determi nação do poli morfi smo de sei ss do cromossomo x
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determi nação do poli morfi smo de sei ss do cromossomo x
P r o g r a m a d e P ó s- Gr a d u a çã o e m Ge n é t i ca U n i v e r si d a d e Fe d e r a l d e P e r n a m b u co Ce n t r o d e Ci ê n c i a s Depart am ent o de Bi o l ó g i ca s Ge n é t i ca D E T E R M I N A Çà O D O P O L I M O R F I S M O D E S EI S S T R S D O CR O M O S S O M O X H U M A N O N A P O P U L A Çà O D O E S T A D O D E P ER N A M B U CO , B R A S I L Vanessa Cavalcante da Silva Recife, PE Abril, 2007 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Vanessa Cavalcante da Silva D E T E R M I N A Çà O D O P O L I M O R F I S M O D E S EI S S T R S D O CR O M O S S O M O X H U M A N O N A P O P U L A Çà O D O E S T A D O D E P ER N A M B U CO , B R A S I L Dissertação apresentada ao Programa de PósGr a duçã o e m Ge né t ica da Unive r sida de Fe de r a l de Pe r n a m bu co, como parte dos requisitos necessários para obtenção do grau de Mestre em Genética. Orientador: Profa. Dra. Rosilda dos Santos Silva, Dpto. Genética, Centro de Ciências Biológicas, UFPE Recife, PE Abril, 2007 1 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Silva, Vanessa Cavalcante da. Determinação do Polimorfismo de Seis STRs do Cromossomo X humano na população do Estado de Pernambuco, Brasil / Vanessa Cavalcante da Silva. – Recife: O Autor, 2007. 74 folhas: il., fig., tab. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. CCB. Programa de Pós-Graduação em Genética. 2007. Inclui bibliografia e anexos. 1. Cromossomo X. 2. STRs. 3. Pernambuco – População. 4. Polimorfismo Genético. I. Título. 576.316 576.5 CDU (2.ed.) CDD (22.ed.) UFPE CCB – 2008-187 2 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 3 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Dedicatória A DEUS, O maior geneticista de todos os tempos. 4 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Agradecimentos Aos meus pais Vicente Ferreira da Silva Filho e Veralúcia Cavalcanti Aliança, pelo amor, carinho, incentivo e dedicação. A minha orientadora Profa. Dra. Rosilda dos Santos Silva, pela orientação, confiança e dedicação. A Adri (Adriana Vieira), pela amizade, coleguismo e por estar pronta a ajudar e a ensinar sempre que “impossível”. A Glorinha (Maria da Glória Raposo), pelo apoio técnico-científico e principalmente por sua amizade e descontração que me fizeram sorrir mesmo quando essa não era a minha intenção. A Mima (Jemima Eline), pelo apoio fundamental dado no início do mestrado. A Paulinha (Paula Braga), minha escravinha e mão direita, pelo suporte dado a fase laboratorial. A Simone, pelas extrações de DNA. A Douglas, pelo suporte técnico. A Carlos e a Alexandre, pela ajuda na estatística. A Janaína e a Dona Luzinete, pela amizade. A Daniel Benevides, pelo amor, amizade e presença especial. A Profa. Elizabete Malaquias Freitas, pelas sugestões pertinentes e pelo carinho. A todos que constituem o Programa de Pós Graduação em Genética, pela colaboração direta e indireta na minha formação. A Lobo, secretário do mestrado em Genética, por sua atenção. Ao Prof. Dr. Luiz Maurício da Silva, chefe do Laboratório de Genética Molecular Humana, pela utilização da infra-estrutura e apoio financeiro. A todos vocês, meu sincero agradecimento! “Todas as coisas passam, mas o amor permanece para sempre”. I Cor. 13.13. 5 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil SU M ÁRI O LISTA DE FIGURAS 7 LISTA DE TABELAS 8 LISTA DE ABREVIAÇÕES 10 RESUMO 11 1. INTRODUÇÃO 12 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 14 2.1. Breve história da origem da população brasileira 2.2. Microssatélites: dinâmica evolutiva e aplicações 2.3. O cromossomo X humano e suas STRs 14 17 21 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 27 4. MANUSCRITO DE ARTIGO CIENTÍFICO 35 Polimorfismo das X- STRs DXS7132, DXS8377, DXS6789, DXS101, DXS10011 e ARA na população de Pernambuco, Brasil 36 5 . ABSTRACT 50 6 . INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 51 7 . ANEXO 62 Instruções para autores: Journal of Forensic Science 61 6 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil LI S T A D E F I GU R A S R E V I S à O B I B L I O G R Á F I CA Figura 1 - Ideograma da localização de X- STRs 24 usadas em práticas forenses. M A N U S CR I T O Figura 1. Dendrograma construído de acordo com o método UPGMA usando a distancia genética obtida das freqüências DXS6789, alélicas DXS101 observadas e DXS8377 nos de locos DXS7132, pernambucanos, portugueses, espanhóis e afro-americanos. 45 7 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil L I S T A D E T A B EL A S R E V I S à O B I B L I O G R Á F I CA Tabela 1. Distribuição dos contingentes imigratórios por período de entrada no Brasil. 15 Ta be la 2 . Freqüências alélicas do loco DXS8377 em oito populações. 19 Ta be la 3 . Principais informações referentes as X-STRs mais utilizadas em estudos populacionais e análises forenses. 22 Ta be la 4 . Principais informações referentes as DXS7132, DXS6789, DXS8377, DXS101, DXS10011 e ARA. 25 M A N U S CR I T O Ta be la 1 . Freqüências alélicas e parâmetros forenses das DXS7132, DXS6789, DXS101, ARA, DXS10011 e DXS8377 em amostra feminina da população de Pernambuco. 43 Ta be la 2 . Freqüências alélicas e parâmetros forenses das DXS7132, DXS6789, DXS101, ARA, DXS10011 e DXS8377 em amostra masculina da população de Pernambuco. 44 8 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil I N F O R M A ÇÕ E S CO M P L E M E N T A R E S Tabela 1. Seqüências dos pares de primers utilizados para amplificação por PCR dos locos de STR do cromossomo X. 52 Ta be la 2 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS7132 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. 53 Ta be la 3 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS6789 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. 54 Ta be la 4 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS101 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. 55 Tabela 5. Freqüências genotípicas observadas no loco ARA em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. 56 Ta be la 6 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS10011 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. 57 Ta be la 7 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS8377 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do Estado de Pernambuco. 60 9 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil L I S T A D E A B R E V I A ÇÕ E S STRs - Short Tandem Repeats- Repetições Curtas em Tandem; PCR - Polymerase Chain Reaction- Reação em Cadeia da Polimerase; Pb - Pares de base; Y- STRs - Repetições Curtas em Tandem do Cromossomo Y; X- STRs - Repetições Curtas em Tandem do Cromossomo X; 10 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil R ES U M O As Seqüências Repetidas em Tandem (STRs) presentes nos cromossomos sexuais são ferramentas importantes na genética forense. As X-STRs são especialmente úteis em casos complexos de testes de paternidade e naqueles de identificação de sexo. Com o objetivo de caracterizar a população pernambucana quanto ao polimorfismo de seis X-STRs (DXS7132, DXS6789, DXS8377, DXS101, DXS10011 e ARA), foi analisado um total de 300 homens e 300 mulheres não aparentados. O teste para o desequilíbrio de ligação entre os locos na subamostra feminina não revelou evidência consistente de associação entre os marcadores (p>0,214) e a verificação da diversidade haplotípica, na subamostra masculina, revelou que todos os haplótipos foram únicos. A heterozigosidade variou de 0,743 (DXS7132) a 0,937 (DXS8377) e o poder de discriminação (PD) de 0,906 (DXS7132) a 0,993 (DXS10011). Com base no cálculo da distância genética a partir dos dados dos marcadores DXS7132, DXS8377, DXS6789 e DXS101, concluiu-se que a população pernambucana está geneticamente mais próxima da portuguesa (0.022) e da espanhola (0.029) do que da afro-americana (0.036). O presente trabalho demonstra que estes marcadores genéticos são altamente discriminantes, e portanto, úteis em propósitos forenses e estudos populacionais. Palavras- chave: Cromossomo X; STRs; População de Pernambuco, Polimorfismo Genético. 11 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 1 . I N T R O D U Çà O A síntese de DNA in vit ro foi realizada pela primeira vez por Arthur Kornberg e colaboradores em 1957. Entretanto, apenas em 1985 foi apresentada ao mundo científico a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase-PCR, que amplifica trechos pré-determinados do DNA. Com o advento desta tecnologia, os microssatélites ou STRs (Short Tandem tornaram-se Repeats) os mais populares marcadores genéticos estudados nos últimos anos. Os microssatélites são repetições de seqüências de DNA em tandem com unidades de repetição constituídas por dois a seis pares de nucleotídeos. São designados dinucleotídicos quando a unidade repetitiva tem apenas 2 pares de nucleotídeos, trinucleotídicos quando tem três pares e assim por diante. As STRs estão amplamente distribuídas em todo o genoma humano e são polimórficas em todas as populações estudadas. Estas características das STRs, aliadas ao fato de serem fragmentos de DNA de pequeno comprimento (<300pb) passíveis de amplificação mesmo quando o DNA está degradado mendeliana tornaram-nas e marcadores de apresentarem genéticos muito segregação úteis em diferentes áreas da biologia como: antropologia física, na elaboração de mapas gênicos, na análise da estrutura genética de populações e em genética forense (teste de paternidade, maternidade, identificação de indivíduos, etc.). A grande maioria das publicações referentes à análise do polimorfismo de microssatélites envolve locos autossômicos. No entanto, em alguns casos em que é necessária a identificação do sexo ou em casos complexos de determinação de paternidade/maternidade, a análise de STRs de cromossomos sexuais (Y-STRs e X-STRs) é indispensável, principalmente pelo fato de serem transmitidos de pai para filhos e filhas 12 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil como haplótipos, uma vez que nos homens quase não há recombinação meiótica entre estes cromossomos. Estas situações são relativamente comuns nas áreas de genética forense e antropologia física. De uma maneira geral, a literatura especializada tem relatado muito mais dados sobre o polimorfismo de Y-STRs do que de X-STRs. No entanto, nos últimos anos, as X-STRs têm sido estudadas e reconhecidas como ferramentas importantes em genética forense, especialmente em casos complexos de testes de paternidade onde a criança disputada é do sexo feminino. A utilização destes marcadores pode identificar se presumidas meias-irmãs têm o mesmo pai biológico ou confirmar a relação paterna avó-neta, sem que seja necessária a análise de seus pais pois, meias-irmãs partilham entre si e com suas avós paternas no mínimo um alelo em cada X-STR. O presente trabalho teve como objetivo geral analisar a estrutura genética da população do Estado de Pernambuco em relação ao polimorfismo de seis locos X-STRs e como objetivos específicos: a) Caracterizar a população do Estado de Pernambuco quanto ao grau de variabilidade genética das X-STRs DXS7132, DXS6789, DXS8377, DXS101, DXS10011 e ARA; b) Comparar a variabilidade dessas X-STRs encontrada em Pernambuco com a de outras populações, principalmente com a daquelas que contribuíram para a formação dessa população; c) Fornecer dados para validação dos testes de investigação de paternidade e identificação de indivíduos na população do Estado de Pernambuco. 