laticinios
Transcription
laticinios
www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. O fato do documento estar disponível eletronicamente sem restrições, não significa que pode ser usado de qualquer forma e/ou em qualquer lugar. Reiteramos que as penalidades sobre violação de propriedade intelectual podem ser bastante graves. Sobre a Arvoredoleite.org A missão da Arvoredoleite.org é organizar as informações técnicas e torná-las acessíveis e úteis. Você pode pesquisar outros assuntos correlatos através da web em http://arvoredoleite.org. digitalizado por arvoredoleite.org Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" - Jul/Ago, nQ 351, 61: 1-429, 2006 REVISTA DO INSTITUTO DE LATiCíNIOS "CÂNDIDO TOSTES" DAIRY JOURNAl BIMONTHlY PUBllSHED BY THE "CÀNDIDO TOSTES" DAIRY INSTITUTE , I I A lSP 00 BltlSiilGermil1a[ tem � uma scllJ\)o técnica e oiat.vil para auxilíé;r â indústria de kl!!dnió'i Suas cO!"l'lhr.açÕ€S de ingredientes agr<:ga'Tl va!ci!"eS funàooaís aos produtos. como estrutura, textura, consistêf1d�, brilho, cor e sabor. Além disso, propióa economia e fUf1(iOrkllidade no Espessart!€Oto. EstabiítãY.)o e Gelíficaçào de :SellS produtos. Para isso, os proflSSicrlais de sua equípe técnica estão sempre a ótSjJosk;áo para auxi'.iar r.o �j,mento de á�iersos produtos lácteos: iogurtes, requeii.po. qJeljos, manlElga, SCI\Ietes, sot:�. entre outros. Conte com nosso exp.::;rnse e obmnha vantagem competitiva no mercado. I EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MI� A s GERAIS . Centro Tecnológico Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" Juiz de Fora (MG) - Vol. 61 (351); 1-429 - Jul/Agode 2006 Pág. I digitalizado por arvoredoleite.org Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" • Jul/Ago, nQ 351, §1: 1·42 9 , 2006 Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" • Jul/Ago, nQ 351, 61: 1·429, 2006 Governo do Estado de Minas Gerais Aécio Neves da Cunha Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Gerais Marco Antonio Rodrigues Cunha Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais Baldonedo Arthur Napoleão - Presidente Luiz Carlos Gomes G uerra - Diretor de Administração e Finanças Manuel Duarte Xavier - Diretor de Operações T écnicas Centro Tecnológico · Instituto de Laticinios Cândido Tostes Comitê Gerencial Gerson Occhi - Chefe do CT/ILCT Fernando Antônio Resplande Magalhães - Ger. Estadual do Programa de Pesquisa Processamento Agroindustrial Adauto de Matos Lemos - Coordenador de Prospecção de Demandas Paulo Henrique Fonseca da Silva - Coordenador de Pesquisa Luiza Carvalhaes Albuquerque - Coordenadora de T ransferência e Difusão de Tecnologia Danielle Braga Chelini Pereira - Coord. do Programa Ensino Leite e Derivados José Lourenço Pereira Russi - Supervisor do Núcleo de Administração e Finanças Nelson Tenchini Macedo - Supervisor do Núcleo de Indústria e Comércio Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes Luiza Carvalhaes Albuquerque Especialista em Marketing e Qualidade Total Editoração Eletrônica e impressão � mr -C�tc gr áfi ca e editora artes gráficos (32) 3217-0283 Jornalista Responsável Vania Lucia Alves Lacerda Reg. Prof. 4.72 9/MG Corpo Revisor da Revista do I LCT Adauto de Matos Lemos Antonio Fernandes de Carvalho Célia Lucia Luces Fortes Ferreira Daise Aparecida Rossi Fernando Antônio Resplande Magalhães Luiza Carvalhaes de Albuquerque Luiz Ronaldo de Abreu Paulo Henrique Fonseca da Silva Os trabalhos apresentados são de inteira responsabilidade de seus autores. Juiz de Fora, julho de 200 6 XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS "Tecnologias : alternativas e tendências para o setor lácteo" COMISSÃO ORGANIZADORA Coordenação Geral Artur Fernandes Gonçalves Filho - EPAMI G/SEDE Gerson Occhi - EPAMIG-CT/lLCT Comissão Administrativa Financeira José Lourenço Pereira Russi - EPAMIG-CT/ILCT José Roberto Enoque - EPAMIG/SEDE Comissão de Divulgação e Marketing Cristina Barbosa de Assis - EPAMIG/SEDE Roseney Mariade Oliveira - ASCOM Luíza Carvalhaes Albuquerque - EPAMIG-CT/ILCT Eduardo Hargreaves Surerus - EPAMIG-CT/ILCT Comissão Cientffica Adauto de Matos Lemos - EPAMIG-CT/ILCT Paulo Henrique Fonseca da Silva - EPAMIG-CT/ILCT Comissão EXPOMAQ Cristina Barbosa de Assis - EPAMIG/SEDE Alex Solano - EPAMIG/SEDE Luiz Fernando Drummond Alves - EPAMIG/SEDE Designer Gráfico EXPOMAQ Leticia Martinez - EPAMIG/SEDE Comissão EXPOLAC EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁR IA DE MINAS G E RAIS EPAMIG • • Nelson Luiz Tenchini de Macedo - EPAMIG-CT/ILCT Fernando Antonio Resplande Magalhães - EPAMIG-CT/ILCT Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", n. 1 - 1946 - Juiz de Fora. Instituto de Laticínios "Cândido Tostes", 1946 . v. ilust. 23 cm n. 1-19 (1946-48), 27 cm, com nome de Felctiano, n. 20-73 (1948-57), 23 cm, com o nome de Felctiano. A partir de setembro de 195 8, com o nome de Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes". 1. Zootecnia - Brasil - Periódicos. 2 . Laticínios - Brasil - Periódicos 1. Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, Juiz de Fora, MG, ed. ISSN 0100-3674 CDU 636/637 ( 81)(50) Pág. I I digitalizado por Pág. 111 arvoredoleite.org Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" - Jul/Ago, nQ 351, 21: 1-429, 2006 Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" - Jul/Ago, nQ 351, 61: 1-429, 2006 COMISSÃO CIENTíFICA Coordenador: Adauto de Matos Lemos - EPAMIG/CT/ILCT Antônio Carlos Savino de Oliveira - EPAMIG/CT/ILCT Antonio Fernandes de Carvalho - UFV/DPTA Braz dos Santos Neves - EPAMIG/CT/ILCT Cláudia Eugênia Castro Bravo Martins - UFLA/CNPq Cristina Thielmann - EPAMIG/CT/ILCT Danielle Braga Chelini Pereira - EPAMIG/CT/ILCT Denise Sobral - EPAMIG/CT/ILCT Edna Froeder Arcuri - Embrapa Gado de Leite Eduardo Kenjii Nunes Arashiro - EPAMIG/CT/ILCT Elisângela Michele Miguel - EPAMIG/CT/ILCT Eloá Corrêa de Souza - EPAMIG- CT/ILCT Fernando Antônio Resplande Magalhães - EPAMIG-CT/ILCT Heloíza Maria de Souza - EPAMIG/CT/ILCT ítalo Tuler Perroni - EPAMIG/CT/ILCT José Alberto Bastos Portugal - CES JF/CBOL José Roberto Ferreira - Embrapa Gado de Leite Júnio César Jacinto de Paula - EPAMIG/CT/ILCT Leorges Moraes da Fonseca EMV/UFMG Luíza Carvalhaes Albuquerque EPAMIG/CTIILCT Maria Aparecida V. Paiva e Brito - Embrapa Gado de Leite Márcia Aparecida Crivelari Porto - EPAMIG/CT/ILCT Marco Antônio Furtado - UFJF/FFB Maximiliano Soares Pinto - EPAMIG/CT/ILCT Michael Mitsuo Saito EPAMIG/CT/ILCT Mônica Maria de Oliveira Pinho Cerqueira - EMV/UFMG Paulo Henrique Fonseca da Silva - EPAMIG/CT/ILCT Vanessa Aglaê M. Teodoro EPAMIG/CT/ILCT O XXI I I Congresso Nacional de Laticínios tem como tradição ser realizado na terceira semana do mês de julho e neste ano o tema central será: "Tecnologias: alternativas e tendências para o setor lácteo". A Comissão Científica julgou pertinente a discussão deste tema tendo em vista, além da exigência do mercado interno, a realidade de termos nos tornado um país exportador de lácteos. A exportação de lácteo, ainda incipiente, sabemos, tem potencial para se transformar em uma grande oportunidade de negócios dentro de pouco tempo, dada a agilidade do empresariado nacional. Assim sendo, as novas tecnologias deverão ser aprofundadas em nível de discussão pelo setor produtivo e gerador de conhecimento, acompanhando as tendências e as alternativas pertinentes ao momento por que atravessa o setor do agronegócio do leite. O tema central será amplamente debatido por representantes do Governo, Entidades Empresariais, Universidades e Empresas de Pesquisa, com moderação da EPAMIG - CT/ILCT e a participação do público. São esperados a apresentação de 22 palestras, 0 8 comunicações técnicas, 148 pôsteres, 03 míni cursos e dois painéis onde serão discutidos o tema central do evento. Os conferencistas são "notórios saber" de . Universidades, Centros de Pesquisa e Iniciativa Privada, provenientes de várias partes do mundo. Paralelamente, ocorrerão a XXX I V EXPOMAO, a XXXI I I EXPOLAC e o XXXI I I Concurso Nacional de Produtos Lácteos. ESTAGIÁRIOS Aline Cristina Ferreira Bernardo Ferraz Ribeiro Fabrício Fernandes Sacramento Marcelo Cerqueira dos Santos Nádia Cristina Freitas de Souza Raoni Carbogim Nelo Roberto Augusto A. de Castro Thamyres Oliveira Reis A Comissão Organizadora agradece a todos os funcionários do CT/ILCT e a todas as pessoas que colaboraram direta ou indiretamente para a realização do XXI I I Congresso Nacional de Laticínios. Pág. I V Pág. V digitalizado por arvoredoleite.org Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" • JullAgo, nQ 351, 6.1: 1-429, 2006 Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" - Jul/Ago, nQ 351, 6.1: 1-429, 2006 SUMÁRIO COMPARAÇÃO DE DOIS MÉTODOS PARA DETECÇÃO DE FOSFATASE ALCALINA EM AMOSTRAS DE LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM MINAS GERAIS ................ 83 A VALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE UAT DESNATADO COMERCIALIZADO EM BELO HORIZONTE - MG .............. .................................. .......................... 85 COM U NICAÇÕES TÉCNICAS PARMESÃO ........................... I RASTREAMENTO DE BOLORES DETERIORANTES EM QUEIJO 9 PARA LEITE FLUIDO DESEN V OLV IMENTO E AVALIAÇÃO DE FILME AROMATIZADO A PARA S ROBIANO AVALIAÇÃO DA MIGRAÇÃO DE NATAMICINA DOS FILMES ANTIMIC ................................................. 12 SUP ERFÍCIE DE QUEIJO TIPO GORGONZOLA .................................. DA ACEITABILIDADE COMPARAÇÃO DE TÉCNICAS ESTATÍSTICAS PARA AVALIAÇÃO ...................................... 17 ................. ................. .................. .................. LÁCTEA BEBIDA DE SENSORIAL PD 6 . 9 SOBRE Listeria ATIV IDADE DA BACTERIOCINA DE Lactococclls lactis SUBSP. lactis 21 . . . . .. . .. . .. I1zonocyto ge n e s NA ÇÕES MODIFICA CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS DO QUEIJO ZAMORANO COM ................................. 2 9 TEMP ERATURA DE MATURAÇÃO ........................................................................ O DE ADIÇÃO DE DETECÇà PARA TESTE COMO ANÁLISE ESTATÍSTICA MULTI VARIADA 7 SORO AO LEITE P ASTEURIZADO À VARIAÇÕES SAZONAIS DA ESTABILIDADE DO LEITE CRU REFRIGERADO ADO AOS TEORES FLOCULAÇÃO NA P ROVA DO ALIZAROL A 72, 75, 80 E 85% RELACION ..................... 43 DE CITRATO E CCS .................................................................................................................. ..... ... ........... . ....... . ........ ........ .......... ................ . . .. . .................. ... .......................................... AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO "MOZZARELLA" DE BÚFALA COMERCIALIZADO NO MERCADO DE SALVADOR .......................................................................... 9 5 AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DO LEITE PASTEURIZADO INTEGRAL P RO V ENIENTE DE MICROUSINAS E COMERCIALIZADO NO ESTADO DA BAHIA .............................................. 9 8 AVALIA�ÃO DA QUALIDADE DO LEITE DE VACAS DA RAÇA PARDO-SUIÇA NO MUNICIPIO DE OLINDINA - BAHIA ................................................................................................... 100 ATIV IDADE ANTIMICROBIANA DA CAFEÍNA E DO ÁCIDO P ROTOCATÉICO CONTRA Salmonella choleraesuis EM LEITE DESNATADO ............................................................................ 104 A VALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE LEITE PASTEURIZADO TIP O C COMERCIALIZADO EM BELO HORIZONTE - MG ......................................................................... 10 7 � AVALIAÇÃO DAS VARI V EIS FÍSIC�-QUIMÍCAS DO-LEITE DE RAÇAS HOLANDESA E MESTIÇA SOB CONDIÇOES DE ANALISE DO LEITE RECÉM ORDENHADO E REFRIGERADO NO CEFET-RP NO ANO DE 2005 ............................................................................ 110 MICROBIOTA DE GRÃOS DE KEFIR DE DIFERENTES ORIGENS ............................................... 117 ADAP TAÇÃO DA NORMA M38-A DA NCCLS NA AVALIAÇÃO DE CONSERVANTES E SANITIZANTES ANTIFÚNGICOS DE LATICINIOS ............................................................................. 49 EFEITOS DO ENRIQUECIMENTO P OR FERRO EM BEBIDAS LÁCTEAS P RODUZIDAS COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE SORO DE QUEIJO: AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO SENSORIAL DO CONSUMIDOR .................................................................................................................. 52 INFLUÊNCIA DO TEMPO E DA TEMPERATURA NO DESENV OLVIMENTO DE MICRORGANISMOS P SICROTRÓFICOS NO LEITE CRU DE DUAS REGIÕES DO SUL DO BRASIL ............................................................................................................................................................... 55 CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO LEITE CRU DE DUAS REGIÕES DO SUL DO BRASIL ............................................................................................................................................................... 58 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE BACTERIOLÓGICA DE LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM JOÃO P ESSOA - PB . . . . .................. .......... ................ ..... ........................... 61 SUBSTITUIÇÃO TOTAL DA ÁGUA DA FORMULAÇÃO DE P ÃO DE FORMA P OR SORO DE LEITE: ACEITAÇÃO SENSORIAL ............................................................................................................. 64 AVALIAÇÃO SENSORIAL DE P ÃO DE FORMA ELABORADO COM SORO DE LEITE DE CABRA ..................................................................................... .......................................... . ............................. ... 67 ELABORAÇÃO DE REQUEIJÃO CREMOSO COM CLOROFILA E HORTELà ............................. 70 ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DO QUEIJO MINAS FRESCAL PARA V ERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO . . . . . ............ ......................... DETERMINAÇÃO DE BACTÉRIAS LÁCTICAS E AVALIAÇÃO SENSORIAL EM SORV ETES DE IOGURTE .................................................................................................................................................... 9 1 P ROCESSAME!:'ITO DE P ET�T SUISSE SEM FORMAÇÃO DO SUBPRODUTO SORO ÁCIDO: UMA INOVAÇAO TECNOLOGICA PARA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS .................................... 113 POSTER'S ........ AVALIAÇ�O MICROBIOLÓGICA E SENSORIAL DE DOCES DE LEITE DE DIFERENTES P ROCEDENCIAS ............................................................................... .................................................. 88 .... ...................... .. ......... ...·.............. 74 IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA DE Staphylococclls SP P. COAGULASE-P OSITI V OS ISOLADOS DE LEITE DE BÚFALAS ...................................................... 77 DESCRIÇÃO DO COMP ORTAMENTO REOLÓGICO DE MISTURAS TERNÁRIAS COM SUCOS DE MANGA, LARANJA E SORO DE QUEIJO ......................................................................................... 80 CONSUMO DO LEITE DE CABRA COMO PROBLEMA DE MARKETING: PICOLÉ DE LEITE DE CABRA COMO ATERNATI VA PARA O CONSUMO ..................................................................... 119 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO LEITE DE CABRA CRU P RODUZIDO NA ZONA DA MATA MINEIRA .................................................................................................................................... 122 DESEN V O V IMENTO DE QUEFIR CONCENTRADO, TIPO B OURSIN ........................................ 124 ESTUDO DA V IABILIDADE DO LANÇ'AMENTO DE UM NO V O PRODUTO: DESEN V OLV IMENTO DE DOCE DE LEITE COM AMENDOIM PARA O MERCADO DE V IÇOSA ............................................................................................................................................................ 127 QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DO QUEIJO TIPO C OTTA GE PARA DESEN V OLV IMENTO DE EMBALAGEM ATI VA .......................................................................................................................... 13 O IRRADIAÇÃO GAMMA PARA CONSERVAÇÃO DE CORANTE NATURAL DE BETERRABA AP LICADO EM SORVETE DE MORANGO .......................................................................................... 13 3 DESEN V OLVIMEN�O DE EMBALAGENS ATI VAS (SACHÊ E FILME ANTIMICROBIANOS) PARA CONSERVAÇAO DE QUEIJO MUSSARELA FATIADO .......................................................... 13 5 DESEN V OLV I�ENTO E AVALIAÇÃO DE FILME ATIV O AROMATIZADO NA INCORPORAÇAO DE SABOR EM RICOTA .......................................................................................... 138 CONTAGEM DE Staphylococcus coagulase P OSITIVA EM QUEIJO MUSSARELA FATIADO .... 142 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE QUEIJO TIPO GORGONZOLA ENV OLV IDO COM FILME ANTIMICROBIANO LAMINADO ........................................................................................................... 144 EXPECTATI VA GERADA P ELA EMBALAGEM NA ACEITAÇÃO DE IOGURTE SABOR MORANGO ..................................................................................................................................................... 148 QUALIDADE SENSORIAL DE PÃO DE QUEIJO ............................................................................... 151 EQUI VALÊNCIA DE DOÇURA E P ODER EDULCORANTE DE CICLAMATO/SACARINA E CICLAMATO/SACARINA/ESTÉ V IA EM IOGURTE LIGHT SABOR MORANGO ....................... 155 digitalizado por arvoredoleite.org Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" • Jul/Ago, nQ 351, 61: 1-429, 2006 AD ES à O D E Pse u domonas fluorescens E M S UPERF Í C I ES D E AÇO IN O X IDÁ V E L E G RAN ITO EM T E M P ER AT U RAS D E R E F R IGERAÇ Ã O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5 8 AD ES à O D E Salmonella enter it idis E Staph ylococcus aureus EM AÇO IN O X IDÁ V E L E . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 6 0 G R AN ITO RAS TREAB I L ID AD E D E Ba cillus cereus E M S UPERF Í C I ES P ÓS- PAS TE U RIZAÇ Ã O D E LEITE 1 63 REMOÇ Ã O D E COLESTEROL D A G O RD URA DO LEITE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . 1 6 6 A VALIAÇ Ã O D E FATORES M OTIVACI ON AIS ID EN TI F ICADOS PARA FAC I LI TA R A I MPLAN TAÇ Ã O D E S IS T EM AS D A Q UALID AD E E M U M A IND ÚSTRIA D E LAT I C ÍN I OS 1 6 9 ................... ............................... ........................................................................................................... AVALIAÇ Ã O D A IN F L UÊN C I A DA E M B ALAG E M NA COMPOS I Ç Ã O D E D OC E D E LEITE POR CROMATO G RAFIA G AS OS A C O M ES PECTROM ETRIA D E MASSA (GC/MS ) . .. . . . . . .. . . . . . . . 1 7 3 Q U AL ID AD E D E LEITE F E R M EN TAD O P R O B I Ó TICO C O ME RC I AL IZAD O E M B E LO H O RIZON TE ( M G ) D URANTE E AO F INA L D O P RAZO DE VAL ID AD E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 7 7 QUALIDAD E M IC ROBIOLÓ GICA D O LEITE D E CABRA CRU PROD UZ ID O N A ZON A D A M ATA M IN E I R A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 7 9 CARACTER ÍSTICAS F ÍS IC O- Q U Í M I C AS E ANÁ L IS E S ENS ORIAL D OS QUEIJOS D E LEITE DE C AB RA TIPO FRES C AL E B OURSIN PROD UZID OS EM RIO POMBA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 8 2 A VALIAÇ Ã O DA C ON TAGEM D E BACTÉ RIAS M ES Ó FILAS E PS I CROTR Ó FICAS N O LEITE CRU ESTOCAD O À 4°C POR 48 HORAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 8 5 E F E ITO D E PRÉ-TRATAM EN TO N A R ES IS TÊN C IA D E Lacto ba c illus delbrueckii U F V H 2 B 2 0, E M LEITE EM P Ó, AO PROCESSO D E D ES ID RATAÇ Ã O E AO CALOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 1 8 7 TECN OLOGIA D E FAB RICAÇ Ã O D O QUEIJO LABNEH E AVALIAÇ Ã O D E SUAS CARACTER ÍS TICAS M I C R O B I O L Ó GICAS, F ÍS IC O- Q U Í M ICAS E S ENS ORIAIS . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9 1 ES TUD O C O M PA RATIVO EN TRE OS MÉ TOD OS D O FORMOL E D E KJELD AH L PARA D ET E R M IN AÇ Ã O DE P ROTE ÍN AS EM L E ITE . . . . . . . .. . . . . .. . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9 5 APLICAÇ Ã O D A FILTRAÇ Ã O A L U V I ON AL EM S ALMOURAS N A IND ÚSTRIA D E Q UEIJOS . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 9 7 QUALID AD E F ÍS IC O- Q U Í M ICA E M IC R O B I O LÓ GICA D E LEITE CRU REFRIGERAD O E M TAN Q U ES D E E X PANS à O N O M UN I C Í PIO D E S ILVE I R ÂN IA- M G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0 I D ES EN VOLV I M EN TO D E M AN TE I GA AROMATIZAD A: AVALIAÇ Ã O D E S UAS C ARACTER ÍS TICAS S ENSORIAIS . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 O 5 PREVALÊN C I A S AZON A L D E PAT Ó GENOS D E O R I G E M A L I M EN TAR EM AMOSTRAS D E LEITE PAS TE U RIZAD O E Q U E I J O M IN AS FRES CAL C O M E RCIALIZAD AS E M J UIZ D E FORA, B RAS IL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 0 7 P E R F I L M IC RO B IOL Ó GICO D E AMOS TR AS D E LEITE PAS T E UR IZAD O D E ACORD O C O M AS ES PECIFICAÇ Õ ES M UN IC I PAIS (S I M ) E ESTAD UAIS ( IMA) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1 0 ESTUD OS IN I C IAIS D E UTILIZAÇ Ã O D E ELETROFORES E (SDS- PAG E ) PARA AVALIAÇ Ã O D E FRAUD E E M PROD UTOS COMERCIALIZAD OS COMO CON C EN TRAD O D E S OR O D E Q UE IJ O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 1 4 D ES EN VOLV I M EN TO D E S OB REMES A LÁ CTEA SABOR B RI GAD EIRO E AVALIAÇ Ã O D E S UAS CARACTER ÍS TICAS F ÍS ICO- Q U Í M ICAS E S ENS ORIAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 2 1 7 RED UÇ Ã O DA CONTAGEM D E CÉ LULAS S O MÁ TICAS D O LEITE CRU D E J U IZ D E FORA EM F UN Ç Ã O DE M ED ID AS P ROFILÁ TICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 0 C ARACTER ÍSTICAS F ÍS IC O- QU I MICAS D E B EB ID A LACTEA S AB O R M O RAN GO ACRES C ID A D E S Ó LIDOS TOTAIS FERMEN TAD A POR GRà OS D E KEFIR E COMPARAD AS C O M B E B ID A TRAD IC I ON AL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 4 AVALIAÇ Ã O D A E F I C IÊ N C IA D E TAN QUE D E I M E RS à O PARA RES FRIAMEN TO D E L E I T E E M LAT Õ ES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 2 7 Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" - Jul/Ago, nQ 351, 61: 1-429, 2006 AVALIAÇ Ã O D E I MPACTOS CAUS AD OS PELA PRES EN ÇA D E RES ÍD UOS D E AN T I M I C R O B IANOS N O LEITE PARA A PROD U Ç Ã O D E QUEIJO M USS ARELA . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 O ELAB ORAÇ Ã O DE D OCE D E LEITE C O M S E M EN TES DE AB Ó B O RA E S UA ACE I TAÇ Ã O PELOS C ONS U M ID ORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 3 D IAGN ÓS T I C O PAR A I M P L E M EN TAÇ Ã O D E S ISTEMA D E GEREN C IAMEN TO D E RES ÍD U O E RED UÇ Ã O D O CONS U M O D E Á G U A E M LIN HA D E PROCESSAMEN TO D E DOCE D E LEITE E D E I O G U RTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 3 6 CARACT E RÍS T ICAS F ÍS IC O- Q U Í M ICAS D O EFLUEN TE GERAD O E M UM LATIcíN IO .... 2 4 0 SOB REMESAS FERMEN TAD AS: U MA IN O VAÇ Ã O PARA AGREGAR VALOR A O S ORO D E Q UEIJO M IN AS FRES CAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4 3 IN F L UÊ N C I A D A M I C R O B I OTA PS I C ROTR Ó FICA CONTA M IN ANTE D O LEITE REFRIGERAD O N O REND I M EN TO DE QUEIJO M IN AS FRES CAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 4 6 PERFIL D AS M I C RO E PEQUEN AS IND ÚS TRIAS D E LAT I C ÍN IOS D A ZON A D A M ATA M IN E I R A . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . 2 4 9 P ROPOS TA D E I M PLAN TAÇ Ã O D E U M PROGRAMA D E CONS E RVAÇ Ã O E R E US O D E Á G U A (PCRA) NA IND ÚSTRIA D E LATIC ÍN IOS . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 2 5 3 CARACTERIZAÇ Ã O Q U Í M ICA E M I C RO B IOL Ó GICA D O " REQUEIJ à O D O N O RTE" ARTESAN AL PROD UZ ID O EM ALGUMAS REGI Õ ES DO N O RTE D E M IN AS GERAIS ES TUD O P R E LI M IN A R . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 5 8 B E B ID A FERMEN TAD A P R O B I Ó TICA D E S ORO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . .... 2 6 1 M I C ROS COPIA EM Q U E IJ OS ARTESANAIS D O S ERRO, M IN AS GE RAIS . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6 4 ES TUD O D A FORMAÇ Ã O D E PROD UTOS D A REAÇ Ã O D E MAI LLARD (PRMS ) E M L E I T E AQ U E C ID O . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 6 7 D ES EN VOLV I M ENTO E ANÁ L IS E S ENS O RIAL D E IOGURTE D E AÇA Í . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... 2 7 0 ANÁ LIS E S ENS O RIAL E P E RFIL D OS C ONS U M ID ORES D E LEITE E M P Ó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7 3 AVALIAÇ Ã O D O M ERCAD O D E P R OD UTOS LÁ CTEOS . .. . . . . .. . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 7 5 D ES E M PENH O D O S ETO R LEITEIRO N O B RAS IL, 1 990 A 2 004 . . . ............... 2 7 9 AVALIAÇ Ã O S ENS ORIAL D E REQU E IJ à O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .... 2 8 2 ES TUD O D A ES TABILID AD E D E B E B ID AS LÁ CTEAS FERMEN TADAS AD ICION AD AS D E POLPA D E GRAV I O LA (Annona m ur icata S PP. ) . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 8 4 CARACTE RIZAÇ Ã O F ÍS IC O- Q U Í M I C A E P ROPRIED AD ES TERMOF ÍS IC AS D E S OR O D E Q U EI J O O BT ID O D E LEITE D E CAB RA . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . 2 8 7 OTI M IZAÇ Ã O D AS C OND I Ç Õ ES O PERAC IONAIS N A ETAPA D E P R E C I P ITAÇ Ã O E RECUPERAÇ Ã O D AS PROTE ÍN AS D O S ORO D E Q UEIJO D E LEITE D E CABRA . . . . . . . . . . . . . . . . 2 9 0 CARACTERIZAÇ Ã O D A ATI V ID AD E D A BACTERIOCIN A P R OD UZ ID A POR Lactococcus lact is S UBS P. lact is PD 6 . 9 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . 2 9 3 P ROPRIED AD ES F ÍS ICAS D O S ORVETE D E B A UN ILHA ELABORAD O C O M S UBSTITUTO D E GORD URA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................................ 2 9 7 Ê S O B R EVIV N C IA D E Lacto bac illus delbrueckii U F V H2B20 E M S ORVETE . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 3 0 0 CARACTERIZAÇ Ã O F ÍS IC O- Q U Í M I C A D E Q U E IJOS REGION AIS PROD UZID OS N O ES TAD O D O RIO GRAND E DO N O RTE . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . 3 0 3 AVALIAÇ Ã O DA CAPACID AD E D E PROD UÇà O D E Á C ID O POR BACTÉ RIAS Á C ID O LÁ TICAS IS OLAD AS D E LEITE E D E Q UE IJ OS D E COAL H O ARTESAN A IS PROD UZID OS NO CEARÁ ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 0 6 AVALIAÇ Ã O D A C ON TA M INAÇ Ã O POR COLIFORMES FECAIS, Escherich ia coli, L ister ia lllonoc ytogenes E Salmonella S P. E M U M A IND ÚS TRIA PROCESS AD O RA DE Q U E I J O D E C OALH O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ ...... 3 0 9 Pág. V I I I digitalizado por arvoredoleite.org Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" - Jul/Ago, nQ 351, 61: 1-429, 2006 D ES EN V O LV I M EN TO D A T E R M IN O LO G I A D ES CRITI VA D E Q U E I J O D E COALHO . . . . . . . . . . . 3 1 4 , A VALIAÇ Ã O D O PROCED IM EN TO UTILIZAD O PARA E LABORAÇ Ã O D E I O GU RTE D E LEITE D E C A B RA . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1 7 PROD UÇ ÃO D E S U CO A PART I R D E S ORO PAS T E U RIZAD O E POLPA D E F RUTA D ES T IN AD O AO P Ú B LI C O INFAN TI L . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 1 P E RD A D E Ó LEO ("OILlNG OFF") N O QUEIJO M USS ARELA PARA P IZZA ELA B ORAD O 324 . . . C O M LEITE D E B Ú FAL A (Bu balus bu bal is) ... .. . . . . .. . . . . . . . . . ... . .. . . . . . . ........... ....... . . . . . . ...... . . . . ... . . . ....... . . . . . . CRES CI M EN TO D E La cto ba cillus del brue ckii UFV H 2 B 2 0 E M SORO D E Q U E I J O M IN AS FRES C AL E EM LEITE D ESNATAD O RECONS TITU ÍD O A 1 0% ( LD Rl 0%) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 2 7 E F E ITO D A Q U ALID AD E D O LEITE D E CABR A N A RENTA B I L IDAD E D A FAB RICAÇ Ã O D E QUEIJO COALHO - N OSS A S EN HO RA D A GL Ó RIA/S E . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3 I PROD UÇ Ã O D E LEITE ES L P O R M OD IF I C AÇ Ã O D O TRATA M EN TO TÉ R M I C O E EN VAS E ASSÉ P T I C O . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3 4 ESTUD O D E V I A B I L ID AD E TÉ CN I C A E ECONÔ M ICA D E EXPORTAÇ Ã O D E LÁ CTEOS A E U ROPA ( GEN E B RA-Suíç A) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 3 8 ATI V ID AD E AN T I B AC T E R I AN A D E P ROD UTOS USAD OS N A H I G I EN IZAÇ Ã O E M IND ÚS T R I AS D E LAT I C ÍN IOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4 1 Q UALID AD E M IC R O B I O L Ó GICA D O LEITE C R U GRAN ELIZAD O D E U MA IND ÚSTRIA DE LAT I C ÍN I OS . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4 3 S US C E PT I B ILIDADE ANT I M I C R O B I AN A D E B ACTÉ R I AS P R O P IÔN I C AS IS OLAD AS D A REGI ÃO D O CAMPO D AS V E RTENTES - M G . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4 5 Revista do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" • Jul/Ago, nQ 351, 61: 1-429, 2006 D ES EN VOLV I M EN TO D E LAGOAS D E ESTABILIZAÇ Ã O EM U M A IND ÚSTRIA N O M UN I C Í P I O D E ITA B UN A - B A . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 3 9 8 D ES EN VO LV I M EN TO TECN O L Ó G I C O E TESTE D E ACEITAÇ Ã O D E S ORV ETE L I G H T PAR A U MA IND ÚS TR I A D E A L I M EN TOS N O M UN IC Í P I O D E ITAPETIN GA B A . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . 4 0 0 OCORRÊN CIA D E R ES ÍD UOS D E ANT I B I Ó TICOS D O GRUPO B ETA- LACT  M I C OS N O LEITE D E C A B RA PROD UZ ID O N O M UN I C Í P I O D E P RATA - P B . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 0 4 USO D O INJ ETOR PTV N A D E T E R M INAÇà O D E TRIACILGLICER Ó IS D A G O RD URA D O L E I T E . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 0 7 T E R M O ES TA B ILID AD E D E EN Z I M AS PROTEOL Í TICAS PROD U Z ID AS P O R B A C TÉ RIAS PS I C ROTRÓ FICAS IS OLAD AS D E LEITE C R U REFRIGERAD O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1 O VARIAÇ Õ ES S AZON A IS NA D ETECÇ Ã O D E RES ÍD UOS DE IN I B ID OR ES MICROBIAN OS N O LEITE C R U R E F R I G E RAD O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 1 3 AVALIAÇ Ã O D AS VAR I AÇ Õ ES S AZON A IS N A QUALID AD E D O LEITE C RU REFRIGERAD O, POR M E IO D OS PAR  METROS D E C O MPOS I Ç Ã O CENTES I MAL, CCS E CBT . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . 4 I 6 E V IDÊN C I AS DA P ROD UÇ Ã O D E Á C ID O B EN Z Ó ICO/BEN ZOATO POR B ACTÉ RIAS LÁ TICAS E M LEITE C R U . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2 0 E F EI TO D A P RÉ- FE R M EN TAÇ Ã O D E D IF EREN TES PORÇ Õ ES D E LEITE C ON C EN TRAD O P O R ULT R AF I LTRAÇ Ã O ( 2, 5: 1 ) N A T E X T U RA INS T R U M EN TA L D O Q U EIJO P RATO .... 4 2 3 PERFIL D O FERM EN TO END Ó GEN O UTI LIZAD O N A PROD UÇ Ã O D O Q U E I J O M IN AS ARTESAN AL NA S ER RA D A CANAS TRA, M IN AS GERAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . .. 4 2 7 D IV E RS ID AD E M IC RO B IAN A PRES EN T E N O LE ITE M AT E RN O C O LETAD O E M D O M I C Í L I O . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 4 9 P I C O LÉ CARREAD OR D E P R O B I Ó TICOS . . . . . . . . . . . . . . . .. . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 5 2 ANÁ LIS E D O PERFIL D E TEXTURA D E REQUEIJ à O CREM OS O LIGHT P R E B I Ó TICO . . . . . . 3 5 5 EFEITOS D A TEMPERATURA E D O TEMPO D E ARMAZEN A M EN TO SOBRE A CONTAGEM TOTAL DE BACTÉ RIAS E M AMOS TRAS D E LEITE CRU CONSERVAD AS COM AZID I O L . . . . . 3 5 8 PROPOS TA D E U M PLAN O D E ANÁ LIS E D E PERIGOS E PON TOS C R Í TICOS D E C ON TROLE - APPCC PARA O PROCESSA M EN TO DE LEITE PAS T E U RIZAD O E M UMA US IN A D E LEITE 361 Á ÍÓ Í AN L IS E S ENS ORIAL D E I O G U RTES PROB TICOS D E AÇA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 6 5 . . . . . . . . . . . . . . . . ............... . . . . . . ... .. . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ . . . . . . . . . . . . .... . .. . . . . . ........ . . ...... . . . . . . L E VAN TAM EN TO DA C ON TAGEM D E CÉ LULAS S O MÁ TICAS ( CCS ) E C O MP ON EN TES DO LEITE D E CAB RAS D A RAÇA S AAN EN C RIAD AS N O M UN I C Í P I O D E TERES Ó POLIS - R J . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 6 8 PORCEN TAGE M D E RED UÇ Ã O D O TEOR D E LACTOS E N A PROD UÇ Ã O C ON V EN C I ON AL D E I OG U RTE N AT U RAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . 3 7· 1 IN FLUÊN CIA D A AD I Ç Ã O D A EN ZIMA LACTAS E NA ACID IF ICAÇ Ã O E P ÓS- ACID I F ICAÇ Ã O D E IOGURTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 74 FEN Ó LICOS D E Rosemar in us officinalis L. E Or iganum vulgare E M Q U E IJ O B RAN C O U LT R A F I LT RAD O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 7 7 MAN T E I GA P R E B I ÓTICA SABOR ALHO AD I C I ON AD A D E F I B RAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 8 1 A E M B ALAGEM COMO FATOR D E AGREGAÇAO D E VALOR AO PROD U TO: U M EST UD O D O S EG M EN TO D E QUEIJOS E M J U IZ D E FORA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 8 5 U LT R AF I LTRAÇ Ã O D E LEITE PAR A OBTENÇ Ã O D E R E Q U E I J à O CREM OS O: C ARACTER ÍSTICAS D O PROCESS O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . 3 9 2 ES TUD O D E V IA B I L ID AD E TÉ CN I C A E ECONÔ M I C A PARA I M PLANTAÇ Ã O D E U M A IND ÚS TRIA D E PROD UTOS LÁ CTEOS N A REGI à O S U L D A BAHIA . .. . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 9 6 Pág. X Pág. XI digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONG RESSO NACIONAL DE LATi CíNIOS COMUNICAÇÕES TÉCNICAS RASTREAMENTO D E B OLORES D ETERIORANTES EM Q U EIJO PARMESÃO Tracing mould spoilage on parmesan cheese Ms. José Sebastião Corrêa Neto 1 Prof. Dr. José Paschoal Batistutti l Prafa. Dra . Maria José Mendes Soares Gianinni2 João Antônio Lemos de Barras3 RESUMO o presente trabalho teve como objetivo subsidiar tecnicamente o programa de controle de qualidade de uma indústria de queijo parmesão onde alguns queijos aparentavam estarem contaminados por bolor. Os procedimentos microbiológicos foram estrategicamente planejados visando esclarecer quais os fatores que contribuíam para a ocorrência dos bolores dentro do processo de produção. Para tal, foram amostrados, desde o leite na fazenda, até os queijos em maturação nas câmaras-frias. Também foram avaliadas as condições ambientais internas e extemas da fábrica em questão, através de amostras de ar. Os bolores isolados foram quantificados e identificados através de análise morfológica e demais provas complementares. Entre os bolores isolados constatou-se a presença de 1 4 diferentes gêneros: Penicillium, Aspergilllls, Cladosporillll1, Rhizopus, FusariulIl, A ureobasidiulI1, Chrysosporiul7I, A lternaria, Epicoccum, Helminrhosporilllll, Geolrichul17, Gliocladillll1, Nigrospora e Rizol/lllcor. Oestes, Aspergi/lus e PenicilliulIl foram os gêneros mais freqüentes, considerando-se todas as amostras. Contudo, somente a espécie Penicilliwl1 roqueforti, foi isólado das manchas escuras que comprometiam visualmente a qualidade dos queijos. As etapas de fabricação anteriores à maturação, o leite, os insumos e os agentes intervenientes pouco contribuíram como fontes de contaminação. Os resultados obtidos mostraram que a questão da contaminação por bolores está diretamente relacionada à etapa de maturação e agrava-se proporcionalmente ao período em que os queijos permanecem nas câmaras-frias. A ação deteriorante ocorreu predominantemente na casca (superficie) do queijo parmesão. Os resultados obtidos neste estudo foram aplicados ao programa de AP P CC da indústria e contribuíram para o controle dos bolores contaminantes com conseqüentes ganhos nos aspectos financeiros e de segurança alimentar. Palavras-chave: Queijo parmesão, Penicil/iulIl, controle da qualidade, bolores deteriorantes. 1 - I N T RO D U Ç Ã O A contaminação fúngica pode constituir-se em um pot.eneial problema de segurança alimentar devido à produção de micotoxinas (BARBIERI et aI., 1 9 94; FRISVAO & T H R ANE 2 0 0 0 ), mas também, acarretar prejuÍzos econômicos devido , 2 3 às alterações nas características comerciais dos produtos (KURE et aI., 200 1 ; KURE et aI., 2004). Os principais problemas que comprometem a qualidade dos queijos, são a alterações da aparência, do aroma, do sabor e da textura. A O p t o . de A l i m entos e Nu t r i ç ã o da F a c u l dade de C i ên c i a s Farmac ê u t i c as de Araraq uara - U N E S P. tiaocorrea@hotmai l.com , batistut@fc far. unesp.br O pto. de Análi ses Clínicas, Laboratório de M icologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Araraquara U N ES P. gianinni@fc far. unesp.br Gerente da Garantia e Controle da Qual i dade. Laticínios Scala, Sacramento-MG . q ual [email protected] Pág. 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS e m b a l a g e m , a c o m p o s i ç ã o da a t m o s fe ra d e armazen am en to e maturação, o tipo d e queijo, o tipo de leite, os ácidos orgân icos formados durante a maturação, a temperatura de armazen amento e outros, são fatores que irão influen ciar o potencial de desen volvimen to de fungos deterioran tes n os q u e ij o s ( F I LT EN B ORG et a l . , 1 99 6 ; K U R E & S KAAR, 2000; KURE et aI . 200 1 ) . F I LTEN BORG et a l . , ( 199 6) destacam as espécies Penicillium com/11 une e P. nalgiovense como os prin c i p a i s fun g o s deteri oran tes d o s q ue ij o s . Em trab a l h o vi sando identifi car os bolores que con tamin avam queijos noruegueses semiduros, KUR E & S KAAR, ( 2 00 0 ) i so l ar a m os g ên ero s Penic illiulI1, Alternaria, A ureobasidium, Cladosporium, Epicocull1 , Geotrichul1l, Mucor, Phoma e Ulocladiull1 . Em o utro estudo PenicilliulII ( 1 3 Asperg illus sp, e s p é c i e s ) , AcremoniulI1, Cladosporiu/11 sp, Eurotium sp, Georhichull1 sp, Mucor sp, Phoma sp e Trichoderma t a m b ém fo ram i so l ad o s de q ue ij o s n o ru e g u e s e s . P. comll1une e P. palitans foram à s espéc i e s m a i s encontradas (K URE et aI ., 2 0 0 I ). Em n osso meio, o gênero Penicilliull1 também predomin ou como contamin an t e em amo stra de queij o s parmesãos obtidos em supermercados da região de Campinas S P (TAN IWAKI & D EN D ER, 199 2 ) . Em reg i õ e s rura i s (como n este traba l h o ) , os fun gos proven i en tes do ar extern o podem se tornar i m p o rtan tes agen t e s con ta m in an tes dos a m b i en tes in tern o s (S T E T Z EN B A C H , 199 8 ) . A s in formações l evan tadas s u b s i d i aram tecnicamente o programa de controle de qualidade da indústria, on de alguns q ueijos aparen tavam-se con tamin ados por bolo r. O programa de A P P C C da empre sa s e r v i u para d e fin i r o s l o c a i s e o s materiais q u e seriam amostrados conforme sugerido por H EGGUM, (200 1 ) e AN VAN ITOYANN IS & MAUROPOU LOS, (2000). 2 - MAT E R I A I S E M ÉTODOS Leite cru: As amostras foram retiradas de 5 . 0 0 0 l i tros, p ro ven i en te s da mesma faz en d a . E sta batelada foi processada em separado, e dela obtidas as 60 peças de q ueij o uti l iz adas n o estudo. O l e i t e fo i a m o strado a p ó s a ú l t i m a orden h a mecân ica, n o tan que d e expansão d a faz enda após resfriado a 4"C e após o tran sporte rodoviário a granel da faz en da até a in dústria. I n s u m o s : B o l o r e s fo ram an a l i sa d o s n o cloreto d e cálcio, n o fermen to láctico e n o soro fermen to an t e s de s e re m adic i on ad o s ao l ei t e pasteuriz ad o . L eite p a s t eu r i z a d o : F o ra m c o l e t a d a s amostras de leite pasteurizado an tes do processo d e en c h i m en t o . M as s a de q u eij o : Foram c o letadas c in co porções d e m a s s a d e q u e ij o p r o v en i en te s do processo de coagulação e c oz im en to . A gen tes i n tervenientes : A m o stras d e 5 formas p l á st i c as e 5 l uv a s d e borrac h a u sadas pelos colaboradores foram coletadas com " swab". As formas mediam 4747 cm2 e as l uvas 836 cm2• Q u eij o p a rmes ã o a ntes da m a t u r a ç ã o : Pedaços de queijo foram analisados, n a s etapas d e resfriamento e salga. Na câmara de resfriamento os q ue ijos per m an eceram por um período d e 48 h o ras a uma t e mperat u ra en t re 1 5° C e 1 8° C e u m i da d e rel at i v a do ar en tre 7 5 % e 8 5 % . N a câmara d e salga o s q ueijos permaneceram por 24 horas a uma temperatura de 1 2" C . Q u eij o p a r m es ã o n a m a t u r a ç ã o : O s q ue ij o s u s a d o s n es t e t raba l ho c o rrespon d i a m e x a ta m en te a o p a drão c o m e rc i a l iz a d o p e l a in d ústria, com aproximados 2 3 cm d e diâmetro, 1 4 cm de altura e 6 Kg. Sessenta peças de q ueijos foram divididas em três grupos de vin te peças e di stribuídas em três câmaras-frias d i ferentes. Das vinte peças de queijo, colocadas em cada câmara fri a . d ez fo ram t ra t a d a s s o m en t e c o m á l c oo l etíl ico e dez tratadas com uma solução de álcool etí lico mais 2% de sorbato de potássio (p/v). Dos d ez q u e ij o s q u e receberam u m dos tratamen tos citados acima (só álcool ou álcool mais sorbato), c in c o fo ram s e p a r a d o s ao a c a s o p a ra s erem amostrados em superficie (swab) e cinco para q ue fossem t i radas amostras do in terior da peça d e p armesão ( p ro fun d i d a d e) . O s q u e ij o s fo ram amostrados aos 30, 60 e 1 80 dias d e maturação. Antes de serem colocados nas câmaras-frias, cada peça de queijo recebeu um ban h o de imersão n uma s o l u ç ã o de n at a m i c in a a O, I % ( p /v ) . A á r e a amostrada em cada queijo foi de aproximadamente 4 1 5 cm" ( c orres p on den do às d u a s fac e s ) . As câmaras-frias de maturação foram mantidas com temperatura entre 1 2"C e 1 5°C e a umidade relativa do ar entre 75% e 85%. Ar a m b ien tal : Amostras do ar foram co l etadas na faz enda de produção de leite, n o exterior da fábrica, na sala de fabricação, n a salga, na sala de secagem e nas câmaras-frias de maturação . S a l m o u r a : Foram c o l etad a s amostras d e soluções salinas proven ientes dos tan ques de sal moura on d e o s q u e ij o s fi cam i m e rs o s . A c on centração d e NaCI esteve entre 20" e 2 1" Baumé. Q u eij o s c o n ta m i n a d o s : D o i s q u e ij o s aparentemente con tamin ados foram embalados a vácuo e levados ao laboratório para isolamento do agente con taminante. O fungo isolado das man chas escuras presentes nas cascas destes queijos e então s ubmetido ao processo de identificação. I dentificação : Os b o l o res i s o lados foram in i c i a l m en te i d en t i fi c a d o s p e l a s s u a s c a ra c - A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S terísticas morfo l óg icas, macro e mic roscopl cas con fo rme LARON E, ( 199 6 ) . Após o i solamento, o s fun gos foram man t idos em Agar S abouraud (SAB) a temperatura ambiente e repicados quando n ecessário. Os fungos do gênero Pel7icillium foram isolados e identificados por espécie con forme cha ve de identificação proposta por SAMSON et a I ., (2000). Os testes foram em tri p l ica. C o n tagem em p la c a s : Após a s d i l u i ções seriadas, O, I m l das amostras de l eite, cloreto de c á l c i o, fermen t o l ácteo e soro fermen to foram in o c u l ad a s em m e i o D i c l oran R o s a B en ga l a Cloranfen icol ( DRBC) (Acumedia). As placas em trépl icas foram incubadas por 5 dias a 25 "C para con tagem das U FC/g (S I LVA et. a i , 2 00 1 ) . Das amostras s ó l idas ( q ueij o e massa), 2 5 g foram t r i t u r a d a s e m l i q ui d i fi c a d o r c o m 2 2 5 mL d e solução d e citrato d e sódio 2 % mais Tween 8 0 a 1 % (p/v ) . D esta suspen são ( d i luição 1 0. 1 ) foram reti radas a l í quotas de O, I mL e p l a queadas em m e i o D R B C . As p l a c a s em t ri p l i cata fo ram in cubadas por 5 dias a 2 5" C para con tagem das U FC/g (S I LVA et aI., 200 1 ) . Os " swabs" foram mantidos em I O ml de solução de sal in a peptonada O, I %. Desta solução foram retiradas a l íq uotas de O, I ml e plaq ueados em meio D R B C . As placas em tripl icata foram incubadas por 5 dias a 25" C e depois contadas as UFC/cm" (S I LVA et aL , 200 I ). As amostras de ar foram coletadas com o aux ilio de um apare l ho ( M i l l i pore, mode l o M on itor M AIR T), em meio Agar Extrato de Malte (M EA), conforme proposto por S A MS ON et a I . , (2000). Cada placa foi incubada por 5 dias a 25" C e depois contadas as UFC/m3 Os fun gos da salmoura foram • Ta bela 1 - 3 R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O - 3.1 - I d en t i fi c a ç ã o d o A gen te D eter i o r a n te Os traba l ho s de i d en t i fi cação do a g en te deteri oran te foram d i rec i onados para o gên ero Penicillium. O s res u l t a d o s d a m o r fo l ó g i c a macroscópica foram os seguintes. Crescimen to e m M EA : d iâmetro d a s colôn ia s ( D C ) d e 450 m m , c o m forma chata e aveludada, den so, c o r verd e az ul característica e c o r verde escuro n o reverso. Crescimento em Agar Cz apek Extrato de Levedura ( C Y E A ) : DC de 4 5 0 mm, c o m forma c h a t a e ave l udada, den so, cor verde azul característica e cor verde escuro no reverso. Crescimento em Aaar Creatina Sacarose (CREA): DC de 400 mm, c �m forma chata e aveludada, cor verde az u l carac terí stica sem produção de ácido. Crescimen to em Agar N itrato Sacarose (NSA) : DC 400 mm, com forma chata e avel udada, den so, com cor verd e az ul caracterí stica. Cresci mento em M EA+ 0 , 5 % d e ácido acético: DC de 3 00 mm, c o m forma chata e a v e l udada, cor verde az u l c a rac t e rí s t i c a . A microscopia do isolado revelou as seguintes carac terí sticas : con idió foros " tetraverticilados rugosos" com conídios redondos l i sos. Com estes resultados c on c l u ímos que o material i s o l ado p erten c i a à espécie P roque/arri. As espécies P roqueforti, P. carneum e P. paneu lll são m o rfo l o g i c a m en t e Freqüência e n úmero d e ocorrência dos gêneros d e bol ores e m todas a s amostras. Freq. I isolados segundo metodol ogia da American Public H ea l th of W a t e r an d W a st e w a t e r - A P HWW ( 199 8). Alíquotas de 0, 1 mL, sem diluição, foram in oculadas em meio DRBC. I Penicilliulll 39 , 5 7 % Aspergillus 44, 19 % Cladosporilll11 8,9 7 % Rhizopus Fusariul11 Aureobasidium ChJysosporiulJl Alternaria EpicocculJl He Im i 111 hosporiulJl Geotrichllll1 Gliocladilll1l Nigrospora RhizolJlucor Un iden t i fi e d 7,27% N o . Ocorr. 11 8 Freq. I 5 6, 79 % 1 7,07% 0,08% (swabs) N o . Ocorr. 17 11 3 0,08% 0.0 1 % 0.0 1 % 4 2 6, 29 % 7 U FC/m3 (ar) Freq. I N o . Ocorro 29 , 39 % 4 7 , 69 % 1 7 ,04% 0.72% 1 ,6 1 % 21 9 8 0, 0 3 % 0, 3 1 % 0, 1 8 % 0, 1 8% 0, 0 3 % 2 3 1 0, 0 3 % 0,03% 2, 5 % 5 I 12 Frequência da quantidade U FC para todos os materiais amostrados 2 Ocorrência de ao menos uma única colônia de cada gênero em quaisquer dos materiais amostrados Pág. 2 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 3 A N A I S DO X X I I I C O N G R ESSO N AC I O NAL D E LATi C í N I OS ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS s e m e l hantes e só são d i feren c i adas a t ravés d e genética molecular ( B O Y S EN e t aI., 1 99 6 ) . 3 .2 - B o l o r es Foram identifi cados 1 4 d i ferentes gêneros de bolores. O mais freqüente, considerando-se todas as amostras foi o gênero Aspergíllus, porem Peni cilliu/Il, esteve mais "espalhado" entre os materiais amostrados (Tabela I ). Os outros gêneros isolados foram : Cladophiadophora, Rhizopus, Fusarium, Aureobasidiul11, Chrysosporium, Alternaria, EpicOCCUII1, Hell11inthosporiul11, Geotrichum, ' Gliocladium, Nigrospora e Rhizol11ucor (Tabe l a I ) . Helminthosporium, Epicoccum, Fusarium, Geotrichul11 Rhizomucor e Rhizopus foram bolores i s o l ados s o m ente das a m ostras a m b i e n t a i s . O gênero Aureobasidium foi isolado apenas das luvas de borracha dos trabalhadores As médias das contagens de bolores em U FC/ g comparadas pelo teste de Tukey não apresen taram diferenças signi ficativas entre si, deixando c l aro que os i n s u mos não foram uma fonte de contaminação (Tabela 2). Maiores quantidades de b o lores ( U FC/cm2 ) foram obti das das amost ras dos queijos armazenados nas câmaras-frias 2 e 3 ( Ta b e l a 3 ) . O s v a l o re s n a s a m o stras 45 e 2 9 parecem i nd icar q u e o tratamento c o m sorbato de potássio parece ter pouco efeito na prevenção da contaminação por bolores (Tabela 3 ) . As aval iações ambientais m o stram haver uma p r e s e n ç a s i g n i fi c a t i v a m e n t e m a i o r de b o lores na amostra 5 7 (ar da câmara 2 aos 60 dias) com 1 ,9 X 1 03 U FC/m3 seguida da amostra 58 (ar da câmara 2 aos 1 80 dias) com 1 ,2 X 1 03 U FC/m3 e depois da amostra 48 (ar da fazenda) com I , I X 1 03 U FC/m3 . O s demais tratamentos não d i ferem entre si. Aspergillus e Penicillium foram os d o i s contam i nantes m a i s importantes nas a m o s tras a mb i e n t a i s ( Ta be l a I ) . Há u m a correlação positiva entre as contagens de bolo res e o tempo de permanência dos q ue ijos nas câmaras-frias durante o processo de maturação ( F i g u r a I ) . N ão h o u v e c o rre l a ç ã o e n t re as contagens de U FC nos q ueij os com a quantidade de bol ores das amostras ambienta i s . Tabela 2 - Comparação d a s médias de bolores em U FC/g pelo teste de Tukey. Amostras n Médias 1 Leite ordenha 5 2 Leite tanque expansão 5 ° 1,3X10 1,5X101 3 Leite transporte granel 5 O 4 Cloreto de cálcio 5 O 5 Fermento lacteo 5 O 6 Soro fermento 5 O 7 Leite pasteurizado 5 ° 1,3X10 8 Massa de queijo 5 O 10 Queijo resfriamento 5 O 11 12 Queijo + sorbato , câmara 1, prof., dia 38 14 Queijo , câmara 1, prof., dia 38 16 18 20 Queijo salga 5 Queijo + sorbato , câmara 1, prof., dia 68 5 5 O Queijo + sorbato , câmara 1, prof., dia 188 Queijo, câmara 1, prof., dia 68 5 O ° 6,7X10 Queijo, câmara 1, prot., dia 188 5 Queijo + sorbato , câmara 2, prof., dia 38 5 O 24 5 O 26 Queijo , câmara 2, prot., dia 38 5 O 2 1,9X10 6,7 X101 22 28 Queijo + sorbato , câmara 2, prot., dia 68 5 30 Queijo, câmara 2, prof., dia 68 32 Queijo + sorbato , câmara 2, prot., dia 188 5 34 Queijo, câmara 2, prot., dia 188 5 36 Queijo + sorbato , câmara 3, prot., dia 38 5 38 Queijo , câmara 3, prot., dia 38 5 5 40 Queijo + sorbato , cãmara 3, prof., dia 68 5 42 Queijo, câmara 3, prot., dia 68 5 Queijo + sorbato , câmara 1, prot., dia 188 6,7 X101 2 2,3X10 3,0X102 2,0X102 2 1,4X10 2 1,0X10 O 2 1,3X10 46 Queijo, câmara 3, prot., dia 188 5 ° 1,3X10 63 Solução salina 5 1 Medias c()m a mesma letra �ã� _difE)rern_siiJnifi�ativarnElnte pelo tEl�tEl dE) Tukey (a = 5%) 44 5 - Comparação das médias de bolores em UFC/cm2 pelo teste de Tukey. Amostras 9 Formas 13 Queijo + sorbato, câmara 1, swab, dia 38 15 Queijo, câmara 1, swab, dia 38 n Médias 1 5 5 O ° 9,4X10 Queijo + sorbato, câmara 1, swab, dia 68 5 O 17 5 O 19 Queijo, câmara 1, swab, dia 68 21 Queijo + sorbato, câmara 1, swab, dia 188 5 5 23 Queijo, câmara 1, swab, dia 188 5 25 27 Queijo + sorbato, câmara 2, swab, dia 38 5 Queijo, câmara 2, swab, dia 38 29 Queijo + sorbato, câmara 2, swab, dia 68 5 5 31 Queijo, câmara 2, swab, dia 68 Queijo + sorbato, câmara 2, swab, dia 188 5 5 35 37 Queijo, câmara 2, swab, dia 188 5 Queijo 5 39 Queijo, câmara 3, swab, dia 38 5 41 Queijo 43 45 Queijo, câmara 3, swab, dia 68 Queijo + sorbato, câmara 3, swab, dia 188 5 5 33 + + sorbato, câmara 3, swab, dia 38 sorbato, câmara 3, swab, dia 68 ° 2,4X10 ° 4,6X 10 ° 3,8X10 ° 0,5X10 ° 2,5X10 1 4,9X10 6,9X101 a. a, b b O 1,7X101 4,3X10° ° 1,0X10 ° 3,1X10 1,1X101 2 1,2X10 3,5X101 5 47 Queijo, câmara 3, swab, dia 188 5 ° 62 Luvas 0,4X10 5 1 Medias com a mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey (a = 5%) Tab ela 4 - Comparação das médias de bolores em U FC/cm3 pelo teste de Tukey. Amostras 1 200. I� 150, EE 100· f:! (!) 'O o a. ;...� n 48 Ar da fazenda 49 51 Ar da plataforma na indústria Ar da sala de fabricação Ar da salga 52 Ar da sala de secagem 5 53 Ar, câmara 1, dia 38 5 54 Ar, câmara 1, dia 68 55 56 Ar, câmara 1, dia 188 5 5 57 Ar, câmara 2, dia 38 Ar, câmara 2, dia 68 5 58 59 60 Ar, cãmara 2, dia 188 Ar, câmara 3, dia 38 Ar, câmara 3, dia 68 50 1,3X101 O 2,0X101 5 Tabela 3 5 5 5 5 5 5 5 o 3 1,1X10 3,3X102 1,3X102 2,6X102 1,6X101 1,9X102 4,4X101 4,8X101 2,6 X101 1,9X103 3 1,2 X10 1,4X101 ° 6,7 X10 5 61 Ar, câmara 3, dia 188 6,3 X101 5 1 Medias com a mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey (a 3 .3 SO' o' Médias 1 500 1 000 1500 Ocorrência de bolores (UFC/cm2) 2000 Figura 1 - Correlação entre bolores na superfície dos queijos e o tempo de maturação. Pág. 4 5%) - P en ic illi ul1l O g ê n e ro Penicilium fo i e n c o nt r a d o d isperso em m a i o r p a r t e dos materiais am 05trados com 49 ocorrências (Tabela I ). Leite, e i n s u m o s e p a r t e s i n t e rn a s d o s qu e ij o s n ã o a p resentaram c o n t a m i nação s i gn i fi c a t i v a p o r Penicililllll (Ta b e l a 5 ) . As m a i o res conta g e n s (U FC/cmC ) foram obtidas d a superfície d o s queijos mantidos nas câmaras 2 e 3 (Tabela 6 ) . A amostra 29 deixa alguma dúvida quanto à ação anti fúngica do sorbato de potássio contra fungos do gênero Pág. 5 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N A L DE L AT i C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS Tabela 5 - Comparação das médias de Penicillium em U FC/g pelo teste de Tukey. Tabela 6 - Comparação d a s médias de Penicillium em U FC/cm2 p e l o teste de Tukey. Amostras n Amostras Médias 1 O Leite ordenha 5 2 Leite tanque expansão 5 O 3 Leite transporte granel 5 O 4 Cloreto de cálcio 5 O 5 Fermento lacteo 5 O 6 Soro fermento 5 7 Leite pasteurizado 5 8 Massa de queijo 5 10 Queijo resfriamento 5 11 5 12 Queijo salga Queijo + sorbato , câmara 1, prot., dia 38 14 Queijo , câmara 1, prot., dia 38 23 5 O 37 Queijo + sorbato, câmara 3, swab, dia 38 O 39 Queijo, câmara 3, swab, dia 38 5 O 41 Queijo 5 O 43 Queijo, câmara 3, swab, dia 68 O Queijo + sorbato, câmara 3, swab, dia 188 5 45 O 47 Queijo, câmara 3, swab, dia 188 5 5 5 5 O Queijo + sorbato , câmara 3, prot., dia 38 5 36 5 O 38 Queijo , câmara 3, prot., dia 38 5 5 32 Queijo 5 34 Queijo, câmara 2, prot., dia 188 Queijo + s orbato , câmara 1, prot., dia 188 5 2 1,4X10 6,7X101 5 1,0X10 5 O 2 1 2,0X10 5 Queijo, câmara 3, prot., dia 188 0 1,3X10 5 Solução salina 63 1 Medias com a mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey (o ; j ::?. .g �� Gl i ! 200 ; 150 ; 100 ; c, 50 " 200 400 Ocorrência F i g u ra 2 - 600 800 1000 de Penicillium (UFC/cm2) 1200 C o rre l a ç ão e n t r e Penicillium n a superfície dos q ueijos e o tempo d e m a t uraçã o . 4 - + sorbato, câmara 3, swab, dia 68 5 5 5 5 Médias 1 O 0,2X100 O 0 0,2X10 0,1X100 4X100 2,9X100 O O 1,7X101 4,8X101 5%) CONCL USÃO C o n fi rmando D E B O ER, ( 1 99 9 ) a matriz do p a r m e s ã o t a l v e z l i m i te o c r e s c i m e n to microbiano a um pequeno n úmero de espécies, o que poderia ser uma explicação do porque apenas P. roq u eforn fo i i d en t i fi ca d o c o m o a ge n t e d e t e r i o ra n t e s e n d o q u e o ut r o s g ê n e r o s c o n tami nantes também foram isolados no traba l h o . A p e s a r d e o s Aspergillus t e r e m t i d o u m a c o nt a g e m a b s o l uta m a i or, do ponto d e v i s t a ec onômico, os PenicilliulI1 se m ostraram m a i s i m p ort a n t e c o m o c o n t a m i na n te s . A a ç ã o d e t e r i o ra n t e a c o n t e c e p r i m o r dialmente na casca. A condição de aerobiose e o contato da casca com as prateleiras de madeira talvez sej am os fatores que contribuam para tal. C o n firm o u-se também a tendênc ia de aumento dos problemas ligados à deterioração por bolores con forme o maior período de permanência dos queijos nas câmaras-frias de maturação. Quanto maior o tempo de maturação, maior foi grau de c o n tam i n a ç ã o . Helll1inthosporiulI1 , tjJiCOCCl/lll, FusariulI1, Geotrichu lI1 Rh izol11 l1 cor e Rhizoplls fo ram bo l o res i so l ados somente das amostras de ar. Tod o s e l e s são c i tados por L A R O N E , ( 1 9 9 6 ) como orga n i s m o s contami nantes d o a mb i en t e . O ar d a câmara 2 s e mostrou o m a i s contaminado por bol ores durante o período do e x perimento. Esta câmara- fria apresentou valores de U F C/m3 m a i o r e s q u e os c o n s i d e ra d o s " p o b re" p o r R A D M O R E & L U C K ( 1 9 8 4 ) menc ionados e m S C H O LTE a 1 . a I , (2000). I sto sugere q u e maiores cuidados deverão ser tomados quanto à qualidade do ar no interior da indústria. A mesma sugestão é feita por K U R E et a I . . ( 2 0 0 4 ) após traba l h o vi sando ident i ficar as fo ntes de co ntami nação por bo lores em fábricas de queijo na N oruega. O ar externo não foi uma importante fonte de contam inação para os ambientes in terno s . O l e i t e , o s i n s u m o s , o s a g e n t e s i n ter veni entes e a sal moura não contribuíram como fo nte conta m i n a ç ã o . Há d ú v i d a s quanto à a ç ã o do sorbato de potássio como agente conservante, sugerindo que testes sej a m rea l i zados p a ra m e l h o r a v a l i a r a a ç ã o destes c o n s e rvantes c o mo i n i b i dore s da deterioração fúngica, vi sto que P. roqueforti e outras espécies do gênero são menc ionadas como b. c O 1,3X101 3,4X10° O 3,1X10° 1 1,1X10 0,1X10° 1,7X102 O 5 62 Luvas 1 Medias com a mesma letra não diferem significativamente pelo teste de Tukey (o 46 PenicilliulI1 (Tabela 6) . Houve um aumento nas contaaens de Penicil!iulI1 em UFC/cm" conforme o tem o de permanência dos queijos nas câmaras frias ( Figura 2 ) . Porém não há correlação entre a contagem nos que ij o s com a q uantidade de Penicillium das amostras ambienta i s . Queijo, câmara 2, swab, dia 38 5 5 5 Queijo, câmara 2, prof., dia 68 44 Queijo, câmara 1, swab, dia 188 Queijo + sorbato, câmara 2, swab, dia 38 Queijo, câmara 2, swab, dia 188 1 1,3X10 2 1,9X10 1 6,7X10 1 6,7X10 2,0X10° Queijo, câmara 3, prof., dia 68 27 sorbato, câmara 1, swab, dia 188 Queijo + sorbato, câmara 2, swab, dia 188 5 42 5 5 + 35 5 Queijo + sorbato , câmara 3, prot., dia 68 Queijo, câmara 1, swab, dia 68 Queijo 33 Queijo, câmara 1, prot., dia 188 40 19 21 O Queijo + sorbato , câmara 1, prot., dia 188 sorbato , câmara 2, prof., dia 188 sorbato, câmara 1, swab, dia 68 5 22 + 5 + 5 20 30 5 Queijo Queijo, câmara 2, swab, dia 68 5 Queijo + sorbato , câmara 2, prot., dia 68 Queijo, câmara 1, swab, dia 38 Queijo + sorbato, câmara 2, swab, dia 68 5 28 15 17 5 31 Queijo, câmara 1, prot., dia 68 Queijo , câmara 2, prot., dia 38 Queijo + sorbato, câmara 1, swab, dia 38 29 18 26 5 13 25 O n O Queijo + sorbato , câmara 1, prot., dia 68 Queijo + sorbato , câmara 2, prot., dia 38 O 1,3X10° Formas 5 16 24 9 - 5%) tol erantes a ação deste e outro s co nservantes ( F I LTEN B O R G et a! . , 1 9 9 6 ; F I LT E N B O R G et a I . , 2000, N I E L S EN & D E B O E R , 2000) . Os resul tados d este estudo, a p l i cados ao programa de APPCC da indústria, com especial atenção para as condições ambientais nas câmaras de maturação e os procedimentos de rotina para os anti fúngicos, foram decisivos na correção dos defeitos de qualidade dos queijos, resu ltado em ganhos nos aspectos econômicos e d e segurança alimentar para a ind ústria em questão. Nossos resultados, com algUl'Í1as variações, são semelhantes aos obtidos por outros autores q ue t a m b é m tra b a l h a ra m n e s t e c a m p o ( TAN I WA K I & D E N D E R , 1 99 2 ; K U R E et a I . , 2 00 1 ; K U R E e t a I . , 2 0 0 4 ) . A BS T R A C T T h e leading of t h e research reported i n thi s paper was to offer technical support to the quality control program in a Brazi lian Parmesan cheese 111i l 1 , where some cheese were looking spoi led by mould. A m i cro b i o l o g i c a l t ra c i n g was ma de fo l l o w i n g the e n t i re P a r m e s a n p ro d u c t i o n c h a i n . T h e sa m p l i n g s t a r t e d \V i t h l h e m i l k prod uction o f a farm and ended \Vith lhe cheese i n the m i l l s r i p e n i n g - ro o m . E n v i ro n m e n t a l conditions were a l so anal yzed by internaI and externai air sampl ing. T he fungi were identified Pág. 7 Pág. 6 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS by m o rp h o l o g i c a l a n a l y s e s and other suppl ementary tests. I n a l i samples were found 1 4 d i ffer e n t g e n e ra of m o u l d s : Penicilliul11, Aspergil/us, CladosporillllZ, Rhizopus, Fusariul11, Aureobasidiul11, Chrysosporiul11 , A/ter/1aria, Epicoccu/I1 , Hell11 in/hosporium, Geotrichul11 , Gliodadillf11, Nigrospora e Rizomucor. Considering ali samples, the genera Aspergillus and PenicilliulIl were the most present. Identification procedures l ed to iden t i fy the o rg a n i s m i s o l ated from the dark spot o n spo i l e d c h ee s e a s the s p e c i e s PenicilliulJ1 roqueforri. Keyw o rd s : Mould spoi l age, PenicilliulJ1, Parmesan c h eese, q u a l i ty control REFERÊNCIAS B I B L IOGRÁFI CAS AMERI CAN P U B L I C H EA LTH O F WATER ANO WAST EWAT E R - A P H WW. Standard methods for the exam ination of w a ter a n d wastewater. ' 2 0,h. ed. Washington-D C : American Public Health Association, 1 99 8 . p . 9/ 1 3 1 - 9/ 1 40 . ARVAN ITOYAN N I S, I . S . ; M AU ROPOU LOS, A . A. Implementation of the hazard analysis criticai c o n t r o l p o i n t ( H A C C P ) s y s t e m to K a s s e ri/ Kefalotiri and Avenato cheese productions l ines. Food Control, v. I I , p. 3 I -40, 2 0 0 0 . B A R B I E RI , G . ; B E RGA M I N I . C . ; O R I , E . ; R ES CA, P. A flatoxina M I i n Parmesan cheese: H P L C determ inat i o n . J. F o o d S e i . , v. 5 9 , p. 1 3 1 3 - 1 33 1 , 1 994. B O Y S E N , M . ; S KO U B E , P. ; F R I S VA D , J . ; R O S S E N , L . Reclassification o f the Penicil/iul11 roque/orti group into three species on the basis o f m o l ecular genetic and b i ochemical profi les. M ic ro b i o l ogy, v. 1 42 , p . 5 4 1 -5 4 9 , 1 99 6 . D E B O E R , E . ; B E U M E R , R . R . M e t h odo logy fo r d e t e c t i o n and t y p i n g of fo o d b o rn e microorgan isms. I nt. J . F o o d M ic ro b i o I . v . 50, p . 1 1 9- 1 30, 1 999. F I LT E N B O R G , O . ; F R I SVA D , .I . c . ; T H RA N E, V. M o u l d s in fo od s po i l a g e . I n t . J . F o o d M ic r o b i o I . v. 3 3 , p . 8 5 - 1 0 2 , 1 9 9 6 . FI LTEN B O R G , O . ; F R I S VA D , J . c . ; S A M SO N , R . A. Spec ific association of fungi to foods and influence of physical environmental factors. I n : SAMSON, R . A . ; H O E KSTRA, E. S . ; F R I SVAD; J . C.; FI LT E N B O RG , O . I n troduction to foo d a n d a i r b o r n e fu n g i . 6'h . e d . U trec h t : C entraal Bureau Voor Schimmelcultures, 2000. 32 I -330p. F R I S VA D , J. C . ; T H R A N E , V. M i c o t o x i n p roduction by com mon fi l amentous fu ngi . I n : SAMSON, R . A . ; H O EKSTRA, E . S . ; F R I SVA D ; A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LATi Cí N I OS J. c . ; F I LT E N B O R G , O . I ntroducti o n to foo d a n d a i r b o rne fu n g i . 6'h.ed . U t rec h t : Centraal Bureau Voor Schimmelcultures, 2000. 32 1 -330p. H EG G U M , C . Trends i n hygiene m�nagement the dairy sector exemp l e . Food C o ntrol, v. 1 2 , p. 24 1 - 2 4 6 , 2 00 1 . KU RE, C . F. ; S KA A R , I . Moulds growth on the Norwegian semi-hard cheese Norvegia and Jarlsber. I nt. J . Food Microb iol. v. 62, p. 1 33 - 1 37, 2000. KU RE, C . F.; WAS T E S O N , Y ; B RE N D E H A U G , J . ; S KA A R , I . M o u l d s contaminants on Jarlsber and N orvegia cheese blocks from fou r factories. I n t. J . Food M i c r o b i o I . v. 7 0 , p. 2 1 -2 7 , 2 00 1 . KU RE, C. F ; S KAAR, 1 . ; B RENDEHAUG, J . Mould contamination in production of semi-hard cheese. I nt. J . Food M icrobioI. v. 93, p. 4 1 -49, 2004. L A R O N E , D . H . M ed i c a l l y i m p o r t a n t fu n g i : A guide to identi fi c at i o n . 3 rd e d . Wa s h i ngton, D C : A S M Press, 1 99 6 . 2 74p. M ES S E R, .I . W. ; M I DU RA, T. F.; P E E L E R . J . T. Sampling plans, samp l e collection, shipment and preparation for analysis. I n : VAN D E RZ A RT, c . ; S P L I T T S TO E S S E R , D . F. C o m p en d i u m o f meth ods fo r the m i c r o biological exa m i n ation of foods. 3 nl.ed. Wash ington, D C : A P H A. 1 992 . p. 2 5 -4 8 . N I E L S E N , P . V. ; D E B O E R , E . F o o d preservati ves against fungi. I n : SAMSON, R . A . ; H O E K S T R A , E . S . ; F R I S VA D ; J . C . ; F I LT E N B O R G , O . I n t r o d u c t i o n t o fo o d a n d a irb orne fu ngi. 6 h.ed. U t recht : Centraal Bureau Voor S c h i m m e l c u l t u re s , 2 0 0 0 . 3 5 7 - 3 6 3 p . S A M S O N , R . A . ; H O E KSTRA, E. S . ; FRI SVA D ; J . c . ; F I LT E N B O R G , O . I n troduction to foo d a n d a i r b o r n e fu n g i . 6 h . e d . U trec h t : C entraal Bureau Voor S c h i llllll e l c ul tures, 2000. 389p. S C H O LT E , R. P. M . ; S A M S O N , R. A . ; D I .I K S T E R H U I S , J . S p o i l a g e fun g i i n t h e industrial processing o f food. I n : S A M S O N . R . A . ; H O E K S T R A , E . S . ; F R I S VA D ; J . C . ; F I LT E N B O R G , O . I n t r o d u c t i o n t o fo o d a n d airborne fu ngi. 6'h.ed. Utrecht: Centraal Bureau Voor S c h illl m e l c u l t ures, 2 0 0 0 . 3 3 9 - 3 5 6 p . S I LVA, N . ; J U N Q U E I RA, V. C . A ; S I LV E I RA, N . F. A. M a n u a l d e m é t o d o s d e a n á l i s es m i c r o b i o l ó g i c a s de a l i m en t o s . 2 . e d . S ã o Pau l o : Vare l a , 2 0 0 I . 3 3 2 p . S T E T Z E N B A C H , L . D . M i c roorgani slll s a n d indoor a i r qua l ity. C l i n . M i cro b i o I . New s I . , v. 2 0 , p. 3 4 -4 5 , 1 99 8 . TA N I WA K I , M . H . ; D E N D E R, A . G . F . van . O c c u rr e n c e o f t o x i gen i c m o l d s in B ra z i l i an c h e e s e . J . F o o d P r ot ec t . , v. 55, p . 1 8 7 - 1 9 I , 1 9 92 . DESENVOLVIM ENTO E AVALIAÇÃO DE FILME AROMATIZADO PARA LEITE FLU I DO Development and evaluation of aromatic film to milk Pires , A.C.S . l Soares, N . F. F.2 Ribeiro, M .C.T.3 Camil loto, G . P .3 Gonçalves, M . P.J.C.4 RESUMO O leite e seus derivados são alimentos altamente nutritivos, que fazem parte da dieta h umana, pri n c ip a l m ente nos pa í ses do ocidente, e contribuem com cerca de 30 % da in gestão de proteínas e gorduras e com 80 % da ingestão de cálcio. A produção mundial de leite foi de, aproxi madamente, 5 3 0 mil toneladas em 2005 . sendo este destinado à fabricação de l eite fl uido e diversos deri vados lácteos . O consumo de leite fluido no Brasil tem aumentado nos últimos cinco anos, no entanto, ainda é inferior ao de países da U nião Européia e E stados Unidos. O conceito de embalagens ativas é relativamente novo e estas vêm sendo desenvolvidas com a fi nal idade de interagir, de forma desejável e controlada, com o alimento, modificando algumas de suas propriedades. N este contexto, o presente trabalho obj etivou desenvolver uma embalagem ativa capaz de aromatizar o leite fl uido, melhorando, assim, a aceitação deste produto. Foram produzidos filmes com di ferentes concentrações (25%, 50% e 75%) de aroma de morango e estes foram colocados em contato com o l eite pasteurizado . Foram rea lizadas análises fisico-químicas (gordura, densidade. crioscopia, acidez titulável, pH, extrato seco total e desengordurado) e mi crobiol ógicas (contagem de mesó fi los aeróbios totai s. col i fo rmes, col i formes termotolerantes e presença/ausência de Listeria sp.), nos tempos O, I, 2 e 3 dias de armazenamento, das amostras em contato com os fi l mes aromáticos e da amostra contro l e . Real izou-se também, aná l i se sensorial de aceitação d o s a tributos aroma, sabor e imp ressão global. das mesmas amostras após 2 dias de armazenamento . N ão houve diferença (p>0,05) entre as amostras, quanto às análises físico-químicas e microbiológicas em nenhum dos tempos avaliados. Para a avaliação sensorial, as amostras aromatizadas não diferiram entre si (p>0,05) para os atributos aroma e impressão global, sendo estas mais aceitas do que a amostra controle. J á para o a t ributo sabor, houve d i fe rença ( p < 0 , 0 5 ) entre as amostras, sendo a amostra aromatizada a partir do fi lme com 50% de aroma a mais aceita e a amostra controle a menos aceita. Os fíl mes aromáticos desenvolvidos apresentam grande potenc ial de apl icação como revestimento interno de embalgens para acondicionamento de leite, sendo capazes de melhorar a aceitação do produto sem, contudo, alterar suas propriedades físico-químicas, microbiológicas e, também, sem modifi car a linha de processamento deste produto. ' ' Palavras-ch ave: emba lagem ativa, l e it e , a ro m a . 1 - I NTRO D U ÇÃO O l eite e seus derivados são as p rincipais fontes de cálcio da al imentação humana. Cada bra sileiro bebe, em média, 1 30 litros de l eite por ano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o c on s u m o m í n i mo sej a de 1 7 5 l i t ro s 2 3 4 anualmente. Em pesquisa recente, verificou-se que o brasi l e i ro consome. em média. 8 9 % e 4 1 % a mais de refrigerantes e cerveja, respectivamente, quando comparados com a ingestão de leite fluido. C o n c o m i tantemente, o b ras i l e i ro g a s t a , a p ro- M estran da em Ciência e Tecnologia de A l imentos - DTA/U FV Professora PhD - DTA/UFV Graduandas em Engenhari a de Al imentos -- DTA/UFV Pesqui sadora OS - PRO DOC/CAPES DTA/UFV Pág. 8 Pág . 9 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS x i m adamente, 1 44% e 1 3 7 % a m a i s c o m refrigerantes e cerveja, respectivamente, quando comparados aos gastos com o consumo de l eite fluido (www.agencia .cnptia.embrapa.br) . O s hábitos dos consumidores m u d a m fre qüentemente e o mercado está em constante busca por novos produtos, saudáveis, práticos e, ao mesmo tempo, com características sensoriais agradáveis. A incorporação de tec n o l o g i a s i n ovad oras e o lançamento de novos produtos mantêm as empresas na concorrência ativa e garante seus l ugares no mercado (G RUNWALD, 1 993). O aroma c o n s t i t u i uma característica sensorial e x t remamente i m p o rtante e m um produto e é um dos principais critérios de aceitação do consumidor ( P E D RÃO et a I . , 1 999). Em pes quisa recente, verificou-se que o aroma de morango é o preferido pelos consumidores brasileiros para i o gurte e s i m i l ares, detendo c erca de 7 0% do mercado (www.di pemar. com.br/ L E I T E/72). Tradicionalmente, as embalagens de alimen tos exercem um papel p a s s i v o , tendo como pri ncipais funções a proteção (barreira física) e venda (marketing) de produtos. As embalagens ativas possuem um conceito inovador e vêm ao encontro das novas exi gências dos consumidores. Segundo Soares ( 1 998), as embalgens ativas interagem de maneira desejável e controlada com os alimentos, melhorando suas propriedades. Inúmeras aplicações vêm sendo estudadas para essas embalagens, dentre e l a s fi l me s a n t i m i c ro b i a n o s , a b s o rvedores de oxigênio, absorvedores de etileno, absorvedores de umidade, imobil ização de enzimas, entre outras ( V E R M E I REN et a ! . , 1 999; H A N , 2003). No Brasil, estudos vêm sendo conduzidos em diversos alimentos. Cunha et a!. (2005) incorporou a enzima lactase em um filme e obteve eficiência no processo de hidrólise do leite. Filme incorporado com nisina foi e ficaz sobre Slaphylococcus sp. presentes na superficie de queijo coalho (MELO et a ! . , 2005 ) . Pereira et aI . (2005) verificou ação de fi lme incorporado com natam icina sobre o fungo PenicilliulI1 roquel:làrlj, isolado de queijo roquerfOlt. N este c o n t e x t o , este tra ba l h o obj et i v o u d e s e n v o l ve r u m fi l m e a t i v o a ro m a t i zado e avaliar sua apl icação em leite fluido pasteurizado. 2 - M AT E RI A L E M ÉT O D O S O trabalho foi desenvolvido n o Laboratório de Embalagens do Departamento de Tecnologia de A l imentos ( DTA) da U F Y. 2 . 1 - P r o d u ç ã o d o s fi l m es Os filmes, de base celulósica, foram produ zidos pelo método casling, seguindo metodologia uti l izada por Soares ( 1 9 9 8 ) . Foram p reparados fi lmes com diferentes concentrações ( 2 5 % , 50% e 75%) de aroma de morango, gentilmente cedido pela Duas Rodas. O s fi l m e s foram cortados em áreas de 640 cm2, submetidos à exposição à luz U V por 2 mi nutos e colocados em contato com 1 L de l eite pasteurizado. 2 . 2 - C a rac terí s t i c a s d o s fi l m es A espessura dos fi l mes foi avaliada, em cinco pontos di ferentes, por meio de um micrômetro e as c aracterísticas mecânicas (carga máxima na ruptura e % de alongamento até a ruptura) foram anali sadas por meio de I N STRON modelo 3367, com quatro repetições. Para ava l i ar a i n fl uência da concentração do aroma nas características dos filmes, realizou-se análise de regressão dos valores experimentais, testando o model o de 1 0 grau. 2.3 - A n á l i s es m i c r o b i o l ó g ic a s O s leites (aromatizados e contro l e ) foram a n a l i s a d o s q u a n to à c o n t a g e m de m e s ó fi l o s aeróbios tota i s , col i formes a 3 0°C, c o l i formes a 45°C e quanto a presença/ausência de Lisleria l71onocylogenes, nos tempos O, 1 , 2 e 3 dias de armazen a m e n t o . A s a n á l i s e s m i crob i o l ó gi c a s foram realizadas segundo a metodologia descrita pela I nstrução N ormat iva n° 62/2 003 ( B RA S I L, 2 0 0 3 ), em três repetições e c o m d u p l i cata. 2.4 - A n á l i s es fís i c o - q u í m i c a s F o ra m rea l i za d a s a n á l i se s d e a c i d e z t i t u l á v e l , p H , d e n s i dade, gord ura, crioscop i a , extrato seco total e extrato seco desengordurado de acordo com a metodol ogia recomendada pelo L a b o ra tório N a c i o n a l d e R e fe r ên c i a A n i m a l ( LANA RA) ( B R A S I L, 1 9 8 1 ). As análises foram real izadas com três repetições e em dupl icata, nos tempos O, I , 2 e 3 dias de armazenamento . 2 . 5 - A n á l i s e s en s o r i a l A a ná l i s e s e n s o r i a l fo i rea l i z a d a no Laboratório de Anál ise Sensorial do DTA/U FV, uti l izando 50 provadores na fai x a etária entre 1 7 e 50 anos. O teste de aceitação foi conduzido em cabines i n d i v i d u a i s , com ap resentação das a m o s t ra s a ro m a t i z a d a s e c o n t ro l e d e fo rm a monád ica. Os provadores j ulgaram as amost ras, quanto ao aroma, ao sabor e à impressão global, atribuindo notas de I a 9 pontos ao produto, de a c o rdo com a e s c a l a h ed ô n i c a , com t e rm o s extremos anc orados n o s t e rm o s ( I ) desgostei extremamente e ( 9 ) gostei extrema m e n t e . Os ANAIS D O XXIII C O N G R ES S O N AC I O N A L D E L ATi C í N I OS r e s u l t a d o s fo ram a n a l i s a d o s p o r a n á l i s e d e variância adotando n í v e l d e 5% d e probab i l i dade, por meio do p rograma SAS versão 8 . 0 . 3 . 0 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O 3 . 1 - C a r a c ter í s t i c a s d o s fi l m es Os fi l mes obtidos apresentaram opacidade e aroma característico de morango. Observou-se e fe i to ( p < 0 , 0 5 ) d a concen tração do aroma na espessura, sendo que à medida que houve aumento da concentração, a espessura também aumentou . E feito significativo (p<0,05) também fo i o b s e rv a d o n a ca rga m á x i m a suportada pelo filme e n a sua deformação, sendo que maiores concentrações resultam em redução dessas características. 3.2 - A n á l i s es m i c r o b i o l ó g i c a s N ã o h o u v e d i fe re n ç a s i gn i fi c a t i va ( p > 0 , 0 5 ) e n t re as c o nt a g e n s de m e s ó fi l o s aeróbios tot a i s e c o l i formes a 3 0°C, sendo as méd ias das contagens 3 , 6 5 log U FC . m l- l , e < 2 N M P. m L- I , respect ivamente. Em n e n h u m a das amostras foi detectada a presença de c o l i formes a 45°C e de L . lI1onocy/ogenes. 3 . 3 - A n á l i s es fí s i c o - q u í m i c a s N ã o h o u ve d i fe r e n ç a s i g n i fi c a t i v a (p>0,05) entre os tratamentos aromatizados e o c o n t ro l e p a ra t e o r e s de g o r d u r a , d e n s i d a d e , c ri o s c o p i a , a c i d e z t i t u l á v e l , p H , e x trato seco total e desengordurado ao longo do tempo. O s valores m é d i o s o b t i d o s p a ra e s s e s p a râmetros fí s i c o -q u í m i c o s foram 3 , 2 % ; 1 03 0. 2 g . m L - I ; 0,54 1 OH; 1 5 ,4 °D; 6,7; 1 1 ,8 1 % e 8,55%, resp e c t i v a m e n t e . O b se r v o u - s e , portanto, q ue todos as características físico-químicas anal isadas das amostras testadas encontraram-se dentro dos padrões e x i g idos, para l eite pasteurizado, pela Instrução N o rmativa n05 1 de 1 8 de setembro de 2002 do M i n i stério da Agricu l t ura, Pecuária e Abastec imento . 3 . 4 - A n á l i s e s en s o r i a l A s amo st ras aromatizadas n ã o d i feriram entre si ( p > 0 , 0 5 ) q uanto à a c e i tação p a ra os atributos aroma e impressão global, com médias 6,84 e 6,43, para esses atributos, respectivamente, ind i c a n d o os termos " g o s t e i l i g e i ra m e nte" e "g o stei m o d erada m en te" . No e n t a n t o , as amostra s aromatizadas d i feri ram ( p < 0 , 0 5 ) da amos tra c o n t ro l e que obteve média d e 5 ,44 e 10 5 , 5 2 , fi c a n d o entre os termos " i n d i ferente" e "gostei l igeiramente" . P a ra o atrib uto " s a b o r" , a a m o stra a r o m a t i zada a p a rt i r d e fi l m e c o nt e ndo 5 0% d e aroma foi a mais aceita, obtendo média d e 6,54, fi cando entre os termos "gostei ligeiramente" e "gostei mo derada mente". As a m o s tra s a ro m a tizadas a partir d o s fil mes contendo 25% e 7 5 % de aroma n ã o d i feri ram entre si ( p > 0 , 0 5 ) p e l o teste d e Tukey quanto à aceitação d o sabor. J á a amostra controle, ou seja, a amostra não aroma t i za d a fo i a m e n o s a c e i t a p e l o s p ro v a d o re s , obtendo média d e 5 ,44 para este atributo . 4.0 - CONCLUSÃO Conclui-se que o s filmes ativos aromatizados p o s s u e m grande poten c i a l de a p l i cação c o m o re v e s t i m e n to de e m b a l agens p a ra aco n d i c i o namento de l e i t e fl u i d o , sendo capazes d e m e l h o rar a a c e i tação do l e i t e e , c o n s e q ü e n temente, seu consumo entre a população. Os fi l mes aromatizados não influenciaram nas características m i c robiológicas nem físico químicas do leite pasteurizado ava l iado. Devem ser testados outros aromas, outras conc entrações e a a p l icação destes fi l m e s em outros p rodutos, como o leite longa vida, q u e apresenta tendência crescente de consumo . 5 . 0 - A B S T RA C T M i l k and its products are important food i n t h e consumer diet and c a n contribute w i t h 30% of proteins and l ipids ingested as w e l l as 80% of caJciul1l. To increase milk consumption the present work developed an active packaging through an aromatized fi lm to add flavor in the. product. Film incorporated with O (control) 25, 5 0 and 75 % of strawberry flavor were immersed into pasteurized fl uid m i l k . P hysical chemical ana l y ses ( I i p i d s , dens ity, titrable acidity, pH, total dry extract and fatless) and microbiological analyses (total aerobe mesophilics, coliforms, termotolerant colifonns and Lisleria .\jJp) were realized at O, I , 2 and 3 days of storage at 8 "c. Sensory analyses were realized afier 2 days of storage fo r aromati zed m i l k and no aromatized milk (control) . The results showed no difference (p>0.05) among the samples for ali the physica l-chemical and microb iological analyses during storage period. In the sensory evaluation the a romatized samples d i d not show s i g n i ficant difference (p>0.05) for aroma and global acceptance and the scores \Vere higher than the control s3mples. However, the flavor showed difference ( p<0.05) among the aromat ized samples and the milk in c ontact with t h e fi l m 5 0% had t h e consumer Pág. 1 1 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L DE LATI c íN I O S ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS preference. T herefore, aromatized fi l m s can produced f1 avored milk to i mp rove m i l k consumption . Keywords: active packaging, m i l k , f1avor. A G RA D E C I M E N T O S C A P E S, C N Pq, FAP E M I G e F I N E P. R E F E R Ê N C I AS B I B L I O G RÁ F I CA S C U N H A, L . R . , S I LVA, C . B . , C O C C AT I , S . M . , G E R A L D I N E, R . M . , S O A R E S , N . F. F. , M E LO, N . R . Embalagem ativa para a fabricação de l eite d e l a c to s a d o . X X I I C o n g r e s s o N a c i o n a i d e Laticínios, p . 45-48, Jull Ago d e 2 0 0 5 . G R U WA L D , G . C o m o d e s e n v o l v e r e l a n ç a r u m n o v o p ro d u t o n o m e r c a d o . S ã o P a u l o : Ma kron Besks, 1 99 3 . 5 5 0 p . H AN , J . H . Antimi crobial Food Packaging. I n : A H V E N A I N EN, R. (Ed.) N ovel Food Packaging Tech niques. Washington : CRC Press, 2 0 0 3 . M E L O , N . R, S O A R E S , N . F. F. , W U R L I T Z E R , N . J . , A N D RA D E, N .J., M E LO, T. R . R . Avaliação d e fi l m e a n t i m i c robiano p ara c o n servação de q u e ij o c o a l h o . X X I I C o n g r e s s o N a c i o n a l d e Latic í n i o s , p . 45-48, J u l lAgo de 2 0 0 5 . PEDRÃO, M . R., CORO, F.A . G . Análise sensoria l e s u a i mp o rtân c i a n a p e s q u i s a d e a i i me n t o s . C i ê n c í a Bio!' Saúde, Londrina: U N O PA R , v. l , n . l , p . 8 5 - 89, 1 9 9 9 . P E RE I RA, R.M., FONTES, E.A.F., FRAGA, K.F. , AN D RA D E, N .J., SOAR ES, N . F. F., M ELO, N . R. Ava l i ação e desenvo l v i me n to d e fi l m e a n t i microbiano laminado na conservação d e queijo tipo gorgonzo l a . XX I I C o n g r e s s o N a c i o n a l d e Laticín ios, p . 45-48, J u l lA g o de 2 0 0 5 . S O A R E S , N . F. F. Bitterness Reduction i n C itrus J u i c e Thro ugh N a ringinase I mm o b i lized i nto Polymcr F i l m . P h . D . D i ssertati on, N ew York : Cornell University, 1 99 8 . 1 3 0p. V E R M E I R E N , L., D E V L I E G H E R E, F. , VAN B E E S T, M . , K R U I J F, N . , D E B E V ER E, J . Developments i n the Active Packaging of Foods. Food Science and Technology. v. l O, p . 77-86, 1 999. www. agencia.cnptia.embrapa.br (acessado e m 1 5 de maio de 2006). www.dipemar.com.br/LE ITE/72 (acessado em 2 0 de m a i o de 2 0 0 6 ) . AVALIAÇÃO DA MIGRAÇÃO DE NATAMICINA DOS FILMES ANTIMICROBIANOS PARA A SUPERFíCIE DE Q UEIJO TI PO GORGONZOLA Evaluation of natamicin migration from antimicrobial films to the surface of gorgonzola type chesee Fraga, K . F. l Soares, N. F. f.2 Santos, M. M. S.3 Fontes, E . A. F.4 Pereira, R. M.s Melo N. R.6 2 3 4 5 6 Estudante de Eng. Alimentos Professora Ph. D. - DTA/UFV Estudante de Eng. Alimentos Professora DS - CEFET/ R.P. Estudante de Eng. Al imentos Doutoranda - DTA/UFV Fontes Financiadoras: CAPES, Pág. 1 2 DTA/UFV DTA/UFV DTA/UFV CNPq , FAPEM I G e FINED. RESUMO O presente trabalho teve por finalidade desenvolver um filme antimicrobiano laminarlo com boa aderência ao queijo, aval iar e fi ciência na conservação do produto e verificar a migração da substância antimicrobiana incorporada (natamicina) para a superfície do queij o . D i ferentes concentrações de natamicina (O, 4 e 8%) foram incorporadas em base celulósica, que foi laminada à superficie de um filme de Poli (Vinil Cloreto) - PVc. A laminação foi eficiente, produzindo um filme com pequena elasticidade e uma aparência estriada. Após 30 dias de estocagem, os queijos do grupo controle (submetidos ao tratamento convencional ) apresentaram teores de natamicina superficial (mg/dm2) superiores aos queijos envolvidos com os fi l mes antimicrobianos incorporados com 4 e 8%. Nos queijos embalados com os fi lmes incorporados (4 e 8%) a natamicina não foi detectada na parte interna (a 5 mm de profundidade) dos mesmos. Os resultados obtidos com os filmes incorporados com o antimicrobiano foram muito satisfatórios, pois além de inibir o crescimento microbiano na superfície do queijo proporcionaram um produto de qual idade e mais saudável, uma vez que os níveis de aditivo a serem ingeridos pelo consumidor são reduzidos. Palavras-c h a v e : E mba lagem ativa, fi l m e antimi c robiano, natamicina, queij o gorgonzol a . 1 - I N TR O D U Ç Ã O O queij o t i po Gorgonz o l a o u q ue ij o azul originou-se no Va l e do PÓ, na Itália e é cons i derado um d o s q ue ij o s m a i s t ra d i c i o n a i s (FURTADO, 1 99 1 ). Um dos probl emas q u e afeta a qual idade do queijo tipo Gorgonzola é a formação de limo na casca do queijo, sendo resul tante do cresci mento de microorgani smos. principal mente fungos e b a c t é ri a s . P a ra reduç ão/i n i b ição são empregados antifúngicos, como a natamicina, que atua apenas na superfí c i e do queij o, não inter ferindo no crescimento b en é fico do Penicil/iul71 roque/ar/i, no interior do produto. O nome genérico natamicina, aprovado pela "Wa rd Healfh Organizafiol1 ", é s i n ô n i m o de p i maricina e c o n h e c i da com e rc i a l m ente como "Delvocid". A natamicina foi inicial mente isolada em 1 955 de uma cultura de Sfrepfamyces nafalensis, um microrgan ismo encon trado em soj a . É uma substância i n c o l o r e i no d o ra obtida de forma crista lizada e estáv e l . Possui peso molecular de 665,7 g/mol e fórmula C33 H47NO 13 (DAV I DSON e DOAN, 1 992). Possui baixa solubilidade em água e sol ventes polares orgânicos e é p raticamente inso l úvel em sol ventes apoi a re s . É sensível a ox idantes (por exemplo, peró x i dos orgânicos e grupos sul fidrila) e a radiação ul travioleta e sua estabil idade podem ser afetadas por temperatura, luz, acidez e metais pesados. É estável na faixa de pI-! de 4,5 a 6,5, sendo inativada em temperaturas superiores a 1 00°C por muitas horas. A natamicina pertence ao grupo de aditivos denominados conservantes, que de acordo com a ANVI SA. "são aquelas substâncias que impedem ou retardam a alteração dos alimentos provocada por microrganismos e enzi mas" ( Portaria n° 540 de 1 997) e é denominada pelo número E23 5 . É usada princ ipal mente para retarda r o c re s c i mento d e fungos e leveduras especifi camente na superfície de diversas variedades do queijo. O uso de natami c i na é p e rm i t ido na l eg i s lação b ra s i l ei ra , n o Mercosul e n a Comunidade Européia como conser vante (ANV I SA, resol ução nO 28, 200 1 ). A con centração máxima permitida no produto final deve ser de I mg/dm2 e um máximo de 5 mgíkg não detectável a 2 mm de profundidade ( M ERCOSUL! GMC/RES. N° 1 34/96, A N V I SA 200 1 ). Em relação a outros conservantes a natamici na possui uma série de vantagens. É uma substância que não i n fluencia no flavor, é efetivo em baixa concentração, seu custo é relati vamente baixo, não produz nenhuma alteração organoléptica, é de baixa toxidez e é efetiva contra vários fungos e leveduras (DAV I D S O N e DOAN, 1 992). Existem diversos métodos para determinar natamicina em queij o, sendo que o procedimento espectrofotométrico pode oferecer uma eficiente quantificação da natamicina no queijo e na casca do queijo ( FLETO U R I S ET AL, 1 99 5 ) . A emba lagem t e m p a p e l fundamental n a cadeia d e conservação d e alimentos, protegendo o produto da luz, oxigênio, umidade e microrganis mos, entre outros. Nos ú lti mos anos, d i feren tes conceitos sobre embalagens de alimentos têm sido introduzidos, como as embalagens ativas que são tecnologias que têm despontado nas úl timas décadas uma vez que as embal agens tradi cionais são l i mitadas no que se refere à capacidade de aumentar a vida de p rate l e i ra do s prod utos a l i mentíc ios ( RO N E Y, 1 9 9 5 ) . S O A R E S ( 1 9 9 8 ) c onceituou c o m o sendo emba lagens ativas as embalagens que interagem com o alimento modificando alguma propriedade Pág. 1 3 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CON G R ESSO NACIONAL DE LATi CíNIOS obj e t i vando proporc i onar segurança a l i m entar, melhoria de qual idade sensorial e ampl iar vida de prate l e i ra do p roduto. E x i stem vários t i pos de e m b a l a g e n s a t i va s , corno absorvedores d e ox igênio, absorvedores de umidade, inibidores de et i l eno e embal agens a nt i mi c robi anas, que são c apazes de e l i m in a r ou i n i b i r m i c rorgan i smos patogênicos e deterioradores ( H AN, 2000). O obj et ivo deste trabal h o foi desenvolver urna embalagem ativa para conservação do queij o t i p o G o r g o n zo l a e v e r i fi c a r a m i gração d a substân c i a a nt i m i c ro b i a n a i n c orporada (nata m i ci na) para a superfí c i e do queij o . 2 - M AT E R I A L E M ÉT O D O S O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Embalagens do Departamento de Tecnologia de A l i mentos ( DTA) da U FY. 2 . 1 - Prod ução dos fil m es i n c o rporados c o m natamicina Os filmes de base celulósica foram preparados de acordo com SOARES ( 1 998) e incorporados com natami c ina ( Danisco AIS, DK - 7200 G ri ndsted, Dennmark. 5 0% de pureza) nas concentrações de 0,4 e 8% em relação ao peso do p o l í mero ce l ulósico. Posteriormente, a emulsão foi aplicada sobre filmes PVC e secos em temperatura ambiente. d e maturação e m i n tervalos regulares d e tempo. Determinou-se uma curva padrão com soluções de natami c i na (Sigma - 95%) de concen trações co n hecidas, obtendo-se uma equação que permitiu o c á l c u l o da concentração de natam i c i n a . Deter m inou-se o teor de natamicina na superficie (casca) dos queij o s em mg/dm2 e também mg/kg. Já no interior do queijo, a 5 mm de profundidade, o teor foi expresso em mg/kg. 2 . 4 - A n ál i s e s E st a t í s t i c a s P ro c e d e u - s e a s a n á l i se s d e v a r i â n c i a (ANOVA) util i zando o del i neamento e m parcelas s u b d i v i d id as, tendo c o m o fo n t e d e v a ri a ç ã o : trat a m e n t o s ( p a rc e l a ) ; erro ( a ) ; t e m p o ( s u b p a rc e l a ) ; t e m p o x tratamento; erro ( b ) . Foram real izadas análises de regressão e teste de médi a d e Tukey a u m nível d e significância d e 5 % . Todas as a n á l ises estat í s t i c a s foram real i zadas c o m o aux í l i o do p rograma de computação Sfafisfical A nolysis Sysfem (SAS), versão 8.0. 3.0 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S ÃO 3 . 1 - Av a l i a ç ã o d a e fi c i ê n c i a d o fi l m e a d e r i d o a o P V C (fi l m e l a m i n ad o ) 2 . 3 - Q u a n t i fi c a ç ã o do t e o r d e n at a m i c i n a n a s u p erfí c i e d o q u e ij o A anál i s e para veri fi c ação da m igração de natamic ina do filme para a superficie do queijo foi realizada de acordo com FLETOURIS et aI. ( 1 995), para todos os tratamentos. A quantificação do teor de natamicina na superficie do queijo pelo método espectrofotométrico foi fe ita d urante o período Pág. 1 4 Os queijos e n vo l v i dos com o fi l me apre sentaram boa inibição do crescimento superfic i a l d e fungos quando comparados a o filme c o m O % de natam i c i n a , este c o m portamento se m a n teve durante o período de maturação ava l i ado ( Figura 1 ) . Porém, os que ij os apresentaram-se c om um aspecto externo di ferente do habitual. com uma coloração esbranquiçada e sem formaçã� de casca. I sso, provavel mente, deve-se ao fato de que a embalagem evitou a perda excessiva de umidade. 3 . 2 - Q u a n ti fi c a ç ã o do t e o r de n a t a m i c i n a n o q u e ij o 3.2. 1 - Curva de calibração A leitura das amostras padrão, na fai xa de compri mento de onda adeq uado (250 a 3 5 0 nm) ori ginou espectros, p rocedeu-se então o cálculo da terceira derivada dos mesmos. Anal isando-se o espectro da terceira derivada, percebe-se um vale no comprimento de onda 3 1 5 , 8 0 n m . Este va l e estava presente e m todas as soluções padrões l idas. Foi então calculada uma equação de regressão a part i r das concentrações das sol uções padrões e da resp e c t i va d i s t â n c i a no e i x o Y n o c o m primento d e onda d e 3 1 5,80 nm em seu espectro da terc e i ra d e r i v a d a , o b t e n d o - s e a e q u a ç ã o apresentada no gráfico da Figura 2 . 4.ooE-03 2 . 2 - M a té r i a - P r i m a O experimento foi realizado c o m queijo tipo Gorgonzo l a fo rn e c i do p e l o Lat i c í n i o Sérvulos, localizado no município de Senador Firmino - MG. Foram adquiridos 1 4,0 kg de queijo (55 peças com aproximadamente 250 gramas). Os queijos foram distribuídos em quatro partes, sendo três embaladas com os filmes produzidos (O, 4 e 8% de natamicina) e uma parte sem embalagem, considerada o controle. Os queijos do grupo controle foram submetidos ao tratamento convencional com banho de natamicina em solução aquosa dc 0,2% por imersão. Os queijos foram mantidos sob refrigeração em uma estufa com temperatura controlada, com temperatura de 1 0 ± 2"C e umidade relativa de 85 ± 5 %. A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LAT i C í N I OS =< :J2 2,00E-{)3 ':f. y " 1,509x10-6 · natamicina- 1.879x10-4 R 2 " 0.989 O fi l me antimicrobiano laminado com PVC se mostrou mais adequado para envolver o q ueij o devido à maior aderênc ia entre o filme e o queijo. A laminação entre o acetato de celulose e o PVC foi e fi c iente, produzindo um fi lme com pequena elast i c i dade e uma aparênc i a estriada. Os fi lmes i n corporados com 4 e 8% de nata m i c i n a apre sentaram-se mais opacos em rel ação ao com 0% que apresentava transparênci a e bri l h o . O fi l m e l a m i n a d o c o m P V C a p r e s e n t o u maior aderência à superfi cie d o queijo, i mped indo o crescimento de fungos nos locais onde o contato fo i i n t en s o , s e n d o q u e não se o b s e rva u m a d i feren ça s i gn i fi c a t i v a n a aparênc i a d o s fi l mes i n corporados com 4 e 8% de natam i c i n a . Tabela 1 - Resumo da análise de variância para a . variável Cascadm (teor de natamicina na casca em mg/dm2), em queijo tipo gorgonzola envolvido com filme lami n ado a n t i m i c ro b i a no e m d i ferentes concentrações e c o ntrole. durante o período de maturação . Fonte de Variação GL QM Tratamentos R e p ( t rat a m e n t o ) Te m p o Trat a m e n t o * Te m p o R e p ( Tra t a m e nt o * Te m p o ) 2 6 2 4 12 1 , 1 93 0 * 0,0089 1 8 0, 1 873* 0,2330* 0,006790 " signi ficativo a o nível d e 5% d e probabi l idade 1 .6 15 OJ .s ê :� � Z 1 .4 1 .2 1 .0 0,8 0.6 004 0,2 0.0 +-----.----,..--.-.:; 10 -o- -o Figura 1 - C o mp aração e n tre q ue ij o s e n v o l v idos c o m fi l m e e q ue ij o controle após 30 d i a s d e m a t u r a ç ã o ( A Contro l e ; B - F i lme 0%; C - F i l me 4% e O - F i lme 8%) . de m igração da nata m i c ina para a superfície dos queijos que foram envolvidos com fi lmes i ncorpora dos (4 e 8% de natamicina) e os queijos controle. O,OOE+oo +-""--,...-----,--,---..,.-- o SOO 1000 1 500 2000 2500 Natamicina (nglmL) Figura 2 - C urva Padrão de Natamic i na . A p a rt i r da equação de regres s ã o o b t i d a fo ra m c a l c u l ados os t eores de natam i c i n a das amostras de queijo gorgonzola. As amostras de queijo foram pesadas , trituradas e extraídas com o s o l v e n t e e x t ra to r ( A c e t o n i t r i l a + Á c i d o Fosfó r i c o 4 : I ) , o sol vente e x t ra t o r fo i usado como branco na l e i tura das amostras. 3. 2. 2 - Teor de Ilatamicillll O resumo da a ná l i se de van a n c i a para a vari ável teor de nata m i c i na na casca e x p resso em mg/dm2 esta apresentado na Tabe la 1 . Verifi ca-se, pela anál i se da tabe la I , que a . I 11teração tra tamento x tempo fo i s i gn i fi c at i va (p<0,05 ) . A Fi gura 3 apresenta o comportamento controle 20 Tempo (dias) -f>- Filme4% 30 -x- FilmeS% Figura 3 - M i g r a ç ã o da n a t a m i c i n a para a s up e r fí c i e dos qu e ij o s e n v o l v i d o s c o m fi l m e s (4 e 8 % ) e q u e ij o s controle durante a maturação. Ana l isando-se a Figura 3, observa-se que os queijos do grupo contro l e (submetidos ao banho de natamicina) apresentaram teores de natamicina superiores aos dos queijos envolvidos com filmes antimicrobianos. Não houve efeito de tempo para os fi lmes 4 e 8% somente para o c ontrole, i n dicando que a migração d o antimicrobiano ocorreu no início do processo, mantendo os mesmos níveis durante o período ava l i ado. No tempo 10 dias foi encontrado um eleva do teor de natam i c i n a para o grupo controle e, n o dec orr e r do e x p e ri m e n t o o � orreu uma d i minuição deste teor, sugerindo que houve migração do ant i m icrobiano para o i nterior do queijo . Segundo a legi slação, a concentração máx i ma permitida no produto final deve ser de I mg! � dm2 e um máximo de 5 mg/kg não detectável a 2 111m de profundidade ( M E RCOSU LlG M C/RES. N° Pág. 1 5 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS 1 34/96, ANV I SA 200 1 ). O queijo controle apre sentou um valor acima do penl1 itido para o tempo 1 0 dias sendo detectada natam i c i n a também na ' parte i n terna do queij o (5 mm de profundi dade) . Os resultados estão apresentados na Figura 4. 7,0 ª' 6,0 I 5 ,0 t ê 4,0 '13 3 ,0 � � 2,0 1 ,0 0,0 l�_.I .L .L .i----r----,.--,--� 10 20 Tempo (dias) 30 40 Figura 4 - Teor de nata m i cina encontrado nos queijos controle no i n terior, a 5 mm de profundidade, durante a l:l1aturação. O tempo de i mersão do queij o , o tamanho menor do queij o usado no experi mento e a não unifon11idade da massa de queijo, podem ter ocasio nado maior teor de natamicina no queijo controle. Nos queijos embalados com os filmes incor porados (4 e 8%) a natamicina não foi detectada na parte interna (a 5 mm de profundidade) dos mesmos. 4 - CO N C L U S ÃO A embalagem ativa desenvolvida apresen tou bons result �dos no c ontrole do crescimento superfi c i a l dos fungos, proporc ion ando con ser vação do produto . A uti l i zação do fi lme laminado na conser vação do q u e ij o gorgo n z o l a m o st r o u - s e uma a l t e rn a t i va v i áv e l , q ue pode propo r c i o n a r um produto de qua l i dade e m a i s saudável, uma vez que os n íveis de aditivo a serem i n geridos pelo consumidor são reduzidos. Outra vantagem seria a subst i t u ição de uma etapa do processamento ( b a n h o de natam i c i n a ) , q u e a l é m de e n v o l v e r mão-de-obra pode constituir u m a rel evante fonte de c ontamin ação para o produto . 5 - A B S T RA C T This work aimed t o develop a n antimicrobial l aminated film with good adherence for packaging Gorgonzola cheese and to evaluate its efficiency on the p roduct conservation. This work also aimed to veri fy the m i grat i o n 01' the a n t i m i c ro b i a l (natamycin) t o t h e surface of t h e cheese. Different natamyc i n concentra t i o n s ( O ; 4 and 8 % ) were incOlvorate in cellulose-base that was laminated to t h e surfa c e of a fi l m comp osed of poly ( v i ny l c h loride) - P V C . T h e l a m ination was effi ci en t, producing a film with small elasticity and a grooved A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E L ATi C í N I O S appearance. After 3 0 days o f storing, the cheeses of the group control (submitted to the conventional treatment) presented l eveI of superficial natamyci n (mg/dm2) higher than t h e cheeses involved with the antimicrobial tilms. In these cheeses, the natamycin was not detected in the i nterior (5 depth mm) of both. The results obtained w i th the antimicrobial films were vely satisfactory, because in addition to inhibit the microbial growth at the cheese surface they also provide a quality and healthier product, once the leveIs 01' the addictive ingested by the consumers are reduced . COM PARAÇÃO DE TÉCNICAS ESTATíSTICAS PARA AVALIAÇÃO DA ACEITABILlDADE SENSORIAL D E B EBIDA LÁCTEA Comparison of statistical tech niques for evaluation of the sensorial acceptabi lity of milk beverage Joesse Maria de Assis Teixei ra Kluge Perei ra1 Nadia Lopes de Souza2 Valéria Pau la Rod rigues Minim3' Luis Antonio Minim3 6 - R E F E R Ê N C I A S B I B L I O GRÁ F I C A S A g ê n c i a N a c i o n a l d e V i g i l â n c i a S an i t á r i a (AN V I SA ) . Portaria n° 5 4 0 - SVS/MS, d e 27 d e o ut ubro d e 1 9 9 7 . D i s p o n í v e l e m : h tt p : // www. anv i sa . gov.br/legi s/portari as/540_9 7 .htm Resolução - RDC W 28, D E 23 DE FEVERE I RO DE 200 1 , disponível em <http://www.anvisa.gov.br/ e base/v i sad oc/reslres [ 1 7 3 0- 2 - 0 ] . htm> M E RC O S U LlG M C/ R E S O L U Çà O . N° 1 3 4/9 6, AN V I S A 200 I , d i spon í ve l e m <http :// www.anvisa.gov.br/legis/resol/mercosul/alimentos/ 1 34 9 6 . htm> Acessados em 1 2/04/05 . DAVI D SON, P . M . ; DOAN , C . H . Antim i crobials i n Foods. Second e d i t i o n . M arcel Dekker, I n c . N e w York, 1 99 2 . FAO/W H O Expert Commi ttee o n Food Additives. To x i c o l o g i c a l E v a l uat i o n of C e rt a i n F o o d Addit ives. R o m a , 2 1 -29 de abri l de 1 97 6 h ttp:// < w w w . i n c h e m . � rg/ d o c u m e n t s/j e c fa/j e c m ono/ v l 0j e 0 9 . htm> . Acessado em 1 0/05/06. FLETO U R I S DJ., BOTSSOGLOU N.A., MANTI S AJ. Rapid spectrophotometric method for analyzing natamycin in cheese and c heese rindo Journal of AOAC I nternation al, V. 7 8 , n° 4, 1 99 5 . F U RTA DO, M . M. A arte e a ciência do q ueij o. Publ ic ações G lobo Rura l . São Paulo, 1 99 1 . HAN , J . H . , Antimicrobial food packaging, Food Tec h n o l , 54 ( 3 ) , 5 6 - 6 5 , 2 00 0 . HOTC H K I SS, l . H . Safety considerations i n active packagi ng. In: ROON EY, M . L. (ed). Active Food P a c k a g i n g . B l ac k i e A cadem i c & P ro fe s s i ona l , G lasgow, U K. P. 2 3 8-2 5 5 , 1 99 5 . R O O N E Y, M . L . A c t i v e p a c kag i n g i n p o l y me r fi lms. I n : A c tive Food Packaging ( R ooney, ' M . L . ed) London, B l a k i e Acad e m i c and Pro fe s s i o n a l , p . 7 4- 1 1 0 , 1 99 5 . SOARES, N . F. F. Bittcrness reduction i n Citrus J u i c e T h r o u gh N a r i n ginase I m m o b i lized i nto Polymer Film. P h . D . D i ssertati on , New York : Cor�1 e l l U n i versity, 1 3 0 p . , 1 998. SOARES, N . F. F. S . ; H OTCH Kl SS, J. H . Bitterncss r e d u c ti o n in gra pefruit j u ice t h r o u gh activc packagi ng. Packag i ng Technology and Science. V. 1 1 , n . l , p. 9 - 1 8 , 1 99 8 . RESUMO O presente trabalho obj et i vou comparar duas técn i cas estatísticas na aná l i se de resultados obtidos por meio da aval iação da aceitab i l idade de bebi da láctea U HT sabor chocol ate de quatro d i ferentes marcas comerc i a i s (A,B, C e D ) . Cento e um al uno.s de escol a s públ i cas da c idade de Viçosa-MG, com idade entre 7 e 1 3 anos, avaliaram as quatro amostras, ut i l i zando e s c a l a h e d ô n i c a fac i a l . Os dados foram a v a l iados por A N O VA e mapa de p refe rênc i a i nt e rn o . Quando os dados fo ram ava l i ados p o r m e i o d a ANOVA , n ã o h o u v e a c e i tação s i g n i fi cativa ( p> 0 , 0 5 ) entre as quatro bebidas aval i adas. Entretanto, quando estes foram aval iados por meio da técn i ca de M apa de preferênc i a, apenas 2 6 , 7 % dos consum i dores não corre l a c i onaram com um dos d o i s pri m e i ros compon entes pri n c i p a i s e contri b uíram pouc o para a discrimi nação das amostras, ou seja, consi deraram as amostras com acei tação seme l h a n t e . É i m p o rtante res s a l tar que 7 3 ,4% dos c o n s u m i dores c o rre l a c i onados com pelo menos um dos componentes, consideraram d i ferença na aceitação d a s amostras. A m a i o r i a dos c o n s u m i dores c o rre l a c i onaram p o s i t i vamente com o p r i m e i ro compo nente pri n ci pa l e/o u com o segundo c omponente princ i p a l i n d i c ando que atri b u i u notas mais elevadas para a bebida láctea da marca C, sendo esta a mais aceita. Portanto, pode concluir que a técn i c a Mapa de preferênc i a é mais e fi c iente para aná l i se d e dados d e testes de a c e i ta ç ã o . Palavras-chave: bebida l á c t e a , consumidores, m a p a de preferê n c i a , estatísti c a INTRO D UÇÃO Segundo a I n strução Normativa N ° 1 6, d e 2 3 d e a g o s t o d e 2 0 0 5 , do M i n i s t é r i o d a Agricultura e d o Abastecimento ( B R A S I L 2005), q u e v e rsa s o b re o regu l a m e n t o té c n i c o de identidade e qual idade de bebidas lácteas, a bebida láctea é o p rod uto lácteo res u l tante da m i stura do l e i te ( i n natura, pasteurizado, ester i l i zado, U H T, rec o n s t i t u í d o , c o n c e n tra d o , e m p ó , i n t e g ra l , s e m i d e s n a t a d o o u p a r c i a l m e n t e desnatado e d esnatado) e soro de l ei t e (l íquido, c o n c e n t ra d o e em pó) ad i c i o n a d o o u n ã o de p rod u t o ( s ) o u sub s t ân c i a ( s ) a i i m e n t í c i a ( s ) , 2 3 * g o rd u ra v e g e t a l , l e i t e ( s ) fe rm e n t ad o ( s ) , fermentos lácteos selec ionados e outros produtos lácteos, onde a base láctea representa pelo menos 5 1 % ( c i nqüenta e um por cento) ma ssa/massa ( mim) do tota l de i ngred i entes do produto. E s p e c i fi ca m e n t e , b e b i d a l ác t e a U AT ou U HT é submetido, durante 2 a 4 segundos, a uma tem perat ura entre 1 3 0"C a 1 5 0°C, medi ante um processo térmi c o de fl uxo con t í n uo, i mediata mente re s friado a uma tem perat u ra i n fe r i o r a 3 2°C e en vasado sob cond i ções as sépticas em embalagens estéreis e hermeticamente fech adas, Doutoranda em Ciência e Tecnologia de A l i mentos pela U F V Graduanda em Engenharia de Alim entos p e l a U F V Professor do Departamen to de Tecnologia de Alimentos ( DTA) U F V Contato: DTA/UFV, Viçosa-MG , 3 65 7 1 -000. E-ma i l : vprm@ufv. br Pág. 1 6 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 7 ANAIS DO XXIII CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS p o dendo o u não ter a d i ção d e p r o d u t o ( s ) ou substân c i a (s) a l i me n t í c i a ( s ) , gordura vegetal e o utros produtos l á c teos ( B RA S I L, 2 00 5 ) . Como todo produto a l i me n t í c i o , a bebida l ác t e a t e m o s e u c o n s u m o i n fl u e n c i ado p e l a a c e i ta ç ã o da m e s m a p e l o c o n s u m i d o r. A determ inação desta a c e i tação p e l o c o n su m i dor é parte crucial no processo de desenvolv imento ou m e l h o ra m e n t o d e p rod u t o s . Os t e s t e s de a ceitação requerem equipe com grande número de part i c i pantes que representem a p o p u l ação de consumidores atuais ou potenciais do produto. Entre os métodos mais empregados para medida da aceitação de produtos está a Escala H edônica, onde o con sumidor expressa sua aceitação pelo p ro d u t o , s e g u i n d o uma e s c a l a p r e v i a m e n t e estabelecida, q u e varia gradativamente c o m base n o s t e r m o s g o s t a e d e s go s t a . ( C H AV E S e S P R O E S S E R , 1 99 3 ) . Os resultados de testes afetivos (testes com c o n s um i d o re s ) vêm, t ra d i c i o n a l m en t e , s e n d o aval iados p o r anál i se d e vari â n c i a u n i variada ( A N O VA ) e testes d e c om p a ração d e médi a s , comparando-se a aceitação média entre produtos. Segundo P O L l GNANO et a!. ( 1 9 9 9 ) , esta aná l i se global, consi derando conj untamente as aval iações de todos os consumidores, impl ica em assum i r que todos apresentam o mesmo c o mport a m e n t o , d e s c o n si derando s u a s i n d i v i dual idades. Este cita, ainda, que os dados podem não estar sendo bem v isual izados, a ponto de se p e r d e r i n fo r m a ç õ e s i n t e re s s a n t e s sobre d i fe rentes segmentos de mercado . A técnica de Mapa de P referênc i a pode sol uc ionar este problema e também perm itir a assoc iação da impressão que os c onsumi dores têm de um produto com suas caracterí sticas sensori a i s . C o m a fi n a 1 i d a d e d e a n a 1 i s a r o s d a d o s a fetivos l evando-se em consi deração a resposta individual de cada consumidor, e não somente a média do grupo de consumidores q ue avaliaram os produtos, foi desenvolvida a técnica intitulada Mapa de Preferênc ia ( B E H R E N S et. a ! . , 1 99 9 ) . Te n d o e m v i sta e s t a s c o n s i d e ra ç õ e s , o presente tra b al h o obj et i vou c o m pa ra r as duas t é c n i c a s e s t at í s t i c a s n a aná l i se d e re s u l t a d o s obtidos p o r meio da ava l iação da aceitab i l idade de bebida láctea UHT sabor c hocolate de quatro d i ferentes marcas comerc i a i s . M AT E R I A L E M ÉTO DOS Quatro d i ferentes marcas de bebida l áctea U HT, sabor chocolate, adquiridas no mercado de V i ç o s a - M G , for a m a v a l i ad a s . O c ó d i g o d a s marcas, b e m como suas respectivas procedências são: A ( C orumba í b a -G O ) , B ( S a b a rá - M G ) , C ( Santa Helena do Goiás-GO), uma das l íderes do mercado local, e D ( Sabará - M G ) . A ava l iação da aceitabil idade sensori a l d a b e b i d a l ác tea s a b o r c ho c o l a t e foi rea l i zada e m u m a escola estadual, situada na c i dade de Viçosa M G , no período da tarde, entre 1 5 : 00 e 1 7 : 00 h o ra s . As a m o s t ra s fo r a m a v a l i ad a s p o r 1 0 1 a lunos matri cu l ados na I ", 2'\ 3" ou 4" série do e n s i no fu n d a m e n t a l , t o d o s c o n s u m i d o re s d e bebida láctea. As quatro amostras foram servidas em uma só sessão. Os a lunos avaliaram as quatro bebidas, u t i l i zando uma esc a l a hedônica fac i a l de c in c o pontos ( F igura l ), i n d i c ando o quanto gostaram ou desgostaram das amostras de bebida l á c tea. Fnço um X de:nlm ...10 qu ....ldrado ;)b�ti:o:o dil figUfD que melhor d�screvt> $U;) úpiOlao :sobre o produto: Figura 1 - M od e l o d e fi c h a d o t e s t e d e aceitação u t i l izada na avali ação da bebida láctea. A N A I S DO XXI I I C O N G R E S S O N AC I O N A L DE LATi C í N I OS (p>0 , 0 5 ) entre as q uatro b ebidas ava l i adas. Na Tabe l a I estão apresentadas as médias obtidas pelas bebi das. Ta bela 1 - M éd i a dos v a l o re s d e a c e i t a ç ã o atri b u í dos p e l o s a l u n o s p ara c a d a amostra de bebida láctea avaliada, d e acordo c o m a escala hedôni c a fac i a l d e c i n c o pontos. BEBIDAS LACTEAS M É D IAS C A B D 4,2" 4, I " 4,0" 3 , 7" Médias seguidas por mesma l etra não diferem ao n ível de 5% de probab i l idade, pelo teste de Tukey. No M apa de Preferê n c i a I nterno ( F i guras 2 e 3), o primeiro componente principal exp l ica 42% da variação de aceitação entre as amostras de bebida láctea . O segundo componente, explica 34%. Os dois primeiros componentes p ri n cipais expl icam a maior parte da variância (76%) entre as amostras quanto a sua aceitação. Assim apenas os dois p r i m e iros componen tes p ri n c i pa i s são sufi c i entes para d i scri m i nar as amostras quanto à a c ei tação . N a F i g u r a 3, cada p o n t o r e p r e s e n t a as c o rrelações entre os dados de a c e i tação de um c o n s u m i dor e o s dois p r i m e i ro s c o m p o n e n t e s p r i n c i p a i s . D e s s a fo rm a , c a d a p o n to e s t á assoc i ado a um c o n s u m i dor. Os c o n s u m i dores mais p róxi mos do centro do gráfi c o não estão c o rre l ac i o n a d o s c o m ambos o s c o m p o n e n t e s p ri n c i p a i s e c o n t r i b u e m p o u c o p a ra a d i s c ri m i n a ç ã o d a s a m o st ra s , o u s ej a , s ã o c o n sum idores q u e c o n s i d eraram a s a mo s t ras c o m aceitação semel hante. É importante ressaltar que apenas 2 6,7% dos consumidores que avali aram as bebidas não correlacionaram com um dos dois p r i m e i ro s c o m p o n e n t e s p ri n c i p a i s e c o n t r i b u i ra m p o u c o p a ra a d i s c ri m i n a ç ã o d a s amostras, o u seja, consi deraram a s b ebidas c o m a c e i tação seme l h an t e . Desta fo rma, a m a i ori a dos consumidores ( 7 3 ,4%) correlacionaram c o m p e l o menos um d o s componentes, d i fe ri n d o a s bebidas em rel ação à aceitação. 1,2 <> R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O Quando o s dados foram ava l i ados por meio da AN OVA , não houve a c e i tação s i g n i fi c at i va .. .. 0,8 .. <> . .. <> �4 • . . .. .0,8 Os dados obtidos foram analisados por duas técnicas estatísticas: anál i s e univariada (ANOVA) e mapa de preferên c i a . P a ra o b t e n ç ã o do Mapa de P r e ferênc i a Interno o u Análise d e Preferência Multidimensional ( M D P R E F ) , o s d a d o s d e a c e itação ( t e s t e de consumi dor) foram organ izados numa matriz de amostras (em l inhas) e consumidores (em colunas), e esta s u b m e t i d a à An á l i se d e C o m ponentes Principais (ACP) (CARN E I RO, 200 1 ) . O s re s u l t a d o s fo ra m e x p r e s s o s em u m gráfico de dispersão d a s amostras ( tratamentos) e m rel a ç ã o aos d o i s p ri m e i ro s c o m p o n e n t e s p r i n c i p a i s e e m o u t ro r e p re s e n t a n d o o s " l o a d i n gs" ( c a rg a s ) d a A C P ( c o rre l a ç õ e s d o s dados de cada consumi dor c o m os d o i s primeiros c o m p o n e n t e s p ri nc i p a i s ) . To d a s a s a n á l i s e s fo ra m re a l i za d a s uti l izando procedi mentos d o si stema estatístico SAS (Statistical Analysis System - S A S Institute I n c . , North Carol ina, U SA), l icenciada para uso pela U n i versidade Federal de Viçosa. + <> , .. .. ·0,4 + 04 . 0,8 . 1,2 . + -0,4 0,8 ·0,8 +. <> + -1,2 -0,8 '" ·0,4 0,4 0,8 1 ,2 • Primeiro Componente Principal (42,0%) • marca '/Ji 111 marca 'S' A m arca 'C' :!:marca 'O' Figura 2 - D ispersão das amostras em relação aos d o i s p r i m e i ro s c o m p o ne n t e s principais A separação espacial d a s amostras d e bebida sugere a existência de três grupos de acordo com a aceitação das mesmas, sendo um grupo formado pelas amostras da marca A e D, e os outros grupos formados pelas amostras da marca C e da marca B (Figura 2). • Provador Primeiro Componente Principal (42,0%) Figura 3 - C o r re la ç ã o e n t re o s d a d o s d e aceitação d e cada consumidor c o m o s d o i s p r i m e i ros c o m p o n e n t e s princ ipais O b servo u-se t a m b ém que a m a i o r i a d o s a l un o s c orre l a c i o n a ram p o s i t i v a m e n t e c o m o p ri m e i ro e/ou c o m o s e g u n d o c o m p o n e n t e p ri n c i p a l i n d i c a n d o q ue atr i b u i u n o t a s m a i s elevadas para a bebida láctea d a marca C, sendo esta a mais ace ita . CON CLUSÃO Por meio da aná l i se de vari â n c ia, não foi p o s s í v e l d e t e c t a r d i fe r e n ça em r e l a ç ã o à aceitab i l idade sensorial , entre as quatro beb idas lácteas. Pág. 1 9 Pág. 1 8 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACIONAL DE LATi CíNIOS C o n s i derando a i n d i v i d ual i d a d e de c ad a c o n s u m i do r e a p l i c a n d o a t éc n i c a M a p a d e P re ferênc ia foi p o s s í v e l veri fi c ar d i ferença n a aceitabil idade das quatro bebidas lácteas, sendo a bebida da marca C a mais aceita pela maioria dos consumi dore s . P o rtanto, a técn i c a M a p a d e P r e ferênc i a foi a mais eficiente para anál ise d e dados d e testes de a c e i tação. A BS T R A C T The present work a i m ed to c o m p a re t w o statistical techniques t o analyze t h e acceptability o f c ho c o l ate m i l k b e verage of fo u r d i fferent c o m m e r c i a l brands (A, B , C a n d O). P eo p l e constituted of 1 0 1 students from pub l i c school s o f the c ity o f Viçosa - M G , w i t h a g e between 7 and 1 3 years, had evaluated t h e four samples, using fac e h e d o n i c scale. T h e d a t a h a d been eval uated by A N O VA and I nternaI P r e ferenc e M a p . W hen t h e data had been eval uated b y t h e A N O VA a n d test of m e an s c o m p a ri so n , t h ere was no sig ni fi cant di fference (p > 0 . 0 5 ) in the acceptabi l ity between the four brands. However, w hen the I nternaI Preference Map technique was a p p l i ed, only 2 6 . 7 % of the con sumers had not c o rrelated w i t h one of the two fi rst p ri n c i p a l c omponents a n d h a d c o ntributed l i tt l e for t h e d i s c ri m i na t i o n of t h e s a m p l e s , or e i t h er, they h a d c o n s i d ered the sa m p l e s w i t h s i m i l a r a c c epta n c e . I t i s i m portant t o s t a n d o u t t h a t 7 3 . 4 % o f t h e c o n sumers t h a t w ere c orrel ated with at l east one o f t h e p ri n c i pal c omponents found out d i fference in the samples acceptance. T h e maj ority o f t h e con sumers had c o rrel ated p o s i t i v e l y w i t h the fi rst p ri n c i p al c o m p o n e n t and/or w i th t h e second p ri n c i pa l c o mp o n e n t , indicating t h a t they attributed h igher grades for t h e b r a n d C , w h i c h w a s t h e m o s t a c c e p te d beverage. Therefore, one can c o n c l ude t h a t t h e A N A I S D O XXI I I C O N G R ESSO N AC I O N A L D E LATi C í N I O S I n t e rn a I P r e fe re n c e M a p t e c h n i q u e i s m o re effi c i ent for analysis of acceptance tests. ATIVIDADE DA BACTERIOCINA DE Lactococcus lactis S U BSP. lactis PD 6.9 SOB RE Listeria monocytogenes K e yw o r d s : m i l k b e v e r a g e , c o n s u m e r s , I nternai Preference M ap , sta t i s t i c a l Activity of a bacteriocin produced by Lactococcus lactis su bsp. lactis PD 6.9 against Listeria monocytogenes R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G RÁ F I C A S B E H R E N S , .r . H . , S I LVA , M . A . A . P. ; WAK E L I N G , I . N . Av a l iação da a c e i tação d e vi nhos brancos varieta i s bras i l e i ro s através de testes sensori ais afetivos e técn i c a multivariada d e m a p a d e p r e fe rê n c i a i n t e rn o . C i ê n c i a e Tec n ologia de A l i m e n tos, Campinas, v. 1 9 . n . 2 , mai ./ago. 1 9 9 9 . B R AS I L. M ini stério da Agricultura da Pecuária e Abast e c i m e n t o . I n st rução N orma t i v a N ° 1 6 , de 23 de agosto de 2 0 0 5 , Regul amento Técn ico d e I de n t i dade e Q u a l i dade de Bebida L á c t e a . D i á ri o O fi c i a l ( d a R e p úb l i ca F e d e r a t i v a do B ra s i l ) , Bra s í l i a . D i sp o n í v e l em: h t t p// www.agric u l t ura . gov.b r/. A a c e s sado em 0 8 de março de 2 0 0 6 . C A R N E I RO, .r. C . S . Processamento i n d ustrial de fe ij ã o , a v a l i a ç ã o s e n s o r i a l d e s c ritiva e mapa de preferência. Viçosa, MG : Universidade Federal d e V iç o s a . 9 0 p . 2 0 0 I . D i s sertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Al imentos). S TAT I S T I C A L A N A LY S I S S Y S T E M - S A S . I n s t i t u t e I n c . , N o rth C a ro l i n a , U S A . Versão, l icenciada para Universidade Federal de Viçosa. C H AVES, .r . B . P. ; S P RO E S S E R, R . L . Práticas de laboratório de análise sensorial de a l i m e n to s e b e b i d a s . V i ç o s a : U n i v e rs i da d e Federal de Viçosa, 1 9 9 3 , 8 I p . P O L I GNANO, L. A. C.; D R U M O N D , F. B . ; CH ENG, L . C . Mapa d e preferência: Uma ponte entre m arketi ng e P & D . I n : C O N G R E S S O DO B RA S I L E I R O G E STÃO DE D E S EN VOLV I M EN TO D E P RO D UTO, 2 , 2000, São Carlos. Anais .. 2 0 0 0 . p . 96- 1 02 . . Rosinéa Aparecida de Paula1 Eliana dos Santos Leandro2 Ana Andréa Teixeira de Carvalho3 Hilário Cuquetto Mantovani4 Célia Alencar de Moraes5 RESUMO A inibição de diversas bactérias pela bacterioc ina produzida por Lactococcus lactis subsp. lactis PD 6 . 9 fo i a v a l i a d a . A bacterio c i n a semi -puri ficada apresentou atividade con tra todas as l i n hagens d e Bacillus testadas, com exceção d e Bacillus subtilis. Apresentou melhor atividade de ini bição sobre Listeria l1lollocytogenes do que sobre as outras espéc ies de Listeria testadas e foi também capaz de i n i b i r todas as l i n hagens de Staphylococcus allrells utilizadas. A c aracterização da atividade de inibição mostrou que a bacteriocina é resi stente ao calor e rendeu o c o rrespondente a 2 . I 33 A U m L· j em caldo D - M R S . Q uando L. mOllo(ytogelles foi cultivada na p resença de 1 0 A U m L · j pode-se observar que após 24 horas de c u l t i vo L . I1lOllocylogenes voltou a c rescer enquanto na presença 1 0 0 A U mL-j não houve cresci mento . L. laclis subsp. lactis P D 6 . 9 cresceu bem e produziu bacteriocina que inibiu L. lI1onocytogenes em LDR 1 0%. Em co-cultivo em LDR I 0%, o cresci mento de L. l71onocytogenes foi reprimido, p rovavelmente devido à produção de bacterioc i na e após 3 2 horas ocorreu uma redução de aproximadamente 2,5 ciclos log. Em co-cultivo realizado em m a s s a de q u e ij o , L. lactis s u b s p . lact is P D 6 . 9 c re s c e u l e n ta m e n t e , p o rém L . /l1onocytogenes d i m i nuiu gradativamente sua população ao longo d o perí odo de incubação, sendo que após 2 0 dias sofreu uma redução de 2 c i clos logo Esses resultados indicam que a atividade bacteriocinogênica de L. lactis PD 6 . 9 pode ser útil para mel horar a estabilidade e segurança microbiológica deste tipo de produto. Palav ras-chaves: bacteri o c i n a, bactérias l ác t i c as, L isteria monocytogenes, leite, queij o 1 - I N T RO D U Ç Ã O A s bactérias lácticas são usadas n a produção de a l i m e n to s fer m e n t a d o s p a ra a um e n t a r a segurança e a qualidade dos produtos. Durante a ferm e n t a ç ã o , as b a c t é r i a s l á c ti c a s p ro d uzem vários metabólitos com ação antimicrobiana tais c o m o á c i d o s orgâ n i c o s , d i ac e t i l , H,O, e bacteri o c i n a s ( L U K E, 2 0 0 0 ) . Bacteri o c i n a s d e bactérias lácti cas s ã o peptídeos anti microbianos, 2 3 4 5 si ntetizados ribossomal mente, que são liberados para o meio externo e possuem ação bactericida ou bacteriostáti ca sobre outros m i c rorganismos ( C H E N e H O O V E R , 2 0 0 3 ) . G e ra lm e n t e , bacteriocinas d e bactérias lácticas são estáveis ao calor, não tóxicas, não alergên icas e capazes de i n i b i r o c re s c i m ento de vários m i c rorgan i smos deterioradores e patogênicos tais como, Listeria Doutora em M i crobi o l ogia Agrícol a - Laboratório de M icrobiologia l ndustri al/U F V - Apoio: FAPEMIG E- mail: [email protected] Estudante de graduação em Ciência e Tecnologia de Laticínios/U F V Dou toranda e m M i crobiologia Agrícol a/UFV Apo i o : CNPq Professor do Departamento de M i crob io l ogia - Laboratório de Anaeróbios /U F V Professora do Departamento de M icrobiol ogia - Laboratório de M icrobiologia I ndustrial - B i oagro /UFV Pág. 2 1 20 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS l1Ionocy /ogenes, S/aphylococcus aure us, Cfoslridiul11 botufinul11 e Bacillus sp. Por estas razões, essas bacteriocinas têm recebido atenção especial por parte das indústrias como conservante a l i m e n t a r ( C L E V E L A N D et a I . , 2 0 0 1 ; O ' S U LL I VAN et a I . , 2002). L. l11onocy/ogenes é um patógeno amplamente distribuído na natureza e tem sido isolado de numerosas fontes. Ali mentos c o n t a m i n a d o s c o m L . Illonocy /ogenes são particularmente perigosos para grávidas, crianças, idosos e indi víduos com o si stema imunológico comprometido ( TA U X E , 2 00 2 ) . Vários estudos têm mostrado a sobrevivência e o crescimento de L . mOl1oc:y/ogenes em uma variedade de queij o s ( N U N E Z et a I . , 1 99 7 ) . O uso de bactérias l á c t i cas bacteri o c ino gênicas em al imentos, visando à produção in si/u, constitui um meio de conservar alimentos e bebidas dos e fe i t o s det ri me n t a i s d e m i c ro rg a n i s m o s d e t e r i o ra d o r e s e pato gên i c o s ( N ET T L E S e B A R E F O OT, 1 99 3 ) . O pote n c i a l das bactérias lácticas produtoras de bacteriocinas para controlar m i c rorga n i s mos indesej áveis em queij o s já fo i demon strado. Linhagens s/ar/er de Lactococcus fac/is produtoras de Nisina foram usadas em queijos Camembert para i n i b ição de L. Illonocytogenes ( M A I S N I E R - PA U L I N et a I . , 1 9 92 ) . O ut ra s culturas bacteriocinogênicas d e L . factis produtoras de Lactic ina 3 1 47 e Lacticina 4 1 80 também têm m o s t rado a t i v i da d e a nt i l i steri a l em q u e ij os ( M c A U L I F F E et a I . , 1 9 9 9 ) , Em e s t u d o s anteri ores, observou-se que Lac/ococcus fac/is s u b s p . facl is PD 6 . 9 , i s o l ado de s a l a m e t i p o i t a l i a n o , p ro d u z a l t o s n í v e i s d e b a c t e ri o c i n a quando cultivado e m meio D-MRS ( De PAU LA , 2 0 0 5 ) ; e s s a bactéria i n i b e o cresc imento de L. 1ll0/1OC}'/ogenes e a sua atividade anti microbiana foi devida à produção de bacteriocina (De PAULA, 2 0 0 5 ; C A RVA L H O et aI . 2 0 0 6 ) . O p r e s e n t e trabal ho teve p o r obj etivo determi nar a atividade de inibição de L. factis subsp . fac/is P D 6.9, sobre L. Illonocy /ogenes em l e i t e e em s i stema q ue simula o queijo Minas Frescal. 2 - MAT E RI A L E M ÉTO DOS 2 . 1 - M i c r o rg a n i s m o s L actococcus fac/is s u b s p . factis P D 6 . 9 , o r i g i n a d a d e s a l a m e ferm e n t a d o a r t e sa n a l , perten c e à c o l eção de c u l t ura s d o Laboratório de M i c rob i o l o g i a I nd u s t ri a l , Bi oagro - U FV. A c ultura foi ativada em D-MRS ( H A M M E S et a I . , 1 992), e incubada a 3 0 "e . As linhagens de Lisleria foram pro v e n i entes da c o l eção de c u l tu ras do Laboratório de M i c robiologia de A l imentos da U FY. As cul t uras foram ativadas em triptic soy A N A I S DO X X I I I C O N G R ESSO N AC I O N A L D E LATi C í N I O S b ro t h s u p l e m e n tado c o m 0 , 6 % de e x t rato d e l ev e d ura ( T S B Y E) e i n c u b a d a s a 3 7 "C . A s l i n hagens de S . aureus uti l i zadas foram ATC C 1 2 600 e 25923 e l i n h agens de bovinos com m a s t i t e s ub c l í n i ca g e n t i l m e n t e c e d i d a s p e l a E m b rapa G a d o d e L e i te - M G . A s l i n h a g e n s foram c u l t i vadas e m M e i o B a s a l ( pe p t o n a 1 0 g V , gl i cose 1 0 gL'I, NaCI 5 gL' I , Na /I P 0 2,5 4 gL - I , extrato de carne 8 g L' 1 , extrato de l evedura 4 g L - I ) e i n c ubadas a 37 "C. As l i n hagens de Baci/lus foram cultivadas em Caldo N utriente e i ncubadas a 3 7 °C . U F C m L , 1 d e L . f a c t is s u b s p . fac t is P D 6 . 9 , i n c ubado a 3 0 " C e o c re s c i m e n t o foi a c o m p a n h a d o . E m i n te rva l o s d e t e m p o p ré determinados a contagem de c é l u l a s viáveis foi real izada, pelo pl aqueamento em microgotas, em a Qar D-M R S . L . monocylogenes ( l Os U FC m L - I ) f;i adicionada em L D R 1 0%, i ncubado a 3 0 "C e o c re s c i m e n to foi a c o m p a n h ad o , A c o n t agem de c é l u l a s v l a v e i s fo i m o n i to r a d a p e l o plaqueamento em m i c rogotas em T S AY E . 2.2 - O b tenção d a b a c t e r i o c i n a s e m ip u r i fi c a d a ( B S P ) e d e te r m i n a ç ã o d e sua atividade O L D R 1 0% fo i i n o c u l a do c o m a p ro x i madamente 1 O � U FCmL-1 de L . fac/is subsp. factis PD 6 . 9 e com 1 0 7 U FC m L , 1 L . Illonocylogenes. Amostras foram retiradas em intervalos de tempo progra mados para contagem de c é l u l a s viáveis, determinação do p H e da ativi dade de i n ib i ção. O p l a q u e a m e n t o fo i r ea l i z a d o e m D - M R S contendo C a C 0 ( 5 gL-I ) e p ú rp ura d e bromo 3 cresol (0,04 gL, I ) para enumeração de L. fac/is subsp. factis PD 6.9 e em T S AY E suplementado com L i C I ( 1 5 g L - I ) p a ra e n u m e r a ç ã o d e L. monocy/ogenes. A l í q uo t a s da a m o s t ra fo ram submetidas à c entri fugação ( 8 . 0 0 0 gl5 m i n ) e o sobrenadante co l etado. O pH do sobrenadante foi n e u t ra l i z a d o para pH 6,5 e a t i v i da d e de Cultura d e L . fac/is subsp . factis P D 6.9 em fase estaci onária foi c o l etada por centri fugação ( 8 . 000 g/ 1 5 mi n/5"C) e ao sobrenadante l ivre de células foi adicionado sul fato de amônio (60% 1 2 h o ras em ge l o ) . O m a t e r i a l p r e c i p i tado fo i c o l etado por centri fugação ( 2 0 . 00 0 g/3 0 m i niS "C) e o sedimento foi ressuspendido em tampão fosfato de sódio (20 mM/p H 5 ) e dial isado por 2 4 hora s c o n t ra o mesmo t a m p ã o . O material dialisado foi esteri lizado por fi ltraçào ( M i l l i pore/ 0,20 mm) e a ati vi dade da B S P foi aval iada pelo método de difusão em agar (TAGG et aI., 1 9 76) com a l gumas mod i fi cações. 2.3 - C a ra c t e r i z a ç ã o da a t i v i d a d e a n t i m i c r o b iana s o b re L. lIto l1 o cytogenes A atividade da B S P fo i qua n t i fi cada pelo m é t o d o d e d i l u i çã o e testada c o n tra L . lI1onocy/ogenes. U m a U n i dade Arbi trá ria ( A U ) foi defin ida como a rec íproca d a maior dil uição q ue a p r e s e n t o u h a l o de i n i b i çã o de 5 mm ( H O O V E R e H A R L AN D E R , 1 9 9 3 ) , Para testar a termoestab i l i dade, a B S P foi submetida aos tratamentos de 7 0 °C e 1 00 "C/3 0 minutos e atividade residual foi determ inada pelo método de difusão em agar. O efeito de 1 0 e 1 00 AUmL,1 da B S P sobre a viabil idade e cresci mento de L. Illonocy/ogenes foi determ i nado. As culturas foram incubadas a 37 "C e lei turas de DO 630 foram realizadas em intervalos de tempos pré-determi nados. As células de L. monoc)'togenes após 8 horas de tratamento com 1 00 AUmL,1 da B S P, foram examinadas por m i c roscopia eletrônica de varredura ( M EV ) . nm 2 . 4 - C re s c i m e n t o d e L . lactis s u b s p . factis PD 6 . 9 e L. lIt o ll o cytogenes em l eite O l e i t e d e s n a t a d o rec o n s t i t u í d o a 1 0 % ( L D R) foi inoculado com aprox i madamente 1 O� 2.5 - ini bição foi determinada pelo método de difusào em agar con tra L. l71onocy/ogenes. 