Visualizar/Abrir - Biblioteca Digital de Obras Raras da USP
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REDATOR-CHEFE: JOÃO MAUQUES DE CASTRO Redatores: J. Clemente A. Moura Luiz Oriente. Mauro C. Souza Dias Cecilio J. Carneiro Orlando de Campos Diretor - P E D R O T A U F I K C \ M A 5 M I E Secretario — R O B E R T O M O R E I R A L I M \ ANO III Periódico literário humorístico e noticioso Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 18 de Outubro de 1935 Coisas d e F i m de A n o O ano letivo está por terminar. A política fervilha. A s propagandas para os diversos cargos da Diretoria do Centro se processam da maneira mais Untisalesca possível. Plataformas, cheias de promessas encantadoramente atraentes, são lidas e distribuídas aos primeiros anos, pois só estes ainda acreditam e m promessas e plataformas . Chopadas, iantares. bailes e ouFros divertimentos são oferecidos aos estudantes, na esperança de: aumentar o numero de adeptos. Partidos, que não parecem observar c o m rigor a ética nas suas propagandas, fazem injustas e gratuitas acusações á atual Diretoria, quanto a seus componentes, e quanto a sua orientação. Estas acusações b e m demonstram que seus autores nunca se interessaram pelos destinos do Centro e que não estão ao par de seus problemas . A chapa que utiliza esses meios de propaganda é encabeçada por u m colega que só se inscreveu sócio do Centro ha poucos mezes. Alguns elementos da mesm a se acham e m grandes atrazos com a Tezouraria. Empregam em seus cartazes dísticos desta ordem: "Gente nova" "Orientação certa" Cabe ao BISTURÍ, órgão oficial do Centro, refutar estas insinuações e esclarecer certas duvidas. Queremos lembrar a estes colegas que esta "gente antiquada", e esta "orientação errada" é que deram ao Centro a picina, o ginásio, o campo de futebol, e m breve a pista, além do vultuoso patrimônio e m ações e o prestigio que hoje desfruta e m todo Brasil. Nenhuma entidade acadêmica possue o que possuímos. Portan- Redação: Avenida Dr. Arnaldo N.° 13 S o n h o d e u m a Noite de Verão Noite alta, ceu risonho.. Dutra era então u m sacerdote N a alcova silenciosa e escura o budista no longinquo Hindustão. jovem Dutra se revolve aflito no Tomava conta de u m pequeno temseu berço. N ã o consegue conciliar plo ás margens do Ganges, ao qual o sono de maneira alguma. Levan- acorriam aos milhares os fieis seEnumeraremos alguns dos tra- ta-se e põe-se a medir o aposento quiosos por ouvir a palavra abenbalhos da diretoria ora e m exer- e m largas passadas, fuma cigarros çoada do santo varão. Os seus sáapós cigarros, toma doses violentas bios preceitos e mandamentos escício . de bromural, m a s nada de vir o tavam registados no livro sagrado A sede foi remodelada e dotada sono. As palpebras rebeldes, por K a m a Dutra, até nossos dias. N o mais que ele as tente cerrar, per- entanto, como n e m só de orações dos seguintes melhoramentos: manecem escancaradas, a zombar vive o h o m e m , o b o m sacerdote cossnooker, sala de leitura c o m re- de Morfeu. Senta-se finalmente o tumava, aos sábados, fazer semana vistas e jornaes de todo Brasil, re- esbelto assistente á sua meza de es- inglesa, deixando então o templo novamento dos diversos jogos de tudos, sobre a qual jaz, a espreitá- ás moscas. Era seu habito passar lo, u m caderno azul de amplas pro- o "week-end" perto de u m a das salão, etc. porções. São as suas preleções fi- vertentes do Ganges, para onde se siológicas editadas pela empreza Fi- dirigia no seu soberbb elefante —. Qprito âAS esptorte^ foram <$£ nocchiaro. N u m assomo de trágico branco, o sagrado proboscideo dos tuados campeonatos internos e o desespero o nosso cientista abre o hindus. Lá, como não Ütouvesse poCentro se inscreveu e m todas as " ^aselfômcí^mergtffil! "fTa^Ma^Teitu- ^Keéa^^á^ «cosriE&rèssf-iG Tscsafr^ÍKmas&^> competições oficiais apresentando ra c o m o ar de quem vai ingerir despia-se de todos os preconceitos e vestes importunas, conservando u m remédio b e m amargo. os competidores devidamente uniCinco minutos depois Dutra ron- apenas u m a reduzida tanga na reformizados. O material de espor- ca descompassadamente, com o cai- gião do baixo ventre. Entregava-se tes do nosso estádio t a m b é m foi xa craneana de encontro á primei- então ao seu passa-tempo favorito: caçar sapo c o m bodoque. Os pobres ra pagina de sua obra. renovado. Observemo-lo: a sua fisionomia batraquios, ao avistá-lo, de longe, Quanto a parte social o Centro até ha pouco deformada por u m já abriam no pé, pois a sua fama promoveu três grandes bailes u m rictus de amargura volta lentamen- de sanguinário correra mundo. D u dos quaes já tem sua comissão pa- te á normal placidez. E, oh mila- tra, porém, impassivel, perseguiagre, u m sorriso ditoso entreabre os sobre o seu garboso JZlephas introcinadora que o repetirá anual- devagar os seus lábios, pondo á dicus, não lhes dando tréguas. Imomente dando ao Centro u m lucro mostra 28 dentinhos de leite. E bilizava-os com certeira estilingaliquido superior a 20 contos de u m manso filete de saliva recem- da no