Design Brasileiro
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Design Brasileiro
Design Brasileiro C Produtos populares descartáveis que não contam ainda com um eficiente sistema de coleta seletiva, gadgets que dependam de baterias elétricas e produtos relacionados aos “modismos” e obsolescência do mercado, contribuem significativamente para o aquecimento global, de forma diretamente proporcional ao seu sucesso de vendas. Daí a importância da postura do profissional de design frente a estas questões para discutir, junto aos empresários, Popular disposable products that are not collected for recycling, gadgets that use electrical batteries, ‘faddish’ products or products prone to obsolescence greatly contribute to global warming, and this contribution is directly proportional to the product’s sales success. That is why designers play an important role, together with entrepreneurs, in finding ways to reduce these negative aspects and turn them into a basis for strategic innovation. The same is true of other relevant Brazilian issues, such as the progressive aging population, the increase in the purchase power of the lower class, the evolution o contrário do que as pessoas normalmente imaginam, o design é uma atividade humana que vai (e precisa ir) muito além da discussão plástica dos objetos. Estudar o comportamento humano e saber analisar os dados para materializar conceitos que sejam benéficos para o indivíduo e para a sociedade é o objetivo central do design. Não importa se o objeto em questão é um novo produto, uma logomarca ou um website. Tudo pode ser redesenhado para melhorar o que já existe, ou melhor ainda, para apresentar uma nova possibilidade de realidade. Trata-se, portanto, de dar forma hoje ao que queremos para o mundo de amanhã. ontrary to what people usually believe, design is a human activity that goes (and has to go) far beyond a mere plastic discussion about objects. Design aims mainly at studying human behavior and analyzing the data obtained to materialize concepts that are beneficial to people and society. The object in question can be a new product, a logo or a website. Everything can be redesigned to improve its characteristics, or better yet, to generate a new reality. Thus, it means shaping today what we wish for tomorrow. swisscam nº48 04/2007 01 editorial A editorial Brazilian design editorial editorial as melhores formas de minimizar estes aspectos negativos e transformá-los em pontos de inovação estratégica. O mesmo vale para todas as outras questões sociais brasileiras, como o progressivo envelhecimento da população, o crescimento do poder de compra da classe D, a evolução do segmento de luxo, etc. Segmentam-se assim a maior parte dos produtos reconhecidos como referência (“objetos de desejo”) e suas versões diluídas em diferentes graus, que possuem somente alguns itens vestigiais do objeto/conceito original. A abrangência do termo e a falta de regulamentação contribuem também para que as mais variadas abordagens e definições de design coexistam no Brasil. Algumas delas, de acordo com as várias escolas mundiais de design, defendem a expressão pessoal do designer como artista, outras exploram inteligentemente os aspectos técnicos de fabricação, outras privilegiam novos conceitos, só para citar algumas. Logicamente, o ideal deveria estar sempre no equilíbrio harmônico de todos estes aspectos. of the luxury segment, and so on. This way, most products recognized as references (dream objects) are segmented and turned into diluted versions of the original objects/concepts, retaining little resemblance to them. The broadness of the term ‘design’ and the lack of regulation in the design area have led to the creation of different approaches and definitions in Brazil. Some of them, as adopted by various international design schools, defend that designers should express themselves as artists; others intelligently exploit the technical aspects of manufacturing; others focus on new concepts; just to mention a few. Naturally, all these aspects should be present and harmoniously balanced. The way I see it, Brazil still has to go a long way for local entrepreneurs to fully use design, focusing on people and using it as a powerful management tool. Em minha opinião, existe ainda um longo caminho a se percorrer no Brasil para que os empresários locais utilizem o design em sua plenitude, totalmente focado no ser humano e como uma poderosa ferramenta de gestão. Alguns empresários brasileiros já se deram conta desta oportunidade e desenvolveram produtos com foco no design orientado ao ser humano, como a Spy Eyewear, fabricante brasileiro de óculos de sol, que desenvolveu, junto com designers industriais, vários modelos esportivos considerando as solicitações de atletas brasileiros nas mais diversas modalidades. O resultado é um produto extremamente flexível, inquebrável, isento de elementos metálicos e com peças encaixadas em sua linha de produção. Resultado deste projeto foi o reconhecimento do mercado internacional e o aumento significativo da fatia de mercado brasileiro, além da conquista de quatro selos Design Excellence Brazil e de diversos prêmios internacionais de design, como o Opus Design Award, no Japão. Fábio Righetto é Diretor da Domus Industrial Design e Coordenador de Design da Fundação Armando Some Brazilian entrepreneurs have realized how to take advantage of this opportunity to develop products whose design focuses on people. For instance, Spy Eyewear, a Brazilian manufacturer of sunglasses, has developed, in partnership with industrial designers, sunglasses specifically designed for Brazilian athletes. The result was a highly flexible unbreakable product without metal parts whose structure is fitted together in the company’s assembly line. As a result, the project has been recognized by the international market, and the company increased its share in the Brazilian market, besides being awarded four Design Excellence Brazil certifications and several international design awards, such as the Opus Design Award, from Japan. Every time a new product is launched on the market, a new opportunity arises for companies to introduce a new concept, which can receive a trademark and beFábio Righetto come a new reference in the consumer’s mind, getting is director of Domus him/her away from the competition and creating a Industrial Design and change in the way the market moves, as shown by Design Coordinator at Apple, a leading computer company that developed Fundação Armando the iPhone, offering a multiple product (the iPhone Álvares Penteado (FAAP) combines a cell phone, a large monitor with one-touch control and Internet access), thus redefining what people can do with a simple cell phone. This is incredible, especially Cada novo produto lançado no mercado torna-se então uma because the product was launched by a company that had never oportunidade de apresentar um novo conceito que, além de ser developed a cell phone before, and surprised the market by launching passível de registro, possibilita uma nova referência na mente do a product that will become a reference for the large multinational consumidor, afastando-o da concorrência e criando uma mudança companies that specialize in the cellular telephony segment. de movimento do mercado, a exemplo do que a Apple, uma empresa atuante na área de informática, fez com o iPhone, oferecendo um produto múltiplo (iPhone é uma combinação de celular, tela grande com controle por toque e dispositivo de acesso a internet) e, com isto, redefinindo o que pode ser feito com um simples telefone celular. Isto é excepcional por ser um lançamento de uma empresa que nunca fez um aparelho celular na vida e de repente surpreende o mercado com um produto que vira referência perante grandes corporações multinacionais especializadas neste segmento de telefonia celular. 02 swisscam nº48 04/2007 Álvares Penteado (FAAP) Os surpreendentes móveis dos irmãos Campana são amostras do criativo design brasileiro - The amazing furniture designed by the Campana brothers are samples of Brazilian creative design 12 O design suíço é representado por famosos como Le Corbusier que criou a célebre cadeira ‘Grand Comfort’ em 1928 - Swiss design is represented by famous designers like Le Corbusier, who designed the famous “Grand Comfort” chair in 1928 29 O designer suíço Yves Béhar deu corpo ao computador de 100 dólares - Swiss designer Yves Béhar gave shape to the 100-dollar computer Foto capa: divulgação economia 09 SWISSCAM Magazine Diretor do Magazine e de Comunicação Magazine and Communication Director Christian Hanssen Coordenação Editorial / Editorial Coordination Ursula Bardorf Tel +55 (11) 5507 4947 Fax +55 (11) 5505 4255 [email protected] Anúncios / Advertisements Giuliana Di Girólamo Tel +55 (11) 5507 4947 Fax +55 (11) 5505 4255 [email protected] Dra. Hanna Christiane Henkel mostra por que o Brasil tem tudo para logo estar na frente de China e Índia - Dra. Hanna Chistiane Henkel explains why Brazil has all it takes to be ahead of China and India educação 27 economy education Habilidade suíça em tratar bem turistas e hóspedes agora pode ser aprendida no Brasil - Swiss expertise in serving tourists and guests can now be learned in Brazil cultura culture 25 Mais de 90 imagens do ‘fotógrafo-viajante’ suíço Nicolas Bouvier (1929-1998) na Pinacoteca - Exhibition shows over 90 photos of ‘traveller-photographer’ Nicolas Bouvier (1929-1998) at the Pinacoteca Projeto Gráfico / Editorial Design Karsten Paul Mohr Direção de Arte / Art Direction Markus Steiger / www.01241.com Tel +55 (11) 3207 5817 agricultura 17 Revisão e Tradução / Proofreading and Translation C.I.I. Idiomas, Denise Ortega, Regina Tanner, Ursula Bardorf Jornalista responsável / Responsible Journalist Vitor Ribeiro, MTB 21.208 SWISSCAM Câmara de Comércio Suíço-Brasileira Swiss-Brazilian Chamber of Commerce Schweizerisch-Brasilianische Handelskammer Chambre de Commerce Suisse-Brésilienne São Paulo Avenida das Nações Unidas, 13.797 Bloco II, 21° andar 04794-000 São Paulo - SP - Brasil Tel +55 (11) 5507 4947 Fax +55 (11) 5505 4255 [email protected] Rio de Janeiro Rua Teófilo Otoni, 63 - 5° andar, Centro 20090-080 Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel +55 (21) 2233 2367 Fax +55 (11) 5505 4255 [email protected] 23 Em situações difíceis da nossa vida como separações, divórcios, mortes é importante conhecer os procedimentos de inventário de bens - When life gets hard like when we have to face separation, divorce, or death, it is important to get familiar with asset inventory proceedings notícias da SWISSCAM 21 Assembléia Geral Ordinária Annual General Meeting 31 Visita da ministra suíça Doris Leuthard – Presidents’ Club com Pedro Malan – festas de confraternização em São Paulo e no Rio – estande suíço no CIOSP, Congresso Internacional de Odontologia São Paulo – faça o seu evento com a SWISSCAM - Visit of Swiss Minister Doris Leuthard – Presidents’ Club with Pedro Malan – end of year celebrations in Sao Paulo and Rio – Swiss stand at CIOSP, International Dental Congress in Sao Paulo – SWISSCAM organizes your event Vice-presidentes / Vice-Presidents Antonio Carlos Guimarães Nelson Mussolini A Câmara de Comércio Suíço-Brasileira, constituída em 1945, é filiada à União das Câmaras de Comércio Suíças no Exterior e à Câmara de Comércio Internacional. The Swiss Brazilian Chamber of Commerce, founded in 1945, is affiliated to the Swiss Foreign Trade Chambers and the International Chamber of Commerce. A reprodução das notícias é permitida, contanto que seja mencionada a fonte. As opiniões contidas nos artigos não refletem necessariamente a posição da SWISSCAM. The reproduction of items is permitted as long as the source is mentioned. The opinions contained in the articles do not necessarily reflect the position of SWISSCAM. www.swisscam.com.br Além de chocolate, queijo e canivetes há outro produto tipicamente suíço que faz sucesso no Brasil: vacas suíças - Besides chocolate, cheese and pocket knives, another typically Swiss product thrives in Brazil: Swiss cows jurídico legal Presidente / President Christian Hanssen Impressão / Printing Intergraf Soluções Graficas www.intergraf.ind.br Tel +55 (11) 4391 9797 agriculture business class 35 Finalmente o Bernasconi conseguiu se destacar perante os seus superiores e já sonha com grandes saltos de carreira – só não sabe que deve este ‘milagre’ a um engano - Bernasconi has finally been noticed by his superiors and now he dreams of a soaring career – the problem is he doesn’t know the “miracle” was due to a mistake swisscam nº48 04/2007 03 index 04 índice foco focus Cadeira Multidão Foto: Luis Calazans focus foco 2003 Entrevista com os designers brasileiros “Irmãos Campana” Famosos no mundo do design contemporâneo, os brasileiros Fernando e Humberto Campana se inspiram nos mais diversos objetos, situações, formas e texturas presentes em seu dia-a-dia. Possuidores de enorme talento subvertem o uso destes materiais outrora desvalorizados e os transformam em belíssimas obras de arte Q ual a contribuição que vocês gostariam de dar ao mundo do design? O que diria a introdução do capítulo “Irmãos Campana” em uma publicação sobre design? Humberto: Essa é uma pergunta difícil (risos). Eu não penso no futuro. Sem querer ser pretensioso, vivo um dia de cada vez. Preocupo-me com o momento que estou vivendo e me concentro em fazer o que gosto. Quero criar uma nova cadeira ou simplesmente ter uma boa idéia, que me agrade e me faça sentir vivo. Não sei se vale a pena dizer o que eu gostaria que escrevessem sobre mim... eu mudaria de idéia em duas semanas, dois meses, dois anos. Iria reler essa entrevista e pensar “Como eu era bobo!”. Mas se tenho de responder a sua pergunta, gostaria que o capítulo sobre nós dissesse que nós fazemos o que nos dá prazer, e o que nos dá prazer nesse momento é pesquisar materiais e encontrar possibilidades de mais de um uso para o mesmo material. 