16 - BIBLIOTECA NACIONAL - Hemeroteca Digital Brasileira
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16 - BIBLIOTECA NACIONAL - Hemeroteca Digital Brasileira
À' ÈÊÊÊÊBP' ¦tjs3 ««»>—Mh——¦¦ líill Ulilll «h '-jSS » SSSb ' - '¦ iêSS JeT S^S ^^5 iSSk, «^ « \ t^^St ' ¦ ããr ^» f ^^H *" ^SSê 4^^V à^ÊK XV ^Sl ' -fMM>>- Rio, Domingo,. 22-9-1946 -wi»»-bs—« ""* # ¦ / **' f- ^^^__JI,,-_M,.M^t^ttM,><jMt>»Mt'»»*»<»a-»*****»-'M*^^ i»1 .¦^^«»^pM»»^»»^»«»»"»^,*-«'»^gT?g?"»»g»s?-J5!!*SSSS!SlSS^ NOVA biografia us Shelley, por Èdmund Blunden, me que mandaram da Inglaterra, sugere uma meditação sobre a conjunção copúlativa "é". "Quando nos faltam conceitos", diz Goethe,, "ocorrenos üm.termo". Ora, aquele é um termo freqüente da historiografia literária e uma fonte de confusões. No binômio "Corneille e Racine", o "e" ainda pode passar, tratando-se de dois poetas tão diferentes que nem á mania das comparações na escola chega a confundi-los. Meio ridículo é o "Ariosto e ,Tasso" de críticos riâo-italianos que não leram nem o primeiro nem o outro, praticando-se a mesma coisa com os indefesos»' •'Esquilo a Sn,1. focles". Perigoso é, modernamente, o binômio "Proüst e -Joyce!\ misturando dois estilos, duas épocas, dois mundos diferentes. Nietzsche devia protestar públicamente contra a absurda combinação "Goethe è Schiller" que, baseando-se nas relações pessoais dos dois poetas, substituiu na memória da nação a poesia clássica de Goethe pela eloquência classicista de Schiller, sacrificando a literatura ao gosto dos professores. Gaso de conseqüências algo semelhantes é "Byron e Shelley". "Byron e Shelley" — a expressão binaria transforma em fato literário as relações de dois amigos, na ítá. lia em exílio voluntário; com ar de condescendência acrescentaram o nome de terceiro "italiano", de Keats, o pobre tísico que morreu moço naquela mesma terra. A combinação implica quase fatalmente um julgamento crítico: Byron seria grande; Shelley, algo menor; e Keats, coitado, "também" é lembrado. Acontece que os europeus continentais mantêm esse conceito até hoje, não conhecimento da tomando "dos valores, realiinversão zada na Inglaterra. Lá, Keats está acima das discussões, considerado como valor shakespeariauo; Byron já não é lido. E o inquieto Shelley, ligado a eles por um frágil "é", continua uma vida póstuma, agitadíssima, quase tão agitada como a sua . breve existência terrestre. O adolescente, belo como um anjo, atraiu todos que o encontraram no canúnho, e destruiu-os todos, como se fosse um anjo do mal. Expulso da Universidade de Oxford por motivo do ba- Este suplemento não pode ser vendido separacftimefíte ; : : '•* ' '*'"'' ¦»»——^——*"*—M^*M"""""*'^ ~ -— este justificava a famosa frase de um papa: "Non An» íjli, sed angeli". Mas teria sido um anjo do mal! Então, salvaram-lhe o nome, ligando-o por meio de um peque* níssimo "e" a um título aristocrático, indiscutido — e o binômio "Byron e Shelley" estava pronto. . * Na verdade as relações entre Byron e Shelley, os dois exilados na Itália, só foram dè natureza pessoal e por assim dizer geográfica. Não há relações entre a poesia do primeiro e a do outro, Byron foi classicista, pessimista c libertino aristocráticò; Shelley é romântico, otijVVsta e libertador democrático. Aquele "e", em vez de salvá-lo, só podia prejudicar a'a,;%-:V,-;;compreensão dá sua poe- REMBRANDT—Auto-ret*ato — Mweu de Viena II ? ? y SHEL ? . ;Devemos àquele,"e" a va. lorização tardia' de Keats, cujo nome estava ligado aos dois outros esmo o de um pobre parente. Reconheceudo o anacrojnismo do estilo de ByrOn, admirador de Poa pe, os críticos aprenderam "classicisapreciar melhor o mo autenticamente grego" de Keats, cuja estrela subiu até alturas shakespearianas. E mais uma vez foi Shelley o Pois aquele prejudicado. "grego" Keats foi na verdade também um romântico, mas com a capacidade de se disciplinar, criando então . uma poesia de equilíbrio clássico-romântico, assim como é a de Baudclairc — em suma OTTO MARIA CARPEAUX 0- rulho com que professava convicções ateitas e republicanas, raptou uma mocinha de 16 anos, Harriet West* brook; após a tentativa infeliz de uma cruzada para converter ao ateismo os ir= landeses católicos, abandonou mulher e filhos, fugindo eom Mary Godwin, cuja irmã Fanny se suicidou por amor pelo jovem poeta; depois de se ter consumado outro suicídio, o de Harriet, Shelley foi para a Itália, respírar o ar clássico e pagão, adorar belas italianas, viver em sonhos de libertação da humanidade e em irresponsabilidade completa, escrevendo a tragédia lírica "Prométheus Ünbound", enorme rapsódia luciférica. Tudo na sua poesia foi inspiração vital; tudo na sua vida foi ifusão poética, e quase' pf- rece o momento supremo da sua poesia a sua morte nas vogas do golfo de Livorno. Shelley confundira a vida com a poesia. Depois confundiram-lhe a poesia com a vida. A Inglaterra victoriana perdoou antes a Byron, apesar das atitudes de desafio deliberado, dó que a Shelley que teria destruido os outros e a si mesmo por irresponsabilidade morai. E os burgueses de 1850 tinham instintivamente razão: Byron foi grande aristocrata, e o que temos nós outros com os "spleens" desses Lords? Mas Shelley foi um filho "gentry", já liperdido da gada a classe média- A poesia de Byron fora a expressão de sua posição social. Mas Shelley, destinado a levar uma existência razoável, mãnlwu cm motivos poétl- cos a sua vida; e homens aos quais motivos poéticos ficam deviam incompreensíveis, considerá-lo como egoísta antipático, senão como louco. Basta porém folhear a antologia divulgadíssima de Palgrave, obra da época vietoriana, para saber que a magia verbal de Shelley, que d o maior músico da palavra entre os poetas ingleses j venceu as antipatias. O homem Shelley não fora um inglês ao gosto daqueles ingleses. Mas o criador de versos como — "O-World! O Life! O Time! On whose last steps I climb, írembling ai íhat where I had stood before; When v.'il return the glory oí your prime? No more - 0 bíysr more!" "A thing of beauty is a joy for ever". O romântico Shelley não possuia porém aquela disciplina, e por isso é que cor meçaram a negar à sua poesia a qualidade de um "joy for ever". A poesia de Shelley— poesia de sonhos musicais — é romantismo cm sentido germânico. A ideologia revolucionária de Shelley é romantismo em sentido francos. Em todo caso, êle tornou-se intensamente antipátíco aos anti-românicos do século XX. Assim como contra investiu Maurras Hugo, assim e pelos mesmos motivos investiram os neonorte-americe humanistas nos contra Shelley: acharr.n "Anglus, rr.d que êle fora non angelus", senão üm «-.oí anjos revoltados. "Qiíoín <>osta de Milton", disse P.E. More, "não será cape:-: cio gostar de Shelley", sem im.:ginar que pouco ina-ií» tarde o sucessor mais radical do Tieo-humanismo iria condenar o herético Milton e o revolucionário Sliéfl£y ao mesmo tempo. Gpn) c.'oit'>, T. S. Eliot che;ou a- duvidar até da intefeõniiíit dp criador ' do "3 'rc vi *úv:v ; X b\'Cxuv.i :-\ 1.'' i>0<) •X-s v*ifSfi$è+- :N -.-.¦•«.. i LETRAS^* A n JT flfl£ ¦:&s.: JPÓ91SWÍ 2 yf^ggg^^l .< .-.*• e^ifM<m 2^-^iim UM: DIÁRIO INTIMO JORGE DE UMA ¦ • -v¦*v^e*^'-r^wív."> .i.j^'>.<^?_3SSBfiÉfiíi: „-x£•••* »!•--**¦•. ¦ ¦ • •*—¦"'•'.•.'•^SaiHí »;¦;•>•••;, '•''*•'•'''*%*'%Hl___| •x ••'.".*• vX'.->>^.*Jp_b{Í |JfB W^&m ¥x<::*:. \.xo-.:"»»»»!?'-» 5J.V.V.;.*.- ¦ AffiwMMK -fflfy-^aaas %'.•'.•' .':. â_^^___< Ciro tios Anjos o conságrauo iüii«ancját» «a "Amanuciise Bclmiro" e "Abdias" e on» das «o"Letras e Artes'* acaba de ser no. laberadores d& meado pára o alto cargo de diretor do JPASEL Escolha muito justa, porquanto Ciro do* Anjos, a par dc seus grandes méritos de escritor, sematividade pre revelou qualidades invulgares para ternesse administrativa em várias fnnções que „. reno vem exercendo. B isso quer dizer, além de tudo* gue o criador do "Amanuense Bclmiro'» ficara definitivamente no Rio de Janeiro. â GRANDE FEIRA DO UYRO" De uns meses paía cá que as liquidações *;?*É?ÊÊZ dizer fô livrarias da rua São José. Agora, entretanto, pode.se *'WffU*mi*&u** com que esse movimento culminou Jg de <*™J**» ra do Livro, cm que aparece o maior numero coro «omiderâo mmlioaae; brasileiras e estrangeiras, vendidas A Feira deriva, porém de °nia_fau' vel desconto de 50 por cento. secretario da bduciaJva oficial. Foi o sr. Fioravanti di Plero, criou a pela wsotacao Federal quem cação e Cultura do Distrito ao n° 4-í de 11 de agosto último, visando facultar essa vantagem muito Empreendimento publico a partir do mes de setembro. com a orientação do gene. consentaneo dc aplausos digno e " justo empenhado em meRepública, da ra! Gaspar Dutra, presidente em_ todos os setores. brasileiros vida dos lhorar as condieõees de da mesma livrarias Feira, outras a com é O interessante que com remarcaçoes rua, que já vinham liquidando, fizeram novas abatimentos mais sensíveis ainda. "AS ALIANÇAS" de ! Já se acha no prelo, devendo ser lançado no próximo demêsLedo estréia dc romance Editora, o Agir Livraria I outubro, pela "As imaginações" e "Ode e Elegia Ivo, o poeta de Trata-se dc ura romance que, embora presidido pelas ünftas mestras que caracterizam êsse gênero literário, se afasta singularmente dos tipos que ora imperam entre nós, sitnando-se elaramen. te dentro do romanesco s--m se inclinar para a observação sóciológica. domo o titulo indica, é a bistória de um casamento, o exame de dois temperamentos diferentes unidos prlos laços matrimoniais. '"tt-nor Utilizando «ma técnica, que varia desde o monólogo até à narração direta do3 acontecimentos, e asando simultâneamente dois planos — o do tvmpo presente e— o da recuperação uo Lcao Ivo joga com tempo perdido, por intermédio da memória bem sugestivo cunho dão um técnica de que vários elementos de estréia. romance ao seu — obra que abrirá caminho pai-* a puCom "As alianças" "A travessia" e "0 patamar'* — Ledo Ivo outros, blicação de dois filia.se ao "realismo feérico" qae caracleriza certos romancis; tns que não desnresam o artifício e a magia verbal, como Virgínia ; Woolf e Jean Giraudoux. Como julgávamos a lífo* ratura norfeamerfeana -_»»r-—^ NTRE tücfos os criíieos de Moine de Btrarv um dedicou o melhor efe sua existência a estucCdfo: e êste foi o "Docteur és tettres et en théofogie'* — À. De La VaHette-MonbrurL O sétt *Essai de biographíe hístorique et psychologique Snr. M. efe Biran" é das coisas mais minuciosas e honestas que conheça, Gonservo desde os tempos da última guerra a seu* "Moine de Biran, critique et dtscipíe de Pascal" anotado: e fei êste um tivro que me acontpanhou durante a convalescença de grave moféstia em? 1918. Volíette Monbrtin ainda não satisfeito deste culto exaustivo à memória do filósofo, mstitue uma So** ciedade biraniona dè que foi presidente de honro — Henrt Bergson. Reteio com crescente "Journal amor o intime*': e quero hoje transcrever afgu~ mas idéias de Monbrun o respeito de seu biografado. Com isto satisfaço melhor o curiosidade de uma de mi» nhas leitorcà que, havendo lido um de meus úítimos artigos sobre Maine de B1» ron me soíicito novos escla*reci mentos a respeito deste metafísico de quem ReverCotfard dizia: "E* o mestre de todos nós". Duas grandes lições de» preendem-se da Ibnaa e doterosa odisséia de AAaFne de Eis como um dos nossos escriBiran em sua procuro do tores julgava a literatura norteRio de Janeiro ainerieaha numa"O crônica publica- verdade.  primeira è .do Mundo LiteraDirei or: Ernoni Reis aa na revista máxima importâncio: "Eu diria qoe o 1922: em rio", SUPLEMENTO DOMINICAL a literatura norte-anerif-ma é ci- condenação da filosofia ra~ nemática, o que significa que LETRAS E ARTES cionalista que se mostrou ò ela segue os temas e processos Orientação de: íuz dos próprias experiêr> das fitas cinematográficas, semmoldados no mesmo assunto, cias, inteiramente incapaz pre Jorge Lacerda variando apenas os personagens^. dè satisfazer as exigências Não podia haver generalização SEÇÕES A CARGO DE: AL. Realmente, sempre infeliz. mais ... íii t\ — -» da alma humana. Se a cr1',Hú ...i SAÍ.. houve e*-r>a literatura nos EstaBROCA, BRITO COSTA, tica moderna fez por muito dos Unidos, mas considerá-la ft DJALMA VIANA. PERNANnão literatura norte-americana tempo em torno de M. de DO, LEME, JOÃO CONDE, passa de nina tolice. M Li UiLO MEN DES, PEREBirar» uma espécie de consGRINO JÚNIOR E SANTA piraçâo do silêncio, é que ROSA 7/ EDIÇÃO DE "REGRAS sem dúvida nenhuma há reColaboradores: Adonias FiPRATOAS PARA BEM lho, Alcântara Silveira, Ai. conhecido em Biran como ecu Amoroso Lima. Almeida ESCREVER" em Pascali um defensor sisFischer, Alphonsus Guimadei. Barbosa, ao morrer, Ruy Pilho. Machado, Aníbal rães temático dos direitos" do ro* xou vaga a cadeira que ocupava Antônio Rangei Bandeira Asde Lena .Academia Brasileira Zôo humana no que têm de cendino Leite, Augusto Fre. decidiram Os imortais Iras. que leq ítimò, i nstituindo pór seu Augusto derico Schmidt, um espirito altamente dotado só " Cássia; Myer. Bivno Acloli, como o da Águia de Haya potle*»... próprio exemple o. mais du-, no Ricardo, Cecília' Meireles. ria substitui-lo no Petit Tria? ro combate nâo só contra a Ciro trdos Clmsrhnó Martins,'¦¦¦V então, Lande-,, Escolhen-se, non. T. C-fisvi-' An.ios orgulhosa filosofia esfoidalino Frçirç para suceder a Ruy Barbosa,; Tavares Cláudio dds corpora. ; na (que só mais iii/pórtanté; na! considera o hoDantas,, Mota»¦¦:¦. Dora Ferreira • V/ ' - çffes culturais dò B.rásil.:' *.ria Silva, fíiirivt a ¦ /-» ; Laúdeflftó mem em. seu estado de fórÉ da autoria'dò *w\ Geraldo Ferraz, Gabriel ":cfe. í|qjjt-:séf§^''cjuprido Freire este pequeno.livro intitu_a;;je Munhoz da Rocha. Gtierrei. -"Regras hem. Praticas, para lado . Gustavo': Barroso; itliYinosví nao sente éle • necessidode „ii! . sétiina ;ediçã,a, a ..escrevei!', !cüjá; I Joüff.mm-Bih iro.. Jorae: fte: de henhu^ò-ífsfespfiq^^. co-, Editora A NOtTÈ acaba de. larV' {.' Lima. Tose Francisco Goejbqy; "Ivo, das uma áutór .Insê Simeào Leal. Ledo mo; também çòntro esto fi?. \. {ai-.,;S*ãófòr.rseü penas mais fecundas que já p<'SLuis Jardim. Mfl'h'6,.-''l?tV) tit losofia faisomentetàcíonaf , suimos, ,e jestp. volume ;lb<?i ..tçria ''rnelas ;. 'Manuel iüí> Bandeira; Marcos Koncler,- Reis». Mario!! ....assegurado a gloria que assinalou., que prèten^s' banhir Deus ' suas', atividades., .intelectuais.^ dn Si'va Bri.iõ. AWwi (••.- n deste mundo carcomido. E* Isto porque/ sem nenhuma (Iiír na. Marques Rebelo. Murilo • "Regras ; Praticas para vida, neste sentido —- principalM-n('.os. Octnvio de Faria. bem escrever" é uma pequena '.&#(¦, Otto Maria Carpeaux. Renzo mente .neste «senti do -—que Massíarani. fíi-Mro Couto, Ro- JSP.bra-pj*ima.i;i,. „.i..:,!.:;,..-,, '.^.'"-vi, .''?'*':¦'¦* .preocupação que norteou;.. se faz mister Ouvir-Sèo àhá-geTíiOjiiCoir^ini ', ,,A;.sau,dosto,. escritor. .Laudelino., tema pdsca lino,, çm que cerV s»er. Rosário o.. .Fusco, Sérgio ÍUQ i Mnlidt. 'Si-mi Io' de Melo, T :*s- I Freire foi a de fúzev jdcsf.e li» tos burgueses literários enles f vro um pequeno' BreviaHõí so da Silveira. Tntnistoc!ps Linhares. Vicente Ferreira da s xerqaram uma "bòutads": Mv£ \\HSon Figueiredo ej Historiador? não; psicólogo filosofia:nâo vale Placer. Xavier Ii -'"-^.'JVáoi naturalmente nao /Todo uma hora de ateníao*'. Fot llustradores: Alfredo Ccs-*»' sou historiador ¦—declara Emil LudwÍQ]j—'mas sim um psicô* em idêntico sentido .que-Bí* Pacheco, chiatli. Armando Durante trinta e cinco mr\ *—tendo compreend 30 logo. Athos Bulcão, Eroeric Mar. anos, meu único objetivo tem cier. Fayga Ostrower. Ibero sido conhecer melhor o coração que nâo se podia íilosofar/ Camargo; Luiz Jardim. Osdos homèfísitfidò' a minha obra excluindo, o priorij o aoso» wa!do Govlrti. Percy Deanei não tem outro \ propósito sinâo Santa Rosa e Van Rogger. ¦ tsse.". .-•¦: ¦..•,;r ¦•--,-;-.-Trí.T-T-;'T>- luto, conetue êste conceito A 8V1ANHà t At,a UUti c 0 UJ iQZuiiiititiw US *wr dos os sistemas agnósticos surgidos no decorrer do "A fjíbsoséculo dezenove;, fia do refativo tucfo falseou, tudo sofisticou: é tempo de restabelecer a verdade ab* soluto em seus. direitos". A. esto á-"fuo torefo, M. dè Biran consagrou a maior parte de suo existência. Cristão de noscenço, foi-lhe necessário móis de trintai anos poro encontrar os trtutos de suo linhagem perdidos no escuridão do ateismo dos fins dO século dezoito ? Podemos mesmo dizer que êle nos atinge mais na aima que Descartes, pois que no autor do "Discurso sobre "o dúvida não o método" era senão um processo de raciocínio", enquanto no "Journoí intime", autor do encarando apenas as coisa* do místico, esto dvwda é muito mais perigosa. Maine de Biran, como tem cb* servacío Augusto INticoFas no dizer de Vallette-Monbrun, partiu da meto em que chegou Jouff roif e por uma disposição inversa; atingiu o ponto dè onde êste houvsra partido. Deste beco escuro, que no opinião de seu prefaciadór ero o ceticismo de Bayle e o sensualismo de Cqbanis, seu esp£r?to, osptrondo ò verdadeiro vrdb, clirigiu-se poro uma luz mais o\ta que nem todo gente consegue divisor por entre o cerração pesada1 dó mundo, "o rerno dè Deus não pois se dó, no dizer do próprio Biran, se o caminho do ascencão não lhe está preparodo'*. Havendo gasto o melhor de sua vidb, dispondo-se 00 acesso desta luz divina — Maine de Biran conseguiu compreender que o religião resolve sozinha os problemas da filosofia. Sem fatiqar-nos, ensina-nos onde reside a realidade absoluta. Diz-nos também que, encarondo as coisas sob o, controte dos sentidos ou sègun- *#*•*¦¦ *•**#- f *!****'*'-* p- *—*- -** -*--1 ^ r, mesmo segundo uma razão ortíficial e de convenção^ vivemos dentro de uma Husão perpetue, É* elevandonos paro Deus, procurando tibertor-nos de certos planos a;' 'os da dialética leigo que podemos alcançar as coisos como são realmente. Foi por uma seqüência contínua de progressos simultâneos da ciência e no rerigião que Maine de Biran-, reunindo com justo visão, fé e psicofogia, consegue • construir uma filosofia- transcendente, sem o excessivo" drama literário dè Blaiss Pascol. Tal filosofia desdenhando todas as limitações dos sentidos ou das paixões,, em que se entEelaçoram o sensualisma e Iodos os sistemas que dele se aproximam, montem energicamente com os direitos do razão humono aderida a seu objeto os dirertos desta próprio, "ra2ão superior, que plana sobre tòâah as coisas deste mundo" e liga o mundo fenomenal^ ao mundo noumenal,. o tempo o eternidade. Moine de Biran levou a vida fazendo psicologia, que ê o filosofia dos homens interiores. Podèr-sero dizer que êle se confinou em um só tivro, o livro fnti"como de suo alma, mas, mo cado homem traz em si o formo da humana condi-' ção", confessa ndo-se, êste novo Montaigne fez uma obro dè importância uni versal, que, como os "Ensaios", jornais perecerá. Saboreondb-se os profundas análises que o profundo psicólogo de suo próprio aima nos deixou, todo espírito refletida é fevado o pen-^ sar que o vácua que mora no fundo dè nós todos, e de que recuma em certas horas um verdadeiro diesespêro suicida que nado pode preencher, é por sem dúvida o lugar de Deus, o lugar do Deus perdida'. ;'.;- . •.,.:."; ¦.: .0 QUE LEBEMPS BBEXEr.'..-i' ;escíèvendo pára á Livraria-José Carpeaux está Otto Mari-?"líistórià 'Literatura Russ_',, em que estudará d^ Olímpio uma terra.. na letras déDbstoiewsfcy, $ob uni das o desenvolvimento está terminando,também,o'.sen grande novo plano.:- Carpeaux trabalho' em três volumes;^ ^Literaturas do Ocidente ? . ;,; v., :',5??-'"'¦¦¦'"-¦'¦" "-,;V;;.-;U^#^ it.{'"1:- tfr%%w :^â9-fl • •Dentro em petierj apiarcícíérá o primeiro volumeí$% •tComê? ;da Globo confiada dé Bâlzaft, nàedicão erudita diá Huniâná"i -patte ¦íionâi'; a- deliciosa novela fará D^ásè.: vOlü^iè Pàuíò a"Mb^déiíê' urha ^ignóhfí,'3ístoyi4;:.âe ''"''' provinciana'apaixonada' J" '•' 'i'-'' '*£&t ^s pop^i^-èoeia^aíániidq^..:;:,.,^^ )W*áymF'tim\^*V%b&-iW % ;....,...... r:^,;::i ,,, :.,i,:*^,^ "Província m J& está para aparecer ò'novo nômerr> da São Pedro", a excelente revista de cultura,, editada em Porto Alegre. u •' • ( _ -;, "Cranlèrd^ de Eli^beth! Gaskelí^ traduzido; pela • escritora: Raquel de Qúéíròz è étiítafJó' pela L^arja'José plimpioVrie^é-;; larà ao! nòsst> público úrfiâdíis.grandes romancistas, inglesas M; sécuio passado,, «das prtí»éirasv; a inj^eressajr-s,e., pelos, pròblérná^' sociais. . f'..: ! . • * * * . vlrâ.desper^ar^eertaRiepte, interesse a .seleção de cartaz â& Voltaire, publicada juntamente com uma biografia do • patriàr-; Livraria de Brita Broca a ser editada';;. pela ca de Ferney,, obra'¦]:x<i..•;•"¦.'::/.•'''; l''^':'''.';.', :!"'.".':.'/..;:': José Olímpio.;V ;'..i ; Rüth GuirríarSeSi a airtorã de "Àgúa •Funda", jâ erítrég^ de oütrp;romance,: êste ;ménos ^esçritiv^ a Globo os originais '.'<Jüripre ela .^gcfm.V'^^ "^T^I^Jft^^ft^ e mais intrpspéctivo. '^UJr: "ò de escrever .-sempre^ mulQU numa entrevista:; ,.'«.«' .-ir \ ¦ - -jv.r*.-..-. •lrT-8rlSX£^ítr&* $&Mlft<3Ò, 22-9-1946 «3 '~WfM"ihnrMi'wii Ws. 'r.-ir't.- Através do s su plemèntos ,.., m DJALMA VIANA ••'-ÁrV*' PALAVRAS crer no que digo mesmo porque manda Deus PODEM que se diga a verdade; Mentir não o faço desde meaino, quando cursava o colégio áos padres. E' possível que também a falta de imaginação* hábito do trabalho sobre do(jumentos, a herança do velho tvô negociante, é possível que tudo isso tenha concorrido para me tornar assim um sujeito fluro, quase violento, que gos. ca de resolver suas coisas na batata. Inventar, com a senvergonhice do sr. Joel Silveira, não sei. Pesa.me nos ombros a responsabilidade c, culpa da minha profissão, enten. do perfeitamente as fraquezas humanas. Coloquei-me, assim, . desde que -me impuseram a obrigação de redigir estas notas, a servi, ço do que me parece ser a verdade. Pouco importa a cor da pele da vítima. O que me preocupa, e repito, mais uma vez, c não trair a justiça que ma ensinaram a amar, não transiglr, cm momento algum, com quem quer que seja. Mesmo o rei, se rei houvesse, eu não o pouparia. Rei não havendo, apesar dos ares pretenciosos do sr. Luiz Carlos Prestes c da sua corte, è não me cabendo por destino qualquer vocação política', res tara ni .me os suplementos literários — divertiniènto e tnibnlhò para os domin gos. Sobre os suplementos, pois, ê que realizo aninha aliança com a verdade. Mas, como a verdade c tudo o mais neste mundo parece pedir provas, organizei também eu, como o sr. João Conde, um arquivo que, não sendo implacável, é pelo Organizando.o útil. menos aprendi que classificar c guiar(dar representa uma arte. Quando nada, um prazer. O 'j consolo, por exemplo, de °u" Jorge Amado chamar sr. o |vir hoje o sr. Osvaldo de Andrade de imbecil depois de o ter chajnado dc "mestre" — e verifl'car que, discordando de si prócoerência não st per. i^rlo, 'dia... a Sábio João. Conde, sei '..agora que o arquivo não é. luxo, como pensava. Para mim,.que trato com os suplementos, c que os respeito os srs. Frederico Barata, ;como : Jorge Lacerda c Raul Lima, o ! arquivo é uma espécie de trajibuco. Uma arma indispensa| vcl nas mãos' de um soldado bisonho, como eu. Tendo-o a. 