DOM CASMURRO

Transcription

DOM CASMURRO
%
ANO
HOJE
500
CO-NTOS
E nada mais...
IV—
• RIO, 1» DE ABRI!, PE 1941
N.-19S
DOM CASMURRO
Diretor: BRICIO DE ABREU
Redator Chefe: ÁLVARO MOREYRA
1SOOO
12 Páginas
Os escritores nacionais ainda não conseguiram estabe*fi* bafes para a garantia da "profissão dc homens de leu'. nem um apoio qualquer ás suas necessidades impre¦ta;. como o caso de doença, imitillsação. e ainda
o
'mn. seja o caso de velhice, etc. Infelizmente não para
temos
...liüns comentários a fazer sobre o assunto, além dos muit.. cüir aqui fizemos, porque somos de opinião que qualquer
un mi medida que queiramos obter, só poderão ter êxito
ij escritores nacionais, os que vivem das letras, se unirem
p.i'(i aiuriar a boa vontade que o governo tem demonstrado
para com cies. Os problemas nacionais são muitos e de
"_s
grand? importância, tanto os a caminho de solução, como
nu esl udo ou em projetos, e os a iniciar aini?.. por parte dos poderes públicos. Um governo que
realmente se preocupa com os problemas nacionais, como
n !ir.;-n. desde 1930, tendo já resolvido uma série deles e
pof.nnndo enormes ainda a resolver, por muito boa vontade
qur inilia, não pode por si só levar avante um novo proble?i os interessados, patrioticamente, nâo colaborarem
i rie. E' preciso que os escritores e jornalistas nacionais.
-.pieendam que o governo do Sr. Getulio Vargas é a maior
¦rhmirlarie quc jamais tiveram para realizarem qualquer
:,-! dr solido e dr efetivo. O nosso Presidente foi homem de
íi-, foi jornalista, e compreende perfeitamente as necesü[i*5 da classe. Disso tem dado provas. Mas, como realij- nossas aspirações sc nós mesmos não colaboramos
-, rie nesse sentido? Se nos unirmos, se chegarmos a um
:*tlo sobre o que queremos, como o fizeram as demais
.í.-j trabalhistas enlre nós. para apresentarmos ao Seii Presidente da Republica um projeto solido, estamos
tn-, rie que ele será o primeiro a nos apoiar e a nos facide espirito de que necessitamos
r ;¦ segurança e a
-. i iabuta diária. paz
No mou modo de ver, só poderemos obter algo se nos
.nirniDs, pondo de lado comissões, vaidades, interesses parht;!--its, etc. Temos que organizar uma Sociedade civil,
fiitfri da Lei e então, depois de organizados, pedirmos o
l>- do governo
para essa sociedade, que terá fins prati¦ nn de "literatice", procurando garantir e amparar
vive das letras. Com essa Sociedade, ajudaremos de
físt: n'fi eficaz o governo a solucionar o problema dos ho'-'.c:\ rie letras no Brasil. E estou certo de
que ele nào nos
Mus lemos que deixar de lado, absolutamente de lado,
- . ¦idades, as'picuinhas e as infantilidades que teem sido
; a da morte de toda a iniciativa nesse sentido.
! .a Sociedade terá, em primeiro lugar, que pôr de
?¦- . vaidade de indivíduos que querem, por esta ou aquea : tn. aparecer aos olhos do publico ou do governo,
.-IM escolher homens da profissão que queiram, realmente,
'¦'¦¦' dliar
pela classe.
Lm primeiro lugar temos que procurar um intercam-,
no i-iiro com as sociedades congêneres estrangeiras, afim
ie rm seu nome, cobrarmos os direitos de traduções que
T.r'.: \-,:i cm todo o gênero de publicação, entre nós. Como
Símios que esses direitos sào caros, diante deles, as Emprei- Diissiirào a recorrer ao escritor nacional, pagando-lhe
r.c:.''s, mas paganefo. Depois temos o problema da» repro!i;" - Me escritos. Se a Sociedade tiver seus representantes
' ''iitcs em todo o Brasil, os escritores nacionais
passarão
;•' "rber direitos de transcrições, que se fazem arbitrariai: v em todo o Brasil. Quando pensamos organizar essa
:'"m:,*i;Ic, entre muitos outros detalhes esse preocupou a
™-"ri atenção. Resolvemos fazer uma experiência. Escoü'1 t;- hes nomes: Bastos Tigre, Costa Rego e Osório Borsa. Pois bem, pelos recortes que temos, ficou provado que
"ni ,uli;;o do sr. Bastos Tigre e outro do sr. Costa Rego,
putnirarlns
cm o "Correio da Manhã", o primeiro foi repro'Ki.-idn
26 vezes e o segundo 16. Do sr. Osório 8 reproduções
lr'-m feitas tambem. em todo o país, E assim quantos outros1 Receberam eles direitos, ainda que mínimos por essas
|',Jp]"i'dLiçôes'.J Estamos certos de que não. A Sociedade sanará esse abuso, como ainda estudará o preço minimo por
a'1i'-:n. e assim, defenderá a
parte material e moral do assonario, criará caixas dc empréstimo e de socorro.
!
E nada mai»...
BRASILEIRO |
19000
FUTIL—
"jsS
ÁLVARO
MOREYRA
» NUM HOMEM FUMANDO, O QUE ME IN.
TERESSA í," A FUMAÇA...
LEMBRO-ME UE UM DISCURSO DE PINTO DA ROCHA SOHRE KUI BARROS A, NO QUAL,
AO FIM, EM PLENA EXCITAÇÀO, AQUELE HOMEM TAO INTELIGENTE DURANTE AS HORAS
CALMAS, AFIRMOU, DE MIOS FECHADAS NO
LINGUA
NOSSA
HA' NA
AR:
SENHORES!
TRÊS MONOSSILAIDS ETERNOS: MAE, LAR E
RUI BARBOSA!"
» Alt CONDICIONADO: AR IM) TEMI'0
» RETRATOS... TENHO DOIS
DE MIM, PARECIDISSIMOS: — O VELHO RIACHO DE PORA
TO ALEGRE, COM OS SEUS SALGUEIROS,
SUA ÁGUA, A PONTE. AS MARGENS, — E UM
EM ItAGE', DE
BURRO QUE EU ENCONTREI
CABEÇA BAIXA, OS OLHOS NAO QUERENDO
VER MAIS. NOS OUTROS, MAGROS OU COR.
DIRETAMENTE PELOS FOTO
DOS, TIRADOS
GRAFOS, HA' APENAS A REALIDADE SEM IMPORT ANCIÃ
A MELHOR COISA
PELAS
QUE PASSOU
"DO
MUNTELAS, NOS ÚLTIMOS TEMPOS. FOI
DO NADA SE LEIA" UM FILME IlE QUE ATE'
EMERSON GOSTARIA
SAI-SE DELE COM UM
SENTIMENTO DE DOÇURA. UM POUCO RESlGNADO, — HOM E CERTO. NA VERDADE, PARA
QUE IMPOR AOS OUTROS O NOSSO JEITO. PAPARA
RA QUE AMBICIONAR,
QUE PERSEGUIR? CADA QUAL í." COMO E' E NAO TEM
VAMOS SEIt SIMPLES. VAMOS
CULPA DISSO
¦ -.
SER TRANQÜILOS, IGUAIS A'S ROSEIRAS, A'S
;
ARVORES QUE DAO FRUTAS. IGUAIS AOS BURROS QUE NAO SE METEM COM NINGUÉM
E
OLHAM
SEMPRE
PERDÃO
COM
NOS
UM
OLHOS. DESEJOS, ANSIEDADES. RAIVAS... NAO
ADIANTAM. TUDO FICA. A MORTE í" .4 GRANDE ESCLARECEDORA. "1)0 MUNDO NADA
SE
LEVA..." NÓS NOS MEXEMOS, INTERINOS. POR
ENTRE AS SOBRAS DOS ANTERIORES. UM Fl¦:,¦•:¦;,
iS.saafct» ,' i )
LÕSOFO, QUE ERA POETA. AVISOU QUE A HUMANIDADE SE COMPÕE DE MORTOS E DE VIa.a. ..,:
a.,..,,-.,,,.,......
*
,.*,.;.¦ ....-,.„¦«,.-.¦.-.¦..*:--,.,-.¦«-.-- ¦ aaííáfe.
rffc.
VOS, E QUE OS MORTOS SAO MUITO MAIS NU1)0 JAPÃO: — Vocês se lembram? Naquele tempt» rfn nossa juventude, quando nm penMEROSOS, PRINCIPALMENTE OS MORTOS NA
sacamos no Japão, era aempre com uma imagem de sonho que êle nm aparecia, — nm ttais
CABEÇA. UMA GAITINHA, IRMÃOS. ARRANde seda e de bambu, tá longe, na nascimento rfo sol, onde a* criaturas eram todas de porJEM UMA GAITINHA! NUNCA MAIS SE ABOR"de olhos talhados á feição de amêndoa"-.. Deeelana... Assim, iguais a êsse menino,
RECERAO.
"geisha". veiu "Madame Utiteiflp" Lm dia. Luti Guimarães filho nos
INSONIA. TRÊS HORAS.
veiu
a
pois
VEM DO MAR UM
BARULHO DE COMPANHIA. UM RUMOR
trouxe "Samurais e Mandarins". F, já então, no mundo, o Japão tinha ficado importante,
DE
na
lernttMas,
nõs,
Expandiu-se.
SOLIDARIEDADE. AS ONDAS DIZEM: — NÓS
para
uma das grandes potências universais... Cresceu.
TAMBEM NAO ESTAMOS DORMINDO...
ra rias recordações, nada mudou: é ainda de cerejeiras em flor que nos •t/iarece. sob o
O IMPORTANTE
s seu '
í" NAO
PERDER
céo branco do vôo das cegonhas, e uni poeta debruçado numa ponte dizendo
A
CURIOSIDADE...
CURIOSIDADE...
biombo.
kai" á tarde que se fecha como um biombo...
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I
\ % 'Ü* «Ji,
 VÍ' \«^ *~
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¦fí.
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-«
;.
As comissões particulares reunidas para estudarem esse
¦j aquele projeto, a serem apresentados ao Sr. Presidente
". Republica, na classe Intelectual entre nós. nunca deram
-n: resultado. Temos exemplos. Aqui em DOM CASMUR.0 iT.eamos uma serie rie artigos pleiteando ttma melhoria
?:.-• i nnssa condição de vida. A coisa fez barulho. Os jora:s diários principiaram a gritar. Apareceram então os
i:?!.Túes da profissão, os ricos, os que não vivem de escrefr. finque só escrevem de barriga cheia e em bibliotecas
qu: mias, como diletantes e, antevendo o nome em todos
nais, com retratinlios bonitos, desandaram a organi;
a.i r,-:nissões. com mil pretextos, para estudarem um pror>n ,4 campanha parou. Os jornais silenciaram por causa
!;-o i* . nunca mais se falou no caso.
CONTOS
JfntiAiitfti de Amlt - DOM CASMUUKO - Pur. 34»
l GRANDE HEBDOMADÁRIO
DE ABREU
500
A CONFUSÃO ERA GERAL
A SEMANA pn
BRICIO
HOJE
g^^mmm^f^vm^Èff^
%
Au Fond du Coeur
PREFACIO
UO
LIVRO
NOBRE poeta de: "Tendreases mortes" nua ili unt
novo livro de poemas: "Au fond du coeur". O rouO xinnl não teve med» da tempestade. O furarão
ru(e. Sobre e abrigo frágil de um (alho que ba louça a
rie uma velha árvore que (eme, o pássaro mavlmo canta
,
e canta. Que o eéu lhe seja clemente!
E' a mesma frescura do primeiro livro, o mesmo despertar de emoções ternas e nostálgicas, a mesma doçura musical, acentuadas multas veies pela vivaeidade piloresca de algum ritmo ou da algum achada imprevisto.
Será que o fragor incessante do vendava) comu a
surda ressonância do mar, aumenta e dilata a harmonia
das palavras • doa sentimento*? Não, esla explicação
não me basta. O poela, apoiado em seu prime iro Impul10, ganhou mats segurança e pode ner, Justamente, colocadv entre os maiores poetas contemporâneos. O rouxinol canta e fat a floresta tamhem cantar.
Béalríx Reynal escolheu como epígrafe alguma* pnlaavras de Jean-Jacques Rousseau. A escolha é sígnificativa. Ela nãn qulie, eertaineiile. colocar-M sob a evticação do pensador frio, sistemático e perigoso que lançuii sobre • mundo o "Cuntract social"; é n maravilhoso,
• Incompnravel poeta das "Revertes d'un prnmeneur soIita Ire" que agita, para além rias nossas precárias eoordenações de Idéias, aa torças primitivas do sentimento
com as quais vive o mundo.
Sim, as forças do sentimento, a.s forçaa primitivas do
sentimento, eis de ora em diante • universo de poesia
Mas. não tenhamos duvidas, no Brasil todo mundo quer em
que se inspirará a gênio de Béatrix Keynal.
^¦i' iornalisl.1. escritor,
lutar
para
poeta, etc, e teremos que
Este sentimento, ela não v baseia nas Impressões t
impi-dir que dessa Sociedade
façam parte os aproveitadores,
p*ibu,'ionistas e vaidosos. Para o nosso próprio bem, tere- nas emoções do presente. Nunca ie está seguro de que
algum
inní qne defender o nosso quadro social, de modo a que fi- a impressão do momento nío seja varrida por
golpe de vento e de que valha a pena seja consagraria
quf bem claro e patente que só poderão fazer parte dele pela grande» da poesia. E' nas emnçôes dn passado,
aqiui™
que realmente sejam jornalistas e escritores.
não dnrestão Integradas á alma, essas
essas
Ris aí o; que lemos a fazer. Projetos estudados a trou- milam queua memória como umi série dequefulograflas,
'¦¦¦' (
mouse por cavalheiros bem nutridos, com empregos essas que continuaram a viver e a se confundir i-nin a
vida, são essas que formam a substancia da Inspiração
adnm-aveis lora das letras, não
podem ser completos, nem
fli- resultados
Temos que organizar a nossa sacie- de que eslá animado nosso poeta.
tifitlc afim de práticos.
"Je n'avais que ('uns, sur la lerra,
colaborarmos com o governo na grandeza da
pátria f na cio nosso bem estar c do nosso future
U ma Mére!
JU a'avaia qua Vuui.
Fóm disso, tudo será ficção
DE
BÉATRIX REYNAL
Por
Aii.ourithui. Iristemenl, jc tralne,
Avec peine,
Mes rêves dissnus".
Estas recordações sãn evocações mágicas, elas ainda
estão envolvidas pelo mistério e a penumbra rias regipes
profundas onde a alma as guarda ciosamente. 1'niá espécíe de pudor ou de altivez presserva-as' rir Se tornarem confidencias vulgares. . Aqui está. mals adivinhada que entrevista, a faroUnha que vem para a Provença com sua vovó querida.
Ela só conhece ternura, a vida se lhe esboça Ioda doçura, Mas a vida foi infiel á sua promessa.
A menina, com os cabelos soltos, freqüenta nma peUnena escola. Cada dia lhe trai, desde então, sous riscos pequenos e sua carga, pesada ou leve. A criança
conservou-se boa, porque nasceu poeta. Possue um grnsso livro cheio rie Imagens maravilhosas. Sua cn min lia
cheira bnm, é branca, a janela é estreita e recoberta de
jasmin... Kls em que Béatrix Kevnal nãn deixará de
sonhar; e, quando a fortuna lhe sorrir, quando nân precisar mnls de lutar para satisfazer sens desejos, ela
terá saudades de tudu Isso.
Esta lembrança lhe reabre as mals belas fontes do
sentimento,
"Mon Dieu, faltes qu'un jour Je retourne au vlllage,
"Que je puisse revoir ma chatnbrette riu mas,
"Avec son papler peint d'un heureux paysage,
"Et son petit baleun nu grlmpent des lilás".
A Infância terminou, é preciso atravessar n oceano
e longe de sua Provença, a mocinha dificilmente ganha
a sua vldn; expressão severa, doce pnrém quando bem
compreendida.
Com toda cert exa Béatrix Keynal a compreendeu
bem. Os que a conheceram em seus momentos rte petiuria e de desespero não se cansam de decantar sua confiança e sua coragem
1,1, outrora, um poema cujo auíor evocava uma In(éniiH operária em uma lerrlvel cidade industrial. So
tem um riia rie férias, em torio o auo liste ann eln cmpregou esse dia a passar ato» pelaa ruas pubrei, parao-
FORTUNAT
STROWSKl
Membro do Instituto de França -— Professor na
Sorbonne e na Faculdade Nacional de Filosofia
do Brasil.
do sem saber por que. defronte dos mais miseráveis eisebres. A. tarde, um pomo cansada, receia ter perdido
sen dia. Ignora que a pa/ divina desceu poi toda a parte em que andou,
Contaram-me i|iic, tambem, ao redor da pequena
Prnvciiçal, desempenhando sua obrigação cnm uma lntelíRcncia. com um valor admirável, havia uma Irradiaçãn de alegria e rie bondade,
"l,a Kontr c'est uue flcur
"Qui
polisse (laus nulre coeur".
Depuis u roda da fortuna i;irou, a vida rio nosso
grande poela não mais exigiu esla labtlla quotidiana,
hein au contrário! O mas em quc mura, não se parece
nada com aquele em quc a esperava sua avó. Está repletu ile belas coisas, nas quais uma só bastaria par»
maravilhar tuda a aldeia c não são mals as gulodlces,
os liiiultus vestidos brancos e ns cintos ilu ura dos eomo
nu canção que ali faltarão para receber as moças qne
dansam a ronda, illas acreditar que Iudn isso afasta as
sofrimento, da vida, sobretudo- para uma alma profunda,
meditativa c sensível — é uma lula ilusão. Os ultra-modernns pti/.crani cm vosn a pa'"vra cxtslciiciel, Falam da
tragédia existenclelle, da angustia existenclelle. Noaso
querido poeta seria um poela Interior, se livesse íjnorado o sofrimento eXlsteiiciel.
"I,es heures vont. toutes piiissantes,
"Avec dc (rands crls prtimcllcurs;
"El dans leurs courbes Incessantes,
"Nous pitisons lonlcs nus doiilciirs".
E* preciso nãu nos enganarmos; para certas almae,
inu sua villa agitada, fértil cm imprevistos t em eontrastes, os dela lhes históricos ou os movimentos exterimes conlam talvez menos que o desdobramento interuu: "Náu lenho sinão um gula flol sobre o qual poaao
(Couclue oa pág, 11)
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-*"¦-"
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TECTRHnfSiõ
MAYERLING
a grande romance ria culcçãn
DOM CAHMUKKO na tradução
— de —
CD1TH MAGAK1NUS TOHRES
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TEMPO
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Cara e Coroa
MARTINS DALVAREi
DONA F1LOMENA EM CONFLITO COM O TEMPO
PROVÍNCIA cstt'(tt/t»i (l-na
a PRO
lumcna. Situou-a na viA Film
f1 s«. Tomou-a importante.
Deu-lhe personalidade, vaidade,
orgulho c ate hábitos. Bons e
Alguns mesmo
maus hábitos.
detestáveis. Por exemplo, dom
Fitomena ntin posta de fazer trt-
entanto, tem o
ooi". Mns, «o
fraco ias pessoas gue se A&o a
esse capetoflo mister. Gosta, adora. é perdtdiiiha pela vtda alheia
Emprega, de preferência, o sen
tempo a procurar pontos tal'
sos na vida do próximo, veto
prazer de icscaze-los pttcitiitemente c. mostrar o avesso irrisório aos circunutantcs- NAo é uma
ocupação multo limpa, Mas nem
só de pomadas vive a mulher.
Dona Fitomena detesta o Rto.
Fará
ela a cidade nos h umilha com a nua grandeza ¦ He.
etus-nos a partículas opacas %
insignificantes diante do seu esptcvdor. Confunde-nns e nivelano» nn. pínnfcfes
tumultuosos
Pablo Neruda em 1935
gropn lie podas csiianoÜM nlióls que couta cnm
mes comn ns tlc Fcilcricu
Garcia Lorca, Rafael Albcrtí, ncrardo Diegn, Pedro Salinas e nutros — o quc significa a mais
interessante produção poclica da
Espanha — lança o folheio "Homenagem a Pablo Neruda" (Madrld, Plutarco, 19351. cm que Pabio apresenta alguns poemas do
seu futuro livro, sob o titulo co¦num de "Tres Canliis Matériales". E essa saudação espanhola
ao poeta chileno nos fa/ pensar
no estado presente da sua Poctica e da sua significação cada
dia mais própria e diversa, deutrtidn idioma. As pernas do nosso
escreveu o poema Inpoeta (não"Ritual
titulado
de mis piornas"?) n fizeram andar de Tentuco. Chile, até Madrid. Espanha, depois de percorrer .lava e
a Índia e its mares vermelhos ria
Ásia, depois de ter despertado
influencias e Imitações cm iodos
os
americanos.
Outros
países
poetas nossos tem mais ciência:
nenhum,desde Itiihcn Dario, apateceu com mais forle corrente
poética na America dns ullimo*
anos. Muitas tentativas d cs emboca ram na sua Poesia desde o
tempo de adolescente em que o
conhecemos cm 11133, quando calado e triste e mau estudante
do Instituto Pedagógico dc S.intilgo do Chile, era » "guitarrista
vestido de abelhas" de um dos '
aeus ultimo* canins. Tinha publicado, enlãn, n primeiro e delicadissimo livro rnmantico "Ciepuscularin". em quc se destila
casa coisa lão peculiar que é a
triste» nativa. Trisleza contida
do homem chileno, "triste/a de
huasito dei Sur", eomn disse Pabio de Rnkha eom intenção de
polemica, mas expressando na
verdade uma das muitas riefiniçôes que Neruda suscita.
Apesar da forma — para a
época nova — do seu "(repustu tar lu", houve entre esses primeiros versos e o ambiente, um
curioso fenômeno de identificação. Aos 1!» anos já Pablo Neruda tíha discípulos que se ves«am como cie, lhe copiavam as
metáforas
e o descon jun tado
andar noturno e o cantado melaneolleo ria vm qne, nele, parecia
estilizar
rwm as tuda
e
consciência, a voz lenta e aflita
do homem de Temucn, das verdes
e bumidas terras do Sul. quando,
a noite, percorríamos a .idade
em busca de uma cerveja boémia nu de um chã barato, ouviamos em qualquer esquina ou no
mein ria cnnfirieiicia de um jovem
PRAÇA
MARECHAL FLORIA.
NO, U — (»¦) _ TEL: «-1J1I
e x p e »ní f7n t r
filKKlO* - Hrifi» tt Ahitn
¦ EDATOK-CHKFK - AItu. M*• U.RITARH)
OR REDAÇÃO
Claelt *¦ Gitimia.
GERENTE — Nael Knciielri
RIDATIiREt - Rmarlci
Fiiita,
MaiUM
4'Alvtiei,
A11 loi I
MicbiSn Cdllh Mj.irltin, Tnr.
MARIANO
embriaga rin. o conhecido
"1'arewell":
dn poema
., .TOj^^^Br^^grtn^m^
PWON-SALAS
trecho
Mas Pahlo nào ae satisfaria
com esse primeiro triunfo nbtldn. Podia, então, explorar a sua
maneira e permanecer no seu
pnstn, e se definir como o autor
das mals finas (nadas (artista
inquictante sempre), se não lhe
chamasse um desejo mais vasto.
Náo só a tristeza da carne nu da
mulher, mas lambem a Terra e
ns elemen los e, sobretudo, a Noltt. que é a mals misteriosa mnlher de quantas se inventaram,
"Galopa la noche en sua
yegua
sombria desparramandn espigas
azules sobre el campo", ouvi-o dlmr utn din. Era nm verso, liana
faiscante,
cortada
bum ida
e
da selva rins "Velnte Poemas*.
Depuis. "La tentativa dei hnmbrr Infinito", a desesperada
ime rs ;i o no mislerio, a renuncia
á consciência, a confusão trágica
e tumultuosa do seu terceiro IIvro. Nunca Neruda foi tão Pa*
bio. isto é, o homem cego e derr nb a do pela tentação. Era um
pouco o uivn e as imagens cambiantes d» primitivo A soherbift
dn propósito, da "tentativa", ea-ditava lambem o fracasso. O»
imitadores — pobrezinhos —, já
nân podiam limiar dele senão
algumas palavras e metáforas.
Muilns, então, o penalizaram.
Mas, Neruda naquele processo
difícil — como um rito rie inlciação — tinha descoberto n camililin ila Lírica, da Lírica qut
noa funde e no sarrasla na torrente do Universo, Entre os dois
caminhos ria Poesia assinalados
por Niet/.sche: o caminho de Bomem ou do sonho gostoso onda
se elevam tranqüilas imagens;
do poeta épico que como o escultor evoca o individual; e •
caminho de Arquilocn ou da poesia ditirambica. que explora em
paixão o hino livre, ele escolhera
o ultimo. Desde "Los Velnte Poemas" o vigor, o ritmo, a pon tu»ção eram cada vez mais amplos.
Qualquer coisa de torrencial e
de revulto, qualquer coisa que. de
fato, trazia o perfume rio Vento
rias monções, eram os poema*
que entre 1938 e 1931 enviou de
.lava e da índia. "Tango dei viudo", "Moiiüon de Mayo" são poemas ria terra húmida e quente,
rin hnmem que quase quer ser
vegetal para crescer com o Unlverso infatigavel; da absoluta
libertação e desprendimento pessoai. Aparecem já na sua poes li
com outrn sentido os "Ah!" e 09
"Ayl"
dos românticos.
Neruda parece descer agora do
Universo grande para o Universo
rio maernensmo para
pequeno
o microcosmo. Os tròs "Cantos
ma te ria les" publicados na Espanha ("Entraria a la ma dera",
"Apngeo dei apro" e "Estatuto
dcl vino) assim n revelam, Llmita-se au Horizonte para ser
mais profundo, para Ir rece*
ben d o,
Neruda nos conduz an encantamenlo e à embriagues dlnnlslaca, a esse mundo qne Já nto
pensa nem limita porque se submerge na torrente da vida criadora. Neruda é o canto puro.
Outro
estudo
nos
leva
an
curioso problema que os aeus ullimos cantos suscitam, quando,
por exemplo, os comparamos eom
oa poemas e a filosofia poética
de um Paul Valery: com o que
agnra chamam de "Poesia pura".
A "inteligência" de Valery e o
"Instinto" de Neruda
parecem
¦e encontrar numa final coincidencia liriea. Mas não queremos
escrever um estado estético e só
expressar o regosíjo doa nossos
últimos a cha doa.
E...
de
todas
as
Livros que não se deixam ler.:
'ráse
~
SOa CASMURRO
JI
«•rt ituIi* p.rt
AIlINATtJlAI
'",','.'.'.','.
RK1ISIRADA
¦ RTRANGglRO
NUMERO AVULSO fn
«¦¦d* ¦*¦ anhiieadai
¦
*
em alemão Sugestão para um inquérito literário
ÊlrJFi'" Poe'e uma
_ Haverá mesmo livros que não se deixem lêr ? - "Caxias", do Major
Alfonso de Carvalho, um grande livro — Que terá Álvaro Moreyra para
"Memórias"
contar-nos em suas
?—Foi assim...
*
MÜLHERES
NAPOLEÃO TEIXEIRA
nos nebulosos
Qtitim Irá descnbrli
arcnnos da distante ironia tenta, a
cxplicscío. Só uma coi.sa sp «abe
— e wta. sim. hem I — é que o livru
nfio se deixa lér. Ou seja, repetinrio: "wí laest slch nlcht
lasen".
Em alemio. em rebarbátivo «leinAo.
mas. ao rim. nma verdade. Livro.
.IA 11S0 dizemos eomo muitos que a
Oerinanln
heróica
ron li eça.
mas
eomo multo* que rolam por ai. Aos
magótrs. Aos band&es.
Numa fartura de desperdício. Atravancando
os "síbos". "Quebrando" t-riítoitiA
Ingênuas.
Entupindo bí livrarias
Dando trabalho aos caminhões, que
gemem 110 seu piso. quando, vendi(lon » quilo, tomam o íumn iimiúrio das fabrica* de papel. Livros...
Livros que se nSo deíxnin ler"...
...es laest..." — caramba! .ia nos
surpreendia mos a i-umcr ibons tusomos ü repetir a
pinambáí que
frase alem* !
subimos a.s eacad
Queria-mos vé-lo
mos. tambem no,
"espaço v
tiinoí. hoi,
? começa vs lonn
Multo* li
caminho
dependi ira
Fou.lita.
n-valho,
alRiins
peito
1 colrtnas da secçSo lltei
um rte nossos vespertinos. Trabalha
Aümo. Trabalho de valor. Trabalho de fôleno. Sobretudo, honesto.
Sincero a mnls 11*0 |>oder. Conciente e coiicienclôso Revelador cie invulgar lastro cultural. De bem sedi 111 ent a fios conhecimentos sobre ¦
vida fie Castas, o crandf brasileiro
que ainda ho.le, serve de parirão ao
nosso elorloso Exercito, que. ho|e
sinda. constltue o nurelo mais conílslent* rie nossa mística nacional.
Trabalho de superfície e rie profun.
dfdade, Mera compilação de fatos
históricos vulcar biourãfia romanceada ? Não: trabalho de Interpretacão nío apenas rie um hnmem
mas de toda uma ípwa trabalho d»
historiador, trabalho de socltilosn
repetimos, repetindo n nue. nân h*
muito escrevemos, aleóres.
"Caxias", do Maior
Affonso de
Carvalho — que, agora, entra vtirt.
rlosamente «m sua S.a rriicSü - nãn
' ler !
qu- ¦ nín dei:
sim.
. ê profundamente
Aquela
Não in^i-.i
I
nüo lem. nfln lem remcdin
tremenda emotividade !
Nada podendo falai
fllfp
rias" de Álvaro
Morevra.
"praça"
Moreyra.
velha
Alima "praça" ! ~ das li
rftrlas. deve |Pr
multo a
Quem nflo conhece, na sa;
de Ibirapltanea ? Quem
conhece aquelas
crônicas
tio finas e sutis que, des
blluám
ticas do veterano "Malho"...
E
aquela sua doce mi
filtrada,
dlstilada. bitílstilad* ! —
que (Iíí: tudo. com um arninho rie n5o
estar dizendo nada
miilia coisa ! Mullt
Álvaro Moreyra d
coisas a contar meu
que .taras tanto esi
que lanta vida vir*
llterài-ln de nossos dl
deixem "Memóri;
nhecerão tudo 11
falia conhecer 1 ri
Dei\em
«Memórias*
iiiiit GrietG. on tfitiu
coisas
Nunca o contato e a imersão
do hnmem na viria dinâmica é
um processo concluído. Nunca se
consegue isolar a imagem indivlduai, "homerica", segundo a expressão de Nietzsche. E esse senlimenio de Imobilidade sem fim,
sc exprime na maneira como
Neruda concilie os seus ultimas
poemas:
D*?ld* ia innoiitt àn »t(<a it,
«ml, d* IM*. rm « matei, ¦•-
MAYERLING
• iamom mnimiit. m r„u,
'
IIO.M fASMUIlio
O LIVKO DO im
CL.EOPAT
II it »i*a* lilutilitJi . ..oi ri
II aiMIti • enliknritfntti. .
II Hi* ato •• Minonistntiu p
11. lei etnriltni ernltlitm i* ir- |j
li Ul-i mina*» ||
Aeal™ dc ttparn-cr
CASMURRO
111-4-1)41
ds suas avenidas. Cidade «ne
anda sempre correndo, com fetire de espaço e com angústia de
tempo, B a gente isolada tio
mofo da multidão, cnm a morte
a dois pousos, a tragédia ao alconce dn vista, os je
sentidos
fumos nos
f\
níqueis t, na mão dtreit.
sainentm armazenados
bro e of olhos agarradas vos sinais do transito. Terra de pobres-diabas qut se iludem trocondo a vtda de longitude peta
de intensidade,
queimando, nn
delírio equatorial de um só die,
as vinte e cinco velas paretmoMoses de toda uma existência
bem coiriporforffl.
POE, naquele estilo piEm parte dona Fitomena tem
toresco a bizarro, que lhe ê
razão. Senhora
bem nascida e
lão priiprio, relembrou, em
EDGAR
criada numa dessas eidadezinhas
uma de Mt* "Hlslòila* Esconservadoras onde a hierarquia
tra ordinárias", á gulza de Introitn
do conforto ainda goza dns prln curiosa frase que alguém escrevou, alBÚres. a respeito de cerlo livlléglos e regalias do tempo da
vro alcmflo: "es laest slch nlcht lecorte, dona
Fitomena nfio pode
sen": livro que nAo se deixa Ce lér
Hclxer de estranhar a rudeza
CRiraucudo, riiuo. hermético, fechaInsólita duma gente nascida sem
do.
Por excessivamente
cs cite 7
meios, criadas sem princípios e
Por demasiado difícil? Por "prccloeom nm único fim: simplificarslstn" demais?,., por tilo "asnátlco1'
assim ? Quem o poderá responder J
se. libertar-se de todas as complicaçôes imiteis, a começar pefi colete. Quanto ao colete, eonsidera dona Fitomena, rá lá! Mas.
tempn. o impiedoso deslocameiio chapéu! Ah! •< chapéu!,., Retn da cidadezinha para a metropudiá-lo iidn é somente provo tlt
p-le ainda veio agravar mais a
vulgaridade, ê uma
situação.
Hofe. i uma revoltada
tristíssima
irremediável. Vinga-se de tudo e
falto de pudor estético. 0 sru
ilustre pai. de chapéu côcn era
de todos com os processas primittm nobre, mas se vivesse hoje etn
tivas (fui anões em face dos aidia n/la passaria de um careca.
Fala da vida alheia.
pautes,
Ignomínia! Ignomínia!. ¦ Diverte-se. com q reputação avariada da gentalha.
Ataçalha e
suja o nome das meninas da penDe tudo Issn Só podia nascer
sáo, que tiveram a dês/acates df
um profundo dcsCntiteiOamcnto,
reduzir o seu ás proporções rinma falia absoluta de sintonia
entre dona Fitomena t o nosso
dicultis dc Filo.
"TEXTO DE
LOURDES FERREIRA"
HCLO NORI/lll>
DOM
SAMUEL COELHO
isterio
¦ ¦•H. Ml
juiz na roRA -
fwr-w,*-
As vírgulas que separam aa
palavras contra toda regra grama tlca I, e as "campanas" Incoilesas para o bom burguês que
Iè o poeta, rompem a marcação
dn poema, abrem um espaço Ilimltado.
qne representa Neruda dentro
da .poesia hispânica neste moincnln? Representa uma coisa
muito pouco freqüente nos poetas da nossa raça: o sentimento
lirico nn sentido da definição de
NíclBsrhe quando opunha a llnmero e Arquilncn, a rapndia e o
coro trágico. No porta hispânico
(Cnngora, Garcia Lorca), prevalete g elcuieuta plástico quand»
c
"DESENHO DE ISRAEL"
OMO tt costuma dizer: "depois da tempestade, vt
Assim, /indo > rei rindo "de retome» AitJete, ut
(istueiosos
conselheiros, a figura extraordinária de Cleopa,
1 sem namero de lembranças aliadas ao esplendor que iwpit,
i. mniiíenmundo oriental rie Iiíí vinte
sua figura perfeita, durante todas
do
1 humanidade, tem passado,
áesttil da glória em qtie se colocou, font
a beleza, eomo por sun inteligência, ct
ciíIíiiQHtfo-fl a posteridade, como um zai
tlvel. Cteopátra arrebata como mulher 1
rainlia.
