Um legAdo Ao BrAsil
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Um legAdo Ao BrAsil
Alumínio & Cia. revista # 22 maio / junho de 2012 MERCADO Política imobiliária brasileira é segura Pg. 11 Atualidades Três novos associados à rede Esquadria & Cia. Pg. 20 FIQUE POR DENTRO Ruy Ohtake aproveita os benefícios do alumínio Pg. 30 Um legado ao Brasil Melhorias para a Copa do Mundo favorecem mão de obra e infraestrutura Editorial Herança para nossos filhos A menos de dois anos da Copa do Mundo no Brasil, operários e maquinários trabalham em vários canteiros de obras para concluir, em tempo, reformas de antigas instalações e construção de novas edificações para acomodar turistas, além dos próprios estádios, que receberão as aguardadas partidas do Mundial. E a pergunta desta edição de capa é: qual o legado a ser deixado para as próximas gerações? As obras não se limitam a hotéis e estádios, tanto que uma das principais preocupações de especialistas é a melhoria na mobilidade urbana. Não é novidade alguma que nas principais capitais brasileiras o trânsito está à beira do caos, bem diferente das situações presenciadas na Europa e no Japão, onde os sistemas públicos de transporte são suficientes para atender a demanda local. Este tema é debatido por Bruno Batista, diretor-executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), como você poderá ler na seção Entrevista. A construção civil, um dos segmentos mais comentados da atualidade, ligado diretamente ao evento futebolístico, é o escopo da pauta de Mercado. Existem muitas especulações sobre uma possível bolha imobiliária no País, ponto de vista refutado por importantes sindicados do setor. O Mundial, por sinal, transita entre os principais motes da grande imprensa e deve trazer felicidade aos brasileiros, que depois de aproximadamente 60 anos poderão acompanhar as principais seleções do planeta de perto. Será, entretanto, que a população é e está feliz? Será que a sonhada alegria envolve grandes eventos e dinheiro, por exemplo? A Organização das Nações Unidas (ONU) tem achado respostas por meio de um estudo recém-divulgado. Em breve nós, residentes no Brasil, teremos um levantamento feito com base em nossa própria realidade. É aguardar para ver. E como o foco desta revista é mensurar questões que envolvam o alumínio e também as esquadrias, o que de melhor tem acontecido na área, nas últimas semanas? A Feira de Transportes no Chile, promovida em março, e a ExpoAlumínio, realizada em terras brasileiras em abril, figuraram entre as exposições que movimentaram o maior número de especialistas e as principais empresas responsáveis por manusear o metal. Muitas novidades foram apresentadas. Fica meu convite, aqui, para que possa folhear estas páginas e saber mais sobre cada um dos assuntos que, certamente, vão lhe ajudar. Leandro Giometti Editor Executivo 6 www.aluminioecia.com.br Ano IV Maio/Junho 2012 Produzida para Alcoa Alumínio S.A. por CDI Comunicação Corporativa 11 3817-7900 Coordenação Técnica Nathalia Coelho Editor Executivo Leandro Giometti – Mtb 41.229-SP Redação Juliana Pirajá Luiz Felipe T. Erdei Milena Sartorelli Colaboração Paulo Gentile Projeto Gráfico e Diagramação CDI Comunicação Corporativa Revisão Juliana Pirajá Leandro Giometti Luiz Felipe T. Erdei Impressão Eskenazi Indústria Gráfica Ltda. Tiragem: 12 mil exemplares Fale conosco Encaminhe suas dúvidas, críticas ou sugestões para a Alumínio & Cia. em revista, por meio do endereço eletrônico alcoa. [email protected] ou via Correios para a Rua Heitor Penteado, 47 - Casa 1 – Vila Anna, São Paulo (SP), CEP 05437-000. Telefone (11) 3862-3142. ERRATA Na matéria publicada na edição 21, pág. 36, “Edifício mineiro recebe consultoria da Alumínio & Cia.”, o trabalho de consultoria não foi realizado pela Rede Alumínio & Cia., mas sim pela BM Consultoria. A Rede Alumínio & Cia., na verdade, fornece as linhas desenvolvidas pela Alcoa. sumário Alumínio & Cia. # 22 CURTAS Brasil terá índice para medir a felicidade Pg. 06 Espaço Alcoa Empresa reforça sua presença na Feira Mecânica Pg. 07 EQUIPE Alumínio & Cia. Raw Alumínio chega à Vila Prudente Pg. 09 Entrevista Setor de transportes enfrenta gargalos Pg. 14 Em foco ExpoAlumínio: repaginação e atualização de negócios Pg. 16 OPINIÃO Chumbadores e fixadores são vitais em uma obra Pg. 19 PROJETOS Fachadas de alumínio estampam aeroporto na Argentina Pg. 32 CONSULTORIA Software de planejamento facilita vida de fabricantes Pg. 36 CAPA Sustentabilidade, uma marca registrada do Mundial Pg. 24 maio/junho 2012 7 curtas Relatório da ONU abre debate sobre o que faz um país feliz Conceitos da linha Unit são apresentados pela equipe Técnica Alcoa O bem-estar de uma população está além da riqueza econômica e envolve, também, liberdade individual, trabalho, saúde, espiritualidade, estabilidade familiar, entre outros fatores. É o que revela o “Relatório da Felicidade Global” divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, no início de abril de 2012. Feito com base em pesquisas de opinião realizadas em 150 regiões do mundo e em exemplos como o do país asiático Butão – que desde 1972 possui um índice para medir a Felicidade Interna Bruta (FIB) –, o relatório traz uma lista dos locais mais felizes do planeta, na qual o Brasil aparece em 25º lugar, e a Dinamarca em primeiro. O tema está também entre as pautas discutidas na Rio+20, conferência global sobre desenvolvimento sustentável, realizada no Brasil em junho deste ano. Em breve, o País terá um índice adaptado à sua própria realidade. O Instituto de Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) iniciou, no ano passado, pesquisas que levam em conta algumas variáveis como saúde, educação, violência, renda e comportamento em relação ao dinheiro. Treinamentos Para fabricantes Um projeto, um produto ou um serviço que se disponha a satisfazer o consumidor final ou suas cadeias de atuação precisam obedecer a critérios de qualidade. Com o desígnio de atingir fabricantes de esquadria de alumínio para que sejam entregues soluções confiáveis, a Alcoa desenvolve, constantemente, treinamentos relacionados ao manuseio de perfis. Para Wilson Escarizza, Projetista e Consultor Técnico da Rede Alumínio & Cia., por meio das lições repassadas nos encontros os fabricantes têm a oportunidade de conhecer melhor as novidades desenvolvidas pela Alcoa. “O plano é levar o produto até os fabricantes. Abordamos, por exemplo, conceitos da Unit, que é uma linha muito bem recebida por cerca de 80% dos que trabalham com ela em seu dia a dia”, comenta. Divididos em várias frentes, os exercícios envolvem apresentação teórica dos produtos Alcoa e demonstrações de projetos. “A parte prática abrange a montagem propriamente dita, podendo o fabricante pegar o perfil em mãos, cortá-lo e montá-lo”, comenta Escarizza. “Podem participar serralheiros, donos de lojas e também mestres de serralherias. Todos têm a oportunidade de questionar o professor quando existem dúvidas”, conclui. Parceria com o SENAI A Alcoa, a Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (AFEAL) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) estabeleceram uma parceria para criar o “Curso Básico de Serralheria em Alumínio”, que tem como foco oferecer qualificação de nível básico a profissionais que desempenham atividades com esquadrias, portões e também grades. Para se inscrever no curso, basta comparecer a uma das unidades abaixo: 8 www.aluminioecia.com.br SENAI Mariano Ferraz SENAI Orlando Laviero Ferraiuolo Rua Jaguaré Mirim, 71 Vila Leopoldina, São Paulo (SP) Contato: Mario (Instrutor) Fone: (11) 3641-0024 Rua Teixeira de Melo, 106 Bairro Tatuapé, São Paulo (SP) Contato: Humberto (Instrutor) Fone: (11) 2227-6900 Rede Alumínio & Cia. na 29ª Feira Mecânica Única empresa do setor de extrusão de alumínio a participar do evento, a Alcoa foi destaque na 29ª Feira Internacional Mecânica, realizada de 22 a 26 de maio no Parque de Exposições do Anhembi, em São Paulo. A feira é promovida bienalmente com o objetivo de ampliar as oportunidades de negócio do setor, reunindo compradores em potencial e empresas fornecedoras que são referência de mercado. Uma das grandes forças da Alcoa, a Rede Alumínio & Cia. marcou um dos pontos altos da participação da mineradora no evento, já que a rede hoje é a maior revendedora de alumínio do Brasil. No estande também foi apresentado todo o portfólio de produtos da companhia. “A nossa participação reforçou a presença da Alcoa no mercado industrial. Foi uma chance de alavancar novas oportunidades de negócio em todas as Exposição é oportunidade para alavancar negócios áreas de atuação”, comenta Reginaldo Iwase Otsu, Gerente de Produtos de Extrudados da Alcoa. Além de consolidar a posição da Alcoa como uma das líderes do setor, a feira também evidenciou a importância da sinergia entre as unidades de negócio para assegurar a qualidade dos produtos oferecidos . Para Vitor Sabino, colaborador da Administração de Extrudados, o evento serviu também para tornar ainda mais estreito este bom relacionamento entre outras áreas da companhia. “Eu tive a oportunidade de conhecer colegas de outras unidades, pessoas com quem eu geralmente só tinha contato por e-mail ou telefone”, finaliza. Rodas forjadas para o mercado chileno As vantagens e os benefícios do alumínio não se restringem a soluções em esquadrias e grandes painéis de fachada e utilização nos segmentos de bens de consumo, indústria elétrica e embalagens. Prova disso pôde ser conferida durante a Feira Internacional de Transportes Anac 2012, realizada no mês de março em Santiago, no Chile. Durante o evento, a Alcoa expôs as novidades da área de rodas forjadas por meio de produtos de diversos tamanhos e com a opção de acabamento superficial Dura-Bright®, tecnologia patenteada e cunhada pela companhia para facilitar o processo de limpeza dessa