reformulacao da farda do colegio - TCC On-line
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reformulacao da farda do colegio - TCC On-line
Thais Catherine Ramme Reformulag8o da farda do Colegio Militar de Curitiba Curitiba u;rp 2006 Thais Catherine Ramme Reformulag8o da farda do Colegio Militar de Curitiba Tee - Trabalho de conclusao de Curso apresentado ao curso de Design, habilitac;:ao em Design de Moda, como requisite parcial para obtengao do grau de Designer de moda da UTP Universidade Tuiuti do Parana Orientada pela professora Eunice Valente. Curitiba UTP 2006 EUAGRADE<;:O Agradec;o a professora Eunice, pela paciemcia, a professora Scheila, pelas broncas nas horas que eu precisava de urn empurrao, professora Denise, pelas ideias mirabolantes, a professora Fatima, por ensinar como se diz algodao em alemaoe a a par ter me feito ficar de final e aprender 0 que e resiliencia, professora Eliane, por ensinar como se faz urn molde, professora Monica, per ensinar como fazer urn molde em miniatura, professera Sonia (grande Sonia), per ter feito nascer em mim meu espirito libertario e exigir um impeach man dela, professora Guiomar, que me faz ter pesadelos com fichas tecnicas, a professora Denise (outra?) sim, lembra dela? Nao sei se me ensinou alguma coisa, mas lembrei dela. Tem tambem aquela professora baixinha do cabelo curto, nao lembro 0 nome, mas ela me ensinou a ser grossa. Queria agradecer demais ao querido e centenario professor Bini, a enciclopedia com pernas, per ensinar que design e arte e que nao saber 0 ana da queda da Bastilha urn absurdo. Ao grande Ivens, por confundir minha cabec;a e dizer que nao, design nao e arte e que design mata. Ao professor Joaquin (com n no final, ou ele nem Ie 0 trabalho), que me fez entender que homens realmente fofocam e que e impossivel ter uma empresa sem urn plano financeiro. Ao professor Arion, que apesar das gracinhas e das piadinhas machistas tentou me ensinar a mexer no Excel (desculpa Arion, nao deu certo). Queria agradecer Marilda, que apesar de nunca estar na faculdade, sempre sabia de tudo 0 que acontecia! Gostaria de lembrar neste momento da faculdade do Portao, onde tudo comec;ou e das matanc;:as de aulas da padoca (nao devia ter falado isso). Gostaria de agradecer as band as de hardcore que fazem umas musicas bem pesadas e nao me deixaram dermir nas noites que virei acordada. Agradec;o aos Padrinhos Magicos, aquele desenho bern bobo que passa na Warner, que eu assistia per 5 minutos enquanto tomava uma caneca de cafe com coca antes de voltar para 0 trabalho que duraria a noite toda ... Coca-Cola, como nao lembrar, obrigada per existir!! Ah!! As minhas amigas, Manu, Tati, Su e Fla, sem elas eu nunca teria chegado ate aqui, teria desistido no primeiro ana e estaria me formando em administraC;ao ou estaria loira e casada com algum jogader de futebol. Falando em futebol, agradeyo ao Atletico por nao ter jogado nada esse ano e ter perdido a Sui Americana, me fazendo nao ir aos jogos e me poupando tempo e dinheiro. Agradec;:o ao Coxa par nao ter subido pra primeira divisao, minha grande alegria este ana Ua ouviu a piadinha do viagra?). Par fim, agradeyo minha mae por nao ter me enchido 0 saco e ter me deixado ficar acordada ate de manha, ao meu pai per ter pagado minhas contas e ao meu irmao, por fazer a minha alegria e me chamar de doente ao acardar as 5 pra ir pra escola e me ver debruc;ada sobre a impressora que tinha dado pau. a a a e a a SUMARIO Lista de Figuras x Resumo xi Abstract xii INTRODU<;;AO REVISAo Exercito . BIBLIOGRAFICA 2 Brasileiro 2 A Evolu~ao do Uniforme 3 Mulheres no Exercito 4 4 Maria Quib[lira Atualidade 6 Colegio Militar A 7 concretiza~ao do sonho Thomaz Coelho e 0 Colegio 8 Militar 8 o primeiro aniversario 10 Designacao Hist6rica 11 A admissao das alunas 11 Linha do tempo 11 Sistema 12 Pro posta Pedag6gica o Colegio 12 Militar de Curitiba Educa~ao e Excelencia 13 14 A Oesativacao 14 o Processo 15 de Reativacao A Reaburtura MATERIAlS E METODOS 15 DE PESQUISA 17 Analise e Pesquisa 17 Fun~6es do produto 18 Fun~iio pratica Fun~iio estetica Funcao simb6Iica Publico alvo 18 18 18 20 Analise diacronica 20 Analise sincronica 21 Conceito 21 Ambiencia 22 Cartela de cores 23 Cartela de materiais 24 Gera~ao de alternativas 25 RESULTADOS 33 Sele~ao de Alternativas 43 Analise ergonomica 44 Ergonomia e conforto termico Ergonomia e metabolismo 44 Ergonomia e postura 45 Ergonomia e movimentos 46 - regula~ao termica DlscussAo 49 Pontos positivos 50 Pontos negativos 50 CONCLusAo ANEXOS REFERENCIAS 44 . . BIBLIOGRAFICAS .. .. 51 52 54 Lista de Figuras Fig. 1 - Soldado Infante 1740 Fig. 2 - Soldado Infante 1762 Fig.3 - Soldado Infante 1781 Fig.4 - Sold ado Infante 1799 Fig. 5 -Maria Quiteria Fig. 6 - Maria Quiteria - farda Fig.7 - Palacete da Babil6nia Fig. 8 - Primeira turma feminina, Colegio Militar do Rio de Janeiro, Fig. 9-lnaugura~ao do olegio Militar de Curitiba Fig.10 - Vista aerea do Coh'gio Militar de Curitiba, 1959 Fig.11 - Vista aerea do Colegio Militar de Curitiba, 1988 Fig. 12 - Vista aerea do Colegio Militar de Curitiba, 1994 Fig. 13 - Vista frontal do Colegio Militar de Curitiba, 2005 Fig. 14 - Castelo Fig. 15 - Estrela Fig. 16 - Simbolo dos Colegios Militares do Brasil Fig. 17 - Farda masculina 1962 Fig. 18 - Farda masculina 1989 Fig. 19 - Farda diaria ("passeio") Fig. 20 - Farda garan~a Fig. 21 - Farda de gala 1989 4 4 4 4 4 5 10 11 13 14 14 15 16 18 18 19 20 21 21 21 21 Resumo Relormula9ao da larda do Colegio Militar de Curitiba. A finalidade deste projeto uma nova modelagem para a farda utilizada atualmente pel os Colegias Militares do Brasil. 0 principal metodo utilizado loram as pesquisas de campo iniciais, que identificaram 0 grau de insatisfac;ao das alunas com 0 uniforme, justificando, assirn, a criayao da nova farda. Os questioniuios foram direcionados ao Colegio Militar de Curitiba, pela proximidade e lacil acesso. As pesquisas demonstraram tambem as principais queixas e os principais desejos das estudantes, que deram 0 pontape inicial na cria9ao da cole9ao. A maior reclama~o foi quanta modelagem de determinadas pec;as - calc;a e camisa -, que, segundo as pesquisas, eram ultrapassadas e desconfortaveis. 0 tecida tambem foi Dutro aspecto reprovado pelas alunas. Segundo elas, a tecida da camisa naG era 0 ideal, per deixar marcas de suor em epocas de calor. Ja na calga, a tecido foi reclamado par ser aspero e par naa atender sua funyc30 de proteger do frio. Assim sendo, tern-se as dais aspectos tratados neste trabalho: modelagem e tecido. As duas peyas sofreram uma transformayao total, tornando-se mais femininas e ergonomicamente corretas. as tecidos escolhidos para a nova proposta sao ambos 100% algodao, para perrnitir a "respiral,(ao" da pele, e estando de acordo com a clima e respeitando as cores da Escola. As pel,(as finais foram adicionadas ainda um tecido camuflado, no caso da calya, e bordados, na camisa, que agregararn ainda mais valor e beleza ao novo uniforme, alem de prestar uma homenagem ao Exercito e as suas tradiyoes. Este projeto nao apenas cria uma nova farda, cria um novo conceito de uniformes escolares. e criar a a Palavras-chave: Exercito, uniforme, rnodelagem. xi Abstract Recreating the uniform for Colegio Militar de Curitiba. The purpose of this project is to create a new style for the uniform that is used nowadays by the Military Schools in Brazil. The main method that was used were initial field researches, which identified the low level of satisfaction from the students, justifying the creation of a new style of uniform. The questionnaires were applied in Colegio Militar de Curitiba due to its proximity and easiness of access. The researches showed also the main complains and desires of the students, which allowed the project to begin its creation. The major complain was related to the style of specific pieces of the uniform - pants and shirt-, which, according to researches, were outdated and uncomfortable. The fabric was also another aspect not approved by the students. According to them, the fabric of the shirt was not the ideal one due to the fact that you could see stains of sweat during warmer days. The pants, the complaint about the fabric mentioned was related to the its roughness and for not protecting from cold weather. That way there are both aspects developed during this project: style and fabric. Both pieces suffered a complete transformation becoming more feminine and ergonomically correct. The fabrics chosen for this new proposal are both 100% cotton to allow the skin to breath, staying in accordance with the weather and respecting the colors of the school. The final touch that was given to the uniform were pieces of camouflage fabric on the pants and embroidery on the shirt which add more value to the beauty of the uniform, besides doing an tribute to the Army and its traditions. This project not only creates a new uniform but also a new concept of school uniform. Key words: army, uniform, style. xii INTRODUC;;Ao Colegio Militar: 117 anos de luta, edUC8yaO e tradigao. Criado inicialrnente para abrigar as 6rfaos da Guerra, hoje exemplo de disciplina e honra. A luz do Exercito e de suas memorias, as alunos dos Colegios Militares passam par atividades militares rotineiras, como marchas, treinamentos e formaturas, al8m da educayao estritamente regulamentada. e Colegio