2 . 6 - A t i v i d a d e a n t i m i c r o b i a n a em s i s t e m a q u e s i m u l a m a s s a d e q u e ij o M i n a s fres c a l A massa d e queijo foi obtida a partir d e 1 L de l eite desnatado pasteurizado no qual foi adicionado c o a l h o . Após 40 m i n utos a 35 "C, a massa foi cortada, o soro descartado e a massa foi colocada em becker esteri l i zado . Aprox im adamente 1 07 U FCmL,1 de L. factis subsp. lactis P D 6 . 9 e 1 05 U FCmL, 1 de L. monocytogenes foram adicionados à massa e esta foi armazenada a 1 0 "c . Em uma massa c o n t ro l e foi a d i c i o n'ada a p e n a s L. l71onocytogenes. Amostras ( I Og) foram coletadas de 5 em 5 dias, dil uídas em 90 mL de sal ina fosfatada e diluições decimais foram semeadas em superficies de meios seletivos, conforme descrito no item 2 . 5 . Ati v i d a d e a n ti m i c r o b i a n a e m l e i t e 3 - RE S U LTA D O S E D I S C U S S à O 3.1 - Atividade de i n i b ição da BSP de fac/is s u bsp. fac/is PD 6 . 9 L. A Tabela I mostra a ati vidade de inib i ção da BSP de L. factis subsp. facris PD 6.9 sobre os Ta bela I - Ati vidade i nibitória da B S P de LactococclIs fac/is subsp. fac/is PD 6 . 9 . H a lo de i n i b ição (mm) 1 1 M i c ro rg a n i s m o s p a t o g ê n i c o s e d et e r i o r a d o r e s BacillllS cereu:; ATC C 4 9 04 O rigem B. coagll/ans AT C C 7 0 5 0 B. sterea/herl71ophifus ATC C 1 2 9 8 0 B . sublilis ATCC 604 1 Lis/eria grayi 1 05 L. grayi 1 06 L is/eria inl10cua 94 Listeria /I1ol1ocy/ogenes AT CC 7644 L . l71onocytogenes Scott A L. mOl1.ocytogel1es C E R E L A L . l71onocytogenes Scott A C E R E LA L. lIlol1ocytogenes 1 3 /93 L. l1Ionocy/ogenes 2 6 0194 L . monoc)'togenes 7 3 Lis/eria welshimeri 1 07 L . wefshillleri 1 09 Lis/eria seefigeri 1 1 0 Staphyfococcus aureus ATC C 2 5 92 3 S. aurells 2 4 7 S. aureus 2 2 5 2 S. aureus 2 5 5 1 Solo Descon h e c i da D e s c o n h e c i da Amb iente de lati c í n i os Ambi ente de lati c í n i os Ambi ente de l a t i c í n ios H um a n a Desconhecida Desconhecida Desconhecida Queij o frescal Q ueij o frescal Ambiente de l a t i c í n ios Amb iente de laticín ios Ambiente de l at i c í n ios Ambiente de lati c í n ios I sol ado c l í n i c o M ast i te/Coronel P a c h e c o - M G M a s t i t e/Leopold ina-M G MG Mastite/Bel m i ro Desconhecida 15 20 7 7 10 12 1 1 20 16 10 8 10 7 15 14 15 -: Nen hum halo formado Pág. 22 Pág. 23 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiC íNIOS m i c rorg a n i s m o s i n d i c a d o re s . A b a c t e ri o c i n a apresentou a t i v i dade c o ntra todas as l i n hagens de Bacillus testadas, c o m exc eção de Bacillus s u b t ilis e s o b re t o d a s as l i n h ag e n s de L . 111 0I1oc)'togenes, c o m e x c e ç ã o de L . lIlonocy togenes AT C C 7 64 4 . E n tr e t a n t o , a B S P n ã o apresentou atividade d e i nibição contra L. grayi 1 06 e L. lvelshillleri 1 09 . A sensibil idade variou entre as l i n hagens testadas, sendo que a inibição fo i m a i s e fe t i va c o n t ra L . l11onocytogel1es . Dentro de uma dada espécie, linhagens altamente t o l eran t e s e / o u re s i s t e n t e s p o d e m e x i s t i r naturalmente ou podem adquirir resistência após e x p o s i ção as d e t e rm i n a d a s c o n c e ntra ç õ e s de bacteri o c i n a s ( E N N A H A R et a I . , 2 0 0 0 ) . Todas as l i n hagens de S. aureus uti l i zadas neste estudo foram inibidas pela B S P de L. lactis subsp. lactis PD 6.9. 3.2 - Ca racterização da m i c r o b i a n a s o b re L . atividade re la ção às c é l u las controle ( Figura 3 B ) . Porém, al gu mas mudanças como a desorgan i zação celular e u m a a lt e ra ç ã o no fo r m a t o d a s c é l u l a s s ão o b s e rv a d a s . E n tre t a n t o , p a r a o b t e r m a i s informações sobre mod i fi c ações m o r fo ló g i c as, co mo dano na parede celular ou na membrana e sub seqüente l i s e celular, este experimento deverá ser repet ido, porém uti lizando outra metodologia ou m ic roscópio eletrô n i c o q ue p e rmi ta m e l h o r res ol ução do que o usado n este estudo . E n tre tanto, parece óbvia a ação del etéria p roduzida pela b a c teri o c i n a sem i -puri fi cada de L. fac/is subsp. lactis PD 6.9 sobre este patógen o . Figura 1 - anti lIl ol1 o c)'togenes L. m O l1 ocyt ogenes 1 3 / 9 3 , i s o l a d a d e q u e ij o fre s c a l , fo i u t i l i za d a p a ra a c a r a c terização, p o i s apresentou maior sen s i b i l i dade à BSP de L . laetis subsp. laclis P D 6 . 9 . Quando a BSP fo i s ubmetida ao tratamento térm i c o . a atividade de i n i b i ção foi mant ida mesmo após tratamento de 1 0 0 ('C/3 0 min, m o strando que a bacteri o c i n a é res i stente ao calor ( F i gura 1 ) . A res i s tê n c i a ao c a l o r é u m a c a r a c te r í s t i c a c o m u m d e b a c t e ri o c i n a s p ro d u z i d a s p o r bactérias d o ácido l áct i co (TAGG e t a I . , 1 97 6 ) , como por e x e m pl o , Lactococ i n a M M F I I (FERCHICHI et aI., 200 1 ), Bovicina HC5 ( M A NTOVA N I e t a I . , 2 0 0 2 ) , D i vergic i na M 3 5 (TAH I R I et a I . , 2 0 0 4 ) , e n t re outra s . A l gumas bacteriocinas de bactérias do ácido láctico são i n st á v e i s a o calor e e s te fa to fo i o b s e rv a d o p o r vários autores ( L E E e PA I K, 200 I ; M E S S I et a I . , 2 0 0 I ; L A S H et a I . , 2 00 5 ) . A ativi dade d a B S P foi c o rrespondente a 2 . 1 3 3 A U m L-' . Q ua n d o L. lIlol1ocytogel1cs foi c u l t i v ada na presen ça de 1 0 A U m L- 1 da B S P, o b s e rv o u - s e q u e o c re s c i m e n t o fo i i n i b i d o d u ra n t e 2 4 h o r a s e a p ó s e s t e p e r í o d o , L . lIlol1oeytogencs v o l t o u a c re s c e r. N a p resença d e 1 0 0 A U m L - 1 n e n h u m c re s c i m en t o fo i verificado ( Figura 2 ) . Resultado semel hante fo i o b s e rv a d o p o r G A R C i A et a ! . ( 2 0 0 4 ) q u e v e r i fi c a r a m a i n i b i ç ão d e L . monocytogenes durante 6 horas de i n c ubação e a retomada d e c resc imento c om 24 horas quando tratada com c o n c e n t ra ç õ e s d e 5 e 1 0 A U m L- 1 da b a c t e ri o c i n a E n t er o c i n a E J 9 7 p ro d u z i d a p o r Enterococcus faecalis EJ 9 7 . A N A I S D O XX I I I C O N G R E S S O N A C I O N A L DE L ATi C í N I OS E fe i to da tem peratura s o b re a a t i v i da d e da b a c t e ri o c i n a s e m i p u r i fi c ada d e L actococcus lactis subsp. lactis P D 6.9. A bacteriocina foi i n c ubada a 7 0 "C e 1 00°C p o r mi nutos e a ati vidade foi detenninada sobre Listeria monocytogenes 1 3/93 pelo método de d i fusão em agar. A atividade da bacteriocina não tratada e do tampão de ressuspensão também é mostrada. apro x i madamente 1 0 ' I U F C m L - 1 e a t a x a d e c re s c i m ento foi de 0 , 9 8 h - I . L. lI1onocytogenes c resceu b e m l entamente em rel ação a L. faetis subsp. lactis PD 6 . 9, apresentando uma taxa de crescimento de 0,22 h-I e alcançou a fase estacionária após 24 horas atingindo aproxi madamente 10 1 0 U FCmL-1 (Figura 4 B ) . Esses resultados confirmam que L. lI1onocylogenes, uma vez presente no leite, é capaz de se multipli car e este pode servir como veículo na transmissão deste patógeno para a planta de processamento da indústria. Embora Listeria seja inativada sob condições de pasteurização, a c o ntami nação p ós-pasteurização pode ocorrer. S I LVA et a I . ( 2 0 0 3 ) veri fi c a ram a p resença de L isleria em 1 6, 7 % d a s amostras d e l ei t e pasteurizado provenientes d e u m laticínio n o Brasi l e em 1 7,6 % d e amostras oriundas de ambiente. 11 1 ;l 6 ... ::l "" c °9 .-------� Ir A 16 20 Tempo (h) 24 28 32 A 1 1 .------, <:> � Q 0,1 --&I- C.onlrole -.t.- IU AUlmL -<I)- <XI AUlmL "" Q ...l lO I 12 Figura 2 12 - 18 24 Tempo (h) 30 36 E fe ito de d i ferentes c o n c e n trações da bacteri o c i n a sem i-puri fi c ada de Lactococcus lactis subsp. lactis PD 6.9 sobre o i n ó c u l o i n i c i a l de 1 04 U FCmL-' de Listeria 1Il0110(vtogcnes 1 3/93 em meio T S B Y E a 3 7 "c . A F i g u ra 3 m o s tra c é l u l a s de L . ll1onocylogenes 1 3 /93, n ã o tratadas ou tratadas com a B S P, de L. laetis subsp. faetis PD 6 . 9 , a p ó s 8 h o r a s d e i n c u b a ç ã o , p o r m i c ro s c o p i a eletrô n i ca de varred ura . A F igura 3 A mostra a s células de L. lI1onocytogenes n ã o tratadas com a B S P. A p ó s t ratamento com 1 00 A U m L - I , n ã o fo i p o s s í ve l o b s e rv a r g ra n d e s a l t e ra ç õ e s n a morfologia d a s c é l ulas d e L . mOl1ocylogenes em B Figu ra 3 3.1 - - M i c rogra fia e l et rôn i c a de L is teria lI1onocytogenes . ( A ) c é l u l a s n ã o t ra t a d a s c o m b a c t e ri o c i n a s e m i puri fi cada; ( B ) células tratadas com 1 00 A U m L-' da bac teri o c i n a s c m i p u r i fi c a da d e L aclococcus laclis subsp. lactis P D 6.9. A, B = 5 . 000X. C r e s c i m en t o d e L . lactis s u b s p . la c tis PD 6 . 9 e L . 111 0/l 0 cytogenes em leite A Figura 4A mostra o crescimento de L. lactis subsp. faclÍs PD 6.9 em Ieitc. A cultura alcançou fase estacionária após aproxi madamente 5 horas de c u l t i vo ati n gi n d o uma p o p u l ação fi n a l de 12 16 20 Tempo (h) 2� 28 32 B Figu ra 4. A Crescimento de LaclocoCLUS laetis subsp. lactis PD 6.9 em LDR 1 0% a 30 " c . Aproxi madamente 1 09 UFCmL-1 foram i n o c uladas no leite e a enumeração das células foi feita em D M RS após 24 horas/30"C. B - Cresci mento de Listeria lI1onocytogcnes em LDR 1 0% a 30 "c. Aproximadamente I O� U FC m L - ' foram usadas como inóculo inicial. O número de células viáveis foi m o n i torado em T S AY E após 2 4 horas/ 37 °C. - Pág. 25 P á g . 24 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACI ONAL D E LATiC í NI OS ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNI OS 3 .2 - Co-cu ltivo de L. lactis s u bs p . lactis PD 6 . 9 e L . m o ll o cytog e n es e m leite e e m m a s s a d e q u e ij o O s re s u l t ad o s o b t i d o s c o m o c o- c u l t i v o em l e i te e s t ã o i l u s t r a d o s n a F i g u r a 5 . O c resc i m e n t o de L. lactis s u b s p . lactis P D 6 . 9 n ã o fo i a fe t a d o p e l a p r e s e n ç a d e L . lI1 o n o cytogenes no m e i o c o m p o rtando-se da m e s m a m a n e i ra q u a n d o c u l t i vado c om o m o n o c u l t u ra ( F i g u ra 4 A ) . A a t i v i d a d e de i n i b i çã o fo i detectada após 4 h o ra s , quando a c u ltura já se encontrava no final da fase log e o p i c o máximo de produção fo i com 8 h ora s d e c ul t i v o e a a t i v i d ade p e rm a n e c e u no l ei t e a t é 1 4 h o ra s . Ocorreu u m a redução no p H d o meio e c o m 3 2 horas de c u l tivo o p H e r a de aproximadamente 5 , 2 . O c re s c i m en t o d e L . monocylogenes foi repr i m i d o e o n ú m e ro i n i c i a l de c é l u l a s fo i m a n t i do a t é a p ro x i m ad a m e n t e 4 h o r a s . A p ó s este p o n t o , c o i nc identemente c o m a produção de b a c t e ri o c i n a, c uj a a t i v i d a d e foi detectada após 4 h oras, houve uma redução gradativa no n ú m e ro d e c é l u l a s v i á v e i s e a p ó s 32 h o ra s ocorre u um redução de aproxi madamente 2 , 5 ciclos logo Após 4 horas d e c u ltivo, o pH era de aprox imada mente 5,9 e ao final do experimento era d e aprox i madamente 5 , 2 . 7,0 12 10 6,5 ..J 8 E U Lo. 6,0 6 ::> eJJ Q ..J 4 5,5 5,0 12 Figura 5 - 16 20 Tempo (h) 24 28 32 =& 3 2 Ê S '" '" :5 " "C '" i 4,5 C o - c u l t i vo de L ac tococcus lactis subsp. lactis PD 6.9 (11) e Listeria 1710nocytogenes (Á) e m LDR 1 0% a 3 0 "C . O p H do m e i o t a m b é m é mostrado (o) e atividade de inibição é mostrada p e l o s h a l o s de i n ibição do sobrenadante neutra l i zado sobre L . 1710nocytogenes p e l o m étodo de difusão em agar (O) . A ini bição de L. 1710nocylogenes provavel mente não foi devida ao pH, pois L. 1710nocy togenes é c apaz de m u l ti p l i c a r na fai x a de p H 4, I a 9,6 ( FA R B E R et a I . , 1 99 3 ) . A e v i d ê n c i a da produção de bacteriocina por L. laclis subsp. laclis PD 6.9 em l e i t e parece s e r u m m étodo p a ra c o n t ro l a r o c re s c i me n t o d e L . 171 0 noc)' tog e n es e m c o n d i ç õ e s de c o - c u l t i v o . O s re s u l t a d o s i n d i c a m q u e a p r o d u ç ã o d e b a c teri o c i n a p o d e estar e n v o l v i d a n a redução do n ú m e ro d e c é l u l a s v i á v e i s d e L. l71onocytogenes. O c o rr e u uma d i m i n ui çã o d a atividade a p ó s 1 2 horas de c u l t i vo e i sto pode ser d e v i d o à d e g radação d a b a c t e ri o c i n a por p roteases p re s e n t e s n o l e i te o u à adsorção da b a c t e ri o c i n a a a l g u m c o m p o n e n t e d o m e i o durante o cresc i mento, i mpedindo que esta fosse detectada . H O U L l HAN et ai (2005 ) observaram q u e B o v i c i n a H C 5 p o d e s e r i n at i v a d a p o r p e p t i d a s e d e Streptococcu s bovis H C 5 . R e s u l t a d o s e m e l h a n t e fo i e n c o n t ra d o p o r G A R C Í A et a I . (2004) e m co-cultivo, real i zado em l e i t e d e s natado, de Enterococcus faecalis E J 9 7 , q u e p ro d u z a b a c t e ri o c i n a E n t e ro c i n a E l 9 7 , e L . l71onocytoge n e s . E n t re t a n t o , a c a p a c i d a d e de E. fae c alis p a ra c on t ro l a r L . mono(vtogenes foi l i mi tada à população d e 1 0" U FC m L - I , ou m enor, desse patógeno_ A F i gura 6 m o st ra o s resu l ta d o s do c o c u l ti vo de L. lactis s u b s p . lactis P D 6 .9 e L . /J10I1oc)'logenes, em si stema q u e s i m u l a o queij o Minas frescal, durante 2 0 d ias a 1 0uC . L. laclis s u b s p . lactis P D 6 . 9 a p r e s e n t o u fa s e e s t a c i o n á r i a d e 5 d i a s e at i n g i u a p ro x i madamente 1 0 1 0 U FCmL-' após 1 5 d ias de i nc ub a ç ã o . L. /IIonocytogcn es d i m i n u i u gra dativamente ao l ongo do período de i n c ubação, e após 20 dias ocorreu uma redução de 2 ciclos l o g o E m m a s s a d e q u e ij o , n a q u a l não fo i adicionada a bactéria l ác tica, L. l11ol1ocytogel1es a t i n g i u u m a p o p u l a ç ã o fi n a l de a p ro x i madamente 1 O � U FC m L - I , e m 2 0 d i a s . E s s e s re s u l t a d o s m o s t r a m o e fe i t o in ibitório de L. laclis subsp. laclis PD 6.9 sobre L. l71onocytogenes em condições que simulam o q ue ij o M i n a s F re s c a l e em L D R 1 0 % . RO D R Í G U EZ e t a ! . ( 1 9 9 8 ) veri fi c aram que a a d i ç ã o de L. lacr is s u b s p . lactis E S I 5 1 5 em queij o Manchego resultou na diminuição de 4,08 c i c l o s l o g d e L. il7 l1ocu a a p ó s 60 d i a s de maturação do queij o . A evi dênc i a da produção de bacteri ocina em leite (F igura 5) indica que a dimi n uição do n úmero de c é l u l a s viávei s de L. /11 0 l1 ocyroge n es p o d e e s t a r a s s o c i a d a c o m a produção de bacteri o c i n a . A i n o c ulação de um n úmero de células viáveis de L. JJ10l1ocytogenes b e m m a i o r do q u e e n c o n trado c o n t a m i n a n d o n a t u ra l m e n t e o a l i m e n t o fo i ut i l i za d a c o m o margem de segurança. 1 2 �-------' ..l e 10 8 m-::o,,"""="---lIII" �--��� 2� eJl <:> ..l 10 Dias lS 20 Fig ura 6. Co-cultivo de Lactococcus lactis subsp. lactis PD 6 . 9 (11) e L is t e r i a monocytoge n es (e) e m m a s s a d e queij o i nc ubada a 1 0 °C. Crescimento de L. monocy togenes na m a s s a c o n tro l e/ s e m a d i ç ã o d a c u l t u ra . l áctica (o) . 4 - C O N C L U S Õ ES A b a c t e r i o c i na p ro d u z i d a p o r L. lac t is sub s p . laclis P D 6 . 9 p o s s u i fo rte a t i v i d a d e antagoni sta c o n tra Bacillus s p . e S . aureus e p ri n c i p a l m e n t e c o n tra l i n h a g e n s de L . lI1ol1ocy toge n es i s o l a d a s d e v á r i a s fo n t e s . A bacteriocina é resi stente ao calor e tem uma ação deletéria sobre c é l ulas de L. l1lol7ocyrogenes . L. !actis subsp. lactis PD 6 . 9 apresentou atividade antil i sterial em l e i te e em sistema que si m u l a q u e i j o M i n a s F re s c a l , p o r t a n t o , s u a atividade bacteriocinogênica pode s e r ú t i l para mel horar a estabi l idade e segurança microbioló gica deste tipo de produto . S U M M A RY T h e i n h i b i t i on o f s e ve r a l b a c t e r i a by a bacteriocin produced by Lactococcus lactis subsp. lactis PD 6.9 was assayed . T h e s e m i - p uri fi e d bacterioc i n presented activity against a l i strains of Bacillus tested, except for Bacillus subrilis . Gre a t e r a c t i v i ty w a s d e m o n s t r a t e d a ga i n s t L is teria l1lol1 ocyrogen es t h an a g a i n s t o t h e r Lisreria spec ies tested. lt was also active against Staphylococcus aureus . P ro d u c t i o n of t h e bacteri o c i n i n D - M R S b roth w a s fo und to b e 2 . 1 3 3 A U m L-' a n d res i s t a n t t o 1 0 0 " C for 3 0 m i n o L . l1lonocytogel1 es c u l t i v a t e d w i t h 1 0 A U m L - ' o f t h e b a c t e ri o c i n d i d n o t g ro w i n T S B Y E fo r u p t o 2 4 h o u rs . R e g ro w t h w a s observed after t h i s period. However, no growth was evident w h en 1 00 A U m L-' was present. L. lacris subsp. lactis PD 6.9 grew well in skim m i l k a n d p ro d u c e d b a c t e r i o c i n t h a t i n h i b i t e d L . mOl1ocytogen es i n 1 0% s k i m m i l k . I n c o c u l tivation w i t h L. lactis subsp. lactis P D 6.9 i n 1 0% ski m m i l k, gro w t h of L . mOl7ocytogenes was repressed, p robabl y due to the bacteri o c i n production and a fter 3 2 h o u rs a red u c t i o n o f a p p ro x i m a t e l y 2 , 5 l o g c y c l e s w a s e v i d ent . I n c o - c u l t i v a t i o n a c c o m p l i s hed i n a c h e e s e l i ke system, L. lactis subsp . lactis PD 6 . 9 grew slowly, however L. mOl1ocytogel1cs population decreased gradually along the incubation period, and after 20 days a 2 cycles l og reduct i o n was eviden t . These resul ts indicate t h a t t h e bacteri ocinogen i c activity of L. lac/is subsp. lacris P D 6 . 9 c o u l d b e u s e fu l to i mprove t h e m i c ro b i a l stab i l i ty a n d safety of m i l k prod u c t . Key w o r d s : b a c t e ri o c i n , l a c t i c a c i d b a c teria, L is t eria l1lonocytogen es, s k i m m i l k , c heese 5 - R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G RÁ F I C AS C A RVA L H O , A . A . T. , De P A U L A , R . A . , MANTOVAN I , H . c . , M O RAES, C . A . In hibition o f L is tcria mOl7ocy togel1es by a l a c t i c a c i d bacterium i so l ated from l t a l i a n s a l am i . F o o d M i c ro b i o l . , V. 2 3 , p . 2 1 3 -2 1 9 , 2 0 0 6 . C H EN , H . , H O O V E R , D . G . Bac teri o c i n s and their food appl ication s . C o m p ro Rev. Food S ei. a n d Food Safety, V . 2 , p . 82- 1 0 0 , 2 00 3 . C L EVELA N D, l . , MONTV I LLE, T . .I . , N E S , I . F. , C H I K I N D A S , M . L . B a c te ri o c i n s : s a fe , natural antimicrobials for food preservation. I nt. J. Food M i c ro b i o l . , V . 7 1 , p. 1 -2 0 , 2 0 0 I . C O T T E R , P. D . , H I L L , C . , R O S S , R . P. Bacterioci n s : deve l o p i n g i n n ate i mm u n i ty for food. N a t u re, v. 3, p. 7 7 7 - 7 8 8 , 2 0 0 5 . De PAU LA, R. A. Bacteri o c i n a s de b actérias do á c i d o l á c t i c o i s o l a d a s d e s a l a m e t i p o i t a l i a n o . Viçosa, MG : U FV, 2 0 0 5 . 1 7 0 p . Tese ( D o u t o ra d o em M i c r o b i o l o g i a A g rí c o l a ) Un iversidade Federa l de Viçosa, 2 0 0 5 . ENN A H A R, S . , D E S C H A M P S , N . , R I C H A R D, .I . Natural variation in suscept i b i l ity of L isteria s t ra i n s to c l a s s l I a b a c t e ri o c i n s . C u r r e n t M icrobiol., v. 4 1 , p . 1 -4, 2 0 0 0 . FA R B E R , J . M . , D A K E Y, E . , H O L L E Y, R . , U S B O R N E , W . R . S u r v i v a l o f L isreria l11onocytog e n es d u r i n g the p rod u c t i o n o f uncooked G erman , American and l ta l ian style fermented sausage. Food M ic ro b i o l . , V . 1 0, p . 1 23- 1 32, 1 993 F E R C H I C H l , M . , FR E R E , l . , M A B R O U K, K . , M A N A I , M . L a c t o c o c c i n M M F I I , a c l ass l I a b a c t e r i o c i n p ro d u c e d b y Lac{ococcus !acUs M M F I l iso l ated from a Tun i s ian dairy product. P á g . 27 P á g . 26 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATICíNIOS FEMS MicrobioI. Lett., v. 205, p . 49-55 , 200 1 . GARC Í A, M . T., CAN A M E RO, M . M . , L UCAS, R . , O M A R, N. O . , P U LI DO, R. P., G Á LVEZ, A. I n h i b i t i o n o f L is t e ria l11onocy logenes b y e n t e ro c i n E J 9 7 p r o d u c e d b y Enl e rococcus faecalis EJ 9 7 . I nt. J . Food M ic r o b i o l . , v. 90, p. 1 6 1 - 1 7 0 , 2 0 0 4 . H A M M E S , W . P . W E I SS, N . , H O LZAP F E L, W. The genera Laclobacilllls and Carnobactcrium . I n : B a l ow s , A . , Truper, H . G . , Dworkin, M . et a!. The pro karyotes, 2 ed., New York : Springer verlag, 1 99 2 . v. 2, p . 1 5 3 5 - 1 5 9 4 . HOOVER, D. G . , HARLAND E R , S . K. Screening methods fo r dete c t i n g bacterio c i n a c t i v i ty. I n . H o over, D . G . , S t e e n s o n , L . L . ( e d s . ) . B a c t e r i o c i n s o f l a c ti c a c i d b a c te r i a . Cal i fórn i a : Academic Press i n c . , 1 993 . p. 23-39. H O U L l H A N , A . J . , M A N TO VA N I , H. C . , R U S S E L , J . B . E ffec t of p H on the activity o f bov i c i n H C 5 , a bacteri o c i n from Slrep/ococcus bovis H C 5 . FEMS M i cro b io I . Lett., v. 23 I , p. 2 7 -32. 2 0 0 4 . LASH, B . W. , M Y S L I W I EC, T . H . , G O U RAMA, H. Detection and part i a l c h a racterizat i on o f a b road - r a n g e bacteriocin p ro d u c e d by L ae/obacillus p!al1tarum ( AT C C 8 0 I 4 ) . F o o d M i c r o b i o l ., v . 22, p . 1 99 - 2 0 4 , 2 0 0 5 . L E E , H . , S O N G , M . , H WA N G , S . O p tm i z i n g b i oconversion of deproteinated c heese whey to m y c e l i a of Ganode r m a !ucidul11 . P r o c e s s B i o c h e m . , v . 3 8 , p . 2 5 1 -2 5 6 , 2 0 0 3 . L EE, N . K., PA I K, H . D. Partial c haracterization of lacticin N K24, a newly i denti fi ed bacterioc i n of Lactobacil1l1s !aeris N K24 i sol ated from Jeot goa I . Food M i cro b i o l . , v. 1 8 , p. 1 7-24, 2 00 1 . LUC KE, F. K. Uti l ization of microbes to process and preserve meat. M eat Science, v. 56, p. 1 05 I 1 5 , 2000. M A I S N I E R - PAT I N , S . , D E S C H A M P S , S . N . , TAT I N I , S . R . , R I C H A R D , J . I n h i b i t i o n o f Lis/eria m O lloey/ogenes i n Camembert c heese made w ith a n i s in-producing starter. Lait, v. 72, p . 249-2 6 3 , 1 992 . MANTOVAN I , H. c . , HU H . , WOROBO, R . w., R U S S EL, J . B . Bov icin H C5 , a bacteriocin from StreptococClIs bovis H C 5 . M icrobiology, v. 1 48, p. 3 3 4 7 - 3 3 5 2 , 2 0 0 2 . A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LATi C í N I O S McAU LI FFE, O ., H I LL, c . , ROSS, P. Inhibition o f L is teria l11onocytogenes in c o ttage c h eese m a n u fa c t u re d w i t h a l a c t i c i n 3 1 4 7 - p rod u c i ng starter c u l t ure. J . A p p I . M ic ro b i o l . , v. 8 6 , p . 2 5 1 -2 5 6 , 1 9 9 9 . M E S S I , P., BON D I , M . , S A B I , c . , BATT I N I , R . , M A N I C A R D I , G . D e t e c t i o n a n d p r e l i m i n a ry c h arac t e r i za t i o n o f a b a c t e ri oc i n (p l a n t a ri c i n 3 5 d ) p rod u c e d b y a L a e /obacil1us p!anlarul11 stra i n . I nt. J. Food M i c ro b i ol., v. 64, p. 1 9 3 1 98, 200 1 . N ETTLES, C. G . , B A R E FOOT, S . F. Biochemical and g e n e t i c c h ara c te r i st i c s o f b a cteri o c i n s of fo od-a s s o c i ated l a c t i c a c i d b a c t e r i a . J . F o o d P rotect., v. 5 6 , n . 4, p . 3 3 8 - 3 5 6 , 1 99 3 . N UN EZ, M . , R O D R Í G U EZ, .I . L . , G A R C Í A, E , GAYA, P., M ED I N A, M . I nh i bi t i on o f L isteria m O /1ocy togenes by e n t e r o c i n 4 d u r i n g t h e manufacture and ripening o f Manchego c heese, J. A p p ! . M i c ro b i o l . , v. 8 3 , p. 6 7 1 -67 7 , 1 9 9 7 . O ' S U L L I VA N , L . R O S S , R . P . , H I L L , C . P o t en t i a l o f bacteri o c i n - p rod u ci n g l a ct i c a c i d bacteri a for i m p rovements i n food s a fety and qual ity. B i o c h i m i e , v. 84, p . 5 9 3 -604, 2 0 0 2 . R O D R Í G U É Z , E . , G AYA , P. , N U N EZ , M . M E D I N A , M . I n h i b i t o ry a c t i v i t y o f n i s i n produc ing starter culture o n Listcria inl10cua i n raw ewes m i l k M anc hego c h eese. l n t. J . Food M ic r o b i ol., v. 3 9 , p . 1 2 9 - I 3 2 , 1 9 9 8 . SI LVA, I . M . M . A LM E I DA, R . C. c . , ALVES, M . A . O . , A L M EI DA, P . F . Occ urrenc e of Lis/eria spp in criticai control points and the environment of M i nas Frescal cheese processing. I nt. J. Food M i c ro b i o I . , v. 8 1 , p . 24 1 -24 8 , 2 0 03 . TAG G , J. R . , DAJA N I , A. S . , Wannamaker, L . W. B a c t e ri o c i n s 0 1' G ram - p o s i t i v e b a c t e r i a . Bacterio l . Rev. , v . 4 0 , n . 3 , p . 7 2 2 - 7 5 6 , 1 97 6 . TAH I R I , L . , D E S B I E N S , M . , B E N E C H , R . , K H E A D R , E . , L A C RO I X, c . , T H I B A U LT, S . , O U E L L E T. C . , F L I S S . 1 . P ur i fi c a t i o n , c h arac terization and a m i no a c i d seque n c i n g o f d i v erg i c in M 3 5 : a novel c l ass l I a bacteri o c i n produced by Carl1obac/erium divergens M 3 5 . I n t. J . Food M i C l'o b i o ! . , v . 9 7 , n . 2 , p . 1 2 3 1 3 6, 2004. TAU X E , R . V. Emerging foodborne pathogens . I n t. J . Food. M icrobiol., v . 7 8 , p. 3 I - 4 I , 2002. CARACTERíSTICAS REOLÓGICAS DO Q U EIJO ZAMORANO COM MODIFICAÇÕES N A TEMPERATURA D E MATURAÇÃO Rheolog ical characteristics of D.O.P. Zamorano cheese under accelerated ripening conditions Rosane Elvira Ferrazza Nardes 1 Mauro Mansur Furtado2 José Maria Fresno Baro3 Maria Eugênia Tornadijo4 José Ivo Ribeiro Júnior5 RESUMO O queijo Zamorano é um dentre os queijos com Denominação de Origem Protegida ( D O P ) fabricados na E spanha, estando i n scrito no Consel ho da D O P d e s d e 1 993 . E s t e q ue ij o é elaborado a part i r de l e i te de ove l ha das raças Churra e Casfellana, apresentando massa d u ra e c o m p a c t a . D e a c ordo com a s n o rm a s do M i n i st é r i o de A l i mentação, P e sc a e Agri c u ltura ( M A PA) do Governo espanhol , este queijo necess i ta um período m í n i m o de comerc i a l i zação de 1 00 dias. Neste traba l h o aval iaram-se 7 parâmetros de textura (dureza, fratura b i l idade, elast i c i dade, adesivi d ade, coesividade, gomosidade e masti gabi l idade) do queij o Zamorano submetido a d i ferentes e c resc en tes temperaturas de maturação ao longo d o s p e r í o d o s 7, 1 5 , 3 0 , 6 0 , 1 2 0 e 1 8 0 d i a s , v i s a n d o uma a c e l e ra ç ã o da m e s m a e con seq ü entemente uma redução no tempo m í n i m o de comerc i a l i zação. Os contro l e s de temperaturas A, B, C, D e E observados, segui ram o segu inte protocolo: A = 1 0 "C até 1 80 dias, B = 1 0 "C até 60 d ias e 1 5 "C de 60 até 1 80 d ias, C 1 0 \IC até 60 dias, 1 5 °C de 60 até 1 20 dias e 1 0 °C de 1 20 até 1 80 d i as, D = 1 5 °C até 60 dias e 1 0 "C de 60 dias até 1 80 dias e E = 1 5 "C até 1 8 0 d i a s . Para veri fic a r a i n fl u ê n c i a destas condições de maturação na textura do queij o foram ut i l izados os métodos da Aná l i se do Perfil da Textura (TPA ) em um texturô metro Texlure-Ana!yser- TA-XT2. Com o decorrer da ma turação observou-se um aumento sign i fi c ativo ( P<0,0 5 ) , da dureza e uma d i m inuição da elasticidade do q ue ijo. A frat u rab i l i d a d e foi m a i o r no i n í c io d a m a t uração. C o m p a ra n do- s e o s c o n t r o l e s d e temperaturas p e l o teste d e médias Tuckey e equações de regressão foi observado que não h o u v e d i ferença ( P > 0 , 0 5 ) q u a n d o se a u m e n t o u a temperatura de mat uração em 5 °C, conc l u indo-se que as a l terações reo lógi c a s o c o rridas no que ijo foram ocasionadas pelo processo de proteó l i se e não pela el evação da temperatura. A anál i se dos queijos pela TPA está c o rrel a c ionada com outras c aracterísticas, mostrando que as mod i fi c ações de textura que ocorreram na massa do queijo, foram i n fluenciadas pela concentração de sal na umidade, u m i d ade e degradação de prote í n a s , ava l i ad o s p r i n c i p a lmente nos parâmetros dureza, fraturab i l idade e elasticidade. Os parâmetros de textura obtidos com a TPA correlacionaram se p o s i t i vamente com aqueles obtidos através da anál i se sensorial q ua n t i tativa ( A D Q ) , ind icando a importante rel ação entre os m é todos objetivos e subj etivos c o m re l ação a o perfi l d a textura do queij o . 2 3 4 Ora . . Farmacêutica e B i oquímica - Professora d o CAVG, d a U n i vers i dade Federal d e Pelotas, R S . [email protected] Dr. , Professor do Departamento de Tecnologia de Alimentos, da Universidade Federal de Viçosa, M G . [email protected] Dr., Médico Veterinário - Professor do Departamento de Higiene y Tecnologia de los Alimentos, da Universidad de Leon (Espanha). dhtjfb@unileon .es Dra., Médica Veterinária - Professora do Departamento de H igiene y Tecnologia de los Alimentos, da Universidad de Leon ( Espanha) . Dr., Professor d o Departamento d e Estatística, d a Uni versidade Federal d e Viçosa, M G . Pág. 2 8 Pág. 2 9 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATi CíNIOS 1 - I N TR O D U Ç Ã O A reologia é uma ciência que trata d o estudo da defon11ação e do fluxo da matéria (G I ESE, 1 995; PRENTICE et aI., 1 993, BOURNE, 1 978). Utilizada como importante método no controle da textura, pri nc ipalmente no p rocesso de fabricação e nas estruturas fisica e química do corpo do queijo durante pri n c ipal mente durante a estocagem ( C A M P O S , 1 989; VAN H EKKEN e t al.,2005; RAPHAEL I D ES et aI. 2005). A reologia também é uma propriedade fu ndamenta l na qual i dade do produto fi n a l (BO U RN E, 1 978), p o i s o sabor é o atributo mais apreciado em alimento e a textura o principal fator de rejeição (BOU RN E, 2002). A textura sempre foi observada ao tocar os al imentos ou ao mastigá-los, medida em função da massa, tempo e d i stân c i a ( B A R R ETT et a I . , 1 9 9 8 ) . S e g u n d o d e fi n i ção d e S Z C Z E S N I A K ( 1 963), a textura é uma propriedade dos alimentos q u e se r e fe re à s c a ra c t e rí s t i c a s m e c â n i c a s , geométricas e mastigatórias. A textura é um dos parâmetros sensoriais que pode ser anali sado tanto subj eti vamente c o m o obj et i v a m e n t e . E x i s tem métodos i n strumentai s i mitativos do processo de mastigação, cujos resultados obtidos por meio de grá fi c o s , i n formam o c o m p o rt a m e n t o d o s parâmetros de textura n o s al imentos ( F R A U et a I . , 2000) . U m dos métodos m a i s usados para anali sar a textura dos al imentos é o do perfil da textura ou "Texture Pro fi l e Analyser" (TPA ) , onde podem ser observados os parâmetros de dureza, fratu rabil idade, elasticidade, coesividade, adesividade, mastigab i l idade e gomosidade ( BO U RNE, 1 97 8 , SZCZESN I A K, 1 98 3 ; C A M P O S , 1 989; T U N I C K e NOLAN, 1 992; G I ESE, 1 99 5 ) . M uitas são as condições q ue infl uenciam a textura dos a l i mentos. Nos queijos, este estudo é de grande i nteresse e depende muito do tipo de queijo, das carac terí s t i c a s de pro c e ssamento e d a s gran d e s tran s formações b i o q u í m i c as q u e oc orrem d urante a mat uração ( P R EN T I C E e t a I . , 1 9 9 3 ; V I S S E R, 1 9 9 3 , L AW 2 0 0 I ; VA N H E K K E N et a l . , 2 0 0 5 ; R A P H A E L I D E S e t a I . 2 0 0 5 ) . A s gra n d e s t ra n s fo r m a ç õ e s q u e ocorrem durante a degradação d a s proteínas têm muita i n fl uênc i a sobre o sabor e a c on s i stên c i a d o que ijo. N a real idade, a s prote ínas s ã o os únicos c o m p o n e n t e s s ó l i d o s que, a o s e t o r n a r e m solúveis, dim inui a consistên c i a e a e lasticidade do queijo ( D U M A I S, 1 99 1 , FOX et aI. 200 1 ) . As propri edades de textura de uma mesma vari e d a de de q u e ij o podem d i fe re n c i ar-se em função de sua composição e grau de maturação ( WA L S T R A e VA N V L l ET, 1 9 8 2 ; G R I P O N , 1 997; PRENTICE et aI . 1 993 VAN H E KKEN et a l . ,2 0 0 5 ; R A P H A E L l DE S et a1 . 2 0 0 5 ) e d i ferem A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E L ATi C í N I O S observados, segui ram o seguinte protoco l o : A 1 0 "C até 1 80 d ias, B 1 0 "C até 60 d i as e 1 5 "C de 60 até 1 80 d ias, C 1 0 "C até 60 d ias, 1 5 "C de 60 até 1 20 dias e 1 0 "C de 1 20 até 1 80 dias, D 1 5 °C até 60 d i a s e 1 0 °C de 60 d ias até 1 8 0 1 5 "C até 1 80 d ias. dia s e E == == em função do t ipo de l e i te uti l izado na elaboração d o s q ue ij o s , v i st o q u e a m a s s a do q u e ij o a p r e s e n t a m c o m p o rt a m e n t o d i fe r e n t e c o m r e l a ç ã o a d eg r a d a ç ã o d a s c a s e Í n a s ( VAN H E K K E N e t a \ . , 2 0 0 5 ; R A P H A E L I D E S et a I . 2 005 ) . A s m udanças que ocorrem durante a maturação do queijo estão relaci onadas ao p H , umidade, s a l e proteól ise ( M A R I N O et a I . , 1 99 7 ) . Estudos t ê m sido conduzidos no sentido d e acelerar a maturação d o queijo por vários processos (FEDRICK e DULLEY, 1 984; ASTON et aI . 1 985; E L S O DA, 1 99 3 e 1 99 7 , FO L K E RT S M A et a I . , 1 996), entre e l es o aumento de temperatura d e estocagem, o n d e s e observ a m o d i fi c aç ão n a proteólise e conseqüentemente na textura d o queijo (NUNEZ et aI., 1 99 1 ; FE D R IC K e D ULLEY, 1 984; ASTON et aI., 1 985; GAYA et aI., 1 990). Em geral, o incremento de temperatura infl uencia os aspectos reológicos do queijo. Estudos realizados por N UN EZ et a \ . ( 1 99 1 ), com adição de proteí nases ao leite de ovelha pasteurizado para elaboração de queijo M a n c h ego e com a u m e n t o n a tem perat ura de maturação, mostraram grandes di ferenças nos parâ metros textura i s de fra t u ra b i l i d a d e, dureza e elastic idade, princi palmente durante a maturação. O utros trab a l h o s de F R E D R I C D e D U L L E Y, ( 1 984), GAYA et aI., ( 1 990), ASTON et aI., ( 1 985) reportaram um efeito sign i ficativo da temperatura de maturação com relação à textura do queijo, com temperaturas de estocagem entre 1 2 e 20 "c. O queijo Zamorano DOP é um queijo duro, elaborado com leite de ovelha das raças Churra e Castellana, com processo de fabricação e comercia lização bem definida pelo MAPA ( 1 993). Apresenta um tempo m í n i m o de maturação para com er c i a l i zação de 1 00 d i a s , submetido à câmara de maturação a 1 0 °C. O objetivo do presente trabalho é estudar o comportamento das propriedades reoló g i c a s deste t i p o de q u e i j o , quanto ao a s p e c to t e x tura, quando sub m et i do a c i n c o d i ferentes controles de temperaturas nos períodos de 7, 1 5 , 30. 60, 1 20 e 1 80 dias de maturação. Palavra s c haves : Queij o Zamorano, queijo d e l e i t e d e ov e l h a , p ro t eó l i s e , reo l o g i a , acel eração d a maturação . O del i neamento apl icado foi o i nteiramente casualizado com quatro repetições de acordo com o esquema em parcelas subdivididas, sendo o fator controle de temperatura com 5 níveis (A, B, C, D e E) casualizados nas parcelas e o fator períodos de maturação com seis níveis (7, 1 5 , 3 0, 60, 1 20 e 1 8 0 dias) c a sual izados nas sub-parc e l a s . Foram realizadas anál ises de variâncias e, teste Tukey para comparar as médias dos controles de temperaturas dentro de cada um dos seis períodos de maturação a 5% de probabi l i dade e anál ise de regressão em função dos seis períodos de maturação dentro de cada um dos cinco controles de temperaturas a 5% ou I % de probabil idade e apresentando correlações entre d i ferentes parâmetros. 2 3 - 2.1 M AT E R I A I S E M É T O D O S - P r e p a ro d a a m ostra : As amostras p a ra a n a l 1 s e s foram obtidas do queijo Zamorano D O P, a part i r de 7 , 1 5 , 30, 60, 1 20 e 1 80 dias de maturação nos d i ferentes c ontro l es de temperaturas A, B, C, D e E. Os c o n t ro l e s d e t e m p e r a t u r a s A, B, C, D e E == == == 2.2 - E q u i p a m e n to p a r a a d e t e r m i n a ç ã o r e o l ó g i c a e p a râ m e t r o s r e o l ó gi c o s O e q u i pa m e n t o ut i l i zado p a r a a s d e t er minações reológicas foi o i nstrumento U ni versal Tex t u re A n a l y se r T A - X T 2 . O s p a râmetros reológicos da textura foram anal isados de acordo com as curvas obtidas no aparelho TPA, de acordo com as definições e metodologia estabelecida por SZCZESN I A K ( 1 963 ) e modificada por B O U RN E ( J 9 7 8 ) . A determi nação da textura se b a seia na força a p l i c a d a s o b re o c o rpo c a u s an d o uma deform a ç ã o , p o r u n i d a d e d e t e m p o o u p e l a d i stân c i a , rea l i zando-se ass i m um traba l h o . O resultado pode ser expresso em unidade de força (N), trabalho Uaules) ou massa(g). Neste trabalho o resultado fo i expresso em gramas(g). Os dados foram processados por um com putador através do programa M c rosoft Wi ndow TM. Nas amostras de queijos foram determ i nados sete parâmetro s : fraturabi l i dade, dureza, adesividade, elastic idade, coesividade, mastigabi lidade e gomosidade. 2.3 - 3.1 - Análise estatística dos d a d o s R E S U LTA D O S E D I S C U S S Õ E S - Av a l i a ç ã o d o p e rfi l d a textura Os gráfi cos dos perfis da textura fornecidos pelo texturômetro TA-TX2 para os 1 20 dias de maturação do que ijo Zamorano D O P, para todos os controles de temperaturas estão representados na Figura I . Analisando-se estes gráficos, observa- Pág. 3 0 se que os comportamentos das curvas apresentadas para todas as amostras, aos 1 20 dias de maturação, são bastante similares entre si. I sto i ndica que os d i ferentes controles de temperaturas (A, B, C, D e E) para o mesmo período de maturação, não a p r e s e n t a r a m g ra n d e s d i feren ç a s , o qual n ã o a fetaram a textura do queijo nas caracterís t i c a s reológicas durante a modifi cação da temperatura de maturação em 5 °C . 3.2 - M u d a n ça s r e o l ó g i c a s d o s p a r â m e t r o s relacionados a o perfil da textura (TPA ) E q u a ç õ e s de regressões l i n e a res fo ram e stabe l e c i das p a ra o s d i feren tes c o nt rol e s d e tem peraturas em re l ação a o s p e r í o d o s d e maturação, para todos os parâmetros d e textura . Os valores obtidos nos perfis da textura através da c urva força-tempo estão apresentados no Quadro 1 . No parâmetro dureza, obtido na primeira c urva de compressão, que representa a força máxima de compressão na pri m e i ra penetração ( RA PACC I , 1 9 9 8 ) , ob s erva-se q u e o correram p e q u e n a s d i ferenças ( P < 0 , 0 5 ) n ão havendo boa d i sc ri m i nação p ara os c o n t ro l e s de temp e rat u ra s , di ferindo dos valores encontrados por G AYA e t a ! . ( 1 990) para o queijo Manchego, quando apl icaram aceleração de maturação com diferentes aumentos de temperaturas na maturação do queijo. Portanto, pode-se concluir que um aumento de 5 "C, não foi suficiente para indicar uma diferença acentuada na dureza dos queijos. Porém, constatou-se que ao l ongo dos p eríodos de m at uraç ã o o c o rreu um aumento da dureza do queijo para todos os controles de temperaturas (Quadro I ). Os valores duplicaram aos 1 20 d ias de maturação, comparado aos 7 dias para todos os c ontroles de temperatura s . Vários autores têm rel atado que o teor de um idade e, consequentemente, o aumento do extrato seco e a pen etra ç ã o do sal na matriz do qu e ij o , e stão relacionados com a dureza do queijo (CREMER e OLSON, 1 982; AMANTEA et a ! . , 1 986) . No p a râ m e tro d u reza no d e c o rrer d o s p e r í o d o s d e m a t u r a ç ã o , h o uve u m a u m e n t o ( P < 0 , 0 5 ) p a ra t o d o s o s c o n t ro l e s d e t e m p e raturas, i n fluenc iado p r i n c i p a l mente p e l a perda de u m i dade. Por ser um queijo duro, o mesmo apresenta um teor de umidade reduzido em função da conc en tração de sal na umidade do que ijo e p e l a temperatura de maturação. O aumento de t e m p e r a t u ra d e m a t u ra ç ã o não a fe t o u as c a racterí s t i c a s reo l ó g i c a s do q u e ijo Manchego (N Ú N EZ et aI., J 9 9 1 ), quando as temperaturas de maturação foram i n feriores a 4 "c. Portanto, o p e r í o d o d e maturação foi o fat o r que m a i s i n fluenciou n a dureza d o queij o . Pág. 3 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS 16000 16000 A 14000 12000 � o t.I.. C ontro l e d e temperaturas 10000 10000 '"" Q u a d ro 1 - M é d i a s dos parâmetros de textura, dureza, fraturabi l i dade, adesividade, e l ast i c i dade e c o e s i v i d a d e , o b t i d o s na c u rva do perfi l da t e x t u ra , p a ra os d i ferentes c o n t ro l e s d e temperaturas A, 8 , C, D e E B 14000 12000 3 A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S 8000 3 � o '" 6000 t.I.. 8000 A 6000 8 C D E 4000 2000 ·0 . O 20.0 j .200e 14000 12000 60.0 40,0 80,0 ·0 100,0 14000 C 12000 10000 :§ � o t.I.. '" 20,0 0 40,0 60,0 80,0 100,0 :§ «: 2' o t.I.. D 60,0 80.0 8000 6000 100,0 20,0 40,0 10000 ' 60 ,0 80.0 100,0 Tempo (s) Tempo (s) 12000 '" <> o t.I.. 8973,55 a 729 1 ,87 b 7 8 84 ; 3 0 ab 7 7 8 0 , 4 9 ab 7 5 7 1 , 1 3 ab 9709,79 a 9554,87 a 9803 , 5 6 a 1 02 5 6 , 6 6 a 9332,70 a 1 1 3 2 9 , 4 ab 1 1 2 9 0 ,4 ab 1 1 85 1 , 8 a 1 24 5 8 , 0 a 1 00 1 4,7 b 2 7 6 6 , 1 7 a 2 9 9 3 , 9 4 ab 3 2 5 5 , 8 5 a 2 06 0, 4 2 b 2 4 1 8 , 3 8 b 2 9 0 3 . 9 6 ab 3 2 3 4 , 8 1 a 2444 , 3 7 b 2 0 5 0 , 00 b 2 2 2 9 , 9 7 ab 2 3 8 7 , 5 9 b 2 64 5 , 7 7 a b 2 1 8 8 , 5 2 a b 2 3 7 4 , 8 0 b 2 94 0 , 3 6 ab - 1 27,83 a - 1 06,99 a -93, 1 4 a 1 29,74 a -2 5 0 , 9 2 a A B C D E 0,57 b 0,7 1 a 0,56 b 0,44 c 0 , 5 0 bc 0,47 0,6 1 0,46 0,44 0,46 A 0 , 2 0 bc 0,22 ab 0,23 a 0, 1 9 c 18 c 0, 1 9 ab 0, 1 9 ab 0,2 1 a 0, 1 8 b 0, 1 7 b 1 80 1 20 1 4882,3 1 1 44 0 3 , 5 9 1 4542,67 1 49 5 0 , 1 6 1 44 9 5 , 5 3 a a a a a 1 6838,33 1 69 1 1 , 8 6 1 5 545 ,24 1 6077,34 1 6 893 ,23 a a a a a b a b b b -248 , 0 8 ab -206,38 a -2 7 0 , 4 6 ab - 3 4 0 , 9 8 ab -404, 9 7 b 0,46 0,44 0,45 0,45 0,4 1 a a a a a 3 5 06 , 3 1 3 1 09,92 2532,22 3272,62 3 1 1 1 ,82 a a a a a a ab b a ab 3 9 0 5 ,92 39 1 5, 1 6 3 7 04 , 4 1 407 1 ,36 3 9 09 , 2 6 a a a a a 4 7 00,72 4 2 6 4 , 84 4076,67 4 3 07,30 4 3 7 0, 2 8 -44 9 , 0 5 ab -365,20 a - 3 8 6 , 6 8 ab - 5 0 7 , 7 4 ab -546, 73 b -654,37 -592,83 -596, 1 2 - 5 3 0, 4 0 -65 1 ,79 a a a a a -659,74 ab -566,50 a -686,59 ab - 6 1 3 ,4 0 a b -760, 1 8 b 0,44 0,39 0,40 0,50 a a a a 0 ,42 ab 0,37 b 0 , 3 9 ab 0,49 a ab 0,40 ab 0,3 1 b 0,35 b 0,49 a ab C O ES I V I D A D E C D E E 0, 1 7 a 0, 1 4 ab 0, 1 3 0, 1 3 0, 1 3 0, 1 3 13 a a a a a Médias seguidas pela mesma l etra m i núsc ula, na col una, nào diferem entre si pelo teste de Tukey (P>O,05 ). 6000 4000 2000 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 Tempo (s) Figura 1 60 C D E 8 8000 § a a a a a 30 - 1 09,46 a - 1 02, 3 6 a -67,96 a - 8 5 ,45 a - 6 9 ,2 1 a 8 2000 40,0 8 A 4000 20,0 A C D E Tempo (s) 10000 8000 73 1 8,36 62 1 0 , 6 4 6025,5 1 6729,3 1 6898,37 15 FRAT U RA BI L I DA D E 1 .2000 Tempo (s) Peri odo d e 7 G rá ficos dos Perfi s de Textura das amostras de queijos Zamorano D O P aos 1 2 0 d i as de maturação nos d i ferentes controles de temperaturas (A, 8, C, D, E ) , obtidas no ana l i sador de textura TA-TX2 ( Texture Profde A nolysis ) . o p a râ m etro fra t ura b i l i d a d e o b t i d o no primeiro pico da curva indica que a primeira força apl i cada é s u fi c i ente para fragmentar, sendo a pri m e i ra fi ss ura q u e o c o rre no q u e ij o quando submetido a uma força ( R A PACCI, 1 998; GE ISE, 1 995). A fratur ab i l idade é o trabalho necessário para fragmentar a amo s t ra e , quanto menor o valor mais fraturável é o queijo ( FR E D R I CK e DU LLEY, 1 9 84). Conforme se observa na Figura 2, os queijos no i n í c i o da maturação foram mais fraturávei s, pois possuíam menor dureza . Com o dec orrer da m a t u r a ç ã o , fo i n ec e s s á r i o m a i o r fo rça p a ra fra turar o s q u e ij o s dos d i fe rentes c o n t ro l e s d e t e m peraturas, q u e apresent a ram m a i o r d u re z a , re l a c i o n a n d o - s e i n v e rs a m e n t e proporc ional c o m a atividade d e água, umidade, p H e d i retamente proporc i o n a l c o m a c on c e n tração de sal na umidade. Os parâmetros, fí sicos quími cos, Aw, p H , umi dade, c o n c entração d e s a l na u m i dade e a proteó l i se contribuem para maior fraturab i l idade do q u e ij o durante a maturação ( B U FFA et a ! . 200 1 ; M I STRY e K A S P ERSON, 1 998 GAYA et a I . , 1 9 9 0 ; F E R N A N D EZ D E L P O Z O , 1 9 8 8 , CREAM E R e OLSON, 1 9 82, LAWR ENCE e t a ! . 1 9 8 7 ) . A p roteó l ise é um d o s fatores q u e m a i s i n fl uenc i a na textura do queijo, j un tamente c o m Pág. 33 Pág. 32 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R ESSO NACIONAL D E LATi C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS YE = 6899,47 + 57,7885-0 R" = O,98 17000 - -A � � 13000 � Cl Y, 7 8 74 , 9 + 52,9183"0 R' = 0,97 Ya = 6872,21 + 59,2962"0 R" = 0,96 9000 \ R' = 0,89 20 ** = 40 60 80 1 00 120 = 7 400,97 140 + 5 1 . 5709"0 Fi' = 0.89 1 60 Período de maturação (dias) 1 80 _ • • . • B C - - O -- E 200 Signifi cati vo pelo teste t ( P<O,O I ). F i g u r a 2 - Estimativas do parâmetro de dureza obtidas através das c urvas da T PA para os d i ferentes controles de temperaturas (A, 8 , C , D e E ) em função dos períodos de maturação (dias). as propriedades fí sico-químicas (pH, umidade e relação sal/umidade) no "flavo(' e na textura na maioria das variedades de queij os elaborados por fe r m e n t a ç ã o e n z i m á t i c a ( FAN E L O N e t a I . , 2 0 0 0 ) . A proteó l i se a feta a c a se í n a i n t a c ta, a qual é a maior determinante das propriedades de dureza e fraturabil idade no queijo ( C REAMER e O L S O N , 1 9 8 2 ; P R E N T I C E et a I . , 1 9 9 3 ) . O s valores para N S e m p H 4 , 6 e N S e m T C A 1 2% , que i nd i c am o í n d i c e de proteó l i se do queij o , foram maiores ao longo d a maturação ( 1 80 dias) sob c o n t r o l e de temperatura E durante toda a maturação, o que l evou a um queij o com maior d ur e za e m e n o r fra t u rab i l i da d e , con fo r m e m o s t r a m o s va l o res para o s c o n t ro l e s d e temperaturas A, ( 4 7 0 0 , 7 2 g/s) e E, ( 4 3 7 0 , 2 8 g/ s) ( Q ua dro I ) . No e n t a n t o , as d i fe renças dos v a l ores e n t re o s c o n t r o l e s d e t e m p e ra t u ra s fo ra m d e s p re z í v e i s ( P > 0 , 0 5 ) , d i fe r i n d o d o s valores encontrados p o r GAYA, et a I . ( 1 9 9 0 ) e F E D R I CK e D U LLEY ( 1 984), mas em concordância c o m N ÚN EZ e t a! . ( 1 99 1 ) . Deste modo, p o d e - s e c o n c l uir que d i fe re n t e s temperaturas de maturação ( 5 °C) n ã o a fetaram ( P> 0 , 0 5 ) a fraturabil idade. 3 .3 - Co rrelações d o s p a râm etros reológicos As c o rre l ações foram rea l izadas entre os parâmetros da sa n á l i ses dos perfi s de t e x t u ra ( T PA ) c o m os parâmetros da tex t u ra o b t i d o s p e l a análise sensori a l . Observou-se q u e a dureza da TPA apresentou corre lação positiva ( P<O,O I ) com os parâmetros de textura da análise sensoria l dureza , gra n u l o s i dade e s o l u b i l i d a d e p a ra o s c on t ro l e s d e t e m p e ra t u ra s A , 8 , D e E e c o rre l a ç ã o p o s i t i v a ( P< 0 , 0 5 ) para o c o n t ro l e d e t e m p e ra t ura C . P a ra s e q u e d a d e h o u ve c o rrel ação positiva ( P< O , O I ) para os c ontro les de temperaturas D e E, provavelmente devido o aum ento do ex trato seco o b t i d o s ao l o ngo da mat uração para estes controles de temperatura que encontravam-se submetidos a maior aumento d e t em p e ratura . Correlações negativas ( P<0,05 ) ocorreram e n t re a d u reza da T PA e o s a s p e c t o s m a n t e gosidade e elasticidade, para todos os controles de tempcraturas indicando que à medida que se aumenta a dureza dimi nui-se a elasticidade e a m a n t e g o s i d a d e . P o r t a n t o , i m po rt a n t e s a s soc iações foram estabel ecidas entre os val ores a p r e s e n t a d o s p e l o e q u i p a m e n t o e os o b t i d o s através degustadores treinados. N ã o foram obtidas correl ações ( P>0,05) entre a dureza e os aspectos friabil idade, adesividade e rugosidade. A adesividade, granulosidade, solub i l i dade e dureza foram às características do parâmetro t e x t ura da a n á l i s e s e n s o r i a l q u e m a i s se c o rre l a c i o n a ram c o m o s aspectos da t e x t u ra o b t i d a por T PA . A m a s t i gab i l i da d e não a pre s c n t o u c o rre l a ç ã o ( P> 0 , 0 5 ) c o m e s t e s p a râ metros c i tados anteriormente, mas apenas com rugo sidade e friabil idade ( P<0,05 ). A sequedade apresentou corre l ação negativa ( P< 0 , 0 5 ) com a a d e s i v i d a d e e c o e s i v i d a d e n o s c o n t ro l e s d e temperaturas A, 8 , D e E, m a s n ã o apresentou c o rre l a ç ã o no c o n t r o l e d e t e m p e r a t u ra C ( P> 0 , 0 5 ) . O u t r a s c o rre l a ç õ e s p o s i t i v a s ( P< 0 , 0 5 ) ocorreram entre a fraturabil idade e o s aspectos de s o l u b i l idade e dureza . A c orre l ação entre a elasticidade obtida por TPA e a obtida por análise s e n so r i a l q u a n t i t a t i v a ( A D Q ) fo i p o s i t i v a ( P< O , O I ) podendo-se estabelecer a im portâ ncia d a u t i l ização de T PA n a tentativa d e i m itar os parâ metros sensori a i s , p r i n c i p a l m e n t e p ara as caracterí s t i c a s mais i mportantes n a a v a l i ação do q u eij o q u e s ã o d ur e z a , frat u ra b i l i d a d e e elasticidade ( F R A U et a I . , 2 0 0 0) . As correlações entre os p arâmetros físico químicos com parâmetros de t extura obtidos na TPA, estão apresentadas no Quadro 4 . A dureza cor rel a c i ono u-se n egat i v a m e n t e ( P < 0 , 0 5 ) com rel a ção à a t i v i d a d e d e água, u m i d ad e e p H , ind icando que, quanto maior a dureza menor são os valores destes parâmetro s . Do mesmo modo, se analisado s os valores de e xtrato seco obtido dura nte a m a t u ração de 7 1 , 5 5 , 7 3 , 0 6 , 7 2 , 4 0 , 72 , 4 0 e 7 2 , 7 6 % , r e sp e c t i va m e n t e p a ra os control es de temperaturas A, 8 , C, D e E aos 1 80 dias de maturação, os m e s m o s i n d i c aram a l ta correlação negativa entre a umidade e a dureza do queij o , pri nc i p a l mente n a q u e l e s s u b m e t i d o s a maior temperatura de maturação . A relação sal/ um idade c o r re l a c i o n o u - s e pOSItI vamente ( P<O, O I ), com a fraturab i l i dade e gomos idade, pois os valores de força necessários para romper o queijo em função de sua dureza, foram menores no início da maturação, em função dos queij o s serem mais fraturáveis e , c o m o aum ento d o s períodos d e maturação, foram necessários maiores valores em g/s para fraturar o queijo. A adesividade, elast ic idade e c o e s i v i da d e se c o rre l a c ion aram negativamente ( P<0,05 ) com o c l oreto na umi dade, poi s à m e d i d a e m q ue se a u m e n t o u a quantidade de sal no queijo ao longo dos períodos de maturação, estes parâmetros diminuíram o seu e fe i t o , p ri n c i pa l m e n t e p e l a m a i o r a t ua ç ã o e rompimentos das frações á e â- caseínas. As c o rre l a ç õ e s e n t re a s fra ç õ e s n i tro genadas, NS em p H 4 , 6 , NS em T C A 1 2% e a fração amínica ( N -N H , ) c o m os parâmetros da TPA . Estão de acordo c om as estabelecidas por F E D R I C K e DU LLEY ( 1 9 9 4 ) , pri n c ip a l m ente as correlações negativa ( P<0,05) entre as frações ni trogenadas c o m ades i v id a d e , e l a s t i c i dade e coesividade. Através destas e x p l i ca-se à importância do parâmetro elasticidade no queijo, pois à medida que aumenta os valores das frações s o l ú v e i s , men o r será a e l a s t i c i da d e e, c o nse q ü e n t e m e n t e , o d e s a rranj o d a s p ro t e í n a s na m a s s a do q u eijo será m a i o r, i n fl ue n c i a n d o diretamente o "flavor" e a textura do q ueij o . 4 - CONCLUSÕES Através d a a n á l i s e d o p erfi l d a t e x t u ra ( T PA ) foi possível observar que o a umento de t e m p e ra t u ra de 1 ° p a ra 1 5 ° C a p l i c a d o de diferentes formas nos controles de temperaturas dos queij os , n ão fo i s u fic i e n te p a ra a l terar a s características d e textura dos mesmos, pois estas fo ram m a i s i n fl u e n c i a d a s p e l o s p er í o d o s d e maturaçã o . A a n á l i se d o s q u e ij o s p e l a T PA e s t á c orre l a c i o n a d a c o m o ut r a s ca ra c te r í s t i c a s , mostrando q u e a s mod i fi cações de textura que o c o rreram n a massa d o q u e ij o , fo ram i n fl uenciadas pela concentração de sal n a umidade, p e l a umidade e p e l a degradação d e prote í n a s , aval iados principalmente nos parâmetros dureza, fraturabi l idade e elasticidade. Os p arâmetros d e t e x t u ra obtidos com a T PA c o rre l a c i on a r a m - s e p o s i t i v a m e n te c o m a q u e l e s o b t i d o s a t r a v é s da a n á l i se s e n s o r i a l q u a n t i t a t i v a ( A D Q ) , i n d i c a n do a i mp o r t an t e relação entre os métodos objetivos e subj et ivos com relação ao perfil da textura do queij o . A BSTRACT The Zamorano c heese is one amongst t h e cheeses w i t h Denomination of Protecting Origin (DOP) manufactured in Spain, being enrolled in the Advice of the D O P since 1 993 . Thi s cheese i s e l aborated from m i l k of sheep o f t h e rac e s C hurra a n d Castellana, presen ting c ompact a n d hard mass. I n accordance w i t h the norms of t h e M i n i st ry o f Feed i n g , F i s h e s a n d Agri c u l t u re (MAPA) of the Spanish Government, this cheese needs a m in i mum period commerc i a l ization of 1 00 days . In this work, 7 parameters of texture had been e v a l uated ( fi rm n e s s , fra c t u rab i l i t y , springiness, adhesiveness, c o h es i v e n e s s , gomminess a n d mastigabil ity of Zamorano cheese at d i ffe rent and i n c re a s i n g t e m p e ratures o f maturation throughout periods o f 7 , 1 5 , 3 0, 60, 1 20 and 1 80 days, targeting ripening acceleration and reduction in the commercial ization time. The c on t ro l s of t e m p e ra t u r e s , A, 8, C , D and E fol lowed the fol lowing protocol : A = 1 0 oC up to 1 80 days, 8 = 10 oC up to 60 days and 1 5 oC of 60 up to 1 80 days, C = 1 0 oC up to 60 days, 1 5 oC of 60 up to 1 20 days e l O oC of 1 20 up to 1 80 days, D = 1 5 oC up to 60 days and 1 0 oC of 60 days up to 1 80 days and E = 1 5 oC up to 1 8 0 days. To veri fy the infl uence of these conditions o f maturation in the texture of the c heese, t h e methods o f t h e Texture Pro fi l e A n a l y s i s ( T PA ) were app l i ed, by using t h e Texture-Analyser TA XT2 . W i t h e l a p s i n g o f t h e m a tu ra t i o n , a significant ( P<0,05) increase was observed of the hardness as well as a reduction of the elasticity of the c heese. The fracturab i l i ty was bigger at t h e beginning of the maturation. I n accordance w i t h t h e test of Tuckey a n d equations of regression, i t d i d n o t h a v e d i fferen c e ( P> 0 , 0 5 ) in the Pág. 3 5 Pág, 34 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I OS ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS rheological propeli ies with an i ncrease of 50C in the tem perat ure of maturat i o n . I t is c o n c \uded therefore that the occurred rheological alterations in the cheese had been caused by proteolysis and not for the rise of the temperature. The analysis of t h e c h eeses for the T PA i s c o rre lated w i t h o r h e r c h a r a c t e ri st i c s , s h o w i n g t h a t t h e modifications of texture that had occurred i n t he mass of the c heese had been i n fl uenced by the c o n c e n t ra t i on o f salt i n t h e h u m i d i ty, by the h u m i d ity and by prote i n degra d a t i o n , mai n l y eval uated i n t h e p a ra met ers h a rd ne s s , frac t u ra b i l i t y a n d e l a s t i c i ty. T h e g o t t e n parameters o f t e x t ur e w i t h t h e T PA had b e e n correlated p o s i t i v e l y w i t h t h o s e gotten through the Q u a n t i t a t i v e S e n s o r i a l A n a ly s i s ( Q S A ) , i n d i c a t i n g t h e im portant re l a t i o n between t h e obj ective and subj ective methods with regard t o t h e profi l e of l h e texture of t h e c heese . Kcyword s : Zamorano c heese, sheep m i l k c heese . proteo l y s i s, rheol ogy, a c c e l erat c heese ri pening Agradecimentos: C A P E S , U FV e U N I L EON . BIBLIOGRAFIA I . A M ANTEA, G . F.; S H U RA, B . J . ; N A K A [ , S . C u l ture e ffec t on r i p e n i n g c h a rac teri s t i c s and rhe o l o g i c a l b e h a v i o r of C h e d d a r c h e e s e . J o u r n a l o f F o o d S c i e n c e , 5 1 : 9 1 2 -9 1 8 , 1 9 8 6 . 2 . ASTON, J .w. ; G I L ES , .l . E . ; DU RWARD, I . G . ; D U L L EY, J . R . E fre c t o f e l e v a t e d ri p e n i n g t e m p e ra t u re s o n p ro t e o l y s i s a n d fl a v o u r d e v e l o p rn e nt in C h e d d a r c h e e s e . J o u r n a l o f D a i ry R e s e a r c h , 5 2 : 5 6 5 - 5 7 2 , 1 9 8 5 . 3 . B A R R ETT, D . M . ; G A R C I A, E . ; WAYNE, J . E . Textural M od ifi cation of P rocessing Tomatoes, Criticai R e v i e w : Food Science and N utritio n , 3 8 ( 3 ) : 1 7 3-258, 1 99 8 . 4 . B O U R N E , M . C . T e x t u re P r o fi l e A n al y s i s . F o o d Tec h n o l ogy, 3 2 ( 7 ) : 62 - 7 2 , 1 9 7 8 . 5 . BOU R N E, M . C . Food texture a n d v i scosit y : concept and measurement . S a n Diego, Academic P ress, 2 0 0 2 . 4 0 0 p . 6 . BU FFA, M . N . ; T R U J I L LO, A J . ; PAV [ A, M . ; G U A M I S , B . Changes in textural , microstructural, and c o lour c haracteri st i s t i c s during ri pcning of c h eeses made from raw, p a s t e u rized or h i g h p r e s s u re - t re a t ed goa t s ' m i l k . I n te r n at i o n a l D a iry J o u rn a l , I i : 9 2 7 - 9 3 4 , 2 0 0 I . 7 . C A M P O S , S . D . M etodo l og i a obj et i va p ara a v a l i a ç ã o de p a r â m e t r o s de t e x t u ra . I n : C A M P O S , S . D . R e o l o g i a e Te x t u ra d e A l i m e n t o s . C a m p i n a s : I TA L , p . 4 3 - 5 9 , 1 9 8 9 ( M anual Téc n i c o ) 8 . C R EA M E R , L . K . ; O LS O N , N . F. Rheological eval uation of maturing Cheddar cheese. Journal o f Food S c i e n c e , 4 7 : 6 3 1 -646, 1 9 8 2 . 9 . D U M A I S , R . ; B L A I S, J . A . ; CON R A D , F . O queso. I n : AM I OT, J . C i e n c i a y tecnol ogía d e la l e c h e . Acribia, S . A . , Zaragoza, 1 99 1 . 1 0 . E L S O D A , M . A c c e l erated M at uration o f c heese . I n t. D airy J o u r n al, 3 : 5 3 1 -544, 1 9 9 3 . 1 1 . FA N E L O N , M . A . ; O ' C O N N O R , P. ; G U I N E E, T. P. The e ffect of fat content on the microbiology and proteolysis in Cheddar c heese during ripen ing. J o u rn al D airy Science, 8 3 : 2 [ 73 -2 1 83, 2000. 1 2 . F E D R I C K, l . A . ; D U L L EY, J . R. T h e Effect o f E l e v a te d S t o ra ge Tem p e r a t u r e s on t h e R h eo l ogy o f C h ed d a r C h ee s e . N e w Z e a l a n d J o u r n a l o f D a i ry S c i e n c e a n d Tec h n o l o gy. 1 9 : 1 4 1 1 50, 1 9 84. 1 3 . F E R N AN D EZ D E L P O Z O , B . ; G AYA, P. ; M E D I N A , M . ; R O D R Í G U E Z- M A R Í N , M . A . ; N Ú N EZ , M . C hanges in chemical and reological c h a racteri stics of La Serena ewes ' m i l k c heese du ri ng ripen i n g . J o u rn a l of D a i ry R es ea r c h , 5 5 : 4 5 7 -4 6 4 , 1 9 8 8 . 1 4. FOLKERTSMA, B . ; FOX, P.F.; MCSWEEN EY, P. L . H . Accelerated ripening of cheddar c heese at e l e v a t e d t e mp erature s . I n t. D a i ry J o u r n a l , 6 : 1 1 1 7 - 1 1 34 , 1 99 6 . 1 5 . F O X , P. F. ; G U I N E E, T. P. ; C O G A N , T. M . ; M c S W E E N E Y. P. L . H . Fundamentais o f C h eese Science. Gaithersburg, Aspen, 2000. 5 87 p. 1 6. FRAU, M . ; CANE LLAS, B . ; S Á N C H EZ, E.; R O S S E L LÓ, C . La propriedades textura l e s dei queso y su papel en la insustria lactea . Revista A l i m e n t a r i a , M a rzo, n ° . 5 , 2 0 0 0 . 1 7 . G AYA , P. ; M E D I N A , M . ; R O D R I G U EZ M A RT I N , M . A . ; N U N E Z , M . A c c e l e ra t e d ripen i n g o f e w e s ' m i l k M a n c h ego c he e s e : t h e effect o f elevated temperatures. J ou r n a l D a i ry Science, 7 3 : 26-32, 1 990. 1 8 . G I E S E , J . Measuring physical propertics of foo d s . F o o d Te c n o l o gy , C h i c a g o , v . 4 9 , n . 2 , p. 54-63, 1 995 . 1 9 . G R I P O N , l . C . F l av our and text ure i n soft c he e s e . I n : LAW. B . A . M i c ro b i o l o gy a n d b i o c h e mi stry o f c h e ese a n d fe rmented m i l k . B l a c k i e academic & ProfessionaL 2 .ed., 1 99 7 . 20. LAW, A B . Control led a n d acceJerated cheese ri pening: the research base for new technologies. I n t e r n a t i o n a l D a i ry J o u r n a l I i : 3 8 3 - 3 9 8 , 200 1 . 2 1 . L AW R E N C E , R . C . ; C R E A M E R , L . C . ; G [ L L ES . l . Texture development during c h eese ripen i n g . J o u rn a l o f D a iry S c i e n c e , 7 0 : 1 74 8 1 760, 1 987. 2 2 ., M A PA. Orden d e 6 d e mayo d e 1 993 por l a que s e aprueba e l Reglamento d e l a Denom inación d e O r i ge n " Q u e s o Z a m o ra n o" y su C o n s ej o Regulador (Bolettin N ° 1 2 0 de mayo de 1 993 ) . 2 3 . M A R I N O , M . ; M A [ F R E N I , M . ; P I TT I A , P. ; RON D I N [ , G . Effe c t of proteo l y t i c starters on reo l o g i c a l c h a r a c t e r i s t i c s o f M o n t a s i o C h e e s e . S c i e n z a e Te c n i c a L a tti e r o Ca s e a r i a, 4 8 ( 3 ) : 2 5 3 - 2 6 0 , 1 9 9 7 . 24. M [ STRY, Y.Y.; KAS P E R S O N , K . M . I n fl uence of salt on quality of reduced fat c hcese Cheddar. J o u r n a l D a iry S c i e n c e, 8 1 : 1 2 1 4 - 1 2 2 1 , 1 9 9 8 . N U N EZ , M.; GUILLEN, A.M.; 25. R O D R [ G U EZ - M A R I N , M . A . ; M A R C I L L A , A . M . ; G AYA , P. ; M E D [ N A , M . A c c e l errated Ripcning of Ewes' M i l k Manchego Cheeese: The Effect of Neutral Proteinases. J o urnal of Dairy S c i e n c e, 7 4 : 4 1 0 8 -4 1 1 8 , 1 9 9 1 . 2 6 . P R E N T I C E , J . H ; L A N G L E Y, K . R . ; MARS HALL, R J . Cheese R heology. I n : Fox. P. F. C h e m is try, physics and Ch ees e : m i c r o b i o l o g y , C hapman e H a l l , 1 9 9 3 , 5 9 9 p . 2 7 . R A PAC C I , M . ; C A M P O S , S . D . S . ; VAN DENDER, A . G . F. Requeijão Cremoso- Aval iação do P e rfi l d e Te x t u r a . R e v i s t a I n d ú s t r i a d e Laticínios Ano 3 , n . 1 8, N o v /dez 1 99 8 . 2 8 . RA P H A E L J D E S , S . N . , A N TON I O U , K . D . , VAS I L LJADOU, S . , GEOGAK[, C . & G RAVAN [ S, A. Ripen ing effects on rheological behav iour of Hal loumi c heeese. Journal of Food E n g i n e e ri n g, x x x ( 2 0 0 5 ) x x x -x x x 6 p . 2 9 . SZCZESN I A K, A . S . C l assification o f textural characteristic s . J . Food Sei., 2 8 : 3 85 - 3 8 9 , 1 963 . 3 0 . S Z C Z E S N I A K, A . S . P h y s i c a l p ro p e rties of fo o d : what they a re abd t h e i r relati o n to o t h e r fo o d p ro p e rt i e s . I n : P E L E G , M . ; B A G L EY, E . B . Westport, : AV I , I n c . , 1 9 83, 42p. 3 1 . T E X T U R E T E C H N O L O G I E S C O R Po Tex ture analyzcr application study o f: TA-XT2 Key Features. N ew Yo rk, 1 992 (C atál ogo ) . 3 2 . T U N I C K, M . H . ; N O LAN, E.J. Rheol ogy o f c heese . I n : BA I A N U , I . C . Physical c h e m i stry o f Food P ro c e s s e s : F u n d a m en ta l A s p ects v o l . I . Van N o strand R e i n h o l d, N e w Yo r k . p . 2 7 3 - 2 9 7 , I 9 9 2 . 3 3 . VA N V LJ ET, T. ; P E L E G , M . E ffec t o f s a m p l e s i ze and prepara t i o n . B u l l e ti n o f t h e I n t e r n a ti o n a l D a i r y F e d e r a ti o n . B ru s s e l s , v.268, p . 26-29, 1 99 1 . 3 4 . VAN V L J ET, T. Term inology to be used i n c h ee s e r h e o l ogy. Bu ll etin of the I n t e r n a ti o n a l D a i r y F e d e r a ti o n . B ru s s e l s , 2 6 8 : 5 - 1 5 , 1 99 1 . 3 5 . VI S S E R , J. Factors a ffecting the rheological and frac t u re p ropret ies o f hard and semi-ha rd c h e e s e . B u l l etin of t h e I n t e rn a ti o n a l D a i r y Federati o n . Brusse l s , v . 2 6 8 , p . 4 9 -6 1 , 1 9 9 1 . 3 6 . V I S S E R . S. Prote o l y t i c enzymes and t h e i r re l a t i o n to c h e e s e r i p e n i n g a n d f1 a v o u r : a n overview. J o u rn a l o f D a i ry S c i e n c e, 7 6 : 3 2 9 3 5 0, 1 993. 3 7 . WA L ST R A, P. ; VA N V L J ET, T . R h e o l ogy o f c h e e s e . B u l l et i n o f t h e I n t e r n a ti o n a l D a i ry Federati o n . Brussel s. 1 5 3 : 22-27, 1 98 2 . 3 8 . VAN H E K K E N , D . L . , T U N I C K , M . H . & PA R K Y. W. E ffec t o f F rozcn S t o ra g e on t h e P roteolyti c and R h e o l o g i c a l Propcrt ies of S o ft C a p r i n e M i l k C h e e s e . J o u r n a l o f D a i ry Science, 8 8 : 1 9 66- 1 9 7 2 , 2005 . . ANÁLISE ESTATíSTICA MULTIVARIADA COMO TESTE PARA DETECÇÃO DE ADiÇÃO DE SORO AO LEITE PASTEURIZADO Multivariate Statistical Analysis as a test for detect whey added to Pasteu rised milk Elíza Caldas Soares 1 Jaciara Neves Bittencourt1 Alcinéia de Lemos Souza Ramos2 Eduardo Mendes Ramos3 Estudante de graduação de Engenharia de Alimentos; Professora Assi stente, DTRA/U ESB, Itapetinga-BA; E-mai l : [email protected] 3 Professor Adjunto, DCA/UFLA, Lavras-MG; Departamento de Tecnologia Rural e Animal (DTRA) , Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia ( UESB), Campus Juvino Oliveira, Praça Primavera 40, Bairro Primavera, 45700-000, Itapetinga, BA, Brasil. 2 36 Pág. 3 7 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS R E S U MO o presente trab a l h o vi sou à obtenção de uma equação que permiti sse c lassifi car amostras de leite pasteurizado em adul teradas ou não, quanto à adição de soro de queij o . Foram uti l izadas amostras de duas marcas d i ferentes de l e i t e pasteurizado, c omerc i a l izadas no munic ípio de Itapetinga-BA. As amostras foram adicionadas com d i ferentes níveís de soro (O, 5, 1 0, 1 5 , 2 0 , 3 0 , 40 e 5 0% ) , devidamente pasteuri zado ( 7 5°C/ 1 5 m i n . ) , obtido da produção de queij o Minas Frescal, sendo determinados o índice crioscópico (lC), densidade ( D ) , gordura ( G ) , ac idez (A) e sólidos totais (ST). Os dados obtidos foram submetidos à anál i se discriminante ( F I S H E R, 1 93 6 ) , a fim de se obter uma função l inear que permita a separação máxima entre as duas popul ações. A separação das duas popul ações, através da função discriminante l inear obtida ( D(x) = 5,25*D + 1 7 , 1 1 70 * G - 8,9887 * ST 4,6468x 1 0· 4* l C + 0,49 3 2 * A ) , foi s i gni fi cativa ( P < 0 , 0 1 ) , a p resentando uma probab i l idade de m á classificação de 24, 1 4%, segundo método d e O KAMOTO ( 1 96 3 ) , sendo c lassificado como l eite pasteurizado fraudado amostras que apresentare m v a l o r D ( x ) < 1 1 9 , 2 4 . Embora a probab il idade de má c lassificação tenha sido elevada, os resultados ind i cam a possibilidade do e m p rego da a n á l i s e m u l tivariada c o m o teste i n d ic a t i v o da adi ção de soro ao l ei t e pasteurizado, o q u e permitiria a redução d o s custos de anál ise envolvidos na fiscal ização d o produto, uma v e z que a p e n a s a s amostras suspeitas seriam e n c a m i nhadas para anál i se s especí fi cas q u e s ã o demoradas e onerosas. Palavras-chave : anál ise di scriminante, fraude, teste i n d i c at i v o . 1 - I N T RO D U Ç Ã O A a d u lteração d e l e ites, D ui d o e e m p ó , através d a adição intencional de soro de queijo é um problema que vem preocupando as autoridades n a c i o n a i s e i ntern a c i on a i s . I ss o o c o rre em conseqüência do baixo valor comercial do soro, seu red u z i d o a p ro v e i ta m e n t o em d e r i v a d o e subprodutos l á c teos e do a l to c u sto p a ra seu descarte. No Brasi l, o volume estimado de queijo p roduzido em 2 0 04 foi de 5 1 0 . 00 0 to n e l a das (ABIQ, 2006), o que corresponde à produção de, aproximadamente, 4 . 3 0 0 .000 toneladas de soro . A possível adição de soro de queijo ao leite pasteurizado desrespeita os artigos 6° e 3 1 0 do Cód igo de D e fesa d o C o n s u m i d o r ( B R A S I L, 1 990), que tratam da e x i gê n c i a de i n formações sobre a quantidade e qualidade do produto. Torna se t a m b é m um p r o b l em a p a ra os órgãos d e fi s c a l i z a ç ã o , uma v e z q u e e s ta fra ude n ã o é facilmente detectada através de análises de rotina, requerendo análises mais complexas e custosas. Atua l rnente e x i stem vários métodos para a detecção da adição de soro de queijo ao leite, os quais fo ra m d e s e n v o l v i d o s c o m fi n a l i dade inicial de detectar a fmude por ad i ção de soro em pó ao leite em pó, devido às necessidades de p a í s e s e u rop e u s , que a pr e s e n t a m e l e v a d o c onsumo d e s t e tipo de prod uto. N o Brasi l , no entanto, as atenções têm-se voltado para a fraude por adição de soro de queij o ao l eite fluido ( in natura ) , d e v i d o a s u a m a i o r p a rt i c i pação n o mercado nacion a l ( P E R E I R A et a 1 . , 200 1 ) . A a d i ç ão fra u d u l enta de soro ao l e i te é n o rm a l m e n t e d e t e c t a d a e q ua n t i fi c a d a p e l a determinação d a caseína macropeptídeo ( C M P ) , um fragmento hi drofí l i c o d a k-caseína, l iberado p e l a ação da q u i nl 0 s i n a durante a c oagul ação e n z i m á t i c a do l e i t e e q ue perma n e c e n o soro ( RE C I O et a l . , 2 000; P E R E I RA et a l . , 200 I ) . A C M P é g e ra l m e n t e q u a n t i fi c a d a a t r a v é s d e métodos c romatográfi c o s , t a i s como H P LC e m fase reversa, cromatografia d e exclusão molecular ou de troca iônica (V E LOSO et a1., 2002). Mais recentemeJite, métodos que uti lizam e letroforese no sistema S D S-PA G E ( D E SOUZA et a 1 . , 2000) e e letro forese capi l a r (van R I E L e O L I E M A N , 1 9 9 5 ) t ê m s i d o u s a d o s ç o m s uc e s s o n a i d e n t i fi c a ç ã o e q u a n t i fi ca ç ã o d e s t e g l i c om a c ro p e p t í d eo em l e i tes e b e b i d a s l ác t e a s a d i c i o nados de s o r o . O ut ra forma de detecção e q u a n t i fi c ação da a d i ç ã o de soro em l e i te é a determ i nação e s p ec t ro fotométri c a , baseada na reação do ácido s i á l i c o , presente na C M P, com p-d i m e t i l a m i n obenzal deido ou ni nidrina ácida, formando complexos coloridos (FUKUDA et a 1 . , 1 99 6 ; B R AS I L, 2 0 0 3 ) . E nt re ta nto , fo i c o n statado recentemente q u e a a t i v i d a d e p ro t e o l ít i c a d e b a c t é ri a s psicotróficas em leite c r u e U HT pode acarretar na l i beração e surgimento da C M P ( R EC I O et a 1 . , 1 9 9 6 ) . A s s i m , a l i bera ção deste gl i c oma c ropeptídeo pode o correr natura l mente no l e ite nas c o n d i ç õ e s d e e s t o c a g e m e t r a n s p o rt e A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N A C I O N A L D E LATI c í N I O S (FU KU D A e t a l . , 1 996; P E R E I RA e t a 1 . , 2 00 1 ), s end o que vários fatores, tais como tempo pós ord enha e cond ições d e t ran sporte, i n t erferem n a su a l i b e r a ç ã o . D e s t e m o d o , toda a n á l i s e bas eada na iden t i ficação da C M P pode resultar n a c l a s s i fi c ação e rrônea das amo stras, s e n d o n ece s s á r i o , p a ra s u a a p l i c a ç ã o p r á t i c a , o con hecim ento dos n í ve i s natura i s de g l i c oma cro peptí deo em l ei tes norm a i s o u autênt i c o s e para o soro i ndustri al ( F U K U D A et a I . , 1 99 6 ) . O d e s e n v o l v i m e nto d e m eto d o l o g i as ráp i da s , c o m o H P L C , e l e t ro fo r e s e c a p i l a r e espectrofotometria na região do v i s í vel , abriu novas perspectivas para a dimi nuição dos tempos de anál ise. No entanto, tais metodologias ainda são m o ro s a s e req u e rem e q u i p a m e n t o s e s pec í ficos, de a l t o c usto de i m p l antação e q u e n e c e s s i t a m d e m ã o d e o b ra c a p a c i ta d a p a ra real ização das anál i ses. Em um estudo com adição de soro em leite cru em n o s s o s l abo ratóri o s ( S O A R E S et a l . , 2 0 0 5 a ) , c o n statou-se o poten c ia l d e a p l i c ação da estatística m u l ti variada, espec i ficamente da análise di scrim inante, na análise e interpretação de dados de rot i na na i n d ústria de a l i m en t o s . Uma das fi n a l i dades da a n á l i s e d i s c ri m i n a n t e c o n s i ste em o b t e r uma fu n ç ã o q u c p e r m i t a classi ficar uma observação, c o m base e m medidas d e suas c a ra c t e r í s t i c a s , e m uma d e v á r i a s popul ações d i stintas, buscando m i n i m izar a probabilidade de má c lassificação (J O I-I N SON e WICH ERN, 1 998). P o r ava l i a r o c o nj unto d a s i n formações obt idas em d i ferentes a ná l i se s . o emp rego da análise multi variada permi te detectar uma maior variação e n tre a s a m o s t r a s do q ue o e s t u d o i n d i v i d u a l d e c a d a c a ra c te r í s t i c a do p ro d u t o (ana lise uni variada ) . A s s i m , o presente trabalho visou à obtenção de uma equação, obtida através da a n á l i s e d i s c r i m i n a n t e , q u e p e rm i t i s s e c l assi fi c a r a m o st ras de l e ite p a st eu rizado e m adulteradas ou não, quanto à adição de soro d e queij o . 2 - 2.1 M AT E R I A L E M É TO D O S - Simulação d e Fraude e A nálise d e Leite As a m o s t ra s de l e i t e p a s t e u r i z a d o p a dro n i z a d o d e d u a s d i fe re n t e s m a r c a s fo ram adquiridas no comércio local de Itapetinga, BA. O soro utilizado foi obtido a partir da produção d e q u e ij o M i n a s F r e s c a l , em c o n d i ç õ e s l a boratori ais, a partir d e leite integral p roveniente do s e t o r d e b o v i n o c u l t u ra d a U n i ve r s i d a d e E s tad u a l d o S ud o e s t e d a B a h i a , c a m p u s d e I t a p et i n ga . Pág. 3 8 As a m o s tras a s e rem a n a l i s a d a s fo r a m p re p a ra d a s a t r a v é s d a m i s t u ra d o l e i te p a s teurizado c o m d i ferentes concentrações de soro (O, 5 , 1 0, 1 5 , 2 0 , 3 0 , 40 e 5 0% ) , p reviamente pasteurizado ( 7 5 "C/ 1 5 m i n ) . I mediatamente após o preparo, as amostras foram analisadas através da detenninação de índice crioscópico ( l C, expresso como graus Horvert, OH, e depressão do ponto de congelamento, D PC), em c rioscópio digital m i c roprocessado ( La k tro n ) ; densidade (D, expressa em graus lactodensimétricos, G L D ) , em termolaetoden s í m etro; gordura ( G , expressa em percentual), pelo método d e Gerber; ac idez (A, expressa em graus Dorn i c , °D), pelo método da A O A C ( 1 9 9 6 ) ; e sól idos totais ( ST, expresso em percentual ) , através da l eitura direta em disco de Ackem1ann. 2.2 - A nálises Estatísticas As a n á l i s e s fo ram c o n d u z i d a s em c i n c o repetições para cada amostra obtida, total izando cinco repetições para leite puro e 3 5 repetições para leite fraudado com diferentes concentrações de soro . Os dados obtidos fo ram s ub m etidos à a n á l i se m u l t i v ariada ( M A N O VA ) e à aná l i s e di scriminante (FI SH ER, 1 9 36), a fi m d e s e obter u m a fu n ç ã o l i n e a r q u e p e r m i t a a s e p a ra ç ã o máxima entre a s duas populações. A função discrimi nante li near amostra I de Fisher foi obtida através da relação descrita n a seguinte equação : Em que: vetor de m é d i a s da p o p u l a ç ã o d e l e i t e autênti c o ; x , = v e t o r de m é d i a s d a p o p u l a ç ã o d e l e i t e fraudado c o m soro; Se e s t i m a d o r não t e n d e nc i os o da matriz d e variâncias, obtido n a MANOVA; e , x = vetor d e variáveis utilizadas n a c lassi ficação . x I = A c lassi ficação das amostras em autênticas ou fraudadas fo i real izada a parti r da regra de c l a s s i ficação descrita abai x o : A l o c a r a am ostra x na p o p u l a ç ã o I ( l e i t e autênti c o ) , se D(�) A l o c a r a am ostra x 2:: fraudado c o m soro), s e Onde: /i1 ; na p o p u l aç ã o 2 ( l e i t e D(�)< /71 ; Pág. 39 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATICÍNIOS Em que: = função discri m i nante l i near amostrai de Fischer para a população I ( l ei t e autênti c o ) ; D(x ) = função discrimi nante l inear amostrai d e Fi scher para a popul ação 2 ( l e ite fraudado c o m soro ) ; D(x ) , A p ó s a c l a s s i fi c a ç ã o d a s a m o s t r a s , fo i esti mada a probab i l idade de má c l a s s i fi cação a p a r t i r do m étodo de O KA M O T O C 1 9 6 3 ) , q ue c o n s i ste na a p l i c ação da função d i s c ri mi nante nos dados do experimento, de forma a c lassificar as amostras em fraudadas ou não, veri fi cando, em seguida, a porcentagem de a certo. 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U SS à O A a d i ção de soro ao l e i t e p a s t e u ri zado promoveu um decréscimo em todos os parâmetros aval iados, o que era esperado, uma vez que, todos os índices eram menores no soro de queijo. Esta redução foi, ai nda, proporc ional à quantidade de soro a d i c i o n a d a , p o d e n d o ser d e s c ri t a s significativamente ( P<0,0 5 ) através de regressão l i near ( Figura 1 ), sendo mais acentuado para a densidade, o teor de gordura e rc. Comportamento si milar também foi observado por SOARES et aI. (2005b) para leite cru adic ionado de soro, sendo que não houve um p a d rão d e c o m p o rt a m e n t o característico para o I C . As variações isoladas destes í n d i c e s podem estar rel a c i o nadas a outras i rregu l a ridades no leite, tais como crescimento microbiano, adição Ta bela 1 - 30 � -0,560 � Cl 25 "' � -0,580 -5� <L N o Cl .....:. -l '" ." 20 'ü <C � --;;: 15 ", ;;'< �.,, 00w Cl -0,600 -0,620 10 o -0,640 g 8 10 Figura 1 IC == -0,540 35 - e 20 40 30 50ro (%) 50 J: '<- 8 ã. ]o U 1: '" u .� -0,660 E fe i t o de d i ferentes c oncentrações d e soro d e q ue ij o s o b re as c a r a c terí s t i c a s fí s i co-q u í m icas do leite pasteurizado: • Densidade (y = 3 2 , 5 6 3 4 - 0,0 1 9 3 . x ) ; O Gordura (y = 2 , 7 6 6 9 - 0 , 0 1 7 4 . x ) ; ... EST = e xt rato s e c o t o t a l (y = 1 1 , 74 4 7 0 , 027 5 . x ) ; V A c i d ez (y = 1 7, 8 0 3 4 - 0,03 0 3 . x ) ; e 11 Í ndice Crioscóp i co (y = 0 , 00 1 4 - 0 , 5 4 6 0 . x ) . A a n á l i s e m u l t i v a r i a d a ( M A N O VA ) mostrou uma d i ferença sign i fi cativa ( P < 0 , 0 5 ) e n t re a s d u a s p o p u l a ç õ e s ( l e i t e fra u d ado e a u t ê n t i c o ) , s e n d o o b t i d a a s e g u i n t e fun ç ã o d i s c ri m i nante l i near amostra i : D(x) = 5 ,25 * D + 1 7, 1 1 70*G 4 , 6 46 8 x I 0-4 * I C + 0 , 4 9 3 2 * A 8,9887*ST Em que: densi dade, e x p re s s a em I actoden s i m ét r i c o s ; G teor de gordura ( % ) ; ST = teor d e sól idos totais do leite (%) ; D graus Composição média d o s l eites pasteurizados e d o soro de queij o uti l izados no experimento P a râ m e t r o Densidade (gimL ) Gordura (%) E x t rato Seco Tota l ( % ) Acidez (OD) Índice Crioscópico ( O H ) Marca A Marca B Leite S o ro 1 ,0325 3 ,02 1 1 ,9 6 1 7 ,3 7 - 0 , 5 44 1 ,0326 2,83 1 1 ,76 1 9,90 -0, 5 5 6 1 ,0325 2.94 1 1 ,88 1 8,38 -0,549 1 ,03 07 1,15 9,29 1 3,30 - 0 , 64 1 = dep ressão do ponto de congel amento da ( D PC ) ; e stra amo A teor de acidez ("D). de água, desnate p a rc i a l o u mesmo variações natura i s ori undas das condições de c riação do animal (estação do ano, raça, a l imentação, etc.), o que impossib i l ita a identificação da adulteração por adição de soro. No entan to, a a n á l i s e em c o nj unto destes parâmetros, a través da a n á l i se m u l ti variada, p o s s ib i l ita a detecção deste tipo de fraude. .,, '" t- A s a n á l i s es re a l i za d a s n o e x p e r i m e n t o i n d i c a m q u e , em m é d i a , a s a mo s t ra s d e l e i te empregadas no estudo (Tabela I ) estão de acordo com os padrões estabe l e c idos p e l a l e g i sl a ç ã o vigente ( B RA S I L, 2 0 0 2 ) , sendo que a marc a B apresenta um teor de gordura médio pouco abaixo dos 3% exi gidos e a c i d ez um pouco a c i ma . O soro de q ue ij o obtido apresentou v a l ores m a i s b a i x o s q u e o l e i t e em t o d o s o s p a râm e t ro s anal isados, destacando-se o baixo teor d e gordura e índice c rioscópico ( I C ) . A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N AL D E LATI c í N I O S A separação das duas pop u l ações, através da funçã o di scrimi nante obtida foi significativa CP < 0,0 I ) , apresentando uma probabi l idade de má c lassi ficação de 24, 1 4%, segundo método de O K A M O T O ( 1 9 6 3 ) , sendo c l as s i fi c ado c o m o l e i t e p a s t e u r i z a d o fra u d a d o a m o s t r a s q u e apresentarem valor DCx) < 1 1 9,24. Valores igua is ou superiores a este i ndicam leite não fraudado. A margem de erro deste método foi similar aos 80% de e ficiência obtidos por F U K U D A et aI . ( 1 99 6 ) para detecção da ad ição de soro em leite cru, util izando a metodo l ogia da n i n i drina á c i da e s p e c í fi c a para d e t e rm i n a ç ã o de á c i do siálico, o que implica no aumento do número de anál i ses uti l i zadas para c o n tro l e de q u a l i dade deste produto. Desta forma, o emprego da anál i se multivariada c omo i n d i cativo da adição de soro ao l e i te p a s t e ur i zado, perm i t e , com a mesma e fi c i ên c i a , d e te c t a r p o s s í v e i s a d u l t e r a ç õ e s u t i l izando a p e n a s a s a n á l i s e s rot i n e i ra s . I sto perm i t i r i a a re d u ç ã o d o s c u s t o s d e anál i s e envol vidos n a fi sca l i zação d o produto, uma vez qu e a p e n a s a s a m o st r a s s u s p e i t a s s e r i a m encamin hadas para aná l i ses espec í fi cas q u e são demoradas e onerosas. E n t re t a n t o , a a n á l i s e d i s c ri m i n a n t e se mostrou altamente efic iente na detecção de leite cru adicionado de soro ( S O A R E S et a1., 2 005a), onde a margem de erro foi de apenas 2,39%. Tal diferença, quanto à má c l a s s i ficação comparada a este experi mento, pode ser devida à composição dos soro s de q ue ij o e m p regados e ao desnate parcial do leite pasteurizado. A a l ta t a x a d e e rro e n c o n t ra d a n e s t e experimento se deve, basi camente, à má cl assi fi cação das amostras com b a i x a s c oncen trações de soro, c o n forme se pode observar na Tabela 2 . A p e s a r da d i fi c u l d a d e do m é t o d o e m identificar a adulteração por baixa quantidade de soro, estes resul tados demonstram o pote n c i a l Ta bela 2 - da a p l icação da estatística mul t ivariada, a través da fu n ç ã o d i sc ri m i n a n t e , na a n á ! i s e e i nterpretação de dados de rotina na i ndústria de ai i m e n t o s . Uma m a i o r preci são do método poderá ser a l c ançada, mesmo para baixas concentrações de s o ro , a u m e n t a n d o - s e o u n i v e r s o a m o s t ra i , o b t e n d o - s e u m a n o v a e q u a ç ão e n o v a regra c l a s s i fi c at ó r i a . Tal fato é i mportante a fim d e reduzir os erros causados pelas variações sazonais do leite e, ou, do tipo de soro usado . 4 - CONC L U SÃO O emprego d a anál i se multivariada, a través d a fu n ç ã o d i sc ri m i n a n t e p e rm i t i u d et e c t a r a fraude por adi ção de soro ao leite pasteurizado, c om uma m argem de erro sat i s fatória, a part i r d o s resultados obtidos n a anál i se d e roti na, sem a necessidade de aumentar o número de análi ses e, eon sequentemente, sem e l evar o custo. 5 - A B S T RA C T T h i s work presents an equation that al lowed classifying pasteurized m i l k sampl es i n adul terated b y addition of \vhey o r not. Samples of two di fferent pasteurized milk marks had been added by di fferent leveis (O, 5, 1 0, 1 5 , 20, 3 0 , 40 and 5 0%) of pasteurized whey ( 75°Cí l 5 min.), from Minas Frescal cheese manufacturing. These samples was analyzed for c ryoscopy i ndex ( lC), density ( D), fat (G), acidity (A) and total solids ( ST). The data had been submitted to the Fisher l i near d i s c ri m i n ant a n a l y s i s, i n order to get a fu n c t i o n t h at a l lows t h e max i m um se parat i o n between t w o populations. T h e separation of the two populations, through the linear discriminant fun c t i o n ( D ( x ) = 5 . 2 5 * D + 1 7 . 1 1 7 0 * G -8 .9 8 8 7 * S T - 4. 6468x I 0-4 * I C + 0.493 2 * A ) , was s i gn i fi c a n t (P < 0 . 0 I ) . S a m p l e s w i t h D ( x ) < 1 1 9 .24 were c lassi fied as adulterated m i l k . Using t h i s l i m i t , a sat i s fa c t o ry l e v e i of s u c c e s s ( 7 5 . 8 6 % ) w a s a t t a i n ed i n d i s t i n g u i s h i n g adulterated b y whey from authentic m i l k . These results ind i cates the pos s i b i l ity of m u l ti variate Percentual de má c lassificação das amostras de leite adicionadas de diferentes concentrações de soro , obtido através da d iscriminante l inear amostrai Soro a d i c i o n a d o A c e rt o s Erros M á c l a s s i fi c a ç ã o ( % ) O 5 O O 5 ° 5 1 00 10 3 2 40 15 4 I 20 20 30 40 O O O O O 5 5 5 ° 50 5 ° ° Pág. 4 1 Pág. 40 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS analysis use as a screening test for added whey in pasteurized milk, without increase the i nvolved costs of control analysi s . Keyw o r d s : d i scri mi n a n t a n a l y s i s , fraud, screen i ng test. 6 - R E F E R Ê N C I A S BI B L I O G R Á F I C A S A B I Q . I n d ú s t r i a d e q u e ij o s d e v e c r e s c e r 4 , 5 % n es t e a n o . A s s o c i a ç ã o B ra s i l e i ra d a s I n d ú st r i a s de Queij o . D i spon í v e l e m : < h tt p :// www.abi q . c om .br>. Acessado e m : 1 2/03/2 0 0 6 . A O A C I N T E RNAT I O N A L . O ffi c i a l M et h o d s o f A n a l y s i s . 1 6 ed . Wa s h i ngton : A s s o c i a t i o n of O fficial Analyt i c Chem i sts, 1 99 6 . C D - R O M . B RAS I L, M i n i stério da Agricul tura, P ec uária e Abasteci mento ( M A PA ) . I n strução Norma t i va no. 5 1 , de 1 8 de setembro de 2002. Aprovar os Regulamentos Técn icos de Produção, Identidade e Qual idade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do L e i te tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite Cru R e frigerado e o Regulamento Téc n i c o da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel . Lex: Diário Oficial da U nião, Seção I , p . I 3 , de 2 0 de setembro de 2002. B RAS I L, M i n i stério da Agri c u l tura, P e c uária e Abastec i mento ( M A PA ) . S e c retaria de D e fesa Agropecuária ( S O A ) . I n strução N ormativa n o . 2 2 , de 1 4 de abri l d e 2003 . Oficial iza os Métodos A n a l í t i c o s O fi c i a i s F í s i c o - Q u í m i c o s p a ra C o n t r o l e d e Leite e P ro d u t o s L á c t e o s . L e x : Diário O fi c ial d a União, Seção I , p . 3 , d e 0 2 de maio de 2 0 03 . B RAS I L, M i n i stério da Agricultura, Pecuária e Abastec i mento ( M A PA) . S e c retari a de D e fesa Agropecuária ( S O A ) . I n strução N ormat i v a no. 22, de 14 de abril de 2003. Oficializa os Métodos A n a l í t i c o s O fi c i a i s F í s i c o - Q u í m i c o s p a ra C o n t r o l e de L e i t e e P ro d u t o s L á c te o s . L e x : D iário O ficial d a U nião, Seção I , p . 3 , d e 0 2 de maio de 2003 . B RA S I L , M i n i stério da J us t i ç a , S e c retaria d e D i reito Econômico, Departamellto de Proteção e Defesa do Consumidor. Lei no. 8 . 07 8 , de 1 I de setembro de 1 99 0 . D i s põe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Lex: Diário O fi c ial da União de 1 2 de setembro de 1 99 0 . DE S O U Z A, E . M . T. , A R R U D A , S . F. , B RANDÃO, P. O . , S I Q U E I RA, M.A. Electrophoret i c ana l i sys to detect and quanti fy addi t i o na l whey in m i l k and d a i ry bevera g e s . C i ê n c i a e Tec n o l o g i a d e A l i m e n t o s , v . 2 0, n . 3 , p . 3 1 4- 3 1 7 , 2 0 0 0 . A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I OS F I S I-I ER, R . A . T h e use of multiple measurements in taxonom ic problems. A n n a ls E u ge n ic s , v. 7 , p. 1 79- 1 88, 1 936. F U K U D A , S . P. , R O I G , S . M . , P R ATA, L . F. A p l i cação do método da n i n idrina ácida como teste de "screening" de plataforma para detecção da adição de soro ao leite. Ciência e Tecnol ogia de A l i m e n t o s , v. I 6 , n . l , p . 5 2 - 5 6 , 1 9 9 6 . J O I-I N S O N , R . A . , W I C I-I E R N , D . W. A p p l i e d M u ltivariate Statistical A n a lysis, 41h ed. N e w J ersey : Prentice 1-1 a l i , 1 99 8 . 8 1 6p . O KA M OTO, M . An asymptot i c e x p a n s i on for t h e di s t ri b u t i o n of t h e l i n e a r d i sc r i m i n a n t fun c t i o n . A n n al s o f M a th e m a t i c a l Statisti c s , v . 3 4 , p . I 2 8 6- I 3 0 1 . 1 9 6 3 . C orreet i o n : A n n a l s o f M at h e m a t i c a l Stati s t i c s , v . 3 9 , p . 1 3 5 8 1 359. 1 968. P E R E I RA, D . B . C . , S I LVA, P.I-I . F., C OSTA .I R . , L.C.G., O L I V EI RA, L.L. Físico Química do Leite e Derivad o s : M ét o d o s a n alíticos, 2 .ed . Juiz de Fora: E PA M I G , 2 0 0 I . 2 3 4 p . R EC I O , 1 . , G A R C I A - R I S C O , M . R . , L Ó P E Z FA N D I N O , R . , O L A N O , A . , R A M O S , M . Detection of rennet w h ey s o l i d s i n U I-I T m i l k by c a p i l l a ry e l e c t ro p h o re s i s . I n t e r n a t i o n a l D a i ry J o u r n a l , v. I O , p . 3 3 3 -3 3 8 , 2 0 0 0 . R E C l O , 1 . , L Ó P EZ-FAN D IN O , R . , O L ANO, A., OLI EMAN, C., RAMOS, M. Study of the formation 01' caseinomacropeptides in stored U HT m i l k by capillary electrophoresis. J o u rnal of Agricu lture Food C h emistry, vA4, p . 3 9 5 5 - 3 9 5 9 , 1 99 6 . SOARES, E.C., RAMOS, A.L.S., RAMOS, E.M. Detecção de fraude de l e ite através de aná l i se m u l t i v ari a d a . In: SIMPÓSIO L AT I N O A M E R I CANO D E C I ÊN C I A DOS A L I M ENTOS ( S L A C A ) , 6, 2 0 0 5 , Camp i n a s . Res u m os , Campinas: S BCTA, 2 0 0 5 a . C D - ROM . SOARES, E . C . , RAMOS, A . L . S . , RAMOS, E . M . E feitos de di ferentes concentrações de soro nas caracterí sticas fí s i c o -q u í m i c a s de l e ite c ru . I n : S E M I N ÁR I O D E I N I C I AÇÃO C I ENTÍ F I CA ( C O M P E X ) , 9, 2 0 0 5 , J e q u i é . A n a i s , l eq u i é : U E S B , 2005 b . C D- R O M . van R I EL, l . A . M . , O L I EMAN, C . Determination of c a s e i n o ma c ro p e p t i d e w i t h c a p i l l a ry z o n e e l e c t r o p h ores i s a n d i t s a p p l i c a t i o n to t h e detec tion a n d estimation of rennet w h ey sol ids in milk and butterm i l k powder. Electrophoresis, v. 1 6 , p . 5 2 9 - 5 3 3 , 1 9 9 5 . V E LOSO, A . C . A . , T E I X E I RA, N . , F E R R E I RA, I . M . P. L . V. O . , F E R R E I R A , M .A. Detecção de adul terações em p rodutos a l i m entares contendo l e i te e/ou prot e í n a s l á c t e a s . Q u í m i c a N o v a , v . 2 5 , n A , p . 60 9 -6 1 5 , 2 0 0 2 . VAR IAÇÕES SAZONAIS DA ESTABILIDADE DO LEITE CRU R EFRIGERADO À FLO CULA ÇÃO NA PROVA DO ALlZAROL A 72, 75, 80 E 85% R ELACIONADO AOS TEORES DE CITRATO E CCS Sea sonal variation of bulk milk stabil ity to alcohol-alizarol teston concentrations 72, 75, 80 e 85% related to citrate and SCC Cristiane Alves 1 Leorges Moraes da Fonseca2 RESUMO A estabi l idade térmica reduzida gera transtornos durante o processamento do l ei te, podendo resul tar na coagulação do mesmo dentro do pasteurizador, além de prej uí zos econômicos consideráve i s devido ao descarte. Desta forma, é importante para a indústria de l at i c í n ios selec ionar leite com e levada estabi l idade térmica quando o destino da matéria-prima for a elaboração de produtos que serão submetidos a tratamentos térmicos intensos ou com v ida de prateleira longa . A ocorrência de leite com instabi lidade detectada pela prova do álcool, é um probl ema atualmente encontrado em várias regiões do Brasil e tem intl uência sazonal. O objetivo deste t ra ba l h o foi veri fi ca r a estab i l idade do l e i t e à tl o c u l ação na prova do al izarol de acordo com a estação do ano, relacionando com os teores de citrato e a CCS do leite. Foram c o l etadas 4 1 amost ras de leite cru, p roven i e n te de duas fazendas na região metropolitana de Belo H orizonte, no período de outubro de 2004 a setembro de 2 0 0 5 . As amostras foram testadas com al izarol nas concentrações de 7 2 , 7 5 , 80 e 85%, apresentando tloculação em, respec t i vamente, 9 , 8%; 1 7 , 1 % ; 7 3 ,2% e 8 7 , 8% das amostras ana l i sadas. Todas as amostras apresentaram coloração vermel ho-tij olo, indicando normalidade do p l-l . O teor médio d e c itrato foi d e 1 65 ± 25 mglI OOmL e a C C S média aeométrica e aritmética foram 262.000 célul as/mL e 2 8 5 . 000 célul ;s/m L, respectivamente. N� s estações primavera, verão, outono e i n verno, que compreenderam o período do experimento, os teores médios de c itrato foram de respec t i vamente, 1 7 1 , 1 47 , 1 64 e 1 82 mgl l OOmL, e a CCS média de 207 .000, 2 9 3 .000, 3 [ 1 .000 e 23 [ . 000 células/m L. Considerando a freqüência de tloculação à prova do al izarol nas quatro concentrações por estação, a maior freqüência de tloculação ocorreu nas estações verão e o utono, e as m e n o res no i nv e rn o e primavera . M e n o res contagens de células somáticas e maiores teores de citrato no leite, nas estações inverno e primavera, foram associados ao aumento na estab i l idade do l e i te à tl oc ulação na prova do al izarol, sendo que, os menores teores de citrato e os maiores de CCS ocorreram nas estações com maior tlocu lação ( verão e outono) . ... ... Palavras-chave: Qual idade d o l eite, Estabil idade a o á lc ool, A l i zarol, Ci trato, C C S 1 - I NTROD UÇÃO O teste d o alizarol é utilizado nas fazendas e plataformas de recepção como um dos critérios de a c ei tação do l ei t e p e l a i n d ú stri a . Segundo Somme r e Binney ( 1 92 3 ) existe correlação entre a resistência ao aquecimento e a estabi l idade em p r e s e n ça do á l c o o l . O á l c o o l p ro mo v e a I 2 desidratação das caseínas e a redução da constante d i e l ét r i c a e m n í v e i s que i n d u zem s u a desestabi l i zação e c oagulação ( Horne, 1 992). A tloculação pode estar ou não associada ao e feito da elevada acidez ou do desequilibrio sal ino ( S i l va, 2004) . A esti mati va da estab i l idade térmica do Estudante pós-graduação da UFMG - E-mail : crisalves_vet@yahoo. com.br Professor EV /UFMG Pág . 4 2 Pág. 43 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS l eite por meio do teste do á l cool ou do alizarol é um p ro c ed i m e n t o ú t i l p a ra a v e ri fi c aç ão d a a p t i d ã o do l e i te p a ra p ro c e s s a m e n to , s e n d o essencial para a indústria prever a resistência a o tra t a m e n t o t é rm i c o . Teo r i c a m e n t e , q u a n t o m a i o r a c o n c e n tração d o á l c o o l a q ue o l ei t e resistir s e m fl ocular, maior será a sua estab i l idade em p roce ssamentos t é r m i c o s rigoro s o s . D e s t a fo r m a , p o r m e i o d e s t a p ro v a é p o s s í v e l direcionar o tipo d e beneficiamento a q u e o leite pod erá ser submet ido ( S i l va e A lmeida, 1 9 9 8 ; Santos, 2004). E l evadas concentrações d o álcool podem res u l tar n a c oa g u l ação de l e i t e de boa q u a l i d a d e ( M o l i na e t a ! . , 200 I ) . A l e g i sl ação b ra s i l e i ra p re c o n i za a s o l u ç ã o a l c o ó l i c a em concentração m í n i ma de 68% vlv para veri fi car a estab i l i d a d e do l e i te , de acordo c o m B ra s i l ( 1 9 80 ) . Este valor passou a s e r d e 7 2 % vlv, n o m í n i mo, segundo Brasil (2002 ) . A concentração da s o l ução a l c o ó l i c a a ser u ti l i za d a deve s e r pro porc i o n a l ao r i g o r do tratamen to térm i c o a que se desej a submeter o leite, com variações de 6 8 a 8 0 % . E n t r e t a n t o , M o l i n a et a i . ( 2 0 0 1 ) demonstraram que ao se uti l i zar concentraçõcs d e á l c o o l s u p e r i o re s a 7 5 % ( v/v ) , e x i s t e a possibi l idade de se recusar amostras de leite com c a ra c terí s t i c a s fí s i c o -q u í m i ca s e est a b i l i d a d e térm i c a adequadas. o c i t rato é c o n s i d e rado u m dos c o m p o nentes do l eite de maior i mportância por atuar de modo decisivo na estabi l idade térmica do l eite. Este se encontra distribuído entre as fases solúvel e c o l o i d a l do l e i t e na p r o p o rç ã o d e re s p e c t i va m e n t e 94% e 6 % ( Fo x , 1 99 1 ; S w a i sgood, 1 9 9 6 ) . A a d i ç ã o d e c i t rato p a ra a u m e n t a r a e s ta b i l i d a d e t é r m i c a do l e i te é e fi c az p o r propiciar maior equi l íbrio entre as fases solúvel e coloidal, j á que reduz o fosfato de cálcio coloidal por m e i o da c onversão a c itrato s o l ú v e l não i o n i za d o . F o x ( 1 9 9 1 ) e s c l a r e c e a i n d a que o c itrato é u m a substân c i a q u e c o l ab o ra c o m a redução dos íons cálcio l i vres através da quelação dos mesmos. A l egisl ação bras i l e i ra permite a a d i ção de c i t rato ao l e i te fl u i d o desti nado ao tratamento U /-I T, em concentrações de até 1 00 mg/ l 00 m L expressos como PP5 (Bras i l , 1 99 7 ) . S i l v a ( 2 0 0 4 ) re l a t a q u e a s i n d ú s t r i a s p r o c e s s ad o ras d e l e i t e U /-I T, d e m o d o g e ra l , b u s c a m a d i c i o n a r c i t rato a o l e i te e m c o n ce n t ra ç õ e s d e a t é 4 0 mg/ l O O m L. U m a a l i mentação pobre em forrage i ras pode levar a o c o r rê n c i a de t e o r e s re d u z i d o s de c i t ra t o s , situação q u e pode ocasionar desequilíbrio sal ino, com conseqüente redução da estabil idade térm i ca do l e i te ( S i l va, 2004 ) . Tanto o c it rato como a gordura do l e ite t e m s e u s teore s a u m e n tados quando o rebanho é ali mentado c o m dieta rica e m g o rd u ra, o c o rr e n d o re d u ç ã o d e s t e s componentes quando os a n i m a i s recebiam d ieta rica em concentrado (Faul kner e P eaker, 1 9 8 2 ) . Variações sazonais n a s concentrações d e c i trato no leite de vaca podem ocorrer, e provavel mente estão relacionadas a mudanças na dieta, embora as c o n d i çõ e s c l i m á t i c a s t a m b é m p o s sa m i n fluenci ar. /-lá redução n o s teores de c itrato no l e i te de vacas com masti te ( Fa u l kner e Peaker, 1 9 82). Estes autores ressaltam ai nda que o estágio de lactação, a nutrição e as condições c l imáticas t a m b é m p o d e m a fe t a r as c on c e n t ra ç õ e s d e c i trato no l e i t e . A estabi l idade térm i c a do l e i te é a c apa c idade do leite não flocular quando submetido ao a q u ec i men t o . E sta representa fat o r c ru c i a l no processamento térmico do leite por permitir que t e m p e r a t u r a s e l e v a d a s s ej a m a t i ri g i d a s s e m maiores prej uízos às características de estrutura, nutric ionais e sensoriais do produto, além de ser fat o r d e te r m i n a n t e na v i d a d e prate le i ra d o s produtos lácteos. A estabilidade térmica reduzida gera t ra n storn o s d uran t e o p ro c e ss a m e n t o do l e i te , podendo resultar n a fl o c u l ação, a l é m de prej u ízos econôm icos c o n s i deráve i s dev ido a o d c s c a rt e . D e s t a fo r m a , é i m p o rt a n t e p a ra a i n d ú s t ri a de l at i c í n i o s s e l e c i on a r l e i te c o m elevada estabilidade térmica quando o destino da matéria-prima for a e laboração de produtos que serão s u b m e t i d o s a t ra t a m e n t o s t é r m i c o s intensos ou c o m vida d e prateleira longa, como o l e i t e e m p ó e o l e i t e U /-I T. Este ú l t i m o re p re s e n t a a t u a l m e n t e , s e g u n d o d a d o s d a Associ a ção Brasileira d e Leite Longa Vida, cerca de 74% do mercado de leite fluido no B rasi l . A ocorrênc ia de l eite c o m in stab i l idade, diagnos t i c a d a p e l a prova do á l co o l , é um p ro b l e m a a t u a l m e n t e e n c o n t rado e m v á r i a s reg i õ e s d o Bras i l e tem i n fl uência sazona l . O obj etivo deste traba l h o fo i veri fic a r a estab i l idade do l eite à floculação na prova do a l izarol de acordo com a estação do ano, relac ionando c o m os teores d e c itrato e à CCS do leite. 2 - 2.1 M AT E R I A L E M É TO DOS - A m os tr a g e m O l e i t e c ru fo i o b t i d o d e t a n q u es d e refrigeração p o r expansão em duas fazendas por u m p e ri odo de 1 2 m e s e s , o u t ub ro de 2 0 0 4 a setembro de 2 0 0 5 , tota l i zando 4 1 amostras q u e fo ra m o b t i d a s da F a z e n d a E x p e r i m e n t a l P r o fe s s o r /-I é l i o B a rb o s a l I g a ra p é - M G e d a Fazenda Modelo d e Pedro Leopoldo-MG, ambas A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S pertencentes à E s c o l a de Veterin á ria da U F M G . A amostragem foi feita d e acordo com o manual de procedimentos de coleta e envio de amostras para a anál ise da q ua l i dade do l e i t e - L ab U F M G (M an u a l . . . , 2 0 0 4 ) , a p ó s v e r i fi c a ç ão d a temperatura do l eite e agitação p o r 1 0 m inutos no tanque. As amostras para aná l i se da C C S foram a d i c i o n a d a s do c o n s e r v a n t e b r o n o p o l n a proporção d e 8 mg/4 0 m L d e l e i t e . 2.2 - Análises A c on t a g e m d e c é l u l a s s o m á t i c a s fo i real izada no L abU F M G ( DT I P O A - E V- U F M G ) . A s dosagens de citrato e a prova d o alizarol foram realizadas no Laboratório de Físico-Química do DTl PO A-EV - U F M G, em a m o s tras de l e i t e c ru sem adição de conservantes. 2.3 - Prova d o a l i z a r o l A prova do al izarol foi realizada utilizando se s o l u ç õ e s de á l c oo l a c o n c e n t ra ç õ e s pré estabelecidas (72, 7 5 , 80 e 85%) adic ionadas do i n d i c a d o r a l i za r i n a , c o n fo r m e m e t o d o l o g i a descrita em B ra s i l (2 0 0 3 ) . A c o n c e n t raçã o d e 72% é a m í n i m a r e q u e r i d a p e l a I N 5 1 /2 0 0 2 (Bras i l , 2 002 ) . 2.4 - Ci trato Para a determ i nação do teor de c i trato no leite, expresso como ácido c ítrico, foi u t i l izado o m é t o d o e s p e c t r o fo t o m é t r i c o e m p r e g a n d o piri d i n a e a n i d rido a c é t i c o , c o m l e i t u ra a 4 2 8 nm, conforme Marier e Boulet, c itado por While e D a v i e s ( 1 9 6 3 ) e S i l v a ( 2 0 04 ) . A p ó s a real ização das análi ses, uti l i zando-se os m esmos procedimentos de S i l va (2004), converteu-se as absorvâ n c i a s e m c o n c e n t ra ç ã o d e c i t ra t o , expresso como á c ido c í trico, e mpregando-se a equação de regre s s ã o l i n e a r da c u rva padrão con fec c i onada . 2.5 - C o n ta g e m de c é l u l as s o m á ti c a s A contagem d e células somáticas foi realizada pelo método de citometria de fl uxo confonne FI LI ! D F 1 4 8 A : 1 9 9 5 ( E n um e ra t i o n . . . , 1 9 9 5 ), no equipamento Somacount 300. O brometo de etídio, que é um corante fluorescente do DNA, é usado na amostra para corar o DNA das célu las, que por meio de um fl u ido carreador c hegam ao com partimento denom i nado c itômetro de fl uxo, onde há a incidênc i a de laser sobre a amostra com o DN A corado. A fluorescênc i a emitida a partir do brometo de etídio ligado ao DNA, é captada como Pág . 44 p u l so elétri co, amplifi c ada, filtrada e convertida em CCS e o resultado expresso em células por m L d e leite ( Somacount. . . , 1 99 7 ) . 2.6 - A n á l i s e e s ta t ís t i c a A aná l i s e dos dados foi realizada uti l izado se o programa estatístico S P SS:R 9 . 0 e Minitab" I 0.0 ambos para Windows. A comparação entre m é d i a s fo i rea l i zada ut i l i zado-se os testes de S tu d e n t - N e w m a n - K e u l s ( S N K) ( p =0 , 0 5 ) e D U 11can (p=0, 0 5 ) . O p ri me i ro foi uti l i zado 110 S dados que apresentaram coefi c iente de variação (CV) menores que 1 5%, e o segundo para dados com C V maiores ou igua i s a 1 5%. As anál ises das fre q ü ê n c i a s das respostas ao teste d o a l izaro l foram rea l i zadas uti l i za ndo-se o t e s t e do q u i quadrado no p rograma estatístico M i n itab R • Os dados de fl oc ulação na prova do alizarol e a CCS fo ram asso c i a dos u t i l i zando-se c o rre lação de S pearm a n . 3 . RE S U LTA D O S E D I S C U S S à O A e q u ação de regre s s ã o l i ne a r o b t i d a a part i r das amo stras-padrão fo i : Y = -0,0039 + 0 , 5 82 0 . X, onde Y é a concentração do citrato e X é o v a l o r da a b s o rv â n c i a da a m o st ra . O coefi c iente de determina ção desta eq uação (R2 = 0 , 9 9 ) re fl et e a a d e q u a c i d a d e do m o d e l o n a e s t i m at i va d o s p o n t o s o b s e rvados ( S a mp a i o , 2 0 02 ) . O s teores m é d i o s d e c i t rato encon trados n este experimento, 1 65±2 5 mg/ l O O mL, foram i n fe r i o re s aos re latados por J e n n e s s e Patton ( 1 9 5 9 ) , Wal stra e Jenness ( 1 9.84) , Fox ( 1 99 1 ) , q u e c i tam o valor de 1 7 5 m g/ l 0 0 m L . Porém , S i l va (2004) em traba l h o real izado nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Goiás, veri ficou os t e o res m é d i o s de c i t rato em l e i t e c ru n a estação seca de 1 63 , 1 60 e 1 93 mg/ 1 00 m L, e n a estação c huvosa d e 1 5 7 , 1 54 e 1 68 mgl l OO m L , respectivamente. Os dados médios dos teores de c i t ra t o o b t i d o s n e s t e ex peri m e n t o s ã o consonantes com os encontrados nos estados d e S P e RS p o r S i lva (2004). O s t e o re s m é d i o s d e c i t ra t o t a m b é m v a ri a ram p o r e st a ç ã o ( Ta b . I ) . O m e n o r t e o r ocorreu n o verão, sendo igual a o teor médio n o o u t o n o ( p= 0 , 0 5 ) e d i fe r e n t e d a s m é d i a s ver i ficadas no inverno e n a primavera (p=0,0 5 ) . É provável q ue, apesar da maior disponibi lidade d e forragen s no v e rão ( p eríodo c h u v o s o ) , os a n i m a i s não t e n h a m c o n s e g u i d o i n ger i r quantidades adequadas d e forragens pelo estresse Pág. 45 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS t é rm i c o das a l tas t e mp erat u ras e u m i dade do a mb i ente , fato q u e p o d e ter c o n t r i b u í d o p ara teores reduzidos de c itrato no l e i t e . Ta bela 1 - C o m p a ra ç ã o dos t e o r e s m é d i o s d e c itrato em relação a estação d o ano, no p e r í o d o d e o u t u b ro de 2 00 4 a setembro de 2 0 0 5 E s t a ç ão N° de Observações ( mg/ l 00 m L) P r i m a vera/2 0 0 4 8 171 12 1 1 10 1 47 1 64 1 82 Verão/2 0 0 5 O ut o n o/2 0 0 5 I n v e rn o /2 0 0 5 3 b ab 3 M é d i a s s e g u i d a s de l e t ra s d i s t i n ta s i n d i c a m val ores estat isticamente diferentes pelo teste de Duncan ( p=O,05 ) Considerando a freqüência d e flocul ação à prova do a l i zarol por estação, a maior freqüên c i a d e f1 o c u l a ç ã o oc o rr e u n a s e s t a ç õ e s v e r ã o e outono, e as menores no i nverno e pri mavera. E ste fat o pode s e r v i s u a l i zado na F i g . l , que representa o percentual de floculação d i stribuído por estação. Nas estações verão e outono foram veri ficados os menores teores de c itrato no l e i te ( 1 4 7 mg/ l O O m L e 1 64 m g / 1 O O m L , r e s p e c t i vamente ) , fato que p o d e ter c ontribuído para menor estabi l idade do l e i te ao etano I na prova do a l i za ro l . No i nv e rn o fo i o b t i d o o m e n o r percentual d e f1ocul ação das amostras, estação que apresentou a m a i o r média da concentração de c itrato no l e i te ( 1 82 m gI l O O m L ) . D Prima\'CQ!200 LlVcrãa12005 OOUlOllnf20llS El lnvcnlllf21U1S Atilarul72 A1i7i1fu17S Alilarol 8f1 Alizarol85 AlizlIfol9n Figura 1 - Freqüênc i a de f1oculação à prova do a l i za ro l n a s c o n c en t ra ç õ e s de 7 2 , 7 5 , 8 0, 8 5 e 9 0 % , por estação, n o p e r í o d o d e o u tu b ro d e 2 0 0 4 a setembro de 2 0 0 5 C o n fro n t a n d o - s e o s re s u l ta d o s d o t e o r m é d i o de c itrato por estação a o s da freqüên c i a de fl oculação n a prova do a l i zaro l , veri fi cou-se que nas estações que ocorreram os maiores teores de c i trato, i n verno e p r i m avera , h o u ve m a i o r estabil idade à flocu lação n a prova d o alizaro1. A estabi l idade aumentada devido a maiores teores Pág. 46 de c i trato presente n o l e i t e j á fo i descrita por Fox ( 1 99 1 ), H arwa l kar ( 1 99 7 ) e S i lva (2004 ) . O s dados médios d e CCS (média aritmética) e n c o n trados neste trab a l h o (285 . 0 00 ± 1 23 . 000 c é l u l a s/m L ) , foram i n fe ri o re s a o s v a l o res encontrados por Machado et aI . ( 1 999) (64 1 .000 ± 7 6 7 . 0 0 0 ) , B r i to e t aI. ( 2 0 0 3 ) ( 49 3 . 0 0 0 ± 4 1 3 . 0 0 0 ) , B ueno ( 2 004) ( 3 4 8 . 000 ± 2 7 3 .000) e Fonseca (2005) (483 .000 ± 3 7 6.000). Entretanto os dados do presente trabalho referem-se a duas fazendas com manejo de quali dade do leite. Para as anál ises estatísticas os resultados das anál i ses fo ram tra n s fo r m a d o s , u t i l i z a n d o - s e a fun ç ã o l ogari t m i c a , por não apresentarem d i stribu i ção normal . O uso de médias geométricas teve por obj etivo aproxi mar os dados a uma tendência de d i st r i b u i ç ão norma l , m i n i m i zando o e fe i to de c ontagens extremas sobre as médias mensa i s e por estação. A CCS média geométrica encontrada foi de 262. 000 cél ulas/m L . A CCS obti da neste trabal h o atendem aos parâmet ros estabel e c i d o s p e l a I N 5 1 ( B rasi l , 2002), que é de no m á x i m o 1 . 0 0 0 . 00 0 c é l u l as/m L . A c o n t a g e m m é d i a d e 2 62 . 000 c é l ulas/m L , encontrada n e s t e trabalho, atende inclusive os requisitos de CCS que vigorarão a p a rt i r do ano de 20 I I na regi ão sudeste, d e 4 0 0 . 0 0 0 c é l u l a s/m L . N a s e s t a ç õ e s p r i m avera, verão, outono e inverno, que compreenderam ao período do experimento, as médias das CCS foram respect i vamente, 2 0 7 . 0 0 0 , 2 9 3 . 0 0 0 , 3 1 1 . 0 0 0 e 23 1 . 0 0 0 c é l u las/m L . C C S mai s e levadas podem ocorre r devido a mastite, s i t u ação onde teores m a i s e l ev a d o s d e sa i s e de e n z i m a s , c o m o a p l as m i na, são encontrados, l evando a redução da estabi l i dade do l e i te à flo c u lação por a l t erar o equi líbrio sali no do leite (Si lva, 2004 ) . F o i e n c o n t rada c o rr e l a ç ã o p o s i t i v a s i g n i fi c a t i va (p=0, 0 5 ) entre a fl ocu lação à prova do a l i zarol e a CCS, i n d icando que quanto maior a CCS de um l ei te, menor a estabi lidade deste na p rova do a l i zaro l . P rovave l me n t e i sto o corre devido a elevação na CCS ser acompanhada por a l t e r a ç õ e s no b a l a n c e a m e n t o d a g o r d u r a , p roteínas, lactose e s a i s ( Kitchen, 1 9 8 1 ; Perci ra et a I . , 1 997; Machado et aI ., 1 999; Sclüiel l ibaum, 2 0 0 0 ) , e t a m b é m a o teor a u m e n t a d o d a s p roteínas do soro, d a s p roteases derivadas dos leucóc i tos e maior atividade da plasmina (Al slam e H u l ey, 1 996, c itado por S i l v a , 2 0 0 4 ) . Todos estes fat o res podem c o n t ri b u i r n a red ução da estab i lidade do l eite ao calor. 4 - CONC LUSÃO Menores contagens d e células somát icas e A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N A C I O N A L D E L AT i C í N I OS m a i o res t e o r e s de c i t ra t o do l e i te fo ra m relac ionados ao aumento da estab il idade do l eite à floculação na prova do a l i zaro l . 5 - A BSTRACT The reduced m i l k sta b i l i ty m a y res ul t i n several problems during and a fter processing i n t h e i n dustry. T h u s , i t i s essen t i a l to t h e d a i ry industry to l1l ake the sel ection of m i l k samples based 011 the stabi l i ty to m a n u factlire products processed at h i gh temperatures. I n B raz i l , m i l k i n sta b i l i t y h a s b e e n d e t e c t e d a n d rel a t ed t o seasona l a n d regional d i fferences. T h e obj ec t i ve of t h i s work was to evaluate t h e m i l k stab i l i t y according to seasonal variati ons, c itrate c ontent, and somat i c c e l l count of lhe m i l k . Forty-one samples of raw m i l k , from two fa rl1ls e 1 0se to B e l o H o r i z o n t e , fro m O c t o b e r 2 0 0 4 to September 200 5 . The samples were anal yzed by a l i za ro l a l c o h o l t e s t i n t h e c o n c e n t ra t i o n s o f 7 2 , 7 5 , 8 0 a n d 8 5 % ( v/v o f a l c o h o l ) , w i t h f1 o c c u l a t i o n i n , res p e c l i v e l y, 9 . 8 % ; 1 7 . 1 % ; 7 3 . 2 % and 8 7 . 8 % o f t h e s a m p l e s . T h e tested samples exhibited characteri stic red-brown color, indicating normal pH range . The average c i t rate concentration in m i l k was 1 65 ± 25 I1lg/ l OOmL, and som a t i c cell c ount ( S C C ) arithmet i c mean and geometric mean were, respectivcly, 2 8 5 ,000 c e l l /m L and 2 6 2 , 0 0 0 c e l l / m L . T h e a v e ra g e c o n t e n t o f c i t ra t e d u r i n g S p r i n g , S u m m e r , Autumn and Winter, were respectively, 1 7 1 , 1 47, 1 64 and 1 8 2 mg/ l O O m L , w h i l e fo r S C C , t h e m e a n s \V e re re spec t i v e l y, 2 0 7 , 0 0 0 ; 2 9 3 , 0 0 0 ; 3 1 1 , 0 0 0 a n d 2 3 1 , 0 0 0 c e l l /m L . T h e h i g h frequenc ies o f fl o c c u l at i oll i n a l i zarol a l c o h o l test occur red on Summer a n d Autum n . S l1lal ler SCC and h igher c itrate conc entrat ions 011 m i l k, on winter and spring, were associaled to i ncreased milk stab ility. l11creased SCC can be the result of mast i t i s, when h i gh concentrat ions of salts and e n z y m e s , s u c h as p l a s m in were fi n d . T h e s e c h anges can red u c e l h e m i l k stab i l i ty d u e t o irregular salts equi l ibrium in t he m i l k . Key-w o r d s : M i l k q u a l i ty, A l c o h o l Stab i l i ty, A l izarol-al cohol test, Citrate, Somati c c e l l count 6 - R E F E R Ê N C I AS BI B L I O G R Á F I C A S B R A S I L . M i n i st éri o de Agri c ultur a Pecuária e Abastecimento (MAPA). Regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Brasí l ia, D i strito Federa l : 1 980, 1 66p. B R AS I L . M i n i stério de Agri c u l tura P ec uária e A b a s te c i m ento ( M A PA ) . I n st rução N o rm a t i va digitalizado por n" 5 1 , de 1 8 de setembro de 2002. Regulamentos técn icos de produção, identidade e qual idade do leite tipo A, do leite t i po B, do l e i te t i po C, do l e i te pasteurizado e do leite cru refrigerado e o regu l a m e n t o t é c n i c o da c o l e t a d e l e i t e c ru re frigerado e seu tra n sport e a gran e l . D iário Ofi c i a l da Rep ú b lica Fede r a t i v a do B ra s i l, Brasíl ia, D F. , 20 set . 2002 . Seção I , p. 1 3 . B RA S I L . M in i stério d e Agric u l tura Pecuária e Abastec imento ( M A PA ) . Portaria n° 3 7 0 04/09/ 1 9 9 7 . R e g u l a m e n t o t é c n i c o p a ra fi x ação d e identidade e qual idade d o leite U H T ( U AT). Diário Oficial da Rep ú b lica Federativ a do Brasil, Brasíl ia, D F. , n. I 72, 08 set. 1 99 7 . Seção I. B RA S I L . M i n i stéri o de Agri c u l tura Pecuária e Abastec i me n t o ( M A PA ) . I n strução Normat i v a n ° 22 1 4/04/2 0 0 3 . Métodos ana l í t i c os ofi c i a i s fi si co-químicos para controle d e leite e produtos lácteos . Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasí l ia, D F. , 02 mai . 2 0 0 3 . Seção I , p . 3 -2 5 . B R I T O , J . R . F. ; S O U Z A , G . N . ; B R I T O , M . A . V. P. et a! . . Pan orama da qual idade d o l e i te na Região Sudeste : Espírito Santo, M i nas Gera i s e R i o d e J a n e i ro . I n : D I A G N Ó S T I C O D A Q U A L I D A D E DO L E I T E, I M PA CTO PA R A A I N D Ú S T R I A E A Q U ESTÃO D O S R E S Í D U O S D E A N T I B I Ó T I C O S , 2 0 0 3 , J u i z d e Fora . A nais . . . J u iz de Fora: C B Q L , 2 00 3 . p .47-6 1 . B U E N O , V. F. Contagem c e /lIlar s omática e bacteriana total do leite refi'igerado em Ianques de expansão de uso individual 170 Estado de Goiás . 2 0 0 4 . 5 2 f. D i s s e rtação ( M e strado e m M ed i c i n a Ve te r i n á ri a ) - E s c o l a de Vet e ri n á r i a , Uni versidade Federal de Go iás, G o i â n i a . EN U M E R AT I O N o f s o m a t i c c e l l s i n m i l k . lnlernalional lDF Slandard, n . 1 4 8 A, 1 995 . FA U L K N E R , A . ; P E A K E R, M . . R e v i ews of the progress of d a i ry science: Secret i o n o f c i trat e i n to m i 1 k . Journal of Da ir)' Res e a rch, v . 4 9 , p . 1 5 9- 1 69, 1 9 8 2 . F O N S E C A, C . S . P. Qualidade do le ile cru de Ianques refi'igeradores em Minas Gerais . 2005 . 6 2 f. D i s s e r t a ç ã o ( M e s t ra d o em tvl e d i c i n a Veterinária) Escola d c Veteri nária, Uni versidade Federal de M inas Gera i s, Belo Horizonte, M G . F O X , P. F, Food chemis l ry : p a rt 1 1 1 . C o rk U n i versity C o l lege . 1 99 1 . 20 I p . H A RWALKAR, V. R . Age gelation o f steri l ized m i l ks. I n : FOX, P. F. A dvanced daÍly chemisll}'. London: Chapl1lan & Hall, 1 997. v. I , p. 6 9 1 -734. H O R N E , D . S . Ethanol stab i l ity. I n : FOX, P. F. A dvanced dairy chemis lr)" . Lond o n : Chapman & I-I a l l , 1 99 2 . v. l , p . 6 5 7 - 6 8 9 . J E N N ESS, R . ; PATTON, S . PrincipIes of dailY chemis lry . L o ndon : C h a pman & H a l l , 1 9 5 9 . 446p. Pág. 4 7 arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N A C I O N A L DE LATi C í N I O S ANAIS DO XXIII CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS KITCH EN, B ..I .. Review o f the p rogre s s o f dairy s c i e n c e : b o v i n e m a st i t i s : M i l k c o m p o s i t i o n a l c h a n 2: e s a n d r e l a t e d d i a g n o s t i c t e s t s . Journal of D� iry Researc h , v. 4 8 , n . l , p . 1 6 7 - 1 8 8 , fev e re i ro 1 9 8 1 . M A C H A D O , P. F. ; P E R E I RA, A . R . ; S A R R I É S, G. A. Efe i to s da contagem d e células somáticas na q u a l i d a d e d o l e i t e e a a t u a l s i t u a ç ã o d e reb a n h o s bra s i l e i ro s . Rev ista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v . 5 4 , n . 3 09 , p . l 0 1 6, 1 99 9 . MANUAL d e Procedimento s de coleta e envio d e amostras para a aná l i se d a quali dade do leite LabUFMG. Belo H orizonte: Lab U FMG, 2004. 8p. MOLlNA, L.H.; GONZALEZ, R., BR ITO, C. et a I . Correlation between heat stab i l ity and alcohol test of milks at a milk collection center. Archivos de Medicina Veterinaria, v.3 3 , p . 2 3 3 -240, 200 1 . P. F. ; MACHADO, A.R.; PEREIRA, BARAN C ELLI, G . ; S I LVA, L.Y. F. Contagem de células somáticas e qual idade do leite. Revista dos Criadores, v. 67, n . 8 0 7 , p . 1 9-2 1 , agosto 1 99 7 . S A M PA I O , I . B . M . Es tat ís t ica aplicada à experimentaçã o anima l . B e l o H o r i zo n t e : Fundação de E n s i n o e P e s q u i s a em M ed i c ina Veterinária e Zootec n i a , 2 0 0 2 . 22 1 p . SANTO S, M . Y. Aspectos n ã o m i c ro b i o l ó g i c o s afetando a qualidade do l eite. I n : CONGRESSO BRASI LEI RO DE Q U ALIDADE DO LEITE, I ., 2004, Passo Fundo. Anais . . . Passo Fundo, 2004. ( C D Ro o m ) S C H A E L L l B A U M , M . Resíduos d e antibióticos n o l e i te . I n : S I M P Ó S I O I N T E R N A C I O N A L SOBRE Q U ALI DADE DO LEITE, 2, 2000. Curitiba. Anais . . . C u ri t ib a : 2 0 0 0 . p . 89-94. SI LVA, P. H . F. Leite UHT: fatores determi nantes para sedi mentação e gel i ficação. Juiz d e Fora: Paulo H enrique Fonseca da S i l va, 2004. 1 28p. S I LVA, P. H . F. ; A L M E I DA, M . C . F. Estab i l idade térmica do leite. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 5 3 , n . 3 04, p . 1 5 7 - 1 63 , 1 99 8 . SOMACOUNT 3 00 O perator ' s Manual . Chaska: Bentley I n s truments I n c . , 1 99 7 . 1 1 6 p. S O M M ER, H . H . e BINNEY, T.I-!. A study of the fac to rs that i n fluence the coagulation o f m i l k i n t h e a l c o h o l test. Journal ol Dairy Seience, v.6, p. 1 76- 1 97, 1 92 3 . S WAI SGOOD, H . E. Characteristics o f mi1k. I n : F O O D c h e m i s t ry. N ew York : M a rc e l D e kker, 1 9 9 6 . p . 84 1 - 8 7 8 . WA LSTRA. P. ; J EN N E S S , R . Química y flsiea laetológica. Z a ra goza : Acribia, 1 9 84. 4 2 3 p . W H ITE, J.C.D.; D AV I E S , D . T. The d et e rm i n a t i o n o f c i t r i c a c i d i n m i l k a n d m i l k s e ra . Journal of Dairy R esearc h , v. 3 0, n . 2 , p . 1 7 1 - 1 89, 1 96 3 . Apoio: Fapemig ( P rojeto CAG 9 1 7-0 I ) e Capes POSTER'S ADAPTAÇÃO DA NORMA M38-A DA NCCLS NA AVALlAÇÂO DE CONSERVANTES E SANITIZANTES ANTlFÚNGICOS DE LATICi NIOS Adaptati o n of t h e n c c l s m38-a standard to test d a i ry's antifungal p reservatives and desi n fectants José Sebastião Corrêa Neto 1 Maria José Soares M endes Gianinnj2 Elaine Toscano Miranda2 1 - I NT R O D U Ç Ã O M esmo havendo referencias recentes para avaliação de antifúngicos contra bolores contami nantes de a l i mentos ( S U H R & N I E L S EN, 2004; S U L O F F at a I . , 2 0 0 3 ; N I E LS E N & N I E LSEN, 1 9 9 5 ) , optamos p o r fazer uma adaptação d a metodo l o g i a proposta p e l o documento M 3 8 - A (NCCLS, 2002) q u e padroniza os testes i n vi'ro d e antifúngicos cl ínicos contra bolores patológicos, por entendermos que com o aumento dos casos de micoses sistêmicas em humanos (McN E I L , 200 1 ; MARR, 2002), haverá uma gradual e natural apro xi mação d o s p ro c e d i mentos util izados para os fungos patogênicos oportunistas aos fungos con taminantes d e a l i mentos e ambientais. C on s i d erando que o uso de conservantes antifúngicos é umas das ferramentas comumente uti l i zadas p e l as i n d ú s tri a s d e l a t i c í n i o s para o controle da contaminação fúngica (NIELSEN & DE B O E R, 2000), entendemos que a obtenção de um método padrão cons istente para se trabalhar com conservantes ant i fúngicos a l i m en tares sej a importante, p o i s a condição d o s ensaios al tera o efeito da ação dos biocidas (BRILL et aI., 2006). O documento M 3 8 - A tem como principal diferencial o uso do meio de cultura sintético RPMI1 640, c o m p a t í v e l com p r i n c i p a i s a n t i fúngicos clínicos. O método pode ser realizados pela micro ou macrodiluição. A micro diluição tem a vantagem de util izar menos materia l e, portanto ser relati vamente mais barata em relação à macro diluição que é usada Com um procedimento de segurança para a confi rmação dos resultados . O tem como bolores de referencia para sua padronização espécies patogênicas dos gêneros Aspergillus, Fusarilllll, I 2 Pág. 48 Rizoplls a l e m de Pse lldallesch eria e a for m a m i c e l i a l d e Sporothrix schenckii. O s gêneros Aspergillus, FlIsariul11, Rizoplls também foram encontrados como contaminantes de queijos por CORR Ê A NETO, (2005). Porem até a realização deste trabalho o M3 8-A não havido s ido testado bolores do gênero Pe1licilliU11l, considerado um dos mais importantes contaminantes de queijos (KURE et aI., 200 1 ; FILTENBORG et aI. , 1 996). 2 - M ATE R I A IS E M É TODOS O s anti fúng i co s usados no estudo fora m : N a tam i c i na [ D e l v o c i d ® ( 5 0 % d e n a t am i c i n a , D S M , D e l ft , The N e t h e r l an ds ) ] ; S orbato d e P o t á s s i o ( H O E C H S T do B ra s i l Q u í m i c a e Farmacêuti c a S . A . , São Paulo, B ra s i l) ; D i g l u c o n a t o d e C l orex i d i n a [N eob i o d i n e ® ( 2 0 % d i g l u c o nato d e c l orex i d i n a , N E O B RA X L t d a , Brasil)]; Dióxido de cloro e m água [Tecsa-Clor® ( 5 % d i ó x i d o de c l oro, PROTEC S A . C h i l e) ] e Dióxido de cloro em álcool etíl ico [ Tecsa-Cl or® (5% dióxido de cloro, P ROTECSA, C h i l e)] . Os fungos contra os quais as d rogas forma testadas consistiam-se de seis isolados de bolores d o gên ero Penici/liulII obtidas das amostras de CORRÊ A N ETO, (2005), isoladas em vários po ntos da cadeia de produção do queij o parmesão. A metodo logia uti l izada para a real ização deste trabalho teve como referência o s procedi mentos descritos no DOC M38-A (NCCLS, 2002). A micro di luição foi realizada em m icroplacas de E l i sa. Na micro diluição foram util izadas micro placas de Elisa foi realizado em meio RPMI líquido Dpt. A l i men tos e N u trição. Dpt. Análi ses C l í n ic as, Lab. M icologia, Fac. Ciências Farmacêuticas de Araraquara UNESP. Pág . 49 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O XXIII CO N G R ES S O N A C I O N A L DE LATI c í N I O S ANAIS DO XXII I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS [ RP MI- 1 640 1 4,4 g (Gibco), Tampão MOPS 34,5 g (Sigma), a.d.e. para 1 000 ml]. A esterilização foi feita por ultrafiltração a vácuo [membranas GS em éster celulose, com poros de 0,22 )lm, 47 mm de diâmetro ( M i l l ipore) ] . Após receber o s in óculos as p l ac a s foram mantidas estufa c o m a g i tação, com temperatura contro l a d a a 2 5°C no escuro . Os resultados foram l idos com 24, 48 e 72 horas. Na macro di lui ção, aproximadamente 20 ml de uma solução composta pelo meio RPMI - Agar [ RP M I 1 640 1 4,4 g (Sigma), Tampão MOPS 34,5 g (S igma), a.d.e. para 5 0 0 ml mais B acto Agar (Acumedia) 15 g, a.d.e. para 500 ml] mais o volu- me necessário para C2 de cada anti fúngico foram vertidas em placas. As placas foram incubadas no escuro a 25"C por 72 horas. A l eitura foi visual. 3 - R E S U LTA D O S E D I S C US S à O O s resu l tados mostram q u e n at a m i c i n a , sorbato de potássio e digluconato de c l orex idina foram eficientes no controle in vitro para todos os isolados de Penicilli1ll1l, em todas as doses testadas. As metodologias d e "mi cro" e "macro d i l u i ção" reproduziram exatamente os mesmos resul tados em todos os tratamentos propostos. O antifúngico Q uadro 1 - Resultados do teste d e s en s i b i l idade aos antifúngicos pela técnica da m i crod i luição. A n t i fú n gicos Cepas testadas Scala pc Scala 28 Scala 27 Scala 1 9 Scala 1 5 Scala 5 Con tro la Contro la Co ntro l a Con trola C ontrola Contro l a Contro la Co ntrola Controla Controla Contro la Contro l a Control a Contro l a Controla Controla Contro l a Controla Controla C o n tro la Cont ro l a Cont ro l a Contro l a Con tro l a Co ntrol a Contro l a Co ntro la Controla Contro l a Contro l a Contro l a Controla Con tro la Contro l a Contro l a Contro l a Controla Controla Controla Contro l a C o n trola C o n tro la C o n tro la Contro l a Controla Con trola Controla Contro l a Natamicina 0,0 1 'x, pc 0,02%. pc 0,03'X, pc 0,04% pc (p/v) (p/v) (p/v) (p/v) S orbato d e pot. 1 %. pc (p/v) 2%. pc (p/v) 3 % pc (p/v) 4%. pc (p/v) D ióx. C l o ro (água) 0,05'X, pc (v/v) 0, 1 % pc (v/v) 0, 1 5% pc (v/v) 0,2%. pc (v/v) Não Não Não Não controla controla controla controla Não Não Não Não controla contro la controla controla Não Não Não Não controla controla controla controla Não Não Não Não controla controla controla controla Não Não N ão Não contro la controla contro la controla Não Não Não Não controla controla control a controla 0, 1 % pc 0 ,2% pc 0,3% pc 0,4% pc Não Não Não Não controla controla controla controla Não Não Não Não contro la contro la controla controla Não Não Não Não contro la controla controla contro l a Não Não Não N ão controla controla controla controla N ão N ão N ão N ão controla controla controla controla Não Não Não Não controla controla controla controla D i ó x . Cloro (álcool) (v/v) (v/v) (v/v) (v/v) C l o m re x i d i n a 0, 1 % pc (v/v) 0 , 2 % pc (v/v) 0,3% pc (v/v) Con tro l a Contro l a Co ntro la Co ntro l a C o ntrola Controla Contro l a Contro l a Contro l a Contro l a Controla Controla Controla Controla Contro l a Contro l a Contro l a Controla Contro l a C o n trola Cont ro l a C o nt rola Contro l a Cont rola Quadro 2 - Resultados do teste d e sensibi l idad e aos antifúngicos pela técnica d a macro d i l u ição. Scala 15 Scala 5 Controla Contro l a Controla Contro l a Controla Controla Control a Controla Scala 28 Scala 2 7 0,02%. pc (p/v) Controla Contro l a 2'}{. pc (p/v) Controla Contro la Natamicina Sorbato de pot. D . Cloro (água) testadas Scala 1 9 Scala pc 0, 1 'x, pc (v/v) Não Controla Não Controla Não Controla Não Controla Não Contro l a Não Controla 0,2'}{. pc (v/v) Não Controla Não Controla Não Controla Não Contro la Não Controla Não Controla D . Cloro (aleI.) Clorexidina Con tro la Contro l a Contro l a Contro l a Control a Cont rola dióxido de cloro não mostrou eficiência no controle in vitro de nenhuma das cepas testadas em nenhuma das concentrações util izadas nos tratamentos. A diluição do dióxido de cloro em álcool ou em água parece não infl uenciar sua eficiência de controle. Concluímos que o documento M 3 8-A da NCCLS pode ser útil no caminho para a padronização dos testes com antifúngicos para laticínios e alimentos em geral, porem os resl,lltados com o dióxido de cl oro d i feri ra m dos o b t i d o s com outras meto dologias, conforme dados da literatura (COPES et. aI., 2005; HAN et. al., 1 999), sinalizando que muitas outras investigações far-se-ão necessárias até che garmos a um método padrão com o da NCCLS. 