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Ao Exmo. SI. Comandante da
Esquadra da Policia nacional do
Benfica, Samba, Luanda.
C/c:
- Exmo. Sr Procurador Geral da
Republica
- Director Nacional de Investigação
Crimnal
- Director Provincial da Investigação
Criminal
Eu, Luís Gualdim Marinha Nunes Araújo, natural de Luanda, cinquenta e cinco anos de
idade, titular do B.I n° 000399159LA031, venho por meio desta participação informar
que, dia 21 de Agosto, me foi revelado pelo senhor José Chipopolo, guarda dos
escritórios da Associação SOS Habitat, de cuja Direcção sou Coordenador, que desde o
dia 8 de Agosto em curso até ao dia 21 do mesmo mês, ele foi objecto de aproximação
feita por um individuo que até então lhe era desconhecido e que, finalmente, dia 20 de
Agosto, o convidou pata colaborar na realização dum assalto aos escritórios da SOS
Habitat e à minha residência com o fim de ser realizado um atentado contra a minha
vida e ao mesmo tempo, conforme o senhor Chipopolo nos informou, apoderarem-se de
arquivos da SOS Habitat. Tal acto não ocorreu porque o senhor Chipopolo denunciou
esse plano.
Imediatamente essa situação foi por mim e pelo Guarda Chipopolo comunicada ao país
e ao mundo pela Rádio Eclesia e pela Voz da América, no dia 21 de Agosto do ano em
curso.
o senhor Chipopolo, guarda da SOS Habitat, informou-nos que a pessoa que o estava a
instruir para a prática desses crimes lhe disse chamar-se Francisco Kamati e ser um
agente da investigação criminal, de origem da Província da Huila que se identificou pela
língua nacional em que falaram como sendo 'de origem Nhaneca Humbi.
o senhor Chipopolo revelou à equipa de activistas da SOS Habitat que o tal Francisco
Kamati o havia instruído para que o informa-se sempre, por telefone, quando eu, Luís
Araújo, me deslocasse, indicando-lhe em que carro e com que roupas estivesse vestido e
também no caso de me ver sair de casa com malas, como se fosse viajar, o informasse
imediatamente.
o senhor Chipopolo comunicou-nos ainda que o tal Francisco Kamati lhe perguntou
sobre com quem vivo em minha casa e lhe pediu para se apoderar das chaves da minha
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casa para facilitar a entrada e a execução desse plano sem se alarmar a zona onde resido,
que fica situada a cerca de sessenta metros do Posto Policial do Benfica, na orla
marítima.
Depois dessa informação a equipa de activistas da SOS Habitat solicitou ao senhor
Cipopolo para telefonar ao tal Francisco Kamati, com o altifalante do seu telefone
aberto, tendo dessa forma a equipa da SOS Habitat verificado serem verdadeiras as
informações do guarda Chipopolo, pois nessas comunicações está registado o interesse
pelo controle dos meus passos assim como pelo arquivo da SOS Habitat.
o
senhor José Chipopolo revelou esse plano primeiro aos Activistas André Augusto e
Rafael Morais.
Posteriormente, o guarda Chipopolo desenvolveu essa revelação a mim próprio e a
todos os activistas da SOS Habitat presentes nessa sexta feira dia 21 de Agosto. São
esses activistas as senhoras, Vitória F. da Costa, Eva Pedro, e os senhores, André
Augusto, Rafael Morais, Alberto Sivi e Caetano F. Costa. Essa revelação ocorreu no
período da manhã. No período da tarde do mesmo dia também os activistas Manuel
Pinto e Mateus Francisco Damião também escutaram as revelações do guarda
Chipopolo que aqui participamos à Policia Nacional para que sejam tomadas as medidas
que a lei prescreve.
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Considerando o elevado nível de perigo em que me encontro, assim como os meus
filhos que vivem comigo, solicito que me seja concedida protecção feita pela Polícia
Nacional.
Luanda, 23 de Agosto de 2009-08-23
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