'gora, mais fácil será penetrar floresta e vencer o pobre j.aaa Inundo dos artigos c dos poeimãs. Vencer, principalmente,^ a ingratidão dos autores. Arma'do. como estou, posso finalmcnzombar dos perigos. te '. Assim, pois, .tranqüilo como um anjo, encontro o suplemenl to literário de A MANHA. Leio. as notas, releio a mim mesmo, e acabo me defendo sobre o artigo do sr. Sérgio Milliet. Existencialismo é o tema. Uma gravura de Peter Bruegel, no alto, parece demonstrar o que ivealmente é a filosofia de Paul Enfim, Sartre. puxando.me pela mão, o sr. Alcântara Silvéira se coloca diante de Hebliei,' escrevendo bem, comentanAo lado, do com segurança. numa entrevista, o sr. Roland Corbisier se despede que êle vai mas 6 para a França, bus, car. livros. Enquanto não eheSam, porém, os llvroá franceses, vejamos os livros argentL nos, trôs pelo menos, na-.palma da mão do sr. Raul Nao '¦?arío; ' ¦¦""'. Leiamos os contos, vejam as Ilustrações. O sr. Dalton -Tre-Visan .outro premiado.no con"Letras o Artes", cxL torso de I» suas qualidades. Se bom é © sen conto, extraordinária 6 d ilustração de Santa Rosa. Beía, sem dúvida, e não menos ex-, ¦ipressiva què a de Ibero Camar? Tgo,. esta objetivando um eplksôdlo do conto do sr. José Viei. >ra. Mas, recuada a ficção, e .passando a "olá do sr. lasso fda Silveira que fala de Cruz a o que prende, a atenção ''ê.Souza,entrevista do sr. Çassiano a São arquivos do os .Ricardo. , sr. João Conde. .Percy Deanc í Ilustra á pitoresca história de r sua viagem a São Paulo. , ' E, grande página pelo valor tio assunto, aquela dedicada ao folclore o assinada pelo si*. Jo- se Mmeào leal. o poeta MurlIo Mendes, firme, ern sua se^ão de música. Firme também o sr. Batista da Gosta. Quanto às artes plásticas, quem brilha é o sr. Santa Rosa. Então, 6. suplemento, que se diria comoutra pletò ainda apresenta página, de informação literária, enriquecida com pequenas no. tas criticas. . Finalmente, sobre o grande soneto clássico, a estranha e vigorosa ilustração de Goeldi. Um traço forte e sensível que superaria, longe, a mostra no dc Lula Cardoso Aires, '¦ Correio da Manhã". E superaria, ainda a "muilier dc branco", de Ibero Camargo, no mesmo jornal. O suplemento, porém, oferecia mais que ilustrações, mais que o soneto de Baudelaire traduzido pelo sr. Guilherme dc Almeida. Oferccia, além da seção tio sr. José Conde, c da crônica do poeta Ledo Ivo, c da crítica do sr. Roberto Al vim Corrêa, ,um con. to — uni bom conto do sr. Au. relio Buarquc de Holanda. Soartigo oferecia um bretudo magnífico de d. Lúcia Miguel Pereira. Mas para que não faltasse n nota política, um; curioso artigo do sr. ^Otto Lara Rezende "me-, quo êle próprio denomina de dilação serena" sòbre o inte. grálisnio é o sr. Plínio Salgado. Por coincidência, no supleincuto do "Diário de Noticias", também, há outro artigo, as. simulo pelo sr. Fábio Alves Ribeiro, sobre o. mesmo assunto. Uma vez acusado dc integralis« ta, como fui pelo sr. Mario da Silva Brito, embora não o sen. do, quero afirmar aqui que quase me tornei com o artigo do sr, Otto. O jornalista conta uma história comprida, acaba por preferir Carlitos a Napoleão, diz que deseja é sorrir, o afunda na revelação de seus sentimentos pessoais sem, cnleitor tretanto, esclarecer o porque o integralismo merece lançado, ser combalido. Mal dêsse Carlos certo artigo o por Lacerda de relativa instrução. O mesmo, porém, já não acontece coih o sr. Fábio Ri. beiro. Sabendo onde mete o "TARDE DA LIBERDADE E DA RESISTÊNCIA FRANCESA" Realizar-se-á definitivamente no dia 1 de outubro próximo, no auditorium da A. B. I., a "TARDE DA LIBERDADE E DA RESISTÊNCIA FRANCESA" que teve de ser suspensa anteriorincntc por motivo de doeuça dc Aníbal Machado. Já complelamente restabelecido o ilustre escritor e nosso eminente co— laborador, a Associação Brasileira de Escritores reiniciou os trabalhos de organização dessa "Tarde" dc literatura c arte que está sendo! esperada com o maior interesse nos nossos circulos intelectuais e artísticos. Além de Anibal Machado, que pronunciará uma conferência sôbre a poesia da Liberdade c da Resistência Francesa, participarão no ato Henriette RisnerMorincau, que declamará versos dos poetas resistentes e Germainc Sablon, que cantará aigumas peças do "Cancioneiro da Resistência". . Michel Simon fará uma eaovd ação dos poeta» franceses aos poetas Jiraolieiros e o: Èncarregado d*e Negócios da França, sehhor. Etienne dc Croy entregara a. Anibal Machado a comenda da Legião de Honra que lhe foi concedida pelo Governo. Fráncês. M& . f ,- • í-i* ¦ ESCOLHA DIFÍCIL -ITm grande problema será, sem dúvida, a escolha da equipe de escritores que deverá traduzir toda a obra de Mareei Proust para o. português, por iniciativa da Livraria do Globo. Traduzir Proust será, ha ver* dade, um trabalho' penoso, ár* duo, exigindo, não somente capacidade, como também amor. Muitas dificuldades não poderão ser vencidas senão por uma perfeita sintonia com o espírito prpustiano. Maurício Rosemblatt, dentro em pouco, nos dirá quais os escritores' esç^Wdos' para tão difícil tarefa, / DE FREUD A MEDEIROS E ALBUaDERQUE Em 1919, quando não havia ainda traduzida para o francês nariz, o colaborador do "Diá-* obra de Freud, Medeiros e Albuquerque realizou m nenhuma rio", explica com serenidade o do Rio de Janeiro, sob os auspícios da Sociedade dc inteligência Policlinica com demonstra '.iriflíVi e Psiquiatria uma conferência sôbrc as teorias do Na"' seu ponto dc vista. Lamentadepois incluída no livro viénense, vel apenas que, para destruir o H' f • «Kl rnes/rc "Graves e Fuleis". Medeiros enviou o livro a sr. Plínio Salgado, cite o sr. conseguiu ler a conferência pelo Cotrim Neto c não sc baseie BHp9 Freud,- que muito bem o espanhol. compreender fato de. nos livros d0 próprio sr. Pb. carta muito lisonjeirn uma com E respondeu nio . Salgado. No entanto, se entre outras coidizia, na autor, o qual para comparado ao do sr. Otto, seu "Ef agradável e idéia uma o seguinte: artigo é, sem dúvida, admira- E ¦ ¦ '¦ -^^è^^^^^^^^^^^v^^t^ sas, as palavras que a conforatdora pensar que vel. pela sua penetração e culse as vezes são mundo afora, atira pelo gente tura. mal compreendidas e depreciadas pelos que Muito bem, digamos agora ao nos cercam, despertam um, interesse , simpático ler a crônica de d. Rachel de ™.™.„...,^,,,.v,,;,.,, çni pessoas que estão separadas de nós por lerQueiroz que, evitando a politl. ras e mares, por diferenças de raças e línguas. Isso nos eleva acima ca, não poupa os médicos. Dc- das restrições mesquinhas e pessoais e faz-nos sentir o poder dó liciosa, sua crônica. Um amor ,pçnsaniéfíio c de todas as coisas que servem para unir os homens". de crônica, diria, não estivesse perto do sr. Rubem Na varra, AS CONFERÊNCIA DE ANDRÉ' SIEGFRID tão gentil, falando de pintura. uns mesmo vale o Enfim, que Estão despertando grande interesse as conferências de André bons bagaços é o rodapé dc d. Siegfrid nesta capital onde se encontra a convite do Ministério Vera Pacheco Jordão. AdmiraExteriores. Siegfrid é, realmente, um dos mais lúRelações das apontando vel, exclamarei, sociais e políticos do inundo mocom o dedo a vivaeidade do cídòs analistas dos problemas lembrar dc mais será c hão p acolhimento que o seu livn» seu estilo e a erudição bem derno; *'Les Ktals Unis d'Aujourdhui" teve por parte dos estudiosos do orientada. O sr. Raul Lima, Esse francês surpivendia-nos, então, com do lado de dentro, recorda Brasilhá uns quinze anos. dos nossos vizinhos dó norte, a nós, que explicação admirável uma Aluisio Branco, um escritor que, civilização nãô mòresse, seria hoje tão liá quinze anos atrás, ainda mal çompreeiidihmòs a compa. americana. seus querido quanto nheiros de província c dc ge*» . INICIATIVAS QUE EX16EM MAIS ESTÍMULOS ração. O unindo porém, é assim. Morre Aluisio Branco, um suE' estranho como grandes iniciativas editoriais morrem, Jeito dc fulano, e ai fica para entre nós, sem a devida repercussão, quer na crítica, quer no a semenle, recusndo pela própria público, que, aliás, se orienta pela crítica. Isto se dá, princimorte, o tal que "Odesgraça o Jornal". palmente com determinadas traduções, dignas de maior intesuplemento de escrúNão pensem as comadres^ que rêsse, já pela importância universal das obras, já pelo Aí temos, referidas edições. foram feitas as por ínè refiro ao sr. Ernesto Feder, pulo com que"Diálogos", de Platão, da Globo, traduzidos direbom camarada, sem dúvidn, exemplo, os mas de quebradeira intelectual tamente cio gíegò — ò; £júa representa muita coisa numa terra pior que a pior pindaíba. Re. de tão pouca erudição, como a nossa — e enriquecido cõíti um firo-me, naturalmente, ao que longo prefácio, verdadeira introdução ao conhecimento da usa presilha no cérebro e, pen- filosofia comentário nenhum não vimos Pois quase platônica'. sando fazer a critica literária mais ou menos despercebido. O aí, ficou o livro sobre por que do velho suplemento, faz real. "A vontade de Poder", de Nietzsche, mente a melhor terapêutica dos mesmo podemos dizer do de introdução e noo também uma edição valiosíssima, acrescida fígados. Como deve gozar "Crônica dos Forsytc", "Os nosso Carlos Drummond de An- tas. Grandes romances como a drade! Sua poesia, tão séria, Quarenta Dias de Neusa Dagh" também não são, com frequenjulgada assim por um demen- cia, devidamente. comentados. te! O grave, porém, c que paPrecisamos apreciar melhor essas iniciativas que já depõem ra o poeta pode se transformar "louco da eloqüentemente, sobre a elevação do nosso nivel editorial. no diabo, é que o ser . êle descobriu Paraíba" "também ura homem". ExclaA VOGA DO LIVRO FRANCÊS CONTINUARA' ma, patético, meio nervoso, farojando o ar: Tem-se falado, errônea e precipitadamente, na decadênE êle ,é um homem l Água fria, amigo, é boa para cia do livro francês entre nós. Mas parece que há um equívoco estas coisas. Matreiro, ficando nisso tudo. De fato, até pouco antes da guerra, vivíamos inteiem Rui porque sô de Rui en. ramente absorvidos pela literatura francesa, a ponto de ignotende, o sr. Luiz Viana FilhQ rarmos da maneira mais lamentável as outras, sobretudo a parece desafiar novamente -dáo norte-americana. Vindo a guerra, a ausência do livro francês Que sr. Homero Pires. nosso mercado do livro em língua inbaianos se arrebentem que o e introdução- ampla em interessar-nos enormemente degas, aqui, Vtii veranear um glesa, fez com que passássemos a ficou, apesar de tudo, esnão pouco na ficção: gostei, é ver- por este último. Mas o francês dade, do conto do sr. Almeida quecido. Hoje, quando as edições francesas começam a apareFischcr. Também, gostei, já cer de novo em nossas livrarias, acreditamos que não faltará agora cm outras esferas, dos público para elas. Isso nãò quer dizer que vamos deixar de lado artigos dos srs. Manoclito de o livro em inglês. Continuaremos a lê-lo com empenho, junOrnelas e Cândido Mota Filho, tamente com o francês. O que não se dará é apenas o exclusiE, para concluir a viagem sôO francês correrá parelha agora com o bre o suplemento de "O Jor- vismo deste último? em nosso interesse. nal", o rodapé — aliás uma inglês e o espanhol, mas sempre vivo péssima sobremesa — do sr. Uma pena, Samuel Putman. ÚLTIMOS CARTAZES sem dúvida, que uni sujeito de venha" de tão longe para dizer Orlando de Carvalho, um dos mais lúcidos estudiosos "Política dé coisas que estamos cansados políticos e sociais que possuímos, publica saber. Fiquemos por aqui mes- problemas do Município" (ensaio histórico), num volume com capa de mo, com os nossos¦•; gênios que Rosa (Agir), estes, com a graça de Deus, ra. Santa ' / * ramente realizam conferências. * * Escrever, escrevem. E escre« Quem não se lembra, com saudade de John Barrymorc, vèm, muito, como o sr. Pedro Dan "Diário um dos maiores astros do tempo do cinema mudo ? Pois a tas, do Carioca", que tece vida dêsse astro foi alguma coisa de mais romanesco e mais como uma aranha impassível "medo que se pode imaginar. Isso veremos no liimpressionante as feias de intermináveis "Esplendor e decadência de John Barrymore", de Gene mórias"... vro Ora, , que estamos agora em Fowler, traduzido pelo sr. Raymundo Magalhães Júnior e , face do sr. Portinarit o pintor editado pela Globo. do Estado Novo. O sr. Antônio * * Bento, — braba gente essa gen"Fome de Pão", do jornalista Adolfo Porto, reúne vários te do " Diário" I -^enfurecido, falando de "liberdade de cria- artigos sobre problemas concernentes, na maior parte às po¦' (. cão artística", procura defender pulações rurais, que o autor muito bem conhece. * * a Pampulha que, dizem, é uma igreja tão horripilante quan"Rômola", o grande romance histórico de George Elliot, to os pecados de Du Barry, Se o ar. Beato tem razão, não sei. única vez em que a grande pintora da vida provinciana inO que sei é que ninguém pen* glesa abordou êsse gênero, acaba de aparecer em tradução de sou em ferir a "liberdade de Marques Rebelo, * * criação" de ninguém. Apenas o bispo e m católicos mineiros Uma reedição muito interessante: a dos "Contos' de Mau* condenaram a igreja. te um bisescolhidos e traduzidos .por Mario Quintana e lança* po, a não ser .que o sr. Bento passant, Globo. Lêr Maupassant é aprender na literatura o que não tenha sido bento em crian- da pelo aprender,, ., se tem também sua liberdade pode a ta, * * de escolher a sua igreja. Trau"Diário", do quilize.se o sr. Bento, que õ Leitura utilíssima, fácil e sensacional é a do bispo não benzerá a igreja. "Fórum PolítiDesconfiado, talvez experimen- Conde Cisne, ultimamente editado na coleção Nacional, em tradução da Editora de Enio co", Silveira., Nilo tado cora as incoerências da viBrenno di Grado, »> da, o bispo cismou com essa hís- Ferreira e >|C 3j» 1fi tória de igreja em forma de pa. nela e, além do mais ,cdifiçado "De Nápoles a Paris", contos da vida expedicionária, de por um arquiteto, o sr. Oscar Nie Celso Furtado (£élio Valverde), são páginas leves, pitorescas, mayer que é comunista c tem "carnet". interesse de documentário sobre o que poderíamos chamar a lá o seu sentimental vida dos soldados. Em igreja, sr. Beafy, quem l brasileiros na Itália, O autor " "''---, mandei c o bisuosabe narrar com sincelera...- wBMm í .v v •- ¦-¦ <-., —1 .-, wmmo. n#-*m LRfãá& £ AfMTKS Página 4 -.. é:^m¥ «ta. . - . '•-' *\ » :.IU- "GOETHE MATOU KLEIST" .^ÉllllIlllMBMM |k orro scHNímER „ -'-'"¦"¦"*• •.*»¦fmjfflrjftmnj»jjüinji^{^»7uím^ X,,„,.,. OR volta do meio dia de 2fl tiovsmbro de 1S11> ^m Pde homem. <üos seus trinta e poucos an03, o uma senhora, ainda jovem, partiram da BerpoUm rumo aos arredores de tsdam e hotspedaram^se no aibergue de Stimming> às margen3 do Wansee. Passaram a tarde Levaram hora» atsgremente. passeando em torno do lago.a embevecidos, An:eciaram. outono! quo so prepaisagem parava para o inverno já próximo. Depois jantaram, leliz-ss como em pkna lua do mel» o rccolh-ram-3o aos seus quartos onde lr/arcm toda a noite es-' crevendo car*».-!". da museu» e o grande prêmio"Préliteratura alemã chama-so mio Kleist". Diiícil explicar tamanha í»iustiçâ sofrida em vida. Mas vôjamos.. Em poucos ano» do intenstesirna atividade? o Jovem peóta criara toda umaWJ* sério do dra* Família Schmas históricos: "Pedro, o Eronntu'*, rotteustein'* "Leopoldo da Áustria" o "Bebort Guiscard". sen* lalat da comodia "O Cântaro Quebrada'' o numerosas poesias. Tran3bor-, dando, do projetos e prevendo um futuro glorioso.- o Jov«?m Kleist ansiava por encontrar-se» face a face, com Goethe*- cuja Toglória éle ambicionava. mado de juvenil presunção declarara mesmo, um dia» que arrançaria à fronte do Goe*ho acovoa de louros. Em princípios de 1803 reedizou-se o almejado encontro. Desconfiara Goethe das intenções sacrílegas? O autor do "Fausto' mostrou-se do unia frieza glacial e castigou o jo~ vem posta com um desdém soberano. Quando Kleist leu ei"Robert Guisguns trâ'cho3 do card". a obra prima prestes a estar concluída. Goeth? não -'ou uma palavra. Humilhado, deprimido em extremo. Kleist lovou dessa yteita a maior decepção da vida. E' sabido que o ilustre escritor. o poeta consumado, tinha ebtivamonte a fobia dos jovens, dos iconoclastas Igual despreza mo3trou por Hoffmann e seus contos. Kleist inspirava-lhe uma antipatia espontânea. Nâo pôde Ao.* primeiros raios do sol do dia sogumtc, alegres e despreocupaàoT como no véspera, tomaram ligeira refeição, pediram 00 hoteleiro que. daí a pouco, lhes mandasse servir café e rum 'a^o. um pouco a margem do dikíahtp, o tornarem a sair. Nõo teria passa-ío meia hora quando dois tíno?> com brev-J int?rve.!o, romperam a pa2 matinal Na Verde rolva- coi pé3 de urna árvore, rente è.^ águ^s do lago, jaziam dois cadáveres cu'a id-ntidade. à mão çlqs carias deixadas, não foi difícil estcbsbcer. Soubo-se que a morta era a Sra. Adolfina Vogel. O suicida, em cujo aposento, além de vúvjas ecirtas. se encontraram uma tradução do "Dom Quixoto" e as "Odes" do "A Klon-5torit. abertas à página morte do Clarissa", era um escrHor e dramaturgo então pouco conhictfo, e tanto mais famoso dopois: o sombrio e enigmático üchirich von Klaht. Como explicar o terrível drama? Durante muito tempo, a critica apresentou as mais diversas interpretações. Não sem vazão, porque na realidade a suicida de Potsdam é uma das liguras mais estranhas dc toda a literatura germânica. O dramaturgo o poeta de imaginação a um tempo possante o doentia, de caráter bizarro o inteligência tão »uill «juanl1» morbidamenie torturada, já cometera toda uma eérie de loucuras antes de recorrer a um desfecho dc tal maneira dramático. Dentro 03 vários intérpretes houve mesmo quem Julgasse Heimich von Kleist um Werther o levoa político. O amor 4 que ter-i» morle» e bo desespero essa pásido o amor à pátria, tiia então subjugada por Napoleão e mais humilhada ainda pelas divisões intestinos do quo Elo pelo infortúnio da guerra. ansiava ardor, amava-a com por reerguê-la das ruinas. Cor.denado â. inação, sua impotêttcia o teria impelido porá a mor- /^»~—t— II reprimir sua satisfação quànd* durante a alguém, mais tarde* "Cântaro do querepresentação brado", de» um assovio quo loriu o jovem vQc*s com© uma chicotada cm público. — O» indivíduo não estava orrado. Eu teria feito o mesmo se as conveniências houvesse»* permitido — comentou Goethe quando o duque da Weimcrcensurou, indignado* o gesto do manifestante. Kleist nunca so refes desse assovio dado por quem» animado de ííla. sxcacsSvc» nsds mal? pretendia senão agradar a Goethe, presente ao espetáculo. "Goethe matou Kleict" tornou-se posteriormente uma frase muito repetida. II • wílQQQiSòtfài&Oaltt flIÊ-I^S BI '.'X..',-; ¦ •¦ -c « MO&Wa -^ "¦v-*^^'-^^ '*' MC' ..'.•.-. ™^^^M5^%ís»^^^ õwllPPffttf<jMEttP ^í^M .-^ma^^ssamBSÈm:»^.. ^SflSfflSlilill ^S?^*^BS3i!^ffiS''':-'-'-'-!il^^^^^ 5 ^ na ssKvSh ^^^ tsf- <í3í8S!8Sis^fSÍBSi887SSWX-X{-:-z-ixo™ ¦ - Entretanto» justamente essa "O Cântaro comédia em versos, quebrado",, que acirrou a luta entre Goethe e Kleist. é» que toda a literatura germânica possul do mais saboroso no genero. "llcinnch von KLeini, au.i vinte e dom anos _,_uj,i, ., Kleist sentiu o chão vacilar. 'Umno nos' momentos em que se mostrava aegvfi, sentía-se que Uma vez mais. refugiou-se no nete residia um sofrimento oculto,> Foi primeiro à estrangeiro. França, depois à Suiça. Não em força, ninguém cm sofrimen- ò. sua ea:?aiito3a bravura o gosto gostava de Paris. Achava irres- to", escreveu Hebbel. da3 letras ç artes e a r^aixão das muíUprc». pirável a atmosfera da grande Nossa fatídica noite de outuNada rnaia expressivo do quo cidade. Desiludido, acabrunha- bro de 1803, enquanto as chado em extremo» quis suicidar-se. mas vorazes reduziam a um pu- o depoimento'do velha Wreland ° °^ta Ç0030 e só a muito custo seu amigo nhado do cinza negra íâda uma que chocou Ç».ve* "...Fiquei estupoterminada: Pfuel pôde demovê-lo da idéia. Juventude de trabalhos e sonhos, facto: so 03 espíritos de Esquilo, Não conseguiu impedir, porém, perdeu-se ama das obras pri do S-jíocIcs e dc Shclccsnearo so que, num assomo de desatento. mas âa Ktcratura universal: o rcani3seni pára compot uma Kleist transferisse para o torre- drama de Bobert Guiscard, o tragóc"a, seria a mesma que "Robort no psíquico sua loucura suicida conquistador normando, funda- so escora» de pode e lançasse às chamas quase dor o domohVor de impérios, Guiscard** dc Kleist. & partir toda a sua obra. conquistador de Constantinopia, deste recr 'v!a "" ' \> "'""* "Poucos igualaram-se a Kleist aventureiro sem par que reunia convicção de que Seist está pxcúozilr.c o u prís-adief^ a grande lacuna da nossa fitodramáticer que aena ratura Goethe conseguineni Schiller ram preencher". // Consumada a obra de destruiçãe, Efcist continuo» pere-» çjrinandc* pela França e • Suíço o íinabnente tornou» 6> Alomc^! nha, fisicamente prostrade» es^ E SHELLEY de vista — um egoísta anti» sensível aos valores poéticos pmraabnente isolado. Coma qu© «hclomons- deShclle, ma. embaraçado bound5*. E sendo Eliot não páricoouum 3gg^SÍfel*SSíg! I critica de Ehot, fez a inspirara A tro". pela poesia fce;g> b^s sua resignação duapenas a maior poeta de Hn* de na uma tentativa salvar os rou portec tJrraves oínd» repassos ^ua inglesa em nosso tempo Shelley todos daque- Shelley, chamando a aten- nasceu a j?oct» e draniaturgo. mas também o crítico lite- vida, c abstraindo-se "Aríe.w valores perma- Su« ^x? ™a**°3V^™ çâo para os .» ¦ ,. de rário de maior influência no Ia poesia ,.a vida * f. e, em rán;da sucessão» «ipareA wO lÍnfítri5o'V "Penfesifia",. mundo anglo-saxônico — torna-se biografia de un» atentes da sua ideologia: pe- cènu "Catarina to menos o libertador, o do Hoilbronn**. e atf, Shelley estava julgador a sua louco. "Michaí-l KoWhaas"> MA Os estu- Prometeo» seria poeta para novelas* "O Tew»8irio- \ poesia afundou-se numa on- Mas isso passou. do marquesa çyV da de hostilidade assim cn- dos biográficos de Herbert o nosso tempo. Mas a mar- te no Chr!o'\ Tt Noiyqdo em da revisão não parou aí. mo o seu corpo se afundara Rea d conseguiram limpar o cha "derniereri" e várias nar-* re* da crítica São Dc«isngos'> Q nas vogas do golfo de Livor- poeta dé várias manchas» Depois* anan-i menores. rativae. velando que êle nSo^foi um anglo-saxõníca é a revalori- do çra- 1003^ a Áustria retoma a no. monstro nem um anjo e sim ^ist esOs europeus continentais um homem^ embora homem zQqão ão romantismo pelo luta contra''^ápalèâW WA HeIllia>ln,, Batalha da americano Joseph Warren creve não tomaram conhecimento de estirpe ana aegninteV ""O /Pitócipo O no e, prometéia. agrilhoaBeachí o Prometeo "revisão dos valores". dessa ao diser dé 1^modernista e sociaHs- fo da poesia romântica vol- de Hotófurco"» "»'pedSro,.dsl-.toProtegeu-os contra o erro poeta ch«d^yárjncr Stephen Spender, não in- tGa a ^er libertado. As "re- que da ó^e.draindt£caMl. uma força maior do que o ta visões de valores" tradicioJá então à vèflrar A explicação é arbitrária, e poeta e crítico Eliot: a pao Iiniila m»5xime. Ò''do= atingira em natmente consagrados não procedo. Klsist nâo foi um lavrínha "eM. Sheíley ficou morto superava tudo. sejo da favor de estilos esquecidos místico poeta da morte, como considerado como o "Byron 19 21 de novemnio ,de ,1811* dia .No; não foi um verdadeiro poeta do injustamente desprezaou E!ei«» ms! «gafava toti Hcinsich amor, ou da justiça» ou da pá- menor"» e logo como maior mas "A necessárias; dos sao trinta e cínce anca. roEscolha", *.