5 - ABSTRACT T h e objective o f t h i s work w a s to apply o n dairy sector t h e National Committee for Cl inicaI Laboratory Standards (NCCLS), M 3 8-A standard to test, in v i tro , a n t i fu n g a l drugs a g a i n s t pathogenic moulds. T h e M 3 8-A standard is based on the use of the synthetic R PM I - I 640 cul ture media, since it is compatible with many important clin icai antifungal d rugs. The adaptation of the NCCLS standard on dairy may can contribute, also, to the standardization of food 's antifungal test procedures. The effectiveness of natamycin, sorbet, chlorhexidine digluconate and chloride dioxide was test against six Penicillilllll strains, isolated from panl1esan cheese. The results showed that natamycin, sorbet and c h l o rh e x i d i n e d i gluconate, on four different concentrations, were efficient to control ali isolates of Penicillilllll. Micro and macro dilution procedures reproduced the same resu lts on a l i treatments. We concIuded that the NCCLS M 38-A standard can be an useful way on the standardization of dairy 's, and other fo o d s , anti fu ngaI tests procedures, but the results for chloride dioxide were di fferent from others on l i terature pointing that many other studies and adaptations will need to be check, until we get to a dairy standard procedure as NCCLS M38-A document. Keyw o r d s : a n t i fu n g a l , N C C L S M 3 8 - A . Penici/lilllll , parmesan c h e e s e . 6 - R E F E RÊ N C IA S B I B L IO G R Á F I C A S BRILL, F. ; GORONCY-B ERMESB, P. ; SANDA; W. Influence o f growth medi a on the sensitivity of Slaphy/ococclls a llreus a n d Pseudo l1l onas aerllginosa to c a t i o n i c b i o c i d e s . I n t. J. Hyg. E nv i r o n . Health, v. 209, p . 8 9- 9 5 , 2 00 6 . C O P E S , W . E . ; C H A S TA G AN E R, G . A . ; HUMMEL, R . L . Activity o f chlorine dioxide in a solution o f ions and p H against Thielaviopsis Pág. 50 bas ico/a and FlIsariulll oxysporul1l . P l a n t D i s . n. 8 8 , p . 1 8 8 - 1 94 , 2 00 4 . C O R R Ê A N ET O , J . S . B o lo res d e te r i o ra n t e s e m q u eij o p a r m es ã o . A r a ra q u a r a - S P, 2 0 0 5 , 6 5 p . D i s s e rt a ç ã o ( M e s trado e m A l i me n to s e N u tr i ç ã o á r e a de C i ên c i as d o s A l i m e n t o s ) F a c u l d a d e d e C i ên c i a s F a r ma c ê u t i c a s , U n i vers idade Estadual Paulista. F I LTEN B ORG, O.; F R I S VAD, J. C . ; THRANE , V . M o u l d s i n fo o d s p o i l ag e . I n t . J . F o o d M i c r o b i o l . v . 3 3 , p . 8 5 - 1 0 2 , 1 99 6 . H A N , Y. ; G U E N T E RT, A . M . ; S M ITH, R . S . ; L I NTO N . R . H . ; N E L S O N , P . E . E ffi c a c y o f ch lorine dioxide gas a s a sanitizer for tanks used for asep t i c j u i c e s to ra ge . F o o d M ic r o b i o l . v. 1 6 , 5 3 -6 1 , 1 9 9 9 . KURE, C. F. ; SKAAR, I . ; B RENDEHAUG, J . Mould contamination in production of semi-hard cheese. Int. J. Food M icro biol. v. 93, p . 4 1 -49, 2004. M A R K , K . A . ; C A RT E R , R. A . ; C R I PPA, F . ; WA L D , A . ; C O R E Y, L . E p i d e m i o l o gy a n d outcome o f mould i n fections i n h e matop o i e t i c s t e m c e l l tra n s p l a n t r e c i p i en t s . C l i n i c a i I n fecti o u s D is e a s e s , v . 3 4 , p. 9 0 9 - 9 1 7, 2 0 0 2 . McNEIL, M . M . ; N A S H , S. L . ; H AJJE H, R . A . ; P HELAN , M . A . ; CONN, L. A . ; PLIKAYTl S , B . D . ; WARNOCK, W. W . Trends in mortality due to invasive mycotic diseases in the United States, 1 9 8 0 - 1 9 9 7 . C l i n i c a I I n fe c ti o u s D i s e a s e s , v . 3 3 , p. 64 1 - 6 4 7 , 2 0 0 1 . N C C L S ( N a t i o n a l C o m m i ttee for C l i n i c a I Laboratory Standard s ) . Reference M ethod fo r B orth Di lution Antifungal Susceptibi lity Testing of Filamentous Fungi; Approved Standard. NCCLS d ocument M38-A. N C C L S , Wayne, Pa, 2002. NIELSEN, K. B.; N IE LSEN, P. V. Fungicidal effect of 15 disinfectants against 25 fungai contaminants c o m m u n l y fo u n d in bre a d a n d c h e e s e manufac turi ng. J . F o o d P rotecti o n , vo I . 5 9 , n . 3 , p. 2 6 8 - 2 7 5 , 1 99 5 . NI ELSEN, P. V.; DE BOER, E . Food preservatives against fungi. In: S A MSON, R. A.; HOE KSTRA, E. S . ; F R I S VA D ; J. C . ; F I LT E N B O RG , O . I n t r o d u c t i o n to fo o d a n d a i r b o rn e fu n gi . 6 t h . e d . U tr e c h t : C e n traal B u reau Vo o r Schi l11 m elcul tures, 2000. 3 5 7-363 p . S U LOFF, E . c . , MARCY, J . E . ; H A C KNEY, C . R . ; SUNNER, S . S . ; B ISHOP, J . R. Comparative study of a semisynthetic derivative of natamycin a n d t h e parent a n t i b i o t i c o n t h e s p o i l a g e o f shredded Ch eddar cheese. J . F o o d Protecti o n , vo l . 6 6 , n . 8 , p . 1 49 9 - 1 5 02 , 2 0 0 3 . S U H R, K . I . ; N I E L S EN , P . V . E ffect o f weak acid preservatives on growth of bakery product spoi lage fu ngi at d i fferent water activities and p H v a l u e s . I n t. J. Food M i c r o b i o l . n. 95, p . 67-78, 2004. Pág. 5 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS A N A I S DO X X " I C O N G R ES S O N A C I O N A L DE LATi C í N I O S EFEITOS DO ENRIQU ECIMENTO POR F ERRO EM B E B I DAS LÁCTEAS PRODUZIDAS COM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE SORO DE Q UEIJO: AVALIAÇÃO DA PERCEPÇÃO SENSORIAL DO CONSUMIDOR Effects of iron enrich ment o n different formulations of cheese whey beverage : evaluation o f t h e consumer sensorial perception Si lva, C . l Cartez, M . A . S.3 Oliveira, V. M.2 Queiroz, M . F.3 1 - INTRODUÇÃO Segundo a legislação, entende-se por bebida láctea o produto l ácteo resu ltante da mistura do l e i te (in natura, pasteurizado, esteril i zado, U H T, rec o n s t i t u í d o , co n c e n t r ad o , e m p ó , i n t e g r a l , s e m i d es n a t a d o o u p a r c i a l me n t e d e s n a t a d o e desnatado)e soro de l e i te ( l íquido, concentrado e em pó) a d i cionado o u não d e p ro d uto(s) ou s u b s t ân c i a( s ) a l i me n t í c i a ( s ) , gordura v e g e t a l , l e i t e ( s ) fer me n t a d o ( s ) , fer m e n t o s l ác t e o s selecionados e o utros produtos l ácteos. A base l áctea representa pelo menos 5 1 % (cinqüenta e u m p o r cento) massa/m assa ( m/m) do total d e i n gredi en te s do produto ( B RA S I L , 2 0 0 5 ) .. O s o ro de l e i te , subproduto q u e pode ser u t i l i z a d o na fab r i c a ç ã o d e b e b i d a s l á c t e a s , r e p r e s e n t a d e 8 5 a 9 0 % d o v o l u m e d e l e i te u t i l i zado na fabricação de q u e ij o s , retendo ao redor de 5 5 % dos nutrientes do l e i te (ALMEIDA et a I . , 2 0 0 1 ) . D ev i d o à a l t a q u a n t i da d e d e s ubstân c i as orgânicas, o s o ro d e q ue ij o i mp õ e um a l t o v a l o r d e demanda biológica de oxigênio ( D B O) ( R É V I L L I O N et a I . , 2 0 0 0 ) . E s t e subproduto é poluente e não pode ser tratado o u d es c a rt a d o s i m p l e s me n t e c o m o e s go t o s e m g a s t o s ( AN D RA D E e t a I . , 2 0 0 2 ) . P a ra o s l a t i c í n i o s , o aproveitamento do soro d e q u e ij o e m b e b i d as l ác t e a s , é u m a d a s m a i s atrati va s opções; p ara a util ização do soro para consumo humano, devido à s i mplicidade do processo; além d i s t o , na m e d i da em que é d e s v i a d o para o processamento desses produtos, surge como uma solução para a redução da poluição por ele causada ( P RU D EN C I O e B EN E DE T, 1 99 9 ) . 2 3 O leite e os produtos l ácteos são apreciáveis fon te s de proteínas, c á l c i o , v i ta m i n a s e o utros n utrientes, porém, são praticamente desprovidos de ferro ( MAHAN & ESCOTT-STUMP, 1 998). A prevalência de anemia por carência de ferro vem aumentando nas últimas décadas e acomete cerca d e dois bi lhões d e habitantes em todo o mundo (WHO, 2 0 0 1 ) . Além d e o ferro não ser m u i t o a b s o r v i d o p e l o o rg a n i s m o , p o u c o s a l i me n t o s c o n t ê m ferro e m quanti dade considerável e d e fo r m a d i s p on í v e l . A i n g e s t ã o d e ferro d i á r i a rec o me n d a d a p a r a a d u l to s é d e 1 4m g e p a ra crianças de I a 3 anos, 4 a 6 anos e de 7 a 1 0 anos é de 6 mg e 6mg e 9mg respectivamente ( B RASIL, ANVrSA, 2 005). Assim, faz-se necessário o enriquecimento de a l gu n s a l i me n t o s para p o ss i b i l i ta r q u e q u a n t i d a d e s s u fi c i en t e s s ej a m c o n s u m i d a s ( M A N G U E I RA et a I . , 2002). A forti fi c ação d e a l i m e n t o s com ferro é recomendada principalmente para localidades onde se encontram elevada prevalências de anemia. Esta prática pode ser utili zada para toda a população, ou em grupos populacionais específicos, sem exigir, necessariamente, a cooperação do b e ne fi c i ár i o (TORRES et. a L , 1 995). O s parâmetros para fixação d e identidade e qualidade de alimentos adicionados de nutrientes essenciais estabelecem que alimentos enriquecidos ou fortificados sejam aqueles nos quais I OOmL do p r o d u t o p r o n to p a ra o c o n s u m o fo rn e ç a m , m 1 J1 1 In a m e n t e , 1 5 % d a I n g e s t ã o D i á r i a Recomendada ( I D R ) d e referência, considerando Estudante de graduação e bolsista P I B I C/UFF, curso de Medicina Veterinária Estudante de pós-graduação, curso de Medicina Veterinária U F F. Professores, curso de Medicina Veterinária U FF. - - U FF. alimentos líquidos. Esses a l i m entos, poderão ter impressos em seus rótu l o as e x p re s s õ e s " A l to Teor" ou "Rico" ( B RASIL, ANVISA, 1 998). Estudos recentes, mostrando u m a relação i n trí n s e c a e n tre d i e ta e s a ú d e , têm l ev a d o a i n d ú s t r i a a l i me n t í c i a ao d e s e n v o l v i m e n t o d e novos produtos cuj as funções pretendem ir além do fo rn e c i m e n t o de n u t r i e n t e s b á s i co s e da sa tisfa ção do paladar do consum i dor ( B E H RENS et. a!., 2004). O pres ente trab a l h o t e v e c o mê obj et i v o prin cipal, fornecer d a d o s r e l a t i v o s ao a s p e c to sens orial do enriquecimento com ferro em bebidas lácteas formuladas com d i ferentes concentrações de soro de queijo ( 1 0, 30 e 50%) , de modo a avaliar a se as diferentes formulações de bebida láctea têm seu s abor a l terado o u a p r e s e n t a m d i feren ç a s sensoriais perceptíveis quando enriquecidas. 2 - MATE RIAIS E M É TODOS O experimento foi real izado no Laboratório de Anál i s e S e n s o ri al do D ep a r t a m e n to d e Tecnologia d e Alimentos d a Faculdade de M edicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense. 2.1 - E l a b o ra ç ã o da b e b i d a l á c t e a A bebida láctea foi produzida a partir de leite pasteurizado e soro de queijo pasteurizado. Foram elaboradas três formulações, segundo o esquema: 90% de leite e 1 0% de soro de queijo; 70% de l eite e 30%) de soro: e, 50% de leite e 5 0% de soro. O leite u t i l izado no experi mento foi do tipo "C", adquirido no comércio e , a partir de uma fração deste, foi feito queijo tipo minas fresca I a fim de se obter o soro de queijo, de qualidade assegurada, para ser utilizado nas formulações desejadas. A a d i ç ã o de fe rro ao p r o d u to fo i padronizada para as três concentrações obtidas ( 1 0 , 30 e 5 0 % d e a d i ç ão de s o r o ) , s e n d o ad i c i o n a d o 1 , 2 m g/ I O O m l d e ferro q u e l a t o aminoácido ( 1 9% de p ureza), para cada ' formulação . Esta adi ção correspond e a 20% d a I D R (Ingestão Diária Recomendável) de crianças entre 4 e 6 anos, obtendo-se desta forma u m a bebida láctea e nri quecida ou forti ficada. Para cada formulação de bebida láctea ( 1 0, 30 e 50% de adição de soro), foram separadas duas amostras : amostra A (amostra padrão ; sem adição d e ferro) e a m o s tra B ( a m o s tra t e s t e ; enri quecida com ferro). 2.2 - Análise sensorial A aná lise sensorial foi rea l izada c o m oito j u l gadores adultos treinados; sendo ava l i ada a Pág. 52 p ercepção ou não, do ferro quelato a m i noácido en tre as d i ferentes for m u l a ç õ e s , por meio da util ização do método sensorial de d i ferença, que verifica se existe d i ferença sensorial p erceptível entre duas amostras d i ferentes. A técnica util izada foi a do "estímu l o simp les", onde os j u lgadores foram treinados através d e análises repetidas das d u as a mo s t ra s s e m ( A) e com fe rro ( B ) i d e n t i fi c ad a s , a t é q u e s e j u l garam c a p a z d e reco n h e c ê - I a s . Após o t re i namento, para cada j u lgador, q u atro amostras A e q uatro B , foram s e r v i d a s e m c o p o s d e s c a rt á v e i s de 5 0 ml codi ficados com números de três dígitos em séries aleatórias para que, dentro de c abines individuais c o m l uz v e r m e l h a ( q u e m a s c a r a d i fe r e n ç a s p e r c ep t í v e i s d e c o l o r a ç ã o ) , e s t e s p u d es s e m reconhecer, apon tando q u a l amostra era A ou B em uma ficha especí fica. 2 .3 - Análise estatística P ara a n á l i s e e s t a t í s t i c a d o s r e s u l tad o s obtidos a partir d o método sensorial de d i ferença, u t i l izando a técnica do "estímulo s i mples" foi e s ta b e l e c i d o o N ú m e ro M í n i mo de S e l eç õ e s Corretas Necessário para D i ferença Significativa entre as amostras ao nível de 5% de significânc ia ( R O E S S L E R, 1 978). 3 - R es u l t a d o s e D i s c u s s ã o N o t e s t e d e d i fe r e n ç a p e l a t é c n i c a d o estímulo s i mples, o julgador, após o treinamento deveria identificar qual amostra era enriquecida com ferro e qual não possuía este ol igoelemento. F o ra m re a l i za d a s 64 d e g u s ta ç õ e s p ara c a d a fo r m u l a ç ã o , s e n d o o b t i d os 3 4 j u l g a m e n t o s corretos para a formul ação c o m 1 0% d e soro, 25 para a com 30% e 3 9 para a formul ação com 50% de soro . De acordo com RO E S S L E R et a ! . ( 1 9 7 8 ) o n ú m e ro m í n i mo p ara e s t a b e l e c e r d i ferença s i g n i ficativa ao n í v e l d e 5% seria d e 3 9 acertos . Os resu l tados d a anál i s e sensorial demonstraram q u e , o enriq ueci mento c o m ferro q u e lato a m i n o á c i d o c o rrespondente a 20% da IDR de crianças entre 4 e 6 anos, foi percebido apenas na bebida formulada com 50% de soro de q u e ij o . Esta fo r m u l a ç ã o a p re s e n t o u m a i o r quantidade de soro de queij o , em relação à s outras anal isadas, sendo, portanto a mais rica em lactose e com mais elevado grau de acidez. Desta forma, observo u - s e q u e a m a i o r presença de soro na m i s t u ra, al terou de a l gu m a forma a p ercepção do ferro adicionado. Isto pode ter ocorrido devido a influencia da maior presença da lactose ou da maior aci dez do a l i mento . Nas bebidas lácteas Pág. 53 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíN IOS formuladas com 1 0 e 3 0(% de soro a presença do ferro não fo i percebida. 4 - CONCLUSÕES C o n s i d e r a n d o o d e s ej o d a obten ção d e produtos q u e possam s e r enriquecidos s e m ter seu sabor alterado, as amostras elaboradas com 1 0 e 3 0 % de s oro de q u e ij o m o s t raram-se as m a i s ind icadas para o enri q ueci mento com ferro . Na amostra com maior quantidade de soro (50%) o sabor férrico foi percebido, o que demonstra que m a i ores concen traçõ e s de soro d e q u e ij o adi cionadas podem modificar a percepção sensorial d a fo rmu l a ç ã o . C o n t u d o a b e b i d a l ác te a demonstrou-se um excelente m e i o para enr i que c i mento com ferro , p e l a p róp ria acei tação dos provadores durante a execução dos testes. A el aboração de produtos lácteos de baixo custo, que se satisfaçam o paladar do consumidor e ainda p o s s u a m seu v a l o r n u t r i t i v o comp l e mentado, concebe um novo segmento dentro d a i n d ú s t r i a a l i m e n t í c i a . A l é m d i s t o , o o fe r e c i m e n t o d e a l i m e n t o s e nr i q u e c i d o s p o d e benefi c i a r g r u p o s p o p u l ac i on a i s p revenindo e tratando doenças carê n c i a i s . 5 - ABSTRACT The aim o f this work was to evaluate the consumer sensorial perception in relation to iron enrichment of dairy beverages, and to determine the infl uence of different concentrations of cheese whey ( 1 0 , 3 0 a n d 5 0 % ) in t h e s e beverages formulation. The sensorial analysis was done using trained panelists and i t was evaluated the perception of the iron between the different formularizations ( 1 0 , 3 0 and 5 0 (% ) , u s i n g the method " s i m p l e stimulation", a type of difference test. The results d e monstrated that, o n l y in the formularizati ó n with 50% of whey, the presence of the iron in the concentration of 1 ,2 mg/ l 00ml, that it corresponds 20% of the IRD for children in the band of 4 the 6 years, was perceived. The obtained data could be used in the enriched dairy beverage elaboration. K e y w o r d s : d a i ry b e v e r a g e , e n ri c h m e n t w i t h iron, sensorial analysis. 6 - B IBLIOGRAFIA A L M E I DA, K. E . ; BONASSI, r. A; ROÇA, R. O. Características físicas e químicas de bebida l ácteas fermentadas e preparadas com soro de m i n a s fre s c a ! . C i ê n c . Te c n o l . A l i m e n t . ; C a m p i n a s , v. 2 1 , n . 2 , p . 8 7 - 1 9 2 , m a i o - a g o . 200 1 . ANDRADE, R. L. P.; MARTINS J. F. P. Influência da adição da fécula de batata-doce (Ipomoea batatas L . ) sobre a v iscosidade do p ermeado de soro de q u e ij o . Revista C i ê n c i a e Te c n o l o g i a d e Alimentos. Campinas, vol. 2 2 , n. 3, Set./Dez. 2002. B E H RENS, J. H . ; S I LVA, M . A. A . P. Atitude do c o n s u m i d o r em r e l a ç ã o à s oj a e p r o d u t o s d e r i v a d o s . R e v i s t a C i ê n c i a e Te c n o l o g i a d e A l i m e n t o s . C a m p i na s , v o l . 2 4 , n . 3 , J u l h o / S et e m b r o . 2 0 0 4 . B RAS I L . M inistério da Saúde. Portaria n ° 3 1 , 1 3 jan. 1 99 8 , Regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de alimentos adicionados de n u tri e n t e s e s s e n c i a i s . D i á r i o O fi c i a l d a U n i ã o , B ras í l i a, 1 9 9 8 . B R A S I L . M i n i s tério da Agricul tu ra P ecuária e A b a s t e c i m e n t o . I n s trução N o r m a t i v a n° 1 6 Regulamento Técnico de Identidade e Qual idade d e B e b i d a L á c t e a . D i á r i o O fi c i a l da U n i ã o , B ras í l ia. p . 0 7 , 2 4 de agosto d e 2 0 0 5 . Seção I BRAS IL. M inistério da Saúde. Agência Nacional de Vigi lância Sanitária. Resolução RDC nO 269, de 22/09/05 - Regulamento Técnico Sobre a Ingestão Diária Recomendada (IDR) de Proteína, Vi taminas e M inerais. ANVISA, 22 de setembro de 2005. MAHAN, L . K.; E S COTT- S T U M P, S . Krau s e : A l i m e n t o s , n u t r i ç ã o e d i etot e r a p i a . 9 ° e d . S ã o P au l o : Roca, 1 99 8 . 1 1 79 p . MANGUEIRA, T , F . B . ; TRAVA S S O S , A. E . R . ; FIOREZE, R . ; M E D E I ROS, R . S . Adição de ferro ao l e i te e sua retenção na coalhada d essorada. R e v i s t a C i ê n c i a e Te c n o l o g i a de A l i m e n t o s . Campinas, v . 2 2 , n . 3 , S et ./Dez. 2 0 0 2 . P R U D E N C I O , E . S . ; B E N E D E T, H . D . Aproveitamento d o soro d e q ueij o na obtenção d o e x t r a to h i d ro s s o l ú v e l d e s oj a . R e v i s t a Ciência e Te c n o l o g i a de Alimentos. Campinas, v o l . 1 9 , n . I , Jan ./Abr. 1 9 9 9 . RÉ VILLION, J. P. ; B RANDELLl, A . ; AYU B , M . A.Z. Produção de extratos d e l eveduras d e u s o alimentar a partir d o soro d e queijo: Abordagem de el ementos técnicos e mercadológicos relevantes . Revista C i ê n c i a e Tec n o l o gia de Ali m e nt o s . Campinas, v o I . 2 0 , n. 2 . Maio/Agosto. 2000 ROESSLER, E . B . ; PANGBORN, R. M. S IDEL, J. L; S T O N E , H. E xpanded s tati s t i c a l tab l e for e s t i m at i n g s i g n ificance in p a i red - d i fference. Journal of Food Science, v. 43,n. 3 , p. 943 , 1 978. T O RR E S , M. A. A . ; S ATO, K. ; L O B O , N . F. ; Q U E I ROZ, S. S. Efeito do uso de leite forti fi cado c o m fe rro e v i ta m i n a C s o bre os n í v e i s d e hemoglobina e condição nutricional de crianças menores de 2 ano s . Revista de S a ú d e P ú b l ica, São P au l o , v o l . 29, n. 4 , Agos to . 1 99 5 . WHO. World Health Organization. Iron deficiency anem i a : assessment, preven tion and contro I . A guide for p rogramme managers. Geneva; 200 I . A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATI c í N I O S INFLUÊNCIA DO TEMPO E DA TEMPERATURA NO DESENVOLVIM ENTO DE MICRORGANISMOS PSICROTRÓFICOS NO LEITE CRU DE D UAS R EGiÕES DO SUL DO B RASIL Influence of time and the temperature i n the development of psych rotropic microorgan isms i n the raw milk of two regions i n southern B razi l Dayane Karina Lorenzettil Giovani Mocelin2 Henrique Soares Koehler2 RESUMO Na temperatura de refri geração exigida pela l egislação v i gente no momento do recebimento nos l a t i c í n i o s , de r c ou i n fe r i o r, m i c rorga n i s m o s p s i cro tró fi c o s p o d e m t o rn a r - s e dominantes na microbiota d o l eite. Os psicrotróficos constituem o grupo de microrganismos que em temperaturas inferiores a 1 0uC encontram um ambiente favorável a sua mu ltiplicação. O obj etivo do presente traba l h o fo i d eterminar a contagem i n i c i a l d e m i c ro rg a n i s m o s p s i c rotrófi c o s no m o m e n t o do rec e b i m e n to d o l e i t e cru n a i n d ú s t r i a b e n e fi c i ad o ra e identi ficar tempo e temperatura de estocagem que minimizassem o cresci mento populacional desses microrganismos durante estocagem no laticínio. O leite proveni ente das duas regiões estudadas foi submetido às seguintes condições de estocagem: tempo de 4, 20 e 36 ho;as e temperaturas de I , 3 e 6°C. Foram realizadas 3 anál ises para c ada região nas 3 temperaturas estudadas. As contagens iniciais de microrgan ismos psicrotróficos apresentaram-se bastante al tas no momento de chegada do l e i te cru a uni dade benefi c iadora, e, associadas com os resultados do experi mento, foi possível observar que o tempo de 4 horas d e estocagem é o ideal para a matéria-prima deste laticínio para ambas as regi ões estudadas. lNTROD U Çà O P o r tratar- s e de um produto p erec í v e l , o leite merece atenção espec i a l na sua produção, benefi c i a m e n t o , comerc i a l i za ç ã o e c o n s u m o , p o i s e s tará s e m p re s uj e i t o a u m a s é r i e d e al terações ( F U RTADO el aI. , 2 0 0 4 ) . Do p o n t o de vi sta biológico, o l e i te pode ser considerado um dos a l i mentos mais completos por apresentar, entre outras características, a l to teor de proteínas e sais minerais ( B O RG E S e l aI., 1 9 8 9 ) . Também é u m e x c e l en t e m e i o de c u l tu ra, p o d e n d o ser fac i l m e n t e c o n ta m i n a d o p o r vários grupos de mi crorgan ismos q u e n e l e encon t ra c o n d i ç õ e s ó t i m a s d e m u l ti p l i c aç ã o (ZOC C H E el aI. , 2002 ) . Um leite de baixa q ual idade microbiológica não s e cons erva p o r l o n gos p e r í o d o s , m e s m o sob r e fri g e r a ç ã o , p ri n c i p a l m e n t e p e l a s u a 2 c o n t a m i n a ç ã o p o r b a c t é r i a s p s i c r o t ró fi c a s formadoras ou não de esporos, q u e apesar de seu crescimento lento, produzem grandes q uantidades de e n z i m a s l i p o l í t i c a s e p ro t e o l í t i c a s q u e rapidamente a l teram o produto ( B I S H O P e WHITE, 1 99 8 ; CRAVEN e MACAULEY, 1 993). Os micro rganismos psicrotró ficos são u m grupo importante presente na indústria de l e i te sob o ponto de vista da d et eri oração e c o m a adoção da refrigeração do leite desde a ordenha até seu recebimento nos laticínios, a substi tuição da microbiota de bactérias mesofíl icas produtoras de ácido l áctico por uma m icrobiota psicrotrófica produtora de enzimas tem sido favorecida e tem l evado a d i ferentes a l terações na q u a l i dade do l e i t e e de s e u s d e r i v a d o s ( A L M E I D A , 1 99 8 ; G U IMARà E S , 1 998) . Mestre em Tecnologia de A l i mentos U F P R, Setor de Tecnologia da Uni versidade Federal do Paraná. Professores doutores do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de A l i mentos - UFPR, Setor de Tecnologi a da Uni versidade Federal do Paraná. Pág. 54 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 55 ANAIS DO XXI I I CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS O o bj e t i v o do p r e s e n t e t r a b a l ho fo i d e t e rm i n a r a c o n ta g e m i n i c i a l d e m i c ro r g a n i s m o s p s i c ro t ró fi c o s n o m o m e n t o d o r e c e b i m e n to d o l e i t e c r u n a i n d ú s t r i a b e n e fi c i adora e i de n ti fi car tempo e temp eratura de estocagem que m i n imizassem o cresc i m e n to p o p u l a c i o n a l d e s s e s m i c rorga n i s mo s d u r a n t e e s t o c a g e m n o l a ti c í n i o . M ATE RIAL E M É T O D OS As amostras foram coletadas em caminhões isotérmicos que transportam o leite até o laticínio. Foram especificadas duas regiões: Curitiba e região metropo l i tana (Região I ) e região do A l to Val e de Santa Catarina ( Região 2 ) . O l e i te prov e n i e n t e das duas r e g i õ e s foi submetido às segu intes condi ções de estocagem: tempo de 4, 20 e 3 6 horas e temperaturas de I , 3 e 6°C. Os tempos e temperaturas de estocagem escolhidos para real izar os ensaios n este trabalho correspondem a s i tuações rea is que podem ser e n c o n tradas n o l a t i c í n i o l o c a l i z a d o na região metropo l i tana de Curitiba e q u e foi o local d e estudo n e s t e traba l h o . As amostras de leite c r u d a s regiões foram armazenados em frascos esteri l i zados de 5 00 mL d e capacidade n o m o m e n t o e m que chegavam a t é o l a t i c í n i o . O l e i te p o s te ri o r m e n t e fo i estocado em câmara i ncubadora B . O . D . 3 4 7 da marca F a n e m 1<' na t e m p e r a t u r a d e t erm i n a d a previamente ( I , 3 ou 6°C) simulando as temperaturas encontradas n o s i l o de leite cru do laticínio. Realizou-se anál ise i n i c i a l de contagem de m i c r o rg a n i s m o s p s i c ro t r ó fi c o s q u e c o r respondeu ao tempo zero e após i s to o l eite foi armazenado, rea l i zando-se a n á l i ses posteriores às 4 , 2 0 e 36 h oras d e i n c ub a ç ã o . Após cada a n á l i s e , o fras c o c o n t e n d o a a mo s t ra d e l e i te retornava i me d i a t a m e n t e a i ncubadora, após a última anál ise, o restante do l eite foi descartado. Foram real i zadas 3 a n á l i s e s em tri p l i cata para cada região nas 3 temperaturas estudadas. Para contagem de mi crorganismos util izou se a contagem de microrgan ismos psicrotróficos modi ficada por O L I VE lRA e PARMELEE ( 1 976) real izando a semeadura em petri fi l m AC da marca 3 M''' '. Os d a d o s foram a n a l i sa d o s s e g u n d o u m d e l i n eamento i n t e i ramente cas u a l i zado c o m 24 tratamentos e 3 rep e t i ç õ es cada . Os trata m e n t o s r e p re s e n t a m o a r r a nj o d o s fa t o r e s r e g i ã o ( 2 ) , t e m p e r a t u ra ( 3 ) e t e m p o d e e s t o c a ge m ( 4 ) . A s m é d i a s d o s t ra t a m e n t o s foram co mparadas p e l o teste de Tu key a o n ível de 9 5 % de probab i l i dade e u t i l izou-se o programa M S TAT, v e r s ã o 2 . 1 1 . R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O N as Tab e l a s I e 2 , as c o n t a g e n s d e m icrorgan i s mos p s i c rotróficos n o momento d a Ta b e l a 1 - Resul tados d a s comparações d a s médias da vari ável X ( u n idades formadoras de c o l ô ni as de m icrorga n ismos psi crotróficos por m l ) q uando submet i das à i n teração dos fatores C (Tempo) e B (Te m peratura ) para a Região I (Curitiba e Região M etropo l itana) Tab e l a 2 2 , 1 x 1 07 b 7,0 X 1 07 a 5 ,2 x 1 07 ab 2 , 8 X 1 06 a 5 6 x 1 06 a 1 5 x 1 06 a : Resultados das comparações das médias da variável X (unidades formadoras de colônias de m i crorga n i s mos p s i c rotrófi cos p o r 1111 ) q u a n d o s u b m e t i d a s á i n teraç ão d o s fatores C (Tempo) e B (Temperatura ) para a Região 2 ( A l to Va le de Santa Catarina) FATOR TEMPERATURA DE ESTI FATOR TEMPO DE ESTOCAGEM Oh 4h 20h 36h SANTOS e FONS ECA (2003 ) citam que os microrgan i s mos psi crotróficos em condi ções de refri geraç ão , m a n t ê m s u a capac i d ade d e multipl icação e tendem a se tornar predominantes na 1l1icrobiota do leite cru após 2 a 3 dias nessas con d i çõ e s . Ao c o n s i d e ra r m o s os aspectos biológicos, é p o s s í v e l afi r mar que as h o ras de estocagem, independente da temperatura a que este leite seja submetido dentro do laticínio permi tem a conti nuidade do cres c i me n to populacion al dos mi crorganismos p s i c rotróficos e que um menor tempo de estocagem deve ser al mejado como ideal, no caso deste laticínio estudado o menor tempo de es toc agem p o s s í v e l é o d e 4 h o r a s . Te m p o necessário para q u e ocorra o total descarregamento do leite cru da carreta, a n á l i ses real izadas pelo laborató r i o e posterior e n c a m i n h amen to desta matéria-pri ma para a paste urização . CON C L U SÃO DE ESTOCAGEM 4h 2 0h 36h chegada das c a rr e t a s ao l a t i c í n i o e s t ã o represen tadas n o tempo i n i c i a l (tempo zero) de estocage m . O s v a l o re s na c o n ta g e m d e mi crorga n i s m o s p s i c rotrófi c os j á s e mos tram bastan te e l ev a d o s , e m b o ra n ã o e x i s t a u m a legi slação específica para estes microrgan ismos, a le gislação vigente estabelece o número máx i mo de 1 01> UFC/m L para con tagem bacteriana, o que per m i te a fi rmar que este l e i te já apresen ta-se em desacordo c o m a l e g i s l aç ã o n o ato da sua chegada na pl ataforma de recepção. N a maioria das pro p r i e d a d e s l e i te i ra s os e q u i p a m e n tos mantém a temperatura de refri geração en tre 5 a 1 0°C, o que configura um "resfri amento marginal do l e i te" c o n t r i b u i n d o para a mu l ti p l i c ação de mic rorgan I s m o s p s i c ro t r ó fi c o s ( F O N S E C A e SA NTO S , 2000 ) . 2 ,4 x 1 0� d 8 ,2 x 1 0R a 4,3 x 1 08 X C 1 08 b 1 ,9 x 1 0i a Durante a estocagem do l e i te , observou-se que as c o n t a g e n s d e m i c rorgan i s m o s p s i c ro trófi c o s a u m e n ta r a m mes m o c o m o lei te sob temperatura de refr i geração, sugeri ndo que um tempo m í n i m o d e e s to c a g e m p a ra a m a t é r i a prima d e v e ser m e t a neste l a t i c í n i o . O t e m p o d e 4 h o r a s el e e s to c a g e m ro i iden ti ficado como sendo o ideal para a matéria p r i m a d e s te l a t i c í n i o p a r a a m b a s as r e g i õ e s es tudadas. A t e m p e r a t u ra d e 1 °C pode ser d e fi n i da como ideal para m i n i mizar o desenvol v i mento d e m i c r o r g a n i s mo s p s i c ro t r ó fi c o s d u ra n t e a estocage m para o l e i te captado na Região 2 . Os resul tados obti dos neste estudo rev e l aram a i n d a q u e as c o n tage n s i n i c i a i s d e m i crorga n i smos psicrotrófi c o s apresen taram-se al tas no momen to da chegada da matéria-prima na ind ústria benefici adora, podendo res ul tar em sérios problemas nos produ tos lácteos produzidos n e s te lat i c í n i o . REFER Ê N C I AS A L M E I D A , A . A . P. A n a i s do XV Co n gresso N a c i o n a l de L a ti c í n i o s , Juiz de Fora , vol . 5 3 , n . 304, 1 9 9 8 , p , 2 6 - 2 9 . B I S H O P, .I . R . : W H I T E , C. H , E s t i m a t i o n o I' p o te n c i a l s h e l fl i fe 0 1' p a s t e u r i z e d l'l u i d m i l k u t i l i z i n g b a c te r i a l n u m b e rs a n d m e t a b o l i tes . J o u r n a l 0 1" Food P rotect i o n , A me s , v. 4 8 , p . 6 6 3 - 6 6 7 , A u g . 1 99 8 . B O RG E S , M . F. ; B R A N D à O , S . c . C . ; P I N H E I RO , A . J . R . Efe i to bac t e r i c i d a do peróxido de hidrogênio sobre Salmonella em leite desti n ado a fabri cação de q ue ij o s . Rev ista de Mi c ro b i o l o gia , São P a u l o , v. 20, n. 2 , p . 1 45 1 49, 1 9 89. C R AV E N , 1-1 , M . ; M A C A U L E Y, B . L M i c r o o r ga n i s m s i n p a s t e u r i z e d m i l k a ft e r r e fr i g e r a t e d s t o r a g e . 1 1 1 . E ffe c ts o f m i l k p r o c e s s o r . J o u r n a l o f D a i r y Te c h n o l o gy . A u stra l i a n , v. 4 7 , n . I , p , 5 0 - 5 5 , J a n . 1 9 9 3 . F O N S E C A , L . F. L . & S A N TO S , M . V, Q u a l i d a d e d o l e i t e e c o n t l' o l e d e m a s t i t e : L e mos E d i tora, 2 0 0 0 . 1 7 5 p . F U RTA D O , M . A . M . ; V I L E L A , M , A , P. ; M E U R E R, V. M . ; B A R B O S A , F. A . A n a i s d o X X I I C o n gresso N ac i o n a l de Lati c í n ios. J u iz de Fora, 2004 . p, 1 3 0 - 1 3 1 . G U I M A R à E S , J . A . P ro g r a m a n a c i o n a l d e mel horia da quali dade do l e i te . A n a i s , 1 99 8 , p. 95- 1 53 . S A N TO S , M , V. ; FON S EC A , L F. L . Bactérias ps i c rotróf'i c a s e a q u a l i d ade do l e i te . Revista C B Q L , v . 1 0 , p . 1 2 - 1 5 , 200 3 . ZOCC H E , F. ; B E RSOT, L.. S . ; BA RC E L LOS, V. C . ; PA R A N H O S , .l . K . ; R O S A , S . T. M . ; RA Y M U N D O , N . K . M i c ro b i o l o g i c a l a n d physica l c h e m i s try qual i ty o r paste r u i zed mi l ks produced in the west regi on , Paran a. Archives of Vet e r i n a ry S c i e n c e , v. 7 , n. 2 , p . 5 9- 6 7 , 2002. 3 , 3 x 1 07 ab 4, 1 x 1 07 ab x 1 07 b M édias seguidas pela mesma letra m i núscula na vertical, não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey a 5'% de p rob a b i l idade. Pág. 57 Pág. 56 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E L AT i C í N I O S CARACTER íSTI CAS FíSICO- Q u íMICAS DO L EITE CRU DE D UAS R EG i Õ ES DO SUL DO B RAS IL Physical-chemistry characteristics of the raw milk of two regions i n southern Brazi l Dayane Karina Lorenzetfi 1 Giovani Mocelin2 Henrique Soares Koehler2 RESUMO A s c o n d i ções fí s i c o -q u í mi c a s d o l e i te e n v o l v e m d i versos parâ me tro s , q u e d e v e m ser es tudados em l ab o ra tór i o para a d e term i n a ção de sua q u a l i d a d e , re v e l a n d o fe n ô me n o s d e terl o rad ores e proc e s s a m e n t o i n a d e q u a d o . A s m a i ores preoc upações q u a n to à q u al i d a d e fí s i c o -q u í m i c a do l e i te e s t ã o assoc i adas ao e s t a d o de con servação e à e fi c i ên c i a do seu tra tamento térm i c o e i n tegridad e fí s i c o -q u í m i c a , pri n c i p a l me n te re lac i o nada à a d i ção ou remoção de s u bstân c i as q u í mi c a s próprias ou e s tranhas à s u a c o mpo s i ç ão. O s e tor l e i te i ro bras i l e i ro v e m p a s s a n d o p o r u m i n te n s o p r o c e s s o d e m o d e rn i za ç ã o c o m s i g n i fi c a t i v a s m u d a n ç a s n o s s i s te ma s d e armazen a m e n to e tra n sporte d o l e i te , v i sa n d o à m e l h ora n a q u a l i d ade do p rod uto n a c i o n a l . O o bj e t i v o d o p r e s e n te trab a l h o fo i d eterm i n a r a s c a r a c te r í s t i c a s fí s i c o -q u í m i c a s d o l e i te c ru de d u a s re g i õ e s do s u l do B ras i l no momento da chegad a da maté r i a-p r i m a no l a t i c í n i o . A s an á l i ses fí s i co-q u í m i c a s rea l i zadas fo ram : pesq u i s a de a n t i b i ó ti c o n o l e i te , d e term i n ação d a ac i d e z , e s t a b i l i d a d e t é rm i c a a tr a v é s d a grad u a ç ã o d o á l c oo l , d e t e rm i n aç ã o d o p o n t o c r i o s c ó p i c o d o l e i te , d e t e r m i n a ç ã o d a r e d u t a s e , t e m p e ra t u ra d o l e i te n o m o m e n to d o d e sc arrega mento, c on tagem d e cél u l as somáticas e porc e n tagem d e gord ura antes q u e fosse e fe t u a d o o d e s c arre g a m e n to d o l e i te n o s s i l o s d e l e i te cru. C o m o res u l t a d o fo i p o s s í v e l observar q u e a s a n á l i ses d e res i s tê n c i a fren te a o á l coo l , re d u tase e temperatura n a c hegada do l e i t e n a p l a t a fo r m a a p r e s e n t a r a m d i fe r e n ç a s e s t a t i s t i c a m e n t e s i g n i fi c a t i v a s e d e mon s traram q u e o l e i te captado em ambas as regi ões s ã o q u a l i ta t i v a m e n t e d i ferenc i áv e i s q u an to a e s s e s p a râ m e tros e s t u d a d o s . E q u e a s a n á l i s e s d e a c i d e z t i t u l á v e l , c r i o s c o p i a , c on tagem d e c é l u l as s o m á t i c as e gord u r a embora ten h am apresentado p e q u e n as d i fe r e n ç a s n ã o foram c o n s i d era da s , p o i s os v a l ores das méd i as e n c o n tradas apresen taram-se den tro d a v a r i a ç ã o p e rm i t i d a p e l a l e g i s l a ç ã o v i ge n te p a r a o r e c e b i m e n to d e l e i te c r u ( I n s t r u ç ã o N ormati v a 5 1 ). I N TROD U ÇÃO O c o n s u m o do l e i te de o u t ros m a m í fe ro s c o m o a l i me n to de uso geral n ão e x c l u s i v o para recém n a s c i dos é o u t r o fa t o c i v i l i z a t ó r i o i mportan te d a e s p é c i e hu m a n a . E x i s t e m ev i d ê n c i a s da u t i l ização do l e i te desde os pri mórd i o s d a h i stóri a ( S O L E R , 1 998). A rq u e ó l o g o s e n c o n t r a r a m s i n a i s d a e x i s tê n c i a d e o rd e n h a d e v a c a s p ara o b t e n ç ã o d e l e i te h á 9000 a n o s atrás ( RO Q U E e l ai. , 2003 ) . o 2 P o r t r a t a r - s e d e u m p ro d u to p e r e c í v e l , l e i te m e re c e a t e n ç ão e s p e c i a l n a s u a N o s ú l t i mo s a n o s , tem-se observado a s i t u a d o a o l a d o d a p l a t a fo r m a d e re c e p ç ã o , ad o ção a c e l erad a de programas de re s fr i a me n to do p r o d u t o n a fa z e n d a a p ó s a o rd e n h a , c o m po s t e r i o r c o l e t a e t r a n s p o rt e d o l e i t e e m c a m i n h õ e s - t a n q u e i s o t é rm i c o s . E s t a s d u a s m e d i d a s v ê m s e n d o a mp l a m e n t e i n c e n t i v a d a s pel os l a t i c í n i o s , u m a v e z q u e h á c o n s i d e r á v e l au men to na q u a l i d ade do l e i te e derivados q u ando o l e i te é re fri gerado n a faze n d a , e m c o mparação m i s tu ra d a s e h o m o ge n e i z a d a s c o m o bj e t i vo d e c o n s t i t u i r a p e n a s u m a a m o s t ra p o r c a m i n h ã o . O s d a d o s o b t i d os fo ram a n a l i s a d o s s e g u n d o u m com o l e i te não refri gerado c o letado em l a tões, e também se o b s e r v a u m a e c o n o m i a s i g n i fi ca t i v a d e recursos fi n a nce i ro s c o m o transporte a gran e l . O o bj e t i v o d o p r e s e n t e t r a b a l h o ro i det erm i n ar as c a ra c te r í s t i c as fí s i c o -q u í m i c a s d o l e i te c r u d e d u a s re g i õ e s d o s u l d o B ra s i I n o mo m e n to d a c h e g a d a d a m a t é r i a - p r i m a n o lati c í n i o . a l i me n to s mais c o mp l e to s p o r a p re s e n ta r , e n tre ou tras c aracte r í s t i c a s , a l to teor de p r o t e í n a s e s a i s m i n e r a i s . Ta m b é m é u m e x c e l e n te m e i o d e c u l t u r a , p o d e n d o s e r fac i l mente c o n t a m i n a d o por v ár i o s grupos d e m i c r o r g a n i s m o s q u e n e l e pod e m e nc o n trar c o n d i ç õ e s ó t i m a s d e mu l t i p l i c a ç ã o . Mestre em Tecno l og i a de Ali mentos - UFPR, S e tor de Tecnologia da U n iversi dade Federal do Paraná. Pro fessores dou tores do Programa d e Pós-G raduação em Tec n o l og i a de A l i mentos - U F P R. S e tor de Tecnologia da Universidade Federal do Paraná . co mparadas pelo teste d e Tukey ao n í v e l de 95% d e probab i l i d a d e . P a r a a obtenção d a s a n á l i s e s e s t a t í s t i c a s fo i u t i l i z a d o o p r o g ra m a M S TAT, v e rs ã o 2 . 1 1 . R E S U LTA D O S E D I S C l: S S à O A s mé d i as e n c o n t r a d a s para a a n á l i s e d e a c i d ez n e s t e e x p e r i m e n t o fo ra m d e 1 4 , 3 5 " 0 ( Re g i ã o I ) e 1 4 , 6 1 ° D ( R e g i ã o 2 ) c o n fo r m e mos tra a Ta be l a I , m e s m o e x i s t i n d o d i fe re n ç a estatí s t i c a e ntre a s d u as reg i ões d e c a p tação, esta MAT E R I A L E M É T O D OS A s a n á l i s e s fí s i c o -q u í m i c as rea l i za d a s fora m: pesq u i s a d e a n t i b i ó t i c o n o l e i te ( K i t S n ap â d a I D E X X ) , d e t e r m i n a ç ã o d a a c i d ez ( L A N A RA ( 1 98 1 » ) , estab i l idade térmica através da grad u aç ã o d o á l c o o l ( L A N A R A ( 1 9 8 1 » , d e te r m i n a ç ã o d o p o n t o c r i o s c ó p i c o d o l e i t e ( L A N A RA ( 1 9 8 1 » ) , d e te r m i n a ç ã o d a r e d u ta s e ( LA N A RA ( 1 9 8 1 » , t e m p e r a t u r a d o l e i te n o momen to d o d e s c arre g a m e n to ( a fe r i ç ão d i re t a ) , con tagem d e c é l u l as s o má t i c a s ( C o n t a d o r de Cél u l as do Le i te S omaco u n t 5 0 0 ) e porcen tagem de gord u r a ( L A N A RA ( 1 9 8 1 » a n te s q u e fos s e e fetuado o descarrega m e n to do l e i te n o s s i l os d e l e i te c r u . A s a m o s tras , e m u m t o t a l d e 60 para cada reg i ã o , foram c o l etadas n o s meses d e j a n e i ro , fevere i ro e m a r ç o d e 200 5 . O p e r í o d o d e c o l eta das amostras c O lTesponde ao período d e seca para ambas regi õ e s . Foram c o l etados 1 000 m L de cada um dos 3 c o m parti mentos de cada c a m i n hão com ta n q u e s i s o té r m i c o s u t i l i z a d o s p a ra t r a n s p o rt e p ro d u ç ã o , b e n e fi c i a m e n to , c o m e rc i a l i z a ç ã o e c o n s u m o , p o i s e s t a r á s e m p r e s uj e i t o a Li m a s é r i e d e a l t e ra ç õ e s . D o p o n t o d e v i s t a b i o l ó g i c o , o l e i t e p o d e s er c o n s i d e r a d o L1 m d o s d e l i n e a m e n to i n te i ra m e n te c a s u a l i z a d o c o m 6 0 r e p e t i ç õ e s . O s re s u l ta d o s fo r a m s u b m e t i d o s a anál i se de v a ri â n c i a e as méd i a s dos trata mentos d e l e i te . A s a m o s tras d e 1 000 m L eram l e vadas até o l a bo r a t Ó ri o d e fí s i c o -q u í m i c a d o l a t i c í n i o não foi c o n s i derada, pois o s v a l o re s e n co n trados e s t ã o d e n t r o da v a r i a ç ã o p e r m i t i d a p e l a l e i v i ge n t e p ara re c e b i m e n t o d e l e i te c r u ( I N 5 1 ) . A aná l i se estatí s ti ca d o s v a l ores obtidos n a p r o v a d e e s ta b i l i d a d e t é J- m i c a a o á l c o o l rev e l am d i fe r e n ç a s i gn i fi c a t i v a n a s méd i as e n tre as Reg i ões I e 2. Os val o re s de 7 8 ,3 6°G L da Reg i ão I e de 7 6 ,46°G L para a R e g i ã o 2 e n c o n tram-se em c o n fo r m i d a d e c o m a l e g i s l a ç ã o v i g e n te ( B RA S I L , 2002), o m í n i mo c on s i de ra d o e s t á v e l q u e é de nOG L . Porta n to , s e n do c on s i deradas as d i ferenças en tre o valor e d e , os res u l tados rev e l a m que os l e i tes receb idos apresentam boa e stab i l i d ade a o t r a t a m e n t o t é rm i c o . O p o n t o u i o s có p i co d o l e i te a p r e s e n to u d i fe r e n ç a s e s t a t í s t i c a s s i g n i fi c a t i v a s e n t r e a s méd i a s d a s d u as re g i õ e s . O s v a l ores d e -o ,540° H para a Regi ão I e - 0 , 5 3 3 ° H para Região 2 e n c o n tram-se d e n tro da v a r i a ç ão p e r m i t i d a p e l a l e g i s l a ç ã o v i ge n t e . N a l e g i s l aç ã o , c o n fo rme I N 5 1 d o M A PA ( B R A S I L , 2 0 0 2 ) , o v a l o r d a c r i o s c o p i a d o l e i t e d e v e e s t a r e n t re 0 , 5 4 0 ± 0 , 0 I " 1-1 E s t e v a l o r d e p e n d e de u m a s é r i e d e Tab e l a 1 - R e s u l tados do teste de t u k e y p a r a a comparação das méd i as das d u a s reg i õe s e s t u d adas p ara a c i d e z , á l c o o l , c r i o s c o p i a , r e d u t a s e , t e m p e r a t u r a , c o n t a g e m de c é l u l a s s o m á t i c a s , p o rc e n ta g e m d e gord u r a e p s i c ro t r ó fi c o s . M É D I AS REG i Õ ES O S C . RED UT. AC I D EZ TEMP. CCS (X, G O R D . Região 1 4,35 b 78,36 a -0,540 a 274,75 a 6,26 a 409 . 2 8 3 a 3,53b Região 2 1 4 , 60 a 7 6,46 b -0 , 5 3 3 b 1 37,23 b 4,53 b 390. 1 50 a 3 , 7 6" M édias seguidas pela mesma letra na vertical não diferem estatisticamente pelo teste de Tukey ao ní vel de Pág. 58 95% PS I C . 9,8 1 x 1 0x a de probabil idade. Pág . 59 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATICÍN IOS fa tores r e l a c i o n a d o s a o a n i m a l , a o l e i te , ao a m b i e n t e , ao p r o c e s s a m e n t o e à s té c n i c a s cri oscóp icas, res u l tando e m d ifi culdades para o e s t ab e l e c i m e n t o de p a d r õ e s c r i o s c ó p i c o s ( S I LVA , 2 0 0 4 ) . O s resultados encontrados p ara a p rova d e red u tase en tre as d u a s regiões aval i adas neste estudo, res ultaram em d i ferenças i mportantes en tre as méd ias o que demonstrou grande con traste na quali dade do leite . Esta análise é considerada c o m o u m a fo r m a i n d i re t a d e m e d i r m i c ro r gan i s mos mesófi l o s prese n te na matéri a-pri m a . Os re sul tados p ara a a n á l i s e de m ed i ç ã o d a t e m p e r a t u ra d o l e i te c r u re v e l a r a m diferenças estatísticas s i gn i fi cati vas entre a s duas r e g i õ e s e s tu d ad a s . A t e m p e r a t u r a d o l e i te da Reg i ão I apres e n tou v a l o r s u p e r i o r ( 6 ,26"C) a temperatura do l e i te da Região 2 ( 4 , 5 3 "C ) . A tempe ratura em que o l e i te chega até a unidade benefi c i adora é de e x tre ma i mportância durante todo o p r o c e s s o em u m l a t i c í n i o , p o i s t e m peraturas d e resfri amen to q u e n ã o s e encon tram abaixo de SOC prejudicam e diminuem a qual idade do leite causando prej u ízos que são i rreparáveis ( FO N S ECA e S A N TO S , 2000). Con fo r m e o b s e r v a d o n a Ta b e I a 1 n a s a n á l i ses real izadas p a r a C C S os d ados obtidos revel aram q u e não foram ob servadas d i ferenças estatísticas s i gn i ficati vas en tre as duas regiões. A l eg i s l aç ã o v i ge n te para l e i te cru ( B RA S I L , 2002 ) , exige que a s C C S d e lei te d e conj unto não sej am superi ores a 1 .000. 000 de células por m L . As médias encontradas para contagem d e células somáticas para o l e i te rec e b i d o n e s te l at i c í n i o foram d e 4 0 9 .000 cé l s ./ m L para Região I e de 3 90 . 200 c é l s . / m L para Região 2 . Os res ul tados e n c o n trados p a r a p o rc e n tagem d e go rd u ra n a s duas regi ões revel aram que e x istem d i ferenças estatísticas s i g n i ficati vas entre as méd ias de 3 ,5 3 ''l'o para Região I e 3 ,76'Yo para Reg i ão 2 . AVALIAÇÃO DA QUALIDADE BACTERIOLÓGICA DE LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM JOÃO P ESSOA - PB CONCLUSÃO As anál ises de resi stênc ia. fren te ao álcool, red utase e tempera tura do l e i te n o momento da c h e gada no l a t i c í n i o a p r e s e n t a r a m d i fe r e n ç as esta t i s ti camente s i gn i fi c ati vas e demonstraram que o l e i te c a p t a d o na R e g i ã o 1 é s u p e r i o r q u a I i t a t i v a m e n te . Evaluation of bacteriological qual ity of pasteurized milk sold in João Pessoa City - PB Janeeyre Ferreira Maciel1 Pedro Luciano Alcântara de Lima2 Ana Raquel Carmo de Lima2 Wilma Karla Vasconcelos da Si lva2 Fátima de Lourdes Assunção Araújo de Azevedo3 REFERÊN C I AS B RA S I L. M i n i stério da Agricul tura , P ecuária e Abastec i m e n t o . Departa m e n to de I n s pe ç ã o de Produtos de Origem A n i ma l . Instrução Normativa na 5 1 , de 1 8 de setembro de 2002. Coleta de leite cru re fri gerado e seu transporte a gra n e l . Diário O fi c i a l da Re p ú b l i c a F e d e r a t i v a d o B r a s i l , Bras í l ia , n . 1 72 , p. 8- 1 3 , 20 de set. 2002. Seção I. F O N S E C A , L. F . L. & S A N T O S , M . V. Q u a l i d a d e do l e ite e c o n t r o l e dc ma stite: Lemos Edi tora, 2 0 00 . 1 7 5 p . L A N A RA . M é t o d o s A n a l í t i c o s O fi c i a i s p ara Contro l e de P rodutos de Ori gem A n i mal e seus I n gred i e n t e s . M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a Sec reta ria N ac i o n a l de D c fesa A g r o p e c u á ri a L a b o rató rio N a c i o n a l de Referên c i a A n i m a l . Bras í l i a - DF, 1 98 1 . ROQ U E , R. A . ; SCI-I U M A C I-I E R, S . S . P. ; PA I VA , P . C . Q u a n t i fi c a ç ã o d e m i c ro r g a n i s m o s psicrotrófi cos em l e i tes pasteu rizados t i p o s B e C, comerc i al izados na ci dade de São Paulo - S P. Revista H i gi e n e A l i m e n t a r , v. 1 7 , n . 1 1 2 , p . 5 9 - 6 8 , s e t . 200 3 . S I LVA , P . 1-1 . F . L e i t e U H T : fa t o r e s d ete r m i n a n tes para s ed i m e n t a çã o e gcl i fi c a ç ã o . I . e d . J u i z de F o r a , 2 0 0 4 . 1 2 7 p . SOLER, J . As razões da Bíbl ia: regras alimen tares hebraicas. I n : F LA N DRI N , J. L. ; M O N TA N A RI , M . História da a l i m e n tação. Trad ução: Luciano Vieira M achado e G u i l herme J. F. Te i x e i ra. S ão Paulo: Estação Liberdade Ltda, 1 99 8 . p. 80-9 1 . RESUMO A q u a li dade bacteriológica de l eite p asteurizado, comerc i a l izado e m João Pessoa - P B , foi aval iada com o obj etivo de certi ficar-se de que o mesmo atendia aos padrões para col i fo rmes fecais e contagem p adrão e m p l acas ( C P P ) , estabel ecidos p e l o M i n istério da Agri c u l tura, P ecuária e Abastec i mento ( MAPA). F oram testadas três marcas de l eite pasteurizado do tipo B e três do tipo C, sendo a n a l i sadas c i n c o amostras d e c ad a t i po de l e i te . P a ra a contagem de c o l i formes totais e fecais, o método do N ú mero M a i s Provável ( N M P ) foi u t i l i zado. Das seis marcas de l eite anali sadas, duas atenderam ao p adrão p ara c o l i formes fecais, sendo uma do tipo B e outra do tipo C . Dessas duas marcas, somente a do tipo C atendeu ao padrão p ara C P P. P ortanto, cinco marcas de l eite p asteurizado apresentaram probl emas d e qual idade, i nd icando cond i ções h i g i ênicas d e processamento deficientes. Palavras-chave: l ei te pasteurizado, Ava l iação microb i o lógica, col i formes fecais, bactéria s aeróbias mesó fi la s . 1 - IN T RO D U Ç Ã O O l e i te é u m a l i mento de v a l or n utri tivo el evado e, p o r essa razão, s e consti t u i e m um meio excelente p ara o cresc i me n to d e m icror gan ismos. A fal ta de higiene durante a ordenha, o uso d e água não p o t á v e l e a m a n u t e n ç ã o a temperaturas inadequadas são a lguns dos fatores que contr i b u e m para o a u m e n to do n úmero de microrganismos no l e i te ( A ntunes et a I . , 2002). Entre os grupos bacterianos indicadores de contaminação no leite, i n c l ue m-se os c o l i formes totais e fecais. A presença de col i formes fecais é muito ma i s s i g n i fi ca t i v a do q u e a prese n ç a d e col i formes t o t a i s , dada à a l ta i n c i d ên c i a de E. co/i d e n tro d o grupo fec a l . A p r e s e n ç a d e s te microrgan i smo no l eite eleva o risco de bactérias p a t o g ê n i c a s , c o m o Sa/m o n e /la. e s t a r e m p re s e n t es ( Fe n g et a I . , 2 0 0 1 ) . O c o n t ro l e d e 2 c o l i fo r m e s p od e s e r o b t i d o p o r m e i o d a p asteuriza ç ã o . Esse processo, q uando efi c i e n te deve reduzir o número dessas bactérias a < 0 , 3 N M P/ml ( B ras i l , 2 0 0 2 ) . Entretanto, durante as etapas subseqüentes à pasteurização ( estocagem e m tanque iso térmico e envase), os col i formes p o d e m reco n t a m inar o produto, o q ue ocorre q ua n d o não são a d o t a d a s práti c a s h i g i ê n i c a s adequadas (Catão et a I . , 200 1 ) . I nú meras pesquisas evidenciam p robl emas na q u a l i d a d e m i c ro b i o l ó g i c a do l e i t e p a s t e u r i z a d o ( L e i t e e t a I . , 2 0 0 2 ; T i n o c o et a J . , 2 0 0 2 ) . E s s e t r a b a l h o t e v e c o m o o bj e t i v o verificar se o leite p asteurizado comercial izado em João P e s s o a - P B a t e n d i a aos p ad rõ e s p a ra c o l i formes fecais e contagem padrão em placas, estab e l e c i d os pelo M A PA . Professor adj unto, Univers idade Federal d a Paraíba U FPB/CT/DTQA. j [email protected]. D iscen tes de Engenharia de Al i mentos, U FP B . Mestranda em Ciência e Tecnologia de A l i mentos, U F P B . Pág. 60 Pág . 6 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CON G R ESSO N ACIONAL DE LATiCíNIOS 2 - M AT E R I A L E M É TODOS Foram testadas, nos p eríodos de outubro a dezembro de 2004 e j aneiro a fevereiro de 2005, três marcas de leite pasteurizado do tipo B e três do tipo C sendo anali sadas cinco amostras de cada tipo d e l eite. As coletas foram real izadas, mensalmente, em supermercados e pan i ficadoras de João Pessoa, sendo obtido um l itro de leite de cada marca. As a mostras foram transportadas e m c a i x as i s o t é rm i ca s c o n t e n d o g e l o . N o l aboratór i o , a s a m o s tr a s fo r a m p r e p a r a d a s e d i luídas com solução salina peptonada O, I %, para s e r e m r e a l i z a d a s às s e g u i n t e s a n á l i s e s m icrobiológicas: determinação d o Número M a i s Provável (NMP) de c o l i formes t o t a i s e fecais e contagem de microrganismos mesófi los aeróbios estritos e facu l tati vos viáveis (contagem padrão e m p lacas- C P P ) . A metodo l o g i a adotada foi à r e c o m e n d a d a p e l o M in i s t é r i o da Agri c u l t u r a , P e c u á r i a e Abastec i mento (B ras i l , 2 0 0 3 ) . 3 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S ÃO Das s e i s marcas d e l e i t e pasteurizado a n a l i s a d a s , d u a s a t e n d e r a m a o p a drão p a r a c o l i formes fecai s , e x i g i d o p e l o M A PA , s e n d o u ma do t i p o B ( I I I) e outra do t i p o C (IV) (Tabelas I e 2 ) . A m a r c a d o t i p o B, a p r o v a d a p ar a col i formes fecais, apresentou C P P e l evada, na ordem de 1 07 U FC/mL, estando portan to acima do l imite estabelecido pelo MAPA, para esse tipo de leite (máximo: 8x 1 04 UFC/mL). Era esperado que o leite pasteurizado tipo B ( l I I ) apresentasse menor C P P que o tipo C ( I V ) , considerando o m a i o r r i g o r n o s r e qu l s l t o s m i c ro b i o l ó g i co s e x i g i dos p e l o M A PA , p a ra e s s e t i p o d e l e i t e . Números elevados na C P P, na ordem d e 1 07- I Ox U FC/mL, também foram verifi cados por Zygoura et aI. (2004). Um núm ero e levado d e bactérias n o l e i te p a s t e u r i z a d o irá c o n tr i b u i r p a r a a redução de s u a v i d a - d e - p ratel e i ra . S eg u n d o a In tern a t io n a l D a iry Federa tioll , c i ta d a p o r Zygoura e t a I . (2004) a C P P não deve exceder a 1 06- 1 07 U FC/mL durante a estocagem refrigerada nos p on tos de venda. D u as marcas, sendo uma do tipo B (rI) e o utra do t i p o C ( V I ) , a p r e s e n t ar a m n ú mero s e l evados de co l i formes fec a i s (> 1 1 . 0 0 0 N MP/ mL) e d e m i crorgan i s m o s m e s ó fi l os aeró b i o s ( má x i m o : 2 , 5 x 1 0 7 U F C/ m L ) e m t o d a s a s amostras ana l i sadas (Tabe las 1 e 2 ) . N úm eros e l evados de bactérias aeró b i a s m e s ó fi l as e d e col i formes fecais no l e i t e pasteurizado também for a m v e r i fi c a d o s por L e i te e t a ! . ( 2 0 0 2 ) . A presença de col i formes fecais no l e i te pode ser devida à falhas no processo de pasteurização ou a reco ntaminação pós-pasteu rização (Fonseca, 2000). A comerc i a l i zação d e leite pasteurizado, nessas condições, c o l o c a e m risco a saúde do consumidor e, ainda, l i m i ta a vida-de-prateleira do produto. Uma marca de leite pasteurizado tipo B (I) excedeu o l im i te para coli formes fecais em uma das cinco amostras anal isadas, mas atendeu ao padrão para contagem padrão em p lacas (CPP), estabelecido p e l o M APA. E m u m a d as marcas de leite tipo C (V), duas das amostras analisadas excederam o limite para coliformes fecais, e uma Tabela 1 - Resultados das aná l i se s m i c ro b i ol ó g i c a s de três marcas de l ei te pasteurizado t i p o B , comercializadas em João Pessoa PB. Marca 11 111 Amostra Cpp ( UF C / m L ) 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 0' 1 02 1 , 1 x 1 02 5 , 0 x 1 02 5 , 5 x 1 03 1 , 5 x 1 06 2 , 5 x 1 07 7,4 X 1 05 2 , 5 x 1 05 1 06 1 ,2 x 1 05 3 , 5 x 1 05 1 , 1 x 1 07 7 , 5 x 1 07 x 1 05 2 3 4 5 C o l i fo r m e s t o t a i s C o l i fo r m e s fe c a is ( N M P/ m L ) ( N M P/ m L) <0,3 <0,3 <0,3 >1 10 >1 10 > 1 1 000 > 1 1 000 9300 > 1 1 000 > 1 1 000 <0,3 1,1 24 0,4 <0,3 <0,3 <0,3 <0,3 15 40 90 9300 40 > 1 1 00 0 <0,3 0,4 <0 , 3 <0,3 não a t e n d e u ao p ad r ã o p ar a m i crorga n i s mo s m e s ó fi l o s a e ró b i o s (Tab e l a s I e 2 ) . E s s es resul tados indicam deficiências no control e d e qualidade desses estabeleci mentos. 4 - counting. Only one brand in each class i fication type ( B and C ) met t h e technical s t andard for fecal col i forms, among the five samples tested. The type C was the u n i q u e s a m p l e w h i c h presented l o w counting for aero b i c mesoph i l i c m i c r o o rg a n i s m s , s u c h as 1 02 U F C / m L . Tw o brands, one of type B and another one of type C had exceeded the l i mits for fecal coliforms in a l i fi ve samples tested. CONCLUSÕ ES Das s e i s m arcas av a l i ad a s , q ua tro apre s en taram c o l i fo r m e s fec a i s em n ú m e r o s q u e exc ediam o l i m i te estab e l e c i do p e l a l e g i slação em vi gor, s e n d o , p o rtan t o , i mpróprias para o consumo . Uma marca de l e i te que atenderam ao padrão para c o l i formes fec a i s n ã o p o d e m ser consideradas aptas ao consumo antes de serem submetidas a pesquisa de Salmonella. Uma marca de leite pasteurizado tipo C apresentou melhor qualidade microbiológica que as marcas de leite tipo B testadas nessa pesquisa. Keywords: Pasteurized milk, microbiological q u a l i ty, fec a l c o l i forms, aero b i c mesop h i l i c microorganisms. R E F E R Ê N C I AS B I B L I O G R Á F IC A S A N T UN E S , V . C . ; J U N I O R , W. M . S . ; VALENTE, P. P. ; BARROS, A . P. ; CONDE, C . B . c . ; ROSA, R . ; B E RTOL D I , M. c . ; SARAIVA, C.; F E RR E I RA , C . L . L . F. Contagem total de m i crorganismos mesófilos e de psicrotróficos no l eite cru e pasteurizado, transportado via l atão ou granelizado. Revista do Instituto d e Laticínios " C â n d i d o Tos t e s " , 5 7 ( 3 2 7 ) : 1 9 8 - 2 0 2 , 2002 . B RA S I L . I n s trução normativa n . 5 1 de 1 8 d e s e tembro d e 2 0 0 2 . D i á r i o O fi c i a l d a U n i ã o , B ras í l i a : M i n i stério da Agri c u l tura, Pecuária e Abastecimento/Secret aria de Defesa Agropecuária. 20 de setembro de 2002. B RA S I L . I n strução normativa n . 6 2 d e 26 d e agosto de 2 0 0 3 . Diário Oficial d a União, Brasília: M i n i s tério da A g ri c u l t ura , P e cu á ri a e Abastecimento/Secretaria de Defesa Agropecuária. 22 de setembro de 2003 . ABS TRAC T The microbiological q ual ity of pasteurized milk sold in João Pessoa C i ty, S tate o f Paraíba, in Brazi l , was e v a l uated i n order to assure its conformity to the National Agency o f S ani tary Surveil lance standard for fecal col i forms, which is 4 NMP/mL. Moreover, i t was carried through a standard plate count to eval uate the hygienical cond itions o f m i l k process i n g . Three d i fferent brands for each type of m i l k w e re t e s t e d , as fo l lows : fi v e s a m p l e s from m i l k c l a s s i fi e d as "type B " and fi v e s a m p l es c l ass i fi ed as "type C". The method o f the Most probab l e N u mber (NMP) was used for total and fecal c o l i forms Tabela 2 - R e s u l tados das a n á l i ses m i cro b i o l ógi cas de três m arcas de l e i t e p asteurizado tipo C comercializadas em João Pessoa PB. M a rca IV V VI Amostra 2 3 4 5 I 2 3 4 5 2 3 4 5 CPP (U FC/mL) C o l i fo r m e s t o t a i s C o l i fo r m e s fe c a i s ( N M P/ m L ) ( N M P/ m L) 2 , 5 x 1 02 ' 1 02 2,5 x l O 2,5 x l O 2 , 5 x 1 02 1 , 8 x 1 04 8 , 0 x 1 05 2 , 0 x 1 02 3 , 7 x 1 04 1 , 5 x 1 05 1 , 5 x 1 05 2 , 5 x 1 07 1 , 1 x 1 07 2 , 5 x 1 06 x 1 06 Pág. 62 digitalizado por <0,3 <0,3 <0,3 >240 <0,3 >2400 930 240 210 240 4600 > 1 1 000 400 > 1 1 000 > 1 1 000 <0,3 <0,3 <0,3 0,4 <0.3 1 10 <3 0 <3 9 <3 210 > I I 000 400 2400 Pág . 63 arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS CAT à O, R. M . R.; CEBALLOS, B. S . O. L isteria spp, c o l i formes totais e fecais e E . c o l i no l e i te cru e pasteurizado de uma indústria de l aticínios, n o E s t a d o da P a r a í b a ( B ra s i l ) . C i ên c i a e Tecn o l og i a de A l i mentos, 2 1 ( 3 ) , 2 0 0 1 . FENG, P. ; W EAGANT, S . D . ; GRANT, M . A . E n u m e r a t i o n o f Es ch erichia c o /i a n d t h e c o l i fo r m b a c t e r i a . I n : J A C K S ON , G . J . ; M E RKER, R. I . ; B AN D LER, R . Bacteriological Analytical M anual Onl ine. General Guide l i nesl Procedures. Jan e i ro d e 200 I . " D i sponível em": h t t p : // w w w . fo o d i n fo n e t . c o m / p u b I i ca ti o n / fdaB A M . ht m . "Acesso e m " : 05/09/2 0 0 5 . L E ITE, e . C . ; G U I MAR à ES, A. G . ; A S S I S , P. N . ; S ILVA, M . D . ; ANDRADE, e. S. O. Qualidade bacterio l ó g i c a do leite integral (tipo C ) c o m erc i a l i za d o e m S a l v ad o r - B a h i a . R e v i s ta B rasileira de Saúde e Produção animal, 3 ( 1 ) :2 1 2 5 , 2 00 2 . ZYGO U RA, P. ; MOYSSIADI, T. ; B ADEKA, A . ; KON DYLI, E . SAUVAID IS, 1 . ; KONTO M INAS, M. G . Shelf l i fe o f who l e p asteurized milk in G r e e c e : e ffec t of p a c k a g i n g m a t e r i a l . F o o d c h e m i s try, 8 7 ( 1 ) : 1 -9 , 2 00 4 . + SUBSTITUiÇÃO TOTAL DA ÁG UA DA FORM ULAÇÃO DE PÃO DE FORMA POR SORO D E LEITE: ACEITAÇÃO S ENSORIAL Total su bstitution of t h e wate r of the pan bread formu l arizat i o n for whey: sensorial acceptance Mayk Charles Silva Caldas1' Janeeyre Ferreira M aciel2 Biano Alves de Melo Neto1 Rita de Cássia Ramos do Egypto Queiroga3 RESUMO A acei tação sensorial de pão de forma elaborado com substituição total da água da formul ação por soro de leite foi avali ada. A anál ise sensorial foi conduzida com 1 00 provadores não treinados, uti l i zando a escal a hedônica de 7 pontos. As notas obtidas foram submetidas ao teste t-S tudenL p ara co mparação das médi as, sendo também e fe tuada a d i s tribuição d e freqüência. As médias obtidas a partir das notas atribuídas pelos 1 00 provadores aos pães com e sem adição d e soro foram 6, 1 0 e 5 , 8 1 , respectivamente, não h avendo, portando, d i ferença s i g n i ficativa (P>O,O 1 ) entre elas. 8 1 % dos p rovadores atribuíram notas entre 6 e 7 para o p ão c o m soro. N e n h u m p r o v a d or a t ri b u i u n o t as s i tu a d a s e n tre os termos hcdônicos " i n d i ferente" e "desgostei muitíss i mo", para esse tipo d e pão, indi cando a boa acei tação do produto. Portanto, a substituição total da água da formulação de pão de forma por soro de l eite, além de resu ltar e m produto final com boa aceitação sensorial, melhora as c aracterísticas nutric ionais e constitui u ma nova opção de consumo . Palavras-chaves: pão de forma, soro de l e i te, aceitação sensoria l . * 2 3 Mestrandos em Ciência e Tecnologia d e A l i mentos, Uni vers idade Federal da Paraíba, U F P B . maykcaldas@yahoo . c om .br. Professor adj unto U F P B/CT/DTQA. Pro fessor adj unto U F PB/CCSIDN . Ó rgãos financiadores : MCT/CN Pq, CAPES. Pág. 64 A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LATi C í N I O S 1 - I N T RO D U Ç Ã O Entre os derivados do leite, o queijo constitui um dos principais produtos apresentando-se com uma ampla acei tação sensorial e fazendo parte do hábito a l i mentar da p o p u l a ç ã o , na m a i o r i a das reg iões do país. Em 2 0 03 , o B r as i l p r o d u z i u 4 8 0 . 0 0 0 toneladas de queij o ( E M BR A PA , 2 0 0 6 ) . Tendo como base que são necessários em média 1 0 L de l eite para se produzir I Kg de q u e ij o , esti ma-se que a produção de soro no ano de 2003 fo i de, aprox imadamente, 4,3 m i l hõ e s d e t o n e l adas. O soro de leite é rico e m nutrientes como lactose, proteínas e sais minerais, representando de 8 5 -90% do v o l u m e de l e i t e u t i l i zado n a fabricação queijos, retendo a o redor d e 5 5 % dos nutrientes do l e i t e ( A L M E I D A e t a I . , 200 I ; ANDRADE e MARTINS, 2002). Apesar do valor nutricional, grande parte do soro de leite obtido durante a fabricação do queijo ainda é incorporada ás águas residuais dos laticínios em diversas partes do mundo, sendo a princ ipal fonte p o l u i dora do meio ambiente gerada por esse setor ( MO R E S I, 1 994; R É VILLION et a! . , 2000) . Descartar soro sem um tratamento efi c i ente não é só um crime previsto na Lei Federal n. 9605, de 12 de fevereiro 1 998 (BRAS I L, 1 998), mas é também rej eitar um alimento que possui alta qual idade (RICHARDS, 2000). Sendo assim é necessário buscar formas para o aproveitamento do soro de lei te fl uido, uma vez q u e e s te é um p ro m i s s o r c a mpo de e s tu d o , importante s o c i a l e economicamente. A e l ab or a ç ã o de pão d e fo r m a c o m substi tui ção parcial da água da formu l ação por soro (70(%) res u l tou e m produto fi n a l c o m boa acei tação sensorial ( M a c i e l et a 1 . , 2 0 0 5 ) . Esse trabalho teve como obj et i vo avaliar a acei tação s e n s o r i a l de pão d e fo r m a c uj a á g u a d a form ul ação foi totalmente s u b s t i t u í d a p o r soro de leite. 2 - MATERIAL E M É TO D O S O presente traba l h o fo i d e s e nv o l v i do no Campus I da Un ivers i da d e Federal da P araíba ( U F P B ) . especi ficamente n a Padaria P i l o to do C en tro d e Te c n o l o g i a - C T/ U F P B com a col aboração do Laboratóri o de anál ise s ensorial do C e n t r o d e C i ê n c i as d a S a ú d e ( C C S ) I Departamento d e Nutrição (DN)/ U F P B , localizados n a cidade d e João Pessoa P B . 2 . 1 - C o l eta e P r e p a r o d o S o ro A m o s t r a s de soro de l e i t e fl u i d o fo ram c o l etadas e m u m l a t i c í n i o p ro d utor de q u e ij o digitalizado por c o a l ho d o E s t a d o da P a ra í b a , l o c a l i za d o n o D i s trito Industrial da c idade d e João P es s o a P B . As amostras foram fi l t radas p ara remover as partículas de caseína, submetidas a tratamento térm i c o de 6 5 ° C p o r 3 0 m i n u t o s , s e g u i d o d e r e s fri a m e n t o rá p i do e n t r e 2 5 a 3 0° C , e ar mazenadas i me d i a t a m en t e s o b r e fr i geração a 5°C, até a elaboração dos pães. 2 . 2 - E la bo ra ç ã o d o s P ã es d e F o r m a O p ã o de forma convencional foi obtido a partir de u ma formul ação que uti liza a farinha de trigo como base para a d e t e r m i n a ç ão d a s p ercentagens dos demais ingredi entes adi cionados à massa. de acordo c o m a tabela I . Ta bela 1 F o rm u l a ç ão d o p ã o d e fo r m a convenc i o n a l ( 0 % d e soro ) . Ingredientes Fari nha d e trigo especial Açúcar cristal Gordura vegetal hi drogenada Fermento bio lógico Sal Á gua Quantidade (g) Q u a ntid a d e 1 000 1 00 60 6 40 4 8 0,8 18 600 1, 8 60 (%) A fo r m u l a ç ã o d o p ã o d e forma c o n vencionaI foi mod i ficada p e l a subs t i tui ção total da água por 1 00%, de soro de leite. Inicialmente, os ingredi entes foram pesados e misturados em uma masseira lenta por 1 5 minutos, com adição do soro ou água durante a mistura. A massa foi submetida a um descanso por aproxi madamente 1 0 minutos . Em segu i da, fo i l ami nada em um c i l indro e d i v i d ida em uni dades d e 7 5 0 g, que foram mode l adas, colocadas em formas untadas com gordura vegetal e submetidas à fermentação fi nal a 3 5 ° C por a p ro x i m ad a m e n t e 1 , 5 h o ras . Após o término da fermentação, os pães foram a s s a d o s a 2 0 0 ° e . p o r a p ro x i m a d a m e n t e 2 0 mi nutos, a p l i cando-se vapor n o i n i c io p o r 2 0 s e g u n d o s . D e p o i s d e a s s a d o s , o s p ã e s fo ram d e s e n fo rn ad o s e e s fr i a d o s , p o s t e r i o r m e n t e fatiados e acondicionados em sacos de pol ieti leno. 2 .3 - Av a l i a ç ã o S e n s o ri a l dos P ã e s O teste s ensorial fo i condu z i d o c o m 1 0 0 provadores não-treinados, uti l izando uma escala hedônica de 7 pontos (com escores variando d e : 7 gostei muitíssimo a t é I desgostei muitíssimo ) . Pág. 6 5 arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LATi C í N I OS ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS critério adotado para aceitação dos pães foi à obtenção de médias > 4 , 0 (equiva l ente ao termo hedônico indiferente) (B Á RCEMAS & ROSELL, 2006) . As duas amostras (pães com 0% e 1 00% d e soro), d e v i d a m e n t e c od i fi c a d a s , for a m apresentadas a leatori amente aos p rovadores e m cabines individuais, servidas e m pratos p l ásticos, p r o v i d o d e u m c o p o d e água m i n er al . N o formulário de avaliação, foi requerido a o provador que expl icasse a razão da aceitação ou r�jeição do produto, a fim de determinar os principais atributos que influenciaram na anál ise sensorial . o 2.4 - A n á l i s e E s ta t í s t i c a - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O As médias dos pães de forma c o m e s e m a d i ç ã o d e s o ro fo r a m 6 , 1 0 e 5 , 8 1 , res p e c t i v a m e n t e , n ã o h a v e n d o , p o rtan t o , d i ferença estatística significativa ( P>O,O I ) entre elas. Todos os provadores atribuíram notas entre 5 e 7, equivalentes aos termos hedônicos "gostei moderadamen te" e "gostei m u itíssimo" p ara os pães com adição d e soro (Tabel a 2). Ta bela 2 - D i stribuição d e freqüên c i a das notas atribuídas p e l os p rovadores. Escala Hedônica I - 2 - 3 4 - 5 - 6 7 - Desgostei m u i t í s s i mo Desgostei mu ito Desgostei moderadamente Indiferente G ostei moderadamente G ostei muito G ostei mu i t í s s i mo Pão Convencional (%) Pão com Soro ( % ) O O O O O O 24 19 58 52 14 29 Dos 1 00 provadores, 70 fizeram comentá rios p o s i t i v o s , 6 ti v eram a l g u m a restrição ao produto e 24 não fizeram comentários. Os prin c i pa i s atri butos c i tados p e l os provadores para expl icar a a c e i tação dos d o i s tipos de pães d e Pág. 66 4 - CONCLUSÕES A substituição total d a água d a formulação de pão de forma por soro de leite além de oferecer ao c o n s u m i d o r um produto com boa a c e i tação sensorial, i rá contribuir para a melhoria do valor nutricional do produto, especial mente e m termos de c á l c i o e p roteínas. SUMMARY O s v a l ores a tr i b u í d o s a o s pães n a escal a hedônica d e 7 pontos foram submetidos a o teste t-S tudent p ara c o mparação das m é d i a s , como também a distribuição de freqüência. Os atributos que i nflu enciaram na acei tação ou rej e i ção dos p ã e s for a m a v a l i a d o s p o r m e i o de e s t a t í s t i c a descri tiva. 3 forma fo ram o sabor e a m a c i ez , s e n d o e s t e s também o s m a i s c i tados p e l o s provadores q u e fi zeram res tri ções ao p roduto. The sensorial acceptance o f pan bread m a n u fa c t u re d w i th t o t a l s u b s t i t u t i o n o f t h e form u l ation water by w h e y w a s evaluated. The sensorial analysis was conducted with 1 00 no trained p an e l i sts, using a 7-point hedoni c rating scale. Thc panel ists received samples of pan bread in a conventional way and with whey. The values attributed to the breads were submitted to the t S tu d e n t test for c o mp a r i s o n of the m e a n s , as w e l l as t h e notes freq u e n c y d i stri b u t i o n . The means obtained for breads with and without whey a d d i t i o n were 6 . 1 0 and 5 , 8 1 , respecti v el y, not having therefore significant difference ( P >0,0 I ) a m o n g t h e m . 8 1 % o f pane l ists h a d attribu ted notes between 6 and 7 for the bread with whey. In t h i s w a y, t h e t o t a l s u b s t i t u t i o n of t h e formulation water for whey o f goat m i l k results in fi nal product with good s ensori a l acc ep tance o ffe r i n g a n e w c o n s u m p t i on o p t i o n fo r t h e conventional pan bread. No one panelist attri buted n o t e s b etween the hedo n i c terms i nd i fferent and d i s p l eased very much, for that bread type, i n d ic a t i ng the good acceptance of t h e p r o d u c t . Therefore, the total s u b s t i t u t i o n of the formulation . water of p a n bread for whey; b e s i d es r es u l ti n g in fi n a l produ c t w i t h g o o d sensorial acceptance, i mproves the n utrit i onal characteristics and constitutes a new consumption option. p e r m e a d o de s o r o d e q u e ij o . C i ê n c i a e Te c n o l o g i a de Al i m e n to s , C a m p i n a s , 2 2 ( 3 ) : 249 -25 3 , s e t/dez. 2 0 02 . B Á RCEM A S , M. E . : RO S E L L C. M . D i fferent appro a c h e s fo r i m p ro v i ng the q u a l i ty a n d extending t h e s h e f l i fe o f t h e parti a l l y b a k e d bread : low t e mp eratures a n d H P M C a d d i t i o n . Jou rnal of F o o d E ngineering. 72: 92-99, 2006. B RAS I L , Leis, decretos, e t c . L e i F e d e r a l n. 9605, de 1 2 de fevereiro 1 9 9 8 . M i n i stério d a Saúde/Agência Nacional de Vi gi lância Sanitária. EMBRAPA. E mpresa Brasileira de Agropecuária. E statísti c a s d o leite. D i sp o n í v e l em: <http :// www.cnpgJ . embrapa.br>. Acesso em: 03 de março de 2006. MACIEL, J. F. : A. M . NETO, B.: CARN E I RO, J. C . S . ; BONOMO, P. ; B ONOMO, R. C . F. Efeito + + + + + + AVALIAÇÃO SENSORIAL D E PÃO D E FORMA ELABORADO COM SORO D E LEITE D E CABRA Sensorial evaluation of pan bread manufactured with whey of goat m i lk Biano Alves d e Melo Neto r Janeeyre Ferreira M aciel2 Mayk C harles Silva Caldas1 Rita de Cássia Ramos do Egypto Queiroga3 RESUMO O presente trabalho teve como obj etivo avaliar a aceitação sensorial de pão de forma cuja água da formulação fo i total mente substituída por soro d e leite de cabra. O experimento foi c o n d u z i do c o m 80 provadores não-treinados, u t i l i zando uma e s c a l a hedô n i c a de 7 pontos, onde foram aval iadas amostras de pão de forma convencional e de pão de forma com soro. As notas atribuídas aos pães foram submetidas ao teste t-Student para comparação das médias, como também a distri buição de freqüência. As médias obtidas para os pães com e sem adição de soro foram 5 , 89 e 5 , 8 3 , respectivamente, não havendo, portanto, d i ferença s i g n i fi cativa (P>O,O l ) entre elas. D entre os provadores, 97,5% atribu íram notas entre 5 e 7 (valores correspondentes aos termos hedônicos gostei moderadamente e gostei muitíssimo) R E F E R Ê NC IAS B I BL I O G RÁ F I C A S A L M E IDA, K . E . ; BONAS S I, r . A . ; R O Ç A , R . O . Características físicas e químicas de bebidas l ácteas fermentadas e preparadas com soro de q u e ij o minas fresca \ . Ciência e Tec n o logia de A l i m e n to s , C a m p i n a s , 2 1 ( 2 ) : 1 8 7- 1 92 , m a i o a g o . 2 00 1 . AN D R A D E , R . L . P. ; M A RT I N S , J . F . P. I n fl u ênc i a da adi ção d a féc u l a de batata doce ( I p o m o e a b a t a t a s L . ) sobre a v i s c o s i dade do + da adição de soro de queij o na aceitação sensorial de pão de fo r m a . R e v i s t a do I n s t i t u t o d e L a tic í n i o s " C â n d i d o To stes " , J u i z d e F o ra MG, 2005. MORESI, M . Cost/benefit analysis o f y e a s t a n d y e a s t auto l ysate p roduction fro m c heese whey. Ita l i an J o r n a l of F o o d S c i e n c e , v. 6, p . 3 5 73 70, 1 994. REVILLION, J. P. ; B RANDELLI, A . ; AYU B , M . A. Z . Produção de e xtratos de l eveduras de uso alimentar a partir do soro de queijo: abordagem de elementos técni cos e mercadológicos relevantes. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campinas, 20(2): 246-249, maio/ago . 2000. RICHARD S , N . S . P. S . Soro Lácteo: p erspectivas industriais e proteção ao meio ambi ente. F o od I n g re d i e n ts . E d . 1 7, j an - fe v. 2 0 0 2 . 1* M e s t r a n d o s e m C i ê n c i a e Te c n o l o g i a d e A l i m e n t o s , U n i v e rs i d a d e F e d e r a l d a P a r a í b a , U F P B 2 - b iano. neto@gmail .com. Professor adj unto UFP B/CT/DTQA. Professor adj unto UFPB/CCS/D N . Ó rgãos fi nanciadores: MCT/C N Pq,CA P E S . digitalizado por arvoredoleite.org P á g . 67 ANAIS DO XXI I I CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS ANAIS D O XXIII C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LATI c í N I OS ao pão com adição de soro. Desta forma, a substituição total da águ a da formul ação de pão de forma por soro de leite de cabra resulta em um produto final com boa aceitação sensorial oferecendo uma nova opção d e consumo para o pão d e forma conven c i o n a l . ba se para a d eterminação das percentagens dos d em a i s i ngredi e n t e s a d i c i on a d o s à m a s s a , d e acordo com a Tabe la 1 . re] e l çaO d o p r o d u t o , a fi m d e d e t e r m i n a r o s p r i n c i p a i s a t r i b u t o s q u e i n fl u e n c i a r a m n o s resultados d a análise sensoria l . Palavra-c h a v e : P ã o de forma, s o r o d e l e i te de c abra. Tabela 1 - F o rm u l aç ã o d o p ã o d e for m a convencional ( s e m adição d e soro ) . 2 .4 - A n á l i s e E statí s t i c a d o s D a d o s 1 - I N T RO D U Ç Ã O A capr i n o c u l tura de l e i t e v e m crescendo c o n s i d e ra v e l m e n t e nos ú l t i mo s a n o s , s e n d o objeto d e estudos em vários países. Esse interesse está relacionado, principal mente, à comprovada a p t i dão l e i t e i ra d a c a bra e às e x c e l e n t e s propriedades nutritivas de s e u leite ( Q U E I ROGA et. a l . , 2 00 0 ) . E m t o d o s o s E s t a d o s b ra s i l e i ro s , principalmente n a Paraíba, tem-se observado uma evol ução satisfatória no cenário da produção de l e i te caprino, entretanto, esses dados ainda são bastante escassos ou não divulgados com precisão pela l iteratura. Contudo. mesmo com a observada el evação da produção d e l eite caprino no B rasil, o c o n s u m o ainda é b a s t a n t e p e q u e n o , se c o mparado c o m o c o n s u mo d e l ei t e b o v i n o e bubalino. Um dos maiores problemas desse baixo consumo é a rej eição ao l ei te de cabra por parte da comunidade, em decoITência das características sensoriais, que são marcantes no leite dessa espécie ( WAN D E R & MART I N S , 2004). U ma d a s a l t e rn a t i va s v i á v e i s para o aumento desse consumo. e q u e vem se desenvo l vendo, a e x e mp l o d e p a í ses europeus como França e Espanha, é a produção de queijos e derivados. Nesses países, cerca d e 75% do leite caprino é destinado à fabric ação d e q ueij os , e apenas 5% ao consumo " i n natura". O restante ( 2 0 % ) é d e s t i n a d o à a ma me n t a ç ã o das c r i a s (FURTADO, 2005). Um aumento na produção d e queijos i mp l ica n a geração de el evados volumes de soro de leite, uma vez que a cada quilo de queijo produzido são obtidos, em média 9 l i tros de soro. Considerando que 50%, da produção brasileira de l e i t e d e cabra ( 1 3 8 . 0 0 0 t o n e l a d a s , e m 2 0 0 3 ) (WAN D ER & MARTIN S , 2004), fosse util izada na produção de queijos , o potencial de produção de soro a p a r t i r d e s s e t o t a l r e s u l t a r i a e m , aproxi madamente, 6 9 . 0 0 0 toneladas. Apesar de o soro d e l eite d e cabra ser um a l i m e n t o d e e x c e l e n te q u a l i d a d e , a i n d a é c o n s i derado um " s u b p ro d u to " da i n dústria d e laticínios, sendo, em s u a maioria, descartado e m rios e esgotos domésticos, o que é crime ambiental previsto por Lei, ou integralmente disponibilizado para a ali mentação animal . Esses procedimentos s ã o i n a d m i s s í v e i s nos d i as a t u a i s em que a s necessidades d e alimentação humana são cada vez Pág. 68 Ingredientes mais importantes ( FAOSTAT, 2005 ; IBGE, 2005). A u t i l i za ç ão do s o ro d e l e i t e d e c ab ra c o mo i ngre d i ente principal ou como p arte integrante das formulações de alimentos é mais conveniente e barato que investir em p lantas de tratamen to, as q uais, por ques tões de custos, inviabil izariam diversos proj etos. O soro em p rodutos de panificação oferece vantagens p o r m e l ho rar o v a l o r nu tri c io n a l , o sabor, a cor, o desenv o l v im ento da crosta dos pães, a d ispersão da gordura e a capacidade d e r e t e n ç ã o d e água d a m a s s a , c o m c on s e q ü en t e a u m e n t o na v i da úti l d e s t e s produtos ( US D E C N E W S , 1 9 99). A substitui ção parcial da água da fo r m u l ação d e p ã o d e forma p o r a t é 7 0 % d e s oro d e l e i te b o v i n o é v i á v e l , res u l t a n d o e m p r o d u t o c o m b o a a c e i t a ç ão s e n s o r i a l e c o m características fi s i c o - q u i m i cas compatíveis com pães d e forma c o n v e n c i o n a i s ( MA C r EL et a I . , 2 0 0 5 ) . E s s e trab a l h o t e v e c o m o o bj e t i v o verifi ca r a aceitação sensorial de p ã o d e forma c uj a á g u a d a fo rm u l a ç ã o fo i to t a l m e n t e substituída p o r soro d e l e i t e de cabra. 2 - METODOLOGIA O presente trabal h o fo i d e s en v o l v i do n o Campus I d a Univers idade Federal da Paraíba, esp e c i ficamente na Padaria P i loto do CT/UF P B com a c o l aboração do Laboratório d e Dietética e A n á l i s e S e n s o ri a l do C C S/DN/U F P B , todos local i zados na cidade de João Pessoa - P B . 2 . 1 - C o l eta e P r e p a ro d o S o ro As amostras de soro de leite de cabra foram c o l e t a d a s no l at i c í n i o da F a z e n d a P e n d ên c i a local izada na unidade experimental da E M E PA, na cidade de Soledade - P B . O soro foi obtido na forma flu ida, já p asteurizado e resfriado, sendo transp ortado e m c a i x a s i soté r m i c a s c o n tendo g e l o , e armazenado a t é sua u t i l i z a ç ã o sob temperatura d e refrigera ção. 2 . 2 - E l a b o ra ç ã o dos Pães O s pães for a m o b t i d o s a p a r t i r d e uma formulação q u e u t i l iza a farinha d e trigo como Farinha de trigo especial A ç úcar cristal Gordura vegetal h idrogenada F e rm en to bio l ó g i c o Sal Água Q u a n t i d a d e Q u a n ti d a d e (g) (%) 1 00 0 1 00 60 6 40 4 8 0,8 18 600 1 ,8 60 A fo rmu l aç ã o d o p ã o d e for m a c o n ven cionai foi modi ficada p e l a substituição total da água por 1 0 0 % d e s o r o d e l e i t e d e c ab r a . rn i c i a l mente, o s i ngred ientes foram p esados e misturados em u m a masseira l enta p o r 1 5m i m, com adição de soro ou água d urante a mistura. A m a s s a fo i s u b m e t i d a a u m d e s c a n s o p or, aproximadamente, 1 0 m i nutos. E m seguida, foi laminada em u m ' c i l i ndro, e d i vidida em unidades de 750 g , que foram model adas, c o locadas em formas untadas com gordura vegetal e submetidas à fermentação final a 3 5 °C por aproximadamente 1 ,5 horas ( até a massa atingir o topo da forma). Após o térm i n o da fermentação, os pães foram a s s a d o s a 2 0 0 ° C , p o r a p ro x i ma d a m e n te 2 0 minutos, a p l i c a n d o -s e vapor no. i n i c i o p o r 2 0 segu n d o s . D e p o i s d e a s s a d o s , o s p ã e s fo ram d e s e n fo r m a d o s e e s fri a d o s , p o s t e r i o rm e n t e fatiados e acondicionados em sacos de p o lietileno. 2.3 - A n á l i s e S e n s o r i a l O teste d e aceitação sensorial foi conduzido com 80 p r o v a d o r e s n ã o - t re i n a d o s , u t i l i zando uma esca l a hedônica d e 7 pontos (com escores variando de: 7 gostei muitíssimo até 1 desgostei mu i t í s s i mo ) . O cri tério adotado para aceitação d o s pães fo i à o b t e n ç ã o d e m é d i a s > 4 , 0 ( eq u i v a l en t e ao termo h ed ô n i c o i n d i fe re n t e ) ( B Á R C E M A S & ROSELL, 2006). F o ra m a v a l i adas a s a m o s tras d e p ã o de forma c o m e s e m adição d e soro, para fins de c o m p araçã o . A s a m o s tras foram c o d i fi c a d as , apresentadas al eatoriamente a o s provadores e m cabines individuais e servidas em pratos p l ásticos, p ro v i d o de u m c o p o de á g u a m i n e r a l . N o fo rm u l á r i o d e a v a l i aç ã o , fo i r e q u e r i d o a o provador q u e expl icasse a razão d a aceitação o u digitalizado por A s n o ta s a t ri b u íd a s a o s p ã e s n a e s c al a hedônica de 7 pontos foram submetidas ao teste t - S t u d e n t p ara c omparação das m é d i a s , c o m o também a distribuição d e freqüência. Os atributos que i n fluenciaram na a c e i tação o u rej e i ção dos p ã e s foram a va l i ad o s p o r m e i o d e e s t at í s t i c a descrit iva. 3 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O As médias dos pães com e sem adição de soro foram 5,89 e 5,83, respectivamente, não havendo, portanto, di ferença s i gn i fi cativa (P>O,O 1 ) entre elas. Esses valores, na escala hedônica util izada, s i tuam-se en tre os graus d e s a t i s fação "go s t e i moderadamente" (5,00) e "gostei m u i to" (6,0 0 ) . P o r t a n t o , c o m base n o c r i tério p r e v i a m e n t e estabelecido (médias > 4 , 0 ) os pães de fomm foram aceitos. D entre os provadores, 97,5% atribuíra m n o tas entre " gostei m o d eradamente" e "go s t e i muitíss i mo" para os p ã e s com adição d e soro e apenas 2,5% mostraram-se indiferentes a esse tipo de pão (Tabela 2). Ta bela 2 - D istribuição de freqüênci a das notas dos provadore s . Escala Hedônica Pão Convencional ( %) P ã o Com Soro (% ) 7 6 5 4 28,75 40,00 23,75 7,50 25,00 47,50 25,00 2,50 Dos 8 0 provadores que ava l iaram o pão d e forma c o m s o ro d e l e i t e d e cabra, 6 2 fizeram comentários, sendo que, 4 9 ( 6 1 , 2 5 % ) fi zeram somente c o m en tári os p o s i tivos e 1 1 ( 1 3 , 7 5 % ) t i v er a m a l g u ma r e s tr i ç ão a o p r o d u t o . O s atributos sensori ais q u e mais i n fl uenciaram n a acei tação do pão c o m soro fo ram o sabor e a m a c i ez . A r e s t r i ç ão ao p r o d u t o fo i d e v i d a p r i n c i p a l m en t e ao s abor. 4 - C O N C L U S ÃO A substituição total da água da formulação de pão de forma por soro de leite de cabra resultou em produto final com boa a c e i t ação sensor i a l , contribuindo para a melhoria do v a l o r nutricional arvoredoleite.org Pág. 69 A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LATi C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS e oferecendo ao consumidor uma nova opção de consumo para o pão de forma convencional. S U MMARY T h e p resent w o r k h a d a s o bj ec t i v e t o evaluate the sensorial acceptance o f t h e p a n bread w h o s e water of the form u l at i o n was t o t a l ly substituted by whey of goat milk. The experiment was conducted with 8 0 no-trained panelists, using a 7 -p o i n t h e d o n i c rati n g s c a l e . T h e p a n e l i sts received samples of pan bread in a conventional way and with whey. The values attributed to the breads were submitted to the t-Student test for comparison of the means, as w e l l as t h e n o tes freq u ency d istribution. T h e means obtained for breads with and without whey addition were 5,8 9 a n d 5 , 8 3 , res p e c t i v e l y, n o t h a v i n g t h erefo r e s i g n i fi c a n t d i fference ( P > 0 , 0 1 ) a m o n g t h e m . 9 7 , 5 % o f panelists h a d attributed notes between 5 and 7 for the bread w i th whey. In this way, the total substitution of the formulation water for whey of goat m i l k results in final product with good sensorial acceptance offering a new consumption option for the conventional pan bread. Keywords: pan b read, whey of goat milk, sensorial acceptance. R E F ER Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I CA S B Á R C E M A S , M . E . ; R O S E L L C . M . D i fferent a p p r o a c h e s fo r i mp ro v i n g t h e q u a l i ty a n d exten d i n g t h e s h e f l i fe o f t h e p a rt i a l l y b ak e d bread : l o w temperatures a n d H P M C a d d i t i o n . Jo u rn a l of Fo o d Engin eering. 7 2 : 9 2 - 9 9 , 2006. FAO Food and Agriculture Organi zation o f the United N ations. FAOSTAT, 2005. D isponível em: < h t t p : // fa o s t a t . fao . o r g / fa o s t a t/ co I i e c t i o n s > . acesso e m : 05 de out. d e 2005 . F U RTADO, M. M. "A fabrjcação de queijos de c a b ra n a faz e n da " . D i s p o n í v e l e m < h t t p : // w w w. c i e n c i a d o l e i t e . c o m . b r/ q ueij oscabrafazenda.htm>, acesso em 0 1 de dez. de 2 0 0 5 . I B G E - I n s t i t u t o B ra s i l e i r o d e G e o gr a fi a e < h t t p : // E s ta t í s t i c a . D isponível em: w w w. s id ra . ib g e . gov.br/bda/pe c u a/de fa uI L a s p > Acesso em: 1 0 de s e t . de 2 0 05 . MACIEL, J. F. ; C A RNEIRO, J. C. S . ; C ARNE I RO, J . D. S . ; e t a I . E fe i to do s or o de q u e ij o n a aceitação d e pão d e forma. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 60, 2 0 0 5 . Q U E I ROGA, R. C. R . E . ; C A R D O S O , M . C . ; F E R R E I RA, A . P ro d u ç ã o d e l e i te d e cabra n o Estado da Paraíba. I n : X V I I Congresso Brasileiro de Ciência e Tecnologia de A limentos. A nais . . . p . 1 2 . 5 , Fortal eza - C E , 2 0 0 0 . U S DE C N E W S . Uso d e s oro em i ogurtes e produtos lácteos fermentados. Tlze U. S. DaÍlJ' Export Council, v. 2 , n . 2, o u tubro 1 999. WAN D E R A . E.; M ARTI N S E . C . V i ab i l idade e c on ô m i c a d a c a p ri n o c u l tu ra l e i te i ra. In : IV Sem ana da Caprin o c ultura e O v i n o c u ltura Brasileira, Sobral - CE, 2004. ELABORAÇÃO DE REQUEIJÃO CREMOSO COM CLOROFILA E HORTELà E laboration of creamy requeijão with ch lorophyll and m i nt Kellen Olivol Elaine S. Scharaml Letícia Schreppl Regiane C. Tonattol Márcia T. Veit2 R uth dos Santos3 I Acadêmicas do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos. Doutora em Engenharia Química. Professora do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos. 2 Professora Especialista do Curso Superior de Tecnologia em Alimentos. 3 1 ,2,3 Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Medianeira, PRo Pág. 70 RESUMO O i nteresse das indústrias de alimentos pelo desenvolvimento de produtos l ácteos enriquecido c o m fib ras , c á l c i o , ferro e o u tras s u b s tân c ias benéfi cas à s a ú d e , deve-se a crescente preocupação do público em geral com a qual idade de vida. A clorofi la, u m pigmento presente nos c l o ro p l a s to s de v e g e ta i s e r i c a em m a g n é s i o apresenta-se i mp ortante p a r a u m a a l imentação adequada. A s u a i n c o rporação em produtos a l i mentíci o s p o d e apresentar-se como alternativa para pessoas q ue não possuem o hábito de comer vegetais. A partir de um estudo de merc a d o , d e g us t a ç ã o t é c n i c a d a s p ri n c ip a i s m a rc a s e p e s q u i sa d e mercado (questionário) realizado na cidade de Medianeira-PR, foram desenvolvidas duas formulações de requeijão com d i ferentes proporções de água, clorofi l a líquida ( LIV) e hortelã desidratada, com o i n t u i to de atender a tend ê n c i a de cres c i mento do s etor l ácteo n e s t a região bem como avaliar sua aceitação sensorial. A formulação 1 era composta de 75 mL de água, 20% de c lorofi l a l íquida (LIV) e 2 % de hortelã desidratada e a formulação 2 c omposta de 50mL de água, 4 0 % de c l oro fi l a l í q u i da (LIV) e 2 % de h ortel ã . A e l aboração do produ to foi idêntica a do requeij ão cremoso tradicional d i ferenciando-se pela adição dos d e m a i s in gredientes no final do processo. Análises físico-químicas e microbiológicas foram real izadas no novo produto. Os resultados atenderam aos parâmetros exigidos 110 regulamento técnico para requeijão. O s resu l ta d o s d a aval i ação sensorial apresentaram d i ferença estatística significativa (p<0 , 0 5 ) entre os tratamentos, as duas formulações obtiveram notas superiores a seis (gostei l igeiramente) . Observo u-se uma preferência maior pela formulação 2, compos ta com maior percentual de cloro fi l a e menor de hortelã. O estudo demonstrou uma maior aprovação do produto, requeijão cremoso de c loro fi l a com u m leve sabor de hortelã, com grande p o tenc i a l d e m e rc a d o , i n d i c an d o espaço para i novações n o setor l a t i c i ni sta e constituindo uma possi b i l i dade de e mprego da c lorofi la. Palavras-chave: req ue ij ã o , c l o ro fi la , setor de produtos l ácteos. 1 - IN T RO D UÇ Ã O O requeijão é o produto obtido pela fusão da massa coalhada, cozida ou não, dessorada e lavada, obtida por coagulação ácida e/ou enzimática do leite (BRASIL, 1 997). Não existe um padrão de qualidade do produto, o que faz com que ele seja comercializado com d i ferentes teores de proteína, gordura e umid ade ( MO S Q U IM et aI., 1 992). A clorofi la é um p igmento verde característico dos vegetais. Nas células do vegetal, as moléculas de c l oro fi l a estão l o c a l i za d a s n o s c l o ro p l as t o s (BOBB IO, 1 992, p. 1 06). É r i c a em magnés io e sua incorporação em produtos a l i mentícios pode apresentar-se como alternativa para pessoas que não possuem o hábito de comer vegetais. Porém, seu gosto nos a l i mentos não é tão agradável e uma maneira de disfarçar o sabor da clorofila é a misturar de o utro i ngred i ente c o mo a h orte l ã . Segundo SACAMOTO (2005) , a hortelã é fonte rica em ferro . As boas caracterí sticas sensoriais são consideradas um fator crucial na aceitabilidade de novos p r o d u t o s a l i m e n tí c i o s p e l o s c o n s u midores, sendo, portanto, u m a análise importante a ser feita antes do lan çamento e fetivo de u m novo produto (WANG, e t aI. , 2000). Os métodos sensoriais são baseados nas respostas aos estímulos e são real izados através dos órgãos dos sentidos como o gosto, o l fato e tato quando se ingere u m a l imento (MONTEIRO, 1 9 84). N este contexto, este tra b a l h o o bj et i vo u i n i c i al mente estudar o mercado consumidor, avaliar as principais marcas de requeijão, pesquisar os consumidores na cidade de Medianeira-PR, para então, d esenvo lver um r e q u e ij ão c r e m o s o c o m c l o r o fi l a e h o rt e l ã e aval iar a aceitabil idade s ensorial do mesmo. 2 - M ATE RIAS E M É TO D OS F o i r ea l i za d o u m e s t u d o d e merca d o através d e fontes da ABlQ (Associação B rasileira das Industrias de Q u e ij o s ) e o u tr o s trabal h o s científicos ( LEIT à O, 2 0 0 2 ; B ELCHIOR, 2004). que re l a t a v a m as t e n d ê n c i as de c re s c i m e n t o , problemas e características do setor l ácteo, m a i s precisamente do requeij ão cremos o . A p esqu i sa de mercado foi real izada apli cando-se q uestio nários contendo 22 perguntas a 1 00 moradores da c i dade de M e d i a n e i ra-PR, para c onhecer o perfi l dos c l i entes e detectar novas tendências. A degustação técnica contou com a participação de a c ad ê m i c o s d o c u r s o de Tec n o l o g i a e m A l imentos d a Universidade Tecnológica Federal d o P a r a n á ( UT F P R ) , t re i na d o s p a ra a v a l i ar Pág. 7 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONG R ESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS quatro marcas comerciais d i ferentes de requeijão cremoso a partir da escala com termos hedôni cos, como "desgostei extremamente" o u "gostei e x tre m a m e n t e " , n o s q u a i s for a m a t r i b u í d o s valore s de 1 a 9 no aspecto geral d o s produtos. O desenvolvimento do produto requeijão foi no Laboratório de Laticínios d a UTFPR. O proces samento do produto foi idêntico ao do requeijão trad i c i o n a l . A m a s s a fo i p r e p a r a d a p o r p r e cipitação ácida de l eite t i p o B aquecido a 80DC e adicionado de ácido láctico 8 5 % grau a l imentar d i l uído, que foi adicionado e m 3 porções, seguidas d e agitação vigorosa e repouso de 1 0 m inutos. Fez-se a dessoragem e uma série d e l avagens com água filtrada a 40DC até que a massa atingisse a acidez ideal. Após a ú l tima dessoragem, a massa foi fundida em p an e l a de ferro a d i c ionando os sais fundentes e o creme de l e ite. N o fin a l do processo foram adi cionadas a clorofila e a horte lã. Foram fei tas duas formul ações: ( i ) Formu lação 1 : c o n s i s t i u em 7 5 m L d e água, 2 0 % de c l or o fi l a l í q u i d a ( U V ) e 2% de h o r t e l ã d e sidratada e; ( i i ) Formulação 2 : consistiu em 5 0mL de água, 40% de clorofi l a l íq uida (LIV) e 2% de horte l ã . A s porcentagens para a s formu l aç õ e s foram feitas e m relaç ão ao p e s o d a massa. O p roduto final foi acond i c i onado em embalagens p l ás t i c a s e a r m a z e n a d o sob r e fr i g e ração e m câmara fri a a 7 D C . O l ei t e uti l i zado e o soro proveni ente das l avagens foram anal isados para d eterminação de acidez titulável e p H seguindo p ro c e d i m en to d e s c r i t o por P E R E I R A et a i . ( 2 0 0 1 ) . A s d u as fo r m u l aç õ e s d e p r o d u t o d esenvo l v id as foram aval i adas q uanto matéria gorda no extrato seco (g/ 1 OOg) e u m i dade ( g/ 1 0 0 g ) , c o n fo r m e a m e t o d o l o g i a d e s c r i t a n o M a n u a l d e Normas A n a l í t i c as do INSTITUTO ADOLFO L U TZ ( 1 9 8 5 ) e q uanto a c o l i formes 3 0D C , 45DC e estafi lococos coagulase positi va (ANVISA, 1 996). A avali ação sensorial das for mulações de requeijão desenvolvidas foi realizada com 40 provadores não treinados escolhi dos ao a c a s o , a p ó s u m a s e m a n a de e s t o c a g e m d a s amostras s o b re frigeração, empregando-se a es c a l a h e d ô n i c a d e 9 p o ntos ( " g o s t e i extrema mente" e "desgostei e x tremamente"). 3 - R E S U LTAD O S E D I S C U S S à O Por meio da anál i s e do estudo de mercado foi possível constatar que a produção do requeijão cremoso, um produto de laticínio genuinamente brasileiro, aumentou aproximadamente 200% nos ú ltimos dez anos, chegando a s erem produzidas cerca d e 3 0 . 000 toneladas do produto em 2002, segundo dados de produção da ABIQ (2004). Com produção crescente, é h oj e o segundo produto l ác te o mais c o n s u m i do no país, c o m produção a n u a l g i ra n d o em torno de 4 5 . 00 0 t o n e l ad a s (LEIT à O, 2 0 0 2 ) . Por o utro l ado, e s s e m ercado enfrenta p rob lemas e m relação a pequenas em presas que n ão estão preparadas p ara o ferecer produtos d e alta q u a l i dade e baixo custo, capa cidade de gerenciamento e habilidade de mudança e adaptação às necessidades do consumidor final. A situação se torna preocupante com relação aos p e q u e n o s l a t i c í n i o s e c o o p erati v as q u e n ã o possuem poder de barganha n e m bases econômicas p ara e n frentar o mercado bras i l ei ro d e p o i s da integração comerc i a l . Esta é uma s ituação não apenas econômica, mas também social devido ao i mpacto que isso ocasionará (SATO el. ai, 1 996, p. 47 - 53). O s resultados da degustação técnica mostraram q u e não houve d i ferença ao nível de 5% d e probabil idade (p>0,05) entre as principais marcas d e reque ijão cremoso ava l i adas. O s re sultados obtidos para a degustação técnica d e todas as m a r c a s d e r e q u e ij ão apres entaram n o t a s superio res a 7 ( g o s t e i moderadamente). No e n tanto, o s p rovadores c r i t icaram a a u s ê n c i a d e informações no rótulo como a data de fabricação e observaram que os valores nutricionais, em uma das marcas, estava i l eg í v e l . Os resul tados d a pesquisa d e mercado realizada no município d e Medianeira-PR mostraram q ue mais de 7 0 % dos entrevistados consomem requeijão e mais de 60% preferem embal agens d e v i d ro p ara o p roduto. No critério aval iado para a compra de requeij ão, 45% dos entrevistados consid eram o item qua lidade o principal requisito no momento da com pra e 30% dos entrevistados consideram o preço. A maioria deles consumiria requeijão cremoso com clorofi la e menta. Os resultados obtidos para as análises físico-químicas e microbiológicas do l eite, do soro e das diferentes formulações de requeijão apresentaram-se dentro dos padrões de qual idade s o l i c i tados p e l a l e g i s l ação vigente. O produto d es envo lvido neste trabalho caracterizou-se pelo g o s to r e fr e s c a n t e , sabor e aro m a de h o rt e l ã , c o l oração e s v e r d e a d a , apresentando a m e s ma textura e viscosidade do requeijão cremoso. Houve diferença significativa entre as amostras (p>0,05) e a formulação 2 (composta de mais clorofi l a e menos hortelã) fo i mais aceita que a formulação 1 , n a opinião dos provadores. 4 - C O N C L U SÃO S ã o d e e x t r e m a i mp o rtân c i a p ara c o n c e p ç ã o d e u m n o v o produto a s m e t o d o l o g i a s c i entí fi c as d e e s t u d o d e m ercado, d egusta ç ão técnica e pesquisa de m ercado. O novo produto aparentemente fo i aprovado e apresenta poten cial de mercado, indicando espaço para i novações no setor lati c i n i sta e c o ns t i t u i n d o u m a p o s s i bilidade de valorização d a clorofila. ABS TRA C T T h e i nterest of t h e fo od i nd us t r i e s for the dairy products development enri c h ed w i th fi b r e s , c a l c i u m , i r o n a n d o t h e r b e n e fi c i a i sub s ta n c es t o t h e h e a l t h , m u s t i t i n g e n e r a l in creasing c o ncern o f the p u b l i c w i th the l i fe q u a l i ty. C h l o ro p h y l l i s a p i g m e n t r i c h i n mag nesium present i n the vegetables chloroplast. T h e c h l o ro p h y l l is v e ry i m p o r ta n t fo r a n a d e q u a t e fe e d . Yo u r i n c o r p o r a t i o n i n fo o d p rodu c ts c a n b e p r e s e n t e d a s a l te rn a t i v e for peopl e that not eat vegetabl e . Two formulas o f req u e ij ã o w i th d i ffer e n t a m o u n t o f w a t e r , chlorophy l l l i q u i d (UV) and d eh yd rated m i n t were d e v e l o p ed a ft e r t h e m a r k e t s t u d y , degustati o n techni q u e o f t h e m a i n marks a n d marketing research (questionnaí re ) carri ed o u t i n t h e c i ty o f M e d i a n e i r a- P R . T h e o bj ec t i v e was to a c c o mp l i sh t h e t e n d e n cy o f d a i ry products sector i n this region a s w e l l as e v a l u a t i n g i ts s e n s o r i a l a c c ep t a n c e . T h e Form u l a 1 was composed o f 7 5 m L o f water, 20% of c h l o r o p h y l l I i q u i d ( U V ) and 2% o f dehydrated m i nt and the Formula 2 composed o f 50mL o f water, 40% o f c h lo ro p h y l l l i q u i d (LIV) a n d 2 % o f dehydrated mint. T h e product e l ab o ra t i o n w a s i d e n t i c a l t o the trad i t i o n a l c reamy req u e ij ã o , b u t w i th a d d i t i o n o f o th e r i ngredi ents i n process e n d . P h y s i c a l - c h e m i s try and m i crob i o l o gical analyses were c arri ed o u t i n t h e n e w p r o d u c t . T h e r e s u l ts s at i s fy t h e standards requested in the technical regulation fo r r e q u e ij ão . T h e r e s u l ts of the s e n s o r i a l e v a l u a t i o n p r e s e n te d s i g n i fi c a n t d i ffer e n c e s ta t i s t i c s (p < 0 . 0 5 ) b e t w e e n t h e t r e at m e n ts . Both formulas presented more than 6 ( I l i ke d sl ightly). The p rovers demonstrated p re ference to Formul a 2, which was composed with greater p e r c e n t a g e of c h l o r o p h y l l a n d m i n o r percentage o f m i nt. T h e study showed a g reat a p p r o v a l of c re a m y r e q u e ij ã o c o n t a i n e d chlorop h y l l w i t h a l i ght m i n t flavor. T h e new product p re s e n t ed a great market p o t e n t i a l , i n d i c a t i n g s p a c e for i n n o v a t i o n s i n t h e d a i ry s e c t o r a n d c o n s t i t u t i n g a p o s s i b i l i t y fo r c h l o roph y l l uses. Keywo r d s : requeij ã o , c h l orophyl l , d ai ry products s ector. Pág. 72 digitalizado por R E F E RÊ N C I AS B I B LI O G RÁ F IC A S AN V I S A . S ecretári a d e Vi g i l â nc i a S a n i tá r i a . Resolução na 82/ 1 99 6 . Reg u l a m ento Técnico M E RC O S U L d e I d e n ti d a d e e Q u a li d a d e d o <h ttp// em R e q u eij ã o . D i sp o n í v e l www.anvisa.org.br> Acesso 03 setembro 2005. A B I Q . A S S O C I A Ç Ã O B RA S I L E I R A D A S IND Ú STRIAS D E Q U E IJOS . P rod u to s lácte o s e m e s t a b e l e c i m e n t o s s o b i n s p e ç ã o fe d e r a l e m t o n e l a d a s . São P a u l o : A B I Q , 2 004. a base B EL C H IOR, F. Central L eite Nilza d a cooperação. Revista Leite & D erivado. São Pau l o , n . 76, março/abri l , 2 004. B O B B I O , P. A.; B O B B I O , F. O . Q u í mi c a d o p ro c e s s a m e n t o d e A l i m e nt o s . 2 . ed . S ã o Pau l o : L ivraria Varela Ltda, 1 99 2 , p. 1 06. B RA S I L . M i n istério d a Agri c u l t u r a . R e g u l a m e n t o s t é c n i c o s d e i d e n ti d a d e e q u a l i d a d e d e leite e produtos lácteos. B rasília, 1 997. 77p. Normas I N S T I T U TO A D O L F O L U T Z . a nalíti c as d o I nstituto Adolfo L utz. 3 . ed. São Pau l o , 1 9 8 5 , 5 3 3 p . L E IT à O , M . A. P ro d u ç ã o d e R e q u e ij ã o s e m n e c es s i d a d e d e M a s s a e s e m g e r a r S o r o . Artigo disponível e m : <http: www.milknet.com.br. 2 0 02> Acesso em 26 novo 2005. MONTEIRO, C. L . B. Técnicas de Ava li a ç ã o S en sorial. 2 . ed. Curi tiba: Universidade Federal do P a raná, C E P PA, 1 98 4 . MOSQUIM, M . C. A. Y. ; CAVALCANTE, A. B . D . ; P IN H E IRO, A . J. R . Req u e ij ã o : e feito d o b i c a r b on a to d e s ó d i o e d a rela ç ã o p roteína/ g o r d u ra n a e l a b o r a ç ã o e n a q u a l i d a d e d o r e q u eij ã o t ra d i c i o n a l . Revi s ta I n s 1 . L a t . Cândido Tostes, n. 279-2 8 1 , V . 4 7 , p. 5 8-62, 1 992. S A C A M O T O , R . U s o da c l o r ofi l a n a a l i m e nt a ç ã o . A l i m e n t o s e M e d i ca m e n t o s d a N a t u re z a L t d a . D i s p o n í v e l e m : < http : // www.rspress .com.br> A c esso em 2 7 novo 2005. SATO, R. A. de. C . ; REIS, A. J. dos; REIS, R. P. Situ a ç ã o e p erspectivas d a c a d e i a l aticinista d e M i n a s G er a i s n o c o n texto d o M e r c o s u l. L a v r a s , 1 9 9 6 . D i s s e rt a ç ã o ( M es trado e m A d m i n i s tr a ç ã o e E c o n o m i a ) - U n i v e r s i d a d e Federal de Lavras. Cad. Adm. Rura l , Lavras, V. 8, n. I . Jan ./JuI . 1 99 6 . WANG, S . H . ; M A I A , L . H . ; S I LVA, L. F . M . ; C A B R A L , L . C . E s t u d o d a s P r o p ri e d a d e s R e o l ó g i c a s e S e n s o r i a i s a p ó s Rec o n stitu i ç ã o d o s M i ng a u s D es i d r a t a d o s d e A r r o z e S oj a . Ciência e Tecnologia de Alimentos, voI. 20, n . I , Campinas Apr., 2000. Pág. 73 arvoredoleite.org ANAI S DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS ANAI S DO XXII I CONG R ESSO NACIONAL D E LATIcíNIOS ANÁLISES FíSICO-Qu íMICAS DO Q UEIJO MINAS FRESCA� PARA VERIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE COM A LEGISlAÇAO Physical and chemical analyses of minas fresh cheese to assess its compliance with the brazilian legislation Jacira Hiroko SaruwtarP Marilda Duarte 1 Jeronima Belo da Silva Derise1 Mariana Galvão Barbosa CadiolP RESU MO o queij o tipo M i nas Frescal é originário do Estado de M inas Gerais, no perí� do colo ? i a l s endo produzido e m l arga escala em todo o país6• O obj etivo deste traba l ?o fOI det� rmmar os teores de u m idade, gord u ras totais e g o rd ura no extrato seco em queIJ os receb �d � s no Programa P au l i s ta 2 00 2 /2 0 0 3 e t a m b é m de p r o d u t o s a d q u i r i d o� p e l o Laborat � n o d e _ Laticínios d o Institu to A do l fo Lutz a fim d e verificar sua conformIdade c o m a l eglslaçao. Os teores d e u m idade foram ava l i ados antes e após a Instrução Normativa n° 4/044 q u e alterou a P ortaria n ° 3 5 2/973, classifi cando o q ue ij o M inas Frescal d e a l ta u mi dade p ara muito alta umidade. Os valores de gordura no extrato seco, foram aval i ados de acordo com a P ortaria n ° 1 46/9 65• Os teore s de gorduras totai s obtidos foram comparados com o s da . Informação Nutricional decJarada na rotulagem. Os resultados obtidos no Programa Paul Ista uti l izando as Portarias n ° 3 52/97 e nO 1 46/96 revel aram que 55% e stavam e m desacordo q uanto ao teor de umidade e 8 6% quanto ao valor d e � ord� ra �o eX tr� to seco. No entanto, , s e u t i lizada a Instrução Normativa n° 4/04, 4 1 % estanam I11satls fatonas quanto a ? teor de . umidade. Das cinco amostras que seriam condenadas pela Instrução n° 4/04 e adqumdas em 2006 40% estavam i n s a t i s fatórias quanto ao teor d e u midade. Com relação ao teor de gord �ra no extrato seco todas estavam e m desacordo c�m a P ortaria n° 1 46/96 . Os dad� s . obtidos indicam gran d e osc i l ação dos p arâmetros aval Iados, demonstrando q u e o q u e IJ o M inas Frescal n ã o apresenta u m a p adronização na s u a produção. Palavras-chave: q u e ij o M inas Frescal, análise fís ico-química, l eg i s l ação. 1 - INTRODUÇÃO O queij o é u m dos mais antigos a l imentos preparados que a história da humanidade registra. A fabricação de q ue ij os tem seu i n í c io perdido e m m i l hares de anos antes d o n a s c i mento de C r i st02. Os nomes dados a o s q u e ij o s , o r i g i n a l mente, corre s p o n d i a m à r e g i ão o n d e eram fabricados, entretanto hoje isto não mais ocorre, j á que os q ueijos são industrializados em muitos p a í s e s . O q ue ij o M in a s Fresca l , sendo carac t e r i z a d o p o r p o s s u i r p o u ca g o r d u ra o fe r e c e g r a n d e s o p o rt u n i d a d e s a u m n o v o m e r c a d o c o n s u m i d o r o q u al b u s c a p r o d u t o s m a i s s a u dáv e i s l l . É u m q u e ij o t i p i c a m en t e bras i l e ir o sendo amp l am e n te c o n s u m i d o p e l a p o p ulação. Possui e laboração s i mp les e alto rendimento de fabricação, o q u e atrai o interesse de indústrias d e p e q u e n o , m é d i o e g r a n d e p o r t e . O l e i te u t i l izado p ara fabricação deste produto deverá ser h i g i enizado por meios mecân icos adequados e s u b m e t i d o à p a s t e u r i za ç ã o ou tratamento térm i c o e q u i valente, p ara assegu rar fos fatase residual negativa3• Sua durabi l i dade é estabelecida pelo fabricante sendo geralmente e m torno de 20 d i as l . É caracterizado como u m que ijo macio, com pouca acidez, cor esbranquiçada, odor suave, com formato c i líndric09 sendo cJassificado como - S P. CEP 0 1 246-902. e-ma i l : I ns t i tuto Adol fo Lutz - Av. Dr. Arnaldo, 3 5 5 , Cerqueira César, São Paulo j saruwta@ial .sp.gov.br. Pág. 74 queijo semi-gordo, de muita alta umidade, a ser , cons u m i d o fre s c04• E o b t i d o por c o a g u l aç ã o enzi mática d o l ei te c o m o c o a l ho e / o u o utras enzi mas coag u lantes apropriadas, c o m p l emen tada o u não c o m a ç ão d e b a c t é r i a s l á t i c a s e s p e c í fi c a s c ar a c t e ri z a d a p e l a a u s ê n c i a d e matu ração o u d e q u a l q u e r fermentaçã08• S ão uti l i zados aprox i ma d a m e n t e 6 l i tr o s de l ei t e inte gral para fazer u m q u i l o d e q u e ij o l 3 . N o s s e g m e n t o s p ro d u t o r e c o n s u m i d o r , o q u e ij o Minas assume u m caráter cultural cônstituindo se, i n c l u s i ve , c o m o p r o d u t o d e p r o m o ç õ e s turísticas em estâncias h i d ro m inera i s 1 o • A fabri cação d e s t e q u e ij o a p r e s e n ta v á r i o s p o n t o s críticos c o m o c o n d i çõ e s i nc o rretas d e m a n u fat u ra e a r m a z e n a g e m , m ã o d e o b r a d e s q u a l i fi cada e d e fi c i ên c i a no c o n t ro l e d e h i g i e n e durante o p ro c e s samento l 2• P o r s e r p ro d uz i do p o r c o a g u l a ç ã o e n z i m á t i c a e a p r e s e n ta n d o el evado teor d e umidad e (geralmente e m torno de 55 a 60%), é u m produto altamente perecível, devendo ser m a n t i d o sob re fr i geração a u m a temperatura n ã o superior a 8 °C3• 2 4 - R E S U LTAD O S E D I S C U S S à O Os resultados obtidos no Programa Paulista u t i l izando a s P ortar i as n° 3 5 2/97 e nO 1 46/96 revelaram que 55% estavam em desacordo quanto ao teor d e u mi dade e 8 6 % quanto ao val o r d e gordura n o extrato seco. N o entanto, s e uti lizada a IN n° 4/04, 4 1 % estariam insatisfatórias quanto ao teor de umidade. Das cinco amostras que seriam condenadas pela IN n° 4/04 e adquiridas em 2006, 40% estavam insat i s fatórias q uanto ao teor d e u m i dade. C o m rel ação ao t e o r d e g o rd ura n o extrato seco todas estavam em d esacordo c o m a P o rtaria n° 1 46/96. 55% 60% - O B J E TI V O - Muita alta umidade 50% O o bj et i v o deste tra b a l h o foi ava l i ar o s p a râ m e t r o s fís i c o -q u í m i co s p r e v i s t o s n a legislação, c o mp reendendo u midade, gorduras totais e gordura n o extrato seco d e a mostras de q u e ij o M i na s F re s ca l , v e r i fi c a n d o s u a c o n formidade c o m a Portari a 1 46/96, Portaria 352/ 9 7 e a I n s tr u ç ã o N o r m a t i v a 4/0 4 , todas do M i n i s t é r i o de E s tado d a A g r i c u l t u ra , d o Abasteci mento e d a Reforma Agrária. 3 haviam s ido consideradas insatisfatórias e exe cutadas as mesmas análises referentes à umidade e a ná l i s e d a gordura n o extrato seco para ve rificar se estas haviam se adequado à I N n° 4/04. M ATE RIAL E M É TO D O S Foram analisadas vinte e nove amostras d e queij o M i nas Frescal , de d i ferentes marcas c o m registro n o S erviço d e Inspeção F ederal ( S IF) colhidas pela Vig i l ância S an itária, no E stado d e S ã o Paulo em atendimento ao Programa Paulista e enviadas ao Insti tuto Ado l fo Lutz d urante os anos d e 2 002-2003 . Destas amostras, e m 2 0 0 6 foram a d q u i r i d as c i nco q u e estari am n a é p o c a condenadas pelo teor de umidade, de acordo c o m a Instrução Normativa n° 4/04. As metodologias u t i l i zadas para o s e n s a i o s fo ram a s N o rm a s Anal í t i c a s d o I n s t i tuto A d o l fo L u tz7• O s p a râmetros fís i c o - q u í m icos compreen d i a m o teor de gordura n o ex trato seco, d eterminado p e l o método de "Gerber" e a umidade p o r gravimetria, segu ndo as metodologias descri tas no L ivro de Normas A n a l í t i c a s do I n s t i tuto A d o l fo L u tz ( 1 9 8 5 ) . D es t a s a m o s t r a s , e m 2 0 0 6 for a m adq u iridas 5 dentre a q u e l a s q u e anteriormente 40% Alta umidade 30% IN nO 4/04 20% 10% 0% Portaria 352/97 Figura 1 5 - - P o rc e n t a g e m d e a m o s tr a s i ns a t i s fatórias q uanto a o teor d e u midade. C O N C L U S ÃO O s r e s u l ta d o s e n c o n tr a d o s i n d i c a r a m g r a n d e o s c i l aç ã o n o s p a râ m etros a n a l i s a d o s d em o n s t ra n d o q u e e s t e p r o d u t o a p r e s e n ta variações no método de processamento, o q u e d i fi c u l t a u m a p a d r o n i za ç ã o d o s p a râ m e tr o s fí s ico-qu í m i co s apresentados. A fabri cação d e q ue ij o s deve obedecer a s normas o p e raci o n a i s p ré - e s tab e l e c i d a s , d e s d e a r e c e p ç ã o d o l e i te u t i l i za d o c o m o matéri a - p r i m a até o p r o d u t o fi n a l , d e m o d o a i mp e d i r q u e fal h as técn i c a s p ro p i c i e m a l teraç õ e s e m s u a c o mp o s i ç ão n or ma l . Entre os p ro b l emas tecn o l óg i cos mais freqüentes, decorrentes destas falhas, destacam se as variações nos percentuais de g o rdura e u m i dade, as q u a i s d etermi na m a l te rações s i g n i fi cativas no rendi mento industrial e no valor n u tr i c i o n a l dos p ro d u t o s . E m n o s so m e i o o bs erva-se u m a grande d i vers id a d e d e proce d imentos para a fabricação d estes queijos, os quais Pág. 75 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONG R ESSO NACION AL DE LATIC f NIOS ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATICíNIOS varia m c o n forme a região ou E s tado. Este fato tem s i do apontado como a principal causa das d i ferenças d e p arâmetros fí s ic o - q u í m ic o s en contrados no q ueijo M i nas Fresca!. 6 - A B S TRACT M inas fresh c heese was fi rst manufactured i n the S tate o f M inas G erais, B razil , during the colonial period. N o wadays, it h as b e en l argely produced throughout Brazi!. This stu dy aime d at d e t e rm i n i n g t h e m o i s t u r e , t o t a l fat , and fat contents i n dry e xtracts o f cheese received for t h e P au l i st a P r o g r a m 2 0 0 2 /2 0 0 3 as w e l l a s cheese bought by t h e Dairy Laboratory o f Ado l fo L u tz I n s t i tute to assess t h e i r comp l iance w i t h t h e B razilian legislation. M o isture contents were a s s e s s e d b e fo r e a n d a ft e r t h e B ra z i l i a n N o rmative Instruction n O 4/04 that changed the R e g u l a t i o n n ° .3 5 2 / 9 7 , c l a s s i fy i n g h i g h l y m o isturized M i n as fresh cheese as very h i gh l y m o i sturized . T h e f a t c o n t e n ts i n d ry extracts were assessed according to the Regul ation n° 1 46/ 9 6 . T h e t o t a l fat c o n te n t s o b t a i n e d w e re compared with those observed in the Nutritional I n fo r m a t i o n p r i n te d on the l ab e l . Of t h e s e s a m p l e s , 5 that fai l ed , a t t h e t i m e , to c o m p l y with the N ormati v e Instruction n° 4/04 due to its moi sture contents were bought i n 2006. The methodologies to carry out the assessments were the Analytical R u l e s of Ado l fo L utz Institute. The o u t c o m e s fo u n d i n t h e P a u l i s ta P rogram using the Regulations n O 3 5 2/97 and n O 1 46/96 showed that 55% o f the samples fai l ed to comply w i t h t h e l eg i s l a t i o n r e g a rd i n g t h e m o i s t u r e content and 8 6 % as for the fat c o n tent i n t h e dry ex t r a c t s . H o w e ve r , i f t h e N o r m at i ve Instruction nO 4/04 w ere u s e d , 4 1 % wou l d b e unsat i s factory regard i n g the m o i s tu re content. O f th e 5 samples that would not comply with the Regulation n04/04 and were bought in 2006, 40% were u n s a t i s factory as for t h e m o i sture content. Regard i n g the fat content i n t h e dry extract, a l I o f t h e m fai l e d to c o m p ly with the Regulation n° 1 46/96. The data obtained revealed g re a t v a r i a t í o n of the p a r a m e t e r s a s s e s s e d , showing that Minas fresh cheese does not have a standardized manufacturing processo I D E NTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO B IOQuíMICA DE Staphy/ococcus S PP. COAG ULASE-POSITIVOS ISOLADOS D E L EITE D E B Ú FALAS1 Keyw o r d s : Minas Fresh cheese, physical and chemical analyses, l egislation. 7 - R E F E R Ê N C I A S B I B LI O G RÁ F I C AS I . A B IQ A s s o c i a ç ã o B ra s i l e i r a d a s I n dústrias d e Q ueij o . [http ://www.abiq .com. B r/ q ueij os/brasi l_tipos.htm] 02/03/06. 2 . Albuquerque, L . c.; Ciotti, L. R.; M arangon, N. Revista Leite & D e ri v a d o s . S ão P a u l o , n . 1 8, p . 1 8- 1 9, set./out. 1 994. 3. B RA S I L M i n i s t é r i o da A g r i c u l t u r a , P e c u á ri a e A b a s t e c i m en t o . P o rt a r i a n ° 352, de 4 de s ete m b r o de 1 9 9 7 . R e g u l a me n t o Técnico p ara Fixação d e Identidade e Qualidade do Queij o M inas Fresca ! . 4 . B RA S I L . M i n i s t é r i o d a A g r i c ul t u r a , P e c u á r i a e A b a st e c i m e n t o . I n st r u ç ã o N o rm ativa n ° 412004. Inclui o termo " M u i to" n a e x p r e s s ã o " A l ta U m i da d e " nos i te n s 2 . 2 ( C l a s s i fi ca ç ã o ) , 4 . 2 . 3 ( Re q u i s it o s F í s i co Q u ím i c o s ) e 5 . 1 ( A d i t i v o s ) , n o R e g u l a m e n t o Técnico para Fixação de Identidade e Qualidade do Q ueij o M inas Fresca!. 5. B RA S I L M i n i s té r i o da A g r i c u l t u r a , P e c u á ri a e A b a s te c i m e nto. P o rta r i a n ° 1 46 / 9 6 . R e g u l a me n t o s T é c n i c o s d e I d e n t i d a d e e Qual idade dos Prodútos Lácteos. 6. Garcia-Cruz, C. H . ; Hoffmann, F. L . ; Vinturin, T. M. R e v i s t a I n st i t u to A d o l fo L u tz, 5 4 (2 ) : 78-82, 1 994. 7 . I N S T i T U TO A D O L F O L U T Z . N o r m a s A n a l ít i c a s d o I n stituto A d o l fo L u tz. v o l 1 : Méto d o s q u í m i c o s e fís i c o s p a r a a n á l i s e d e a l i m entos. 3 ° ed. São Paulo : I M E S P, 1 9 8 5 . 8 . Isepon, J . S . ; Santos, P . A . ; S i lva, M . A. P. ; Rev. H i g . A l i m e nt a r, 1 7( I 0 6 ) : 8 9 - 9 4 , 2 0 0 3 . 9 . P erry, K. S . P. Q uí m i c a N ov a , 27(2) : 2 9 3 300, 2004. 1 0. Pinto, P. S . A . ; Germano, M . I . S . ; Germano, P.M . L . Rev. Higiene Alimentar, 1 0(44) : , 1 99 6 . 1 1 . Renner. E . Cheese: Chemistry, P hysics and Microbiology. VoI . I . Ireland, 1 9 9 3 . 1 2. Rosa, V. P . ; Porto. E.; Spoto, M . H . F . ; Revista H i g i e n e Ali m e n ta r, 1 9 ( 1 3 2 ) : 5 8 -64, 2 0 0 5 . 1 3 . S i l v e i ra , C . A B I Q - [ h ttp : //ab i q . c o m . b r/ i mprensa/ab i q n a m i d i a _d e ta l h es . a s p ? i d=6 9 . 1 9/ 0 2 /2 0 0 6 . Ide ntification and biochemical characterization of coagulase-positive Staphy/ococcus spp. isolated from buffalo's milk Carla Lange2 Edna Froeder Arcuri2 Maria Aparecida V. P. Brito2 José Renaldi F. Brito2 Alessandra Pereira Sant'Anna3 Abiah Narumi Ido de Abreu3 RESUMO O p r �sent � trabalho teve por obj � tivo iden � i �car 86 estirpes de Staplry/oc occus coagulase . . p O S i tiVOS I s o l ad o s d e l e i' te d e b u falas, u t i l Izando o s i s te m a A P I - S TA P H ( B '10 M en eux, ' . . M arcy I 'E tOI·I e, Fran ? a). As bacten as fo r�m Isoladas e identifi cadas seguindose metodolog ia . . . padrol1lza da para o I s olamento e Identifica ção d e agentes d e mastite bovina. Pelo s istema :,- P I- � !A P_H , 3 1 i s o l ad o s fo r a m i d e n t i fi c a d o s c o m o S. a ureus (a p e r c e n t a g e m d e . I d e ? t l fIcaçao vanou d e 9 8 a 4 3 % ) , 2 8 como S . Iryicus ( a p e rcentagem d e i d e n t i fi cação van ou d � ? 8 a 77%) 1 5 i solados foram identifica dos como S. clrromoge nes (a p ercentage m _ . � d e I d� ntlf!caçao van o u d e 99 a 5 6 % ) , nove c o mo S. simulans (99 a 74%), dois como S. . SClUrl (73 Yo) e u m como S. caprae (67%). Como se tratam d e isolados confirmad os como coagulase -positi vos, as qua�ro ú l ti mas identifi cações estão incorretas , por s erem espécies . . co agul �se-ne.?atIvas. A reaçao em cadela da p o l imerase ( P C R) foi uti lizada para confirmar . a I dentI fi caçao d e S. a �reu�, confirm� ndo a identi dade dos 3 I isolados. Concluiu-s e que o . . te na I s istema API-STA P H fOI e fiCien denti ficação de S. aureus, entretanto não identifi cou corretame nt � � utros Staphy/ococclls coagu l ase-positi vos isolados de l eite bubalino. Outros testes f� notlplcOS ou molecular es, d everão ser utilizados para identifica r corretame nte os : demaiS Isolados . Palavras-c h a v e : Staphylococcus aureus; S. intermedius; S. hyicus; l eite; b ú fa l o s . l - I N T R O D U Çà O A habilidade em coagular o p lasma sangüíneo é uma característica universal mente usada para classi ficar bactérias do gênero Staphy/ococclls em d o � s grup o s : os Staphy/ococcus coagulase-po . SltlVOS e os Staplzylococcus coagulase-negativos (Bannermann et al., 2003). Existem três espécies de Staphy/ococcus coagu las e-po s i t i vos ( S C P ) envolvidas e m casos d e infecções intramamárias e m a n i m a i s de p r o d u ç ã o de l e i t e , e c o n s e qüentemente passíveis d e s erem encontradas n o leite e seus derivados: S. aureus, S. intermedills e S. hyicus (Quinn et al., 1 999). 2 3 A preva l ê n c i a e rel evânc i a d e S. aureus nas i n fe c ç õ e s i n tr a m a m á r i a s t ê m s i d o b e m d o c u m e n ta d a s , e n t re t a n t o a p re v a l ê n c i a e relevância das espéci es S. intermedius (patógeno p ri mário do cão) e S. hyicus (patógeno primário do s u íno) ainda não estão bem estabe l ecidas. S. interm edius t e m s i d o i m p l i cado e m s urtos d e i ntox i c ação a l i mentar (Khambaty e t a I . , 1 994; B ecker et a!., 2 0 0 I ), entretanto sua prevalência e m ali mentos é desconhecida, pois as aná l i s es l ab o ratoria i s de rotina não d i s c r i m i n a m entre esta espécie e S. aurells ( Baron e t a I . , 2 004). Ó rgão s financiado res: Embrapa e Centro de Ensino S uperior de Juiz de Fora (CES/JF). . PesqUIsado r, Embrapa Gado de Leite. B o l s i stas de I n i c i ação C i entífica e graduanda s do Curso de Ciências B i o l ógi cas - CES/JF. 76 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 77 ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS o obj etivo deste estudo foi identifi car as espécies de SCP isoladas d e l e ite bubalino por meio d o S i s tema A P I - S TA P H ( B i o M e r i e u x , Marcy l ' Etoile, França). A identifi cação correta das es pécies e n v o l v idas p od e rá a u x i l ia r em estudos epidemiológicos e avaliar a real freqüência destes p atógenos e m casos de mastite em animais d e produção, assim como no leite e seus derivados. 2 - M AT E R I A L E M ÉTOD O S 2 . 1 - I s o l a d o s b a c te r i a n o s o trabalho experimental foi rea l i zado n o L ab o ra t ó r i o d e M i c r o b i o l o g i a d o L e i t e d a Embrapa Gado de Leite, J u i z d e Fora/MG. Foram analisadas 8 6 estirp es d e SCP isoladas do leite de fêmeas bubal inas. Os i s o l ados u t i l izados s e ori g i nam de u m e s t u d o anterior, rea l i zado e m rebanhos bubal inos ao l ongo de 2003 (Carvalho, 2 0 0 5 ) , em p ropri edades produtoras d e l e i te de b ú fa l a s , l o c a l i z ad a s n a R e g i ã o do A l to S ã o Fra n c i sc o / M G . A p r o d u ç ã o d e l e i t e d e s ta s propriedades é entregue a dois l a t i c í n i o s espe c i a l i z a d o s e m d e r i v a d o s l ác t e o s b u b a l i n o s , l o c a l i za d o s n a m e s m a R e g i ã o . A s b ac t é r i a s fo r a m i d e n t i fi c a d a s c o m o Stap hy/o c o ccus coagulase-positivos d e acordo c o m H armon e t a \ . ( 1 9 8 6 ) e e s t o c a d a s a - 2 0 e - 8 0 ° C p ara p o s te r i o r caracterização . 2 . 2 - C a ra ct e r iza ç ã o b i o q u í m i c a A s b a c t é r i a s for a m c a r a c t e r i z a d a s b i o quim icamente util izando-se o s istema A P I S TA P H , q u e a n a l i s a s i m u l ta n e a m e n t e 1 9 ca racterí s t i c a s : u t i l i za ç ã o d e g l i c o s e , fru t o s e , m a n o s e , m a l t o s e , l a c t o s e , trea l o s e , m a n i t o l , x i l i to l , m e l i b i o s e , rafi n o s e , xi l o s e , sacaros e , m e t i l - a D - g l u c o p i ra n o s i d o e N - a c e t i l - g l u c o s a m i n a , r e d u ç ão d o s n i t r a t o s e m n i tr i t o s , p r o d u ç ã o d e a c e t o í na, p r o d u ç ã o d e fos fatase alcal ina, arginina d i h idrolase e urease. A i den t i fi ca ç ã o fo i fe i ta u t i l i z an d o - s e o s o ftware A P I LA B P L U S v. 3 . 3 . 3 . 2.3 - Reação e m c a deia ( P C R) d o g e n e le m A da p o li me r a s e A reação d e PCR foi utilizada para confirmar a i denti ficação de S. aurells. A extração de DNA d a s c u l t u ra s fo i r e a l izada de a c o rd o c o m H esselbarth e Schwarz ( 1 995) e a reação d e PCR d e acordo com Meiri-Bendek et a I . (2002). O s o l i go nu c l eo t í d e o s u t i l i z a do s , d es c r i t o s p o r Mehrotra et a!. (2000), amplificam u m fragmento do g e n e Je m A , d e 1 3 2 pares de b as e s ( p b ) , específico d e S. aureus. O s fragmen tos de DNA amplificados foram visualizados em gel d e agarose corado c o m solução de brometo de etídio. 3 - R E S U LTAD O S E D IS C U S S à O As b a c t é r i a s for a m i de n t i fic ad a s c o m o Staphylo co ccus c o a g u l as e - p o s i t i v o s d e acordo com a s carac t e r í s t i c a s d a s c o l ô n i a s em ágar sangue, morfo l o g i a e c o l o ração de Gram, pro dução de cataias e e coagulase. Pelo sistema API-STAPH, 3 1 isolados foram identificados como S. aureus (a p ercentagem de i dentifi cação vario u de 98 a 43%), 28 como S. hyiclls (a percentagem de identificação variou d e 98 a 77%), 1 5 c o m o S. chromogenes ( 9 9 a 56%), nove como S. simulans (99 a 74%), dois como S. sciuri (73%) e um como S. caprae (67%). Como se tratam de i s o l ad o s c o n fi r m a d o s c o m o c o a g u l a s e -p o s i t i v o s , a s q uatro ú l ti ma s i d e n t i fi cações estão i ncorretas, por serem espécies coagulase-negativas. Os 3 1 iso lados identificados p e l o s i stema A P I - STAP H como S. aurells apresentaram um produto d e amp l i ficação d e 1 32 p b , sendo sua identi fi caçaõ c o n fi rmada p e l a reação d e P C R. Tod o s os 8 6 i s o l ad o s u t i l izaram g l i c o s e , fru t o s e e m a n o s e e n ã o u t i l i z ar a m x i l i t o l e rafinose. Todos i s o l ados identificados como S. a llreus u t i l i z a ra m a d i c i o n a l m en te m a l to s e , reduziram o n i trato a n itri to e produziram fos fatase alcalina. A s demais característi cas b io q u í m i ca s d o s i s o l a d o s i d e n t i fi ca d o s c o m o S. aureus podem ser visualizadas na Tabela 1 . Dos 3 1 i s o l ados d e S. aureus, apenas u m não produziu acetoína, enquanto q u e apenas um isolado identificado com S. hyicus e dois i den t i fi cados como S. sciuri produzi ra m aceto ína, confirmando q ue o teste d e Voges-Proskauer é um b o m teste p ara d i feren c i ar S. allrellS d o s o u tr o s Staphy/ococcus c o a g u l a s e - p o s i t i v o s , como j á observado por B ri to et aI. (2002). A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LAT I C i N I OS Tabela 1 - Características bioquímicas variáveis dos i so l ados identi ficados como S. aureus. isolados 10 3 2 Lac + + + + + + Tre Mel + + + VP + + + + + + from buffalo's milk using the API-STA P H system (Bio Merieux, Marcy l 'Etoil e, France). B acteria were isolated and i d en ti fi ed fol lowing standard methods for isolation and identification of bovine mas t i t i s p a t h o g e n s . T h e A P I - S TA P H s y s te m iden t i fied 3 1 i solates a s S. allrellS (with 9 8 to 43% o f i dentification ), 28 as S. hyicus (with 98 to 77% o f identification ), 1 5 as S. chrolllogelles (with 99 to 5 6 % of i denti fication), n i n e as S. simulallS (99 to 74%), two as S. sciuri (73 %) and one as S. caprae ( 6 7 % ) . B ec a u s e ali i s o l a tes coagu lated the rab itt p l asma, the latest res u lts can not be accepted as correct. Polimerase chain reaction ( P C R ) confirmed i dent i fi cation o f the 3 1 S. aurells i s o lates. I n t h i s s tu dy, the A P I STAPH system identified correctly S. aureus, but not the others coaguIase-p ositive s taphylococc i i s o l ated fro m b u ffa l o ' s m i lk . O t h er tests (phenotipic or genotipic) should be used to identify corre c t l y c o a g u I a s e -p o s i t i ve staph y l o c o c c i different fro m S. allreus. K e yw o rd s : Stap hylococcus all reus ; S. intermedius; S. hyiclIs; m i l k ; buffaIos. RE F E R Ê N C I A S B IB L IO G R Á F IC A S Concluiu-se que o si stema A P I-STA P H foi e fi c i en t e na i de n t i fi ca ç ã o de S. a ureus, e n tretanto n ã o i d en t i fi c o u corre t a m e n t e o u tros Staphy/ococclls coagulase-positivos isolados de l e i te bubalino . Outros testes, fenotípicos ou mo l eculares, deverão ser util izados para identificar correta m ente S. hyicus e S. intermedius. BANNERMAN, T. L. Staphy /ococcus, MicrococclIs, and oth er catalase-positive cocci that g r o w a e ro b i ca I 1 y . In: M U RRAY, P. R . ; BARON, E . l.; lORGENSEN, J . H . ; P FALLER, M . A . ; Y O L K EN , R. H . ( Ed . ) . M a n u a l o f C l i n i c a I M i c r o b i o l o g y . 