04 swisscam nº48 04/2007 A maior parte de seu trabalho é baseada na vida cotidiana e em seu relacionamento com o Brasil. O que diferencia o design brasileiro do norte-americano e do europeu? Não me refiro a formas características, mas sim aos aspectos mais intangíveis, mas conceituais do design. E esses elementos estão presentes em outros países da América do Sul ou cada país tem sua própria identidade em termos de design? Humberto: Eu acho que hoje há jovens designers que estão buscando outras formas de produzir suas peças sem ter de recorrer às grandes companhias, até porque essas companhias não têm capacidade para absorver todos os designers que se formam ano a ano. Eu não diria que há um design característico de um país. Algo produzido nos Estados Unidos de forma artesanal pode lembrar peças produzidas no Brasil, na Guatemala ou no Sri Lanka. O mundo se globalizou, e isso fez com que muitas pessoas quisessem voltar a produzir em suas casas, como se fazia antigamente. Em nosso caso, a transição para as companhias italianas aconteceu pouco a pouco. É verdade que, às vezes, nosso trabalho tem como foco a realidade brasileira, porque tentamos retratar nosso meio. O esforço que fazemos é o de buscar traduzir partes do Brasil que foram esquecidas pela globalização. O que posso dizer é que não Nós fazemos o que nos dá prazer, e o que nos dá prazer nesse momento é pesquisar materiais e encontrar possibilidades de mais de um uso para o mesmo material acho que o Brasil possa ser reduzido ao Carnaval e às cores vivas. Tentamos evitar os estereótipos em nosso trabalho. No fim das contas, não vejo nenhuma diferença significativa entre o designer brasileiro e os de outras nacionalidades. Em termos de América do Sul, não há muito diálogo intercultural. Não conhecemos uns aos outros, embora estejamos tão próximos. Cadeira Vermelha Edição especial para a coleção White and Colour da Edra - Foto cedida pela Edra 2005 Cadeira Sushi II Fotógrafo: Luis Calazans focus foco 2002 Eu não conheço muito sobre o design de qualidade produzido na Argentina. Talvez a solução fosse fazermos feiras de design na América do Sul para poder saber o que nossos vizinhos estão produzindo. É uma idéia… O que significa ser designer para vocês? Humberto: Tudo. Minha vida. Eu não seria feliz se não fosse designer. É paixão. Fernando: Acho que é não ser conformista. Às vezes você sente algo verdadeiramente forte. Nós sempre soubemos que para nós a comunicação era importante. Transmitir aos outros algo sobre você, uma parte de você. Nós tínhamos o hábito de ir ao cinema todos os dias. Esse foi um grande canal de informação. Enquanto outros meninos jogavam futebol, nós íamos ao cinema. Em nossas brincadeiras, recriávamos o que tínhamos visto no cinema. Era essa necessidade de comunicação, de expressão. O design é a forma, ou melhor, a linguagem, que escolhemos para nos expressarmos, para retratarmos a nós mesmos e ao mundo que nos cerca. Não é um discurso político. Não negamos nossas raízes interioranas. Elas são muito importantes para nós. E também é a dimensão urbana de São Paulo. Como designers, nós resgatamos as experiências de fãs de cinema e de garotos do interior para dizer alguma coisa sobre nós mesmos. Humberto, você estudou direito e Fernando, arquitetura. Como essas habilidades/capacidades se combinam em seu processo criativo? Como se pode distinguir a contribuição de cada um de vocês numa peça de design? Digamos, por exemplo, que um tenda a utilizar mais a cor e o outro, a dar ênfase aos materiais. Humberto: Eu estudei direito, mas abandonei logo depois de me formar. O que sei sobre design, aprendi na prática, com visitas a museus, por exemplo. Em São Paulo, nos anos 70, ia muito ao MASP. O museu foi projetado por Lina Bo Bardi, mulher do marchand italiano Pietro Maria Bardi. É um prédio tão belo, um cenário tão especial que me inspirou muito. Lina Bo Bardi foi a primeira pessoa que teve uma visão moderna do Brasil em toda sua elegância. Nossas criações são feitas a quatro mãos. Eu me envolvo mais com a parte física. Em seguida, quando o protótipo está terminado, Fernando começa a “brincar” com ele O que distingue o nosso trabalho é que o meu é muito mais intuitivo. Fernando é mais racional. Ele dá corpo aos meus sonhos e às minhas criações. Às vezes, eu dou o mesmo ao trabalho dele. Não é possível separar os conceitos. Comecei a idéia da Cadeira Corallo, por exemplo, mas ficou muito pesado. Quando Fernando a viu, retirou todos os elementos que lhe davam aquele peso e fez dela uma peça mais leve. Nossas criações são feitas a quatro mãos. Eu me envolvo mais com a parte física, trabalhando com as mãos, porque foi assim que aprendi. Em seguida, quando o protótipo está terminado, Fernando começa a “brincar” com ele. Quais seriam os três objetos de design de sua produção que você consideraria mais representativos e que colocaria em uma “cápsula do tempo”, para deixar o seu trabalho registrado para além de nossa época? Humberto: A Cadeira Vermelha, a Cadeira Favela, e a Cadeira de Plástico Bolha. Essas três cadeiras dizem muito sobre mim e a época em que vivo. A Vermelha fala de liberdade, a Favela, das nossas ruas, e a Plástico Bolha sobre reciclagem, usar e reutilizar. O que motiva vocês? Humberto: As pessoas. Pessoas interessantes. Pessoas que gostam de design, como Alexander Von Vegesack, do Vitra Design Museum, Murray Moss da Moss Gallery em Nova Iorque, Massimo Morozzi da Edra, e Paola Antonelli, para dizer apenas alguns. Estar em contato com essas pessoas que amam o design é extremamente motivador. O trabalho de outros colegas, como Ross Lovegrove e Hella Jongerius me dá inveja de uma forma positiva. Quero fazer algo tão bom quanto o que eles fazem. Fernando: Quando sinto que as pessoas estão vivas, sejam boas ou más. Quando entendem que há uma inter-relação entre suas vidas. Quando você tenta entender o que está por trás de cada um, você se dá conta que não se pode julgar. Você só consegue emitir opiniões sobre o bem e o mal em momentos de mudanças bruscas, inesperadas. Aí as pessoas se mostram. Essa, em minha opinião, é a mágica da vida. Não as pessoas, mas seus corações. Um animal, mesmo selvagem, pode ser dominado, mas não uma pessoa. Cada cabeça, uma sentença, com liberdade para fazer e criar o que bem entender. swisscam nº48 04/2007 05 Interview with designers “Campana Brothers” Well-known in the contemporary design world, Fernando and Humberto Campana take inspiration from the various objects, situations, forms and textures present in their daily lives. Highly talented, they subvert use of these materials, often neglected in the past, turning them into dazzling works of art H ow would you like to contribute to the design world? In a design publication, what would the prologue of a chapter entitled “Campana Brothers” be like? Humberto: This is a difficult question (laughs). I don’t think about the future. Without wanting to sound pretentious, I live one day at a time. I focus on the moment I’m living now and try to do what I like doing. I want to design a new chair or simply come up with a good idea that pleases me and makes me feel alive. I’m not sure I want to say what I’d like people to write about me… I’d change my mind in two weeks, two months, two years. I’d read this interview and think “What a fool!”. But if I have to answer your question, I think the chapter about us should point out that we do what pleases us, and what currently pleases us is researching new materials and looking for different ways to use existing ones. Most of your work is based on daily life and your relationship with Brazil. How do Brazilian designers differ from North-American and European designers? I mean, not the typical forms, but the more intangible, more conceptual aspects of design. Are these elements present in other South American countries or does each country have its own identity in terms of design? Humberto: I think that young designers are seeking alternative ways to work instead of searching for jobs in large companies, which can no longer absorb all new designers that We do what pleases us, and what currently pleases us is researching new materials and looking for different ways to use existing ones graduate from college every year. I wouldn’t say each country has a typical design. Something handmade in the United States might be similar to something made in Brazil, Guatemala or Sri Lanka. Globalization has made many people go back to working at home, as they used to do in the past. In our case, Italian companies took some time to make the transition. It’s true that sometimes our work focuses on the Brazilian reality due Cortesia da Edra 2006 to our intention to reflect the environment around us. However, we try to translate a part of Brazil that has been left out by globalization. What I can say is that Brazil is not only about Carnival and bright colors. We try to avoid stereotypes in our work. Actually, I don’t think Brazilian designers are different from foreign designers. In terms of South America, we don’t see much intercultural dialog. We don’t know each other, although we are so close. I’m not very familiar with quality design from Argentina. Maybe we should organize design fairs in South America to learn what our neighbors are producing. It’s an idea... What does design mean to you? Humberto: Everything. My life. I wouldn’t be happy if I weren’t a designer. It’s a passion. Fernando: I think it means you’re not a conformist. Sometimes you have this strong feeling inside you. We’ve always known communication is important to us. You pass on to people something about you, a part of you. We used to go to the movies everyday. It was a great information channel. While the other kids were playing soccer, we’d go to the movies. When we were playing, we recreated what we’d seen in the film. We had this need to communicate, express ourselves. Design is the way, or better, the language we’ve chosen to express ourselves, to picture ourselves and the world around us. It’s not a political speech. We don’t deny our countryside origin. It’s very important to us. And so is Sao Paulo’s urban dimension. As designers, we take our experience as moviegoers and country boys to say something about ourselves. Humberto, you have a law degree, and Fernando, an architecture degree. How do you combine these abilities/qualities during the creative process? How can we tell how each of you have contributed to the design of a certain object? Let’s say, for instance, that one of you focuses on color, and the other, on the materials. Humberto: I went to law school, but I dropped law soon after I graduated. All I know about design I’ve learned through practicing, visiting museums, for example. In the 70’s, I used to go to MASP in São Paulo a lot. The museum was designed by Lina Bo Bardi, who was married to Pietro Maria Bardi, an Italian art dealer. It’s such a beautiful building, such a special place that it got me inspired. Lina Bo Bardi was the first person to have a modern view of Brazil in all its elegance. What differs Our creations are the result of a four-hand work. I deal with the physical aspect. Then, when the prototype is ready, Fernando starts “playing” with it my work from Fernando’s is that mine is much more intuitive. Fernando is more rational. He shapes my dreams and my ideas. Sometimes, I do the same with his work. We can’t really distinguish the concepts. For instance, I came up with the Corallo Chair, but the concept was too heavy. When Fernando saw it, he eliminated all elements that made it heavy and turned it into a lighter piece. Our creations are the result of a four-hand work. I usually focus on the physical aspect and work with my hands the way I’ve learned to. Then, when the prototype is ready, Fernando starts “playing” with it. Which objects designed by you would you choose as the most representative of your production and would you put in a “time capsule” to be seen by future generations? Humberto: The Red Chair, the “Favela” Chair, and the Bubble Plastic Chair. These three chairs say a lot about me and my time. The Red Chair is about freedom, the “Favela” Chair, about our streets, and the Bubble Plastic Chair is about recycling, use and reuse. What motivates you? Humberto: People. Interesting people. People who like design, such as Alexander Von Vegesack, from the Vitra Design Museum; Murray Moss, from the Moss Gallery in New York; Massimo Morozzi, from Edra; and Paola Antonelli, just to mention a few. Being in contact with people that love design is highly motivating. The work of other colleagues like Ross Lovegrove and Hella Jongerius makes me envious in a positive way. I want to produce something as good as they do. Fernando: When I feel people are alive, good people and bad people alike. When they understand their lives are interconnected. When we try to understand what’s behind their attitude, we realize we can’t pass judgment. You can only express your views on good and evil when faced with sudden, unexpected changes. That’s when people reveal themselves. This is what I see as the magic of life. Not the people, but their hearts. Even wild animals can be tamed, but you can’t tame a person. Many men, many minds, with freedom to do and create whatever they want. swisscam nº48 04/2007 07 focus foco Sofá Aster Pappousus Bela adormecida por Dra. Hanna Christiane Henkel mbiente de novas arrancadas foi o slogan que o presidente brasileiro Lula quis conectar com o seu nome. Pouco tempo atrás, Luiz Inácio Lula da Silva convocou os 27 governadores à capital Brasília, o gabinete inteiro teve de aparecer e chefes das maiores empresas estaduais deveriam dar destaque especial à importância deste dia. “O Brasil não pode continuar como uma fera presa numa rede de aço invisível, debatendo-se, exaurindo-se, sem enxergar a teia que a aprisiona”, diz Lula ao anunciar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de 180 bilhões de dólares. Em uma apresentação powerpoint Lula mostrou mapas com inúmeras linhas e pontinhos coloridos – símbolos para novos portos, linhas de trem, estradas, pipelines, usinas de energia elétrica e aeroportos que deverão libertar o Brasil da sua teia aprisionadora. O país deve crescer, finalmente. Nos três anos passados, o gigante sulamericano sempre foi o último colocado entre os países emergentes BRIC, para os quais o banco de investimento americano Goldman Sachs prognosticou, em 2001, a subida para entre os melhores do mundo. Com um crescimento médio de 2,7%, Brasil foi de longe o lanterninha, enquanto a China chegou a 10,2, Índia a 8 e Rússia a 6,9%. Será que o imenso potencial do gigante sul-americano de novo prometeu mais do que de fato conseguiu realizar? Mas o Brasil pode conseguir. O país é conhecido como uma caprichosa e temperamental diva, entretanto, se transformou em uma bela adormecida. “Os números de crescimento podem ainda estar um pouco decepcionantes”, ressalta Paulo Leme, responsável para os países emergentes no Goldman Sachs, “mesmo assim confiamos no prognóstico: Brasil realizará o sonho BRIC”. A razão para tanta convicção: o Brasil tem vantagens em dois setores, comparado com países como China e Índia, em relação à experiência com economia de mercado e democracia assim como à estabilidade das suas instituições. Tudo isto começou com uma bela moça na praia de Ipanema do Rio. Nos anos 50 ela conseguiu encantar os repre- sentantes masculinos da jeunesse dorée e ficou imortalizada com a música “Garota de Ipanema”. Era a época da Bossa Nova, do novo ritmo, uma mistura sedutora, sentimental e ao mesmo tempo alegre, de samba com jazz. O arquiteto Oscar Niemeyer revolucionou a arquitetura moderna com edificações de cimento insinuando curvas femininas. O presidente Juscelino Kubitschek mandou erguer do nada, no deserto interior do centro-oeste, uma nova e futurística capital, um projeto singular no mundo O caminho escolhido pelo Brasil é a chegada silenciosa da política do viável e pode ser um modelo para outros países emergentes inteiro. Foi o prelúdio de uma época quando o Brasil esbanjou para todos os cantos do mundo uma irresistível atração para aventureiros e o jet set. Mais tarde seguiram as empresas – do mundo inteiro, mas predominantemente européias, muitas delas da Alemanha. Em São Paulo ocorreu a maior colônia de plantas industriais alemãs fora da Alemanha. A euforia era grande – e, naquele momento, com toda razão. Volkswagen do Brasil logo se tornou a filial de maior lucro dentro da corporação – e o executivo chefe do Brasil foi promovido ‘rei’ em Wolfsburg. Ímã para o jet set O país vive um milagre econômico até então nunca visto no mundo: de 1951 até o começo dos anos oitenta a economia cresce entre 7 a 8% por ano. Um ‘João Ninguém’ provinciano se transforma em uma potência importante nos setores da indústria e agronegócio. O outro lado da moeda: o regime militar, no poder de 1964 a 1982, endividase fortemente no exterior. Não é de surpreender que o Brasil, junto com outros países emergentes, afunda no redemoinho e é levado pela crise de dívidas. Começa a década perdida: a inflação é galopante, uma crise econômica se segue a outra. Entre 1982 e 1993 a taxa de crescimento médio é de magros 1,6%. A grande virada acontece somente em 1994, quando o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso consegue, através do Plano Real, frear a hiperinflação – um momento decisório na história do país. O Brasil está sólido e começa a seguir uma política econômica ortodoxa. Quem mais ganha com isto são as classes de baixa renda, cuja receita antes derretia como gelo debaixo do sol tropical. O país inteiro se engaja para o projeto de estabilização; donas de casa anotam os preços nos supermercados e delatam as empresas que aumentam os preços