*Depoi» de tria. Foi, isto sim, o vulcânico o âo que Byron, porque o "Durante a sua hrevô »sstítêiieviem saudado sempre seriam rnanoe foi pela que que por do era paroor.*-incomparável poeta aristocrata desdenhoso tica como uma auspiciosa, csoutros estilos cia — escrevem E. e Gr. Rornieu de ««*»«« mo, dominado dc verdadeiro ttt~ menos simpático às mocida- tréia, o jovem escritor fíumi- detrimento ««" *****"*™ *y — «fora alguns antíges que mal ^""T ror poético» que nas suas nar- des soltas de 1920 do Será impôsa^arc^e^ mmfundiveiái? Piscej Xavier nen o ^te^ 8eu voíoar,: êle que «ativas, poesias o dramas pro- "dionisíaco" com «m livro de¦ çpntoa 0o- síVef admirar Milton e Shetja sd <Klsist) encontro» meampre^ Shelley que ze Histórias Curtaa" (Livraria curava, antes de tudo, um dbEf tempo? mesmo Gnqueuta fey ao ensão e desdém. »jue uma E' obra Agir Editora). safogo.para a sua transbor- passara a vida embriagado "A Esco. Conmorte» emes depois de sua de o êxito reafirma Dondante imaginação. de amor e poesia. Enfim, a lha" e o nome dé Xavier PImcci* muito possível admirar tão \ nifortunio um tinuava pária, O trágico do sou destino, quo vida de Shelley passou a ter como figura de »rimeira linha ne e Shelley ao mesmo tem- persistente nco se explica por , "Byron e Shelley" é um acabou por levá-lo ao deses- maior significação do que a da geração nova. po. "Donne e simples asar.' O crime do Kleist j Nesses contos tão bem cons- absurdo; pêro não foram apenas os seus mas foi. asm- dúvida, ter desagradado truidos, dispensando o pitoressofrimentos Íntimos, más a per- sua poesia, e Maurois escre"Keats e SheH ao irur.ííísairnor ao toão-podero-j nn SheTfev co- fácil, o autor procura, antes tináda da pouca porto em no- veu-lhe a biografia na qual so. das orthllca fixação que então remava, do alto dc tudo, a é razoável. Será possível de maneira paixões gar-lho a3 mais modestas com- não se refere trata Não se Olimpo, sobre as letras seu humanas. do . ponsaçõos e o êxito confortador, alguma à obra do "Ariel". de um apressada. Xavier Placcr acrescentar à afirmação de do mundo; Goethe. No, dia cm mesmo depois de tor enriquecilaboriosamente a maie- qualquer outro valor da que êsség dois scmi-deuàeg so de Shelley só é trabalha "...e enfrentaram, traveu-so uma luta do o teatro do sou pcís com Mas a vida ria plástica do conto. Dando um inglesa poesia da função em compreensível não só nos excelentes obras imortais. Só mais lavdc. páginas som piedade. O mais íraco teve pela concentração de vida, como Shelley". Deste modo, lemuito mais tardo, descobriram o sua poesia. E' mesmo típica segurança do estilo. Agiu- vanta-se de novo das vogas que deixar seus ossos", i gênio do Kleist. A pátria er- dos românticos essa confu» pela do com honestidade e conscièn» Nossa luta, Kleist sucumbita. pueu-lho um pedestal. Nes são entre vida e poesia, e • cia artística, êle já no,s dá ho. ih incompreensão a cabeça Maj» que Í3Sor'-g^bre a sua obra grandes cidades há avenidas e je, com os seus do;s primeiros angélica do poeta ing^s peso-i quase un» século &Q £&»& Sua quando se tenta separá-las, escolas com seu nome. livros, a garantia dc uma bela "Ânghts etangejus" lêncio; Shelley; , . casa natal é transformada em resulta — conforme o ponto carreira literária.. <CoTiciu8ão da 1.* pá;í> "DOZE HISTÓRIAS L&TüãS BQitilHQO, 22-9-1945 ARTES ¦¦«¦riftf^pp a tremer desde o momento em COMEÇOU que recebeu o téleio* íscma, Haviam dado pela sua fraude. Isto é, não era bem uma fraude. Isso se fazia muito comum ente. Havia até tradutores que perpetravam verdadeiras con' Sensações dê livros de res= i peito, de alta cultura. Como aquele célebre **best. setler" que serviu até para uma grossa polêmica entre vários causídicos da cr dade. quo ele fizera foram aiguns cortes sem importani «da, frases redundantes de | pouco interesse para o leiI tor. Fora mesmo xim fa; vor, um ato de bondade, de magnânima bondade ter feito os cortes. E agora aquele telefonema. £ logo de quem? De um sujeito que podia lá ser um bom comerciante de livros, não havia dúvida, mas um rematado ignorante de coisas de cultura, do espírito. O chefe rompeu o seu círculo de togo: —* Bom dia, jovem. f — Bom dia, doutor. • Ah! o chefe viera mesmo a calhar. Ajudara-o a botar o pensamento em coisas muito mais prosaicas, mas apaziguador.as. Mas na hora de acertar as. coisas ete saberia mostrar a todos aqueles imbeeis que a tradução estava era muito bem feita. Bem í feita e — isto sim — muitissimo mal paga. Ou quej rcriam cies uma obra de arte em troca daqueles poucos cruzeiros que lhe pagaram? Pois sim! Novamente o chefe emergiu-o: — O senhor acertou aquele catálogo? ,' —- Sim, doutor, acertei. ; Botei-o depois naquela es{ante, a 12. Catálogo... Bem, sempre é melhor do que ser explorado em trabalho de pensamento, de inteligência. E melhor pago. Chegava, assinava o ponto, ficava remanchando por ali, e pronto. No fim do mês eram 3.000 cruzeiros redondos. Engraçado: na sua verdadeira vocação era um —- vá lá! — incompreendido. O tempo enorme que - levava, despesas com dicionários, papel, aluguel de máquina. E as consultas a bibliotecas sobre citações obscuras do livro? Havia Uma até que devia ter sido "biuff" do autor, Não en' contrara nada sobre o por,r,co de Ganarede. Enfim, um trabalhe insano. E agora aquele telefonema. E que u01ha, você dê telefonema! um pulinho até aqui para ver uns saltos que o revisor encontrou, está bem?" O revisor! Vai ver que é um garoto de eolégio querendo se mostrar ao patrão, ou tentando mesmo um aumento de ordenado. A casa paga tão pouco aos que She servem... Que é que um molecote podia saber de literatura! Os cortes ©ram mais do qüe necessàj rios para o leitor apressa!' do de hoje. E econômicos CULPADO Conto de ADALARDO CUNHA "Letras e Artes") de Concurso Grande no (Classiíicado •* ——- Sfttill '* E \ 1 mÀ Wjf&f^L ¦¦¦ ' «»*>*> »¦¦¦ i \ .i'«»i«.»i». HH—ll»l {JfrS li l n»i.é..-»h'"TTni»uiiUJ,i'ltf^*1*,%,'<' ' i mw. , *~-?an^. » H"*""* A ^~*v ¦~*ss±*y —"*¦**¦ **V* — —»¦ Os saltos estão assi* nalados aqui no olho. —- Olho ou página falsa? A petulância do suieitinho explicando: Página falsa ou olho, é a mesma coisa. Nós aqui, por comodidade, dizemos olho.-E' mais rápido, sabe? Ahn... O revisor acendeu-lhe o cigarro pendente morto dos lábios. Obrigado. Gomo é que o senhor deu pelo salto!1 Pelos saltos?..Sim, sim;.. —Os nomes dos personagens estavam grafados de vários modos, e, ao me reportar ao original... Aí estava! Então ele tinha razão. Aquele sujeitinho nunca que descobriria o salto {os saltos...) se não fosse por causa dos nomes grafados errado. Mas nós, os tradutores, nos permitimos tácitamente esses cortes, para melhor entendimento do leitor. E, diga-se de passagem, o nosso leitor é pre^rcoso d?mais para apreciar isso que é, para o leitor. americano, quasi uma necessidade. O senhor já esteve nos Estados Unidos? Ia dizer que sim, mas lembrou-se logo de que o gerente o conhecia bem e confessou: Não. Mas isso é obvio... Com aquele "óbvio" acachapara o sujeitinho impertinente. Depois fez se de preocupado e pôs-se a virar e desvirar as páginas do livro. E mentiu: -— Eu era capaz de jurar este pedaço que traduzi "The man... death... aqui. his móther..." Quem sabe ^V as páginas se perderam por i\:^^ ^ tf ^l Wk ^¦LssvSL.Jy ^*ü * ^*1 \%\ **Li.«Jxumj»M»-Mii,—'ii ¦ ' ¦*'ii.uíiiijj.iiii »¦" "^k Gfàpi/j A ffií Jm| ¦*—E jfÜi' **&'*! ^ ' È *%>&*L:**-0Z*f 1 Ilustração de OSWALDO GOELDI pressão do livro! Umas S0 ou 60 páginas a menos... E sem prejuízo para o leitor, está visto, que teria toda a matéria principal do original intacta. O que tirara eram idéias repisadas ' pelo autor, E até mesmo enfadonhas. Outra vez o chefe: —O senhor está sentiudo alguma coisa? — Não, doutor, E' que dormi mal esta noite. For que mentira? Bem.» as coisas têm de ser levadas assim mesmo. O chefe nunca que compreenderia o f seu problema. Se é que aquela bobagem pudesse ser considerada um problema. Verdade que aquele salto de 12 páginas foi au** dacioso. Mas o inglês estava tão difícil naquele trecho que ele temera, por escrúpulo — sim, por escrúpulo! — traduzi-lo errado. Contudo, o revisor não poderia pegar o saiio, pois não partia o sentido na ligação. Só se foi aquele outro gerente havia dito "uns (osaltos"). -O da morte da mãe do próprio autor. E andava muito certo em leitor have\ ficaria mais barata a im- cortá-lo, pois o ria de sofrer muito com o episódio, tão lancinante estava exposto... Revisor besta! i Entrou. Os olhos por trás dos óculos dançavam nervosos. A boca cerrada não alargava as rugas das comissuras, que podiam trair o seu sentimento de culpa. A telefonista e a dactilógrafa tinham um sorriso irônico pendurado nos olhos; O gerente estava telef onando e não pôde sorrir-lhe co» mo ele esperava. Então todos já sabiam. Fora desmascarado. Proclamara-se tradutor criterioso, diferente dos medalhões que pegavam os originais e davam para mocinhas protegidas traduzirem, assinando depois a versão. Apontara mesmo ao gerente um bem conhecido. E agora ali estava ele, certo, certíssimo da sua culpa, à mercê de unia telefonista cretina p de uma dactilógrafa está«pida. Que sabiam elas de literatura, principalmente de literatura inglesa? O gerente tampou, o fone com a mão. ~ Olá! Escuta, o nosso re* visor disse que encontrou, sem querer, «ns saltos na sua tradução. Vá até a saIa de revisão que ele lhe mostrará. E* por aquela porta. E voltou ao telefone. —- Aquela porta! Era só abri-la e todos voltariam o rosto para observá-lo. A ele, o tradutor criterioso! O tradutor sem escrúpulos, é o que diriam. Sem um pingo de critério. Saltar daquela maneira! Vim ver os pulos.., Não era para menos. O messujeitinho era aquele "softiite'*. mo, de óculos Naturalmente para * ameni* zar-lhe a burrice. Faz favor, sente-se. Sentar. Então ele não percebia que naquela conjuntura a única posição apropriada era a de pé? Não, obrigado. Estou muito bem assim. Tirou um maço de cigarros e ofereceu ao sujeitinho, que se serviu de um. Guardou o maço. Depois lembrou-se de que não tirara o dele e voltou a tra« zer o maço para fora. O incidente encabulou-o porque os outros sorriram;»;.:; ' Mas não. A numeração das laudas da tradução estava certa: 29, 30, 31, 32.., O silêncio do revisor quase o irritou. Percebendo o es« tado de espírito do moço tradutor, o outro duetilizou a tensão: O senhor sabe por que o porco anda de cabeça para baixo? Não sabia. E' porque tem vergonha da mãe ser porca. Não riu. Disse apenas: "E' boazinha" e continuou a fingir que estava interessado no livro. E remoía-se. Sujeitinho mais estúpido! Sente-se. Obrigado. Não quero. Estou bem. As frases saíam-lhe poniuadas. Um outro revisor acerc o u - s e para abreviar aquela complicação propositadamente longa. Este salto corresponde à página 35; este outro a página 83. Este aqui... Intrometido! Cretino! Então não via que ele estava mesmo prolongando «quilo para ter tempo de de assentar as idéias? Que fosse ajudar o diabo! — Quer urn cigarro? O 2o revisor disse que não. Não fumava. E lá se foi o maço novamente in>v, <Cv»d»f *»¦ 15/ pis) , '•:',.. . ' Xft ** ..*' V ÒOMÍNÒO, 2Í#-i$*l6 ¦i/tr!R^s^E%W':rÉs régiho 6 P0EMS NOVOS DE FRANÇA C RI AN Ç AS "Poesie 43",. publicação francesa, lança o sen primeiro tomo — — Poetes prisoniers". Apresentá-o Pierre SEGHÉRS, advertindo logo que não se traià de um grupo de escritores, senão de novos poetas, y# ". Pára estes fieis cantores da :4'vie reclu.se" a poesia ê a noiva, a mulher, a esperança-i a verdade, que os consola ou fortalece, escrev-. Seghers. Neste volume de cento e poucas página*; ai estão reunidos, os que sófreramna carne, o flagelo nazista, unidos peta identidade do terna) ¦— o amor, a mulher, a criança, o lar sempre distantèt o tempo a prece, 0 homem que luta se dilacera.. .o prisioneiio, .CHARLES Autrand revela-nos um temperamento forte, uma personalidade escultural. Sua poesia penetra a cada passai naa bloco, bloco de vida, simplicidade das linhar, sóbrias^ de um Hpura e calma" tão natu~ amada sua afirma de como êle mesmo "um vida". cubo de ral como Surpreénáe-iios com imagens audaciosas largados, espontaneamente, no ritmo largo e poderoso como sua própria ins- Conto de NELY DUTRA CADEIRA era alta demais e as pernas da A * menina estavam baloueando. Comia abacate, fazendò de quando cm vez, ara_ bescos nc ar com a colher vasia. . . O gosto da fruta era me. lhor do que o da merenda que levava para o colégio. "Mas a merenda é tão boa! Marina todo o dia pede um pouquiLili nho" estava pensando quando o primo entrou. Espigado, com cabelos crêspos e escuros, meio curvado ao peso dos livros, e o boné relaxadamente jogado para traz, êle falou: ó. Lili! A menina nem sequer o o'hou. Continuou brincando com a colher vasia. Beto atirou os livros na mesa do meio da sala e puxan» do uma cadeira sentou_se calado. Abriu um caderno com a bandeira nacional na capa e resmungou aborrecido poraue o lápis não tinha ponta. Procurou uma lâmina numa latinha velha. A menina estava olhando: Tu vai te corta, Beto. Não tem mais abacate ? — perguntou p menino, fingindo não ter ouvido o co„ mentário da prima. Lili encolheu as pernas c respondeu zangada: Não tem. Já comi tudo. Puxa ! Tu vais te err> panturrar. Não tens nada com isto. Tomo purgante depois. Mas falou tão estavanadamente que o prato caiu no chão. —Rápida, pulou da cadeira e agachada, as pernas gordas vestidas com meias cinzentas, meteu o dedo num pouco de creme que ainda restava num dos pedaços da vasilha que., brada. Lambeu-o satisfeita e virando-se para o primo dis_ se muito altiva: Viste ? Comi tudo. —- Bem feito. Quebuaste o prato. E a tia Ondina vai te dar uma sova porque sujaste o chão. Bem feito. A menina avançou e bateulhe na mão que segurava o lá. pis: Nojento. Se tu não tivesses chegado eu tinha co_ mido todo o meu abacate. Corriam-lhe lágrimas. E fun¦¦/ gava repetindo: Nojento. Beto" segurouJhe as mãos e sacudiu-a com violência. —. Malcriada. Vais ficar gorda e feia como a Marina. Vão fazer troça de ti, na aula. És bobalhona e feiosa. Va. mos — gritou zangado. Pede perdão. Anda -— ordenou. Lili continuou calada, de cabeça baixa. Beto bateu-lhe na mão com a régua. Agora na outra. Piá aprender. Não choro — disse a menina. Tu me pagas. Vou rasgar todos os teus desenhos. Nunca! Por causa disto vais apanhar mais. Senta — empurrou-a para a cadeira — jura qúè tu não vais pegar os imeus desenhos. Lili sabia que o tesouro de Beto eram os desenhos) Cha. mavam de ninho (gostavam muito de mistérios e não queriam que alguém entendesse as suas combinações e brin. quedos), o buraco da parede, no porão, onde o primo escondia os cadernos escolares aproveitados para desenhar. Havia retratos dos tios que moravam na fazenda e do cavalo baio que puxava a carroça. E até a carinha miúda da prima, com olhos verdes, franja e cabelos lisos. Beto desenhara a prima e troçara muito: "Teu cabelo parece piaçava". Folhas e folhas de riscos vermelhos, azuis, verdes, ama. relos. O tesouro de Beto. Lili sabia mas a mágua era mais forte do que o carinho que sentia pelo primo. Tu és tão bruto que vais ficar pequenininho como • o anão da .história. Cada bolo vai "te diminuir um pouquinho — e continuou ameaçan. do. Quando fores bem menorsinho que eu quero vêr se podes me bater. Nunca mais quero te vêr, Vou pedir prá mamãe que te mande prá fazenda, de novo. E promete: Quando eu ficar grande me caso com o Cláudio. Êle é bonito. Corre mais ligeiro que tu. Bonito, não —> contra, riou Beto. E' feio. Parece um ôvo de Páscoa. Tu vais casar comigo. Abaixou-se para beijar a cabeça da prima. .-r- Foi só de bobagem que eu disse que tu és feia. Tava brabo porque não me guar. daste abacate. Olha prá mim: Tu és a minha mulherzinha ? A menina sorriu: Quando é que a gente vai se casar? , —• Uc. Quando a gente crescer. ; -ü-'Faz as contas, Beto. Eu piração, tenho sete, tu \ tem nove. ¦ ¦ i ¦ são ? anos Quantos O menino contou nos dedos. , Nove, dez, onze... Falta 12 anos. Posso te beijar ? — per. guntou a prima. Pode. Só uma vez. Lili ficou na ponta dos pés e'" beijou-lhe o nariz. Tu, crês que no meu sono há pirâmides, — Tu és tão bonito! Deixa eu passar a mão no teu ca- pirâmides que se erguem para a noite, belo? estáveis cabos de alta tensão, Não. Agora vamos andar mais duras que o granito de balanço. Vem, ordenou. E o chão ? Está tão sujo ! tu crês que esta solidez me limito Vou pedir prá Julia limpar « antes que a mamãe chegue. e se apoia nos meus ossos * Ela foi no médico com o papai. Vou ganhar uma irmã- na interseção do meus ossos zinha. Tu sabias? Não me importo.,Vamos afogada nos músculos andar de balanço, anda. Se- tu crês no meu sono e vigílias endurecidos por uma couraço não fica tarde. A menina não reparava tu crês que sou forte na impaciência do primo, e muito séria, cheia de ciúme, Quero falar-te do sofrimento perguntou-lhe: Tu vai gostar sempre de mim ? Mesmo que a "irmãzi- quando nossas lâmpadas abafadas se apagam nha seja mais bonita que eu ? quando teus olhos glaucos como as águas dos mores do Só gosto de ti — garan[norte tiu Beto. emergem superfície da à A mamãe só fala nela — peU dia. Todo o Lili. queixou-se da carne dócil —- E* sempre assim quando vem irmão prá gente. Não e nem percebes a pressão da fronte que adormece . «o meu faz mal. Eu gosto de ti. Va[ombro mos ligeiro. Se tu gostas tanto — pro- ou a languidez de tua carne identificada à minha meteu a menina — eu vou esta hora é tua brincar de mulherzinha e marido contigo, lá no porão. Tu Teu sangue estua tão dentro do meu que em certos mequeres ? [mentos duvido^ Quero, sim. Passou-lhe o braço pelo om- da existência de barreiras »;.; bro. ' — Tu tás crescendo ligeiro, limites Vamos apostar quem obstáculos Lili. , chega antes? Mas as últimas palavras já foram ditas en- e permaneces calma e pura quanto corriam para o jar- natural como um,cubo de vida dim. ';. .• Um trecho do famoso artigo Alfredo Pujol. desanem que "Carne", de Júlio Ricou a beiro: "A Carne" no seu conjunto —¦ escrevia êle — é um livro desonesto. Há ali a harmonia de um raro estilo; há descrições magestosas; há períodos coruscantes, frases potentíssimas; há palavras de uma sonoridade encantadora; palavras que falam, que choram, que cantam» há coloridos vigorosíssimos, esbrazeados, relampéjantes. Mas a banalidade dos tipos é deplorável; o todo é chocho, pulha, reles, pomográfico, chato, sem uma direçãp estética, sem unidade psico]úgica, sem arte, sem verdade, sem honestidade". Ík Duas concepções de romance ,' i 1 I i Numa carta a George Snrd, Balzac definia admiravelmente a sua concepção de romance a dela. e "A senhora procura pintar o homem como êle devia ser; eu procuro-o tal como"ele êv Creia-me que ternos razão {ftós dois, Os dois caminhos conduzem ao mesmo fim. Gosto mais dos seres excepcionais e eu mesmo sou um deles. Preciso delçs, aliás, para fazer sobressair meus tipos vulgares e nunca os sacrifico sem necessidade. Mas esses seres vulgares interessam mais a mim do que à senhora. Eu os amplio e os idealizo, em sentido inverso: no da sua fealdade, de sua estupidez. Dou às deformidades proporções assustadoras e grotescas. A senhora prefere não ver as coisas e os seres que lhe causam pesadeno bonito e rio los. Idealizar "obra belo & própria da mulher". yk Um julgamento de João Ribeiro "ImNum pequeno artigo no parcial", em 1919, sobre Eça dizia que o romancista português nada construiu, mas demolia alegremente, dando o mais belo ritmo às ruinas que Acrescentando esboroavam". adiante: pouco "Suas obras de edificação são fastidiosamente medíocres". x A precursora d® roman» ei brasileiro ¦ .'•;• A primeira romancista bra- ¦ .-¦....¦•-.. - CHARLES AUTRAND POEMA Curiosidades literárias "A * Alfredo Pujol e Carne" — ¦ « sileira, ou antes, a precursora brasileiro, passa do romance por ser Tereza Margarida da Silva e Orta, nascida em São 1712 e autora do roPaulo em mance "Aventura de Diofanes" em que jmita o Fenelon do "Telemaco". quando te chamo com a voz de minha alma e a alma por sua vete se acalma ignoras o sofrimento e na limpidez verde de teus olhos tua doçura ultrapassa a minha sede Quero falar-te do sofrimento Quero falar-te do meu sofrimento lâmina de aço que te contem e mais te condensa que envolve de sombra tua luz * Gomo Lawrence escrevia um romance • Quero que tua boca sinta minha respiração cortada "Estou avançando bastante no meu romance —- escreve D. H. Lawrence numa de suas cartas. — Por pra o mundo verdadeiramente' para mim é o de minha alma a refletir-se no romance em que trabalho. O mundo exterior pode ser, no máximo, suportado". o rítimo cortado de minha vida „ a cadência cortada do sangue em minhas veias nas artérias vermelhas como os desejos que me fizeste [esquecer quero falar-te de minha sede e de minha fome desta ternura tão tua / desta doçura tão tua i< A modéstia de Mario de ondas mansas na fronte Alencar Numa carta a Hermes Foutes, publicada ha muitos anos Mario de numa revista literária, Alencar dizia: "A minha fortuna literária vem dos meus amigos que, com o seu talento e sua simpatia em relação aos meus escritos superou o apreço do publico. É por eles que ainda contínuo os meus sonhos de escritor e prossigo no esforço de que afi* obra mingua* nal resulta"• minha "*¦:-'¦ da»",.- de tuas mãos calmas à fronte de tua fronte calma de minhas mãos pesados de tua pureza à minha febre, . Um dia hei de falar-te de meu sofrimento e o frio do mar me separará de ti«-. B«rbos«)' vL{Tradução de Çtáwdf© T«y«re$ ^^gm^-f. '^«£j*rr '>'*'¦¦-- -&W. mmmm.m m*-^*^ttf **»*¦**?"." '"^k/ ii%TMÚS ÍS4RTES •*.. Pãgffta 7 VISTA PARCIAL DE ILHA DAS CABRAS Capitai» Mártirfha titos Mares Guia,, da CftrO^esfoo ísoraçâo Musicai "Santa Cecilia., de «lha das Cabras, .&"- , fado de Minas íGarais ÍEsíradada ' Ferre-Deste de MwasJ, sentei*ciou, ííüto dos costumeiros en«atos -gue faziam « som des imsembocár peto iSeos d@ ¦ai Jumentos «lisa e ir atàrarrtar os ;ouvidOa.do Tabelião Simplicio, is vol*as «om .«ns. •vômitos secos qua «ao ,cessavem nunca: -., — ^®* feanda precisa ter tini-» forme. ». fEsalou-se, ¦naturaímehíe-numa ..