artes e luxos do egito balneário camboriú 2008-1
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ FRANCESCA NEVES COLEÇÃO BEACH WEAR DE LUXO: ARTES E LUXOS DO EGITO BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2008-1 1 FRANCESCA NEVES COLEÇÃO BEACH WEAR DE LUXO: ARTES E LUXOS DO EGITO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Design de Moda da Universidade do Vale do Itajaí para a obtenção do Título de Bacharel em Design de Moda, sob a orientação da Profa. MSc. Graziela Morelli. BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2008-1 2 A minha família, pelo apoio, esforço e compreensão, neste e em todos os momentos de minha vida... 3 AGRADECIMENTOS Inicialmente a Deus por mostrar os caminhos a seguir, nos momentos de dificuldade. A minha família pelo apoio, confiança e carinho. A minha mãe, pela ajuda inconstante, por estar ao meu lado nos momentos de tristeza e alegrias, pelas horas de conversa e apoio. A minha amiga Aline pelas noites acordadas, pelas risadas inacabáveis, por não deixar desistir, pela amizade eterna. A Gabriela pelos momentos de descontração. A Larissa por ser minha segunda família nos momentos de solidão, pelas conversas, companheirismo,e ajuda. A Franciane, que mesmo longe apoiou, incentivou e ajudou nos momentos difíceis, pela amizade sem fim. A Neiva, Ivone e Marciele que fizeram deste projeto realidade confeccionando as peças. Ao Tharso, pela paciência, amizade, carinho e apoio. 4 RESUMO Com base no tema “Artes e Luxos do Egito” o presente trabalho de Conclusão de Curso trata-se do desenvolvimento de uma coleção beach wear de luxo. Apostou-se em uma coleção diferenciada, não somente para ir a praia, mas para passeios, festas e caminhadas pois o publico a ser alcançado é exigente e procura inovações para suprir seus desejos. Sendo assim o conforto é essencial sem perder a sofisticação dos materiais banhados a ouro e pedrarias em cristais, os tecidos são leves e delicados priorizando o bem estar do usuário. Palavras-chave: Beach wear, Luxo, Sofisticação. 5 ABSTRACT Based on the theme "Arts and Luxos of Egypt" Conclusion of this work of course is the development of a collection of luxury beach wear. Several itself in a collection differently, not only go to the beach, but for trips, parties and hikes because the public is demanding to be reached and demand innovations to meet their wishes. So the comfort is essential without losing the sophistication of the materials bathed in the gold and crystals, the fabrics are light and delicate prioritizing the well being of users. Keywords: Beach Wear, Luxury, Sophistication. 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Fluxograma para execução do projeto.........................................................................17 Figura 2: Desenho do biquíni criado por Louis Réard.................................................................23 Figura 3: Micheline Bernardini dentro do primeiro biquíni, em 1946...........................................24 Figura 4: Pin-ups americanas e Brigitte Bardot (1956)...............................................................24 Figura 5: Ursula Andress em cena do filme "007 Contra o Satânico Dr. No" (1962)..................25 Figura 6: Modelo “engana-mamãe”.............................................................................................26 Figura 7: Modelo tanga, sucesso dos anos 70............................................................................26 Figura 8: Modelo asa-delta anos 80...........................................................................................27 Figura 9: Letícia Birkheuer com duas-peças unidas (anos 2000)...............................................28 Figura10: Pós-praia Cia.Marítima................................................................................................31 Figura11: Produtos de Luxo........................................................................................................36 Figura12: Estado do Design........................................................................................................39 Figura13: Biquini 2008.................................................................................................................40 Figura 14: Recortes diferenciados...............................................................................................41 Figura 15: Biquini sexy................................................................................................................42 Figura 16: Coleção Adriana Degreas..........................................................................................43 Figura 17: Mapa do antigo Egito.................................................................................................45 Figura 18: Rio Nilo, Egito.............................................................................................................45 Figura 19: Hieróglifos..................................................................................................................46 Figura 20: Representação das pirâmides em 1670 e em 2002..................................................47 Figura 21: Anúbis executando a mumificação.............................................................................47 Figura 22: Estátua de Demedji e Hennutsen, c. 2465-26 a.c Dinastia 5 egípcia........................48 Figura 23: Máscara em ouro maciço do faraó Tutancâmon........................................................48 Figura 24: Pintura parietal no túmulo de Nefertari.......................................................................49 Figura 25: Sandálias no antigo Egito...........................................................................................50 Figura 26: Cleópatra....................................................................................................................50 Figura 27: Vestimentas Egípcias.................................................................................................52 Figura 28: Sandálias de ouro de Tutankhamon..........................................................................52 Figura 29: Bracelete da rainha Ahhotep......................................................................................52 Figura 30: Cama de Tutankhamon..............................................................................................53 Figura 31: Banqueta decorada....................................................................................................53 Figura 32: Bracelete de Tutankhamon com escaravelho............................................................54 Figura 33: Miniatura de ouro do sarcófago de Tutankhamon.....................................................54 7 Figura 34: Peitoral da rainha Ahhotep.........................................................................................54 Figura 35: Abanador de Ouro......................................................................................................55 Figura 36: Biquini Lycra...............................................................................................................56 Figura 37: Inovações...................................................................................................................57 Fonte 38: Biquini Lycra Xtra Life.................................................................................................57 Figura 39: Tecido Jersey.............................................................................................................58 Figura 40: Biquinis Blue Beach...................................................................................................60 Figura 41: Modelo 2008 Lenny....................................................................................................62 Figura 42: Coleção Rosa Chá 2008............................................................................................64 Figura 43: Painel do Público Alvo................................................................................................71 Figura 44: Painel do Conceito.....................................................................................................72 Figura 45: Painel do Tema..........................................................................................................73 Figura 46: Painel Cartela de Cores.............................................................................................74 Figura 47: Painel dos tecidos......................................................................................................75 Figura 48: Cartela de Materiais...................................................................................................76 Figura 49: Alternativa 01.............................................................................................................79 Figura 50: Alternativa 02.............................................................................................................80 Figura 51: Alternativa 03.............................................................................................................81 Figura 52: Alternativa 04.............................................................................................................82 Figura 53: Alternativa 05.............................................................................................................83 Figura 54: Alternativa 06.............................................................................................................84 Figura 55: Alternativa 07.............................................................................................................85 Figura 56: Alternativa 08.............................................................................................................86 Figura 57: Alternativa 09.............................................................................................................87 Figura 58: Alternativa 10.............................................................................................................88 Figura 59: Alternativa 11.............................................................................................................89 Figura 60: Alternativa 12.............................................................................................................90 Figura 61: Alternativa 13.............................................................................................................91 Figura 62: Alternativa 14.............................................................................................................92 Figura 63: Alternativa 15.............................................................................................................93 Figura 64: Peça Executada.........................................................................................................96 Figura 65: Peça Executada.........................................................................................................99 Figura 66: Peça Executada.......................................................................................................102 Figura 67: Peça Executada.......................................................................................................105 Figura 68: Peça Executada.......................................................................................................108 Figura 69: Peça Executada.......................................................................................................111 Figura 70: Peça Executada.......................................................................................................114 Figura 71: Peça Executada.......................................................................................................117 Figura 72: Alternativa 01 da Marca...........................................................................................121 Figura 73: Alternativa 02 da Marca...........................................................................................122 8 Figura 74: Alternativa 03 da Marca...........................................................................................122 Figura 75: Alternativa 04 da Marca...........................................................................................122 Figura 76: Alternativa 02 da Marca...........................................................................................122 Figura 77: Tabela manequim.....................................................................................................127 Figura 78: Modelagem...............................................................................................................128 Figura 79: Encaixe.....................................................................................................................128 Figura 80: Corte.........................................................................................................................128 Figura 81: Costura.....................................................................................................................128 Figura 82: Etiqueta....................................................................................................................130 Figura 83: Frente Tag................................................................................................................130 Figura 84: Costas Tag...............................................................................................................131 Figura 85: Embalagem 1...........................................................................................................132 Figura 86: Embalagem 2...........................................................................................................132 Figura 87: Cartão de Visita Frente e Costas.............................................................................133 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................................12 1.1 Objetivo Geral.......................................................................................................................13 1.2 Objetivos Específicos...........................................................................................................13 2 METODOLOGIA..................................................................................................................14 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...........................................................................................18 3.1 Design..................................................................................................................................18 3.1.1 Design de Moda.............................................................................................................19 3.1.2 Segmento.......................................................................................................................21 3.1.3 Segmento de Mercado...................................................................................................22 3.1.3.1 Beach Wear.............................................................................................................22 3.2 História do