espaço occipito-atloideu e, elaborada deslisa serenamente pela depois de apanhá-los com suas garréis. comissura labial do belo adormeci- ras aduncas^ abria-lhes as entrado e, como a "lagrima celeste" do nhas, sempre a procurar o pneuLevou a efeito um banquete em h o m e n a g e m ao Prof. Vasconcelos. poeta, treme, treme, treme e cai si- mogastrico. Punha-se então a grilencioso sobre a virginal alvura do tar e Q saltar, quando alcançados os seus negros intentos. fasciculo aberto. Formou com alunos da FaculEis sinão quando... catrapuz! E' o sub-conciente de Dutra que dade u m chorinho e u m a orquesQue sucedeu ? Caiu do elefante? desperta. tra típica fornecendo-lhes instruA substancia cinzenta do fisiolo- Não. Caiu m a s foi da cadeira onde tor e magnificos instrumentos. gista reconstroe aos poucos, m a s na a soporifera leitura de suas aulas precisão de todos os seus detalhes, o pregara horas antes. Caravanas para Marilia, Rio de episódios memoráveis vividos por Não se inaguou, pelo contrario, Janeiro, Jundiaí, Presidente Pru- ele e m outras incarnações, retroce- até lucrou com o fato, pois hoje, dente, Paraná e outras localida- dendo assim na ampulheta do tem- quando alguém pede ao jovem DutrtH que lhe indique u m remédio des foram organizadas, sem pre- po, até estacar no século II A.C.. E o sábio que dorme revive e m contra a insônia, ele replica com. ferencia na escolha de seus com- sonhos o esplendor desse passado. ar cientifico: ponentes, como injustamente se — Qual remédio, qual nada! Leia as minhas aulas! propala. Varias outras já estão to, a acusação, que ora se faz, é destituída de qualquer veracidade e compromete q u e m a formula. c o m as negociações bastante adiantadas para partirem nas ferias. Devemos recordar que ainda faltam cinco mezes para terminar a gestão ou seja quasi meio ano. Qualquer critica no m o m e n t o será precipitada. A. atividade do Centro é bastante intensa e o esforço dos seus Diretores só não o enxerga q u e m não o quer fazer. Dutra caçando sapos para o laboratório de jisiologia nas margens do Rio Ganges. Pelo lápis do Xinon 2 o bisturí CONTO 0 m e u grande amigo Simplicio Mascarenhas nascera de u m a cezariana infeliz que lhe levou aó túmulo a ilustre progenitora. Sujeito singular, o Simplicio. Aos oito mezes, suas cordas vocais já se enrijavam e o seu aparelho fonador já articulava perfeitamente os mais difíceis vocábulos. Não lhe pintou â clara epiderme, no momento propicio, o sarampo inclemente, n e m a dentição veiu acompanhada de distúrbios intestinais. Cresceu forte como u m tendão de Aquiles, mais corado do que u m a artéria b e m injectada. Rapaz simpático,.mais do que os nervos e gânglios deste nome, o Simplicio tinha todavia u m grande defeito: era chato como u m omoplata. Talvez fosse por isso que as mulheres o detestavam. E, infelizmente, as mulheres eram a hérnia do m e u amigo. Isto é, eram o seu ponto fraco. O Simplicio não podia ver saias' n e m no varal. E assim foi que se apaixonou pela Henriqueta, u m a rapariguinha adiposa como o corpo dito de Bichat, muito baixinha e feia, c o m u m a vasta cabeleira ruiva e uns olhos negros muito brilhantes. Por aqueles cabelos encaracolados e aqueles olhos de jaboticaba ó Simplicio daria a própria vida! C o m o brilhavam aqueles órgãos visuais !«i0 esquerdo, principalmente, que parecia u m a fagulha viva na cavidade orbitaria da Henriqueta. U m belo dia, efetuou-se o casamento. E após ele, a desgraça do nosso h o m e m se processou. E' qúe ,a exuberância capilar da Henriqueta era falsa. A cabeleira era postiça, a cabeça pelada e o olho esquerdo, a -fagulha viva que ofuscava ha tanto tempo a vista do Simplicio, era de vidro. MEDICO 0 m e u grande amigo, ao presencear o desmoronamento dos seus castelos, fez-se branco como u m leucocito. T o m o u depois de u m revolver, encerrou-se no quarto, desfechou u m projétil na fossa temporal direita e caiu ensangüentado no assoalho, onde foi encontrado e m decubito ventral. Lavoá-Ziê PARECE INCRÍVEL Findou o dia de trabalho e m nossa Faculdade. Fecharam-se as portas.-Alunos e funcionários já se foram. Pouco a pouco foi-se escasseando a luz do dia. Afinal caiu a noite. Trevas completas se estabeleceram. U m silencio atemorizante invadiu o casarão vazio. espessos que lhe dificultam a visão, havia dado aula nessa tarde. A sua profunda erudição e sua voz inaudivel conseguiram fazer dormir alunos, assistentes e o próprio Professor, que, embora tendo lutado com u m a tenacidade sobreumana para repelir a fortíssima onda de sono que se espalhara pela classe, também acabara por adormecer. Laboratório Paulista d e Biologia Subitamente u m ruido cavo se fez ouvir; dir-se-ia u m trovão longínquo . Este conceituado Laboratório está construindo na rua São Luiz, u m amplo e moderno edifício para onde deverá transferir as suas instalações. Os seus proprietários tiveram a gentileza de convidar o Diretor desta folha p>ara visita-lo. Lá comparecemos e tivemos oportunidade de constatar a m a gestosidade da edificação que até nos mínimos detalhes é o que ha de mais