13 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 2 . R E V I S à O B I B L I O G R Á F I CA 2.1. Breve história da origem da população brasileira Os primeiros povos a se propagarem pelo território, que mais tarde recebeu o nome de Brasil, foram os ameríndios (Couto, 1981). Os índios brasileiros pertencem aos grupos chamados paleoameríndios, que provavelmente descenderam de antigas raças da Ásia e da Oceania e teriam chegado às Américas pelo estreito de Behring ou pela navegação no Oceano Pacífico. A colonização do Brasil (processo de povoamento, exploração e dominação) realizada pelos portugueses se deu a partir do século XVI, após sua “descoberta” por Pedro Álvares Cabral. Até 1530, o movimento de portugueses para o Brasil foi relativamente pequeno, em torno de 25 mil, mas cresceu durante os cem anos seguintes devido, principalmente, ao rentável negócio do açúcar, atingindo número considerável no século XVIII (Silva, 2001). No Brasil, na Capitania de São Vicente, São Paulo, se comprova a existência de escravos negros oriundos do continente africano a partir de 1531. Registros históricos estimam que no país haviam aproximadamente 4 milhões de negros entre 1551 e 1850. Os negros africanos espalharam-se por todo o território brasileiro, em engenhos de açúcar, fazendas de criação, arraias de mineração, sítios extrativos, plantações de algodão, fazendas de café e áreas urbanas (Cavignac, 2003). Entre 1580 e 1640, durante a união de Portugal com a Espanha, a imigração caucasóide para o Brasil era limitada aos ibéricos. Porém, no final deste período, vieram os ingleses e os holandeses, dos quais um certo número se estabeleceu em terras brasileiras, após o término da invasão holandesa (Conceição, 1987). Do século XVI ao século XVIII, em aproximadamente 15 gerações, consolidou-se a estrutura genética da população brasileira, com o 14 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil intercruzamento de africanos, portugueses e índios (Ribeiro, 1995). Ainda no período colonial, franceses, holandeses e ingleses tentaram se estabelecer em território brasileiro e deixaram alguma contribuição étnica, embora restrita. As nacionalidades que mais contribuíram para a composição das correntes imigratórias a partir de 1850 foram, além da portuguesa, em ordem decrescente, a italiana, a espanhola, a alemã e a japonesa (Tabela 1). A maioria dos europeus não-portugueses se estabeleceu nas regiões Sul e Sudeste do país (Pena, 2000). Ta be la 1 . Distribuição dos contingentes imigratórios por período de entrada no Brasil. Período Portugueses Italianos Espanhóis Japoneses Alemães Totais 1851-1885 237.000 128.000 17.000 - 59.000 441.000 1886-1900 278.000 911.000 187.000 - 23.000 1.398.000 1901-1915 462.000 323.000 258.000 14.000 39.000 1.096.000 1916-1930 365.000 128.000 118.000 85.000 81.000 777.000 1931-1945 105.000 19.000 10.000 88.000 25.000 247.000 1946-1960 285.000 110.000 104.000 42.000 23.000 564.000 Totais 1.732.000 1.619.000 694.000 229.000 250.000 4.523.000 Fonte: Ribeiro, 1995 Em 1534, o Brasil foi dividido em quinze capitanias hereditárias, das quais apenas duas prosperaram: Pernambuco, doada a Duarte Coelho Pereira, e São Vicente (São Paulo), doada a Martim Afonso de Souza (Siebert, 1998). A prosperidade de Pernambuco, que teve início em 1535 com o cultivo da cana-de-açúcar e do algodão, atraiu grande número de europeus para a região. Quatro anos mais tarde, em 1539, chegaram os primeiros escravos africanos para suprir as necessidades de mão-de-obra da crescente produção açucareira, até então exercida apenas pelos nativos (Patriota, 2000). 15 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Em virtude das riquezas e da partilha da América entre Portugal e Espanha, o Brasil foi alvo de contrabandistas, ataques e invasões. Em Pernambuco, os franceses destruíram a Feitoria Régia, erguida por Cristóvão Jacques junto ao porto, e construíram uma fortificação na Ilha de Itamaracá. O assentamento francês permaneceu de 1561 até 1567 (Souza, 1998). Entre 1630 e 1654, a região foi ocupada também pelos holandeses, que fizeram de Recife a capital de seu domínio brasileiro, durante 24 anos. A forte resistência dos portugueses e brasileiros de origem lusitana, africana e indígena, acabou resultando na expulsão dos holandeses (Andrade, 1987). Segundo os historiadores, durante o tempo de permanência dos portugueses, espanhóis e franceses em terras pernambucanas, houve intercruzamento desses colonizadores europeus com indígenas nativos e também com os negros de origem africana trazidos para esse território. Pesquisas realizadas com o polimorfismo apresentado por Y-STRs e do DNA mitocondrial com a população atual brasileira de diversas regiões indicam que esse intercruzamento ocorreu, em maior proporção, entre homens europeus e mulheres indígenas e/ou mulheres negras africanas (Pena, 2000) 16 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 2.2. Microssatélites: dinâmica evolutiva e aplicações Os microssatélites ou STRs (Short Tandem Repeat s) apresentam repetições em tandem de seqüências curtas de DNA com apenas dois a seis pares de nucleotídeos. Estas seqüências por serem inativas, no aspecto transcricional, foram consideradas, por muito tempo, não funcionais e tratadas como DNA lixo. Hoje, sabe-se de seu envolvimento em diversas funções incluindo regulação gênica (Garcia et al., 2001), sinais para recombinação (Hiroshi et al., 2000) e replicação de telômeros (Blackburn, 2005). As STRs são altamente polimórficas e oferecem um significante grau de discriminação entre os indivíduos. Esse polimorfismo é predominantemente devido a mudanças no número de cópias da repetição principal que se acumularam em sucessivas gerações ao longo do processo evolutivo, provavelmente devido a elevadas taxas de mutação durante a replicação (Eisen, 2000). A taxa de mutação dos microssatélites varia de 10-6a 10-2 por geração e esse valor é significativamente mais alto que a taxa de mutação pontual que é da ordem 10-9 a 10-10. O mecanismo proposto para esta maior variabilidade dos microssatélites foi o slippage de DNA (Kruglyak et al, 1998). Nessa proposta, assume-se, que durante a replicação ocorra um deslizamento a molde. Se entre a fita DNA nascente e este pareamento errôneo não for corrigido, uma das moléculas do DNA apresentará alterações no número de repetições do microssatélite. Experimentos in vit ro têm demonstrado que o slippage de DNA ocorre com uma freqüência de uma mutação a cada cem eventos de replicação (Streisinger e Owen, 1985; Schloterer et al, 1998). A diferença entre a elevada taxa de mutação esperada, com base em experimentos in vit ro, e a taxa de mutação de microssatélites de 10-6 a 10-2, observada in vivo, pode ser explicada pela existência de sistema de 17 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil reparo. Estudos revelam que sistemas funcionais de reparo reduzem a taxa de mutação entre 100 e 1000 vezes (Strand et al, 1993). A estimativa precisa da taxa de mutação é um pré-requisito para a confiabilidade de teste de paternidade e identificação humana que utilizam marcadores moleculares genéticos. Diversos fatores potenciais podem contribuir para as diferenças observadas na dinâmica evolutiva dos microssatélites: número de repetições (Wierdl et al., 1997) seqüência repetida (Weber e Wong, 1993; Chakraborty et al., 1997), seqüência flanqueadora (Glenn et al., 1996) e taxa de recombinação (Begun e Aquadro, 1992). O alto nível de variabilidade e a ampla dispersão no genoma humano, fazem das STRs uma fonte profícua de marcadores genéticos para estudos evolutivos e antropológicos (Drmic et al., 1998; Mauricioda-Silva et al., 2000; Cainé et al., 2005; Rodrigues et al., 2007), bem como úteis para identificação de indivíduos em ciência forense, teste de paternidade, predição de parentesco evolutivo e grau de diversidade genética das diferentes populações do mundo (Frégeau et al., 1998;; Bydlowski et al., 2003; Pereira et al., 2007). Recentemente, as STRs têm sido aplicadas também no monitoramento de transplante de medula óssea (Santana et al, 2004). A eficácia das STRs na caracterização genética de diversas populações se dá pela variabilidade das freqüências alélicas e pela presença ou ausência de determinados alelos nas diferentes populações. Por exemplo, o alelo 8 do loco TPOX (autossômico) e os alelos 23 e 24 do loco DYS390 são freqüentes em populações da Europa, Ásia, África, Oceania e América (Huang et al., 1995; Budowle et al., 1997; Pu et al., 1999; Pablo et al.,2004; Alves et al., 2005; Rosa et al., 2006). Por outro lado, o alelo 6 do loco TPOX, o 7 do CSF1PO, o 20 do DYS390 e os alelos 14 e 15 do DYS392 são encontrados em populações africanas e estão ausentes em populações européias, ameríndias e asiáticas ( Garofano et al., 1998; Lins et al.,1998; Pu et al., 1999; Pérez-Lezaun et al.,2000). Em relação as X-STRs, a distribuição das freqüências alélicas 18 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil do loco DXS8377, observada em oito populações diferentes (Tabela 2), mostra que doze alelos estão presentes nas oito populações (do alelo 43 ao 54), no entanto, o alelo 33 foi encontrado apenas na população da China e o alelo 59 só foi detectado na população da África (Toni et al., 2003; Chen et al., 2004; Tabbada et al., 2005; Poetch et al., 2005; Pereira et al., 2007; Gomes et al., 2007). Tabela 2. Freqüências alélicas do loco DXS8377 em oito populações Alelo Alemã Italiana Espanhola Portuguesa Africana 33 Japonesa Filipina 0.003 37 0.004 38 0.004 39 Chinesa 0.007 40 0.008 0.012 0.003 0.002 0.003 0.004 0.003 0.012 0.017 0.021 0.012 0.023 0.009 41 0.016 0.042 0.017 0.020 0.008 0.019 42 0.020 0.071 0.041 0.040 0.046 0.031 0.011 43 0.043 0.071 0.045 0.029 0.062 0.082 0.032 0.029 44 0.075 0.067 0.055 0.058 0.069 0.070 0.032 0.052 45 0.049 0.088 0.083 0.043 0.085 0.135 0.074 0.064 46 0.089 0.125 0.107 0.075 0.085 0.123 0.137 0.121 47 0.095 0.133 0.072 0.098 0.054 0.126 0.095 0.104 48 0.098 0.108 0.086 0.101 0.085 0.120 0.116 0.133 49 0.105 0.096 0.100 0.124 0.131 0.089 0.168 0.104 50 0.108 0.075 0.121 0.121 0.046 0.063 0.126 0.121 51 0.138 0.046 0.086 0.115 0.046 0.065 0.074 0.064 52 0.062 0.017 0.045 0.032 0.054 0.041 0.042 0.081 53 0.043 0.017 0.052 0.052 0.085 0.012 0.042 0.041 54 0.016 0.008 0.031 0.023 0.039 0.007 0.021 0.041 55 0.020 0.004 0.017 0.014 0.031 0.021 0.017 56 0.016 0.004 0.014 0.017 0.031 0.003 0.012 0.008 57 58 59 0.006 0.011 0.012 0.008 Fonte: Poetch et al., 2005; Pereira et al., 2007; Gomes et al., 2007; Chen et al., 2004; Tabbada et al., 2005; Toni et al., 2003 19 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Atualmente, as STRs autossômicas são os marcadores moleculares mais utilizados em identificação humana e teste de paternidade, devido ao seu alto poder de discriminação e fácil análise. Entretanto, em casos especiais, onde é necessária a identificação do sexo ou em casos complexos de investigação de paternidade/maternidade, a investigação de marcadores localizados nos cromossomos sexuais é indispensável (Quintana-Murci et al, 2001). As STRs do cromossomo X e Y são úteis porque são transmitidas de pai para filho (Y) ou para filha (X) como haplótipos (conjunto de alelos situados no mesmo segmento cromossômico que tendem a ser transmitidos em bloco na genealogia). A aplicação das Y-STRs e X-STRs como ferramentas é apropriada principalmente em genética forense porque todos os homens em uma linhagem parental compartilham o mesmo Y haplotípico e, por outro lado, os homens também transmitem o mesmo cromossomo X sem recombinação para todas as suas filhas. Desta forma, pode-se obter um maior poder de exclusão ou maior probabilidade de inclusão em casos de testes de paternidade por exemplo, pois dependendo do grau de polimorfismo dos diferentes locos, os haplótipos têm freqüências tão baixas que torna cada indivíduo quase único (Strachan e Read, 2002; Edelmann et al., 1999). 20 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 2.3. O cromossomo X humano e suas STRs As propriedades únicas do cromossomo X são conseqüências da evolução dos cromossomos sexuais nos mamíferos. Os cromossomos sexuais evoluíram de um par de autossomos nos últimos 300 milhões de anos (myr) (Ohno, 1967). Os elementos originais e funcionais foram conservados no cromossomo X, todavia, o cromossomo Y perdeu quase todos os traços do autossomo ancestral, incluindo os genes que foram outrora compartilhados com o cromossomo X. A hemizigosidade dos machos para quase todos os genes do cromossomo X expõe fenótipos recessivos, o que contribuiu para o conhecimento do grande número de doenças que têm sido associadas ao cromossomo X (OMIN). A conseqüência biológica da evolução dos cromossomos sexuais (nos seres humanos) é a principal razão do intenso interesse nos cromossomos X e Y humanos nas últimas décadas. O processo evolutivo dos alossomos resultou em modificações da estrutura e do comportamento desses cromossomos que se refletem em diferenças de características como volume de repetições, taxa de mutação, quantidade de genes e estrutura haplotípica (Ross et al., 2005). O cromossomo X tem aproximadamente 155 Mb de comprimento e 56% de sua região eucromática é constituída por seqüências repetitivas, sendo este percentual maior do que a média do genoma que é de 45%. Até o momento, 153.146 SNPs (Single- nucleot ide polym orphism s) e 269 STRs foram descritas para o cromossomo X (Ross et al., 2005). Das 269 STRs para o cromossomo X apenas 26 X-STRs são utilizadas em estudos populacionais e análises forenses (Tabela 3). Os critérios utilizados para a seleção das 26 X-STRs são: a) alto polimorfismo; b) alto poder de discriminação; c) apresentarem unidades de repetição aumentam a partir de três nucleotídeos (essas características as chances de sucesso na PCR) e d) a possibilidade de constituírem sistemas de amplificação multiplex. 