reformulacao da farda do colegio - TCC On-line

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reformulacao da farda do colegio - TCC On-line
Thais Catherine Ramme
Reformulag8o da farda do Colegio
Militar de Curitiba
Curitiba
u;rp
2006
Thais Catherine Ramme
Reformulag8o da farda do Colegio
Militar de Curitiba
Tee - Trabalho de conclusao de Curso apresentado
ao curso de Design,
habilitac;:ao
em
Design de Moda, como
requisite parcial para obtengao do
grau de Designer de moda da
UTP Universidade Tuiuti do Parana
Orientada pela professora Eunice Valente.
Curitiba
UTP
2006
EUAGRADE<;:O
Agradec;o a professora Eunice, pela paciemcia, a professora Scheila, pelas broncas
nas horas que eu precisava de urn empurrao,
professora Denise, pelas ideias
mirabolantes, a professora Fatima, por ensinar como se diz algodao em alemaoe
a
a
par ter me feito ficar de final e aprender 0 que e resiliencia,
professora Eliane, por
ensinar como se faz urn molde,
professora Monica, per ensinar como fazer urn
molde em miniatura,
professera Sonia (grande Sonia), per ter feito nascer em
mim meu espirito libertario e exigir um impeach man dela,
professora Guiomar,
que me faz ter pesadelos com fichas tecnicas, a professora Denise (outra?) sim,
lembra dela? Nao sei se me ensinou alguma coisa, mas lembrei dela. Tem tambem
aquela professora baixinha do cabelo curto, nao lembro 0 nome, mas ela me
ensinou a ser grossa. Queria agradecer demais ao querido e centenario professor
Bini, a enciclopedia com pernas, per ensinar que design e arte e que nao saber 0
ana da queda da Bastilha
urn absurdo. Ao grande Ivens, por confundir minha
cabec;a e dizer que nao, design nao e arte e que design mata. Ao professor
Joaquin (com n no final, ou ele nem Ie 0 trabalho), que me fez entender que
homens realmente fofocam e que e impossivel ter uma empresa sem urn plano
financeiro. Ao professor Arion, que apesar das gracinhas e das piadinhas
machistas tentou me ensinar a mexer no Excel (desculpa Arion, nao deu certo).
Queria agradecer
Marilda, que apesar de nunca estar na faculdade, sempre
sabia de tudo 0 que acontecia! Gostaria de lembrar neste momento da faculdade
do Portao, onde tudo comec;ou e das matanc;:as de aulas da padoca (nao devia ter
falado isso). Gostaria de agradecer as band as de hardcore que fazem umas
musicas bem pesadas e nao me deixaram dermir nas noites que virei acordada.
Agradec;o aos Padrinhos Magicos, aquele desenho bern bobo que passa na
Warner, que eu assistia per 5 minutos enquanto tomava uma caneca de cafe com
coca antes de voltar para 0 trabalho que duraria a noite toda ... Coca-Cola, como
nao lembrar, obrigada per existir!! Ah!! As minhas amigas, Manu, Tati, Su e Fla,
sem elas eu nunca teria chegado ate aqui, teria desistido no primeiro ana e estaria
me formando em administraC;ao ou estaria loira e casada com algum jogader de
futebol. Falando em futebol, agradeyo ao Atletico por nao ter jogado nada esse ano
e ter perdido a Sui Americana, me fazendo nao ir aos jogos e me poupando tempo
e dinheiro. Agradec;:o ao Coxa par nao ter subido pra primeira divisao, minha
grande alegria este ana Ua ouviu a piadinha do viagra?). Par fim, agradeyo
minha
mae por nao ter me enchido 0 saco e ter me deixado ficar acordada ate de manha,
ao meu pai per ter pagado minhas contas e ao meu irmao, por fazer a minha
alegria e me chamar de doente ao acardar as 5 pra ir pra escola e me ver
debruc;ada sobre a impressora que tinha dado pau.
a
a
a
e
a
a
SUMARIO
Lista de Figuras
x
Resumo
xi
Abstract
xii
INTRODU<;;AO
REVISAo
Exercito
.
BIBLIOGRAFICA
2
Brasileiro
2
A Evolu~ao do Uniforme
3
Mulheres no Exercito
4
4
Maria Quib[lira
Atualidade
6
Colegio Militar
A
7
concretiza~ao do sonho
Thomaz Coelho e
0
Colegio
8
Militar
8
o primeiro
aniversario
10
Designacao
Hist6rica
11
A admissao
das alunas
11
Linha do tempo
11
Sistema
12
Pro posta Pedag6gica
o Colegio
12
Militar de Curitiba
Educa~ao
e Excelencia
13
14
A Oesativacao
14
o Processo
15
de Reativacao
A Reaburtura
MATERIAlS
E METODOS
15
DE PESQUISA
17
Analise e Pesquisa
17
Fun~6es do produto
18
Fun~iio pratica
Fun~iio estetica
Funcao simb6Iica
Publico alvo
18
18
18
20
Analise diacronica
20
Analise sincronica
21
Conceito
21
Ambiencia
22
Cartela de cores
23
Cartela de materiais
24
Gera~ao de alternativas
25
RESULTADOS
33
Sele~ao de Alternativas
43
Analise ergonomica
44
Ergonomia
e conforto
termico
Ergonomia
e metabolismo
44
Ergonomia
e postura
45
Ergonomia
e movimentos
46
- regula~ao
termica
DlscussAo
49
Pontos positivos
50
Pontos negativos
50
CONCLusAo
ANEXOS
REFERENCIAS
44
.
.
BIBLIOGRAFICAS
..
..
51
52
54
Lista de Figuras
Fig. 1 - Soldado Infante 1740
Fig. 2 - Soldado Infante 1762
Fig.3 - Soldado Infante 1781
Fig.4 - Sold ado Infante 1799
Fig. 5 -Maria Quiteria
Fig. 6 - Maria Quiteria - farda
Fig.7 - Palacete da Babil6nia
Fig. 8 - Primeira turma feminina, Colegio Militar do Rio de Janeiro,
Fig. 9-lnaugura~ao
do olegio Militar de Curitiba
Fig.10 - Vista aerea do Coh'gio Militar de Curitiba, 1959
Fig.11 - Vista aerea do Colegio Militar de Curitiba, 1988
Fig. 12 - Vista aerea do Colegio Militar de Curitiba, 1994
Fig. 13 - Vista frontal do Colegio Militar de Curitiba, 2005
Fig. 14 - Castelo
Fig. 15 - Estrela
Fig. 16 - Simbolo dos Colegios Militares do Brasil
Fig. 17 - Farda masculina 1962
Fig. 18 - Farda masculina 1989
Fig. 19 - Farda diaria ("passeio")
Fig. 20 - Farda garan~a
Fig. 21 - Farda de gala
1989
4
4
4
4
4
5
10
11
13
14
14
15
16
18
18
19
20
21
21
21
21
Resumo
Relormula9ao
da larda do Colegio Militar de Curitiba. A finalidade deste projeto
uma nova modelagem
para a farda utilizada atualmente
pel os Colegias
Militares do Brasil. 0 principal metodo utilizado loram as pesquisas de campo
iniciais, que identificaram 0 grau de insatisfac;ao das alunas com 0 uniforme,
justificando, assirn, a criayao da nova farda. Os questioniuios foram
direcionados
ao Colegio Militar de Curitiba, pela proximidade e lacil acesso. As
pesquisas demonstraram tambem as principais queixas e os principais desejos
das estudantes, que deram 0 pontape inicial na cria9ao da cole9ao. A maior
reclama~o foi quanta
modelagem
de determinadas
pec;as - calc;a e camisa -,
que, segundo as pesquisas, eram ultrapassadas e desconfortaveis. 0 tecida
tambem foi Dutro aspecto reprovado pelas alunas. Segundo elas, a tecida da
camisa naG era 0 ideal, per deixar marcas de suor em epocas de calor. Ja na
calga, a tecido foi reclamado par ser aspero e par naa atender
sua funyc30 de
proteger do frio. Assim sendo, tern-se as dais aspectos tratados neste trabalho:
modelagem e tecido. As duas peyas sofreram uma transformayao total,
tornando-se mais femininas e ergonomicamente corretas. as tecidos
escolhidos para a nova proposta sao ambos 100% algodao, para perrnitir a
"respiral,(ao" da pele, e estando de acordo com a clima e respeitando as cores
da Escola. As pel,(as finais foram adicionadas ainda um tecido camuflado, no
caso da calya, e bordados, na camisa, que agregararn ainda mais valor e
beleza ao novo uniforme, alem de prestar uma homenagem ao Exercito e as
suas tradiyoes. Este projeto nao apenas cria uma nova farda, cria um novo
conceito de uniformes escolares.
e criar
a
a
Palavras-chave:
Exercito, uniforme, rnodelagem.
xi
Abstract
Recreating the uniform for Colegio Militar de Curitiba. The purpose of this
project is to create a new style for the uniform that is used nowadays by the
Military Schools in Brazil. The main method that was used were initial field
researches,
which identified the low level of satisfaction
from the students,
justifying the creation of a new style of uniform. The questionnaires were
applied in Colegio Militar de Curitiba due to its proximity and easiness of access.
The researches showed also the main complains and desires of the students,
which allowed the project to begin its creation. The major complain was related
to the style of specific pieces of the uniform - pants and shirt-, which, according
to researches, were outdated and uncomfortable. The fabric was also another
aspect not approved by the students. According to them, the fabric of the shirt
was not the ideal one due to the fact that you could see stains of sweat during
warmer days. The pants, the complaint about the fabric mentioned was related
to the its roughness and for not protecting from cold weather. That way there
are both aspects developed during this project: style and fabric. Both pieces
suffered a complete transformation becoming more feminine and ergonomically
correct. The fabrics chosen for this new proposal are both 100% cotton to allow
the skin to breath, staying in accordance
with the weather and respecting the
colors of the school. The final touch that was given to the uniform were pieces
of camouflage fabric on the pants and embroidery on the shirt which add more
value to the beauty of the uniform, besides doing an tribute to the Army and its
traditions. This project not only creates a new uniform but also a new concept of
school uniform.
Key words: army, uniform, style.
xii
INTRODUC;;Ao
Colegio Militar: 117 anos de luta, edUC8yaO e tradigao. Criado inicialrnente para
abrigar as 6rfaos da Guerra, hoje
exemplo de disciplina e honra. A luz do Exercito
e de suas memorias, as alunos dos Colegios Militares passam par atividades
militares rotineiras, como marchas, treinamentos
e formaturas, al8m da educayao
estritamente regulamentada.
e
Colegio Militar de Curitiba: 48 anos de hist6ria. Ha apenas 12 conta com a presenya
de alunas. Ap6s lon905 an os sendo exclusivo para homens filhos de militares, e
apos 6 anos de desativ8gao, a escola hoje atende a ambos as sexos, filhos de civis
e de militares, sendo urn dos mais concorridos, apresentando
urn numero cada vez
maior de alunos par vagas em seus concursos anuais.