8 . e d . Wa s h i n g t o n : AS M, 2 0 0 3 . p . 3 84-404. BARON, F. et a!. Development o f a PCR test to di fferentiate between Staphy/ococcus aureus and Staphy/ococcus intermedius. J. F o o d . P rot. , v. 6 7 , n. 1 0 , p. 2 3 02-23 0 5 , 2 0 04 . B EC KE R , K . e t a I . Entero t o x i g e n i c p o t e n t i a l T h e aim of t h i s study was to i d enti fy 8 6 coagulase-positive StaphylococcllS s p p . i so lated + Sac + + + + + + M dg + + + + + + + + ADH Ure + + + + + + + + + + + + Abreviaturas: Lac - lactose; Tre trealose; Mel m e l ib iose; VP - reação de Voges-Prosk auer (produção de acetoína); Xi I - xi lose; Sac - sacarose; Mdg - metil-aD-gl ucopiranosid o; Nag - N-aceti l-glucosam ina; ADH - arginina di h idrolase; U re - urease; + reação positiva; - reação negativa. 4 - CONCLUSÃO S U M M A RY Xii Pág. 7 8 digitalizado por o f Staphy/ococclIs intermedius. AppI. E n v i r o n . M ic r o b i o I . , v . 6 7 , p . 5 5 5 I -5 5 5 7, 2 0 0 I . B RITO, M . A. V. P.; CAMPOS, G. M . M . ; B RITO, J. R . F. Esquema simpl i ficado para identificação de estafi l ococos coagu lase-positivos iso lados de m a s t i t e b o v i n a . C i ê n c i a R u r a l , v. 3 2 , n . 1 , 2002. p. 79-82. C A RVA L H O , L . B . P a d rã o d e i n fec ç ã o i n t ra m a m á ri a e m r e b a n h o s b u b a l i n o s n a r e g i ã o d o A l t o S ã o F r a n c i s c o . 2 00 5 . 3 7 p . D issertação (Mestrado e m Medicina Veterinária área d e c o n c e n tração M e d i c i n a Ve t e r i n á r i � Preventiva) - Escola de Veterinária, Univers idade Federal de M inas Gerais, Belo Horizonte. H AR M O N , R. J . et a I . M i c r o b i o l o g i c a l p rocedu res for t h e diagnosis o f bovine u d d e r i n fecti o n . Arl ington : N MC, 1 99 0 . 3 4 p . H E S S E LBARTH, J.; SCHWARZ , S. Comparativ e ribotyping o f Staplzy/ococ clIs illtermedius frol11 dogs, pigeons, horses and mink. Veto M i crob iol., v. 45, p . 1 1 - 1 7, 1 99 5 . KHAMBATY, F. M . ; B ENNETT, R . w. ; S HA H , D . B . A p p l i c a t i o n o f p u l s e d - fi e l d g e l e l e c t ro p h o re s i s to the epidemiological characteriz ation o f Staphylococ cus intermedilis i m p l i c a t e d in a fo o d - re l a t e d o u t b re a k . E p i d e m i o ! . I n fect., v . 1 1 3 , p. 7 5 - 8 I , 1 994. M E H ROTRA, M . ; WANG, G . ; JOH N S ON, W.M . M u l ti p l ex P C R for t h e detection o f g enes fo r Staplzy/ocOCCllS allrellS enterotoxin s, exfol iative t o x i n s , t o x i c s h o c k s y n d ro me t o x i n , a n d m e t h i c i J l i n resistance. J . C l i n . M i c ro b io I . , v. 3 8 , p. 1 03 2 - 1 04 1 , 2 0 0 0 . M E IRr-BENDEK, L et aI. A PCR-based method for the detection o f StreptococclIs agalactiae in m i l k. J. D a i ry Sei., v. 85, p. 1 7 1 7- 1 72 3 , 2 0 0 2 . Q U INN, P . J . ; CARTER, M . E . ; MARKEY, B . ; C A RT E R , G. R. C l i n i c a I Ve te ri n a ry M i c r o b i ology. London: Mosby, 1 99 9 . 648 p . arvoredoleite.org Pág . 7 9 A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N A C I O N A L DE LATi C í N I OS ANAIS DO XXI I I CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS DESCRiÇÃO DO COMPORTAMENTO R EOLÓGICO DE MISTURAS TERNÁRIAS COM SUCOS DE MANGA, LARANJA E SORO DE Q U EIJO Rheo l o gical behav i o u r descri ption of ternaries m i xtures with j u i ces mango, orange and whey Vieira, J. A. G 1 Bandeira, D. C2 RESUMO s o ro de q u e ij o é rico em p ro teínas, l actose e s a i s m inera i s , podendo ser empregado diretamente o u ter seus componentes u t i l izados em várias formul ações de a l i mento s . O obj etivo deste trabalho foi estudar o comportamento reológico de uma mistura ternária de suco de manga, laranja e soro de queij o a d i ferentes temperaturas e composição. A mistura foi definida por serem sucos saborosos, conhecidos e de ampla aceitabi li dade, de interesse industrial e propriedades nutri cionais. Foram rea l i zados experimentos em sistema ternário u t i l i zando no m í n i mo 60% d e manga, 1 0% de l aranja e 1 0% d e soro d e q ueij o . Para a caracterização reológica da mistura, foram u t i l i zados, na faixa de taxa de deformação de 1 0 a 8 5 0 S·I , os modelos de Ostwald-de-Waele e Casson. Verifi cando q ue este úl timo foi o mais adequado. O índice de consistência, a tensão inicial e a viscosidade plástica de Casson a umentam com o aumento da fração de manga e diminui com a temperatura. o Palavras-chave: reologia, sucos e soro de queij o . 1 - I NT R O D UÇà O Subproduto d a fabricação d o queij o , o soro é, na maior p arte, descartado p e l a i ndústria d e l aticínios, apesar de ser riquíssimo em proteínas e l actose. A composição do soro d e l ei t e é de aprox i madamente 6 , 9 % de s ó l i do s t o t a i s q u e correspondem a 0 , 6 % de s a i s minerai s , 0,3% d e gordura, 0 , 9 % de p roteína, 5 % l ac tose e O , I % de ácido lático proveni ente da fermentação da l ac t o s e , ( S a n to s e F e r re i ra , 2 0 0 I ) . E x i s t e m d iversos processos que visam o aproveitamento do s o r o , para ser u t i l i za d o c o m o i ng re d i e n t e i mp o rt a n t e em d i versas form u l aç õ e s U S D E C ( 2 0 0 3 ) . A l é m de t o r n a r o s p r o d u t o s m a i s n u t r i t i v o s e l e c o n fere a s p e c tos fís i c o s neces s á r i o s , c o mo : a u m e n t o d a v i s c o s i d a d e de senvolve u m a textura l isa e cremosa desej ada, e v i t a a s ep ar a ç ã o e a s i n er e s e que o c o rr e m durante a estocagem e a distribuição e n ã o altera o sabor por possuir flavor suave. Por o utro lado consumo de suco de frutas industria l i zados no B ra s i l v e m c re s c e n d o nos ú l t i mo s a n o s , e 2 atualmente há um mercado crescente para sucos compostos. A adição do soro d e queij o ao suco de manga e l aranja vem enriquecer a bebida com p ro t e í n a sem a l t e r a r o s a b o r. E s t a m i s tu ra tern á r i a fo i e s co l h i d a p o r a p r e s e n t a r s a b o r exótico, c o r atraente, p o s s u i r vários n u trientes c o m o : v i tam i n as , s a i s m i n era i s e p ro t e í n a s . Destaca-se a i n d a , o fato do B ras i l s er u m dos maio res produtor dessas frutas e produz grande quantidade de soro. A c a ra c t e r i z a ç ã o r eo l ó g i c a d a m i s t u r a ternária é útil n ã o só c omo medida de qualidade, mas também no proj eto dos processos de indus tria l ização tais como bombeamento, trans p o r t e , a g i ta ç ã o , e v a p o r a ç ã o , e t c . P a r a t a n t o , faz er - s e - á u s o d o s m o d e l o s r e o l ó g i c o s d e O s t w a l d - d e - Wa e l e e d e C a s s o n . O s e s t u d o s reológicos d o s componentes p uros j á foram bem explorados. Para o suco d e manga encontraram um c o mp o r t a m e n t o p s e u d o p l á s t i c o Vi d a l (2004), Queiroz ( 1 9 9 8 ) e Pelegrine ( 1 999). U m Professor do Departamento d e Engenharia e Tecno l ogia d e A l imentos - UNESP- Campus d e S ã o José d o Rio Preto - S P. j antonio@ibi lce. unesp.br. A l una de G raduação em Engenharia de A l i mentos. grande nú mero de t r ab a l h o s s ã o e n c o n tr a d o sobre o c o m p o rta m e n to reo ló g i c o d o s u c o d e laranj a, t o d o s encont raram u m c omportamento pseudop lástico. Trabalho real izado por Chehadi e Vi e i ra ( 2 0 04 ) e s t u d a n d o o c o m p o r t a m e n to reo l ó g i c o d o s o ro d e q u e ij o v e r i fi c o u u m comporta m e n t o B in g h a n i a n o . A c o m b i na ç ã o d e s ta m i s t u ra l ev a a u m p r o d u to c o m c o m p o rt a m e n to a i nd a n ã o e s t u d a d o , n e c e s s i ta n d o a s s i m d e u m a c a r a c t e rização reol ó g i ca. 2 - MAT E R I A I S E M É T O D O S U t i l izou mangas maduras da variedade K e i t t . A p o l pa i ntegral ( 1 6, 5 ° B r i x ) f o i o b t i d a em d e sp o l pa d e i ra c o m t e l a s d e 1 , 0 m m d e abertura. O suco d e l aranj a ( I 1 ,7 °Brix) utilizado foi o natural fornecido pela Bacitrus Indústria e Comercio ltda. O soro de queij o (6,7 B rix) foi obtido em l aboratório pela fabricação do queij o M i n a s F re s c a ! . O t e o r d e s ó l idos s ol ú v e i s fo i m e d i d o d i re t a m e n t e em u m r e fra t ô metro d e bancada marca abba. A s medidas reológica foram feitas nas temperaturas de 1 0, 30 e 50°C em u m r e ô m e t r o d e c i l i n dr o s c o n cê n t r i c o s m a r c a reotest. 2 . 1 do tipo Searle. As formulações das mistu ras forma defi n i das empregando-se a me todo l og i a d e s u p e r fí c i e d e r e s p o s t a p a ra a mistura, ( B ranco 2 0 03 ) . N a s combinações dos sucos foram levado em consideração o sabor e a consistência. Assim, o suco de manga teve pre sente em 60% no mínimo, para cada formulação, e n q u an to que p a ra o s o u tros c o m p o n e n t e s a participação foi de 1 0% no mínimo. Na tabela encon tram-se as combinações usadas. vas de ajuste pelo modelo de Casson. Observa s e q u e , para u ma taxa de d e fo rmação fi x a , a t e n s ã o de c i s a l h a me n to a u m e n t a p ara fo r mulações c ontendo maiores frações de manga e d i mi n u i nas formulações com m a i o r fração d e s u c o d e l aranj a e , p ri n c i p a l me n t e d e soro d e queij o . Esses resultados mostram que a compo s i ção da polpa de manga teve grande i n fl uência sobre a v i sc o s i dade aparente. I s to s e deve aos maiores teores de sólidos solúveis, polpa e pec t i na p resentes n a mang a . Esse comportamento foi o bservado por G unj a l e Wag g hmare e s t u dando as características de escoamento de p olpa, suco e néctar de manga, ci tado por B ranco ( I ) . E s s e m e s m o a u to r o b t e v e r e s u l ta d o s s em e l ha n t e s p ara form u l aç õ es c o m m a i o r t e o r d e polpa d a manga. 7,0 o � "! ".g c: ê (1l 2 3 4 5 6 80 60 60 70 70 60 10 30 10 30 10 20 de q u ei j o 10 10 30 10 30 3 - R E S U LTAD O S E D IS C US S à O O c o m p o rtamento reo l ó g i c o d a s formu lações de 1 a 6 das mi sturas ternárias pode ser visto nas fi guras 1 e 2, onde estão p l otados os pontos experimentais com suas respectivas cur- 6,5 .A V 5,5 'm c: � 2,5 3,5 3,0 2,0 5 rn � '13 Cll "C ,� c: � , 10 - A 4,5 v .. + 4,0 15 20 25 Taxa de deformação o.5 (�n 30 R e l aç ã o e n tre a t e n s ã o de c i s a I h amento e a taxa d e d e fo rm a ç ã o com aj uste pelo m o d e l o de C a s s o n na temperatura d e 1 0°C. .. .. 5,0 1 �II �:;;:::>,.. t/Ii Figura 1 � formulação 1 formulação 2 formulação 3 formulação 4 ��::: ::�� 5,0 4,5 4,0 Tabela 1 - C o mb i n aç õ es dos componentes em percentagem d a mistura ternária. Formulação Manga Laranja .. 6,0 �'13 Cll "C o li formulação 1 formulação 2 formulação 3 formulação 4 formulação 5 formulação 6 3,5 3,0 2,5 5 Figura 2 10 - 15 20 25 Taxa de deformação 0.5 (s" ) 30 R e l a ç ã o e n tre a t e n s ã o de c i s a I h amento e a taxa d e d e fo rmaçã o c o m aj uste p e l o modelo d e Casson na temperatura de 5 0° C . Pág. 8 1 Pág. 80 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO N ACIONAL DE LATiCíNIOS Tab el a 2 - P a râmetros d o m o d e l o d e C a s s o n para as s e i s formulações da mistura. Formulação K c " 2,71 1 1 ,95 2 2,06 3 2,39 4 2,5 1 5 2,08 6 0, 1 2 0, 1 1 0,1 1 0, 1 0 0, 1 1 0,1 1 0,99 0,99 0,99 0 , 99 0,99 0,98 2,34 2,20 2,23 2,60 1 , 92 2,39 0,07 0,06 0,05 0,07 0,07 0,05 0,99 0,99 0,98 0,99 0,99 0,99 A s m e d i d as d o s p arâmetros r eo l ó g i c o s , tensão inicial K e viscosidade p lástica de Casson K c ' p a ra as for��u lações de 1 a 6 p ara as duas temperaturas s ã o apresentados n a tabela 2. O c o e fi c i en t e de c o rr e l a ç ã o p a r a t o d a s as fo r mulações foi superior a 0 , 9 8 . Observa-se que à m e d i d a q u e a u m e n t a a fra ç ã o de m a n g a n a m i stura, ocorre aumento d a tensão i n i c i a l . E a viscosidade p l ástica de Casson d i m i n u i c o m o a u mento da temperatura. 4 - C O N C L U SÃO Tod a s as for m u l a ç õ e s e s t u d a d a , i n d e p en d e n t e da t e mp e r a t u ra a p r e s e n t a r a m u m comportamento pseudoplástico. A tensão i n i c i a l e a viscosidade plástica d e Casson aumentaram c o m a fra ç ã o de m a n g a e red u z i ra m c o m o aumento da fraçâo de laranja e/ou soro de queij o . O aumento da temperatura a lterou o efeito dos componentes d a m i s tu ra sobre os parâmetro s reológicos. S U M M A RY The cheese serum i s rich i n proteíns, l actose a n d mineral salts, could be used directly o r to have your componentes used in you vary formulations of victuals. The obj ective of that work is to study the rheo logical behavi our of the ternaries mixture o f j uices: mango e orange e w h e y in the d i ffer e n t t e m p e r a t u re a n d compo s i t i o n s . T h i s mixture w a s c h o s e n s in c e j uices a r e h i g h l y delicious, known flavour, wide • A N A I S DO X X I I I C O N G R ESSO N A C I O N A L D E LATI C í N I O S COMPARAÇÃO D E DOIS M ÉTODOS PARA D ETECÇÃO D E FOSFATASE ALCALI N A EM AMOSTRAS D E LEITE PASTEURIZADO COMERCIALIZADO EM M INAS G ERAIS acceptab i l i ty and great ava i l ab i l i ty, i n terest to t h e i n d u s tr i e s a n d n u t r i t i o n a l p ro p e rt i e s . T h e e x p e r i m e n t a l w e r e c a r r i ed o u t i n a t e r n ary system u s i n g a minimum o f 6 0 % mango, 1 0% orange and 1 0% whey. For the rheological c h ar a c t e r iz a t i o n o f t h e t e r n a r i e m i x t u r e , t h e Ostwald-de Wael e and Casson rheo l og ical models were u s e d , w i th a range of d e fo r m a t i o n rat i o from l O to 8 5 0 S-I , it was shown that t h e Casson model was the most adequate. The consi stency i ndex, i n itial s hear and Casson plastic viscos i ty i ncreased with the i ncrease i n mango frac t i o n and decreasing w i th the temperature. (Comparison of two methods for alkaline phosphatase detection i n pasteurized milk commercial ized i n Minas Gerais State) Paiva, D . M . l Al meida, V. F.2 Souza, M . R .3 Cerqueira, M. M. O. P.3 Leite, M. 0.3 Fonseca, L. M.3 Penna, C. F. A. M.3 Keyword: rheol ogy, j uices.an d w hey. R E F E R Ê N C IAS B I B L I O G RÁ F I CA S 1 . B RA N C O , I . G . G A S PA R E T T O , C . A . A p l i c aç ã o d a m e t o d o l o g i a d e s u p e r fí c i e d e resposta para o estudo do efeito da temperatura sobre o c o mportamento reo l ó g i co de m i s tu ra s ternárias de polpa de manga e sucos d e laranja e c e n o u r a . Ciência e Tecn o logia de A limen tos. 2 3 ( s u p ) 1 66- 1 7 1 . 2 0 0 3 . 2 . C H E H A D I , M . C . G . ; V I E I RA , 1 . A . G . , C o mp o rt a mento reo l óg i co d o soro d e q ue ij o . Rev. do Inst. de Latic. Cândido Tostes, p . 2 0 04 . 3 . P EL EG RI N E , D . H . Comp ortam en to reolçógico da polpa de manga e abacaxi. Tese de M es trado. U N I CA M P. 1 1 5 p . 1 9 9 9 . 4. QUEIROZ, A. J . M . Estudo do comportamento reológico dos sucos de abacaxi e m anga. Tese de Douto rado. UNICAMP. 1 70p. 1 99 8 . 5 . SANTOS, J. P . V.; FERREI RA. C . L. L. F.200 I . A lternativas para o aprovei tamento d e soro de queij o nos pequenos e médios laticínios. Rev. do Inst. de Latic. Când. Tostes, v. 3, p . 44- 5 0 . 200 1 . 6 . U S D EC U . S D A I RY E X P O RT C O UNCIL. Principais Características da proteína de soro, características nutricionais e atividade Biológica relatada. v. 5 , n . 4, 2003 . 7 . V I D A L , J. R. M . B . ; P E L E G R I N E , D . H . ; GASPA RETTO, C . A . E feito d a temperatura no comportamento reo l ó g i co d a polpa d e manga. Ciência e TeCI/OI. de A fim . . 24( I ) : 3 9 -42. 2004. • 1 - I N T RO D U Ç Ã O A fos fatase a l c a l i n a é u m a enzima cons tituinte do leite, sendo um produto do metabol ismo da célula mamária. O nível de fosfatase alcalina no l eite varia de acordo com a raça, estágio d a lactação, estação do a n o e s a fra do l e i te, m a s é relativamente constante em amostras de rebanho, entretanto, Painter ( 1 995) questiona se essas va riações afetariam os teores residuais dessa enzima no leite pasteurizado. Esta enzima apresenta resi stênc i a térmica superior ao Mycobacteriul1l tuberculosis, que é considerado um dos mi crorganismos mais ter morresistentes encontrados no leite. D esta forma, um tratamento térmico m í n i mo de 6 2 ,8°C por 3 0 minutos ou 7 1 ,7°C por 15 segundos, apl i cado comerc i a l mente p ara i na t i v a r a fos fa t a s e , i r á matar u m microrganis mo patogênico não espo rulado ( M urthy et a I . , 1 99 2 ) . Com base nesses dados, a pesquisa desta enzima no leite vêm sendo uti lizada como um método rápido de verificação da eficiência da pasteurização do leite. Vários m étodos foram desenvo l vi d o s ao longo dos anos para avaliar a atividade da enzima fosfatase alcalina e então caracterizar o proces samento térmico dos produtos lácteos. Testes para detecção de fos fatase alcal i na são baseados no princípio que a enzima irá hidrolisar ésteres mono fosfatos na temperatura e pH apropriados, desta forma l iberando compostos que podem ser iden tificados pela forn1ação de cor que é proporcional a concentração enzimática (Murthy et aI., 1 992). A análise de fos fatase alcalina é uma exi gência l eg a l e m l ei te pasteurizado, s egundo o 2 3 R T I S POA ( B ras i l , 1 99 7 ) . A i mportânc i a da sua real i zação é a garant i a de que a matéria prima foi devidamente pasteurizada pela indústria, por tanto, os métodos u t i l i zados p ara esta pes q u i s a devem apresentar confiabi lidade em sua resposta, para que produtos dispo n i b i l i zados ao consumo não consistam em risco de saúde pública. Desta forma, a proposta deste experimento é ava l i ar a eficiência de um método rápido empregado para detecção da atividade d e fos fatase a lc a l i n a n o l e i te pasteurizado, c o mparando-o c o m a meto dologia o fi c i al determ i n ada pelo M in i s tério da Agri cultura, Pecuária e Abastecimento. 2 - M AT ERIAL E M É TODOS Q ua r e n t a e o i to (48) amostras de l e i te pasteurizado, distribu ído em d i ferentes cidades das regiões norte e nordeste do Estado de M inas Gerais, foram colhidas em pontos de distribuição e enviadas sob refrigeração para o Laboratório d e A n á l i s e s fís i c o - q u í m i cas do D e partamento de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal da Escola de Veterinária da UFMG. Em seguida, foram submetidas à pesquisa da enzima fos fatase a l c a l i n a em dois métodos d i stintos, o primeiro seguindo a metodologia o fi c i a l empre gada pelo M i n i stério da Agricu ltura, Pecuária e Abasteci mento ( B ras i l , 2 0 0 3 ) , e o s egundo de a c o rd o com a s i n s t r u ç õ e s d a e m p re s a fo r necedora do Kit fosfatase alcalina F S @ (Diasys) . A comparação dos resu ltados obtidos nos d o i s testes foi feita util izando-se anál ise de dispersão A l uno de graduação da Escola de Veterinária da UFMG. Funci onária do DTIPOA / E V / UFMG. Professores do DTIPOA / E V I UFMG. Pág. 83 Pág. 82 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS de freqüên c i a , e os dados referentes à ocorrência de a m o s tras p o s i ti v a s foram ava l i ad o s c o m o emprego de estatística descri tiva, segundo S ampa i o ( 1 9 9 8 ) . 3 - Gráfico 1 - P e r c e n t u a l d e a m o s tr a s d e l e i te p a s te u r iz a d o c o m r es u l ta d o s n egativo e positivo n a pesquisa de fos fatase a l c a l i na R E S U LTAD O S E D I SC U S SÃO ' (3 negativa Os d o i s métodos de detecção da e n z i m a fos fatase a l c a l i n a foram s i m i l ares n a detecção da enzima, com os mesmos resultados qualitativos s e n d o o b s er v a d o s na t o t a l i d ad e das a mo stras testadas, conforme pode ser observado na tabel a 1 . E s t a c o rr e s po n d ê n c i a d e r es u l ta d o s e r a esperada, p o i s o s d o i s m é t o d o s se baseiam n a anál i se dos compostos fenóli cos produzidos pela fos fa t a s e a l c a l i n a ao r ea g i r com d i fe r e n t e s substratos, e s ugere que o kit comercia l apresenta a mesma e ficiência que o teste o fi c i a l p roposto pelos serviços de inspeção. Tab ela 1 - Resultados da pesquisa qualitativa de fos fatase a l c a l i n a em l ei te p asteu r i za d o , o b s erva d o s p e l o m é t o d o o fi ci a l e pelo k i t comerc i a l . Método O fi c i a l K i t comerc i a l A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LATi C í N I O S F o s fa t a s e A l c a li n a Positiva N e g at i v a 1 1 1 1 37 37 O t e s t e o f i c i a l , s e g u n d o M ur t h y e t a I . ( 1 992) baseia-se n a reação d a fosfatase alcali na , em p r e s e n ç a d e á g u a , c o m o fen i l fo s fa to dissódico, em pH 9,8, produzindo fenol e fosfato de s ó d i o . O s r e a g e n t e s 2 , 6 -d i c l or o q u i n o n a c l o ro im i d a e s u l fa t o de cobre i nteragem então com os fenóis gerados, em pH 9,3, formando o i n d o fen o l , de c o loração azul . Já k i t comerci a l p r o v a v e l m e n t e u t i l i z a o p - n i tr o fe n i l fo s fa t o c o mo s u b s t r a t o ( mé t o d o d e A s c h a ffen b u rg e M u ll en), q ue, sob a ação enzimática libera o p nitrofenol, de cor amarela. A l eitura é direta sem necessidade de esperar desenvolvimento de cor. I sto p o d e s e r v e r i f i c a d o n as r e c o m e n d a ç õ e s técnicas da empresa que comercializa o produto, ao sugerir que o resultado será obtido em cerca de t r ê s m i n u t o s a 3 r C , ou s e i s m i n ut o s , a temperatura amb i e n t e . A l é m desse resu ltado, observou-se q u e 2 8 , 2 % d a s amostras de l e i te pasteurizado analisadas m o s tr a r a m a e n z i m a fo s fa t a s e a l c a l i n a a t i v a ( g r á fi c o I ) . P o r t a n t o , c o n s t a t o u - s e n este e x p e r i m e n to a o c o rr ên c i a d e fa l h as n o p r o c e s s am e n t o d e l e i t e p a s te u r i zado e m d i ferentes laticínios s ituados na região norte e nordeste de Minas Gerais. ��?����a_. D eve-se ressaltar a o bs ervação fei t a p o r M u rt h y e t a I . ( 1 9 9 2 ) , q u e b a i xo s n ív e i s d e fos fatase a l c a li n a residual nos produtos l ácteos asseguram que o leite foi submetido ao processo adequado de p asteurização, desde q ue não tenha sido aquecido em excesso e que não tenha havido c o n ta m in a ç ã o p o s t e r i o r com l e i te cru. E s t a ú l t i m a t a l v e z p o s s a s e r a ex p l i c a ç ã o d o s resu ltados encontrados neste experimento. A l é m d i s s o , a r e a t i v a ç ã o d a fos fa t a s e a l c a l i n a p o d e o co rrer em algumas amostras d e leite pasteurizado. Murthy et a I . ( 1 992) afirmam que o armazenamento do leite a 1 0°C favorece a r e at i vação, p o dendo d e terminar um r es u l ta d o p o s i t iv o em p ro v a s q u a l i ta t i v a s d e fos fa t a s e alcalina. Talvez e s t a seja um exp l i c ação para os resu l tados observados neste experimento, j á q ue a s a m o s tr a s fo ram c o l h i da s n o s p o n t o s d e d istribuição do l e i te. 4 - k i t for a l k a l i n e phosphatase t e s t in m i l k . Forty eight samp les o f pasteurized milk were collected in retail market of di fferent cities of Minas Gerais stat e. They were transported under refrigeration . unti l the p h y s i c a l - c h e m i c a l l ab orato ry a t the DTf POA/EV/U F M G where they were submitted to the q u a l i t a t i ve a l k a l i n e p h o sp h a t a s e test p erform ed e i t h er by the o ffi c i a l m e t h o d o l ogy des crib ed by the Brazilian Ministry of Agriculture and to the commerc i a l k i t F S $ ( Di as y s ) . B oth methods o f detection were s i m i la r to detect the enzy me a c t i v i ty. F urthermore , 2 8 . 2 % o f t h e pasteurized m i l k samples presented positive results for alkaline phosphatase activity, indicating public health hazards. Hence, the alkaline phosphatase commercial kit showed efficient when compared to the official methodology. Ke y w o rd s : alkaline pasteurized m i l k, food s a fety. 6 - RE F E R Ê N C I A S B IB L I O G R Á F I CA S B RAS I L . M i n i stério d a Agri c u l tura. M é t o d o s C O N C L U SÕE S O Kit fosfatase alcalina FS� (Diasys), apesar d e s er original mente proposto para a p es qu i sa desta enzima n o s angue, mostrou-se e ficaz n a determi nação q u a l i tativa d a fos fatase em l e i te pasteurizado, podendo ser um i nstrumento p ara mon i toramento i n terno nos l a t i c í n i o s . C o n s ta t o u - s e a o c o rrênc i a d e u m grave p ro b l e m a t e cn o l ó g i c o , c o m r i s c o s à s a ú d e públ i c a , j á que u m p ercentual s i g n i fi c at ivo d e amostras p o s i tivas p a r a fos fatase a l c a l i n a foi d e t e c t a d o . I s to p o d e s i gn i fi c ar q u e o l e i te comercializado nestas regiões está sendo vendido sem ter s i do processado term icamente o u está h avendo mistura entre l ei te pasteurizado e l e i te cru nos l aticínios. 5 - phosphatase, a n a l ít i c o s o fi c i a i s fí s i c o - q u í m i c o s p a r a c o ntrole de leite e p ro d utos lácteos. B ras í l i a : M i n i s t é r i o d a A g ri c u l t u r a , P e c u á r i a e Abastecimento. 2003 . (publicado no DOU na 8 3 , em 0 2/06/ 2 0 0 3 , p . 3 - 2 5 ) . B RASIL. Ministério da Agricultura. Regulamento da i nspeção industrial e sa nitária de produtos de o ri g e m a n i m a l . B ra s í l i a : M i n i s té r i o da Agricultura, 1 997. p. 1 1 3 - 1 5 7 . M U RTHY, G . K., KLEYN, D. H . , RICHARDSON, T. , R O C C O , R. M. A l k a l ine p h o s p h a t a s e m e th o d s . I n : M A R S H A L L , R . T . Sta n d a r d m et h o d s fo r t h e e x a m i n a t i o n o f d a i r y p rodu cts. 1 6 ed. Washin gton: American Pub l i c H e a l t h Association. 1 9 9 2 . p . 4 1 3 -43 1 . PA I N T E R , C. J. R es i d u a l alkaline p h o s p h at a s e a c ti vity i n m i l ks s u bj e c t e d t o various t i m e-t e m p e r a t u r e treatments . 1 9 9 5 . 1 1 9 f. T h e s i s ( M a s t e r o f S c i e n c e ) U n i versi ty of W iscon s i n , Madison . S A M PA I O , ! . B . M . E s t a t í s t i c a A p l i c a d a à E x p e ri m e n t a ç ã o A n i m a l . B e l o H o r i z o n t e : F u ndação de E n s i n o e Pesq u i s a em M e d i c i n a Veteri nária e Zootecn i a . 1 9 9 8 . 22 1 p . AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FíSICO-QuíMICA D O L EITE U AT DESNATADO COM ERCIALIZADO EM B ELO HORIZONTE - MG Evaluation of the physical-chem ical quality of skim U HT milk marketed i n B elo Horizonte - M G Roane Pena Viegas1 Maria d e Fátima Silva Resende2 Luciana Albuquerque Caldeira3 C láudia Freire de Andrade Morais Penna4 Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira4 Mônica de Oliveira Leite4 Leorges Moraes da Fonseca4 Marcelo Resende de Souza4 A BSTRACT A l ka l i ne p h o s phatase enzyme i s u s u a l l y present i n samples o f raw milk. The evaluation o f i ts activity is important for dairy industry since i t indicates t h e effi c i ency o f m i l k pasteuri zation, being recommended by the Brazilian legislation to guarantee the food safety. The aim of the present work was to verify the efficacy of a commerc i al 2 4 Estudante pós-graduação da UFMG, E-mai ! : roanev [email protected]. Estudante graduação UFMG. Estudante graduação Unimontes . Professor EV/UFMG. Pág. 84 Pág. 85 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N A L DE L ATi C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS 1 - I N T RO D U Ç Ã O E n te n d e - s e p o r l e i te U AT ( U l t r a A l ta Temp eratura ) , o l e i te h o mo g e n e i za d o q u e foi s u b m e t i d o , d u ran t e 2 a 4 s e g u n d o s , a u m a temperatura en tre 1 3 0°C e 1 50°C, mediante u m processo t é rm i c o de fl u x o contínuo, i m e d i a t a m e n t e r e s fr i a d o a u m a t e m p e ra t u ra i n fe r i o r a 3 2 °C e e n v a s a d o s o b c o n d i ç õ e s assépticas em embalagens estéreis e h ermeticamente fec hadas ( B ra s i l , 1 9 9 6 ) . O t r a ta m e n t o t é r m i c o U AT t e m s i d o a m p l a m e n t e a d o t a d o e m l a t i c í n i o s e bastante aceito pelos consumidores devido às faci l idades de estocagem à tempe ratura ambiente e m a i o r v i d a de prateleira, q u e poss i b i l i taram a inclusão do l e i te na compra mensal do cons umidor, não n e c e s s i ta n d o adq u i r i - l o d i a r i a m e n t e , c o mo o l e i t e pasteu rizado ( Prata, 2 0 0 1 ) . A crescente produção e consumo do l e i te UAT no B rasi L tem desp ertado, cada vez mais, o interesse por pesquisas relacionadas à qualidade desse prod uto. Este control e de qual idade deve ser realizado através de p eriódicas avaliações da c o m p o s i ção fí s i c o - q u í m i c a e m i c ro b i o l ó g i cas para. assim, obter-se uma idéia sobre a qualidade da matéria prima empregada e a e fi c i ência do proc e s s a m e n to térm i c o ( C o e l h o , 2 0 0 0 ) . A l é m d i s t o , p e rc e b e - s e , r e c e n t e m e n t e , u m a m a i o r procura p o r leites e deri vados lácteos c o m baixos teores de gordura pelos consumi dores. O obj e t i vo desse trabalho fo i inspecionar a comp o s i ç ão e propriedades fí s i c o - q u í m i c as , bem como pesquisar a possível presença de s u b s t â n c i as inib idoras, conservantes e rec o n s t i t u i n tes em l e i te U AT d e s n a t a d o , comerc i a l i zado e m B el o Horizonte (MG). 2 - M ATE R I A L E M É TO D O S Foram col etadas 3 0 amostras de s e i s marcas d i feren tes de l eite UAT desnatado, d isponíveis no comércio varej is t a de B e l o H o rizonte, M G . As amostras foram conduzidas, i m edi atamente, após a co leta, ao l abora tório de anál i ses físico q u í m i c as d o D ep ar ta m e n t o d e Te c n o l o g i a e I n s p e ç ã o de P ro d u t o s d e O r i g e m An i ma l , da Escola de Veterinária da UFMG. P a ra d e te rm i n a ç ão d a s c a r a c t e r í s t i c a s fís i c o - q u í m i c a s do l e i t e p a s t e u r i zado t i po C , fo ra m rea l i z a d a s as s e g u i n t e s a n á l i s e s , e m duplicada: aci dez titulável (OD); densidade a 1 5°C, pelo termol actodens Í m e tro de Q u evenne; teor percentual de gordura, pelo método de Gerber e índice crioscópico ( O H ) , u t i l i zando crioscópio el etrônico LAKTRON 3 1 2- L ( B ra s i l , 2 0 03 ) . O cálculo do extrato seco total fo i obtido a partir d o d i s c o de A c k e rm a n n e o e x t ra t o s e c o desengordurado p o r fórmula matemática ( B rasil, 2 0 0 3 ) . Foram fe i ta s , t a m b é m , p e s q u i s a de a t i v i da d e d a s e n z i m a s fo s fa t a s e a l c a l ina e l a c t o p e ro x i d a s e e a n á l i s e s q u a l i ta t i v a s d a p r e s e n ç a d e fo rm o l , p e r ó x i d o de h i dro g ê n i o , substâncias alcali nas e amido ( Bras i l , 2003). 3 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O Os resultados médios, os desvios-padrão e os c o e fi c i entes de vari ação ( C V ) das a n á l i s e s fí s i c o - q u í m i c a s d a s a m o s t r a s d e l e i t e U AT desnatado, c o merc i a l izado e m B el o H orizonte, são apresentados na tabela 1 . Ta b e l a 1 - Resu ltados de análises físico-químicas d e 3 0 a m o s t r a s d e l e i te U AT des n atado comerc i a l i zado em B e l o H o r i z o n t e ( M G) . P arâ m e t r o fís ico-q u ímico Densidade ( 1 5 °C) Crioscopia ( O H ) Acidez ( O D ) Gordura (%) E S T ( %) E S D (%) Média Desvio p adrão CV 1 ,032 - 0.540 1 4, I 0, 1 9 9,2 9,0 0,00 1 1 0,0077 0,9508 0, 1 78 1 0 ,4604 0,3 727 0, 1 1 1 , 43 6,75 92,94 5,03 4, 1 5 As análises físico-qu í micas das amostras de l e i t e U AT d e s n a t a d o d e m o n s tr a r a m u m percentual variável d e resultados fora dos padrões estabel ecidos pela l e g i s l ação bra s i l ei ra ( B ra s i l , 1 99 6 ) q u e s ã o apresentados no quadro I . Q u a d ro 1 - P e rc e n t u a l d e a m o s tr a s de l e i te U AT desnatado comercial izado em B el o Horizonte, fora dos p adrões fí sico-quí micos estabelec i dos pela l eg i s l ação brasileira. Anál i ses físico-químicas Amostras fora dos padrões (%) Densidade a 1 5°C (g/ml) Acidez (OD) Gordura (%) E S T ( %) E S D (%) Í ndice crioscópico (OH) O 33 ,33 6,66 O O 10 Q u a n t o à a c i d e z , 3 3 , 3 3 % d a s a m o stras apresentaram valo res abaixo do permitido pela legis lação ( 1 4° a 1 8° D ) . Entretanto, não foram detectadas s ubstâncias alcalinas nessas amostras. Andri o l i et a ! . ( 2 0 0 1 ) o b s e rvaram 24 % d a s amostras de l e i te U AT, comerc i a l i zado em J u i z de Fora, ( M G ) , fora d o s padrões, p o r é m , c o m acide z acima do permi ti do. O teor de gordura a p re s en t o u m a i o r coefi c i ente d e variação, den tre os p arâme tros analisados, variando de O a 0,6%, com um total de 6,66(Yc) das amostras em desacordo com a legislação, tendo valores acima de 0 , 5 % . I sto pode alterar, levemente, os valores n u tr i t i v o e c a l ó r i c o das amos tras pesquisadas. No entanto, as amostras com res u l tados fora do recomen dado apresentara m apenas u m pequeno aumento de 0 , 1 %J. Contudo, esse res u l tado i nd i c a fa l h a n o p r o c e s s a m e n to industrial ou desnate, permiti ndo uma osc i l ação deste constituinte entre as amostras. Não há padrão no "Regul amento Técnico de rdentidade e Qual idade do Leite UAT" ( B rasil, I 996) para índ ice crioscóp i c o . Porém, 1 0% das amostras a n a l i s ad a s a p r e s e n t a ra m í n d i c e s crioscópicos mai ores q u e - 0 , 5 3 0oH ( recomen dado para leite cru ) , que poderia ser atribuído à incorporação aci dental de água, devido ao tipo de processamento do UAr. Andrioli et a ! . (200 1 ) observaram val ores adequados de cri oscopia em 5 0 a m o s tr a s de l e i t e U AT i n te g ra l , c o m e r cializado em Juiz de Fora (MG), o que indica a baixa ocorrência de fraude por adi ção de água em l e i te U Ar. As aná l i s e s q ua l i ta t i vas da p r e s e n ç a de form o l , p e ró x i d o de h i d rogên i o , s u b s t â n c i as alcal inas e amido foram negativas em todas as amostras . S e gundo Lamaita et a ! . ( 2 0 0 2 ) a pre s e n ç a d e s s a s s u b s t ân c i a s é i m p o r t a n t e d o ponto de v i sta de s a ú d e p ública, d e v i d o ao s e u consumo em produtos a l i mentícios e , também, por reduzire m a ati vidade de c u lturas l ácti cas utilizadas no processamento de produtos lácteos deri vado s . A atividade d a s enzimas fos fatase alcalina e l ac to p e ro x i d a s e fo i n e g a t i v a e m todas as amostras analisadas, indicando que o tratamento térmico ap l i ca d o fo i s a t i s fatório para i n a t i v ar essas enzi mas. 4 - CONCLUSÕES O lei te U AT desnatado comercializado e m B e l o H o r i z o n t e ( M G ) a p r e s e n t o u p eq u e n a s variações de seus parâmetros físico-q uímicos de inspeção, p r i n c i p al m e n te re l a c i onadas ao teor de gordura. A inexistência de uma legislação mais detalhada para o lei te UAT pode gerar algu mas dúvidas quanto à avaliação de alguns parâmetros rel acionados à q u a l i dade fí s i c o - q u í m i c a desse produ to . 5 - ABSTRACT The increasing production and consumption of UHT milk in Brazil makes important to search its q u a I i ty. lt has been also observed a h i g h er demand of consumers on low fat dairy products. The aim o f the present work was to inspect the c o mpos i t i o n and s o m e p h y s i c a l - c h e m i c a l pa rameters o f t h i s m i l k . T h i rty s a m p l e s were collected in the retail market and submitted to the following analysis: titratable acidity (OD) ; dens i ty at 1 5°C; fat, total sol ids and solids non-fat contents C1u ) ; cryoscopy ( OH ) ; d e t e c t i o n of p h o r m o l , hydrogen peroxide, alkaIine substances and starch; besides the evaluation of the alkal ine phosphatase and lactoperoxidase enzymes ac tivities. Resul ts di sagreeing to the official legis l ation were only detected for fat content (higher), titratable acidity (Iower) and cryoscopy (higher) in 6.66%), 3 3 .33(% and 1 0% of the samples. Those data show that the physical-chemical qual i ty o f the skimmed UHT milk sold in Belo Horizonte (MG) presents some vari a t i o n s , w h i c h s h o u l d be adj u s t e d by t h e industri es, mainly t h o s e related to 1'at content. Adul teration by i n h i b i tors, r e co n s t i tu t i o n substances a n d starch were not detected. Key words : skimmed UHT milk, physical chemical. adu l terations 6 - R E F E R Ê N C I AS B I B L IO G R Á F I CAS A N D R I O L I , A. S . ; F U RTA D O , M. A. M . ; V r LELA, M . A . P. ; M E U RE R , V. M . Padrões fí s i c o - q u í m i c o s de ident idade do l e i te " l o n ga vida" (UHT) comercializado na cidade de Juiz de Fora ( M G ) . Revista do Instituto de Laticín ios Cândido Tostes, Juiz de Fora, MG, v. 5 6 , n. 3 2 1 , p . 5 0 -54, 2 0 0 J . B RA S I L , M i n i st é r i o d a A g ri c u l t u ra , Abaste ci mento e Reforma Agrária. Portaria n°. 1 46, de 0 7 março de 1 9 9 6 . Regulam en tos Técn icos de Identidade e Qualidade dos Produtos Lácteos . Diário Oficial da União, Brasília, 1 1 de mar. 1 996. S eção I . p . 3 97 8 - 3 9 8 6 . B RA S I L . M i n i stério da Agri cu ltura P ecuária e Abas teci mento . Instrução Normativa n ". 2 2 . de 1 4 de abril 04 de 2 0 0 3 . Métodos Ana líticos Oficiais Físico-Químicos para Controle de Leite e Produ tos L á c teos. B ra s í l i a : M i n i s t é r i o d a Agri c u l tura, 2003 . LAMA ITA, H. c . ; HOTTA, J. M . ; VERAS. J. F. ; S I LVA, A. C. O . ; SO UZA, M. R.; C E R Q U E I RA, M. M. O. P. ; PENNA, C . F. A. M.; A L M EIDA, M. R . : MEN D E S , R. P. R. S egurança a l i mentar de l e i t e p a s t e u r i zado t i p o C b e n e fi c i ado e m M i n a s G e r a i s a v a l i a d o p o r p a r â m e tr o s Pág. 87 Pág. 86 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS microb i ol ó g i cos e fí s ico-q u í micos . R e vista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, MG, v. 57, n . 3 2 7 , p . 2 9 7 - 3 0 0 , 2002. P RATA, L . F. Leite UHT: solução ou problema? U ma aná l i s e d a s i tuação. Higiene A limentar, v. 1 2 , n. 54, p. 1 0- 1 5 , 1 99 8 . A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LATI C í N I O S C O E L H O , P . S . J . Qualidade físico-química e m icrobio lógica de leite UA T integral com ercializado em B elo Horiz o n t e , Min as Gerais. 2 0 0 0 . 3 7 f. D i s s ertação ( M es trad o ) Escola de Veterinária, U n i versidade Federal de M i nas Gera i s , B e l o Horizonte. AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA E SENSORIAL D E DOCES D E LEITE DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS Micro biological and sensorial analysis of "sweet condensed milk" from different origins Genske, P. M.I I mianovsky, U.2 Volkmann, H.2 Reiter, M. G . R.3 RESUMO No presente trabalho pretendeu-se aval iar microbiológica e sensorialmente a l gumas marcas de doce de leite do B rasi l e Argentina. A análise microbi ológica é i mportante e necessária para saber se os microrgan ismos presentes nas amostras estão de acordo com a Legisl ação B ra s i l eira e a do M e rc o s u l . F o ram pes q u i sadas bactérias patogên icas como Sal1110nella spp . , Staphylococcus coagulase posi tiva, bactérias ind icadoras como C l o s trídios S u l fito Reduto res e também contagem total de bactérias mesófi las e de bol ores e l evedur a s . As anál ises m icrob i o lógi cas foram de acordo com a APHA (200 I ). Para a análise sensor i a l , utilizo u-se a e s c a l a hedônica de 9 pontos. C a d a amostra foi ava l i ada por 42 degustadores não trei nados. De acordo com as análises microbiológicas, a única marca que se encontrou dentro dos padrões pre v i s t o s pela l eg i s lação ( RD C n a 1 2/0 I ) , é a T B R L . As demais se encontraram fora do padrão nas contagens de bolores e leveduras. Pela análise sensori al, veri ficou-se a preferência pela marca BFMS. seguida pela M B M U e ASNR, ou seja. amostras fora da legislação foram mais aceitas. Isto indica que existe risco à saúde pela não percepção sensorial do cres c imento m icrobiano. Pala v ras-c h a v e : doce de l eite, qual idade microbiológica, preferência sensoria l . 1 - I N T RO D U Ç Ã O O doce de l eite é um alimento obtido pelo cozimento de leite adicionado de sacarose, 2 3 g l i co s e e e v e n t u a l m e n t e a d i t i vo s , tais c o m o , aromatizantes, neutralizantes, e t c . E s t e adquire Acadêmica d e Farmácia d a Uni vers idade d e B l umenau . Acadêmicos de Mestrado/U FSC. ' " Pro t . D r . Depto. Ciências Naturais. Uni versidade de B lumenau. [email protected]. coloração, c o n s i stência e s a b o r característicos em fu n ç ã o d e reações d e e s c u re c i m e n t o enzi mático, s e n d o produzido e comerc i a l i zado principal mente na Argentina, B ras i l e U ruguai (FOOD INGRE D IENTS. 2 0 0 0 ) . Apresenta elevado v a l o r n u t r i c i o n a l p o r c o n t e r p roteínas e minera i s , além do conteúdo energético. É u m al imento menos perecível que o leite e d e grande acei tação sensori a l . No B ras i l , sua produção é fe i ta por peq uenas e gra n d e s empresas e s u a distribuição abrange todos os estados bras ileiros. C o m o a p r o d u ç ã o é, n a m a i o r i a d o s c a s o s , artesanal, ocorre um grande consumo energético sendo o processo descontínuo e demorado. Com isto, a qual idade do produto final dependerá da h a b i l i da d e d e q u e m o está p r o d uz i n d o . N a Argentina, foi desenvolvido e está sendo util izado o processo c o n t í n u o d e fa b r i c aç ã o . N e s t e , a p r o d u ç ã o o c orre em e v a p o ra d o r e s de fu n c i o n a m e n t o c o n t í n u o , c o n s u m i n d o men o s energia e fac i l i tando o contro le d o s padrões d e qualid ade (A LI M E NTOS E TECN O L O G I A. 2000) . O pri ncipal fator de conservação do doce de l e i te e s t á re l a c i o n a d o c o m a s u a b a i x a atividade d a água (Aa < 0 . 8 5 ) . Isto s e deve à alta concentração de s o l u tos neste prod uto ( FO O D IN GR E D I EN T S , 2 0 0 0 ; I L CT. 2 0 0 0 ) . Produtos agrícolas e de origem animal têm uma variedade de microrgan ismos sobre ou em seus organismos no momento da col heita/abate. O número e tipo desses m i c rorgan i s m o s que abrangem estes contaminantes primários variam de u m produto p ara o u t ro . A l g u n s p o d e m se mu l t i p l i c ar no a l i m e n t o c a u s a n d o d e t e r i o ra ç ã o . o u tr o s con s t i tu e m u m p e r i g o p a ra o h o m e m p o r causarem doenças tanto p o r infecções c o m o por i n tox i c a ç õ e s . O s t e c i d o s a n i m a i s e v e g e t a i s deterioram através d e vários processos, a maioria dos q u a i s e n v o l v e m i crorg a n i s m o s ( AP P C C , 1 997). A s principais fontes d e contaminação em a l i mentos são: a matéria-prima, onde a carga contaminante é muito variável . dependendo da na tur eza d o a l i m e n t o ; o a m b i e n t e , p e l a contaminação do ar em ambi entes fechados e c o n ta m i n a d o s ; p e s s o a l ( m ã o s , r o u p a s , b o c a , fossas nasais e p e l e ) , u m a d a s principais fontes de b a c t é r i a s p a t o g ê n i c a s e i n d i ca d o re s d e contaminação fecal ; equ i pamentos e utensí l ios, pelo acúmulo de nutrientes e u m i d ade q u e se transformam em fo c o s de contaminação, pois h á m u l t i p l i c a ç ã o i n t e n s a de m i c rorg a n i s mo s nestes locais. (quatro amostras) e em cidades fronteiras com a Arg e n t i n a ( u m a a m o s tra ) . As m e s mas fo r a m e n c a m i n h a d a s , n a s e m b a l agens p r ó p r i a s , a o s l a boratóri o s d e M i c ro b i o l og i a e d e An á l i s e Sensorial da Universidade de Blumenau. 2.1 - A n á l i s e m i c ro b i o l ó g i c a P a ra a a n á l i s e m i cro b i o l ó g i c a fo r a m realizadas d i l uições decimais até 1 0--\ das q u a i s s e i n o c u l a r a m m e i o s próp r i o s p a ra c a d a m i c rorgan i s mo pesqui sado. A s a n á l i ses m i c ro biológicas foram d e acordo c o m o Compendiul/l of Methods for Microbiological Examination of Fo ods d a A P H A ( 2 0 0 1 ) . F o ra m p e s q u i s a d a s b a c té r i a s p a t o g ê n i c a s c o m o StaphylococcllS coagulase posi tiva, Salmonella spp . e indicadoras como C l o s trídios S u l fito Redutore s , contagem total de bactérias mesófilas aeróbias e bolores e leveduras. 2.2 - A n á l i s e s e n s o ri a l Para a aná lise sensorial, a s amostras foram avaliadas segui ndo as orientações d e Anza ldúa M o ra l es ( 1 994 ) e Reiter ( 20 03 ) . U t i l i zou-se a e s c a l a h e d ô n i c a de 9 p o n t o s , v a r i a n d o d e " d e s g o s t e i extre m a m e n t e " ( n o ta 1 ) a " g o s t e i e x t re m a m e n t e " ( n o ta 9 ) . C a d a a m o s tra fo i aval iada por 42 degustadores não tre inados. A s amostras aval iadas foram cod i fi cadas para n ã o interferi rem n a s respostas n a aval iação (ASNR, BAUA, B F M S , M B M U e TBRL). 2.3 - Ava l i a ç ã o dos r e s u l t a d o s Os resultados foram avaliados p e l a anál i s e de variân c i a ( A N O VA 5 % ) e também c o m parando os val ores atribuídos p o r cada degustador discuti ndo cada parâmetro avaliado. - 3 - 3.1 R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O - A n á l i s e m i c ro b i o l ó g i c a A pesquisa d e Salmonella spp . e Clostrídios S u l fi t o R e d u t o res re v e l o u a a u s ê n c i a d e s t e s organismos e m todas as amostras. Com rel ação às contagens de StaphylococcllS spp . , a ú n i c a q u e não apresentou cresci mento foi a B FM S . A amos tra M B M U variou de 2 , O x l 0 1 a 1 7 , 7 x 1 0 4 U F C/g, e as amostras B A U A , T B R L e A S N R variaram desde a ausência até 3 Ox 1 o e ; 3 ,05x 1 0 4 e 1 , 1 x I 04 U F C/g, respecti vamen te. No entanto, nenhuma das UFC's i s o l adas reve l o u-se típica para Staphylococcus coagulase pos i t i va. Todas as marcas fo ram aprovadas, mas é i mportan t e , 2 - M AT E R I A L E M É TO D O S A s amostras d e doce d e leite foram adquiridas diretamente nos mercados consumidores no Brasil Pág. 88 Pág. 8 9 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS ressa ltar que al imentos submetidos a tratamento térmico, como no caso do doce de leite, após um p e r í o d o d e m a n u t e n ç ã o em c o n d i ç õ e s q u e permitam o cresci mento, podem não apresentar células viáveis de S. aurellS, destruídas pelo calor e , a i n d a a s s i m , con ter t o x i n as estafi l o c ó c i c a s , al tamente resistentes ao calor. Todas as marcas apresentaram crescimento de bactérias mesó fi las aerób ias, variando desde a ausência até 1 ,Ox 1 03 ( B AUA); 4 . 24x 1 04 ( M B M U ) e 6, 1 5 x 1 0 4 UFC/g ( A S NR), b em como contagens de 1 5 a 4 , Ox 1 03 ( B F M S ) e 1 0 a 3,Ox 1 04 U FC/g (TBRL). Dos valores encontrados n as contagens de leveduras, os maiores foram encontrados na B AUA ( I ,Ox 1 03 U FC/g), seguida pela M B M U ( 1 ,Ox 1 O} UFC/g), ASNR (75 UFC/g), TBRL (40 U FC/g) e a marca c o m menor c o n tagem foi a B F M S q u e apresentou apenas 1 5 U FC/g em apenas uma das rep e t i ç õ e s . A l e i tura de b o l o re s apresentou as seguintes contagens: 1 ,Ox 1 0.1 U FC/g, nas amostras B A U A , B F M S e A S N R ; 5 , 1 5 x I 0� U F C/g, n a M B M U e a amostra TBRL apresentou uma única contagem de 60 U F C/g. D e acordo com e s tas análises é possível observar que a T B RL é única marca que se encontra de acordo com a legislação, que estabelece um limite de 1 03 UFC/g para bolores e levedu ras . De acordo com a anál ise estatística, não e x i s t e m d i fe r e n ç as nas c o n ta g e n s d o s microrganismos n a s d i ferentes amostras. 3.2 - Análise sensorial Os resultados da anál i s e sensorial encontram-se no Gráfi c o I . N e s t e , podem s e r verifi cados os percentuai s de degustadores por nota para cada marca de doce de leite. Apesar de a anál ise estatística demonstrar que não ex istem diferenças entre as marcas, esta não é muito uti lizada nas indústrias onde se busca a maior acei tação possível. Analisando as aval i aç õ es d o s degus tadores s eparadamente é p o s s í v e l ob s ervar u m a preferên c i a d e fi n i da e d i s tinta entre as marcas. Dos degustadores, 3 4 atribuíram a n o t a 9 ( Gostei muitíss imo) para a s d i ferentes marcas, o n d e a M B M U apresentou a m a i o r p r e fe rê n c i a s e g u i d a p e l a B F M S , c o m 2 1 , 4 3 % e 1 9 , 0 5 % , re s p e c t i v a m e n t e . C o m r e l a ç ã o a o s d e g u s t a d o r es q u e a va l i aram a s amostras como Gostei m u i t o ( n o ta 8 ) , pode-se perceber que a B F M S , foi a p r e ferida por 23 degustadores (54,76%). A M B M U vem em seguida com 1 8 d eg u s tadores ( 4 2 . 8 6% ) e a A S N R apresentou 3 5 . 7 1 %) de preferênc i a . Já a B A U A e a TBRL apresentaram maior número de degustadores que a t r i b u í r a m nota 7 ( G o s t e i r e g u l a r m e n t e ) A N A I S DO XXI I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LATi C í N I O S ( 3 0 , 9 5 % ) . P o r t a n t o , é p o s s í v e l o b s ervar q u e houve uma maior preferência pela marca B FM S , seguida da M B M U e ASNR. A s outras amostras apresentaram valores distrib uídos entre as notas 3 e 9 , no caso de BAUA e TB RL, não podendo ser cons iderada como aceitabil idade. Wessler e Rei ter ( 2 0 0 3 ) , em trabalho sensorial x A n á l i s e Físico-química, c o m as mesmas marcas de doce de l ei te p es q u i sadas, observaram q ue a marca TBRL fo i preferida por 58% dos degustadores. Esta foi seguida pela B F M S ( 1 4%), ASNR (9%), M B M U (5(%) e BAUA, que não foi preferida por nenhum degustador. Esta di ferença está no fato de que no trabalho de Wessler e Reiter (2003) os degustadores eram trei nados, enquanto q u e no p r e s e n t e trab a l h o , fo r a m c o n s u m i d o r e s s e m hábito d e consumir o doce de l eite. G rá fi c o 1 - R e s u l tados d a aval i ação sensorial das amostras de doce de leite . microorganisms, and their numbers, in the sample are a c c o rd i n g to the l e g i s l a t i o n . P a t h o g e n i c bacteria s u c h as SalJ/lonella spp. a n d coagu lase pos itive Slaphy/ocOCCIlS, i n d i cator b acteria as sulphate reducer CloslridiuJ/I and total mesophilic bacteria and y e a s ts and m o u l d s c o u n ts were investigated . The microbiological analyses were accord i n g to APHA ( 1 9 9 2 ) a n d t h e s e n s o r i a l analysis used t h e hedonic scale of 9 points. Each sample was evaluated by 42 non-trained tasters. The microbiological analysis showed that only one sample, TBRL, fit the standards of the B razi l i an legislation. The other samples had hi gher counts than s tandard i zed for yeasts and m o u l d s . The sensorial analysis showed a preference for the brand BFMS, followed by M B M U and ASNR, meaning that the l eg i s l a t i o n u n fi t s a m p l e s had more acceptance. This means that a health risk exi sts by the non perception of the microbial growth. Ke y w o r d s : s w e e t c o n d e n s e d m i l k , mi crobi ological quality, sensorial preference. J:lJiL._. __ DBFMS ElMBMU DBAUA _.IiII ._c_.__._.__..J _.... 2 . IIlASNR ---,......__.,-----_._..._-_._._---_. -_...--' DTBRL R E FE R E N C I AS B IB L I O G R A F I C A S AL I M ENTO S E TECN O LO G I A . D o c e d e leite p ro c e s s o c o n tí n u o . n . 3 8 , 2 0 0 0 . A N Z A L D Ú A - M O RA L E S , A . L a e v a I u a c i ó n s e n s o ri a l d e l o s a li m e n t o s e n l a t e o r í a y l a práctica. Z aragoza: Acribia, 1 9 94. A P H A . American Pub l i c H e a l t h A s s o c i a t i o n . C o m p e n d i u m of M ethods fo r M i c r o b iologic a l E x a m i natio n of F o o d s . 4 t h E d i t i o n . Ameri c a n P u b l i c H e a l th Assoc i ation . Was h ington, U S A . 200 1 . 9 1 4 p . APPCC. Na qualidade microbiológica d e a l i m e n t o s . Tra d u ç ã o : D . A n n a Te r z i G i o v a ; Revisão Ci entífica: Eneo Alves da S i lva Jr. São Paulo: Varela, 1 99 7 . 3 7 7 p . D i á r i o O ficial da U n i ã o RDC n" 1 2 , de 02 d e j aneiro de 2 00 1 . FOOD I N GREDIENTS, Caderno d e tecnologia d e a l i m e n to s e b e b i d a s . M arço/abril 2 0 0 0 . I LCT I N S T I T U T O D E L AT I C Í N I O S C  NDIDO TOS T E S . Tecnologia d e fa b ri c a ç ã o d e d o c e d e leite. E PA M I G , 2 0 0 0 . REITER, M. G . R . Apostila d e análise s e n s o r i a l . B l ume n a u , 2 00 3 . W E S S LE R, V; R E I TE R , M . G. R . Ava l i a ç ã o s e n s o ri a l e fís i c o - q u í m i c a d e v á ri a s m a r c a s d e doce de leite e sua relação com a a ceita b i l i d a d e . B l u m e n a u : 2 0 0 3 . Traba l h o d e Concl usão de Curso, Universidade Regional d e B l umenau. 4 - CONCLUSÕES N e s te traba l h o p ô d e - s e c o n c l u i r q u e , d e acordo c o m a s anál ises microb iológicas, a única marca que s e e n c o n t r o u d en tro dos p a d r õ e s pre v i s tos p e l a l eg i s lação ( RDC n O I 2/0 1 ) , é a TBRL. Já as outras também estão de acordo com a legislação com exceção das contagens de bolores e leveduras, que apresen taram valores maiores que 1 03 U FC/g. O fato de não ter sido encontrado S. a llreus c o a g u l a s e p o s i t i v a n ã o e x c l u i a p0ssibilidade de nestes produtos estar presente a t o x i n a p ro d u z i d a p e l o mesmo. C o m r e l ação à anál ise sensorial, verificou-se a preferência pela marca BFMS, seguida pela M B M U e ASNR. Os res u l t a d o s m o s traram que a m o s tras fora da l e g i s l ação fo ram mais a c e i t a s que a a m o s tra TB RL, ú n i ca dentro dos padrões exigidos. I sto indica que existe risco à saúde pela não percepção sensorial do crescimento microbiano. DETERMINAÇÃO DE B ACTÉRIAS LÁCTICAS E AVALIAÇÃO SENSORIAL EM SORVETES DE IOG U RTE Lactic bacteria determination and sensorial analysis of frozen yogurt Gaio, A. F. 1 I mianovsky, U .2 Volkmann, H .2 Lopez, M.C. 3 Reiter, M. G. R.4 A B S T RA C T T h e present paper i n te n d e d to e v a l u a t e microbiologically a n d through sensorial analysis some brands of sweet condensed milk produced in Brazil and Argentina. The microbiological analysis is i mportant in o rder to know i f t h e 2 4 Acadêmica de Farmácia da Uni versidade de B l umenau. Acadê micos de Mestrado/UFSC. P r of " . Dra. Depto. Producción Ani mal y Ciencia y Tecno l ogia de A l i mentos. Universi dad Cardenal Herrera CEU, Va lencia, Espana. Prof" . D ra. Depto. Ciências N atura i s . Universidade de B l umenau . [email protected]. Pág. 90 Pág. 9 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATICíNIOS RES UMO A aromatização associada à combinação sensorial dos sorvetes mais os valores nutricionais, d i etéticos e terap ê ut i c o s d o i o gu rte formam o u dão origem ao sorvete d e i o gu rte. N o presente trabalho, através da pesquisa de Lactobacil/us s p . e StreptococCllS sp . , veri ficou se se as sobremesas de sorvete de i ogurte são real mente fabricadas com o i o gurte o u se apenas possuem o aroma e, determinado o n úmero de bactéri as p s i crófi l as aeró b i a s . As amostras foram tamb é m a v a l i a d a s organ o l ép t i c amente. A contagem total d e bactérias psicrófi l as aeróbias real i zou-se de acordo com a APHA (200 1 ) e a pesquisa de Lactobacil/us sp. e de StreptococcllS sp. segundo a AFNOR ( 1 978). Para a análise sensorial, as amostras foram aval i adas seguindo as ori entações de Anzaldúa-M o ra l e s ( 1 994) e R e i ter ( 2 0 0 3 ) . Através d a análise microbi o lógica, pode-se concluir que a s amostras não se encontram d e acordo c o m as orientações para iogurte da NYA, Legisl ação Espanhola e B rasi l ei ra, j á que não existe l egislação para sorvetes de iogurte. A avaliação sensoria l mostra que não existem p adrões e há ainda muito por pesquisar. Palavras-chave: sorvete de iogurte, StreptococCllS, Lactobacillus, anál i s e sensoria l . 1 - INTRO D U Ç ÃO o iogurte é resultado da fermentação de l eite por Lactobacilllls b lllgaricus e StreptococCllS ther/Jlophilus (AQUARONE et ai., 1 983). Há uma m a i o r p r o d u ç ã o d e a c e ta l d e i do ( co mp o n e n t e v o l á t i l m a i s i m p o r t a n t e n o s a b o r do i o g u rt e ) quando os L . delbrueckii subespécie bulgaricus cresce em associação com o S. ther17l0phillls (JAY, 2 0 05 ) . É um saudável a l i mento p e l o a l to teor protéico e baixo conteúdo l ipídico, mas há rejeição p e l o sabor e sua a c i dez ( S I LVA et ai., 2 00 1 ) . E x i stem muitos benefícios à saúde atri buídos à i n g e s t ão do i og u rte como a u m e n to da d i ge s tibil idade e do valor nutritivo d o l eite p o r si só; conteúdo reduzido da l actose, i mportante para a p o p u l a çã o i n to l e r a n te a l ac t o s e ; a u m e n t o d a absorção d e cálcio e ferro; control e d a composição da biota intesti nal ; inibição da multipl icação de m i crorgan i smos patogênicos no trato intestin a l ; d i minui também o nível d e colesterol no sangue (FORSYTHE, 2002). O sorvete é considerado uma sobremesa láctea, contendo proteínas, açúcares, gordura vegetal ou animal, vitaminas A, B I , B2, B6, C, D, K, c á l c i o , fós foro e o utros mi nera i s essenciais. É um compl emento a l imentar de alto valor nutri tivo, sem ser excessivamente cal órico (DAVIS e WILBEY, 1 980). Também é sensível a contaminações por agentes q u ímicos e fís i c o s , o r i u n d o s de matéri as-primas d e má q u a l i dade, falhas durante o procedimento, armazenamento, transporte e c o m e rc i a l i z a çã o . E s t e s agentes, dependendo do grau de contaminação, podem trazer sérios riscos à saúde dos consumidores, caso os fatores que constituem as etapas de processo de fabri cação não forem control ados ( P O RTUGAL et a i . , 2 0 0 2 ) . A aromatização a s s o c i ad a à combinação sensorial dos sorvetes mais os valores nutricionais, dietéticos e terapêuticos do iogurte formam ou dão origem ao sorvete de iogurte, que tem s abor d e l i cado e refrescante. c o n s i stênc i a s u a v e e cremosa ( S I LVA et ai. , 2 0 0 I ) . N a composição d o sorvete d e iogurte, cada fabricante tem uma fó rm u l a e s p e c i fi c a , em gera l . o s i ngred i entes maj oritários são i o g u rte, açúcar, frutas e estabi l izante s . Pode até c onter o u tros i n gr e d i e n tes como fru t o s e c o , aromati zantes, eduIcorantes e emulsificantes (DAVIS e WILB EY, 1 980). Esse produto se caracteriza pelo seu baixo pH que lhe confere um aroma de grande ac idez. E s t u d o s rec e n tes v ê m a p o n t a n d o a l g u m a s evidências sobre o p a p e l benefi cioso do iogurte na d i g e stão d a fi s i o l o g i a h u m a n a . Tem e fe i to reg u l ad o r n o s n í v e i s de c o l es te ro l , e fe i to anticarcinogênico, i n i b i ção de m i c rorgan i smos indesejáveis no TGI, dispon i b i l i dade de c á l c i o (GLAS ER, 1 992). 2 - M AT E R I A I S E M ÉT O D O S Foi feito um l evantamento da produção d e sorvete de iogurte no estado de S anta Catarina p ara a d q u i r i r as a m o s t r a s . A p e n a s c i n c o das empresas contatadas o fabricavam. As amostras fo r a m e n c a m i n h ad a s i m e d i at a m e n t e a o s l aboratórios de Microb iologia e Análise Sensorial da Universidade de B l umenau. As mesmas foram acondici onadas em emb a l agens própri as dentro de c a i x a s i sotérmicas e c o l o cadas em freezer, em cada l aboratório, até o mo mento da análise em no maxlmo I hora na M i crob i o l og i a e. na mesma semana, para a v a l i ação sensori a l . A N A I S D O XXI I I C O N G R E SSO N A C I O N A L D E LATi C í N I O S 2. 1 - Análise microbiológica s i m i l ar e s . Já c o m r e l a ç ã o a o s v a l o re s d a s c o n ta g e n s d e Lactoba cillus . c o m o p < 0 , 0 5 ( 0 , 0 1 2 0 ) i n d i c a a e x i s tê n c i a de d i fe r e n ç a s s i gn i ficativas entre as amostras . P e l o t e s t e d o c o n tr a s t e , p o d e - s e o b s e r v a r q u e o n d e s e c o mparou a amostra T M B , exi stem d i fe renç a s em re l a ç ão às c o n t a ge n s . Esta v a r i a ç ã o p o d e significar di ferença na avaliação sensorial quanto ao gosto ácido/amargo. Somando-se as contagens das b a c t é r i a s l á c t i c a s , n e n h u ma das amos tras e n c o n tra-se d entro d a recomendação d a N YA (National Yogh llrt Associatioll ) , 1 06 U FC/g n o produto acabado . Na Espanha, os níveis exigidos são de 1 07 UFC/g e no B ras i l não existem valores de referên c i a para sorvetes d e i o gu rte, porém em iogurtes , deve haver no mínimo 1 07 U F C/g de bactérias l ácticas. LOPEZ et ai. ( 1 996), em t ra b a l h o d e d o u t o ra d o , e n c o n t r o u n í v e i s superiores a 1 07 U FC/g nas amostras européias. Quanto aos p s icró fi l os , observa-se q u e não h á d i ferenças s i g n i ficativas entre as contagens d o s d i ferentes d i a s ( 6 ° , 1 0° e 1 5°). mas s i m entre a s a m o s tras . P e l o t e s t e d e contraste, observa-se q ue a amostra diferente é a TMB. Isto confi rma os resultados dos Lactobacilllls, uma vez que estes se encontram den tro desta contagem geral . Foram real izadas dilu ições decimais até 1 0' das quais se inocularam meios própri os para p esq u i sar os m i c ro rg a n i s m o s de i n tere s s e . A con tag em total de bactérias psi crófi l as aeróbias rea l i z o u - s e d e a c o r d o com Comp ell diu/JI of Jvfeth ods for Microb iological Exam illa tion of Foo ds d a A P H A ( 1 9 9 2 ) . A p e s q u i s a d e Lacto bacil/lls s p . e d e Streptococcus s p . fo i segundo o " M étodo O fi c i a l Francês, A F N O R" ( 1 978). 3, 2.2 - Análise sensorial Para a análise sensoria l . a s amostras foram avali adas segu indo as orientações de Anzal dúa Morales ( 1 994) e Reiter (2003) . Os testes foram Perfi l de características e Escala Hedôn ica. As amostras ava l i adas foram c o d i fi c adas para não interferirem nos resultados na hora da avaliação. Os códigos foram: AMT, KFD, PVE, PRT e TMB . 2.3 - Ava l i a ç ã o d o s r e s u l t a d o s Os resul tados foram aval iados p e l a análise de vari â n c i a ( A N O VA - 5%) e também com parando os v a l ores atribuídos por cada degus tador discuti ndo cada parâmetro avaliado. 3.2 - Análise senso rial Considerando a aná l i s e sensoria l , pode-se v e r i fi c a r que as n o ta s atri b u í d a s for a m b e m defin i das e distintas entre as marc a s . As notas variaram de 1 a 9 seguindo a esca l a hedôni c a . Dos aval iadores q u e atribuíram a nota 9 (Gostei M u i t í s s i m o ) , 6 esco l heram a amostra P RT e a TMB. Em relação aos que avaliaram as amostram c o m o G o s t e i M u i t o ( n o t a 8 ) , a a mo s tra P RT n o va m e n t e a p a r e c e u em d e s ta q u e , c o m 8 d e g u s tadores, s e g u i d a p e l as amos tras T M B e K F D , c o m 7 . E s ta s a v a l i a ç õ e s m o s tram a preferêncra p e l a P RT e em segunda opção as TMB e KFD. A amostra AMT obteve 3 9, 1 3% de Gostei Ligeiramente. Esta não obteve uma boa acei tação . A amostra PVE obteve val ores entre 2 e 9, n ã o p o d e n d o s e r c o n s i d er a d a c o m o 3 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O 3.1 - Análise m icrobiológica Partindo-se d o pri nc íp i o q u e os s orvetes de iogurte foram fabricados a partir de iogurte, e s p e ra v a - s e e n c o n trar L a ctobacilllls s p . e StreptococCllS sp. nas amostras pesquisadas. As c o n t a g e n s de L a ctoba cillus e StreptococCllS encontram-se na Tab e l a I . Pelas análises estatísticas das contagens de StreplococCllS, como p > 0,05 (0,0546), não há diferenças significativas nas d i ferentes amostras. significando q u e em todas as contagens foram Tabela I - Contagens d e StreptococclIs e Laclobacillus n a s diferentes marcas d e sorvete d e i ogurte. U FC/g Código AMT KFD PVE P RT TMB Strepto c o C C lIs L a ctoba cillus To tal 3 , 5 x 1 04 5 ,4 4 x l 03 2 , 5 x I 04 4 , 6 9 x 1 04 8 , 1 4 x 1 04 3 , 7 8 x l 03 7 , 4 x 1 03 7,4x l 0� 9 , 5 2 x I 02 1 3 , 8 7 x 1 04 1 , 2 8 x 1 04 2 , 5 7x 1 0 4 4, 7 8 x 1 04 1 05 Pág. 92 digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 93 ANAIS DO XXIII CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS a c e i tabi l i d a d e . N o Perfi l de caracte rísticas foram ava l i ados os parâmetros de aparê n c i a , te x tura, s abor, o d or e cor. As notas n este te ste vari aram de O a 5. A ava l i ação foi rea l i zada por d egustad ores tre i nados. Es tes res u l tados podem ser o bservados no G ráfi c o I . E s t e t e s t e c o n fi rm a a p re fe rê n c i a . d i s c u t i d a a n t e r i o r m e n t e , p e l o P RT, s e n d o o ú n i c o q u e obteve sabor 5, maior n ota atri b u í d a . A P V E , q ue obteve a p i or aceitabi I i dade, a p r e s e n ta as c aracterí s t i c as d e c o r e a p arê n c i a c o mo n o t a 5 . I s t o p o d e s e r e x p l i c a d o e m fu n ç ã o d e s e rem atributos a v a l i a d o s a n t e s d e "provar" o produto. A a v a l iação d o s a b o r , segundo c o me n t á r i o s nas fi chas de aval i aç ão , d ev e m-se aos gostos á c i d o e amargo , o q u e d i m i n u i em m u i to s u a nota. O gosto n ã o foi d e v i d o aos LaclObacillus, provavel men te A N A I S D O X X I I I C O N G R E SSO N A C I O N A L D E L ATI C í N I O S characte ri s t i c s e v a l u ated . The n u mber of aero b i c psychro p h i l e bacteria was d e t e rm i n ed a c c o rd i n g to A P H A ( 1 9 9 2 ) e the i n ve s t i g a t i o n o r Lac(obacilllls s p . and S" I'epIOCOCCIIS s p . fo l l o wed A F N O R ( 1 9 7 8 ) . The o r i e n ta t i o n s 0 1' A n z a l d ú a M ora l e s ( 1 9 9 4 ) a n d Re i ter ( 2 00 3 ) per form t h e s e n so r i a l a n a l y s i s . B y m i c rob i o l o g i c a l a n a l y s i s , it c o u l d t h a t n o n e 0 1' t h e s a m p l e s m e t l e g i s l a t i o n s . The s e n s o r i a l a n a l y s i s s h o w s t h a t t h e re i s a l o t t o r e s e a r c h a n d t h a t t h e r e a r e n o s t a n d a r d s for the prod u c t i o n . Keywo r d s : frozen y o g h urt, S'treplOcocclIS, Lactobacillus , s e n s o r i a l a n a l y s i s . Grafico 1 - Perfil d e C aracterí s t i c a dos s orvetes A N ZA L D Ú A - M O RA L E S , A . Análise sensorial. Ed i tora A c ri bi a . Zaragoza. 2 0 0 I . A P H A . A m e r i c a n P u b l i c H e a l th A s s o c i a t i o n . OR -+- TMB : PRT '"'*- PVE - RESUMO O o bj e t i v o d e s te t ra b a l h o fo i a n a l i s a r 5 0 a m o s tras d e q u e ij o " M o z z a re l l a " d e b ú fa l a , p rov e n i e n tes d e d i v e r s o s e s t a b e l e c i m e n tos l o c a l i z a d o s n a c i d a d e d e S a l v a d o r , d u r a n te o período de o u tu bro de 2 0 0 I a março de 2 0 0 2 , no Laborató r i o de I n s p e ç ã o e Tec n o l o g i a de C O ll1 p r e n d i u m of m et h o d s fo r the m i c r o b i o l o g i c a l e x a m i n a t i o n o f fo o d s . 4 1h APARENCLA 5 4 Cristiane BomfimVieira1 Maria Helena Silva2 Nilton Manoel de Jesus3 Jessé Batista Palma4 Adriano Leão da Silva Caetano5 N elson de Carvalho Delfino6 Jaqueline Araújo Freire de Alcântara7 standards 01' N YA a n d the S p a n i s h a n d Braz i l i an REFERÊN CIAS B I B L I OGRÁFI CAS SABOR Microbiolog ical Evaluation of the Ch eese " M ozzarella" of Buffalo Commercial ized i n the Market of Salvador were u s e d t o m e a n s 0 1' the be concl uded t h e y o g h u rt deve-se à a d i ç ão de a l g u m i n gred i en te . d e i ogurte. AVALIAÇÃO M ICROBIOLÓGICA DO Q U EIJO " MOZZARELLA" D E B ÚFALA COM ERCIALIZADO NO M ERCADO DE SALVADOR ' CONCLUSÕES P o d e - s e c on c l u i r q u e o s re s u l ta d o s m i c r o b i o l ó g i c o s o b t i d o s n ã o e s t ã o d e a c o rd o c o m a s o r i e n ta ç õ e s p a r a i o g u rte d a N YA , n e m con forme a L e g i s l ação d a Espan h a e d o Bras i l . A a v a l i a ç ã o s e n s o r i a l m o s tr a q u e a i n d a h á m u i to p o r p e s q u i s a r p a ra m e l h o r i a d a q u a l i d ad e d o s s o rv e t e s el e i o g u rt e . N ã o h á p a d rõ e s , n e m ed. Wa s h i n g ton : A P H A , 2 00 I . 8 9 p . A Q U A R O N E , E . ; L I M A , U . A ; B O RZ A N I , W . D a i r y M i c ro b i o l ogy, 1 9 8 0 . 4 1 p . FO RS Y T H E , S . .I . M i uobiologia d a segurança D a i ry M ag az i n e , 1 9 9 2 . 6 0 p . J AY, M . J . M i c r o b i o l o g i a d e a l i m entos. 6 e d . P o rt o A l e g r e : A r t m e d . 2 0 0 5 . 7 1 1 p . LOP EZ, M . C . Dinâmica d e poblacion A BS T R A C T Repu blique Française de 4 J a n v i e r. n u tri t i on a l , d i e tet i c a n el therape u t i c v a l u e s 01' the M i n i stere de I ' ag r i c u l t u r e , P a r i s , 1 9 7 8 . P O RT U G A L , J . A . B . e t a ! . S e g u r a n ç a ali mentar na cadeia d o leite. Juiz de Fora: s p . a n d S" I'eplOCOCcllS s p . , t r i e d to d e t e r m i n e sensorial. 2003. determ i n e d t h e n u mb e r 01' a e ro b i c p s y c h ro p h i l e b a c t e r i a a n d t h e s a m p l e s h a d th e i r orga n o l e p t i c d e S a l v a d o r. O s re s u l t a d o s d e m o n s t rara m q u e d u a s ( 4 'Y., ) d a s a m o s t ras , não a t e n d e m a l eg i s l a ç ã o v i gente c o m re l ação a c o l i formes , tendo em v i s ta q u e a pres e n ç a desses urga n l s ll10s i n d i c a c o n d i ç õ e s h i g i ê n i c o -san i tá r i a s i n ad e q u a d a s . a l i m entar. P o rt o A l e gre : A rt m e d , 2 0 0 2 . 4 2 4 p . G L A S E R , H . L i v i n g b a cteri a i n y o g h u rt a n d o t h e r fe r m e n t e d ll1 i l k p ro d u c t s . F l o r i d a : d é n o m b r e m e n t d e l a fl ore s p é c i fi q u e d u y a o ur t ou yogourt. Journal O ffi c i e l d e la w h e t h e r t h e fro z e n y o g h u rt d e s e rt s s o l d i n t h e r e g i o n are re a l l y m a d e o u t o f y o g h u rt O I' o n l y p o s s e s s i ts a r o m a . B e s i d e s t h a t , i t w a s a l s o l O> N M P/g, de < 1 0 a 9 , 6 x 1 04 U FC/g, de < l O a 2 , 2 x 1 05 U FC/g, de I x l O) a 2 ,7 x 1 0 5 U FCI g e d e 1 , 8 x 1 0> a 2 , 9 x 1 05 U F C/g, para c o l i formes tota i s , b a c t é r i a s termófi l a s , b a c té r i a s p s i c ro tró fi c a s , bacté r i a s aeró b i as mesó fi l as e b o l o res e l e v e d u ras, res p e c t i v a me n t e . A pesar d a l e g i s l aç ã o fed e ra l a t u a l n ão fazer re ferê n c i as a e n u meração de bacté rias aeró b i a s mcs ófi l as, b o l o res e l e v eduras, essas a n á l i ses foram re al izadas para se ter u m perfi l h i g i ê n i c o-s a n i tário d as a mo s tras d e q u e ij o " M ozzare l l a" el e b ú fa l a , c o m e rc i a l i zadas na Região M e trop o l i tana 2 2 7 p . ( S é r i e B i o t ec n o l o g i a ) . D AV I S , .I . G ; W I L B..E Y, R A . M i uo b i o l o gy o f c r e a ll1 a n d d a i ry' d es s e r t s . L o n d o n : E d i t o ra l eg i s l a ç ã o para o s me s m o s . y o g h u rt fo r m t h e fro z e n y o g h u rt . T h e p re s e n t papel', thro u g h t h e i nv es t i g a t i o n 01' Lactobacilllls 4 A l i m e n t o s e b e b i d a s p ro d u z i d o s p o r fe r m e n t a ç ã o . S ã o P a u l o : E . B l u c h e r , 1 9 8 3 . m i c ro b i a n o e n h e l a d o s d e y o gu r . I n fl u e n c i a e n l a v i d a u t i l , C o r d o b a , 1 9 9 6 . Te s e d o utorado. A F N O R . M é t h o d e o fi c i e l I e d ' a n a l y s e pour l e T h e asso c i a t i o n o f aroma together w i th the s e n s o r i a l c h a r a c t e r i s t i c s 0 1' i c e c r e a m s a n d L e i te e D e r i v a d o s da E s c o l a d e M e d i c i n a Ve te r i n á r i a d a U n i v e rs i d a d e F e d e r a l d a B a h i a . Foram rea l i zadas as c o n tagens d e bactérias mesófi las aeró b i a s , bactérias termófi l a s , bactérias p s i c r o t r ó fi c a s , b o l o r e s e l e v e d u ra s e c o l i fo m e s to t a i s d e a c o rd o c o m a m e t o d o l o u i a p rec o n i z a d a p o r B RA S I L( 1 9 9 1 / 1 9 9 2 ) . Os re s u l tados das a n á l i s es v a r i aram d e < 0 , 3 a 1 , x P a l av ras-c h av e : mozzare l l a , b ú fa l a , a v a l i a ç ã o m i c r o b i o l ó g i c a . I Va r e l a , 2 0 0 I . 5 8 p . INTRO D U ÇÃO A e x p l oração d o s b u b a l i n o s para a produção d e l e i te é uma a t i v i d a d e q u e tem c r e s c i d o nos ú l t i m o s a n o s no B r a s i l , p a r t i c u l a r m e n t e n o s Estados d a r e g i ã o S u d e s t e . N essa reg i ã o , o l e i te cIesses a n i m a i s de d u p l a a p t i d ã o é d e s t i n a d o , q uase na s u a t o t a l i d a cI e , à p r o d u ç ã o el e q u e ij o t i p o " M ozzare l l a " , q u e t e m merc a d o assegur a d o com E PA M I G , 2 00 2 . 2 2 6 p . R E I T E R, M . G . R . A postila d e a u l a , análise S I LVA , N . ; J U N Q U E I RA , V . C . A . ; S I LV E I R A , N . F. A . M a n u a l d e m é to d o s d e a n á l i s e m i c r o b i o lógica d t a l i m entos . 2 e d S ão P a u l o : - 2 4 5 6 7 preços c o mp e n s a t ó r i o s A s s i m , a c r i aç ã o d e b ú fa l os pode tornar-se boa fo nte d e renda para o prod u to r , d e s t a c a n d o - s e c o m o o p ç ã o p a ra a q u e l a s re g i õ e s o n d e os b o v i n o s a p r e s e n t a m b a i x a e fi c i ê n c i a prod u t i v a ( M A C E D O , 2 0 0 I ) . N a t e c n o l o g i a trad i c i o n a l i ta l i a n a , o l e i te c ru i n tegral é i n ocu l ado c o m u m a c u l tura starter Médica Veteri n á r i a . P ro fessora do Departa mento d e Me d i c i na Veterinária Preve n t i va , da E s c o l a de M e d i c i n a Vete rinária/ U F B A . B i ó l ogo da E s c o l a de M e d i c i n a Ve teri nária/ U F B A . Professor d o I ns t i t u t o de M a temáti caiU F B A . Prot'. do Departamento d e Produção A n i m a l , d a Esc o l a d e M e d i c i n a Ve teri nária / U F B A . M é d i c o Ve teri nário. Q u ím i c a E s c o l a de M e d i c i n a Veteri nári a/ U F B A . 94 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 9 5 ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATICíNIOS ( l l) � 3 ) e C O P P O L A natural para, segundo A D D EO & C O P PO LA cf a i . ( 1 9::\ t: ) , c o r r i g i r a a c i d e z t o t a l em 1 0 g r a u s S H ( S o x t h l e t- I-I en ke l ) . A pós a c o a g u l a ç ã o , c o rtes s u c ess i v os s ã o fe i t os estab e l e c i mentos va rej i s tas da c i d a de de S a l vador B a h i a , tendo s i d o p r o c e s s a d a s e m d l re re nt e s d i a s , o b te n d o - s e a s s i m a m o s t ra s d e l o te s na c o a l h a d a de t e m p o s em te m p o s , até q u e a m a t u r a ç ã o se c o m p l e t e ( C I T R O , 1 9 9 3 ) , o soro e x p u rg a d o é e n tão r e mo v i d o p a r a , e n tre o u t ros, d i s t i n to s . A s a mo s tras fo ram a c o n d i c i o n adas e m c a i x a d e i s o p o r c o m g e l o , s e n d o i me d i a t a m e n te t r a n s p o r t a d a s e a n a l i s ad a s n o L a b o r a t ó r i o d e c o l oc ar n o l e i te d a fab r i c aç ão do dia segu i n te . A I n sp e ç ã o e Te c n o l o g i a d e L e i te e D e r i v a d o s d o Departamento de Medicina Ve t e r i n á r i a Preven t i v a d a Esc o l a d e M e d i c i n a Vete r i n ár i a d a c o m p l e x a a t i v i d a d e b i o q u í m i c a da m i c ro b i o t a n a t u r a l d u ra n t e e s t a fa s e t e m s i d o a p e n a s " M o z z a r e l l a " d e B ú ra l a . c o l e t a d a s d e v á r i o s p a rc i a l m e n t e caracterizada ( A D D EO & C O P P O L A , 1 9 8 3 ) , s e n d o de g r a n d e i mportâ n c i a o d e s d o b ra m e n t o d a l a c t o s e e a c o n s e q ü e n t e Universidade Federal da Bahia. Sendo i me d i a ta m e n t e a n a l i s ad as d e a c o r d o c o m a s técn i c a s pre c o n i zadas p e l o Laboratório N ac i o n a l ac i d i fi c ação da c o a l h a d a para q u e h aj a s u fi c i en te c o n ve r s ã o d o p a ra c a s e i n a t o d i c á l c i co e m d e Re fe rê n c i a A n i ma l - ( B RA S I L , 1 9 9 1 / 1 9 9 2 ) p a r a c a s e i n a to m o n o c á l c i c o d u r a n t e a fi l a g e m 3 ( C h a p m a n c f a i . 1 9 8 1 aplld C O P P O L A e f a i . , 1 9 8 8 ) . O s i s t e m a d e p r o d u ç ã o b r a s i l e i ro é a n á l o go ao i ta l i a n o . P E T RA C C A c f a i . ( 1 9 t: 3 ) , e l a b o ra ra m u m e s t u d o p a ra e v i d e n c i a r a s c a ra c te r í s t i c a s m i c r o b i o l ó g i c a s d e m u z a re l l a t i p o m o l i s a n e , prod u z i d a c o m l e i te c r u e c o m l e i te paste u rizado, s u g e r i n d o q u e a p a s te u r i z a ç ã o d e v e s e r e s t i m u l ad a , t e n d o e m v i sta a s i t u a ç ã o h i g i ê n i co s a n i tá r i a d e e x tre m a p r e c a r i e d a d e da p r o d u ç ã o de l e i te n as fazendas d e g a d o b o v i n o , loc a l i zadas na p r o v í n c i a de M o l i s e , t e s t e m u n h a d a p e l a e l e vada ca rga m i c ro b i a n a p res c n te neste pro d u t o . N o Bras i l , poucos são os t rabal hos sobre () l e i te de b ú fa l a e a i n d a e s tão em m e n o r n ú mero as p e s q u i sas sobre seus d e r i v a d o s . Não obstante, a fabr i c ação deste t i p o d e q u e ij o a i n d a é artesan al , e n v o I v e n d o m a n i p u I a ç ã o e m v á r i a s fa s e s d o pro c e s s a m e n t o e p o r t a n t o , e xp o n d o - o à s con seq ü ê n c i as d as más p r á t i cas d e pro d u ção q ue p o d e m o r i g i n ar a red u ç ã o d o t e m p o d e c o n s e r v a ç ã o d o p r o d u to a t é o s e u c o m p r o m e t i m e n t o h i g i ê n i c o - s a n i tá r i o . tota l E n treta n t o , as p e q u e n a s fá b r i c a s , c o m o é o caso das q u e produzem " M ozzare l l a" de b ú t'a l a , represe nt a m papel i mportante n a proposta de o t i m i z a r a p rod u ç ã o d e a l i m e n t o s , q u a n t i ta t i v a e q u a l i ta t i va m e n t e a q u i n o B ras i l . D i a n te d o e x p o s t o , e s t e t r a b a l h o t e v e c o m o o bj e t i v o v e r i fi c a r a q u a l i dade mi crob i o lógica da " M ozzare l l a" d e b ú fa l a c o me rc i a l izada n o v a rejo de S a l v a d o r - B a h i a , v i s a n d o t r a ç a r o p e r fi l - R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O N e ste t r a b a l h o , o s r e s u l tad o s d a s a n á l i s e s d e 5 0 a mo s t r a s d e " M o z z a r e l l a " d e b ú fa l a v a r i a ram d e < 0 . 3 a 1 ,4 x l O) N M P/g, d e < 1 0 a 9 , 6 x 1 04 U FC/g, de < I O a 2 , 2 x 1 0" U FC/g, de I x 1 03 a 2 , 7 x l O " U FClg e de 1 , 8 x 1 0) a 2 , 9 x l O" U F C/ g , respe c t i v am e n te p a ra c o l i fo r m e s t o ta i s , b a c t é r i a s t e r m ó fi l a s , b a c t é r i a s p s i c r o t r ó fi c a s , bactérias aeró b i a s mesófi las e b o l ores e l eveduras, resp e c t i v a m e n t e . O s r e s u l t a d o s d a s c o n ta g e n s . e x c e t u a n d o - s e c o l i fo r m e s t o ta i s , a p r e s e n taram se e m m a i o r freq ü ê n c i a n a fa i x a de 1 04 e 1 (/ N a d e t e r m i n a ç ã o d e c o I i fo r m e s t o 1 a I S observou-s e q u e das 50 amos tras a n a l i sadas ape nas d u as ( 4'Yo ) não a tend i a m a l e g i s l aç ão v i gellle ( B RA S I L , 2 0 0 1 ) . Os res u l ta d o s e n c o n t rados são s u p e r i o r e s aos a c h a d o s p o r O L I V E I R A e f a l . ( 1 9 9 8 ) , n a r e g i ã o n o rd e s t e n o E s t a d o d e S ão P a u l o . A p re s e n ç a d e u m a l t o n ú m e r o d c c o l i fo r m e s t o t a i s s u g e r e a fa l t a d e c u i d a d o s h i gi ên i cos nos p r o c e d i men tos d e obten ção d o l e i te c r u e/o u m a n i p u l ação i n adeq u a d a durante o p r o c e s s a m e n t o do q u e ij o , j á q u e e s s e s m i cr o r g a n i s m o s p o d e m p ro v i r de v á r i a s fo n t e s , t a i s c o m o s o l o , e s te rc o , á g u a , ra ç ã o . Em rel a ç ã o as b a c t é r i a s p s i c ro tróficas o b s e rv a - s e q ue e s s e s mi c ro rgan i s mos p rod uzem e n z i m a s t e r m o rre s i s te n te s q u e p od e m c o m p r o m e t e r a q u a l i d a d e e a v i d a - d e - p r a te l e i ra d o l e i te e s e u s d e r i v ad o s t e n d o e m v i s t a q u e e s tas san i tário, proporc i onando i n formações e n z i mas d e g r a d a m p r o te í n as e l i p í d e o s d o l e i te , c o m p r o meten d o a p rod u ç ão d e q u e ij o s e o u tros d e r i v ad o s ( M AT H I E V, 1 9 8 5 ) . t é c n i c a s aos p r o d u t o r e s e à s a u t o r i d ad e s competentes, para q u e se possa assegura r a q u a l i dade do prod u to o fere c i d o ao c o n s u m i d o r. No caso de produtos fermentado s , tais como q u e ijos, a pop u l ação mi c ro b i a n a pode ser e l evada, q uando por ad i ção da cu l tura "sta rter" ( I O� - 1 03 ) 2 d ur a n t e o p ro c e s s a m e n t o , j u s t i fi c a n d o a i n e x i s tênc i a de padrão para con tagem de bactérias me s ó fi l a s n e s s e p r o d u t o , e m b o r a , são t a m b é m h i gi ê n i c o - M AT E R I A L E M ÉTO D O S N o período d e o u tu bro d e 2 0 0 I a março d e 2 0 0 2 for a m i n v e s t i ga d a s 50 amos tras d e q u e ij o i n d i c ad o res h i g i ê n i c o s . A c o n tagem e l e vada des tes m i c rorga n i s mos pode indicar ra l h a s no A N A I S D O X X I I I C O N G R ESSO N AC I O N A L D E LAT i C í N I O S s a m p l e s 0 1' c h e e s e " M o z z a r e l l a " o f b u rfa l o , pro c essa m e n t o d o s a l i m e n to s o u c o n t a m i n a ç ã o ambiental d u ran te a man i p u l ação e também o fi m da v i d a de prate l e i ra de um p r o d u to ( PA D R à O , 2 00 1 ; CO R B I A cf ai. , 2 0 0 1 ) . C o m re l a ç ã o a o s b o l o r e s e l e v e d u ra s o s res u l tados s ã o s e m e l h a n tes aos e n c o n trados p o r N I C O L A U c f a i . ( 2 0 0 I ) e m G o i ú s , o s él u tort.;s re l a t a m que a p e s a r el a i n e x i s t ê n c i a d e p a d rã o n o rma t i v o n a l e g i s l a ç ã o v i g e n t e . u n ú m e ro c1 e bolores e l e ved u ras é u m i n d i c a d o r d e q u a l idade c o m me rc i a l i z ed i n t h e R e g i o n M e t r o p o l i ta n o f S a l vador. T h e res u l ts h a cl d e lllonstratecl t h a t two ( 4 'Yo ) of the s a m p l e s , d o n o t take care of t h e c u rrc nt l a \\ \V i t h regard to c o l i ro rm s , i n v i e w 01' l h a t the pre s e n c e 0 1' t h e s e o r ga n i s l11s i n d i c a t e s i n a cl e q u él te h y g i e n i c a l - s a n i t a ry c o nc l i t i o n s . Keywo rds: m o z z a re l l a . l11 i cro b i o l o g i c a l e v a l u a t l o n . dos pro d u t o s a l i m e n t í c i o s . 4 - 6 CONCLUSÃO - b u lTa l o . R E F E R Ê N C I A S B I B LI O G R Á F I C AS Os res u l tados o b t i d o s demon straram q u e d as A D D E O , F ; CO P P O L A , S . A sp e t t i te c n o l o g i c i e m i cro b i o l o g i c i d e l l a t ra n s fo r m a z i o n e d e i l a t t e c i n q ü e n t a a m o s t r a s a n a l i s a d a s ( I O O{Ycl ) a p e n a s de b u fa l a i n 1110zzare l l a e r i c o tta. Latte, v. 8 , p . duas (4% ) s i tu a ram-se fora d o s padrões v i ge n tes, sendo que t a i s a c h a d o s s u g e r e m a q u a l i d a d e i n adeq u a d a d a s m a té r i a s p r i mas e/ou c o n d i ç ões 7 0 6 -2 2 , 1 9 8 3 . B RA S I L M I N I S TÉR I O DA A G R I C U LT U RA DO A BASTEC I M E N TO E D A R E FO R M A A G RA R I A i mprópri as d e p r oc e s s a m e n t o e e s to c a g e m . H á n e c e s s i d a d e d e u m e fe t i v o c o n t r o l e h i g i ê n i c o -s a n i t á r i o , p r i n c i p a l m e n te n a o b te n ç ã o - Laboratório d e Refe rê n c i a A n i m a ! . M étodos d e do l e i te , t ra n s p o rt e , a m b i e n t e d e p ro d u ç ã o d o q u e ij o , o p e ra d o re s e u t e n s í l i o s , e m fu n ç ã o d o proces s o d e fa b r i c a ç ã o d e s te q u e ij o a i n d a s e r B RA S I L. S e c re ta r i a d e V i g i l â n c i a S a n i tá r i a d o M i n i stério d a S a ú d e . R e s o l u ç ã o R D C n° 1 2 , d e 2 d e j a n e i ro de 2 00 1 . A prova o R EG U L A M E N TO artesana l , e x i gi n d o porta n to , m u i ta man i p u l aç ã o , o que pre d i s põe o prod u t o fi n a l á c o n t a m i n an tes oriundos d o l e i te e que, o c a s i o n a l me n t e , podem OS PA D R Õ E S T ÉC N I C O SOBRE M I C R O B I O L Ó G I C O S PA R A A L I M E N T O S . Padrões M i crob i o l ó g i c os S a n i t á r i os para afetar a saúde do c o n s u m i d or. A l i men tos - A n e x o I . D . O . lJ . , B ras í l i a _. D F, d e 1 0 de j a n e i ro d e 2 0 0 I . C I T RO , A . C u rso d e fa b ri cação d e l11ozza rel l a . análise SUM MARY a l i m entos. whey c u l t u rc s u t i l i z e s as s ta rtc rs i n t h e ma n u fac t u re 0 1' M oz z a rc l l a c h e c s e I'ro lll \V a t e r b u lla l u m i l k . L a i t , \ . 6 � , p . 2 lJ 5 - 3 I U , I n � CO RB I A , A . C. G . ; N A S C I M E N T O , M . G . F. d o ; N A S C I M E N T O , E . R . do; L l G N O N , G. B . Pesq u i s a d e L isfcria lIl on o(J'logencs e c o n t ag e m I nspection a n d Te c n o l o g y 0 1' m i l k a n d De rivati ves 0 1' t h e S c ho o l 0 1' Vete r i n a r y M ed i c i n e 0 1' t h e F e d e r a l U n i v e r s i t y 0 1' t h e B a h i a . T h e cOll n t i n gs h a d b e e n c ar r i e d t h r o u g h o f a e ro b i cs lll e s o p h i l e s b a c t e r i a , t h e r m o p h i l e s b a c te r i a , p s y c h r o p h i l e s b a c te r i a , t o t a l mo u l d a n d y e a s t s total e m p l acas de mesófi l os no q ue ij o t i p o M i n a s Cre s c a ! . R. B ra s . Med. Vet., v. 2 3 , n . 2 , p . 7 2 7 5 , 2 00 1 . M A C E DO , M . P. ; W EC H S L E R, F. S . ; RA M O S , A . A . ; A M A R A L , J . B . ; S O U Z A , J . c . ; R E S EN D E , a n el c o l i fo r m s in accordance w i th t h e m e t h o d o l o g y s u g g e s t e d fo r B R A S I L ( 1 9 9 1 / 1 9 9 2 ) . T h e re s u l t s 0 1' the a n a l ys e s h a d v a r i e d o f <0 . 3 t h e 1 . 4 x 1 03 N M P/g, 0 1' < 1 0 t h e 9 . 6 x 1 04 CF U/g, of < 1 0 the 2 . 2 x 1 05 C F U/g, 01' I x 1 03 F . D . ; O L I V E I R A , J . V. C o m p o s i ç ã o fí s i c o q u í m i c a e p rod u ç ã o d o l e i te d e b ú fa l as d a r a ç a M e d i te rr â n e o no o e s t e d e Es tado d e S ã o P a u l o . D i s p on í v e I e m : h t t p : // w w w. s c i e l o . c o m . b r. A ce s s o the 2 . 7 x 1 05 C F U/ g a n el 0 1' 1 . 8 x 1 03 t h e 2 . 9 x em 1 4 d e j u n ho d e 2 0 0 2 M AT H I E V, J . C o m p o rt a m i e n t o fí s i c o - q u í m i c o d e l a l e c h e m a n t e n i d a a b aj a t e m p e r a t u r a . 1 05 C F U / g , fo r t o t a l c o l i fo r m s , p s y c h ro p h i l e s bacte r i a , t h e rmop h i l e s b a c t e r i a , a e ro b i c s mesoph i l es b a c t e r i a a n d m o u l d e s a n d yeasts, r e s p e c t i v e I y . D e s p i t e t h e c u r r e n t Ce d e r a I yeas ts , t h e s e a n a l yses h a d b e e n c a r r i e d t h ro u gh to h a v e a p r o fi l e h y g i e n i c a l - b a t h r o o m 0 1' t h e p a ra C u r i t i b a , A B U PA R , ma i o de 1 9 93 ( n o tas ) . C O P P O L A , S . ; PA R E N T E , E . ; D U M O N T E T, S . ; P EC'C E R E L L A , A. The m i c r o rl o ra 01' natura l The o bj e c t i v e 0 1' th i s w o rk was t o a n a l yze 50 samp l e s 0 1' c h ee s e " M o z z a rc l l a " 0 1' b u lTa l o , proce e d i n g fro m d i v e rse e s ta b l i s h m e n b l o c a ted i n c i t y 0 1' S a l v a d o r , d u r i n g p e r i o d 0 1' o c t o b e r 2 0 0 I m a r c h 0 1' 2 0 0 2 . i n t h e L a b o r a t o r y a n d l e g i s l a t i on n o t h a v e re fe re n c es t h e e n u me r a t i o n 0 1' a e r o b i c s m e s o p h i l e s b a c t e r i a , m o u l d e s a n d m i c r o b i o l ó gi c a B ras í l i a , segunda e d i ç ã o , 1 99 1 /9 2 . 1 3 5 p . R e v i s ta E s p a n o l a d e L e c h e r i a , n . I , p . 3 3 37. 1 985. , Pág. 96 digitalizado por N I C O L A U , E . S . ; B U E N O , V. F . F. ; M ES Q U I TA , A . l . ; CO E L H O , K . O . ; C O UTO , D . V . Q ua l i da d e M i c rob io l óg i ca dos Q u e ij o s T i p o M i n as Fres ca l , arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS P rato e M u s s a re l a C o m e rc i a l i z a d o s em G o i ás . XVIII NACIONAL DE CON G R ESSO L AT I C Í N I O S . A n a i s . . . • R ev. d o I n s t i t u to d e L a t i c í n i o s C â n d i d o To s t e s , J u i z d e F o r a , v . 5 6 , 11 . 3 2 1 , p . 2 0 0 - 2 0 5 . 2 0 0 I . PA D Rà O e m P l acas ( PC A ) O gru p o d e bactérias lll e s ó fi l as aeróbias o u a n a erób i a s rac u l ta t i v as são i n d i c a d ores h i g i ê n i c o s . A c o n t a g e m a u m e n tada • • • destes . Disponível A N A I S D O X X I I I C O N G R E SSO N A C I O N A L DE LATi C í N I O S em: < h t t p : // w w w . p r o b a c . c o m . b J· / a l i m e n t o s . h t m l > A c e s s o e m : 2 3 n o vo 2 00 1 . P ET R A C C A , G.; P RO OC H O W S K I , D.; M A RT I N O . M . ; M A Z Z E O , A . ; P ET R U N L M . F. ; D E L R I C C I O , M . ; V I S C A R A , D . C o n tro l l o I g l e n l c o s a n i t a r i o d e \ l e m o z z a rc l l e mo l i s a n e . Latte, V . 8 . n . 7 / 8 . p . 5 2 2 -4 . 1 9 8 3 . • • • • AVALIAÇÃO MICROB IOLÓGICA DO LEITE PASTEURIZADO INTEGRAL PROVENI ENTE D E M ICROUSI NAS E COM ERCIALIZADO NO ESTADO DA BAHIA Microbiological evaluation of i nteg ral milk pasteurized i n commercial ized m icroplants and i n the State of Bahia Maria Helena Silva 1 Adelmo Ferreira de Santana 1 Paulo César Costa Maia 1 Lou rival de Oliveira Farias3 Rosy Morais Bentes3 Silvi nha Alves de Melo3 Regina Angélica Lima de Jesus3  ngela Isaura de Carvalho Borges3 Nilton Manoel de Jesus4 José Augusto Gaspar de Gouvêa 1 Nelson de Carvalho Delfino3 RES U M O O p re s e n te t r a b a l h o t e v e c o m o o bj e t i v o a v a l i a r a s c a r a c te r í s t i c a s m i c r o b i o l ó g i c a s do l e i te p a s t e u r i z a d o i n te g ra l . p r ov e n i e n te d e m i c r o u s i n a s e c o me rc i a l i z a d o n o e s t a d o da B a h i a . F o r a m a n a l i s a d a s 7 marcas d e I c i te , p er faze n d o u m t o t a l d e 9 2 amostras . A s a mo s tras fo ram s u b m e t i d a s a s segu i n te s a n á l i s e s m i c ro b i o l ó g i c a s : c o n ta g e m d e m i c rorga n i sm o s me s ó fi l o s e n ú mero m a i s provável d e c ol i formes t o ta i s . D a s 7 marcas a n a l i s a d as d e u m total d e 9 2 a m o s tras , o b s erva-se que todas as a m o s tras e s t a v a m em c o n fo rm i d a d e com a l e g i s l a ç ã o com re l aç ã o a c o n t a g e m d e m i c ro rga n i s m o s me s ó fi l o s , e n q u a n to p a ra N M P d e c o l i fo r m e s t o t a i s t o d a s as a m o s t r a s i n d e p e n d e n t e d e m a rc a s . apres e n ta r a m v a l ores a c i m a d o s pad rões l e ga i s e s tab e l e c i d o s p e l a l e g i s l a ç ã o v i ge n te , e v i d e n c i an d o a b a i x a q u a l i d a d e , p ri nc i p a l me n te h i gi ê n i co -san i tári a . n ec e s s i ta n d o de q u e os ó rgãos o fi c i a i s c o mpeten tes sej a m s e n s i b i l i za d o s para o prob l e ma e i n v i s t a m e s forços m a c i ç o s para sua s o l u ç ã o . P a l a v r a s - c h av e : L e i te p a s t e u r i z a d o , m i c ro rg a n i s m o s m e s ó fi l o s , c o l i fo r m e s t o t a i s 4 Professores A dj u nto d o Departamento de M e d . Ve l . Preventiva da E M E V/U F B A . Professor A dj u n to do Depart a m e n to de P rodução A n i m a l da E M EV / U F B A . M é d i c o Vete r i n á ri o . B i ó l ogo da E M E V / U F B A . I - I N T R O D U ç..\ O O l e i te é c o n s i d e r a d o um a l i me n t o de a l to valor n u tri t i v o d e v i d o a s u a r i c a composi ção em prote ínas . gord uras. carboidratos e sais ( A LM E I DA el aI. , 1 9(9 ) , constituindo U lll óti mo a l i mento para o homem e um bom me io de cul tura para a grande m a i o r i a d o s m i c r o rg a n i s m o s c o m u m e n t e e n con trados n a n a t u reza. O l e i te paste uri zado constitui a forma mais d i fundida deste p ro d u to e de grande c o n s u mo nos cen tros urb a n o s , ass u m i n d o portanto, i mporta n t e pap e l e c o n ô m i c o , t o rn a n d o i n t e r e s s a n t e p a r a alguns produ tores e l a t i c í n ios a prátíca de fraudes, neces s i ta n d o d e ser a v a l i ad o e c o n tro l ad o tendo em v i s t a s e u c o n s u m o p r i n c i p a l m e n t e p o r criança s , p e s s o a s i d o s a s , c o n v a l es c e n te s e d e s p o r t i s t as , p a rt i c i p a n d o de p e l o m e n os u m a re fei ção d i ár i a d o i n d i v í d u o s a d i o ( B A R U FA L D I el aI. , 1 98 4 ) , e q ua n d o c o n t a m i nado p o r m i c ro r M A RT I N S & A L B U Q U E R Q U E ( 1 9 9 9 ) , na c i dade de F o rta l ez a ( C e ) . a v a l i an d o 2 0 amos tras de l e i te p a s t e u r i z a d o t i p o " C " d e d i fe r e n t e s fa b r i c a n t e s d e m o n s t ra r a m q u e 6 0 % d a s a m os tras e s t a v a m e m d e s a c o rd o com a l e g i s l a ç ã o em r e l a ç ã o a c o n t age m de m e s ó ri l os a e r ó b i o s , e n q u a n t o p a r a c o I i 1'0 r m e s t o t a i s ( N M P ) 4 5 % e n c o n tra v a m - s e em d e sacordo c o m o padrão . A L M E I D A et a I . ( 1 9 9 9 ) , a v a l i a n d o 2 8 amos tras d e l e i te paste u r i za d o t i p o "C" e m ./ u i z d e F o r a ( M G ) , o b s e r v a r a m q u e 3 ( 1 0 , 7 1 <% ) aprese n ta r a m a l ta c o n ta g e m d e m i c rorgan i s mos a e r ó b i o s m e s ó fi l o s , 9 ( 3 2 , 1 4 %) a p re s e n t a r a m a l to í n d i ce d e c o l i fo r m e s to ta í s . Ta bela t - ga n i smos p a t o gê n i c os p o d e ser res p o n s á v e l p o r d e l e í t e pasteuri zado, prove n i e n te d e m i c ro u s i n a s d e l e i t e d o E s t a d o d a Bahía. to x i n fe c ç õ e s a l i m e n t a re s . D i a n te d o e x p o s t o , o p r e s e n te trab a l h o visou traçar u m perfi l d a q u a l i d ade m i c ro b i o l ó g i c a do l e i te p a s te u r i z a d o i n te g r a l p r o v e n i e n te d e m i c ro u s i n a s e c o m e rc i a l i z a d o no E s t a d o da Bahia. 2 - M a r c a s N ú m e ro d e M e s ó fi l o s NMP de amostras c o l i fo r m e s totais M AT E R I A L E M ÉTO D O S no Laborató r i o de I n s peção e Tec n o l o g i a de Leite do D e p a r t a m e n t o d e M e d i c i n a V e t e r i n á r i a A B 10 22 D E 12 12 13 F G I () C No período de novemb ro de 1 99 8 a fevereiro d e 2 0 0 2 fo r a m a n a l i s a d a s 7 m a r c a s de l e i t e paste urizado i n tegra l , as q u a i s foram d es i g n adas al ea tor i a m e n te e m marcas A, B , C. D , E, F e G , perfazendo um total d e 9 2 amos tras, a s q u a i s foram a c o n d i C I O n a d a s em c a i x a de i s o p o r c o m ge l o , sendo tra ns p o rt a d a s e i me d i a ta m e n te a n a l i s a d as Re s u l ta d o s m é d i o s d a c o n ta g e m d e mesófi l os e N M P d e co l i formes tota is 4 - 7 2 .6 X 1 04 1 ,2 X 1 0) 2,7 2,9 2,5 1 ,5 1 ,2 1 . 8 X 1 04 3 ,0 X 1 04 4,3 X 1 0 1 ,4 X I O� 3 ,3 X 1 04 2 , 0 X 1 0" 9 . 5 X 1 02 X X X X X I O� I o� I O� l O=' I O� CON CLUSÃO foram fe i tas d e acordo c o m as téc n i c a s descri tas pelo Labora tóri o N a c i o n a l d e Re rerê n c i a A n i mal ( B RA S I L , 1 9 9 1 /9 2 ) . Conc l u i -se q u e o l e i te pasteuri zado i n tegral p rov e n i e n te d e m i c ro u s i n a s e c o merc i a l izado no E s t a d o da B a h i a n ã o a t e n d e a l e g i s l a ç ã o d o M i n i stéri o d a A gr i c u l tu r a , demon strando a b a i x a q u a l i d a d e , p r i n c i p a l m e n te h i g i ê n i c o - s a n i t á r i a , c o n fi r m a n d o a n e c e s s i d a d e d e q u e o s ó rg ã o s o fi c i a í s c o m p e t e n t e s s ej a m s e n s i b i l i za d o s p a ra o p ro b l e m a e i n v i s t a m e s fo rç o s m a c i ç o s p a ra sua sol ução. 3 5 P reven t i v a , d a Escol a d e M ed i c i n a Veteri nária da U n i v e rs i d a d e F e d e r a l da B a h i a , s e n d o q u e as a n á l i s e s m i c r o b i o l ó g i c a s ( N M P d e c o l i fo r m e s tota i s , c o n ta g e m d e m i c rorgan i s mos m e s ó fi l o s ) - R E S U LTA D O S E D I S C ll S S à O N o q u adro 1 observa-se o s res u l tados méd ios da con tagem d e m i c rorgan is mos mes ó fi l os e N M P d e c o I i fo r m e s t o t a i s d e 9 2 a m o s t r a s d e I e i t e pas t e u r i z a d o i n te g ra l , d e m o n s t ra n d o q u e i n d e p e n d e n t e d a s m a r c a s , a c on t a g e m d e m e s ó fi l os está de acord o c o m a l e g i s l a ç ã o vi g e n te , em bora o N M P de col i fo rmes estej a ac i ma do precon izado pe l o R I I S P O A (B RA S I L , 1 9 9 7 ) . Pág. 98 digitalizado por - S ll M M A RY T h e p r e s e n l w o r k h a d as o bj e c t i v e t o e v a l u a tc t h e m i c r ob i o l o g i c a l c h a r a c te r i s t i c s o f p a s t e u r i z e d m i l k w h o l e , p r o c e e d i n g 1'1'0 111 c o m merc i a l i z c d Ill i c ro p l a n ts a n d i n lhe s tate 0 1' the Ba h i a . Therc were a n a l yzed s e v e n Illarks o r Ill i l k , c o m p l e t i n g a t o t a l 0 1' 9 2 s a m p \ e s . T h e s a m p l e s h a d b e e n s u b m i t t e d t h e ro l l o w i n g Ill i c ro b i o l o g i c a l a n a l y s e s c o u n t i n g 0 1' a e ro b i c s arvoredoleite.org Pág . 9 9 A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATI c í N I O S ANAIS DO XXIII CONGR ESSO NACIO NAL DE LATiCíNIOS 1 3 , 1 99 9 . positividade para as provas de CMT, Whiteside e c loretos. Valores elevados foram observados na C C S . A anál ise química demonstrou valores baixos para a lactose e valores normais para gorduras, proteínas e s ó l idos tota i s . O obj etivo deste trabalho foi aval i ar a qualidade do leite de vacas da raça P ardo-su íça, produzido no Município de Olindina - BA, sendo a CCS considerada o p arâmetro mais confi ável para determinação da mastite. v e n d i d o na c i d ad e de S . P a u l o , S P ( B ra s i l ) , n o Palavras-chave: qual idade do l ei te, contagem de células somática, pardo-suíça. mesoph i l e s m i croorgan i s ms alid total most l i ke l y n u mb er o f c o I i rorm s. O r thc s ev e n a naI yzed Ill a r k s , 0 1' a tota l 0 1' 92 s a m p l e s , i t i s o b s e rved t h a t a l i t h e s a m p l e s \V e r e in c o m p l i a n c e w i t h t h c l e g i s l a t i o n , \V i t h r c g a r d to c o u n t i n g 0 1' aerob i c s m c s o p h i l e s m i c ro o rgan i s ms , w h i l e for the m o s t l i k e l y n u m b e r o r to ta l c o l i fo r m s , a l i the samp l es i n d e p e n d e n t o r Illarks, had presen ted val ues above or the stand ards e s ta b l i s hes for the c u rre n t l aw, e v i den c i n g 10\V the q u a l i ty or m i l k , m a i n l y h i g i e n i c a l -s a n i ta ry, n e e d i n g that the c o m p e te n t o ffi c l a l ag e n c i e s a r e s e n s i t i z e d fo r the pro b l e m a n d i n v e s t m a s s i v e e lTo rts for t h e solution. e m J u i z d e Fora. K e y w o l'd s : p a s te u r i ze d m i l k , m e s o p h i l e s m i c ro o r g a n i s ms , tota l c o l i fo r m s . 6 - R E F E R Ê N C IAS B I B L I O G R Á F I CAS I n d u s t r i a l e S a n i t á r i a d e P ro d u t o s c1 e O r i ge m A n i m a l ( R I I S P O A ) . B ras í l i a , 1 9 9 7 . M A RT I N S , S . C . S . ; A L B U Q U E RQ U E , L . M . B . Q u a l i d a d e d o l e i te p a s t e u r i z a d o t i p o C A L M E I DA , A . L . ; V I L E LA , M . A . P. ; M EU RE R , V. M . ; F U RTA D O , M . A . M . A v a l i a ç ã o d a q u a l i d ade d o l e i te p a s t e u r i z a d o c o me rc i a l i z a d o R e v i s t a d o I n s t i t u to d e L a t i c í n i os C â n d i d o Tostes, v. 1 3 , n . 5 9 , p . 3 9 - 4 2 , 1 9 9 9 . R e v i s t a d o I n s t i t u t o de Lati c í n i o C â n d i do Tostes, v. 5 4 , n . 3 1 1 , p . 9 B A R U FA L D I , R.; PENNA, T. C. Y. : M A C I-l O S I-l V I L l , I . A . ; A B E , L . E . C o n d i ç õ e s h i g i ê n i c o-san i tá r i a s d o l e i te p a s te u r i za d o t i p o B p e r í o d o d e fe v e re i ro a a g o s to d e 1 9 8 2 . Revista S a ú d e P ú b l i ca , n . 1 8 , p . 3 6 7 - 3 7 4 , 1 9 8 4 . B R A S I L . S e c re t a r i a d e D e fe s a A g r o p e c u á r i a . D e p a rt a me n to d e D e fe s a A n i m a l . M ét o d o s d e A n á l i s e M i c ro b i o l ó g i c a p a r a A l i m e n to s . 2 . Rev i s ã o . B r a s í l i a . 1 9 9 1 / 1 9 9 2 . l 3 (l p BRAS I L, d e c re to s , M i n i s t é r i o el a A g r i c u l t u r a . L e i s . etc . Regu l a me n to da I n speção c o me rc i a l i za d o n o M u n i c í p i o d e F o rta l e z a . B a c té r i a s m u l ti re s i s t e n te s e a n t i b i ót i c o s . AVALIAÇÃO DA Q UALI DADE DO LEITE DE VACAS DA RAÇA PAR DO-S UIÇA NO M U N iCíPIO DE OLlN DINA - BAHIA Quality of cows swiss-brown milk produced i n Olindina - Bahia Maria Helena Si lva 1 Gustavo Viana2 Elizabete Ramalho2 Nilton Manoel de Jesus3 Nelson de Carvalho Delfino2 Jaqueline Araújo Freire de Alcântara4 Adriano Leão da Silva Caetano5 RES U M O P ara a re a l i za ç ã o d e s te trab al ho foram c o l h i da s a m o s tras d e l e i te de v a c a s da raça P ardo s u í ç a e a n a l i s a d a s p e l a s té c n i c a s d e C M T, W h i te s i d e , CCS e C l o re t o s . l-l o u v e b a i x a 2 3 4 Professo res Adj u nto d o Departamento d e M e d . Ve t . P reven t i v a d a E M E V / U F B A . Médico Veterinário. B i ó logo da E M E V / U F B A . Química da E M E V I U FB A . Professor A dj u nto do Departamento d e P rodução A n i ma l - E M EVI U F B A . Pág . 1 00 INT R O D UÇÃO A importância social e econômica d o setor lácteo mundial é prioritária, exigindo c ada vez mais a adoção d e métodos para a melhoria d a qualidade do l ei t e . N a e x p l o ração d e bovinos leiteiros programas preventivos são fundamen tais, especial mente p a ra e n fermidades c o mo a masti te ( S e v e ro et a i . , 2 0 0 2 ) . A m a s t i t e é a inflamação da glândula mamária, c uj os aspectos multifatoriais, alta incidência, grandes prej u ízos n a p ec u á ri a l e i te i ra , seu c a rá t e r i n fe c t o contagioso e de d i fí c i l contro l e tornem impos sível a sua erradicação ( S ilva, 1 996) . A m a s t i t e b o v i n a é o fat o r q u e m a i s provoca perdas econômicas da cadeia produtiva do leite ( Laranja & Machado, 1 994 ; L escourret & C o u l o n, 1 9 9 4 ) . P ar a s u p r i r a de m a nda por produtos l ácteos em quantidade e q u a l i dade é necessário q u e as p erdas na produção de leite c a u s ad a s p e l a m a s t i t e s ej a m q u an t i fi ç a d a s , consi derando a s c o n d i çõ e s e m q u e o s n o s s o s rebanhos s ã o e x p l o r a d o s . A m a s t i t e p o de s e r c l ín i c a o u s u b c / í n i c a ( P h i l p o t & N i c k e rs o n , 1 9 9 1 ) . A fo r m a c l í n i c a c ar a c t e r i z a - s e p o r apres entar s i n a i s v i s í v e i s ; e n q u an to a forma subcl í n i c a exige o emprego d e o utros métodos de d i a g n ó s t i c o , c o mo a c o n ta g e m de c é l u l as somáticas (CCS), que é a fetada, principalmente, p e l a i n fe c ç ã o i n tr a m a m á r i a ( Re n e a u , 1 9 8 6 ; Harmon, 1 9 94; Machado e t a I . , 2 0 0 0 ) . Segundo B rito e B ri to ( 2002), a i nstalação da enfermidade determina alterações na glândula m a m á r i a , c a r a c te ri za d a s p e l o a u m e n to da passagem de substâncias do sangue para o l eite, passagem de células de defesa do sangue p ara o leite, bem como l esões nas células produtoras de leite. A rentabilidade da produção leiteira declina, gerando c o n s e q ü ên c i as d a n o s a s para a s a ú d e públ ica, redução da v i d a de pratel eira, da qualidade do leite pasteurizado e dos subprodutos como os queijos (Arcuri et a I . 1 990; B ri to e B ri t02002). , MAT E R I A L E M ÉTOD O S P ara a e x e c u ç ão d e s t e t r ab a l h o , fo ram coletadas 494 amostras de leite de vacas da raça Pardo-suíça, no Município de Olindina - BA, no período de j unho a j ulho de 2003 . Para a obtenção destas amos t ras foram u t i l i zadas 38 vacas em d i ferentes estágios d e l a ctação, submetidas ao s istema de manej o semi-intensivo e ordenhadas mecan icamente duas vezes por dia. A dieta destes a n i m a i s s e rv i da n a o rd e n h a era composta por ração balanceada com 21 % de P B e 76% de NDT, na p roporção de 1 Kg de ração para 3 quilos d e leite p roduzidos. A s a m o s tras d e l ei t e foram c o l h i d a s e distribuídas em vasilhames plásticos esterilizados e a c o nd i c i on a d a s em c a i x a s d e materi a l i sotérmico ( is op o r) e e n c a m i n h a d a s a o Labo ratório d e I n s p e ç ã o e Tec n o l o g i a do L e i te do Departamento de Medicina Preventiva da Escola de Medicina Veterinária da UFBA, p ara serem p rocessadas. A execução da prova de Whiteside baseou-se n a técnica prec o n i zada por Thomas ( 1 97 1 ). Utilizando-se cinco gotas de leite e duas gotas de NaOH a NI l , h o mogeneização por 1 5 segundos com aux i l i o de u m bastão de vidro e posterior l e i tura. As provas de CMT e a pesquisa dos teores de cloretos foram realizadas no local da colheita. A p e s q u i s a do t e o r de c l or e t o s s e g u i u a m e to d o l o g i a do L a b o ra t ó r i o N a c i o n a l d e R e ferê n c i a A n i m a l - L A N A R A ( 1 9 8 1 ) . P a ra rea l i zação da p rova foram util izados tubos de ensaio, pipetas graduadas, solução de nitrato de prata a O, I N, solução de cromato de potássio a 5 % . Uma a m ostra de ..... de leite, associado a 1 I11L de sol ução de ni trato de prata a 0, 1 N e 1 mL da sol ução de c romato de p o t á s s i o a 5 % agitando-se i medi atamente. A p r o v a d e CMT - C a l i fórn i a Masti t i s Te st, s e g u i u o s p r o to c o l o s p r e c o n i zados p o r Schalm e Noorlander ( 1 957). Util izou-se a placa pa C MT, d i s tr i b u i n d o - s e 2 mL de l e i t e c o r respondente a cada quarto do úbere devidamente i d e n t i fi c a d o s , s e g u i d o p e l a d i s t r i b u i ç ão do reagente em i g u a l q ua n t i d a d e . A p ó s a h O l11o geneização por movimentos circulares, realizou se a l e i tura e i nterpretação d e a c o rdo com os seguintes parâmetro s : Pág. 1 0 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS A c o n t a g e m de c é l u l a s s o m á t i c a s fo i real izada no L aboratório de C línica do Leite da E S A L Q - U S P. ° e q u i p a m e n t o u s a d o fo i o SOMACOUT 300 e a metodologia da citometria de fl uxo, com util ização de corante espec í fico p ara D N A . R E S U LTAD O S E D IS C U SS à O As análises dos dados obtidos na realização d e s te t r ab a l h o a p r e s en t a r a m os s e g u i n t e s resu l tado s . D as 1 5 1 tetas d a s vacas avali adas demons trou-se que: na pesquisa do teor de cl oretos 25 a m o s tr a s a p r e s e n t a r a m r es u l t a d o s p o s i t i vo s , s e n d o o i to correspondentes a o s q uartos ante r i o res d i re i tos e o i to dos esquerdos, três d o s posteriores esquerdos e s e i s d o s direitos. Como s u s pe i tos foram 2 8 , sendo s e i s a nteri o res e s q u erdo s e c i n c o d i re i t o s , 1 1 p o s t e r i o res e s querdos e seis direito s . Os resultados negativos p r ed o m i n a r a m n a g r a n d e m a i o r i a das v a c a s aval i adas . Os nossos resultados discordaram dos relatados por N ader F i l ho et aI. ( 1 984) em uma S P, pois população de 779 vacas em B arretos todos os a n i m a i s foram negativos. Os v a l o r e s o b t i d o s para o C a l i fó rn i a M a s t i t i s Tes t demons traram s e m e l hanças c o m a s p r o v a s a n t e r i o r m e n t e c i t a d a s , o u s ej a a m a i o ri a d o s a n i m a i s apresentaram res u l ta d o s negat i v o s . O s a n i m a i s q u e r ea g i ram p o s i t i v o foram 1 5 e 9 suspeitos, conforme tabela 4. B rito e t aI. ( 1 9 9 9 ) e m M i n a s Gerais demonstraram que dos 1 609 quartos mamários aval i ados entre 48 rebanhos, os resultados obtidos foram seme l hantes a o n o s s o trabal ho com a m a i o r i a d a s amostras n egativas. Já e m rebanhos de origem Holandesa ou mestiças de Holandês-Zebu, das 3 0 1 2 amostras de leite trabalhadas, 66,3 1 foram posi tivas ( B ri to et a I . , 1 99 7 ) . O s r e s u l tados d a tab e l a 2 d e mo n straram q u e d o s a n i m a i s a v a l i a do s , 2 6 , 3 2 % a p re s en ta r a m o e s c o re l i n e a r 6 , o u s ej a u m a c o n t a g e m d e c é l u l a s s o má t i c a s ( 5 4 7 - 1 0 9 2 ) . Machado e t a I . ( 2 0 0 2 ) avaliaram 1 1 5 amostras d e l e i te tipo C no M u n i c í p i o de U berlândia M G , sendo que 3 3 , 0 1 % apresentaram C C S ele v a d a . R e s u l t a d o s s e m e l ha n te s for a m o b s e r vados por S antos e Vil e l a ( 1 9 8 3 ) no M un i c íp i o de J u i z de F o r a n a avaliação d e l e i t e d e latão, tanque e resfriado, onde foi veri ficada uma a l ta c on ta g e m de c é l u l a s s o m á ti ca s . P ereira et a I . ( 1 999) verifi caram u m escore l i n ear 4 em 6 1 1 2 amostras, o u sej a valores i n feriores aos encon trados n e s t e trab a l h o . A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S Tab e l a 1 - Resultados do CMT de vacas da raça p ardo-suiça em Olindina - B A . N Ú M E RO D E A N I M AI S N egativo Suspeito P o s i ti vo ( +) P o s i t i vo (++) Posi tivo (+++) AE 29 5 I 3 O AD PE PD 31 1 1 4 1 32 3 33 O O 2 O 2 O 3 Tab e l a 2 - Resultados médios da contagem d e c é l u l as somáticas ( C C S x 1 00 0 ) de v a c a s d a r a ç a p ar d o- s u i ç a e m O l indina - B A . N úmero de animais E score Linear Média Variação O 7,8 O 17 34 18 3 5 - 68 6 9 - 1 36 1 37 - 273 2 74 - 5 4 6 5 4 7 - 1 092 2 1 65 1 093 2 1 66 - 4 3 7 1 4 3 72 ou acima 1 2 3 4 5 6 7 8 9 7,8 1 3 ,2 1 0,6 26,3 1 8,4 1 3,2 2,6 3 O O 3 5 4 10 7 5 I Ta b e l a 3 - R esultados da análise físico-química do leite de vacas da raça pardo-suiça em O lindina - B A . Média G o rdura P ro t e í n a L a ct o s e S ó l idos Totai s 4 , 1 2% 3 ,4 7 % 4, 1 1 % 1 2,39% N a tabela 3 , o s valores baixos p ara l actose foram resu ltantes das alterações n a composição química do l e i te. Resultados semelhantes foram o b s e rv ad o s p o r P ra d a e S i l v a e t a I . ( 2 0 0 0 ) , Machado e t aI . (2000) e Machado e t a I . ( 2002) e m amostras de l eite com contagens de células s o m á t i c as e l e v a d a s . Em r e l a ç ã o a g o r d u r a , proteína e sólidos totais, os valores obtidos estão dentro d a fai x a de normalidade. CONCLUSÕES A s várias técnicas empregadas neste estudo representam ferramentas i mportantes no contro le de qualidade do leite produzido para o consumo humano. Dentre a s várias técnicas usadas, a conta gem de células somáticas demonstrou maior sensi bilidade para o diagnóstico da mastite subclínica. S U M MA R Y This work analised samples of cow ' s Swiss bro wn m i l k i n O lindina - B ah i a . The analysis were to C a l i forn i a M a s t i t i s Tes t i s , W h i teside, S o m a ti c Cell Count, C l o r e t o s , fat , p ro t e i n s , lactosa a n d totaIs sol ids. T h e testis showed low counts to CMT, Whiteside C loretos and Lactose. How counts was obtained in the SCc. The others quimical testis a p p l i ed s were norm a i s to fat, proteins and totaIs s o l i d s . The obj ec t i v e t h i s research was determinate t h e quality o f t h e milk produced in Olindina - B ahia, but the C C S test was the most espec i fic to diagnosis of mastitis. RE F E R E N C I A S B I B L I O G RA F I C A S ANDRADE, P. V. D . ; SOUZA, M . R . ; B O RG E S , L ; P E N N A , C . F. A . M . C on tagem d e c é l u las somáti cas e m l e i te d e c a b ra . A r q . Bras. Veto Zootec. v o l . 5 3 , n° 3, Belo Horizonte, 2 00 1 . ARCU R I , E . F. ; VAR G A S , O . L . ; S OU Z A , H . M . ; S AN T O S , E . C . ; C A RVA L H O , A . F . Conseqüências de d i ferentes n í v e i s de células somáticas no l ei te sobre a qual idade do queijo p r a t o . Rev. I n s t . C â n d i d o To s te s . v. 4 5 , n . 267, p. 68-76, 1 990. B RA S I L . Ministério d a Agricultura, P ecuária e Abasteci mento . In strução Normativa n° 5 1 d e 1 8 d e s e t e mbro d e 2 0 0 2 . D i s p o n í v e l e m : www. agricul tura.gov.br. Acesso em: 1 8 de abril de 2005 . B OE C H AT, J. U. D . , FAVA R I N , V. A l t erações físicas e químicas do leite caprino por influencia da mastite s u b c l í n i c a . A r q . U n iv. F e d . R u r a l d o Rio d e J a n e i ro . Jan . /j u n . , 1 99 2 . BRITO, J . R.; CALD E I RA, G . A. v. ; VERNEQUE, R. S . ; B RI T O , M. A. V. P. S e n s i b i l i d a d e e especifícidade do CMT como recurso diagnóstico da mastite subclín ica em relação a C C S . Pesq. Veto B rás., v. 1 7, n . 2, 1 99 7 . B RITO, M . A . V. P. ; B R I T O , J. R . ; R I B E I R O , M. T . VEIGA, V. M. O . Padrão de infecção intra mamária em rebanhos leiteiros: exames d e todos os quartos mamários das vacas em lactação. Arq. Brás. M é d . Veto Zootec., v. 5 1 , n. 2, 1 99 9 . B R ITO, J. R . ; B RITO, M . A . V. P . P rodução h i gi ê n i c a de I c i tc . I n fo r m e A g ro p e c u á r i o . v. 22, n. 1 1 , p . 9 1 -9 2 , 2 00 1 . B RITO , M . A . V. P. ; B R ITO, J. R . F. ° e fe ito da m a s t i t e no l e i t e . D i s p o n í v e l e m : w w w . m a s t i t e . c o m . b r/ a rt i g o 0 4 . h t m . A c e s s o e m : 1 8 d e abri l d e 2002 . C E RQ U E I R A , M . M . O . P. ; S EN A , M . J . Produção h i g i ê n i ca e fatores determinantes d a qualidade do leite. Ciência Vet. Trop. v . I , n . 2 , p . 1 1 5- 1 34, 1 998. C O L D E B E L LA , A . ; M A C H A D O , P . F. ; D EMETRIO, C. G. B . ; R I B EIRO JÚN I O R, P. J.; CORA S S IN , C . H . ; M E YER, P. M . ; CASSOU, L. D . Contagem de células somáticas e produção de leite em vacas holandesas de alta produção. Pesq. Agrop e c . B r a s . v. 3 8 n . 1 2 , 2 0 0 3 . C O R R Ê A , U. M . ; C O R R Ê A , C. N . M. E n fer m i d a d e s I n fe c c i o s a s do M a m í fe r o s D o mésticos. São Paulo, J. M . Varella, 1 979. 832p. D U A RTE, R . M. ° s i g n i ficado d a contagem de c é l u l as s o m á t i c a s d o l e i te c ru em re l a ç ã o a qualidade do leite tratado por calor e p rodutos derivados. Rev. I n s t. Cândido Tostes. v. 4 1 , n. 246, p. 3 6- 3 8 , 1 9 8 6 . MACHADO, P. F. ; P E RE I RA , A . R . ; S I LVA, L . F . P. ; S A R R I É S , G . A . Células somáticas n o leite em rebanhos brasi lei ro s . S c i entia Agrí c o l a , v. 5 7. n. 2, p. 3 5 9 - 3 6 1 , 2 0 0 0 . LABORATÓ R IO NACIONAL D E R E F E R ÊN C I A ANIMAL - LANARA. Métodos analíticos oficiais para contro l e de produtos de origem animal e métodos físicos e químicos. seus ingredientes B rasí l i a : M i n i s tério d a Agricul tura. Secretaria Nacional de Defesa Agropecuária. p . 20 I , 1 98 1 . L ARANJA, L . F. ; MACHADO, P. F. Ocorrência de mastite bovina e m fazendas produtoras de l e i t e B n o E s t a d o d e São P a u l o . S c i e n ti a Agricola, v . 5 1 , n . 3 , p . 5 7 8-5 8 5 , 1 994. LESCOURRET, F. ; COULON, J.. B . Modeling the impact of mastitis on m i lk production by dairy cows . J o u r n a l of D a i ry S c i e n c e , v. 7 7 , n . 8 , p . 22 8 9 - 2 3 0 1 , 1 9 9 4 . MACHADO, P . F. ; P E R E I RA, A. R . ; SARRIES, G . A. Composição do leite de tanques de rebanhos bras i l e i ros distribuídos segundo sua C C S . Rev. Bras. Zootec. v. 2 9 , n . 6, 2 0 0 0 . MACHADO, P . F. ; M U D I M , A . v. ; ROS S I, J. J . C . Células somáticas, teores de proteína total, l a ct o s e , gord u ra e s ó l i d os t o t a i s e m l e ite d e mistura tipo C . Rev. I n st. C â n d i d o Toste s . v. 5 7 , n. 3 2 9 , p . 1 9-24, 2 0 02 . MATIOLL G . P. ; P I NTO, S . M.; A BREU, L. R . ; XAVIER, L . ; TEIXEI RA, L. A . M. Infl uência d o l e i te p r o v e n i e n te d e v a c a s m a s t í t i c a s n o rendi mento d e queij o minas fresc a l . Rev. I n st. Cândido Tostes. v. 54, n . 3 1 3 , p . 3 8 -45 , 2000. MATIOU, G . P. ; P INTO, S . M . ; A BREU, L. R.; B R ITO, J. R . F. ; TEI X EIRA, L . A . M . Influência d a m a s t i t e na q u a l i d a d e do l e i te . Rev. I n st . C â n d i d o Tostes. v . 54, n . 3 1 4, p. 2 7 - 3 2 , 2 0 0 0 . N A D E R F I L HO , A. ; S C H O C KE N -I TURRINO, R. P. ; WILSON, D.; FUKUDA, S . P. Estudo da detecção do lei te mastítico em nível de usina de Pág. 1 03 Pág. 1 02 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS benefi c i amento. Rev. I n st. C â n d i d o Tostes. v. 39, n. 2 3 2 , p. 1 3 -2 1 , 1 9 8 4 . N A D E R F I L H O , A . ; J U N I OR , O . D . R . ; SCHOCKEN-ITURRINO, R . P. ; CEMBRANELLI, E . M. S e n s i b i l idade da prova de W hiteside na detecção do leite mastítico em nível de usina de beneficiamento . Rev. I n st. C â n d i d o Tostes. v. 40, n. 232, p. 1 3 - 1 6, 1 98 5 . N A D ER F I LHO, A. Principais provas u ti lizadas no diagnóstico da mastite bovina e detecção de l e i te m a m í t i c o em p l a ta fo r m a . R e v. I n s t. Cândido Tostes. v. 42, n. 2 5 0 , p. 32-34, 1 98 7 . P E RE I RA , A . R . ; P R A D A & S I LVA, L . F. ; M O L O N , L . K. , E fe i to do n í v e l d e c é l u l a s s o m á t i c a s sobre o s c o n s t i t u i n te s do l e i t e I gordura e prote ína . B ras . J . Veto R e s . A n i m . Sci. v. 36, n . 3 , 1 999. P H I L PO T, W.N . , N I C KE RS O N , S . C . Mastitis: cou nteratta ck. A strategy to c o m bat mastitis . N aperville: B abson B rothers, 1 99 1 . 1 50 p P O RTUGAL, J. A. B . ; PAI VA & B R ITO, M. A. Y. ; D RUMOND & CASTRO, A . A qualidade do l e i te e o s r e s í d u o s a n t i b i ó t i c o s . R e v. I n s t . C â n d i d o To stes. v . 5 6 , n . 3 1 9, p . 9- 1 4, 2 00 1 . P R A D A & S I LVA, L . F . ; P E R E I RA , A . R . ; MACHADO, P. F. ; SARRIES. G . A . Efeito do nível de células somáticas sobre os constituintes do l eite I l -Iactose e sólidos totais. Bras. J. Veto Res. A n i m . S c i . v. 3 7 , 11. 4, 2 0 0 0 . R E B U H N , W. C . D i s e a s e s o f d a i ry c a tt l e . P h i l ad e l p h i a : L i p p i n cott W i l l iams & W i l k i n s , 1 99 5 . 5 3 0 p . R E N E A U , J . K . E ffe c t i v e u s e o f d a i ry h erd i mp r o v e m e n t s o m a t i c c e l l c o u n ts i n m a s t i t i s con tro l . J o u r n a l o f D a i r y S c i e n c e , v. 6 9 , n . 6, p . 1 708-1 720, 1 986. R I B AS, N . P. Importância d a contagem d e células somáticas p ara a saúde da glândula mamária e qualidade do leite. Programa de Análise de Reba nhos Leiteiros do Paraná. PARLPR, p. 1 4, 1 997. R I B A S , N. P. A q u a l i dade do leite bras i l eiro. R e v i s t a Balde B r a n c o . p . 6 4 - 7 1 , 2 0 0 2 . SANTO S, E . c . ; V ILELA, M. A. P . Pesquisa d e células s o máticas n o l e i te cru como critério d e ava l i ação de q u a l idade. A r q . B rás. M é d . Veto Zootec. , v. 6, n. 3 5 , p. 9 0 7 -9 1 9, 1 98 3 . SCHALM, O . w. ; NOORLANDER, D . O . Expe riments and observations leading to development of the California Mastitis Test. Jour. Am. Veto Med. Assoc. v. 1 30, n. 5, p . 1 99 206, 1 957. SEVERO, A. c . ; MAN GERONA, A. M . ; G ISONDr, B. WAL L E R, G . ; KURO I WA, J . ; BENTES, N. R. G u i a Va l l é e d e p r e v e n ç ã o e c o n t ro l e d a m astite . Saõ P aulo, 2 0 0 2 , 0 5 - 24p. S I LVA, F. F. ; Mastites bacterianas em empresas p ro b l e m a s no âmb i t o da c â ma r a a g r í co l a de Hannover. C a d . O m ega U n iv. F e d . R u r a l de PE. n. 7, p. 2 3 -5 6 , 1 996. S I LVA, P. M . F. ; P O RTUGAL, J . A. B . ; CASTRO, M. C . D. Qualidade e competitividade em laticínios. Juiz de Fora: E PAMIG/CT/ILCT, 1 999. 1 1 6p. T H O M A S , S. B. T é c n i ca s B ac t e r i o l ó g i c a s p a ra e l C o n t r o l L a ct o l o l o g i c o . Z a r a g o z a Espana: Acribia E d i tori a l , 1 97 1 . 1 7- 8 p . ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA CAFEíNA E DO ÁCI DO PROTOCATÉICO CONTRA Salmonella choleraesuis EM LEITE DESNATADO* Antimicrobial activity of caffeine and protocatechuic acid against Salmonella choleraesuis i n nonafat milk A n a Amélia Paolucci Almeida 1 Michele Cristina Vilaça2 Elzíria de Aguiar Nunan3 Maria Beatriz Abreu Glória4 Projeto apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. D outoranda em C i ência d e A l i mentos. D iscente do curso de Farmácia. " 3 Prof. D r . - Departamento de Ciências Farmacêuticas. " 4 Prof. D r . - Departamento de A l i mentos, Facul dade de Farmácia, UFMG. * 1 2 Pág. 1 04 A N A I S DO XXI I I C O N G R E S S O N AC I O N A L DE LAT I c í N I OS RESUMO Este trabalho teve como obj etivo determinar a atividade antimicrobiana da cafe í n a e do á c i d o p ro t o c a t é i c o c o n tra Salm on e lla cho lera esu is e m l e i te d e s n a ta d o . A a t i v i da d e antimicrobiana foi determinada por l ei tu ra de absorbância a 5 9 5 n m em caldo i n fuso de c érebro e coração após reação c o m sal de t etrazol ium (MTT) , empregando-se l ei tor d e m i c ropl a c a s . A i n fl u ê n c i a do p H ( 4, 5 ; 5 , 5 ; 6 , 5 e 7 , 5 ) na atividade a n t i m i crobi a n a fo i i nvestigada. O e feito conservante d a s duas substâncias foi aval iado em l e i te d e s n atado como modelo al i mentar, em pH 4,5, durante 28 dias a 25 oCo O p H 4,5, seguido do 5 , 5 p romoveram u m maior e feito i n i b i tório quando comparados a o s valores de p H 6 , 5 e 7 , 5 . N o l ei t e d es n a t a d o , tanto a c a fe í n a q u an t o o á c i d o protocatéico foram e fi c i en te s n o c o n tro l e d a S . cho leraesuis, s en d o q u e o á c i d o p r o t o c a t é i c o fo i c a p az d e redu z i r o crescimento em 3 c i c l o s logarítmicos ( U F C/mL). P a la v r a s- c h ave : a t i v i d a d e a n t i m i c r o b i a n a, Salmon ella ch oleraesuis, leite d e s natado, c a feína, acido p rotocatéi c o . l - I N T RO D U Ç Ã O 2 - MAT E RIAL E M É TOD OS Leite e produtos derivados são susceptíveis à c o n t a m i n a ç ã o por m i c ro rg a n i s m o s p o t e n c i a l m e n t e p atogên i c o s . M i c rorgan i s m o s como A bactéria Salmonella c1lOleraesuis (ATCC 1 4028) foi mantida a -70°C em caldo de infusão cérebro e coração ( B H I) e glicero l . O método d e microplacas (VAND EN B ERGHE & V LIETINCK, 1 9 9 1 ) foi usado para i nv es ti g a r a a t i vi d a d e anti microbiana d a s s ubstânc i a s . A c a fe í n a foi usada na concentração de 2,6 1 mg/mL e o ácido protocatéico na de 2 , 4 3 mg/m L . A mbos foram a d i c i onados separadamente ao m e i o B H I c o m d i ferentes val ores de pH - 4 , 5 ; 5 , 5 ; 6 , 5 e 7 , 5 (ajustado c o m H l 0 ou N aOH). A l íquotas ( 1 95 4 Jl L ) d e s s e m e i o c o m as s u b s tâ n c i a s e o p H aj ustado foram adicionadas à s microplacas com 96 orifícios que, em seguida, foram inoculadas com 5 JlL da bactéria teste ( l OH UFC/mL). A pós 1 8 h de incubação a 3 6, 5 °C adicionou-se MTT ( b rometo 3 - ( 4 , 5 -di m e t i I ti azo l -2 - i l a) - 2 , 5 - d i fe n i l tetrazol ) à s p l acas e a absorbâ n c i a foi l ida a 5 9 5 nm em l e i t o r d e m i c r o p l ac a s ( B i or a d , mod e l o 5 5 0 , E U A ) . O s resu l ta d o s foram e x pressos em % de inibição em relação ao controle p o s i tivo ( B H I i n o c u l a d o c o m a b a c té r i a ) . O s dados foram submetidos a análise d e variância e as médias comparadas pelo teste de B o n ferroni ( GraphPad P ri sma 4 . 0 3 ) . P ara v e ri fi c ar a e fi c i ê n c i a d es t a s s u b s tâncias como conservante no leite como modelo a l i mentar, adic ionou-se c a fe í n a ( 5 , 2 8 mg/mL ) e ácido protocatéico (4,04 mg/mL ) individual mente a tubos contendo 18 mL d e l eite em p ó desnatado reconstituído ( 1 0 gl I 00 m L ) c o m pH aj u s t a d o p a ra 4 , 5 . Os tubos, i n c l u s i v e os controle, foram inoculados com S. choleraesuis ( 1 0% v/v) e incubados a 25°C. Após tempos de contato espe c í ficos ( O , 1 , 7, 1 4, 2 1 e 28 d i a s ) foram efetuadas contagens das c é l u l a s v i á v e i s e m á g a r n utriente . Sa lm o n e lla, Escherich ia co l i, L is teria mOllocytogel/es e Staphylococclls aureus têm sido i solados e impl icados em infecções e into x i cações com e s s es p ro d u t o s ( H O L L ID AY & B E UC H AT , 2 0 03 ) . E x iste u m a tendênci a da indústria alimentícia e m utilizar aditi vos anti microbianos para aumentar a vida de prateleira dos alimentos (NAZE R et ai. , 2 0 0 5 ) . A demanda por aditivos seguros e i nócuos tem levado à pesquisa de novas substâncias especialmente as de origem natura l . N e s s e s e n t i d o , n o v a s p erspecti vas s ão abertas para a investigação de novos conservantes para al imentos ( N Y C H A S , 1 99 5 ) . A l g u n s estudo s têm d es c r i to a a t i v i d ad e a n t i m i c r o b i a n a d e e x t r a t o s e d e c o mp o s t o s q u í m i cos p r e s e n t e s no c a fé ( D A GL I A e t ai. , 1 994; F U R U HATA e t ai., 2 0 0 2 ; I B R A H I M et aI. , 2 0 0 6 ) . D en tre os compo stos presentes no café que apresentam atividade antimicrobiana, a cafe í n a e o á c i do protocatéico mos traram p ro m i s s o ras p r o p r i e d a d e s c o n t ra e n t e ro b a c térias ( A LM E I D A el ai., 2 0 04) . E ntretanto, estudos sobre a e fi c iência da atividade anti m i c robiana destas substânc ias em modelos a l i me ntares não foram encontrados na l iteratura pesquisada. O p r e s e n te traba l h o teve como o bj e t i v o i n v e s t i g a r a a t i v i d ad e d a c a fe í n a e do á c i do protocatéico como agentes antimicrob ianos con tra Salmollella choleraesuis. A influência de di ferentes valores de pH e a e ficiência destas subs tâ n c i a s c o m o a g e n t e c o n s e r v a n t e em l e i t e d e s n a t a d o r e c o n s t i t u í d o c o mo u m m o d e l o a l i mentar foram pesquisadas. Pág. 1 05 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONG R ESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS - 3 R E S U LTAD O S E D IS C U S S ÃO 4 - ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATi CíNIOS C O N C L U S Õ ES F o i ev i d e n c i a d o q u e o p H d o s m e i o s contendo as substâncias investigadas i nterferiu n a i n i b i ç ã o da S. cho leraes u is ( Ta b e l a I ) . Observa-se q ue no meio com p H aj ustado p ara 4,5, tanto a cafeína quanto o ácido protocatéico c a u s a ra m i n i b i çõ e s s u p er i ores a 9 6 % . E s te s percentuais de i nibição d i feriram daqueles ob s e r v a d o s n o meio com pH 5 , 5 , que fo ram estatisticamente d i ferentes daqueles encontrados nos meios com pH 6,5 e 7 , 5 . O p H modulou o efeito antimicrobiano da c afe í n a e do á c i d o p r o t o c a té i c o s o bre a S. cho leraesuis , sendo m a i o r a a t i v i dade em p H 4 , 5 . N o l ei te desnatado, tanto a cafeína quanto o ácido p rotocatéico a fetaram o crescimento da bactéria investigada. E ntretanto, u m efeito mais p r o n u n c i ado fo i observado com o á c i do p ro tocatéi c o . A s substâncias investigadas se mos traram conservantes em potencial para produtos lácteos com p H n a fai x a de 4 , 5 . As c o n ta g e n s o b t i d a s a p a r t i r do l e i t e d e s n a tado i no c u l ado c o m 1 06 U F C/ m L d e S. ch/oleraesllis mantido a 2 5 ° C na p resença o u n ão d a c a fe í n a e do á c i do p r o t o c a t é i c o estão apresentadas na F igura 1 . A o fi nal de 2 8 dias, houve u m aumento d e três c i c l o s logarítmicos n a contagem m i crob i a n a d a a m o s tr a contro l e . N a s demais amostras, observou-se que tanto a cafeína quanto o ácido protocatéico inibira m o cres c i me n to da bac téri a durante o p eríodo d e estudo . E ntretanto, o e fe i to foi m a i s pronun c i ado com o á c i do protocatéico, q u e foi capaz d e reduzir o cre s c im e n t o e m a t é 3 c i c l o s l o garítm i co s , em 2 8 d i a s d e contato, c o mp arado com o c o n t ro l e . S UM MARY 10 �- ____ ____________, ... E �::I Dl o 8 '\ F i g u ra 1 Tabela 1 - - "'" tempo (dias) T h e obj ec ti ve o f t h i s s t u d y w a s t o i nvestigate t h e antimicrobial activity of caffeine and p r o t o c a tec h u i c a c i d a g a i n s t Sa lmoll ella choleraesllis in non-fat m i l k . The antimicrobial activity was determ i ned i n brain-heart i n fusion using the microtiter p late and E l i s a reader with a fixed wavelength fil ter (595 nm) after reaction with tetrazo l i um s a l t ( MTT). The i n fluence of pH (4. 