moderno, higiênico e confortável. Será sem duvida u m dos miais b e m instalados laboratórios de produtos farmacêuticos da A m e rica do Sul. Os seus diretores técnicos são sumidades da envergadura de Carini, Mingoja e outros também de renom e internacional. Segundo nos informaram, pretend e m fundar cursos de Anatomia Patológica, Microbiologia, Parasitologia, etc-, para estudantes de Mecidina e médicos. Para isso possuem salas apropriadas e já estão encomendados microscópios. A sua variada biblioteca será também posta a disposição dos interessados. Dentro de alguns meses será inaugurado solenemente o novo prédio e logo após terão inicio os cursos. C o m o vemos o Laboratório Paulista de Biologia não é apenas .uma "fabrica de remédios", m a s u m Instituto de Ciência. O Faria, que mora na secretaria, tendo estranhado o barulho, levantou-se semi-nu'. Armou-se de arco, flexa e zagaia, enfim, de todo o m a - 0 nobre Faria passeou o olhar inquisidor pela classe. Viu então terial usado nas fileiras do exercito abissinio. Subiu as escadas e, tre- quadros obscenos e repelentes; basta dizer que a cena mais casta e m e n d o incrivelmente, foi verificar pura que pode ser relatada era o que sucedera. constituída pelo Dr. Paula Santos Que seria? (dén, dén!) que, c o m suas botinas Subiu, chegou ao terceiro andar; sujas, imundecia a cabeça do nosso o ruido se tornou mais evidente. colega Pacheco n o m e feio, cujos longos bigodes hirsutos se intromePartia de u m dos anfiteatros. tiam pelas bocas escancaradas do O nosso guarda, cada vez mais Walter e do Toledo, que se achatremulo, aproximou-se, e, n u m rasv a m sentados a seus lados (natugo de coragem que dá o excesso do ralmente por u m estereotropismo medo, abriu a porta do anfiteatro positivo). de Fisiologia. O esbelto Faria, em iracundo asPercebeu, então, furibundo, a somo, conseguiu acordar a chuços a causa desse ruido que agora mais caterva adormecida. parecia u m rosnar soturno de feras indomáveis. Mirifico espectaculo se lhe deparou aos olhos. A classe integra, una como u m só bloco, jaz e m profundo estado letargico, dormindo e roncando animalescamente. E, capricho da natureza, a hipnose da arenga fora tão perfeita que o palrador também não resistiu e acabou sossobrando inerme por detraz da mesa. Ouviram-se soluços, gritos, urros e ranger de dentes, m a s aos poucos a turma toda ensangüentada conseguiu libertar-se da letargia e safar-se para a rua. C o m o explicar esse fenômeno fisiológico? A sala ficou vazia finalmente, m a s só a troco de ingente esforço muscular é que o nosso amável delegado a poude evacuar. Muito fácil. U m assistente, aquele cujos vidros dos óculos são tão ThesaurOcrypsonychrochysides BIODINA Lâctozim AI fã ik 'Bicdina aclua e m fedas ás intecções Tcccndurindo o organismo ao seu estado novmal Fermento iatico, Proteolitico, Bacteriolitico Aglutinante Vence rapidamente as infecções intesfinaes Preparado liquido, contido em ampoulas para uso oral. O primeiro que surgiu e se evidenciou no campo da Bateriologia com este acondicionamento (1912), e que se mantém, mesmo depois de 10 anos, sempre vivíssimo graças ao processo cientifico especial adotado para a sua preparação. ,* O Clinico após umas injecções de Bicdina pode estar com a conciencia tranquila, por ter feito tudo a favor do seu doente. 'Bicdina. não tem similares, nem é similar a nenhum outro produto. E' o único produto que pôde ser injetado na veia sem perigo, O FERMENTO ALFA dificulta a reprodução das bactérias do por conter as proteínas reduzidas ao estado de ultra-peptonas Tifo, do Paratifo, da Disenteria; multiplica-se muito mais rapidamente do què elas. E' infinitamente mais ativo que todas as pre- (de acordo c o m as ultimas pesquizas dos Professores Figari, Sivori, parações zimoterapicas existentes no comercio. Rebaudi e Menniti, do Instituto-Maragliano de Gênova) . O uso do FERMENTO ALFA não requer dieta e preparação especial: não é digerido e encontra-se nas fezes. (Provas do Labo- A garantia da BIODINA resulta dos estudos dos dois grandes ratório Bateriologico de Padova e Rovigo). E inócuo em todas as e consagrados mestres que orgulham a Ciência: O Prof. Mezzadoses (Provas em animaes) :'Fornece Vitaminas no estado nascente, droli, titular da Cátedra de Tecnologia das Fermentações da R. é bateriofagico para o bacilo do Tifo, Paratifo, Vibrião, colérico, Universidade de Bologna, M e m b r o do Conselho Nacional de PesBacilo da Disenteria (Exp.Prof. O.Casagrandi): tem um poder eletivo sobre os centros nervosos do Grande Simpático: normaliza as quizas, e o Prof. Casagrandi, Diretor do R. Instituto de Higiene de funções peristalticas. Padua, M e m b r o do Conselho Nacional de Pesquizas, e encarregado E' útil tombem aos sadios, especialmente ás pessoas que se depelo Estado Italiano dos controles biológicos dos Medicamentos. dicam aos trabalhos intelectuaes. Instituto Esperimentaí de Bactêríologia Industrial Sob o controle do Estado — B O L O G N A - Itália o biiMurí A 1U- ç* 1TÍ'AV 3 Caravana ao Norte do Paraná A esias horas deverá estar circulando pelas