21 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 3. Principais informações referentes as X-STRs mais utilizadas em estudos populacionais e análises forenses. Loco N0 Tamanho Unidade de Localização Alelo (pb) Repetição Citogenética Referência DXS 101 17 181-238 (CTT) n (ATT) n Xq21 Szibor et al., 2003 DXS 981 14 209-238 (AGAT)n Xq11.2 – 13.1 DXS 6789 12 154-198 (TATG)n (TATC)n Xq22.3 DXS 6797 8 245-281 (ATCT) n DXS 6800 7 194-218 (TAGA) n (GATA)n DXS 6801 8 109-141 (ATCT) n Xq21 DXS 6803 7 109-128 (TCTA) n Xq12-Xq21.33 DXS 6804 7 173-201 DXS 6807 8 251-275 (GATA) n Xpter-Xp22.2 DXS 6809 12 235-279 Xq21.33 DXS 6810 7 219-243 (CTAT) n (ATCT) n (TATC) n (CTGT) n (CTAT) n DXS 7132 9 272-304 (TCTA) n X Cenq11 Shin et al., 2005 Hering et al., 2001 Shin et al., 2005 Edelmann et al., 2002 Szibor et al., 2005 Son et al.,2002 Kang e Li, 2006 Poetsch et al., 2005 Szibor et al., 2005 Shin et al., 2005 DXS 7133 8 104-128 (ATAG) n DXS 7423 5 181-197 (TCTA) n Xq27-28 DXS 7424 12 147-180 (TAA) n Xq21 DXS 8377 25 204-276 Xq28 DXS 8378 7 110-134 (AGA)x-(GGA-AGA)y(AGA)2-GGA-(AGA)6 (CTAT) n DXS 9895 19 139-163 (AGAT) n Xpter-Xp22.2 DXS 9898 7 188-215 DXS 9902 7 152-176 DXS 10011 39 131-287 Xq21.33 A: (GAAA)n GAAG GAAA (GGAA)4(AGAA)3 B: GAAA GA (GAAA)k GAGA GAAA)m GAAG GAAA (GGAA)4 (AGAA)3 Xq28 Szibor et al., 2003 Edelmann et al., 2002 Edelmann et al., 2002 Poetsch et al., 2005 Edelmann et al., 2002 Edelmann et al., 2002 Edelmann et al., 2002 Poetsch et al., 2005 Edelmann et al., 2001 Matsuki, 1999 22 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 3. (continuação) Loco N0 Tamanho Unidade de Localização Alelo (pb) Repetição Citogenética GATA172D05 7 108-132 (AGAT) n GATA165B12 6 117-141 (AGAT) n GATA31E08 9 240-260 ARA 22 260-366 (CAG) n X Cenq13 HPRTB 10 279-307 (AGAT) n Xq26 Referência Edelmann et al., 2002 Asamura et al., 2006 Shin et al., 2005 Edwards et al., 1992 Poetsch et al., 2005 A análise simultânea de STRs localizadas no mesmo cromossomo requer o conhecimento dos locos ligados e a ocorrência de desequilíbrio de ligação entre os mesmos. Alelos de locos ligados formam haplótipos que recombinam durante a meiose a uma freqüência correspondente a distância entre eles (distância genética), e o desequilíbrio de ligação refere-se a combinação não aleatória dos alelos de locos diferentes no cromossomo. No cromossomo X, em decorrência da recombinação ocorrer quase que exclusivamente na linhagem germinativa feminina, o desequilíbrio de ligação entre os marcadores diminui mais vagarosamente ao longo das gerações se comparado aos autossomos (Pereira et al, 2007). Foram descritos grupos de ligação para 17 locos de X-STRs utilizados em prática forenses (Figura1). A ordem e a posição aproximada das X-STRs no ideograma foram baseadas em informações do mapa do NCBI e suas distâncias em centi-Morgam (cM) foram calculadas dois a dois (pair-wise). Considerando os locos de STRs presentes no ideograma apenas os locos DXS101 e DXS7424 apresentaram desequilíbrio de ligação (p<0.001). As seis STRs do cromossomo X, analisadas no presente trabalho, estão localizadas em dois grupos de ligação: grupo 2- DXS7132, ARA, DXS6789 e DXS101 e grupo 4- DXS8377 e DXS10011, ambos no braço longo do cromossomo X. As DXS7132 e ARA situam-se na região Peri-centromérica, as 23 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil DXS8377 e DXS10011 na Xq28 e as DXS6789 e DXS101na região Xq21 (Szibor, et al., 2003). Figur a 1 - DXS6807 DXS9895 DXS8378 DXS9902 5.9 cM 6.7 cM 10.0 cM 10.0 cM DXS7132 ARA DXS6800 DXS9898 DXS6789 DXS101 DXS7424 DXS7133 GATA172D05 4.5 cM 4.5 cM 10.9 cM 3.6cM 9.3 cM 6.7 cM 4.8 cM 3.9 cM 11.4 cM HPRTB 14.0 cM DXS7423 DXS8377 DXS10011 8.2 cM 8.2 cM Grupo de ligação 1 Grupo de ligação 2 Grupo de ligação 3 Grupo de ligação 4 Ideograma da localização de X- STRs usadas em práticas forenses (Szibor, et al., 2003) As principais informações relativas as seis X-STRs selecionadas para caracterizar a população de Pernambuco são descritas a seguir. As DXS8377, DXS101 e ARA apresentam a unidade de repetição trinucleotídica, entretanto, a composição do trinucletídeo varia na DXS8377 e DXS101 (unidade de repetição complexa). Das X-STRs com repetição tetranucleotídica apenas a DXS7132 não apresenta variação ao longo das unidades de repetição. As X-STRs selecionadas para caracterizar a população pernambucana estão entre as 15 mais polimórficas utilizadas em estudos populacionais, sendo a DXS10011 a mais polimórfica com 39 alelos descritos e a DXS7132 a menos polimórfica com 9 alelos descritos (Tabela 4) (Edelmann et al., 2002; Poetsch et al., 2005; Hering et al., 2001; Allen e Belmont, 1993; Szibor et al., 2003; Edwards et al., 1992; Tilley et al., 1989; Hering et al., 2004; Matsuki, 1999). 24 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 4. Principais informações referentes as DXS7132, DXS6789, DXS8377, DXS101, DXS10011 e ARA. Loco DXS7132 DXS8377 DXS6789 DXS101 ARA DXS1001 Localização X Cenq11 Xq28 Xq21 Xq21 X Cenq13 Xq28 Unidade repetitiva (TCTA) n (AGA)x-(GGA-AGA)y-(AGA)2-GGA-(AGA)6 (TATC) (TATG)n (TATC)n (CTT) n (ATT) n (CAG) n A: (GAAA)n GAAG GAAA (GGAA)4(AGAA)3 B: GAAA GA (GAAA)k GAGA (GAAA)m GAAG GAAA (GGAA)4 (AGAA)3 N-o de alelos 9 25 12 15 22 39 pb 272-304 204-276 154-198 181-232 260-326 131-287 x,y,m e n correspondem ao número de vezes em que as estruturas entre parênteses se repetem. Fonte: Edelmann et al., 2002; Poetsch et al., 2005; Hering et al., 2001; Allen e Belmont, 1993; Szibor et al., 2003; Edwards et al., 1992; Tilley et al., 1989; Hering et al., 2004; Matsuki, 1999. Embora as freqüências alélicas das seis X-STRs variem de população para população, os alelos 13 e 14 do loco DXS7132, por exemplo, são os mais freqüentes em populações etnicamente tão diferentes quanto a tailandesa, coreana, africana, portuguesa e hispânica (Chen e Pu, 2004; Shin et al., 2005; Pereira et al, 2007). Esta variação também leva a discrepâncias entre as freqüências de um mesmo alelo em diferentes populações, como pode ser observado para o alelo 20 do loco DXS6789, cuja freqüência é de 0.0379 na população da China e 0.4352 na de Portugal. Um outro exemplo é dado pelo loco DXS101: os alelos 14-18 encontrados nas populações germânica, italiana e portuguesa (Toni et al., 2003; Pereira et al., 2007) estão ausentes em populações asiática (Tabbada et al., 2004) . Em geral as STRs encontram-se dispersas por todo o genoma e se localizam fora dos genes expressos (Strachan e Read, 2002). No entanto, a X-STR ARA localiza-se no exon 1 do gene para o receptor de androgênio humano, X cenq13 e consiste em repetições do trinucleotídeo CAG (Edwards et al., 1992; Tilley et al., 1989). A redução das repetições CAG tem sido associada ao aumento do risco de câncer de próstata e de tumores dependentes de androgênio (Chamberlain et al., 1994; Choong 25 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil et al., 1996). Os androgênios são os principais hormônios sexuais masculinos, responsáveis pela diferenciação sexual secundária, espermatogênese, crescimento dos órgãos sexuais acessórios, incluindo a proliferação e diferenciação de células prostáticas. Os efeitos dos androgênios são mediados através da proteína receptora de androgênio, uma ligante ativadora do fator de transcrição nuclear. Baseados nestes fatos, Coetzee e Ross (1994) supõem que a variação na atividade transcricional do ARA, relacionada a repetições polimórficas CAG, influencie a carcinogênese prostática. Um estudo realizado por Mishra et al (2005) encontrou que indivíduos com repetições = 22 tem 2.9 vezes mais chance de desenvolver o câncer de próstata que indivíduos com repetições CAG maior que 22. Um risco 3.7 vezes maior foi descrito quando se compararam repetições CAG = 17 com repetições > 17. Esta associação é biologicamente plausível porque as repetições curtas impõem uma alta atividade de trans ativação no receptor e aumenta a afinidade de ligação a androgênios. Dezenove alelos foram descritos na população italiana para a XSTR ARA e estudos realizados nesta e em outras populações européias mostram que alelo o 21 é o mais freqüente (Pelotti et al., 2001). 26 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 3 . R E F E R Ê N CI A S B I B L I O G R Á F I CA S Allen RC and Belmont J (1993) Trinucleotide repeat polymorphism at DXS101. Hum Mol Genet 2:1508. Alves C, Gusmão L, López-Parra AM, Mesa MS, Amorim A, Arroyo-Pardo E (2005) STR allelic frequencies for na African population sample (Equatorial Guinea) using AmpI/STR identifiler and poweplex 16 kits. Forensic Sci Int 148:239-242. Andrade, MC. Geografia econômica do Nordeste Brasileiro. São Paulo, Atlas, 1987. 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Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 4. Manuscrito de Artigo Científico 35 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil P o l i m o r f i sm o d a s X - S T R s D X S7 1 3 2 , D X S8 3 7 7 , D X S6 7 8 9 , D X S1 0 1 , D X S1 0 0 1 1 e A R A n a p o p u l a çã o d e P e r n a m b u co , B r a si l Manuscrito a ser encaminhado à revista Journal of Forensic Science ISSN 0022-1198 PA, U.S.A 36 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Polimorfismo das X- STRs DXS7132, DXS8377, DXS6789, DXS101, DXS10011 e ARA na população de Pernambuco, Brasil Vanessa Cavalcante da Silva, Adriana Vieira Gomes, Maria da Gloria Raposo, Paula Braga Ferreira, Luiz Maurício-da-Silva, Rosilda dos Santos Silva. Departamento de Genética, Universidade Federal de Pernambuco Endereço: Universidade Federal de Pernambuco, Centro de Ciências Biológicas, Departamento de Genética. Avenida Professor Morais Rego, s/n, Laboratório de Genética Molecular Humana, Cidade Universitária 50670-420-Recife, PE-Brasil. Telefone: (81) 21268512 Fax: (81) 21268512 37 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Resumo As Seqüências Repetidas em Tandem (STRs) presentes nos cromossomos sexuais são ferramentas importantes na genética forense. As X-STRs são especialmente úteis em casos complexos de testes de paternidade e naqueles de identificação de sexo. Com o objetivo de caracterizar a população pernambucana quanto ao polimorfismo de seis X-STRs (DXS7132, DXS6789, DXS8377, DXS101, DXS10011 e ARA), foi analisado um total de 300 homens e 300 mulheres não aparentados. O teste para o desequilíbrio de ligação entre os locos na subamostra feminina não revelou evidência consistente de associação entre os marcadores (p>0,214) e a verificação da diversidade haplotípica, na subamostra masculina, revelou que todos os haplótipos foram únicos. A heterozigosidade variou de 0,743 (DXS7132) a 0,937 (DXS8377) e o poder de discriminação (PD) de 0,906 (DXS7132) a 0,993 (DXS10011). Com base no cálculo da distância genética a partir dos dados dos marcadores DXS7132, DXS8377, DXS6789 e DXS101, concluiu-se que a população pernambucana está geneticamente mais próxima da portuguesa (0.022) e da espanhola (0.029) do que da afro-americana (0.036). O presente trabalho demonstra que estes marcadores genéticos são altamente discriminantes e, portanto, úteis em propósitos forenses e estudos populacionais. Palavras- chave: Cromossomo X; STRs; População de Pernambuco, Polimorfismo Genético. 38 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Introdução As STRs (Short tandem repeats) ou microssatélites contêm unidades de repetição que variam de 2-6 pb de comprimento, estão amplamente distribuídos no genoma humano, apresentam segregação mendeliana e geralmente mostram um alto grau de polimorfismo (grande número de alelos por loco, a maioria deles com freqüências inferiores a 1%) [1,2]. A grande maioria das publicações referentes à análise do polimorfismo de microssatélites envolve locos autossômicos, e estes são amplamente aplicados em análises de manchas presentes em cena de crimes, identificação molecular post m ort em e teste de paternidade [3,4]. Entretanto, em alguns casos especiais, por exemplo, onde o pai alegado não pode ser tipado, mas seus parentes podem ser investigados, ou quando se quer identificar se presumidas meias-irmãs têm o mesmo pai biológico, mas os pais não podem ser testados, a investigação de marcadores alossômicos pode ser mais informativa que a investigação de polimorfismos autossômicos [5, 6, 7] pois as fêmeas de uma mesma linhagem paterna compartilham o mesmo X. De uma maneira geral, a literatura especializada tem relatado muito mais dados sobre o polimorfismo de STRs do cromossomo Y do que do X. Dados de genética de populações para STRs do cromossomo X (X-STRs) são disponíveis em poucos grupos étnicos, embora o polimorfismo de muitos locos tenha sido publicado [7, 8]. Considerando o potencial das X-STRs em casos específicos de testes de paternidade e de análises forenses, e também o fato de que a distribuição alélica dos marcadores de DNA frequentemente diferem em populações separadas geograficamente, o objetivo do presente trabalho é criar um banco de dados referente às freqüências alélicas dos locos de STRs DXS7132, DXS8377, DXS6789, DXS101, DXS10011 e ARA, na população de Pernambuco, para validação dos 39 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil testes de paternidade e propiciar estudos antropológicos uma vez que estamos analisando uma população miscigenada. Materiais e métodos Amostras e extração do DNA Amostras sangüíneas para o estudo populacional foram coletadas de 300 homens e 300 mulheres não aparentados da população do Estado de Pernambuco. A extração de DNA das amostras de sangue total foi realizada pelo método m ini salt ing out com posterior digestão por proteinase K [9]. Amplificação por PCR e