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Pequenos Cantores de Viena (ÁUSTRIA)
Vienna Boys Choir (Austria)
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XXIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA DE MACAU
Pequenos Cantores
de VienA (ÁUSTRIA)
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XXIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA DE MACAU
Maestro: Andy Icochea Icochea
Director Artístico: Gerald Wirth
Programa
Canções populares dos ABBA e Queen:
Queen
Barcelona
We are the Champions
Johann Strauss II (1825-1899)/ Arr.: Helmuth
Froschauer
Polca Vergnügungszug, op. 281
Johann Strauss II/ Letra: Rosl Hujer/ Arr.: Uwe
Theimer
Polca Tritsch Tratsch, op. 214
ABBA
Mamma Mia
Chiquitita
Thank you for the music
Tomás Luis de Victoria (1548-1611)
Tenebrae factae sunt, responsório a quatro vozes
Canções pela Estrada e pelo Tempo Fora:
Canção popular finlandesa/ Letra: Eino Kettunen
(1894-1964)/ Arr. A. Icochea Icochea
Ievan Polkka Joseph Haydn (1732-1809)
Gloria de Missa Nicolai, Hob. XXII: 6
Franz Schubert (1797-1828)/ Letra: Johann Gabriel
Seidl (1804-1875)
Nachthelle, op. posth. 134, D. 892
Canção popular uzbeque/ Letra: Yulduz Usmanova (n.
1963)/ Arr. G. Wirth
Schoch Va Gado
Franz Schubert/ Letra: Christian Friedrich Daniel
Schubarth (1739-1791)
Die Forelle, op. 32, D. 550
Canção popular indiana/ Arr. Gerald Wirth
Jog.wa, bhajan de Kolhapur
Canções populares chinesas/ Arr. Gerald Wirth
Alamuhan
Gao Shan Qing
Gioachino Rossini (1792-1868)/ Arr.: A. Icochea
Icochea
La passeggiata “Finché sereno è il cielo”, de Péchés
de vieillesse, Vol. 1 Album Italiano
Li Haiying (n. 1954)
Wan Wan De Yue Liang
Andy Icochea Icochea (n. 1973)
Salmo 61
Canções populares austríacas/ Arr. Gerald Wirth
Singa is ins’re Freud!
Wann Du durchgehst durchs Tal
Und wanns amal schen aper wird
Waldhansl
Carl Orff (1895-1982)
O Fortuna (Fortuna Imperatrix Mundi), de Carmina
Burana
Intervalo
Johann Strauss II/ Arr.: Gerald Wirth
Leichtes Blut, Polca rápida, op. 319 (Letra: Anton Neyder)
Kaiser-Walzer, Valsa, op. 437
Design de Arranjos de Flores: Cindy Chao
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Notas ao Programa
Johann Strauss II (1825-1899)/ Arr.: Helmuth Froschauer
Polca Vergnügungszug, op. 281 (1864)
Embora o seu nome seja Johann Strauss, o Segundo, é indubitavelmente o primeiro em termos de fama. Pelo
menos três outros membros da sua família foram também compositores activos: o seu pai Johann Strauss I
(1804-1849), bem como os seus irmãos Joseph (1827-1870) e Eduard (1835-1916). Quando o jovem Johann
tinha dez anos de idade, o seu pai tornou-se Hofball-Musikdirektor (Director Musical dos Bailes da Corte).
Isto constituía uma honra, mas o pai Strauss não queria que nenhum dos seus filhos se tornasse músico, uma
profissão considerada então de estatuto social bastante baixo. Johann foi, assim, inscrito numa academia de
comércio. O rapaz, ajudado e com a cumplicidade da sua mãe, teve lições de música sem o seu pai saber e, aos
dezanove anos, fundou a sua própria orquestra, a qual teve muito sucesso.
A Polca Vergnügungszug (Polca Comboio do Divertimento) é uma polca típica de Strauss, que pinta um retrato
da vida europeia no séc. XIX. Nessa época, era um passatempo favorito de Domingo explorar os arredores
das cidades de comboio a vapor. A viagem, e não o destino, era o objectivo do exercício. Vergnügungszug
(literalmente ‘comboio do divertimento’ ou ‘prazer’), uma polca alegre, conta a história de tal passeio, completa
com empurrões e encontrões para entrar no comboio, sanduíches, coelhos na linha, chamadas de pássaros e
apitos de comboios.
Johann Strauss II/ Letra: Rosl Hujer/ Arr.: Uwe Theimer
Polca Tritsch Tratsch, op. 214 (1858)
Tritschtratsch (‘chit chat’) é o título de um vaudeville de Johann Nestroy, levado à cena pela primeira vez em
1833. Em 1858, os jornalistas criaram um jornal satírico com o mesmo nome, Tritsch-Tratsch, que troçava de
pessoas famosas. No dia 21 de Março de 1858, o jornal publicou um retrato humorístico de Johann Strauss
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II, especulando sobre as suas primeiras visitas a Pawlowsky, na Rússia, onde passava os Verões a dirigir a sua
orquestra para os veraneantes. O jornal sugeria indirectamente um caso com uma mulher russa, e o mexerico
espalhou-se por Viena. Strauss escreveu a polca como uma resposta.
Tritsch Tratsch foi composta em Agosto e Setembro de 1858 e tocada pela primeira vez numa casa pública
em Viena em Novembro. Um cantor chamado Johann Baptist Moser escreveu uma primeira letra para a
música, mas o novo texto de Rosl Hujer, escrito especialmente para os Pequenos Cantores de Viena, descreve
um encontro de dois conhecidos que não têm nada a dizer um ao outro e enchem o silêncio com frases bem
educadas e sem significado.
Tomás Luis de Victoria (1548-1611)
Tenebrae factae sunt, responsório a quatro vozes (1585)
Victoria nasceu em Ávila (Espanha), cerca de 1548. Mudou-se para Roma em 1565 para se tornar membro do
Collegium Germanicum. Em 1571, sucedeu a Palestrina como professor de música no Collegium Romanum,
e em 1575 foi ordenado padre. Em 1585, Victoria deixou Roma e regressou a Espanha para se tornar capelão,
ao serviço da Imperatriz Maria. Supõe-se que apenas escreveu composições litúrgicas; nenhumas outras peças
sobreviveram.
Tenebrae factae sunt (Caiu a Escuridão), um moteto de capela a quatro-vozes, faz parte do Officium hebdomadae
sanctae (1585), um ciclo de 9 lições e 18 responsos escritos para a Semana Santa (período que vai de Quintafeira a Sábado antes da Páscoa). Os textos reflectem os sentimentos de Cristo antes e durante a crucificação, mas
também os sentimentos dos discípulos e do povo. Tenebrae factae sunt é um relato da morte de Jesus, destinado
a ser executado durante o segundo Nocturno na Sexta-feira Santa, ou seja uma serviço fúnebre da morte de
Cristo. A igreja estava iluminada apenas por velas, e durante o serviço, as velas eram apagadas uma após outra
até a igreja ficar às escuras (“tenebrae factae sunt”), ficando apenas acesa uma vela escondida atrás do altar.