Subindo ao trono, com dezoito anos, era t;
1 do í m?e abrindo seus lóbios
1 qne a bela 1
còr ie rosa ao ocidente.
Contemporânea das maiores reDoliiçdw que ifltini-at» o império romano, cont/iiintando, ¦.¦om sua dinina belesa, ot grandes vultos da republica. ínspti mdo a César n gloria e a Mtrco' Antônio a ociosidade;
o/crecendo maguíficos banquetes e deslumbrantes esiins. organizando fantásticas
caçadas, e pescarias t
regatas pelo poética e majestoso Mio; :;. nn ío 11 do-,sc a Frinèia. no requinte com gue tratava de sua formoSemirowií», «a ohíücib e na coragem con,
\1\cjat1a a lança e a espada, conduzindo o S
pequeno exército desde (i Sírtd até Petusa,
de conquistar ti parte do trono que lhe cabia; protcgenüo
as artes e as letras como uma Aspasta
estudando os diiidas como uma Uipálta. e por fim, dedicandose sem reservas ao culto de Eros eom
i)o/t(j)íi.os,(íntfí tíe lima Lais. Cleopatra, durante o i.'n reinado,
levou o £pí!o ao wá.Timo esplendor e gi 1, para fíepois. dominada pelas paixões com Marco Antônio,
min ao profundo abismo da decadência, levi
wuto de vencida a sua pessoa, rcduzinúo-se, e i pátria, e
escravos de Roma.
Soube porem resgatar ts suas fraqtiesas
sua enciclopédica conformação, a aslucta. com 1 suíií 1
cetíor e primeiro imperador romano.
Burlando a rigorosa vigilância que o futuro
pessoa,
preciosa
gustn fazia manter sobre a sua
conseguiu gue lhe chegasse ás mios unir. «sptie,
i que pàs termo á existência, evitando, assim, servir de motivo â sanha e ãs chacotas do nono roi».
Morreu como devia, digna descendente de sua antiga e brilhante dinastia, r quando devia, pois náo 1
era mulher para se.du,zlr o notio cesnr, * nem roínfts, porguo 11 to lhe faltava o trono. Nüo era inulh. , porijne o tempo, os desgostos e a recente, tioenca da
qual estava convalescendo lhe roubaram as pétalas áa juventude.
Cleopatra e.tpirou nnj írfitfn e nove anos, com a superioridade que caracteriza
os
espíritos sitpernos,
legando á posteridade seu rtoine e seu vulto, que sdo o dn mal/ perfeita ideal âe soberania, reunido ao
maior prodígio do seu sexo, adornando como figura central o puniam do paganismo, despertando a ordntft admiração di todos os sécuíoi.
UO, I de abril di 1M1-
conferência do sr. Agripino Círiecn. na Biblioteca Put
foi uma das mais Interessantes realizadas ultimam
A em Porto Alegre,
4A facilidade de expressão do conhecido critico pi*
liu ao publico um acompanhamento natural da matem
posta, aliás muito bem exposta e ricamente ilustrada cnm
chos interessantes da vida dns maiores gênios da lin«us
tuguesa.
Irônico, sarcástico e perfeita menle enquadrado di-nm
sua função de critico, Agripino Grleco "dissecou" uma iu
dade de personalidades com aquele sabor da anedota Acre
mesmo, que o titulo seria bem mais adequado se fosse, por n
"A vida anedntica
dos gênios da lingua portuguesa".
pio:
O nosso povo sempre vê com maus olhos as con fere 11
E* que os nossos homens de letras teem
procurado, alé ;
demonstrar grande cultura, expressa ao-publico por meio rir
conjunttf de palavras de pouco uso e quase sempre inc
preensirel.
Agripino Oriero nos mostrou uma técnica nova na aro
fazer conferências. Durante mais de uma hora a enorme a
tenda permaneceu rindo, cnmo se estivesse assistindo uma
do gordo e do magro. Aquelas passagens intercaladas cnm
teligencia e espirito deram brilho ás palavras de Agripino
" Pronto! Cada nm
Grieco. Quando ele começava: "Certa vee
cutucava o vizinho. K lá se la o critico eonciente de sua ftiii>«»
Mordas, Irônico, humorlstaa.., critico!
Dentre os "criticados" figuram Ataulfo de Paiva. Claudia
de Sousa e esse poeta interessante que é Manuel Bandeira.
Uéste, Agripino Grieco disse que, pela maneira de tossir sempre que começa a falar, "desfruta snlidamente de uma tubereulose em principio".
Uma parte Interessante da conferência de Agripino Gnec»
foi aquela sobre Camões. Entre outras coisas, disse ele que nlmgar uma criança a achar o sujeito oculta num trecho do poels
"Lusíadas",
de
só mesmo com o auxilio de um comissário df
policia.
E assim (ol toda a conferência, Sempre espirilo a transbordar das palavras fluentes de Agripino Grieco.
Dificilmente ouviremos mais leve e mais agradável. í)nr "
chamem de desapiedadn, concorde. De morda?., lambem, «ur
digam que ele e a critico na verdadeira acepção da
palavra
enncordo naturalmente,
A sua conferência foi uma coisa nova, original Agrlpinn
Grleco soube prender a atenção da enorme assistência com e
sen fraseado colorido. Pnr mals de uma hnra estivemos ouvindo
as palavras brilhantes desse homem
"os memque disse que
bros ria Academia Brasileira de Letra;, teem papel cartum* <•(*
lugar de cérebro",
I.BIA HO.IE MESMO
Pirint
MAYERLING
»»»»»»»»»»»M 111111 M11 *
I
...ESPAÇO
DOM
Acaba dc aparecer
CASMURRC"
MAYERLING
a famosa romance na Coleção
DOM CASMUR 1.0
O LIVRO DO DIA
19-4-941
flilill MAGAKINUS TORRES
A MORTE DE «MARINETTE»
e as recordações de Tristan Bernard
Tonem avprlmldai, era parque pinham em destaque lelleIdade* conEscrúpulo feminina.
Jugals
Oi Renard nr adnravam. Cnnherpinnt-.tr em 1MT, moravam, ela, na
rua Rorlier, ele. num ~~|lequi
--tel da rua lr nnr hft,
celebrado rm IHHtl. nasceu na ano
aegulnte, Fanlec.
Bale em 1192.
se pode
traçar ria
Que rrlraln
Marlnette daquela época? Onça mm
Trlslan Bernard que freqüentou o
Jnrem rasai e que *e conservou para
.lule» Renard. depol*
para a Mia
mulher e a sua filha, um amigo a
toda prova.
Creio. disse ele. que a primeira
*ei que rnrnntrel Marinelte fal na
ratinha de Chaumnl. para ande lul
nn automóvel de Lucien Gullr.v.
Kesst dia. Jules Renard nm taperava
na- entrada,
disse-lhe aem a
-querido
amigo,
rumprlmenlar;
ri toria!
Acabo de descobrir uma
fábula Inedlla de La Fontaine."
Ah! fer -lulea Renard.
— Sim, intitula-se "Le Llon el
la pnule". El-la:
RENHT CHAMBRILLAC
ISISiaaa,
o século III anlea *•
Cristo, épnra em que XeDESDE
alé
noe ralo na «reviu,
(exclusivamente),
Wlnckelmann
¦ critica e a historia da arte enser
na
rn/ão
de
centraram a
apreciação que sustentam aolire
a arle rontelupo-riiuea. Mesmo
quando ae estudava a arle dn
passado, julgava-se aempre ema
arte eom parando-a rum a preaente. Vasuri admirava Glotto
em nome de Miguel Ângelo,, Bellorl admirava os nnligos e Itafael
em nome de Carrache o ile Polisadmirava
llafael,
Mengs
ain.
Cnrrège e Tltien cm sru próprio
nome, Wlnckelmann inverteu aa
eoisaa e julgou a arle moderna
em nome dos gregos antigos. A
perfeição da arte se transferira
do presente ao passado.
Os Indcalistns tiraram dessas
primleias as conseqüências Inglcas: em ludn que pertencia ã éra
moderna, a arle estava morta,
fundida na ciência filosófica.
Fllnlogos, arqueólogos e conheredores, saidirs do idealismo, contlnuaram dando, especialmente,
atenção à arle do passado e esquerendo a arlr moderna, ou
porque estavam convencidos da
inutilidade dessa arle, nu porque
Conciência daArteAtual
Ingrea. Courhet,
Manet,
nnix,
ré/aune, G angu In. Tr mi a ram
parle nas discussões critica* nã»
sn falando e esrrevrniln, mas
pintando. A Impurtanrla da plntura na vida intelectual da França do seculn XIX fni muito gr.inde.
Para
encontrar
qualquer
coisa de semelhante, cra preciso
remontar i Renasce uva ilallana.
It fundador rto "realismo", mesmn em literatura, fui um pintor:
Ca ur bert.
O romantismo suscitara lamanha fraternidade enlre poetas,
romancistas e artistas que levou
ns escritores a exultar, explicar,
discutir a arle dos pintores: busla lembrar St emitia I. fi aut ler,
Baudelaire. os Goncourt. Zola
Mals. a pintura tomou parle nas
lutas mnrais e política... que Tnram tâo ardentes na l'rniicn no
século XIX. dr lal forma que
atraiu a atenção tle homens politicos como Guixot. T llie rs. Ciemenecau. As expu.slt,ôes eram renuma
capital
pnule
1^»^
I ir
I
l
aÍ
centralizadora
e:'' JsiWjiM
mi pi ri d'une
frUIrirre.
Elle entendlt snurialn un Innf ru*
[glssement.
Le rol deu «rimam snrllt rie aa
í lan nlére;
tl regarrin Ia pnule et lul dit dnn(.'ne.
LIONEUO VENTURl
pissalt
Vlen» pou pnule
Vlen» pou pnule
Viena...
DFI.AI IíOIX: — Portrait du peintre
An «nrrlso Iranlrn de Jules ReManard sucedeu um rlan france.
rinrtle *e aproximara dn marido.
Era uma jovem loura, limpa e tã
que. itm nenhuma formar*o Hleraria, nãn admirava, pnr Isso meSem duvida a
nns n cnmpanhelro.
ohra e os gosta* de Jule* Renard a
excediam;
mas .lule*
lher que lem apetites dt luio e de
inacreditáveis, a mulher
vaidade
.' .."1»:5»,<S-SS* a ali ' Lr»J :.">„. ~ix.-^:M-S9*S^-'.
TitI.hi
NI
Bernard e Jules Renaiil em casa tle Sacha Guitry em 1BÜ8
a senhora tules liciiarri mostrava uma dor digna mas sem
"rua
l!isle,vP|>"f'"'sí inter- Agora, só resta Bale. O jornalisiu'. caso
hasínnte -i-tia
dr- Desejei
ver
Bale.
ma»
recebi
dei»
Ia an encontro da som- ne
demande
que
de
tnule
plrurer
Eiaiidr rsrriior. sé ileíen- Ha viuvas Inconvenientes, romo
nin um ingênuo fundo de disse ile Mimtle. qur «pioram um
ii s-r itrila a rada pagina despn.ln paia n d«,1 listrar nu pari
. o escarneo. o desdém, as farerem unt pedestal onde se rolo!?Vais*morSaies.'ires erra- mais nefasta, as que se apossam de
'ilamUPhnsÍpertcs
das censuras e a
acariciados mals arbitraria
mulher.
iirt.
Fanlec
Intactas, a
entregou
Marlnette
Henrl Barhelln. as paginas Intimas
e Baie, os
Ma rinrtle se votou ao tlu
para
que algumas
passagens
Nio tinha ainda trinta e elneo
anos quando perdeu o ms ride. em
1910, ma* nunea pensou em se eenlo Imarlnava qne um dia teria quê
Pouca* semana* ante* de morrer. Marlnette e Bale jantaram aqui
™mlt». n,nran«r.u T.I.U., B.traral.
E. entristecido jipunhnu de cima
de nm movei uma fotografia quasi
rte nte contemplando ttm» Marlnette
rie avental, sombrinha na min: nm
casal calmo, fellt.
Leopoldo Fróis, sua infância e prematura vocação - Um temperamento
em luta contra a família e o preconceito - Suas inquietações
De ALFREDO TOME"
cen tenta men lu.
admirar-lhe o deienvoirimento du
dialogo.
Pronln, Leopoldo? Nào. nAo e
E
assim! você esqueceu! Escute.
diante dos ollyis 'ili,,s i*° nirn'ní
de cinco ano*, ela dava n exemplo.
Lcopnlrta embeveciam r se inouUlava na ânsia de querer repelll a
meama coisa.
,lã vi bem, respondia, olhe!
Desti vez eva a vm do menino.
Clara, cristalina » sobretudo siinp.iiflsse, faria pir
homem
íelln,
rie ranlocln
e ponderado. __ ...
lur»lldade t o tom firme com que
declamava certos trecho* eittpnladan, enriquecida* par adorável «errito — sorriso que havia de eon*
qulstar as platéias — marca tam,
desde esse* dlna longínquos da Infancia, o-, triços qut lhe formaiUm
a personalidade de notável comediante.
Do simples e romântico caramanchão, que agasalbava materna!*
mrnle aquele* dais acre* cm formatu d. o* monólogo* dr Leopoldo trais
carregaram-lhe cnm o nome para
outros jardins • oulro* mundus lufan tis, grangeando-lhe a tdmlra^n
e a bemquercncit das garotos e Iam-
IQSw
¦in. ile Ir.itédla e de aKn-lii iilie- n i-ammho. en- '
ai l>sa «nmhra »* p-uienniíu-idria* dn iCrr.1'0.
mnlri loin (*»i.nlu v'L(l
!.-:.¦¦ niinia a abJuiloiioe
t.,i -P,.d..-lhe Hei nif o
iiislanle rii rmlriir.)
¦- .rinins da* mil p nm»
transtnrmoii tf
I Ile .
de
,it, n,
i«.'ii i ha'M> iiorem rii ;'.-i..i dn iim/i". ¦ <: lât
i- rt..ni,n.( n >»ta,il t dr
mmtHn ilí'i
* i it-e. t.nrliia! A segjlr
'«» d4 memr.i pu i r
'¦ dc couifai.ta
platéia a
^
m «""^í0
l
^Jt
ciiirus da ciência arquculosiia;
t f i I n I u if i i a ((Hitcmporanea;
rompeu mesmo ns limites impôstos pela estética idealista, e dc
forma bem simples: consta tan d
a presença (Ia arte nas i.hriis que
via fazer. Os historiadores da
arte sc suhtrairain ao duplo jugo
lica francesa procurou nir seu
próprio quarto c enclitittou a sua
ronriencia da arte atual. Se é
verdade que Ioda historia é a
interpretação atual do passado,
a cnnciciiiia da arte ulunl ê a
base de toda a historia da arta
do passado.
Aceitou lambem as suas manias, o*
seus caprichos. o« seus amigos. Iramns vários Goilry, Venderem. Capus, eu. que no* permitiam», na
mesa a gracejos um pouco grosadReros. ás veies bastante livres.
nard apertava <w olhos pequenino*.
Quando o intérprete crescia...
TOLDO
num
CEOi mo n perioi
Rra>
da arle HasMca e da arle goiica,
descoinvestigando
dc longe,
brindo ohras prchistoricüs ou popularei, obrai dn Extremo Ort-
Unto por
prie que fulano ganha
ano que hrltrano t bem sucedido...
Quanlo a mim. ao contrario minha
mulher arha que trabalho demais.'
Sim prosrjti.iu Tristan
Bernard. a unlca influencia que Marinelle Irvr snbre o autor dc "Poit de
Carotle"" foi com a pai que lhe asaeno lar. rreando-lhe um»
gurnu
Nada a per«uvla ou não ouvia.
turbava, poli era toda candura, nu
¦e preferirem, — toda simplicidade,
"ira.
francesa do século XIX tni Iragmentada. mas manteve constanle a aspiração an* valnrrs esle-
Baa^Ba
WÊÊi
*",,,'oií"V'»'S***'
\ *
yyiífijíài! y^^^^
II*'II
m .'""""•S^T"
""SS'"S>'.a. V^íeSr'
«ovitAiü.1
1 ^
m *
• :"7íxy.^ \ „ „ „.2"'1T™L,..
• i"°:*i°"°."" \ ™°u,sJ,TÍI:Srs"5
WktTxi.
INGRES:
— Purtrait du peintre
os talento» de filnlngo» e de ronhecedores nãn encontravam
problemas para resolver sinão na
arte dn passado. E, à parte raras exceções, se se aperceberam
da existência da arte moderna,
foi apenas para apreciar os'contemporaneos que melhor sahiam
Imitar as obras ou n* principio*
da arte dnr passado, Isto é. os que
tinham menos originalidade como
artistas, ns que eram menos representativos comu artistas contemporaneos.
favnrecondições
Diferentes
ciam. ao contrario, um exceprlcnal desenvolvimento da critica
de arte contemporânea na Franca. Antes <^e tudo, a França lere
nn seculn XIV, uma serie de
grandes pintores superiores ans
das outras nações, e muito fortes
em teoria; basta lembrar Delabém da respeitável genle grande
que, toda vez que ae realizava uma
reunifio Intima, ou em noites u-dirárias dt serão, insistiam pela presença do pniurno Leopoldo, jue
lhes levava um pouco de fclk-i<Uri>
e pra/er. declamando algo quc u*
tristes • experimentado»
homens
nada enlrndla do que declamava.
Os momrnlns de rior, as liagédn*
desencadeá-las. os dramas qut estrabalhavam sensibilidades * mirti
ficavam corações, nem «cquer 'tie
langenclavam o conhecimento, dos
Essa leiidéncla, que errin revelara
b*í
acntÉromitos
em
iulerprelar
alheios nada mais era que simple.v
mantfeslaçno natural da [orça emnUva qut posoiila, conseguindo. Ir.ro
is primeiras palavra*, transmitir
ao* ouvinte* tnteiiM emoçã*. ora
como vendo-os, or» alrgranío-n, •
far.rndo rir. Sõ as nilurei.as pnvllegladaa é qur siin doladas ric-e
maravilhoso dnm de emnclnnai n
¦emelhantr. sem se utilizar, para
laso. de artificie* de qualquer es|.'cie nem de atitudes adrede preparidas.
Ei-lo palmilhando o* *eu< anos
Inicial*, quase desligaria da lun^án
rio larlnrinln. sem idéiat precnncefaldaH nem liilencões inconfessanii,
nada guardando na rttentiva qur
nSo imagens é Idéias Ingênuas e m>
eonsequrntes, inclinado a intrrpreUr. a encarnar a dor e a alegria
do* oul ioi.
l.eoputdo FrAls havia de atrnre'snr a existência, dt cahn a cab.t,
fiel a essa vocaçin. rultlvando-a,
adorando.*, amanrio-a com trda a
força do teu ner, rom toda eloquenela d» seus -rntimentes.
Transformava-ar num guapo menlnnte. Inteligente • chein de perSubia irmpre n ^ue
tonalidade,
queria * defendia ns seus Ideais com
o entusiasmo e a firmera ile rei lia
lutador. Suipreendemn-lo i,iiPililn e
ratada para as rcprenenUçõp' pat*
llrulaie. rias famílias rie Mlnnl.
Era a figura central das peças
¦ tev
Im>
"balancomo Paris: fl gênero de
çõ'" das exposições ja se desenvolvera no século XVlll, ilustrado por Diderot. De dois em dois
anos. on todos os anos. uma serie de escritores, entre ns melhores, apresentava o seu julgamenlo sobre as nbras expostas,
para
generaliza-lo
procurando
falar na situação da arte cnntempnranea ou do método du criexpositirar
da
lica, tratando de
çâit prognósticos strbre as tendencias do gnsto, Esses trabalhos linham muitas vezes n defeito, os
defeitos da improvisação jornalistira, faltavam-lhe informações
suficiente* em matéria ile historia e de estética, mas tinham a
vantagem incomparaved de estarem ligados à arte cm formaç5n. Mudando, seguindo com as
mudanças do gosto, a critica
COLItBET: — Lhomme à la ceinture de ruir
térpretc, pelo tirllhn uue empralava. nrli simnalia inadianlc dn ni.ii
precedendo as fra!
Ele
lava
bem Indo mundo.
chtgadi
peicehia.se um contigio
geral, tornando-o centro de convir,
géncia dc Inririg ns olhares e de lo
das as atenções.
Esae rapaiote começava a r»;io.
clnar. As -uas IdéU.-, »e nssociav.im.
comparava as coisas c os fato*
Conclui*. E dn cnnfiiml» das cul¦a* t dos fatos, da análise d* ti
próprio rm face'o da realidade social
cercava. Leoptlrio
* mural qne
pressentia um futuro enluldadn de
nuvens ocuras, dr lula com os ca
com «
rontenda
rente, de seria
melo, E. na Intimidade do sru *M,
jamais se atemorizara diante da r*
tranha sensação comum nn que.n
vai romper com uma tradição moral sufocante Criara u -cu murni-i.
no qual se refugiava da Influência
dos' preconceitos noclals. cnm o»
ouals procurava nfin te ,«eOcupar.
Nfio se abalava Irente ao rolo 3»rupressor do* habitas o prinripins da
família. A -ua dlspndrào moslr»va-se tão forte, a volúpia que D
prendia á artt de i't-prc-entai" eota
va arraigada nele de tal mane..*
que chegava a encarar como natura] o rntregar-se de corpo e aima i
Deide criança
carreira do teatro
assim pensava, Pode-se dizer que
nascera rnm cise pensa me utn, uni*
vei que a vocação »e lhe manifestara luto ao"- pronunciar
palavras
J —- lado
Idadr
llgivels,
hrr lula
r lhe
, faliav lh*
chfio a
que lauto amava, deivandj ric ih^«
atender em parte naquilo que ele*
lhe haviam sonhado para o fuluio:
um diploma de bacharel, uma rirreira pnlilica.
Nao pndende drcldir ampla e de.
ftnltlvamente, pois mal despontai*
o período dn curso secundaria,
Íara
icitamente estabelecer* um* dmlidade íi? qual havia de rtesdniirat
a pci'9pirái'U ai* a snlucin final
Toisulrla duas i>rrson»lldartr« Hl»'
tintas, que ie desen volveriam p marcharlam etn paralelo atii certa *ltura da mocldade, A**im faria p«r
¦tender go* progcnltorti. euiju*ii(*
das suas cogita ções -- o teatro.
Servia ao onraçáo. cursaudo i taetildade para -> alegria « IciicHauc
da familia <• praticava o culio de
devoção á arlr, animando rm peu-
e Idiliro cnlev')
litcni está rou
rir Ideais sulilin
. época da íornn» mals ¦cnliiir dos se-
Era um predisposto a vibrar eom
Pnr certo, n»
as emoções alliclos
infância, algo coincidiu de provocar
essa
pondo-a i ilupi-edlposiçàn,
luar á flor da sua scii.-ibilidade.
Nunca o fiilui-n inlérprrle Ae o
"Sinipallco Jeremias" se afaslnu d*
acaso
Feliz
misteriosa influência.
circunstancial que (e-lo, aos claio-»
da eficiência infantil, proprndoc
afclua « inslin ti vãmente pjc.. o
teatro, criando llie ns -teessn Uo
¦èr. raise-a quo, com o lempo. liaviam de medrar .U* o completo
deniliineliameiilii, llbi-rtunrio-o para
o embalo de unia vncaçáo tia ampia felicidade iii- quem, bem ou
mal, vive dentro da mundo dos seus
Ideais! As impressões que llie úifpeitaram simpatias * preferência
pela d cel ama çü o, caiiam-llie .'unon
no subofliicienle, fotjando-lhe uma
couraça In tre «passa vel, .«cniaiidj-r
ria influencia dn pieçoneelto-meioambleiilc n das exigências patertun,
o que lhe permillu atravessar Inedliimf Ioda a primeira miicidnrir e
fe.lo itileBiar-se Intacto Bn teatro
— física, moral * intelectualmente
(jantai
voa
não
havia
¦
(auto uortrait)
i e tristes, da tua compa¦
lousolavcl anlc a prolnngac
Dnicia rio pequf
sobre
loltc. ¦Main
drugada t nada dt retorno do rapazola. Toda a familia sc agilav*.
Parentes e amigos se espalhavam
pela rldade. sondando.lhe us icçaulos onde eventualmente o poderiam
encuntrar, F. quantas vezes, o or.
Luiz Carbs, desanimada, exaurido
pela tensão iiervn-.ii, num ultimo
lance de esperança, ingressava numa
das casas de espelácuins. onde patventura uma companhia dái|U'laa
bem pobres o mambembes se esfoN
cava para apreoar n final de arrailada npareta. c ciitfio mio erj *o«
m.ido de estranha enioçin ao rt'.uarar cm .'tna, na pano de funda, lalendn número, com o seu filh» t
futuro bicharei, seu sucessor!
O tempo, cm rasa, nublava-H
Escurecia fortemente para o Udl
dc Leopoldo. .\ vigilância dos sen»
se multiplicava, o, cmisdlias se si*
cediaAi. atucrinaiido lhe o.« ouvido*
com? imperlinruie ruidn de niaqutna, e seus passw eram vlgiaiie\
medidos, calculados r fi..iaütailu»
mobilUaçio
Adespelln
da
quasi
branca, niio ubstanle a alitude 'Ieeldlda e decisiva do pai. Lc»pn!do
cnntecuia eseapullr, ludiluiaiidn a
bca fe de todos,
E, de i
que Jã estavam hah>tuados oi ui-m*
bros da familia: lágrimas, preocupaan rapai, que, conui
çíles e liusca_"era
cncnotiado nam
dt enstume,
lealro. ora ua "caixa" ein frartot
intimidade, ora no palco fazendo
número, — (Trecho rin ensaio Hn"Leopaldo
Frõt» r o TtMiia
grftflra
Brasileiro).
DOM CASMURRO
Tem novo endereço
Pça. MARECHAL
FLORIANO, 55 - 2.»
andar — Tel.: 42-171?
(rede interna) — Rio
¦¦¦'*.;-¦.!-,¦,,
LEIA HOJE MESMU.
Página
.
¦.'¦.¦¦
""'v;.-.
Acaba de aparecer
DOM CASMURRO <
4
M A S C ARAS
MAYERLING
*¦¦
MAYERLING
DOM
1M-M1
EDITH MAGARINOS TORHEH
Retrato de Cristóvão Colombo
tlnlia
COUTO OE MAGALHÃES NETO
cniiiii
varia,
ie cii'ir«nie
H Hll|(|l(-ll, lll»
Coi.niWiO
reriiiiido.
CiuiiliccNi
Oa oaaoj dn* mni.it* eram »
Olhos nine», \«vi»iint><- < nli
rn*. Hu* 11 !••• tiliiln li
I'iiil.11
ihiiiiiI.-ii..
.Isrniu |Nir
iiieamn glnr li im 111 en I e 011 ven 11 liei-Irin, 'I-' l*iu o *ati*fn/. 1- iiiiiIIii, Ti-iii
mn ili-npii-c»» alrei Ido .li-lo, resin
ílo» iiKiHnl*. dt-«ti» que «e. 11)nslri¦-•'('
luwl itmiii. ila tililiiitnric, í.o.miiMim.
10, msl* prriilnin de
lleiis.
I»l« eiii|irean puni»» iliilliii-iiiil«»,.'—
llllnii.n i|uniil.i o liniin/n. mus. 4.11c
Impm-ln. *e, .-nin talo. itlrmii.-n a 1111 lm. Vi ti ils |>t-l« «eu liiiiMlleii-ii-
fogosa, .nliciii un- Win.
Di-nlct. re-*.
(lesiioileniili-.
ivel
ii-Ikii ('riria 11* imlin-i-»-.
111 ui-tiui-iillii. Miiaiiriõm
lll II l'l'|IUlH(.'All tllivitl.i-
. ,iljy'
"«'Ju
nm
lii«|il
'
1
fierhiu-l povoou fale miinrln nem
irunia at'i-:-i«'nln't mal* ÜuraiUiitrti»
1 iiiie aa que |.*rt*neein 1 pálida '
iraçflo viva. B' o evtador (1* -Roae
N-tnl • ila KlurlMn Ceyer, Kni»nn"l
tiliit, .Io "|,'uliiiiiniin llenschei" •
.* tceein™, ,ih Haiinel*. ria 1'lppa.
. "bi-i-Piif tln soam". '1*111 Hulen¦le«el a .le -centena* .1* oiili-H»
liitiiiH.
i|iif
t-elelii-üa.
fit-m-aii,
rm-e* ..|w o lima hoje,
mim ti In l>.
a. un 111 pu ufa rs,
merca-
NiilHtln, 1
'IN
de Lote We|(e
a ile nnuOiilrar pes som alimiintil» Gtrharl Haiiplmann, o mais celebre .
.limadas ou aamlrartaa:
aenll-m» Alemanha, acaba tíe terminar uma nova jie.ii tratrtit q
mia. rltel» d» vei-pmh* » iiiihiii*! ainda este um). Nossa cntahoraritiivi joi nisllni o grande
Ilnlf.llJr"., SI".ÍÜ .','.'.'. ,^1T...A"
""<• "° """O tf»! •"OlltCS tía Slll-XW
1 poenla. i-,.ii.|,t,„ti,|.
loadtlia
Illl-Í
alraiiliHg naa Hdildea Je»s nue él* vlilts,
•« pur.
oil.) Impresálóiiilnte » íeu»
roíiipk-lniueulc, o
fll rin -Ablii.
o
num
uameli). ro
tuiipa ílo "nlesougeb 11-.
.Mo» Glganiéa, ti-ajaia
ci-il
111
•
wtia. ili—.. "1 -íí" -.iiiilnin •* '
iiaiifiiliA rilL-lfn. i-i,i|i,,I^.i-ii
til.nlii-lli.'
na .'õlliila.
ua-llii*
¦miti'nfi.i'1.-- ilu t-i.i|i,i. ril.l.-iulc<¦mii-t-ii
ntM(lrmii-loi'"iii.-.
AvOlH
Torto fie
-I.I111I1*
O falo deeatarmoaeoi pieiencn -l"
trarlo, sente.ae umn flrinewi ahs..luia iliauteilfl*. tal a aua alnipllcie que
ba çáo ¦!<¦ l«inNin li-ni ti-i
1I.1 .-oii-t-upl.'.'
Tem a «'ii-.lhlliiln.le .-iiii-nn
altivo, .iruullio-" e |il'-ii" .Io >»
de. lm 11.).' ilí-ti-» « l)i-i.'.ri«
o* pn-sne a (.rniiel. Sim |ii-.'.-i"«
original*.
IlAxIle i|HP Vlvp loniBil» <l<>
manta, me Op mí |..'i_ni I"
t>
1111 -i-liei 1 tis 11 IP rin
¥.' duenilu.
agiiilo e iti-imimlor.
mn* •U|i.ii'1n ihiui iimin siigacMflili.eaioniennie n* Itiillgna. a* de*lln*Hes, oflo ile*ea|iera niinen,
Sente 11 orgulho ile son.anrle irei-iiiilieee, com |ire*niii;ãn. a fatn*
litlmlt- rio «ell ilentin», Nailh -estu(I.111, e ariivliiila .luilo piir lniiilv*"
inninvllliii-n. tXHillle * lleili.fi qne
t mala útil pnrn n i-rnU/ni-ilit ílo nn
imeiiio. Dpscenrtc (lns ..-aninilii" Inrima*, e lem b liiipãrla rte om I.íp
rte. n lar niio .1 liilei-p«*a. \i*m K-tn
itrf-po-liliiilea
niiii
um
rterilt-lio
nVana de 1459 ou df 1469.
VMA OFERTA AO MUSEU li ACtONAL — O ministro custam Cupor Icleginwa.
panema agradeceu,
ao coronel Cordeiro tíc Faria, niler.
nen tor no Rio Grande tío Sul o raIioso oferecimento dar, duas- mdK'.ntárias i-omfilcta* 'If «aui-tio cnm
1 de e
que a
Mune
etnográficas
Cada
umn
rff.---.ti.
,„n u...-¦„¦
u..
--¦
conipflc das seguintes pecos: chape».
carwa de alqtcom barbicarlio;
bombadSo: camiseta.- erronlas:
chás; calca muilo larga em hula ti
perna menos ho lornoitlo onde trw
um tmtrio; clliripá; Iimsii /iiffin de
r
qur Irm
puno lí.wdn pelo ynúfUn,
'telraií!
Vouri, vi ntr. cnm guc.mrv.
trrariiir; pei;a tlr xnltt t/m- o tiniu-Ki.
campeiros; gua mun: cJn.-re c.vprciii'servir ti,:
wiejifc
preporniío pnr.i
copo; facão: pistola /calibre 4V.
chalra: pci;n tle aço pn'n afiar lucos: chave; peça para tlcsmtincli'"
arame: Isqueiro tlr rliHir: )>cr!ra. ,-ir
JoffO; flisil para lirar fctin; chnrn.
irrrrr ri.v.v,
rasillw pnrn
lefira:
TÍ(í(J/r,-_
praia
cho;
mata
mala
bomtin;
peça de
gue acompanha ti cuia: pon.
ipanchor,
rir altiadün
pala
r
c.ancoor n ponclio;
para
tíe pmio pnra carregar uleu-
•• HONOR! S CAUflA".
DOUTOlt
DA UNIVERSIDADE DF. tWEHV,"i
Snpciu-r
O Coiisemo
AIRES
Universitário de Buenos Aires mncedeu o titulo dr Dr. "uoitnris cnnieiro dr. Aloislo tle Castia. Na Fa.
Médicas sant
culdade, de Ciências
realizada uma sessão w*.'r)ie por» a
apresentarão tias
homenagens rfn
VM SERVIÇO DA SOCIEDAIih
DOS AUTORES ESPANHÓIS NA
AMERICA DO SUL — O presidente
da Sociedade rins Autorei, Espanhóis,
sr, Eduardo Murgaina. declarou uu
repre
1 H01
liatsln designt
repreicntame tu
fero, porn iioun
Esle purSociedade nn Artienlliij.
tira. brevemente mui ndo rir amplo:
poderes para organizar uni servia
da sociedade em lotla a America jíi
Stíf. O secretario rlti sociedade dai
autores, sr, Ouic.hrt. acresce 11 lou 1
"Em teria a America ei
respeito:
panhola, nosso teairo (•¦¦miini. mr--.
sejam
autor espanl
sem. o pagamento rins firrit.i
rrsponrienles."
Km :i3 Sor
rie Autores, qvr lorma 111 a Cr
racàn. 4B sân rurnprms ¦ 11 prn
amrncttntts: flrtisll. Fslndos
e Argentina.