Apesar das lnovac;oes ocorridas nos ultimos anos, a farda nao acompanhou
essa
tendelncia. A farda masculina, par ser utilizada he. mais de 100 anos, teve tempo de
ser modernizada e atualizada. A farda feminina, em contrapartida,
foi criada ha
apenas 17 anos, portanto ainda e considerada "nova" e nao teve chance de ser
modificada.
Foi este aspecto que impulsionou este trabalho. A intenc;ao era descobrir se a farda
nao era modificada pOis agradava as alunas ou se nao havia interesse por parte do
comando por uma farda mais moderna. Atraves de pesquisas e questione.rios,
confirmaram-se
as hip6teses: tanto as alunas nao estavam satisfeitas com a farda,
quanto a comando dos eM's nao via necessidade de mudanc;as.
A partir dai, novas pesquisas faram feitas com as estudantes,
identificando quais os
principais pontos negativos passiveis de transfarmac;oes.
Este trabalho apresenta as
tecnicas utilizadas, os resultados dos produtos finais e a discussao, provando ser a
nova proposta uma possibilidade
real de produC;ao.
REVISAo
Exercito
BIBLIOGRAFICA
Brasileiro
Tao logo 0 descobrimento
do Brasil foi revelado, aflorou a cObiya das na<;6es
excluidas do pacta de Tordesilhas, em relayeo
nova terra. Arvoravam-se
governos,
corsan"os a soldo de reis*, empresas de espo1ia98.0, congrega90es
religiosas e
aventureiros em busca de urn lugar aD sol na faixa litoranea brasileira. A estimulalos, a riqueza da terra: seus recursos de exploraC;8o, como 0 pau-brasil - materiaprima de corante muito apreciado na Europa e inspiradora do nome do Pais - e a
pr6spera a9ro-industria
8c;ucareira, estabelecida
no Nordeste do Brasil. Da
expedi9ao francesa de Villegaignon,
na baia da Guanabara,
a9ao do corsario
ingles Cavendish, todas as invas6es foram repelidas pelo colonizador, com a ajuda
de indigenas agrupados em rudimentar organizac;:ao militar. Desde cedo, afiguravase importante lutar de arcabuz* e flecha nas maos para defender a Colonia.
a
a
a
Entretanto, 0 principal desafio
nova terra e sua brava gente chegaria em 1624 com
a invasao holandesa da Bahia, frustrada pela resistencia obstinada oposta aos
intrusos e liderada pelo bispo de Salvador, D. Marcos Teixeira. Repelidos, os
prepostos da Companhia das Indias Ocidentais, da Holanda, voltam a tentar nova
invasao em 1630, agora com poderosa frota e apreciavel contingente militar. 0 alvo
e Pernambuco,
pontilhado de engenhos produtares de ac;:ucar, a mais valiosa
especiaria da epoca. Mesmo assim, os habitantes da terra resistem no arraial de
Bom Jesus em luta desigual, e acabam por vergar-se diante do inimigo em 1632.
Quinze anos haviam decarridos de ocupac;:ao, quando Joao Fernandes Vieira da
inicio ao resgate da soberania da gente da terra. Comec;:a a Insurreiqao*
Pernambucana.
Paginas e paginas her6icas da hist6ria-patria
serao escritas pelos
insurretos naquela guerra. 0 desagravo
assumido par todas as classes e rac;:as de
gente, empolgando da casa grande
senzala. Tecido 0 plano revolucionario,
tratava-se de desgastar a inimigo par eficiente luta de emboscadas.
a
e
Tropas de negros, de Henrique Dias, e de indios, do bravo Poti, rebatizado Felipe
Camarao, agregam-se as dos luso-brasileiros
de Joao Fernandes Vieira, para
com bater 0 poderoso exercito holandes. 0 combate decisivo se trava nos arredores
de Recife, em regiao de montes permeada por banhados: Guararapes.
0 inimigo
fara atraido para terreno que se apresentava favaravel
habilidade militar dos
brasileiros.
a
Transcorria a dia 19 de abril de 1648. Dais mil e quinhentos cidadaos-soldados
lusobrasileiros derrotam cinco mil militares holandeses. Era a son had a vit6ria decisiva.
Segue-se a segunda vit6ria em Guararapes. Um ana depois, outros com bates e,
finalmente, a capitulac;:ao do invasar em 1654. A partir dessa memoravel epapeia*,
nao havia apenas homens reunidos em tarna de um simples ideal de libertac;:ao, mas
sim, as bases do Exercito Nacional de uma Patria que ver-se-ia confirmada a 7 de
setembro de 1822.
Na regiao de Guararapes,
em
19 de abril de 1648, nascia
0
Exercito.
A Evolu<;ao
do Uniforme
AS uniformes da infanta ria portuguesa foram seguindo as evolu90es da mod a
durante todo 0 seculo XVIII. No principio do seculo, no reinado de D. Joao V,
seguiam os uniformes das potemcias cat6licas - Franya, Espanha, Austria, usanda
fardas de cor cinzenta clara - "alvadia" - de corte amp 1o, normalmente
sem abas,
com chapeus grandes, usados em tricornio"', com as granadeiros a usar barretes* de
pele.
Em 1762 os uniformes continuavam a seguir 0 modelo das polencias cat6licas,
sobretudo os do exercito da Coroa austriaca, sendo que a cor das fardas tinha
passado a ser branca, e as casacas tinham passado a ter todas abas de car, que
permitiam distinguir mais facilmente os regimentos. Com a declarac;:ao da guerra
franco-espanhola
de 1762, houve necessidade de aumentar 0 efetivo dos
regimentos de infanta ria, par estes estarem com metade do efetivo normal. A
passagem de urn efetivo de 360 homens por regimento para os 1.200
regulamentados
em 1762 fez com que a prodw;:ao de uniformes para 0 exercito
tivesse ficado completamente
desorganizada,
nao havia nos armazens militares
uniformes suficientes para os recrutas que chegavam aos regimentos, nem tao
pouco nas fabricas do Reino. Os regimentos
tiveram que se contentar com os
panos que havia, e que se andava a procurar mesmo nas feiras do interior do Pais,
e por isso 0 exercito portugues fez a «Guerra Fantastica*» com uniformes de todas
as cores - com os regulamentares
brancos, mas tambem com azuis, verdes,
amarelos, encamados*,
etc.
Com a assinatura da paz em 1763, era necessario distribuir novas fardas ao exercito
e dar aos varios corpos uma farda de cor uniforme. 0 modele de uniforme escolhido
foi 0 prussia no: fardas de cor azul escura, de corte apertado, com pequenos
chapeus, usados em bic6rneo.
E
com a cor - "azul ferrete - que foi enviada ao futuro Marques de Pombar - que a
farda perdia 0 seu carater espartano, que caracterizava
0 uniforme das potencias
cat6licas ate ao fim das Guerra dos Sete Anos.
Este uniforme que tinha como novidade a introdw;;::ao de cah;;::6esda cor da farda, ao
contrario do que era normal na epoca de serem brancos como os coletes,
permaneceu ate 1793 sem grandes altera<;6es.
E
s6 em finais do seculo XVIII que 0 uniforme come\=a a se modernizar, devido
possivelmente
experiencia ganha na campanha do Rossilhao, entre 1793 e 1795,
mas tambem, e possivelmente
sobretudo, porque se segue a moda e 0 usual nos
outros exercitos. As casacas, ate entao muito apertadas, passaram a poder ser
fechadas permanentemente,
tendo os regimentos que nao tinham "bandas" nas
casacas dos uniformes passando ate-las, protegendo assim 0 tranco das
intemperies, 0 que obrigava a que a casaca fosse feita de uma forma mais ampla e
confortavel. Na mesma epoca a gola que se usava rebatida foi erguida.
a
Em 1797 da-se outra pequena modifica<;ao no uniforme do exercito.
0 la<;o usado
nos chapeus, de cor preta ate esse ano, passa a ser das cores da casa real - os
funcionarios da casa real. Esta mudanc;a vai fazer sentir-se em pequenas e grandes
coisas, uma das quais esta bem visivel nas paginas
deste local e que e a cor das
bandeiras e estandartes do exercito, que passam a ser de cor azul e encarnada.
o lalto sera utilizado por quase todos os corpos em cruz, e isto tanto nos chapeus
como mais tarde, a partir de 1806, nas barretinas da infantaria enos cascos da
cavalaria, moda vinda com certeza da propria corte.
Figura 1 Soldado
Infante 1740
<fonte: www.arqnet.pt>
Mulheres
As mulheres
Figura 2 Soldado
Infante 1762
Figura 4 Soldado
Infante 1799
no Exercito
estao isentas do servi~o militar, na forma prevista
pela Constitui~o
Brasileira. Todavia, e permitida a prestayao do servilto militar pelas mulheres que
forem voluntarias, segundo criterios de conveniimcia e oportunidade de cada Forlta
Armada.
Se analisado sob uma perspectiva historica, a presenlta da mulher nas fileiras do
Exercito ja e por todos conhecida ha muito tempo. Como exemplo tem-se a jovem
Maria Quiteria, herolna do Brasil nos conmtos pela consolida~ao da Independ€mcia,
bern como as enfermeiras que atuaram na 2a Grande Guerra.
Maria Quiteria
Figura 5 Maria Quiteria
<fonte: http://www.exercito.gov.br>
Maria Quiteria de Jesus, a "mulher-soldado",
nasceu em Sao Jose de Itapororocas,
no ana de 1797, na antiga Provincia da Bahia.
Em 1822, sob 0 ideal de liberdade, 0 Rec6ncavo Baiano lutava contra 0 dominador
portugues que se negava a reconhecer
a In depend en cia do Brasil. Nesse clima,
surge a figura de Maria Quiteria. A necessidade
de efetivos fez com que a Junta
Conciliadora
de Defesa, sediada em Cachoeira-BA,
conclamasse
os habitantes da
regiao a se alistarem para com bater os portugueses.
Maria Quiteria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos
ideais de liberdade que envolviam seus conterraneos.
Ante a posi9ao contrtuia do
pai, foge de casa e, com 0 uniforme de urn cunhado, incorpora-se
inicialmente
ao
Corpo de Artilharia e, posteriormente,
ao de Ca~adores,
com nome de Sold ado
Medeiros. 0 seu batismo de fogo ocorre em combate na foz do rio Paragua9u-BA,
ocasiao em que ficam evidenciados
seu heroismo invulgar e sua real identidade.
Em fins de 1822, a intrepida baiana, ja com saiote tipo escoces sobre 0 uniforme
militar (ver Figura 7), incorpora-se
ao Batalhao dos Voluntarios
de D. Pedro I,
tomando-se,
desse modo, oficialmente,
a primeira mulher a assentar pra9a numa
unidade militar, em terras brasileiras.
Figura
6
Maria
Quiteria
- farda <fonte:
http://www.vidas/usofonas.pt>
De armas na mao, participando
de diversos combates,
toma-se merecedora
mais homosas cita90es de bravura, valor e intrepidez, passando a constituir-se
referencia do heroismo da mulher brasileira.
das
em
Finda a campanha
baiana, Maria Quiteria embarca para a Rio de Janeiro.