Joseph Haydn (1732-1809)
Gloria de Missa Nicolai, Hob. XXII: 6 (1772)
Joseph Haydn, que era mentor e amigo de Mozart e Beethoven, influenciou grandemente a música do seu
tempo. A sua obra substancial inclui missas, oratórias, sinfonias, concertos para instrumentos solo e orquestra
assim como música de câmara, tal como quartetos de cordas, trios e sonatas para piano. Em vida, Haydn foi
ainda considerado um génio musical em toda a Europa.
A Missa Nicolai constitui o sexto arranjo de Haydn do Ordinário da Missa, e foi executada pela primeira vez
no dia 6 de Dezembro de 1772 por ocasião do dia do nome do Conde Nikolaus Esterházy, patrão de Haydn.
A música é muito brilhante e alegre. Os Pequenos Cantores de Viena cantam-na pelo menos uma vez por ano
na Capela Imperial. Na sua digressão asiática de 2009, a peça serve para marcar o 200º aniversário da morte
do compositor.
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Franz Schubert (1797-1828)
Letra: Johann Gabriel Seidl (1804-1875)
Nachthelle, op. posth. 134, D. 892 (1826)
Letra: Christian Friedrich Daniel Schubarth (1739-1791)
Die Forelle, op. 32, D. 550 (1817)
Franz Schubert nasceu em Lichtenthal (agora um distrito de Viena) em 1797. O seu pai, um professor, deu-lhe lições de violino e piano. Em 1808, Schubert fez audições para a Capela Imperial e foi-lhe atribuído um
de dois lugares de corista. Antonio Salieri, que se tornou seu professor, depressa se apercebeu do seu talento.
Schubert saiu-se bem no coro da escola e escreveu aí as suas primeiras composições. Apesar do seu enorme
talento, Schubert nunca foi capaz de viver da sua música, tendo que sobreviver com dificuldades com o pouco
que o ensino lhe dava. Primeiro trabalhou como assistente na escola do seu pai e depois ensinou música na
propriedade húngara do Conde Esterházy.
Schubert é famoso sobretudo pelos seus Lieder (canções artísticas) dos quais escreveu mais de seiscentos, sobre
poemas de Goethe, Heine, Shakespeare e outros. Nachthelle (Brilho da Noite), originalmente para tenor solo e
quarteto masculino, foi escrita em Setembro de 1826 e publicada postumamente por Diabelli em 1839. O texto
é um poema típico do Movimento Sturm und Drang (“Tempestade e Tensão”), usando as imagens da noite para
reflectir o seu espírito e sentimentos.
Die Forelle (A Truta) foi escrita enquanto o autor do poema, Christian Friedrich Schubarth, se encontrava na
prisão. É uma metáfora do tratamento do autor às mãos das potências constituintes. No início do poema, o
escritor identifica-se com o observador (Schubarth era um jornalista); nas últimas duas estrofes, quando as “águas
se turvam”, ele torna-se a vítima, i.e. a truta.
Gioachino Rossini (1792-1868)/ Arr.: A. Icochea Icochea
La passeggiata “Finché sereno è il cielo”, de Péchés de vieillesse, Vol. 1 Album Italiano
Gioachino Rossini, aclunhado de “o Cisne de Pesaro”, foi um indivíduo industrioso. Aos 37 anos tinha já escrito 39
óperas, que dominaram o panorama operático europeu durante décadas. O seu sucesso prematuro permitiu a Rossini
deixar de compor óperas e dedicar o seu tempo a outras coisas, tais como organizar soirées musicais para as quais
escrevia curtas peças satíricas. A partir de 1857, chamou a algumas delas os seus “Péchés de vieillesse” (pecados da
velhice), as quais não deveriam ser publicadas enquanto vivesse. La passegiatta (A Excursão) é uma delas.
Andy Icochea Icochea (n. 1973)
Salmo 61 (2006)
O Salmo 61 intitula-se “Prece de um exílio”. É o lamento de um levita exilado do Monte Zion, e ao mesmo
tempo é uma prece por algo (o salmista quer regressar à “rocha que é maior do que eu”, i.e. a rocha do templo, a
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qual, de momento, está fora de alcance). O salmo expressa também um voto caso a prece seja concedida. O texto
data provavelmente da primeira deportação (568 A.C.), visto que dá a entender que o templo ainda estava de pé.
Icochea usou os versos de 1 a 5 e o verso final. O incipit “Ouve o meu grito, escuta a minha prece” é usado como
um encantamento, ou um mantra.
Carl Orff (1895-1982)
O Fortuna (Fortuna Imperatrix Mundi), de Carmina Burana (1935/6)
Carmina Burana é uma colecção de canções medievais em latim, alemão e francês antigo. A colecção contém
canções sagradas, possivelmente para cortejos, canções morais, canções satíricas e canções sobre o amor e a
bebida. Foi compilada cerca de 1230, provavelmente pelo abade do mosteiro de Seckau, na Áustria.
Orff compôs esta obra com o mesmo nome em 1936. Seleccionou 24 canções para pintar uma visão medieval da
roda da fortuna e da vida do homem rodando com ela, do amor à morte, da felicidade à miséria. A obra inicia-se (e termina) com uma alocução coral à Fortuna, a volúvel Deusa da Sorte e do Destino, de cujos caprichos o
destino do homem depende. A obra foi executada pela primeira vez em 1937. Para Orff, Carmina Burana foi a
sua “primeira verdadeira obra”, sendo que escreveu mesmo ao seu editor pedindo-lhe que destruísse tudo o que
tinha escrito anteriormente.
Canções Populares dos ABBA e Queen:
Queen
Barcelona
We are the Champions
ABBA
Mamma Mia
Chiquitita
Thank you for the music
Queen:
Freddie Mercury (1946-1991)
Barcelona
Freddy Mercury foi abordado para escrever uma canção para os Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Foi-lhe
sugerido que criasse um dueto com a soprano Monserrat Caballé, natural de Barcelona. Mercury, que era
um apreciador de ópera, surgiu com uma combinação formidável de rock e ópera, usando a sua própria voz
e a de Caballé. O single foi lançado em 1987 e tornou-se um dos maiores êxitos da carreira de Mercury. Para o
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vídeo, que foi filmado no maior clube nocturno do mundo em Ibiza, Mercury rapou o seu bigode, que era a sua
imagem de marca e que tinha usado sempre durante os anos 80.
Freddie Mercury faleceu em 1991, mas a canção foi cantada ao vivo na cerimónia de abertura por Caballé, com
a voz de Mercury gravada. No seu lançamento original em 1987, a canção classificou-se em oitavo lugar nas
tabelas do Reino Unido. Após os Jogos Olímpicos de 1992, viria a alcançar o segundo lugar.
Freddie Mercury (1946-1991)
We Are the Champions
A poderosa balada de Mercury We Are the Champions foi gravada pelos Queen para o seu álbum de 1997 “News
of the World”, com Freddie Mercury como vocalista e pianista, Brian May na guitarra eléctrica, John Deacon
no baixo, e Roger Taylor na bateria. É uma das suas canções mais famosas e populares, a qual se tornou uma
espécie de hino de eventos desportivos, ocupando um lugar firme no seio da cultura popular – surge em filmes,
espectáculos televisivos e em jogos de vídeo, e a referência é sempre compreendida. A canção foi cantada por
muitos artistas. É frequentemente combinada com “We Will Rock You”, e foi usada para concluir o Concerto
de Homenagem realizado em 1992, cantada por Liza Minelli.