Militar de Curitiba: 48 anos de hist6ria. Ha apenas 12 conta com a presenya de alunas. Ap6s lon905 an os sendo exclusivo para homens filhos de militares, e apos 6 anos de desativ8gao, a escola hoje atende a ambos as sexos, filhos de civis e de militares, sendo urn dos mais concorridos, apresentando urn numero cada vez maior de alunos par vagas em seus concursos anuais. Apesar das lnovac;oes ocorridas nos ultimos anos, a farda nao acompanhou essa tendelncia. A farda masculina, par ser utilizada he. mais de 100 anos, teve tempo de ser modernizada e atualizada. A farda feminina, em contrapartida, foi criada ha apenas 17 anos, portanto ainda e considerada "nova" e nao teve chance de ser modificada. Foi este aspecto que impulsionou este trabalho. A intenc;ao era descobrir se a farda nao era modificada pOis agradava as alunas ou se nao havia interesse por parte do comando por uma farda mais moderna. Atraves de pesquisas e questione.rios, confirmaram-se as hip6teses: tanto as alunas nao estavam satisfeitas com a farda, quanto a comando dos eM's nao via necessidade de mudanc;as. A partir dai, novas pesquisas faram feitas com as estudantes, identificando quais os principais pontos negativos passiveis de transfarmac;oes. Este trabalho apresenta as tecnicas utilizadas, os resultados dos produtos finais e a discussao, provando ser a nova proposta uma possibilidade real de produC;ao. REVISAo Exercito BIBLIOGRAFICA Brasileiro Tao logo 0 descobrimento do Brasil foi revelado, aflorou a cObiya das na<;6es excluidas do pacta de Tordesilhas, em relayeo nova terra. Arvoravam-se governos, corsan"os a soldo de reis*, empresas de espo1ia98.0, congrega90es religiosas e aventureiros em busca de urn lugar aD sol na faixa litoranea brasileira. A estimulalos, a riqueza da terra: seus recursos de exploraC;8o, como 0 pau-brasil - materiaprima de corante muito apreciado na Europa e inspiradora do nome do Pais - e a pr6spera a9ro-industria 8c;ucareira, estabelecida no Nordeste do Brasil. Da expedi9ao francesa de Villegaignon, na baia da Guanabara, a9ao do corsario ingles Cavendish, todas as invas6es foram repelidas pelo colonizador, com a ajuda de indigenas agrupados em rudimentar organizac;:ao militar. Desde cedo, afiguravase importante lutar de arcabuz* e flecha nas maos para defender a Colonia. a a a Entretanto, 0 principal desafio nova terra e sua brava gente chegaria em 1624 com a invasao holandesa da Bahia, frustrada pela resistencia obstinada oposta aos intrusos e liderada pelo bispo de Salvador, D. Marcos Teixeira. Repelidos, os prepostos da Companhia das Indias Ocidentais, da Holanda, voltam a tentar nova invasao em 1630, agora com poderosa frota e apreciavel contingente militar. 0 alvo e Pernambuco, pontilhado de engenhos produtares de ac;:ucar, a mais valiosa especiaria da epoca. Mesmo assim, os habitantes da terra resistem no arraial de Bom Jesus em luta desigual, e acabam por vergar-se diante do inimigo em 1632. Quinze anos haviam decarridos de ocupac;:ao, quando Joao Fernandes Vieira da inicio ao resgate da soberania da gente da terra. Comec;:a a Insurreiqao* Pernambucana. Paginas e paginas her6icas da hist6ria-patria serao escritas pelos insurretos naquela guerra. 0 desagravo assumido par todas as classes e rac;:as de gente, empolgando da casa grande senzala. Tecido 0 plano revolucionario, tratava-se de desgastar a inimigo par eficiente luta de emboscadas. a e Tropas de negros, de Henrique Dias, e de indios, do bravo Poti, rebatizado Felipe Camarao, agregam-se as dos luso-brasileiros de Joao Fernandes Vieira, para com bater 0 poderoso exercito holandes. 0 combate decisivo se trava nos arredores de Recife, em regiao de montes permeada por banhados: Guararapes. 0 inimigo fara atraido para terreno que se apresentava favaravel habilidade militar dos brasileiros. a Transcorria a dia 19 de abril de 1648. Dais mil e quinhentos cidadaos-soldados lusobrasileiros derrotam cinco mil militares holandeses. Era a son had a vit6ria decisiva. Segue-se a segunda vit6ria em Guararapes. Um ana depois, outros com bates e, finalmente, a capitulac;:ao do invasar em 1654. A partir dessa memoravel epapeia*, nao havia apenas homens reunidos em tarna de um simples ideal de libertac;:ao, mas sim, as bases do Exercito Nacional de uma Patria que ver-se-ia confirmada a 7 de setembro de 1822. Na regiao de Guararapes, em 19 de abril de 1648, nascia 0 Exercito. A Evolu<;ao do Uniforme AS uniformes da infanta ria portuguesa foram seguindo as evolu90es da mod a durante todo 0 seculo XVIII. No principio do seculo, no reinado de D. Joao V, seguiam os uniformes das potemcias cat6licas - Franya, Espanha, Austria, usanda fardas de cor cinzenta clara - "alvadia" - de corte amp 1o, normalmente sem abas, com chapeus grandes, usados em tricornio"', com as granadeiros a usar barretes* de pele. Em 1762 os uniformes continuavam a seguir 0 modelo das polencias cat6licas, sobretudo os do exercito da Coroa austriaca, sendo que a cor das fardas tinha passado a ser branca, e as casacas tinham passado a ter todas abas de car, que permitiam distinguir mais facilmente os regimentos. Com a declarac;:ao da guerra franco-espanhola de 1762, houve necessidade de aumentar 0 efetivo dos regimentos de infanta ria, par estes estarem com metade do efetivo normal. A passagem de urn efetivo de 360 homens por regimento para os 1.200 regulamentados em 1762 fez com que a prodw;:ao de uniformes para 0 exercito tivesse ficado completamente desorganizada, nao havia nos armazens militares uniformes suficientes para os recrutas que chegavam aos regimentos, nem tao pouco nas fabricas do Reino. Os regimentos tiveram que se contentar com os panos que havia, e que se andava a procurar mesmo nas feiras do interior do Pais, e por isso 0 exercito portugues fez a «Guerra Fantastica*» com uniformes de todas as cores - com os regulamentares brancos, mas tambem com azuis, verdes, amarelos, encamados*, etc. Com a assinatura da paz em 1763, era necessario distribuir novas fardas ao exercito e dar aos varios corpos uma farda de cor uniforme. 0 modele de uniforme escolhido foi 0 prussia no: fardas de cor azul escura, de corte apertado, com pequenos chapeus, usados em bic6rneo. E com a cor - "azul ferrete - que foi enviada ao futuro Marques de Pombar - que a farda perdia 0 seu carater espartano, que caracterizava 0 uniforme das potencias cat6licas ate ao fim das Guerra dos Sete Anos. Este uniforme que tinha como novidade a introdw;;::ao de cah;;::6esda cor da farda, ao contrario do que era normal na epoca de serem brancos como os coletes, permaneceu ate 1793 sem grandes altera<;6es. E s6 em finais do seculo XVIII que 0 uniforme come\=a a se modernizar, devido possivelmente experiencia ganha na campanha do Rossilhao, entre 1793 e 1795, mas tambem, e possivelmente sobretudo, porque se segue a moda e 0 usual nos outros exercitos. As casacas, ate entao muito apertadas, passaram a poder ser fechadas permanentemente, tendo os regimentos que nao tinham "bandas" nas casacas dos uniformes passando ate-las, protegendo assim 0 tranco das intemperies, 0 que obrigava a que a casaca fosse feita de uma forma mais ampla e confortavel. Na mesma epoca a gola que se usava rebatida foi erguida. a Em 1797 da-se outra pequena modifica<;ao no uniforme do exercito. 0 la<;o usado nos chapeus, de cor preta ate esse ano, passa a ser das cores da casa real - os funcionarios da casa real. Esta mudanc;a vai fazer sentir-se em pequenas e grandes coisas, uma das quais esta bem visivel nas paginas deste local e que e a cor das bandeiras e estandartes do exercito, que passam a ser de cor azul e encarnada. o lalto sera utilizado por quase todos os corpos em cruz, e isto tanto nos chapeus como mais tarde, a partir de 1806, nas barretinas da infantaria enos cascos da cavalaria, moda vinda com certeza da propria corte. Figura 1 Soldado Infante 1740 <fonte: www.arqnet.pt> Mulheres As mulheres Figura 2 Soldado Infante 1762 Figura 4 Soldado Infante 1799 no Exercito estao isentas do servi~o militar, na forma prevista pela Constitui~o Brasileira. Todavia, e permitida a prestayao do servilto militar pelas mulheres que forem voluntarias, segundo criterios de conveniimcia e oportunidade de cada Forlta Armada. Se analisado sob uma perspectiva historica, a presenlta da mulher nas fileiras do Exercito ja e por todos conhecida ha muito tempo. Como exemplo tem-se a jovem Maria Quiteria, herolna do Brasil nos conmtos pela consolida~ao da Independ€mcia, bern como as enfermeiras que atuaram na 2a Grande Guerra. Maria Quiteria Figura 5 Maria Quiteria <fonte: http://www.exercito.gov.br> Maria Quiteria de Jesus, a "mulher-soldado", nasceu em Sao Jose de Itapororocas, no ana de 1797, na antiga Provincia da Bahia. Em 1822, sob 0 ideal de liberdade, 0 Rec6ncavo Baiano lutava contra 0 dominador portugues que se negava a reconhecer a In depend en cia do Brasil. Nesse clima, surge a figura de Maria Quiteria. A necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da regiao a se alistarem para com bater os portugueses. Maria Quiteria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus conterraneos. Ante a posi9ao contrtuia do pai, foge de casa e, com 0 uniforme de urn cunhado, incorpora-se inicialmente ao Corpo de Artilharia e, posteriormente, ao de Ca~adores, com nome de Sold ado Medeiros. 