importante peça. As soluções, no entanto, não ficaram limitadas às rodas, tanto que a área de Laminados exibiu uma chapa de alumínio pré-pintada, utilizada no revestimento de implementos rodoviários, que permite inclusive fácil aplicação em comunicação visual. O setor de Extrudados também apresentou seus diferenciais ao levar para o Chile soluções aplicadas em carrocerias. No mesmo estande, a Alcoa ostentou sua Chapa Antiderrapante focada no segmento de transportes, que agrega escadas e plataformas de carga e descarga e tem como diferenciais segurança aos trabalhadores, fácil manuseio do produto e ótima resistência à corrosão e ao contato com agentes químicos. A Alcoa procurou deixar claro que ao ofertar seu portfólio de produtos, entrega concomitantemente soluções em cálculo estrutural, desenvolvimento de novas ferramentas de extrusão, especificação de ligas, suporte em processos de alumínio e produção de perfis com grandes dimensões. Benefícios das rodas forjadas Ecologicamente corretas e resistentes a corrosões, rodas forjadas possuem exclusivo acabamento superficial • Ecologicamente corretas (100% recicláveis); • Resistentes a corrosões; • Mais leves em comparação a rodas feitas de outros materiais; • Dissipam melhor a temperatura, economizando pneus, lonas e pastilhas de freios; • Permitem aumento da carga transportada por oferecerem até 1 tonelada de economia de peso total do conjunto; • Não necessitam de pintura (apenas um polimento); e • São mais duráveis. maio/junho 2012 9 Foto: Divulgação Espaço ALCOA Café da manhã integra parceiros Ação recebe elogios dos participantes, que exaltam a aproximação até entre concorrentes Já pensou o quão complexo é o processo de fabricação de um veículo ou de um computador? Já pensou que o mesmo se repete em outros segmentos, mas de outras maneiras? A Alcoa, por exemplo, é especialista em soluções de alumínio para diversos fins, que contemplam desde as esquadrias até o setor aeroespacial. Esta publicação também passa por um processo minucioso, pensado para entregar aos leitores conteúdos atualizados e relevantes. Em paralelo, o estreitamento da relação com os parceiros tem se mostrado um ótimo meio para aprimorar ainda mais a qualidade. E foi por conta deste e outros pressupostos que a Alcoa, empresas amigas e as equipes editorial e de distribuição da Revista Alumínio & Cia. se reuniram em um café da manhã promovido em abril, na fábrica de Utinga. “Das 40 parceiras convidadas, apenas duas se ausentaram, o que mostra como a publicação é bem vista por todos”, declara Cintia Petean, Coordenadora de Mercado da Construção Civil da Alcoa. Todos notaram as recentes mudanças da revista, dos layouts de cada uma das páginas até o conteúdo. Porém, foi no dia seguinte ao encontro que Cintia teve a oportunidade de perceber os seus efeitos. “Um dos parceiros me parabenizou pela ação, principalmente porque aproximou fornecedores concorrentes, que tiveram a oportunidade de trocar informações”, avalia a coordenadora. Segundo Reginaldo Iwase Otsu, Gerente de Produtos de Extrudados da Alcoa, além de transmitir que existe uma preocupação em assegurar o bom relacionamento entre os que fazem parte da cadeia do alumínio, o evento mostrou que a revista é um elo para os negócios, ajudando no entendimento do mercado.“Estamos conversando com um público segmentado e crítico. Por isso, procuramos tratar sobre pautas relevantes por meio de leitura simples, para que todos possam compreender o que está exposto”, conta. “No evento, todos perceberam tratar-se da principal mídia, hoje, do setor de construção civil dentro do mercado de fabricantes de esquadria”, finaliza. Melhor fornecedora ADmirada mais uma vez A Alcoa foi premiada por duas diferentes empresas como a melhor fornecedora de alumínio durante o ano passado. A Proxyon, que demanda soluções da área de Extrudados para fabricar caminhões das montadoras Volvo e Scania, reconheceu a companhia pela segunda vez em sua história. O outro destaque partiu da ZF América do Sul, produtora de coxins automotivos para grandes fabricantes, como Fiat, Ford, General Motors e Volkswagen, que deu para a Alcoa, pela primeira vez, o troféu “Fornecedor de Destaque”. A Alcoa teve destaque em ranking anual da revista Fortune, pela 29ª vez consecutiva, como a companhia de metalurgia mais admirada do planeta, conforme assinala o indicador definitivo sobre reputação empresarial. A empresa também foi considerada uma das companhias globais que mais se preocupam com dois temas que soam aparentemente antagônicos, mas que podem – e devem – viver em harmonia: Sustentabilidade e Inovação. “É muito gratificante ver os 61 mil Alcoanos receberem este importante reconhecimento devido ao nosso compromisso com a excelência e a adesão aos valores da Alcoa”, celebra Klaus Kleinfeld, presidente e CEO. 10 www.aluminioecia.com.br Agregar valor e conquistar o varejo são dois dos objetivos da Loja “Temos 15 funcionários, incluindo equipes técnica e de vendas interna e externa, que vieram do Centro de Distribuição. Nossa pretensão é, ainda este ano, inaugurar outra unidade em Campinas”, finaliza Nilson. Capacitação na Bahia Alumínio Evento estimula profissionais do vidro a atuarem na montagem de fachadas Convidada a participar do encontro idealizado pelo Programa de Apoio ao Setor Vidreiro (PAV), a Bahia Alumínio reforçou a importância da parceria no setor da construção civil. O evento aconteceu nos dias 24 e 25 de março, em Salvador (BA). A Loja ministrou o curso de Instalação de Fachada de Pele de Vidro para representantes de vidraçarias de todo o País. “A nossa participação focou no estímulo à parceria com o segmento, abrindo a possibilidade de os profissionais do vidro atuarem também com montagem de fachadas”, comenta Rogério Sousa, técnico e palestrante da Bahia Alumínio. A palestra trouxe informações teóricas e práticas da instalação. Por ser a linha ideal para esta estrutura dada a sua praticidade, a Cittá Due foi uma das peças-chave da apresentação. “Ela é uma das principais linhas de fachadas da Alcoa, então era importante que os participantes a conhecessem”, aponta Boris Camargo. Sócio da Bahia Alumínio. Outra edição aconteceu em maio e contou novamente com a participação da Loja. Visita à Fábrica de Utinga Executivos da Odebrecht conheceram, recentemente, a unidade de Extrudados de Utinga, em Santo André (SP). O encontro foi acompanhado por representantes da Raw Alumínio e também da Alcoa. “Essa visita é importante para estreitar o relacionamento. Queremos que eles se sintam assistidos e vivenciem uma experiência única em atendimento”, conta Davi Castilho, Negociador da Loja. Os visitantes puderam conhecer os processos de extrusão, o Centro Técnico Alcoa (CTA) e as linhas de esquadria, especialmente a Domus, que poderá ser utilizada no “Minha Casa, Minha Vida” de Santo André. “Esperamos fortalecer ainda mais a parceria, gerando resultados sustentáveis por um longo período”, diz Paulo Estreitar relação é foco para o cliente vivenciar experiência única Bolzoni, Gerente Regional Sudeste da Alcoa. Para Vanessa M. Araújo, da área comercial da Odebrecht, essa visita permitiu que eles conhecessem melhor a unidade, seu tamanho e sua capacidade. “A Odebrecht quer segurança, e ter a Alcoa como parceira é o que precisamos. Nosso objetivo é tornar essa relação cada vez mais direta”, finaliza. maio/junho 2012 11 Equipe Al. & Cia. A Raw Alumínio surgiu em outubro de 2010 – com um centro logístico em Mauá (SP) e um escritório em Santo André (SP) – oferecendo produtos extrudados Alcoa para a construção civil em Campinas e nas regiões de Sorocaba, Baixada Santista, Vale do Paraíba e Metropolitana. Em junho de 2012 inaugurou a sua primeira Loja da rede Alumínio & Cia. no bairro da Vila Prudente, São Paulo, a qual já atende toda a região da Zona Leste. “Este é um local carente de informações sobre o mercado de alumínio. Queremos agregar valor e conquistar também o público do varejo. Por isso, estamos buscando parcerias para oferecer, além de qualidade, treinamentos e suporte técnico aos consumidores e fabricantes”, explica Nilson Sako, Sócio-proprietário da Loja. Com aproximadamente 500m², a Raw tem dois andares e conta com um showroom completo com todas as linhas Alcoa. Foto: Divulgação São Paulo ganha Nova loja Colapso nos Estados Unidos não prejudica o setor no Brasil, avaliam especialistas Foto: Divulgação Mercado perto de uma crise Imobiliária? S ímbolo da potência e do vigor da economia americana face às instabilidades, o imponente Touro de bronze de Wall Street repousa no coração econômico dos Estados Unidos como fiel representante da solidez e agressividade da política financeira do país. Contudo, a robusta escultura de quase três toneladas ensaiou seus primeiros passos inseguros a partir de 2007, com a eclosão da bolha imobiliária. Os efeitos da dívida do setor derrubaram importantes empresas de concessão de crédito e seus mantenedores, o que afetou de forma brusca a saúde da bolsa de valores norte-americana. O ápice da crise veio com a queda, no segundo semestre de 2008, do Lehman Brothers – segundo maior banco do ramo de grandes transações dos EUA. Ainda encarando uma sofrível recuperação, a economia estadunidense, no entanto, apresenta um panorama bem mais otimista que a União Europeia, que teve sua frágil situação econômica descortinada pelo efeito cascata da bolha norte-americana em seus investimentos. Ao observar o estremecimento de gigantes econômicos é quase impossível imaginar que o Brasil esteja blindado. Para os economistas, existem dois ingredientes que impedem que o País seja contaminado em grande escala pelos efeitos da crise: o perfil de compradores e uma política de crédito cautelosa. “Nós não acreditamos em um colapso imobiliário pela natureza da nossa demanda. Nos EUA ela foi gerada, em 12 www.aluminioecia.com.br