Mercury empregou muitos acordes de jazz neste tema. A parte da voz é difícil e bastante aguda. Nos
espectáculos ao vivo, Mercury deixava frequentemente Taylor cantar as notas mais agudas da melodia. É uma
canção sobre um desfavorecido que trava as suas batalhas, acabando eventualmente por ganhá-las – isto explica
certamente o sucesso mundial da canção. O próprio Mercury disse que estava a pensar em futebol quando a
escreveu! Queria que os fãs tivessem algo a que se agarrar, e descrevia-a como “a minha versão de ‘I Did It My
Way’”. Para Mercury, cuja personalidade dramática era lendária, cantar e actuar significava conquistar as pessoas,
e ter a certeza que estas passavam um bom bocado. Via isto como o seu dever.
ABBA:
Benny Anderson (n. 1946) e Björn Ulvaeus (n. 1945)/ Arr: Ralph Allwood e Lora Sansun
Mamma Mia
Mamma Mia é uma das canções mais populares da banda sueca ABBA, fundada nos anos 70. O grupo
dissolveu-se em 1982, mas a sua música permaneceu popular e, nos anos 90, assistiu-se a uma verdadeiro
renascimento dos ABBA, e muitas das suas canções foram usadas em cinema e teatro. Em 1999, o musical
Mamma Mia estreou em Londres. Recentemente, os coristas assistiram a uma sessão. Gostariam de ter cantado
o tema mas acharam que não conseguiam e então decidiram adicionar esta peça ao seu próprio repertório.
Benny Anderson (n. 1946) e Björn Ulvaeus (n. 1945)
Chiquitita (1979)
Os ABBA trabalharam o tema Chiquitita durante alguns anos; há várias versões preliminares com diferentes
títulos. Uma versão foi gravada em Dezembro de 1978 e lançaram o single em Janeiro de 1979. A canção foi um
dos maiores êxitos do grupo. Em 1979, comemorou-se o Ano Internacional da Criança e Chiquitita foi cantada
no concerto de caridade da UNICEF em 1979, na Assembleia Geral das Nações Unidas, sendo difundida por
todo o mundo. Os ABBA doaram 50% dos royalties à UNICEF. Até Maio de 2007, a canção tinha obtido mais
de 2.5 milhões de dólares para caridade.
Chiquitita chegou ao topo das tabelas na Bélgica, Finlândia, Irlanda, México, Holanda, Nova Zelândia, África
do Sul, Espanha e Suíça e alcançou o quinto lugar das tabelas na Austrália, Alemanha, Noruega, Suécia e
Reino Unido.
Benny Anderson (n. 1946) e Björn Ulvaeus (n. 1945)
Thank You for the Music (1977)
Thank You for the Music foi originalmente lançada em 1977, e incluída no LP do grupo “The Album”. Foi
composta para abrir um mini-musical de quatro canções intitulado “The Girl with the Golden Hair” (a frase
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aparece na canção) incluída na digressão dos ABBA de 1977. As primeiras três canções, Thank You for the Music,
I Wonder (Departure) e I’m a Marionette, foram lançadas no “The Album”, enquanto que Get on the Carousel
acabou por nunca ser lançada. Hoje em dia,Thank You for the Music é a mais conhecida das canções; foi usada em
“ABBA: the Movie” e incluída no musical Mamma Mia.
A canção foi novamente lançada em 1983 para promover a compilação “Thank You for the Music: A Collection
of Love Songs.” O título, que foi cantado muitas vezes por outros artistas, presta-se a ser cantado como encore, e
é frequentemente considerado – incorrectamente – como a canção de despedida do próprio grupo.
Canções pela Estrada e pelo Tempo fora:
Canção popular finlandesa/ Arr. A. Icochea Icochea
Ievan Polkka (1937)
“Ievan Polkka” (Polca da Eva) é uma velha canção popular finlandesa. O texto, escrito para a melodia por
Kettunen em 1937 em finlandês de Savo, conta a história de um jovem rapaz que tem que fazer passar Eva às
escondidas pela mãe, para a poder levar a dançar.
Canção popular uzbeque/ Letra: Yulduz Usmanova (n. 1963)/ Arr. G. Wirth
Schoch Va Gado
“Schoch Va Gado” (O rei e o pedinte) é uma canção inquietante e melancólica escrita pelo cantor pop
uzbequistanês Yulduz Usmanova. O texto baseia-se na poesia antiga uzbeque e farsi. A canção é um apelo a uma
maior tolerância; descreve como as pessoas, “que são apenas hóspedes neste mundo”, passam o tempo a tirar
olhos umas às outras.
Canção popular indiana/ Arr. Gerald Wirth
Jog.wa, bhajan de Kolhapur
As bhajans, canções tradicionais de adoração e devoção, eram uma parte importante de um movimento
revivalista hindu durante o período Mogul, conhecido por movimento Bhakti (devoção). Os seus membros
acreditavam que a salvação espiritual podia ser atingida por qualquer pessoa que nutrisse um amor puro e
altruísta por Deus, quer uma pessoa praticasse ou não certas formas de veneração. Isto era uma emancipação
espiritual das massas.
“Jog.wa” (Eu convido ao ioga) é uma oração que convida ao aperfeiçoamento espiritual. Descreve a realização
do ioga, i.e. uma ligação com Deus. A encantação central, “faz nascer em mim”, é dirigida a diferentes nomes
divinos representando aspectos da mesma divindade. “Jog.wa” é cantada em marathi, um língua indo-ariana
usada na Índia ocidental e central.
Canções populares chinesas/ Arr.: Gerald Wirth
Alamuhan
Os uigures são um povo antigo turco que vivia (e ainda vive) ao longo da Rota da Seda. Turfan, que é
mencionada no texto, era um dos principais oásis na rota do norte à volta do deserto de Taklamakan. Hoje esta
canção é conhecida em toda a China.
Canções populares austríacas/ Arr. Gerald Wirth
As canções populares são uma tradição. Todos os países e nações as têm. Todos os que as cantam mantêm viva a
tradição, disseminando-a e modificando-a enquanto o fazem. Esta é uma contribuição importante para a cultura
de cada um.
As canções populares dos Alpes austríacos possuem certas características fáceis de reconhecer. Muitas incluem
yodels ou um refrão ou grito similar ao yodelling. A melodia encontra-se habitualmente na voz intermédia, num
alcance confortável no qual as pessoas podem cantar sem muito treino, enquanto as vozes expostas se entrelaçam
à volta da melodia, requerendo cantores mais ágeis e treinados. Os textos destas canções espelham os costumes
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locais; incluem descrições das estações e do ambiente natural. Falam sobre levar e trazer o gado para/das
pastagens, da caça, da caça furtiva, da ordenha, do derrube de árvores, de danças, de amor e de morte – coisas
que acontecem em todo o mundo. Os yodels são o que dá a estas canções o seu sabor alpino e local.
Canção chistosa do Tirol e Salzburgo
Singa is ins’re Freud! (Cantar é a nossa alegria!)
