile weight and %Et is the ethylene percentile weight, both in the feed stream. 169 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Plant data for monodisperse polymers are used to estimate the binary interaction parameters alone and their values are correlated as a function of polymer molecular weight and feed composition. In order to show the predictive ability of SL EOS with these correlations, 6 (LDPE-1, 2, 3, 4, 7 and 8) of these 8 resins were randomly chosen to estimate a new correlation for the binary interaction parameters and the other two resins (LDPE-5 and 6) were used to evaluate the prediction capability of this new correlation. In these figures, case (a) indicates a normal simulation, i.e. a simulation with the original correlation (Equations (IV.27) and (IV.28)), where all resins were used for parameter estimation. Case (b) indicates a simulation with the new correlation, where resins LDPE-5 and 6 were not used for parameter estimation. As Figure IV.5 shows for LDPE-5 there is no difference between the compositions calculated with normal simulation and new correlation. In Figure IV.6 (LDPE-6) we can observe that there is a difference between the two approaches, although differences between polymer compositions at both top and bottom and ethylene compositions at top are negligible. For the other compositions, the results of the new correlation are even better, which demonstrates the prediction capability of our procedure. 170 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 %wt Calculated (normalized) %wt Calculated (normalized) 100 80 60 LDPE Ethane 40 Ethylene Propane 20 80 60 LDPE 40 Ethane Ethylene 20 Propane Propene Propene 0 0 20 40 60 80 0 0,00 100 20,00 %w t Experimental (normalized) (a) 60,00 80,00 100,00 (b) 100 100 80 %wt Calculated (normalized) %wt Calculated (normalized) 40,00 %w t Experimental (normalized) 60 LDPE 40 Ethane Ethylene Propane 20 80 60 LDPE 40 Ethane Ethylene 20 Propane Propene Propene 0 0 20 40 60 80 100 0 0,00 20,00 %w t Experimental (normalized) (c) 40,00 60,00 80,00 100,00 %w t Experimental (normalized) (d) Figure IV.5. Modeling the LDPE-5: (a-top) and (b-bottom) using the normal simulation (all 8 resins used in correlation estimation); (c-top) and (d-bottom) using 6 resins in the estimation of the new correlation. 171 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 80 60 LDPE 40 Ethane Ethylene Propane 20 %wt Calculated (normalized) %wt Calculated (normalized) 100 80 60 LDPE Ethane 40 Ethylene Propane 20 Propene Propene 0 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 0 0,00 100,00 20,00 %w t Experimental (normalized) (a) 60,00 100,00 60 LDPE 40 Ethane Ethylene Propane 20 %wt Calculated (normalized) 100 80 80 60 LDPE Ethane 40 Ethylene Propane 20 Propene Propene 0 0,00 80,00 (b) 100 %wt Calculated (normalized) 40,00 %w t Experimental (normalized) 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 0 0,00 20,00 %w t Experimental (normalized) (c) 40,00 60,00 80,00 100,00 %w t Experimental (normalized) (d) Figure IV.6. Modeling the LDPE-6: (a-top) and (b-bottom) using the normal simulation (all 8 resins used in correlation estimation); (c-top) and (d-bottom) using 6 resins in the estimation of the new correlation. As can be seen above, we assume monodisperse polymers throughout this study because polydispersity data are available only for resins LDPE-1 and LDPE-6, each characterized by a histogram with five molecular weight ranges with their respective weight fractions from a chromatogram. In order to select a specific molecular weight value inside each of the five ranges, the following optimization problem was solved for each resin: 172 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 p − pmp ,i min ∑ pc ,i p pc ,i p i =1 mp , i s.t. r plb,i ≤ p pc ,i ≤ pub ,i r ∑w ⋅ p i pc , i C. IV – Simulation of flash separation ... 2 i = 1,..., r (IV.29) = Mw M Et i =1 r ∑w ⋅ p i i =1 r pc , i ⋅ ∑ wi p pc ,i = PDI i =1 where r is the number of molecular weight ranges (here, equal to 5), p is the polymer chain length, wi is the weight fraction of polymer range i, M is molecular weight, Et refers to ethylene, pc refers to the selected pseudocomponent in each histogram range, and mp, lb and ub refer to their middle point, lower and upper bounds, respectively. This formulation reflects the desire to select pseudocomponents closest to the range middle points as possible, while ensuring polymer average molecular weight and polydispersity index, as well as satisfying range bounds. The equality constraints of Equation (IV.29) may be solved for two of the unknowns, reducing the problem to a r-2 order one, without equality constraints. Indeed, inequality constraints are not strictly necessary because if the problem solution does not match these restrictions some sort of inconsistency in the experimental data is expected. Therefore, the problem may be formulated in the following simpler form, which is an unconstrained multivariate problem and can be solved with standard optimization techniques, even analytical ones: r p − p 2 p − p 2 p − p 2 mp , i mp , s mp , t + pc , s + pc ,t min ∑ pc ,i p pc ,i , i ≠ s , t pmp ,i p p i =1, i ≠ s , t mp s mp t , , (IV.30) where s and t refers to the two unknowns solved by the equality constraints and ppc,s and ppc,t are explained in Equations (IV.31) and (IV.32). The result of applying this procedure is shown in Table IV.9. 173 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... − e + e2 − 4 ⋅ d ⋅ f 2⋅d r PDI ⋅ M Et wi d = wt ⋅ − ∑ Mw i =1, i ≠ s , t p pc , i p pc ,t = r r PDI ⋅ M Et wi Mw wi + ⋅ ∑ e = w − w − PDI + ∑ wi ⋅ p pc ,i ⋅ − ∑ M Et i =1,i ≠ s ,t p pc ,i i =1, i ≠ s , t p pc , i i =1, i ≠ s , t Mw r Mw f = wt ⋅ − ∑ wi ⋅ p pc ,i M Et i =1,i ≠ s ,t r 2 s p pc , s (IV.31) 2 t r Mw − ∑ wi ⋅ p pc ,i M = Et i =1,i ≠ s ws (IV.32) The monodisperse assumption is also due to the negligible effect of polydispersity on the overall model performance, previously investigated and shown in Table IV.10 where the polymer pseudocomponents are presented with increased molecular weight. The two adjusted parameters SL1 and SL2 and the vaporized fraction V/F are also presented for the monodisperse as well as for the polydisperse polymer. We conclude that there is no significant difference between model predictions with plant data for both monodisperse and polydisperse polymers. The only advantage that we can obtain in considering a polydisperse instead of monodisperse polymer is an evaluation of the wax composition obtained in the top separator. Table IV.9. Polymer polydispersity caracterization LDPE-1 Component LDPE-6 Molecular Mass composition Molecular Mass weight (feed) weight composition (feed) Pseudo-1 556 0.14 470 0.10 Pseudo-2 3089 2.21 8339 1.99 Pseudo-3 19223 12.71 52959 8.02 Pseudo-4 428084 8.23 298844 12.14 Pseudo-5 2255596 2.10 1968130 2.07 174 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.35 99.59 0.05 0.01 Pseudo-1 Pseudo-2 Pseudo-3 Monodisperse Pseudo-4 Pseudo-5 Ethane Ethylene Propane Propene 0.6790 0.00 0.01 20.83 0.07 6.53 25.62 79.08 39.60 6.89 0.42 bottom 0.01 0.04 99.69 0.26 - - 0.00 - - - top 0.6816 0.01 0.04 19.94 0.26 - - 79.76 - - - bottom 1.507 SL2 top 0.01 0.04 98.24 0.26 0.31 0.26 - 0.41 0.33 0.14 0.6954 0.01 0.04 19.65 0.26 6.19 26.41 - 40.79 6.51 0.14 bottom 1.716 1.716 Polydisperse top LDPE-1 calc. Monodisperse 1.597 LDPE-1 exp. SL1 V/F (kg/kg) C. IV – Simulation of flash separation ... 0.03 0.02 98.15 1.80 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 top 0.6886 0.01 0.00 21.46 0.39 6.66 38.99 78.13 25.77 6.40 0.32 bottom LDPE-6 exp. 0.00 0.00 99.93 0.069 - - 0.0 - - - top 0.6809 0.062 0.063 19.51 4.11 - - 76.25 - - - bottom 1.503 1.507 Monodisperse 0.00 0.00 98.80 0.0 0.27 0.34 - 0.22 0.27 0.1 top 0.6859 175 0.064 0.064 20.74 4.33 6.01 37.92 - 25.04 5.74 0.1 bottom 1.509 1.469 Polydisperse LDPE-6 calc. Table IV.10. Comparison between monodisperse and polydisperse results using Sanchez-Lacombe EOS Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... The Wong Sandler EOS fitted parameter values (WS) presented in Table IV.8 exhibit a pronounced dependence on the relative polymer and ethylene amounts and molecular weight of the resin. This behavior is illustrated in Figure IV.7. The UNIQUAC fitted parameter of the Wong Sandler EOS (UQij*) for the high-pressure separator (HPS) shows irregular behavior for LDPE-5 to LDPE-8 resins. However, for LDPE-1 to LDPE-4 resins, this parameter is independent of pressure because its values remain the same for both the LPS and HPS, as shown in Table IV.7 (LPS) and Table IV.8 (HPS). It is important to point out that accounting for such behavior only on basis of polymer molecular weight is not sufficient, as seen in Table IV.2. 1.5 WSij 1.0 WS ij 0.5 0.0 -0.54.85 -1.0 4.9 4.95 ' 5 5.05 5.1 5.15 -1.5 -2.0 -2.5 R2 = 0.9864 -3.0 α Figure IV.7. Wong-Sandler parameter WSij as a function of LDPE resin weight average molecular weight (Mw) and the mass ratio of polyethylene to ethylene (%Pol/%Et) for HPS, where α = log[Mw ⋅ (% Pol % Et )] . The WS EOS parameter presents a quadratic dependence on polymer molecular weight and on the weight ratio of polyethylene to ethylene, as given by the following equation: WSij= -143.25 ⋅ α 2 + 1441.6 ⋅ α - 3626 (IV.33) with 4.85 < α < 5.15 . 176 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Unlike the parameter value fitted at low pressure, the LCVM parameter (λ) at high pressure is not constant and is strongly dependent on the system properties. Figure IV.8 shows the parameter λ dependence on polymer molecular weight and on the weight ratio of polyethylene to ethylene. 5.0 4.0 λ 3.0 λ 2.0 1.0 R2 = 0.9469 0.0 4.7 4.75 4.8 4.85 4.9 4.95 -1.0 α (a) 2.5 2.0 λ 1.5 λ 1.0 0.5 R2 = 0.6492 0.0 5 5.02 5.04 5.06 5.08 5.1 5.12 -0.5 α (b) Figure IV.8. LCVM parameter λ as a function of LDPE resin weight average molecular weight (Mw) and the mass ratio of polyethylene to ethylene (%Pol/%Et) for HPS, where α = log[Mw ⋅ (% Pol % Et )] . 177 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Parameter λ can have a linear or a nonlinear dependence on polymer molecular weight and on the weight ratio of polyethylene to ethylene, as given by the following equation: 22.205 ⋅ α - 105.71; λ= 4 .7 < α < 5 422.89 ⋅ α - 4259.7 ⋅ α + 10727; 5 ≤ α < 5.12 2 (IV.34) This couple of correlations poses a non-monotonic and non-smooth behavior which is difficult to explain in physical terms, even if we consider it was empirically developed. Nevertheless, we can speculate that the abrupt change in the shape of λ dependence relative to α independent parameter should mean a bound-value in α regarding its ability in describing the problem properly and therefore ultimately meaning the inadequacy of the model in coping with the description of the equilibrium phenomenon beyond this limiting α value. Indeed we think this make sense, since a greater value of α indicates greater values of polymer concentration and/or polymer length, both situations where good performance is a hardest task to the model. In other words, we may say that the first linear correlation is physical meaningful, with good predictive capability, whereas the second quadratic correlation is physically meaningless, with poor predictive capability. The correlation coefficients reinforce this analysis. Simulation of the LPS and HPS behavior for the LDPE resin and comparison of the equation of state performances suggest that the Sanchez-Lacombe EOS is the best choice. Furthermore, it is simpler to use and more accurately describes parameter dependence on polymer molecular weight. IV.4.4.3. Binary interaction parameters of the models for simulation of the IPS separator (LLDPE resin) Two of the four models are able to simulate the IPS in the LLDPE industrial plant: Sanchez-Lacombe and SRK-WS. Their results are shown in Table IV.11. A comparison, shown below, demonstrates that the best results are obtained with the Sanchez- Lacombe EOS, irrespective of the specific component considered. We can observe some unusual great values, such as -10.1700 for LLDPE-A8 with SL, 18.440 178 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... for LLDPE-B6 with SRK-WS and -8.192 for LLDPE-B11 also for this last model. Regarding SRK-WS model, these values reveals a certain insensitivity of the parameter relative to molecular weight variations. In the case of the SL model, although a similar interpretation may be given, we note that system LLDPE-A8 presents the greatest molecular weight and the greatest PDI, suggesting that these extreme property conditions may be influencing the unusual value obtained. This observation reinforces the superiority of SL behavior when comparing with SRK-WS. 179 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... Table IV.11. Binary interaction parameters of EOS used for IPS simulation (LLDPE resin) Resin SL1ij SL2ij UQij WSij LLDPE-A1 -0.6610 -1.345 0.519 0.014 LLDPE-A2 -0.7410 -1.875 0.793 0.005 LLDPE-A3 -0.6030 -0.865 0.957 0.130 LLDPE-A4 -0.5850 -1.000 0.016 0.606 LLDPE-A5 -0.6120 -1.065 0.682 0.018 LLDPE-A6 -0.6310 -1.187 0.879 0.005 LLDPE-A7 -0.6580 -1.257 -0.004 -0.010 LLDPE-A8 -10.1700 -1.020 -0.004 -0.010 LLDPE-B1 0.5670 -1.860 0.358 0.100 LLDPE-B2 0.3350 -1.550 0.373 0.501 LLDPE-B3 -0.6030 -1.030 0.728 0.524 LLDPE-B4 -0.6080 -1.030 0.916 -0.001 LLDPE-B5 -0.5621 -0.891 0.978 0.581 LLDPE-B6 -0.6060 -0.979 0.987 18.440 LLDPE-B7 -0.6230 -1.031 1.173 -3.840 LLDPE-B8 0.2190 -1.410 -3.840 1.170 LLDPE-B9 -0.6660 -1.779 -3.585 0.529 LLDPE-B10 -1.5760 -0.736 -0.157 -0.003 LLDPE-B11 -0.7400 -0.926 -2.550 -8.192 LLDPE-B12 -0.5583 -0.865 0.865 0.022 LLDPE-C1 -1.8930 -1.279 -0.020 0.001 LLDPE-D1 -0.7890 -0.952 0.422 0.012 LLDPE-D2 -0.2030 -0.922 0.693 0.018 LLDPE-D3 -2.3580 -0.927 0.468 0.013 LLDPE-D4 -0.9860 -1.132 0.159 0.006 The low pressure separator (LPS) in the LLDPE plant was not evaluated in this study because it was not possible to measure or estimate its process variable values. 180 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.4.4.4. Comparison of the LPS overhead composition for LDPE resin Figure IV.9 to Figure IV.12 show the results for the LPS overhead composition for LDPE resin obtained with SL, SRK-LCVM, SRK-WS and SRK-VDW (as stated earlier, all LDPE-solvent binary interaction parameters are the same for each model). According to these figures, the SL and SRK-VDW EOS perform well in the simulations. However, as previously discussed, the SL EOS has the advantage of constant parameters (see Table IV.7) for the LPS separator. It gives the best description of the LPS operational conditions and system properties. Despite its simplicity, the SRK-VDW EOS is able to simulate quite well with the same level of precision as the more elaborated SL EOS, if given an adequate pure parameter description. 181 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... %wt ethylene (Predicted) 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 80 100 80 100 %wt ethylene (Experim ental) %wt ethane (Predicted) 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 %wt ethane (Experim ental) Figure IV.9. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SL EOS. The results presented in Figure IV.10 reveal that the SRK-LCVM overpredicts ethylene composition for all eight resins tested. On the other hand, prediction of ethane composition is in good agreement with experimental data. However, since the ethylene mass concentration is usually around 95%, we conclude that SRK-LCVM is not adequate for LDPE simulation. 182 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... %wt ethylene (Predicted) 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 80 100 80 100 %wt ethylene (Experim ental) %wt ethane (Predicted) 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 %wt ethane (Experim ental) Figure IV.10. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-LCVM EOS. The simulation results with SRK-WS are shown in Figure IV.11. It can be seen that this model is completely inadequate for the prediction of the ethylene overhead composition of LDPE. The same can be said about the prediction of ethane composition, with large errors not graphically represented. 183 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... %wt ethylene (Predicted) 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 80 100 %wt ethylene (Experimental) Figure IV.11. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-WS EOS. 184 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... %wt ethylene (Predicted) 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 80 100 80 100 %wt ethylene (Experim ental) %wt ethane (Predicted) 100 80 60 40 20 0 0 20 40 60 %wt ethane (Experim ental) Figure IV.12. LPS overhead composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-VDW EOS. IV.4.4.5. Comparison of the HPS overhead and bottom compositions for LDPE resin As previously described, for the HPS it is important to evaluate both overhead and bottom streams. The amount of ethylene in the overhead is about 99% on a mass basis. The bottom steam usually contains about 20% ethylene and 80% LDPE fractions. As mentioned in section IV.4.4.2, it was not possible to apply SRK-VDW to simulate the HPS. Figure IV.13 to Figure IV.16 show the results for the HPS overhead composition of LDPE resin obtained with SL, SRK-LCVM and SRK-WS (in these figures resins are 185 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... identified by their numbers). The results presented in Figure IV.13 and Figure IV.14 indicate that the best predictions of overhead and bottom compositions for seven of the tested resins were made using the SL EOS. The worst results for the overhead were for LDPE-6 (Figure IV.13), and the worst results for the bottom stream were for LDPE-5 (Figure IV.14). Thus, the SL EOS is also the best model to describe the HPS operational conditions and system properties. 186 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 %wt ethylene (Predicted) 90 80 70 1 60 2 3 50 4 40 5 30 6 20 7 8 10 0 0 20 40 60 %wt ethylene (Experimental) 80 100 100.00 90.00 %wt ethane (Predicted) 80.00 70.00 1 60.00 2 3 50.00 4 40.00 5 30.00 6 20.00 7 8 10.00 0.00 0 20 40 60 %wt ethane (Experimental) 80 100 Figure IV.13. HPS overhead compositions for LDPE resin: Experimental and predicted data by SL EOS. 187 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 %wt ethylene (Predicted) 90 80 70 1 60 2 3 50 4 40 5 30 6 20 7 10 8 0 0 20 40 60 %wt ethylene (Experimental) 80 100 100.00 %wt LDPE (Predicted) 90.00 80.00 1 70.00 2 60.00 3 50.00 4 40.00 5 30.00 6 20.00 7 10.00 8 0.00 0 20 40 60 80 100 %wt LDPE (Experimental) Figure IV.14. HPS bottom compositions for LDPE resin: Experimental and predicted data by SL EOS. A comparison between Figure IV.9 and Figure IV.13 and Figure IV.14 describes the pressure influence on the simulation results. It is clearly shown in Figure IV.13 and Figure IV.14 that the experimental data at high pressure are far from the diagonal. It is important to say that the overhead composition depends on the polymer molecular 188 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... weight, ethylene weight fraction and polymer weight fraction, expressed in terms of α in Equations (IV.27) and (IV.28) in the HPS feed stream. The results of the simulation with SRK-LCVM and SRK-WS for HPS indicate that the overhead stream is made up of pure ethylene. As a consequence, only the composition of the bottom stream can be discussed with these models. Figure IV.15 shows the results of simulations with SRK-LCVM for the HPS. In order to evaluate the pressure influence, Figure IV.10 and Figure IV.15 are compared. The results reveal that SRK-LCVM has increased the difficulty in describing the overhead stream composition as pressure increases. 189 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 %wt ethylene (Predicted) 90 80 1 70 2 60 3 50 4 40 5 30 6 20 7 10 8 0 0 20 40 60 80 100 %wt ethylene (Experimental) 100 %wt LDPE (Predicted) 90 80 1 70 2 60 3 50 4 40 5 30 6 20 7 10 8 0 0 20 40 60 80 100 %wt LDPE (Experimental) Figure IV.15. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-LCVM EOS. Figure IV.16 shows the results of simulations with SRK-WS for the HPS, and it can be compared to Figure IV.11 to evaluate the influence of pressure. The results indicate that SRK-WS gives poorer performance at low pressure. This behavior is to be expected due to the intrinsic concept behind the Wong-Sandler mixing rules that take infinite pressure as a reference. 190 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 %wt ethylene (Predicted) 90 80 1 70 2 60 3 50 4 40 5 30 6 20 7 10 8 0 0 20 40 60 80 100 %wt ethylene (Experimental) 100 %wt LDPE (Predicted) 90 80 1 70 2 60 3 50 4 40 5 30 6 20 7 10 8 0 0 20 40 60 80 100 %wt LDPE (Experimental) Figure IV.16. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-WS EOS. IV.4.4.6. Comparison of IPS overhead and bottom stream compositions for LLDPE resin Figure IV.17 to Figure IV.22 show the results for IPS overhead and bottom stream compositions for LLDPE resins obtained with the SL and SRK-WS, respectively. 191 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... As mentioned in section IV.4.4.3, only SL and SRK-WS are able to simulate IPS with LLDPE resins. Figure IV.17 to Figure IV.22 show the results for IPS overhead and bottom stream compositions for 25 LLDPE resins (see Table IV.4) obtained with SL and SRK-WS, respectively. Figure IV.17 presents the overhead composition for ethylene, 1butene, 1-octene and cyclohexane predicted by SL. In these cases, the most important component to be monitored is cyclohexane because it is the solvent and therefore present in all resins at the highest concentration. The results indicate a very good simulation not only for cyclohexane but also for the other components. Figure IV.18 shows the bottom stream composition for 1-butene, 1-octene, cyclohexane and LLDPE for the same conditions. It the bottom stream, cyclohexane and LLDPE are the key components as they are at the highest concentrations. It can be seen that the SL EOS offers good accuracy for simulation in this pressure range. 80 %wt 1-butene (Predicted) %wt cyclohexane (Predicted) 100 80 60 40 20 0 60 40 20 0 0 20 40 60 80 100 0 20 %wt cyclohexane (Experimental) 60 80 60 80 80 %wt ethylene (Predicted) 80 %wt 1-octene (Predicted) 40 %wt 1-butene (Experimental) 60 40 20 0 60 40 20 0 0 20 40 60 80 0 %wt 1-octene (Experimental) 20 40 %wt ethylene (Experimental) Figure IV.17. IPS overhead compositions for LLDPE resin: Experimental and predicted data by SL EOS. 192 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 80 %wt 1-butene (Predicted) %wt cyclohexane (Predicted) 80 60 40 20 0 60 40 20 0 0 20 40 60 80 0 20 %wt cyclohexane (Experimental) 60 80 60 80 80 %wt LLDPE (Predicted) 80 %wt 1-octene (Predicted) 40 %wt 1-butene (Experimental) 60 40 20 0 60 40 20 0 0 20 40 60 80 0 20 40 %wt LLDPE (Experimental) %wt 1-octene (Experimental) Figure IV.18. IPS bottom compositions for LLDPE resin: Experimental and predicted data by SL EOS. Figure IV.21-Figure IV.22 presents the IPS overhead and bottom compositions for ethylene, 1-butene, 1-octene, cyclohexane and LLDPE predicted by the SRK-WS EOS. A comparison between Figure IV.17-Figure IV.18 and Figure IV.21-Figure IV.22 reveals that SL EOS gives the best results for all components considered. Note that the cyclohexane composition in the overhead stream is over predicted with SRK-WS and that, as a consequence, its composition is underpredicted with this same EOS in the bottom stream. Furthermore, LLDPE composition is under predicted by this model for most resins. 