grande parte, por investidores. Aqui, a busca é principalmente pela casa própria”, analisa Celso Petrucci, Economista-chefe do Sindicato das Empresas de Compra,Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). “Isso é também sustentado pela nossa estrutura de crédito, que em termos de saúde é a melhor que já se viu no mundo”, completa. Cenário norte-americano A crise dos Estados Unidos foi ocasionada por uma combinação perigosa entre concessão irresponsável de empréstimo desacompanhada do crescimento da renda e aumento de demanda gerado, na maioria das vezes, por quem visa o imóvel como investimento. “Os preços subiram de forma desmesurada e sem uma sustentação porque não havia evolução da renda e se emprestou dinheiro para quem não tinha uma condição palpável para quitação. O que aconteceu foi uma verdadeira farra de crédito, que aqueceu artificialmente o mercado e transferiu os investidores para este setor”, aponta Eduardo Zaidan, Vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Ao observar este comportamento incomum do mercado, o Banco Central dos Estados Unidos atentou-se ao movimento inflacionário pelo excesso de dinheiro injetado. Uma leve alta dos juros foi tomada como medida de controle. Isto fez que os investidores parassem de injetar dinheiro no setor imobiliário e dessem preferência para os títulos do governo. O resultado foi a desvalorização imediata do preço dos imóveis. “Quando o indivíduo dono de uma hipoteca de 650 mil dólares viu que o imóvel por ele investido valia agora apenas 300 mil, devolveu o bem e parou de pagar e o prejuízo ficou na mão de quem tinha emprestado o dinheiro. Como esse movimento foi generalizado, configurou-se uma situação de crise, onde as grandes empresas financiadoras quebraram e levaram consigo quem havia investido em seus negócios”, complementa Eduardo. A nossa política imobiliária Na contramão do que aconteceu nos EUA, o crescimento do nosso setor foi sólido, sustentado pelo crescimento de emprego e renda. “Não basta apenas a facilitação de crédito. Se ela não for acompanhada de um aumento real da renda e da demanda a situação não é sustentável. Aqui, já vínhamos com um bom histórico de estabilidade monetária esquentando os motores do crescimento, e o aumento do nível de emprego a partir de 2003 deu um efetivo poder de compra para as pessoas”, comenta o ViceANUNCIO_GU_Junho.pdf 1 6/13/12 ANUNCIO_GU_Junho.pdf 1 6/13/12 6:58 PM 6:58 PM -presidente do SindusCon-SP. ANUNCIO_GU_Junho.pdf 1 6/13/12 6:58 PM Aliado a este fator,1 o Brasil possui a segurança de uma reservaANUNCIO_GU_Junho.pdf 6/13/12 6:58 PM da política de crédito que permite apenas o financiamento de, no máximo, 70% do imóvel, dificultando a inadimplência. O perfil do ANUNCIO_GU_Junho.pdf 1 6/13/12 6:58 PM comprador de imóveis no País também é um agente importante neste cenário estável: cerca de 85% da demanda é gerada por necessidade de moradia, e os compradores tendem a ficar por um período médio de 15 anos no imóvel. “Aqui as garantias são sólidas porque as pessoas investem a poupança na compra. Então, ela própria busca uma segurança de quitação. Não é investimento”, ressalta Eduardo. Um dos principais fatores que embasa o sentimento da possibilidade de uma crise no setor imobiliário brasileiro é o aquecimento do mercado da construção e a consequente valorização dos imóveis. Contudo, a alta de preços no Brasil se deve apenas a um ajuste do valor. Até meados dos anos 2000, a produção para a classe média era inexpressiva no setor, o que impossibilitava uma fixação real do preço dos imóveis por conta da baixa oferta. Com o estímulo ao crédito e o aumento de renda, a fatia de mercado, que hoje é uma das mais visadas, gerou uma demanda que causou euforia no setor imobiliário, e os preços antes reprimidos acabaram subindo. Dentro deste cenário, os impactos da crise americana na economia brasileira podem ser entendidos não como prejudiciais, mas sim como um freio estabilizador de oferta e preços. “No período de um ano, de 2007 a 2008, foram lançados uma média de 120 apartamentos por dia na cidade de São Paulo. Com a crise, esse acumulado foi diminuindo e chegou a um patamar de 25 mil unidades em 2009 e hoje está em algo mais próximo a 37 mil. A crise acabou criando a sensação para o nosso mercado imobiliário de que ele estava crescendo demais e que hoje ele veio para www.g-udobrasil.com.br um patamar mais próximo da realidade, ficando mais sustentável e www.g-udobrasil.com.br perene”, finaliza Celso Petrucci. www.g-udobrasil.com.br +55 (11) 5061 8121 +55 (11) 5061 8121 www.g-udobrasil.com.br +55 (11) 5061 8121 +55 (11) 5061 8121 www.g-udobrasil.com.br +55 (11) 5061 8121 Elevadora - G-U 937/934 Elevadora - G-U 937/934 Elevadora G-U 937/934 Elevadora - G-U 937/934 Elevadora - G-U 937/934 de Correr 2 à 6 folhas Sistema de Travamento Resistente a Tentativas de Arrombamento PortasPortas de Correr com 2com à 6 folhas Sistema de Travamento Resistente a Tentativas de Arrombamento Isolamento Acústico e Térmico conforme Normas Européias Proteção anti-corrosão ferGUard* solamento Acústico e Térmico conforme Normas Européias Proteção anti-corrosão ferGUard* Portas de Correr com 2 à 6 folhas Sistema de Travamento Resistente a Tentativas de Arrombamento Portas de Correr com 2 à 6 folhas Sistema de Travamento Resistente a Tentativas de Arrombamento Isolamento Acústico e Térmico conforme Normas Européias Proteção anti-corrosão ferGUard* Isolamento Acústico e Térmico conforme Normas Européias Proteção anti-corrosão ferGUard* Portas de Correr com 2 à 6 folhas maio/junhode 2012 13 Sistema de Travamento Resistente a Tentativas Arrombamento DÚVIDA TÉCNICA mais segurança às escovas de vedação Esquadria Alcoa com escova de vedação: durabilidade e confiabilidade Parte 2 da Norma Técnica de Componentes para Esquadrias define critérios de qualidade A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) colocou em vigor, em janeiro deste ano, a parte 2 da norma técnica de Componentes para Esquadrias – NBR 15969. O documento fornece definições, critérios de qualidade e desempenho, nomenclaturas, métodos de ensaio e requisitos gerais para as escovas de vedação constituídas de materiais plásticos, projetadas e industrializadas para instalação em canais de encaixe de portas e janelas. Para Fabíola Rago, Consultora da Associação Nacional dos Fabricantes de Esquadria (AFEAL) – que em parceria com o Sindicato da Indústria de Artefatos de Metais Não Ferrosos no Estado de São Paulo (SIAMFESP) criou a norma no âmbito do Comitê Brasileiro de Construção Civil (CB-02) –, o objetivo é os fabricantes adquirirem as escovas com a segurança de que elas terão um bom desempenho na esquadria no momento da produção e ao longo de sua utilização pelo consumidor final. Na NBR15969-2, as escovas de vedação dotadas de barreiras plásticas devem apresentar a mesma qualidade que as escovas convencionais, cujo propósito é restringir infiltrações de água e ar e, assim, permitir que a esquadria tenha um bom desempenho, auxiliando inclusive no isolamento acústico. “A chegada dessa norma deverá alinhar, de forma equilibrada, todos os fornecedores do nosso mercado, sejam eles de elementos 14 www.aluminioecia.com.br para esquadrias ou de par tes inseridas nos componentes, como é o caso das escovas de vedação. Além disso, ela inibe a entrada de materiais sem qualificação e sem garantias no mercado”, diz André Gallina, Supervisor de Engenharia da Udinese, fabricante de itens para esquadrias. “A partir do momento que os fabricantes idôneos começarem a ensaiar seus produtos e demonstrar os resultados a seus clientes, ficarão mais exigentes e solicitarão produtos com qualidade comprovada pela norma, para terem a certeza do desempenho final de suas esquadrias”, finaliza Fabíola. DEMAIS PARTES DA NORMA Além da parte 2, desde agosto de 2011 está vigorando a parte 1 da NBR 15969: Roldana, a qual trata sobre requisitos e métodos de ensaio, estabelecendo condições para fabricação, dimensionamento e funcionamento da roldana – componente utilizado em janela ou porta de correr –, com a finalidade de proporcionar o movimento de abertura e fechamento das folhas. As demais partes estão previstas para serem publicadas em 2013. São elas: • Parte 4: Articulações (braços); • Parte 5: Persiana de enrolar; • Parte 6: Dobradiça; e • Parte 7: Componentes em náilon. entrevista “Os resultados não estão acontecendo como previsto porque em algum momento não foi dada a devida importância a esse tema” Foto: Divulgação Sistema de transportes é uma das principais preocupações para a Copa do Mundo de 2014 Bruno Batista A melhoria na mobilidade urbana foi apontada como o grande legado para a população brasileira quando o País alcançou o status de anfitrião da Copa do Mundo de 2014. A expansão da capacidade e qualidade do transporte público traria melhorias consideráveis para a caótica situação do trânsito nas cidades-sede, colocando-se como uma solução prática e viável para os turistas já habituados aos sistemas modernos e eficientes de transporte – como é o caso da Europa e do Japão. Contudo, uma série de entraves de diferentes naturezas podem comprometer a qualidade deste serviço. Segundo relatório de abril da Matriz de Responsabilidades do evento emitido pela Controladoria Geral da União (CGU), até o momento apenas cinco dos 12 bilhões de reais contratados para o transporte foram, de fato, aplicados. Além disso, os dados fornecidos mensalmente pelos Ministérios do Esporte e Cidades, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômino e Social (BNDES) ao órgão encarregado de conferir transparência aos processos do evento apontam que 24 dos 51 projetos ainda não saíram do papel. Com a finalidade de entender o que se desenha neste cenário e o que podemos afirmar concretamente, conversamos com Bruno Batista, Diretor Executivo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) – instituição responsável por acompanhar e defender nacionalmente o setor, nas iniciativas privada e pública. 