a sul - Devir Capa

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a sul - Devir Capa
a sul | 5ª edição
direcção e coreografia direction and choreography António Tavares
intérpretes interpreters Adilson Lima, António Tavares, Célia Alturas
músicos musicians Artur Fernandes, Julinho da Concertina, Néne do Ferrinho
materiais cénicos scenic materials Aulill
figurinos costume design Daniela Roxo
voz off voice António Aurélio Gonçalves
coordenação e produção executiva coordination and executive production São Vicente
ilustrações illustrations Daniela Roxo (sobre fotos de Jorge Gonçalves) (from photos by Gonçalves)
produção production Centro Cultural de Belém
apoios support Ministério da Cultura, CPLP, CIDAC, CPAI
agradecimentos thanks Alfa Ómega Zen, João Freire, Carol carton, Maria Sidónio, Nuno Olim, Clara Silva
numa homenagem ao ilustre escritor e humanista caboverdiano, António Aurélio Gonçalves (Nhô Roque), Fou-Nána é um espectáculo
inspirado no quotidiano e na Morabeza (cordialidade, hospitalidade) Caboverdiana. um jogo constante entre a música e a dança, entre a luz e
a sombra. gradualmente descobrindo gentes e ambientes, é também ele, uma conflito permanente entre a contenção e a explosão de
energia, onde o corpo liberto, ganha a dimensão e a proporção do sonho fictício desses camponeses, rebeldes e teimosos, que não se cansam
de lutar contra a seca persistente - guerra secular, onde cada gesto guarda segredos que só o acordeão e o ferrinho são capazes de
desvendar. in homage to the illustrious Cape Verdean writer and humanist, António Aurélio Gonçalves (Nhô Roque), Fou-Nána is a show inspired by daily life and the Cape
Verdean Morabeza (cordiality, hospitality). it's a constant game between music and dance, between light and shadow. gradually discovering peoples and environments, he is himself a
permanent conflict between the contention and the explosion of energy, where the free body gets the dimension and the proportion of the fictitious dream of those country people,
rebellious and stubborn, who don't get tired of fighting the persistent draught – ageless war, where each gesture keeps secrets that only the accordion and the triangle can unveil.
António Tavares
fou-nána
António Tavares | Portugal
a sul | 5ª edição
coreografia e interpretação choreography and interpretation Awilda Sterling-Duprey
vídeo video Fernando Paes
coreografia choreography Awilda Sterling
interpretação interpretation Awilda Sterling,Victor M. Sterling
música music Convergência – interpretada por Victor M. Sterling, Berten / El Nazareno – interpretada por Ismael Rivera, canto a
Obatala (canção tradicional do santoforal afrocubano) interpreted by Victor M. Sterling, Berten / El Nazareno – interpreted by Ismael Rivera, canto a
Obatala (afro-cuban santoforal traditional song)
luzes, assistência técnica e de direcção lighting, technical and direction assistant Viveca Vaszquez
fotografia photography José Charrón
agradecimentos thanks Dr. Miguel Hernandez, Programa Sylvia del Villard, NYC
peça baseada na estrutura de improvisação livre, foi desenhada a partir de jogos de ritmo entre a voz da banda
sonora e o movi-mento. Fernando Pães, artista brasileiro radicado em Porto Rico.
coreografia que une relatos pessoais através do silêncio, imagens cinematográficas, reminiscências, rituais e música
popular, para construir uma imagem evocadora da topografia cultural caribenha. a parte mais marcante da peça é
interpretada pelo Sr.Victor M. Sterling-Bertén, pai da coreógrafa.
Altar Mayor é o lugar de adoração numa igreja, é também o nome escolhido para esta peça que tenta representar o
lugar importante que o “otoego” tem na cultura popular porto riquenha. toca também em elementos de beleza
que esta contém e remete para experiências determinantes da minha infância.
peace based on the free improvisation structure, it was designed from rhythm games between the soundtrack's voice and
movement. Fernando Pães, Brazilian artist residing in Puerto Rico.
a choreography that gathers personal stories through silence, cinematic images, reminiscences, rituals and popular music, to
build and image evocative of the Caribbean cultural topography. the most striking part of the peace is interpreted by Mr. Sr.