Biquíni................................................................................................................23 4 PESQUISA DE MERCADO.................................................................................................29 4.1 Mercado Beach Wear...........................................................................................................29 4.1.2 Mercado Moda Praia em SC..............................................................................................30 4.1.3 Da praia a Boemia Litorânea..............................................................................................30 4.2 Luxo.......................................................................................................................................33 4.1.2 Os Significados do Luxo.....................................................................................................34 4.1.3 O Mercado de luxo no Brasil..............................................................................................35 4.1.4 Consumo de Artigos de Luxo.............................................................................................37 5. PESQUISA DE CAMPO..........................................................................................................39 5.1 Estado do Design..................................................................................................................39 5.2 Pesquisa de tendências ......................................................................................................40 6 PESQUISA DA TEMÁTICA.....................................................................................................44 6.1 Egito......................................................................................................................................44 6.2 Arte Egípcia...........................................................................................................................46 6.3 Cleópatra...............................................................................................................................50 6.4 Vestimentas...........................................................................................................................51 6.5 Objetos de Ouro do Egito Antigo...........................................................................................52 7 MATERIAS E TECNOLOGIAS................................................................................................56 7.1.1 Lycra...................................................................................................................................56 7.1.2 Jersey.................................................................................................................................58 7.2 Concorrentes.........................................................................................................................59 7.2.1 Blue Beach.........................................................................................................................59 7.2.2 Lenny..................................................................................................................................61 7.2.3 Rosa Chá............................................................................................................................62 10 7.2.4 Fazendo Onda....................................................................................................................64 7.3 Pesquisa de Comportamento................................................................................................66 8 CONCEITUAÇÃO....................................................................................................................67 8.1 Briefing..................................................................................................................................67 8.2 Briefing do Público.................................................................................................................67 8.3 Briefing do Produto................................................................................................................68 8.4 Briefing do Mercado..............................................................................................................69 9 PLANEJAMENTO DA COLEÇÃO...........................................................................................70 9.2 Painel Semântico...................................................................................................................70 9.1.2 Painel Público Alvo.............................................................................................................71 9.1.3 Painel Conceito..................................................................................................................72 9.1.4 Painel Tema.......................................................................................................................73 9.1.5 Cartela de Cores................................................................................................................74 9.1.6 Painel de Tecidos...............................................................................................................75 9.1.7 Cartela de Materiais...........................................................................................................76 10 PLANEJAMENTO DA COLEÇÃO.........................................................................................77 10.1 Mix da Coleção....................................................................................................................77 10.2 Dimensão da Coleção.........................................................................................................77 10.3 Desenvolvimento da Coleção..............................................................................................78 10.3.1 Geração de Alternativas...................................................................................................78 10.3.2 Alternativas Escolhidas....................................................................................................79 10.4 Técnicas de Criatividade.....................................................................................................94 10.4.1 Mescrai.............................................................................................................................94 10.5 Alternativas Desenvolvidas.................................................................................................95 10.6 Release da Coleção..........................................................................................................120 10.7 Desenvolvimento da Marca...............................................................................................121 10.7.1 Alternativas Geradas......................................................................................................121 10.7.2 Alternativa Escolhida......................................................................................................122 11 DETALHAMENTO DO PROJETO.......................................................................................123 11.1 Função Estético Formal.....................................................................................................123 11.1.1 Função de Uso...............................................................................................................124 11.1.2 Função Ergonômica.......................................................................................................124 11.1.3 Fatores Ergonômicos Identificados na Coleção.............................................................125 11.1.3.1 Antropométrica............................................................................................................126 11.1.4 Sistema Construtivo.......................................................................................................127 11.1.5 Processo de Fabricação.................................................................................................128 11.1.6 Função Operacional.......................................................................................................128 11.1.7 Função Informacional.....................................................................................................128 11.1.8 Função de Marketing......................................................................................................133 11.1.9 Distribuição.....................................................................................................................134 11 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................135 13 REFERÊNCIAS....................................................................................................................136 1 INTRODUÇÃO Desde a invenção do biquíni, no ano de 1946, criado por Louis Réard inspirado no atol do Bikini em meio a testes nucleares, este segmento ganha cada vez mais espaço no cenário nacional e internacional se tornando objeto indispensável no guarda roupa das mulheres, principalmente em regiões litorâneas, inovando através das mais diversas tendências estilos e comportamentos. Segundo Cássio Ribeiro 2007, o Brasil é hoje o país que mais fabrica e consome biquínis no mundo, além de ter a qualidade de suas peças reconhecidas mundialmente pelo estilo ousado e pela criatividade dos modelos. São cerca de 60 milhões de biquínis produzidos todos os anos no país, dos quais 9 milhões são exportados. Toda essa intimidade brasileira com a praia é explicada pelo clima do país em alguns estados brasileiros onde o calor prevalece durante a maior parte do ano e pela extensão do litoral que tem mais de 7 mil km de praias, motivo pelo qual o Brasil é o país lançador mundial de tendências desse segmento. A modernidade evolutiva proporcionou agilidade e qualidade na produção das peças, corte dos modelos a laser, tecidos que secam rapidamente e repelem os raios solares nocivos ao corpo, além de impedirem a proliferação das bactérias. Segundo o site Soul Brasil, o biquíni chegou como um acidente geográfico que virou nome de uma ousadia praiana, reforçando a imagem do Brasil como um país alegre e tropical. Apesar da idade, ele, que já passou por várias transformações, continua conquistando e seduzindo os olhos de quem vê, transformando os corpos de quem veste, colorindo as praias do Brasil afora, deixando o restante do mundo admirado com nossa criatividade e atrevimento. A história do biquíni se confunde com a história da revolução feminina em nosso país. 12 Buscando observar o comportamento e as necessidades da mulher moderna, trazendo um conceito diferente e exclusivo, este projeto apresenta a criação de uma coleção de biquínis de luxo e nas Artes Egípcias, trazendo uma proposta sensual e elegante sem perder o conforto. A coleção propõe sofisticação com cortes preciosos e modelagens que valorizam o corpo, buscando materiais e aviamentos diferenciados traduzindo o desejo de suas consumidoras. Atendendo a um público muito exigente, formado por mulheres requintadas, ousadas, independentes, ativas socialmente e profissionalmente, as peças se destacam pela feminilidade, detalhes e caimento, mostrando que a mulher deve estar confiante de que é única e está deslumbrante até mesmo quando veste moda praia, que agora tende para o luxo. 1.1 OBJETIVO GERAL Desenvolver uma coleção Beachwear para o público feminino destacando a elegância e o luxo das peças nas praias. 1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Identificar elementos que façam parte do universo do público alvo assim como materiais e inovações tecnológicas na área do mercado beachwear; - Perceber características do mercado de luxo por produtos com conceito de desejo e sofisticação; - Desenvolver uma coleção de moda praia para mulheres de alto poder aquisitivo levando-se em consideração ergonomia e acabamento, além traduzir elegância, discrição e exclusividade. 13 2 METODOLOGIA A Metodologia é o estudo dos métodos ou então as etapas a seguir num determinado processo. Tem como finalidade captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciencia e arte. Métodos nada mais são do que a reunião de técnicas e instrumentos de trabalho e, portanto é preciso evitar o mito de que sua utilização em projetos é garantia de sucesso. O bom resultado de um projeto depende da capacidade técnica e criativa de quem o desenvolve. Métodos e técnicas podem, contudo, auxiliar na organização de tarefas tornando-as mais claras e precisas, ou seja oferecem suporte lógico ao desenvolvimento de um projeto. (BOMFIM, 1995). Primeiramente, foi analisado o segmento, sendo ele Beachwear. Seguindo de uma pesquisa da temática, tratando-se da inspiração no luxo e nas artes Egípcias. Posteriormente a pesquisa bibliográfica, que consiste em analisar a história do tema, juntamente com a temática, para melhor conhecer o campo a ser explorado. Na pesquisa de campo é verificado o comportamento do publico alvo, o que gostam e lugares que freqüentam, não deixando de analisar o marcado e os produtos já existentes. Seguindo, encontra-se um aparato do que é o luxo, as tendências previstas, os tecidos e as novas tecnologias, materiais e aviamentos utilizados. Após as pesquisas citadas, á o planejamento da coleção sendo ele um mix de produtos de tudo o que foi demonstrado a cima. Sequentemente a definição da coleção, que busca o luxo e a sofisticação na criação das peças. Proporcionando juntamente com a estética, o conforto nos produtos desenvolvidos. 14 Para o desenvolvimento da geração de alternativas, o processo criativo envolve o uso dos painéis semânticos como do público alvo, do tema, do conceito, dos materiais, sendo eles, principais fontes de inspiração, pois trazem de uma forma visual bem clara sobre o público a qual o produto é destinado, o seguimento a explorar, a tendência de formas, cores e materiais, principalmente o conceito do produto a ser conquistado. Após, será usada a técnica de criatividade MESCRAI que consiste em “Modificar, Eliminar, Substituir, Combinar, Rearranjar, Adaptar e Inverter”, pois, tendo as alternativas prontas, poderá haver modificações nas mesmas, procurando sempre melhor o conjunto num todo. (BAXTER 2003 p. 79). Demonstra-se todo o desenvolvimento da coleção, passando pela escolha de tecidos, procurando obter o melhor para proporcionar ao consumidor conforto e leveza. Na modelagem, cortes diferenciados para trazer a peça exclusividade. Por fim, o memorial descritivo constando todas as informações, tais como, marketing, ponto de venda, função informacional e promocional, pontos de venda e preço sugerido. Sendo adaptada pelos métodos de Bonfim 1995 e Baxter 2003, verifica-se na figura abaixo o fluxograma seguido para execução do projeto. 15 16 17 Figura 1: Fluxograma para execução do projeto Fonte: Adaptado de Bonfim 1995 e Baxter 2003. 18 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A Fundamentação analisa as pesquisas que auxiliam na elaboração do projeto, como o design e suas vertentes como na moda, o segmento beach wear, um histórico sobre os biquínis e também o mercado beach wear e do luxo, a temática “Artes e Luxos do Egito” e suas variações, estado do design, materiais e tecnologias e tendências. 