análise das causas de acidentes do trabalho na indústria química
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análise das causas de acidentes do trabalho na indústria química
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE CENTRO TECNOLÓGICO MESTRADO PROFISSIONAL EM SISTEMAS DE GESTÃO SOLANGE DE ARAÚJO SIMÕES CORRÊA ANÁLISE DAS CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO NA INDÚSTRIA QUÍMICA: ESTUDO DE CASO COM APOIO DA METODOLOGIA TRIPOD-BETA Niterói-RJ 2010 SOLANGE DE ARAÚJO SIMÕES CORRÊA ANÁLISE DAS CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO NA INDÚSTRIA QUÍMICA: ESTUDO DE CASO COM APOIO DA METODOLOGIA TRIPOD-BETA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Gestão da Escola de Engenharia – Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Sistemas de Gestão. Linha de pesquisa: segurança do trabalho. Orientador: Prof. Dr. Fernando Toledo Ferraz. Niterói-RJ 2010 SOLANGE DE ARAÚJO SIMÕES CORRÊA ANÁLISE DAS CAUSAS DE ACIDENTES DO TRABALHO NA INDÚSTRIA QUÍMICA: ESTUDO DE CASO COM APOIO DA METODOLOGIA TRIPOD-BETA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Gestão da Escola de Engenharia – Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Sistemas de Gestão. Linha de pesquisa: segurança do trabalho. Aprovada em 08 de Março de 2010 BANCA EXAMINADORA ____________________________________________ Fernando Toledo Ferraz, D.Sc. Universidade Federal Fluminense ____________________________________________ Gilson Brito Alves Lima, D.Sc. Universidade Federal Fluminense ____________________________________________ Francisco Duarte, D.Sc. Universidade Federal do Rio de Janeiro / COPPE Dedico este trabalho A ODALÉA FALBO DE ARAÚJO, minha querida mãe, pelo exemplo de persistência e de vida em todos os momentos de minha vida escolar, acadêmica, profissional e pessoal; A MARCELLO MONTEIRO DE ARAÚJO, meu querido pai, que mesmo ausente desde muito cedo propiciou os meios para a minha formação; A JOSÉ HUMBERTO, MARCO ANTÔNIO, JOÃO PEDRO e PAULO HENRIQUE, companheiro e filhos, pelo carinho que sempre me dedicaram e, especialmente, pela atenção e paciência que tiveram comigo durante o período de preparo desta dissertação. AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, professor Dr. Fernando Toledo Ferraz, que contribuiu com suas críticas, ao desenvolvimento deste trabalho de pesquisa; Ao meu sogro e amigo Dr. Afonso Nogueira Simões Corrêa, que contribuiu com a revisão final do texto deste trabalho de pesquisa; Ao professor Robson Spinelli Gomes, por sua contribuição e incentivo durante a etapa de qualificação deste trabalho de pesquisa; Aos engenheiros de segurança Ricardo Matte, Fábio Schmid e Marcelo Rampazzo da empresa onde foi aplicada a metodologia desta pesquisa pela colaboração fundamental para o sucesso deste projeto; Aos estagiários, Daniele Pereira da Silva e Eduardo Nogueira Dias, da empresa onde foi aplicada a metodologia do desta pesquisa pela colaboração na preparação das bases de dados para compilação dos dados de acidentes. Aos engenheiros Paulo Sergio Monteiro de Alvarenga e Albeny Andrade, diretores, à época, da empresa na qual foi aplicada a metodologia desta pesquisa, pela indicação, incentivo, e confiança para realização deste projeto; À empresa LANXESS Elastômeros do Brasil S. A., e ao seu diretor presidente Sr. Joerg Schneider, pela oportunidade e apoio para conclusão desta pesquisa. Às empresas Braskem, Suzano Petroquímica, Bayer, FCC, entre outras que permitiram a troca de experiência para determinação das boas práticas de mercado na área de segurança do trabalho; Aos funcionários do LATEC, pelo apoio oferecido durante todo o período de realização deste trabalho de pesquisa. RESUMO Esta dissertação apresenta uma avaliação das principais causas de acidentes do trabalho em indústria química Brasileira. A metodologia utilizada é baseada no modelo de causalidade de acidentes Tripod-Beta, e busca, através de um estudo de caso, identificar por meio de 11 fatores básicos de risco (FBRs) quais as falhas latentes de um sistema de gestão de segurança. A partir das falhas latentes, que têm origem em decisões estratégicas e gerenciais, e levam à existência de condições inseguras no ambiente de trabalho, é possível controlar, reduzir e prevenir a ocorrência de erros humanos. Mecanismos de gestão, implementados pela empresa objeto deste estudo, são avaliados frente a indicadores de desempenho, como taxas de frequência de acidentes, em três plantas industriais desta empresa localizadas em regiões distintas no Brasil. A partir dos resultados obtidos, pretendese analisar a contribuição da metodologia Tripod-Beta na identificação e interpretação das causas reais dos acidentes do trabalho na indústria química. Palavras-chave: Segurança do trabalho. Causas de acidentes. Falhas latentes. Tripod-Beta. ABSTRACT This dissertation presents an assessment of the contributing factors to job-related accidents in the Brazilian chemical industry. The methodology used is based on accident causation model named Tripod-Beta and aims, through a case study, by means of 11 basic risk factors (BRFs) the identification of the latent failures in a safety management system. From these latent failures, which are originated from strategic and management decisions, and, in its turn result into unsafe conditions in a workplace, it is possible to control, to reduce and to prevent the human errors occurrence. Management mechanisms that were implemented by the company which had taken part in this study are evaluated against key point indicators, as labour accident frequency rates, obtained from three industrial sites of the company located in different regions of Brazil. From the obtained results the author intends to analyze Tripod-Beta contribution to identify and to understand the real causes of job-related accidents in the chemical industry. Keywords: Safety. Accident causation. Latent failures. Tripod-Beta. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Evolução da TCAF no Brasil, no período de 2001-2007. ........................15 Figura 2 - Evolução da TCAF no Mundo, no período de 2000-2007. ......................16 Figura 3 - Principais tipos de erros. .........................................................................29 Figura 4 - Teoria do Dominó. ...................................................................................31 Figura 5 - Modelo ILCI – controle de perdas............................................................32 Figura 6 - Comparações entre fases de diferentes modelos de acidentes. .............33 Figura 7 - Estratégias de prevenção de acidentes...................................................34 Figura 8 - Vértices do Tripod-Delta: TGFs, atos inseguros, resultados negativos. ..39 Figura 9 - Processos x TFGs, e seu impacto nas Error-enforcing conditions. .........40 Figura 10 – Mecanismo do Acidente de acordo com o modelo HEMP.....................42 Figura 11 - Método Tripod-Beta completo. ...............................................................43 Figura 12 -Total de acidentes do trabalho por tipo de funcionário no período de 2006 a 2008.......................................................................................58 Figura 13 - Total de acidentes do trabalho por planta no período de 2006 a 2008.................. .....................................................................................59 Figura 14 - Distribuição dos acidentes do trabalho por tipo de processo no período de 2006 a 2008..........................................................................60 Figura 15 - Acidentes com afastamento do trabalho por planta no período de 2006 a 2008.................. ........ .................................................................62 Figura 16 - Acidentes Reportáveis por planta no período de 2006 a 2008..............63 Figura 17 - Distribuição dos Acidentes Reportáveis, segundo classificação OSHA, no período de 2006 a 2008. ......................................................64 Figura 18 - Distribuição dos tipos de falhas ativas no período de 2006 a 2008.......66 Figura 19 - Distribuição dos tipos de pré-condições no período de 2006 a 2008. ...69 Figura 20 - Distribuição dos FBRs no período de 2006 a 2008. ..............................70 Figura 21 - Histograma da distribuição dos FBRs. ..................................................71 Figura 22 - Evolução do FBR Condições que levam a erros. ..................................72 Figura 23 - Evolução do FBR Equipamentos...........................................................73 Figura 24 - Evolução do FBR Procedimentos..........................................................74 Figura 25 - Evolução do FBR Gerenciamento de Manutenção. ..............................75 Figura 26 - Evolução do FBR Projeto. .....................................................................76 Figura 27 - Evolução do FBR Defesa. .....................................................................77 Figura 28 - Evolução do FBR Housekeeping...........................................................78 Figura 29 - Evolução do FBR Treinamento. ............................................................79 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Fatores básicos de risco do modelo Tripod-Beta.................................44 Quadro 2 - Distribuição de falhas ativas na Planta 1 no período de 2006-2008. ...67 Quadro 3 - Distribuição de falhas ativas na Planta 2 no período de 2006-2008. ...67 Quadro 4 - Distribuição de falhas ativas na Planta 3 no período de 2006-2008. ...68 LISTA DE SIGLAS ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas BR – Polybutadiene Rubber CO – Communications COPERBO – Companhia Pernambucana de Borracha DE – Design DF – Defences DOE – Department of Energy U.S. EC – Error-enforcing conditions ESBR – Emulsion Styrene Butadiene Rubber FAT – Fatalidade FBRs – Fatores Básicos de Risco FCC – Fábrica Carioca de Catalisadores HEMP – The Hazard and Effects Management Process HHT – Homem-hora de Exposição ao Risco HK – Housekeeping HRO – High Reliability Organizations HW – Hardware ICCA – International Council of Chemical Associations IG – Incompatible goals ILCI – International Loss Control Institute IPP – Incapacidade Parcial Permanente ISO – International Organization for Standardization ITP – Incapacidade Total Permanente LAT – Afastamento do Trabalho LTM – Tratamento Médico LTR – Trabalho Restrito MN – Maintenance management NAT – Normal Accident Theory NBR – Norma Brasileira OARU – Occupational Accident Research Unit Model OHSAS – Occupational Health and Safety Management Systems OR – Organization OSHA – Occupational Safety and Health Administration PBLH – Polybutadiene Liquid Hydroxilated PR – Procedures SBR – Styrene Butadiene Rubber SOS – Primeiros Socorros SSBR – Solution Styrene Butadiene Rubber TCAF – Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento TFG – Tipo de Falha Geral TR – Training TREP – Taxa de Frequência de Acidentes Reportáveis TTOT – Taxa de Frequência de Acidentes Total UNIPAR – União de Indústrias Petroquímicas SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................14 1.1 CONTEXTO DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA QUÍMICA .....14 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA...............................................................................17 1.3 QUESTÕES DA PESQUISA...............................................................................19 1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA...............................................................................19 1.5 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA..............................................20 1.6 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA ........................................................................21 2 REVISÃO DA LITERATURA..............................................................................22 2.1 CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO .....................................................22 2.2 CULTURA E CLIMA DE SEGURANÇA ..............................................................24 2.3 COMPORTAMENTO DE RISCO E AMBIENTE DE TRABALHO .......................26 2.4 MECANISMOS DE GESTÃO E ERRO HUMANO ..............................................28 2.5 MODELOS DE ACIDENTES...............................................................................30 2.6 CONCEITOS DE CAUSA DE ACIDENTE ..........................................................36 2.7 METODOLOGIA TRIPOD...................................................................................37 2.7.1 Tripod-Delta ...............................................................................................38 2.7.2 Tripod-Beta ................................................................................................42 3 METODOLOGIA DE PESQUISA .......................................................................46 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ..................................................................46 3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS .............................................................................47 3.2.1 Pesquisa bibliográfica ..............................................................................48 3.2.2 Identificação das melhores práticas de mercado ..................................48 3.2.3 Classificação de acidentes do trabalho ..................................................48 3.2.4 Mecanismos de gestão adotados ............................................................50 3.2.5 Coleta de dados ........................................................................................51 3.2.6 Acompanhamento dos resultados ..........................................................54 4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS.........................................................57 4.1 RESULTADOS OBTIDOS...................................................................................57 4.1.1 Total de acidentes do trabalho ................................................................57 4.1.2 Total de acidentes do trabalho por planta ..............................................59 4.1.3 Total de acidentes do trabalho por processo.........................................60 4.1.4 Acidentes do trabalho com afastamento ................................................61 4.1.5 Acidentes do trabalho reportáveis ..........................................................63 4.1.6 Tipos de falhas ativas...............................................................................65 4.1.7 Tipos de pré-condições............................................................................68 4.1.8 Tipos de fatores básicos de risco ...........................................................70 4.2 ANÁLISE DOS DADOS ......................................................................................71 4.3 ANÁLISE CRÍTICA .............................................................................................80 5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES...............................................................83 5.1 CONCLUSÕES...................................................................................................83 5.2 RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ........................................85 5.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................86 REFERÊNCIAS.........................................................................................................88 APÊNDICES .............................................................................................................93 14 1 INTRODUÇÃO Neste Estudo de Caso pretende-se identificar e explicar as ligações causais a partir de situações reais que resultaram em acidentes do trabalho, através de aplicação da metodologia Tripod-Beta e da avaliação de práticas comuns adotadas pelo mercado, com vistas à redução permanente do número de acidentes do trabalho. 1.1 CONTEXTO DA SEGURANÇA DO TRABALHO NA INDÚSTRIA QUÍMICA Desde a implantação do Programa Atuação Responsável, da Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), em 1992, a indústria química brasileira tem se estruturado e implementado práticas que visam à melhoria de seu desempenho em segurança no trabalho. Como os processos químicos estão normalmente associados a ambientes perigosos, a redução do acidente de trabalho constitui um grande desafio para este segmento industrial. De uma forma geral existe uma grande preocupação por parte das empresas, não só pelos altos custos sociais e econômicos, como também pelo desgaste de imagem, em uma sociedade cada vez mais consciente e preocupada com a sustentabilidade do planeta e com a qualidade de vida do homem. O desempenho em segurança do trabalho na indústria química é usualmente medido através de indicadores que avaliam efeitos, como notificações e estatísticas de acidentes, denominados “reativos” e os que avaliam métodos de prevenção, como relatos de quase-acidentes, horas de treinamento em segurança entre outros, denominados “pró-ativos” (DE CICCO, 1997). Diversos estudos da década de 1990 apontam para um deslocamento de medidas de desempenho em segurança, baseadas nos indicadores reativos, como fatalidades e taxas de acidentes do trabalho, em direção aos indicadores pró-ativos, como auditorias de segurança ou medições do clima de segurança nas 15 organizações (FLIN, 1998). A mudança de foco se deve a consciência de que as principais causas dos acidentes em indústrias são mais corretamente atribuídas a fatores organizacionais, administrativos e humanos do que a falhas puramente técnicas (WEICK; SUTCLIFFE; OBSTFELD, 1999). Relatórios de Responsabilidade Social têm sido publicados, sendo um de seus indicadores, para avaliação de exercício da cidadania empresarial, a Taxa de Frequência de Acidentes com Afastamento (TCAF), que representa o número de acidentes que ocasionaram afastamento do trabalho por um milhão de horas de exposição ao risco. Apesar de ser um indicador reativo, podemos dizer que a TCAF é o mais utilizado, pois apesar de não permitir uma comparação plena entre números de diferentes empresas, constitui uma medida confiável, mesmo considerando-se as diferenças entre culturas e legislações de diferentes países. Na Figura 1 são apresentados os resultados de 122 empresas Brasileiras do setor químico. Observa-se uma evolução da TCAF (próprio + contratados) de 4,16 em 2001 para 2,53 em 2007, denotando uma redução de aproximadamente 39% na ocorrência de acidentes, considerando-se toda a força de trabalho. Figura 1 - Evolução da TCAF no Brasil, no período de 2001-2007. Fonte: Associação Brasileira da Indústria Química (2008, p. 8). 16 Os dados da indústria química nacional ainda estão muito aquém se comparados às taxas de frequência de acidentes com afastamento de funcionários próprios alcançadas, já no ano de 2005, por países do primeiro mundo: Japão (TCAF = 0,42), Holanda (TCAF = 1,39), Estados Unidos (TCAF = 1,40) e Bulgária (TCAF = 1,50) – dados do relatório do International Council of Chemical Associations – ICCA (2007). Na Figura 2 são apresentados os resultados anuais, de em média 32 países participantes do Responsible Care, que através de suas associações reportam suas taxas de frequência de acidentes com afastamento de funcionários próprios ao International Council of Chemical Associations. Figura 2 - Evolução da TCAF no Mundo, no período de 2000-2007. Fonte: ICCA - Responsible Care Status Report - 2008 (2009, p. 20). Observa-se a mesma evolução positiva no cenário mundial, pois mesmo com o aumento do nível de produção da indústria química, no período, as taxas de frequência de acidentes com afastamento vêm apresentando redução sistemática. Cabe ressaltar que as taxas de frequência de acidentes com afastamento de funcionários próprios no Brasil para os anos de 2006 e 2007, TCAF = 3,39 e 2,86, apesar de mais elevadas em relação a 2005, ainda são menores que as taxas médias mundiais no mesmo período, TCAF = 3,91 e 3,89. Contudo este fato não coloca o Brasil em posição de destaque, e reforça a necessidade de melhoria do desempenho em segurança do trabalho por parte da indústria química Brasileira. 17 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA Fatores organizacionais desempenham um papel importante em praticamente todos os acidentes e, portanto identificá-los é fator crítico de sucesso para a compreensão, prevenção e controle dos acidentes. Perrow (1999) iniciou o desenvolvimento da teoria, hoje conhecida como Normal Accident Theory (NAT), a partir do incidente conhecido internacionalmente por Three Mile Island, ocorrido em planta de energia nuclear na Pensilvânia, EUA. Nesta teoria afirma-se que, mesmo em plantas industriais providas de sistemas de alta tecnologia, os acidentes são inevitáveis ou considerados “normais”. Este fato é atribuído a alta complexidade e interdependência de subsistemas, tornando as respostas automáticas aos distúrbios operacionais muito rápidas e algumas vezes desastrosas, sem que haja tempo para o operador tomar conhecimento de sua existência. Segundo o mesmo autor, a redundância aumenta o nível de complexidade dos sistemas automatizados e pode não somente ser ineficaz como ser a causa direta de acidentes. Em contraponto aos adeptos da NAT, que não acreditam na habilidade de operadores, gerentes e de equipes de manutenção em manter sistemas altamente tecnológicos sob condições de segurança, outra corrente de pesquisadores acredita que existem sistemas com graus de complexidade e interdependência elevados que operam com muito poucos acidentes, e por isto são denominados de High Reliability Organizations (HRO). Estudos contemplando a abordagem HRO sustentam que existem três características nestas organizações que permitem a operação livre de falhas, e simultaneamente com alto desempenho: a) Uso intensivo da redundância com forma de evitar as falhas e/ou retornar para situação de controle após um distúrbio; b) Habilidade de mudança na estrutura organizacional em situações de crise. Seus funcionários são treinados e possuem autonomia para enfrentar situações de emergência; c) Aprendizado organizacional baseado em fatos, experiência acumulada, simulações, acidentes, incidentes, quase acidentes, e nunca o aprendizado com base na tentativa e erro. 18 Não existe uma forma simples ou padronizada para se atingir um alto desempenho em segurança, portanto consiste em um desafio para as organizações, através de seus gestores de segurança, a minimização dos acidentes do trabalho, sejam os processos simples ou complexos, de alta tecnologia ou não. Diversos métodos para investigação de acidentes do trabalho têm sido desenvolvidos nas últimas décadas. Segundo Sklet (2004), estes métodos possuem diferentes qualidades e deficiências e, portanto, em função das particularidades de cada método aplicam-se a diferentes áreas. Em um trabalho de comparação entre alguns métodos selecionados, o mesmo autor afirma que a combinação de várias metodologias deve ser utilizada para uma investigação detalhada de acidentes. Embora esses diferentes métodos usem terminologias diferentes para definir causas de acidentes, tais como fatores causais, fatores determinantes, fatores contribuintes, falhas ativas e falhas latentes ou problemas de segurança, entre outras, todos concluem a respeito do que aconteceu, porque aconteceu e sobre o que deve ser feito para prevenir futuros acidentes pelo mesmo motivo. A presente pesquisa pretende, a partir da metodologia Tripod-Beta, determinar quais os fatores organizacionais que contribuem para a ocorrência de acidentes do trabalho que resultam em lesão pessoal em indústria nacional produtora de elastômeros. As medidas adotadas pela empresa a partir da análise de acidentes com lesão e o acompanhamento da evolução das taxas de acidentes do trabalho, permitirão determinar quais são os mecanismos de gestão de segurança mais adequados à minimização/ eliminação dos acidentes do trabalho. 19 1.3 QUESTÕES DA PESQUISA Com base no contexto e no problema de pesquisa apresentados pretendeuse responder a seguinte questão principal: Quais as causas mais freqüentes dos acidentes do trabalho que resultam em lesão pessoal da força de trabalho na indústria química nacional produtora de elastômeros? Como decorrência da questão principal, pretendeu-se responder também a seguinte questão: Quais os mecanismos de gestão que mais contribuem para a melhoria do desempenho em segurança do trabalho? 1.4 OBJETIVOS DA PESQUISA Para responder às questões formuladas, esta pesquisa pretendeu avaliar os registros de acidentes do trabalho que resultaram em lesão pessoal de funcionários próprios e contratados que trabalham em três fábricas, de indústria produtora de elastômeros, localizadas nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Isto será possível por meio da análise de dados em amostra de aproximadamente 1.617 funcionários próprios e contratados nos anos de 2006, 2007 e 2008, mediante os seguintes objetivos específicos: a) Incorporar à classificação dos acidentes do trabalho que resultaram em lesão pessoal, os critérios segundo metodologia da Occupational Safety and Health Administration (OSHA); b) Identificar e analisar as causas dos acidentes do trabalho que resultaram em lesão pessoal através da metodologia Tripod-Beta; c) Identificar os mecanismos de gestão de segurança, que mais contribuíram para eliminação e/ou minimização das causas de acidentes do trabalho. 