Victor M. Sterling-Bertén, the choreographer's father.Altar Mayor is the place for adoration in a church, it is also the chosen
name for this piece that tries to represent the place that “otoego” has in Puerto Rican popular culture. it also focuses on its
elements of beauty and appeals to key experiences of my childhood.
o berimbau de caxixi
altar mayor
Awilda Sterling | Porto Rico
a sul | 5ª edição
direcção artística artistic direction Carlota Lagido
intérpretes interpreters Francisco Camacho
texto text Francisco Camacho
tradução translation David Miguel
assistência assistance Paula Pereira
produção executiva executive production Eira
co-produção co-production CCB, Eira, A Torneira
Lilith
Carlota Lagido | Portugal
corpo
a sul | 5ª edição
coreografia e concepção de vídeo Fausto Matias
interpretação Fausto Matias, Shirin Stave Matias (no vídeo)
o corpo
Fausto Matias | Portugal
after “primeiro nome: Le” and “Dom São
Sebastião”, in which the theme and the
general intentions of the shows' content
were pre defined, I'm now interested in
projects that come from the auscultation
of worries, obsessions, and unfulfilled
laboratorial desires of the interpreters and
collaborators, as well as my own. so it was
with “gust” (premier in November 1997)
in “More”, we invested in the creation of
distinct imaginaries relating more to a
dream logic. our focus and preoccupation
with the real wasn't just limited to a
portrait of the surrounding day-to-day, it
essentially reflected on what lingers in us
since immemorial times. sleep and dreams.
fairytales and nightmares. also the way
these bound today with a change in
people's imaginary.
we didn't want to submit to a preprogrammed thematic, artistic and
aesthetical program. we decided that this
project would be a moment, an act of
artistic reflection. we wanted to stop, listen
and look, and the work is mimetic of this
attitude. that it informed in a very narrow
way the sounds, the shapes, the colours,
the gestures and the emotions that are
found on stage.
Francisco Camacho
a sul | 5ª edição
direcção artística e coreografia artistic direction and choreography Francisco Camacho
interpretação interpretation Carlota Lagido, Paula Castro, Filipa Francisco, Sara Vaz
Begoña Mendez, João Samões, David Miguel
desenho de luz lighting design Cristina Piedade
produção executiva executive production Eira
co-produção co-production Expo 98, citemor, Eira, Ministério da Cultura
depois de “Primeiro Nome: Le” e “Dom São Sebastião”, nos quais o tema e as intenções gerais do conteúdo dos espectáculos se
encontravam definidos a priori interessam-me agora projectos que partem da auscultação de preocupações, obsessões, e desejos
laboratoriais ainda não concretizados dos intérpretes e colaboradores, bem como meus. assim sucedeu com “gust” (estreia em Novembro
de 1997).
em “More” investimos na criação de imaginários distintos, mais relacionados com uma lógica de sonho. a nossa atenção e preocupação com
o real não se cingiu a um retrato do quotidiano em redor, passou essencialmente por reflectir sobre aquilo que perdura em nós desde
tempos imemoriais. o sono e os sonhos. os contos de fadas e os pesadelos.Também o modo como estes se ligam hoje a uma alteração do
imaginário das pessoas.
não nos quisemos submeter a um programa temático, artístico e estético pré-programado. decidimos que este projecto seria um
momento, um acto de reflexão artística. quisemos parar, escutar e olhar, sendo o trabalho mimético desta nossa atitude. que ela informasse
de um modo muito estreito os sons, as formas, as cores, os gestos e as emoções que se encontram em cena.
Francisco Camacho
more
Francisco Camacho | Portugal
a sul | 5ª edição
simple geometrical opposition becomestinged with agressivity (Gaston Bacherlard). são forças “apolíneas” e
dionisíacas dividindo o mesmo espaço. e nesse espaço corpos jogam com improvisação estruturada e não estruturada,
com sequências coreogra-ficamente estruturadas. faz referência ao tipo de capoeira de Angola, à exaustão do limite
físico, à relação céu / terra e a jogos físicos que provêm da cultura popular do homem do norte e nordeste do Brasil.
2,3 cm
PANTONE 3965
PANTONE 369
10,9 cm
C: 0
M: 0
Y: 100
K: 0
violating space
42,6 cm
simple geometrical opposition becomes tinged with aggressiveness (Gaston Bacherlard). “Apollonian” and Dionysian forces
divide de same space. and in that space bodies play with structured and nonFrancisco Rider da Silva | Brasilstructured
improvisation, with choreographically structured sequences. it alludes to Angola's capoeira, the exhaustion of physical limit, the
sky/earth relationship and to physical games that come from popular culture of Brazil's north and northeastern man.
tang
bolster
butt
rivets
scales
a sul | 5ª edição
heel
spine
edge
coreografia choreography Georgina Martinez
interpretação interpretation Emma Delgado, Herberto Silva, Georgina Martinez
música original original musical score Alejandro Velasco
desenho de luz lighting design Óscar Medina
fotografia photography Francisco Kochen
para muitas outras culturas mexicanas o colibri era o símbolo do amor e da guerra. para os Kekchis sul-americanos,
este pequeno pássaro era o amante da lua. no México de hoje o colibri e algumas ervas aromáticas são ainda usados
em rituais de amor e purificação. baseado nestes símbolos esta peça foi criada como um mundo de sentidos e
percepção que acontece num palco cheio de natureza. é um trabalho onde os corpos se movem pelos seus impulsos
internos primários na sua relação com a morte, a sensualidade e ritualidade.