16 www.aluminioecia.com.br A mobilidade urbana é apontada como um dos principais gargalos da Copa. Podemos falar de forma não especulativa em atrasos na entrega do contratado nos projetos iniciais? Pela Matriz de Responsabilidade podemos ver que até agora existe um não cumprimento do cronograma. No que se refere à mobilidade urbana, grande parte das obras começou com o cronograma de execução um pouco atrasado. Ao que parece, a maioria dos trabalhos não vai ficar pronta, já que este tipo de ação envolve questões complexas como um volume considerável de investimento, mobilização com desapropriações e o desenvolvimento de projetos. Quais seriam as implicações do atraso? Existe aí uma preocupação relevante, pois a mobilidade urbana tinha sido anunciada como o grande legado, o maior benefício para as cidades-sede. Seria uma importante ampliação da oferta de sistemas de transporte público no Brasil, tanto da parte urbana quanto na estruturação de nossos terminais aeroportuários, que estão com a capacidade superada há um bom tempo. Isso uma perda se considerarmos aquilo que foi previsto quando o País obteve status de sede de uma Copa do Mundo. Existem explicações para o não cumprimento do cronograma anunciado na Matriz de Responsabilidade? Além dos problemas de estrutura política da organização do evento e do direcionamento das demandas, temos uma não priorização do sistema de transporte público como solução mais concreta e duradoura. Os resultados não estão acontecendo como previsto porque em algum momento não foi dada a devida importância a esse tema, o que é uma pena. O que orientou a concepção dos projetos de mobilidade urbana nas cidades-sede? Basicamente, duas foram as soluções utilizadas: o BRT (Bus Rapid Transit), que são sistemas expressos de ônibus, e o VLT (Veículo Leve sobre trilhos). Não houve um direcionamento específico pela opção por um sistema, ou uma tecnologia ou outra, mas os projetos foram apresentados pelo poder público local e aprovados pelo governo federal. Você imagina que grande parte dos turistas vai acabar optando pelo táxi” promoveria o ganho de mobilidade urbana, mas o problema é que talvez não se concretize dentro do tempo previsto. Especialmente para a Copa, os turistas terão certo choque com a indisponibilidade de transporte público. Afinal, este serviço nos países desenvolvidos funciona muito bem. Tanto é grande essa preocupação que o governo ensaia a medida paliativa de decretar feriado nos dias de jogos. Em certo sentido, isto é uma indicação de que grande parte dessas obras talvez não fique pronta e que seja necessário abrir mão deste dispositivo. De fato esta situação é Teria sido interessante considerar também o projeto metroviário? Este critério dependeria de vários fatores. Não necessariamente o metrô é a melhor solução para todos os casos. Existem cidades que já têm um bom sistema de transporte de ônibus e de trens implementado, então se você começa a concepção de outro tipo de projeto nestes locais, muito mais tempo e dinheiro são consumidos. Os sistemas de ônibus e de trilhos são eficientes. Eles têm grande capacidade de movimentação e, o mais importante, podem ser construídos mais rapidamente em relação a, por exemplo, uma intervenção de obra metroviária. Deste ponto de vista, o tempo foi um fator limitante para a concepção dos projetos. Muito se fala nas obras, mas o preparo das equipes dos transportes e a estrutura de comunicação para os turistas até o momento não foram colocados em pauta. O Brasil está preparado para recebê-los? Como não teremos, ao que parece, uma grande oferta de sistema de transporte público, você imagina que grande parte dos turistas vai acabar optando pelo táxi. A própria CNT, o Serviço Social do Transporte (SEST) e o Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte (SENAT) estruturaram um programa de capacitação para taxistas, com aulas de Inglês e Espanhol e informações turísticas de cada cidade, o Taxista Nota 10. Essa é uma forma de tentar oferecer um serviço adicional, mas não podemos deixar de lado a questão da sinalização adequada às necessidades dos turistas nas cidades-sede, que é urgente. Traçando um panorama do estipulado quando o Brasil foi eleito para sediar o Mundial e aquilo que vamos entregar, é possível que a nossa imagem saia prejudicada? A análise do País como anfitrião vai passar por vários critérios e pontos de identificação que não só a mobilidade urbana. Teremos uma avaliação baseada em vários fatores. Do ponto de vista dos transportes, talvez se tenha um certo estranhamento se pensarmos que um país de tão grande potencial e com uma economia tão forte ainda não tem um sistema bem equipado e equiparado aos países de primeiro mundo. Para acompanhar as ações desta e outras frentes da Copa de 2014, consulte o site da CGU, criado especialmente para o evento. O órgão fiscaliza e atualiza mensalmente os dados da prestação de contas: www.portaltransparencia.gov.br/copa2014 maio/junho 2012 17 A Alcoa, uma das participantes da feira, mostra soluções desenvolvidas para várias áreas P Foto: Divulgação rincipal evento do setor, a Exposição Internacional do Alumínio (ExpoAlumínio) reuniu fabricantes do segmento e o público profissional de 24 a 26 de abril, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, para que todos pudessem trocar informações e se atualizarem tecnologicamente acerca de produtos e processos trabalhados pelo mundo. Organizada pela joint venture Reed Exhibitions Alcantara Machado, a exposição ratificou a confiança dos interessados no bom e atual desenvolvimento da cadeia do alumínio. Os expositores destacaram, em comum, o termo opor tunidade como o mais adequado para nomear o que represen- Evento gera oportunidades de manter contato com clientes e fornecedores e tratar de temas que influenciam a indústria Foto: Divulgação em foco Oportunidade é a palavrachave da ExpoAlumínio 18 www.aluminioecia.com.br ta a ExpoAlumínio, entre eles Otávio Carvalheira, Diretor Comercial, PD&I e Logística do Grupo Global de Produtos Primários para a América Latina e Caribe. “É a chance de, a cada dois anos, repaginarmos nosso negócio com a atualização do que a companhia está fazendo em produtos, processos e em favor da sustentabilidade”, afirma. Em sua visão, outro ganho foi a presença de representantes do setor acadêmico na feira, que incentiva a inserção de estudantes na realidade da indústria. “Além disso, o contato ajuda a atrair o interesse de futuros profissionais para a nossa empresa, algo muito útil ante a fuga de talentos que a atual evolução da economia brasileira tem gerado”, reflete Carvalheira. Paralelamente à Exposição ocorreu o V Congresso Internacional do Alumínio, que contou com a presença de profissionais da indústria, represen- tantes acadêmicos e pesquisadores. O intuito foi o de apresentar as aplicações do metal nos principais mercados consumidores globais e nacionais e também as recentes inovações tecnológicas. Celso Soares, Diretor da Divisão de Laminados da Alcoa, ministrou a palestra “Tecnologia do Alumínio em Aplicações Navais”, enquanto Mario Greco, Líder de Produtos e Tecnologia da Alcoa Technical Center (ATC), tratou o tema “Alumínio na Indústria Automotiva” e descreveu um panorama sobre as soluções efetivas das estruturas de alumínio para o mercado. “A feira funciona como uma vitrine para nossa companhia e mostra às novas gerações o que é a indústria no Brasil; em especial a utilização dos produtos da área de Laminados, que ainda tem muito a crescer no País, tanto na substituição de outros materiais, como na aplicação em novos produtos”, afirma. Durante os três dias da ExpoAlumínio foi promovido também o XI Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio, assunto de extrema importância que, em sua mais recente edição, congregou especialistas de vários países. A intenção: abordar temáticas que contribuem para o constante desenvolvimento da cadeia de reciclagem do metal, tais como a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a implicação para a rede do alumínio. “O evento é uma ótima oportunidade para mantermos contato com clientes e fornecedores e para tratarmos dos temas que influenciam a indústria”, diz Carvalheira. A Alcoa aproveitou a oportunidade para mostrar o portfólio de soluções de suas diversas áreas. Leia, na próxima página, informações das principais divisões da empresa e alguns de seus produtos desenvolvidos e levados à ExpoAlumínio. maio/junho 2012 19 ÁREAS DE ATUAÇÃO DA ALCOA Extrudados Essa divisão é responsável por fabricar perfis de alumínio para atender mercados industriais diversos, entre eles o de transporte, máquinas e equipamentos, construção civil e bens de consumo. Na ExpoAlumínio, a Alcoa apresentou um para-choque desenvolvido aos modelos 308 e 408 da montadora francesa Peugeot, bem como um perfil utilizado em fechamento de carrocerias carga-seca e em piso de trens e caminhões frigoríficos. Uma amostra da linha de fachada Soluta também foi exposta. A divisão de Primários também é responsável pela fabricação de lingotes e tarugos de alumínio com base em conceituadas tecnologias de alto padrão internacional. Posteriormente, tais materiais são utilizados na produção de perfis extrudados de alumínio, podendo ser encontrados em diferentes diâmetros e comprimentos. E, especificamente no Brasil, a empresa produz alumina hidratada e calcinada, sugerida para diversas aplicações industriais (fabricação de desodorantes, retardantes de chama, eletrofusão etc.). Rodas forjadas As rodas forjadas contemplam uma das grandes frentes de atuação da Alcoa. Por este e outros motivos é que a empresa apresentou, durante a ExpoAlumínio, alguns dos principais modelos, que são fabricados com base em processo que envolve prensa de forjamento de oito mil toneladas e um tratamento térmico que aumenta a resistência do produto. Laminados Este segmento concebe bobinas, chapas e folhas de alumínio por meio da fábrica de Itapissuma (PE). Além disso, a unidade desenvolve produtos para o mercado de embalagens (descartáveis, longa vida, farmacêuticas, entre outras), automobilístico, construção civil, têxtil, naval e de eletrodomésticos. A fábrica dispõe ainda um acabamento chamado coil-coating para bobinas, chapas e telhas. Primários As duas unidades brasileiras produtoras de alumínio primário e ligas especiais, situadas em Poços de Caldas (MG) e São Luís (MA), entregam matéria-prima às indústrias de produtos fundidos, forjados, extrudados, impactados, laminados, metalúrgicos, químicos, abrasivos etc. A Alcoa também comercializa alumínio primário e ligas especiais feitas sob encomenda na forma líquida, característica que proporciona vantagens aos clientes por promover economia de energia. 