20 1.5 JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA A relevância deste trabalho de pesquisa está na contribuição metodológica para identificação e interpretação das causas reais dos acidentes do trabalho na indústria química, subsidiando os tomadores de decisão com informações que permitem um melhor gerenciamento e consequente aumento do nível de segurança da organização. A partir da aplicação da metodologia deste trabalho de pesquisa será possível: a) Estabelecer a relação entre os fatores básicos de risco, as condições latentes, e os acidentes do trabalho, identificando as falhas organizacionais que mais contribuem para sua ocorrência; b) Reconhecer os padrões de acidentes através de análise conjunta de todos os eventos envolvendo funcionários próprios e contratados; c) Identificar mecanismos de gestão e suas respectivas contribuições para a redução de acidentes do trabalho. Desta forma a pesquisa se justifica por evidenciar a importância da notificação e avaliação sistemática de acidentes do trabalho com vistas ao aprimoramento da gestão de segurança do trabalho no setor químico, objetivando alcançar os melhores padrões internacionais, e a consequente melhoria da imagem da indústria química nacional. 21 1.6 ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA Esta pesquisa está estruturada em cinco capítulos. No primeiro capítulo, Introdução, aborda-se o contexto da segurança do trabalho na indústria química, o problema de pesquisa, as questões, os objetivos, a justificativa e a relevância da pesquisa. No segundo capítulo apresenta-se a Revisão da Literatura, que aborda o conceito de acidente do trabalho, cultura e clima de segurança, comportamento de risco e ambiente de trabalho, mecanismos de gestão e erro humano, modelos de acidentes, conceitos de causa de acidente, e metodologia Tripod a ser utilizada como modelo para identificação das principais causas de acidentes. No terceiro capítulo apresenta-se a Metodologia de Pesquisa utilizada para identificação das causas de acidentes na indústria química através da caracterização da empresa em estudo e das seguintes etapas metodológicas: pesquisa bibliográfica, identificação das melhores práticas de mercado, classificação de acidentes do trabalho, mecanismos de gestão adotados, coleta de dados e acompanhamento dos resultados. No quarto capítulo apresentam-se os Resultados e Análise dos Dados, obtidos a partir da aplicação da metodologia proposta, e uma Análise Crítica do trabalho de pesquisa. Por último, no quinto capítulo, Conclusões e Considerações, são apresentadas as conclusões, as recomendações para pesquisas futuras e as considerações finais. 22 2 REVISÃO DA LITERATURA A revisão da literatura apresentada neste capítulo está subdividida em cinco seções. A seção 2.1, denominada Conceito de Acidente do Trabalho, aborda os conceitos de acidente e quase-acidente, utilizados ao longo desta pesquisa. A seguir, na seção 2.2, denominada Cultura e Clima de Segurança, são abordadas as diferenças entre estes conceitos e apresentados os elementos que têm sido apontados como fundamentais para o estabelecimento de um alto desempenho em segurança. A seção 2.3, denominada Comportamento de Risco e Ambiente de Trabalho, discorre sobre os aspectos cognitivos e organizacionais que afetam o comportamento do empregado e consequentemente o desempenho em segurança. Na seção 2.4, denominada Mecanismos de Gestão e Erro Humano, são apresentadas abordagens utilizadas na gestão da segurança que podem ter grande contribuição na redução de acidentes, destacando-se o papel do erro humano e suas formas de prevenção. Na seção 2.5, denominada Modelos de Acidentes, discorre-se sobre as diferentes abordagens utilizadas na análise de acidentes. Na seção 2.6, denominada Conceitos de Causa de Acidente, são apresentadas as definições usuais para expressar causas de acidentes e finalmente na seção 2.7, denominada Metodologia Tripod, apresenta-se o modelo proposto neste trabalho de pesquisa. 2.1 CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO Existem diversas definições de acidente na literatura. Segundo Brown (1995), essas definições são fortemente influenciadas pelos interesses específicos dos grupos de profissionais que as formulam. Como normalmente os acidentes têm múltiplas causas, os engenheiros estão, via de regra, interessados nas causas de origem tecnológica, os cientistas comportamentais nas causas relacionadas ao comportamento humano, enquanto os médicos estão preocupados com as lesões e as formas de tratamento destas lesões. 23 O incidente é definido como um evento não usual ou não esperado que resulta ou tem potencial de resultar em lesão pessoal, dano à propriedade, impacto negativo ao meio ambiente ou interrupção de processos operacionais (PHILLEY; PEARSON; SEPEDA, 2003). Kjellén (2000) define acidente como uma seqüência de eventos lógicos e cronológicos, que desviados, provocam um incidente que resulta em lesão pessoal ou dano ao meio ambiente ou à propriedade. O quase-acidente representa um tipo de ocorrência bem mais comum que os acidentes, sendo um indicativo da probabilidade de ocorrência desses últimos. Hinze (1997) define os quase-acidentes como eventos que não resultaram em lesão aos trabalhadores ou dano à propriedade, mas que apresentaram alto potencial para tanto. No âmbito do Ministério do Trabalho e Emprego, a Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, no artigo 19, define o acidente do trabalho como [...] é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho de segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária. No âmbito da Previdência Social, a definição de acidente do trabalho é [...] o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2001, p. 1), por meio da Norma Brasileira (NBR) 14.280, de 1º de fevereiro de 2001, traz a seguinte definição: “Acidente é a ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício físico do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto desta lesão”. 24 Especificamente nesta pesquisa será adotada a seguinte definição: “Acidente é a ocorrência não planejada, instantânea ou não, decorrente da interação do ser humano com o seu meio ambiente físico e social de trabalho, que provoca lesão pessoal”, visto que a definição da NBR 14.280/2001 apresenta uma abrangência para o conceito de acidente que inclui também o quase-acidente, este sim, conforme definição de Hinze (1997) tem relação com o potencial para provocar lesão pessoal. Segundo Saurin (2002), ao considerar o acidente como evento não planejado contempla-se o papel do acaso, e ao estabelecer interação física e social do ser humano com o trabalho contempla-se não somente máquinas, ferramentas e condições físicas entre outras, como também são considerados aspectos relacionados à organização do trabalho e interpessoais entre outros. 2.2 CULTURA E CLIMA DE SEGURANÇA Observa-se na literatura que as terminologias clima de segurança e cultura de segurança são usadas indistintamente. No entanto o termo clima de segurança é mais adequado quando se trata de medição da eficácia de um mecanismo de gestão, pois reflete a percepção dos empregados e a atmosfera organizacional. Já o termo cultura de segurança é mais adequado para expressar os valores transmitidos pela alta organização para seus membros através de diretrizes, políticas de gestão, estilo gerencial, bem como através do aporte de recursos para melhoria do desempenho em saúde e segurança. Geller (2001) define Cultura de Segurança Total como uma cultura em que os indivíduos: (a) entendem segurança como um valor; (b) possuem senso de responsabilidade sobre a segurança dos seus colegas de trabalho, assim como a sua própria segurança; e (c) estão dispostos e capazes para agir com senso de responsabilidade em nome da segurança. Isto quer dizer, que os indivíduos têm as habilidades e as ferramentas necessárias e são estimulados pela cultura a ir "além da obrigação" em nome da sua segurança e dos outros. 25 Em uma revisão, Gadd e Collins (2002) apresentaram as características principais da cultura de segurança e do clima de segurança dentro da literatura acadêmica e aplicada existente, sendo que: a) Cultura de segurança é parte da cultura da organização (seus valores) que afeta atitudes e comportamentos de seus membros com relação ao desempenho em saúde e segurança (COOPER, 2000); b) Clima de segurança são características superficiais da cultura de segurança existente, que são observadas através das atitudes e percepções dos empregados em um dado momento (FLIN et al., 2000). Flin et al. (2000), em uma avaliação sobre sistemas para medição do clima de segurança, realizaram, em uma amostra de 18 indústrias de setores variados (energia, químico, transporte, construção e manufatura), uma pesquisa para identificar quais os elementos mais comumente utilizados para esta medição. Nessa pesquisa os autores concluíram a partir da análise de questionários aplicados por estas indústrias a seus membros, que o tema mais recorrente, pois aparece em 13 dos 18 questionários (72%), é o Gerenciamento, avaliado através da percepção das atitudes e comportamentos da gerência em relação à segurança comparada a aspectos de produção. O segundo tema identificado, com presença em 67% dos questionários, é o Sistema de Segurança; observado através de diferentes aspectos como segurança da organização e sistema de gestão, incluindo permissões para trabalho, comitês de segurança, políticas de segurança, equipamentos de segurança entre outros. Também em 67% dos questionários aparece o tema Risco, sendo este, no entanto, avaliado sob diversas formas, como nível de avaliação de risco/perigo no local de trabalho, percepção de risco, e relatos de comportamentos de risco pelos próprios trabalhadores. Outros temas como Pressão por Trabalho (produtividade) e Competência (treinamento, conhecimento, etc.) também estiveram presentes em aproximadamente um terço dos questionários avaliados. Sem dúvida, esses temas apontados são de fundamental importância na consolidação de uma cultura de segurança nas organizações. No entanto, apesar dos diversos esforços para medição do clima de segurança, é necessário o desenvolvimento de mecanismo para validação dessa aferição frente a resultados 26 como número de acidentes, taxas de acidentes e relatos de quase-acidentes ou comportamentos inseguros, como evidência de alto desempenho em segurança. Glendon e Litherland (2001) não evidenciaram relação entre medições de clima de segurança e desempenho em segurança em empresa construtora de rodovias na Austrália e sugeriram que, para progresso neste campo, futuros pesquisadores em clima de segurança deveriam considerar metodologias mais rigorosas. 2.3 COMPORTAMENTO DE RISCO E AMBIENTE DE TRABALHO Segundo Zohar e Luria (2003), o comportamento seguro apresenta um paradoxo para praticantes e pesquisadores sobre o assunto porque, ao contrário do que o assumido por Maslow (1970), de que a auto preservação supera outros motivos que levam ao comportamento inseguro, este tipo de comportamento prevalece durante muitas rotinas de trabalho fazendo com que a busca pelo comportamento seguro seja um desafio gerencial. Segundo Geller (2001) a percepção de risco varia muito de um indivíduo para outro, e somente é possível melhorar a segurança aumentando-se a percepção de risco e consequentemente diminuindo-se a tolerância ao risco destes indivíduos. Ainda segundo este autor a mudança na percepção de risco dos indivíduos somente ocorre quando a organização alcança a Cultura de Segurança Total. Rundmo (1996), em seu estudo sobre associações entre percepção de risco e segurança, realizado em empresa de petróleo da Noruega, concluiu que existe uma correlação significativa entre percepção de risco e comportamento de risco. No entanto, os resultados mostraram que percepção de risco não pode ser usada para prever comportamento de risco, pois percepção e comportamento são variáveis independentes. Logo, o desempenho em segurança não pode ser melhorado através de alterações na percepção individual do risco. Por outro lado os resultados indicaram que o comportamento do empregado em uma grande extensão é induzido pelo ambiente de trabalho sob o qual está submetido, e portanto, quando não é satisfatório causa insegurança que acarreta estresse e tensão no trabalho aumentando a sensação de risco, podendo acarretar em acidentes e quase- 27 acidentes, que em última análise refletem o desempenho em segurança de uma organização. Além do ambiente de trabalho, existem outros aspectos organizacionais de extrema importância, como comprometimento da alta gerência e supervisores de linha com a segurança, pressão por produção, redução de custos, normas e regulamentos de segurança e competência, que merecem atenção por afetarem o desempenho em segurança. Muito citado na literatura, o processo de observação comportamental e feedback tem sido apontado como um meio eficaz para redução de acidentes e incidentes no local de trabalho. Se bem desenhado e implementado, constitui uma ferramenta fundamental para auxílio na construção ou no fortalecimento da cultura de segurança de uma organização. Geller (1996) compilou alguns princípios da ciência comportamental, que incluem conceitos como: a) Comportamento é dirigido por ativadores e motivado pelas consequências; b) Pessoas estão motivadas para maximizar consequências positivas e minimizar as consequências negativas; c) Embora consequências negativas possam conduzir à mudança comportamento, podem produzir também efeitos laterais indesejáveis; de d) Pessoas aprendem comportamento seguro ao verem os outros fazê-lo; e) Mudança de comportamento de longo prazo requer tanto alterações “internas” como “externas; f) Pessoas têm mais controle pessoal quando trabalham para atingir o sucesso do que quando trabalham para evitar falhas; g) Possibilidade de escolha aumenta o compromisso, a responsabilidade e o envolvimento. 28 2.4 MECANISMOS DE GESTÃO E ERRO HUMANO Nas últimas décadas, diversas medidas vêm sendo tomadas pelas empresas com o objetivo de redução dos acidentes do trabalho. Sistemas de gestão de segurança, programas comportamentais, padronizações de procedimentos, programas motivacionais com remunerações variáveis atreladas ao desempenho em segurança, contratos baseados em resultados de segurança e medidos através dos números de acidentes envolvendo funcionários contratados, requisitos de seleção para atividades de risco, treinamento da força de trabalho, entre outras iniciativas, são hoje adotadas pelas grandes organizações no Brasil. No entanto, ainda existe muito a ser explorado sobre o mecanismo de gestão da contribuição do fator humano sobre a segurança. Segundo pesquisa apresentada por Heinrich (1959) os atos inseguros por parte dos trabalhadores são apontados como causas primárias de 88% dos acidentes. Reason (2006) menciona que apesar de ter se tornado comum atribuir a falhas humanas a ocorrência de 80 a 90% dos acidentes maiores, esta afirmação não agrega muito valor ao entendimento de como os acidentes ocorrem nas organizações, por dois motivos: (1) dificilmente teríamos situação diferente devido ao grande envolvimento de pessoas em sistemas perigosos; (2) o termo “erro humano” transporta para uma ideia de que todas as falhas humanas poderiam ser enquadradas em uma mesma categoria. Ainda segundo esse mesmo autor, as falhas humanas envolvem tipos de desvios que tomam formas diferentes e possuem origens distintas. Na Figura 3 estão apresentados os principais tipos de erros. Observa-se que os estágios de ações intencionais são: planejamento da ação, memorização da ação planejada e por fim execução da ação planejada. Em cada um destes estágios podem ocorrer desvios. 29 Falta de Atenção Falhas de execução e memorização Lapsos de Memória Erros Violação ou uso de normas inadequadas Falhas de Planejamento Resultado não esperado Figura 3 - Principais tipos de erros. Fonte: adaptado de Reason (2006, p. 72). Theobald (2005) conclui, em sua dissertação de mestrado, que a gestão de processos está intrinsecamente ligada à gestão de pessoas, e que qualquer sistema produtivo, simples ou complexo, manual ou automatizado, será sempre em maior ou menor grau, projetado, operado e mantido por seres humanos e, portanto sujeito às falhas humanas. Segundo este autor a prevenção das falhas humanas na indústria de processos deve contemplar as perspectivas da ergonomia, da engenharia de sistemas cognitivos, dos sistemas socio-técnicos, e da engenharia de segurança tradicional. O autor também afirma que somente a incorporação de fatores humanos, via sistema de gestão de segurança, saúde e meio ambiente, permitirá a melhoria do desempenho em segurança das organizações. 30 Segundo Groeneweg (2000), após a publicação do livro Human Error (1990), de James Reason, observou-se uma forte tendência no interesse da contribuição da falha humana nos acidentes industriais. No entanto, um fator comum nesta tendência é a teoria de que a prevenção do erro humano é obtida com maior eficácia através do controle do ambiente de trabalho do que focando o erro individual, ou em quem falhou (CULLEN, 1990; WAGENAAR, 1992). De acordo com Rasmussen (1998), os acidentes decorrem da falta de controle, e, portanto, segurança é uma questão de controle. Sua conclusão é baseada na análise, a partir de olhar mais profundo sobre os grandes acidentes, onde se observa a concomitância de múltiplos erros que não podem ser explicados por uma coincidência fortuita de eventos independentes. 2.5 MODELOS DE ACIDENTES Os modelos de acidentes são representações simplificadas da ocorrência real de um acidente, e representam uma ferramenta muito importante nos sistemas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente. Existem inúmeros métodos para investigação de acidentes, sendo estes métodos influenciados por diferentes tipos de modelos de acidentes. A existência e convivência de modelos de acidentes antigos com modelos mais novos são perfeitamente plausíveis, desde que os objetivos da organização estejam claramente definidos pelo seu gestor, que deverá prover os meios para realização da investigação que concluirá sobre as causas dos acidentes. Kjellén (2000) descreve os seguintes modelos de acidentes: a) Modelo Sequencial Causal: É considerado um dos modelos mais simples, onde o acidente é descrito como uma cadeia de condições e eventos que culminam em uma lesão. Um exemplo deste modelo e um dos mais antigos é o da Cadeia de Múltiplos Eventos ou mais conhecido como “Teoria do Dominó”. De acordo com a “Teoria do Dominó” (HEINRICH, 1941), o elo que leva a um acidente na cadeia de eventos é um ato ou 31 condição insegura no ambiente de trabalho, sendo este o elemento chave para a prática de prevenção de acidentes. A Figura 4 apresenta um desenho esquemático do modelo destacando-se a terceira peça do “dominó” representada pelo ato inseguro e pela condição insegura. Figura 4 - Teoria do Dominó. Fonte: Pandaggis (2003, p. 63). Esse modelo exerceu uma influência muito grande e foi utilizado por muitos países na definição de padrões para coleta de dados e classificação de acidentes, com o objetivo de permitir um gerenciamento estatístico de acidentes. Desta forma dados sobre a lesão (natureza e parte do corpo atingida), sobre o acidente (tipo e agente), condição insegura (presente no ambiente de trabalho) e ato inseguro (comportamento de risco) foram, por muito tempo, utilizados, mesmo que com diferentes denominações, para reportes de acidentes tanto nos Estados Unidos como na Europa. Com o tempo, as estatísticas baseadas nesta teoria evidenciaram que a grande maioria dos acidentes era “causada” por atos inseguros, denotando que o modelo não levava em conta a multicausalidade dos acidentes. 32 A partir desta avaliação foram efetuadas modificações na “Teoria do Dominó”, que resultaram nos modelos que são atualmente utilizados. Nestes novos modelos o início da cadeia de eventos, que leva a um acidente deixou de ser o ambiente de trabalho ou a falha pessoal e sim fatores gerenciais, que afetam a probabilidade de ocorrência de atos e condições inseguras. A Figura 5 apresenta o modelo do International Loss Control Institute (ILCI), que é uma das modificações da “Teoria do Dominó”, que tem influenciado práticas de gestão de segurança, saúde e meio ambiente. Figura 5 - Modelo ILCI – controle de perdas. Fonte: Barboza (2002, p. 15). b) Modelo de Processo: Em contraste com o modelo sequencial causal este modelo normalmente divide as etapas de um acidente em fases, permitindo uma clara distinção entre as suas consequências, causas e fatores contribuintes, facilitando a compreensão de como um sistema de produção gradualmente se deteriora, passando de um estado normal para um estado onde ocorrem os acidentes. De acordo com Kjellén (2000), o modelo Occupational Accident Research Unit Model (OARU) (KJELLÉN; LARSON, 1981) descreve quatro transições na sequência de um acidente que podem ser caracterizadas como: 33 − Transição da condição normal para condição de ausência de controle; − Transição de ausência de controle para perda de controle; − O alvo, que é o corpo humano no caso de acidentes com lesão pessoal, começa a absorver energia; − Absorção de energia cessa. Neste caso a abordagem para análise do acidente inicia-se na falta de controle, caracterizada pela presença de desvios no sistema, que podem ser de origem técnica, organizacional ou social. A Figura 6 compara diversos modelos de acidentes que incluem a componente “processo” em suas abordagens de acordo com suas distinções entre fases. Figura 6 - Comparações entre fases de diferentes modelos de acidentes. Fonte: adaptado de Kjellén (2000, p. 39). 34 c) Modelo de Energia: É um modelo muito usado em estudos epidemiológicos e é baseado no fato de que a transferência de energia em excesso pode provocar lesão, sendo o agente desta lesão uma forma de energia que pode ser mecânica, química, térmica, elétrica, etc. No desenvolvimento desse modelo, Haddon (1980) sistematizou os princípios para prevenção de acidentes em dez estratégias. Na Figura 7 apresentam-se as dez estratégias sob a ótica do perigo, das barreiras e da vítima. Perigo (Fonte de energia) Barreiras Vítima (Alvo Vulnerável) Figura 7 - Estratégias de prevenção de acidentes. Fonte: adaptado de Kjellén (2000, p. 40). d) Modelo de Árvore Lógica: É um modelo sequencial não limitado a uma única sequência de eventos onde existe a representação gráfica e hierárquica através de uma árvore com o evento de topo dando origem aos eventos ou condições subsequentes. Também conhecido com o nome de Árvore de Falhas, esta abordagem pode ser qualitativa ou quantitativa ou ambos. O método da Árvore de Falhas pode ser definido em duas 35 fases. Segundo Iida (1990), a primeira fase consiste na seleção de um evento indesejável e a elaboração de um inventário de todos os fatores subsequentes, onde são definidos dois tipos de relações entre as falhas – a relação sequencial ou em série e a relação em confluência ou paralela – sendo: − Relação sequencial ou em série: nesta relação um evento “A” é condição necessária para a ocorrência do evento “B” ou seja, se não existir o evento “A” não existirá o evento “B”; − Relação de confluência ou paralela: significa que é preciso ocorrer dois ou mais eventos simultâneos (A1 e A2) para que ocorra a consequência (B), ou seja, sem A1 ou sem A2 o evento B não ocorreria. A segunda fase do método é a diagramação dos eventos montando a árvore propriamente dita. Os modelos de gestão de segurança, saúde e meio ambiente são qualitativamente diferentes dos modelos apresentados para identificação das causas de acidentes, pois vão além da simples análise das causas, buscando a melhoria de gestão de segurança, saúde e meio ambiente. Estes modelos surgiram da necessidade das empresas melhorarem o seu desempenho em segurança, saúde e meio ambiente, através da identificação de aspectos e/ou impactos ambientais e perigos e/ou riscos do trabalho, assim como do estabelecimento de medidas para controle dos riscos inerentes às suas atividades. Observa-se que um sistema de gestão estruturado e integrado às demais atividades da empresa permite o atendimento ao estabelecido nas políticas de gestão da organização. Incluem elementos de gestão de segurança, saúde e meio ambiente contemplados nas normas International Organization for Standardization (ISO) 14.001, de 31 de dezembro de 2004, e Occupational Health and Safety Management Systems (OHSAS) 18.001, de 1999. No entanto diferem muito entre si, pois dependem fundamentalmente da experiência e da percepção do especialista que montou o sistema. 36 Em uma avaliação de 14 métodos de investigação de acidentes Sklet (2004) identificou que 43% adotam o modelo de processo, 29% o modelo de sequência causal, 21% o modelo de árvore lógica e 7% o modelo de energia. O modelo de gestão de segurança, saúde e meio ambiente aparece em 43% dos métodos estudados, mas sempre em conjunto com outro modelo, e nunca isoladamente. 2.6 CONCEITOS DE CAUSA DE ACIDENTE Algumas definições para Causa de Acidente são apresentadas neste capítulo. Quando um acidente ocorre, e é relatado, usualmente encontramos descrições muito ricas a respeito do que, onde e quando o acidente aconteceu. No entanto, o objetivo principal de se chegar as causas de um acidente é identificar porque o acidente ocorreu, pois desta forma é possível tomar ações corretivas sistêmicas para evitar sua recorrência. Hopkins (2000) define que uma coisa é causa de outra, se na ausência da primeira, a segunda não ocorre. Leplat (1997) afirma que, quando um evento X é considerado causa de um evento Y significa que a ocorrência de X é condição necessária para a produção de Y, nas circunstâncias consideradas. Department of Energy U.S. – DOE (1999) descreve três tipos de fatores causais: a) Causa direta: é o evento imediato ou condição que causou o acidente; b) Causa contribuinte: é o evento ou condição que junto com outras causas aumenta a probabilidade de ocorrência de um acidente, mas que individualmente não causa o acidente; c) Causa raiz: é o fator causal que, se corrigido, preveniria a recorrência do acidente. Brush e Paradies (1988) apontam como definição mais usual de causa raiz aquela mais básica das causas que possa ser razoavelmente identificada e que a gerência tem controle para corrigir. 