0 seu batismo de fogo ocorre em combate na foz do rio Paragua9u-BA, ocasiao em que ficam evidenciados seu heroismo invulgar e sua real identidade. Em fins de 1822, a intrepida baiana, ja com saiote tipo escoces sobre 0 uniforme militar (ver Figura 7), incorpora-se ao Batalhao dos Voluntarios de D. Pedro I, tomando-se, desse modo, oficialmente, a primeira mulher a assentar pra9a numa unidade militar, em terras brasileiras. Figura 6 Maria Quiteria - farda <fonte: http://www.vidas/usofonas.pt> De armas na mao, participando de diversos combates, toma-se merecedora mais homosas cita90es de bravura, valor e intrepidez, passando a constituir-se referencia do heroismo da mulher brasileira. das em Finda a campanha baiana, Maria Quiteria embarca para a Rio de Janeiro. A sua presen~a na Corte e cercada de muito respeito, em face da fama de sua coragem e da grande curiosidade por demais ousado para a epoca. decorrente das caracteristicas No dia 20 de agosto de 1823, D. Pedro I confere a de seu uniforme, gloriosa guerreira a honra de recebe-Ia em audiemcia especial. Sabedor da bravura e da maneira correta com que sempre se portara entre a soldadesca, num gesto de profunda admirac;ao, concede- Ihe 0 soldo de "Alferes de linha" e a condecora~ao de "Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro", em reconhecimento inimigos da patria. a bravura e a coragem com que lutara contra os Maria Quiteria, no entanto, nao se deixou levar pela vaidade e pelo fulgor da gloria que conquistara. Oepois de encerrada a guerra, a heroina recolheu-se ao sile!ncio do lar, falecendo no dia 21 de agosto de 1853. No ano do centenario do falecimento da valorosa mulher-soldado, 0 entao Ministro da Guerra determinou, por intermedio do Aviso N" 408, de 11 de maio de 1953, que em todos os estabelecimentos, repartic;oes e unidades do Exercito, fosse inaugurado, no dia 21 de agosto de 1953, 0 retrato da insigne patriota. Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quiteria de Jesus, por decreto do Presidente da Republica, passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exercito Brasileiro. Atualidade Atualmente, a mulher pode servir, voluntariamente, como militar de carreira au temporaria. Para ser de carreira, a mulher precisa cursar urn dos seguintes estabelecirnentos de ensino: - Escola de Administra~ao do Exercito, localizada em Salvador, que matriculou a primeira turma de 49 mulheres em 1992; - Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro, que forma militares para 0 Quadro de Engenheiros Militares; - Escola de Saude do Exercito, tarnbem no Rio de Janeiro, que forma oficiais rnedicas, dentistas, farmaceuticas, veterinarias e enfermeiras para a Quadro de Saude do Exercito. Na atualidade, as mulheres ocupam cargos em organizac;oes militares de todas as regioes do Pais. A maioria das oficiais encontra-se nos quarteis-generais, organizac;oes militares de saude, estabelecimentos de ensino e org80s de assessoramento do Exercito. Elas desempenham os cargos previstos nas mesmas condic;oes dos oficiais de sexo masculino e concorrem as promoc;oes em condic;oes de igualdade com os homens. Nesse sentido, as criterios de avaliaC;ao de desempenho profissional nao discriminam a sexo; e a acesso aos pastas rna is elevados da carreira nao discrimina homens e mulheres nos respectivos Quadros. 6 Todas recebem a mesma instrugao militar basica ministrada aos homens. Participam de marchas, acampamentos, exercicios de tiro, jog os de guerra (em computadcres) e manobras logisticas, na esfera de suas especialidades. As mulheres procuram a carreira militar motivadas por diversos fatores, dos quais destacam-se: a voca9ao pela profissao militar; 0 respeito e a organiza9ao que a Institui9ao desfruta perante a sociedade; a perspectiva de ascensao funcional na carreira; constitui mais uma alternativa no mercado de trabalho; estabilidade no emprego, proporcionando urn plano de vida. 0 numero de candidatas inscritas nos concursos para as escolas de formacao do Exercito indica a grande interesse das mulheres pela profissao A participa9ao feminina militar. esta regulamentada desde 1996, permitindo-as ingressar no servico como militares de carreira au militares temporarias. Matriculou-se a primeira turma de mulheres, na Bahia, na Escola de Administra9ao do Exercito (EsAEx), com 49 voluntarias, que se forma ram nesse mesmo ano. Como militares temporarias, fcram incorporadas 290 mulheres em 1996. Em menos de dez anos, 0 numero de mulheres no Exercito aumentou de 49 para 0 contingente feminino conta com igualdade de direitos e deveres em relaCao ao sexo masculino; a unica ressalva e na area combatente, que nao conta com urn quadro feminino. 3.086. A seguir, uma tabela rnostra como a precura feminina e significativa, em relaCao ao total de candidates que se inscrevem nes concursos do Instituto Militar de Engenharia (IME), da Escola de Administra9iio Saude do Exercito (EsSEx): do Exercito (EsAEx) e da Escola de Candidates por estabelecimento de ensino inscritos para os concursos em 1998 Escola Homens Mulheres IME 2743 1252 3995 EsAEx 2601 1737 4338 EsSEx 1759 1865 3624 Tabela 1 Procura feminina Total ao Exercito <fonte: www.exercito.gov.br> Colegio Militar As raizes hist6ricas dos Colegios Militares remontam a 1853, quando Caxias· passou a manifestar vontade de que fosse criado um colegio para acolher 6rfaos de militares tombados em campos de batalha, em defesa das institui90es e da patria. Tendo assistido e ate combatido em dezenas de debates internos, Duque de Caxias nao se conformava ao verificar que milhares de 6rfaos e filhos de seldados, que tombaram au fica ram invalidos na defesa da Patria e do Governo, estavam desamparados pelo Estado e pela Sociedade. Assim, Caxias propoe ao Senado, em 1853, a criayao ude urn colegio militar que amparasse as 6rfaos e as tilhos dos sold ados que morreram au viessem a morrer, ou se inutilizassem na defesa da Independ,mcia, da Honra Nacional e das Institui90es". Como nao obteve exito em sua primeira tentativa, Caxias propos nova mente, em 1862, a cria9ao do Colegio Militar na Fortaleza de Sao Joao, na Urca-RJ, mas a indiferenQa, principalmente, do Imperador, que era um tilosofo e antimilitarista, nao permitiu, mais uma vez, sua proposta ir adiante. A concretiza~ao do sonho Em 1867, a Visconde de Tocantins, irmao de Caxias, comerciante e coronel da Guarda Nacional, presidente da Associayao Comercial do Rio de Janeiro, iniciou uma subscri9ao publica para "a cria9ao do Asilo dos Invalidos da Patria, para onde seriam recolhidos e tratados os sold ados na velhice au as mutilados de guerra, alE~m de ministrar a educa980 aos orfaos e tilhos de militares". A inaugura9ao do Asilo se deu em 29 de julho de 1868, sendo regido pelos estatutos da "Sociedade do Asilo dos Invalidos da Patria" que faram aprovados por Decreto Imperial Nr 3.904, de 03 de julho de 1867. Com 0 passar do tempo, 0 Asilo foi desempenhando a papel social para que fora fundado, porem a educandario nao teve a mesma sorte, ficando no esquecimento. Em 1885, os integrantes da Associayao Comercial do Rio de Janeiro deram-se conta que, em rareando os socios da Sociedade do Asilo, em pouco tempo nao mais restaria urn unico elemento para compo-la, administra-Ia e representa-la. Deixaria, pois, de existir. Homens de negocios desassossegaram-se com a descoberta, pais equivaleria a vultuoso prejuizo, e dispuseram-se a "proteger" 0 patrimonio da Sociedade e do Asilo, propondo fundir as duas institui90es, a Associa9ao Comercial e a Sociedade do Asilo. Em 23 de julho de 1885, lavrou-se a escritura em que a "Sociedade do Asilo dos Invalidos da Patria" e a "Associayao Comercial do Rio de Janeiro" praticaram sua fusao. 0 feito, camercial e rotineiro, foi objeto de protestos e reayoes que a qualificaram de ilegal. Em 09 de mar90 de 1889, e criado par D. Pedro II 0 Imperial par insistente gestao de Thomaz Coelho·. Thomaz Coelho e 0 Colegio Colegio Militar da Corte, Militar Thomaz Jose Coelho de Almeida assume 0 cargo de Ministro da Guerra, em 10 de mar90 de 1888, em urn c1ima de declarada descontianya, antipatia e animosidade que lavrava entre a oficialidade militar de terra, 0 governo civil e a classe politica. Em suas prolongadas reflex6es, a detentor da Pasta da Guerra chegara a conclusao de que mais facil de obter, nao gerador de suscetibilidades, bern eficaz e convincente, em face do apaziguamento das mentes, seria criar urn estabeledmento de ensino para ministrar instruc;ao e educac;a.o aos filhos e netos de militares. Quanto mais cogitava a respeito do assunta, mais se capacitava de que a obra benemerita*, a que seu nome se vincularia, era urn empreendimenta de elevado alcance, fad ado a perdurar e a gerar frutos esplendidos. Assim, Thomaz Coelho passou a formular os pianos, debatendo os t6picos que ocorriam: 0 nome da instituic;;ao, suas finalidades, suas caracteristicas, seu regulamento, seu Corpo Docente, unifarmes, curriculo e muitos outros itens. o conhecimento que Thomaz Coelho tinha dos homens e, principalmente, dos neg6cios; os entraves com que a Associac;;ao Comerdal estava se defrontando par ver oficializada a fusao pretend ida e escriturada; os juros venddos das ap6lices, que a AssociaC;ao nao podia receber e incorporar ao seu patrimonio e 0 impasse criado com as reclamac;;oes que consideravam ilegal a fusao constituiam elementos de peso para tornar vitoriosa a campanha idealizadora do