5 ; 5 . 5 ; 6 . 5 and 7 . 5 ) on the antimicrobial a c t i v i ty was i n ve s t i g a t e d . The p r e s e rv a t i ve effect of these compounds was investigated using non-fat milk at p H 4.5 as a food model system, for 2 8 days at 2 5 ° C . A h igher inhibi tory effect was observed at pH 4 . 5 , fol l owed by 5 . 5 when compare d to pH v a lu e s o f 6 . 5 and 7 . 5 . W h en studying the p reservative effect of caffeine and p rotocatec h u i c a c i d on n o n - fa t m i l k , b o t h of them were e ffi c i e n t a g a i n s t S. c h o /eraesuis, however p r o to c a t ec h u i c acid w a s c a p a b l e of reducing growth 3 -log cfu/mL . xicológicas d a Faculdade de F armáci a da U F M G p e l a u t i l ização do l e i to r de mi crop l a c a s . REF E RÊ N C I A S B I BL IO G R ÁF I C AS ALMEIDA, A. A . P. ; S ILVA, D . A. M . S . ; NUNAN, E. A.; G L Ó R I A, M. B . A. Aval i ação in vitro da atividade antibac teriana de extratos e compostos químicos do café frente a enterobactérias. Anais IX Tal l e r I nt e r n a ti o n a l s o b r e C a l i d a d S a n i t á r i a , E v a l u a c i ó n y C o n s e rva c i ó n d e Alimentos. Cuba, P EC - 8 3 , p . 1 3 2- 1 3 3 , 2004. OAG L I A, M . ; CUZZONr, M . T. ; D AC A R RO , C . Anti b a c t e r i a l a c ti v i ty o f c o ffee . J . A g r i c . Food C h e m . , v. 4 2 , p . 2 2 7 0 - 2 2 7 2 , 1 99 4 . F URUHATA, K . ; D O GA S A K I, c . ; H A R A , M . ; F U R UYA M A , M . I n a c t i v a t i o n o f L egionella pneumoph ila b y p h e n o l c o mpounds contained i n c o ffe e . J . A n ti ba c t . A nt i fu n g . Agents, v. 3 0 , p . 2 9 1 -2 9 7 , 2 0 0 2 . HOL L I D AY, S . L . ; B EUCHAT, L . R . Viabi lity o f Sa/m ollella, Escherichia co/i O 1 5 7 H 7 , a n d Listeria 11lonocytogenes i n yellow fat spreads a s AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FíSICO-QuíMICA DE L EITE PASTEURIZADO TIPO C COMERCIALIZADO EM B ELO HORIZONTE - MG K e y w o r d s : a n t i m i c r o b i a l a c t i v i t y, Sa /lIl o n � l la c h o le r a es u is , n o n - fa t m i l k , .." Evaluation of the physical-chemi cal quality of pasteurized milk type C marketed i n Belo Horizonte - MG c a ffe i n e , p ro t o c a t e c h u i c a c i d . Contagem de Salmonella choleraesuis em leite desnatado p H 4 , 5 na pre sença ou não de cafe í n a e de ácido p r o toc a t é i c o , d u r a n t e 28 d i a s de contato a 2 5 ° C . A G RA D E C I M E N T O S Luciana Albuquerque Caldeira 1 Maria de Fátima Silva Resende2 Roane Pena Viegas3 Mônica de Oliveira Leite4 Leorges Moraes da Fonseca4 Cláudia Freire de Andrade Morais Penna4 Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira4 Marcelo Resende de Souza4 O s autores agradecem a o s professores Or. Vicente Tol edo e O r a . Tânia Mara P. G u imarães do D ep a r t a m e n to de A n á l i s e s C l í n i ca s e To- P ercentual de inibição d a Salmonella choleraesuis pela c a feína e pelo ácido protocatéico em d i ferentes valores d e p H . S u b stâ ncia affected b y storage temperature. J. F o o d Prot., v. 66, n . 4, p. 5 4 9- 5 5 8 , 2 00 3 . I B RA H I M , S . A . ; S A L A M E H , M . M . ; P H E T S O M P H O U , S . ; YAN G , H . ; S E O , C. W. A p p l i cation o f c a ffeine, 1 ,3 , 7 -trimethylxantine t o c o n tro l Esch erichia co/i O 1 5 7 : H 7 . F o o d C h e m . , v. ín press, 2 0 0 6 . NAZER, A . L ; KOBI L I N S KY, A . ; THOL OZAN, J. L.; D U B O I S- B R I S SONNET, F . C o mbinations o f foods antimicrobials at low leveis to i n h i b i t the growth o f Salmonella s v. Typh i m u r i u m : a synerg i stic e ffect ? F o o d Micro b i o l . , v. 2 2 , p . 3 9 1 -3 9 8 , 2 0 0 5 . NYCHAS, G . J. E. Natural antimicrobials from p l ants . I n : G O U L D , G . W. (Ed.) . N e w Metho d s o f F o o d P re s e r v a ti o n . L o n d re s : B la c k i e Academic & Professional, p . 5 9 - 8 7 , 1 99 5 . VAN D EN B E RG H E , O . A . ; V L IETrNCK, A . J . Screening methods for antibacterial and antiviral agents from higher plants. In: HOSTETTMANN, K . ( E d . ) M et h o d s in p l a n t b i o c h e m i s t ry, assays for bioactivity. Londres: Academic Press, p. 47-69, 1 99 1 . Percentu a l d e inibição d a S . cllOleraeslIis / pH 7,5 Á cido C a fe í n a 9 6,04 ± 0 , 9 3 a 1 0, 2 8 ± 1 ,0 1 1 2, 0 2 ± 0, 1 7 c n=3. Valores médios (± desvio padrão) com letras d iferentes na mesma linha são significativamente d i ferentes (Teste de Bonferroni, p 0,05). 2 4 Estudante graduação Un i montes. Estudante graduação UFMG. Estudante pós-graduação da U F MG . Professor EV/U F MG . E-mail: [email protected]. Pág. 1 06 digitalizado por Pág. 1 07 arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACIONAL DE LATI CfNIOS 1 - INTRODUÇÃO o leite, sob o aspecto nutricional, é con s id erado um dos al imentos mais e q u i librados e completos. É consumido em todas as partes do mundo, tanto na sua forma líqu ida como na forma de seus mais diversos derivados, p roporcionando o a te n d i m e n to de g r a n d e p ar t e de n o s s as necessidades diárias. E n tende-se por l eite pasteurizado tipo C , o produto classificado quanto a o teor de gordura como integral, padronizado a 3% m/m (três por c en t o m a s s a p o r m a s s a ) , s e m i d e s n a ta d o ou desnatado, submetido à temperatura de 72 a 75°C, durante 1 5 a 2 0 segundos, em e q u i p a mento de pasteurização a placas, seguindo-se resfriamento i m ed i a t o em a p a rel h ag e m a p l ac a s até t e m peratura igual ou inferior a 4°C e envase no menor p razo p o s s í v e l , sob condições que m i n i m iz e m contaminações ( B ras i l , 2 0 0 2 ) . E x i s t e m vários fatores q u e i n fluenciam a qualidade do l eite pasteuri zado tipo C, tanto ·do p o n to de v i sta m icrob i o l ó g i c o c o m o fí s i c o químico. Lamaita e t a! . (2002) observaram u m a q u a l i da d e r e l a t i v a m e n t e s a t i s fa t ó r i a d o l e i te pasteurizado tipo C beneficiado em Minas Gerais, s en d o que o s u peraq u e c i m e n t o d u ra n t e o tratamento térmico d e s s e l eite foi o p rob l e m a m a i s fre q ü en t e m e n t e c o n s t a ta d o . R es ul ta d o s d i fe r e n t e s fo ram e n contrados p o r A b r e u e t a l . ( 1 995), quando analisaram o leite pasteurizado tipo C comercializado na cidade de Lavras (MG), e 40% das amostras de uma marca apresentavam se com fosfatase alcalina positiva, evidenciando u m a p as t e u r i zação i n s u fi c i en t e , c o n se q u e n t e mente, colocando em risco a saúde do consumidor. Considerando a necessidade de informações comp lementares a respeito da qualidade do leite p a s teurizado tipo C c o m e rc i a l iz a d o e m B e l o Horizonte, o obj e tivo desse trabalho foi aval iar a composição, propriedades físico-químicas e a p o s s í v e l p r e s e n ç a d e s u b s tâ nc i as i n i b i do r a s , conservantes e reconstitui ntes n e s s e a l i m ento. 2 - M AT E RI A L E MÉ TOD O S F o r a m c o l et a d a s t r i n t a a m o s t r a s , r e p r e s e n t a d a s p o r t r ê s m a r c a s d i fe r e nt e s d e l e i te p as teurizado tipo C, d i s p o n í v e i s no c omérc i o varej ista d a cidad e d e B el o Horizonte, M G . A s amostras foram conduzidas, imediatamente, após a c o l e ta, s o b refri geração, a o l ab o ra t ó r i o d e a n á l i s e s fí s i co-q u í mi ca s d o D ep a r t a m e n to d e Tecnologia e I n sp eção d e Produtos d e Origem Animal, da Escola de Veterinária da U FMG. Para d e t e rm i n a ç ão das c a ra c t e r í s t i c a s fí s i c o - q u í m i c a s do l e i t e p a s t e u r i z a d o t i p o C fo r a m r e a l i z a d a s a s s e g u i n t e s a n á l i s e s , e m d u p l i c a d a : a c i d e z t it u l á v e l (OD ) ; d e n s i da d e a 1 5°C, pelo tennolactodensÍ metro de Quevenne; teor p er c e n t u a l de g o r d u r a , p e l o método d e G erber e í n d i c e c r i o s c ó p i c o ( O H ) , u t i l i z a n d o crioscópio eletrônico L A KTRON 3 1 2- L ( B rasil, 2 00 3 ) . O c á l c u lo do e x trato s e c o total ( E S T ) foi obtido a partir d o D i s c o de A c k ermann e o extrato seco desengordurado ( E S D ) por fórmula m a t e m á t i ca ( B ra s i l , 2 0 0 3 ) . F o r a m fe i t a s , também, p e s q u i sas d e a t i v i d a d e d a s e n z i m a s fos fatase a l c a l i n a e l a ctopero x idase e a n á l i s e s qualitativas da presença de formol , p eróx ido de h i d r o gê n i o , s u b s tâ n c i a s a l c a l i n a s e a m i d o ( B ras i l , 2 0 0 3 ) . 3 - R E S U LTAD O S E D IS C US Sà O O s resultado médios, o s desvios-padrão e o coeficientes de variação (CV) das análises físico químicas das amostras de leite pasteurizado tipo C, comercializado em Belo Horizonte (MG), são apresentados na tab e l a 1 . Tab el a 1 - R es u l t a d o s d e a n á l i s e s fí s i c o q u í m i c a s d e 3 0 amostras de l e i te p as t e ur i z a d o t i p o C , c o m e rc i a l i zado em B elo H orizonte ( M G ) . Parâmetro Média p a d rã o D ensidade ( 1 5 °C) Crioscopia ( H O ) Acidez (OD) Gordura (%) E S T (%) ESD 1 ,030 - 0,539 1 3,7 3,3 1 5 1 1 ,9 8,6 8,0797 0,0033 1 , 1 365 0,2590 0,3839 0,2606 CV 0,07 0.62 8,30 7,8 1 3,22 3,03 Q u ad ro 1 - Percentual d e amostras d e leite pas t e u r i zado t i p o C c o m e rc i a l izado e m B el o Horizonte, fora dos p a drões físico-químicos estabelecidos pela legislação brasil eira. Anál ises fí s i c o - q u í m i c a s Densidade a 1 5°C (g/ml) Acidez (OD) Gordura (%) E S T (%) ESD (% ) Índice crioscópi c o (OH) Pesquisa de lactoperoxidase A m o s t r a s for a d o s p a d rões ( % ) o 46,66 3,33 O 10 O O Os resul tados foram c o m parados c o m os padrões estabelecidos pelo " Regulamento Técni co de Produção, Identidade e Qualidade do Leite Pasteurizado Tipo C" ( B ra s i l , 2 0 0 2 ) . Os p er centuais de amostras fora dos p adrões p ara os teores de gordura, acidez titulável e extrato seco desengordurado são demonstrados no quadro 1 . A a c i d e z t i t u l á v e l fo i o p arâmetro q u e a p re s e n t o u m a i o r c o e fi c i en t e d e v a r i a ç ã o , variando d e 1 1 , 0 0 a 1 6 , 2 0 0 D . O v a l o r m é d i o encontrado, i n ferior aos padrões d a l eg i slação, p o d e r i a s u g e r i r s u s pe i ta de a d i ç ã o de n e u tralizantes ou substâncias alcalinas, n o entanto, todos os resul tados das análises qualitativas para essas substâncias foram negativos. L amaita e t a! . ( 2 0 0 2 ) observaram 3 7, 5 % d a s a mostras d e leite pasteurizado tipo C benefi c iado em Minas Gerais e m d e s a c o rd o com a l eg i s l a ç ão para o parâmetro a c i d e z t i tu l áv e l . Quanto ao teor de gordura, as amostras fora dos padrões apresentaram-se com teores percen tuais inferiores ao estabelecido p e l a l egislação. Lama i ta et a ! . ( 2 0 0 2 ) e n c on tr a r a m 5 % d e amos tras for a d o e s t a b e l e c i d o o fi c i a l m e n t e , semelhante ao encontrado n e s t e trabalho. Souza ( 1 994) encontrou 1 6, 6 7 % de amostras d e l e i te pasteurizado tipo C beneficiado em M inas Gerais com teores abaixo de 3% de gordura. Campos et a ! . ( 1 9 9 9 ) , a v a l i ando a s c a ra c terís t i c a s fís i c o químicas d e l e i te p as te u rizado d is t ri b u í do em postos de saúde em B etim, MG, observaram que o teor de gordura foi u m dos parâ metros fÍsico químicos com maior percentual de amostras fora dos padrões. Esses fatos demonstram p roblemas na padronização do teor de gordura nas indústrias. Assim, outros parâmetros dependentes da gordura estarão também a lterados, corno EST e E S D . D a mesma fo r m a , v a l ores n u tr i t i vo s e c a l ó r i c o s diferentes seriam obtidos entre marcas d i ferentes e amostras de uma mesma marca. Todas as amostras fora dos padrões para os teores de extrato seco desengordurado apresenta ram val ores i n feriores aos padrões. Lamaita et a!. (2002) encontraram 5% das amostras em de sacordo com a legislação para os teores de extra to seco desengordurado. Isto pode ser influenciado pelas variações de gordura ou proteína e lactose. A pesquisa de atividade da fosfatase alcalina revelou desnaturação desta enzima em 1 00% das amostras anal isadas. No e ntanto, com relação à lactoperoxidase, os resultados demonstraram sua desnaturação em 26,66% das amostras analisadas, sendo todas e las da m e s ma marca. I sto indica superaquecimento do leite e, conseqüente alteração de seu valor nutritivo, devido, provavel mente, à ocorrência de reação de Maillard e perdas de lisina Pág. 1 08 digitalizado por e outros aminoácidos essenciais. S i lv a et a!. (2002) não observaram atividade de lactoperoxidase em 50% das amostras de leite pasteurizado tipo C, ou s eja, s up eraquecimento desses p roduto s comer cial izados em B elo Horizonte. 4 - CONCLUSÕES Estes dados mostram que o l eite pasteurizado tipo C, comercializado em Belo Horizonte ( M G ), apresenta importantes variações em alguns de seus parâmetros físico-químicos de inspeção, indicando maior n ecessidade das i ndústrias p rocessadoras contro larem a q u a l idade da matéria-prima e o processamento industria l . 5 - A B ST R A C T A ccording to n utritional p arameters, mi Ik is c o n s i de r e d one of the m o s t b a l an c e d a n d c o mp l e t e foo d s , h ow e v e r , s o m e fac tors m a y i n t e r fe re i n t h a t fac t o T h e a i m o f t h e p r e se n t work w a s to inspect t h e composi ti o n a n d some p h y s i c a l - c h em i c a l p ar a m e te r s of type " C " p a s t e u r i z e d m i l k marketed i n B e l o Horizonte (MG). Thirty samples were collected i n the reta i l market a n d submi tted to t h e folIowing analysis : titratabl e acidity (OD) ; density a t 1 5° C ; fat, total solids and solids non-fat contents (%); cryoscopy (OH); detection o f p hormol , hydrogen peroxide, a l k a l i n e s u b s ta n c e s and s t a rc h ; b es i d es t h e e v a l u a t i o n o f t h e a l k a l i n e p h o s p h at a s e a n d l a c t o p e ro x i da s e e n z y m e s a c ti vi t i e s . R es u l t s lower than t h e B razil ian official standards were only detected for fat and solids non-fat contents a n d t i t r a t a b l e a c i d i ty in 3 3 . 3 3 % , 1 0 % a n d 46.66% o f the samples. I n 2 6 .66% of the s a m p l e s , i t w a s n o t d et ec t ed l a ct o p erox i d a s e activity i n d i cating o verheating o f m i l k during pasteurization, which may deplete i ts nutrit i v e v a l u e . T h o s e d a ta s h o w t h at t h e p h ys i c a l c h e m i c a l q u a l i ty o f t h e typ e " C" p a steurized m i l k sold i n B e l o H o ri z o n t e ( M G ) p r e s e n t s i mportant variations, w h i c h should be adj usted by t h e i n dustries, mainly t h o s e related to fa t s ta n d a rd i z a t i o n a n d t h e r m a l t r e at m e n t . A d u l t e r a t i o n by i n h i b i to r s , r e c o n s t i t u t i o n s substances and starch were n o t detected. K e yw o rd s : typ e "C" p a s t e u r iz e d m i l k , p h y s i c a l - c h e m i c a l , a d u l terati o n s . 6 - R E F E R Ê NC IAS B I B L IO G R Á FICAS ABREU, L. R . ; CA RVALHO, E . P.; N ETTO, A . C.; M . S . Ava l i ação de alguns parâ m e tros fís i c o quí micos e microbiológicos do leite pasteurizado arvoredoleite.org Pág . 1 09 ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíN IOS comercializado na cidade de Lavras no ano de 1 994. Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora (MG), v. 50, n. 29 1 , p. 24-30, 1 995. B RA S I L. M i n i s tério d a Agricultura P ecuária e Abastec i mento. Instrução Normativa n a. 22, de 1 4 de abril de 2 003. Métodos A nalíticos Oficiais Fís ico - q u ím icos p a ra Controle de L eite e Pro dutos Lácteos. B ra s í l i a : M i n i s té r i o d a Agri cultura, P ecuária e Abasteci mento, 2 0 0 3 . B RA S I L . M i n i stério da Agricultura, P ecuária e Abastec imento. Instrução Normativa n ° 5 1 , 1 8 de setembro de 2002. Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do L eite tipo A . Leite tipo B. L eite tipo C, L eite Pasteurizado e do Leite Cru Refrigerado. D iário Oficial d a Uni ão, B ra s í l i a : M i n i stério da Agr i c u l tura, P ecuári a e Abastecimento, 2 0 0 3 . CAMPOS, H. C. F. ; S I LVA, E. F. ; SOUZA, M. R . ; P ENNA, C. F . A. M.; C E RQUEIRA, M. M. O. P. ; L E ITE, M. O. Avaliação das características fisico químicas de leite integral pasteurizado distribuído em postos de saúde em Betim (MG). Revista do Instituto de Laticín ios Cândido Tostes, Ju i z de Fora, MG, v. 54, n. 3 09, p. 245-248, 1 999. L AMAITA, H. c.; HOTTA, J. M . ; VERAS, J. F. ; S I LVA, A. C. O . ; SOUZA, M. R . ; C E RQ U E I RA, M. M. O. P. ; P ENNA, C. F. A. M . ; A L M E I DA, M. R.; MENDES, R. P. R. S egurança a l i mentar d e l e i t e p a s te u r i zado t i p o C b e n e fi c i ad o e m M i n a s G er a i s a v a l i ad o p o r p a râ m e tros m i crob i ol ó g i co s e fís i co-qu í m i c o s . Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora (MG), v. 57, n. 327, p. 2 9 7- 3 0 0 , 2 0 0 2 . S ILVA. A. C. O . ; L AMAITA. H . C . ; H OTTA. J. M . ; P I C IN IN . L. C . A . ; F E I J Ó . L. D . ; C E RQ U E I RA . M . M. O . P. ; S O UZ A . M . R . ; P ENNA. C . F. A . Avaliação d a qualidade d e leite p as teurizado e U AT comerc i a l i zados e m B e l o Horizonte ( M G ) quanto a alguns indicadores de s e g u r a n ç a a l i m en tar. R evista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Juiz de Fora, MG, v. 5 7 , n . 3 2 7 , p. 2 8 1 -2 8 3 , 2 0 02 . S O U Z A , M . R. A va liação da eficiên cia da pasteurização de leite beneficiado em granjas leiteiras, entrepostos. usinas e propriedades rurais do Estado de Minas Gerais. 1994. 78f. D i ssertação (Mestrado) - Escola de Veterinária, Univers idade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. AVALIAÇÃO DAS VARIÁVEIS FíSICO-QUIMíCAS DO LEITE DE R AÇAS HOLAN D ESA E M ESTiÇA SOB CON DiÇÕES DE ANÁLISE DO L EITE R ECÉM ORDENHADO E R EFRIGERADO NO CEFET-R P NO ANO D E 2005 Evaluation of the physical-chemistry variables of the dutch and mixed breeds milk o n condition that analysis o f the m i l k that h as just been milked and refrigerated at CEFET-RP in 2005 Júlio César Moreira1' Daiany Rocha da Si lva1 Adriana Dias1 Edimar Aparecida Filomeno Fontes2 Arnaldo Prata Neiva Júnior3 Flávio Bittencourt4 Estudante de graduação do curso Superior de Tecnologia em Laticínios-CEFET-RP. 2 Engenheira de Alimentos-Professora DS do CEFET-RP. Professsor de Zootecnia-Doutorando na UFLA. 4 Matemático-Professor MS do CEFET-RP. * [email protected]. 1 Pág. 1 1 0 A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O NACI O N A L D E LATi C í N I O S RESUMO Com o objetivo de veri ficar a influência das raças sob condições de análise do leite recém ordenh ado e refrigerado e período do ano, foram coletadas amostras de rebanhos p u ro de raças holandesa e mestiça ( HZ), no Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba, no período de j aneiro a dezembro de 2 005 . As amostras foram submetidas a anál ises fisico químicas (gordura, crioscopia, densidade, extrato seco desengordurado e acidez). Observou se que a variável densidade não apresentou di ferença s i g n i ficativa (p>0,05) nas amostras de leite das duas raças, sob as condições de análise do leite recém ordenhado e refrigerado, apresentado valor médio 1 ,03 0 ± 0 , 0 0 1 4 g/m L . O rebanho mestiço apresentou maior teor de gordura em relação à raça h o l andesa. D e n tro da mesma raça, também foi observada diferença no teor de gordura para as condições de anál ise para o leite recém ordenhado e mantido sob refrigeração (p<0,05). Observou-se também que o extrato seco desengordurado não apresentou variações s ign i ficativas en tre as raças (p> 0 , 0 5 ) e em uma mesma raça, verificou-se d i ferença nas condições do leite recém ordenhado e refri gerado (p<0 , 0 5 ) . A variação da crioscop ia das amostras de leite d i feriu entre as raças sendo que o rebanho holandês apresentou maior valor crioscópio que o mesti ço. PalaVl"aS-chave : l ei te, raças, fís ico-q u í m i c a . 1 - I N T RO D U Ç Ã O O leite é um l íquido branco e opaco, mais viscoso e denso que a água, de sabor ligeira mente doce e agradável e odor pouco acentuado, produto de secreção d a s glândulas mamárias de mamí feros, c onstitui ndo uma i mportante fonte de n u t r i ç ã o h u m a n a , t o r n a n d o - s e u m i n d i s pen s á ve l p ro d u t o n a d i e t a . E m c o n d i ç õ e s no rmai s , t e m e m méd i a o s s e g u i ntes c o mpo nentes: água ( 8 7 , 2 5%), ex trato seco ( 1 2 , 7 5 % ) . O e xtrato s e c o total d o l e i te é constituído dos seguintes e l ementos: gordura ( 3 , 8 % ) , proteínas ( 3 , 5 0 % ) , l a c t o s e ( 4 , 8 % ) e s a i s m i n e ra i s (0,65%). A c o mposição d o l e i te pode variar de acordo com raça, período de l actação, a l i men tação, s a ú d e , p er í o d o d e c i o , i d a d e , c a ra c ter í s t i c as i n d i v i d u a i s , c l i ma, e s p a ç o en tre as ordenhas e estação do ano. Os animais holandeses puros são o s que mais produzem, os mais precoces e que mantêm a p ro d u ç ã o d u ra n t e m a i s t e m p o e o b t ê m as maiores médias. Os de raças mistas apresentam uma produção de leite bastante apreciável, além de adaptação ao c l i ma , à a l i mentação e maior resi stência a patógenos. S egundo C A RVAL H O et a ! . ( 2 0 0 2 ) , t e o r i c a m e n t e q u a n to m a i s c a racterísticas holandesas forem apresentadas num melhoramento genético, maior será a p rodução de l e i te, pois a raça holandesa tem maior espe c i a l i zação l e i teira que as zeb u í n a s . A a l i men tação e a p r o d u ção s ã o d i re t a m e n t e i n fl u en ciadas pela estação do ano, sendo observado no período das águas, uma maior dispon i b i l idade e qual idade de pastagem. digitalizado por C o n s i d e r a n d o - s e o s a s p ec to s a c i m a men c i on a d o s , o p r e s e n t e trab a l h o teve c o mo obj etivo veri ficar a influência das raças pura de origem holandesa e mestiça (HZ), em condições de análise do leite recém ordenhado e refrigerado e p e r í o d o do a n o s o b r e as v a r i á v e i s fí s i co quí micas (gordura, crioscopia, densi dade extrato seco desengordurado e ac idez), do l eite prove ni ente de vacas s ad i a s , p rod u z i d o no C e n tro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba, no período de janeiro a dezembro de 2005 . 2 - MAT E R I A L E M É TODOS As análises foram real izadas no Laboratório de Físico-Qu í m i ca, do Centro Federal de Edu cação Tecnológica. 2.1 - A n á li s e s Fí s i c o - q u í m i c a s A s amostras foram submetidas às seguintes anál ises: gordura, crioscopia, densidade, extrato seco desengordurado e acidez, segundo P EREIRA et a ! . (200 1 ), em amostras de leite d e rebanhos de raças holandesa e mestiça (HZ), sob condições de a n á l i s e ( r e c é m o r d e n h a d o e r e fr i g erado ) , durante o ano d e 2005 . 2.2 - A n á l i s e s Estatí st i c as O delineamento experimental p rocedeu-se em parcelas sub-subdivididas e para a análise esta tística util izou-se o programa estatístico S ISVAR. arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS 3 - A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LAT i C í N I O S RES U LTA D OS E D I S C U S S à O 4 A variável densidade não apresentou d i fe rença significativa (p>0,0 5 ) , tendo como valores médios 1 ,0 3 0 ± 0 , 0 0 1 4 g/m L. Para as variáveis acidez, crioscopia, gordura e extrato seco desengord urado h ouve d i ferença s i gn i ficativa ( p <0 , 0 5 ) . A s F i guras I , 2 , 3 e 4 apresentam as variações dos teores de gord ura, extrato seco desengordurado, crioscopia e acidez para as amostras de leite de raças pura de origem h o l a ndesa e m e s t i ç a ( I-I Z ) , sob as d i fe r e n t e s condições de anál ise ( r e c é m ordenhado e refri gerado), duran te o ano de 200 5 . Na Figura I observa-se q u e a raça mestiça apresen tou maior teor de gord ura e m re lação à raça holandesa. Dentro da mesma raça, também foi observada diferença no teor de gordura para as c o n d i ç õ e s de a n á l i s e p a ra o l e i te r e c é m ordenhado e mantido s o b refrigeração. N o ta-se na Figura 2 que o e x trato seco desengordurado não apresentou variações sign i fi cativas entre as r a ç as ( p >0 , 0 5 ) . M as , em uma m e s m a r a ç a , v e r i fi c o u - s e d i ferença n as cond i ç õ es do l e i te recém orden h ado e lefri gerado (p<0,0 5 ) . P o s s i v e l m e n t e , a n ão - h o m o g e n e i z a ç ã o co rreta d a s a m o stras n o m o m e n to da c o l e t a , poderia t e r i n tluenciado no aumento do teor d e gordura e no e x trato seco dese ngordu rado, no leite refrigerado, con forme observado nas Figuras I e 2 . N a fi g u r a 3 , o b s e r v a - s e q u e o v a l o r c rioscóp i o apresentou v a r i ação s o m e n te entre as raças. A F igura 4 apresentou variação da acidez entre as r a ç a s , c o n d i ç õ e s d e an ál i s e do l e i te recém-ordenhado e refrigerado e período do ano, que segundo PIN H E I RO et.al ( 1 99 1 ) as variações da acidez do l e i te, são de c ausas normais com relação à raça e individuali dade. 4.5 Figura 2 - Var i aç õ e s no teor de e xtrato s e c o desengordurado d a s amostras de l e i te de d i ferentes raças ( h o l andesa e mestiça ( I-I Z » , sob as condições de an á l i s e ( r e c é m o rd e n h a d o e re fri gerad o ) , durante o ano de 200 5 . .o.515 .o.52 :r e.. .o.525 .o 53 . �t -0.535 .o.54 .o.545 .o.55 o PO rofrigarado Figu ra 3 ';i PO rocóm-ordenhado - l!l Mostiço refrigerado �J Mestiço recén'Hln:Sonhado Variações na c r i o s c o p i a das amos t r a s d e l e i te d e d i fe r e n t e s r a ç a s ( h o l an d e s a e m e s t i ç a ( I-I Z » , s o b c o n d i ç õ e s de a n á l i s e ( r e c é m-orde n h ad o e r e fr i g e r a d o ) , d u r a n t e o a n o de 2 0 0 5 . CONCLUSÃO Com base nos resultados analisados, con cluiu-se que há variações de alguns p arâmetros fís ico-q u í m i c o s . H ouve d i ferença e ntre raças, condições de análise e período do a n o . A não homogeneização c o rreta d a s a m o s tras n o m o mento da coleta pode t e r influenciado no aumento do teor de gordura e no extrato s e c o d e s e n gordurado, no leite refrigerado . 5 - S UM M A RY s i g n i fi c a n t v a r i a t i o n s b e t w e e n t h e b r e e d s ( p > 0 . 0 5 ) and i n o n e s a m e b r e e d , t h e r e was a v e r i fi e d d i ffere n c e i n t h e c o n d i t i o n s o f t h e r e c e n t l y - t a k e n m i l k s a m p l es a n d s a m p l e s r e fr i g e r a t e d ( p <0 . 0 5 ) . T h e v a r i a t i o n i n t h e crioscopia o f t h e m i l k samp l es d i ffered between the breeds, being that the D utch breed presented greater crioscopio value that the m i x ed breed. Keywords: milk, races, physicist-chemistry. R E F E RÊ NC I A S B I B L I O G RÁG I C A S With the objective of veri fing the influence of the breeds under the conditions o f analysis of recen t l y - t a k e n milk samples, samples refrigerated and p eriod o f the year, samples were col l ected from h erds of p ure D u tch breeds and of mixed breeds (HZ) at C E F ET ( Federal Center of Tec h n o l o g i caI E d u c a t i o n of R i o P o m b a ) , from January t o D ecember o f 2 0 0 5 . F r o m t h e samples submitted for physical-chemical analysis (fat, crioscopia, den s i ty, s k i m dry e xtract and acidity). I t was observed that the variab J e density did not present significant d i fference (p>0. 0 5 ), having m e d i u m v a l u e 1 . 0 3 0g/mL . T h e m i x e d breed, presented greater t e x t o f fat i n relation to the Dutch breeds. I n the same breed, was also observed d i fferenc e i n t h e t e x t o f fat for the con d i ti o n s o f analysis o f recently-taken m i l k samples a n d refrigerated (p<0 . 0 5 ) . I n relation to the skim try extract variabl e , there was not • • • • C A RVA L H O , L . A . ; NOVA I S, L . P. ; M A RTINS, C . E . ; ZOCCAL, R.; M O R EI RA , P. ; R I B EI R O , A . C. C. L.; L IMA, V. M. B. S istema d e P ro d u ç ã o d e L ei t e ( C e rr a d o ) . H ttpll s i s te m a d e p ro d u c a o . c 11 P t i a . e 111 b r a p a . b r I fontesHTMLlL e i te/ L e i t e Cerrado ( a c e s s ado e m 1 9/ 0 5 / 0 6 ) . F E R R E I RA , D . F. Sisvar sistema de a nálise d e v a ri â n c i a, Lavra s : U F L A, 2 0 0 3 . P E R E I RA, D . B . C; S ILVA, P . H . F. ; JÚNIOR, L . C . G. c . ; O L I VE I RA , L . L . F í s ico-Química d e leite e derivados. Métodos Analíticos, 2 ° edição, Juiz de Fora, 2 00 1 . A RA G O N , C . A g e n é t i c a e o m er c a d o . R e v i s t a D B O , m u n d o d o l ei te , n . ] 4 , p . 2 0 22, j unho 2005. P I N H E I RO, A . J . R . ; M O S Q U I M , M . C . A . V. Proces s a m e nt o de leite d e c o n s u m o , Viçosa, MG, Universidade Federal de Viçosa, 1 99 1 , ] 8 7p . • • • • 0.2 � -8 'u PROCESSAMENTO D E PETIT SUISSE SEM FORMAÇÃO DO SUBPRODUTO SORO ÁCI DO : UMA INOVAÇÃO TECNOLÓGICA PARA INDÚSTRIA D E LATiCíNIOS 0.18 N ..: 2.5 - 0.16 Processing of petit suisse without formation of the by-product acid whey: A tech nological i nnovation 'for laticínios industry 0.14 Jan Fev -. PO refrigerado ";f Mar Abr Mal PO rocám-ordonhado Jun Jul Mé. Ago rr; Mestiço refrigerado Se! Ou! Nov Dez l' Mestiço racém-ordonhado Figu ra 1 - Vari ações no teor d e gordura das amostras de leite de diferentes raças (holandesa e mestiça (I-IZ)), sob as con dições de análise (recém-ordenhado e refrigerado), durante o ano de 2005. .-, PO refrigerado "3 1 P O mcém-ordenhado $ ! Mestiço refrigemdo Aisi Anne Araldi Celiberti 1 Kellen Spinardi2 Luis Alberto Chaves Ayala3 n Mestiço recém-ordenhado F i g u ra 4 - Var i a ç õ e s n a ac i d ez d a s a m o s tras d e l e i t e d e d i fe r e n t e s raças ( h o l an d e s a e m e s t i ç a ( I-I Z » , s o b a s c o n d i ç õ e s de a n á l i s e ( r e c é m o rde n h a d o e r e fr i g e ra d o ) , d u r a n t e o a n o de 2 00 5 . 2 3 Universidade Tecnológica Federa l do Paraná - UTFPR - Ponta Grossa Bras i l - aisi .cel [email protected] om.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR - Ponta Grossa - B rasil kspi nardi@batavi a.com.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR - Ponta Grossa Bras i l - [email protected] Pág. 1 1 2 digitalizado por arvoredoleite.org Pág. 1 1 3 A N A I S DO X X I I I C ON G R ES S O N AC I O N A L D E LATi C í N I OS ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS 1 - I N T RO D U Ç Ã O A s i n d ú s trias de l at i c í n i o s n ã o t ê m pou p ado e s fo r ç o s e i n v es t i m e n to s p a ra g a r a n t i r s u a s o b re v i v ê n c i a n u m m e r c a d o a l ta m e n t e c o m p e t i t i v o . A s i n d ú s t r i a s a l i me n t í c i a s c o n t a m c o m uma grande d i v ersidade d e i novações t e c n o l ó g i c a s p r i n c i p a l m en t e na á r e a d e ingredientes, a qual pode s e r u m a grande a l i ada p e l a busca e m " s a i r n a frente" e conqui star o mercado garanti ndo também o s u cesso e a l u cratividade ( G E R MI N A L , 2 0 0 5 ) . C o m o exem p l o d e c o n c e i t o d e i n o v a ç ã o , o b s e rv a - s e o p ro d u to p e t it s ll is s e , j á b e m d i fu n d i d o n o mercado e c o m óti mo v o l u m e d e v e n d a , q ue a t é e n t ã o p o s s u i um p r o c e s s o de fab ri c a ç ão b e m e s p e c í fi c o , c o m t e c n o l o g i a d o m i n a d a , s o b r e t u d o p o r g r a n d e s e m p r e s a s , p ri n c i p a l mente devido a u m a l to custo d e i nstal ação e t ambém de fabricação ( KU M A G A I , 2 0 0 0 ) . A produção do petit suÍsse p o s s u i um a l to custo devido à necessidade da centrífuga, como meio d e s ep aração, e também porque 75% do l eite n ã o é u t i l i za d o e m sua i n t e g r i d a d e , s e n d o transformado no s ubproduto soro ácido. D iante d isto, estudar-se-á a v i a b i l i d a d e d a produção de q u eij o tipo petit suisse m e d i a n te o uso de u m c o n c e n t r a d o p r o t é i c o , c o n s i d e ra n do o rendi mento de produção e os custos envolvidos na produção, visto q u e o uso d e h i d rocolóide s n e u tr o s t a i s c o m o o a m i do , a g o m a- g u a r , a g o m a x a n t a n a e a p ec t i n a , q u e s ão a g e n t e s estab i l izantes, proporc i onam uma maior r e t e n ç ã o de á g u a n o s i s t e m a , a u m en ta n d o a vi scosidade e mel horando o corpo e a textura, uma vez que atuam também como espessantes. C o mparar-se-á a produção tradic i o n a l e a p ro posta (sem a fo rmação de soro á c i do) e ainda o s imp a c tos r e l a c i o n ados à n ã o u t i l i zação d e c en t r í fuga p ara ret i ra d a do s oro á c i d o , v i s to que o mesmo não s erá gerado n e s t a p roposta. A i n d a veri fi car-se-á a a c e i tab i l idade p e l o pú b l i c o i n fa n t i l princ ipal consumidor deste produto . A reflexão dessa p erspectiva s erá atra vés do estudo de caso n a Empresa Batávia S . A . c o m real ização de degustação n a A ld e i a I n fan t i l D a v i d F ederman . Ta bela 1 - Q u a n ti d a d e s e P o r c e n t a g e n s d o s ingredi entes utilizados na elaboração do petít suisse. C O M P R E PARADO D E M O RA N G O PETIT SUISSE Leite 0% matéria gorda C o n c e ntrado P r o t é i c o Creme de Leite 4 0 % matéria gorda Açúcar R e finado Fermento Lácteo Preparado de Frutas Morango TOTAL 2.1 - 1 5 , 1 6 kg 5 8 , 5 3 % 4,25% 1 , 1 0 kg 3 , 2 2 kg 1 2,43% 2 , 3 4 kg 0 , 1 8 kg 9,03% 0 , 7 0% 3 , 90 kg 1 5,06% 25,9 1 00% P r o c e s s o d e s c ri t i v o d a fa b ri c a ç ã o d o q u e ij o p etit s u is s e s e m fo r m a ç ã o d e soro ácido. F l u x o g ra m a 1 - Ensaio para elaboração d e petit suisse sem a formação de soro. DISSOLUÇÃO DO AÇÚCAR REFI NADO E DO CONCENTRADO PROTIOICO AOUECIMENTO A 65°C HOMOGENEIZAÇÃO 200bar AGITAÇÃO DA BASE HOMOGENEIZAÇÃO (sem pressão) A mostras d o teste p i l oto foram anal isadas em dupl i cata p ara determinações da composição n u t ri c i on a l . O t e o r de p ro t e í n a s , g o r d u r a e c a rb o i d ra t o s foram d e t e rm i n ad o s a t r a v é s d e apl icação d e cálculo d e acordo com a Resolução R D C n ° 3 6 0 d e 23 d e d ezembro de 2 0 0 3 . O s métodos u t i l i z ados p ara cada aná l i s e s ã o des critos a seguir: Gordura Total (butirômetro) - de acordo com I A L ( 1 985). pH 25°C - método I A L i t e m 4 . 7 . 2 . E x trato S eco D esengordurado - 'd e acordo com o M i n istério d a Agricul tura, 1 98 1 . S ó l i do s S o l ú v e i s (OB r i x ) d e a c o rdo c o m o Ministério da Agricul tura, 1 98 1 . Viscosidade B ro o k fi e l d - m e to do l o g i a B RA S E Q , 1 9 9 7 . Proteína Total determinada através de cálculo de acordo com a Resolução R D C n°.3 60, de 2 3 de dezembro de 2003 . Depois de processado, foram selecionadas al eatoriamente amostras do petit suisse e para s e r e m a n a l i s a d a s q u a n t o a o a s p e c to m i c r o b i o l ó g i c o . F o r a m rea l izadas a n á l i s e s d e C o l i fo r m e s a 4 5 ° C / g , E s t a fi l o c o c u s C o a g u l a s e P o s i t i v a / g e Salm o n ella s p/2 5 g , s eg u n d o resol ução R D C n0 1 2, de 2 de j aneiro d e 2 00 1 . 2.4 - D e g u s t a ç ã o o Pág. 1 1 4 2.2 - C o m p o s i ç ã o fís i c o - q u í m i c a 2.3 - A n á l i s es m i c r o b i o l ó g i c a s FERMENTAÇÃO ATIO pH 4 . 4 0 ( 1 2 horas) 2 - MAT E RIAL E M É T O D O S ensaio foi conduzido no Setor de Pesquisa & D e s en v o l v i me n t o , p er t e n c e n t e à E mp re s a Batávia S IA Indústria de A l imentos - Carambeí PRo Os i ngred i entes e s u as resp e c tivas quan tidades util izadas para e l aboração do peti! suisse estão descri tos na Tabe l a 1 . aque c i d a , h o mogeneizada, p as teurizada e res fri ada. O fermento foi a d i c i o n ado e aguardou se 1 2 h oras até a t i n g i r pH - 4 , 4 0 . A fermen tação fo i fe i t a em latão c o m capacidade p ara 20 l i tros e m b anho-maria a 2 8 - 3 0° C . Após a fermentação, a b a s e foi a g i tada c o m a g i ta d o r m a n u a l ( q u eb ra d a b a s e ) , o n d e s e g u i u p a r a h o m o g e n e i za d o r ( a l i s a m e n to d a b a s e ) e fo i resfriada a l O- 1 5°C em banho-maria com água g e l a d a . A d i c i o n o u - s e o p re p a ra d o de fru t a s ( 1 5 %) s o b r e a b a s e e a p ó s a m is tu ra , foi fra cionada em copinhos p l ásticos de 90g, fechados com selador manu a l . Os copinhos foram l evados para câmara fri a p ara refrigeração entre 5 - 1 0°e. A F lu x o gr a ma 1 a p r e s e n t a o fl u x o g r a m a do ensaio sugerido para a produção de petit suisse sem a formação de soro. P a ra e l ab o r a ç ã o do p etit s u isse fo i adicionado ao l ei te os i ngredientes na seguinte o r d e m : c r e m e d e l e i t e , a ç ú c ar r e fi n a d o e concentrado p roté i c o . Em seguida a mistura foi 3 - R E S U LTAD O S E D IS C U S Sà O 3 . 1 - A n á l i s es fís i c o- q u í m i c as A Tab e l a 2 r e fe r e - s e à s c a r a c t er í s t i c a s fís ico-qu ímicas do petit suisse c o m concentrado p r o t é i c o . Os resu l tados d a s a n á l i s e s a p r e s e n t a r e m - s e d en tro d o s p a d r õ e s d o p ro d u to c o n v en c i o n a l . Ta bela 2 - A n á l i s e s fís i co-qu í mi ca s c o m para tivas do peti! suisse A N Á L I S E S F ÍS IC O - Q U Í M ICAS Tradicional Sólidos Solúveis (OBri x ) Gordura Tot a l ( % ) ESD Quark (%) Viscosidade ( c en t iP o i s e ) P ro t e í n a ( % ) Protéico 26 25 5,00 5 ,00 16 17 232 235 6,0 6,I Observa-se q u e os res u l tados das anál ises de viscosidade são muito próximos entre os dois p ro d u to s a va l i ad o s ( tr ad i c i o n a l e c o m c o n c e n t ra d o p r o t éi c o ) , i s t o p o r q u e m a n t i v e m o s b a s i camente a m e s m a composi çã o ( p e rc e n t u a l d e p roteína, gordura e extrato s e c o t o t a l pri n c i p a l m e n t e ) do p r o d u to fi n a l e m r e l a ç ão a o p roduto obtido p e l o processo tra d i ci onal . 3.2 - Análises microbiológicas A s a n á l i s e s m i c rob i o l ó g i cás foram r e a l i zadas com a final idade de garan tir a segura n ç a a l i m e n t a r d o s p ro v a d o r e s . N a Tab e l a 3 s ã o a p r e s e n t a d o s o s res u l tados o b t i d o s e m c o m p aração com os p adrões vi gentes em Legislação e s p e c í fi c a . Tabela 3 - Análises Microbiológicas d o petÍt sllÍsse A N Á L I S E S M I C RO B I O L Ó G I C AS Análise Como o petit suisse é u m produto destinado ao consumo infanti l, foi real izado uma degustação na A l d e i a E s p í r i t a d a C r i a n ç a " D I'. D av i d F e d e r m a n n " - D e p a r t a m e n to d o I n s t i t u t o Educacional D u q u e de C a x i a s , c o m 42 crianças entre meninos e meninas, vari ando em idade de 3 meses a 1 2 anos. C/Concentrado C o l i formes a 45°C/g E s taf. Coag. P o s i ti va/g S a l mo n e l l a s p/2 5 g U FC/g o u roL Padrão- U FC/g o u roL 5 x l 02 M á x . 5 x I 02 1 02 M á x . 5 x I 02 Ausência Ausência Pág. 1 1 5 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíN IOS Os resultados obtidos apresentaram-se em conformi d ade com o p adrão l egal , atestando-o como produto apto ao consumo h u mano e, por tanto sem restrições de u s o . · 3.3 - C u s t o s A a p l i c aç ã o d e s t e n o v o p ro c e d i me n t o possibi lita u ma redução da ordem de 1 0%, e se o s i n gredientes, c o n c e ntrado protéico e l e i te, s o frerem a i nda redução d e custo p o r kg, essa ordem p o d erá ter r e d u ç ã o m a i o r q u e 1 0 % p ro p o r c i o n a l men t e . 3.4 - D egustação Nossa análise sensorial teve como obj etivo principal a aceitação das crianças pelo produto. C o mo trabalhamos com crianças d e 3 meses a 1 2 anos, o p tamos em aval i ar a a c e i ta ç ão s e m preench imento de fichas e s i m c o m a o p i n i ão verbal das crianças q u e demons traram grande aceitação ao produto . 4 - C O N C L U Sà O A p ar t i r d o s res u l ta d o s o b t i d o s n e s t e trabalho pôde-se verificar q u e é viável a produção d e p e tit s ll isse c o m c o n c e n t ra d o p ro t é i c o , e c o n s e q u en te m e n t e , s e m a for m a ç ã o d e soro á c i d o . O p ro d u to n ã o d i fe r e e m a s p e c t o s s i g n i fi c a t i vo s e m r e l a ç ão a o c o n ve n c i o n a l . Obteve-se ainda redução d e custo n a formulação e a redução da compra do v o l u m e de leite ( in natura) . Outra grande vantagem observada é a c o n t r i b u i ção p a r a a n ã o p o l u i ç ã o a m b i e n t a l , zelando assim p e l o m e i o ambiente. A B S T RA C T T h e c h e e s e petit s llisse t o d a y p ro d u c e d g en e r a t e s h i g h a m o u n ts o f a c i d w h ey , decurrently of t h e t y p e o f trad i tionally process A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LAT i C í N I OS MICROBIOTA DE GRÃOS DE KEFIR D E DIFERENTES ORIGENS util ized. Due to this gap, this research considers a new tec h n o l o g y to m an u fa c ture petU suisse cheese, which preserves its main characteristics. This technology consists i n appl ies concentrate p r o t e i n as a new i n g r e d i e n t , res u l t i n g i n a change of traditional process, s i n c e the use of s ep a r a t o r m a c h i n e w i l I not b e n e c e s s a ry. Consequently, i t w i l l avoid formation of a poor b y - p ro d u c t - a c i d w h e y ; p ro d u c t i o n c o s t r e d u c t i o n ; p ro c e s s i mp r o v e m e n t a n d l e s s util ization o f raw material ( m i l k) , caused b y a a l m o s t 1 00 % o f b e t t e r p ro d u c t c o n ve rs i o n milk i s converted in final p roduct - which could b e a good s o l u t i o n in p e r i o d s o f i n s u ffi c i en t raw materi a l . Microbiota of kefir g rains from differents origins Lívia Maria Pinheiro Luiz1 Patrícia Campos Bernardes1 Joelma Piazza Lopes1 Liliane Oliveira Correia 1 Patrícia É rica Fernandes1 Natan de Jesus Pimentel Fil ho 1 Célia Lucia d e Luces Fortes Ferreira2 RESUMO Keywords : petit sllisse; protein concentrate; acid whey. 5 - O Kefir é uma bebida popular e tradicional do Oriente feita a partir da fermentação do leite com os grãos de Kefi r. É d ito que se origi nou d a p a lavra turca ' Keyif' que quer dizer ' senti mento bo m ' . O ri gi nário das Montanhas dos Cáucaso e d a Ás i a Central tem s i do consumido por m i l hares de anos. Os grãos de Kefir apresentam uma mistura de bactéria saprófitas e leveduras embebidas em uma matriz de polissacarídeos. D urante a fermentação são produzidos ácido láctico, CO" álcool etílico e combinações aromáticas que atribuem ao produto características especiais. Tem sido usado por muitos anos no tratamento e controle de várias doenças na Rússia. Atualmente é consumido em diversas áreas do mundo. Ásia, E u rop a , A mé r i c a N o rt e e J a p ã o já têm e x p e ri m e n t a d o s e us a s p e c t o s n u tri c i o n a i s e terapêutic o s . Este trabalho teve por obj etivo a va l i ar a microbiota dos grãos de k e fir de d i ferentes origens encontradas n a Zona da Mata, M inas Gerais. R E F E R Ê NCIAS ANvr S A . R o t u l a g e m N u trici o n a l O b ri g a t ó ri a . < h t t p : // e em: D i s p on í v e l 1 e g i s . b v s . b r/ I e i s re f/ p u b 1 i c /s h o w A c t . p h p > . Acesso e m 29 dez. 2 0 0 5 . s B RA S E Q , B ra s i l e ira d e E q u i p amentos L t d a M a n u a l . C a m p o B e l o - S P. Tra d u z i d o em 2 8 / 0 7/ 1 9 9 7 . B RA S I L . Ministério da Agricultura. Laboratório N a c i o n a l de R e fe r ê nc i a A n i ma l . M é t o d o s A n a l ít i c o s O fi c i a i s p a r a C o n tr o l e d e P ro d u t o s d e O ri g e m A n i m a l e s e u s I n g r e d i e n te s : m ét o d o s fis i c o s e q u í m i c o s . B rasí li a , 1 98 1 . G E RM INAL, I S P do Brasil L tda (Internacional Products Specialty ) . Tec n o logia n a Fabricação d e P r o d utos L á cteo s . n°. 1 5 outubro 2 0 0 5 . I A L . N o rm a s A n a l íticas do I n s ti tu to Ad o l fo Lutz. 3a.ed. São Paulo, v. 1 ( i tem 4 . 7 . 2 ) , 1 98 5 . K U M A G A I , J . K . Q u eij o s : m o b i l i z a ç ã o d o s e t o r é e s s e n c i a l p a r a s e u fo r t a l e c i m e n t o . I nd ú s t r i a d e L a t i c í n i o s . A n o 4 , n ú mero 2 5 , J a n e i ro/Fevere i ro , 2 0 0 0 . Palavras-c h a v e s : m i crobiota, grãos de Kefi r, K e fi r. 1 - I N T RO D U Ç Ã O O kefi r é uma cultura mista natural usada por sécu los na região do Cáucaso p ara produção de uma bebida tradicional fermentada que envolve a fermentação ,lática e alcoólica. Vários micror ganismos comparti lham uma rel ação s i mbiótica sendo isolados da microbiota dos grãos de kefir alguns microrganismos, entre os quais leveduras (que fermentam a l actose, l actobacilos homofer mentativos e h eterofermentativos, estreptococos mesófi l o s , L actoco cclIs. L euconostoc e o c a sionalmente bactérias do ácido acético (ASSADI et aI 2002). Utilizados em vários países da Europa é comercialmente encontrado na Rússia, Sudeste E u r o p e u , n o s E st a d o s U n i d o s e C a n a d á . A embalagem para o kefir original (fermentado com os grãos ) é d i fi c u l t a d a p e l o fato d a l e vedura continuar crescendo à temperatura de refrigeração causando seu abaulamento. No Brasil o seu uso se restringe à produção domicil i ar, onde os grãos I 2 são repassados para pessoas interessadas. O kefir é u m produto o r i g i n á r i o d e do i s t i p o s d e fermentações : láctica e alcoól ica. A temperatura a mb i en t e , em torno de 22 a 2 5 ° C , o c o rre o crescimento de bactérias láticas, responsáveis pela produção de ácido láctico e proteólise parcial das proteínas do leite, com acúmulo de aminoácidos n o m e i o . A fermentação a l c oó l i c a o c o rre e m temperaturas d e refrigeração, entre 5 ° C e 1 5°C, c o m produção d e C O " á l cool e aroma carac terístico. Estas fermentações tornam o kefir u m produto d e fác i l d i g e s tão e c o m a l t o v a l o r nutricional ( F ERREI RA , 200 1 ). O Kefir contém vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais que aj u d a m a manter o b o m fun c i o n a me n t o d o orga n i s m o , a l é m de c o n ter pro t e í n a s de fác i l digestibilidade. O s benefícios do seu consumo são numerosos (HO SONO et aL, 1 990). É efetivo na c u ra de d o e n ç a s d a p e l e , por c o nter gra n d e Estudantes do curso de Ciência e Tecnologia d e Laticínios d a UFY. Professora Titular do Departamento de Tecnologia de A l i mentos da UFV. Pág. 1 1 6 Pág. 1 1 7 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CON G R ESSO NACIONAL DE LATIcíN IOS quantidade de vitaminas do complexo B , além de s e r também u t i l i zado p o r i n d i v í d u o s l a c ta s e deficientes, que não fazem uso do leite "in natura". Este experimento teve como obj etivo, veri ficar a microbiota de grãos de kefir de três diferen tes proprietários na Zona da Mata, Minas Gerais. 2 - MAT E RIAL E METODOS 2 . 1 - O rigem, manutenção e ativação d a s amostras A s amostras d e kefir foram obtidas d e três diferentes fontes no Estado de Minas Gerais. Toda a experi mentação foi repetida três vezes. Cada amostra foi mantida em l eite à temperatura de refrigeração ( entre 5° e 1 0° C). Os grãos foram lavados e as ativações foram feitas em leite integral pasteurizado, incubados a temperatura a mb i ente por 24 horas com retirada dos grãos, repetindo-se este procedimento por três vezes. Após a ativação, dois gramas de cada amostra foram separados e pesados para as determinações microbiológicas. A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATI c í N I OS 3 , 0 x 1 04 UFC/g a 1 ,4 x 1 07 UFC/g para bolores e l eveduras e de 6 , 7 x 1 05 UF C/g a 2 , 1 x 1 08 UFC/g para lactobacilos. Verifi cou-se uma maior modu l ação nas contagens t o t a i s de m e s ó fi l os aeróbios e b o lores e l eveduras. O n d e cerca de três ciclos log foram encontrados com d i ferença entre as maiores e as menores contagens. As b a c t é r i a s d o a c i do l át i co são r e s p o n s á v e i s p e l o a c ú m u l o do á c i d o no p roduto, ass im como o CO, também produzido pelas le v e d u ra s . A p re s en ç a d o a m b i e n te á c i do n o s p rodutos l ácteos ferme n t a d o s g e r a l me n t e é o elemento responsável pela inibição de patógenos, faz e n d o c o m que o s p r o d u t o s l á c t e o s s ej a m considerados a i imentos seguro s . acid, CO" ethyl a l c o h o l and aromati c comb i n a t i õ n s t h at do t h ey a tt r i b u t e to t h e product special c haracteri s t i c s . Kefi r h a s been us ed fo r m a n y y e a r s in t h e t r e a t m e n t a n d c ont rol o f s everal d i s e a s e s i n R u s s i a . N o w i t has been consumed in some areas of t h e worId, A s i a , E urop e , N o r t h A meri c a and J a p a n t h a t h a s already been t ry i ng i ts aspec ts n utrit i o n a l and therapeutic . This w o r k h as for obj ective t o e v a l u a t e t h e m i c robiota o f g r a i n s o f k e fi r o f different origins of the S tate of M i n a s Gerais. 4 - C O N CL USÃO APHA, American P u b l i c Health Associatio n . Compendium of methods for the microbiological N e s t a e x p e r i m e n t a ç ão d e t e r m i n o u - s e a microbiota de grãos de Kefir obtidos de diferentes p r o p r i e t á r i o s . Os g r u p o s m i crob i a n o s d e t er m i n a d o s fo ram m e s o fi l o s a e ró b i o s t o t a i s , lactoba c i l o s , bolores e l evedura s e c o l i formes totais. Os grupos microbianos que apresentaram maiores contagens foram bol ores e l eveduras e mesófi los aeróbios totais. Nas diluições util izadas não fo ram encon trad o s c o l i fo r m e s tota i s . A s b a c t é r i a s do a c i d o l át i c o r e p re s e n t a d a s p e l a determinação d e lactobaci los e m ágar M R S foram encontradas na faixa de 1 ,0 x 1 0x U FC/g o que garante uma produção de ácido característico do produto tornando o k efir u m a l i mento s eguro . 2.2 - C o n ta g e m d o s g r u p o s m i c r o b i a n o s P ara c a d a u m a d a s três a m o s tras foram real i z a d a s as s e g u i n t e s c o n tag e n s : c o nt a g e m total de mesófil os aeróbios, co l i formes totais e fungos e leveduras de acordo com metodologia d e s c r i t a p e l a A P H A , 1 9 9 2 . A c o n ta g e m d e l a c t o b a c i l o s fo i fe i t a c o n fo r m e c i ta d o p o r G I L L I L A N D e t . a I . , ( 1 98 4 ) . Keywords: microbiota, grains o f Kefir, Kefir. 6 - R E F E R E N CI A S B I B L IO G RA F I CAS • CONSUMO DO L EITE D E CABRA COMO PROBLEMA DE MARKETING : PICOLÉ D E LEITE DE CABRA COMO ATERNATIVA PARA O CONSUMO Consumption of the milk of goat as problem of marketing : popsicle of g oars milk as aternativa for the consumption Natan de Jesus Pimentel Filho 1 Rafaella Tereza Ferreira 1 Afonso A. T. F. C . Lima2 Cláudio Furtado Soares3 5 - A B S TRACT 3 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O K e fi r i s a t r a d i t i o n a I M i dd l e E a s t e r n beverage. It i s said that origi nated of the Turk i s h word ' Ke y i f ' t h a t w a n t s to say ' good feel i ng ' . Original o f the Mountains o f Caucasus, o l d Soviet Union and C entral A s i a, i t has been consumed by thousands of years. Kefi r i s a m i l k only fermented with the kefi r gra i n s . G rains of Kefi r present a m i xture o f b e n e fi c i a i b a c teria and yeást w i th a p o l y s a c c h a r i d e h e a d o ffi c e . D u r i n g fennentation t h ey a r e p roduced l aciic A tabela I indica os resultados médios das contagens microbianas e os respectivos desvios padrões das três amostras nas três repetições. Dos quatro grupos microbianos avaliados, apenas c o l i formes totais não foram encontrados nas amostras nas diluições utilizadas. A s faixas de "Contagem variaram de 2,8 x 1 05 U F C/g a 3 ,0 x 1 0x U FC/g para contagem total de mesofilos, RESUMO O obj etivo desse traba l h o foi avaliar os mot i v o s que i mp edem o mercado de consumir produtos derivados do leite de cabra, identificando se existem consumidores reais e potenciais para um novo produto que agregaria os benefícios do leite d e cabra e do soro de queij o e ao mesmo tempo trouxesse ao consumidor um sabor agradável que lhe desse prazer em consumir. Para isso foi desenvo lvido um picolé sabor coco a base de leite de cabra com soro de queijo, enriquecido com ácido fól ico. Foi aplicado um questionário a 2 05 pessoas sobre o consumo real e potencial do leite de cabra seguido de uma análise s ensorial do p roduto e l aborado através do teste de escala hedônica. A média ponderada dos resultados mostra que a aceitação do p i c o l é p e l o s c o n s u m i do re s s i tu a - s e e n t r e as e s c o l h as G o s t e i M u i to e G o s t e i Moderadamente, o q u e i ndica viabilidade para o produto. Tabela 1 - Contagem de microrganismos (média ± S) 1 de kefi r obtido de três proprietários. Amostras 1 2 3 Coliformes totais log ( U FC/g) X < 1 ,0 < 1 ,0 <1 (s) 1 O O O Mesófilos aeróbios l o g ( U FC/g) X 7,02 6,08 8,00 examination of foods. 3° ed., 1 992. ASSADI, M . M . , POURAHMAD, R . , MOAZAMI , N . U s e o f i s o l a t e d k e fi r c u l tu r e s i n k e fi r p roduction . WorId Journal o f Microbiology and B i otec h n o l ogy, 1 6 , 5 4 1 -543 , 2 0 0 0 . F E R R E I R A , C . L . F. , P ro d u t o s l á c t e o s fe r m e n t a d o s ( a s p e c to s b i o q u ím icas e t e c n o l ó g i c o s ) . C a d e rn o D i d á t i c o 4 3 . E d i to r a U F V, p . 9 4 - 9 6 . 200 l . G IL L IA N D , E . J . , STA L E Y, T. E . , B U S H, L . J . I mportance o f b i l i tol erance o f L a ctobacillus ac idoplz ilus u s e d a s d i e tary. J o u rn a l D a i ry S c i e n c e . vo l . 7 3 , p . 3 04 5 3 05 1 , 1 9 8 4 . H O S O N O , A . , T . TAN A B E A N D H . OTA N I . B i n d i n g p r o p e r t i e s o f l a ct i c a c i d b a c t e r i a i s o l a t e d fr o m k e fi r m i l k w i t h m u ta g e n i c a mi n o a c i d pyrolyzates. Mi lchwiss . , 4 5 : 64765 1 , 1 990. Bolores e leveduras log ( U FC/g) (S ) I X (s) 1 6,09 6,07 8,0 1 6 , 09 5,08 5,06 6,07 5,09 1 - Média das três amostras nas três repetições com seu respectivo desvio-padrão. Latobacilos log log ( U FC/g) X 7 , 05 7, 04 8,0 1 (s)1 7,05 7 , 04 7, 1 0 Palavras-c h a ve : M a rketing, l ei te de cabra e p i c o l é . 2 Estudantes do curso de Ciência e Tec no l og ia de Laticínios - UFV natan_p i [email protected]. Professor do Dep artamen to d e A d minis tração - DAD/U FV. Professor do Departa mento de Tecnologia de A l imentos - DTA/UFY. Pág. 1 1 8 digitalizado por Pág. 1 1 9 arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONG R ESSO N ACIONAL DE LATiCíNIOS 1 - I N T RO D U Ç ÃO A d e manda da s o c i edade c o ntemporânea por pro dutos q u e , a l é m de saborosos possuam valores agregados, tem l evado os fabricantes de a l i m e n t o s e b e b i d a s a l an ç a r e m uma grande quantidade de produtos com baixas calorias, sem co lesterol e com outros atributos benéficos ao o rg a n i s m o h u man o , n o que s e e n q u adram o s produtos c o m base n o leite d e cabra . No B rasi l , os elos da cadeia produtiva desse leite têm envi dado e s forços para conquistar a satisfação dos c o n s u m i dores p o i s , apesar das fac i l i dades p ara a c r i a ç ão d e reba n h o s l e i t e i ro s e d a s u p erioridade nutricional do l e i t e de cabra e s e u s deri vados, e l es a inda n ã o conquistaram o paladar dos bra s i le i ros. Aqu i , os maiores consumidores do leite de cabra são, principalmente, crianças que apresentam alerg i a ao leite de vaca ou soja, idosos e pessoas conval escentes, que consomem o produto por i n d i c ação médica. O l e i t e de c a b r a p o s s u i d i v e r s a s p ro pri edades terapêut i cas de acordo c o m estudos r e a l i z a d o s por A Z E V E D O ( 2 0 0 3 ) p o d e n d o benefi c i ar p essoas de d i versas i dades. N a fal t a d o l e i t e m a t e rn o o l e i t e d e c a b r a é m a i s i nd i ca d o , p o i s e v i ta o s s i n tomas d a a l e rg i a a o u tr o s t i p o s de l e i t e : e c z e m a s , b r o n q u i t e s alérgicas e desinterias. U ma das suas qualidades e s s e n c i a i s é s e r u t i l i z a d o c o m o a l i m e nt o profi l ático no combate à tubercu lose, podendo a i n d a a u x i l i a r n o t r a t a m e n t o d e p ro b l e ma s r e s p i r a t ó r i o s , g a s t ri n t e s t i n a i s e d e r m a t o l ó g i c o s . J á o s o r o do l e i te c o n s i s te de á g u a , l a c t o s e , p r o t e í n a s , m i n era i s ( c á l c i o , fó s foro , m a g n é s i o ) e g o r d u r a , e m u i tas v e z e s é d e s c a rtado s e m trata m e n t o apro p r i a d o c a u s a n d o g r a n d e i m p a c t o a m b i e n t a l ( A RC H I B A L D , 2 0 0 3 ) . O ác i do fó l ic o é m u i to i nd icado p a ra gestantes u ma vez q u e contribui para a saúde da mãe e do b ebê pois, é responsável p e l a sín tese de á c i d o s n u c l é i c o s a l é m d e r e d u z i r prob l e mas d e m á fo rmação d o tubo neura l . O o bj et i vo desse trabal h o foi i d e nt i fi c ar os fatores que dificultam o l ei te de cabra e seus derivados pen etrarem no mercado. A p e s q u i s a s e g u i u c o m a e laboração de um p i c o l é de l e i te de cabra e soro de queijo como uma a l ternativa para c o n s u mo i n d i reto de l e i t e , b e m como de s u as caracterí s t i c a s d e grande fun c i on al i da d e p a r a o o rg a n i s m o . 2 - A N A I S D O X X I I I C O N G R ESSO N AC I O N A L D E LAT i C í N I O S MAT E RIAL E MÉ TODOS O p ico lé fo i e l aborado n o l aboratório d e D e s e n v o l v i m e n to d e N o v o s P r o d u t o s d o Tab ela 2 - Q u es t i o n á r i o a p l i c ad o a o s e n t re vistados durante a pesquisa. D ep artamento de Tec n o l o g i a de A l i m en to s d a Universidade Federal de Viçosa, util izando l e i te de cabra, soro de q ue ij o , açúcar, ácido fó l i co , c o c o ralado, e m u l s i fi c a n t e , l ei t e d e c ab ra e m pó e l i g a n e u tra. A m is t u r a foi p a s t e u r i z a d a , resfriada, adicionada de aroma artificial de coco e então c o n g e l a d a , c o n forme m o s tr a o fl uxo grama de produção abaixo. 1 ) Você j á experimentou o leite de cabra o u a l g u m produto derivado? 4 2) Voc ê gostou? 3) Você conhece os benefí c i o s n u tricionais do leite de cabra? Tab e l a 1 - Fluxograma de produção do picolé de leite de cabra. 4) Você sente dificuldade de encontrar o l eite Leite de c abra cru + soro de leite de vaca + emulsi fi cante + l i ga neutra + açúcar + leite de cabra em pó + coco ralado + ácido fól i co de cabra? � B a ter a mistura no liquidificador 5) Você consome pico lé? � 6 ) Você gostou do produto? Se não, porquê? Pasteurização a 70°C/ 3 0 " � 7 ) Você substituiria o picolé de leite de vaca p e l o de l e i t e de c abra mesmo q u e e s t e sej a mais caro? Resfriar a mistura até 2SOC e adicionar o aroma � B ater a mistura novamente no l i qü i d i fi cador � Col ocar a mistura e os palitos de picolé nas formas � D eixar a m istura 50" na máqu ina de picolé � Envase � Acondici onamento a - 5°C P ara conhecer a opinião dos consumidores a respei to de derivados de l e i te de cabra, seus háb i t o s d e consumo, b e m c o mo s u a acei tação p er a n t e o novo p ro d u t o d e s e n vo l v i d o , fo i real izado um estudo d e s c r i ti v o , q ua l i ta t i v o e q u an t i ta t i v o . U t i l i zo u - s e uma a m o s tra repre s entati v a d e 205 p e s s o a s , c a l c u l a d a p o r fórmula apropriada, escolhida aleatoriamente e m p o n t o s e s t ra t e g i c a m e n t e d e fi n i do s ( d o i s supermercados viçosenses) onde foram aplicados os q u e s t i o n á r i o c o n t en d o uma s e q ü ên c i a de q u es tõ e s abertas, final izando com uma anál i se sensorial empregando-se a escala hedônica. 3 - utilização da escala hedônica. Contabi l izando os resultados, a nota méd ia obtida através da médi a ponderada dos resultados mostra q u e a aceitação dos consumidores situa-se entre as escolhas Gostei Muito e Gostei Moderadamente. R E S U LTAD O S E D IS C US S à O Após a tabulação dos dados, obteve-se u m total de 34,63% de pessoas que já consumiram o leite de cabra ou algum produto derivado. Desses, 88,74% disseram ter aprovado o produto. Ao serem ques tionadas sobre conhecerem os benefícios nutricionais do leite de cabra, 69,3% das pessoas disseram não conhecer nenhum ben e fí c i o o fereci do por e l e e 3 0,7% disseram saber pelo menos um benefício, embora, ao serem indagas sobre qual benefício elas conheciam a m a i o ri a não especi ficava n e n h u m benefí c i o . U m fato i mp o rtante a v a l i ado p e l a pesquisa de mercado refere-se à dificuldade de se encontrar produtos de leite de cabra ou derivados nos possíveis locais de venda. Entre as pessoas que procuram o leite de cabra para consumo, 78, 1 5% sentem d i fi c u ldade de encon trá- l o . C onsomem picolé regularmente, 88,3% e ao provarem o produto sem saber sua composição, 1 00% responderam que gostaram do produto. Ao perguntar aos possíveis consumidores se eles substitu iri am o picolé feito com leite de cabra e se pagariam um pouco mais caro por ele sabendo das suas vantagens nutricionais, 88,3% responderam que trocariam e pagariam mais caro para obterem tais vantagens desde que o produto fosse fácil de ser encontrado e com pouca diferença no preço. A última etapa da pesquisa consistiu na Pág. 1 20 - CONCLUSÃO D e a c o rdo c o m a p es q u i s a d e m ercado real izada observou-se i nd í c i o s d e um mercado potenc i a l para o c o n s u mo do l e i te d e cabra e derivados, o que pode s er comprovado pela boa aceitabilidade do picolé sabor coco a base de leite de cabra e soro. Parece haver evidências suficientes p ara a c o n c epção e d e s en v o l v i me n to de u ma campanha de marketing que vise a conscientização do consumidor acerca dos benefícios do leite de cabra Sugere-se a realização de novas pesquisas que aprofundem o conheci mento sobre o produto, e que possam subsidiar decisões mercadológicas. ABSTRACT T h e obj ective o f that work w a s to evaluate t h e r e a s o n s t h a t i mp ed e the m a r k e t o f consu m i n g d er i v ed produ cts o f the goat m i l k , identifying i f real consumers a n d potentials exist for a new product that would j oin the benefits of the goat milk and o f the cheese whey and at the same time brought the consumer a pleasant fl avor that him o f that pleasure in consuming. For that a popsic1e fl avor coconut was developed the base o f goat m i l k with c h e e s e whey, enriched w i t h folic a c i d . A questionnaire w a s applied 205 people on the real c o n s u m p t i o n and poten t i a l of t h e goat m i l k fol lowed by a sensorial analysis of the product elaborated through the test o f hedo n i c s c a l e . T h e c o n s i dered average o f t h e resu l t s d isplay that t h e acceptance o f the popsic1e for the consumers locates among the choices I Liked A lot and I Li ked M o derately, w hat i ndicates v i abi l i ty for the product. Keywords: Marketing, goat milk and popsicle. B I B L I O G RA F I A A RC H I B A L D , A M A N D A ; R e v i s ta F o o d I n g r e d i e n t s , n O 2 2 , p . 1 1 8 - 1 2 2 , 2 00 3 A Z E V E D O , C . P r o d u ç ã o d e l ei te d e c a b r a . R e v i s ta E M B R A PA d e a p o i o a o m i c ro empresári o , 2 0 03 . K O T L E R , P. A d m i n i s t r a ç ã o d e m a r keti n g : a n á lise, i m p lementação e controle.4. ed. S ã o Paulo : A t l a s , 1 994. 6 7 6 p. KOTLE R , P h i l i p Armstrong Gary - P r i n c í p i o d e Marketi n g - 7u e d i ç ã o - R i o d e Jane i ro : Prentice - Itall d o B ra s i l Ltda 1 99 5 . Pág. 1 2 1 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N A C I O N A L DE LATi C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS CARACTERIZAÇÃO FíSICOaQ UíMICA DO L EITE DE CABRA CRU PRODUZIDO NA ZONA DA MATA M I N EIRA Physicalachemistry characterization of raw goat m i l k produced o n Zona da Mata Mineira Domingo, E. C . Vidigal, R. B . ' Francisco, K. C . ' Lopes, J. P. ' Ferreira, D. S.' Oliveira, K. A. M .2 Martins, A. D. 0.2 Mendonça, R. C. S.3 RESUMO leite d e cabra é u m importante alimento e a cada dia conquista mais espaço n a mesa d as fam í l i as bra s i l ei ras. É considerado por nutricionistas e médicos um produto de a lto valor nutritivo destacando-se dos outros tipos de l e i te, j ustamente por possuir uma composição nutricional superior. A composição do leite de cabra varia de acordo com a raça, as condições a mb i en tais, o estágio de l actação, a a l imentação, o s c u i dados dispensados ao animal, o ciclo estral, o estado de saúde, a idade, a quantidade de l eite prod uzida e a fisiologia da cada an imal, possuindo e m média 3 . 7% de gordura, 3 . 3%) de proteína, 4.7% de lactose, 0.7% de cinzas, 1 2.4% de extrato seco total (EST) e 8. 2% de e xtrato seco desengordurado ( E S D ) . Considerando t a i s características nutritivas e o seu a l to v a l o r biológico, este trabalho teve por obj etivo avaliar as propriedades físico-químicas (pH, acidez titulável, gordura, densidade, EST, ESD e crioscopia) do l eite de cabra produzido n a regi ão da Zona da Mata Mineira de acordo com as condições higiên ico-sani tárias e a a l i m entação, traçando assim u m perfi l d o s produtores d a região, coletando-se amostras de produtores das seguintes cidades: Viçosa, Coi mbra, Tocantins, Coronel Pacheco, B elmiro Braga e S ão João Nepomuceno . S eguiu-se a metodologia precon izada pela AOAC ( 1 992) n a execução das análises. Dos res u l tados o b t i d o s na c r i o s c o p i a 90% das amo stras a n a l i sadas e nc o ntraram - s e e m c o n formidade, sendo q u e apenas 1 0% estavam fora dos p adrões preconizados na Instrução Normativa na 37 ( B RA S I L, 2 0 0 0 ) . Para acidez titulável , gordura, densidade, pH, E ST, E S D , 1 00% das amostras analisadas estavam de acordo com os padrões exigidos. Embora baixos níveis de não-conformidade tenham sido obtidos neste trabalho, ressalta-se a necessidade de contro l e h i g i ê n i c o - s a n i tá r i o periód i co dos a n i m a i s e u m a a l i m e n t a ç ão ad equada, v i s a n d o u m a melhori a e manutenção da q ual idade do leite. o ciclo estral, o estado de saúde, a idade, a quantidade de leite produzida e a fisiol ogia de cada animal, possuindo e m média 3,7% de gordura, 3 , 3 % de proteína, 4,7% de lactose, 0.7% de cinzas, 1 2.4% de extra to seco total ( EST) e 8 . 2 % de extrato seco desengordurado (ESD). 2 - OBJETIVO Aval iar as propriedades físico-químicas d o leite de cabra cru produzido na região da Zona d a Mata M i neira . 3 - MAT E R I A L E M É TO D O S Foram coletadas amostras de leite de cabra cru dos produtores das seguintes c idades: Viçosa, Coimbra, Tocantins, Coronel Pacheco, B e l m i ro Braga e São João Nepomuceno. Durante o trans porte p ara a n á l i s e as amostras foram m antidas refrigeradas e m caixas de isopor contendo gelo rec i c l áv e l . Para todas a s a n á l i s e s , u t i l i z o u - s e métodos a n a l ít i c o s o fi c i a i s , preco n i z a d a p e l a AOAC ( 1 992) . F oram avaliados a s seguintes pro priedades fís i co-qu ímicas : p H , acidez t i tu l ável, gordura, densidade, E ST, E S D e crioscopia. 4 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O I 2 3 tipos de l eite, justa mente por possuir uma com posição n u tri c i o n a l superio r. A composiç ão do leite de cabra varia de acordo com a raça, as con dições ambientais, o estágio de lactação, a ali mentação, os cuidados dispensados ao animal, o EST ESD G raduandas do curso de C i ência e Tecnologia de Laticínios. Doutorandas P PGCTA. P ro fess or Orientador, Univers idade Federal de Viçosa. Pág. 1 22 &> # rSq;. çf q,<!f �(?<?J ,:5 qy; �<fP ,,# ,lJlerf &c{fr -4'< çjY<$'�IJ; �q; �. 0' Os resu ltados das análises relativas ao pH, a c i d e z t i tu l á v e l e g o rd ura n ã o a p r e s e n ta r a m grande variação e m relação aos d i ferentes locais de coleta. O pH vario u de 6,5 a 6,6, sendo que a variação permitida para o mesmo é de 6,5 a 6,7. P ara aná l i s e de acidez t i t u l ável, o s res u l tados encontrados variaram de 14 a 1 7° D . A s amostras de gordura vari aram a p e n a s na p r i m e i ra c a s a decimal, os valores foram d e 3 , 1 a 3 , 7%, sendo q ue normal mente o l e i t e de c abra possui cerca de 2,6 a 4,9% de gordura. 5 - CONCLUSÃO Embora baixos níveis de não-conformidade tenham sido obtidos neste trabal h o , ressalta-se a n e c e s s idade d e c o n t ro l e h i g i ê n i c o -s a ni tári o periódico dos animais e u ma a l i m entação ade q uada, visando uma m e l horia e m an utenção da qualidade do leite . A B S TRACT D o s resu ltados obtidos na crioscopia 90% d a s a m o s tr a s a n a l i s a d a s e n c o n tr a ra m - s e em confo rmidade (-0,550oH a - 0 , 5 8 5 ° H ) , sendo que apenas 1 0 % e s t a v a m fo r a dos p ad rõ e s prec o n i z a d o s n a I n s tr u ç ã o N or m a t i v a n a . 3 7 (BRA S I L , 2 0 0 0 ) , obtendo u m índice crioscópio e m torno d e - 0 , 5 2 8 ° H . P ara acidez ti tu l á v e l , gord ura, densi dade, p H , E ST, E S D , 1 00 % das amostras analisadas estavam de a cordo c o m os padrões exigidos. 1 - IN T RO D U Ç Ã O o l eite de cabra é um i mportante alimento bastante conhecido e a cada dia conquista mais espaço n a mesa das fam í l i as brasil eiras. É con siderado por nutricionistas e médicos um produto de a l to valor nutritivo destacando-se dos outros Das a m o s tras a 1 5 ° C , 8 0 % t i v e r a m u ma d e n s i da d e d e 1 , 0 3 I , 1 0 % d e 1 , 0 3 0 e 1 0 % de 1 ,0 2 8 . A p o rc e n t a g e m de e x t rato s e c o total ( EST) e extrato s eco desengordurado (ESD) das amostras de leite de cabra das d i ferentes cidades estão apresentados na Fig. I . Figura 1 - P orcentagem de e xtrato s e c o total (EST) e extrato seco desengordurado (ESD) das amostras d e leite de cabra. digitalizado por T h e g o a t milk i s an i mportant foo d a n d every day conquers more s p a c e i n the t a b l e o f t h e B ra z i l i a n fam i l i e s . I t i s c o n s i d e re d b y n u tr i t i o n i s ts a n d d o c t o rs a p r o d u c t o f h i g h n utritional value standing o u t o f the other types of m i l k , exactly for p o s s e s s i n g a c omposition superior n utri t i o n a l . T h e c o m po s i t i o n of the g o a t milk varies i n agree m e n t with t h e rac e , t h e e nv i ro n m e n t a l c o n d i t i o n s , t h e n u rs i n g apprenticeship, the fee d i n g , the cares relea sed the a n i m a l , the c y c l e e s t ra l , the h e a l t h condition, t h e age, the amount o f m i l k produced a nd t h e p h y s i o l o g y o f t h e e a c h a n i m a l , p o s s e s s i n g 3 . 7% o f fat o n a v e ra g e , 3 . 3 % o f pro tein, 4 . 7 % o f l actose, 0 . 7% o f ashes, 1 2 .4% o f total dry extract (EST) and 8.2% o f d egreased dry extract ( E S D ) . Consid ering such n utritious characteristics and your high b i o l o g i c a l value, t h i s work had fo r o bj e c t i v e to e v a l u a t e t h e p r o p e r t i e s p h y s i c a l -c h e m i s tr i e s ( p H , a c i d i ty t i t l e - h o l d e r , fa t , d e n s i t y, E S T, E S D a n d c r i o s c o p i a ) o f t h e g o a t m i l k p ro du c e d i n t h e area o f the Z o n e o f the M i ning F orest in agreement with the h y g i e n i c - s a n i ta ry conditions a n d the fee d i n g , tra c i n g l i k e this a p ro fi l e o f t h e p ro d u c i n g o f t h e a r e a , b e i n g coI lected samples o f producing o f t h e fol l owing arvoredoleite.org Pág . 1 23 ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS c l t I e s : V i ç o s a , C o i mbra, To c an t i n s , C o r o n e l P a c h e c o , B e l m i ro B r a g a a n d S ã o J o ã o Nepomuceno. The m ethodo l o gy w a s proceded e x to ll ed by AOAC ( I 9 9 2 ) i n t h e e x e c u t i on of t h e a n a l y se s . O f the r e su l t s o b t a i n e d in the crioscopia 9 0 % o f t h e anal yzed samples they were i n conformity, and 1 0% were only o u t o f t h e p a t t e r n s e x to l l e d i n t h e I n s t r u c t i o n N ormati v e n o . 37 ( B RAZI L, 2 0 0 0 ) . Para acidity title-holder, fat, dens i ty, p H , E ST, E S D , 1 0 0 % of the a n a l yzed s a m p l e s were i n a g r e e m e n t w i th t h e d e m a n d e d p a tt e r n s . A lthough l o w no-con fo r m i ty l ev e i s h ave been o b t a i n ed i n t h i s work, it is p o i n t e d out the need o f control hygienic-san i tari u m newspaper o f t h e a n i m a i s a n d a n a p p r o p r i a t e fe e d i n g, s e e k i n g an i mp ro ve me n t a n d m a i n t e n a n c e o f t h e q u a l i ty o f t h e m i l k . 6 - R E FE R Ê N C I A S B I B L IO G R Á F I C A S Association o f Official Agricultural A.O.A.C. Chemists. Official Methods of Analysis. 1 992. B RA S I L , M i n istério d a Agric u l tura e do Abas t ec i mento, S ecretaria d e d e fe s a agrop ecuária. Instrução Normativa nO 3 7 de 31 de outubro, 2000. DESENVOVIMENTO DE QU EFIR CONCENTRADO, TIPO BOURSIN Development of concentrated quefir,to be used as boursin Gomes, Lorenlay Moreira1 Oliveira, Francilene1 Gonçalves, Janilson Fernandes1 Martins, José Manoel2 Ferreira, Célia Lúcia Luces Fortes3 RESUMO desenvo lvi mento do quefi r concentrado resu l to u da fermentação do l e i te por grãos de q u e fi r. Estes micro rgan ismos atuam no l eite promovendo duas fermentações sendo q u e a pri m e i ra , fermentação l áti ca, o c orre à temperatura ambiente e a segunda, fermentação a l c o ó l i c a , sob refrigeração . S endo esta ú l tima, rea l i zada em câm ara fria com o produto acondi cionado em saco dessorador, processo util izado para fabricação do q ue ij o B ou rs i n a d a p t a d o p a r a o d e s s o ra m e n to d e q u e fi r. Tod o p r o c e s s a m e n to fo i a c o m p a n h a do p o r determinações de pH e acidez, a l é m do teor de gordura no produto final b e m como análises microbiológic as de mofo e l eveduras. Com a finali dade de definir a melhor formulação do novo produto, o quefir foi preparado na forma l íquida e concentrada e submetido a aval iação s e n s o ri a l , com 50 provadores, resu l ta n d o e m m e l h o r a c e i ta ç ã o d o produto n a for m a concentrada, como í n d i c e d e a c e i tação de 7 , 6 (gostei m u i to/gostei moderadamen te) . O produto líquido recebeu 6,4 pontos (gostei moderadamen te/gostei ligeiramente) . O quefi r concentrado, adicionado de sal ( t i p o B oursin) é um produto d e e levado v a l o r nutricional, podendo ser c o n s i derado u m a l i mento fun c i o n a l por conter b a c téri a s b e n é ficas para a saúde h umana. É também de grande versatil idade por poder ser utilizado como acompanhante o 2 Estudantes de Graduação do Curso de Ciências e Tecnologia de Laticínios UFY. D ou torando em Ciência e Tecnologia de A l i mentos DTA/UFV. Pro l' . Titular do Departamento de Tecnologia de A l i mentos/U FY. Pág. 1 24 ANAIS DO X XI I I C O N G R ESSO N A C I O N A L DE LAT i Cí N I OS de pães, torradas, b i s c o i tos, etc, m a s principalmente por permitir s e u acond i c i o n amento em embalagens comuns devido a baixa produção de COz durante sua vida de prateleira o que não ocorre n o produto l íq u i d o . P al avras-ch av e : Q u e fir, Concentrado, Fermen tação, D es sorament o . l - I N T RO D UÇ Ã O Quefir é u ma bebida refrescante, originado das Montanhas do Cáucaso, e fermentado p o r mi crorg a n i s m o s b e n é fi c o s p re s en te s e m s e u s grão s . S e u a s p e c to é m u i to s e m e l h a n te ao d o iogurte, no entanto, t e m maior valor nutricional e terapêutico. Ele é pro duzido a partir da i nocu l ação de g r ão s , n o l e i te . E s t es g rã o s c o n t é m leveduras fermentadoras o u n ã o de l actose, além de várias bactérias, predominando b actérias do ácido lático. O quefir contém minerais, vitamina k, v i t a m i n a s do c o m p l e x o B e a m i n o á c i d o s essenc i a i s importantes para a manutenç ão das funções vitais do organismo. S eu abundante teor do aminoácido essenc i a l , triptofano de cálcio e de magnésio, promovem um e fe i to relaxante no sistema nervoso. O quefi r também fornece fós foro, u m m i n era l que parti c i p a no processo de absorção de carboidratos, gorduras e proteínas. Estes n u tri entes, por sua vez, são responsáveis pela manutenção do crescimento celular e forne cimento de energia ao nosso o rganismo. S a b e n d o d a i mportâ n c i a n u t ri c i o n a l d o produto, quefi r, e l evando-se em consideração a s u a p o u c a ( o u q ua s e n e n h u ma ) d i fu s ã o n o mercado d e produtos lácteos n o B rasil, despertou se o interesse pela elaboração do pro duto Q uefir Concentrado t i p o B ou rs i n . O produto c o n centrado é o b t i d o a part i r da e l i mi n ação do soro do q u e fi r l íq u i do , acon dicionado em saco dessorador, sob refrigeração. Após sua conce ntração adiciona-se condimentos e sal. O sal e o aumento da osmo l aridade desfa vorecem o c re s c i mento bacteriano, d i m i n u i n do assi m a produção de CO, p e l as l eveduras, faci litando a embalagem do p roduto . . 2 - MAT ER I A L E M É TOD O O trabal h o d e desenvolvimento d o Q u e fi r Concentrado t i p o B o u rsin foi realizado no labo ratório de Culturas Láticas da Universidade Federal de Viçosa, onde foram realizadas três repetições nas quais foram inoculados 5 % de grãos de quefir em leite pasteurizado tipo C . O l eite inoculado fermentou a temperatura ambiente por um perío do de 2 4 h o ras até a formação de u m coagulo fino. Este foi coado em uma peneira plástica para a recuperação dos grãos e o fil trado transferido para u m saco dessorador, onde ficou sob refri g e ração e m u m a câmara fria ( l O°C/2 4 h s ) p e r m i t i ndo a segunda fermentação e c o n s eqüente concentração do coagulo mediante a remoção do soro. A massa concentrada foi adicionada de 3% de condimentos (cebola, alho, pimenta calabresa, orégano, louro e salsa) e 1 ,0% de sal. Produziu-se também o produto líquido e ambos foram subme tidos a análise sensorial. Para a formulação l íquida i noculou-se de 5% de grãos em l eite pasteurizado, segu indo-se fermentação por 24 horas à tempe ratura ambiente e posteriormente sob refrigeração por 24 horas sem dessoramento e sem os grãos. Foram realizadas, tanto para o quefir líquido q uanto o c o n centrado, a n á l i s e s d e a c i dez, pH ( B RAS I L , 2003) e teor de gordura pelo método volu métric o de Gerber ( S tandard M e thods for the Examination of Dairy Products) . No produto final, ainda foram real izadas análises microbio l ó g i c a s ( b o l o r e s e l ev e d u r a s ) m e t o d o l o g i a s egundo Norma F I L 94B : 1 990 e análise sensorial de aceitação em escala hedônica de nove pontos c o n te n d o o s termos " g o s t e i extremamente" e "desgostei extremamente" com 50 p ro v adores (CHAVES & S PROES SER, 1 999). A s e t a p a s d o p ro c e s s a m e n t o p ara a e l aboração do Quefir Concentrado tipo B ours i n segue-se no Fluxograma 1 : Padro n i zação da matéria prima � Tratamento térm i c o : m í n i mo de pasteurização 7 2 °C/ 1 5seg. ou 65 ° C/3 0min � R e s friamento à temperatura ambiente: 2 0-22°C � Inoculação: ( 5 % dos grãos ou 3% de cultura s ta r t e r ) � Incubação : temperatura ambiente (20-22°C) até que haja a coagulação do substrato ( 1 6- 1 8h) � Pág . 1 25 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS Recuperação dos grãos � D e ssoramento e c o n c e n tração do p roduto sob refrigeração : Encher os sacos de pano com o quefir e p endurá-los p ara q u e ocorra o dessoramento � Adição de especiarias e condi mentos � E nv a s e � E s tocagem sob refrigeração � C o merc ia l i zação Fluxograma 3 - - P r o c e s s a m e n t o de Q u e fi r C o n c e n t ra d o t i p o B o u s i n ( F E R RE I RA , 2 0 0 4 ) . R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O O s produtos a n a l i sados apresentara m p H variando de 3 ,6 - 3 , 8 5 e 3 ,2 - 3 , 5 , acidez com1 ,3 0%, teor preendida entre 0 , 9 5 - 1 ,0% e 1 ,2 0 de gordura entre 2 8 - 3 0% e 2 0 2 6 % p ara o q u e fi r l íq u i do e o p r o d u t o c o n c e n t rado r e s p ec tivamente. Pode-se verificar u m aumento na a cidez do produto d uran te o p rocesso d e con centração sob refrigeração. E mbora a produção d e ácido tende a d i mi n u i r pelo fato de o me tabo l i smo m i c robiano a c o n tecer mais devagar sob refrigeração, a elevada acidez deveu-se não s o m e n te à a ç ão m i crob i a n a , mas t a m b é m ao p ró p r i o d e s s or a m e n t o já q u e o s s ó l i do s do produto em especial aqueles que conferem acidez aparente a o leite (proteínas, c i tratos, fosfatos e CO,) foram também concentrados. Com a análise miérobiológica de mofos e l eveduras foi obtido u m v a l o r d e 2 , 5 x 1 03 e n contrando-se dentro dos padrões i mpostos pela legislação para quefir, menor que 1 0 4 (Res. MA. N° 5, 1 3 de novembro de 2 00 0 ) . A a n á l i s e s e n s o r i a l p ara o p r o d u t o l í q u i d o o r i g i n a l , a p r e s e n t o u v a l o r 6 ,4 q u e encontra-se entre o s termos hedônicos gostei moderadamente e gostei l i geiramente. Já o pro duto c o n c e n trado apresentou v a l o r 7 , 6, c o m preendendo na escala h edônica os termos gostei muito e gostei moderadamente c o mprovando a m a i o r a c ei tab i l i d a d e d o q u e fi r n a for m a c o n c e n t r a d a . O p r o d u to a p r e s e n t o u u m a b o a esta b i lidade sendo estocado s o b refr igeração e manteve suas características inalteradas por um período de 15 - 1 7 dias. Val e ressaltar que não foi a d i cionado nenhum tipo de conservante. O produto concentrado teoricamente é mais fác i l de s e r colocado no mercado devido à s u a maior osmolaridade e presença de sal que desfavorecem o crescimento de l eveduras e com i sto a produção de C O" que promovem o rompimento de emba lagens c o muns, mesmo sob refrigeração. 4 - A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S 06. SOUZA, G. GARCIA, S. VALLE, J . L. E . Quefir e sua tecnologia - aspectos gerais. Boletim !TAL. Campinas, vol. 2 1 n. 2, p. 1 37-1 55 , abril/junho 1 984. 0 7 . F E RR E I RA , C. L. L. F. Produtos l á c teos fermentados, Viçosa: U F V, 2 004, p . 94-99. 08. T H I EL MANN, C ; A RC U R I , E. F. M étodos CONCLUSÃO O p ro du to c o n c en trado o b t e v e u m a b o a a va l i ação no t e s t e sensori a l , e teoricamente é de mais fác i l colocação no mercado que o quefi r l íq u i do . A consistência pastosa do produto e a p re s e n ç a de c o n d i m e n t o s p r op i c i am s e u u s o como acompanhante de pães, biscoitos, torradas, etc, c aracter í s t i c a s estas que p ro p i c ia m a co merc i a l i zação deste p roduto. 5 - ESTUDO DA VIABILIDADE D O LANÇAMENTO DE UM NOVO PRODUTO: DESENVOLVIMENTO DE DOCE DE LEITE COM AMENDOIM PARA O MERCADO D E ViÇOSA Study of the viability of the release of a new product : development of "milk sweet with peanut" for the market of Viçosa S U M M A RY Dias, G . l Milagres, M . P. l Magalhães, M. A.l Silva, M . 0 . 1 Soares,C . F.2 T h e q ue fi r i s a product made fro m m i l k inoculated with of quefir grains. In the development of this p roduct, lacticac i d fermentation at room temperature a n d a l c oh o l i c ferme n tati on under refrigeration, occur, the entire process was followed by pH and tihatab l e acidity determinations. The l iquid product was concentrated and added with salt. Both products were sensory evaluated, the concentrated, Bours i n type product received 7, 6 points and the liquid type, 6,4, several advantages res u l t from this concentrated product, it can b e used in breads, buns, rolls, cheeps and d u e t o lower C02 production, it could by easily packed. 6 - Microbiologicos B á s i c os e A p l i cados a Leite e Derivados, Instituto de Laticínios Cândido Tostes. Norma F I L 94 B : 1 99 0 . 0 9 . F RANK, F . J; WEHR, M. H. Standard Methods for the E x a m i n a t i o n of D a i ry P roducts, 1 7 th E d i tion 2 004, p. 423 -42 7 . RESUMO Este trabalho teve como proposta a elaboração do Doce de Leite com Amendoi m como uma alternativa aos atuais doces de lei te vendidos em pasta (com ou sem coco) ou em barra e aumentar a competi tividade desse produto em relação aos demais doces existentes no mercado. O produto desenvolvido será produzido em embalagens de 400g e 800g (plásticas ou l atas) atrelado a e mpresa de laticínios FUNARBE, recebendo a marca do Doce de Leite Viçosa, devido a sua qualidade já reconhecida tend o como mercado alvo a região de Viçosa. O processo de desenvolvi mento seguiu por etapas, sendo a primeira, a Geração da idéia seguida pela triagem e Desenvolvi mento/teste do conceito do produto onde se d e fi n iu o produto e buscou dados sobre a produção do Doce de l e i t e . A Quarta etapa foi Anál ise comerc i a l , baseada e m p ro d u tos s i m i l ares ( Doce de l e i te c o m amendoim em tabl etes, sobremesas e outros doces), uma vez que não existem dados sobre Doce de Leite em pasta com Amendo i m . A e s t i ma t i v a d e custo da p ro dução foi fei t a com base nos custos do l aticínio Escola F UNAR B E . No teste de mercado foram apl icados questionários, e real izada análise sensorial utilizando o teste de aceitação com escala hedônica verbal de nove pontos para os possíveis consumidores . Os resul tados se baseiam nos principais supermercados e pontos de vendas da cidade de Viçosa, sendo que a FUNARB E vende 2 8% de sua produção mensal de doce (cerca de 5500 l atas de 800g) no mercado de Viçosa. Na análise de viab i l i dade encontramos uma margem de lucro de 52,78% p ara o doce de leite com amendoim e m lata de 800g e 6 1 , 72 % para pote de 400g. Já os consumidores 75% das pessoas consumiam doce de l ei te e apenas 2 5 % não consumiam, sendo que 93% tinham como preferência a marca Viçosa. Na análise sensorial foi obtida uma boa aceitação tento uma média de 8 , 3 , estando R E F E R Ê N C I A B I B LI O G RÁ F I C A 0 1 . h ttp : //www. a h a u .org/ke fir. O . h t m l . 0 2 . B RA S I L, M i n i st é r i o d a A g r i c u l tu r a . S e c r e t a r i a N a c i o n a l d e D e fe s a A g ro p e c u á r i a . L a bo r a t ó r i o N a c i o n a l d e R e ferê n c i a A n i m a l . Manteiga. I n : Métodos analíticos o fi c i a i s para controle d e produtos de origem animal e s e u s i n gr ed i e n t e s : m é t o d o s fí s i c o s e q u í mi c o s . B ra s ília . D F. 2003 . 0 3 . Resolução n° 5, de 1 3 de novembro de 2000, d o M i n i s t é r i o d a A gri c u l tura, P ec u á r i a e do Abastecimento / M A PA : Padrão de Identidade e Q u a l i dade de Leites Fermentados. 04. C HAVE S , J. B . P ; S PROESSER, R. L . Práticas de Laboratório de Análise Sensorial de Alimentos e Bebidas, Viçosa: U F V, 1 999. 05. G IA CO M E L L I , P. K e fi r - A l i mento F u n c ionai N atura l , Universidade Guaru l hos, 2 0 0 4 . 2 Estudantes de mestrado em Ciência e Tecnologia de A l i mentos - DTA/ UFY. Professor Adj unto do Departamento de Tecnologia de A l i mentos UFY. - Pág. 1 26 digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 1 27 ANAIS DO XXIII CON GRESSO NACIONAL DE LATICINIOS ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS compreend ido entre gostei muito e gostei extremamente. Conclu ímos que o novo produto " D o c e de L e i te com Amendo i m" poderia au mentar a competitividade do doce de l ei te, sendo uma a l ternativa que apresentará l ucros e esses lucros aumentarão a medida que se aumentar a expan s ão do produto para os demais mercados que a F U N A RB E está inserida. P a l a vras-ch a v e : Doce d e l ei te, Amen d o i m, D esenvo l v i mento, Novo produto . 1 - INTRO D UÇÃO S egundo Kotler e A rmstrong ( 1 999) todo produto parece passar por um ciclo de vida, ele nasce, passa por várias fases e, eventualmente, morre; quando então nascem novos produtos para atender as d i ferentes e c rescentes neces s i dades dos consumidores. Este ciclo de vida dos produtos apresenta d o i s d e s a fi o s p r in c ip a i s . P r i m e i r o , devido ao fato de q u e t o d o s o s p rodu to s even tualmente declinam, a empresa deve criar novos p r o d u t o s p a ra s u b s t i t u i r a q u e l e s que e s t ã o envelhecen d o . S egundo, e l a deve compreender como seus produtos envelhecem, e adaptar suas e stratég i a s d e M a r k e t i n g à m e d i da que s e u s produtos passam pelos estágios de seus ciclos d e v i d a . E s t e traba l h o tem por obj etivo o desen v o l v i me n to d e u m n o v o p ro d u t o d en tro d o s concei tos de marketing, desde a identificação d a oportunidade de mercado até os ajustes quanto à s decisões do composto de marketing. Este produto terá como mercado alvo a c idade de Viçosa. O c o n c e ito/ p ro d u to d e s e n v o l v i d o t e v e c o mo obj etivo a criação de um D o c e de L e ite c o m Amendoim, em embalagens p l ásticas de 400g e latas de 800g. Este produto foi desenvolvido como uma alternativa saudável para complementar a variedade de tipos de doces existentes no mercado, não possui conservantes, é um produto nutritivo e de fác i l aceitação como sobremesa. 2 - P RO C E S S O D E D E S E N VO LV I M E N T O A f� rram e n t a m a i s s o fi s t i c a d a p ar a a d ministrar o desenvolvimento d e novos produtos é o sistema de estágios. E ste é o modelo utilizado com maior freqüên c i a p e l a s empresas em q u e todas as etapas exigem coordenação eficaz entre Marketing, P & D, produção e vendas. As etapas realizadas no desenvolvimento do Doce de leite com amendoim estão descritas a seguir: 2.1 - G e r a ç ã o da i d é i a O Doce de l eite é u m produto tipicamente brasileiro, obtido através da concentração do lei te com açúcar e adição de bicarbonato de sódio em pequena quantidade. Sua tecnologia é simples, embora produtos fora do padrão de qualidade e uma vez que p el o fato do D o e e d e L e i te com Amen d o i m ser u m p ro d u t o novo n ã o e x i s t e dados relacionados a ele. P ara a pesquisa foram levantados 9 supermercados de maior circulação dc e o n s u m i d o r e s da c i d a d e , o n de os q u e s tionários foram aplicados, p ara estabel ecimento da estimativa de consumo de doce de l e i te e a demanda por p rodutos no m ercado de Viçosa. Também foram feitas estimativas dos custos da produção do D oc e d e L e i te c o�n A me n d o i m , usa ndo como b a s e os custos do Laticínios Escola FUN A R B E . com adição de ingredientes que não seja l ei te e açúcar, são usualmente encontrados no mercado. A concorrência com esses doces e demais doces encontrado s no mercado torna-se uma a m eaça, c o m a qual encontrou-se uma o portun i d ade de desenvolver u m produto novo, vinculado a uma marca respeitada aumentando a c o mpeti tividade do Doce de Leite. 2 . 5 - D e s e n v o l v i m e n t o d o p ro d u to 2 .2 - Tri a g e m da i d éi a 2.6 - Teste de m e rc a d o A produção brasileira d e leite passou de 1 4,4 bi lhões de l i tros em 1 990 p ara 22,3 b i l hões em 2004, representando um crescimento de 54,86%, segundo o I B G E ( 2 0 0 5 ) . U m dos principais derivados do l e ite comerc i a l izado no p a í s é o doce de l eite, sendo que M inas Gerais é o maior p rodutor nacional ( I N D I MG, 2 0 05 ) . N esta etapa o q u e s t i o nário foi a p l icado, com apresentação do p rotótipo do produto para medi r o desempenho deste frente ao mercado consumidor. O questionário visava avaliar questões sensoriais do novo produto e relacioná-lo com os demais doces de leite existentes no mercado. 2 . 3 - D es e n v o l v i m e n t o e t e s t e d o c o n ce i t o d o p ro d u t o O D o c e d e L e i t e c o m A m e n d o i m fo i fab r i c a d o c o m o u ma a l t e rn a t i v a a m a i s e m r e l a ç ã o a o s t i p o s d e d o c e s e x i s te n t e s n o mercado . A oportunidade de desenvol v i mento fo i percebida através da observação do fato do D o c e d e L e i t e c o m A m e n d o i m fab r i cado em escala industrial ainda não existir no mercado e o p roduto " d o c e de l e i te" ter u m a fác i l a c e i tação c omo s o b r e m e s a no m e r c a d o , c a r a c te rizando uma m a ne i ra d e a u m e n ta r a c o m p e titivid ade do p roduto. O produto apresenta u m a aparê n c i a agradáve l , c o m c o r e textura i g u a i s a o do d o c e de leite comum. A p ó s desenvolver o c o n c e i to do p ro d u to e d e fi n i r t o d a s as s u a s espec i fi c i dades, foi e l aborado u m questionário, p ara o teste do c onceito do p roduto . Tomando a cidade de Viçosa como mercado, o questionário foi apl icado em seus principais s up ermercados, p ro váveis canais d e d istri b u i ç ão . 2 .4 - Análise c omercial A a n á l i s e d a s p r oj eç õ e s d e v e n d a s d o produto foi rea l i zada c o m base e m produtos s i m i l a re s ( D o c e d e l e i te c o m u m e c o m c o c o ) , O D o c e de L e i t e c o m Amendoim foi fa bricado no Laticínios Escola F U N AR B E de acor do com os modos tradicionais de p rocessamento. 3 - RE S U LTA D O S E D I S C U S S à O Pelos dados obtidos j unto a F U N A R B E são vendidas 1 90 0 0 latas de doce de l eite por mês no me r c a do e m g e ra l , i n c l u i n d o até m e s m o outros estados como Rio de Janeiro e S ã o Paulo, sendo que este mercado esta se abrindo sendo vend i do também no Rio G ra n d e do S u l . N o mercado de Viçosa s ã o vendidas 5 50 0 latas de doce de leite correspondendo um total de 28% do mercado. Na análise de viabilidade foram obtidos os resultados (Quadro I ) . No questionário sobre o conhecim ento do D o c e d e L c i te c o m A me n d o i m o s r es u l ta d o s seguem n a F igura 1 . 6 - Você já experimentou Doce de Leite com amendoim? 1 1% D Sim 1 9% t;;J Nunca .,,; • Não gosto de 70% Figura 1 - amendoim C o n h e c i m e n to do D o e e de L e i te c o m Amendoim Nos q uestionários a p l i c ados para teste de aceitação os resultados seguem na F igura 2. Teste d e Aceitação D Gastei extremamente • Gastei muito O Desgostei ligeiramente Figura 2 Resultados do teste de aceitação 4 - CONCLUSÕES P o r ta n t o , p o d e - s e c o n c l u i r q u e o n o v o p roduto " Doce de Leite c o m Amendoim" é u m p roduto d e grande potencial mercadológico, q u e poderia aumentar a competitividade do d o c e de leite. Tendo provado que o produto terá aceitação por p arte dos c ons umid o res e c o m b i nando as estratégias de d i s tribuição, p reço e p romoção, concluímos q u e , para o mercado d e Viçosa, o produto, após sua fase de introdução, apresentará l u cros. Tai s l ucros aumentarão na mesma p ro porção que se expandir a distribuição, buscando a t e n d e r as c i da d e s n a s q u a i s a F U N A R B E comerc i a l iza seus demais p ro dutos e podendo expandir para outros mercados. Quadro 1 - Custos indiretos e outras despesas. M a rgem de L u c r o com preços à vista Produtos M atériap r i m a R$ I CMS R$ L ata ( 8 0 0 g ) 1 , 83 0,33 0, 1 3 Pote (400g) 0,76 0, 1 4 0,05 C o m i s s ã o Tra n s p o rt e R$ R$ Total R$ P. Ven d a R$ % Lucro 0,07 2 , 63 5,57 52,78% 0,03 0,98 2 ,5 6 6 1 ,72% Fonte I: FUNARBE Pág. 1 28 digitalizado por Pág. 1 29 arvoredoleite.org A N A I S D O X XI I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LAT i Cí N I OS ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS 5 - ABSTRACT This study a s a propose t h e elaboration of a milk sweet with peanuts as na al ternative for the other ki nds of mi l k sweet paste (with or otthou coconut) or i n bars and i ncrease the competitivity of this product relati ng to the other brands in the market. The developed product will be prod uced in packages of 400g and 800g (plastics or cans) by the dairy enterprise F U N A RB E, receiving the trademark of the Viçosa M i l k S weet, s i n ce i ts qua l i ti es are al ready known in the Viçosa area. The developi n g process was con duced by stages, be i n g th e fi rst, the idea gerat i o n fo l l o wed by triagem a n el d e v e l o p m e n t-test 01' lhe p r o d u c t concept where was t h e comerc ial anal isys, baseei on simi lar proelucts ( m i l k sweet with peanuts paste. The estimating of the costs was done baseei on the costs of the dairy school F UN A RB E . Surveys were appled on the market test, and a taste panel was also, made using the hedon ic verbal scale of a c c e p t a n c e o f n i n e p o i n ts w i th the p o te n c i a l costume rs . T h e res u l ts a r e based o n t h e m a i n supermarkets of Viçosa, once the FUNARBE sel ls 28% oh i ts m o n t h l y m i l k s w e e t p ro d u c t i on (around 5 5 00 cans of 800g) in Viçosa market. On the viabi l i ty anal isys was found a profit of 52,78% for the m i l k sweet with peanuts in the 800g can and and 6 1 ,72% for the 400g one. Reagrd i n g to the costumers , 75% were used to consume m i l k sweet a n d o n l y 25% were not esed t o consume it, b e i n g 93% preferri n g the brand Viçosa. On the taste panel a gooel aceptance was obtaineel having a mean value of 8 , 3 , b e i n g w i th i n the i n te rval l i ked too much and l i ked extremely. We concludeel that the new proeluct " M i l k Sweet with peanuts" could rise the compe t i t i v i ty or the m i l k sweet, b e i n g na a l ternative w h i c h w i l l present pro ri ts, which wi ll be incresead as SOOI1 as the expansion of the market be risen for the markets that the FUNARB E is i n . Keywords : M i l k sweet, Peanuts, develment, Ncw proeluct . 6 - R E F E R Ê N C I A S B IB L I O G R Á F I C A S K O T L E R , P . A d m i n i s t r a ç ã o d e m a J' k et i n g : a n a l i s e , p l a n ej a m e n to , i m p l e m e n t a ç ã o e c o n t l'o l e , 4" e el . S ã o P a u l o : A t l as , 1 9 9 4 . K O T L E R, P . & A RM S T RO N G , G . P r i n c í p i o s d e M a rketi ng. T' e d . R i o de J aneiro: LTC, 1 999. M A RT I N S , E . C o n ta b i l i d a d e de C u s t o s . 8 . ed. S ão Paulo - A t l a s : 2 0 0 I , 3 8 8 p . C H AV E S , J . B . P. ; S P RO ES S E R, R . L . ; P rá t i ca s d e L a b o rató r i o de A n á l i s e S e n s o r i a l d e A l i m e n t o s e B e b i d a s , I mp r e n s a U n i v e rs i tá r i a , 1 9 9 9 . QUALIDADE MICROBIOLÓGICA D O Q UEIJO TIPO COTTA GE PARA D ESENVOLV I MENTO DE EMBALAGEM ATIVA Microbiologycal qual ity of cottage cheese to development of active food packagi ng Ana Clarissa dos Santos Pires! Maria Paula Junqueira C.Gonçalves2 Cláudia Lúcia de Oliveira Pinto3 Nilda de Fátima Ferreira Soares4 2 3 4 M estranda em Ciência e Tecno l ogi a de Ali mentos - OTA/UFV. Pesq u i sadora OS PRO O OC/CA P E S - OTA/UFY. Pesq u i sadora OS - E PA M IG/CTZ M . Pro fessora P h O OTA/UFY. Pág. 1 30 RESUMO queij o tipo Cottage é um queij o de origem britân ica, muito popular nos Estados Unidos. S e u c o n s u mo no B ras i l tem apresentado acentuado c re s c imento, no e n tanto, o produto ainda não tem u m padrão de q u a l i dade estab e l e c i d o p e l a l e g i sl ação. D o ponto d e v i sta industri a l , s u a produção é bastante i n teressante, u m a vez q u e s eu rendimento é e l ev ado (aproxi madamente 4,5 l i tros d e lei te/Kg de q ue ij o ) . Porém, este fato deixa o produto com u m i d a d e extremamente e l ev a d a , t o rn a d o - o um meio pro p í c i o para o c r es c i m e n to de m i c ro r ga n i s m o s . O p r e s e n te trab a l h o o bj et i vo u faz e r um d i agn ó s t i c o d a q u a l i d a d e microbiológica de q ueij o s tipo Cottage comercial izados na cidade d e B e lo H orizonte/MG como estudo prévio p ara desenvo l v i mento de u ma embalagem ativa antimi crobiana par� este produto. Os resu ltados encontrados para fungos e l e v eduras variaram de 3 , 0 x 1 04 UFC/g a 9,9 x 1 0" U FC/g para as marcas avaliadas. Esses valores são superiores aos permitidos pela Portaria n ° 1 46/96, d o M A PA . As contagens m icrobianas para as demais a n á l i ses encontraram-se dentro do padrão exigido. A partir deste estudo, concluiu-se que as i ndústrias p re c i s a m d e m a i o r rigor h i gi ê n i c o durante o processamento. A l ém d i s s o , a embalagem ativa, c o m a d i ção d e u m agente anti fú n g i c o , poderá atuar m i n i mi zando o prob l em a d e contami nação do q ue ij o c o ttage durante seu período de comerc i al ização, e stendendo sua v ida útil e m i n i mizando a i ngestão de aditivos conservantes pelos consumidores. o P a lavras-chave: q u e ij o tipo Cottage, micro b i o lo g i a , embalagem ativa. 1 - I N T RO D U Ç Ã O O q u e ij o C o ttage é de o r i g e m b r i tâ n i c a , sendo produzido em diversos países, no entanto, é mais p o p u l a r n o s E U A , onde sua produção iniciou-se no começo do século passado. Pode ser encontrado magro ou adicionado de creme, o que melhora seu sabor. É levemente ácido e salgado, com consistênc i a granulosa e grãos imersos em creme magro ( A L B U Q U E RQ U E , 1 99 5 ) . O Bra s i l t e m apresentado um crescimento acentuado na produção de queij o Cottage. Apesar da produção ainda ser pequena diante dos queij os mais trad i c i o n a i s ( M i n as fre s c a l , M ussarela e Prato ) , o c o n s u m o c r e s c e n t e p a s s o u a e x i g i r que ij os c o m m e l h o r q u a l i dade, a l ém d e n o v as opções para este segmento de mercado (DUTRA et a I . , 2003 ) . Do ponto de vista i ndustria l , sua produção é bastante i nteressante, uma vez que seu ren dimento é e l evado (aproxi madamente 4 , 5 l i tros delei te/Kg d e queij o ) . Porém, este fato deixa o produto c o m u m i da d e e x t remamente e l e v a d a , tornado-o um meio propício para o crescimento de microrgani smos ( DU T RA et aI . , 2 00 3 ) . Atualmente há no setor alimentos, uma busca crescente por métodos d e conservação que provo q u e m m e n o s a l t e r a ç õ e s nas q ua l i d a d e s físi co-q u í micas e sensoriais dos mesmos e q u e contenham uma q uantidade m í n i m a de aditivos. A resposta das indústrias d e a l i mentos tem s ido investir em novas tecnologias que atendam a esta demanda, principalmente com novas tecno l ogias de embal a g e m . H á poucos anos atrás, a s e m- balagens de alimentos exerciam somente a função de lIIarketing e proteção p a s s i v a . N o e n ta n t o , esse conceito v e m mudando e o papel da embala gem c o mo fator a t i v o na conservação, manu tenção da q u a l i dade e segurança dos al imentos vem aumentando nos ú l t i mos anos. E mbalagens antimicrobianas são aquelas capazes de elimi n ar o u i n i b i r m i c rorgan i s m o s deteri o radores e/ou p a togênicos, atuando como mais u ma b arre ira (Hurdfe Technologies) ( VERMEREIN, 1 999). Neste contexto, o presente traba l h o obj e tivou fazer um d i agnóst i co da qual i dade micro biológica de queijos tipo Cottage comercializados na c i dade de B e l o Horizonte/MG, como estudo prévio para desenvolvimento de uma embalagem a t i v a antimicro b i ana para este produto. 2 - M AT E RIAL E M É TODOS O experi mento foi rea l i zado por meio de parceria entre o Laboratório de Embal agem d e A l imento s , do D epartamento de Tecnologia de A l imentos, da Univers idade Federal de Viçosa e a E PAMIG - CTMZ, com amostras indicativas, d e 3 marcas do produto. As a n á l i s e s m ic r o b i o l ó g i c a s rea l i za d a s foram: contagem de fungos fil amentosos e leve d uras, col i formes e col i fo rmes termotolerantes e Staphy/ococcus coagu l ase positiva, em duplicata, com 3 repeti ç õ es , de a c o rdo com a I n s trução N o rmativa n° 62, do M i n istério da Agricultu ra , Pecuária e Abasteci mento ( B RASIL, 2 0 0 3 ) . Pág . 1 3 1 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS As análises estatísticas foram realizadas no SAS 8.0. 3 - R E S U LTAD O S E D IS C U S Sà O O s resultados encontrados p ara fun go s e leveduras variaram de 3 ,0 x 1 0 4 U F C/g a 9,9 x 1 02 UFC/g para as marcas avaliadas. E sses valores são superiores aos permitidos p e l a Portaria n O 1 46/9 6 , do M A PA . A s c o n t a g e n s m i c r o b i a n a s p a r a as d e m a i s a n á l i s e s encontraram-se dentro do padrão exigido. 4 - C O N CL U SÃO C o n c l u i u- s e q u e , e mbora n ã o e x i s t a u m padrão m i crobi o l ó g i c o e s p ec í fi c o p ar a q ue ij o C ottage, as i ndústrias precisam d e maior r i gor h igiênico durante o processamento. Além disso, a embalage m ativa, com a d i ç ã o de um agente a n t i fúngi co, poderá a tu a r m i n i mizando o pro blema de contaminação do queijo cottage durante seu período de comercialização, estendendo sua vida útil e m i n i mizando a i n gestão de aditivo s conservantes p e l o s consumidores. 5 - A B STRACT The C ottage c heese i s from E n gl an d a n d i t i s very popular i n the U S A . I t s consumption i n B ra z i l h as b e e n i nc r e a s i n g , a l th ou g h t h i s p r o d u c t d o es n o t h a v e a s t a n da rd o f q u a l i ty e s t ab l i s h e d by l e g i s l a t i o n . A c c o r d i n g to t h e i n d u s t r i a l v i ew, i t s p ro d u c t i o n i s v e ry interesting, since its yield é h igh, therefore this p r o d u c t a l I o w s the m i c ro o rg a n i s m g r o w t h because o f i ts h i g h moisture. T h i s work a i ms to diagnose the microbial quality of Cottage cheese c o m m er c i a l i z e d in B e l o H o r i zo n te- M G to develop an active packaging for this p ro d u c t . The res u l ts found t o moul d a n d y e a s t r a n g e d from 3 ,0 x 1 0 4 C F U/g to 9 , 9 x 1 02 C F U / g for the analyzed samples. These values are superio r to those recommended by B razi l ian legislation. The other analyses were a d e q u a t e . A cc o rding to this s t u d y it is p o s s i b l e to c o n c l u d e t h a t industries need more s everity i n hygienic steps . In addition, the active p ackaging i n c orporated w i th an anti fungical agent could i mp roving the C o t t a g e c h e e s e q u a l i ty in t h e r e t a i l market, extending i t s shelf l i fe a n d reduc i n g t h e food additive consumption. IR R AD IAÇÃO GAMMA PARA CONSERVAÇÃO D E CORANTE NATURAL DE B ETERRABA APLICADO EM SORVETE D E MORANGO Gamma Irrad iation to preserve natu ral colorant from beetroot to be used i n strawberry ice cream Maria Paula Junqueira C .Gonçalves1 Nilda de Fátima Ferreira Soares2 Paulo Cesar Stringheta3 Ricardo Ferracini Corrêa4 Ana C larissa dos Santos Pires5 Keywords: Cottage cheese, m i c robiology, . active p ac k aging. A G RA D E C I M E N T O S RESUMO C A P E S , CNPq, FAP E M I G e F I NE P. 6 - A cor é um fator decisivo no momento da escolha de um produto, uma vez que o pri meiro contato do consumidor com o alimento é visual . As betala í nas, encontradas no tecido da beterraba vermelha de mesa (Beta vulgaris L.), são importantes como corantes de alimentos e apresentam potencial p ara servir como substi tutas para corantes orgânicos s i ntéticos e corantes naturais de mesma matiz, porém, de elevado custo. Neste líquido se encontram a betalaína, outros pigmentos e grande quantidade de outras substâncias como açúca: e água, que consti tuem excelente substrato para o cresci mento de micror� an ismos . . <?s p� gment.os naturais são bastante sensíveis ao calor e a irradiação gama permIte a esten lIzaçao a fno. E m trabalho prévio foram avaliadas d i ferentes doses de irradiação no suco de beterraba (O - contro l e , I , 2 , 3, 4 e 5 k G y ) . Testes espectrofotométri cos mostraram que a irradiação gama não causou al teração na estrutura do p i g mento e testes m i crobio lógicos indic aram que a dose de 5 kGy foi efi c i ente para garantir a ester i l ização comerc i al do suco de beterraba. O bj etivou-se, portanto, a v a l i a r a a c e i tação d a cor e do sabor de sorvete .de morango c o l o r i d o com s u co d e b e terraba i rr a d i a d o ( 5 kGy) e com corante c a rm I m cochonilha. A anál ise sensori al possibil itou a conclusão d e que a irradiação gama pode ser um excelente método de conservação do suco de b eterraba para ser u s ado como corante n atural de a l i mentos e, em alguns casos, como substituto ao corante carmim cochon ilha. R E F E R Ê N C I A S B I B L IO G R Á F I C A S B RA S I L . M IN I ST É R I O D A A G R I C U LT UR A , P E C U Á R IA E A B A S T E C I M ENTO . I nstruç ã o N o r ma t i v a n ° 6 2 , d e 2 6 d e a g o s to d e 2 0 0 3 . D i ário O ficial d a União. Bras í l ia, 2 8 de agosto de 2 0 0 3 . B RA S I L . M IN I S T É R I O D A A G R I C U LT UR A , P E C UÁR I A E A BASTECI MENTO. P ortaria n° 364, de 4 de setembro de 1 99 7 . D i ário O ficial da União. B rasília, 28 de agosto de 2 0 0 3 . D UTRA, E . R . P. , F U RTA D O, M . A . M . , A B R E U , L . R. Princípios da fabricação do queijo cottage: u m a rev i sã o . XX C o n gr e s s o N a c i o n a l d e Lati c í n i o s . R e v i s t a do I n s ti tuto d e L at i c í n i o s Cândido Tostes, v . 5 8 , j u lho/agosto de 2 0 03 . A L B U Q U E RQ U E , L . C . , C A S T R O , M . C . D . Q u eij o s fin o s : o ri g e m e tec n ol o gi a . J u i z de Fora: E PA M I G /C E P E/ I L CT, 1 99 5 . 2 1 8 p . V E R M E I R EN , L . , D E V L I E GH E R E , F. , VAN B EE S T, M . , K R U I J F, N . , D E B E V E R E , J . D e v e l p m e n t i n the a c t i v e p a c k a g i n g o f foods. Tren d s in F o o d S c i e n ce e Tec h n o l ogy, v. 1 0, p . 7 7 - 8 6 , 1 99 9 . P alavras-c h a v e : irradiação gamma, beterraba, betalaína, sorvete de morango. 1 - I N T R O D U Çà O A t u a l m en te h á no s e to r a l i me n to s , u m a busca crescente p o r métodos de conservação que p ro v o q u e m m e n o s a l t e r a ç õ e s n a s q u a l i da d e s físico-químicas e sensoriais d o s mesmos . A res posta das indústrias de alimentos tem sido investir em novas tecnologias que atendam a esta demanda seja pelo emprego de d i ferentes tipos de emba lagens ou ainda pela irradiação. A i rradiação gama de a l imentos c o m o objetivo de reduzir a microbiota e aumentar a vida- 2 3 4 útil dos mesmos é reconhecida como um processo de conservação há décadas, apesar de ainda não fazer parte da rotina das indústrias de alimentos (WORCMAN-BARNI NKA e LANDGRAF, 2003). E m comparação aos métodos convencionais de conservação, a irrad i ação gama apresenta a vantagem do a l i mento poder ser tratado já em balado e/ou congelado e ainda, dependendo da dose empregada, ser capaz de permitir que alimentos class ificados como perecíveis se conservem por Pesqui sadora D S P ro doc/Capes DTA/UFY. Professora PhD - DTA/UFY. Professor DS DTA/UFY. C DTN/MG - Centro de Desenvo l vi mento de Tecnologia Nuclear. Mestranda em Ciência e Tecno logia de A l i mentos DTA/UFY. Pág. 1 33 Pág. 1 32 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS um tempo maior. sem perdas de qualidades sen soriais e nutri tivas ( FARKAS, 1 9 89). Pesquisas envo lvendo a i rradiação gama de a l i mentos têm proc urado estabe lecer doses d e radi ação que reduzam, s i gn i ficativamente, a car ga m i c ro b i ana s e m c o m p r o m e t e r a q u a l i da d e sensorial e nutri c ional d o produto. P o rém, toda a efi c i ên c i a do processo de i rradiação depende da aplicação da dose apropriada e de sua correta medição, a fi m de se correlacionar com as análises l aborato r i a i s . No B ras i l , p o rém, ai nda são defi c i entes as i n formações referentes às condições e formas de processamento, bem como aspectos t e c n o l ó g i c o s e n v o l v i d o s na ap l i cação e i rr a d i ação em a l i mentos ( P E R E I RA, 2004). A i rradiação gama é um excelente método de cons e rv ação de a l i mentos e, atualmente, o único capaz de tornar inati vos os patógenos em al imentos c rus e congelados. Entretanto seu uso comer c i a l tem sido l ento em função de i n t e r pretações errôneas dos consu m i do re s . Faz-se necessário, no e n tanto, um m a i o r número d e estudos sobre a s dosagens a serem em pregadas no tratamento dos alimentos e suas con seqüências para os produtos, além de um trabalho informati vo e educativo para que os mitos, receios e i nverdades em torno da i rradiação di minuam, e a população possa, então, usufruir deste método seguro e eficaz de conservação de ali mentos. O s p i gmentos natura i s são b as tante sen s í v e i s ao c a l o r e a i rrad i aç ã o g a m a p er m i t e esteri lização a frio d e sucos e extratos d e frutas. O uso de p i gmentos obt i d o s de vegetai s como adi t i vos corantes para a l imentos industria l i zados não é m a i s uma a p l i c ação poten c i a l e s i m uma rea l i dade comerc i a l . S e u emprego na i n dústria de a l i mentos em p a í ses da Europa é extensivo a todos os tipos de alimentos que estão sendo produzidos e que contêm tais p i gmentos. As betalaínas, encontradas no t ec i do d a beterraba vermelha de mesa (Beta vII/garis L . ) , são i mp o rtantes c o m o corantes de al i mentos e apresentam poten c i al p a ra s e r v i r c omo s u b s t i tutas para corantes o rgân icos s intéticos e coran tes natura i s de custo mais e levado . Obj etivou-se, portanto, avali ar a acei tação da cor e do sabor de sorvete de morango colorido com suco de beterraba i rrad iado ( 5 kGy) e c o m corante c a r m i m cochoni lha, corante natural lar gamente u t i l i zado na i ndústri a de a l imentos, po rém de elevado custo. 2 - MAT E RIAL E MÉ TO D O S O trabalho f o i rea l i zado no Departamento de Tecnologia de A l imentos da Universidade Fe MG. O suco de beterraba foi deral de Viçosa A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N A C I O N A L DE LATi C í N I O S i rrad i a do no Laborató r i o de I rr a d i ação G a m a ( L I G ) , do Centro de D esenvo l v i mento de Tec nologia Nucl ear ( C DTN/MG). s e r usado c o m o corante natural de a l i mentos e , em a l gu n s c a s o s , ' c o m o s u b s t i tuto a o c o r a n t e car m i m cochon i l h a . 2.1 - Extração do s u c o 5 A e x t ra ç ã o d o s u c o d a b e t e rr a b a fo i r ea l izada em c en t r í fuga domés t i c a . O l í q u i d o obtido foi fi l trado em fun i l de Buchner. A p ó s a fi l tração as amostras foram divididas em alíquotas e receberam doses de i rradiação gama de 5 kGy. C o l o r is a i mp o rtan t factor for b u y i n g cons umer d e c i s i o n . B et a l a i n c o mp o u n d s fro m beetroot (Beta vII/garis L . ) are used as food colorants and show to be a potential substitute for syntheti c or natural colorants of s a m e c o l o r t h a t a r e high cost. The extracted l iquid from beetroot besides betalain and other colorants, contains high quantity of other compounds such as sugar that is an excelent substrate for microorgani s ms growth. In general, natural colorants are heat sensible, therefore gamma irradiation can be used as sterilization process to preserve the colorant. This work aimed to evaluate different i rradiation leveIs in beetroot c o lorant through color and microbiological analysis. Colorant from the best treatment was used in ice cream and sensory analysis was realized. Among the irradiation leveIs tested (O, I , 2, 3, 4 e 5 KGy) the colorants did not show m o l e c u l a r structure a l te r a t i o n b y spectrophotometri c analysis a n d t h e l eveI 5 KGy was effi c i ent to i n h i b i t m ic ro o rgani sms growth. B eetroot c o l orant treated w i th 5 KGy and commercial cochineal was used as colorant in ice cream. The sensory panel showed color and flavor 2 . 2 - P r e p a r o d os S orvetes de M o ra n g o Os sorvetes foram preparados n o Laboratório de Produtos Lácteos, do DTA-UFY. Para colorir os sorvetes de morango foram utilizados 20,0 mL do suco de beterraba irradiado e 0,7 mL do carmim cocho n i lha, concen t rado a 3 %) . Para ambos os corantes foram p reparados 3 l i tros do produto. 2 .3 - Ava l i a ç ã o d a e fi c i ê n c i a d o suco d e be terraba irradiado como corante n atu ral P ara verificar a efi c i ência do suco i rradiado como corante natural fo ram rea l i zadas análi ses obj etivas de cor, em tri p l i catas, através do sis tema C i e lab ( L * , a * , b*) por Calorímetro Color Quest XE - Hunter Lab e aná l i se s subj et i vas, c o m 5 0 provadores, u t i l i z a n d o - s e u m a e s c a l a hedôn ica de 9 pontos, para os atributos cor, sabor e i mpressão globa l , segundo Chaves e Sproesser ( 1 9 9 9 ) . As amostras foram servidas com apre sentação monád i ca, de forma a l eatória. As anál ises estatísticas foram real izadas no SAS 8.0. 4 - C O N C L USÃO A partir dos resul tados obti dos conclui-se q u e a i rradiação gama pode s e r um excel ente método de conservação do suco de beterraba para ABSTRACT • • • • Keywo r d s : g a m m a i rrad i a t i o n , b etal a i n , beetroot, strawberry i c e cream. A G RA D E C I M E N T O S CAPES , C N P q , FAPEMIG e F I N E P. 6 - R E F E RÊ N C I A S B I B LI O G RÁ FICAS C H AV E S , J. B. P. ; S RO E S SE R , R. L . P ráticas de L a b o r a t ó r i o de A n á l i s e S e n s o ri a l d e A l i m e n t o s e B e b i d a s . C a d e r n o s D i dá t i c o s . Editora U FV: Viçosa, n ° 6 6 , 8 I p. , 1 999. FARKAS, J. M i crobiological safety o f irradiated foods. Int. J. Food Microbiol. v. 9, p . 1 - 1 5, 1 989. FENNEMA, O. R. Pigments and Other Colorants. I n : Food c h e m istry. 2nd edi t i on . , 1 98 5 . 5 6 8 p . P E R E I RA , A . S . C . I rrad i a ção e m a l i me n t o s . Revista Nacional da Carne. São P a u l o , n. 324, p . 5 3 -62, fev. 2 0 04 . WORCMAN-BARNI NKA, D.; LANDGRAF M . , I rradi ação d e c a rn e s . B o I . S B C TA, Campi n as , 3 7 ( 1 ) : 2 2 - 2 7 , j an -j u n . 2003 . • • • • DESENVOLVIMENTO DE EMBALAGENS ATIVAS (SACHÊ E FILME ANTIMICROBIANOS) PARA CONSERVAÇÃO DE QU EIJO MUSSARELA FATIADO 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S ÃO Os resul tados obj et i vos da cor reve l aram o s s e g u i n t e s v a l o r e s m é d i o s para c a r m i m cochoni lha e suco d e beterraba, respectivamente: L*= 84, 1 3 ; a*= 5,62; b*= 4, 1 3 e L *=8 L49; a*= 6 , 8 8 ; b*= 2 , 1 5 . As análises sensoriais mostraram que para o atributo sabor não houve d i ferença s i gn i fi cativa (p>0,05) entre os corantes. Para os atributos cor e i mp ressão g lobal houve d i ferença s i g n i fi c a t i va (p<0,05), sendo a amostra colorida com o suco de beterraba i rradiado a mai s acei ta, com méd i a 7,0 (gostei moderadamente), para todos os atributos. - preference to the ice cream produced with beetroot colorant. The results show that beetroot extracted colorant treat with gamma i rradiation can be used as food colorant and that, in some cases i t can be a alternative for cochinea l . Develo pment of active food packaging (sachet and antim i crobial f i l ms) to preserve sliced mozzarella Pi res, A. C. S.l Soares, N . F. F.2 Camil loto, G. P.3 Bernardes, P. C.4 And rade, N . J.2 Gonçalves, M . P. J.5 2 4 5 Mestranda em Ciência e Tecnologia de A l i mentos DTA/UFY. Professores DTA/UFY. Graduanda em Engenharia de A l i mentos - DTA/UFY. Graduanda em Ciência e Tecno logia de Laticínios - DTA/UFV. Pesqui sadora P RODOC/CAPES - DTA/UFY. P á g . 1 35 Pág. 1 34 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGR ESSO N ACIONAL DE LATiCíNIOS RESUMO As e mbalagens ativas têm s u rgido como u m a a l ternativa de cons ervação d e a l i mentos, i n t e r a g i n d o com o s m e s m o s e m o d i fi c a n d o , d e m a n e i r a d e s ej á v e l , a l g u m a d e s u a s propriedades. Neste contexto, este trabal ho obj etivou estudar o efeito d e duas e mbal agens ativas (fil mes e sachês antimicrobianos) para a conservação de qu eij o mussarela fatiado. Os fi lmes antimicrobianos foram produzidos em base cel ulósica, incorporados com nisina, natamicina e a mistura de ambas, para serem intercaladas com as fatias de queij o . O sachê foi produzido a partir da incorporação de um antimicrobiano (sob p atente) e m uma resina no interior da bandej a do qu eij o fatiado. A eficiência das embalagens ativas foi testada sobre StaphylococclIs GllreS, Listeria lJI ollocytogenes e Penicillilll11 spp . Os fi lmes foram aval iados s egundo o cresci mento em placas de Petri , pelo teste do halo e o sachê segundo a i n i b i ç ão d o c r e s c i m e n t o t a m b é m e m m e i o s de c u l tu r a . O b s e rv o u - s e que o s fi l m e s incorporados c o m nisina e nisina + natamicina não apresentaram diferença entre si (p>0,05) e foram e fe t i vo s c o n tra S. aureus e L . 11l on ocytogen es , O s fi l me s i n c o rporados c o m natamicina e n i s i n a + natamicina também não d i feriram entre si (p>0 , 0 5 ) e apresentaram e feito anti microbi ano sobre Penicillium spp. O sachê antimicrobiano inibiu o crescimento dos três microrganismos testados. Os fi l mes e o sachê el aborados apresentaram atividade anti microbiana, tendo potencialidade para aplicação como u m sistema de embalagem ativa para m u s s a re l a fat i ad a , podendo proporc ionar ao c o n s u m i d o r u m p roduto com m a i o r segurança microb iológica. P a l av ras-ch av e : embalagem ativa, mussare l a . m i crorga n i s m o s . 1 - I N T RO D U Ç Ã O A m u s s a re l a é o s e g u n d o q u eij o m a i s consumido n o B rasi l . A comercial ização desse q u eij o s e dá, m u itas vezes. e m padarias, l an chon etes e supermercados, havendo, portanto a n e c e s s i d a d e de fat i a m e n to ou r a l a g e m d e s t e queij o . N esta etapa, o produto torna-se passível de contaminação, comprometendo, assim, a qua l idade e a segurança da mussarela. A n t i m i c rob i a n o s n a t u r a i s têm sido l ar gamente estudados e m laboratórios (ROLLE R, 2003 ) . A nisina é uma bacteriocina, considerada um aditivo G RAS ( Generally Recognized as Safe) pelo Food and Drllg Administration ( FDA), que tem se mostrado efetivo contra bactérias Gram posi tivas deterioradas e patogênicas, i n c l u s ive espécies esporu l a das ( B O W E R et a I . , 2002). A natamicina também é um antimicrobiano G RAS, m u i to u t i l i zado na cons ervação de a l i m e n t o s , para evitar o cresci mento d e fungos filamentosos e leveduras (STARK. 2003 ) . A embalagem ativa é um conceito inovador e m embalagens de ali mentos que tem sido intro duzido como resposta às mudanças contínuas nas e x i g ên c i as d o s c o n s u m i d o r e s e m er c a d o ( V E R M E I RE N e t aI . , 1 9 9 9 ) . D e ac o rdo c o m Soares ( 1 998), embalagens ativas s ã o aquelas q u e interagem com o a l i mento mod i fi cando alguma propriedade, objetivando proporcionar segurança a l i m e n t a r , m e l h o ra r a q u al i d a d e s e n s o r i a l e estender a vi da-de-prateleira do produto. N es te c ontexto. o obj etivo deste trabalho fo i ava l i ar a e fi c i ên c i a duas embalagens ativas ( fi l m e s e sachês a n t i microb i a n o s ) para a con servação de queij o mussarela fatiado. 2 - MAT E R I A L E M É TODOS o e x p e r i m e n to fo i re a l i za d o no L a b o ratório d e E mbal agens do Departamento de Tec nologia de Al i mentos (DTA ) da UFY. 2 . 1 - P r e p a r o d o s fi l m es Os fi l m e s , d e b a s e c e l u l ó s i c a , fo r a m p r o d u z i d o s p e l o m é t o d o cas ting, s e g u i n d o metodol ogia util izada p o r Soares ( 1 99 8 ) . Foram preparados fi l me s i n c orporados com 5 0 % de preparado contendo 2 , 5 % de nisina (Chrisinfl ) , fi l m e s i n c o rp o ra d o s c o m 8 % d e p r e p a ra d o c o n t e n d o 5 0 % d e n a t a m i c i n a ( N a t a m a x li ) , a combinação dos dois anti microbianos e fi l mes controles, ou s eja, sem adição de antimicrobianos. Os fi l m es foram cortados em círculos, com área de 0 , 8 cm2 e submetidos à exposição à luz U V p o r 2 minutos. 2 . 2 - Avaliação das ca racterísticas dos filmes A espessura dos fi lmes foi avaliada por meio de mi crômetro, e m c i n co pontos d i ferentes . A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L DE LAT i C í N I OS As c a ra c t e rí s t i c as m e câ n i c a s ( c a r g a máxima e % de alongamento na ruptura ) foram an a l i s ad a s em I N S T R O N m o d e l o 3 3 6 7 c o m quatro repetições. Os dados foram analisados com auxílio do pro grama Sta t istical A n a lysis Systelll ( S A S ) ver são 8 . 0 . 2 .3 - P re p a ro d o s s a c h ês Os sachês foram preparados p o r m e i o d a incorporação de u m antimicrobiano ( s o b paten te) e m uma res i n a . Tam b é m foram p reparados sachês sem a i ncorporação do antimicrobiano. 2.4 - A n á l i s e s m i c r o b i o l ó g i c a s O s experimentos foram conduzidos em três repetições e em dupl icata. 2. 4. 1 - Eficiê/lcia dos filmes A eficiência dos fil mes antimicrobianos foi testada p e l o t e s t e do h a l o s o b r e L is teria /JIollocytogenes ATTCC 1 5 3 1 3 , Slaphylococclls aurells ATTCC 6538 e Penicillilllll sp. nos meios de cultura ágar Oxford Mod i ficado (MOX), ágar Baird-Parker e ágar B DA, respectivamente. 2.4. 2 - Eficiência do sachê A efic i ê n c i a do sachê antimicrobiano foi t e s t a d a p e l a i n i b i ç ã o do c r e s c i m e n t o de L. /JI o n o cy t ogenes ATT C C 1 5 3 1 3 , S. a u re ll s ATTCC 6 5 3 8 e Penicilli1l l1l s p . nos m e i o s d e cul tura adequ ados a cada microrgan i s m o . 3 - R E S U LTAD O S E D IS C U S S à O 3 . 1 - C a ra c te rí s t i c a s d o s fi l m e s Obs ervou - s e q u e a e s p e s s ura d o s fi l me s variou (p<0,05) em função d o s tratamentos, sen do o fi lme contro l e o de menor espess ura, com média de 0,022 mm. A espessura dos fi l mes incor porados com natamicina e nisina+natamicina não variou entre si e estes apresentaram maior espes sura, com média de 0, 1 53 ° mm. A carga máxima suportada na ruptura va riou (p<0 , 0 5 ) entre os tratamentos e veri ficou se que à medida que houve aumento na quantidade de anti mi crobiano incorporado, a resistência do fi l me diminuiu . A % d e alongamento d o fi lme variou entre o tratamento contro l e e os demais, no entanto, entre o s fi l m e s i n c o rp o r a d o s com os a n t i m i crobianos n ã o h o u v e d i ferença (p>0, 0 5 ) . Pág. 1 36 3 .2 - A n á l i s e m i c r o b i o l ó g i c a 3. 2. 1 - Eficiência dos film es Os fi l m e s i n c o rp o ra d o s c o m n i s i n a e n i s ina+natami cina não apresentaram d i ferença e n tre s i ( p > 0 , 0 5 ) e for a m e fe t i v o s c o ntra S. allrellS, apresentando halo de inibição sobre este microrganismo com diâmetro médio d e 2,5 cm e contra L. l1l0llocylogenes , no entanto, neste caso, o efeito inibitório ocorreu somente por contato. Os fi l mes i ncorporados com natamicina e n i sina + natamicina também não d i feriram entre s i (p>0,05 ) e apresentaram e feito antimi crobia no sobre Penicillilllll sp., c o m halo d e diâmetro médio de 3,3 cm. 3. 2. 2 - Eficiê/lcia do sachê O s a c h ê c o n t e n d o o a n t i m i c r o b i a n o fo i e fetivo contra os três m icrorgan ismos testados, não permitindo o crescimento dos mesmos, mes mo após 1 5 dias de incubação nas temperaturas ótimas de cada microrganismo ava l i ado. 4 - CONCLUSÃO C o n c l u i-se q u e tanto os fi l me s q uanto o s a c h ê a n t i m i c ro b i a n o s a p r e s enta m p o t en c i a l para serem apl icados como embal agens ativas, sendo e feti v o s s obre m i crorga n i s m o s patogê nicos e deterioradores de queijos. A eficiência destas embalagens deve ser estu dada sobre os microrganismos na mussarela fatiada. 