20 www.aluminioecia.com.br Aeroespacial Há mais de um século no segmento, a Alcoa é tida como uma das maiores fornecedoras de materiais, soluções e tecnologia para fabricantes de aviões. Na exposição, aproveitou para mostrar a maquete de um avião produzido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A (Embraer). Opinião como garantir qualidade e segurança de chumbadores e fixadores Paulo Gentile, coordenador do Centro Técnico Alcoa (CTA) Q uem vê uma esquadria prontinha e totalmente funcional às vezes não imagina a tecnologia agregada a cada parte dela. Para que você consiga abrir a janela de casa ou do escritório sem ter de fazer força, apenas com um movimento simples dos braços, cálculos estruturais são necessários, pois imagine que um projeto mal elaborado, além de esteticamente imperfeito, pode causar pequenos ou grandes problemas, como uma rachadura na parede, por exemplo. Desagradável, não? Algumas das peças de maior importância em uma obra – e claro, em esquadrias – são os chumbadores e os fixadores, itens responsáveis por firmar o caixilho ou o contramarco na alvenaria. Por isso, devem receber uma atenção especial de quem está construindo, pois precisam assegurar o bom comportamento do engaste. A escolha certa do chumbador e do fixador que serão empregados requer, inicialmente, o conhecimento do material base e, sem dúvidas, do desempenho destes acessórios. Eles podem ser de inox ou alumínio, como os fabricados pela Alcoa, que são recomendados para locais em que é necessária uma alta resistência a corrosão – como em cidades costeiras, onde a ação da maresia acelera o processo. Seu desenvolvimento deve ser realizado conforme os esforços que serão aplicados sobre este produto. Na Alcoa, após a definição da carga, o departamento de engenharia desenha o perfil e faz o cálculo de resistência que o fixador vai suportar. Para isso, são levados em conta diversos fatores como a geometria, o formato e a dimensão do material base, além do posicionamento e distanciamento entre chumbadores. Caso haja a necessidade, consideramos a possibilidade de mudar as ligas comuns de caixilhos para as de alumínio estruturais, uma vez que são mais resistentes. Desta forma, é possível entender que quando um chumbador não é feito com base no cálculo correto, com o dimensionamento certo e uma liga de resistência para suportar o peso e absorver o impacto, o risco de um pequeno esforço fazer a peça soltar, romper-se ou quebrar é bem alto. Por isso, para evitar dores de cabeça e sérios danos à estrutura da esquadria, ou até mesmo a obra como um todo, é muito importante adquirir chumbadores e fixadores fabricados especialmente para o caixilho, e, assim, garantir a qualidade e a segurança do produto para o consumidor final. Pontaletes de aluminio em liga estrutural 6351-T6 maio/junho 2012 21 Atualidades Duriarte Soluções em Vidro e Alumínio, a primeira credenciada no estado de Santa Catarina Rede Esquadria & Cia. apresenta seus novos parceiros Próximo passo é dar andamento no desenvolvimento de esquadrias J á são sete credenciados e outros 30 em processo de credenciamento. Com uma proposta que abrange não apenas a cer tificação, mas também o acompanhamento do desenvolvimento do negócio dos fabricantes de esquadrias de alumínio, a Rede Esquadria & Cia. acaba de agregar mais três novos, desta vez em Santa Catarina: a Duriar te Soluções em Vidro e Alumínio, de Indaial, a Agimax Esquadrias Metálicas, da cidade de Concórdia, e a Durante Esquadrias de Alumínio, de Tubarão. As projeções são otimistas. “Acompanho o processo de credenciamento em esfera nacional, mas temos, ainda, um profissional técnico realizando o acompanhamento em cada região”, diz Carlos Godoi, Coordenador da Rede Esquadria & Cia. Para que parcerias sejam, de fato, concluídas, todo um procedimento deve ser seguido à risca pelas partes 22 www.aluminioecia.com.br envolvidas, da assinatura do contrato com a Alcoa, passando por reuniões para o entendimento do negócio e terminando, por fim, no próprio credenciamento. “Depois, inicia-se um monitoramento bastante detalhado, cujo objetivo é avaliar a evolução da iniciativa. Portanto, para dar certo, a sinergia entre a Alcoa, a Alumínio & Cia. e o fabricante é essencial”, ressalta Godoi. Os benefícios de ter a Rede como aliada são claros para os fabricantes, principalmente porque, além de todo o portfólio de produtos à disposição, a linha de produção passa por melhorias, o que aumenta produtividade e qualidade. “A movimentação na fábrica era muito grande e um bom tempo se perdia. Hoje, temos um fluxo contínuo e inteligente e aprendemos, de alguma maneira, que um processo nunca está 100% e que sempre há como melhorar. Esta política é algo que deve estar sempre em mente”, ressalta Pablo Carlos Menosso, Gerente Comercial da Agimax. Conceito de Manufatura Enxuta é empregado pelos funcionários da Agimax Esquadrias Metálicas Durante Esquadrias de Alumínio comemora os benefícios de um fluxo contínuo e inteligente de trabalho maio/junho 2012 23 O fabricante, que levou cerca de cinco meses para ser credenciado, precisou ajustar parte dos seus processos para se adequar à metodologia Alcoa. “Tivemos de fazer alguns pequenos ajustes, pois já tínhamos uma média de 95% de conformidade. Toda vez que um técnico visitava nossas instalações dava sugestões, algo que foi muito bem interessante para nós”, avalia Pablo Menosso. Ao contar com o suporte da Rede Esquadria & Cia., os novos parceiros ficam mais seguros, sentindo ainda mais conforto para ampliar as vendas e, consequentemente, a capacidade de produção. Além disso, a parceria possibilita que esses mesmos fabricantes troquem experiências entre si. “Visitamos a Duriarte para ver como era o processo e como ficou. E eles, em contrapartida, também vêm aqui”, destaca Giovani Durante, Diretor Industrial da credenciada de Tubarão. “Sempre trabalhamos com a Alcoa nesses 20 anos que temos de mercado, mas queríamos uma evolução do nosso negócio. Ainda estamos ajustando este ritmo porque é uma mudança de cultura da empresa. É claro que esta transformação não acontece de um dia para outro, mas já estamos colhendo resultados positivos”, completa. Hoje, a Rede conta com unidades no Paraná e em Santa Catarina, com processos em andamento na Bahia, em Brasília, no Ceará, no Maranhão, no Pará, no Piauí e em São Paulo. “O nosso objetivo é ampliar a capacidade tanto do nosso negócio, como a do distribuidor e do fabricante”, finaliza Godoi. Equipe da Duriarte está preparada para oferecer soluções diferenciadas aos clientes 24 www.aluminioecia.com.br maio/junho 2012 25 capa País está preparado para o apito inicial? Especialistas indicam que o Mundial de futebol vai trazer muitos benefícios aos brasileiros C opa do Mundo no Brasil. Delegações e comissão técnica dos selecionados de vários países desembarcaram por aqui e, diferente do que poderiam imaginar, depararam-se com grandes construções, quase nenhuma delas pensada apenas para suprir as necessidades do grande evento. Isso porque, em 1950, as obras acompanhavam o progresso constante das capitais e nada deixavam a desejar em relação às executadas no exterior. Mais de 60 anos depois, a Copa volta aos gramados brasileiros em meio a um horizonte completamente distinto, a começar pelo atual momento econômico do País, que no último biênio tem se apresentado mais 26 www.aluminioecia.com.br sólido e embalado pelo otimismo de líderes do governo e da própria população. Não bastassem esses fatos há, ainda, outro e relevante diferencial: a expansão imobiliária. Neste sentido, os habitantes procuram se valer do momento de crédito menos restrito e renda mais elevada para realizar o – às vezes distante – sonho da casa própria. Mas é a Copa do Mundo que tem aguçado grandes investimentos, suscitando, simultaneamente, infindáveis dúvidas. Estaria o Brasil aparelhado para sediar uma competição de grandes dimensões? Parte da população se posiciona descrente quando interrogada, inclusive especialistas de áreas da construção civil. Na seção “Entrevista” desta edição (pág. 14) há uma série de apreciações acerca do setor de transportes públicos, as quais tecem um elo para outros temas, como estádios, obras de infraestrutura e capacidade da rede hoteleira. As críticas, por vezes prolixas, são fundamentadas? Ao todo, 12 arenas de diferentes locais receberão os 64 jogos do Mundial. O Portal da Copa 2014, disponível para visualização na internet (www.portal2014.org.br), assinala que até o final de maio deste ano nove desses estádios estavam com o cronograma em dia, causando efeito tranquilizante em Jérôme Valcke, Secretário-geral da Federação Internacional do Futebol (FIFA), que há algumas semanas criticou a morosidade na organização do torneio. Mesmo assim, os campos com algum tipo de atraso ainda podem ter as