genotipagem A PCR foi realizada em 25µ L de reação contendo 30ng de DNA genômico, 1x PCR buffer, 1.5 mM de MgCl2, 200µ M de cada dNTP, 1U t aq polym erase (Invitrogen Life Techologies, Carlsbad, CA,USA) e 10 pmoles de cada primer para as DXS7132, DXS8377, DXS101, DXS10011, ARA e 6 pmoles para a DXS6789. A seqüência dos primers utilizados foram publicadas em estudos anteriores [10, 11, 12, 13, 14]. Das seis X-STRs investigadas, três (DXS7132, DXS8377, DXS6789) foram analisadas em sistema multiplex e as demais em sistemas monoplex. Foi usado o seguinte protocolo de PCR: uma desnaturação inicial de 12 min a 95 oC seguida por 30 ciclos de 1 min a 95 oC, 1 min a 62 oC para os sistemas monoplex e 62.5 oC para o triplex, 3 min a 72 oC, e uma extensão final de 30 min a 72 oC no termociclador MJ Research. Os produtos da PCR foram separados por eletroforese, em gel de poliacrilamida 5% desnaturante contendo uréia 7M e tampão TBE 1x, após serem submetidos a uma voltagem constante de 2000 V no seqüenciador manual Hoefer SQ3 Sequencer (Hoefer Pharmacia Biotech, São Francisco, CA). A revelação foi feita pelo método de impregnação com nitrato de prata [15] e a tipagem alélica foi baseada na comparação dos alelos com o controle K562 40 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil (Promega, USA) como recomendado por Szibor et al [16], aliado ao uso de marcadores de tamanho de fragmento. Análise estatística As freqüências alélicas, o PIC (Índice de informação do polimorfismo), a H obs (heterozigosidade observada), o PE (poder de exclusão), e o PD (poder de discriminação) foram calculados pelo programa PowerStats V12 (http://www.promega.com/geneticidtools). O teste Markov para verificação do equilíbrio de Hardy-Weinberg (dados femininos), as freqüências haplotípicas e o desequilíbrio de ligação entre os locos estudados foram calculados usando o programa ARLEQUIN ver 3.1 [17], considerando significativo o valor de p menor que 0,05. A distância genética entre diferentes populações foi examinada usando o programa Dispan [18]. Resultados e discussão As freqüências alélicas e parâmetros forenses calculados para as seis X-STRs analisadas na amostra feminina e masculina encontram-se nas Tabelas 1 e 2, respectivamente. O teste do quiquadrado mostrou que não houve diferença significante entre as freqüências alélicas de machos e fêmeas (p>0.9 em todos os locos) e a verificação do equilíbrio de Hardy-Weinberg realizado na amostra feminina indicou que a distribuição genotípica não desviou do equilíbrio em nenhum dos locos. Para cada loco, foram encontrados de nove a trinta e oito alelos, totalizando 114 alelos reunindo os seis marcadores estudados. Os locos DXS10011, DXS8377, DXS101 e ARA foram os mais polimórficos, apresentando 38, 20, 19 e 17 alelos, respectivamente. 41 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Observamos que os alelos 18 (DXS10011), 58 (DXS8377), 10 (DXS7132) e 31 (DXS101) foram encontrados apenas na subamostra feminina. Embora o número de machos e fêmeas analisados tenha sido o mesmo, devemos considerar que, além do fato dos citados alelos serem raros (freqüências de 0,007, 0,002, 0,002 e 0,003, respectivamente, inferiores a 1%), a amostra feminina tem o dobro do número de alelos quando comparada a masculina que é hemizigota com relação ao cromossomo X, o que pode explicar o achado. O teste para o desequilíbrio de ligação entre os locos na subamostra feminina não revelou evidência consistente de associação entre os marcadores (p>0,214) e entre os 300 homens tipados, todos os haplótipos foram únicos (não compartilhados). Com base nos dados da subamostra feminina, a heterozigosidade observada nos locos (Hobs) variou de 0,743 (DXS7132) a 0,937 (DXS8377), o índice de informação do polimorfismo (PIC) de 0,73 (DXS7132) a 0,95 (DXS10011) e o poder de discriminação (PD) de 0,906 (DXS7132) a 0,993 (DXS10011). Esses dados atestam que os seis marcadores (PD conjunto= 0,999) são muito úteis na resolução de casos complexos de testes de paternidade. A partir dos dados disponíveis para os marcadores DXS7132, DXS8377, DXS6789 e DXS101 foi calculada a distância genética de Ney comparando pernambucanos, portugueses, espanhóis e afroamericanos [19, 20]. Analisando o dendrograma gerado com base nas freqüências alélicas desses quatro locos (Figura 1) concluímos que a população pernambucana está geneticamente mais próxima da portuguesa (0.022) e da espanhola (0.029) do que da afro-americana (0.036). Esses resultados corroboram outros estudos realizados na mesma população confirmam a com marcadores contribuição genética autossômicos da população [21, 22] européia e na miscigenada população pernambucana que apresenta, com base em inferências históricas, contribuições européia, africana e indígena. 42 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 1. Freqüências alélicas e parâmetros forenses das DXS7132, DXS6789, DXS101, ARA, DXS10011 e DXS8377 em amostra feminina da população de Pernambuco. ALELOS DXS7132 DXS8377 DXS6789 DXS101 DXSARA ALELOS DXS10011 (n=600) (n=600) (n=600) (n=600) (n=600) (n=600) 10 0,002 17 0,002 11 0,012 18 0,007 12 0,117 22 0,003 13 0,275 0,007 23 0,007 14 0,319 0,003 0,008 0,015 24 0,005 15 0,198 0,102 0,018 0,012 25 0,012 16 0,055 0,062 0,007 0,028 26 0,010 17 0,015 0,007 0,008 0,052 27 0,020 18 0,007 0,005 0,048 0,087 28 0,022 19 0,065 0,048 0,108 29 0,028 20 0,322 0,047 0,110 29.2 0,022 21 0,258 0,062 0,152 30 0,007 22 0,128 0,045 0,100 30.2 0,010 23 0,043 0,053 0,090 31 0,017 24 0,005 0,174 0,100 31.2 0,023 25 0,138 0,067 32 0,030 26 0,132 0,035 32.2 0,028 27 0,122 0,017 33 0,042 28 0,050 0,012 33.2 0,030 29 0,025 0,008 34 0,015 30 0,012 34.2 0,022 31 0,003 35 0,028 37 0,008 35.2 0,018 40 0,015 36 0,070 41 0,028 37 0,065 42 0,033 38 0,073 43 0,060 39 0,063 44 0,055 40 0,060 45 0,062 41 0,077 46 0,095 42 0,062 47 0,110 43 0,040 48 0,122 44 0,032 49 0,100 45 0,017 50 0,117 46 0,013 51 0,070 47 0,012 52 0,040 48 0,002 53 0,023 49 0,003 54 0,023 50 0,003 55 0,022 56 0,008 57 0,007 58 0,002 P 0,053 0,952 0,240 0,727 0,520 0,050 H obs 0,743 0,937 0,770 0,857 0,897 0,850 PIC 0,73 0,91 0,77 0,89 0,90 0,95 PE 0,498 0,871 0,545 0,708 0,789 0,695 PD 0,906 0,986 0,929 0,980 0,981 0,993 p: Equilíbrio de Hardy-Weinberg para os dados femininos. 43 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 2. Freqüências alélicas e parâmetros forenses das DXS7132, DXS6789, DXS101, ARA, DXS10011 e DXS8377 em amostra masculina da população de Pernambuco ALELOS 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 37 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 PIC PD DXS7132 DXS8377 DXS6789 DXS101 DXSARA ALELOS DXS10011 (n=300) (n=300) (n=300) (n=300) (n=300) (n=300) 0,010 17 0,003 0,083 22 0,007 0,273 0,003 0,010 23 0,010 0,384 0,003 0,007 0,023 24 0,007 0,183 0,070 0,010 0,003 25 0,013 0,050 0,057 0,010 0,017 26 0,017 0,010 0,003 0,007 0,037 27 0,017 0,007 0,017 0,023 0,090 28 0,013 0,030 0,040 0,123 29 0,040 0,357 0,053 0,110 29.2 0,013 0,273 0,067 0,144 30 0,013 0,123 0,030 0,107 30.2 0,017 0,060 0,073 0,077 31 0,023 0,007 0,178 0,120 31.2 0,027 0,163 0,083 32 0,033 0,173 0,033 32.2 0,027 0,093 0,013 33 0,027 0,030 0,007 33.2 0,043 0,037 0,003 34 0,020 0,003 34.2 0,020 0,003 35 0,023 0,003 35.2 0,020 0,020 36 0,080 0,047 37 0,057 0,043 38 0,033 0,060 39 0,084 0,083 40 0,088 0,100 41 0,053 0,119 42 0,067 0,116 43 0,033 0,087 44 0,013 0,070 45 0,023 0,067 46 0,010 0,067 47 0,013 0,057 48 0,003 0,027 49 0,003 0,017 50 0,007 0,007 0,007 0,69 0,92 0,74 0,87 0,89 0,95 0,735 0,921 0,770 0,885 0,902 0,955 44 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Figura 1 . Dendrograma construído de acordo com o método UPGMA usando a distância genética obtida a partir das freqüências alélicas observadas nos locos DXS7132, DXS6789, DXS101 e DXS8377 em pernambucanos, portugueses, espanhóis e em afro-americanos. 45 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Referências bibliográficas 1. kinjhodzic R, Kubat M, Skavic J. Bosnian population data for the 15 STR loci in the Power Plex 16 Kit. Int J Legal Med 2004; 118: 119121. 2. Vaselinovic I, Kubat M, Furac I, Skavic J, Martinovic KI, Tasic M. Allele frequencies of the 15 AmpflSTR Identifiler loci in the population of Vojvodina Province, Serbia and Montenegro. Int J Legal Med 2004; 118:184-186. 3. Deng Y, Zhua B, Yu X, Lia Y, Fang J, polymorphisms ethnic of 15 STR loci of Xion X et al. Genetic Chinese Dongxiang and Salar minority living in Qinghai Province of China. Legal Medicine 2007; 9:38 -42. 4. 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Sequence variation and DXS9895, allele nomenclature DXS8378, DXS7132, for the X-linked DXS6800, STRs DXS7133, 47 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil GATA172D05,DXS7423 andDXS8377. Forensic Sci Int 2002; 129: 99–103. 14. Hering S, Kuhlisch E and Szibor R. Development of the Xlinked tetrameric microsatellite marker HumDXS6789 for forensic purposes. Forensic Sci Int 2001; 119: 42– 46. 15. Bassam BJ, Caetano-Anolles G, Gresshoff PM. Fast and sensitive silver staining of DNA in polyacrylamide gels. Anal Biochem 1991; 196: 80-83. 16. Szibor R, Edelmann J, Hering S, Plate I, Wittig H, Roewer L et al. Cell line DNA typing in forensic genetics–the necessity of reliable standards. Forensic Sci Int 2003; 138: 37–43. 17. Excoffier, Laval LG, and Schneider S. Arlequin ver. 3.0: An integrated software package for population genetics data analysis. Evolutionary Bioinformatics Online 2005; 1: 47-50. 18. Ota T. 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Genetic analysis of 13 STR loci in the population from the State of Pernambuco, northeast Brazil. Forensic Sci Int 2004; 146:57-59. 49 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 5 . A B S T R A CT The short tandem repeats (STRs) in sex chromosomes are important tools in forensic genetics. The STRs on the X chromosome (X-STRs) are particularly useful in complex cases of paternity tests and in those involving sex identification. The present study set out to genetically characterize X-STRs (DXS7132, DXS6789, DXS8377, DXS101, DXS10011 and ARA) in a population of 600 unrelated people in Pernambuco. Half this population was male and half female. The test for the linkage disequilibrium between the loci in the female subsample showed no consistent evidence of association between the markers (p> 0.214), while that for haplotypical diversity in the male subsample showed that all haplotypes were unique. The heterozygosity ranged from 0.743 (DXS7132) to 0.937 (DXS8377) and the power of discrimination (DP) from 0.906 (DXS7132) to 0.993 (DXS10011). Based on the calculation of the genetic distance of markers DXS7132, DXS8377, DXS6789 and DXS101, it was concluded that the population of Pernambuco is genetically closer to the Portuguese (0.022) and Spanish (0.029) populations than to those of Afro-Americans (0.036). This study demonstrates that these genetic markers are highly discriminating and therefore useful for forensic purposes and population studies. Keywords: X chromosome; STRs; Pernambuco population, Genetic Polymorphism. 