Esta canção representa de muitas maneiras o lema dos Pequenos Cantores de Viena: cantar é a nossa alegria. É
sobre o prazer que dá cantar, especialmente o canto colectivo. É um bom exemplo de uma canção na qual podem
ser improvisados mais versos para servir os cantores, ad infinitum. Até ficarmos sem respiração.
Canção de amor da Caríntia
Wann du durchgehst durchs Tal (Quando caminhas pelo vale)
“Wann du durchgehst” é uma conhecida canção da Caríntia em compasso ternário. O texto, melancólico e
pensativo, aborda os aspectos menos agradáveis do amor. A melodia é cantada pela voz intermédia. Os yodels no
final transportam a melodia. Os cantores continuam supostamente sem palavras; a emoção dá ânimo à canção.
Canção alpina com yodelling da cidade de Eisenerz (Styria)
Und wanns amal schen aper wird (E quando de novo começa o degelo)
Uma alegre canção alpina que descreve a subida até aos pastos alpinos no Verão e as boas relações entre os
pastores e as mulheres. A palavra austríaca e bávara aper significa literalmente “(parcialmente) sem neve”, do
latim apertus, “aberto”.
Pascher (Dança de bater palmas e bater com os pés no chão) de Ausseerland (Styria)
Waldhansl ( João da floresta)
Uma Pascher é uma dança para pares, na qual os dançarinos batem nas coxas, batem palmas e batem com os pés
no chão. É conhecida nos países alpinos por uma série de nomes e possui variantes locais. Normalmente começa
devagar e aumenta gradualmente de velocidade (até o rabequista ou os dançarinos terem que desistir).
Johann Strauss II/ Arr.: Gerald Wirth/ Letra: Anton Neyder
Leichtes Blut, Polca rápida, op. 319 (1867)
Leichtes Blut (Sangue Leve) é uma das valsas mais rápidas de Strauss, e data de 1876. A letra de Anton Neyder,
mestre de coro dos Pequenos Cantores de Viena nos anos 60 e início dos anos 70 do séc. XX, é uma mistura de
mexericos, lanches e partidas de rapazes, escrita no dialecto vienense.
Johann Strauss II/ Arr. Gerald Wirth
Kaiser-Walzer, Valsa, op. 437 (1889)
Strauss compôs a Kaiser-Walzer (Valsa do Imperador) para a inauguração da nova sala de concertos em Berlim
em 1889. Quando o Imperador Franz Joseph visitou o Imperador Wilhelm II nesse ano, brindou-o com as
palavras “mão na mão”, e Strauss tinha originalmente tencionado usar a citação como um título. O seu editor,
Fritz Simrock, sugeriu o mais apelativo título “Kaiser-Walzer”. Soava muito mais imperial e tinha a vantagem
adicional de que poderia referir-se a qualquer um dos monarcas. A Kaiser-Walzer foi apresentada pela primeira
vez em Berlim, no dia 21 de Outubro de 1889, dirigida pelo próprio Strauss.
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XXIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA DE MACAU
Notas Biográficas
dem Serail, Die Zauberflöte e L’elisir d’amore no Theater
L.E.O. em Viena, do qual também é director musical.
Andy Icochea Icochea, Maestro
Andy Icochea Icochea nasceu em Lima, no Perú.
Iniciou os estudos de piano e teoria musical ainda
em criança e completou a sua educação formal no
Conservatorio Nacional de Musica de Peru e no
Westminster College em Princeton, New Jersey.
Posteriormente, prosseguiu os estudos orquestrais no
Vienna Konservatorium.
Icochea obteve o seu primeiro emprego como
acompanhador aos 14 anos de idade. No ano seguinte,
começou a dirigir coros infantis em Lima. Desde
então, não parou de dirigir e ensinar.
Desempenhou o cargo de Director Musical da
Primeira Igreja Baptista de Elizabeth, em New Jersey,
e foi director do coro infantil no Mercer County
Community College. Na qualidade de membro do
Westminster Symphonic Choir, cantou com a New
York Philharmonic, Philadelphia Orchestra e a
Konzertgebouw Orchestra Amsterdam sob a direcção
de Ricardo Mutti, Riccardo Chailly e Sir Colin Davis,
entre outros.
Em Viena, tornou-se membro do Arnold Schoenberg
Chor. Com este agrupamento, cantou sob a direcção
de Nikolaus Harnoncourt, Sir Simon Rattle, Adam
Fischer e outros, com orquestras como a Wiener
Philharmoniker, Berliner Philharmoniker e Concentus
Musicus Wien.
Na qualidade de maestro, dirigiu as estreias mundiais
da ópera Il Miracolo de Carlo Pedrini e da ópera
Togliti il Mantello na Città della Pieve, em Itália. É
Director Musical e fundador do Ensemble Vienna
Nova, que dirigiu em óperas como Die Entführung aus
No Verão de 2005, Icochea Icochea foi nomeado
mestre de coro dos Pequenos Cantores de Viena. Para
além de liderar digressões internacionais, prepara os
rapazes para as Missas realizadas na Capela Imperial,
para actuações na Ópera Estadual de Viena e na
Volskoper, e para a execução de obras sinfónicas. Dirige
regularmente o coro de rapazes, o Chorus Viennensis e
a Orquestra de Câmara de Viena no ciclo de concertos
de Sexta-feira do Coro no Musikverein de Viena.
Gerald Wirth, Director Artístico
Tendo recebido primeiramente formação como
membro dos Pequenos Cantores de Viena, Wirth
frequentou também o Konservatorium em Linz, na
Áustria, onde estudou canto, oboé e piano. Ainda
adolescente, Gerald Wirth já dirigia um coro infantil e
foi fundador de um coro juvenil e de um trio.
Foi um dos directores corais dos Pequenos Cantores
de Viena e Director Coral da Companhia de Ópera
Salzburger Landestheater.
Em 1991 foi convidado a assumir a direcção artística
do Calgar y Boys Choir. Em Calgar y foi ainda
Director Musical da Civic Symphony e do Ensemble
Vocal Sangita, para além de Maestro Associado da
Calgary Symphony Orchestra.
Wirth dirigiu coros e orquestras em muitos países, e
canta e toca em vários agrupamentos. É convidado
regularmente para dirigir workshops sobre pedagogia
coral e todos os aspectos da execução de música coral
em todo o mundo.
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XXIII FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA DE MACAU
Em 2001, Gerald Wirth tornou-se Director Artístico
dos Pequenos Cantores de Viena. Enquanto se
mantém profundamente ciente da tradição rica do
coro, Wirth explora também novas formas de criar
e fazer música. Instigou um número de projectos
envolvendo música do mundo, pop a cappella e música
de cinema.
O primeiro amor de Wirth é a voz, como se torna
óbvio pelas suas próprias composições. Escreveu duas
óperas para crianças, oratórias, motetos e inúmeros
arranjos para coros. As suas obras foram executadas
internacionalmente. Encontra muita da sua inspiração
em mitos e textos filosóficos e gosta de combinar obras
gregorianas com componentes e elementos rítmicos da
música étnica.