livrarias um livro d-e poesias do snr. Jamil Almansur Haddad. Ao livro deu o nosso colega o titulo de "Alkamar, a minha amante" Nele o autor enfeixa os seus versos que são sempre atraentes, sempre sonoros, sempre de beleza nova na inspiração. Decendendo de Árabes, é ele brasileiro ou paulista, apenas pelas razões do berço. Mas, na suá poesia, está, e de um modo pletorico, o Oriente. Toda sensualidade oriental, iodo o perfume e ioda a mania dos harens perpassam incandescentes, tumultuosos, nos seus versos: "Na hora em que tua boca verter, sem resabios, Seu vinho voluptuoso na ânsia dos meus lábios, Ha de sentir tua alucinação Que tu és o meu harem e éu sou o feu sultão!" ou mais adiante, neste verso inolvidavel, em que ele. faz Alkamar dizer-lhe na hora lirica: "Eu estou nua, toda nua, toda vestida para o amor!" Todo o livro revela-nos um epicurista integral, tanto que ele. até aconselha: "Não deixarás nunca para amanhã o pecado que puderes cometer noje Está certo. P. CIE. AINDA A ANGIOLOGIA Antes de mais nada, é necessá- da eternidade, depois de tantos rio desfazer-se a noção errada, que àrios de sistoles e diámles, não foi por ai corre, de que "Angiologia" encontrado no local onde na véssignifica "estudo dos anjos" Esta pera havia sido colocado. Mil hipóteses formularam-se. As parte da Anatomia estuda os vasos mais desencontradas conjecturas (os do organismo, apenas...) e u m outro órgão que o Campana afir- vieram á baila. m a não existir n u m a de suas coleAlguém afirmou que o romantisgas: o coração. simo Nelson, vulgo "Bôa vontade" Aproveitamos a oportunidade pan u m surto de hipersenthnentalisra protestarmos contra u m a expres- m o , resolvera construir u m barco são muito e m uso nos nossos meios feito todo de fragmentos de soe que absolutamente nãc$ corres- nhos e de retalhos de ilusões, no ponde á realidade. Já devem os qual pensava aventurar-se pelos leitores ter ouvido muito freqüen- mares encapelâdos do amor... temente frases como esta: "FulaE que, naturalmente, esse barco no tem u m a coração dé pedra!" havia de ter por leme nada menos Errado, meus senhores, erradís- que u m coração, pois que o meliTluõ'Nelson'vivia â cantar todo risimo! Estribando e m trabalhos recen- sonho: tissimos efectuados durante a ul"Coração, governador da embartima quaresma, o duo anatômico cação do amor..." "Efraim and Lacaz" afirma a toOutros, porém, achavam que o do momento que, e m quinhentos Efraim havia naturalmente de preT cadáveres dissecados, não foi pos- cisar de u m coração, para subssível encontrar u m , pelo menos, tituir o seu, roubado ha tanto temque possuísse coração de pedra. po pela oriental colega... Si a gramática perdoa erro tão Mas, de repente, aparece na salamentável, o niesmo não pode fala, a estourar de rir, o velho amizer a Anatomia, ciência positiva go Fortes, o memorável cabo eleientre as mais positivas. toral das Perdizes, mais conhecido 0 snr. Mozart Araújo, argumenpor Jean Valjêan ou Surunga. to transformista ambulante, apreIlusionista de circo, prestidigitasentou u m a solução muito interessante para contornar tal dificulda- dor inveterado, o gozadissimo m á gico havia, n u m a de suas formode. Propqz ele que, quando se sas inspirações forçadas ,engulido queira dizer "Fulano tem u m coração de pedra", digâ-Se simples- o coração procurado! E perguntamente isto: "Fulano tem u m co- va aos colegas, com ares de charadista de almanack:; leitor amiração meio absolutamente." go, onde está o coração ? E foi assim que a idéa m ã e do As gargalhadas foram gerais. E Mozart esclareceu os espíritos e no dia seguinte, eliminado o nobre Salvou a gramática. C o m o iamos dizendo, essas au- órgão por outros menos nobres, lá foi ele recolocado no seu lugar, las de Angiologia têm dado pano para mangas! Cada dia, u m a novi- para alegria e tranqüilidade de todade aparece. Agora, para variar, dos os colegas e amigos do pândego Surunga. deixou de aparecer alguma coüsa e desapareceu outra: sumiu-se u m Lavoá-Ziè coração. Sim, senhores! U m cora. S. Paulo. Setembro de 1930. ção, que dormia tranqüilo o sono D E P A R T A M E N T O D E CHARAD A S C. A. O. C. argúcia e observação u m a prolongada pratica do "metier" A escolha recaiu na pessoa do sa- Entre oa vários melhoramentos paz detective e assistente de mediintroduzidos no Centro acadêmico cina legal, Dr. Arnaldo A m a d o FerOswaldo Cruz pela profícua admi- reira,rtiaisconhecido por Sherlock nistração de Carlos Virgílio, Savoy, conta-se a Creação d u m departamento de charadas, equiparado ao departamento cientifico, destinado a coligir charadas, promover concursos com prêmios e elucidar as preleções de alguns professores desta escola. Dada a dificuldade d e elucidar as aulas dos ditos professores, o sr. Presidente do Centro, após longas noites de insônia resolveu nomear para diretor do Departamento de Charadas u m téchftico no assunto que aliasse ao espirito de Flagrante apanhado Holmes que tão b e m se conduzih no deslinde do caso do roubo dos Cranéos do Prof. Bõvero, e que tão boa impressão deixou nos meios policiais do Brasil. A seguir