3.1 DESIGN Design (em alguns casos, projeto ou projecto) é um esforço criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato. Esse esforço normalmente é orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema. Tem como finalidade estabelecer as qualidades multifacetadas de objetos, processos, serviços e sistemas, compreendendo todo o ciclo da vida. Portanto, design é o fator central da humanização inovadora de tecnologias e o fator crucial para o intercâmbio econômico e cultural. O termo deriva, originalmente, de designare, palavra em latim, sendo mais tarde adaptado para o inglês design. O design procura identificar e avaliar relações estruturais, organizacionais, funcionais, expressivas e econômicas, visando ampliar a sustentabilidade global e a proteção ambiental (ética global), oferecendo tambem beneficios e liberdade para a comunidade humana como um todo, usuários finais individuais e coletivos, protagonistas da indústria e comércio (ética social), não deixando de apoiar a diversidade cultural, apesar da globalização do mundo (ética cultural). Procura proporcionar aos produtos, serviços e sistemas, formas que expressem (semiologia) e sejam coerentes com (estética) sua própria complexidade. O design diz respeito a produtos, serviços e sistemas concebidos a partir de ferramentas, organizações e lógica introduzidos pela industrialização – não apenas quando produzidos por meio de processos seriados. O objetivo 19 “industrial” associado ao design deve relacionar-se ao termo indústria, ou no seu sentido de setor produtivo, ou em seu sentido mais antigo de “atividade engenhosa, habilidosa”. Assim, o design é uma atividade que envolve um amplo espectro de profissões nas quais produtos, serviços, gráfica, interiores e arquitetura, todos participam. Juntas, essas atividades deveriam ampliar ainda mais – de forma integrada com outra profissões relacionadas – o valor da vida. Dessa forma o termo designer se refere a um indivíduo que pratica uma profissão intelectual, e nao simplesmente oferece um negócio ou presta um serviço para as empresas. Atualmente pode-se contar com uma grande ramificação na área do Design, podendo conter com as mais variadas especializações como o Design Industrial, Design Gráfico, Design Imobiliário, Design de Interiores, Design de Produto, dentre todas essas especificações, esta o Design de Moda. 3.1.1 Design de Moda O Design de moda é uma das áreas do design que tem como objetivo o desenvolvimento de vestuários humanos respeitando todas as características culturais, técnicas, mercadológicas, de moda ou tendências. A palavra moda é cercada de ambigüidades. São muitas as origens para a palavra. João Braga (2006, p.15) define moda como: modo, maneira, e comportamento. A origem da palavra latina é modus, que remete ao modo. De origem francesa mode significa uso, hábito ou estilo. Na moda de origem inglesa, Barnard (2003, p.23) dedica o primeiro capítulo da obra Moda e Comunicação a explicar que a etimologia da palavra fashion remete ao latim factio, que significa fazendo ou fabricando, com caráter industrial (da língua inglesa a palavra faction (facção), até facere, isto é, fazer ou fabricar). Segundo Palomino (2000, p.15), o termo afrancesado tornou-se sinônimo de façon, cuja apropriação pela língua inglesa deu origem à expressão fashion. Barnard (2003, p. 36) complementa: "só o contexto permite a identificação de uma peça de roupa como moda ou não-moda, assim como é 20 somente o contexto que permite identificar o significado correto dessas palavras". A palavra moda, modus, mode ou fashion, imagem, corpo, estilo, tendência, roupas, indumentária, adorno, traje e beleza estão ligadas ao sistema da moda. Há um sistema complexo por trás disso tudo, da moda como técnica e como processo comunicacional. A moda está presente nas ruas, nas vitrines, nos carros, no design, na arquitetura, nos móveis, nas jóias, na simplicidade, no luxo, no imaginário, na criatividade, na arte, na televisão, nas revistas, no cinema, no teatro, no corpo e em outros diversos lugares, setores e segmentos. A moda se presta a ser seu primeiro cartão de visita: até ao acordar, abrir o armário e vestir-se, mesmo que seja com uma camiseta branca e um jeans, você está fazendo um manifesto de moda. Seu look é o modo com que você apresenta para o mundo e diz: este sou eu; eu sou assim. Há um preconceito concreto para a moda, em parte porque o caráter da moda é de fato o efêmero (ela muda oficialmente de seis em seis meses, e seu meio é a roupa) e porque ela tem a ver com a aparência (supostamente privilegiando o superficial em detrimento do intelectual: forma versus conteúdo). Muitas vezes, a moda é vista também como algo feito para iludir e enganar, para ajudar no disfarce de ser alguém que, na verdade, não se é. Hoje, quando uma moda é lançada, usa-se ou não. Não há obrigação de segui-la, nem mesmo no círculo da moda (há profissionais respeitados que preservam o mesmo visual por anos e fazem disso sua marca registrada). Contudo, se divide em várias áreas tais como: jóias, calçados, acessórios e vestuário, porém este sendo considerado de grande representatividade no sistema como um todo. (Palomino, 2003). 21 3.1.2 Segmento A segmentação é uma das principais estratégias para a construção e a manutenção de um bom negócio. Cada publico tem suas necessidades e comportamentos específicos e diferentes. E para atingir e atender cada um deles é essencial conhecê-los e defini-los bem. Segmento significa dividir em segmentos, considerando segmento como uma parte de um todo maior. De forma prática, segmentar o mercado seria, por exemplo, dividi-lo de acordo com aspectos demográficos ou aspectos de estilo de vida. (Aurélio, 2005). De acordo com o Smith (1956), apude no site Geocites, na revisão da literatura sobre o assunto, verifica-se que a maioria das contribuições ao estudo de segmentação mantém suas bases nos escritos de Smith (1956). Segundo ele, a segmentação consiste em se ver um mercado heterogêneo, com determinada quantidade de mercados homogêneos menores, em resposta a diversas preferências de produtos entre importantes segmentos de mercados. Ela se baseia no desdobramento do lado da demanda e representa ajuste racional e mais preciso do produto e do esforço de marketing às exigências do consumidor ou usuário. A primeira vista, a segmentação de mercado não é tarefa difícil; por muito tempo, foi entendida como um conceito que consistia apenas em dividir o mercado em segmentos. Depois, os teóricos e executivos perceberam que a segmentação de mercado constitui poderosas estratégias competitivas. Primeiro, segmenta-se o mercado; em seguida, escolhe-se o alvo com que se quer trabalhar, diferenciando-se produtos e serviços de modo a atender as necessidades e desejos do publico-alvo e, posteriormente, posiciona-se o produto como forma de expressar as diferenças existentes. Como se pode perceber, a segmentação, no conjunto, é a base de toda a estratégia de marketing. 22 3.1.3 Segmento de mercado 3.1.3.1 Beach Wear Conforme pesquisado em vários sites, o segmento de mercado Beach Wear, é roupa especifica para praia. A moda praia é um setor com extraordinário potencial de crescimento, especialmente no mercado externo, onde os biquínis e maiôs brasileiros têm muita aceitação em função do design e estamparia das peças, principais fatores da competitividade do produto nacional, além da maior qualidade do acabamento e dos tecidos que vem sendo agregados às peças, oferecendo ao mercado um produto globalizado mas com particularidades brasileiras. O setor tem incorporado as inovações das indústrias químicas e têxteis, através da utilização de matérias-primas avançadas tecnologicamente, gerando assim produtos cada vez mais adequados às necessidades e exigências dos consumidores, ainda que a um custo de produção mais elevado. 23 3.2 HISTÓRIA DO BIQUÍNI Se há um setor do vestuário em que o Brasil está na frente, sem dúvida é o de moda praia. Além de ser o país que mais fabrica e consome esse tipo de roupa, o Brasil avançou em tecnologia e modelagem ao longo dos anos. O biquíni brasileiro é conhecido e reconhecido internacionalmente, seja por seu estilo mais ousado, por sua qualidade ou mesmo pela criatividade dos modelos, que o diferencia dos outros fabricados em outros países. Segundo o site Uol Moda, apesar de toda essa vocação natural em relação aos trajes de banho, o biquíni não é uma invenção nacional. Ele foi inventado pelo estilista francês Louis Réard que o batizou com o nome do pequeno atol de Bikini, no Pacífico, onde os americanos haviam realizado uma série de testes atômicos. A famosa editora de moda Diana Vreeland (1903-1989) disse uma vez que o biquíni "é a invenção mais importante deste século (20), depois da bomba atômica". O lançamento do primeiro biquíni foi em 26 de junho de 1946 e causou o efeito de uma verdadeira bomba. Figura 2: Desenho do biquíni criado por Louis Réard Fonte: Brasil Biquinis, 2007. Segundo o site Folha Online. Apesar de toda euforia em torno do novo traje de banho, descrito por um jornal da época como "quatro triângulos de nada", o biquíni não emplacou logo de cara. O primeiro modelo, todo em algodão com estamparia imitando a página de um jornal, se comparado aos de hoje, era comportado até demais. Entretanto, para os padrões da época, um verdadeiro escândalo. Tanto, que nenhuma modelo quis participar da divulgação do pequeno traje. Por isso, em todas as fotografias do primeiro 24 biquíni, lá está a corajosa stripper Micheline Bernardini, a única a encarar o desafio. Figura 3: Micheline Bernardini dentro do primeiro biquíni, em 1946 Fonte: Site Uol Moda Na década de 50, as atrizes de cinema e as pin-ups americanas foram as maiores divulgadoras do biquíni. Em 1956, a francesa Brigitte Bardot imortalizou o traje no filme "E Deus Criou a Mulher", ao usar um modelo xadrez vichy adornado com babadinhos. Figura 4: Pin-ups americanas e Brigitte Bardot em cena do filme "E Deus Criou a Mulher" (1956) Fonte: Site Uol Moda No Brasil, o biquíni começou a ser usado no final dos anos 50. Primeiro, pelas vedetes, como Carmem Verônica e Norma Tamar, que juntavam multidões nas areias em frente ao Copacabana Palace, no Rio de 25 Janeiro, e, mais tarde, pela maioria decidida a aderir à sensualidade do mais brasileiro dos trajes. A partir daí, a história do biquíni viria se tornar parte da história das praias cariocas, verdadeiras passarelas de lançamentos da moda praia nacional. Na década de 60, a imagem sensual da atriz Ursula Andress dentro de um poderoso biquíni, em cena do filme "007 contra o Satânico Dr. No" (1962) entrou para a história da peça. Figura 5: Ursula Andress em cena do filme "007 Contra o Satânico Dr. No" (1962) Fonte: Site Uol Moda Em 1964, o designer norte-americano Rudi Gernreich dispensou a parte de cima do traje e fez surgir o topless, numa ousadia ainda maior. No Brasil, essa moda não fez tanto sucesso quanto em algumas praias da Europa, mas mesmo assim o então prefeito de São Paulo, Prestes Maia, chegou a proibir o uso do topless em piscinas públicas. Um modelo muito usado nos anos 60 era o chamado "enganamamãe" que, de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes e, por trás, um perfeito biquíni. 26 Figura 6: Modelo “engana-mamãe” Fonte: Site UolModa Mas foi no início dos 70, que um novo modelo de biquíni brasileiro, ainda menor, surgiu para mudar o cenário e conquistar o mundo - a famosa tanga. Nessa época, a então modelo Rose di Primo era a musa da tanga das praias cariocas. Zilda Maria Costa resolver reduzir seu biquíni, puxando-o para a cintura, enrolando onde podia. Assim foi criada a tanga. Figura 7: Modelo tanga, sucesso dos anos 70 Fonte: Site UolModa. Durante os anos 80 surgiram outros modelos, como o provocante enroladinho, o asa-delta e o de lacinho nas laterais, além do sutiã cortininha. E 27 quando o biquíni já não podia ser menor, surgiu o imbatível fio-dental, ainda o preferido entre as mais jovens. A musa das praias cariocas dos 80 foi sem dúvida a então modelo Monique Evans, sempre com minúsculos biquínis e também adepta do topless. Figura 8: Modelo asa-delta anos 80 Fonte: Site UolModa Nos anos 90, a moda praia se tornou cult e passou a ocupar um espaço ainda maior na moda. Um verdadeiro arsenal, entre roupas e acessórios passaram a fazer parte dos trajes de banho, como a saída de praia, as sacolas coloridas, os chinelos, óculos, chapéus, cangas e toalhas. Os modelos se multiplicaram e a evolução tecnológica possibilitou o surgimento de tecidos cada vez mais resistentes e apropriados ao banho de mar e de piscina. Nos anos 2000 as peças são atuais o design é diferenciado, sendo o que a mulher mais busca na moda praia, os materiais são os mais diferentes possíveis as estampas são coloridas e misturadas os apliques e bordados são exuberantes perfeitos para as mulheres modernas dos dias de hoje. 28 Figura 9: Letícia Birkheuer com duas-peças unidas (anos 2000) Fonte: Site cadernomoda 29 4. PESQUISA DE MERCADO 4.1 Mercado Beach Wear A moda praia brasileira é responsável pelo faturamento de US$ 1 bilhão e 200 milhões por ano, através da produção de 50 milhões de peças fabricadas por 700 empresas formais, segundo dados da ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção. Especula-se que 10% dessa produção é enviada ao mercado externo que, com o segmento moda praia inserido no restante do setor têxtil, não representa nem mesmo 1% de participação brasileira no mercado de moda mundial. Com a crise econômica brasileira, em 2002 o setor do vestuário sofreu uma expressiva queda nas vendas, porém o câmbio passou a beneficiar produtos brasileiros no exterior, o dólar valorizado em relação ao real, tornou o produto brasileiro competitivo no mercado externo. As confecções brasileiras de moda praia apostam cada vez mais em produtos de maior valor agregado, como maiôs, biquínis e acessórios com brilhos, bordados e pedrarias, para atrair a atenção de compradores internacionais. Santa Catarina também invade o mercado do luxo. Diante de exigentes consumidores e na rota de turistas refinados, a Les Îles é uma inovação no mercado catarinense e fica na praia de Balneário Camboriú. “O foco da Les Îles é a moda praia nos seus variados momentos: do dia-a-dia, à noite e fins de semana, sem impôr, no entanto, restrições à zona urbana, já que versatilidade é palavra de ordem no vocabulário da mulher contemporânea”, explica Helena Motanarini, consultora de moda e estilo para o site maninebikinis. 30 4.1.2 Mercado de moda praia em Santa Catarina Atualmente, Balneário Camboriú é considerado o maior pólo turístico do Sul do Brasil e uma das primeiras cidades em qualidade de vida de Santa Catarina. Não bastasse a generosidade concedida pela natureza ao visual da cidade, o conjunto de atrações ainda propõe entretenimento para todos os gostos e idades. São centenas de bares, casas de shows, boates, cervejaria e centros de compras. Dotado da maior infra-estrutura hoteleira de Santa Catarina, Balneário Camboriú fica próximo a outros destinos turísticos fantásticos e ao aeroporto de Navegantes. Segundo o site loja de luxo, por esses motivos é considerada a cidade estratégica para novos negócios e, o melhor, carente de novidades que realmente chamasse a atenção de fashionistas e do público em geral, que muitas vezes se desloca para cidades como Porto Alegre, Curitiba ou São Paulo para dispor de opções diferenciadas e sofisticadas. 