50 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 6 . Informações Complementares 51 Silva, V.C. Ta be la Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 1. Seqüências dos pares de primers utilizados para amplificação por PCR dos locos de STR do cromossomo X. Loco de STR DXS101 DXS10011 DXS8377 DXS6789 Seqüência dos Primers Referência Primer 1:5´-ACTCTAAATCAgTCCAAATATCT Edelmann Primer2: 5´- AAATCACTCCATggCACATgTAT Szibor, 2001 Primer 1: 5´-CTgAgATTgCACCATTgCAC Hering Primer 2: 5´-TgggAgAACCgTTTgAAgTT 2004 Primer 1: 5´- CACTTCATggCTTACCACAg Edelmann et al., Primer 2: 5´-gACCTTTggAAAgCTAgTgT 2002 Primer1: 5´-gTTggTACTTAATAAACCCTCTTT Hering Primer 2: 5´-AgAAgTTATTTgATgTCCTATTgT 2001 et e al., et al., Primer.2:5´-AATCAgTgCTTTCTgTACTATTCC GDB Primer 1: 5´-TCCAgAATCTgTTCCAgAgCgTgC Desmarais et Primer 2: 5´-gCTgTgAAggTTgCTgTTCCTCAT al., 1998 Primer 1: 5´- AgCCCATTTTCATAATAAATCC DXS7132 ARA 52 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Ta be la 2 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS7132 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. ALELO 10 11 12 13 14 15 16 17 18 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 5 0 0 0 0 0 0 13 0 2 14 28 0 0 0 0 0 14 1 2 23 54 30 0 0 0 0 15 0 0 13 35 34 14 0 0 0 16 0 3 7 3 14 6 0 0 0 17 0 0 1 1 4 2 0 0 0 18 0 0 2 0 0 1 0 0 1 53 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Ta be la 3 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS6789 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. ALELO 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 5 1 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 0 2 1 0 0 2 0 0 0 0 0 20 0 17 10 3 1 22 30 0 0 0 0 21 2 13 13 0 1 6 49 20 0 0 0 22 0 7 2 0 1 2 26 21 8 0 0 23 0 2 2 0 0 2 5 10 5 1 0 24 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 54 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 4 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS101 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. ALELO 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 18 0 0 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 19 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 20 0 2 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 0 1 1 0 5 2 2 1 0 0 0 0 0 0 0 22 1 0 0 0 2 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 23 0 1 0 0 0 3 2 1 3 0 0 0 0 0 0 24 0 1 0 2 4 5 7 7 2 4 13 0 0 0 0 25 1 3 0 1 2 5 4 3 2 4 13 12 0 0 0 26 3 1 0 0 3 2 3 6 4 5 13 6 7 0 0 27 0 0 0 1 4 5 4 3 7 2 12 7 10 7 0 28 0 1 0 0 0 1 0 1 1 5 5 1 7 2 1 29 0 0 0 0 0 1 0 1 1 2 1 4 1 2 2 30 0 0 0 0 1 1 0 0 1 0 2 1 0 0 1 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 55 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 5 . Freqüências genotípicas observadas no loco ARA em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. ALELO 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 15 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 1 2 0 1 3 1 0 0 0 0 0 0 0 0 19 0 0 1 0 4 7 5 0 0 0 0 0 0 0 20 2 1 1 2 2 7 12 6 0 0 0 0 0 0 21 0 1 0 2 8 5 9 9 7 0 0 0 0 0 22 0 1 0 1 4 4 5 5 12 2 0 0 0 0 23 0 1 2 3 2 6 5 7 3 8 2 0 0 0 24 0 1 1 2 2 6 3 4 12 7 7 3 0 0 25 0 0 0 1 2 5 2 0 10 4 5 4 2 0 26 0 0 0 3 1 1 5 1 2 0 2 1 1 1 27 0 0 0 0 0 0 1 1 2 1 2 2 0 1 28 0 0 0 0 0 0 2 0 1 1 0 1 1 1 29 0 0 0 0 0 1 0 0 2 0 0 1 1 0 56 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 6 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS10011 em amostra de 300 indivíduos do sexo feminino do estado de Pernambuco. ALELO 17 18 22 23 24 25 26 27 28 29 29.2 30 30.2 31 31.2 32 32.2 33 33.2 34 34.2 35 35.2 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 17 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 22 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 23 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 25 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 26 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 27 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 2 0 1 0 0 1 0 0 1 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 28 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2 2 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 2 1 0 1 0 0 2 0 0 1 0 2 2 1 0 0 1 0 0 0 0 29.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 30.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 31 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 1 2 0 0 0 0 0 0 0 0 31.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 6 .(continuação) ALELO 17 18 23 24 25 26 27 28 29 29.2 30 30.2 31 31.2 32 32.2 33 33.2 34 34.2 35 35.2 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 32 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 1 0 2 1 4 1 2 0 1 0 0 0 0 32.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 33 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 3 0 0 0 1 0 0 2 2 4 0 1 1 0 1 1 0 0 0 0 0 33.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 34 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 34.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 2 0 0 1 0 2 2 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 35.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 36 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 7 3 4 0 2 2 5 2 1 0 0 0 0 0 0 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 1 0 3 2 2 3 5 1 1 2 2 0 0 0 0 0 38 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 4 0 1 0 0 0 0 5 1 2 4 1 0 3 0 0 1 0 0 0 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 3 5 5 2 2 2 0 0 0 0 0 0 58 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 6 .(continuação) ALELO 17 18 23 24 25 26 27 28 29 29.2 30 30.2 31 31.2 32 32.2 33 33.2 34 34.2 35 35.2 36 36.2 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 40 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 4 1 0 2 0 0 1 0 0 0 41 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 0 2 0 1 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 3 2 0 3 0 0 1 0 0 0 42 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 1 2 0 0 0 43 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 1 2 0 0 1 0 44 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 46 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 47 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 50 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 59 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tabela 7 . Freqüências genotípicas observadas no loco DXS8377 em amostra de300 indivíduos do sexo feminino do Estado de Pernambuco. ALELO 37 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 37 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 38 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 39 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 40 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 41 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 42 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 43 0 2 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 44 0 1 1 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 45 0 2 0 0 1 4 3 0 0 0 0 0 0 0 0 46 0 0 1 3 3 3 2 3 0 0 0 0 0 0 0 47 1 0 1 3 3 2 5 6 4 0 0 0 0 0 0 48 1 1 2 4 5 5 3 7 8 5 0 0 0 0 0 49 0 1 2 3 5 5 2 11 5 4 1 0 0 0 0 50 1 1 4 4 2 5 3 4 10 9 6 2 0 0 0 51 0 0 2 1 4 2 3 6 5 3 7 5 0 0 0 52 1 0 1 0 2 0 1 0 3 4 2 5 1 0 0 53 0 0 0 0 1 0 1 0 4 1 2 2 0 2 0 54 0 0 0 0 2 1 2 1 0 2 1 3 1 1 0 55 0 0 0 0 0 1 2 3 2 2 1 0 1 0 1 56 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 1 0 0 1 0 57 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 58 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 60 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil 7 . Anexos 61 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Instruções para Autores Revista Journal of Forensic Science ISSN 0022-1198 PA, U.S.A 62 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil INFORMATION FOR AUTHORS The Journal of Forensic Sciences publishes original material in the following categories: Paper --- full-length research report Te ch n ica l N ot e --- description of a technical aspect of a field or issue, report on a procedure or method, or work on validation of techniques or methodologies. Usually shorter than papers. Br ie f Com m u n ica t ion --- very brief technical communication, shorter than a typical Technical Note. Brief Communications should generally be no more than 4-5 manuscript pages, including references, figures and tables. Ca se Re por t --- usually brief description or analysis of an unusual case or a small series or cases Review --- full-length paper reviewing the state of the art or the published literature in a particular area of sufficiently broad interest to the readership Letter --- usually a discussion of a previously published item, or commentary on the Journal or an issue of interest to the Academy. Publication of letters is at the sole discretion of the Editor. Letters commenting on previously published items are ordinarily shared with the original authors to afford them an opportunity to respond to the commentary. Re sponse t o Let t e r --- usually author(s) response to a Letter commenting on their published work Editorial or Invited Commentary --- commentary, invited by the Editor Book Re vie w --- review of a book or other publication of interest to the forensic sciences or closely related fields. Spe cia l Com m u n ica t ion --- occasional communication of an editorial or newsworthy nature For t h e Re cor d --- a summary of population genetic data published under the condition that the complete data set be available at a readily accessible world wide web site. Papers, technical notes, brief communications, case reports and reviews are subjected to full peer review. Previously published material is not acceptable. Material from previously published work must be quoted exactly and adequately referenced. Use of previously published figures, tables, etc., require the written permission of the copyright owner of the prior work. Manuscripts submitted as papers, technical notes, brief communications, case reports, or reviews, are accepted for consideration with the understanding that their essential contents, including text, tables and figures, have neither been previously published nor concurrently submitted to another journal. Work must not be submitted to another journal unless and until the Journal of Forensic Sciences formally declines to publish it. The above-discussed prohibitions do not apply to abstracts or summaries published in connection with professional meetings, or press reports resulting from formal or oral presentation. The Journal of Forensic Sciences reserves the right of first consideration for publication of any work accepted for presentation at an annual meeting of the American Academy of Forensic Sciences (AAFS), and authors must not submit their work elsewhere for a period of six months following the annual meeting at which the work was presented. If a manuscript has not been accepted for publication, or is not under active consideration by the Journal, at the end of the six-month period, the interest of the Journal in the manuscript automatically terminates. Upon acceptance for publication, manuscripts become the copyright property of the American Society for Testing and Materials (ASTM). Author(s) of manuscripts accepted for publication must complete a Paper Submittal Form that will be furnished by the Editor along with notification of full acceptance. This form must be signed by all authors, indicating complete understanding of the work and concurrence in it. Signature(s) of authors also serve to transfer copyright in the work to ASTM. It is understood that for certain work by employees of U.S. or 63 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil foreign governments, whose manuscripts have been prepared as part of their official duties, copyright is not available in the United States. Acceptance of manuscripts submitted for publication is the responsibility of the Publications Committee of the AAFS, Editorial Board of the Journal of Forensic Sciences, and the editor, and occurs only after review of the manuscript in accordance with current operating rules. Review of submitted manuscripts may ordinarily be expected to be completed within 90 days. Authors, members of the Editorial Board, invited guest reviewers, the editor, and others involved in the publication process are expected to conform to established policies concerning confidentiality, conflicts of interest, release of accepted manuscripts prior to actual publication, and the protection of anonymity of patients and victims [J Forensic Sci 1995; 40 (3-6), 1996; 41(1-6), 1997; 42(1-6), 1998;43(1-6), and in selected issues thereafter; and see below]. The Journal requires that authors submitting manuscripts for peer review (papers, technical notes, case reports, brief communications) have obtained required approval(s) for submission from authorized principals and/or internal reviews in their laboratories and/or organizations. Submission of Manuscripts The Journal of Forensic Sciences requirements for manuscripts are generally in accordance with the Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals. These requirements may be found published one of the following: (1) J Forensic Sci 1995 Mar-Nov;40(2-6), 1996 41, 1997; 42, 1998;43 and selected issues thereafter; (2) JAMA 1993 May 5;269:2282-6; (3) N Engl J Med 1991 Feb 7;324(6):424-8; (4) Can Med Assoc J 1991;144(6):673-80; (5) BMJ 1991 Feb 9;302(6772):338-41; or (6) Med J Aust 1991;155(3):197-200. The following integrates the Uniform Requirem ent s for Manuscript s Subm it t ed t o Biom edical Journals as they apply to the Journal of Forensic Sciences with the specific requirements of this journal. Manuscripts must be written in English. An original and three complete copies should be sent to: Dr. Michael A. Peat, Editor, Journal of Forensic Sciences, 6700 Woodlands Parkway, Suite 230-308, The Woodlands, TX 77381,USA. An original and three complete copies of all tables and figures (including photographs and line drawings) must be included. Type the manuscript double-spaced, including title page, abstract, text, acknowledgments, references, tables, and legends. Each manuscript component should begin on a new page, in the following sequence: title page, abstract and key words, text, acknowledgments, references, tables (each table complete with title and footnotes on a separate page), and legends for illustrations. Illustrations must be good-quality, unmounted glossy prints, usually 127 x 173 mm (5 x 7 in.), but no larger than 203 x 254 mm (8 x 10 in.). Submit an original and three complete copies of manuscripts and illustrations in a heavy-paper envelope. The submitted manuscript should be accompanied by a cover letter, as described below, and permissions to reproduce previously published material or to use illustrations that may identify human subjects. Authors should keep copies of everything submitted. Manuscript submissions should