37 Kjellén (2000) complementa a definição de Brush e Paradies (1988) para causa raiz, conceituando que a causa mais básica de um acidente é aquela que decorre da falta de controle gerencial adequado, resultando em desvios ou fatores contribuintes. Onde fator contribuinte é aquela condição crescente de risco no ambiente de trabalho mais permanente ou durável, normalmente relacionada com projeto, organização e sistema social. Portanto, para Kjellén (2000) a causa de um acidente pode ser descrita através dos fatores contribuintes ou de sua causa raiz. Todas as definições são adequadas e embora as terminologias variem de acordo com os autores, a identificação das causas em processos de investigação de acidentes tem o mesmo objetivo, que é saber por que ocorreram as falhas, propiciando que as organizações aprendam com seus erros passados e evitem a ocorrência de acidentes similares no futuro. No âmbito desta pesquisa, as causas dos acidentes serão identificadas através do fator contribuinte cuja condição de risco no ambiente de trabalho for considerada de maior relevância para o evento investigado. 2.7 METODOLOGIA TRIPOD A teoria que deu origem ao método Tripod teve o seu desenvolvimento iniciado pelos pesquisadores W. A. Wagenaar e J. T. Reason, das Universidades de Leiden e Manchester, em um projeto de pesquisa que investigava maneiras de prevenir o erro humano. Esse estudo foi solicitado pelo Grupo Royal Dutch/Shell, em 1986. Alguns anos mais tarde Reason et al. (1989) apresentaram para a Shell Internationale Petroleum Maatschppij (hoje Shell Internacional Exploration and Production BV), um relatório denominado TRIPOD: A principled Basis for Accident Prevention?”, que apresentava a metodologia Tripod como uma ferramenta para melhorar o desempenho em segurança. 38 2.7.1 Tripod-Delta Segundo Reason (2006) a técnica foi aplicada e aprimorada em várias unidades de produção da Shell no período de 1989 a 1992, sendo a primeira versão emitida pela Shell em 1993, que após algumas revisões deu origem, em 1996, ao hoje conhecido Tripod-Delta. Embora o principal objetivo da Shell fosse a redução da TCAF, o modelo desenvolvido não buscava diretamente a redução do número de acidentes com afastamento, e sim a minimização e controle dos tipos de falha geral (TFGs), que são fatores organizacionais e presentes no ambiente de trabalho, que levam aos acidentes. A filosofia do modelo está baseada no fato de que atos inseguros e acidentes com e sem afastamento nascem da união de dois componentes: TFG e evento local iniciador. Como somente os TFGs ou as condições latentes associadas, com processos organizacionais específicos, podem ser antecipados e corrigidos antes da ocorrência de acidentes, a eficácia da gestão de segurança está no monitoramento e no controle dos TFGs. A Figura 8 apresenta os principais elementos da teoria Tripod. Os vértices inferiores do triângulo representam a ocorrência de atos inseguros em presença de perigo, ocasionando quebra das barreiras de segurança com resultado indesejado (acidentes, incidentes, perdas). A esta abordagem tradicional o modelo Tripod-Delta introduziu a terceira e mais importante dimensão: Os TFGs, que estão representados no vértice superior do triângulo, e estão associados a condições latentes recorrentes, associadas com eventos passados, que por sua vez criam précondições que promovem ou exacerbam atos inseguros. 39 Id e co ntif n ic TG firm ar e Fs ar Tipos de Falha Geral e ir r ed rola M nt co r iza m i in M Inspeção Ap re nd er e Melhoria Perigos Acidentes, incidentes, perdas Atos inseguros re ina ar e r T tiv mo Defesas Figura 8 - Vértices do Tripod-Delta: TGFs, atos inseguros, resultados negativos. Fonte: adaptado de Reason (2006, p. 133). A partir da observação dos registros de acidentes em um determinado número de unidades de produção, foram selecionados os 11 TFGs presentes no ambiente de trabalho e nas organizações, que mais contribuíram para os atos inseguros e consequentemente para a ocorrência de acidentes com afastamento. Reason (2006) descreveu estes tipos de falha geral, como exposto a seguir: a) Hardware: este TFG está relacionado com a qualidade e a disponibilidade de ferramentas e equipamentos. Seus principais componentes são responsabilidades e políticas de compra, qualidade do sistema de estoque, qualidade de suprimento, roubo e perda de equipamento, aluguel de curto prazo, conformidade com as especificações, idade do equipamento, uso não convencional do equipamento, entre outros. b) Design: o projeto transforma-se em um TFG quando ele induz à adoção de erros e violações. Existem três classes principais de problemas: ausência de manual técnico para prover conhecimento sobre o equipamento, objetos projetados sem instruções claras para partida ou sobre faixas seguras de trabalho, e falha de itens projetados para prover feedback ou alertas, para os usuários; 40 c) Maintenance management: este TFG está mais relacionado com o gerenciamento do que com a execução de atividades de manutenção. O trabalho foi planejado com segurança? O trabalho de manutenção ou uma parada associada causou perigo? A manutenção ocorreu no tempo apropriado?; d) Procedures: este TFG está relacionado com a falta de qualidade, precisão, relevância, disponibilidade e exequibilidade dos procedimentos; e) Error-enforcing conditions: condições que levam a erros são situações relacionadas com o local de trabalho ou com o indivíduo, que podem levar a atos inseguros. Este TFG desdobra-se em duas categorias: i) condição que produz erro; e ii) condição que promove violação. Condições que levam a erros recebem influência de vários outros TFGs, conforme apresentado na Figura 9, que mostra a relação entre os processos básicos e os TFGs, assim como o impacto combinado que estes produzem sob as condições que levam a erros; PROCESSOS Estabelecimento de metas Administração Gerência Projeto TFGs Metas incompatíveis Deficiências organizacionais Falhas de comunicação Falhas de projeto Falhas de defesa Montagem Falhas de equipamento Falhas de defesa Operação Falhas de treinamento Falhas de procedimentos Falhas de housekeeping Manutenção Falhas de treinamento Falhas de procedimentos Falhas gerenc. manutenção Situações que levam a erros Figura 9 - Processos x TFGs, e seu impacto nas Error-enforcing conditions. Fonte: adaptado de Reason (2006, p. 136). 41 f) Housekeeping: são normalmente ocasionados por investimento inadequado, recursos humanos insuficientes, ausência de incentivo, fraca definição de responsabilidades ou equipamentos em mau estado. Este é considerado um TFG quando problemas estão presentes por muito tempo, vários níveis da organização têm o conhecimento e nada tem sido feito para corrigi-los; g) Incompatible goals: este é considerado um TFG quando ocorrem conflitos entre objetivos, em um dos três níveis: − Individual – conflito causado por preocupação ou problemas domésticos; − Grupo – conflito causado quando normas informais de um grupo são incompatíveis com os objetivos de segurança da organização; − Organizacional – conflito causado quando existe incompatibilidade entre objetivos de segurança e produtividade. h) Communications: este é considerado um TFG quando ocorrem problemas de comunicação, em uma das três categorias: − Falhas de sistemas – quando os canais de comunicação não existem, não funcionam, ou não são regularmente usados; − Falhas em mensagens – quando os canais de comunicação existem, mas a informação necessária não é transmitida; − Falhas de recepção – quando os canais de comunicação existem, a mensagem é enviada corretamente, mas a informação não é entendida ou chega muito tarde. i) Organization: este TFG está relacionado com deficiências organizacionais que não tornam claras as responsabilidades pela segurança e permitem que sinais de advertência sejam negligenciados. Os três principais componentes são: estrutura organizacional, responsabilidades definidas e gerenciamento da segurança dos contratados; 42 j) Training: este é considerado um TFG quando existem falhas de compreensão dos requisitos de treinamento, falta de aprimoramento de treinamento relativo às operações, quando ocorre dificuldade de treinamento, avaliação insuficiente dos resultados, ausência de mistura entre pessoas experientes e inexperientes, baixa qualidade nas análises das tarefas, e definição inadequada dos requisitos de competência, entre outros; k) Defences: este TFG está relacionado às falhas de detecção, advertência, proteção pessoal, recuperação, contenção, escape e resgate. 2.7.2 Tripod-Beta Segundo Groeneweg (2000), o projeto original de pesquisa resultou em outra ferramenta, o Tripod-Beta, que é aplicada em uma gama variada de segmentos como nuclear, químico, óleo e gás, operadoras de helicópteros e companhias aéreas, entre outros. O método Tripod-Beta é originado a partir do Tripod-Delta, acrescido do modelo The Hazard and Effects Management Process (HEMP), que atribui a ocorrência do acidente ou evento à quebra das barreiras de controle e de defesa, resultando em danos ao alvo ou a vítima a partir de um perigo, conforme Figura 10. Falha de Controle Perigo Acidente/ evento Vítima ou Alvo Falha de Defesa Figura 10 - Mecanismo do Acidente de acordo com o modelo HEMP. Fonte: adaptado de Sklet (2004, p. 34). 43 Utilizado na investigação de acidentes, a ideia por trás do Tripod-Beta é de que falhas organizacionais são os principais fatores contribuintes de acidentes, e que por serem mais “latentes”, quando contribuem para um acidente, são sempre seguidos de erros técnicos e humanos. As falhas latentes normalmente são decorrentes de decisões inadequadas por parte de níveis mais altos na organização, como tomadores de decisões, responsáveis por diretrizes, projetistas, gerentes e inspetores, entre outros. E, portanto, sua minimização ou eliminação constituem a garantia de que a fonte real dos problemas é atacada e não os seus sintomas. O método Tripod já compatibilizado com sua versão mais atualizada TripodBeta é ilustrado na Figura 11. Figura 11 - Método Tripod-Beta completo. Fonte: adaptado de Groeneweg (2000). O Tripod-Beta é considerado um modelo do tipo Seqüencial Causal, com princípios muito similares ao do método ILCI apresentado na Figura 5. Além disso, a sua abordagem inclui a componente “processo” como ilustrado na Figura 6, assim como os elementos da cultura de segurança, saúde e meio ambiente, sendo, portanto, uma ferramenta bastante completa a ser utilizada na investigação de acidentes. Segundo este modelo, os TFGs passam a ser denominados de FBRs ou fatores básicos de risco que são igualmente deficiências ou anomalias presentes no ambiente de trabalho, também denominadas de falhas latentes. 44 O Quadro 1 apresenta a definição dos 11 FBRs do modelo Tripod-Beta que foram identificados através de brainstorming, relatórios de auditorias, cenários de acidentes, estudos teóricos e um estudo em plataformas offshore, cuja aplicação tem se apresentado válida para todo o segmento industrial. FBRs Descrição Definição DE Design Projeto de ferramentas ou equipamentos ergonomicamente ruim (não amigável para o usuário) HW Hardware Baixa qualidade, condição, adequação ou disponibilidade de materiais, equipamentos, ferramentas e componentes MN Maintenance management Desempenho inadequado ou inexistente das tarefas de manutenção e reparo HK Housekeeping Dada pouca, ou nenhuma atenção à arrumação e limpeza dos locais de trabalho PR Procedures Procedimentos, diretrizes, instruções e manuais de qualidade ruim ou não disponíveis TR Training Falta de competência ou experiência entre empregados (treinamento insuficiente ou inadequado) EC Error-enforcing conditions Condições físicas inadequadas e outras influências que têm efeito negativo sobre o comportamento humano CO Communications Comunicação ineficaz, ou inexistente, entre as várias plantas, departamentos ou empregados de uma companhia ou com os órgãos oficiais IG Incompatible goals Situação na qual o empregado deve escolher entre o método ideal de trabalho de acordo com as regras estabelecidas ou, por outro lado, buscar as metas de produção, financeiras, políticas, sociais ou individuais. OR Organization Deficiências na estrutura, filosofia ou processo organizacionais, ou no gerenciamento da estratégia da organização que resulta em um inadequado ou ineficaz gerenciamento da companhia. DF Defences Falta ou deficiência de proteção para pessoas, materiais e meio ambiente contra as consequências de um distúrbio operacional. Quadro 1 - Fatores básicos de risco do modelo Tripod-Beta. Fonte: Groeneweg (2000, passim). 45 Sem que sejam percebidos estes fatores básicos de risco (FBRs) criam précondições que podem ser estados de ânimo psicológicos, padrões de raciocínio, forma como o trabalho é organizado, maneira como o equipamento foi projetado e outras respostas das pessoas provenientes do ambiente físico e organizacional de trabalho. De acordo com Groeneweg (1998) as pré-condições podem levar à falhas ativas (causas diretas ou imediatas) que na maioria dos casos têm origem em erros humanos e são usualmente denominadas de ‘atos inseguros’ ou ‘atos abaixo do padrão’. No entanto, podem estar relacionadas com falhas técnicas ou de controle, e nestes casos são usualmente denominadas de ‘condições inseguras’. As falhas ativas levam a distúrbios operacionais que podem resultar em acidentes, mediante a quebra de barreiras de defesa, e diferenciam-se das falhas latentes por seu caráter imediato, produzindo efeitos em curto espaço de tempo. Outra diferença é que são cometidas pelos que se encontram na linha de frente, usualmente na interface homem-sistema, enquanto as falhas latentes são cometidas nos níveis mais altos da organização. 46 3 METODOLOGIA DE PESQUISA Este capítulo apresenta a metodologia que será utilizada nesta pesquisa com vistas à identificação das causas mais comuns para a ocorrência de acidentes na indústria petroquímica. Está subdividido em duas seções. A seção 3.1, denominada Caracterização da Empresa, apresenta a empresa objeto desta pesquisa. A seção 3.2, denominada Etapas Metodológicas, pretende descrever como e a partir de que dados a pesquisa será realizada. 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA A empresa petroquímica objeto desta dissertação produz elastômeros, que são polímeros sintéticos, como borracha dos tipos Emulsion Styrene Butadiene Rubber (ESBR), Solution Styrene Butadiene Rubber (SSBR), Nitrylic Butadiene Rubber, látex, Polybutadiene Rubber (BR) e Polybutadiene Liquid Hydroxilated (PBLH) e é hoje uma empresa multinacional de capital aberto. O início de suas operações ocorreu em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em 1962, como uma empresa estatal pertencente à Petroquisa, subsidiária da Petrobrás. Sua capacidade de produção era de 40.000 t de borracha sintética do tipo Styrene Butadiene Rubber (SBR) por ano. Alguns anos depois, foi criada a empresa Petroflex Indústria e Comércio com 1005 do seu capital pertencente à Petroquisa. Em 1984 instalou outra planta de borracha sintética do tipo SBR em Triunfo, no Rio Grande do Sul. Em 1992 foi privatizada, tendo o consórcio das empresas petroquímicas nacionais, formado por Braskem, Suzano Petroquímica e União de Indústrias Petroquímicas (UNIPAR), adquirido o seu controle acionário, com a participação minoritária de outros investidores. Em 1993 adquiriu o controle acionário da Companhia Pernambucana de Borracha (COPERBO), localizada em Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, 47 que produzia através de outro processo, diferentes tipos de elastômeros (BR e SSBR). A incorporação da COPERBO ocorreu em 1996, o que consolidou a empresa, através de suas três plantas distribuídas no Brasil, como um dos grandes produtores de borracha sintética no cenário mundial. Signatária do Programa Atuação Responsável da ABIQUIM desde 1992, já na década de 1990 passou a contar com sistemas de gestão certificados pelas NBR ISO 9001, NBR ISO 14001 e OSHAS 18001, em todas as três plantas. Com uma capacidade atual instalada de produção de 442.000 toneladas de borracha sintética por ano, a empresa emprega cerca de 600 funcionários próprios e é a maior produtora de elastômeros da América Latina. A empresa também faz desenvolvimento de elastômeros em emulsão na planta de Duque de Caxias e comercializa produtos para diversas aplicações como fabricação de pneus, calçados, dispositivos para equipamentos eletrônicos, asfaltos, modificações em plásticos, adesivos, selantes e gomas de mascar entre outros. Vendeu 349.000 tons de elastômeros em 2007, sendo 30% das vendas para o mercado brasileiro e 70% para exportação, com vendas em mais de 50 países em cinco continentes. Em abril de 2008 teve seu controle acionário adquirido pela empresa LANXESS, com sede na Alemanha e, uma das maiores empresas mundiais na produção de polímeros de alto desempenho. Com unidades em diversos países, empregando no segmento de polímeros de alto desempenho um total de 4.316 funcionários em todo o mundo, a LANXESS passou a conferir à Petroflex uma estrutura mais robusta, através de uma sólida cultura de segurança em consonância com os princípios do Responsible Care, na permanente busca pela sustentabilidade dos negócios do grupo. 3.2 ETAPAS METODOLÓGICAS As etapas aqui descritas estão subdivididas em Pesquisa bibliográfica, Identificação das melhores práticas no mercado, Classificação de acidentes do trabalho, Mecanismos de gestão adotados, Coleta de dados e Acompanhamento dos resultados. 48 3.2.1 Pesquisa bibliográfica Para que os objetivos desta pesquisa fossem alcançados foi necessária a definição do tema e do escopo do trabalho, seguida de uma pesquisa bibliográfica extensa, para a obtenção dos fundamentos teóricos relacionados com o tema delimitado. O objetivo desta revisão da literatura foi gerar conhecimento para aplicação prática na identificação de causas de acidentes em empresa do ramo químico. 3.2.2 Identificação das melhores práticas de mercado Foram efetuadas visitas a empresas com alto desempenho em segurança industrial para avaliação das práticas e mecanismos de gestão utilizados, com o objetivo de redução do número de acidentes do trabalho. Incluem-se entre estas empresas a Braskem, Suzano Petroquímica e Bayer S.A. A troca de experiência através de reuniões e participações de comitês de segurança, também foi utilizada, assim como discussão sobre procedimentos adotados pelas empresas, Fábrica Carioca de Catalisadores (FCC), Petrobrás e Pasa na Argentina. 3.2.3 Classificação de acidentes do trabalho A classificação dos acidentes do trabalho que resultam em lesão pessoal foi incorporada com critérios baseados na metodologia OSHA, de forma a tornar os indicadores, como taxas de freqüência de acidentes, comparáveis entre as três plantas da empresa e alinhados às práticas de mercado. 49 Definição dos tipos de lesão pessoal, baseados na metodologia OSHA e na NBR 14.280/2001, adotados neste trabalho de pesquisa: a) Primeiros Socorros (SOS): é qualquer lesão que necessite apenas de um atendimento ambulatorial, como por exemplo, arranhão, pequeno corte, queimaduras superficiais, farpa na pele, etc. Os procedimentos de primeiros socorros poderão ser aplicáveis por leigo treinado ou técnico de saúde, não necessariamente médico; b) Tratamento Médico (LTM): é qualquer lesão que necessite de tratamento, orientação médica ou requeira acompanhamento médico nos dias seguintes ao acidente sem, no entanto, resultar em afastamento do trabalho ou trabalho restrito. No caso de necessidade de definição de diagnóstico com realização de exames, o retorno do funcionário poderá ocorrer no dia seguinte à realização dos exames; c) Trabalho Restrito (LTR): é qualquer lesão que não permita que o funcionário desempenhe as suas atividades normais de trabalho por um período determinado, não resultando em afastamento do trabalho. Neste caso se o acidentado não puder exercer pelo menos uma de suas atividades normais, terá sua lesão classificada como Trabalho Restrito. No caso de necessidade de definição de diagnóstico, com realização de exames, o retorno do funcionário poderá ocorrer no dia seguinte à realização dos exames; d) Afastamento do Trabalho (LAT): é qualquer lesão que impossibilite o funcionário de realizar seu trabalho normal ou trabalho restrito no dia seguinte a ocorrência, resultando em afastamento do trabalho para tratamento; e) Incapacidade Parcial Permanente (IPP): é qualquer lesão que resulte em perda parcial da função de qualquer parte do corpo ou de membro, impedindo parcialmente o acidentado de exercer as suas atividades de modo permanente; 50 f) Incapacidade Total Permanente (ITP): é qualquer lesão que incapacite o funcionário permanentemente e resulte no afastamento definitivo das atividades laborais; g) Fatalidade (FAT): é qualquer lesão que resulte na morte do funcionário, independente do tempo decorrido entre a lesão e a morte. Classificação dos acidentes do trabalho conforme o tipo de lesão causada, segundo os critérios da OSHA e da NBR 14.280/2001: a) Acidente reportável, OSHA: é qualquer acidente pessoal cuja lesão é caracterizada como LTM, LTR, LAT, IPP, ITP ou FAT; b) Acidente não reportável, OSHA: é qualquer acidente pessoal cuja lesão é caracterizada como SOS; c) Acidente com afastamento, NBR 14.280/2001: é qualquer acidente pessoal cuja lesão é caracterizada como LAT, IPP, ITP ou FAT; d) Acidente sem afastamento, NBR 14.280/2001: é qualquer acidente pessoal cuja lesão é caracterizada como SOS, LTM ou LTR. 3.2.4 Mecanismos de gestão adotados A partir da identificação das melhores práticas de mercado, iniciou-se em 2007 a uniformização de procedimentos entre as três plantas industriais da empresa, buscando-se o alinhamento com o mercado nos seguintes aspectos: a) Implantação do modelo Tripod-Beta para análise das causas dos acidentes que resultaram em lesão pessoal, através da identificação do fator básico de risco mais relevante, de forma sistematizada; b) Implantação de sistemática de comunicação da análise dos acidentes com lesão, através de breve descrição, análise das causas e fotos com distribuição interna para a Diretoria e demais plantas da empresa a partir 51 de outubro de 2007. Exemplo do modelo de comunicação e análise de acidente com lesão adotado, encontra-se no Apêndice I; c) Implantação de metas para redução do número de acidentes para toda a organização, com impacto na distribuição da participação nos lucros e resultados; d) Implantação de reuniões mensais de segurança nas plantas, com a presença do gerente, de suas coordenações, e gestores de contratos; e) Adoção do programa comportamental de segurança através de treinamento de toda a liderança, incluindo funcionários próprios e gestores de contratos a partir de junho de 2007; f) Implantação de contratos baseados em desempenho em segurança para todos os colaboradores que exercem atividades de risco nas plantas da empresa; g) Definição de critérios para seleção e treinamento de funcionários contratados que exercem atividades de risco. 3.2.5 Coleta de dados A coleta de dados ocorreu durante a etapa de investigação e análise dos acidentes envolvendo tanto funcionários próprios como contratados. Os resultados da investigação foram consolidados no Formulário para Registro de Acidentes do Trabalho, cujo modelo encontra-se no Apêndice II. No Apêndice III encontra-se a sistematização do resultado do levantamento de dados, que iniciou a partir de cada evento propriamente dito (o que aconteceu), seguido da observação de quais as falhas ativas que desencadearam o evento, como ação, omissão ou falha que de imediato causou a quebra das barreiras de segurança. Como falhas ativas foram consideradas: a) Ato inseguro ou inadequado: quando relacionado a uma falha humana, normalmente associado à distração, esquecimento, não cumprimento ou 52 violação intencional de procedimento, uso inadequado ou improvisação de equipamentos, falta de percepção de risco, ou não utilização equipamento de proteção individual; b) Falha de controle: quando relacionada a fator organizacional, normalmente associada ao uso de método de trabalho informal não previsto em procedimento, ou sua inexistência, execução de atividade por funcionário não qualificado, sobrecarga de trabalho, especificação inadequada de equipamento de proteção individual, ou presença de condições de risco no ambiente de trabalho por ausência de controle apropriado; c) Falha técnica: quando relacionada à falha em equipamentos ou materiais, podendo estar relacionada à manutenção insuficiente ou inadequada, ou a projetos de equipamentos. Na seqüência foram identificados quais as pré-condições, ou fatores presentes no local de trabalho. Como pré-condições foram consideradas: a) Estado de ânimo: ocorrência de fadiga, de falta de atenção, desconforto por distúrbio externo (vento, chuva, calor, barulho), insatisfação, estresse, doença, uso de drogas ou outros vícios, etc.; b) Padrão de raciocínio: em decorrência de falta de conhecimento, experiência, habilidade, inteligência, ocorrência de comportamento machista, ambição excessiva, incapacidade de delegar; medo de falhar, teimosia excessiva, etc.; c) Organização do trabalho: procedimento ruim, inexistente ou inexeqüível, avaliação de risco inadequada para atividade, layout confuso, ambiente de trabalho sujo, desorganizado ou inseguro, ausência de treinamento ou qualificação para a função; excesso de horas extras; etc.; d) Característica do equipamento: ferramentas ou equipamentos inadequados ao uso, sem proteção ou não confiáveis. 