for many other Mexican cultures the hummingbird was the symbol of love and war. for the South American Kekchis, this little bird was the moon's
lover. in today's Mexico the hummingbird and some aromatic herbs are still used in love and purification rituals. based on these symbols, this piece was
created like a world of senses and perception happening in a stage full of nature. it's a work were bodies move acting on their primal internal impulses
in their relationship with death, sensuality and rituality.
tip
point
cuerpo colibri sediento
Georgina Martinez | México
a sul | 5ª edição
concepção, coreografia e interpretação conception, coreography and interpretation Manuel Perez Torres
música music colagem collage
figurinos costume design Marbella de Solorzano
produção production Festival de Jóvenes Coreógrafos, Caracas,Venezuela
carpe diem
Manuel Perez Torres | Venezuela
a sul | 5ª edição
concepção coreografia e interpretação
conception, choreography and interpretation Maria Inêz Villasmil
música music Renato Maselli
vídeo video Genvieve Lenette, Mª Inêz Villasmil
slides Pierre Souchar
figurinos costume design Luciano Diaz
produção production A.H.K. School for New Dance
Development, Koninklijk Conservatotium Den Haag
uma viagem em solitário produto da distância e da busca das paisagens internas para reconhecermos o
estranho. bens de raiz, o apego ao solo seguro, ao básico, ao que nos identifica como únicos, para daí abrir
espaços intermináveis. o espaço cénico apresenta uma imagem multiplicada. o desenvolvimento da peça
descobre a sua autora confrontada consigo mesma, com vozes e imagens que actuam como memórias do
distante. a identificação e o reconhecimento de uma realidade concreta resolvem-se numa unidade
conciliada com o novo meio. Landscape apresenta-se como um longo relato de confidências.
a voyage in solitary product of the distance and the quest for interior landscapes so we recognise the strange. root possessions, the
attachment to safe ground, to the basic, to what identifies us as unique, so from there endless spaces may be opened. the scenic space
presents a multiplied image. the development of the piece uncovers its author confronted with herself, with voices and images that act as
memories of the distant. the identification and recognition of a concrete reality are resolved in a unity in harmony with the new
surroundings. Landscape comes as a long account of confidences.
landscape
Maria Inês Villasmil | Venezuela
a sul | 5ª edição
concepção e interpretação conception and interpretation Vera Mantero
caracterização characterization Ana Araújo (desenho original de original design by Carlota Lagido)
adereços props Teresa Montalvão
luzes lighting João Paulo Xavier
produção executiva executive production Fórum Dança
apoio support Casa da Juventude de Almada, REAL, Amascultura
produção production Culturgest, Lisboa, 1996
“Homenagem a Josephine Baker” “Homage to Josephine Baker”
(...) é uma coisa que eu gostava de encontrar ou de criar, um amplo território em que a riqueza de espírito reinasse. (será educação massiva
a resposta?). este espírito de que falo não tem vontade nenhuma de anular o corpo, nem tem vergonha nenhuma do seu desejo e do seu
sexo, o que este espírito tem vontade de anular é a boçalidade, a assustadora burrice, a profunda ignorância, a pobreza de horizontes, o
materialismo, etc. (...)
(...) it's something I would like to find or create, an ample territory where the spirit wealth could reign. (is massive education the answer?). this spirit I speak of has no mind
whatsoever to annul the body, nor is it ashamed of its desire and its sex, what this spirit wants to annul is stupidity, the frightening dullness, the profound ignorance, the destitution
of horizons, materialism, etc. (…)
uma misteriosa coisa,
disse o e.e. Cummings
Vera Mantero | Portugal
a sul | 5ª edição
coreografia e interpretação choreography and interpretation Viveca Vásquez
diapositivos slides Marimater O'Neill
fotografia photography Miguel Villafañe
adereços props Jerry Rivera
“miss Puerto Rico o la isla que se repite” é uma interpretação dos concursos de beleza e da sua irónica
perfeição física e política, inspirada no livro de Antonio Benítez Rojo, que aponta a célebre força do Caribe, e
contraponto com a sua suposta imperfeição.
“miss Puerto Rico or the island that repeats itself” is and interpretation of beauty pageants and their ironical physical and political perfection,
inspired Antonio Benitez Rojo's book, which points out Caribbean's celebrated strength, and counterpoints its supposed imperfection.
miss Puerto Rico
o la isla que se repite
Viveca Vásquez | Porto Rico