be accompanied by a cover letter specifying the name, full mailing address and telephone/fax numbers and e-mail of the person who will act as corresponding author, and the category (paper, technical note, etc.) under which the item is submitted. The editor reserves the right to publish the manuscript in a category different from the one specified by the author(s) at submission. The cover letter should also specify, if applicable, information about possible duplicate publication problems, financial or other relationships that could give rise to conflicts of interest, and any other information the editor may need to make an informed decision in accordance with established policies and practices. The manuscript must be accompanied by copies of any permissions to reproduce 64 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil published material, to reproduce illustrations or report sensitive personal information about identifiable persons, or to name persons for their contributions. If color artwork is submitted, and if the authors believe color art is necessary to the presentation of their work, the cover letter should indicate that one or more authors or their institutions are prepared to pay the substantial costs associated with color art reproduction. Only the corresponding author need sign the cover letter. The corresponding author's signature on the submission cover letter signifies: a) that all required approvals and/or reviews have been obtained from authorized principals in the laboratory and/or organization in which the work was performed The cover letter can also explicitly state that such approvals have been obtained. The editor reserves the right to request explicit, written approval of authorized laboratory and/or organization principals before the work is accepted by the journal for peer review. and b) that all authors have read the manuscript, concur in its contents, are qualified for authorship by the criteria stated in these requirements, and believe the submission to represent honest work. The editor reserves the right to request explicit, written clarification of individual author’s roles, their concurrence in the manuscript content, or any other issue that must be resolved prior to accepting the manuscript for peer review. The Journal does not accept submissions of manuscripts from third parties without the explicit, written permission of the author(s). PRIOR AND DUPLICATE PUBLICATION As noted, this journal does not consider for publication a paper on work that has already been reported in a published paper or that is described in a paper submitted or accepted for publication elsewhere in print or in electronic media. This policy does not preclude consideration of a paper that has been rejected by another journal or of a complete report that follows publication of a preliminary report, usually in the form of an abstract. Nor does it prevent consideration of a paper that has been presented at a scientific meeting if not published in full in a proceedings or similar publication. Press reports of the meeting will not usually be considered as breaches of this rule, but such reports should not be amplified by additional data or copies of tables and illustrations. When submitting a paper, an author should always make a full statement to the editor about all submissions and previous reports might be regarded as prior or duplicate publication of the same or very similar work. Copies of such material should be included with the submitted paper to help the editor decide how to deal with the matter. Multiple publication-that is, the publication more than once of the same study, irrespective of whether the wording is the same-is rarely justified. Secondary publication in another language is one possible justification, providing the following conditions are met: (1) the editors of both journals concerned are fully informed; the editor concerned with secondary publication should have a photocopy, reprint, or manuscript of the primary version; (2) The priority of the primary publication is by a publication interval of at least 2 weeks; (3) The paper for secondary publication is written for a different group of readers and is not simply a translated version of the primary paper; an abbreviated version will often be sufficient; (4) The secondary version reflects faithfully the data and interpretations of the primary version; (5) A footnote on the title page of the secondary version informs readers, peers, and documenting agencies that the paper was edited, and is being published, for a national audience in parallel with a primary version based on the same data and interpretations. A suitable footnote might read as follows: "This article is based on a study first reported in the [title of journal, with full reference]." Multiple publication other than as defined above is unacceptable. If authors violate this rule, they may expect appropriate editorial action to be taken. PREPARATION OF MANUSCRIPT 65 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Type or print out the manuscript on white bond paper, 216 x 279 mm (8 1/2 X 11 in.), or ISO A4 (212 X 297 mm), with margins of at least 25 mm (1 in.). Type or print on only one side of the paper. Use double-spacing throughout, including title page, abstract, text, acknowledgments, references, individual tables, and legends. Number pages consecutively, beginning with the title page. Put the page number in the upper right-hand corner of each page. Title Page The title page should carry: (a) the title of the article, which should be concise but informative; (b) first name, middle initial, and last name of each author, with highest academic degree(s); (c) institutional affiliation, name of department(s) and/or institution(s) to which the work should be attributed; (d) official disclaimers, if any; (e) name and address of author responsible for correspondence about the manuscript; (f) source(s) of support in the form of grants, equipment, drugs, or all of these; (g) a statement of where the work has been presented orally or in poster form at professional meetings; and (h) a short running header of no more than 40 characters (count letters and spaces) placed near the bottom of the title page and identified. Institutional affiliations of authors should be numbered footnotes to the individual’s name and highest academic degree. If an author’s present address differs from the institution in which the work was done, and is attributed, indicate a “Present address” for that author. A footnote to the title of the manuscript (generally designated by a superscript *) should give statements about where the work has been presented at professional meetings, and should identify any sources of support. Authorship All persons designated as authors should qualify for authorship. The order of authorship should be a joint decision of the coauthors. Each author should have participated sufficiently in the work to take public responsibility for the content. Authorship credit should be based only on substantial contributions to a) conception and design, or analysis interpretation of data; and to b) drafting the article or revising it critically for important intellectual content; and on c) final approval of the version to be published. Conditions a), b), and c) must all be met. Participation solely in the acquisition of funding or the collection of data does not justify authorship. General supervision of the research group is not sufficient for authorship. Any part of an article critical to its main conclusions must be the responsibility of at least one author. Editors may require authors to justify the assignment of authorship. Increasingly, multi-center trials or work are attributed to a corporate author. All members of the group who are named as authors, either in the authorship position below the title or in a footnote, should fully meet the criteria for authorship as defined in the Uniform Requirements. Group members who do not meet these criteria should be listed, with their permission, under Acknowledgments or in an appendix (see Acknowledgments). Abstract and Key Words The second page should carry an abstract of no more than 150 words. This journal uses unstructured abstracts. The abstract should briefly state the purposes of the study or investigation, basic procedures (selection of study subjects or laboratory animals; observational and analytical methods), main findings (give specific data and their statistical significance, if possible), and the principal conclusions. Emphasize new and important aspects of the study or observations. Below the abstract provide, and identify as such, 3 to 10 key words or short phrases that will assist indexers in cross-indexing the article and may be published with the abstract. Use terms from the medical subject headings (MeSH) list of Index Medicus; if suitable MeSH terms are not yet available for recently introduced terms, present terms may be used. The first key word is forensic science; the second and subsequent words should assist abstracters in properly categorizing the work so that it will be found in journal article data bases by interested researchers. 66 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Frequently, the second key word represents a subfield of forensic science, e.g. forensic anthropology, forensic pathology, or DNA typing. In manuscripts on DNA typing, every locus involved in the study should be listed as a separate key word. Do not use abbreviations for key words, e.g., polymerase chain reaction, not PCR; gas chromatography-mass spectrometry, not GC-MS. Text The text of observational and experimental articles is usually-but not necessarilydivided into sections with headings. This journal does not use an “Introduction” heading. The introductory text begins on the first text page. Other typical headings include Methods (or Materials and Methods), Results, and Discussion. Long articles may need subheadings within the sections to clarify their content, especially the Results and Discussion sections. Other types of articles such as case reports or reviews are likely to need different headings and subheadings. Generally, avoid overuse of subheadings, especially in the Methods section. Introduction In this journal, the text component of the manuscript begins with an introduction, but we do not use the “Introduction” heading. State the purpose of the article. Summarize the rationale for the study or observation. Give only strictly pertinent references, and do not review referenced articles extensively. Do not include data or conclusions from the work being reported. Methods Describe your selection of the observational or experimental subjects (patients or laboratory animals, including controls) clearly. Identify the methods, apparatus (manufacturer's name and address in parentheses), and procedures in sufficient detail to allow other workers to reproduce the results. Give references to established methods, including statistical methods (see below); provide references and brief descriptions for methods, that have been published but are not well known; describe new or substantially modified methods, give reasons for using them, and evaluate their limitations. Identify precisely all drugs and chemicals used, including generic name(s), dose(s), and route(s) of administration. Generally avoid the overuse of subheadings in the Methods section. Describe the methods and materials in narrative style, not in the style of a laboratory procedure handout. Ethics When reporting experiments on human subjects, indicate whether the procedures followed were in accordance with the ethical standards of the responsible committee on human experimentation (institutional or regional) or with the Helsinki Declaration of 1975, as revised in 1983. Do not use patient's names, initials, or hospital numbers, especially in illustrative material. When reporting experiments on animals, indicate whether the institution's or the National Research Council's guide for, or any national law on, the care and use of laboratory animals was followed. Statistics Describe statistical methods with enough detail to enable a knowledgeable reader with access to the original data to verify the reported results. When possible, quantify findings and present them with appropriate indicators of measurement error or uncertainty (such as confidence intervals). Avoid sole reliance on statistical hypothesis testing, such as the use of P values, which fails to convey important quantitative information. Discuss eligibility of experimental subjects. Give details about randomization. Describe the methods for and success of any blinding of observations. Report treatment complications. Give numbers of observations. Report losses to observation (such as dropouts from a clinical trial). References for study design and statistical methods should be to standard works (with pages stated) when possible rather than to papers in which the designs or methods were originally