RECEBIDO
PEI,A
-1.
tt.
jornalista mnrunur s
tao de RurrfZNravtir
reunião da diretoria, a Ass
.-11a
para
prw
tsoin
tu rto.
1*1.)
inilet.i* tlp navios: nti er
.¦ui.).' .-•nillin.,* .tlsiío*
,1» .lo.vf
itiattn tloa rtlfciis." qne * nqiiíl«
po**™ talH, esL-nla isum uma atui
çfto atreeiile e .t.mdnaa. e «om
liiili.uieiiie ¦"iledade e RinablUiliit!
peiscepllvelmeiile.
poi*
nãti
il,;i,s|.t
lapetitn .parou n poet*. poi' mn
laiilp. vtni*)ii-ie e
dias*, 'cnn
léndeii Hauptmann a mio atra
rlit 111*11., umn 1.1A" li-^"ti* • In
tn*. ounitrto preiend* Incitar » *•¦
Ensaio de i nterpretação aolroposociologica tt^,
A Jt algum
wllio
iiltUiai
_.
.
, se. extasia,ant-t
nl,"..
Ucnica moderna, a
prod:glo* ds 'maior
dir
expediente a
que veiu
descoberta do sablo italiano, iuvcn*
toe da telegrafia sem fio. O artigo
notável pelos conceitos expendiuos
.acerca'da obia do irande cnu..«'-i
• de sua irradiação universal, res
vala por vence pars coiu,idèr«voen
que nada leetn que ver'Com o ksaunr
Di/ o articulista yu»
to piimacial.
o homem civilizado provelu do sei
vagem,, que s cultura e a civi.li*cão nãu foram crlstiis pelo genlo'
dos super-homens da Historia umLicut<o, .
versai' — Asma. Otiln,
ManU, Dracon, Viüía. Ciro,1 VaiO catalogo organizado pelo hislonilkl, Pomplüo, Rain.iés. Alexanure.
inventariou
rindnr Alberto Sangel.
Cetar. Cllalo, enfim iodos or vuiLus
mais de dee mil documentas do maior
extraordinário, que com a agudos*
interesse histórico. A' lm destes tíodo aeu espirito 011 a benéfica vlocumentos, fatos do maior relevo na
lencla do seu pulso conduziram n
e que)-* rebanlio humano
Historia
serão elucidados
e crlsram novos
'
inscendentes esclarecidas.
moldes de* humanidade — mas sun,
O nosso entrevistado passa a porpelo talento dos inventores. O authe
menomar ti impressão gue
proto,- admite o princípio evolucicnisia
tío
catálogos
porclonou o exame
e aceita a auperlgrldade cio critério
Percorrendo aquele inventário,
tecnimo sobre o rspiriuil e o nio
tivemos a surpresa de verificar çue
rál na heramuia doa valorei.
do arguiro comiam preciosos inediAli hoje, ninguém soube com aetos de grandes literatos brasileiros e
guram.» da.' orlgeiifi da civiliza.Ao
estrangeiros, obres oferecidas ao lme da cultura e do modo como em
perador no original, peios seus oudado momrntio se produziu * mi*
i-lfica centelha dentro do crânio lt>
dos estadistas
A correspondência
homem e e.*ie descobriu o Verbo —
do Império -t imensa e curiosíssima:
a primeira e unlca .nvençio dUMcariai de Ouro Preto. Itaborai. Ura.
e
de
Rto
Branco
guat. Coiegipe,
muitos outros, abordando os mais
completos problemas tía economia,
lho de cultura, de beneficência, de
da polilica e da adininistragáa.
religião de sócia bilidade, de piícres.
Todos os soberanos da Europa, ml- . co meaino. Náo terá a gravidade stnislros das maiores polenclas% papas
ca de um tratado de História o lit reis maarafás e bispos, priiicivro'gue Afano Sette ral nos o/ereeer. Será uma História em que a vipes e generais, nesse arquivo moffiilfico se carteiam eom a família im- , áa do passado rfbre com iiwi bocado
penal tto Brasil t com a casa real
ife vida atual.
de Portugal at.ruucs de séculos de
intensas lutas política».
JOÃO CRISÓSTOMO DE 30URelatórios e decretos importanttsZA — Eucontra-se no Rio de Jatimos sôbre os acontecimentos niais
nelro, procedente de São Lum, u ¦
empolgantes e firmados pelas mais
escritor maranhense João "Cruamio
altas personalidades ali figuram,
But ete
nio de Souza, autor de
entre D. PeA correspondência
Cariocas" e membro da Academu
dro e D. .Miguel, na fase da nnplaiiMaranhense de Letras. Tiata-se ti-.
tacOa dn cimstitucionalisino em Porfigura concelt'iadt nos i-ircuios lilugal: dc D, Carlota JOaquína com
sr.
Joio
Criteririos
do
norte.
O
os políticos do Prata e ia Espanha.
tinta
sosiotno publicou recentemente
nn epoca da cmanclpacdo das coloOportuna cólecâo de "SoneiOfc M»ianias: documentos relativos à Indede-comentft
nhflnses",
enriquecida
i
Repúblico:
pendência, d AboliçSo.
rIos e nolaa e destinada * difundi)
iiiiiii autobiografia da princesa Itano pala uns belos e Ignorados poeta»
he! o .teu relafo do* nconfeciOICTfos
do Maranhão.
de 15 de nm.embro, cartas de C«Tias Tamanúarc, Osório,
Pelotas.
Flnrano.
CASTELO
ARQUIVO
DO
O
Depois rfe umo patiM, prosei, um o
H'EV AO. BRASIL - Em icsposU
sr, Cardoso rie Miranda sóbre o gue
ao oficio uue lhe foi enviado pel*
'—tlie
foi dado campulsur. em torno do
Associação de Imprensa Periódica
catalogo do valioso arquivo:
Paulista, por motivo da entrega *
AU temos testemunhos de enor,
Naçso Brasileira do ai-quivo d.i Ca.ime valor sobre grave» fatos, historíleio d'Eu. peli Principe D. Pedro,
cos * escritos do próprio piinAo rio . Aquele alto Membro da Família imimpero (for, E mais, trabalhos autoperial do Bras.il, dirigiu a seütiliitS
Pasteur,
Vldfor. Hmiío,
prafos de
mensagem: Srs. Dltetorea, AlisteÂqassls, Varnhagen. Josi de Alencar,
ço a tfto amável carta do dia I." «1»
Tavares Bastos Nabuco ete.
abril. Para* nós é ums causa de aicde. Miranda,
O prefeito Cardoso
gna ver o quanto o tiosao siwi^ie.ia
para encerrar suas interessantes de.
gesto de tradição filial e dt emoi
rlaraçôes. resume, nestas palavras, a . PãUia
lot compreendido por nossos
erteiisdo e a profundeza do oue rtconcidadãos. Essas Jemoiifiraçóes dt
une o arquivo do Castelo d'Eu, Jtofe
carinho, que recebi de todas aa parpnfrliHoiiio wnelnnltli
tes do notso querido Brastl slo ma.»
O.i documentos começam erouma prova do quanto sempre mau
Tioíof/fcumeníe no nno de 1248 e-dal
caminhamos para t.m futuro ile
por rfíoiite se agita at.rftvis dites a
maior respeito às tradições que livtda de Portupai e, posteriormente, a
zeram a grandeza de nossa Pau:a
du Brasil, discutida, comentada, deQueiram receber, com os meus a.i-abalida perscrulada nos seus mals at'
declmentos, o m;u sincero sauuar,
tos segredos, pelos maiores homens
ts) Dom Pedro.
H
JÚLIO
fícadora do espírito, ao lado da qunl
as descobertas da tuda, 00 bai^=,
ds lmprenea. do vapor e da ele>, cidade, mals niio são do que 01 liquedos puerla. De oue modo con,*çamos a falai- articuladamente e que
povo primeiro pensou s dia.ogoti. ei*
o problema que se manterá
paru
sempre Insoluvel. Investigadores de
cunho potente e visto atilada de ia'
modo se abismaram no peilgotu lablrlnto da filologia, que perdera-v o
uso di razio. voltaram da viagem
de exploração eom
o sermo inoImprenso recebeu o
Brasileira dc
cente e terrivel daqueles q.ie visjornalista porlugufs Sr. Gtislao ile
lumbraram a verdade e por ela foram destruídos. E' o caso do >cn(fos
tio
sindictUo
Kacionai
sanem
¦ador mals Intrépido doe tein,)^
O Sr, ff-r./tHIlílfiíítn lie I.isIk,ii.
modernos, de.ua figura de heioi 1o
berl Moses, abrindo ti seisáo, saltai.
alemio
pensamento — o filosofo
lou a satisfação ila caia'em acolher
Frederico Nietszch. que sacudiu doa
I áo pais
ombro* o Jujo pesado dos ttbii.* e
velho e deiimrio e gue já e
isnto lutou pela libertação do ea
Agratlenii
rolado amigo.
humano.
pirito
¦eber e optoComo con:illar a estranha exiatenda, simultânea, milenar, da cio seu rrcanlirctmrnlo ns protli* rie
vlüzaçio e da selvaget-ia. ds "Jf.H-í'i'!H r conxitíerticão í/miifoiins 11
fura # ds barbárie'
Haverá diu*
1'aulo Filho, guando esteve recente.
humanidades orientadas em sen"dos divergentes, mm para a lur e
Iruatlo. O Sr. Paulo F<'lto usou da
outra para o declinío? Bi» as miei
Disse gue vinha resgatar
palavra.
liodierns
i-ogações a qu* a ciência
um,, divida, mullo embora a sua
responde com: o seu desalento e lnmoeda não pudesse ler o valor da.
capacidade. Sobre o assunto «penai
quela ou/ra com que loi homena.
s.10
possuímos as indicações vaus.*, -nl£geado. O momento, porém. pmnl.
bt-eadas
de
mistério,
eivadas
de
lia t/ue repelisse a necessidade dc se
ma. que nos facultam forties -espe ¦
estreitar mais as ínço? vr.tre os lio.
— os arquivos «agrados dns
tarais
meus tlr imprensa dc um e outro
povos, os «imbotns da M,iol.ic<s
puis. Irmbriintlo nm Congresso lu.
euroaslatica. E voll.amoe a esla cer'terá
assente e firme — a civilizacassem e d'ebatessem' assuntos de
eüo lamals derivou do selvupismoi
interesse
comum.
Rsieriu.se
a
Poraue. i necessai-to nío confntiiiir
clvilizaçío e cultura com oroBresái
material
Prehistoria nJo é s1na.iltu/ .voíi-.rtjirfn q fn.
mo de barbárie.
¦ri r n sindicato \a¦Kilislas
O prejuízo evoluclonlí>ta sert ba
dr t.hhnu.
mdo ou revisto - * í que se iodt
edlflcar sobre ai-ea movediça —
"contc-tail".
assim como a concepção metam?»
do mundo.
E' necessário inquirir
TERIA
MORRIDO
VIRGÍNIA
de genealoftlas mais decenies onis
WOOLF — Trmr a família da seo atribulado Hsmo sapien» de nosso*
nhora Virgínia Wraif qne n tiotnttei
dias — os adeptos 'lo macaco e dr
rnsaistn r novelista
inglesa tenUa
Laliban estio batendo cm retirada.
nwrrirln alnçatla
no rio Ouse uns
Porque, o que e indubitavet é q..(
pmnmidarirs tlr Leites, 110 Sus.sex,
acerca da origem oaturâl do tio1 dceínroTi:
mem. vivemos no reino das tiipin
r qur ,1
teses, cadn qual ma:* absurda,
. Wotl
7 fins
amantes do bizarro opinam de -ill«-leira passaria, ferido deixado em
Naturalista* acversa* maneiras.
rios no* afirmam que num pa&udí
alniitidn. O sen f.rpti,
rnírefunfo,
jnft
rio mui remoto o homem foi -senso
tfiiKfri iirttj loi rncnnlradn."
bio, uma espécie de paio.
A sra. Virgínia Wnlj foi uma tias
d«so p.-ova as cidades lacustrea ds
nwis nolm-i>>s rsrriloivs rir seu tem.
Suíça piehtstoiIca e as membraiia
pn c drsrtivnli-eu n técnica literária
os
dedes.
entre
qu*
que posiulmos
dr maneira a atrair n atençân ntunlam ati is tinhas e davam ás n-»5AS
¦
tlial
¦
ml os-o aspecío de '.fque* nauto-.ni.
Outros Ilustres sábios põem em dti
PARTIDA
vida essa teoria e ai-ham melhor q.ie
DE
PROFESSORES
rORTUCUESES PARA A ALEMÃtomos um aèr parecido eom o cai ao¦NHA
— A courllr tio "goi'èYno'nleRtieljo — andavam u* nos.*;!» anceamim. is prnirssí.irs Hctr:a tios Santra;s coro o umbigo oara cima. u-.in-.a
t«x, Calva! de Moiicadn
atitude difícil, etna as màos s.u
r Carlos
Moreira, da FiicMltíntlc de. Direitti de.
solo... Ha quem nos rehaoillte. ;a
Coimbra e o prafenor Cavaleiro de
rantjndo que nossos bisavós luram
vtsiisios de
feirem, dn FtirtiMudv tle Direito de
inlos /— reíHm-noí
Listuia.'paftltân tie anlrto paratBer.
as.a naa eapaduas - e aluíam *m
lim, mitlr pniiiripqrán dn Congresso
leforço de su* doutrina a lenda uc
Interniicioiinl de Juristasícaro e Dedilo. figuras mltoloíicai
da
com ivonoplanos
que voavam
rira, Por fim, o escritor portugi-U.
f.ça de Queiroz, enfarado com tan'.*
pesquisa, achou Inútil perdenr.t.s
rnn/r inrciilnráo apenas
o* pei-gaminiru
lempo a procuraiSeis-ilias
da espécie e inteligentemente d»'1¦uma dri-inãii tomada prln comanda
— um bfpede com
n1!) o homem
germânico rin referido território:
casnn,.
Os matutinos náo aparecerão nas
de
o
ixnltlvo e*'..«te
Vejamos
que
* + * sctnnitttis-tctrtis t/imutir, liiinbriii i>\
sobre o assunto.
A HISTÓRIA DO RECIFE — M/1O SR. ADHEMAR DE BARDO».
rcspri-Unus n,i„ circularão,
Os nal uva listas da linhagem <te
rio Sette vai escrever a Historia rio
OFERECE QUATRO TBLAB AO
-j«
Recite Paru tsse Iraballio de uma
MUSEU PAULISTA - EnriQuecen. ¦ Llncu estabeleceram a seriaçáo
OBRAS INÉDITAS. DE GRANrcconstituic&n da vida
da
capitai
escalas da geneaiogla de Homo, aeedo a Galeria Almeida Junloi, uo
DKfi NOMES DA LITERATURA desde o seu alvoreúe o protoplasma, passando pela aipernambucana,
Museu Patillsla. o inierventor Ad.io
tm lace da nu parla nciu rio arquivo
"povo "de pescadores a
umas
e
antropomoilos
do»
eer,
simples
tt.cem
.luatio
pri
de
Barriu,
ofereceu
mar
tln Vaslelo d'Eu, t/ue acaba de ser
mais próximas do
sombra rfn cnpclinlia de SSo Teimo
ate ás especla.
las. sendo dois retratos, um estiii.e
tinarlii tio pais. o "O G/csbn" < proaté os trabalhos de maior migran.
homem n» osíatura. Os nosso* ua
de nu'
e msls uma teta denontti.a
curou ouvir o sr. ruidoso de Miraiideclmentn e dr. e.riursMlrj social (in
niiltimti.i ascendentes nsitira;, teda "Caipiras negaceando'. Tra.rf.
da. pre/eito rte Petropolls 11 (fes.vrtu
Fstario Ncvo, o autor de "Hftvrintiriam sido encontra dus. um em Jai-a
.-e de quadro» lipicts de Alm^-us
liK-iimbitla prln irimiliri Imperial tle
bombas e Haracalii'- rltdirará todo
e outro ria Europa, pelos exploradaJlinioT, sendo "Caipiras" réplica em
Ira Inr om rn «'(.'unnVirirs hrnsi.eicm
seu interesse rie rcbltscadar dopasres Dubols e King. O de Java ua
pequena* rilmenrOís. de famosa quaile Iurio quqnlo se relacione, presen.
snria e lodo seu amor tle recitens?.
rece ter vivido no começo do ucii.mo
dro. uma das obras primas ria )in-,
o* seguimos
obrn nn que. o .Radie, .como
Pleistocêno e deixou
tura nacional existente ni PlnacoffM.'«
dois nranties
núcleo social, envio vila' coma vi- , teci Naç'onal, Qesse
despojo*: umi calo:? craneana. r.ai.t
-—
qmdro fsnm' rii-t(!,fifj -j„.
,tntir comn c.aintal. Irá .(,'¦ formando
denies e um femur inçl^andrso exlsiem duas replica*, eswi.m
i-rlV
tipo (
becii-ri' umn nn Museu Paulista t *
•ouira pei"tom:»nie,a'() sr. Jf»o 1'tnT ¦ -fronfe. supere
cif&tillgqu-n
PuapU
gora
do, residente em Jui» de roía,
grand», .
0 tempo que vai passando...
1 dc '.
auivos rfn citladf Coburuo frat/inentu rie um ovelha BM:a impressa
Tralu-i-e tie uma
por Cutenberg.
ile:
líficnns rui
'"ii>"-s-,ti
Bíblia
exemplarei e tres paginas do i-.rei.tOllir encoiilrailo prrlrrutm, «o iji.1'"
se ocrcdíic. 00 bispo dc Hambcrg. A
aula, f
mui» nili-irniuicitlnili- ,
fftira |hii- nfto iiinler ioii-Iipi- «a qull¦¦ .Ml.
i-piitH ' mil |m-«.i« que
'
'"Ibe rti-ie
i'rta rm
¦ 01»...
ii" lim
< lia.iii buItmo. (luili- i.iii-i. peiiiipun,
.1 iiedliuiiai-. i.iipi' o> flllio.,
Irmil.ta, coliliniliw e-lejam em |iii->.t-íies ile ile*(a.|ue. i-in pmpreno» tle
gnrrtna |irnplna*. Vlo tem pátrlii.
K* um JiiiIph
>üii
"iltinili-lllo.
IiiIpiii|m'-i-1p
errMiili- "liietil.
liiiilisilo
iiela
>S« valni-lima rm Inrt» wu
aar alauin. -Somente pára, nfto múra. Mns n peraislcncln i|bp Pii)|«-€-ttH
pm |ier»psiilr ¦ »im niirngpiiii t«cna-t, vvrrtartelrn mt.nslro, n1i*iirrtn.
dia»..
menlo srunile. .poi dúvida,
1-
as dl>cli«*fte» ni.. mlipriia..
¦> qne era nem
|i reli'uri In. l-ulam
...1...
tia
nitiliiilld*. em tedur iluinii
íiiqan
leim
giaorte «nl*
11
[iriijcloa. Yi-llim-o <• lelni.i-.i, e..
Itmlin i-oulii •nnihiH è leiii s íióliilidHilt. fria i> fiii-lai-ôr ile
ihiIÍIIiii
Carrniii-iiilo,
fcelmilo
n nic* lm 1I11.
*o, item«11 lieee.
liiiiiuir, — ci
Uma visita a flerhart Hauptmann
Xeutliutia na .uh
Kl.
< ric*
tl.lit.i
niiiiiiciili.*
nolilmios,
CASMUHHtl
O I.IVltO 1)0 DIA
SOVITE iS°o."d»ri„ií:,°S,dl1;,
sociedades onde a gerarqu.a
fi-lii.
alalua
O tipo enc-ntws ção vertical.
trsdo por King foi designado pen
nome de Pltheeanlhioput Neanií.-iIhaleniia e apref,cnts os mesmas t.»ractei-es do primo de Java. 1'ém tii
Oue posSue owo* fa-:iaL« salienie^ - a
maxilar Inferior sem queixo
Todavia. >s possíveis miermedijrio» existentes enlre os pitecatitro
po», e ss (iiforenie* raças ae Home.
até hnji n.ío
foram encontrados
Certas tribti* au.ii-alianas paterf.n
«er os descendentes indirelua du 11teeantrepo tavaes.
Quanto a -snbelecer-se qualquer nünidade eni-e
O aro-homem de Ncandprlhal e -,*
vaiiertaclei. dc Homn earopem tem
sldn nitidamente impossível.
Nsm
a raça de Cbsncelade nem o tio
mem de Cio-Magnon. ns e=pccH*.ns
ma's anílBos Oa Europa perteucentes á autentica genwlflgia de Hcitij.
lêem algum parenteíco
imediaio
eom o P. Neandertlia'ensis.
3 lm.
mn prlnvus. -ír.teise antropploglca ci*
i-sça de Chancelade. embor* apreseriando s mesma mbustei de ?sqiideto do« pi teean tropos, o seu *nnio dolicode, fronte alta face st
mesmo tempo comprida e lama. nariz estreito e alongado, o ma:1 lar
inferior poderoso e musculatura síral notável, exaiamciile o oposto di
morfo'ogÍB natentearla pelo o-eu,'n
¦tét-ulo
s de ii
ítiidoi ipaixonadosi. ro
sentid,, de je descobrir o ai-i.esTai
de Homo tem sido comnletameu.e
Impossível. Cientistas de
rem mie
afli-mam
o prjbelina
que Jaira's
será fialuctonatío.
i.' crivei que a
chave do mi»i«rio .ste.la 110 ftit
rio.ilhas
afundadas durante
_ .
geoioelcos ou Oe dilúvios oe nue rea»
a fábula — ,1. terras da Lenui?'* e
da Atlântida. Pelo .nenos esta ct
Jetura servirá de es-apatória i falü
de aiíumentos convincentes. .
Kpeckel preiendeii encerrar eom
chave douro a discussão cientifica
encontrai
o pei.ultiir.o
Jurando
anel da railela
anirnpnli.gica no*
"cretinos" e '-urdej-mudu:.-".
EJit*s
aerlam a po-iie de ligação entJ'e o
Outro»
píípcatitroon e o homem...
sábios,
rta eseo'»
de
Lombrosu.
àquele grupo patoloelco.
Se aUa
dermos ao critério da perfectlot'!dade. * possível supor qu» de i.ma
horda de cretinos, de
iepente -(.
destaque um
Arquimedes batenae
na testa a palmada da inspira çio «
grile o genial — Eureka! — ou 11:11
Newton que sentindo a sagaz maçft
lhe bater no ctnnio maeísso. di.J s
relebre lei ¦ da sravitação
universal.,. Todavia, ao bom sen™ teptisna aceilar que cerebrrçòes maravilhosas tivessem uma origem tao
miserável,
Ao conliario tto cvnlurionlsmo lemos visto raças piivllegadas declinarem, se sumirem oa
denenerescencla
e destrufçáó final
'pretendeu
atribuir A huDarwtn
manldáde a genealoKlà simlana — e
fracassou. Talvez houvesse em seu
alan cientifico e em sua paix.to imIu
evolnclonismo uma espécie de "sv*.
tar", sabido como o safem u.^e*
tinha um ilpn anormal e nào cm
O natupositivamente um Apoio.
ral.sta Irancfa Vaclier de Lápung*
insinua que Darwln denotava e,n
eeu aspecto a taracterlolofia do 01aembora nío
caco evoluído e que
íos-te apaienindo aos pi teca 11 tropos.
n seu osso frontal era patológico;
*"Dar»/lii,
dont les veux eiaint abritte sous d'enormes arcádei lor.
se latiacliait
plombanlei, ne
pas
davantage
aux
PUliecantliropi-s,
ensembK >e
mala.
tana tout. son
frontal de l'i lustre uaturallsi* cmi
vlslblement pslhalailqae."
Vacilei
de Lapouge conla i.nda jue tiu.na'
de suas viagens de trem pelo inlet-lor da. França de subllo deu de
cara com um a ben 11 urra gem na pes
soa ilustre de um paslor protestam,!,,
íeu companheiro
de cabine.
iii.s^e
indivíduo pos.ii ia um olhar estranho
que parti» fle çlobo* oculares caieinonos. sornlp-eariDí por .stibiaiicelliR.i
em marquise — « sua fronif cia
fugidia < ci.lv».,,
racial nja é observacta. ai ll
o plteeantropo ensameia pt
pontifica. mi3lifica. invade o
moderno, impera com -eu.' 1
dissolvenies. Os sác:cos. ot
de determinadas dantimas
dencii eclética ou jmorat.
cundas de corpo e alma enf
es>a "ucalha" iiilinda e p
me que topamos |Wr toda
e a t*ada p.iíi.i pletorizatido
do, sflo a prova de qup o,.üfta" deveriam voltar rios s
Em que época o; "anaiiiiu.
costiunes" começaram ,1 ir.
quadros d.i humanidade >ii|
um mistério decifra.el se 10
o folclore e ,ií narrativas dt
historiadores co; ma.s ant.g
admiram^, poriine
migas - Egiti
itltiham , reglir
a rio s ingtie. do comaa
irferlore*.
E os resul";
Ainda
excelentes.
I10V
surpreendidos ame a be.
rios homens e das mulhe
lade. beleza pasmada n?
absoluto da r&ça itido-eu
índia, o regime dns casli
ale o-nosso -.etiilo devido
mer religioso O Budisr
tentativa desesperaca da
negociantes, i-achias —
na escala descendente
o saneue
predominava
pata subverter a urdem 1
raciais
Calramuni. o ti
:r
quela religiari. reinava
nialaia. à? portas dn Cln
pois
—
e do apnsiolado
1
nír,
contestar que Buria e 'eu..
gladio afiado das aiieriao der-adein
permanentes,
budista foi expulso icvtntlr
os iiltlmos fieis
E a Imls
á obed!encia á casta brams
constltue a eiite rfo psf«
nns descreveu 1 formidável
vada enlre os deu-es e oterrestres.
E' a forma i>
figurar o conflito secular
entre o? homens que »e ene
¦
ronien
ródlco ctvi.
e c
dv'l. morai
mentos rio baa-fonds
cem * lei dos seus
hierarquia dos 1
; s-Jn destruídos
precisa da sua ajuda!
Divulgue-o o mais pussivel; faça com quc os
«us amiftofl o
comprem;
Ajude a campanha tias
10.000 ASSINATURAS
fazendo com que oh
seus amigos e conhecidos tomem uma assinatura
tnual ou semestral!
R... SllltHHI
—
Rs. 25IIIJI
r
a
-•«
awy,
7ÊÍÃ H0.1E MESMO
-T-»-*an- -
.1
iUUM
^
^^SSSSSSSSmSSSSSS,.^^^^^^^
De CELSO BKANT
Viasa. Mas a
oetai¦-. ertiaordinnr
. e dos maiores q
issvldo? Sobre ele
n lenda-, r produ
mpre
da imaginação i: dú.
" porlentusa, Jc»rj i aliai
-. do Hivaestudos, o
\'o tim de
seus
i iJípcsítcriirior o"n pctiese da
ticarà sabendo,
ura indiana
-, que Valmiki e Viasa nada
tão que a proprdi alma indu,
¦ii- pnmordios
lendários. Na
ir. a unidade das epopeit
a que a unitspírações e rfns desejas
¦ maamosof, habitantes da pia.
terlt! do Ganqes. o Ho mífni rm cujas margens ot lofus
hrm-ftnm bettados pela lus caL
• serena da lua. Singular é que
mais bele, deles, que preocupaíntti.ina vai se
n irnaqlnaçAo
aunr para todo O 'rntico nrinnr».
rrdade, a lllnda, a erlraordlna'paprta grega,
uma dns obrati
r! rfo enqenfro
humano, nada
e que uma
r.irtanie dn fía.
ma. Quem jd teve o oporfimíriníe
comparar
atcvtnnente es
maravilhosas
epopéias ficou
ntio. eom certesa, que a filada
¦ mais é
que o drama do Rnma transportado
pn.-a. cgnárto
irir-n e tendo
papeis desempe.
íai por criaturas gregas. Ka ver' qne f Sita sendo a Helena da
r."1 Raptada pelo rei Ravasn do
rin. Rama nrganisj t;ma ejcit'militar contra aquele rei, com a
lidade rie recuperar «lit esposn.
,r«i. justamente, o que canta o
•iniana. entre mtViatet de ctnlt-.-' de nma Imaginou/Ir fértil
e
•nia que retrata a ihna nns ha".les rtn fnrfín. E. ainda mais. ni
i' nn Remaiana que parecem rs•• por nma alma helenica. Para
nót não rata duvide uaerca te, seíjí» pueiuai.
tiu-ihunça entre ou
Talvet a Qrecta ndo luta vtnhtmo,
absolutamente, at naiavett uioauçAes
do espirito tndil, mat o que Itá de
certa é que a «inelíioit ;i emir, e
tutvez seja um produto daquilo que
Dostoievski denominou, cm "Bialha
"força ia sangue".
Keremaeowv"¦
Sim, porque ambas aa epopéia* unr.m
aquilo que are justamente, pare oi
entio, o motivo "ml»
homens de
belo que se possa conceber, ou seia
n amor e a guerra. A bravura mill*
lv e o encanto do amor. Sio os dois
grandes aírníiuo.1 da vldn. Unindooi, somente, poderiam a^iflfr o auge
do poesia e da Imaginação.
A' foi a que listram. Sobre e epn.
pt\a indi paira a mesma tuvida que
£a epopéia
pena sobre a autoria
grega. Nde seria Homero, aa mesma
e Viasa, uma
lórma que Vutmiki
fantasia? Ou seria, o que pode ter
acontecido com on poetas indianos.
ou seria Homero o colectiiador e o
itmffcorfor da grande »<"(niiitSn poe*
Ilco, anônima, da Hetede? O probteme ndo é de hoje. notf, que tel
um dos maiores estudiosos âo assun.
to, acabou por ver na ep"P"<* (trepe
tiistarlaa,
natutat.
uma proiuq&o
gue se desenvolveu aos poucas, at*
ttlinyir o esplendor com que veiu alé
nós. "NAo 6 uma obra jue foi eonnenceti e st
cebida e executadanaturalmente". ás»»»
desenvolveu
Sditegel. outr*,
escreueu Frederco
da
anônima ria
gênese
partidário
epopéia helenica. Áliàs, uma t- o ton(.'íusáo de numeroso» esíudioios do
asstiHfo, dksuhío oue è tin* que mats
tem apaixonado ou cuitort» da iita.
logia clássica e das literaturas antigas. O que te pode otnJiiiT de tudo
t que o problema i por oemais difivil
e os pontos de apoio são demasiadamente íusuíícieníes pa*a «mn res.
ia
origem de
posta*certa acerca
epopéia ffrcíra. Como Msrpuramoi. o
meamo pmblema se refere d oencs*
e
tn-aalnet-àa
da
rfa» grandes obras
rfn Inteligência humar.i, que s/tn »
Ramaiana e o Maabara^o. as di-Jis
maiores epopéias ínifilí.
•i* verdadeira epopéia i aquela
que se eampne a Ji jjroprin.- nflo deve ser escrita por nenhum poeta''.
Essas palavras sâo de lv~ob Grintm.
xe-i duvida uma autotidade no asitun/o. Mes isso nada rsiotoe. Se esMm tosse, podertamn» eon*lde'ar a
lltada uma verdadeira epopéia?
Viço mu «a f"o*i
Giambattiste
"a Oreela
cantando a» tuas pt>*
prttts olarias". Talvet seja o mals
provável, ou. melhor, é o matt verto. Mas quem al reprete.ifa n Oreeior O ftitlo oriental das epop-in*
pregas att aqui se deixa entrertr. A
cl.rtx oriental *. geralmente, anonlnn, O homem desaparece, para deixttr «er somente ogulfo oue ele fas.
OSSIAN
ApAs as dificuldades que «traniramos pnra conhecer « gênese das
epopéias que floresceram nes terras
da-Grécia t da Indla, ramot encon*
trar novamente, agora mata perto
de nõs. para identificar o autoria de
alguns cefebrej poemi" que foram
atribuídos a um certo D-Wo de nome Ossian.
A Escócia i a terra da poesia e do
UM PROGRAMA DE BOM GOSTO!
"CHA DAS 5"!!!
DIARIAMENTE DAS 17 AS 17,30 PELO MICROFONE FAMOSO DA
"RÁDIO
NA
AS
VOZ
DE
RAMOS
TU Pí"
DE
a -
<
CARVALHO
QUINTAS-FEIRAS
"CARTAZ LITERÁRIO DO CHA' DAS 5"
uma organização de
LEONIDAS BASTOS
Vm programa original, diferente de todos
os outro» III
Concurso Mayerling
A r.RANDE 1'KODUÇAO DA ART-FILM COM DAMEIXE DARIIIEUX E CHARLES BOÍEH FAÍ RCTIVER A TRAUEDIADE
PATHE"
NO
EXIBIÇÃO
M«YERLINC". DEPOIS DE UMA
SURGIRA' NOS BELOS CINEMAS DOS BAIRROS.
O* espectadores que se dio ás letras poderio, dando prova
de observação, concorrer ao concurso orlflnal aberto pela Alba
uma psescreverem
cm
Kilitnra e a Art-Fllm. Constituirá
«ina á maquina com dois espaços, mencionando quais as dile.
lentas observadas entre o filme e o romance de Claude Anet. O
concorrentes
Os
ilassifkado em 1" lugar receberá
JM5WM.
deverá» usar pseudônimos,
Magarinos Torres, Brlclo de
Comissão Julgador»; Edith
Abreu, Álvaro Moreyra. Os originais devem ser enviados para a
rídação de DOM CASMURRO, até 1" de maio proalmo.
OriKinaij recebidos: — Para maior facilidade a comissão
resolveu selecionar os originais recebidos. Até • momento foram rerebidnji 38 originais, tios quais foram selecionados as que
vão ptihlicados neste numero, Dessa publicação será feito o íul«amento pars o 1" Premlo.
M-4-M1
P.||R*
I
Acaba dc aparecer
MAYERLING
—a^MM^^aa—^"^^^^-
O LIVRO UO DIA
As manias dos grandes homens
em elido Hmpldo. Dois ene» depois
em 1TW, Joitne Wacpliifson pitMtco» Temam e. algum feiipo depois,
DE
OSStAN (T'n
oi POEMAS
POEMS OF OSSIAN, Iransfated ftf
ouve.
t*rra
Jiarolanio. Aquela
fértil,
Jamet Maephtrsanf.
monI« campina» flor ida*, içne/e*
Vogo apta iar a ounliecer essas
IA Mo bettu, lertiiram dt comi» d»
poesias, ofrbuldas a Osmn. ot doulula. muitas vetes, a uai-d d e logo
tos e orltloot começaram a P* e»
apor. d suo ocupafdo díIoj liomem
duvida a autenticidade das afirme.
de ollios atues e cabeloi fuuroj.
rm 111S. •
Cries de Wasplierson.
