Jornal Todas as obras do Metro avançam até Junho de 2012

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Jornal Todas as obras do Metro avançam até Junho de 2012
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www.jtm.com.mo
ao serviço de macau desde 1982
Tribuna de Macau
Director José rocha Dinis | Director Editorial executivo Sérgio Terra | Nº 3755 | sexta-feira, 20 de maio de 2011
10 Patacas
empresas locais vão participar no processo de construçÃo
Todas as obras do Metro
avançam até Junho de 2012
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Os sapateiros
que as ruas
“escondem”
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Melco Crown segue na senda dos lucros
Hong Kong lidera na Competitividade Mundial
A Melco Crown Entertainment obteve lucros líquidos de 7,2 milhões de dólares
americanos, ou 1,3 cêntimos por acção, no primeiro trimestre deste ano, contrariando
as perdas de 12,5 milhões registadas no período homólogo de 2010, indicam
resultados não auditados ontem divulgados em Nova Iorque. Apesar de ter anunciado
lucros pelo terceiro trimestre consecutivo, a operadora do Altira Macau e do City of
Dreams estava ontem em queda no mercado de capitais, por ter defraudado as
expectativas de analistas consultados pela Reuters, que esperavam ganhos de seis
cêntimos por acção e receitas de 816 milhões de dólares. Entre Janeiro e Março, as
receitas líquidas da Melco Crown cresceram 42% para 806,6 milhões de dólares,
devido sobretudo ao forte crescimento do jogo em Macau. No período em análise,
os resultados operacionais ajustados da empresa (EBITDA) ascenderam a 121,3
milhões de dólares, contra os 86,9 milhões contabilizados há um ano.
Hong Kong ocupa o primeiro lugar do Índice de Competitividade Mundial 2011,
publicado pelo Instituto Internacional para a Gestão e Desenvolvimento, sedeado
em Lausanne, na Suíça. O anuário, que classifica a forma como os estados gerem
os seus recursos com vista à prosperidade económica, diz que Hong Kong atingiu
“um bom equilíbrio entre o Governo e a eficiência das empresas”. Os EUA tiveram
menos uma décima do que Hong Kong, destronando Singapura, vencedora de
2010 e actual terceira classificada. O “top 10” inclui ainda a Suécia, Suíça, Taiwan,
Canadá, Qatar, Austrália e Alemanha. A China desceu um lugar para 19º, mas
manteve-se à frente do Reino Unido (20º), enquanto Portugal desceu três lugares
no ranking, situando-se agora na 40ª. O Brasil interrompeu a linha de crescimento
que vinha a apresentar desde 2007, ao perder seis posições, colocando-se no
quadragésimo quarto lugar.
PRÉMIOS DO CINEMA CHINÊS NO COTAI. O City of Dreams vai
ser palco, a 16 de Junho, da 11ª gala dos prémios “Chinese
Film Media Awards”, confirmou o complexo localizado
no COTAI. Este evento é considerado um dos mais
importantes do cinema do Continente chinês.
local
RECOLHIDO NOVO MEDICAMENTO. Os Serviços de Saúde
ordenaram a recolha de um lote do antibiótico “Dyna
Cloxacillin DS 125 Suspension”, fabricado pelo laboratório
Dynapharm (M), na Malásia. O medicamento apresentava
ingredientes activos em quantidade abaixo do nível padrão.
CONCESSIONÁRIA PEDE modificação do aproveitamento de terreno
Mais habitações em vez do hotel
Esta é a história de uma concessão
que remonta a 1980 e está envolta
em sucessivos litígios judiciais.
Trinta anos depois, a empresa
concessionária quer mudar a
finalidade dos terrenos, situados
próximo do Jockey Club. Ontem,
apresentou as suas razões numa
audiência pública
paulo barbosa
D
e acordo com uma concessão de
Dezembro de 1980, o vasto terreno situado na ilha da Taipa,
junto à Estrada de Sete Tanques, seria
utilizado para edificação de um hotel
de quatro estrelas com 27.000 metros
quadrados e de um projecto habitacional de dimensão bem mais reduzida.
Mas os trabalhos estiveram embargados durante muitos anos, na sequência
de um litígio judicial, e a concessionária apresentou ontem, na primeira “audiência pública de concessão de terreno” do ano, o pedido de modificação
do aproveitamento do terreno para um
fim exclusivamente habitacional.
A companhia de Investimento Predial Ka Fai pretende construir dois lotes
de prédios com 36 andares, mas a pretensão da empresa esbarrou em algumas objecções dos membros do Grupo
Consultivo para o Desenvolvimento dos
Terrenos. Uma decisão final quanto ao
pedido da alteração acontecerá mais tarde, após um período de 15 dias para consulta pública. Quem quiser opinar pode
ver toda a informação sobre a audiência
pública no site da Direcção de Serviços
de Solos Obras Públicas e Transportes
(DSSOPT).
A sessão de ontem que contou com
a presença dos membros do Grupo Consultivo para o Desenvolvimento dos
Terrenos, nomeadamente o seu coordenador, Jaime Carion, a sub-directora da
DSSOPT, Chan Pou Ha, o presidente
do Instituto Cultural, Ung Vai Meng, o
director dos Serviços de Protecção Ambiental, Cheong Sio Kei, e os representantes do sector profissional, Fong Chi
Keong, Leong Man Io, Paulino Comandante e Leong Chong In.
Um dirigente da concessionária explicou o longo processo contencioso que
levou a que um terreno concessionado em
1980 esteja transformado num arrabalde,
sem que quase nada do projecto previsto
tenha sido concretizado. Após diversas
revisões da área do terreno concedido, as
obras arrancaram no início da década de
1990, tendo sido estabelecido um prazo
de aproveitamento de 48 meses. Mas os
prazos foram sendo prorrogados com a
justificação de que se verificavam atrasos
na apreciação dos projectos da obra pela
Administração e porque a própria empresa construtora mostrava dificuldades
na concretização das obras.
Face a estes problemas, os trabalhos
acabaram por ficar suspensos em Ou-
tubro de 1994 e seguiu-se um conflito
judicial entre a concessionária e o empreiteiro, com este a interpor uma providência cautelar. O impasse legal só ficou
dirimido em 2004, com uma decisão do
Tribunal de Última Instância. O prazo de
validade da concessão terminou em 16
de Dezembro de 2005, mas a concessionária solicitou a renovação da concessão
junto da DSSOPT. Seguiu-se mais um
impasse, com a DSSOPT a propor que
o pedido não fosse renovado quanto à
parte de terrenos não-aproveitada. Em
2008, a Companhia Ka Fai voltou a requerer a concessão, por arrendamento e
com dispensa de concurso público, das
parcelas não aproveitadas, com a área
de 15.385 metros quadrados. A concessionária alegou que, desde 31 de Julho
de 1995, esteve impedida de entrar no
terreno para recomeçar as obras de aproveitamento. A DSSOPT considerou que,
mesmo que a culpa dos atrasos tenha
sido da empreiteira, é a sociedade concessionária quem responde perante a entidade concedente, mantendo a proposta
de caducidade parcial da concessão. Foi
então pedido um parecer à Comissão de
Terras, que concordou como entendimento da DSSOPT, assim como o Chefe
do Executivo. No novo contrato firmado,
cerca de 25.000 metros quadrados de terrenos reverteram para a RAEM, mantendo a concessionária o direito de explorar,
durante 25 anos, cinco lotes, com a área
total de 25.797 metros quadrados. A concessionária comprometeu-se a pagar um
prémio total de 112 milhões de patacas,
em várias prestações.
Representantes da empresa estiveram ontem a tentar convencer os
membros do Grupo Consultivo sobre
as virtudes da mudança de finalidade.
“Já passaram 16 anos [desde 1995] e entretanto surgiram na área muitos hotéis,
por isso o terreno já não será adequado
para o hotel”, explicou um responsável
da Ka Fai.
No debate, Jaime Carion quis saber
qual será a área das fracções, Paulino Comandante lamentou o actual estado dos
terrenos, com estaleiros de obra abandonados, e o deputado Fong Chi Keong,
que dirige uma empresa de construção
civil, considerou baixa a altura prevista
para os apartamentos (2,70 m). Ung Vai
Meng mostrou preocupações com o impacto ambiental do projecto: “Estes edifícios vão produzir um ‘efeito de parede’,
tapando a ventilação, tal como o edifício
da Ponte 16, que tapou a vista toda daquela zona”, considerou.
Em jeito de resposta, o representante do concessionário informou que
o tamanho das fracções habitacionais
será variado e que a altura corresponde
ao mínimo regulamentado: “Queremos
obter o melhor resultado e definimos
essa altura”, aduziu. Quanto ao impacto ambiental, a empresa pretende
construir uma via apenas para veículos
das obras, por forma a reduzir os incómodos das obras para os moradores da
vizinhança.
Visitantes gastaram mais 13% até Março
A despesa média dos visitantes chegados a
Macau no primeiro trimestre foi de 9,8 mil
milhões de patacas, mais 13 por cento do que o
registado no mesmo período de 2010
D
e acordo com os dados divulgados pelo
Serviços de Estatísticas e Censos de Macau,
que excluem a despesa no jogo, o gasto “per
capita” dos visitantes situou-se nas 1.516 patacas,
correspondendo a um aumento de sete por cento
em relação às 1.417 patacas registadas de Janeiro a
Março de 2010.
Em termos de local de residência, a despesa
“per capita” dos visitantes da China Continental,
do Japão, do Sudeste Asiático, de Hong Kong e de
Taiwan atingiu, respectivamente, 1.928 patacas,
1.366, 1.166, 873 e 856.
O gasto médio dos turistas cresceu 14 por cento no primeiro trimestre de 2011, atingindo as 2.623
patacas, enquanto que as despesas dos excursionistas diminuíram um por cento, para as 600 patacas.
A China Continental foi o país com a despesa
“per capita” dos turistas e dos excursionistas mais
elevada, com 3.334 patacas e 770 patacas, respectivamente.
As estatísticas destacam também que as despesas em alojamento e alimentação dos visitantes
corresponderam a 45 por cento e 36 por cento do
total das despesas.
Por sua vez, a despesa “per capita” em compras dos visitantes fixou-se nas 739 patacas, mais
quatro por cento do que as 712 patacas registadas
de Janeiro a Março de 2010.
Analisando a despesa, verifica-se que os visitantes gastaram 27 por cento do dinheiro em artigos alimentares e doces, 19 por cento em jóias,
relógios e 19 por cento em vestuário.
O Governo nota ainda que a “despesa per capita” em compras dos visitantes do Interior da China
foi a “mais notável”, equivalendo a 1.152 patacas,
enquanto a dos turistas atingiu 1.773 patacas.
No primeiro trimestre de 2011, os visitantes
permaneceram em Macau 0,9 dias, um valor médio
idêntico ao do período homólogo de 2010, enquanto a estada dos turistas foi de 1,8 dias, mais 0,1 dias
do que o observado no ano passado.
A despesa dos visitantes foi calculada com
base nos cerca de 52.700 questionários válidos recolhidos.
JTM/Lusa
jornal tribuna de macau
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CERTIFICADOS para A construção civil. Mais de 100
indivíduos foram aprovados nos testes para certificação
de técnicas para estucador da construção civil
promovido pela DSAL em Abril. Isto significa que 85
por cento dos candidatos irão obter o certificado de
qualificação profissional.
local
Jantar RENDE mais de 750 MIL patacas. O Clube
Internacional das Mulheres organizou mais um
jantar de solidariedade social, no sábado passado,
conseguindo angariar um montante superior a 750
mil patacas, noticiou a Macau Business. A verba irá
reverter a favor dos mais necessitados.
OPERADORA DIZ QUE Projecto para COTAI está “muito avançado”
Pansy Ho mantém papel “estratégico” na MGM
A MGM Macau já desenvolveu
um “trabalho substancial em
termos de preparação” para o
projecto que ambiciona erguer
num pedaço do COTAI. Segundo avançou Pansy Ho, o plano,
que está a ser delineado para
apresentar ao Governo, encontra-se “num estado muito avançado”. Os 50% que a empresária
detém na “joint-venture” com a
MGM Resorts serão reduzidos
para menos de 30%, mas tal
não significa que deixará de ter
força no seu papel estratégico,
frisou
fátima almeida
Em Hong Kong
O
acordo assinado entre a MGM
Resorts Internacional e a empresária Pansy Ho fará com
que, após a Oferta Pública Inicial
(OPI) de venda de acções da MGM
China Holdings na Bolsa de Valores
de Hong Kong, o grupo norte-americano seja o accionista maioritário da
MGM Macau, ao deter 51 por cento
do capital. A presidente e directora
executiva da MGM China Holdings
confirmou que irá “ceder” parte dos
seus 50%, ficando na “posse” de entre
a 26 a 29 por cento do capital. No entanto, esclareceu que tal não significa
que a sua margem de manobra caia
por terra. A responsável salientou
que irá manter um papel “estratégico” e espera elevar a MGM China
para outro nível.
O facto de ser Pansy Ho a alienar parte do seu capital motivou, porém, um ponto de interrogação aos
jornalistas que questionaram o “porquê” de ser a empresária a fazê-lo.
