Carlo x Carlo
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Carlo x Carlo
a sul | 10ª edição coreografia choreography Mayuko Aihara interpretação dance Jun Morii, Harumi Kumada,Yoko Imada cenografia scenography Tamotsu Suemoto desenho de luz lighting Yasushi Ashibe figurinos costumes Mayuko Aihara fotografia photography Ayako Abe Carlo x Carlo é um trabalho sobre a dualidade sempre presente num mundo onde todos nós já a vimos por um momento, algures à nossa volta … talvez… ou ... talvez não? a peça contém uma cenografia complexa, aleatória, análoga à experiência humana e então o que são eles? a resposta está dentro de cada um de nós. Carlo x Carlo is about the Duality ever present in a world where we all have seen it for a moment, somewhere around us......maybe....or......maybe not? the piece also comprehends a complex scenography, arbitrary, analogue to the human experience. what are they, then? The answer lies within each of us. Carlo x Carlo j.a.m. Dance Theatre | Japão existe apenas uma mesa quadrada com 90cmx90cm. o único som é o barulho da chuva que cai constantemente. um homem e uma mulher estão sobre a pequena mesa e não podem fugir dela. esta criação trata os limites e a liberdade da dança, tendo sido inspirada pelo “Tsunami” e pelo famoso romance de Kobo Abe. there is only a 90cmx90cm table. the only sound is the noise of the falling rain. a man and a woman are on that small table. they cannot escape from this table because of the flood. this piece was created around the attraction to the limits and freedom of dance. it was also inspired by the “Tsunami”, or even the famous novel by Kobo Abe. water house mizunoie mizunoie water house direcção direction Kosei Sakamoto coreografia e interpretação choreograph and dance Hirokazu Morikawa,Yuko Mori desenho de luz lighting design Chika Fuseya som sound design Kosei Sakamoto fotografia photography Kosei Sakamoto Monochrome Circus | Japão a sul | 10ª edição we don't have a motherland we have fins. we are an unknowing country - the hospital is here! In our pyjamas we swirl in a comfortable disorientation.our space is made of glass and has the muddy density of the waters. There is no effort here for it kills the past and compromises the future. there is no suffering while there is no bearings and not much reason. there is no joy. It barely existed and it is just a promise for the future as we forgot to long for any better.there is no sound,no effort,no suffering,no joy… there's all of it but inside, mixed with the irony of the survivors and the joy of the fools,the athletes,the sprinters who can see the finish line from the start.We feast on absence and nourish on lacking. - the party is just there!… …from a far all this resembles a circus! não temos concepção e direcção conception and direction José Laginha intérpretes e co-criadores dancers and co-creators Avelino Chantre, Jácome Filipe, José Laginha, Luís Guerra, Pedro Mendes, Pedro Ramos, Sandra Rosado som audio Luís Guerreiro música music Francisco Aragão, Luís Guerreiro, Marco Martins, Paulo Franco, Nuno Campos concepção visual / instalação e fotografia visual conception / installation and photography José Laginha desenho de luz lighting design António Martins, José Laginha artista plástico convidado featured plastic artist Paulo Scavullo projecções projection Hugo Coelho, José Laginha costureira costume maker Ivone Coelho direcção de produção production director Julieta Caetano assistentes de produção production assistants Ana Rodrigues, Carolina Rufino adereços e assistente de cenografia props and scenography assistant Nuno Viana co-produção co-production “a sul” X Festival Internacional de Dança Contemporânea não temos pátria, temos barbatanas. somos um país que não sabe, o hospital é aqui! de pijama rodopiamos num desnorte que não incomoda. o nosso espaço é de vidro e tem a turva densidade das águas. aqui não há esforço porque este mata o passado e condiciona o futuro. não há sofrimento porque não há direcção e há pouca razão. não há alegria, ela existiu pouco e é uma promessa para o “futuro”, porque esquecemo-nos de querer melhor. não há som, não há esforço, não há sofrimento, não há alegria... há tudo isto mas dentro, mesclado com a ironia dos sobreviventes e a alegria dos loucos, dos atletas, dos sprinters que na partida avistam a meta. - a festa é já ali ! ...longe daqui tudo isto parece um circo! pátria, temos barbatanas José Laginha / Portugal a sul | 10ª edição “(...) in the dance studio, I am often awestruck when I think about the first creature that came onto land from water. Similar to the challenges it had leaving the safety of its familiar saltwater for land, human beings today seem to be trying to create a completely new environment. what I am referring to is different from the fact that humans have moved to a virtual world through cyber culture, or have expanded into the universe through space exploration. rather, we are trying to delve into our own bio-systems, creating life like we breathe air. In that sense, dance might be a “rediscovering of life.” since I premiered Pollen Revolution in April 2001 in Tokyo, the world has changed dramatically. the promise of mankind has become void; the result is that one person can destroy the whole world. conversely, it may be that a single person can save the world from destruction. as a dancer, I have a premonition that I am able to create infinite life within my body. the first word that came to my mind as I created this piece was “Pollen.” I felt a touch of shame, since I was not sure if I had the will to choreograph this word, which embodies an image of organic life, or to dance it on stage. then, the word “Revolution” came to me. in the East,“Revolution” does not only relate to “social change,” but also that fate—or destiny, or karma—has changed. this change is not caused by technological advances such as gene manipulation, but rather is a fundamental change brought about by humans exploring their own environment. I thought of combining these two words.” coreografia e interpretação choreograph and dance Akira Kasai luzes light Tai Morishita figurinos costumes Kyoko Omori perucas wigs Hisako Kasai direcção de cena stage manager Kiyonaga Matsushita direcção de produção tour manager Junko Hanamitsu fotografia photography Christa Cowrie “(...).no estúdio de dança, fico muitas vezes perplexo, quando penso na primeira criatura que saiu do mar para viver sobre a terra. à semelhança dos desafios que este ser ultrapassou ao trocar a segurança da familiar água salgada pela terra, os seres humanos parecem, hoje em dia, estar a tentar criar um meio ambiente completamente novo. aquilo a que me refiro é diferente do facto dos humanos se terem mudado para um mundo virtual, através da ciber cultura, ou expandido pelo universo através da exploração espacial. refiro-me ao facto de estarmos a tentar “escavar” os nossos próprios bio-sistemas, criando vida como respiramos ar. neste sentido, a dança poderá ser uma “redescoberta da vida”. desde que estreei Pollen Revolution em Tóquio, o mundo mudou dramaticamente. a promessa da humanidade tornou-se vazia. a primeira palavra que me veio à mente aquando da criação desta peça foi “Pollen”. senti-me um pouco reticente, uma vez que não tinha a certeza de ter vontade de coreografar este mundo, que encarna uma imagem de vida orgânica, ou mesmo de dançá-lo no palco. depois, surgiu-me a palavra “Revolution”. no Oriente, “Revolution” não se refere apenas a “mudança social”, podendo também significar que a sorte – ou destino, Karma – mudou. esta alteração não é provocada por avanços tecnológicos, tais como a manipulação genética, é antes uma mudança fundamental despoletada pelos humanos ao explorarem o seu próprio meio/ambiente. pensei em combinar essas duas palavras.” Akira Kasai | Japão pollen revolution a sul | 10ª edição direcção, coreografia e interpretação direction, choreography and dance Kosei Sakamoto (Monochrome Circus) direcção e luzes direction and lighting Takayuki Fujimoto (Dumb Type) coreografia choreography Yuko Mori (Monochrome Circus) interpretação dance Hirokazu Morikawa,Yuca Saeki (Monochrome Circus), Cheryl Quek, Dandy Qu Huan (APDS) som e design visual sound and visual design Takuya Minami (Softpad) som e programação sound and programming Daito Manabe fotografia photography Law Kiau Yiau co-produção co-production Yamaguchi Center os Arts and Media (YCAM) / Japan em “refined colors” é utilizado o recentemente desenvolvido sistema LED (light-emiting diode), que consiste numa lâmpada com a capacidade de projectar cerca de 16,7 milhões de variações de cor, a partir de simples diodos RGB (red-green-blue). com o objectivo de optimizar a utilização deste aparelho leve e de baixo consumo energético, onde todas as operações de som e luz são controladas num PC portátil, reuniu-se uma equipa dinâmica para digressão, altamente móvel, que