A sua presen~a na Corte e cercada de muito respeito, em face da fama de sua
coragem e da grande curiosidade
por demais ousado para a epoca.
decorrente
das caracteristicas
No dia 20 de agosto de 1823, D. Pedro I confere
a
de seu uniforme,
gloriosa guerreira a honra de
recebe-Ia em audiemcia especial. Sabedor da bravura e da maneira correta com que
sempre se portara entre a soldadesca, num gesto de profunda admirac;ao, concede-
Ihe 0 soldo de "Alferes de linha" e a condecora~ao de "Cavaleiro da Ordem Imperial
do Cruzeiro", em reconhecimento
inimigos da patria.
a bravura e
a
coragem com que lutara contra os
Maria Quiteria, no entanto, nao se deixou levar pela vaidade e pelo fulgor da gloria
que conquistara. Oepois de encerrada a guerra, a heroina recolheu-se ao sile!ncio do
lar, falecendo no dia 21 de agosto de 1853.
No ano do centenario do falecimento
da valorosa mulher-soldado,
0
entao Ministro
da Guerra determinou, por intermedio do Aviso N" 408, de 11 de maio de 1953, que
em
todos
os
estabelecimentos,
repartic;oes
e
unidades
do
Exercito,
fosse
inaugurado, no dia 21 de agosto de 1953, 0 retrato da insigne patriota.
Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quiteria de Jesus, por decreto do
Presidente
da Republica,
passou
a ser reconhecida
como
Patrono
do Quadro
Complementar de Oficiais do Exercito Brasileiro.
Atualidade
Atualmente, a mulher pode servir, voluntariamente, como militar de carreira au
temporaria. Para ser de carreira, a mulher precisa cursar urn dos seguintes
estabelecirnentos de ensino:
- Escola de Administra~ao do Exercito, localizada em Salvador, que matriculou a
primeira turma de 49 mulheres em 1992;
- Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro, que forma militares para 0
Quadro de Engenheiros Militares;
- Escola de Saude do Exercito, tarnbem no Rio de Janeiro, que forma oficiais
rnedicas, dentistas, farmaceuticas, veterinarias e enfermeiras para a Quadro de
Saude do Exercito.
Na atualidade, as mulheres ocupam cargos em organizac;oes militares de todas as
regioes do Pais. A maioria das oficiais encontra-se nos quarteis-generais,
organizac;oes militares de saude, estabelecimentos de ensino e org80s de
assessoramento do Exercito.
Elas desempenham os cargos previstos nas mesmas condic;oes dos oficiais de sexo
masculino e concorrem as promoc;oes em condic;oes de igualdade com os homens.
Nesse sentido, as criterios de avaliaC;ao de desempenho profissional nao
discriminam a sexo; e a acesso aos pastas rna is elevados da carreira nao discrimina
homens e mulheres nos respectivos Quadros.
6
Todas recebem a mesma instrugao militar basica ministrada aos homens. Participam
de marchas,
acampamentos,
exercicios
de tiro, jog os de guerra (em computadcres)
e manobras logisticas, na esfera de suas especialidades.
As mulheres procuram a carreira militar motivadas por diversos fatores, dos quais
destacam-se:
a voca9ao pela profissao militar; 0 respeito e a organiza9ao que a
Institui9ao desfruta perante a sociedade; a perspectiva de ascensao funcional na
carreira; constitui mais uma alternativa no mercado de trabalho; estabilidade no
emprego, proporcionando urn plano de vida. 0 numero de candidatas inscritas nos
concursos para as escolas de formacao do Exercito indica a grande interesse das
mulheres
pela profissao
A participa9ao
feminina
militar.
esta regulamentada
desde
1996, permitindo-as
ingressar
no
servico como militares de carreira au militares temporarias. Matriculou-se a primeira
turma de mulheres,
na Bahia, na Escola de Administra9ao
do Exercito
(EsAEx),
com
49 voluntarias, que se forma ram nesse mesmo ano. Como militares temporarias,
fcram incorporadas
290 mulheres
em 1996.
Em menos de dez anos, 0 numero de mulheres no Exercito aumentou de 49 para
0 contingente feminino conta com igualdade de direitos e deveres em relaCao
ao sexo masculino; a unica ressalva e na area combatente, que nao conta com urn
quadro feminino.
3.086.
A seguir, uma tabela rnostra como a precura feminina e significativa, em relaCao ao
total de candidates que se inscrevem nes concursos do Instituto Militar de
Engenharia (IME), da Escola de Administra9iio
Saude do Exercito (EsSEx):
do Exercito
(EsAEx)
e da Escola de
Candidates por estabelecimento de ensino inscritos
para os concursos em 1998
Escola
Homens
Mulheres
IME
2743
1252
3995
EsAEx
2601
1737
4338
EsSEx
1759
1865
3624
Tabela
1 Procura feminina
Total
ao Exercito <fonte: www.exercito.gov.br>
Colegio Militar
As raizes hist6ricas dos Colegios Militares remontam a 1853, quando Caxias·
passou a manifestar vontade de que fosse criado um colegio para acolher 6rfaos de
militares
tombados
em campos
de batalha,
em defesa das institui90es
e da patria.
Tendo assistido e ate combatido em dezenas de debates internos, Duque de Caxias
nao se conformava ao verificar que milhares de 6rfaos e filhos de seldados, que
tombaram au fica ram invalidos na defesa da Patria e do Governo, estavam
desamparados
pelo Estado e pela Sociedade.
Assim, Caxias propoe ao Senado, em 1853, a criayao ude urn colegio militar que
amparasse as 6rfaos e as tilhos dos sold ados que morreram au viessem a morrer,
ou se inutilizassem
na defesa da Independ,mcia,
da Honra Nacional e das
Institui90es".
Como nao obteve exito em sua primeira tentativa, Caxias propos nova mente, em
1862, a cria9ao do Colegio Militar na Fortaleza de Sao Joao, na Urca-RJ, mas a
indiferenQa, principalmente,
do Imperador, que era um tilosofo e antimilitarista,
nao
permitiu, mais uma vez, sua proposta ir adiante.
A concretiza~ao
do sonho
Em 1867, a Visconde de Tocantins, irmao de Caxias, comerciante e coronel da
Guarda Nacional, presidente da Associayao Comercial do Rio de Janeiro, iniciou
uma subscri9ao publica para "a cria9ao do Asilo dos Invalidos da Patria, para onde
seriam recolhidos e tratados os sold ados na velhice au as mutilados de guerra, alE~m
de ministrar a educa980 aos orfaos e tilhos de militares".
A inaugura9ao do Asilo se deu em 29 de julho de 1868, sendo regido pelos estatutos
da "Sociedade do Asilo dos Invalidos da Patria" que faram aprovados por Decreto
Imperial Nr 3.904, de 03 de julho de 1867. Com 0 passar do tempo, 0 Asilo foi
desempenhando
a papel social para que fora fundado, porem a educandario
nao
teve a mesma sorte, ficando no esquecimento.
Em 1885, os integrantes da Associayao Comercial do Rio de Janeiro deram-se conta
que, em rareando os socios da Sociedade do Asilo, em pouco tempo nao mais
restaria urn unico elemento para compo-la, administra-Ia
e representa-la.
Deixaria,
pois, de existir.
Homens de negocios desassossegaram-se
com a descoberta,
pais equivaleria a
vultuoso prejuizo, e dispuseram-se
a "proteger" 0 patrimonio da Sociedade e do
Asilo, propondo fundir as duas institui90es, a Associa9ao Comercial e a Sociedade
do Asilo.
Em 23 de julho de 1885, lavrou-se a escritura em que a "Sociedade do Asilo dos
Invalidos da Patria" e a "Associayao Comercial do Rio de Janeiro" praticaram sua
fusao. 0 feito, camercial e rotineiro, foi objeto de protestos e reayoes que a
qualificaram de ilegal.
Em 09 de mar90 de 1889, e criado par D. Pedro II 0 Imperial
par insistente gestao de Thomaz Coelho·.
Thomaz
Coelho
e
0
Colegio
Colegio
Militar da Corte,
Militar
Thomaz Jose Coelho de Almeida assume 0 cargo de Ministro da Guerra, em 10 de
mar90 de 1888, em urn c1ima de declarada descontianya,
antipatia e animosidade
que lavrava entre a oficialidade militar de terra, 0 governo civil e a classe politica.
Em suas prolongadas
reflex6es,
a detentor
da Pasta da Guerra
chegara
a conclusao
de que mais facil de obter, nao gerador de suscetibilidades,
bern eficaz e
convincente, em face do apaziguamento
das mentes, seria criar urn estabeledmento
de ensino para ministrar instruc;ao e educac;a.o aos filhos e netos de militares.
Quanto mais cogitava a respeito do assunta, mais se capacitava de que a obra
benemerita*, a que seu nome se vincularia, era urn empreendimenta
de elevado
alcance, fad ado a perdurar e a gerar frutos esplendidos.
Assim, Thomaz Coelho passou a formular os pianos, debatendo os t6picos que
ocorriam: 0 nome da instituic;;ao, suas finalidades, suas caracteristicas,
seu
regulamento,
seu Corpo Docente, unifarmes, curriculo e muitos outros itens.
o conhecimento
que Thomaz Coelho tinha dos homens e, principalmente,
dos
neg6cios; os entraves com que a Associac;;ao Comerdal
estava se defrontando par
ver oficializada a fusao pretend ida e escriturada; os juros venddos das ap6lices, que
a AssociaC;ao nao podia receber e incorporar ao seu patrimonio e 0 impasse criado
com as reclamac;;oes que consideravam
ilegal a fusao constituiam elementos de
peso para tornar vitoriosa a campanha idealizadora do educandario.
Esses fatos permitiram ao habilidoso Ministro vislumbrar aspectos decisorios
favoraveis: 0 Erario· nao arcaria com as despesas maiores, principal mente a da
compra do im6vel, sede do educandario e a da manutenc;;ao do mesmo (dois
obstaculos de mais dificil transposiC;;ao encontrados).
Como a fusao se realizara ha quase tres anos e a AssodaC;ao ainda nao tinha
logrado exilo em abter a homologac;ao oficial, acarretando
desprestigio e prejuizo,
os homens do comercio desejaram que se ajustasse logo um acordo. A 25 de abril
de 1888, urn mes e meio depois de assumir 0 cargo de Ministro de Guerra, Thomaz
Coelho conseguia a Imperial Resoluc;ao declarat6ria
de que a AssociaC;ao Comerdal
ficava sub-rogada em todos os direitos e obrigac;oes da Sociedade do Asilo dos
Invalidos da patria. Isto e, ficaria obrigada a manter, nao apenas
Asilo, mas
tambem, 0 educandario
°
Numa operaC;ao triangular envolvendo 0 Ministerio da Guerra, a Associac;ao
Comercial do Rio de Janeiro e 0 Asilo dos Invalidos da Patria, foi concretizada
a
ideia de criayao do Colegio Militar: 0 Ministerio da Guerra homologava a
incorporaC;ao do Asilo ao patrimonio da Associac;ao que compraria 0 predio a ser
entregue ao Ministerio para instalar e administrar 0 Colegio Militar.