193 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 %wt 1-butene (Predicted) %wt ethylene (Predicted) 80 60 40 20 80 60 40 20 0 0 0 20 40 60 0 80 20 60 80 100 80 %wt 1-octene (Predicted) 100 %wt cyclohexane (Predicted) 40 %wt 1-butene (Experimental) %wt ethylene (Experimental) 80 60 60 40 20 0 60 70 80 90 100 0 20 %wt cyclohexane (Experimental) 40 60 80 %wt 1-octene (Experimental) Figure IV.19. IPS overhead compositions for LLDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-WS EOS. 80 %wt 1-butene (Predicted) %wt cyclohexane (Predicted) 80 60 40 20 0 60 40 20 0 0 20 40 60 80 0 20 %wt cyclohexane (Experimental) 60 80 100 %wt LLDPE (Predicted) 80 %wt 1-octene (Predicted) 40 %wt 1-butene (Experimental) 60 40 20 0 80 60 40 20 0 0 20 40 60 80 0 %wt 1-octene (Experimental) 20 40 60 80 100 %wt LLDPE (Experimental) Figure IV.20. IPS bottom compositions for LLDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-WS EOS. 194 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.4.4.7. Comparison of HPS overhead and bottom compositions for LLDPE resin using parameter values estimated for LPS To investigate the influence of EOS fitted parameters at different simulation conditions, the HPS overhead and bottom compositions are predicted with the parameter values obtained for SL, SRK-WS and SRK-LCVM at low pressures. Since the main difference between the two separators is the pressure, it is possible to evaluate the pressure influence on the parameters using this procedure. Figure IV.21 to Figure IV.23 show the results for HPS composition for LDPE resin obtained with SRK-LCVM, SRK-WS and SL, with parameter values estimated at high and low pressures. In Figure IV.21, the half under the diagonal repeats the same values plotted for LDPE composition in Figure IV.15. In a fixed LDPE composition, the distance between the low and high pressure predicted points indicates the degree of pressure dependence of the parameters. The points in the upper portion of Figure IV.21 are closer together, suggesting that they are more independent of pressure. The results presented in Figure IV.21 show that SRK-LCVM gives an overprediction of the HPS bottom stream composition if low-pressure parameters are used to estimate highpressure behavior. 100 %wt LDPE (Predicted) 80 60 Low Pressure 40 High Pressure 20 0 0 20 40 60 %wt LDPE (Experimental) 80 100 Figure IV.21. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-LCVM EOS with parameter λ estimated from low and high pressure plant data. 195 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... This same procedure is applied to SRK-WS, and the results are shown in Figure IV.22. The half under the diagonal repeats the same values plotted for the LDPE composition in Figure IV.16. A comparison of the results from Figure IV.21 and Figure IV.22 shows that the SRK-WS parameters are more pressure dependent than the SRKLCVM parameters. 100 %wt LDPE (Predicted) 80 60 Low Pressure High Pressure 40 20 0 0 20 40 60 %wt LDPE (Experimental) 80 100 Figure IV.22. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SRK-WS EOS with parameter WSij estimated from low and high pressure plant data. This same procedure was applied to the SL EOS, and the results are shown in Figure IV.23. Its half under the diagonal repeats the same values plotted for LDPE composition in Figure IV.11. A comparison of the results from Figure IV.21 to Figure IV.23 indicates that the SL equation is the most pressure-dependent model. 196 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... 100 %wt LDPE (Predicted) 80 60 Low Pressure 40 High Pressure 20 0 0 20 40 60 %wt LDPE (Experimental) 80 100 Figure IV.23. HPS bottom composition for LDPE resin: Experimental and predicted data by SL EOS with parameters estimated from low and high pressure plant data. A comparison of the results from Figure IV.21 to Figure IV.23 demonstrates that SL equation is the most pressure dependent model. Binary interaction parameters of equations of state are usually estimated considering only temperature dependence. For polymer systems, parameter dependence on mixture composition can not be neglected and should take into account the segment interactions and their molecular displacements. However, a typical problem that appears is the choice of reference composition (feed, top or bottom). As the feed composition of separator changes less than that of top and bottom, it is more consistent to assume that the parameters depend on feed composition. Wolfarth and Rätzsch [42] present a detailed discussion of the dependence of interaction parameter on temperature, polymer concentration and molecular weight distribution. Buchelli et al. [20] obtained the pure component and binary interaction parameters of the PC-SAFT model based exclusively on experimental data published in the open literature. However, a better alternative is to use plant data instead of literature data and the results are quite good. To illustrate this, we suggest a comparison of Figure IV.14 in this paper with Figure 8 from Buchelli et al. [20]. Note that our study describes HPS behavior more accurately. Buchelli et al. [20] perhaps chose the non-equilibrium method due to the poor results they obtained using binary interaction parameters from literature data. 197 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... IV.5. Conclusions To simulate the flash HPS, LPS and IPS separators in the industrial polyethylene process, low-density polyethylene (LDPE) and linear low-density polyethylene (LLDPE) resin industrial plant data are used to test the Sanchez-Lacombe (SL) and SoaveRedlich-Kwong (SRK) EOS performance. For the SRK EOS, three different mixing rules are compared, the van der Waals (VDW) one-fluid, the LCVM and the WongSandler (WS). The Bogdanic and Vidal activity coefficient model is used coupled with LCVM and Wong-Sandler mixing rules. To estimate the pure polymer parameters in the SRK equation of state, the Kontogeorgis procedure is used coupled with the GCVOL method. The results for the LPS separator indicate that SL and SRK-VDW are the best models. This conclusion is based on the comparison of predicted and experimental data for mass composition, and also on the constant values estimated for the interaction parameters of these equations. It is important to point out that SRK-LCVM results are based on a realistic description of mass composition with a reasonable correlation for parameter λ. The results for the HPS separator indicate that the SL EOS is the best model. Similarly, this conclusion is based on the comparison of predicted and experimental data for mass composition as well as the constant values estimated for the interaction parameters of this equation. The SRK-LCVM and SRK-WS are unable to describe the HPS overhead composition because the results indicate the presence of only ethylene in this stream. Regarding the LDPE composition in the bottom stream, the SRK-LCVM and SRK-WS give similar results but are not as accurate as the SL. 198 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... List of symbols a Soave-Redlich-Kwong attraction parameter (Equation (IV.10)) b Soave-Redlich-Kwong co-volume parameter (Equation (IV.10)) BV Bogdanic and Vidal activity coefficient method c Constant with Wong Sandler mixing rule (Equation (IV.15)) d, e, f Constants of Equation (IV.31) F Mass flow rate GCVOL Group contribution volume model HDPE High-Density Polyethylene HPS High-Pressure Separator IPS Intermediate-Pressure Separator LCVM Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rule LDPE Low-Density Polyethylene LLDPE Linear-Low-Density Polyethylene LPS Low-Pressure Separator M Molecular weight Mw Average molecular weight (mass) Mn Average molecular weight (number) nseg total number of segments (Equation (IV.24)) nc number of components OF objective function p polymer chain lenght P pressure PDI polidispersity index R Gas constant SL1 Sanchez-Lacombe binary interaction parameter (Equation (IV.8)) SL2 Sanchez-Lacombe binary interaction parameter (Equation (IV.9)) SR1 binary interaction parameter with van der Waals mixing rule (Equation (IV.13)) SR2 binary interaction parameter with van der Waals mixing rule (Equation (IV.14)) T UQ temperature * UNIQUAC interaction parameter in WS mixing rule (Table IV.7) 199 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... UQ UNIQUAC interaction parameter in LCVM mixing rule (Table IV.7) v molar volume vW van der Waals volume VLDPE Very Low Density Polyethylene w weight fraction WS binary interaction parameter with Wong-Sandler mixing rule (Equation (IV.17)) x, y, z molar fractions Greek letters α correlation parameter (Figure IV.4, Figure IV.7 and Figure IV.8) β correlation parameter (Figure IV.3) δ LCVM mixing rule parameter (Equation (IV.18)) ε pure component parameter Sanchez-Lacombe equation κ Boltzmann Constant λ LCVM mixing rule parameter (Equation (IV.18)) ρ density υ numbers of segments in the component φ segment fraction of component (Equation (IV.7)) Superscripts calc calculated ~ reduced properties ‘ mass composition in the heavy phase “ mass composition in the light phase exp experimental FV free volume Res residual Subscripts Et ethylene HPS HPS 200 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... i component i j component j k, m segments lb lower bound LPS LPS M Michelsen mixing rule (Equation (IV.18)) mp middle point pc pseudocomponent r number of molecular weight ranges s, t unknowns solved by the equality constraints (Equation (IV.30)) ub upper bound V Vidal mixing rule (Equation (IV.18)) 201 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. IV – Simulation of flash separation ... References [ 1 ] Wang, L. Calculation of Vapor-Liquid Equilibria of Polymer Solutions and Gas Solubility in Molten Polymers Based on PSRK Equation of State. Fluid Phase Equilibria 2007, 260, 105. [ 2 ] Haghtalab, A.; Espanani, R. A. New Model and Extension of Wong-Sandler Mixing Rule for Prediction of (Vapor + Liquid) Equilibrium of Polymer Solutions Using EOS/GE. J. Chem. Thermodynamics 2004, 36, 901. [ 3 ] Kang, J. W.; Lee, J. H.; Yoo, K.; Lee, C. S. Evaluation of Equations of State Applicable to Polymers and Complex Systems. 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Assim, devido à falta de informação da literatura, neste capítulo três modelos baseados em equação de estado (PC-SAFT, SRK-WS e SRK-LCVM) são utilizados para resolver a equação de equilíbrio sólido-líquido, tendo a temperatura como variável dependente. Resumo O equilíbrio sólido-liquido (ESL) em soluções de polietileno e polipropileno é modelado com a equação cúbica de estado de Soave-Redlich-Kwong (SRK) e com a equação de estado PC-SAFT. Duas regras de mistura são usadas com a equação de estado SRK: a regra de Wong-Sandler e a regra LCVM, ambas incorporando o modelo de coeficiente de atividade de Bogdanic e Vidal. O desempenho destes modelos é avaliado usando dados obtidos da literatura de ESL a pressão atmosférica e a alta pressão. A equação básica do ESL é resolvida em termos de temperatura de equilibrio de fusão, ao invés de composição. Parâmetros de interação binária das equações de estado SRK e PC-SAFT são estimados para a melhor descrição do comportamento experimental de 20 diferentes sistemas polímero-solvente em pressão atmosférica, e de 31 outros sistemas polímero-solvente a alta pressão. A comparação com os dados experimentais mostra que o modelo SRK+LCVM apresenta uma concordância muito 207 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... boa com os dados ESL atmosféricos e que o modelo PC-SAFT é mais eficiente em condições de alta pressão. Palavras-chave equilíbrio sólido-líquido, polietileno, polipropileno, soluções poliméricas, equação de estado, regras de mistura Conclusões O equilibrio sólido-liquido (ESL) para soluções de polietileno e polipropileno com diferentes solventes é modelado com a equação cúbica de estado Soave-RedlichKwong (SRK) (com regras de mistura LCVM e Wong-Sandler (WS)) e com a equação de estado PC-SAFT. O foco deste estudo é comparar o desempenho destes modelos para descrever o comportamento de fase ESL. Esta é uma nova abordagem, diferente daquelas usualmente encontradas na literatura, nas quais são investigados os efeitos de cristalinidade e de peso molecular no ESL. Independentemente do modelo utilizado para simular o ESL, uma variável chave na análise dos resultados é o nível de pressão. Como salientado por Pan e Radoz [5], o segundo termo do lado direito da Equação (V.1) se anula para sistemas a baixa pressão. Portanto, com estas simulações o efeito da pressão é restrito ao coeficiente de fugacidade do polímero na solução e ao coeficiente de fugacidade do polímero líquido puro, que está relacionado à equação de estado. Por outro lado, condições de alta pressão são muito difíceis de modelar, pois a pressão influencia ambos os lados da equação do ESL. As equações de estado PC-SAFT e SRK com duas regras de mistura diferentes (LCVM e WS) são usadas e comparadas. Um banco de dados experimentais a pressão atmosférica contendo 20 sistemas polímerosolvente é considerado. É também investigada a influência do método usado para resolver a equação ESL para obter a temperatura de fusão. Os resultados calculados indicam SRK+LCVM como o melhor modelo e ambos os métodos de resolução da equação apresentam desempenho semelhante, o que reflete a simplicidade da estrutura da equação cúbica de estado, apesar da regra de mistura considerada, e a facilidade com a qual este tipo de equação é resolvido. Mas é importante destacar que com o modelo SRK+LCVM são usados na simulação dois parâmetros ajustados: um relacionado à regra de mistura e o outro relacionado ao modelo de GE selecionado. Quando se avaliou 208 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... a capacidade preditiva do modelo SRK+LCVM, observou-se que não é fácil gerar uma boa correlação do parâmetro de GE (UQ12) com a temperatura. Esta dificuldade não foi observada com a equação de estado PC-SAFT, pois o único parâmetro ajustado é correlacionado muito bem com a temperaturta para todos os sistemas analisados. Um outro banco de dados contendo 31 sistemas polímero-solvente a alta pressão é usado, e nestas condições a sensibilidade da equaçção de estado em relação à pressão é proeminente, pois o efeito da pressão no lado direito da equação de ESL deve ser considerado. Surpreendentemente o modelo SRK+WS não é apropriado para cálculos de ESL destes sistemas a alta pressão. Correlações do parâmetro de interação em função do peso molecular e da concentração do polímero foram desenvolvidas para as equações de estado PC-SAFT e SRK+LCVM. A correlação do parâmetro da equação de estado PCSAFT teve o melhor desempenho. A capacidade preditiva dos modelos PC-SAFT e SRK+LCVM foi avaliada testando 5 sistemas não usados no procedimento de ajuste. Os resultados foram excelentes para a equação PC-SAFT, especialmente para concentrações mais altas de polímero, independentemente do comprimento da cadeia polimérica. 209 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... CHAPTER V Chapter V. Modeling solid-liquid equilibrium for polyethylene and polypropylene solutions with equations of state Contextualization in the Thesis The global objective of this thesis is to investigate, through modeling and simulation, different phase equilibria in polymer processes, particularly in ethylene polymerization, including the solution process. Therefore investigating solid-liquid equilibria is a very important task since, among other factors, the polyethylene produced in the reactors should remain in solution because its precipitation from the solution is undesirable in this process. The investigation of this problem in literature is veru scarce. Therefore, due to the lack of literature information three equation of state-based models (PC-SAFT, SRK-WS and SRK-LCVM) are used to solve the equilibrium equation for temperature in this chapter. Abstract Solid-liquid equilibria (SLE) in polyethylene and polypropylene solutions are modeled with Soave-Redlich-Kwong (SRK) cubic equation of state and PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory) equation of state (EOS). Two mixing rules are used with SRK EOS: Wong-Sandler and LCVM (Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rules), both incorporating the Bogdanic and Vidal activity coefficient model. The performance of these models is evaluated using atmospheric and high pressure experimental SLE data obtained from literature. The basic SLE equation is solved for the equilibrium melting temperature instead of composition. Binary interaction parameters of SRK and PC-SAFT EOS are estimated to best describe the experimental equilibrium behavior of 20 different polymer-solvent systems at atmospheric pressure and 31 other polymer-solvent systems at high pressure. 210 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Comparison with experimental data shows that SRK+LCVM agrees very well with the atmospheric SLE data and PC-SAFT EOS is more efficient at high pressure conditions. Keywords solid-liquid equilibrium, polyethylene, polypropylene, polymer solutions, equation of state, mixing rule 211 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... V.1. Introduction Polyethylene (PE) and polypropylene (PP) are world-widespread commodity polymer. During PE and PP industrial processing, deposition of the polymer on the reactor surface, heat exchangers and flash drums frequently occurs and in pipelines this can cause clogging. Therefore polymer solubility behavior is key knowledge for solvent selection and polymer processing in the industry. For instance, in solution polymerization of ethylene, the polyethylene produced in the reactors should remain in solution because its precipitation from the solution is undesirable [1]. Solvent selection is also crucial depending on polymer solubility because polymer recycling requires detailed screening and identification of the possible solvents for the polymers in the waste material [2]. Modeling solid-liquid equilibrium is a useful basis to gain a better understanding of these industrial polymer problems and thus avoid their occurrence. Two basic approaches can be used to model the liquid phase non-ideality in solid-liquid equilibrium (SLE): excess Gibbs free energy models and equations of state (EOS). Some literature attempts to describe the liquid phase non-idealities using UNIFAC (UNIversal quasi chemical Functional-group Activity Coefficient) and entropic-free volume models [2] or applying PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory) EOS to model solid-liquid equilibrium of binary and ternary systems with a solid-complex phase formation [3]. Some effort has been also dedicated to the development of algorithms for real-time prediction of SLE in solution polymerization of polyethylene based on PC-SAFT EOS and to study the effects of monomer and polymer polydispersity in solution polymerization processes [4]. Further, copolymer SAFT EOS has been used to model SLE in systems containing polyethylene, m-xylene and amyl acetate [5]. Polymer solutions are not adequately described by cubic equations of state and their van der Waals type one-fluid mixing rules. However, over the past two decades a large number of mixing rules have been proposed to improve the performance of these kinds of equations in representing phase behavior for highly non-ideal mixtures, such as polyethylene and polypropylene solutions [6]. Mixing rules for cubic equations of state derived from Gibbs free energy models, called EOS/GE models, like LCVM (Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rules) [7] and Wong-Sandler [8] have been extensively proposed for the prediction of vapor-liquid equilibrium, but they are rarely used to describe SLE behavior. 212 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... In this work only the EOS approach is used to investigate liquid phase nonideality in SLE for polymer systems. PC-SAFT and SRK (Soave-Redlich-Kwong) [9] EOS are chosen, with LCVM and Wong-Sandler mixing rules. Based on a previous work that reports the evaluation of several activity coefficient models both at infinite dilution and finite concentration, the Bogdanic and Vidal activity coefficient model is selected to be incorporated into LCVM and WongSandler mixing rules of SRK EOS [10]. The PC-SAFT EOS has been successfully used in modeling SLE of polymer systems [4], but the present work also investigates the influence of using an interaction parameter fitted for each temperature or a single mean value of this parameter for all temperatures. Moreover, the feasibility of obtaining generalized correlations among the binary interaction parameters and the independent variables, such as polymer molecular weight and polymer concentration, is evaluated. These three EOS based models (PC-SAFT, SRK-WS and SRK-LCVM) are used to solve the equilibrium equation for temperature, and experimental atmospheric and high pressure SLE data available in the literature are used for comparison of their performances. Newton-Raphson and Regula-falsi numerical methods are used and compared to solve this equilibrium equation. 213 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... V.2. Thermodynamic models V.2.1. Solubility basic equation Following Harismiadis and Tassios’ hypothesis about the fugacities ratio and its relationship with crystallinity [2], Pan and Radoz [5] assume the solid phase to be pure solute and neglect the two heat-capacity terms, proposing a solid-liquid equilibrium model on the basis of an equation of state, which is given as: ϕ pL ⋅ x p = − ∆H u ⋅ Tm − 1 + ∆v ⋅ P ⋅ c ⋅ u ln 0 ϕ R ⋅ T p R ⋅ Tm T (V.1) where subscript p stands for polymer (solute), ϕ pL is the fugacity coefficient of polymer 0 in solution, ϕ p is the fugacity coefficient of pure liquid polymer, x is the mole fraction (solubility) of the polymer in solution, ∆H u is the enthalpy of melting per mol crystal unit, Tm is the polymer melting temperature, ∆v is the polymer-volume change, P is the pressure, c is the crystallinity fraction, and u is the number of units in the polymer backbone. The fugacity coefficients are calculated by an equation of state. V.2.2. PC-SAFT equation of state The PC-SAFT EOS is based on a perturbation theory where the hard-chain reference term represents the repulsive forces and the perturbation terms reflect the various attractive interactions, as described in detail elsewhere [11, 12]. For associating fluids, this EOS is conveniently written in terms of the reduced residual Helmholtz free energy as follows: Ares N ⋅ k ⋅T = Ahc N ⋅ k ⋅T + Adisp N ⋅ k ⋅T + Aassoc N ⋅ k ⋅T (V.2) where A is the Helmholtz free energy per number of molecules, N is the total number of molecules, k is the Boltzmann constant, superscripts res, disp and assoc identify the residual, the dispersive attraction and the associative attraction contributions, respectively. The three terms on the right-hand side of Equation (V.2) correspond to the 214 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... hard-chain, dispersion, and association contributions, respectively. All the required expressions for these terms in Equation (V.2), as well as the pure-component parameters for many substances, can be found in the literature [11, 12]. When PC-SAFT is used for mixtures, the conventional Berthelot-Lorenz combining rules used to calculate the mixture properties in the hard-chain and the dispersion term are applied, introducing only one adjustable binary interaction parameter K ij to account for the dispersive interactions, as follows: 1 2 σ ij = ⋅ (σ i + σ j ) (V.3) ε ij = ε i ⋅ ε j ⋅ (1 − K ij ) (V.4) where σ is the segment diameter and ε is the dispersion energy parameter. V.2.3. Soave-Redlich-Kwong equation of state The Soave-Redlich-Kwong (SRK) equation of state [9] is expressed as: P= R ⋅T a(T ) − v − b v ⋅ (v + b ) (V.5) In order to extend the SRK EOS to polymer-solvent systems, the following mixing rules are considered: Wong-Sandler mixing rule and LCVM mixing rule. V.2.3.1. Wong-Sandler mixing rule The Wong-Sandler (WS) mixing rule [8] is a representative rule based on the condition of infinite pressure, given as: a = b⋅∑ i xi ⋅ ai G E + bi d (V.6) 215 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 ∑∑ x ⋅ x ⋅ (b − a (R ⋅ T )) i b= C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... i j ij j ( ) 1 − ∑ xi ⋅ (ai (bi ⋅ R ⋅ T )) − G E (d ⋅ R ⋅ T ) (V.7) i with 1 a a a b − = ⋅ b − + b − ⋅ (1 − WS ij ) R ⋅ T j R ⋅ T i R ⋅ T ij 2 (V.8) where d is a numerical constant, equal to (-ln2) for SRK EOS, and WSij is the binary interaction parameter. V.2.3.2. LCVM mixing rule Boukouvalas et al. [7] proposed the LCVM mixing rule as follows: α= a = b ⋅ R ⋅T [∑ x ⋅α ]+ Aλ i i v + b 1 − λ G E 1 − λ ⋅ ⋅ ∑ xi ⋅ ln + AM R ⋅ T AM bi (V.9) with AV = − ln 2 and AM = −0.53 for the SRK equation of state and λ = 0.36 , as originally proposed by Boukouvalas et al. [7]. The conventional linear mixing rule is used for parameter b. V.2.3.3. Excess Gibbs free energy (GE) model Both LCVM and Wong-Sandler mixing rules require a GE model and, as mentioned previously, the Bogdanic and Vidal (BV) [13] model is the best choice [10]. BV is a segment-based model containing the combinatorial, free-volume and energetics contributions for the excess Gibbs free energy. It is derived from the entropic freevolume model, following the idea of relating the non-ideality of polymer–solvent mixture with the polymer segment-solvent interaction parameters. The energetics contribution is based on interactions among individual segments (repeating units) of polymer (or copolymer) and solvent molecules. Segment activity coefficients are calculated through the UNIQUAC (UNIversal QUAsi Chemical) model. 