Wirth acredita que um compromisso intenso para
com a música tem um impacto positivo em todos os
domínios da personalidade e motiva os seus alunos a
utilizar o seu potencial. Ao longo dos anos, desenvolveu
um método único para ensinar pessoas de todos os
grupos etários a expressarem-se na música, através do
treino da voz, do sentido de ritmo, do ouvido e das
suas capacidades de leitura à primeira vista.
Pequenos Cantores de Viena
Em 1498, há mais de quinhentos anos, o Imperador
Maximiliano I da Áustria mudou a sua corte e a
sua corte de músicos de Innsbruck para Viena. Deu
instruções específicas para que houvesse seis rapazes
entre os seus músicos. Os historiadores fixaram o ano
de 1498 como a data oficial da fundação da Vienna
Hofmusikkapelle e, consequentemente, do Coro de
Rapazes de Viena (Pequenos Cantores de Viena). Até
1918, o Coro cantava exclusivamente para a corte:
na missa, em concertos e cerimónias privadas e em
ocasiões de estado.
Músicos como Heinrich Isaak, Heinrich Ignaz Franz
Biber, Wolfgang Amadeus Mozart, Antonio Caldara,
Antonio Salieri e Anton Bruckner trabalharam com
o Coro. Os compositores Jacob Handl-Gallus e
Franz Schubert, e os maestros Hans Richter, Felix
Mottl e Clemens Krauss foram também coristas. Os
irmãos Joseph e Michael Haydn foram membros
do Coro da Catedral de Santo Estevão e cantavam
frequentemente com o Coro Imperial.
Hoje em dia existem cerca de 100 coristas com idades
entre os 10 e os 14 anos, divididos em quatro coros que
andam em digressão. Os quatro coros dão anualmente
cerca de 300 concertos e apresentações para mais de
meio milhão de pessoas. Cada grupo passa cerca de
nove a onze semanas do ano escolar em digressão.
Visitam virtualmente todos os países europeus e são
frequentemente convidados a actuar na Ásia, Austrália
e Américas.
Em conjunto com os membros da Orquestra
Filarmónica de Viena e do Coro da Ópera Estadual
de Viena, os Pequenos Cantores de Viena mantêm
o seu estatuto tradicional de músicos imperiais.
Desempenhando um papel importante na
Hofmusikkapelle, cantam na Missa de Domingo na
Capela Imperial de Viena como vêm fazendo desde
1498. Gerald Wirth tornou-se Director Artístico do
Coro em 2001.
O Coro é uma organização privada não-lucrativa.
O órgão directivo do Coro super visiona o
desenvolvimento do mesmo e garante o seu futuro.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Vienna Boys Choir (AUSTRIA)
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Conductor: Andy Icochea Icochea
Artistic Director: Gerald Wirth
Programme
Popular songs by ABBA and Queen:
Queen
Barcelona
We are the Champions
Johann Strauss II (1825-1899)/ Arr.: Helmuth
Froschauer
Vergnügungszug Polka, op. 281
Johann Strauss II/ Lyrics: Rosl Hujer/ Arr.: Uwe
Theimer
Tritsch Tratsch Polka, op. 214
ABBA
Mamma Mia
Chiquitita
Thank you for the music
Tomás Luis de Victoria (1548-1611)
Tenebrae factae sunt, responsory for four voices
Songs along the Road and Time:
Finnish folksong/ Lyrics: Eino Kettunen (1894-1964)/
Arr. A. Icochea Icochea
Ievan Polkka Joseph Haydn (1732-1809)
Gloria from Nicolai Mass, Hob. XXII: 6
Franz Schubert (1797-1828)/ Lyrics: Johann Gabriel
Seidl (1804-1875)
Nachthelle, op. posth. 134, D. 892
Uzbek folksong/ Lyrics: Yulduz Usmanova (b. 1963)/
Arr. G. Wirth
Schoch Va Gado
Franz Schubert/ Lyrics: Christian Friedrich Daniel
Schubarth (1739–1791)
Die Forelle, op. 32, D. 550
Indian folksong/ Arr. Gerald Wirth
Jog.wa, bhajan from Kolhapur
Gioachino Rossini (1792-1868)/ Arr.: A. Icochea
Icochea
La passeggiata “Finché sereno è il cielo”, from Péchés
de vieillesse, Vol. 1 Album Italiano
Andy Icochea Icochea (b. 1973)
Psalm 61
Carl Orff (1895-1982)
O Fortuna (Fortuna Imperatrix Mundi), from
Carmina Burana
Interval
Chinese folksongs/ Arr. Gerald Wirth
Alamuhan
Gau shan ching
Li Haiying (b. 1954)
Wan wan de yue liang
Austrian folksongs/ Arr. Gerald Wirth
Singa is ins’re Freud!
Wann Du durchgehst durchs Tal
Und wanns amal schen aper wird
Waldhansl
Johann Strauss II/ Arr.: Gerald Wirth
Leichtes Blut, fast Polka, op. 319 (Lyrics: Anton Neyder)
Kaiser-Walzer, Waltz, op. 437
Flower Arrangements Design: Cindy Chao
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Programme Notes
Johann Strauss II (1825-1899)/ Arr.: Helmuth Froschauer
Vergnügungszug Polka, op. 281 (1864)
Though his name is Johann Strauss, the Second, he is undoubtedly the first in terms of fame. At least three
other members of his family were also active as composers: his father Johann Strauss I (1804-1849) and his
brothers Joseph (1827-1870) and Eduard (1835-1916). When the younger Johann was ten years old, his father
became Hofball-Musikdirektor (Music Director at the Court Balls). This was a high honour, but father Strauss
did not want any of his sons to become a musician, a profession of rather low social standing. He therefore
enrolled young Johann in a trade academy. The boy, aided and abetted by his mother, had music lessons behind
his father’s back, and at nineteen, he founded his own very successful orchestra.
Vergnügungszug Polka (Amusement Train Polka) is a typical Strauss polka which paints a picture of nineteenth
century European life. It was a favourite Sunday pastime in this era to explore a city’s surroundings by steam
train. The ride, not the destination, was the point of the exercise. Vergnügungszug (literally ‘pleasure’ or ‘amusement
train’), a cheerful polka, tells the story of such an outing, complete with pushing and shoving to get on to the
train, sandwiches, rabbits on the tracks, bird-calls and train whistles.
Johann Strauss II/ Lyrics: Rosl Hujer/ Arr.: Uwe Theimer
Tritsch Tratsch Polka, op. 214 (1858)
Tritschtratsch (‘chit chat’) is the title of a vaudeville by Johann Nestroy, first performed in 1833. In 1858,
Viennese journalists created a satirical newspaper by the same name, Tritsch-Tratsch, which poked fun at famous
people. On 21 March 1858, the paper printed a humorous portrait of Johann Strauss II, speculating about his
yearly visits to Pawlowsk, Russia, where he spent the summers with his orchestra performing for holidaymakers.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
The paper obliquely hinted at an affair with a Russian woman, and the gossip spread through Vienna. Strauss
penned the polka as an answer.
Tritsch Tratsch was composed in August and September of 1858 and was first performed in a public house in
Vienna in November. A singer named Johann Baptist Moser penned a first set of lyrics, but Rosl Hujer’s new
text, written especially for the Vienna Boys’ Choir, describes a meeting of two acquaintances who have nothing
to say to each other and fill the void with polite and meaningless phrases.