4.1.3 Da praia à boemia litorânea Faz muito tempo que a moda invadiu a areia de forma brusca. Com a busca ao corpo perfeito e a toda estética plástica dos dias atuais, desfilar nas areias do verão não é mais um simples passeio. A moda praia ganha a cada ano mais sofisticação e ousadia. Para as mulheres, só o biquíni e a famosa canga já não são suficientes. Atentas às necessidades de suas clientes, marcas de beachwear investem cada vez mais na moda pós-praia, um segmento que teve um crescimento expressivo nas últimas temporadas de primavera/verão. Batas, camisões, calças pijama, saias e vestidos são apenas alguns itens desta vasta gama de produtos feita para quem quer fazer um programinha extra depois de curtir o sol e o banho de mar. “Hoje, o pós-praia tem maior ênfase na linha de beachwear. A razão disso foi a grande aposta das confecções brasileiras nessa tendência, que visa suprir o desejo da consumidora em estar confortável, 31 bonita e moderna para ir almoçar ou fazer outros passeios no decorrer do dia. O crescimento desse tipo de vestuário é fácil notar. Basta observar o aumento dos produtos nas lojas especializadas e principalmente visualizar o litoral”, destaca Silmara Serafim, consultora de moda praia do SENAC São Paulo para o site costura perfeita. Figura10: Pós-praia Cia.Marítima Fonte: Site Cia Marítima, 2008. Há 23 anos no mercado de beachwear, a grife Lenny é uma das empresas que resolveu dar mais peso aos itens pós-praia. Luciana P. Novis, gerente de marketing da marca, esclarece o direcionamento das últimas coleções. “O brasileiro tem o hábito de “esticar depois da praia”. Fazer um almoço ou até mesmo participar de luau ou festas à noite. Por isso, há uma grande demanda por peças produzidas especialmente para essas ocasiões. Atualmente, a Lenny oferece roupas de pós-praia que podem ser usadas inclusive em festas mais formais, combinadas com bolsas e acessórios. Metade da coleção atual é dedicada a essa linha de produtos, que é um grande sucesso! 32 A moda praia brasileira tem muito prestígio tanto nos Estados Unidos como na Europa. As mulheres estrangeiras gostam de vestir biquínis brasileiros, maiôs e também os artigos pós-praia, pois todas essas peças são fabricadas com qualidade e possuem modelagens precisas que valorizam as formas femininas, além de carregar com elas o charme da mulher brasileira. Lá fora, nossos produtos são muito bem aceitos, tanto que abastecemos os mercados dos EUA, Europa, África do Sul e Chile, acrescenta Luciana para o site costura perfeita. 33 4.2 Luxo Percebe-se que nos últimos anos, a concepção de "luxo" transformou-se de luxo “prestígio” (símbolo de status social) para luxo "conquista" (símbolo de desenvolvimento e evolução pessoal e profissional). Ou seja, o que antes era visto como direito de "berço" (linhagem, tradição, nobreza), hoje é visto como “conquista” (liderança, capacidade de realização), que pode ser almejada e alcançada por qualquer pessoa. "O uso dos objetos como um registro de família e como um meio de continuidade se tornou algo muito difícil de se alcançar no novo padrão de consumo" (MCCRACKEN, 2003). Hoje, o luxo reúne um grupo de pessoas vitoriosas através de suas conquistas e tornou-se símbolo de ascensão pessoal. Em diversos países, principalmente nos mais desenvolvidos, a palavra "luxo" ganhou outros sentidos e, agora, reúne características até então fora das tradicionais proposições, tais como: valorização de uma consciência e atitude ecológicas, utilização do tempo escasso, tranqüilidade, segurança, conforto, praticidade, qualidade de vida, respeito à diversidade cultural, compromisso social, respeito ao semelhante, lazer, distração, entre outras; que da mesma forma que as demais características do luxo, hoje são consideradas escassas e raras. Atualmente, estas características têm mais valor do que as aparências e o acúmulo de riquezas. De Masi (2000) declara que o luxo se afastará, no futuro, cada vez mais do excesso, exagerado, demasiado e desmedido, para se centrar no que é necessário à vida. É o luxo considerado por Voltaire (1978) como o aperfeiçoamento das “artes úteis”, que declarava o supérfluo como coisa altamente necessária. Ele afirma que o “luxo não é uma prerrogativa exclusiva do rico, cada homem pode valer-se dele segundo suas condições patrimoniais, a fim de embelezar a vida por meio dos vários estimulantes possíveis que lhe são franqueados”. Voltaire não condena o luxo quando vê neste tipo de produto benefícios morais e econômicos, pois o luxo "estimula a indústria e aumenta a riqueza nacional, pois faz circular o dinheiro e limita o seu 'entesouramento', tão maléfico para o progresso das artes". 34 O luxo continua sendo uma raridade, mas o que é raro hoje pode não ser exatamente o que era no passado. Diversos especialistas da área são unânimes em mencionar o tempo como o bem mais escasso da atualidade, seguido da autonomia, do silêncio, da beleza e do espaço. Luxo, nos dias atuais, é ter tempo para si próprio, é poder descansar em lugares tranqüilos e confortáveis, é poder usufruir e possuir o bom e belo. O novo luxo envolve mais que o valor econômico e monetário intrínseco no material: estética e conceito, vinculados à simbologia e à linguagem do seu criador. 4.1.2 Os significados do luxo O luxo possui diversos níveis de valores e significados, alguns universais e inerentes, que variam de acordo com o tempo e a sociedade. Lipovetsky destaca que não há sociedade que rejeite o luxo. "A antropologia mostra que o luxo já existe desde o neolítico, onde o homem ao invés de pensar na escassez da caça se dedicava a fazer adornos e festas grandiosas sem preocupação com o desperdício". Antes mesmo de desenvolver as artes da civilização, o homem já usufruía o luxo. Berry (1994) afirma que o conceito de luxo é determinado dentro de uma sociedade estabelecida, em um lugar e momento específico, ou seja, o luxo está totalmente relacionado à cultura. Bourdieu e Appadurai também apresentam um conceito com realce da dimensão social onde o gosto não é estabelecido por um indivíduo apenas, mas principalmente pelo meio social e cultural onde o mesmo vive. Etimologicamente, "luxo" é originário da palavra "luxus", em latim, que significa "abundância, refinamento" De acordo com Castarède (2005) posteriormente e erroneamente, tentou-se aproximá-lo de dois termos parecidos: lux (luz) e luxuria (luxúria), o primeiro fazendo referência à luz e diz respeito à luminosidade, brilho, esplendor e, o segundo, faz relação a um gosto esplendoroso pela ostentação e o prazer ou a vaidade. 35 Segundo o sociólogo Domenico de Masi (2000), na sociedade industrial "os ricos exibiam a própria opulência, sobretudo para surpreender, intimidar e reforçar o poder que tinham e a insuperável distância que os separava da massa". Sob aspectos impalpáveis, o luxo se associa a um signo e símbolo, a um código, comportamento, comodidade, conforto, a valores éticos e estéticos, ao reconhecimento, ao prazer e à satisfação e requinte. O luxo também se envolve com o raro, com a restrição, o exclusivo e, por isso, o alto custo. Por estar associado à qualidade, diferença, raridade, satisfação pessoal, reconhecimento, à preferência, ao desejo, ao inatingível, pode-se dizer que o luxo é uma diferenciação com custo mais elevado (Shermach, 1997; Castarède, 2005). Outra palavra importante para o entendimento do significado de luxo é a "tradição". Isso significa saber manter raízes, origens, estilos, autorias, a preservação das memórias, valorização do passado, reconhecimento, a preservação das tradições históricas e herança dos ancestrais e, portanto, valorizar o tradicional. Assim, hoje, para muitos, luxo ainda está associado à suntuosidade, à pompa, à extravagância, magnificência, ao supérfluo, à frivolidade, à aparência, ao poder material, porém nota-se que progressivamente este conceito tem se modificado. De acordo com Lipovetsky (2004), o luxo é tradicionalmente visto como algo inacessível, mas essa é só uma das suas facetas. 4.1.3 O mercado de luxo no Brasil Segundo o site Design Brasil, cresce o número de consumidores em todo o mundo de produtos de alto luxo. Na mesma medida, crescem os setores da economia, como a indústria têxtil, cosmética, perfumaria, bebidas, hotelaria e tantos outros que atendem “o mercado do luxo”, como a joalheria. O Brasil também entra na onda, estando entre os dez maiores mercados do mundo. Na América, só perde para os EUA. 36 Segundo Alberto Serrentino, sócio-diretor da Gouvêa de Souza & MD. Se o luxo for associado a moda, beleza e jóias, estima-se que seja um mercado que movimente cerca de US$ 200 bilhões, globalmente. No Brasil, estima-se que esse mercado de luxo movimente R$ 5,5 bilhões e tenha cerca de 250 mil consumidores potenciais. O brasileiro tem o perfil perfeito para esse tipo de compra: adquire produtos por impulso e se deixa levar pela emoção. Nesse sentido, o país tem apresentado um crescimento contínuo nos últimos cinco anos dentro deste mercado. São Paulo é a única cidade do mundo a ter quatro butiques da Montblanc. Das 320 lojas mundiais da Louis Vuitton, a de São Paulo, está na terceira posição entre as mais rentáveis por metro quadrado. Nos últimos anos, no eixo Rio-São Paulo, destacaram-se grifes como Tiffany e Fendi. Não importa como vai a economia do país, parece que as vendas só aumentam. São exemplos que comprovam a ascensão do mercado no País. Figura11: Produtos de Luxo Fonte: Design Brasil Porém, o consumidor no Brasil está cada vez mais exigente e a compra do produto em si já não basta. Um “algo mais” é a alma do negócio. Ninguém compra uma Montblanc para escrever, um celular Vertu para falar, um óculos Vuitton para se proteger do sol ou um relógio Van Cleef apenas para ver as horas. As pessoas já não compram jóias por seus preços altos e inacessíveis mas pelos outros valores que o produto carrega consigo: tradição, funcionalidade, qualidade, status, moda e design. Enfim, o que ontem era visto como direito de “berço” (linhagem, tradição, nobreza, aristocracia), hoje é considerado “conquista” (liderança, 37 realização). Hoje uma jóia pode ser adquirida por qualquer mortal, se seu símbolo representa ascensão pessoal, validação, apresentação pessoal, ou seja, o luxo integra um grupo de pessoas que venceram na vida através de suas conquistas profissionais. (Livro "O Poder do Design: da ostentação à emoção"). O luxo brasileiro também começa a ganhar espaço fora dos limites territoriais, o que reforça a globalização do mercado e a evolução da qualidade dos produtos e serviços brasileiros, que ganham robustez num mercado tão competitivo. O faturamento do mercado do luxo em 2006 foi de US$ 3,9 bilhões, o que representa cerca de 1% do faturamento do mercado mundial e um crescimento de 32% se comparado ao ano anterior. No mesmo ano, o investimento brasileiro foi de US$ 680 milhões, 62% a mais que 2005. Deste total, 24% da verba foi alocada na área de comunicação e 20% na expansão do negócio. Outro resultado importante se refere às cidades que tiveram maior crescimento do negócio do luxo. Só em São Paulo esse mercado cresceu 74% em 2006; no Rio, 32%; em Belo Horizonte e Porto Alegre, 21%; e Curitiba e Distrito Federal, 16%. Vale ressaltar que para os próximos anos cidades do Norte e Nordeste brasileiro começam a surgir como destinos de investimentos e crescimento. Um prestígio para o pais é a marca Louis Vuitton. Nos primeiros seis anos o Brasil teve uma participação muito “pequena”, diz Carlos Ferreirinha, para o site www.rldiseno.com. Hoje, as vendas de canetas e lenços de seda Louis Vuitton no país estão entre as cinco maiores do mundo. O leque de produtos, a cada ano, vem aumentando. 4.1.4 Consumo de artigos de luxo O brasileiro é tido como um dos que mais gasta em suas viagens, tanto em compras como em serviços adicionais nos hotéis de alta categoria. De acordo com a Core Brazil, as principais capitais do País são as que mais 38 concentram os viajantes endinheirados: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Santa Catarina. Além disso, os destinos mais procurados pelos brasileiros no mercado turístico de luxo são os países da Europa (como Itália e França), América do Sul (principalmente Argentina), Ásia e Estados Unidos. E segundo levantamento do Banco Central, em março de 2007, os turistas brasileiros deixaram US$ 521 milhões no exterior em despesas de viagem, o que representa 4,62% a mais do que um mês antes. No mesmo período, os desembarques internacionais cresceram 6,38%, atingindo 1,283 milhão, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). 39 5 PESQUISA DE CAMPO 5.1 Estado do Design O mercado beach wear é amplo e cresce cada vez mais, por isso no estado do design foram buscadas imagens que refletissem o diferencial que as peças da coleção deveriam ter e passar. Desejo, luxo, sofisticação e acima de tudo qualidade. Figura12: Estado do Design Fonte: Autor 40 5.2 PESQUISA DE TENDÊNCIAS Grandes marcas de biquínis investem todos os anos em tecnologia têxtil para que as tendências das passarelas entrem com força total nas areias das praias. O lurex, o couro, a microfibra aparecem em modelos cheios de estilo para quem quer manter o luxo até mesmo sob o sol. Maiôs com recortes inusitados, com argolas e acabamentos que parecem jóias, a moda é parecer chique. Figura13: Biquini 2008 Fonte: Do que elas gostam Os maiôs passeiam fora das areias. Com recortes geométricos e até atrevidos, podem ser usados como body, combinados com calças jeans. Sempre indicado para quem precisa esconder algumas dobrinhas, os maiôs relembram a década de 80 com cavas altas, estampas geométricas e detalhes de cobras e tachas douradas. Ideais para um final de tarde na piscina, podem atravessar o dia e entrar em uma produção para a balada, com acessórios certos e sandálias finas. Sempre elegante, ainda aparece em modelos com um ombro só, o famoso engana-mamãe e drapeados. Diz Fabiana Moraes para o site Uol. 41 Figura 14: Recortes diferenciados Fonte: Corbis Os biquínis brilhantes, em lurex, são algumas das peças mostradas pela MBE de Maria Cândida Sarmento. A idéia é levar as peças usadas até agora somente na praia para uma festa à noite. Poderosos biquínis cortininha são casados com calças de couro ou paetê gigante, numa referência ao disco do final dos 70 e início dos 80. Os vestidos-combinação, levíssimos, deixam tudo à mostra. 42 Figura 15: Biquini sexy Fonte: Do que elas gostam Luiza Bonadiman e Adriana Degreas também criam maiôs com o melhor fio de elastano sempre misturado com seda pura para serem usados mais na cidade do que na praia ou piscina. São maiôs com textura e modelagem de grã finas, que fazem as vezes de um top sexy e elaborado para ser usado com saias e jeans.(chic.ig) 43 Figura 16: Coleção Adriana Degreas Fonte: Site Chic.ig Com 8.698 quilômetros e sol constante, a costa brasileira reúne turistas de todos os perfis. As mulheres, maiores consumidoras de moda praia, muitas vezes não poupam tempo tampouco dinheiro para fazer bonito no verão. 