Em 09 de maryo de 1889, Sua Majestade , 0 Imperador
assinar 0 importante Decreto de Nr 10.202 que aprovou
Militar 0 seu primeiro regulamento.
Sua divulgayao ocorreu
para 0 Exercito.
Dom Pedro II, disp6s-se
para 0 Imperial Colegio
em 05 de abril de 1889 par intermedio
a
da Ordem do Dia
A ansia de Thomaz Coelho de par em funcionamento
0 Colegio, levou-o a fazer, em
07 de abril de 1889, sua primeira visita oficial ao Palacete da Baronesa de
Itacurussa, cujo terrene fazia esquina com as ruas Sao Frandsco Xavier e Barae de
Mesquita, e se prestava a servir de sede do Colegio Militar. Em 29 de abril de 1889,
foi lavrada a escritura de compra e venda do Palacete
carinhosamente
pelos "cadetes de Thomaz Coelho".
da Babilonia,
assim chamado
Figura 7 Palacete da Babil6nia, Rio de Janeiro, 1889 <fonte: www.wikipedia.org.br>
Por fim, no come90 de maio de 1889, dais avisos importantes do Ministerio da
Guerra: a do dia 02 concedia licen9a aos candidatos inscritos para serem
matriculados; e a do dia 04 determinava
que a abertura das aulas se realizasse
dias depois.
dois
A 06 de maio de 1889, autoridades e convidados reunidos no Salao de Honra do
Palacete da Babil6nia, 0 Coronel Antonio Vicente Ribeiro Guimaraes
Comandante
do Imperial Colegio Militar declarou que estava autorizado peJo Exmo.sr.
Conselheiro Thomaz Jose Coelho de Almeida, Ministro e Secreta rio de Estado dos
Negocios da Guerra a inaugurar os trabalhos do Imperial Colegio Militar.
No mesmo dia (06 de maio), loram considerados
matriculados
e receberam os
respectivos numeros de ordem, os primeiros quarenta e quatro alunos. A presen9a
deles representou a inequivoca realidade da existemcia do Educandario.
Desde
entao, 0 antigo Palacete da Babil6nia, e sede de um grande viveiro de jovens
estudantes, que se revezam em numero crescente de gera9ao em gera9ao.
o primeiro
aniversario
Em 1890, logo apos a Proclamagao da Republica, nao S8 tinha conhecimento
iniciativas au providencias para comemorar a aniversario de uma realiza9ao
grandiosa do Imperio e tampouco, em homenagear
e exaltar a ilustre pessoa
fundador.
de
do
Assim, no dia 06 de maio de 1890, comemorou-se
0 aniversario
de inaugura9ao,
abertura das aulas, de matricula dos alunos, de modelar luncionamento
e de
eficiencia.
de
10
Designat;30
Historica
Em 23 de fevereiro de 1978, e concedida ao Colegio Militar do Rio de Janeiro a
designayao hist6rica de "Casa de Thomaz Coelho" atraves da Portaria do Ministro
do Exercito Nr 378.
A admiss30
das alunas
No ano da celebrac;ao do centenario de fundac;ao do Colegio Militar do Rio de
Janeiro, um dado novo veio ratificar a receptividade
desse tradicional
estabelecimento
de ensino as tendEmcias positivas da modernidade:
a admissao
sua primeira turma do sexo feminino.
de
Desde entao, as mulheres tambem pod em usufruir 0 ensino eficiente e disciplinado
que, atraves de boas administra90es
escolares, continua com seu prestigio
inabalado. Predilec;ao esta comprovada per um concurso de admissao anual cuja
propor9ao de candidatos par vaga, coloca-o no restrito universo dos
estabelecimentos
de ensino com maior procura em nosso Pais.
Figura 8 Primeira turma feminina,
www.cm~.ensino.eb.br>
Colegio Militar do Rio de Janeiro,
1989 <fonte:
Em 1955, ao assumir 0 Ministerio da Guerra, 0 General Teixeira Lott, estabeleceu
uma meta de ensino para 0 Exercito Brasileiro, na qual a prioridade era expandir a
qualidade educacional do Colegio Militar para outras regi6es.
Sabedar do projeto e bastante interessado na criac;ao de um Colegio Militar no
Parana, Moyses Lupion, governador da epoca, deu todo 0 apoio necessario aos
mil ita res, iniciando a negociaC;8Io para a sua implanta9ao.
Linha
do Tempo
1889 - Criac;ao do Imperial Colegio Militar (Ainda neste ano, apos a
Proclamac;ao da Republica, passou a ser denominado
Colegio Militar do Rio
de Janeiro)
1912 - Criac;ao dos Colegios Militares de Porto Alegre e Barbacena
1919 - Criac;ao do Colegio Militar do Ceara
11
1925 - Extin9ao do Colegio Militar de Barbacena
1938 - Fechamento dos Colegios Militares de Porio Alegre e do Ceara
1955 - Cria9ao do Colegio Militar de Belo Horizonte
1957 - Cria9ao do Colegio Militar de Salvador
1958 - Cria9ao do Colegio Militar de Curitiba
1959 - Cria9ao do Colegio Militar de Recife
1962 - Reabertura dos Colegios Militares de Porto Alegre e Fortaleza
(Antigo Colegio Militar do Ceara)
1971 - Cria9ao do Colegio Militar de Manaus
1978 - Cria9ao do Colegio Militar de Brasilia
1988 - Fechamento dos Colegios Militares de Salvador, Belo Horizonte,
Curitiba e Recife
1989 - As jovens do sexo feminino passam a ser aceitas nos Cohagios
Militares.
1993 - Reabertura dos Colegios Militares de Salvador, Belo Horizonte,
Curitiba e Recife e cria9ao dos Colegios Militares de Campo Grande e Juiz de
Fora.
1994 - Cria9ao do Colegio Militar de Santa Maria
Sistema
Subordinado a Diretoria de Ensino Preparat6rio e Assistencial,
0 Sistema Colegio
Militar do Brasil e urn dos subsistemas
de ensina do Exercito e tern a seu cargo
ministrar a educa9ao basica, nos niveis fundamental
(5a a 8a series) e media.
Doze Colegios Militares, disseminados
pelo pais, oferecem educa9ao de alta
qualidade a mais de 14400 jovens, 37% dos quais oriundos do meio civil, integrados
ao sistema atraves de concurso publico federal.
Pro posta
pedag6gica
As praticas didatico-pedag6gicas
em vigor nos Colegios Militares subordinam-se
as
normas e prescri90es do sistema de ensina do Exercito e, ao mesmo tempo,
obedecem
tambsrn
Lei de Diretrizes e Bases, principal referenda que estabelece
os principios e finalidades da educagao nacional. Por este ultimo diploma legal,
todos as estabelecimentos
de ensina do pais devem possuir urna pro posta
pedag6gica pr6pria, verdadeira sintese dos objetivos e da orienta9Bo que imprimem
a98.0 educaciona1.
a
a
Entre outras caracteristicas,
a proposta pedag6gica
dos Coh~gios Militares prioriza
principios e praticas que guardam estreita e cerrada rela9ao com 0 esfor90 de
moderniza98.0
do ensino.
Proposta
A busca da educa9ao integral, que atribui igual importancia
e intensidade
aos
dominios afetivo, cognitiv~ e psicomotor.
A coloca9ao do aluno no centro do processo ensino-aprendizagem,
levando-o da
posi98.0 de expectador,
acumulando
saberes,
protagonista
do processo, participe
da constru9ao do conhecimento.
1:1
1:1
a
12
A delimitac;ao de um nucleo central de conhecimentos
privilegiando conteudos
significativos e essenciais para a vida dos alunos, com enfase no desenvolvimento
de competemcias basicas e habilidades " ... que os permitam ter acesso ao conjunto
de conhecimentos
socialmente elaborados e reconhecidos
como necessarios ao
exercicio da cidadania" (PCN, 1998).
A observancia dos principios da interdisciplinaridade
e da contextualizac;ao,
compreendendo
os conhecimentos
relacionados com os diversos contextos da vida
dos alunos.
0 desenvolvimento
de atitudes e a incorporac;ao de valores , assegurando
a
formal'ao de um cidadao patriota, conscio de seus deveres, direitos e
responsabilidades.
A capacita9ao dos alunos para 0 prosseguimento
nos estudos de forma autonoma
e critica para futura integra9ao ao mercado de trabalho com 0 pleno exercicio de
suas atividades profissionais.
f'l
f'l
f'l
f'l
a
Os Colegios Militares, em sintese, tem como meta gerallevar
seus alunos
descoberta de suas potencialidades
como elemento de auto-realizac;ao,
qualifica9ao
para 0 trabalho e preparo para a vida, como cidadaos educados segundo os valores,
costumes e tradic;fies do Exercito Brasileiro.
o Cohflgio
Figura
Militar de Curitiba
9 Inaugurayao
do Colegio
Militar de Curitiba
<fonte:
www.cmc.ensino.eb.br>
Ap6s varias reunifies entres as comissfies do Ministerio da Guerra e do Estado do
Parana, ficou estabelecido,
que a sede definitiva seria instalada no bairro Taruma.
No dia 15 de dezembro de 1958, foi criado 0 Colegio Militar de Curitiba, iniciando
seu ana letivo a 21 de abril de 1959, data que ate hoje e considerada
como
aniversiuio de sua inaugura9ao e como tal festivamente
comemorada.
Seu primeiro Coman dante foi 0 Tenente Coronel de Engenharia Alipio Ayres de
Carvalho.
J3
Educa'!(ao e Excelencia
Figura 10 Vista aerea do Colegio Militar de Curitiba,
1959 <fonte: www.cmc.ensino.eb.br>
Desde sua cria9ao, 0 Colegio Militar de Curitiba conseguiu
no Rio de Janeiro e formou mil hares de estudantes.
manter a tradi9ao
obtida
Durante trinta anos, 0 Colegio Militar de Curitiba destinou suas vagas do ensino
fundamental e do ensino medio, para meninos, sendo que muitos deles estudavam
em regime de internato. 0 Colegio formou cidadaos ate 0 ana de 1988.
A Desativa'!(ao
Figura 11 Vista aerea do
Coh~gioMilitar
de Curitiba,
1988 <fonte: www.cmc.ensino.eb.br>
Para diminuir os seus gastos com atividades complementares
e dirigir
area militar, a Ministerio do Exercito resolveu desativar alguns Colegios
entre eles a Colegio Militar de Curitiba.
0
on;amento
Militares,
a
Assim, em 30 de novembro de 1988, 0 CMC fechou suas portas. 0 acordo
estabelecido
na funda9ao do Colegio, entre 0 Governo do Estado do Parana e 0
Ministerio da Guerra, determinava
que as instala<;6es do Colegio 56 poderiam ser
14
aproveitadas para fins educacionais, caso contra rio, seria devolvido ao doadcr e, em
janeiro de 1989,
o Processo
0
Colegio
Militar de Curitiba
passou
as maos do Governo
do Estado.
de Reatival;ao
De posse do Estado, muitas alternativas fcram propostas para as instalac;:6esdo
Taruma.