educandario. Esses fatos permitiram ao habilidoso Ministro vislumbrar aspectos decisorios favoraveis: 0 Erario· nao arcaria com as despesas maiores, principal mente a da compra do im6vel, sede do educandario e a da manutenc;;ao do mesmo (dois obstaculos de mais dificil transposiC;;ao encontrados). Como a fusao se realizara ha quase tres anos e a AssodaC;ao ainda nao tinha logrado exilo em abter a homologac;ao oficial, acarretando desprestigio e prejuizo, os homens do comercio desejaram que se ajustasse logo um acordo. A 25 de abril de 1888, urn mes e meio depois de assumir 0 cargo de Ministro de Guerra, Thomaz Coelho conseguia a Imperial Resoluc;ao declarat6ria de que a AssociaC;ao Comerdal ficava sub-rogada em todos os direitos e obrigac;oes da Sociedade do Asilo dos Invalidos da patria. Isto e, ficaria obrigada a manter, nao apenas Asilo, mas tambem, 0 educandario ° Numa operaC;ao triangular envolvendo 0 Ministerio da Guerra, a Associac;ao Comercial do Rio de Janeiro e 0 Asilo dos Invalidos da Patria, foi concretizada a ideia de criayao do Colegio Militar: 0 Ministerio da Guerra homologava a incorporaC;ao do Asilo ao patrimonio da Associac;ao que compraria 0 predio a ser entregue ao Ministerio para instalar e administrar 0 Colegio Militar. Em 09 de maryo de 1889, Sua Majestade , 0 Imperador assinar 0 importante Decreto de Nr 10.202 que aprovou Militar 0 seu primeiro regulamento. Sua divulgayao ocorreu para 0 Exercito. Dom Pedro II, disp6s-se para 0 Imperial Colegio em 05 de abril de 1889 par intermedio a da Ordem do Dia A ansia de Thomaz Coelho de par em funcionamento 0 Colegio, levou-o a fazer, em 07 de abril de 1889, sua primeira visita oficial ao Palacete da Baronesa de Itacurussa, cujo terrene fazia esquina com as ruas Sao Frandsco Xavier e Barae de Mesquita, e se prestava a servir de sede do Colegio Militar. Em 29 de abril de 1889, foi lavrada a escritura de compra e venda do Palacete carinhosamente pelos "cadetes de Thomaz Coelho". da Babilonia, assim chamado Figura 7 Palacete da Babil6nia, Rio de Janeiro, 1889 <fonte: www.wikipedia.org.br> Por fim, no come90 de maio de 1889, dais avisos importantes do Ministerio da Guerra: a do dia 02 concedia licen9a aos candidatos inscritos para serem matriculados; e a do dia 04 determinava que a abertura das aulas se realizasse dias depois. dois A 06 de maio de 1889, autoridades e convidados reunidos no Salao de Honra do Palacete da Babil6nia, 0 Coronel Antonio Vicente Ribeiro Guimaraes Comandante do Imperial Colegio Militar declarou que estava autorizado peJo Exmo.sr. Conselheiro Thomaz Jose Coelho de Almeida, Ministro e Secreta rio de Estado dos Negocios da Guerra a inaugurar os trabalhos do Imperial Colegio Militar. No mesmo dia (06 de maio), loram considerados matriculados e receberam os respectivos numeros de ordem, os primeiros quarenta e quatro alunos. A presen9a deles representou a inequivoca realidade da existemcia do Educandario. Desde entao, 0 antigo Palacete da Babil6nia, e sede de um grande viveiro de jovens estudantes, que se revezam em numero crescente de gera9ao em gera9ao. o primeiro aniversario Em 1890, logo apos a Proclamagao da Republica, nao S8 tinha conhecimento iniciativas au providencias para comemorar a aniversario de uma realiza9ao grandiosa do Imperio e tampouco, em homenagear e exaltar a ilustre pessoa fundador. de do Assim, no dia 06 de maio de 1890, comemorou-se 0 aniversario de inaugura9ao, abertura das aulas, de matricula dos alunos, de modelar luncionamento e de eficiencia. de 10 Designat;30 Historica Em 23 de fevereiro de 1978, e concedida ao Colegio Militar do Rio de Janeiro a designayao hist6rica de "Casa de Thomaz Coelho" atraves da Portaria do Ministro do Exercito Nr 378. A admiss30 das alunas No ano da celebrac;ao do centenario de fundac;ao do Colegio Militar do Rio de Janeiro, um dado novo veio ratificar a receptividade desse tradicional estabelecimento de ensino as tendEmcias positivas da modernidade: a admissao sua primeira turma do sexo feminino. de Desde entao, as mulheres tambem pod em usufruir 0 ensino eficiente e disciplinado que, atraves de boas administra90es escolares, continua com seu prestigio inabalado. Predilec;ao esta comprovada per um concurso de admissao anual cuja propor9ao de candidatos par vaga, coloca-o no restrito universo dos estabelecimentos de ensino com maior procura em nosso Pais. Figura 8 Primeira turma feminina, www.cm~.ensino.eb.br> Colegio Militar do Rio de Janeiro, 1989 <fonte: Em 1955, ao assumir 0 Ministerio da Guerra, 0 General Teixeira Lott, estabeleceu uma meta de ensino para 0 Exercito Brasileiro, na qual a prioridade era expandir a qualidade educacional do Colegio Militar para outras regi6es. Sabedar do projeto e bastante interessado na criac;ao de um Colegio Militar no Parana, Moyses Lupion, governador da epoca, deu todo 0 apoio necessario aos mil ita res, iniciando a negociaC;8Io para a sua implanta9ao. Linha do Tempo 1889 - Criac;ao do Imperial Colegio Militar (Ainda neste ano, apos a Proclamac;ao da Republica, passou a ser denominado Colegio Militar do Rio de Janeiro) 1912 - Criac;ao dos Colegios Militares de Porto Alegre e Barbacena 1919 - Criac;ao do Colegio Militar do Ceara 11 1925 - Extin9ao do Colegio Militar de Barbacena 1938 - Fechamento dos Colegios Militares de Porio Alegre e do Ceara 1955 - Cria9ao do Colegio Militar de Belo Horizonte 1957 - Cria9ao do Colegio Militar de Salvador 1958 - Cria9ao do Colegio Militar de Curitiba 1959 - Cria9ao do Colegio Militar de Recife 1962 - Reabertura dos Colegios Militares de Porto Alegre e Fortaleza (Antigo Colegio Militar do Ceara) 1971 - Cria9ao do Colegio Militar de Manaus 1978 - Cria9ao do Colegio Militar de Brasilia 1988 - Fechamento dos Colegios Militares de Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Recife 1989 - As jovens do sexo feminino passam a ser aceitas nos Cohagios Militares. 1993 - Reabertura dos Colegios Militares de Salvador, Belo Horizonte, Curitiba e Recife e cria9ao dos Colegios Militares de Campo Grande e Juiz de Fora. 1994 - Cria9ao do Colegio Militar de Santa Maria Sistema Subordinado a Diretoria de Ensino Preparat6rio e Assistencial, 0 Sistema Colegio Militar do Brasil e urn dos subsistemas de ensina do Exercito e tern a seu cargo ministrar a educa9ao basica, nos niveis fundamental (5a a 8a series) e media. Doze Colegios Militares, disseminados pelo pais, oferecem educa9ao de alta qualidade a mais de 14400 jovens, 37% dos quais oriundos do meio civil, integrados ao sistema atraves de concurso publico federal. Pro posta pedag6gica As praticas didatico-pedag6gicas em vigor nos Colegios Militares subordinam-se as normas e prescri90es do sistema de ensina do Exercito e, ao mesmo tempo, obedecem tambsrn Lei de Diretrizes e Bases, principal referenda que estabelece os principios e finalidades da educagao nacional. Por este ultimo diploma legal, todos as estabelecimentos de ensina do pais devem possuir urna pro posta pedag6gica pr6pria, verdadeira sintese dos objetivos e da orienta9Bo que imprimem a98.0 educaciona1. a a Entre outras caracteristicas, a proposta pedag6gica dos Coh~gios Militares prioriza principios e praticas que guardam estreita e cerrada rela9ao com 0 esfor90 de moderniza98.0 do ensino. Proposta A busca da educa9ao integral, que atribui igual importancia e intensidade aos dominios afetivo, cognitiv~ e psicomotor. A coloca9ao do aluno no centro do processo ensino-aprendizagem, levando-o da posi98.0 de expectador, acumulando saberes, protagonista do processo, participe da constru9ao do conhecimento. 1:1 1:1 a 12 A delimitac;ao de um nucleo central de conhecimentos privilegiando conteudos significativos e essenciais para a vida dos alunos, com enfase no desenvolvimento de competemcias basicas e habilidades " ... que os permitam ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos como necessarios ao exercicio da cidadania" (PCN, 1998). A observancia dos principios da interdisciplinaridade e da contextualizac;ao, compreendendo os conhecimentos relacionados com os diversos contextos da vida dos alunos. 0 desenvolvimento de atitudes e a incorporac;ao de valores , assegurando a formal'ao de um cidadao patriota, conscio de seus deveres, direitos e responsabilidades. A capacita9ao dos alunos para 0 prosseguimento nos estudos de forma autonoma e critica para futura integra9ao ao mercado de trabalho com 0 pleno exercicio de suas atividades profissionais. f'l f'l f'l f'l a Os Colegios Militares, em sintese, tem como meta gerallevar seus alunos descoberta de suas potencialidades como elemento de auto-realizac;ao, qualifica9ao para 0 trabalho e preparo para a vida, como cidadaos educados segundo os valores, costumes e tradic;fies do Exercito Brasileiro. o Cohflgio Figura Militar de Curitiba 9 Inaugurayao do Colegio Militar de Curitiba <fonte: www.cmc.ensino.eb.br> Ap6s varias reunifies entres as comissfies do Ministerio da Guerra e do Estado do Parana, ficou estabelecido, que a sede definitiva seria instalada no bairro Taruma. No dia 15 de dezembro de 1958, foi criado 0 Colegio Militar de Curitiba, iniciando seu ana letivo a 21 de abril de 1959, data que ate hoje e considerada como aniversiuio de sua inaugura9ao e como tal festivamente comemorada. Seu primeiro Coman dante foi 0 Tenente Coronel de Engenharia Alipio Ayres de Carvalho. J3 Educa'!