«tinida rde quem espera ,pelo própria afeito das #aia*re«. tolA, o clarinetista, jpana quem tudo no inundo .está errado, ataIhíHJ-o, tJncontinentL 'dizendo: Mas precisa ter uni.orme com©., senhor? Quem sabe se o senhor acha que para a gente ter esse tal de uniforme basta só falar ? Nãoo, hWessa. E se-recolheu, triunfante, esperando tombem pelo efeito.de suas palavras. Entanto cada quaL coma acontece com referência ao Bra» sil, entendeu de dar 1ã seus "paipirezirihos", à exceção do Janjão Cachoeira que, durante a teríulia, permaneceu quieto c absconso, fiel ao seu bombo, por sinal que dando ares de -quem sofre de •laringite, em consequência de um pedaço de çachiné ou saco de estopa velha que ike amarraram ao pescoço para sustet um dos pratos. Lolô, verificada a sua "renrE trée" em cena, de novo destramélou o papo, que esse é o seu fadárioj "TiAbé", do bombardino, conversava em s°gmdn com Juquinha, o solista, a um • canto da sala; Mitridates arengava sugestões; Apgaua desenvolvi* , considerações, enquanto Ataualpa. | 6 dentista.,' do piston., gesticulava, -, malcriado, devolvendo uns apô* -que tolo, o declamador, ;jj dos com ! o indefectível, o inefável, enfim < O clarinetista, o-brindara, tazen» ' do-lhe abstração do aditivo Dr., £ quando Dos Mares Cuia, Capitão V de longo curso da Guarda Nadotos, durante uma tarde inteira, lhe ' £ entre ditos xistosos e tamnàf e-maestro da Corporação Mufora por demais penosa. E por bem alguma brincadeira sem "Santa grasicál Cecília", de novo isto, o que é bastante, e mais em ça, aguardavam o instante em que sentenciou: .. virtude de ura drástico o deveria ser dado inicio ao ensaio. - — Bom, toom, toquemos a vai- farmacêutico,.;por detrás da que Zé Anísio, retardatãrio, já chega porta, sa "Danúbio Azul". lhe ministrara, está agora ressofilando fogo para acender o seu . . .; ... Tralá, lálálá, .traia.... E ounando estúpida e agiradamente. O toco de cigarro. E o Tabelião, tra vez o som dos instrumentos, desenlace é esperado a cada passegundo as últimas notícias que ' r até'então acomodados na batalha so. Há também alguns soluços chegaram por intermédio de uma de Canes.,,se Iro-scuindo peta viela • ; espaçados nò corredor contíguo ao das cantoras, mal, O último enescura e colonial ds Siá Elisa quarto e têrro a que assistira e acompanhara deque se amiudaram, ; • en-íarpelado ¦ acima, foi dar de encontro .aos pois que o numa ópa roxa e padre entrou conduouvidos do Tabelião Simplicio, zindo o viático e os apetrechos empunhando uma tocha sem vela, '•'desta'feita;'-porém'/ mais súáve', exigidos para o ato da Extrema o deixara aterrorizado. Chegou •".»• coisa que em geral não se verifiUnção. Mas ta-is soluços, verda- ¦mesmo a comentar com o Juiz: ca, mormente se o ensaio é ini-r-T- Pichórra, Doutor, a deiras emissões sem lastro com o gente faz ciado com o dobrado "Cap. San- que desejavam transmitir aos cir- tanto sacrifício viver e quanpara tos Gardoni". cunstantes qualquer corsa que do chega no fim, em que tudo € entre a valsa intitulada "Da- cheirasse a sentimento, 'Em'verda-podiam ser nos faz crer podermos descansar nübio AzuP e .0 sossego infinito taxados de "bestas". decentemeinte:, surge uma banda da noite .por Ilha das Cabras, pa- de, a doença, 1qnga demais, de. dessas..;.. recia que o Tabelião Simplicio, há muito preparara a fam'lia paTodavia estava nos planos do no fundo de sua cama, a bengala ¦ra .receber, os espensais do TabeCapitão Martinho, por força de com que esbordôa a porta do lião Simplicio com a morte. um pedido que lhe fizera nas quarto chamando por algüem;- ao- ' • Enquanto^ 'porém,' isso se pas- vésperas o Presidente.do Diretório lado, dava os últimos aprestos.pa-., sava na Rua de Cima, no sobrado futuro P.S.D. local, interrom.ra a -longa viagem em .busca da do-casarã'o do Tabelião Simplicio, per os ensaios até que o Tabelião Eternidade. Apesar do sossego, já o ensaio, na Rua de Baixo, terRaul resolvesse uma coisa ou outudo indicava que ia chover. O minava pateticamente com os tra. O suposto ensaio, dessarte. vento, erguendo os papeü'-pelas'; ¦ derradeiros sons da valsa "Danú- possuía outros objetivos, mais bio Azul", sem que .0 maestro transcendentes, aliás, e ninguém esquinas e pelas ruas, amortecia o calor abafado. Simplicio'estava : Capitão Martinho voltasse às' carmesmo poderia sequer perserutar nevoenfo. Seus -olhos tinham cagas com aquela história de uni- •os secretos, desfgnios que se aniforme. Mas verdade seja dita: rihavam em forma de cone nc taratas. De fato, nessa .noite a vila se entristecera como quê, O ¦O Capitão sempre foi irredutível cérebro do Maestro-Capitão. tabelião, envolto em crepe,,t.ran>- nos .seus propósitos. E os seus mitia a mente do pessoal de Ilha decretos jamais deixaram de traReunidos todos na sala pródas Cabras Xum.» sentimento >-dé. zer o cunho, ©; -selo, a marca da com alguns buracos e uma pria, Essa caracterisbandeira a meio pau. Alguns, irrevogabilidade. "com folhinha do Moinho Inglês Somariscos, de longe em longe,1 tica êle a adquiriu no trato ciedade Anônima, pendendo da aclaravam, inum átimo,. ,o,s -seres 'coi- ... os, homens da própria banda. Das parede, bem como, de um prego 15 figuras que a compunham, noJnda transitando^ ás casas, as no portal, o almanaque das Pílu'tudo. sas, Mostravam .mesmo;-do>. vé flhe eram.-filhOSí Apenas Lolô, «Ias do Dr. Ross, que transmite o clarinetista, era, no dizer da outro lado do rio, o -casario branvelhos hábitos aos do Capitão as "ovelha desgarrada". co de Dona'5inícã.: Depois 'se fe-:. muitos, a variações do tempo, o sobredito Todavia se reiutava no princípio, chavam e, de -novo, tudo se conCapitão distribuiu a cada músico com algumas incursões até o meio, •uma fundia -na escuridão. lista encimada pela sua lon— Como vai o homem ? iperlogo cedia ,no ;fim, depois de ai;-.;i larga rubrica e em que se e ga guns circungiros -e vários circun- .pedia um adjutório gunrava tambem alguém na es» para a compra lòquios. Essa condição de reclacuridão. ^uniforme. A cada do um deu o —íMal, responderam -duas ve-* mador, porém, -não a julgueis que de trinta dias para a apreprazo nascia do fato de ser êle ;por lhas, sempre à cata de >moíivos sentação das respectivas listas -e ventura algum .músico excelente. os beiços para destrèncarem atrafoi logo dizendo: 'longos Oh! nâo, vinha-lhe da circunbvis os repomos. ¦— Segundo me informou o -Não melhorou nada com os tância de ser o único clarinetista meu genro que, como .os senho'banda., da a qual êle explorava e -res sabem, é alfaiate, cada uniremédios do Dr. Fulg-ncio Marconvenientemente. uns? — atalhava outro. formo fica cm trezentos cruzei. Quer saber de uma <rcr>isa. ;:: : -¦ Ilil 11 ros. -Mais o boné, cinqüenta cru''seu'* compadre ? No dia seguinte,, ali por volta zeiros, sonm tudo trezentos e cinAhn... das 7 horas da noite, Simplicio, Dentro, pois, de dois quenta. —- -Pois -piorou -e muito,, dis",|JI t»H» C*J" »wlllpiw( < tUO VKKiliÜ.U meses, a benda, uniformizada e M| se-D >nurn tom -de qrem pretendia alguns, raros -músicos vão se aíhepertencente ao partido cios Maradescer os últimos -degraus -da es- ¦gando da porta da casa do Mãesgunços, hoje de cima, estará apta "tro-Capitão. —rcada,. satisfazer as exigências do pro^ • Wo casarão de 'Sümp-ílíco- 'havia Boa noite. gresso do lugnr. sossego e ipaz de pés pelo- assoa"Boa noite. *f Lolô quis apresentar sugestões, ího. A .ginástica.«com ©5 vômiEtc-. mai> «o Maestro Capitão foi ..pe- {A BANDA) DANTAS MOTTA Ilustração de LUÍS JARDIM remptório; — Não adianta, somos a maioria. Caso o senhor não esteja de acordo, por favor escafâda-se. Por causa de clarinetista, não: mandarei buscar um que quer vir para cá em.-.. Pouso Alto. E dispensando os circunstantes, Justificou tal dispensa, valendo-se de dois motivos que me pareceram plausíveis: o primeiro atinente à moléstia do Tabelião Simplicio, com o que Lolô, mais outra vez, não.concordou, alegando, entre outras coisas, que êle. além de não ir à missa aos domingos, sendo um impio, um hereje. perseguiu, enquanto pôde, a banda. "Pois que vi para os quintos dos Infernos esse gafanhoto das costas tortas, antes mesmo de vomitar o restante dos bofes quo lhe sobram". Acresce que o Maestro-Caoirão. impassível, passou a cuidar da segunda parte de sua bem clara "exposição de motivos", entre* meando-a de algumas considera-' "nações judiciosas e oportunas.: da há mais que ensaiarmos". "A parte mais difícil, comoreendida pelo "Kirie" e pelo "Credo in uno Deo", pertence ao conjunfo do Ma:or BenHca, e é do conheclmento de todos. Quanto ao restante: o dobrado de rua será o "José Bia'5", da lavra do Mãestro Perroni; para os leilões dois galopes, uni fox-trof, um tango e o samba "Requebra Mulata", de autoria do meu filho Lolô (movimehto geral de atenção), e com"Hoposto expressamente para a ra da Saudade". a A darmos crédito, porém, temos maledicência alheia, que "ser de Lolô aquele convir não s^mba. Preferimos mesmo, contra elementares e irrecusáveis princíp'os, abundar na ooinião de Zequinha Amandio, clarinetista da banda fronteira, e que diz, sem tergiversações, ser o dito samba de autoria de t-m tal Calimério, "hespanhomorto por ocasião da Ia", na dispensa da casa do Lolô. E comentava o Z?quinha, aliás "O diploma de com certa graça: compositor do Lolô ve'u pregado nas costas de um atestado de óbito".. Ml Trinta dias vagaram com as Ustas os abnegados nuVcos da 'banda", Todas as casas, as da cidade * as do campo, foram va* rejadas pelos H músicos e fareAliás, oor um jadas pelo Lolô. dever de justiça, em nvm sempre inato, desejo consignar aqui um reparo: Lolô nesse particular de pedir nunca deixou de ser jêitoso. Sem querer, e subrepticiamente, alterou os planos do Capítão e, nas estradas livres que derivam da Serra do Mirantão. do Xamboti, do Parrecida, etc, frente âs casas dos caboclos e com o olho matreiro voltado para os pintos, galinhas, porcos e leitões, engenhou também a realização de um teilão, tendo em mira o proo duto das arrematações, com que pudesse, sem maiores delongas, suprir as possíveis deficiências das listas. A noite, de regressò, trazia lá uma oú outra ga* linha, um frango, uma meia dúzia de ovos. Uái, Lolô, você está virando comprador de galinha agora ? Virei sim senhor.' Que é aue Não povocês têm com isso ? de não ? Excusado seria dizer que o leilão se realizou, rendendo, ao todo, com algumas caixinhas de segredo, um pito de barro, dois bicos de mamad?ira e uma Parrafa de óleo, esta última pendente da asa de um vaso, um ron^o e cinqüenta mil réis.' Mais uma vez venceu a pertm^cia do Mãestro Cao't50. Sevro. que fazia o trombone de nrmeira, iá sonhando com o un'rorm3, pTisava no d;a em rua Até pud-Drse ex:b?-lo à Z;z;nha. mesmo o Lolô, nesse particular bastante honrado, n"o ex^luui a ¦h!r>nteçe de tram?r uma conqu;sta I'ha dfs r-bras todiqualouer. rib* errm só uniformes. Fi na mèhhã do 27. de -acosto de 1942, d!a de-^Mo à Snnta C^cM^, nadroeVa do lu^r p orote^ora da banda, procedida de atii.ns foguetes e roiõ?s, a rjltã benda romoeu as ^Ivorrdas, no seu uniforme azul, execut?ndc a mar-ha do f^pr^^eiro. em v,u>stitir^ão ao do^ra^o "lo5é B;?s" Tal mutação foi ronven^ntem-^nte explicada denois pelo M^^s^-rd numa roda em que fi^urnvEm ns grandes da terra: conse"u5ncia do boné branco e do uniforme azul marinho. - Aqui sirvo-mte do noticiário dado pel'"0 Candieiro": "À no:te, nos salões do Foro, profusam^o ilum"nr;dos e gentMm^nte ced:^os pelo Ds.. Último de. Castro. in'egêrrmo Juiz de 'D:re:tó, da Comarca, verificou-se um nnimndo baile, com o que a bsnda menifestou, de público, á sua gratidão à Sociedade de Ilha das Cabras, pelo apoio dispensado. Em nome do povo, num improviso de fino lavor literário, falou, saudando c Maestro Capitão Martinbo Hos Mares Cuia, que ostentava, na lauma lira, oresonte da Cosa pela, "Pedro Wein:?riH", do Rio, o ilustrado concidadão oa'r:c:o |. P?n'o Fernandes, func:onírio aposon^rdo d'"A Equitativa" e provéto correspondente d'"A Noite". No:te horrível para Simplicio. Apesar de no fim da vida, a;nda "imunda". pôde taxar a música de IV Amanhece. Alguns mús:cos, transviadós, são vistos pelas ruárs. Fardados, fazem-nos lembrar dos tempos Severo da revolução. apresenta um ar de festa acabaLolô já' não se mo.stra tão da. Teria encantado como dantes. só dia de a glória advinda um sido Não sei. O de um uniforme? leitor sagaz, inteligente mesmo, sabe como deve s:er difícil ao homem ocultar algo que, exibido, tenha, pelo menos; o mérito de forrá-lo de possíveis comolexos. Lolô caminha um tanto pensativo. Em verdade seu uniforme não é uma vestimenta diáriaDentro em pouco, estará no fundo da mala com uma ou duas pedras de naftalina. E êle no seu terno de brim kaki, sentado numa Cadeira e com os cotovelos apoiados na mesa de jantar, mal humorado como sempre, matutando, talvez, na sua futura nomeação para o cargo de Administrador do Cemitério tvlunici^al. As veias do pescoço, engrossadas por força de tanto acompanhar nele o movimento da linOs zigôgua, formam um 88. mas suicam-ihe a fronte. Todo éle afinal são rugas. Vai a mala. Revolve a roupa. Coioca por um instante o boné na cabeça. Olha Toma da clarineta no es~e''-o. ^Conclwe na 15,» pág.) y< ¦¦¦'N.- «s^a ¦ **T íTôtÊiuo jb^Tíi;iis-ii, â DOMINGO, aZ^1^4i6 ii/i.r£ò LETRAS M DOMINGO, 22^V94S ARTES ¦ Pagine 5 UMA GARTA DE COlS GUIMARÃES JÚNIOR ' '<¦ y. &-WM > .^.RA eu fazer misécida( Jrias ! Sou um V-/dao reconhecidamente pacato, da hábitos morigerados, tímido e desconfiado, incapaz de alterar a voz ou dar um palpite nas mesmo rodas literárias, naquelas dos meus amigos. Ora eu fazer misérias ! ^as ò fato é que me excedi no último dia em que passei em São Paulo. Excedi-me nas exigências, a l/~? propósito de certas confissões íntimas dos escritores paulistas e pratiquei determinados atos que, já agora, de cabeça fria e livre de influências estra* «C*?j '^. o nhas, fico um tanto sur.-~-, * N íí^ví fà'£a* €5» preso e encabulado. / E' verdade que na mi< > tentativa nha primeira desses atos fui surpreendido com um zelo enorme. Assim é que na visita'íeita à Biblioteca Municipal, o crítico Sérgio r \ Milliet não me deixou livre um só momento, e quando fui com o mesmo ***** '$$$$*$¦ tffi wf»4^* visitar a seção de doy* H cumentos, êle ainda #se conservou todo o tempo ** -^o *%aiírt!1S5=^ <$***& • " «HÍ ' 5fS &>» ao meu lado com os olhos /& È & 0& desmesuradamente aber • tos a olhar para as minhas mãos e meus bolsos, a ver com certeza se estes auvolume. de mentariam Mesmo assim, num mo'*, 0 "^ tf ',«*:r mento de descuido, quan"^ y > . »«*a , * do uma série de caricaturas tomava um caminho menos honesto, o crítico percebeu a tempo e disse: — Bem, essas aí eu lhe farei presente. E foi cancelada a visita às outras seções. Na saida sua fisionomia, embora cansada, era sem dúvida de alívio. Vou ao encontro de Mario da Silva ti Brito e, depois de uma longa conversa, consigo algo que felizmente não *\ me deu remorsos. O re* . •-• -" morso só viria depois, - - ¦ —i3j**h *,** y quando saí da casa de OsO rovald de Andrade. "PARIS" do 3 meses de natura LüNDRKS, 8 dc" fídcmbro clc Chão" há mancista de mesmo e outra pelo JOURNAL" ; 1874. dois dias que me*convidatempo do "XIX Siecle", ambos ¦; Meu curo Loonairau. ra a ir à sua casa e eu, de Paris. Já se sabe que jornais «'¦ Ikccbi a lua èstimadíssima com um medo danado de a assinatura deve ser para Londo cheia do corrente, (i citrlá tié lá aparecer, porque, com; dres. Indaga e comunica-nte. cxprcssõps lisongeiras, expresSc t€ fôV possível conseguir toda a certeza, o escritor soes dignas dum amigo como lu, me falaria em Antropofaque alguma casa de Paris me e as quais muito me penhonun. de mande algumas amostras gia e até aquele momento Kstou à espera dc remoção ealpicos cores /com flancla de eu nada conhecia a res(islo é: conto, já com o ovo etc, largura, os e preços, pretos no...) Sc cíá vier, que pechin: peito. Iria fazer um fiasmulher escolher, minha para co dos diabos. Enfim, não eha! Não imaginas que horror especial. favor fazes.me - vai por úle Londres! Daqui a seria por causa do assunas minhas intermiDesculpa apagai* a vai pouco tempo o eol to que eu iria perder tão massadas. návèis Janterna, c ficaremos às escuras, ótima oportunidade. Conmauresposta da tua Depois eom a noü, Admirei-1.ic muito sultando o dicionário de dar-tc-ei o dinheiro para pagacia da p.Yftidn tio Àcâeio para mestre Aurélio e com um mento de jornais etc. Diz a Spa. Não só êle não me resmaistrinha que eu eempre rezo pouco de mistificação, a pondeu a uma ear!<>. que lhe es«m padrenosso a Appolio e situação para mim seria crevi uliimamenle, como tamuma Ave-Maria a Orplieo, pam menos embaraçosa, Foi o bém não achou ocasião paijá que os liiunfos aumentem dc .i que fiz. participar_mc a sua viagem! 't'*»vUP V Com v.igar eu te contarei novídades a esse respeito e oatros. Peço-te o obséquio de me :?n- «lagares quanto cusfa uma assi«. ¦ ' - jte be de lã marron, e com um apertado abraço," me deixou à vontade, refestelado numa poltrona. Passo a olhar as estantes. Num fundo da sala vejo os seus célebres quadros, de Picasso e Chirico. A conversa foi longa, longa e cheia de pitoresco: bla' '¦' Quero saber de outros fatos e, lançada a pergunta, deixo o escritor prósseguir: " Quando regressei da Europa em 1912, escrevi o meu primeiro poema que "O último se intitulava: passeio de um tuberculoso, pela cidade, de bons' /' Esclarece o romancista: "Jorge Amado, com o , seu conhecido máu gosto, inventou coisas a meu resexempeito, dizendo, por "Vida de pio, no seu livro Luis Carlos Prestes", que eu andava de fraque vermelho na época do modernismo. Pura mentira. nao poupando até os próprios amigos. De inimigos, então, nem se fala, E' grande o anedotário a êsse respeito. Quero saber se isso é coisa antiga. O escritor sorri e me pergunta porque tanta indiscrição, se pretendo publicar aquela nossa conversa, Ju- -¦¦'.'... do Rio de Janeiro para ir de barca a Niterói." Não é preciso dizer que fui expulso da banca, mas os dois outros examinadores me aprovaram. Os colegas ali na saía, composta na maioria dc alunos baru= carregaram lhentos, me entre vivas e gargalhadas. ':-~W^<--r-y&y-. ._ ... ** ¦ « mi ,„I|ILM Jl hora para hora. Adeus. Os nossos' respeitos c saudades a tua excelente família o tu recebe urna dúzia de abraços do teu i Luis Guimarães Jr,. Quando 0 táxi.me tleixotíem frente à casa de Osvald, o romancista apareceu-me metido num ro- /. VI 1^8 AO EM SÃO /«*•»' uL Oi O FRACASSO DE UMA EXPEDIÇÃO kS Jk Ilustração de SANTA ROSA III gues, anedotas e piadas antropofágicas. Sim, amigos, misíifiquei um pedaço e deixei no escritor a certeza dc que eu entendia do assunto. Antes de subir para o seu gabinete, onde mexi nos seus livros, documentos, e escondi tanta coisa, não quero deixar de contar as confissões que arranquei de ' Osvald. • Vou envolvendo - o e guardando na imaginação a conversa. Quiz saber de sua primeira manifestação literária e Osvald, puxai]do de seu enorme charuto uma fumaçada, me diz: Foi um plágio, "•':!"*" -Que? Sim, um plágio. Eu " Meu lhe conto : primo de Sousa Paulo Inglês chegara do Rio, e aqui, em São Paulo, onde eu morava, isto em 1902, me histórias contara várias que me deslumbraram. Entre elas havia uma que me deixou bastante impressionado. Ouvi calado toda a descrição. Tratava-se de uma moça que tinha morrido de amor em São Vicente e aparecia todas as noites. Ora, saí dali e não perdi tempo. Aproveiiei a idéia do primo e Hz um conto que a famtlia muito apreciou\W" de". Esta minha primeira idéia de fazer poemas foi devido ao meu fracasso em querer traduzir Heredia em versos metrificados. O poema do tuberculoso foi recebido com grande escândalo. Não fiz mais versos até a Semana de Arte Moderna em 1922. Da Europa trazia idéias novas. Chegado aqui pu"O Pirbliquei na revista ralho", que fundei e dirigí, o primeiro artigo reclamando uma orientação nacional para a pintura. Fui o primeiro a defender Aniia Malíaiti dos ataques de Monteiro Lobato cm 1917. Também fui eu quem lancei Mario de Andrade em artigo pu"Jornal do Coblicado no mércio" de S. Paulo, inti"O meu tulado poeta futurista". Depois disso, sempre combatido er incomo publiquei preendido, meu primeiro livro com Guilherme de Almeida. Foram duas peças teatrais Tinha 26 ' em francês. anos." Que precocidade, seu Osvald ! Nada disso. Nesse momento lembrolhe que se conta em tom de anedota a sua chegada ao Rio, naquela época} com idéias e índumenjaria , modernista. .. ro seriamente que não. , Não sou repórter, apenas é uma curiosidade inocente. E aqui estou eu traindo o amigo e revelando esses pedaços de conversas de uma noite encantadora e divertida. Mas, passemos a palavra ao escritor: "Aos 13 anos de idade, aluno do Ginásio S. Bento, eu era perseguido por um lente. Por ocasião dos exames quando dava a minha prova de corogra"Por¦D üBr* J&ftr^A ^*flP$kSl fi* Bi i ||P fia, caiu-me o ponto tos de segunda ordem". O professor que comumente mandava os alunos decorar a matéria sem se incomodar com cartas ou mapas, decidiu, diante da banca, que eu fizesse de cabeça uma viagem imagináriado Sul ao Norte do Brasil, sem entrar nos portos de primeira ordem. Comecei pelo Rio Granaquilo fazia que pensou ** de, Santa Catarina e Pafuturismo. . âo parte raná. Quando quase ia folga ao rc- entrando em Santos,^tive Não dou respondenmancista que,! tempo ainda de atingir minha, São Sebastião, Angra dos do uma pergunta " E'(verdade, fui Reis e, afinal, disse: "Rio declara 2 preso 13 vez||t das quais de Janeiro". O professor oito .como ctüfeista e as fez um escarcéu dos diaoutras por brí|á e contra- bos para demonstrar a mivenção, Tive |te um due- nha ignorância. A raia ti" Io fracassa dc/j nha sido danada. Mas fi'p-adrade é. conOsvald idte: quei calmo e disjse " Senhor um homem flfce faz bla- vmcèntèniente : "porto v'áues a wo^iÉ^-ik.^d^ professor, entrei no Já que você relembrou um fato dessa época, vou contar um outro interessante que se deu. Vila Lobos, tendo chegado a São Paulo para assistir a instalação do primeiro movimento modernista no Brasil, com um caio arruinado, apareceu no palco do Teatro Municipal de chinelo e casaca. A vaia foi tremenda e todo o mundo Daí por diante fiquei com • fama de "pisador". â Já é tarde e os documentos ainda não foram conseguidos. O escritor convida-me para subir até o seu gabinete de trabalho. O seu escritório é de uma desordem alarmante. Livros de cabeça pra baixo, pelas estantes, em cima de cadeiras e cantos da sala. Na mesa de trabalho uma quantidade enorme de cadernos de todos os feitios tamanhos e cores. Osvald anota em pequenos cadernos — contei 23 — todo o material e observação que colhe na rua para os seus Sempre está romances. com um desses pequeninos cadernos no bolso e, se ouve numa mesa de café ou num bonde alguma conversa ou fato interessante, anota-o para depois transportar para os livros. Num enorme caderno manuseio os originais desses romances. Bastante riscados e trabalhados. Vejo anotações pelos cantos das páginas naqueIa sua letra um tanto dee irrequieta. sordenada Pergunto qual dos seus livros que mais ",gosta. — " Nenhum diz êle. " Embora minha predileem vá uara este último "Beque estou fazendo — co do Escarro". Olhando tanta desordem, vou cautelosamente selecionando a um canto o material que me interessa. Pego em alguns livros já esgotados, retiro de um velho álbum antigas fotografias raras, faço um monte de originais de livros, artigos e poemas. Na pasta de cartas, que nao é lá muito grande, escolho algumas. A pilha está crêscendo, mas eu tenho a had e escamotear bilidade naquela balbúrdia de papéis espalhados. O difícil, vejo agora, é poder sair da casa do escritor sem deixar desce.danças. Por sorte, fui cci.i o capote emprestado. Capote que servia para resguardar outro físico mais corpulento do que o meu. fèsse capote foi a minha salvação, i Despeço-me. Saí da casa do romancista com o meu peso acrescido de alguns quilos. Mas saí trartquilamente naquela madrugada friorenta pelas velhas ruas paulistanas com a conciência também pesada. O remorso porém não durou muito. Na manhã seguinte quando preparava as malas, aparece-me Osvald de Andrade no meu quarto de hotel. Fiquei surpreso. O escritor, risonho, vai logo me dizendo: ¦— " Seu Conde, não é que a minha mulher deu a por falta de alguns retratos e originais ? Não pode ser, seu Osvald, sou honestíssimo. Mas Osvald dá uma boa gargalhada e observa : " Não tenha susto, meu caro tudo isso aí é seu, Está muito mais bem guardado com você. Eu tenho a maior satisfação em lhe presentear. E olhe que depois lhe vou dar outras coisas mais. ?, -i' •**' yíim FOTOGRAFIA DE AUGUSTO MEYER AOS 15 ANOS DE IDADE DEDICATÓRIA DE MAURICE BARRES A JOSÉ' VERÍSSIMO m ' - " ::>¦;: ,,;'' .'