Mas a" loi lambem a terra tta
tf nu lor Jolmson assepuriu que Maeburrão, papel, soma, recua, rai• um longo roupão de lá marron
S. autores db seeulo XVII
poesia, Como na Inala a ta Oreela,
encontrai*, fra*
pfienon sà havia
escuro, gcnlario na ampla polpadeira, etc.
ocultaram com uma espeo* ceifai ee impressionaram desde
r lenantigos
te
puiniias
"o rosto
gmentos
A embrlafui-K foi para alguna
vermelho, estrona,
ele de "coquetterle" os hacedo com a poesia, tendo retratais,
e
dando-1'tes
dal,
aproveitando-os
uma fonte de Inspiração, exemcreveu Ouy de Maupassant. se
bltos que tinham para trabalhar;
em cantos belíssimos, im iem feitos
para aquilo qut ele
acabamento,
Verlalne, Mas, enquanto que
os dos séculos
inchava pelo atluxo furioso de
pio
em
compensação,
heróicos. Apesar ie que hafa ficado
Pm
obra
Cí
Ossian.
denominava a
Verlalne se sentia mu'tas vezes
langue, o olhar corria sobre as
XVIII e XIX exibiram as suaa
por muitos anos desconhecida es»
edição posterior, assim st defendeu
envergonhado com o cu vicio.
linhas, analisando as j»lavras,
manias, pode-se mesmo dizer, os
sua atividadef para nós hofe conheJamta Hatphermn: "Since lhe lirst
revolvendo
ts
frases.,,"
seus
vícios,
belas
cem os algumas de sues mata
poema, mano
publicaflon of lhete
Depois de mil hesitações, a
prodnçôtt. Reina, sabre iodai elas.
intfnuotlons heve betn mude. aml
frase Afim construída. Flaubert
VOLTAIRE
porint, o mais intrinca Jo mister to.
duiits ariten, concer«M fhefr oua lia em voi alta, batendo as slPouca coita ae sabe ie exato sôbre
'
ffteittfslfy. Whether thest suspiciotis
"Zaire"
labas.
Chamava a isso passar a
tinha tio
O autor de
a gênese da poesia celta.
"pu«re augqeatei by preluitce. or ur*
frase "guenlolr" podendo depois
gabinete rie tr*balho muitos
Ht pouco,
nona
Macteod. gue
etilp fite etfecfs of niaiie* f neiffrrr
eorrlRlr o que lhe chocara ao
pi tres" onde se viam mamittrloutra ndo é que o escritor Guiifterfiew*
knom por core, Tliose isho
ouvido.
tos de diferentes trabalho*. Conescreveu belos estudos
me Sharp,
dnubted mv ceracttv. 'mie naid a
sobre a literatura primava dos celcampllment (o mp genius and wer*
BALZAC
tas. mottrando o que de interessante
eren the mUegellan Ime. mu se'/da
mesma, e
s* conhece acerca
wif
tolerttble
dental mlght I could
Todo mundo sabe das ilez lioapontando as dificuldades inerentes
portry; and / asüire nm antaganbts.
ras de trabalho que Bal/ar Unao reu estudo. Prosstguindo suas tntttrtl 1 tlioutd not íremlafe niftitf I
punha ao seu cérebro alim <lf
ornfijjaçiW,
publicou tendas celtas
cotüi not imilele.
pagar as dividas. Mas vejamos.
"At prefttdice
'tu tffecl at
ie encantadora belesa. Inteiramente
is
As 1 horas, depois do Janlar,
desconhecidas ali entio. Toda» as
ttmoranet, T «m not surpristd at ii*
romancista se deitava. A mel»
0
compwítdes gue vieram att nds. de
lietng general. An age nof proriuces
noile se levantava e trabalajinvn
origem celta, nos deixam entreter
ftti marks of eenlit* tmplil ta ne
ao melo dia.
até
nlgutr* lindos para a tua psicologia.
ntiríngi of admirttion. Ihr trtith lt.
Tinha
que se submeter n umn
4 literatura ceifa, ndo somente s
lhe bulfc af nitnkini have ever Iterii
higiene especial paia suportar
poesia, mas ainda a prosa, revelam
Iío bp rtptttatian m,ir* lhan taste,
ense trabalho de forçado.
um suave lirismo, Urismo que povoa
In nríicles of «teratur*.
If ali the
Tijelas de café lhe eram inaté o* mali rudes cantos de guerre,
Romans admfred Vtrgil tindersfoorf
dispeivtavels. comia muitos meNo meio ie. todas as tuas poesias
htt beauties, ht wauld have seerct
lôes. enquanto que os pés repouae imiscui o amor i mulher e i tn.
deserved to nave come doion fo us
mostarda
tavam em aaua rom
o
nunca
cuidado
esquecido
dt
ilqio,
through so menu cevtnrttt. ünlrts
# compressas de agua fria lhe rehomenagear e honrar a 0farfa dos
genius weee I» fasliion. Hnmer htmfrescavam a uabeca.
maiores. Ademais, o estilo é semprt
self mlght heve writtt-i m vttm. Ht
escrevia
Balzac
medida
A
que
ameno e svatie. cantante, mostrando
that wtshes to come •mth weigltt o»
atirava as folhas para traz: at»
uma eerta preocupaçdo com a lar*
FLAUBERT
fite superfície), must sk-.m th* sur.
meio dia o empresado as reuniu
ma. Como toda a epopéia, glorifica
oien
Miairoin reni
face tn their
xagrava uma hora a eada um
e levava ao editor O autor reas virtudes heróicas do poço ceftn,
tPer« mji aii» fo jeito flie menu. I
visava a* provas.
deles, passando do conto ao trsmostrando que os deuses estío sem-Contos
tcould write e madrteul sooner th tin
Hoffmann, o autor do.s
Aos 58 anos Balzac morreu,
balho histórico, sátira ã tragédia.
pre ao teu lado.
htnmell
an htrolc põem. f.etientis
lantastlcos". tinha orgulho e O
Precisava de um ambiente de
gasto pelo trabalho.
Nume canção
citada por Uma
ti>
more laaoulS be alway* sure
considerava como .simples maluxo, de riqueza.
Slaeifnd, vemos bem ru caracttrisloieert thatt Sofoeles,
— LEÕES E DANDIS
Wdo de trabalho.
Vcos da poesia prmíttva dei» celtat;
"Some nho ioubt th* aulhentid.
. -I
1, 3. ROUSSEAU
. ;
ty of this norle tPoems of Osstani.
OS SÁBIOS —
Outros escritores escreviam
Anil, aoh, aro. aro, ho.rn>
tvtttt peculiar acuteness apropriais
notável,
facilidade
Rousseau
era
uma
Jean-Jacques
eom
tu era um homem, agora sou foca
fftem to the Irlsh nation. THauqh
esqueçamos
nest»
não
Mas
menos difícil t trabalhava num
como Théophile Gautier e Georfítt-nte espaço, dai-me i»paço. 'ocas
tinham por
it is not tatu to concerne fiou thete
os
enumeração
da
rua
qup
andar
Plãtrcrie.
Sand.
quvt0
ge
(<!. ana,,.
poems can belonj fo treland and 'o no unlco cômodo que eossula. OImania ser pontuais, sábios, ponPara muitos, era IndispeosaSou noivo do mar,
tht
me • onee, / shatl
eiamine
tuals. sábios, ponderados.
vet ativar a produção, estimular
ante da sopa acabada, um plano
E lá vejo a sereia.
tubjeet, without turther. antmadverBulfon rnmeçava ns rlnco hoa imaginação.
da floresta de Montmorency. onde
E meu nome, na verdt.ne, i Mo nus
tion, on the blunder".
ras da manhã o sen trabalho na
ae evadia.
Para
Jean-Jacques
Musset só podia trabalhar ft
"Torre de marfim". Goethe con*
f«ac Coirun,
James
MacpherPelo que st vt.
ajudar a sua Imaginação, colonoite. Se acontecia ter de ftscreO macho das focas.
ton continuou, apta ttt duvidas iesagrava iTRiilarmente, maj univer de dia, fechava as cortinas
cara Junto uma gaiola com caque otitrdra foi homem.
vanlndas. a assegurar str tua apenas
camente. as manhãs no trabalho
e acendia as velas, sem contudo
narlos e um imenso ramo de fioPOEMAS DE OS.
s traduçdo dos
de escrever.
esquecer o absinto.
res. Quase sempre escrevia deiSIAN.
Evidentemente que grande
Dickens enchia diariamente
Alexandre Dumas filho se ostado na cama,
íssa d a CANÇÃO DAS FOCAS,
três pacina.s. nem mais nem nietíe teria o de ftaeer sido
ao som da musica, an
gloria
para
tlmulava
sem duvida dat mafs populares, peio
o autor ie tto Met paginas, sem
nos. Ao fim dp um ano tinha
Théophile Gautier a
FLAUBERT
que
passo
tom em que está rasada
delas, ^primorosas.
1,095 papinas prontas, ou ?e|am
duvida, algumas
como -o mals desaçradefinia
As focas constituem, mesmo, um
vários volumes.
Mat não, apesar de puder faet-lo.
Flaubert passava o ano todo
davel e o mais querido ds todos
dos motivas matt interisiantes, ndo
Vlctor Hiiro escrevia de pé,
na sua propriedade de Crolsset.
os barulhos".
porque ninguém conhecia original
tá para tu poesiat, mat ainda para
alta.
no
escrivaninha
numa
algum de tais poemaj Macpherson
Gerard de Nerval trabalhava
perto de Rouen. No aeu gabinete
um numero enorme de lendas gue
a
nos
continuou ¦ afirmar
procedência
em qualquer lugar, tendo
de trabalho andava vestido com
quarto rie dormir, e alinhava com .
correm ainda hofe, de bi-ca em boca,
a sua pena de pata oitenta' ¥«cettfca de seus poemas, escrevendo
bolsos, que usava Imensos, vidros
uma calça larga, amarrada na
dos antigos
entre os descendentes
sos por dia.
nas sucessivas publicaçoe: que fatia
de tinta, penas, lápis, malacintura por um cordão de seda,
celtas. A idita de qut at focas ji,
dos poemas: THE POEMS OF OSlotam homens t ias mais espalha,
TRANSLATBD BY JAMES
SIAN;
dat tm toda a imapUiavAo poética
MACPHERSON.
Irradiou para todo a mundo.
franca
do norte.
Mat, apesar de toda etsa honetti/Vo Alemanha grande fm a influen.
Para nós i bastante difícil comdade aparente, pelo menaa. ie Maecm que exerceram os POEMAS OE
preender todo o encanto que coninterrogação:
OSStAN lia gênese da literatura ropherson. surge uma
teem eit lendas celttcat. ttm duuida
•nantica. Basta dizer que era um
mostrou Macmas por que nto
Imensamente
fantasiosa», dado o
E"
originais
das
as
Las lágrimas enlutan con pcrdurêble velo
poesias?
do* livros
preferidos por Hamann
acerca de. pfterson
nosso desconhecimento
"o Mago do Norte", e multo ntfmitraduz
uma
evidente. Se a gente
ie tu mirar profético el hümedo turqui.
tuat condições de vida, das pecúlio"o Rauseau alt*
Kte nublan a tus ojos los ópalos dei clelo
rado por Herdtr
cotsa. deve possuir o original.
rtdadet de sua ext*ten,:ta, doa seus
rt.iío". irase*. afinal, foram ot ntetay sus luceros de oro se nposDH piun fl.
possuindo o original, nada mals fahábitos, dos seus costumes, da poesia
cO de que confrontar eom a tradudotei da campanhe romântica. Ndo
"habitat",
motivo*
e
outros
do seu
tos bardos no repiten tus quejas ínefahles.
estando assfm, de uma vet, rt.
há que esquecer * influencia uue
çdo
somenos,
nos
facilita,
que, apesar de
catlttdos te contemplou con trêmula inquieiud,
sulvtdo topo.
Ossian exerceu ainda sobre alguns
nam enormemente a penetração na
mas ya las euerdas buscun fu.' monos vcnrrnbíí-i
Macpherson. porém, nio fet isso.
tos máximos espíritos Ja Germamo.
sua atmtt.
.5
assinalar
enfre os quais
cumpre
y en ínmortales lágrimas se exhala lu laúd.
Enquanto os seus adversários o ataPois bem, foi al qut
floresceu,
cavam, procuram dtfender.te como
Goethe t Schiller. tm alguns versos
na
buca do povo,
provavelmente
Estrella inmensa y triste det ciela úe Ia Historiai
nota perleitaacima vimot.
de Goethe a gente
amor,
opasioimeío
nascida áo anonimato, uma poesia
templo
de
te
erige
tin
mi
alma
atas
Ossian
bem
assim
mente at
dt
Dal, que **e concluir?
verdadeiramenlf bela, que Jaime
que Heras en tu manto el llanto (fe Ja fflorin,
composições de
como em
certas
A resolução part-t eriitnte*. <-t
Macpherson colecionaria, mutto mals
V Hetias el bautismo sagrado de! dolor.
Heine.
sdo de
poemas ditos de OSSIAN
POEMAS DE
tarde, nos famosos
Otsian muito
Sm Portugal
foi
Macpherson
moderna,
origem
porem
tiveram
esses
que
OSSIAN. poemas
Oh Dlos grandioso y solo. que estas cn cl sniilfiniio
bem recebido. Guerra Junnueiro o
de
e
motivo;
trechos
aproveitou
iodas
ss
influencia
tm
tdo grande
con el sublime píestro en Ia mono iiiiiiorlnl/
admiroiifl. escrevendo, e-nm dos seus
iradas e poemas celtas, realíeanito,
literaturas européias.
el cieto, es a fu» ojos un manto funerário;
vertos admiráveis, lembrando o poeto,
obra
obteve
assim,
uma
granut
que
Mas, nâo nos antecipemos.
mat llevas en tus tienes el mundo sideral.
NA
FEINNE.
LEABHAR
Em
sucesso.
Cheguemos ate Ut,
A tristeta ossíanlca dos maret...
em II7J,
Londres,
publicado em
Tu gênio excelso imite, sobre la tumba oscura,
legitimo
os
Campbel reproduziu
nn sol gigante ie oro que el mundómvè brillar;
ex*
bela
e
OS POEMAS
verdadetrBmtv.te
restos celtas dos poemas atribuídos imagem
bw lidos se desplomoií y eterna tu figura
Ossian test
prttslva. Na America
a Ossian.
eleva innusrcesible sobre el divino altar.
te
imaginação
*
dt
muita
Pertt
sempre
Luisa
Hi
adeptos fervorosos.
todas
no
comtço
ie
cubamuita poesia
Zambrana. a grande eteaiaca
INFLUENCIA DE OSSIAN
Oh gran entristecido! Oh celestial poema
essas produções literárias do esplnto
no, dedicou-me todo um poema que
azules paraísos; de ensueilvs y de lm!
de
humano. Os POEMAS DE OSSIAN
merece ttr citado, em aut expresse,
A influencia dt Ossian tm todas
Yo beso, sollozando, tu tétrica diadema
aceçáo A regra geral
náo fazem
sua admiraedo pelo poeta ia tristtta
at literaturas modernas e das mats
y les inmensat lagrimas gue üemblan cn tu cm.
Segundo a lenda que nelu att nos,
e da melancolia, do sentimento hto seu aparecimento na
Após
ninas.
Wingal, pai de Ossian. resistiu, eqm
n,ien e da abneaacão. do amor na.
Imediatamente
Inglaterra,
pastou
Luiza Ptrez de Zambrana foi, efetivamente, uma das mai» notavett tiimf.
••r-ni e tia oieiade tiHal. Reeord*do imperador
bravura, d invasão
radoras que teve, nas plagas americanas, o cantor dos çiicrreirot celtai
para a Franco, onde foram traduitSevero, obtendo, ademais, bHIftante
mo-toi
dos aimíravtlmente os POEMAS. Da
Mas ndo foi sà ela. aqui. que teve a oportunidade de exaltá-lo. Muitos doi
vitoria sobre seu fWto CARACALLA.
de ouro dc cantor dt
nossos, poetas st referem com admiração <i lira
Apôs esses sucessos do pai, Ossian,
A OSSIAN
Carric-Triura. Em alguns a gente pude notar a influencia dot POEMAS Dl
tndo d Irlanda, casou-se com a Unia
OSSIAN.
e encantadora Bvir-Allna, de cuja
Vvibrasas •soledades! ieslertos misteriotosl
admiraderes
dot
mais
um
Napoleáo
poemas St >¦¦
profundos
foi
matrimônio nasceu Oscar. Este Os*
en qnt Uts hofas tristes gimiendo siempr» estou.
suas cam. '
Ostian. Dit.se. metmo. que era o livro qur o aeompanli
car. bravo e destemido, pouco de¦a bíblia ãi j
colinas desoladas? ciprestes temblorosasl
punhas. E, na verdade, os POEMAS DE OSSIAN constit
''ides naxf pois /ot morto á traição, ietxanio
Hora la musa dulcisima de Ossian,
donde
heroísmo,
e
amor
civismo
e
coragem
e
de
i
it
pátria, de
sua esposa Rfalvlita, i bem assim
adornam
o
coração
humano...
pias
que
teu pai, em eterno dessansoto. Aqui
Hceed que en Iot eelaíti it alfofar det ocow,
começa,
verdadeiramente, a vida
tu sombra meleneoHea contemple aparecer,
poética de Ossian. VenciAo pelo sopálida, iolttnte. con inseguro paso,
frtmento, busca na presta IcnlEtuo
descender.
lumiiíos
Ia
mire
¦1 bosque de lor
para a sua dór. Fato notável t que
a írudiçío acrescenta tombem que
Que afll ío encuenfra tiempre la fans pereprino
nesse tempo estava Osaian cego, ir.
cuando Ios alto* tilos ernplezan a platear
mananfio, assim, mats uma vez, ot
fiablamfo con Ias sombras ie Oscar p de Malvina,
criadores it epopéias, o
grandes
el alba cuando sole diamanfeijl .If orar,¦-¦¦¦
que é certo 4 que parece provável
"bardo
"
a ejaííiido. de ttiíL_pornieno_r_ cnmn
de Ias tumba».' tu» IiiBUbres pesare»
ÍJií
esse. Segundo ae poderia supor, tenite JOSUÉ' MONTELW
ml esplrilu arrebata» con indpJca etraclôn;
do a poesia uma representação tn.
son tut nebulosos v olímpicos cantara»
pites
terlor. deveria, evidentemente, lude
tristeza, it encanto v it paifen.
tentos
poi
AP A RE CE R A' BB E VE
crar com a lalta ãe percepção visual
exterior.
Então, as Imagens saem
Et dngel ie la muerfe sega la dulce nida
< mais nítidas, a fnspíraçdo torna-te
EM SEU PRIMEIRO VOLUME
de Oscar, el hifo invicto, tu gloria v tn iluslàn,
mais fértil e vibrante, o dom da
y el inmortal lamento de lu alma adolortia
atinge excettttudts
poesia, afinal,
atin itiena en Cafedanla con Iionda vibraetón.
tentadas.
fâmals
Cego e amargurado, Ossian canMalvina, el cisne htrido. aon to* eabellos íe oro
ía, em sua lira de ouro, tudo agudo
/lotando sobre ei rostro hetado y sin color,
es ay! de aquel sepuícro que inunda con su llore,
que é grande e sublime: ás glorias
ia familia, as façanhas iot guer.
Ia estatua, Ia escultura, el dngel y la flor.
reiros, c a gloria ia pátria.
ROMANCE
Esses poemas ficaram por muito
Vislán divina y pálida, celeste V dulce astro,
tempo
desconhecidos, att que em
que tfetia traipasado su oirgen coraiún,
1871 Jaime Mt-cplierson
assegurou
paloma solifuría de niiitto afabasfro
ter descoberto uma epopéia eufo
la
etbtltt
ie
negro
sobre
cúpula
pantton,
herói era Pingai. O p»ma foi pu.
blicado ent detembro daquele mesmo
T si fln, sobre fu seno. el lirio dcl semblante
ano, tendo lago atcançain grande
para íamãs aliarlo iolíení» reelini).
sucesso. Na verdade, era uma vt'.
en tanío que un ijemíío inmtnsn v vacilante
tfadeira faut da imaplnatilo, taiale
4ê incla, m tu «elua/#t «onlaiio.-. *»o*- ,
A LENDA OSSIANICA
toaa a historio
, A ORIGEM de
V
literária há um período de cer.
N te. obscuridade paru nós flwer
.„¦¦,. iiaiculdade de conhecimento
rer,lo ,' ej'<i'o dos fatos a que se
',,-,,:
quer pelo predomínio absoluto
„'(,- rmrif/lnasdo que Cifírio se dà, K'ti
,i fs|)o(w dc tempo em <i'ie começa
e a
Hom o sentimento dn arle,
„()l.jio iiíiscc de, todos os corações,
mrir tle todas as titmas. Sendo uma
'0mtaçát> lenta,
neste
período, a
„„„, q,w e a primeira fôrma de
riMicjsiiii lilcrrirfn. "fiiiíns tieies 1«
nraauizi "" um corpo extraordna.
'„„.
irmanado por um laço cominl,
menino Ideal.
(¦KirrjTic rodos teem um
t matam as mesmas peripécias e
„, mantos Jieroísmos. sdo a* note,ci. p (morrei oura* epopéias de to.
Sobre elo*
povos,
âo' as grandes
orno a duvida dn sabias t a Imaeo.
c imeàn dos poetas. tortitjndn.as
rfnndoencantadoras,
mais
nrn ori'
r elemento poetit
í refeludn o que a
obriga te
, imaginoso e poético. Na Iníndio milenar ifo Gajiqes o
vtj*ado. nõ% liemos esses obras
iiliosas de grand-oíidade que.
e o Maabarata.
üamaiana
Oí indtts.
as se-ns
autarcj'.'
ns mais sábios, rtirdo que os
'
EM GERAL
da coleção
„ grand* romance
traduçí»
m>M ( ASMIiKttO na
át —10BB1B
FlHill MAPAHIN08
PROBLEMA
. a,
CASMURRO
MAYERLING
11
,"
"PÉRE
GORIOT" COM OS PÉS DENTRO DE
BALZAC ESCREVEU 0
MOSTARDA E A CABEÇA REFRESCADA
O
«<Trilogia ila Província »
JANELAS FECHADAS
Irmãos Pongetti. Editores. Rio
LEIA BOJE MESMO
MAYERLING
'O
C RI T. I C A
Purina
I
DUM
Aí
SllllM.1l
de i
refletir cm benefk-io
podem
do publico ledor.
Eis |ior qur. o DON CASMURI1U
vai prossfsuitirlo ncsln reporia aem,
novas
o|>inlõrs sobre
ouvindo
n
vrntilacin no -.Jornal
ds
lenha"' e<iilac'o em Sflo Paulo, seSUestfio
gundo » qual sp prpler.de saber sc
a literatura un Brasil
iiòde comeconômica menle.
Aquc'&;
pensar,
que (leia queiram viver.
Em numero anterior [jublicamos
a entrevlst» rio poeta Judas lssornratiricandu n seu punto tia visntrs s opinião dc Menotti Del
Picchla.
mente Junto áe companhias editoestabelecido
ru eílm cie que seja
do litro
um limite na publicação
cstmijelro.
Menotl Del Plcclila depôs sua oplnlfto e on leitores do DON CASMURItO tiveram ocasião de examina-la
Juntamente com i réplica i presenLuoingota. Hoje,
toda por Judas
damos a conhecer ¦Toplnlio do coAmanhecido Jornalista Rubens do 'Tolha
rol, ventilada em artigo da
da Manlifi*', ilo estado bandeirante,
Eis o qae din o autor rie "Terra
"Nu debele travado em torno do
editorial, coube ao sr.
problema
Judas Isgoiwgnta apresentar a mals
extravagante das soluções: a Impo.
siçflo da lei dos dois terços aos editores que ficariam obrigado* a edilar dois livros brasileiros para cada
livro pstrsnjciro que lançassem nn
mercado, Proteger-se-Iam assim os
autores nacionais contra os autores
exóticos oue o nosso
público está
lendo através de traduções lançadas
eom variável exlto editorial. Farsê-la com oa escritores o que ae está
fazendo cnm os operários daa lálíricas, onde dois terços do pessoal
rie vem ler nascido sob rs céus do
Brasil, Os livros
seriam tratados
como a farinha de trigo, que leva
¦ibrUaLortamente mistura de mandioe» mil iio e arroz. Ou como a gasulina que precisa receber certa percentagem tie nlcool-motor. A qualldade nflo Importa. O gosto do leilor nío Interessa, Do aue se trata
ê de proteger a indústria nacional.
O protecionismo deve prl var-noe
do contrato com todos o* altos eapiriio.i que nfio
poderão ser lidos
pelns brasileiros..,
um editor
Quando
quiser lanumn tradução
da 'Odisséia"
çnr
precisará lançar ao meamo tempo
outras do "Csramtirt" ou do "Ürucompensar qualquer
piai". Para
nbra de Platão, Santo Tomar. Deseartes. Kant ou Bergson. dua* outras
d« MonfAlverne Gonçalves de MaBarreto ou Farlss
Bflliiflfs. Tobias
Brito. Romances,
biografias ansalos tudn ter*,
eni est aaempre
damente, sucedâneos nacionais. Até
Descobriu a pólvora...
1. TORRES ORTIZ
'¦
;:
:
I
j
Aer'.4 de aparecer
MAYERLING
1 19.1.W1
EDITH MAÇARMOS TORRES
"A Gazeta"
Judas Isgorogotn. de
de S. Paulo, que nesie iiiimcni
volta a falar
CASMURRO i
LONGO artigo, que meieceu aa honras dc uma edição
£Mdominical do "Jornal
do Comercio". um conhecido Ivmem tie
recentemente
letras anunciara
cie
sensacionais descobertas por
feitas nos cartul(tri«s dc Portu*
teve
gal, em cujos Centenários
tini papel preponderante como represertante do Brasil. Após rtcapitular a imortancia,
jamais
posta em dúvida, dos arquivos úfi
» nrífciiiisía
anftpo metrópole,
dos
dopossa o cíííir Oijjiiiis
cumentos que mais pr.,vocarani a
8UK arguta inteli.iciiciti dc
pes*
historiografa.
são
e
guisador
"duas
preciosas memórias inédltas e desconhecidas de autoria de
Ribeiro
de Macedo...
Duarte
uma delas — "Discursos sobre á transplatitaçãn das plantas
da Ásia
de especiaria
para a
América, ou nosso? Brasis; c conveníências que disto podem
reBtiltar a Portugal com diminuid" comercio holandês escrito por Duarte Ribeiro de Macedo
e remetido de França,
onde se
achava por enviado
no ano de
1673" _ já este desbravador inCOiifuiidive!
c » professor
que.
"fonso
Tnuitai ]ah>u loupamen.
710 l volume da sua "História
) Café. do Brast!" — Edição do
Departamento Nacional d" Café,
Rto rie janeiro, lf)3í). AliAr., este
volume merecera anteriormente,
em 1035, uma edição autônoma,
do mesmo D. N. C, com o titulo
"Subsidio
para a lüslória d" café
nc Brasil Colonial".
Não há, portanto, itriiftum íne.
ditismo no "achada" io pesqutsador. Sendo, mesmo, de
notar
quc Tdimai, com a sua atttortdadc de "historiador numero tim io
Brasil", tituín concedido par ílotb-lpho Garcia em nota á "Cor.
respondendo" de Maria Qrahatit.
Tauiiat dizíamos, no capitulo a
tjue nns referimos, deixara, tambem. esfacelada uma Ingenuidade
do auior do "Discurso". Queremos
aludir á afirmação diste quanto
à existência decafi no Maranhão
e no Pard etn 1833. ossunío foca*
Usado, também, peln articulista,
B' do diabo esta vida. Vm hemem resoluto enfrenta os perigos
decorrentes de uma viagem por
ares e mares super-povoados de
aviões e submarinos, arrisca-se a
todos os azares de
uma
longa
copia
permanência em Lisboa,
sofreiiametite
ml! e tanto*
documentos... No fim.
reaparece
ffluTioso na taba a trombetear os
sucessos julgando divulgar, mui*
to naturalmente, em primeiro lupar, as peças mais interetasnles
da sua bagagem e dá nisto. .. A
pedra filosofai que « epísta jnínSn
ga trazer — de outro motfn"Estes
escreveria estas palavras:
são os principais informes d" documento dp Dnart*»
Ribeiro de
Macedo e su-gindo do esquecimento de um
arquivo distante
orientar
os
podem ainda hoie
trabalhos de resolução
um
de
problema qne ainda hoje constltue prenctipaçio de nosso* adminlstrodores"... — t
velha
de
mttttc-s írnfts poro 0s mentnos das
nosa* escolas.
Isto acontece aoj vlta».
— I —
nó Brasil, no
Quando esteve
scculj, o escritot
tiomeço deste
Manoel de Sousa Plntn leve ocasião de procurar pelo sr. Armando Erse ao porteiro do "Jornal
O pobre homem
do Comercio".
respondeu que rum tal nome náo
havia ninguém na rasa. Ante a
resposta inesperada, o visitante
Indagou, admirado:
Entã.i o sr. não conhece os
redatores do jornal?
Conheço perfeitamente. Mas
com esse nome posso garantirlhe qne aqui não ha jornalista.
Compreendendo, num momen.
to, a origem da confusão, Souza
Pinto perguntou, logti, ao porteiro embaraçado, se o sr. João Lu¦o estava.
Ah, esse está. sim senhor,
Pois os dois n mu cs — informou o escritor, sorrindo — pertemem á mesma pessoa.,,
Eslá ai o que eu não sabia.
Conheço ha muitos anos o sr.
João Luso. Mas desconhecia i|tie
ele tivesse a alcunha com que o
¦r. o procurou...
Esse episódio, quc vem contado num dos mais fortis livros de
Manoel de Sonsa Pinto, mostra
bem a situação do 3r Armando
Erse cm relação a *rn
propriu
pseudônimo, De tal maneira se
impôs o falso nome usado por ele
nos trabalhos literário, que João
Luso, pnr assim dizer, lhe aea.
bou cnm o nome rlvll dc Armando Erse, A criação matou u criador,..
Embora nascida em Portugal,
Joio Lusa pertence certamente ã
literatura brasileira. Aqui reall-'
tou o seu destino literário. Com
nossos motivos trnbailioti a sua
obra de cronista efêmero, Aqui,
em suma, encontrou elementos
para saltar do balcão de armaeem á coluna de Jornal Seu caso
é semelhante ao tlti >r. Fillnlo de
Almeida. Com a diferença de que
João Luso ainda não renunciou
* cidadania lusilanU.
,
Conta-se que João de Deus, o
tran de poeta, procu tou um dia
Antero de Quental para pedir-lhe
que acreditasse em Deus, E acreicen tou que se tratava, no casa,
de um favor pessoal.
Como assim? Inqueriu, cspantado, o maior filosofo da feração d» Eça.
E João de Deus, multo manso,
baixinho, como quem fatia unia
revelação formidável, explicou ao
confrade e amigo:
Se tu convencerei
a todo
mundo de que Deus náo existe,
cu ficarei reduzido, aimplesmente, a Joáo de...
Cm malicioso, que conhece o
caso do sr. João Luso. me segréda que ele ainda persiste em ser
lusitano, para não ficar reduíIdo.
no peseudonlmo, a um vago e Incaracterístico Joio.,.
Pertence ele,
tia
verdade, á
literária,
nossa
velha
guarda
Ainda no seeulo passado comea
escrever
cou
para jornais e
revistas do Rio e de S. Paulo.
Teve como companheiros dc trabalho algumas das figuras mais
representativas das nossas letras.
Afonso Arlnos e Eduardo Prado
foram seus colegas de jornal. A
Academia Brasileira o Incluiu no
seu Quadro de sócios currespondentes. Está ele, portanto, perfeitamente
integrado em nossa
literatura.
"Orações è Palestras",
seu nltimo volume, flu alguns instantes da vida literária
brasileira.
Evoca-nos Emílio
de
Meneses,
com a .ma poesia dolorosa e o
seu formidável espirito de sátira,
Conta-nos algumas anedotas de
Eduardo Prado e Afonso Arinos.
E íala-nos, com
uma deliciosa
ternura, de tres momentos Intim os de Coelho Neto,
Não i certamente um grande
livro, Mas é volume que a gente
coloca num canto de estante —
eomn um numero antigo de jornal que nos falou agradavelmen.
te de criaturas queridas... __ '
As traduções deveriam ser feitas por uma
secção de traduções do Departamento do Uvro,
e oferecidas, gratuitamente, aos milhares
"Terra
- Opina o jornalista Rubens do Amaral,
os monumentos do direito da medinina, da matemática da física, das
ciências em «era! terão que sor re.
escritos no Brasil, nílo sc subo por
quem para quc possamos fornecelos ns proporção de dois para um.
Até com a Bíblia será assim: para
editá-la.
Imprec Indi vel será editai
duas vezes o Uvro dc Tupi, que e o
Jeová nacional...
O JapAo. nm dia. abriu seus portos an cumércln eslrsnjeiro r seus
espiritas a tudn quanto a arle. a
ciência e h técnica haviam crendo
no Ocidente; e porisso é lio.te a smndo Oriente. A china
de potência
a
construiu
nas suas fronteiras
Grande Mttrnllin; quando a Grande
Muralha sc tornou inulil eontliiunii
(echsda ás luzes exteriores prique.
dos nlpóntcos
nao
ao contrário
aprendeu o Inelés, Pnder-se-la ima.
onde
Binar uma Ilha do Pacifico,
nSn cheirasse tim livro est ran leiro
uma revista, um Jornal de qualquer
outra parte do mundo, durante aura.
séculos ou milênios, Podemos apontar, entre outros, oe nossos indios
Cha van tes que nflo recebem Jornais.
evistas
da perfeição? Bo aplicamos Fm prol
dns edições nacionais a lei dos dois
terços. nSo feriamos
mais sábios
aplicando s lei do total rnm ti prolbícâo pura e simples dn traduç.ín e
até da leitura de todas as baboseiras pensadas desde os sumir les e os
egípcios, com escala pelos gregos e
os romanos, alé os hodlemos pnvo»
lideres? 66.866^ rfe nacionalismo e
pouco. Vamos iopo a 100%!
Talamos uma linmin que nln guem
mals fala no mundo a não ser um
punhado de portugueses. Ao passo
que um neo-zelandés pode lêr ludo
quanto se publica na Inglaterra ou
nos Estados Unidos, e mie tim liaitiano tem á sua disposição ioda a
literatura francesa o brasileiro Há
de se contentar eom escassas letras
Indígenas ou lusas se não lhe fornecerem
traduções. As traduções
sfto o linico recurso que nes resta ft
nós todos que não somos poliglotas
e que só por intermédio delas podemos abrir Janelas parn o mundo, n.i
eatlsfaçío de Incoerclvels necrasidades espirituais. Nossas editoras, vtsando lucros materiais, mas aleartqando "el oriente por el pnniente"
teem desempenhado o papel üe verdadelras universidades com as suas
séries d* traduções lenitimas bene.
merendas que nunca lhes aitradeeeremos bastante e não me canso «de
Ninguém pediu a minha opinião
mas pode ela ficar aqui expressa.
