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Itinerário pedagógico
O RIO TEJO
Ciências NaturAIS
FÍSICO-QUÍMICA
GEOGRAFIA
HISTÓRIA
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• O Tejo termina assim…
• Estuário
• Vida no estuário
• A Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET)
• O estuário e a atividade humana
• Água
• Energia hidroelétrica
• Ciclo da água
• Rio Tejo: Bilhete de Identidade
• As cheias do Tejo: passado e presente
• De «Tagus» a «Tejo»
• O Tejo na história de Portugal
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Apresentação
Em 2014, a editora Santillana comemora o seu 25.º Aniversário
em Portugal. Consideramos que é uma data com um significado
especial, que queremos partilhar com o professor como forma de
agradecimento por nos acompanhar neste percurso. Com esse
propósito, criámos recursos educativos inovadores e úteis para
professores e alunos, pois esta é a nossa área de especialidade.
Selecionámos, assim, uma série de temas que podem ser explorados nas salas de aula e que se propõem alcançar os seguintes
objetivos:
• valorizar o património cultural de Portugal a partir da exploração de temas que tenham uma importância destacada no
desenvolvimento económico e social das regiões do nosso país;
• escolher setores que tenham sofrido profundas alterações nos
últimos 25 anos e que, no momento presente, enfrentam
o desafio que é crescer com ambição e sucesso num novo contexto económico e social;
• trabalhar numa perspetiva multidisciplinar como forma de
enriquecer os recursos didáticos e permitir um trabalho de
parceria com as escolas;
• propor sugestões de atividades que possam ser facilmente
realizadas nas salas de aula e que possam servir de base para
visitas de estudo ou para trabalhos de investigação;
• estreitar a relação entre os conteúdos didáticos e o quotidiano dos alunos.
Esperamos que a exploração destes temas seja útil para o seu trabalho nas escolas e contamos consigo para continuar a melhorar
a qualidade da formação dos nossos alunos.
A equipa Santillana
1989-2014
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O RIO TEJO
O rio Tejo é o maior rio da
Península Ibérica, com uma
extensão de 1009 km. Nasce em
Espanha e desagua no oceano
Atlântico, num largo estuário com
cerca de 260 km2. Na margem
direita do seu estuário, situa-se
a cidade de Lisboa.
O rio Tejo tem associada uma
dimensão patrimonial
incomensurável. A sua riqueza
natural, paisagística, cultural e
histórica inspirou tradições, usos,
costumes e culturas muito
diversificados.
O Património
E O SEU POTENCIAL
PEDAGÓGICO
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Ciências Naturais
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Físico-Química
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Geografia
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História
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Caso de sucesso
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O Património E O SEU POTENCIAL PEDAGÓGICO
José Amado Mendes
Professor catedrático da Universidade de Coimbra (ap.º) e da Universidade
Autónoma de Lisboa. Tem-se dedicado à investigação e ao ensino de questões
relacionadas com o património, a museologia, a arqueologia industrial
e a história das empresas, entre outras.
O património cultural — doravante
designado apenas por património —
está na ordem do dia, sobretudo desde
meados do século xx. Até à década de
1930, a noção de património circunscrevia-se quase só ao conjunto de bens
materiais, transmitidos pelos familiares
aos seus descendentes e herdados por
estes. Aliás, o próprio vocábulo «património» (do latim «patrimonium»)
remete para «pater» (pai) e também
para a herança de bens familiares, cujo
significado se encontra patente na raiz
do termo inglês «heritage».
Todavia, de modo especial a partir
da II Guerra Mundial, a noção de património passou a aplicar-se cada vez mais
frequentemente aos elementos de ordem
cultural, de tal modo que, quando nos
referimos àquele, mesmo sem o adjetivar, regra geral o que temos em mente é
precisamente o património cultural.
Entre outras definições, podemos
adotar a seguinte: «a noção moderna
de património, que põe uma ênfase
especial no critério científico de seleção
dos bens patrimoniais, abarca todos os
objetos portadores de informação e
que tenham sido produzidos em qualquer momento histórico» (Tugores e
Planas, 2006: 23)1.
Alguns dos fatores mais significativos pelos quais o património tem vindo
a impor-se, tanto do ponto de vista da
ciência como da docência, devem-se,
por um lado, à sua interdisciplinaridade — o que tem levado, inclusive, à
criação das chamadas «ciências do património» (Mohen,1999) — e, por outro,
ao seu cariz de aplicabilidade a diversos
domínios, como veremos em seguida.