obras concluídas até antes do início da competição. “Há pontos negativos nesta história, como, por exemplo, o desperdício do dinheiro público, principalmente quando aludidos projetos incompletos em época de licitação, vide o Maracanã, reformado em 2007 para os Jogos Pan-Americanos e que, novamente, vivencia um período de obras”, discorre Luiz Antonio Messias, Vice-presidente de Obras Públicas do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). Um mote relacionado à Copa do Mundo de 2014, em especial, é a sustentabilidade. Tal quesito é guiado com seriedade pelo Brasil há meses, tanto que conta, atualmente, com dois tipos da também denominada certificação verde: Leadership in Energy and Environ- mental Design (LEED) – concedida pela entidade Green Building Council (GBC) – e Processo de Alta Qualidade Ambiental (AQUA) – desenvolvida pela Fundação Vanzolini. Segundo Miguel Capobiango Neto, Coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP Copa) do Governo do Amazonas, todos os Estados onde haverá partidas irão dispor modernos campos, dentro dos melhores padrões internacionais. “Isso é um fator que desenvolverá e impulsionará o futebol local. Sem dúvidas, um dos legados do Mundial”, opina. Embora não esteja concluída, a certificação verde para a Arena da Amazônia, um dos complexos a receber os certames, confirma o posicionamento do Estado com suas responsabilidades socioambientais e fortalece um novo marco das grandes obras na região, situação também estendida às demais cidades-sede. “A obtenção do certificado não é uma exigência. O que realmente existem são recomendações da entidade máxima do esporte”, exprime Neto. Outro legado da Copa é a mão de obra, principalmente porque o crescimento da construção civil se porta, há algum tempo, acima do Produto Interno Bruno (PIB). Exemplo é o célebre período de 2010, quando o percentual beirou 11,6%, contra 7,5% da soma de todos os bens e riquezas produzidos pelo País no mesmo período. “O avanço do setor tem provocado escassez da mão de obra. Existem treinamentos em curso, mas como estamos praticamente em pleno emprego fica difícil atrair essa força de trabalho. Uma solução para suprir este panorama é investir em maio/junho 2012 27 depois de concedidos são indefinidamente questionados pelo Ministério Público”, justifica. “Acho que podemos sonhar que esses problemas serão superados em médio prazo, uma vez que a sociedade civil, incluindo o sindicato, tem lutado para remover tais entraves”, lembra Neto. Os investimentos para equacionar as principais defasagens estruturais, como limitação dos aeroportos, devem favorecer também o turismo. A expectativa é de que a quantidade de visitantes estrangeiros em direção ao País suba 79% até a Copa, podendo, consequentemente, repercutir nos anos seguintes. De acordo com o estudo “Brasil Sustentável – Impactos Socioeconômicos da Copa do Mundo de 2014” desenvolvido pela Ernst & Young, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), no período 2010-2014 é possível que o número de turistas aumente em 2,98 milhões de pessoas. inovações tecnológicas”, pondera Luiz. Apesar desse entendimento, é grande o número de trabalhadores em atuação pelos Estados brasileiros. E depois da Copa do Mundo, para onde esse contingente será endereçado? Na visão do especialista, não haverá problemas de desemprego, uma vez que existem múltiplas construções infraestruturais a serem executadas. “É importante incluir o mercado imobiliário e a habitação de interesse social a este ponto”, manifesta. “Em minha visão, o legado envolverá apenas as obras de infraestrutura e mobilidade, visto que a maioria dos estádios públicos, graças ao número exagerado de sedes, se tornará espaços sem viabilidade econômica, tal como ocorreu na África do Sul”, delibera. “ E por falar em infraestrutura... Recentemente, o Brasil subiu para o 6º lugar no ranking das maiores economias do planeta. A partir de uma visão baseada em números a constatação é importante; de uma óptica qualitativa nem tanto, pois o País tem defasagens categóricas acumuladas e decorrentes de décadas sem os devidos investimentos. Em contrapartida, o governo tem empreendido, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), disposição e iniciativa para atenuar, 28 www.aluminioecia.com.br paulatinamente, os principais entraves nos segmentos de energia, habitação e saneamento básico, estendendo-se também às áreas de fornecimento de água, transportes e serviços sociais diversos. Para o Vice-presidente de Obras Públicas do SindusCon-SP, existe um número interessante de edificações que podem tornar o País mais competitivo, porém superar esses obstáculos denota esforço. “Temos problemas de preços e projetos mal executados que emperram licitações e, posteriormente, execuções de obras, além de delongas injustificáveis nos licenciamentos ambientais, que mesmo Um rasante sobre os aeroportos Obras de infraestrutura não abrangem apenas grandes prédios e construções para melhorar as condições individuais das famílias. O tema envolve mobilidade urbana, e no caso da Copa do Mundo os aeroportos são o destaque do momento. Estimativas da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) delimitam que os locais para pousos e decolagens da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) podem receber aproximadamente 8,5 milhões de passageiros em voos internacionais regulares É decisivo que as cidades pensem com cuidado na qualidade dos serviços de hospedagem, nos preços e em uma estratégia de dar continuidade à movimentação do turismo após a Copa Jeanine Pires ” em 2014. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, não existem, ainda, projeções oficiais, mas estimativas preliminares indicam 700 mil passageiros estrangeiros transportados. Com o propósito de acomodar as expectativas, a instituição norteou seu planejamento com base em uma demanda anteriormente projetada – tanto de passageiros como de cargas e aeronaves. A Infraero aponta que todos os investimentos serão direcionados para ampliação e modernização de terminais de passageiros e expansão de pátios de aviões e pistas, bem como terminais de logística. Tudo sob a fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU). Ademais, outras instalações aeroportuárias podem ser utilizadas para desafogar o tráfego durante o Mundial, entre elas algumas bases militares. A Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC-PR) e a Infraero, juntamente ao Comando da Aeronáutica e o Ministério da Defesa, estudam propostas para transformar esses espaços em estacionamentos de pequenos e médios aeroplanos, uma vez que não há a necessidade de edificar mais pátios. Soma-se a essa perspectiva a probabilidade de servirem também como apoio aos aeroportos em situações desfavoráveis (suspensão de pousos e decolagens por mau tempo, por exemplo). Jeanine Pires, Presidente do Conselho de Turismo e Negócios da entidade. Apesar de otimista, a Federação menciona haver realidades distintas entre as 12 cidades anfitriãs, cada qual com uma matriz de responsabilidades e compromissos assumidos em conformidade ao seu tamanho, sua estrutura e o número de jogos. “Independentemente da situação, a demanda deve ser acatada, até porque existem contratos tecidos com a FIFA”, acentua Jeanine. Assim como nos demais segmentos que se preparam continuamente para receber bem os turistas e que deixarão alguma herança, a Fecomercio-SP também enuncia sua percepção sobre outras áreas. “O legado estará nas melhorias executadas nos vários setores envolvidos. Vale destacar as construções de infraestrutura, a mobilidade urbana, a qualificação da mão de obra, a experiência em realizar um acontecimento de grande porte e, em especial, a imagem do próprio Brasil para o mundo”, analisa. Cadeira cativa à sustentabilidade Valorizar a cultura brasileira é uma das variantes passíveis de análise durante a Copa do Mundo. A Arena da Amazônia é um exemplo admirável, que já se destaca por seu design exterior, desenhado para remeter a um cesto de palha indígena, cuja autoria ficou sob a responsabilidade do escritório alemão Gerkan Marg und Partner, responsável pelos principais estádios da África do Sul, Alemanha e China. Com o objetivo de promover a Arena da Amazônia como a primeira edificação de seu Estado a obter o selo LEED, o projeto teve de atender a várias exigências ambientais antes do primeiro tijolo cimentado, ainda Rede hoteleira: preparada para oferecer conforto A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) sinaliza que um estudo da Federação das Operadoras Hoteleiras do Brasil (FOHB) tem acompanhado o aumento e as melhorias empreendidos pelo setor, cuja intenção é corresponder aos requisitos do Mundial. “As cidades já possuem oferta definida, tanto no que se refere a hotéis existentes como aqueles em períodos de obras. É decisivo que as cidades pensem com cuidado na qualidade dos serviços de hospedagem, nos preços e em uma estratégia de dar continuidade à movimentação do turismo após a Copa”, articula maio/junho 2012 29 na etapa de demolição do Estádio Vivaldo Lima (seu antecessor); o processo reaproveitou 95% dos materiais removidos. “Todo esse material, incluindo gramado, assentos, esquadrias, louças e estrutura metálica da cobertura, foi entregue ao Governo do Estado, que o reaproveitou em mais de 20 municípios do interior”, descreve Gláucia Alves, Engenheira responsável pelo setor de Excelência Operacional Enxuta (EOE) da construtora Andrade Gutierrez. Essa filosofia está sendo empregada diariamente na arena, com metodologias de trabalho baseadas em frentes sustentáveis como a Lean Construction (Construção Enxuta), que tem em um de seus escopos a economia de materiais. Além dessa prerrogativa, os projetos de tecnologia e engenharia foram arquitetados para assegurar alta eficiência energética e hidráulica. Completa a