216 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... The activity coefficient of component i in the mixture is given by: ln γ i = ln γ ientr − FV + ln γ iresid (V.10) where the first term on the right-hand side of Equation (V.10) represents the entropic free-volume contribution and the second one is the residual contribution. As in the original model, the combinatorial and the free-volume (FV) contributions are combined in a single term, the so-called entropic-FV part: β FV ln γ ientr − FV = ln i xi β FV + 1 − i xi (V.11) where β iFV and xi are the free-volume fraction and the molar fraction, respectively. The free-volume is defined as: vFV ,i = vi − vW ,i (V.12) where vi and vW ,i are the liquid molar volume and the van der Waals volume, respectively. For the calculation of the residual term ( ln γ iresid ), the mixture is considered a solution of segments and the molar fraction of each segment is calculated by: ncomp ∑ x ⋅δ ( ) i i Xk = i ncomp nseg ∑ j k ∑ x j ⋅ δ m( j ) (V.13) m where xi and xj are the molar fractions of components i and j, the respectively. The summations are extended to the total number of components (ncomp) and to the total number of segments (nseg). Symbols δ k( i ) and δ m( j ) represent the numbers of segments k in component i, and of segments m in component j. The segment activity coefficients are 217 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... calculated using the UNIQUAC model which contains an interaction parameter denoted as UQij. 218 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... V.3. Results and discussion V.3.1. Experimental data and general approach to calculate solid-liquid equilibrium Solving Equation (V.1) for the solubility of the polymer ( x p ) is often a very hard task due to the instability of the numerical procedure [2]. To overcome this problem and to avoid multiple solutions, Equation (V.1) should be solved for temperature and not for composition. The Regula-falsi and Newton-Raphson methods have proven to be good methods for finding the root of this equation. The polymer properties used in Equation (V.1), such as enthalpy of melting per mol crystal unit and polymer melting temperature, are obtained from van Krevelen [14]. The polymer volume change ∆v is determined from the densities of an amorphous polymer (ρa) and a crystalline one (ρc): ∆v=1/ρa-1/ρc. For polyethylene, ρa=0.853 g/cm3 and ρc=1.004 g/cm3 [5]. The number of monomer units in the polymer backbone (u) is calculated using polymer and monomer molecular weights. Despite the fact that the crystallinity (c) of the polymer can be used as an adjusted parameter we have used the values reported with experimental data or, when missing, the values assumed by Harismiadis and Tassios [2]. As mentioned previously, three EOS are used to calculate the fugacity coefficient of the polymer in solution and as a pure liquid: PC-SAFT, SRK+LCVM and SRK+WS. Calculations with SRK equation of state require pure component parameters as input from the critical data, but for polymers these parameters are not available. Therefore in this study the pure polymer parameters are determined by the Kontogeorgis’s method [15]. According to this method, polymer parameters a and b are fitted to two experimental volumetric data at essentially zero pressure. However, in this work these parameters are obtained using the group contribution method GCVOL (Group Contribution VOLume) [16], because no experimental volumetric data are available. Van der Waals volumes data are taken from Bondi [17]. GCVOL is a group contribution method for the prediction of liquid densities for solvents, oligomers and polymers as a function of temperature. Elbro et al. [16] proposed the following model for predicting the molar volume of a liquid: 219 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... V = ∑ ni ⋅ ∆vi (V.14) where ni is the number of group i and the temperature dependence of the molar group ∆vi is given by the following simple polynomial function (group volume temperature constants, Ai, Bi and Ci, are available for 36 different groups) [16]: ∆vi = Ai + Bi ⋅ T + Ci ⋅ T 2 (V.15) As the SRK EOS polymer parameters a and b are functions of molecular weight and temperature, different values of a and b for varying values of these two properties can be calculated using the polyethylene monomer constants: Ai = 12.520 cm3/mol, Bi = 0.01294 cm3/(mol K) and Ci = 0.0 cm3/(mol K2). Although the crystallization of polymer solutions has been receiving much attention recently, most studies have been focused on the kinetics of the process and on the morphology of crystals. Equilibrium data of a solid polymer solution are often scarce. Experimental SLE data at atmospheric pressure available in the literature are presented in this work as temperature versus polymer solubility and only those systems that present a continuous SLE curve are selected. Table V.1 shows the database for the 20 systems investigated with the temperature interval covering the whole range of weight fraction. For some systems it was impossible to achieve convergence with the PC-SAFT equation of state, which is also detached on Table V.1. 220 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.1. Data points contained in the database used for solid - liquid calculations at atmospheric pressure No. of SRK SRK data Temp. PC- + + points range (K) SAFT LCVM WS Reference 1) PE* (17000) / xylene 8 345-376 x x x [18] 2) PE (13600) / heptane 5 341-351 x x x [18] 3) PE (20000) / dyphenil 6 377-383 x x x [19] 4) PP** (243000) / tetradecane 3 435-452 x x x [20] 5) PP (243000) / eicosane 3 445-455 x x x [20] 6) PP (28000) / n-octane 3 331-357 x x x [21] 7) PP (28000) / cis-decalin 3 321-348 x x x [21] 8) PE (13600) / cetene 7 356-362 x x x [18] 9) PE (31000) / xylene 6 370-380 x x x [22] 10) PE (32600) / xylene 6 376-384 x x x [22] 11) PE (13600) / paraffin wax 7 357-370 x x X [18] 12) PP (243000) / C32H66 3 446-456 - x x [20] 13) PP (28000) / n-amyl alcohol 4 371-384 - x x [21] 14) PP (28000) / n-hexyl alcohol 4 360-382 - x x [21] 15) PP (28000) / n-octyl alcohol 4 369-382 - x x [21] 16) PP (28000) / isoamylacetate 4 357-368 - x x [21] 17) PP (28000) / phenetol 4 357-368 - x x [21] 18) PP (28000) / anisole 4 358-366 - x x [21] 19) PP (243000) / n-eicosanoic 3 443-453 - x X [20] 20) PP (243000) / n-pentadecanoic 3 444-454 - x x [20] Systems * PE- polyethylene; ** PP- polypropylene. High pressure SLE experimental data are shown Table V.2, with the corresponding polymer concentration, pressure and temperature range. It is important to emphasize that the selected solvents at these pressures and temperatures are in the supercritical state. For all systems (except for systems 41, 42, 43, 44 and 45, which were used to test the correlations) the binary interaction parameters are considered as tuning 221 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... parameters for the selected models, through the minimization of the following objective function (OF) using the Nelder–Mead simplex method [23]: N ( OF = ∑ T jexp − T jcal ) 2 j =1 (V.16) where T jexp and T jcal are experimental and calculated equilibrium temperature, respectively. The summation is extended to the number (N) of experimental data. 222 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.2. Data points contained in the database used for solid-liquid calculations at high pressure Polymer Systems 21) PE (13600) / propane 22) PE (42900) / propane 23) PE (13600) / propane 24) PE (13600) / propane 25) PE (13600) / propane 26) PE (42900) / propane 27) PE (119600) / propane 28) PE (7000) / propane 29) PE (7000) / propane 30) PE (7000) / propane 31) PE (7000) / propane 32) PE (23625) / propane 33) PE (23625) / propane 34) PE (23625) / propane 35) PE (52000) / propane 36) PE (52000) / propane 37) PE (52000) / propane 38) PE (59300) / propane 39) PE (7000) / ethylene 40) PE (23625) / ethylene 41) PE (23625) / propane# 42) PE (52000) / propane# 43) PE (42900) / propane# 44) PE (119600) / propane# 45) PE (119600) / propane# 46) PE (121000) / pentane 47) PE (7000) / ethane 48) PE (7000) / ethane 49) PE (23625) / ethane 50) PE (23625) / ethane 51) PE (52000) / ethane No. of concentration data points 0.25 0.06 2.0 5.0 10.0 3.0 7.5 2.7 2.0 7.4 17.5 2.0 6.9 17.0 2.0 7.3 17.0 2.0 2.0 2.0 1.9 1.9 1.0 0.25 3.50 5.0 2.0 20.0 2.0 20.0 20.0 3 3 3 4 4 4 3 6 6 6 5 5 6 11 6 5 5 11 4 4 4 5 2 2 2 17 6 5 4 4 4 Pressure range Temperature (atm) range (K) Reference 448-587 616-686 550-688 520-725 475-656 628-702 667-735 401-1502 605-1509 597-1502 503-1502 397-1500 804-1500 704-1510 804-1513 667-1508 705-1513 804-1500 1200-1501 1702-1969 911-1504 705-1503 688-721 609-613 652-687 81-537 808-1501 902-1503 1205-1509 1206-1511 1208-1513 383-384 382-383 387 387-388 387-388 387 391-392 364-372 364-371 365-375 366-378 365-372 366-374 366-376 394-404 393-405 393-405 389-395 378-383 380-382 369-380 393-404 385 388-389 389-390 371-374 372-381 375-383 372-377 372-378 399-403 [24] [24] [24] [24] [24] [24] [24] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [25] [24] [24] [24] [26] [25] [25] [25] [25] [25] * PE: polyethylene; # used to test the correlations. V.3.2. Results and discussion for solid-liquid equilibrium at atmospheric pressure As highlighted by Pan and Radoz [5] the second term in the right-hand side of Equation (V.1) vanishes for low-pressure systems. In order to illustrate this we have 223 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... evaluated the two terms of the right hand of Equation (V.1), using the system polyethylene + heptane at 348 K and atmospheric pressure: ∆H u Tm ⋅ − 1 =474.46 R ⋅ Tm T ∆v ⋅ P =1.7288 10-4 R ⋅T Table V.3 shows the maximum percentile temperature error calculated for the first 11 non-associated systems at atmospheric pressure, as in Table V.1. The results are separated according to the solution method of Equation (V.1): Regula-falsi (Method 1) and Newton-Raphson (Method 2). Results expressed in Table V.3 demonstrate that the equilibrium melting temperature is strongly dependent on the solving method for the SLE equation. As can be seen in Table V.3, method 2 is not recommended for the SRK+WS EOS because convergence fails for some systems. Calculations with SRK+LCVM are not sensitive to the solving method. The results presented in Table V.3 also show that the number of adjusted parameters is more important than the EOS complexity. While SRK is simpler than PCSAFT EOS, its mixing rules are more sophisticated. It is important to highlight system 11 because in this case the solvent (paraffin wax) is a mixture of unknown composition. Its chemical structure and the molecular weight are available, and SLE calculations are carried out using only this information, but good results are obtained independent of the model. For the non-associated systems evaluated, the results expressed in Table V.3 indicate SRK+LCVM as the most accurate model, coupled with Newton-Raphson method to solve the equilibrium equation. Table V.4 exhibits the maximum percentile temperature error obtained for associated systems at atmospheric pressure. All calculations are carried out only with the SRK equation. The results show that the calculated data are in excellent agreement with experimental data for all selected systems (except for system 20 with WS model), mainly when the complex chemical nature of the solvents is highlighted. The results are also independent of the method used to solve Equation (V.1). 224 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.3. Maximum percentile temperature error for non-associated systems in solidliquid equilibrium at atmospheric pressure PC-SAFT SRK+LCVM SRK+WS Systems Method 1 Method 2 Method 1 Method 2 Method 1 Method 2 1 5.86E-01 4.66E-01 5.63E-01 5.05E-01 1.26E+02 - 2 3.79E-01 3.92E-01 5.80E-01 5.79E-01 5.73E-01 5.72E-01 3 1.58E+03 6.14E-01 4.29E-01 4.94E-01 4.35E-01 3.91E-01 4 1.49E+04 2.21E+02 4.69E-01 3.79E-01 1.11E+00 - 5 1.53E+04 2.24E+03 3.53E-01 2.70E-01 5.33E-01 4.58E-01 6 8.25E-01 8.49E-01 4.69E-01 5.13E-01 4.25E-01 4.27E-01 7 9.28E+01 9.38E+01 2.73E+03 4.98E-01 3.29E+03 5.55E-01 8 5.19E-01 5.61E-01 4.77E-01 4.84E-01 5.54E-01 5.85E-01 9 1.26E+03 6.52E+00 5.36E-01 4.66E-01 3.42E+02 - 10 1.06E+03 5.78E+00 5.00E-01 4.17E-01 4.96E-01 - 11 1.55E+00 1.16E+00 4.81E-01 4.89E-01 5.17E-01 6.24E-01 Table V.4. Maximum percentile temperature error for associated systems in solid-liquid equilibrium at atmospheric pressure SRK+LCVM SRK+WS System Method 1 Method 2 Method 1 Method 2 12 6.98E-01 2.94E-01 8.30E-01 3.66E-01 13 4.20E-01 3.55E-01 5.28E-01 3.87E-01 14 6.00E-01 4.05E-01 4.66E-01 3.98E-01 15 3.18E-01 5.04E-01 3.74E-01 3.73E-01 16 4.32E-01 3.90E-01 4.54E-01 5.70E-01 17 6.23E-01 3.67E-01 4.13E-01 4.18E-01 18 4.17E-01 4.69E-01 4.10E-01 4.11E-01 19 3.59E-01 3.60E-01 3.34E-01 3.33E-01 20 7.32E-01 3.24E-01 9.87E+01 - SLE calculation can be very useful to predict equilibrium melting temperatures for compositions where experimental data are not available. Therefore, for systems 1, 8 and 11 which present the largest numbers of experimental data, parameter correlations 225 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... as a function of temperature are obtained using standard least square procedures applied to the optimal interaction parameter found earlier. The parameters functional forms are presented in Equations (V.17) to (V.20), and their coefficients and correlation coefficients for each model are shown in Table V.5 and Table V.6 respectively. λ = D1 ⋅ T 2 + E1 ⋅ T + F1 (V.17) UQ12 = D1 ⋅ T 2 + E1 ⋅ T + F1 (V.18) WS 12= D1 ⋅ T 2 + E1 ⋅ T + F1 (V.19) K 12= D1 ⋅ T 2 + E1 ⋅ T + F1 (V.20) For model SRK+LCVM, parameter correlations ( λ ) and UQ12 are quadratic dependent on temperature and give good results. For model SRK+WS and system 1, it was impossible to achieve convergence with method 2 and it was not possible to obtain good parameter correlation with method 1. The same observations can be done with the UNIQUAC parameter UQ12 for systems 8 and 11, using both methods for solving the SLE equation. Equation (V.19) shows the functional dependence of Wong-Sandler (WS12) parameters with systems 8 and 11. The results for the PC-SAFT model show good simple correlations for the unique adjusted parameter, using both methods for solving the SLE equation. 226 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.5. Parameter correlation with temperature for non-associated systems in solidliquid equilibrium at atmospheric pressure SRK+LCVM Method 1 System 1 8 11 Method 2 D1 E1 F1 D1 E1 F1 λ -0.0004 0.2846 -49.145 -0.0004 0.2794 -48.196 UQ12 - - - - - - λ 0.0119 -8.5918 1555.6 0.0123 -8.883 1608 UQ12 - - - - - - λ -0.0111 7.9444 1420.3 -0.0187 13529 -2440.5 UQ12 -0.1721 126.28 -23159 -0.2181 159.8 -29275 SRK+WS Method 1 System 1 8 11 Method 2 D1 E1 F1 D1 E1 F1 λ - - - - - - UQ12 - - - - - - λ -0.0122 8.8835 -1613.8 -0.0127 9.2445 -1678.6 UQ12 - - - - - - λ -0.0086 6.6065 -1271.7 -0.0085 6.5342 -1258.5 UQ12 - - - - - - PC-SAFT Method 1 System Method 2 D1 E1 F1 D1 E1 F1 1 K12 0 0.00115 -0.40886 0 0.00116 -0.40891 8 K12 -0.0001 0.1025 -18.487 -0.0001 0.103 -18.486 11 K12 0 0.00053 -0.225 0 0.00053 -0.223 227 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.6. Correlation coefficients for parameter correlation for non-associated systems in solid-liquid equilibrium at atmospheric pressure SRK+LCVM Method 1 Method 2 Correlation coefficient Correlation coefficient λ 0.8924 0.8927 UQ12 - - λ 0.9873 0.9909 UQ12 - - λ 0.9576 0.9096 UQ12 0.985 0.9784 System 1 8 11 SRK+WS Method 1 Method 2 Correlation coefficient Correlation coefficient λ - - UQ12 - - λ 0.9799 0.9874 UQ12 - - λ 0.9962 0.9968 UQ12 - - System 1 8 11 PC-SAFT System Method 1 Method 2 Correlation coefficient Correlation coefficient 1 K12 0.90 0.90 8 K12 0.92 0.92 11 K12 0.93 0.93 V.3.3. Results and discussion for solid-liquid equilibrium at high pressure The three models PC-SAFT, SRK+WS and SRK+LCVM were applied to the systems presented in Table V.2 for high pressure SLE calculation. Regula-falsi (Method 228 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... 1) and Newton-Raphson (Method 2) are also used to find the root, but only the results obtained with the best method (Newton-Raphson) are shown. For each system, the parameters are fitted for each experimental data and an average parameter value for each system is obtained dividing its sum by the number of experimental data. These average parameter values were applied once more to the calculation and the prediction of temperature. Table V.7 summarizes the analyses of the results from PC-SAFT and SRK+LCVM EOS. Although average parameters have been used, the corresponding percentile absolute average deviation (AAD) is extremely low. The calculated results presented in Table V.7 show that LCVM can give good results if the Gibbs free energy mixing rule model and the equation solving method are efficient, even though this mixing rule was not originally developed for high pressure SLE. Another aspect worth highlighting is that only one parameter is sufficient to give good results, as can be seen with PC-SAFT EOS. SRK+WS results are not shown in Table V.7 since the parameter range for each evaluated system was too large and therefore did not allow the use of average parameter values. This is unexpected because WS mixing rule was originally developed to extend the cubic equation of state for high pressure applications. Few differences were observed among the parameter values at moderate pressures, but at high pressure level it was impossible to achieve good results regardless of the estimated initial parameters. 229 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.7. Average percentile temperature error and averaged parameters for solidliquid equilibrium at high pressure PC-SAFT SRK+LCVM Systems K ij AAD (%) λ UQij AAD (%) 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41# 42# 43# 44# 45# 46 47 48 49 50 51 3.96E-02 3.45E-02 4.11E-02 4.29E-02 4.55E-02 3.94E-02 4.50E-02 1.27E-02 1.10E-02 1.31E-02 1.50E-02 1.21E-02 9.32E-03 8.92E-03 4.31E-02 4.58E-02 4.87E-02 3.57E-02 3.75E-2 2.67E-2 1.66E-02 3.25E-02 3.34E-02 2.36E-02 2.13E-02 6.14E-02 0.118 0.077 0.205 0.274 0.240 0.114 0.065 0.761 0.700 0.598 0.527 0.745 0.472 0.554 0.453 0.525 0.445 0.536 0.065 0.248 0.476 0.103 0.200 0.047 0.075 0.160 -0.122 0.025 -0.059 -0.080 -0.134 -0.006 -0.031 0.226 0.355 0.255 0.272 0.352 0.345 0.403 0.106 0.063 0.048 0.171 0.425 * -0.149 0.169 0.177 0.346 0.344 0.052 0.785 0.414 1.163 0.950 1.137 1.539 1.143 0.658 1.030 0.906 0.655 1.037 0.667 0.357 0.832 0.831 0.997 0.844 2.043 * 1.358 0.999 0.809 0.319 0.563 0.929 0.880 0.235 0.864 1.080 1.040 0.366 0.268 3.704 2.476 2.494 2.148 3.643 2.083 1.876 1.572 2.148 1.833 1.599 0.067 * 1.554 1.492 1.213 0.591 0.443 0.700 AAD = (1/N)⋅∑(│Tcal–Texp│/Texp)⋅100; # used to test the correlations; * convergence not achieved. From a practical viewpoint it is important for an equation of state to be robust regarding extrapolation. Therefore, predictive parameter correlations for PC-SAFT and SRK+LCVM models were searched for. The fitted parameters were put in groups according to the selected polymersolvent system and all the respective experimental data presented in Table V.2 were 230 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... used. Therefore, a correlation was generated with molecular weight (Mw) and percentile weight polymer concentration (w) as independent variables. Equations (V.21) and (V.22) show PC-SAFT parameter correlations for systems polyethylene + propane (96 experimental data points) and polyethylene + ethane (23 experimental data points), respectively. The numerical values of their respective constants are shown in Table V.8. w 100.0 + J 1 ⋅ ln( Mw) K ij (Mw, w) = H 1 + I1 ⋅ MW 2 (V.21) H 1 I1 ⋅ w J 1 + K ij (Mw, w) = G1exp + Mw 100 Mw (V.22) G1 + It is important to note the large molecular weight range considered in this adjustment. As a consequence of these parameter correlations, calculation became a completely predictive task because the only properties that must be known are the molecular weight and the percentile weight polymer concentration. Table V.8. PC-SAFT parameter correlation at high pressure System G1 H1 I1 J1 Polyethylene + propane 0.5007 -89.686 1.168E-07 0.003503 Polyethylene + ethane 0.26535 69282 1.0332 230.49 The same experimental data were used to obtain LCVM parameters correlation λ and UQij . The resulting expressions are shown in Equations (V.23) and (V.24) and their corresponding coefficients are shown in Table V.9. 3 2 w w w λ (Mw, w) = A2 ⋅ + D 2 ⋅ Mw + C2 ⋅ + B2 ⋅ 100.0 100.0 100.0 (V.23) w E2 + 100 w UQij (Mw, w) = + H 2 ⋅ ln F 2 + G 2 ⋅ Mw 100 (V.24) 231 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.9. SRK+LCVM parameter correlation at high pressure Parameters System Polyethylene + propane Polyethylene + ethane A2 1057.4 1.9132 B2 -271.66 -4.153E-05 C2 17.504 0.10276 D2 -2.267E-06 -8824.8 E2 -0.36472 1.813E-05 F2 -0.22398 -0.02684 G2 1.862E-07 1.893E+15 H2 0.1629 0 Table V.10 presents adjusted model parameters and average percentile temperature error for solid-liquid equilibrium. Therefore, the developed correlations obtained from a wide data set are applied now to each system and the average percentile temperature error is calculated. With this calculation we can analyze the behavior in a given system and to some extent evaluate the fitting quality. The results demonstrate good performance of the PC-SAFT equation, and it is worthwhile highlighting the performance in describing systems 41 to 45 which were not used in the fitting procedure. As regards systems 39, 40 and 48 there are no results because varying data of polymer concentration and/or molecular weight were not at our disposal so it was impossible to develop a correlation. A detailed analysis can be performed with calculation of the AAD (%) for each system. For system 21 to system 38 with PC-SAFT equation the maximum AAD (%) for polyethylene-propane system with fitted parameter is 3.989 for system 25. Even systems with a high polymer concentration and large pressure and temperature ranges, such as systems 37 and 38, exhibit ADD (%) equal to 1.315 and 0.980, respectively. A comparison among the predicted and the experimental temperatures for the system polyethylene + propane using SRK+LCVM EOS can be made. Comparing the AAD (%) obtained with this model with that for PC-SAFT EOS, it can be seen that SRK+LCVM EOS gives a larger AAD (%), and its maximum value, achieved with system 24, is 7.307. Since this model was not originally developed for solid-liquid equilibrium 232 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... calculation, this error can be considered irrelevant. For the system polyethylene + ethane (system 49 to 53), the PC-SAFT EOS shows best results with the fitted parameter - the highest AAD (%) is 0.228 for system 50 - although the performance of SRK+LCVM EOS was quite good, with a maximum ADD (%) equal to 1.486. Table V.10. Average percentile temperature error obtained with correlated parameters for solid-liquid equilibrium at high pressure PC-SAFT Systems 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 (K ) SRK+LCVM ad ij AAD (%) λad 2.59E-02 4.14E-02 2.57E-02 2.52E-02 2.45E-02 4.16E-02 4.13E-02 2.47E-02 2.48E-02 2.42E-02 2.30E-02 1.40E-02 1.20E-02 7.86E-03 4.03E-02 4.06E-02 4.10E-02 4.01E-02 -* -* 1.41E-02 4.03E-02 4.14E-02 4.13E-02 4.13E-02 -* 3.29E-02 3.29E-02 2.36E-02 2.13E-02 6.14E-02 2.944 1..93 3.280 3.602 3.989 0.449 0.716 2.840 3.299 2.445 1.509 0.752 0.607 0.577 0.628 1.019 1.315 0.980 -* -* 1.789 0.809 0.389 0.177 0.375 -* 0.095 0.228 0.048 0.074 0.159 1.125E-02 -8.683E-02 2.191E-01 2.974E-01 6.038E-02 2.119E-01 -4.027E-02 2.795E-01 2.340E-01 2.203E-01 3.948E-01 1.963E-01 2.082E-01 2.662E-01 1.320E-01 1.236E-01 2.019E-01 1.155E-01 -* -* 1.88E-01 1.24E-01 5.17E-02 -2.29E-01 5.41E-02 -* 1.700E-01 1.758E-01 3.438E-01 3.467E-01 5.200E-02 (UQ ) ad ij 6.597E-01 4.773E-01 9.194E-01 9.332E-01 8.203E-01 9.785E-01 1.014 9.283E-01 9.108E-01 8.814E-01 5.681E-01 9.326E-01 9.112E-01 5.981E-01 9.713E-01 9.349E-01 6.200E-01 9.816E-01 -* -* 9.29E-01 9.68E-01 8.92E-01 8.20E-01 1.09E+00 -* 9.150E-01 9.101E-01 4.338E-01 4.290E-01 9.376E-01 AAD (%) 2.713 2.502 5.631 7.307 3.756 4.590 0.332 3.256 3.628 2.875 2.801 4.818 5.074 2.955 1.741 2.329 3.061 1.838 -* -* 7.267 2.170 0.476 6.596 8.981 -* 1.486 1.155 0.518 0.530 0.699 *The number of experimental polymer concentration is insufficient to obtain a parameter correlation. 