reported. Specify any general-use computer programs used. Put a general description of methods in the Methods section. When data are summarized in the Results section, specify the statistical methods used to analyze 67 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil them. Restrict tables and figures to those needed to explain the argument of the paper and to assess its support. Use graphs as an alternative to tables with many entries; do not duplicate data in graphs and tables. Avoid non-technical uses of technical terms in statistics, such as "random" (which implies a randomizing device), "normal," "significant," "correlations," and "sample." Define statistical terms, abbreviations, and most symbols. Results Present your results in logical sequence in the text, tables, and illustrations. Do not repeat in the text all the data in the tables or illustrations; emphasize or summarize only important observations. Discussion Emphasize the new and important aspects of the study and the conclusions that follow from them. Do not repeat in detail data or other material given in the Introduction or the Results section. Include in the Discussion section the implications of the findings and their limitations, including implications for future research. Relate the observations to other relevant studies. Link the conclusions with the goals of the study but avoid unqualified statements and conclusions not completely supported by your data. Avoid claiming priority and alluding to work that has not been completed. State new hypotheses when warranted, but clearly label them as such. Recommendations, when appropriate, may be included. In shorter manuscripts, such as those intended to be Technical Notes or Brief Communications, the Results and Discussion sections should be combined. Acknowledgments The Acknowledgements section immediately precedes the Reference list. Here, specify contributions that need acknowledging but do not justify authorship, such as general support by a department chair or acknowledgments of technical help. Persons who have contributed intellectually to the paper but whose contributions do not justify authorship may be named and their function or contribution described--for example, "scientific adviser," "critical review of study proposal," "data collection," or "participation in clinical trial." Such persons must have given their permission to be named. Authors are responsible for obtaining written permission from persons acknowledged by name, because readers may infer their endorsement of the data and conclusions. Technical help should be acknowledged in a paragraph separate from those acknowledging other contributions. Acknowledgements of financial support should appear as footnotes to the title of the paper on the Title Page. References The heading of the reference list should be "References," and it should contain only published or in-press references cited by number in the test. Published abstracts (duly noted as being abstracts), printed manufacturers' protocols or instructions, and world wide web site URLs may be validly cited as references. Personal communications and submitted manuscripts are not valid references. Personal communications should be cited in the text, in parentheses, at the appropriate location. Number references consecutively in the order in which they are first mentioned in the text. Identify references in tables, and legends by Arabic numerals. References cited only in tables or legends should be numbered in accordance with a sequence established by the first identification in the text of the particular table or figure. Within the text, tables, or figures, cite references by Arabic numeral in parentheses. Within the reference list, number the references 1., 2., 3., etc. References in the reference list should be in accord with Uniform Requirements … style of the examples given below. This style is based with slight modifications on the formats used by the U.S. National Library of Medicine in Index Medicus. The titles of journals should be abbreviated according to the style used in Index Medicus. Consult List of Journals Indexed in Index Medicus, published annually as a 68 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil separate publication by the library and as a list in the January issue of Index Medicus. The references must be verified by the author(s) against the original documents. Examples of correct forms of references are given below. Articles in Journals 1) St a nda r d j ou r n a l a r t icle (List all authors, but if the number exceeds six, give six followed by et al.) You CH, Lee KY, Chey RY, Menguy R. Electrogastrographic study of patients with unexplained nausea, bloating and vomiting. Gastroenterology 1980 Aug;79(2):3114. As an option, if a journal carries continuous pagination throughout a volume, the month and issue number may be omitted. You CH, Lee KY, Chey RY, Menguy R. Electrogastrographic study of patients with unexplained nausea, bloating and vomiting. Gastroenterology 1980;79:311-4. Goate AM, Haynes AR, Owen MJ, Farrall M, James LA, Lai LY et al. Predisposing locus for Alzheimer's disease on chromosome 21. Lancet 1989;1:352-5. 2) Organization as author The Royal Marsden Hospital Bone-Marrow Transplantation Team. Failure of syngeneic bone-marrow graft without preconditioning in post-hepatitis marrow aplasia. Lancet 1977;2:742-4. 3) No author given Coffee drinking and cancer of the pancreas [editorial]. BMJ 1981;283:628. 4) Article not in English Massone L, Borghi S, Pestarino A, Piccini R, Gambini G. Localisations palmaires purpuriques de la dermatite herpetiforme. Ann Dermatol Venereol 1987;114:15457. 5) Volume with supplement Magni F, Rossoni G, Berti F. BN-52021 protects guinea-pig from heart anaphylaxis. Pharmacol Res Commun 1988;20 Suppl 5:75-8. 6) Issue with supplement Gardos G, Cole JO, Haskell D, Marby D, Paine SS, Moore R. The natural history of tardive dyskinesia. J Clin Psychopharmacol 1988;8(4 Suppl):31S-37S. 7) Volume with part Hanly C. Metaphysics and innateness: a psychoanalytic perspective. Int J Psychoanal 1988;69(Pt 3):389-99. 8) Issue with part Edwards L, Meyskens F, Levine N. Effect of oral isotretinoin on dysplastic nevi. J Am Acad Dermatol 1989;20(2 Pt 1):257-60. 9) Issue with no volume Baumeister AA. Origins and control of stereotyped movements. Monogr Am Assoc Ment Defic 1978;(3):353-84. 10) N o issu e or volu m e Danoek K. Skiing in and through the history of medicine. Nord Medicinhist Arsb 1982;86-100. 11) Pagination in roman numerals Ronne Y. Ansvarsfallen Blodtransfusion till fel patient. Vardfacket 1989;13:XXXVI-XXVII. 12) Type of a r t icle in dica t e d a s n e ede d Spargo PM, Manners JM. DDAVP and open heart surgery [letter]. Anaesthesia 1989;44:363-4. 13) Article containing retraction Shishido A. Retraction notice. Effect of platinum compounds on murine lymphocyte mitogenesis [Retraction of Alsabti EA, Ghalib ON, Salem MN. In: Jpn J Med Sci Biol 1979;32:53-65]. Jpn J Med Sci Biol 1980;33:235-7. 14) Article r et r a ct e d Alsabti EA, Ghalib ON, Sale MN. Effect of platinum compounds on murine lymphocyte mitogenesis [Retracted by Shishido A. In: Jpn J Med Sci Biol 1980;33:235-7]. Jpn J Med Sci Biol 1979;32:53-65. 15) Ar t icle con t a in in g com m e nt Piccoli A, Bossatti A. Early steroid therapy in IgA neuropathy: still an open question [comment] Nephron 1989;51:289-91. Comment on: Nephron 1988;48:12-7. 16) Ar t icle com m e n t e d on Kobayashi Y, Fujii K, Hiki Y, Tateno S, Kurokawa A, Kamiyama M. Steroid therapy in IgA neuropathy: a retrospective study in heavy proteinuric cases [see comments]. Nephron 1988;48:12-7. Comment in: Nephron 1989;51:289-91. 17) Ar t icle w it h pu blish e d e r r a t u m Schofield A. The CAGE questionnaire and psychological health 69 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil [published erratum appears in Br J Addict 1989;84:701]. Br J Addict 1988;83;7614. Book s a n d Ot he r M on ogr a ph s 18) Pe r sona l a ut hor ( s) Colson JH, Armour WJ. Sports injuries and their treatment. 2nd rev. ed. London: S. Paul, 1986 19) Edit or ( s) , com pile r a s a ut h or Diener HC, Wilkinson M, editors. Drug-induced headache. New York: Springer-Verlag, 1988 20) Or ga n iza t ion a s a u t hor a nd publisher Virginia Law Foundation. The medical and legal implications of AIDS. Charlottesville: The Foundation, 1987. 21) Ch a pt e r s in a book Weinstein L, Swartz MN. Pathologic properties of invading microorganisms. In: Sodeman WA Jr, Sodeman WA, editors. Pathologic physiology: mechanisms of disease. Philadelphia: Saunders, 1974;457-72. 22) Confe r e n ce pr oce edin gs Vivian VL, editor. Child abuse and neglect: a medical community response. Proceedings of the First AMA National Conference on Child Abuse and Neglect; 1984 Mar 30-31; Chicago. Chicago: American Medical Association, 1985. 23) Con fe r e n ce pa pe r Harley NH. Comparing radon daughter dosimetric and risk models. In: Gammage RB, Kaye SV, editors. Indoor air and human health. Proceedings of the Seventh Life Sciences Symposium; 1984 Oct 29-31; Knoxville (TN). Chelsea (Ml): Lewis, 1985;69-78. 24) Scientific or technical report Akutsu T. Total heart replacement device. Bethesda (MD): National Institutes of Health, National Heart and Lung Institute; 1974 Apr. Report No.: NIH-NHLI-691 218514. 25) Dissertation Youssef NM. School adjustment of children with congenital heart disease [dissertation]. Pittsburgh (PA): Univ. of Pittsburgh, 1988. 26) Patent Harred JF, Knight AR, McIntyre JS, inventors. Dow Chemical Company, assignee. Epoxidation process. US patent 3,654,317. 972 Apr 4. Ot he r Pu blishe d M a t e r ia l 27) N e w spa pe r a r t icle Rensberger B, Specter B. CFCs may be destroyed by natural process. The Washington Post 1989 Aug 7; Sect. A:2 (col. 5). 28) Audiovisual AIDS epidemic: the physician's role [videorecording]. Cleveland (OH): Academy of Medicine of Cleveland, 1987. 98 29) Computer file Renal system [computer program]. MS-DOS version. Edwardsville (KS): MediSim, 1988. 30) World Wide Web address or URL http://www.uocf.edu/pharmacy/depts/drugdose/barbitutuates/index.html 31) Legal material Toxic Substances Control Act: Hearing on S. 776 Before the Subcomm. on the Environment of the Senate Comm. on Commerce. 94th Cong., 1st Sess. 343 (1975). 32) Map Scotland [topographic map]. Washington: National Geographic Society (US), 1981. 33) Book of the Bible Ruth 3:1-18. The Holy Bible. Authorized King James version. New York: Oxford Univ. Press, 1972. 34) Dictionary and similar references Ectasia. Dorland's illustrated medical dictionary. 27th ed. Philadelphia: Saunders, 1988;527. 35) Classical material The Winter's Tale: act 5, scene 1, lines 13-16. The complete works of William Shakespeare. London: Rex, 1973. Unpublished Material 36) In press Lillywhite HD, Donald JA. Pulmonary blood flow regulation aquatic snake. Science. In press. Additional Information and Reprint Requests A section of the manuscript, immediately following the reference list, entitled Addition information and reprint requests:, should include the full name, title, and mailing address of the corresponding author. If reprints will not be available from the author(s), entitle this section: Additional Information - Reprints Not Available from Author. 