série de benefícios a utilização de materiais sustentáveis, entre eles porcelanato ecológico e piso de borracha natural. Assim como as demais arenas, a da Amazônia ainda não foi certificada pelo LEED. Está em busca do selo, que será concedido após a conclusão das obras e o início de suas operações. “O compromisso assumido pelos líderes de projetos dos estádios, suportado pelas autoridades e organizações relacionadas à Copa do Mundo, é fundamental para o avanço da construção civil do País”, diz Felipe Faria, Gerente de Relações Governamentais e Institucionais do GBC Brasil. Além de campos de futebol, o GBC é o órgão responsável por apreciar outras modalidades de construções. E, curiosamente, o número de empreendimentos em busca do selo avança de forma exponencial. “Destacamos o financiamento ProCopa Turismo no contexto atual, um programa criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que, a exemplo da linha focada a estádios, condiciona a certificação de hotéis”, narra Felipe. “Temos o potencial de realizar a primeira Copa com todas as arenas certificadas. Será uma lição do Brasil para o planeta”, decreta. O alumínio na Copa Material sustentável, de acabamento impecável e cada vez mais aceito pelo mundo, o alumínio marca presença no Mundial de várias maneiras, tanto nos edifícios comerciais que, direta e indiretamente, vão participar do evento, como nos próprios campos de futebol. A Associação Brasileira do Alumínio (ABAL) afirma que poucas arenas estão com contratos firmados para o uso do metal. Mesmo assim, uma obra dessas consome um volume de 1% a 1,5% do valor total gasto em materiais com o alumínio, enquanto que em residências, comércios, instituições e indústria a participação sobe para 5%. Isto porque os principais insumos utilizados nos estádios são concreto, aço e cimento. 30 www.aluminioecia.com.br Apesar disso, o consumo do alumínio deve ser mais evidente entre o 4º trimestre de 2012 e o final de 2013. As constatações são animadoras, visto que, ao longo dos anos, as arenas poliesportivas sofreram processos de revitalização em seus projetos arquitetônicos e passaram a agregar detalhes e formas mais modernas – justamente onde o alumínio participa –, de fácil manuseio e extrudabilidade. Os debates sobre práticas sustentáveis, seja na Copa ou não, fomentam o uso do alumínio, especialmente por este ser uma fonte inesgotável no planeta. A grande vantagem do alumínio é ser reciclável, e essa reciclagem é infinita. É um produto três vezes mais leve se comparado, por exemplo, ao inox e ao aço. trabalho na Fonte Nova A Rede Alumínio & Cia. anotou seu “gol de ouro” antes mesmo da Copa do Mundo de 2014 começar. Isto porque, por meio da Bahia Alumínio, Loja localizada em Salvador, realizou o projeto de fachada da Fonte Nova, uma das arenas que vão receber algumas partidas do Mundial. Como as exigências para a participação no evento são grandes, o projeto foi minuciosamente elaborado por Rogério Sousa, Gerente da Loja, que assegurou ser este o empreendimento mais relevante em termos de volume e expressividade em comparação a outros trabalhos realizados até o momento. “Temos todo o planejamento de entrega baseado na necessidade da obra, tendo em vista que serão mais de duzentas toneladas fornecidas do material”, ressalta. Assim como a Arena da Amazônia, o reaproveitamento de materiais figurou como um dos destaques na reforma do complexo esportivo de Salvador. Porém, ao invés de os resíduos serem destinados a outras obras, 92% deles estão sendo reaproveitados à própria Fonte Nova. E essa característica, somada à estrutura em alumínio, tende a transformá-la em um dos estádios certificados pelo Green Building Council. As jogadas da Bahia Alumínio não cessam e o seu esquema tático é sempre partir para o ataque. “Embora citemos a arena, nossa expectativa também está centrada no mercado hoteleiro, visto que existem 16 projetos já aprovados e que serão construídos na Bahia até a Copa”, revela Sousa. maio/junho 2012 31 Fotos: Hilmar Carrer Fique por dentro Alumínio ganha cada vez mais espaço na construção civil Benefícios do metal estão conquistando arquitetos e designers em todo o Brasil N ão é a toa que o alumínio é um dos metais não ferrosos mais impor tantes e mais consumidos por ano. Para se ter ideia, em abril a produção brasileira chegou a 122 mil toneladas, volume 3% superior ao registrado no mesmo mês de 2011. A maior par te desta matéria-prima e seus produtos são aplicados em diversos segmentos, entre eles o de embalagens, transpor tes, máquinas e equipamentos, eletricidade, bens de consumo e construção civil. Descober to por Sir Humphrey Davy em 1809, o alumínio possui alta durabilidade e é bastante resistente a agentes externos, raios ultravioleta e, inclusive, à maresia de cidades litorâneas. Acabamentos de superfície, como a anodização e a pintura eletrostática a pó, melhoram ainda mais a sua resistência. Além disso, por ser 100% reciclável, contribui para a preservação da natureza e para a geração de empregos – segundo dados da Associação Brasileira de Alumínio (ABAL), cerca de três mil pessoas 32 www.aluminioecia.com.br Projeto: Arquiteta Renata T. A. Rodrigues Execução: Cerri Serralheria no País trabalham diretamente com a sua reciclagem. Todos esses benefícios unidos à beleza, à baixa densidade e à facilidade de projeção e execução do alumínio acabaram conquistando inúmeros arquitetos e designers pelo Brasil. É comum encontrar em grandes metrópoles diversos edifícios revestidos com o metal, que também filtra o excesso de luminosidade e dá à fachada um aspecto de movimento e modernidade. Ele é bastante aplicado em portas, portões, janelas e até boxes e sistemas de iluminação, pois oferece um bom ambiente de aquecimento e resfriamento. Ruy Ohtake, considerado por Oscar Niemeyer um dos mais legítimos representantes da arquitetura brasileira, é um de seus adeptos. “Tenho desenhado várias peças que utilizam esta matéria-prima, entre elas mesa de centro, namoradeira, banqueta, estantes e puxadores de desenhos diferenciados de por ta. A leveza e a durabilidade são fatores favoráveis deste material”, conta Ruy. O arquiteto é responsável por grandes obras no Brasil e no mundo, como o Parque Ecológico do Tietê; a sede social e cultural do São Paulo Futebol Clube, na capital paulista; a Embaixada Brasileira em Tóquio (Japão); os jardins e o museu aberto da Organização dos Estados Americanos (EUA); e o hotel Blue Tree, em Brasília. Quanto ao custo do alumínio, Ruy Ohtake conta que depende do detalhamento da obra. “Já utilizei o metal em janelas de edifícios com custos mais reduzidos, como o construído em Heliópolis para famílias com até três salários mínimos, e em grandes complexos, como o Hotel Unique, em São Paulo”, conclui. Ruy Othake é, juntamente à Alcoa, o idealizador da linha Única, série residencial de altíssimo padrão, sucesso entre os profissionais da construção civil. As esquadrias de linhas curvas, característica marcante do artista, foram planejadas para dar mais liberdade de criação e estão disponíveis em várias opções de montagem e dimensões diversas para portas e janelas. Com padrão de qualidade certificado conforme a norma ISO 9001:2008, a Boltinox é especializada no ramo de importação e distribuição de parafusos, porcas, arruelas e afins em aço inoxidável. Rua: Dr. Ernesto Mariano, 283 • Tatuapé • Cep 03068-020 • São Paulo • SP Tels.: 11 2098-4995 | 4788 • [email protected] • www.boltinox,com.br maio/junho 2012 33 Projetos A modernidade do alumínio em aeroporto argentino Unit molda nova obra de fachada do Aeroparque Jorge Newbery T alvez, nem Alberto Santos-Dumont, com a sua destreza e otimismo para fazer o homem voar, imaginou que, um dia, suas máquinas voadoras pudessem estar absolutamente em todos os lugares. A viagem de avião tornou-se o meio mais fácil para ir de um ponto ao outro do globo, e para se ter noção do volume, no ano passado o Ministério do Turismo publicou números que mostravam a atividade aérea só no território nacional: de dezembro a janeiro foram mais de 79 milhões de desembarques domésticos e nove milhões estrangeiros. E com tantas e tantas viagens diárias não há outra saída a não ser modernizar e criar espaços para pousos e decolagens que possam comportar o volume de passageiros, além de construir novos. Na América do Sul, o Brasil é o País com o maior número de aeroportos: 17 ao todo. Em segundo lugar fica a Colômbia, com cinco, e em terceiro a Argentina, com três. Um deles, o Aeroparque Jorge Newbery, localizado em Buenos Aires, passou a contar recentemente com a linha Unit em sua fachada. 34 www.aluminioecia.com.br Inaugurado em 1947, situado a cerca de três quilômetros do centro da cidade e instalado juntamente ao Rio da Prata, é o maior da nação para voos domésticos , recebeno também voos internacionais. No final de 2010, passou por reformas que compreenderam reconstrução de sua pista e novos sistemas de sinalização, entre outras mudanças. Atualmente, enfrenta outro período de obras, desta vez de ampliação, com participação efetiva da Alcoa. “Somos os responsáveis pela especificação das novas fachadas, com base em um processo que envolveu o detalhamento do projeto técnico e o levantamento dos materiais necessários”, explica Marco Nicola, Técnico de Exportação da empresa. Inicialmente, detectaram-se duas condições distintas para a edificação, porque de um lado do Aeroparque existe uma área ampla, com alta incidência de ventos, enquanto do outro lado a recorrência é bem mais amena. “Para o primeiro caso, que exige uma linha mais reforçada, designamos a Unit 127, acompanhada de vidros laminados de 8 mm colados com silicone estrutural. Para a segunda situação foi designada a Unit 100, com vidros duplos de 40 mm”, diz Marco. “Embora tenham especificações diferentes, ambas mantiveram as mesmas características da fachada”, complementa. Para que o trabalho seja executado corretamente, é mais que necessário ter o apoio de empresas parceiras, que procuram atuar em favor de resultados. A Moras Aberturas foi uma das escolhidas, a qual apostou nas linhas Alcoa. “Esse fabricante nos procurou porque temos ótimas soluções em fachadas, e a Unit, após muitos estudos, provou ser a melhor opção para a obra”, realça Marco Nicola. De grande importância para a Argentina do ponto de vista econômico e turístico, o Aeroparque Jorge Newbery traz um peso enorme para a Alcoa.