apresentamos u m a charada da autoria do nosso colega Finoechiaro., 5 silabas. T e m penas m a s não é passarinho. Fede gambá m a s não é gambá. Corre mais que veado e não é veado. Resposta: BERSAGLIERI. em frente á Estação de Londrina Concurso de carecas A gerencia de conhecido laboratório farmacêutico, pretendendo lançar brevemente na praça u m novo preparado pilogenico, resolveu abrir u m concurso de carecas, para fins exclusivos de propaganda. Esse concurso, realizado na nossa Faculdade, obteve u m sucesso dos mais animadores. Venceuo brilhantemente o velho mestre Boverô, que, pondo a calva á mostra, assombrou os julgadores. E m segundo lugar entrou empatada a famosa dupla Lordy & Locchi, cujas "boites" craneanas ainda ostentam, á custa de ingentes esfor- ços, pequenos tufos pilosos, que no entanto dia a dia vão cedendo terreno á insidiosa clareira occipital. E m terceiro lugar foi classificado o famigerado "Jaboo" do elevador, cuja careca, por estar mascarada de pigmento melanico, não obteve a classificação a que teria direito. O primeiro colocado recebeu c o m o prêmio u m finíssimo pente de tartaruga. Os demais"* classificados somente obtiveram, como prêmio de consolação, cada u m u m frasco do referido tônico capilar. Nossas sinceras congratulações. Laboratório Paulista de Biologia Rua Tymbiras N. 2 e 4 CAIXA P O S T A L , 1392 S. P A U L O P A L U D A N — Feliz associação do quinino, azul de methyleno e arrhenál. Para o tratamento radical do páludismo agudo e crônico. A M P O L A S de 5 cc. para adultos é 2 cc. para creânças. Injeções endovenosas;.>e intramusculares. C O M P R I M I D O S — Cada comprimido contém gr. 0,20 de sulfato de quinino associado a azul dé methyleno e arrhenal. ASPIR — Citrobismuthato de sodiò, activo em iodos os períodos da siphilis. N ã o produz estomatites n e m albuminuria. A M P O L A S de 2 cc. para injecçõés intramusculares, cada 3 dias. I O D À M Í N A ^ Combinação orgânica de iodo b e m tolerada pelo organismo. ÈLlXlR dè gosto agradável' (2-3 colheres das dé sopa ao dia) e A M P O L A S (injecçõés diárias). Em todos os casos ,em qtie é indicado um tratamento iodico. íódo-bismuthatò dcquinino. Sal insoluvel de côr vermelha, que contém 20 % de Bi-metallicÓ. Acçãb prompta e segura na syphilis. :.íh A M P O L A S de 2 ,y>, cc. Injecçõés intramusculares com 3-4 dias de intervalló^.y S U L F O M E R C O L — Sulfato de Hg. collóidâl. estável, indolor, não. mancha a pelle. A M P O L A S de 1.' e 2.° gráo. Injecçõés e m dias alternados. G L Y C O N A T O D E C Á L C I O — E m solução de 10 <%,, preferido porque não é cáustico, não determina reacções é nao aügmenta a retenção chlórürica. Nos tuberculosos melhora o estado geral. Permite u m tratamento calciotherapico prolongado. 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Três colheres, das de sopa, por dia H I S T O C A L C I O — C O M P R I M I D O S de sáes de cálcio associados e, extractos opotherapicos, que fixam ó cálcio no organismo. Indicado na mineralização dós tecidos, 2 â 4 comprimidos por diâ. ^ OVIFOSFIL — A M P O L A S injèctàveis de lecithina flaS gèttimâs de tivos. RècbriSstituihte das cèllülas nervosas. Cx. \1 ámp7. de 2 cc. Injecçõés diárias. o bisturí 4 Ecos do Conflito ítalo - Etiopico Deveres d e u m Bedel 1) Não reconhecer outra autori6) Tocar a campainha no míniO torvelinho em que se acha en- Brumpt, vulgo "Carvão Nacional' dade a não ser a de Deus nos m o 5 minutos antes da hora volvida quasi toda a Europa decéu e a do Faria na terra. de terminar a aula. vido ao antagonismo entre o "Du2) Badalar os professores na au7) Passar cola nos exames es3." luta — Peso leve — 10 assaltos ce" e o "Negus" não deixou de se sência dos alunos. critos. refletir também entre nós. Já cons- Giuseppe Oria, vulgo "Beppe Amazza-Faccie" tituem quasi u m acontecimento diá3) Badalar os alunos na ausên-8) Fazer gestos eficientes nos versus exames práticos. rio as cenas de pugilato entre acia dos professores. Luiz, o Queimado da Fisiologia. queles que adotam o ponto de vis4) Receber pequenas quantias 9) Receber insultos pesados com ta itálico e os que, ou porque o ca-u m perene sorriso nos lábios. dos alunos, a titulo de manibelo não nega ou por outro qualfestação de agrado. 10) Carregar piano quando não quer motivo, estão prontos a der- 4." luta (semi-final) — Peso médio 5) Marcar presença em 75% das estiver disposto a cumprir os 12 assaltos ramar o seu sangue pela causa do faltas dos alunos. artigos precedentes. Rei dos Reis. 0 coitado do Faria. Carmo, "II Arditto" já desesperado por ter de viver seversus parando contendores inflamados. Ernesto, vulgo "Café Forte". resolveu finalmente, após ter obtido a acquiescencia dós dois partiA c a d ê m i c o s d e Medicina dos, organizar u m espetáculo pugi- 5." luta (final) — Peso pesado — VESTIR-SE N A listico de amadores pertencentes a 15 assaltos. uma e outra facção. Essa pugna épica, no estilo do legendário com- Alfonso, vulgo "II Leone di Torino" versus bate dos três Horacios contra os três Curaceos, será realizada já no Berthelot, o dos Esqueletos (que próximo mez, no ginásio do Centro. lutará de boné e guarda-chuva). Êm % " ^ 4 SÃO PAULO \*^ Os encontros serão os seguintes: í.