1.Valores e potencialidades
do património
Dada a já referida abrangência do
conceito de património, em vez de património podemos falar de patrimónios,
pois aquele diversifica-se por diversas
modalidades, embora sob a mesma
designação genérica. Assim, reportando-me apenas a alguns exemplos,
podemos identificar os seguintes tipos
de património: mundial, europeu, nacional, regional e local; material e imaterial, artístico, estético e arqueológico;
científico e tecnológico; industrial e
agrícola; gastronómico, folclórico e
musical; natural e paisagístico, etc.
Ainda que com incidências diferentes, consoante o género de património,
são múltiplos os valores e as potencialidades que lhe podemos atribuir. Todavia, deverá ter-se presente que o património não tem propriamente um valor
intrínseco, já que aquele é-lhe atribuído
pelas pessoas de determinada época e
em contexto específico. Referem-se a
este aspeto expressões como as seguintes: a) «nada é património, mas qualquer coisa se pode tornar património»;
b) as discussões cerca do património
não são relativas ao passado, mas sim
sobre o presente e o futuro, designadamente quanto ao que fazemos dele
(Howard, 2003: 7 e 19). Xavier Greffe,
por exemplo, alude aos seguintes
valores do património: estético, artístico, histórico, cognitivo e económico
(Greffe, 1990: 32-38); a estes, permito-me acrescentar os valores social e
pedagógico.
Quanto aos valores estético e artístico, eles estão presentes nos monumentos tradicionais — castelos, catedrais e
igrejas, palácios e casas vernáculas,
obras de arte pictóricas e escultóricas,
objetos de ornamento e de vestuário,
entre outros —, podendo ser estudados
através da história, da história da arte,
da etnologia e da sociologia. No que
concerne ao valor histórico e cognitivo,
os objetos são vistos como fontes de
informação ou como documentos/
/monumentos (usando a expressão de
Jacques Le Goff). Relativamente ao
valor económico, o património é perspetivado como um recurso que pode
igualmente transformar-se num «produto», o qual é de capital importância,
por exemplo, no âmbito do turismo
cultural. Face ao papel que o turismo
desempenha na economia e na sociedade contemporâneas, já se lhe chamou
o «passaporte para o desenvolvimento»
(Kadt, 1984).
O valor social do património patenteia-se na sua fruição pela própria sociedade, através da sua utilização ou reutilização para proveito das comunidades
em que o mesmo se insere. A propósito,
já foi devidamente enfatizado: «A partir
da década de 1980, o património cultural começa a ser percebido não só na
sua dimensão histórica e cultural, mas
também como uma fonte de riqueza e
de desenvolvimento económico» (Hernández Hernández, 2002: 8). Ao
invés do que outrora se verificava,
segundo esta perspetiva, o património
deve ser considerado uma mais-valia ou
um ativo, em prol do desenvolvimento,
e não apenas um encargo para os responsáveis pela sua preservação.
2.O património no centro
da educação formal
O património e a educação patrimonial, não obstante a sua enorme importância, ainda não ocupam o papel primordial que lhes deveria ser atribuído
na escola e no processo de ensino-aprendizagem. Acerca do assunto e a
propósito da pedagogia do património,
já foi formulada a seguinte questão:
«Os nossos contemporâneos felizmente
têm aceitado estas verdades fundamentais [quanto à função educativa] nos
domínios técnico e científico. Mas que
dizer de uma educação para o ambiente
e o património? Estará ela suficientemente presente nos nossos espíritos
e nas nossas escolas?» (Hague [The]
Forum, 2004: 8).
Do ponto de vista da educação formal — em geral cometida à escola —,
o património constitui um complemento
fundamental do processo educativo,
podendo funcionar como uma espécie
1
Não obstante a relevância que o património tem vindo a assumir nas últimas décadas — ao ponto de já se falar de uma certa «patrimonialização» —,
os dicionários de língua portuguesa só recentemente passaram a considerar e referida vertente do património, como por exemplo na seguinte definição: «conjunto de
bens materiais e imateriais transmitidos pelos antepassados e que constituem uma herança colectiva» («património», in Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea
da Academia das Ciências de Lisboa, vol. II, Lisboa, Ed. Verbo, 2001, p. 2784). Nas citações a partir de língua estrangeira, a tradução é da minha responsabilidade.