Durante a conferência de imprensa,
que decorreu em Hong Kong, foram
“rejeitadas” perguntas sobre os “riscos” envolvidos nas operações que a
MGM irá iniciar, sobretudo perante
este cenário de redução de capital e
as questões tiveram de ser cingidas
aos negócios gerais do grupo.
No diz respeito à expansão na
RAEM, o projecto para o COTAI parece estar bem encaminhado. De acordo
com Pansy Ho, já foi feito “um trabalho substancial em termos de preparação” para submeter um “plano ao
Governo para consideração”. Perante
o estado de evolução dos trabalhos
Pansy Ho, que falava publicamente
pela primeira vez após as divergências geradas na família motivadas
pela divisão da fortuna do pai Stanley Ho, referiu que a operadora está
“esperançada” que tal “possa acontecer no prazo de um ano”. O projecto
que está a ser delineado para o COTAI encontra-se num “estado muito
avançado” e será “prometedor”, disse ainda.
Nas ambições da MGM Resorts
Internacional, como já era conhecido,
está a expansão para a Ásia. Este ano,
segundo Jim Murren, co-presidente e
director executivo, deverá ser inaugurado o resort Sanya no Continente
Chinês. Taiwan também se coloca na
rota de interesse da companhia, disse
Pansy Ho, notando que o desenvolvimento pode não passar pelas salas
de jogo.
A MGM China é uma joint-venture formada entre o MGM Resorts
Internacional, sediada em Las Vegas e
a empresária Pansy Ho. Com a MGM
Resorts Internacional a deter a maioria das acções após a entrada da Bol-
sa de valores de Hong Kong, haverá
uma reorganização na empresa, mas
que segundo Jim Murren “em termos
de operações da MGM China não
trará mudanças” já que Grant Bowie
continuará a ser o CEO e Pansy Ho
a presidente. “O estilo” ou “a qualidade de gestão” também não deverão
ser afectados, adicionou.
A caminho de ser a última das
seis operadoras de jogo cotada na Bolsa de Valores de Hong Kong, a MGM
já “conquistou” pelo menos quatro
investidores de referência. De acordo
com o que foi noticiado ontem, a operadora recebeu no total 1.500 milhões
de patacas de quatro “ofertas”, mas
espera conseguir um total de 12 mil
milhões de patacas com a OPI.
EMPRESA CONTINUA A PONDERAR ADIAMENTO DA ABERTURA DE LOTES NO COTAI
Sands precisa de mais 1.600 operários
A Sands China necessita de recrutar mais 1.600
trabalhadores para a construção dos lotes
cinco e seis e espera conseguir cumprir esse
objectivo brevemente. A operadora deve decidir
em poucas semanas se irá abrir parcialmente,
no final do ano, o lote cinco ou adiar a sua
inauguração total para inícios de 2012
A
ctualmente, a Sands China tem 5.500 operários a trabalhar na primeira fase do projecto
dos lotes cinco e seis do COTAI, mas precisa
de mais 1.600, revelou o director de operações da Las
Vegas Sands e director executivo interino da Sands
China, em declarações ao “Macau Daily Times”. Michael Leven indicou que pretende contratar os 1.600
operários entre os cerca de 300 trabalhadores que acabaram agora os trabalhos no Galaxy Macau. “Tenho a
certeza que vamos consegui-los”, previu.
O responsável afirmou ainda que a empresa
deverá definir datas concretas dentro das próximas
semanas. “Acho que dentro de poucas semanas estaremos em condições de determinar exactamente
quando iremos inaugurar e o quê. Deveremos tomar
a decisão em meados de Junho”, referiu. “Temos discutido a possibilidade de abrir parte do lote cinco
no final deste ano e isso parece-nos, neste momento,
exequível”, acrescentou, salientando, contudo, que
está simultaneamente a ser analisada a hipótese de
inauguração de todo o lote de uma só vez. Caso se
decida pela abertura total, a Sands China só poderá,
segundo o responsável, abrir as portas do projecto ao
público no primeiro trimestre de 2012.
No início de Maio, a empresa já tinha falado na
hipótese de adiar a abertura da primeira fase dos projectos em construção no Cotai. No relatório financeiro interino do primeiro semestre, a empresa indicava
também que a primeira etapa do projecto, que abran-
ge um casino com 670 mesas e 2200 “slot machines”
e três hotéis das marcas “Shangri-La”, “Sheraton” e
“Traders”, apenas deverá ser inaugurada no quarto
trimestre do próximo ano. Na altura, o adiamento era
justificado com a falta de mão-de-obra.
jornal tribuna de macau sexta-feira, 20 de maio de 2011 pág 03
O Governo tem de optar e esclarecer a sua posição
em relação ao regime de alienação, para que a
Comissão possa continuar o seu trabalho” - Cheang
Chi Keong
local
“Um terço da Comissão concorda com a proposta
de alienação após 16 anos, mas um terço entende
que deve ser alienado para o Governo e um terço
não manifestou opinião” - Idem
Comissão quer clarificação do Governo
A questão de saber se a habitação económica
deve ou não reverter para o Governo aquando
da sua venda esteve no centro do debate na
comissão que está a debater, na especialidade, o
novo regime que regulará a aquisição e venda
de habitações económicas
paulo barbosa
O
damental. Assim, segundo o tribuno, “um terço da
Comissão concorda com a proposta de alienação
após 16 anos, mas um terço entende que deve ser
alienado para o Governo e um terço não manifestou opinião”. E houve mesmo quem tivesse adiantado uma terceira hipótese para resolver a questão, que consiste em dar ao Governo o direito de
preferência em caso de venda. Se o Executivo não
accionasse esse Direito, o apartamento poderia ser
vendido a particulares. “O Governo tem de optar
e esclarecer a sua posição em relação ao regime de
alienação, para que a Comissão possa continuar o
seu trabalho”, atirou Cheang Chi Keong.
Feito o pedido à tutela, a comissão parlamentar espera agora “uma resposta num curto espaço
de tempo”, para prosseguir com a análise na especialidade. Mas houve outros pontos que estiveram
na agenda da reunião, como a definição do património que exclui os residentes da candidatura a
uma habitação económica, ou as punições em caso
de declarações patrimoniais falsas. A possibilidade
de os titulares das casas as poderem arrendar não
é bem vista por Lau Si Io, que tem estado atento à
discussão na especialidade e marcou presença em
quase todas as reuniões da Comissão. O Secretário
entende que a hipótese de arrendamento deve ser
excluída, dado que a finalidade da lei passa por resolver as carências de habitação dos beneficiários e
não por providenciar-lhes uma fonte de rendimento. Na reunião de ontem foi também levantada a
hipótese de ajustar os limites máximo e mínimo de
rendimentos que possibilitam a candidatura, pois
os valores actuais foram calculados tendo em conta
uma situação económica que já não se verifica. A
Comissão pretende concluir a análise na especialidade antes de 15 de Agosto, quando a AL encerra
para férias parlamentares.
Instituto de Habitação
Instituto de Habitação
ANÚNCIO
[ N.º 26/2011 ]
Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes do agregado familiar
da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, nos termos do nº 2 do artigo 72º do Código
do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:
Nome
LEUNG SHUK KWAN
MA CHIO KAM
KRAI THAPSURI
CHAN IAT KUAN
N.º do Boletim de candidatura
5020342
5002637
5016890
5009606
De acordo com o nº 2 do artigo 9º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de
Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe Executivo nº 296/2009, para nova verificação,
se os candidatos preenchem os requisitos de candidatura ao arrendamento de habitação social, o
Instituto de Habitação (IH) informou-os por meio de ofício, para que sejam entregue os documentos
indicados no prazo fixado, mas os interessados acima referidos não entregaram os documentos dentro
do prazo fixado, pelo que não reúnem nos termos do nº 3 do artigo 9º do mesmo regulamento.
ANÚNCIO
[ N.º 33/2011 ]
Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes do agregado familiar da
lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, nos termos do nº 2 do artigo 72º do Código do
Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:
Nome
Loi iat hiN
vu kan
wong kuok wai
N.º do Boletim de candidatura
5001597
5017943
5019801
Após verificações deste Instituto, notamos que os elementos dos agregados familiares de
candidatos a habitação social acima mencionados são elementos que figurem nos boletins de
candidatura de outros agregados familiares, aos quais este Instituto já tenha autorizado a aquisição
de habitação construida em regime de contratos de desenvolvimento para a habitação nos termos
do Decreto-Lei n.º 13/93/M. de 12 de Abril pelo que não reúne os requisitos exigidos para a
candidatura, nos termos da alínea 3) do n.º 4 do artigo 3.° do Regulamento Administrativo
nº 25/2009.
Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa,
no dia 17 de Março de 2011, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem
por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da
data de publicação do referido anúncio, mas não fizeram a entrega das suas contestações. Neste acto
recorreram uma infracção, nos termos da alínea 1) do artigo 11º do regulamento acima citado. E, de
acordo com a decisão do despacho do Presidente exarado na Informação nº 0684/DAHP/DAH/2011,
as respectivas candidaturas foram excluídas da lista geral de espera.
Tendo este Instituto publicado um anúncio na imprensa de língua chinesa e língua portuguesa,
no dia 11 de Abril de 2011, a solicitar aos interessados acima mencionados para apresentarem por
escrito a suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data
de publicação do referido anúncio, entretanto não o fizeram. Nos termos do nº 2 do artigo 11º do
Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do
Chefe do Executivo nº 296/2009, assim como do despacho do Presidente do Instituto, exarado
na Informação nº 0696/DAHP/DAH/2011, a respectivas candidaturas foram excluídas da lista
geral de espera.
E nos termos dos artigos 148° e 149° e nº 2) do artigo 150º do Código do Procedimento
Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, podem reclamar da
respectiva decisão administrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 15 (quinze) dias a contar
da data de publicação do presente anúncio, a reclamação não tem efeito suspensivo; ou podem
apresentar directamente recurso judicial ao Tribunal Administrativo, no prazo de 30 (trinta) dias a
contar da data de publicação do presente anúncio, nos termos do artigo 25º do Código de Processo
Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n° 110/99/M, de 13 de Dezembro.
E nos termos dos artigos 148° e 149° e nº 2) do artigo 150º do Código do Procedimento
Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei nº 57/99/M, de 11 de Outubro, podem reclamar da
respectiva decisão administrativa, ao Presidente deste Instituto, no prazo de 15 (quinze) dias a
contar da data de publicação do presente anúncio, a reclamação não tem efeito suspensivo; ou podem
apresentar directamente recurso judicial ao Tribunal Administrativo, no prazo de 30 (trinta) dias a
contar da data de publicação do presente anúncio, nos termos do artigo 25º do Código de Processo
Administrativo Contencioso, aprovado pelo Decreto-Lei n° 110/99/M, de 13 de Dezembro.
o Presidente,
Tam Kuong Man
13 de Maio de 2011
O Presidente,
Tam Kuong Man
13 de Maio de 2011
pág 04 sexta-feira, 20 de maio de 2011 jornal tribuna de macau
local
(...) “O GIT quer lançar duas empreitadas do lado da
ilha [Taipa]. Uma primeira empreitada respeitante ao
primeiro segmento e depois uma segunda para as
fundações do parque de material e oficinas que fica
na zona do COTAI” (...) - Idem
empresas locais no processo de construçÃo do metro ligeiro
QUESTÃO “FULCRAL” IMPEDE EVOLUÇÃO DOS TRABALHOS SOBRE HABITAÇÃO ECONÓMICA
s deputados que estão a analisar na especialidade o “Regime de Construção e Venda de
Habitação Económica” querem que o Governo delibere se, findo o período de inalienabilidade (que será de 16 anos, em vez dos seis actuais),
as fracções de habitação económica deverão integrar o mercado privado ou apenas ter como destinatário da sua venda ou aluguer o próprio Governo. O presidente da 3.ª Comissão Permanente da
Assembleia Legislativa (AL), revelou ontem que é
este “o ponto fulcral”, cuja definição se torna imperiosa para a resolução de todas as outras questões
suscitadas pelo novo regime.
“Todos entendemos que o regime de alienação
é o ponto fulcral. Será que podem vender no mercado ou só ao Governo? (...) Como as fracções económicas são vendidas a preços inferiores, é natural
que o Governo defina limitações e regras”, defendeu Cheang Chi Keong.
O deputado revelou aos jornalistas que os
membros da Comissão, que esteve ontem reunida
com o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Lau Si Io, e com juristas do Governo, estão
divididos quanto a essa questão considerada fun-
(...) “A estratégia do Governo para o lançamento destes
concursos é arranjar uma plataforma para que as empresas
locais possam participar, em colaboração com empresas
exteriores já com outra dimensão e experiência na
construção de sistemas ferroviários” (...) - André Ritchie
Obras em pleno até Junho de 2012
Todas as empreitadas para a construção do Metro Ligeiro estarão em curso na primeira metade de 2012 seguindo a actual calendarização, avançou
André Ritchie. Para já, o Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes tem como prioridade criar plataformas para a parceria entre empresas locais
e internacionais
lia coelho
O
Gabinete para as Infra-estruturas de Transportes (GIT) quer empresas de Macau a participarem na construção do sistema ferroviário do
Metro Ligeiro. Para isso, uma das exigências dos concursos para as empreitadas é a parceria de pequenas e
médias empresas locais com empresas internacionais.