(ao e Excelencia Figura 10 Vista aerea do Colegio Militar de Curitiba, 1959 <fonte: www.cmc.ensino.eb.br> Desde sua cria9ao, 0 Colegio Militar de Curitiba conseguiu no Rio de Janeiro e formou mil hares de estudantes. manter a tradi9ao obtida Durante trinta anos, 0 Colegio Militar de Curitiba destinou suas vagas do ensino fundamental e do ensino medio, para meninos, sendo que muitos deles estudavam em regime de internato. 0 Colegio formou cidadaos ate 0 ana de 1988. A Desativa'!(ao Figura 11 Vista aerea do Coh~gioMilitar de Curitiba, 1988 <fonte: www.cmc.ensino.eb.br> Para diminuir os seus gastos com atividades complementares e dirigir area militar, a Ministerio do Exercito resolveu desativar alguns Colegios entre eles a Colegio Militar de Curitiba. 0 on;amento Militares, a Assim, em 30 de novembro de 1988, 0 CMC fechou suas portas. 0 acordo estabelecido na funda9ao do Colegio, entre 0 Governo do Estado do Parana e 0 Ministerio da Guerra, determinava que as instala<;6es do Colegio 56 poderiam ser 14 aproveitadas para fins educacionais, caso contra rio, seria devolvido ao doadcr e, em janeiro de 1989, o Processo 0 Colegio Militar de Curitiba passou as maos do Governo do Estado. de Reatival;ao De posse do Estado, muitas alternativas fcram propostas para as instalac;:6esdo Taruma. No entanto, a Associa9ao de Pais e Mestres e Associa9ao de Ex-alunos, tentando reverter a situa9ao, ingressaram na Justic;a com uma Ac;ao Popular contra 0 fechamento. Naquele momento, a disputa pelas instala90es do Colegio Militar de Curitiba, entre seus representantes e 0 Governo do Estado se iniciou e perdurou por urn longo periodo, acarretando a abandono total da area tao desejada. Com a reabertura de Colegios Militares em outras regioes e a apoio de politicos paranaenses, a reativac;ao do Colegio Militar de Curitiba tornou-se possive1. Ap6s varios projetos, a Gaverno e a Exercito chegaram ao consenso de que 0 Ca1egia valtaria a funcionar casa a Governa Paranaense investisse nas reformas das instalac;:6ese comp1etasse 0 quadro de professores. A Reabertura Figura 12 Vista aerea do Coh~gio Militarde No dia 21 de abril de 1994, 0 Curitiba, 1994 <fonte: www.cmc.ensino.eb.br> Collegio Militar de Curitiba comemorou seus 34 anos de criac;:aacom a retamada de suas atividades. 0 ana destinou-se as reformas das instalac;:6es,plano de ensina e selec;:aode professores e funcionarios, para que no ana de 1995 0 Colegio estivesse preparado para recepcionar a primeira turma de alunas ap6s a reativac;:80. 15 a Foi realizado 0 concurso de admissao 5a serie e 6a serie do ensino fundamental e 10 serie do ensino medio e, pela primeira vez ampliando sua 39ao, passou a contar com a gra9a e beleza de suas alunas, que tornou mais harmoniosa esta Escola. Muitas loram as dificuldades, mas 0 Colegio Militar de Curitiba acompanhou evoluryao do sistema de ensino, atualizou-se e, hoje, volta a ser considerado, provavelmente, uma das melhores instituiry6es de Ensino do Estado. Figura 13 Vista frontal do Colegio Militar de Curitiba, 2005 <fonte: a www.cmc.ensino.eb.br> 16 MATERIAlS E METODOS DE PESQUISA Analise e Pesquisa Uma das principais reclama<;6es das alunas do Collegio no calor sao as marcas de suor na camisa, causadas pelo tecida de poliester que nao deixa a pele "respirar". Ja com relaC;8o calc;a, a reclamac;:ao ficou par conta da modeiagem. Portanto, a OPC;80 a tai lanyar mao de tecidos 100% algadao, que fossem confortitveis e de acordo com a padronagem de cor estabelecida pelo col';gio. Na camisa tel utilizado tricoline de algadao, na cor bege e gramatura baixa, para naD causar aquecimento excessivo. Ao mesma tempo, foram observados aspectos como conforta, toque e resili€mcia. Ja para a cal9a, por se tratar de uma pe9a para brim leve, de gramatura urn pouco men or que 0 delicado e menes aspero, ideal para Ainda foram levados 0 0 inverno, 0 tecido escolhido foi 0 brim pesado, escolhido par ser mais usa feminin~, 100% algodao, na cor bege. em conta, na escolha do tecido, a questao termica. Oobjetivo da calya e aquecer e proteger do vento, aspectos atendidos pelo brim. Foi adicionado por cima dessa uma pequena saia, do mesmo tecido, gramatura e cor. Ja no cos, tecido utilizado foi tambem urn brim, mas de gramatura menor e ° estampado - camuflado. Este detalhe foi feito para dar um toque de feminilidade a pec;a, ao mesmo tempo em que faz referencia ao Exercito, fundadcr da escola. A primeira pec;aconfeccionada foi uma calc;a-teste, feita para se analisar a modelagem e a combinac;ao de cores, bem como caimento no corpo e conforto termico. Observaram-se tambem aspectos como costura, acabamentos e acess6rios como botoes e ziper. Verificou-se que deveriam ser feitas pequenas mudanc;as na modelagem para se confirmar a ergonomia. A cor escolhida para a confec9ao das pe9as foi a bege, em contradi9ao com a utilizada atualmente. Segundo a descri9ao das pe9as contidas no RUERegulamento de Uniformes do Exercito -, determinado pelo Estado-Maior do Exercito tem-se: Se9ao VIII - Dos Uniformes Femininos dos eM. Art. 11: V - 3' uniforme B: 1. "blusa caqui (... ) meia manga" e 2. "( ... ) cal9a (... ) caqui". Entretanto, a cor caqui e a cor bege se assemelham, a diferenc;a e ser a bege um tom abaixo do caqui. Sua escolha se justifica par ser um tom mais claro, dando a impressao de limpidez e um toque de feminilidade. As medidas da calc;ae da camisa fcram definidas segundo tabelas fixas (ver analise ergon6mica), ambas no tamanho P. Como a idade de uma aluna do Colegio pode variar de 10 a 20 anos, optou-se pela utiliza9ao de duas tabelas de medidas: infantil e adulta, tendo-se como base medidas de busto (para definiQ80 da camisa), e de quadril (para a caI9a). Para melhor compreensao e visualizac;ao das pec;as,ver fichas tecnicas do produto confeccionado em Resultados. 17 Fun<;oes do produto Pratica produto se adequou inten9ao proposta. Trata-se de uma pe9a confortavel, que permite liberdade de movimentos. A modelagem reformulada acompanha as formas do carpa, trazendo ainda mais comodidade para suas usuiuias. o a Esletica A pe9a foi desenvolvida para alunas vaidosas, e, portanto, necessitava de um corte que valorizasse 0 carpa, sem ser vulgar ou muito chamativo. A cor clara acompanha a definida pelo regulamento do Colegio, mas a tonalidade e diferenciada, dando um ar mais feminin~, assim como a remodelagem das pegas, que trara urn melhor caimento no corpo. Simb6lica Assim como a farda do Exercito, a farda do Coh§gio Militar carrega as insignias traduzem a hist6ria militar brasileira, e cada uma delas possui uma simbologia, razao e uma hist6ria. Alguns simbolos serao descritos a seguir: que uma - Castelo: Passou a figurar no brasao de armas de Portugal desde a conquista do Algarve, em 1250, nos castelos dourados que representavam as fortalezas tamadas aos mouros. Utilizado como simbolo da "Casa de Thomaz Coelho", dos Colegios Militares, e tambem da arma de Engenharia, com algumas diferen98s. Pade ser observado na imagem abaixo: Figura 14 Castelo <fante: www.cmc.ensino.eb.br> - Estrela: Estrelas heraldicas - contidas em brasoes - de 5 pontas sao as figuras mais comuns nos simbolos militares. Nas Aramas Nacionais, uma estrela de 5 pontas figura como se fosse manto, protegendo 0 escudo (ver Figura 16). 18 Figura 15 Estrela Simbolo <fonte: dos Colegios W'NW.cmc.ensino.eb.br> Mililares do Brasil: A W Figura 16 Simbolo dos Col~gios Militares do Brasil <fonle:cmc.ensino.eb.br> - Tradigao: A Tradigao, apesar de nao ser urn brasao, de nao ser palpavel, e 0 maior simbolo dos CM's. A seguir, Irecho da eragao do Minislro Oswaldo Aranha, leila na 'Hera do Brasil', no dia do aniversario do Colegio Mililar, em 6 de maio de 1938, publicada no 'Correia da Manha', evocando a tradi<;ao e 0 orgulho deste estabelecimento de ensino: e "A evocayao do Colegio Militar sempre cheia de gratas emo<;oes. ~ que nao a associamos apenas as recordayoes da mocidade mais ideia nuclear que ele representa e significa - uma casa onde se aprende a sentir e a conhecer 0 Brasil, para melhor servi-Io. Na realidade, a larda que veslimos (... ) nos dava a lodos a impressao de uma fraternidade brasileira e, filhos do norte ou do sui, do litoral ou do centro, nos uniamos na mesma compreensao no Brasil uno, cujas diferenciayoes regionais nao constituem elementos dissociativos, mas complementares da nacionalidade. a Quanta a mim, nao me canso de repetir a que devo fa Casa venerada de Thomaz Coelho e de Esperidiao Rosas e a recorda sempre na minha saudade e na minha gratidao. Como todos os que ali passaram, nao recebi apenas as li<;oes de um curso de humanidades, feito por meses ilustres e desvelados, cujo nome evoco como exemplo para as meus filhos, mas alguma coisa de rna is denso e de mais profundo, que estrutura as conhecimentos e Ihes da destino. que ali aprendemos em funyao do Brasil, porque (... ) 0 Colegio Mililar, desde 0 inicio da sua vida, orienlou a E 19 forma<;eo de seus alunos no plano moral e civico, primando intelectual." sobre 0 meramente Publico-Alva o projeto destina·se a alunas do Coh~gio Militar de Curitiba, de 10 a 20 anos. Essas alunas seguem 0 lema de que "0 aluno do Colegio Militar e educado segundo os valores do Exercito Brasileiro", ou seja, carrega sobre seus ombros a tradi<;ao e a disciplina imposta no interior do Colegio ha quase 50 anos. Apesar de freqOentarem uma organiza<;ao militar, as alunas possuem os mesmos