53 Por fim, foram identificados os fatores básicos de risco, cujas condições no ambiente de trabalho foram consideradas de maior relevância para o evento investigado. Sendo os FBRs identificados associados à causa básica que propiciou o acidente, complementando a metodologia deste trabalho de pesquisa. Como fatores básicos de risco foram considerados: a) Projeto: DE do inglês Design, relacionado a projeto de ferramentas ou equipamentos ergonomicamente ruim (não amigável para o usuário), desvios do projeto original, falta de critérios de segurança nas diretrizes básicas do projeto; b) Equipamento: HW do inglês Hardware, relacionado com falta de condição, adequação ou disponibilidade de materiais, equipamentos, ferramentas e componentes (ex: materiais parcialmente ou totalmente defeituosos, desatualizados, de qualidade ruim, ou fora de especificação); c) Gerenciamento de manutenção: MN do inglês Maintenance, relacionado ao gerenciamento e/ou desempenho inadequado das tarefas de manutenção e reparo ou a sua inexistência; d) Housekeeping: HK está relacionado a pouca, ou nenhuma atenção dada à arrumação e limpeza dos locais de trabalho (ferramentas, locais de trabalho sujos ou escorregadios, obstáculos dificultando a execução de tarefas); e) Procedimentos: PR está relacionado à baixa qualidade, a ausência de procedimentos, instruções, manuais e diretrizes ou a sua inexequibilidade; f) Treinamento: TR está relacionado à falta de competência ou experiência dos empregados (treinamento insuficiente ou inadequado); g) Condições que levam a erros: EC do inglês Error-enforcing conditions, está relacionado às situações que têm efeito negativo sobre o comportamento humano, podendo levar a uma falha individual, ou às situações presentes no ambiente de trabalho, que induzem a atos inseguros; 54 h) Comunicação: CO está relacionado à comunicação ineficaz, ou inexistente, entre as várias plantas industriais, departamentos ou empregados de uma companhia ou com órgãos oficiais; i) Metas incompatíveis: IG do inglês Incompatible Goals, relacionado às situações nas quais, em detrimento do método ideal de trabalho, de acordo com as regras estabelecidas, o empregado utiliza outros meios para buscar as metas de produção, financeiras, políticas, sociais ou individuais. Neste caso, situações potencialmente perigosas são ignoradas, utilizando-se de atalhos; j) Organização: OR está relacionado à deficiências na estrutura, filosofia, processo organizacional ou estratégia da organização, que resulta no gerenciamento inadequado ou baixa eficiência da companhia; k) Defesas: DF está relacionado à falta ou deficiência de proteção para pessoas, materiais e meio ambiente contra as conseqüências do evento inesperado causador do acidente do trabalho. A investigação e análise dos acidentes foram conduzidas pelos técnicos e engenheiros de segurança da empresa objeto deste estudo, seguindo a orientação e o critério conforme descrito neste item. A classificação dos acidentes, conforme descrito no item 3.2.3 – Classificação de acidentes do trabalho foi efetuada exclusivamente pelo médico do trabalho de cada planta industrial. A identificação dos fatores básicos de risco e a classificação dos acidentes para os meses iniciais do ano de 2006 foram determinadas de forma retroativa, quando a metodologia deste estudo foi implementada, com objetivo de consolidação de uma base para avaliação da evolução dos resultados no período compreendido entre 2006 a 2008. 3.2.6 Acompanhamento dos resultados A partir da identificação dos fatores básicos de risco são tomadas ações sistêmicas no âmbito das três plantas. A eficácia das ações tomadas é verificada através das taxas de frequência de acidentes com afastamento, TCAF, Taxa de 55 Frequência de Acidentes Reportáveis (TREP) e Taxa de Frequência de Acidentes Total (TTOT) cujo acompanhamento tem o objetivo de reorientar, caso necessário, o planejamento das ações corretivas. Critérios para cálculo das taxas de frequência de acidentes: A TCAF é calculada através da seguinte expressão: TCAF = N1 x 1.000.000 HHT Onde: TCAF = taxa de frequência de acidentes que resultaram lesão com afastamento; N1 = número de acidentes que resultaram lesão com afastamento; HHT = homem-hora de exposição ao risco. A TREP é calculada através da seguinte expressão: TREP = N2 x 1.000.000 HHT Onde: TREP = taxa de frequência de acidentes reportáveis; N2 = número de acidentes reportáveis; HHT = homem-hora de exposição ao risco. A TTOT é calculada através da seguinte expressão: TTOT = Onde: N3 x 1.000.000 HHT 56 TTOT = taxa de frequência de acidentes que resultaram lesão pessoal; N3 = número total de acidentes que resultaram lesão pessoal; HHT = homem-hora de exposição ao risco. Critérios para cálculo do HHT: a) As horas de exposição ao risco são calculadas pela soma das horas de trabalho efetivo de cada empregado, no mês; b) As horas de exposição serão extraídas das folhas de pagamentos ou registro de ponto, devendo considerar as horas trabalhadas, inclusive as extraordinárias; c) As horas pagas, porém não realmente trabalhadas (férias, licenças para tratamento de saúde, feriados, dias de folga, gala, luto, etc.), sejam reais ou estimadas, não devem ser incluídas no total de horas de exposição ao risco; d) Quando não for possível determinar o total de horas de exposição no mês através do registro de ponto, as horas de exposição deverão ser estimadas, com base na média adotada pelas empresas petroquímicas do Pólo de Camaçari, BA, multiplicando-se o total de pessoas no mês por 200 horas; e) O acumulado do ano será contabilizado a partir do somatório dos meses anteriores até o mês atual; f) Para dirigente, viajante ou qualquer outro empregado sujeito a horário de trabalho não definido, deve ser considerado no computo das horas de exposição, a média diária de oito horas; g) Para empregados de plantão nas instalações do empregador devem ser consideradas as horas de plantão. 57 4 RESULTADOS E ANÁLISE DOS DADOS Este capítulo apresenta os resultados obtidos através da aplicação da metodologia Tripod-Beta, na empresa objeto deste estudo de caso, assim como a análise de seus dados. Está subdividido em três seções. A seção 4.1, denominada Resultados Obtidos, apresenta os resultados da pesquisa, através de figuras contendo gráficos, o cálculo das taxas de frequência com base no efetivo de cada planta industrial, quadros e a discussão dos resultados. A seção 4.2, denominada Análise dos Dados, apresenta a evolução dos fatores básicos de risco identificados, como as ações gerenciais afetaram cada um, e quais foram os mecanismos de gestão que mais contribuíram para a melhoria do desempenho em segurança. A seção 4.3, denominada Análise Crítica, apresenta uma análise do autor sobre o trabalho de pesquisa. No Apêndice II encontra-se a sistematização do resultado do levantamento de dados consolidados nos Formulários para Registro de Acidentes do Trabalho aplicados à empresa durante esta pesquisa, que deram origem aos resultados apresentados. 4.1 RESULTADOS OBTIDOS 4.1.1 Total de acidentes do trabalho A Figura 12 apresenta a evolução do número total de acidentes que resultaram lesão pessoal, as taxas de frequência (TTOT), expressas em número de acidentes/106 horas trabalhadas por tipo de funcionário, próprio ou contratado, no período de 2006 a 2008, considerando-se as três plantas da empresa objeto desta pesquisa: 58 No. Total de Acidentes Próprio Contratado 105 83 90 80 75 60 42 45 28 30 25 19 15 0 2006 2007 2008 Ano Ano Próprio Contratado Total No. TTOT No. TTOT No. TTOT 2006 28 20,7 83 26,0 111 24,4 2007 25 16,5 80 33,0 105 26,7 2008 19 13,3 42 14,5 61 14,1 Figura 12 - Total de acidentes do trabalho por tipo de funcionário no período de 2006 a 2008. O presente estudo mostrou que a empresa reduziu o número total de acidentes do trabalho, envolvendo tanto funcionários próprios como contratados, no período de 2006 a 2008. Observou-se uma elevação da taxa de frequência de acidentes que resultaram em lesão pessoal (TTOT) no ano de 2007 no grupo de funcionários contratados, sendo este fato atribuído a uma possível subnotificação até o ano de 2006 por parte de algumas empresas contratadas, antes de serem submetidas à mesma metodologia aplicada à empresa objeto deste estudo a partir de 2007. Entretanto, ao final do período de estudo, em 2008, notou-se ter havido uma aproximação das taxas de frequência (13,3 acidentes/106 horas trabalhadas para próprios e 14,5 acidentes/106 horas trabalhadas para contratados), além de uma redução de 42,2% na taxa de frequência de acidentes que resultaram em lesão pessoal (TTOT), considerando toda a força de trabalho, funcionários próprios e contratados. 59 4.1.2 Total de acidentes do trabalho por planta A Figura 13 apresenta a evolução do número total de acidentes e as respectivas taxas de frequência (TTOT) expressas em número de acidentes/106 horas trabalhadas no período de 2006 a 2008, por planta industrial, denominadas de No. Total de Acidentes Planta 1, Planta 2 e Planta 3. Planta 1 70 Planta 2 Planta 3 60 50 47 40 38 30 26 44 33 30 28 20 18 13 10 0 2006 2007 2008 Ano Ano 2006 2007 2008 Planta 1 No. TTOT 47 34,1 44 36,6 18 13,2 Planta 2 No. TTOT 26 10,0 33 15,9 30 12,7 Planta 3 No. TTOT 38 81,2 28 63,6 13 23,5 No. 111 105 61 Total TTOT 24,4 26,7 14,1 Figura 13 - Total de acidentes do trabalho por planta no período de 2006 a 2008. Observou-se uma expressiva redução de 45% no total de acidentes do trabalho ocorridos na empresa (111 em 2006 para 61 em 2008), assim como na taxa de frequência de acidentes, que reduziu 42,2% (24,4 em 2006 para 14,1 em 2008). Notou-se, no entanto, que a Planta 2 no mesmo período apresentou um aumento de 15,4% no número de acidentes (26 em 2006 para 30 em 2008), e de 27% na taxa de frequência (10,0 em 2006 para 12,7 em 2008). Este comportamento sugere uma falha de monitoramento dos acidentes ocorridos nesta Planta até outubro de 2006, quando foi implementada a metodologia deste trabalho de pesquisa, e que muito provavelmente houve acidentes não notificados no ano de 2006. Esta subnotifcação 60 teria alterado os dados considerados como base para o estudo, e consequentemente o resultado da pesquisa, que poderia ter sido ainda melhor. 4.1.3 Total de acidentes do trabalho por processo A Figura 14 apresenta a distribuição do número total de acidentes por processo para o período de 2006 a 2008. Distribuição dos Acidentes por Processo Administrativo 20 Manutenção 87 Operação 154 Montagem 16 Ano 2006 2007 2008 Total Administrativo No. % 4,5 5 7,6 8 11,5 7 20 7,2 Manutenção No. % 37,8 42 34,3 36 14,8 9 87 31,4 Montagem No. % 0,9 1 5,7 6 14,8 9 16 5,8 Operação No. % 56,8 63 52,4 55 59,0 36 154 55,6 Total No. 111 105 61 277 % 100 100 100 100 Figura 14 - Distribuição dos acidentes do trabalho por tipo de processo no período de 2006 a 2008. O processo que apresentou maior número de acidentes foi a Operação com 154 acidentes, seguida do processo de manutenção com 87 acidentes, de um total de 277 notificações no período de abrangência do estudo. Este fato é explicado por serem estas atividades as de maior risco em processos industriais químicos. 61 Entretanto, observou-se uma redução expressiva no número de acidentes envolvendo tarefas de manutenção (42 em 2006 para 9 em 2008), e isto se deveu aos mecanismos implementados para gestão de empresas contratadas, uma vez que a atividade de manutenção é 100% terceirizada na empresa objeto da pesquisa. Os mecanismos que mais contribuíram para este resultado foram o programa comportamental de segurança, a implantação de contratos baseados em desempenho e a implantação de reuniões mensais de segurança. A atividade de montagem apresentou um aumento no número de acidentes, devido à intensificação de serviços de recuperação e pintura de instalações, e também desmontagem de diversas áreas que foram desativadas a partir de abril de 2008. Os nove acidentes ocorridos em 2008 foram nas Plantas 1 e 2, que por serem mais antigas, receberam um contingente maior de funcionários para projetos de recuperação. Entretanto, oito destes acidentes foram classificados como SOS, requerendo somente cuidados do tipo primeiro socorros, e um deles resultou em trabalho restrito de funcionário contratado para serviço de demolição de uma antiga área de secagem da Planta 1, cuja lesão foi resultante de uma torção no tornozelo, quando movimentava-se em piso irregular de área em processo de desmontagem. 4.1.4 Acidentes do trabalho com afastamento A Figura 15 apresenta a evolução do número de acidentes com afastamento e as respectivas taxas de frequência (TCAF) expressas em número de acidentes/106 horas trabalhadas no período de 2006 a 2008 por planta industrial, denominadas de Planta 1, Planta 2 e Planta 3. 62 Planta 1 No. de Acidentes com Afastamento 12 Planta 2 Planta 3 11 10 8 8 6 4 4 4 3 2 1 1 1 0 2007 2008 0 2006 Ano Ano 2006 2007 2008 Planta 1 No. TCAF 11 7,5 3 2,5 0 0 Planta 2 No. TCAF 8 3,1 4 1,9 1 0,42 Planta 3 No. TCAF 4 8,5 1 2,1 1 1,8 No. 23 8 2 Total TCAF 5,1 2,0 0,46 Figura 15 - Acidentes com afastamento do trabalho por planta no período de 2006 a 2008. No que diz respeito ao número de acidentes que resultou em afastamento do trabalho, houve uma redução expressiva considerando-se as três plantas estudadas (23 em 2006, 8 em 2007 e 2 em 2008). Isto denota que os mecanismos de gestão implementados, assim como as medidas de controle adotadas para minimização dos riscos identificados foram eficazes. Um trabalho específico para redução de acidentes em atividades de limpeza de equipamentos e tubulações com jatos de água de alta pressão (limpeza com hidrojato) foi desenvolvido ao longo do ano de 2007, por ter sido esta a atividade considerada de maior potencial de risco na empresa. Dos oito acidentes com afastamento ocorridos em 2007, quatro foram durante execução de atividades de limpeza de equipamentos com hidrojato, pela manutenção. Por este motivo foram realizados pela coordenação de segurança, saúde e meio ambiente workshops específicos sobre o tema, com a participação de técnicos das três Plantas, e com a presença de especialistas externos. A partir destes encontros foram desenvolvidos novos critérios e conceitos para segurança da equipe executante, incluindo EPIs 63 específicos e esquemas de rodízio de funções, assim como novos padrões para equipamentos e acessórios utilizados nesta atividade, que propiciaram redução dos acidentes e diminuição de sua gravidade. Em 2008 houve um acidente com afastamento envolvendo a atividade, onde um funcionário contratado (operador de hidrojato) escorregou nas escadas de um secador de borracha da Planta 3, transportando carga excessiva de material, sem utilizar o apoio do corrimão. 4.1.5 Acidentes do trabalho reportáveis A Figura 16 apresenta a evolução do número de acidentes reportáveis, segundo a classificação OSHA, e as respectivas taxas de frequência (TREP) expressas em número de acidentes/106 horas trabalhadas no período de 2006 a 2008 por planta industrial, denominadas de Planta 1, Planta 2 e Planta 3: No. Acidentes Reportávies (OSHA) Planta 1 16 14 Planta 2 15 15 12 12 10 Planta 3 10 9 8 6 6 4 5 4 2 2 0 2006 2007 2008 Ano Ano 2006 2007 2008 Planta 1 No. TREP 15 10,2 12 10,0 4 2,9 Planta 2 No. TREP 10 3,8 9 4,3 5 2,1 Planta 3 No. TREP 15 32,0 6 12,4 2 3,6 No. 40 27 11 Total TREP 8,81 6,9 2,5 Figura 16 - Acidentes Reportáveis por planta no período de 2006 a 2008. 64 O número de acidentes reportáveis foi reduzido, considerando-se as três plantas estudadas, em 72,5% (40 em 2006 para 11 em 2008). Deve-se, no entanto, ressaltar que os critérios de classificação da OSHA foram incorporados a partir de outubro de 2006, sendo a classificação de janeiro a setembro, deste ano, feita de forma retroativa. Este procedimento visou harmonização dos conceitos de classificação de acidentes estabelecidos neste trabalho de pesquisa. A Figura 17 apresenta a distribuição do número de acidentes reportáveis no período de 2006 a 2008: Distribuição dos Acidentes Reportáveis, classificação OSHA LTM 17 FAT 1 LAT 33 LTR 27 Figura 17 - Distribuição dos Acidentes Reportáveis, segundo classificação OSHA, no período de 2006 a 2008. No ano de 2006 houve um acidente fatal na Planta 2, envolvendo um funcionário de empresa contratada durante a realização da tarefa de lavagem de telas de sucção de bombas de refrigeração. Uma das telas, de aproximadamente 500 kg, se soltou do gancho que a sustentava, caindo sobre o funcionário causando seu falecimento imediato por lesão craniana. A investigação do acidente apontou uma falha de controle por avaliação inadequada do risco da tarefa aliada à manutenção inadequada do equipamento de elevação da carga. Este fato foi 65 elemento decisivo e propulsor para a implementação desta metodologia de pesquisa. Dos 78 acidentes reportáveis ocorridos no período, 34 ocorreram em áreas de coagulação e secagem da borracha, onde existe grande concentração de limpeza de equipamentos para retirada de entupimentos, manuseio de fardos de borracha sobre esteiras transportadoras, e temperatura elevada nas etapas de coagulação e secagem. As áreas de reação e recuperação ou purificação de monômeros foram responsáveis por 15 dos acidentes reportáveis ocorridos no período, sendo também as tarefas de preparação ou limpeza de filtros, equipamentos e tubulações as principais causadoras de acidentes. Outro tipo de ocorrência que merece destaque é a lesão ocasionada por quedas durante deslocamentos no mesmo nível, provocadas por piso escorregadio, e falhas ou desníveis em pisos ou tampas de canaletas, e também as torções por subidas e descidas em escadas ou degraus, que juntas totalizaram 18 ocorrências no período. 4.1.6 Tipos de falhas ativas A Figura 18 apresenta a distribuição dos tipos de falhas ativas (causas imediatas) identificadas a partir da investigação dos acidentes do trabalho ocorridos no período de 2006 a 2008 considerando-se as três plantas industriais da empresa objeto desta pesquisa. 66 Distribuição das Falhas Ativas Falha de controle 28 Falha técnica 87 Ato inseguro 162 Ato inseguro Falha técnica No. 74 51 37 162 No. 28 41 18 87 Falha de controle Total Ano 2006 2007 2008 Total % 66,7 48,6 60,7 58,5 % 25,2 39,0 29,5 31,4 No. 9 13 6 28 % 8,1 12,4 9,8 10,1 No. 111 105 61 277 % 100 100 100 100 Figura 18 - Distribuição dos tipos de falhas ativas no período de 2006 a 2008. Conforme mencionado por diversos autores, o fator humano (ato inseguro) foi predominante durante todo o período de estudo (162 ocorrências em 277 acidentes), tendo sido responsável por 58,5% das indicações de falhas ativas ou causas imediatas dos acidentes do trabalho no período. Já os fatores gerenciais, que contribuíram para a ocorrência de atos e condições inseguras, como falhas técnicas ou de controle, foram identificadas como falhas ativas em 87 (31,4%) e 28 (10,1%) das ocorrências, respectivamente, no período do estudo. Para uma melhor avaliação deste resultado, faz-se necessário um olhar detalhado sobre e a distribuição das falhas ativas, considerando-se o tipo de funcionário envolvido (próprio ou contratado) e a planta industrial, conforme apresentado nos Quadros 2 a 4. 67 Quadro 2 - Distribuição de falhas ativas na Planta 1 no período de 2006-2008. Se analisarmos os acidentes envolvendo funcionários próprios da Planta 1 no ano de 2006, verifica-se o mesmo número de ocorrência de falhas ativas por ato inseguro (6) e falha técnica (6), conforme demonstrado no Quadro 2. Em contrapartida, considerando-se a ocorrência de atos inseguros (23) por funcionários contratados, é possível notar sua predominância no mesmo ano de 2006 em relação às falhas técnicas (8) e de controle (1). Este fato reforça a importância da abrangência do programa de segurança comportamental, para melhoria do desempenho em segurança de empresas contratadas. Quadro 3 - Distribuição de falhas ativas na Planta 2 no período de 2006-2008. Observa-se no Quadro 3 que a distribuição de falhas ativas na Planta 2 não acrescentou informação relevante, no que diz respeito ao comportamento dos grupos de funcionários próprios ou contratados. No entanto, os dados levantados mostraram predominância de indicação de falhas ativas por ato inseguro em 2006 para ambos os grupos, com tendência de aumento na identificação de falhas técnicas a partir de 2007. 68 Quadro 4 - Distribuição de falhas ativas na Planta 3 no período de 2006-2008. Observa-se no Quadro 4, que a Planta 3 já apresentava em 2006 uma boa noção de comportamento seguro entre os funcionários próprios. Isto se deve a um programa de segurança comportamental implementado na unidade há aproximadamente três anos. O mesmo não se observou para o grupo de funcionários contratados, que por razões diversas não estavam tão conscientes do comportamento seguro. Após os treinamentos e implantação do programa nos mesmos moldes das demais Plantas, em meados de 2007, notou-se redução acentuada nas falhas ativas por ato inseguro para funcionários contratados ao final do ano de 2008. 4.1.7 Tipos de pré-condições A Figura 19 apresenta a distribuição dos tipos de pré-condições identificadas a partir da investigação dos acidentes do trabalho ocorridos no período de 2006 a 2008 considerando-se as três plantas industriais da empresa objeto desta pesquisa. 69 Distribuição das Pré-Condições Padrão de raciocínio 17 Estado de ânimo 47 Organização do trabalho 112 Característica do equipamento 101 Ano Organização do trabalho No. 2006 2007 2008 Total 42 46 24 112 % 37,8 43,8 39,3 40,4 Característica do Estado de ânimo equipamento No. 34 39 28 101 % 30,6 37,1 45,9 36,5 No. 26 15 6 47 % 23,4 14,3 9,8 17,0 Padrão de raciocínio No. 9 5 3 17 % 8,1 4,8 4,9 6,1 Total No. 111 105 61 277 % 100 100 100 100 Figura 19 - Distribuição dos tipos de pré-condições no período de 2006 a 2008. Considerando-se as pré-condições identificadas, pode-se dizer que em praticamente 77% dos casos observou-se a característica do equipamento ou a organização do trabalho como situações presentes no ambiente de trabalho que mais contribuíram para a ocorrência de falhas ativas que ocasionaram acidentes no período. Ocorrências de falta de atenção ou fadiga, classificadas como estado de ânimo, ou deficiências de conhecimento, experiência ou habilidade, classificadas como padrão de raciocínio, representaram cerca de 23% das identificações no período de 2006 a 2008. 70 4.1.8 Tipos de fatores básicos de risco A Figura 20 mostra o número de ocorrências e a distribuição percentual dos fatores básicos de risco, considerados como causas básicas dos acidentes do trabalho ocorridos no período de 2006 a 2008, incluindo-se as três plantas industriais da empresa objeto desta pesquisa. TR 4,7% HK 8,7% IG OR 1,4% 0,7% EC 19,1% DF 10,5% HW 18,4% DE 10,5% MN 11,9% PR 14,1% Ano EC HW PR MN DE DF HK TR IG OR CO Total 2006 2007 2008 53 51 39 33 29 29 24 13 4 2 0 277 27 20 6 20 19 12 13 17 9 12 17 4 4 12 13 15 9 5 9 8 7 8 2 3 2 1 1 1 0 1 0 0 0 111 105 61 Total Figura 20 - Distribuição dos FBRs no período de 2006 a 2008. Observa-se que no decorrer do período de estudo quatro FBRs representaram 63,5% das ocorrências (EC, HW, PR e MN), seguidos em importância pelos FBRs DE e DF que totalizaram 21% das ocorrências. O FBR comunicação não foi identificado como causa básica em nenhum dos 277 acidentes do trabalho. A Figura 21 apresenta um histograma com a distribuição dos FBRs, para uma melhor visualização da importância de cada um no período 2006-2008. 71 Histograma dos Fatores Básicos de Risco 25,0 84,5% das ocorrências 20,0 19,1 18,4 15,0 14,1 % 11,9 10,5 10,5 10,0 8,7 4,7 5,0 1,4 0,7 0,0 0,0 EC HW PR MN DE DF HK TR IG OR CO FBRs Figura 21 - Histograma da distribuição dos FBRs. Observa-se que 84,5% das ocorrências de fatores básicos de risco ficou concentrada em 6 fatores que se apresentaram na seguinte ordem de incidência: Condições que levam a erros (EC); Equipamentos (HW); Procedimentos (PR); Gerenciamento de manutenção (MN); Projeto (DE); e Defesas (DF). 4.2 ANÁLISE DOS DADOS Os registros utilizados nesta pesquisa contemplaram 277 acidentes, ocorridos na empresa no período de 2006 a 2008, de onde foram extraídas as informações analisadas. Desta forma temos uma amostragem bem representativa de uma indústria química, instalada em três regiões distintas: Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, com suas particularidades e cultura própria. 72 A análise da evolução dos FBRs durante a aplicação da metodologia deste trabalho de pesquisa está detalhada nas Figuras 22 a 29, a seguir: a) Condições que levam a erros (EC): Condições que levam a erros (EC) 30 25 25% 24% 20 20 20% 19% 15 15% 10 6 10% 10% 5 Particip ação No. Ocorrências 30% 27 5% 0 0% 2006 2007 No. Ocorrências 2008 Participação Figura 22 - Evolução do FBR Condições que levam a erros. Responsável por 19,1% dos FBRs identificados no período 2006-2008, as condições que levam a erros sofreram redução significativa (de 27 em 2006 para 6 em 2008), passando de 24% das ocorrências em 2006 para 10% em 2008. A adoção do programa de segurança comportamental, cuja abordagem é o feedback imediato ao funcionário durante a realização de tarefa no que diz respeito a 6 comportamentos observados: Proteção individual; Posição do corpo; Ferramentas e equipamentos; Procedimento de trabalho; Ergonomia; e Condição de trabalho/organização, foi o mecanismo de gestão que mais contribuiu para este resultado, uma vez que trouxe resultados substanciais com foco na eliminação de atos inseguros e na organização do local de trabalho. Este FBR deixou de ser a primeira causa, e, portanto o foco das preocupações no ano de 2008. 73 b) Equipamentos (HW): Equipamentos (HW) 20% 20 20 20% 19 20% 19% 15 12 10 18% 18% 19% 18% 5 18% 0 17% 2006 2007 No. Ocorrências Participação No. Ocorrências 25 2008 Participação Figura 23 - Evolução do FBR Equipamentos. Os equipamentos foram responsáveis por 18,4% dos FBRs identificados, e por 36,5% das pré-condições relacionadas às suas características, como falta de condição, adequação ou disponibilidade de materiais, ferramentas e componentes, no período 2006-2008. Equipamentos merecem cuidado especial, uma vez que permaneceram como segunda causa no ano de 2008, com 20% das ocorrências. A implantação do modelo Tripod-Beta para análise das causas dos acidentes, foi o mecanismo que permitiu uma melhor visualização das falhas latentes associadas aos equipamentos. Ações voltadas para melhorias ou substituição de materiais e/ou equipamentos foram iniciadas, como as tomadas a partir dos workshops sobre a atividade de hidrojato, que promoveram mudanças profundas nos equipamentos utilizados. 