4
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de laboratório. Segundo Ballart, podemos
«aproximar-nos» do passado através de
três vias: a) pela memória, explorada
através da história oral e da psicologia;
b) pelos livros e documentação arquivística, como fazem os historiadores;
c) pelos objetos e vestígios materiais,
foco de atenção por parte de arqueólogos
e antropólogos (Ballart, 1997: 93).
Os objetos e vestígios materiais contemplam, por exemplo: estátuas, livros,
fábricas, fotografias, paisagens, canais,
casas, igrejas, mobiliário, tecnologia,
utensílios e ferramentas artesanais,
meios de transporte, centrais elétricas,
de gás e de elevação e tratamento de
água. A sua diversidade é quase omnipresente e pelo menos alguns dos seus
elementos fazem do dito património um
meio pedagógico da maior relevância, o
que é facilitado pela sua acessibilidade,
tanto a professores como a alunos, no
respetivo contexto. As visitas de estudo,
organizadas no âmbito da escola, ou
mesmo fora do ambiente escolar, por
alunos — individualmente ou em família —, devem fazer parte das estratégias
de ensino-aprendizagem, bem como de
projetos de investigação a desenvolver.
Assim, segundo já foi destacado por um
autor, «é possível dar um uso didático
ao património. Neste caso, o seu uso e
significado estão unidos a um determinado processo de ensino e aprendizagem, à sua utilidade como recurso didático em contextos formais ou informais
de ensino» (Viñao, 2011: 49).
Como são múltiplas as atividades a
concretizar no que concerne ao património — deteção e inventariação, salvaguarda e preservação, reutilização e
dinamização —, existem numerosos
tipos de ações que poderão ser incrementadas, com bons resultados em termos de aproveitamento escolar, de
âmbito pluridisciplinar. Mesmo que os
aspetos relacionados com o património
não se encontrem expressamente referenciados nos conteúdos programáticos,
há sempre a possibilidade de usar a chamada «porta de serviço» 2. Trata-se,
pois, de utilizar o património para ilustrar, fundamentar ou concretizar rubricas dos programas, direta ou indiretamente, relacionadas com o mesmo.
São diversas as temáticas em que a
educação patrimonial e a história —
bem como outras disciplinas — se
podem encontrar e de que podem beneficiar mutuamente, tais como: artesanato, industrialização e urbanização;
rotas comerciais e meios de transporte e
comunicações; expansão marítima e
encontro de civilizações; arquitetura
civil, militar e religiosa; antigo regime,
modernidade e pós-modernidade; cultura de massas e cultura de elites; operariado e respetivo ambiente3.
Obviamente que, nestes como noutros casos relacionados com o património, as questões referentes à identidade
e à memória também se encontram presentes. Reportando-se aos laços que
unem a história e a memória, esclarece
A. Viñao: «paradoxalmente, o crescente
interesse pela memória e pelo património produz-se num momento caracterizado pela desmemória, a destruição do
comum ou comunitário e as profundas
transformações nos meios e suportes de
transmissão intergeracional do saber e
do conhecimento que em cada momento
se considera valioso. No centro de tudo
se acha a educação institucional, essa
atividade ou tarefa que as sociedades
têm configurado ao longo de vários
séculos para levar a cabo, de modo sistemático e formalizado, a dita transmissão» (Viñao, 2011: 35).
Em termos de metodologia, a educação patrimonial é baseada em: métodos
ativos; ensino baseado em projetos; práticas cooperativas; autogestão e disciplina; interdisciplinaridade e interculturalismo; parcerias entre professores,
líderes culturais artesãos, encarregados
de educação e patrocinadores (Cultural
heritage…, 1998: 115).
O estudo do património pode desempenhar também uma função primordial
na formação para a cidadania, a compreensão do outro, a tolerância e a paz.
Como cada povo constrói, desenvolve e
salvaguarda o seu próprio património, o
aprofundar do seu conhecimento constitui uma boa forma de entendimento e de
aproximação entre pessoas provenientes
de meios culturais e civilizacionais diversificados (Hague [The] Forum, 2004:
26), o que é da maior importância na era
da globalização e no «mundo plano»4
em que nos inserimos.
3.O património
na educação não formal
e ao longo da vida
Relativamente à educação não formal — também apelidada de informal
por alguns autores —, é hoje relativamente consensual que se trata de uma
das principais características das políticas educativas do século xxi. Com
efeito, diferentemente do que se registava num passado ainda não muito distante, o processo de ensino-aprendizagem não se restringe meramente ao
período escolar do indivíduo, mas deve
acompanhá-lo ao longo da vida.