permitiu lançar a produção itinerante a partir de uma residência no Yamaguchi Centre for Arts and Media (YCAM), passando em seguida por Bangkok, Singapura e Kuala Lumpur. em cada um destes locais recolheram-se samples de sons e de imagens para cenário, utilizando o PC e diversos meios de tecnologia digital portátil, com o objectivo de incorporar elementos locais em cada apresentação e de criar uma série de trabalhos relacionados com o tema comum “viajar”. refined colors uses a newly developed LED (light emitting diode) lamp capable of projecting some 16, 7 million colour variations from simple RGB (red-green-blue) diodes. in order to optimize the use of this low-energy, lightweight LED device, all sound and lighting operations are controlled by notebook PC and we've put together a highly mobile tour team to launch our travelling production from a residence at the Yamaguchi Centre for Arts and Media (YCAM), continuing on to Bangkok, Singapore and Kuala Lumpur. at each of these locations, we took sound and image samples using the notebook PC and other portable digital technology aiming to incorporate local elements into each staging and create a series of works all linked to the common theme of “travelling”. refined colors Monochrome Circus | Japão a sul | 10ª edição coreografia, interpretação choreography, dance Ikuya Sakurai música, acordeão music composition / accordion Saburo Tanooka instalação, design installation, design Emiko Sakurai desenho de luz lighting design Satoshi Satoh tabula rasa é um solo acompanhado por um acordeão tocado ao vivo. Ikuya Sakurai apresenta neste trabalho o paradoxo e a dor da existência, a emoção corporal que paira entre a vida e a morte, um tributo ao tempo que passa no tremor dos sons e do corpo realizado por um bailarino e um músico que actuam meditativamente. Sakurai dança como respira. o seu corpo agita-se violentamente, respirando o som e o silêncio, para construir uma perfeita harmonia. e ele desaparece no ar como uma suave brisa, na melodia que se imprime na nossa memória. em palco há uma linha branca vertical que une a terra e os céus, duas cadeiras brancas e uma linha feita com sal branco. tradicionalmente, os japoneses consideram o sal como um símbolo de purificação e a dança como acções que permitem renascer num corpo inocente e purificado do pecado original. tabula rasa is a piece for solo dance with live accordion and art installation. Ikuya Sakurai presents in this work, the paradox and pain of existence, the emotion of the body which is hovering between life and death, tribute to time passing away, in the tremble of sounds and the body made by a dancer and a musician performing meditatively. for Sakurai, dancing is like to breathing. his body shakes violently, breathing the sound and silence, building a perfect harmony. and he is disappearing in the air, like a gentle breeze, in a melody that burns in our memory. on stage, there are a vertical white line that links the ground and the skies, two white chairs, and a line made with white salt. traditionally, japanese consider salt to be a symbol of purification, and dances are the actions that allow one to reborn in a innocent body, purified of the original sin.“Tabula Rasa”, that means to go back to the old drawing board. tabula rasa Sakurai Ikuya - Cross Section | Japão fuwa fuwa ladybug um solo coreografado e interpretado por Miho Konai, estreado em 2006. este trabalho foi apresentado no Kagurazaka Die Pratze e no International Dance and Theater Festival no Theater X, em Tóquio. começou a trabalhar neste projecto, depois de dar à luz uma menina. a ideia para “fuwafuwa ladybug” partiu de uma grande mudança registada ao nível dos valores. nesta coreografia Mioho Konai procura e encontra por fim uma preciosa, suave, cálida, pequena… felicidade. a solo dance work choreo- a sul | 10ª edição graphed and performed by Miho Konai, premiered in 2006. this work has been performed at Kagurazaka Die Pratze and International Dance and Theater Festival at Theater X, in Tokyo. after she gave birth to a female baby, she started working on this work. the original idea of “fuwafuwa ladybug” came from a big change on her sense of values. In this dance piece, she will be looking for, and finally find out a precious, soft, warm, tiny……happiness. * ”fuwafuwa” é um adjectivo que significa “fofa” e “leve” em japonês.”fuwafuwa” is an adjective which means “fluffy” and “light” in Japanese. detour sem