de forma exagerada. De Saulo a Paulo Nesta época, o líder sindicalista Lula foi três vezes candidato nas eleições presidenciais: 1989, 1994 e 1998. Em um país onde a desigualdade social é gritante, o apelo esquerdista radical para mais justiça de Lula até é ouvido. Mas mesmo assim ele é derrotado todas as três vezes. Porque muitos brasileiros, entre eles até os da classe de baixa renda, viam neste político barbudo esquerdista uma ameaça para a estabilidade econômica do país. Somente quando ele, na campanha de 2002, promete, em sua ‘Carta ao Povo’, dar continuidade à política econômica orientada à estabilidade do seu antecessor, o povo o elege com júbilo ao Palácio de Planalto. Além do mais, no Brasil já se estabeleceu a percepção de que uma política social ajustada à classe mais baixa é imprescindível para a estabilidade política sustentável. Por isto, Lula deu continuidade ao programa iniciado pelo governo anterior da Bolsa Escola e o estende para o Bolsa Família. É o maior programa deste gênero na América Latina. Em torno de 50 milhões de brasileiros, um quarto da população, se beneficia com este programa. E isto, sem arruinar as finanças nacionais: o governo não faz promessas milagrosas propagandistas, mas segue um caminho pragmático de reformas graduais. Muito ainda poderia ser melhorado. Muitas micro e macroreformas ainda não são feitas e a política social ainda é baseada no abrandamento de pobreza a curto prazo, em vez de combater a pobreza a longo prazo. swisscam nº48 04/2007 09 economy A economia Por que o Brasil cresce lentamente e, mesmo assim, está bem à frente de China e Índia Além disto, o país gerenciou com bravura a transição de uma ditadura militar a uma democracia consolidada – hoje, com 188 milhões de habitantes, uma das maiores do mundo. Os dividendos da estabilidade O processo dolorido de aprendizagem tem o seu lado positivo. O país sul-americano está bem à frente dos seus concorrentes BRIC em relação à experiência. “De certa forma o boom de muitos países asiáticos é semelhante ao milagre econômico do Brasil de antigamente”, explica o especialista em países emergentes Leme do Goldman Sachs. O rápido crescimento daqueles tempos terminou em um pântano de crises. “China e Índia podem estar ameaçadas de passar por experiências parecidas”, alerta Leme. O ‘Economist’ já identificou um superaquecimento perigoso na Índia. E diversos especialistas já colocam um grande ponto de interrogação no desenvolvimento da China. Parece que tudo é subordinado ou até sacrificado ao sucesso naquele país. Pode ser que o terremoto na bolsa de Xangai no final de fevereiro de 2007 tenha sido um primeiro sinal de alerta para a economia. Enquanto isto, o Brasil poderá usufruir nos próximos anos de certos ‘dividendos da estabilidade’. Certamente o país continuará sem o crescimento à velocidade da luz da Ásia, já que as reformas necessárias ainda continuam sendo um sonho. Mas para as cinco décadas vindouras os economistas do Goldman Sachs prognosticam um crescimento de 3,6% por ano. Isto é suficiente para ultrapassar, em sete anos, a Itália e, em 2036 a Alemanha. Em 2053 o Brasil seria o quinto maior poder econômico – à frente da Rússia e logo após China, EUA, Índia e Japão. O Brasil está à frente dos seus concorrentes BRIC em relação à experiência. O boom de muitos países asiáticos é semelhante ao milagre econômico do Brasil de antigamente e cheio de riscos crescente para todos. O mercado de capitais do Brasil, por exemplo, já se beneficia com a crescente estabilidade econômica. O Selic caiu de 25% no final de 2002 para 13%; o volume de crédito aumentou muito; as empresas conseguem com mais facilidade o lubrificante principal da expansão dinheiro. A mineradora CVRD e a refinadora Petrobras há pouco tempo receberam o selo de qualidade Investment-Grade das agências de avaliação – entre outras razões porque atuam agora em um ambiente político e economicamente mais estável. Campeão mundial, global player Cada vez mais empresas já têm papel de líder em tecnologia, como a Petrobras e a Embraer, montadora de jatos regionais. A economia brasileira, além disto, tornou-se um ator importante nos mercados mundiais. As exportações duplicaram durante os últimos três anos e chegaram a 138 bilhões de dólares. “Um marco histórico”, explica orgulhosamente o economista do Bradesco, Barros. “Em vez de ser uma economia nacional fechada somos agora uma aberta, integrada na economia mundial.” Nos produtos soja, frango, café, açúcar, carne, concentrado de suco de laranja e minério, o Brasil já é campeão mundial em exportação. Estas matérias-primas e os seus produtos semi-manufaturados já representam a metade das exportações. Graças às boas condições de cultivo para cana-de–açúcar, o Brasil poderia avançar, nos próximos anos, a um fornecedor significante do combustível etanol. Apesar de todas as boas perspectivas, ainda existem muitas barreiras no caminho que atrapalham o crescimento. A economia sofre com burocracia, corrupção e, em muitos casos, falta de segurança jurídica. A OCDE listou em seu mais recente relatório uma longa lista de reformas estruturais que ainda faltam. Em primeiro lugar a política orçamentária. Apesar de toda consolidação o governo ainda gasta demais, sobretudo com as aposentadorias. Também existe um grande arsenal de ‘dinamite social’ – a grande desigualdade salarial e o desemprego agudo. O provavelmente mais famoso representante da Bossa Nova, o admirado Chico Buarque, ocupa-se hoje com outras realidades do que, nos anos 50, com o ambiente bucólico das praias do Rio de Janeiro. Em seu mais novo CD ele canta sobre as favelas nas periferias das metrópoles – que nem constam nos mapas oficiais e onde os adolescentes matam uns aos outros nas guerras entre as gangues dos traficantes. No Brasil já se estabeleceu a percepção de que uma política social ajustada à classe mais baixa é imprescindível para a estabilidade política sustentável O PAC de Lula não conseguirá amenizar este explosivo social, nem vai derrubar as barreiras econômicas. Para isto, precisariase de reformas radicais, politicamente inviáveis. Ninguém conta com isto. Mas também não se espera experimentos esquerdistas do ex-líder sindicalista Lula. Pouco tempo atrás, Lula, meio brincando, meio falando sério, se vendeu como fiador da estabilidade, dizendo “Se você conhece uma pessoa mais velha, madura, que ainda é socialista radical, deve ter algum problema sério.” Este artigo foi publicado na revista alemã de economia ‘Capital’ na edição 7/2007. Dra. Hanna Christiane Henkel é jornalista de economia para América Latina swisscam nº48 04/2007 11 economia O país sul-americano impressiona com o seu desenvolvimento balanceado e constante. “Em democracias com economia nacional robusta os progressos podem se acumular. Países instáveis podem até seguir na frente em um primeiro momento, mas na próxima crise logo ficam atrás”, explica Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco, maior banco brasileiro. Além disto, a estabilidade promove a produtividade – na qual, conforme os livros especializados de economia, se baseia a prosperidade economy Mesmo assim, Javier Santiso, economistachefe da OCDE, a ‘fábrica de pensamentos’ dos países industrializados, elogia o caminho escolhido como a “chegada silenciosa da política do viável” e vê nela um modelo para outros países emergentes. “O Brasil reforçou os seus fundamentos consideravelmente”, julga também Maurício Fonts, professor da City University of New York. O país realizou dois processos ao mesmo tempo, diz ele: o político e o econômico. A economia nacional angustiada pela inflação, liderada de forma dirigida e frequentemente chacoalhada por crises, se transformou em uma economia estável, baseada em princípios de economia de mercado. Design suíço: a função define a forma focus foco por Meret Ernst Alias - Sofá TT Alfredo Häberli D esign suíço tem uma longa tradição, embora a palavra ‘design’ só tenha entrado no vocabulário alemão nos anos sessenta. Até o século XX houve muita pobreza na Suíça. Somente com o desenvolvimento do setor industrial e de serviços a Suíça se estabeleceu como uma das sociedades mais ricas do mundo. Neste caminho de sucesso não houve rupturas. Não houve guerras, nem catástrofes naturais que interromperam o constante desenvolvimento econômico e tecnológico. Pelo contrário: após a segunda guerra mundial, quando a produção industrial na Europa sucumbiu, os produtores e designers na Suíça, país poupado das batalhas, já estavam a pleno vapor. Mais tarde, a economia suíça se beneficiou do milagre econômico alemão dos anos cinqüenta e sessenta. Muitos dos esboços que marcam a história do design suíço se tornaram clássicos: a poltrona Grand Comfort do ano 1928 de Le Corbusier, o assento em eternit de Willy Guhl de 1954, reelaborado em material livre de asbesto em 1998, a cadeira de alumínio Landi de Hans Coray, desenhada 12 swisscam nº48 04/2007 Design suíço? Mesmo quem se recusa a descobrir características tipicamente nacionais em objetos como uma bicicleta, uma máquina de café ou em uma fonte de letra, pode observar uma coisa em comum: objetos que são usados e elaborados na Suíça são discretos, desenhados cuidadosamente até o último detalhe e a forma é gerada de acordo com sua função a partir de um trabalho meticuloso em 1939 para a Exposição Nacional em Zurique (foto da capa) e reeditada em 2006. Todos estes objetos fazem parte da herança do design suíço e foram assimilados pelos designers mais novos, não somente como Muitos dos esboços que marcam a história do design suíço se tornaram clássicos referência formal, mas pela convicção de que design bom e duradouro deve unir a idéia criativa com o atual nível de desenvolvimento tecnológico. Designers contemporâneos como o suíço-argentino Alfredo Häberli, Hannes Wettstein, Frédéric Dedelley ou Jörg Boner perpetuam este conceito. Freitag - F52 Miami Vice Desta forma, emergiram nos anos oitenta e noventa inúmeras pequenas marcas para os ramos de esporte, tendências e moda. Criaram-se alguns móveis surpreendentemente duradouros como a sapateira de Hanspeter Weidmann (1984) e clássicos como as bolsas Freitag (1993). Eles são reconhecidos no exterior por causa da sua habilidade em combinar as exigências do mercado com o seu toque pessoal; porque são movidos pelas suas convicções; porque amam a forma; porque dominam a função e porque conhecem a história do design. Mas mesmo assim precisam ajustar os seus desenhos ao que o produtor imagina, e dar a um produto uma identidade à altura das exigências da marca. O que define esta marca é, finalmente, não uma decisão do designer, mas sim do cliente final, cujas necessidades são elaboradas através de prolixas pesquisas de mercado. Forçado por estas circunstâncias, o design conquistou uma sabedoria estratégica para defender a sua liberdade de ação criativa. design em Zurique Swiss design: the function defines the form by Meret Ernst Swiss design? Even those who refuse to admit that some typical Swiss characteristics are present in objects, such bicycles, coffeemakers, or letter fonts, can agree on a common point: objects that are used and designed in Switzerland are discreet and carefully designed to the last detail, with their shape determined according to their function following meticulous work Isto não ficou despercebido pelos críticos de design: a crítica voltada a cada objeto se transformou em crítica voltada ao ambiente que define o funcionamento e o significado do produto. Foi exatamente isto que o sociólogo suíço e pesquisador de design Lucius Burchkardt expressou com o conceito: “Design é invisível.” Recorrer à própria história e voltar o olhar para fora são as ferramentas para dar continuidade à diferenciação da forma. Na Suíça ela acontece em alto nível. Ela pressupõe conhecimento, bom gosto e, para cliente e consumidor final, uma carteira S wiss design comes a long way, although the word ‘design’ was introduced in the German lexicon only in the 60’s. Before the 20th century, poverty spread throughout Switzerland. Only with development of the industrial and service sectors did the country emerge as one of the wealthiest nations in the world. During its successful trajectory, there were no ruptures. There were no wars neither natural catastrophes that interrupted the constant economic and technological growth. On the contrary: after World War II, when industrial production collapsed in Europe, production plants and designers in Switzerland, a country spared swisscam nº48 04/2007 13 foco Os criadores suíços partem da convicção de que design bom e duradouro deve juntar a idéia criativa ao atual nível de desenvolvimento tecnológico Alfredo Häberli Um objetivo é o nicho de mercado local, o outro o sucesso internacional. Como os pioneiros, os designers de hoje trabalham além das fronteiras. Alfredo Häberli desenha para produtores, entre outros, na Escandinávia, Itália, Bélgica, Espanha; Hannes Wettstein trabalha para clientes italianos e alemães; Frédéric Dedelley desenvolve também para produtores japoneses e Jörg Boner organiza exposições e projetos com designers estrangeiros. M e r e t E r n s t é redatora de design na Hochparterre, revista para arquitetura e Iittala - Origo Outros designers como Frédéric Dedelley reinterpretaram a cadeira Landi e a levaram à China (2000). repleta de dinheiro, já que bom design e alta funcionalidade vão de mãos dadas com materiais de primeira linha e acabamento perfeito. E isto tem o seu preço. Falando de preço: as cédulas de franco suíço estão entre as mais belas do mundo. E, como não poderia ser diferente, as mais seguras contra falsificação – este país não suporta beleza fútil. focus Eles se aproveitam de uma longa tradição de formação profissional orientada ao trabalho manual nas escolas de arte, hoje transformadas em escolas técnicas superiores. E se beneficiam de uma economia nacional dominada por pequenas e médias empresas com até 250 funcionários. Grande mesmo são apenas pouco mais de mil empresas na Suíça. As outras 300.000 empresas são de pequeno ou médio porte, sendo que, entre elas, as microempresas com menos de 10 pessoas são mais de 270.000, ou seja, a maior parte. Muitos designers arriscam o salto para a autonomia. Um pré-requisito indispensável para estes, que não podem contar com um emprego em uma das grandes agências ou nos estúdios de design corporativos, é a junção de vontade de expressão com senso para negócios. Swiss designers believe that a good and long-lasting design results from combining creativity and state-of-theart technology Swiss designers target both the domestic and the international market. Just like early designers, modern designers work beyond their country’s borders. Alfredo Häberli, for instance, works for customers in Scandinavia, Italy, Belgium, and Spain, among others; Hannes Wettstein designs objects for the Los Bancos Suizos Alfredo Häberli 1998 Grand Comfort 1928 approach to preserve their freedom to create. This phenomenon has not gone unnoticed by design critics: rather than analyzing each object, they analyze the environment that defines the function and the meaning of the product. This is exactly what Swiss sociologist and researcher Lucius Burckardt expressed through the concept “Design is invisible”. Swiss designers are recognized abroad for their ability to meet market demands while preserving their personal touch. They are driven by their beliefs; they love form and understand function such as Swiss-Argentinean Alfredo Häberli, Hannes Wettstein, Frédéric Dedelley, and Jörg Boner help perpetuate this concept. As a result, the 80’s and 90’s saw a large number of small brands arising in the sports, trends, and fashion segments. Some incredibly durable furniture was designed, such as Willy Guhl Le Corbusier BD Ediciones They take advantage of the tradition of Swiss art schools that provide