Isto porque, segundo André Ritchie, coordenador-adjunto do GIT, a escala deste tipo de obra em Macau é
“relativamente grande” e implica várias áreas técnicas
profissionais, com alta complexidade, muitos trabalhos
de coordenação e uma competência técnica a nível de
experiência em transportes de carris, que não existe na
região. “Desta forma a estratégia do Governo para o
lançamento destes concursos é arranjar uma plataforma para que as empresas locais possam participar, em
colaboração com empresas exteriores já com outra dimensão e experiência na construção de sistemas ferroviários”, afirmou o coordenador-adjunto.
Esta plataforma poderá contribuir para uma comunicação mútua com o sector e promover assim um
maior conhecimento sobre a construção do transporte
ferroviário, num intercâmbio de experiências que poderá assegurar uma maior qualidade, segurança e eficácia.
O Governo espera ainda reforçar através desta comunicação contínua com os vários sectores sociais a transparência dos trabalhos.
As cláusulas dos concursos vão ser redigidos de
forma a não excluir as empresas da região. Para André
Ritchie, desta forma, “ficam todos a ganhar, porque as
empresas não locais têm a sua experiência na gestão de
grandes projectos e na construção ferroviária, mas não
têm conhecimento de como Macau funciona, nem conhecem as suas particularidades”.
O coordenador-adjunto do GIT disse ainda que o
organismo está agora a aguardar propostas das empresas e que espera dentro de um mês ter os resultados. As
condições ideais não estão ainda definidas, mas para já,
e segundo avançou, as obras vão cumprir a actual calendarização. “Em princípio, se tudo correr bem, na primeira metade de 2012 teremos todas as empreitadas de
construção do Metro Ligeiro em andamento”, referiu.
O responsável do GIT falava aos jornalistas no final
da “Sessão de Apresentação sobre as Obras de Construção do Sistema de Metro Ligeiro”, que se realizou à porta fechada, apresentando ao sector de construção civil as
técnicas e as estratégias a seguir na execução das obras,
para um melhor conhecimento sobre este tipo de obras.
O debate serviu também para a troca de opiniões, que
na opinião de André Ritchie “foi bastante proveitoso”,
e apresentar ao sector local o recente desenvolvimento
das obras dos alicerces dos viadutos.
André Ritchie esclareceu ainda que as obras serão
divididas em segmentos e a questão que se colocou por
parte das empresas locais, dada a complexidade técnica
e a dimensão do projecto, foi como podem participar.
Ainda debatido foi o tipo de avaliação e o peso que
deve ser dado à experiência das empresas.
Os processos de execução do lado da Taipa estarão prontos em Junho e está previsto para o terceiro
trimestre deste ano o início das obras de construção
deste segmento. “O GIT quer lançar duas empreitadas
do lado da ilha. Uma primeira empreitada respeitante
ao primeiro segmento e depois uma segunda para as
fundações do parque de material e oficinas que fica na
zona do COTAI, numa área de 120 mil metros quadrados. Estas são as duas empreitadas que temos para já
como prioridade”, reiterou.
Assim sendo está previsto até ao final deste ano
que estejam em funcionamento todas as empreitadas
do lado da Taipa, a incluir já o início do processo do
concurso e as obras. Os projectos de execução do lado
da península estarão prontos no final deste ano e serão
lançados no início do próximo ano.
André Ritchie sublinhou ainda o facto de estarem
a ser ainda ponderadas algumas técnicas de construção
para não prejudicar os residentes. “Há pessoas que ainda não aceitam as obras. Em relação à zona do NAPE
iremos ainda falar com os cidadãos”, disse.
DEPUTADO QUER APURAMENTO DE RESPONSABILIDADES
Pressão de Coutinho no caso IPM
Pereira Coutinho exigiu ao
Governo o apuramento de
responsabilidades pelas falhas
apontadas pelo CCAC ao
funcionamento do IPM
N
o rescaldo da divulgação de um
relatório do Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) que
denuncia irregularidades no sistema de
gestão e funcionamento do Instituto Politécnico de Macau (IPM), Pereira Coutinho pretende saber qual será a postura
que o Governo irá adoptar face a “várias
situações ocorridas que indiciam fortes
suspeitas de abuso de poder, violações
grosseiras aos Estatutos privativos, criação de subunidades à margem da legislação bem como aplicação de fundos sem a
devida justificação legal”.
Numa interpelação escrita, o deputado quer saber se o Governo irá accionar
os mecanismos legais existentes, dando
como exemplo a possibilidade de ordenar inquéritos e sindicâncias, prevista no
Estatuto dos Trabalhadores da Função
Pública de Macau.
Além das eventuais responsabilidades disciplinares, Coutinho sugere ao
Executivo que implemente os “necessários mecanismos de responsabilidade
civil e criminal”. Neste âmbito, recorda
que a Lei sobre as Disposições Funda-
Resposta do IPM em 90 dias
O IPM disse ontem vai apresentar um relatório pormenorizado ao Secretário
para os Assuntos Sociais e Cultura e uma resposta “com os fundamentos
necessários” ao Comissariado contra a Corrupção, no prazo de 90 dias, sobre
as falhas apontadas por este organismo ao funcionamento da instituição de
ensino. O IPM assegurou ainda que tomará as “medidas necessárias” para
aperfeiçoar a sua estrutura orgânica e funcionamento.
mentais do Estatuto do Pessoal de Direcção e Chefia indica que os titulares de
cargos de direcção e chefia respondem
civil e criminalmente pelos actos ilícitos
cometidos no exercício de funções, nos
termos da legislação aplicável.
Ao abordar o conteúdo do relatório do CCAC, o deputado salienta que o
documento refere, entre outras questões,
que “a administração do IPM não consegue distinguir a gestão pública da gestão
privada” e “sendo uma instituição de
ensino superior, o IPM está obrigado a
cumprir vários princípios”. “É inconcebível que as novas unidades orgânicas
criadas pelo IPM tenham funcionado
tantos anos sem a respectiva autorização
por parte da entidade tutelar”, destaca
ainda Coutinho, ao referir-se às conclusões expressas pelo CCAC.
Sobre essas matérias, aproveita para
colocar vários pontos de interrogação:
“O Governo confirma a veracidade desses factos? Considera que essas práticas
são legais e podem ou devem manterse? Ou devem ser revistas por razões de
mérito, ou são ilegais e devem, por isso,
ser revistas? Se considera que devem ser
revistas, por razões de legalidade ou de
mérito, que medidas serão tomadas nesse sentido? Casos forem confirmados os
supracitados abusos tenciona o Governo
assacar as respectivas responsabilidades
aos autores desses abusos?”.
Na missiva, Pereira Coutinho relembra também que já interpelou o Governo
em ocasiões anteriores, após ter recebido
“muitas queixas” de trabalhadores do
IPM, para saber se existia algum mecanismo de fiscalização sobre as instruções
e processo de promoções nas carreiras da
instituição, de maneira “a assegurar que
o processo obedecesse aos critérios de
igualdade, justiça e abertura”.
Em retrospectiva, frisa que a resposta do Governo afirmava que o IPM,
“tendo por tradição cumprir o legalmente previsto, tem gerido, com rigor os assuntos relativos ao ensino, investigação
cientifica e administração de acordo com
os ‘Estatutos do Instituto Politécnico de
Macau’, o ‘Estatuto do Pessoal’ o ‘Estatuto do Pessoal Docente’ e os regulamentos
internos”.
jornal tribuna de macau sexta-feira, 20 de maio de 2011 pág 05
cidadania europeia em debate na um. Realiza-se hoje, pelas
18:30, no Auditório da Biblioteca da Universidade de Macau
um semanário intitulado “A evolução e a expansão da
cidadania europeia através de um caso do Tribunal Europeu
de Justiça”. A iniciativa da Faculdade de Direito terá como
orador o professor Sten Verhoeven.
DIA DO DESPORTO NA TAIPA. Sob o tema “Pratica
Desporto, Reforça a Tua Saúde” o próximo Dia do
Desporto realiza-se amanhã no Espaço Lateral do
Jardim Cidade das Flores, na Taipa, entre as 16:00
e as 18.30. A actividade contará com a presença de
várias associações desportivas.
local
PROTOCOLO PREVÊ MOBILIDADE DE DOCENTES E ALUNOS
Breves
Desmantelada rede de apostas ilegais
A Polícia Judiciária de Macau desmantelou um grupo
de apostas ilegais de futebol e deteve sete indivíduos
de Hong Kong e um do Continente, após a realização
de rusgas em cinco zonas da cidade. As autoridades
acreditam que o grupo operava em Macau há um ou
dois anos e terá acumulado um volume de apostas
global superior a 50 milhões de dólares de Hong
Kong. As operações do grupo eram conduzidas a
partir de apartamentos de luxo situados em Macau e
na Taipa. Os suspeitos têm entre 39 e 52 anos.
Tufões chegam mais cedo este ano
Macau deverá ser afectada este ano pelo menos
por cinco tempestades tropicais, duas das quais
podem levar ao hastear do sinal número oito (numa
escala de 1 a 10), segundo as previsões preliminares
dos Serviços Meteorológicos divulgadas ontem. A
primeira tempestade tropical deverá atingir o território
na segunda metade de Junho, ou seja, mais cedo
do que o normal. Já a última prevê-se que afecte o
território em meados do mês de Outubro.
Competição promove pratos macaenses
O Instituto de Formação Turística (IFT) e a
Associação de Culinária de Macau realizam hoje
a segunda edição da competição de culinária
macaense para profissionais, uma iniciativa que visa
aumentar o conhecimento dos “chefes” sobre aquele
género de gastronomia, bem como motivá-los para a
criação de novos pratos. A competição, que decorrerá
no Restaurante Educacional do IFT, vai juntar 12
“chefes” dos hotéis City of Dreams, Grand Hyatt,
Grand Waldo, L’Arc Macau, MGM Macau, Sands e
Wynn, além da instituição anfitriã. Os participantes
terão de apresentar 31 receitas escolhidas de uma
lista de pratos macaenses.
A Universidade de Macau (UM) assinou um
protocolo de cooperação com a Universidade
Federal de Minas Gerais, que visa promover
o intercâmbio entre as duas instituições de
ensino, disse ontem à agência Lusa o vicereitor da UM, Rui Martins
F
LAI KlN HANG
ANTÓNIO BOTELHO
CHAN KUOK HONG
LEONG IP SUN
NG WENG SI
LIO HONG LEI
CHU IEONG PO
WONG PENG PENG
IEONG SIO KEI
CHOI MEI I
LAM HOU MAN ANALISA
LU KAM CHIN
TANG CHENG NGA
TAM KIN CHAM
DELIA POU
LAI IN HENG
N.º do boletim
de candidatura
54979
71654
81275
81789
89853
94055
98372
98605
110880
111169
62840
72928
73765
76589
103263
119553
Nome
WONG I WA
LAM HO I
WONG CHI WA
CHAO KA WAI
PEDRO AUGUSTO CARVALHOSA
CHAN WAI IN
LEONG SOI WA
LEI HANG IN
IUN WAI HONG
FONG IOK CHENG
HO SON WA
KOU CHOI PENG
LEONG CHOI TAI
MOU IOI MENG
CHAN LAI WAN ALIAS MA KHIN SAN HTWE
HO IOK KIN
N.º do boletim
de candidatura
126444
126655
127870
127877
1125
1336
1424
2891
3115
3655
51568
26106
27137
27915
28647
28696
Após as verificações deste Instituto, notamos que o representante do agregado familiar de candidato a
habitação económica acima mencionado é proprietário de fracção autónoma, pelo que, este não reúne o
requisito exigido para a candidatura, nos termos do n.º 7 do artigo 4.° do Decreto-Lei n.° 13/93/M.
De acordo com os artigos 93.° e 94.° do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo
Decreto-Lei n.° 57/99/M, de 11 de Outubro, deve apresentar, por escrito, a sua contestação e todas as provas
testemunhais, materiais, documentais ou as demais provas, no prazo de 10 dias, a contra da data de
publicação do presente anúncio.
Se não apresentar a contestação no prazo fixado ou a mesma não for aceite por este Instituto, o respectivo
candidato será excluído da lista geral de espera por este Instituto; nos termos do n.º 2 do artigo 16.° do
Regulamento de Acesso à Compra de Habitações Construidas no Regime de Contrato de Desenvolvimento
para a Habitação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 26/95/M, de 26 de Junho, revisto pelo Regulamento
Administrativo n.º 25/2002.
No caso de dúvidas, poderá dirigir-se ao IH, sito na Travessa Norte do Patane, n.º 102, Ilha Verde, Macau,
durante as horas de expediente, ou contactar Srª. Si através o tel. n.º 2859-4875 (Ext. 226), para consulta
do processo.
O Presidente,
Tam Kuong Man
13 de Maio de 2011
pág 06 sexta-feira, 20 de maio de 2011 jornal tribuna de macau
É autora de um trabalho sobre actividades
lúdicas tradicionais que ainda hoje são
praticadas em Portugal e em Goa, no
caminho também espreitou Macau.