Neste contexto, instituições como
museus, centros de interpretação, bibliotecas, arquivos e outros centros de documentação e informação — locais que,
por definição e vocação, albergam, estudam, tratam e divulgam os vários géneros de património — são convocados
para o domínio da educação, tornando-se
assim parceiros e complementos das próprias escolas. Em termos de valorização
e sensibilização, a educação patrimonial
leva a que o indivíduo, culto, civicamente ativo e crítico, não só conheça o
património mas também adquira competências para ser um seu empenhado
defensor e protetor. Assim, o património
está intimamente relacionado com a educação em todas as idades5.
Como escreveu F. Tilden, considerado o pai da interpretação no campo do
património: «através da interpretação, a
compreensão; através da compreensão,
a apreciação; e através da apreciação, a
proteção»6.
2
Esta estratégia foi utilizada em Inglaterra nas décadas de 1960 e 1970, quando se começou a prestar a devida atenção ao potencial pedagógico do património
e da arqueologia industriais.
3
Alguns exemplos da ação educativa junto das comunidade podem passar por: a) técnicas relacionadas com o trabalho da comunidade; b) salvaguarda
do património cultural local; c) visitas de estudo, atentas aos valores visuais do ambiente, artesanais e artísticos (Telmo, 1986: 6).
4
Friedman, 2005.
5
Howard, 2003: 18.
6
NOTA: Referências bibliográficas na contracapa desta brochura.
Apud Murta e Celina (Orgs.), 2002: 14-15.
5
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Ciências naturais
Vila Franca
de Xira
Rio
Tej
o
O Tejo termina assim…
Vila Velha
de Ródão
Toledo
Nascente
do rio Tejo
LISBOA
São Julião
da Barra
Estuário do Tejo.
Vindo de Espanha, o fim dos mil e cem quilómetros de extensão
que fazem do Tejo o mais extenso dos rios peninsulares acontece
perto de Lisboa. A jusante de Vila Franca de Xira, o rio forma um
amplo e fundo estuário, conhecido por Mar da Palha, o maior da
Europa Ocidental. Termina depois, em São Julião da Barra, a
oeste de Lisboa, estreitando-se a dez quilómetros da foz.
Estuário
Um estuário estende-se desde a foz até ao limite das águas salobras. Espacialmente, corresponde ao troço final de um rio sujeito
ao fluxo bidiário das marés. Dada a complexidade ecológica e
geomorfológica de muitos estuários, é frequente o uso do conceito de «sistema estuarino».
Mar da Palha, o maior estuário da Europa Ocidental.
Muitas vezes os estuários correspondem a setores alargados dos
cursos de água, o que faz sentido se pensarmos que grande parte
dos litorais nossos contemporâneos são litorais de submersão,
que resultaram da invasão marinha de vales fluviais que sofreram
um escavamento importante durante as glaciações.
Relativamente à dinâmica dos estuários, as duas forças essenciais em ação são a força da corrente fluvial e a força das marés.
A importância da corrente fluvial depende, como é evidente, do
caudal do rio e da velocidade com que as águas vêm animadas.
Esta é contrariada pela força da maré enchente e sofre um reforço
assinalável pela corrente da vazante.
Ao chegar ao estuário, a força da corrente fluvial amortece-se,
por diminuição do declive e pela resistência oferecida pela água
do mar, e acaba por anular-se. À medida que a maré enchente vai
avançando ao longo do rio, a sua amplitude vai-se reduzindo, até
desaparecer completamente.
Vida no estuário
Os estuários são ecossistemas de transição entre os ambientes
dulçaquícolas e o oceano. Apresentam elevada produtividade
biológica devido a uma diversificada comunidade de produtores
e à grande abundância de nutrientes.
A generalidade dos fatores ambientais apresenta nos estuários
marcada variabilidade, que se traduz num elevado stress ambiental. A salinidade, a temperatura, o hidrodinamismo, o oxigénio
dissolvido e a turbidez estão entre aqueles que condicionam a
ocorrência e sobrevivência de organismos nos sistemas estuarinos.
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O RIO TEJO
A Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET)
O estuário do rio Tejo é a mais importante área húmida de Portugal e das mais importantes da Europa devido ao elevado número
de aves aquáticas que o utilizam na rota migratória e como zona de
nidificação e invernada.