professional degrees in plastic arts, a role currently fulfilled by technical colleges. They also benefit from an economy where most companies are small and medium-sized businesses with up to 250 employees. There are only a little over 1,000 large companies in Switzerland. The other 300,000 companies are small or medium-sized enterprises, among which, the vast majority, or over 270,000 are microbusinesses with up to 10 people. Many designers prefer to work independently. Those who cannot get a job in one of the large agencies or design studios need as prerequisites the desire to express themselves combined with business talent. Loop chair foco Many pieces that mark the history of Swiss design have become classical: the 1928 Grand Comfort armchair by Le Corbusier; the 1954 asbestos seat by Willy Guhl, redesigned in 1998 with asbestos-free material; and the Landi aluminum chair, designed by Hans Coray in 1939 for the Zurich National Exhibition (see cover), and redesigned in 2006. All these objects represent the tradition of the Swiss design, which has been used as a basis for the work of younger designers, who see it as a reference and believe that good and long-lasting design is the result of combining creativity with state-ofthe-art technology. Contemporary designers, the shoe rack by Hanspeter Weidmann (1984), and some classical pieces, such as the Freitag bags (1993). Other designers, like Frédéric Dedelley reinvented the Landi chair and took it to China (2000). focus during the war, were working non-stop. Later, the Swiss economy was positively impacted by the German miracle that took place in the 50’s and 60’s. Italian and the German; Frédéric Dedelley works for Japanese manufacturers, and Jörg Boner organizes exhibitions and projects involving foreign designers. They are recognized abroad for their ability to meet market demands while preserving their personal touch. They are driven by their beliefs; they love form, understand function, and know the history of design. Nevertheless, they must adapt their ideas to their customers’ needs and confer an identity to each product, meeting the brand requirements. The brand is defined by the customer, whose needs are determined with basis on innumerous market surveys. Forced by these circumstances, designers have developed a strategic In order to continuously differentiate form, people must analyze their own history with an eye out of it. In Switzerland, this is a common concept. It requires knowledge, good taste, and, for the final customer, a wallet full of money, since good design and high functionality go hand in hand with highquality materials and perfect finishing. And there is a price to pay for it. By the way, Swiss franc bills are among the most beautiful in the world. And, naturally, the safest concerning counterfeiting. After all, this country cannot stand nonsense beauty. M e r e t E r n s t is design editor of Hochparterre, a design and architecture magazine in Zurich swisscam nº48 04/2007 15 agriculture agricultura Swiss Original Brown Cattle on Brazilian Lands Interview with José Lopes Fernandes Netto and Michael Smith from the Paulista Association of Swiss Original Brown Cattle Breeders M any people do not know, but apart from watches, chocolates and pocket knives, a typical Swiss symbol and one of the oldest in the world is the Swiss cattle breed called “Braunvieh” (Swiss Original Brown cattle) from which there are records dating back to 800 AC. In 1869 the first cows were exported to the USA. Then, Mexico, and in 1911, it was Brazil’s turn to import the first heads of Swiss Original Brown cattle with the support of the government. The breed, used to the extreme low temperatures of the Alps, is distinguished for its rusticity and for its capability to handle changing temperatures ranging from minus 5 degrees Celsius up to 35 degrees Celsius positive in the same day. The hilly and rocky lands turned these animals into strong, tough cattle with great physical conditioning. It is one of the longest living breeds, therefore, the one with the largest number of calves and the longest lactation period. While in the USA the market demanded milk cows and encouraged the breeding of Brown Swiss cattle, in Brazil, the Swiss Original Brown Cattle breed was sustained prioritising the production of meat. In 1938, the Paulista Association of Swiss Original Brown Cattle Breeders was founded and the first Brazilian animal, a calf named “Hector de Papagaios”, was marked and registered under number 001 by President Getúlio Vargas. So far, the Association has registered more than 200,000 animals. One thousand breeders all over Brazil have 100,000 purebreds. What’s more, there are around 1 million heads generated by cross breeding. The breeders realized that the characteristics of the Swiss cattle (a bull type of breed) when crossed with Zebu cattle breeds, like the 16 swisscam nº48 04/2007 Nelore, result in animals that adapt quite well to the Brazilian environment. This applies both to cows bred for their milk and those bred for meat. They are rustic, docile, live longer, and produce more milk and meat. The females are great mothers for rent and the males gain weight easily without accumulating fat. Nevertheless, the fact that the animal has pigmentation all over the body greatly contributes in diminishing sun exposure related diseases, such as skin cancer and cancer of the eye. According to experts, there is a 30% improvement of the breed when crossed with the Swiss Original Brown cattle. The Nelore is very well adapted to the tropical heat, but with the disadvantage of being more skittish, gaining weight more slowly, producing calves later, having shorter lives and producing less milk and meat than the Swiss breed. The characteristics of the Swiss cattle when crossed with Zebu cattle breeds, like the Nelore, result in animals that adapt quite well to the Brazilian environment As usual in Brazilian cattle breeding, the genetic material is implanted by artificial insemination or in-vitro embryos are placed in non-biological mothers that serve as surrogate mothers. The Swiss company Swiss Genetics exports millions of embryos and ampoules of semen from diverse races throughout the world. As the future calves travel at temperatures of minus 196 degrees C, a lot of caution is required in the process. A Swiss Original Brown specimen has a price range between R$ 1,000.00 and R$ 2,000.00 in Brazil. While protected against ticks and other diseases by the cold temperatures of Alps, the Swiss Original Brown cattle, like the other cattle in Brazil, are vulnerable to tropical diseases and need to be vaccinated and treated following veterinarians’ prescriptions and with medicines supplied by, among others, Novartis, the Swiss company that produces Acatak, the main medication against ticks. The horns of the Swiss cattle are cauterised when they are calves so that they will not hurt each other. Following these procedures, the Swiss cattle have optimum conditions to adapt well to Brazil. Although other associations representing different breeds, such as Angus and Holstein, have a strong marketing here in Brazil, the same does not apply to Swiss Original Brown cattle. Even being among the bull races, the kind of race most adaptable to tropical conditions, the race still is not promoted enough in Brazil. Some Brazilian breeders have travelled to Switzerland to take part in the Swiss Original Brown Cattle International Week to get updated and get to know more about the improvements made to the breed. But it would be ideal if a Swiss delegation visited Brazil to get to know and understand the country’s enormous cattle breeding market and the opportunities for Swiss Original Brown cattle, as the cattle breeding business in this country represents 1/3 of the agribusiness market. The potential of the Brazilian market to absorb a lot more Swiss cattle is, according to the President of the Paulista Association of Swiss Original Brown cattle, José Lopes Fernandes Netto, very large and would generate good business opportunities for Swiss companies that provide genetic material or medication, or even Swiss cattle breeders. Swiss Original Brown cattle bred in Brazil are being exported to Colombia and Venezuela, and there is room for even more exports. Why not even to Switzerland? agricultura Both interviewees are convinced that the Swiss Original Brown cattle breed deserves a lot more attention as it offers many more advantages than any other bull breeds in Brazil. They hope the new relationship between the Swiss and the Brazilian Associations will result in constant improvement of this very old and successful breed in Switzerland as well as in Brazil. D r. J o s é L o p e s F e r n a n d e s N e t o is a breeder and the President of the Paulista Association of Swiss Original Brown cattle, telephone 015 9775 7175, and M i c h a e l S m i t h is a breeder, an Agribusiness Consultant and a Meat Factory Director, telephone 015 9102 3001 agriculture Gado suíço em pastos brasileiros Michael Smith explains that meat from animals generated from crossing Nelore and Swiss Original Brown cattle is of high quality and could be commercially sold for a much higher price than meat from a pure Nelore, and this is what happens in Uruguay. While Brazil exports 2,390,636 tons of meat per year at an average of 1.317 US$/ton, Uruguay, which has more cross breeds with European races, exports 479,000 ton of meat per year at 2.246 US$/ton, a price 70% higher due to the better quality of the meat. The best result is obtained from the first crossbreed of different races, the so-called F1. Entrevista com Jose Lopes Fernandes Netto e Michael Smith da Associação Paulista de Criadores de Gado Pardo Suíço T alvez você não pense, mas além de relógios, chocolates e canivetes, um símbolo típico suíço, e dos mais antigos, é a raça de gado ‘Braunvieh’ (gado pardo suíço) da qual há registros datados de 800 AC. E foi em 1869 quando as primeiras cabeças foram exportadas para os EUA. Seguiu México e, em 1911, foi a vez do Brasil importar, com apoio do governo, o primeiro rebanho de gado pardo suíço. A raça, acostumada às condições extremas dos Alpes, se destaca pela rusticidade, e pela facilidade de agüentar temperaturas variáveis de 5°C negativos a 35°C positivos no mesmo dia. Os terrenos íngremes e pedregosos levaram a um gado forte, resistente e com bom condicionamento físico. É uma das raças de maior longevidade, portanto, de maior número de bezerros e maior período de lactação. Enquanto nos EUA o mercado exigiu vacas leiteiras e incentivou a criação da linhagem Brown Swiss, no Brasil manteve-se a raça original gado pardo suíço, privilegiando a produção de carne. Em 1938 foi fundada a Associação Paulista de Criadores de Gado Pardo Suíço, e o primeiro animal nacional, um garrote de nome “Hector de Papagaios”, foi tatuado e registrado com o número 001, pelo então As características do gado pardo suíço, quando cruzado com raças zebuínas, como o nelore, resultam em animais que se adaptam muito bem às condições brasileiras Presidente da República, Getúlio Vargas. Até hoje entraram nos registros da associação mais de 200.000 animais. 1.000 criadores espalhados por todas as regiões brasileiras cuidam dos 100.000 animais de raça pura. Além disto, há cerca de 1 milhão de cabeças oriundas de cruzamentos. swisscam nº48 04/2007 17 Como é praxe na pecuária brasileira, o material genético é implantado por inseminação artificial ou embriões criados in-vitro moram ‘de aluguel’ em mães nãobiológicas. A empresa suíça Swiss Genetics exporta milhares de embriões e ampolas de sémen de diversas raças para o mundo inteiro. A viagem dos futuros bezerros acontece a temperaturas de 196°C negativos e precisa de muita cautela. Um animal de raça gado pardo suíço tem preço de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 no Brasil. Enquanto o frio dos Alpes faz com que carrapatos e outras pragas não sobrevivam o inverno, o gado suíço é, como todo boi no Brasil, vulnerável a doenças tropicais e tem que ser vacinado e tratado conforme indicação veterinária e com medicamentos fornecidos, entre outros, pela empresa suíça Novartis que produz o Acatak, principal medicamento contra carrapatos. Os chifres do gado pardo suíço são cauterizados já no bezerro para evitar que os animais se machuquem. Seguindo estes cuidados o gado pardo suíço possui ótimas condições para se sentir muito bem no Brasil. A carne de animais oriundos de cruzamento entre nelore e gado pardo suíço é de alta qualidade e poderia ser comercializada a um preço bem superior ao da carne nelore pura Enquanto as entidades de outras raças como a Angus e o Holstein têm um marketing forte no Brasil, o mesmo não se aplica no gado pardo suíço. Mesmo sendo, entre as raças taurinas, a mais bem adaptável às condições tropicais, ainda falta a divulgação da raça no Brasil. Já aconteceu que criadores brasileiros viajavam à Suíça e participaram da semana internacional de gado pardo suíço para se reciclar e conhecer os avanços da raça. Mas seria também desejável que uma delegação importante suíça visitasse o Brasil para conhecer o enorme mercado pecuário e as oportunidades para o gado suíço, já que neste país a pecuária representa um terço do agronegócio. dores suíços. Gado pardo suíço criado no Brasil já é exportado para a Colômbia e Venezuela, e haveria espaço para mais exportações, por que não até para a Suíça? Michael Smith explica que a carne de animais oriundos de cruzamento entre nelore e gado pardo suíço é de alta qualidade e poderia ser comercializada a um preço bem superior ao da carne nelore pura, como já acontece no Uruguai. Enquanto o Brasil exporta 2.390.636 tons de carne por ano a uma média de 1.317 US$/ton, o Uruguai, que usa mais cruzamento com raças européias, exporta 479.000 tons de carne por ano a 2.246 US$/ton, nada menos que um preço 70% maior, só em função da melhor qualidade de sua carne. O melhor resultado é obtido no primeiro cruzamento de raças diferentes, o chamado F1. Os dois entrevistados estão convictos que a raça gado pardo suíço mereceria muito mais atenção por reunir tantas vantagens que nenhuma outra raça taurina, que é criada no Brasil, oferece. Desejam que a aproximação entre as entidades de classe suíças e brasileiras resulte no constante melhoramento desta raça tão antiga e bem-sucedida tanto na Suíça quanto no Brasil. D r. J o s e L o p e s F e r n a n d e s N e t t o é criador e presidente da Associação Paulista O potencial do mercado brasileiro em absorver muito mais gado pardo suíço é, conforme o presidente da Associação Paulista de Gado Pardo Suíço, Jose Lopes Fernandes Netto, muito grande e geraria bons negócios para empresas suíças, sejam elas empresas de material genético ou de medicamentos ou os próprios cria- de Gado Pardo Suíço, telefone 015 9775 7175 e M i c h a e l S m i t h é criador, consultor em agribusiness e dir etor de corte, telefone 015 9102 3001 swisscam nº48 04/2007 19 agriculture O melhoramento, dizem os especialistas, é de 30% acima da raça misturado com o gado pardo suíço. O nelore é muito bem adaptado ao calor dos trópicos, mas tem a desvantagem de ser mais arisco, ganhar peso mais lentamente, ter a primeira gravidez mais tarde, viver por menos tempo e produzir menos leite e carne do que a raça suíça. agricultura Os criadores perceberam que as características do gado pardo suíço, uma raça taurina, quando cruzado com raças zebuínas, como o nelore, resultam em animais que se adaptam muito bem às condições brasileiras. Isto vale tanto para linhagem leiteira quanto para a linhagem de corte. São rústicos, dóceis, vivem mais, dão mais leite e mais carne, as fêmeas são ótimas mães de aluguel e os bois ganham peso facilmente sem acumular gordura. Além disto, o fato de o animal ter pigmentação no corpo inteiro contribui