No entanto, a Associa9ao de Pais e Mestres e Associa9ao de Ex-alunos, tentando
reverter a situa9ao, ingressaram na Justic;a com uma Ac;ao Popular contra 0
fechamento.
Naquele
momento,
a disputa
pelas instala90es
do Colegio
Militar de Curitiba,
entre
seus representantes e 0 Governo do Estado se iniciou e perdurou por urn longo
periodo, acarretando a abandono total da area tao desejada.
Com a reabertura de Colegios Militares em outras regioes e a apoio de politicos
paranaenses, a reativac;ao do Colegio Militar de Curitiba tornou-se possive1.
Ap6s varios projetos, a Gaverno e a Exercito chegaram ao consenso de que 0
Ca1egia valtaria a funcionar casa a Governa Paranaense investisse nas reformas
das instalac;:6ese comp1etasse 0 quadro de professores.
A Reabertura
Figura 12 Vista aerea do Coh~gio Militarde
No dia 21 de abril de 1994,
0
Curitiba,
1994 <fonte: www.cmc.ensino.eb.br>
Collegio Militar de Curitiba
comemorou
seus 34 anos de
criac;:aacom a retamada de suas atividades. 0 ana destinou-se as reformas das
instalac;:6es,plano de ensina e selec;:aode professores e funcionarios, para que no
ana de 1995
0
Colegio estivesse
preparado
para recepcionar
a primeira
turma de
alunas ap6s a reativac;:80.
15
a
Foi realizado 0 concurso de admissao
5a serie e 6a serie do ensino fundamental
e
10 serie do ensino medio e, pela primeira vez ampliando sua 39ao, passou a contar
com a gra9a e beleza de suas alunas, que tornou mais harmoniosa esta Escola.
Muitas loram as dificuldades, mas 0 Colegio Militar de Curitiba acompanhou
evoluryao do sistema de ensino, atualizou-se e, hoje, volta a ser considerado,
provavelmente,
uma das melhores instituiry6es de Ensino do Estado.
Figura
13 Vista frontal
do Colegio
Militar de Curitiba,
2005 <fonte:
a
www.cmc.ensino.eb.br>
16
MATERIAlS
E METODOS
DE PESQUISA
Analise e Pesquisa
Uma das principais reclama<;6es das alunas do Collegio no calor sao as marcas de
suor na camisa, causadas pelo tecida de poliester que nao deixa a pele "respirar". Ja
com relaC;8o
calc;a, a reclamac;:ao ficou par conta da modeiagem. Portanto, a OPC;80
a
tai lanyar mao de tecidos 100% algadao, que fossem confortitveis e de acordo com a
padronagem
de cor estabelecida
pelo col';gio.
Na camisa tel utilizado tricoline de algadao, na cor bege e gramatura baixa, para naD
causar aquecimento excessivo. Ao mesma tempo, foram observados aspectos como
conforta, toque e resili€mcia.
Ja para a cal9a, por se tratar de uma pe9a para
brim leve, de gramatura urn pouco men or que 0
delicado e menes aspero, ideal para
Ainda foram levados
0
0
inverno,
0
tecido escolhido
foi
0
brim pesado, escolhido par ser mais
usa feminin~, 100% algodao, na cor bege.
em conta, na escolha
do tecido, a questao
termica.
Oobjetivo
da calya e aquecer e proteger do vento, aspectos atendidos pelo brim. Foi
adicionado por cima dessa uma pequena saia, do mesmo tecido, gramatura e cor.
Ja no cos, tecido utilizado foi tambem urn brim, mas de gramatura menor e
°
estampado
- camuflado.
Este detalhe foi feito para dar um toque de feminilidade
a
pec;a, ao mesmo tempo em que faz referencia ao Exercito, fundadcr da escola.
A primeira pec;aconfeccionada foi uma calc;a-teste, feita para se analisar a
modelagem e a combinac;ao de cores, bem como caimento no corpo e conforto
termico. Observaram-se tambem aspectos como costura, acabamentos e acess6rios
como botoes e ziper. Verificou-se que deveriam ser feitas pequenas mudanc;as na
modelagem para se confirmar a ergonomia.
A cor escolhida para a confec9ao das pe9as foi a bege, em contradi9ao com a
utilizada atualmente. Segundo a descri9ao das pe9as contidas no RUERegulamento de Uniformes do Exercito -, determinado
pelo Estado-Maior
do
Exercito tem-se: Se9ao VIII - Dos Uniformes Femininos dos eM. Art. 11: V - 3'
uniforme B: 1. "blusa caqui (... ) meia manga" e 2. "( ... ) cal9a (... ) caqui". Entretanto,
a cor caqui e a cor bege se assemelham, a diferenc;a e ser a bege um tom abaixo do
caqui. Sua escolha se justifica par ser um tom mais claro, dando a impressao de
limpidez
e um toque de feminilidade.
As medidas da calc;ae da camisa fcram definidas segundo tabelas fixas (ver analise
ergon6mica), ambas no tamanho P. Como a idade de uma aluna do Colegio pode
variar de 10 a 20 anos, optou-se
pela utiliza9ao
de duas tabelas
de medidas:
infantil
e adulta, tendo-se como base medidas de busto (para definiQ80 da camisa), e de
quadril (para a caI9a).
Para melhor compreensao e visualizac;ao das pec;as,ver fichas tecnicas do produto
confeccionado em Resultados.
17
Fun<;oes do produto
Pratica
produto se adequou
inten9ao proposta. Trata-se de uma pe9a confortavel,
que
permite liberdade de movimentos.
A modelagem
reformulada acompanha
as formas
do carpa, trazendo ainda mais comodidade para suas usuiuias.
o
a
Esletica
A pe9a foi desenvolvida
para alunas vaidosas, e, portanto, necessitava
de um corte
que valorizasse 0 carpa, sem ser vulgar ou muito chamativo. A cor clara acompanha
a definida pelo regulamento do Colegio, mas a tonalidade e diferenciada,
dando um
ar mais feminin~, assim como a remodelagem das pegas, que trara urn melhor
caimento no corpo.
Simb6lica
Assim como a farda do Exercito, a farda do Coh§gio Militar carrega as insignias
traduzem a hist6ria militar brasileira, e cada uma delas possui uma simbologia,
razao e uma hist6ria. Alguns simbolos serao descritos a seguir:
que
uma
- Castelo: Passou a figurar no brasao de armas de Portugal desde a conquista do
Algarve, em 1250, nos castelos dourados que representavam
as fortalezas tamadas
aos mouros. Utilizado como simbolo da "Casa de Thomaz Coelho", dos Colegios
Militares, e tambem da arma de Engenharia, com algumas diferen98s. Pade ser
observado na imagem abaixo:
Figura
14 Castelo
<fante:
www.cmc.ensino.eb.br>
- Estrela: Estrelas heraldicas - contidas em brasoes - de 5 pontas sao as figuras
mais comuns nos simbolos militares. Nas Aramas Nacionais, uma estrela de 5
pontas figura como se fosse manto, protegendo 0 escudo (ver Figura 16).
18
Figura
15 Estrela
Simbolo
<fonte:
dos Colegios
W'NW.cmc.ensino.eb.br>
Mililares
do Brasil:
A
W
Figura
16 Simbolo
dos Col~gios
Militares
do Brasil <fonle:cmc.ensino.eb.br>
- Tradigao: A Tradigao, apesar de nao ser urn brasao, de nao ser palpavel, e 0 maior
simbolo dos CM's. A seguir, Irecho da eragao do Minislro Oswaldo Aranha, leila na
'Hera do Brasil', no dia do aniversario do Colegio Mililar, em 6 de maio de 1938,
publicada no 'Correia da Manha', evocando a tradi<;ao e 0 orgulho deste
estabelecimento
de ensino:
e
"A evocayao do Colegio Militar
sempre cheia de gratas emo<;oes. ~ que nao a
associamos apenas as recordayoes da mocidade mais
ideia nuclear que ele
representa e significa - uma casa onde se aprende a sentir e a conhecer 0 Brasil,
para melhor servi-Io. Na realidade, a larda que veslimos (... ) nos dava a lodos a
impressao de uma fraternidade brasileira e, filhos do norte ou do sui, do litoral ou do
centro, nos uniamos na mesma compreensao
no Brasil uno, cujas diferenciayoes
regionais nao constituem elementos dissociativos,
mas complementares
da
nacionalidade.
a
Quanta a mim, nao me canso de repetir a que devo fa Casa venerada de Thomaz
Coelho e de Esperidiao Rosas e a recorda sempre na minha saudade e na minha
gratidao. Como todos os que ali passaram, nao recebi apenas as li<;oes de um curso
de humanidades, feito por meses ilustres e desvelados, cujo nome evoco como
exemplo para as meus filhos, mas alguma coisa de rna is denso e de mais profundo,
que estrutura as conhecimentos
e Ihes da destino.
que ali aprendemos
em funyao
do Brasil, porque (... ) 0 Colegio Mililar, desde 0 inicio da sua vida, orienlou a
E
19
forma<;eo de seus alunos no plano moral e civico, primando
intelectual."
sobre
0
meramente
Publico-Alva
o projeto
destina·se
a alunas do Coh~gio Militar de Curitiba,
de 10 a 20 anos.
Essas alunas seguem 0 lema de que "0 aluno do Colegio Militar e educado segundo
os valores do Exercito Brasileiro", ou seja, carrega sobre seus ombros a tradi<;ao e a
disciplina imposta no interior do Colegio ha quase 50 anos.
Apesar de freqOentarem
uma organiza<;ao militar, as alunas possuem os mesmos
desejos e anseios que qualquer outra estudante de um colegio civil. A diferen<;a sao
as atividades realizadas, como formaturas, march as, treinamentos
e etc. A rigidez
imposta na escola faz com que as estudantes sejam de educa9ao e disciplinas
exemplares.
Uma aluna nesta idade deseja ter liberdade de expresseo e deseja ser uma pessoa
unica. Entretanto, a farda vem justamente para anular estas ambi<;6es (ver Anexo).
Mesmo assim, elas nao deixam de ser vaidosas e femininas, lan<;ando mao de
brincos e cola res pequenos. mas que dao urn toque pessoal a esse uniforme tao
protocolar e cheio de formalidades.
Ao mesmo tempo, estao cercadas de informa<;6es por todos as lad os, sao
adolescentes
e jovens que vivem no mundo da informatica, dos I-pods e dos
celulares com internet. Desta forma, aspiram por modernidades
e inova<;6es tambem
em seu vestuario, sejam por tecidos tecnol6gicos,
seja par modelagens
diferenciadas.
Analise Diacronica
o
Colegio Militar do Rio de Janeiro foi a primeira institui9ao de en sino militar criada
no Brasil. Sua cria9ao se deu a 9 de mar90 de 1889, mas a prime ira turma de 44
alunos s6 adentrou aos port6es em 6 de maio do mesmo ano.