“Emplacar uma linha em um aeroporto de tanta importância, concorrendo com soluções propostas e desenvolvidas por empresas argentinas e europeias, é motivo de orgulho para todos nós”, finaliza Nicola. maio/junho 2012 35 Linhas Alcoa em obra de alto padrão As melhores soluções em esquadrias no Reserva Casa Rosa e WTower A região Sul brasileira é bastante conhecida por seu clima frio, ideal aos amantes de um bom chocolate quente, chimarrão, vinho e queijo. Quem tem a oportunidade de excursionar por cidades como Bento Gonçalves, Canela, Garibaldi e Gramado geralmente fica com a vontade de voltar ao menos uma vez por ano a essas localidades. Todavia, não são apenas esses os atrativos. No bairro Exposição, em Caxias do Sul, está situado um dos empreendimentos desenvolvidos pela construtora CFL, que se não tem o exato objetivo receber a visita de turistas quando estiver pronto, pode incitá-los a mudar de cidade. Com proposta de abrigar o público sedento por imóveis de alto padrão, desenvolveu o Reserva Casa Rosa, o qual promete entregar uma experiência única em apartamentos com quatro suítes distribuídas em 333 m² ou outro com cinco suítes e amplos 666 m². 36 www.aluminioecia.com.br Ao todo, são 19 pavimentos com acesso social privativo, estacionamento de visitantes, elevadores codificados, alameda interna de acesso e porte cochère (estrutura posicionada na entrada principal ou secundária de um edifício para facilitar o embarque e o desembarque de passageiros). Uma habitação com estas especificações só poderia mesmo contar com produtos de qualidade. Por isso, a CFL exigiu, durante a fase de projeto, uma linha de esquadrias residenciais que atendesse diversos pré-requisitos indispensáveis para a perpetuação de sonhos, dentre eles conforto térmico e acústico, design, robustez, praticidade e segurança. “Para este caso, a Alcoa dispõe a linha Única em seu portfólio, que atende a todas as condições pensadas ainda na etapa de concepção do edifício”, prescreve André Marcos Mazzochi, Gerente de Vendas da Alcont. Assim como para o Reserva Casa Rosa, a Loja conseguiu desempenhar o melhor de seu trabalho no empreendimento comercial erguido ao lado, no mesmo terreno: o charmoso WTower, projeto ousado que precisou de chapas de ACM Reynobond® (alumínio composto) em seu exterior – a exemplo do edifício residencial, que também recebeu a solução. “Foi especificada também a linha Soluta, pois oferece recursos para utilização de vidro câmara e também por contar com design arredondado nos perfis, assemelhando-se aos da linha Única”, destaca André. Produtos de qualidade são indispensáveis para atender às expectativas dos moradores do Reserva Casa Rosa Assinados pelo Escritório de Arquitetura Heloísa Bocorny – participante de outros empreendimentos da CFL –, os projetos consumiram 70 toneladas de alumínio anodizado da Alcoa entre as linhas Única e Soluta e de ACM Reynobond®. “Desde o início, a CFL pedia um fabricante local. Baseada nisso, a Alcont iniciou um trabalho de avaliação técnica e definiu que o fabricante para execução de esquadrias seria a Esquadrias Runtzel”, descreve o Gerente de Vendas. “Para o beneficiamento dos perfis foi indicada a Oxicolor Comércio e Beneficiamento de Metais Ltda., uma vez que apresenta capacidade produtiva que merece destaque, além de uma qualidade indiscutível e logística eficiente”, adiciona. maio/junho 2012 37 consultoria Planejar é essencial para a fabricação de esquadrias Planejamento de Esquadrias Alcoa (PEA) oferece todo o suporte necessário para a elaboração de projetos A ssim como acontece em todas as esferas de nossa vida, profissional e social, o planejamento é algo que deve nortear qualquer construção, seja ela grande ou pequena, de origem residencial, comercial ou industrial. E para que o resultado final da obra seja um sucesso é preciso calcular, detalhar, estruturar, analisar e considerar diversos fatores que ajudarão a antecipar soluções e aproveitar melhor os recursos e investimentos. No momento de fabricar as esquadrias de alumínio esse cenário não é diferente, e, pensando nisso, a Alcoa buscou uma solução que fornecesse aos técnicos, consultores e fabricantes informações específicas e atualizadas de seus produtos, de forma rápida e segura, a fim de ajudar no levantamento do conjunto de modelos de esquadrias que as obras demandam. Assim, após um longo estudo, surgiu a parceria com a Alumisoft para o desenvolvimento do software de Planejamento de Esquadrias Alcoa (PEA). Por meio do PEA o fabricante tem acesso aos dados e definições técnicas de que precisa e conta com todos os recursos matemáticos necessários para modelar um esquema de uma esquadria, manter a exatidão do projeto e aproveitar o material, evitando perdas. Além disso, ele pode gerar uma gama de relatórios técnicos e gerenciais para auxiliar nas cotações, montagem de esquadrias, pedidos de material, apresentação 38 www.aluminioecia.com.br de orçamentos e em toda a documentação pertinente. “Vale lembrar que este sistema opera exclusivamente com produtos Alcoa e está em constante atualização, tanto para novas tipologias e linhas de produtos, quanto para o aperfeiçoamento de suas funcionalidades”, explica Wagner Vilmar da Silva, da área de Desenvolvimento de Produtos Extrudados da Alcoa. Ao adquirir o Planejamento de Esquadrias Alcoa, os usuários da rede Alumínio & Cia. contam, ainda, com o suporte técnico do software, que fica por conta da Alumisoft. Já a Alcoa presta a assistência ao conteúdo das montagens pré-definidas que compõe o sistema e é responsável pelos treinamentos que são realizados para os técnicos das lojas, dentro do Programa de Educação Continuada (PEC). “Se o fabricante não quiser ter problemas com as informações sobre as esquadrias e com os cálculos realizados, ele precisa consultar uma fonte segura e, no que diz respeito a software, o PEA é o único que fornece informações oficiais da Alcoa, dando agilidade ao seu trabalho”, finaliza Wagner. maio/junho 2012 39 Rede ALumínio & Cia. CONTATOS Saiba onde estão localizadas as principais lojas Alumínio & Cia. instaladas no País. Quem estiver fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo. Região Norte Região Nordeste Amazonas Alagoas CAA - Comércio Amazonenese de Alumínio Tel. (92) 2123-0123 Aluma - Arapiraca Tel. (82) 3530-9237 Centro do Alumínio Tel. (92) 3643-9000 Aluma (Matriz) - Maceió Tel. (82) 3324-1186 Fort Alumínio Tel. (92) 3656-6111 Aluma - Maceió Tel. (82) 3311-5757 Metal Alumínio Tel. (92) 4009-2253 Bahia Amapá Bahia Alumínio Tel. (71) 3616-0711 / 3616-0702 A. D. Junior Tel. (96) 3225-0500 Ceará Pará Alconort - Cariri Tel. (85) 3571-6464 Alupará - Belém Tel. (91) 3276-8899 Alconort - Fortaleza Tel. (85) 3464-2255 Alupará - Marabá Tel. (94) 3321-4519 Meganordeste - Garanhuns Tel. (87) 3762-3002 Meganordeste - Recife Tel. (81) 3878-4522 Piauí Alumapi - Teresina Tel. (86) 3233-3363 Rio Grande do Norte Alunor Tel. (84) 3213-2001 Região Sudeste São Paulo Aluquality Tel. (17) 3216-3020 Comaço Alumínio Tel. (16) 3615-8551 Raw Alumínio - Matriz Tel. (11) 4513-1222 Raw Alumínio - Filial/Loja SP Tel. (11) 2341-0546 Minas Gerais Metalnor Tel. (84) 3312-3700 Aludir - Belo Horizonte Tel. (31) 3383-6622 Sergipe Aludir - Divinópolis Tel.(37) 3691-7002 AlumiBox Tel. (79) 3211-9270 Espírito Santo Estrela Vidros Tel. (27) 2124-7500 Maranhão Região Centro-Oeste Alumapi - São Luís Tel. (98) 3269-1010 Mato Grosso Paraíba Alumínio Pantanal - Cuiabá Tel. (65) 3627-1500 Meganordeste - Campina Grande Tel. (83) 3341-5500 Mato Grosso do Sul Alumínio Boa Vista Tel. (95) 3627-4666 Meganordeste - João Pessoa Tel. (83) 3236-6868 Alumínio Pantanal - Campo Grande Tel. (67) 3351-1500 Tocantins Pernambuco Distrito Federal Santa Catarina Equador Alumínio Tel. (63) 3224-4246 Meganordeste - Carpina Tel. (81) 3621-0135 Albra Alumínio Tel. (61) 3233-3355 Alumínio São José Tel. (48) 2106-6600 Santarém Alumínio Tel. (93) 3523-1272 Rondônia Aluacro Tel. (69) 3222-6000 Roraima Região Sul Paraná Alcotyba Tel. (41) 3344-1100 Rio Grande do Sul Alcont Tel. (54) 3218-7777 Rede Esquadria & Cia. Saiba onde estão localizadas as principais fabricantes da rede Esquadria & Cia. instaladas no País. Quem estiver fora do Brasil deve acrescentar 55 antes dos números dos telefones indicados abaixo. Paraná Santa Catarina Abra Alumínios Tel. (46) 3224-2279 Agimax Esquadrias Metálicas Tel. (49) 3442-2257 Domínio Esquadrias de Alumínio Tel. (41) 3095-2858 Durante Esquadrias de Alumínio Tel. (48) 3621-7500 Esquadrilon Comércio de Esquadrias Tel. (43) 3321-1117 Duriarte Soluções em Vidro e Alumínio Tel. (47) 3333-1151 OK Alumínio Tel. (44) 3622-1571 Para conhecer mais sobre as redes Alumínio & Cia. e Esquadria & Cia. e os seus endereços, acesse: www.aluminioecia.com.br 40 www.aluminioecia.com.br Quem pensa em componentes de qualidade, pensa Fermax! A Fermax pesquisa, desenvolve e fabrica componentes com a qualidade e o design que você sempre sonhou. São vários produtos e soluções para as mais diversas necessidades e aplicações. Fermax, líder em soluções e sempre presente na sua vida. Conheça toda a nossa linha de produtos acessando o nosso site: www.fermax.com.br Curitiba: 41 3301-3536 São Paulo: 11 3616-6850 Outras localidades: 0800-724 2200 [email protected] maio/junho 2012 41 42 www.aluminioecia.com.br