44 6 PESQUISA DA TEMÁTICA 6.1 Egito Com uma área de pouco mais de 1 milhão de quilômetros quadrados, o Egito desfruta de apenas uns 40.000km2 para a agricultura e habitações. Esse oásis longo e estreito situa-se no trecho setentrional do vale do Nilo, entre a segunda catarata e o delta, na costa do Mediterrâneo. A oeste dessas terras férteis, o território estende-se pelo deserto libico; a leste, pelo deserto Arábico até o mar Vermelho, continuando na outra margem do Golfo de Suéz - a península do Sinai. Exceto litoral mediterrâneo, o clima é quente e muito árido. O rio Nilo, com seus 6.671 quilômetros percorre o território egípcio de sul para norte, por cerca de 1500 quilômetros. O volume de água varia com as estações, e as enchentes periódicas são um fator indispensável à agricultura, pois garantem umidade às lavouras ao longo de suas margens. Desde muitos milhares de anos atrás, o Egito havia dependido totalmente dessas cheias; só a partir de 1835 é que começaram a ser construídas grandes represas, e, em 1961, iniciou-se uma das maiores do mundo - a de Assuã, com 111 metros de altura e capacidade para 157 milhões de metros cúbicos de água. Ocupando dois terços da superfície do país, o deserto Líbico ou Ocidental é uma das regiões mais secas da Terra; caracteriza-se também pêlos oásis e pela sucessão de dunas. 45 Figura 17: Mapa do antigo Egito Fonte: Wikipédia Nas margens do rio Nilo crescia uma planta chamada papiro. Essa planta servia para fazer papel, barcos, etc... O linho era outra planta usada para fazer roupas arejadas, ótimas para o calor. A cevada era misturada com água e fermentada para fabricar a cerveja, bebida inventada pelos egípcios. E era no deserto em que os Egípcios encontravam minas de ouro e cobre. Figura 18: Rio Nilo, Egito Fonte: Geocities 46 6.2 Arte Egipcia Os egípcios foram grandes construtores, erguendo casas e palácios com tijolos e madeira, recursos técnicos que talvez tenham trazido da Mesopotâmia. As pedras eram reservadas para a construção de túmulos. Eram hábeis na arte de esculpir em pedras, fabricavam jóias de ouro, pedras semipreciosas e esmalte, e descobriram o papiro, que servia para a escrita. Desenvolveram conhecimentos e medicina e iniciaram investigações matemáticas, mais tarde desenvolvidas pelos gregos. Porém, onde os egípcios mais se destacaram foi na construção de túmulos, as pirâmides em geral em honra dos faraós. Figura 19: Hieróglifos Fonte: Geocities Contando com materiais rudimentares, porém com fartura de mãode-obra, construíram verdadeiros monumentos de arquitetura, como as pirâmides mais famosas do Egito, Quéfren, Quéops e Miquerinos que ficam na cidade de Gizé, as maiores e mais luxuosas. 47 Figura 20: Representação das pirâmides em 1670 e em 2002 Fonte: Maravilhas do Mundo 1975 A religião é o aspecto mais significativo da cultura egípcia. Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam na vida após a morte. Desta forma, a arte egípcia concretizou-se desde o início nos túmulos, onde eram deixadas estatuetas, vasos, jóias e todo objeto útil e necessário para o morto, para que ele pudesse usufruir de tudo em sua nova vida. Muitos faraós eram enterrados em túmulos escavados em rochas, outros tinham o corpo conservado pelo embalsamento. Figura 21: Anúbis executando a mumificação Fonte: Site Sua Pesquisa A escultura egípcia geralmente aparecia em pé com os braços eretos, ou sentado com as mãos sobre os joelhos. O tamanho das pessoas representadas variam em função da posição social de cada uma delas. O faraó é representado bem maior que sua esposa, vindo em seguida o sacerdote, o escriba, os soldados e o povo. 48 Figura 22: Estátua de Demedji e Hennutsen, c. 2465-26 a.c Dinastia 5 egípcia Fonte: Site Sua Pesquisa Nas tumbas de diversos faraós foram encontradas também diversas esculturas de ouro. Os artistas egípcios conheciam muito bem as técnicas de trabalho artístico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religião politeísta egípcia. O ouro também era utilizado para fazer máscaras mortuárias que serviam de proteção para o rosto da múmia. Figura 23: Máscara em ouro maciço do faraó Tutancâmon Fonte: Sua Pesquisa As pinturas são encontradas nos templos e interiores das pirâmides e mastabas. Nas primeiras pinturas, os egípcios se limitavam a retratar os 49 mortos, mais tarde foi se enriquecendo com cenas de caça e pesca e atividades agrícolas. Os pigmentos usados nas pinturas eram minerais. Não se utilizavam gradação, mistura de tonalidades, nem claro-escuro. As cores mais comuns eram o cinza e o azul, além do preto. No teto azul dos templos, as estrelas estão representadas por pequenos pontos luminosos. Figura 24: Pintura parietal no túmulo de Nefertari Fonte: Odia.Terra Foi também no antigo Egito que nasceram as primeiras sandálias. O calçado rasteiro e com tiras surgiu em resposta ao clima e geografia do Egito. Elas tinham grande importância atribuída nas vestimentas cerimoniais. As sandálias egípcias eram feitas de couro, palha trançada, tiras de folhas de palmeira ou de papiro, ou feitas de junco de pântanos. O faraó e os proeminentes sociais os tinham feito em ouro, embora sandálias fossem um item de luxo para todos. Escavações em tumbas revelaram que esse objeto, originalmente estritamente utilitário, tinha uma função social. Textos da era da pirâmide insinuam e refletem os desejos dos mortos de “caminhar usando sandálias brancas ao longo do lindo caminho dos céus onde os abençoados vagam”. 50 Figura 25: Sandálias no antigo Egito Fonte: Site Penso moda 6.3 Cleópatra Figura 26: Cleópatra Fonte: virtualtourist A mais famosa rainha do Egito, Cleópatra, foi a última Rainha da Dinastia ptolomaica que dominou o Egito após a Grécia ter invadido aquele 51 país. Filha de Ptolomeu XII com sua irmã, ela subiu ao trono egípcio aos 17 anos de idade, após a morte do pai. Contudo, ela teve que dividir o trono com seu irmão, Ptolomeu XIII (com quem casou), e depois, com Ptolomeu XIV. Tinha uma grande preocupação com o luxo da corte e com a vaidade. Costumava enfeitar-se com jóias de ouro e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas, safiras e rubis), que encomendava de artesãos ou ganhava de pessoas próximas e familiares. Ambiciosa, sedutora e extremamente inteligente, ela sabia utilizar-se muito bem do poder que detinha. 6.4 Vestimentas Encontramos no antigo Egito um claro exemplo do uso das roupas como signo de distinção social. Escravos andavam completamente nus, ou quase, cabendo o uso das vestimentas apenas às classe mais elevadas. Por sua conta e em seu benefício é que foram explorados novos corantes e fibras, para produzir tecidos de diferentes pesos que chegaram a criar transparências. Assim surgiram trajes mais ricos, revelando já um gosto refinado e vaidoso. (1300- 200 AC) Os homens vestiam um tipo de tecido como se fosse uma fralda, ou uma curta saia, e as mulheres, um tipo de vestido, atado às costas e que deixava os seios à mostra. Homens e mulheres passaram a usar um tipo de roupa parecido com um robe, peças retangulares de tecido, com um buraco no meio para a cabeça. 52 Figura 27: Vestimentas Egípcias Fonte: Sua pesquisa 6.5 Objetos de Ouro do Egito Antigo Dos pés à cabeça, a múmia de Tutankhamon estava envolta em camadas de jóias. Brilhantes como o Sol, o ouro destinava-se a assegurar um lugar na vida após a morte. Figura 28: Sandálias de ouro de Tutankhamon Fonte: br.geocities Bracelete da rainha Ahhotep foi encontrado junto com outras jóias dentro de seu sarcófago. Figura 29: Bracelete da rainha Ahhotep Fonte: br.geocities 53 De todas as camas encontradas, esta é a mais fina e a mais bem traabalhada com molduras de ébano forradas a ouro. Figura 30: Cama de Tutankhamon Fonte: br.geocities A banqueta tem pés em forma de patas de leão e é decorada com lótus e papiros com hieróglifos, significando a “União das Duas Terras”. A banqueta pertenceu a Tutankhamon quando era criança. Figura 31: Banqueta decorada Fonte: br.geocities Este bracelete de Tutankhamon com um escaravelho, símbolo do nascimento do Sol, era o motivo mais usado na joalheria egípcia. 54 Figura 32: Bracelete de Tutankhamon com escaravelho Fonte: br.geocities O interior desta peça era dividido em quatro compartimentos, cada um continha uma miniatura do sarcófago de ouro contendo as vísceras do rei, enroladas em bandagens. Figura 33: Miniatura de ouro do sarcófago de Tutankhamon Fonte: br.geocities Este peitoral de ouro é decorado com dois falcões. No centro, o rei Ahmose é purificado por Ra e Amon durante sua coroação. Figura 34: Peitoral da rainha Ahhotep Fonte: br.geocities Penas de avestruz no passado coroavam este abanador de ouro do túmulo do faraó Tutankhamon.. 55 Figura 35: Abanador de Ouro Fonte: br.geocities 56 7 TECNOLOGIAS 7.1.1 Lycra No início da década de 60, a Du Pont criou o elastano, batizado de lycra, para substituir o látex, feito de borracha, nos trajes de banho, cintas femininas e elásticos. A lycra também se misturou a outros tecidos, para que as peças de roupa se moldassem melhor ao corpo. Lycra é um fio inteligente porque pode ser misturado a qualquer fibra natural, artificial ou sintética, adicionando os benefícios de conforto, caimento, liberdade de movimento e uma maior durabilidade. A sua importância é tamanha que não se pensa mais em moda praia sem pensar em Lycra. De fato, Lycra faz toda a diferença, devido às suas potencialidades tecnológicas, sempre aceleradas, e é exigido alto nível de qualidade para os produtos que desejam ser homologados com a fibra. Figura 36: Biquini Lycra Fonte: Site Lycra LYCRA® Black 57 Figura 37: Inovações Fonte: Site Lycra Inovação na área de elastanos, é o primeiro tinto em massa, otimizando o processo de tinturaria. O fio LYCRA® Black permite o preto total, ou seja, cor mais intensa e profunda sem brilho quando o tecido estica. Além disso, com ele é possível produzir artigos diferenciados, bicolores ou mesclados. LYCRA® XTRA LIFE Através de uma tecnologia desenvolvida nos laboratórios da empresa, foi dada uma maior longevidade ao fio, que permite conservar as formas de biquínis, maiôs e sungas durante muito mais tempo. Estudos mostram que o fio LYCRA® XTRA LIFE dura até 3 vezes mais que os elastanos comuns do mercado com resistência ao cloro. Fonte 38: Biquini Lycra Xtra Life Fonte: Site Lycra 58 O fio LYCRA® garante liberdade de movimento, traduzindo também ao consumidor um estilo de vida associado à sensualidade, modernidade e dinamismo. 7.1.2 Jersey Acompanhando o movimento da moda, que pede fluidez, leveza, suavidade e caimento excepcional buscasse inovações, o Jersey Amni, tecido de alta tecnologia da Rhodia, elaborado em malharia circular com fios de poliamida Amni, atende prontamente às necessidades do mercado e da moda, diferenciando-se por sua leveza, conforto e ainda apresenta opções de brilho: super opaco, brilhante ou cintilante. Confeccionado em diferentes pesos, espessuras e maticidades pelas malharias Brasilev, Affiniti Berlan, Charlex, Santa Constância, Dalutex, Rosset e Kalimo, o Jersey Amni é a matéria-prima atual para as mais variadas criações. Drapeados, torcidos, pregueados, franzidos e tudo o mais pode ser confeccionado com esta malha, que permite ainda acabamentos em sua superfície como enceramento, laqueamento, aplicação de estampa emborrachada ou metalizada, sem contar os bordados. Figura 39: Tecido Jersey Fonte: Fashion Bubbles “Além de possuir caimento maravilhoso, é extremamente delicado e feminino”, define a estilista Fábia Bercsek. 59 7.2 Concorrentes Para análise dos concorrentes, será usada a Ferramenta FFOA, Análise de Forças, Fraqueza, Oportunidades e Ameaças. A análise de forças, fraqueza, oportunidades e ameaças (FFOA), é uma forma simples e sistemática de verificar a posição estratégica da empresa. Forças e fraquezas, são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionando quase sempre ais fatores internos. Oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e quase sempre se relacionam aos fatores esternos ou ambiente de negócios. (Baxter, 2003:110) A qual será de grande valia para alcançar um bom resultado no projeto. Conhecer e estudar os concorrentes para perceber as principais qualidades, acertos de quem está a mais tempo no mercado, alem de conhecer seus pontos negativos para não cometer os mesmos erros e até mesmo usar os defeitos encontrados como uma maneira de conquistar uma boa posição no mercado e se destacar. 7.2.1 BLUE BEACH Ano de criação: 1982 Local: São Paulo Site Oficial: www.bluebeach.com.br A Blue Beach nasceu como uma indústria de moda praia voltada ao mercado atacadista. Há dez anos abriu sua primeira loja e, desde então, não parou de crescer. Incrementou seu mix de ofertas na linha praia, criou coleções específicas para fitness e intensificou a produção de acessórios exclusivos. Hoje tem 21 lojas no Brasil e exporta suas linhas para a América do Sul, Central, Europa e Ásia. 60 A Blue Beach emprega recursos para ampliar sua linha. Com uma produção mensal de 20 mil peças, a grife alia funcionalidade a trabalhos manuais para ganhar a preferência das mulheres. Trabalhamos muito com bordados artesanais ao mesmo tempo que aplicamos estampas de última geração. Escolhemos tecidos de alta qualidade com funções tecnológicas, pois as pessoas buscam hoje roupas multifuncionais e bonitas. Em média, 30 artigos da coleção de verão são destinados ao segmento pós-praia. Vestidos e batas lideram a procura.Revela a estilista e gerente de produto da Blue Beach, Silvia Aere para o site costura perfeita. Figura 40: Biquinis Blue Beach Fonte: Site Blue Beach Forças Fraquezas 26 anos no mercado Elevado preço do produto Tem 21 lojas Exporta para fora Novas tecnologias Tem site próprio Oportunidades Ameaças Inovar nas modelagens e materiais Reconhecimento em nível nacional 61 7.2.2 LENNY Ano do nascimento: 1980 Local: Botafogo (RJ) Site oficial: www.lenny.com.br Lenny Niemeyer chegou no Rio de Janeiro em 1980. Enquanto procurava biquínis sofisticados e com um “charme carioca”, Lenny descobriu não só um talento mas uma nova profissão. Como não conseguia encontrar nenhum biquíni que fizesse o seu estilo, contratou uma costureira e comprou alguns quilos de lycra para fazer exatamente o que queria. Ela começou sua empresa alugando algumas salas no memsmo prédio em que morava. No entanto, não foi suficiente, ela precisava de mais espaço. Em 1985, transformou um galpão em fábrica. Em 1993, depois de dez anos produzindo biquínis para famosas grifes brasileiras, Lenny resolveu criar a própria marca abrindo a sua primeira loja em Itapema, bairro nobre do Rio. Atualmente, ela possui mais de 15 lojas no Brasil. Da paisagista renomada em São Paulo, ficou o gosto pela nobreza presente em suas estampas. Do sangue paulista, o espírito empreendedor. Lenny exporta para países da América Latina ao Oriente Médio, além de ter representação no Caribe, Canadá, Estados Unidos e Europa. Seus produtos podem ser encontrados em lojas como Bloomingdale’s, Barney’s, Donna Karan, Bergdorf Goodman, Victoria’s Secret, Harvey Nichols, Harrods, Seifridges e na rede francesa de magazines, Au Bon Marché. Seus desfiles contam sempre com grande nomes do mundo da moda, e em suas passarelas já desfilaram Giselle Bundchen, Naomi Campbell, Letícia Birkheuer, Isabelli Fontana, Michelle Alves e Devon Aoki. Os produtos Lanny são feitos para mulheres que buscam moda praia com sofisticação e estilo. 