Antropóloga e coleccionadora voraz,
Constança Brás gostava de mostrar no
território as três centenas de jogos oriundos
de diferentes partes do mundo que foi
recolhendo ao longo dos anos
E
Microelectrónica é apontada por Rui Martins
como potencial área de cooperação
que teve lugar em Macau, acrescentou Rui Martins.
“Começamos a falar da possibilidade de [se
criar] um protocolo em Setembro, na medida em que
havia interesse ao nível do intercâmbio”, concluiu.
JTM/Lusa
ANÚNCIO
[ N.º 37/201] ]
Nome
Brincadeiras do mundo na palma da mão
raquel carvalho
Instituto de Habitação
Para os devidos efeitos, vimos por este meio notificar o representante do agregado familiar da lista de
candidatos a habitação económica abaixo indicado, nos termos do n.º 2 do artigo 72.° do Código do
Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:
“Os jogos são uma linguagem universal que
nos aproxima. O prazer do homem – não nos
podemos esquecer – está também na actividade
lúdica” - Idem
ETNÓLOGA FALA SOBRE O DESEJO DE EXPOR EM MACAU
Universidade de Macau
coopera com Minas Gerais
omentar a “mobilidade de professores e alunos” e o “intercâmbio” ao nível de projectos
designadamente no campo da investigação são
os principais objectivos do acordo, explicou Rui Martins, contactado telefonicamente a partir de Macau e
quando se encontra no Brasil.
A Língua Portuguesa figura como uma das áreas
do conhecimento de potencial interesse para a mobilidade da classe docente e/ou discente até porque o
Departamento de Português da Universidade de Macau, ao abrigo de outros acordos, já envia estudantes
para instituições de ensino superior de Portugal e do
Brasil.
A microelectrónica, área em que Rui Martins
granjeou reconhecimento internacional, também se
afirma como um potencial campo para a realização
de acções de intercâmbio sobretudo porque a Universidade de Macau terá dois laboratórios de referência
do Estado chinês, um dos quais dedicado precisamente à microelectrónica.
O protocolo de cooperação, formalizado quartafeira, surge na sequência do encontro da Associação
das Universidades de Língua Portuguesa (AULP)
local
“Seria uma mostra de fotografias e objectos,
dividida em três partes, uma para jogos de mãos,
outra para jogos de corpo inteiro e outra dedicada a
jogos espontâneos” - Constança Brás
Macau, 20 de Maio de 2011
Aviso
Tendo por objectivo de melhorar a qualidade dos serviços de
telecomunicações, a CTM irá efectuar a actualização da rede
da Internet no dia 21 de Maio de 2011 das 4h00 às 7h00.
Durante o referido período, alguns utilizadores poderão ter
o seu serviço de Internet de Banda Larga eventualmente
interrompido durante 5 minutos.
Para informações detalhadas queira por gentileza de contactar
a Linha de Serviço da CTM: 1000.
Agradecemos a atenção dispensada e apresentamos as nossas
desculpas por qualquer inconveniente que venha porventura
a causar.
Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L.
m todos os locais que visita despertam-lhe
a atenção as brincadeiras de rua e os jogos
que unem crianças e adultos. Constança Brás
passou recentemente pelo território e não resistiu
a levar um “ioiô” comprado nos “Tin-tins” e mais
um mahjong na bagagem. Em conversa com o JTM,
a etnóloga e antropóloga portuguesa confessa que
tem “muita vontade de apresentar em Macau” os
jogos recolhidos nas paragens mais diversas. Uma
possibilidade que, segundo revelou, poderá vir a
concretizar-se no Albergue SCM.
Constança Brás, agora na reforma, dedica-se à
“catalogação exaustiva” dos jogos que foi acumulando durante as últimas décadas. Uma safra de
paciência. “A minha colecção possui cerca de 300
jogos, dos mais populares aos sofisticados. E a catalogação envolve o nome, fotografias e a história”,
descreve. Mostrá-los em Macau é um desejo que
até já tem forma na cabeça da etnóloga.
“Seria uma mostra de fotografias e objectos,
dividida em três partes, uma para jogos de mãos,
outra para jogos de corpo inteiro e outra dedicada a
jogos espontâneos”. Ora, a ideia é que cada objecto
tenha a respectiva ficha descritiva e uma fotografia
que retrate o local de origem. “O título podia ser
qualquer coisa do género: ‘Diálogos lúdicos: brincar, jogar e aprender”, partilha Constança Brás. De
acordo com a antropóloga, a exibição poderá ganhar forma num espaço do Albergue SCM, uma
vez que “o arquitecto Carlos Marreiros [directorgeral] mostrou-se muito sensibilizado e interessado em organizar uma mostra do género”.
Constança Brás concluiu o doutoramento com
uma tese intitulada de “Preservação do património
lúdico: Estudo comparativo das actividades lúdicas tradicionais praticadas ainda hoje em Portugal
e em Goa, Damão e Diu”. Investigou os jogos, as
canções e o folclore daqueles locais e, durante o
trabalho de pesquisa, também passou pelo território. “Apresentei e recolhi jogos cá em Macau, mas
não fiz investigação, porque já existiam trabalhos
do género como os da Ana Maria Amaro e do Cândido Azevedo”, explica.
ESPAÇO PARA SER CRIANÇA. O impulso para
mergulhar nas brincadeiras do mundo surgiu-lhe
precisamente em Goa, corria o ano de 1987. “Estava
de baixo de um coqueiro e comecei a ver uns miúdos que brincavam com jogos que já não se faziam
em Portugal. Ainda por cima eles tinham lengalengas e canções em português”, recorda. Demorou
nove anos para acabar a recolha e investigação. O
vício nasceu e nunca mais a largou. “Vou sempre a
feiras e às zonas tradicionais dos sítios que visito”,
confessa Constança Brás.
A justificação para tamanho empenho é óbvia:
“Os jogos são de uma grandeza enorme porque nos
ajudam a crescer”, argumenta a etnóloga, lamentando a falta de espaço para as crianças de hoje
brincarem. As novas construções em Macau foram,
de resto, o que a fizeram arregalar mais os olhos
face a uma cidade que não visitava há 20 anos.
“Não sei se essa evolução beneficiou as relações
humanas. Certo é que é preciso conservar espaços
na rua para o desenvolvimento da motricidade da
criança”, alerta.
A antropóloga e etnóloga diz não ser contra os
“Não sei se essa evolução [de Macau] beneficiou as relações
humanas. Certo é que é preciso conservar espaços na rua para
o desenvolvimento da motricidade da criança”
jogos de computador, porque “até podem a ajudar
a memória”, mas as escolas, especifica, “têm de
perceber que é necessário espaço para os miúdos
brincarem”. E essa é uma necessidade em qualquer
ponto do globo. “A criança brinca em todo o mundo e o mais curioso é que as brincadeiras são muito
parecidas em todos os lugares”, observa.
Da visita ao território levou um fôlego de espanto. “Vi um vulcão na Doca dos Pescadores e a
imagem que me veio à cabeça foi a de uma explosão a transformar Macau. Senti-me perdida entre a
construção luxuosa e os bairros antigos, que era o
que eu conhecia. De repente, estava num mundo e
depois noutro. Ainda estou estonteada com as mudanças que vi”. Contudo, os olhos não se fixaram
apenas nas alturas dos arranha-céus, também deslizaram até ao chão. “Fiquei surpreendida com os
desenhos de jogos tradicionais feitos com pedras
de calçada portuguesa nas ruas da cidade. Achei
muito engraçado e até fotografei”.
No meio da surpresa houve ainda lugar para
emoção. “Foi comovente ver tudo escrito em português e senti-me bem acolhida, o que compensou
o choque em relação ao ‘boom’ de construção e de
estilos. Isto também porque consegui ir a sítios que
me fizeram chegar a casa como o Clube Militar ou
o Albergue SCM”.
UM LIVRO DE ‘ESTÓRIAS’. Ainda sem data de
regresso ao território, Constança Brás pretende realizar uma exposição também em Faro e “dinamizar
os jogos nas escolas daquela cidade”. Porque “os
jogos são uma linguagem universal que nos aproxima. O prazer do homem – não nos podemos esquecer – está também na actividade lúdica”.
Tendo no horizonte contribuir para a “preservação de património, memórias e linguagens comuns”, Constança Brás tem mais um projecto de
viagem, desta feita pelas recordações que foi armazenando. “Gostava de fazer um livro de ‘estórias’.
Porque a par do levantamento, aconteceram muitas
‘estórias’ humanas e eu gostava de contá-las. Estou
a apurar essa parte”. Fotografias diz também ter
muitas. “Tenho registos de miúdos a jogarem em
diferentes partes do mundo, de mulheres reunidas
em torno de um tabuleiro de jogo... O meu olhar
prende-se muito às vivências lúdicas e humanas”.
E é esse olhar que a antropóloga quer fixar em páginas de papel, através de palavras e imagens.
jornal tribuna de macau sexta-feira, 20 de maio de 2011 pág 07
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(...) “Poucos [sapateiros] têm o seu estabelecimento, e por isso abrigamse nos portais de prédios, em lugares improvisados de chapa, ou nos
passeios em recantos de becos, e como não chamam a nossa atenção
com pregões, ali ficam à espera de quem num percalço ficar descalço do
seu calçado” (...) - José Simões Morais
(...) “Sun Dacheng (1813-1888), o pai de Sun
Yat-sen, aos 16 anos chega a Macau onde
trabalha como sapateiro até 1845, num lugar
nas imediações da actual Livraria Portuguesa”
(...) - Idem
local
HISTÓRIAS COM HISTÓRIA
Os sapateiros de rua
Já sem a precursão feita pelo
martelo a bater na metálica forma
onde colocam os sapatos, quando
os arranjam, criando assim uma
música para chamar a atenção
dos clientes, os sapateiros do
meu bairro, quando se sentem
felizes, cantam ópera
JOsé simões morais*
P
asseando pelas ruas de Macau, um
tacão desprende-se e deixa-nos
como que a mancar. Logo procuramos o sapateiro, que em cada bairro normalmente existe, mas ou se sabe onde
ele está, ou só por um golpe de sorte o
conseguimos encontrar. O melhor é perguntar num estabelecimento comercial
por quem arranje calçado na rua. Existindo por toda a cidade, encontram-se em
lugares escondidos e em muitos bairros
só quem os conhece, os descobre. Poucos têm o seu estabelecimento, e por isso
abrigam-se nos portais de prédios, em
lugares improvisados de chapa, ou nos
passeios em recantos de becos, e como
não chamam a nossa atenção com pregões, ali ficam à espera de quem num
percalço ficar descalço do seu calçado.
Nos anos 50 do século passado, os
sapateiros tinham uma forma de chamar a atenção. Batiam com o martelo na
forma de ferro com “uma pancada seca
e vigorosa, depois outra menos intensa
e enquanto acelera os batimentos fá-los
diminuir de intensidade até mal se ouvirem. Novas marteladas, mais repenicadas e assim passa o dia, enquanto não
chega o cliente para coser um sapato,
mudar os saltos, ou aplicar meias solas”.
Quem assim os descreveu foi o Almirante Joaquim Marques Esparteiro, então
Governador de Macau, que referiu ainda
encontrá-los à beira do passeio, de cócoras, com um armário de vidro dum lado
e um cesto no outro.
Registos de sapateiros, na Hispág 08 sexta-feira, 20 de maio de 2011 jornal tribuna de macau
tória de Macau, encontramos alguns.
Sun Dacheng (1813-1888), o pai de
Sun Yat-sen, aos 16 anos chega a Macau onde trabalha como sapateiro até
1845, num lugar nas imediações da actual Livraria Portuguesa.
Houve um padre, nos anos 30 do
século XX, que ensinou esse ofício a muitos chineses de Macau. Era ele, o Irmão
Fantini, mestre de sapataria, de música e
de ginástica e que formou muitos órfãos
tendo-lhes dado meios para vingarem
condignamente na vida. Muitos dos seus
alunos, como sapateiros abriram lojas ou
ficaram bem empregados em Macau.
Actualmente os sapateiros apresentam-se com a sua forma de ferro com três
pés, as suas ferramentas como o alicate, o
martelo e a lima, os pregos, a agulha e a
linha, a cola que após aplicada tem que
se esperar uns minutos para, quase seca,
colocar as meias solas, ou o tacão. Para o
cliente, têm um pequeno banco de abrir
onde este espera, sentado com o pé pousado num chinelo, que o serviço fique
pronto. Para além de atenderem a quem
rapidamente precisa de continuar a sua
caminhada, aceitam também serviço dos
que trazem o calçado para arranjar, mas
que calçados podem continuar e no dia
seguinte o irem buscar.
O sapateiro do meu bairro
Com o local de trabalho situado
na rotunda do Almirante Costa Cabral,
entre as ruas Tomás Vieira e de D. Belchior Carneiro, o senhor Zhao, com os
seus 86 anos, chega ao meio-dia, nos dias
em que não chove. A primeira coisa que
faz é dirigir-se ao armário metálico, que
se encontra na rua, abrigado sobre uma
varanda e encostado à parede. Daí retira dois retratos de Mao Zedong, que
logo dependura na parede e algum do
seu material de ofício, permitindo assim
facilitar a saída aos cartões e papéis de
arroz com a sua caligrafia, que ali guarda também. Estes são dispostos pelo
chão, usando limas e pequenas barras
metálicas para os não deixar voar. Gosta
de cantar ópera e enquanto a vai cantarolando, aponta com uma cana para os
carateres vermelhos por ele caligrafados
a partir da memória. Com orgulho diz-
nos ter já vendido algumas dessas folhas
a pessoas do Continente que aqui passaram e ao verem muitas dessas letras de
antigas canções revolucionárias, algumas já esquecidas, as quiseram comprar.