A farda sofreu transforma<;6es
abaixo:
ao longo dos anos, como pode se observar
nas fotos
20
Figura
17 Farda
masculina
1962 <fonte
www.cms.ensino.eb.br>
Figura
18 Farda masculina
1989 <fonte
www.cms.ensino.eb.br>
A primeira
turma de alunas s6 foi aceita em 1989.
Analise Sincr6nica
A farda feminina utilizada atualmente nos Colegios Militares do Brasil e composta
par tres tipos, uma para cad a ocasiao. Sao elas: farda diaria - utilizada no cotidiano,
para assistir as aulas e em ocasioes infarmais -; farda Garanc;a - usada em
situa90es onde haja autoridades e raramente e utilizada fora do Colegio -; e farda de
gala - para momentos de formalidades
e farmaturas com altas autaridades e
desfiles de importancia militar, como a 7 de setembro.
Figura 19 Farda diaria
Figura
Cpasseio")
<fonte: www.cmc.ensino.eb.br>
20 Farda garanga
Figura
21 Farda de gala
Conceito
Conforto
e modernidade:
inovaC;ao associada
ao tecido e a modelagem
diferenciada.
21
Ambiencia
22
Cartela de Cores
v
23
Cartela de materiais
u
l
Botao
100% acrilico
Vivo
~
100%algod~
ZiperYKK
Tricoline
100% algodao
24
Gera!;ao de alternativas
Pesquisa
A pesquisa de campo foi feita entre as dias 9 de agosto e 15 de setembro, com 64
alunas de 12 a 17 anos. Essa pesquisa fo; feita para se avaliar quais as principais
queixas das alunas com relac;ao a farda, e quais as possiveis mudany8s que mais
Ihe agradariam. (Ver questionario
em anexos)
A partir dos dados recolhidos, obtiveram-se
as seguintes numeros:
Quando perguntado sabre a grau de insatisfagao, a maioria, 43,13% respondeu que
a grau
de 45%. Este dado mostra que as alunas possuem maior insatisfagao par
determinadas
pe<;8s, principalmente
pela cal9a. Nenhuma
aluna respondeu que esta
totalmente
satisfeita com a farda, bern como nenhuma aluna respondeu que esta
totalmente insatisfeita.
e
Ja quando a pergunta foi com relayao as mudanvas que as estudantes gostariam
que a cal9a sofresse, a opc;ao Ucintura baixa" foi a mais votada, aparecendo
43
vezes na pesquisa, enquanto a opc;ao "tecido" apareceu 36 vezes, ficando em
segundo lugar na principal mudanga desejada.
A seguir, alguns dados sabre 3 perguntas
seleGionadas:
1. Grau de insatlsfal)iao com a farda
%
N"
0
10
25
35
45
60
75
100
1
1
N*: numero
2.
9
1
27
9
16
0
de alunas
Preferemcia
pesquisadas
na calga
Preferencia
Cal,a justa
Cintura baixa
N2*
23
43
Balsas frontais
Boca larga
Tecldo que esquenta
19
32
36
N2*: numero
de vezes que a
op~ao toi citada
25
3. Preferencia
Cor
Azul
Branco
Caqui
Cinza
Verde
por cor
N
21
a
35
6
2
Baseado nessas informa90es foram criadas as alternativas que se seguem abaixo.
26
~
\
I
t
~
~
) l\
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-1,
,~
1
I
j
~i
-----
j
(
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27
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I
,
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I
l
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j
,
I
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28
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I
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I
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31
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I
I
\
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I,
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I
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I
I
\ I
\
\
\
y\
\J
\
I
'
\
\"
/
t
\~
32
RESULTADOS
- de Alternativas
Sele!(ao
33
C~~de
Inverno
--
uniform~CM~
Especifica~ao:
Cole~ao:
--
Frente
Costas
I
.,1
;z'
I
I
Unidade:
I
Oiscrimina~ao:
Fomecedor
Sarja -:~ane_:
Sarja Car-,!, Fane
i
Largura
i
Quantidade!
Pre~o
1,00 :~5_m !1Q&O-Largura
i 1,20 i 0,3m i 0,50
1
0,10
Ziper -:
ZK
i 2cm !15crilTO,90
Linlla
i Correntei ---=-i ~1
i0,50
Mao de abra
30,00
~
-'
~-!-
Botao!---==-----!1Cm i
-!
------~~------=j=----=-!
I
TOTAL!
42,00
OBSERVA~OES
do passador~m
em
Espec;fica~'o,
Camisa de uniforme - CM-=C=---
Cole~ao: -_-_--_-_-Tamanho:
_
_
M
Costas
Frente
, 10
!
@9T~
40
Data:_I_/~
I
Discrimina~ao!
__~P..r?":'~.<;.~~:.
Fomecedor
: Largura
i
_
: Quantidade
Pre~o
Unidade:
OBSERVACOES
M~:
Fane
1,20 :-1 ,Om: Ji~Jiege
__
Malha : Fane i 1,20 i 0,50mi 4,00 Vermelha
Li~:-Corrent~
-=-:~:-1-'
0,50
Mao de qbra ------~==-=::t----------~ 30,00--Bordado-:-----------~---------+---------- : 18,00 Vivo
HAK i --------.---------- i 0,80
i
I
!
i----
:
TOTAL
!61,30
em
.
.
Frente
7/\
- __ 15_1
Costas
iJ<
\
I
Discrimina~ao:
Fornecedor
: Largura
i
!,
Quantidade
Pre~o
OBSERVAC;OES
Sarja
i Fane
1,201,5m i 12,00
Sarj~ ca1 Fane ! 1,20
0,3m i 0,50
Botao
,------------, 1cm
1
0,10c:----_1
_
Ziper
1 ZK
: 2cm
15cm i 0,90
Unha-iCorrentei
-----1
,050
Mao de dbra ----=L--------~-----------l 30,00
Sarja
Fane
1,20- l(f.3m' 0,50
Vermelha
I
TOTAL
144,50
Colegao:
-------
Tamanho:
M
Frente
Costas
+~o~
@9]cr.
o
"'
Unidade:
I
Discrimina~aoi
Fornecedor
i
largura
i
Quantidade:
Pre~o
em
OBSERVA90ES
SarjiL !Fane
! 1 20~-1-or;:lT8()OBotao 1--=--------!1cm-!~4iCl,5O Distilneia entre botoes 10 em
Linha-i Corrente, ------ ,-1-- i 0,50
:
:
--: --~'
---f-Mao de qbra
30,00
-----+------+---------~
B,,',dol
---------r-----+---------!
TOTAL'
1B,OO
57,00
37
Tamanho:38
--
--~-
Frente
Costas
f-----~~~
,
I
Unidade:
I
Discriminac;ao!
Fornecedor
i
Largura
: Quantidade!
Prec;o
Sarja
i Fane !~~5m
j~J,Qrgura
SarJa eanp Fane i 1,20 : 0,3m : 0,50
Botao
i------------i 1em i 1 ! 0,10
Ziper
1
ZK
j 2em j 15em 1 0,90
Linha
:Corrente!-==i 1
i 0,50
Mao de abra
I
-----+-------~=-------i__
3_0_,0_0_1------
TOTAL
144,00
em
OBSERVAyClES
do Qassador: 1 em
Cole-;ao: ------_Tamanho:
_
M
Costas
Frente
10
12
_42__
~,
Unidade:
I
Discriminar;ao!
Fornecedor
: Largura
: Quantidade
i
OBSERVA90ES
pre'Y~
a~_
Sarja
• Fane ! 1 20 : 1,Om :
Linha
i Corrente! -==-~:_1_L 0,50
Mao de ~bra
30 00 _
-----+------+---------1
v"o
!
H~,=-i
06~ __
---t---~'--TO~139,10
-
__
em
39
Frente
Costas
L1~.
I
1
~i
I
01
"-
1
11
"'I
T-T
r_-J:~
I
I
I
11
I
T-11~1
i
~iJ=~@J i~o t -:1JJOlTBJJQ
Discriminayao:
Fornecedor
: Largura
: Quantidade
Preyo
=
~=
= === =
OBSERVAc;OeS
~~j~
Batao !------------!1em!
4
! 0,50 Distaneiaentrebotoes:10em
Linh-a
- !Correnf8!--=--=T-1- - T 0,50-- - - - -- - --------
~~{~~~~:~-~-1~--~:~-~:~--~--~-~
?,%,~o ------------------:= -----------------:=--Sa~a-
i-Fane-
~1~20-j0,50m14,00-- CamufTaoa- -
----1----1---1---1-------------------
I
- - - - ---
-----r---l---r----r------------------ - ~- - - - ~ - - -- - ;;:'T;;;' i 52~O(f - - - - - - - - - - - ---
Calga de uniforme - CMC
Inverno
------
Especificay.o:
Coley.o:
-----
Tamanho:
38
Frente
Costas
,-
Unidade:
Oiscriminali<10j
Fomecedor
~ largura
! Quantidade
1
OBSERVA~OES
Prec;o
SarjU
Fane i 1 00 : 1 5m-:1000
Zi~:
ZK
15cm 10:90
LinhaCorrenie1-==-:
1 -10,50
Mao de dbra -------i-----=:,-----------i 30,00
ViW;--:
HAK
0,60
:2cm-:
Largura do passador: 1 CI1l
j-=----+---------j
----~i=-- ----\---.------
.
TOTAL;
em
42,00---
Alternativa
confeccionada
,
e,;.
--;
41
Cah:;a eom saia de uniforme - CMC
Invemo
Especifica~ao:
Cole~ao:
Tamanho:38
Frente
+__
Costas
2_9_ ,9.
J[
_4_5 __
+
0
II
\
-'VIVO
'--'
LJ
'---
• 15 ,
_~~t~.:_-=-·~7·l77"7/·7"7"=-_~p'r?~3'_c;:a.~:
I
Discriminayao:
Fornecedor
: Largura
.
: Quantidade
i
i
Prclto
_
Unidade:
OBSERVAC;;OES
i
Sarja
i Fane Ll,20
2m
12,pO Largura do passador: 1 em
Sarj~ca0 Fane i 1,2~!
0,3m : 0,50__
Batao
,------------, 1em,
1
, 0,10
Zfpe-r-r-ZK
: 2em : 15cm: 0,90
Lin~1Corrente1--===1 1
-1 0,50
Vivo
: HACO : ------ i 3rili 0,80 Laterais da ~da
saia
Mao de obra ---- "
L
:30 00
I-
,---1
i
,
~:--'-
--t--'-
TOTAL
144,Olf-
----
em
Camisa de uniforme - CMC
Especifica~ao:
Cole~ao: ------Tamanho:
M
Frente
Costas
I
T
10
I
T
@©T'"
.,i
N
N
'1
t
/i-10--~
~'--I-'-..L----
(t:t~l
, __
..-:"./
Unidade:
I
Oiscr~~.L_~.~ecedor
j
Largura
: Quantidade
i
~~ne
! 1,2(LUur:rL!
Botao
!------------!~!~5
!