74 c) Procedimentos (PR): Procedimentos (PR) 17 18 12 10 15% 13 16% 14% 12% 12% 9 10% 8 8% 6 6% 4 4% 2 2% 0 Participação No. Ocorrências 16 14 18% 16% 0% 2006 2007 No. Ocorrências 2008 Participação Figura 24 - Evolução do FBR Procedimentos. Os procedimentos foram responsáveis por 14,1% dos FBRs identificados, e por aproximadamente 32% das pré-condições relacionadas à organização do trabalho no período 2006-2008. Apesar da redução do número de ocorrências (de 17 em 2007 para 9 em 2008), os procedimentos ou instruções de qualidade ruim, inadequados ou inexistentes, permaneceram como terceira causa com 15% das ocorrências no ano de 2008. A implantação da sistemática de comunicação da análise de acidente com lesão, contendo breve descrição, análise das causas e fotos através de distribuição interna para a Diretoria e demais plantas da empresa, possibilitou uma ampla discussão a partir das falhas identificadas. Ações para o aperfeiçoamento de antigos e/ou estabelecimento de novos procedimentos de trabalho foram iniciadas com base no aprendizado. Um exemplo foram os procedimentos estabelecendo os padrões de segurança para atividades de limpeza com jato de água de alta pressão, e a definição de critérios de seleção na contratação de funcionários para as atividades de risco na organização. 75 d) Gerenciamento de manutenção (MN): Gerenciamento de Manutenção (MN) 17 18 12 16% 14% 12 12% 11% 10 10% 8 7% 6 4 4 2 8% 6% Participação No. Ocorrências 14 18% 16% 16 4% 2% 0 0% 2006 2007 No. Ocorrências 2008 Participação Figura 25 - Evolução do FBR Gerenciamento de Manutenção. Responsável por 11,9% dos FBRs identificados no período 2006-2008, o gerenciamento de manutenção apresentou uma boa evolução, com sua participação passando de 11% em 2006 para 7% em 2008. Contribuíram para este resultado, a implantação de contratos baseados em desempenho em segurança, com as empresas contratadas para exercerem atividades de manutenção, e a implantação de reuniões mensais de segurança, com participação do gerente da planta, suas coordenações e dos responsáveis por empresas contratadas. 76 e) Projeto (DE): Projeto (DE) 14 21% 20% 10 15% 8 6 4 11% 10% 4 2 Participação No. Ocorrências 12 25% 13 12 5% 4% 0 0% 2006 2007 No. Ocorrências 2008 Participação Figura 26 - Evolução do FBR Projeto. Responsável por 10,5% dos FBRs identificados, e por aproximadamente 24% das pré-condições relacionadas às características dos equipamentos, como falta de critérios de segurança e equipamentos não amigáveis para o usuário, projeto foi o fator básico de risco que mais cresceu no período 2006-2008, tornando-se a primeira causa de acidentes em 2008. O aumento do número de ocorrências (4 em 2006, 12 em 2007 e 13 em 2008) foi atribuído ao baixo questionamento a respeito das características dos equipamentos, que propiciavam acidentes, até a implementação do modelo Tripod-Beta para análise das causas dos acidentes. Investimentos para modernização nas plantas industriais 1 e 2 estão programados, visto que são projetos antigos, da década de 1950. 77 f) Defesas (DF): Defesa (DF) 16 15 14% 14% 12 12% 9 10 10% 9% 8% 8 6 5 8% 6% 4 4% 2 2% 0 Participação No. Ocorrências 14 16% 0% 2006 2007 No. Ocorrências 2008 Participação Figura 27 - Evolução do FBR Defesa. Responsável por 10,5% dos FBRs identificados no período 2006-2008, o uso de equipamentos de proteção individual e sinalizações de advertência, apresentou melhoria com 14% de participação em 2006 para 8% em 2008 devido principalmente aos resultados do programa comportamental de segurança e a realização de reuniões mensais de segurança, com participação do gerente da Planta, suas coordenações, e responsáveis por empresas contratadas, onde os acidentes eram apresentados e discutidos com as lideranças, que eram incentivadas a dar o exemplo e cobrar o uso indispensável dos EPIs. 78 g) Housekeeping (HK): 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 14% 9 8 7 8% 11% 12% 10% 8% 8% 6% 4% Participação No. Ocorrências Housekeeping (HK) 2% 0% 2006 2007 No. Ocorrências 2008 Participação Figura 28 - Evolução do FBR Housekeeping. O FBR relacionado com organização e limpeza do ambiente de trabalho permaneceu sem alterações em termos percentuais, nos anos de 2006 e 2007; no entanto, passou a ser a quarta causa de maior incidência no ano de 2008, com 11% de participação. A ação gerencial tomada, que merece destaque, foi o reconhecimento mensal do melhor projeto de Ordem, Limpeza e Arrumação entre as plantas industriais, a partir do ano de 2008, com divulgação dos resultados do projeto eleito a cada mês, através de fotos com a situação “Antes” e “Depois” das melhorias implementadas. 79 h) Treinamento (TR): Treinamento (TR) 9 8 8% 7% 7% 7 6% 6 5% 5 5% 4% 4 3 3 2 2 3% Participação No. Ocorrências 8 2% 2% 1% 1 0 0% 2006 2007 No. Ocorrências 2008 Participação Figura 29 - Evolução do FBR Treinamento. A evolução do FBR treinamento deixa clara a importância deste aspecto na gestão de segurança do trabalho, cuja implantação de reuniões mensais de segurança com participação do gerente da Planta, de suas coordenações e responsáveis por empresas contratadas, os workshops trimestrais sobre temas específicos e a definição de critérios para seleção e treinamento de funcionários contratados em atividades de risco a partir de 2007, mostraram uma evolução bastante positiva em relação ao ano de 2006. No entanto, por força do período de transição do controle acionário no ano de 2008, ações gerenciais passaram por avaliações para adaptações às praticas da matriz, o que deu início à revisão de diversos processos, com prejuízo momentâneo das ações de treinamento. Os FBRs metas incompatíveis (IG), organização (OR) e comunicação (CO) não apresentaram relevância neste estudo. Outro mecanismo de gestão, implantado a partir de 2007, foi o desdobramento de metas de redução do número de acidentes para toda a organização, com impacto na distribuição da participação nos lucros e resultados de funcionários. Este, sem dúvida, foi um fator que contribuiu de forma geral, para os 80 resultados obtidos. No entanto, cabe ressaltar o aspecto positivo desta prática, desde que as metas de produção definidas e acordadas não sejam incompatíveis com metas de segurança, sob o risco de incidência do fator básico de risco metas incompatíveis (IG). 4.3 ANÁLISE CRÍTICA A aplicação da metodologia Tripod-Beta, para análise das causas de acidentes do trabalho na empresa avaliada, ocorreu simultaneamente à etapa de investigação dos acidentes, onde a classificação dos fatores presentes no ambiente de trabalho em 11 dimensões, chamadas de tipos de falhas gerais ou fatores básicos de risco, facilitou o enquadramento dos aspectos mais relevantes para a ocorrência dos acidentes. A metodologia foi bem aceita pelas equipes de segurança das três plantas industriais estudadas, tendo sido considerada de fácil aplicação. Através desta sistemática as falhas latentes foram identificadas e agrupadas, facilitando o seu reconhecimento, e reduzindo a tendência de atribuir ao “erro humano” a principal causa dos acidentes do trabalho na empresa. Aspectos como o projeto de equipamentos e sistemas (DE), e a qualidade e adequação de ferramentas disponíveis ao uso (HW) foram sistematicamente identificadas através das condições presentes no ambiente de trabalho relacionadas com as características dos equipamentos. As falhas humanas ou atos inseguros, classificados como falhas ativas, em muitos dos casos, foram identificadas como consequências e não como as causas dos acidentes propriamente ditos. Somente os acidentes associados ao fator básico de risco condições que levam a erros (EC) são passíveis de serem causados pelos indivíduos, já que esta é a condição latente que diz respeito a situações que influenciam o comportamento humano e podem levar às falhas individuais. Como levantado na pesquisa bibliográfica, o programa de segurança comportamental, implantado na empresa estudada, foi extremamente eficaz, o que pode ser evidenciado através da redução dos fatores básicos de risco: condições que levam a erros (EC) e defesa (DF). O elemento chave deste mecanismo é o 81 feedback, considerado um instrumento de conscientização e aprendizado sobre o que fazer para prevenir acidentes, reduzindo os riscos nas atividades laborais, e contribuindo para o fortalecimento da cultura de segurança da empresa. No entanto recomenda-se que este tipo de programa seja reimplementado a cada 3 anos, através do treinamento de novos observadores de segurança, e do estabelecimento de metas para o número de observações. Desta forma renova-se o compromisso com aspectos de segurança do trabalho e mantém-se viva a busca pela melhoria contínua do ambiente de trabalho. Devido à ausência de um critério claramente definido, para classificação de acidentes na empresa avaliada, principalmente com relação aos funcionários de empresas contratadas, foi necessário o estabelecimento de um procedimento documentado para classificação de acidentes do trabalho, que incorporou os critérios da OSHA. Apesar da NBR 14280 - Cadastro de acidente do trabalho – procedimento e classificação abordar aspectos referentes ao registro, classificação, comunicação, investigação e análise, assim como definição de indicadores utilizados em avaliações estatísticas de acidentes, existem aspectos que necessitam ser melhorados nesta norma. O primeiro diz respeito à definição de acidente do trabalho, que incorpora o conceito de quase-acidente. Esta incorporação está defasada tanto do ponto de vista acadêmico, como da indústria que já adotou os conceitos de incidente e quaseacidente muitos anos atrás. O segundo aspecto a ser melhorado está relacionado com a simples classificação em acidente com afastamento e acidente sem afastamento, sem uma estratificação dos acidentes sem afastamento, colocando o acidente que requer apenas cuidados do tipo primeiros-socorros, em uma mesma categoria que um acidente que resultou em um atendimento médico ou em alguma restrição às atividades normais do acidentado, sem, no entanto resultar em seu afastamento do trabalho. A OSHA introduziu, para fins de estatística de acidentes, o conceito de recordable accident, que incorpora aos acidentes com afastamento do trabalho, 82 aqueles que não resultaram em afastamento, mas que, no entanto resultaram em perda de tempo para atendimento médico ou prejuízo das atividades normais do funcionário. Observa-se que ao eliminar das estatísticas dos acidentes, aqueles que não resultaram em perda de tempo ou prejuízo das atividades normais, é possível um gerenciamento mais eficaz sobre os eventos que resultaram ou têm potencial de resultar lesões de maior gravidade. Neste trabalho foi introduzido o conceito de recordable accident da OHSA, aqui denominado de acidente reportável. No entanto, sua taxa de freqüência foi calculada para 1.000.000 de horas de exposição ao risco, diferentemente da OSHA que utiliza 200.000 de horas de exposição ao risco, facilitando a comparação da taxa de freqüência de acidentes reportáveis com as taxas de freqüência de acidentes com afastamento e total, esta última incluindo todos os acidentes inclusive os que resultaram em cuidados do tipo primeiros-socorros. Como profissional indicada como gestora da área de segurança, saúde e meio ambiente, recebi, no ano de 2006, o desafio de reduzir o número de acidentes do trabalho na empresa estudada, sobretudo os que causavam afastamento de funcionários. No final deste ano, a taxa de acidentes com afastamento era de 5,1 acidentes por 106 horas de exposição ao risco, taxa incompatível com empresas de mesmo porte. O questionamento sobre quais seriam as razões para uma empresa com atuação internacional possuir taxa acima da média apresentada pela ABIQUIM para a indústria química nacional, foi um dos elementos que motivou o trabalho de pesquisa apresentado nesta dissertação. A identificação da metodologia e das melhores práticas preventivas e de controle a serem utilizadas, assim como sua adoção a partir de 2007, permitiu a redução de 45% no número dos acidentes do trabalho ao final de 2008, quando comparados ao ano de 2006. Considerando-se os acidentes reportáveis a redução obtida foi de 72,5%, e com relação aos acidentes com afastamento a redução foi ainda mais expressiva, alcançando 91%, permitindo com que fosse alcançada pela empresa, no ano de 2008, taxa de frequencia de acidentes com afastamento de 0,46, compatível com as melhores referências internacionais. 83 5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES Este capítulo apresenta as conclusões e considerações deste trabalho de pesquisa, na empresa objeto deste estudo de caso. Está subdividido em três seções. A seção 5.1, intitulada Conclusões, apresenta as principais contribuições do trabalho de pesquisa e suas conclusões. A seção 5.2 - Recomendações para Pesquisas Futuras apresenta sugestões para novos estudos e a Seção 5.3 Considerações Finais, discorre sobre a aplicabilidade da metodologia aplicada nesta pesquisa no gerenciamento de risco de acidentes do trabalho. 5.1 CONCLUSÕES Esse estudo apresentou uma abordagem que incorporou aspectos organizacionais como causadores dos acidentes do trabalho, sendo suas principais contribuições: a) Estabelecimento de relação entre os fatores básicos de risco, as condições latentes, e os acidentes do trabalho, identificando as falhas organizacionais que mais contribuem para sua ocorrência; b) Reconhecimento dos padrões de acidentes, através de análise conjunta de todos os eventos envolvendo funcionários próprios e contratados; c) Identificação de mecanismos de gestão e suas respectivas contribuições para a redução de acidentes do trabalho. Respondendo a questão central desta dissertação, as causas mais freqüentes dos acidentes do trabalho que resultaram em lesão pessoal de funcionários próprios e contratados na indústria química nacional produtora de elastômeros, considerando-se o período de estudo (2006-2008), foram em ordem crescente de participação: situações que influenciam o comportamento humano e condições no ambiente de trabalho que levam a erros; baixa qualidade e disponibilidade de ferramentas e equipamentos; não cumprimento ou adequação de procedimentos de 84 trabalho; e falhas no gerenciamento de manutenção, representando 63,5% dos FBRS identificados. Os mecanismos de gestão que mais contribuíram para a melhoria do desempenho em segurança do trabalho durante o período de estudo (2006-2008) foram: a implantação do modelo Tripod-Beta para identificação de causas de acidentes; a sistemática de comunicação e análise de acidentes ocorridos; a implantação de reuniões mensais de segurança com participação do gerente da planta, sua coordenações e dos responsáveis por empresas contratadas; e a implantação do programa de segurança comportamental. Através destes mecanismos foi possível reduzir significativamente a incidência de fatores básicos de risco como, algumas condições presentes no ambiente de trabalho que levavam a falhas humanas (EC), falhas em materiais e equipamentos (HW), falhas no gerenciamento da manutenção (MN), falhas ou ausência de procedimentos (PR), e não utilização de EPIs por funcionários próprios e contratados (DF). O fator básico de risco relacionado com falhas de projeto (DE) foi o único que teve o número de ocorrências aumentado no período de estudo (2006-2008), fato este atribuído ao baixo questionamento a respeito das características dos equipamentos, até a implantação do modelo Tripod-Beta para análise das causas dos acidentes. Organização e limpeza do ambiente de trabalho e gerenciamento de manutenção foram fatores básicos de risco identificados como associados aos principais processos (operação e manutenção), e, portanto, devem estar sob vigilância permanente, sob o risco de potencializar acidentes do trabalho. Na indústria química, de uma forma geral, observa-se que a contratação de terceiros propicia que as empresas tenham foco no seu negócio principal. No entanto, foi possível concluir que atividades de risco para a segurança do trabalho, como manutenção e montagem, devem possuir mecanismos de controle de risco mais eficazes sobre procedimentos adotados, e equipamentos ou ferramentas utilizadas, já que representam mais de um terço das ocorrências de acidentes do trabalho. Além disso, requisitos específicos de segurança devem ser exigidos através de contratos para prestação de serviços que envolvam atividades de risco. 85 Como decorrência da aplicação dos mecanismos de gestão notou-se, através da evolução dos fatores básicos de risco no período de estudo, uma alteração na participação das causas mais frequentes, que no ano de 2008 foram, em ordem de ocorrência, aquelas relacionadas com o projeto de equipamentos e instalações, com a qualidade e a disponibilidade de ferramentas e equipamentos, com o não cumprimento ou adequação de procedimentos de trabalho, e com a organização e limpeza do ambiente de trabalho, representando 67% dos FBRs identificados. A partir das informações coletadas, observou-se que apesar da existência de Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional bem consolidado na empresa, não havia sistematização na análise e investigação de acidentes do trabalho. Cada planta possuía seu próprio modelo, sem a sinergia necessária e fundamental a uma empresa de grande porte. 5.2 RECOMENDAÇÕES PARA PESQUISAS FUTURAS Conforme apresentado na introdução desta dissertação, a indústria química está entre os segmentos responsáveis pelas maiores taxas de frequência de acidentes do trabalho, e, portanto merece especial atenção em razão de suas peculiaridades, dentre as quais destacamos a segurança dos processos e os possíveis impactos ambientais decorrentes de suas atividades. Tanto acidentes do trabalho como incidentes de processo, que não chegam a ocasionar lesões pessoais, têm origem em fatores organizacionais e gerenciais, que podem ser atribuídos a falhas latentes. Sem dúvida taxas de frequência de acidentes do trabalho reduzidas são indicativos da “boa saúde” do sistema de segurança como um todo. No entanto, observa-se que existem inúmeros incidentes que não resultam em lesão pessoal, como pequenos vazamentos, que são indicativos da integridade de segurança do processo da planta industrial. Estes incidentes devem ser investigados e tratados, uma vez que podem ser os eventos iniciadores ou precursores de um incidente ampliado com conseqüências catastróficas. 86 Como recomendação para novos trabalhos, seria interessante a aplicação da metodologia Tripod-Beta para outros tipos de incidentes ocorridos na indústria química, uma vez que os fatores básicos de risco se aplicam a qualquer tipo de processo industrial dentro de uma organização. 5.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Reason (2006) menciona que é mais fácil gerenciar os locais de trabalho e as organizações do que as mentes dos funcionários, visto que não podemos modificar a condição humana, mas podemos mudar as condições em que as pessoas trabalham. Para tal, é de fundamental importância o comprometimento da alta direção da empresa, sem o qual não é possível realizar as mudanças necessárias. Todos os sistemas convivem com condições latentes, que se manifestam quando ocorrem os acidentes. A etapa de investigação das causas dos acidentes é de suma importância, e quanto mais profunda a análise, mais evidentes ficam as fragilidades do sistema, a serem corrigidas para obtenção da melhoria do desempenho em segurança. Portanto, a participação ativa dos funcionários envolvidos, engenheiros de processo, técnicos de segurança, médico do trabalho e demais especialistas é vital nesta etapa do processo. A análise dos fatores básicos de risco, e das falhas latentes associadas, permitiu identificar os principais aspectos técnicos e de organização do trabalho que levam às falhas humanas na empresa objeto desta pesquisa. Desta forma afirmamos que o erro humano pode ser minimizado, a partir da redução das situações de risco existentes no ambiente de trabalho, ressalvadas aquelas condições que decorrem de falta de atenção por motivos externos, ou problemas pessoais, que em sua maioria são difíceis de serem antecipadas e quase impossíveis de serem defendidas. 87 Considerando-se as dificuldades, inerentes a identificação e eliminação de falhas latentes de forma proativa, a análise a partir dos acidentes ocorridos é sem dúvida uma ferramenta para o gerenciamento de risco de acidentes de trabalho. Segundo Reason (2006), a busca pela eliminação de condições latentes tem que ser um processo contínuo. A cada vez que um problema é resolvido, outros aparecem em seu lugar, e não existem vitórias finais na guerra pela segurança. 88 REFERÊNCIAS ALMEIDA, I. M. Construindo a culpa e evitando a prevenção: caminhos da investigação de acidentes do trabalho em empresas de município de médio porte. 2001. 243 f. 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Sim Não N/A Hora do Atendimento na Saúde Ocupacional: 14:45 Observações: A utilização da botina com solado de borracha minimizou a lesão. 95 Parte II: Preenchido pela Segurança Industrial: Acidente do Trabalho? Atividade: Sim Produção Tipo de Lesão: SOS Montagem Não Manutenção Acidente Reportável? Administração Sim Não Análise das Causas: Equipamento Pessoal Comportamentos inadequados pela não percepção do risco Meio Ambiente Disposição indevida de lixo sólido Material f rágil para colet a de amost ra Materiais Matéria-prima Procedimento Descrição da Causa mais provável: Disposição indevida de material cortante nas proximidades de lixeira utilizada na coleta seletiva. Falha Ativa: Falha de controle Fator Básico de Risco: HK Pré-condição: Organização do trabalho 96 Ações Corretivas: Ação Proposta: Testar e definir padrão de material plástico resistente a impactos e compatível com os produtos químicos coletados . Responsável: Lima Prazo: 20/12/2007 Substituir pelo padrão definido as vidrarias utilizadas na coleta de amostras. Rosana 20/12/2007 Elevar percepção do risco pelo incremento do número de observadores do PSC. Matte 15/01/2008 Anexos: Fotos, e outros documentos Fragmento de vidro sobre o piso Pote de coleta em teste para látex 97 APÊNDICE II - Modelo de formulário p/ registro de acidentes do trabalho APÊNDICE III – Sistematização do resultado do levantamento de dados 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CAXIAS 2-jan 08:15 Reação Próprio Operação Ao sair do painel da área 23N, dirigindo-se à copa, o funcionário sofreu uma fratura em seu tornozelo esquerdo, ao descer o degrau que separa as duas salas. Ato inseguro Estado de ânimo EC LAT Ato inseguro Padrão de Raciocínio PR SOS CAXIAS 4-jan 10:30 Secagem Contratado Manutenção Ao colocar um malão de pintura sobre um carrinho prancha para transportá-lo , os ajudantes levantaram, primeiramente, um dos lados do malão apoiando-o sobre a base do carrinho, quando levantaram e empurraram a outra extremidade, não perceberam que um deles ainda o apoiava do outro lado, vindo a imprensar o 4º dedo de sua mão direita, causando–lhe uma ferida corto contusa. CABO 5-jan 01:00 Armazenagem e purificação monômeros Próprio Operação Ao pegar uma mangueira, para uso na área, a mesma estava cheia de soda caustica, que caiu na perna do funcionário. Ato inseguro Organização do trabalho HK SOS CABO 6-jan 16:00 APQ Próprio Operação Funcionário foi energizar o GB 4501, quando ocorreu curto-circuito, causando queimaduras no antebraço direito. Falha técnica Característica do equipamento MN LAT TRIUNFO 11-jan 12:40 Armazem de produto Contratado Operação Funcionário estava retirando tacos de madeira do pallet quando bateu um martelo contra sua perna. Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS TRIUNFO 11-jan 10:30 Utilidades Próprio Operação Funcionário (estagiário) apertava uma conexão de uma linha de ácido sulfúrico quando essa rompeu respingando gotas de produto na lateral da face. Falha técnica Organização do trabalho OR LTR 98 2006 Ano: Planta CABO Data 16-jan Hora 10:10 Local Coagulação Funcionário Contratado Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Manutenção Enquanto fazia a limpeza da plataforma, próxima a peneira (PA-2740), o funcionário recebeu respingos de água quente no antebraço esquerdo, provocando queimadura superficial de natureza leve. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Característica do equipamento DE LAT Padrão de Raciocínio TR SOS Organização do trabalho DF LAT Padrão de Raciocínio TR SOS CABO 16-jan 16:20 Coagulação Próprio Operação CABO 20-jan 12:10 Oficina Manutenção Contratado Manutenção CAXIAS 26-jan 10:00 Aramzenagem Monomeros Contratado Manutenção CABO 27-jan 23:40 Secagem Próprio Operação Ao preparar a renovação da desaguadora com TNPP, foi verificado que não havia fluxo na peneira. Solicitado eletricista para rearmar a bomba, que entrou em operação com a rotação Falha de controle máxima, ocasionando fluxo de grande volume de água quente à peneira. Houve respingo e queimaduras de 1. e 2. Graus na perna do operador. Durante usinagem de uma peça, sofreu corte no dedo por rebarba de metal. Ato inseguro O funcionário sofreu uma perfuração em sua perna esquerda, ao ser atingido por uma abraçadeira de eletroduto de 1”, quando Falha de controle executava corte no gramado da área 11 com uma roçadeira com lâmina de aço. Durante remoção de borracha do flap da caçamba PA 2847, o flap abriu e imprensou o dedo do operador na chapa da caçamba, causando lesão. Ato inseguro 99 2006 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CAXIAS 27-jan 10:21 Latex Contratado Manutenção Quando o funcionário estava passando as peças de andaime para outro funcionário, não percebeu que havia uma peça de tamanho menor misturada as outras peças. Ao erguer o corpo para a entregar essa peça menor, o outro funcionário não a alcançou. Para evitar que a mesma caísse, o funcionário tentou segurá-la, imprensando o seu polegar direito entre uma tubulação e a referida peça de andaime. TRIUNFO 27-jan 12:OO Secagem Contratado Manutenção Funcionário ao abrir a caixa de ferramentas para guardá-las cortou o dedo na tampa. Causa Imediata: borda cortante na caixa de ferramentas Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CABO 2-fev 14:55 Armazem de Produto Contratado Manutenção Durante transporte de peça metálica tubular de 4m, imprensou o dedo entre a peça e uma coluna de alvenaria da área Ato inseguro Organização do trabalho PR LTR CABO 3-fev 16:50 Cozinha Industrial Contratado Administração Durante limpeza do piso do refeitório, empurrou a porta com o corpo, já que tinha as mãos ocupadas, sendo atingido pela maçaneta da porta, que voltou por contra-pressão. Ato Inseguro Padrão de Raciocínio TR SOS Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Falha de controle Organização do trabalho DF LTM CAXIAS 3-fev 10:20 Coagulação Contratado Manutenção O funcionário encontrava-se fazendo a limpeza da canaleta do 1º piso da Coagulação perto do TQ02519A (6-PPD), quando ao segurar o saco de borracha suja, encostou na linha de vapor que está sem o isolamento térmico. TRIUNFO 7-fev 16:45 Recuperação de Monômeros Contratado Operação Funcionário ao deslocar-se próximo a T 24-01A foi atingido por emanação de vapor oriundo da boca de visita. 