Tomás Luis de Victoria (1548-1611)
Tenebrae factae sunt, responsory for four voices
Victoria was born in Ávila (Spain) around 1548. He moved to Rome in 1565 to become a member of the
Collegium Germanicum. In 1571 he succeeded Palestrina as music teacher in the Collegium Romanum, and in
1575 he was ordained a priest. In 1585, Victoria left Rome and returned to Spain to take up a chaplaincy in the
service of Empress Maria. It is likely that he wrote only liturgical compositions; no other pieces have survived.
Tenebrae factae sunt (Darkness Fell), a four-part a cappella motet, is part of the Officium hebdomadae sanctae
(1585), a cycle of 9 lessons and 18 responses written for Holy Week (the Thursday to Saturday before Easter).
The texts reflect Christ’s feelings before and during crucifixion, but also the feelings of the disciples and the
people. Tenebrae factae sunt is an account of Jesus’ death, meant to be performed during the second Nocturn on
Holy Friday, very much a funeral service mourning the death of Christ. The church was lit only by candlelight,
and during the service, the candles were extinguished one after another until the church was left in darkness
(“tenebrae factae sunt”) with only one hidden candle burning behind the altar.
Joseph Haydn (1732-1809)
Gloria from Nicolai Mass, Hob. XXII: 6 (1772)
Joseph Haydn, who was mentor and friend to Mozart and Beethoven, greatly influenced the music of his time.
His substantial output comprises Masses, oratorios, symphonies, concertos for solo instruments and orchestra as
well as chamber music, such as string quartets, trios and piano sonatas. Already during his lifetime, Haydn was
celebrated as a musical genius throughout Europe.
The Nicolai Mass was Haydn’s sixth setting of the Mass Ordinary, and it was first performed on 6 December
1772 on the occasion of the name day of Count Nikolaus Esterházy, Haydn’s employer. The music is very bright
and cheerful. The Vienna Boys’ Choir sings it at least once a year at the Imperial Chapel. On their 2009 tour of
Asia, the piece serves to mark the 200th anniversary of the composer’s death.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Franz Schubert (1797-1828)
Lyrics: Johann Gabriel Seidl (1804-1875)
Nachthelle, op. posth. 134, D. 892
Lyrics: Christian Friedrich Daniel Schubarth (1739–1791)
Die Forelle, op. 32, D. 550
Franz Schubert was born in Lichtenthal (now a district of Vienna) in 1797. His father, a teacher, gave him
violin and piano lessons. In 1808 Schubert auditioned for the Imperial Chapel and was given one of two vacant
places for boy choristers. Antonio Salieri, who became his teacher, was very quick to note Schubert’s gifts.
Schubert did well at the choir school and wrote his first compositions there. In spite of his enormous talent
Schubert was never able to live off his music; he had to eke out a meagre living from teaching. First he worked
as an assistant at his father’s school, then he taught music at the Hungarian estate of Count Esterházy.
Schubert is most famous for his Lieder (art songs) of which he wrote more than six hundred, on poems by
Goethe, Heine, Shakespeare and others. “Nachthelle” (Night Brightness), originally for solo tenor and male
quartet, was written in September of 1826 and published posthumously by Diabelli in 1839. The text is a typical
poem of the Sturm und Drang (“Storm and Stress”) Movement, using night imagery to reflect personal mood
and sentiment.
“Die Forelle” (The Trout) was written while the author of the poem, Christian Friedrich Daniel Schubarth, was
in prison. It is a metaphor for the writer’s treatment at the hands of the powers that were. At the beginning of
the poem, the writer identifies with the observer (Schubarth was a journalist); in the last two verses, when the
waters are muddied, he becomes the victim, i.e. the trout.
Gioachino Rossini (1792-1868)/ Arr.: A. Icochea Icochea
La passeggiata “Finché sereno è il cielo”, from Péchés de vieillesse, Vol. 1 Album Italiano
Gioachino Rossini, nicknamed the “Swan of Pesaro”, was an industrious individual. By the time he was 37 he
had written 39 operas, which dominated the operatic scene in Europe for decades. His early success allowed
Rossini to retire from composing operas and devote his time to other things, such as organising musical soirées
for which he would write short satirical pieces. From 1857 on, he called some of them his Péchés de vieillesse (‘sins
of old age’). They were not to be published during his lifetime. La passeggiata (The Excursion) is one of them.
Andy Icochea Icochea (b. 1973)
Psalm 61 (2006)
Psalm 61 is titled “Prayer of an exile“. It is the lament of a Levite in exile from Mount Zion, and at the same
time it is a prayer for something (the psalmist wants to return to the “rock that is higher than I”, i.e. the rock
of the temple which, for the time being, is out of reach). The psalm also expresses a vow should the prayer be
granted. The text probably dates to the first deportation (598 BCE), as the text implies that the temple was
still standing. Icochea has made use of verses 1 through 5 and the final verse. The incipit “Hear my cry, o God,
listen to my prayer” is used as an incantation, or a mantra.
Carl Orff (1895-1982)
O Fortuna (Fortuna Imperatrix Mundi), from Carmina Burana
The Carmina Burana is a collection of medieval songs in Latin, Middle High German and Frankish. The
collection contains sacred songs possibly for pageants, moral songs, satirical songs and songs about love and
drinking. It was compiled around 1230, probably for the abbot of the monastery at Seckau in Austria.
Orff composed his work of the same name in 1936. He selected 24 songs to paint a medieval vision of fortune’s
wheel and man’s life rotating with it from love to death, happiness to misery. The work opens (and closes) with
a choral address to Fortuna, the fickle Goddess of Luck and Fate on whose whims man’s lot depends. The work
was first performed in 1937. To Orff, Carmina Burana signified his “first real work.” He wrote to his publisher
to destroy everything he had previously written.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Popular songs by ABBA and Queen:
Queen
Barcelona
We are the Champions
ABBA
Mamma Mia
Chiquitita
Thank you for the music
Queen:
Freddie Mercury (1946-1991)
Barcelona
Mercury was approached to write a song for the 1992 Summer Olympics. It was suggested that he create a
duet with opera soprano Montserrat Caballé, who is from Barcelona. Mercury, who loved opera, came up with
a stunning mix of rock and opera, using his own and Caballé’s voices to best effect. The single was released in
1987 and became one of the biggest hits of Mercury’s career. For the accompanying music video, which was
shot at the world’s largest nightclub in Ibiza, Mercury shaved off his trademark moustache, which he had had
for most of the 1980s.
Freddie Mercury died in 1991, but the song was performed live at the opening ceremony by Caballé, with
Mercury’s recorded vocals. On its original release in 1987, the song placed eighth in the UK charts. After being
used for the 1992 Summer Olympics, it reached number two.
Freddie Mercury (1946-1991)
We Are the Champions
Mercury’s power ballad “We Are the Champions” was recorded by Queen for their 1977 album News of the
World, with Freddie Mercury performing the lead vocals and playing the piano, Brian May on the electric guitar,
John Deacon on bass and Roger Taylor on drums. It is one of their most famous and popular songs. It has
become something of an anthem at sporting events and has a firm place in popular culture – it appears in films,
TV shows and in video games, and the reference is always understood. The song has been covered by many
artists. It is often combined with “We Will Rock You”, and it was used to end the 1992 Tribute Concert, with
Liza Minelli performing the lead vocal.