5 - A B STRACT The active packaging has been coming as an al ternative to preserve foods, mod i fying some of their propert i e s . rn t h i s context, t h i s work aimed to study the effect of two active packaging (antimicrobial films and sachets) to preserve sliced MozzarelIa cheese. The fil ms were incorporated with nisin, natamycin and the tnix o f both. The sachet was incorporated w i th an anti micro b i a l a g e n t ( a t p a t e n t ) . T h e a c t i v e p ac k a g i n g e ffi c i ency w a s tested on Staphylococcus aures, Lisleria 11Ionocytogenes e Penicillilllll spp .. It was observed that nisin and nisin + natamycin fi l ms d i d n o t s h o w any d i ffer e n c e b e t w e e n t h e m (p>0,05) and they were effective against S. aureus and L. 11Iollocytogene. The natamyc i n and nisin + natamycin films also did not show any difference between them (p>0,05) and they were effective against Penicillilllll spp .. The sachet has inhibited a l i tested m i c ro o rga n i s m s . The fi l ms and the sachet h ave potential to be appl i ed as a system Pág. 1 37 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS of active packaging for sliced Mozzarella and they can provide a safety product to consu mers. Keywords: active packaging, Mozzarel la, m i c roorgan i s m s . A G RA D E C I M E NT O S CAPES, CN P q , FAP EM I G, F IN E P. 6 - R E F E R Ê N CIAS B I B L I O G RÁ F ICAS B ROWER, C. K., PARKER, J. E . , H IGGINS, A. Z., OEST, M. E . , W ILSON, J. T. , VALENTINE, B. A . , B O T H W E L L , M. K . , M c G U I R E , J . P ro t e i n a n t i m i c ro b i a l b a rri e r s t o b a c t e r i a l adhesion: i n vi tro and i n vivo evaluation of nisin treated i mp l a n tab l e m a t e r i a i s . C o l l o i d s a n d S u rfa c e s , v . 2 5 , p . 8 1 - 9 0 , 2 0 0 2 . A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L DE LATI c í N I O S ROLLE R, S . Introduction. I n : ROLLER, S . (Ed.) N a t u r a l A n t i m i c r o b i a l s fo r the M i n i m a l P r o c e s s i n g o f F o o d s . E n g l a n d : Wo o d h e a d Publish ing Li mited. 2003 . S O A R E S , N. F. F. B it t e r n e s s R e d u c ti o n i n Citrus Juice Through N a ringinase I m m o b i l ized i n to P o l y m e r F i l m . P h . D . D i s s ertat i o n , N ew Yo rk : C o rn e l l U n i vers i ty , 1 9 9 8 . 1 3 0p. S TA R K , J. Natamyc i n : an e ffe c t i v e fung i c i d e fo r fo o d a n d b e v e r a g e s . I n : N a t u r a l a nt i m i c r o b i a l s f o r t h e m i n i m a l p ro c e s s i n g o f fo o d s . E n g l a n d : Wo o d h e a d P u b l i s h i n g L i m i te d . 2 0 0 3 . V E R M E I R E N , L . . D EV L I E G H E R E , F. , VAN B E E S T, M . , K R U I J F. N . , D E B E V E R E , J . D e v e l o p m e n ts i n t h e A c t i v e P a c k a g i n g o f Foods. F o o d S c i e n c e a n d Te c h n o l o g y . v. 1 0 , p. 7 7 - 8 6 , 1 9 9 9 . DESENVOLVIM ENTO E AVALIAÇÃO D E F I L M E ATIVO AROMATIZADO NA I NCORPORAÇÃO D E SABOR EM RICOTA Development and eval uation of aromatized active fil m for flavor i ncorporation in ricotta Gouveia, L . E. R . l Moraes, A. R. F.2 Soares, N . F. F.3 Pereira, J. M. A. T. K.4 Go nçalves, M . P. J. C .5 Minim, V. P.3 RESUMO Modificações sensoriais desej áveis em produtos al i mentícios podem ser obtidas através do uso de embalagens ativas. A ricota apresenta baixa aceitação por alguns consumidores devido ao sabor e aroma pouco . pronunciados. Este trabalho obj etivou desenvolver fi lmes ativos, incorporados com aromas para mel horar as propriedades sensoriais da ricota e torná-Ia um produto c o m maior a c e i tação. F i l mes ativos i n c o rporados com três d i ferentes tipos de 2 4 Estudante de graduação de Ciência e Tecnologia de Lati cínios, Universidade Federa l de Viçosa. Estudante de graduação de Engenharia de A l i mentos, Universidade Federal de Viçosa . Professora do Departamento de Ciência e Tecno l ogia de A l i mentos, Universidade Federal de Viçosa. Estudante de Doutorado em Ciência e Tecno l ogia de A l i mentos, Universidade Federal de Viçosa. Bolsista Prodoc/Capes em Ciência e Tecno logia de A l i mentos, Universidade Federal de Viçosa. aromas e outro s e m n e n h u m t i p o de arom a foram desenvo lvidos. Reali zaram-se análises mecânicas dos fi l mes no I NSTRON e a espessura em micrômetro. A acei tação das quatro amostras de ricota em embalagem ativa foi avaliada sensorialmente por 82 (oi tenta e dois) provadores após 1 2 h oras ( 1 /2 dia) e 264 h o ras ( 1 1 d i a s ) , e m condições l aboratori a i s , utilizando escala hedôn i ca de 9 pontos e obtendo-se o Mapa de Preferência Interno. O fil me mais resistente foi o sem aroma adicionado e o de maior deformação foi o de aroma bacon. Os resul tados mostraram que após 1 2 horas de armazenamento, 95, I % consideram existir di ferença de aceitação das amostras em relação à impressão global e 4,9% não discriminaram as amostras em relação à aceitação, considerando-as semelhantes. Conclui-se assim, que o aroma foi transferido às fatias de ricota após o tempo de contato. De acordo com as análises de a c e i tação real izadas após 2 64 h oras , 9 7 , 6 % d i feriram as a m o s tras e apenas 2 ,4 % , consideraram-nas s e m e l hantes. Ana l i sando a s eparação espacial das amostras, p ô d e - s e observar a existência de grupos d i stintos. A p ó s o 1 1 0 d i a de armazenamento, as amostras mais aceitas pelos consumidores foram aquelas aromatizadas com pizza e bacon, enquanto a ricota controle, foi a menos aceita. Concl ui-se que os fil mes aromatizados são inovadores e têm grande potencial idade de apl icação na área de alimentos para criação de novos produtos. l - INTROD UÇÃO P a r a s e manter e m u m mercado c o m p e titivo e atender a um mercado consumidor cada vez mais exi gente, a produção de al i mentos com qualidade e segurança microbiológica tem sido o principal obj etivo e preocupação das indústrias al i m e n tí c i a s . A manutenção d a q ua l i dade dos p r o d u t o s d u r a n t e a e s t o c a g e m , t r a n s p o rte e comerc i a l i zação também está relaci onada c o m a embalagem . N esse contexto, destaca-se o estu do e desenvolvimento de embalagens ativas, tam bém conhecidas como embalagens intel i gentes. Tradicional mente, os materiais de embala gens têm s i d o s e l e c i on a d o s n o s e n t i d o de ter m í n i ma i nteração c o m o a l i mento que acondi cionam, constitu indo ass i m barreiras inertes. En tretanto, nas últi mas décadas, diversos si stemas de e m b a l a g e m têm s i d o d e s e n vo l v i d o s com o obj etivo de interag ir de forma desej ável com o ali mento - são as embalagens ativas, geralmente planej adas para corrigir defi ciênc i as das emba lagens passi vas (ROONEY, 1 99 5 ) . S o a r e s ( 1 9 9 8 ) c o n c e i tu o u e m b a l a g e n s a t i v a s c o m o a q u e l as q u e i n te r a g e m c o m o a l i m e n t o m o d i fi c a n d o a l g u m a p ro p r i e d a d e , obj etivando p roporcio nar segurança a l i mentar, melhoria de qualidade sensorial e ampliar a vida de-prate l e i ra do produto. N a b u s c a d a q u a l i da d e de vida, os con sumidores demandam por produtos de alto valor protéico e b a i x o valor c a l ó r i c o . I n c e n t i va-se, assim, o desenvolvimento de novos produtos, mais nutritivos e saudáveis. D iante disso, destacase a ricota, um produto de origem i ta l i ana fabricado em di versos paises sob varias denominações. É conhecida também por q ueij o albumina, por s e constitui r basicamente desta e de lactoglobulina, que são os principais c o mp onentes protéicos do soro, não coaguláveis pelo coalho. São proteínas fac i l me n t e d e s n a tu r a d a s e p re c i p i tadas p e l o cal or, sob a i n fl ue n c i a de a c id i fi cação , o q u e c o n s t i t u i o p r i n c í p i o b á s i c o d a fab ri c a ção d a ricota. E m outras pal avras, a massa d a ricota é obtida por meio da acidi ficação do soro de queijo, adicionado ou não de 1 0% de l eite integral, após seu a q u e c i m ento a aprox i madamente 9 2 " C . O rendimento médio da fabricação é de cerca de 4 a 6%, sendo um produto de pouca durabil idade, e, p o rt a n to c o n s i d e ra d o u m q u e i j o fre s c o ( F U RTAD O , 1 994 ; R I B E I RO, 2 0 0 5 ) . P e l o s e u b a i x o t e o r de g o r d u r a , a l ta d i g e s t i b i l i d a d e e a u s ê n c i a de s a l , a r i c o t a é c o n s i d er a d a um p r o d u t o l e v e e d i e té t i c o , mundialmente consumido em muitas d ietas a l i mentares ( R I BE I RO, 2 0 0 5 ) . A l é m d i sso, é reco mendada para pessoas portadoras de h ipertensão arterial, devido à ausência de sal. A r i c o ta , n o e n t a n t o , a p r e s e n t a b a i x a a c e i tação , p o r p arte d e a l g u n s c o n s u m i d o re s devido ao s abor e a r o m a pouco pronunciados. Propõe-se a s s i m , o d esenvo l v i men to de ricota a ro ma t i z a d a . N e s te c o n t e x t o , o p r e s e n t e tra b a l h o teve p o r o bj e t i v o d e s e n v o l v e r fi l me s ativos, incorporados c o m d i ferentes aromas para mel horar as propriedades sensori ais da ricota e torná-la um produto c o m maior valor agregado e a c eitaç ão . 2 . MAT E RIAL E M ÉTODOS O s e x p e r i m e n t o s foram c o n d u z i do s n o Laboratório d e Embalagem d o Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa, MG. Os filmes ativos incorporados com três diferentes tipos de aromas (Azeite e Limão, Pág . 1 39 Pág. 1 38 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS P izza e Bacon) e um filme sem nenhum tipo de aroma foram desenvolvidos no l aboratório citado a cima. Q ueijos tipo Ricota foram adquiridos no comércio l ocal de Viçosa-MG, fatiados e interca lados eom o fi lme ativo , com posterior acondi cionamento em sacos p l ásticos m u ltieamada (20 x 40 cm), submetidos a vácuo e armazenamento sob temperatura de refrigeração. A aceitação das quatro amostras de ricota em embalagem ativa foi avaliada sensorialmente por 82 (oitenta e dois) provadores após 1 2 horas ( 1 /2 dia) e 264 horas ( 1 1 dias), em condições l aboratoriais, uti l izando escal a hedônica de 9 pontos. As amostras foram servidas de forma monádiea, uti l izando l uz bran ca. A partir destes dados, organizou-se uma ma triz de amostras (em l inhas) e consumidores (em col unas ) , que após ser submetida a Anal i s e dc Componentes Principais, obteve-se o Mapa d e Preferência I nterno. 2.1 - P ro d u ç ã o d e fi l m es a r o m a t i z a d o s Para produção dos filmes foi utilizado acetato de celulose, doado pela Empresa Rhodia, aroma de azeite e limão, adquirido da Empresa Kitano; aroma pizza, cedido pela empresa Duas Rodas Industriais; c aroma b a c o n , c e d i do p e l a e m p re s a G eorges B roemmé, segundo o m étod o cosI, d escrito por SOARES ( 1 998), com algumas modificações. 2.2 - A n á l i s e d a s p r o p r i e d a d es m e c â n i c a s d o s fi l m e s Os fi l m e s for a m a c o n d i c i on a d o s e m temperaturas d e 2 3 + 1 °C umidade relativa d e 5 0 + 2%, d urante 24 horas, segundo n orma ABNT 6740 ( 1 9 8 1 ) . � "lii c.. '(3 c: 12 (35,25%) it E o Ü o 'O c: -5 -8 :J Cl � - controle ... -2 O -3 11 A espessura de cada fi lme foi obtida pela média de m e d i d a s tomadas em três pontos do filme, ao acaso, u t i l izando micrometro M i tutoyo ( 0 -2 5 m m ) . 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S Õ E S Os fi lmes desenvolvidos apresentaram es pessuras variadas, sendo quc a adição de aroma contri b u i u de forma a aum entar ou d i m i n u i r a espes sura . Os v a l o re s de espessuras foram de ( 1 6±2hlm, ( I 5±2hlm, (9±2 ) llm, ( I 7±2hl m . la a deform ação na carga máxima dos fi lmes foram alteradas de forma negativa em relação ao fi lme contro l e apresentando v a l or de carga máx i m a : (5 5 , 7±4)N, ( 3 3 ,4±4 )N, ( 1 3 ,6±4)N, (44,6±6)N e de d e fo rm a ç ã o na carga m á x i m a (4, 1 ± 2 ) % , (0,8±0, 1 ) % , (0,9±0,5)%, (4,5± 1 )% para o s filmes 0% de aroma, pizza , azei te e l imão c bacon. O filmc mais resistente foi o sem aroma adicionado e o de maior deformação foi o de aroma bacon . Os resultados mostraram que as análises após 1 2 h oras de armazenamento, 9 5 , I % consideram existir d i ferença entre as amostras em relação à impressão global, como mostra a Figura I , e 4,9% não d i s c r i m i naram as a m o s tras e m r e l a ç ã o à aceitação, considerando-as semelhantes. As análises de aceitação rea lizadas após 264 horas ( 1 1 dias) 97 ,6% d i feriram as amostras em 1 .2 (35,25%) 0 • a: .s c: Q) c: 4 7 -61 azeite limão J&. pizza 10 13 X x bacon Primeiro Componente Principal (%) (42,60%) 8. -1 .2 E o Ü o 'O c: :J � U) 1 + + • ... I • 0.6 · I 0.3 I .!;;; 3 c: o c.. 2 . 3 - D eterm i n a ç ã o d a espess u ra d o s fi l m es "lii c.. '(3 6 �Q) As p rop ri e d a d e s de m ó d u l o d e c a rga máx i m a e d e formação na carga máxima foram determinadas segundo a Norma ASTM-D882-00 (200 1 ), uti l i zando o Aparelho Universal de Teste I n s tron (mode l o 3 3 6 7 ) . � .IA 9 A N A I S DO XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I OS O. 110.9 +-0.6 � 3 -0.6 � 1 . -O.+�i • -1 .2 1+ .. 4. C O N C L U S Õ E S Conc l u i - s e , ass i m, q u e n o 1 1 ° d i a d e armazenamento, as r i c o t a s m a i s a c e i tas p e l o s consumidores foram a q u e l a s aro matizadas c o m pizza e bacon. Verifica-se q u e a ricota aromatizada de azeite e l i mão apresentou aceitação i n ter mediária, enquanto a ricota controle, foi a menos aceita. Os resu ltados i n di caram q u e os fi l m es aromatizados são desen v o l v i mentos inovadores com grande potencialidade de aplicação na área de alimentos para criação de novos produtos e de um novo nicho no mercado a l imentício, o de uso de fil mes ativos aromatizados. 5. A B S T R A C T The d e s i ra b l e s e n s o r i a l c h a n g e s i n foo d products c a n o c c u r b y a c t i v e packagi n g . T h e � • 0.3 rela ção à aceitação das amostras e apenas 2,4%, con sideraram-nas semel hantes, indicando assim, como mostra a Figura 2, que as amostras tiveram os a ro mas i nc orporados com m a i s i n tensidade em comparação c o m o p r i m e i ro t e m p o de 1 2 horas. Ao ana l isar a separação espaci al das amos tras de ri cota aromatizada, pode-se observar a exi stênc i a de grupos distintos. Com doze horas de armazenamento, a acei taçã o d a ricota fo i h o mogênea, i n d i c ando não ha ver preferên c i a dos consumidores em relação a uma amostra específica. Entretanto, com onze dias, foi observado que três grupos de aceitação foram formados, sendo um por amostras de ricota aromatizada de pizza e de bacon, outro da amos tra aro matizada de azeite e l i mão e, o terceiro grupo, da a mostra contro l e s e m aroma. • "lii c.. '(3 c: • 2 1 .2 • ++ +. + • consumidor c: (1) c: o a. E -9 o Figura 1 - Mapa de Preferência Interno, do atributo impressão global para ricota aromatizada, com 1 2 horas d e contato. Ík. 7 X -6 3 -3 -2 ü -5 Ol -8 o 'O c: :J 85 controle Primeiro Componente Principal (%) (42,60%) 10 4 (t .. + � �9 O.� (32,25%) 6 9 6 . R E F E R Ê N C IA B I B LIOGRÁFICA F U RTA D O , M. M . Te c n o l o g i a de q u eij o s : m a n u a l t é c n i c o para p ro d u ç ã o i nd u s tr i a l d e qu eij o s . S ã o Pau l o : Pipemar, 1 994. 1 1 8 p . R I B E I RO , A . c . ; MARQUES, S. c . ; SODR É , A. F. ; A B R E U , L . R.; P IC C O L I , R . H . Contro l e m icrob io l ó g i co da v i d a d e prate l e i ra de ricota cremosa . Ciênc. Agrotec., Lavras, v. 29, n. I ,p . 1 1 3 - 1 1 7 , j an . /fev. 2 0 0 5 . ROONEY, M. L. Overview of active food packaging. I n : ROON E Y, M. L. Active foo d p a c kaging. Glasgow: Chapman & Hall, 1 995 b. p. 1 -37. SOARES, N . F. F. Bitterness Reduction in Citrus J u i c e T h ro ug h N a ri nginase I m m o b ilized i nto P ol y m e r film. Ph D. D i ssertatio n , N ew Yo rk: Corn e l l University, 1 30p., 1 99 8 . ASTM D 8 82-00 (200 1 ) A n n u a l Book o f ASTM s t a n d a r d s . A meriean S o c i ety for Testing a n d M ateria i s . P h iladelphia, P A . 1 0p. � pizza X bacon Primeiro componente Principal (%) (39,67%) .. c: Lt (1) c: : 8. - 1 .2 E Ol (1) (j) . lt9 .. (1) c 1 .2 . (32,25%) (ij a. '0 o Ü o 'O c: :J _11 azeite limão ricotta cheese is not so accept by consumers because of i ts s o ft flavor. Thi s work aimed to dev e l op active fi lms incorporated with different flavors to i mprove the sensorial properties o f the ricotta c h e es e . The fi l m s were anal yzed according to physical, mechanical and sensorial properties. The sensorial analyses to veri fy the films abi lity to add flavor to the cheese were done with 82 consumers, after 1 2 and 264 hours of storing, according to a hedonic scale by 9 points and obtained an Intern Preference Map. After 264h of storing the most accept samples were that ones flavored with pizza and bacon, while the control sample was the l ess accepted. Its possible to conclude that the aromatic fi l ms are innovative and they have potential to be used in the field of food to develop new products. • • -0.9 0.3 . ·0 �.6 -0.3 -0.3 . + + . • • • + 0· \ -1 .2 .. •• 41 ·6 " � 1 .2 .. -0.6 . -d@g • . � • � • Consumidor Primeiro Componente Principal (%) (39,67%) Figura 2 - Mapa de Preferência Intern o , do atributo i mpressão global para ricota aromatizada, c o m 1 1 d ias de contato. Pág. 1 40 Pág. 1 4 1 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E L ATi C í N I O S ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS CONTAGEM DE Staphy/ococcus coagu/ase POS ITIVA EM Q U E I J O M USSARELA FATIADO Staphy/ococcus coagu lase-positive count i n mozzarel la sliced cheese Pires, A. C. S.l Araújo, E. A.l Camilotto, G . P. 2 Ribeiro, M. C. 1 2 Silva, W. A. 3 Soares, N. F. F.4 R E S U MO consumo de mussare l a no B ra s i l vem aumentando e grande p arte da produção deste que ij o é destinada à u t i l ização como i n grediente de produtos c o mo p i zza e sandu íches, havendo a n ecessi dade de fati amento ou ralagem do q ueij o em l anchonetes, padarias e supermercados. Nesta etapa, os produtos são expostos à manipulação, podendo comprometer a q u a l i dade do produto . N este contexto , o obj etivo do presente traba l h o fo i a v a l i ar as condi ções h ig i ênicas de mussarela pré-fatiada e recém-fatiada, por meio da contagem de Slaphy/ocOCCllS coagulase positiva. Amostras, recém-fatiadas, da mesma marca de mussarela foram adquiridas em dois supermercados ("A" e "B") da cidade de Viçosa/MG, transportadas ao laboratório, sob refrigeração até o momento da análise, que não excedeu 30 minutos. As a m o s t ra s p ré- fa t i a d a s , o b t i d a s da m e s m a p e ç a , fo ram m a n t i d a s n a s g ô n d o l as d o s estabelecimentos e analisadas, n a s mesmas condições das amostras anteriores, aos 2, 5 e 7 dias, após seu fatiamento. Real izou-se contagem de Staphy/ococcus spp. em meio Ba ird Parker e, posteriormente, o teste de coagulase. Verificou-se que no estabeleci mento "A" a contagem de Slaphy/ococclIs coagulase positiva vario u (p<O , 0 5 ) em função do tempo, o que não foi observado no s upermercado " B " . As médias do log do número de UFC.g,1 das a m o s tr a s r e c é m - fa t i a d a s n o s e s t a b e l ec i m e n t o s "A" e B fo ram 5 , 0 1 e 4 , 0 0 , respectivamente, s endo, p o rtanto, superiores a o s v a l o re s esta b e l e c i dos p e l a l e g i s l ação v i gente. A elevada contagem desse microrganismo pode estar relacionada à falta. d e c o n tro l e h i g i ên i co dos e q u i p a m e n t o s fat i ad o r e s e dos m a n i p u l ad o r e s , a l é m da possibil idade de fl utuações na temperatura de estocagem do produto, A maior carga bacteriana inicial das amostras do supermercado "A" também contribuiu para o aumento da contagem de SfaphylococclIs c o a g u l a s e p o s i t i v a ao l o ng o d o t e m p o . C o n c l u i - s e q u e o s estab e l e c i mentos q u e comerc i a l izam fri o s fatiados d e v e m t e r m a i o r ri gor no contro l e e higienização de equ ipamentos fatiadores, visando proporcionar melhor qu ;li dade do produto e maior segurança ao consumidor. o " " P a l avras-c h a v e : Mussarela fatiada, Staphy/ococcus sp . 1 - INTROD UÇÃO O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite e Minas Gerais é responsável pela maior parte desta produção, sendo que a mussarela é o 2 4 q u e ij o m a i s v e n d i d o no estado, representando 27% do total de queij os comercializados ( S I LVA et a l . , 2 0 02 ) . Mestrandas e m Ciência e Tecnologia d e A l i men tos DTA/UFV Graduandas em Engenhari a de A l i mentos DTA/UFY. Doutorando em Ciência e Tecnologia de A l imentos DTA/UFY. Professora PhD- DTA/UFY. Pág. 1 42 Os q u eij o s são a l i m e n t o s extremamente nu trit i v o s e , p o rt a n t o , m u i to s u s c e p t í v e i s à co ntaminação . Em Minas Gerais, no período de 1 99 5 a março de 200 1 , estimou-se a ocorrência de 1 1 2 s u rt o s d e i n t ox i c aç ã o e s t a fi l oc ó c i ca , en volv endo cerca de 1 2 .820 pessoas e resultando em 1 7 óbitos. Dentre os a l i mentos envo l vidos, os q u e ij os fo ram respo n s á v e i s por 2 0 , 5 % dos surtos e uma morte (CARMO et aI., 2002). N o B ra s i l , a mussare l a é cons u m i da e s pec i a l m en te e m l an c h e s , s e n d o s u a c o m e r cialização real izada principalmente em padarias, supermerc a d o s e l a n c h o n e t e s , h a v e nd o , p o r tanto, a necessidade de fatiamento ou ralagem do produto. N esta etapa, pode haver maior in cidência d e c o n t a m i n aç ã o d o a l i mento. Desta forma, os estabel ecimentos q u e c o merc ia l i zam al i m e n t o s d e v e m - s e a t e n t a r p a ra fo n t e s p r i márias de contaminação c o m o matéria-prima e ar dos ambientes de pro cessamento e, também, com fo ntes s e c u n dári a s . que i n c l u e m h á b i t o s higi ê n i cos de man i p u l adores e s u p e r fí c i es de equipamentos ( T E M E U et a!., 2006), Slaphy/o cocclls s p . s ã o m i crorg a n i s mos comumente envo lvidos em i n toxicação a l i men tar e fre q ü entemente c o l on izam superfí c i es de equipamentos e uten s í l i o s podendo contaminar os al imentos durante sua manipulação. No en tanto, s a b e - s e que o u tr a s e s p éc i e s c o mo S. intermediulIl . o S. hyiclIs, S. sciuri, também são capazes de produzir enterotoxinas. N e ste c o n t exto, o p re s ente trab a l h o teve por obj etivo avaliar as condi ções h i g i ên icas de mussare l a pré e recém- fatiada, comerci a l i zadas na cidade de Viçosa/MG, por meio da contagem de Staphy/ococcus coagulase positiva. 2 - MAT E R I A L E MÉ TOD O S As análises foram realizadas n o Laboratório de Embalagens do Departamento de Tecnologia de A l imentos UFY. Amostras de mussarela, de mesma marca, recém fat i ad a s fo ram adq u i ri da s d e d o i s s u permercados ("A" e " B " ) d a c idade de Viçosa/ MG e fo ram c o n d u z i d a s ao l ab o ra t ó r i o . s o b refri g e ra ç ã o , e m u m t e m p o q ue não e x c e d e u 30 minutos. Amostras pré-fatiadas d a mesma peça que as a n t e r i o r e s fo ram m a n t i d a s e m g ô n do l as refrigerad as d o s estabel eci mentos e anal i sadas após 2, 5 e 7 dias de estocagem, sendo o úl timo tempo o prazo máx imo de validade do produto estabe l ecido pelos supermercados. As aná l i s es de Staphy/ococcus coagulase pos i ti v a for a m r e a l izadas s e g u n d o o s p r o c e - di mentos descritos pela Instrução N o rmativa n O 62, de 26 de agosto de 2003 ( B RA S I L, 2003 ) . O experimento foi conduzido em D e l inea mento em B locos Casualizados, com 3 repetições e em dupli cata. A análise estatística foi real izada com aux í l i o do p rograma Statistical A n a /vsis . System ( S A S ) v ersão 8 . 0 . 3 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O Ver i fi c o u-se q u e no estab e l e c i mento "A" houve variação na contagem de Staphy/ococcus coagulase positiva (p<0,05) em função do tempo, sendo que a média do log U FC.g" osci l ou de 4 , 8 5 a 5 . 8 8 . Enquanto que no estabelecimento " B " , a m es ma variação não foi obs ervada, ficando as médias entre 3 , 84 a 4 , 3 7 log U FC.g" . S eg u n d o a Portari a n° 3 64/97 do M i n i s tério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o l imite máx i mo admitido para Staphy/ococcus coagulase positiva é de 3,0 log de U FC . g ' l . Nas a mostras de mussare l a recém-fatiada dos d o i s estabeleci mentos aval iados, as m é d i a s dos l o g s d e U FC . g" fo ram 5 , 0 1 e 4 , 0 0 . p a ra os sup er m e r c a d o s " A " e " B " , resp e c t i v a m e n t e . i n d i cando portanto va lores acima dos exi g idos pela l e g i s l ação v i gente. A vari ação observada ao l ongo do tempo para as amostras do estabeleci mento "A" pode s e r e m v i rt u d e da m a i o r c o n t a g e m i n i c i a l veri ficada no produto. A c o nt a g e m e l e v a d a d o m i c r o rg an i s m o a v a l i a do c o n s ta t a d a j á na m u s s a re l a r e c é m fa t i a d a p o d er e s t a r r e l a c i o n a d a c o m a h i g i e n i za ç ã o i n s ufi c i e n te dos man i p u l adores e equ ipamentos fatiadores. Para muitos a l i mentos, especial mente aqueles prontos para o consumo, a h i g i ene d e superfí c i e s é um fator c rítico na segurança a l i mentar (DAV I D SON et a!., 1 99 9 ) . 4 - CONCLUSÃO Conclui-se que a mussarela fatiada d a forma como é comerc i a l i zada nesses dois estab e l e c i mentos, é i mprópria para o consumo, v isto que além de uma contagem inicial acima do permitido pela legislação, o longo prazo de validade sugerido p e l o s s u p e r m ercados favorece o a u m en t o do n ú m ero d e Staphy/ococcus c o a g u l a s e pos i t i va no queij o . representando, portanto, um risco de intox i c ação a l i mentar ao consumi dor. Deste modo, os estabelecimentos que c o mercial izam frios fatiados devem t e r maior rigor no contro l e e h i gi enização de equipamentos fa tiadores, visando proporcionar melhor qual idade do produto e maior segurança ao consumidor. arvoredoleite.org Pág . 1 43 digitalizado por ANAIS DO XXIII CON G R ESSO NACIONAL DE LATi CíNIOS 5 - 6 A B S T RACT Mozzarel l a cheese market demand has b e e n i n c r e a s i n g , m a i n l y as s l i c e d c h e e s e fo r p izza and sandw i c h . However the s l i c i ng process can increase cheese contamination d u e to the equipment a n d man i p u l a t i o n . This work a i med to eval uate Stap hylococclIs c o a g u l a s e p o s i t i v e c o u n t i n g s o f s l i c ed mozare l a . P i ec e s o f M o z a re l l a c h e e s e w e r e b o u g h t i n t w o s u p e r m arkets ( A a n d B ) i n Vi ç o s a / M G . T h e mozarel l a p i eces were s liced and cl iv ided i n two t r e a t me n ts . One was a n a l y z e d i mm e d i a t e l y after been s l iced ( F S ) a n d t h e other part was packed (PS), stored at 1 2 °C and analyzed a fter 2, 5 and 7 d a y s . The i n i t i a l c o u n t i n g s fo r Staphylo co cclIs sp . were 5 , 0 I and 4 , 0 0 C F U/g for sup ermarket A and B , resp e c t i v e l y. T h e s e v a l u e s a re h ig h e r than the l e g i s l at i o n l i mi ts . T h e S t ap hy l o c o c c lIs c o a g u l a s e - p o s i t i v e counting was higher i n the cottage cheese from s u p ermarket A . T h e r e s u l t s s h o w e d that t h e l o c a i s that c o mm e rc i a l i ze s l i c e d c h e e s e n e e d to i m p r o v e t h e c l e a n i n g a n d h y g i e n i c cond i t i ons i n the equipment, manipul ators a n d envi ronment. K e y w o r d s : M o zz a r e l l a c h e e s e , s l i c ed cheese, StaphylococclIs sp. AGRAD ECIM ENTOS CAPES, C N P q , FAP E M IG, F I N E P. • • - A N A I S DO XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L DE LAT I C i N I OS R E F E R Ê N C IAS B I B L I O G RÁ F I C A S R E S UMO B RAS I L . M I N I ST É R I O D A A G R I C U LT U RA, P E C U Á R I A E A B A ST E C I M ENTO. I n s t r u ç ã o Normativa n " 62, de 2 6 de agosto de 2 0 0 3 . Diári o Oficial da União. Brasília, 28 de agosto de 2003. B RA S I L . M IN I S T É R I O D A A G R I C U LT U RA , P ECU Á RIA E ABASTECI MENTO. Portaria n° 364, de 4 de setembro de 1 99 7 . Diário Oficial da Un ião. B rasíl i a , 2 8 de agosto de 2 0 0 3 . C A R M O , L . S . , D I A S . R . S . , L IN ARDI , V. R., S ENA, M . J., S ANTO S, D . A., FAR I A , M . E., PENA, E . C . , J ETT, M . , H EN E IN E , L . G . Food P o i s o n i n g d u e to E nteroto x i ge n i c S t ra i n s o f Staphylococcus Present in Minas Cheese and Raw M i l k in B razi l . F o o d M i c r o b i o logy. v. 1 9, p . 9 - 1 4, 2 0 0 2 . DAVIDSON, C. A . , GRI FFLTH, C . L PETERS, A . C . , F I E D I N G , L . M . E v a l u a t i o n of two methods for m o n i t o r i n g s urface c l ea n l i ne s s ATP b i o l u m i n es c e n c e a n d tradi t i o n a l hygi ene swab b i n g . L u m i ne s c e n c e . 1 4, p . 3 3 -3 8 , 1 9 99. S I LVA, A . C. O . . COSTA, H . L., HOTTA, J . M . , VERAS, J . F. , A L M E I D A, M . R . , P ENA, C . F. A. M . , C E RQU E I RA , M. M . O. P. , SOUZA, M. R. Pesquisa de C o l i formes a 3 0 °C e Coliformes a 4 5 ° C em Q u e ij o T i p o M u s s ar e l a . X I X Congresso Nacio n a l de Laticínios, p. 3 0 1 3 04, J u l / Ago de 2 0 0 2 . T E M E L L I , S . , D O K U Z L U , C . , S EN , M . K . C . Determination o f microb iological contamination sources during frozen snail meat processing stages. Food C o n troI . . v. 1 7, p. 22-29, 2006. • • O q u e ij o tipo gorgonzola é considerado u m dos q ueij o s mais trad i cionais maturado por PeniciIIilllll roqueforti ou Penicillilllll glauclIl1l, que cresce internamente em suas olhaduras mecânicas. Um dos problemas mais comuns que afeta a qualidade do queijo Gorgonzola é a formação de limo em sua casca, resultante do crescimento de microrgani smos cujo problema pode ser conto rnado empregando anti fúngicos como a natamycina, um conservante q u e em solução aquosa, retarda o cresci mento de fungos e leveduras espec i ficamente na superfície do queij o . A uti l ização de embalagens ativas tem como vantagem a e l i minação da adição direta de conservantes nos alimentos mantendo a segurança ao consumidor, pois a migração do a d i t i vo o c orre de forma contr o l ada p a ra a superfí c i e do p roduto, onde se e n c o ntra maior contaminação m i crob i a n a respon sável pela deteri o ração d o p roduto . O p resente trabalho tem por fi nal idade desenvolver fi l m e anti microb iano l aminado, incorporado com natamyc ina, a v a l i ar o cresc i mento de fungos e os p arâmetros físico-químicos do queij o t i p o G o rg o n z o l a e n v o l v i d o c o m o fi l m e a n t i m i c r o b i an o . A a va l i ação d a a ti v i da d e a n t i m i crob i a n a do fi l m e foi r e a l i zada p e l o método d o h a l o . Na s u p e rfíc i e do m e i o d e cultura B O A (agar batata dextrose, solidificado em placa de petri) , foi i noculado 0, 1 mL d e u m a suspensão de Penicillilllll sp , Penicilli1l11l roqlleforti ou A spergilllls niger e pedaços do fi lme (diâmetro de I cm ) foram colocados assepticamente sobre a superfície do mei o. As placas foram incubadas a 25°C por 4 8-72 h oras e a eficiência foi ava l i ada. Observou-se a formação de halos de i nibição dos fi l mes em presença dos fungos Pen iciIIilllll roqlleforti, Aspergilllls niger e Penicillilllll sp, respectivamente, mostrando a efi c i ência antimicrobiana dos fi lmes de acordo com o aumento da concentração de natamycina. Foram feitas análises físico-químicas de pH, acidez, aw, extrato seco, cinzas, cloreto, gordura, gordura no extrato seco, pro fundidade e extensão da proteólise durante 30 dias de maturação. As variáveis pH, acidez, aw, estrato seco, profundidade e extensão da prote ó l i s e apresentaram d i ferenças s i g n i fi c at i vas (p<0 , 05 ) p ara os quatro tratamento s : contro l e(sem fi l m e ) , fi lme l a m i nado sem natamycina e dois fi lmes l a m i nados com duas conc entrações de natamy c i n a . J á as vari á v e i s c i nza e c l oreto, não apresentaram d i ferenças s i g n i fi c a t i v a s (p>0 , 0 5 ) p a ra os quatro tratamentos. A efi c i ência da in ibição dos fi lmes testados sobre os fungos, mostra a pote n c i a l i d ade do fi l m e em i n i b i r ou reduzir as contaminações q u e ocorrem no q ueijo Gorgonzo l a , podendo substi tu i r a etapa de b a n ho c o n v e n c ional c o m natamy c i n a , sem grandes al terações nas variáveis fís ico-químicas. 1 - INTROD UÇÃO O q ue ij o tipo Gorgonzo la é maturado por Penicillilllll roqueforti ou Penicillilllll glallclIlII , AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE Q U EIJO TIPO GORGONZOLA ENVOLVI DO COM FILME ANTIMICROB IANO LAMI NADO Quality evaluation of gorgonzola type cheese covered with anti microbial plated fil m Pereira, Rodrigo Magela' Botrel, Diego Alvarenga' Fraga, Kátia Freitas ' Soares, Nilda de Fátima Ferreira' Fontes, Edimar Aparecida Filomeno ' Universi dade Federal de Viçosa - Departamento de Tecnologia de A l i mentos. Pág. 1 44 que cresce internamente em suas olhaduras me cân i c a s . D e v i d o a forte ação l i p o l í t i c a e pro teolítica do mofo, o queij o desenvolve um sabor e aroma pronunciados e peculiares ( F U RTADO, 1 99 1 ) . Um dos problemas mais comuns que afeta a qualidade do queijo Gorgonzola é a formação de limo em sua casca. resultante do crescimento de microrganismos. Normalmente as contaminações p ara c r e s c i m e n t o d e s s e s m i c ro rg a n i s mos s ã o provenientes da salmoura ou do próprio ambiente onde o q u e ij o é m a n u s eado e maturado. A n tifúngicos como a natamycina são apl icados an tes da perfuração do queij o , o u sej a , entre 7 a 1 0 dias após o início da maturação, em sol ução aquosa por i mersão ( C H R H A N S E N , 2 0 0 0 ) . A natamycina é usada principalmente para retardar o cre s c i m en t o de fun g o s e l ev e d u ra s e s p e c i ficamente na superfície de diversas variedades d o digitalizado por queijo, possui u m a série de vantagens em relação a o utros conservantes: é efetivo em baixa con centração ; seu custo é relativamente baixo; não produz nenh uma a lteração organ o l éptica; é d e baixa toxidez (DAV IDSON e DOAN, 1 992). Nos ú l t i mos anos, têm sido introduzidos d i ferentes conceitos sobre embalagens, como as embalagens ativas. Segundo Soares 1 998, estas interagem com o a l i me n t o , mod i fi c an d o a l g u m a p ropri e d a d e desej áv e l , obj eti vando proporc i o n ar segurança alimentar, melhoria de qualidade sensorial e am pliar a vida-de-prateleira do produto. A utilização de emba l ag e n s a t i v a s tem c o m o v antagem a e l iminação da adição direta de conservantes nos al imentos mantendo a segurança ao consumidor, pois a migração do aditivo ocorre de forma con trolada para a superfí c i e do pro d u t o , o n d e s e encontra maior contaminação microbiana respon s á v e l p e l a d eterioração do produto ( Gontard, 1 99 7 ; Appendini e Hotchkiss, 2 0 0 2 ) . arvoredoleite.org Pág . 1 45 A N A I S D O XXI I I C O N G R E S S O NACIONAL D E LATiCíN I OS ANAIS DO XXI I I CON GR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS o p r e s e n t e tra b a l h o tem por fi n a l i da d e desenvolver fi l mes antimi cro b i anos laminados, i n c o rp o ra d o s com n a t a my c i n a , e a va l i ar os parâmetros físico-químicos do queij o tipo gorgon zo la envo lvido com o fi lme antimicrobiano. 2 - MATERIAL E M É TO D O S Os fi l mes d e b a s e c e l u l ó s i c a foram pre parados de acordo com S O A R E S ( 1 9 9 8 ) tendo c o mo mo d i fi c a ç ã o a a d i ç ã o de g l i c er o l n a proporção 2 : 1 . O s filmes foram incorporados com natamycina (Danisco A/S, DK - 7200 Grindsted, Dennmark. 50%) de pureza) nas concentrações de O. 4 e 8% em r e l a ç ã o ao p e s o do p o l í mero celulósico. Posteriormente. a emulsão foi aplicada so bre fo lhas de a l u m í n i o ( 2 0 11 m ) e secos e m tempera tura ambi ente. As espessuras d o s fil m es anti mi crobianos lami nados foram medidas uti lizando um micrômetro (Mitutoyo). Na superfície do meio de cul tura B D A (agar batata dextrose), vertido em placas de Petri, foi inoculado 0, 1 mL de uma suspensão de Penicill ium sp, Penic i l l ium roqueforti ou Aspergil lus niger. Pedaços do filme ( d i âmetro de I c m ) fo ram c o l o c a d o s a s s e p ticamente sobre a superfície d o m e i o solidificado. As placas foram incubadas a 25°C por 48 horas e a eficiência foi ava l i ada pela formação de halos ao redor dos fi lmes . Foram adquiridos 1 6,00 Kg de q u e ij o gorgonzo l a (63 p e ç a s com apro ximadamente 225 gramas) do laticínio Boa Nata, município de Minduri-MG. As p eças de que ij o foram distribu ídas e m qu atro partes, sendo três embaladas com os fil mes produzidos e uma sem embalagem sendo consi derada o controle. Essas peças de q u e ij o trazidas para o l aboratório de embalagens em caixas de isopor, onde se procedeu no mesmo dia as análises físico-químicas do tempo O. O restante das peças foi mantido em câmara de maturação do laticín i o Funarbe Campus U FY. No e x p e ri m e n to c o m q u e ij o g o r g o n zo l a i n i cialmente e durante o período d e maturação foram feitas análises físico-químicos de pH, Aw, acidez, extrato seco, cinzas, cloreto, gordura. gordura no extrato seco, profundidade da proteó l i s e e ex tensão da proteó l i s e . E s tas aná l i ses foram rea l izadas segundo PEREIRA 200 1 . 3 - R E S U LTA D OS E D I S C US S à O 3 , 1 - Pro d u çã o d o s fi l m es Inicialmente os fi lmes antimicrobianos fo ram produzidos sem adição de p l asti fi cante. po rém estes apresentaram pouca aderência sobre a folha de alumínio. Com a adição do plastificante fo i alcançada a aderência desej ada da emulsão à Pág. 1 46 fol h a de a l u m í n i o ( F i guras 6 , 7 e 8 ) . Os fi l m es i n c o r p o r a d o s c o m 4 e 8% de n a t a my c i n a apresen taram m a i s o p a c o em r e l a ç ã o ao C o m 0% q u e apresentava transparênc i a e bri l h o . 3 . 2 - Ava l i a ç ã o da e fi c i ê n c i a a n t i m i c r o b i a n a H o u v e a formação de h a l o s de inibição dos fi l me s em p r e s e n ç a d o s fu n g o s Pen Ícilliul/l ro qll e/orti, Aspergillus n iger e Pen icilliulII sp, mostrando que existiu e ficiência antimi crobiana dos fi lmes testados. O aumento da natamyc ina no fi lme proporc ionou aumento na atividade do fi lme. Esse aumento é devido a maior l iberação do anti fúngico para o meio de cul tura . O fungo Penicilliu lI1 roqll e/o rti apre s e n t o u m a i o r sus cetibil idade à ação da natamycina que os fungos AspergillllS niger e Penicillilllll sp, com halo de i n i b i ç ã o m a i o r em ambas as concen trações de natamycina incorporada. A eficiência da inibição dos fi l mes testados sobre o utros fungos, como os testados Aspergilllls niger e Pen icilliulII sp, mostra a potencial idade o fi lme inibir ou reduzir as contaminações q u e oc orrem no q u e ij o gor g o n z o l a , p r i n c i p a l m e n t e as p ro v e n i e n t e s da s a l mo u r a . O c o n tro l e (0% n a t a my c i n a ) não formou halo, concluindo que o fi lme celulósico não apresenta n e n h u m componente q u e possa inibir a ação dos fungos testados. 3 . 3 - A n á l i s e s fís i c o - q u í m i c a s A s variáveis p H . acidez, aw. estrato seco, profu n d i d a d e e e x t e n são d a proteó l i s e apre s e n ta ra m d i fe re n ç a s s i g n i fi c a t i v a s ( p< O , 0 5 ) para os quatro tratamentos: contro l e (sem fi l m e ) , fi l m e l a m i n a d o s e m n a tamyc i n a e d o i s fi l me s l a m i n ad o s c o m d u a s c o n c e n trações d e natamy c i n a . J á as v a r i á v e i s c i nzas e c l oreto, n ã o a p re s e n t a r a m d i fe r e n ç a s s i g n i fi c a t i v a s (p>0, 0 5 ) para o s q ua tro tratamen tos . A o fi n a l de 45 dias, os queijos embal ados apresentaram a s p e c t o c r e m o s o na p a rt e e x t e rn a d e v i d o à intensa proteól ise ocasi onada pela presença dos fungos, pri n c i p a l mente nos q u eij os embal ados com fi l m e c o n tendo O (X) de natamy c i n a . 4 - CONCLUSÃO O fi l me l a m i nado apresentou e fi c i ê n c i a an t i m i c r o b i a n a . q u a n d o e m c o n t a t o c o m a superfície do queij o , mostrando ser viável a sua u t i l i z a ç ã o n a c o n s e r v a ç ã o d e q u e ij o t i p o Gorgonzola, em substitui ção ao banho de natamycina. sem grandes a l terações nas variáv e i s fís i c o - q u í m i c a s . A l é m de contrib u i r p a r a a r e d u ç ã o d e c o n t am i n ação c o m o u tros fun gos , principal mente os prove n i en tes da s a l moura. O fí l m e antimicrobiano d e v i d o à rigidez do a l u m ín i o não apresento u c o n tato s u fi ciente co m a superfície do queij o, o que possivelmente difi cultou uma maior migração da natamycina para o queij o. Outros polímeros mais flexíveis e folha de a lumínio de menor espessura serão avali ados. 5 - A B S T RA C T Gorgonzol a type cheese i s considered o n e o f t h e m o s t t ra d i t i o n a l c h e e s e s m a t u red b y PenÍcilliul1l roque/OI·ti or Pen icilliul1l gla llcum that grows inside of the cheese i n its mechanical eyes. One of t h e most c o mmon pro b l ems that affects t h e g o rgonzo l a type cheese q u a l i t y i s t h e formation o f s l ime on the surface, res u lted by the m i c r o o rg a n i s m g r o w t h . H o w e v e r t h e prob l e m c a n b e s o l v e d u s i n g a n a n t i fu n g a l substance l i k e natamy c i n , a preserv a t i ve that, in aqueous solution, retard the mould and yeast growth, espec i a l ly on t h e cheese s u rfac e . The use o f active packaging has, as advantage, the e l i m i n a t i o n o f the a d d i t i ve s d i r ec t l y in t h e products. T h e additive i s incorporated inside the fi l m and its m i g r a t i o n o c c u rs s l i g h t l y to t h e pro d u c t s u r fa c e , w h e r e t h e re i s a l a rge c o n ta m i n a t i o n r e s p on s i b l e fo r the p r o d u c t deteriora t i o n . T h i s research a i m e d to d e v e l o p antimicrobial p l ated fi lm, added with natamycin and t o e v a l u a t e the m o l d g r o w t h and t h e phy s i c a l -c h e m i s tries parameters o f t h e cheese. The antimicrobial activity was eval uated by the halo test. On the surface o f PDA was inoculated 0 . 1 ml Penicilliul1l sp, Pen ici!liu1I1 roqueforti or Aspergillus n iger suspension and p i ec e s o f the fi l m (diameter 1 cm) were p u t asept i ca l l y over the agar surface. The p lates were incubated at 25 °C for 48-72 hours and t h e e ffi c i ency was eval uated. It was noted that the halos formation in presence o f the mol d Penicil/iul1l roque/orti, Asperg i llus niger and Peni c i l lium sp, showed the antimicrob i a l e ffi c iency of the fi lms accord i n g to t h e natamy c i n concentrat i o n . The p h y s i c a l chemistries analyses ( p H , acidity, a w , dry extract, ashes, c h l or i d e , fat, fat d ry extract, deep and extension o f proteolysis) were proceeded during 30 d ays of maturation. The variables pH, acidity, aw, dry e x t r a c t a n d d e e p a n d e x t e n s i o n o f p r o t e o l y s i s s h o w e d s ig n i fi ca n t d i ffer e n c e (p<0 . 0 5 ) for t h e four treatments : contro l , p lated fi l m w i t h o u t natamy c i n and two p la t e d fi l m s w i th t w o n a t a my c i n c o n c e n tr a t i o n s . T h e variabl es ash and chloride d i d n o t show significant d i ffer e n c e s (p>0 . 0 5 ) for the fou r t r e a t m e n t s . T h e inhibition efficiency of t h e tested fil ms over molds and yeasts shows the fil m potentia l i ty i n i n h i b i t or reduce the contaminations o n t h e gorgo n z o l a type c h e e s e . I t can s u b s t i tu t e t h e conven t ional bath with natamycin, without l arge a lterations on the physical-chemistries v ariables. Key w o r d s : n atamyc i n ; Gorgonzo l a typ e c h eese, active packaging. A G RA D E C I M E N T O S CAP E S , CNPq, FAP E M I G e F I N E P. 6 - B I B L I O G RA F I A D AV I D S O N , P . M . ; D O A N , C . H . 1 9 9 2 . Antimicrobials i n Foods. Second edition. Marc e l D ekker, I n c . New York. FURTADO, M. M. A arte e a ciência do queij o . Publ icações Globo Rural . S ã o Paulo, 1 99 1 . F U RTAD O , M . M . ; C A S AGRAN D E, H . d e R . ; FREITAS. L.c.G. Estudo rápido sobre a evolução de a lguns parâmetros fís ico-químicos durante a maturação do q ueij o tipo Gorgonzo l a . Revista d o I n st i t u t o d e L a t i c í n i o s C â n d i d o To s t e s , J u i z de Fora, v . 3 9, n. 23 1 , p. 3- 1 0, j an/fev. 1 984. G O B B ETTI M.; B U RZ I GOTTI, E . ; CORSETT I A . ; D E A N G E L I S M . M i c ro b i o l o gy a n d . B i o c h e m i s try o f G o r g o n zo l a C h e e s e D u r i n g R i p en i ng . I n s t i tu t e o f D a i ru M i c rob i o l o gy, Agri c u l tural F ac u l ty o f Perugia, l t a l y. v. 7 , p. 5 1 9-529, 1 997. I N F O RM AT I VO H A- LA B I O T E C , C H R H AN S E N , d i v i são l a t i c í n i o s . A n o X - n ° 5 6 Março/Abri l d e 2000. S C H L E S S E R , J . E . ; S C H M I D T, S . J . ; S P ECKMAN, R . C h aracterization o f c h e m i c a l and phys i c a l changes i n Camemb ert c h e e s e d ur i n g r i p en i n g . J o u r n aI o f D a i r y S c i e n c e . Champaing, v . 7 5 , n. 7 , p . 1 75 3 - 1 760, j u l . 1 992. S O A R E S , N . F . F. S . ; H O T C H K I S S , J . H . B i tterness reduction i n grapefrui t j uice through active packaging. P a c kaging Tec h n o lo gy a n d S c i e n c e . v. 1 1 , n . 1 , p . 9- 1 8 , 1 99 8 . • • • Pág . 1 47 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N A C I O NA L D E LATl C i N I O S ANAIS DO XXIII CONGR ESSO NACIONAL DE LATIcíN IOS EXP ECTATIVA G ERADA P ELA EM B ALAG EM NA ACEITAÇÃO DE IOG URTE SABOR MORANGO Expectations generated by package o n the acceptability of strawbe rry flavored yogurt Suzana Maria Della Lucia 1 * Aline Cristina Arruda 1 Beatriz Rodrig ues Pimentel Dias2 Valéria Paula Rodrigues Minim3 I - I NT R O D U Ç Ã O i o g u rte é u m a l i m e n to c o n h e c i do e consumido há mil hares de anos . Seu sabor é obtido pela ação simbiótica de duas culturas q ue, durante a fermentação do l e i te , produzem vários com postos, dentre e l es o a c e t a l d e í d o , responsável pelo sabor característico do iogurte (TAMINE e D E ETH, 1 9 8 0 ; MORAE S , 2 00 4 ) . D i fe r e n t e s s a b o r e s d e i o gu r t e e s t ã o d i s p o n í v e i s n o m e r c ad o . O s a b o r m o r a n g o representa 70-80% d o volume de l inha do B rasil, sendo as crianças e os adolescentes responsáveis por 80% do consumo do mesmo (MASSA, 2000). Em t e r m o s d e e s t u d o s s e n s o ri a i s e de c o m p o r t a m e n t o do c o n s u m i d o r , a l i t er a t u ra brasileira é escassa em trabal hos sobre iogurtes. Estudos de comportamento são i mportantes ao ava liar a man e i ra como o consumidor percebe as características do ali mento. Essa p ercepção é a fe ta d a p o r fat o r e s q u e i n c l u e m a t r i b u t o s sensori a i s do produto, os q u a i s i nteragem com fat o re s c o m p o rt a m e n t a i s e p s i co l ó g i c o s d o consumidor. A expectativa destaca-se entre estes fatores, porque pode mod i ficar a percepção do pro d u t o , antes que o mesmo s ej a p rovado . A expectativa pode ser gerada por atri butos e x t r í n s e c o s ao a l i m e n t o . c o m o i n fo r m a ç õ e s fornecidas, marca, preço, embalagem e/ou rótulo ( D E L IZ A , R O S E N T H AL e S I LVA , 2 0 0 3 ; CAPORALE e t a I . , 2 0 0 6 ) . A i n fl u ê n c i a de tais atributos sobre a aceitabil idade do ali mento pode ser e xp l i c ada por um fe n ô m e n o d en o m i na d o assimi l ação, que ocorre quando a a c e i tação d o produto se move em direção à expectativa gerada por estes atributos extrínsecos. O fenômeno da a s s i m i l ação e n v o l v e o estudo do processo d e desconfirmação d a expectativa, q u e corresponde o à d i ferença entre a expectativa que s e tem da aceitação de um produto e a acei tação cega do m e s m o ( q u a n d o e s t e é a v a l i ad o s e m q u e s e apresente q u a l q u er i n formação a s e u respeito ) . Quando o produto é m e l h o r q u e a expectativa g e r a d a p o r fa t o r e s e x t r í n s e c o s , a d es c o n fi r mação é p o s i t i v a . C o n s e q üentemente, q uando o produto for i n feri o r à expectativa, a descon firmação é negativa ( CA P O RALE et a I . , 2006). En tretant o , pode-se o b s ervar, também, a con firmação da expectativa gerada pelos atributos sobre a acei tação do produto, o que é, mu itas vezes, a resposta q u e se procura ao serem estu dados os a t r i b u t o s d o p ro duto e o comporta mento do consu m i dor. Tendo em vista a i mportância dos fenôme nos que regem o comportamento do consumidor, o obj et i v o d e s t e tra b a l h o fo i a v a l i a r a expec tativa gerada p e l a e mbalagem n a acei tação de d i ferentes marcas de i ogurte sabor morango . 2 - MATERIAL E M É TO DOS C i n c o marcas d e i o g urte sabor moran go, adquiridas no mercado de Viçosa-MG e região, foram u t i l i zadas. Os códigos das marcas, bem como s u a s r e s p e c t i v a s p r o c e d ê n c i a s , são : A (Vi çosa-MG), uma das líderes do mercado local; B (Tocan t i n s - M G ) ; C ( Guarat i n g u et á - S P ) ; D (Visconde do Rio B ranco-MG); e E (Araras-SP), uma das l íderes do mercado nacional . U m total de 5 6 c o n s u m i dores d e iogurte residentes em Viçosa-MG, com idade entre 1 7 e 5 3 anos, sendo 54% mulheres, participou dos testes de aceitação. Os testes foram conduzidos no l aboratório de Anál ise S ensorial (DTA/UFV) , em três sessões . 3 - I * Doutoranda em Ciência e Tecnologia de A l i mentos pela UFY. Graduanda em Engenharia de A l imentos pela UFY. Pro fessora do Departamento de Tecno l ogia de A l i mentos (DTA) UFV. Contato: DTA/UFV, Viçosa-MG, 3 6 5 7 I -000. E-ma i l : smdlucia@yahoo .com.br Apoio financeiro : CNPq. 9 5 3 1 o ffl 5 I I �< 3 ./ij 1 o � c <11 � ::!l D C A ::!l mo I b,c E D MARCAS Observa-se que, em todas a s sessões, a marca E o b t e v e m a i o r a c e i ta ç ã o n o s t r ê s a t r i b u t o s s ensori a i s . Nas três s e s s õ e s , a m a r c a D foi a menos aceita, exceto para a cor, no teste cego, em que tanto a amostra D quanto a A obtiveram menor acei tação. Apesar de estar entre as menos IMPRESSà O GLOBAL SABOR COR c B A Figura 2 - M édias dos escores de aceitação para as cinco marcas de iogurte testadas na sessão 2 (teste das embalagens). M é d i as c o m a m e s m a l etra n ã o di ferem entre si pelo teste d e Duncan (p>0 , 0 5 ) . O s resul tados das análises de vari â n c i a e tcstes de Duncan para cada sessão de testes de � 79 a 7 R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O � i1i 5 I:!l 1 C A ã ::IE o MARCAS MARCAS A C E o MARCAS Figura 1 - Médias dos escores de aceitação para as cinco marcas de iogurte testadas na sessão I (teste cego) . Médias com a mesma l etra não d i ferem entre si pelo teste de Duncan (p>0,05) . 9 7 5 3 A B IMPRESSÃO GLOBAL SABOR COR C MARCAS 2 3 aceitação, para os respectivos atributos sensoriais avaliados, estão descritos nas Figu ras 1 a 3 . A pri m e i ra sessão c o n S I s tIU na aval i ação das amostras codificadas com três d í g i tos (teste c ego); na segunda sessão, avaliou-se a aceitação das embalagens das referidas marcas; e a terceira sess ão consistiu n a avaliação das amostras ser vida s j untamente com a respectiva embalagem. A s a m o s t r a s fo ram a p r e s e n t a d a s aos e o n su midores, em cabines i n d i v i d u a i s , a leatória e mon adicamente, em cada sessão. A avaliação d a ace itação foi fei ta p o r meio de e s c a l a hedôni c a de n o v e p o n t o s ( " d e s g o s t e i extrem a m e n te" a "gostei extremamente"). Os atributos cor, sabor e i mpressão g lobal foram a va l i ados na primeira e na terceira sessões. Na segunda sessão, apenas a impressão global da embalagem foi analisada. Anál i s e d e variância, usando marca eomo fonte de variação, e teste de Duncan foram fei tos para cada sessão e o teste t para amostras parea das foi efctuado para veri ficar se havia d i ferença entre os escores hedônicos obtidos em c ada ses são, para cada marca (LANGE et a I . , 1 99 8 ) . As anál ises estatísticas foram rea lizadas u ti li zando o programa SAS ( Statistical Ana l y s i s S ystem), versão 8.0, l icenciado para a UFV D E I a 9 7 5 3 A B c MARCAS D E C MARCAS D E Figura 3 - Médias dos escores de aceitação para as cinco marcas de iogurte testadas na sessão 3 (teste das amostras j un tamente com as respectivas embalagens). Médias com a mesma l etra n ão d i ferem entre si pelo teste de D uncan (p>O,05). Pág. 1 49 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O XXI I I C O N G R ESSO N A C I O N A L D E LATI c í N I O S ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS aceitas em termos de cor na primeira sessão, a p r e s e n ç a da e mb a l a g e m da m a r c a A j u n to à amostra causou um aumento da aceitação deste atributo (terc e i ra sessão ) . O mesmo aconteceu com a mesma marca p ara o s atrib u tos sabor e i mpressão global, o que reafirma o fato de que a i nformação infl uenci o u no j u lgamento dos indi víduos, especial mente neste caso onde a marca aval iada é uma das líderes do mercado local. Na Tab e l a 1 , estão apresentados os resul tados do teste t para amostras pareadas, v isando à verifi c ação da presença d e d i ferença entre os escores hedônicos obtidos em cada sessão, para cada marca. Ao analisar os resultados da p rimeira e da segunda sessões (Figuras 1 e 2 ) e aqueles descritos na Tab e l a I , observa-se q ue as m arcas A e E possuíram maior aceitação para i mpressão g lobal das embalagens ao comparar seus resultados com aqueles obtidos no teste cego, e v i denciando a i mportân c i a da m arca na aval iação, principal m ente em s e tratando d e l í d eres d e mercado . I s t o também i n d i c a q u e a e m b a l a g e m de t a i s amostras gerou uma expectativa no consumidor, q uanto ao p roduto, que fo i desconfi rmada, de m a n e i ra n e ga t i v a , u ma vez q u e as a m o s tr a s obtiveram m é d i a s i n fe ri ores aos s e r e m degus tadas . Nesses casos, e m que s e observou o fe nômeno da assimi l ação, o teste t foi rea l izado também para avaliar a d i ferença entre os escores da t e rc e i ra e d a s e g u n d a s e s s õ e s . Tal t e s t e , indicando diferença significativa entre as médias dos escores das duas sessões, corroborou com as respostas obtidas quando se avaliou a embalagem e as amostras cegas, além de reafi rmar o efe i to da expectativa gerada p e l a embalagem sobre a aceitação do iogurte. P ara as marcas �, C e 0, as médias obtidas para a i mpressão global entre a primeira e a segunda sessões não d i feriram, o q u e i n d i c a q u e o t e s te c eg o c o n fi rm o u a s expectativas g eradas p elas embalagens. Entre a p ri m e i ra e a t e rc e i ra s e s s õ e s , a vari ação d o s res u l ta d o s o b t i d o s p ar a o s três a t r i b u to s fo i pequena, sugerindo q u e a falta de fam i li arização c o m e s s a s m a r c a s ou a i n d i fe r e n ç a d o s c o n s u mi do r e s p er a n t e e l a s n ã o p er m i t i u a i n t e r ferên c i a nas aval i ações, ainda q u e fossem for n e c i das i n fo r m a ç õ e s s obre o p ro d u to d u ra n te s u a análi s e s ensori a l . 4 - CONCLUSÃO O s r e su l t a d o s i n d i c a r a m, p a ra a l g u ma s amostras, a i n fl u ên c i a s i g n i fi cante do n o m e d a marca do iogurte sobre a resposta do consumidor. Muitos consumidores modificaram sua aceitação de for m a p o s i t i v a ou n e g a t i v a q u a n d o a embalagem foi forne c i d a no teste. I s to e v i d e n c i a q u e as c ar a c t e r í s t i c a s extrínsecas ou não-sensori a i s do a l i mento ( marca e e m ba l a g e m , p o r e x e m p l o ) p o s s u e m p a p e l fu n d a m e n t a l n a e s c o l h a d o p r o d u t o , podendo sobrepuj ar as características sensoriais p ropriamente d i ta s . response. The yogurt acceptab i l ity was a ffected not o n l y by i n t r i n s i c c h a r a c t er i s t i c s of t h e product, b u t also b y its brand name a n d package. Keyw o r d s : package, expectati ons , str awberry yogurt, s e n sory a c c e p tab i l i ty. 6 - R E F E R Ê N CI A S B I B L I OG RÁ F IC A S CAPORALE, G . ; POLICASTRO, S . ; CARLUCCI , A. ; MONTELEONE, E. Consumer expectations for sensory properties in v i rgin olive oils. Food Quality a n d P reference, v. 1 7, n . 1 -2, p . 1 1 61 25, 2006. D E L IZA, R . ; R O S ENTHAL, A . ; S ILVA, A . L . S . C o n s u m e r a t t i t u d e t o w a r d s i n formation on non convencional tec h n o lo gy. Tre n d s i n Food Science & Tec h n o l o g y , v. 1 4, n. 1 -2 , p . 4349, 2 0 0 3 . DI MONACO, R . ; CAV ELLA, S . ; D I MARZO, S . ; MA S I , P. The e ffe c t of e x p e c t a t i o n s generated b y brand name on t h e acceptabi l i ty o f d r i e d s e m o l i na p a s t a . F o o d Q u a l i ty a n d 5 - AB S T R A C T I n thi s study, we evaluated t h e expectations generated by p a c k a g e on the a c c e p ta b i l i t y o f d i ffer e n t c o m m e rc i a l b r a n d s o f s t r a w b e rry f1 a v o r e d y o g u rt . F i v e b ra n d s w e re t e s t e d according t o sensory attributes color, f1avor and g l o b a l i mp r es s i o n o T h e c o n s um e r t e s t s w e re p erfo r m e d i n t h r e e e x p e r i m e n t a l c o n d i t i o n s : blind condition (samp l e only) , package test and i n formed condition (samp l e+package ) . To some of the fi v e s a m p l e s , t h e r e was a s i g n i fi c a n t i n fl u e n c e o f t h e b r a n d n a m e o n c o n s u m e r Q UALIDADE SENSORIAL DE PÃO DE QU EIJO Sensorial qual ity of bread of cheese Cássia Regina Rezende Pinto1 Valéria Paula Rodrigues Minim'2 Luis Antonio Minim2 Jane Selia dos Reis Coimbra2 Tabela 1 - E fe i to da expectativa sobre os escores de acei tação d a s cinco marcas de iogurte M a rc a s Sessão 2-Sessão 1 A 1 ,8 5 7 1 42 9 * * ( D e s c o n firmação n egativa) 0 ,2 3 2 1 42 9 11' ( Co n fi r m a ç ã o ) 0 , 6 9 64 2 8 6 "lS l % ( C o n fi r m a ç ã o ) 0 , 5 1 78 5 7 1 ( C o n fi r m a ç ã o ) 1 ,26785 7 1 * * ( D es c o n fi rmação n egativa) 0 , 3 3 92 8 5 7 * (Ass i m i l ação) "'nào significativo (p>O,05) * * signifi cativo (p<O,O I ) B C D E *significativo (p<O,05) Pág. 1 50 "S Preference, v , 1 5 , n , 5 , p . 429-43 7 , 2004. JOHANSSON, L . ; HALGUND, A . ; B E RGLUND, L . ; L E A , P. ; R I S V I K , E. P re fe re n c e fo r tomatoes, a ffe c t e d by s e n so ry a t t r i b u t e s a n d i n fo r m a t i o n a b o u t g r o w t h c o n d i t i o n s . F o o d Q u ality a n d P reference, v . 1 0, n . 4-5 , p . 2 8 9 2 9 8 , 1 99 9 . L ANGE, C . ; ROUSSEAU, F. ; I SS ANCHOU, S . E x p e c ta t i o n , l i k i n g a n d p u r c h a s e b e h a v i o u r u n d e r e c o n o m i ca l c o n s tra i n t . F o o d Q u a l ity a n d P re fere n c e , v. 1 0, n . 1 , p . 3 1 -3 9 , 1 99 8 . MASSA, M . A S S O C IAÇ Ã O B RA S I L E I RA D A I N D Ú STR I A D E I O GU R T E S . Revista L eite e D erivados, 2000. M O R A E S , P. C . B . T . Ava l i a ç ã o d e i o g u rtes l í q u i d o s c o m e rc i a i s s a b o r m o r a n g o : e stu d o d e c o n s u m i d o r e p erfil s e n s o ri a l . 2 004. 1 2 8 f. D i s s ertação ( M es tr a d o em A l i m en tos e Nutrição), Univers i dade Estadual de C ampinas, Campinas. TAM IN E , A . Y. ; D E E T H , H. C. Yo g u r t : Technology a n d biochemistry. J o u r n a l o f Food P rotectio n , v. 43, n. 1 2 , p . 939-9 7 7 , 1 98 0 . Sessão 3 -Sessão 1 , 1 9 6 42 8 6 * * ( As s i m i l ação) 0 , 0 5 3 5 7 1 4 "15 Sessão 3-Sessão 2 -0,660 7 1 43 * 1 - I N T RO D U Ç Ã O O p ã o de qu eij o t e m s e tornado c a d a d i a mais freqüente na a l i mentação dos bras i l e iros face às fac i l idades proporcionadas pelo processo de conservação da massa. Porém, a inexistência de p ad ro n i z a ç ã o dos m e s m o s pode o r i g i n a r produtos comerciais c o m b a i x a qualidade. Com 0 , 4 4 6 4 2 8 6"' - 0 , 1 42 8 5 7 1 115 base na inexistênci a de um padrão de qual idade e de um mercado amplo e até mesmo internacional, a p r e s e n t e p e s q u i s a v i s o u a c a ra c t e r i z a ç ã o sensorial de pães de queijo de diferentes marcas c o m e rc i a i s p o r m e i o de An á l i s e D es c r i t i v a Q uantitativa e teste de aceitação. -0,92857 1 4* * ",1% nào significativo (p>O,O I ) 2 * Estudante de graduação, cassiarrp@yahoo. com.br. Professor, Departamento de Tecnologia de A l imentos [email protected]. Univers idade Federal de Viçosa - MG Pág . 1 5 1 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O XXI I I C O N G R ESSO N A C I O N A L D E LATi C í N I O S ANAIS DO XXIII CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS 2 - M AT E R I A I S E MÉ T O D O S F oram ava l i adas cinco marcas comerC I a i S de p ão d e queij o congelado, tamanho coquetel, líderes de mercado e da região de Viçosa-MG. Os pães foram assados no laboratório de Amido/UF Y, utilizando forno elétrico, à temperatura de 1 80 a 2 0 0 °C, p o r apro x i madamente 2 5 - 3 0 m i n u to s , c o n fo r m e r e c o m e n d a ç ã o d o s fabri c a n t e s . A s amostras foram apresentadas em pratos brancos codificados e dispostas aleatoriamente. Junto com amostras, serviu-se água fil trada a temperatura ambiente para enxágüe da boca entre as avaliações. O método empregado é uma adaptação da Análise Descritiva Quantitativa desenvolvida por STONE et a I . ( 1 9 7 4 ) , q u e p ermi te descrever e medir a intensidade das principais características que compõem a aparência, aroma, textura e sabor de um a l i mento. Os testes foram rea l i zados no l aboratór i o de Análise Sensorial DTA/UFY. A s análises de aro ma, sabor e textura foram real izadas em cabines individuais, com luz vermelha para evitar influên cias de aparência. Os atributos de aparência foram avaliados na sala de discussão, sob luz branca. Por meio de qu esti onári os, recrutaram-se vol untários para compor a equipe sensorial. Foi j u l ga d a a h a b i l i d a d e d e cada i n d i v í d u o em discriminar as amostras, apl icando-se uma série d e t e s t e s t r i a n g u l a r e s e s e l e c i o n a n d o - s e os provadores que acertaram, no mín i mo , 7 5 % dos teste s . P a ra este teste, ut i l i zaram-se amostras com a mesma formulação básica, exceto no tipo d e q u e ij o ( mi n as p ad rão ou c a n a s tra) e n a proporção d e p o l v i l ho . O s provadores s elec ionados rea l i zara m o l evantamento de atributos, uti l i zando o método da l i sta p ré v i a , p o i s já e x i s t i a m n a l i teratura atributos sensoriais para pão de q ueij o ( M I N I M et a I . , 2 0 0 0 ) . M a teri a i s d e r e fe r ê n c i a fo ram prov idenci ados para cada termo descri tivo l e vantado, vi sando o trei namento dos provadores e a padroni zação na u t i l i zação de cada termo descri tivo. Foi elaborada uma ficha de aval i ação contendo os termos descritivos escolhidos em con senso pela equipe sensorial, onde se uti lizou escala não estru t urada de 9 c m , ancorada nas ex tre midades com termos de intensidade. Também foi e l aborada uma l i sta de d e fi n i ç õ es dos termos desc ritivos, com as respectivas referências para melhor u n i formizar a aval i ação dos provadores. Após treinamento, utilizando a ficha de ava l iação d e fini tiva, s i m u lou-se um teste com três amostras e três repetições para aval iar poder de discri minação e a repetib i lidade dos provadores. Foram selecionados para compor a equipe descri tiva final, aqueles que apresentaram probabilidades de Famostra < 0 , 5 0 e de Frepeti ção > 0,05 em todos os atributos avaliados, segundo metodologia proposta por DAMAS 1 0 & COSTELL, 1 99 1 . A análise final foi realizada por uma equipe de provadores treinados e s e l ec ionados. Para a a p r e s e n tação d a s a m o s tras u t i l i z o u - s e o d e lineamento de blocos incompletos (COCHRAN e COX, 1 95 7) . O s testes de a c e i tação foram rea l i zados no l ab oratóri o d e Anál i s e S en s o r i a l d o D TA/ U F V, em cab i n e s i nd iv i d u a i s . As amostras de pão de que ijo foram aval iadas por setenta e um consumidores que util izaram a escala hedôn i ca de nove pontos. Tod a s a s a n á l i s es e s t a t í s t i c a s fo ram real izadas u t i l izando programas d o p acote es tatístico SAS (SAS I nstitute Inc. North Carolina) l i cenciado pela UFV. 3 - R E S U LTAD OS E D I S C U S S à O Trinta e três voluntários foram recrutados e quatorze foram selecionados. Estes chegaram a um consenso de que 1 3 atributos caracterizavam as amostras de pão de queijo (Tabela I ) . Para veri ficar se houve di ferença entre os pães de queijos das diferentes marcas, real izou s e ANOVA e os resultados demonstraram q u e h o u v e d i fe r e n ç a (p < 0 , 0 5 ) e n t r e t o d o s o s atributos avaliados, exceto ran huras . Na Tabela 2 , estão apresentadas as m é d i a s d o s a trib utos sensoriais para as amostras. A amostra da marca A caracterizou-se por a p r e s e n t a r m a i o r i n t e n s i d ad e dos atri b u to s elasticidade, sabor e aroma d e margarina e menor intensidade nos atributos formato, aroma e sabor de queijo, sabor característico e dureza. A amostra da marca B apresentou maior i n tensi dade dos atributos espessura da crosta, dureza, sabor e aroma azedo e menor elastic i d ad e . Apresentou maior sabor característico, d i ferindo das amostras das marcas A e C . A amostra E apresentou m a i o r formato , aroma e sabor de queijo . E m geral, a s amostras d a s marcas avaliadas apresentaram perfil sensorial bastante di stinto. Os consumidores avaliaram as c i nco amos tras de pão de q u e ij o em relação à i mpressão g l o b a l . Na Tab e l a 3 estão apresentados os re s u l t a d o s d e a c e i ta ç ã o e o b s e rva- s e que não houve d i ferença das amostras, ao n í vel de 5% de probab i l i dade. É i mportante ressal tar que os pães de queij o das cinco diferentes marcas foram aceitos pelos consumidores e si tuaram-se entre os termos h ed ô n i c o s " g o s t e i l i g e i ra m e n t e " e " g o s t e i moderadamente". Tab ela 3 - M é d i a s d a a c e i ta ç ã o d o s p ãe s de q ue ij o das d i ferentes marcas. M a rc a s M édias A B C D 6,7 a 6,4 a 6,2 a 6,6 a E a Médias com o mesmo sobrescrito, na mesma l inha, não diferem sign i ficamente entre si a p<O,05. Tab ela 5 - CONCLUSÕES O perfil sensorial dos pães de queijo das cinco d i ferentes marcas comerciais foi composto pelos atributos aroma de queij o, aroma de margarina, aroma azedo, sabor de queijo, sabor de margarina, s a b o r c arac t e r í s t i c o , d ureza, e l a s t i c i da d e , ra nhuras, q u eb ra, formato e espessura da crosta. E m g er a l , a s a m ostras d a s marcas ava l i ad a s apresentaram perfi l sensorial bastante distinto. - Defi n ições dos termos descritivos e referênc ias para as amostras de pão de q ue ij o . Ter m o d e s c ri t o r D efi n i ç ã o R e fe r ê n c i a s A PARÊ N C I A Ranhuras Aberturas n a superfície do pão d e queijo. Quebra Aberturas que as vezes ocorrem nas laterais do produto. Formato U n i formidad e d a forma redonda do produto. Espessura d a crosta Altura d a crosta observada após partir o pão de queijo. Pouca: Amostra D M u i ta : Amostra B Pouca: 7 5 % de polvilho doce e 25% de azedo e queij o canastra. Muita: Amostra A Pouco: Amostra A Muito: Amostra D F i n a : Amostra D Grossa: Amostra B AROMA Queij o M argari na Azedo Atributo relacionado ao aroma de q ueij o . Atributo relacionado a o aroma de margarina. Aroma relacionado com o aroma de p o l v i l h o azedo. Fraco: Amostra C Forte: 7 5 %) de polvilho doce e 2 5 % de azedo e queij o canastra. Fraco : 50% de polvi lho doce e 50% de azedo e queij o pasteurizado. Forte: Amostra A Frac o : Amostra C Forte: 50% de polvil ho doce e 50% de azedo e pasteurizado. SABOR Que ij o Margar i n a Azedo Sabor caracteiÍ sti co Atributo relacionado ao sabor de q ueij o Atributo relacionado ao sabor de margarina Sabor relacionado com o sabor de p o l v i l ho azedo, Atributo relaci onado ao sabor característico de pão de queijo. Fraco: Amostra C Forte: 7 5 % de polvilho doce e 2 5 % de azedo e que ij o canastra. Fraco : 50% de polvilho doce e 50% de azedo e queijo pasteurizado. Forte: Amostra A Fraco : Amostra C Forte: 50% de polvilho doce e 50% de azedo e queij o pasteurizado Pouco: Amostra C Muito : 7 5 % de polvilho doce e 2 5 % de azedo e canastra. TEXTURA Dureza E l asticidade Força necessária para morder, partir o u apertar o p ã o de q ue ij o . Atributo relacionado c o m os termos " p u x ento", " borra c hento" e " grudento" Pouca: Muita : Pouca: M u i ta : Amostra Amostra Amostra Amostra A B B A Pág. 1 53 Pág. 1 52 digitalizado por arvoredoleite.org A NA I S D O X X I I I C O N G R ESSO N A C I O N A L D E L AT I C Í N I OS ANAIS DO XXIII CONGR ESSO NACIONAL DE LATICíNIOS Tabela 2 - E QUIVALÊNCIA D E DOÇURA E PODER EDULCORANTE D E CICLAMATO/SACARINA E CICLAMATO/SACARINA/ESTÉVIA EM IOG URTE LlGHTSABOR MORANGO Média dos atributos s en soriais para as d i ferentes marcas de pão de queij o Marcas Atr i b u to s Ranhuras Q uebra Formato Espessura da crosta Aroma de que ij o Aroma de margarina Aroma azedo Sabor de queij o Sabor de margarina S abor azedo Sabor característico D ureza E l astici dade A B C D E 4,24 a 5 , 7 7 ab 1 , 64 d 1 ,5 3 c 1,13 c 7,34 a 1 ,07 c 1 ,2 3 c 7,24 a 1 ,2 3 b 1 ,2 0 c 0,66 d 8,38 a 4, 1 0 a 7, 1 9 a 5,65 b 7 ,4 8 a 5 ,04 ab 0,83 c 5,70 a 4 , 7 1 ab 0,80 c 5,8 1 a 5,54 a 7, 1 5 a 1 d 2,58 a 5 ,43 ab 3 ,7 2 c 4,80 b 2 , 7 5 bc 3,2 1 b 2 ,4 6 bc 3 ,03 bc 3,27 b 2,87 b 3 ,00 bc 5 ,4 7 b 12 c 2 ,65 a 3,33 c 5,91 b 2 ,6 1 c 4 , 9 7 ab 2 ,4 7 bc 2 , 5 4 bc 4,49 ab 2 ,4 7 b 1 ,6 1 b 4,43 ab 3,27 c 5 .2 5 b 3,07 a 4,04 bc 7, 64 a 3 ,0 6 bc 6,23 a 1 ,4 5 c 3,87 ab 5,84 a 1 ,74 bc 3,14 b 4 , 7 6 ab 4,80 b 4, 1 8 c Médias seguidas de pelo menos uma mesma letra, na mesma l i nha, não d i ferem sign ificativa mente entre si (p > 0,05) pelo teste de Tukey. Os p ã e s de q u e ij o d a s c i n c o d i fe r e n t e s m a r c a s fo ram a c e i to s p e l o s c o n s u m i d o re s e situaram-se entre os termos hedónicos "gostei l ig e i ramente" e "gostei moderadamente". O s r e s u l ta d o s o b t i d o s , n e s te trab a l h o , mostram a grande diferenciação entre o s pães d e queij o e x i s tentes no mercado de Viçosa-MG e que apesar desta d i ferença todos foram aceitos pelos consumidores. 6 - A B S T RACT The present study aimed to describe sensorial attributes of five brands frozen bread of cheese through the Quantitative Descrip t i v e Anal y s i s . Th irteen sensori a l a t t r i b u t e s caracterized t h e samples: s l i ts, breakage, format, crust thickness, cheese aroma, margarine aroma, sourness aroma, c h e e s e fl avor, marg a r i n e fl avor, sour fl avor, characteristic flavor, hardness and e l astici ty. Ten trained and selected tasters evaluated the samples using the incomplete balanced blocks delineation. The results were analyzed by the AN O VA test followed by the Tukey test. The samples showed a s i g n i fi ca n t d i fference ( ) in a l l t h e e v a l u ated attributes, except in the slit attribute. The samples also were eval uated about the acceptance by 7 1 consumers and the results were evaluated by the ANOVA test. No significant acceptance (p>0,05) was observed between the samples. Keywords: bread cheese, acceptabi l i ty and q uantitative descri p t i v e analy s i s . 7 - R E F E RE N C IAS B I B L I O G R Á F ICAS COCHRAN, W. G. & COX, G. M. Experimental res i g n o 2° ed. New York. Wi l l ey I n c . 1 95 7 . DAMAS I O, M. H.; COSTELL, E. Anál isis sensorial descriptivo: generación de descriptores y selección de catadores . Revista Agro q uimica d e Tec h n o l og i a d e A l i m e ntos, v. 3 1 , n . 2 , p . 1 65 - 7 8 , 1 9 9 1 . M I N I M , V. P. R . , e t a ! . P er fi l s e n s o r i a l e aceitab i l i dade de d i ferentes formulações de pão de queij o . Ciência e Tec nologia d e Alimentos, vol. 2 0 , n° 2, p . 1 54- 1 5 9 , maio/agosto. 2000. STONE, H., et aI. Sensory evaluation by quantitative descriptive analysis. Food Tec h n ology v. 2 8 , n . 1 1 , p . 24-3 4 , 1 974. Equi-Sweetness and sweetening power of Cyclamate/Saccharin and Cyclamatel Saccharin/stevia blends in yogu rt Iight strawberry flavor Ronielli Cardoso Reis! Valéria Paula Rodrigues Minim2 Beatriz Rodrigues Pimentel D ias3 Helena Maria André Bolini4 1 - I NT RO D U Ç Ã O O i o gurte é um dos poucos a l i mentos co nhecidos e consumidos a mais de 4500 anos em todo m u n d o . E x i st e m d i fe r e n t e s s a b o re s de i ogurte d i sp o n í v e i s n o mercado, m a s o sabor morango representa cerca de 70-80% do volume de linha do país. O sabor del i cado do iogurte é conseguido pela ação simbiótica das duas culturas l ác t e a s (Slrep l o c o cClIs s a /ivarius s u b sp. therlll oph illls e do L a c t o b a cilllls delbru echii subsp. BulgariclIs) que durante o processo de fermentação produzem acetaldeído, ácido lático, diaceti l , acetona, acetoÍna, ácido acético, entre outras, sendo atribuída revelante i mportância ao acetaldeído que confere o s abor característico do iogurte (MORAES, 2 0 04 ) . O consumo de alimentos de baixa caloria e de edulcorantes não calóricos têm aumentado nos últimos anos. A indústria de al imentos para aten der a este público vem introduzindo no mercado produtos q u e tem como s ub s t i tu t o s do açúcar d i ferentes tipos de edu lcorantes. A categoria de iogurte liglll representa uma grande parcela deste mercado. A única forma de se aval iar a aceitação de um edulcorante é pela anál ise sensorial. Para que um e d u lcorante s u b s t i t u a a s acarose c o m sucesso, são necessários estudos q u e permitam o c o n h ec i m en t o prév i o d a s c o n c e n t ra ç õ es d e edul corantes a serem u t i l izados e s u a s doçuras equivalentes. A equivalência de doçura é, portanto, uma etapa preliminar essencial para determinar a quantidade de edul corante a ser adicionado em mesma equivalência de doçura ao teor de sacarose presente em um produto. O uso de combinações de edulcorantes em a l i mentos e bebi das tem cresc i do m u i t o , p o i s 2 3 4 apresentam diversas vantagens, como o aumento da estabi l i dade d a doçura, efe i to d e si nergismo aumentando o poder adoçante, redução dos custos trazendo benefícios às i ndústrias e um aumento na qual idade da doçura uma vez que as misturas podem reduzir efeitos indesejáveis de alguns edu l corantes quando associados a outros (LrNDLEY, 1 99 1 ). O presente estudo visou determinar a equi valência de doçura e poder edulcorante de misturas de ciclamato/sacarina e ciclamato/sacarina/estévia em iogurte light sabor morango quando comparado com iogurte adoçado com 1 1 ,5% de sacarose. 2 - MAT E RIAL E M É TO DO S O i o gurte foi preparado utilizando-se l eite integra l padro n i zado d a marca Viçosa, adi c i o nando-se 0,02% d e cultura láctea e 1 ,2% de polpa de m o ra n g o , até a c i d e z d e 7 0 - 7 5 " D . Q u i nz e provadores foram selecionados pelo método se q ü enci a l . O s testes foram real izados s eparada mente para cada edulcorante (Sacarose, ciclamato/ sacarina e c i c lamato/sacarina/estév i a ) . A deter minação da equivalência de doçura foi realizada d e acordo com o m é t o d o de e s t i mação de magn i t u d e . N e s te m é t o d o d e s e n v o l v i d o p o r STEVENS ( 1 956, 1 96 1 ) o s provadores receberam u m a a m o s tra referê n c i a ( i og urte de mora n g o adoçado com 1 1 ,5 % de sacarose), designada com intensidade de doçura igual a 1 00, seguida de cinco amostras codificadas e casualizadas, com inten sidades maiores ou menores do que a referência. S o l ic i tou-se aos provadores que estimassem as intensidades de doç ura de cada amostra com parando-se com a referência. Doutoranda em Ciência e Tecnol ogia de A l i mentos DTA/UFV, Viçosa - MG. Professora, Departamento de Tecnologia de A l i mentos - DTA/ UFV, Viçosa MG, [email protected]. Estudante de I niciação Cientí fica, Departamento de Tecnologia de A l i mentos DTA/ UFV, Viçosa - MG. Professora, Faculdade de Engenharia de A l i mentos - FEA/ UN ICAMP, Campi nas - SP. Pág . 1 55 Pág . 1 54 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CON G RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS P ar a a an á l i s e dos d a d o s , o s v a l or e s de magnitude de doçura estimados foram expresso s util izando-se média geométrica e convertidos em valores l ogarítmicos (STONE & OLIVER, 1 969). A part i r das curvas obtidas estimou-se a q uan tidade ideal d e c ad a adoçante para produzir a mesma i ntensidade de doçura em iogurte sabor morango com 1 1 ,5 % de sacarose. 3 - R E S U LTAD O S E D I S C U S S à O 3 . 1 - D eterminação da E q uivalência de Doçura 2.5 € j '"' a e q u i v a l ê n c i a d e d o ç u r a e s t ã o d e s c r i t a s na Tab e l a 1 . 3.2 - D e te r m i n a ç ã o e d u l c o r a n te s O s q u i nz e p ro v ad o r e s s e l ec i o n a d o s rea l i zaram o teste de e s t i mação d e magnitude. O s r e s u l ta d o s for a m e x p r e s s o s e m v a l o r e s l o ga r í t m i c o s d a s c o nc entraç õ es u t i l i zadas ( C ) p a ra c a d a e d u l c o r a n t e o u c o mb i n a ç ã o d e edulcorantes e d o s estímulos sensoriais percebidos ( magnitudes estimadas) (S) ( F igura 1 ). A potência d o edulc orante é o n úmero de vezes q u e u m c o mposto é m a i s doce com base em sua doçura equivalente à sacarose (Figura 2). . Com base n a s funções de potência (Tabela 2) determ inou-se a e q u i v a l ê n c i a de doçura em r e l a ç ã o à s a c a ro s e 1 1 , 5 % e m i o g u rte s a b o r morango. Observa-se q u e a quantidade necessária de edulcorante para promover a mesma sensação de d o ç u ra do i ogurte adoçado com sacarose é menor quando util izou-se estévia combinada com c i c1a mato/sacarina (Tabela 3 ) . O.5 .j.......-�--�-�-�--�-�-----J .2 ·J.j oQ.5 G.� 1.5 Tabela 3 - Concentrações d e cada edulcorante e combinações de edulcorantes equiva lentes à conc entração de 1 1 . 5 % de sacarose em iogurte sabor morango. Log (C) Figura 1 - Concentrações dos edulcorantes ver sus i ntensi d ades de doçuras perce bidas. C/S/STE = Ciclamato/Sacarina (2: 1 )/Estévia ( l ,8: 1 ); C/S = Ciclamato/Sacarina (2: 1 ); SAC Sacarose. Ed u l c o r a n t e s Concentrações (IVo p/p) 0,064 C i c l a mato/Sacarina ( 2 : 1 ) C i c1 amato/Sacarina(2 : 1 ) / E s tév i a ( 1 , 8 : I ) A s c o n c en tr a ç õ e s dos e d u l c o ra n t e s o u c o mb in a ç õ e s destes d e fi n idas para determinar 0 , 04 3 E d u l c o ra n t e s C o n ce n t r a ç õ e s (% p / p ) 5,870 0,050 0,028 8,2 1 0 0,070 0,039 I i ,500 0,098 0,055 1 6, I 00 0, 1 3 7 0,077 P o tê n c i a dos Cicl;.mat:o/Sa<:arirI3{2:·f}lEsf vü(1,8:1) ClelamatalS.""ri"a (2:1) 179.75 50 Edulcorantes Figura 2 - C omparação e n t re o poder edulco rante dos adoçantes em mesma equi v a l ê n c i a a o i og u rt e sabor morango adoçado com 1 1 , 5 % de sacarose. A c o m b i n a ç ã o de c i cl a ma t o / s a ca r i n a/ e s t é v i a a p re s e n to u m a i o r p o d e r e d u l c o r a n t e ( 2 6 6 , 7 6 ) d o q u e c i c I a ma to/sacarina ( 1 7 9 , 7 5 ) . Logo houve um e fe i to d e s inergismo quando s e a d i c i on o u a e s t év i a . O m e s mo e fe i to foi observado por 1 0 P, S ILVA & B E LE I A ( 1 999) e por K RO Y E R ( 1 9 9 9 ) . 4 - C O N C L U SÃO Ta bela 1 - Concentrações de s acarose' ( R e ferê n c i a ) , c i c Iamato/sacarina ( 2 : 1 ) e c i c 1amato/sacarina ( 2 : 1) /estévia ( l ,8 : 1 ), avaliadas para a determinação da equivalência de doçura em iogurte com 1 1 , 5 % de sacarose. Sacarose (SAC) C i c lamato/Sacarina (C/S) CicIamato/Sacarina/Estévi a (C/S /STE) da JOO �------. A partir das retas o b t i d as c a l c u l o u - s e a função de potência S=aC" para cada edulcorante ou combinações destes (Tabela 2 ) . I ;f� 1.5 ANAIS D O XXIII CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíN I OS 22,540 0, 1 92 0, 1 06 Ta bela 2 - Resultados do teste de estimação de magnitude para determinar a equivalência de doçura dos edulcorantes em relação à sac arose 1 1 ,5 %. E d u l c o r a n te s F u n ç õ e s de P o t ê n c i a C o e fi c i e n t e s a n g u l a re s ( n ) S acarose C i c l amato/Sacarina (2 : I ) C i c 1 amato/S acarina ( 2 : 1 ) /Es tévi a( l , 8 : I ) S=O, 7 0 5 C 1.9745 S= I 808C ' · I !J 1 1 1 ,9745 I,I°I I -O, I 5 1 8 3,2572 0,96 0,99 S=467 1 ,9 7 C ' ·264x 1 ,2648 3,6695 0,96 a R2 Pode-se c o n c l u i r q u e a associ ação com a estév i a p ro p o r c i o n o u u m a u m e n t o do p o d e r edulcorante, tornando possível a sua u t i l i zação em i ogurte s abor morango, atraindo a atenção dos consumidores por ser um edulcorante natural, além de reduzir a quantidade de edulcorante que deve ser a d i c i onado a o i o gurte para obter um produto c o m a m e s m a d o ç u r a e q u i v a l en t e à sacarose I 1 , 5 % . A B S TR A C T I n t h i s w ork t h e e q u i -s w e e t n e s s a n d sweeten ing p o w e r o f cyclamate/saccharin ( 2 : I ) a n d c y c I a m ate/sacch a r i n ( 2 : I ) /s t e v i a ( 1 , 8 : 1 ) were evaluated in strawberry yogurt with 1 1 ,5% of sucrose . F i fteen j udges were selected through sequential anal y s i s . The method of magnitude estimation was app l i ed to determinate the equi s w e e t n e s s of t h e m i x t u r e s s w e e t e n e rs i n the same e q u i v a l en c e of a s u c r o s e 1 1 , 5 % i n s trawb e rry y o g u r t . T h e c o n c e n t ra t i o n s w e r e 0 , 0 64 % ( p/ p ) for t h e m i x tu r e c y c l am a t e / s a c c h a r i n ( 2 : I ) a n d 0 , 04 3 % ( p/p ) fo r t h e c o mb i n a t i o n o f the cycl amate/saccharin ( 2 : 1 )/ s te v i a ( 1 , 8 : 1 ) . T h e r e s u l ts s h o w t h at t h e sweeten i n g power w a s t h e 2 7 6 , 7 6 when s t e v i a was u s ed a n d 1 79 , 75 w i th o ut i t . T h i s r e p o r t p r e s e n t s e v i d e n c e o n s y n e rg i s t i c e ffe c t s o f sweetener m i xt u re s . We c a n c o n c l u d e tha t i s possible t o use stevia i n strawberry yogurt, w i th several advantages, l i ke attract the consumers because i s a natural s w e etener a n d there i s a p o s s i b i l i ty to r e d u c e t h e q ua n t i t i e s o f s w e e t e n e rs n e c e s s a r y t o o b t a i n t h e s a m e sweetness a sucrose I 1 ,5 % . K ey w o r d s : y o g u r t , e q u i - s w e e t n e s s , c y c I a m a t e , s a c c h a r i n , s t e v i a , s w e e t en ers a n d synerg i s t i c e ffects. 5 - R E F E RÊ N C IA S B I B L I OG RÁ F IC A S 1 0 P, S . C . F. ; R . S . F. S I LVA; A . P . B EL E IA ; Formul ation a n d evaluation o f dry dessert m i x containing sweetener combinations using mixture response methodo logy. Food C h e mistry, v. 66, p . 1 6 7- 1 7 1 , 1 99 9 . K R O Y E R , G . T h . T h e l ow c a l o r i e sweetener stevio s i d e : stab i l i ty a n d i nteract i o n wi th foo d i ng re d i e n t s . L e b e n s m . - W i s s . u . -Tec h n o l . , v . 3 2 , p . 5 09-5 1 2 , 1 9 9 9 . L l N D L E Y, M . G . F r o m b a s i c r e s earch o n s w e e t n e s s t o t h e d e v e l o p me n t o f sweeteners. Food Tec h n ology, p . 1 3 4- 1 3 8 , 1 99 1 . MORA E S , P. C . B . T. Ava l i a ç ã o d e iogu rtes l í q u i d o s c o m e rc i a i s s a b o r m o r a n g o : estud o d e c o n s u m i d o r e p erfil sensori a l . 2 004. 1 28 f. D issertação (Mestrado em Alimentos e N utrição), Universidade Estadu al de Campinas, Campinas. S T E V EN S , S . S. T h e d i re c t e s t i m a t i o n o f sensory magnitudes-Ioudn ess. Am. J .Psychol . , v . 6 9 , 1 95 6 . STEVEN S , S . S . T h e p sychophysics of sensory fu n c ti o n . I n : " S en s or y C o m m u n i ca t i o n " , e d . Rosenblith, W . A. M I T Press, Cambridge, Mass. 1 96 1 , p . 1 -3 3 . STONE, H . ; O L l V E R , S . M . Measuremen t o f the relative sweetness o f selected sweeteners and sweeteners mixtures. J ou rnaI of Food Science, v. 3 4 , p.2 I 5 - 2 2 2 , 1 9 6 9 . s= Estímul o sensorial percebido C = Concentração do edulcorante ('X, p/p). Pág. 1 56 Pág . digitalizado por 1 57 arvoredoleite.org A N A I S DO XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E L AT I C Í N I O S ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS A DESÃO D E Pseudomonas fluorescens EM SUPERFíCI ES DE AÇO I NOXI DÁVEL E G RANITO EM TEMPERAT URAS DE REFRIGERAÇÃO Adh erence of Pseudomonas fluorescens to stainless steel and g ranite at temperatures of refrigeration Rosado, Marcília Santos! Careli, Roberta Torres3 Lopes, Joelma Piazza! Silva, Iara Dias da! Lima, Júnia Capua de2 Andrade, Nélio José de4 RESUMO A presente pesquisa tem por obj etivo ava l i ar a adesão de PseUd011l011aS jluorescens ATCC 1 3 52 5 e m superfícies de aço i noxidável AISI 3 04 # 4 e granito polido, nas temperaturas de 4,5°C e 9,8"C. Para isso foi realizado o procedimento de adesão em cupons testes ( 1 0 mm x 10 mm) e a avaliação foi fei ta através da técnica de Contagem Padrão em P lacas (CPP). A a n á l i s e dos dados mostrou q u e a maior adesão do m i crorgan ismo ocorreu no granito i nd e p endente d a temperatura (P<O,O 1 ) . A 9 , 8°C a adesão de P. flu o rescens fo i m a i o r ( P < O , O 1 ) i n d e p en d e n te d a s u p e r fí c i e , q ua n d o c o mparada a 4 , 5 ° C . O s n ú m e r o s d e P. jlllorescens aderidas, expressos em l og UFC.cnr\ ao aço inoxidável foram 4 , 7 e 5 ,4, para as temperaturas de 4,5°C e 9 , 8 "C, respectivamente. Para o granito, nas mesmas condições os números, expressos em log UFC.cnr2, foram 5,5 e 6,7. Os resultados permitem conc l u i r que tanto a temperatura quanto à superfície influenciam a taxa de adesão de P. jluorescens. Os n úmeros desses psicrotróficos aderidos às superfí c i es são e levados o s u fi c i ente para causar probl e mas de quali dade no l eite armazenado ou transportado sob refrigeração . P a lavras-c h a v e : adesão, Pseudo11l onas fluorescens, aço i n o x i dáve l , gran i to . 1 - I N T R O D U ÇÃO Atual mente, a segurança a l i mentar t ê m sido u m a crescente preocupação para a indústria d e a l i m entos, órgãos responsáveis p e l a s a ú d e p ú b l i c a e principalmente p e l o s consumidores, j á q u e o n ú m e r o d e d o en ç a s v e i c u l ad a s p o r a l i mentos v e m aumentando. N a t e n ta t i v a d e p ro d u z i r a l i me n t o s s eguros, a indústria t e m investido e m téc n i c a s de processamento d e a l imentos e h i g i en i zação cada vez m a i s a v a n ç a d a s . N o e n t a n t o , as ava l i aç õ e s fei ta s a p a rt i r das s u p er fí c i e s q u e e n t r a m e m c o n t a to c o m o a l i m e n to d e m o n s tram q u e estas representam u m risco à segurança do prod uto fin a l . I 2 3 4 A d ep o s i ção d e m i crorgani sm o s e m u m a s u p e r fí c i e d e conta to pode resu l ta r n a adesão microbiana e na formação de biofilme, que se apre sentam como constantes fontes de contaminação por microrganismos alteradores e, ou, patogênicos. E s t u d o s m o s tram q u e v á r i o s fat o r e s i n fl uenciam a adesão bacteriana e m superfícies envolvi das no processamento de a l i mentos, entre e l e s , a t e m p e r a t u ra ( P O M P E R M AY E R E G AY L A R D E , 2 0 0 0 ) e o t e m p o d e c o n ta t o ( C A RE L I , 2 00 5 ) . A p r e s e n t e p e s q u i s a t e m p o r o bj et i vo aval i a r a adesão de Pseudolll o n as flu o rescens Estudantes de graduação do curso de Ciência e Tecno l ogia de Laticínios Estudante de mestrado em Ciência e Tecnologia de A l i mentos U FV. Estudante de doutorado em Ciência e Tecnologia de A l i mentos UFY. Professor titular do Departamento de Tecnologia de A l i mentos U F V. Pág. 1 58 - UFY. ATCC 1 3 5 2 5 e m s up erfí c i es d e aço i n o x i dável AI S I 304 # 4 e granito p o l i do , nas temperaturas de 4,5°C e 9 , 8°C. O experimento foi desenvolvido no l abora tório de M i c ro b i o l o g i a de A l i mentos e H i gi en e Industrial situado no Departamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Viçosa. t ô n i c a s . Em s e g u i d a , for a m i me r s o s s e p a radamente e m tubos c o ntendo 5 m l da mesma solução tampão e submetidos ao vórtex, durante 1 m i n u t o , para a remoção d e c é l u l a s aderidas ( C A RE L I , 2 0 0 5 ) . D i l u ições apropri adas foram p reparadas e transferi das para p lacas de P etri contendo o meio de c re s c i m en to mais ágar e i ncubadas a 2 6-2 8°C por 48 horas , procedendo em seguida, a contagem em p l acas ( S WANS O N et a I . , 2 00 1 ) . 2.1 3 2 - MAT E R I A L E MÉ T O D O S - S u p e rfíc i e s a v a l i a d a s P ara a v a l i a r a a d e s ã o b a c t e r i a n a , for a m selecionadas as superfícies de granito devido à s suas irregularidades e o a ç o inoxidável A I S I 3 04, que é a superfície mais comumente util izada na indústria de a l imentos, nas dimensões 1 0 x 10 x 3 mm e 1 0 x 1 0 x 1 m m respectivamente. 2.2 - M i c r o rg a n i s m o e m e i o s de c u lt u r a u ti l i z a d o s F o i u ti l i zada a c u l t u ra d e Pselldol1l o n as flllo rescens ATC C 1 3 5 2 5 , m a n t i d a e m t u b o s Eppendorf d e 1 ml em c a l d o n utriente e g l icerol à t e m p e r a t u ra d e - 8 0 nC . P a ra o s estudos d e adesão bacteriana, a cu ltura foi repicada p o r três vezes consecutivas em c a l do nutriente a 2 8°C por 24 horas para s u a ativação. 2.3 - D e te r m i n a ç ã o d a a de s ã o b a c t e r i a n a Antes d e c a d a a ná l i s e , o s c u p o n s foram l i mpos por escovação usando água e detergente neutro l íq u i d o , rinsados com água desti lada e i mersos em á l c oo l etí l ico 7 0 % por 1 hora para remoção de gordura, rinsagem com água desti lada, secagem ao ar e e s t e r i l i zação e m a u to c l av e a 1 2 1 °C por 1 5 m i n u tos ( PA R I ZZ I , 2 0 0 4 ) . O s c u p o n s t e s t e s e s t e r i l i z a d o s for a m i mersos e m 99 m L d e c a l d o n u triente, previa mente i n oc u l ad o c o m 1 m L d e s u s p e n s ã o P. jlllorescens a I ,Ox 1 05 UFC.mL·1 e incubados por cinco dias, nas temperaturas de 4,5°C e 9, 8°C. A c a d a d o i s d i a s d e c o nt a t o os c u p o n s for a m retirados e i mersos e m u m n o v o c a l d o também i noculado com I , Ox 1 0 5 U F C . mL-I . 2.4 - D ete r m i n a ç ã o d o n ú m er o d e c é l u l a s a d e ri d a s A a d e s ã o b a c t e r i a n a fo i a v a l i a d a p e l a técnica d a C P P, e m q u e após o período d e in cubação, os cupons foram i mersos separadamente em 1 0 ml de tampão fos fato (0,3 1 M, pH =7,2), por 1 minuto, para a remoção de células p l anc- - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O A análise dos dados mostrou q u e a m a i o r adesão d o m i crorgani s mo o c orreu n o gra n i t o independente d a temperatura (P<O,O l ). A 9,8 "C, a adesão de P. flllorescens fo i m a i o r ( P<O , O 1 ) independente da superfície, quando comparada a 4,5 oCo Os números de P. jlllorescens aderidas ao aço inoxidável foram de 4,7 log U F C.cm-2 e 5 , 4 l o g UFC.cm-\ para as temperaturas de 4,5 e 9 , 8 , resp e c t i v a m e n t e . P ara o g ra n i to , n a s m e s m a s condições os números foram de 5,5 l o g UFC.cnr:! e 6,7 log UFC. cnr2• Os resultados permitem concluir que tanto a temperatura q uanto à superfí c i e influenciam a taxa de adesão d e P. jluorescens. 4 - C O N C L US ÃO Os números desses psicrotróficos aderidos às superficies são elevados o suficiente para causar problemas d e q ual idade no l eite armazenado o u transportado sob refrigeração. Essas i nformações são i m p o r t a n t e s , por e x e m p l o , p a ra o l e i t e g ra n e l i za d o transportado e m c a m i n h õ e s i s o térm i c o s , e m q u e a c o n ta m i n a ç ã o c o m e s s e s m i c ro rg a n i s mo s traz s érias conseqüências a o s produtos i ndustrializados. A alternativa viável para contro l e da presença desses psi crotró ficos n a s superfícies de contato com o leite é a aplicação d e c o rr e ta d o s c o n c e i tos tec n o l ó g i c o s para a propos i ç ão de pro c e d i m entos opera c i on a i s d e higi enização que sejam realmente eficientes. 5 - S U M MARY A d h e r e n c e of Ps eudo/J1 o n a s fluorescens ATCC 1 3 525 on stain less steel AIS I 3 04 #4 and polished granite at de 4.5°C e 9.8°C was evaluated, on coupons of 1 Ommx 1 O mmx 1 mm, by standard p l a t e c o u n t . R e g a rd i l1 g t e m p e r a t u r e , h i gh e r number o f adhered cells was observed 011 granite ( P<O . O 1 ) . At 9 . 8 ° C , the a d h e r e n c e o f P. jluorescens was h igher than 4 . 5 0 c , regard i n g surface ( P<O.O I ). T h e l1umbers o f adhered c e l l s 011 stainless were 4.7 e 5 . 4 l o g CFU.cm-2 a t e 4.50 C e 9 . 8 ° C , respectively. For grani te , at same Pág . 1 59 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LAT i C í N I OS ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS conditions, the numbers were 5 . 5 and 6.7. Both, temperatures and s urfaces showed i n fl uence i n the adherence o f P. jluorescens a n d the numbers adhered on surfaces were h igh enough to cause spoilage i n the milk stored under refrigeration. K e y w o r d s : a d h e s i o n , Pseudo m o ll as fluorescens, stainless steel, granite . 6 - R E F E RÊ N C I A B IB L I OGRÁFI C A C A R E L I , R . T. A d e s ã o d e Pseudo 11l o n as fluorescens em superficies utilizadas em indústrias de a l i me n t o s a v al i ad a p e l a m i c ro sc o p i a de epi fl u orescên c i a e contagem padrão em p lacas. Vi ç o s a , M G : U F V, 2 0 05 . 6 5 p . D i s s ertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) - Universidade Federal de Viçosa, 2005 . • • • • PARIZZI, S. Q. F. , AND RADE, N . J., SOARES, N . F. F., S I LVA, C. A . S . , MONTEIRO, E . A. M. B acterial adherence to d i fferent i nert s urfac es e v a luated by ep i fl uorescence m i croscopy and p l a t e c o u n t m e t h o d . B ra z i l i a n A r c h i v e s of B iology and Tec h no l ogy, Curitiba, PR, v. 4 7, n. 1 , p. 7 7 - 8 3 , 2 0 04. P O M P E R M AYER, D . M. c . , G AYLARDE, c . , C . T h e infl uence o f temperature on t h e adhesion of mixed cultures o f Staphy/ococcus aureus and Esch erich ia co/i t o p o l yp ro p y l e n e . F o o d M i c r o b i o l ogy, v . 1 7 , p . 3 6 1 - 3 6 5 , 2 00 0 . S WAN SON, K. M. J., PETRAN, R . L . , HANLIN, J. H. C u l t u r e M e t h o d s fo r E n u m e r a t i o n of M i croorganisms. In : D O W N E S , F. P. , ITO, K. ( E d . ) . C o m p e n d i u m m e t h o d s for the m i c r o b io logical e x a m in a ti o n o f foo d s . 4" ed. A P H A , capo 6 , p . 5 3 -6 2 , 200 1 . • • • ADESÃO DE Sa/monella enteritidis E Staphy/ococcus aureus EM AÇO INOXIDÁVEL E GRANITO Adh erence of Sa/monella enteritidis and Staphy/ococcus aureus to stainless steel and g ranite Silva, Iara Dias da 1 Careli, Roberta Torres2 Rosado, Marcília Santos3 Andrade, Nélio José4 R E S U MO E s t e trab a l h o a v a l i o u a a d e s ã o de Staphylococcus aureus ATC C 6 5 3 8 e Salm onella Enteritidis ATCC 6539 em superfícies de aço inoxidável AISI 304 # 4 e granito. Os cupons teste ( l O cm x 1 0 cm) de cada superfície aval iada foram i mersos em frascos contendo de caldo nutriente (OXOID�') acrescido de um volume de susp ensão de células de S. allreus ou S. Enteritidis, d e forma a obter uma c o ntagem entre 1 03 UFC. mL·' e 1 04 U FC . m L· ' . A s a m o s tras foram i ncubadas e m estufa a 2 8 ° C e as ava l i ações d a q uanti dade d e c é l u l as aderidas por cm2 foram real izadas após 1 2 horas de tempo de contato em cada superfí c i e p e l a técnica do swab. Os resul tados mostraram que o 10g lO do número de célul as de S. aureus aderidas (UFC.cm·2) foram 6 , 1 1 e 4,55 p ara aço inoxidável e granito, respectivamente. Já I 2 3 4 Estudante de graduação do curso de Ciência e Tecnologia de Laticínios, bolsista PROBIC/FA P E M I G - UFY. Estudante de doutorado em Ciência e Tecnologia de A l imentos U FY. Estudan te de graduação do curso de C iência e Tecno l o gia de Laticínios U F V Professor titular do Departamento de Tecnologia de A l i mentos - U FY. Pág. 1 60 para S. Enteritidis, os valores de adesão encontrados foram 5 ,27 e 6,00. No aço i noxidável, o S . aureus apresentou maior q u antidade de células aderi da s por cm2, (P<0,0 5 ) , c o n forme teste F, apesar dessa superficie ser considerada mai s l isa e apropriada para o processamento de a l i m entos. Entretanto, não houve d i ferença significativa (P=0,05) no grau de adesão de S. Enteritidis, e ntre as s uperfí c i e s aval i ad a s . O s resultados mostram a i m portânc ia de prá t i c a s h i g iê n i c a s c orretas na i nd ú stria de l at i c ín i o s , estabelecendo-se proc ed i mentos operac ionais padro n i zados de h i gi en ização corretos, em que se inc l u i o uso adequado de agentes detergentes e sanitizantes . Palavras-chave: adesão, StaphylococclIs allrellS, Salmonella Enteritidis, a ç o inoxidável, granito. 1 - I N T RO D U Ç Ã O Apesar d e téc n i ca s d e processamento d e ali mentos e higi enização avançadas, atualmente o número c rescente e a gravidade das doenças trans m i t i d a s p o r a l i mentos em todo o mundo , t êm a u me n t a d o o i n t e r e s s e da i nd ús t r i a e m relação à s e gurança a l i mentar, a s s i m c o m o o s órgão s respo nsávei s p e l a s a ú d e p ú b l i ca , b e m como o s consumido re s . A contaminação de a l i m e n t o s p o r b a c t é r i a s p at o g ê n i c a s p o d e e st a r associada a diversas fontes, como o ar, pessoas e s u p e r fí c i e s . O s g ê n e ro s Stap hylo c o cc lls e Salmonella e s t ã o fre q ü e n t e m e n t e a s s o c i a d o s c o m surtos d e toxi n fecções a l i mentare s . U m grande problema para a i n d ústria d e laticínios tem sido o estado higiênico de superfícies d e e q u i pa m e n t o s , m e s a s , b a n c a d a s e o ut r o s u t e n s í l i o s p o r s e rem fo n t e s p o t e n c i a i s d e microrga n i s m o s deteri o ra d o re s e patogê n i c o s . Atualmente, u m a grande diversidade de materiais para c o m po re m estas s up e r fí c i es t e m s i d o util izada. Além do aço inoxidável q u e é a superficie ma i s u t i l i zada e de fáci l h i g ienização, também são usados outros materi a i s como vi dro, pol i e ti leno, pol ipropi leno, poliuretano, granito, entre outro s . É possível ocorrer adesão bacteriana e formação de biofil mes em praticamente todas as superfí c i e s desde as rugosas, q ue apresentam fi ssuras e fendas q u e podem a l oj a r o s micro r ganismos, até as consideradas mais l i sas podendo originar problemas de saúde pública ou de ordem econôm ica. (ZOTTOLA, 1 99 7 J U L L I EN et a I . , 2002, B O U LA N G E - P E T E R M A N N , 1 996; ZOTTOLA e SASAHARA, 1 994, HAYES, 1 99 3 , WONG et a l . , 2 0 0 2 . ) . A l g u m a s s up e r fí c i e s , c o m o m á rm o re e granito, têm sido extensivamente usadas como mesas e bancadas em i n d ústrias, u n i d a d e s d e alimentação e cozinhas domésticas. Nestes locais a i n c i d ê nc i a de surtos d e doenças d e o r i g e m a l i m e n t a r t e m a um e n t a d o m u i to e m a n o s recentes assim, ai nda, h á carência de estudos e m relação a essas superfícies de forma a produzir a l i m e n t o s s e g u r o s sob os a s p e c t o s fí s i c o s , q uímicos e m icrob i ológicos. Este t rabalho teve c omo obj et i vo aval i a r a adesão d e Salmonella Enteritidis e Staphylococcus a u reus em a ç o i noxidável e gra n i t o . 2 - MAT E R I A I S E M ÉT O D O S O e x p e ri m e n to fo i d e s e n vo l v i d o n o l ab orató r i o d e M i c rob i o l o g i a d e A l i m e n t o s e H ig i ene I ndustrial situado no Departamento d e Tecnologia de A limentos (DTA) d a Universidade Federal de Viçosa (U FV) MG. Foram utilizadas culturas de Staphylococcus allrellS ATCC 6538 e Sall11ol1ella Enteritidis ATCC 6539 que foram mantidas em tubos Eppendorf d e I mL em c a l do nutriente (Oxoidl<) e gl icerol à tem p e ra t u ra de - 8 0 o C o Para a t i v a ç ã o d o s microrganismos as c u lturas foram repicadas por duas vezes consecutivas em caldo n utriente à temperatura de 37 °C por 24 horas. A a ná l i se d e a d e sã o fo i r e a l i z a d a e m s up e r fí c i e s d e a ç o i no x i d á v e l A I S I 3 04 # 4 , avaliado como a superfície padrão, e gran ito. O s c upons-teste ( 1 0 c m x 1 0 cm), lavados e estérei s ( 1 2 1 °C1 1 5 m i n ) , d e cada superfície aval iada foram imersos em frascos c ontendo 1 000 mL de caldo n utriente acre sc i do de um vol ume d e suspensão de células de S. aureus ou S. Enteritidis, de forma a obter uma contagem entre 1 03 U FC . mL·' e 1 04 U FC.mL-' . As amostras foram mantidas em estufa a 2 8 ° C p o r 1 2 h o r a s , o b t e nd o - s e uma c o n centração de células em torno d e l OS U FC.mL-' . Após o tempo de inc ubação cada s uperfí ci e foi i mersa separadamente em água peptonada O, 1 % por um mi nuto , sem agitação, para remoção d e c é l ulas p lanctôn icas. A s a v a l i aç õ e s da q ua n t i d a d e de c é l u l as a d e r i d a s p o r cm 2 fo ram rea l i z a d a s em c a d a superfície pela técnica do swab q u e consiste em umedecer o swab e s te ri l i za d o e m l O m L d e s o l ução d e água peptonada a 0 , 1 % e atritá - l o percorrendo toda a superfície d o cupom de modo a c o letar as bactérias aderidas. Em seguida, o Pág . 1 6 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS swab foi mergulhado na mesma solução d i luente onde foi agitado em vórtex por I m inuto para a remoção das cél ulas. Diluições apropriadas foram rea l izadas e tra n s fe r i d a s para p l ac a s de Petri contendo á ga r n u t r i e n t e ( M i c ro m e d'S ) e i n cubadas a 3 7 ° C por 48 horas. 3 - R E S U LTA D O S E D IS C U S S à O A adesão de S. aureus determ i nado p e l a c o n t a g e m p a d rã o e m p l a c a s a t i n g i u v a l o r e s médios expressos em l ogaritmo d e UFC.cmo2 de 4 , 5 5 e 6 , I I p a ra g ra n i to e aço i no x i d á ve l , respectivamente. N o aço i nox idável , o S . aureus apresentou maior quantidade de células aderidas por cm2, ( P <0 , 0 5 ) , c o n fo rm e t e s t e F, a p e s a r d e s s a s u p e rfí c i e s e r c o n s i de r a d a m a i s l i sa e apropriada para o p rocessamento de a l imentos. PA R I ZZ I ( 2 0 04 ) m o s t ro u que a a d e sã o d e S. aureus em a ç o i n o x i d á v e l A I S I 3 04 , #4 após 12 h o ra s d e c o n t a t o a t i n g i u uma c o n ta g e m variando entre 5 e 6 (Jog fl UFC.cmo2) . B RA B E S l (200 5 ) encontrou um valor méd io d e 5 , 8 (Iog l o d e U F C o c m o2) e n ã o c o n s t a t o u d i fe r e n ç a significati va no número de c é l u l a s aderidas de S. a ll re u s , à 30° C por 2 4 h o ra s , em p o l i p ro p i l e n o , p o l i e t i l en o , v i d r o e a ç o inoxidável A I S ! 3 04, #4, a 5 % d e probabi lidade pelo teste de Duncan . Quando se aval i ou a adesão de S. Enteritidis, obtiveram-se valores de 5,27 log UFC. cmo2 e 6,00 log UFC. c m o2 p a ra a ç o i n o x i d á v e l e gran i t o , respectivamente. A o contrário do observado com S. aureus, não h o u v e d i fe r e n ç a s i g n i fi c a t i v a (P=0,05) n o grau de adesão de S. Enterilidis, entre as superfícies avaliadas. 4 - CONCLUSÃO Tanto S. a ureus q ua n t o S. Enteritidis foram capazes de aderir ao aço inoxidável e ao gran ito em níveis q u e podem causar probl emas relacionados à saúde públi ca e também de ordem econômica. Assim, evidencia-se mais uma vez a importância de práti c as h ig i ên i c a s c orretas na i nd ú s t r i a de l a t i c í n i o s , e s t a b e l e c e n d o - s e p ro c ed i me n t o s o p e r a c i o n a i s p a d ro n i z a d o s d e higien ização, e m q u e s e inclui o u s o adequado d e agentes detergentes e sanitizant e s . 5 - ABSTRACT Adherence o f Staphylococcus aureus ATCC 6538 and Sa/monella Enteritidis ATCC 6539 was eval uated o n c o u p o n s ( 1 O c mx I O cm x I em) o f stainless steel A I S I 304 #4 and p o l is h ed granite. Coupons w e re i mm ersed on fl a s k s c o n t a i n i n g n u t r i e n t broth a d d e d o f 1 03 C F U . m L o ' - 1 0 4 C F U . m L o l o f S. a ureus o r S. E n t erit idis respect i v e l y . A fter 1 2 h at 2 8° C , the number� of adhe red c e l l s were determined swabb i ng the surfaces fol l owed by p l ate count. T h e n u m ber o f S. a ureus adh ered was h i g h e r ( P <0 . 0 5 ) on s t a i n l e s s s t e e l s u r fa c e ( 6 , 1 1 l o g U FC . c m o2) than on g ra n i te s u rface ( l o g 4 , 5 5 C F U . cmo2). For S. Enterilidis , these n um b e rs r e a c h 5 , 2 7 l o g C F U . c m o2 a n d 6 , 0 0 l o g C F U . c m°I, respectively. However, there was no s i g n i ficant d i ffe r e n c e ( P= 0 . 0 5 ) in t h e a d h e re n c e of So Enteritidis on s u rfac e s e v a l uated . The resuIts showed the i mp o rtance of the use o f ade quate hygiene pra ctices i n the d a i ry i ndustry i n c l udin g t h e c o rrect c h o i c e o f c l e a n e rs and san i t i zers. K e y w o r d s : a d h e s i o n , Staphy / o c o c c us aureus, Sa/monella Enleritidis, sta i n l e ss stee l , g ra n i te . 6 - A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E L AT i C í N I O S ZOTTOLA, E. A., SASAHARA, K. C. Microbial biofi lms in the food processing industry - Should they be a c o n c e rn ? I n ternatio n a I J o u r n a I of Food M i cro b i o l o gy , v. 23, p. 1 2 5 - 1 48 , 1 99 4 . ZOTTO L A , E . A . S p e c i a l t e c h n i q ue s fo r studying mi crobial b i o fims in food system. I n : TortoreIlo, M. L . , Gendel, S . M. Food microbial n ew t e c h n o I o g i e s . 1 FT b a s i c analysis s i mp o s i u m seri e s . Marc e l l Dekker, I N C . Capo 1 6, p . 3 1 5 - 346, 1 9 9 7 . RASTR EAB IL l DADE D E Bacillus cereus EM S U PERFíCI ES PÓS-PASTEU R I ZAÇÃO D E L EITE Traceability of Bacillus cereus o n milk pos-pasteurization surfaces R E F E R Ê N C I A S B I B LI OG R A F I C A S B O U L A N G E- P ET E R M A N N , L . Pro c e s s e s o f b i o a d h e s i o n o n s t a i n l e s s s t e e l s u rfa c e s a n d c l e a na b i l i ty : a rev i e w w i t h s p e c i a l refe re n c e to t h e foo d i n du s t ry . B i o fo u li n g , v. 5 , p . 2 1 36, 1 996. BRABES, K . C. S . I dentifícação e Capacidade de A d e s ã o d e S t a p h y l o c o c c u s s p p . I so l ad o s d e Manipuladores, Superfícies e A r de ambientes de uma I ndústria de Laticínios. Viçosa, M G : U FV, 2 0 0 5 . 8 3 p . Te s e ( D o u t o ra d o e m C i ê n c i a e Tecnologia de Alimentos) Universidade Federal de Viçosa, 2005 . H AY E S , P. R. M i c ro bi o logía e higiene de los a l i m e n to s . Tradução B e rn a b é Sanz P é r e z . Zaragoza : Acri b i a , p. I 8 7 - 1 9 6 , 1 99 3 . J U L L I E N , C . , B É N É Z E C H , T . , CARPEN T I ER, B., L E B R ET, V. , FAI LL E , C . I de n t i fícation of surface c haracteri st i c s rel e vant to the hygienic status o f stainless steel for t h e foo d i n d u s try. J o u rn a l of. F o o d E n g i n e e r i n g , v. 5 6 , p. 7 7 87, 2002. PARIZZI, S . Q . F. , AN DRADE, N . J . , SOARES, N. F. F., S I LVA, C. A . S., MON T E I RO, E . A. M. Bacteri a l adherence t o d i fferent i n e rt s urfaces e v a l u a t e d by e p i fl u o re s c e n c e m i c ro s c o p y and p l a t e c o u n t m e t h o d . B r a z i l i a n A rc h i v e s of Biology and Tec h n o l ogy, Curitiba, PR, v. 47, n . I , p . 77-83, 2004. SAEG. Sistema para Análises Estatísticas. Ver são 8,0. Viçosa: Fundação Arthur Bernardes, 2000. WONG, H ., C H U NG, Y., YU, J. Attachment and i n a t i v a t i on of V i b ri o p arah a e m o l y t i c u s on s ta i n l e s s s te e l a n d g l a s s s u rfa c e . F o o d M ic r o b iology, v . 1 9, p . 3 4 1 - 3 5 0 , 2 00 2 . Valéria Costa Salustiano1 Júnia Capua de Lima2 Patrícia Campos Bernardes3 Lívia Maria Pin heiro Luiz3 Patrícia É rica Fernandes3 Raquel Monteiro Cordeiro de Azeredo4 Nélio José de Andrade4 RESUMO No B rasi l , na ú l tima década, o transporte de l eite cru refrigerado das propriedades para a indústria tornou-se rea lidade, trazendo consigo preocupações com estirpes psicrotró fi cas de Bacilllls cere/ls deterioradoras de produtos l á c t e o s . A contam i nação com B acillus spp . , d e t e rm i n a d a no m e i o s e l e t i vo M Y P, fo i de 0 , 7 8 ± 0, 5 1 l o g U F C . m l o' em l e i t e pasteurizado e de 1 , 5 1 ±0 1 4 l o g UFC. cm':� em superfícies após a pasteurização . C ento e q u i nz e i s o l ad o s , 4 1 proven i e n t e s de l ei t e past e u ri za d o e 74 d a s s u p e r fí c i e s , fo ram identi ficados como Bacillus spp . e submetidos aos testes de Gram, motilidade, cresc i m ento rizóide, u t i l ização anaeróbica da g l i cose, red ução de nitrato, reação de Voges-Proskauer e d ec o m p o s i ç ã o da t i ro s i n a . Ao fi n a l das a n á l i se s , c on st a t o u - s e que 3 0 i so l a d o s de s u p e r fí c i e s e 1 2 d o l e i te fo ram i d ent i fi c a d o s como Bac illus cereus . O s r e s u l t a d o s evidenciam q ue as superficies pós-pasteurização podem recontaminar o l e i t e pasteu rizado, eventu a l mente, trazer conseqüências quanto à q ual idade do l ei te e extensão da vida úti l . Assim h á necessidade d e q u e a i ndústria de laticínios fiq u e alerta a o problema, e atenta para a adequação dos procedimentos de l i mp eza e sani tização dessas superfí c i e s . dade Estudante de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da U n i versi Federal de Viçosa. U n i versi dade 2 Estudante de mestrado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Ali mentos da Federal d e Viçosa. 3 Estudantes de C i ência e Tecnologia de Laticínios da U FY. 4 Professores da U FY. Pág . 1 63 Pág. 1 62 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LATI c í N I O S ANAIS DO XXII I CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS 1 - I N T R O D U Çà O A m a i o r i a d o s m i crorgani s m o s d e t e r i o radores i sol ados a p ó s o processamento do l e i t e s ã o G ra m -p o s i tivos, esporulantes, i n c l ui n d o o gênero Bac i l lus e sendo a espéc i e Bacil/us cereus a mais importante ( B OOR, 2 0 0 3 ) . A ocorrência d e Baci/lus cereus e m l e i te pasteurizado pode ser e x p l i c a d a b a s i ca m en t e por duas r a z õ e s ( S C H RAFT e t aI., 1 996). Uma delas, seria devido a sobrevivência de esporo s a pasteurização q u e estariam presentes n o l e i te i n natura. A outra, o co r re r i a p e l a r e c o n t a m i n a ç ã o do l e i t e p o r superfícies mal higienizadas após a pasteurização. Assim, as superfícies pós-tratamento térmico do leite merecem destaque, uma vez q u e nelas podem o c o rrer p ro c e s s o s d e a d e sã o . e fo r m a ç ã o d e b i o fi l me s . Ta i s formaçõe s c o n s t i tu e m -s e e m aglomerados d e m i c ro rgani s mo s embebido s e m m a t e ri a l e x t ra ce l u l ar , g e ra l m e n te e x o p o l i s s a c a r í d e o s q ue p ro t e g e m o s m i crorgan i sm o s c o ntra a ação d e detergentes e s a n i tizantes . A ati vidade b iológica do Bacil/us cereus no l ei t e pode l e v a r a a lteração d e proteínas e l i pí d i o s , originando o odor adocicado de frutas, p e l a ação de e nz i m a s l i p o I í t i c a s e p ro t e ol í ti ca s fre q uentemente afetando a extensão da vida ú t i l d o pro d uto ( G RAM e t a I . , 2 0 0 2 ) . O presente trabalho avaliou a ocorrência de Bacil/us cereus em c inco pontos após a pasteu rização: rosca da tubulação da máqu ina de envase, tanque de equilíbrio da máquina de envase; tubo q ue forma embalagem; bico de envase de l eite e tanque de armazenamento de l eite pasteurizado. 2 - M AT E RI A I S E M ÉTODOS S u p e rfí c i e s da ros c a d a t ub u l aç ã o d a máq u i n a d e envase, c o m área amostrada d e 4 2 cm2, d o tanque. de equ i l íb rio d a máquina d e envase com área amostrada de 5 0 cm2. . do tubo q ue enro l a a embalagem, c o m 8 1 cm2; e tubo de envase c o m 1 6 c m2 e t a n q u e d e a rm a z e n a m e n t o d e l e i te p a s t e ur i z a d o c o m á r e a a m o st r a d a d e 5 0 c m 2 fo r a m a mo st r a d o s p e l a t é c n i c a d o s w a b ( EVAN C H O e t a I . , 2 0 0 1 ) p ar a p o s t e r i o r d e t e rm i n a çã o d e Bacíllus cereus. As c o l e t a s for a m rea l i za d a s d ur a n t e n o v e s e m a n a s . A l í q uo ta s d a s d i l u i ç õ e s d e c i m a i s for a m inoculadas na superfície de á g a r MYP ( M E RCK) . As c o l ô n i a s q u e a p r e s e n t a m a t i vi d ad e d e l ec i t i n a s e e n ã o ferm e n t a r a m m a n i t o l , foram submetidas à caracterização b io q u í m ica p e l os t e s t e s d e c o l o ra ç ã o d e G r a m , m o t i l i d a d e , cres c i m ento rizóide, decomposição da t i rosina, fermentação anaeróbi a da glicose, teste de Voges Proskauer e redução d o nitrato (DOWNES e I TO, 2 0 0 1 ). 0 número de B acil/us cereus aderidos às superfícies foi expresso em UFC. cm-2• 3 - R E S U LTAD O S E D I S C U S S à O A ocorrência de Bacillus spp foi constatada no l ei te e nos vários pontos de amostragem após a pasteuri zação (Tabela 1 ) . No leite, a contagem variou de 0,3 log U FC. mL-' a 1 ,9 5 log U FC.mL I com uma média de 0,76 log UFC.mL- ' . Para as superfícies os valore s situaram-se entre 1 ,03 log UFC. cm-2 e 1 ,83 log UFC. cm-2, com uma média 1 ,5 1 log UFC. cm-2. Nas diversas superfí cies, foram anali sadas 1 1 5 colônias com características de Bacil/us spp, i so l a d a s de M Y P, a p re s en t a n d o a t i v i d a d e de lecitinase e não fermentação d e manitol (Tabela 2). Desse tota l , 4 1 c o l ô n i a s foram o r i g i nárias do l ei t e e 74 de superfí c i es pós-pasteurização. Constatou-se q u e 30 i solados das superfí c i e s e 1 2 do l e i te foram i d e n t i ficados como Baci/lus cereus, após a realização dos testes b i oq uí m icos e m o r fo - t in to ri a i s . L o c a l de c ol e t a Rosca da tubulação da máquina de envase Tanque de equilíbrio da máquina de envase Tubo formador embalagem B ico de envase de leite Tanque de armazenamento de l e i t e pasteurizado Média das superfícies L e i t e pasteurizado 5 - D es v i o p a d rã o 1 ,8 3 1 ,72 1 ,03 1,14 1 ,8 1 1 ,5 1 0,78 0,22 0, 1 1 0, 1 2 0,24 0,0 1 0, 1 4 0,5 1 B O O R , K . J . F l u i d m i l k pro d u c t s h e l f- l i fe e xt e n s i o n t h r o u g h e l i m i n at i o n o f s po i l ag e microorga n i s m s . F o o d S ci e n c e D e p a r t m e n t C o rn e l l U n i v e rs ity , 2 0 0 3 . ( C o m u n i c ação vi a e ma i l ) . DOWN ES, F. P., ITO, K . Compendium methods fo r tlte microbiolo gical examination of foods. 4" ed. APHA, 676p. 200 1 EVANCHO, G. M . ; SVEM, W. H . MOBERG, L. J. FRANK, J . F. Microbiological mon itoring of the food proc e ss i n g e n v i ro n m e n t . I n . D O WN E S F. P. ; ITO K . ; ed . ; C o m p e n d i u m of m e tlt o d s fo r tlt e m i c r o b i o l o g i c a I e x a m i n a t i o n o f fo o d s . Wa shington, DC , 4th edition, Chapter 3, p. 2 5 35. i n teracti o n s G RAM, L e t a ! . Food s p o i l a g e b etween food spoi l age bacteria . I n tern atio n a l J o u r n a l of . Food M i c r o b i o l ogy. v . 7 8 , p . 7 9 9 7 , 2 00 2 . S C H RAFT, H e t a I Epidemiological Typi ng o f Bac i l l u s spp . iso lated form Food. A p p lied a n d E n v i ro n m ental M ic r o b i o l ogy, v. 62, n O 1 1 , p . 4229 - 3 2 , 1 9 9 6 . S U M M A RY , Tabela 2 - Isolamento de Bacillus cereus em leite e superfícies pós-pasteuri zação Os resultados evidenciam q ue as superfícies pós-pasteuri zação podem reco n t a m i n a r o l e i t e L o g U FC . crn-2 6 - R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G RÁ F I C A S I n Brazil , i n the 1 ast decade, was i nitiated the refrigerated raw m i l k tran sportat i o n from fa rm to i ndustry, consequently, concerns about psy crotrop hic Bac i/lus cereus stra ins has b e e n in creas ing in t h e dairy i ndustry. T h e numbers of Ba cillus s p p , c o u n t e d o n MYP a g a r , w e re O,7 8±0,5 1 log C F U . ml - 1 in t h e pasteurized m i l k and 1 ,5 1 ± O 1 4 l o g C F U .cm-2 o n equipment surfaces aft er pasteuriza t i o n . O n e- h u n d red a n d fi fteen isol ated on MYP agar, 41 from pasteurized milk and 74 from surface equipments were evaluated by Gram stain, motility, rhizoid growth, anaerobic utilization of glucose, reduction of nitrate, Voges Pros kauer reaction, and tyro s i n e decomposition . From them, t h i rty i so l at e s from s urfa c e s and tw e l ve fro m m i l k s h ow e d c h a ra c t e ri s t i c s of Bacillus cereus. The results showed that Bacillus cereus from surfaces i nadequat e l y c l eaned and sanitized can recontami nate and spoi l pasteurized 4 - C O N C LU S à O Tab e l a 1 - L ogaritmo d o n úmero d e i s o l ados e m M YP características ou n ã o de Bacíl/us cereus e m l e i te pasteurizado ( U F C . m L - ' ) e superfícies pós-pasteurização(UFC.cm-2) m i l k, reduc ing the shelf-l i fe and being cause of foodborne di sease. pa st euri zado, eventua lmente, trazer conseqüên ci as qua nto à q ua l i dade do leite e extensão da vi da úti l . Assim, há necessidade de que a indústria de l ati c í n i o s fiq u e atenta ao pro blema e faça a e a de q u a ç ã o d o s p ro c e d i m e n t o s de l i m p e z a saniti zação dessas superfí c i e s . * I d e n ti fi c a ç ã o b i o q u í m i c a % I de n tificação p o s itiva positiva de Bacillus cereus * * A m o stras Bacil/us s p p . * Rosca da tubulação d a máquina d e envase Tanque de equil íbrio da máquina de e nvase Tubo formador embal agem Bico d e envase d o leite Tan que d e armazenamento d e l eite pa steurizado Isolados do l eite pasteuri zado Isolados das superfícies Total de 12 5 I I 4 36,30 7 5 43 ,70 3 5 ,7 0 16 14 4 1 ,60 21 9 42,8 41 74 1 15 12 30 42 29,20 40,50 Atividade d e l ectinase positiva e não fermentação d e manitol. Gram positivo; mot i l idade negat iva; cresci mento rizóide negativo: fermentação anaeróbia da glucose positiva: Voges ** Proskauer positivo; redução do n itrato negativa: decomposição da tirosina negativa. • • • • • • • Pág . 1 65 Pág . 1 64 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACION AL DE LATiCíN IOS R EMOÇÃO DE COLESTEROL DA GORD URA DO LEITE Cholesterol removal of milk fat by adsorption Gerson de Freitas Silva Vale nte 1 Sebastião César Cardoso Brand ão2 RESUMO o processo de remoção de col esterol d a gordura de l e i te por ad sorção em s í li c a gel foi estudado como uma a l ternativa para a e laboração de produtos lácteos com baixo teor de colestero l . Ava l i o u-se o efeito das variáveis, altura do l eito, a temperatura e a granulometria da s í l ica gel. Os dados experimentais mostraram que é possível produzir óleo de manteiga com 95% de redução no nível de colestero l . Esse processo foi aval iado quanto a possível fo r m a ção d e ó x i d o s d e c o l e s t e ro l . A n á l i s e s fe i t a s por H P L C d e t e rm i n a ra m que a concentração dos óxidos 2 5 -h idrox i c o l e sterol e 7 - B - h idrox i c o lestero l estavam abaixo de 10 mcg/g óleo e 5 mcg/g ó l eo, respectivamente. I NT RO D U Çà O 1 2 1 ,0 0 se",au i n do .as metodo l o g i a s de C a s i ra. g h i et a I . ( 1 99 4) e Chen et a I . ( 1 99 1 ) , re spectlvamente . . segundo Os trata mentos fo ra m a p l icados u m e s q u e m a fa t o r i a l com 3 re p e t i ç õ e s n u m d e l i neame nto i nt e i r a m e n t e ao a c a s o , � e n d o 3 ní veis de temperatura, 3 níveis de quantIdade de síl ica e 2 granulometrias da síl ica. Y do leite por adsorção e seus efeitos na formaç ão de óxidos de coleste ro l . M AT E R I A I S E M É TO D OS A gordura anidra usada no experime nto foi preparad a pelo aquecime nto de manteiga a 60°C e p o s t e r i o r c e n t r i fu ga ç ã o n u m a a c e l e ra ç ã o equi valente a 800 g por 1 0 m i n u t o s . P a r a cada repetição foi p reparado um ó l e o d e m a n t e i g a p a ra e v i t a r p o s s í v e l formaçã o d o s ó x i do s de c o l e sterol durante o a rmazena mento . A e x t ra ç ã o de c o l e s te r o l do ó l e o d e m a n t e i ga fo i e s t u d a d a n u m a c o l un a c ro m a t o g rá fi c a d e a ç o i n ox i d á v e l , c o m d i âm e t ro i n t e rno de 22 m m e p reenchid a, manualm ente, com síl ica gel . O óleo de manteiga foi inj etado c o n t i n u a m e n t e e m q u a n t i dade s u fi c i en t e para · saturar o adsorven te. Gás n itrogênio foi u sado p a ra c o n t ro l e d o fl u x o e u m a e s t u fa p a ra o c o n t ro l e de t e m p e ra t u r a . F ra ç õ e s do ó l eo de mantei ga foram coletadas em função do volume e s u b m e t i d a s à a ná l i s e q u a n t i t a t i v a p a ra a d et e rm i nação da c o n c entração de c o l estero l e c o n c e n t ra ç ã o de ó x i d o s de c o l e s t e r o l p o r c ro ma t og r a fi a l í q u i d a d e a l to d e s em p en h o Professor da Escola Agrotécnica Federal de Inconfidentes. Professor Titular da Uni versidade Federal de Viçosa. Financiamento : CAPES e CNPq. 0 ,80 . 0 ,60 . 1" 0,00 70 oC I .. 80 oC 0 ,4 0 . L.. 90 oC '' �- 0,20 . I L--_���:..=::...____ ..; ...-_ 10 15 R ES U LTA D O S E D I S C U S S à O A concentração inicial de colesterol no óleo de manteiga foi de 246 mg + 1 5 mg em 1 00 g. . Os mode l o s p o l i n o m i a i s foram aj ustados por regressão util izando o programa S I SVA R. As curvas de ruptura são apresentadas na Ta �e l a 1 . O termo y é a razão entre as concentra5 oes de col esterol na fase móvel na saída do l e I to e no ó l eo de m a n t e i g a o ri g i n a l , X é o c o l e s t e r o l inj etado no l e ito ( mg) p o r grama de s í l i c a . Figura 1 - C urva d e r u p t u ra p a r a a s c o l u n a s c o m 1 0, 0 g de s í lica e granulometria d e 5 -4 0 m i c rômetros. A Tab e l a 2 a p r e s e n t a e q ua ç õ e s r e p r e sentando os e feitos da altura do l eito ( massa de s í l ica) e da temperatura para cada tipo de sílica para redução de 95% do teor de c o lestero l . Pelas equações da Tabela 2, nas q uais X é a temperatura CO C) , Y é a quantidade de sílica (�� e Z é o colesterol injetado (mg) por grama de sIlIca pode-se verifi car q ue a uma tempera �u ra me � or para a s í l i ca de menor g ra n u l o m e t n a permIte Na Fi aura I são representadas as curvas d e ruptu ra pa :a a s í l i c a de m e n o r g ra nu l o m etria representando o e feito da temperatura para as colunas com 1 0,0 g de sílica. P a l avras-chave: Adsorção, Redução, S í l i c a . E x i st e m v á r i a s t e c n o l o g i a s d i sp o n í v e i s para a redução d e colesterol em alimentos, entre elas, a desti lação de vapor a vácuo ( BOUDREAU e ARU L , 1 99 3 ) , a desti lação m o l ecular de v i a c u rta (LA NZAN I et a I . , 1 994), a e xtração c o m fl uido supercrítico (BOUDREAU e ARUL, 1 99 3 ; C H AO e t a I , 1 99 1 ; K A U F M A N N e t a I , 1 9 8 2 ; MOHAMED e t aI, 1 998), a apli cação de enzimas ( B O U D R EAU e A R U L , 1 99 3 ; AN D E R S ON et a I . , 1 99 5 ; G I LL I LA N D , 1 9 8 5 ; G I L L I LA N D e S PECK, 1 97 7 ; KLAVER e MEER, 1 99 3 ; RAS I C e t a I . , 1 9 9 2 ; T H A R I , 1 9 9 5 ) , a l ém d o u s o d e compl exantes ( B O U D R EAU e AR U L , 1 99 3 ) e substitutos de gordura ( S L I KTA, 1 996), extração com sol ventes (CZECH et aI , 1 993) e o processo de ad s o rç ã o ( K E E N , 1 9 9 1 ) . A l g u n s m é t o d o s i mpossib i l i tam a uti l i zação do produto a p ó s o trata m e nt o p a ra e x t ra ç ã o d o c o l e s t e ro l , p o r exemplo, o l eite pode não ser apropriado para a produção de q ueij o, por não mais ser capaz d e coagul a r. O utro probl e ma é a poss i b i l idade de oxidação do colesterol durante a extração, dando origem a substâncias tóxicas o que i mposs i b i lita o consumo do produto. O obj etivo dessa pesquisa foi e s t ud a r o e fe i t o de a l gu ma s variá v e i s d e processo na remoção d o c olesterol da gord u ra A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L DE LATi C í N I OS Tabela 1 - Modelos polinomiais ajustados aos dados das curvas de ruptura (p < 0 , 0 5 ) . T (°C) Massa (g) Granulometria (micrômetros) 70 80 90 70 80 90 70 80 90 70 80 90 70 80 90 70 80 90 1 0.0 1 0,0 1 0,0 1 2,5 1 2 ,5 1 2,5 1 5 ,0 1 5 ,0 1 5,0 1 0,0 1 0,0 1 0,0 1 2,5 1 2.5 1 2,5 1 5 ,0 1 5 ,0 1 5 ,0 5 a 40 5 a 40 5 a 40 5 a 40 5 a 40 5 a 40 5 a 40 5 a 40 5 a 40 45 a 60 45 a 60 45 a 60 45 a 60 45 a 60 45 a 60 45 a 60 45 a 60 45 a 60 Equações R2 + 0,4356X: - 4,6236X + 1 5 ,7877 + I ,2252X2 - I I ,3002X + 33 ,8989 + 0 ,7260X2 - 5,5892X + 1 3 , 8404 + 1 ,9 1 99X2 - 1 8,5840X + 5 8 ,909 1 + 0,7989X2 - 6,847 1 X + 1 8,9565 + 1 ,8585X2 - 1 3 ,8 1 30X + 33,2838 + I, 1 500X2 - 1 I ,9599X + 40,4848 + 2,9305X2 - 25 ,7242X + 74, 1 686 + 1 ,0743X2 - 8,6698X + 22,6 1 4 1 v = - ° 006 1 X' + 0, 1 563X2 - 1 , 1 403X + 2,6 1 34 � = - 0 0046X3 + 0, 1 25 7X2 - 0,9385X + 2, 1 080 y = - 0,0088X3 + 0,2 1 9 1 X2 - I ,6007X + 3,6896 y = - 0,0260X3 + 0,6393X2 - 5,3930X + 1 3 ,9385 Y = - 0 ,004 1 X3 + 0, 1 1 60X2 - 0,9262X + 2,2884 y = - 0,0 1 80X3 + 0,43 55X2 - 3,2096X + 7,5259 y = - 0, 1 253X3 + 2,9323X2 - 22,2247X + 54,9 1 3 1 y = - 0,0362X3 + 0,8488X2 - 6,2694X + 1 4,8762 - - 0,0394X3 + 0,8972X2 - 6,4526X + 1 4,96 1 2 0,762 1 0,78 1 2 0,8 1 49 0,9908 0,9850 0,788 1 0,9320 0,9756 0,8637 0,7586 0 ,8904 0,9689 0,9903 0,7344 0.9789 0,9774 0,9774 0,9323 y = - 0,0 1 29X' y = - 0,0427X' y = - 0,0295X3 y = - 0,0645X3 y = - 0,0296X3 y = - 0,0 800X3 y = - 0,035 7X3 y = - 0, 1 090X' y = - 0,0424X3 : - de 95% da Ta bela 2 - Efeito das variáveis na quantidade máxima de colesterol adsorvI' d o para red uçao conc entração de c o l esterol (p<0, 0 5 ) . Granulo metria 5 a 40 45 a 60 Z = 1 6,0834 - 0, 1 248 X + 0 , 1 1 40 Y Z = Pág. 1 66 digitalizado por 0,92 1 8 arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E L AT i C í N I OS ANAIS DO XXI II CON G R ESSO NACIONAL DE LATICíN IOS i nj etar uma m a i o r massa de c o l esterol para se obter 95% de redução na concentração de coles terol. Quanto maior a altura do leito (quantidade de síl ica) maior o aumento na carga máxi ma de colestero l . Para a s í l ica de maior granulom etria, a temperatura e a altura do leito não apresentaram nenhum e feito estat i sticamente sign i ficativo no processo, ao nível de 5% de probabi l i dade . Isso permite concluir que para as condições de trabalho uti l izadas, que a relação entre o diâmetro da coluna e al tura, tem efeito sobre a quantidade máxima de c o l e s t e r o l ad s o rv i do p a ra a s í l i c a de m e n o r gran ulometria, provavel mente p e l a redução d a formação de cana i s preferenciais. Para a coluna c r o m a t o g r á fi ca com a s í l i c a gel d e m a i o r gran ulometria, esse e fe i to não foi observado. Foi v e r i fi c a d o que o s t r a t a m e n t o s não p ro v o c a r a m a u m e nt o na c o n c en t r a ç ã o dos óxidos de colestero l . Concentrações dos óxidos estavam abaixo do l i mite de detecção do método de an á l i s e ( 1 0 m c g /g de ó l e o p a ra o 2 5 hidrox icol esterol e 5 mcg/g d e óleo para o 7-B h i drox i c o l estero l ) . Keen ( 1 99 1 ) conc l u i u q ue a cromatogra fia d e a d s orção pode ser usada p a ra redução do colesterol e seus óxidos em gordura de leite anidra. Em seu trabalho, usando carvão como adsorvente os ó x i do s an a l i s a d o s fo ram c o m p l e ta m e n t ; removidos nas prime i ras frações da fase móvel e entre e s t e s , o 5 , 6 - a - e p o x i c o l estero I . Portant o , considerando estes resultados e que o ó x i d o 25hi droxicolesterol é um dos óx idos mais tóxicos, o processo de adsorção é um processo que poderá ser usado para reduzir o teor de colesterol e seus óxidos da gordura de leite anidra. CONC L USÕES Obteve-se uma redução de até 95% na con centração de colesterol para as primeiras frações. Para a s í l ic a de m enor gran u lometria, fo i possível i nj etar uma q uantidade máxima de 8,974 mg de colesterol por grama de sílica para atingir a redução de 95% na concentração de colesterol no ó leo. Para a síl ica de maior granu lometria, a quantidade máxima de colesterol admitida foi de 6,088 mg colesterol por grama de sílica geJ . Os t ratamentos não provocaram aumento n a c o n c e n t ra ç ã o dos ó x i d o s de c o l e s t e ro l . Concentrações inferi ores a 1 0 mcg/g d e óleo para o 25-hidroxicolesterol e 5 mcg/g de ó l eo para o 7 - B - h i drox i c o l e s terol . A BS T RA C T T h e process o f cholesterol removal of m i l k fat by adsorption on s i l ica gel w a s evaluated a s an a l t e r n a t i v e fo r t h e " c h o l e s t e ro l -red uced" e l a b o ra t i o n o f m i l k p ro d u c t s . C h o l e s t e ro l removal of butter o i l was studied in columns of same d iameter, with variations in the height of the bed, the temperature and the part i c l e s size di stribution of the s i l ica. The experi mental data showed that it i s poss i b l e to produce butter oi! w i th a reduction of up to 95 % in the cholestero l concentrati o n for t h e first e l uated. I t 's process of removal cholesterol o f milk fat was evaluated for the presence of cholesterol oxides. Analysis by H P L C d e t e rm i n e d t h a t c o n c en t rat i o n of c h o l e s t e ro l o x i d e s were 1 0 m c g/g o i l fo r the o x i d e 2 5 - h i d ro x i c o l esterol and 5 m c g/g oil for t h e o x i d e 7 - B -h i drox i c o l estero l . Keywords: Adsorpti o n , Reduced, S i l ica. ed K L AV E R, F. A . M . ; M E E R, R. T h e a s s u m and i l l i tobac ac l y b esterol l o h c f o on i at l i a ssi m Bijidoha cleriulI1 b!fldulI1 i s due to their bile salt and Ap plied ac t i v i ty. d econj u g a t i n g E nvi r o m e n tal M i c r o b i o l o g y , v . 