bastante para diminuir o risco de doenças relacionadas à exposição ao sol, como câncer de olhos e de pele. Annual General Meeting O n March 14, SWISSCAM held its Annual General Meeting at the Nestlé Auditorium, kindly offered by Nestlé for the event. The Chamber’s president, Christian Hanssen, opened the meeting and welcomed the 42 members. Ursula Bardorf, the Chamber’s executive director presented the 2006 Annual Report. She made a brief report of last year’s activities, emphasizing the significant increase in the number of individual meetings (+20%) and commercial consultations (+48%). In 2006, SWISSCAM organized a Swiss collective stand in three different fairs: CIOSP (dental), HOSPITALAR (hospital) and FIMAI (industrial environment). The Swiss companies that shared the stand praised the services of the Chamber’s team and were very satisfied with the contacts made. A special task in 2006 was the elaboration and updating of a list with names of all Swiss companies established in Brazil or Brazilian companies selling Swiss products. So far, this list contains 350 names. Among the events held by the Chamber, we can highlight the presentations made by Fernando Furlan, Minister of Development, Industry and International Trade; Eugênio Staub, president of Gradiente; Amaury de Souza, senior researcher at IDESP, Institute of Economic, Social and Political Studies; Philippe Nell, head of SECO (Swiss Secretariat for Economic Affairs) for the Americas, and the visit of Swiss Economy Minister, Doris Leuthard (see article on page30) 2006’s financial results and annual balance, as well as the budget for 2007 were presented and approved unanimously. The Swiss Ambassador to Brazil, Rudolf Bärfuss, addressed the members and pointed out that direct Swiss investments in Brazil added up to 6.5 billion Swiss Francs. This trend is expected to intensify in the next years. One of the positive factors is the new strategy defined by Switzerland for the BRIC countries. The Swiss Minister of Economy, Doris Leuthard, chose Brazil as the first country to receive the visit of an economic mission. During the visit a Memorandum of Understanding was signed by both countries. The document creates a Mixed Commission for Commercial and Economic Relationships aimed at reinforcing the basic conditions for harmonious development and diversification of bilateral trade and investment initiatives. Swiss entrepreneurs in Brazil are willing to contribute to the acceleration of growth in the country. Nevertheless, they require solid agreements that prevent double taxation and mutually stimulate and protect investments. Closing the Ordinary General Meeting, president Christian Hanssen called journalist José Nêumanne Pinto of the ”Estado de São Paulo” to address the audience speaking about “Economy and Freedom in Lula’s Second Term”, a presentation eloquently and intelligently delivered. After that, the participants headed for Marcel Restaurant, where lunch would be served. m 14 de março realizou-se a Assembléia Geral Ordinária no auditório da Nestlé, gentilmente cedido para este evento da SWISSCAM. Após o presidente Christian Hanssen dar as boas-vindas aos 42 associados presentes, a diretora executiva Ursula Bardorf apresentou o Relatório Anual 2006. cretaria de Estado para Assuntos Econômicos da Suíça; e a visita da ministra de economia da Suíça, Doris Leuthard (veja texto na página 31) Ela fez um breve relato das principais atividades do ano passado, destacando o significativo aumento de reuniões individuais (+20%) e consultas comerciais (+48%). O Embaixador da Suíça no Brasil, Rudolf Bärfuss, dirigiu a palavra aos associados da SWISSCAM, ressaltando que o investimento direto suíço no Brasil totalizou 6,5 bilhões de francos suíços. Tudo indica que esta evolução se intensifique nos próximos anos. Um dos fatores favoráveis é a nova estratégia que a Suíça definiu para os países BRIC. A ministra de economia Doris Leuthard escolheu o Brasil como primeiro destino para uma missão, na qual foi assinado o memorandum de entendimento entre os dois países. O documento cria a comissão mista para relações comerciais e econômicas, cujo objetivo é reforçar as condições básicas para o desenvolvimento harmonizado e a diversificação dos fluxos recíprocos de comércio e investimento. Os empresários suíços no Brasil estão dispostos a contribuir para a aceleração do crescimento. Como contrapartida, porém, gostariam de acordos equilibrados, que evitassem bi-tributação, favorecessem a promoção e a proteção mútua de investimentos. José Neumanne Pinto A SWISSCAM organizou, em três feiras de ramos diferentes, um pavilhão suíço com a participação de seis a sete empresas suíças, sendo isto na CIOSP (dental), HOSPITALAR e FIMAI (meio ambiente industrial). Os participantes elogiaram os serviços da equipe e ficaram muito satisfeitos com os contatos estabelecidos. Um esforço especial foi a elaboração e atualização constante da lista de todas as empresas suíças no Brasil ou empresas brasileiras que sejam representantes de produtos suíços. Até agora, esta lista já tem 350 registros. Os resultados financeiros e o balanço de 2006, assim como o orçamento 2007, foram apresentados e aprovados por unanimidade. Encerrando a Assembléia Geral Ordinária, o presidente Christian Hanssen convidou a todos para assistir à palestra de José Neumanne Pinto, jornalista do “Estado de São Paulo”, que abordou de forma eloqüente e inteligente o tema “Economia e Liberdade no Segundo Governo Lula”, e, em seguida, para o almoço no Restaurante Marcel. swisscam news E notícias da swisscam Assembléia Geral Ordinária O Relatório Anual 2006 com a Lista de Associados 2007 pode ser solicitado na SWISSCAM: Preço R$ 100,00. The Annual Report can be ordered from SWISSCAM for R$ 100,00. Entre os eventos realizados destacaram-se as palestras de Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Eugênio Staub, presidente da Gradiente; Amaury de Souza, pesquisador sênior do IDESP Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos; Philippe Nell, chefe da divisão “América” da SECO Se- swisscam nº48 04/2007 21 jurídico Quicker and simpler proceedings for nonjudicial asset inventory, and separation and divorce agreements There have been changes in separation and divorce proceedings and inventory of assets left by deceased individuals, applicable to cases in which there is a non-court agreement thereon I n recent years, the Brazilian legislator has introduced several changes in the scope of the Civil Procedure Code that are intended to expedite judicial proceedings in order to fulfill the constitutional principles of “reasonable duration of the process” and “effectiveness of the jurisdictional protection” in relation to the citizen. Act 11.441/2007, enacted on January, 05 2007, brought changes in separation and divorce proceedings and inventory of assets left by deceased individuals, applicable to cases in which there is a non-court agreement thereon. Previous to this Act, these matters could only be ruled on by a court. Now the inventory may be accomplished through a simple public deed The new law permits separation and divorce agreements, as well as non-disputed inventories of deceased individuals, or even part of these procedures, to be removed from the judicial sphere, although with some important restrictions. Now the inventory may be accomplished through a simple public deed (i.e. certified by a public notary) and a court should homologate the apportioning of the assets, provided that the taxes due thereon are paid. It will also constitute a 22 swisscam nº48 04/2007 legal title to record the real estate transfer. However, this new proceeding only applies if the deceased did not leave a will, and provided that all heirs are of legal age, capable and in agreement. If there is any litigation or disagreement between the heirs, or even if one of them is incapable (minors being legally defined as such) the inventory of the deceased’s property must be processed before a Court, through the traditional system. The separation or divorce agreement will not require homologation by a court and will be valid for registration with the civil public notary Foto: MultiCD legal b y B e a t W. R e c h s t e i n e r a n d N i l s o n L a u t e n s c h l e g e r j r. In any case, whether being a separation or a divorce agreement, or an inventory and partition of assets, a lawyer must assist the parties, otherwise the public deed will not be recorded. These changes bring comfort to those who previously suffered from the slowness of the judicial proceedings, particularly in cases where no effective dispute between the parties existed. Beat W. Rechsteiner and Nilson Lautenschleger jr. are lawyers at Rechsteiner, Lautenschleger, Romeiro e Further, if the spouses have mutually agreed and do not have under-aged or incapable children , they may personally appear before a public notary to record the public deed of separation or divorce agreement (provided that this is done within the legal timeframe), which shall contain a description of the property and partition thereof, provision of alimony (if any) and the name that the spouse will use after the separation. Note that the separation or divorce agreement will not require homologation by a court and it is valid for registration with the civil public notary. Iwamizu Advogados www.rlaw.com.br jurídico Facilidade e agilidade nos procedimentos de inventários, separações e divórcios consensuais p o r B e a t W. R e c h s t e i n e r e N i l s o n L a u t e n s c h l e g e r j r. O legislador brasileiro realizou nos últimos anos várias reformas no âmbito do direito processual civil com o intuito de diminuir a morosidade do Judiciário, cumprindo, assim, preceito constitucional que prescreve a “duração razoável do processo”, assim como a “efetividade da tutela jurisdicional” em relação ao cidadão. O inventário agora pode ser feito por meio de simples escritura pública Por último, a Lei 11.441/2007, em vigor desde o dia 05 de janeiro de 2007, introduziu alterações nos procedimentos de separação e de divórcio consensual entre cônjuges, bem como no procedimento de inventário dos bens deixados por pessoas falecidas, quando forem acordados. Anteriormente à sua vigência, esses procedimentos eram necessariamente processados perante um juiz de direito. A nova lei, entretanto, permite que separações e divórcios consensuais, bem como procedimentos de inventários amigáveis sejam retirados, ainda que em parte, da esfera judicial, desde que respeitadas algumas restrições. O inventário agora pode ser feito por meio de simples escritura pública (isto é, lavrada por um tabelião), sendo que a partilha será homologada de plano pelo juiz mediante prova de quitação dos tributos, servindo, inclusive, de título hábil para o registro imobiliário referente à transferência dos bens imóveis. Mas, isso só poderá ser feito se o falecido não houver deixado testamento e se todos seus herdeiros forem maiores, capazes e estiverem de acordo. Ou seja, se houver divergência entre os herdeiros, ou se algum deles for incapaz, ou, ainda, se o falecido tiver deixado testamento, o inventário e a partilha somente poderão ser promovidos perante o Judiciário. Também, se os cônjuges estiverem de acordo e não tiverem filhos menores ou incapazes, poderão comparecer à presença do tabelião para ser lavrada escritura pública de separação ou de divórcio consensual, observados os prazos legais para uma e outra, de cuja escritura constarão todas as disposições relativas à descrição e partilha dos bens comuns, à pensão alimentícia e, inclusive, ao acordo quanto ao nome a ser adotado pelos cônjuges após a separação. Ressaltamos que no caso da separação ou divórcio consensual aqui mencionado a escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e de imóveis. legal Conheça as alterações nos procedimentos de separação e de divórcio consensual entre cônjuges, bem como no procedimento de inventário dos bens deixados por pessoas falecidas, quando forem acordados. Ressaltamos que no caso da separação ou divórcio consensual a escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e de imóveis Em qualquer circunstância, seja por ocasião da separação e do divórcio consensual, seja por ocasião do inventário e da partilha dos bens deixados no Brasil por uma pessoa falecida, as partes interessadas deverão comparecer à presença do tabelião acompanhadas de advogado habilitado, sem o que a escritura pública não poderá ser lavrada. Tais alterações trazem um alento para aqueles que sofrem com a morosidade do Judiciário, especialmente quando não há efetivo litígio entre as partes. B e a t W. R e c h s t e i n e r e N i l s o n L a u t e n s c h l e g e r j r. são advogados da Rechsteiner, Lautenschleger, Romeiro e Iwamizu Advogados - www.rlaw.com.br swisscam nº48 04/2007 23 Swiss Photographer Nicolas Bouvier at the Pinacoteca T he Pinacoteca is holding an exhibition showing about 90 photographs (black and white) of Swiss French-speaking travelerwriter Nicolas Bouvier (1929-1998). The photographs were taken between 1953 and 1955 during the writer’s trip from Geneva to Ceylon aboard a small Fiat Topolino, and the trip was narrated in the book L’Usage du monde – 1963. The exhibition is part of the celebrations marking the International Francophonia Month. two friends travel in Yugoslavia, Turkey, Iran, Kurdistan, Pakistan, India, Afghanistan, and Ceylon. The exhibition expography invites people to relive his trip. The exhibition also aims at introducing to the Brazilian audience the written work produced by Bouvier, including reproduction of manuscripts and extracts from books, a documentary about his production, and musical recordings produced by Bouvier himself showing typical songs of the places he visited. The book is classified as travel literature, a genre in which writers like Bouvier and Ella Maillart are seen as references. In L’Usage du monde, the story runs along the discovery of the other, the consolidation of a close friendship with painter Thierry Vernet, and the birth of Bouvier’s vocation to write. The The exhibition is jointly organized by the French General Consulate in Sao Paulo, the Swiss General Consulate in Sao Paulo, the Musée de L’Elysée in Lausanne, and the Pro-Helvetia Foundation. Curators: Sébastien Roy and Diógenes Moura. The exhibition runs until May 13, 2007 at the Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2 – phone 11 3229 9844; admission R$ 4.00 and R$ 2.00, free admission on Saturdays. cultura culture Fotógrafo suíço Nicolas Bouvier na Pinacoteca A Pinacoteca apresenta uma série de cerca de 90 imagens (em preto e branco) de Nicolas Bouvier (1929-1998), escritor-viajante suíço de língua francesa. As imagens foram realizadas entre 1953 e 1955, durante a viagem que o conduziu de Genebra ao Ceilão ao volante de um pequeno Fiat Topolino e cuja narração foi feita em L’Usage du monde – 1963. A exposição integra a celebração do Mês Internacional da Francofonia. A obra se inscreve na tradição de literatura de viagem, gênero em que autores como Bouvier e Ella Maillart são considerados referenciais. Em L’Usage du monde sua narrativa perpassa a descoberta do alheio, a consolidação de uma estreita amizade com o pintor Thierry Vernet e o nascimento da vocação para escritor. Os dois amigos percorreram a Iugoslávia, Turquia, Irã, Curdistão, Paquistão, Índia, Afeganistão e Ceilão. A expografia da mostra é um convite para reviver essa viagem. A exposição propõe-se também a introduzir o público brasileiro à obra escrita de Bouvier, incluindo reproduções de manuscritos e trechos de livros, além da exibição contínua de um documentário sobre sua produção e da ambientação sonora, com gravações realizadas pelo próprio Bouvier de músicas típicas dos locais que visitou. A mostra é resultado de uma parceria com o Consulado