Mercury employed many jazz chords. The lead vocals are demanding and rather high. In live performances,
Mercury often let Taylor sing the highest notes of the melody. It is very much the song of an underdog who
fights his battles, eventually coming through to win – this certainly explains the song’s worldwide success.
Mercury himself said that he was thinking about football when he wrote it. He wanted fans to have something
they could latch on to and described it as “my version of ‘I Did It My Way’.” For Mercury, whose stage
personality was legendary, singing and performing meant winning people over, making sure people had a good
time. He saw that as his duty.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
ABBA:
Benny Anderson (b. 1946) and Björn Ulvaeus (b. 1945)/ Arr: Ralph Allwood and Lora Sansun
Mamma Mia
Mamma Mia is one of the most popular hit songs by the Swedish band ABBA, founded in the 1970s. The
group was dissolved in 1982, but their music stayed popular, and in the 1990s, there was a veritable ABBARenaissance, and many of their songs were used in films and in theatres. In 1999, the musical Mamma Mia
opened in London. Recently, the choristers attended a performance. They would have liked to sing along but
felt they could not and therefore decided to add the piece to their own repertoire.
Benny Anderson (b. 1946) and Björn Ulvaeus (b. 1945)
Chiquitita (1979)
ABBA had been working on Chiquitita for a couple of years; there are several preliminary versions with
different titles. One version was recorded in December 1978 and released as a single in January 1979.
The song was one of the group’s biggest hits. 1979 was the International year of the child, and “Chiquitita”
was performed at the 1979 UNICEF charity concert at the United Nations General Assembly and broadcast
worldwide. ABBA donated 50% of the royalties to UNICEF. By May 2007, the song had earned the charity
more than 2.5 million US dollars.
Chiquitita topped the charts in Belgium, Finland, Ireland, Mexico, the Netherlands, New Zealand, South
Africa, Spain and Switzerland. It placed fifth in Australia, Germany, Norway, Sweden and the United Kingdom.
Benny Anderson (b. 1946) and Björn Ulvaeus (b. 1945)
Thank You for the Music (1977)
“Thank You for the Music” was originally recorded in 1977, and was featured on the group’s LP The Album.
It was intended as the opener of a four song mini-musical called The Girl with the Golden Hair (the phrase
appears in the song) included in ABBA’s 1977 tour. The first three songs, “Thank You for the Music”, “I
Wonder (Departure)” and “I’m a Marionette”, were released on The Album, while “Get on the Carousel” remains
unreleased to this day. “Thank You for the Music” is better known in its own right these days: It was used in
ABBA: the Movie, and it did make its way into the musical Mamma Mia.
The song received another release in 1983 to promote the compilation Thank You for the Music: A Collection
of Love Songs. The title, which has been covered many times by other artists, lends itself to be sung as an
encore, and it is often considered – incorrectly – as the group’s own farewell song.
Notes ©Tina Breckwoldt 2009
Songs along the Road and Time:
Finnish folksong/ Arr. A. Icochea Icochea
Ievan Polkka (1937)
“Ievan Polkka” (Eva’s polka) is an old Finnish song. The text, written to the tune by Kettunen in 1937 in Savo
Finnish, tells the story of a young lad who has to smuggle Eva past her mother to take her out to dance.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Uzbek folksong/ Text: Yulduz Usmanova (b. 1963)/ Arr. G. Wirth
Schoch Va Gado
“Schoch Va Gado” (The king and the beggar) is a haunting, melancholy song written by Uzbek pop singer
Yulduz Usmanova. The text is based on ancient Uzbek and Farsi poetry. The song is an appeal for more
tolerance; it describes how people “who are guests in this world” spend their time gouging each other’s eyes out.
Indian folksong/ Arr. Gerald Wirth
Jog.wa, bhajan from Kolhapur
Bhajans, traditional songs of worship and devotion, were an important part of a Hindu revivalist movement
during the Mogul period, known as the Bhakti (devotion) movement. Its members believed that spiritual
salvation could be attained by anyone who had a pure and selfless love of God; whether or not a person
practiced certain forms of worship. This was a spiritual empowerment of the masses.
“Jog.wa” (I ask for yoga) is a prayer asking for spiritual improvement. It describes the attainment of yoga, i.e. a
connection with God. The central incantation, “rise in me”, is directed at different divine names representing
aspects of the same deity. “Jog.wa” is sung in Marathi, an Indo-Aryan language used in Western and Central India.
Chinese folksongs/ Arr.: Gerald Wirth
Alamuhan
The Uyghurs are an ancient Turkic people who lived (and still live) along the Silk Road. Turfan, which is
mentioned in the text, was one of the main oases on the Northern route around the Takla Makan desert. Today
the song is known throughout China.
Austrian folksongs/ Arr. Gerald Wirth
Folk songs are a tradition. Every country, every nation has them. Everyone who sings, carries the tradition on,
spreads it and changes it while doing so. This is an important contribution to one’s own culture.
Folk songs from the Austrian Alps have certain characteristics that are easy to recognise. Many include yodels
or a refrain or shout similar to yodelling. The melody is usually in the middle voice, in a comfortable range in
which people can sing without much training, while the exposed voices twist around the melody, requiring more
agile, trained singers. The texts of these songs mirror the local customs; they include descriptions of the seasons
and the natural environment. They deal with driving cattle to and from pasture, hunting, poaching, milking,
carting, logging, dancing, loving and dying – things that are done all over the world. The yodels are what give
these songs their local, Alpine flavour.
Jocular song from the Tyrol and Salzburg
Singa is ins’re Freud! (Singing is our joy!)
This song represents in many ways the motto of the Vienna Boys Choir: singing is our joy. It is about the
pleasure derived from singing, especially communal singing. It is very much an example of a song where further
verses can be (and are) invented on the spot to suit the singers, ad infinitum. Until you are out of breath.
Love song from Carinthia
Wann du durchgehst durchs Tal (When you walk through the valley)
“Wann du durchgehst” is a well-known Carinthian song in three-four time. The pensive, melancholy text deals
with the less pleasant aspects of love. The melody is sung by the middle voice. The yodels at the end carry on
the melody. The singers continue without words as it were; emotion keeps the song going.
Alpine song with yodelling from the town of Eisenerz (Styria)
Und wanns amal schen aper wird (And when it starts to thaw again)
A cheerful alpine song, which describes the ascent to the alpine pastures in summer and the jolly relations
between the herdsmen and women. The Austrian and Bavarian word aper literally means ‘(partly) snowless’,
from Latin apertus, ‘open’.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Pascher (clapping and stamping dance) from the Ausseerland (Styria)
Waldhansl ( John of the Forest)
A Pascher is a dance for couples, in which the dancers slap their thighs, clap each other’s hands and stamp their
feet. It is known around the alpine countries by a number of names and has local variants. It is customary to
start slowly and gradually increase the speed during the dance (until either the fiddler or the dancers have to
give up).