Penso que o Brasil devia crear o De.
parlamento do Livro com ema Seção
de Traduções. Competir-]lie-la inleíalmente
organizar a relação das
obras fundamentais em todos os te.
tores do pensamento
humano nas
ciências e nas artes. Em seguida
iradtiçáo assim
promoveria a sua
dando oportunidades aos nossos eacritoier que. sabendo
uma lingua
estraiijeira.
soubessem também
a
linRua nacional. Finalmente dertsria essas traduções ás centenas
aos milhares, a todas as Mblbteeas'
a tedas as escola*, a todos os grímios que houvesse no Brasil pondo
ainda o restante á venda, por preços módicos de modo que todos pudessem lé-Ias e assim lluslrai-se na
convívio da elite intelectual da hnmatildade.
Formariam™ iior esse
processo, a elite intelectual biasllelra capaz de compreender que não
podemos manter o analfabetismo das
massas, de difundir saber e gosto
nos alfabetizados, de crear o amMente
espiritual em que os nosso*
homens de letras resuirariam fartamente, livres da asfixia do inomlna vel protecionismo literário.
***
Nlo sou dos que ainda acreditam
aue a Renascença nasceu como um
Incêndio dos facho*
ateados pelos
fugitivos
de Conrlantínopla
que
trouseram para o Ocidente
velhos
autor de
Roxa"
Reportagem dc LUIZ DE GONZAGA ALVES
"OOM CASMUKRO")
(Exclusividade para
alfarrábios dos mosteiros
bizantlnos. salvamlo-os da sanha imaginaria do turco, Mas esses textos como ns que es árabes trouxeram via
contribuíram
Alexandria - E=panha
fortemente para que a Europa sc recivilizasse ao contacto
tectindant.e
dn pensamento hclénico que a Idade
Media soterrara. Os europeus náo
elaboraram tio nada a cultura modorna.
Tom a ram-na. Já em sita
cola. onde a haviam posto on latiuns e os gregos, que por sua ves beheram noutras fontes mals longfn.
qitas, cm encacieamentos. sucessões,
heranças Imemoriais que unificaram
n humanidade no aperfeiçoamento e
o antróplteco
que transformaram
nn Contudo e Cristo em Homem
e Dnnle Aristóteles e Descartes Fldias e Oa Vincl. Arqutmedes e New.
ton. nnethe. Kipllng Anatole. Eca
e o sr. Judas Isgorogota. As nossas editoras com as suas traduções,
são para o Brasil o que árabes e biaantlnos fórum para o Ocidente.''
Dinnle dn discordância de opiniões
enlre o Jornalista da "Filha ds MsnhS" e do redator da "A Gazeta"
fomos ouvir este ultimo que. Jitstlficando brilhantemente o seu nonto de vista anterior, assim nos atendeu:
- Ao* leitores de DOM CASou seja ac* Intelectuais
Brasil — preciso expor
o problema por mim venè reconhecidamente das piores. Sio
estes os pontos capitais da questáo:
1." — Os editores nacionais precisam — e Isto é vital pm sua lndílstrla — da abollçBo doa Imnos-
"CULTURA
POLÍTICA"
A revista que o tr. Almir tte
Andrade vem dirigindo e qui é
esplendida
iniciativa do
tuna
"Depnrín iii caio rte Imprensa e
Propaganda", acaba de aparecer no seu 2" volume, aluil,
admiravelmente apresentada e
com uma leitura dai melhores. Dedicada exclusivamente a
""Cultura
brasileiros.
estudos
nos
apresento em
Política"
suas 6 seções desse numero, uma
de
colaboradores it
pleiade
na vida naciogrande projeção
nat. Nos "Problemas Políticos e
Oto Prazeres.
Soctaís" vamos,
Nelson WernecV sodré.' Azevedo
CanIpabina,
Amaral. Natos
Rolemberg,
dido Duarte, Luiz
Branco,
Castelo
Jorge Maia,
Araújo Nobre. Pereqrlno Junior,
Hehl
Neiva,
Aliste» Aquiles,
Silvio Peixoto e Oldeger Vieira.
Em "O Pensamento Político tio
Chefe do Governo", vemos Rosarto Fusco. "Te.ríos e Documentos
Histórico*", vemos;
.¦liberto Torres, O manifesto tíe
Independência e Nuno Pinheiro.
Na "Atividade Governamental"
vemos: Lul* Antônio tta Costa
Carvalho. \'o -"Brasil social, in.
tetectual e artistlcj"
vemos-.
Marques Rebelo, Giaciliano Ra.
mos. basilio de .'{agaiitúes. Wilson Lousada. Pedro flautas. Hei/p Viana, Vieira Pinto. Venan.
cio Filho. Simões dos Reis, Lul:
Heitor. Carlos Canati-.antí, Ritsimundo Maqalháes. Lticfo Car*
Martins Castelo.
e vt1, .
> de
Com
"Cultura Politlca" apresenta.
Ae uma formo admirarei, ndo
só peln sua vtllidade..como ain*
da pela sua feição.
tos que pesam sobre o papel;
3." — Os escritores brasileiros não
ttm editores paia suas obras e lito
porque as casas editoras
preferem
muilo comercialmente publicar traduc&c* de obras esiranjelras geralmente precedidas de magnífica propaga lida através do cinema. Aqueles
que vim suas cbras publicadas tém
seus esforços
miseramente recoincom uma porcentagem de
Íenssdos
D"o sem capa;
3." — Os livreiros por sus vez
precisam ser libertados, em parle
dos pesados compromissos o.ue oneram a existência de suas casas; um
auxilio, da parte do governo nesse
aentido. lhes permltlrta estabelecer
uma porcenlagem mínima snbre os
livros postos * venda.
Procurando
harmonizar os Wereassee de uns e outros — o que me
parece fácil uma vez qtie cada uni
governo, editores f livreiros —
cedam utn pouco de suas vantagens
en: beneficio doe interesses
gerais
entendi t entendo
que o papel
destinado á Industria dos livros precita ser liberado como o destinado
sos Jornais drs imposto» que o tornam proibitivamente
comerctavel,
E.5S» concessão.
entretanto, seria
dada mediante as seguintes da parte do outro Interessado — os edia) — aumentn da porcentagem rrlariva aos direitos autorais de det
para iO"r\ sem capa:
b) — controle de todas ns -dlçOes
a ser exercido pelo Instituto do LIcl — limite das edições de livros
estrangeiros, numa
pm poi ção de
3a 3. ou que melhor convier para solução do problema;
,
Ai alíneas acima sem prejudicarem de rorma alguma os Interesses
das casas editoras,
como pro varemos, representam a solução desejada para o problema precarlsstmo da
sub-existência des profissionais
da
pena no Brasil.
Resta, agora o caso dos livreiros;
esles umi. vei, em parte, desapelados das obrigações que pesam sobre
os ombros como acontece com outro qualquer comerciante, de secoe
e molhados, de bebidas ou de ferragetn. teriam seus lucros estatvleeldos em 251 sem capa. Picariam
portanto, psra as cassa editoras os
restantes SOt.
"A SOMBRA
(Ulárlci ae ums
«* Mo iiculoil —
I.lübDI — ISIS.
Os calda Orle d é
DOS JF.XOMMflS'
vliirm m PnrtujMi
Rc (li,viIda Orlro —
,_. ...
. ès|t(
um nome que dlsi Aridrmla de Letras. Indn
a Pnrtusil. repreaenUado o
Bratil nas tolas do ctntenirlo da 14
hukc viria» eoliai enrantidona.
ne a ma tni fira ent revida que
n«M LASMIRHO e. entre elas
dmlrável cdlçlo de "A Sombra
ihalho.
¦ de um diário feito cm I
•«bre
. labor admlrlve.
e fl no observador, o livra
n Orlco * de irande ollns «t uma leitura amena.
isviuIik vrrdadrlramenle
que prendem. A edlclo
lu» rim i tm papel ma.
membro
é
um
Jornalista
ti.
Migalhas para o Pequeno Polegar
JOSUÉ' MOMELW
Editado pelos irmãos Pongetli,
Braulio Xavier estrea-se no romance com "Vida em Tumulto"
— um grosso volume pre fadai! u
pelo sr. Prado Ribeiro. O piefaviador, que já tem -ilguiis volumes publicados, eslá se t unia ndo
especialista em pretender caubeleeer a confusão sulire icilos
livros e certos autores quc toda a
gente conhece. Agrippino Cri eco,
recolhendo pérolas, encontrou nu
ir. Prado Ribeiro (mas que nome
bucólico!) a noticia de que Ito.
meu t Julieta é romance, Agora,
no prefacia ao livro do sr. Branlio Xavier, dá ele como ruinnncista agrário
(?) ao sociólogo
Gilberto Freyre.
neste
trecho:
"Ha os romances historieis
como
oa de Setúbal e VlriaW Correia,
os agrários se assim podemos diaer,, de Gilberto Freyre ou Lins
do Rego e os pomogrüfiios cuja
profjiaxla está sendo feita pela
policia de costumes".
Copiamos o trecho com o devldn cuidado. E concluímos, da
leitura feita: ou o sr. Prado Ribeiro se engannu ou no neríodo
ha uma ridícula Insinuação capciosa,
O sr. Braulio Xavier bem que
poderia ter dispensado o nariz
dr cera alheio para o seu romance. "Vidas em Tumultn" tem deMios em profusão Mas ha realmente um fellr animador úe. (I.
piji nas suas quatrocentas paglna* de leitura por vetei fnticante. O romancista ainda se stibordiot • uu modelos citducos, co*
— III -
As letras femininas brasileiras
estão querendo imitar, em materia de exito de livraria, as tetras
femininas dos
Estarias Unidos.
Enquanto um prosador do renome do sr. Gilberto
Amado vai
sendo
laboriosamente
vendido,
em uma primeira edição — uni
romance da sra, Tetra ile Teffé,
ontem aparecido, já -t encontra
em terceira tiragem, num auten-
tteo "beit-ntUen" nacional. "MU
mento do Livro iparece-mc qu*
existe o instituto üo Livro... i r
nma Seçío de Traduções nr
c
Secçáo promoveria a traduções
obras fundamentais do peiuamp'
humano
ofertaria as suas ira.
çôes, ás centenas, aos milhar»*
todas as bibliotecas escolas in"i
tos. a quem qulzesse rnfim •
os srs. edüoref e livreiros
it.
¦disso atualmente, que se que
arr.ini
sem do melhor modo!
Confesso humlldcmenU nue i e
colega Rubens do Amarai ( rir.
No Intuito de prosseguir na qu
tão. o DOM CASMURRO nrw.ir,
ouvir novos
pareceres. bem co
publicar* as controvérsias para n
desse msdo possamos checa:- a u
conclusão definitiva em beneficio
escritor nacional e ria propra »¦
nomla
livtesca do Braíil que i
ser poeta i margem pi>!<-j
eres públicos, uma vei qw o r
Íôde
prlo estado moderno vem irabalh;
do Intensamente num swicin »
quente de completa nseioiia::zaçi
DOM CASMURRO
Tem novo endereço
Pça. MARECHAL
FLORIANO, 55 - ::
andar — Tel.: 42-1712
(rede interna) — Hio
neleclnil de hoje A
«', qu» vem de apaalentado volume de
aéetilo II. O preiente volumi
mente
**rulo 11; no
Ultimou estudos d
de rompeas>(õe( pira n
Almlr de Andrade dlvif
tres pariei: ni primeira
¦ prrcla o* llpoi de oh>
SOCIOLOGIA
í Olímpio Editora
em In lei liem ri resumot
literatura social feita
dos séculos IS > 11. a<l
ohra dos brasileiros, doi
dos esttinielros e doi
de Andrade ataba dc publica
Borba
ino nesta pagina em que é paten.
te a Influencia de um trecho de
Inunuy que está em todas as anloioglas: "Estrada larga t> bem
cuidada divide em dois o mbuleivp imenso. C artl os e cajueiros
bravos e, de quando ein quando,
tioncns remi ssos dc manga beirais
«rlmn a rodovia, que se desenrola
em Impressionante reta a dar a
ilusão em perspectiva aérea, de
infinita
protegendo
passadeira
gigantesco tapete verde desbotado. A natureza do terreno conrede a mals perfeita llwra ao leito
da estrada, nâo nbstanle. as flnas fretas abertas pelo sol viçoroso com oa punhais dos seus
ralos, de que aquele se mostra
desenhado, em tramii laptkhnsa. A reta Infilndavel, tangente
correta, a se perder no céu cnmo
aguçada ponta de ci-.ui^o, permite
vlslhlltd^e a
a mais
perfeita
quem por ela esteja cm transito".
O livro esti escrito neste tnm
algo' discursiva. Mas nâo esqueçamos que se .rata de um con.
terraneo dr Kuy Barbnsa...
^k^km. ÊRmÈÊtm
REVISTA DE LIVROS
Vida Literária
—ii—
O L1VKO 1)0 DIA
NSo me ps rece que o exposto pê*
que pelo absurdo... e isto porque,
mediante a m: lie mfto ilessu medidas:
si — ns casas editoras passariam
a irnhalhnr mals fiilBiidnmente poli
in ale ri» prima seria adquirida a
ivel;
prrçn
hi — us escritores
perceberiam
como truta de seu trabalho Intelectual, uma recompensa satisfatória:
e> — os livreiros
rjedlcar-se-lsm
mals animadamente ao comercio do
livro nacional;
dí — o limite estabelecido para o
livro ostraiijelro redundaria un:camente em beneficio da melhoria de
nossa cultura uma ven quc os editores passariam a escolher, msls exl.
gentemente a* ohras a serem traduzldas c divulgadas.
Penso que
exponho e defendo.
com raciocínio e com
serenidade
uma Idéia nelo menos dlnna de ser
criticada com alguma lógica..,
Açora alguns comentárlcs posslvelinente oportunos — a respeito
ris opinião do sr, Rubens do Amaral
"Far-se-ia com os escritores o
que se está fasendo com oe cperârios da fabrica..." Náo sei porque
r;,se espanto do lliiftre colega,.. Nío
seremos nós, por acaso,
operários
como muros quaisquer?... E operanos tão indignos que nem ao inenos
lemos o direito de conquistar
aquilo que todrs os operãrios
das
fabricas já conquistaram?.. •»
'• O protecionismo...
deve.
rio
alem disso,
contacto
privar-me
com lodos os altos esiifrltoa que não
poderflo ser lidai pelos brasileiros..."
Rubens raciocina pelo método eoníufo... O protecionismo de que tala
ura dará resultado inteiramente dl"seleção"
verso,
pels provocará a
das obras. NSo
rrelo que Rubens
tenha estômago para digerir toda
e.isa onds dc traduções vagabundas
que andam por ai... E sc tem nfio
merece crande elogio uma vez que,
poiiendo ler no original, prefere eonhcce-las através de traduçõe? brasilrtras, de traduções
espanhola*.
cuJoí
originais foram
traduçt<"í
francesas ou inglesas das obras originals — russas, alemães ou suecas,
por exemplo...
"Até a Bíblia scrã assim; para
edita-la. Imprescindível será ednar
duas vezes o livro de Tupã que e o
Jeov* nacional, criando-se urgentemente sub encomenda
fcrmulada
niiin
docreto-Iel e confiada a uma
comissão de técnicos do Ministério
da Educaçio..." Como espirito, não
me parece ser dos melhores;
maa
como lógica contuslonlsta o é: poi*
a propurcão será baseada
que
na
"razão
quantitativa", da qual será
decorrente a "razão qualitativa"...
Rubens do Amaral espírito brllhante, Jornalista combativo entrou
apressadamente nesse embate, tanto
assim que nem sequer cogitou de levar na devida coiisideraçfto as razfles econômico-financeiras sobre que
se baseiam e que são tudo,
Dl»e
unia porção de frases bonitas, mas
de frases bonitas nâo vive o eecrltor nacional. E quando quis tomar
fôlego na luta. propôs que...
"o Brasil devia criar o Departa-
á porta da vida" é esse livrn fcnomenal, verdadeiro espanto para os seus próprias editores, os
quais não poderiam supor que um
volume de autor brasileiro che(asse a Interessar, de maneira
tão rápida, intensa e numero**,
o mercado do paiz, Acresce unida
no caso uma circunstancia curióae: c livro veiu á lume »cm oa
largas cartazes publiciurloa, A
sua autora,
relacionada na sorie da de cariuca e conhecida como mna.de suas danuis mais ilus.
tres, não era, apesar de náo sir
uma estreante, um nome que por
si *ó assegurasse exito de livraria
Em Idêntica situarão acha-se
"A
Sucessora" da sra, Caroiina
Nabuco, Este romance trm uma
historia curiosa. Publicado lia alguns anos quase nà» despertou
livrarias
atenção. Em algumas
multo* exemplares amareleceram
ao menos foaem que Instem
lheados."
Subitamente se revela
ao pais esta noticia escandalosa:
o livro fora man novamente piaem
edição
giado e publicado,
americana, na língua inglesa —
c estava despertando a curlnsldade dos liitnres de todo o mundo. Com esse estupendi cartaz u
romance iii sra. carollna Nabuco
começou a ser lido — Mi se acha
romo o da sra, Tetra de Teffé, em
nma
terceira
de
plena gloria
eiilçào...
- IV Cm 1930, quando a humanidade, passada a grande guerra, tinha os mais sérios pioblemaa a
resolver, — fundou-se,
em Sáo
Lulí dt Maranhão, a lavola do
: empenhando
ha
i tempo
Bom Humor. Sabels do que se
tratava? Escutae,
homens pragmaticos do meu
tempo: um
grupo de rapazes instituíra, na
capital maranhense, k semelban.
ça da Tavola Redonda, uma agremiação destinada ao debate da
prutiiemas literários. O Cenacu'o
notabilizava-se
sobretudo
por
suas excentricidades. As reuniões
eram realizadas depois das deu
horas da noite e obedvtiam a um
complicadissimo ritual. Os seus
componentes usavam o tratamenlo de cavaleiros, como na Idade
Media, Atas ouçamos um depolmenlo, que agora temos á mão,
de autoria do escritor Crisóstomo
de Souza:
"Reuniam-se os
que a Incorpo.
ri.vam á rna do Marajá tMarajá) numa caslnhola, porta e janela,
Kepoblka" do Cav. Cri' in asou iChrysoslorao Oe Üouzai
r pur este tdeiada. As suas reuniões realizavam-se, oempre á
noite, para além das lfl horas, a
quando do regresso da boêmia, e
caraterizavam-se pelo ritual complicado á Imitação da Tavola do
Rei Arthur. Fasla assim, a mudos
de Rei, pelo convencional, o Cav.
Maior, que se apresentava á sesnuma cana de
«ão, encafuado
purpnri, um cordão d'nir« velho
ao pescoço oe onde se prendia um
medalhão nobiliarqulco e, á cintuia. um espadlm, rabo de madrepenuii, com a coriu Ate Pedro
II, que os cadetes da Monarquia
usavam. Todas usas ilustres burudangas pertenciam a um dos
Cavaleiros, herança de família.
Mesmo, e ainda por oposição
i\ normas das demais socledade;, os membros da litvola nâo
se tratavam por sócios nem lrr»ãns. Eram Cavai» is (sem cavalos!), mas abreviados cav. etc.
Aa suas
sessftes
chamavam-se
torneios,
A admissão
de novo
cav. obedecia a certas exigências
que nem o sujeito mesmo «aM*.
Tudo reservado, s.ib rigoroso sl-
llio, Aceito, • boto cav. Iniciava.
excelente apreteatatle trafica.
se na Tavola,
armatido-se em
torneio solene, em qne prcsisn
o juramento, em latim corriqiieiro, pousando a niáo de «obre <>
espadlm do Cav. Maior que, em
seguida, o beijava na testa, prenunclando, tres
vezes, o nume
convencional que o noiaio recehia: cav. tal e este respondu, em
"Kcee hom?:
tom humorístico;
Ego sum qul
sum!"
E o Cav
Maior: — "lnoc signo vince! riat
voluntai tua..." e uma girjalhada estridente e rumorosa aioIhla o latinorlo. O nome dn notato era formado por uma silaba
inicial de cada sotirti.timr que
possuía. Por exemplo: José Augusto Vieira dos Reis. passou »
ser para a Tavola — Joaurire!"
A Tavola. com esse ritual romn
correu
certamente
plicado,
risco de converter-se em iimíonaria. Felizmente naqueles lurbulentos gestos da mocidade msranhense havia, mais do que uin
simples propósito de b!aí*ic. um
Em m"..
puro Ideal literário
por ocasião das comemore cõr»
do centenário da independeu
cia, «a cavaleiros fireram puhlicar uma coletânea de "Socompetinetos
Maranhenses",
diando num volume as mais destacadas produçdea do gênero »sslnadaa pelos bons poetas do Msranhão, Crisóstomo de Soura fel
o prlneipal Inspirador do empreendlmento sob todos on titulo*
louvável. O livro foi logo t*r«tado, em duas edlçftes sucessiva'
Crisóstomo
de
Souza,
que ji
atuou com brilho
na imprenM
do Klo, i atualmente um dos vatores mafs destacadas de sus ieraçlo literária. Acaba ele de fa"Sonetos
Mararer. daquele*
nhenses", uma terceira edição ¦*
coletânea, desta véz acrescida de
novas poesias de es-ritores mais
recentes,
mistura
joio * trigo
Mas nos dá ocasião de recordar
grandes poetai eomn Assis fiirrido. Corrêa de Araujo. Maranhão
Sobrinho, Vespiilano Itamos...
'
LEU HOJE MESMO
MAYERLING
iu tradutla
pOM CAIMUMO
TOMEI
,niIB «UOM1NOS
v QUERIA partir com a «•
C iisídicío pnrn uma viagem
de i«
b curiosa, mas difícil objetivos
mscwreiii nela dois
dispensáveis e que quase M
— a extensão e a raZelem-'*L- o
gue eqüivale n dt:ert
ívios, no mals curto prato pospor
iitef le«i<"" uma excursão eviim doniinio imenso, 0 que
impõe
sacrifícios.
fmiemente
e
Úe
dc
planos
imíssões. fusão
perspectivas.
do teatro
isse domínio è o mais
próiiiitlbttvno- O nome
l.,,i ;ir;s-iT a designação dessa
ima fí" "ia,or florescimento áa
os temale dramática de —todos
"teatro
do
M, jei-Hi n de inglês", —
porSeitascl mento
me abrange os períodos que anacederam e se seguiram ao reiLi0 de Eiizabeth, isto ê. o periodo u'if preparou a idade de
tornan.tiro rf" leatrn inglês,
toa historicamente inevitável, e
. !Wr pmíoírfínit: em tom menor,
época".
Esta
nt ífw da grande
fase' do Ranasclmento
Utima •"•¦rte
da rainha, em 1803.
mt da
•ti e decreto de fechamento
ton raas de espetáculos em
Comn l-'nta de uma só palesna e impassível abarcar, mesmo
ittiettcamente num estudo objtttxo. Infln esse petndo, que ê.
(m jf mesma um caos. Do caos
nio sí jwiíe ,írc'' uma carta eso que êle
Quematwa: evoca-se
tm tíe menos impreciso, us taios »ic" rio roí da sua via lofea.
depnls
0 efeito
. descreve-se
teste deslumbramento em nossa
mapinnçâa.
Mas. aqut. temos que jogar
nais ><»>: as sombras do que
com a. claridades. pois i a sommelhor
informa
bra qur uns
ntsse torra e magnífico periodo
ia histona inglesa.
¦m( um povo, habitando
que c uma. ilha tida com tfo mundo medíevnt.
legiões de Cezar espar,i .uiij sementes meãtterum povo em guerra»
cs. dentro e fora do seu
conflitos e as usurpaüsticas nas cidades; a vt:nla ainda atrazada e o
-. no$ campos cheios da
ns f de feiticeiras; as
¦õrs e ns crimes,
e tndo o
itismn talvado de ilumtia idade média- As artes
¦davam na primitiva inarando em torno do tisanetarlo. da Remia dos
i homem vai aparecendo
im eintmal insatisfeito,
t sedenta de vtda,
* * *
o.t entrando a galope no
cesseis. O que en quero
)ar vias de passagem,
provisórias, para êsse
pciodn em qtte a tngla'ineça a afirmar-e com.)
dio. toma consciência de
im1 através do seu tea<¦ até então consistia na
íncdn dos "Mistérios e
¦ ¦ romn que o prolonga-i drama religioso que se
nas
ta simbolicamente
Ira uma importação
-, e a lingua usada éra a
..ii latinan rante religiosa do dra''rin. A fonte civil estava
imliàades", em que eram
¦fadas as coisas abstrttVinde, o £sperança. íi
nr.íio. d Inveja, sempre
. a "Criança Humanidanada ao "Estudioso Desei aparece a "Apetite senenvia n menina que ia
r n leva para a taverna
se
¦nina desencaminha.
notar aqut, numa
Moralidades" um sinal de
¦.pirito imperialtsta inglis
it "íi história: é quando
úmso Desejo" ensina à
nade que a terra é redonia- Mv "ci? rufa" o Experiência
i ytobo na mão a ettu•¦ paises que visitou, e.
rio muilo a atenção para
ica, lembra-se tfe dlser
portugueses, franceses e
.'j jà tinham •¦cupado
|'í/s c que era pena não
¦it ingleses.
As "Moralidahnm asim um sentido
ii e. educativo e,.ct>mo
•teamo itnperialista. O po*
iro Gosfnra, porm, muidas "largas."- Naturaloarque se recmhccia nedi Jiiflij recreativas. Fa". mas dentro do rtso tnlíiuorti m qualquer verdade, uma
¦rniir-, uma sátira. Alguns
na ra mclhnr se protegepolicia e das autoridades
"ils que n&o viam com
loa o crescente gosto perscntaçSes populares. Ini n auxilio dos grandes
' t da Corte, alegando
im Quetinham em vista
divertir Sua Majestade e
iram apenas se aperfetronfiff.-.
Representavam em
torrtirna tie estalegem. ou em
fMitjuer üipar gue se prestasse.
Ff)i mesmo em qualquer lugar
•«im. i/iie começnu a configurar"! "<" iiras primeiras caracterlstens -i m-ande teatro inglêsf
íw 1576, nos confins
cidade
le l-midres, em terrenosda baldios.
<®nitrttiu..se o
teatro.
Capela Real prívietro
é nns colégios de
Jffl
mndrts.
jovens atores e cantofts representavam
peças escolhi«ti, aiun de que n Corte
e tt gen"¦ Vaii-ttna
que a cercava puíer fffstrac-írs mats adeJísm
9"Mqs no sen palaiar.
Has n verdadeiro teatro vinha
oof.ro,
l1«íSKífliíe,dn povn e já era uma
uma exigência de toía <t populac&o.
J "viüidão pedia episudios
¦«Hsiraio,,
, I,™'If^ Asiatiínios.nmtmttcm
raptos, batalhas,
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11
Página
CASMURRO'
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Ti
TENDÊNCIAS
MAYERLING
19-1-941
Teatro Elizabeíano
a tempestade de todas at patxões desencadeadas, o Krlimo
mnls delicado ao lado do instinto
mais sanguinário. Nio tardaria
muito o aparecimento ie Sftokespeare.
Mas que povo t que época esta
que procuravam te expressar dt
preferencia na arte cinka e que
nela encontraram então a forma
poderosa e mais alta da tua afirmacia espiritual?
Com a vitória contra a invencível Armada da Espanha o orgulho nacional inglês se encheu
eomo as velas das suas embarcaefles que partiam para os desçofteríoj marítimas. Fot Deus quem
te serviu do mar para destroçar
a esquadra ameaçadora. Deus era
inales, já se dista na época, como
nós dizemos, que Deus i braslieiro. E náo pede deixar de sert
O sentimento de pátria revtgareu-se. A Cárte estimulava novas
expedições oceânicas. A onda dt>
Renascimento, que jà estava
percorrendo os paises conttnentais. veiu afinat rebentar na OriBretanha.
Qual o ambiente que al encontrou? um podo «tildo d« Se afirmar. de gosar a vida imediata
çue se lhe apresentava, de «squeeer nj escrfiptitej morais e rettffiosos, ie ouvir e vêr o seu pr*>prio aanflftc correr, de sentir a
veemência ãa vida nos seus momentos mais agudas e trágicos; a
impiedade. a violência, a tuxurta;
o homem aquecido pelo calor dos
seus instintos; o r<impfmen(o dn
Estado com o papa, não par convenieneta política e pessoal de
«enrique VIU: o gosto do hrítfco
e da licenetosidade; o livre exame; a aceitação áa Reforma como um protesto; o homem mais
próximo áa natureza. O sentiáa
da vida, enfim, como uma expertencia diabólica.
pu de iodai ai ociias • profissOes, burgutzei, fidalgos, arit>doii /uncioiidrios, malandros; o
ptltrtíco em baixo no platêa fazenio barulho, dando apartei,
como st fosse hoje. A burpuesia
rica e os prandes unharei senta.
doi nai galerias. A rainha esti
no meia. Alguns engraçados, ia
nobreza arrebentada, postam-se
junto i plataforma ia cena t
dão palpite»,
Londres teria pouco mals de
duzentos mil habitantes. A peste
era quase endêmica. A paixão
pela teatro era tambem uma sepunda peste. Todo o mundo queria ser ator, quando nio ara autar e ator ao mesma tempo, comò Matiow, Ben Jonson, Shakespeare e tantos outros,
B' tal o numero de atores e de
candidatos ao palco, que, em
1ST2, uma ordeiiaçío da Corte os
equipara aos vagabundos. Procurava-se Londres, como em condíçfles diferentes, se procura hoje Holltwood. Vm, modo de ganhar a viia, conquistando ao
mesmo tempo a popularidade e a
glória.
Kyá já empolgava o ptíbííco
com a sua "Tragédia Espanhala", áramalháo em que a retórica, tio da época, ndo consegue
aba/ar o patético áe certas passagens.
Marlowe, precursor e rival de
Shakespeare. tempestuoso áe
morre aos 29
temperamento,
anos, assassinado numa taverna.
'Tamerído". "O Judeu ie Malta"
e o "Or. Fausto, sdo as suas
granáes peças. Pot um astro ie
uma irraitação intensa e rápida,
essa personagem típica da ira
élizabetana. Em seut dramas as
cenas ia maior força poética st
alternam com episódios tmposstvets e pueris. A cena final io
"Dr.
Fausto", quando vi terminado n prazo Qtie lhe itu MefistoEra essa a atmosfera de Hber- /eles. i áe uma intensidade qui
dade.—como tudo o que se creou nde Se encontra em passagem
nela áe enorme e extra-humano, alguma ia obra famosa ie Qoeque se refletiu no teatro e que the.
Marlowe. Peele, LIU e Grtem,
o espirito individualista e amoral
do Renascimento ainda veiu car- que morreu ie indigestio aos 30
anot, tinham recebido a influênregar de nuvos fulgores.
A antigüidade clássica por in- cia da formação universitária.
A sombra de Shakespeare ji
termedio principalmente áe Ben
Jonson e Siánei, encontra os seus começa a clarear. Os seus rivais
entusiastas. Viajar pela Itália e e fnfmiffo» mais destacados ou
França ê um complemento áa morreram ou jossobraram no ufeducação. Aut ores espanhóis, cio.
Entre iuas tendências opostas
franceses, italianos e niesmo porse dítiidem osescriíores e dramatugueses sâo traduzidos.
Inúmeras histórias galantes ê turgos ie então: a que vinha das
Itcenciosas dessas literaturas, universidades e se inclinava paparticularmente áa italiana, tor- ra a Corte, para o apuro clássfnam-se populares. Nalgumas de- eo da tórma e das maneiras, com
las è Shakespeare quem vai se Ben Jonson d frente; e a que tra
Indiferente a isso. pisando d sima bebem r.
O surpreendente i que, numa pies verdade humana, com a eaépoca que produziu Shakespeare, lor e rudeza ios instintos populares. Vma, mals espontânea; a
desos trágicos gregos ficassem
conhecidos. Seneca fot o entu- outra, mais erudita. Shakespeare
siasmo de alguns. HeywoOd cha- i que viria conciliar as duas ten"a
este. como dizia
mava-lhe
flor dos escritores". denetas, porque
Emerson, "o que toma não tem
Eu iramos aporá no período fe- nenhum valor onde se acha- e flbríl das pithagcns; no mar, pe- ea tendo o maior Valor onde
los piratas; na cultura, pelos es- deixa"citores. E' principalmente a culOs autores e as peças cometura mediterrânea que abastece çam a surgir ãs dezenas. A figura
a Inglaterra. Chapman, colabo- ie Ben Jonson incomoda muita
rador de Shakespeare. traduz gente. E' um satlrista terrível,
Homero. Plutarco, Ovidlo, Bocea- culto, de fisieo agigantado e áe
rio. Ariosto, Banáello. os "Novel- vozeirão
assustador.
Ergue-se
Heri, italianos, os poetas france- contra certas tendências menos
ses da Plelade. especialmente puras do teatro eltzabetano. e,
Ronsard; Montaigne e Rabeais. nessa posição, se revela sem quesio lidos e traduzidosfer um verdadeiro homem do seu
O que se importava era um tempo: grosseiro, combaíico e
fermento que vinha ajudar a apaixonado. Briga e se reconcilia
crescimento á» pais; ajudá-lo a constantemente com ns dramaafirmar-se.
turgos seus coníemoraneosi DakO inglês não repelia o estran- ker, Mtddliton. fíetcher, Websgeira por espirito nacionalista.- ter. Marston e Thomat HeíwoodEsforça-se por levantar o nível
a
influencia
«ssímfíaiJíi-o. e, com
que vinha de fora. mais depressa da arte. Vaidoso, personalista.
tomava consciência de si mesmo. leva atê á cena as suas questões
O que havia de mais peculiar pessoais, ao contrário de Skaktsem sua alma, o sentido do mtste- peare, gue ê sempre Invisíeel nos
rio e da sombra, que tanto a apa- seus personagens.
"Volpone" e o "Alquimlsta" loreníaua d do povo russo e que era
um resíduo racial áo celta, — ft- ram as suas pecas de maior tuxou-se como um dos atributos do cesso. E' êle. entretanto, o tíniw
teu teatro. A tmaginaçáu e o po- dos contemporâneos de ShaHesder de crear mulín» proíonoam e peare aue descobriu e proclamou
multiplicam pelos plaims da fati- de público o gênio do filho ie
tasla os da realidade, Shakespea- Stratfnrd. Coloeanáo-se porém
re ê um dos precursores de Joi- em primeiro lugar... Si o fundo
ce. Bruxas, feiticeiras, videntes e da arte de Ben Jonion t realista.
fantasmas, ná0 se encontram A suo tórma ê quase vlánstca.
apenas no teatro etizabetano,
E' preciso não esauecermos que
São vistos a perambular pelos quase paralelamente a e*to ipacaminhos. Vm btspo. alarmado ca transcorrida na Espanha o seu
com a miiítirfdo cresr.ente de tet- mats fecundo periodo literário,
tteeiros. chega a pedir providen- chamado a "Edade de Ouro", cem
cias â RainhaCervant*s «-. no teatro, t,op* de
Contra êsse espírito supersti- Ve aa. Tirso de MaJ^na. Quevedo
clnso áo povo, os artistas e poetai e outms. Mas a literatura oeiiíitopor
stí'ar qu* mal' influiu tto* inflei
Corte
ligados
procuram
as luzes clássicas e a tórma opu- se» (fe Kllzabeth foi a anterior a
esta fase.
rada de suas creaçõesSe o teatr* enpanhol tra mals
Lily, com o sau prectotlsmo. empolga a muitos e provoca imita- inventivo, mrmtmetitndo e rire> de
fl flWÍ)
dores. E' um aristocrata do ver- sttuacSts fmpreiif"Bs(
so, omemeníado e brilhante. acentuava •ntlh.or o estudíi-ií'.*
Svenser, — Edmundo Spenser — caracteres humanos, iléueíe. n
tão denso e enigmático no seu espanhnP, mais ifinamico, mais
lirismo, domina o grupo áos poe- propriamente teatral; este. mnls
profundo na íi.nd.íse áa» paixSes,
tasimpregnado ie uma poesia lanMas , í dn teatro que importa cinante, desse música de mlstirln
talar aqui. E' q teatro que a Cór- que eternamente acompanha os
te e o povo reclamam de prefe- conflitos interiores do homem em
renda. E é peln teatro que os face do destino.