A Reserva Natural do Estuário do Tejo foi criada em 1976, abrangendo uma área com cerca de 14 200 ha, caracterizada por uma
extensa superfície de águas estuarinas, campos de vasas recortados por esteiros, mouchões, sapais, salinas e terrenos aluvionares
Reserva Natural do Estuário do Tejo.
agrícolas (lezírias).
A biodiversidade é relevante do ponto de vista funcional, integrando espécies com
padrões vitais e de utilização do habitat profundamente diferentes. Entre os grupos com
maior expressão e importância no funcionamento do ecossistema estão as microalgas
bentónicas associadas ao fundo, as plantas de sapal, os macroinvertebrados bentónicos,
os crustáceos decápodes, os peixes e as aves aquáticas. Nesta área existe o registo de 200
espécies de aves. Destaque para a águia-sapeira, o alfaiate, a garça-vermelha, o flamingo,
a garça-branca-pequena, o ganso-comum, a marrequinha, o milherango, o pato-trombeteiro, a perna-vermelha, a perna-longa, a perdiz-do-mar, o pilrito-de-barriga-preta, a
piadeira, a tarambola-cinzenta e o sisão.
A
B
C
D
E
Aves aquáticas comuns na RNET: alfaiate (A); garça-vermelha (B); flamingo (C); marrequinha (D); perdiz-do-mar (E).
A RNET adotou como símbolo o alfaiate, por se estimar que, à data da sua classificação, a reserva receberia 75 % da população invernante desta espécie na
Europa.
O estuário e a atividade humana
Logótipo
da RNET.
Os estuários são dos ecossistemas mais valorizados do Planeta. Entre os principais bens
e serviços prestados estão o fornecimento de alimento, locais privilegiados para agregados populacionais, amenidade climática, facilidade de transporte, diluição de poluentes
e lazer. Nas últimas décadas, alguns sistemas estuarinos têm sido designados como áreas
protegidas, por sustentarem um valioso património natural. Mas estão também sujeitos
a inúmeras pressões humanas, que, em muitos casos, têm contribuído para a sua degradação ambiental, resultado de ações como a apropriação de território da área estuarina,
a poluição, a delapidação dos recursos naturais e a introdução de espécies exóticas.
SugestÃO de exploração
1.
Elaborar um trabalho sobre as reservas naturais estuarinas de Portugal.
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Físico-Química
Água
A água é uma substância composta por hidrogénio e oxigénio,
sendo essencial a todas as formas de vida conhecidas na Terra.
Água em três estados físicos:
líquido (mar), sólido (gelo)
e gasoso (invisível no ar). As nuvens são a acumulação das gotículas condensadas do vapor.
A água desempenha várias funções, de entre as quais se pode destacar a função biológica, pois ajuda a manter o equilíbrio do organismo do ser humano e é na água que vive e se desenvolve toda a
fauna aquática. Serve, também, para irrigar a terra, possibilitando a germinação das sementes e o crescimento e a frutificação
de muitas plantas.
Apresenta, igualmente, uma função físico-química, quando utilizada em contexto industrial como elemento de arrefecimento de
máquinas industriais ou de centrais de produção de energia
(como as centrais termoelétricas ou as centrais nucleares).
Participa ainda na produção de energia elétrica, quando é retida
em barragens e a sua libertação leva à transformação da energia
potencial em energia cinética, capaz de colocar em movimento
a turbina e de produzir energia elétrica.
Energia hidroelétrica
Molécula de água.
Uma central hidroelétrica destina-se à produção de energia
elétrica. As centrais hidroelétricas localizam-se normalmente
nos leitos dos rios. Quando a água acumulada nas barragens é
libertada, a energia potencial gravítica da água armazenada é
transformada em energia cinética. Uma vez na central, a energia
cinética da água é transferida para as pás das turbinas, fazendo-as mover-se. Estas, por sua vez, acionam os geradores elétricos
que transformam a energia mecânica em energia elétrica. Posteriormente, esta energia é transportada para os diferentes locais,
através das linhas de transporte.
Energia
cinética
da água
Energia
Energia
potencial
potencial
gravítica
gravítica
Energia
cinética
água
Barragem
Turbina
Consumidor
Energia
elétrica
Núcleo
o
ferromagnético
Enrolamentos
Gerador
Esquema de transformação de energia numa central hidroelétrica.
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O RIO TEJO
Ciclo da água
SABER
A água circula continuamente na Natureza, podendo passar pelos
diferentes estados físicos — sólido, líquido e gasoso.