desejos e anseios que qualquer outra estudante de um colegio civil. A diferen<;a sao as atividades realizadas, como formaturas, march as, treinamentos e etc. A rigidez imposta na escola faz com que as estudantes sejam de educa9ao e disciplinas exemplares. Uma aluna nesta idade deseja ter liberdade de expresseo e deseja ser uma pessoa unica. Entretanto, a farda vem justamente para anular estas ambi<;6es (ver Anexo). Mesmo assim, elas nao deixam de ser vaidosas e femininas, lan<;ando mao de brincos e cola res pequenos. mas que dao urn toque pessoal a esse uniforme tao protocolar e cheio de formalidades. Ao mesmo tempo, estao cercadas de informa<;6es por todos as lad os, sao adolescentes e jovens que vivem no mundo da informatica, dos I-pods e dos celulares com internet. Desta forma, aspiram por modernidades e inova<;6es tambem em seu vestuario, sejam por tecidos tecnol6gicos, seja par modelagens diferenciadas. Analise Diacronica o Colegio Militar do Rio de Janeiro foi a primeira institui9ao de en sino militar criada no Brasil. Sua cria9ao se deu a 9 de mar90 de 1889, mas a prime ira turma de 44 alunos s6 adentrou aos port6es em 6 de maio do mesmo ano. A farda sofreu transforma<;6es abaixo: ao longo dos anos, como pode se observar nas fotos 20 Figura 17 Farda masculina 1962 <fonte www.cms.ensino.eb.br> Figura 18 Farda masculina 1989 <fonte www.cms.ensino.eb.br> A primeira turma de alunas s6 foi aceita em 1989. Analise Sincr6nica A farda feminina utilizada atualmente nos Colegios Militares do Brasil e composta par tres tipos, uma para cad a ocasiao. Sao elas: farda diaria - utilizada no cotidiano, para assistir as aulas e em ocasioes infarmais -; farda Garanc;a - usada em situa90es onde haja autoridades e raramente e utilizada fora do Colegio -; e farda de gala - para momentos de formalidades e farmaturas com altas autaridades e desfiles de importancia militar, como a 7 de setembro. Figura 19 Farda diaria Figura Cpasseio") <fonte: www.cmc.ensino.eb.br> 20 Farda garanga Figura 21 Farda de gala Conceito Conforto e modernidade: inovaC;ao associada ao tecido e a modelagem diferenciada. 21 Ambiencia 22 Cartela de Cores v 23 Cartela de materiais u l Botao 100% acrilico Vivo ~ 100%algod~ ZiperYKK Tricoline 100% algodao 24 Gera!;ao de alternativas Pesquisa A pesquisa de campo foi feita entre as dias 9 de agosto e 15 de setembro, com 64 alunas de 12 a 17 anos. Essa pesquisa fo; feita para se avaliar quais as principais queixas das alunas com relac;ao a farda, e quais as possiveis mudany8s que mais Ihe agradariam. (Ver questionario em anexos) A partir dos dados recolhidos, obtiveram-se as seguintes numeros: Quando perguntado sabre a grau de insatisfagao, a maioria, 43,13% respondeu que a grau de 45%. Este dado mostra que as alunas possuem maior insatisfagao par determinadas pe<;8s, principalmente pela cal9a. Nenhuma aluna respondeu que esta totalmente satisfeita com a farda, bern como nenhuma aluna respondeu que esta totalmente insatisfeita. e Ja quando a pergunta foi com relayao as mudanvas que as estudantes gostariam que a cal9a sofresse, a opc;ao Ucintura baixa" foi a mais votada, aparecendo 43 vezes na pesquisa, enquanto a opc;ao "tecido" apareceu 36 vezes, ficando em segundo lugar na principal mudanga desejada. A seguir, alguns dados sabre 3 perguntas seleGionadas: 1. Grau de insatlsfal)iao com a farda % N" 0 10 25 35 45 60 75 100 1 1 N*: numero 2. 9 1 27 9 16 0 de alunas Preferemcia pesquisadas na calga Preferencia Cal,a justa Cintura baixa N2* 23 43 Balsas frontais Boca larga Tecldo que esquenta 19 32 36 N2*: numero de vezes que a op~ao toi citada 25 3. Preferencia Cor Azul Branco Caqui Cinza Verde por cor N 21 a 35 6 2 Baseado nessas informa90es foram criadas as alternativas que se seguem abaixo. 26 ~ \ I t ~ ~ ) l\ )/~ -1, ,~ 1 I j ~i ----- j ( ~'\ 1) ~ \ ',- \ ,I ~ \ - / 27 ~ • \ I , ,, J I l ) ~ , j , I / f \ ) \ ) 28 ~ \ , I ~ \ I ~ \ ! ; II ~ )' ('~, , I \. I \ \ I ~~. i .. {\ \ \ \\ \ ~\ ! ! \ \ , I , ' ) I ' I \I \: '\ U 30 \, ,,, " I I , i \ \\ I \\", ) "\ " cl \" ~ ,1YF i 1'\ I '"~ Ili\ ')\/'1\, Ii, , 'I i, \ I ",I \i 1 \,\ ' , \ I \ U " )\' \L, I. 31 (r~"'~,/ , I \ 11 1,/ \ \ \ ~, , , \ \ \ ,\ \ \ :I I \ \ \\ \ 1\ \ \ ~ e" , 7!+ '; I it ill '\ 1 \ \ \ 1 I I \ \ - \ I \ \ ~! \ , I, \ j \ \ ( I ) \\ \ \ \' I I \ I \ \ \ y\ \J \ I ' \ \" / t \~ 32 RESULTADOS - de Alternativas Sele!(ao 33 C~~de Inverno -- uniform~CM~ Especifica~ao: Cole~ao: -- Frente Costas I .,1 ;z' I I Unidade: I Oiscrimina~ao: Fomecedor Sarja -:~ane_: Sarja Car-,!, Fane i Largura i Quantidade! Pre~o 1,00 :~5_m !1Q&O-Largura i 1,20 i 0,3m i 0,50 1 0,10 Ziper -: ZK i 2cm !15crilTO,90 Linlla i Correntei ---=-i ~1 i0,50 Mao de abra 30,00 ~ -' ~-!- Botao!---==-----!1Cm i -! ------~~------=j=----=-! I TOTAL! 42,00 OBSERVA~OES do passador~m em Espec;fica~'o, Camisa de uniforme - CM-=C=--- Cole~ao: -_-_--_-_-Tamanho: _ _ M Costas Frente , 10 ! @9T~ 40 Data:_I_/~ I Discrimina~ao! __~P..r?":'~.<;.~~:. Fomecedor : Largura i _ : Quantidade Pre~o Unidade: OBSERVACOES M~: Fane 1,20 :-1 ,Om: Ji~Jiege __ Malha : Fane i 1,20 i 0,50mi 4,00 Vermelha Li~:-Corrent~ -=-:~:-1-' 0,50 Mao de qbra ------~==-=::t----------~ 30,00--Bordado-:-----------~---------+---------- : 18,00 Vivo HAK i --------.---------- i 0,80 i I ! i---- : TOTAL !61,30 em . . Frente 7/\ - __ 15_1 Costas iJ< \ I Discrimina~ao: Fornecedor : Largura i !, Quantidade Pre~o OBSERVAC;OES Sarja i Fane 1,201,5m i 12,00 Sarj~ ca1 Fane ! 1,20 0,3m i 0,50 Botao ,------------, 1cm 1 0,10c:----_1 _ Ziper 1 ZK : 2cm 15cm i 0,90 Unha-iCorrentei -----1 ,050 Mao de dbra ----=L--------~-----------l 30,00 Sarja Fane 1,20- l(f.3m' 0,50 Vermelha I TOTAL 144,50 Colegao: ------- Tamanho: M Frente Costas +~o~ @9]cr. o "' Unidade: I Discrimina~aoi Fornecedor i largura i Quantidade: Pre~o em OBSERVA90ES SarjiL !Fane ! 1 20~-1-or;:lT8()OBotao 1--=--------!1cm-!~4iCl,5O Distilneia entre botoes 10 em Linha-i Corrente, ------ ,-1-- i 0,50 : : --: --~' ---f-Mao de qbra 30,00 -----+------+---------~ B,,',dol ---------r-----+---------! TOTAL' 1B,OO 57,00 37 Tamanho:38 -- --~- Frente Costas f-----~~~ , I Unidade: I Discriminac;ao! Fornecedor i Largura : Quantidade! Prec;o Sarja i Fane !~~5m j~J,Qrgura SarJa eanp Fane i 1,20 : 0,3m : 0,50 Botao i------------i 1em i 1 ! 0,10 Ziper 1 ZK j 2em j 15em 1 0,90 Linha :Corrente!-==i 1 i 0,50 Mao de abra I -----+-------~=-------i__ 3_0_,0_0_1------ TOTAL 144,00 em OBSERVAyClES do Qassador: 1 em Cole-;ao: ------_Tamanho: _ M Costas Frente 10 12 _42__ ~, Unidade: I Discriminar;ao! Fornecedor : Largura : Quantidade i OBSERVA90ES pre'Y~ a~_ Sarja • Fane ! 1 20 : 1,Om : Linha i Corrente! -==-~:_1_L 0,50 Mao de ~bra 30 00 _ -----+------+---------1 v"o ! H~,=-i 06~ __ ---t---~'--TO~139,10 - __ em 39 Frente Costas L1~. I 1 ~i I 01 "- 1 11 "'I T-T r_-J:~ I I I 11 I T-11~1 i ~iJ=~@J i~o t -:1JJOlTBJJQ Discriminayao: Fornecedor : Largura : Quantidade Preyo = ~= = === = OBSERVAc;OeS ~~j~ Batao !------------!1em! 4 ! 0,50 Distaneiaentrebotoes:10em Linh-a - !Correnf8!--=--=T-1- - T 0,50-- - - - -- - -------- ~~{~~~~:~-~-1~--~:~-~:~--~--~-~ ?,%,~o ------------------:= -----------------:=--Sa~a- i-Fane- ~1~20-j0,50m14,00-- CamufTaoa- - ----1----1---1---1------------------- I - - - - --- -----r---l---r----r------------------ - ~- - - - ~ - - -- - ;;:'T;;;' i 52~O(f - - - - - - - - - - - --- Calga de uniforme - CMC Inverno ------ Especificay.o: Coley.o: ----- Tamanho: 38 Frente Costas ,- Unidade: Oiscriminali<10j Fomecedor ~ largura ! Quantidade 1 OBSERVA~OES Prec;o SarjU Fane i 1 00 : 1 5m-:1000 Zi~: ZK 15cm 10:90 LinhaCorrenie1-==-: 1 -10,50 Mao de dbra -------i-----=:,-----------i 30,00 ViW;--: HAK 0,60 :2cm-: Largura do passador: 1 CI1l j-=----+---------j ----~i=-- ----\---.------ . TOTAL; em 42,00--- Alternativa confeccionada , e,;. --; 41 Cah:;a eom saia de uniforme - CMC Invemo Especifica~ao: Cole~ao: Tamanho:38 Frente +__ Costas 2_9_ ,9. J[ _4_5 __ + 0 II \ -'VIVO '--' LJ '--- • 15 , _~~t~.:_-=-·~7·l77"7/·7"7"=-_~p'r?~3'_c;:a.~: I Discriminayao: Fornecedor : Largura . : Quantidade i i Prclto _ Unidade: OBSERVAC;;OES i Sarja i Fane Ll,20 2m 12,pO Largura do passador: 1 em Sarj~ca0 Fane i 1,2~! 0,3m : 0,50__ Batao ,------------, 1em, 1 , 0,10 Zfpe-r-r-ZK : 2em : 15cm: 0,90 Lin~1Corrente1--===1 1 -1 0,50 Vivo : HACO : ------ i 3rili 0,80 Laterais da ~da saia Mao de obra ---- " L :30 00 I- ,---1 i , ~:--'- --t--'- TOTAL 144,Olf- ---- em Camisa de uniforme - CMC Especifica~ao: Cole~ao: ------Tamanho: M Frente Costas I T 10 I T @©T'" .,i N N '1 t /i-10--~ ~'--I-'-..L---- (t:t~l , __ ..-:"./ Unidade: I Oiscr~~.L_~.~ecedor j Largura : Quantidade i ~~ne ! 1,2(LUur:rL! Botao !------------!~!~5 ! Llnha ;Corrente; ------; 1 ; C~dar90 jHAK j 2eml 50em Mao de qbra -------r--------~-----------i i Bordado 1- i -----i==----~---------- Prel!;O OBSERV_A.:.