* luta — Peso mosca — 10 assaltos Renattino Locchi, vulgo "II ballüa" Como veremos, o programa das versus lutas é dos mais atraentes. Faria, é vestir-se c o m nobreza c distinção Jaboo, o Moreno do Elevador. qué irá servir de juiz, pede que as Preços especiais para os Universitários torcidas se manifestem dentro da TRAV. DO COMERCIO, 2 TEL. 2-4541 j maior ordem, reservando-se ele o (Ksa. da 15 de Novembro) - sobreloja sala 1 S Ã O PAUItO | 2." luta — Peso galo — 8 assaltos direito de vedar o acesso ao "ring" Aguiare Puppo, vulgo "H Térrore a quem julgar conveniente. Aguard'Abaxupiques" demos pois o resultado destas senversus sasionais pelejas. ALFAIATARIA ^ACADÊMICA P o 11 i c e - V er s u s FOTOGRAFIAS Max Rosenfeld E diante de nós perpassaram de novo, aquelas cenas tetricas das arenas da antiga Roma. Era no dia da posse solene do vo mestre Edmundo Vasconcelos. achava-se tal como os gladiadores romanos, lutando com advemario de igual valor, diante de uma mulRua Libero Badaró, 51. 9." and. em frente á "Drogaria Ypiranga' tidão no- irrefreável, pronta a fletir ou extender o polegar, indicando Telef. 2-5716. ou não si se deveria eliminar o iniA jovem sala da congregação migo. Contente notou, a assistêniá.A.A.A. cheia de todos os congregados e cia toda extender o "poílice" e eis não congregados, ia receber mais que com certeira flechada põe fora u m dileto congregado, nascido e da luta o terrível adversário. criado pela mesma congregação. Era o "pollice-versus" que se reO velho e sábio mestre Celestipetia. no Bourroul apresentava-se com Diante de si estava a meza julnotável peça oratória e com belo gadora, arregalou os olhos e vibrou estilo peripatetico, digno dos me- de entusiasmo, quando viu o juiz, Uma das mais notáveis aquisições da terapêutica moderna lhores encomios "o mais velho a Luciano Gualberto. também aproUSO O R A L e APPLICAÇÃO LOCAL receber o mais jovem". As suas va-lo, comprimindo com o polegar palavras ditas com aquela eloqüên- u m vasto charuto, (que distraidaESTAFILOFAGINA Bacteriofago anti-estafilococico. Ação cia e calma tão dignas dele, arre- mente levara aos lábios em senticurativa surpreendente e rápida no bataram a multidão que ouvia con- do contrario, isto é, com a parte antraz, furunculose, osteomielite, acne, tristada o seu verbo... muito bem acesa) como a vara que usava Nedermatoses estafilococicas, etc estudado na véspera. "Ele faz, nós ro em espetáculos similares de Bacteriofago anti-coli. Pielites, cisiites, ÇOLIFAGINA fazemos, eles fazem". Nenhum er- outrqra.. * pielonefrites, colites, etc. rinho. 0 seu final foi coroado por Estava vencida a batalha. Veni, Bacteriofago anti-disenterico polivalenDISENTERIFAGINA comovido gesto. .. lascou u m os- Vidi, Vinci. Voltado da arena, te, ativo contra SHIGA e FLEXNER. culo bem gostoso na fronte sem ru- curvou-se em amabilidades diante TIFOFAGINA Bacteriofago anti-tifico e paratifico. gas do jovem professor Vascon- da memória . de antigos degladiaESTREPTOFAFINA ANTI-ESTREPTOBACTERIOFAGO celos. Ergue-se então este. Retri- .dpres da mesma cadeira que ia COCICO. bue o beijo. Tosse como tossem ocupar, e terminou, brilhantemenos grandes oradores. Era o discur- te a sua oração. IMPORTANTE — Para uso por via bucal, é indispenso, que ia transportar qs ouvin- De fato foi uma bôa oração. sável adicionar-se u m pouco de bicarbonato em tes á antiga arena romana. Sua Mostrou ser; tão bom na arte de regular volume de água (V2 copo ou 1 copo), voz leve a principio, foi-se elevan- falar como o é na arte de cortar. para evitar a ação do suco gástrico sobre o bado até que, qual forte trovão, re- Ao mestre amigo e vencedor, o cteriofago. bôa gravemente e sem eco, nos tim- "Bisturi" felicita calorosamente e B R E V E M E N T E A' V E N D A panos ansiosos dos presentes. á .congregação por tão notável PLURIFAGINA — BACTERIOFAGO POLIVALENTE Com os olhos querendo saltar aquisição-. . -•-. ./ ; ' \" das orbitas, fixados come os de u m ./Kiss-me ISacteriofagos desallmmiiiados para mágico, sobre a massa a Conduz aõ USO' ÊNDOVEBíOSO campo de batalha. Aqui disse ele: BACTERIQFAGOS ESTAFILOFAGINA ENDOVENOSA ÇOLIFAGINA ENDOVENOSA 3." . anista ESTREPTOFAGINA ENDOVENOSA Rüá. Vergueiro 231 — Tel. 7-0482 TIFOFAGINA ENDOVENOSA \ Compra livros usados de medicina,, interessando-lhe princiPLURIFAGINA ENDOVENOSA JOSÉ' FINOCCHIARO .; SECCflB 0! DOS mi palmente o Testut-Latarget (tratado), o Testut-Latarget •(compêndio), o Testut-Jacob (compêndio)-, o Chiarugi, o Rondoni; p. Aschoff,0 Brugsch, o Forgué,,,o Cley e assim por diante. n une RIO Técnica: DE JANEIRO Dieção Prof. Dr. Mario Magalhães Filial em São Paulo Rua Benjamin Constant 31 . . 