¦¦¦¦ •••-¦;¦»:-;•:•:-: •:•.-:• •:•:¦:•:•:- m ¦ ¦:-y- - ¦¦:¦:¦¦¦¦¦'¦ \- :-:¦¦:.:¦:•;<--:•:-:¦>:¦.¦,:•.'-;.'.¦-.';¦>.' -:':' ¦'¦:r'-; X-Iv-vX'".'" ¦ •'•'¦ J. G. —i .-..,-:ií/ :¦..y .^i''A,f,.\.' .*-* " MÍiÍ""'"' JS!s*«-:':""" E agora termino estas crônicas com a revelação de todos os meus pecados cometidos. Mas estou com tranqüila. a consciência Porque para o futuro tudo isso constituirá um acervo poderoso para um melhor conhecimento dos homens de letras do meu país. Sou um cidadão à margem da <•*«"¦' literatura, mas luto, abor- Ws. reco, sofro, sonho, e amo ,,yyyy:¦'-.-¦• :¦; . ... „.,.,. ,,, ... verdadeiramente as coisas do espírito, procurando wMwmm contribuir para que as ge¦ mm ¦ '¦ rações vindouras, através &y:y: ¦,yy----r-^ de documentos, confissões, exigências, depoimentos, tenham um conhecimento mais seguro do clima em que viveram os homens "À José Veríssimo, áms de letras desse nosso tempo. Tempo tí\o trágica' mente angustiado e tão ments et sympathie. tragicamente rico. \ ií.k ^JÉlliS vvãá^89GHÍS L"..V 1 k de Ia France, remer.çf* , MAURICE BARRES" >»— -***!.! ." ¦ ui_Í?5Í •jé^aSK'K:'-- 'i-t&Vf,':*%£$* - ¦ ^-' :$» *¦ 'í':í-J.'/ ffJHíMIlliGOt-l^.WS LETRAS0ARTEh .{réglww *** "Os Servõf da ÍVforte" tando a sobrinha de pouco» meses e desaparecendo'. Ando _-r_r.xj.uBUIÇAO a gelo, em seu delírio, ouve ,k ano em curso, para a com voz da mãe chamando-o r-f Mteraíura nacional, é, insistênciae saia vagai pelos ¦' inegavelmente, .uma dás mais campos como se fosse dirigido importantes e positivas dos força supor uma misteriosa últimos tempos.. E'• incontesha faperior. Acaba sozinho •',;¦• tãyel que temos, tido, nêòte zenda, como um espectro, co. ano que já se aproxima do mo uma assombração. seu término, grandes é signiClaudia, grávida, pisada no c..•;;•: ficativas estréias em diversos "Os servos da morte" foca. marcou com o irrecorrível esventre, brutalmente, por o desgraça. tígimVdà família gêneros literários. Se o ano rigos e as dificuldades que liza a vida de uma Quincas, geme no leito sengênero ©ferece, da de passado foi o da poesia, com dentro Paulino Duarte, tindo r1" ^s horríveis. Termipresa entre os limites a revelação de um João Ca— cegueira, marO romance do escritor baia. na amarrada, possuída pela _ma fazenda de cacau grande noite de sua bral de Melo Neto; de um no, realizado inteiramente esposa a o arrasa desgraça sente que preseaça fúria. cada pela Bueno de Rivera, de um Annum clima de aluciuações e avalanche raivosa, morta, como uma perseguinunià ta, é este Emílio, depois de vaticinar tonio Rangel Bandeira, de tragédia, ao <?ua1 » luta de todos os seus membros pei° dentro da permanente, ção vingança que caio da prosa, em suas várias sentimentos e o entrechoque roteiro sombrio da loucura, casa, no delírio de Ângelo, na à grande Paulino Duarte, ria sobre modalidades. O aparecimento explodem violen- do delírio, do crime..O autor na sua im. dé e, paixões Cláudia de Voz "Sagarana", de Volume "Rosa, morre abandonado em seu de reagir, de tamente, arrastando os seus tiembora não pode defender, potência, procura catre imundo. O capataz de contos de Guimarães a humanos, marcados por fantasmas dòs fugir imprecisa, pos não maneira pode uma Anselmo acaba louco furioso. foi üm acontecimento que estranha morbidez, na tese de que, os que vivera silêncios os uma enchem lhe que Osório Barbosa e a esposa, conseguiu agitar um pouco o inde acontecimentos en. voragem sonhos os e Deus, jamais de afastados prolongados têm o mesmo destino. Todos marasmo reinante em nosso sofrisacodem e machucam a euulrarão tranqüilidade e featros um de que tranqüilos terminam mal, todos são per. mundo dás letras, dando orisensibilidade, — traz licidade. Quase todas as peràs vezes, nossa atinge, da mento que seguidos pelo fantasma gema uma onda de entusiase acaba si uma certa soma de in- sonagens do romance deste em demência; da raias as morte. ^ de da loucura e mo em torno desse. livro "Os ser. fluências benéficas de escrito. estreante de talento, camimorrendo tragicamente. RoE' esse o clima de estréia. Houve, como sem pie como Julien deca. estrangeiros mais aluei, res drigo, cada vez nham, nesse clima de vos da morte", denso, pesaacontece no Brasil, um certo Woolf e Wasbebida Virgínia na cheio Green, tragédias, dente, de procurando e nações do, fantasmal. As suas perexagero nos louvores aos melhe dá essa rara violensuas serman. às apreenque de trégua e uma sonagens caminham sempre ritos do livro do novo contise objetiva- de avantesmas ab= fixação de a farrapo força ura é vicio, ao crises, tas soes, em direção em direção à desagregação e ta patrício, — exagero natucambados tumultos que se prode dentro ção jeto que perambula anulação, a morte, â ruina." Positivamente, o aural em uma raça apaixonada das ma. subterrâneo no os termina cessam casa; leante pela um fatalismo terrível que tor abusou, até certo ponto, e trooical como a nossa — consciências. fé, das cenas trágicas, sacnfican. po= mas, ninguém, de boa tedo, às vezes, a própria veros, de negar que essa estréia similhança da história. Parenha grande significação litece-nos que esse abuso foi prorária, represente mesmo uma com do ano das mais importantes positadb, pretendendo "Sagarana" revêisso o romancista baiano de. em trânsito. fender a sua tese de que os lou_nos um contista de grande viver podem homens não força escores? ion ai, de estilo de ausência na castitranqüilos incisivo, de linguagem dedas alto poucas D3us. E' uma ça — Dossuidor de um apontamos no marficiências que caracterização, de poder * jjvro __ embora esse mesmo cando as figuras que desfilam defeito seja comum em granem seu livro de forma sudes autores das letras uniyerIde! tendes estradas, onde gestiva e definitiva. vou Só por aí! Não \ não vou por s?is __ pois achamos que a Tendes jardins, tendes canteiros, Todavia, uma outra estréia passos... ¦> meus tese próprios Me levam demonstração' de uma Tendes pátrias, tendes tetos, ninvao) verificada recentemente, a de (em eu pergunto Se as coisas que ..„ não justifica o sacrifício da responde, Eu tenho a minha loucura Adonias Fi*ho. com o roman. [guém noite na arder a facho verossimilhança*nas obras de "Vem por aqui?" Levanto-a como um ce «Os ^êrvos da morte" (Lidizeis vós; me Por {escura, que ficção. Entretanto, com que vraria José Olímpio Editora), láescorregar nos becos - lamacentos nos Prefiro cântico força, com que intensidade • E sinto espuma e sangue e talvez tenha rraior imoovtânnos ventos, Redemoinhar Adonias Filho criou esse amsangrentos, cia do que a do contista mios arrastar pes farrapos Com biente quase que sobrenatu. neiro, embora as trombetas ninaí.;.;. n.i>i y..h mais ir A me por guiam, é ral que domina todo o volu. que Deus e o Diabo da pUbÍic'd"de não hajam [guem. me! Raros escritores brasiaparecimento seu saudado mãe: tiveram foi ..; todos mundo \ leiros terão tanto poder de Se eu vim ao Todos tiveram pai, com tanta insistência quanto acabo, nem virgens florestas fixação dos processos tumulSó para desflorar Mas eu, que nunca principio a que se sucedeu ao lança, inexDiabo. areia o na e Deus tuários que se desonvolvem E desenhar meus próprios pés Nasci do amor que ha entre mento de *S-\r*arana". Isso, {piorada na profundidade do sêr. Poua entretanto, sem empanar nada cos arrostarão,.com igual êxi. O mais que eu faço não vale significação do aparecimento intenções. . to, os perigos que êeses mer. Ah! que ninguém me dê piedosas do. contista das; Alterosas em . m . Ninguém me peça definições. gulhos no interior das consnossos meios literários. Tal"Vem Como pois sereis vós .v; ciências costumam oferecer. por aqui! Ninguém me diga: machados, ferramentas, coravez mais importante por se Que me dareis soltou, se vai venda que -escritor um s; tgem Inegavelmente, estamos dianbastanA minha vida é tratar; de um alevantou. se te de um robusto temperaE' te jovem nue se realiza, como *_' uma onda quemais meus obstáculos ? derrubar eu Para se animou... mento de romancista. que um átomo a romancista, de uma maneira nas vossas veias sangue velho dos avós, Corre Embora com mais deficien. Não importa. Virei, se possível, beijá-la, penetrando "Sagarana", mas » •impressionante^ fácil... é o amais vós qüe E cias do que vou. cononde mundo sei no Não para segurança ^ com Eu amo o Longe e a Miragem, também com máicrès qualida. — Sei que não vou por ai l traditório e paradoxal, som. Amo os abismos, as torrentes, os desertos... des/ "Os servos da morte", brio e quase queinescrütável em nossa opinião, representa, da alma humana, — trabaagora, a mais importante até lhando. portanto,- material de estréiadó anov > :í mais difícil manejo e transos pepondo com felicidade ALMEIDA FISCHER RO NEG CÂNTICO (FRAGMENTO) JOSÉ' ÒQUÍSt EDITA HA MANCA Myriam Harry, muito conliecida como romancista publica "En agora, um estudo critico Margc de Jules Lemaítrc". * .. .. i *..*•• I^afont; ~Aimé ""ovo'* ftltum •"•.,' certamento di' '-os .-- «m Bubstancicso estudo fsôbre Pau! Va.c^, lüiü u.i.. caria prefacio do próprio Valery. André de Richard, um escrltor estranho, ainda jovem, cora certa semelhança com o nosso lança mu novo Lúcio Cardoso, "Le Mauvais" — o romance lnadolescência uma de drama feliz que nao pode escapar ao seu destino. '•».;, "*; --• . * * No terreno da pesquisa lite1 raria, Auguste Oupoy, também literatura comparada mestre de "Elvire, inspiratrice apresenta de Laroartinc", curioso tra- • Vtajhn enhrw £«*« í»l»?her qUC ^3 galeria da» hc-roása* ronianl!ao lado de cas poderia formar "Dama das Maria Duplessis, a Camelias". « '.-.¦ Logo rieno's da morte do cri*!co, Benjamin. Cremieu,. reenditou se em if.rfris <» seu lom "Le ce tão pouco conhpculo Piemier de la Classe". ,, ¦y\ G I O CARTA BE H0ELDERL1N ASCBILIER W 1t _—..*___* A.lllltn Nueríingcn cm Stuílgart, h dc setembro de Í795 POESIA PURA Importante estudo biográfico e critico sobre Mcrimé é este do Marquês a A de Ltippé, intitulado "Mcriiné*'. em que nos revela a vitU nonco eonltecida, i publica e privada do autor úa "Carinen** — fjraade escritor e homem de bem. * • E lo. Creio também que, para reatambém dos pobres e azedos frulizar um sistema '¦' do pensamento, tos que produzo. a é absolutamente necessária e* Aborrecido comigo mesmo mesma Da imortalidade. da Idéia cerca, me o que com que tudo • • forma, para um sistema de ação. numa commergulhando Oonacabei sr. respeitável de o é Um livro de sensação por este meio ppder provar "Us Hommes selheiro, que sô agora, e : Creio pleta abstração;.. procuro desenAndré Simonc até PERDOE, de um que pbnib ò!s céticos têm rade maneira tâp pouco briyólver em mim a idéia filosofia. qui oht trálii ia Francc". e até que ponto não, zão, dá progresso infinito lhante, eu lhe remeta a colabomuitas vezes como Sinto-me ir;eó procuro demonstrar que ração que o sr. tão generosamenüm romancista da linhagem um .exilado; quando. me lembro messivel processo a ser feito em te me autorizou a lhe mandar. espiritual de Charles Morgan: na das horas que passamos juntos. cada' sistema, e que consiste A doença e o tédio me impeMarius Gront, com seu romannem sr., com sua generosidade, num O união do sujeito e do objeto 'ôn. diram de fazer o que eu própriace: "Un homme perdu". despoe se irr":,va com o Absoluto, (EU, ou como p qUelmente desejava. vemuitas em lido espelho esque Absoluto num ram chamar), Talvez o sr. me permitirá do : bôa'vontade, de minha Digno de discussão e comenzes, apesar tético, intuitivo e ao m^smo temenviar-lhe isto de outra vez. de pontos tarlos pelos novos "Kietzche", ei a impossível reconhecer a figuré — só teórico, possivelpor meao po Pertenço realmente^ sugere é 'o. vista que do Mestre que eu queria reflera infinl—, ao sr. meio de uma aproximação -1;, ¦•'' nullíus res. como nos especialista H 11 dc tir. Oreio que só çs homens rata como a quadrãtura do efreuDe forma, que © sr. pode dispor em estudos sociais. ros têm este privilegio de saber dar sem receber, e' de poder inflamar até no gelo. Quanto a mim, —- ai de mim! -- sinto a ; toda hora, que não sou um homem raro. Sinto-me duro e frio l e mergulhado num horrível lnverno. Tão de ferro é o meu céu, São de psdra sou eu! E se deixe morrer ao seu deslumbramento, Em outubro, - provavelmente, Toam desejarão a esplendida aventura ¦= do sonho alimento e nascerá vou sabe procurar um emprego para Quem De, uni dia, embora já sem forças, recolhê-la, Frankf'irt. em preceptor compreemivol De um mundo mais perfeito e Como um dom, um milagre diferente, Talvez seria um bom jeito de lhe pedir desculpas por este par» íavrório que lhe estou escrevencinza* apenas, ¦.' seja, importa eu Não • que ânsias do, dizer-lhe que, de certo modo, decerto, em Quem não indagará, tomei por um dever, fazer-lhe — Onde a terei? em qne caminhos? cm que Não importa. Virei, se posivél, beijá-la, !J. [cstrèM Como uma prestação de contas de ml* quem beija, a própria mãe, no rosfé, nha vida. Mas mesmo dando esPeáináoJhe perdão de machucá-la. ta desculpa, eu não seria compledistancia^ «« divina £í«. que horizonte Q*vlt Não imforia* Ouvirei, talvez a sua falat sincero. Porque a vertamente Ondef e procurará, sofregamenteK dade é que meu único orgulho • uma benção, como um Unitivo, Como Com uma stde lerrivel, sua fonte meu único consolo é este úe poRecordando a ilusão do meu sol posto ) der dirigir-me ao sr., e contar» De infinita, de mágica frescura,. t_f de, sô mm vez, ter passado, ao de teve* lhe alguma coisa de mim. SemNum acaso feíis, as mãos pelo seu rosto. pre, _ •_ J&SÍstíxA.MÜggUUi--t An»c»"« iiifvmP •.ni: _amtrauvr Em que pais rmioio ou primitivot Hoelderlin". de Barrw) de Natftnftel (Trad, l Não faz mal que éguém fique a __ Van Tieghcm, especialista em ¦•¦ vem diliteratura c;>nípârada, • de novo sohre o zer-nos alg» . p,,v^ -¦<*- "T w v-i!-sw. no Hvro "Mtuwet. Thomme. et. Poeu¦¦-'¦''¦ ••'vre L '<¦'-¦¦ ¦ • ' •¦'¦' R j> ' / ¦fj htlt >l «fl 'J ¦» S T% H Jlv,»í 'í.í -¦•.' ÜOMlNGO, 22-9-1*46 dos vários ar"A Orítigos sobre "A DEPOIS gem do Jazz" e Música Negra", creio que poderemos nos transportar para a América do Norte, nos primeiros tempos da escravatura. Sendo ponto sobre o qual ninguém mais discute, o do grau de civilização dos grupos africanos importados, e também o da caudalosa torrente de música negra que veio fecundar e fertilizar *a substancia musical trazida pelos europeus, já , temos o direito de nos referir a uma produção musical afro-americana. Manifestou se ela, a principio, com fortes caracteristicas herdadas. Música e coral, principalmente, cantos memoriados. Não se encontrou nessa . época nenhum vestígio de música popular, nesse conceito de arte feita para o povo; e, sim mais própriamente, a música feita pelo povo, num sentido mesmo folclórico. A música afrotempo desse americana era, pois, memoriada, sem autor identificável (criada anonimamente, quero dizer), traüsiftitidà de geração em geração por via oral, e encerrando encantadores interesses eulturais e raciais. Neste primeiro grupo que muito influenciou o "jazz", os incluiríamos "negro- espirituais" os "worksongs" "shouts", i as "laboros songs", ou ~ Na literatura é preciso terae verdadeira coragem para dizer que o soneto d'Arvers nâo é uma obra prima. LÉTTiAS È penso por falta de um horário apropriado para sua irradiação, e que não tenha GHARmuito anúncio. LES DELAUNAY dá a de composição seguinte "Jelly Roll Morton Red "Black Hot Peppers" para "The Bottatn Stomp", Chant" gravados em setembro de 1926; GEORGE MITGHELL (cornet), KID ORY (tromboSIMEON OMER ne), LLY J E do de que a redução paia (clarineta), 30 minutos do programa ROLL MORTON (pia"Amigos da América" obe- no), JOHN ST. GYR LINDdeceu à orientação do de(banjo), JOHN partamento comercial da- SAY (baixo) e ANDREW quela emissora. A direção HILAIRE (bateria). Para da "Rádio América" admi- o disco de ARMSTRONG "Parlophone" R-571 — te a possibilidade de um em "Mahogany Hall Stomp" o retorno aos 60 minutos de irradiação. Esta seção só é pessoal é: LOUIS ARMS"Letras e ArTRONG (piston), J. G. publicada em HIGGINBOTHAM tes" dos domingos. CHARLIE SALVIANO G. PAIVA (trombone), — HOLMES (alto sax.), AL— (Rio de Janeiro) Magnífica a sugestão para BERT NIGHOLS (clarineta e alto sax.), THEO fornecermos uma lista dós "clássicos" HILL (tenor sax.), LUÍS do discos "jazz". RUSSELL (piano), EDde Tratando-se tarefa demorada e que pe- DIE GONDON (banjo), Ia sua finalidade exige'uma LONNIE JOHNSON GEORGBj das seleção cuidadosa (violão), "POP" FOSTER (baixo), expressivas, mais obras BARBARIN iremos publicando, ao pé e, PAUL dos artigos, uma lista das (bateria). Ano de gravailustrem ção: 1928.. que gravações melhor o assunto de cada NOTA —: Para os leitores quo um. A principio elas serão se Interessam por cinema temattela: nho umft exoslente poucas e difíceis de obter, me perLACERDA (JORGE "furo"...) que mas, para depois de 1920, o cineasta doe o vai ficar BIAPORA RUBEM "Seção vá juntando uns dinheiride Cinema" descom a nhos... Parabéns prós te suplemento. WALDEMAR M. F. FIdois. B. O. LHO-(S Paulo)--"No' Endereço: Rua Phineus, 87 — S. PAULO. 4 Mundo do Jazz" está sus- Música Afro-Americana BATISTA DA COSTA "blucs", e também algumas baladas-narratívas cujo assunto. litero-melodico se "folklore", prende ao Na verdade não se sabe muito bem quais dessas formas cristalizaram cm primeiro lugar, supondo-se, por isso, que tenha havido um certo grau de simultaneidade na a floração dos diversos tipos de música afro-americana, exposto cada um a influências locais, o que lhe reforçou ou enconseqüentefraqueceu, mente, características formais específicas. Logo após a guerra civil, quando os brancos (principalmente os do norte dos EE. UU.) dirigiram suas simpatias meio-contemporizadoras para as manifestações artísticas do negro, lograram, à semelhança de um catalitico, obter geraí "negro-spiriaceitação dos tuals". Puderam assim essas canções religiosas adquirir uma certa precedência no conhecimento do mundo musical sôbr© os demais cantos negros, so- bretudo porque atingiram desde logo a divulgação por meio da música recoíhida e levada à pauta por brancos, além do que, a sua maioria se apoiava numa simbologia de iniíudivel bíblico. parentesco "spirituals" falareDos mos com mais calma no segundo domingo de outubro, se Deus quiser! CORRESPONÊNCIA 1 (São RITA MOTA —Com o cinema Paulo) "que todos gosacontece tam dele e o discutem pelas razões as mais diversas do mundo; rarissimos, porém, os que abordam argumentos legitimamente cinematográíicos. Lamento que "Mau Pretenha perdido ságio" que o Rio está vendo agora. E* preciso conhecer JOSH WHITE. Um atraso do correio aéreo originou a publicação rctardada daquelas notas sôbre a fita. EDITH G. VIEIRA — Fui informa(S. Paulo) 0 HUMOR DE JULES RENARD ••¦*..* . —- O cúmulo do patriotismo: fugir de um céu azul da Prússia. « * Quando não se tem de quem falar, fala-se de todo numdo. •— Um homem simples, um homem com capacidade para eserever sua firma legivel. . — "Les Sovers Vatard", de lluymanns é um Zola de metal, um materialisme de aWmink>. vevdadeiro e mais interessante do que a alma do vinho ou a alma da garrafa, pois não há razão para emprestar-se alma a um objeto... « » * "Journal", de Jules: ReApresentamos aqui alguns trechos selecionados do admirável desse nard, por onde se poderá apreciar o humk, a fantasia e a finara de observação descendente de La Bruuère, — Baudelaire: "A alma dfr vicidos para me dispensarem de — Os editores são tão gentis, nho canitava nas garrafas"... ler Homero e Ccrvantes. quando não editamos nossos Jlfalsa poesia que se preoEsta es— e Existem narradores vros com eles. cupa em substituir o que existe * * • se vê. o Narra-se critores. que Não se escreve o que se vê: cs- pelo que não existe. Para um ar—- Aquiles e Don Quixote são, tista, o vinho na garrafa é mais creve-se o que se é. ao lado de Deus, bastante conhe- -- Quando me diaem que pos-« suo talento, não é necessário quo mo repitam: compreendo-o perfeitamente. "CAMINHO •— Flaubert era tão bondoso que levava a sério todos os principiantes. NOTA SOBRE DE MUSICA" » * * O horror dos burgueses » burguesia. V* PéffVM 11 ÁU TES ASCENDINO LEITE ¦> •» Lamartine sonha cinco minutos e escreve uma hora. A arte é o contrário disso. • « * * * As injurias de Leon Bloy são os de um pobre diabo. Não inquietam. Chamar alguém do Idiota ou porco é exibir o .seu próprio mau humor; não é pintar nem distinguir um homem do outro. Não basta chamar a Barrés de "camelo". Em Caminho de Música, losua vocação de critico e, por dificuldade inicial se davia interà chegar quase sempre é o critico me parece intransponível meio dele,depôde o critico musical em fala, verdades algumas que pretação UMA * * ao tomar o livro do sr. era todo primeiro plano — um crítico de nucleares, comportadas artística. Caminho Muricy, Andrade um reproduzindo —» ÍSua eloqüência está para a • _ George Sand, a vaca leitei para quem, o processo da criação Música, para objeto desta noseus conceitos, a perfeição dos modercrítica da resultado O verdadeira eloqüência assim coia da literatura. ta: a dificuldade de quem não é essa coisa fria, admiranecessidanão a não na proscreveu mo Mirbeau para Mirabeau. conhece a teoria musical, dc encaminhar vel e inútil mas aquilo que imda música de de Brito Broca) para (Trad. quem não é siquer um musico- o critico ao cerne desses proble- porta no controle da inteligêuBalzac podia ser sido o únimano. E todas as div?gações eo que possuia o direito de esmas. Ao contrário, esta neces- cia, isto é, em se achar o espidirteuldaa essa seguem se que da poesia, rito tão interessado nos proble' erever mal. encon- fiidadc, tal como a inscrita fundamento um só de oferecem lhe quanse POLEMISTA UM no mas que firmemente * * está tvam, já não digo diante dos programa dc todo o critico que to o aparelho sensorial. Mas enAcácio França, colaborador do o crítico é um botânico. Eu leitores mas no meu próprio mer- quando ao crítico musical suliterá-» tenha realmente em novista sentimento o o é ou suplemento literário o tender: panamericauo de A analista cede conheciespírito seu »ou um jardineiro. gülhár das o na famoso, páginas transparece MANHÃ, tornou-se com rio que proartista preocupado mento exato da verdade e de os arte, suas Bahia, da do sr. Andrade Muricy capaz, finalidade pelas polemicai, na cesso e a suas ramificações mais mislcTudo é belo. E' preciso fa- por si só, de cnlciar qualquer riosas teos e imprensa, pelas de expressão principalmente elementos e fecundas. Esse o critéfav de um porco, como de uma, espírito sensível à expressão rio em que se fundam as pági- mas vocacionais, o estilo e a ofensivas contra o atual deputadas idéias. que do Altamirando Requião, tamflor. nas deste excelente livro dc cs- técnica, — o conhecimento concm bém jornalista e escritor. Quantf * * Acontece que o livro do sr» formulado tetica — (estética, pura e sim- nos revela, caMuricy é, no seu condo Requião atacou o pintor Andrade reflexões e próprias, ceitos como af fica, intenUm homem escreveu uma enuma obra de arte, de cri- plesmcntc, Presciliano Silva, Acácio Franpessoais, junto, ohsractcristicamcnte earta de amor a uma mulher que tica de arte, cheio de penetran- cionalmente escrito)—não das nos ça defendeu eom brilho este- úicontra poucos paralelos particular não lhe responde. Procura a cau- tes idéias e de reflexões da tante o objeto tarde, Defendeu, mais timo. estética de modernos tratados sa do silêncio e encontra-a: es- mais alta importância sobre a pesquisas do sr. Andrade Mu- já escritos no Brasil. também das crítjRibeiro João ricy. cas de Requião e reuniu os arti-queceu de pôr o selo. criação estética superior, no ; ao leitor atingir a caráter custa o * * Não é claro, manifestações Ressalvado, suas dc gos dessas duas campanhas num plano do problema da ca- livro. alguns de complexidade do improvisação de ordem nà pensae O filho de Verlaine parece- plásticas criação artística e, afinal, escla- pitulos desse Caminho de Músimento que a anima. ise com Rimband. < "entoua seu respeito, se se ca, tenho a convicção dc que rcccv-sc de Homem arredado **'* voltarei a ler, muitas vezes, por # métodos rages" c círculos literários e deixar conduzir pelos ELSA E OS IMBECIS dês- necessidade de estudo, de orienanálise c dc dc Para que a obra prima che- votado à meditação, o autor de perquirição critico cheio de saúde espi- ração certa sobre determinados gue a ti, pelo menos faze-lhe A Nova Literatura Bmsileira se Elsa Triolct, a esposa de Louis de compreensão humana ritual, dedise assuntos dc comum predileção, Aragón, vem, há muito tempo, um sinal. hoje lão famosa quanto e de sensibilidade. Por todos e ainda, por prazer intelectual, o marido, exprimia todo o seu "t * eando ao estudo dos problemas da arte, pref cientemente da esses onsaios surpreende-sc uma os notáveis ensaios que o sr. horror pela palestra dos imhe«* Minha literatura: cartas a música, experiência considerável no esque tem em-iquecído Andrade Muricy acaba de nos CÍS« mini mesmo que deixo os outros com o resultado de suas pesqiii- tudo e no sentimento da arte, "ConversarítttsJA tfrisaios volume, em — com um tolo oferecer " seriedade lerem.