passar por atalhos, sem hesitar em fazer esforços, ela avançará centímetro a centímetro, pelos seus próprios pés, até chegar ao seu objectivo. “detour” é um solo coreografado e interpretado por Miho Konai. estreou em 2004 no DeBaun Auditorium, Hoboken nos Estados Unidos da América. foi apresentado também no Dance Festival, 92nd street Y em Nova Iorque. “detour” inspira-se na vida desta coreografa em Nova Iorque. without making a shortcut, without hesitating to make an effort, she will advance inch by inch with her feet towards the target. “detour” is a solo dance work choreographed and performed by Miho Konai premiered in 2004 at DeBaun Auditorium, Hoboken in United States of America. also performed at d.u.m.b.o. Dance Festival, 92nd street Y in New York City.The Original idea of “detour” came from her life in NewYork City. fuwafuwa ladybug detour coreografia e intrepretação choreograph and dance Miho Konai figurinos costumes Akiko Nakanishi música music Steve Riche, Georges Van Parys,Tom Jones-Harvey Schmidt fotografia photography Kurt Hockenbury coreografia e interpretação choreograph and dance Miho Konai figurinos costumes Nr6 música music Gidon Kremer, J.S.Bach,The Rolling Stones Miho Konai | Japão a sul | 10ª edição direcção director Takiko Iwabuchi assistente de direcção director's assistant Yukari Ota coreografia e interpretação collaborative choreography and dance Yukari Ota, Hideto Heshiki,Takiko Iwabuchi direcção de cena stage manager Makoto Kawaguchi edição de som sound editor Kyoko Horikawa operação de som sound operator Norimasa Ushikawa figurinos costumes Noriko Kitamura desenho e luz lighting designer Takeaki Iwashina operação de luz lighting operator Yoji Matsuzaki colaboração na cenografias stage design advisor Shoichi Takahara produção manager Ayako Kuwahara fotografia photography Naoya Ikegami de acordo com a lei de Newton, um objecto atirado ao ar cai, criando uma parábola. do mesmo modo, um homem nasce, e cria uma parábola à medida que constrói o seu caminho em direcção à morte. esta coreografia retrata os momentos em que se combate a gravidade, as faíscas da vida presentes na parábola antes de cair sobre a terra. according to Newton's law, an object thrown in the air falls down creating a parabola. In the same way, a man is born, and creates a parabola while he works his way toward death. this dance piece expresses the moments of “Against Newton (fighting the gravity)” - the sparks of life on the parabola before it falls to the earth. against Newton 2 Dance Theatre LUDENS | Japão a sul | 10ª edição kaminari - trovão, contempla visões do passado em que o povo português rompeu barreiras, levando a cultura lusitana a terras nipónicas. “kaminari – trovão” é o corolário de um processo de vida e de criação com mais de 10 anos, durante os quais, e em regulares visitas e estadias no Japão, César Augusto Moniz estudou duas milenares religiões, o xintoísmo e o budismo. os seus cultos, rituais e, sobretudo, sabedoria, têm inspirado uma vida pessoal e artística que se deseja partilhar sob forma coreográfica, com outros artistas e com múltiplos públicos – do Japão a Portugal, testemunhando uma comunhão de princípios, de saberes, de experiências e tradições que, respeitando-se mutuamente, se podem abrir a novas experiências, sínteses e rupturas, inovações e ancestralismos. como se os antepassados dos diferentes locais reivindicassem o cumprimento desta missão artística! com a cultura japonesa César Augusto Moniz descobriu também o respeito pela memória dos antepassados, o culto dos antepassados (mais esquecido actualmente no ocidente), a capacidade de os ouvir através da nossa simbiose genética, espiritual e material. que visões e sentimentos os portugueses e japoneses terão tido ao encontrar-se? estas visões foram a base da criação, recorrendo-se à dança e à música (interpretada ao vivo) não tanto para narrar uma história, mas sim para expressar as emoções de beleza, de poesia, de graça, de espanto, maravilha e respeito por pessoas tão fascinantemente diferentes. kaminari (meaning thunder) premiered on April 2006. the work explores the multicultural fusion and influences of the arrival of the portuguese in Japan in 1459. in a dialog between movement, music and visual images, the work explores prejudices, differences and similarities, reflecting on personal, social and cultural transformations in a modern age. direcção artística e coreografia artistic direction and