Inebriado pela música e após muitos dos
papéis recitados, lá volta a pensar no seu
ofício. Retira o resto dos utensílios de
trabalho de uma caixa, que lhe serve de
assento no período em que está a arranjar o calçado. Por fim, já sentado, começa
a preparar umas meias solas para serem
coladas nuns sapatos, trabalho que vinha do dia anterior, enquanto nos vai
falando sobre a sua vida.
O senhor Zhao, nascido em 1926 em
Doumen, no distrito de Zhuhai, emigrou
aos 15 anos para Hong Kong onde, desde Março de 1941, trabalhou numa fábrica de calçado. Aí aprendeu o ofício. Mas,
a 8 de Dezembro de 1941, os japoneses
invadiram essa cidade, o que levou o seu
patrão a fugir, e quando uma das bombas matou um dos seus colegas de profissão, resolveu regressar à terra natal.
Foi saltitando de lugar em lugar, entre o triângulo Hong Kong, Guangzhou
(Cantão) e Macau, à procura de trabalho
e mesmo que fosse apenas temporário
não importava, já que os tempos eram
difíceis e pouco havia disponível para
fazer e ganhar dinheiro.
Em 1953, na segunda vez que vai a
Hong Kong entra para o partido Comunista, que nessa altura tinha como adversários, o Kuomintang e os ingleses. Foi
onde aprendeu a cantar e dançar e em
jeito de confissão: “Aí aprendi muito, o
que veio colmatar a falta de estudos, já
que nasci de uma família pobre”.
No início de 1960, muda-se para
Cantão e no ano seguinte para Macau
onde casou e tem quatro filhos, tendo habitado muito próximo dali, por detrás da
igreja de S. Paulo. Trabalhou num negócio de família a fazer sapatos, já que nessa altura não havia fábricas de calçado
em Macau. Esteve também empregado
com outros ofícios.
Em 1985 reformou-se e como não
queria ficar sem trabalhar pediu uma licença para, no local onde hoje está, colocar a sua banca e arranjar sapatos.
Após 1999, o governo deu-lhe uma
habitação económica no Fai Chi Kei. Os
filhos disseram-lhe que não necessitava
mais trabalhar mas, “como não têm tempo para mim, sinto que quanto mais trabalho, melhor me sinto, com mais força
e melhor saúde. Agora tenho uma vida
feliz. Acordo de manhã, faço as limpezas da casa e vou tomar iam-chá (beber
chá, que quer dizer tomar o pequenoalmoço) com os amigos. Leio o jornal, o
que é muito importante pois necessito de
saber o que se passa no mundo e só depois, normalmente ao meio-dia, venho
trabalhar”.
Agora vive no lado Norte da cidade, mas gosta de ali estar pois continua
a poder conviver com os seus vizinhos,
recordando histórias antigas.
“Quando me sinto feliz, canto
ópera”.
A cola de sapateiro, que tinha colocado nas meias solas, estava já há duas
horas a secar quando nos despedimos.
* Investigador. Colaborador regular do JTM
jornal tribuna de macau sexta-feira, 20 de maio de 2011 pág 09
Lille com o título na “mão”. O Lille ficou
muito perto de conquistar o título francês
de futebol, que lhe escapa desde 1954, ao
vencer por 1-0 na recepção ao Sochaux,
num dos jogos de encerramento da 36.ª
jornada do campeonato.
desporto
Fernando Alonso renova com a Ferrari até 2016.
O piloto espanhol Fernando Alonso, campeão
mundial de Fórmula 1 em 2005 e 2006, então
ao serviço da Renault, renovou o contrato com
a Ferrari até ao final de 2016, anunciou a marca
italiana.
PEQUIM DESVALORIZA REFORMA DO DALAI LAMA. A China desvalorizou ontem
a anunciada reforma política do Dalai Lama, reafirmando que o autodenominado Governo tibetano no exílio “é uma organização ilegal” e que
“ninguém na comunidade internacional reconhece”. Há três semanas, o Dalai
Lama foi substituído naquele lugar por Lobsang Sangay, um académico de
43 anos formado nos EUA, mantendo apenas o estatuto de guia espiritual.
actual
Europa e países emergentes
lutam pela liderança do FMI
Decidida a tentar manter
um europeu à frente do
FMI após a renúncia de
Dominique Strauss-Kahn,
a UE trabalha numa
candidatura da ministra
francesa Christine Lagarde,
embora a lista de potenciais
sucessores seja longa, com
um interesse crescente
dos países emergentes,
incluindo a China
“
Final da
liga europa
N
Porto voou nas asas de um falcão
O sonho do Braga morreu em Dublin, onde o génio de Falcao fez a diferença e assegurou ao FC Porto a vitória na final da Liga Europa
a final da Liga Europa foram
poucas as oportunidades de
golo construídas pelas duas
equipas, mas o FC Porto conseguiu, aos
44 minutos da primeira parte, colocar-se
em vantagem no marcador. O autor do
golo, Falcao, foi eleito pela UEFA como o
melhor jogador do encontro.
O golo do colombiano foi o suficiente para os “dragões” assegurarem nova
conquista europeia, depois dos triunfos
em 1987 (Taça dos Campeões), 2003 (Taça
UEFA) e 2004 (Liga dos Campeões).
A vitória foi celebrada por milhares
de pessoas que posteriormente se concentraram na Baixa do Porto. Em Braga,
os adeptos estavam “desiludidos” mas
diziam estar orgulhosos do clube.
Na Arena de Dublin, a primeira
final europeia entre equipas portuguesas começou por ser um jogo nervoso, de medos, com alguns erros a
revelarem a tensão do momento e sem
ascendente evidente de qualquer das
equipas, embora com maior iniciativa
- já esperada - do FC Porto, face a um
estreante absoluto.
Sem querer correr grandes riscos,
Domingos Paciência preferiu dar mais
segurança defensiva à equipa, ao incluir
Custódio no meio campo em vez de Salino, tentando conter a saída do Porto para
o ataque e sobretudo evitar as entradas
velozes de Hulk e Varela pelos flancos.
Foi mesmo dos pés do médio bracarense que saiu a primeira situação de perigo do encontro. Uma insistência de Sílvio, de cabeça, apanhou os “dragões” em
contra-pé e Custódio, partindo no limite
do fora de jogo, surgiu isolado à entrada
da área para atirar ao lado (4 minutos).
A resposta da equipa de VillasBoas não demorou e teve Hulk como
protagonista, mas o brasileiro concluiu mal (7 minutos), depois de bater Sílvio em velocidade pela direita,
como viria a fazer mais vezes, num
duelo que, à meia hora, valeu um benevolente cartão amarelo ao jogador
“arsenalista”.
Quase sempre com oito ou nove
jogadores atrás da linha da bola e sem
se deixar abalar pelas trocas de flanco
entre Varela e Hulk, o Braga pautou o
ritmo de jogo como quis e foi sustendo um Porto controlador, mas pouco
inspirado, procurando aqui e ali transições rápidas, como a que permitiu a
Lima atirar à figura de Helton (21).
As trocas de flanco entre Hulk e Varela não abalavam grandemente a barreira bracarense, mas a estratégia foi atraiçoada à beira do intervalo por um erro
de Rodriguez. O central peruano perdeu
a bola para Guarin sobre a direita e este
cruzou para Falcao marcar de cabeça,
aos 44 minutos.
Com o golo, o Braga teve de mudar e
bastaram 45 segundos na segunda parte
para se perceber outra disposição. Mossoró, lançado por Domingos no lugar do
“amarelado” Hugo Viana, aproveitou
um erro infantil de Fernando e isolouse, mas não conseguiu evitar a defesa de
Helton com o pé direito.
Este lance foi o prenúncio de uma
segunda parte mais aberta, em que o
Braga se sentiu obrigado a ganhar ambição e perder “complexos”, assumindo o
risco de dar mais espaço aos campeões
nacionais, que iam dando conta das intenções adversárias.
Villas-Boas pragmático, Domingos queria mais
André Villas-Boas, treinador do FC Porto, reconheceu que “a exibição podia
ter sido outra” e que “o espectáculo não foi excelente”. Nas entrevistas rápidas
após o jogo, Villas-Boas considerou, no entanto, que “o importante é o FC Porto
ganhar mais um troféu para o seu palmarés”. Isso não o impediu de reconhecer
que a qualidade do jogo não foi a que poderia ter sido: “Foi um jogo directo e
agressivo, que não representa o futebol português”. Já o técnico do Sporting de
Braga, Domingos Paciência, afirmou que a final foi decidida “por um pormenor”
e defendeu que a sua equipa merecia ter levado o jogo para prolongamento.
“A justiça seria o 1-1. É pena. Há um sentimento de orgulho, mas também de
injustiça por não termos conseguido fazer golos. O FC Porto foi eficaz”, referiu.
pág 10 sexta-feira, 20 de maio de 2011 jornal tribuna de macau
Falcao “voa” para o golo que decidiu a partida
Os avançados portistas passaram
a surgir mais soltos nas imediações da
área de Artur Moraes, mas só aos 72
minutos criaram perigo, num cruzamento de Varela a que Álvaro Pereira não chegou por pouco, momentos
antes do árbitro espanhol poupar o
segundo amarelo a Sapunaru, após entrada dura sobre Sílvio.
À troca de avançados do Braga Meyong pelo apagado Lima -, VillasBoas respondeu com as substituições
de Belluschi por Guarin e de James
por Varela, refrescando meio campo
e ataque, para conter um adversário a
querer dar tudo pelo empate, embora
sem conseguir aliar a essa vontade o
melhor discernimento.
Esteve melhor o Porto que soube
gerir a vantagem, as emoções e travar as
investidas “arsenalistas” e ainda ameaçou o segundo golo, num tiro de Belluschi (86), embora tenha acabado o jogo
em sufoco, perante um Braga que na segunda parte se ficou mesmo pela ameaça
inicial de Mossoró e terminou o jogo em
desespero com o central Paulão a ponta
de lança.
Imprensa internacional destaca “passeio triunfal”
O “passeio triunfal” do FC Porto, comandado pelo “licenciado” André Villas-Boas,
e o golo de Falcao na final da Liga Europa, ofereceram, segundo a imprensa
internacional, um “Porto de campeões”. “Villas-Boas, o melhor aluno de Mourinho,
licencia-se”, destaca para título a agência noticiosa EFE. Um percurso resumido
no sítio do espanhol El Pais como um “passeio triunfal do Porto”, acrescentando
que “Falcao deu a Liga Europa à equipa de Villa-Boas frente a um débil Braga”,
que “nem sequer precisou da sua melhor versão”, destacando o “instante
de inspiração de dois dos seus colombianos, Guarín e Falcao”. Os italianos
oferecem o protagonismo a Villas-Boas, ou “Villas Coppas”, como o Tuttosport
o baptiza, salientando que o “ex-pupilo de Mourinho consegue a consagração
europeia depois do triunfo no campeonato nacional”. Mais comedido, o britânico
Telegraph realça uma “noite de celebração gloriosa, mais do que futebol
glorioso”, enquanto o francês France Football sublinha: “Porto com toda a lógica”.
T
emos que apresentar um
candidato europeu”, afirmou ontem a chanceler
alemã Angela Merkel, pouco
depois da renúncia de StraussKahn, preso em Nova Iorque,
sob a acusação de ter praticado
sete crimes de violação e agressão sexual contra uma empregada do hotel onde estava instalado.
A Europa é o principal contribuinte do Fundo Monetário
Internacional (FMI), e há uma
tradição de conceder a liderança do organismo, com sede em
Washington, aos europeus, enquanto o Banco Mundial é reservado aos americanos.
Mas a emergência de novas
potências no tabuleiro mundial
pode mudar as regras do jogo.
Vários países, como Brasil, China, Argentina e México, têm criticado a atribuição automática
do posto para um europeu.
“Já passou o tempo em que
poderia ser remotamente apropriado reservar este importante
cargo a um europeu”, considerou o ministro brasileiro da
Fazenda, Guido Mantega, em
Christine Lagarde é apontada como
forte candidata à direcção do GMI
uma carta enviada ao G20.
O México, por sua vez, pediu que o próximo director do
FMI seja nomeado em função
dos seus méritos, e não de sua
nacionalidade. Segundo a imprensa, o país pode apresentar
dois candidatos: o ex-presidente Ernesto Zedillo e o governador do Banco Central, Agustín
Carstens.
O turco Kemal Dervis, exministro das Finanças, também
surge como possível candidato
dos países emergentes.
Na mesma linha, a China
considerou ontem que os países
emergentes devem ser representados na direcção do FMI.
“Acreditamos, como sempre,
que o FMI deve manter as suas
reformas estruturais e escolher
o sucessor (de Strauss-Kahn)
com base no mérito, de forma
transparente e imparcial”, disse
a porta-voz do Ministério dos
Negócios Estrangeiros, Jiang
Yu.