-90_E_S 8,00 0,50 _~aneia 0,50 0,20 30,00 ,18,00 - em _ _ entre botoes: 7 em Fotos do produto 42 Analise Ergonomica "No projeto do trabalho e nas situa90es cotidianas, a ergonomia focaliza 0 hom em" (IIDA, 1990) e suas capacidades e limita90es fisicas e psicologicas. A ergonomia pode contribuir para solucionar urn grande numero de problemas socia is relacionados com a saude, seguran93, conforta e eficiencia. Dentre os aspectos estudados pela ergonomia, este trabalho focalizara a postura e as movimentos corporais (sentado e em pe), bern como 0 clima e conforta termico. Segundo Itiro lida, no livro WErgonomia - projeto e prodw;:ao", podem-se relacionar diversas variaveis em urn estudo ergonomico. Este trabalho relacionara Homem e Ambiente. Ergonomia e conforta termico Para que 0 clima em um ambiente de estudo - trabalho intelectual - seja considerado agradavel, depende-s8 do tipo de atividade fisica realizada e do vestuario. Segundo J. Oul e B. Weerdmeester, no livre Ergonomia Pratica, urn trabalho intelectual, realizado sentado, deveria ser feito em um ambiente a uma temperatura de 18 a 24°C. (Faixas de temperatura referentes a um organismo adaptado ao clima temperado. No caso do Brasil, temperaturas de ate 5 graus acima seriam consideradas mais confortilveis). Ao mesmo tempo, a umidade deve ser considerada, devendo estar entre 30 e 70%. Abaixo da minima a ar seco pode causar irrita<;8Io nos olhos e nas mucosas, enquanto 0 ar muito umido (acima de 70%) dificulta a evapora<;8Io do suor. Essas variaveis climaticas podem ser controladas apenas em ambientes internos, com 0 usa de venti lad ores e aquecedores no caso de calor e frio, respectivamente, bem como adicianando au retiranda agua do ar em casas de baixa e alta umidade. Em ambientes extern as, e necessaria que a atividade realizada esteja de acordo com 0 gasto energetica adaptado, ou seja, em climas frios as tarefas podem ser de grande gasto cal6rico, produzindo calor e aquecendo 0 corpo; ja no calor, as tarefas devem ser leves, au feitas de forma mais lenta, para permitir que 0 corpo elimine 0 calor adicional. "0 frio e 0 calor intensas sao desconfortaveis e provocam sabrecarga energetica no corpo, principalmente no cora<;ao e pulmoes". "No calor, devem ser usadas roupas mais leves, que favore9am a transpira9ao" (DUL E WEERDMEESTER, 1995), enquanto roupas isolantes protegem melhor contra 0 frio e 0 vento. Ergonomia e metabolismo - regulaf;3o termica UOo ponto de vista energetico, a organismo humano pode ser comparado a uma complexa maquina termica. Os alimentos consumidos sofrem diversas transforma<;oes qui micas no arganisma e se transformam no combustivel chamado glicog,mio" (IIDA, 1990), gerando energia e dando como subprodutos calor, dioxido de carbona e agua, que serao eliminados pelo organismo. Dentre estes produtos, 0 suor esta entre os mais importantes, responsavel pela regula<;ao de temperatura do corpo, mantendo-a constante, em media 36,5°C. Quando a temperatura corporal 44 aumenta, seja pelo trabalho muscular, seja pela temperatura ambiente, 0 sistema nervoso envia ordem as glandulas sudoriparas para a produc;:aode su~r, fazendo com que 0 corpo esfrie, pois a evapora9ao de um liquido na superficie de um corpo retira calor dessa mesma superficie. Sendo 0 suor uma das principais armas de controle termico do organismo humano, fica claro que um tecido que impec;:aa troca de calor e liquidos do corpo com 0 ambiente trara maleficios para seu usuario, como a superaquecimento e a surgimento de micoses'. Eo por este motivo que 0 tecido 100% algodao e 0 mais adequado para atividades fisicas e para pec;as intimas, pele e a troca de calor entre a corpo e 0 por pemnitir a "respira,ao" da ambiente. *micoses: afecc;:aoproduzida par fungos. As micoses cutfmeas (na pele) tem seu desenvolvimento favorecido pela transpirac;:ao,calor e umidade, e pod em afetar as grandes dobras do corpo (cotovelo, axilas e virilha) e as pequenas (pe-de-atleta). Ergonomia e postura Trabalhando ou repousando, 0 corpo assume tres posturas basicas: posic;:aodeitada, sentada e de pe. Este trabalho analisara as duas (Jltimas, por se enquadrar atividades realizadas pelas alunas no Colegio. nas "A posic;:aosentada exige atividade muscular do dorso e do ventre para manter esta posic;:ao.Praticamente todo 0 peso do corpo e suportado pela pele que cobre 0 ossa isquio, nas nadegas. 0 consumo de energia e de 3 a 10% maior em relac;:aoa posi,ao horizontal. A postura ligeiramente inciinada menos fatigante que aquela ereta" (IIDA, 1990). para frente e mais natural e "A posi,ao parada, em pe, e altamente fatigante porque exige muito trabalho estatico" (IIDA, 1990) - exige contra,ao continua de alguns musculos para manter a posic;:ao.0 corac;:aoencontra maiores resistencias para bombear sangue para os extremos do corpo. Posturas inadequadas nessas posic;:6espodem provocar dares no corpo, como mostra a tabela a seguir: POSTURA Em pi! RISCO DE DORES Pes e pernas (varizes) Sentado sem encosto Musculos extensores do dorso Assento muito baixo Parte inferior das pernas, joelhos e pes Dorso e pescoc;:o Assento muito alto Ombros Bra,os e bra,os esticados Tabela 2 Risco de dares - posturas incorretas <fonte: 45 Quando se taz usa de roupas inadequadamente casturadas au estruturadas madelagem -, apos long as period as na mesma pasiyao a que inicialmente era cansiderada apenas desconfartavel podera vir a ocasionar extrema incomodo, vermelhidao da pele e ate mesmo dares. Ergonomia e movimentos "Para tazer urn determinado movimento, diversas combinac;oesde contrayoes musculares podem ser utilizadas, cada uma delas tendo diferentes caracteristicas de veloeidade, preeisao e movimento. Portanto, eonlorme a eombinal'ao de museu los que participem de urn movimento, este pade ter caracteristicas e custos energeticos dilerentes" (IIDA, 1990). Para grandes eslorl'os deve-se usar prelereneialmente a musculatura das pernas, que sao as mais resistentes. Percebe-se que cada movimento do corpo segue padr6es e gastos cal6ricas espeeilieos, e neeessita de uma "'pida al'ao para que se seja eoneretizado. Assim sendo, a roupa que a pessoa esta usanda na hora do movimento e de extrema importancia, pais poden~facilitar ou impedir sua execuyao au precisao. A questaa ergonomica sera um das centros desta proposta. A mudanya da madelagem deve ser feita segundo as atividades realizadas pelas alunas diariamente, bem como tabelas de medidas padr6es. Pesquisa: Atividades que requerem a uso da farda para alunos da selima serie: Horaria 7:15 -7:30 Segunda Terl'a Quarta Quinta Sexta Farmatura Formatura Formatura Farmatura Formatura inieial (pe) Aula inieial (pe) Aula inieial (pe) Aula inieial (pe) 7:30 - 8:15 Farmatura inieial (pe) Aula (pe) Aula Intervalo Aula Aula Intervalo Aula 8:15 - 9:00 9:00 - 9:05 9:05 - 9:50 9:50 10:10 10:1010:55 10:55 11:40 11:40 11:45 11:45 12:30 Aula Intervalo Aula Aula Intervalo Aula Aula Intervala Aula Recreio Recreia Recreio Recreio recreio Aula Aula Aula Aula Aula Aula Edueayao Aula Aula Intervalo fisica Intervala Intervalo Intervalo Horiuio livre Edueayao Aula Aula fisica Segunda Terl'a Edueal'ao fisica Intervalo Edueayao fisica Quarta Quinta Sexta 4,5 3,6 3 Total de horas sentadas 4,5 3 46 Segunda Total de minutos de pe Tabela 3 Tabela 45 45 de atividades semanais de alunas Quarta Quinta Sexta 45 90 45 da setima serie Percebe-se par esses quadros que as alunas da setima serie do Colegio Militar de Curitiba permanecem, no minima, 3 horas par dia sentadas, e no minima 45 minutos de pe. (Considerando-se que elas passem 0 recreio e as intervalos de pe, e que assistam as aulas sentadas). Nao foram considerados periodos de tempo relacionados a locomoyao ao Colegio. Sabe-se que a faixa etaria no Colegio vai de 10 a 20 anos, 0 que gera uma grande margem de taman has e medidas. A padroniz8c;ao de taman has do vestuario refereS8 nao as medidas das roupas propriamente ditas, mas sim as medidas do corpo humano e essencialmente urn exercicio de antropologia aplicada. e Segundo 0 SBRT - Serviyo Brasileiro de Respostas Tecnicas - do Senai, "a designac;ao numerica ou alfabetica indicada na etiqueta de tamanho deve mostrar 0 tamanho do corpo que se deseja vestir adequadamente. 0 formato e as proporc;oes do corpo humane variam muito, portanto, seria praticamente impassive I fixar pad roes para todas as medidas, tanto as priminias como as secundarias". Algumas das medidas primarias - Contorno de Pescoyo - Contorno do T6raxlBusto - Contorno da Cintura - Altura! Comprimento Algumas medidas secundarias - contorno do quadril - comprimento do ombro - contorno do brayo - contorno da coxa A graduayao sera definida sao: sao: segundo as tabelas abaixo: Medida Adulta Medidasdo 78 82 86 90 94 98 102 106 36 PP 38 P 40 P 42 M 44 M 46 48 50 108 52 G G GG GG busto(cm) Tamanhos Tabela 4 Tabela Medidasda cintura (em) de medidas 60 64 para conf~o 68 de camisas 72 76 femininas 80 <fonte: 84 WYIW.sbrt.ibict.br> 88 92 47 36 38 40 42 PP P P M Tamanhos Tabela 5 Tabela Medida de medidas para confecc;Ao de 44 M cah;:as 46 48 G G femininas 50 52 GG GG <fante: www.sbrUbict.br> Infantil' Medidasdo t6rax(cm) Tamanhos Tabela 6 Tabela Medidasda 53 57 61 65 69 73 2 4 6 P P M 8 M 10 G 12 G de medidas Tabela 7 Tabela confec<;:ao de camisas femininas infantis <fante: www.sbrt.ibict.br> 54 56 59 62 65 2 P 4 6 8 P M M 10 G 12 G cintura(cm) Tamanhos para 52 de medidas para confec<;:ao de cal<;:as femininas infantis <fante: www.sbrt.ibict.br> Como crianc;asa partir dos 10 costumam usar tamanho 10 au maior, a classificayao ficou definida da seguinte maneira: 10, 12, PP, P, M, G, GG. 48 DlscussAo As pegas que sofreram transformagao atraves deste trabalho faram a camisa e a calc;a. A primeira pec;a prot6tipo foi feita, como dito anteriormente, para S8 testar e analisar modelagem, acabamentos e ergonomia. A partir desta primeira tentativa, novas pesquisas e levantamentos de dados