Geral da França em São Paulo, Consulado Geral da Suíça em São Paulo, Musée de L’Elysée de “Sou retratista. Se a paisagem for deslumbrante eu a capto e, se a foto ficar boa, me satisfaço. Mas o que me interessa, acima de tudo, é o rosto das pessoas e, mais ainda, o que se passa entre o fotógrafo e o modelo no momento em que se estabelece essa operação de caráter mágico. Primeiramente, é preciso que o fotógrafo se anule completamente, que ele estabeleça em si próprio o silêncio mais absoluto e, então, que observe o rosto, pois no rosto de uma pessoa fotografada produz-se uma mobilização realmente estranha. É preciso esperar pela emersão de todas as emoções reprimidas, dos projetos, das lembranças. Os rostos se enchem como um cômodo vazio que mobiliaríamos às pressas para um hóspede inesperado. Essa emersão é extremamente tocante. Desse ponto de vista, a foto está mais próxima da música do que da pintura.” Routes et déroutes, conversas de Nicolas Bouvier com Irène Lichtenstein, Genebra: Metropolis, 1998 (1992), p.110 Lausanne e Fundação Pro-Helvetia. Curadoria de Sébastien Roy e Diógenes Moura. A exposição pode ser visitada até 13 de maio de 2007 na Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2 – telefone 11 3229 9844, ingressos de R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia), grátis aos sábados. “I’m a portraitist. If the view is dazzling, I’ll capture it, and, if the photo is good, I’ll be happy. But what really interests me is people’s faces, and, moreover, what goes on between the photographer and the model at he exact moment this magic process takes place. First of all, the photographer must be invisible; he must impose strict silence on himself, and then, he has to watch the face because the face of the person being photographed shows a really weird motion. It’s necessary to wait for all repressed emotions, projects, and memories to emerge. The face fills up like an empty room hastily furnished to accommodate an unexpected guest. This emersion is really touching. From this point of view, a photograph is closer to music than to painting.” Routes et déroutes, conversations of Nicolas Bouvier with Irène Lichtenstein, Geneva: Metropolis, 1998 (1992), p.110 swisscam nº48 04/2007 25 educação Parceria entre faculdade suíça de hotelaria e universidade brasileira education O Instituto Suíço de Gestão de Hotéis – IMI – e a Fundação Educacional para a Região de Joinville assinaram um Memorando de Entendimento que permitirá que alunos brasileiros cursem no Brasil a Faculdade Suíça de Hotelaria e Turismo O setor de turismo globalizou-se e tornou-se fonte de benefícios econômicos concretos não somente para investidores, mas também para toda a economia de um país. Cursos na área de hotelaria e turismo qualificam os alunos para que encontrem emprego ou abram seu próprio negócio em diversos setores como o de hotéis, restaurantes e agências de viagem, órgãos do governo local, regional e federal, companhias aéreas e muitos outros. Em setembro de 2006, o Instituto Internacional de Gestão de Hotéis (IMI) da Suíça e a Fundação Educacional para a Região de Joinville, entidade mantenedora da Universidade Univille, em Santa Catarina, A parceria entre o IMI e a Univille trará cursos de hotelaria e turismo a alunos que desejam seguir uma carreira nesse setor em constante crescimento Brasil, assinaram um Memorando de Entendimento que permitirá que alunos brasileiros cursem a Faculdade Suíça de Hotelaria e Turismo. Graças ao acordo, os alunos poderão optar por concluir o último ano do curso na Suíça. A Suíça é geralmente reconhecida como berço dos programas de gestão hoteleira e de turismo. Através dos anos, o país se estabeleceu como centro dos melhores cursos de gestão hoteleira e turismo do mundo. O IMI é uma instituição de ensino superior na área de hotelaria e turismo que ofecere vários cursos de especialização em gestão hoteleira e de turismo nos níveis de bacharelado e de pós-graduação. O Instituto fica em Kastenienbaum, uma pequena vila às margens do Lago de Lucerne, situada em uma região pitoresca da Suíça. A Universidade Univille, parceira do IMI, está localizada não muito distante do centro da cidade de Joinville. Trata-se de uma conhecida instituição de ensino superior que oferece vários cursos nas áreas de ciências humanas, ciências, medicina e outras. A área de hotelaria e turismo foi recentemente adicionada ao extenso programa já existente. A parceria do IMI com a Univille trará cursos de hotelaria e turismo a alunos que desejam seguir uma carreira nesse setor em constante crescimento. Ambas as Ambas as instituições têm trabalhado com vários sistemas de garantia de qualidade e desenvolvimento instituições têm trabalhado com vários sistemas de garantia de qualidade e desenvolvimento de maneira a assegurar que ambas as organizações estejam comprometidas com sua missão educacional de oferecer aos alunos a melhor oportunidade possível de adquirir conhecimento relevante e atualizado na área de gestão hoteleira e de turismo. Caso deseje obter um r esumo do programa do IMI, por favor, acesse a página do instituto: www.imi.luzern.com e para informações sobre o programa da Univille, por favor, acesse o link www.univille.br swisscam nº48 04/2007 27 Partnership between Swiss Hotel Management School and Brazilian University Memorandum of Understanding assigned by Swiss International Hotel Management Institute IMI and Educational Foundation for the Joinville Region would enable students to follow a Swiss Hospitality and Tourism Programme in Brazil T he tourism industry has become a global player that brings tangible economic benefits not only to investors but to the entire economy of a country. Taking up studies in Hospitality and Tourism Management enables graduates to find positions or even develop their own business entity in a number of sectors, namely hotels, restaurants, tour operation, local /regional/federal government tourist administration, airlines and a host of other services. In September 2006 The International Hotel Management Institute, Switzerland (IMI) and the Educational Foundation for the Joinville Region, the parent organization of Univille University, Santa Caterina, Brazil have signed a Memorandum of Understanding that would enable students to follow a Swiss Hospitality and Tourism Programme in Brazil. Thanks to this agreement students would have the option of completing their last year of their studies in Switzerland. Switzerland is often referred to as the birthplace of tourism and hospitality management. Over the years the country came to be recognized as having the best quality hotel and tourism management education in the world. IMI is a residential hotel and tourism Institute of higher education that offers a range of specialized courses in hotel and tourism management at both undergraduate and postgraduate level. The Institute is located in a scenic part of Switzerland, namely Kastanienbaum, a small village on the shores Lake Lucerne. Univille University, IMI’s Partner Institution, is located not far from the Joinville city centre. It is a well known educational establishment in the field of higher education and offers an extensive number of programmes ranging from the Humanities, Sciences, Medicine and others. The area of Hospitality and Tourism Management is new addition to the already extensive educational programme. IMI and Univille together will bring Swiss Hospitality and Tourism Education to students who would like to make a career in this ever expanding industry. Both Institutions have been engaged in a number of quality assurance and development systems in order to ensure that all aspects of the organizations are committed to their educational mission, namely to provide students with the best possible opportunity to acquire relevant and up-to-date knowledge in the area of international hotel and tourism management and to develop skills appropriate in their present and future needs. A current overview of IMI’s programme’s can be found on the institute’s web-site www.imi-luzer n.com and Univille’s programme on the link www.univille.br Juntas as empresas ofereceram 16 milhões de dólares. Em novembro de 2005, a OLPC conseguiu apresentar o primeiro protótipo na Cúpula da Sociedade da Informação em Tunis, Tunísia. Destinado aos países onde o fornecimento de energia elétrica é aleatório, o pequeno computador dispõe de uma bateria recarregável sem necessidade de corrente elétrica. A fundação OLPC (One Laptop per Child) vê na distribuição do aparelho para escolares dos países em desenvolvimento um formidável investimento para o futuro. E isso à custa dos governos. Nicholas Negroponte, chefe da OLPC, é, antes de tudo, diretor e fundador do MIT Media Lab, o laboratório de informática do Massachusetts Institute of Technology. Graças a essa posição ele lançou em 2005 no Fórum Econômico de Davos a idéia de criação de um computador de 100 dólares. O credo da OLPC está inscrito no lema: um computador por cada criança. A distribuição dos aparelhos nas escolas não resolve a questão da “democratização do acesso à tecnologia”. A maneira mais efetiva de fazê-lo, acredita o pesquisador, é que cada aluno tenha seu próprio computador. O aparelho serviria de instrumento de aprendizado, enciclopédia, bloco de notas e janela para o mundo, graças à Internet. As crianças poderiam levá-lo a qualquer lugar e cuidariam melhor dele do que dos aparelhos coletivos dispostos nas salas de aula. O credo da OLPC (One Laptop per Child) está inscrito no lema: um computador por cada criança O carregador da bateria funciona como um motor de arranque de uma máquina de cortar grama. O movimento para puxar a corda é amplo e, dessa forma, pouco cansativo. Também existe a possibilidade de “pedalar” com os pés. Assim o usuário precisa apenas fazer seis minutos de exercício para ter uma hora de autonomia no seu computador. “Tecnicamente esse não é um produto barato, do ponto de vista de qualidade, ao contrário de muitos que são desenvolvidos para os mercados de países em desenvolvimento”, declara Béhar. “Nele existem detalhes técnicos únicos e muito mais avançados do que os encontrados nos computadores que são dez vezes mais caros”. “Para nós o projeto melhora o acesso à informação e, a longo prazo, também à própria democracia” diz Yves Béhar A tela é vista por muitos como “revolucionária”. Os técnicos do MIT inventaram uma nova matriz de cristal líquido, onde cada pixel pode refletir a luz e deixá-la passar através de um filtro colorido. O resultado: no caso de forte exposição ao sol, a imagem passa para preto e branco e os textos continuam perfeitamente visíveis. Também existe a questão do desenho da aparência. “Esse é um aspecto importante, pois funciona como um embaixador do projeto. Não importa se o usuário não compreende as questões técnicas, mas ele tem uma atração imediata pelo computador se seu design é atraente”, explica Béhar. “Esse projeto tem um valor muito grande na questão do acesso à informação e, a longo prazo, até mesmo no acesso à democracia. Porém eu espero que esse acesso a novos horizontes e a novas idéias ocorra através do indivíduo”. Fonte: swissinfo, Marc-André Miserez Pessoa de convicção, Nicholas Negroponte também dispõe de bons contatos. Rapidamente ele conseguiu convencer gigantes da informática como o motor de procura Google, o fabricante de microprocessadores AMD, os grupos telefônicos SES Global e BrightStar, ou a Red Hat, distribuidor de sistemas operacionais livres Linux, de embarcar nessa aventura. swisscam nº48 04/2007 29 foco A produção em massa do chamado “computador dos pobres” vai começar. Recheado de inovações tecnológicas, a máquina foi desenhada pelo famoso designer suíço Yves Béhar, estabelecido em São Francisco Solução high-tech focus Suíço fez design do computador de 100 dólares Obviamente o computador popular ainda necessita de algumas revisões. Esse será o trabalho de Yves Béhar, o designer suíço contratado pelos americanos. Sua empresa “Fuseproject” foi contratada pela OLPC em março de 2006 para realizar o projeto. focus foco Swiss designs 100-dollar computer Production of the so-called “computer for low-income users” is about to begin. Featuring a set of innovative technologies, the computer was designed by Yves Béhar, a renowned Swiss designer living in San Francisco T he OLPC (One Laptop per Child) Foundation understands that making computers available to students in developing countries is a great investment in the future – at the governments’ expense. Nicholas Negroponte, head of OLPC, is founder and director of MIT Media Lab, the IT lab of the Massachusetts Institute of Technology. Taking advantage of his position, he launched at the 2005 World Economic Forum, in Davos, the idea of designing a 100-dollar computer. The concept behind the OLPC project is, as its name says, one laptop per child. Simply distributing computers to schools does not guarantee “democratic access to information”. Mr. Negroponte believes that the most effective way to accomplish this is to allow each student to have his or her own computer. The concept behind the OLPC project is, at its name says, “One Laptop Per Child” The computer would serve as a learning tool, an encyclopedia, a notepad, and a window to the world, thanks to the Internet. The students could carry them anywhere, and would certainly take better care of them than of the computers used in the classroom. A firm believer, Negroponte also has good connections. He soon persuaded others to embark on this adventure, including IT giants, such as Google (search engine), AMD (microprocessor manufacturer), Global SES and BrightStar (telephone companies), and Red Hat (distributor of free Linux operational systems). 