¦•¦• ' experiência feita de são —¦ sas. Acentue-sc a significação o mesmo quo é última — em palavra, ela -. ¦ dizia qúe, £¦¦#¦'« •¦•' do titulo deste novo trabalho interior e da qual participam . -.. »afirmadecisiva e. franca* um uma perneta".. com "' «eu; passear música o todos os dons de Jrjação do au- ( caminho dá -"> Todos os animais falam, ex-. pelo ' ção dc. consciência estética»; b£-9 mH.irfutv> iviurícs rsaJíS?!,» -4OT.fr --~=í=——~^^Z TÈtõ q papagaio ç^Tlat^i : *•¦*'*. Dois jovens muito "pauloVirginizados". 1 - \ Y \ í :^v' "***?¦- iJfógiltS *2 SOLANGE Lmmcã DOMINGO, 22-$-1946 LETRAS £ A&TES APO ESIA DE MARCOS KONDER REIS de Xavier rkcer mREU CORRÊA POBRE ESQUEMA '"Fina, f*. SiAMAyA-^EStílattge. 'Gem <?s pequena *râgue*«a. Tífso da Silvei™ |[*•»*• -cawios ¦ vntio. sm i apartados — o é apenas na ocasião «uvas do mm «duas trancas megras., sua ânsia de totalizaca© ocorre «lembrava -uma .poesia, aca- Na REIS -mundo mm por mais paradoxal do iWCOS^KONDER «palavras, ao «c elevam cias se gestos "íDavid*!, |»oeisso '"arcai mme pareça. Porque o -deliiha Sè íptfblicar mão racionalizado*!, mias ©ifariinha. .Doze a-nos a-cceninfci- »..ygX -ver•¦ ide uma * movimentos fundamentais 4 "quer >ta» <de hâ «que ^cotitliano, «m livro mtzer pessoa, segimdo seu tos. ® que «vezes ibaisam a© às extreser humano são ©s seguiuimiti to dekara ipara traz ms rme- sos. .Ninguém, *m »n»»s» 15sta- issituamrrse aio terra-a-terra Jla vi•- cadeza e de mma polidez O me tes: «nesmo a -as as pruíeincapaz, ^bonecas, -do, icnríhecc M «nas aaoesios, «dos âe tescun» episódios <da ittfftn- «nas, ¦—-> primeiro, o de procurar o -um mcqueno grupo dc <da. esmcam força «Dom m «infantis.. «er Teter mwmentos Tir mm simples termo de «iria não pirraças cia, jprocuram ueredito <tjue o durante mma palestra, ©ai por- alimento; segundo, o de procurar dos «ares «in-gens, aéeltescift- Ti- » «iiTigos. -E mS» tttrB»vití'!, mem » jDfômcros que apenas— roçaram ^[uc mos choeam a violência íle « amor; terceiro, o de procurar como *m «hu «momentos -de .htexplipâvel íêsse «stramiiB coração do poeta :"^oc£it«>8e'M, "liírco <tt1cfjria os taera anex•tristeza e dc »nft»Hn "'Grite de Alegria"" * e mortas imagens s, «rincipaimen- o abrigo; <juarto4 o de expandir próxhno «os de expressões rç- jo tumulto intimo; quinta, o do mesnesse s»tsesstmoutros que segáhíem íííl!cav.ol;; tconiheeia |á Adeus" — para novamente se te, o emprego Pimentos, ,os «tíhccsKrtltos, as do- . ano roteiro rpoíStm», <c»ttsegairâo aelacionarem -com o suprareal, Ijarbailvas, tanto menos -dejusti- meditar o mistério. poelorosas perguntas -Bem n-esposta. ítarná-lo auaas «oaheeido e MÚ* atrawés de ümagèns de mma «vida ¦ f icáveis quando se trata Com a or4cm em que os enuu.£ -conterrâneos, a destaca se mais «ra sia, «o -que que &dus dos sque «sonhos vivem irado an ainda estabelecer !à móftc sonhava «assada não pretendo ciei, •rudeza do contraste. de uns sobre outros. guardava icm •t-egreite, sque «escoo- -ou, mesrao^ éé ^ramáe môWico ¦poeta, apenas tranformadas meprecedência ••Do Sei que são -comuns os casos dia mom spndor. .Estava pois na- tom geraL Atuitos «abei»» que Ja sua sensibilidade, transfiguprimeiro desses movimen-pu«poeta -que nu comporta .de iaterior, •radas apenas ê se porque cie em mme * poeta seu tumulto nasceram a caça, a pesca, a quef e minuto «de cristal, 4os, pelo blicott uns íivros, <e, messes 41? •modificadas pela sua mova ati- .sua «vida real de uma maneira agricultura. Do segundo, a faae -disser -Atttudo •multo diferente daquela que milia, vros, alguma «Oisa um forma tude diante da vida. ^iErtlreáberto ibcítãe, «entreíeq.ue se desdobrou no clan, -dc-" artisConhccimente criação que ma "fisa, sua «dfi dc ser apresenta vezes poesia. surgiram a arquiteparece às terceiro, ©o que filiada menofi -do ^centro muclear sespíro, úe inquietação e de au- tica. Mas tammém é raro aque- tura Xque gerou a escultura e a deriva um '.pouco ode «menina t >outrii «pie da visão periférica da obra tgústias acabrunhantes, sprovo- de que consegue iludir-nos por pintura), a indumentária, o mo«de muHier", pouco I verdadeiros desva- £sse poder «He transfiguração. birário. Vieram do (|Uíii'to deidn poeta «catarinense, ©m ipoeta cando-lhe nc»- -í: diferente dos -poetas :do passa- •rios, profumâas aiucinasSes estudo que ainda está por ses movimentos, a dança, a muiE Sidangc morreu. £.onta-o em ílo, "Bem e o Mal, sc mm mor asstm versws^eram cujos entre a jnaioria <i*»s ska, a poesia. Do quinto, a relitazer, o entre luta sa de duas «colunas., com abundância -matéria, •nossos -entre «viul.cartão de ft o a dizer e prójíriu a filosofia, a ciência. o esnirito poetas, Csse de investi<de -hoje. detalhes, ms imatulSuos ^conhecidos a impressão que lios fica •— so gar ma sua própria vida, os mo- gião, vam torna os 'brut«B ia que de metimanufaturei. iNa .íiaguaguciu As indústrias que do povo. fa. poesia -.de Marcos c que mos fica alguma timpres- tivos sócio-ipsicolôgicos etário, seb mm caliecafhe de sen- Kondeicomo o coassim fabris, rase «está acima versos „ Beis, sensibilina sua :fla leitura dos jnais atuaram #e»ôm, st,0 sapão — ® 'tá-ultime carnaval de do primeiro e da sensibilidade soemum dos desse -estranho e alucinante -ütfade e ee projetaram na sua mérdo, nasceram -está ma mrimeira é o.claa Solnngc — Estado O terceiro, "Cemitério". áo leitores, isOlando-se num plano Dlr^eJa, anesmo, obra, complexifica, pae página. Simples -e .-doloroso. Foi evolue se ainda que quase inacessiwel aos que «Já que consignei as expressões ra que Ôsscs versos exprimem uma deso «caso 'que, satisfazendo antigo inão conjunto o todo envolver liniciaram mos caminhos mas se pre- mnti-PDéticas nos versos dc Marsensibilidade mórbida, 0 . sonha dn tÜlbn, â rose fi-Mira-Ihe <la arte -ntudeiiia. cs»- «os Konder Reis, desejo assina- ses Fundamentais movimentos. do foram admitir que íci-imes «primeira vuz uma :ano, este negação pela c conseqüência é -comAntigamente :o poeta vinha ciltos num momento de ilar, também eerío liuittorismo jogo fantasia de ttavaiana.. Ligada a cada um deles: ausência, pausa, entrese 'com em -com delírio que a repouso. malctats, as suas rua • vizinhas da «mesma idade, a pe- para » pleto que Sie quebra, às vezes,, -con-quenaSolange, -vaidosa e contem • -os síus pincéis e as tintas da cruzam imagens eStravagantes gravidade dos seus versos, e alucina- traste que resulta numa impres«te, vinha tiríneantíb «o (Carnaval» O esquema tem alguma mtilisua imaginação, 'pintar ao ar li- tde instintos bestiais "orgias *ma•espelho como .místicas, dc ia- ções vre, mirar-se no .são picaresca e por isso Iam- dade. Mostra-nos, por exemplo, Sábado domingo, segunda... lamorte", da bordel no -©hl, com -que rapidez, para sua cabras rodeados de silg<rs tranqüilos, que as artes plásticas, de um "fíigolõ de virgens. mortas", íbém anti-poéhca. outro, de rítmicas, artes canas exóticas, l filias c náiades iam do, fides e de ms -alegria, Mas os valores positivos siio 'fazer passando o tar arrebois-engolfados em sau- "Gigolo de cadáveres", "Quero As priparar Sc ela pudesse ma sua poesia e co- têm raízes dlvcrsissimas. dominantes ¦» Ressurmovimena um -eslrtílas dc vieram ressurreição! Quero ocliorar as a tempo; se a vida fosse um Carguc, ouvir mio amostras desses valores, co- meiras As segundas do naval que mão tivesse .fim'! Ter .suas mâguas, as suas saudades reição t". Ihidas a esmo, vou alinhar, iso- to utilitário. termovimento gratuito. É prede misNada um anoele suportar mer-mettse os seuspcmtres. estudar Além do excessivo que iladamente, as seguintes imagens, rivcl professor de .matemática, térios guardudos( sovtnamentc mé da poesia de Marcos Konder que só uma grande sensibilida- ciso, pois, cautela nas costumeino surrão do siíbco-nsciente. Na- Reis, não podemos deixar de fa- dc de artista poderia conceber: ras aproximações entre as artes fazclr 'exercícios, 'Copiar os pon'o terde um e outro grupo. chegava agora E da de entictons ou dc nuances zer»restrições a certos vocábulos já tos..... Mc era tue Com indefinidoras» ceiro dia. >0 •ultimo dur! íEra êlc-usa jé preciso também não aproxi. Quando se ilem os lábios entumeauti-poéticos de que "Foi 'brauco. "Ou sofria., ibem. conno aproveitá-lo do chocantes, arte c jogo, pois são co.sas vocábulos preto mar preciso abusa, cidos de beijos guardados . para o espelho •'tio"bomxuiarto da eu não sofria. Bu 'era a cria- tnndentcs, improferiveis mesmo se excluem. mutuamente que -mundo, bonita. ou feliz do ia mais tura mãe: por-se cm prosa, Que bebo sói de madrugada na . Religião, filosofia, ciência, são o mais desgraçado dos mortais. Olhou-^c alguns instantes, subi:A poesia de Marcos Kondor concha das magnólias evidontementemente irmãs e so to «fastou-rse depressa para o Sc era um desgraçado, inulti- iReis parece inspirada mos pnn¦* -* * é. situam na cumiada, por nasce-o trfis a sua desgraça interior da casn. Masmi-ila dc «volsegundo os rimbaudianos plicavA por cipios canções e de Vomitando ta, -uma -caixa de -fósforos na pedaços rem do mais desinteressado c descarrava-a vem rimas dolo- quais o poeta deve "esgotar tômoribundos sonhos também do mais tolal, movimenmão. Pobre Sohmgc, mão sabia rosammile :reliuscadas íc icm ima- -das as formas do amor, do soto humano. Apenas, acontece que Üm-urdidao. , cia que a fatalidade, deusa Sc gens parientemente frimento c da loucura" e a poeuma da meditação do mistério, de quo cospe cs'5rei tísica a "é cronSva menina ;e Uma cega. era feliz, fazia a mesma operapiedosa :método de exaltar um sia -no travesseiro surgem, nasce também o tumulrosa Ia dc '«ma -vitima. 3Sua (intenção, eão aritmética e servia essa iféultrapassar «o homem". vida c a to interior, que se vai expandir o naturalmente era -Tazor com licidade em taças de 'cristnl, -co- Rimbaud, aliás, é t> seu itinoraem dança, música, poesia. Razão do moral sinalclássico Todo o sofrimento mo se alguém mais, além do rio poético, o poeta da sua' palito apagado o que estar três artes acabam zinho da :facc, igual n tantos oupoeta, pudesse participar da •maior admiração. Dai aquelas •pobre está contido mcsles versos: por manifestando o transcen-a sempre tros que em .outras. measiões embriaguez .tftís seus sonhos. tão freqüentes ua alternaçêes, E, dente. por efeito de contágio, csqmnas Vós os que ficais nas mãe «tive fizera, .com j materna! lhoje ,pclo contra- sua pDesüi, de pomba e leão, de O poeta tumulto extravasar-se, esse vai ülcera*, de simples mordidas mu-mo. nncraçãn -a Carinho, -caramujo -do rdc instinto e alma, dc matépia mo fecha ,rio, se maneira indireta, de embora ajuda c rapiUü. Mas pára que e demônio... Bebendo humilhação com a mào mas de vsanto rlôbreespirito c mas :mundo tntuidor, seu do plástico, que, artes grupo estendida... 'certo da mãe, sc já agora ela não 6 'Üo subconsciente, Mas. entre a vida de um c de se desdiante, cm gas galerias de ide outros ponto mais aquela ;ei'nnrça :Nho diferençarl 'dc 'onde utilitaoutro, vagas mos chegam só sentido quanta seu de prendem tempos? iEla ípróprla, por suas imagens., sombras imprecisas, «residirá nisso, porventura, a linE, ncstfoutro: rio. .aguélo inãos,'.e a seu gostq.. daria falsidade que nos da alegrias '"toilctte". c estrangulados soluços pressão ultimo TSJtoqHe .na O curioso é que, cm virtude da .Marcos tíonder Reis deixam certas explosões dc in.s- Mastigando desesperadamenle o iDopois., guando os pais a «vissom, ireprimidas. -essa do unidade de espirito, ura certo -geração -de ,pne- tintos tnordazes ma poesia vos jogam vomo paralelismo se estabelece entre haviam-se de admirar:... sorrir pertence ii üfue $ão ExJleis? Konder [bofetadas... tas. Poeta rniaflcrao, a suatpue- Sr. Marcos . e gostar. >E .riscou o -fósforo; as artes do espaço e as do tem-" cor* Jlimlmud .em «entre as situada que plosões sia mede ser c paramas eis que, ao fa-zê-to. Me -aceso "Os Cegos", po, não obstante sua origem respondiam a um impulso natuque mais sc caracterizam pelo de exceção Com tiu-se, .cscapafido-se-roe múA -da diferentes. essência sua hermetismo, pela .inaccssihilida- xa'l do seu temperamento., ;*Jas mãos. tFoi tudo -num irclamsica è uma arquitetura como tão ré ÍJoemia,, O que é mm doe pontos culminai!'ipagá'. de, motivo por .que, a-reio, ja- sua vida devassa •» ffpgo »lnE©mÍi«M -as .tiraos de versos, coletânea dessa tes "Illummations" bem viu Paul Valéry. Da músiera poeta das jtlrikns <dc -papei vcelofone ode sua mais chegará até ao povw. melhores dos seus poemas sao ca desprendeu-se a dança, como A moesia -de Marcos Itonflcr limoulsivo c atrevido tanto ma sala de rhavaiana, ftransTormande aqueles em 'que o poeta mergu- da arquitetura se desprendeu a atíbitamotíte mumn -sô Sábareda a íléís se «Itua mm tra .plano su- vida lutistica come na sua vida lha da infância, revivendo im- escultura: o dançarino é uma sua jbonlta fantasia. íDesespera- iprn-ireatista Tarameirie sc «pró- ireal. *üma era o reflexe da ou- presões fugidias que jamais se estátua que se move. E desprenda, 5olange saiu át>s fritos. f,Ora, ximando do monde «físico. HE â tra. Du melhor, a sua experiêmapagaram -de sou espirito. Im- deu-se a poesia, como o "afresco'* -cia «ontiimauma era artística de rmarea-nte ê a sede o -vento ainda alimentou -mais o mola sua (pressões transmitidas caleidos- se transmudou era tela autônofogo,, demorou a -vir :gente, e Sívf inito c dc wmer %»e amrasa » ção da sua experiência liumamá, copicamente, mistura de sonhou ma. •quando aparceeu >nno .fui sem (.alma do ;poeta. Amor mo sen 'as com todas as suas fugas para infantis com sonhos adultos, o Continuando a ação unificante, ¦grande «dificuldade -que <© ilomi- -duplo sciítldo:; »mor -di\4no è regiões metafísicas. Ao pas- tauc vem imostrar cque o menino espírito embebeu de beleza as o -Itonder Itels «continua vivendo mo poeta e o •«araui. Swttautes ^depois, entre mrofano. SSotas mme mão soam so que jcom Marcos 0 aHgazarra ic ciuniosidattc, a asais- munca -em surdina, mem se ass*>- acontece o contrário, '©uem m meeta «continua menino. Vê-se coisas iiue eram úteis simples' tência levada Solange, com ruimente. Dai, as artes industriais. ciam mitm .-conjunto marmoni»- «onhece pessoalmente, (descobre, «flue Marcos Konder ftete api'0= ' ' k :do.... " Mas Tf«e se mrmzami m mu floge, essa antinomia entre "»-o •veíteu aqueles conselhos «de Rai«o. O Estado,- disse eu, é o clan -poesia. -arrjjSe *ner às sua e «em a ipoeta memte., famosa ma isolada sua soam Maria Éifl-e que se complexifica e distendo ', —quo desbocado ser agttazes ide parece em lítropeios abranger todos esses funimessoa, cidade n amanhece Tranqüila ^Carta a mm jovem poeta", pois para mesta 3qu«rtta4cira -âe ©inzas. Mal jção, dc rtwvúítlsmt? 9 4e deíi^o. vá o termo, pois outro não me que se -utiliza, para informar a damentais movimentos. Sua ori» em ;ec adiváiHha io «que iórani ms ,Üins das gem primeira ê o movimento sua mensagem íntima Sua amor. do ""imagens des seuspoética, -de Carnaval «es -«escassos «vestisonhos, dos procura •gios das ruas. A« «coisas têm um substância a família. Seria bom -de recordações*', «objetes suas -ar «ngênuo, irepousado, 'casVo. í; "seu ÜSMIIMES H 0T.URN0S que ele jamais esquecesse essa mergulhando no próprio «tivesse substância e essa origem. E, ao és recomo «c a cidade *%3m TÔsto noturno", do es- mundo*'» tdo tromance leitores Vários de envolver, atmosfera por força de sua enerpente submergido,: -Nos «versos "Poema", com que gia expansiva, todos os movimencrilior gaudho üeinâlâo Meura, Í-Liv. do Gltíbo. €ol. Tuca*Ma aubmarina. 3sía transpaencerra o volume, o poeta se tos fundamentais, não olvidasse 'rêucía tes-verdeada das águas, a no) pr0nunoiando-.se «obre a mesma, descobriram certa se- -liberta de todas as cadeias que que essa energia de expansão lheintiCardoso, Lúcio de cainovela de mmeba ta-zui um ipequeno melhanca com -uma coilheDida o prendem à terra para -librar- veio do movimento de meditar em «ãe. Cant-os fantásticos, se no universo, pois que tinha o mistério, que deu ao homem o jtttovinuuflo :de 'câmara ílcnta, tulada ^Inácio".. "entrevreta marcada com devera sobre o racionais e tum promma interessante qual Eis aí perito açompanhana o íúret-uo uninuscu"além das senso das estruturas na inspirado Via-iLátea^ a Moura se Reihaldo para -ou totais. | Teria -Eleito lhora da nunciar-se crítica. a éor to. qireV nebulosas", entrevista que nada 'insensibilidade? :NSo asei. Lúcido, novela de Lúcio Dardoso? ^uais os aspectos em que mais mais O que põe a.religião, a filoque a sua queda no inolho o cortejo passar e não .con» se aproximam os dois escritores ? Proble- finito, é esse a ciência,em. plano supesofia, particularmente infinito que ele tanNem ao mesigo comover-me. 'Perdoa, nossa crítica. a "asrior seu, tornando-as por cerapaixonantes ao de para certe, roa*, -busca a e que considera to Solannos ter surpreza. forma intangíveis e sagradas, cericâe sem fim". E nessa arre- ta ge. ^i6 «que own teu .neme -eu semartes, — nas artes nas «como E metida louca pelos itinerários í'f-.'lnao. Sopre prefisenti eáte«rnriiJna. nas artes < - iMâkOEL® Bkmk mágicos de sua imaginação o rítmicas, por natureza; ide SC— 1./.«n nn innmo /ir» de contágio via encontra, afinal, a porta piásücas por e vive a poeta istíoriíifea, ríiumca *le seiítiora, amagratuita manifesta Marcelo íiarna pertence ao numero dos poetas simbolisías sem limites que lhe franqueará se dame ou «dona.; Solange, nome elas também^ liberdade criadora, em do de fila foi cnefe grupa esquecidos. 3Lm JRôrto Alegre êle a entrada messe mundo que vem «tlc mt>Íva (impossível tlt- musa de se Pois, resguardadas. devem ser "surgindo Foí -entre Eduardo Guimarães. o admirável -do outros, numa explosão que íigurou, "Via concomo poeta, -irmão tle SBeatriz, íOfôlia, uma elas, contra atentasse hoa idéia a da .Sociedade Felipe d'01iveira a de editar nome para neve e -de luz", e que o levará tra a religião, a filosofia, a ciênAnabel Lcen Soiangc -um?» hoje de críticos aos opartunidade «do dando .rfVferi^o Sacra" ioi-áín, 'gravado poeta, ao "Deus Vivo e à Liberdade". cia, o Estado secaria a íoute de «obre ser -grande público e ao para lhe apreciarem a técnica e os méritos Jiroto a ednas (daftas üurevtssimas,, sua própria magnitude, Hajaí, Zkwta Catarina, ipocsia. para conhecô-le, ifflasíl^ei ^esas, entre ¦ ¦* W0*^SéÊÉiê :'\ * * ^^KWfc.jw .:••';; -*^ ,-w.t-4> %' k £ T Jí. /t S DOMINGO,. 22-S^I946 vlní... Ziembinski scí-miacreditou' O transeunte ENFIM nunca c teatro no pre no nosso teatro. Empossivei' dizer porque,' mas era coma uma dessas fatalidades» o teatr» brasiieíro hão con^flsià nunca acompanhar o ritmo 8c des?avolvimento das outras artes em que, graças a Deus» brilhamos. como podemos- Mas isto agora: não interessa o que interessa & que enfim Ziemhinskt veio e velo o grupo doa Comediantes e veio o bom teatro. O nome de 0* Neüí^no cartaz do Ginástico, tinha a força de um convite. Vsmos assistir "Desejo", versão brasileira de Miroel Silveira, de "Dcsire under the Elms". O teatro de Eugene G' Neill respira numa atmosfera dramática tão espessa», que sua en-cnnção é uma tenra tativa que fala sozinha sabre "Dà: 'j.-o s dos Convyir-n. fò sejo"é uma cadência; dramática que acon.ece à vida de alguns homens e uma mulher numa rude fazenda da Nova Inglaterra por volta de 1850. Não sé poderá dizer que é o romance da ambição pela terra ou pela amor, que é a história de uma paixão ou de um caráter. Porque tendo tudo isso, não é de nada disso que tira- sua ex!s"Desejo" é na rcalidntência. de, apesar de sua sangrenta construção, a deml.:rgi.'i üc i:m episódio de amor. Uma dem.urgia amorosa que brota coma um caetus nas paredes de pcdra da casa de Efrain Cahot, no coração de Ahbie Pu.man e fioresce nas mãos de Eben. A coisa acontece assim: — O velho Efrain Cahot tem três filhos e uma fazenda com uma ca:;a de pedra. Os dois filhos mnis velhos, Simão e Pedro, são da primeira mulher e nada de especiai os marca. São homens de seu tempo e de scu meio, bovinos e doméslicos, apesar da centelha de aventura pioneira que ns atira aos eldorados da NnCalifórnia do século XIS. '-<-•'-~s os fcw^õri,s temrjo que1^ e domésticos podiam ser aventureiros, como. hoje po_ei.i- :>u" aviadores. O terceiro filho» Eben Cabot, provem do segundo matrimônio e sua mãe feneceu como uma flor pisada pelas botas do velho Cabot. Ebon, cr-rs r ç S--"i à mãe no encargo dos scrviç.is domdsiiicjs, tp.o.ideu ua u'L. o.xa o'-o'adi'n:i de .