Uma característica singular
da água é o facto de a densidade
do gelo (água sólida) ser
inferior à densidade da água
líquida, por isso, o gelo flutua
na água líquida. Assim, por
baixo da água congelada dos
oceanos polares existe água
líquida, onde se podem
encontrar muitos seres vivos.
Precipitação
Escorrência
superficial
Transpiração
Transpiração/
/respiração
Evaporação
Infiltração
Absorção
Infiltração
Evaporação — A água dos oceanos, mares, rios,
ribeiras e lagos, por ação do Sol, evapora-se
(passa do estado líquido para o estado gasoso)
e o vapor de água que se forma sobe para a
atmosfera.
Evapotranspiração — Os animais e as plantas,
por evapotranspiração, também libertam vapor
de água para a atmosfera.
Condensação — Na atmosfera, o vapor de água
arrefece, condensa, dando origem a gotas de
água que formam as nuvens.
Ciclo da água.
Precipitação — Quando as nuvens passam por
zonas frias, a condensação aumenta, podendo
originar precipitação. Esta pode ocorrer sob a
forma de chuva, neve ou granizo.
Infiltração — Quando ocorre a precipitação,
uma parte da água cai diretamente nos oceanos,
rios, ribeiras e lagos, outra escorre à superfície
e outra infiltra-se no solo. Uma parte da água
evapora assim que cai no solo. Da água que se
infiltra no solo, uma parte é absorvida pelas raízes das plantas, outra abastece as nascentes dos
rios e os reservatórios subterrâneos.
Sugestões de exploração
1.
Explicar sucintamente o ciclo da água.
2.Indicar algumas funções da água.
3.Realizar uma visita de estudo a uma central hidroelétrica e apresentar um pequeno trabalho sobre
a mesma.
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GEOGRAFIA
Rio Tejo: Bilhete de Identidade
Rio Tejo.
Nascente: Serra de Albarracim (Espanha)
— 1593 metros de altitude.
Foz: São Julião da Barra (Oeiras/Lisboa).
Extensão: 1009 km, dos quais 275 km são
em território nacional.
Área da bacia hidrográfica: 79 800 km2,
dos quais 24 860 km2 são em território português.
Afluentes (margem direita): Erges, Ponsul,
Ocreza, Zêzere, Alviela e Maior.
Afluentes (margem esquerda): Sever, Sorraia e Almançor.
Redes hidrográficas portuguesas.
Redes hidrográficas portuguesas.
Perfil longitudinal do rio Tejo.
Doc. 1
O Tejo: A visão de Orlando Ribeiro
A bacia do Tejo apresenta uma disposição de conjunto comparável à do
Douro; nasce na Cordilheira Ibérica,
nos montes universais. […]
A bacia é relativamente estreita,
mantendo-se entre os 100 e os 120 km
de largura, a comparar com os mais de
1000 km de comprimento. […]
Em Portugal distinguem-se duas
partes fundamentais na bacia. A montante, um estreito vale de erosão,
encaixado nos planaltos do maciço
hespérico. A jusante, o amplo e retilíneo vale ribatejano dominado por uma
escadaria de largos terraços é inesperadamente fechado, a pouca distância do
mar e depois de o rio se ter espraiado
num amplo estuário, pelas colinas da
região de Lisboa, que o Tejo franqueia
através de um estreito canal.
Orlando Ribeiro, Geografia de Portugal,
vol. II (adaptado)
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O RIO TEJO
As cheias do Tejo: passado e presente
O rio Tejo é um rio ciclicamente sujeito a cheias de grande
impacto no tecido socioeconómico da região atravessada. A margem direita da bacia portuguesa do rio Tejo é a que, em termos
nacionais, contribui maioritariamente para o risco de cheia.
O conjunto dos aproveitamentos hidroelétricos construídos no
rio Zêzere (principal afluente da margem direita do rio Tejo) não
é suficiente para suavizar a ocorrência de inundações. A capacidade de armazenamento hídrico da bacia em Espanha e a forma
como a gestão dos recursos hídricos é aí efetuada determinam
também a frequência e intensidade das cheias em Portugal.
As inundações provocadas pelas cheias na bacia do rio Tejo causam, muitas vezes, avultados prejuízos. Atualmente, as zonas
mais afetadas localizam-se no distrito de Santarém, onde as
cheias originam situações de cortes de diversas estradas nacionais e municipais, a interrupção da circulação ferroviária e o
alagamento de campos agrícolas. Os concelhos mais vulneráveis
são Santarém, Cartaxo, Golegã, Almeirim e Alpiarça (rio Tejo),
Tomar (rio Nabão) e Coruche (rio Sorraia).