233 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... To evaluate these fitting procedures, the resulting parameter correlations were applied to the corresponding system. In order to observe the influence of the selected model, of the polymer molecular weight and of the polymer weight fraction, Figure V.1 to Figure V.6 show the solid-fluid phase transitions of the analyzed systems (Figure V.4 show zooms of some graphics of Figure V.2 and Figure V.3 in order to emphasizing their details). Figure V.1a exhibits the behavior of both models with a low polymer molecular weight. The simulation results indicate an excellent performance with PC-SAFT model using parameters from the developed correlation. With LCVM+SRK, although we can observe a reasonable performance at the lower bound of the considered pressure range, the overall behavior is poor, since this model fails in the qualitative description of the phenomenon. The same general observations apply to Figure V.1b and c, and therefore one can observe that model performances are insensitive regarding polymer molecular weight to this system. 1600 wt= 2 1500 P res s ure (atm ) 1400 P CS AF T 1300 LC VM 1200 1100 wt= 20 1000 900 P C -S A F T 800 360 365 370 375 380 385 LC VM T e m pe ra ture (K ) (a) 1600 1600 wt= 2 1500 P C -S A F T 1300 LC VM 1200 1100 wt= 20 1000 P C -S A F T 900 800 LC VM 360 365 370 375 380 385 1400 P res s ure (atm ) 1400 P res s ure (atm ) wt= 20 1500 P C S AF T 1300 1200 LC VM 1100 1000 900 800 385 390 395 400 T e m pe ra ture (K ) T e m pe ra ture (K ) (b) (c) 405 410 Figure V.1. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: (a) Mw = 7000; (b) Mw = 23625; (c) Mw = 52000. 234 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Figure V.2a shows the excellent behavior of the PC-SAFT equation. Despite the small difference between weight fractions of the two data sets, the model can capture this difference for the whole high pressure range. The performance of LCVM is not good, with a systematic slope mismatch also observed throughout almost all the other simulations of Figure V.2 and Figure V.3. Figure V.2b also shows good simulation results with PC-SAFT equation for both polymer concentrations. With SRK+LCVM the error between experimental data and simulation results at the highest concentration increase as the pressure decreases and an opposite behavior is observed at the lowest polymer concentration. In Figure V.2c and Figure V.4a the PC-SAFT equation is not able to precisely distinguish the difference between the polymer weight fractions. This model’s low sensitivity regarding weight fraction is also observed in Figure V.2d and Figure V.4b, but in this case in accordance with experimental data. In Figure V.2e and f we can observe the excellent results of PC-SAFT simulations. With LCVM+SRK model there is an increase in the simulation error as the pressure increases. This same trend is observed with other polymer molecular weights and other polymer concentrations. Figure V.3a and Figure V.4c show excellent results for the PC-SAFT model, especially for the 3% polymer weight fraction. There are different trends regarding the LCVM+SRK model: an overestimation with the smallest polymer weight fraction and an underestimation with the highest one. Figure V.3b exhibits the excellent performance of PC-SAFT model for all the three polymer concentrations. In Figure V.3c we observe an increasing difference between experimental and simulated temperatures with increasing pressure for both correlation models. A remarkable model mismatch is observed with the LCVM+SRK equation, although in Figure V.3d and Figure V.4d we can observe an excellent behavior with this model. In summary, Figure V.2 to Figure V.4 show that PC-SAFT has a very good overall performance, clearly superior to LCVM+SRK. Moreover, it is observed that PC-SAFT model performs better at higher polymer concentrations, regardless of the polymer chain length. A slightly better performance of PC-SAFT model in describing ethane systems can also be seen (Figure V.1) when comparing with the description of propane systems (Figure V.2 to Figure V.4). 235 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... 1550 1550 wt= 7.4 wt= 2 1350 P C -S AF T 1150 950 LC VM 750 wt= 2.7 P res s ure (atm ) P res s ure (atm ) 1350 550 P C -S A F T 1150 950 LCVM 750 wt= 17.5 550 P C -S AF T 350 P C -S A F T 350 345 355 365 375 385 395 405 345 355 LC VM T e m pe ra ture (K ) 365 375 385 395 405 LCVM T e m pe ra ture (K ) (a) (b) 1550 1550 wt= 0.25 wt= 5 1350 1350 P res s ure (atm ) LC VM 950 750 P res s ure (atm ) P C -S A F T P C -S AF T 1150 1150 LC VM 950 wt= 10 P C -S A F T 750 LC VM wt= 2 550 550 350 P C S AFT 350 345 365 385 345 405 T e m pe ra ture (K ) 355 365 375 385 395 405 T e m pe ra ture (K ) LC VM (c) (d) 1550 1550 wt= 2 wt= 17 1350 P C -S A F T 1150 950 LC VM 750 wt= 6.9 550 P res s ure (atm ) P res s ure (atm ) 1350 1150 P C -S AF T 950 750 LC VM 550 350 P C -S A F T 350 370 390 T e m pe ra ture (K ) 410 350 350 LC VM 370 390 410 T e m pe ra ture (K ) (e) (f) Figure V.2. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: (a) Mw = 7000, wt=2 and 2.7; (b) Mw = 7000, wt=7.4 and 17.5; (c) Mw = 13600, wt=0.25 and 2; (d) Mw = 13600, wt=5 and 10; (e) Mw = 23625, wt=2 and 6.9; (f) Mw = 23625, wt=17. 236 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 1550 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... wt= 0.06 1350 1550 wt= 2 1350 P C -S A F T 1150 LCVM 950 wt= 7.3 750 P C -S A F T 1150 LC VM 950 wt= 3 750 P res s ure (atm ) P res s ure (atm ) P C S AF T 550 P C S AF T 550 350 LC VM 350 LCVM wt= 17 365 385 405 365 425 385 405 425 T em pe ra ture (K ) T em pe ra ture (K ) (a) LCVM (b) 1550 1550 wt= 7.5 wt= 2 1350 1350 P C -S AF T 1150 LCVM 950 750 550 P res s ure (atm ) P res s ure (atm ) P C -S A F T P CS AF T 1150 LC VM 950 750 550 350 350 365 385 405 T e m pe ra ture (K ) 425 365 385 405 425 T e m pe ra ture (K ) (c) (d) Figure V.3. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: (a) Mw = 42900; (b) Mw = 52000; (c) Mw = 59300; (d) Mw = 119600. 237 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 750 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... 750 wt= 0.25 P C -S A F T 600 LC VM 550 500 P res s ure (atm ) 650 P res s ure (atm ) wt= 5 700 700 wt= 2 450 650 P C -S A F T 600 LC VM 550 wt= 10 500 P C -S A F T 450 LC VM 400 400 350 P C S AF T 350 350 360 370 380 350 390 T e m pe ra ture (K ) 360 370 380 390 T e m pe ra ture (K ) LC VM (a) (b) 750 750 wt= 0.06 wt= 7.5 730 730 710 LC VM 690 670 wt= 3 650 P res s ure (atm ) P res s ure (atm ) P C S AF T 710 P CS AF T 690 LC VM 670 650 P C S AF T 630 630 LC VM 610 365 375 385 610 365 395 375 385 395 T e m pe ra ture (K ) T e m pe ra ture (K ) (c) (d) Figure V.4. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethane system: (a) Zoom on Figure V.2c; (b) Zoom on Figure V.2d; (c) Zoom on Figure V.3a; (d) Zoom on Figure V.3a. As stated earlier and shown in Figure V.5, only one molecular weight and one polymer concentration data point was available for the system polyethylene + pentane and it was not possible to develop a parameter correlation. Figure V.5 shows solid-fluid phase transition calculations carried out using a unique set of adjusted parameters for each model fitted to the whole experimental data set. The results indicate that there is no difference between the experimental data, the PC-SAFT equation and the LCVM+SRK model. A quite reasonable simulation is achieved with the WS+SRK model. A similar calculation was carried out for ethylene systems due to the scarcity of data we were able to develop the parameter correlations and the results are shown in Figure V.6. Figure V.6a shows similar performances for all the three models. Figure V.6b shows an excellent performance of PC-SAFT model, as well as a good performance of the cubic equation of state LCVM+SRK. 238 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... P res s ure (atm) 550 500 450 Exp 400 P C -S AF T 350 300 L C VM 250 200 150 100 WS 50 365 370 375 380 T e m pe ra ture (K ) Figure V.5. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + pentane system (Mw = 121000). 1550 2050 wt= 2 wt= 2 1500 2000 P C -S A F T P C -S A F T 1950 LC VM 1400 W O NG S A NDL E R 1350 1300 P res s ure (atm ) P res s ure (atm ) 1450 LCVM 1900 1850 1800 1250 1750 1200 1700 1150 1650 375 380 385 390 375 T e mpe ra ture (K ) 380 385 390 T e m pera ture (K ) (a) (b) Figure V.6. Solid-fluid phase transitions of the polyethylene + ethylene system: (a) Mw = 7000; (b) Mw =23625. Table V.11 shows polyethylene + propane temperature calculations with SRK+WS model using adjusted parameters for each set of molecular weight/polymer concentration data set, i.e. without correlating adjusted parameters with molecular weight and polymer concentration. As stated earlier it was impossible to obtain a parameter correlation with this model due to the large scattering of fitted parameters. For this reason the results are presented in a different fashion, only through tabulated values instead of graphic displays. The simulation results show a systematic performance: higher deviations from experimental data are observed with increased polymer molecular weight. 239 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.11. Polyethylene + propane temperature calculation with SRK+WS model without correlating adjusted parameters with molecular weight and polymer concentration Polyethylene + propane Molecular Polymer Weight concentration 2.7 2 7000 7.4 17.5 2 52000 7.3 17 59300 2 T exp (K) 364.691 364.403 365.267 367.283 369.3 372.757 371.453 369.471 367.709 365.066 364.185 364.185 365.843 366.419 367.572 369.3 371.604 375.061 366.995 367.283 369.876 372.181 378.806 404.722 401.481 400.555 398.703 395.925 394.537 393.606 395.901 398.483 401.065 405.368 405.116 402.325 398.604 395.348 393.488 389.444 390.37 391.296 392.685 393.611 395.022 393.92 392.599 Tcalc Polyethylene + propane Pressure Molecular (SRK+WS) (atm)o 364.689 364.401 365.264 359.038 368.199 368.199 371.452 367.485 360.629 361.385 364.184 364.184 365.840 366.417 367.566 364.260 364.260 361.038 366.993 367.279 369.874 368.383 375.979 385.869 382.067 368.725 368.725 381.743 382.642 383.860 380.073 380.073 380.073 380.073 385.942 385.591 385.448 385.562 385.438 378.099 381.555 381.555 368.546 368.546 353.985 353.985 364.008 401.219 606.097 802.439 1015.853 1203.658 1502.439 1509.604 1310.734 1102.824 903.954 705.0843 605.649 597.56 700 802.439 1007.317 1203.658 1502.439 503.658 606.097 810.975 1007.317 1502.439 1513.198 1313.945 1114.947 1015.295 915.541 804.89 667.103 803.139 1007.088 1253.462 1508.529 1513.298 1258.846 1015.341 805.036 705.383 815.377 914.927 1014.477 1114.078 1313.075 1500.564 1310.734 1102.824 Weight Polymer concentration 0.25 2 13600 5 10 0.06 42900 3 119600 7.5 2 6.9 23625 17 T exp (K) 384.074 383.926 383.96 387 387.015 387.06 387.857 388.062 388.091 387.946 388.062 387.917 387.948 388.14 383.666 383.166 382 387 387 387 387.333 392.19 391.042 391.0552 365.066 364.845 367.488 369.471 372.995 366.285 368 369.142 369.428 372 374.285 366.857 369.714 371.428 373.714 376.285 365.116 366.511 369.302 371.162 373.488 376.279 Tcalc Pressure (SRK+WS) (atm) 383.483 383.537 382.629 383.172 382.135 385.663 379.446 381.779 385.752 384.226 385.054 384.408 384.200 384.348 382.358 382.051 381.720 385.912 383.806 383.004 384.225 378.537 376.355 385.051 365.062 364.844 360.195 361.755 361.755 366.280 367.995 367.995 367.435 367.435 363.385 366.854 369.154 369.154 367.957 367.957 365.113 366.509 367.169 370.889 367.362 367.362 240 587.995 525.488 448.704 688.126 652.412 550.628 725.664 654.244 588.174 520.311 656.03 586.381 516.739 475.676 686.78 650.861 616.623 702.307 668.119 651.025 628.817 735.454 701.548 667.599 397.74 596.61 1003.389 1202.259 1500.564 804.79 897.005 997.604 1098.203 1299.401 1500.598 704.191 905.389 1106.586 1307.784 1500.598 591.751 713.452 912.655 1111.756 1310.908 1510.111 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.12 presents the results with systems not used in the fitting procedure. Therefore, with these results we can carry out a good evaluation of the fitting performance. The simulation results show the excellent behavior of the PC-SAFT equation. The same evaluation can not be carried out with SRK+LCVM model except for the simulation of the 42900 polymer molecular weight system, where the results can be considered excellent. We must consider a number of factors that must have influenced these results. For example, with the lowest molecular weight a higher pressure level is observed and in this situation the mixing rule is not able to cope with the equilibrium description. We observe that even with the PC-SAFT equation there is an increased simulation error with increasing pressure for this system. When we analyze the results with 52000 polymer molecular weight system we do not observe systematic behavior with regard to pressure variations. On the other hand, despite the low pressure level with the 119600 polymer weight system, the SRK-LCVM simulation errors must be considered relevant. 241 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Table V.12. Polyethylene + propane temperature calculation with correlated parameters Molecular Polymer Weight concentration 23625 52000 42900 1.9 1.9 1 0.25 119600 3.5 Tcalc (PC- Tcalc Pressure SAFT) (SRK+LCVM) (atm) 365.307 369.428 382.576 911.628 367.535 373.081 391.447 1110.594 369.763 376.970 399.756 1309.561 371.377 380.931 407.497 1504.910 404.734 404.988 415.196 1503.423 402.375 399.495 404.676 1250.667 399.024 394.226 393.359 997.963 394.308 390.482 383.912 803.969 393.067 388.754 378.755 705.081 385.954 387.723 385.054 721.723 385.961 387.199 383.185 688.462 389.020 389.799 420.614 690.245 389.230 388.625 408.971 613.038 389.858 389.166 356.873 687.050 390.858 388.614 353.717 652.734 T exp (K) 242 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... V.4. Conclusions Solid-liquid equilibria (SLE) for polyethylene and polypropylene solutions with different solvents are modeled with Soave-Redlich-Kwong (SRK) cubic equation of state (EOS) (with LCVM (Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rules) and Wong-Sandler (WS) mixing rules) and PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory) EOS. The focus of this study is to compare the performance of these models for describing SLE phase behavior. This is a new approach different from those usually found in the literature in which the effects of crystallinity and molecular weight on SLE are investigated. Regardless of the model used to simulate the SLE a key variable in the analysis of the results is the pressure level. As pointed out by Pan and Radoz [5] the second term on the right-hand side of Equation (V.1) vanishes for low-pressure systems. So with these simulations the pressure effect is restricted on the fugacity coefficient of polymer in solution and fugacity coefficient of pure liquid polymer, which is related to the selected equation of state. On the other hand, high pressure conditions are quite difficult to model because pressure influences both sides of the SLE equation. PC-SAFT EOS and SRK with two different mixing rules (LCVM and WS) are used and compared. An experimental database at atmospheric pressure containing 20 polymer-solvent systems is considered. The influence of the method used for solving the SLE equation to obtain the melting temperature was also investigated. The calculated results indicate SRK+LCVM as the best model and both equation solving methods present similar performances which reflects the simplicity of cubic EOS structure, despite the mixing rule considered, and the ease with which this type of equation is solved. But it is important to highlight that with SRK+LCVM model two adjusted parameters are used in the simulation: one related to the mixing rule and another related to the GE model selected. When we evaluated the predictive ability of the SRK+LCVM model we observed that is not easy to generate a good correlation of the GE parameter (UQ12) with temperature. This difficulty was not observed with PC-SAFT equation of state since the unique fitted parameter correlated very well with temperature for all the systems analyzed. Another database containing 31 polymer-solvent systems at high pressure is used and in these conditions the sensibility of the equation of state with regard to pressure is prominent since we must consider the pressure influence on the right-hand side of the 243 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... SLE equation. Surprisingly, the SRK+WS model is not appropriate for high pressure SLE calculation of these systems. Interaction parameter correlations as a function of molecular weight and polymer concentration were developed for PC-SAFT and SRK+LCVM EOS. PC-SAFT EOS with parameter correlation gives the best performance. The predictive ability of PC-SAFT and SRK+LCVM EOS was evaluated testing 5 systems not used in the fitting procedure. The results were excellent for PCSAFT equation, especially for higher polymer concentrations, regardless of the polymer chain length. 244 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... List of symbols AAD : percentile absolute average deviation a : parameter of SRK equation of state A : Helmholtz energy per number of molecules A, B, C : group volume temperature constants in GCVOL method A2,B2,C2,D2 : constants of Equation (V.23) b : parameter of SRK equation of state c : crystallinity fraction d : constants of Wong-Sandler mixing rule (Equation (V.6)) D1, E1, F1 : constants of Equations (V.17) to (V.20) E2,F2,G2,H2 : constants of Equation (V.24) G : Gibbs energy G1,H1,I1,J1 : constants of Equations (V.21) and (V.22) H : enthalpy of melting per mol crystal unit Mw : molecular weight n : number of group in GCVOL method N : total number of molecules k : Boltzmann constant K : binary interaction parameter of PC-SAFT equation of state (Equation (V.4)) OF : objective function P : pressure R : gas constant T : temperature u : number of monomer units in the polymer backbone UQ : parameter LCVM mixing rule (Equation (V.18)) v : molar volume w : weight polymer concentration WS : interaction parameter of Wong-Sandler mixing rule (Equation (V.8)) wt : percentual weight polymer concentration x : mole fraction X : molar fraction of segment 245 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Greek letters α, λ : parameters of LCVM mixing rule (Equation (V.9)) δ : number of segments in the component ε : dispersion energy parameter γ : molar activity coefficient ϕ : fugacity coefficient ρ : density σ : segment diameter Superscripts 0 : pure liquid polymer assoc : association contribution cal : calculated disp : dispersion contribution E : excess entr-FV : entropic-free volume exp : experimental FV : free volume hc : hard chain contribution L : polymer in solution res : residual Subscripts a : amorphous c : crystalline i : component or group i j : component or group j m, n : segments ncomp : number of components p : polymer 246 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... Abbreviations AAD : percentile Absolute Average Deviation BV : Bogdanic and Vidal EOS : Equation Of State GCVOL : Group Contribution VOLume LCVM : Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rules PC-SAFT : Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory PE : PolyEthylene PP : PolyPropylene SLE : Solid-Liquid Equilibrium SRK : Soave-Redlich-Kwong UNIFAC : UNIquac Functional-group Activity Coefficient UNIQUAC : UNIversal QUAsi-Chemical WS : Wong-Sandler 247 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. V – Modeling solid-liquid equilibrium ... References [ 1 ] Pontes, K. V., Maciel, R., Embiruçu, M., Hartwich, A., Marquardt, W. (2008). Optimal Operating Policies for Tailored Linear Polyethylene Resins Production. AIChE J., 54, 2346. [ 2 ] Harismiadis, V. I., Tassios, D. P. (1996). Solid-Liquid-Liquid Equilibria in Polymer Solutions. Ind Eng. Chem. Res, 35, 4667. [ 3 ] Tumakaka, F.,Prikhodko, I. V.,Sadowski, G. (2007). 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Os capítulos anteriores contêm estudos relacionados aos vários modelos usados na descrição de diversos tipos de equilíbrio de fases em polímeros. Os limites de empregabilidade dos modelos também foram avaliados. Assim, neste capitúlo todas as informações anteriores foram combinadas para construir um diagrama completo pressão versus temperatura para um peso molecular e uma fração em massa fixados para o polímero. Para monitorar o desempenho operacional de sistemas reacionais na indústria com segurança, foi também desenvolvida uma estratégia para calcular a distância entre um ponto operacional dado (especificado através da pressão e da temperatura) e o ponto correspondente na interface, também para um peso molecular e uma fração em peso do polímero fixados. Resumo É de grande importância teórica e prática a compreensão do comportamento de fases em soluções poliméricas. Diagramas pressão versus temperatura (P-T) para uma fração mássica constante permitem que se determine o número de fases presentes a uma da dada P, T, e composição global da mistura. A equação de estado PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística com perturbação de cadeia para fluidos que se associam) é aplicada para simular as curvas que descrevem as interfaces entre várias regiões distintas, representadas em diagrama pressão versus temperatura (P-T) para uma fração mássica constante. É desenvolvida uma nova estratégia e os resultados da simulação mostram boa concordância com dados 251 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... experimentais de pontos de turbidez obtidos da literatura. Um outro objetivo é calcular a distância entre um ponto de operação (especificado através sua pressão e de sua temperatura) e o ponto correspondente na interface, fixados o peso molecular e fração em peso do polímero. Palavras-chave equilíbrio de fases, ponto de turbidez, soluções poliméricas, polietileno, equação de estado Conclusões A partir do fato de que a temperatura de separação (UCST ou LCST) corresponde à temperatura onde a diferença entre as concentrações dos componentes nas duas fases em equilíbrio pode ser considerada desprezível, foi desenvolvida uma estratégia para construir a LCST de sistemas poliméricos monodispersos usando a equação de estado PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística com perturbação de cadeia para fluidos que se associam) para descrever o equilíbrio de fases. Os parâmetros da equação de estado para os componentes puros foram obtidos da literatura e correlações para os parâmetros binários de interação foram obtidas através da regressão de diagramas de fase binários obtidos da literatura. Uma estratégia global foi descrita para construir todas as interfaces entre as fases para sistemas binários contendo um polímero e um solvente. Para monitorar o desempenho operacional de sistemas reacionais com segurança na indústria, foi também desenvolvida uma estratégia para calcular a distância entre um ponto operacional dado (especificado através de uma pressão e de uma temperatura) e o ponto correspondente na interface, para um peso molecular e uma fração em peso do polímero fixados. Quando comparado com outras abordagens, uma característica notável deste trabalho consiste em uma maneira fácil e precisa para modelar várias interfaces quando somente uma quantidade limitada de informação experimental está disponível. A estratégia desenvolvida deverá se revelar particularmente útil no contexto de tarefas que necessitem de conhecimento exato sobre as interfaces entre uma fase líquida e duas fases líquidas. A abordagem desenvolvida é também ilimitada em relação ao numero de 252 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... componentes envolvidos, isto é, é aplicável para quaisquer sistemas multicomponentes, e foi exemplificada para cálculos de sistemas binários e ternários. 