«"eu ir. bn'!io. o sofrimento da mãe» Está certo de que foi o pai que a matou» eom a sua implacável ásperoza. Seu jovem coração? se alimenta desta amargura e se cmbriaga do desejo de vingança e de ódio. O ódio, o grande precursor do amor, ronda de todos £ Pógiira, li ^ tô T E X ZIEMBINSKI VEIO « • ANTÔNIO CAO os lados a casa de Cabot. SImão e Pedro odeiam a velho, porque sua persistênica dc viver lhes retarda o sonha da hcrança da fazenda e ua pari ida para os caminhos de ouro da Califórnia. Eben o; odeia; porque êle lhe roubou; a. mãe. O velho Cabot também odeia, tudo c vive incrustado nas pedras de sua fazenda construindo, uma solidão. Mas ás veze3 existe o diabo. E num dia de primaveras o diabo entra no couro; da velho e o velha sai numa-, charrete alucinada pelas estradas c traz ao voltar uma n<iva mulher, ambiciosa» ardente e bela. É Abbie Putman. k chegada da madrasta, Simão e Pedro tomam seus sacoa de viagem e partem para a Califórnia. Estes são homens sem maldição e sem eleição e setis planos dccorrerão por certo com todo sucesso. São homens do mundo e do tempo, c o mundo e o- tempo conhecem seus filhos, e para eles todos os problemas se so: lueionam honestamente, mesmo sc fôr preciso fazer algu~. ma trapaça. Porque a trapaça è a moral do mundo e do- tempo. Quando Abbie Putman che~ ga c se apodera da casa, o j.ovem Eben cresce era rancor e sede de vingança. É a_ usurpadnrn do lugar de sua mãe, é sua inimiga. , Mas o mesmo diabo que enno couro do velha Cabot» ' trará incorporou-se também na cheirosa pele dc Abbie e envenenou o coração de Eben. Sobre a fogueira do ódio e da vingança ergue-se o clarão, do. amor, c a mulher trai o se» marido è o filho se apodera da mulher do pai e com satânico prazer, dos cornos de qne ailovna a cabeça da velha constrói a vingança da mãe e é descansa de seu fantasma. Nasce um filha, e o velha de diaba no couro a julga seut e faz- crer a Eben que Abbie o concebe» por um frio calculisma nara se apo- ao assunta: —¦ Prêmios âa Acaãmia — vnsístí»mos na tese que procuramos defender no último- domingo: VOLTANDO a causa principal âa ma insignificante vepeveussão literária é a modéstia do seu valor econômico. A Academia & ai instituição o,ue maior número de prêmios concede todos os; anos no Brasil: nada menos de nave.. Mas iodos eles de pequeno valor Cr% 4.00Q,QO apenasJT, havendo somente um na> wion^tante de Cr$ 10.000,00. 5Tenão vejamos a relação, gwal desses prêmios: _ ''Prêmio Machado de Assis", de Cr$ 10.000,00, pela conjunto de obra literária de escritor brasileira que tenha puv blicado pelo menos um livro altamente recomendávé', no triênio âe 1944-1946; de Ct$ 4.000,00; eada wn\ destinados a II —. Nove prêmios"publicados "inéditos" em 1946"y em Unguaporou livros Estes autores brasileiros. prêmios são es seguintes:: tuguesa, de"Prêmio ___ Olavo Bilac!% para POESIA, a) "Prêmio Coelho Neto", para ROMANCE. 0} — Afonso- Armos"f, para CONTQ e NOVELA. e) "Prêmio d) — "Prêmio Sílvio Roméra" para CRÍTICA e ÍBSTÓRIA LITERÁRIA. et £. "Prêmio Joaquim Nabuco", para HISTÓRIA SOCIAL,, OU MEMÓRIAS. POLÍTICA "Prêmw Artur Azevedo"t para TEATRO. fi — "Prêmio joãa Ribeira»,, para FILOLOGIA» gy — ' ETNOFOLCLORE. a GRAFIA e "Prêmio mWT¥>r . h) —.. José Veríssimo)S't para ENSAIO e ERWDIi) _ "Prêmios Carlos de Laef\ para CRÔNICAS, VIAGENS e quaisquer outros escritos que se não enquadrem precísamente nas alíneas precedentes. Como se vê, prêmios numerosos e para todos os gêneros literários. E, o que è mais, embora düuidos em pequenas par» celas de quatro mü cruzeiros, eles atingem um total de 46 mil, o que representa, em última análise, a mais considerável soma âa dinheiro empregada no Brasil em iniciativas do gênero. A não ser o Instituto Brasileiro de Educação e Cultura, que os nossos prêpromete prêmios de 50 mil cruzeiros e até mais, ao total inferiores de quantias mios culturais são todos eles "Prêmio Fehpe O A"aâe»ia. a"rnvtnrt do oue disvende com o "Prêmio ^Oliveira" é apenas de Cr§ 5.000,00; o "prêmio Graça Aranha simbólico")- exa (que tem sido ultimamente um simples da Academia Paulista dc Letras é ãe Cn? de CrS 3.000 00; o"Prêmio Calôgeras"', instituído pelo sr, va10.000,000. Sé o lentim Bancas, para ser conferido pela Associação Brasileira, de Escritores, atinge uma soma reatmenre eteuada: Cr§ 25.000,01/. Os outros todos, porém, são mais ou menos do mesmo nivel dos bem prêmios âa Atademia. Ora, ao, que vos parece, o andaria regulamento reuisse Assfà se avisada a Casa ãe Machado de dos seus prêmios, reduzindo-lhes o niXrHero e aumcntan<?c-lhcs a dotação. Em lugar ãe nove prêmios ãe Gr$ 4.00QtOa cada um comenta dcacneaneem o- amor, "Ninguém, mata nhvlado: guem". Isto,, pmxMir- é outra hisíória. Vamos aos Comediantes». Ziembinslii è Sandro, Olga e Orlanda Gu-y. <J dirigente dos Comediantes demonslro uma. perfe.ta' noção d'o^ "'role'*' de "metteur en; scèlis;'" amis» até aqui talvez nãotenhamos, conhecido euúe nós. Zienibinslti, segundo.' a lição de Pitoeff, representa todos os: per«onagens, na- sentida de que lhes infunde ái vida física, mode'a as iiia:;caras humanas que escolhe,, como. escolhe e BÍtimai as íu.onaçocs: da voz: e dos gestos,, mas também, e sonreludo, sopra, nas: narinas de cada ator a atmosfera il« alma teatral que lhe cabe. Dar corpo a uni: sopro divino;, deve ser a tarefa de Zicmbinskii.. Numa; peça dea de 0*Neill, a miurg.ca como "metteur en scèdemiurgia do ne" transporta o, espectador & plenitude dbi absoluto teatral, abrindo o porta de todos os outros absolutos e dando ao tcatra- a concepção de Pitoeff — moral, social e metafísica. Concepção que, bem. enteniud.o, não bole iradi»! com Os valores puramente artísticos: do- teatro, que sãa amorais;, associais e independentes; da meta física. jcm-se a impressão de que um Ziembinslri; iiâo> esquece inomonlo o1 caráter ¦didáticopoético' du> eucenaçân-'. Dos ai.ores, è- precisa lembrar lambem; que raramente os tem havida hons; na Brasili. João Caetano á uma história que os nossos avós cantam e noscos avós? tinham! péssimo- gosto e nós. não? e&taivainos; lá pára ver. Depois-, disso* nós. mais- ou> menos- os; cauhecemas, e mesmo quanda eram. bons atores faziam- péssima teatro. 01rfa e Sand-co.- aparecem cm grande estilo» numa força piásfcica a&« vezes assombrosa e cspa Inundo, sfibue a* cousa» um sopro- dramática iíiEesistivcl e nwtôntico-. José Orlando Guy e <derar da fazenda. Eben rompe com a amante, e esta, para demonstrar seu amor, mofai o fi'lho querido qne se erguera, como um obstáculo ao amor. Esta a história. Sobre cia se poderia escrever muito, «obre/u:Io sobre o seu dtcaoMPfc» flna-1; quando os dois amantes se' entregam nas mãos da policia à justiça de Deus, este Deusque é o mesmo Deus de Efrain 111 Hk *4^-'-mf 1 Ziembinski Cabot, um "Deus Juro e snz;nha". Um Deus dificil* responfiável por todas as coisas. Mas não é nosso intuito falar sobre 0* Neill e o sentido de sua peça, que é uma réplica talvez ao verso de Üscar Wilde na "Bailada do cárcere de Reading;",, de que os homens mao objeto dD» amor.. tam sempre Como o "fratelli a un tempo» stesso Amore e Morte",, de Leo> pardi. No primeiro ato,, quan>~ do ainda" não havia Abbie». quando não havia amor, os IV lhas; que viviam no odio> fa— Iam vagnmerte- em matar aiguem. Mas; Simão, como. um; eco-dc todos os que não canhe- e vm apenas de €r$ W.(ÜX)$% ar Acadeiwa. p&&eria> amnaUndar suai dotação orçamentária pa-roj €%$ füÜJ&BÕjgblt ($ traí cruzeiros: & mais; somentef e distribuir todws os amss sé dbüsr grandes eadat nm — o> "Prêmã® Machado, primiosr— de 2S mil cruzmro® "Pwnúm de Assis":r para prosa, e o> ©l'av0> Mítesa^ pmai.poesia* Evidentemente úm prêmio litev&n® 4te"haMoí 25> «wt cruzeiros; n& Bsasil'% i& significaria algymat. ao%sa\ e prq.Qsam.ents. de: despertar mais vivo, interesse wm mossas altos efaculas, culturais. Alias, por acasiãa da passagem da. Centenário- de Machado de Assis, par proposta, ddí comSssã® encarregada de elaborar o programa da^uéias comemorações?, & g/mêinw instituiu', dois, prêmios desse tipo — um. de C>$ 9ÕtQ0B,9W e um. de CfcÇ . —. 3Gv0GQ>,GO;, qm infelizmente caimm. rm mais «emíj^ío? esqueci» memtOy nao chegando) jainvsâs a* sw emcedidbsp por wm simples motivai de omissão: orçarrwntârna.*» A Academia^ dentxa da. tmfeoí geral qm inspiroik os maio» graãos "Prêrnãos Machado) de tâsstâ* de$ Ministério' da- Educacão; poderia instituir, portanto* em vez és W pequenos prêmios anuaiSf no valor total de ffimít cruzeiros,, ff que dilui e degrada', m sua importância-, dbis grandes prendas de 25 mil cada um —para prosa e poesia, apenas, — na. soma global de 50 mil cruzeiros.. Se assim, procedesse as Academia vM-a. prestar evidentemente mais um. belo e grande serviço às nossas letrasf contribuindo de modo considerável para o progresso cultural do pais. * Em sessão pública das mais brilhantes, a Academia recebeu ha última quinta-feira,, o sr. André Siegfried. O economista francês foi saudado peto sr. Rodrigo Otávio Filho que fez um discurso elegante, discreto e fino. Au sr. Siegfried coube fazer uma conferência sobre a língua francesa. Foi uma horade puro encantamento- espirltval a que êle nos deu. Fluente, claro e preciso, êle. falou durante cerca de uma: hora sobre as earecleristicas fimdamentais da língua- francesa, das qunisl de resto, sua laleslra admirável foi úm exemplo, Fa-> lando, aliás, da língua france» sa, êle nos deu em última anáUse, um estuda' penetrante e feliz da psicologia do próprio povo francês,, de cujas qualidades essenciais a> bela língua de Franca ê um fiei espelho. .... '/tf , Faleceu,, '«* siatuuia pausada, mais aníinm dos servidores "e da devotados mais [Jéis gos, Academia: a continuo Antônio Barbosa. Tendo entrado para a Academia desde que se inangnrcj o Petit Trianon, êle ali servta ha 23 anos — e era por todos estimada. Os $rs±, Pedro Calmon e A/a» Jardeü ftiiim tt&rusunUuri-sat fazendiv «si dbi^ filhos do velho Cahat^ STmõflr-.CR' Pedro. Orlando o camG&X, xvzo' inácnsnmeie "b<MH«o e domesponês-, UrutOii tícor r ebeir.ando a teWa",-.como *v üUfirlrami» 0'Neill. fr. um» vocffçüt* wníca»-inegável. Êsse instiua). na. leartro observa-y tambem, emttwra menos dèseavolvido, tiiiiv Jbrdfel! Fillioi Zicmrbi?islfei. esí'A suberfiia no velho. Cabot. Passagens-, (tomo aquela dat. grande' moi»4íefta' da Miliriauaii rçmmdta» arranca do HiindVy d* alma a» eonvicçao do que: Deus não 4- nada fácil; esto Deus i qwc «stá m»a pedras, — assumem; uma pujança d:..mática contagiosa, a inesquecível, O^ velha'- vive neste momento, Io absoluta^ drama» a> coração, da peça. Níntai mais existir,, nada exiatiu,.. nenv » fazenda» nem Abbie- nen^ Ebcnv nen» mesmo «r» demoniov. fi!c eslà. s«zinho. Sô coiw Dteus e' coma Deus. Tudo. cm. redor è um> supra do Deus. & sua- preseaça que vive nos; objetos;, nas pcssoa3, na terra e nos-, movimentas. Esto mistério;, que- ninguém- entendo e do qual: vive- a solitário» iropregnnrá deste momento; em diante O' episódio inteira.. 0: própria dclegadr* de polícia1 o; pressentirá,, quando no. final! lança um olhar- de cobiça sobre a fázenda-. Elrra mesmos está dominado rior êsfe sentimento, qnando pronuncia a ultima palavra do último'ato £Ôbre a beleza da madrugt!a na fazenda. Mhs a madrugada não cxste,, <p% a fazenda» também não. Só Deus existe noi coração; dos solitáZiembinsUi, justamente rios. como- Pitoeff é «ro ator Bi linguc. Os- raros e pequenos defeiios de pronuncia enr dois ou três tons d'e "e" aberto1 ou fcchr.dO são; largamente comoensaclos pc!o. sentido profundo que o estrangeiro descobre em cada palavra div üíigua nova, muito» mais rápida mente- que o nacional, afeito ao. '^isto- rotineiro- do- verbo1, ft: vcaimento assombrosa a valorlzaç-âa da palavra na boca,, nos olhos1, nas mãos,, no» corpa toda de Efrain Cabot. Ê precisa; que todo a mundo que gosta; dc teatro vá ver os comediantes, vá ver as primeiras flores do* grande teatro no Brasil;, este teatro- que hoje começamos; a ter, porque cmfim Ziembinski. ve*o-..... Sobre a cenário; dc Eras G<)ncalvos; uma. palavra'. Cremos que. a solução dada peí> jovem pintor e eenartsta satisfaz, coi*tamente. fi!"e preersuu- adaptai' a: figuração: de OWeilli ao ]icqueno- palca dó! Ginástico' c com issa- achoni uma fármulh» qne se ajusta- bem Si marcação^ que o díiretor imprimiu. & peça. n/fo> du ttitiva\, hmvninmto a morte nepentihai de Barbosa, fizeránv-llw a ePogú» eonwwdò. Q> ar., hevip €<mieipw propôs nm voto» eongratiilafôma- na ata pela nmmnl^BtçSai da Constituição). aovnJtetmdk» sua significa* raa es imoryrMmwa^ Na nroxima quinta?fefra\ às tH haras^êsTi Peregjrfim J-imior fará uma eanf&rêncfa sôlire o patronot :dé. sua . cadWtiet» João Franciscot tts&aa. Essa ettnfevencia* faz par.tte da séjríe. éta *Cim cia di» (tiriqiiventenáriir'* « vara ela não.- fttóéívl wriüitèk éspe» ciais, sendo- franca a entrada. Ma préteima dia T> de outubro tomara posse da cqdeira n. 3, substituindo Filinto dWtiteida, o sr. Roberto- Simonsen^,qne será saudado pelo sr. Josi €arloÈ de Macedo Soares. N'a próxima sessãohla Acadé* mia o. sr. Luís Edmundo vai í reabrir o. debate sobre a «jues» -' 1(40 da Linuiia Brasileira. j pnbll» A Academia resolveu "Ftnrilegio oar uma ed:cão- do da Poesia. Brasileira'*, de Var» nhagen, em c. voJumesK m0*™* e comentada pala< sr* Rodoljo Garcia & X ¦& ,: |#** •' -mi '' •KL. .r'TrSfc. ' S*-,'AÜBftS3-;; '™* <* kETRASâE -s:AR.%B*. :,r""^",- ¦¦'¦-- ¦-- -, ¦'"• ¦ ' ' ' '"""—' '.-¦- ''•#'•.•;•.'.•.'•:*•'..' ¦' . i i i "'¦; D&MtftâÔ, àã^-194è ¦!••-- '"I l| -''¦-—' ••''"' •'- uma pena que nem Iodos conheWASSERMANN JAKOB .çam êsse poeta, cuja poesia fala como muitos outros que nuo tra~- «GoJovin y El Crimen — de perto à nossa sensibilidade zcm revelação alguma. No entradução Angélico" dc lido 6 livrinllo seu de tropicais tão acostumados tanto respectivamente de P. OUeste sol, estes rios e ca. com uma só vez, suas quase duzenAlfredo e ver Branchfeld — choeirais,. esta natureza enfim tas páginatí passando entre nosKueda, Santiago Cahn Santo Tomás de Aquibarbudo dedicou vate o — sos dedos muito cclercuicntc. a Aires Buenos que "Del Editor ' . MARIO PB ANDRADE p _ Ente y de no **<iase não «padre JeBuino.do Monte leitura, lira. a porém, sua toda a Terhiinada Loaad'», Essência", «. la de um seushcPublicarão nome Ale. Silv., dc Faria"c Carmelo"-r guardamos Depois que Otávio "(I — Edição Buenos Aires. róis ou heroinas, já esquecemos traduziram 14 do SM AN Filho Adonias o enredo dc todas as histórias. do Ministério de EducaProcesso Maurizius", Wasscr. histórias prefiro OLIVEIRA RIBEIRO NE-• A que eu saiba, não há uma Das doze mann ficou conhecido até da< ção e Saúde, 1945 ~"Lucila", em forma de diário. iadeste TO'— "Cantos de Glória tradução portuguesa coritentau se niesmo caixeirinhas que "Sermo E' com, saudade c ao V — original tractatus^de mais li; et Livraria Martins Editomoso E' não somente--a da Scnlioi? coih os romances P— —•; 1946 um tcnu>o rcspdto quc ,a gente endespvrta ra pouco essência" passa, a quc ente et como que "Um AndraLeandro Dupré.' Por isso não i aa no livro quc Mano dc dc.ua marido", ou do doumenores interesse. a escritos de tre os chamamos sem propósito que "A Mariposa e a Chama" tam- •tor Angélico, como a verdadeile terminou às véspera*nos lcmComo o músico quc deve tocar atenção dos .leitores para a tra"filosofia consenorte. Saudade porque o instrumento autor o pede acordo com bém agrada pois ra introdução à dução argentina destas duas noumasoisto é, bramos do bom i»^ggg sem ou dedilha, excelente leitor isso, o Por a assopra deixar rene". quc guiu velas, que embora não reflitam í>Pdlt''c.1 o Alncito porque o l'vl° e executar,, de Gondiny, caso Lituma por Luis o tentando de não. lução versão para todo o valor do romancista, ponaquela "Clair de Lune", do feliz e depois que ele morreu é Reyna, bem de conto proo Wagner deste exemplo, aiberto final sem lidas prejuízo feverc.ro, jjem ser dc CaíScnoile dc 25 dc Debussy cm trombone de yára, fessores da Universidade não repete o chavão antigo Mesmo quem deporque c "O gum. ano 1>1C0a ura caso ,v constituir em deve autor Peru, já lú vai do o abusa um assim o poeta precisa venej.u? tolica csque seja realmente conhecer "Retrato da moça Nesta publicação do SPIIA.N leitoos dc acordo com os seus seu ti<le broche", sopara motivo júbilo do contentar se critor não pode — nue dc tão rara quase mn'.nem aos Scntc.se afeiçoados quc de verde", etc mentos, com a força ou o volures brasileiros mente com sutis obras primas. conhece (o meu vo uma Para crutem metafísica. da Placer ane do seu estro. Não pensa asqualquer Xavier problemas Traz ainda este volume extenDiumíbi presente do Carlos Oliveira Ribeiro Neto e é sftsim compreender Husserí —• pai da sa a nos revelar, algo que ele so estudo de Lázaro Liacho — c Kiekcrgaard mond de Andrade),.-,-^M^ o quc seja, quc sabe mesmo fcnomenologia nem Wasscrde ibre pena pois com isto está levando a vida e a obra o diz com éle próprio — pai do existencialismo, — o 'importante figura-da ^W sua poesia para uma direção crno «eu coração ou ria süã «1só aos jaz indispensável que mann, "Do vem consecuriosa e ele essência" em da dia ente c rada, c o exemplo temos neste ma. No que a :> compreendem bem um roman,: e colonial paulista que) êsse senliiucnleitura uma exteriòrisar seu último livro que canta a ser preparatória via guir elsta quando lhe conhecem ,\ uuíre Jesuino dó Monte Carne-c teentão, „ no fundamental papel, to aproe o se sobre glória da Faculdade de Direita jogá-lo qual da, estudo o músico, pintor, arquitetoesta R.F. São Paulo, a terra brasileira, remos o livro quc dele esperade um dos sequiosomente fundou -— tòjve- entalhado.'." .-Porse vt a certo estou E mos. a noite paulista e outras glória; que para nossos ilustrados críticos — liafirmação do autor ja dois Vera Seus vê-!o Francisco romance. um de nossa pátria. Prefiro será o escrever seus rodapés... "Puntos criticofi dc la coimportância do volume, dado "Golovin" e "Kl Criíncn Andesabrouma flor ser tem enxergados cantando vros quc que 'série dc "0 vulto dá figura estudada. .IteaicoutempoMatemática cha na ponta de um galho, un? mo tentativas. c uma gíilico" pertencem à mente o padre Jcsuiiio mesmo AU'. SÍlV.: ; rança" Losãdá, Buenos regato' que murmura por entre Escândalo do Fidalgo Ernesto", figura impar que estava vesperlim' Aires. a estrela sem pedras'; como . isto é: são novelas curtas, j, espera de um sujeito .firniamenno alto brilhando do Sente-se seus lirpiff) pretensões. grandes Mário para se revelar aos Francisco Vera, professor arto, porque êsles são x>s verdaas escreveu Wassermann que A^lltlLU dc uma autor peé próprios patrícios. deiros temas, os motivos inspt sem gentino, e esforço multo sem "Historia Vele a pena ler este volume, e poderosa temradores de sua poesia, nascich» quenina nao se. passar algum precisar "Coleção Jacinto", da divulgou pois mesmo aqueles quc da Matemática" que A como prisões, para entoar minuetos ou valsas , po observando "0 brairitcressnhí por estes problemas leitores os entre nome seu NOITE. românticas e nunca para excA MauEditora Proccso com via aconteceu històvicos saberão apreciar volume, Este quase sileiros. cutar hinos barulhentos, E' por Elas não aumentam .iarizius". agora as suas da de mn homem quc teve a iracursos dc dos Transformando resumido todo isso que nem sempre seus caiu nem diminuem o valor literário seu o dácht de tudo c que em tudo ampliando pelo A. atividades, extensão dc glória apresentam barprofessados tos 6 do autor, mas justamente por na pintura, (Menos de mais cassou. sul-americaUniversidades participando em e sonoridade monia perfeitas. programa, lidas ser devem para isso que Índice, aliás)-. Saberão tambem aprçseguinte da vida da cultura, a traz o acaso: nas, uns versos, perto Citemos por fique üe se que não pensando valoi "A Noite", ao lado do que ciar (mais uma vez) o sc verifica a imporEditora qual pelo unicameno romancista escrevia "Noite amiga, fecunda e foiti? Mário dc Andrade como pesqiumovimento • do livro em geral, tanciã c a atualidade dos pon— te livros superiores. sabe — üc como coleconsiderados sador que inúmeras críticos" criar tos [ccira, acaba dê ""lilatií em crises la maternaAle. Silv. era um dos trezentos e einqucnseinenteira céu perfeita, a justificam ções qmc a espalhar pelo mUUl"El tertium ta cm que o escritor &ç tica?" (Ca. I); mente o apoio da inteligência c de estrelas de ouro e luz num ' IKT* dividia. sc üu matemática la en Dennon datur plieava. "Dafniá [campo azul. a preferência do público. — y "La Materna- j ¦'-'¦" Longo "coleção atual" Cap. ID; boa, madrinha protetora Ale. Silv. "HI>; Noite tre estas, sabressai a Cloe", Sfopena, s. d. da lavoura tica dei ftlglo XX" (Cap. "Gra milagre deste verde Jaehito", destinada aos livros noDiscutem a autoria desta "Axiomatica" (Cap IV); abençoada pela cruz do sul." IUYMUNDO DE MLjurídicos, quc ambiciona reunir vela grega, como se discute até matemática" -.'/. NEZES. "Emilio de Melógica matica, y em volumes, sob a responsabiHo"Matemática finistista hoje a existência real de "Daf(cp. V); Vejam como soa falso aquele nezes". Martins, Editolidado de autores consagrados, forma, De mero. "verde (cap. qualquer infinitista" matemática milagre da lavoura" no rcy ra, 1D4G. o quc de melhor sc venha a_ "La crlsis de la imen- nis e Cloe", que Schopenliaucr " estréias" de ouro c luz VI); Raymundo das meio direi, de alizar coiriò estudo \ predileção que atração da simbolo em VII) erigiu (cap. transfinito" cion y ei num campo azul". Por que nâo to. Selecionando rigorosamende Menezes tem pelos boêmios de belo um é sexos, poema dos ViA cantar somente as estrelas ou a ft; pretende, já na seleção, orié notável: tendo escrito às modas K F resistir de capaz amor daNei , noite feiticeira? Por que não fade Paula entar os leitores. d'a Boôtriiâ "Emilio dc todos os tempos, literarnas Menezes, de lar ein Liberdade, cm Glória, em como Iniciando essa coleção, nos agora ais Mais citada do que lida, a estando Anchicta, quando sua lira nasde acaba volume, ja seu primeiro o último boêmio" padesses historia "Código pois pastores "Martin Francisco, ecu para cantar os passarinnos, de ser publicado o preparando re.ee ter sido, de fato,' o ponto üuie o luar e os mal-me-qticres? FranAri dc espirito Penal", de Processo um boêmio no munromance do de partida . boêmio co. Em 3.» edição, indispensá. marães Passos, poeta e Ale. Silv.j do. Um prefacio erudito e, pois, iiaevel em qualquer biblioteca esComo se vc\ ao autor nao valoritradutor, do instrutivo," pecializada, êsse é um > livro essam muito os brasileiros qu* A PROFESSORA HILDA — zou sobremodo o volume notios nem inafirmar esteja se à — Livraria José pátria pode que foram úteis Cardoso Lucio ciado. Versão direta de Júan a coioao definitivamente corporado 1946. políticos quc ajudaram Olyinpio, espanhol do Valera, prosador em que moderno espirito jurídico bracar o pais na situação romance do autor XIX, século sileiro. Escrito - com clareza, os se encontra. Para Mc é na pura 0 sr. Lucio Cardoso é um dos "Pcpita Jimencz", cuja tradunuma expressos comentários nossos romancistas mais fecun- ção brasileira existe por ai. boêmia... ,. ^oijo — essa DALLOWAY deMRS. os assuntos por didática, simpatia forma tive Nunca dos. Mas essa fecundidade não — soltradução Virgínia Wolf R, Fnsco compostos com método, não cnííeraçáo passada, que vivia uma prejudica cm nada a qualidade. biblioentre de Mário Quintana — Linossa a Lucio do riquece apenas sr. trocadilho livro novo cada A tando y^ . .tado Globo, 1946 —— vraria nada so. Cardoso, surpreendemos um nografia jurídica. Valoriza-a, empada e um chopp, r OGS13. V/VJ1W * des. bretudo quando sentimos nas vo passo para uma perfeição li"¦ zendo de útil, avesso vivo Hoje, de Houve no mundo í^arissimas de objeticada densas intelectual aproxima se suas . terária que páginas, ta geração Duas dela* cm.mulheres geniais. vidade c penetração critica, um vez mais, num sentido de -amexageradamente apegada a Inglaterra, na — e foram nàscei-am dc quem natniral e vivo estilo literário. e força, só comparável OSWALDINO MARQUES sas seríssimas, cornar plitude "Tragédia Wolf. Virgínia "Cantos do e Bronte Emily sr. coledo uma de o Burguesa" Primeiro livro -deseja resolver de Walt Whifc. problema % "Código acalia desta com E' leio que de — PeA justamente Processo Faria. de dc entanto Introdução Otávio man" ção. mundo. No t de sair, pela primeira vez em de Nuy-Annibal M. Machado ., —• nal", dc Ari Franco, poderá inprazer algumas páginas ele língua portuguesa, um doa seus Olymplo José dicar os livros futuros. E os Livraria No drama dessa professora mundo de Menezes em que mais famosos que enri.dos romances — ter: uma efe1946 .