Também a Área Metropolitana de Lisboa era fortemente afetada
pelas cheias nesta bacia há apenas poucas décadas (concelhos de
Loures e Vila Franca de Xira, nomeadamente). Avultadas obras
de regularização dos rios conseguiram reduzir significativamente
a frequência destes eventos.
O estudo do comportamento do rio Tejo, a partir das descargas
das diversas barragens da bacia e da propagação da onda de cheia,
permite já prever atempadamente a inundação das zonas mais
vulneráveis de modo a efetuar o aviso à população em tempo útil.
Doc. 2
As cheias cobriram de água os
olhos dos camponeses. Perdidas as
margens, o rio fez-se mar — mar
de aflições.
Mas ali do Mirante, sobranceiro à vila, a gente que veio da cidade, em automóveis, não via angústias, nem olhos rasos de água.
Assestou binóculos sobre a lezíria,
e as lentes aproximaram telhados
de casas submersas, telheiros desmantelados, copas esguias de
choupos como dedos de náufrago.
— Que formidável espetáculo!
— E não querias tu vir…
— As águas ainda subirão mais?
— perguntou alguém.
— Gostava de cá voltar, quando o rio estivesse mais cheio —
confessou uma senhora.
— Isto é sempre a mesma coisa, referiu o marido.
— Conforme… — retorquiu
um rapaz magro elegante. —
Como disse Amiel, a paisagem é
um estado de alma. Falta-nos agora o azul do rio; mas, repare, temos
o azul do céu e, quando a primavera chegar, a alegria voltará aos
campos cultivados.
Soeiro Pereira Gomes,
Esteiros (adaptado)
Cheias no rio Tejo.
SugestÃO de exploração
1.
Investigar com os alunos o impacto das cheias na zona de Vila Franca de Xira.
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história
De «Tagus» a «Tejo»
O nome «Tejo» deriva da palavra latina «Tagus», com a qual os
Romanos nomeavam o maior curso de água da Hispânia. Este
nome viria de um étimo de origem cartaginesa, «Dagi», que
significa «piscoso», em alusão à abundância de peixe. A evolução do vocábulo «Tagus» para o atual «Tejo» (ou, em espanhol,
«Tajo») teve provavelmente influência dos Árabes, dado que a
ausência do som [g] na sua língua o terá transformado em <j> —
evolução que seria menos provável na paulatina transformação
do latim vulgar para o português.
Como maior rio da Península Ibérica, o Tejo atraiu sempre,
desde os tempos mais remotos, as populações humanas. Nas suas
margens, a presença humana está atestada desde os tempos pré-históricos, como provam abundantes vestígios arqueológicos.
Na Antiguidade, chegaram ao Tejo os Fenícios e os Gregos, no
prolongamento das suas viagens pelo Mediterrâneo. Por isso,
deixaram-nos referências a este rio escritores do mundo antigo
greco-romano como Políbio (século ii a. C.), Estrabão (século i
a. C.), Pompónio Mela (século i d. C.) ou Marciano (século iv).
Desde esse tempo ficou o Tejo associado ao ouro que se encontrava nas suas águas e com o qual, segundo certas narrativas,
alguns reis portugueses mandaram fazer coroas e cetros.
O Tejo na história de Portugal
Via de ligação entre o centro e o oeste da Península, dado ser
navegável em grande parte do seu curso, o Tejo tornou-se um
importante limite geográfico durante a Reconquista cristã, por
volta do século x. O nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques,
edificou uma série de castelos (a Linha do Tejo) para proteger
este rio como limite seguro das suas conquistas mais valiosas de
meados do século xii — Lisboa e Santarém.
Conquistado todo o Sul, o Tejo pôde voltar a desempenhar uma
importante função económica a partir dos últimos séculos da
Idade Média, servindo de via de comunicação entre as localidades do litoral e do interior. No século xviii, o rei D. João V ordenou grandes trabalhos junto a Almeirim de forma a reorientar o
curso do rio e facilitar a sua navegabilidade.
Em tempos mais recentes, o assoreamento e a construção de barragens limitaram a navegabilidade do rio, embora a sua utilização
como fonte de energia tenha continuado um aproveitamento económico multissecular, que se estende também à agricultura praticada nos campos férteis do vale do Tejo.