A imprensa chinesa destacou
ontem
especulações
segundo as quais Zhu Min,
ex-vice-governador do Banco
Central chinês e que recentemente foi conselheiro de Dominique Strauss-Kahn no FMI,
será um potencial candidato à
sucessão.
Após a reforma do FMI
anunciada em Novembro passado, a China vai tornar-se o
terceiro maior contribuinte no
Fundo, atrás de EUA e Japão.
EUROPA MOVIMENTA-SE.
Apesar da pressão dos países
emergentes, os europeus já trabalham no nome da ministra
francesa das Finanças, Christine
Lagarde, de 55 anos, indicava
ontem a agência AFP. É “natural” que os europeus indiquem
“um candidato forte e competente”, segundo o presidente da
Comissão Europeia, José Manuel Barroso, ele próprio apontado pela CNN como possível
candidato, embora a Comissão
Europeia tenha classificado já
a notícia como um “rumor sem
fundamento”.
Nos bastidores, Lagarde é
citada com cada vez mais frequência, recebendo o importante apoio de Berlim, segundo a
imprensa alemã.
“Viva a Europa!”, afirmou
misteriosamente ontem Lagarde
ao ser consultada sobre as suas
aspirações. “Qualquer candidatura” deve ser fruto do consenso
entre os europeus, defendeu a
ministra das Finanças, no posto
desde 2007 e considerada um
dos pesos pesados do governo
do conservador Nicolas Sarkozy.
Lagarde é “”uma candidata evidente”, admitiu o seu
colega sueco, Anders Borg,
mencionando a “influência e a
experiência” da ministra. “Tem
uma reputação sólida dentro e
fora da Europa”, destacaram
fontes diplomáticas europeias.
Alguns países também
vêem com bons olhos a possibilidade de, pela primeira vez
desde a sua fundação, em 1946,
uma mulher assumir a liderança da instituição financeira. “Há
uma escassa presença (feminina) nos postos de responsabilidade” das organizações internacionais, lembrou esta semana
a ministra espanhola da Economia, Elena Salgado.
A possível abertura de
uma investigação num caso
de suposto abuso de poder na
França pode, por outro lado,
comprometer as aspirações de
Lagarde.
Os europeus também estarão a pensar noutro nome: o do
também francês Jean-Claude
Trichet, actual presidente do
Banco Central Europeu. Seria
“um candidato fantástico”, declarou o director do Banco Central holandês, Nout Wellink.
Por enquanto, o FMI recusa
dar detalhes sobre um calendário de substituição de StraussKahn, que dirigia a instituição
desde 2007 e desempenhou no
ano passado um papel-chave
nos resgates financeiros dos países da Zona do Euro.
O MUND
NOS “MEDIA”
Portugal
Portugal
Portugal
internacional
Sócrates e Passos em debate crucial
O primeiro debate entre José Sócrates
e Passos Coelho assume maior
relevância que outros no passado,
dado o número de indecisos e os
empates técnicos revelados nas
sondagens, apontaram politólogos
ouvidos pela Lusa
A
“
s expectativas são relativamente altas, embora o jogo seja uma simulação porque o confronto não está
propriamente entre os dois. Sócrates estará a conquistar o eleitorado que poderia
ir para o Bloco de Esquerda e Passos Coelho tenta recuperar um eleitorado que, nas
sondagens, perdeu para o CDS”, defendeu
Adelino Maltês.
O professor do Instituto Superior de
Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) considera que o confronto de hoje, na RTP1, “pode
ser determinante junto a estes perfis de eleitorado”, embora pense que se esteja “perante um debate que pode dar uma maioria
absoluta a um dos dois partidos”.
Para Carlos Jalali, professor na Universidade de Aveiro, este é “um debate
porventura mais importante que debates
anteriores, desde logo porque há ainda muitos indecisos e pode ser importante para a
decisão desses indecisos”.
“No aspecto da persuasão, este debate
será mais relevante do que debates noutras
eleições anteriores”, afirmou, argumentando que, devido ao acordo com a ‘troika’ com
que ambos se comprometem “será interessante para os eleitores poderem avaliar que
diferenças entre os dois”.
Segundo o professor do Instituto de
Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
António Costa Pinto, trata-se de um frentea-frente “importante sobretudo porque
estas eleições vão ser decididas por muito
pouco”, o que leva a considerar particularmente “o factor indecisão, sobretudo, nalguns segmentos de eleitorado do centro”.
“É mais importante para o presidente
do PSD, porque ele tem que nesse debate
simultaneamente vencer Sócrates e não assustar segmentos da sociedade portuguesa
que serão muito importantes para a vitória
eleitoral”, afirmou.
António Costa Pinto considera que “este
desafio será importante fundamentalmente
para Passos Coelho”, um “líder recente”, envolvido num “processo de afirmação interna” e tendo em conta a “relativa dificuldade
do PSD em conquistar votos de protesto”.
Adelino Maltês antevê que um Sócrates
“treinadíssimo” se mantenha fiel à previsibilidade dos argumentos que tem utilizado,
embora não subscreva que Passos Coelho
não tenha experiencia política. “Passos Coelho sabe que não ganha em argumentos
de confronto dialéctico, mas pode ganhar
se conseguir colar confiança psicológica, ele
tenta ensaiar um novo modelo psicológico de
relação entre o eleitor e o líder”, sustentou.
Carlos Jalali reconhece que “há uma
experiencia acumulada de José Sócrates”,
mas resta saber “até que ponto” isso contará, apontando ainda que “quem define do
tema do debate, ganha o debate”.
“A forma como o tema central do debate é colocado, o ‘framing’ do debate, os temas que são abordados, podem fazer muita
diferença na percepção do sucesso ou insucesso. A capacidade de os líderes imporem
os seus temas, os temas que os favorecem
e de jogarem em casa em termos de temas
penso que será o mais decisivo”, afirmou.
jornal tribuna de macau sexta-feira, 20 de maio de 2011 pág 11
china
singapura
Dito
(...) “O nosso sistema precisa de ser melhorado na recolha da prova técnica
e aumentadas as penas, com uma nova cultura de prisão preventiva. E
precisa de dar o grande salto que é prender, caso se justifique, com a mesma
tranquilidade e coragem, as elites” (...)
Rui Rangel in “Correio da Manhã”
(...) “Para quem quer combater a subida de preços do
sector imobiliário, prémios de terras mais elevados
provocam exactamente o efeito contrário, ou seja, puxam
os preços para cima, pura e simplesmente porque são
parte dos custos de construção.” (...) - Albano Martins
opinião
opinião
(...) “A monotonia da vida partidária revela um estado de
menoridade que nos afasta dos nossos elementares deveres
cívicos. O atoleiro em que fomos envolvidos não permite nenhuma
hipótese de ideias novas: à esquerda e à direita é tudo velho,
rançoso, e intrínseco ao sistema dominante” - Baptista-Bastos
Há 20 anos
In “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”
20/05/1991
REDACTORES DA LB VIRÃO A MACAU
O vice-presidente da Assembleia Nacional
Popular chinesa, Wang Hanbin, disse que
após a aprovação do primeiro anteprojecto
da futura LB de Macau, a comissão de
redacção irá, ao território “solicitar opiniões
da população”. Durante um encontro em
Pequim com a comissão consultiva da
Lei Básica. Wang Hanbin assegurou que
“a Lei será satisfatória para os habitantes
de Macau e os cidadãos chineses do
continente”. O primeiro anteprojecto
da constituição da futura RAEM será
estabelecido no sétimo plenário da
comissão de redacção da Lei, marcado para
Julho na capital chinesa. Segundo disse
o vice-presidente da assembleia nacional
popular, após a divulgação do anteprojecto,
membros da comissão de redacção
deslocar-se-ão a Macau para “solicitar
opiniões e sugestões da população”.
CORTE DE ÁRVORES NA PRAIA GRANDE
Do presidente do Leal Senado recebemos a
seguinte circular: Têm sido veiculadas por
órgãos de Comunicação Social algumas
preocupações relativamente ao corte de
ramos e ou de árvores na zona referida
em epígrafe, muitas delas traduzidas em
veementes reacções a esta medida do Leal
Senado de Macau e conducentes a inculcar
uma ideia de arbitrariedade ou mesmo de
inconsciência por parte desta Edilidade
nesta actuação. Saliente-se, todavia, que,
em nenhum dos casos, houve o cuidado de
procurar esclarecimentos preliminares junto
dos Serviços competentes desta Edilidade
– facto que lamentamos, uma vez que tem
sido norma não nos furtarmos ao diálogo,
quer com a Imprensa quer com os cidadãos,
sobre todas as questões que digam respeito
à gestão municipal – o que teria evitado,
certamente, o empolamento desta questão.
mami na cozinha
O imobiliário feito simples
A
1
pesar de todos estarmos a viver mais, graças aos avanços da medicina e das condições económicas e sociais
dos países, há países que se destacam pela longevidade
dos seus povos: Grécia, Itália e Japão, tem as populações
mais idosas do mundo.
Sendo os dois primeiros países do grupo mediterrânico, hoje decidi debruçar-me sobre o povo japonês e a influência da alimentação neste prodígio.
Dizem as investigações que é o equilíbrio das refeições o factor que mais contribui para que os japoneses
apareçam em primeiro lugar no ranking da longevidade
mundial: uma média de 82 anos. UAU!!!
Uma das explicações para tal segredo parece ser uma
alimentação à base de arroz, peixe, algas, verduras, soja e
chá verde.
De facto, os japoneses comem mais peixe do que carne. Quatro vezes mais peixe que o resto mundo, sabia? Sobretudo salmão e atum, ricos em vitamina A e B, proteínas
e aminoácidos, gorduras polinsaturadas e ómega 3, eficaz
na redução do colesterol e doenças do coração.
De facto, o baixo colesterol explica a reduzida taxa de
«mortalidade cardíaca» entre esta população, pois estes
problemas estão referenciados com o consumo de carne
vermelha, lacticínios e derivados.
Já as algas, com elevada concentração de sais minerais
e betacarotenos, são também desintoxicantes e têm muito
iodo, impedindo as doenças da tiróide, aceleram o metabolismo e ajudam ao emagrecimento.
Quanto à soja, um dos alimentos mais completos da
nossa cadeia alimentar, é a estrela de uma das culinárias
mais saudáveis do mundo. É rica em proteínas e uma
substancia semelhante à hormona feminina – estrogenio,
que minimiza os desconfortos associados à menopausa,
previne a osteoporose e o cancro do ovário e do útero.
Já agora: o pequeno-almoço japonês é composto de
chá verde, arroz cozido, uma pequena omeleta ou salmão
grelhado.
Mas outros agentes podem ser associados à longevidade deste povo: a sua genética, o modo de vida baseado
numa rede social e familiar alargada onde os papeis estão
bem definidos, o trabalho por prazer e não por obrigação, e
os efeitos dos níveis baixos de stress dos indivíduos.
Pena é, saber que a globalização e a massificação do
fast-food também não está a deixar indiferente as novas gerações deste povo e que os problemas ocidentais derivados
da alimentação estão a começar a dar os seus sinais entre
os japoneses: aumento do consumo de sal e açúcar, menos
vegetais e peixe, e consequentemente – a obesidade!!
Pelo menos que possamos continuar a aplicar uma das
coisas mais sensatas que este povo também nos ensina: «hara
hachi bu», ou seja, oito decimas de barriga, que os restantes
20% fiquem por preencher na hora de se alimentar.
SALMÃO RECHEADO COM AZEITONAS
Compre um lombo de salmão fresco, abra ao meio e tempere com sal, pimenta, um fio de azeite, raspa de limão,
manjericão e azeitonas picadas.
Feche os lombos e coloque em prato de ir ao forno,
com algumas rodelas de limão por cima, salsa picada
e um fio de azeite.
Leve ao forno durante 25 minutos para corar,
sem deixar secar.
Para qualquer esclarecimento ou comentário consulte:
http://maminacozinha.blogspot.com
* Colaboradora. Escreve neste espaço às sextas-feiras.
Dr. Isabel Wu
is the only specialist in Children dentistry in Macau,
a registered dentist in Hong Kong and Australia.
Dr. Valentina Lopes
is a registered dental surgeon in Portugal and
got a Master Degree in Hong Kong.
Dr. Tuan Ta
is a registered orthodontist in Hong Kong and Canada.
Consultation by appointment:
Mon to Sat: 10:30am - 7:30pm
Sun: 10:30am - 2:00pm
Tue and public holidays: closed
Tel: 28373266 Fax: 28356483
Email: [email protected]
Avenida da Praia Grande, Nº 665,
Edifício Great Will, 2º Andar A
pág 12 sexta-feira, 20 de maio de 2011 jornal tribuna de macau
AVISO
Faz-se público que, por despacho de Sua Excelência, o Chefe do
Executivo, de 29 de Abril de 2011, se encontra aberto o Concurso
Público para «Fornecimento de Medicamentos e Outros Produtos
Farmacêuticos aos Serviços de Saúde», cujo Programa do Concurso
e o Caderno de Encargos se encontram à disposição dos interessados
desde o dia 18 de Maio de 2011, todos os dias úteis, das 9:00 às 13:00
horas e das 14:30 às 17:30 horas, na Divisão de Aprovisionamento
e Economato, sita na Cave 1 do Centro Hospitalar Conde de S.