253 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... CHAPTER VI Chapter VI. Calculation of pressure-temperature diagrams and distance to phase transition for polyethylene solutions Contextualization in the Thesis One of the mais targets of this thesis is to seek for solving the problem of distinguishing and describing the borderlines that separate the different phase equilibria types in polymer solutions. The previous chapters present studies regarding the various models used in the description of several types of polymer phase equilibria. Models employability limits were also evaluated. Therefore, in this chapter all the preceding information were combined to build up complete pressure versus temperature diagrams for fixed polymer molecular weight and polymer weight fraction. In order to track the safety operational performance of industrial reaction systems it was also developed a strategy to calculate the distance between a given operational point (specified through a given pressure and a given temperature) and the corresponding point in the interface, also for a fixed molecular weight and a fixed polymer fraction weight. Abstract Understanding the phase behavior of polymer solutions is of great theoretical and practical importance. Pressure versus temperature (P-T) isopleths allow to determine the number of phases present at a given T, P, and overall mixture composition. The PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory) equation of state (EOS) is applied to simulate the curves that describe the borderline between several distinct regions depicted in P-T isopleths. A new strategy is developed and the simulation results show good agreement with experimental cloud point isopleths data from the literature. Another target is to calculate the distance between an operational point (pressure and temperature) and the corresponding point in the interface, for a fixed molecular weight and weight fraction of the polymer. 254 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Keywords phase equilibria, cloud point, polymer solutions, polyethylene, equation of state 255 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... VI.1. Introduction The phase behavior of polymer solutions is, in fact, a very important aspect in the manufacturing, processing and formulation of polymers. For instance, in a polymerization reactor, it is important to know under what conditions of temperature, pressure, composition and molecular weight the reaction mixture will be homogeneous or heterogeneous. Polyethylene (PE) is the most widely used man-made polymer because of its wide range of properties and low cost. In the production of polyethylene, phase behavior is important for three different reasons. First, ethylene polymerization should take place in a homogeneous fluid phase since the reaction rate and subsequent product quality is easier to control if the fluid remains in a single phase [1-3]. Second, industrial processes to produce polyethylene are continuous, requiring the polymer-solvent mixture to remain a homogeneous fluid until it reaches the separation stage. Flow problems result if the mixture separates early because the polymer-rich phase has high viscosity. Third, separation of unreacted ethylene is accomplished by purposely bringing the polymersolvent mixture into the multi-phase region [4]. The three most common types of PE are: high-density PE (HDPE), made by catalytic homopolymerisation of ethylene; low-density PE (LDPE), made by highpressure free radical polymerization; and linear low-density polyethylene (LLDPE), which is produced by solution copolymerization of ethylene and a 1-alkene in a hydrocarbon solvent. To obtain a LLDPE with good properties, and also due to kinetic reasons, it is important that the solution remains homogeneous during the actual polymerization. For this reason, the pressure must be high enough to keep the reaction mixture in a single phase at the reaction temperature. The low-temperature boundary of the one-phase fluid region is determined by the solidification of the LLDPE. The hightemperature boundary, the cloud point curve, is determined by the onset of a liquidliquid phase split, characterized by a lower critical solution temperature (LCST). For some process variants also the location of the liquid-liquid-vapor boundary is of importance for the separation step [5]. Extensive work has been done to generate phase boundaries for polymeric systems, and to develop equation of state (EOS) models for describing the phase behavior of these systems. An excellent review can be found in Lambert et al. [6]. Paricaud et al. [7] have done a recent update and McHugh and Krukonis [8] provide a 256 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... description of the research effort in this area including numerous references pertaining to both experimental and theoretical works. Various equations of state have been proposed and modified to predict polymer solvent phase behavior. For example Jog et al. [9] used the SAFT equation of state [10] to describe the phase behavior of the LLDPE + solvent systems investigated by de Loos et al. [3]. The same equation of state was used by Horst et al. [11] to model the influence of the addition of supercritical gases on the phase behavior of systems of polyethylene + cyclohexane and polystyrene + cyclohexane. The Sanchez-Lacombe equation of state [12] was used by Gauter and Heidemann [13] to model the phase behavior of the systems polyethylene + n-hexane and polyethylene + ethylene. Trumpi et al. [4] used the Sanchez-Lacombe equation of state to describe the phase behavior of a LLDPE + ethylene system. A modified Sanchez- Lacombe equation of state was used by Nagy et al. [5] to correlate the phase behavior of the binary subsystems of ethylene + nhexane + LLDPE and to predict the phase behavior of the ternary systems using parameters obtained from the fit of the binary subsystems. Cheluget et al. [14] examine several factors influencing the phase behavior of PE produced by the solution process using PC-SAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory) equation [15, 16]. The pressure versus temperature plot (P-T isopleth) shows several distinct regions where different combinations of solid, liquid and gas phases exist under equilibrium conditions. Therefore, to assure the operational conditions at a determined phase (described by a specific pressure and temperature) and to monitor the range of these variables in order to keep these conditions, two types of calculations must be performed. The first one is desirable to describe the curve that represent the borderline between several phases and the other is to calculate the distance between an operational point (pressure and temperature) and the corresponding point in the interface, for a fixed molecular weight of the polymer and of the fraction weight of the polymer. Several equations of state have been proposed and modified to predict polymersolvent phase behavior. However, new strategies to calculate the borderline and an approach to calculate the distance of an operational pressure and temperature point to the interface are still lacking. Thus, the main goal of this work is to present a systematic approach to calculate the phase transition pressure-temperature curve and the distance of this curve to a given pressure-temperature operational condition. The equation of state 257 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... applied in the simulation is the PC-SAFT [15, 16] and only monodisperse polymers are considered. Experimental phase equilibrium data are used from literature. 258 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... VI.2. Mathematical model development VI.2.1. Polymer-solvent phase behavior The phase behavior of polymer solutions is an important industrial and scientific problem. One of the common ways of presenting the phase behavior of compressible polymer solutions is to fix the composition (e. g. polymer fraction in solvent) and to plot the phase transitions curves in pressure-temperature (P-T) coordinates. Such phase transitions curves are often referred to as cloud point curves because they are measured at the onset of the solution cloudiness associated with phase transition. In general, polymer-solvent mixtures exhibit phase behavior patterns similar to those for binary mixtures of small molecules, except that the polymer vapor pressure is usually not shown in P-T diagrams, because polymer vapor pressures are very low and polymers decompose before they reach their critical temperatures. A qualitative example of a P-T isopleth (constant polymer volume fraction) phase diagram typical of a mixture of a solvent with a monodisperse and amorphous polymer is shown in Figure VI.1. In this figure C1 is the critical point of the pure solvent. The dashed lines are the critical mixtures curves. In most cases there is a pair of liquid-liquid (LL) boundaries, one at higher temperatures, labeled the lower critical solution temperature (LCST) curve and one at lower temperatures labeled the upper critical solution temperature (UCST) curve. The LCST is the temperature at which two liquid critically merge to form a single liquid phase as the system temperature is isobarically lowered [8]. The UCST is the temperature at which two liquids critically merge to form a single liquid phase as the system temperature is raised [10]. The UCST (a type of critical mixture curve) represents transitions of two liquid phases into an unique fluid phase, which are usually governed by enthalpic interactions between the mixture components. Enthalpic interactions are less sensitive to pressure, which leads to a curve with a very steep slope [8]. The other critical mixture curve (LCST) shown in Figure VI.1 starts at the critical point of the less volatile component, exhibits a pressure maximum and eventually intersects a liquid-liquid-vapor (LLV) region at conditions typically close to the critical point of the more volatile component. Experimentally the high-temperature and lowtemperature LLV lines for a polymer-solvent mixture superpose onto the vapor pressure curve of the pure solvent [8]. 259 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Figure VI.1. Schematic pressure-temperature diagram for an amorphous and monodisperse hydrocarbon polymer-solvent binary system [17]: (A) Complete diagram; (B) Details of LCST and UCST curves for a polymer solution. The genesis of the LCST curve is usually ascribed to the large differences in the thermal expansion or free volume of the polymer and solvent [18]. Both branches of the 260 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... critical mixture curve, the UCST and the LCST, are often referred to as cloud point curves. In a P-T projection, these boundaries (LCST and UCST) intersect the mixture vapor-liquid (VL) curve near the lower critical end point (LCEP) and the upper critical end point (UCEP), respectively. The line between the UCEP and the LCEP represents the bubble-point side of the mixture VL curve. If the polymer exhibits any significant degree of crystallinity, it is possible for the crystallization boundary to intrude on the fluid phase portion of the phase diagram and obscure the low-temperature branch of the cloud point curve [8]. At conditions near to the crystallization temperature of the polymer, transitions of a fluid into liquid and vapor phases become transitions of a fluid into fluid and solid phases. Two different general behaviors can be observed in P-T projections, according to the values of the critical properties of the solvent. Let us compare two examples: • Production of low-density polyethylene, where the polymerization is performed in bulk fluid ethylene at temperatures and pressures far above those of the critical point of the monomer; • The system n-hexane/polyethylene in the production in the production of highdensity polyethylene. In the first case, phases relationships can be illustrated by Figure VI.2, a sketch presented by Koningsveld et al. [19] and estimated from literature data of ethylene critical temperature (9.4 ºC) and low-density polyethylene melting temperature (about 125 ºC at one bar) together with experimental information. In this sketch the heavy curves refer to regions actually measured, and the light curves are added on the basis of the general theory principles. We observe that from the supercritical region at the upper side of the figure where a L-L equilibrium occurs, the equilibrium type gradually changes to a L-V one, when both pressure and temperature are lowered. 261 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Figure VI.2. Estimated P-T diagram for the system ethylene/polyethylene [19]. In the second case, the polymer melting point is about 135 ºC at ambient pressure, and the critical conditions of n-hexane differ considerably from those of ethylene. Consequently, the P-T diagram has an appearance that differs from that in Figure VI.2. The estimated P-T diagram for n-hexane/polyethylene is shown in Figure VI.3. Figure VI.3. Estimated P-T diagram for the system n-hexane/polyethylene [19]. In order to visualize the distance to phase transition calculations made in this text, we can enlarge Figure VI.3 to detach the nature and characteristics of the several regions present. These regions are shown in Figure VI.4, a diagram similar to that one presented and discussed by Buchelli and Todd [20]. The whole phase system for 262 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... polyethylene-hexane (or cyclohexane) solvent can be split into 7 regions. In region 1, bellow the melting point Tf (around 100 ºC) and above the solvent vapor pressure curve, two phases co-exist: solid polymer and liquid solvent. In region 2, bellow 100 ºC and bellow the solvent vapor pressure, the two co-existing phases are solid polymer and gaseous solvent. At around 100 ºC the polymer becomes sticky. Over 100 ºC and above the vapor pressure line there is a single phase containing polymer dissolved in the solvent liquid (region 3). Bellow the vapor pressure line a two phase region exists consisting of a polymer-rich liquid and a solvent-rich gas (region 6). The polymer solution boundary (LCST) defines the pressure and temperature at which a polymer single phase solution will change into two phases. The polymer solution boundary (LCST) and vapor pressure line are coincident up to point Tp .At higher temperatures up to the critical temperature Tc, there exists a region 5 which consists of two phases, a solvent-rich liquid phase and a polymer-rich liquid phase. This zone should be avoided in the process because it creates difficulties of level measurement. Above the critical temperature, the solvent-rich gas and the liquid phases become one and the same fluid. Along the vapor pressure curve between point Tp and the critical temperature (region 7) three phases exist, i.e. the two liquid phases of region 5 toghether with a solvent-rich gas phase. Beyond the critical temperature of the solvent appears region 4 where a solventrich gas and a polymer-rich liquid exist. The critical temperature Tc of the solvent creates a boundary that is shared by regions 4 and 5 and regions 4 and 7, respectively. 263 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Figure VI.4. Polyethylene-solvent phase diagram [13]. In order to understand the relationship between the phase equilibrium thermodynamics and each part of the processing steps in a polymer production setup, and also to highlight the applicability and practical importance of the distance calculations between a given operational condition and the phase borderline, we show in Figure VI.5, as an example, the several steps involved in the LLDPE production [21]. 264 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Figure VI.5. Process operating conditions relative to polymer/solvent phase diagram [21]. LLDPE is industrially produced at relatively high temperatures (200-300) ºC and moderate pressures (100-300) bar through solution polymerization. Usually, some αolefins such as 1-butene, 1-hexene or 1-octene are used as comonomers with cyclohexane as the solvent. The polyethylene solution leaving the reactor mixture passes through absorbers where the catalyst is removed. Two depressurization stages follow. The LLDPE is separated from the cyclohexane, the unreacted ethylene, and comonomers in the intermediate pressure separator (IPS), where the pressure is reduced to about 30 bar. At this point, the major portion of cyclohexane (and sometimes 1octene) vaporizes and forms the IPS overhead gas stream. The solution that leaves the IPS bottom contains about 40 to 60 wt% polyethylene and cyclohexane. The remaining 265 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... solvent is removed in the low pressure separator (LPS) through the overhead gas stream and the bottom stream feeds the pelletizing extruder. For more details about these separators and their simulations, the reader is encouraged to refer to Costa et al. [22]. VI.2.2. Thermodynamic model There are two main targets in this work. The first one is to describe the curves that represent the phase transitions between the several regions in the pressuretemperature diagram. The second one is to calculate the distance between a given operational point (specified through pressure and temperature) and the corresponding point in the interface, for a fixed molecular weight of the polymer and a fixed fraction weight of the solvent. Both aims have a fundamental phase equilibrium description regardless of the equation of state selected. The limits between the several regions shown in Figure VI.4 can be described with the fundamental equilibrium equation: equality of chemical potential or fugacity for each component i in all phases at equilibrium. Regarding to the crystallization boundary, the equality of fugacity for each component is referred to the solid and liquid equilibrium. The vapor pressure line is related to the liquid and vapor phase equilibrium with pure component or component i in the mixture (in the case of the system containing a polymer and multiple solvents). The greatest difficult to describe the borderline is related to LCST. Polymer-solvent mixtures can be separated, and the polymer recovered from the solution, at the lower critical solution temperature (LCST). This is the temperature at which the miscible polymer solvent mixture separates into a polymer-rich phase and a solvent-rich phase. The strategy developed in this work was based on the concepts and definitions previously explained and consists in the fact that the demix temperature (UCST or LCST) corresponds to the temperature where there is no detected difference between the components concentrations of the two equilibrium phases. Bearing in mind the basic relationship between the phases, then the equilibrium equation to be solved is expressed as: ~ ⋅φˆ (w ~) wi ⋅φˆ i (wi ) = w i i i (VI.1) 266 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... ~ stand for polymer weight fraction of the two phases, and φˆ (w ) and where wi and w i i i ~ ) are the component fugacity coefficients, respectively. φˆi (w i The conceived strategy consists to solve the problem described by Equation (VI.1) with regard to pressure, considering no weight fraction composition difference up to a given tolerance (here we have considered a tolerance around 10-6). This strategy must be employed because the usage of identical compositions for both phases, as is the strictly true situation in the critical temperature point (UCST or LCST), leads the numerical procedure to fail, giving the initial guess as a trivial solution, since any pressure value verifies Equation (VI.1) when considering identical compositions for both phases. In order to describe the crystallization boundary we have used the methodology of Pan and Radoz [23]. They assume the solid phase to be pure solute and neglect the two heat capacity terms, proposing a solid-liquid equilibrium model on the basis of an equation of state, which is given as: ϕ pL ⋅ x p = − ∆H u ⋅ Tf − 1 + ∆v ⋅ P ⋅ c ⋅ u ln R ⋅ Tf T ϕ0 R ⋅T p (VI.2) where subscript p stands for polymer (solute), ϕ pL is the fugacity coefficient of polymer 0 in solution, ϕ p is the fugacity coefficient of pure liquid polymer, x is the mole fraction (solubility) of the polymer in solution, ∆H u is the enthalpy of melting per mol crystal unit, Tf is the polymer melting temperature, T is the temperature, ∆v is the polymervolume change, P is the pressure, c is the crystallinity fraction, and u is the number of units in the polymer backbone. As stated earlier, the fugacity coefficients are calculated by an equation of state. Here, the PC-SAFT equation of state was selected to correlate the experimental data, since it is widely applicable to many solvent + polymer systems. The PC-SAFT EOS has been derived and is described in detail elsewhere [15, 16]. It is based on a perturbation theory where the hard-chain reference term represents the repulsive forces and the perturbation terms reflect the various attractive interactions. For associating 267 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... fluids, this model can be written in terms of the reduced residual Helmholtz energy as follows: Ares Ahc Adisp Aassoc = + + N ⋅ k ⋅T N ⋅ k ⋅T N ⋅ k ⋅T N ⋅ k ⋅T (VI.3) where A is the Helmholtz energy per number of molecules, N is the total number of molecules, k is the Boltzmann constant, and res, disp and assoc refer to residual, dispersive attraction and associative attraction contributions, respectively. Here, the three terms on the right-hand side of Equation (VI.3) correspond to the hard-chain, dispersion, and association contributions, respectively. All necessary expressions for the terms in Equation (VI.3) as well as the pure-component parameters for many substances can be found in the literature [15, 16]. When PC-SAFT is used for mixtures, the conventional Berthelot-Lorenz combining rules to calculate the mixture properties in the hard-chain and in the dispersion term are applied, introducing only one adjustable binary interaction parameter, Kij, in order to correct the dispersive interactions: σ ij = ⋅ (σ i + σ j ) (VI.4) ε ij = ε i ⋅ ε j ⋅ (1 − K ij ) (VI.5) 1 2 where σ is the segment diameter and ε is the dispersion energy parameter. 268 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... VI.3. Results and discussion VI.3.1. High critical temperature solvent as the main solvent VI.3.1.1. Calculation procedure for the LCST curve with binary systems The LCST is a function of the chemical nature of the solvent, which engross its critical properties, and the chemical nature and molecular weight of the polymer. To describe the LCST we have used some experimental cloud points from literature. These experimental points are expressed as temperature and pressure data for specific polymer weight fraction and polymer molecular weight. With the aid of an equation of state we can solve Equation (VI.1) to determine the pressure in which another phase is in equilibrium with the original one. As stated earlier, we consider equal phase compositions up to a given tolerance (here we assume a tolerance of 10-6). We have selected some polymer fractions for each polymer molecular weight (the experimental cloud point data are shown in Table VI.1) and, using the preceding approach, interaction parameters (Kij) values were found by using the Nelder-Mead simplex method [24] that match each one of the cloud points according to the objective function (OF) expressed by Equation (VI.6): P exp − P calc OF = ⋅ 100 P exp (VI.6) where the superscripts calc and exp are related to the calculated and experimental values, respectively. With the estimated binary interaction parameters Kij it is possible to develop correlations for these parameters with temperature and compositions as independent variables. 