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O RIO TEJO
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O Tejo junto à barragem de Torrejón (Cáceres, Espanha). As vastas
e inóspitas paisagens do interior da Península unidas pelo Tejo.
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O Castelo de Almourol, na «Linha do Tejo».
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Imagem medieval de pesca e navegação num rio.
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Extensão navegável dos rios portugueses
no século xiii.
Sugestões de exploração
1.
Explicar a origem provável do vocábulo «Tejo».
2.Comparar a função histórica do rio Tejo em diferentes épocas, como:
a)elo de ligação entre o litoral (oeste) e o interior (leste) do território;
b)fronteira ou limite entre realidades políticas distintas.
3.Pesquisar dados sobre a importância do rio na definição do perfil económico de uma das localidades
situadas no vale do Tejo.
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CASO DE SUCESSO
EVOA
Objetivos do projeto EVOA
O EVOA — Espaço de Visitação e Observação de Aves — é um
projeto de carácter ecológico criado em 2009 com o principal
objetivo de observar e conservar a avifauna do estuário do Tejo e
da lezíria de Vila Franca de Xira enquadrada nos habitats naturais e agrícolas de que depende. Para tal, pretende:
• criar condições de atração da maior diversidade possível de
aves ocorrentes no estuário e na lezíria;
• criar condições para a observação de aves, em tranquilidade,
por não iniciados;
• contribuir quer para a divulgação da importância das aves quer
para a facilitação do seu estudo científico;
• aumentar a disponibilidade de áreas de refúgio de maré para as
aves estuarinas invernantes;
• incrementar as áreas adequadas à nidificação de diversas espécies de aves aquáticas;
• divulgar a obra de construção e conservação da lezíria;
• sensibilizar para a importância da gestão da água, de que a lezíria é um excelente exemplo;
• demonstrar um modelo de autossustentabilidade na gestão da
conservação da Natureza.
De modo a garantir a tranquilidade das aves e a maximizar a
experiência e o conforto na visitação, estão disponíveis três
observatórios nas lagoas, diversos pontos de observação camuflados e o Centro de Interpretação.
Centro de Interpretação do EVOA © Vitor Manike.
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O RIO TEJO
Avifauna do estuário do Tejo
e da lezíria de Vila Franca
O EVOA localiza-se no coração da mais importante zona húmida
de Portugal — o estuário do Tejo —, integrando três lagoas, num
total de 70 ha. Estas zonas húmidas constituem um mosaico de
salinidade, humidade e espessura de vegetação, que cria grande
riqueza biológica. As aves utilizam estes habitats como área de
refúgio ou mesmo como local de nidificação.
A avifauna aquática migradora que o estuário do Tejo recebe faz
com que este seja também uma das mais importantes zonas húmidas da Europa, chegando a receber cerca de 100 mil aves invernantes, valor que ultrapassa as 120 mil aves nos períodos de passagem migratória.
Algumas aves são residentes, sendo possível observá-las todo o
ano. Mas a grande maioria das aves são migradoras. Entre
novembro e fevereiro as lagoas recebem grandes quantidades de
aves vindas do Norte da Europa. Nesta altura, poderão ser observadas milhares de aves de várias espécies, em voo ou em repouso.
Nos meses de março, abril, setembro e outubro, as passagens
migratórias de várias espécies trazem surpresas diárias às lagoas,
podendo verificar-se picos de diversidade. No entanto, nestas
alturas, as densidades de aves não são constantes. Nos meses de
maio, junho e julho, chegam aves provenientes do continente
africano e algumas espécies nidificam nas ilhas das lagoas, sendo
possível observar crias de várias espécies de patos e limícolas.
Maestro (Anas crecca) © Vitor Manike.
Colhereiro (Platalea leucorodia) © Vitor Manike.
Pisco-de-peito-azul (Luscinia svecica) © Vitor Manike.
Cisne-mudo (Cygnus olor) © Vitor Manike.
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A televisão
O vinho alentejano
O rio Tejo
A agricultura biológica
A indústria do papel
A indústria têxtil
O azeite
O vinho verde
O sal
O queijo serra da estrela
A nanotecnologia
O rio Douro
A indústria
O turismo
www.santillana.pt
A universidade
Bibliografia
«O PATRIMÓNIO E O SEU
POTENCIAL PEDAGÓGICO»
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e do Património locais, Coimbra, Institutos de
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Geografia
http://www.proteccaocivil.pt
Caso de sucesso
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Impressão e Acabamento: Lidergraf
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