62 Figura 41: Modelo 2008 Lenny Fonte: Site Saindo do Armario Forças Fraquezas Bastante Conhecida Elevado preço do produto. Esta a anos no mercado Oportunidades Ameaças Inovar nos materiais utilizados. Reconhecida Internacionalmente 7.2.3 ROSA CHÁ Ano de Criação: 1993 Local: São Paulo (SP) Site Oficial: www.rosacha.com.br Antes de entrar no mundo da moda e conquistar sucesso internacional no comando da grife de moda praia Rosa Chá, Amir Slama, hoje com 40 anos, se formou em história, deu aulas, foi garçom e barman. Depois dessas voltas todas, retornou à origem. Slama é filho do dono de uma antiga confecção esportiva de São Paulo. Em 1989, ganhou quatro máquinas de costura e alguns rolos de lycra do 63 pai, que, por motivos de saúde, passava o "bastão" e se aposentava. Assumindo a herança, Slama e a mulher Riva deram uso às máquinas e logosaíam as primeiras roupas de ginástica. O casal passou a circular pelas academias de São Paulo, vendendo as peças diretamente aos freqüentadores. A primeira loja Rosa Chá seria inaugurada em 1993 em São Paulo e, nos anos seguintes, novas lojas abriram no Guarujá, Rio de Janeiro e em São Paulo. A partir de 1997, foi iniciado um esquema de franquias e a marca espalhou-se pelas principais capitais brasileiras. Também em 1997, a primeira coleção foi apresentada nas passarelas, durante a Terceira Semana Barra Shopping de Estilo, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. No mesmo ano, as criações de Slama começaram a conquistar os Estados Unidos. As revistas Vogue America e Harper's Bazaar publicaram editoriais com peças Rosa Chá e, em seguida, os maiôs entraram nos catálogos da loja Barney's, em Nova York, e da Teodore's, em Los Angeles. No ano seguinte, a Rosa Chá estreou no Morumbi Fashion, em São Paulo, e desde então apresenta duas coleções por ano no evento, que virou São Paulo Fashion Week. Em 2000, a marca desfilou pela primeira vez nas passarelas americanas, durante a Semana da Moda - 7th on Sixth, em Nova York, participação que se repetiria nas três edições seguintes do evento. Entre outras celebridades do showbizz que assistiram aos desfiles estão Bono Vox, Donald Trump, Toni Braxton e as irmãs Hilton. O ano de 2002 marcou a entrada no mercado europeu, com a inauguração da primeira franquia internacional Rosa Chá, em Lisboa. Em 2003, a Printemps, de Paris, passou a vender as peças da marca brasileira, que também abriu a segunda loja internacional, em Miami. Em 2004, Slama fechou um contrato com a Speedo que prevê o lançamento internacional de uma linha esportiva fashion. Em breve, também haverá o lançamento da coleção de beachwear "Naomi Campbell by Rosa Chá". A Rosa Chá tem hoje 25 lojas no Brasil, além das duas internacionais, por volta de 450 multimarcas nacionais e 200 espalhadas pelo mundo, em países tão diversos como a Arábia Saudita, a África do Sul, a 64 Coréia do Sul e a Alemanha. A produção anual está em cerca de 570 mil peças. Além de maiôs e biquínis, produz blusas, calças, batas, jeans e lingeries. Figura 42: Coleção Rosa Chá 2008 Fonte: Site Conexaosp Forças Fraquezas Muito tempo no mercado Preço elevado dos produtos Oportunidades Ameaças Atender gostos e necessidades do Conhecido Internacionalmente publico. 7.2.4 FAZENDO ONDA Ano de criação: Local: São Paulo Site oficial: www.fazendoonda.com A Fazendo Onda apresenta coleções exclusivas com o estilo único brasileiro e com a alta qualidade de seus produtos. A marca surgiu em 1995 e vem crescendo continuamente nesses 13 anos, se tornando uma das marcas brasileiras mais importantes do seguimento de moda praia. 65 A grife Fazendo Onda também concentra esforços para aperfeiçoar o desenvolvimento dos seus produtos e agradar ao seu público-alvo. “As marcas de beachwear perceberam que os clientes precisam de várias peças para compor o look praia, enquanto os consumidores descobriram que ninguém melhor que a sua marca de biquínis para produzir esse tipo de roupa. Para confeccionar o pós-praia, a Fazendo Onda segue os mesmos padrões de estamparia e referências da coleção beach. O objetivo é desenvolver todos os produtos com design, tecnologia e ergonomia, formando uma unidade interessante. Pelo menos, 100 itens de cada coleção estão direcionados ao consumidor desse segmento”, conta a empresária da marca, Socorro Machado, que há 20 anos atua nessa área, site costura perfeita. Apesar do êxito, sabemos que a moda praia tem suas limitações. No Brasil, o segmento sofre muito com o inverno, mas isso pode ser revertido, se houver maior incentivo ao turismo”, enfatiza a diretora de estilo e produção da grife, Janaína Flor site costura perfeita. Forças Fraquezas A 13 anos no mercado Preço elevado das peças Produtos de boa qualidade Segue padrões Beach Wear Oportunidades Ameaças Buscar novidades para as peças. Bastante conhecido De acordo com o que foi observado, percebe-se que apesar da grande variedade de marcas, muitas tem o mesmo estilo. Sendo que as pessoas tem necessidades de se destacarem entre as demais, buscando assim, algo diferente para suas peças. 66 7.3 Pesquisa de Comportamento Segundo, Regina Muller, apude Cristiane Mesquita, a moda é sistema codificado que explicita a relação do individuo com a sociedade. Contudo, se pode observar, que o verão em Santa Catarina é muito quente, sendo assim exige roupas leves para as demais ocasiões, muitos apenas usando a parte superior do biquíni com shorts e saias. Por isso é fácil perceber a necessidade de peças diferentes e até mesmo mais sofisticadas em certos momentos para compor o look. 67 8 CONCEITUAÇÃO 8.1 BRIEFING O briefing é uma peça fundamental para a elaboração de uma proposta de pesquisa de mercado. É um elemento chave para o planejamento de todas as etapas da pesquisa de acordo com as necessidades do cliente. O briefing é um documento utilizado sempre que uma informação passa de um ponto para outro, com o propósito de organizá-la corretamente e de assegurar a passagem da informação certa – da pessoa certa para a pessoa certa - na hora certa, da maneira certa com o custo certo. O sucesso ou fracasso desta operação depende, é claro, de saber o que é certo no contexto, pois o que é certo para uma situação não pode ser certo para outra. Em seu termo mais simples, briefing significa a passagem de informação de uma pessoa para outra. (Wikipédia) 8.2 Briefing do Público São mulheres de classe A, tem idade entre 20 a 30 anos, cursam ensino superior em geral, trabalham fora, são independentes, podendo ou não serem casadas. Moram no litoral ou apenas passam finais de semana por isso freqüentam festas sendo elas badaladas ou ao ar livre, praia, piscina, iates. Optam por restaurantes requintados e barzinhos onde se tenha cultura e uma boa musica. Se preocupam com a beleza e a exposição do corpo, alimentandose bem e freqüentando academias. São viciadas em compras, possuem seu próprio estilo procurando sempre inovar buscando diferencial e conforto nas peças adquiridas sem esquecer da modernidade. 68 Elas são sofisticadas, ousadas, exigentes e não gostam de moda descartável. Buscam estar bem vestidas o tempo todo até mesmo na moda beachwear. 8.3 Briefing do Produto Eternité é uma coleção Beach Wear, inspirada no luxo e nas artes do Egito, buscando toda sensualidade e mistério que esse país traz. A coleção é sofisticada, super moderna, usada para ir a festas em piscinas, caminhadas na praia, passeios de iate, ou até mesmo à noite em ocasiões mais requintadas. Contando com peças amplas, a modelagem é diferenciada sem perder o conforto, os tecidos serão mais finos e delicados e com ótimo caimento, como o cetim com elastano, jersey, lamê e a lycra mais macia. Muito brilho e metalizados nas cores azul marinho, dourado, prata, vermelho, verde, roxo, marrom e pérola. Os aviamentos são modernos, bordados, pedrarias e correntes que se misturam com argolas banhadas a ouro dando formas mais glamorosas as peças que lembram as riquezas do país tema, trazendo um luxo que vai muito além das areias. Como pontos positivos podemos destacar a leveza dos tecidos que dão maior conforto e liberdade, ergonômicas além das cores e estampas estarem de acordo com as tendências mundiais e o tema de inspiração escolhido, com muito requinte e bom gosto. Como pontos negativos dessa colação, está o cuidado ao manusear as peças pois são feitas em tecidos leves e delicados, os bordados e apliques requerem maior cuidado no processo de lavagem da mesma. 69 8.4 Briefing do mercado Os principais mercados a serem atingidos serão os Estados de Santa Catarina, expandindo para o Rio Grande do Sul. A comercialização das peças será feita através de atacado para os lojistas e varejo para o consumidor, nos demais pontos específicos das cidades escolhidas de cada estado. O produto virá em embalagens especificas da marca, sendo cada peça ainda embalada em saquinho com a logo da marca, as embalagens também contem o nome da marca e tem formatos diferenciados para que as peças não danifiquem. A concorrência primordial será com as demais marcas já existentes no mercado. Sendo elas mais conhecidas pelo público em geral, muitos desses, são fiéis a elas. Porém Eternité aposta na diferenciação e qualidade do seu produto para conquistar o público em geral. 70 9 PLANEJAMENTO DA COLEÇÃO 9.2 Painel Semântico A ferramenta painel semântico serve para colocar em evidência as principais características que o produto deve atribuir, visando atender um publico especifico e exigente. Essa ferramenta é composta por três painéis que mostram o publico alvo a ser alcançado e seu perfil, explica o conceito que o produto quer trazer para o consumidor e também o tema de inspiração. 71 9.1.2 Painel Público Alvo “Procura-se traçar uma imagem do estilo de vida dos futuros consumidores do produto”. (BAXTER, 2003) Figura 43: Painel do Público Alvo Fonte: Arquivo Pessoal O Painel do perfil do consumidor trata de passar para o leitor qual público será destinado, sendo representado de uma forma simples e clara para uma fácil leitura. Abordada as principais características do público que são, mulheres de classe A, bem informadas, independente financeiramente, vaidosas cuidam do corpo e aparência e são sofisticadas. 72 9.1.3 Painel Conceito O conceito do produto está diretamente ligado a agradar o público alvo,tornando o desejado, tendo que atender as necessidades, ser confortável, além de concordar com o tema, seguir tendências e ser sofisticado. Figura 44: Painel do Conceito Fonte: Arquivo Pessoal 73 9.1.4 Painel Tema Como inspiração na criação das peças, o tema escolhido é “Artes e Luxos do Egito” resgatando os mistérios desse povo, riquezas, formas, e buscando também as cores usadas em suas pinturas que trazem um ar de sofisticação a coleção. Figura 45: Painel do Tema Fonte: Arquivo Pessoal 74 9.1.5 Cartela de Cores Figura 46: Painel Cartela de Cores Fonte: Compilação de dados elaborada pelo autor O painel da cartela de cores demonstra as cores a serem usadas, as escolhidas para representar a coleção estão diretamente ligadas a temática, das quais são o vermelho, pérola, dourado, prata, verde, roxo, azul marinho e o marrom. 75 9.1.6 Painel de Tecidos Figura 47: Painel dos tecidos Fonte: Compilação de dados elaborada pelo autor Para Treptow (2003) os tecidos são a matéria prima do Designer de moda e é através deles que as idéias são transformadas em produtos. É de suma importância que o designer tenha conhecimento sobre as características dos tecidos, suas classificações, propriedades de caimento e adequação. Para a confecção da coleção de biquínis foram selecionados materiais que possuem um toque agradável e um bom caimento, alem da necessidade do elastano para uma melhor ergonomia da peça. A cartela de tecidos demonstra os materiais a serem utilizados na coleção. 76 9.1.7 Cartela de Materiais Figura 48: Cartela de Materiais Fonte: Compilação de dados elaborada pelo autor Aviamentos segundo Trepton (2003), são os materiais utilizados para a confecção de uma roupa além do tecido base. Os aviamentos podem ser utilitários ou apenas decorativos em uma peça. Os aviamentos escolhidos foram os mais variados sendo, bojos, fitas, elástico, botões, correntes, argolas e pedrarias. 77 10 PLANEJAMENTO DA COLEÇÃO A reunião de planejamento ou discussão, descrita por Pires (200:17), visa definir a quantidade de peças que a coleção terá, a distribuição das peças no mix de produtos, tempo de execução da coleção (cronograma), tempo de comercialização e potencial de faturamento. (TREPTOW, 2003:95). Uma coleção não nasce da noite pro dia. Ela segue etapas de desenvolvimento que vão desde a pesquisa de tendências de moda até a produção de material de apoio (tags, folders, catálogos, press realease, etc.) Para a elaboração de um cronograma devem-se listar todas as etapas previstas delimitando prazos de execução para cada uma. TREPTOW, 2003: 98) 10.1 Mix da Coleção Outra peculiaridade do setor é a diversificação do mix de produtos. Maiôs e biquínis são complementados por saídas de banho e outras peças de vestuário, bem como, acessórios, óculos de sol, chinelos etc. Nas mesmas tonalidades, tecidos ou estampas, ampliando as coleções de moda praia e tornando-as mais atrativas para o mercado consumidor. 10.2 Dimensão da Coleção O tamanho da coleção vai depender principalmente da estratégia de comercialização da empresa. Um confecção que vende para lojas multimarcas em uma ampla região poderá trabalhar com uma quantidade de modelos menor do que uma empresa que possui lojas próprias, que serão abastecidas apenas com aquela marca, ou que atuem em regiões muito reduzidas. Normalmente, o mínimo de uma coleção gira em torno de 20 a 30 peças, e no máximo em torno de 80. (TREPTOW, 2003: 104). 78 10.3 Desenvolvimento da Coleção 10.3.1 Geração de alternativas A geração de alternativas foi desenvolvida através do uso dos painéis como principal inspiração, sendo eles: painel do público, painel de tema, painel de materiais e painel de conceito do produto. Inicialmente foram feitas 45 alternativas, para serem escolhidas 15 para a coleção definitiva finalizando com 8 alternativas escolhidas para serem confeccionadas. Todas as peças procuram buscar o foco de inspiração trazendo o luxo e suas formas diferenciadas sem perder o conforto a leveza e delicadeza das peças. Prevalecendo a harmonia entre as peças, para que nenhuma delas ficasse excessivamente poluída, tornando assim o look pesado visualmente. 79 10.3.2 Alternativas Escolhidas Alternativa 1 Figura 49: Alternativa 01 Fonte: Autor Nas cores vermelho e perola, o top é de cetim com Jersey contendo bordado de pedras no meio dos seios, a calcinha tem barra de cetim com uma das laterais mais larga para a aplicação de um botão banhado a ouro, o fechamento é feito atrás com dois botões pequenos. 80 Alternativa 2 Figura 50: Alternativa 02 Fonte: Autor Nas cores vermelho e pérola, o top é de cetim balone com alças em corrente banhada a ouro,como fechamento á dois lacinhos em cetim para que não machuque ou cause desconforto ao pescoço, a calcinha é de jersey com a aplicação da corrente na barra. 81 Alternativa 3 Figura 51: Alternativa 03 Fonte: Autor Nas cores dourado e pérola, o top é de cetim sendo que as alças de jersey saem do busto formando um vestido nas costas onde se junta ao corpo por ter a amarração do top e na calcinha por ganchos que pegam nas argolas a barra tem modelagem mais larga e franzida de cetim sendo o resto da calzinha em Jersey para melhor se ajustar ao corpo. 