70 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Tables Type or print out each table double-spaced on a separate sheet. Do not submit tables as photographs. Number tables with Arabic numerals consecutively in the order of their first citation in the text and supply a brief title for each. Give each column a short or abbreviated heading. Place explanatory matter in footnotes, not in the heading. Explain in footnotes all nonstandard abbreviations that are used in each table. For footnotes use the following symbols, in this sequence: *,†,‡,§,((,¶,**,††,‡‡. Identify statistical measures of variations such as standard deviation and standard error of the mean. Do not use internal horizontal and vertical rules. Be sure each table is cited in the text. If you use data from another published or unpublished source, obtain permission and acknowledge fully. The use of too many tables in relation to the length of the text may produce difficulties in the layout of pages. The editor, upon accepting a paper, may recommend or even require as a condition of acceptance, that additional tables containing important backup data too extensive to publish be deposited with an archival service, such as the National Auxiliary Publication Service in the United States, or be made available by the authors, or be available at a web site. In that event an appropriate statement will be added to the text. Submit such tables for consideration with the paper. Illustrations (Figures) Submit an original and three complete sets of figures. Figures should be professionally drawn and photographed; freehand or typewritten lettering is unacceptable. Instead of original drawings, roentgenograms, and other material, send sharp, glossy, black-and-white photographic prints, usually 127 x 173 mm (5 x 7 in.), but no larger than 203 x 254 mm (8 x 10 in.). Letters, numbers, and symbols should be clear and even throughout, and of sufficient size that when reduced for publication each item will still be legible. Xerox copies of photographs and dot-matrix printer generated figures (including spectra, chromatograms, etc.) are not acceptable. Titles and detailed explanations belong in the legends for illustrations, not on the illustrations themselves. Each figure should have a label pasted on its back indicating the number of the figure, author's name, and top of the figure. Do not write on the back of figures or scratch or mar them by using paper clips. Do not bend figures or mount them on cardboard. Photomicrographs must have internal scale markers. Symbols, arrows, or letters used in the photomicrographs should contrast with the background. If photographs of persons are used, either the subjects must not be identifiable or their pictures must be accompanied by written permission to use the photograph. Figures should be numbered consecutively (in Arabic numerals) according to the order in which they have been first cited in the text. If a figure has been published, acknowledge the original source and submit written permission from the copyright holder to reproduce the material. Permission is required irrespective of authorship or publisher, except for documents in the public domain. This journal does not routinely publish color photographs or other color artwork. If a color photograph (or other color artwork) is considered absolutely essential to the published presentation of the work, authors must be prepared to pay the substantial costs associated with color art reproduction and printing. The editor can provide authors with estimates of these costs in advance upon request. As a general rule, the editor will keep original figures and photographs in the manuscript file during revision(s). Artwork is typically sent back to authors only if it requires modification. If figures are added or deleted during the review / revision cycle(s), authors should clearly indicate to the editor what changes were made, and any changes to the figure numbering scheme. It is never a good idea to supply the editor with only one publication-quality set of figures and/or photographs. There is always a chance that these items can be lost in the mail. Legends for Illustrations 71 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Type or print out legends for illustrations double-spaced, starting on a separate page, with Arabic numerals corresponding to the illustrations. When symbols, arrows, numbers, or letters are used to identify parts of the illustrations, identify and explain each one clearly in the legend. Explain the internal scale and identify the method of staining in photomicrographs. UNITS OF MEASUREMENT Measurements of length, height, weight, and volume should be reported in metric units (meter, kilogram, or liter or their decimal multiples. Temperatures should be given in degrees Celsius. Blood pressures should be given in millimeters of mercury. All hematologic and clinical chemistry measurements should be reported in the metric system in terms of the International System of Units (SI). In some types of manuscripts (e.g. engineering), the use of non-metric units is permitted if they are the norm in that field or professional area. ABBREVIATIONS AND SYMBOLS Terms and nomenclature in all disciplines should be in accordance with the current standards and lists approved or adopted by appropriate national or international committees or organizations, such as the International Anatomical Nomenclature Committee, I.U.P.A.C., I.U.B., the Enzyme Commission, the Committee on International Standardization of Gene Nomenclature (ISGN), etc. Use only standard abbreviations. Generally, avoid abbreviations in the title, abstract and key words. The full term for which an abbreviation stands should precede its first use in text unless it is a standard unit of measurement. Liter(s) is abbreviated L, not l. Micro should be abbreviated with (, not u. LETTERS TO THE EDITOR Submit Letters to the Editor in three copies. Letters concerning a previously published item should be entitled "Commentary On ... full title of published item ... J Forensic Sci ... citation ..." The citation should follow Uniform Requirements … style. Letters concerning other matters should begin with a brief descriptive title. The salutation "Sir:" should follow the title and precede the body of the letter. Responses to Letters should be entitled “Author’s Response.” The salutation "Sir:" should follow the title and precede the body of the letter. The name(s) and affiliation(s) of the writer(s) should appear at the end of Letters and Replies. SUBMISSION OF MANUSCRIPT COPY ON DISKETTE Do not submit manuscripts on diskettes initially. At a subsequent stage of the editorial and peer-review process, or following final acceptance, corresponding authors will be instructed to supply a disk (at their option) to the journal editor or to the ASTM editor. Manuscripts on disk are helpful to the copy editors, and we encourage authors to submit them at the appropriate time. The electronic version of the manuscript must correspond exactly with the finally accepted version of the paper manuscript. Diskette versions of Letters, Replies, or other items that are unlikely to require changes, may be submitted with the initial hard copy. REPRINTS Authors will have the opportunity to order reprints of their published work directly from ASTM, the publisher, after notification of full acceptance. The order form is generally included with the final page proofs that are sent to authors for approval prior to actual publication. Corresponding authors should attend to this matter during the publication process if they want reprints. It is generally difficult to supply reprints at a later time. POLICIES OF THE JOURNAL OF FORENSIC SCIENCES Confidentiality (adapted from the ICMJE Statement on Confidentiality) Manuscripts should be reviewed with due respect for authors' confidentiality. In submitting their manuscripts for review, authors entrust editors with the results of their scientific labor and creative effort, upon which their reputation and career may depend. Authors' rights may be violated by disclosure or by revelation of the confidential details of the review of their manuscript. 72 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil Reviewers also have rights to confidentiality, which must be respected by the editor. Confidentiality may have to be breached if there are allegations of fraud or dishonesty but otherwise must be honored. The editor should not disclose information about manuscripts, including their receipt, their content, their status in the review process, their criticism by reviewers, or their ultimate fate. Such information should be provided only to authors themselves and reviewers. The editor makes clear to reviewers that manuscripts sent for review are privileged communications and are the private property of the authors. Therefore, reviewers and other people involved in the editorial process should respect the authors' rights by not publicly discussing the authors' work or appropriating their ideas before the manuscript is published. Reviewers are not allowed to make copies of the manuscript for their files and are prohibited from sharing it with others, except with the permission of the editor. The editor will not keep copies of rejected manuscripts. Reviewers’ identities are confidential, and will not be revealed to authors or to anyone else. Reviewers' comments may be shared with other reviewers of the same manuscript. Con flict s of I nt e r e st ( a da pt e d fr om t he I CM JE St a t e m e nt on Con flict of I nterest) A conflict of interest for a given manuscript exists when a participant in the peerreview and publication process--author, reviewer, or editor--has ties to activities that could inappropriately influence his/her judgment, whether or not judgment is in fact affected. Financial relationships with industry (such as employment, consultancies, stock ownership, honoraria or expert testimony), either directly or through immediate family, are generally considered the most important conflicts of interest. However, conflicts can occur for other reasons, such as personal relationships, academic or research competition, and intellectual passion. Public trust in the peer-review process and the credibility of published work depend in part on how well conflict of interest is handled during writing, peer review, and editorial decision making. Bias can often be identified and eliminated by careful attention to the scientific methods and conclusions of the work. Financial relationships and their effects are less easily detected than other types of conflicts of interest. Participants in peer review should disclose their conflicting interests, and the information should be made available so that others can judge their effects for themselves. Authors are responsible for recognizing and disclosing financial or other conflicts of interest that might bias their work when they submit a manuscript or letter. They should acknowledge in the manuscript all financial support for the work and other financial or personal connections to the work. Submission of manuscripts or commentary primarily for the purpose of bolstering an author’s position as an expert witness in legal proceedings is not acceptable. Reviewers should disclose to the editor any conflicts of interest that could bias their opinions of the manuscript, and they should disqualify themselves from specific manuscripts if they believe it to appropriate. The editor must be made aware of conflicts of interest to interpret the reviews and judge whether the reviewer should be disqualified. Reviewers must not use knowledge of the work gained during the review process, before publication of the work, to further their own interests. The editor should have no personal financial involvement in any of the issues that he/she may be called upon to judge. Published manuscripts and letters should include a description of all financial support and any conflict of interest that, in the editor's judgment, readers should know about. Protection of the Anonymity of Patients / Victims Detailed descriptions or photographs of individual patients or victims are sometimes central to documentation in a published item. Every effort must be made to protect the anonymity of such patients or victims and their families. Masking of the eyes in 73 Silva, V.C. Polimorfismo de seis X-STRs no Estado de Pernambuco, Brasil photographs may not be adequate protection. Changing data about a patient or victim is never an acceptable method of protecting anonymity. It is recognized that cases or situations forming the basis of items submitted to the Journal may be matters of public record as a result of public court proceedings, news reports, etc. For purposes of publication in the journal, however, emphasis should be placed on medical and/or scientific aspects and information that should form the basis for publication. No information that might violate the privacy of people should be included unless it can be justified as absolutely necessary to the medical and/or scientific presentation. Release of Full Text of Accepted Manuscripts Prior to Publication Requests for the release of accepted papers, technical notes, brief communications, or case reports prior to their actual publication are occasionally made by the media or by attorneys involved in courtroom proceedings. The full release of accepted, but as yet unpublished, peer-reviewed items by authors is not permitted, except by permission of the editor and the publisher. "Full release" means a complete copy of the manuscript, or any other type of reproduction of the complete work including all data. This prohibition does not, and is not intended to, apply to short summaries (even in the form or brief news releases), or brief abstracts for or from meeting presentations. Requests for the pre-publication release of accepted items will be carefully considered, and generally honored for legitimate reasons in accordance with the procedure specified below. Authors must obtain the permission of the editor and of ASTM, and must provide the editor with a legitimate reason for early release. Requests should be made in writing to the editor, and provide the reasons for the request. If the approvals of the editor and of ASTM are forthcoming, ASTM will produce, for a one-time fee (approximately the same as the cost of reprints), the copies that are to be released. Because many manuscripts go through several iterations of modification, correction, and revision, this procedure helps insure that the actually accepted version of the work, as it will appear in print, is released. 74 This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.