269 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Table VI.1. Experimental cloud point data for polyethylene and n-hexane system (some of these data are used to parameter estimation and other are used only to correlation validation) Molecular Polymer mass Pressure range Temperature weight fraction range (MPa) 382800 0.0428 – 0.127 3.267 – 10.895 433 – 473 [25] 67100 0.069 – 0.285 2.224 – 9.294 435 – 507 [25] 15500 0.0496 – 0.1379 1.60 – 4.80 453 – 473 [26] 124000 0.077 – 0.2581 177000 0.0498 – 0.1313 1.022 – 5.185 417 – 457 [27] 52000 0.0585 – 0.3031 0.973 – 9.709 435 – 495 [5] 51480 0.0454 – 0.1946 1.600 – 9.661 436 – 495 [28] range (K) 1.242 – 10.065 424 – 498 Reference [3] Therefore, at a fixed molecular weight, we have developed an energy parameter correlation Kij with polymer concentration and temperature as dependent variables by solving Equation (VI.1) for pressure. The obtained correlations for polyethylene and nhexane systems are expressed by Equation (VI.7): K ij ( X 1, X 2 ) = A + B ⋅ X 1 + C /( X 2 2 ) (VI.7) where X1 denotes the polymer weight fraction, X2 = 100 T/Mw, temperature (T) is given in Kelvin (K), A = 0.042329, B = -0.13118 and C = -0.00019854. To develop this correlation 137 data points were used from a set of 305 experimental data. Therefore, in order to obtain the polymer solubility boundary (LCST) for a given condition (specific temperature, polymer molecular weight and polymer weight fraction), we can solve Equation (VI.1) together with the appropriate interaction parameter Kij expression and determine the corresponding pressure. The calculation of the LV curve is a straightforward task, since we need only the pure solvent vapor pressure correlation [33]. 270 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... VI.3.1.2. Calculation procedure of the crystallization boundary with binary systems The polymer properties used in Equation (VI.2), such as enthalpy of melting per mol crystal unit and polymer melting temperature, were obtained from van Krevelen [29]. The polymer-volume change ∆v is determined from the densities of an amorphous polymer ρa and a crystalline one, ρc: ∆v=1/ρa-1/ρc. For polyethylene, ρa = 0.853 g/cm3 and ρc = 1.004 g/cm3 [23]. The number of monomer units in the polymer backbone, u, is calculated with the molecular weight of the polymer and the monomer. Despite the fact that the crystallinity c of the polymer can be used as an adjusted parameter, we used the original values or the polymer crystallinity assumed by Harismiadis and Tassios [30]. The crystallization boundary (melting temperature) can be obtained by solving Equation (VI.2) for temperature, given pressure, polymer molecular weight and polymer weight fraction, by using an equation of state with a known interaction parameter Kij value. With the aid of several solid-liquid experimental data from literature for the systems polyethylene + ethane and polyethylene + propane, Costa et al. [31] developed Kij interaction parameter correlations as a function of polymer molecular weight and polymer fraction for each one of these two systems. Several tests have demonstrated that the behavior of the Kij interaction parameter correlation developed for the system polyethylene + propane, Equation (VI.8), can be used for the system polyethylene + hexane with excellent behavior. w 100.0 + J 1 ⋅ ln( Mw) K ij (Mw, w) = H 1 + I1 ⋅ MW 2 G1 + (VI.8) where G1= 0.5007, H1= -89.686, I1=1.168E-07 and J1=0.003503. In order to describe the crystallization boundary, we selected pressure values higher than the solvent vapor pressure at the melting temperature of the pure polymer, to assure that the described equilibrium involves solid-liquid phases (region 1 in Figure VI.4). With specified pressure, polymer weight fraction and polymer molecular weight we can solve Equation (VI.2) to determine the corresponding temperature. Diagrams given in Figure VI.6-Figure VI.11 display for several LLDPE samples of different 271 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... molecular weights how the cloud-point pressures for solutions of given composition depend on temperature. With binary interaction parameter correlation expressed by Equation (VI.7), Figure VI.6 present the phase diagram for the binary system n-hexane + LLDPE (Mw=15500). In Figure VI.6 (a), (b) and (c) we have made only comparisons between LCST experimental values and PC-SAFT simulations, since we have no LV experimental values. Figure VI.6 (a), (b) and (c) shows that in general the simulations are good. Figure VI.6 (d), (e) and (f) show also a comparison between the experimental and simulation results, but now both to LCST and LV curves. First, there is an excellent agreement between experimental LV data and the correlation for the n-hexane vapor pressure. This was expected since the agreement between solvent vapor pressure and LV curve is a well-kown behavior. Second, regarding to the LCEP point, we can realize only a qualitative tendency of simulation results going towards this value, since there is no experimental data available. 272 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... LCST Exp. Point 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (a) (b) Wp=0.1379 Wp=0.0496 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (c) (d) Wp=0.0923 Wp=0.1287 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) (e) Pressure(MPa) Pressure(MPa) LCST 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Wp=0.1187 Pressure(MPa) Wp=0.0622 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) (f) Figure VI.6. Phase diagrams for LLDPE (Mw=15500) + n-hexane. In Figure VI.7 (a), (b) and (c) we compare experimental data and simulation results for the binary system n-hexane + LLDPE with Mw=51480. As noted earlier the most difficult simulation is related to the LCST .The results shown in Figure VI.7 (a), (b) and (c) did not demonstrate a clear pattern regarding a possible correlation between model mismatch and polymer weight concentration. In Figure VI.7 (a) we observe an underprediction in both high and low temperature levels examined with a higher error in the highest temperature level. As temperature increases also kinetic energy increases which makes molecules interactions weaker therefore this is an additional difficult to correctly describe system behavior. This behavior is more pronounced in diluted solutions. Figure VI.7 (b) and (c) show a good simulation but there is an overprediction 273 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... at high temperatures, because in this case we have more concentrated polymer solutions. It is important to highlight the good qualitative behavior of the LCEP simulation, although no experimental data were available. Wp=0.0923 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Pressure(MPa) Pressure(MPa) Wp=0.0669 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (a) (b) Pressure(MPa) Wp=0.1946 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) (c) Figure VI.7. Phase diagrams for LLDPE (Mw=51480) + n-hexane. For Mw=52000 with the same binary system (n-hexane + LLDPE) several LL, LV and LLV phase transitions curves values were available. So, in this case, in order to visualize complete diagrams, we have also included the solid-liquid interface, despite the fact that no experimental data were available for solid-liquid equilibrium. In Figure VI.8 (a), (b), (c) and (d) only a comparison between the experimental data and LCST simulation curves is shown, whereas complete phase diagrams are shown in Figure VI.8 (e), (f), (g) and (h). In Figure VI.8 (e), (f), (g) and (h) we observe, an almost vertical solid-liquid borderline, as expected, since pressure influence is quite negligible. Regarding the LCST curve an increase error simulation with increased temperature with all the polymer concentrations is observed. 274 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Wp=0.06544 LCST Exp. Point Pressure(MPa) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (b) Wp=0.0734 Wp=0.1534 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point Pressure(MPa) (a) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (c) (d) Wp=0.0923 Wp=0.19463 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point Sol_Liq 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point SL 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (e) (f) Wp=0.2435 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Wp=0.3031 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point SL Pressure(MPa) Pressure(MPa) LCST 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Wp=0.0585 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point LV e LLV Exp. Point SL 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (g) (h) Figure VI.8. Phase diagrams for LLDPE (Mw=52000) + n-hexane. The interaction parameter Kij for the system LLDPE (Mw=67100) + n-hexane is also modeled by Equation (VI.7) and the comparison between the simulation results and experimental data is shown in Figure VI.9 (a), (b), (c) and (d). For this system there are no significant model mismatches, regardless of polymer concentration levels. 275 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Wp=0.1060 LCST Exp. Point Pressure(MPa) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (a) (b) Wp=0.1180 Wp=0.2850 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Wp=0.0690 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (c) (d) Figure VI.9. Phase diagrams for LLDPE (Mw=67100) + n-hexane. Phase diagrams with several polymer concentration for the system LLDPE (Mw=124000) + n-hexane are exhibited in Figure VI.10 (a), (b), (c) and (d). We observe that there is a similar behavior for all diagrams independent of the selected polymer weight fraction. However there is a slight increase of the simulation error with an increase in the temperature in the more diluted polymer concentration region as observed in Figure VI.10 (a) and (b). 276 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... LCST Exp. Point Pressure(MPa) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Wp=0.1236 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (a) (b) Wp=0.2005 Wp=0.2518 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Wp=0.0770 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (c) (d) Figure VI.10. Phase diagrams for LLDPE (Mw=124000) + n-hexane. With binary interaction parameter correlation expressed by Equation (VI.7), Figure VI.11 (a) to (d) presents phase diagrams for the binary system n-hexane + LLDPE (Mw=177000). In Figure VI.11 (e) and (f) Equation (VI.7) parameter correlation was used to describe the simulation of the phase diagrams for Mw=382800. These are the highest polymer molecular weight investigated. For the binary system with 177000 polymer molecular weight we observe that there is a relationship between the simulation error and the polymer concentration with the largest error at the highest concentration. In Figure VI.11 (e) and (f), with a different molecular weight, general good results are attained. 277 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Wp=0.0666 LCST Exp. Point Pressure(MPa) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (b) Wp=0.0820 Wp=0.1313 LCST Exp. Point Pressure(MPa) (a) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (c) (d) Wp=0.0838 Wp=0.1270 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Wp=0.0498 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LCST Exp. Point 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (e) (f) Figure VI.11. Phase diagrams for LLDPE (Mw=177000) + n-hexane: (a) to (d); and for LLDPE (Mw=382800) + n-hexane: (e) and (f). VI.3.1.3. Calculation procedure for the LCST curve and crystallization boundary with multicomponent systems The main goal of this section is to demonstrate that the same strategy considered in a LCST description for binary system can be extended to a multicomponent system. We exemplify this approach with the system polyethylene, n-hexane and ethylene [5] due to the plenty of experimental data. The P-T cloud point isopleths can be obtained solving Equation (VI.1) for the pressure. The same Kij correlation developed earlier Equation (VI.7) was used for the pair n-hexane-polyethylene. Ethylene-n-hexane correlation was taken from literature [15]. Ethylene-polyethylene binary interaction 278 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... parameters were calculated solving Equation (VI.1) together with Equation (VI.7), through the infinitesimal difference composition approach for all components, to minimize Equation (VI.6) for some experimental P-T ternary cloud point data. The experimental data used in this study are shown in Table VI.2. As a consequence we can generate correlations for these new Kij interaction parameters as a function of temperature and of the ratio between the molar fraction of polymer and one of the solvents. Therefore, the new ethylene-polyethylene Kij interaction parameter is calculated through Equation (VI.9): K ij = (0.165 ⋅ we γ ) wp (VI.9) where: γ = −3.26 + 7.32 ⋅ (T 1000) (VI.10) In order to describe the P-T cloud point, the calculation steps for multicomponent systems are similar to those of binary systems. With specified polymer molecular weight, polymer mass fraction, and mass fraction of one of the solvents, we can solve Equation (VI.1) together with interaction parameter equation for pressure. Table VI.2. Experimental data used to generate the cloud point (LCST), LV and LLV for polyethylene, hexane and ethylene system Molecular Polymer mass Ethylene mass Pressure Temperature weight fraction range fraction range range (MPa) range (K) 52000.0 0.0499-0.1506 0.0099-0.0296 1.846-13.309 411.03-495.30 Reference [5] In order to calculate the crystallization boundary with multicomponent systems we use the same basic solid-liquid equilibrium relationship expressed by Equation (VI.2). In this case the characterization of the multicomponent systems is carried out in the fugacity coefficient of polymer in solution, since this expression involves the polymer and all other components, and the several interaction parameters Kij must be known. 279 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... VI.3.1.4. Calculation procedure for LV and LLV curves with multicomponent systems The main objective of this section is to build up the bubble point (LV) and the three phase line (LLV) for a multicomponent system. Analysis of the experimental ternary data of Table VI.2 have proved that only the main solvent (n-hexane) vapor pressure is not enough to describe both LV and LLV curves at the same time. For this reason we have added and empirical term to the main solvent vapor pressure expression and we correlated this additional term with the solvents mass fraction ratio. The resultant expression is: α2 w −3 ⋅ 10 + δ ⋅ h Psat ( MPa ) = expα 1 − α 3 + T ( K ) we β (VI.11) where α1=13.8216, α2=2697.55, α3 = -48.78, δ = 25.9 and β = -0.872. Figure VI.12 shows the simulation results of the system LLDPE (Mw=52000) + n-hexane + ethylene. It should be poined out that the simulation strategy was very succesful in achieving its target of meaningful diagrams qualitative description, including the simulation of LV and LLV curves. In the high pressure (or high temperature) region, Figure VI.12 (a) shows an overestimation followed by a pronounced underprediciton. Except for Figure VI.12 (b) and (f) which show a good simulation for the high pressure/temperature region, the underprediction can be observed in Figure VI.12 (c) (d) and (e), and a clear relationship between model mismatch and increased polymer concentration is not observed. Regarding lower pressure behavior Figure VI.12 (b) and (f) do not show a good estimation for 0.0998 and 0.1508 polymer concentrations, especially for LCEP calculation. Analysis of these phase diagrams demonstrate the same lower ethylene weight fraction. As is well known, a decrease in the solvent weight fraction leads to a displacement of the borderline to the left side of the phase diagram, and as a consequence there is a decrease in the LCEP. Perhaps with more ethylene dilute solution data this displacement to the right could be monitored in order to achieve the LCEP at a higher temperature. In Figure VI.12 (a), (c) and (d) we observe a great deviation from 280 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... the experimental data at a higher pressure level. In the meantime we can observe very consistent model estimation for the LCEP. We can conclude that, depending on the polymer and solvent ratio composition concentrations, the strength of model mismatch may vary throught the pressure and temperature ranges, but a systematic behavior was not observed. Wp=0.0998, We=0.0099 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 Experimental LCST Experimental Pressure(MPa) LV e LLV 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LV e LLV Experimental LCST Experimental 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (b) Wp=0.1002, We=0.0296 Wp=0.1007, We=0.0196 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LV e LLV Experimental LCST Experimental Pressure(MPa) (a) 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LV e LLV Experimental LCST Experimental 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (c) (d) Wp=0.1506, We=0.0293 Wp=0.1508, We=0.0098 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LV e LLV Experimental LCST Experimental Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Pressure(MPa) Wp=0.0502, We=0.0118 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 LV e LLV Experimental LCST Experimental 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 380 390 400 410 420 430 440 450 460 470 480 490 500 510 Temperature(K) Temperature(K) (e) (f) Figure VI.12. Phase diagrams for LLDPE (Mw=52000) + n-hexane+ ethylene. VI.3.1.5. Calculation of the distance to phase transition in pressuretemperature diagrams for polyethylene solutions Besides the description of the borderline between the equilibrium phases, another main purpose of this work is to calculate the distance from a given operational 281 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... point (specified by pressure and temperature) to the corresponding point in the interface, for a fixed molecular weight of the polymer and a fixed weight fraction of the solvent. In order to achieve this target, the first step is to describe the boundary limit of the different phases. In addition to the borderlines previously calculated (LCST curve and crystallization boundary), one needs to know only the solvent (n-hexane) vapor pressure curve, that can be easily calculated from a pure component correlation. In order to calculate the distance between an operational point and the phase transition it is important to highlight all the seven regions depicted in Figure VI.4. Regarding to temperature there are 3 important points: • Tc (critical temperature of the solvent). Baker et al. [32] show that the LLV curve of a polymer-solvent mixture is indistinguishable from the vapor pressure curve of the pure solvent; • Tp (LCEP). At the LCEP two liquids become critically identical in the presence of a vapor phase; • Tf (Melting temperature of the polymer). The critical temperature (Tc) of n-hexane is 234.4 ºC and Tf is the normal polymer melting temperature (114 ºC). We can detect LCEP from the observation that this is the temperature in which there is no difference between the pressure corresponding to the LCST and the vapor pressure curve of the solvent. As previously demonstrated, this calculation can be carried out for each temperature. Besides these reference temperatures we must ascertain the position of the operational pressure regarding the equilibrium pressure, in order to know the region in which the operational point is located. Bearing in mind the same numbering of the regions depicted in Figure VI.4 we can observe the following: • If the operational temperature (Top) is greater than Tc and the operational pressure (Pop) is lower than the critical pressure of the solvent (Pc), then the operational point is located at the lower portion of region 4 and the distance for the two limit boundaries, denoted by the differences from the two pressures and the two temperatures, is calculated using the corresponding borderlines values; 282 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 • C. VI – Calculation of … phase transition ... If the operational temperature (Top) is greater than Tc and the operational pressure (Pop) is greater than the critical pressure of the solvent (Pc) but lower than the LCST calculated at the operational temperature, then the operational point is located at the upper portion of region 4 and the distance for the three limit borders, denoted by the differences between the three pressures and the two temperatures, is also calculated using the corresponding borderlines values; • If the operational temperature (Top) is greater than Tc and the operational pressure (Pop) is greater than the LCST calculated at the operational temperature, then the operational point is located at region 3 and the distance for the two limit boundaries, denoted by the differences between the two pressures and the two temperatures, can be calculated using the corresponding borderlines values; • If the operational temperature (Top) is located between the critical solvent temperature Tc and temperature Tp (LCEP) and in addition the operational pressure (Pop) is lower than the solvent vapor pressure (Psat) calculated at the operational temperature, then the operational point is located at region 7 and the distance for the three limit boundaries, denoted by the differences between the two pressures and the three temperatures, can also be calculated using the corresponding borderlines values; • If the operational temperature (Top) is located between the critical solvent temperature Tc and temperature Tp (LCEP) and the operational pressure (Pop) is greater than the solvent vapor pressure (Psat) calculated at the operational temperature, but lower than the LCST calculated at the same temperature, then the operational point is located at region 5 and the distance from its three limit boundaries, denoted by the differences between the three pressures and the three temperatures, is calculated using the corresponding borderlines values; • If the operational temperature (Top) is located between the critical solvent temperature Tc and temperature Tp (LCEP) and the operational pressure (Pop) is greater the LCST calculated at the operational temperature, then the operational point is located at region 3 and the distance from the two limit borders, denoted by the differences between the two pressures and the two temperatures, is calculated using the corresponding borderlines values; 283 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 • C. VI – Calculation of … phase transition ... If the operational temperature (Top) is located between temperature Tp (LCEP) and the melting pure polymer temperature (Tf) and in addition the operational pressure (Pop) is lower than the solvent vapor pressure (Psat) calculated at the operational temperature, then the operational point is located at region 6 and the distance from the three limit boundaries, denoted by the differences between the two pressures and the three temperatures, is calculated using the corresponding borderlines values; • If the operational temperature (Top) is located between Tp (LCEP) and the melting pure polymer temperature (Tf) and the operational pressure (Pop) is greater than the solvent vapor pressure (Psat) calculated at the operational temperature, and at this operational pressure the corresponding crystallization temperature (Tm) is greater than Tf, then the operational point is located at region 3 and the distance from its three limit boundaries, denoted by the differences between the two pressures and the three temperatures, is calculated using the corresponding borderlines values; • If the operational temperature (Top) is lower than the pure melting polymer temperature (Tf) and in addition the operational pressure (Pop) is lower than the solvent vapor pressure (Psat) calculated at Top, then the operational point is located at region 2 and the distance from its two limit borders, denoted by the differences between the two pressures and the two temperatures, can be calculated using the corresponding borderlines values; • If the operational temperature (Top) is lower than the pure melting polymer temperature (Tf) the operational pressure (Pop) is greater than the vapor solvent pressure (Psat) calculated at this operational temperature and at the operational pressure, Pop, the corresponding crystallization temperature (Tm) is greater than Tf, then the operational point is located at region 1 and the distance for the two limit boundaries, denoted by the differences between the two pressures and the two temperatures, is calculated using the corresponding borderlines values. The three diagrams given in Figure VI.13 through Figure VI.15 display for three LLDPE samples with increasing molecular weight how the several boundary lines are distributed in a 3D plot: pressure, composition (expressed as polymer weight fraction) and temperature. Therefore, these diagrams, calculated through the developed models, 284 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... are generalizations of the diagram depicted on Figure VI.4, showing now, additionally to the P-T behavior, also the composition influence. These diagrams are useful, among others, to see, in a clear way, general stability behavior patterns, such as: • For given polymer molecular weight and composition, pressure increases with increasing temperature in all phase separation planes, although this variation is almost null for the solid-liquid plane; • For a given polymer molecular weight and temperature, the LCST pressure variation rate with composition is not constant; • When the polymer molecular weight is low, the LCEP temperature variation rate with composition is not constant; • With increasing polymer molecular weight, the solid-liquid equilibria plane slightly displaces towards higher temperature regions, whereas the LCST plane displaces in the opposite direction, and both planes approach to each other; • For a given molecular weight, an increased composition results in an increased LCEP temperature and in a slightly increased LCEP pressure. Moreover, for a given upper limit temperature, LCST slope increases with diminished composition. Figure VI.13. 