Llnha
;Corrente; ------;
1
;
C~dar90 jHAK
j 2eml
50em
Mao de qbra -------r--------~-----------i
i
Bordado
1-
i
-----i==----~----------
Prel!;O
OBSERV_A.:.-90_E_S
8,00
0,50 _~aneia
0,50
0,20
30,00
,18,00
-
em
_
_
entre botoes: 7 em
Fotos do produto
42
Analise
Ergonomica
"No projeto do trabalho e nas situa90es cotidianas, a ergonomia focaliza 0 hom em"
(IIDA, 1990) e suas capacidades e limita90es fisicas e psicologicas. A ergonomia
pode contribuir para solucionar urn grande numero de problemas socia is
relacionados com a saude, seguran93, conforta e eficiencia.
Dentre os aspectos estudados pela ergonomia, este trabalho focalizara a postura e
as movimentos corporais (sentado e em pe), bern como 0 clima e conforta termico.
Segundo Itiro lida, no livro WErgonomia - projeto e prodw;:ao", podem-se relacionar
diversas variaveis em urn estudo ergonomico.
Este trabalho relacionara Homem e
Ambiente.
Ergonomia e conforta
termico
Para que 0 clima em um ambiente de estudo - trabalho intelectual - seja
considerado agradavel, depende-s8 do tipo de atividade fisica realizada e do
vestuario. Segundo J. Oul e B. Weerdmeester,
no livre Ergonomia Pratica, urn
trabalho intelectual, realizado sentado, deveria ser feito em um ambiente a uma
temperatura de 18 a 24°C. (Faixas de temperatura
referentes a um organismo
adaptado ao clima temperado. No caso do Brasil, temperaturas
de ate 5 graus acima
seriam consideradas
mais confortilveis).
Ao mesmo tempo, a umidade deve ser
considerada, devendo estar entre 30 e 70%. Abaixo da minima a ar seco pode
causar irrita<;8Io nos olhos e nas mucosas, enquanto 0 ar muito umido (acima de
70%) dificulta a evapora<;8Io do suor.
Essas variaveis climaticas podem ser controladas apenas em ambientes internos,
com 0 usa de venti lad ores e aquecedores
no caso de calor e frio, respectivamente,
bem como adicianando au retiranda agua do ar em casas de baixa e alta umidade.
Em ambientes extern as, e necessaria que a atividade realizada esteja de acordo
com 0 gasto energetica adaptado, ou seja, em climas frios as tarefas podem ser de
grande gasto cal6rico, produzindo calor e aquecendo 0 corpo; ja no calor, as tarefas
devem ser leves, au feitas de forma mais lenta, para permitir que 0 corpo elimine 0
calor adicional.
"0 frio e 0 calor intensas sao desconfortaveis e provocam sabrecarga energetica no
corpo, principalmente
no cora<;ao e pulmoes". "No calor, devem ser usadas roupas
mais leves, que favore9am a transpira9ao" (DUL E WEERDMEESTER,
1995),
enquanto roupas isolantes protegem melhor contra 0 frio e 0 vento.
Ergonomia
e metabolismo
- regulaf;3o
termica
UOo ponto de vista energetico, a organismo humano pode ser comparado a uma
complexa maquina termica. Os alimentos consumidos sofrem diversas
transforma<;oes qui micas no arganisma e se transformam
no combustivel
chamado
glicog,mio" (IIDA, 1990), gerando energia e dando como subprodutos
calor, dioxido
de carbona e agua, que serao eliminados pelo organismo. Dentre estes produtos, 0
suor esta entre os mais importantes, responsavel pela regula<;ao de temperatura
do
corpo, mantendo-a constante, em media 36,5°C. Quando a temperatura
corporal
44
aumenta, seja pelo trabalho muscular, seja pela temperatura ambiente, 0 sistema
nervoso envia ordem as glandulas sudoriparas para a produc;:aode su~r, fazendo
com que 0 corpo esfrie, pois a evapora9ao de um liquido na superficie de um corpo
retira calor dessa mesma superficie.
Sendo 0 suor uma das principais armas de controle termico do organismo humano,
fica claro que um tecido que impec;:aa troca de calor e liquidos do corpo com 0
ambiente trara maleficios para seu usuario, como a superaquecimento e a
surgimento de micoses'.
Eo por este motivo que 0 tecido 100% algodao e 0 mais
adequado
para atividades
fisicas
e para pec;as intimas,
pele e a troca de calor entre a corpo e
0
por pemnitir a "respira,ao"
da
ambiente.
*micoses: afecc;:aoproduzida par fungos. As micoses cutfmeas (na pele) tem seu
desenvolvimento favorecido pela transpirac;:ao,calor e umidade, e pod em afetar as
grandes
dobras do corpo (cotovelo,
axilas e virilha) e as pequenas
(pe-de-atleta).
Ergonomia e postura
Trabalhando ou repousando,
0
corpo assume tres posturas basicas: posic;:aodeitada,
sentada e de pe. Este trabalho analisara as duas (Jltimas, por se enquadrar
atividades realizadas pelas alunas no Colegio.
nas
"A posic;:aosentada exige atividade muscular do dorso e do ventre para manter esta
posic;:ao.Praticamente todo 0 peso do corpo e suportado pela pele que cobre 0 ossa
isquio, nas nadegas. 0 consumo de energia e de 3 a 10% maior em relac;:aoa
posi,ao horizontal. A postura ligeiramente inciinada
menos fatigante que aquela ereta" (IIDA, 1990).
para frente e mais natural e
"A posi,ao parada, em pe, e altamente fatigante porque exige muito trabalho
estatico" (IIDA, 1990) - exige contra,ao continua de alguns musculos para manter
a
posic;:ao.0 corac;:aoencontra maiores resistencias para bombear sangue para os
extremos do corpo.
Posturas inadequadas nessas posic;:6espodem provocar dares no corpo, como
mostra a tabela a seguir:
POSTURA
Em
pi!
RISCO DE DORES
Pes e pernas (varizes)
Sentado sem encosto
Musculos extensores do dorso
Assento muito baixo
Parte inferior das pernas, joelhos e pes
Dorso e pescoc;:o
Assento muito alto
Ombros
Bra,os
e bra,os
esticados
Tabela 2 Risco de dares - posturas incorretas <fonte:
45
Quando se taz usa de roupas inadequadamente casturadas au estruturadas madelagem -, apos long as period as na mesma pasiyao a que inicialmente era
cansiderada apenas desconfartavel podera vir a ocasionar extrema incomodo,
vermelhidao
da pele e ate mesmo dares.
Ergonomia
e movimentos
"Para tazer urn determinado movimento, diversas combinac;oesde contrayoes
musculares podem ser utilizadas, cada uma delas tendo diferentes caracteristicas de
veloeidade,
preeisao
e movimento.
Portanto,
eonlorme
a eombinal'ao
de museu los
que participem de urn movimento, este pade ter caracteristicas e custos energeticos
dilerentes" (IIDA, 1990). Para grandes eslorl'os deve-se usar prelereneialmente
a
musculatura das pernas, que sao as mais resistentes.
Percebe-se que cada movimento do corpo segue padr6es e gastos cal6ricas
espeeilieos,
e neeessita
de uma "'pida
al'ao para que se seja eoneretizado.
Assim
sendo, a roupa que a pessoa esta usanda na hora do movimento e de extrema
importancia, pais poden~facilitar ou impedir sua execuyao au precisao.
A questaa ergonomica sera um das centros desta proposta. A mudanya da
madelagem deve ser feita segundo as atividades realizadas pelas alunas
diariamente, bem como tabelas de medidas padr6es.
Pesquisa: Atividades que requerem a uso da farda para alunos da selima serie:
Horaria
7:15 -7:30
Segunda
Terl'a
Quarta
Quinta
Sexta
Farmatura
Formatura
Formatura
Farmatura
Formatura
inieial (pe)
Aula
inieial (pe)
Aula
inieial (pe)
Aula
inieial (pe)
7:30 - 8:15
Farmatura
inieial (pe)
Aula
(pe)
Aula
Intervalo
Aula
Aula
Intervalo
Aula
8:15 - 9:00
9:00 - 9:05
9:05 - 9:50
9:50 10:10
10:1010:55
10:55 11:40
11:40 11:45
11:45 12:30
Aula
Intervalo
Aula
Aula
Intervalo
Aula
Aula
Intervala
Aula
Recreio
Recreia
Recreio
Recreio
recreio
Aula
Aula
Aula
Aula
Aula
Aula
Edueayao
Aula
Aula
Intervalo
fisica
Intervala
Intervalo
Intervalo
Horiuio
livre
Edueayao
Aula
Aula
fisica
Segunda
Terl'a
Edueal'ao
fisica
Intervalo
Edueayao
fisica
Quarta
Quinta
Sexta
4,5
3,6
3
Total de
horas
sentadas
4,5
3
46
Segunda
Total de
minutos de
pe
Tabela
3 Tabela
45
45
de atividades
semanais
de alunas
Quarta
Quinta
Sexta
45
90
45
da setima
serie
Percebe-se par esses quadros que as alunas da setima serie do Colegio Militar de
Curitiba permanecem,
no minima, 3 horas par dia sentadas, e no minima 45 minutos
de pe. (Considerando-se
que elas passem 0 recreio e as intervalos de pe, e que
assistam as aulas sentadas).
Nao foram considerados
periodos
de tempo relacionados
a locomoyao
ao Colegio.
Sabe-se que a faixa etaria no Colegio vai de 10 a 20 anos, 0 que gera uma grande
margem de taman has e medidas. A padroniz8c;ao de taman has do vestuario refereS8 nao as medidas das roupas propriamente
ditas, mas sim as
medidas do corpo humano e essencialmente
urn exercicio de antropologia
aplicada.
e
Segundo 0 SBRT - Serviyo Brasileiro de Respostas Tecnicas - do Senai, "a
designac;ao numerica ou alfabetica indicada na etiqueta de tamanho deve mostrar 0
tamanho do corpo que se deseja vestir adequadamente.
0 formato e as proporc;oes
do corpo humane variam muito, portanto, seria praticamente
impassive I fixar
pad roes para todas as medidas, tanto as priminias como as secundarias".
Algumas das medidas primarias
- Contorno de Pescoyo
- Contorno do T6raxlBusto
- Contorno da Cintura
- Altura! Comprimento
Algumas medidas secundarias
- contorno do quadril
- comprimento
do ombro
- contorno do brayo
- contorno da coxa
A graduayao
sera definida
sao:
sao:
segundo
as tabelas
abaixo:
Medida Adulta
Medidasdo
78
82
86
90
94
98
102
106
36
PP
38
P
40
P
42
M
44
M
46
48
50
108
52
G
G
GG
GG
busto(cm)
Tamanhos
Tabela
4 Tabela
Medidasda
cintura (em)
de medidas
60
64
para conf~o
68
de camisas
72
76
femininas
80
<fonte:
84
WYIW.sbrt.ibict.br>
88
92
47
36
38
40
42
PP
P
P
M
Tamanhos
Tabela 5 Tabela
Medida
de medidas
para confecc;Ao de
44
M
cah;:as
46
48
G
G
femininas
50
52
GG
GG
<fante: www.sbrUbict.br>
Infantil'
Medidasdo
t6rax(cm)
Tamanhos
Tabela 6 Tabela
Medidasda
53
57
61
65
69
73
2
4
6
P
P
M
8
M
10
G
12
G
de medidas
Tabela 7 Tabela
confec<;:ao
de camisas
femininas
infantis <fante: www.sbrt.ibict.br>
54
56
59
62
65
2
P
4
6
8
P
M
M
10
G
12
G
cintura(cm)
Tamanhos
para
52
de medidas
para
confec<;:ao
de cal<;:as
femininas
infantis <fante: www.sbrt.ibict.br>
Como crianc;asa partir dos 10 costumam usar tamanho 10 au maior, a classificayao
ficou definida
da seguinte
maneira:
10, 12, PP, P, M, G, GG.