5 . o bisturi Fisionomias d e Outrora Os annòs são quilos, tenho cer- e (o que dá u m a imagem mais vi- b o m antes do tempo, parece que teza. Q u e m é velho, não só perdeu va) representadas n u m prato da- também renunciou ao reino deste cabelos como também ganhou pe- riam n u m a gorda e espessa maoar- m u n d o antes do tempo. N ã o tem so. U m h o m e m maduro que ficou ronada... siquér u m a gota de azedume. Estuda com o coração; não faz muita ilustre sem criar barriga; é rei sem coroa. Os médicos, gente sedentária por excelência constituem a E esse outro de óculos, ao la- questão de "saber" o que encerram do? Sua atitude elegante de intelectual parisiense nao ilude: é o prof. classe de indivíduos que mais sujeiPires de Campos. Naquele tempo, ta está aos encantos da adiposidade. Ainda mais quando se sentam n u m a cátedra... E as hemorroidas m e s m o que não d ê m na vista, devem ser freqüentíssimas e m tal classe... ainda não se divorciara dos cabe- os livros, porque os " a m a " E' agradável para todos, especialmen- go. Christiano de Souza, veterano das vias urinarias de S. Paulo. T a m b é m está diferente! Hoje, é u m senhor sereno, sem gosto n e m desgosto' pela vida, da qual parece apenas u m espectador, incapaz de aplaudir ou de vaiar. A m a a caricia dos braços do Socêgó. E' u m velho bomzirihó por excelência. te para os importunos, que encon- boos e Prelobans. Distinção e re- Queni diria que esses adolescentes bizonhos, reunidos abi pelo "teara de futebol "S. Paulo-Baía", Esse rapaz semi-deitado na fren- iriam mais tarde reunir-se n u m a te do grupo, de olhos pequenos, or- douta Congregação ?..-.. finamento o vestem mais que rou- nado de costelêtas, é o nosso ami- los ... E, no logar deles, ostenta agora u m a abóbada polida e escorregadia, que desafia todos os Ja- tram na sua grande bondade u m a ponta acerada de ironia. Quem sabe quantas "cabriólas" não faz a Sorte travessa c o m esses Aposto como qualquer u m deles gosta mais do " S . Paulo-Baía" do que da Congregação... Talvez porque a Congregação os faz lembrar... da idade. abnegados senhores, antes de presenteal-os c o m a careta amável da Dr. Alfinete. Velhice!... O h ! Essa Velhice, detestável presente de grego, que quando chega traz comsigo u m pu- O BISTURI nhado de dons satíricos, como se- As colunas do " O Bisturi" serão franqueadas a todos os estudantes das Escolas superiores de São Paulo, que endereçarem suas colaborações ao nosso Diretor, Pedro Taufik Camasmie, á avenida Paulista, 18, Caixa postal, 2031, ou entregarem diretamente aos redatores deste periódico. Só serão aceitos artigos devidamente assinados, ainda que, pela vontade; do autor, devam ser publicados sob pseudônimo. Á publicação destes artigos assinados não significa comunhão de idéias entre a redação e o autor. A Direção reserva-se o direito de publicar ou não, as colaborações recebidas. jam a dignidade cômica de u m ventre macisso, a azeda cidadã Dona Experiência, (a mais infernal das desmancha-prazeres) e a mais antiga das ilusões humanas que rasteja aos pés da verdade: a Sabedoria. Muito curiosa seria a apreciação das mudanças que o T e m p o irreve- Quadro de futebol dos alunos da Faculdade de Medicina da Bahia em 1903 rente exerce sobre os indivíduos da jaão menos curiosa* classe médica, pas. Quando anda, pisa fino, te- deformando-lhes m e n d o magoar os trajes, que chei- as fisionomias, ora com carinho e moderação, ora ram "Or Bleu" com desleixo e crueldade. E logo atraz, na terceira fileira? Esta pagina estampa uma sugestiva fotografia, cuja idade baixa a Zeferino do Amaral* pronto! Ninguém errou. Q u e m não vê o quei- do cinema, pois data de 1903. E' xo balôfo de seu filho Walter e o u m retrato baiano: velho, m a s fir- olhar agressivo de seu.filho Clau- Esses moços, que naquele tem- dino? E' u m heróe, esse Zeferino. po eram calouros de medicina da E' u m dddrrr: médico e autor de me. Baía, representam hoje figuras no- dois médicos. Seu corpo aumen- táveis e m nosso meio médico. tou de espessura. Em suas expressões pueris, não se per- Cirurgião de truz, parece dár facadas no ven- cebe u m laivo siquer dessa trágica tre, quando faz laparatomias. civilização de post-Guerra. Porém, Técnica e a Anatomia não gostam pôde jurar^se que eles ainda acre- dele, porque ele às morde, e m be- A Á Casa Vallardi chama a atenção nova suas dicina e respeitosamente dos svs. alunos cbvas de me~ nvincinalmente: ANATOMIA H U M A N A do Prof. Giulio Chiarugi ca Patologia Generale A. P. Mathews Lustig-Kondoni-tíaleotti EMBRIOLOeiA Patologia Chirurgica ditavam no efeito das serenatas ro- neficio do doente. Sobrêpõé-se a mânticas e das quadrinhas de Cas- essas cousas: só servem para atra- GIULIO CHIARUGI tro Alves... palhar a operação. Suas aulas são MALATTIE C U T A N E E Radaeli Patologia Medica Anatomia Patológica sempre nuas e cruas, cheias de enQuem é esse jovem moreno á di- sinamentos úteis e de monosilabps reita, de olhos negros e bovinos, a e gestos inúteis. E m tempo: não é sorrir, de braços cruzados ? E' En- baiano e sim atibaiano. jolras, senhores, o notável Enjolras Vampré. Tornou-se u m chis- Não é fácil advinhar quem é o pagueante professor de Neurologia, jovem de rosto comprido, é bigo- depois de aumentar três vezes de des tristes, na m e s m a fileira... E' corpo, de olhos e de sorriso. D á o prof. Celestino