choreography César Augusto Moniz bailarinos dancers Kanae Maezawa, Kleber Cândido, Daniela Ferreira, David Silva, Maria Cabrita professores convidados invited teachers Pascale Mosselmans, Mark Degraeff professor residente resident teacher César Augusto Moniz cantora soprano singer soprano Ana Leonor cantor contratenor singer contratenor Manuel Braz da Costa música composição e arranjos music, composition and arrangements João Godinho figurinos costumes João Tomé, Francisco Pontes cenários scenography Susana Machado direcção técnica e design de luzes technical direction and lightning design João Carlos Andrade fotografia photography Cézar Moniz produção production Carla da Matta Moniz patrocinadores oficiais official sponsors Mega Craque Club Faia, Accedo kaminari - trovão KAMU SUNA Ballet Company | Portugal a sul | 10ª edição coreografia e interpretação dance and choreographer Masami Yurabe fotografia photography Siggen Stevenson komachi é um dos mais conseguidos trabalhos do coreógrafo Masami Yurabe. desde a sua primeira apresentação em 1996 tem sido apresentado muitas vezes e em muitos locais. esta criação é inspirada em Onono Komachi, uma famosa personagem do teatro japonês Noh. Onono Komachi é o nome de uma poetiza que viveu no período Heian e que se tornou muito conhecida pela sua beleza celestial. muitas histórias foram escritas sobre a sua luxuosa vivência e sobre a sua vida amorosa, tanto na sua juventude, como quando envelheceu e quando se tornou um espírito, vivendo para sempre nessas memórias. komachi is one of MasamiYurabe's most accomplished works, which has been played many times in several places since its first debut in 1996. the piece is inspired by Onono Komachi, a famous character in Japanese Noh theater. Onono Komachi is the name of a poet who actually lived in the Heian period and was well-known for her celestial beauty. many stories have been written about her luxurious life and love affairs in her prime and even when she got old and become a spirit, she still lived in those memories. komachi Masami Yurabe | Japão a sul | 10ª edição coreografia, direcção e interpretação directed, choreographed and performed Maria Ramos música music “Murder Ballads”, Nick Cave and the Bad Seeds montagem musical sound remix David Costa espaço cénico e desenho de luz stage and light design Maria Ramos e Martinho R. Fernandes figurino costume Maria Ramos fotografia photography David Costa apoios supports CAPa, O Espaço do Tempo, CCB, Dance Unlimited agradecimentos special thanks Antony Gormley, Angus Balbernie, Lígia Teixeira, Benedetta Maxia, Lígia Soares 7pm/Rumour (loose in the air), surge a partir do poema “Half-Hanged Mary”, de Margaret Atwood, que relata a história particularmente invulgar de Mary Webster que em 1685, durante a histórica caça às bruxas de Salem, em Massachusetts, é sentenciada à morte e enforcada numa árvore, onde permanece toda a noite. quando vêm recolher o seu corpo, Mary ainda está viva, e viva continuará, por mais catorze anos.“neste trabalho procuro uma forma de “esculpir” o corpo no espaço através da integração da minha linguagem física e da linguagem poética presente neste poema. o escultor Antony Gormley vê o corpo “como um objecto no espaço e como um objecto que contém espaço.” é esta percepção do corpo que me interessa explorar em 7pm/Rumour (loose in the air)”. 7pm/Rumour (loose in the air) is inspired in the poem “Half-Hanged Mary”, by Margaret Atwood, which tells the true but unusual story of a woman called Mary Webster, who was accused of witchcraft in the 1680's, during the historic witch-hunt of Salem, in Massachusetts, and hanged from a tree – “where, according to one of the several surviving accounts, she was left all night.it is known that when she was cut down she was still alive, since she lived for another fourteen years.” “in 7pm/Rumour (loose in the air) Maria is working with exploring a physical and imagistic integration of the poetics of language, and forms of sculptural “identity”. the sculptor Antony Gormley sees the body “as an object in space but also as an object that contains space”. this offers a bridge between the physicality, and the poetics of both dance and sculpture. a place where both the “actual” and the spaces around and inside the actual might correspond in performance.As both physical form, and by using space as both formal and metaphorical structure. 7 p.m. / rumour loose in the air Maria Ramos | Portugal