3D plot (temperature-polymer fraction-pressure) for LLDPE (Mw=15500) + n-hexane. 285 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Figure VI.14. 3D plot (temperature-polymer fraction-pressure) for LLDPE (Mw=52000) + n-hexane. Figure VI.15. 3D plot (temperature-polymer fraction-pressure) for LLDPE (Mw=124000) + n-hexane. VI.3.2. Low critical temperature solvents: calculation procedure for the UCST curve with binary systems Although our main objective was to investigate high critical temperature solvents, we have also carried out some calculations with low critical temperature solvents. Therefor, a procedure similar to that one applied to the calculation of polyethylene + n-hexane LCST curves was used here, selecting some polymer fractions for each polymer molecular weight (the experimental cloud point data are shown in Table VI.3) for estimating the interaction parameters (Kij) values. 286 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Table VI.3. Experimental cloud point data for polyethylene and ethylene system (some of these data are used to parameter estimation and other are used only to correlation validation) Molecular Polymer mass Pressure Temperature weight fraction range range (MPa) range (K) 58000 0.069 - 0.129 15.6 – 18.5 413 – 423 [2] 55000 0.097 – 0.153 15.1 – 17.3 413 – 423 [2] 118000 0.1000 – 0.1546 16.0 – 18.6 409 – 442 [2] 53000 0.122 15.4 – 17.5 404 – 441 [2] 42000 0.135 14.9 – 17.1 401 – 440 [2] 21000 0.152 14.2 – 15.9 402 – 438 [2] 52000 0.0050 – 0.1697 13.98 – 16.02 400 – 439 [4] Reference The interaction parameter correlations obtained for polyethylene and ethylene systems are described by equations type (VI.12) to (VI.21) with their corresponding coefficients shown in Table VI.4, where X1 denotes the polymer weight fraction, X2 = T/100 and temperature (T) is given in K. An important point to be highlighted regarding the LLDPE and ethylene simulation is the high pressure level covered. This high pressure level brings out several simulation problems, particularly with the values of the regressed parameter. Therefore it was necessary for some molecular weight (52000, 55000 and 118000) to split up the regressed parameters into two groups named as K ij ′ ″ (for high pressure range) and K ij (for low pressure range). K ij ( X 2 ) = E X 22 + F ( (VI.12) ) K ij ( X 2 ) = 1 E ⋅ ( X 2 + F ) + G + H (VI.13) ′ K ij ( X 1, X 2 ) = E X 2 + F ⋅ exp(G ⋅ X 1) + H ⋅ X 1 (VI.14) 2 287 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 ( C. VI – Calculation of … phase transition ... ) ″ K ij ( X 1, X 2 ) = ( A + X 2 ) B + C ⋅ X 12 + D X 1 (VI.15) K ij ( X 2 ) = 1 (E + F ⋅ X 2 + G / X 2 ) + H ⋅ X 2 (VI.16) ′ K ij ( X 1, X 2) = E X 2 + F ⋅ exp(G ⋅ X 1) + H X 1 (VI.17) ″ K ij ( X 1, X 2 ) = (E + X 2 ) (F + G ⋅ X 1) + H ⋅ ln( X 1) (VI.18) K ij ( X 1, X 2 ) = (E + X 1) (F + G ⋅ X 2 ) + H (VI.19) ( ) ′ K ij ( X 1, X 2 ) = E ⋅ exp F ⋅ X 2 + G ⋅ X 12 + H X 2 (VI.20) ″ K ij ( X 1, X 2) = E ⋅ X 23 + F ⋅ X 2 2 + G ⋅ X 2 + H ⋅ X 1 (VI.21) 288 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Table VI.4. PC-SAFT parameter coefficient for polyethylene and ethylene systems Molecular weight Number of experimental points Equation E F G H type 21000 8-8# (VI.12) 2.18⋅10+01 -1.23⋅10+00 0.0⋅10+00 42000 8-8# (VI.13) 1.20⋅10+01 -4.04⋅10+00 1.16⋅10-01 -1.07⋅10+00 52000* 87-44# (VI.14) 4.75⋅10+01 5.84⋅10+02 -8.89⋅10+01 -3.10⋅10+01 52000** 87-44# (VI.15) -4.26⋅10+00 -2.80⋅10+00 5.91⋅10+01 5.97⋅10-03 53000 8-8# (VI.16) 1.32⋅10+02 -1.51⋅10+01 -2.89⋅10+02 2.70⋅10+00 55000* 15-15# (VI.17) 1.72⋅10+02 3.63⋅10+02 -1.32⋅10+01 -1.29⋅10+01 55000** 15-15# (VI.18) -1.05⋅10+01 8.91⋅10+01 -9.83⋅10+02 -8.73⋅10-01 58000 15-12# (VI.19) -3.62⋅10-02 -1.50⋅10-01 3.32⋅10-02 1.50⋅10+01 118000* 49-18# (VI.20) 5.61⋅10+03 -2.41⋅10-01 -1.41⋅10-01 -8.50⋅10+03 118000** 49-18# (VI.21) 4.61⋅10+02 -9.36⋅10+03 -3.22⋅10+01 1.24⋅10+00 0.00⋅10+00 *coefficients for the high pressure range correlation; **coefficients for the low pressure range correlation; #number of experimental data used to develop the correlations. Figure VI.16 presents the phase diagram for the system LLDPE and ethylene for two different molecular weights: 21000 and 42000. In Figure VI.16 (a) the simulation results are able to capture the general decreasing trend, but they fail to correctly describe the concavity form. In Figure VI.16 (b) we observe general good simulation results except for an overestimation around 405 K. 289 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Wp=0.152 Wp=0.135 185 180 175 170 165 160 Calc. point Exp. Point Pressure (MPa) Pressure (MPa) 190 190 185 180 175 170 165 160 Calc. Point Exp. Point 155 150 145 140 155 150 145 140 135 135 390 400 410 420 430 Temperature (K) (a) 440 450 390 400 410 420 430 440 450 Temperature (K) (b) Figure VI.16. Phase diagrams for LLDPE + ethylene (a) Mw=21000, (b) Mw=42000. The phase diagram simulations of the system LLDPE (Mw=52000) + ethylene are shown in Figure VI.17. For this molecular weight it was necessary to use two regressed interaction parameter correlations (Equations (VI.14) and (VI.15)), as stated earlier, and only four experimental points for each polymer weight fraction examined were used to generate the binary interaction parameter correlations. In agreement with the results observed with the binary systems previously analyzed, there is an increase in the quality of simulation results with increased polymer concentration. In Figure VI.17 (a) the simulation is unable to follow the change in the slope of the experimental data with increasing temperature. This behavior is due to the extreme different values of the interaction parameters encompassed and this difference decreases as the polymer concentration increases. This observation can be assessed by comparing the performance of various simulations with increasing polymer concentrations. In Figure VI.17 (b) to (h) we notice a gradual improvement of the simulation as the polymer concentration increases. This result is in accordance with the difficulty in simulating dilute solutions. Although the number of polymer segments is taken into account in the equation of state used for simulation, capturing the interaction between these segments in diluted solution is more difficult, which explain the greater model mismatch in these situations. 290 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Wp=0.11 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 Pressure (MPa) Pressure (MPa) Wp=0.10 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 450 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 (b) Wp=0.12 Wp=0.13 Calc. Point Exp. Point 400 410 420 430 440 450 450 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 450 Temperature (K) (c) (d) Wp=0.140 Wp=0.159 190 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 185 Calc. Point Exp. Point Pressure (MPa) Pressure (MPa) 440 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Temperature (K) 180 175 170 165 Calc. Point 160 Exp. Point 155 150 145 140 390 400 410 420 430 440 135 450 390 Temperature (K) Wp=0.181 Exp. Point 410 420 430 Temperature (K) Wp=0.170 Calc. Point 400 410 (f) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 390 400 (e) 420 430 Temperature (K) (g) 440 450 Pressure (MPa) Pressure (MPa) 430 (a) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 390 420 Temperature (K) Pressure (MPa) Pressure (MPa) Temperature (K) 440 450 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 450 Temperature (K) (h) Figure VI.17. Phase diagrams for LLDPE (Mw=52000) + ethylene. Figure VI.18 presents the phase diagram for the system LLDPE and ethylene for a molecular weight equal to 53000. We observe general good simulation results except for overestimating pressure values in the region of high temperature (low pressure). 291 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Pressure (MPa) Wp=0.122 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 450 Temperature (K) Figure VI.18. Phase diagram for LLDPE + ethylene (Mw=53000). Figure VI.19 shows phase diagrams for several polymer concentrations for LLDPE with a 55000 molecular weight. For this system there is an increase in the simulation error with increasing polymer concentrations in the lowest pressure region. This behavior is due to the extreme sensitivity of the binary parameter in this pressure region and it is also observed an increase of this sensitivity with increased polymer concentration. As a consequence there is a great difficulty to capture this behavior with a small number of experimental data. Wp=0.119 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 Pressure (MPa) Pressure (MPa) Wp=0.097 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 450 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 (b) Wp=0.131 Wp=0.140 Calc. Point Exp. Point 400 410 430 (a) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 390 420 420 440 450 Temperature (K) 430 Temperature (K) (c) 440 450 Pressure (MPa) Pressure (MPa) Temperature (K) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 450 Temperature (K) (d) Figure VI.19. Phase diagrams for LLDPE (Mw=55000) + ethylene. 292 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Figure VI.20 shows the simulation results for the system LLDPE (Mw=58000) + ethylene. Unlike the previos case, only one set of regressed parameers was sufficient to describe the binary interaction parameters. There is a decrease in the simulation errors as the polymer concentration increases except for a great discrepancy between experimental and calculated value observed in Figure VI.20 (d). There is a large difference of predicted binary interaction parameter value in the high level temperature regarding the other two parameter values (at lower temperature levels) in the concentration shown in Figure VI.20 (d). Wp=0.100 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 Pressure (MPa) Pressure (MPa) Wp=0.086 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 450 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 (b) Wp=0.113 Wp=0.129 Calc. Point Exp. Point 400 410 430 (a) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 390 420 420 440 450 Temperature (K) 430 Temperature (K) (c) 440 450 Pressure (MPa) Pressure (MPa) Temperature (K) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 450 Temperature (K) (d) Figure VI.20. Phase diagrams for LLDPE (Mw=58000) + ethylene. Finally Figure VI.21 shows simulation results for the same system with LLPE Mw=118000. Again we can see a change in model performance even for very small variations in polymer concentration, with an improvement in simualtion results as the polymer concentration increases, except for the high pressure regions. 293 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Wp=0.110 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 Pressure (MPa) Pressure (MPa) Wp=0.100 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 450 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 (b) Wp=0.1274 Wp=0.134 Calc. Point Exp. Point 400 410 420 430 440 450 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 430 (d) Wp=0.144 Wp=0.1546 Exp. Point 420 430 Temperature (K) (e) 440 450 Pressure (MPa) Pressure (MPa) 420 (c) Calc. Point 410 450 440 450 Temperature (K) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 400 440 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Temperature (K) 390 430 (a) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 390 420 Temperature (K) Pressure (MPa) Pressure (MPa) Temperature (K) 190 185 180 175 170 165 160 155 150 145 140 135 Calc. Point Exp. Point 390 400 410 420 430 440 450 Temperature (K) (f) Figure VI.21. Phase diagrams for LLDPE (Mw=118000) + ethylene. In order to build a complete pressure-temperature diagram for low critical temperature solvent systems, such as the system polyethylene + ethylene, for a given molecular weight and polymer weight fraction, we need two border lines related to liquid and liquid-liquid phases (the LCST and the UCST), besides the LV and LLV curves. The description of the UCST is the same as the LCST, so the methodology for its calculation is the same as that one used here for LCST calculations, and can be straightly done if experimental data are available. To describe to LV curve the only data necessary is the pure solvent vapor pressure, whereas the description of the LLV curve is a more labored task, since we need to carry out a three-phase flash calculation and we also need experimental data to develop a correlation for the interaction parameter. 294 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... Furthermore, these calculations can be also extended to multicomponent systems, in a way similar to that one described in section VI.3.1.4. 295 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... VI.4. Conclusions Departing from the fact that the demix temperatures (UCST or LCST) correspond to the temperatures where the difference between the components concentrations in the two equilibrium phases can be considered negligible, a strategy was developed to build up the LCST of monodisperse polymeric systems using PCSAFT (Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory) as the equation of state (EOS) describing the phase equilibria. EOS pure component parameters were obtained from the literature and binary interaction parameters correlations were fitted to the binary phase diagrams experimental data. A comprehensive strategy was described to buil up all the phase borderlines of binary systems containing a polymer and a solvent. In order to track the safety operational performance of industrial reaction systems it was also developed a strategy to calculate the distance between a given operational point (specified through a given pressure and a given temperature) and the corresponding point in the interface, for a fixed molecular weight and a fixed polymer fraction weight. When compared with other approaches, a noteworthy feature of this work consists of an easy and accurate way of modeling several interfaces when only a limited amount of experimental information is available. The strategy developed should turn out to be particularly helpful in the context of tasks that require exact knowledge on the borderlines between one liquid phase and two liquid phases. The approach developed is also unlimited regarding the number of components circumvented, i.e. it is applicable for arbitrary multicomponent systems, and it was exemplified for binary and ternary systems calculations. 296 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... List of symbols A : Helmholtz energy per number of molecules A, B, C : constants of Equation (VI.7) c : crystallinity fraction E, F, G, H : constants of Table VI.4 G1, H1, I1, J1 : constants of Equation (VI.8) H : enthalpy of melting per mol crystal unit k : Boltzmann constant K : binary interaction parameter of PC-SAFT equation of state (Equation (VI.5)) Mw : molecular weight N : total number of molecules OF : objective function P : pressure R : gas constant T : temperature u : number of monomer units in the polymer backbone v : molar volume w : component weight concentration x : mole fraction Greek letters α1, α2, α3 : parameters of Equation (VI.11) β, δ : parameters of Equation (VI.11) ε : dispersion energy parameter γ : parameter Equation (VI.9) ϕ : fugacity coefficient ρ : density σ : segment diameter Superscripts assoc : association contribution 297 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 cal : calculated disp : dispersion contribution exp : experimental hc : hard chain contribution res : residual C. VI – Calculation of … phase transition ... Subscripts a : amorphous c : crystalline e : ethylene f : melting i : component i j : component j sat : saturation p : polymer Abbreviations EOS : Equation Of State HDPE : High Density PolyEthylene IPS : Intermediate Pressure Separator LL : Liquid-Liquid equilibrium LV : Liquid-Vapor equilibrium LLV : Liquid-Liquid-Vapor equilibrium LPS : Low Pressure Separator LCEP : Lower Critical End Point LCST : Lower Critical Solution Temperature LDPE : Low Density PolyEthylene LLDPE : Linear Low Density PolyEthylene PE : PolyEthylene PC-SAFT : Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory SL : Solid-Liquid equilibrium SLV : Solid-Liquid-Vapor equilibrium 298 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VI – Calculation of … phase transition ... SAFT : Statistical Associating Fluid Theory UCEP : Upper Critical End Point UCST : Upper Critical Solution Temperature 299 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. 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Moreover, a number of suggestions are devised for further studies and researches continuing the developments made throughout this work. These suggestions cover exploiting new approaches regarding phase stability in polymer systems and related issues. Keywords phase equilibria, polymer, equation of sate, phase stability 304 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VII – Conclusões e sugestões CAPÍTULO VII Capítulo VII. Conclusões e sugestões Resumo Neste capítulo são feitos alguns comentários finais, fornecendo uma visão geral de todo o trabalho realizado. Além disso, é feita uma lista de sugestões para a continuação dos estudos e pesquisas desenvolvidos ao longo do trabalho, envolvendo a exploração de novas abordagens relacionadas a estabilidade de fases em sistemas poliméricos e temas correlatos. Palavras-chave equilíbrio de fases, polímero, equação de estado, estabilidade de fase 305 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VII – Conclusões e sugestões VII.1. Comentários Finais Embora os polímeros sejam utilizados em uma larga faixa de aplicações, a modelagem do equilíbrio de fase de sistemas poliméricos permanece ainda uma tarefa desafiadora. A complexidade crescente de polímeros e sistemas poliméricos resultantes de novas técnicas de polimerização e de novas abordagens para as suas aplicações agrava esta situação. O sucesso da simulação das fases em equilíbrio depende da predição correta do número e das composições das fases presentes a uma dada temperatura, pressão e composição global. Neste trabalho procurou-se atingir basicamente dois objetivos principais: • Desenvolver estratégias e programas computacionais que permitam determinar com segurança, para um sistema polimérico constituído por polietilenos comerciais, o número de fases em equilíbrio e as respectivas composições, sendo conhecidas: a pressão, a temperatura e a composição global; • Desenvolver uma estratégia para calcular a distância entre um ponto operacional (pressão e temperatura) e o ponto correspondente na interface, fixados o peso molecular do polímero e a fração em peso. Para a descrição do equilíbrio de fases foram selecionadas as seguintes equações de estado: equação de estado de Sanchez-Lacombe (SL) [1], a equação PC-SAFT [2] e a equação de Soave-Redlich-Kwong (SRK) [3] com as seguintes regras de mistura: Wong-Sandler (WS) [4] e LCVM [5]. As conclusões deste trabalho são apresentadas seguindo a mesma lógica de seu desenvolvimento ao longo do texto. O Capítulo II constou essencialmente de três itens: apresentação sucinta dos dois processos alvo de nosso estudo, revisão bibliográfica envolvendo as aplicações das equações de estado selecionadas e revisão da modelagem relativa à estabilidade de fases em sistemas poliméricos. Quase todas as referências sobre as equações de estado PCSAFT e SL são restritas aos equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor, sendo raramente feitas alusões à avaliação de equilíbrio sólido-líquido. Existem poucas citações sobre o emprego da equação SRK com as regras de mistura LCVM e WS em sistemas poliméricos, e os trabalhos existentes avaliam sempre condições de baixa pressão. Em 306 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VII – Conclusões e sugestões relação aos modelos de estabilidade, não existe convergência de opiniões quanto à aplicação e restrição dos diversos modelos e das equações de estado a eles interligadas. No Capítulo III foram apresentados os resultados da investigação do modelo de coeficiente de atividade a ser acoplado às regras de mistura LCVM e WS, envolvendo equilíbrios líquido-líquido e líquido-vapor para sistemas poliméricos. Testes exaustivos conduziram à seleção do modelo de Bogdanic e Vidal [6] como sendo o mais apropriado. No Capítulo IV foram apresentados os resultados da aplicação das equações de estado (SRK) e (SL) na simulação flash de separadores, especificamente para polietileno de baixa densidade (8 resinas) e para polietileno linear de baixa densidade (25 resinas). Foram usadas três regras de mistura na equação SRK: a regra (VDW) [7], a regra WS e a regra LCVM com o modelo de coeficiente de atividade de Bogdanic e Vidal. Os resultados indicaram SL como o melhor modelo para simular a separação flash de polietileno em condições industriais. No Capítulo V foram apresentados os resultados relativos ao equilíbrio sólidolíquido (ESL) a pressão atmosférica e a alta pressão, para soluções de polietileno e polipropileno modelados com a equação SRK (com as regras de mistura WS e LCVM) e com a equação de estado PC-SAFT. A equação básica do ESL foi resolvida em termos de temperatura de equilíbrio de fusão, ao invés de composição. Parâmetros de interação binária das equações de estado SRK e PC-SAFT foram estimados para a melhor descrição do comportamento experimental de 20 diferentes sistemas polímero-solvente em pressão atmosférica e de 31 outros sistemas polímero-solvente a alta pressão. A comparação com os dados experimentais mostrou que o modelo SRK+LCVM concordou muito bem com os dados ESL atmosféricos e que o modelo PC-SAFT é mais eficiente em condições de alta pressão. Como uma convergência dos estudos dos vários tipos de equilíbrio avaliados anteriormente, no Capítulo VI foram apresentados os resultados da descrição de diagramas pressão versus temperatura (P-T) para uma fração mássica constante, permitindo que se determine o número de fases presentes, dadas a pressão, a temperatura e a composição global da mistura. A equação de estado PC-SAFT foi aplicada para simular as curvas que descrevem as interfaces entre várias regiões distintas. Foi desenvolvida uma nova estratégia e os resultados da simulação mostraram boa concordância com dados experimentais da literatura. Foi também equacionado o 307 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VII – Conclusões e sugestões problema do cálculo da distância entre um ponto de operação (especificado pela sua pressão e sua temperatura) e o ponto correspondente na interface, fixados o peso molecular e fração em peso do polímero. 