100 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco TRIUNFO 9-fev 11:30 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Funcionário ao usinar uma broca foi atingido pela castanha da placa rotativa. Ato Inseguro Padrão de Raciocínio TR LTM CAXIAS 10-fev 11:10 Operação O funcionário pegou um tubo de 1’1/2 para usá-lo como alavanca no alinhamento da tubulação de água de 8” o mesmo deslocou-se atingindo o seu supercilio direito. Ato inseguro Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 13-fev 20:45 Secagem Contratado Operação Funcionário ao abrir o alçapão da 3ª zona linha B, a tampa bateu no 1º dedo do pé esquerdo . Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS TRIUNFO 15-fev 12:00 Reação Contratado Manutenção Funcionário estava trocando a válvula da PSV no vaso 2313A e ao forçar a chave com o pé para abri-los a chave escapou causando a lesão. Ato inseguro Padrão de Raciocínio EC SOS Contratado Manutenção O funcionário sofreu uma entorse em seu joelho, quando executava serviços de concretagem, devido aos desníveis existentes no solo decorrentes da obra. Ato inseguro Estado de ânimo EC LAT Tratamento Águas Contratado CAXIAS 17-fev 11:00 Armazem de Produto CABO 20-fev 15:40 Secagem Contratado Manutenção Durante a quebra de parede do banheiro da área, imprensou o dedo entre o tubo e a parede. Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS TRIUNFO 20-fev 10:15 Reação Contratado Manutenção Funcionário estava manuseando um atuador da válvula de bloqueio e ao fazer movimento para colocá-lo no lugar prensou seu dedo. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 21-fev 17:40 Armazem de Produto Contratado Operação Estava se deslocando no armazém, por entre as caixas estocadas, quando sentiu uma farpa no dedo. Ato Inseguro Organização do trabalho DF SOS 101 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CABO 6-mar 08:15 Reação Próprio Operação Após limpeza de filtro, estava fechando a tampa, quando o suporte da mesma caiu, atingindo sua coxa esquerda. Falha técnica Característica do equipamento MN LAT TRIUNFO 9-mar 22:15 Reação Próprio Operação Funcionário ao fazer teste de estanqueidade para verificação de vazamento no flange quando respingou o produto DDM no lado esquerdo do rosto. Falha técnica Característica do equipamento HW LTM TRIUNFO 15-mar 13:30 Coagulação Contratado Manutenção Funcionário estava entrando no Tq 25-11quando bateu com o cotovelo na borda do tanque, ocasionando a lesão. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 16-mar 02:30 Secagem Contratado Manutenção Estava fazendo a limpeza dos fardos, quando a faca resvalou e atingiu seu queixo, do lado esquerdo. Ato Inseguro Padrão de Raciocínio TR SOS CABO 16-mar 10:15 Operação Estava retirando sucata de uma caçamba e ao descer sofreu torção do tornozelo esquerdo. Ato Inseguro Organização do trabalho PR LAT TRIUNFO 17-mar 16:00 Recuperação de Monômeros Operação Funcionário estava abrindo a válvula de sucção da bomba B 24-01C.A chave escapou prensando sua mão esquerda, ocasionando lesão. Falha técnica Característica do equipamento HW LTM 10:10 Oficina Manutenção Manutenção O funcionário saiu do escritório em direção a calçada, quando ao descer da mesma em direção da rua, torceu levemente seu tornozelo esquerdo, vindo a sentir dores algum tempo após o ocorrido.. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CAXIAS 22-mar Patio de Resíiduos Contratado Próprio Contratado 102 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CABO 29-mar 07:40 Secagem Próprio Operação Realizava remoção da placa da secadora, quando encostou o braço em uma linha de vapor. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS TRIUNFO 31-mar 15:00 Reação Contratado Manutenção Funcionário sofreu queda no interior de canaleta devido a quebra da grade. Falha técnica Característica do equipamento HW LTM TRIUNFO 31-mar 02:50 Secagem Contratado Operação Funcionário ao dissolver a tinta com querosene recebeu respingo de solvente ocasionando a lesão. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS TRIUNFO 3-abr 15:00 Armazem de Produto Contratado Operação Funcionário da empresa transportadora ao colocar a lona no caminhão em cima da carga escorregou da carroceria, batendo sua cabeça. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS CAXIAS 4-abr 16:40 Oficina Manutenção Contratado Manutenção O funcionário estava cortando uma chapa de 3/16 X 150mm X 3000mm. Ao retirar as peças da bancada, uma das chapas deslizou e atingiu o seu braço direito. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CAXIAS 5-abr 09:30 Secagem Próprio Operação O funcionário teve sua mão esquerda presa no selador da embrulhadeira G, enquanto trocava o filme de polietileno. Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS CAXIAS 5-abr 19:10 Coagulação Próprio Operação Funcionário retirou seus óculos de proteção, numa tentativa de enxergar a válvula da linha de vapor, devido a grande quantidade de vapor gerado durante a desobstrução da linha de 6PPD. Ato Inseguro Organização do trabalho DF SOS TRIUNFO 10-abr 10:00 Recuperação de Monômeros Contratado Manutenção Funcionário estava hidrojateando equipamento interno ao V 24-02B quando sentiu partículas provenientes da linha de ar ocasionando irritação em ambos os olhos. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS 103 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco TRIUNFO 10-abr 17:00 Secagem Contratado Operação Funcionário ao erguer uma caixa de mais ou menos 26 kg, sentiu forte dor nas costas, que impediu de movimentar-se novamente. Ato Inseguro Organização do trabalho PR LAT Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CABO 21-abr 08:40 Secagem Contratado Operação O funcionário ao realizar limpeza de rotina no QAD (PA- 2744) com uso de espátula metálica, bateu com a mão direita em um parafuso de fixação da porta, causando lesão no dedo minímo. TRIUNFO 24-abr 10:30 Secagem Contratado Manutenção Funcionário estava hidrojateando na área 25, quando estorou a mangueira, atigindo-o. Falha técnica Característica do equipamento HW LTR CABO 2-mai 12:45 Reação Contratado Manutenção Funcionário estava quebrando um piso de concreto, quando o ponteiro escorregou de sua mão atingindo-o no tornozelo da perna esquerda, causando contusão. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS TRIUNFO 2-mai 15:00 Almoxarifado Contratado Manutenção Funcionário estava cortando juntas para BV de equipamentos e linhas flangeadas no chão do almoxarifado, quando raspou o joelho ocasionando a lesão. Ato Inseguro Organização do trabalho PR LAT 104 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CABO 4-mai 13:45 Secagem Contratado Montagem Funcionário ao encaixar a eletrocalha do novo painel da Área 2900, cortou o dedo polegar esquerdo em uma rebarba de metal na borda da mesma. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 11-mai 10:15 Preparo de Soluções Contratado Operação Funcionário ao transferir o resíduo de borracha da caixa de papelão para gaiola metálica, sofreu um entorse do 1º dedo da mão direita. Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS CABO 15-mai 13:40 Armazem de Produto Contratado Operação Funcionário estava montando caixas de papelão quando sentiu uma irritação no olho direito, por presença de corpo estranho. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS Ato Inseguro Organização do trabalho HK LAT Ato Inseguro Característica do equipamento HW LAT Organização do trabalho HK SOS Estado de ânimo EC SOS CABO 15-mai 13:40 ADM Contratado Operação Funcionário ao retornar do almoço, deslocou-se para apanhar a cadeira que estava por trás da sala de controle da estocagem, e bateu com a cabeça na caixa do ar condicionado causando-lhe uma lesão leve. TRIUNFO 22-mai 11:00 Reação Contratado Manutenção Funcionário estava raqueteando um flange de 6" polegadas no R 23-14 e sentiu uma forte dor na mão direita. CABO 26-mai 13:30 Reação Próprio Operação CABO 29-mai 13:50 ADM Contratado Operação Escoriação na mão direita por penetração de um corpo estranho (pedaço de vidro), quando estava Falha de controle com a mão apoiada no painel antigo da reação, na sala de controle. Ao fechar a porta do carro distraiu-se e a porta fechou em seu dedo. Ato Inseguro 105 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco TRIUNFO 29-mai 10:00 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Funcionário ao trocar a capa da mangueira teve dificuldade de realizar o procedimento e usou uma faca para cortá-la, perfurando o 1ª dedo da mão esquerda. Ato Inseguro Organização do trabalho HW SOS Ato Inseguro Organização do trabalho HK SOS CAXIAS 31-mai 10:40 ADM Contratado Manutenção Durante uso de ROÇADEIRA para corte de grama pedra foi arremaessada atingindo outro funcionário, distante 5 metros, na parte superior de sua “Mandíbula”. No ato do acidente o funcionário utilizava os EPI´s designados para sua atividade. TRIUNFO 31-mai 11:00 Secagem Contratado Operação Funcionário estava fazendo varredura do chão quando o cabo metálico da vassoura quebrou na sua parte superior atingindo colaborador que estava próximo. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 1-jun 10:30 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Funcionário ao apoiar-se na cerca movimentou o armário, que estava apoiado nela. A porta desprendeu-se indo de encontro ao funcionário ocasionando a lesão. Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS TRIUNFO 2-jun 21:00 Recuperação de Monômeros Contratado Manutenção Funcionário estava limpando os filtros em linha contendo acrilonitrila, quando ao abrir os filtros teve contato com o produto remanescente na linha. Falha de controle Organização do trabalho DF LTR TRIUNFO 2-jun 16:30 Secagem Contratado Manutenção Funcionário ao subir no guindaste, escorregou e raspou a perna no degrau causando a lesão. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CAXIAS 5-jun 11:30 Secagem Próprio Operação O funcionário sofreu uma fratura em um dos dedos da mão direita, ao batê-las em um fardo de borracha de 25Kg para retirá-lo da esteira, devido a um engavetamento de fardos. Ato Inseguro Estado de ânimo EC LAT CABO 22-jun 13:35 ADM Contratado Operação Ao vistoriar o carro, o mesmo se movimentou, tendo a porta batido contra o seu rosto, lesionando o lábio superior. Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS 106 2006 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 26-jun 20:20 Secagem Contratado Manutenção O funcionário estava fazendo limpeza do QAD 2906, e ao descer a escada que dá acesso ao reprocesso escorregou batendo o seu braço esquerdo no parafuso da válvula de vapor, ocasionando a lesão. CAXIAS 26-jun 18:40 Coagulação Próprio Operação Ao terminar o alinhamento da válvula de admissão de vapor da A-25, no pipe rack, o funcionário desceu a escada marinheiro sofrendo uma torsão no tornozelo ao pisar no chão. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS TRIUNFO 26-jun 18:30 Secagem Contratado Operação Funcionário estava na linha de triagem de limpeza dos fardos quando apareceu um fardo com uma contaminação. Ao retirá-la feriu a face (região do queixo). Ato Inseguro Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 1-jul 09;00 Secagem Contratado Operação Funcionário ao correr para fechar o hidrante sofreu entorse no pé direito. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 5-jul 07:25 ADM Próprio Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 12-jul 07:40 Oficina Manutenção Contratado Ao entrar na empresa funcionária tropeçou no Administração batente da calçada de entrada da fábrica caindo e machucando o joelho. Manutenção Estava distraído, conferindo extrato bancário, quando foi atingido por um carro de mão. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS TRIUNFO 14-jul 09:30 Secagem Contratado Operação Funcionário estava efetuando a limpeza no fundo da câmara de entrada do secador B.e ao retirar borracha encostou o braço na chapa de metal, ocasionando a queimadura. TRIUNFO 18-jul 11:30 Coagulação Contratado Manutenção Funcionário estava fazendo limpeza interna no Tq 25-02G e sentiu uma irritação no olho esquerdo. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS CABO 25-jul 14:30 Secagem Contratado Manutenção Funcionário estava cortando um parafuso, com o maçarico, quando mangueira do maçarico rompeu. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS 107 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CABO 29-jul 14:50 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Funcionário estava ajudando a fazer um serviço de solda, quando a radiação causou irritação no olho esquerdo. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS TRIUNFO 4-ago 18:00 Secagem Contratado Operação Ao triar borracha funcionário foi virar um fardo quando bateu sua mão esquerdo em uma peça metálica. No momento do acidente o funcionário estava usando luva apropriada para tarefa . Ato Inseguro Organização do trabalho TR SOS CAXIAS 7-ago 20:00 Secagem Próprio Operação Após realizar a limpeza da DU02501I, a saia da carenagem soltou e atingiu a perna do funcionário. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CAXIAS 12-ago 12:15 Secagem Contratado Operação Ato Inseguro Organização do trabalho DF LAT TRIUNFO 22-ago 12:00 Secagem Contratado Operação Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Ato Inseguro Estado de ânimo EC LTM O funcionário ao empurrar o fardo de SBR do TP da balança 2505 G, sofreu o arrancamento de parte da unha do 3º quirodáctilo da mão esquerda. Ao limpar o Q1, funcionário foi retirar borracha que estava próxima a chapa metálica, ferindo sua mão direita abaixo do polegar. Estava usando luva de vaqueta. CAXIAS 20-set 13:55 Utilidades Contratado Operação Ao transitar na área das caldeiras, para pegar peças de andaime, a cobertura de uma canaleta, cedeu sob o peso do funcionário, que ao cair, bateu com a coxa esquerda na borda da canaleta, sofrendo uma contusão. TRIUNFO 21-set 11:30 Secagem Contratado Operação Após olhar através da LA para verificar os fardos, funcionário deu um passo e bateu com o nariz na balança ocasionando a lesão. 108 2006 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Falha técnica Característica do equipamento MN SOS CABO 30-set 03:50 Secagem Contratado Operação Plataforma que fica no primeiro piso, estava solta e caiu derrubando o funcionário que iria começar o reprocesso de TR- 4181 no rex da área-2900. O funcionário levou uma forte pancada no lado direito do peito, e sofreu lesão no quadril. CABO 2-out 08:30 Cozinha Industrial Contratado Administração Ao descer a escada do escritório, escorregou no piso molhado caindo sentado. Queda causou fissura no coccix Ato inseguro Organização do trabalho HK LAT CABO 2-out 11:00 ADM Próprio Administração Estava trabalhando sentada, quando a cadeira quebrou, causando a queda da funcionária. Falha técnica Característica do equipamento DE SOS CABO 2-out 14:00 Reação Próprio Operação Ao parar o movimento do volante de uma válvula com a mão direita, houve o choque com o polegar, causando leve lesão. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 4-out 15:30 Utilidades Próprio Operação Estava em manobra para colocação de bomba em operação, quando houve grande fluxo de água Falha de controle quente para o piso, causando queimadura nos pés. Característica do equipamento MN SOS Operação Durante a realização da tarefa de lavagem de telas de sucção das bombas de refrigeração da Área 13, a tela, de aproximadamente 500 Kg, se Falha de controle soltou do gancho que a sustentava, caindo sobre o funcionário causando seu falecimento imediato por lesão craniana. Característica do equipamento MN FAT CAXIAS 4-out 07:00 Utilidades Contratado 109 2006 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Ato Inseguro Estado de ânimo EC LAT Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS Falha técnica Característica do equipamento HW SOS Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS Ao sair do painel para fechar manualmente a válvula de by pass do sistema de aquecimento do TQ02201B, o funcionário pisou no emulsificante Falha de controle quente, que havia transbordado do tanque e inundado todo 2º piso. Organização do trabalho HK SOS Ato Inseguro Organização do trabalho EC LTM CAXIAS 18-out 16:00 Utilidades Contratado Operação Ao aproximar-se do compressor, funcionário descuidou-se e teve sua luva e mão direita presa pela correia da polia do compressor, sofrendo fratura na falange média do 4º dedo da mão direita e fratura das falanges distais dos 3º e 4º dedos da mão direita. CAXIAS 21-out 09:00 Recuperação de Monômeros Contratado Manutenção Ao abrir o filtro 02401B com a chave de cachimbo, o funcionário imprensou o seu dedo polegar esquerdo entre a chave e o parafuso que estava retirando, causando-lhe uma contusão. TRIUNFO 23-out 13:50 Secagem Contratado Operação CABO 25-out 15:30 Reação Contratado Operação 21:00 Preparo de Soluções CAXIAS 27-out Próprio Tipo de Lesão Processo Operação Funcionário ao sair do fundo falso da câmara de entrada do S 25-01A, bateu com a região lombar esquerda em uma chapa metálica. Funcionário estava caminhando rápido para o sanitário, quando tropeçou e bateu com o rosto no chão. TRIUNFO 31-out 11:30 Secagem Contratado Manutenção Funcionário estava ajustando linha de ar de 1/2" na prensa do S 25-01B. Ao forçar a chave grifo a mesma escapou e vindo de encontro ao seu lábio superior. CABO 3-nov 01:00 Secagem Contratado Operação Funcionário estava executando a limpeza da prensa com a mesma em operação, quando seu braço foi atingido pelo carro da mesma. Ato Inseguro Organização do trabalho PR LAT CABO 6-nov 07:30 Secagem Próprio Operação Funcionário retirou água quente do FA 2905 em uma caneca e a mesma se chocou contra a borda, respingando água quente no mesmo, causando-lhe queimaduras. Ato Inseguro Organização do trabalho IG SOS 110 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CAXIAS 6-nov 16:30 Latex Contratado Operação Ao se dirigir da área 29, levando uma amostra de látex para o laboratório, o funcionário caiu da bicicleta quando o garfo quebrou. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS TRIUNFO 6-nov 01:00 Secagem Contratado Operação Funcionário ao retirar a borracha da extrusora encostou a mão na lâmina ocasionando a lesão. Ato Inseguro Padrão de raciocínio TR SOS CABO 8-nov 10:00 ADM Contratado Administração Funcionário estava trabalhando sentado, quando a cadeira quebrou, causando a queda. Falha técnica Característica do equipamento DE LTR CABO 8-nov 15:30 Cozinha Industrial Contratado Manutenção Funcionário realizava serviço de alvenaria quando cortou o dedo numa chapa improvisada para colocação de massa. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 9-nov 00:00 Armazem de Produto Contratado Operação Ao abrir a tampa lateral da carroceria para iniciar o carregamento, funcionário foi atingido em seu ombro direito, pois a mesma estava solta, Ato Inseguro Organização do trabalho TR SOS Ato Inseguro Organização do trabalho HK LAT Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS Falha técnica Característica do equipamento HW LAT Ato Inseguro Estado de ânimo DE LTM CAXIAS 20-nov 18:15 Secagem Próprio Operação CABO 24-nov 10:00 Secagem Contratado Manutenção CABO 24-nov 11:30 Armazenagem e purificação monômeros Contratado Manutenção CAXIAS 26-nov 21:30 Secagem Próprio Operação Ao tentar arrastar a escada para posicioná-la abaixo do TP02503E, para efetuar limpeza, o funcionário teve seu pé atingido pela base da escada. Funcionário realizou manutenção na embrulhadeira e ao fazer testes ficou com a mão na direção da guia que faz furos no filme de polietileno . Funcionário realizou manutenção na gaveta da subestação e ao recolocar a gaveta no barramento houve curto-circuito, causando queimaduras no rosto e braço do mesmo. Ao sair do painel para verificar um entupimento, o funcionário prendeu a manga da camisa em uma tomada de vapor, sofrendo queimadura de 1º grau em seu braço direito. 111 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CABO 29-nov 11:00 Almoxarifado Contratado Manutenção Funcionário realizava manutenção elétrica, com troca de lâmpadas, quando seu olho direito foi atingido por poeira acumulada nos armários do local. Falha de controle Organização do trabalho HK LTR TRIUNFO 29-nov 04:45 Secagem Contratado Operação Funcionário ao dirigir-se de bicicleta para realizar tarefas na área 25, teve queda, sofrendo ferimento corto - contuso na face, cavidade oral e contusão na fronte. Falha técnica Característica do equipamento MN LAT CABO 30-nov 22:50 Secagem Próprio Manutenção Funcionário acompanhava serviço de hidrojateamento quando houve descontrole da pistola, queda do operador de hidrojato e o funcionário foi atingido por jato no joelho e coxa. Falha técnica Característica do equipamento MN LAT CAXIAS 30-nov 03:50 Secagem Contratado Operação Ao tentar ligar empilhadeira, a mesma deu um estouro e pegou fogo, atingindo o funcionário em seu punho e antebraço esquerdo. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 5-dez 15:15 Recuperação de Monômeros Contratado Manutenção Funcionário ao girar o feixe do R 23-15A, no piso da área de hidrojato da A24, com auxílio de outro jatista, o feixe tombou sobre o seu pé. Ato Inseguro Organização do trabalho IG LTR CABO 8-dez 08:50 Armazem de Produto Contratado Operação Funcionário realizava transplante de borracha entre caixas de papelão, quando uma farpa penetrou em sua mão. Ato Inseguro Padrão de raciocínio DF SOS 112 2006 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CABO 12-dez 09:20 Laboratório Próprio Operação Funcionário realizava limpeza da lâmina inferior do moinho da casa de solvente com a espatula, quando sofreu ferimento (corte) no dedo polegar da mão direita, ao colidi-lo com a lamina. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CABO 14-dez 18:00 Tratamento Águas Próprio Operação Funcionário adicionava soda caústica na caldeira elétrica, quando houve contrapressão na linha e respingos o atingiram no rosto e lábios. Ato Inseguro Organização do trabalho PR LTM Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS CABO 18-dez 10:50 Almoxarifado Contratado Operação Funcionário colocava uma bobina de filme polietileno de 30 Kg (entre outras - 12 a 16 bobinas) num pallet gradeado de aço, a mesma resvalou prensando seu 3º quirodáctilo (dedo) direito, causando-lhe ferida lácero-contusa. CABO 22-dez 09:00 Armazem de Produto Contratado Operação Funcionário estava arrumando pallets e ao levantar e empurrar um deles, o mesmo voltou vindo de encontro à sua perna direita, causandolhe ferida lácero-contusa próxima ao tornozelo. Ato Inseguro Organização do trabalho PR LAT CAXIAS 26-dez 12:00 Compressão Amônia Próprio Operação Ao subir a escada de acesso a boca de visita do caminhão de sabão misto para abri-la, o funcionário escorregou sofrendo uma fratura em seu pé direito. Ato inseguro Organização do trabalho HK LAT CABO 29-dez 18:00 Secagem Contratado Manutenção Funcionário realizava trabalho no PA 2743 folgando os parafusos do equipamento com uma chave de impacto quando sofreu lesão no seu dedo Indicador da mão esquerda. Ato inseguro Característica do equipamento HW LAT 113 2007 Ano: Planta CAXIAS Data 1-jan Hora Local 01:10 Compressão de Amônia Funcionário Próprio Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Fator Pré-Condição Básico de Risco Montagem O funcionário caiu na abertura de uma linha nova de vapor ao tentar se deslocar para as bombas 02707A/B com a objetivo de efetuar uma manobra a fim de sanar o vazamento na linha de retorno de água clarificada da TR02701. Falha técnica Característica do equipamento DE LAT Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 4-jan 14:00 Reação Contratado Manutenção Funcionário estava fechando a BV inferior do R2302B quando a mangueira de ar da conexão da torqueadeira escapou fazendo com que a Falha técnica extremidade da braçadeira batesse em sua região nasal, ocasionando a lesão. TRIUNFO 8-jan 14:00 Armazenagem de monômeros Contratado Manutenção Funcionário estava retirando polímero de estireno do teto do Tq 11-11com uso de alavanca quando sofreu uma distenção na região lombar. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CABO 9-jan 18:00 Secagem Contratado Montagem Funcionário estava auxiliando trabalho com martelete, segurando o equipamento em ponto impróprio, quando o mesmo perfurou a viga e prensou seu dedo contra a parede. Ato inseguro Estado de ânimo EC LAT Manutenção Quando hidrojateava a linha dos compressores de butadieno usando um bico de 5 metros, o funcionário percebeu que não estava saindo água e pediu para o companheiro de trabalho que bloqueasse a água para verificar o que estava ocorrendo.Quando retirava o bico de dentro da linha, houve sua desobstrução espontânea, causando um empuxo na linha, que o atingiu, ocasionando um corte profundo no segundo quirodáctilo e na mão esquerda. Falha técnica Característica do equipamento HW LAT Operação Funcionária estava realizando limpeza no piso da coagulação e ao instalar a mangueira de ar de serviço encostou o braço na linha de vapor ocasionando queimadura superficial de primeiro grau. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS CAXIAS TRIUNFO 9-jan 11-jan 14:00 06:50 Recuperação de Monômeros Coagulação Contratado Contratado 114 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa CABO 12-jan 16:00 Secagem Contratado Operação Funcionário estava desagregando a linha de reprocesso quando o gancho escapou e atingiu seu braço. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS CABO 15-jan 13:30 Secagem Próprio Operação Funcionário estava abrindo o vapor da placa do PA 2904, quando encostou o braço num trecho da linha desprotegido causando-lhe queimadura. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS CABO 19-jan 13:35 Reação Próprio Operação Funcionário abriu filtro de cemento e foi atingido por solvente que ainda estava no interior do mesmo. Ato inseguro Organização do trabalho TR SOS CABO 25-jan 14:20 Secagem Próprio Operação Funcionário realizava manobra na área quando encostou o braço em linha de vapor sem isolamento. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Falha técnica Característica do equipamento MN SOS CAXIAS 28-jan 10:30 PBLH Contratado Manutenção O funcionário ao se deslocar para realizar testes nos cabos da malha de controle do I -11003 escorregou, apoiando a palma da mão direita em uma linha de vapor sem isolamento, que estava montada na altura do solo, provocando queimadura de 1º grau na palma da mão direita. CABO 29-jan 09:20 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Funcionário retirava chapa metálica de carro de transporte de materiais quando a mesma caiu em seu pé. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS Manutenção Com auxílio de uma marreta de 2 Kg, o funcionário aplicava alguns golpes sobre uma linha de 18”, visando a separação definitiva dos flanges, uma vez que já havia deslocado mais de 70%. O cabo da marreta quebrou permanecendo em suas mãos, enquanto que a outra parte foi projetada contra seu rosto, causando-lhe uma ferida corto contusa. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CAXIAS 31-jan 14:30 Recuperação de Monômeros Contratado 115 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa CABO 12-jan 16:00 Secagem Contratado Operação Funcionário estava desagregando a linha de reprocesso quando o gancho escapou e atingiu seu braço. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS CABO 2-fev 19:00 Secagem Próprio Operação Funcionário estava trabalhando com uma espatula no interior do QAD 2844, quando sofreu impacto da ferramenta no seu rosto, causando um pequeno corte no supercilio direito. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CAXIAS 2-fev 17:00 Utilidades Contratado Manutenção O funcionário sofreu uma ferida corto contusa na perna, ao cair em um buraco mal tampado, de um equipamento retirado. Falha técnica Organização do trabalho HK SOS CABO 8-fev 13:30 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Ato inseguro Organização do trabalho HW SOS CABO 13-fev 23:30 Secagem Contratado Operação Ato Inseguro Organização do trabalho EC SOS CAXIAS 14-fev 10:50 Secagem Contratado Operação Ato Inseguro Organização do trabalho HW SOS CAXIAS 15-fev 21:00 Recuperação de Monômeros Próprio Operação Falha técnica Característica do equipamento MN LAT Funcionário fazia o rebaixamento de uma peça no esmeril, quando a mesma escapou e sua mão foi de encontro ao rebolo, causando pequena ferida na unha. Funcionário fazia a limpeza do QAD, utilizando uma espátula, quando esta resvalou e fez com que a mão se chocasse contra uma chapa de ferro, ocasionando lesão em um dos dedos da mão esquerda. Ao tentar retirar um fardo com aprox. 70 Kg do “TP”, O funcionário não aguentou o peso e acabou prendendo a mão esquerda entre o fardo e o guia do “TP”, sofrendo uma lesão corto contusa. Ao tentar abrir a válvula de vapor para coelhar o emissário F, o funcionário encostou seu punho esquerdo na parte desprotegida da linha de vapor. 116 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa TRIUNFO 3-mar 02:56 Secagem Contratado Operação Funcionário sofreu um corte no polegar da mão esquerda enquanto retirava pontos de contaminantes da borracha SBR 1028K na saída da Pr 25-01A. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS CAXIAS 14-mar 09:00 Preparo de Bateladas Contratado Operação O funcionário caiu na canaleta, ao pisar em sua tampa, quando descia da cabine do caminhão, próximo as bombas 02220A/B. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Contratado Funcionária realizava fritura de diversos alimentos e quando foi colocar nova remessa de alimentos Administração para iniciar a fritura, sofreu queimadura de 2. grau no dorso da mão esquerda por respingo de óleo quente. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS Contratado Manutenção O funcionário estava instalando o atuador da válvula de 3 polegadas no Reator 11001D. Prendeu um parafuso e estava colocando o outro, quando o primeiro desprendeu-se da válvula emprensando o seu dedo entre o atuador e a válvula causando-lhe contusão. Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS Ato inseguro Característica do equipamento HW SOS CABO CAXIAS 15-mar 15-mar 07:30 Cozinha industrial 14:30 PBLH Contratado Manutenção Funcionário ao descer do andaime que estava montado no interior da torre 2401B, bateu com o cotovelo na "Roseta" de fixação da estrutura do mesmo, sofrendo uma cotusão. Contratado Operação Funcionária ao verificar o estado das bombas dosadoras de ácido sulfurico, na área 16, tropeçou na bombona de ácido, respingando produto no seu braço direito. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS Operação Funcionário realizava o recebimento de uma carreta de soda caustica e ao descer pela escada posterior ao FA-1262 escorregou no degrau, e ao tentar segurar no corrimão sofreu uma lesão no ante-braço esquerdo. Aberta a RNC 205/2007 Falha técnica Característica do equipamento MN SOS TRIUNFO 19-mar 16:50 Recuperação de Monômeros TRIUNFO 19-mar 14:10 Tratamento Águas 10:40 Armazenagem e purificação monômeros CABO 20-mar Próprio 117 2007 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Falha de controle Organização do trabalho HK SOS CAXIAS 25-mar 04:30 Secagem Contratado Operação Ao terminar de ajeitar um fardo de SBR que havia travado na linha “E”, o funcionário observou que havia acontecido o mesmo com outro fardo na linha “F”. Ao se deslocar para a linha “F” afim de solucionar o problema, o funcionário tropeçou, em um acúmulo de borracha que estava sobre o piso, e caiu, com o seu braço direito próximo a esteira do transportador, na tentativa de buscar um local para se apoiar durante a queda. TRIUNFO 9-abr 15:30 Recuperação de Monômeros Contratado Manutenção Realizava hidrojateamento no fundo do reator, de pé sobre sua calota inferior. Desequilibrou-se, provavelmente ao bater em uma das pás inferiores do agitador, e caiu. Ato inseguro Organização do trabalho PR LAT CABO 12-abr 10:40 Utilidades Contratado Montagem Funcionário descia de andaime, quando sofreu deslocamento do ombro ao chegar a parte inferior do mesmo pulando até o chão. Falha técnica Característica do equipamento HW LTR Operação Funcionário liberou a coagulação para a partida e ao se deslocar pela área escorregou em coágulos de borracha que estavam pelo piso, causando ferimento no polegar direito. Ato inseguro Organização do trabalho HK LTR Manutenção A equipe de andaime formada por três montadores estava montando um andaime no salão da caldeira C, quando um dos postes utilizados escorregou da parede e atingiu a cabeça de um dos funcionários. Ato Inseguro Organização do trabalho DF SOS CABO CAXIAS 16-abr 16-abr 08:00 13:50 Secagem Utilidades Próprio Contratado 118 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa CABO 21-abr 14:00 Reação Próprio Operação Ao realizar manobra de fechamento de vapor para o DC 2410, quando se deslocou para o painel pisou em falso dentro de um buraco, torcendo o pé direito, que sofreu um estiramento. Falha técnica Organização do trabalho HK LTR CABO 25-abr 08:00 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Ato inseguro Organização do trabalho HK SOS CAXIAS 25-abr 11:00 Utilidades Contratado Manutenção Ato Inseguro Organização do trabalho DF SOS CABO 2-mai 09:10 Armazem de produto Contratado Operação Funcionário estava retirando as travas da lateral da carreta, tipo sider quando uma das travas caiu no seu rosto, causando ferimento corto-contuso. Falha de controle Organização do trabalho PR SOS CAXIAS 3-mai 12:05 Cozinha Industrial Contratado Administração Funcionária realizava o corte de verduras na bancada, sem a utilização da luva de proteção, quando atingiu o 2º quirodátilo com a faca, cortando o dedo na altura da 2ª falange. Ato Inseguro Organização do trabalho DF LTR CAXIAS 3-mai 17:00h Secagem Próprio Operação O funcionário bateu com a perna (altura do joelho) ao desequilibrar-se no acesso a plataforma metálica da máquina embrulhadeira. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS Operação Estava sendo realizado o desengate da mangueira de vapor que havia sido utilizada para desobstrução da linha de água mãe, e nesse momento, como havia pequena pressão residual na mangueira, o funcionário que encontrava-se em área próxima, foi atingido na região posterior das duas pernas, causando queimadura de 1º grau. Falha de controle Organização do trabalho DF LTM CAXIAS 10-mai 22:30 Coagulação Próprio Funcionário realizava alinhamento de selo mecânico e quando se abaixou para verificar posição do mesmo na bancada, sofreu corte na testa pela queda do selo. O funcionário retirou a luva de vaqueta para bater com o martelo no estrator e retirar pedaço de tubo. O tubo soltou a ferrugem que estava obstruindo sua saída, e com a pressão o ar atingiu o dorso de sua mão esquerda causando escoriação. 119 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa CABO 21-abr 14:00 Reação Próprio Operação Ao realizar manobra de fechamento de vapor para o DC 2410, quando se deslocou para o painel pisou em falso dentro de um buraco, torcendo o pé direito, que sofreu um estiramento. Falha técnica Organização do trabalho HK LTR Contratado Operação Funcionário realizava a substituição de cilindro de gás da empilhadeira, quando teve seu dedo indicador da mão direita, imprensado entre o cilindro e a braçadeira do mesmo, sofrendo lesão leve na mão. Ato inseguro Organização do trabalho DE SOS Contratado Operação Ao sair do box do vestiário, após tomar banho, a ASG escorregou e caiu batendo de encontro a um armário. Falha técnica Organização do trabalho DE LTR Falha técnica Característica do equipamento DE SOS CABO 12-mai 08:00 Pátio de resíduos TRIUNFO 15-mai 16:40 Secagem CAXIAS 17-mai 11:00 Secagem Contratado Manutenção Ao realizar a inspeção de rotina no caminhão de hidrojato, o funcionário tentou tirar o filtro da tela, e ao levantá-lo a tela subiu junto desprendendo-se no alto, prendendo o seu 4º quirodáctilo da mão esquerda entre a tela e o suporte do filtro. CAXIAS 19-mai 08:30 Secagem Próprio Operação A porta do elevador soltou do gancho de sustentação e atingiu o funcionário, quando o mesmo estava desobstruindo o elevador 02501J. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS 16:30 Oficina Manutenção Manutenção Funcionário retirou cobra que estava presente no pátio e em seguida foi pegá-la novamente, quando foi picado no dedo polegar direito, apresentando sintomas de envenenamento por animal peçonhento. Ato Inseguro Padrão de Raciocínio EC LTR CABO 22-mai Contratado 120 2007 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Falha técnica Organização do trabalho MN SOS CAXIAS 23-mai 01:30 Secagem Contratado Operação Funcionário estava colocando as tampas nas caixas com borracha para cintá-las, quando em dado momento a sua perna esquerda desceu dentro da canaleta que se encontrava sem a tampa na área de assentamento, sofrendo ferimento tibial na perna esquerda. TRIUNFO 26-mai 20:30 Armazem de produto Contratado Operação Ao descer da empilhadeira para ajustar garfos de içamento o operador da máquina sofreu um entorse no seu pé esquerdo. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 27-mai 14:00 Secagem Contratado Operação Funcionário foi picado por um escorpião em três partes do seu corpo. O escorpião estava em sua camisa e o mesmo não percebeu. Falha de controle Organização do trabalho HK LTM Contratado Operação Funcionário fazia a movimentação de mangueira de água no pátio, andando de costas, quando tropeçou nas próprias pernas e caiu com a parte posterior/inferior da perna, sobre uma pedra no piso, causando lesão muscular local. Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS Próprio Operação Ao tentar realizar o alinhamento de recirculação de HSR, a haste da válvula soltou e o funcionário imprensou seu dedo entre a haste da válvula e a linha logo abaixo. Falha técnica Característica do equipamento DE LTR Operação Ao utilizar uma barra de ferro para tentar corrigir o posicionamento do sensor da embrulhadeira H, que havia sido desalinhado por um fardo de borracha, o funcionário acionou acidentalmente a mandíbula da embrulhadeira, ocasionando um ferimento em sua mão direita. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS Operação Técnico de Sistemas Industriais se deslocava para o vestiário no inicio de seu turno de trabalho quando escorregou sobre o piso da área 31 e torceu o tornozelo direito. Ato inseguro Estado de ânimo EC LTR CABO 29-mai 09:00 Pátio de resíduos CAXIAS 4-jun 11:10 Látex CAXIAS TRIUNFO 10-jun 10-jun 02:15 Secagem 07:50 Armazem de produto Próprio Próprio 121 2007 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Fator Pré-Condição Básico de Risco CABO 11-jun 10:45 Secagem Próprio Operação Funcionário foi checar o nível da caixa da bica, e ao se aproximar da mesma esta se abriu repentinamente molhando com água quente os seus pés. Falha técnica Característica do equipamento DE LTR Operação Funcionário realizava transplante de TR 4141 quando começou a sentir irritação nos olhos e o nariz escorrer. A irritação continuou a aumentar, e o funcionário lavou o rosto com a agua do sistema de incendio existente proximo. Falha técnica Organização do trabalho MN SOS Manutenção Funcionário estava descarregando o caminhão, quando ao preparar a retirada da lança reserva do guindaste teve seu dedo prensado pela rolagem da lança, causando ferimento leve. Falha de controle Organização do trabalho PR SOS Ato inseguro Organização do trabalho PR LTR CABO CABO 12-jun 19-jun 07:30 Armazem de Produto 09:30 Pátio de resíduos Contratado Contratado CABO 19-jun 11:00 Secagem Contratado Montagem Funcionário tranportava peças de andaime para carro estacionado na rua, junto de uma parede, passando sobre a canaleta. Na última viagem, quando pisou na borda da canaleta, teve o dedo prensado pela biqueira da bota, sofrendo lesão no dedo do pé. CABO 26-jun 10:45 Cozinha industrial Contratado Manutenção Funcionário retirava massa corrida de lata, para uso no teto do refeitório, quando encostou a mão na borda da lata, sofrendo pequeno corte devido à borda afiada da lata. Ato Inseguro Organização do trabalho EC SOS Manutenção Funcionário, durante posicionamento de um circulador de ar onde era executado a prémontagem do motor elétrico e também instalada uma proteção contra partes movéis, lesionou o 3º dedo da mão direita. Ato Inseguro Estado de ânimo EC LTM TRIUNFO 27-jun 13:50 Oficina Manutenção Contratado 122 2007 Ano: Planta TRIUNFO Data 27-jun Hora 21:45 Local Reação Funcionário Contratado Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Manutenção Ao pressionar a espina para apertar os parafusos da tubulação, a mesma escapou atingindo o lábio superior esquerdo do funcionário , provocando o ferimento. Ato inseguro Organização do trabalho IG LTM Característica do equipamento DE SOS TRIUNFO 27-jun 22:30 Reação Próprio Operação Técnico de Sistemas Industriais estava dosando ácido metacrílico com bomba pneumática no V 2337 quando a anilha da mangueira rompeu e o Falha técnica ácido vazou molhando as luvas e jaqueta. Ao retirá-las encostou nos braços e respingou na face. Estava usando os EPIs recomendadados. TRIUNFO 27-jun 07:45 Vestiário Contratado Operação Funcionária ao sair do vestiário, foi abrir a porta quando cortou seu dedo no espelho da fechadura. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS CABO 3-jul 11:25 Laboratório Próprio Operação Funcionário foi colocar porta tipo vai-e-vem que havia saído do encaixe no lugar, quando teve seu dedo polegar prensado na dobradiça. Ato inseguro Padrão de raciocínio EC SOS TRIUNFO 11-jul 11:30 Moagem Contratado Operação Ao despejar saco de Carbonato de Cálcio dentro do dosador, funcionário deslizou o dedo indicador direito junto a borda do dosador, vindo a sofrer um corte superficial. Ato Inseguro Característica do equipamento HW SOS Operação Motorista da Transportadora sofreu acidente que resultou em ferimento contuso na cabeça. O motorista havia descarrregado acrilonitrila na área 11e se encontrava junto a balança para pesagem final e saída. Ao subir na cabina escorregou no seu degrau e caiu de uma altura de 0,5 m. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS TRIUNFO 22-jul 12:15 Balança Contratado 123 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa CABO 24-jul 15:35 Oficina Manutenção Contratado Manutenção Funcionário pisou em falso numa rampa, sofrendo torção no pé esquerdo. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS TRIUNFO 25-jul 13:30 Secagem Contratado Operação Contratado ao retirar um fardo de borracha do final da esteira de rejeição de fardos da linha A, prensou o 3º dedo da mão direita entre o fardo e o batente, sofrendo um pequeno corte. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CABO 29-jul 14:05 Secagem Contratado Operação Funcionário foi empurrar fardo preso na curva da JD 2755, quando teve a manga da camisa puxada pelo espaço entre a lona e o rolo, causando fratura exposta do rádio e fratura da una. Falha técnica Característica do equipamento HW LAT Falha técnica Característica do equipamento HW LTM CAXIAS 29-jul 16:00 Secagem Contratado Operação Durante tarefa de empacotamento dos fardos, na linha “I”, funcionário observou que alguns fardos agarraram no “limitador de altura da linha I”, então foi até o local arrumá-los e, quando retirava um dos fardos a sua mão direita bateu no limitador, causando uma ferida incisa no 5º dedo direito. CAXIAS 30-jul 10:30 Secagem Próprio Operação O funcionário estava descendo a escada do Secador "G" após realizar manobras e verificações quando torceu o tornozelo esquerdo. Ato Inseguro Estado de ânimo EC LTR Manutenção Quando regulava a válvula de segurança da unidade de lavagem UL.58 – 04, na parte externa da ÁREA 25N; o funcionário foi atingido por respingos de água com ferrugem, devido ao 3º parafuso da 3º tampa dos blocos da UL ter partido quando a pressão interna da UL atingiu 500KGf/cm2 (A PRESSÃO DE TRABALHO É DE 530 KGf/CM2) Falha técnica Característica do equipamento MN SOS CAXIAS 1-ago 16:10 Secagem Contratado 124 2007 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Fator Pré-Condição Básico de Risco CABO 2-ago 07:00 Laboratório Próprio Operação Funcionário foi retirar borracha na saída do moinho para não haver contaminação, quando passou o dedo polegar direito na navalha do equipamento, sofrendo pequeno corte. Falha técnica Característica do equipamento DE SOS CABO 2-ago 08:15 Cozinha industrial Contratado Administração Funcionário estava atendendo na lanchonete quando bateu a canela em um eletroduto que se encontrava no piso, para ligação de equipamentos da lanchonete, sofrendo pequeno arranhão. Falha técnica Característica do equipamento DE SOS Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS TRIUNFO 12-ago 20:00 Moagem Contratado Operação Funcionário ao subir numa escada de três degraus para realizar reprocesso na calha da Pe 22-02 desequilibrou-se deixando cair um saco de reprocesso que cortou seu 3º dedo da mão esquerda. TRIUNFO 12-ago 09:45 Secagem Contratado Operação Funcionário ao levantar fardo sobre o piso bateu o dedo indicador direito contra a quina da cobertura do espelho de um sensor da LB, ocasionando leve escoriação no local. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS Manutenção Funcionário transitava pela coagulação da área 2900, quando teve que desviar de um trecho impedido para hidrojato. Ao virar para passar entre duas colunas chocou-se com uma linha de ar comprimido de equipamento desativado, sofrendo lesão na lateral do nariz. Falha de controle Organização do trabalho DF SOS Manutenção Funcionário realizava hidrojateamento dentro de tanque, quando a pá do agitador rodou fazendo com que perdesse o equilibrio. Neste instante, a pistola do hidrojato acertou seu antebraço direito, causando lesão local. Falha de controle Organização do trabalho DF LTR CABO CABO 13-ago 16-ago 09:55 16:25 Coagulação Secagem Contratado Contratado 125 2007 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Ato Inseguro Organização do trabalho EC SOS TRIUNFO 16-ago 15:45 Recuperação de Monômeros Contratado Manutenção Ao fazer a passagem do conjunto de comando da pistola de hidrojato (power box) pela lateral do guarda-corpo da T24-01B, do terceiro nível, para seu colega que se encontrava no andar de baixo, funcionário soltou a power-box prensando os dedos da mão esquerda do jatista de encontro ao reforço da T24-01B. CABO 28-ago 18:10 Armazem de Produto Contratado Operação Funcionário estava beneficiando BR-55GPB, e ao manuseiar o fardo na bancada, raspou o dedo na rebarba da mesma, ocasionando uma lesão superficial no dedo indicador da mão direita. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS TRIUNFO 28-ago 12:40 Moagem Contratado Operação Durante a retirada de saco do interior de caixa de borracha de reprocesso o funcionário prendeu o pé direito em um pallet que estava ao lado ao sair de dentro da caixa, sofrendo uma torção. Ato inseguro Característica do equipamento PR LTR Operação Funcionário ao realizar a preparação para baixar as grades da lateral da carreta foi atingido pela outra parte da lateral, porque o colaborador que estava em cima retirou todas as travas e não comunicou aos colegas que ficam em baixo para receber a grade. Ato Inseguro Padrão de raciocínio PR SOS Falha técnica Característica do equipamento DE SOS Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 29-ago 09:25 Armazem de produto Contratado CABO 5-set 08:15 Secagem Próprio Operação CAXIAS 19-set 16:30 Segurança Industrial Próprio Operação Funcionário drenava o purgador da linha de condensado do GB 2741 que estava com filtro obstruido, quando o mesmo jorrou condensado no braço direito do funcionário, causando queimadura de 1’ grau. Ao trocar o quadro de mapa de risco o mesmo tombou, atingindo o supercílio direito do funcionário. 126 2007 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Fator Pré-Condição Básico de Risco CABO 20-set 01:30 Secagem Próprio Operação Funcionário removia o fôsso do termopar da placa da secadora, quando foi atingido por borracha queimada nos braços e tórax, sofrendo queimadura de 2’ e 3’ graus. Falha técnica Característica do equipamento HW LAT 12:10 Cozinha industrial Administração Funcionário sofreu entorse no tornozelo do pé direito ao deslocar-se sobre o piso do refeitório nas proximidades do balcão onde são depositadas as bandejas para limpeza. Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS Falha técnica Característica do equipamento MN SOS TRIUNFO 21-set Contratado TRIUNFO 25-set 18:39 Reação Contratado Manutenção Caldeireiro sofreu contusão na lateral do pé direito devido a queda de uma conexão metálica que desprendeu-se de uma mangueira de ar que seria utilizada para alimentar uma torqueadeira pneumática. TRIUNFO 28-set 17:05 Preparo de Bateladas Contratado Operação Empilhadeirista foi atingido por respingos de Ácido Metacrílico causado pela queda de um tambor cuja válvula utilizada para o fracionamento do produto foi desconectada. Falha de controle Organização do trabalho DE SOS Operação Funcionário estava descendo de uma plataforma pela escada de marinheiro, quando suas mãos escorregaram, fazendo com que o mesmo perdesse o equilíbrio e batesse com o queixo no degrau da escada, causando ferimento contusocortante. Ato inseguro Característica do equipamento DE SOS Falha técnica Organização do trabalho MN SOS Estado de ânimo EC SOS CABO 3-out 17:20 Secagem Contratado CAXIAS 3/out 08:40 Secagem Contratado Operação Devido a movimentação das empilhadeiras sobre a chapa metálica que cobria a canaleta ocorreu a movimentação da chapa, criando um pequeno vão, onde o funcionário que operava a máquina de cintamento das caixas caiu. CAXIAS 5/out 10:35 Lab Contratado Operação Funcionário estava colocando a pêra na pipeta quando a mesma quebrou causando pequeno corte no seu dedo polegar da mão esquerda. Ato Inseguro 127 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa CABO 7-out 22:25 Secagem Contratado Operação Funcionário aplicava estearato no QAD da área, quando escorregou e apoiou a mão no chão, sofrendo entorse no dedo polegar. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS TRIUNFO 15-out 14:00 Reação Contratado Manutenção Ao descer pequena escada fixa de três degraus utilizada para transpor tubulações entre o reator R 23-10 e o R 23-11 ocorreu o desequilíbrio que resultou na lesão Ato inseguro Característica do equipamento DF SOS CAXIAS 17/out 15:40 Utilidades Contratado Montagem Funcionário estava montando o andaime na área 12, quando bateu com a perna esquerda no Ato Inseguro guarda corpo. Estado de ânimo EC SOS Manutenção Funcionário estava trabalhando na substituição do selo do GD 2903, quando teve o dedo prensado pela descida repentina do selo. Sofreu lesão contuso cortante, perdendo parte da digital do dedo médio da mão direita. Falha de controle Organização do trabalho HW LTR Ato inseguro Padrão de raciocínio TR SOS CABO 18-out 09:30 Secagem Contratado TRIUNFO 18-out 17:05 Reação Contratado Manutenção Caldeireiro estava abrindo um flange de ¾”para instalar junta em tubulação de amônia vapor no R 23-06B. Durante a retirada da máscara de proteção sentiu irritação na região da testa, acima da viseira da máscara. CABO 31-out 19:40 Cozinha industrial Contratado Administração Funcionário estava fazendo a lavagem das bandejas quando houve respingos de água quente nos braços e tórax. Falha técnica Organização do trabalho HW SOS Manutenção Funcionário estava limpando o piso da coagulação, ao lado da desumidificadora da LB quando uma mangueira de ½ “ soltou-se fazendo com que a extremidade plástica atingisse a lateral do seu rosto. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS TRIUNFO 1-nov 14:10 Coagulação Contratado 128 2007 Ano: Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa CABO 5-nov 12:10 Secagem Contratado Montagem Funcionário estava fazendo a desmontagem de uma torre de andaimes, quando um tubo que estava sendo solto caiu sobre seu dedo, causando ferida corto-contusa.. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS CAXIAS 9-nov 11:00 Secagem Contratado Manutenção Ao jatear o Q1, peça que faz parte do secador J, na área 25, o funcionário escorregou e bateu com as costas no eixo do quebrador. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS CABO 13-nov 09:15 Cozinha industrial Contratado Administração Funcionário foi amolar faca de corte de carne, sem usar a luva na mão correta. Estava com a luva de malha de aço na mão que segurava a faca. Ao iniciar a tarefa, sofreu corte no dedo. Ato inseguro Padrão de raciocínio DF SOS Falha de controle Organização do trabalho HK SOS CAXIAS 13-nov 14:30 Utilidades Contratado Manutenção Quando realizava corte de grama com roçadeira, usando a lâmina, o funcionário atingiu um pedaço de vergalão de 3/16 que estava no gramado, retornando na sua perna direita perfurando a perneira de raspa (EPI). CABO 16-nov 10:15 ADM Contratado Administração Funcionário estava lavando a sala do ADM, quando escorregou no piso molhado, vindo a bater o rosto no chão. Sofreu pequeno corte no rosto causado pelo óculos. Falha de controle Organização do trabalho PR SOS Manutenção Funcionário se encontrava próximo a uma lixeira para depositar material destinado a coleta seletiva quando pisou sobre um pequeno fragmento de vidro sobre o piso. A utilização da botina com solado de borracha minimizou a lesão Falha de controle Organização do trabalho HK SOS TRIUNFO 20-nov 14:40 Reação Contratado 129 2007 Ano: Planta CAXIAS CAXIAS CABO CAXIAS CAXIAS Data 22-nov 23/nov 27-nov 10-dez 11-dez Hora 11:30 15:40h 10:04 11:30h 18:10h Local Secagem ADM Secagem Oficina Manutenção Coagulação Funcionário Contratado Próprio Próprio Contratado Contratado Fator Pré-Condição Básico de Risco Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Manutenção O funcionário estava retirando acumulo de SBR quando o gancho desprendeu da borracha, fazendo com que seu braço esquerdo batesse no tanque 2504 E, causando-lhe dor local (próximo ao cotovelo). Falha de controle Organização do trabalho PR SOS O funcionário escorregou no piso do saguão do 1º andar do prédio administrativo e na queda, apoiou Ato inseguro o peso do corpo sobre o punho, causando a lesão. Organização do trabalho PR SOS Operação Funcionário foi verificar lona de proteção para JD, devido a vazamento em purgadores sobre a laje, quando sofreu impacto do capacete contra viga existente na passagem. Sofreu contusão muscular na região cervical. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Manutenção O funcionário estava cortando vergalhão com o equipamento próprio quando atingiu com a cabeça a estrutura do secador de mangueira que estava atrás dele, sendo atingido na altura da testa pela barra prolongadora do esforço, ocasionando ferimento. Ato inseguro Organização do trabalho MN SOS Manutenção O funcionário realizava o jateamento da calha da tampa de vedação do tanque de coagulação nº 04 (área 25), quando ocorreu o rompimento da borracha de vedação interna da pistola (o-ring), causando entupimento e fluxo contínuo de água pressurizada. Neste momento, o funcionário se desequilibrou, vindo a cair, sendo atingido pelo jato que veio em sua direção na região axilar e parte do tórax. Falha técnica Carcterística do equipamento HW LAT Administração 130 2008 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CAXIAS 2-jan 09:00 Tratamento Águas Próprio Operação Ao passar na passarela da área 19, bateu levemente com a canela (perna esquerda) na travessa do andaime montado no local, sofrendo contusão. Ato Inseguro Organização do trabalho DF SOS Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CAXIAS 2-jan 14:40 Oficina Manutenção Contratado Manutenção O funcionário estava retirando o cubo do acoplamento do motor redutor do reator e ao atingir a parte superior do eixo houve resistência para desacoplamento, provocando escorregão e descida repentina da peça, atingindo o 5º quirodáctilo direito (dedo mínimo), causando a lesão. CAXIAS 13-jan 22:40 Secagem Próprio Operação O empregado estava realizando a limpeza do desintegrador e ao tentar girar o eixo do equipamento com uma alavanca, a mesma soltou, prensando seu dedo e ocasionando a lesão. Ato inseguro Característica do equipamento HW LTR 19:00 Armazenagem de monômeros Operação O funcionário realizava manobra para drenar o TQ 1701 com auxílio de uma chave F, quando a mesma escapuliu vindo a atingir seu rosto na região maxilar, ocasionando a lesão. Ato inseguro Característica do equipamento HW SOS Operação Técnico de Sistemas ao realizar a inspeção de rotina da condição de chama da fornalha através de visores, desequilibrou-se e caiu, havendo lesão na região occipital da cabeça. Plataforma estava molhada e com pouca área de apoio para os pés. Falha técnica Característica do equipamento DE LTM Operação Durante a limpeza do fundo falso da câmara de entrada do secador ocorreu a lesão ao puxar a ferramenta com a mão direita e permitir o contato da extremidade do cabo contra a sua mão esquerda Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CAXIAS CABO TRIUNFO 14-jan 15-jan 27-jan 00:50 23:10 Utilidades Secagem Próprio Próprio Contratado 131 2008 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CAXIAS 1-fev 10:50 ADM Contratado Administração O terceirizado da telefonia descascava o fio de telefone com uma lâmina (estilete), a lâmina raspou em seu dedo, ocasionando a lesão. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS O funcionário estava transportando uma máquina pneumática com mangueira de ar, via bicicleta de carga, quando a ponta da mangueira de ar travou bruscamente a roda dianteira da bicicleta, causando o acidente. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Falha técnica Característica do equipamento DE SOS Operação O empregado deslocava-se em direção a área externa para observar a canaleta da estação e ao sair da área para acessar a rua de paralelepípedo, pisou em falso em uma fresta entre as pedras, causando a lesão. Ato inseguro Organização do trabalho HK SOS Operação Quando realizava limpeza no fundo falso da câmara de entrada do S25-01B o auxiliar de operações esbarrou seu dedo entre um guarda corpo e a ferramenta que utilizava para o recolhimento de finos. O funcionário utilizava luvas no momento do ocorrido. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS CAXIAS 13-fev 9:30h Utilidades Contratado Manutenção CAXIAS 18-fev 15:00 Secagem Próprio Operação TRIUNFO 21-fev 12:00 Secagem Contratado Operação CAXIAS TRIUNFO 23-fev 4-mar 19:20 16:30 Secagem Secagem Próprio Contratado O funcionário realizava manobra na válvula de by pass da linha de vapor do tanque 4 “H”, quando encostou as costas em uma tomada de vapor, causando a lesão. Ao realizar a substituição do filme da EB 2501B, o contratado raspou o braço na porta quando a mesma se fechou parcialmente, causando a lesão. 132 2008 Ano: Planta TRIUNFO CABO CAXIAS CABO CABO Data 8-mar 13-mar 28-mar 31-mar 4-abr Hora Local 18:50 Recuperação de Monômeors 16:10 Armazem de Produto 11:00 Compressão de Amônia 16:30 Oficina Manutenção 10:40 ADM Funcionário Contratado Contratado Contratado Contratado Contratado Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Operação Durante manobra de remoção vertical para limpeza do filtro de látex com uso de talha manual houve o desprendimento do cesto e sua queda sobre o dedo do caldeireiro. Durante a tarefa eram utilizadas luvas de vaqueta. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS Operação O funcionário executava a operação de fechamento na porta do Container com o uso de uma ferramenta (tubo de ferro), quando sofreu prensamento no dedo esquerdo na porta, escorregou e causou a contusão. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS Manutenção O funcionário realizava a descida manual de uma caixa metálica do carrinho de transporte para o piso, quando em dado momento a peça que estava com uma parte já sobre o chão e a outra apoiada no carrinho, escorregou vindo a prensar o dedo do empregado entre a alça da caixa e a estrutura do carrinho. Ato inseguro Organização do trabalho PR LTR Montagem O funcionário estava enrolando um cabo de aço, quando o mesmo soltou, desenrolando-se e chocando-se com o seu rosto, causando pequeno corte. Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS Montagem O funcionário que estava trabalhando na desmontagem da tenda do evento da Lanxess, sofreu ferimento no dedo ao acertá-lo com uma marreta, quando cravava estaca para segurar parte final da desmontagem. Ato inseguro Estado de ânimo EC SOS 133 2008 Ano: Planta CAXIAS CAXIAS TRIUNFO CAXIAS Data 4-abr 8-abr 9-abr 21-abr Hora 11:10 15:00 10:10 08:30 Local PBLH Almoxarifado Armazenagem de monômeros ADM Funcionário Contratado Contratado Contratado Próprio Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Manutenção O funcionário realizava o jateamento de uma tampa (cap) do vertedor da torre 2401 que encontrava-se sobre o piso, quando foi atingido pelo jato de alta pressão na ponta do pé esquerdo, causando a lesão. O funcionário utilizava a roupa de aramida, o que minimizou significativamente a lesão. Ato inseguro Organização do trabalho IG SOS Operação Segundo relato do acidentado, ao subir na escada tipo plataforma, apoiou o seu pé esquerdo na estrutura da prateleira e, em dado momento, o mesmo escorregou sofrendo queda (mais ou menos 50 cm), vindo a colidir seu braço contra a estrutura da escada. Ato Inseguro Padrão de Raciocínio EC SOS Operação Motorista de carreta de butadieno reciclo foi atingido por respingos de Tércio-Butil Catecol, agente químico utilizado como inibidor de polimerização. Ao iniciar o carregamento de butadieno e quando da etapa de dosagem de TBC ocorreu um refluxo do interior do mangote que veio a atingir o motorista Falha de controle Padrão de Raciocínio TR SOS Falha técnica Característica do equipamento HW SOS Devido a ocorrência de um curto-circuito em um dos dois aparelhos de ar condicionado da sala de nobreaks, houve um princípio de incêndio no local. Após cessado o evento, o funcionário que Administração acompanhava as ações, foi abrir as janelas (verticais de correr) para favorecer a ventilação, quando em dado momento, não suportou o peso da janela que desceu verticalmente, vindo a atingir o seu dedo, causando a lesão. 134 2008 Ano: Planta CAXIAS CAXIAS CAXIAS TRIUNFO Data 25-abr 9-mai 14-mai 19-mai Hora 13:35 14:30 13:30 11:10 Local Secagem Latex Recuperação de Monômeors APQ Funcionário Contratado Contratado Contratado Contratado Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Operação O funcionário terceirizado realizava a desobstrução manual da calha coletora de borracha situada abaixo do transportador na saída da prensa J, quando esbarrou seu braço na estrutura da abertura da calha, causando a lesão. Ato inseguro Característica do equipamento HW SOS Montagem O funcionário realizava a instalação de trilho metálico (13cm de comprimento) para suporte de medidor de energia elétrica no CCM da área 29, quando em dado momento, estava fixando um dos lados e o outro veio a tombar e atingir parte energizada, fechando curto circuito, sendo que a energia liberada o atingiu na região frontal, causando a lesão. Ato inseguro Característica do equipamento DE SOS Manutenção O funcionário estava movimentando material de andaime que estava sobre o carrinho de transporte quando uma das travessas de ferro que estava sobre o carrinho, prendeu na outra extremidade do carrinho. Neste momento, o trabalhador esbarrou o seu dedo em um dos pranchões de madeira que estava no carrinho, causando a lesão. O funcionário utilizava a luva de vaqueta de couro, adequada para esta atividade. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS Operação Auxíliar de operações da expedição procedia à abertura das laterais basculantes de uma carreta com produtos químicos entamborados que seriam descarregados no armazém. No decorrer dessa atividade a barra metálica de fixação das laterais “fueiro”, caiu da carroceria do caminhão, bateu sobre o piso e após atingiu a região acima do tornozelo direito do auxiliar de operações Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS 135 2008 Ano: Planta CABO CABO TRIUNFO CAXIAS CAXIAS Data 20-mai 10-jun 16-jun 24-jun 25-jun Hora Local 12:40 Armazem de Produto 13:10 19:10 13:30 16:30 Antigo Aldeído ADM Funcionário Contratado Contratado Contratado Tratamento Águas Contratado Oficina Manutenção Contratado Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Operação Funcionário foi levantar o banco da empilhadeira, para resfriar o motor na hora do almoço, quando seu dedo ficou preso na aba metálica de acionamento do banco, sofrendo leve arranhão no dedo. Ato inseguro Característica do equipamento DE SOS Montagem Funcionário acompanhava a desmontagem de partes de uma tubulação e válvula, houve a colocação inadequada de um tubo como suporte para a carga. Com o movimento da válvula, houve deslocamento lateral da tubulação de apoio e ocorreu a queda da mesma, com a talha. Durante a queda, o tubo atingiu a perna do funcionário, causando um pequeno corte. Ato inseguro Organização do trabalho OR SOS Operação Operador de máquina empilhadeira se dirigia ao refeitório quando caiu de sua bicicleta. A queda foi devido a quebra da base do garfo com o conseqüente desacoplamento do guidão e do próprio garfo de sustentação da roda dianteira. Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Operação Ao tentar retirar o mangote manualmente de dentro do tanque do caminhão vácuo, o funcionário fez força para puxá-lo, deslocando-se para trás, quando escorregou e caiu de um vão aberto de 1,20m. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS Montagem O funcionário auxiliava na operação da máquina de enrolar vergalhão (carretel de enrolar armação), quando próximo do final do processo de enrolamento, o vergalhão escapou da sua mão e, devido o mesmo estar tensionado, foi chicoteado e atingiu o empregado no lado esquerdo do rosto, causando a lesão. Ato inseguro Característica do equipamento DE SOS 136 2008 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário Pátio de Resíduos Contratado Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Montagem Funcionário foi prender o cabo de aço numa peça a ser descarregada no pátio de sucatas. Após passar o cabo pelo furo do olhal, o mesmo esticou o cabo para levá-lo a outro furo, quando um dos tijolos refratários presos na parte interna da peça se soltou, vindo de encontro ao capacete. Com o impacto, a aba plástica interna do capacete causou pequeno corte na testa. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS Operação Ao tentar ligar a bomba 24N02B, o funcionário bateu com o ante-braço esquerdo no suporte da linha do emissário E. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS CABO 28-jul 13:30 CAXIAS 29-jul 11:00 Recuperação de Monômeors Contratado Montagem O funcionário terceirizado responsável pela nova instalação do tanque de oxigênio líquido, realizava a quebra de concreto da base do tanque na área #19, quando atingiu seu proprio dedo com a marreta que trabalhava. Próprio Tipo de Lesão Processo CAXIAS 30-jul 14:45 Tratamento Efluentes CAXIAS 7-ago 19:45 Secagem Contratado Operação Ao tentar desembolar manualmente os fardos de borracha, o funcionário teve sua mão direita atingida pelo mecanismo de rejeito dos fardos de borracha da embrulhadeira I. Falha técnica Característica do equipamento DE SOS CAXIAS 14-ago 12:00 Recuperação de Monômeors Próprio Operação Ao alinhar a válvula de purga do V024V02, o funcionário atngiu uma figura 8 quando passou por cima da linha de sucção do compressor que passa por cima da plataforma. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS 137 2008 Ano: Planta CABO CAXIAS Data 16-ago 18-ago Hora 18:10 16:20 Local Armazenagem de ButilLítio ADM Funcionário Próprio Contratado Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Operação Ao conectar o cilindro de catalisador houve a passagem para atmosfera pela válvula (mesmo bloqueada), ocasinando chama. Na ação de fechamento da cápsula para sanar o vazamento o funcionário encostou a mão no corpo do cilindro que estava com resíduo de catalisador, queimando parte da mão direita. Falha técnica Característica do equipamento DE SOS Administração Ao tentar ajeitar a unidade condensadora do ar condicionado que estava sendo instalado na varanda em frente a área de lazer, o funcionário pisou no suporte da unidade que não aguentou o peso, fazendo com que o funcionário caísse da varanda. Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS Ato inseguro Característica do equipamento DE LTR CABO 22-ago 08:30 Secagem Próprio Operação O funcionário limpava o piso embaixo do JD 2748. Quando levantou-se apoiou a mão esquerda na cantoneira da mesa móvel que quando baixou atingiu o seu dedo causando um corte. CABO 28-ago 15:25 Secagem Contratado Operação O funcionário fazia uso de uma lata vazia de 18 litros para remoção de fluido existente no poço das prensas, quando acidentou-se nas rebarbas da lata. Ato inseguro Característica do equipamento MN SOS CAXIAS 5-set 17:00 Secagem Próprio Operação O funcionário sentiu uma forte dor nas costas, ao levantar uma bombona de 20kg, de anti-oxidante, para adicioná-la no TQ02502M. Ato inseguro Organização do trabalho DE LTM CAXIAS 10-set 03:00 Tratamento Águas Próprio Operação Ao pisar em uma das tampas de canaleta, durante seu deslocamento pela área, esta não suportou o seu peso fazendo com que o funcionário caísse dentro da canaleta. Falha técnica Característica do equipamento DE LAT 138 2008 Ano: Planta TRIUNFO Data 6/out Hora 08:50 Local ADM Funcionário Contratado Fator Básico de Risco Organização do trabalho DF SOS Ato inseguro Organização do trabalho HK LTR Falha técnica Característica do equipamento MN SOS Ato Inseguro Padrão de raciocínio TR LAT Montagem Ao fazer atualização de desenho da área 21, próximo ao dreno do TQ 02105, o funcionário caiu, ao pisar numa parte da canaleta que estava Falha de controle sem a tampa de proteção, sofrendo pequenas escoriações no cotovelo direito e terço inferior da perna esquerda. Organização do trabalho HK SOS Operação O funcionário estava recolhendo a grama cortada para o interior de um big beg. Para melhor acomodação da grama o funcionário deslocou o corpo para trás, puxando o big beg, quando bateu a sua perna esquerda no suporte do eletroduto. Obs: A atividade de levantar o big beg é executada sempre por dois funcionários. Organização do trabalho HK SOS 7/out 14:20 Secagem Contratado Montagem CABO 8/out 15:40 Secagem Contratado Operação TRIUNFO 14/out 11:20 Secagem Contratado Manutenção 10:30 Armazenagem de monômeros CAXIAS 17/out 21/out 10:10 Contratado Tratamento Águas Contratado Descrição do Evento Falha Ativa Técnica em enfermagem feriu seu dedo com uma agulha descartável depois de coletar amostra de Administração sangue de um empregado para check-up Falha de controle periódico. Não estava usando o equipamento de proteção individual (luvas de borracha). CABO CAXIAS Tipo de Lesão Pré-Condição Processo Funcionário em serviço de demolição na área 2500, realizava a limpeza de cemento derramado na canaleta lateral da area. Ao retornar para pegar suas luvas fez a movimentação de costas e pisou em falso em uma depressão do piso da área, torcendo o tornozelo. Ao abrir uma das portas da PA- 2744 (QAD) para realizar limpeza o funcionário sofreu lesão em seu pé esquerdo, pois a porta caiu sobre o mesmo. O hidrojatista estava descendo as escadas, entre a terceira e a quarta zona do S 25-01 A, carregando materiais quando escorregou e sofreu a lesão. A carga de material era excessiva e não foi utilizado apoio de mão pelo corrimão. Ato Inseguro 139 2008 Ano: Planta Data Hora Local Funcionário CAXIAS 21/out 11:20 Secagem Contratado TRIUNFO 21/out 18:15 ADM Próprio CAXIAS TRIUNFO TRIUNFO 23/out 30/out 30/out 09:30 16:35 23:35 Secagem Secagem Moagem Contratado Contratado Contratado Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Manutenção Realizava trabalho de limpeza de uma peça do pistão da prensa em cima de uma bancada na oficina da área 25. Inadvertidamente um parafuso soldado a um complemento sextavado de 43cm de altura por 3,8 cm de largura pesando aproximadamente 1Kg, veio a cair sobre o 1° quirodáctilo esquerdo da mão direita causando a lesão. Ato Inseguro Organização do trabalho PR SOS Ato Inseguro Estado de ânimo EC SOS O funcionário junto com seu auxiliar retirava um painel do fundo falso do secador, de aproximadamente 60 Kg, da baia de hidrojato para acomodá-lo em um pallet. Durante esse Falha de controle transporte, o auxiliar caiu em uma canaleta aberta, puxando consigo o painel que veio a cair sobre o pé esquerdo do funcionário. Organização do trabalho HK SOS Operação Durante trabalho no interior do S25-01A, o funcionário entrou em contato com solução alcalina utilizada para limpeza. Durante a remoção do equipamento de proteção pessoal contaminado teve contato com o produto químico. Concentração inadequada da solução alcalina. Ato inseguro Organização do trabalho DF SOS Operação Ao remover uma peça de borracha presa próximo ao dispositivo de corte dos fardos o trabalhador raspou seu dedo contra a lâmina da guilhotina sofrendo a lesão. No momento do acidente o equipamento estava desligado. Proteção inadequada da guilhotina contra riscos de corte. Ato inseguro Característica do equipamento DE SOS Ao colocar seus pertences em um carro um Administração visitante bateu sua testa na borda do porta-malas que estava aberta. Manutenção 140 2008 Ano: Planta CAXIAS CABO Data 14/nov 14/nov Hora Local 18:30 Secagem 09:00 Armazenagem e purificação monômeros Funcionário Próprio Próprio Tipo de Lesão Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco Operação O funcionário estava retirando um acúmulo de borracha do VT02501H, quando foi alertado sobre um um vazamento de 6PPD. Sanado o vazamento, o funcionário bateu com a cabeça em um eletroduto de uma bomba que estava em manutenção, ao se deslocar para buscar material absorvente para o produto derramado. Ato Inseguro Estado de ânimo HK SOS Operação O funcionário transitava na área 2100, para manobras operacionais proximo ao FA-2102 quando bateu com a perna em uma peça de andaime que estava sendo utilizado pelo pessoal de pintura (HOUSEKEEPING) causando uma pequena lesão. Ato inseguro Organização do trabalho HK SOS Falha técnica Característica do equipamento DE SOS CABO 21/nov 08:40 Secagem Próprio Operação Durante remoção de um fardo que estava preso na JD 2852, funcionário teve o dedo indicador da mão esquerda prensado entre o fardo e a estrutura da escada que passa sobre o transportador, causando um pequeno ferimento. CABO 22/nov 03:30 Conzinha Industrial Contratado Administração O funcionário do restaurante foi abrir um saco de arroz utilizando uma faca de serra quando cortou o seu dedo indicador esquerdo. Ato inseguro Organização do trabalho PR SOS CABO 30/nov 16:00 Grêmio Contratado Administração Funcionário durante a ronda no fim do tarde com o cão Boris foi mordido pelo cachorro que ficou agitado ao se aproximar de dois novos vigilantes no grêmio. A lesão foi em sua mão esquerda. Falha de controle Organização do trabalho TR SOS 141 2008 Ano: Tipo de Lesão Planta Data Hora Local Funcionário Processo Descrição do Evento Falha Ativa Pré-Condição Fator Básico de Risco CABO 3/dez 06:20 Secagem Próprio Operação Ao tentar retirar um fardo que ficou preso na saída da PA-2908 com o equipamento em operação teve seu braço direito cortado. Ato inseguro Característica do equipamento DE LTR Operação O funcionário sentiu uma dor (contratura muscular), na região lombar, ao tentar levantar um fardo, de apoximadamente 35kg, quando este entrou no TP de acesso ao robô com a embalagem plástica rasgada. Falha técnica Característica do equipamento HW SOS Organização do trabalho PR LTM Característica do equipamento HW SOS CAXIAS 8/dez 09:30 Secagem Próprio TRIUNFO 16/dez 14:25 Moagem Contratado Manutenção CABO 21/dez 03:30 Secagem Contratado Operação Um contratado se encontrava dentro da cesta de um caminhão MUCK para realizar um trabalho em altura. Durante o recolhimento do braço Falha de controle telescópio o seu pino guia foi introduzido no olhal onde o empregado apoiava sua mão causandolhe a lesão. O empreiteiro foi varrer o chão com a vassoura, quando o cabo rompeu causando lesões em seu dedo. Falha técnica 142