30 swisscam nº48 04/2007 Altogether, these companies have invested 16 million dollars in the project. In November 2005, OLPC presented the first prototype at the World Symposium on the Information Society in Tunis, Tunisia. Designed for countries with irregular electrical energy supply, the small computer has a rechargeable battery that does not require electricity. The battery charger works like a lawnmower motor. It takes little effort to pull the cord. It is also possible to use a pedal to charge the battery. Pulling the cord for six minutes gives the computer one hour’s autonomy. The computer would serve as a learning tool, an encyclopedia, a notepad, and a window to the world, thanks to the Internet Obviously, the accessible computer still needs improving. This is what the Americans have called in the Swiss designer for. His company, Fuseproject, was contacted by OLPC in March 2006 to carry out the project. High-tech solution “Technically, this is not a cheap product, considering its quality, unlike many others designed for developing countries”, says Béhar. “It has unique and far more advanced technical features than those found in computers costing ten times its price”. Many consider its screen “revolutionary”. MIT’s technicians came up with a new liquid crystal display, where each pixel can reflect light or let it go through a color filter. The result: when exposed to sunlight, the image turns black and white with texts perfectly readable. Another factor to consider is the computer design. “It’s the project’s ambassador. Even when the user is not familiar with the technical features, he or she will immediately be drawn to the attractive design”, explains Béhar. “This project is highly valuable in terms of access to information and, in the long-run, to democracy itself. However, I hope this access to new horizons and new ideas will come from people”. Source: swissinfo, M a r c - A n d r é M i s e r e z Minister Doris Leuthard visits Brazil by Abelardo Mendes Junior T he visit of the Swiss Minister of Economy, Doris Leuthard, to Brazil is the first visit made to a country of the BRIC Group (Brazil, Russia, India and China), considered a priority in terms of Swiss trade. Minister Leuthard spent two days in Sao Paulo meeting with Swiss and Brazilian business executives. She visited the SwissBrazilian school SENAI, FIESP (Sao Paulo State Federation of Industries), the Luiz de Queiroz School of Agriculture, in Piracicaba (in the countryside of Sao Paulo) and also an ethanol processing plant. She was also shown the equipment used by Biolatina to produce biodiesel. On Thursday, February 8, the Minister, escorted by a delegation of entrepreneurs and executives with business in Brazil, visited Brasília for meetings with the Ministers of Agriculture, International Affairs and Development, and Industry and Commerce. Minister Leuthard and the Brazilian Minister Celso Amorim took the first step towards strengthening trade between both countries: they signed a Memorandum of Understanding creating the “Mixed Commission for Commercial and Economic Relations”. A meeting to discuss the details of the bilateral agreement has already been scheduled for later this year. The date has not been set yet, but the location will be in Switzerland. Last year, bilateral trade between Brazil and Switzerland achieved around US$2,1 billion, 25% more than in 2005. Ministers Amorim and Leuthard agreed that this figure should increase even more after their positive conversations. “The trade balance surplus currently benefits Switzerland, but we are not concerned about deficit or surplus. We wish for the commercial negotiations between the two countries to be dynamic and for it to improve every day”, said Amorim. “The Swiss are impressed with the current changes and the macro-economic stabilization achieved in the country”, said Minister Leuthard. “Brazil is our biggest trade partner in South America, however, we all know we could do much better”, she added. The Memorandum of Understanding is expected to accelerate and improve the rela- focus foco Swiss designs 100-dollar computer Production of the so-called “computer for low-income users” is about to begin. Featuring a set of innovative technologies, the computer was designed by Yves Béhar, a renowned Swiss designer living in San Francisco T he OLPC (One Laptop per Child) Foundation understands that making computers available to students in developing countries is a great investment in the future – at the governments’ expense. Nicholas Negroponte, head of OLPC, is founder and director of MIT Media Lab, the IT lab of the Massachusetts Institute of Technology. Taking advantage of his position, he launched at the 2005 World Economic Forum, in Davos, the idea of designing a 100-dollar computer. The concept behind the OLPC project is, as its name says, one laptop per child. Simply distributing computers to schools does not guarantee “democratic access to information”. Mr. Negroponte believes that the most effective way to accomplish this is to allow each student to have his or her own computer. The concept behind the OLPC project is, at its name says, “One Laptop Per Child” The computer would serve as a learning tool, an encyclopedia, a notepad, and a window to the world, thanks to the Internet. The students could carry them anywhere, and would certainly take better care of them than of the computers used in the classroom. A firm believer, Negroponte also has good connections. He soon persuaded others to embark on this adventure, including IT giants, such as Google (search engine), AMD (microprocessor manufacturer), Global SES and BrightStar (telephone companies), and Red Hat (distributor of free Linux operational systems). 30 swisscam nº48 04/2007 Altogether, these companies have invested 16 million dollars in the project. In November 2005, OLPC presented the first prototype at the World Symposium on the Information Society in Tunis, Tunisia. Designed for countries with irregular electrical energy supply, the small computer has a rechargeable battery that does not require electricity. The battery charger works like a lawnmower motor. It takes little effort to pull the cord. It is also possible to use a pedal to charge the battery. Pulling the cord for six minutes gives the computer one hour’s autonomy. The computer would serve as a learning tool, an encyclopedia, a notepad, and a window to the world, thanks to the Internet Obviously, the accessible computer still needs improving. This is what the Americans have called in the Swiss designer for. His company, Fuseproject, was contacted by OLPC in March 2006 to carry out the project. High-tech solution “Technically, this is not a cheap product, considering its quality, unlike many others designed for developing countries”, says Béhar. “It has unique and far more advanced technical features than those found in computers costing ten times its price”. Many consider its screen “revolutionary”. MIT’s technicians came up with a new liquid crystal display, where each pixel can reflect light or let it go through a color filter. The result: when exposed to sunlight, the image turns black and white with texts perfectly readable. Another factor to consider is the computer design. “It’s the project’s ambassador. Even when the user is not familiar with the technical features, he or she will immediately be drawn to the attractive design”, explains Béhar. “This project is highly valuable in terms of access to information and, in the long-run, to democracy itself. However, I hope this access to new horizons and new ideas will come from people”. Source: swissinfo, M a r c - A n d r é M i s e r e z Minister Doris Leuthard visits Brazil by Abelardo Mendes Junior T he visit of the Swiss Minister of Economy, Doris Leuthard, to Brazil is the first visit made to a country of the BRIC Group (Brazil, Russia, India and China), considered a priority in terms of Swiss trade. Minister Leuthard spent two days in Sao Paulo meeting with Swiss and Brazilian business executives. She visited the SwissBrazilian school SENAI, FIESP (Sao Paulo State Federation of Industries), the Luiz de Queiroz School of Agriculture, in Piracicaba (in the countryside of Sao Paulo) and also an ethanol processing plant. She was also shown the equipment used by Biolatina to produce biodiesel. On Thursday, February 8, the Minister, escorted by a delegation of entrepreneurs and executives with business in Brazil, visited Brasília for meetings with the Ministers of Agriculture, International Affairs and Development, and Industry and Commerce. Minister Leuthard and the Brazilian Minister Celso Amorim took the first step towards strengthening trade between both countries: they signed a Memorandum of Understanding creating the “Mixed Commission for Commercial and Economic Relations”. A meeting to discuss the details of the bilateral agreement has already been scheduled for later this year. The date has not been set yet, but the location will be in Switzerland. Last year, bilateral trade between Brazil and Switzerland achieved around US$2,1 billion, 25% more than in 2005. Ministers Amorim and Leuthard agreed that this figure should increase even more after their positive conversations. “The trade balance surplus currently benefits Switzerland, but we are not concerned about deficit or surplus. We wish for the commercial negotiations between the two countries to be dynamic and for it to improve every day”, said Amorim. “The Swiss are impressed with the current changes and the macro-economic stabilization achieved in the country”, said Minister Leuthard. “Brazil is our biggest trade partner in South America, however, we all know we could do much better”, she added. The Memorandum of Understanding is expected to accelerate and improve the rela- ”Os suíços estão impressionados com as reformas que estão em curso no país e a estabilização macro-econômica alcançada”, disse Leuthard. “O Brasil é o nosso maior parceiro na América do Sul, mas todos nós sabemos que podemos fazer melhor”, acrescentou. A ministra agüentou com muita água e bom humor um dos dias mais quentes do ano em São Paulo tionship between the two countries as well as creating new business opportunities. “We want to minimize the problems that some European companies have when they want to invest in Brazil. It is necessary to face and reduce these obstacles” explained Leuthard. The BioFuel Question In the three meetings she had with Brazilian Ministers and during her visit to Piracicaba, Minister Leuthard showed interest in a promising sector of the Brazilian economy: renewable energy. After visiting the Biofuel Industrial Complex and a processing plant in Sao Paulo, the Swiss Minister was impressed with the technology used in the biofuel engines (alcohol and gasoline) and encouraged its promotion in Europe. “The engineers that accompanied me during the visit to the plant seemed very enthusiastic about it”, she said. During her interview at the Itamaraty Palace, the minister pointed out that Switzerland has a great interest in the importation of renewable energy sources , especially, clean and sustainable sources, like the Brazilian biofuel. “There is a trend in Switzerland to see ethanol as an energy commodity. I believe this will allow us to make good investments on both sides”, said Minister Leuthard, recommending that the Swiss Embassy should initiate contacts with the Brazilian Agriculture Minister aiming at making an agreement as soon as possible. A visita da Ministra de Economia da Suíça, Doris Leuthard, ao Brasil é a primeira a um país do grupo chamado BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), prioritário para o comércio suíço. Leuthard passou dois dias em São Paulo, em encontros com empresários suíços e brasileiros. Visitou a Escola SENAI SuíçoBrasileira, a Fiesp, a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em Piracicaba (interior de São Paulo) e uma usina de produção de etanol. Conheceu também o equipamento para produção de biodiesel da empresa Biolatina. Quinta-feira, 08/02, a ministra, sempre acompanhada por uma delegação de empresários e executivos com negócios no Brasil, esteve em Brasília, onde reuniu-se com os ministros da Agricultura, Relações Exteriores e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Leuthard e o ministro brasileiro Celso Amorim deram o primeiro passo para fortalecer o comércio entre os dois países: assinaram o memorando de entendimento para a criação de uma Comissão Mista sobre Relações Comerciais e Econômicas. De antemão, já ficou acertada uma reunião ainda este ano para que sejam ultimados os detalhes do entendimento bilateral. A data ainda não foi definida, mas o encontro será em terras helvéticas. No ano passado, o comércio entre Brasil e Suíça movimentou cerca de US$ 2,1 bilhões, número 25% superior ao montante de A expectativa é de que o memorando de entendimento possa acelerar o estreitamento da relação entre os países e abra novas possibilidades de aproximação. “Nós queremos minimizar os problemas encontrados pelas empresas européias que querem investir no Brasil. Faz-se necessário encarar e minimizar os obstáculos”, explicou Leuthard. A questão do Biocombustível Nos três encontros com ministros brasileiros e em visita feita a Piracicaba (interior do estado de São Paulo), Leuthard mostrou interesse em um setor promissor da economia brasileira: energia renovável. Depois de conhecer o Pólo Nacional de Biocombustível e uma usina paulista, a ministra elogiou a tecnologia dos motores bicombustíveis (álcool e gasolina) e incentivou sua divulgação na Europa. “Os engenheiros que me acompanharam na visita ficaram muito interessados”, afirmou. Na entrevista no Palácio do Itamaraty, a ministra deixou claro que a Suíça tem interesse na importação de fonte de energia renovável, especialmente limpa e sustentável, como o biocombustível brasileiro. ”Há uma tendência da Suíça em tratar o etanol como uma commodity energética. Creio que isso nos possibilitará bons investimentos dos dois lados”, avaliou Leuthard, já deixando a determinação para que a embaixada suíça no Brasil inicie os contatos com o Ministério da Agricultura visando estabelecer um acordo. O artigo completo encontra-se no link You can find the complete article at www.swissinfo.org swisscam nº48 04/2007 31 notícias da swisscam by Abelardo Mendes Junior 2005. Amorim e Leuthard concordam que a tendência é de que o comércio aumente ainda mais, pois a conversa mostrou-se produtiva. “Hoje em dia, há um superávit em favor da Suíça, mas não estamos preocupados com déficit ou superávit. Queremos que o comércio entre os dois países seja dinâmico e que possa ser cada vez mais aprimorado”, afirmou Amorim. swisscam news Ministra Doris Leuthard visita o Brasil notícias da swisscam swisscam news Presidents’ Club with Pedro Malan S em dúvida um dos eventos mais esperados do ano, o Presidents’ Club, realizado no Grand Hyatt em novembro de 2006, contou com a presença do ilustre ex-ministro Pedro Malan que falou sobre o tema “Visão macro-econômica do Brasil pós-eleição”, contribuindo com seus conhecimentos profundos do ambiente políticoeconômico e tornando a sua palestra um eloqüente bate-papo com os convidados. O Presidents’ Club é um privilégio para os presidentes e diretores das maiores empresas associadas. Desta forma procuramos retribuir com um evento de alto nível para o constante apoio que recebemos destas empresas, seja em forma de patrocínios para eventos, seja como anunciantes em nossas publicações ou como constante fonte de informações e inspirações referente às atividades da Câmara. O ne of the most expected events in the year, the President’s Club, held at the Grand Hyatt Hotel in November 2006, had as guest speaker Pedro Malan, the illustrious former minister, who talked about “A postelection macro-economic overview of Brazil”, sharing his vast knowledge about the politicaleconomic area and turning his talk into a pleasant chat with the audience. The President’s Club is specially organized for the presidents and directors of our largest corporate members. We organize these top class events to try to give back to those companies that constantly support the Chamber’s activities, whether by sponsoring events, placing ads in our publications or serving as information and inspiration sources. Embaixador Rudolf Bärfuss e Presidente Christian Hanssen CIOSP 2007 - A maior apresentação suíça em feiras 2007 CIOSP – The largest ever number of Swiss companies in a fair A A Suíça teve uma importante participação na feira e congresso CIOSP, Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo. O estande de 120m2, o maior que a SWISSCAM já organizou em um evento, abrigou seis empresas de tecnologia de ponta dental. Contou com o apoio do Swiss Business Hub que elaborou um estudo sobre o mercado odontológico no Brasil. As empresas ainda investiram em um amplo lounge com ar condicionado e um auditório para que apresentações fossem feitas durante o congresso. O resultado foi positivo e as empresas já confirmaram sua participação para o CIOSP 2008. 