A ênfase literária, pareci-nos
poetas e escritores io tempo se
exprimem com mais força e hoje excessiva; não pnrém ao
abundância, tle è que nos vai áar homem da época que vivia numa
—
época:
tensão permanente de ctdíi. "Não
a fadiografta de uma
ss paíjtfes, os costume», os rlit- te póie escreveu Edmundo Jaculos, a grandeza e infâmia ia lout, .u[ffar o homem do rêculo
ertatura ftufrtana ftwm áos perío. XVI com ai pobres prudência» e
dos históricos em que ela, livre o trltte lauttla dos homens do
de interdiçOes morais e rellgin- séeuh XtX"- Nio é propriemensas. atingiu a sua plenitude te verbaltsmoi — a granloquencla
da linguagem corresponde A fumonstruosa ie Viver.
Não são. porém, unicamente os ria áas paixões e intensidade áe
sentimentos do homem elizabe- esmiríta dominantes no tentai.
Vide esses trechos áo "Paustann nue êsse teatrn vai exprle to", de Marlowe. amnáe te avtmir: são alguns sentimentos
n diabo cobrarpaixões eternos do sir humano, tinha a hora de"Oht
«the a almat —
O ptfMIro esti »tperp.nioi
Fausto, não
* #
* *
# *
te resta sinão uma hora a w.
ver, para que entrei na danaçdo
eterna. Parai. esferas io ciu,
sempre em movimento, afim áa
que o tempo possa acabar e que
a noite nio venha nunca" Faut*
to esti arrependido,- quer subir
ao céu, mas uma máo a empurra
para baixo- £ quando soou meia
noite, a hora marcada por Mefistofelts, solta iste grito admiravel; "O' minh'atma transformate em pequenas gotas á'agua e
eál no oceano para aue ninguém
te encontre mais,"
A vtda psíquica i asism alargaia, não pelo psicologismo do
teatro trances de antes da guerra, mas pelas torças ocultas que
ligam o homem ao ínplsltet. Mas
o público não guer apenas meditar; quer tambem rtr e, sobretudo, suspender a respiração junto á plataforma da cina nos momentos culminantes das tragédias, tragt-cnmédtas, dramas htstóricos de aventuras e tragédias
macabras.
Em j) "Tameriiío", de Marlowe,
o chefe asiático vitorioso se banoueteía, tendo em /rente, en.autado na prisão, o rei Balnzet, a
quem de vez em quando serve comida na ponta da espada.
O herói de uma peça ¦*« John
Pord assassina a trmi que ile
«ma, afim dc que nio selt possuita por aquele com quem se casou. E entra no banquete levantando na ponta d" punhal o coração de sua irmã Annnbela, a
exclamar que era o coração no
quat o dele se sepultou.
Era r.i*síe tom a tragédia eltzabetanat
Nes cenas de feittçaria e demontacas, o povo, sobretudo a gente do campo, se exaltava, enratpecia-se e xingava os que desempenhavam papeis odiosos. Ben
Jonson, quando fazia o papel de
demônio, multas vezes recebeu
projetis da platéia indignado.
Não pude apurar se naquele
tempo o ovo paire já era tnstttuicio.
O teatro de costumes ia entranio. Tipos e episódio» da vida ia cidade foram sendo aproveitaiot,
Miileton. Dekker, Neywood.
Beaumont e Fíetcher manifestam
em sua nbra a espirito ie Lonires, o amor de sua cidade. E' no
eoracdo noturno de Londres que
Miááleton e Dekker vão encontrar tt heroina de uma veca
Intitulada "The Roartno OM"
(traduçio equivalente a "Mulher
aoache"). A peça, que ndo conheco sinão em resumo, parece
muito menos interessante do
que a mulher que a inspirou —
uma certa Moll Cutpurse. esvecte
de vtrago. que freqüentava ("dm
os íoores suspeitos de Londres,
/limava cachimbo para escandaUsar, e era ehefe de uma ' auaârtlha de ladrties. Essa mulher
exercia um prestigio incalculável.
No poder, seria uma rainha cruel,
mas realizadora. Teve uma ilêia
espantosa: —fundou uma esenla de batedores de carteira, com
programa e prouas praticas. Reduvidosa
uniu os tipos de vida
io pais e formou o "trust" de laãrôes da Grã-Bretanha. O apoverdadeira
sento dela era uma
repartição, onde <s gatunos iam
receber instruções sobre o serviço, e os prejudicados reclamar as
jotas mediante indenização.
Com a fortuna que conseguiu
rapidamente, obteve cerie foferancía dn policia e de atpuns ftdalgos arrebentados. Ndo gostava dos puritanos e privava na
intimidade do carrasco, com
quem se simpatisava.
A rainha dos bandidos, como
foi cognointnada, ficou desolada
com a execução de Carlos 1 t
morreu velha, de hlpropista, tendo horror a Cromwelt,
Essa mulher de tamanha energla desviada era bem o produto
ão melo, como o fot o nosso Lampeão.
A vida estava difícil nos últimos anos do reinado de Elisabeth. E a sede de viver cada vet
maior! Em 1588, tfarrfson calcula
em dez mil o numero de pessoas
desempregadas e suspeitas Que
percortam a Inglaterra em todos
os sentidos. Calculo que parece
pequeno em Jace da estimativa
das autoridades municipais de
Londres; _ 12 mil mendigos, só
na cidade.
Camrcende-se essa situação- A
base da produção econômica do
país jà nio era a agricultura,
era a indústria da lá- o solo da
lavoura se converteu em pasto
de rebanhos, com poucos homens
tomando conta.
Resultado; a multidão dos sem
trabalho cresceu rapidamente.
Virou uma multidão de vagabundos, de salieadores, de bêbados.
tsses homens
de
mendigos,
sàiram aos bandos, sem destino
certo. Milhares deles iam dar em.
Londres, i porta das casas.de
espetáculos. Outros
"troupes" improvisadas formavam
e perambalavam pelas cidades e aldeias.
O teatro era o pólo magnético
das ambições. Todo mundo queria ser ator, ji vos dtste há
poueo,
A tragédia da maioria dos atores era maior na vida do que a
representada no palco.
Qualquer companhia, para ter
êxito, tinha que estar sob a protecia da Corte ou âe algufn noa consagração
bre âe prestigia, e"troupe"
era de
mixlma de uma
ser admtttáa a representar perante a Rainha, essa tncrfvM Elizabeth, "a rainha virgem sentaáa no trono rfo Ocidente", como
Iht chamou Shakespeare; qui
ANÍBAL MACHADO
(Conferência feita a convite do Departamento
Cultural da Cau dos Artlstáa, na Eacola Na———
clonal de Bela» Artea)
nio tt casou nunca, filha de Ana
Bolena e de Henrique VIU, oftcialmente virgem entre ot seus
cortezãos e favoritos, libertina
ern pensamento, caprichosa e
culta, generosa e sanguinária,
conforme o momento. Uma figura do teu tempo,
Era tob a supervisão ietsa rai.
nha contraditória que o teatro te
desenvolvia.
E' mesmo sabido que ela iile
se servta como meio ie propagania, pera consolidar o seu poder. Porque ó teatro era o único
alto-falante ie todas as camaáas sociais, principalmente áas
populares.
Nio havia jornais, os livros
eram raros e ao alcance ie poucos, os esportes quase inexistentesSe nos tempos ie hoje a nossa
sêáe áe diversões e as nossas necessidaâes eitetícas se satisfazem
em tâo variados meios, algum tâo
arrazantes. — esporte, cinema,
turismo. leitura e rádio-di/usío.
— nos fins do século XVt, o teatro i quase a única fonte que vai
altmentar a atividade destnteressada do homem. Fdra daí. e á
falta de outros âerlvamentos e
sublimaçOes. o homem' fatia o
jogo eom as próprias realidades
ia viia. Nisse sentido, pode-se
dizer que as dezenas de dramaturgos que surgiram foram náo
apenas testemunhas, mas tambem protagonistas de sua época.
Autores e público pertenciam á
mesma massa irrequieta- Os artistas âe mais renome eram
aclamados á safrfa, cercados e
solicitados pelas mulheres principatmente.
Não ê ie admirar, pots, que
três séculos e meio mais tarde,
quisessem
as senhoritas cariocas
tomar de assalto o "Copacabana
Palace" para apreciar ie perto
um galã de cinema, verem como
ile respira e se veste fora da
tela...
—A principio nãú~havia~~õtrizes.
Os jovens é que desempenhavam
trpvesttâos os papeis femininosFot enorme o escândalo quando
surgiram no palco as primeiras
artistas francesas- Os puritanos
eqvipararam-nas ás cortezâs. e
eram tidas como dtsavergonhadas.
Ot artistas passavam aperturas, como os ie hoje e os ie tempre e corriam ds casat de penhor.
Um certo Felipe Henslowe, negoeianfe, ficou célebre. Este prestamtsta que adiantava dtnhetro
mediante uma capa, ou ot orlginais ie uma peça, acabou construindo ieaíro e tendo empresarto.
Quando Shakespeare morreu.
em 1618, no mesmo ano em que
desapareceu Cervantes na Espanha, havia em Londres 20 casas
de espetáculos, enquanto em Paris. apenas uma. E calcula-se em
cerca de mil o numero de peças
produzidas (as que subsistem e
as que se conhecem de nome)
durante o periodo do teatro do
Renascimento, periodo que se póde dizer durou pouco mais de sessenta anos. desde a abertura do
primeiro teatro publico, até o fechamento geral das casas âe espetáculot em 1842, por um âecreto do Parlamento, sob a pressão
da reação puritana.
O grande e imortal teatro humano do Renascimento inglis se
extinguiu, nio de morte natural.
mas por um decreto do Estado.
para reaparecer depoit todo
amaneiraâo e irreconhecível, sob
a influencia francesa e puritana.
Vide, por nf, como uma corren.
te popular da cultura pódc ser
interompida por um ato violento
do governo, como tem hofe acontecido cm alpuns paises do velho
mundo, nessa época em çue a
tragédia io homem europeu, dtferente ia io hnmem io Renascimento, se faz sentir coletivamente e i determinada mais pela
política dot que o oprimem do
que pelos próprios antaponismos
individuais
* * *
Wos princípios do síeuío XVII íi
as peças de teatro apresentavam
vma construçio mais severa e, se
perdiam em fantasia t declamaçio, ganhavam em realismo pslçóloglco e em verdade humana
Webster Messiitffer, John Ford
Shfrtel sdo nomes que atinaem a
maior popularidade já no reinaio de Carlos I; mas ê ainda o espírlto eíüebeíano que tles prolançam em suai creacSes. Webster i um gênio mórbido, de fundo romântico. Um prcBaudelatre, eomo lhe chamou um escritor.
Da vida escandalosa ie uma
cortezi romana, Vfftoria jIcco*
rombana, célebre pela fascinaçio, energia e rfitlsmo, fet uma
veça admirável — o iDemonfo
— que i a tncarnacán de
Sranco"
uma "namp" âe granie estile.
Massinger. afrontando a eentura e arriscando-se â prisdo.
lança algumas peças ííberfdrtas
de caráter soda!A vida grotesca- da burguesia,
a wídn escusa e criminosa ios
desclassificados, a vida ociosa dis
fidalgos, rfffi aos i*amaturqos *
comedlografos ou melhorei eíementos de creação.
Ás platéias estão repletas, esperanio: onerem maU espetáculos;
querem vir p se revtr neles; tjuerem se comover: receber ti expressão de suas asvlracõer. Ae
tuat idret. At "troupet" partem
para as cidades e as alicias. Re
pesentam nos castelos dos ora»
des teuhores. Atravessam o mar:
vão representar na Alemanha e
em França. Na Alemanha, depuis
que icltam, procura-» recimsútuir ie memória as peças oe
maior sucesso. Shakespeare è reconstituído, imaginai como
Os
práprfot dramaturgas colaboram
entre si. ta dupla Fíetcher e
Beaumtnt fot a mais famosui.
Aproveitam-se peças antigas.
Os acréscimos e refaztmentos
num material que parece pertencer a todos sã0 constantes- Há
epas cuia autoria i desconhecida.
Assim "Arden de Feversham",
uma obra prima,
Quasl nenhum autor inventa
ou faz sozinho uma peça. E' essa
colabvacáo cnletiva «m rfo» fmços caraterístteos d" teatm eltta^etcino
Eu sníto ndo ter tempo de vos
dar clgumas exemplifleaçóes no
receio de tornar ainda mais Ariia esta palestra- Mas só em Shakespeare encon fra reis um mundo
de
eçemplos- A começar por
"Hamlet",
os seus temas não
nasceram erclusifameníe de sua
cabeça. O que saiu da sua cabeça potente, áa torja maravilhosa
do seu gênio, foi a força com o<te
êle cs transfigurou e deu viia
eterna.
O teatro eltzabetano nasceu de
um encontro fecundo entre o espirito refinado do Renascimento
e a onda barbara que subiu do
sub-con sele ii te das camadas populares da Inglaterra.
Esse teatro, a ndo ser o de
Shakespeare. ficou trezentos anos
esquecido e sepultado nos ar qulvos e bibliotecas. Só nos tins do
siculo pasado i que começa a
ter descoberto e traduzido. En
Parts apareceram -nn* cartazes
orande sucesso algumas pecom "Volpone"
de Ben_ Jonson..
fas.
Cowau
representado- Jacques "VtevxInauaura o teatro do
a peça de HevCoiomhler
com
wood "Une femme tule par la
áauceur". uma obra prima ie
simplicidade e que lamento nfio
fer tempo âe resumir-vosJá. a esta hora, devels estar
perauntanâo: — e SAoíresneare:'
Venho andando até aqui aoenu* d marnem dessa montanha,
sem ousar aalga-la- Nem o farei.
Falei ranidamente de nmn êooca
oue produziu no teatro tnlvez «
maior fenômeno dc fidos os
femtws. Von evitar talar disse
fenômeno /mi nSo constltue mn
/itmn-iírt. Conjfifue uma Impossíbilidade.
Shakespeare exfae tndo nm
curso. De lão Incrível, de tão
grar-de rh*0n a ser contestado.
Um só homem ni* vóde ter
teitn toda aonela obro' e.tc'amam. Ou entio: nfin é «ossitie!
one sei», o modesto filho áe
Srefforâ. autor, t empresário,
homem prosaico a tratar de sens
ntaficlos, a casar as filhas: sem
nenhum cursa unlversitérío. «"t
arnnde eruâ'fSo, xttn nobreza áe
savnttef... Dev ser o conte áe
Oxford Jntt então n dUOUC de
!)«¦_).. O'/ outro analaucrf
O nrnbi*ma / ie desafiar os
eruditos K em torno disse vohtema já existem biblioteca
C"ida-se da destntettritcio áe
Sh"*esneare, "the âestnteqration
oi Sh"kcsneorr". seaur>*o uma
trnresin áe C^abers: O oue t
iile e o oue mfo ê dele na massa
Imensa *n nhra aue traz ei seu
nomi. Evidentemente, em vlrtnde da e*ens**s dn* darlo* h**fóripos. n critério m«no* inertn serin: n r'tvdo técnica dei nhr*. enmn oue um exame htstalinif.n
fi.it ,1'i-ertot cortes ife seu tec'da.
>'m <t\f1te*neprf. ij|«mo na nart' nfln rnnt.pst.ndi de sno rrenf"o, ê sempre fartado % fmnr^""to. e nm dos traços áe seu gênio
O LIVKO DO DIA
consiste m dom de fazer ruoar.
com iffuai poder e força todat as
cordas ia alma humana.
Diz-se que è impossível, e é tim
milagre que um só homem posso
conceber e realizar creação tia
Imensa e desipuaí.
Deixemos de fado essas juesftfes. "Se a obra de Shakespeare,
disse vm estudioso áisset aistintos, sem ser verdadeiramente
uma obra, nem verdadeiramente
de 5/iafcespeare, permitiu d humanidade crear para st em um
siculo e tâo perto de nós, uma
espécie de semt-Deut literário a
alguma coisa eomo um "Livro
Sagraáo, — o milagre i o mesmo,
apenas muda ie sinal".
E realmente- A obra existe, foi
realizada pelo homem; por um,
ou por muitos; por Shakespeare
ou pela sua época, poueo importei.
O mesmo critico procura mostrar que nenhuma obra elttabetana pôde ser original e que (textual) "ndo há mais teatro exalusfvo de Shnfcespeare no tempo ia
Eltzabeth do que teatro elizabetano do qual Shakespeare esteja
excluído," Fórmula que me parece bem aceitável, depois áe se
conhecer a época.
Fala-se mesmo em sindicato
Shakespeare.
Razão tinha Emerson em afirmar a propdsifo de Shakespeare
que o grande poder genial quase
consiste cm não ser original, em
ser uma receptividade perfeita,
em deixar que o mundo faça tudo, e em consentir que o espírito
da hora passe sem obstrução
através áo pensamento. "Ninguem suspeitava que o ator popular viesse a ser o poeta da alma humana." A culpa fot de
seus contemporâneos, que nâo
poáiam adivinhar, como sempre
acontece- Nós, vivos, nos julgamos mutuamente por uma escala mesquinha.
Ouâe está o gênio artístico âe
Shakespeare? Um critico alegai
— êle nâo ultrapassou em patêtico e sublimiâade poética as últimas cinas de "Fausto", de Marlowe; nãn creou atmosfera de dór
e dc horror mats angustiante do
que Webster na "Duqueza de
Amalfi": nenhum áos seus âramas tem mais solida estrutura
do que "Volpone" ou o "Alquimista" de Jonson; os canções áe
Dekker e Fíetcher não sâo infe—rinres vwTKTezã~1tr1cã-. outras
peças se avantajam ás dtle num
ou noutro aspeto.
Onde está então n^ segredo do
seu gênio?
Na espantosa multiplicidade e
forra de wut donstle reunia em si os dons que
estavam distribuídos entre muitos. E' o homem oceano. Victor
Hugo exgotnu as imagens posaivels do arrebatamento diante da
grandeza de utn gênio que a humanidade chsío» a compreender.
Hoje, êle está em toda parte.
Ati a juventude universitária o
sente e representa o seu teatro.
* * *
O P"VO inglês atuado por novas
condições históricas, vai modijicar o seu caráter, até chetjar ã
éra vitoriana, oposta àquela de
que estamos saindo,
A Reforma entra nrganicamente na vida e nos costumes.
O ínjjfés se esfd preparando
pa*n ser o homem enérgico, stlencioto e geufíeman de hoje,
com o culta da disciplia, a Biblia,
os esportes, o domínio das paixões; n inglês, produto dos ticulos qus se seguiram á Reforma,
enm a preocupação da sua estabilidade morai como tndivtduo, e
mercantil como império.
O herói áe Kipling.
Mas debaixo dessa sua aparencia disciplinada, se escondem ot
personagens malucos de Shakespeare, o visionário, o homem que
sonha, canta e rí-' e se abandona
ds paixões; e-se dissolve nas forças da natureza, como os seus
poetas panteistasMas chegou o decreto fatídico
de 1042.
Os teatros sâo fechados- Rettram-se do povo inglês os órgãos
vivos da sua expressão. Hi protesto e consternação geral. A tnglaterra emudecera,
E já i tambem hora áe o conferencista emudecer, terminando
esta palestra-•.
DIVAGANDO
De ORLANDO PORTELIA
Tenho * alma impregnada da tristeza fria do cimento
A refletir t Ini elétrica, numa noite de inverno.
O cantochão doa grilos me enerra:
Parece a lamúria Interminável doi pequenos...
Aa arvores eiguelradas no melo fio, têem ares abitratoa
De sábios acadêmicos t áa comerciantes prósperos e rotandet.
A mulher que passa, è toda ela nma poesia rltlmada,
Que reacende a século patiadó: • tóqne-tóque de aea sapato,
estridente, épico, retnmba eomo uma estrofe onomatopaica,
No silencio da noite.
Ladram os cães transfigurando o doce clamar da noite:
Nottvagos oradores qne deapejatn pelaa goelas Becas,
O protesto de uma espécie contra a servidão em que vive.
Horas tardias da madrugada, qae doce encantamento ha
Na quletude do céu:
1'arcce descer no orvalho que flutua no ar
A força potente e geradora qne fecunda a terra,
fat germinar a semente o amadurece o fruto.
E* minha sina procurar eternamente,
Compreender o mistério cósmico profundo
Que. certamente, existe numa noite de Inverno.
3T-3-41.
DR. PAULO CRUZ
DOENÇAS UO INTESTINO E 1)0 KÉTO
l'fc"HNA8
VARICUSAS DAS
TARII.EB
E
OlincttAS
¦VA OA AMCMBIAA, W . I» - M.l «t-MOt
Diartaaaeate ******* Mns
¦*"»-"
LEIA HOJE MESMO
Pi(iiw
I
MAYERLING
o grania romanos ia eoletfto
DOM CASMURRO na tradução
— do —
IDITB MAOARINOS TOHIS
o corpo não teve que deamenllr um
«hl
mea
o ageslo noe sugerira."
mn lempo a nossa olcnçio ae tia*
nele, e noa apercebemos que nao e.
Deu», nflot Aa l«Imr ala diversas,
multo mola simples: anles. dn.
rante e depol» da sua
passagem
pela porto ,n homem pequeno sempre foi pequeno aoa nossos olho»;
o corpo nã teve qae deamenllr nm
Julgamento qne nlo tínhamos forse
mario, pois que. rte ante-mln,
tornara Imposalvel, Mais unia ve»,
um»
negamos
reconhecemos que
iin»
„ afirmnçun; mas a afirmava»
Kssc Julgnmenln uu |«ir
cra nossa.
oulrn essa os|ieele de cngoim qne
colocam no Inicio do riso * uma
mUçfto trralulln; a nhsmavin nl»
enmittnt nenhum iroço e a Ie«rla
mt caminha bem quando rtescmhaAsilm que a Inteligência cnnliece
Julgn n objeto risível, a alma ri.
o riso llie * agradável: * para ela
um»
nm praerr, e todo iiraiw ft
Kmo
moillfli n.;Sn dn scnsllillldade.
ponto nlo * contestado. Knlrrtaiitii,
respeito dc detalhes, estamos elnmus
entender
de
no»
longo
rin muilo
cnnusnn* e cnm os nulros. Os iere
nios mais claros se obscurecem
mudnm, de repente, de slgnlflcaçío.
o
que
Ilcixils ilo ler cslalieloclrio
Into Intelectual 6 o primeiro, d«cnnsMe
pois de ter afirmado qne cie
de dois julga mm ms, dos quais mn
¦ICKlróo o jiinlr», nós nos desdl/econtra-ic
mm sustentando que n
rMÍiíi nau
quc eilste entre ns duas
"sentido", cuè "conhecido", e sim
mo se fosse possível sentir antes de
Esse erro
ter lid» conhecimento.
iras oulro. Querer que o elemento
principal de tnda icorla do riso. Mtja o csliido do Muillmenio aicrailaacompanhado,
riso
t
dc
o
vel
qne
ao passo quc o ponto capital de todn análise é evidentemente o falo
os
que supõem e de onde derivam
fenômenos ultcrlores, e qoe esse fato 6 a concepção do risível, lie ro*lüSa
menle. vlsio utie eipllca, nln » eonao
mns.
ccpcBo pelo ípiii |menlo,
cniitnirln o semi menlo pelo duplo
Nc».-»;
ju lan monto qne ¦• precede.
jiontn, apesar dc hIriiiis eiageroe e
>e
clunmos fnltns, n nova teoria
iurnn Justa e mulio profunda; mos.
tra.»e manifesta mcnle rm progreaOs qae. em filosofia,
o» fciiomcun* pardals compreendidoa nnm fenômeno lotai desrrevem
Os
a vida da alma ¦.rm n capllcnr.
fenômeno
que dizem como cada
cri» o seguinte, tt qne dan a rnrün
rietsn geração, npltcam no micm»"
'ínslquer
descrevem.
tempo que
qoe seja a prodigiosa rápidos com
a qunl o prnier, nn risn. «iicede A
concepção dn risível, o riso fi nmn
ante* de ser nm praier.
voe oh*prvnrtn« isse* dois faí ordem cm qoe »e prodiir.cm
* ^spIi™fr~Restn
<ine a tarefa seja i-onrlntda, eipor
i Ins o tln qoe prende o at» intelertuat A emoçSn agradável. Uma
einla icnrin da sensibilidade reirnlverln a diflrnldnde, contanto qne a
forls «onhfSNe penetrar até t rnls
do? no«íoij prazeres. Ore. essa teorin o»lsle. e quem a fundou, rol
itiruta Arlasintclos qne. lemos corte»»,
via
diante
ride
Iodas
na
quo
rias do lotes!lanches
nlnsnflcns.
Omitida em "Tratado da Alma", a
atiãllco do prazer e dn dor ocupa
em "Mornl de Xlcnmoeo" nm luenr considerável, e a cascncla dns
dois fenômenos fi determina ria em
traço* ans quais ¦ ctem-la moderna
coles nrrescentnn.
A vida,
pniirn
riliav rte. fi umn espécie ric ato, e
cmla nm age nns coisas e parn as
coi«a« quc mals ama.
tl praier rom p Ima oa atos, e por
conseguinte completa a vida
que
lodo ner humano desejam conservar, e ê Issn qoe n Justifica de pmcnrnr o prazer, pois. |>nra cada nm,
n prazer completa ri vldn que lo.
dnn amam com ardor.
Arisinielc*
dlssi
nto oue
ni ains de endn
nma dns nnssns faculdades devam
sc mniilfcstar som entraves, a felicldndc rieve ser necessária menle o
alo dc inrins as nossa* faculdades
reunidas, nn pelo menos o ato de
nmn dentre eles, e essa stlilarie *
para o homem o mal*
almejavet
dos bens. nma vet qne nada a mo-
o "Ensaio" de Byvanck num precioso apanhado da obra de Vlllon se a curCOMPORTA
va de tendências, que {az da
critica, um aspeto mu té vel, nto dellmltar-se pelo prisma da evolução
de Brunetléie. Todavia, o que sr noJogo da m,ale
ta no poeta da morte" ê mais um jogo de alma, cm torno do verso ardente que, de rato, a sua arte. Esdente que, de íáto, a sua arte. Efepontacea, sincero, verdadeiro, o ritmo de Vlllon condensa uma línguagem especifica a qual Scinvob retata no seu trabalho <"Le Jargon des
Coqulllards") e de que o
poeta
alias, sumamente se utlllsara, contrarlando Eustache Dei champs. demaalatío reflexivo, para Ge o cotejar
em linha paralela a Rutebeuf, como
na "pais" de espirito de François
DOM
O qne rie jiilfin ter descnticrln 4
o enecnliOMi, vcmnlmll. Iiabllmen¦
ln eipontn ,E n «oluçAo wmlo
metódico mcnle
foi
primeiro que
eiposln nn frança, mnllns cspfrlnaturalmente ¦
Ina se Inclinaram
nrimltl-ln:
mns a frlllcn deve <•*.
nlo, deliá-ln passar? Que Jiilsiicin.
"A
(risível),
visln de um objrto
rtlsise ele. dã, dn Inicio, a» nnssrt
cul ond Imento nm
i-orln Impulso, e
¦'•1 Intui» n min nlltldnde nniiin certn direclo: mna Imodlntaincnie, nm
Impulso contrflrln Mie vem de nuIra quHlIrinde rin .mesmo objeto e
Imprimo a chm nllvldnrie, com nm
forte nhnln, a dlrcçflo cimtrAHa; f
objeoni
presença ile
rias
ln risível, e o conjunto
rin
scnslhlllrinrte
diricaçTies
irnccsso ronstlluiacnmpanl
o nentlmenln d» risn,
Uma espécie de choque, a escltaçln rt» entendimento num duplo
cicrrleln dn sua eneraln relntlva O
nm sft ohJeiÕ, e nmn eertn variemde rtn nllvldnrie, tais **o o* eleO ohmenlns desse ícntlmeritn...
Jem risível Imprime a essa enercla
e
nmn Inicnsldnile citrnorrilnlirla
cieepelnnal. . . NB» so traia de nm
mínimo e tim rie nm máilmo de
trtarie,
F.sse rertohramenlo dn
nm
energia í ucnmpanhartn
imr
dnplo nen timento agradável e f»"r
dupla
eonsegnlnte por nma soma
rin prater.
Tudn Isso náo IS comnm, nem snperflelnl, nem riespmvldn de certa clareza. Entretanto o
falso se mlstnra ao verdadeiro dc
nma forma qne surpreende a aiençilo mnis eierdlndn. Todo o slste
ma repousa snbre nm primeiro fnt>i
qne Já dcmoiislrámo» ser ahsnlntamente qnlmcrlco.
Ksse fato, ê n
nriesün, |«o rápido qunnto se qnlsep. dn nossa rncáo á Inllee, á paro
volee, A dlstrsçío qne provoca
nosso risn
Mn* a tolice de mn
do
Iriiotn
homem
praticada
iielo
ospfrftn
snlin
aoa oi dos
lonos
a», o inito nfts a afirmamos; e sl.
começamos
com»
preten riem,
por
ner engraçados, nn reconhecermos
n erro 11B0 rimos 1 Iourb disso, dosacrada mulio ler caldo numa armarillha. Nn nltlm» caso, nejcamn*
a nossa prl mel rn anrmnçno:
mas
lambem nos senllmos emcnnadns, e
essn sen If mentn desnataria vel. Innitc
de etcliar a no**n cucraln Intelerlnnl atí an seu mals nlto grán dc
Intenslrinde. n detém o eetn. Ficamns nturdldns e Inlerdllns; tememns ser ridículo*, n de fatn nílo nennán p»r um xlirnnle pelo simple*
fnln de ter ele nhniiado a cahcça
an passar
numa
porta 7 Assim á
preciso escolher: nn
a
primeira
flflrmaçftn nln ealste, e enlSn o risn nüo tem a sna cansn nn nront»
<"des Logee") no campo de uma
lente blconvexa, onde poderiam se
manter em relevo o estilo e a fetçfto verbal, seria uma superf lui dade.
congênere àquelas fraldas de tncenso que os "lambedores"
de Zola
juntam ao colorido espesso do seu
fraseado para acrescentar-lhe que
Iflra um mestre na -estilística. O
que para Thérive. redunda em colsa bárbara.
Náo nos detenhamos em contar a
vida tumultuosa do maior "poelabandido" da França. Depois de um
curso seguido que se rematara nas
humanidades, VUlon ainda desejou
aperfeiçoar-se. recebendo em 1*5S. o
titulo de "maitre és arta". Essa
Ilustrado, graças ao bom padre de
aain t-B ena t -lc -Bátourtié.
O ti llla u me de Vlllon. protetor do poeta,
Um curto lapso o Ira conviver
no recesso dos homens da igreja,
de notirlos,
nebres. os
juristas
Ode a arte
Fotíes attombro t visão alucinada
Âo» olhos áo» primevo» troglodita»!',..
Surgi-te no viver da» palafita»
Âo» açoite» de gélida nor tada! ..
Fo»te um facho da tut abençoada
Xa» hora» de »ofrer, louca», precita»,
Quando o homem sentiu, em contraditas,
A razão ptlo bem acritolada!. ¦.
B foste inspiração e foste crença
A tanto» que por ti s« libertaram
Do iugo da mai» torne indiferença!..,
Foste tu, Arte eterna, aombranceira,
Que em fama tanto» séculos sublimaram,
Do progresso a paixão atviçareira!...
CHAVES
„ ,
— Pará ASrSIO
Santarém
— 15/12/1940.
e o risível no espirito e na arte
CHARLES LBVÊQVE
(Conrlusão do n." 194)
deunioulldo que n qur ri dá a sl
mesmo, ou essa primeira itflriniK-ii"
n
que
A real, e se A, n ucicnilvii
destruo pnrallsn tnilii iminsIIiIIIiIiiiIc
Fodo.se virar e revirar o prnhlcma do riso dc lortns nt, maneira*,
quc
nunca so consciriilrn
provar
eln consiste numn ronyfln do espirllo dc quem ri cnnlsn cie próprio,
mesmo quc essa rcnçilo fosse In-iniilancn. Alllís nãn |nnlcrln ser mBuliln de «mn novn açio comluilii¦ n encraln du i
feni um
i nri*
e
iii-'
¦¦
rie nrts mesmo» ho ohjeio c
Vfln
fn/.vmos
procHIUcnlc.
mesmo* rir. O n«i ê utn dc
¦'lliiiuculn, nina csiilosíio i'sm
i-imim
mente i'*|mn*lvu, ¦<nja
.lena-Citnl
Iml
« cslerlor.
«sim flimrii nuiiiH piiulnn
i
t-m que constata esse rtctnlhr
no c significai Ito:
qne se
mim «ron rraen, inniiiU
nililmliccaa' lou
tlvn. SA
sentimos, di* í>le. n „,
vran* snh n nslln nu snh o ih^ qnondn prndiirlrias enm n nossn ronsentlmenln por um riedn estninho, no
de
pnsso que o mwsn dedo, nnria
semelhante prinlns." i> esplrllnos-n
mmendn iilnil» mals o Irnçn quc IIKil ii sua nturriiii,'iii n li-orln il» risn pslcnlneli-o. flsse tniçn .* que iln
mesma forma que, parn nos fmer
etn-eens í- necessário müo eslmnlin
e livre de t«rta a partlcl|Niçíi» it»
ice ria lonle,
liinii ou a umn laitflu, mns no rin,
nM mesmn n iiiiii i-ntnriiipn. Tnlvcs
seja menos rclir, iiiiin
será
mnis
nnnivel e mnis plrnnlc, quHiiilo, nnr
mnineiiliM, sn contentar
Imllnnrio
ns movlnienios itn pequeno reuniu
que vai snlilinndo e cnniniulo pnr
enire ns -seims vnllnnrio pnrn n dlrcltii tnriiiiiido |inrn a esqiicrdu e
m'i i'C«snnilii
rio tniiiirclni' e imliir
no cair nn rio que o es|iem. ti ns
assim i| mi min rliuns. A iinssn rnr.nn
ülUICUC
puni rie tiniu
o niinluii) il iilCBrln i|Uc noinfcrlorlriiidc,
frnens-o
o
i.fm
é o
moult sage.
noble
hon neste dame,
Bra Ambrolse de Lort. Mas. se
Vlllon houvesse sido coevo de Emílio
Zola, de certo que este tocava o seu
escalpelo para" estudar nos nntepnssados do grande poeta algo de paInlrtRico.