Johann Strauss II/ Arr.: Gerald Wirth
Leichtes Blut, fast Polka, op. 319 (1867) (Lyrics: Anton Neyder)
Leichtes Blut (Light of Heart) is one of Strauss’ quicker polkas and dates to 1867. The words by Anton Neyder,
a choirmaster of the Vienna Boys’ Choir in the 1960s and early 1970s, are a blend of gossip, afternoon tea and
boys’ pranks, written in Viennese dialect.
Kaiser-Walzer, Waltz, op. 437 (1889)
Strauss composed the Kaiser-Walzer (Emperor Waltz) for the inauguration of the new concert hall in Berlin in
1889. When Emperor Franz Joseph visited Emperor Wilhelm II that year, he toasted him with the words “hand
in hand”, and Strauss had originally intended to use the quote as a title. His publisher, Fritz Simrock, suggested
the catchier title Kaiser-Walzer. It sounded far more imperial and had the added advantage that it could be
taken to refer to either monarch. Kaiser-Walzer was first performed in Berlin on 21 October 1889, with Strauss
himself conducting.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Biographical
Notes
Andy Icochea Icochea, Conductor
Andy Icochea Icochea was born in Lima, Peru.
He began piano and music theory studies as a
child and completed his formal training at the
Conservatorio Nacional de Música del Peru and at the
Westminster Choir College in Princeton, New Jersey.
He also pursued orchestral studies at the Vienna
Konservatorium.
Icochea got his first post as an accompanist at age 14.
The following year, he began to conduct children’s
choirs in Lima. He has not stopped conducting and
teaching since.
He held the position of Music Director at First Baptist
Church of Elizabeth, New Jersey, and was director of
the children’s chorus at Mercer County Community
College. As a member of the Westminster Symphonic
Choir, he sang with the New York Philharmonic,
the Philadelphia Orchestra and the Konzertgebouw
Orchestra Amsterdam under Riccardo Muti, Riccardo
Chailly and Sir Colin Davis, among others.
In V ienna, he joined the Arnold Schoenberg
Chor. With this ensemble, he sang under Nikolaus
Harnoncourt, Sir Simon Rattle, Adam Fischer
and others, with such orchestras as the Wiener
Philharmoniker, Berliner Philharmoniker and
Concentus Musicus Wien.
As a conductor, he has led the world premieres of
Carlo Pedini’s opera Il Miracolo and Marco Pontini’s
opera Togliti il Mantello in Città della Pieve, Italy.
He is Music Director and founder of the Ensemble
Vienna Nova, which he has led in performances of
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operas such as Die Entführung aus dem Serail, Die
Zauberflöte and L’elisir d’amore at Theater L.E.O. in
Vienna, where he also serves as Music Director.
In the summer of 2005, Icochea Icochea was
appointed choirmaster of the Vienna Boys’ Choir. In
addition to leading international tours, he prepares
his boys for the performances of Mass at the Imperial
Chapel, for performances at the Vienna State Opera
and Volksoper and for performances of symphonic
works. He regularly conducts the boys’ choir, the
Chorus V iennensis and the V ienna Chamber
Orchestra in the choir’s Friday concert series at
Vienna’s Musikverein.
23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Gerald Wirth, Artistic Director
First trained musically as a member of the Vienna
Boys’ Choir, Gerald Wirth also attended the Bruckner
Konservatorium in Linz, Austria, where he studied
voice, oboe and piano. As a teenager, Gerald Wirth
already conducted a children’s choir and was the
founder of a youth choir and a trio sonata ensemble.
He has served as one of the choir directors for the
Vienna Boys’ Choir and as Chorus Director at the
Salzburger Landestheater opera company.
In 1991 he was asked to assume artistic leadership
of the Calgary Boys Choir. While in Calgary, he also
served as Music Director of the Civic Symphony
and of the Vocal Ensemble Sangita, and as Associate
Conductor of the Calgary Philharmonic Orchestra.
Wirth has conducted choirs and orchestras in many
countries, and sings and plays himself in a number
of ensembles. He is regularly invited throughout the
globe to conduct workshops about choral pedagogy
and all performance aspects of choral music.
In 2001, Gerald Wirth became Artistic Director of
the Vienna Boys’ Choir. While he is keenly aware of
the choir’s rich tradition, Wirth also explores new
ways to create and make music. He has instigated a
number of projects involving world music, a cappella
pop and film music.
Wirth’s first love is the voice, as is evident from his
own compositions. He has written two children’s
operas, oratorios, motets and countless arrangements
for choirs. His works are performed internationally.
He finds much of his inspiration in myths and
philosophical texts and likes to combine Gregorian
works with rhythmic components and elements of
ethnic music.
Wirth is convinced that intensive engagement in
music has a positive impact on every realm of the
personality and motivates his students to utilise their
potential. Over the years, he has developed a unique
method to teach people of all age groups to express
themselves in music, by training their voice, their sense
of rhythm, their hearing and their sightreading skills.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Vienna Boys Choir
In 1498, more than half a millennium ago, Emperor
Maximilian I of Austria moved his court and his court
musicians from Innsbruck to Vienna. He gave specific
instructions that there were to be six boys among
his musicians. For want of a foundation charter,
historians have settled on 1498 as the official date of
establishment of the Vienna Hofmusikkapelle and –
consequentially – the Vienna Boys Choir. Until 1918,
the choir sang exclusively for the court: at mass, at
private concerts and functions and on state occasions.
Musicians like Heinrich Isaak, Heinrich Ignaz Franz
Biber, Wolfgang Amadeus Mozart, Antonio Caldara,
Antonio Salieri and Anton Bruckner worked with
the choir. Composers Jacob Handl-Gallus and Franz
Schubert, and the conductors Hans Richter, Felix
Mottl and Clemens Krauss were choristers themselves.
Brothers Joseph and Michael Haydn were members
of the choir of St. Stephen’s Cathedral and sang
frequently with the imperial choir.
Today there are around 100 choristers between the
ages of ten and fourteen, divided into four touring
choirs. The four choirs give around 300 concerts
and performances each year in front of almost half
a million people. Each group spends nine to eleven
weeks of the school year on tour. They visit virtually
all European countries, and they are frequent guests in
Asia, Australia and the Americas.
Together with members of the Vienna Philharmonic
Orchestra and the Vienna State Opera Chorus, the
Vienna Boys Choir maintains their traditional status
as imperial musicians. In the role of Hofmusikkapelle,
they provide the music for the Sunday Mass in
Vienna’s Imperial Chapel, as they have done since
1498. Gerald Wirth became the choir’s artistic
director in 2001.
The choir is a private, not-for-profit organisation.
The choir’s governing body oversees the choir’s
development and guarantees its future.
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23RD MACAO INTERNATIONAL MUSIC FESTIVAL
Enrico Azucena
Leon Serwin Bilton
Caspar Conradi
Gregor Eisenhut
Redzep Eminovic
Simon Frycer
Kuan-Wei Ho
Raffael Huszti
Johannes Huszti
Kenshi Ikeda
Clemens Katzenbeisser
Martin Prötz
Anian Valentin Rödel
Hibiki Sadamatsu
Kaspar Simonisek
Friedrich Karl Otto Tuppy
Jakob Weninger
Rupert Wimmer
Josef Wirth
Matthias Wirth
Florian Writzl
Rafael Zach
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