Januário, onde serão prestados esclarecimentos relativos ao concurso,
estando os interessados sujeitos ao pagamento do custo das
respectivas fotocópias ou ainda mediante a transferência gratuita de
ficheiros pela internet no website dos S.S. (www.ssm.gov.mo).
As propostas serão entregues na Secção de Expediente Geral
destes Serviços, situada no r/c do Centro Hospitalar Conde de São
Januário e o respectivo prazo de entrega termina às 17:45 horas do
dia 28 de Junho de 2011.
O acto público deste concurso terá lugar no dia 29 de Junho de
2011, pelas 9:30 horas, na sala do «Auditório» situada no r/c do
Edifício da Administração dos Serviços de Saúde junto ao CHCSJ.
A admissão a concurso depende da prestação de uma caução
provisória no valor de $ 100.000,00 (cem mil patacas), a favor dos
Serviços de Saúde, mediante depósito, em numerário ou em cheque,
na Secção de Tesouraria destes Serviços ou através da Garantia
Bancária/Seguro-Caução de valor equivalente.
Serviços de Saúde, aos 9 de Maio de de 2011.
. A intervenção do deputado
Pereira Coutinho relativamente à venda das habitações públicas
atribuídas pelo Governo, se todos
os que me lêem se recordam o que
tenho vindo a escrever sobre o assunto nos últimos tempos, tem toda
a lógica e, sobretudo, muito bom
senso.
Posso não concordar talvez
com tudo, mas por certo que estou
com ele no essencial.
Ao Governo, enquanto tal,
compete definir políticas sociais
que possam proteger as camadas
mais desfavorecidas da população.
Nomeadamente, permitindolhes o direito a uma habitação mais
condigna.
Isso e apenas isso!
O Governo não deve, pois,
permitir que os objectivos dessa
política sejam depois, algures num
futuro mais sorridente para com alguns membros da comunidade que
foram por ele beneficiados no passado, distorcidos pela ganância de
algumas dessas gentes.
Como essas habitações são
mais baratas, pois que esse é o cerne
da questão que resulta da preocupação do Governo em formular políticas de cariz social, precisamente
porque no seu custo não entra o
custo da terra (prémio da terra) ou
apenas parte dele (premio bonificado), e a venda se faz sem margem
de lucro ou a margens menores, colocar mais tarde essas habitações à
venda no mercado privado, a qualquer que seja o comprador, é desvirtuar os objectivos de política que
levaram à sua atribuição.
Por outro lado, constitui con-
corrência desleal para com os construtores e investidores privados, que
pagaram a terra ou a pagaram bem
mais cara, e que fazem disso a sua
profissão.
Tão simples quanto isso!
Mas, repito o que tenho vindo a
dizer desde sempre, essas habitações
não são construídas pelo Governo
mas por privados, a quem o primeiro
a adjudica, por concurso público.
Era o que faltava termos agora
o Governo a exercer actividades que,
pela sua natureza, são próprias e típicas da iniciativa privada!
Se não houver práticas fraudulentas de proposta combinada de preços (cambão), está claro que o custo
dessas habitações torna-se ainda mais
acessível para a população em geral.
2
. Continuo a achar piada aos que
defendem a subida dos prémios
das terras quando os preços das habitações privadas são já tão elevados.
Para quem quer combater a subida de preços do sector imobiliário,
prémios de terras mais elevados provocam exactamente o efeito contrário,
ou seja, puxam os preços para cima,
pura e simplesmente porque são parte dos custos de construção.
Não faz sentido querer-se combater a inflação e ser o próprio Governo a dar o mau exemplo!
Ou seja, ser ele o primeiro a subir
os seus preços de forma descuidadamente elevada, repercutindo-se para
a frente e alimentando depois a espiral inflacionista.
O Governo, que não faça do mercado de habitação, mais uma fonte alternativa ou forma de arrecadar mais
e mais receitas!
Já chega o que os casinos lhe entregam.
Como é conhecido do público
em geral, a utilização das receitas do
jogo mostra muitas vezes um desempenho relativamente mau por parte
do próprio Governo, que denota dificuldades em ser relativamente eficiente nesse domínio.
Para quê mais receitas, então, se
a sua obtenção ainda por cima vem
colidir com a qualidade de vida da
classe média e, sobretudo, de muita gente que não beneficia em nada
com a pujança do jogo?
O que o Governo devia fazer,
quando se tratam de segmentos do
mercado de habitação que não sejam
de luxo, repito, que não sejam de
luxo, porque o luxo só o tem quem
pode tê-lo, era obrigar, no acto de
concessão de terrenos a prémios aceitáveis, ou seja, não desmedidamente
inflacionados, quem concorre à concessão dessas terras, a comprometerse a praticar preços de venda para as
fracções autónomas, dentro de um
determinado intervalo de preços livremente por ele calculado, tendo
em conta as suas margens de lucro.
E ganharia a concessão quem
desse garantias ao Governo de que
os terrenos não seriam, assim, para
mero acto de especulação, mas para
serem de facto vendidos com margens de comercialização aceitáveis
para o construtor e para a sociedade, pois, agora, trata-se de respeitar
a livre e saudável iniciativa privada, que trabalha naturalmente com
lucro, embora agora mais sujeita a
uma maior regulação e controlo e
obedecer a políticas de arrefecimento do mercado imobiliário, melhorando a qualidade de vida da classe
média.
Se me disserem que isso não é
possível, digo apenas que deveriam,
então, estudar, e desta vez, garanto,
que não chateava ninguém, pois
pode-se facilmente simular o resultado final, em termos de preços de
venda, de um qualquer empreendimento futuro.
Conseguindo-se isso, o Governo teria um maior controlo da inflação esperada e poderia, com tempo,
formular medidas de política económica conducentes a um arrefecimento do mercado.
Assim, combate-se, a sério,
uma das causas mais agressivas da
inflação!
*Economista.
Escreve neste espaço às sextas-feiras.
(...) “O Governo, que não faça do mercado
de habitação, mais uma fonte alternativa ou
forma de arrecadar mais e mais receitas! Já
chega o que os casinos lhe entregam” (...)
TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE
Juízo Cível
ANÚNCIO
Serviços de Saúde
Concurso Público Nº 12/P/2011
Website:www.icqoral.com
Albano Martins*
Longevidade e alimentação
Governo da Região Administrativa Especial de Macau
• Offer all ranges of dental services with high quality.
• Ensure the highest level of infection control.
• Provide complete oral health care.
os desatinados
Manuela Nunes *
Acção Ordinária Processo nº CV3-10-0071-CAO
3° Juízo Cível
Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., sociedade
anónima, com sede em Macau, na Av. Almeida Ribeiro, nº 22.
Ré: Ma Teresita Angeles Cervantes, ausente em parte
incerta, com última residência conhecida na Rua de Santa Filomena,
nº 17, Edifício Weng Iek Lao, 1º andar “A”, Macau.
FAZ-SE SABER que, por este Juízo e Tribunal, correm éditos de
TRINTA (30) DIAS, contados da segunda e última publicação do
respectivo anúncio, CITANDO a Ré acima identificada, para no prazo
de TRINTA (30) DIAS, contestar, querendo, a Acção Ordinária, acima
identificada, conforme tudo melhor consta da petição inicial, cujos
duplicados se encontram neste 3° Juízo Cível à sua disposição e que
poderão ser levantados nesta secretaria, sob pena de não o fazendo no
dito prazo, seguir o processo os ulteriores termos até final à sua revelía.
Se não contestar, não se consideram reconhecidos os factos articulados
pelo Autor.
Consigna-se que é obrigatória a constituição de advogado, no caso de
querer contestar.
Em síntese, o Autor, pede que a acção seja julgada procedente por
provada e em consequência:
a) ser a ré condenada a pagar ao autor a quantia de MOP$64.758,83
(sessenta e quatro mil setecentas e cinquenta e oito patacas e oitenta e três
avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa anual de
30% após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo
imposto de selo que sobre os mesmos incide, ainda, as custas e condigna
procuradoria.
Macau, 11 de Abril de 2011.
A Juiz,
a) Ip Sio Fan
O Escrivão Judicial Principal,
a) Aníbal Gonçalves
O Director dos Serviços, Substº.,
Chan Wai Sin
2ª Vez
“JTM” - 20 de Maio de 2011
tribuna
Baptista-Bastos
Para que servem estes senhores?
A
s sondagens são a perpétua transacção que
regista os conflitos sociais e os debates que se
operam entre os políticos e nós próprios. Há racionalidade nos resultados apresentados? Aparentemente, o óbvio deixa de o ser. E o imprevisível
representa o equilíbrio frágil próprio dos funcionamentos paradoxais. Quem diria que o PS de Sócrates estaria à frente do PSD de Passos, no curto
espaço de meia dúzia de dias? Mas esta oscilação,
mistura instável dos sentimentos que movem os
cidadãos, tem muito que ver com a “mensagem”,
no sentido que lhe atribui Armand Mattelart (La
globalisation de la surveilance, La Découverte,
2007).
Não é só “dizer”; é fazer com que o que se
“diz” seja fixado uma vez por todas. A verdade
constitui mais uma procura incansável do que
um dado filosófico adquirido. Sabemos que esse
conceito está cada vez mais arredado não só da
política como dos outros sectores da sociedade
portuguesa. Sócrates tem mentido, mas Passos Coelho não está isento do feio pecado. Desnecessário
enumerar. Devemos admitir, com a complacência
do inevitável, ser assim governados?
O presidente do PSD teve todas as possibilidades de um triunfo rápido, por admissível. Boa
aparência, frase bem boleada, voz convincente. O
seu adversário mais próximo estava desgastado por
escândalos, aldrabices infantis, omissões lacunares,
decisões políticas absolutamente deploráveis, ideologia de direita, e arrogância displicente pelo facto
de se presumir sozinho em campo. Acresce que o
partido parecia de rojo a seus pés. Nem sequer relembro o último congresso para me apoiar no irrefutável.
Enquanto, no PS, as hordas estavam disciplinadas e dispostas a bater-se com o montante contra tudo o que se lhes opusesse, o PSD expunha as
fragilidades resultantes das lutas de facções, os ressentimentos e as batalhas de interesses. Nada disto,
num e noutro partido, tem que ver connosco, e com
Portugal. Nós e Portugal somos outra coisa. Neste
momento, quando as sondagens fazem estremecer
o PSD, a intriga, a conspiração, a maquinação e o
conluio lavram, entre os “companheiros” de Passos, e o que entendem ser a sua política errática e
inconsequente. Sócrates, para o PS, é a nódoa difícil de apagar. Passos, no PSD, é o homem a abater.
A monotonia da vida partidária revela um
estado de menoridade que nos afasta dos nossos
elementares deveres cívicos. O atoleiro em que fomos envolvidos não permite nenhuma hipótese de
ideias novas: à esquerda e à direita é tudo velho,
rançoso, e intrínseco ao sistema dominante. Criouse essa monstruosa mistificação dos “partidos do
arco do poder”, como inevitabilidade sem argumentação contrária. Perguntamos: que são, em rigor, o PS, o PSD e o CDS; e para que servem Sócrates, Passos e Portas? Ou, melhor: a quem servem?
JTM/DN
jornal tribuna de macau sexta-feira, 20 de maio de 2011 pág 13
LADY GAGA DESTRONA OPRAH. Lady Gaga destronou Oprah Winfrey
do primeiro lugar do top de celebridades mais poderosas,
segundo a Forbes. Os números impressionam: 32 milhões de fãs
no Facebook, 10 milhões de seguidores no Twitter e 90 milhões
de dólares ganhos na Monster Ball Tour.
lazer
Ke$ha pede dentes para fazer colar Lisa Edelstein
A cantora Ke$ha voltou a protagonizar um momento insólito, ao pedir
deixa a série “House”
publicamente aos seus fãs que lhe ofereçam os seus dentes, de modo que
possa fazer um colar para usar nos eventos de distribuição de galardões. A
cantora terá tido inspiração para a ideia depois de receber um dente molar
de um fã. A intérprete de “TiK ToK” tem primado pelas suas atitudes ousadas,
como o caso do concerto em que bebeu o que parecia ser sangue a partir de
um coração de um animal.
ACTRIZ ASSALTADA EM QUARTO DE HOTEL. A actriz e produtora
argentina Martina Gusman, membro do júri do Festival
de Cinema de Cannes, foi vítima de assalto no quarto do
hotel Marriott, em França. A actriz relatou que lhe levaram
dinheiro, ainda que não fosse uma quantia elevada.
Lisa Edelstein
abandonou a série
“House”, avança
o “The Hollywood
Reporter”. A “Dra
Cuddy” não vai
entrar na próxima
temporada da
série o que está
a causar algumas
dores de cabeça
à produção, uma
vez que a sua
personagem
tinha iniciado um
romance com
o protagonista,
“Dr House”. O
contrato da actriz
terminou no final da sétima temporada, tal
como o de outros actores - Omar Epps e
Robert Sean Leonard - mas a actriz não
aceitou os termos de renegociação do
contrato que envolviam a redução de salários.