Descobriria
taras
de
absinto no sangue da família "dos
Loges". Um avô que roubara, um
tto longínquo que assassinara, uni
outro Moncorbler que se fizera condenar ao patíbulo pelo abuso de
crimes mi pelas "balas de papel",
feridas ao monarca. Porque Villon,
depois de u meomeço louvável, abandonou a virtude e o salfto de Ambolse para sentir a bebedeira na
"Pomme de Pln". até mesmo
no antro da "Orosse Margot", onde o levara a sua vagabundagem de éterno vagabundo, preso fatalamente ao
vicio e ft lira,
A sua obra compõe-se de "Petit
Testament" U4S8> em que ne espeIham legados fantaslslas, dirigidos
a diversas pessoas. Do "Grand Testament"
(H81).
continuaçílo
do
mesmo processo onde o tom pessoal
t mals emotivo.
Com a vida de tempestades no
Iddo do mal, FYançoIs Vlllon Insptra, pelo caráter, mals pena do qne
Por
ter
propriamente despríso,
nascido pobre, sentiu-se amargurado. Infeliz, porque desclnva a vida
facll, a Ma mesa, o luso daqueles
fidalgos dcos e reohelados de pra¦er. Neste angulo, poder-se-la nrrlscar de Vlllon deu o'passo á Idéia comunlsta. Vejamos como Éle se molda á noassa tíse:
Bons vlns ont. souvent embrnetiáa
BBiice*. brouets et iro* polsson*
Tartes. flans. oeufs frita cl pnctaês,
IPerdus, tt en toulea façow.
tliliin
ilr
r-niri
ilu m/Mo ui"VHl. O
lápliln»
slilern<- ipir .. Imiiiiiip,
prlucl|mlnicule nn nrli'. i •• Joiíii IIiri' ¦!<¦ uniu liiiHKlniiçrio Imlivlilunl
o
rs In luminoso
qne reslllln dns
CiV-s dc IleKlít,
iilmi
le, /, liln e min ri: iheln ric colei
ito iles|n-liii, ite nillii, jmrli' mnl* i
ses ile mu i'i>rni;ln for liln qne
iliiun ou rie um miin iiiraçtlo q
quer prcjuriiciir, rio que de unia i
.
1'nrn o ii I ni Ir mcllmr. rcii'sils
npnrpiiriiipt «lue
imrmlnrn n
i|Ií->.c
helo
.i'i'iln delro.
nu
II, mi roreeto, nn tlui|ile*nii'nli'
liar: <oi seantria, flnue «n nflrliisetiiinnmciiie que olá den
¦In milt-ni.
Iiiii, on renlldnil".
In des
nlg
i"
¦ mnm
compreen der,
cnnee pçôe».
E' evlrirille qne qnci
dncln on n* lurtciieurtei
rllo ao pnmo ric esn
mais ou menos indo ip
:iii.,'.i«n-, mi
irias
|ii"ln' i
'
Mlialfes|H-m'e
'eelpllsr
i
s
rocherin
en
liilmii
Tnriieii
i lllih
i lm i
liei o
inr eiiiirmiriivemlii-sc, on pnra enBrnndtver os ouiros relialtando-o*.
\âi» lio nli ll" mein de snlier iiienltr
de formn qui' olilKUcin se engane.
¦ de
111111I11
ri Sii|iniitiiim.
icnilrn Ironlt-a seja imr 11
arena cnmn verdadeira p
cujn pmiei A de rir; tslv
riem
e
.m
IrreEiilnrlitnde.
e.1
mis-. Inr.,01 Incute, n rnri.. i-otist:
Tlnleiieln. mus i-nm nm nestn ri
«Idn, vim. Irresistível, parn os ei
uilnhiis omlr eln untiirnlnienle 1
nejo .E' ¦ mein oi'i>l ia rie uniu
mu »ii|ierlor que rhesn s grni-e.
#. rilsemot nós. rie grii[i'J»r ™
de mim grauile Inteligência ile
rildii nns In/ sniTir: mns ,.,»,.
risn nln rielin ile ter nigiimn Ir
¦
limiilnrie, *em Irahnlhn, sem esitço
e
uo
senlido
Justamente
iiie fi t, ile ln
tndns ns formas de
' C ráplrins.
"oriurlilns á
' risível,
ndo.
se
Todos esses
primeira perreproriun-m
ixlrios
n preleiio de eentrnrlnr nu rie de«ricnhnr. Tolal: açnn suhitn. espon.
tnnen, mnrnvllhnsnmenle fácil,
rin
rxikt, nrjmudn 0 que lhe e opnsln.
on eom n mesmn gnl|H> nflrmaurin
repellrtii rie se sentir viver enm sensnles, sempre
tratei laonrln.
|wln
moiin em pinico tempo, e issn sem
tnrmemo, aem reflellr, sem «e cnnfnndie. nn ennlo rio fiqtnn. na «ala
dp tentrn. no imssnr na rna eis. »eaundn n nossn oplnlán ns fenomequais n risn flr-mrin
neenndiixldn
tenria qne nos
n
ísases
prn|>ôi<m
lermos,
*
parei-erA.
de; mns nnlnremns qoe, sjib essa
oulrn forma, nüo hfl mais motivo
de um primeiro Julgamento apre.
senlndn, depois rrlirarin peln espirltn. e qne a imtnrezn eiterlnr
*
representa
prAprln dn Hslrel
nm
pniiet que Dum"nl nüo lhe ntrilmira. ti pspcl do risível, uma ven admiitrtn. o riso se distingue claramente rto qne se lhe assemelha sem
ser n mesma coisa qne We. E niin
M>. .Vn nhnn. n snrrisn ê mn doro
riesnhmrhnmemo tnm.nln pnr nlmnn sentimento nernrinvel nu simpátien; no rosin. fi umn dilnim.vio
serenn e npftfigiindnra qne nem o»
suhresnlios rin illnrraunin, nem
n*
sneiidldelns sonoras rin voe,
nrm
nma necnçlo rin muno un presença rte nlgitmn leve vlotnçflo rin renenm|inriluilu
gen.
.
IUnio que liA
amargo, nm sorriso de pli-rtarir: nin
resla rifivlrt»:
mas nrubum diste»
sorrisos pnde se aprniimar do risn,
scl*
1 dn r
sem itftviiln umi li snu i-ssii
Ite nulos os fennmenns
que teem
alguma nflnlri.irie enm o risível, o
riso é ii fm-iiIrtnili- de eieltnr o riso
nán i-nuhccemns ,, qne reslsln niiila
a nmn definição lin que o humnl.
ilulgnmns iturniiie mnltii Teni|ni qn?
a dificuldade que rípcriinrnlavaelemns em separnr ns
dlvcrsiis
mrnii» ilessn dlsposlçfln singular da
sima vlnhn rtn oniüo lemperamen-
Le dit du sage irop te fts
Favorable. blen n'en puls mais.
"Réjnuls-lol.
mon (ils,
Qul dit:
"En
ton adolesrrnce,"
Se bem que seguira o curlo até o
seu remate, élü confcassa, em versos
repassados de remorso, que filava
as aulas ;
m Meu! si J'eusse étudlé
Au temps de ma Jeunesse folie.
Et ã ban nes mneurn dfdlé,
,1'aurais malson et enuche molle !
Mais quo)! Je fujals 1'école
Cnmme fait le mauvais enfant.
En écrlvant cette parole.
A peu que te rneur ne me fend.
Um oensamento despido de poesia.
sobrppujava ate
.Enquanto -Vlllon
Shaquespenre na espantosa tonaltdade em que o seu qenla descrevia
os mortai, em pinceladas nuas, ttIrirn.s, vigorosas, salpicadas de frio
•uor que espargia doa mus poros,
basta
que
s*
iinturern. K1
popuulr: comer
gincej
.ln
.mire
imiiIiccIiIh u rm-s
» erva pela» ral-
(libre geanç. NihIii ihií iiemiillu en.
trever mellme n iiiiluririi
rtn lmmor, rtn qoe » leirl>el rninhurln .le
Sün i
ralmrnl
tanto nlguus Irnçns foram vishxnhrsrto* ,e n nossa prclençfln pretenrie recnlhe-ln* nqul, sem uns
caharmns de o* reunir nnm todo h»>
mngeneo e rilstinlo. Hegel, nn sua
rileeltn psra Issn, deveriam
nado
Imimsslel
pnr meli
~nm
espitnlo rie qna Iro on
rluen
páginas: aqui damos as primeira*
"Vo
Unhas:
humor, fi a pesso* do
arlisin que se põe em cena rom o
qne lem rte superficial e de profunrtn no mesmo tempo, de sorte
que se irata essencialmente rio vnlor esplrllunl riessa persi
nist.
e ime
...r|.,i.."í..:
o
ln»
«rim",
rídli-iiln.
rlsailns.
Ijiii
l.m
mirins
enrrn, enprli'hoss. rte^rtenli
hrln, fnzenrt» correr n si»
líhln*. pois,
um arrefm 1
íiile
cerlns hnmei
de negnr: pnrqne .eritün nln o «oobernm distinguir, nlé ngnrn. iln lmntn. nem rta tnri.-n rómieii?
Ser*
porque o humnr fi nmn eipeele de
irnnia? sem ddvirtn: mns e"n e«pesegundo
-Irnn
ele de trnnln tem
Panl, ums penetração muilo mnlur
dn que qnalqui
s Uri
lartn, '
Panl. e dejinls deles (t m
cslélan nleinãe* ciuifinidlr
eom o cnmlin, e
ri'il|ni
enlemente
o
iVimli-o
do
ilims .•i|,e,.|ri ,te r
n,i-ti.ik nprrrlndneo
corrf quando om n
frmiiTimenir ns ..,.sr
.e rs.'.,
Jogo iln -iiln
r
tn* que nom lempo etn q
tores mats aplauriidns
qne hn uma cninédin de I
lirtrie. enm alguns punlinii
gnulè* nu nutro, Mihstllu
I dn*
Iliniiln. O rl.l
n ridieuln fi, \
rin.*. cujn nli
•pisa
me ludn qun |inrece ler nm vali ir
nti|etl»n e flxn. nn Indo rnniter nr*
ml, tnda fiirmn
daa
jM-rinnneiiie
coisas e rin lm mnn Iria rte. de tni snrte qne •, piipel |ir(nclpnl. sinnn irnien, pertence an artista nn ao escri'
lor. representa nrtn pelas sna* ldíl:n
de
próprias, pclns gens lamiiejo*
Imnginnçüo, por concepções
Indi
ante a corda do patibitlo. o dramaturgo Inglês nào o Igualou. Por que?
pelo fato de Shaquespeare Jantals
ter subido tia lorca e escapar-sc por
milagre, para Impregnar-se daquele
"húmus" cadavérlco do qual Vlllon
se sentiu dominado.
"II
voit sur Ia chalr florlsaante la
cha Ir pourrle
de demais,
le aquelette
rt'aprés-demaln. La
vleillesse.
cette hldetiae flétrlssure d'une forme savnureuse el belle, te navre. le
dégoute, 1'effraie. Et sa pensée pro.
Inngue le sHctacle. Jusq'aux terslons
de ratonie.9í leffnndrement écoeuranl de tant de choses douce*
et
charmanles."
O conceito de GustãVe Lanson robtisteee o aspeto do nosso trabalhu,
tanto mals quando o "Testamento"
do poeta lega A posteridade uma
Bis ni versos que dio calefrlos pelo
imagem cnmo neta, nítida do patiseu aparato Ingênuo, simples e ria- ' btilo que ele viu pelos olhos de um
ro como a alma de uma criança,
condenado
como o cristal dc uma fonte cristaUna. Eles se diluem sem retArlca.
La morl le fait fréinlr, pallr.
lm prega» rios do viço de uma admiLe ne* enuber, les veines lendre,
ravel poesia.
Le cot entler. la chalr molllr.
Aquela balada célebre no fundo da
vagabundo
o
Realtímo vigoroso, cru, brusco e
dá cores
qual
poeta
fortes ao "lelt-moi.lv" de uma visão
brutal. Ronsard o Imitaria, fora da
poríelta dc desejos na vida luxuosa,
tornou-se o estribllho clássico de um
lempo feliz que os anos levaram.
Je seral sous Ia terre. et, fantAme
o*.
. Par lea ombre* myrteux Je [¦ana
Mals ou sont lea nelges d'antan ?
prendral
Que diferença entre o sentimento
reinante neM.a imagem e a falta de
emnçfto do estribllho de Eustache
Deschamps 1
go:
o
linmnr nAn fi .nints doell A snslls*
dos iintuos vlelnlins do que A nnmn.
f> humor fi umn rtlsposiçno mnrnl e
intelectual nnrtieular a certo» homens. poi* cimqntstnu na arte o nn
elenein nm Ingnr qne nlngticm lhe
ennteslai mns. pnr nm riesllnn fiastante hlrarrn
o bnmnr se desenvolveu snhretnrto nn Inglaterra: foi
mals estudai!» nn Alemanha, e estamos inllnndos a aerertltnr qne se
se rtelinr
nm riln n sun
nnturera
emmlunr clnrninrnle, fi porque nllit nin min francesa deseiilMiraçon-n
dns hrnotns qne n envolvem. Alá
agora, e mesmn riepnl* do
linhll
Irahnlhn rtr liumnnl .n humnr cnnllnnn flutnnnrtn. mnrel, quase lm-
HENRIQUE MARON
Mas. ria idéia comunista. íle soube tirar uma llsongeira filosofia que
o justifica :
|IM
riei r
O POETA DA MORTE
quais lh* facilitavam a freqüência
no cenáculo do prebosto de Parla
— Robert d'E5toutevllle — cuja
mulher se arvorara "mecenas", e
para a qual Vlllon, em versos comovidos, legou um pedaço da sua
recordação no famoso "Testamento", como se se depreende aliás,
nesta Unha :
O UVIIO 1)0 DIA
vlrinnln •
surprccmlenlM.
Fniretanto n humor que uno iiilmllv ni>>
nliuiiia vrrdnrio neral ou iinr ni»
teniilun por isindunir u cspitiln
a
qaalqucr lilíln su lis I» mini c vcriiiidelrn, iiAn é, ickiiiuIo llcaul. mnis
do qne a lliiauintcu Imlccirrnvcl rie
uma faiilasla ilcsriifreivlii, tjuuir.n
n limmals » humor f, Inutiisll
icliisçio quc lhe (ilicdeio i-ii|ii'li'lin-
isrln: * 11 mnis allu dr»r*n
n perfei Ih. A /nmhurln p»In», « Ir nn In nAn imile deier
Kilsc n milI» firmo l-.ni
e ..se sucedem
Kslamn* enfraquecldns peln morie
rn min hnr,
lestia e Incspnie*
mas. entrelnnfn
coiivnlescentes
e
avldnn de Kosar um |inucn n viria, n
medico prescreve o que cie rhniu»
« movimeiiln passivo, Isto í, o pn*selo nn cadeira, no carro mi iinrco,
pol» ser movido mesmo sem ^ mnver, # agir, portanio se sentir eststlndn e npreelar a nlcgrln. F. n nos"sn
esistencln,. .mesmn Teliz. mesmo
ativa mesmo ocuparia,
trntisiiinv
nnlfnrinemenie numn urriein qiiotldlnnn, isenln de preocupiições r ttt*
esforçiis, mns fninheni despiria rie
variedade e dc iielflentcs, hem eert»
non parecera aborrecida i mnis nlndn. a ennsclencin ilessn
fel li'li In rio
muilo calma nrinrmccerá crnriuiilmenle, e a nossa virtn se limará
nm desfnleclmentn innrint. n me.
nos qoe nluuma provação
mimar
venha nn* rcstllulr, pela dor. n sentlmenln de nó* mesmos.
Asslin li
vida, pnra se fascr sentir e apre
ciar, rieve ser semelhante nân a nm
ramnan romanrr tis < olrvin
DOM CASMIiltHtl
nllrn ritsoic ilrln. w-siilrá o nhjem
risível,
Voltará tiirni'.' Vem nnmi,
iirin omrn enlsn, IdnlloiiorA o sen
preels,.
objeto
tni. e qne ajn «
I
part Icipaçáo.
perceliemos n nojein risível e qmlhe dnmn* ntcnçil»; de oulrn foe
ma éle nos serlii rieseonlieelrio; mn*
e«*n perrcpçAn, mrímii nlentn. tiflo
é o j u lua toe nlo parasita uue se desejava enserlnr nn reuometio e qne
deve ser suprimido.
riesnstrnrta
dn
nesemhnrncadn
¦nlireenrgn. a lerlnrtn se erirnc: ense
torna
minha rcirnlarmentc, e
mais tácll nrnmpHnhn-la rtn que se.
Bill-I». F' nitrndntel nn hnmem se
sentir viver sem sofrimento. Agir. í*
ngir
viver; senllr-*e
livremente,
fortemente, fi nm prnrer.
Qiinnri»
se estA em plcnn vigor, rnçar, nndar, montar a cnvnlo entre-enr-se A
glnástii-n fiii prnsere* que mnstlnmplninrnte
(nem se sentir tiver
i Itsirn
, quar
MAYERLING
•
Hn^^Baaaa^aj,^^^^
10-4-941
O RISO
0
T^:-y
A'"bíi dc aparecer
CASMURRO •
FOI ASSIM...
^MMMMMMM
leste, nem a detenha. Eis al, pre.
cleamente, n praser." HA «rande*
lur.es nessaa poucas llnliaa. flosiamoa da vlveri viver « deacnvohee
a» nossas taruldades aem «Uialmn*
glmenloa nem «ilraves, por conao¦nlnte aom esforço. Desenvolver aa
mnsas forças livremente, sem ima,
ê o prarw. o. praecr lem i«ts a
de
«mnlpnie
ana rdnsa im vtda
dn orna otlstracla ativa e facll.
AHnglndn esse
ponio tio prorunrio, locamos a li ultima rnrJto dn laIo, *• n análise nada mnis icrln a
Ilnnillinn
nns ensinar.
prosegulu
essa admirável rtouirlnn rto praerri
pscnlrccrii-n e rioscinnlvou-n alndn:
mas um nutro, tnlvn anton ric HT
lírio Aristóteles, sn encniilrnii iiim
foi
osse mi Iro,
eln nesse
ponlo:
¦lonffrnr nome qne ronvem a om
palcotoqo francis ndo t>sqncrer.
"Pnrsn
de
A sosiinrin llçflo dn
nireitn Natural" apresenta, com a
Incides que .(onfrro-v esiMltinin iem
Iodos os sens trnnalttns, a espllcn¦;¦» dn praser |icln cserrlcln fácil,
natural e livre rins nossa* fnciild»rica, e n dn dnr itclo psforc» que
tendências parn
ctlRcm a* nnsíaj
fnnscttiifr se «nllsfuírrom (pisnrto
nm nhsiniiiln na delem .K»b nmn
imtrii forma, # sempre a ilmiirliiu
"Mornl
ric Nlisimaco": a relida
cidade t«n«lie cm ner. em viver, e
miilln msls
o praier
de viver í
a irada vol iiiinurio as nossas enirnainrals
nifcm «sim uma Hticrdas
om» maior
inmplcla
e
mots
risde
facilidade. Mt estava n sesredu rio
praeer qne nos mnsa o riso e I^^n
o
rn«So de rstndsr
nasinn
leve
fenômeno por fssr espeto, qne t o
r"
Pascal diria, olhando o céu a pensar na carcass» dos homens, ns sua
fragllidsde: "Le stleiice éternel de
eee espaces
infinls
m'effrate..."
Baudelalre, também, num feltlo dtverso. Verlalne, peto fundo era que
ae ê vibrado o deseonsfllo, o desejo
'tle vida e o
pavor da morte. E' ainda, com o pensamento macabro," que
Vlllon formula a lição de Igualdade
em frente do espectro da
morte,
inspirando oa grandes predlcidorn
Bto.
O
rlsivel.
no mnlrií
cumlo; mm
vel, Mr nn v
sageiro. ric aclricuinl: é
de uma seno pniticulai
traço, de um:i iiainvrii,
slmns:
mas
nãn
fi
In»
que meilldn
do srande século. 'Bossuet. Bour.
dalone, Fléchler,
Masiillonl. Este
último, no sermfto "Sul lc petit nombre des ilus", dá-nos uma idéia parecida a estrofe do "bandldo-poeta".
El-lo que fala not, fieis, reunidos na
igreja ;.
"Je m'arrqle i vous,
mes frérrs.
qnl êtea lei aaiemblé*. Je ne parle
plus dn reste des hommes. Je vaus
retarde comme sl vou* éliei seuh
sur Ia terre: et volce la pensée qui
nTocciipe et qui mépouvanie.
.le
mppose que Cest lei votre drmiére
heure el Ia fln de 1'univers: que les
cieux vont s'ouvrlr
sur vos tèlea.
Jesus Chrlst paraitre dans *a glnire
au mlllieu de ce lemplc. rt que vou*
n'j êtes assemblés que pour 1'nltendre, et comme des crlmlncls irembla nis i qul lon va prononerr ou
nne senlece de grace ou un arrét
de mort cternelle:
ear vaus nvss
beau vous flsttrr. vnus mnurret tris
"
que vous ètes auJord'hul. .
Admirável vl^âo do vácuo que nâo
salta á uma remlnlscèncla dor versos tenebrosos de Villon. Nüo casou; viveu matando, roubando, funa prlsio, a um passo da
glndo. "colcha'de
forca;
retalhos" rie uma
existência
medo da
plasmada no
morte e na inveja daqueles em que
a vida lhes sorria com a sua enorme dentadura. Mns. o pobre Vlllon
deixou centenas de filhos, milhares
n mlmllrin-
de filhos
em'todas a? '---m
ceu por volta de 1431 - ¦-..
vavelmente
em
I4fi.í
,-\ :;¦¦
rronoló[;icn f!\a-n
c----;nn
período dn séc.ilo XV. 1 :¦¦ ¦-• í>-f-'
na idade média. Mns è e.antigo? medieval? i-srt",™ ,
nliamos que assim n se ia * :¦
arte. Quadros de imifinn :-..i
de iiuando em vez. a s1!* ¦ ¦¦
descuiric
l
cie iiropcirrnií
sas inflltra-se. em 14tm .-¦
composlçüo eis pstríilf
r
do ronlieciiticiito
c« "¦"-'¦•
distribuído. íí7
Villon
pn. .
¦¦
firante da í|)oca rm nur i
sar de alguns
Impasse.- ;¦•
íinflm. pela fnltn dc cs-ía. ;¦<¦
"sistema
"i" ¦:'
te dn
seu
proibia o acessn rla^il;,.i.:>
lavra escrita, o poeta r ¦¦-.<•::..'
te um proriulo do sen irn:;^
no fundo rin pcnsBiuniio
V
tão moderno
V»ri
qna nin
Rlmbaud.
Rerpine-se
ra
¦'
poética daquele desgrai-mi.
dos llrfsmos.
E se liem 1 :"
estilo contenha
pccadns tíi
involutlva". o ponnriiov ~i->nc
esmero, de um ariisin
F
Anena ¦
queutemente sóbrio.
:
na Imagem curta,
franca
no bronje de uma roricu-So .ilmirtdis
vel,
Em siiileiT
pela rclaçüo
-'¦*"•
idéias an espirito,
(iran;!- •
dade.
Prniicnls
Villon
pertei
século em que vivemos.
IHovo endereço de
"Dom Casmurro"
55
PRAÇA
FLORIANO
-
("no Inrfo rfo S/nrfío Nicalai!
RIO DE JANEIRO
Telefono: 42-1712 (rede internai Direção: 428905
2°
."¦¦'r:'
"¦,-:sf'-r.'.'s)|-'"*
Você
Para
JÍÃHO.IE MESMO
, DOM CASMURRO
MAYERLING
PIE
-.'!!¦- "-•¦'¦¦¦ '''^': '¦" - .r "v." *¦--!: ¦ '¦¦,':
LEVE Elegância
_„w __„___— ____.«,
umas rosas
feminina J^^UlM!
H
Sobre
|
'4P^K'lPIi^^^^H
¦
dii> illllnto. num»» de DOM CASMURRO. uttandii dMttH*
<H" ™l ¦*»
Miite.rn tiultiiu
tUStg*
Acaba dc aparecer
a Pigtna e ¦
MAYERLING
O LIVRO DO DIA
IflSlIfllri.
MARIA
^.s^n.ji-j.V n-isitis-ir.
CAMPOS
Cwa ac ciamnro Eva
./.*-.
PE™L0S
¦
aterra""
. ¦¦-'.¦: ji ^Kfesfl^ü
::iíi^i§::::::; ZELIO VÜLVERDE ^SÍZI I=sg Éiil
*»»™
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^¦^;H=Z;v£="=:s"=i;i:"'= »i'««™-
¦¦i-"a-",',:.=,r."'1"*" -•-«-"-—-
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;"V:f"'.'JK' ."".'.>. ~ ;.'
'""f":.'f TRAVESSA DO OUVIDOR, 27
.
V.\"Wo?^«to,^A.ra.!SiS"*..'-"
--"ii
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'£í'-f™™»;,;-!£í;
*"
"-™;
: »;:„ ..I"i"í,::;',:,;'¦.ar;fm-i."vS"u™Jíire: AWT";<ul] »""»"'¦'¦¦' «-•¦
.n"'~«».-''"<""'':--":-'
I»
l..";:T==;s^r's»':",s';.=s;;.s—
áKrfaSKS SH,'£,H?:-»I:Í 3Rí^&±
...EKQUÍNIO AS BOfECflS DORMEM..
•""" sssrr-:,:,
O
SINO
EííSr"-"'»""' CORRESPONDÊNCIA
Tsrr^zr novo endereço
wSSSr££r
LIVRARlÃrmMOURA ^fc^^S»,?
".-.
SsIS;;.:." PRAÇA MARECHAL FLORIANO, 55 - (2.°)
Uom-a FoSã & Piora (AO LADO DO STVDIO NICOLAS)
™S.™„!.™.*: SSÜi Tclstonei 12.1712 (sede Int.rna) - RIO
!~.' ™a?".í5«ss& '.¦:." sa." a:s: ¦;.r;s;„;f.-
LEIA ROJE MESMO
MAYERLING
¦ DOM
HOJE
CASMURRO
i
TEM ESPETÁCULO
Acaba de aparecer
MAYERLING
'""'"
Anteprojeto de reforma
= da Lei Getulio Vargas
O LIVRO DO DIA
piaNoss^arte
lllfprss WÊ^FÍ l^ff:lüí lil 11 fl IT ll |H| ÊTB*"6|0 Dm 1
EIvjH;,!£Hí'i SffSsS l,?llf?'"^? lul
sss^&sssá.ík "i [,,.,„.„, sí', . ,„.,. 'vssri,.,'.!,,,,",!" IHI
Am
vejam beerícomoo"bahba'DO
^^HF™ !&,'*«¦
SH^fíill Í?~5P—
,l?f=flííill 1
,ágs?g:«ss.
/-'i»
^^\
BVIUV
^%\>m^^^ JUJDJVl
SSHüWnar.-s
|i,£SHS£» I
'
y*S
!^\jj&
W
^N;'"7::^ 1 ÍPttWwlífà^li:™>nxr.te.\>i*v^^.:::::;:.:.:::
j^JM
%
Ann baxur
^bÍÃhOJÊ MESMO
FIM DE FESTA
¦ DOM CASMURRO
MAYERLING
|K)M CAKAIIIKRU lll
de —
EDITH MAGARINOS 1'OttBtf
tm- il* poeilu,
nmi-H dlfleel». A
k>. nue fmjiinitip)
ioiii|)»tiveli tom
« alluaulo *•¦-,
tci-clvela
o iiomio
i-nsllclrn menti, Guies vm-
¦ tlc detsanllFibi)»,
Comn ilkei' "floi" • "*»pi'«ndo"T
Seria pnolso torcer algum parafuao ils nom artloulaijilo, ¦•
No «manto, nlgun» espirito* eautelOHOí, noi quali Jt tir reterei)malandra
eln, Adotaram a técnica
de clinmiir "nacional" i nona» linKim, em logm- de hmulleira.
Pura falcatrua d» palavra». Como ne todo artigo nacional nito tos*
me brasileiro,,.
Bm recente crônica, relevante «•
"Adeim k literatura bi-a*II«lra" d<
Jiihí Osório de Oliveira, falava o
nr. .Mario d* Andrade nu covardia
do» que pltiteitR) Umi
irtu i pal (lc '
«Hé-.
DE MUSICA
POLDI MILDNER NA CULTURA ARTÍSTICA
bem pouco tempo inaugurou brllliancam a "Nona" de Beethoven, no re'iiA-oi
os prometendo para maio próximo u
ui Milstein, apresentou-nos segundaert/ 10»" sarou, ti jovem pianista vivntnse Poidi
consagrada nos Estados Unidos ande se eictbin
ivttltiat.
minar t
i ligui dedos o dom sublime dt subjuga'
mudo executa uma pagina de grande técnica t mecanismo.
observamos na noite escaldante de quatorze do corrente,
nina" tíe Viena iniciou o seu recital com a "Wt.riererlanlaItnbert. que desta lie; tontau o liiijor de Btetltoven represenroj.ro ni a com o -Andante Favorl",
depnls nos tlar
para
mavilltasos "tabteattt" do "Carnaval" dr Seniiinann. Mus
,* pfir aqui. ale mesmo no "Inipromptii
em
la sustenido
nu "Barcarola" do eterna Chopin. onde a pianista agradou
¦ sem coiiíiírfo cvitlenctai_n_suf! maior dcxtridntlc.
Variações" tlc Joliann Bralims, sobre um' leiiiã~tíê"Plit!tntiv>nos profira in as tíe concertos, iniarmeate enlre num, loi ontlt
ner rendou o sna grande tccnicu,'~ipndeinos repetir -traiucomo iiu ti pioi/ioJinil. conslalada como ttcoii na noite de
rn contado com o nosso publico, <jnr jiwiín loi(i-ni.-eíwieníí fl
i;i com o calor dr su.ts patinas.
Á Academia e a Língua Brasileira
CASSIANO RICARDO EXPÕE NA ACADEMIA O SEU PONTO DE VISTA, INICIANDO A CAMPANHA - ÍNTEGRA DA EXPOSIÇÃO DO
ILUSTRE ESCRITOR PAULISTA
(Continuação do n." 194)
f tia i
faltai
~;í",':i.2ir»s :£»°V£Sr°£s:."'„: -zzzá""':, i,;»:::: „:
d .«,..
ils.,,1 .... ,„ai„l.,...,.l»
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„,,l,„.„, a „„„„„
ii.
,,„„
,,.,...
a, , ,„. , ,a..|,., aa...
M., „,,„ 0„|>K ,„.lna|V,„T
',..,«,
wa -L„, »a,.a,.?™- i«óm<. Surnliido dçsintelll*eiicla» eo me;.,
uL a a ini rfn lüe li,,, i,p.-ai r.,,i á" acabar cum semelhante» rlvulid."
í, J L,Jl „„ .ninlm ,. ,L ...
«¦""¦* ¦*''* «*•'* qual ficar com .J
Ulo" .. .,„¦.,. issls.':..
.„ ,|„ ,„„ „,,,,.,,,, ,„„ „,„
alei
riaccp.;a<. p.otlemo»,
vh-ar In ile lir.-. d.,»: se o» ili.-l
portusueaej-,
i-ci.ii,laiidu
u
,;;,:;,,„,i,;;:„;íi.;;:,iai.i.,;i- i!Z",r:,.sí^"",''^]zz^ ""•"""â".™».;"""™.»,,;!;:'
''."."í
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* t,':S
]Sli't'e,Z.lel||St
*• "'*
^"h* miriíit-,
rata Ini» nie.
*m
vlilíitl»
tle iodos os um" são nbrigndos
de ser —- Heurio ao modo de expi"
mil* — de i-Rda Povo.
Não nelS l3.i B-1'fti'f H tli-sIliteV
*ii-*ji-Hüio. Crave se loinaia. p.
desacurõ
itm. mdo e nimluiier
quando os rtols coiinsndures i1ls|ii
estlv.-c com ambos.
dido* .1» descll
Bi-arilci™*
i-esencln.
.1- colora-onlnnclii: ss a «ijtida
«InonltiKi de ntii|,o.-ls-
.*
lil 'KISA
IM«
l1IH'llfÍ1"KS|.>
,iwra i
i Vii-tmia <le
i.m., de Sanr lí.itli, iü iiiiiiiila lus
aa
;)laja->
«c
ile tiicto,
i bailarina de Manei,
a
mi dr 1'itassso
sào obr.i),
-. Nno representam faxes
retrocesso
liniiircsso, dum
ou dum r*i-in).
|iat;iRcin
iitriivôc*. seu processo, sua
in. su» realidade não tém
ilr comum. A liitttura ou é
\|)]-i".sitt humana proluututo e nada, Se o é tem
iiiiiMiti- qoe
corresponder,
iiim nu seu autor, e quem
nt-sic tnomentu it» mundu
ilu ¦> seu miind'> interior ã
idade ile fabricar um pewit-t-id.i, uma menina nua
iiiiilirtisn a curtir saudades
i vrliiinho na praia a direr
* um barco, maln vale que
'cn .i ninguém o que lhe
TASO do ili men sionismo
Q r
talvea
interessante e
or í.mi ficou como umn legenda.
An Hnisii, pnr exemplo, náo traV> tiriiiiiiina das obra» do
perio™ di ni t-n sionista, e no emtanto,
'"Ulu antes de chegar
notl"de S.lá Paulo,
™i* ii "Gazeta
w intermédio dum
telenrama
"* "Havas",
eu tra o autor
que
,la 'fluiu tlimenslonlst».
'li multo
que tinha para. mim
"r Unia a arle
Poesia, isto é, a
™iiili'Mnç,io imperiosa
t f«'""« 'littii desejo
especial dc e*vnmn
""•"'»pura o qual não era aulula csiriill. e iua|. IikIíijí
~ a fiiiiiira, ns forma* de arle
a Escultura, a Llli"'*. ct«„
eram senão
J'í"" diferentesnão
de realizar uma
5>ma InicH-j,,. A ,,„ , „ma
, «'« sem plmal. A sua obJe'«Han niiile servir-se
de todos Oí
•>s oicontraTeis.