foram feitos, alem das devidas mudanlfCls necessarias nas medidas e modelagem. A principal mudanC;8 foi na feita nas medidas: redugao do cos, afunilamento da perna e sobreposigao de saia sabre a calga, fazendo uma hornenagern farda utilizada par Maria Quiteria. Para urna melhor elucidac;ao da transformac;ao, observe abaixo a compara~o entre as tres desenhos: a m\~\ , i\ \ \ L.....JL Cal98 atua/mente utilizada Ca/~a proposra (10 prot6tipo) Calt;a proposta (final) A modelagem foi feita baseada nas medidas das tabelas anteriormente apresentadas, tendo como diferenciais a cos baixo, as pernas retas e ajustadas ao corpo e a saia sobreposta, dando um ar feminin~, ao mesmo tempo em que e uma boa opgao para nao correr a risco de a calga ficar vulgar dependendo do tipo de corpo. Em cOmpara9aO com a modelagem de cal9a existente hoje, a apresentada diferencia-se principal mente pelo conforto; 0 os baixo nao aperta a barriga e nao causa marcas, como a cal9a atual, alem de ser esteticamente melhor estruturada. Na camisa as mudan9as foram principalmente de medidas, que foram reduzidas para torna-Ia acinturada e exclusivamente feminina. Contribuiu para esse fator tambem os recortes inseridos, que serviram para ajustar a camisa ao corpo, valorizando-o. Os apliques do "cadar90" e do "vivo", ambos em vermelho vivo, dao 0 toque especial blusa, ao mesmo tempo em que segue 0 padrao de cores do Colegio. a Observe a seguir a diferen9a entre as camisas: 49 Camisa atualmente utWzada Com a analise ergonomica que nao atenda a quesitos (conforto termico), pode vir alunos, podendo ser causa Camisa proposta anteriormente apresentada, fica claro que um uniforme como conforto, modelagem correta e temperatura a ser uma barreira concentra~ao e disposiyao dos de dores e profundo desconforto. a Pontos positivos a T em-se como pontos positiv~s na execuyao deste trabalho a facilidade informa~ao e entrada no Colegio Militar, a escola se mostrou sempre disposta a ajudar e dar esclarecimentos quando requisitados. a Pade-se citar tambem nas lojas do ramo. a disposi~ao de tecidos e aviamentos, encontrados facilmente Pontos negativos Como pontos negativos tem-se a dificuldade de se realizar as pesquisas com as alunas, por terem um horario muito curto e restrito durante as aulas. Ao mesmo tempo, apesar de prestativo, 0 comando do Colegio Militar de Curitiba nao demonstrou interesse em analisar a proposta. 50 CONCLusAo Conclui-se com este projeto que a remodelagem de produtos ja existentes e uma inovayao presente em muitas areas de trabalho, mas quando se trata de uniformes escolares ainda tern muito a inovar, principal mente quando se trata de uma instituil):ao com quase 50 anos de hist6ria, como a casa do Coh~gio Militar de Curitiba. e Recomenda-se para a continuidade deste trabalho uma reformulayao completa do uniforme 0 Colegio, baseando-se em pesquisa com as alunas e na disponibilidade dos tecidos encontrados na cidade. 5t ANEXOS "0 UNIFORME" e A forma extrema de roupa convencional 0 traje totalmente determinado pelo outro: o uniforme. Independente do tipo - militar, civil au religioso; a roupa de urn general, de um carteiro, de uma freira, de um mordomo, de um jogador de futebol ou de uma gar<;onete, vestir uma dessas fardas abdicar 0 dire ito de agir individualmente - em termos de discurso falado estar, parcial ou totalmente, sob censura. 0 que S8 faz, assim como 0 que se veste, sera determinado par autoridades externas - em urn maior ou menor grau, dependendo de quem se par exemplo, urn mange trapista ou urn escoteiro. 0 uniforme atua como urn sinal de que naD devemos, au naD precisamos, tratar alguem como urn ser humano, e de que ele naD deve nem precisa nos tratar como urn. Nao par aeaso que pessoas uniformizadas ao inves de falarem conosco franca e diretamente, muitas vezes repetem mentiras mecanicas. "E um prazer te-Io a bordo", dizem; "Nao posso Ihe dar essa informat;:ao", ou "0 medico 0 atendera logo.". e e at e Usar constantemente um traje oficial pode transformar uma pessoa a ponto de ficar dificil ou impossivel para ela reagir normalmente. 0 dr. Grantly, arcediago de 0 guardiao(1855), de Antony Trollope, e pio e solene mesmo quando sozinho com sua esposa: "S6 depois de trocar 0 chap';u de aba larga sempre novo pela touca de dormir com borlas e a roupa preta impecavel por seu robe de niut habitual, 0 dr. Grantly fala, parece e pensa como um homem comum. Tirar um uniforme e geralmente um alivio, assim como parar com 0 discurso oficial; as vezes tambem e um sinal de rebeldia. Quando as colegiais do conto "A Temple of the Ghost", de Flannery O'Connor, vao para casa no feriado, ela escreve: "Chegaram em seus uniformes marrons que lin ham de usar no convento de Mount 81. 8cholastica, mas assim que abriam as malas, 0 tiraram e vestiram saias vermelhas e blusas berrantes. Passaram batom, cal9aram os sapatos de domingo e andaram de saito alto pela casa toda." Entretanto, em certas circunstancias, vestir urn uniforme pode ser urn alivio, ou ate mesmo uma experiemcia agradavel. Pode facilitar a transit;:ao de um papel para outro, como Anthony Powell aponta em Faces in my time, ao descrever como se uniu ao exercito britanico, em 1939. Era necessario 0 completo apenas algumas semanas. anonimidade do uniforme, avaliado; em certo sentido, ambientes como vagoes de esquecimento do que constituira nossa vida ha Esse estado de mente era auxiliado pela alga que tem de ser experimentado para ser mais notado quando nao estamos de servit;:o em trens au bares. Tambem e verdade que a desvantagem tanto fisica quanto psicol6gica pode ser oculta par um uniforme, eu ate mesmo suprimida; a toga de urn juiz ou a bata de urn cirurgiao pode escender muito bern urn fisico esqueletico ou receios de incompetencia, concedendo-Ihe dignidade e confian9a. 52 Ao contra rio da maioria da roupa civil, a uniforme 8, com freqClI3ncia,consciente e deliberadamente simbalico. Identifica aquele que 0 veste como membro de algum grupo e muitas vezes a situa em uma hierarquia; as vezes, fomece informay8a sabre suas realizayoes, assim como as distintivos de rnerito e as galoes de batalhas de urn general. Mesmo quando alguns detalhes de um traje oficial nao sao prescritos de cima, pod em adquirir, com 0 habito, um significado definido. James Laver observa que na Inglaterra Ate recentemente, ainda era passivel deduzir as opinioes religiosas de um clerigo a partir de seu colarinho. Se usasse uma gola comum, com uma gravata branca, provavelmente pertencia a 19reja Baixa(anglicana) e Evangelica. Se usasse qualquer versao do colarinho romano, demonstrava simpatia pelo Movimento de Oxford. E provavel que quando foram projetados pela primeira vez, todos as uniformes tivessem um sentido simb61icotao facil de ser "interpretado" quanto, hoje, a roupa de uma coelhinha da Playboy. Mas 0 traje oficial tende a congelar os estilos na epoca em que foram criados, e atualmente os uniformes do seculo XVI dos guardas na Torre de Londres, au a roupa matutina do mordomo do final da era eduardina, talvez nos pareyam simplesmente antiquados. Uniformes militares, como James Laver destacou, pretendiam originalmente "impressionar e ate mesmo aterrorizar 0 inimiga" no combate corpo a corpo (exatamente como os gritos de guerra que as acompanhavam), e os guerreiros, conseqOentemente, disfaryavam-se de demonios, esqueletos e animais selvagens. Mesmo depois que a palvora tornou esse estilo mais raro, a desejo de aterrorizar "sobreviveu na era moderna em formas rudimentares como a cabec;a da morte no capacete do hussardo e as costelas do esqueleto pibtadas original mente no corpo do guerreiro e mais tarde transformada nos alamares de sua tunica.". Usar uniformes quando nao se esta de serviyo muitas vezes indica descuido pessoal - como no caso de sold ados bebados fazendo pandega pelas ruas. No entanto, neste seculo, foi adotado como uma forma de protesto politico, e homens e rnulheres tern aparecido em assembleias e marchas com suas fardas do Exercito, da Marinha au da policia, implicando a seguinte declaray80: "Sou um soldado, mas ap6io 0 desarmamento, a nao discriminac;aoracial na venda e aluguel de casas, os direitos gays" etc. Um feito relacionado foi a habito hippie americana, nos anos 60, de usar partes da farda do Exercito - Guerra Civil, Primeira e Segunda Guerras Mundiais. Estas vestes mil ita res intrigaram muitos observadores, especialmente quando apareceram nas manifestayoes contra a guerra do Vietna. Qutros compreenderam a mensagem implicita, que consistia em que a garoto de cabelo comprido e tunica de confederado ou palete de Eisenhower nao era covarde ou efeminado; que nao era contra todas as guerras - somente contra a cruel e des necessaria para a qual corria 0 risco de ser recrutado. LURIE, Alison, 1926- A linguagem das roupas I Alison Laurie; tradugao Dantas Borges - Rio de Janeiro: Rocco, 1997. - (Artemidia). Tradugiio language of clothes. de Ana Luiza de The 53 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BANHA, Paulo da Motta. Hist6ria do Estado-Maior EMFA, 1987. p. Bibliografia. das For~as Armadas - Brasilia. Hist6ria do Estado-Maior do Exercito I trabalho de pesquisa do EME, realizado coordenac;:ao do Coronel de Artilharia Paulo da Motta Banha - Rio de Janeiro: Biblioteca do Exercito, 1984. p. (Biblioteca do Exercito. 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