308 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VII – Conclusões e sugestões VII.2. Sugestões para Trabalhos Futuros A despeito da extensa investigação feita sobre o processo em estudo, e até por este motivo, várias frentes de trabalho se abrem para a continuação das pesquisas, dentre elas: • Avaliação, através da modelagem termodinâmica, de como os dados de equilíbrio de fase podem ser empregados para prever as condições de separação mais favoráveis nos processos de separação industrial de polietileno de baixa densidade; • Realização de uma avaliação comparativa entre alguns modelos termodinâmicos existentes na literatura para prever o comportamento de fases do sistema polietileno e eteno a alta pressão levando em conta o efeito da ramificação na cadeia polimérica; • Investigação exaustiva da utilização da equação PC-SAFT na descrição dos equilíbrios líquido-vapor, líquido-líquido-vapor e líquido-líquido de sistemas contendo copolímeros de polietileno; • Utilização de algoritmo genético e de outros algoritmos heurísticos (p.e., enxame de partículas) no cálculo de estabilidade de fases em sistemas poliméricos; • Desenvolvimento de correlações para parâmetros de interação binária de equações de estado em função da composição de cada fase envolvida em cálculos de separação de fases, e comparação com as abordagens de parâmetros não dependentes de composição e parâmetros dependentes da composição global (alimentação); • Cálculo da composição detalhada de polímeros de baixo peso molecular (cêras) nos separadores de alta pressão dos processos investigados; • Avaliação da influência da caracterização do polímero na simulação flash dos separadores dos processos investigados; • Utilização de equação de estado no cálculo do dimensionamento de equipamentos nos processos de polimerização de eteno; • Investigação da influência do método numérico selecionado para a estimação de parâmetros de interação binária no cálculo de equilíbrio de fase; 309 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 • C. VII – Conclusões e sugestões Utilização de redes neurais para descrever a complexa modelagem dos parâmetros de interação binária, como função de temperatura, concentração de polímero, peso molecular e pressão; • Descrição do diagrama de fases completo para sistemas de polietileno com solvente de baixa pressão crítica (por exemplo, eteno); • Simulação de diagramas de fase completos para sistemas ternários com solventes de baixa e alta pressão crítica, fazendo a predição da transição das situações limite (diagrama binário de polietileno com um solvente de baixa pressão crítica e diagrama binário de polietileno com um solvente de alta pressão crítica), através da variação da composição global do sistema. 310 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VII – Conclusões e sugestões Lista de Símbolos e Abreviaturas ESL : Equilibrio Solido-Líquido LCVM : Linear Combination of the Vidal and Michelsen mixing rules PC-SAFT : Perturbed-Chain Statistical Associating Fluid Theory SL : Sanchez e Lacombe SRK : Soave-Redlich-Kwong VDW : van der Waals WS : Wong-Sandler 311 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 C. VII – Conclusões e sugestões Referências Bibliográficas [ 1 ] Sanchez, I. C.; Lacombe, R. H. Statistical Thermodynamics of Polymer Solutions. Macromolecules 1978, 11, 1145. [ 2 ] Gross, J., Sadowski, G. Perturbed-Chain SAFT: an Equation of State Based on a Perturbation Theory for Chain Molecules. Ind. Eng. Chem. Res. 2001, 40, 1244. [ 3 ] Soave, G. Equilibrium Constants from a Modified Redlich-Kwong Equation of State. Chem. Eng. Sci. 1972, 27, 1197. [ 4 ] Wong, D. S. H.; Sandler, S. I. A Theoretically Correct Mixing Rule for Cubic Equation of State. AIChE J. 1992, 38, 671. 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The results have shown that the prediction of the phase stability is very sensitive to the selected equation of state and also very dependent on the binary interaction parameters values, even when these values are small. Keywords phase stability, hydrocarbons, equation of state Conclusions Results show that phase stability prediction is very sensitive regarding to the selected equation of state (EOS). The correct phase is not detected by Michelsen method when applied to mixtures of compounds with similar chemical structures, although with different molecular sizes. The sensitivity of Michelsen method grows sharply with the increasing complexity of the EOS. Furthermore, phase stability calculations are also very sensible to binary interaction parameters values even when these values are very small. It was also observed that temperature influence on binary parameter values cannot be neglected in order to reach a correct stability prediction. As a result of all these problems we chose to an alternative route that led to the methodology presented in Chapter VI. 313 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. APÊNDICE A Avaliação da estabilidade de fase pelo método de Michelsen Resumo Neste apêndice são apresentados os resultados da avaliação do método de estabilidade desenvolvido por Michelsen com as equações de estado Soave-RedlichKwong (SRK) e PC-SAFT (Perturbed–Chain Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística de fluidos associativos com cadeia perturbada). Os resultados mostraram que a predição da estabilidade de fases é muito sensível à equação de estado selecionada e é também extremamente dependente dos valores dos parâmetros binários de interação, mesmo quando estes valores são muito pequenos. Palavras-chave estabilidade de fases, hidrocarbonetos, equação de estado 314 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. A.1. Introdução Para que seja utilizado o método de estabilidade de fases em sistemas mais complexos, envolvendo polímeros, é necessário que se faça uma avaliação preliminar em sistemas mais simples. Esta avaliação detalhada é necessária, pois não é encontrada na literatura, bem como também não é encontrada uma análise criteriosa da extensão da influência dos parâmetros de interação na análise da estabilidade. 315 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. A.2. Cálculos de estabilidade para hidrocarbonetos simples com a equação SRK e parâmetros de interação binária nulos Tendo em vista a intrincada estrutura do método de estabilidade de Michelsen [1], optou-se por priorizar inicialmente a implementação da metodologia para sistemas não poliméricos. Com esta finalidade foram selecionados dados da literatura para sistemas simples constituídos de hidrocarbonetos, apresentados na Tabela A.1. As equações de estado incorporadas ao método foram: Soave-Redlich-Kwong (SRK) [2], com a regra de mistura de van der Waals [3] e PC-SAFT (Perturbed–Chain Statistical Associating Fluid Theory, teoria estatística de fluidos associativos com cadeia perturbada) [4]. 316 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. Tabela A.1. Dados experimentais utilizados na avaliação do método de Michelsen Faixa de Faixa de Sistemas ID* Dados Exp#. temperatura (ºC) pressão (bar) Referências CO2/ n-Decano 1 3 238 27 - 57 [5] Etano / Dietileter 2 3 25 9 - 18 [5] Etano / n-Decano 3 6 171 - 238 26 - 70 [5] CO2 / Ciclohexano 4 6 71 - 250 40 - 90 [5] Metano / Butano 5 6 21 - 121 34 - 87 [5] Propano / Benzeno 6 9 71 - 204 13 - 56 [5] Benzeno / Tolueno 7 5 82 - 105 1.013 [1] Clorofórmio / Benzeno 8 8 35 - 78 0.20 – 0.97 [1] CCl4 / Tolueno 9 10 79 - 108 0.07 – 1.00 [1] CS2 / Benzeno 10 5 25 0.18 – 0.50 [1] Benzeno / Nitrometano 11 4 45 0.18 – 0.30 [1] Benzeno / Tetracloroetileno 12 5 84 - 110 1.013 [1] Tricloroetano / Benzeno 13 5 71 - 75 1.013 [1] Benzeno / Tetracloetano 14 5 78 - 130 0.9 [1] Benzeno / Etilbenzeno 15 5 81 - 135 1.013 [1] Benzeno / m-Xileno 16 4 25 0.04 – 0.11 [1] Benzeno / Propilbenzeno 17 5 81 - 158 1.013 [1] Benzeno / Isopropilbenzeno 18 4 86 - 136 1.013 [1] Etilbenzeno / Butilbenzeno 19 5 139 - 174 1.013 [1] Etilbenzeno / Isopropilbenzeno 20 5 137 - 151 1.013 [1] * número de identificação do sistema; # número de dados experimentais. Inicialmente optou-se por considerar a avaliação de instabilidade somente com a equação SRK, para sistemas semelhantes em natureza química e tamanho, sendo atribuído o valor zero aos parâmetros de interação binária, como sugerido na literatura [3]. Neste caso, o número de dados experimentais empregados na avaliação foi o número total exibido na Tabela A.1. Constatou-se invariavelmente uma resposta errada do método de Michelsen. 317 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. 318 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. A.3. Cálculos de estabilidade para hidrocarbonetos simples com as equações SRK e PC-SAFT e parâmetros de interação binária estimados Como existem na literatura várias observações relativas à influência dos parâmetros de interação binária na análise da estabilidade de fases [6], optou-se então por realizar uma avaliação destes parâmetros em separado. Para as duas equações de estado selecionadas o seguinte procedimento foi desenvolvido: 1. Os parâmetros de interação binária foram estimados, a partir dos dados da Tabela A.1, fim de que estas condições de equilíbrio pudessem ser preditas pelas equações; 2. A partir dos dados de temperatura e pressão da Tabela A.1, dos valores dos parâmetros de interação binária obtidos na etapa anterior, e para uma composição de alimentação de flash arbitrária (o valor desta variável tem influência apenas nas quantidades totais das duas fases resultantes do flash, não tendo influência, portanto, na determinação da condição de estabilidade), a metodologia de estabilidade foi avaliada, sendo verificado se o resultado correto da análise de estabilidade era obtido, qual seja, detectar a presença de duas fases e as respectivas composições. Além de observar a correção na determinação da condição de estabilidade, a avaliação foi realizada também em termos de erros percentuais das fases líquida, ER(X)%, e vapor, ER(Y)%, das composições das respectivas fases em relação aos valores experimentais. A notação usada para designar que o método de Michelsen falhou, ou seja, que não detectou a existência de duas fases, é a palavra estável colocada em substituição aos valores dos erros percentuais. Na Tabela A.2 são exibidos os resultados dos sistemas para os quais foram realizadas avaliações com as duas equações de estado selecionadas. Para os dois sistemas isotérmicos 1 e 2 observa-se claramente a influência da escolha da equação de estado (SRK sempre prevê corretamente a formação de 2 fases, enquanto PC-SAFT falha em várias situações) e, para uma mesma equação de estado, a influência da variação da pressão onde é realizada a avaliação da estabilidade (as falhas de PC-SAFT 319 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. ocorrem em níveis mais elevados de pressão). Outro ponto que merece destaque é a qualidade da avaliação para sistemas polares, como o sistema 2, com uma equação simples como SRK. Isto se deve, evidentemente, à utilização de valores adequados para os parâmetros de interação. Por outro lado, a despeito da determinação cuidadosa do parâmetro de interação binária, uma equação tão conceitualmente fundamentada como a equação PC-SAFT não é capaz de detectar corretamente a condição de estabilidade de um sistema simples como o sistema 1. 320 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. Tabela A.2. Resultados da aplicação do método de estabilidade de Michelsen para sistemas simples (equações de estado: SRK e PC-SAFT) Sistema 1 Ta = 238 ºC Tb = 238 ºC Tc = 238 ºC Pa = 27.43 bar Pb = 43.0 bar Pc = 57.08 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 3.60 2.58 0.59 1.28 0.07 0.18 PC-SAFT estável estável estável estável 0.00 0.23 Sistema 2 Ta = 25 ºC Tb = 25 ºC Tc = 25 ºC Pa = 9.91 bar Pb = 15.19 bar Pc = 17.72 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 0.11 0.00 0.31 0.00 0.41 0.21 PC-SAFT estável estável 0.21 0.25 0.31 0.21 Sistema 3 Ta = 238 ºC Tb = 238 ºC Tc = 238 ºC Pa = 28.72 bar Pb = 49.36 bar Pc = 69.83 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 0.43 0.07 0.49 0.40 0.38 0.30 PC-SAFT 2.18 0.84 0.04 0.33 0.03 0.88 Td = 171 ºC Te = 171 ºC Tf = 171 ºC Pd = 26.56 bar Pe = 47.65 bar Pf = 69.32 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 0.25 1.34 0.25 0.94 2.82 0.94 PC-SAFT 0.22 1.04 0.01 0.59 0.00 0.54 Sistema 4 Ta = 250 ºC Tb = 250 ºC Tc = 250 ºC Pa = 40.54 bar Pb = 50.84 bar Pc = 60.65 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK estável estável estável estável estável estável PC-SAFT 1.26 14.03 5.63 9.75 5.12 7.46 321 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. Td = 71 ºC Te = 71 ºC Tf = 71 ºC Pd = 76.08 bar Pe = 82.47 bar Pf = 89.36 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 1.39 1.79 2.11 0.79 0.05 0.65 PC-SAFT 3.16 3.20 6.76 2.27 10.60 2.24 Sistema 5 Ta = 121 ºC Tb = 121 ºC Tc = 121 ºC Pa = 42.09 bar Pb = 69.44 bar Pc = 55.77 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 8.89 10.16 0.19 0.35 3.06 5.15 PC-SAFT 48.73 7.61 43.03 3.72 43.48 2.14 Td = 21 ºC Te = 21 ºC Tf = 21 ºC Pd = 34.75 bar Pe = 55.28 bar Pf = 86.60 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 0.24 0.78 0.61 0.43 0.22 0.33 PC-SAFT 58.50 1.37 53.47 1.01 48.18 1.03 Sistema 6 Ta = 71 ºC Tb = 71 ºC Tc = 71 ºC Pa = 17.22 bar Pb = 13.94 bar Pc = 20.91 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 0.20 0.48 0.67 0.04 1.37 1.09 PC-SAFT estável estável estável estável 90.60 7.17 Td = 138 ºC Te = 138 ºC Tf = 138 ºC Pd = 24.1 bar Pe = 31.16 bar Pf = 44.58 bar ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 0.84 0.16 0.15 0.42 0.08 0.15 PC-SAFT estável estável estável estável 21.25 3.63 Tg = 204 ºC Th = 204 ºC Ti = 204 ºC Pg = 38.18 bar Ph = 48.74 bar Pi = 55.55 bar 322 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% SRK 0.02 0.02 0.48 0.21 1.49 2.71 PC-SAFT estável estável estável estável 27.90 0.04 No sistema 3 o método de Michelsen foi avaliado em dois níveis de temperatura, com resultados excelentes para as duas equações de estado. É importante observar que a diferença estrutural entre os sistemas 1 e 3 é mínima. Apesar deste fato, a equação PCSAFT foi incapaz de detectar a instabilidade em dois níveis de pressão para o sistema 1. Comportamento oposto foi verificado no sistema 4, em dois níveis de temperatura. Apesar do caráter fortemente apolar deste sistema, e da estimativa cuidadosa do parâmetro de interação, a equação SRK não conseguiu detectar a instabilidade na temperatura de 250 ºC. Não se pode afirmar que este comportamento foi devido à diferença de tamanhos das moléculas envolvidas, pois uma diferença maior pode ser observada no sistema 1 que, no entanto, não apresentou este comportamento incorreto em relação à instabilidade. O desempenho da equação PC-SAFT no sistema 5 é sofrível, apesar deste sistema ser apolar. A instabilidade do sistema foi detectada corretamente, porém a qualidade das simulações das composições das fases em equilíbrio deixou muita a desejar. Pode-se observar ainda na Tabela A.2 a incapacidade da equação PC-SAFT, acoplada ao método de Michelsen, em detectar corretamente a instabilidade do sistema 6, apesar da apolaridade do sistema. Em resumo, os resultados da Tabela A.2 indicam uma pronunciada dificuldade da equação PC-SAFT, acoplada com o método de Michelsen, em detectar com correção a instabilidade de um dado sistema, apesar da utilização de um parâmetro de interação binário adequado. Esta dificuldade deve estar relacionada à complexidade da equação e, por conseguinte, do coeficiente de fugacidade e de todas as suas respectivas derivadas envolvidas na implementação do método de Michelsen. Em relação a SRK, observa-se um comportamento bastante superior ao de PC-SAFT, tendo falhado apenas na predição do sistema 4, e fornecendo erros percentuais das composições bastante satisfatórios nos demais casos. A avaliação do método de Michelsen foi ampliada para outros sistemas, empregando, porém, somente a equação SRK, dada a inadequação da equação PC- 323 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. SAFT na avaliação de instabilidade com o método de Michelsen. Os resultados são exibidos na Tabela A.3. 324 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. Tabela A.3. Resultados da aplicação do método de estabilidade de Michelsen para sistemas simples (equação de estado SRK) Sistema 7 Sistema 8 Sistema 9 Ta = 105.9 ºC Tb = 87.5 ºC Tc = 82.8 ºC Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc = 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 1.87 1.37 0.00 0.12 0.00 0.11 Ta = 34.6 ºC Tb = 34.6 ºC Tc = 34.6 ºC Pa = 0.216 atm Pb = 0.2976 atm Pc = 0.3442 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 2.81 1.46 2.85 2.34 2.90 3.08 Ta = 77.65 ºC Tb = 67.15 ºC Tc = 64.2 ºC Pa = 0.97 atm Pb = 0.97 atm Pc = 0.97 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 2.73 5.89 0.29 0.26 0.02 0.29 Ta = 107.6 ºC Tb = 93.1 ºC Tc = 86.8 ºC Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc = 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 12.70 4.55 1.45 1.09 0.66 0.62 Td = 35 ºC Te = 35ºC Tf = 35 ºC Pd = 0.0734 atm Pe = 0.1555 atm Pf = 0.1843 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 9.27 3.52 0.21 0.21 0.05 0.04 Sistema Ta = 25 ºC Tb = 25 ºC Tc = 25 ºC 10 Pa = 0.1895 atm Pb = 0.4439 atm Pc = 0.4687 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 3.58 1.27 2.16 2.45 estável estável Sistema Ta = 45 ºC Tb = 45 ºC Tc= 45 ºC 11 Pa =0.1871 atm Pb = 0.2804 atm Pc= 0.2986 atm 325 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% estável estável 9.52 8.50 estável estável Sistema Ta = 109.5 ºC Tb = 96.9 ºC Tc= 89.8 ºC 12 Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc = 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% estável estável estável estável estável estável Sistema Ta = 75.95 ºC Tb = 73.4 ºC Tc = 72.55 ºC 13 Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc = 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% estável estável estável estável estável estável Sistema Ta = 129.5 ºC Tb = 92.1 ºC Tc = 85.3 ºC 14 Pa = 0.901 atm Pb = 0.901 atm Pc = 0.901 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% estável estável estável estável estável estável Sistema Ta = 134.54 ºC Tb = 93.95 ºC Tc = 82.95 ºC 15 Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc= 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 11.18 1.02 50.33 11.64 0.00 0.11 Sistema Ta = 25 ºC Tb = 25 ºC Tc = 25 ºC 16 Pa = 0.04 atm Pb = 0.085 atm Pc = 0.105 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 1.84 1.98 0.03 0.23 0.09 0.34 Sistema Ta = 158.38 ºC Tb = 96.5 ºC Tc = 85.61 ºC 17 Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc = 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 4.00 0.00 estável estável 0.05 0.23 326 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. Sistema Ta = 136.3 ºC Tb = 95.2 ºC Tc = 86.4 ºC 18 Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc = 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 17.10 5.45 99.54 82.51 64.57 39.53 Sistema Ta = 174.3 ºC Tb = 157.2 ºC Tc = 148.4 ºC 19 Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc = 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 1.54 0.68 0.99 0.26 0.29 0.24 Sistema Ta = 150.6 ºC Tb = 144.7 ºC Tc = 141.3 ºC 20 Pa = 1 atm Pb = 1 atm Pc= 1 atm ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% ER(X)% ER(Y)% 0.10 1.47 0.23 0.00 0.32 0.42 Para os sistemas 7, 8 e 9 o método de Michelsen detectou corretamente a instabilidade com pequenos erros na estimativa da composição de equilíbrio, exceto para o sistema 9, para a maior temperatura e somente na fase líquida, onde ocorreu um erro maior na predição da composição. Com os sistemas 10, 11, 12, 13 e 14 ocorreram falhas na detecção da instabilidade para todas as condições analisadas nos sistemas 12, 13 e 14 e parcialmente nos sistemas 10 e 11. Existe uma semelhança de estrutura entre os sistemas 10 e 11. Em ambos os sistemas os dois componentes que compõem as respectivas misturas binárias com o benzeno têm tamanhos de molécula semelhantes e, portanto, diferem bastante do benzeno em tamanho, e também em natureza química. Observações semelhantes podem ser feitas em relação aos sistemas 12, 13 e 14. É importante ressaltar que, com os resultados aqui obtidos, o desempenho do método mostra-se bastante aleatório, pois a diferença entre os sistemas 8 e 13 é muito pequena (ambos são misturas de benzeno com um outro composto com 3 átomos de cloro), mas o método conseguiu descrever acertadamente o sistema 8, porém não o sistema 13. Portanto, não se pode atribuir os resultados à polaridade do componente. 327 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. O que caracteriza os sistemas 15, 16 e 17 é o caráter aromático dos dois componentes de cada uma das misturas, embora as estruturas dos componentes sejam muito mais semelhantes entre os sistemas 15 e 17. Os resultados da Tabela A.3 indicam um desempenho bastante errático, apesar das características químicas semelhantes. No sistema 15, para a temperatura de 93.95 ºC, os erros na composição das duas fases são muito grandes. No entanto, no sistema 17, na temperatura intermediária de 96.5 ºC, o sistema é detectado erroneamente como sendo estável. Por outro lado, os erros observados nos outros dois pontos experimentais são muito pequenos. Os sistemas 18, 19 e 20 também são constituídos por componentes aromáticos. O método opera corretamente em termos de detectar instabilidade em todos eles. Porém os erros de avaliação de composição das fases são muito grandes no sistema 18, principalmente a temperaturas mais baixas. A diferença de estrutura entre os componentes não justifica este comportamento. Os resultados da Tabela A.3, portanto, demonstram a dificuldade de se utilizar o método de Michelsen mesmo para hidrocarbonetos, e mesmo tendo sido os parâmetros estimados corretamente nas condições empregadas para a análise da estabilidade (etapas 1 e 2 do procedimento descrito anteriormente), com o método demonstrando um desempenho aleatório, sem consistência. 328 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. A.4. Cálculos de estabilidade para sistemas poliméricos com a equação PC-SAFT e parâmetros de interação binária estimados A mesma sistemática da seção anterior foi utilizada no estudo de estabilidade de fases em sistemas poliméricos, desta vez com a equação PC-SAFT. Os dados experimentais utilizados nesta avaliação foram os mesmos dados industriais do separador de alta pressão utilizados no Capítulo IV. Apesar da diferença de tamanho entre o polímero e os outros componentes do sistema, o método indicou erroneamente que o sistema estaria estável nas condições do separador, ou seja, constituído de uma só fase, em todas as condições avaliadas. Os resultados mostraram também que a predição da estabilidade de fases é muito sensível à equação de estado selecionada. A sensibilidade do método aumenta abruptamente com a complexidade da equação de estado. Além do mais, o cálculo de estabilidade de fase é extremamente dependente dos valores dos parâmetros binários de interação, mesmo quando estes são muito pequenos. Foi observado que não pode ser desprezada também a influência da temperatura nestes parâmetros para a predição correta da estabilidade. Em decorrência de todos estes problemas optou-se por uma rota alternativa que originou a metodologia apresentada no Capítulo VI. 329 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. A.5. Conclusões Os resultados mostram que a predição da estabilidade de fases é muito sensível à equação de estado selecionada. Para misturas constituídas de moléculas com estruturas químicas semelhantes, embora de tamanhos diferentes, a fase correta não é detectada pelo método de Michelsen. A sensibilidade do método aumenta abruptamente com a complexidade da equação de estado. Além do mais, o cálculo de estabilidade de fase é extremamente dependente dos valores dos parâmetros binários de interação, mesmo quando estes são muito pequenos. Foi observado que não pode ser desprezada também a influência da temperatura nestes parâmetros para a predição correta da estabilidade. Em decorrência de todos estes problemas optou-se por uma rota alternativa que originou a metodologia apresentada no Capitulo VI. 330 Costa, G.-Tese de D.Sc., PEI/EP/UFBA, 2009 Ap. A – Phase stability … Michelsen method .. Referências Bibliográficas [ 1 ] Michelsen, M. The Isothermal Flash Problem. Part 1. Stability. 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