O
itlfei-i (--srncialmente que
as «ua*
,a* il" ixiircNSáu, é a atitude
"Kia. i'.s|.j, fpnea i
mah
dos
1 t|»f dos ouvidos,
mais dn esT"" 'Io Irmpn. Há sempre
^liectaiiui-ei
paia Um íllme
p.â Ap bon polltl
rte sonondadr
OTÁVIO tn
'
éi-roa aiamatlci.lf
A
aobre
xanaaa • piriut.ua.
prevcnvãn «sulpn. — na falsn «uposiçflo d* qfie
Jurl ti, Esl* de liloo calado -capadin
étf mmímiu • mor*
.contm Poitimnl será, laminem, in- a li tim» ê a mesmn .K6 a illvei-aima iar,
evllâvel, • cado ven
poi' cinda reconhecida lualmeni* * au*
i-ancO*a língua brasileira", piei*.
i-lndo tambem o. rotulo d* língua.
piirtr do nova hrnn1leiri> obriaudo no* (soluçar» » milve ile situação
"nacional" .11 «dotado por João Rla talar * escrever ílm» língua qua. ilu Incninoda
conli-api-i»
quanto
rigor, oio * mal" * aua, Aludi ducenlè i-in u»eiinlo dc aml/ude *
beiro a outros.
a
"
O mundo, uue compreendo,
lift pouco, em »eii
Todo mundo achai-A estranho iina
o pm-tUguÉs orlou", um defensor
um biuailelvlata do valor d* Milio
ei-Mldart»
radical,
se
Imposs!nceri-lmn ila cultura lumi-braallel.
da Andrade — a quem a língua
oonimunicacâu rto penfnGllhei-lo freyre teconnelicitai lelra deve um doa seu* nic- ' ra como "de
d* inmiiem a desculpas nu»
Iodo» o» aupecton d.»
cl» que
corajoso» — (Iveasa
menlo» mala
Incn.blvel» quando oi dou*
problcr
Poi» Mii-io nâo ura o autor de rultura, o da llnaUii » o que- tom nSo ne endciideriiin V mui" fácil »
Uacunalina"!
provocado ou maiores atrito» aisn- »rt1fsii.llinenlo «nli-V nnvo» n
,,., , ,.„,:;,, nfi(, ,„ti -vidente- 'Iment*'' » mn-leoUiní» entre i>oi- |„m ,irtt.1H, ri|réi-t-nic.
"aforcam rto tini
erie ™f m^«uí satranh»i'»m í« l«*'»i«e» « luao-dewiíndentM, prln- l^vo» ni e »e
oor
luao-brnailelro»". niesma lln rua
.recuo
Esi fi mi» í com Mário clplamenli
quando j* n
*£ ""«""hÚscaTmôs
[«amo. Ao conliArlo do que In- ^o
a" Ta^Io '¦'" " """""'' 1,n«"»-
pelu primeira ir; nesta capital, com o concurso rlti
-aha Municipal, solistas e coros do Rio e dc .São Paulo
du Maestro Armando fírlarde. abiangenüit cerca dl
a -Missa" do mestre de Raneole obteve mn êxito iti"iírtjii.Tiii c Kprte".
passando pelo "DÍ.1S fni", «Doiancltts", "Agnits Dei". "Lia Actcrna" e -Libera Me"
i cantores -ullstas. Mary Cam. Iracema Huslos Ribeiro
•eo. Diulio liaronii. o Maestro dos Coros, Santiago Guer
-regente. Armando Belttidc, uma verdadeira .-.onsagraqüe
iblico nur cmnpaieccu oo salão ouro do ansro prmeipni
iu, escolhe i..mo ele
DUM
o
AS CARTAS DO CONCURSO MAYERLING
SERÃO PUBLICADAS
NO PRÓXIMO NUMERO, POR ABSOLUTA
FALTA DE ESPAÇO.
ALMF.IÜA
que leitores para o ruma nue qur
llie deu ontem. Uai * aparente
cr,).e da !'oeMa.
i-or e»ias razoes e lambem l-uiii
i-erteta por
aquela
impus.^au
misteriosa do temperamento qur
lios leva a ser larmiirutico nu
marinheiro, comecei * intercalai
turma» e cores nos meus poen.ar,
a definir estado» pueticus pur assui-mções de imagens t de p^lavras, a faxer intervir g mtst-enpaie na realisacãn ria pues.a. A
ludo islo que era muito mais pura vér que para ler chamei "pormas dimensionais".
Com algumas destas experíencias, publiquei um livro, em Pa"15
ris, intitulado
Poente* au
Hasard". As páfinas deste livro
alguns dos seu» projetos e desenhos foram expostos
nn Salon
des Sur-lndependants. Na tarde
"vernbaage" soube
da
que alguém
que não conhecia apitava á mitinha
nha procura e por mim
perguntado a vario» amigos e
camaradas. Ura o pocía húngaro
Charles Sirato. Quando me enron tr««, mostrou-me c prospet»
resumo dum livro que lencienaintitulado "Le riava publicar
nisme", e, Jà Impressos, algun»
dos seus poemas qne denominara
"electro.plan-pnèmea'
Era, em
resume, o projeto 4» realiur em
cartu lumlnoio poeslia quc se
simultaneamente
desenvolviam
no tempe, pela laltuw, t no espK«o pela forma e pela lat.
Ficamos encantados pela cofncídencia das nossas opiniões. Ele
a reitrlvão
próprio reconheceu
a
etpressio
representava
que
"pianlsmo". Com a sua mania das
slstematltaçôts tivemos qu* encontrai uma formula mals aberta. Tratava-se dc fato duma Interpenetrafio das artes-e do aumento de uma ou mais dfmenuma das
sõe* espaciais a cada
Adotou-se a
artes conhecidas.
formula matemática "N+i". N
paia a poesia seria o tempo que
segundo Minkovsltr e Einstein é
uma coisa que poüciia triduslr.se cm vulgar pela qnarli dlmensio, 1 o plano em que poderia desenvolver-se. Para a pintura N era esac plano de largura
e altura. 1 o volume, etc.
conhecemos
Por aqueles dias
Prinner, pintora que multiplicava
em placas de madeira * arames
em quc
sobrepostos oa planos
pintava, e Kotchar, ev-enculter.
que realizara, então uma coisa a
espai/n
no
chamava
pintura
que
— uma pintura
que linha por
tam un in di luperlivie plana
da tela as formas complexas duma (olha de cobre modelada, lu.
Ho Isto era a mesma reisa, eram
aspectos diferentes
da
mesma
procura. <
Eu voltei para Lisboa onde fix
uma exposição. à\0-. prefacio do
catálogo esi-revi isto:
— MADA mals falso, mais es•™ tupido e miij falso
que a
Inclusàu sistemática
da poesia
na classificação dos gêneros literarins. A literatura
e sempre
um procenso artificial de ntelhorar o que sc pódc diier cum a
linguagem corrente. O que
se
chama a arte do escritor não é
aenào o conjunto das nuas pon:»!bilidade» Intelectuais e profisslonais, ou melhor — u ma íoi ou
menor desenvolvimento das suas
"oficio". Tudo* us
qualidades de
gêneros literários — a oratória,
o romance, a epistolngrilia, ett.,
não sâo mais do quc a aplicação
deste mesmo artificio ás necessitlades espirituais do tim a quc
se destinam.
Com a 1'oeala tudo é diferente.
A confusão só foi fácil porque oa
poetas, serrindo-se até agora do
teibo como unlco meio út expressão e de comunicação, vrearam a possibilidade que permite
aos escritores levar o artiflcialia.
mi> dos seus processos até á versil inação daa suas hútónas. «istaram de resto no aeu direito. No
entanto é bem slmplea dlatinguii (mesmo antes de Blmbaud
introduzir o absurdo musloal <ntre as palavras dccifravels) ann,
de acaba o método poético apllcado á literatura e onde começa
a poesia.
Já defini algum a poesia como
uma ritual exaltação sensível.
Paia objetivá-la todos os meios
lhe devem ser próprios. As palavras como as càres
ou o. seu
acordo, o ritmo cemo as suas formas ou a sua discordância.
Assim calmos
Imediatamente
no caso contemporâneo. A poesia contemporânea é um acordar
de atividades subconcientes.
o
ouvido está sobrecarregado de logira. O seu habito da linvuagtm
corrente exige, quando se trata
de palavras, ama compreensão
léxica Imediata. Demasiadamente
habituado a nma fiim-ão Inlelectual, só na musica pode agir sávinho como veiculo de trantmist-áo senuivel. Os olh.is, ao ton-
Irárlo. etniadM de-ualidia la-
CAÜMURIO
O LIVRO DO DIA
DE REQU1EM" DE VERDI
. mcltitíramas qur a fumaram celebre, jimudes leatrus tio mundo.
¦(•/ta um compositor dc musica religiosa. O
sto e mal.tia
MAYERLING
19-4-941
ii nun Ciado
*le
grave. Havia
"Gr
publtiaicÍKi de uto» próalma
malintiinliii dn Fal» Braallalra"
MISSA
Acaba de aparecer
Páf int 11
lucrenle, Urlos
du enquadramenlo lO^ico das coisas ique podem ver sem necessiaaur de comlireensáo) ertão predispostos á
atividade estruturalmente sensi.
ifis. t)uer isto diner: o cansaço
i untemporane» dns dois lentidns
pei o» qua.s ns artist» Iransiniliam as suas obras, exige uma
inu d uni;» de meio».
A exposição lançou a paiava
Nnnin revista
dinienuiouisimi".
que ao tempo axi.;tíi, chamada
"(i.rl«i",
publiquei o «eu primeirn manifesto. Em menus de um
n ts, o miivimrntii que eu, sem
querer iniciara primeiro publieamente,
e
batlsára,
tinha a
Nícwlson c de
adesão de
Ben
Moholy-Nagr
de
Londres,
de
Alexander Calder, de Nova York,
de Vicente Huidobro, de Santiago
do Chile, de Kaltabadzc, de Tifilis, de Joan Mire, de Barcelona,.
e, em Paris, de Hans Arp e Tauber-Arp, Pierre Albert Birot, Camllle Brjron, Robert e üonta Delaunay, César
Domela,
Mareei
Duchamp, Kandinskj-, Fredrrik
Kann. Nina Negri, Mario Nissun,
1'rancis Ptcabia, Enrico PrampoUni c Siri Ratsman.
foi Ja depois de eu sair ite Paris o depois da minha exposição
se
em Lisboa, que
publico ti a
"manifesto
do dimenstnlsmo" eni
que tinha colaborado, como diste
hu, pouco, que assinara tambem,
onde sé anunciava
a primeira
exposição Internacional do dlmensionlsmo á qual Unham prometido colaboração além dos signatários do manifesto, como era
nalural, Flcaiso, LlpctuFi, Alar-
a realteer-ta. Sirato adoe< escreveu-me
ceu gravemente
para Lisboa ^ue fõise tratar dela
em Parla. Çaxões da minha vida
Impediram de o
particular me
faaer.
O dimcnslonlsmo náo era uma
escola fechada ou
exclusivista.
Era mais uma toma de coneiéncia que uma doutrina. No préprln manifesto ae assinala este
caracter e se diiia que efe não
era um movimento querido, cilidn ou dirigido, mu uma evolu.
çio existindo ha multo tempo sob
foripa' latente. Nem de ->nlrn mndo ae justificaria que num tão
curto espaç* De tempo — dois
meses aproximadamente — con-
seguisse » apnvatit laaqlme a
rmii.ii
nn
ckxsamevto
Ne t, poi-iiiEiiís. e
la-XEIiriCIO
DB SINCWIIH4JIK
O mito oko * rir lio.l» • att Ml'i. ciiiloiiii Iinlnitiii' da aua mi*ent.
JA e poi-Luiuí* pensava qu* oi
prAiirlo» pa»
menina ilninii
bci-ls.
(Continua i
'
proslmo num arei
AU FOND DU COEUR
ICanclusüo da 1/ pág,)
contar, die Rousseau, é a cadeia doe sentimentos QU*
marcaram a sucessão do meu sér e cuja impressão não
ae apaga do meu coração". Assim i a cadela de poemas
d* Béatrix Reynal. Para ela tambem, a criatura humana que mais viveu náo é a qne conta mais números do
anos. mas a que mais sentiu a vida. Desejo que ela oust
"Rêveur solitalrè", apesar de Un desgra»
diner como o
"Viver é uma coisa suave". E' verdade que Rouscario:
seau acrescenta; "Duvido que nutro mortal tenha meIhor e mals sinceramente dito • Deus: Seja leita Tuft
vontade!"
Isto aplaina as dificuldades!
DE RADIO
Manhã dt sal.
O radio da Pttinftn ndo rtn lolga. Escandalosamente ele
um sambinlia banal, ni» nor. enjoattinlia de Violeta Cavalcanti... Findo
o numero, o speaker tala das coitiagens ijhí ô/erec* uma certa casa.
Os beneiictos de um preparado psra calos... Continua lutando... Vm
(íesconso. Atiffiijfo Calheiros. com toda a aua velhice, cania qualquer
eaisa. Mais anunciou.,. Novamente musica... Samba. Marcha, CanCio. O que jvesta... O que não prestn... CotNjKHÍgões Dóws... Jtepuíores... Intragáveis... Ea manha .vai passando...
Chegamos ao programa áo almoço. Certa emissora despeja toda
o repertório de Manoel Monteiro em cima do ouvinte. Provavelmente.
para Itinbrar.nos de que as batatas sâo portuguesas. De que o azeite
t lusitana, e assim para diante. l
A Jornal do Brasil, como Sempre, de casac
pensão modesta, em que comemos parece até
hiclpal, com tanto "ouverture"...
A Nacional, eternamente com o Picoiino e ' tis suas notes sem afi[liscalino" em penca.
iinçõo. Barbosa, com «s mesmissimas piadas.
Anúncios em quantidade... E nada moi»...
Na PRA-9. temos o programa de almoço, moís nj novidades cinemalogra ficas. Vma gar/ada- de feijão, e n'n noücio rfe Greta Garbo.
Na Transmissora, coitadinho.' nada de bom.
A Cruzeiro do Sul, com o seu Teatro por Dentro, para os ouvintes
de "/orn". Um programa bom para o nosso apetile.
A Guanabara, sempre fora de nossa ond»...
E aqui terminamos O almoço, sem ouvir a Ipanema e o Radio Club.
Foi após aquela verdadeira enxurrada de romances policiais qui
surgiu em nosso broadeasting a idéia de levar ao microfone os drama,
sherlockiaiios. Tivemos algumas pei;as escritas por dona hdotsti Lenl:
Rico <
de Almeida. Mais tarde, apareceu .iniba/ Costa.
conandoyleanos. ele., tratou de criar um'personagem para
ças. qae triunfou espetacularmente. Roberto Ricardo é o t
sileiro que Aníbal Costa criou « Alstro Zarur sabiamen
Ultimamente, outro nome veiu itiscrcver.s,: tia lista dos escritores policiais: — Berllel Junior.
Conhecedor perjeito dos segredos de radiatro [com ticcnça do
Bloch), Berlíet Junior eoiiifotiiti lr'ipor-se, apresentou (to no Case os
dramas celebres dos nossos fotos policiais.
Hoje. para os amantes de Sheríock Holmes e Conan Doyle. o radio
jã è iii/i meio de distração, graças ao talento desses dois homens it
letras.
COCKTAIL RADIOFÔNICO
Djalina Maciel está ocupando a critica de radiatro do Fon-Fon.
Gomes Hilio. que entregou o lugar, fará na mesmo reuisío uma
nova seceâo, intitulada " Renovação"...
Carlos Frias agrediu o cronista Caribe da Rocha...
Sebastião Fopseca está fazendo uma "bruta" jalta na PRB-7...
A revisão deixou passar um "snído". Crônico iudigena. nar indiana.
Nada mais sabemos, ;
i p«-0HMÍni-n
ARMANDO MÍGUU3
S5 artistas dos
expontânea rie
mals notáveis de ludo* os países.
— TUDO isto se passava em 35.
não é,
O dimenaionismo
"foi" uma aventura mental, um
ato de conciéncia ria unidade das
artes que leve por vezes curlosissim*s expressões. Depuis dele...
ficaram a Poesia e a Pintura...
a origem
Sem lhe acusarem
foram varias as conseqüências dw
rilmpnsionismo. 8ó na Exposição
Internacional rie Paris, que eu
apmveiladu
saiba, Calder
foi
"moveis". Eu tambem
cum oa seua
cum o
fui aproveitado... mas
roubo duma idela em que talara
a inúmeras pessoas. O órgão lunun uso que foi um dos maiores
sucessos da Exposição. Eu concebera-o modestamente com fogo
Kealizade artificio.e cordéis.
ram-no lã sem sequer falar em
mim rom um teclado e jatos de
A
idéia,
eatrutuli».
e
de
água
ralmente dlmcnsionisla foi a minha. A realização que foi feita
com meios cam que eu não pofoi
aperfeiçoada.
deria contar
figurações
Tratava-se de crear
mutáveis no espaço — arte cósmlca — que em voe rie dependeorgânicarem duma eonciente
çáo e de viverem em establlldadum impulso
de, dependeriam
e
»e
multiplicariam
inirracional
concientemente como reflexo rie
movimentos cujo controle nâo era
nasceu mal*
gré moi. Nãu gosto de etiquetai
• que faço com um rotulo de escola. Não gosto e creio que nãu
está certo. E' evidente
qne um
artista precisa de conhecer e de
viver o seu tempo.
O grande apport surrealista,
como Já disse uma ve», foi a descoberta da sub-conclencia que o
automatismo revelava, c, por ela
o por ele, o grande encontro do
Homem na magia uos seus eimbolos. O erro surrealista está na
grosseria do seu materlalismo, e
na descrença total da átfvidade
lúcida. Do primeiro aspeto náo,
encontro explicação. Quanto ao
segundo o pecado é contemporaneo. O excesso de inteleetualismo
dn século XIX e o total falhanço
a que esse inteleetualismo levou
— crise econômica, crise política,
crise de conciéncia, crise de humnnldade — deu ao* homena deole lempo uma lal confiança nas
férçae áo Instinto Individual «a
gregárlo que a negação total da
inteligência teria dc vir como um
lógico resultado.
U que mais me separa dos surrealistas_É_j aceitação do falo
"Arte", com todas as suas conseqüências: controle
da inteligencia na associação das imagens,
aceitação e estudo do* processos
técnicos
tradicionais, isto é do
resultado da
cultura
pictural,
que os surrealistas, pelo menus
teoricamente negam e condenam
comu reatrleçâo á livre expressão
individual. O qué dele* me aproxima é o sonho, os dados irradanais como ponto de partida,
è o encanto sóbre todas as coisas
hajroquisante,
d nma imaginação
delirante se fôr preciso, c possivel, a unlca faculdade do esplrito que, com certeza, só o homem possue á face da terra.
- CI^I. R' * primeira ves que
° venho ao Brasil,
quer dl-
«r — só agora pude realizar um
velho desejo em quc não sou original. Não ha artista português
que nãu ame o Brasil, que o náu
conheça através dos seus poetai,
dos seus escritores,
e que não
queira conhece-lo era ."carne o
osso" no esplendor maravilhosa
da sua natureza.
Eu disse na entrevista que a
"Havas" me
pediu anles de paitir que os "culpados" da minha
vinda ao Brasil se chamavam
Adalgiso Nery e Tarsila do Amaral, Jorge de Lima, Mario de An.
drade. Manoel Bandeira, Portinari, Jorge Amado,
Gracillano
Ramos, Lins do Rego, ete. Ainda
não conheci a todos pessoalmente. Já conheci outros como Murllo Mendes que estariam na lista
se houvera lido em Portugal sua
poesia tão misteriosa e profundamente humana.
Se a minha
exposição der a esta cente algum
gosto em me ter conhecido, volto
largamente compensado.
LIVROS A PRAZO
SEM FiADOR
Vendemos colraimn. He medicina, direito, engenharia t literatura,
nacional» e ettrangeiros.
Faeili-
tamnn toda» tiê vendas em livro» novo» ou usados,
naêim como compramos bibliotecas e livros avulsos.
ATENDE-SE A DOMICILIO
Rua São José, 61
-
Tel. 22-8631
LIVRARIA IMPERIAL
<fxr^>:-7/.'
/ ¦¦x-y-xy/^
,TT„^_
p^^^rra^^^
- ,„ • , ,
¦ N.° 196 - RIO DE JANEIRO, 19 DE ABRIL DE 1941 •
Dtvida •• aumento ds
preço do papel, encarecido da 100% em 6 medes,
Dê o leu apftlo a
"DOM
DOM CASMURRO
«DOM CASMURRO»
ac vê aa contingência de
aumentar, provisória menti, o aea preço para
1SOOO
AS GMANOIES REPORTAGENS EXCLUSIVAS
pedindo, por taso, deseulpai aoa aeua leitores.
CASMURRO"
aiiiiliandn
111.«im
OonciRa
assine
a campanha
doa.
a.shm;nayi+;S
que um iimiE«
hoje
mp^mo
l'Mil,l)S
l'or \ ano ....
For fi mêspB
.
M-m
2.iíiioo
Devido an aumenln
,iIIHI% nn preço iio papei,
fumos ohriirartns a au-'
mentar provisória men ir ou
preços.
A ARTE MODERNA EM PORTUGAL
-IN
I
IffisL
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¦^Br^^T^^^N
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A * HàA-
Wr M
* M*mt>
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1 *>
K
Antônio Pcdru no seu atelier
'
í
,
;
nmilênio em
movimento
guiu
Portugal?
— Sim, diz.nos Antônio Pedro.
Temos um niovimentu moderno
e dos mau interessantes. Nasceu
com os futuristas.
futuristas na
Eles nãn eram
acepção Italiana dn termo Chama ram-lh 2 futuristas, eles gostaram, e a designação ficou, Foi
um grupo dc artistas notáveis de
que Tiraram alguns dns grandes
nomes da literatura contem porança em Pertugal. Pnde datarse rin "Centauru", revista dirigida pnr Luis de Montalvor, o cnmeço dn modernismo. O grande
csraiulalo. nn
entantii, fê-lo n
"Orfeu".
puhlicadn um nu dois
SAIDA du presente numero
A
ite DOM CASMURRO deverã coincidir com um falo nolavel na vida artística da cidade :
a. inauguração da Exposição dn
pintor português A muniu Pediu,
no Museu Nacional de Betas Arles. Antônio Pedro chega prece,
dldo de uma gloria que a muitos
lie ler sido
parecerá estranha,
do
chamado
um dos criadores
"dimcusionisU" que
movimento
profae alguns anos tanto ruido
"rflmeritceou em Paris. Que c o
sionismo"' Quais são na realidade as Idéias desse joven pintor'
Que lembranças nos traz ele de
sua lerra" O movimento moderno português, ,. Mas e*iste al-
MEIA HORA COM 0 PINTOR ANTÔNIO PEDRO - DO CENTAURO A' ESTÉTICA DIMENSIONISTA - 05
"PLANISMO", "DIMENSIONISMO",
DE ELÁSTICO" E UMA FORMULA ALGEBRICA - 25 ARTISTAS FAMOSOS
"C
ASSINAM UM MANIFESTO
OS
ULPADOS" DE SUA VINDA AO BRASIL
amis depuis. Nu Orfeu" colaboraiam Marln ile Sá Carneiro, Perliando Pessoa, Kanl l.eal, Aluíada Negrelrns, Amadeu de Miuza
Cardusn, Sania Rita 1'inlor. etc
Quasi tndns morreram já. Desse
ou
grupo de pintores e portas,
niclliur dns cahciillias desse grupn só resla cm acllvnlade Almaila Negreirus. Hoje a gente bem
sério. C
a
pensante liiiniiu-ii
uma especie dc grande
pinlnr
nln inl miidcriii). Nãa está mal.
Quando n nãn era fe/ as .coisas
mais cspiriluiisas, mais brilhantes e mnis vivas da sua vida. Agora lambem tem feito belas colsas. Us vitrais da Igreja Nnva.
pur exemplo. De todns n maiet
era Fcrnanilii Pessoa lim poeta
extraordinário, uu melhur cinco
piicla.ii extinonfinários pnis tu.
dns ns seus her te rói li n ms Albcrto Capim, Ricardo Iteis. Alvam
de tampos. Bernardo Soares —
são grandes poetas Iâo illferenles e lão originais nue se não
pode falar deles sem os iilrntificar.
An Centauro e ao i.lrfcu, seguiram-se várias revistas: Portugal
Futurista. Contemporânea. Alena. todas de l.ishna. Depois foi
Cnimhra que pegou nn facho
com a "Presença". Agora os farhns iodos «tão apagadas...
um
panorama da
QCEKE
pintura portuguesa? Veu
ver se snu capas de lh'o fazer
sem atrapalhar as coisas:
lni — O que nn Brasil, e muiIn hem. chamam acadêmicos e lá
se chamam de "bulas de elásttlien" _ Cnmn é natural crise e,
crise aguda. Da gente de Carlos
Reis ficou Falcão Trignso O res-
TOaüdè
' • .••••.í,=-élaS
/•-".;¦••:
;
' ' — 0"
Jt
mi --''
é o total de benefícios
pagos pela Sul America,
desde a sua fundação!...
— i a farta mésse de beneentrar em 1941 já com
AO o total de seeuro s pagos
ficioa recebidos por milhares
attingindo a impressionante eie milhares de famillas que
fra de meio milhão de contos
estlo vivendo, hoje, tranquilIaa e sem prcoecupações finande réis, é certo quc a Sul
America dá uma publica e socciras. Pondere — o Sr. que
lenne prova do firme conceito
é pae — no que o Seguro de
fazer
que desfrueta entre o Publico., Vida
pôde
para
Não é esse ponto, entretanesposa e para seus filhos. E
to, o que convém notar
„„
disponhá-se entâo a estuneste auspicioso registro. jLlIflÚI^ dar, com calma, um plano
O que, sem duvida,
de seguro bem adaptado
rece meditação de sua
ás suas disponibilidades e
e ás exigências de famiparte e da parte dos
lia. Preencha e remetta o
que, como o Sr., tém
responsabilidades de prole
cou pon abaixo.
\M\
A'
SUL
ntos lares ae <]ps! integraam-se na posse legitima
Borphão» e viuvas — com
i hypothecas resgatadas
i meio milhão d«
ntos?
os jovens puderam
pletarsua educação, tendo aeua estudos
custeados por esse meio
milhão de seguros pagos?
QS
homens existem, jé aposentados
Quantos
a gozando descansadamenle a vida. com parcellns desse melo milhão
de coutos ?
AMERICA
Caixa Postal 971 - Rio
Queiram enviar-me um folheto explicativo snbre o seguro de v
Cidade
Estado
Sul America
COMPANHIA NACrOINAL DE SEGUROS llli VIDA
/"tiiHiilits pciieiícs, uu
substituem ordeno«Ins, sào pagas iodos na
mc/.cs, garqnllndoo teclo
e a «lliiicnIncito dc miIhures dc menores e viu-
(Reportai/cm especial tte CIMVIS llli GUSMÃO)
Io nem se lhes pude chamar pintares. Fazem pêssegos, fazem tl.
gela*, fazem horrores Estão tào
pnr baixo que nãn encontraram
melhor para presidir á Sociedade
chamada Nacional de flelas Artes que um ca rica tu ri *ta ama2"! — Retratistas ite sociedade:
Itleditia e Malta. O Klo conhecens a ambas.
i") — Modernos aceites e consagrados dura gênero agradável,
profundamente decorativo e epldcrinicameiite fácil: Antônio Sna.
res, que fez muilo escola e é Urgamente imitado. Jorge Rariadas. i|iic .iá por cá andou quando
cra moço. A esle capitulo tiraudo-lhe a consagração e ficando
a aceitação e o gênero pode .tuutar-se Julio Sanlos. Maria Adelaldc Lima Cruz. etc, P«ndo-the
a ciuisagiação e inelmnandn-lhe
o gênero, Abel Manta.
4,") — Dceui'adotes --oficiais,
(porque ha um modernismo hoje
oficial que mata a pintura mas
faz viver ns piuioicsi. ll isplr»didu grupo da Exposição de Paris e da dc Nnva Vork. Parecelhe impossível que eu diga que e
um esplendido grupo depois dn
que disse antes? tu explico, csaes rapazes quasi todos, senão
Iodos, trem talento. U estado cucaminhou-lhes o laleiiln para a
decoração. São magníficos decuradares. O piur è que. como era
uma
natural, fizeram
grande
confusão entre a decoração, arte
de habilidade e dc huni goslo, e
a pintura que é unia coisa muilo
seria quc pode pres-iunir duma
e doutra coisa
mas exige uma
paixão, uma devoção, um oficio
que enche a vldn Ioda líles laves pur ano
iem pintura uma
para o salão oficial 'onde são
premiados e festejados. Resulta
que, em geral, metem em nmlduras e pintam a óleo, o que costumam fazer a tempera para ns
cartazes e para as. capas de livrn.
Ainda bem para cies que ganham
bem a sua vida. Anula mal para
a pintura que poderiam servir
melhor. Carlos Botelho, Tnm. que
é brasileiro e ninguém se lembra
di.ssn senão para gnstar mais dele.
Bernardo Marques, Estrela Faria,
Pauln, etc. O "pai de Iodos" é um
sulsso uue é um óUinii rnitnsista
Rradolfer. Os mals pintores *S«
Boleiho e Tom.
S") — Uma série de independentes de diferentes tendência»
•em que se nâo pode deixar de
falar. Sara
Afonso, com
unia
voluntária mente
ingépintura
nua, cheia de interesse; Ofélia
Marquei qUe seria capar de ser
nma grande pintora se estivesse
para isso, Mario Eliiv que é o
mals pintor de loilus.
Eduardo
Viana qne vem da epoca herolea, etc.
Finalmente os verdadeiros mudernus, aqueles cm que se bate
mais du que se elogia, os que
querem a pintura uma coisa vita, aqueles de que eu custo. Destes quero falar mais devagar. Km
primeiro lugar c por todas as razões Vieira da Silva, Maria Helen a Vieira da Silva Szcncs de
seu nome completo, que eslá agora aqui, uo Rio. Sua pintura que
nãu cabe em nenhuma rlasslfí«ação, para seu bem. é uma coisa
Inteiramente nova e unia
coisa
inteiramente seria.
Um quadro,
para ela, começa pur ser um es.
pai;» limitado que, pela fiu\a da
obiei;ão, se liberta em luz. Na
sua pintura o que podia ser uma
maneira — um delírio minucioso
de riscos e de qiiadrinhns —
ganha um lão tangível mistério
que nos absorve l,ancou-a em
Paris madame Boucher Pinta
pouco porque pinta bem. Quasi
nãn (em quadros. A ultima exposlcào em Pariu levou-lhe os quc
tinha.
Anlonio Dacosta i multn dilerente. Sua pintura é uma coisa
quase sempre trágica e aturmentada. NSo se pnde dizer que pinte
sonhos — sonha pintando. Andam cães. monstros e meninos
e anda n mar nor suas leias onde
as figuras se desventram e se
multiplicam, Tudo Isto i servido
pnr unia forte personalidade rir
Instinto da
pintor, um grande
matéria, uma grande segurança
como o de
profissional
Casos
Antônio Dacosta que tem vinte
e poucos anos e aluda só res umn
exposição nâo cunhem nenhum
Nesta resenha é nreein alnila
falar de Julio, K' o pintor da
Presença, de Coimlii-ii une não
tem pintores, Suas mirim líricas
• violentas ie nio
nma
teem
i: ran llie qualidade snli o puniu
de visla pictural são no entanto
dietas duma poesia, diria duma
"fuga",
que as tornam boas. t.'
de resto um bom desenhadur e ns
livros da Presença estão etieius
de ilus Ir ações dele.
— UM! nãu pcrlrnen
a grupos
~ Nunca fii
parle rte nenhu
ma das revistas que ritel, Das
mals antigas pnr falia de idade,
da ultima pnr falia de fosIo Faço versos destle que me lembro.
A primeira vez nur apareci em
piiblidi. linha quinze anos. Toi
cem uma exposição de caricaturas em Viana dn Cmlem. Valriime ser enviado" dn liceu de lá
para n de Coimbra. £n- Cuimlira
publiquei o meu primeiro Mvr»
Péssimo. Depois fui pira Lisboa.
Tilc-editor, que ne«se lenrfin-sin. .
da havia eililnres em Porlucal,
para um livrinltn lirien e mndrslo. Náo vale a pena falar nele. A
"Distancia"
que publiquei em !H
fez um grande suicssd. Tirou num
ann duas
cilienes.
Foi
com a
"Distancia"
começaram a
que
rhamarme mimes bonitos e numes feios. Depois isso virou em
habito cnmn
vocês
dizem. De
burro e de talento já me leent
Antônio Pcdru: — "lulervencão nun a. n tira"
íazia por uhler e o qu e» queria
da pintura nãu tinha u.
cnicos ds a conseguir, C orno ln,.^.
^
¦M|i||
,|"^MHgWMUU||H
R5B2n2Sr9 ¦
rins os falhados fazia ir.im
Fa
Fui crilico de arle ri» ..irif. -s
niiinariiit e di»rii» "i-ih im r- n
doninio qoe arreliou mi
te — Cristóvão. Depois
primeira exposição em ¦
rcí em varias exposiçi
vas. Quando o I" Salas
moderno d« Seiretariii
paganda organizei cor
gtim cs Iram
mlloi
Hay ter e Szenes, n
ria Helena e um r:
lur que lambem 1
Rrasil. Esse salão 1
nuidade. Qunlro nn
bem expuz 110 salãi
Da co:
uma vtult.n
das mcllii
pnraneas da esciiltiiri
veiu lon mi chamar an
Chegou a ser 001 sa
Ires ex|iosivõi'| inilii
Antônio Pedro: — "Elogio da Loucura"
chamado lautas vezes
que se
acreditasse em qualquer das duas
coisas lã me linha oferecido nara uma carroça ou jã me tinha
proposto para a Academia... espero morrer ein graça, sem cllha
e sem farda.
Km lu3ü, depois de ter estado
um ano em África, quiz urganizar em Lisboa unia «rande manlfestação publica de arte moderna. Com a ajuda du Diogo de
Macedo poz-se de pé o 1" Salão
dos Independentes. l'ma grande
exposição de pintura e de escultm a, uma grande parada ile arquitetos, a publkacân dum Cancionelro de poetas, uma série de
conferências. Fie o manl fei to e
a conferência Inaugural. Foi o
diabo porque eu tinha vinte anos
e os modernos desse lempn estavam com uma grande vontade
de entrar para a Academia.,. O
salão serviu-lhes para isso, Teve
uma grande Imprensa. Pela pri.
meira vez a arte moderna foi lomada a sério em Portugal. Os arquitei»* que hoje construem e alé
sã» professores das escolas de
belas artes fizeram, então, a sua
de desenhos s
grande parada
maquettes, Eu é que não servi.
No ano seguinte fizeram o salão
e
cnnvidaram-mr
só com iilnliira
na véspera pnra a inauguração.
Nesse tempo eu não pintava,
pelo menos publicamente. Deuse coinlRo e com a pintura o «on.
triirio dn que se da7 «craImcnle,
riu nâo lenho nem nunca cultivei, di'Mlc 11 ronilcncln, nenhuma especie de habilidade. 11 que
me exista *> cultura pictural qut
Apesar üe tudo istu
nho dito e onde a j
demo e modciníMtiu
varias rezes, não cri'
téncia ria arte moder
sn conheço dc duas m
hòa e má. A plnlura
freqüentes vezes pcssi
tivo nãn checa para
A pintura contem pi
não é moderna é i|ii
S52S 53 SE? /j
A. Dacosta: — Serenata Avorcuua