82 Alternativa 4 Figura 52: Alternativa 04 Fonte: Autor Nas cores dourado e pérola, o top é de cetim com amarração no pescoço e elástico nas costas para se ajustar ao corpo, a calcinha tem barra de cetim com aplicação de pedras sendo o resto da calcinha em Jersey. 83 Alternativa 5 Figura 53: Alternativa 05 Fonte: Autor Nas cores dourado e azul marinho, o top é em Jersey com listras sendo que no meio do busto à duas argolas tendo amarração nas costas a calcinha também em Jersey tem as laterais em corrente mais delicada e maleável pra não machucar e se ajustar ao corpo. Tendo um vestido jogado em cima balone com botões banhados a ouro para fechar no pescoço podendo ser retirado e também usado em outras peças. 84 Alternativa 6 Figura 54: Alternativa 06 Fonte: Autor Em verde e dourado o modelo “engana-mamãe” que de frente é um maio e de costas parece ser biquíni é em Jersey sendo a calcinha listrada. 85 Alternativa 7 Figura 55: Alternativa 07 Fonte: Autor Todo em Jersey roxo o top as alça são com correntes e argolas misturadas, com amarração nas costas tendo a calcinha uma modelagem diferenciada, onde de frente a barra é franzida e de costas lisa com argolas nas laterais. 86 Alternativa 8 Figura 56: Alternativa 08 Fonte: Autor Nas cores roxo e prata o tope tem bojo frente única todo franzido, a calcinha tem barra de laterais mais larga com um nó na parte da frente para que fique franzido com uma saia que sai da frente e acaba na parte de trás, perfeita para quem quer ficar confortável sem se preocupar e se expor demais. 87 Alternativa 9 Figura 57: Alternativa 09 Fonte: Autor Todo em prata o top tem bojo um pouco franzido com uma alça diferenciada o fechamento é nas costas, a calcinha com recorte diferente tem as laterais franzidas com aplique de argolas. 88 Alternativa 10 Figura 58: Alternativa 10 Fonte: Autor Em azul e prata o top somente com uma alça tem aplique em pedra e acaba no meio das costas, a calcinha tem um nó na frente da barra com as laterais mais largas que dão maior conforto a peça. 89 Alternativa 11 Figura 59: Alternativa 11 Fonte: Autor Em azul marinho o top tomara que caia é em lâme com bojo inspirado nas saias que os egípcios usavam nas costas o elástico da segurança a peça, a calcinha tem barra com estampa de cobra. 90 Alternativa 12 Figura 60: Alternativa 12 Fonte: Autor O top tomara que caia tem barra franzida amarrando na frente com um nó e elástico nas costas para segurança da peça a estampa é de cobra, a calcinha tem barra em Jersey azul com recorte diferente e franzido, mais alta e comportada sendo o resto da calcinha em estampa de cobra formando o conjunto. 91 Alternativa 13 Figura 61: Alternativa 13 Fonte: Autor O top frente única tem bojo e peça banhada em ouro na alça formando o conjunto a calcinha com barra que começa fina em uma das laterais com o mesmo aplique de argola fica larga na outra lateral em estampa de cobra a parte inferior da calcinha é de cetim com elastano na cor dourado. 92 Alternativa 14 Figura 62: Alternativa 14 Fonte: Autor Com modelagem totalmente diferenciada a peça é toda em estampa de cobra sendo somente a barra da calcinha em Jersey pérola com fechamento nas costas e levemente franzida. 93 Alternativa 15 Conceitual Figura 63: Alternativa 15 Fonte: Autor A peça conceitual tem top frente única em cetim verde, a calcinha tem barra com corte diferente também em cetim sendo a parte inferior em Jersey branco, tendo o aplique de uma cobra que sai do top rodeia as costas e acaba na frente todo bordado com pedras e brilhantes. 94 10.4 Técnicas de Criatividade 10.4.1 Mescrai Mescrai é uma sigla de “Modifique (aumente e diminua), Elimine, Substitua, Combine, Rearranje, Inverta”. Esses termos são uma lista de verificações para estimular possíveis modificações no produto. (Baxter, 2000). No desenvolvimento das gerações de alternativas, percebeu-se que seriam possíveis algumas trocas de posição dos materiais utilizados e até mesmo de conjuntos. Através desta técnica desenvolvida, buscou-se encontrar e aprimorar pontos importantes no desenvolvimento da coleção combinando as peças com acessórios e bordados. 95 10.5 Alternativas Confeccionadas A coleção foi desenvolvida seguindo a proposta de que a mesma deve conter peças sofisticadas sendo ao mesmo tendo confortável. Por ser uma coleção moda praia voltada para mulheres com nível elevado e exigentes que buscam um diferencial não apenas para ir a praia mas para um volta de iate um almoço na piscina uma caminhada no shopping sem se expor demais, buscou-se alternativas que evidenciassem isso, gerando produtos direcionados a elas e proporcionando mais opções no mercado beach wear. Diante das quinze alternativas escolhidas para compor a coleção, foram escolhidas oito peças para serem confeccionadas. As alternativas escolhidas foram as de número 01 – 02 – 03 – 04 – 05 – 11 – 12 e 13. Que traduzem toda sofisticação e requinte do tema de inspiração. 96 Figura 64: Peça Executada Fonte: Autor Nas cores vermelho e perola, o top é de cetim com Jersey contendo bordado de pedras no meio dos seios, a calcinha tem barra de cetim com uma das laterais mais larga para a aplicação de um botão banhado a ouro. 97 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301001 Moldelo: 01 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data: 28-05-2008 DESENHO TÉCNICO FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 98 Materia prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Botão 1 20 2 1 mt 1 mt Dourado Maria Chiquinha R$ 10,00 un. Pedras Botão Jersey Cetim 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 Transparente One Touch Bijoux R$ 2,00 un. Dourado Bella Donna R$ 3,00 un. Pérola Modelle R$ 23,80 mt. Vermelho Modelle R$ 13,90 mt. Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar o tecido através do molde Unir a blusa frente e costas Unir o Centro Aplicar bordados no centro da blusa Aplicar botões Calcinha Cortar tecido conforme modelagem Costurar partes inferiores Passar viés Costurar Barra Acabamentos embutidos Aplicar botão Tesoura Overlock Máq. Cobertura Manual Manual Tesoura Overlock Máq. Cadarço Overlock Manual 99 Figura 65: Peça Executada Fonte Autor Nas cores vermelho e pérola, o top é de cetim balone com alças em corrente banhada a ouro, a calcinha é de jersesy com a aplicação da corrente na barra. 100 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301002 Moldelo:02 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data: 28-05-2008 DESENHO TÉCNICO – FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 101 Materia prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Corrente 2 mt Dourado R$ 20,00 mt Jersey 50 cm Pérola One Touch Bijux Modelle 23,80 mt Cetim 50 cm Vermelho Modelle 13,90 mt 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar conforme molde Unir tecido com o forro Colocar elástico Fazer barra Aplicar corrente Calcinha Cortar conforme molde Unir forro com fundo Unir frente e costas Aplicar elástico na lateral das pernas Aplicar viés cintura e lateral das pernas Aplicar corrente Tesoura Overlock Máq. Cobertura Reta Manual Tesoura Overlock Overlock Máq. Cobertura Overlock Manual 102 Figura 66: Peça Executada Fonte: Autor Nas cores dourado e pérola, o top é em cetim sendo que as alças de jersey saem do busto formando um vestido nas costas onde se junta ao corpo por ter a amarração do top e na calcinha por ganchos que pegam nas argolas a barra tem modelagem mais larga e franzida de cetim sendo o resto da calzinha em Jersey para melhor se ajustar ao corpo. 103 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301003 Moldelo: 03 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data: 28-05-2008 DESENHO TÉCNICO – FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 104 Materia prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Argola 3 Dourado Maria Chiquinha R$ 10,00 um. Bojo 1 par Branco Bella Donna R$ 2,00 par Ganchos 2 Dourado Maria Chiquinha R$ 0,50 un. Jersey 1 mt Pérola Modelle R$ 23,80 mt. Cetim 50 cm Dourado Anna Tecidos R$ 12,70 mt. Bojo 1 par Branco Bella Donna R$ 2,00 par 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 012 013 Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar partes do molde Cortar forro Costurar extremidades no bojo Costurar argolas Calcinha Cortar conforme molde Unir forro com o fundo Unir frente e costas Aplicar elástico e viés Colocar barra Costurar argolas Vestido Cortar conforme o molde duplo Juntar as duas partes Passar costura na barra para acabamento Tesoura Tesoura Máq. Reta Máq. Reta Tesoura Overlock Overlock Máq. Cobertura Overlock Reta Tesoura Overlock Overlock 105 Figura 67: Peça Executada Fonte: Autor Nas cores dourado e pérola, o top é de cetim com amarração no pescoço e elástico nas costas para se ajustar ao corpo, a calcinha tem barra de cetim com aplicação de pedras das quais foram trocadas por um tamanho menor para maior conforto da peça, sendo o resto da calcinha em Jersey. 106 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301004 Moldelo: 04 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data:28-05-2008 DESENHO TÉCNICO – FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 107 Materia prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Pedras 5 Branco R$ 5,00 un. Cristal 50 Transparente One Touch Bijoux Casa da Linha R$ 0,50 un. Jersey 50 cm Branco Modelle R$ 21,70 mt Cetim 1 mt Dourado Anna Tecidos R$ 12,70 mt 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar tecido conforme molde duplo Unir as partes Passar elástico nas costas Unir costas Passar cordão no pescoço Calcinha Cortar partes do molde Unir forro com o fundo Unir frente e costas Aplicar elástico e viés Colocar barra Aplicar pedras Manual Overlok Reta Overlock Manual Tesoura Overlock Overlock Máq. Cobertura Oberlock Manual 108 Figura 68: Peça Executada Fonte: Autor Nas cores dourado e azul marinho, o top é em Jersey com listras sendo que no meio do busto à duas argolas tendo amarração nas costas a calcinha também em Jersey tem as laterais em corrente mais delicada e maleável pra não machucar e se ajustar ao corpo. Tendo um vestido jogado em cima balone com botões banhados a ouro para fechar no pescoço podendo ser retirado e também usado em outras peças. 109 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301005 Moldelo:05 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data: 28-05-2008 DESENHO TÉCNICO – FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 110 Materia prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Botão 2 Dourado Bella Donna R$ 3,00 un. Corrente 2 mt Dourado R$ 15,00 mt Bojo Bolha 1 par Branco Maria Chiquinha Bella Donna R$ 2,00 par Jersey 1 mt Pérola Bella Donna R$ 25,80 mt Tinta de Tecido 1 Tubo Azul Kagine R$ 15,00 um. Cetim 1 mt Dourado Modelle R$ 13,40 mt 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 012 013 014 Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar conforme molde Costurar extremidades no bojo Fechar alças Costurar correntes entre o bojo Calcinha Cortar conforme molde Unir forro com o fundo Unir frente e costas Aplicar elástico e viés entre as pernas e na barra Aplicar corrente Vestido Cortar conforme molde duplo Unir as duas partes com elástico para franzir Unir com a gola Costurar elástico nas costas Aplicar botões na gola para fechamento Tesoura Reta Overlock Reta Tesoura Overlock Overlock Máq. Cobertura Manual Tesoura Overlock Reta Reta Manual 111 Figura 69: Peça Executada Fonte: Autor Em azul marinho o top tomara que caia é em lâme com bojo inspirado nas saias que os egípcios usavam nas costas o elástico da segurança a peça, a calcinha tem barra com estampa de cobra. 112 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301011 Moldelo: 11 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data: 28-05-2008 DESENHO TÉCNICO – FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 113 Matéria prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Lâme 1 mt 50 cm Azul Bella Donna R$ 32,60 mt Estampa de Cobra Modelle R$ 28,80 mt Malha 001 002 003 004 005 006 007 008 Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar tecido conforme molde Unir blusa embutida junto nas extremidades do bojo Unir parte das costas passando elástico Calcinha Cortar tecido conforme molde Unir forro com o fundo Unir frente com as costas Aplicar elástico e viés entre as pernas Costurar Barra Tesoura Reta Reta Tesoura Overlock Overlock Máq. Cobertura Overlock 114 Figura 70: Peça Executada Fonte: Autor O top tomara que caia tem barra franzida amarrando na frente com um nó em estampa de cobra, a calcinha tem barra em Jersey azul com recorte diferente e franzido. 115 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301012 Moldelo: 12 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data: 28-05-2008 DESENHO TÉCNICO – FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 116 Materia prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Malha 1 mt Modelle R$ 28,80 mt Jersey 20 cm Estampa de Cobra Azul Bella Donna R$ 20,00 mt 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar conforme molde Unir barra com forro Costurar elástico no forro Costurar barra na blusa Calcinha Cortar conforme molde Unir forro com o fundo Unir frente e costas Aplicar elástico e viés entre as pernas Aplicar viés na barra Costurar barra na calcinha Tesoura Overlock Reta Overlock Tesoura Overlock Overlock Máq. Cobertura Máq. Cobertura Overlock 117 Figura 71: Peça Executada Fonte: Autor O top frente única tem bojo e peça banhada em ouro na alça formando o conjunto a calcinha com barra que começa fina em uma das laterais com o mesmo aplique de argola fica larga na outra lateral em estampa de cobra a parte inferior da calcinha é de cetim com elastano na cor dourado. 118 Ficha Técnica Marca: Eternité Referência: 301013 Moldelo: 13 Coleção: Artes e Luxos do Egito Data: 28-05-2008 DESENHO TÉCNICO – FRENTE E COSTAS Segmento: Beach Wear MODELAGEM (medidas reais em escala ilustrativa) 119 Materia prima e Aviamentos Quantidade Cores Fornecedor Preço Argola 2 Dourado Maria Chiquinha R$ 7,00 un. Fecho 2 Transparente Kagine R$ 0,50 un. Bojo 1 par Branco Bella Donna R$ 2,00 par Malha 50 cm Modelle R$ 25,20 mt Cetim 20 cm Estampa de Cobra Dourado Modelle R$ 12,70 mt 001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 Seqüência Operacional Equipamentos Top Cortar conforme molde Unir laterais e extremidades no bojo Passar viés para unir bojos Colocar argola Colocar fecho Calcinha Cortar tecido conforme modelagem Costurar partes inferiores Passar viés Costurar Barra Acabamentos embutidos Aplicar argola Tesoura Reta Máq. Cobertura Reta Reta Tesoura Overlock Máq. Cobertura Overlock Reta 120 10.6 Release da Coleção 121 10.7 Desenvolvimento da marca Para a marca o nome escolhido tem ligação com o tema de inspiração, sendo os Egípcios buscadores da vida eterna, dando identidade a coleção. Optou-se por trabalhar com um fundo de ramos em um tom mais claro combinando com a escrita da marca. Todas as alternativas foram geradas pensando na sofisticação da marca. 