Borroul! M u d o u aulas abundantes, de hora e meia, muito, não ? Hoje é o mais inter- entremeiadas pelado professor do mundo. de risótas sonoras movidas a eletricidade. Adquiriu Res- ponde a quinhentas perguntas por T. FOKGUE A.STRÜ|V\PELL F. K Á U F F M A N N MEDICINA INTERNA Mohr e Staehelin LE EMOPATIE SEMIÓTICA A. ERRATA Trattato di Pediatria E. FEER A. Rubi no Diagnostica Medica '•'"' Cicconardi atitudes neuropáticas, de tanto dar dia, das sete da m a n h ã ás sete da Diapsliio DitferenzialG ENDOCRINOLOGIA exemplos de moléstias nervosas aos noite. Menos prof essor do que m e - Herbert French N. Pende seus alunos. Tudo isso tem saber s dico, dá aulas populares, que Os E muitas outras conhecidas obras Para informações e pedidos os srs. alunos podem dirigir' se ao agente cheira á distração... Entretanto, enfermeiros è os próprios doentes essas preleções adoráveis fogem a se orgulham de compreender. En- tudo quanto é sistemático e ordena- sina mais com o coração do que do. Representadas n u m esquema gráfico, suas aulas dariam n u m com o cérebro. Era velho, remo- inextrincavel emaranhado de linhas vez. çou e agora envelheceu de u m a Curvado antes do tempo, e J. FINOCCHIARO - 3. ano "Rua Vevgueive, 231 ~ T e l e p & e n e 7-0**2, o bisturi 6 Caravana Secção de Consultas Respondemos por intermédio desta folha, a toda e qualquer pergunta, naturalmente relacionada com assuntos médicos. Dr. Locçhi — Realmente o senhor teve u m a genial idéa, (modéstia á parte). Os técnicos de companhias cinematográficas americanas, deverão acolher com grande simpatia os seus ensinamentos sobre "The looking manners" a serem observados pelos atores e atrizes de filmes. Envie-lhes u m exemplar. Dr. Aquino — Cremos, que o m o tivo, de os seus alunos "isolarem" quando o snr. pronuncia o n o m e "Sá Vaia" deve ser o de eles não gostarem muito "dele" ou porque "ele" dá peso. Dr. Lordy. — Aceitamos a sua opinião de que o cordão umbelical, depois do parto não tem mais importância. Dr. Odorico. -^- A sua pergunta é u m tanto indiscreta, por isso responderemos por carta. Dr. Jayme Pereira. — Aquela sua pergunta não é "integralmente" respondivel, ou melhor, escapa ás nossas alçadas (não é modéstia). Dr. Âniz Azem. — Se o ofereno lhe fez bem, continue a usa-lo por alguns mezes ainda. Dr. Cavalcanti — (Jayme). D e m o d o nenhum, Dr Cavalcanti. N ã o desanime, o snr. irá tomar "bromural" E' preciso ter muito descanço e calma, aliás esta é conseqüência daquele. — Muito bem! disse-lhe o amável colega. "Estou gostando de ver o seu interesse pelo Centro. O seu esforço é digno de elogio. V á continuando assim, a trabalhar c o m amor e afinco, que você ainda irá a Presidente! -r* Oh! Não, amigo Savoy. Este m e u serviço é todo desinteressado. E m todo caso, não digo que eu ainda não chegue a ocupar cargo de destaque no Centro. Mas ir a Presidente, como você diz, é muita bondade sua! Paraná Dr. Faria. — N ã o nos foi possível decifrar a sua caligrafia. Escreva de m o d o mais legível. Urganizada pelo Camasmie seguiu no m e z passado u m a caravana de professores, assistentes e alunos de nossa Faculdade e m visita á região da Companhia de Terras Norte do Paraná. V ê m - s e no clichê os Dirèctófes da Companhia ladeados de elementos componentes da; ca- Bisturizadas N a véspera da partida dà últim a caravana, estava no Centro o esforçadissimo amigo Napolitano, a tomar, c o m carinho e dedicação verdadeiramente invulgares, as ultimas providencias para que nada faltasse á turma durante a longa viagem, quando chegou o Savoy. orte d o Ao — "Ora, m e u amigo", retruca o Savoy — " 0 que eu digo é que você irá a Presidente Prudente..." A pedido dos colegas componentes da caravana a Presidente Prudente, consignamos aqui o agradecimento daqueles á pessoa do ilustre chefe Renato de Toledo, pela pródiga distribuição, que m a n d o u fazer no trem de pasteis premiados c o m cheques de 1 a 100$000. »** PÍENIS A M E N T O S A fome é uma sensação geral lo- Com água o leiteiro inteligente en- caíizàda no estômago. riquece. Zé Dutra. João do Bar. A primavera é a estação das flores Num dos cartazes de propaganda política lemos outro dia: "Para o nosso Centro, só Ha ú m presidente" Ora bolas! E' claro! Tinha1 graça então haver dois presidente n u m só Centro ? Lavoá-Ziê e dos amores. Lordy. Para vencer com galhardia, E' preciso lutar noite e dia. Não são apenas os judeus que sa(do livro: "Romanos e suas lutas") bem ganhar^dinheiro. Vasconcelos Finocchiaro. Fabrica Nacional d e m o v e i s assépticos para Hospitais, Casas de Saúde e N azare Consultórios Médicos pelo lápis do Léo Salas d e Esterilização, instrumentos de Cirurgia, Química, Bacteriologla e Eletricidade medica m a g o da garganta grande atrápalhador: passe jaboo na careca e chame o encerador. Brasillo Tauffik Camasmie Advogado Rua João Bricola, 2 — 2.o andar — Salas, 25-26 TELEFONE 2-7861 — São Paulo - Paulo Taufik Camasmie Engenheiro - S.9.S.9. INOut'*» LUTZ.FERllAlfD CS A . 9.DA. Rua João Bricola, 2 — 2.o andar== Salas, 25-25-A R u a Direita TELEFONE, 2-7861 — São Pault SÃO PAULO N.