32 swisscam nº48 04/2007 significant number of Swiss companies participated in the last CIOSP fair and congress (Sao Paulo International Dental Congress). The 120 m2 stand, the largest ever organized by SWISSCAM for an event, gathered six state-of-the-art dental companies, which also put up a spacious air-conditioned lounge for presentations during the congress. SWISSCAM was supported by the Swiss Business Hub that elaborated a study on the Brazilian dental sector. The result was positive and the companies have already confirmed their participation in the 2008 CIOSP. swisscam news notícias da swisscam End of year party in Rio and Sao Paulo A sala fica à disposição de todos os associados e ainda oferece uma vista diferenciada Besides being available for all members with such requirements, the room provides a unique view Realizamos o seu evento Let us organize your event A SWISSCAM, situada na cobertura do prédio, possui uma sala dentro de suas dependências, com tamanho de 5m x 10m, contornada de paredes de vidro que permitem uma vista privilegiada para o belo jardim. A sala é equipada com projetor de teto, notebook, linha telefônica e acesso a internet, telão e flip chart , além de mesas modulares que podem ser arranjadas conforme as suas necessidades. Há situações que pedem um ambiente neutro e longe da própria empresa, por exemplo, reuniões estratégicas, treinamentos em grupos maiores, processos de seleção, encontros com concorrentes ou entrevistas individuais. Oferecemos todo o planejamento e operacionalização. Cotamos coffee breaks , welcome coffees, coquetéis e refeições em geral. O custo para o aluguel da sala e dos equipamentos está bem abaixo do valor de mercado. Located on the building’s top floor, SWISSCAM has, as part of its facilities, a 5m x 10m room, surrounded by glass walls with a privileged view to our beautiful garden. The room has a ceiling projector, a notebook, a telephone line and Internet access, a projection screen, and flip chart, besides modular tables that can be arranged to better suit your layout needs. Some situations, such as strategic meetings, training sessions for large groups, recruitment activities, meetings with competitors, or individual interviews, require a neutral venue, far from the company. We offer planning and execution of your event. We quote coffee breaks, welcome coffees, cocktails, and meals in general. The rates you pay for renting the room and the equipment are well below the market price. Caso prefira fazer um evento em um espaço externo, também pode contar conosco. Elaboramos orçamentos completos com hotéis, restaurantes e centros de convenções. If you would rather hold an outdoor event, you can also count on us. We prepare detailed quotations of the services provided by hotels, restaurants and convention centers. Teremos muito prazer em realizar seu evento, seja qual for o tamanho. Procure por Giuliana Di Girólamo e peça um orçamento sem compromisso. Nós o convidamos a vir tomar um café e conhecer o espaço. We would be really glad to organize your event, whatever its size. Contact Giuliana Di Girólamo and ask for a quotation. We would like to invite you to have a coffee with us and visit our premises. SWISSCAM Brasil, Giuliana Di Girólamo, Tel +55 (11) 5507 4947, [email protected] swisscam nº48 04/2007 33 business class por Martin Suter B ernasconi deve a sua arrancada a uma séria de coincidências favoráveis. Como ele até agora nunca foi muito agraciado pela sorte, considera estas repentinas bênçãos como seu total mérito. A primeira coincidência favorável é Perry C. Dimple. O cara é tido pela sede em Atlanta como um tipo de guru de administração de empresas, e o departamento de relações públicas (RP) na Suíça organiza um evento com ele como palestrante. A segunda coincidência favorável: para dar uma aparência mais importante ao evento, o pessoal de RP aluga uma sala num centro de convenções, com espaço para 120 pessoas. A terceira coincidência favorável é a escolha do tema da palestra: “The Challenge of Globalisation”, junto com a suposição errada do pessoal de RP de que com este tema seria possível encher uma sala numa tarde de terça-feira, bem na hora do happy hour. No dia limite para as inscrições nem a metade da sala é reservada. Em um desesperado follow-up por telefone, algumas pessoas que não constam na lista original de convidados são convocadas para encher a sala. Bernasconi, que não é integrante do grupo de primeiro escalão, e na verdade nem mesmo do segundo, vai no lugar do Schmalz. Este machucou, num acidente durante o jogo de squash, a retina do olho direito com um caco de vidro dos seus óculos – quarta coincidência favorável. Tudo isto é somente o começo da corrente de sorte do Bernasconi: após a palestra – o óbvio blábláblá treinado em cursos de retórica, enfeitado com doze piadinhas planejadas – Bernasconi está do lado de Kottmann, de longe o mais ilustre entre os participantes externos. Pouco depois, Reichmuth, CEO da mesma empresa de Bernasconi, se dirige a Kottmann e o convida à sua mesa. Ele olha para o Bernasconi de tal forma que não deixa dúvida que o convite vale também para ele. Sob os olhares de quatro pessoas hierarquicamente superiores a Bernasconi, este se senta junto com Reichmuth, Kottmann e Perry C. Dimple na mesa de honra. Quase não pode se conter de tanto entusiasmo. Bernasconi, que sempre achou que Reichmuth nem sabia que ele existia, ficou surpreso com a cortesia nunca vista antes. Nenhuma pergunta que não seria dirigida a ele, nenhum tema abordado que a opinião de Bernasconi não fosse procurada. Bernasconi, o chama pelo primeiro nome e quer saber tudo sobre a sua família. “Não ficaria surpreso se me chamassem logo para Atlanta”, diz Bernasconi mais tarde a sua esposa, que passa o resto da noite em claro, quebrando a cabeça como os filhos enfrentariam o outro sistema educacional e se teriam ou não dificuldades para aprender uma nova língua. “O que, afinal, faz este Bernasconi com você?” pergunta Kottmann a Reichmuth, quando eles aguardam por seus motoristas em frente ao centro de convenções. “Comigo?”, surpreende-se Reichmuth. “Pensei que ele trabalhasse para você.” Copyright © Diogenes Verlag AG Zürich Alle Rechte vorbehalten M a r t i n S u t e r nasceu em 1948 em Zurique e mora com sua esposa na Espanha e Guatemala. Foi editor, r epórter e roteirista de cinema e TV. Desde 1991 é escritor Mas também o Kottmann não perde nenhuma oportunidade de incluí-lo na conversa e conhecer o seu posicionamento. Mais ainda Perry C. Dimple! O big shot from Atlanta enche várias vezes a taça de freelancer. Além de romances e roteiros, escreve colunas para as publicações suíças Das Magazin e NZZ-Folio swisscam nº48 04/2007 35 business class A arrancada de Bernasconi Comunidade suíça no Brasil Swiss community in Brazil director y diretório Embaixada da Suíça Embaixador: Rudolf Bärfuss SES - Avenida das Nações quadra 811 - lote 41 70448-900 Brasília - DF Tel (61) 3443 5500 Fax (61) 3443 5711 [email protected] Armbrustschützen, São Paulo Clube Esportivo Helvetia, São Paulo Presidente: Doris Janssen Rua Luis Prieto Roque, 225 04783-030 São Paulo - SP Tel (11) 5667 4459 Fax (11) 5667 2168 [email protected] Presidente: Odair Mentone Presidente do Conselho Deliberativo: Carlos Edson Strasburg Av. Indianópolis, 3145 04063-006 São Paulo - SP Tel (11) 5072 4515 Fax (11) 2275 6738 [email protected] Consulado Geral da Suíça em São Paulo Associação Filantrópica “Criança Feliz” Cônsul Geral: Giambattista Mondada Avenida Paulista, 1754 - 4° andar 01310-920 São Paulo - SP Tel (11) 3372 8200 Fax (11) 3253 5716 [email protected] Presidente: Dr. Paul Gottfried Ledergerber Rua Urbano Mendes da Silva, 48 Caucaia do Alto 06725-115 Cotia - SP Tel (11) 4611 1129 Fax (11) 4611 1805 [email protected] www.criancafeliz.org.br Colégio Suíço-Brasileiro de Curitiba Associação Filantrópica Suíça do Rio de Janeiro Colônia Helvetia (Sociedade Escolar São Nicolau de Flüe) Rua Cândido Mendes, 157 20241-220 Rio de Janeiro - RJ Tel (21) 2242 6922 (terça-feira das 9:00 às 12:00h) Presidente: José Carlos Bannwart Al. Antonio Ambiel, 895 13330-000 Indaiatuba - SP Tel (19) 3875 7436 [email protected] www.helvetia.org.br Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro Cônsul Geral: Roland Fischer Consulesa: Claudia Fontana Tobiassen Rua Cândido Mendes, 157 - 11° andar 20241-220 Rio de Janeiro - RJ Tel (21) 2221 1867 Fax (21) 2252 3991 [email protected] Consulado da Suíça em Belo Horizonte Cônsul Honorário: Dieter Max Pfeiffer Rua Paraiba 476 / sala 1002 Funcionários 30130-140 Belo Horizonte - MG Tel (31) 3261 7732 Fax (31) 3262 1163 [email protected] Consulado da Suíça em Curitiba Cônsul Honorário: André Larsen Rua Ladislau Gembaroski, 115 Tomaz Coelho 83707-090 Araucária - PR Tel (41) 3643 1395 Fax (41) 3643 2357 [email protected] Consulado da Suíça em Fortaleza - vago – (para assuntos consulares, por favor dirijam-se ao Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro) Consulado da Suíça em Joinville Cônsul Honorário: Alberto Holderegger Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América 89204-310 Joinville - SC Tel/Fax (47) 3433 1957 [email protected] Consulado da Suíça em Manaus Cônsul Honorário: Duno Gerber Rua Monsenhor Coutinho, 688 - Centro 69010-110 Manaus - AM Tel (92) 3233 4422 Fax (92) 3233 4412 [email protected] Consulado da Suíça em Porto Alegre Cônsul Honorário: Gernot Haeberlin Av. Viena, 279 - São Geraldo 90240-020 Porto Alegre - RS Tel (51) 3222 2025 Fax (51) 3222 2463 [email protected] Consulado da Suíça em Recife Cônsul Honorário: Rudolf Fehr Júnior Av. Presidente Kennedy, 694A Peixinhos 53230-630 Olinda - PE Tel/Fax (81) 3439 4545 [email protected] Consulado da Suíça em Salvador Cônsul Honorário: Adriano Vaz Neeser Av. Tancredo Neves, 3.343 - Ed. Cempre Torre B - sala 506 41820-021 Salvador - BA Tel (71) 3341 5827 Fax (71) 3341 0014 ramal 7 [email protected] 36 Associação Luzerner Hinterland – Interior Rio de Janeiro Presidente: Alberto L. Abib Wermelinger Monnerat Sede Social: Duas Barras (RJ) Praça Getúlio Vargas, 176/208 28610-175 Nova Friburgo - RJ Tel (22) 2523 6426 Fax (22) 2523 6426 Cel (22) 8116 8771 [email protected] Associação Suíça de Beneficência Helvetia, São Paulo Presidente: Doris Janssen Tel (11) 5667 4459 Vice-Presidente: Philipp Walser Tel (11) 3064 5338 Av. Indianópolis, 3145 04063-006 São Paulo - SP [email protected] [email protected] www.beneficencia-suica.com.br Associação Suíço-Brasileira de Ajuda à Criança BRASCRI, São Paulo Presidente: Prof. João Antonio Martins Rua Dr. Armando da Silva Prado, 191/271 Santo Amaro 04672-040 São Paulo - SP Tel (11) 5548 1646 Fax (11) 5548 1853 [email protected] www.brascri.org.br ARCO - Associação Beneficente Diretor Executivo: Bernhard Beutler Rua Wanda dos Santos Mallmann, 537 83323-400 Pinhais - PR Tel/Fax (41) 3667 3321 [email protected] www.chpr.com.br Commune Valaisanne, Curitiba Associação dos Descendentes Valaisanos do Paraná Diretor: Dr. José Celso de Almeida Rua Major França Gomes, 401 80310-000 Curitiba - PR Tel (41) 3274 4095 Commune Valaisanne, São Paulo Presidente: Brigitte Goffaux Rua Willi Aureli, 277 04789-090 São Paulo - SP Tel (11) 5667 5024 [email protected] Prof. Arnoldo Nehls Presidente: Alodir Alves de Cristo Rua XV de Novembro, 1383 Cidadela Antártica - Bairro América 89201-602 Joinville - SC Tel (47) 3423 1565 Fax (47) 3436 0033 [email protected] Escola SENAI “Suíço-Brasileira” Diretor: Osvaldo Lahoz Maia Rua Bento Branco de Andrade Filho, 379 04757-000 São Paulo - SP Tel (11) 5641 4072 Fax (11) 5641 4072 - Ramal 230 Escola Suíço-Brasileira de São Paulo Diretor Executivo: Matthias Meier Diretor Geral: Bernhard Beutler Presidente do Conselho de Administração: André Jakob Larsen Rua Visconde de Porto Seguro, 391 04642-000 São Paulo - SP Tel (11) 5548 6672 Fax (11) 5548 6673 [email protected] www.esbsp.com.br Associação Valesana do Brasil Escola Suíço-Brasileira Rio de Janeiro CAS (Clube dos Amigos da Suíça), Rio de Janeiro Presidente: André Stuker Rua Barão de Ipanema, 56 Sala 501 - Copacabana 22050-030 Rio de Janeiro - RJ Tel (21) 2256 5657 Fax (21) 2256 5868 [email protected] www.bitourism.com/cas swisscam nº48 04/2007 Presidente: Laurette Verena Nüssli Álvares Travessa Nüssli, 150 - Vila Ferriello 18500-000 Boituva - SP Tel (15) 3263 3731 [email protected] www.crescercrianca.org.br Grupo Suíço de Beneficência, Rolândia Presidente: Annelise Furrer Rühmann Rua São Francisco de Assis, 234 apto. 703 86020-420 Londrina - PR Tel/Fax (43) 3323 0534 Instituto Pró-Memória Suíça de Joinville Presidente: Alberto Holderegger Rua Albert Einstein, 119 - Bairro América 89204-315 Joinville - SC Tel/Fax (47) 3433 1957 [email protected] Igreja Evangélica Suíça, São Paulo Pastor: Valdeci dos Santos Presidente: Theodor Schüepp Rua Gabriele d’Annunzio, 952 Campo Belo 04619-003 São Paulo - SP Tel (11) 5044 5802 Fax (11) 5044 6530 [email protected] Retiro Suíço Sociedade Filantrópica “Lar Feliz”, São Paulo Presidente: Helene Roth Coordenador: Mario Quentino Rua Conde de Porto Alegre, 944 Campo Belo 04608-001 São Paulo - SP Tel (11) 5543 8749 [email protected] www.larfeliz.com.br Sociedade Filantrópica do Estado do Rio Grande do Sul Presidente: Irmberto Rodolfo Haag Rua Joaquim Caetano da Silva, 55 Esq. Santo Inácio 90570-130 Porto Alegre - RS Tel/Fax (51) 3222 2069 [email protected] Sociedade Helvetia de Curitiba Presidente: Nelson Gloor Rua Ubaldino do Amaral, 1191 80060-190 Curitiba - PR Tel (41) 3244 1782 Sociedade Tiro ao Alvo Helvetia Presidente: Pedro L. Wolf Oliveira Al. Antonio Ambiel, 820 Colônia Helvetia 13330-000 Indaiatuba - SP Tel (19) 3875 8689 [email protected] www.helvetia.org.br Caixa Postal 52 13230-970 Campo Limpo Paulista - SP Rua dos Coqueiros, s/n - Figueira Branca 13233-512 Campo Limpo Paulista - SP Tel (11) 4038 7033 [email protected] www.beneficencia-suica.com.br Foto: Divulgação Escola de Panificação Suíça de Joinville (atende crianças e adolescentes) Presidente: Monica F. Allain Rua Licínio Felini, 97 - Chácara Flórida 04949-170 São Paulo - SP Endereço para correspondência: Caixa Postal 28.707 04905-991 São Paulo - SP Tel/Fax (11) 5517 3440 [email protected] www.arcobrasil.org.br Presidente: Adonis Valdir Fauth Rua Thomas Flores, 333 - apto 1004 96810-090 Santa Cruz do Sul - RS Tel (51) 3713 3302 [email protected] Fundação Crescer Criança Diretor Geral: Thomas Wolfer Presidente: Christian Stauffer Rua Correa de Araújo, 81 22611-060 Barra da Tijuca - RJ Tel/Fax (21) 2493 0300 [email protected] www.esb-rj.com.br Destaque Sociedade Filantrópica Suíça do Estado do Rio Grande do Sul foi fundada no ano de 1928, com o objetivo de congregar imigrantes europeus, em particular os suíços, em época de dificuldades. Localizada em local nobre de Porto Alegre, oferece aos associados e ao público em geral momentos de lazer e de boa gastronomia. Dentre as atividades sociais, destacam-se a Festa Nacional Suíça, comemorada anualmente com a presença de seus associados e convidados; o encontro semanal de grupos de bolão, integrando os interessados neste esporte, e o já tradicional Chá das Senhoras, aliando bons momentos de integração a deliciosos salgados e doces. Os chás são beneficentes, e toda renda é destinada a instituições carentes. Em dezembro é realizada a Festa de São Nicolau, dirigida a toda família associada, em que as crianças recebem presentes do “bom velhinho” e mães, pais e avós deliciam-se com chope, refrigerantes e salgadinhos. O Restaurante Chalé Suíço oferece, em local calmo e aprazível, a gostosa comida típica e ainda promove festas e eventos. The Swiss Philanthropic Institution in the State of Rio Grande do Sul was founded in 1928 for the general purpose of providing support to European immigrants, specially those coming from Switzerland. Located in a high-profile district in the city of Porto Alegre, it offers leisure activities to its members and people in general, who can also enjoy its restaurant’s the delicious dishes. Its social activities include the annual Swiss National Day Party, held in the institution’s premises, where members and guests celebrate this special day; the weekly ninepin-bowling meeting, which gathers enthusiasts of the sport; and the traditional Ladies’ Tea Party, which combine social integration and delicious food – snacks and sweets. The Tea Parties are beneficent events, the revenues from which are donated to charity institutions. Saint Nicholas’ Party is held every December, offering a variety of activities to members and their families – gifts from Santa to the children, beer, soft drinks and snacks to parents and grandparents. The Chalé Suíço restaurant, located in a pleasant environment, serves delicious Swiss typical dishes and holds parties and events.