10.7.1 Alternativas geradas Para a elaboração das alternativas foram usadas variações de cores e ramos com características requintadas, buscando uma identidade visual com a marca. Figura 72: Alternativa 01 da Marca Fonte: Autora 122 Figura 73: Alternativa 02 da Marca Fonte: Autor Figura 74: Alternativa 03 da Marca Fonte: Autor Figura 75: Alternativa 04 da Marca Fonte: Autor 10.7.2 Alternativa Escolhida Figura 76: Alternativa 02 da Marca Fonte: Autor Buscando a harmonia optou-se pela alternativa 02, por apresentar ramos mais sofisticados e ricos, as cores combinam entre si e trazem sobriedade, traduzindo o conceito inicial da marca, sofisticação e requinte. 123 11 Detalhamento do Projeto O projeto em questão trata de uma coleção moda praia com ênfase na sofisticação e luxo, visando suprir as necessidades e desejos de mulheres exigentes que buscam diferencial no produto dos demais encontrados no mercado. Alem de apresentar estampa que estão na moda e modelagem requintada. Os produtos não apresentam características contrarias as normas da ergonomia, pois apresentam tecidos elásticos e confortáveis. As modelagens foram confeccionadas de acordo com o publico em questão que alem de seguras são presas com amarrações e ganchos, não causam incomodo ou desconforto, sendo confeccionadas nos tamanhos P, M e G. No decorrer da montagem das peças, as mesmas foram feitas para melhor atender as necessidades de mercado encontradas nas pesquisas e alcançar a proposta da coleção e seu conceito, conforto, desejo, sofisticação e usabilidade. 11.1 Função Estético Formal Segundo Gomes Filho (2004, p.51), “A harmonia é, em síntese, o resultado de uma perfeita articulação visual na integração e coerência formal das unidades ou partes daquilo que é apresentado, daquilo que é visto”. De acordo com as Leis da Gestalt, a coleção encontra-se em perfeita harmonia, com linhas mistas, composta por linhas geométricas e orgânicas bem equilibradas, de acordo com as tendências. “O contraste, é também uma contra força á tendência do equilíbrio absoluto, ele desequilibra, sacode, estimula e atrai a atenção”. (GOMES FILHO, 2004, p.62) O material predominante nas peças é o cetim e o Jersey, forrada com forro 100% Poliamida, bastante resistente. Prioriza-se o conforto para as usuárias na escolha dos tecidos bem leves. Para adornar as peças, optou-se por aviamentos banhados a ouro, traduzindo o luxo e sofisticação do tema. 124 Os produtos da marca são identificados através das etiquetas internas e da etiqueta externa que contem o logotipo da marca Eternité. Alem de terem um bom acabamento e estilo único da coleção. 11.1.1 Função de Uso A coleção desenvolvida tem prioridade de uso para passeios de iate, almoços ou festas em piscinas, caminhadas na praia e shopping. Tratando-se de mistura de matérias e tecidos, houve a preocupação de priorizar o conforto, tratando-se de confeccionar peças sofisticadas e com modelagens adequadas. A estética da coleção apresenta alto valor agregado. Alem de tecidos delicados, a coleção é adornada com aviamentos banhados a ouro, resgatando o luxo do tema de inspiração. Com toda essa riqueza as peças podem também serem usadas em outras ocasiões, onde, combinadas com outras peças, podem ser usadas para sair a noite para festas, tornando a composição um look noite. Voltadas de acordo com o gosto e necessidades do publico. 11.1.2 Função ergonômica A origem da palavra ergonomia vem do grego: ergon (trabalho) e nomos (legislação, normas). Os primeiros estudos da ergonomia foram totalmente voltados à configuração do trabalho adaptado ao homem, considerando-se a configuração das ferramentas, máquinas e do ambiente de trabalho. O alvo, no entanto, estava no desenvolvimento de bases cientificas para a adequação das condições de trabalho às capacidades e realidades da pessoa que trabalha (GRANDJEAN, 1998). A ergonomia é considerada por alguns autores como ciência enquanto geradora de conhecimento. Outros autores a enquadram como tecnologia, por seu caráter aplicativo de transformação. Atualmente esse campo tem desenvolvido estudos mais abrangentes e conseqüentemente novos conceitos. Apesar das divergências conceituais, alguns aspectos são comuns às várias definições existentes como a aplicabilidade dos estudos 125 ergonômicos, a natureza multidisciplinar, o fundamento nas ciências e os objetos de estudo: a concepção do trabalho e a concepção de produtos. Uma visão mais atual mostra o significado social da ergonomia através do conforto, da segurança do bem-estar e da saúde. Apresentando ênfases com características genéricas tais como antropométricas altura, comprimentos, largura), esforços musculares ( contrações musculares, consumo de oxigênio) e psicosociológicas (a visão, audição, olfato, tato), (VIDAL, 2002). Tratando se moda praia, procurou-se executar peças confortáveis mediante técnicas ergonômicas, tratando-se dos acessórios as peças foram feitas e testadas de acordo qual lugar elas seriam colocadas. 11.1.3 Fatores Ergonômicos identificados na Coleção A principal tarefa do projeto é prevalecer o conforto, porem não deixando de lado a estética e sofisticação. Tratando-se de segurança, as peças da coleção foram confeccionadas diante medidas especificas, fazendo que a peça fique de acordo com o corpo do usuário. Já no acessório, as peças tem acabamento com feches de plástico amarrações e elástico, que não machucam proporcionando segurança a peça com os materiais. A prioridade de manter o conforto levou a escolha de tecidos delicados e leves, assim proporcionando um bem estar para a cliente, tratando se da maleabilidade. Já os aviamentos são colocados em lugares específicos para que não machuquem ou apertem. Os tecidos escolhidos para a coleção são o cetim de seda, Jersey e lâme. As pedras nos bordados são cristais swarovski, juntamente com botões correntes e argolas banhadas a ouro. A sensibilidade através dos tecidos junto com os aviamentos geram uma satisfação do cliente com o produto. Tratando se de mulheres, as principais usuárias, para execução deste, foram respeitadas as características do corpo feminino, em questão 126 antropométricas, sendo as medidas corporais e questões biomecânicas, sendo os movimentos. As peças exigem cuidados na lavagem por serem delicados e por haver bordados e aviamentos que podem ser danificados. Para melhor conservação, manter as peças em local arejado e limpo, de preferência dentro dos sacos das próprias embalagens. A disposição adequada do produto na vitrine facilita a visão do consumidor, podendo identificá-lo através da combinação de materiais sofisticados com tecidos leves e delicados.De acordo com o tecido, pode-se sentir a leveza e delicadeza das peças percebendo o seu caimento. A combinação dos acessórios banhados a ouro com os tecidos, proporcionará bem estar para o usuário, pelo fato de estar usando uma peça diferenciada das demais existentes, trazendo para a moda praia um destaque. 11.1.3.1 Antropométrica A adequação antropométrica também é um fator importante para o sucesso do produto, pois todas as medidas devem ser de acordo com o ser humano e suas variações de tamanho. De acordo com o site ABRAVEST é importante definir as medidas e dimensões chaves do corpo humano Brasileiro, estruturando-se uma base confiável pelos diversos segmentos industriais, traçando-se perfis regionais, visto que nossa população é formada por uma mistura de povos e raças, com diferenças muito significativas de biótipos. Para proporcionar uma melhor adequação das peças é necessário basear-se em estudos da anatomia humana do público que se quer atingir, sendo esta uma preocupação que visa a melhoria do conforto, segurança, resistência, praticidade e durabilidade. 127 TAMANHOS MANEQUINS Busto Cintura Quadris Compr. Blusa Larg. Costas Larg. Braço Ombro PP 36 38 82 66 88 40 34 26 11,5 P 40 86 70 92 41 35 26 11,5 M G 42 44 46 90 94 74 78 96 100 42 43 36 37 27 28 12 12,5 98 82 104 44 38 30 13 102 86 108 45 39 32 13,5 50 GG 52 54 106 110 90 94 112 116 46 47 39 40 34 36 14 14,5 114 118 98 102 120 124 48 49 40 41 38 39 15 15,5 48 Figura 77: Tabela manequim Fonte: Revista Manequim 11.1.4 Sistema Construtivo No vestuário, após a escolha das peças a serem confeccionadas, segue a confecção dos moldes nas seguintes etapas: tirou-se as medidas de acordo com o tamanho pretendido; Seguindo, fez-se a modelagem de todas elas, após alguns ajustes e acertos, os moldes foram finalizados e assim podendo saber exatamente o quanto de tecido seria usado para cada peça, alem da escolha dos aviamentos e acabamentos. Com os tecidos em mãos, os moldes foram riscados nos mesmos, de acordo com o planejamento, respeita-se sempre o fio indicado na descrição do molde adequado a cada tecido. Após o risco, corta-se as peças conforme as especificações de qualidade, seguindo, foram unidas preparando-se para a costura. As costuras foram feitas unindo as partes e assim dando formato as peças, as maquinas usadas são: elastiqueira, overlock, cobertura e reta, sempre utilizando agulhas e regulagem especificas para estes tecidos. Seguindo, faz-se também os acabamentos em cada peça de acordo com as necessidades de cada uma. Com a parte da costura concluída, cada uma das peças exige um tipo de diferencial como: etiquetas, argolas, correntes, fechamentos. Com a peça finalizada, revisa-se as costuras e dobra-se, para ser então embalada e fixado o tag. 128 11.1.5 Processo de Fabricação Figura 78: Modelagem Fonte: Autor Figura 79: Encaixe Fonte: Autor Figura 80: Corte Fonte: Autor Figura 81: Costura Fonte: Autor 11.1.6 Função Operacional Os aviamentos são aplicados manualmente nas peças com toda delicadeza, os fechamentos são fáceis como amarrações, elásticos, botões e que se entrelaçam buscando a sofisticação proposta no conceito da coleção e o diferencial exigido por seu publico. 11.1.7 Função Informacional As informações sobre os produtos da coleção serão fornecidos pelo Sac da empresa, ou ainda estarão descritas nas etiquetas internas, externas ou nos tag’s. 129 Telefone: 0800 0700014 E-mail: [email protected] Site: www.eternite.com.br a) Etiquetagem As etiquetas contidas nas roupas serão aplicadas em silk. Apostando numa melhor comodidade para o usuário e para que não haja o risco da etiqueta ser cortada e posteriormente o usuário tenha duvidas na hora da lavagem. b) Informações contidas nas etiquetas: Tamanho da Peça: Representadas pelas letras P, M, G, GG Nome da Marca: Eternité Identificação Fiscal: CNPJ Pais de Origem: Brasil Identificaçao das fibras têxteis: 97% Poliamida 3% Elastano, Forro 100% Poliamida Cuidados para a conservação do produto: Lavagem: somente manual. Alvejamento a Base de Cloro: não pode ser usado alvejante a base de cloro na lavagem da peça. Processo de Secagem: a secagem do produto tem que ser natural e pode ser na vestical. Como Passar a Peça: a temperatura máxima a ser utilizada é de 100C. Limpeza a Seco: a peça é sensível para a lavagem a seco. 130 c) Modelo da Etiqueta Figura 82: Etiqueta Fonte: Autor d) Tag O tag vira aplicado na peça preso por uma corrente banhada a ouro que pode ser usada como tornozeleira. Na frente terá a logo da marca e atrás o release da coleção. Figura 83: Frente Tag Fonte: Autor 131 Figura 84: Costas Tag Fonte: Autor 132 e) Embalagens As embalagens serão em dois formatos, a primeira em formato de sacola com alça em corrente, onde cada peça ainda é colocada em um saco de tecido para melhor se acomodarem e não haver danificações as peças. A caixa própria para peças maiores terá alça de plástico com aplicação de strass, onde as peças com bojos e vestidos se acomodam perfeitamente. Figura 85: Embalagem 1 Fonte Autor Figura 86: Embalagem 2 Fonte: Autor 133 f) Cartão de Visita Figura 87: Cartão de Visita Frente e Costas Fonte: Autor 11.1.8 Função de Marketing O lançamento da coleção será na sede da empresa em Balneário Camboriú, onde será montada uma ambientação coerente com o tema de inspiração. O produto será vendido por varejo em lojas do seguimento beach wear, podendo assim abrager cada vez mais clientes e seu lugar no mercado do país. A empresa atuará inicialmente no estado de Santa Catarina, em todo o litoral. Posteriormente almeja abrager o estado do Rio Grande do Sul. O produto será divulgado na Internet principalmente. Utilizando também outdoors e catálogos como ferramenta de propaganda. O preço será elaborado para os clientes a partir da quantidade do pedido de acordo com os representantes envolvidos. E o preço de varejo será estabelecido pelas lojas que vendem os produtos da coleção. 134 11.1.9 Distribuição A coleção será distribuída primeiramente no estado de Santa Catarina em todo o litoral, e posteriormente almeja-se distribuir para o estado do Rio Grande do Sul. Haverá disponibilidade para a abertura de franquias ou a venda dos produtos em lojas de multi-marcas especializadas em beach wear. 135 12 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com o objetivo de desenvolver produtos com diferencial para atender um publico exigente foram realizadas pesquisas, as quais possibilitaram a execução deste trabalho de conclusão de curso, com ênfase no segmento Beach Wear de luxo. Após uma ampla pesquisa os dados apontados foram, o grande crescimento do mercado de luxo e o aumento nas vendas Beach Wear. Sabendo-se então com essas informações que o projeto atenderia as tendências do mercado e as necessidades de suas consumidoras. Nos dias de hoje as pessoas buscam atender seus desejos emocionais, tendo então o designer que explorar os sentimentos do consumidor, conquistando um público fiel. O mercado de luxo, mais do que qualquer outro, objetiva comprar produtos com aura de exclusividade, que proporcionem um momento de prazer. Foram feitas pesquisas para assim definir com exatidão o material a ser usado. Após a escolha destes houve a preocupação de manter harmonia entre os diferentes tipos de materiais. Posteriormente foi feito a coleta desses, e alguns testes executados para saber qual seria a viabilidade dele durante o trabalho executado. A pesquisa de campo, traçou uma linha para o trabalho, auxiliando na geração de idéias, nas modelagens mais adequadas, garantindo mais sucesso no lançamento da coleção. A temática, foi fundamental dando identidade a coleção. “Artes e Luxos do Egito”. De forma exclusiva e enriquecendo o projeto com sofisticação, inspirando as composições por suas formas, cores e estampas, aviamentos, atendendo aos requisitos do público-alvo. Muitos dos componentes utilizados na elaboração dos modelos finais ou protótipos possuem características próximas as desejadas pelas consumidoras, não sendo sempre os que o projeto especifica. Apesar das dificuldades, o trabalho foi executado obtendo resultados satisfatórios, para assim agradar o público desejado. 136 13 REFERÊNCIAS BAXTER, Mike. Projeto de produto. São Paulo: Edgard Blücher, 2001. GRANDJEAN, E. (Etienne). Manual de ergonomia: adaptando o trabalho ao homem. E. Ed. Porto Alegre: Bookman, 1998. GOMES FILHOO, J. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonômica. São Paulo: Escrituras, 2003. PALOMINO, Erika. A moda. São Paulo: Publifolha, 2002. TREPTOW, Doris. Inventando Moda: planejamento de coleção. Editora D. Treptow. Brusque, 2003. SITES CONSULTADOS Introdução disponível em: <http://orebate-cassioribeiro.blogspot.com/2007/12/biquini-evoluo-dos-quatrotriangulos.htm Introdução disponível em: <http://www.soulbrasil.com/index.php?lang=br&mn2_ban=cultura&page=mn2/c ulture/001.php História do Biquini disponível em: <http://almanaque.folha.uol.com.br/biquini.htm> Acesso em 13 de março de 2008. 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