48
DlscussAo
As pegas que sofreram transformagao
atraves deste trabalho faram a camisa e a
calc;a. A primeira pec;a prot6tipo foi feita, como dito anteriormente,
para S8 testar e
analisar modelagem, acabamentos e ergonomia. A partir desta primeira tentativa,
novas pesquisas e levantamentos de dados foram feitos, alem das devidas
mudanlfCls necessarias
nas medidas e modelagem.
A principal mudanC;8 foi na feita
nas medidas: redugao do cos, afunilamento da perna e sobreposigao
de saia sabre a
calga, fazendo uma hornenagern
farda utilizada par Maria Quiteria. Para urna
melhor elucidac;ao da transformac;ao,
observe abaixo a compara~o entre as tres
desenhos:
a
m\~\
,
i\
\
\
L.....JL
Cal98
atua/mente
utilizada
Ca/~a proposra
(10 prot6tipo)
Calt;a
proposta
(final)
A modelagem foi feita baseada nas medidas das tabelas anteriormente
apresentadas, tendo como diferenciais a cos baixo, as pernas retas e ajustadas ao
corpo e a saia sobreposta, dando um ar feminin~, ao mesmo tempo em que e uma
boa opgao para nao correr a risco de a calga ficar vulgar dependendo
do tipo de
corpo. Em cOmpara9aO com a modelagem de cal9a existente hoje, a apresentada
diferencia-se principal mente pelo conforto; 0 os baixo nao aperta a barriga e nao
causa marcas, como a cal9a atual, alem de ser esteticamente melhor estruturada.
Na camisa as mudan9as foram principalmente de medidas, que foram reduzidas
para torna-Ia acinturada e exclusivamente feminina. Contribuiu para esse fator
tambem os recortes inseridos, que serviram para ajustar a camisa ao corpo,
valorizando-o. Os apliques do "cadar90" e do "vivo", ambos em vermelho vivo, dao 0
toque especial
blusa, ao mesmo tempo em que segue 0 padrao de cores do
Colegio.
a
Observe a seguir a diferen9a entre as camisas:
49
Camisa
atualmente
utWzada
Com a analise ergonomica
que nao atenda a quesitos
(conforto termico), pode vir
alunos, podendo ser causa
Camisa
proposta
anteriormente
apresentada,
fica claro que um uniforme
como conforto, modelagem correta e temperatura
a ser uma barreira
concentra~ao
e disposiyao dos
de dores e profundo desconforto.
a
Pontos positivos
a
T em-se como pontos positiv~s na execuyao deste trabalho a facilidade
informa~ao
e entrada no Colegio Militar, a escola se mostrou sempre disposta a ajudar e dar
esclarecimentos
quando requisitados.
a
Pade-se citar tambem
nas lojas do ramo.
a disposi~ao
de tecidos
e aviamentos,
encontrados
facilmente
Pontos negativos
Como pontos negativos tem-se a dificuldade de se realizar as pesquisas com as
alunas, por terem um horario muito curto e restrito durante as aulas. Ao mesmo
tempo, apesar de prestativo, 0 comando do Colegio Militar de Curitiba nao
demonstrou interesse em analisar a proposta.
50
CONCLusAo
Conclui-se com este projeto que a remodelagem
de produtos ja existentes e uma
inovayao presente em muitas areas de trabalho, mas quando se trata de uniformes
escolares ainda tern muito a inovar, principal mente quando se trata de uma
instituil):ao com quase 50 anos de hist6ria, como
a casa do Coh~gio Militar de
Curitiba.
e
Recomenda-se
para a continuidade
deste trabalho uma reformulayao
completa do
uniforme 0 Colegio, baseando-se
em pesquisa com as alunas e na disponibilidade
dos tecidos encontrados
na cidade.
5t
ANEXOS
"0 UNIFORME"
e
A forma extrema de roupa convencional
0 traje totalmente
determinado
pelo outro:
o uniforme. Independente
do tipo - militar, civil au religioso; a roupa de urn general,
de um carteiro, de uma freira, de um mordomo, de um jogador de futebol ou de uma
gar<;onete, vestir uma dessas fardas
abdicar 0 dire ito de agir individualmente
- em
termos de discurso falado
estar, parcial ou totalmente, sob censura. 0 que S8 faz,
assim como 0 que se veste, sera determinado par autoridades externas - em urn
maior ou menor grau, dependendo de quem se
par exemplo, urn mange trapista
ou urn escoteiro. 0 uniforme atua como urn sinal de que naD devemos, au naD
precisamos, tratar alguem como urn ser humano, e de que ele naD deve nem precisa
nos tratar como urn. Nao
par aeaso que pessoas uniformizadas
ao inves de
falarem conosco franca e diretamente,
muitas vezes repetem mentiras mecanicas.
"E um prazer te-Io a bordo", dizem; "Nao posso Ihe dar essa informat;:ao", ou "0
medico 0 atendera logo.".
e
e
at
e
Usar constantemente
um traje oficial pode transformar uma pessoa a ponto de ficar
dificil ou impossivel para ela reagir normalmente.
0 dr. Grantly, arcediago de 0
guardiao(1855),
de Antony Trollope, e pio e solene mesmo quando sozinho com sua
esposa: "S6 depois de trocar 0 chap';u de aba larga sempre novo pela touca de
dormir com borlas e a roupa preta impecavel por seu robe de niut habitual, 0 dr.
Grantly fala, parece e pensa como um homem comum.
Tirar um uniforme e geralmente um alivio, assim como parar com 0 discurso oficial;
as vezes tambem e um sinal de rebeldia. Quando as colegiais do conto "A Temple of
the Ghost", de Flannery O'Connor, vao para casa no feriado, ela escreve:
"Chegaram em seus uniformes marrons que lin ham de usar no convento de Mount
81. 8cholastica,
mas assim que abriam as malas, 0 tiraram e vestiram saias
vermelhas e blusas berrantes. Passaram batom, cal9aram os sapatos de domingo e
andaram de saito alto pela casa toda."
Entretanto, em certas circunstancias,
vestir urn uniforme pode ser urn alivio, ou ate
mesmo uma experiemcia agradavel. Pode facilitar a transit;:ao de um papel para outro,
como Anthony Powell aponta em Faces in my time, ao descrever como se uniu ao
exercito britanico, em 1939.
Era necessario
0 completo
apenas
algumas
semanas.
anonimidade
do uniforme,
avaliado; em certo sentido,
ambientes como vagoes de
esquecimento
do que constituira
nossa vida ha
Esse estado
de mente
era auxiliado
pela
alga que tem de ser experimentado
para ser
mais notado quando nao estamos de servit;:o em
trens au bares.
Tambem e verdade que a desvantagem
tanto fisica quanto psicol6gica pode ser
oculta par um uniforme, eu ate mesmo suprimida; a toga de urn juiz ou a bata de urn
cirurgiao pode escender muito bern urn fisico esqueletico ou receios de
incompetencia,
concedendo-Ihe
dignidade e confian9a.
52
Ao contra rio da maioria da roupa civil, a uniforme 8, com freqClI3ncia,consciente e
deliberadamente
simbalico.
Identifica
aquele que
0
veste como membro
de algum
grupo e muitas vezes a situa em uma hierarquia; as vezes, fomece informay8a sabre
suas realizayoes, assim como as distintivos de rnerito e as galoes de batalhas de urn
general. Mesmo quando alguns detalhes de um traje oficial nao sao prescritos de
cima, pod em adquirir, com 0 habito, um significado definido. James Laver observa
que na Inglaterra
Ate recentemente, ainda era passivel deduzir as opinioes religiosas de um
clerigo a partir de seu colarinho. Se usasse uma gola comum, com uma
gravata branca, provavelmente pertencia a 19reja Baixa(anglicana) e
Evangelica. Se usasse qualquer versao do colarinho romano, demonstrava
simpatia
pelo Movimento
de Oxford.
E provavel que quando foram projetados pela primeira vez, todos as uniformes
tivessem um sentido simb61icotao facil de ser "interpretado" quanto, hoje, a roupa de
uma coelhinha
da Playboy.
Mas
0
traje oficial tende a congelar
os estilos
na epoca
em que foram criados, e atualmente os uniformes do seculo XVI dos guardas na
Torre de Londres, au a roupa matutina do mordomo do final da era eduardina, talvez
nos pareyam simplesmente antiquados. Uniformes militares, como James Laver
destacou, pretendiam originalmente "impressionar e ate mesmo aterrorizar 0 inimiga"
no combate corpo a corpo (exatamente como os gritos de guerra que as
acompanhavam), e os guerreiros, conseqOentemente, disfaryavam-se de demonios,
esqueletos
e animais
selvagens.
Mesmo depois que a palvora tornou esse estilo
mais raro, a desejo de aterrorizar "sobreviveu na era moderna em formas
rudimentares como a cabec;a da morte no capacete do hussardo e as costelas do
esqueleto pibtadas original mente no corpo do guerreiro e mais tarde transformada
nos alamares de sua tunica.".
Usar uniformes quando nao se esta de serviyo muitas vezes indica descuido pessoal
- como no caso de sold ados bebados
fazendo
pandega
pelas ruas. No entanto,
neste seculo, foi adotado como uma forma de protesto politico, e homens e
rnulheres tern aparecido em assembleias e marchas com suas fardas do Exercito, da
Marinha au da policia, implicando a seguinte declaray80: "Sou um soldado, mas
ap6io 0 desarmamento, a nao discriminac;aoracial na venda e aluguel de casas, os
direitos gays" etc. Um feito relacionado foi a habito hippie americana, nos anos 60,
de usar partes da farda do Exercito - Guerra Civil, Primeira e Segunda Guerras
Mundiais. Estas vestes mil ita res intrigaram muitos observadores, especialmente
quando apareceram nas manifestayoes contra a guerra do Vietna. Qutros
compreenderam a mensagem implicita, que consistia em que a garoto de cabelo
comprido e tunica de confederado ou palete de Eisenhower nao era covarde ou
efeminado; que nao era contra todas as guerras - somente contra a cruel e
des necessaria para a qual corria 0 risco de ser recrutado.
LURIE, Alison, 1926- A linguagem das roupas I Alison Laurie; tradugao
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de Ana Luiza
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53
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54
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55

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