5 9 , p . 1 1 2 0 1 1 2 4, 1 99 3 . LAN Z A N I e t aI . A n ew short-path d i st i l l ation s yste m app l i cd to the reducti on o f c h o l est erol in b utter and lard. J o u rn a l o f A m er i c a n O i l C h e m i s ts S o c i ety, v. 7 1 , p . 6 0 9 - 6 1 4, 1 99 4 . MOHAMED, R. S.; N EVES, G . B . M; KIEC KBU SCH, T . G . Reduction i n cholestero l and frac tionation of butter oil using supercritic al CO" w it h adsorptio n on a l u m i n a . I n t e r n a ti o n a l Journal of Food Science a n d Tec nology, v . 3 3 , p . 445-454, 1 99 8 . R A S I C, J . L . ; V U .l I C I C, I . F . ; S K R I N J A R , M . A s s i m i l at i o n o f c h o l e s t e ro l b y s o m e c u l tures of l a c t i c a c i d b a c t e r i a and b i fi d o b a c te r i a . B i o t e c h n o l o g y L e t t e r s , v. 1 4 , p . 3 9 - 4 4 , 1 992. S L I KTA, M . J . C . Tec n o l o g i a p ara redução d e colesterol e m al imentos: a l imentos c o m baixo teor de gordura. I n : S E M I N Á RIO "COL E S T E R O L : A NÁLISE, OCORRÊNCIA, REDUÇ ÃO EM A L I M EN T O S E I M P L I C A Ç Õ E S N A S A Ú D E", 1 99 6 . Cam p i na s - S P. I nstituto de Tecnologia de A l imentos-ITAL, 1 996. Paginação i rregular T H A R I , K. K.; CROCI A N I , J . ; B A L LONG E, J. E ffec t s o f t h r e e stra i n s o f b i fi do b a c t e r i a o n c h o lestero l . Letters i n A p p l i e d M ic ro b iology, v. 2 1 , p . 1 49 - 1 5 1 . 1 9 9 5 . R E F E R Ê N C I A S B I B L I O GRÁ F I C A S A N D ERSON, H . ; BOSA E U S. I . ; E L L E G A RD, L. E ffect of l ow-fat m i l k on cholesterol absorption and excretion i n il eostomy subj ects. E u ropean J o u r n a l C l i n i c a I N u t r i ti o n , v. 49, p. 2 74 28 1 , 1 995. B O U D R E A U , A . ; ARUL, J . Cholesterol reduction and fat fracti onation techno logies for m i l k fat: an overview. Journal of Dairy Science, v. 76, p. 1 772- 1 78 1 , 1 99 3 . C A S I R A G H I e t aI. Cholesterol determ ination in b u t t e r by h i g h p e rfo r m a n c e c h ro m atography. M i l c h w i s s e n s c h a ft, v. 4 9 , p . 1 94 - 1 9 6, 1 9 9 4 . C H A O e t a ! . S u p e rc ri t i c a l C O , c o n d i t i o n s a ffe c t i n g e x t rac t i on o f l i p i d a n d c h o l e s t e ro l fro m g r o u n d b ee f. J o u r n a l o f F o o d S c i e n ce , v. 5 6, p . 1 82 - 1 8 7 , 1 9 9 1 . CZECH, B . ; PETER, S ; W E I D N ER, E . The rea l i ty o f c h o l e st e ro l - fr e e b u t t e r. D a i ry I n d u s try I n te r n a ti o n a l, v. 5 8, p. 2 5 - 2 7 , 1 99 3 . F U RTA D O , D . A . S I S VA R : S i s t e m a p a r a A n á l i s e s E s t a t ís t i c a s : U F L A , L a v ra s - M G . Versão 4 . 6 , 1 99 9 . G I L L I LAND, S . E . ; N ELSON, C. R.; M AXWELL, C . A s s i m i lation of c h o l esterol bv actobaci l l us acidophi l us. Applied and É nviromental M i cr o b iol ogy, v. 4 9 , p . 3 7 7 -3 8 1 , 1 9 8 5 . G I L L I LA N D , S . E . ; S PECK, M .L. Deconj ugation of b i l e acids by intestinal lactobac i l l i . Applied a n d Enviromental M icrobiology , v. 3 3 , p . 1 51 8, 1 977. KA U F M A N N , V. G . e t aI. F raktioni erung von b utterfe lt d u rch e x t raktion mit uberkri t i schem C O · M il c h w i s s e n s c h a ft, v. 3 7, p . 9 2 , 1 9 8 2 . 2 K E E N , A . R. Method o f producing a substantially stero l free fat o r oil. U n ited States Patent US 503954 1 , I I p., 1 99 1 . AVALIAÇÃO D E FATORES M OTIVACIONAIS I DENTIFICADOS PARA FACILITAR A IMPLANTAÇÃO D E SISTEMAS DA Q UALIDADE EM UMA I N D ÚSTRIA D E LATiCíNIOS Evaluation of the motivation factors identified to facilitate the implantati on of quality systems in dairy industry Lievore, Caroline 1 Carvalho, Hélio Gomes de2 RESUMO Este artigo apresenta um estudo sobre q u a i s são os pri nc ipais fatore s motivac io n a i s que nas contribuem para o comprometi mento dos colaborador es com os Si stemas da Quali d ade através de organi zações. A metodologi a u t i l i zada foi uma pesquisa exploratória rea l i zada ual u m estudo de caso e m uma I n d ú s tria de La t i c í n i o s si tuada no estado do Paraná, a q te 1 7 00 d i s p õ e de d i v ersas l i n h a s d e p r o c e s s a m e n t o , q u e e m p r e g a m a p ro x i m a d a m e n s, col aboradores. Como i nstrumento de pesquisa foram uti l i zados questionári os estruturado que e Constatou-s pessoas. nte i v com sta i v entre uma os quais fo ram preenchido s d urante zações para alcançar o sucesso na i mplantação e sucesso dos Sistemas da Qualidade, as organi destaque maior tiveram que fatores Os financeiros. os investiment não precisam de grandes valorização nos resultados são os voltados para o lado pessoal de cada colaborador, como . onal i ss profi to crescimen de lidades e possibi Palavras-chave: Q u a l i dade de Lácteos - Motivação - S i stemas da Qual idade. I 2 Mestranda Engenharia de Produção - UTFPR - Ponta Grossa - [email protected]. Dr. Prof. de Engenharia de Produção - UTFPR Curitiba - helio@cefetpr. br. Pág . 1 69 Pág. 1 68 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LAT i C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONG RESSO NACIONAL DE LATi CíNIOS 1 - I N T RO D U ÇÃO A s técnicas d e u m programa d e Qualidade Total são claras, e teoricamente são estimulantes, prom e t e n d o m e l h o ri a s de v á r i a s o rd e n s n o contexto organizac i o n a l . C on t u d o , na prá t i c a fun c i o n a m a p a r t i r d o c o mp r o m e t i m e n t o d a s pessoas, ou sej a, da motivação que deve permear o programa. Comprometer-se com a q u a l i dade nos processos p ro d u t i v o s depende d o grau de motivação que está presente nos indivíduos ao se praticar, de dentro para fora, seu trabalho. Cabe às organizações se q ue stionarem para entender o que l eva o ser humano a se motivar, voltando o seu foco para a busca da qualidade, avaliando de que man e i ra o c o m p ro m e t i m e n t o o c o rre nas pessoas ( S I Q U EIRA N ETO, 2004). S eg u n d o H e rs e y & B l a n c h a rd ( 1 9 9 6 ) é responsabil idade da admin istração determinar o nivel de desempenho dos e mpregados que, por sua vez, determi nará o grau de eficácia com q ue serão a lcançados os obj etivos da empresa. P a rt i n d o do p r e s s u p o s t o q ue o c o m pro m e t i m e n t o das p e s s o a s é fun d a m e n t a l para a real ização da qual idade, e que segundo Mowday et a I . ( 1 9 7 9 ) o comprometim ento é "o estado psicológico que caracteriza o relacionamento do fun c i onário c o m a organização, s e n d o e s s e a força relativa de identi fi cação e e n v o l vimento de um indivíduo em uma organização" , ou sej a , e s t e fator é impresc indível para q u e a empresa a lcance seus objetivos e metas. Dentre as d i ficuldades encontradas para a i m p l a n t aç ã o do S i s t e m a da Q u a l i d a d e , a motivação dos colab oradores se destaca. Por este motivo constatou-se a necessidade de identi fi car q u a i s os fatores m o t i v a c i o n a i s que tornam os c o l ab o radores m a i s i n t e ressados p e l a i m p l a n t a ç ã o e s u c e s s o d o S i s t e m a , e a t ra v é s d e s s a ava l i ação propor n a e mp re s a u m a r e fo rma na c u ltura organizac iona l . 2 3 3.1 a) M ET O D O L O G I A Como instrumento de pesquisa foi rea lizada uma e nt re v i sta com q ue stões e s t ru t urada s . As v i n te p e s s o a s que p a r t i c i p aram d a e n t r e v i s t a fo ram e sc o l h i da s p o r e s t a re m l i ga d a s d i re t a m e n t e à i m p l a ntação do Si stema da Qualidade na Indústria em questão. Os questionários foram apl i cados durante uma entrevista, durante o mês de novembro de 2004. Os fatores motivacionais p e s q u i sa d o s fo ram d i v i d i d o s e m t rê s grup o s : F a t o re s P e s s o a i s , F a t o r e s Organ izac i o n a i s e Fatores li gados ao S i stema da Q u a l i dade. O s resultados s ã o apresentados c o n forme os graus de concordân c i a em perc entual . R E S U LTA D O S E D I S C U S S Õ E S - F a t o r es P e s s o a i s Se a empresa valorizar minha força de trabalh o , eu contrib u o p ara o s u cesso do Sistema da Qualidade? Em re l aç ã o à v a l o r i z a ç ã o da fo rça d e trabal h o , 8 0 % d o s respondentes acreditam q u e u m a maior valorização do funcionári o p o r parte da empresa é um fator que faci l ita a motivação d o s c o l a b o ra d o r e s . E l e s p re c i s a m s e s e n ti r i mportantes na e m p re s a p a ra q u e e x i s ta u m a l igação estreita entre seus o bj e t i v o s p essoais e os obj et i v o s da o rgan i za ç ã o . Q u a n to m a i s os c o l a b o ra d o r e s e s t i v e re m sendo v a l o r i z a d o s m a i o r é o seu envo l v imento c o m o S i stema d � Q u a l i d a d e . E n q ua n t o a p e n a s 2 0 % d i s c o rdam p l e n a m e n t e q u e sua c o n t r i b u i ç ã o e s t ej a determ i nada por sua val orização n o trab a l h o . b) De forma geral, o Sistema da Qualidade me traz benefícios? O b s e rva-se que, 8 0 % d o s c o l aboradores a c r e d i t a m que o S i s t e m a d a Q u a l i d a d e t ra z benefícios pessoai s , p o i s todo o processo exige um investimento da empresa nos colaboradores, vi sto que os mesmo participam de treinamentos ' e a p r e n d e m c o m o traba l h o b a s ea d o e m progra mas de qual idad e . Q uando a empresa se preocupa com o bem estar do func ionário, ela também d e m o s t ra que a p e rman ê n c i a dele na o rganização é fun damental para o s e u desen v o lvimento econômico. Apenas 1 0%, não têm c erteza d e q u e o S i s t e m a da Q u a l i da d e t raz b e n e fí c i o s p e s s o a i s , acreditando q u e o s pro g ra m a s e x i s t e n t e s n a organi zação prom o v em apenas benefícios para a empresa. c) - - Min h as p e rsp e c tivas de e v o lu çã o e oportunidades de promoção /la empresa m e estim u la m a e n vo lver- m e c o m a q u alida de ? O b s ervo u - s e q u e 6 0 % d o s en tre v i stados acreditam q u e s e ex i s t i r a p o s s i b i l i dade de crescimento na empresa, esses podem m e lhorar s e u d e s e m p e n h o c o m r e l a çã o ao S i st e m a da Qualidade. Para 20% as perspectivas de crescimento profissional dentro da organização, não são fatores determinantes p a ra s e u envo l v i me n t o c o m o Sistema. Nota-se a necessidade da empresa em dotar as c a rr e i ras d o s c o l a b o radore s c o m d i fe rentes experiências e definir cargos e salários avaliando e reconhecendo as competências e habilidades que ca da c o l aborador possui . A p e n a s 2 0 % d o s en tre vi stad o s di scordam t o ta l mente q u e essas pe rspe ctivas infl uenciem na sua motivação. A empresa pre cisa m e tra n s m itir segurança para que eu me preocupe com a q u alidade dos d) Com relação à segurança que a empresa pode trans mitir aos funcionários, sua credibi l i dade, e com petitividade no mercado, não se mostraram im portantes, v i s t o que 40% dos entrevistados disco rdam que e s te fat o r s ej a r e l e v a n t e . D o s c o n c o r d a ram apenas30% entrev i s t a d o s , plenam ente, q ue é necessári o estar seguro em relação à solidez da empresa no mercado para se preocupa r com aspectos voltados à qualidade. Os demais não sabiam se este fator influencia em sua dedicação e/ou preocupação . Minhas necessidades pessoais influenciam no m e u desempenho com o Sistema da Qualidade ? e) Com relação às necessi dades pessoais, o u seja, a necessidade de manter um emprego, 40% dos entrevistados concordam que esse é um fator re l e v a n t e p a ra a m o t i v a ç ã o . P o ré m 6 0 % acreditam q u e independente da necessidade d e trabalhar, sempre buscam fazer o melhor e m suas atividades e com o envolvimento com o Sistema da Qualidade. 3.2 a) - Fatores Organizacion ais O b o m c o n V 1 V l O c o m m e u s up e rior é fundamental para motivar meu interesse pela Qualidade? Dentre os fatores organizacionais, 7 0% dos entrevistados concordam, que o bom convívio com seus s up e ri o re s é fundamental para mantê - l o s motivados a contribuir com o Sistema d a Qualidade. Além do bom convívio, os entrevistados acreditam que o comprometi mento dos supervi sores com o Sistema da Qual idade deverá ser exemplo para que todos se sintam motivados na organização. 10 % não souberam responder e 20% discordam que seu relac i onamento com a c h e fi a provoque a lguma diferença em seus interesses. b) O salário define o meu desempenho na implantação do Sistema da Qualidade? Segundo Robbins (2002), o dinhe iro pode m o t i v a r a l g u m a s p e s s o a s , sob d e t e rm i n adas condições. A resposta para i sso é : pode ! Mas a questão relevante é: o dinheiro é o motivador da maior parte da força de trabalho hoje em dia? E a resposta para isso, e não. P a ra q u e o d i n h e i ro motive o desempenho de uma pessoa, este tem que ser importante para ela. Porque o dinheiro não é importante para todos. Os grandes real i zadores, por exemplo, são motivados i ntri nsecamente. O dinheiro tem pouco impacto sobre estes indivíduos. O dinheiro então deveria ser percebido como uma recompensa direta pelo desempenho. A pesquisa comprovou as palavras de Robbins (2002), o nde 70% discordam plenamente, que esse seja um fator determinante na motivação para o S i stema da Q ua lidade. Porém 20% concordam que o salário poderá e l evar sua motivação. c) As condições ambientais de trabalho e o clima interno da organizaçéio estimulam m e u des emp en h o c o m o Sis tema da Q u alidade ? O b s e rv ou-se q u e 7 0 % d o s e n t r e v i s t a d o s concordam totalmente, que o c l i m a interno o u a s c o n d i ç õ e s a m b i e n t a i s de t ra b a l h o s ã o importantes motivadores, visto que o rel aciona mento com os colegas, as condições em q u e o c olaborador trabal ha e passa horas do seu d i a , i n fl ue n c i a m d i re t a m e n t e no s e u d e s e m p e n h o p e s s o a l , e conseqüentemente, p o d e m estim u la r o u desmotivar os colaboradores para o Sistema da Qualidade. N enhum dos entrevistados acredita q u e o c l ima interno da empresa não i n fluencie na s u a m o t i vação. N e nhum d o s e n t rev i s t a d o s d i s c o r d o u d e s s a p re m i s s a , e o s d e m a i s n ã o souberam op inar. d) O meu comprometimento com o Sistema da Qualidade depende da existência de um retorno fin an ceiro extra por parte da empresa? Dos entre v i stados, 80% d i sc o rdam tota l mente que o comprometi mento com a qual idade esteja relac ionado com algum retorno fi nanceiro extra. Apenas 1 0% concordam parcial mente q u e se a empresa apresentar a l g u m t i p o de benefício fi nanceiro como, por exemplo, um programa de participação nos lucros e resul tados da empresa, aí o S i stema da Q u a l i dade poderá c on tar c o m colaboradores mais motivados. Os demais, 1 0% não souberam responder. e) Conhecendo os resultados financeiros da empresa eu ficarei mais motivado com o Sistema da Qu alidade? O b s e rv o u-se q u e 4 0 % d o s e n t re v i s t a d o s Pág . 1 7 1 Pág. 1 70 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS discordam que conhecer os resultados financeiros, l ucros e prej uízos fariam d i ferença na motivação para com o S i stema da Q u a l i da d e . Entretanto, 60% concordam totalment e q u e poderiam estar mais dispostos a contribuir com os programas da empresa se tivessem acesso a estes valores. Desta forma se sentiriam donos da organização, tendo conheci mento se a e mpresa está crescendo com resultados positivos, ou se é necessário concentrar esforços para diminuir possíveis perdas. 3 .3 - F a t o r e s de S i s te m a da Q u a l i d a d e a) O gestor de qualidade é responsável pela m otivação dos colab oradores ? A m o t i va ç ã o é i n t r í n s e c a à s p e s s o a s e ninguém motiva ninguém. Esta frase se mostra verdadei ra apenas para 40% dos e ntrev istados . Apesar d i s so, 60% concordam q u e o gestor da q u a l i d a d e p o d e m o t i v ar a e q u i p e a tra v é s de i nc e n t i v o , c o n s c i e n t ização e t re i namentos. b) O Sistema da Q u alidade de ve p restar info r m a ções s o bre o des e mp en h o individual no programa? Observa-se que 9 0% concordam total mente que as i n formações q ue o sistema presta para os colaboradore s como i n d i cadore s d e q u a l idade, estado d e organização e l i mpeza d o s setores, recl a m a ç õ e s d e c l i en t e s , c on s u m i d o re s e o s r e g i stros d a q ua l i d a d e , são i mp o r t a n t e s para entender a i m portâ n c i a d o p ro grama, e conseqüentemente e s t i m u l a r a part i c i pação d e todos. Manter os c o l a boradores c i entes desses indicadores faz com que os colaboradores aval iem e melhorarem os resultados da organi zação . 4 - CONC LUSÃO Durante esta pesquisa foi possível verificar que a maioria dos fatores rel evantes para motivar os colaboradores estão relacionados com o bem esta r dos m e s m o s . F a tores como v a l o r i z a ç ã o pessoal , benefícios, condições de trabalho e c l ima i n t e rn o d a orga ni z a ç ã o , s e m o s t ra ra m fo rtes motivadores, o que confirma a teoria d e que são a mente e o coração que determ i n a m a vontade d e rea l i z a r a l g o , e não a s l e i s , n o r m a s e a i mposição dos gerentes que o fazem. A motivação é o fator crucial para o sucesso da implantação de Sistemas da Qual idade. Quanto mais os colaboradores estiverem envolvidos com a empresa, q uanto m a i s se sen t i re m donos do negócio, maiores são as chances dos mesmos se interessarem pela qualidade dos produtos e serviços. A g rande vantagem para se o b t e r s u c e s s o na implantação do Sistema da Qualidade, é saber que para pré-dispor os colaboradores a se motivarem com os programas não são necessári o s grande s i n v e s t i m e n t o s . Os c o l a boradores preci sam d e incentivo verbal, precisam sentir que suas tarefas são fundamentais para o resultado fi nanceiro da empresa. Saber que sua tarefa representa uma parte do todo, poderia agregar maior responsabi lidade e c o m p ro m e t i mento d o s. m e s m o s , c o n s eq ü en temente se sentiriam mais motivados a participar. Para e l evar os níveis de motivação é interessante m e l h orar a v a l orização da v i d a den tro da organização. Deve haver uma preocupação com o crescimento do funcionário criando políti cas que enriqueçam o trabalh o dos colaboradores fazendo com que se sintam preocupados com seu próprio desempenho e desenvolvimento da organização. A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N AC I O N AL D E L AT i C í N I O S AVALIAÇÃO DA INFLU ÊNCIA DA EM BALAG EM NA COM POSiÇÃO D E DOCE D E LEITE POR CROMATOGRAFIA G ASOSA COM ESPECTROMETRIA D E MASSA (GC/MS) Ev aluation of packaging i nfluence o n sweet milk composition by g as ch romatography with mass spectrometry (GC/MS) Santos, M. M. S.l· Almeida, G. W. R .2 Soares, N. F. F.3 Pereira, A. F.4 Gonçalves, M. P. J. C.5 RES U MO A embalagem é um i m portante fator na c onservação do doce de l e i � e e, po :tanto, de � e apresentar forte barrei ra à umidade e ao oxigênio, proteger contra mlcrorgaI1lsmos e nao interagir com o al i mento, impedindo assim a migração de compostos que possam a l terar a cor, o d o r ou sabor caracterí s t i c o s do pro d u t o . O obj et i v o deste traba l h o fo i a v a l i a r a i n fl uê n c i a de e m b a l a g e n s m e t á l i c a , v i d ro e p l á s t i c a ( P P ) no pro d u t o d ura n t e o s e u armazenamento, qua l i ficando os d i ferentes compostos por meio de c romatografi a gasosa e espectrometria de massa ( G C/M S ) . Foram feitas análises d e cor no colorímetro, atividade de água (a) e pH, após O, 20, 40, 60, 80 e 1 00 dias de armazenamcnto . Os res� l : ados de pH e a . não apresentaram d i ferença s i g n i ficativa (p>0,05) para os doces acondlclonados nas di f� ren t e s e m b a l a g e n s . A través d o s d a d o s c o l o ri m é t r i c o s observou-se que o p ro d u t o acon d i c i onado no p lá s t i c o apresentou m a i o r escurec i mento do q u e s e armazenado nas outras e mbal agens. A s análises c romatográfi ca s q u a l i t i tati vas mostraram a presença d e d i ferentes compostos no d o c e , dependendo do tipo d e embal agem utili zada . Veri ficou-se que estes compostos são oriundos de uma provável migração do plástico ou do vern iz da lata para o doce. Assim, concl ui -se que estudos de adequação de embalagen s a produtos al imentícios são de fundamental importância para a segurança do consumi dor. ABSTRACT This articIe presents a study about t h e main factors of motivat i on that con tribute fo r the coIlaborators compromise with the Qual ity Systems in the organizations. The methodology used was a research carried through a study of case in a Dairy Industry situated in the state of the Paraná, which makes use of diverse l ines of processing, with 1 700 colIaborators approximately. As research instrument had been used structuralized questionnaires, which had been fi l l ed during an intervi ew with twenty people. One evidenced that to reach the success in the i m p lantation and success of the Q u a l i ty Systems, the orga n i zations do n ot need great financiaI investments. The factors that had been more detached in the results are related of personal si de of each c o l l aborator, as v a l u a t i o n and possibilities of professional growth. K e yw o r d s : Q u a l ity o f D a i ry Products Motivati on - Q u a l i ty Syste m s . 5 - R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G RÁ F I C AS H E R S EY, P; B L A N C H A R D , R. H. P s i c o logia para A d m i n i s t r a d o re s : as t e o r i a s e a s téc n i c a s d e liderança s i t u a c i o n a l . S ã o Pau l o : E P V, p. 1 7 6 , 1 9 9 6 . M O W DAY, R . T . ; S T E E R S , R . M . ; PORTER, L. W. T h e m e a s u re m e n t o f o r g a n i z a t i o n a l c o m m i tm e n t. Jo urna l o f Voca t i o na l Behavi o r. 1 979. S I Q U E I RA N ETO , Armando C . A M otivação n a Gestão d a Q u a l i d a d e To ta l . D i sp o n í v e l em: h t t p : //www. p s i c o l o g i a . c o m . pt/art i go s/ v e r_o p i n i a o . p h p ? c o d i go= A O P O O 1 9 & a re a =d 3 . Acesso e m 0 6 / 1 1 /2 0 0 4 . Palavras-chave: Doce de Leite; Embalagens de ali mentos; Migração; Cromatografia gasosa; Espectro metria d e massa . I - INTRODUÇÃO O doce d e leite é u m al imento produzido e comerc i a l i zado principal mente na Argentina e no Brasi l [2, 3, 4 ] . No Brasil, o estado de Minas Gera i s é responsável por um terço da pro d ução n a c i o n a l d e l e i t e , p o s s u i n d o o m a i o r p a rq u e industrial de laticínios do P a í s e detém 5 0 % d a prod ução bras i l e i ra d e d o c e d e l e it e [ 5 ] . Este produto é res u l t a nte d a c o n c e nt ração d e u m a I 2 3 4 mi stura constituída d e l e ite e açúcar ( sacarose) em tachos abertos, podendo ser a d i c i onado d e outras substâncias a l i mentícias perm i tidas [ 6 ] . O doce de l e ite é comercial mente envasado e m latas, plásticos e vidro. A embalagem é u m fator muito importante na conservação dos al imentos . E l a d e v e a g i r como barre i ra a c o n tam i n a ç õ e s ( m i c rob i o l ó gi ca s e q u í m i c a s ) e p re v en i r a Estudante de graduação de Eng. de Al i mentos DTA/U FY. Estu dante de graduação de Ciência e Tecnologia de Lati c ín i os - DTA/UFY. Professora PhD DTA/UFY. Estudante de Mestrado - DTA/UFV. Pesqui sadora OS - PRODOC/CAPES DTA/UFY. _. Pág. 1 72 Pág. 1 73 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS m i g ração de seus próprios componentes para o al imento [ I ] . As embalagens rígidas mais usadas são copos, potes de vidro e latas, que ofe recem excelentes propri edades de barrei ra aos gases e à contaminação m icrobiana, além da vantagem de fec h a m e n to h ermé t i c o . As e m b a l a g e n s s e m i rígi das, comumente fabricadas c o m p o l ieti l e n o de a l ta densidade, p o l i p ropi leno, p o l i estireno e c l o re t o de p o l i v i n i l a, apresentam b a i x o p e s o , p o rém p o s s u e m b a i x a r e s i stên c i a m e c â n i c a e menor proteção ao oxigênio e à perda de umidade [ 5 ] . Este t rabalho teve como obj etivo ava l i a r a i n fl uê n c i a d a s e m b a l a g e n s m e t á l i c a , v i d r o e p l á s t i c a ( P P ) na composi ção de d o c e de l e i t e durante a rmazenamento à temperatu ra ambiente anal isando as características físico-químicas do p r o d u t o , a l é m d e v e r i fi c a r a m i g r a ç ã o d e c o m p o s t o s através da c roma t og ra fi a g a s o s a e espectrometria de massa. 2 - M AT E R I A I S E M ÉT O D O S o trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Embalagens do Departamento de Tecnologia de Alimentos (DTA) da Universidade Federal de Viçosa. 2 . 1 - A n á l is e s fí s i c o - q u í m i c a s 2. 1. 1 - Cor D u rante o perí odo de estocagem amostras do doce de leite acondici onado nas embalagens l ata, plástico e vidro, foram aval iadas após 20, 40, 60, 8 0 e 1 00 dias de envase quanto à cor em colorímetro COLORQU EST XE H U N TERLAB, u t i l i za n d o - s e o i l u m i n a n t e p a d rã o D65 e o b s e r v a d o r a 1 0° ( S i st e m a C I E L A B ) . P a ra a avaliação da diferença de cor durante a estocagem, foi util izada a equação descrita por LAN G D O N ( 1 98 7 ) e OZOG LU & BAY IN D I RH (2002 ) : L'lE = (L'lL *2 + L'la*2 + L'l b * 2 ) 1 '2, onde: L'lE = d i ferença de cor; L'lL * = variação da l um i nosi dade o u bri l ho (c l aro/esc u ro ) ; L'la * = variação na cromati c i dade n o e i x o da cor verde ( - ) para vermelha (+); L'lb * = variação na c ro maticidade no e i xo da cor azul (-) para amarela (+). Os resultados foram analisados com auxíl io do SAS, versão 8.0, empregando regressão l i near p a ra o s dados q u a n t i t a t i v o s e teste d e T ukey para os dados q u a l i tativos. 2. 1 . 2 - A th'idade de água (aw) A l e itura da atividade de água foi real izada no a p a re l h o T E S T O 9 5 0 / 6 5 0/4 0 0 , c o m a s Pág. 1 74 a m o s tras d a s d i fe r e n t e s e m b a l a g e n s em cada tempo de estocagem, em d u p l i cata nos temp os de estocagem de 20, 40, 60, 8 0 e 1 00 dias. 2. 1 . 3 - pH O p H foi avali ado em potenciômetro digital D I G I M E D m o d e l o D M 2 0 V 3 A . Proced eu -s e a leitura no potenciômetro, em dup l i cata, de cad a amost ra das d i ferentes embal agens nos temp os de estocagem de 20, 40, 60, 8 0 e 1 00 dias. 2. 1. 4 - A nálises de cromatografia Amostras do doce de l eite a rmazenado em embalagem plástica, metál i ca foram submetidas a extração com d i c l o rometano e fi l tradas ( 0,22 11 m ) p a ra i nj eção n o c ro m a t ó g ra fo a gás. As condições para as análi ses foram cromatógrafo GC/M S QP5050 Shimadzu, colu na D B -5 de 30 m d e c o m p r i m en t o e 2 5 m m d e d i â m e t ro . O tempo total de corrida foi de 90 minutos. A tem peratura de inj eção foi de 240°C e a temperatura da interface (detector), 280°e. O fluxo da coluna estava a I mLlminuto e a razão de spl i t (diluição) fo i de I : 1 0 . As a n á l i s e s do d o c e de l e i t e a c o n d i c i on a d o s na l a t a e n o p l á s t i c o fo ram r e a l i za d a s n o s t e m p o s 6 0 e 80 d i a s d e a r m a z e n a m e n t o . A m o s t ra d e d o c e r e c é m produzido e acondicionada em vidro foi uti lizado como contro l e nas anál ises de m igração. 3 - A N A I S DO XXI I I C O N G R E S S O N AC I O N A L DE LAT i C í N I O S benzenod icarbox ílico bis-2-etilhexil ( a ) e também compostos de cadeias menores (C ) como o ácido 8 3-nitro- I ,2 benzenodicarboxílico ( Fi gura I ). Estes, sivelmente foram aditivos migrados do plástico. pos P a ra a emba l agem m e t á l i c a . e n verni zada co m ó l e o r e s i n o s o , os c o m p o s t o s á c i d o 1 , 2 ben zenodicarboxíl icos (bis 2-meti! p ropil) éster, ácido 3 - n i t ro - I , 2 -b e n ze n o d i c a rb o x í l i c o (b) e t a m b ém o 1 , 2 b e n z e n o d i c a rb o x í l i c o b i s - 2 eti l he x i l , fo ram i d e n t i fi c a d o s , p r o v a v e l m e n t e compostos mi grados do v e r n i z ( Fi g u ra 2 ) . recém produzido pode notar a presença de maior número de compostos m igrados para o prod uto nas embala gens plásticas e metáli cas em rel ação ao doce recém-produzido ( Figura 3 ) . O doce contro l e apresentou compostos d e cadeia C a C S' sendo q u e g rande parte desses 4 I c o m p o s t o s são á c i d o s g ra x o s o r i g i n a d o s da m a t é r i a - p ri m a . 4 Conc l u i -s e q u e as e m b a l a g e n s u t i l izadas p a ra a co n d i c i o n a r o doce d e l e i t e p o d e m i nteragi r c o m o mesmo de forma n ã o desej ada, C o m p a r a n d o o c ro m at o g ra m a d o d o c e aco nd i c i onado e m p l á s t i c o , e m l at a e o d o c e (a) C O N C L U SÃO - .• � 10 20 5C 30 70 Ro;;a: doce em plástico - 80 90 tempo (min.) 80 dias Preto: doce em plástico - 60 dias Figura 1 - C romatograma de doce de l eite acondicionado em potes plásticos ( P P ) após 60 e 80 dias de stocagem à temp e ratura ambiente . R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O Os resultados de pH e aw variaram na faixa de 6,0 a 6,2 e de 0,868 a 0,893, respectivamente, não havendo d i fe rença (p> 0 , 0 5 ) para os doces a c o n d i c i o n a d o s nas d i fe re n t e s e m b a l a g e n s avaliadas. C o m relação à variação de cor, a partir da aná l i s e c o l o rimétrica, observou-se q u e não houve d i ferença (p>0 , 0 5 ) na i nteração tempo e embalagem e nem no fator tempo para nenhum d o s p a râmetro s ( L * , a*, b * e L'l E ) . Quanto ao fator embalagem, não houve d i ferença (p>0,05) entre os valores a*, b* e L'lE. No entanto, o valor L * variou s i g n i ficativamente (p<0 , 0 5 ) entre as amostras analisadas, sendo que o doce armazenado em embalagem plástica obteve menor valor médio p a ra L ( 4 9 , 2 2 ) , i n d icando, p o rtanto, q u e este a p resentou maior escurec i mento . De acordo com as análises cromatográficas q u a l i t a t i vas, d i ferentes c o m p o s t o s foram detectados no doce de l eite e em alguns deles houve um aumento na concentração do composto durante o período de armazenamento. Dessa forma, para a embalagem plástica (PP), identificou-se compostos de c a d e i a s l ongas ( C 2 4) c o m o o á c i d o 1 , 2 20 30 40 50 Rosa: doce em lata Preto: doce em 70 ao 9() tempo (min.) 80 dias lata - 60 dias - Figura 2 - Cromatograma de doce de l eite acondicionado em l atas após 60 e 80 dias de estocagem à t e m p e ra t u ra a m b i e n t e . 70 50 Preto: doce controle 90 tempo (min.) doce em lata Azui: doce em plástico Figura 3 - C romatograma de doce de l e i t e acondici onado em potes p l á s t i c o s , em l a tas e contro l e ( d o c e novo) após 8 0 d i a s de estocagem à temperatura ambiente . digitalizado por arvoredoleite.org Pág . 1 75 ANAIS DO XXI I I CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS ao m i g ra re m c o m p o s t o s q u e , de a l g u m a maneira, possam a fetar o sabor e segurança a l i mentar dos consum i dores. Logo, estudos quan ti tati vos destes compostos devem ser real i zados para ana l i sar os possíveis riscos. 5 - A B S T RA C T T h e p a c k a g e i s a n e s s e n t i a I p a rt o f proc e s s i n g a n d d i stributing foods a n d s o m e o f t h e m o re i m p o r t a n t re q u i r e m e n t s o f fo o d packages are that they be non toxic, protect a ga i n s t m i c r o o rg a n i s m s , a c t s a s a b a rri e r t o moisture loss and oxygen ingress, protect against i n g r e s s o f o d o r o r e n v i ro n m e n t a l t o x i c a n t s , among others. T h i s work aimed to evaluate the e ffect o f m e ta l , glass and p l a s t i c package o n c o n s e rvat i o n o f s w e e t m i l k . T h e product w a s analyzed for co lor, p H , aw at O, 2 0 , 4 0 , 6 0 , 8 0 a n d 1 0 0 d a y s o f s t o ra g e . T h e p ro d u e t w a s extracted w i t h d i c h l o romethane and a n a l y zed by a gas chromatography 1 mass spec trometry. Wa t e r a c t i v i ty ( a w ) and pH d i d not s h ow d i fference during storage period, but color showed changes when we analyzed the brightness factor for the plastic bott l e . Th i s change was a l arger d a r k e n i n g of the p ro d u c t . Q u a l i t a t i v e c h r o m a t o g ra p h i c a n a l y s e s i n d i c a ted t h a t d i fferent c o m p o u n d s m i grate i n to t h e product accord i n g to the packaging used. I n the plastic bot t l e (polypropylene) was detected compounds of C - C I X c h a i n and h i gh e r C 4, that p robab l y 2 4 m i g ra t e fro m t h e p l a s t i c . T h e prod u c t acond i c ionated i n , can coated with o leo-resinous showed compo unds that are additives used in the A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E L AT i C í N I O S Q UALIDADE DE LEITE FERMENTADO PROBIÓTICO COM ERCIALIZADO EM B ELO HORIZONTE (MG) D U RANTE E AO FINAL DO PRAZO DE VALI DADE. c o a t i n g s . T h e s w e e t m i l k u s e d as c o n t r o l presented compounds C -C � chain, most o f them 4 I fatty a c i d s c o n s t i t u e n t o f t h e m i l k . I t c a n b e concluded that packaging system h a s to adequate t o t h e product process to avoid m i gration from t h e packaging material to t h e product. Quality of probiotic fermented m i l k sold i n Belo Horizonte (MG) d u ring and after shelf l ife Keyw o r d s : sweet m i l k, food packag i ng, m igration, gas chromatography, mass spectrometry. 6 - Marina Pinto Coel ho Lameiras Luiza Santos Neto Lívia Maria Leite Costa Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira Mônica de Oliveira Leite C láudia Freire de Andrade Morais Penna Leorges Moraes da Fonseca M arcelo Resende de Souza B I BLIOGRAFIA [ I ] R O O N E Y, M . L . Overv iew o f acti ve food p a c k ag i n g . I n : R O O N E Y, M. L. A c t i v e fo o d packagi ng. Glasgow : Chapman & H a l l , 1 99 5 b . p . 1 -3 7 . [ 2 ] P I N T O , R . V. Doce d e l e i te Fabricaçã o trad i c ional . Revista do I LCT, v. 34, n. 2 0 5 , p. 3 7 -3 8 , 1 9 7 9 . [ 3 ] M A RT I N S, J . F . P. ; LOP E S , C. N . Doce d e l e i t e : a s p e ctos d a t e c n o l o g i a d e fa b r i c a ç ã o ( I ntruçõ e s T é c n i c a s , n° 1 8 ) . Camp i n a s : ITAL, 1 980. 37p [4] PAYLOVIC, S . ; SANTOS, R . c . ; S I LVA, M . E . ; G LO R I A , M . B . A . Effect o f proeessing on t h e nutri t i ve val ue o f Doce de leite, a t y p i c a l L a t i n - A m er i c a n c o n fe c t i o n a ry p ro d u c t . A rq u i v o s d e B i o logia e Tec n ol o gia, v. 3 5 , n. 4 , p . 69 1 - 6 9 8 , 1 99 2 . [ 5 ] h t t p : //www. i n d i . m g . g o v . b r/p u b l i c a c o e sl O oc e d e l e .p d f. pd f s i te c o n s u l tado em 04/041 2006. [ 6 ] R es o lu çã o C N N PA n ° 1 2, d e 1 978 http:/ Iwww. an v i sa . gov. br/l e g i s/re s o l / 1 2_7 8_d o c e_l e i t e . h t m . 1 - I NT RO D U Ç ÃO " O S leites fermentados têm sido amplamente consumidos e comercial izados em todo o mundo, podendo ser definido como o produto adicionado ou não de outras substânc ias a l i m entícias, obtido por coagulação e d i m i n ui ção do p H do l e i t e ou l e i t e rec o n st i t u í d o , a d i c i o n a d o o u d e o u t ro s pro d u t o s l á c t e o s p o r fe r m e n t a ç ã o l á c t e a med iante a ç ã o de m i c ro rga n i smos espec í fi c o s . Estes microrgan ismos devem ser viáveis, ativos e abundantes no p rod u t o fi n a l d u ra n t e o s e u prazo de val idade. No mercado de produtos lácteos têm sido a m p l a m e n t e c o m e rc i a l i z a d o s , p ro d u z i d o s e c o n s u m i d o s em t o d o o m u n d o , e no B ra s i l , recentemente, têm surgido novos t i pos d e l e i tes ferm e n t a d o s p o r d i fe r e n t e s m i c ro rg a n i sm o s , principal mente Lactobacillus spp ., considerados p o t e n c i a i s p ro b i ó t i c o s p a ra o s h um a n o s . Os p ro b i ó t i c o s são s u p l e m e n t o s a l i mentares c o m microorgani smos vivos q u e, ao promoverem um melhor equ i l íbrio microbiano i ntest inal, exercem efe itos benéficos na saúde do hospedei ro . O o bj e t i v o d e s t e t ra b a l h o fo i a an á l i s e fís i co - q u í m ica e m i c ro b i o l óg i ca de uma marca de um produto comerc i a l i zado com a propaganda d e probiótico durante o prazo de val i dade e ao fi n a l d e s t e , a fi m d e ava l i a r s e o s resu l tados o b t i d o s estão d e n t r o dos p a râ m et r o s p a ra inspeção de l eites fermentados no B ras i l . 2 - M AT E R I A L E M É TO D O S F o r a m a n a l i sa d a s 2 0 a m o s t ra s d e s t e produto, sendo 1 0 durante o prazo d e validade e o utras 1 0 ao fi n a l d e s t e . Os p r o d u t o s fo ram amostrados em supermercados de Belo H orizonte Pág. 1 76 digitalizado por (MG), no período de março de 2005 a janeiro de 2 0 0 6 e foram mant i d o s e m t e m p e rat uras em t orno de 1 0°C durante a estocage m . A aná l i se microbiol ógica foi rea l izada através da contagem de Lactobacillus spp., real izada após d i luição das amostras ( 1 0-; e 1 0-7) e i no c u l a ç ã o e m p l ac a s contendo m e i o ágar M R S (pH 5 , 5 ) , sendo incubadas a 37 C por 48 horas. A aval iação físico química incluiu as determinações de pH, de acidéz titulável, do teor de gordura, obtido pelo método de Gerber ( B ras i l , 2003 ) . 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O Os resul tados o b t i d o s estão apresentados na tabela I . A tabel a 2 descre v e as porcentagens dos v a l ores que s e e n c o n tram d e n t ro e fora d o s padrões, durante e a o fi nal do prazo de val idade . Em relação aos resultados anormai s obtidos pela aná l i se de aci dez t i tulável ( ° 0 ) , supõe-se que h o u v e fa l h a s d u ra n t e o p ro c e s s a m e n t o , t ra n s p o rt e e / o u c o n s e rv a ç ã o , fa v o re c e n d o o cresci mento de microorgani smos i ndesejáveis ao pro d u t o . N a a n á l i s e d a g o rd u r a , a s a l t e ra ç õ e s encontradas fo ram , p rovave l m e n t e , d e v i d a s à falta de padronização dura nte o processamento, al terando o sabor e o valor nutri t i v o . Na pesqu i sa de m i cro o rga n i sm o s , foram o b s e rvadas c o n t a g e n s i n fe r i o re s a o s v a l o r e s p a d r õ e s . E s s a d i m i n u i ç ã o i n t e rfe r e n a s caracterí sticas prob i ót icas d o produto. Levando se em consi deração a quantidade necessária de arvoredoleite.org Pág . 1 77 A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N A L D E LATi C í N I O S ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS RE F E R Ê N C I A S B I B L I O G RÁ F I C AS Ta b e l a 1 Amostras Enumeração Microorganismos F iO·7 10 ' log 10 ' 10 ' log log log 43300000 7,636488 80000000 7,90309 1100000 6,041393 <1 7 91 26400000 7,421604 70000000 7,845098 25200000 7,401401 230000000 8,361728 86 46600000 7,668386 50000000 7,69897 46500000 7,667453 90000000 7,954243 86 72000000 7.857332 250000000 8.39794 300000 5,477121 <1 7 64 51000000 7,70757 320000000 8,50515 1400000 6,146128 <1 7 66,2 61300000 7,78746! 50000000 7,69897 600000 5,778151 <1 I 7 92 5 600000 5,7781511 170000000 8.230449 7 93 5 1800000 6,255273 40000000 7,60206 7 98 7 5 19600000 7,292256 1 7 86,5 7 5 28900000 7,460898 1 0000000 7 118 M 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Acidez M F Gordura M 3,8 3 3,4 3,2 3,2 3,2 3,2 3,2 3 3 90 47 44 80 89 91 89 87 97,6 153 F 2,6 3 3,2 3 2.5 3,4 3 2.8 3 3.6 pH M 4,65 4,59 4.58 4.61 4,6 4,6 4,4 4,5, 4,5 4,4 F 4,62 4,62 4.43 4,3 4,35 4,55 4,5 4,6 4,6 4 M i l chwissenchaft 1 99 7 , 5 2 : 2, 7 2 - 7 6 . I n t e r n a t i o n a l J o u r n a l o f F o o d M i c ro b i o l o gy 2 004; 9 4 ( 3 ) : 2 69 - 2 7 8 . Japa nase J o u rn a l o f D a i ry a n d F o o d S c i en c e 1 9 8 6 ; 3 5 ( 1 ) : A 5 -A I 2 . I n d i an J o u rn a l o f D a i ry S c i e n c e 2 0 0 0 , 5 3 : 3 , 22 7 - 2 3 0 . International Food I ngredients 1 993, n°. 3 , 23-26. Therapeutic properties of fermented milks 1 99 1 , 1 1 7 - 1 5 7 ; 6 pp. Journal of Dairy Science 20000; 8 3 (4 ) : 894-9 0 7 . Mathers, R . E . ; Archbold, A. J . ; Hoover, D . G . D e p . O f Food S c i . , Univ. Of Delaware, Newark, DE 1 97 1 6, U SA . 1 9 9 5 ; p. 3 1 . I nternacional Food I n g redients 1 993 ; ( 3 ) : 2 3 -2 6 . I nternational Dairy Journal 1 999, 9 : 8 , 497-5 0 5 . B i otechnology Tec h n i q ues 1 99 8 , 1 2 : 1 1 , 8 1 9 822. B u l l e t i n o f the I nternational D a i ry F edera t i o n 1 9 9 5 , n ° . 3 0 6 , 2 3 -3 3 . ; Média CV Desvio media teste t ulclmL acidez gordura pH 35150000 7,286542 115555556 7,788173 12516667 5,851165 160000000 7,231597 88.07 86,76 3,01 4,543 4,457 3,22 23930095 0,699975 107017652 0,515419 19292010 0,992667 98994949 0.49760€ 15,31681 29,81197 0.239444 0,33483 0,088575; 0,197262 68,079929 9,606411 92,611429 6,617973 154.1306 16,96529 61,871843 6.881004 17.39163 34,3614 7.436143 11,12392 1.949706: 4,425888 6,54 7,54 ; 0.0015092 0,9030031 0,1240809 0,2245786 QUALI DADE M ICROBIOLÓGICA D O LEITE D E CABRA CRU PRODUZIDO N A ZONA DA MATA M IN EIRA Tab e l a 2 - Adequação das amostras de leite fermentado p robiótico comercializado em BH (MG) nos padrões o fi c i a i s de inspeção'. Parâ m etros Aci dez Titu lável ( O D ) Gordura G (%) U FC/ml D u ra n t e o p razo d e v a l i d a d e D e n tro N ( % ) 1 00 1 00 80 Fora N ( % ) D e ntro N ( % ) Fora N ( % ) 20 80 70 20 20 30 80 O O Microbiological q u al ity of raw goat milk produced on Zona da Mata Mi neira. F i n a l d o prazo d e v a l i d a d e Vidigal, R. B . l Domingo, E . C . ' Francisco, K . C . l Lopes, J. P. ' Ferrei ra, D . S . 1 Oliveira, K . A . M . 2 M artins, A. D. 0. 2 Mendonça, R. C. S. 3 'Regul amento Técnico d e I dentidade e Qual idade para Leites Fermentados (Brasil, 200 1 ) "Para análise d e p H não existem padrões estabelecidos pela legislação bactérias para que o produto possa exercer suas fun ç õ e s p ro b i ó t i c a s , a p e n a s 4 e 2 a m o s t ra s , a n a l i s a d a s d u ra nte e a o fi n a l do p e r í o d o d e e s to c a g e m , r e s p e c t i v a m e n t e , a p re s e n t a r i a m contagens adequadas e I O� ufc/ml ) . CONCLUSÃO P o d e - s e c o n c l u i r q ue h o u v e a l teraçõ e s fí s i c o - q u í m i c a s e m i c ro b i o l ó g i c a s do l e i t e fermentado d u rante s u a estoc a g e m , l evando a prej uízos em seu valor nutritivo e propriedades prob i ó t i c a s . ABSTRACT F e rm e n te d m i l k s h a v e b e e n w i d e l y consumed thro ughout t h e world. I n B razi l , there are s e v e r a l p ro d u c t s of t h a t k i n d , m a i n l y fermented by Lactobac i/lus spp . , s i nce some o f them a r e considered a s human p ro b i o t i c s . The aim o f t h e present s t u d y was to e n u m e r a te L actobacillus s p p . a n d d e t e rm i ne s o m e Pág. 1 78 parameters used for the inspection of a Brazil ian fermented m i l k t rademark, w h i c h c l a i med t h e p rod uct as p ro b i o t i c . Twenty sa m p l e s w e re c o l l ected in B e l o H o r i zonte c i t y ( M G ) ret a i l market, being 1 0 in the middle of the shel f l i fe a n d o t h e r 1 0 at t h e end o f t h a t p e r i o d , a nd s u b m i t t e d to m i c ro b i o l o g i ca l a n d p h y s i c a l chemical analys i s . S tatistical di fference was not observed (p>0. 0 5 ) considering the Lactobacillus spp. counts, pH, titratable acid ity and fat content between the studi e d times. At the end of s h e l f l i fe, s o m e results were in di sagreement with t h e B razil i an l e g i s l at i o n , 20% for titratabl e acid ity a n d 3 0 % for fat c o ntent . L actob ac illus s p p . counts lower t h a n t h e m i n imum offi c i a l va l u e were observed in 2 0% and 8 0 % of t h e samples in the middle and at the end of shelf life, respectively. Few samples contained counts of microorgani sms e n o u g h to g ua r a n t e e the p o s t u l a ted p robi o t i c effect, especially a t t h e e n d of t h e shel f l i fe. K e yw o r d s : fe rmented m i l ks , p ro b i o t i c , Lactobacillus, physical-chem i c a l . RESU MO o reconhecimento das propriedades nutricionais do leite de cabra por médicos, pesquisadores e consumidores em �geral, é unânime, o que pemlite a esse al imento ocupar lugar de destaque, fornecendo calorias e nutrientes em proporções iguais ou superiores aos recomendados pela Organização Mundia l de Saúde, a l ém de apresentar alta d i gestib i l idade. S e �undo B �� S I L . (2000) o leite deve s e r obtido d a ordenha completa, ininterrupta, e m condlçoes �e hlgle � e, de animai s da espécie caprina sadios. bem alimentados e descansados, para obtençao do leite de melhor qual idade microbiológica. Os cu'i dados com a ordenha não estão l imitados a � � nas à cabra o ordenhador deve ser conscientizado da obrigatoriedade da adoção de boas praticas de maJ;ejo ( B PM ) , além de c uidados higiênicos pessoais. Este trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade microbiológica do l eite de cabra cru produzido na região da Zona d � Mata Mine ira de acordo com as condições higiênico-sanitárias e a alimentação, traçando assim um perfi l dos produtores das seguintes cidades: Viçosa, Coimbra, Tocantins, Coronel Pachec ? , Belmiro Braga e São João Nepomuceno. As análises microbiológicas seguiram-se a metodologia 2 3 Graduandas do curso de Ciência e Tecnologia de Laticínios. Doutorandas PPGCTA. Professor Orientador, Universidade Federal de Viçosa. Pág . 1 79 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS da �PHA (200 I ) , de acordo com os padrões preconizados para mesó filos, bactéri as láticas, col I formes totais e fecais e psicrotróficos. Dos resultados obtidos para análise de mesófilos 20% das amostras não estavam em conformidade com a I nstrução N ormativa n° 51 (2002) s � l� do q ue 80% das amostras apresentaram-se dentro dos padrões. A contagem d e bactéria � . latlcas vanou de 2 .25 x 1 03 a 9.2 x 1 05 UFC/ml , sendo que números elevados podem l evar a deteri oração do l eite durante a estocagem e transporte. 1 00% das amostras apresentavam contagens el evadas de coliformes totais, sendo ainda detectada a presença de E. calí (col i fomles a 45°C). Na análise de psicrotróficos, a contagem ficou entre 1 04 e 1 05 U FC/m l . De acordo com SUMMER ( 1 996), o elevado índice de contaminação microbiana observada nas amostras de l eite de cabra , se deve não somente da má higienização, mas também do interior e do exteri o r do úbere e tetas e como conseqüências dos proced imentos adotad o s d u rante a ordenha, o amlazenamento e o transporte. Diante dos resul tados é necessário adotar medidas h i g i ên i c o- s a n i t á r i a s na o b t e n ç ã o d o l ei t e , p a ra q ue s e t e n h a uma m e l h o r q u a l i d a d e m icrobiológica d a matéria-prima. 1 - I NT R O D U ÇÃO 3 o l eite de cabra além de ser uma rica fonte de nutrientes para as crias caprinas, tem qual idades nutri tivas e terapêuticas que freqüentemente são destacadas na al imentação humana. A composição básica do leite de cabra é similar ao leite de vaca e nt re t a n t o , e x i s t e m a l g um a s d i fe r e n ç a s na � formas e concentrações de a lguns nutrientes. O r e c o n h e c i m e n t o das p r o p ri e d a d e s n u t ri c i o n a i s d o l e i t e d e c a b ra p o r m é d i c o s , p e s q u i s a d o r e s e c o n s u m i d o r e s e m g e ra l , é unânime, o que perm i te a esse a l i m ento ocupar l u g a r de d e st a q u e , fo rn ec e n d o c a l o r i a s e nutrientes em proporções i g u a i s ou superiores aos recomendados pela Organização Mundial d e S a ú d e , a l é m de apresentar a l t a digesti b i l idade. Segundo B R A S I L (2000) o l eite deve ser obtido da ordenha completa, ininterrupta, em condi ções de higiene, de animais da espécie caprina sadios, bem a l i m entados e descansados, para obtenção do leite de melhor qualidade m icrobiológica. 2 - O BJ E T I V O Ava l i ar a q ua l i dade m icrobiológica do leite de cabra c ru p ro d u z i d o na região da Zona d a M ata M i n e i ra . M AT E R I A L E M É TO D O S - Foram coletadas amostras de leite de cabra cru dos produtores das seguintes c idades: Viçosa, Coimbra, Tocantins, Coronel Pacheco, B e l m i ro B ra g a e S ã o J o ã o N ep o m u c e n o . D u ra n t e o t ra n s p o rt e p a ra a n á l i s e as a m o s t r a s fo ram m a n t i d a s r e fr i g e ra d a s em c a i x a s de i s o p o r contendo g e l o rec i cláve l . A s anál ises mi crobioló gicas seguiram-se a metodologia da APHA (200 I ), de aco�do com os padrões preconizados para mesó fi l os, bactérias láticas, col i formes totais e fecais e psicrotróficos. 4 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O D o s r e s u l t a d o s o b t i d o s p a ra a n á l i se d e m e s ó fi l o s 2 0% d a s amostras n ã o estavam e m conformi dade c o m a I n strução N o rmativa n° 5 1 ( 2 0 0 2 ) , s e n d o q ue 8 0 % d a s a m o s t ras apresentaram-se dentro dos padrões. A contagem de bactérias láticas variou de 2,25 x 1 03 a 9,2 x 1 05 , sendo que números elevados podem l evar a d e t e r i o ra ç ã o do l e i t e d u ra n t e a e s t o c a g e m e tran sporte . Das amostras, 1 00%, apresentavam c o nt agens el evadas d e col i formes totais, sendo ainda detectada a presença de E. calí (col i formes a 45 °C). Na anál ise de psicrotróficos, a contagem ficou entre 1 04 e l OS U FC/mL. O e levado índice d e c o n t a m i n a ç ã o m i c ro b i a n a o bs e r v a d a n a s amostras de leite de cabra cru, se deve n ã o somente da má higienização, mas também do interior e do exterior d o úbere e tetas, como conseqüências dos procedimentos adotados durante a ordenha, o armazenamento e o transport e . A Tab . 1 m ostra os valores obtidos nas análises micro b i ológicas das diferentes cidades. 5 - C O N C L U Sà O Diante dos res u l tados é necessário a d otar m e d i d a s h i g i ê n i co - s a n i t á r i a s n a o b t e n ç ã o d o l e ite, para q u e s e tenha u m a m e lh o r q ua l i da d e m icrobio l óg i c a da matéria-pri m a . O s c u i dados com a o rd e n h a n ã o e st ã o l i m i ta d o s apenas à cabra, o ordenhador deve ser conscientizado da obrigatoriedade da adoção d e boas p ráti c a s de m a n ej o ( B P M ) , a l ém d e c ui d a d o s h i g i ên ic o s pessoai s . ABSTRACT T h e rec o gn i t i on o f t h e p r o p e rt i e s n ut ri t i on o f t h e g o a t m i l k for d o c t or s , res e a rc h e rs a n d c o n s u m er s i n g e n e ra l , i s unanimous, w h a t a l l ow s to that foo d to occupy p ro m i ne n c e p l ac e , s u p p l y i n g c a l o ri es a n d nutrit i o u s i n p roport i o n s s a m e o r s up e r i o r t o t h e recommended by t h e World Organization o f Health, besides presenting h igh digestion. Second BRAZ I L (2000) the milk should b e obtained of the i t m i l k s it c o m p l e t e s , u n i nt er r u pt e d , in hygiene c o n d i t i o n s , of a n i m a I s of the h e a l t h y b ovid species, well fed a n d rested, for obtaining o f the m i l k of b etter q u a l i t y m i c rob i o l o g i c a l . The cares with it milks they are not her l i m i ted j ust t o the g o a t , the m a n i p u l at o r s h o u l d b e become aware o f the compul sory nature o f the adop t i o n of g o o d hand l i ng p ra c t i c e s ( B PM ) , besides personal hygienic cares. Thi s work had fo r o bj ec t i v e to e v a l u a t e t h e q u a l i t y microbiological o f t h e raw goat m i l k produced in the area o f the Zone o f the M i n i n g F orest i n agreement w i t h the hygienic-sanitary conditions and the feeding, tracing l ike this a profil e o f the p ro d u c i ng of t h e fo l l o w i n g c i t i e s : Vi ç o s a , C o i mbra, Tocantins, Coronel Pacheco, B e l m i ro Braga and São João N epomuceno. The analyses microbiological were fol l ow ed the meth odology o f APHA (200 1 ), in agreement with the patterns extolled for mesófilos, lactic bacterias, total and fec a l c o l i fo rm e s a n d p s i c ro t ró fi c o s . Of t h e resul t s obtained for a n a l y s i s o f m e s ó fi los 2 0 % o f the sampl e s they w ere n o t in confo rmity with t h e I nstru c t i o n N orma t i v e no. 5 1 ( 2 0 0 2 ) , and 80% of the samp l es carne inside o f the patterns. The count o f lactic bacterias varied from 2.25 x 1 03 to 9 .2 X 1 05 U FC/m l , and h i gh n umbers can take to deteri oration of the milk during the keep and transport . 1 00 % of the sampl e s presented h i g h c o u n ts of t o t a l c o l i fo rm e s , b e i n g s t i l l d etected the presence o f E . colí ( c o l i formes t o 45°C). I n the psicrotróficos analysis, the count was between 1 04 and 1 05 U FC/mI. i n agreement w i th S U M M E R ( 1 9 9 6 ) , t h e h i gh i n d e x o f m i cr ob i a l c o n ta m i na t i o n o b s e rv e d i n t h e samples o f goat m i l k , h e/she i s d u e not only o f t h e bad hygienic, but a l so o f the interior and o f t h e e x t e ri o r o f t h e u d d e r a n d t e a t s a n d a s consequences o f the p ro c ed ures adopted duri ng it milks her, the storage and the transporto Before the res u l t s i t is n e c es s a ry to a d o p t h y g i e n i c sanitary measures i n t h e obtaining o f the m i l k, for a b etter q u a l ity m icrobiological o f the raw material to be had. 6 - R E F E R Ê N C I AS B I B LI O GR Á F I C A S AMERICAN PUBLIC H EALTH ASSOCIATION APHA. S tandard method for the examination o f dairy products. 1 4 e d , 4 1 0 p . Washington, 2000 . B RAS I L . M i n istéri o da Agri c u l tu ra . I n strução N o rmat i v a n ° 5 1 de 1 8 de s e t . 2 0 02 . Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade, Qualidade, Coleta e Transporte d e Leite. Díário O ficial da União, Brasília, 2002. 39 p. Tabela 1 - Análises microbiológicas do l eite d e cabra c ru , obtido na zona da mata mineira. C i da d es Coliforrnes Totais Coronel P a c h e c o B e l m i ro Braga To c a n t i n s S . J . N epolTI uceno Viçosa C o i mbra Pág. 1 80 • U FC / rn L 2,4 1 ,5 2, 1 1 ,4 2,4 2,4 x x x x x x 1 03 1 03 1 03 1 03 1 03 1 03 Bactérias Láticas 2 , 5 X 1 05 1 ,6 X 1 05 3 , 9 x 1 04 2 ,4 X 1 05 2 , 2 X 1 03 1 , 1 X 1 05 Mesófilos 2,4 X 1 05 1 ,2 x 1 04 4 , 3 x 1 04 2 , 8 x 1 04 3 , 6 X 1 03 2 , 1 X 1 05 • • • • • • • Psicrotróficos > 1 ,3 > > 1,1 2,0 1 04 x 1 04 1 04 1 04 X 1 04 x 1 04 Pág . 1 8 1 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N AL D E LATiCíNIOS ANAIS DO XXI I I CON G R ESSO NACIONAL DE LATIcíNIOS CARACTERíSTICAS FíSICO-QuíMICAS E ANÁLISE S ENSORIAL DOS Q UEIJOS DE LEITE D E CABRA TIPO FRESCAL E B OURSIN PRODUZIDOS EM RIO POM BA Physical-chemistry characteristics and sensorial analyses of the cheese whit goat milk type fresca I and boursin i n Rio Pom ba Emília Dias Quintão 1 Márcia Tavares Lellis1 Samanta de Jesus Dias Braga1 Patrícia Rodrigues Condé 1 Vanessa Riani Olmi Silva2 Maurício Henriques Louzada Silva2 RESUMO Atualmente o consumidor vem buscando novas alternativas a fi m de tornar sua dieta alimentar mais saudável. Com isso, vem sendo freqüente a substituição do l eite de vaca pelo l eite de cabra e de produtos oriundos do mesmo na alimentação de pessoas com problemas gástricos, idosos e crianças que apresentam reações alérgicas ao leite de vaca. A explicação para este fato está ligada à s d i ferenças na composição química d e ambos o s leites. ° leite de c abra trata-se de um alimento de fác i l digestão, resultante da riq ueza em extrato seco, do tamanho de suas moléculas de gordura ( menor diâmetro), sendo digerido n o e stômago humano em torno de 40 minutos após seu consumo, enquanto que o leite de vaca leva, aproximadamente, duas horas e meia. Devido à importância alimentar do leite de cabra e seus derivados em uma d i eta saudável, este trabalho foi desenvolvido com o obj etivo de analisar as características físico-químicas e a preferência sensorial dos q ueijos de leite de cabra tipo Frescal e B oursin produzidos e m Rio Pomba. Fora m aval iados dois l ot e s d i stintos d e cada um dos q ue ij o s , quanto às características fisico-químicas (teor de gordura, umidade e extrato seco), a l é m da aná l i se sensori a l de preferê n c i a p e l o método d e comparação p areada com 30 indivíduos escolhidos aleatoriamente s e m treinamento prévi o . De a cord o c o m os resultados obtidos, c o n c l u i u-se que o s q ue ij o s produzidos e m d i ferentes lotes n ã o apresentaram d i ferenças significativas entre si. Não existe legislação que regulamente os padrões para queijos fabricados com leite de cabra, por isso não foi possível sua comparação. Os res ultados mostraram ainda uma preferência sensorial pelo queij o tipo Frescal em detrimento ao B oursin, sendo que esta rej eição, pode ser devida este tipo de queijo não fazer parte da cultura da região. 1 � I N T RO D U Ç Â O ° leite de cabra é um l íquido branco, puro, com odor e sabor c a racterí s t i c o s . Não p o s s u i nenhum cheiro típico ou desagradável e s e o possui é porque foi o rdenhado em más condições d e higiene. É u m a l i mento de a l to valor nutritivo, rico e m proteínas, sais minerais, caseína, açúcares e vitaminas. Um litro de leite equivale a oito ovos, 1 50 gramas de carne de frango ou 900 gramas de batata (Vi eira, 1 99 5 ; citado por B U ENO, 2005 ) . I 2 A c o m p o s i çã o d o l e i t e d e c abra v a r i a d e acord o c o m a raça, a s condições amb i entais, o estágio de lactação, a a l i mentação, os cuidados dispensados ao animal, o ciclo estral, o estado de saúde, a idade, a quantidade de l eite produzida e a fisiologia individual do animal (Alves, 2003; citado por B U ENO, 2 0 0 5 ) . A p e sar d e s e r u m recon h e c i d a m ente u m alimento saudável, o l e i t e de cabra e s e u s produtos Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Pomba (CEFET-RP). Estudantes do Curso Superi o r de Tecnologia em Lati cínios do C E FET-RP. Professor (a) do Centro CEFET-R, Doutorando (a) em Ciênc i a e Tecnologia de Alimentos U F Y. e n c o n t ra m r e s i s t ê n c i a e m re l aç ã o a o s consumidores. Esta resistência pode ser expl icada devido à presença de dos ácidos graxos capróico, caprí l ic o e cáprico que c o n ferem sab o r e odor esp e c i a i s ( F U RTADO, 1 98 5 ) . ° leite de cabra é tão bom quanto o leite d e vaca para todos os seres humanos, m a s é m uito melhor para aqueles indivíduos que são alérgicos ao l e i te d e vaca, d evido a caseína a-S I e � lac toglobul ina, proteínas encontradas em grandes qua ntidades no l eite de vaca, atingindo e m maior perc e n t u a l c ri a n ç a s e p e s s o a s com d i stúrb i o s gástricos (Mens, 1 99 1 ; citado por B U ENO, 2005 ). Val e salientar também, a m a i or d i gestibi l idade apresentada p e l o l e i t e de c abra, este fat o é e x p l i cado pelo menor tamanho de glóbulos de gordura que o leite de cabra apresenta. Cerca de 28% dos glóbulos de gordura do leite de cabra, c o n t ra 1 0% dos de l ei t e de v a c a , apre s e n t a m d iâ me t ro i g u a l o u i n fe r i o r a 1 ,5 microns (o d i âmetro n ormal de ambos é de I a 1 0 m i crons) ( F U RTADO, 1 98 5 ) . D esta forma este estudo foi realizado com o obj et i v o d e e fe t ua r a caracterização fís i c o química e análise de preferência de q ueij o s tipo Frescal e Boursin produzidos com leite d e cabra em Rio Pomba . 2 - M AT E R I A L E M É TOD O S ° trabalho foi desenvolvido nos laboratórios de análises físico-química e sensorial no setor de Agro i n d ústria do C entro Federal de E d uc a çã o Tecnológica d e Rio Pomba ( C E FET- R P ) . 2.2. 1 - A nálise de extrato seco e lImidade C o n s i st e na perda d e u m i d a d e p o r d e s secação e pesagem do extrato s e c o total de u m a quantidade d eterminad a d e amostra . 2.2. 2 - A nálise de gordura A d e t e r m i n a ç ã o da g o rd u ra d o s q u e ij o s baseou-se n a separação e q uantificação d a gordura por meio d o tratamento d a a mostra c om á c i d o s u l fúrico e álcool amí l i c o . 2 .3 - Análise sensorial Para a análise sensorial dos queij o s apl icou se o t e st e d e p r e fe rê n c i a p o r c o m pa r a ç ã o p a reada. Para i s s o , apresento u - s e a 3 0 prova dores não treinados, e s c o l h idos a l eatori amente as amostras devidamente codificadas. Pediu-se a esses p rovadores q u e p reenchessem a ficha d e aval iação ( F i gura 1 ) . C O M PA R A Ç Ã O PA R E A D A P o r favor, prove a s a m ostras a p re sentad a s . Circule o código daquela de sua preferência. Enxágüe a boca após a degustação d e cada a mostra e espere trinta segund o s . 1 73 315 Figura I - F icha de avaliação p ara a n á l i s e d e preferência p o r c omparação pareada 3 - R E S U LTAD O S E D I S C U S S à O 2.1 - C oleta das amostras A Tabela I apresenta os resultados obtidos para as análises fisico-químicas dos q ueij os. As amostras d o s q ue ij os foram c o l etadas em d o i s l ot e s d e dois pro d u t o re s d i st i nt o s na cidade d e Rio Pomba, sendo o p r o d u t o r A responsável pelos lotes do queij o tipo Frescal e o produtor B responsável pelos l otes do queij o tipo B o ursi n . D e a co r d o c o m o s re s u l ta d o s o b t i d o s , c o n c l u i u - s e q u e o s q u e ij os p r o d u z i d o s e m d i fe r e n t e s l ot e s a p r e s e n t a r a m v a l o re s m u i to próx i m o s e n t re s i . N ã o e x i st e l eg i s l aç ão q u e regulamente os padrões para queij o s fabricados com l eite de cabra, por i sso não foi possíve l sua c o m para ç ã o . A Figura 2 representa os res ultados obtidos para a anál i se de prefe rência sensori a l . 2.2 - A n ál i s e s fís ic o - q u í m i c a s A s a n á l i s e s fí s i c o - q u í m i c a s s e g u i ra m metodologias descritas por Pereira et a I . (200 I ) . Tabela 1 - Val ores obtidos para as anál ises físico-químicas dos q ueijos de cabra Frescal B o u rsin L ote L ote 2 L o te 1 L o te 2 G o rd u ra ( % ) U mi d a d e ( % ) Extrato s e c o ( % ) 2 0,5 24,0 22,0 73,63 68,20 7 1 ,5 8 26,37 3 1 ,80 2 8 ,42 Pág . 1 83 P á g . 1 82 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS Frequência (%) Boursin Amostra Frescal Figura 2 - Resultados obtidos p a ra anál i se d e preferência p o r comparação pareada Aval i ando os resultados, obse rvou-se uma preferência sensorial pelo queij o tipo Frescal em detriment o ao Bours i n . E s t a rej e i çã o pode ser d e v i d a a o fato deste tipo d e q u e ij o n ão fazer parte da cultura de consumo d a região. 4 - C O N C L U SÃO C o m os r e s u l t a d o s o b s e rv a d o s n e st e t r a b a l ho , p o d e m o s c o n c l u i r q u e , a p e s a r d a utilização de d i ferentes tecnologias de fabricação dos q u e ij os obtidos a p a rt i r de l e it e d e c abra fre s c a l e B ou rs i n , e s t e s a p re s e n t a ra m c a ra c terísticas físico-químicas m uito semel h antes. Com relação à p r e fe rê n c i a s e n so r ia l , d e s t a c a - s e q u e o q u e ij o fre s c a l p o s s u i m a i o r p o t e n c i a l d e c o m e rc i a l i z a ç ã o , p o i s e s t e foi o p r e fe r i d o . D e ss a for m a , p ara a r e g i ã o , o consumidor parece possuir m a i o r tendência e m a c e i t a r queijos de s a b o r m a i s l e v e , com b a i x o t e o r d e acidez. A BS T R A C T C u rrently t h e c o n s u m e r c o m e s s e a rc h i n g n e w a lt er n a t i ve s · i n o r d e r t o b e c o me h i s a l i m en tary d i et h e a l t h e r. W i t h t h a t , i t c o m e s b e i n g frequent the substitution o f cow m i l k for goat milk and derivatives products in the feeding of p e o p l e w i th g a s t r i c p ro b l em s , a g e d a n d c h i l d re n who p re s e n t a l e r g i c r e a c t i o n s t o t h e cow m i l k . The explanation for this fact is on to the d i fferences i n the chemical composition of b o t h m i l k . T h e g o a t m i l k is a food of e asy digestion, resultant o f the wealth in dry extract, the size of its molecules of fat (Iesser diameter), being digested in the human stomach around 40 m inutes after its consumption, whereas the cow m i l k l eads, approxi mately, two hours and half. D u e to a l i mentary i m p o rtance of the goat milk and i t s derivatives i n a healthy d i e t , t h i s work was developed with the obj ective to analyze the p hy s i c a l - c h e m i s t ry c h a ra c te r i s t i c s a n d t h e s e n s o ri a l p re fe re n c e o f t h e goat m i l k c h eeses type Frescal and Boursin produced in Rio Pomba. Two distinct lots o f each one of the cheeses had been evaluated, how m uch to the characteristics physicist-chemi stri e s (text of fat, humidity and d ry e xt ract), beyond the sensorial a n a l y s i s of preference with 3 0 individuaIs c hosen to perhaps w i thout previous t ra i n i n g . In accord a n c e with t h e gotten results, concluded that t h e c h eeses p ro d u c ed i n d i ffer e n t lots had not presented significant d i fferences between itself. There isn't l e g i s l a t i o n t h a t r e g u l a t e s t h e s t a nd ards for c h eeses manufactured w i th goat m i l k, therefore it was not possible its comparison. The results had still shown to a sensorial preference for the cheese Frescal type in detriment to the Boursin, being that t h i s rej ection, can have this type of cheese not to be part of the c ulture o f the region. A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N A L D E LATi C í N I O S AVAL IAÇÃO DA CONTAG EM D E B ACTÉRI AS M ESÓFILAS E PSICROTRÓFICAS N O LEITE CRU ESTOCADO À 4°C POR 48 HORAS1 Ev aluation of total mesophilic and psychrothrophyc bacteria count in raw milk storage at 4°C during 48 hours1 José Alberto Bastos Portugal2 Alessandra Pereira Sant'Anna3 Abiah Narumi Ido de Abreu3 Carla Christine Lange4 Maria Aparecida Vasconcelos de Paiva Brito4 Guilherme Nunes de Souza4 R E S U MO K e yw o r d s : goat m i l k , c he es e , B ou r s i n , Fresc a l . O d e s en v o l v i mento d e s s e t r ab a l h o t e v e c o m o obj et i v o a aval i ação do c re sc i m en t o d e bactérias mesófi l a s e psicrotróficas d o l eite c ru ao longo do período d e estocagem d e 4 8 horas, o bservando o disposto na IN 5 l /2002 . Para a real ização d o trabalho foram coletadas amostras de aproximadamente 50 ml de leite c ru de dez tanques de refrigeração individuais, n a m i c ro-região da Zona da Mata M i n e i ra , p ró x i m a a o m un i c í p i o de Juiz de Fora. As análises foram rea l i zadas e m tempo imediato e após 24 e 4 8 horas. D urante e ste p eríodo, as a m o stras foram m a n t i d a s sob r e frigeração, com t e m p e ra t u ra c o n t r o l a d a a 4°C . A s conta g e n s t o t a i s d e bactérias m e s ó fi la s e p s i c rotró fi c a s foram rea l izadas segu i n do a s metodologias padronizadas pela I O F (International Dairy Federation) e APHA. Os resultados m o s traram que não h o u v e d i fe re n ç a e s ta t i s t i c a me n t e s i g n i fi ca t i v a e n t re a s c on t a g e n s totais de bactérias mesó fi l as e das psicrotróficas n o tempo zero (depois da ordenha) e após 24 e 4 8 horas de estocagem a 4 "C ( P>0,05). Esses resultados dão suporte ao p rocedimento d e c o l e t a nas faz e n d a s a cada 48 h o ra s , d e s d e que a t e m p e ra t u ra de r e frigeração do armaze n a m ento s ej a mantida em 4°C . R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C AS Palavras-chave: l eite, refrigeração, bactérias m e s ó fi l a s e p s i c rotrófi c a s . B U EN O , L . M. C. L e i t e de c a b ra e x c e lente a l i mento funcional. Revista Leite e Derivados, n ° 83, p. 5 2 - 5 8 , 2 0 0 5 . F U RTA D O , M . M. F a b ri c a ç ã o d e q u eij o d e l eite d e c a b r a . S ã o P a u l o : Nobel, 1 98 5 . P EREIRA, D . B. C . ; SILVA, P. H . F.; J Ú N IOR, L. C. G. c . ; O L I V E I RA , L . L . Físico Química d e L eite e D e riva d o s : M ét o d o s A nalíti c o s . J u i z de Fora: Templo Gráfica e Editora Ltda . , 200 1 . 1 - I N T RO D U Ç Ã O As bactérias que contaminam o leite podem ser divididas e m três grupos principais : mesófilas, que se multiplicam bem na faixa de temperatura de 20 a 40"C, termodúri cas, que sobrevivem à pasteurização (30 minutos a 63°C ou 1 5 segundos a 72"C) e p s icrotróficas, que se multiplicam em temperaturas baixas (7°C ou menos) ( M U R PHY, 1 99 7 , B RITO et a I . , 2002 ) . Do ponto de vista da qual idade do l e i te as bactérias psicrotróficas são o grupo que mais contribui para deterioração do l e i t e e p rodutos lácteos. E las causam dete rioração quando se multiplicam no leite cru antes da pasteuri zação ou após a pasteurização, p e l a a t i v i dade de enzimas extrace l u lares resistentes ao calor ( S 0 R H A U G & S T E PAN I A K, 1 99 7 ) . Devido à coleta a granel e armazenamento nas i nd ústri as, em a l guns casos, o l e i t e é p ro cessado somente alguns dias depois da ordenha. Este período de estocagem, sob refrigeração, l eva ao aumento no número dos microrga n i smos psi crotróficos. Números e levados (da ordem de um m ilhão por ml) causarão defeitos no leite e têm se c o n s t i t u í d o em um dos p rinc i p a i s cont a m i nantes e m p a í s e s o n d e a prática de refrigeração Projeto de Iniciação Científica financiado pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF) e Embrapa Gado de leite. 2 Professor Orientador pelo CES/JF. [email protected]. 3 B olsistas de Iniciação Científica - Ciências Biológicas - CES/JF. 4 Pesquisadores da Embrapa Gado de leite. Pág . 1 85 Pág . 1 84 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO XXI I I CONG R ESSO NACIONAL D E LATiCíNIOS ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS do l eite na fazenda e/ou coleta a granel já estão i nstaladas ( M A R S H A L L , 1 99 2 ) . Consi derando a i mportânc i a d a c o n t a m i nação micro biana no l eite e a multipl icação du rante a estocagem, propôs-se nesse estudo avaliar a contagem de bactérias mesófi l a s e psicrotró fic a s no l e i te cru estocado na t e m p e ratura d e 4"C durante 48 h oras. 2 - M AT E RI A L E M ÉT O D O S Para a real ização do t ra b a l h o foram c o l etadas amostras de aproximadamente 5 0 m L d e l ei t e c ru d e d e z tan q u e s de refrig e ração i n d i viduai s , na micro-re g i ão d a Z o n a da M a t a M i neira, próxima ao município de Juiz de Fora. Para c o l etar cada amostra, o b s ervo u-se o regime de captação de leite pelas indústrias d e b e n e fi c i amento, gara n t i n d o q u e a a m ostra d o l e i t e fos s e obtida da pri m e i ra ordenha, após o esvaziamento e higienização do tanque, com tem peratura i gual o u inferior a 4 cc . As amostras foram acondicionadas em re c i p i ente c o m gelo, sendo transportadas para o l aboratório de M ic robiologia da Embrapa G ad o de L e i t e , para a anál i s e e m t e m p o i m e d i a t o e após 24 e 48 h o ra s . D uran t e e s t e período, a s amostras foram mantidas sob refrigeração, c o m t e m p e ra t u ra c o n t ro l ad a a 4 " C . A s c o n t a g e n s t o t a i s d e bactéri a s m e s ó fi las e p s i c rotrófi c a s foram fei ta s d e a c o rd o c o m a s m e t od o l o g i a s o fi c i as d a F I L/I D F ( 1 9 9 1 ) e M a rs h a I l ( 1 9 9 2 ) . O s valores d a s contagens anotados como U FC/ mL foram convertidos para logaritmos e para a anál ise dos dados, aplicou-se análise de variância e Te s t e de F i s h e r, c o n s i d er a n d o o n í ve l d e significânci a d e 5 % . 3 - R E S U LTA DO S E D IS C U S Sà O ... - - _ _ _ _ _ _ +- _ _ _ _ _ _ _ o. .�----�. .-------_ . O s res u l tados m ostra ram q ue n ã o hOuve d i fe rença estat i sticamente s i g n i ficativa entre as contagens t o t a i s de b a c t éri a s m e só fi l a s e das psicrotróficas no tempo zero (depois da ordenha) e após 24 e 48 horas de estocagem a 4"C ( P>0,05) . Apesar da variação das contagens (mesófilas e psicrotróficas) apresentare m um l i g e i ro declí nio após 24 horas de refrigeração, observou-se um pequeno aumento após 48 horas ( Figura I ). Esses resultados obtidos confirmam os diversos dados rel at a d o s na l i t e ra t u ra q u e d e m o n st r a m q ue , q uando o leite é mantido a 4"C, n ã o ocorre a u mento significativo da contagem bacteriana. 4 - C O N C L U Sà O Os resultados apresentados dão suporte ao procedimento de c o leta nas fazendas a cada 48 horas, desde q u e a temperatura d e refrigeraç ão do armazenamento s ej a mantida em 4"C. A B S T RA C T T h e a i m o f t h i s work w a s to evaluate the i n fIuence of the 48 hours storage of raw m i l k k e p t u n d e r c o n d i t i o n s t h a t s i m ul a t e t h e r e fri g erat i o n on t h e farm o n t h e n u m b ers o f mesophilic a n d p sych rotrophic m i croorganisms. M i l k s a mp l e s of a p p ro x i m a t e l y 50 mL were c o ll ected from ten d i fferent farms cooling tanks l ocated in the region of Zona da Mata of Minas G e ra i s S t a t e . T h e s am p l e s w e r e p ro c e s se d i mmediately after collection (zero time) a n d after 2 4 and 48 h o u rs . D u ri n g t h i s t i m e they w e re k e p t u n d e r r e fri g e r a t i o n , w i t h t e m p e ra tu r c c o n t ro l l e d a t 4°C . B ac te r i a l c o u n t s w ere conducted according to the I n te rnational Dairy F e de r a t i o n a n d t h e A m e r i c a n P u b l i c H ea l t h A s s o c i a t i o n rec o m m e n d a t i o n s . T h e res u l t s showed that there w a s n o t a statistically significant d i fference among the total counts of mesophilic and psychrotrophic micro o rganisms obtained at zero time and a fter 2 4 and 48 h ours storage at 4"C (P>0.05). These findings support the adopted schedul e of c o l l ection of farm m i l k kept at 4°C at 48 hours i nterval s . IDF/F I L - Federação Internac ional d e Laticínios. Esti m a t i o n of n u mb e r s of p s y c h ro t ro p h i c microorgan isms. S tandard 1 32A, 1 99 1 , 3 p . MARS H A L L, R . T. S t a n d a rd m e t h o d s for t h e exam i n a t i o n o f d a i r y p ro d u c t s . 1 6 e d . , Wa s h i n g t o n D . C . : A m e r i c a n P u b l i c H ea 1 t h Assoc i a t i o n , 1 9 9 2 , 5 4 6 p . MU R PHY, S . R a w m i l k bacteria tests: standard plate counts, prel iminary i n cubation counts, l ab pasteurized count, and c o li fo rm count. What do they m e an for y o u r fa r m ? I n : N AT I ON A L MA S T I T I S C O U N C I L R E G I ONAL M E ETING, 1 997. Syracuse. Proceedings . . . 1 99 7 . p . 3 4-42 . S0R HAUG, T. ; STEPAN I A K, L. Psychrotroph s and t h e i r e n zy m e s i n m i l k a n d dairy products: q u a l i t y a s p e c t s . T r e n d s in Food S ci en c e & Techn o l ogy, v. 8, p. 3 5 -4 0 , 1 99 7 . BIBLIOGRAF I A EFEITO D E PRÉ-TRATAMENTO NA R ESISTÊNC IA D E Lactobacillus delbrueckií U FV H2820, EM LEITE EM PÓ, AO PROCESS O D E DESIDRAT AÇÃO E AO CALOR Effect of h eat shock on the resistance of lactobacillus delbrueckií UFV H2B20 to milk spray..d rying process Waléria Cristina de Arruda Furtado l' Célia Alencar de Moraes2 Frederico José Vieira Passos3 Paulo César Stringheta3 RESUMO Com o o bj etivo de estudar o e feito do processo de desidratação por "Spray dryer" sobre células de L actobaci/lus delbrueckii U FV H2b20 em leite, bem como o e feito do choque térm i c o sobre s u a termotol e rância, testes foram conduzidos " i n v i t ro " e m l e i t e e m pó ressuspendido a 1 0% extrato seco total ( E S T ) contendo cél u l as viávei s de L. delbrueckii U FV H2b20. Como control e foram usadas c é l u l as q ue não receberam o choque térmico. R E FE RÊ N C I A S B I B L I OG R Á F I C A S - Var i a ç ã o d o n ú m e ro p ro v á ve l d a c o n t a g e m t o t a l d e m e s ó fi l o s e p s i c ro t ró fi c o s no l e i te c r u re fr i gerado (4"C) de acordo c o m o tem po de estocagem. BRITO, M. A . V. P., BRITO, J . R . F., PORTUGAL, J. A. B., Identificação de contaminantes bacterianos no leite cru de tanques de refrigeração. Revista do I n stituto de Laticínios Cândido Tostes, v. 7 5 , n . 3 2 7 , p. 83-88, 2 00 2 . ••• BRASI L . M i n i stério d a Agric u l tu ra, Pecuária e Abastecimento. I nstrução N ormat i v a 5 1 de 1 8 Key-words: m i l k , refrigeration, mesophilic a n d p sychrotrophic m i c roorganisms. Figura d e setem b ro 2 0 0 2 . R e g ul amentos T é c n i c o s d e Produção, I dentidade, Qual idade, Coleta e Tran sport e d e l ei t e . D iário Oficial da União, Bras í l i a , 2 0 0 2 . 3 9 p . B R I T O , J . R . F. ; B R I T O , M . A . V. P. C o n c e i t o s básicos da qualidade d o l eite. Glóri a Rural, ano 2 , n . 20, p . 1 4 -20, 1 99 9 . B RITO, M . A. V. P. Qualidade do leite a partir de d e t a l h e s . B a l d e Branco, O ut u b ro , p . 6 6 - 7 4 , 2 00 1 . S L AG H U I S , B . S ou r c e s a n d s i g n i fi ca n c e o f c o n t a m i n a n t s o n d i fferent l e v e I s o f raw m i l k p ro d u c t i o n . ON S Y M PO S I U M In: B ACT E R I O L O G I C A L Q U A L I T Y O F RAW M ILK, 1 996, Wolfpassing. Proceedings... Brussels: I nternational Dairy Federation, 1 996. p. 1 9-27. S U MN ER, J. Farm production influences on milk h y g i e n e q u a l i ty . I n : S Y M PO S I U M O N B AC T E R I O L O G I C A L Q U AL I T Y O F R AW M I L K , 1 9 9 6 , Wo l fp a s s i n g . P ro ce e d i n g s B ru s s e l s : I nt e rn a t i o n a l D a i ry F e de rat i o n , 1 996.p. 94- I 02. Professora MS/CEFET-RP ([email protected] m.br). Professora DSlDeparta mento de Microbiolog ia-UFY. 3 Professores DS/Departamento de Tecnologia de Alimentos-U FY. 2 Pág . 1 87 Pág. 1 86 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS Observou-se que o c h o q u e térm ico c o n feri u à s c é l u la s m a i o r t o l e rância ao processo de d e s idratação t e stado. Foi demon strado também o e fe i t o p rotetor d o choque térm i c o ao tratamento de 6 5 ° C, por 20 min, e m q ue o contro l e não logrou sobrevivência, enquanto as células pré-tratadas sofreram redução de apenas doi s c icIos l ogarítmicos. P a lavras-chave: Lactobacillus delbrueckii U FV H 2 b 2 0 , choque térm i c o, d e s i d ratação, t e r m o t o l e râ n c i a . A N A I S D O XXI I I C O N G R E S S O N A C I O N A L D E LATi C í N I OS 3 - A Figura I mostra o e fe i to protetor exer cido pelo choque térmico, 5 0"C/3 0min, sobre L. delbrueckii U F V H2b20, quando adicionado em leite pasteuri zado e c o n centrado com 4 0 % de EST e submetido à desidratação a 1 80"C . 1 - I N T R O D U Çà O A e s t i rp e de L. delbrueckii U FV H2b20, d e o r i g e m h um a n a , fo i i so l ad a de fez e s de c ri an ç a recém-nasc i da e a l imentada exc l u s iva mente a o seio com a t é 3 dias d e i da d e e foi d e fi n i da c o m o p r o b i ó t i c a p o r s u a s c a r a c t e rísticas d e resistênci a às condições ambientais q u e preval ec e m no trato gastro i ntestinal como l isozima, concen traçõ e s e levadas d e sais b i l ia res, e presença de antibióticos de administração oral ( S AN TO S , 1 9 8 4 ; A G O S T I N HO, 1 98 8 ) . A resistência do L. delbrueckii U FV H2b20 a c o n d i ç õe s d e estresse a m b i e n t a l é i m portante n a vida ú t i l e na atividade d o s produtos probióticos. Estudos demonstram adaptação de L actobaci/lus a c o n d i ç õ e s de e s t r e s s e e t a m b é m t o l e râ n c i a c ru zada a d i ferentes fatores d e e stresse . Verifi cou-se q ue o choque térmico, 5 0°C/3 0min, sobre a esti rpe de L actobacillus U FV H2b20 c o n fere resistên c i a a tratamentos t é rmicos e aumenta a fai xa d e t e m p e ra t u ra p a ra o s e u c re s c i m e n t o ( M O NT E I RO , 1 99 9 ) . L . delbru eckii U FV H 2 b 2 0 , q uando a d i c i o n a d o a o l e i t e e v a p o ra d o p a r a p o s t e r i o r secagem, proporc io n o u a obtenção d e u m pro biótico com boa estabilidade o qual não necessita de refrigeração para sua man utenção. No entan to, nada se sabe sobre os efeitos das condições a q u e são expostas as c é l u l a s d u rante o proces samento, bem como da associação desses fatores d e estresse sobre a resistência dessa estirpe às condições ambientais a que estarão suj eitas na passagem p e l o trato d igestivo . O o bj et i v o d e s t e traba l h o fo i e s t u d a r o e feito do p rocesso de desidratação p o r " Spray dryer" sobre células de L. delbrueckii UFV H2b20 em leite, bem como o e feito do choque térmico sobre sua termotol e rância. 2 - M AT E R I A L E M ÉTO D O S L . delbrueckii U F V H 2 b 2 0 foi mantido a -80nC em c a l do M R S ( D E MAN, ROGO S A e S H A R P E, 1 9 60) contendo 20% de glicero l . As c u l turas foram prev i a m e n t e ativadas e m l e i t e e m pó d e s na t a d o r e c o n s t i t u í do a 1 0% . A p ó s i n c ub a ç ã o a 3 7° C e c o a g u l a ç ã o , a s c u l t u r a s R ES U LTA D O S E D I S C U S S à O 1()()()()()()O foram transferidas para caldo M R S e i ncubada s por 1 2ho ra s a 37"C. Transcorrido esse período, as células foram c o l etadas por c entri fugação a 4 5 0 0 r p m , a 4 " C , p o r 1 2 m i n , e m c e n t r í fu g a S o rvall RC5C. A massa celular ressuspendida e m c a l d o M R S foi p a d ro n i za d a a u m a d e n s i da d e ó t i c a d e a p ro x i m ad a m e n t e 0 , 6 e m e s p e c t r o fot ô m e t ro S pe c t ro n i c 2 0 0 , em c o m p ri m e n to de onda de 630nm. Para c ada experimento foram rea l i zadas 3 repetições. A l í q u otas de 1 0m l da c u ltura padronizada foram t ransferidas para erlenmeyers contendo 1 000ml de caldo MRS com 0,5% de glicose. Após aproxi madamente 1 2horas de incubação a 3 7"C, e m banho c o m água sob c i rc ul ação, a s c é l u l as foram c o l etadas por centrifugação e ressuspen d i d a s em l ei t e p a st e u rizado c o n centrado c o m aproximadamente 40% de extrato seco total EST, sendo essa m istura submetida à desidratação em " s p ray-dryer" . F o i d e t e r m i n a do o n ú me ro de u n i d a d e s formadora s de c o l ô n ias d o L. delbrueckii U FV H2b20 adicionado ao produto antes do seu pro cessamento em superficie de ágar M RS adicionado d e 3 0Jlg/ml de Ác ido Nalidíxico. A l í qu o t a s d a c u lt u ra padro n izada foram transferidas para caldo MRS com 2% de glicose. Após 1 2 horas de incubação a 3 7"C, as c é l u l as fo r a m c o l et a d a s p o r c en t ri fu g a ç ã o e r e s s u s pendidas e m caldo M R S 0 , 5 % de glicose a 5 0"C sendo incubadas e m banho à mesma temperatura, por 30 m in utos, segundo M ON T E I RO ( 1 9 9 9) . T ra n s c o rr i d o e s s e p e r í o d o , a s c é l u l a s for a m novamente centrifugadas e depois ressuspendidas e m leite pasteurizado concentrado com 40% E ST. E ssa m istura foi s ubmetida à desidratação. Após a d e s i d ra tação, o l e i te e m pó a d i cionado de células d e L. delbrlleckii UFV H2b20 fo i a c o n d i c i o n a d o em fras c o s d e v id ro e st e r i l izado, p rotegido da l uz e m a n t i d o à t e m p e ratura ambiente. A m o st r a s d o l e i t e e m pó rec o n s t i t u í d o foram mantidas e m banho a 65"C, p o r O, 2 0 e 40 m i n ut o s . A p ó s o s t ratam entos, foram rea l izados p l a q ueamentos e m s uperfície, para con tagem de U FC/m L . 1000000 ,-------' -i --------i �--__---- 100000 g I IliII ressuspendido leiie pó ! 1000 B. E I . f�=���dO -------1 i -------1 10000 o o I lIillana em 10%EST a 100 10 Controle Choque Térmico Figura 1 - Efeito do choque térmico n a sobrevi vência de L.delbrueckii U FV H2b20 à desidratação a 1 80 °C em l e ite pas t eurizado, concentrado com 40% de EST. Controle - células c ultivadas a 3 7 "C e adicionadas ao l eite concen trado para desidratação. (Referênc i a a 1 0% EST). C h o q u e Térmico - cé l ul as cultivadas a 3 7°C e tratadas a 5 0°C por 3 0 m i n antes da a d i çã o ao l eite concentrado para desidratação. No leite i noculado com células sem pré-tra tamento, houve redução decimal de 4 , 6 9 cicIos, após o processamento do l eite e m pó. C o m l ei te inoculado das células pré-tratadas por c hoque tér mico a redução foi de 3,98 cicIos, após o proces samento, o q ue repre senta u m n úmero de sobre viventes quase dez vezes maior q ue no controle. U m a das mais importantes c a ra c te r ísticas que u m micro rganismo p robiótico deve possuir é e x i b i r r e s i s t ê n c i a a p ro c e s s o s t e c n o l ó g i c o s c o m c onseqüente v i ab i l i dade e atividad e a p ó s o processamento para q u e p o ssa s e r v e i c ulado e p ro ve r b e n e fí c i o s a o o r g a n i s m o h o s p e d e i ro ( D UN N E et a I . , 1 9 9 9 ) . F IG U E I REDO ( 1 997) partiu de u m a c ultura de L delbrueckií U FV H2b20 com 2,7 x 1 08U FC/ ml, c ultivada e m soro de q ue ij o "Minas-padrão" ultra filtrado e suplementado com I % de proteose peptona. Procedeu-se sua adição ao l eite evapo rado previ a m e n t e c o n ce n t ra d o em s i s t e m a d e tacho aberto, s endo essa m istura posteriormente submetida à secagem por atomização. Assim, pos sibilitou a obtenção de leite e m pó adicionado de P á g . 1 88 células viáveis de L.delbrueckii U FV H2b20 com 2, I x 1 07UFC/ml, proporc ionando a obtenção de u m probiótico com boa e stabi l idade, o q ua l não necessita de refrigeração para sua manutenção. As di ferenças nas condições presentes no equipamento industrial usado por F I G UE I R E D O ( 1 9 9 7 ) e o "spray-dry e r" de b a n c a d a u s a d o no presente estudo podem responder pelas diferenças no resultado. A diferença nos resultados vem ape nas validar a hipótese inicial do nosso trabalho. O Q uadro 1 mostra o e fe i t o p rotetor d o choque térmico, 5 0"C, por 3 0min ao tratamento a 65°C, por 20 min, em L. delbrlleckii UFV H2b20 em l ei t e em pó rec o n s t i t u í do a 1 0% E S T. Observa-se que o controle, com número de células na o r d e m de 1 0 3 U F C / ml , não s u b m e t i d o a nenhum pré-tratamento, não sobreviveu a esse t ratamento, n o entanto, a s c é l u l a s q u e foram p ré-tratadas com choq u e térmic o t iveram uma redução d e 1 ,5 7 o que representa p e l o menos u m c i c l o de redução a menos que o contro l e . Esses dados estão de acordo c o m o s obtidos por M O N T E I RO ( 1 9 9 9 ) , q u e o b s e rv o u o e fe i t o del etério do tratamento a 6 5 °C sobre as células d e L. delbrueckii U F V H2b20 não submetidas a nenhum pré-tratamento, o bservando ainda q ue h o u v e a u m en t o n o n úm e ro d e s o b r e v i v e n t e s q uando e s s a s são s u b m e t i d a s a o tratamento a 5 0 °C , por 3 0 m i n , antes do trat a m e n to a 6 5 "C p o r 2 0 m inutos. M ON T E I RO ( 1 9 9 9 ) t e st o u a resi stên c i a d e L. delbrueckii U FV H2b20 a o tratamento a 6 5°C p o r 2 0 m i n u t o s e m c a l d o M R S , q ua n d o veri ficou que as células n ã o pré-tratadas a 5 0°C, por 3 0min, sofreram uma redução de 5 , 1 8 cicIos. Nas células que foram submetidas a esse p ré t ratamento, h o u v e u m a redução d e 3 , 9 8, q u e representa 1 ,2 c i c l o l ogarítmico d e redução a menos q u e o contro l e . As células q u e receberam choque térmico e a s q u e n ã o foram s u b m e t i d a s a n e n h u m p ré tratamento responderam igualmente após 40 m inutos, à temp eratu ra d e 6 5 °C o n d e nenhuma c o l ô n i a foi contabilizada e m 0 , 1 ml d a menor d i luição t estada, I : 1 0. 4 - C O N C L U SÃO Observou-se que o c hoque térmico conferiu às células de L. delbrueckii U FV H2b20 maior tolerância ao processo de desidratação em "spray d rying". Foi demonstrado também o e feito pro tetor do choque térmico ao tratamento de 65°C, por 20 min, em que o controle não l ogrou sobre vivência, enquanto as células pré-tratadas sofre ram redução de apenas dois ciclos logarítmicos. Pág. 1 89 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONG RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS SUMMARY Keywords: Lactobacil/us delbrueckii UFV H2b20, heat shock, dehydration, thermostabil i ty. R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I CA S AGOST I N H O , S . M . M . C o m p o rt a m e n to d o sob H2b20 a c idop h illls c o n di ç õ es d o t r a to d i g e s t i v o " i n v i t r o " e e fe i t o d e m é t o d o s d e p re s e r v a ç ã o em s u a a t i v i d a d e . V i ç o s a , M G : U F V, 1 9 8 8 . 7 0 p . Dissertação ( M estrado em C iência e Tecnologia de Al imentos) - Universidade Federal de Viçosa, 1 988. Lactobacilllls - TECNOLOGIA DE FABRICAÇÃO DO Q UEIJO LABNEH E AVALIAÇÃO D E S U AS CARACTERíSTICAS MICROBIOLÓGICAS, FíSICO-QuíMICAS E SENSORIAIS D E M AN, J . c . , ROGOSA, M . , SHARPE, M . E. A me d i u m for the c ul t i vation of Lactob a c i l l i . J o u rn a l A p p l i e d B a cteri o l o gy, v . 2 3 , p . 1 3 01 35 . 1 960. DUNNE, C. e t aI. Probiotics: from yth t o real ity. Demosntration of functionality in animal models of disease and in human c l i nicai trials. A ntoni e v a n L e e u v e n h oe k , v. 7 6 , p. 2 79 - 2 9 2 . 1 9 9 9 . FIGUEIREDO, H. M . Produção de células v i á v e i s d e L a ct o b a c illus a cidop lz illls U FV H 2 b 2 0 em s o r o d e q u eij o e s u a esta b i l i d a de em l e i t e em p ó e l e i t e fl u i d o . V i ç o s a , M G : U F V, 1 9 9 7 . 7 3 p . D i s s e rt a ç ã o ( M e st r a d o e m C i ê n c i a e T ec n o l o g i a d e A l i m e n t o s ) U niversidade Federal de Viçosa, 1 99 7 . M O N T E I RO, R . C. B . Resposta a o estresse e m L a ctob a cilllls a cidop h ilus U F V H 2 b 2 0 . V i ç o s a , M G : U F V, 1 9 9 9 . 5 8p . D i s s e rt aç ã o ( M e st r a d o e m M i c ro b i o l o g i a A g rí c o l a ) Universidade Federal de Viçosa, 1 99 9 . SAN T O S , N . S . I s o l a m en to e c a racterização de L a ct o b a c illlls a cidoplz ilus d e fez e s de c r i a n ç a s a l i m e n ta d a s a o s e i o e d e b e z e r ros, v i s a n d o a s u a u ti l i z a ç ã o c o m o adj u n t o d i etét i c o . V i ç o s a , MG : U F V, 1 9 8 4 . 6 9 p . Dissertação ( Mestrado em Ciência e Tecnologia Universidade Federal de Viçosa, de Alimentos) 1 984. L a c t o b ac illus del b ru eckii U F V H 2 b 2 0 s urvival during a pro c e s s o f m i l k dehydration b y s p r a y - d ry i n g has b e e n d e t e rm i n e d . T h e e ffec t o f h e a t p r e - t re a t m e n t a t 5 0° C fo r 3 0 m i n on t h e c e l l survival and viabil i ty after the drying process was determined. T h e heat shock treatme n t p ro ved to have a protective e ffect . T h e e ffe c t o f t h e h e a t p re -t re a t m e n t on t h e thermostab i l i t y o f t h e l a c t o b ac i l l i , m e a su r e d a s t h e i r s u r v i v a l t o 6 5 ° C fo r 2 0 m i n , demonstrated a poss i b l e protection b y the h e at s h o c k t re a t m e n t . Quadro A N A I S DO XXI I I C O N G R E S S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S Tech nology of manufacture of the labneh cheese and eval uation of its microbiological, physical-chemical and sensorial characteristics Kamíla Oliveira Lopes1 Vera Lúcia Maria da Silva 1 Leandro Lamas Caldoncellil Fabíola Domingues Machado1 Vítor Ramos Lucas1 Vanessa Riani Olmi Silva2 Maurício Henriques Louzada Silva2 RESU MO O labneh é um produto l ácteo fermentado, originário do Oriente Médio e desembarc o u no Brasil no final do século XIX com o s i m igrantes árabes. O labneh o u chancliche como é conhecido no B rasi l , apresenta sabor p a rt i c ul a r parec i do com a ricota, um p o u c o mais azed o . O presente t raba l h o real izado n o setor de agroi ndústria do C E F ET-R P t e ve por o bj et i vo con hecer, avaliar e d i s s e m i n a r a tecnologia d e produção d o labneh, além d e determ inar s u a s caracterí sticas físico-químicas. m ic robi o l ógica e aceitação sensori a l . Na fabricação u t i lizou-se l e i t e i ntegral pasteurizado ao q ua l foi adicionado c u lt ura ativa de Streptococclls thermophilus e Lactobacil/us delbruekii subsp. bulgaricus n a p ro p o rção 1 ,5% cada. Após a inoculação das c u lturas, incubou-se a 43°C até atingir a acidez de 0 , 65%. E m seguida a massa formada foi d essorada p o r 48h em temperatura ambiente, u t i l izando tecido filtrante. Decorrido o tempo, a massa foi retirada do tecido e temperada com sal e orégano, sendo resfriado em seguida. Fora m feitos três lotes do produto a partir da mesma formulação, aos quais foram submetidos às análises fisico-químicas (gordura, extrato seco total e acidez), m ic rob i ológica (contagem d e bactérias lácticas ) e sensorial (preferência e a c e i t aç ã o ) . As a mo s tras a n a l isadas apresentara m em m éd i a 1 1 , 6% d e g o rd ura, 3 2 % d e extrato s e c o total e O , 9 g de ácido l át ico/ 1 00 m L de amostra. A análise microbiológica para contagem de bactérias l ácticas apres entou média 1 ,9 x 1 08 U FC/m L . Para análi se sensorial p r i m e i ra m en t e foi fei t o o t e s t e de p re fe rê nc i a usando o método de o rdenação, com o i ntuito de verificar a porcentagem de sal a ser usada no produto, obtendo o res u l tado de 1 ,6 % . A partir desse ponto foi fei t o o teste d e aceitação, u t i lizando Escala Hedônica de nove pontos, com 3 0 provadores não treinados. O resultado obtido para o teste de aceitação ( 7 , 7 ) a p r e s e n t o u - s e e n t re g o s t e i m o d e r a d a m e n t e e g o s t e i m u it o , i nd i c a nd o u m a b o a possibil i dade de comerc ia lização d e s s e t i p o d e p roduto. Efeito do choque térmico ( C T ) na resistência de Lactobacil/us. delbrueckií UFV H2b20 a temperatura de 65°C, por 20 e 40min, e m l e i te em pó reconstituído a 1 0% E ST. UFC/ml após tempo de exposição Controle 2 CT I 9,50 x 1 0 40 min 20 min O min 2 4 1 ,25 x 1 0 < 1 00 < 1 00 3,33 X 10 2 < 1 00 Palavras-chave: labneh, aceitação, características físico-químicas e m ic robiológicas. I Leite em pó adicionado de células cultivadas a 3 7"C. 2Leite em pó adicionado de células cultivadas a 37°C e submetidas a choque térmico: tratamento a 50"C, por 30min. 1 - I N T RO D U Çà O O q ue ij o t i p o labneh o u i o g u rt e c o n c e n t r a d o é u m p ro d u t o l á c t e o fer me n t a d o , originário do Oriente Médio e desembarcou n o Brasil n o final do século X I X c o m os i migrantes árabes (AI -Kadamany, 2 00 2 ) . 2 O labneh ou chancliche, c o m o é conhecido no Brasil, apresenta sabor particular, parecido com a ricota, s e n d o u m p o u c o m a i s a z e d o . P o s s u i grande versatilidade culinária podendo s e r batido com cebola e azeite d e o l i va, misturado a ervas Estudante do Curso Superior de Tecnologia em Laticínios. Professor (a) - CEFET-RP. Pág. 1 90 Pág . 1 9 1 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS fi nas, azeitonas e o vo s , dessa forma, pode ser servido com pão, na forma d e p a t ê . Devido a necessidade de refeições rápidas e nutritivas, atual mente os consumidores têm procurado um produto prático e que também d i ferenc i e sensorial mente dos tradicionais. Portanto, há necessidade de inclu são de produtos originários de c ulturas diferentes. O presente trabalho foi rea l izado no s etor de agroindústria do C E F ET-RP e teve por obj e tivo conhecer, avaliar e disseminar a tecnologia de produção do labneh, além d e veri ficar suas características físico-químicas, m icrobiológica e aceitação sensori a l . 2 - M AT E R I A L E M É TO D O S O presente trab a l h o foi d esenvolvido no Laboratório de Analises de Alimentos do CEFET RP. Foram real izadas ana l i se s mi c robiológicas, fisico-químicas e teste sensorial de preferência e aceitação de queijo Labneh. 2.1 - E l a b o ra ç ã o do p ro du to O fluxograma a seguir descreve o processo util izado para a elaboração do Labneh. Leite i ntegral � Tratamento térm i c o (9 0°CI 1 0 m i n ) � Resfri a mento ( 4 3 ° C ) � Inoculação ( 1 ,5 % de cultura l i q u ida) � Incubação (43°C ate acidez desej ada) � S i nerese da massa (48 h oras) � Adição de sal e o régano � Estocagem e maturação ( I O°CI 4 8 horas) Para e l aboração d o s três lotes do q ue ij o Labneh foi util izado l eite integral, sendo este aque cido a 9 0°CI 1 0min e e m seguida resfriado para 43°C. Inocul ou-se 1 , 5 % de c u l tura termofí l ica liquida (Laclobacillus delbrueckii subsp bulgaricus e Streptococcus thermophilus). O produto foi en tão encubado à 43°C até atingir acidez desejada. Após incubação, a massa formada foi des sorada por 4 8 horas em tempe ratura ambiente, util i zando tecido fil trante . Decorrido o tempo a massa foi retirada do t e c i d o e temperada com sal e orégano, sendo resfriada e m seguida. 2.2 - A n á l i s e s M i c r o b i o l ó g i c a s F o ra m rea l izad a s c o n t a g e m de bactéri as l á t i c a s ( c é l u l a s v i á ve i s ) e m p l a c a de P etri contendo À gar de Man, Rogosa e S harpe ( M RS) ( S I LVA et a I . , 1 99 7 ) . 2 .3 - A n a l i s e s fís ic o -q u í m i c a s F o ra m determinados o t e o r de gordura, a a c i d e z e o e x t ra t o s e c o t o t a l ( E ST ) , s e g undo metodologia descrita por P E R E I RA et aI. (200 1 ). A gordura foi determinada seguindo método de Gerber. A acidez, em termos de ácido lático, foi determinada por titulometria. O teor de EST foi determinado por gravi m etria. 2 . 4 - A n á l i s e s e n s o ri a l F o i apl icado teste d e prefe rê n c i a usando método de o rdenação p a ra veri fi c a r a m e l h or porcentagem de sal a ser adicionada ao produto. Foram recrutados 20 provado re s não trei nados, pedindo-se que degustassem a amostra e preen·· chessem a ficha de avaliação ( Fi gura 1 ). Após obter os resultados do teste de prefe rência foi feito o teste de aceitação, uti lizando a E s c a l a H ed ô n i c a d e n o v e p o n t o s , c o m 3 0 p ro v a d o r e s n ã o t r e i n a d o s , p e d i n d o - s e q u e degustassem a amostra e p reenchessem a ficha de aval i ação ( Figura 2). A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N A L D E LAT I c í N I O S 3 .3 - A n á l i s e S e n s o r i a l 4 - C O N C L U SÃO Para o teste de preferência, usando o mé tod o de ordenação a o n i v e l d e 5% de p roba bil idade, obteve-se o resultado de 1 , 6% de sal . Pa ra o teste d e aceitação, utilizando a escala de nove pontos, ao nível de 5% de probabil idade, o resu l tado obti d o foi 7 , 7 , apresentando-se entre gostei moderadamente e gostei m u i t o . Os resultados das análises m icrobiológicas e físico-químicas podem ser utilizados como fon te de p e s q u i s a s , u m a vez q ue n ã o há m u i ta s i n formações sobre o queij o Labneh. No Bras i l não s e tem u m p adrão d e s s e q u e ij o p o r ser um p ro d u t o p o u c o c o n hec i d o . A t ravés d o teste de aceitação, q ue fic o u entre Ordenação NOlue: __________________________________ Por favor, prove as amostras apresentadas. Ordene-as de acordo com sua preferência, colocando o n úmero I (amostra de maior preferência), 2 (segunda preferida), '" na frente do código da amostra. Enxágüe a boca após a degustação de cada amostra e e spere 30 segundos. Código da amostra Ordem de preferência 320 525 420 Fig u ra 1 - Exemplo de fic ha de resposta para o teste de o rdenação. Escala Hedônica Por favor, avalie a amostra utilizando a escala abaixo para descrever o quanto você gostou ou desgostou do produto. Marque a posição da escala que melhor reflita seu j ulgamento. 3 - R E SU LTA D O S E D I S C U S S à O Gostei extremamente 3 . 1 - A n á l i s e M i c ro b i o l ó g i c a Gostei muito Gostei moderadamente A anál i s e m ic ro b i o l ó g i c a para contagem d e b a c t é r i a s l á c t i c a s a p r e s e n t o u média 1 , 9 x 1 08 U F C /m L . 3.2 - Análise Físico-Q u í m ica O s resul tados d a s anál i se s fí sico-químicas estão apresentados n a Tab e l a 1 . Tab e l a 1 - Média Média dos resu l tados das aná l i ses físico-químicas U midade Acidez Gordura (%) (%) ( % á c i d o lático) 0,9 68 1 1 ,6 Data: Gostei li geiramente I ndiferente ( ( Desgostei ligeiramente ) Desgostei moderadamente D e sgostei muito Desgostei extremamente Figura 2 - Exemplo da ficha de avaliação para o teste de preferência. 1 92 arvoredoleite.org Pág . 1 93 digitalizado por ANAIS DO XXII I CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS gostei moderadamente e gostei m u i to, podemos c o n c l u i r q ue a p e s a r d o p o u c o c o n h e c i m en t o sobre o produto, houve aceitação i n dicando u m a b o a poss i b i l idade de comerc i a l i zação deste tipo d e p roduto. ABSTRACT ESTUDO COM PARATIVO ENTRE OS M ÉTODOS DO FORMOL E DE KJElDAHL PARA D ETERMIN AÇÃO DE PROTEíNAS EM L EITE p resented between l ik e d moderatel y and l i ked v e ry, i n d i c a t i n g a g o o d p o s s i b i l i t y of commerc i a l ization o f this t y p e o f p roduct. K e yw o r d s : l ab n e h , acceptance, p h y s i cal c h e m i stry and m icrobi o l o g i c a l c ha racterisitc s . 5 T h e l abneh o r concentrated yoghu rt i s a fermented dairy, origi nary mi l ky product in t h e M iddle East and d i sembarked i n B raz i l i n t h e e n d o f century X I X with the Arab i mm i grants . The present work was the obj ective t o evaluate the technology o f production o f labneh, beyond d e t e rm i n i n g its c h a ra c t e ri s t i c s p hy s i c a l c h e m i s tri e s , m i c ro b i o l o g i c a l a n d s e n s o r i a l a c c eptan c e . I n the m a n u facture o f l a b n e h t h e pasteurized milk w a s used as raw material which w a s added to active c u l t ure of Strep tococcus thermophilus and Lactobacillus delbruekii subsp. bulgaricus in the rat i o 1 . 5 % e ac h . A ft e r t h e inoculation the cultures was incubed a t 43°C unti l reach i n g t h e 0 , 6 5 % a c i d i ty. A fter t h e formed mass it was dessorated by 48 hours i n ambient temperature. T h e mass w a s t e m p e re d , b e i n g cooled a fter. Three l ots o f the product from the same fonnularization had been made, which had been subm itted to the analyses physical-chemical, m i c ro b i o l og i c a l and s e n s o ri a l . The a n a l y z e d samples h a d on average presented 1 1 .6% o f fat, 3 2 % dry extract and 0,9g of lactic acid/ l O O m L o f s a mp l e . T h e m i c ro b i o l o g i c a l a n a l y s i s fo r counting of lact i c s bacteria presented avera g e 1 ,9 x 1 08 U FC/m L. For sensorial a n a l y s i s fi rst was made the preference test, with intention to veri fy the percentage o f salt t o b e used i n the p ro d u c t , b e i n g the r e s u l t of 1 , 6 % . S o , t h e acceptance test was made, using hedonic escal e o f nine points, with 3 0 provers not trained. The res u l t for t h e acceptance test w a s 7,7, w h i c h A N A I S DO X X I I I CONG R ESSO NACIONAL D E LATiCíNIOS - A comparative study between Formol and Kjeldahl methods for analysis of milk proteins Karla Michelli Garcia de Oliveira 1 Luciana Segheto 1 Marco Antônio Moreira Furtado2 REFERÊNCIAS B I BLIOGRÁFICAS ABU-J DAYI L, B . , J UMAH, R. Y. , S HAKER, R . R . R h e o l o g i c a l p ro p e rt i es o f a c o n c e n trat ed fe r m e n t e d p r o d u c t , l a b n e h , p ro d u c e d fro m b o v i n e m i l k : e ffec t o f p ro d u c t i o n m e t h o d . I n t e r n a ti o n a l J o u r n a l o f F o o d P r o p e rt i es , v . 5, n . 3 , p. 6 6 7 - 67 9 . 2002. AL-KADAMANY, E. TOU FE I L I , 1 ., KHATTAR, M . , A B O U -J AW D E H , Y. , H A R A K E H , S . , H A D D A D , T. D et e rm i n a t i o n o f s h e l f l i fe o f concentrated yogurt (labneh) produced by in-bag strain ing of set yogurt using hazard analysis. J. D a i ry Sei., v. 85, p. 1 02 3 - 1 0 3 0 . 2 0 0 2 . Chancliche. em: http : // D i sp o n í v e l c h an c l i c h e . c o m . b r/hp_c h a n . h t m . A c e s sado e m 1 6 de março de 2 0 0 6 . PEREI RA, D. B . C; S I LVA, P . H . F ; J Ú N IOR, L. C. G. C; O L I V E I RA, L. L. Físico Q u ímica de Leite e D e rivad o s : M ét o d o s A n a l ítico s . J u iz de Fora : Templo Grá fica e Editora Ltda., 200 I. Q u eij o L a b n e h ( ti p o s í r i o ) . D i s p o n í v e l e m : h t t p : // g l o b o r u ra l t v. g l o b o . c o m /G R u ra I / 0 , 2 7 O 6 2 , L T C O - 4 3 7 3 I 3 7 I 2 6 , O O . h t m I. Acessado em 1 6 de março de 2 0 0 6 . Q u e i j o á r a b e, m a s fe i t o e m M i n a s . Di sponível em: h t t p : // w w w . a n b a . c o m . b r/ noticia.php?id=6 5 5 8 . Acessado em 1 6 de março de 2 0 0 6 . S I LVA, N . ; J UN Q U E I RA, V. C . A . ; S I LV E I RA, N . S. A . M a n u a l de m é t o d o s de a n á l is e s microbiológicas d e alimentos. São Paulo: Varel a, 1 99 7 , 2 9 5 p . RESUMO A determ i nação de proteínas é de suma importância (em especial a fração caseíni c a ) para a fabricação de q u e ij o s . Além disso, a proteína pode ser util i zada para pagamento de l e ite por q u a l i da d e . D e s s a forma, real i zo u - s e a d e t e rm i n aç ã o d e p ro t e í n a s p e l o método de Kj e l d a h l (método d e r e fe rê nc i a ) . O outro e o m étodo F o rm o l . Este ú lt i m o método é de grande relevânci a por apresentar baixo custo, rápida execução e aplicabilidade à rea li dade das indústrias d e l a t i c í n ios, o q ue j ustifi c a então a sua i m p lantação, comparando-o com o ,de refe rênci a para ser i nd i cado n a roti na . A pesquisa teve como obj etivo demonstrar a c o rr e l a ç ã o entre o s m étodos Kje l da h I e F o r m o l em a m o stras de l e i te flu i do ( U HT ) , e aval iar essa correl ação entre o s teore s de p roteína verdadei ra e caseína, também para as duas determ inações, a l ém de i m p l e mentar o método F o rm o l na rotina d o Laboratório de Aná l i se s d e A l imentos e Á guas. Reali zou-se a determ inação de proteínas e m 19 a mostras de l e i t e U HT p e l o s d o i s m é t o d o s . F o ra m d i sc u t i d o s t e s t e s e statí st i c o s p a r a m é t ri c o s (teste t, análi se d e variância, coefi c i ente de c o rre l a ç ão ) . Verifi c o u -s e um c o e fi c i ente de correlação d e 7 0 % e n tre os teore s d e proteína bruta d o s Métodos Kje l dahl e d o F o rmol, demonstrando-se c o m esses dados, q u e a desnaturação e adição de c itrato i n fl uenciam na c o rr e l a ç ã o e ntre os métod o s . - P a l a v r a s- c h a v e s : Kj e l d a h l , F o rm o l , Prote í na B ru t a , P ro t e í n a Verda d ei ra , C a s e í n a , Corre l a ç ã o . 1 - I N T RO D U Ç Ã O As p ro t e í n a s l á c t e a s t ê m s i d o t ra d i c i o n a l m e n t e d e t e rm i n a d a s p o r in e i o do m é t o d o Kjeldahl, podendo-se d i ferenci.ar entre os teores de proteína bruta, proteína verdadeira e de caseína. (McKENZI E , 1 97 0 ; I N T ERNAT IONAL D A I RY FEDERATI O N , 1 98 0 ; C I M I AN O , 1 98 2 ; S I LVA e CARVALHO, 1 99 3 ). A d e term i na ç ã o d e p r o t e í n a s é d e s u m a importânci a ( e m especial a fração caseínica) para a fabricação de q u e ij os, u m a vez q u e um teor m a i s a l t o de c as e í n a é um dos fat o r e s p a ra obtenção de um maior ren d imento. A l ém d i sso, a proteína pode ser util i zada para pagamento de leite por qualidade. 2 - O B J ET I V O S A p e s q u i sa t e v e c o m o o bj et i v o d e m o n st r a r a c o r r e l a ç ã o e n t re o s m é t o d o s Kje l d a h l e F o rmol e m amostras d e l e i t e fl u i d o ( U HT ) p a ra o s t e o r e s d e prot e í n a b ruta, b e m c o m o p a ra o s t e o r e s d e p ro t e í n a v e rd a d e i ra e c a s e í n a , p a r a a s d u a s d e t e rm i n a ç õ e s . A l é m d is so , o bj et iva-se a i m p lementação d o Método d o F o rm o l p a ra u t i l i zação n o L ab o ra tório d e Aná l i se d e A l imentos e Á guas d a Faculdade d e Farmácia e B i o q u í m i c a d a U niversidade Federal de J u i z de Fora. Alunas do Curso de Graduação em Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal de Juiz de Fora. Campus Universitário. 36036-330. Juiz de Fora M G Professor d o Departamento d e Alimentos e Toxicologia d a Faculdade d e Farmácia e Bioquímica d a Universidade Federal de Juiz de Fora. Campus Universitário. 36036-330. Juiz de Fora MG. - 2 - Pág . 1 94 Pág. 1 95 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS 3 - M ATE R I A L E M É TODOS Este trabal ho fez a determ i nação d e pro teínas por dois m étodos, o Kj e l d a h l q ue é de refe rê n c i a e s e desenvolve e m três etapa s : na prime i ra promove-se a d igestão da amostra pelo ácido s u l fúrico; na segunda é feita a desti lação p o r arraste d e vapor, u t i l i zando h i d róx i d o de sódio, da amostra de forma a obter o nitrogênio numa fo r m a m ai s p ur i fi c a d a ( a m ôn i a ) . E s t a reage c o m o á c i d o bórico-contendo i nd i c a d o r m i st o - , for m a n d o m e t a b orato d e amôn i o . N a terceira, é fei ta a titulação d e s s e sal com á c i d o c l o rí d r i c o , representando a fração n i trogenada q u e se desej a determ in a r. (AS S O C I AT I ON OF O F F I C I A L AN A LYTI C A L C H E M I ST S , 1 9 84 ) . J á o Método Formol baseia-se na medição d o s p r ó t o n s l ib e rados p e l a reação do forma l d eído c o m os grupos amino d a s cadeias laterais d a s p ro t e í n a s , sendo q ue o v a l o r a l de í d o do l e i te c o rr e s p o n d e à d i fe r e n ç a e ntre a a c i d e z original e a a c i de z total após a a d i ção d e for m a l d e í d o 4 0 % ( P E R E I RA, et a I . 1 99 7 ) . E s t e método é de gra n d e rel evânci a p o r apresentar baixo c usto, rápida execução e aplicab i l idade à rea l i d a d e d a s i nd ú s t r i a s d e l a t i c í n i o s , o q u e j ustifi c a então a s u a implantação, comparando o com o de r e fe rê n c i a p a ra ser i n d i c a d o n a roti na. Reali zo u-se a determinação d e proteí nas e m 19 a m o stras de l ei t e U H T, do m e rcado lo c a i , pelos d o i s métod o s . 4 - RES U LTA D O S E D I S C U S S à O Foram discutidos testes estatí sticos para m é t r i c o s ( t este t, a ná l i se d e variâ n c i a e c o e fic i en te d e c o rre l a ç ã o ) . O traba l h o proc u ro u apresentar uma c orreta aná l i s e estatística para comparação entre os métodos de análise.Obteve se a lg un s resultados pre l i m i n ares com as deze nove a m o stras de l e i te U HT, obsevervando-se u m coefi c i e n t e de correlação entre o s métodos de 70%, para as determinações de proteína bruta. Este coeficiente é provavelmente devido a maior desnaturação proteíca durante o processamento e também a adi ção de c itratos, bem como m o d i fi c a ç õ e s d o l e i te , q u e c o mp r o m e t e m a b o a correl a çã o e ntre os métodos. Tendo em vista estes resultados, a próxima etapa d o trab a l h o c o n s i s t i rá e m c om p a ra r o s t e o r e s d e p ro t e í n a , p e l o s d o i s m é t o d o s , d e amostras d e l eite, desde d e sua chegada na indústria ( l e i t e c r u ) até seu p ro c essamento fin a l ( l e i t e s pasteurizado e UHT), podendo desta forma avaliar a i n fl uência da desnaturação proteíca e da adição de citrato no leite nos teores de proteína. 5 - C O N C L U SÃO Com base nos resultados, veri fi c ou-se que há u m a c o rrelação entre o s teores d e proteína b r u t a dos M é t o d o s Kj e l d a h I e F o rm o l , d e monstrando-se, dessa forma, a aplicab i l idade d o m étodo formol na rotina de u m l ab o ratório de laticínio e de análi ses de a l i m entos. A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LAT i Cí N I OS A l i mentos) - Un iversidade Federal de Viçosa, Viçosa, 1 99 5 . S I LVA , P. H . F. ; P E R E I RA , D . B . C . ; O L I V E I RA, L . L . ; C O S TA J U N I O R, L . C . G . Físico-q u ím i ca d o l eite e d e rivados M étodos a n a l í t i c o s . J ui z d e F o r a : O fi c i n a d e i mpressão, 1 9 9 7 . 1 9 0 p . S I LVA, P. H . F. ; FERRE I RA, R. J . ; CARM É LIO, C . E.; VA L E , R . X . F. Testes e s tatísticos para comparação entre métodos de anál ises. Revista do I n st i t u t o d e L a t i c í n i o s C â n d i d o Tos te s , 289, 1 993. A BS T R A C T The determ ination o f proteins has a great i m p o rt a n c e t o t h e p r e pa r a t i o n o f c he e s e s (espec i a l l y the caseinic fractio n ) . F u rt hermore, the p ro te i n s can b e used for the p a y m e n t of milk o f quality. Thus, a determination o f protein was m a d e b y the Kj e l d a h l M e t h o d ( r e fe re n c e m e t h o d ) . T h e o t h e r m e t h o d w a s t h e F o rm o l. T h � s e c o n d o n e i s o f g r e a t re fe r e n c e for p re s e n t i n g l ow c o s t s , ra p i d e x e c u t i o n , a nd a p p l i c ab i l i t y to t h e l at t i c i ng i n d u s try, w h i c h j us t i fi e s i t s i n t ro d u c t i o n , c ompari n g i t to t h e reference method indicated i n the routi ne . The research has the objective o f demonstrating the c o rre l a t i o n between t h e Kj e l da h l a n d Formol methods i n samples o f flu i d milk (UHT), and e v a l u a t i n g s u c h c o rr e l a t i o n b et w e e n the two p r o t e i n c o n t e n t s a n d c a s e i n , a l s o fo r both determ inations, in addition to adding the Formol M ethod in the rou t i n e of the Ana l y s i s of Food and Water Laboratory. Parametric statistic tests w e re d i s c us s e d (I t e s t s , c h a n g i n g a n a l y s i s , correlation coefficient). A correlation coefficient of 70% was checked between the brute protein c o n t e n t s o f Kj e l d a h l a n d F o rm o l m e t h o d s, demon strating with these data t h e appl icabi l ity o f the Formol Method i n the routine o f latticiny and a l aboratory of analysis of food. 6 - R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G RÁ F I C A S W O L F S C H O O N , F. A . ; L E I T E , A . E . A T i t u l aç ã o d e fo r mo l : M é t o d o rá p i d o p a ra d e t e r m i n a ç ã o de p ro t e í n a s no s o r o . R e v i s t a d o I ns t i t u to d e L a t i c í n i o s C â n d i d o To stes, 1 93 , 1 9 7 7 . W O L F S C H O O N , F . A . ; VA RG A S , L . O . A p l i c aç ã o d o m é t o d o d e fo r mo l p a ra determ i nação do conteúdo de proteína no l eite c r u e p a s t e u r i za d o . Revista do I n s t i t u t o d e L a t i c í n i o s C â n d i d o Tos t e s , 1 9 2 , 1 9 7 7 . S I LVA , P. H . F . D e s e n v o l v i m e n to d e m e t o d o l o g i a a n a l í t i c a p a ra d e te r m i n a ç ã o d o teor d e caseína e m l eite e p a ra avaliação d e p ro t e ó l i s e e m q u e ij o s. 1 9 9 5 . D i s s e rt a ç ã o ( M e s t ra d o e m C i ê n c i a e Tec n o l o g i a d e APLICAÇÃO D A FILTRAÇÃO ALUVIONAL E M SALMOURAS N A I N DÚSTRIA DE QUEIJOS Application of (diatomaceous earths) filtration in pickli ng brine for cheeses Antônio de Marchj1 Moisés Perez2 Christovam S. Curty Jr3 Rômulo Simas G. Leite4 RESUMO O obj et i vo deste t ra b a l h o é ava l i a r a apl i c ação do pro c e s so de fi l tração a luvional em salmoura para q u e ij o s e sua respectiva e ficác i a . Real izaram-se experimentos buscando estabelecer resultados microbiológicos e físico-químicos, usando metodologias de análises conhecidas e de fác i l emprego nas indústrias de latici ni os. Observou-se q u e com esse tipo de fi l traç ã o aluvional (usando o s coadj uvant e s : c e l u l os e , fib ra d e a l g odão, perlitas e diatomítas) obtém-se resultados expressivos na depuração de salmoura s . Palavra s-c have: S a l m o ura, fi l t ração, d i atomáceas, perl i t a s . 1 - I N T RO D U Ç Ã O O processo de salga em q ue ijos é uma das fases mais i mportantes de toda a fabric ação, os objetivos de se realizar esta salga são: Reti rada dos res í d u o s de s o r o ( au me n t o da p r e s s ã o osmótica), mod i ficação d a atividade enzimática e microbiológica (o aumento da salinidade i n ibe 2 3 4 as reaçõe s enzimáticas e o desenvol vi m ento d e organismos contaminantes) e função degustativa, p ro p o rc i on a n d o a s a l i n i dade n e c es s á r i a p a ra agradar ao paladar dos consumidore s . A salga pode s e r real izada de c i nco formas pri nc ipais: Adição di reta de sal 110 l e i te (Minas Engenheiro Agrônomo com especialização em Enologia - Comegl i a - Veneto I tália Presidente AEB América do Sul. B ió logo da Uni versidade R icardo Palma Lima - Perú e Mestrado em B i otecnologia de Alimentos e B ebi das pela U n i versi dade Federal d e S an ta Catari n a Brasi l - Presi dente AEB Argenti na, SA - M endoza) Técnico e m laticínios - I n s tituto de Laticínios Cândido Tostes - S upervisor setor lácteo AEB B ioquímica Latino ameri cana S.A. - C u ritiba PRo B rasi l e Paraguai Técnico e m laticínios - I nstituto de Laticínios Cândido Tostes Supervisor de vendas setor l ácteo A E B Bioquí mica Latino americana S.A. - Curitiba - P R - Região S u l . Pág. 197 Pág. 1 96 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E L ATi C í N I O S ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATICíNIOS Fres c a l ) , c o n s e rv a ç ã o em s a l m o u ra ( q ue ij o s emba l ados e m rec ipi entes contendo salmoura Mozzarela de Búfala), salga na massa, esteja ela dessorada ( Cheddar) o u parcial mente dessorada (Queij o Coalho), salga à seco ( Minas Frescal ) e p o r fim , a m a i s u ti l i za d a no B rasi l , s a l ga e m s a l m o u ra , q u e e n g l o b a a gra n d e m a i o r i a d o s q ue ijos fabricados n e s t e território. Não é por acaso que a salga em sal moura é a mais uti l izada no Bras i l , esse método o ferece muitas vantagens com relação aos demais, das quais se pode c i tar: Economia d e mão-de-obra ( m en o s m o v i m e n ta ç ã o d o s q ue ij o s ) , h o m o geneidade da salga (desde q u e haja organ ização), podendo-se di stribuir melhor os queijos que serão s a l g a d o s , o q ue p ro p i c i a também um m e l h o r aproveita mento d e espaço e perdas m í nimas d e sal, p o i s os mesmos se encontram e m um sistema aquoso que é re u t i l i zado várias vezes. Porém, existem a lgumas d esvantagens. 1.1 - D e s v a n t a g e n s da s a l g a e m s a l m o u r a s a ) R i s c o d e d e fo r m a ç õ e s : O s q u e ij o s p o r e starem submersos m uito t e m p o e stão propensos a sofrer d e formações, principalmente se a casca não estiver bem formada . b) D e s a g r e g a ç ã o d a s m a s s a s m a l p rensadas: quando o s q ueij os não são d e v i d a m e n t e p re n s a d o s , t e n d e m a desagregar, incorporando uma elevada q uantidade d e partículas à salmoura. c) E n v e l h e c i m e n to d a s s a l m o u r a s : p o r u m e x c e s s i v o i n t e r c â mb i o d e substâncias e partículas entre o s queijos e a s a l m o ur a , esta e n ve l h ec e d e t e r i o ra n d o - s e ra p i d a m e n t e , t ra n s fo r m a nd o - s e e m u m a fo n t e d e c o n t a m inação para os queij os. O principal inconveni ente da uti l i zação de s a l m o uras p a ra a salga d o s q ue ij o s é sua de puração. E x i stem a l guns si stemas de depuração de salmouras que ajudam, de alguma maneira, sua d i sposição final . 1 .2 - S is t e m a s d e d ep u ra ç ã o d e s a l m o u ra s a ) Trata m entos térm i c o s : Pode-se sub m eter a sal moura a um tratamento tér m i c o como pasteu rização . O i nconve n i en t e neste p roced i mento é que so mente se reduz a carga microbiológica sem el imina r a turbidez, tornando esta salmou ra i n u t i l izáve l . b) A d i ç ã o de c o n s ervan tes o u a nticép ticos: Como no caso anteri or, a adição d e c onservantes somente ocas i o naria a redução da contam inação m icrobiana sem e l i m inar a turbidez e o mau odor inviab i lizando a reut i lização da mesma : c) I rr a d i a ç ã o ultravioleta : É um s i st e ma d e i m p l e me n t a ç ã o o n e r o s a e d e b a i x o s ren d i m e n t o s . S e u res u l t a d o é igual aos outros casos, atuando somen te na contami nação m i crob i o l óg i c a . d) S i s t e m a s d e fi l t r a ç ã o c o m m e m branas: É um método bastante efetivo, no q ua l não somente reduz-se a carg a m icrobiol ógica, como também a turbi dez a níveis mínimos. O inconveniente é que resulta em um processo demasiado custoso e de baixos rend imentos . e ) F i l t r a ç ã o c o m terras d i at o m á c e a s : É u m p r o c e s s o a i nd a e m d e s e n v o l v i m ento no B ra s i l para d e p u ração d e s a l mouras m u i to u t i l i zado na E u ropa c ujas metodologias e resultados s erão d iscutidos no presente trab a l h o . 2 - M AT E R I A L E M ÉT O D O S : F o i ut i l i z a d o o m é t o d o d e fi l tração c o m u m c o a dj u v a n t e c o m p l e x o , d e p H n e ut r o e q u i m i camente inerte, q ue é constituído d e : a ) Fibras d e celulose c o m diversas cargas eletro c i néticas que con ferem u m e le vado poder de absorção, permitindo re ter partículas desde finas até finíssimas como leveduras e bactérias; b) F i b ras d e a l godão q u e c o n fe rem uma e s t r u t u ra e l á s t i c a e re s i s t e n t e a o s g o l p e s d e pressão, a s s i m c o m o u m a homogeneidade, fazendo c o m q u e os c o m p o n e ntes s e apresentem na mes m a proporção sobre toda a superfí c i e fi l tran t e . c ) Per/ilas e dialomÍtas que permitem uma ação d e pro fund idade na fi l tração. As diatomáceas são restos s i l íc i os d e algas uni c e l u lares tratados industrialmente por carbo n i zação, que dependendo da temperatura, se fo rem tratados com determinados sol ventes darão origem a terras d e d i ferentes permeabi l i dades. Estas d i a t o m á c e a s são u t i l i za d a s p ara a for m a ç ã o d e u m a pré-capa q u e a t u a rá c o m o fil tro . U m a v e z formada e ssa pré-capa s e co locará e m processo o filtro para a depuração da salmoura. A porosidade é definida d e acordo com o tipo d e diatomácea u t i l i zada, e p o d e variar d e 0, 1 a 1 0 m icra . D u rante t o d o o processo d e depuração d a salmoura deve-se regenerar a permeab i l i dade da pré-capa para e v i t ar p o s s í v e i s c o lm atações e c i c l o s de fi l t rações c u rt o s . Para i st o , d e ve - s e all/vionar j u nto c o m a sal moura u m a .quantidade de diatolllácea que será determ i nada p e l o grau de turbidez e envelhecimento dessa sal moura. A formação da pré-capa é fundamental para tod o o curso da fi l tração. Na indústria q ueij eira recomenda-se uti l izar d uas pré-capas. A primeira serve para constituir sobre os suportes do fi l tro (placas, rede s , v e l as) uma t c l a e l ástica sobre a qual i rá deposita r-se a segunda p ré-:capa, c o m u m a porosidade muito mais b a i x a . A segunda pré-capa, cuj a composição é a mesma dos coadj uvantes q u e serão u t i l i zados, possui uma permeab i l idade co mpreend i da entre 0,09 e 0,2 d a rc y e é e s c o l h i d a e m função do e fe i t o c 1 a r i fi c a nt e d e s ej a d o . Nos fi l t ro s de suporte metálico ( redes o u velas), os problemas derivados da falta de uma adequada pré-capa são compro m e t e d o re s . A u t i l i zação d e somente fari nhas fósse i s na fo rmação d e p ré - c a p a s p o d e g e ra r a l g u n s inconvenientes: n o s fi ltros de t e l a e v e l a , sendo as p a rt í c u l a s d c diatollláceas m e n o r e s q u e a malha l i vre das superfícies de suporte, criam-se alguns pontos i n stáveis sobre a malha da rede (pontos destinados à caída da pré-capa a cada p e q u e n a v a r i a ç ã o das c o n d i ç õ e s de fl u x o e pressão) com a conseqüência de se permitir a passagem de diatomácea e part í c u l as de turvos no l íquido fi l trado. 2.1 - Fatores n ec e s s á r i o s p a ra o b t e n çã o de uma fi l t r a ç ã o p e rfei t a a ) D i st r i b u i r u n i formemente o s c o a dj u v a n t e s s o b r e t o d a a s u p e r fí c i e d e suporte, s e m o n d u l ações o u variações de e spessura ; b ) Conferi r à pré-capa características que p e rm i t a m uma boa s u s t e n t a ç ã o d o s coadj u vantes na superfíci e de s uporte; c) F o rm a r a p ré - c a p a e n t re 1 0 a 1 5 mi nutos; d) C o n feri r à pré-capa uma boa e ficácia d e profun d i d a de e m re l a ç ã o à s partí culas mais finas; e) Conferi r à pré-capa certa e l asticidade, de modo que possa resistir a e ventuais golpes d e pressão; f) C o n ferir à pré-capa uma estrutura t a l q u e fac i l i t e s u a r e m o ç ã o rá p i d a e completa ao final do ciclo de fi ltração, reduzindo os t e m p o s "mortos" d e st i nados à l impeza do fi l tro e o consumo de água tratada uti l i zada para l i mpeza. P a ra v e r i fi c a ç ã o p r a t i c a d o s r e s u l t a d o s o b t i d o s c o m e s ta m e t o d o l o g i a d e fi l t ra ç ã o , realizaram-se alguns testes empregando a mesma e m uma p l a nta d e l a t i c í n i o s u t i l i zando-se um fi l t ro de 6m2 c o m p l a c a s v e rt i c a i s e u m a d o s a d o r a a ut o m á t i c a . F o ra m fi l t ra d o s d o i s tanques de salmo ura c o m m a i s d e 1 2 meses d e util ização, a depuração tradicional e r a feita p o r m e i o de pasteurização e uti l ização d e peneiras. A fi ltração a l u vi on a l foi feita passando a s a l m o u ra d e um t a n q u e p a ra o ut r o , o u s ej a , passando todo o conteúdo do tanque A para o tanque B, inclusive o sal q ue estava no fundo do tanque A . O s res u l t a d o s e s t ã o d i sp o n í v e i s na tabe la 0 3 . A segunda filtração foi feita p o r circulação dentro do próprio tanque C com os queijos dentro do mesmo, o que viabi l i za a uti l ização contínua dos tanques que e m p rocessos t rad i c iona i s de trata m e n t o c o m o o de p a s t e u r i z a ç ã o , p o r exemplo, fi cam vazios aguardando a depuração . Os t e m p o s d e s s a fi I t ra ç ã o a u m e nta ram mesmo trab a l hando-se c o m vazão m a io r, pois quando s e faz a c i r c u l a çã o d entro d o próprio tanq u e , a s a l mou ra rec é m fi l t ra d a m i s t ura-se com a "suj a", alongando assim esses tempos de t ratamento. Os resul tados estão d i sponíveis na tab e l a 4. 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O Devido ao tamanho do fi l tro obteve-se uma redução do resíduo seco, densidade e p H , que pode Tabela 1 - Procedimento d e fi l tração do tanque a para o tanque B. 4.000L A u x iliar D o s agem Te m p o P ré-capa Dosagem F I B R O XC E L I O FI B R O X C E L I O F I B R O XC E L3 0 6 kg 2 kg 2 kg 15 ' O' 1 0' 30' 40' P re s s ã o Va z ã o 1 ,5 2, I 2,0 2, I 2, 1 70 70 70 70 70 Pág . 1 99 Pág. 1 98 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO XXI I I C O N G R E S S O N AC I O N A L D E LATi C í N I O S ANAIS DO XXIII CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS ser mod i ficada com a util ização de u m fil tro de menor área, em que o tamanho da pré-capa e a vazão s e rão menores fo rnecendo o tempo n e cessário para q u e o sal cristal i zado d i ssol va-se até o fi nal da fi l tração; os resultados poderão ser m e l h o rados u t i l izando-se u m a dosagem de auxiliares fi l trantes com menor porosidade para que se consiga di minuir ainda mais as contagens microb i ol óg i c a s . Com a recirculação se conseguiu melhorar os res ultados da densidade, pH e resíduo seco, pois c o m m a i s tempo d e fi l tração consegue-se d i ssolver melhor o s cristais d e sal . Porém, não se obteve os mesmos resultados microbiológicos, a ) Melhora, de maneira gera l , da qualidade da sal moura fi l trada; b) Aumento da segurança mi crobiológica, red uzindo não só a presença de matéria orgânica l ivre, como também d rastica mente a Contagem G l obal , C o l i formes Totais, Mofos e Leveduras na salmoura fi l trada; c) E l i m i nação da necessidade d e pasteu rização, pois esta implica em i númeras restri ç õ e s para sua u t i l ização (nume rosas intervenções peri ó d i c a s ) ; d) A u m e n t o da d u r a ç ã o d o s c i c l o s e , consequentemente, redução do número de fi l trações; e) D i m i n ui ção do d e s carte d e s a l m oura, com conseqüente redução do v o l u m e de efl u entes a s erem tratado s . pois como a sal moura recém fi l trada m istura-se constantemente com a "velha", presente no tan que, há uma d i ficuldade d e se abranger toda a s a l m o ura durante a fil tração . 4 - CONCLUSÃO Ficou constatado q u e com a depuração da s a l mo u ra a part i r d a fi l tração por aluvionado, u t i l i zando-se o coadj uvante a base de fibras de a lgodão, celulose (potencial zeta), diatomáceas e perlitas, obtêm-se resultados muito positivos , tanto fí sico-químicos quanto m icrob i ol ó g i c o s . C o nstat o u - s e : Ta bela 2 - P rocedi mento de fi ltração p o r c i rc ulação no próprio t a n q u e C . 4.000L Auxiliar Dosagem Te m p o Pré-capa Dosagem F I BROXC E L l O F I BROXC E L I 0 F I B RO X C E L 3 0 mesma 3 kg 3 kg O' Tq A (suja) Saída d o filtro Tq B (limpa) Resultados % Tab ela 4 - Turbidez Densidade COBe) Ph 5 ,66 NTU 24 5,40 Va z ã o ( Ll m i n ) x 2, 1 2,1 2,I 2,1 I x 1 20 1 20 1 20 1 20 1 20 x 30' 60' 60' 1 20' Ta bela 3 - Resultados d a fi ltração tanque a para tanque Amostras Pressão ( k g f/ c m 2 ) 5 - A B STRACT The g o a l o f this project is to evaluate t h e appl ication of DE (diatomaceous earths) filtration in p i c k l i n g b r i n e for c h e e s e s a n d i t s rel ated effectiveness. The trials were carried out trying to • B. Coliformes Contagem Totais VRB Global TCA (UFC/ml) (UFC/ml) Mofos Leveduras (UFC/ml) Resíduo Seco 25,90% O 42.000 1 .700 O 18 2 [ ,3 0 NTU 20 5,45 O 65 2 22,90% 77,03 (17) 0,9 ° 99,95 99,84 99,88 (11,58) • achi eve microb i o logical and phys ical-chemical results. For this project we have used procedures of analysis well known and easy to perform in the dairy industry. We were able to see that with DE filtration, using (cellulose, cotton fiber, perlite and diatomite) we can obtain s i g n i ficant results on depuration o f this pickl ing brine. K ey w o r d s : p i c k l i n g b r i n e , fi l trat i o n , d i atomaceous earths, p e rl ite. 6 - R E F E R Ê N C I A S B I B L I OG R Á F I CA S : A S S O C I AT l O N O F O F F I C I AL A N A L IT l C A L C H E M I S T S . O ffi c i a l m e t h o d s o f a n a l y s i s . 