—• Editora futuros autores. Contam.sc, do interior que sofria dá vida nova ao anedotano Me-, o movide e Emilio qüece poderosamente de dos rivel mania tivamente, já programados, perseguição, Paula Wei c deste ano. editorial mehto mununi indiscutível se firmou em Marques de utilidade vivia mergulhada dswaldino obras nezes. Em "Mrs. Dalloway", sem fa. do dolorosamente solitário — como um dos melhores tradutoPena, entretanto, é que o auque, contribuindo para solução vor"uma obra prima*de romanna curta e densa história de res da* poesia de língua inglesa do certos problemas, não deitor — que tem jeito para a.coi—• ce, o leitor brasileiro poderá ter Car-. Luçio nos o sr. muito inteligência danação, Há uma entre nós. que xam de auxiliar os estudiosos sa e bastante da idéia uma das terreno do mundo maravilhoso é nos suplemcuapresenta Esno nos leis. vê-lo doso das ficar habituamos a teime cm ha interpretação inquietante esses escreRinal que se abrigou uafi licoisas melhores os literários quc já todos, da esforçando para e se tos piada. anedota pecialjzados quase escritas mais. escrito, bem feito pela autora de nutivro páginas tornar acessíveis a grande vros divergem no conteúdo. Al- veu. É um homens deviam ter "The Waves". Com um estilo agreste Pende uma disso. os versos varrido leitores mero de poesia por alguma coisa além guns, de tese ou de fundo teócomo ura cintilante de feérico e o um Menezes tem dé de Masters, desolada, Lee poder oun c Edgard fundo de Raymundo que so que rico; outros, técnicos,' descrer* sol,' ela diamante ao leitor até — em algum, livro T. S. . Elliot, de um Longston prender a atenção do bem poderia prático. Todos porém necessá— bado* marcado dia um crise oupelas — de uma Weldcn o desenlacc que Hughes, de um James focalizar uma rios k consulta imediata. próximo ali neste do as e ladàs todas Big-Ben..Ê "Coleção a dá interesse a êle nos talvez não nosso Agora Johnson. passado tra figura do Jacinto", pois, Com a Dalloway, está isso deiClarissa prepa* de nem mas de inumeráveis' alguns tradução por seus aos poemas pessoas, a mostrar a Editora A Noite se propõe Os leitorc» rando uma festa, fosse. xa dc existir: o da falta de fé, Withmon — os mais conhecidos leitores uma vida .que ' ? entregar ao leitor de língua estranharão almas certas de — de limitação digno possivelmente da Ha do lírica da exemplo um poeta que eles oportunidade, com para portuguesa, matéria deste romance, que ie. setts versos à si próprio ao ar que substituíram o egoísmo peser imitado. Porque — cmnn os melhores livros jurídicos. iavanta uma série de quadros, si« sofrimento e o — esperança, falta. os astros la árvores, lhe as entre não livre, talento escrevi mestuaçõès e detalhes que não pe» si de fecundo pela oferta e oa rios. Além dos versos OswaJL Nem jeito. romaàesc'». tencem a© trivial mo. tlino Marques aiudá presenteia ALC. SILV, ai resl Entretanto, justamente um com seus leitores prefácio É, finalmente, o drama da auwoolfiana: lição de ii* a grande e noticia biográfica do poeta sência de Deus até a hora últiusualmente o material ra ela, Ma» norte-americano. Áonihal ma. E este tema nada tem de empregado na confecção de unu sua chado se encarrega por precioso ou invulgar: pertence novela não tinha a importâncii 1— ves de enriquecer 0 livro còm Mann a todos os dias, desenrola-se em Thomaz "Freud, Goethe, Wagner, que se lhe costumou dar. Cou o seu conhecido estudo, de mutodas as cidades do muudo. "Doa sua estranha visão da vida l — volamè este pequeno XAVIER PLACER Tolstoi, Poseidon, Bue"Professora Hilda", neira que de —» do drama do homem, ela cons« é Com a meinos pre* Histórias Curtas" cem páginas ze de nos Aires. traiu uma estética surpreendeu» Luo sr. • Livraria Agir Editora. 1945 magistralmente afirma aproximara os se cioso que para conferenQuatro magistrais te original, que reflete a gra» ascen> cio Cardoso a poderosa "A Moniuuíi pela primeira vez de Walt WithA gente passa por estas doze cias do autor de I:terádeza de seu pensamento e o po* vida marca sua man. ção que histórias de Xavier Placer sem sr Mágica". A primeira sobre Freud «nos, der de sua técnica. Tudo isto s» trinta êle Aos ria. simples possui nqfá nesta calig Não sem ser atraído por é, realmente, original e nos ensicomover, a eüconira cr» f!Mr«= DaUoway'* honra uma bagagem qual-. mor* da em sí, que tradução o exame sob a a considerar na dos. psicanálise personagens que qualquer quer grande escritor que üves= mente quando 'versos, se truta «e tradulirti angulo novo. O trabalho soas vivem., som se deter num tre. Isso conversai flores, lembranças, se atingido os cinqüenta. tarefa árdua nrt ção de bre Wagner record o de Ailthey páçhp interessante ou numa Jis. educada^ certeza de hanaiá assistido Basta ' pela pessoas vencem. porque, por • qual poucos A respeito do mesmo compositor. .gliia bem escrita. cidade di é da êle romauce, cussões, visão da missão do a inteuçâo a salientar enquanto Vale a pena entrar cm contato A contribuição do autor pap/í Londi^es, e a somlw» inevitávd principalmente um artista, c ledo tradutor, desejando dar aos com o ensaísta Thomaz Mann, n evolução dó gênero preferido iaBeleza do nada a da morte, que espreita a* criajtU' vanta para uma imagein seus. patrícios (cm• por Maupassant, seja quanto â tão grande quanto o romancis• '^Sr^-j,.-'. '¦ o corporá-la vida à ¦¦--'^ o é bora gigante i -'»pálida) do que, to. Oti maio" "C técnica ou quanto ao estilo, não ^" *•--"" *" -' R.F6 Soares Cri9ti«no Wbitman, lealmente, é SOARES. Walt «•viste: é um contista a Mis; «- Filosofia Biografia Novela Romance Ensaio Conto ¦\ -•¦¦'tí*--x^-tí<:í-% --'"' ..VI 4 s ¦v^isii--'"''¦¦¦:' "/ lr.C-TA.AS _.$MINGO. 22-9* 194* ... W" i,..:,;:..1 £ ART&S *t»*i**-'*--< ¦ ' ' ¦;_"' '• [¦**!(tÍM*í**-e--i'i**' .jj CLASSIFICADO 0 CONTO 00 SR. ADALARBÔ CUNHA - SOVAS RECOMENDAÇÕES AOS CONCORRENTES C0«-^w<«Â extraordinário, além de toda fixncutativa q numero de originais que vimos recebendo para o nosso eoncurCONTINUA so dc contos. De tal forma que, st continuar a crescer a obrigado» a restringir as nossas onda de concorrentes, seremos "Correspondência". Já não suo mais na mesmos, aos respostas quarenta, c sim cinqüenta ou sessenta concorrentes a demandarem limítir-nos a simsemanalmente. Desejaríamos um julgamento, "Desclassificado", "Classificado"; inas se no ou pies indicações: efeito que o sabemos bem no bastará isso; caso último primeiro, 'porém,, não veremos tal secura pode produzir. Dentro em pouco, outra solução para atender o numero assoberbante de concorreutes Convém acentuar que o critério de seleção ainda não está rigorosa como desejávamos. Dissemos c repetimos, destinar-se o concurso, dc preferencia, aos escritores novos e inéditos. Tal.eireunst-meja não nos levará, entretanto, a admitirmos quem não iriostre vocação de escritor, não revele mérito literário. E a simples facilidade de escrever, de redigir não basta para ser escritor e muito. menos para fazer-se um conto. Passam.nos, constantemente, pelas mãos, páginas bem escritas, sem erros, sem tolices, em boa sintaxe nas quais, apesar de tudo não encontramos nenhum mérito literário. Insistamos pois, no nosso apelo: queremos escritores: que estes não se receiem em cnviar.nos suas produções; dêlcs depende a elevação do nivel do concurso. Não se imasinc, também. que a seção "Correspondência" lem a feição de Um trbunal ou de uma banca examinadora, onde vamos distribuindo puxões de orelha. O caráter até certo ponto educativo que procuramos dar ao certame, levou-nos a atender dessa feriria os concorrentes, fazemlo observações e sugestões d-? possível utilidade para os prin. cipíantes, us plumitívos. Certamente, os que já demonstrarem qualidades suficientes-, escaparão a tais admiüfculos; Qi:::nLo aos desclassificados, desculpam- a nossa franqueza. Não pode ser de outra maneira, meus amigos. Recebemos muitas cartas cheias de esperanças verdadeiramente enternecedoras e sentimos ter dc derrubar alguns castelos. Mas. a literatura não é um j-;go de xadrez nem uma simples recreação: é algo de mais sério, de muito mais sério. A b:nevol.Ancia excessiva será duplamente condenável num país como o Braril, onde prevalece um critério frouxo e de pouca responsabilidade no julgamento das coisas literárias. CORRESPONDÊNCIA WILSON DCS SANTOS ROCHÁ — HIO — Não è própriamente nm conto, e sim uma rcdayio, uma composição. Dada, porem a idade do autor — quinzi anos apenas — podese esperar coisa melhor. Redinum gc com facilidade, mas tom ainda bastante convencianal. Por óra desclassificado. ALCIONE DE VASCONCELOS — A autora p~diu-nos para no cuso de classificação entretjnrnos a importância a qne ela teria direito á União das Operarias de Jesus- I^ouvamoe o seu gesto de caridade, mas para gne a União fosse beneficiada seria preciso qne o conto fosse melhor. LUÍS EDMUNDO SODRfi — Agradecemos os cumprimentos. lembra, O conto "Obsessão" porem, agudos de tenor subnrbano. Desclassificado. — MANOEL CORDOUM Juiz de Fora — O limite que imptiscmos resulta da circunstaucia de cscaisez de espaçoOs conlos muito longos iriam ocupar grande "Pega! parte do suplePega lamento. Este drão" desclassificado. AÜLETE FARIA — Rio — Piero Deliu a sua "Espera felis". Desclassificado. DEMOSTHENES GONZELES — "A Valsa" desclassificadoB. NOGUEIRA — "O Canario", qne o autor denomina de conlo exqnisito, não è ião exqnisito assim, mas foi desci assificado. DA FERREIRA "cheSERAFIM ROSA — Rio — Muito, "Hisvrotante" também a sua ¦toritt dum poema". Desclassificada. IV. A. CORDEIRO — Rio — Sobre o conto "O Anel" diz o autor: "O personagem é ficticio, mas o fato, é verdadeiro'*. Verdadeira, mas o senhor não soube transforma-lo num bom conto. Desclassificada. ARC1UNO TAVARES — Embora não redigindo mal, não chegou a fazer contos em conFoi dições de 3er classificado. "O o qne acontece com "O Poder Navio de uma canção" e que Deus lhe deu". LUCAS. ALVIM — Petropoüs Terrivelmente melodramatico "Uma Cruz na Estrada". outro. Desclassificado. Tente GUIMAPAIS ERNESTO RÃES — Nâo contem"A lolicei, Ultima mus muito vulgar Façanha". Desclassificado. CARLOS ALCEU JUNQUEIRA, São Paulo — Agradecemos as , palavras de estimulo. O limite não pôde ser nltrupttssado. Os que,' porém, o desobedecerem serão considerados ou nao, critério nm de acordo com particular. O concurso é permanente, não havendo, por lanto, prazo — para n entrega de originais e nem limitação de os concorreunumeros para tes. — LOBO JOÃO CA LISTO revela Seu conlo qualidades. Continue. Não chegou, porem, a ser classificado. ORLANDO BASTOS — Suo Pniilo. Sen conto esta nas mesmas condições do do concorrente acima. Bem escrito, mas um tanto banal. Procure fazer melhor. OSÓRIO — Rio — Aconselhamos a ler os grandes contistas, Só então poderá compreender o que se deseja- como conlo. Por ora, desclassificado, TARAMIS — Bem CLARUS "Passageiro de Segnnfraco o Desclassificado. da". RICARDO BARBATANA ando Nas mesmas condições terior. — Classificado. SÉRGIO Aguarde publicação NABOR FERNANDES — Rio Muito cheio ds lugares convms o "Poder da Inocência". Desclassificado. GEORGES WILHEIM — São — Pressente-se no autor Paulo de "Um caso muito atoa" tendencias literárias. Deve conlinuar. O conto, porém,> nâo pode ser classificado. LUÍS TOLEDO MACHADO — "O Balisa" não está mau, embora não chegue a ser classifi- b) Termhiudo o mês, %.uberá cado. Veja se faz melhor. Meao leitor desse dia — por meio nos banal do que êsle ultimo. de votor enviado num coupon J. C. DA ROCHA SOBRINHO — — redige estampado êm A MANHA Tem qualidades, "Cheque" contos esdos não bem. Mas o pu— qual o melhor bjiçadòs. Os votos serão rece— tá em condições de ser clássibidns até o fim do mês prártficado. H. M. D. — Rio — O conto mo, quando se procederá à "A Historia de meu filho" foi resultado apuração, sendo o imediato no número desclassificado. publicado além da vencedor ao e cabendo A VOTAÇÃO PARA O COUPON cruzeiros, 300 importância de POPULAR com qne já fora contemplado, Continuamos hoje a publicamais a prêmio de ROO cruzei— ção do conpon do concurso na ros. da da 1.a secção 3.s pagina c) O concurso será franquea— "MANHÃ". Como já declaraa todos os escritores brashdo mos. deve ele ser remetido, deleiros. sem exceção. Fazemos, — para pois de. preenchido entretanto um apelo aos noA MANHà — praça Mduá, 7, "Grande Concurso de Contos ' vos ou ainda inéditos para se valerem desta oportunidade de de "Letras * Artes". ¦-¦ Couporem A prova suas aptidões, pon. já que um dos principais obieo Neste, o leitor assinala tivos do concurso è contribuir melhor conto, dos contemplapara estimulo das vocações lidos, publicado pelo suplementer árias. to durante o mês. d) Os originais nâo deverão Hâ um prazo de i mês para de três páginas e meio exceder a remessa desse conpon. dactilografados, almaço) (tipo Desta forma, o premiado do eom dois espaços, ou seis págimês pelo concurso popular sâ nas em manuscrito com a con— será proclamado no fim do dição ds ser a letra perfeitamês seguinte. O prêmio estamente legível. belecido corresponde à impore) Oi autores poderão usar sem tância de 500 cruzeiros de pseudônimo, revelando,, pocontrtr os 300 cruzeiros pagos rêm confidencialmente, o no— na o ¦ nsião em qne o conto foi me, coò* a indicação de ser oü classificado pela comissão jul« não pnbli"ado o mesmo, gadora. classificado ou premiado o conto. Os originais nâo serão'deO PAGAMENTO DOS CONTOS CONTEMPLADOS volvidosO pagamento dos contos conf) Toda corresjwndência retemplados no concurso è efelativa ao concurso deverá endereçar-se à R"darão da A MAtuudo dos sábados e âs segnn"i trazendo a indicação dns-feirns na Caixa de Nffà "GRANDE CONCURSO DE Noite". Para melhor orienta"LEIRAS h AHintercuMdas erJ CONTOS DE ção poderãa TES". Será mantida uma seção procurar na portaria de A MAno Suplemento LiNHà 5." rtiidor do Edifício de "A Noite", o sr. Rodolfo Fct- permanente à referida terario destinada correspondência. Ninguém fireira, que prestará todos os eselarecimentos necessários. cura sem uma resposta. contemplados aos A Comissão julgadora é consQuanto dos Estados, A MANHà provititnida petos seguintes escritodenciará a remessa da imvorres: — Adonias Filho, Lúcio destinaao Cardoso, Marques Rebelo. Matância diretamente Emprêda aaência à ou tário, nncl Bandeira e Brito Broca, sa *it Noite", caso exista na que será o secretário do Concurso. localidade. AS BASES DO CONCURSO AVISO AOS CONCORRENTES Repelimos, a seguir as bases concorrentes aos Pedimos do concurso: sempre o nome e o anunciar a) O concurso ietá caráter pseudônimo no próprio origi-^ sepermanente^ devendo ioda ilusnal do conto a fim de facilitar mana ser publicado, com o nosso trabalho. tração, um conto escolhido peO CONTO CLASSIFICADO Ia Comissão Julgadora, entre esta semana Foi classificado de os recebidos nesse espaço "Culpado*, do sr. conto o autor ao tempo, conferindo-se ArtãTárdè Cunha, hoje publtd importância de 300 cruzeicado. ros; ' (Conclusão da 5." pá„ina) CULPADO! tacto para o bolso. O senhor não ia fu> mar? grafa continuava sorrindo Ah! sim... E para cúmulo, Tirou o cigarro do bolso pelos olhos."chícíet". e ficou com ele entre os de- mastigava >— Escuta, Oliveira (elo dos, a mão .espalmada na . tratava o gerente assim mesa. do úlO Io revispr, o de óculos mesmo), você soube "soítlite", aproveitou para mostrar-lhe um erro dè : * concordância. demais! era Isso já Que ¦ (Conclusão dà 7.* 1 un> é qüe estüdantézinho è frêhtè a êíe solfeja umapâgésçáde ginásio poderia compre- \a quas^.çornplstá. sà por,,in/eliencTer da; língua tta ; lítefa- ..cidade. v.nSq.., se, ,,eo;tryb;cas6Q.,no #*&(%& .agudo, Volta à mesa.;-, Penisa em tural t,'j •;;,PwH;:w.v'- .-, '^a-qjtfr ieyadjrrsj?. ;ítEstáá sojzinhô' erà Ilha ; _^.(j senhor veja -Gabres-'' ;'Está''' sózinhoi'- "rio **/\ tropa, na \ sua' maioria rdas. 'mundo.- v0 uniforme foi 'üma»í:és'früstradai; entra- "r-Q-ár Está":$M'sji$osb composta- dé üegros, ptrdtitI': ",]•;., ',..... Na sòíídâo dum |aího. .'"" ràni...... 2.'„ ¦,.'...,-,. ;i Depois,'! tudo ..ép deserto^, o m[ Sorriu complacente. Po- c^m2nsurável.'.'d2s,erí0. ;>.•-¦ Vai. àV4ò> brc'''révifof:í ^inibr^^de'):»;- jhinhái Mss o aíiiversí/ío do- Prsr dos os révisorés do mun- feito só para o ano. Fala-se muito na elevação do atual Cônsgo doí Mas aquiesceu: de Monsenhor. '.'pMj.'•/• Sim» *- E*. D&, fato. Foi um à categoria bisr cbrijèíStüi-as timo sucesso de livraria dos Estados Unidos? — Já. E' um ótimo livro. Mas e os saltos? Como é que aconteceu uma coisa dessa? Enfiou a mão no bo^ô para esconder o tremor. E displicente: •— Coisinha atoa. O revisor exagerou. Eu volto amanhã para acertar. ¥ÍSTA PARCIAL DE ILHA DAS CABRAS japSO. ! ¦ry^'it?-y.: :.ií-5 * '•"'yr:'f' : y Pra p|ue outro não -i- Bem, tarei para diátíutii* ..isso rt:D compreenderia..* amáriliã eu vòltraduzir os sal» ¦ * tos assinalados;.;:>; - y, - { E saiu, Na outra sala o gerente discutia com a ielefoQisía sobre unia Hgação interurbana. "Hem feito, sua seriai--* ta }" pensou. Mas a daçtiló- ;||| Q; p)ú ,v%m{''párá r!que |ò'.nâp/é^tâp^cedp p Santo Crisma. .'.(Enrim,:.tjha.^das Cabras' pouca oportunidade oler reee para quem queira exibir-se. "Também que adianta a gente saíi fardado pela rua?" pergunrou Lo!ô. E continuou matutando: *Q povo não me respeitamssmo... E sem farda a gente, é tal qual .ym capitão do Exér.citp à paisana; precisa ssmprev alegar.a sua Borra pacondiçço de oficial... '.. terra ê Esta; uniforme. ra esse riern tfõ or^*n--ra que gèrrte^morre mais aqui,'.>'•!*[',.j^K''".-l' w Foi' quando Terezinha chegou dizendo-lhe, .çusm 3 prata Jacinta, de tanto beber, morreu de hidropsia no Hospita 1". ! -• Lófô deu --; um saltou e berrou: '—-' Pròta nsÓ sár^hàra1' sii.estújjida,,' Foi',', urM .^ranefe.. mulher, OUVIU? .'..-!"'''„'!,• .•;:; :-'.-,?.-, ,E saiu,, nurna desabalada sem j|m, a procurai do JvÍasstro-Capi> tão, avisá-lo do ocorrido e donvp' ; cár a banda pára* ô enterro. • Precísafricnte àãs4 hõrasdâ tar* de, num dia de semana, a vila deserta, o "caixão da fábrica. Se» guro por quatro indivíduos que fòrarn iníirpad^s ^ pelo delegado paira tar fírrV* surgiu?: ria Rua àà Hospital, e dentro dele —¦ JACINTA de tal. •Àtrrs, aó seu uniforme azulmarinho, a banda gemia, trágicamente a marcha fúnebre de Chopin. "-,-. . Lofô atravessou o LaegQ da MaIriz. Solfejando, inda pôde ter, nos olhos dos qüe paraaíi acQrreram, o escândalo; já dentro da> ' Matriz, esgue?rou-se por un-ia das colunas e foi segredar aosi Ouvidos do Dr. Promotor: . ¦-.. Nâo, doutor, o filho dessa mulher, chamado João Quiabo, e que hoje reside na cidade de Tu-Paulo, é pan, no Estado de São músico também. E o senhor sabs: Ps músicos, como os bachareis, sempre tiveram solidariedá;. de de classe"? ,.\ j"'.y.' „.. •' À pédidó da .família .a.i.ndá não enlutada a, banda, não tpcau .no trajeto compreendido pe.la.Rua onde. se.assenta -o casarâo-spbracib do Simplicio. Outros óbitos de indigentes ocorreram, depois, com certa in* Ststência em Ilha das Cabras, como os de Sinhâns Cata, Chic-uinha Caga, Benedito Sapo, Manuel SaCi. Tfxtmoala, Toninho. Xanxo nhâna Camelo. A todos a banda deu a graça- de sua comparíncia. Qucndo morreu' o Tabelião Simplicio, a banda, por deliberação não tocou: expressa do morto, com enterro mes compareceu ao ps Instrumentos enlaçados por à exceção do uma fita preta, Lolô que alegara ser preta a cor h'0'e, já ha de seu instrumento, enterros sem banda de música em Ilha d-s Cabras. Fslizmçnte. *< Dantas Motta* —-Mas isso não se faz. Assim... As mãos suavam no boiso. Não esperava por aquiIo. Pensou que o outro tivesse um pouco mais de consideração. Não era um Fiassassino, um ladrão. "ladrão'*. cou pensando no Afinal de contas ele já havia recebido o, dinheiro— 5.000 cruzeiros — e o trabalho estava incompleto. Revisor de uma figa. — Amanhã eu trago tudo direiítriho. E até amanhã, 'Oliveira;! 2ví.„JlJ JStS O matraquear da máquina Mo òd-^xòu ouvir ^..res* posta do outro. ; Será1 que ele respondeu?, "È^qUánioV^sper^a'^-^^vadory decidiu que iria- tomar um curso intensifica*» do de inglês. Era preciso, Ele, que viera da provincia com tantas, apresenta» ções, precisava ser mais honesto, mais direito.* O seu nome. ..O. elevador passou lotado e ele desceu pelas escadas. - Mas não voí tou no dia seguinte. Nerfi nunca mais. O pai morrera na provincia e ele teve que ir tomar conta dos negócios da fa* xmlia. Parece que uma cria* >ão de galinhas Leghom. j * .~».v-**ii **«-ÍÍ-V» ""' *;^~^*3 •_.' ¦:»»».. '¦"Hk-.-^i»»''•. ;S*>-£&Jtí ii^ífi íxtms esfries . * «.'.$'• .. ^^ - ¦ , .^ "p?* - •¦r-' ,;$>'.•. —-* 11001JAHFIBO. DOMÍNGO, 11 DÊ SETEMBRO 0f m* à .' *&« OS GRANDES SON1TIST AS DA LÍNGUA FORT Ü0ÜESÀ ...••!..r..i- -,'f. í,*'- fj"»*' •."•'?*'»*"* GREGORIO DE MATOS (1633-1696) ,<<"«**<**. ^¦m ¦f,:.. <*'_"" * /'"*.*»¦ -fcA\»*».->, Y- c\rct 4 Ilustração de SANTA ROSA PEQUEI, SENHOR: MAS NÃO PORQUE HEI PECADO DA VOSSA ALTA PIEDADE ME DESPIDO: 'ANTES, QUANTO MAIS TENHO DELINQUIDO, VOS TENHO A PERDOAR MAIS EMPENHADO, SE BASTA A VOS IRAR TANTO PECADO, A ABRANDAR-VOS SOBEJA UM SO' GEMIDO: QUE A MESMA CULPA QUE VOS HÁ OFENDIDO, VOS TEM PARA O PERDÃO LISONJEADO. SE UMA OVELHA PERDIDA, } COBRADA, GLÓRIA TAL, E PRAZER TÃO REPENTINO VOS DEU, COMO AFIRMAIS NA SACRA HISTÓRIA,. EU SOU, SENHOR, OVELHA DESG4RRADA\ COBRAI-A, E NÃO QUEW4IS, PASTOR DIVINO, • '& vms-À CléRli N/l VOSSA OVFJM* .