Ivanka Trump
está grávida
Ivanka Trump
está grávida de
uma menina. A
filha de Donald
Trump revelou, em
entrevista à Harper's
Bazaar, que está
um pouco nervosa
com a chegada da
primeira filha, cujo
nascimento está
previsto para Julho,
mas que está a
viver uma gravidez
sem sobressaltos.
Segundo a
empresária, o pai
está radiante com a
chegada da neta.
“O meu pai está felicíssimo, assim como o meu
marido, Jared Kushner, que está em êxtase com
a chegada da filha”, disse. Ivanka Trump e Jared
Kushner casaram-se em Outubro de 2009, e esta
é a primeira filha do casal.
Pippa Middleton faz
“disparar” cirurgias
O corpo de Pippa Middleton continua a dar que
falar. Desta vez, a elegante forma física da irmã
da Duquesa de Cambridge fez disparar cirurgias
plásticas. Pippa Middleton é apontada como a nova
referência das mulheres que pretendem melhorar
a sua imagem posterior. Segundo a imprensa
britânica, as clínicas de estética do Reino Unido
registaram um aumento de 60% na procura das
cirurgias aos glúteos. Inspirada pela procura, uma
clínica lançou um pacote especial que pode custar
8,5 mil euros: “The Pip Package Perfect Posterior”.
STAR MOVIES
21:00
Knowing
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Football Asia Beach Soccer
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Fleet Racing Tour
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A Few Good Men
The Spy Next Door
Bad Boys
The Accidental Husband
Knowing
Possession
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30 ESPN
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Roteiro
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Waterworld
Earth Vs. The Flying Saucers
Appaloosa
Epad On Max
The Funhouse
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43 MGM
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Rocky Marciano
The Believers
Steele Justice
Il Tango Della Gelosia
The War at Home
Leather Jackets
100 Films and A Funeral
Cop
50 Discovery
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18:30
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Mythbusters
First Time Film Makers Vietnam
Mega Builders
Build It Bigger
Dirty Jobs
How It’s Made
How Do They Do It?
Mega Engineering
Tattoo Hunter
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22:00
23:00
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Mythbusters
Kidnap & Rescue
Forensics: You Decide
Mythbusters
51 NGC
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Megastructures
Animal Mega Moves
iPredator
Fight Science
Incredible Human Machine
Dogtown
Extraordinary Dogs
Seconds From Disaster
Ancient Megastructures
Wild Case Files
Ghost Ship
Taboo
Wild Case Files
54 History
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Modern Marvels
Icons Of Power
Top Shot
Swamp People
Shockwave
Modern Marvels
Swamp People
Hollywood’s Greatest Villains
Malaysia’s Very Able Troopers
Top Shot
55 Biography Channel
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Intervention
Ferdinand Porsche
Storage Wars
Caroline Kennedy
Obsessed
Intervention
Rendezvous With Simi Garewal
Shatner’s Raw Nerve
Tough love
Private Sessions
Gene Simmons: Family Jewels
Storage Wars
Intervention
Celebrity Ghost Stories
CINEMAX
Serviço de atendimento a clientes
The Funhouse
www.macaucabletv.com
22:00
28822866
62 AXN
cinema
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Cineteatro Sala 1 pirates of the caribbean 4
Csi: Ny
24
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Leverage
Csi: Ny
Hawaii Five-O
Csi: Ny
House
Csi: Crime Scene Investigation
Criss Angel Mindfreak
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Csi: Crime Scene Investigation
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63 Star World
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American Idol
Star World Presents
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Masterchef Australia
Glee
American Idol
Don’t Stop Believing
American Idol
Glee
Castle
Masterchef Australia
American Idol
Glee
82 RTPi
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Telejornal Madeira
Documentário
Com Ciência
Bom Dia Portugal
Portugueses Pelo Mundo
Quem Tramou Peter Pan?
Estado De Graça
Jornal Da Tarde
O Preço Certo
Eco Social
Ingrediente Secreto
Portugal No Coração
Portugal Em Directo
Um filme de: Rob Marshall. Com: Johnny Depp, Penelope Cruz
14:15H 16:45H 19:15H 21:45H
Cineteatro Sala 2 Fast & furious 5
Um filme de: Justin Lin. Com: Vin Diesel, Paul Walker
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Cineteatro Sala 3 source code
Um filme de: Justin Lin. Com: Vin Diesel, Paul Walker.
14:30H 16:30H 19:30H 21:30H
Torre de macau pirates of the caribbean 4
Um filme de: Rob Marshall. Com: Johnny Depp, Penelope Cruz
14:30H 16:30H 19:30H 21:30H
Clube
Militar
de Macau
Avenida da Praia
Grande, 975, Macau
Tel: 28714000
Telefones Úteis
Número de Socorro
Bombeiros
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PJ (Piquete)
PSP
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Hospital Kiang Wu
CCAC
IACM
DST
Aeroporto
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Táxi (Preto)
Água - Avarias
Telecomunicações - Avarias
Electricidade - Avarias
Directel
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28 572 222
993
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28 559 944
28 313 731
28 371 333
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28 387 333
28 882 184
59 888 88
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28 939 939
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1000
28 339 922
28 517 520
28 568 333
anima
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pág 14 sexta-feira, 20 de maio de 2011 jornal tribuna de macau
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Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau Caixa Postal (P.O. Box): 3003
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e [email protected]
última
MAIS DE MIL ASSINATURAS EM NOME DE FRANCISCO FIGUEIRA
A petição para o arquitecto Francisco Figueira dar nome a uma rua de Macau já
ultrapassou as mil assinaturas. Dois meses
depois do abaixo-assinado estar a circular, o
arquitecto Carlos Marreiros, principal promotor da iniciativa, faz um balanço muito
positivo. “Francisco Figueira é património
de Macau. Termos atingido esta meta é motivo de grande alegria e ultrapassou largamente as nossas expectativas”, afirmou ao
JTM o arquitecto e director do Albergue
SCM. A quantidade de assinaturas é tanto
mais surpreendente considerando que “não
há memória de um abaixo-assinado do género na RAEM”, salienta ainda Carlos Marreiros. A petição está a circular, tanto em papel como na
Internet, até à primeira semana de Julho. Nessa altura, será feita a “verificação de tudo” para depois
o resultado chegar oficialmente ao Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais. Carlos Marreiros congratula-se ainda pela causa estar a mobilizar figuras de diferentes quadrantes, de “directores
de serviços, passando por deputados, figuras públicos a cidadãos anónimos”. Conhecido como o
pai do património em Macau, Francisco Figueira faleceu em 2009.
CASA DE PORTUGAL LANÇA NOVO CICLO DE CINEMA
Um total de 13 filmes, entre os quais “Romeu e Julieta” (1968), de
Franco Zeffirelli, integram o cartaz da quarta edição do ciclo de cinema organizado pela Casa de Portugal em Macau, que decorrerá
até 8 de Julho. Intitulado “Amores Sublimes”, o ciclo decorrerá
em sessões que se realizam todas as terças e sextas-feiras entre 24
de Maio e 08 de Julho na Casa Garden. Como o filme escolhido
para a abertura do ciclo, todas as películas da programação foram
seleccionadas pelo jurista português Fernando Vitória. À película de Zeffirelli (na foto) seguem-se “Aurora (1927), de F.W. Murnau, “Luzes da Cidade” (1931), de Charles Chaplin, “Casablanca” (1942), de Michael Curtiz, “Dia de Cólera” (1943), de Carl T.
Dreyer, bem como “Difamação” (1946) de Alfred Hitchcok. A lista
de obras inclui ainda “Sentimento” (1954), de Luchino Visconti,
“Esplendor na Relva” (1961), de Elia Kazan, “Dr. Zhivago (1965), de David Lean, bem como “O
Nosso Amor de Ontem” (1973), de Sidney Pollack. A 1 de Julho, o ciclo avança para a década
de 1990 com “As Pontes de Madison County” (1995), de Clint Eastwood, que precede “Debaixo
do Espinheiro” (2010), realizado por Zang Yimou, voltando atrás no tempo para terminar com
“Paris, Texas” (1984), de Wim Wenders. Uma breve apresentação, a cargo de diferentes personalidades, irá anteceder as sessões, com vista a localizar no tempo a história e a focar os principais
aspectos da película, deixando ainda espaço para um eventual debate com o público no final.
Mensagem póstuma de Bin Laden
INCENTIVA revoluções árabes
O falecido líder da Al Qaeda, Osama bin Laden,
enalteceu as revoluções na Tunísia e no Egipto numa mensagem póstuma divulgada ontem
numa página islamita, na qual exorta os seus seguidores a apoiarem os esforços para derrubar
mais “opressores”. Numa gravação de áudio com
duração de 12 minutos e meio divulgada por um
site que costuma publicar mensagens da Al Qaeda e de grupos afins, Bin Laden disse: “a revolução iluminou a Tunísia e com a queda do tirano
caíram a humilhação, o servilismo e a passividade, enquanto foram despertados os significados
de liberdade, orgulho e coragem e a iniciativa
e os ventos da mudança chegaram a Tahrir (no
Egipto)”. Na gravação, o terrorista qualifica ainda a revolta popular no Egipto, que terminou a 11 de Fevereiro com a renúncia do presidente Hosni Mubarak, de “uma grande revolução, crucial para o Egipto e para toda uma nação”. Além disso, dirigiu uma mensagem
aos “revolucionários livres em todos os lugares”, aos que descreve como “cavalheiros e
dirigentes”, e exortou-os a darem sequência à iniciativa e ao caminho rumo ao objectivo. O
terrorista ressalta também a importância de criar uma comissão para responder a consultas
e auxiliar os povos muçulmanos, e um centro de operações para assistir os que lutam contra
os seus “opressores” e os que têm de proteger as suas revoluções.
pág 16 sexta-feira, 20 de maio de 2011 jornal tribuna de macau
tempo
fonte: serviços meteorológicos
e geofísicos www.smg.gov.mo
hoje
amanhã
24 C
300C
0
24 C
290C
0
câmbios - indicativos
Pataca Compra US Dólar
7.96
EURO
11.32
yuan (rpc)
1.194
fonte: bnu
Venda
8.06
11.40
1.244
TEATRO EM PATUÁ NO FECHO
DA TERCEIRA SEMANA DO FAM
A peça “Qui Pandalhada”, pelo Grupo de Teatro Dóci Papiaçám di
Macau, e a Mostra de
Dança de Grupos Locais
vão encerrar a terceira
semana do XXII Festival de Artes de Macau
(FAM). “Qui Pandalhada” é uma nova e divertida peça em patuá que
promete fazer as delícias do público, pelas 20
horas de hoje e amanhã,
no Grande Auditório do
Centro Cultural (CCM).
Na peça, Duarte, funcionário em ascensão nos
quadros de uma empresa convertida em fábrica de brinquedos e
de artigos decorativos, de um momento para o outro e sem justificação aparente, vê-se afastado das suas funções. A nova e ambiciosa administradora está apostada em levar a empresa a patamares mais lucrativos, numa Macau em que tudo passou a girar
à volta de um novo símbolo comercial: os pandas. No domingo,
pelas 15 e 20 horas, no Pequeno Auditório do CCM, será apresentada a Mostra de Dança de Grupos Locais. Segundo o CCM,
este espectáculo convida amadores e profissionais da dança de
Macau, a pisarem o palco e partilharem com o público diversas
linguagens de dança, tanto tradicionais como modernas, num espectáculo com direcção artística da bailarina portuguesa Sandra
Battaglia e que conta com a participação dos grupos V R Rockers,
Núcleo de Goa, Damão e Diu com Renu Dhawan, Companhia
de Dança Violeta, Casa de Portugal em Macau – Grupo Lebab,
Grupo Axe Capoeira Macau, Batukada Brasil e Cia. De Dança
Afro Mavanjú.
WALL STREET JOURNAL PREMEIA
Analistas do jogo em Macau
Analistas do sector do
jogo em Macau conquistaram os principais prémios
da pesquisa anual “Asia’s
Best Analysts” promovida pelo prestigiado “Wall
Street Journal”. Este projecto centra-se em 21 sectores de 10 países e territórios considerados de
particular interesse para
os investidores. Numa iniciativa que distinguiu três analistas em cada sector de actividade
e país ou região, Karen Tang, especialista do Deutsche Bank que
acompanha regularmente as tendências do jogo e turismo em
Macau, venceu na categoria de “Viagens e Lazer” e foi considerada a segunda melhor analista de Hong Kong, atrás de Praveen
Choudhary, da Morgan Stanley. Choudhary também arrecadou o
principal prémio dos “Bens e Serviços Industriais” e foi segundo
na vertente das “Viagens e Lazer”. Gabriel Chan, especialista do
Credit Suisse sobre as questões ligadas ao jogo em Macau, conseguiu a terceira posição nas categorias de “Viagens e Lazer” e
“Melhor Analista de Hong Kong”. Karen Tang escolheu a Sociedade de Jogos de Macau como a melhor opção de investimento
no jogo em 2010, sendo que as acções da operadora acabaram
mesmo por crescer 188 por cento no ano passado, numa altura
em que alguns investidores temiam que a empresa controlada
por Stanley Ho não fosse capaz de fazer face ao reforço da concorrência em Macau.
fecho desta edição jtm - 24:00horas

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