1 5 . ed . , Virginia 1 99 0 PERE IRA, D . B . c . ; S I LVA, P. H. F. ; OLIVEIRA, L. L.; COSTA, L. C. G.; Fisicoq uímica do leite e derivados : métodos analíticos. 2 . ed. Templ o gráfica, J uiz de Fora: E PAM I G 2 00 1 . 234p. H AJ D E N W U R C E L , J. R. C u rs o de m i c r o b i o l o g i a p rá t i c a g e r a l . J u i z d e F o r a , ed . re v. Inst. C â n d i d o Tostes, 1 9 8 0 . 7 3 p . S C OTT, R. C h eese m a k i n g p ra c t i c e . Londo n , e d . App l i ed sci ense publishers, 1 98 1 . 4 7 5 p . • • QUALI DADE FíSICO-QuíMICA E MICROB IOLÓGICA D E LEITE C R U R EFRIG ERADO EM TANQUES DE EXPANSÃO NO M UNiCíPIO D E SILVEIRÂNIA-MG Quality microbiological physicist-chemistry and of cooled raw milk i n tanks of expansion of the city of Si lveirânia-MG Cleuber Raimundo da Silva 1 Andrew Antonio Lopes 1 Daiany Rocha da Silva1 Felipe Santos Gavioli 1 Jhonatan Faria da Costa 1 Gustavo Santos Oliveira 1 Edimar Aparecida Filomeno Fontes2 Arnaldo Prata Júnior3 Resultados da fil tração por c ircu lação no próprio tanque C . Amostras Tq C (suja) Saída do filtro Tq C (limpa) Resultados % Coliformes Contagem Totais VRB Global TCA (UFC/ml) (UFC/ml) Mofos Leveduras (UFC/ml) Resíduo Seco 3 8 .000 3 .600 26, 1 0% O 74 3 27, 1 0% 5,37 O 2.000 200 26,80% (0, 1 8) ° 99,80 94,73 99,9 1 94,44 3,69 2,6 1 Turbidez Densidade (OBe) Ph 6, 1 4 NTU 24 5,38 O 0,43 NTU 24 5,37 0,93 NTU 24 92,99 O • Estudante de Graduação do cu rso superior de Tecno l ogia de Latícinios. 2 E n g en heiro de Al i mentos - Pro fessora DS do CEFET-RP. - 3 Professor de Zootecn i a CEFET-R P - Doutorando n a UFLA. Pág . 20 1 Pág. 200 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS d e Ackermann, segundo m etod o l o g i a proposto por P E R E I RA (200 I ) . RESUMO presente t raba l h o teve p o r o bj et i v o a n a l i sar o s pa râmetros fís i c o - q u í m i c o s ( a c i dez, p H , densidade, gord ura, extrato seco total e crioscopia) e m icrob i o l ógicas (contagem de mesófi l os aerób ios e contagem de psi crotró ficos) das amostras de l e i te cru, c o letadas de c i nco d i ferentes tanques de re frigeração comunitári o s da c idade S i l ve i râ n i a . C o m base nos dados obtidos veri ficou-se que as médias das amostras apresentaram no geral fora dos padrões fí s i c o - q u í m i c o s para ac i dez, c o m v a l o r m é d i o d e 1 8, 7 ± 1 , 5 2 7 ° D e crioscopia 0 , 5 3 2±0,0062 ° H . Para as demais aná l i ses densidade, p H , gord ura e extrato seco total , os res u l tados foram satisfatórios em relação a l eg i s l ação v i gente, I N - 5 1 12 0 0 2 . J á as anál ises m i c ro b i o l ó g i c a s apresentaram a l tas contagens de m i c ro rganismos, t anto para mesófi l o s ( I o g 6 , 0 5 8±0, 3 7 3 U F C/m L ) q uanto para p s i c ro trófi co s ( l o g 5 , 84 3 ±0 , 4 3 2 U FC/m L ) , d e monstrando assim que este l eite apresenta condições i nsatisfatórias para o benefi c i amento e para o consumo humano . o Palavras-chave: mi cro b i o lógicas, físico-quími cos, l ei t e cru refrigerado e tanques. 1 - INTROD UÇÃO o l eite é considerado u m a das mel hores e m a i s c o m p l ex a s fo n t e s d e n u t r i e n t e s p a ra o s s e r e s h u m a n o s , t e n d o u m e x c e pc i o n a l v a l o r n u t ri t i vo d e v i d o a o s s e u s p r i n c i p a i s c o n s t i tuintes, prote í n a s , gorduras, carb o i dratos, s a i s minera is, vitaminas e água, o q u e faz c o m q u e ele seja também u m excelente m e i o para o cre s cimento de microrga n i smos. Assim a qualidade m i c ro b i o l óg i c a do l e i t e depende d e d i v e rs o s fatores, como do saúde do a n i m a l , h i giene do ordenhador, utensílios e equipamentos util izados na ordenha, meio ambi ente, m i crobiota i n i c i a l t emperatura e eficiência na refri geração ( S i l va, E.M. et aI., 2 0 04 ) . A c o l eta do l e ite de forma gran e l i zada tem subst i tuído à c o l eta em l atões em função da redução de custos operacionais de produção, i n c l u i ndo mão de obra, transpo rte e perdas por a c i d i ficação do l e i t e q u e é causada princ i p a l me n t e p o r m i c ro rga n i s m o s mesófi lo s (Pinto, U . M . et al . , 2 004) . Os mesófilos consti tuem um grupo i mportante por incluir a maioria dos m i c ro r ga n i s m o s a c i d i fi c a n t e s , e por se desenvol verem à temperaturas entre 20 e 40°C, t endo a tempe ratu ra ótima de c re s c i mento em torno de 3 0 a 40°C (Jay. , 1 99 4 ) . N o entanto, a r e fri g e ra ç ã o a c i m a d e 4 ° C p e rm i t e o c r e s c imento de m icrorgani smos psicrotró ficos, q u e m u l t i p l i c a m - s e b e m n e s s a s t e m p e ra t ur a s , i ndependentemente d e s u a temperatura ó t i m a d e cresc i m e nto ( Fo n seca e S a n t o s , 2 0 0 0 ) . O s psicrotróficos, na maioria G ram negativos, são faci l mente destruídos por tratamentos térmicos, mas suas enzimas proteoIíticas e l i poIíticas são term o e stá v e i s . Estas enzi mas comprometem a q u a l i dade do l e ite e s e u s deri vados ( Punch e t a l . , 1 96 5 ; Law, 1 979; Cousin, 1 982; Shah, 1 994). O obj etivo deste trabalho foi avaliar a q ua l i dade fí s i c o - q u í m i c a e m i c ro b i o l ó g i c a do l ei t e re frigerado de tanques de expansão comunitários da c idade de S ilveirânia - M G . 2 A N A I S D O XXI I I C O N G R E S S O N A C I O N A L DE LATi C í N I O S - M AT E R I A L E M ÉTO D O S 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O O s resultados d a s ana l i ses fí sico-quím icas das amostras de leite c o l etados nos tanques de expansão e stão representados na F i gura I . Os resultados obtidos para as análises fisico químicas, não apresentaram d i ferença estatística Ta bela 1 - R e s u l tados m é d i o s de c r i o sc o p i a e densidade dos tanques A, B e C. Ta n q u e C rioscopia (OH) Densidade ( g/ m l ) A B C DMS - 0 , 5 2 3 ± 0 , 0 07" - 0 , 5 42 ± 0 , 0 0 8 1 b - 0 , 543 ± 0 , 0 0 1 5"" 0, 0 1 5 6 1 ,029" 1 , 0 3 0 ± 0 , 0 0 0 6" 1 , 0 3 1 ± 0 , 0 0 0 6" 0,00 1 2 signi ficativa (p<0,05 ), entre os teores de gordura, EST, acidez titulável (OD) e pH .. De acordo com a Tabela I , verificamos que houve d i ferença signi ficativa (p<0,05), entre os índices de densidade e crioscopia. Porém para os tanques D e E não foi executado qualquer teste estatístico, mas os valores crioscópico e de densidade das amostras analisadas se apresentaram dentro dos padrões recomendados p e l a l e g i s l a ção (- 0 , 5 3 0 a -0, 5 5 0 0 H ; 1 , 0 2 8 a 1 ,034g/m L ) respecti vamente (Brasi l , 2002 ) . Ta bela 2 - Resultados médios d a enumeração d e mesófi l o s e p s i c rotró fi c o s d o s tan ques A, B e C. Ta n q u e Médias segu idas pela mesma letra na coluna, não d i ferem estat isti camente entre si ao nível de 5% de proba b i l i dade pelo teste de Tukey. A B C DMS M e s ó fi l o s ( U FC/m L) 5 , 5 667 ± 0 ,0483" 5 , 3 9 8 6 ± 0 , I 2" 7 , J 8 9 6 ± 0 , 6446" 6 , 9 7 4 6 ± 0,4 8 4" 5 ,4 0 6 7 ± 0 , 0 0 8 5 " 5 , 1 5 6 3 ± 0 , 5 5 76b 0,935 1 ,082 Médias seguidas peja mesma letra n a coluna, não d i ferem estatisticamente entre s i ao nível de 5% d e probab i l i dade pelo teste de Tukey. Foram real izadas coletas em 5 tanq ues d e expansão de amostras d e l ei t e cru a gra n e l da c o o p e ra t i v a d o m u n i c í p i o d e S i l verân i a . O período de coleta compreendeu entre os meses de março a maio de 2 006, sendo essas amostras c o l et a d a s em r e c i p i e n t e s p r e v i a m e n t e e s t e r i I i z a d o s e t r a n s p o r t a d a s sob r e fr i g er a ç ã o a o l aboratório de Anál ises d e A l imentos do CEF ET R P, o n d e fo ra m rea l i za d a s a n ál i s e s m i c ro b i o l óg i c a s e fís i c o -q uí m i c a s , foram u t i l i zados métodos estatísticos pelo pro gram a S I SVAR. 2.1 - A n á l i s e s m i c ro b i o l ó gi c a s F o ram rea l iz a d o s o s s e g u i nt e s a s p e c t o s m i c ro b i o l ó g i c o s : C o n t a g e m p a d rã o e m p l a c a (contagem de m e s ó fi l os a e ró b i o s ) e c ontagem de psicrotró ficos. As amostras foram d i l uí das e p l a q ueadas em dupl icata em Á gar Padrão p ara C o n t a g e m ( P C A ) p o r t éc n i c a p o u r p l a t e e incubadas a 3 5°C por 48 horas para c ontagem de mesófilos e a 7°C por 10 dias para contagem de psicrotró ficos. Após esse p eríodo procedeu-se a contagem das colônias, segundo A P H A (200 I ) . 2.2 - A n á l i s e s fí s i c o - q u í m i c a s F o ram real i zadas aná l i se s de acidez total titulável (nD), densidade(g/m L ) , crioscopia rH), pH, t e o r de g o rd u ra ( % ) p e l o b u t i rômetro de Gerber, teor de extrato seco total (%) pelo disco P s i c r o t r ó fi c o s ( U FC/mL) EJ Gordura CCrioscopia CAcidcz C rl l C Dcnsidadc IIII EST *resultado referente a uma repetição. Figura 1 - Resul tados médios -da composição fís ico-química de leite cru resfriado por 48 horas em cinco tanques do município de S i l verânia-M G . S.OO ...J G � g> 7JX) 6,00 5.<X) C Mcs ófilos. 4.00 3.<X) - 2.<X) l.<X) OJXl c Ps icrotróflCos. TA TB Te T D' T E' *resultado referente a uma repetição. Gráfi c o 2 -Resultados médios da enumeração de microorganismos mesófilos e psicrotróficos presentes no leite cru refrigerado, de 5 tanques do município de S i lverânia-MG . Pág. 202 Pág . 203 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXII I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS Considerando o l i m ite de 1 06 U FC/mL de aeróbios mesófilos em l e i t e c ru re fri gerado, as amostras d o s t a n q u e s B, O e E apresentaram c o n t a g e m em d e s a c o r d o c o m a I N - 5 1 12 0 0 2 . Estes m e s m o s tanq u e s apresentaram a l t a con tagem de microorganismos psicrotróficos u ltra passando 1 06 UFC/m L . Na tabela 2 pode-se visualizar a di spersão dos d a d o s e s uas r e s p e c t i v a s m é d i a s . A s s i m indicando q u e não houve d i fe rença significativa tanto para microorgani smos psicrotróficos quanto para mesófi l o s (p<0 , 0 5 ) , entre as amostras dos tanques A e C, porém o tanque B apresentou signi fi cativamente com uma contagem mai s e levada, superando até mesmo o l i mite no qual se inicia a produção de enzimas extracelulares, q ue afetam a q ual idade da matéria-prima, o l eite. 4 - CONC LUSÃO C o n c l u í m o s n o s r e s u l t a d o s refe rentes à s análises físico-químicas que, o s índices d e acidez a p r e s e n t ar a m - s e em g e ra l , v a l o r e s e l e v a d o s , estando apenas um d o s tanques dentro d o s padrões ( 1 4 - 1 8 ° 0 ) . As d e m a i s a n á l i s e s ( a c i d e z , p H , crioscopia, teor d e gord ura, extrato seco total e den s i d a d e ) , apresentaram v a l o re s s a t i s fatórios sendo q ue a média d e u m a d a s a m o stras ( A ) apresentou í n d i c e crioscópio relativamente a l t o (-0.523+0.0069). C o m relação às análi ses micro biológicas, observou-se que as médias se apre sen taram a l t a s , tanto para os m ic ro rga n i s m o s mesófi lo s q uanto p a r a o s psicro t ró fi c o s , sendo que uma delas mostrou-se mai s e levada (B), para os dois grupos de m icrorgani smos, estando fora d o s padrõ e s , IN-5 1 /2 0 0 2 e c o n fo rm e ( M U I R , 1 99 0 ; A P H A, 1 99 2 ) respect ivamente . A BS T R A C T T h e p re s e n t w o rk h a d for o bj ec t i v e t o a n a l y z e t h e p h y s i c i s t - c h e m i s t r i e s p a ra m e t e rs (acidity, p H , density, fat, total dry extract and c r i o sc op i a ) a n d m i c rob i o l o g i c a l ( c o u n t i n g of aerobic mesófilos and counting o f psicrotróficos) of the raw milk samples, col l ected o f five different c o m m u n i t a r i a n t a n k s of r e fr i g e ra t i o n of t h e Silveirânia c i ty. '. With base in the obtained data : were v.eJ,ified that the averages of the samples had present� d i n t h e g e n e ra l o u t o f t h e p a t t e r n s p h y s i c i st c h e m istri e s for a c i d i ty, w i t h a v e ra g e v a l u e o f A N A I S D O X X I I I CO N G R ES S O N A C I O N A L D E LATi C í N I O S 1 8,7± 1 , 5 2 7 ° 0 and crioscopia - 0 , 5 32±0,0062°H . For the too much analyses density, p H , fat and total dry extract, the results had been satisfactory in relation the c urrent l aw, I N -5 1 12 0 0 2 . Já the m i c rob i o l og i c a l a n a l y s e s h a d p re s e n t e d h i g h c o u n t i n g s o f m i c r o rgan i s m o s , as m uc h for mesófilos (log 6,05 8±0,373 U FC/mL) how m uch for p s i c rotrófi c o s (Iog 5 , 84 3 ± 0 , 4 3 2 U FC/m L) , demon strating as soon as t h i s m i l k it present s unsati s factory c o n d i t i o n s for t h e i mprovement and the human consumption. D ESENVOLVIM ENTO D E MANTEI GA AROMATIZADA : AVALIAÇÃO DE S U AS , CARACTERISTICAS SENSORIAIS Developrnent of perfurn ed butter: evaluation of its sensorial characteristics Juliene Duarte da Silva l' Andrew Antônio Lopes1 Cleuber Raimundo da Silva1 Edimar Aparecida Filomeno Fontes2 Roselir Ribeiro da Silva3 K e y w o r d s : m i c ro b i o l o g i c a l , p h y s i c i s t chemistries, c o o l ed raw m i 1 k, tanks . REFERÊN C I A S B I BL I OGRÁFICAS R E S U MO AM E R I C A M PU B L I C H E A LT A S S O C I AT I N . Conpendiu m of M et h o d s fo r the M i c o biological E x a m i n ation o f Foods. A P H A, Was h i n t o n . 2 0 0 1 . BRAS I L . I nstrução Normativa n° 5 1 , de 2 0 de s e t e m b ro de 2 0 0 2 . A p r o v a os re g u l a me n t o s técnicos de produção, identidade e q ual idade d o l e i t e t i p o . . . D iá r i o O fi c i a l d a U n ião, Brasíl ia , p . 1 3 , 2 1 s e t . 2 0 0 2 . S eção 1 . Fonseca, L . F. L & Santos, M . V. Q u al i d a d e d o Leite e Co ntrole d e M astite. São Paulo : Lemos editori a l , 2 0 0 0 . Jay, J . M . Microbiología M oderna de L o s Ali mentos. 3 . ed. Zaragoza : Acríbia. 1 994. p. 804. M U I R , , O . O. O a i ry M i c r o b i o l o g y : T h e m i c r o b i o l o gy o f m i l k. 2 . e d . L o n d o n / N e w York : E l sevier Science L t d a , 1 99 0 . Cap . 6 : T h e microbiology o f heat-treated flu i d milk products, p . 2 09 - 24 3 . P I NT O , U . M . ; P I N T O , C . L . O . ; C O S TA , E . O . ; I A S B I K , A . F. ; S A M PA I O , M . H . O . ; AMORI M , B . L . ; W E LLAREO, E . O . M . Boas P r á t i c a s de A r m a z e n a m e n t o d e L e i t e c r u em Ta n q u es d e Refrigeração Localizados n o M u nicípio de Viçosa, M G . Revista do I n stituto de L a t i c í n i o s Cádido To s t e s . v. 5 9 , n . 3 3 9 , p . 476-479, j ul/ago 2 00 4 . PU N C H , J . O . ; O L SON, J . C . ; T H OM A S , E. L . Psychrophi lu Bacteria l U Population Leveis A ss o e i a t e d With F l a v o or P h y s i c a l c h a n ge in Milk. Jornal of Oairy Sc ience, v. 8, p. 1 1 7 8i 1 8 3 , 1 9 6 5., PELCZAR, M. J . ; C H AN, E. C. S . ; KRIEG, N. R. M i c r o b i o l o g i a : C o n c e i t o s e a p l i c a ç õ e s . 2' edição Editora Makron B ooks, São Paulo . Este traba l ho teve como o bj et i v o o d esen v o l vimento de uma manteiga aromatizada, de m o d o a a gr e g a r u m aroma a o p r o d u t o j á e x i s t e n t e , a u m en t a n d o a s s i m , a o p ç ã o do c o n s u m i d o r. A m a n t e i g a fo i d e s e n v o l v ida e p r o d u z i da com a d i çã o de t rê s d i fe r e n t e s concentrações (0,2; 0,3 e 0 , 4 % ) de aromas de pizza e de b a c o n . A adição foi feita a p ó s a . lavagem da massa, durante o processo de malaxagem. Foi real izada a aná l i se sensori a l do produto, nas di versas concentrações, u t i l i zando-se teste de aceitação em Escala H e dônica de nove pontos variando d e " g o s t e i extremamente" a "desgostei e xtrema m e n t e " . Não houve d i ferença s i g n i fi cativa entre as concentrações t estadas para manteiga aro matizada sabores p izza e bacon (p>0,05 ) , o u s ej a , as d i ferentes concentrações de aromas testados não foram perceptíveis. Porém , as notas alcançaram escore s médios de aprox imadamente 7 , 0 ( " g o s t e i m o d e r a d a m e n t e " ) p a ra o s d o i s a t r i b u t o s s e n s o r i a i s a n a l i s a d o s , o q u e demon stra u m a aceitabiJ idade sat i s fatória d o produto. 5 - P a l a v ras-ch a v e : manteiga, aroma, avali ação sensori a l . 1 - I NTRO D U ÇÃO A manteiga é um produto gorduroso onde a fase aquosa está dispersa na fase oleosa, fonllando uma e m u l são do tipo água/ó l eo ( A U G U STA e SANTAN A , 1 9 9 8 ) . A o p e ra ç ã o e s s e n c i a l na elaboração da manteiga, além do desnatamento do leite, é a bateção, que provoca a i nversão de fases da emulsão e conduz à fom1ação da manteiga e à separação do leitelho (parte não gordurosa do creme ) . Portanto a manteiga é c o n s t i t u í da por uma fase contínua de matéria gorda e uma fase desc o n t í n u a , fo rmada por g o t í c u l a s de água, glób u l o s d e gordura mais o u menos i n ta c t o s , resíduos de m embranas d o s glóbulos de gordura, partículas de caseína e bolhas de ar ( MAHAUT et. ai, 2004). A manteiga contém fos fatídeos co mo! a lecitina e glicolipídeos, que são compostos químicos formados por matéri a gorda e açúcares, a lém de desempenhar u m importante papel na formação dos tecidos n ervo sos, v i st o q ue sua fu nção fi s i o l ó g i c a c o n s i ste e m t ra n sp o rtar o s ácidos graxos no sangu e . É também m u i t o rica e m v i t a m i na s l i po s s o l ú v e i s c o m o A e O ( S C H M I DT, 2 0 0 5 ) . Embora o fator econômico sej a determinante, as pessoas e stão se tornando cada vez mais exigentes em relação à qualidade do produto a ser consumido. Assim, a preocu pação industrial não é apenas com o rendimento da manteiga, mas também com os padrões ditados pela legislação vigente e com a qualidade de seus atri butos sensoriais ( M I LAGRES et. aI. 2004 ) . C o m a globalização da economia e a entrada d e novos produtos n o mercado, a indústria d e latici nios do Brasil vem tentando se manter competi ti va, investindo em novos produtos e processos. 1 • • • Estudan tes de Graduação do curso de Tecnologia em Laticínios do CEFET-RP. j u l i ened@gmai I . com Professora de Tecnologia em Laticínios do CEFET-RP. OS. C iência Tecno logia de Alimentos. 3 Professor de Tecnologia em Laticínios do CEF ET-RP. MS. Ciência e Tecnol � gia de alimentos . * j u l i ened@gmai l .com. 2 Pág. 204 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO XXI I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LAT i C í N I O S ANAIS DO XXIII CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS U ma a l t e rn a t i v a s e r i a um p r o d u t o l ác t e o a r o m a t i z a d o , j á q u e o s a r o m a s c o n ferem o u reforçam a s caracterí sticas senso ri a i s dos a l i mentos. A proposta deste trabalho foi desenvolver uma mant e i ga aromatizada, de modo a agregar u m aroma ao produto já e x i stente, aumentando assim, a opção do consumidor. m e nto I nteiramente Casual izado e util izou-s e o programa estatí s t i c o S I S VA R p a ra a n á l i se de variância, ao nível de 5% de probab i l idade. R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O A manteiga foi produzida a partir de creme padron izado para 40% de gordura, pasteurizado e resfriado por 24 horas. Após a maturação física, real izou-se a bateção, seguida de duas l avagens e m a l axagem . N este ú l t i m o processo foi fe ita a adição das três d i ferentes concentraçõ e s ( 0 , 2 ; 0,3 e 0,4%) d o s aromas de bacon e de p izza. Os q u adros 1 e 2 apresentam os re sumos das a n á l i s e s de v a r i â n c i a p a ra os a t r i b uto s s e n s o r i a i s s a b o r e a ro m a , r e l a c i o n a d o s às a m o stras de m an t e i g a s a r o m a t i za d a s s ab o res bacon e p i zza . Não houve d i ferença significativa entre as c o n c e n t r aç õ e s t e st a d a s p a ra a m a nt e i ga aromatizada sabores pizza e bacon (p>0,05), ou s ej a, as d i ferentes c o n c en traç õ e s d o s a ro m as a na l i s a d o s não fo ram p e r c e pt í v e i s s e n s o r i a l m ente, con forme o s resultados observados nos quadros 1 e 2 . A avaliação sensorial da manteiga sabor bacon apresentou escores médios de 6,9 1 7 ± 1 ,2 8 9 e 6,803 ± 1 ,3 4 8 para os atributos sabor e aroma, respectivamente. lá a manteiga sabor pizza revel o u pontuação média de 7,076 ± 1 ,220 para o atributo s a b o r e 6 , 8 7 9 ± 1 , 2 8 2 p a ra o atrib uto aroma. 2.2 - A n á l i s e s e n s o r i a l CONCLUSÃO Foi real i zada a análise sensorial d o produto nas di ferentes concentrações, uti Iizando-se teste de aceitação em Escala H edônica de nove pontos variando de "gostei extremamente" a "desgostei extremamente", para verificar qual concentração dos aromas analisados alcança maior aceitabilidade por parte dos j ulgadores em rel ação aos atributos sensoriais aroma e sabor. O painel sensorial foi composto por 44 j ulgadores não treinados, recru tados entre a lunos e funcionários do C E FET-RP, com faixa etária entre 1 5 e 50 anos. A s notas a lc a nç a ram e s c o r e s m é d i o s de aproximadamente 7 , 0 ("gostei moderadamente") para o s d o i s atributos sensoriais ana l i sados, o que demonstra u ma aceitabilidade satisfatória da mante i ga aromat izada sabore s bacon e p i zza. 2 - M AT E R I A I S E M ÉT O D O S A fabricação e análise sensorial da manteiga aroma t i zada sabores bacon e p izza foram rea l i zadas no l aticínios e no laboratório de aná l i s e sensorial d o C E F ET- R P. 2 . 1 - F a b r i c a ç ã o d a m a n te i g a a r o m at i z a d a 2.3 - A n á l i s e e s t a t í s t i c a P r o c ed eu - s e o e x p e r i m e n t o n o D e l i ne a Quadro 1 - Resumo d a anál ise de variância para os a t r i b u t o s s e n s o ri a i s s a b o r e aroma d a s d i fe r e n t e s c o n c e n t r a ç õ e s t e s t a d a s d e m a n t e i ga a r o matizada sabor bacon A BS T R A C T Grau de liberdade Sabor Concentração Resíduo 2 1 29 1 ,87 1 2°S 1 ,66 1 6 ns: Q u a d ro 2 - Resumo da análise de variânci a para o s a t r i b u t o s s e n s o ri a i s s a b o r e a r o m a d a s d i fe r e n t e s c o n c e n t ra ç õ e s t e st a d a s d e m a n t e i ga a r o matizada sabor p i zza Pág. 206 Quadrado médio Aroma Fonte de variação Grau de liberdade Sabor Aroma 2,2803°s 1 ,8 1 64 Concentração Resíduo 2 1 29 0,5758 os 1 ,489 1 0,0985 os 1 ,6424 não significativo ao nível de 5 % de probab il idade. R E F E RÊ N C I A S B I B L I O G RÁ F I C AS S H I M 1 D T, K. F. E l a b o r a c i ó n a rt e s a n a l d e ns: não significativo ao nível de 5 % de probabil idade. m a n t e q u i l l a , y o gu r y q u e s o . E d i t r i a l Acrí b i a S . A . Zaragoza Espana, 2 0 0 5 . I 1 6p . M A H A UT, M . ; l E A N T ET, R . ; S C H U C K, P. B R U L É . P r o d u ct o s l ác t e o s i n d u s t ri a l e s . Editorial Acríbia, Zaragoza - Espana, 2004. 1 77p. M I LAGRES, M. P. ; MONTEIRO, J . C . ; PAU LA, J. C . d e . ; S Á , l . d e . O . ; B R A N D à O , S. c. C . Ace itação d e mante i ga produzida p o r métodos d i fe re n t e s . I n : A n a i s de XXI c o n g r e s s o n a c i o n a l d e l a t i c í n i o s . J F. n ° 3 3 9 , vo l . 5 9 , 2 0 0 4 . p . 4 6 3 -4 6 6 . A U G U S T A , l . M . , S A N TA N A , D . M . N . A v a l i a ç ã o d a q u a l i d a d e d a m a n t e i ga t i p o extra c o m e rc i a l i z a d a n o estado d o Rio d e J a n ei r o . S c i en c e -Tecn o l . A l i m e n t . V . 1 8 , n . 4 , 1 9 9 8 . D i sp o n í v e l e m : w w w . s c i e l o . b r/ s c i e l o . p h p ? s c r i p t = s c i _a r t t e x & p i d = 5 0 1 0 1 206 I 1 9 8000400003 . Acesso em : 22 de maio de 2006. PR EVALÊNCIA SAZ O N AL D E PATÓGENOS D E O R I G E M A L I M EN TAR E M AMOSTRAS DE L EITE PAST E U R IZADO E Q U EI J O M I N AS FR ESCAL COMERCIALIZADAS E M J U IZ D E FORA, B RASI L Seasonal prevalence of food borne path ogens i n retai l samples of pasteurized m i l k and m i nas fresca I cheese f r o m Juiz de Fora, B razi l The obj ective o f this study w a s to develop a flavorized butter, i n way t o a l ready j o in an smell t o t h e product existent, i nc re a s i n g I i ke th i s, t h e c o n s u m e r ' s o p t i o n . T h e b ut t e r w a s developed and produced with a d d i t i o n o f three d i fferent c o nc e n t ra t i o n s ( 0 , 2 ; 0 , 3 and 0 ,4%) o f p i zza and o f bacon sme l l . The addition was Quadrado médio Fonte de variação m ade a ft e r t h e w a s h o f t h e m a s s , d u ri n g t h e ma ssage pro c e s s o H e sensorial an a l y s i s o f t h e pr o d u c t w a s a c c o m p l i s h e d , i n t h e s e v e r a l concentrations, b e i n g u s e d tests o f acceptance in Escala H edôni c a o f nine points v a ry i n g of "I i kcd extre m e l y" to " d i s p l eased extre m e l y" . There w a s n o t significant di fference among the concentra t i o n s tested fo r butter sm e l l fl avors pizza and bacon (p>0, 0 5 ) , i n other word s , the d i ffe rent c o n c e n t rat i o n s o f t e sted smell were not percept i b l e . H ow e v e r , the n o t e s reac h e d m e d i u m s c o r e s o f a p p ro x i m a t e l y 7 , 0 ( I i ke d m o d e r a t e l y ) fo r t h e t w o a n a l y z e d s e n s o r i a l attr i b u t e s w h a t d e m o n s t ra t e s a s at i s fa c t o ry acceptab i l i ty of t h e pro d u c t . Maricato, E . l Arcuri, E. F.2 Lange, C. C.2 Brito, M. A. V. P.2 Souza, G. N .2 Luchansky, J. B.3 Cerquei ra, M . M. O. P.4 B rito, J. R. F.2a Médica Veterinária, Doutoranda em C i ência Animal, Escola de Veterinária, U n i versi dade Federal de Minas Gerais, Belo H orizonte, MG. Bolsi sta CNPq. 2 Pesqu isador(a) da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG. 2a Pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Juiz de Fora, MG. E-mai l : j rfbrito@cnpgl .embrapa. br. Autor para correspondência. 3 Microbiologist, PhD, Leader Scientist - Microbial Food Safety Research Unit, Eastern Regio na l Research Center, ARS-USDA, Wy nd moo r, PA, U S A . 4 Médica Veterinária, Doutora, Professora Adjunta do Departamento de Tecnologia e I nspeção de Pro d ut os d e O ri gem Animal, Escola de Veteri nária, U F MG. digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXI I I CO NGRESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS RESUMO Nós estudamos a influência das estações fria/seca e quente/úmida sobre a prevalência de L. monocylogenes, S. aureus, Salmonella e E. coli O 1 5 7 : H 7 e m l e i te pasteurizado e q ue ij o M inas frescal obtidos n o comércio de Juiz d e Fora, M G . U m total d e 1 04 amostras d e l eite (9 marcas; 54 no i nverno de 2005 e 5 0 no verão de 2006) e 1 00 amostras de q ue ij o M i nas fres c a l ( 1 0 m arcas, 50 em cada estação) foram e x a m i nadas. C o l ô n i a s suspei tas fo ram recuperadas dos meios seletivos e confirmadas por PCR. S. aureus foi o único patógeno recuperado do leite (I marca positiva no inverno; 2 marcas no verão). S. aureus foi também recuperado de 1 4/5 0 (28%) das amostras de q u eij o, representando 6/ 1 0 marcas ( 6 0% ) no i n ve rn o e d e 22/5 0 ( 4 4 % ) a mostras, repre s e n t a n d o 6/ 1 O ( 6 0% ) m a rc a s n o v e rã o . L . monocylogenes foi recuperada de 4/5 0 ( 8 % ) amostras de 1 1 1 0 ( l 0%) marcas no i nverno; nenhum i so l amento d e L . l11onocylogenes fo i fei t o nos q u e ij o s testados no verao . N e m Salmonella nem E. coli 0 1 5 7 : H 7 foram recuperados de queijo nas duas estações. Um estudo fo i conduzido para identificar e e l i m inar a fonte de contami nação da única marca de q ueijo Minas frescal da qual se isolou L. monocytogenes no i nverno. L. monocytogenes foi isolado de 9 entre 22 (40%) amostras do ambiente de fabricação e de todos os 5 queijos Minas frescal obtidos diretamente do laticinio produtor do queijo. M od ificações na planta do l aticínio e na maneira de produzir e armazenar o queijo foram feitas e após duas análises subseqüentes, aos 2 e 4 meses apos a a mostrage m i n i c i a l , confi rmou-se a e l i m inação da contami nação. O s dados sugerem q u e L . l11onocylogenes e S. aureus são os mais importantes patógenos associados ao l eite pasteurizado e ao queij o M inas Frescal . Experimentos estão sendo conduzidos para ampl i a r o tamanho da amostra e o período de a m o stragem, e para identi ficar e m e l h o r contro l ar as fontes de contaminação desde a fazenda a t é os pontos de venda. I - INTRODUÇÃO Estudos para investigar a presença d e pató genos, e s p e c i al m ente L isteria m Ol1ocy/ogenes, no l eite cru e pasteurizado, e em queij os do tipo Minas frescal ( Q M F ) , têm sido c onduzidos no Sudeste do Brasil (Casarotti et a I . 1 994; Silva et aI. 1 99 8 ; N ero et aI. 2 0 04) . A ocorrência de L . monocylogenes no a mb iente de processamento de Q M F foi comprovada em um laticínio na Bahia ( S i lva et a! . 2003). U m o utro estudo mostrou a a s s o c i a ç ã o d e Staphylococcus a ureus e n t e rotoxigênico e m casos de intoxicação al imentar rel ac i on a d a ao c o n s u m o de lácteos em M i nas Gerais (Carmo et a I . 2004). Poucas informações encontram-se disponíveis sobre outros patógenos e a p o s s í v e l i n fl u ê n c i a da estação do ano na contam i nação de l ácteos. Esse trabal ho teve o obj etivo de estudar a i nfl uência das estações do ano sobre a preva l ência de E. co li O I 57: H 7 , L. l11 onocy/ogenes, Salm onella s p p . e S. aureus e m l e i t e p a s t e urizado e QMF comercial izados na cidade de Juiz de Fora, M G . 2 - M AT E R I A L E M ÉT O D O S O trabalho foi conduzi do na Embrapa Gado d e L e i t e , J ui z d e Fora , no inverno de 2 0 0 5 e verão de 2 00 6 . Exames mi crobio lógicos foram conduz i d o s , de a c o rdo com F l Ll I D F ( 1 9 9 0 ) e A P H A ( 1 9 9 2 ) , em 1 04 a m o s tras de l e i t e pas- teurizado e em 1 00 amostras de Q M F adquiridos em padarias e s c ol h i das ao acaso (amostragem p ro b ab i l í st i c a a l e a t ó r i a e s t ra t i fi c ad a ) . As amostras de l eite ( 5 4 no inverno e 5 0 no verão) representaram 9 marcas, sendo examinadas entre 5 e 7 a mostra s por marca, por estação do ano. A s 1 0 0 a m o s tr a s d e Q M F r e p r e s e n t a ra m 1 0 marcas, sendo examinados 5 q ueij os por marca, por estação d o ano. C o l ô n i a s suspeitas fo ram c o n fi rm a d a s p o r P C R ( re a ç ã o em c a d e i a da p o l i m e ra s e ) d e s e n v o l v i d a c o m b a s e em n u c l eo t í d i o s i n i c iadores para E. coli O I 5 7 : H 7 ( H u et a I . , 1 999), L. l11onocylogenes ( Border et a!. 1 99 0 ) , Sall110nella (Rahn et aI . , 1 992 ; Aabo et aI., 1 99 3 ) e S. aureus (Mehrotra et aI., 2000). 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U SS à O S. aureus foi o único patógeno isolado do l e i t e p a steurizado, sendo i so l ado de I entre 9 m a rc a s ( 1 1 % ) e de I e n t re 5 4 ( 1 , 8 5 % ) d a s amostras testadas no inverno. N o verão, 2 entre 9 m a rc a s ( 2 2 % ) e 2 entre 50 ( 4 % ) a m o s t ras foram positivas. S. aureus foi isolado com maior freqüência de Q M F, sendo encontrado e m 6 das l O ( 6 0%) marcas e em 14 das 5 0 (28%) amostras testadas no inverno, enquanto no verão 6 das 1 0 ( 6 0 % ) marc a s e 2 2 das 5 0 (44%) amostras de q ue ij o MF e r a m p o s i t i v a s . No total ( d u a s A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N A L D E LATi C í N I O S estaç õ e s ) , h o u v e a s e g u i n t e fre q ü ê n c i a d e amostras d e queijo positivas para S. aureus por marca de QMF: nenhuma amostra positiva ( 3 0% das marcas); 1 0 a 50% de isolamentos: 40% das ma rcas; 20% com 60-70% de i s o lamentos ( 2 0% das marcas ) ; e 1 00% de i s o l amento : 1 0% das ma rcas. Como a maiori a das marcas positivas se rep et i r a m , s u ge re - s e q u e o p ro b l e m a d e con t a m i n a ç ã o p o r S. aureus s ej a p e rm a n e n t e l1a mai oria d o s l aticínios. L. lI1onocylogenes foi recuperado de 4/50 (8%) das amostras de 1 1 1 0 marcas de Q M F no inv erno. Um est udo foi conduzido n o l at i c í n i o produtor d e s s e q u e ij o para i d e n t i fi ca r a fon t e d e c o nt a m i n a ç ã o . N o v e e n t r e 2 2 ( 4 0 % ) d a s am ostras do ambiente do l a t i c í n i o e t o d o s os 5 qu e ij o s e x a m i n a d o s fo r a m p o s i t i v o s para L . monocy/ogenes. V á r i a s a l t e ra ç õ e s rea l i zadas tanto . no " I ayout" do l atic í n i o q uanto na forma de processar e estocar o q u e ij o , e l i m in aram o patógeno da p l a nta e d o s q u e ij os produzi d o s após 2 e 4 m e s e s ( Brito et a I . 2 0 0 6 ) . Todos os queijos exami nados na e stação q uente / chuvosa ( 2 0 0 6 ) fo r a m n e ga t i v o s p a ra L. m o n o cy logenes, Salmonella e E. coli O I 5 7 : H 7 . Esses dados sugerem que L. l71ol1ocytogenes e S. aureus são, dos patógenos pesqui sados, os mais impor tantes para o leite pasteurizado e o q ueij o M inas Fresca l . Exp eri mentos estão sendo conduzidos para ampl i a r o tamanho da amostra e o período de amostragem, e para identi ficar e m e l hor con tro l a r a s fon t e s de c o n t a m i n ação d e s d e a fa zenda até o me rcado. 5 - A BSTRACT We studied the i n fl ue n c e o f t h e dry/c o l d and h o t/h u m i d s e a s o n s o n t h e p r e va l e n c e o f Listeria m O l1 o cytogel1 es a n d Stap hylococcus aurells in retail samples of pasteurized milk (PM) and Minas frescal cheese ( M FC) from Juiz de Fora, State of Minas Gerais, BraziI . A total of 1 04 PM samples (9 brands; 54 in the winter of 2005 and 50 in the summer of 2006) and 1 00 MFC samples ( 1 0 brands, 50 in each season) were examined. Suspect colonies recovered from sel ective media w e re c o n fi rm e d by P C R . O n l y S. aurells was rec o vered fro m PM; one b rand/s a m p l e tested positive in w inter o f 2005 and 2 brands/samples tested positive in sllmmer of 2006. S. aureus was a l so recovered from 1 4/50 (28%) M FC samples representi n g 6/ 1 O brands ( 60 % ) i n t h e w i nter, and from 22/5 0 (44%) sam p l e s representing 6/ I O ( 60%) brands in the sll m me r. L i ke w i s e , L. l1lonocylogel1es was recovered from 4/50 ( 8 % ) samples from 1 1 1 0 ( 1 0% ) brands in the w i nter. Of note, 9/22 (40%) environmental samples and P á g . 208 digitalizado por alI 5 cheese obtained di rectly from the associated dai ry, that being plant F, which produced cheese testing positive for Lm in winter at reta i l a l s o tested p o s i t i v e for L. m O l1 o cy/ogenes. SeveraI i mprovements in the plant's design and layout, as wel l as improvements in how the cheese was processed and stored, e l i m i nated the pathogen from pl ant F and the cheese w h i c h it produced upon subsequent analyses 2 and 4 1110nths after the original sampling. N ei ther Salmonella nor E. coli 0 1 5 7 : H7 were recovered from PM or M F C . These data suggest that L. monocy/ogenes a n d S. aureus are the pathogens of primary concern for both PM and M FC and that further research i s needed t o reduce the ri sks these pathogens pose to consumers. ThllS, experiments are ongoing to e x t e n d both t h e s a m p l i n g s i z e a n d sam p l i n g period, t o identify a n d better manage sources o f contamination from farm through retai l . K e y w o r d s : L is teria m o n o cytogenes, Staphylococcus aureus, Salmonella, Escherichia coli 0 1 5 7 : H 7 , d a i ry p r o d u c t s , s e a s o n a l pre va l ence . 6 - REFERÊNCIAS B I B LIOGRÁFI CAS AABO, S . ; RAS M U S S EN , O . F. ; R O S S E N , L . ; S O R EN S EN , P. D . ; O LS E N , J . E . Sall1lo nella identification by the polymerase chain reaction. Mollccular a n d Cellular Probes, v. 7) p. I 7 1 1 78, 1 993. H I TC H I N S, A . D . ; FENG, P.; WATKINS, W. D .; R I PPEY, S. R . ; C H A N D LER, L. A. Escherichia c o l i a n d t h e c o l i fo rm b a c t e r i a , In: B a c t e r i o l o g i c a l A n a l yt i c a l m a n u a l . 8 1 h e d . Rev i sion A . Gai thersburg : AOAC I nternationa l . 1 9 9 8 . p. 4 . 0 1 -4 . 2 9 . A N D R E W S , W. H . ; H A M M A C K, T. S . Salm o ll e /la . I n : B a c t e r i o l o g i c a l a n a lyt i c a l m a n u a l . 8 t h E d . , . R e v i s i o n A . G a i t h e rs b u rg : AOAC I n ternat i on a l . I 99 8 . p . 5 . I -2 3 . B E NN E T T, R . W. ; L A N C E T T E , G . A . S/aphylo coccus a u re us . I n : B a c t c r i o l o g i c a l a n a lyti c a l m a n u a l o n l i n e . 8" e d . Revision A . G a i t h e rsb u rg : A O A C I n t ernat i o na l , 1 9 9 8 . p . 1 2. 1 - 1 2.5. B O R D E R, P. M . ; H O WA R D , J . .I . ; PLASTOW, G. S . ; S I G G EN S , K. W. D et ec t i o n of L isteria s p ec i e s and L isteria l1l o l1 o cytogenes lI s i n g polymerase c hain reaction. L etters i n Applicd M i c r o b i o logy, 1 I : 1 5 8 - 1 62 , 1 99 0 . B R ITO, J . R. F. ; SANTOS, E. M . P. ; ARC U R I , E . F. ; L A N G E , C . c . ; B R I T O , M . A . V. P. ; S O U ZA, G. N . ; L U C H A N S KY, J . B . A reta i l survey o f B razil ian m i l k and M inas frescal cheese a n d the c o rrespond i n g d a i ry p l an t prodll c i n g arvoredoleite.org Pág . 209 ./ ANAIS DO XXI II CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS these products to determ i n e the p reva l ence and s o u r c e s of L is teria l1l o n o cy t ogenes and to i m p l em e n t c o rre c t i ve m e a s u r e s . ( T r a b a l h o aceito para apresentação na R e un i ão Anual da I ntern a t i o n a l Assoc i at i on for Food P rotec t i o n , Cal gary, Canada, 1 4- 1 7 de agosto de 2 0 0 6 ) . CASAROTTI , V. T. ; G A L L O , C. R . ; CAMARGO, R . O c o rrênc i a de L isteria monocytogenes em leite cru, l eite pasteurizado tipo C e queijo minas fre s c a l c o m e r c i a l i z a d o s e m P i ra c i c ab a , S P. A r c h i v o s L a ti n o a m e ri c a n o s d e N u t r i c i o n , 4 4 : 1 5 8- 1 63 , 1 9 9 4 . N O R M A F I L - I D F 1 4 3 : 1 9 9 0 . L a i t e t p ro d u i ts l a i ti ers. Rec h erc he de L isteria 111onocytogenes. Bruxelas, Belgica. Set. 1 990. H U, Y ; ZHANG, Q . ; M E I T Z L E R, J. C. Rapid a n d s e n s i t i v e d e t ec t io n of Esc h e richia co / i O 1 5 7 : H 7 i n bovine faeces b y a m u l t i p l ex P C R . J o u rn a l o f A p p l i e d M i c r o b i o l ogy, 8 7 : 8 6 7 876, 1 999. M E H ROTRA, M . ; WANG, G . ; J O H N SON, W . M . M u l t i p l e x P C R fo r d e t e c t i o n o f g e n e s fo r Staphylococcus aureus enterotoxins, exfol iative t o x i n s , To x i c S h o c k S y n d ro m e t o x i n I , a n d M e t h i c i l l i n R e s i s t a n c e. J o u r n a l o f C l i n i c a I M icro b i o l o gy, v . 3 8, n . 3 . p . 1 03 2 - 1 03 5 , 2000. N E R O , L . A.; M ATTO S , M . R.; B E LO T I , y. ; BARROS, M . A . F.; N ETTO, D . P. ; PINTO, J . P. A. N . ; AN D RA D E , N. J . ; S I LVA W. P. ; FRANC O, B. D. G. M . Hazards in non-pasteurized m i l k on ret a i l s a l e i n B razi l : p revalence of Salmonella s p p , L is leria l1l o n o cytogenes a n d c h e m i c a l res i d u e s . Brazili a n J o u rn a l o f M i c r o b i o logy , 3 5 : 2 1 1 -2 1 5 , 2 00 4 . R A H N , K . ; D E G RAN D I S, S . A . ; CLARKE, R . C.; M C EW EN , S . A.; GA LAN, J . E. : G I NOCCH I O, C . ; C U RT I S S , R . ; G Y LE S , c. L : A m p l i fi c a t i o n o f an i n vA g e n e s e q u e n c e of Salmo nella typ him uriu111 by p o ly m erase c h a i n reac t i o n as a spec i fi c m e t h o d o f detec t i o n of S a l m o ne l l a . M o l e c u l a r a n d Cellular P r o b es , v . 6 , p . 2 7 1 - 2 7 9 , 1 99 2 . S I LVA, 1 . M . M . , A L M E I DA, R. C. c . ; A LV E S, M. A. O . ; A L M E I DA, P. F. Occurrence of Lislería s p p . i n c ri t i c a I c o n t r o l p o i n t s a n d t h e envi ronment of M inas Frescal c heese processing. I ntern a t i o n a l J o u rn a l o f F o o d M i c ro b i ol o gy, 8 1 : 24 1 -248, 2003 . S I LVA , M . C . D . ; H O F E R, E . ; T I B A N A , A . I nci dence o f Lis leria l1lonocytogenes in c heese produced i n Rio de Jane i ro , B razi l . J ou rn a l of F o o d P ro t e c t i o n , 6 1 : 3 54 - 3 5 6 , 1 99 8 . PERFIL MICROBIOLÓGICO D E AMOSTRAS D E LEITE PASTE URIZADO DE ACORDO COM AS ESPECIFICAÇÕES M U NICIPAIS (SIM) E ESTADUAIS (IMA) Microbiological profi le of pasteurized milk sam ples in accordance with the municipal and state specifications Humberto Moreira Húngaro1 Sara Cristina HoW Natalia Oliveira Calill Verônica de Almeida Teixeiral Sílvio Silvério da Silva2 Marco Antônio Moreira Furtado3 Miriam Aparecida Pi nto Vilela3 Acadêmicos do curso de Farmáci a d a Uni versi dade Federal de J u iz de Fora M G . Professor visi tante do Departamento de A l i mentos e Toxicologia da Facul dade de Farmácia e B i oquímica da UFJ F. Professor do Departamento de A l imentos e Tox icol ogi a da Faculdade de Farmáci a e Bi oquímica da U FJ F. - 2 3 A N A I S DO X X I I I C O N G R E S S O N AC I O N A L D E LAT i C í N I O S RES UMO A qua l idade mi crobiológica do l e i te pasteurizado tipo C comerc i a l izado no mun i c í p i o de Juiz de Fora MG foi aval iada com obj et ivo de veri ficar a adequação, segundo padrões microbiológicos estabelecidos pelo Serviço de I nspeção Municipal da cidade de Juiz de Fora -MG ( S I M ) e I nstituto Mineiro de Agropecuária do estado de M inas Gerais ( I MA ) . Foram anal isadas 27 amostras de leite pasteurizado tipo C, sendo 1 2 registradas no I M A e 1 5 no S I M , q uanto aos parâmetros d e contagem global em p l acas e enumeração de c o l i formes tota i s e termotol e rantes, estabe l ec i dos pela Portaria 00 1 de 8 de Maio de 1 99 5 ( S M AAI PMJF) adotada pelo S I M, e pela I nstrução Normativa N° 5 1 de 1 8 de Setembro de 2002 M i nistério da Agri c u ltura e Abastecimento adotada pelo I M A . Das amostras regi stradas no S I M , 2 7 % foram reprovadas por este órgão, sendo todas aprovadas quando comparadas com os padrões do I M A. As amostras com registro no IMA apresentaram 33% de reprovações segundo tai s parâmetros, q uando comparadas com as especi ficações do S I M 8 3 % foram reprovadas. Os resultados deste estudo demonstraram que as amostras de leite sob registro da fi s c a l i zação m un i c i p a l o b e d e c e m a c ri té r i o s m a i s e x i ge n t e s e m re l a ç ã o ao p er fi l microb i ológico s e comparados aos p adrões estaduais. P a l av ra-chave: l e i t e pasteurizado, q u a l idade m i c robiológica , c o l i formes 1 - I N T RO D U Ç Ã O O l e i t e , um a l i mento trad i c i on a l na d i e ta da população bra s i l eira, contribui sobremaneira p a r a u m a a l i m en t a ç ã o s a u d á v e l e m e l h o r qua l idade de vida. E ntretanto, sua composi ção nutri c i o n a l s i gn i fi c a t i v a torna-o um e x c e l en t e m e i o para o c re s c i m e n t o d e m i crorga n i s m o s patogên i c o s . O l ei te p a s t e u r i zado c on s t i t u i a forma mais d i fundida deste produto e de grande c o n s u m o n o s c e n t ro s u r b a n o s , a s s u m i n d o i m p o r t a n t e p a p e l e c o n ô m i c o ( A L M E I D A el. aI, 1 9 9 9 ) . A produção d o l e i te ( h igiene n a ordenha e transporte adequado até o laticínio), o beneficia me nto ( p a s t e urização a d e q ua d a , h i g i e n e das i n stal ações, armazenam ento adequado, etc . ) , a distribuição e a comercialização do l eite (tempera tura de armazenamento adequada) constituem os principais pontos de controle da cadeia produtiva do leite para a obtenção de um produto final com qualidade ( O L I V E I RA; B O RG E S , 1 984). A fi m de garantir a saúde do consumidor, o l e i te é submet ido a tratamento térm i c o e deve atender a padrões m icrobi ológicos de qual idade estabelecidos por órgãos fi s c a l i zadore s . O co n heci mento e atendimento às espe c i fi cações e legi s l ações pert inentes é funda ment a l para ga ran t i r a sua comerc i a l i zação com um n ív e l de segurança aceitáv e l . ( M AC I E L et. a I, 2 0 0 3 ) . Atualmente o l e i te pasteurizado destinado a comercialização pode ser registrado e obedecer a critérios d itados por três órgãos fiscalizadores disti ntos ( federal, estadual, municipal) de acordo com a ampl i tude territorial em que é vendido. Pág. 2 1 0 digitalizado por O M i nistério da Agricultura, pela I nstrução N ormat iva n° 5 1 d e 1 8 d e setembro de 2 0 0 2 , estabelece q u e o l e i te pasteurizado t i po C deve atender o s seguintes padrões m i c ro b i ol ógi c o s : ausência de bactérias do gênero Salmonella em 25mL do produto, número mais provável ( N M P ) de col i formes tot a i s - 3 5 ° Chn L não e xcedente a 4 N M P / m L , c o l i for m e s t e r m o t o l e r a n t e s n ã o excedente a 2 N M P/mL, e contagem d e aeróbios m e s ó fi l o s m á x i m a · d e 3 , 0 x 1 05 U F C / m L ( BRASI L , 2002). A legislação municipal, Portaria nO 00 I d e 08 d e m a i o de 1 99 5 da Secretaria M unicipal d e Agropecuária e Abastecimento I Prefeitura Muni c i pal de Juiz de Fora MG, e stabel e c e como padrões microbi o lógicos para leite p asteurizado: ausência e m 1 mL de c o l i formes t o t a i s e ter motolerantes e no máximo 2 x 1 0· U FC/mL d e aeróbios mesófi l os (J U I Z D E F O R A , 1 99 5 ) . A e sc o l ha d e s t e s m i c rorga n i s m o s p ar a ava l i ação d a q u a l i dade microbio l ó g i ca d o l e i t e pasteurizado tipo C se j ustifica, p o i s estes indicam a s c o n d i ç õ e s de o b t e n ç ã o , tra n s p o rte e e s t o cagem do l ei te cru, fal has no processo de higiene, p ro v á v e l p r e s e n ç a d e b a c t é r i a s e n te ro p a t o gênicas, contami nação a p ó s processamento o u tratamento térmico i n s u fi c iente, v i sto q u e estes são sensívei s à temperatura de pasteurização do leite ( G I L M OU R ; ROWE, 1 99 0 ) . O l ei te pasteurizado tipo C comercializado no estado de M i n a s G e ra i s e com registro no I n stituto M ineiro de Agropec uária ( l MA) segue os padrões estabelecidos na Instrução Normativa Pág. 2 1 1 arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R E S S O N A C I O N AL DE LAT I c í N I O S ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS n° 5 1 do M in i s tério da Agricul tura, já o l e i te pasteurizado tipo C com registro no Serviço de I n speção M u n i c i pal de J u i z de Fora - M G , co m e rc i a l i zado s o m e n t e nesta c i da d e , segue as e s p e c i ficações estabe l ec i das pela Portaria 0 0 1 de 8 de Maio de 1 99 5 da S MAA/PMJF. O presente t rab a l h o t e v e c o m o obj et i vo v e r i fi c a r a a d e q u a ç ã o , s e g u n d o p a d r õ e s m i crobi o l ó g i c o s esta b e l e c i d os p o r ó rgãos fi sca lizadores, de amostras de leite pasteurizado tipo C registradas no Serviço de I n speção Municipal da cidade de Juiz de Fora - MG (SIM) e no I ns t i tuto M i n e iro d e A g r o p e c u á r i a do estado d e M inas G e ra i s ( l M A ) , e n v i adas a o L aboratório de Análi ses de Al imentos e Águas da Universidade Federal de Juiz de Fora. 2 - M AT E R I A L E M É TO D O S Foram analisadas, entre os meses de janeiro e dezembro de 2 0 0 5 , 2 7 amostras de leite pas teurizado tipo C, sendo 12 registradas no I M A e 1 5 no S I M , coletadas na cidade de J uiz de Fora M G . E st a s a m o s t r a s fo ra m c o l et a d a s p e l o s próprios fabricantes e en c a m i n h adas em c a i x a i sotérmi c a ao Laboratório de A n á l i se s de A l i mentos e Á guas da F a c u l da d e d e F a r m á c i a e B i oquím ica da Universi dade Federa l de Juiz de F o ra . As am ostras fo ram a n a l i s a d a s quanto a contagem g l o b a l em p l a c a s e e n u m eração d e c o l i formes tota i s e termotolerantes u t i l i zando metodologia descrita no Standarel Methods For Th e Exall1 ination ( M A R S H A L L , 1 99 2 ) . Df D a iry Produc ls 2 . 1 - D et e r m i n a ç ã o d o n ú m e r o m a i s p ro v á v e l ( N M P ) d e c o l i fo r m e s t o t a i s e t e r m o t o l e r a n te s Três d i l uições d a amost ra ( D , 1 0.1 e 1 0.2) foram submetidas aos testes presuntivo e con fi rma t i vo p a ra col i formes totai s , u t i l izandose uma série de três tubos de Caldo Lauril S u l fato Triptose, por diluição. Os tubos foram i nc ubados a 3 5 ° C p o r 2 4 a 48 h o r a s . Os t ub o s q u e a presentaram resultado p o s i t i v o ( e v i d e n c i ado pela presença de gás no tubo de D urham), foram i noculados em Caldo Verde Bile Bril hante ( V B B ) e i n c ub a d o s a 3 5 ° C p o r 2 4 a 4 8 h o r a s p ara c o n fi rmação da presença de c o l i formes tota i s . Os tubos de caldo V B B positivos foram então i n o c u l ad o s em c a l d o Escherichia c o li ( E C ) supl ementados com M U G e i n c ubados a 3 5 ° C p o r 2 4 h oras p a ra c o n fi rmação d e c o l i formes termot o l e r a n t e s ( Es ch erichia cal i) , o s t u b o s positivos apresentaram turvação e fluorescência Pág. 2 1 2 n a l u z u l t ra v i o l et a . A p ó s a rea l i zação destes testes, os resultados foram obtidos util izando- se a tabela de N M P (N úmero M a i s Provável ) . 2.2 - C o n ta g e m p a d rã o e m p l a c a s Três d i l ui ções da amostra ( D , 1 0-1 e 1 0-2) foram plaqueadas em duplicata em Ágar Padrão para Contagem (PCA) adicionado de cloreto de 2 , 3 , 5 tri fe n i l t et razó l i o ( T T C ) para fac i l i ta r a visualização das colônias. As placas foram i ncu badas a 3 5° C por 48 h o ra s . Após esse período, p rocedeu-se a contagem das colônias. 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U SS à O Comparando-se o s resultados das 1 5 amostras anal i sadas registradas no S I M com os valores estabelecidos pela Portaria 0 0 1 de 8 de M aio de 1 99 5 , observou-se que 1 1 (73%) foram aprovadas segundo estes parâmetros e 4 (27%) foram rep ro v a d a s , sendo 2 p o r a p r e s e n t a rem contagem padrão em placas além do estabelec ido, 1 por a p resentar c o l i fo rm e s totai s e outra por apresentar c o l i formes tota i s e termotolerantes. E s t a s a m o s t r a s q ua n d o c o m p a ra d a s com o s padrões estabelecidos pela I nstrução Normativa n° 5 1 do M inistério da Agri cultura apresentaram se todas aprovadas. Das 1 2 a m ostras regi s tradas no I M A , 8 ( 6 7 % ) fo ra m a p ro v a d a s s e g u n d o os p a d r õ e s estab e l e c i d o s p e l a I n strução N ormativa n ° 5 1 do M i n i stério da Agri c u l tu ra e 4 ( 3 3 % ) foram repro v a d a s , s e n do t o d a s por a p r e s e n t a r c o l i formes totais além d o estabelecido p o r este órgão fiscalizador. Estas amostras ao serem comparadas com os padrões estab e l e c i d o s pelo Serviço de I nspeção M unicipal de Juiz de Fora - MG, apre sentaram 1 0 ( 8 3 % ) reprovações, sendo 8 por apresentarem col i formes tota i s e 2 por excede rem a contagem padrão em placas e apresentarem coliformes totai s . Observou-se que das 8 (67%) amostras reg i s tradas n o I M A e aprovadas se gundo o s p a râmetros deste órgão fi scal izador, apenas 2 ( 1 7% ) seriam aprovados segundo cri térios de especi ficações estabelecidos pelo S I M . 4 - e stab e l eci d o s p e lo S I M e m e sm o a s s i m t e m pe rmissão para ser vendido no município. O leite com re g i s t ro d o S I M a p e s a r d e a p r e s e n t a r qualidade microbiológica para s e r comercializado no estado de M i nas Gerais, não pode ser vendido além dos li mites municipais. Considerando-se os res ultados encontrados e a tendência de estabele cim ento de informações de qual idade em p rodutos alim entícios, este trabalho reforça a necessidade de padron ização das espec i fi cações e portarias v i g e n t e s p a ra um m e l h o r a t e n d i m e n t o ao produtor e ao mercado consumidor. SUMMARY T h e m i c ro b i o l o g i c a l q u a l i t y o f Type C pasteurized m i l k sold in Juiz de Fora MG was tested to veri fy if i t s u i t s the m i c ro b i o l o g i ca l standards set by the Serviço de I n speção M un i c i pa l o f J ui z d e Fora ( S I M ) a n d I n st ituto M i n e i ro de A g ro p e c u á r i a d e M i n a s G e ra i s ( I M A ) . 2 7 Typ e C p a st e u r i zed m i l k s a m p l e s , 1 2 regi stred on I M A and 1 5 on S I M , were tested under the parameters o f global p l ate counting, o f total c o l i fo r m s and fe c a l c o l i fo r m s Esc h eric h i a c o li s c o r e s t a b i l i s h e d o n t h e Portaria n° 0 0 1 de 8 de m a i o de 1 99 5 ( S MAA/ PMJ F) fo l l owed by S I M and on t h e I n strução Normativa nO 5 1 de 1 8 de setembro de 2002 M i n i s t e ri o d a A g r i c u l t u ra e A b a s t e c i m e n t o , fol lowed b y I MA. Among the samples registred on S I M , 2 7 % were reproved by i t s stand a rd . When subj ected to the I MA standards these same samples were alI approved . A mong the samples regi stred on I M A 33% were reproved under its s t a n d a rd a n d w h e n t e s t e d u n d e r t h e S I M parameters 8 3 % were reprov e d . T he s e results show the m i l k s a m p l e s u n d e r m u n i c i p a l i n s p e c t i o n o b e y m o re e x i ge n t c r i t e r i a fo r m icob i o l o g i c a l s t a n d ards w hen c o m p a rd w i t h the state ones. Keywords: pasteurized milk, microbiologial qual i ty, c o l i forms. R E F E RÊ N C I A S B I B L I O GRÁ F I C A S A L M E I D A, A . L . e t a I . Aval iação da quali dade do leite pasteurizado comercializado em Juiz de F o r a . R e v i s ta do I n s ti t u to de L a t i c í n i o s Cândido Tostes, v. 5 4 , n . 3 1 1 , Juiz de Fora, p . 9- 1 3 , 1 999. B R A S I L. M i n i stério d a Agricultura. I nstrução N o rm a tiva n 0 5 1 d e 18 d e sete m b ro d e 2002. A n e x o I I I Regulamento Técnico de Produç ã o , I d e n t i d a d e e Q ua l i d a d e do L e i t e T i po C . D i sp o n í ve l e m < http//www.agri c u l tura . gov.br/ s i s l egis-consulta/cons u l tar Legislacao>. Acesso em: 1 0 jan. 2006. 1 6 :3 0:00 G I LM O U R, A . ; R O W E , M . I. M ic ro -orga n i sms a s so c i at e d w i t h m i l k . I n : R O B I N S O N , R . K . D a i r y M i c r o b i o l o gy. T h e m i c r o b i o l o gy o f milk, 2 .ed . , London: E l s ev i er Applied S c i ence, v. 2 , p . 3 7- 7 5 , 1 99 0 . J U I Z D E F O R A . S e c re t a r i a M u n i c i p a l d e Agricultura e Abastec imento. P o rt a r i a n O 0 0 1 d e 08 de m a i o de 1 99 5 . D isponível em <htt p : / /www.sspds.pj f.mg.gov.br/>. Acesso e m : 1 0 jan. 2 00 6 . 1 6 : 3 0 : 00 . M A C I E L , J . F. e l. aI. Qualidade mi c robiológica d e l e i t e p a s t e u r i z a d o c o m e rc i a l i za d o em I ta p e t i n ga BA. I n : Congresso N ac i o n a l de Laticínios, XX, 2003, Juiz de Fora. A nais . Juiz de Fora, Cent ro de Ensino e Pesquisa, I nstituto de Lat i c í n i o s Cândido Tostes. 2003 . M A R S HA L L, R. I. Standard M ethods For The E xa m i n a t i o n O f D ai r y P r o d u c t s . A m eri c a n Publ ic H e alth Association, Washi ngton DC, 1 6th e d i t i o n , 1 99 2 . 5 4 6 p . O L I V E I RA, J . S.; BORGE S , S . F. Qualidade do leite p a s t e u ri za d o . R e v i s t a do I n s t i t u t o d e L a t i c í n i o s C â n d i d o Tos t e s , v. 3 9 , n . 2 3 5 p . 29-33 , J u iz d e Fora, 1 984 . .. C O N C L U Sà O O s resultados deste estudo demonstraram que as amostras de l e i te s ob registro da fi sca l ização m u n i c i p a l o b e d e c em a c r i t é r i o s m a i s exi gentes em relação a o perfi l m icrob i o l ógico se comparados aos padrões estaduais. O leite que é comerc i a l i zado em J ui z de Fora - MG com regi stro estadu a l nem semp re segue os padrões Pág . 2 1 3 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O X X " I C O N G R ES S O N A C I O N A L D E LAT i C í N I O S ANAIS DO XXIII CON G R ESSO NACIONAL DE LATiCíN IOS ESTU DOS I NICIAIS DE UTILIZAÇÃO DE ELETROFORESE (SDS-PAGE) PARA AVALIAÇÃO DE FRA U D E EM PROD UTOS COMERCIALIZADOS COMO CONCENTRADO D E SORO DE QUEIJO Initial studies utilizing electrophoresis (SDS·PAGE) for evaluation of adulteration i n products comercialized as whey protein Marilia Penteado Stephan 1 RESUMO Neste trabal ho teve-se c o m o o bj e t i v o i ni c iar um p rocedi mento de ava l iação m o l ec ul a r de produtos contendo soro de queij o, u s a n d o e l etroforese em gel de p o l i ac ri lamida com dodeci ls u l a fto de sód i o c o m o ferramenta a n a l í t i c a ( S D S - PA G E ) , com v i s t a s a detecção d e fraudes nestes produtos. A s análises foram conduzidas u t i l i zando três destes p rodutos a dq u i ri d o s e m l oj a s e s p ec i a l i z a d a s na v e n d a s u p l e m en t o s a l i m en t a re s p a ra a t l e t a s . S o m e n t e d ua s a m o stras a p r e s e nt a r a m o m e s m o p e r fi l p ro t é i c o , c o m o e s p e ra d o para u m p roduto rot u l a d o c o m o s o ro d e q ue ij o , c o m bandeamento na fai x a d e 1 8 kDa (� l a c t o a l b um i na ) e 1 4 kDa ( a l a c t oa l b u m i n a ) . C o mp ro v o u - s e que estas bandas eram c a ra c terí s t ic a s d a s p ro t e í n a s d e soro d e q ue ij o através de a n á l i s e comparativa c o m o soro obtido da preci p itação de caseína de l e i t e de vaca, em pH 4 , 6 . Um dos p rodutos d e soro d e q u e ij o apresentou u m i ntenso b a n deamento n a fai x a d e peso m o l e c u l a r d e 3 7 , 3 5 e 3 2 kDa que p o d e m corresponder à presença de a, � e K c a s e í n a . N o rót u l o deste p ro d u t o , que estava fora das e s p ec i fi ca ç õ e s , h a v i a a i nd i c aç ã o d e q ue o m e s mo - era constituído d e proteína de s o ro d e q u e ij o e albumina d e ovo, mas nenhuma referê n c i a à p roporciona l i dade destas substânc ias foi c i tada. Após a eletroforese não foi observada n e n huma banda i n d i c a t i va da p resença de a l b u m i n a d e cl ara d e o v o . Com b a s e n estas o b s ervações, c o n c l u i u - s e q ue a a n á l i s e d e fra ude nestes produ t o s pode s e r úti l , p a ra e fe i to de legislação e da defesa do consumidor. P alavras-c h a v e : soro de l e i te , p roteína, adul teração, e letrofore s e . o el e v a d o v a l o r d a q u a l i d a d e p ro t é i c a d e s t a proteína de soro está n a s altas concentrações d e aminoác idos de cadeia ramificada (AACR ' s ) e de am i no á c i d o s e s s e n c i a i s , c o m p a rat i va m e nt e a outras fontes de proteína ( Bucci & UnIu, 2000). Dados retirados de estudos com indi víduos jovens indicam que a proteína d e soro é rap i damente digerida e estimula a síntese de proteína de forma mais expressiva do quc outros tipos de proteínas ( B o i re et a I . , 1 99 7 , 2 0 0 I ) . O s o ro d e l e i t e é con s t i t u í d o d a s s e g u i n t e s p ro t e í n a s : � - l ac t o globulina, a-Iactoalbumina, imunoglobul inas, � globu l i n a , l a c t o ferrina e l actoperox i d a s e . A s proteínas d o soro representam cerca d e 2 0% das proteínas do leite. A s duas p rincipais proteinas do soro a a - I a c t o a l b u m i n a e �-lactoglob u l i n a perfazem 7 0 - 8 0% d a s proteínas t o t a i s do soro ( S garb i e ri , 1 9 9 6 ) . A s p ro t e í n a s do soro concentradas por ultra fi ltração aumentam o teor de proteínas de 0 , 8% até 8 0% em concentrados de pro t e í n a d e s o ro ou W P C ( " W h e y Prot e i n Concentrate" ) . Este proc e s s o t o r n a o p roduto oneroso, fato q u e p o s s i b i l i t a a oc orrên c i a d e fra u d e n e s t e s prod u t o s . N e s t e traba l h o , fo i demonstrada a e fi c i ên c i a de um proc e d i m ento com uso da e l etro fo rese tipo S D S -PAG E para anali sar estes produtos . 2 - M AT E R I A L E M É TO D OS Foram util izados três produtos rotulados e c o m e rc i a l i z a d o s c o m o s o ro de q u e ij o , d o i s i mp o rt a d o s d o s E s t a d o s U n i do s e um d a Alemanha. Solubilidade 1 - I N T RO D U Ç Ã O o s o ro d e q u e ij o é u m s u b p ro d u t o d a produção d e queijo e é constituído por proteínas consideradas de alta qualidade, quando analisadas quanto ao seu valor biológico (po rc entagem de n i tro gê n i o que é a b s o r v i d o e r e t i d o p e l o organismo, a partir de dados obtidos em ensaios com ratos). Este suplemento a l imentar apresenta a l t o v a l or b i o l ó g i c o q u a n t o c o m p a r a d o c o m outras fontes alimentares c o m o (valores em % ) : soro de queij o ( l 0 4 ) , o v o i nteiro ( l 00), l e i t e de vaca ( 9 1 ) , c a s e í n a ( 7 7 ) , carne d e boi ( 8 0 ) e p r o t e í n a de s oj a ( 6 1 ) ( G erd e s , 2 0 0 5 ) . O utra vantagem deste subproduto é o seu alto conteúdo em a m inoácidos ( mg/g de p roteí na ) d e c a d e i a l ateral r a m i fi c a d a ( i so l e u c i na - l e u c i n a - v a l i na , 5 9 : 1 0 3 : 4 9 ) e m c o m para ç ã o c o m c a s e í n a ( 5 1 : 9 4 : 6 4 ) , l e i te d e v a c a d e s n a t a d o ( 5 2 : 9 7 : 6 3 ) , i so l ado proté i c o d e soj a (49 : 82 : 5 0 ) , carne d e b o i (48 : 8 1 : 5 0 ) . A l iteratura d escreve q ue estes a m i n o á c i d o s d e c a d e i a l a t e ra l ram i fi c ad a contribuem para a formação de músculos. Como c o n s e q ü ê n c i a , a t u a l m e n t e e x i s t e m v á r i a s re comendações para u t i l ização deste subproduto c o m um s u p l e m e n to n u t r ic i on a l p a ra a t l e t a s . I st o tem se tornado tão abrangente que várias academias de gi násticas espalhadas pelo B rasi l t ê m rec o me n d a d o a u t i l i za ç ã o d e s t e s p a ra o aumento muscular dos atletas. Esta proteína de soro é uma das proteínas de mais alta qualidade disponível para uso comercial. A exp l icação para Farmacêutica-Bioquímica, DSc. em Bioquímica - Embrapa Agroindústria de Alimentos, [email protected]. Preparo da a m os tra. P a ra o t e s t e d e solubilidade, cada produto foi m isturado com três d i fere n t e s s o l u ç õ e s a q u o s a s : á g u a d e s t i l a d a , t a m p ã o fo s fa to ( 5 0 m M K H PO ./ K H P 04 e m 2 2 0 , 8 5 g/l NaC I ) e uréia 6 M na proporção de 5 mgl m L . Após agitação a 22"C, d urante I hora , o s m a t e ri a i s s o l ub i l i z a d o s fo ram s u b m e t i d o s a filtração em lã de vidro . A análise qualitativa e quantitativa da p resença de proteína solúvel foi feita usando 1 00 J-lL do material filtrado, através de u t i l ização do método de B ra d ford ( 1 97 6 ) . P a ra a a n á l i se q u a l i t a t i v a , o s r e s u lt a d o s considerados positivos foram aqueles q ue mos traram absorção da luz na faixa de concentração a c i m a d e 1 0 J-lg de p r o t e í n a p o r t u b o , no comprimento de onda de 5 9 5 nm, tomando-se como base a c u rva padrão obtida, preparada na res p e c t i va s o l ução aquosa. Para a a n á l i se d e proteína t o t a l , o s produtos foram d i spersos e m uma s o l u ç ã o d e N a O H O , I N e a q u e c i d o s em b a n h o - m a r i a d e á g u a fer v e n t e a t é c o m p l et a s o l u b i l i z a ç ã o . O s c á l c u l o s fo ram real i z a d o s usando uma curva padrão de albumina de soro bovino, solub il izada em so luções aquosas iguais as das a mostras. E l e trofo r e s e ( S D S-PA G E ) A a n á l i s e d e e l e tro fo r e s e e m g e l d e poliacri lamida contendo dodecil sul fato d e sódio ( S DS-PA G E ) foi real izada através de um sistema descontínuo como descrito por Laemm l i ( 2 ) . A c o n c e n t r a ç ã o de p o l i a c ri l a m i d a no g e l d e separação foi d e 1 2% e n o gel d e empilhamento de 5% e o si stema util i zado foi o P ROTEAN da B IO - R A D . 3 - RES U LTA D O S C o m o propósito de obter u m a estratégia d e caracterização de produtos alimentícios contendo alto teor de proteína, utilizando e l etro forese em geI de pol iacrilamida contendo dodeci lsulfato de sódio como ferramenta analítica, foi i niciado um e s t udo c o m pa r a t i v o entre t rê s pro d u t o s i m p o rtados rotulados c o m "whey protein" (um importado da Alemanha e outros dois dos Estados Unidos) e comercializados em lojas especializadas na c idade do Rio de J aneiro-. Cada amostra fo i submetida a um estudo de solubilização usando a concentração fi nal de 5 mg/m L . E ste teste foi real i zado util izando uréia 6 M , água desti lada e tampão fosfato (50 111 M , pH 7.5) como solventes aquosos. A análise qual itativa mostrou que todos os p ro d u t o s foram s o l ub i l i z a d o s em t a m p ã o fosfato e uréia. Outra similaridade observada entre os produtos foi o conteúdo relativamente baixo d e p ro t e í n a n a s a m o st ra s (Ta b e l a I ) , q u a n d o c om p a r a d o c o m o rót u l o q u e i n d i c a va u m c o n te ú d o d e ( 9 0 % ) . P ro v av e l m e n te, e s t a s d i ferenças s ã o devidas a l i mitações do método d e sc r i t o p ro B ra d fo rd ( 1 9 7 6 ) que m o s tra resultados positivos para cadeia peptídica acima da faixa de 3 000 a 5 000 Da. No gel proveniente da a n á l i s e de e l etro fo r e s e ( S D S- PA G E ) fo i observado que para dois dos produtos obteve-se o mesmo perfil protéico, como esperado para u m b a n d e a m e n t o d e p rot e í n a s d e s o ro d e q u e ij o ( F i gu r a . I ) . E m t o d a s a s a m os t r a s foram observadas duas bandas de pesos moleculares de 1 8 kDa (� l ac t o g l ob u l i na ) e 1 4 KDa (a l ac t oa l b u m i n a ) , após rev e l a ç ã o d o gel c o m Coomassie b l ue R 2 5 0 . E ntretanto, e m u m d o s produtos foram observadas três outras cadeias pol ipeptídicas, com i ntensa coloração nos pesos m o l e c u l a res d e 3 7 , 3 5 , 32 k D a q u e p o d e m corresponder a presença de a, � e K caseína. Pág . 2 1 5 Pág. 2 1 4 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGR ESSO NACIONAL DE LATICíNIOS Tabela 1 - A n á l i s e q ua n t i t at i v a de p rot e í n a total nos diferentes produtos d e soro de queijo. Prod utos Concentrado ( A ) Concentrado ( B ) Concentrado ( C ) % de S UM M A RY 62 57 65 - 37 kDa �' 35 kDa ------ 32 kDa 18 kDa 14 kDa Figu ra 1 - S D S- PA G E ( 1 2% p o l i a c r i 1 a m i d a ) dos t r ê s produtos c o m e rc i a l i za d o s c o m o soro de queij o 4 - sentido d e poder gerar parâmetros d o preço em relação a qualidade do produto e certi ficação da qual idade destes. C O N C L U SÃO Pode-se concluir que em um dos produtos a p ropaganda era enganosa no que d i z respeito a pureza e a quantidade de proteína. Em letras muito pequenas, o rótulo deste produto indicava que este e ra constituído de proteína de soro d e q ueij o e a l b u m i n a de o v o , n e n h u m a r e fe r ên c i a à p ro porcionalidade destas substâncias é c itada. Após a e l etroforese não foi observada nenhuma banda indicativa d a p resença de albumina d e clara d e ovo ( 4 5 k D a ) . A b a n d a fracamente corada, ob servada nos concentrados A e B pode representar alguma imunoglobulina (50-70 kDa). Conclui-se q ue estes produtos podem ser enganosos para os consumidores em relação a : i ) chamada principal para p roduto de soro d e queij o i i ) ausência d e albumina de clara d e ovo i i i ) ausência de descrição da proporc i onal idade dos i ngredientes. Propõe se que mais produtos sejam analisados para que os comerciantes e consumidores sejam alertados no The objective of this work was to describe a p r o c e d ure t o e v a l u a t e a t m o l e c u l a r l ev e I p ro d u c t s c o n t a i n i n g w h e y p rot e i n s . S o d i u m dodecyl sulfate-polyacrilamide gel eletrophoresis ( S D S -PAG E ) was u s ed as a n a l y t i c a l too l . The analysis was developed util izing three d ifferent w h e y products i m p o rt ed a n d c o m m e rc i a l i z e d in B razil, as muscle m a s s enhance. Only t w o o f t h e s e samples showed the s a m e p rotei n pattern, as e x p ec t e d for a p r o d u c t l ab el l ed a s w hey. Strong sta i n i n g band s at molecular mass o f 1 8 k D a C P l ac t o g l ob u l i n ) a n d 1 4 k Da ( a l a c toalbumin) were observed. I t was observed that those bands were correlated w ith that obtained a ft e r p re c i p t a t i o n o f c ow m i l k c a s e i n s , by adj usting to pH 4 , 6 . One o f these three products showed strong stained bands at molecular mass of 3 7 , 3 5 and 32 k D a that may c o rrespond to the p resence o f p, a and K casein. The label of this p roduct showed i n smalI l etters that i t was c o m p o s e d o f w h e y p ro t e i n a n d egg a l b u m i n , b u t n o re ference a b o u t t h e p ro p o rti o n o f t h e p rotein constituents. I n e l ectroph o re s i s i t w as not observe any band i n d i c a t i n g t h e p re se n c e o f egg a l b u m i n . l t was concl uded t h a t : a ) the method ( S DS-PA G E ) was useful for adulteration a n a l y s i s of w h e y p r o d u c t s b) t h e n e e d s of adulteration anaJysis i n t hese p roducts may be h e l p fu l to t h e consumers . K e y w o r d s : w hey, prote i n , a d u l t e r a t i o n , el e t ro ph oresi s . R E F E RÊ N C I A S B I B LI O G R Á F I C A S B R A D F O R D , M . M . A rap i d a n d s e n s i t i v e method for quantitation of microgram quantities of p rotei n uti l izing the principIe o f p rotein dye b i n d i n g . A n a l y t i c a l B i o c h e m is try . v. 72, p . 248-254, 1 97 6 . L A E M M L I , U . K . Cleavage of structural proteins during the assembly o f the head of bacteriophage t 4 . N a t u re v. 2 2 7 , p . 6 8 0 - 6 8 5 , 1 97 0 . B O I RE , Y. ; G A C H O N , P . & B EA U F R E R E, B . S p l a n c h n i c a n d whole-body leucine kinetics i n young a n d e lderly men. A m e r i c a n J ou r n a l o f C l i n i c a i N u t r i t i o n 6 5 ( 2 ) , p . 4 8 9 -49 5 , 1 99 7 . B O I RE, Y.; G A C H ON, P., C O R D AT, N . , R ITZ, P. & & B EA U F R E R E , B . D i ffere n t i a l i n su 1 i n sensitivities o f glucose, amino acid a n d albumin metabol ism in elderly men and women. Journal ANAIS D O XXIII C O NG R ES S O NACIONAL D E LATi C í N I O S o f C l i n i c a i E n d o c ri n o l o gy M et a b o l i s m , 8 6 (2 ) , p . 6 3 8 - 6 4 4 , 2 00 1 . BUCCI, L . R . & U N L U , L . Proteins and aminoacids i n exercise a n d s p o rt. I n : Energy yíelding macronutrients and Encrgy metabo l i sm in sports nutrition. DriskeIl, J. & Wolinsky. I. Eds. CRC Press. Boca Raton, F. L . , p. 1 97-200, 2000. G E R D ES, S . K. I ngred ientes de soro dos EUA e controle de peso. I n : M o n ografi a . Aplicações -c o n t r o l e d e p e s o . A u d r ey K e n n e y e d s . U . S . D a i ry E x p o rt C o u n c i l , 2 0 0 5 . S G A R B I E R I , V . C . P ro te í n a s e m a l i m e n t o s protéi c o s : propriedades, degradações, mod i fi cações. São Paul o : Li vraria Varela, 1 99 6 . DESENVOLVIMENTO D E SOBREMESA LÁCTEA SABOR B RIGADEIRO E AVALIAÇÃO DE SUAS CARACTERíSTICAS FíSICO�QuíMICAS E SENSORIAIS Dessert development láctea f1avor "brigadeiro" general in th ree d ifferent compositions and evaluation of its c haracteristics sensorial and physical-chemistries Lívia Pinheiro Facchini Edil Almeida Rejaine Gama R. Gomes Daiana Paschoalino de Melo Polyana Lima Sampaio Vanessa Riani Olmi Silva Maurício Henrique Louzada Silva Roselir Ribeiro da Silva R E S U MO As sobremesas l á c t e a s são p rodutos obt i d o s a p a rt i r do l e i te, que a trav é s d a ação de agentes espessantes ou gele i ficantes adqu i rem uma consi stência semi-sólida. A i nd ústria de a l i m e n t o s , atenta a o m e r c a d o c o n s u m idor, que a cada dia b u s c a por h á b i t o s m a i s saudá v e i s , t e m desenvolvido p rodutos c tecnologias para a p rodução d e a l imentos com baixas calori as, mediante redução no seu teor de gordura e/ou substitui ção de açúcar por edul c o rantes . N a práti c a, a energia que os a l i mentos fornecem ( v a l o r energéti c o tota l ) é e s t i m a d a p e l a d e t e rm i na ç ã o d o t e o r d e p ro t e í n a s , l i pí d i o s e c a rb o id ra t o s . A s s i m , a redu ç ã o ou s u b st i t u i ç ã o de u m d e s s e s n u t r i e n t e s pode red u z i r o v a l o r energ é t i c o dos a l i m e n t o s , v i s a n d o a t e n d er a c rescente d e m a n d a de p e s s o a s que b u sc a m um p roduto leve, rico em p rote í n a s e com sabor a trat i v o . O obj etivo deste trabalho foi a e l aboração d e três form u l a ç õ e s de sobrem e s a s l á c t e a s sabor bri g a d e i ro nas v e rs õ e s t ra d i c i o n a l , ligIa e diet, testando a viab i l idade da apli cação do concentrado p rotéico à b a s e d e soro de l e i t e, em s u b s t i t u i ç ã o p a rc i a l o u t o t a l da gordura, n e s s e t i p o de s o b re m e s a . O s p rodutos obtidos foram aval i ados quanto s u a s características fís ico-q uímicas e sensori a i s . Devido à ausênc i a de l e g i slação p a ra sobremesas l ácteas, a s versões do produto foram comparadas com a m a rc a já c om erc ial izada (padrão) q uanto ao teor gordura e proteína, s e n d o que o p r o d u t o t ra d i c i o n a l a p r e s e n t o u v a l o re s s i m i l ares a o p a d rã o , e que não houve prefe rênc ia s i g n i ficativa a o n ível de 1 % d e s i gn i ficância, entre os t rês produtos. D essa forma, con c l u i - s e que a redução no teor de gordura substituída pelo concentrado prot é i c o nos p ro d u t o s não i n t er fe r i u na a c e i tab i l idade dos m e s m o s , o q ue, a l i ado ao Pág . 2 1 7 Pág. 2 1 6 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L D E LATi C í N I OS ANAIS DO XXI I I CONGR ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS a u m e n t o no t e o r p r o t é i c o e r e d u ç ã o c a l ó r i c a d a s s o b r e m e s a s , e v i d e n c i a m s u a p o t en c i a l i d ad e d e c o m e rc i a l i zação. Palavras-chave: sobremesa láctea; novos produtos; produtos l ight e diet; concentrado protéico. Tabela 1 - Resultados das Anál i ses F í s i co-Químicas. Fo r m u l a ç õ e s T ra d i c i on a l L ight Diet M édias 1 - I NTROD UÇÃO A s sobremesas l ácteas são p rodutos obtidos a partir do leite, que através da ação de agentes espessantes ou gel i fi cantes adqu i rem uma con sistência semi-sólida. D e acordo com o tipo de s o b re m e s a , p o d e m c o n t e r c a c a u , aroma d e bauni lha, gema d e ovo em p ó o u outro ingrediente perm i tido na a l i mentação [ 2 ] . A i n d ú s t r i a d e a l i m e n t o s , a t e n ta a o mercado c o n s um idor, que a c a d a d i a se envolve a h á b i t o s m a i s s a u d áv e i s , tem d e s e n v o l v i d o p ro d u t o s e t e c n o l o g i a s p ar a a p ro d u ç ã o d e a l i me n t o s c o m b a i x a s c a l o r i a s , m e d i an t e redução n o s e u teor d e gordura e/ou substituição de açúcar por e d ul c o rantes [ 5 ] . Segundo P o rta r i a n O 4 1 , d e 1 2/05/95 , re gulamentada pelo M inistério da Saúde diet é uma palavra que caracteriza quaisquer a l i mentos que tenham redução de 40% de calorias e light. 25%, seja em forma de p roteínas, carboidratos ou gor duras [ 1 ] . Assim, nem todo produto diet é necessa riamente um a l imento sem açúcar. Na p rá t i c a, a e n e rg i a q u e os a l i m e n t o s fornecem (valor energético total) é estimada pela determ i n a ç ã o do teor d e prote í n a s , l i p íd i o s e carboidratos. Assim, a redução ou substituição de um desses nutrientes permite dimi nuir o valor energético total nos a l i mentos [ 5 ] . Vi sando atender a crescente demanda d e pessoas que buscam u m p roduto l eve, rico em proteínas e com sabor atrativo, foram elaboradas três form u l ações de sobremesas lácteas sabor brigadeiro nas versões trad i c ional, light e diet, veri ficando suas c aracterísticas fís ico-quí m icas e sensoria i s . 2 - M AT E R I A L E M ÉT O D O S 2.1 - E l a bo ra ç ã o d o p r o d uto A elaboração das sobremesas lácteas, nas versões tradicional, ligIa e diet, foi efetuada em pequena escala. Para a fabricação das sobremesas light e diet o c reme de l e i t e foi s ubst i tu í d o , total o u parc ialmente, p o r concentrado protéico para que a versão light apresentasse diminuição de gordura e a versão diet ausência desta. 2.2 - A n ál is es fí s i c o - q u í m i c a s A s análises físico-químicas seguiram a meto dologia descrita por P E R E I RA, et; a ! . 2 00 1 [4] . D e v i d o à a u s ê n c i a d e l e g i s l aç ã o p a ra sobremesas l ácteas, foram real izadas análises de gordura e proteína, para comparação das versões do p r o d u t o c o m a m a r c a já c o m e rc i a l i z a d a (padrão). A l é m d e , real izadas análises d e umidade e c i n z a s , p a ra a c o m p a ra ç ã o dos resu l ta d o s obtidos ent re as a mostras avaliadas. 2.3 - A n á l i s e s e n s o ri a l N a aval iação sensorial das três versões das sobre m esas lácteas foi veri ficada sua aceitação com o uso da escala hedônica e preferência pelo método de ordenação com 30 j u l gadores n ã o tre i nados, confo rme metodologia de C H AV E S e S PR O E S S E R [3 ] . Os cálculos para comparação de médias foram realizados utilizando-se a Tabela de Friedman para detectar se houve preferência s i g n i fi cativa entre as amostras. 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S à O 3 . 1 - A n á l i s e s fís i c o - q u í m i c a s O s v a l o re s o b t i d o s n a s a n á l i s e s fí s i c o químicas de gordura, umidade, proteína e cinzas, estão representados na Tabela I . Veri ficou-se grande d i ferença com relação ao teor de gordura entre as sobremesas light e diet c o m parado com a tradi c i o n a l . H ouve uma d i m i n u i ç ã o d e 54, I % e 1 0 0 % d e g o rd u ra e a u me n t o de 6 3 , 9 % e I 1 3 , 8 % de p ro t e í n a n o s p ro d u t o s l igl1 f e diet, re s p e c t i v a m e n t e . E m relação aos teores de umidade e c i nzas, os resultados obt idos mostraram-se s i m i lares para todas as a mo stras a v a l i a d a s . O menor teor de gordura possib i l itou uma redução c a l ó ri c a nos produtos light e diet, devido à substituição desta por concen trado protéico, que apresenta menor teor calórico em relação ao teor de gordura . Tais produtos podem ser classificados como light e diet, tanto em relação ao valor energético Gordura % Umidade % 5,80 2,50 < 0, 1 0 65,55 6 8 ,4 9 63,59 como ao teor de gordura, sendo p o s s í ve l s u a indicação como alimento adequado para pessoas preocupadas com a saúde e/ou redução de peso. 3 .3 - A n á l i s e s s e n s o ri a i s N o teste de acei tação, os p rodutos diet e ligIa a p re s e n ta ram escores de 7 , 1 e 7 , 8 , res p e c t i v a m e n t e , o que na e s c a l a h e d ô n i c a enquandra-se entre "gostei m oderadamente" e "gostei m u i to". Através do teste de Friedman, ao n í vel de 1 % de s i g n i fi c â n c i a , c o n c l ui u - s e q u e não h o uve d i ferenç a s i g n i ficativa e n t r e o s três p rod utos . Dessa forma, conc lui-se q u e a redução d o grau calórico não i n fluenciou na aceitabil idade dos produtos . 4 - CONCLU SÃO A s an á l i ses sensori a i s e fí s ic o- q u í m i c a s realizadas permitiram concluir q u e as formulações produzidas de sobremesas lácteas, light, diet e trad i c i o n a l , o b t i v e r a m u m b o m í n d i c e d e aceitação e preferência p e l o sabor brigadeiro. A viab i l idade da apl icação do concentrado p ro t é i c o em s ub s t i t u i ç ã o p a rc i a l ou t o t a l d a gordura, nesse tipo de sobremesa, n ã o interferiu na aceitabi l i dade dos mesmos, o que, a l i ado ao a u m e n t o o b s e r v a d o no t e o r p r o t é i c o d a s sobremesas, e v idenci a m s u a potenci a l i d ad e d e c o m e rc i a l ização . A BS T R A C T T h e d a i ry d e s se r t s a r e p ro d u c t s g o t t e n fro m t h e m i l k, t h a t t h r o u g h t h e a c t i o n o f e s p e s s a n t e s a g e n t s a c q u i re s a s e m i s o l i d c o n s i stency. T h e food i nd u s t ry, i nt e n t to t h e consuming m arket, that to each d a y i f involves h e a l t h i e r h ab i t s , h a s d e v e l op e d p r o d u c t s and technologies for the food produc t i o n with l ow calories, by means of reduction in its text of fat and/or substitution of sugar by edulcorantes. In the pract i c a l one, the e n e rgy t h a t the foo d s s u p p l y ( t o t a l e n e rgy v a l u e ) i s e s t e e m by t h e determ i na t i o n o f the text o f p rote i n s , l ip í d io s P ro t e í n a 4, 1 3 5 ,8 7 7,69 5 % C i n za s % 2,02 1 ,94 2,08 1 a n d c a rb o h y d rat e s . T h u s , t h e re d u c t i o n o r substitution of one of these nutrients can reduce t h e energy value of foods, a i m i ng t o take c are o f the increasing demand of people who search a l i g h t p ro d u c t , r i c h in p ro t e i n s and w i t h attractive flavor, t h e obj ective o f t h i s work was the e l a b o ra t i o n o f t h re e for m u l a t i o n of d a i ry desserts, fl a v o r " B ri ga d e i ro " i n t h e v e r s i o n s t raditional, l i ght and d i et, t e s t i n g t h e v i a b i l ity o f the application o f t h e proteic concentrate in p a rt i a l or total substi t u t i on o f the fat, in t h i s type o f dessert. T h e gotten products h a d been e v a l u at e d how m u c h t h e i rs s e n s o r i a l a n d p h y s i c a l - c h e m i st ry c h a r a c t e ri s t i c s . D u e t o a b s e n c e o f l e g i s l at i on for d a i ry d e s serts, t h e versions o f t h� product h a d been compared t o t h e mark already commercialized (standard) how m u c h w i t h the text fat and protei n , being that the traditional product p resented s i m i lar values t o the s t a n d a rd , and that it t h e re wasn ' t s i gn i fi c a n t p r e fe re n c e t o t h e l ev e I o f 1 % o f s i g n i fi c ance b etween t h e t h ree p roducts. T h i s way, it concludes that t h e reduction in t h e text o f fat of the products did not intervene with the acceptabi l i ty of the same ones, what, ally to the increase observed in the proteic text of desserts, evidences its potentia l i ty of commerc i a l i zation. K ey w ords: d a i ry desserts, n ew p roducts, p roducts l i gh t and d iet, concentred protei c . R E F E R Ê N C I A S B I B L I O GR Á F I C A S [ 1 ] BRAS I L . M inistério da S aúde. S ecretaria d e Vigi lânc i a S a n i t á ri a . P o rtaria n° 4 I , d e 1 2 d e m a i o d e 1 99 5 . [ 2 ] CENTRO C O M E R C I A L C ON S U M ERI STA. I nstituto do Consumidor. D i sponível em: <http:/ / w w w . c o n s u m i d o r . p t / p l s / i c / ccc.entra?lD= 1 356&pag=sobrem_lacteas_inCcomp.html>. Acesso e m : 20 fevere iro 2 0 0 6 . [ 3 ] C H AV E S , J . B. P; S PR O E SS ER, R . L. Práticas de Laboratório de Análise Sensorial d e Alimentos e Bebidas. Viçosa- MG; Imprensa U n i versitária, U FV, 1 99 9 . p . 5 1 -5 7 . [ 4 ] PEREI RA, D . B. C; S I LVA, P. H . F; JÚNI O R, L. C. G. C; O L I V E I RA, L. L. Físico Química de 219 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CON GRESSO NACIONAL DE LATi CíN IOS Leite e Derivados: M étodos Ana l í ticos. Templo G r á fi c a e E d i to ra L t d a . 2 " e d . J u i z d e F o ra : E PA M I G , 2 00 1 . p . 3 4 , 1 63 - 1 65 , 1 69 . [5] P I NTO, E . P. ; T E I X E I RA , A . M ; S O P E N A, L. L; ROSA, V. P; L U V IELMO, M . M . Sucralose n o D e s e n v o l v i m e n to d e S ob r e m e s a s L á c t e a s Light. C uritiba, v . I , n . I , p. 49-60, jan./jun. 2003. Disponível em: <http : //calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/ i n d e x . p hp /a l i m e n to s / i s s ue/v i ew/ 1 1 6 - 1 8 k> . Acesso e m : 20 fevereiro 2006. R EDUÇÃO DA CONTAGEM D E CÉLULAS SOMÁTICAS DO L EITE CRU D E J UIZ DE FORA EM FUNÇÃO DE MEDIDAS PROFILÁTICAS Reduction of the counting of somatic cel l s of the raw milk of J u iz de Fora in function of prophylactic measures Fernanda Damasceno Soares1 Marcelo Davi Ferreira 1 Tânia Cassimira Brugiolo1 Felipe Santos GaviolP Graciano Aquino Bias Toledo1 Leonardo Santos Sugahara 1 Edilson Rezende Capelle2 O l e i t e por natureza, é u m a l i mento ri co e m nutrientes contendo proteínas, c arboidratos, gorduras, vitaminas e sais m i n erai s . Depois de secretado do úbere, o l ei te pode ser contaminado por m i c rorganismos a partir de três princ i p a i s fontes: dentro da glândula mamária, na superfície exterior do úbere e tetos, pelos e q u ipamentos, u t e n s í l i o s de o rd e n h a e t a n q ue ( S AN T O S e FON S E CA , 2 0 0 I ) . Desta forma, a h i gi e n e na ordenha, o ambiente em que as vacas ficam alo jadas e os p rocedimentos de l impeza dos equi pamentos são fatores q ue a fetam d i retamente à c o n ta m i n a ç ã o m i c ro b i a n a do l e i t e c r u . A ocorrência de uma infecção na glândula mamária, p ro v o c a a l i beração d e s ubstân c i a s q u í m i c a s devido à ação dos agentes patogênicos e à d e s t r u i ç ã o do tec i d o s ecret o r, o q u e i nd u z a p assagem de c é l ul a s brancas do sangue para o i nterior da g l ândula. A e levação da contagem de c é l u l a s somáticas e stá gera l m en te assoc iada à diminuição na produção de leite em um ou mais tetos da vaca. Esta redução pode estar rel ac ionada I 2 aos danos físicos ocorrentes nas células epitel iais secretoras p resentes nas glândulas mamárias, bem como às a lterações na permeabi lidade vascular d o a l v é o l o s e c r e t o r. De m a n e i ra g e ra l , as p r o p r i e d a d e s s e n s o ri a i s do l ei te p a steurizado r e fri g e r a d o e n c o n t r a m - s e a l t e r a d a s c o m o a um e n t o da c o n t a g e m de c é l u l a s s o m á t i c a s , reduzindo s u a vida de prateleira. Além disso, a qua l i dade do leite é i n fl uenci ada por múltiplos fat o r e s , e n t re o s q u a i s se destacam o s z o o téc n icos : m anej o , saúde da g l ândul a mamária, a l imentação, potenc i a l genérico dos rebanhos e o u t ro s fa t o r e s r e l a c i on a d o s à o b t e n ç ã o e estocagem do l e ite p ós-ord e nh a d o . O m étodo m a i s s i m p l e s para a determi nação de c é l u l as somáticas é c o n h e c i do c o m o C M T ( C a l i forn i a Mastiti s Test), sendo p rático, barato e podendo ser real izado ao lado dos animais o que possibil ita resultados imed iatos. À I n strução Normativa n° 5 1 estabelece uma série de parâmetros q ue visam à mel horia da q u a l i dade do leite. Dentre e l e s a c o n tagem de c é l u l a s s o m á t i c a s , com p resença Estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Laticínios - CEFET-RP - [email protected]. Doutor em Zootecnia UFV Professor Titular do CEFET-RP - [email protected]. A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N A L DE LATI c í N I O S máxima permitida de I .OOO. OOO/ml em l ei te cru (SA NTOS, 2002). Desta forma, a realização deste trab alho teve como objetivo aval iar a influência da adoção de d i ferentes medi das profi l áticas de hi giene e l impeza, durante o manejo de produção, na qua l i dade m icrobiológica do l eite fazendo-se a ava l i ação por meio de c o ntagem d e c é l u l a s somá t i c a s . F o r a m rea l i z a d a s v i s i ta s a q ua tro pro priedades fornecedoras de leite de Juiz de Fora - MG p a rt i c i p a n t e s do p r o g r a m a P ro l e i t e (organizado p e l a prefei tura) para a observação das c o n d i ç õ e s h i g i ê n i c a s d u ra n t e e a p ó s o processo de ordenh a . As propriedades escol h idas foram as que ti nham o maior índice de mastite, sendo q ue três utilizavam ordenhadeira mecânica e uma util izava ordenha manual com bezerro ao pé da vaca. Os estudantes do curso de Tecnologia de Lati c í n i o s do C E F E T- R P e o s téc n i c o s do Pro l ei te fi z e r a m a c o m p a n h am e nt o t é c n i c o e apli caram questionári os aos produtores rura i s , c o n t e n d o p e rg u n t a s s o b re : t i p o d e o r d e n h a , volume de p rodução, água de l avagem, l impeza do estábulo, l i mpeza de equipamentos, l impeza de t e t o s , a s s e i o do o rd e n h a d o r, h o rá r i o d e ordenhas e pri ncipalmente índices de ocorrência de mastite cl inica e sub-c linica. Foi coletada uma amostra m e n s a l mente de l e i te c ru d a p r i m e i ra ordenha durante quatro meses para a rea l ização da contagem de c é l u l a s somáticas. A p r i m e i ra a m o s t ra fo i c o n s i d e ra d a c o m o u m a a m o s t r a control e, ou sej a, anterior à adoção d a s medidas p r o fi l á t i c a s . As a mo s t ra s fo ram c o l e t a d a s d i retamente d a o rd e n h a e a c o n d i c i o n a d a s em fra s c o s d e p l á s t i c o s e st é re i s d e . 2 0 0 m l , d e v i d a m e n t e n u m e r a d o s , o s q u a i s fo r a m encaminhados para o Laboratório de Aná l i ses d a E M B R A PA G ado de l ei te (Juiz d e Fora - M G ) para a rea l i za ç ã o d a c on t a g e m d e c é l u l a s somát i c a s . A s m e d i d a s p r o fi l át i c a s a d o t a d a s foram as seguintes: - U te n s í l i o s e e q u i p a m e n to s : l av a g e m de t o d a s as borrac h a s , l a tões e teteiras usando b ucha e escova com detergente n e u t r o , c l o ro e á g u a p o t á v e l ; o s u t e n s í l i o s ( b a l d e s , l at õ e s , p e n e i ra s , coadores, etc . ) foram mantidos em l ocal Quadro 1 - l i m p o e p rot e g i d o , l i vre d e i n se t o s e a n i m a i s ; a l i m p e z a de u t en s í l i o s fo i iniciada logo após o término da ordenha; utilizando água morna a 45° C. As teteiras foram mergu l hadas em so l ução de água c l o rada por 1 5 - 2 0 m i n u t o s ( 1 , 0 m l de solução de hipoclorito de sódio, para cada l itro de água). Na ordenh a manual foram util izados baldes semi-abertos, que foram h i g i e n i za d o s c o m á g u a e d e t e rg e n t e neutro e virados de boca para baixo. - H i g i e n e d o s o p e r a d o re s e o r d e n h a d o r e s : fo ram a d o t a d a s p rá t i c a s d e higiene l avando-se a s mãos e braços com sabão n e u t ro : r o u p a s l i m p a s , u n h a s cortadas e util ização d e luvas e botas d e borracha. Adotou-se postura calma para manejar os ani mai s, evitando o stress. - A m b i e n t e : fo i r ea l i z a d a l av a g e m do piso da sala de ordenha diariamente com detergente neutro e c l oro. - M a n ej o dos a n i m a i s : p r i m e i ro fora m ordenhados os animais sadios, seguidos dos a n i m a i s c om m a s t i t e s ub-c l ín i c a , d o s animais c o m colo stro e por último d o s a n i m a i s com m a s t i t e c l í n i c a . Os tetos foram l a vados e secos com papel toal ha (um para cada teto ) . Foi realizada a a p l i c aç ã o de s o l u ç ã o de i o do a 1 % antes e depo i s da orde n h a . O s an i m a i s foram a l i me n t a d o s a p ó s o t é rm i n o d a ordenha, com a finalidade d e mantê-los d e p é até o fec h am e n t o d o e s fí nc t e r, e v i t a n d o c o n ta m i n a ç õ e s m i c ro b i o l ó gicas nos cana i s dos tetos . O Q uadro I a p resenta um res umo d a s i n formações básicas contidas no questionário, a p l i c ados a o s produtores rurai s nas q ua tro propri edades . P e l o q ue s tionário ap l icado, c o n statou-se q ue em todas as propriedades havia m fal has nos procedimentos de higiene e l impeza dos animais, dos equipamentos, dos .utensí lios e das estruturas aux i liares, bem como ocorrência de onze animais com mastite sub-clínica (nas propriedades A , B Características das quatro p ropriedades produtoras de leite de J uiz de Fora avaliadas. P RO P R I E DA D E S ITEM T i po de Ordenha Número de Vacas N úmero de O rdenhas/d i a Produção M édia A B C D M e c a n izada 40 2 3 60 l itros/dia Manual 28 2 1 3 2 l i t ros/dia Mecanizada 30 3 490 l itros/dia M e c a n izada 25 2 1 7 8 l itros/di a Pág. 220 arvoredoleite.org Pág. 221 digitalizado por A N A I S D O XXI I I C O N G R ESSO N AC I O N A L D E LAT i C í N I OS ANAIS DO XXII I C O N G RESSO NACIONAL DE LATICíNIOS e O) o que ocasiona alta taxa de células somáticas. Na propriedade "A" não se fazia desinfecção das tetas antes ("pré-di p p ing") e nem pós-ordenh a ("pós-di p p i n g") . O teste de masti te sub-c lí n i ca foram e n contradas três vacas com i n c i d ê n c i a . N a p ropriedade " B " foram observ adas m u i tas moscas n a s a l a de ord e n h a , e também não s e fazia desinfecção d a s tetas antes e após a ordenha. F o i c o n s ta t a d o que o s a n i m a i s n ão e r a m mantidos de p é a p ó s a ordenha, observando-se também m u itas rugas nos tetos das v a c a s . Os testes d e m a s ti te sub-c l i n i c a d e t e c taram s e i s vacas doentes. Na propriedade "C" o teste d e mastite sub-c l i n i ca , j á fazia parte do cotidiano d a p ro p r i e d a d e , sendo re a l i za d o por um veterinário pelo menos uma vez por mês. N esta propriedade também já eram realizadas todas as práticas de h i g i e n i zação dos tetos das vacas e dos equipamentos de ordenh a . O que exp l ic a a não constatação de casos de mastite sub-c l inica nos animais. J á na propriedade "O" semelhante as propri edades "A" e B foram observadas falhas nas práticas de h i gi enização dos tetos das vacas, a fal ta de d e s i n fecção das tetas antes e pós-orde n h a , e a n ã o rea l i zação do teste para detecção de masti te sub-c l i n i c a . M csmo a s s i m , no teste de mastite sub-c l inica foram encontradas apenas duas vacas doentes. Pelos resultados pode se o b s e rv a r q u e a p ro p r i e d a d e " B " é a q u e a p r e s e n t a m a i o re s p ro b l e m a s , a p r e s e n t a n d o maior con tagem d e c é l ul a s somáticas e m a i or número de vacas com mastite, o que pode ser exp l i c a do p e l a n ã o adoção d a s m e d i d a s pro fi láticas. A propriedade que apresentou o segundo " ", m a i o r í n d i c e d e c é l u l as s o m á t i c a s fo i a "A" seguida pela propriedade "O" e posteriorm en t� p e l a "C". As oeorrências de a l tas contag ens de c é l u l a s s o m á t i c a s con fi rmaram as fa l h a s nas m e d i d a s p r o fi l á t i c a s de h i g i ene e s a n i t i z aç ão a dotadas p e l o s fun cionários resp onsáveis pel a obtenção do lei te. Com a apl icação das medi da s profi láti cas sugeridas, observou-se uma reduç ão s i g n i fi ca t i v a no c o ntro l e da m a s t i te e conse q u e n te mente redução da contagem de c é l ulas s o m á t i c a s a p a r t i r da segunda c o l e ta d e l eite ( F i gu r a 1 ) . Na p r o p r i e d a d e " A " , h o u v e uma a c e n t u a d a r e d u ç ã o n a c o n ta g e m d e c é l u l as somáticas (CCS) no decorrer dos meses, mes mo o p r o d u to r só t e n d o c o l o c a d o em p r á t i c a as medidas p ro fi láticas a partir do segundo mês o que reflete uma maior queda na segunda col eta. Na p ropriedade "B", houve uma grande redução de C C S mos trando que a a doção das m e d i das re fl e t i u em m e l h o r i a na q u a l i da d e do l e i te, c o l oc a n d o a p r o p r i e d a d e d e n tro dos p ad rões recomendados pela I N 5 1 . M esmo na propriedade "C", que j á adotava práticas de higiene antes do a c o m p a n h a m e n to , a a d o ç ã o d a s m e d i d a s profi lá t i cas s u g e r i d a s , res u l tou em redução d a C C S . O q u e se j u s t i fi c a p e l o m a i o r a c ompa n h a m en t o das a t i vi dades execu tadas . N a p ro priedade "O", veri fi cou-se também uma acen tuada redução da contagem de células somáticas, apresentando valores finais um pouco superiores aos veri ficados na p ropriedade "C". C arac terizando as propriedades, com base na c o n t a g e m d e c é l u la s s o m á t i c a s do l e i te, P R O P R I ED A D E A P R O P R I E DA D E 1 . 4 00 . 0 0 0 E 1 .200 .000 U 8 00 , 0 0 0 ..J êil u 1 .4 00 . 0 0 0 1 .200,000 1 . 0 00 , 0 0 0 E ..J êil u u 6 00 , 0 0 0 4 00 , 0 0 0 1 .000,000 8 00 , 0 0 0 600,000 400,000 200 ,000 2 00 , 0 00 s e tl 0 5 a u l/ 0 5 n av/0 5 dez/05 s e tl 0 5 P R O P RI E D A D E C E êil u u a u ll05 n a v/ 0 5 d e z /0 5 P R O PRIEDADE D 800,000 ..J B verifica-se que a adoção das medidas profiláticas, influencia consideravel m ente na qualidade fi nal do l e i te . O b s e rv a - s e tamb é m , q u e mesmo na propriedade " B " q ue real i za a ordenha manua l , pode-se t e r um l eite de boa qual idade. F i c a claro que o produtor a i nda parece descon s i d e ra r os princ í p i o s b á s i c o s sobre a h i g i e n e d o l e i te , notadamente n o q u e d i z respeito à p rópria de finição sobre contaminação e suas i m p l icações na q ua l idade do l e ite e na saúde m a m á r i a do rebanho . Con fi rm a - s e , p e l o s fat o s , o d e s a fi o maior d e desenvol ver programas de treinamento e educação para os produtores rura i s por parte dos ó r g ã o s c o m p e t e n t e s . A a us ê n c i a d e t a i s programas, somada às medidas d a nova Instrução Normat i v a 5 1 q u e p re v ê n í v e i s m á x i m o s d e contagem de c é l u l a s somáticas, pode acarretar à falência de um grande número de produtores que não i rã o a t e n d e r aos re q u i s i to s m í n i m o s d e qual idade d o leite. SUM MARY M i l k b y i t s very n ature i s a rich food i n some nutrients a n d its qual ity i s o n e of the subjects more argued eurrently inside of the national seene of m i l k p rod u c t i o n . A fter sec retado of úbere, t h e same i t c a n b e c o n t a m i n a t e d by microorganisms from two main sources: exterior s u r fa c e of ú b e re and c e i l i n g s , and fo r t h e equipment a n d uten s i l s of m i l ks . T h e count ing of somatic cells is defined a s the total of cel l s g i fts in t h e m i l k , t h a t c a n be o f t h e e p i t h e l i a l t y p e or d e fen s e . T h e m o nt h l y m o n i t o r a m e n t o of the same ones serves to detect the i ncrease of l eukocytes gi fts in m i l k . One high counting of CCS inside reflects the prevalence of mastite o f a m i l k fl o c k , i n s p e c i a l of t h e s ub c l í n i e a mast i t e . T h e r e fo re t h e obj ec t i ve o f t h i s work was to e v a l u a t e the r e d u c t i o n of the h i g h count i n g o f s o m a t i c c e l l s i n fun c t i o n o f t h e adoption of p rophylactic measures that they a i m at t o i n s i d e g e t a m i l k o f t h e p a ra m e t e rs d e m a n d e d fo r t h e l e g i s l at i o n . F o u r c o u n t ry properties of lhe city of Juiz Oe Fora had been vi sited - M G and applied a questionnaire to the producers with the purpose of ra i sing given on the type of mi lks, vol ume of production, health o f the flock, c l eanness o f the stable, equipment c l ea n n e s s , water of l a uderi n g , a s s e i o of t h e o r d e n h a d o r a n d sch e d u l e o f m i l k s . M o re o v e r samples during four months a n d directed for t h e l ab o r a t o ry o f q u a l i ty o f t h e m i l k o f t h e E M B RAPA had been c o l l ected - Juiz d e Fora MG for the CCS count ing. The fi rst sample was c o n s i dered contro l , t h erefore it was c o l l ected p re v i o u s to t h e adoption o f t h e p ro p h y l a c t i c measures . l n accordance with t h e gotten repl ies o f t h e q ue s t i o n n a i r e , a d e fi c i en c y i n ali w a s n o t i c ed t h e q ue s t i oned p a rameters . T h u s t h e y had been i m p l anted m easured of correction i n a l i process o f attainment of m i l k . As result had a c o n s i d e ra b l e red u c t i o n of C C S in alI t h e p roperties visited during the analyzed period. E w i t h t h i s we c o n c l u d e t h a t t h e p ro p h y l a c t i c measures a dopted by t h e p ro d u c i n g o n e s had rea l l y c o n t ri b uted for a red u c t i o n o f CCS in analyzed m i l k i f finding below of the maximum a l l owed for the legisl ation . K e y w o r d s : R ed u c t i o n , C o u n t i n g Somatic Cel l s, P rophylactic Measure s . of R E F E RÊ N C I A S B I B L I O G RÁ F I C A S S A N T O S , M . V. E fe it o d a m a s t i t e s o b re a q u a l id a d e d o l e ite e d o s d e r i v a d o s l á c t e o s . I n : C O N G R E S S O PAN A M E R I C A N O O E QUALIOAOE D O L E I T E E CONTROLE DE M A S T I T E , 2 002, R i be i rão P reto , S P. A n a i s . . . O i s p o n í v e l e m : www . m i l k p o i n t . c o m . b r/m n / radareste c n i c o s . S I LVA, N . , J U N Q U E I RA, V . C . A., S i l veira, N . F . A. M a n u a l d e m ét o d o s d e a n a l i s e m ic r o b i o l ó g i c a d e a li m e n to s . S ã o Pa u l o : Varel a , 2 00 I . 3 1 7 p . P R ATA . L . F . F u n d a m e n t o s d e c i ê n c i a d o leite. S ão P a u l o : Unesp, 1 99 8 . 1 1 9 p . F O N S E C A , L . F . L. Q u alidade d o leite e s u a r e l a ç ã o c o m e q u i p a m entos d e o r d e n h a . I n : SIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE Q U A L I D A O E 0 0 L E I T E, I . , 1 9 9 8 , Curi ti b a , P R o Anai s . . . Curitiba: [ s . n ] , 1 99 8 . p. 54-56. 1 .2 0 0 , 0 0 0 1 .000 ,000 60 0,000 ..J E êil u u 400,000 20 0,000 s e ll0 5 a u ll 0 5 n o v/ 0 5 d e z /O S 800,000 • 600,000 4 00 , 0 0 0 • • • • 200,000 s eI / O S o u tl O S n a vi O S de z/OS Figu ra 1 - Contagem de células somáticas do leite obtido nas propriedades A, B , C e O. Pág. 222 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S D O XXI I I C O N G R ES S O N A C I O N A L DE LATI c í N I OS ANAIS DO XXIII CON G RESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS CARACTERíSTICAS FíSICO-QU IMICAS DE B EB I DA lACTEA SABOR MORANGO ACRESCI DA DE SÓLI DOS TOTAIS FERMENTADA POR G RÃOS D E KEFIR E COMPARADAS COM BEBIDA TRADICIONAL Dri nk characteristics físico-qui micas lactea flavor total l eavend by g rains of kefir an d compared solid strawberry i ncreased with traditional drink Leonardo Santos Sugahara 1 Felipe Santos GaviolP Graciano Aquino Bias Toledo 1 Marcelo Davi Ferreira1 Vanessa Riani Olmi Silva2 RESUMO Na antiguidade a fermentação do leite era uma prática uti l i zada como método de p reservação, o s quais podiam ser armazenados sem riscos de deterioração por períodos superiores ao do leite cru. O kefir é um l eite fermentado de consistência cremosa, sabor ácido suave e teor a lcoólico baixo. É também conhecido como kefir, kaphi r, k iaphi r, hi pper, kaapov, kephir, a p resentando um a l to valor nutritivo e terapêutico. Este produto é p roduzido através da i noculação do leite com grãos de Keffir, que possui cor branca-amarelada, são gelatinosos e porosos, compostos de um polissacarídeo Kefi ran q ue é formado por p roporções iguais de unidades de glicose e galactose. Os grãos de Keffir são constituídos de colônias simbióticas d e d i versos orga n i smos; ( b a ctéri a s : Lactobacillus brevis. L. Caucasicus, L . Bulgaricus, StrepfococCUs lactis, Leuconostoc sp; L eveduras: Sacaromyces Ke.ffir e Tonda Ke.ffi r ) . E s t e trabalho teve como obj etivo produzir u m a bebida l áctea fermentada sabor morango à partir de grãos de Keffir e adic ionada de sólidos totais, comparando seus padrões fís i co químicos com a bebida tradicional. A bebida láctea fermentada sabor morango e adicionada de s ó l i d o s t o ta i s, se c a ra c t e r i z o u por ser uma b e b i d a , á c i d a , v i sc o s a e c o n s i s t e n t e , d i fe re n c i a n d o d a b e b i d a l á c t e a ferm e n t a d a t ra d i c i o n a l , c uj a , a p re s e n t o u u m a m e n o r viscosidade e sabor m a i s adocicado. P a l avras-chave: keffir, bebida láctea, c aracterí sticas físico-q u í m icas. fria e quente. O Kefiran c on sta de un idades de glicose e galactose em proporções iguais. Nas dobras do p o l i ssacarídeo e s t á fi x a d a em uma !11 i c ro fl o ra v a r i a d a , tendo como p r i nc i p a i s c onst ituintes bactérias d o gênero l actobacillus e leveduras (Saccharomyces, Kluyyveromyces, Cândida e Pich ia) (Atha n a s i ad i s et a i , 2 0 0 2 ) . A b e b i da ferm e n t a d a à b a s e de l e i t e é frequentemente associada a longevidade sendo considerada terapêutica. A s atribuições da bebida têm despertado o interesse de outros mercados e encorajando a pesquisa na área. Ação fermenta dora das bactérias e leveduras do kefir faz com seja encrementada o valor biológico ao produto, produzindo a sintese de vitaminas do complexo B (dentre outra s ) . A l é m de produzir l a c tase me lhorando a digestão e tolerância em adultos com ma digestão da l actose ( H ertzler et a I , 2003) Este trabalho teve como obj etivo, produzir uma bebida láctea fermentada à part i r de grãos de K e fí r e a d i c ionado d e s ó l i d o s t o t a i s c o m parando suas característica fí sico-químicas com as da bebida tradicional . 2 - M AT E R I A I S E M ÉT O D O S 2.1 - M ateriais F o r a m u t i l i za d o s G rã o s d e k e fi r, l e i t e integral pasteurizado, l eite e m pó, açúcar, água destil ada, polpa de fruta sabor morango, peneira de plástico, balança analíti ca, bec ker, bastonete e espátula. 2.2 - M et o d o l o g i a 2. 2. 1 -Bebida láctea sabor morango a crescida de sólidos totais 1 - I N TRO D U Ç Ã O O Kefir trad i c i o nal é obtido pela fermen tação do l e i t e . Tra t a - s e d e uma b e b i d a a ut o c a rb o n a t ad a r e fr e s c a n t e m u i t o c o n h e c i d a n o l e s t e e u ro p e u ( Pa ra sk e v o p o u l o e t a i , 2 0 0 3 ) . Embora seja uma bebida parecida com um iogurte, o produto apresenta uma menor quantidade de á c i d o l á t i c o quando c o m p a rado deste produto ( G üerzel- S eydim et a i , 2000) . O s grân ulos de k e fir são conhecidos p o r metab o l izar lactose, sendo constituídos de u ma cultura m ista, natural usado à séculos na região do Cáucaso ( leste e u ro p e u ) para p rodução d e I 2 bebida l actea tradicional a partir da fermentação l áctea e a l coól i c a . O teor a l c ó o l i co da bebida final é bastante baixo « I %) e sua produção no l es t e e ur o p e u s e i n i c i o u com a fi n a l i d ade enriquecer o l eite elevando seu valor nutricional e conservá-lo (Güerzel- Seydim et ai, 2 0 0 0 ) . E l e t a m b é m é c o n h e c i d o c o m o " h i ppe" , " K e p i " , " Ka a p o v " , " Ke p h i r" , " K i a p h i r" e " Kaphir" , seus grãos são gelatinosos e p orosos, branco-amarelados, compostos de um p o l issaca r i d e o s , o " K e fi r a n " . E ste p o l i s s a c a r í d e o tem viscosidade muito el evada e é sol úvel ' em água Estudante do Curso Superior de Tecnologia em laticínios do CEFET-RP. Professora do CEFET-RP, Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos UFY. F o r a m u t i l i za d o s os g rã o s de k e fi r do laboratório d e m i c rob i o l o g i a do C E F ET-RP, os quais passaram por um processo d e reativação que c o n s i ste na a d i ç ão dos m e s m o s em l e i te integral p asteurizado, em temperatura ambiente (±2 5 ° C ) por 2 0 horas. Rea l izada a reativação, foram inoculadas 3% dos grãos de kefir no leite, j un t a m e n t e c o m 5% de s ó l i d o s t o t a i s , e e m seguida incubou-se a temp eratura ambiente ( ± 25°C), até a coagulação q u e ocorreu entre 1 6- 1 8 horas para que houvesse a fermentação láctea. Logo após, os grãos foram recuperados mediante filtragem. No líquido obtido adicionou-se 8% de açúcar e 2,5% de polpa de fruta sabor morango . O produto obtido foi refri gerado à temperatura de 7 ° C p a ra q u e h o u v e s s e o c re s c i m en t o e m u l t i p l icação das l eveduras, ocorren do a pro dução de álcool, COe e f1avor característico. Pág. 224 digitalizado por 2. 2. 2 -Bebida láctea tradicional Depois de separados do leite fermentado, os grãos foram reutil izados para a elaboração de uma nova batelada, seguindo a mesma tecnologi a a c i m a , c o m e x c e ç ã o do acré s c i m o de s ó l i d o s totais e da polpa de fruta sabor morango. 2 .3 - A n á l i s e s 2. 3. 1 -Determinação de acidez Para determinação da acidez total titulável , uti l i zou solução de NaOH 0, 1 N e um indicador fen o l ftaleína com t i tu l ação até pH 8,3 . 2. 3. 2 -Determinação de Gordura A porcentagem de gordura foi determinada utilizando o método ácido butirométrico, da F I L I 1 6 A : 1 9 9 7 , c o m l e i t u ra d i reta n a e s c a l a d o b ut i rô m e t ro . 2. 3. 3 -Determinação de Sólidos Totais As a m o s t r a s fo r a m d e t e rm i n a d a s p e l o método G ravi métrico, q u e consiste n a perda d a umidade p o r dessecação. 2. 3. 4 -Determinação de Cinzas A determ i nação das cinzas foi obtida após a dessecação e i n c i neração (aproxi madamente 5 5 0° C ) da amostra. 2.3. 5 - Um idade A u m i dade fo i c a lc u l ad a p e l a d i ferença entre o total da amostra e o teor de EST. 2.3. 6 - Teste do Álcool Separar em lima bureta de 5 00mL a bebida láctea, e mergul har o alcoômetro e verificando o resultado na escala . 3 - R E S U LTA D O S E D I S C U S S Ã O A bebida láctea fermentada sabor morango e a d i c i onada de só l id o s tota i s , caracterizou-se por ser uma bebida á c i da , viscosa, consistente, g o r d u r o s a e m a i s n ut r i t i v a p e l o a umento de sólidos totais, e seus resultados de análises fisico químicas estão descritos na Tabela 1 . O s re s u l t a d o s o b t i d o s d a s a n a l i s e s d a b e b i da láctea fermentada trad i c i o n a l , também e s t ã o d e s c r i t o s n a Ta b e l a 1 , t e n d o v a l o re s arvoredoleite.org A N A I S DO X X I I I C O N G R ES S O N AC I O N AL DE LAT i C í N I OS ANAIS DO XXII I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS físico-químicos menores do que a bebida sabor morango a d i c ionada d e sól idos tota i s . O s resultados obtidos variaram de acordo com a composição básica do substrato presente nas amostras. A bebida caracterizada por "A", obteve m a i o r aci dez, substrato, gordura, E S O , cinzas e álcool devido à adição d e sólidos totai s, consequentemente houve uma red ução n o teor de umidade. 4 - CONCLUSÃO A bebida láctea fermentada sabor morango e adic ionada de sólidos totai s, se caracterizou por ser uma bebida, ácida, viscosa e consistente, d i fe r en c i a n d o da b e b i d a l á c t e a fer m e n t a d a trad i c ional, c uj a , apresentou uma menor visco sidade e sabor mais adocicado. A B S T RACT I n t h e antiqu i ty t h e fermentation o f m i l k w a s o n e p ra c t i c a l o n e u s e d a s p re s e rv a t i o n method, which could be stored without ri sks o f deterioration for superior periods t o the raw milk. Kefir i s a fermented milk of creamy consistency, soft acid flavor and low content alcoholic. Also it is known as to kefir, to kaphir, to kiaphir, to h i p per, kaapov, to kephir, p resenting one h i g h nutritional a n d therapeutical value. T h i s product i s produced through the inoculation o f milk with gra i n s o f K e ffir, that possess w h ite-ye l lo w i s h color, a r e gelatinous and porous, composed o f Kefiran that is formed by equal ratios of units of glucose and galactose. The grains of Keffir are c o n s t i t u t e d of s i mb i ot i c s c o l o n i e s o f d i verse organ i s m s ( b a c t e ri a : Lactobacillus brevis , L . Caucasicus, L . bulgaricus, Streptococcus lactis, Leucol1ostoc sp; yeast: Sacaromyces kej(ir and ronda keffir). This work had a s obj ec t i v e t o p ro d u c e a fer m e n t e d l a c t i c d r i n k fl a v o r Evaluation of the efficiency of tank of i mmersion for coo l i ng of milk can Cláudia de Faria Silva 1 Andressa Susan Silva Brites1 Â ngela Vecchi l Roselir Ribeiro d a Silva2 K e y w o rd s : k e ffi r, l a c t i c d r i n k , p h y s i c al c h e m i stry c h a racteri st i c s . R E F E RÊ N C I AS B I B L I O G RÁ F I CA S A H AN A S I AD I S, L ; BOSKOU, O . ; KAN E L LAK I , M . ; K I O S S EO G LO U, V . E K O U T I N A S , A . A Whey liquid waste of dairy as raw material for potab l e a lc o h o l p ro d uc t i o n by k e fi r granules. J o u rn a l of Agricutultural foo d c h e m istry, v. 5 0 , p. 7 2 3 1 - 7 2 3 4 , 2 0 0 2 . PARAS KEVOPOULOU, A.; ATHANA S I A D I S, L ; B L E KAS, G . ; KOUTINAS, A. A . KANE LLAKI, M . ; E K I O S S E O G L O U , V. I n fl u e n c i e of polyssacaride addit i ol1 011 stab il ity o f a c heese whey Kefir-mi l k misture. Foof H y d rcolloids, v. 1 7 , p . 6 1 5 -620, 2 0 0 3 . G Ü E RZ E L - S E Y O I M , Z . B . ; S E Y O I M , A . Z . ; G R E E N E , A. K.; E B O O I N E, A . B . , O et er m i n a t i o n o f o r g an i c a c i d s a n d v o l a t i l e tlavor substances i n kefi r during fermentation. J o u rn a l o f fo o d C o m p os i t i o n and A n a ly s is, v. 1 3 , p . 34-43 , 2 0 0 0 . H E RT Z L E R , S . R . E C L A N C Y, M . S . K e fi r i m p ro v e s l ac t o s e d i g e s t i o n a n d t o l e r a n c e i n adults with lactose maldigestion. J o u rnal o f the A m e ri c a n d i e t e c t e A s s o c i a ti o n , v. 1 0 3 ( 5 ) , p . 5 82 - 5 8 7 , 2 0 0 3 . P E R E I RA, O . B. c . ; S ILVA, P. H . F. ; J Ú N I O R, L. C . G . c . ; O L I V E I RA , L. L. F í s i c o Q u ím i c a d e L e i t e e D e r i v a d o s : M é t o d o s A n a l í t i c o s . J ui z de Fora : Tem p l o G rá fi c a e Edi tora Ltda . , 200 I . Tabela 1 - Resultados das análises fisico-químicas das bebidas. Bebida láctea fermentada sabor morango Bebida láctea fermentada trad i c i on a l AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA D E TANQ U E D E IMERSÃO PARA R ESFRIAM E NTO DE L EITE EM LATÕES strawberry from gra i n s o f Keffir a n d adde d o f t o t a l s o l i d s , comparing i t s p h y s i c a l -c hem i str y s t a n d a rd s w i t h t h e t ra d i t i o n a l d r i n k . T h e fe rm e n t ed l a c t i c d r i n k fl a v o r strawberry an d added of total solids, characterized for being aci d, c on s i s t e n t a n d v i scose, d i ffere n t i a t i n g of t h e t r a d i t i o n a l fer m e n t e d l a c t i c d r i n k , w h o se presented a lesser viscosity and sweet flavor. A cidez " Gordura ESD Umidade Cinzas Teo r de álcool 0,88% 3,63% 9,07% 86,70% 0 , 9 0% 1 ,0 5 % 0 , 7 6% 3 , 1 0% 7,20% 89,70% 0,74% < 1% 1 - I NTRO D U ÇÃO O leite é um produto, oriundo da ordenh a completa e ininterrupta em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. Como fonte de carboidratos, vitaminas, proteí nas, lipídios e sais minerais, o lei te constitui-se também em excelente meio para o desenvo lvi mento de m i c rorga n i s m o s d e s ej á v e i s , deterio rantes e patogênicos ( S E N A et aI, 2 0 0 1 ) . O resfriamento d o l e ite é u m fator muito i m p o rt a n t e , p o rq u e a t e m p e ra t u r a deste na ocasião da ordenha ( 3 7 ° C), é muito favorável à multiplicação de microrganismos. O resfriamento do l e i te deve ser fei to i m e d i at a m e n t e a p ó s a ordenha, pois o poder bactericida natural deste, finda quando mantido a temperatura a m b i ente, por 2 h o ras ( P I N H E I RO, 1 99 1 ) . Se o resfria mento for feito m u i to t e m p o a p ó s a o rdenha, quase nada adiantará, pois a flora m icrobiana já e s ta r á muito d e s en v o l v i d a e , o res fr i a m e n t o a p e n a s retarda m a s n ã o e l i m i n a o s m i c ro r ganismos. Os processos de refrigeração variam de acordo com as possibilidades e categorias de cada estábulo ( B Y L UN D , 1 99 5 ) . Vários métodos s ã o uti l i zados para resfriar o leite na fazenda, dentre os quais destacam-se o tanque de expansão, o resfriamento em freezer, imersão de l atões em córregos, imersão de latões em caixas d ' água, garra fas pets com água con gelada mergulhadas no leite, tanques de imersão entre outra s . É muito comum em peq uenas propriedades a uti l ização de tanques de refrigeração por imer são, esses devem refrigerar o l e i te até tempe ratura igual ou inferior a 7°C no tempo máximo de t r ê s h o r a s a p ó s o t é r m i n o da o rd e n h a . A temperatura máxima de conse rvação do leite na propriedade rural é rc e no e s t a b e l e c imento processador é 1 0°C. A Portaria 56 estabelecia que a temperatura de estocagem do leite na p ropriedade rural não deveria s e r superi o r a 4°C e q u e a o c hegar à i ndústria não ultrapassasse r c . Esses l i m i t e s , tecnicamente recomendáveis, foram dilatados na I N 5 1 , uma vez que parte do segmento produtivo n a c i o n a l já v i n h a i n ve st i n d o , i n c l u s i ve c o m financi amentos d o governo federa l , em res fria dores de imersão, com os quais a temperatura ideal de resfriamento é muito d i fícil de ser atingida. A IN 5 1 a d m i t e o tran sporte do leite em latões ou tarros em temperatura ambiente, desde que o estabelecimento processador c oncorde em aceitar trabalhar com esse tipo de matéria-prima, a qual deve estar dentro dos padrões de qualidade fixados no Regulamento Técnico d e Identidade e Qualidade de Leite C ru Refrigerado. O leite em t e m p e ra tu r a a m b i e n te deve s e r e n t re g u e ao estabelecimento processador no máximo até duas horas após a conclusão da ordenha. Com base na análise das amostras do leite, os resultados devem ter as mesmas espec i ficações de qualidade q ue o leite cru resfriado. É grande a preocupação, no Brasil, com a qualidade dos alimentos de origem animal, como o leite e seus derivados. O mais importante para convencer o produtor a investir cada vez m a i s na qualidade do leite é a recompensa financeira gerada p o r e s s e s i n ve s t i m e n t o s . U m e x e m p l o i n t e re s s a n t e s ã o o s p rogramas d e p agamento por qual i d ade i m p le m e n tado por d iversas e m presas. Embora os p rogramas de pagamento p o r q u a l i da d e do l e i t e sej a m d i ferentes da i m p l e mentação de mudanças através da imposição d e normas legais, e l e s são a prova de que a qualidade desejada pode ser a lcançada, desde que alicerçado em t ra b a l h o s de e x t e n s ã o b e m e l a b o r a d o s e e x ecutados . Graduandos em Tecnologia em Laticínios do CEFET Rio Pomba-MG. 2 Pág. 226 MS. Professor de Tecnologia em Laticínios do CEFET Rio Pomba-MG. Pág . 227 digitalizado por arvoredoleite.org ANAIS DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DE Esse trabalho tem como obj etivo verifi car a eficiência do resfriamento do l e i te cru arma zenado em l atões, utilizando tanque de imersão. 2 - M ATERIAIS E MÉ TODOS Foi u t i l izado u m t a n q u e d e i m ersão com capacidade para 7 0 0 li tros de água gelada, com motor resfriador de alta rotação capacidade 1 1 3 h p com gás freon 1 2 e serpentina circundando a lateral do tanque. A relação água gelada/leite foi de 2 , 5 : I . Durante dois d i a s foram medidas as temperaturas iniciais do leite e d a água. Os l atões de l e i te foram coloeados n o tanque com água a t é o garga l o , e a s t e m p eraturas for a m medidas a cada I hora nos l atões .c e m 6 pontos d i ferentes n o tanque, num p e r í o do total de 4 h oras. Foi utilizado um s istema de agitação do l e i te n o s l atões c o m u t e n sí l i o p róprio a c a d a uma h o r a , j á que, a tendên c i a do l íq u i do m a i s frio é permanecer na parte i n feri o r do tanque e dos l atões. 3 - RES ULTAD O S E D I S C U S S Õ E S C o m a temperatura inicial média de 3 5 ° C p ara o l eite e 2 ° C para água gelada, obteve-se no final de 3 horas, temperatura m éd i a de 12° C p ara o L e i t e , e 1 3 ° C p ar a a á g u a , ( G ráfi c o 1 ) s e n d o q u e a l eg i s l aç ã o p ar a e s s e t i p o d e resfriamento rec o m en da q u e a temperatura d o leite esteja a r c . A temperatura fin a l d o leite o b ti do n e s s e trab a l h o acarreta a l t e ra ç õ e s n a c o m p o s i ç ã o e n a q ua l idade do l e i t e e c o n s e qüentemente em seus derivados. Gráfico 1 - Temperaturas m é d i a s de re frige ração do leite .e d a água durante o resfriamento em tanque de imersão. \�----------�--------�------� ' --� u, \ ... .. ...._.... .;---�\:-------------1i 25�,-----'\'t----,i . i \ .: :-T..",...... ...... __ 11-----1 1 ... � \ -------_--_._------------------� � ,, �-----\_-._---_ -\� . / :�------_.---------1 É i mp o rtan t e s a l i e n t a r q u e a b a i x a temperatura n ã o melhora a qualidade do leite e q u e u m p r o d u to de m á q u a l i d a d e , c o m a l ta Pág . 228 ANAIS DO XXI I I CONG R ESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS LATICíN IOS quantidade d e b a c térias, c o n ti n uará a estragar, mesmo em baixa temperatura. A Tabela I mostra o e fe i to d a t e m p e ratura s o b re o a u m ento do número de bactérias. Tab ela 1 Aumento do número de baetérias em u m l e i te d e b o a q u a l i da d e n um período de 1 2 horas. T E M P ERATU RA ("C) ("C) 4 10 15 21 27 A U M E NTO (W DE VEZES ) o 5 15 700 3 .000 Fonte: Machado, 2006. 4 - CONCLUSÃO S e g u n d o B ra n dã o ( 2 0 0 2 ) , o t a n q u e d e imersão n ã o permite o res friame n to do l eite a temperatura adequada no tempo de três horas após o t é r m i n o d a o r d e n h a , p i o r a n d o s i gn i fic a t ivamente a q u a l i da d e do l eite c r u , e s p e c i a l m ente permitindo c rescimento de bactérias p s i crotrófi c a s . F i c o u d e m o n s tra d o n es t e tra b a l h o a ineficiência do tanque de i mersão utilizado para res friamento do l e i te. Pa ra que h aj a e fi c i ência n o p r o c e s s o é n e ce s s á r i o u m r e s friador mais potente, um sistema de agitação da água gelada e mistura do leite nos l atões a cada uma hora, j á que a tendência d o l í q u ido mais frio é permanecer na parte inferior do tanque e dos latões. A l ém do resfriamento e fi cien te, é p reciso evitar altas contagens bacterianas, obtendo-se o leite com a máxima h igiene possível. 5 - A B S TRACT The milk is one of the most important foods for t h e h u m a n c o n s u m p t i o n , h o w e v e r , i t constitutes a fav o rab l e ambient t o t h e b ac teria multiplication, for the nature of their components and for the temperature with that he l eaves the udder (3 7°C). Such bacteria are present inside and · out o f the teat of the cow, in the ambient, in the m ilker and in most of the utensils. The employ of a p p ro p ri a t e m e t h o d s of c o n serva t i o n is i mp o rtant for i nc rease o f the s h e l f l i fe o f the milk and of yours derived, maintaining h is original quality. The m i l k is an excellent middle for the p ro l i feration of m i croorgan i s m s , thus becomes indispensablc to the use of different technologieal resources of con servation for better use of that food, for the inh ibition, ar even the destruction o f c o n ta m i n a t i on m i c roorgan i s m s . The Normative l nstruction 5 1 ( I N 5 1 ), i t establ i shes new qual ity standard for the several types o f milk marketed at t h e c o u n t ry . A m o n g the d e fi n e d modifications in IN 5 1 is t h e collection o f cooled milk which establ ishes that the milk should be to 4°C when stocked in tanks refrigerators by direct expansion and to 7°C, when maintai ned in tanks refrigerators by i m mersion, in, at the m o s t , 3 hours after to m i l ks. That work has as obj ective verifies the efficiency o f the resfriamento o f the raw milk stored in milk brass, using i mmersion tank. An immersion tank was used with capacity fo r 700 l i ters of cold water. The rel a t i o n s h i p frozen water/m i l k w a s o f 2,5 : 1 , it w a s m easured the initial temperature of the milk and the initial temperature of t h e water and soon a fterwards every I hour in the milk brass and in 6 di fferent points in the tank in a total period of 4 hours. I t w a s v e ri fi e d t h a t c oo l i n g p ro c e s s w a s n o t effic i ent to a s s i st t h e current l e g i s l a t i o n . W i th the medium initial temperature of 3 5 ° C for the milk and 2 ° C for cold water, it was obtained in the end o f 3 hours medi um temperature o f 1 2° C for the m i l k . The final temperature o f the m i l k obta i n ed i n that w o r k cause al terati o n s i n t h e composition a n d in the quality o f the m i l k a n d consequent ly in yours derived. So t h at t h e r e is e ffi c iency i n t h e process i s n e c e s sa ry a m o re potent cool er, a system of agitation of the cold water and mixture of the milk in the m i l k brass to e a c h one hour, s i n c e , the t e n d e n c y of t h e l iquid more cold is to stay in t h e down part o f t h e t a n k a n d o f t h e milk bra s s . Keyw o r d s : Cool i n g o f m i l k ; l m me r s i o n tank; N o r m a t i v e i n struct i o n 5 1 6 - R E F E RÊ N C I AS B I B L I O G RÁ F I C A S B RA S I L . I n strução N ormativa n ° 5 1 d e 1 8 d e setembro de 2 00 2 , A p ro v a os Reg u l a m e nt o s Técnicos de Produ ção, I d entidade e Q u a l i d a d e do L e i t e t i p o C P a s t e u r i z a d o e d o L e i t e C r u , B ra s í l i a , D F, M i n i s t é ri o d a Agricul tura Pecuári a e Abasteci m e nto, 2002 . B R A S I L . M i ni s t é r i o da A g r i c u l tura e d o D e fe s a S e c re t a r i a A b a stec i m e n t o , de Agropecuária. Portaria n ° 5 6 , d e 07/ 1 2/99. Diário O ficial d a U n i ão, B ras í l i a , seção I, p . 3 4 -4 5 , 08 dez. 1 999 . B R AS I L . Regulamento de I n speção I ndustrial e S a n i t á r i a d e P ro d u t o s de O r i g e m A n i m a l . A p rovado p e l o d e c re t o n ° 3 0 . 6 9 1 , d e 2 9 / 0 3 1 5 2, alterado pelos decretos n° 1 .2 5 5 , de 2 5 /061 6 2 , n° 1 . 2 3 6 , de 02/09/94, n° 1 . 8 1 2 , de 08/021 9 6 e n° 2 . 244, de 04/06/9 7 . D i á rio Oficial da U n i ã o , B ra s í l i a, seção I, p. 1 1 5 5 5 - 1 1 5 5 8 , 0 5 jun. 1 997. B Y L U N D , G . Dairy processing handbook. Tetra P a k . 1 99 5 . 4 3 6 p . D e Laval Técnicas de resfriamento. D i s p o n ível em : http : //,,'ww. d e I a v a l . c o m . b r/d e fau It. htm. A c e s s o em 2 5 d e m a i o d e 2 0 0 6 . L E R AY E R, A . L . S . et . a l . N o va L e g i s l a ç ã o C o m e n t a d a d e P r o d u to s L á c te o s : r e v i s a d a e a m p l i a d a . S ã o P a u l o , 2 0 02 . 3 2 7 p . M A C H A DO , PA U LO F E RN AN D O . ESALQ U SP Controle Sanitário de Ordenha . Dispon ível e m : h ttp : //www. m e g a a g r o . c o m . b r/ l e c h e r i a / a rt_c o n t ro l_s a n i t . a s p . A c e s s o e m : 25 d e maio de 2006. P I N H E I RO , A . 1 . R . ; M O S Q U I M , M . C . A . V. ; P I N H E I R O , M . I . P r o c e s s a m en t o d e l ei t e d e consumo. Viçosa M G . U niversidade Federal de Viçosa, J 99 1 . 1 87 p . S EN A , M . J . e t a I . Q u a l i dade fí s i c o -q u í m i c a e m i c ro b i o l ó g i c a do l ei te p a s t e ur i z a d o t i p o C comerc ializado em Reci fe . Anais X V I I I congresso nacional de Laticíi1ios do I nstituto d e Laticínios C â n d i d o To s t e s . R e v i s t a do I n s t i t u to d e Lati cínios C â n d i d o Tostes, J u i z d e Fora, voI . 5 6 , n° 3 2 1 , p. 24 1 -248, j ul/ago 2 00 1 ) . T l M M , C láudio Dias; O L I V E I RA, D aniela dos S antos de. N ova legislação do l e ite no Bras i l . (aceito p a ra publ icação na revi sta C i ê n c i a & Te c n o l o gi a Vete r i n á r i a ) . Pág . 229 digitalizado por arvoredoleite.org A N A I S DO X X I I I C O N G R ESSO N A C I O N A L DE LATi C í N I OS ANAIS DO XXI I I CONGRESSO NACIONAL DE LATiCíNIOS AVALIAÇÃO DE I M PACTOS CAUSADOS PELA PRESENÇA DE R ESíDUOS DE ANTI MICROBIANOS NO L EITE PARA A PRODUÇÃO DE Q U EIJO M USSAR ELA Evaluation of i mpacts caused by the presence of antimicrobial residues i n milk to th e muzzarela cheese production Irineu Machado Praça1 * Matheus Schiavon Ferrei ra1 Denny Campos de Souza Amori m 1 Roselir Ribeiro da Silva2 RESUMO Com objetivo de avaliar os impactos causados pela presença de agentes antimicrobianos na produção de mussarela, foram acompanhadas e comparadas a produção deste queijo, usando l e i t e de vacas i sentas de tratamento medi c i n a i s e de uma vaca em tratamento de lesão infecciosa medicada com penic i l ina. A presença de resíduos de antim icrobianos no leite foi detectada e c o n firmada pelo método C harm Test. D urante o processo de fabri cação foi medida e comparada a acidez do soro oriundo das massas em fermentação em intervalos de I hora nas primeiras q uatro horas, e posteriormente a cada 30 m i n utos, até o ponto de fil agem . Ao fi ndar o processo con statou-se que a acidez não desenvolveu satis fatoriamente nas massas com resíduos anti m i c robianos, retardando e a l te rando o processo de fi lagem, e n q u a n t o que n a m a s s a o b t i d a d e l e i te sem a nt i m i c ro b ia n o a fe rm e nt a ç ã o o c o rreu satisfatoriamente originando mussarela de qualidade. Nas duas repetições, o queijo derivado de leite sem antimicrobiano, atingiu a acidez de 0,6% de ácido lático, onde se determinou o ponto de filagem deste q ueijo, em um intervalo médio de 8 horas e 1 5 minutos. O queijo fabricado c o m leite que continha resíduo de antibiótico l evou em m é d i a 1 9 horas p ara atingir o mesmo resultado . As mussarelas oriundas de leite com antim
Similar documents
aline silva santos
Estado de Minas Gerais (EMATER, 2002). O início de fabricação do queijo típico da região do Serro remonta ao período colonial, quando os mineiros começaram a colocar em prática uma herança portugue...
More informationlaticinios
ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos po...
More information