PROGRAMA do FESTIVAL DE ALMADA 2012

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PROGRAMA do FESTIVAL DE ALMADA 2012
FestivAl de AlMAdA - PROGRAMA
Director: Joaquim Benite
Edição: Rodrigo Francisco
Capa: Pormenor de S/ título,
de José loureiro, óleo s/ papel, 2012
Textos e traduções: sarah Adamopoulos
e Maria João espadinha
Design: Armando vale
Distribuição gratuita
Índice
4 O Grande Teatro regressa aos
palcos da nossa vida, por Maria
Emília Neto de Sousa, Presidente da
Câmara Municipal de Almada
6 Um grande esforço em contexto
de crise, por Joaquim Benite, Director
do Festival de Almada
8 Homenagem 2012: Cecília Guimarães
Espectáculos
11 A idade de ouro, direcção artística
de Pedro G. Romero
12 Herodíades, de Giovanni Testori,
encenação de Jorge Silva Melo
13 O sonho da razão, a partir de
Diderot, Voltaire, Marquês de Sade e
Voisenon, encenação de Luis Miguel
Cintra
14 O Mercador de Veneza, de William
Shakespeare, encenação de Ricardo
Pais
15 Enquanto vivermos, co-criação de
Pedro Gil e Romeu Costa, direcção
artística de Pedro Gil
16 Para Louis de Funès, de Valère
Novarina, encenação de Philip Boulay
17 Nora, de Henrik Ibsen, encenação
colectiva
18 Hábito, a partir de Fernando Pessoa,
encenação de Roberto Bacci e Anna
Stigsgaardd
19 Fantasia Fausto, a partir de Goethe,
encenação de Peter Stein
20 Lisboa, encenação de Anna Stigsgaardd
21 A véspera do dia final, criação de
Yael Ronen e a Companhia, encenação
de Yael Ronen
22 Dois de nós, criação e encenação de
Ana Pepine e Paul Cimpoieru
23 La Valse, realização de João Botelho,
coreografia de Paulo Ribeiro
A sagração da Primavera, direcção
e coreografia de Olga Roriz
24 Murmúrios dos muros, criação e
encenação de Victoria Thierrée-Chaplin
25 +-0 (Um acampamento no
subárctico), criação e encenação de
Christoph Marthaler
26 Que fazer? (O regresso), de Jean-Charles Massera e Benoît Lambert,
encenação de Benoît Lambert
27 O Sr. Ibrahim e as flores do
Corão, de Eric-Emmanuel Schmitt,
versão cénica e encenação de Miguel
Seabra
28 A controvérsia de Valladolid, de Jean-Claude Carrière, versão cénica
e encenação de João Mota
Actos complementares
30 Exposições
32 Encontros da Cerca
34 Colóquios na Esplanada
35 Música na Esplanada
Informações úteis
36 Acessos
38 Contactos
39 Reservas
O Grande Teatro regressa
aos palcos da nossa vida
C
onstituindo desde há largos anos uma referência incontornável no panorama
das Artes Cénicas e do Teatro português e internacional, o Festival Internacional de Teatro de Almada traduz na sua génese e na sua essência, com inteira fidelidade, os princípios e os valores que afirmamos como essenciais num quadro de desenvolvimento equilibrado, sustentável e solidário.
A cada ano, sempre no início do verão, o Festival oferece-nos uma nova oportunidade para que suba à boca de cena o que de melhor a produção portuguesa e
estrangeira da atualidade tem para nos mostrar, ao mesmo tempo que assegura que
um público muito diversificado e muito vasto possa assistir aos espetáculos levados à
cena nos diferentes palcos utilizados, lotando-os por completo.
A programação da 29ª Edição do Festival, que fará chegar até nós produções
com origem em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Roménia, Dinamarca e Israel, mesmo contida pela redução das verbas atribuídas pela Secretaria
de Estado da Cultura, que obrigou a cortes substanciais no orçamento do Festival,
cumpre uma vez mais com rigor o desígnio de promoção do conhecimento e do
saber, e da sua disseminação.
29.º Festival de Almada
Para todos nós, em Almada, deve constituir por isso motivo de grande satisfação
poder continuar a oferecer ao mundo um programa que reúne, em intensos quinze
dias, um amplo conjunto de manifestações culturais que têm o Teatro como ponto
cardeal central mas que nele não se esgotam, percorrendo outras formas e outras
expressões do saber e do conhecimento, que complementam e enriquecem este
magnífico empreendimento cultural anual que é o Festival Internacional de Teatro de
Almada.
Aqui chegámos em resultado da frutuosa cooperação estabelecida entre a Câmara
Municipal de Almada e a Companhia de Teatro de Almada. Câmara Municipal que,
no atual contexto de consideráveis dificuldades financeiras que os Municípios em
geral vêm enfrentando mantém inalterável a sua contribuição face a 2011.
Nesta oportunidade, e mais uma vez, quero aqui, registar publicamente o máximo
reconhecimento pelo extraordinário contributo que o trabalho persistente, determinado e arrojado da Companhia de Teatro de Almada, superiormente dirigida pelo
seu Encenador de sempre Joaquim Benite, vem representando para a concretização
do desígnio municipal de desenvolvimento sustentável e solidário.
Através do Diretor da Companhia de Teatro de Almada, transmito
igualmente o meu sincero reconhecimento e apreço pela excelência do trabalho de toda a Companhia, saudando todos os atores, encenadores e
técnicos do Festival, e também o público, fiel e crescente, sem o qual jamais
seria possível a grande festa e expressão de Cultura que é a atividade da
Companhia em geral, e o Festival de Almada em particular.
Registo de igual forma uma saudação muito especial à Personalidade
Homenageada nesta edição do Festival, Cecília Guimarães, um dos nomes
grandes dos palcos portugueses, uma atriz justamente consagrada pela sua
extraordinária carreira teatral iniciada em Lisboa em 1953, e que passou
ainda pelo grande écran do cinema português e pela televisão, e saúdo
vivamente o artista plástico José Loureiro que este ano emprestou a sua
criatividade e competência à concepção do cartaz do Festival Internacional
de Teatro de Almada.
Às Companhias e Artistas participantes nesta 29ª Edição do Festival Internacional de Teatro de Almada, aos Jornalistas e ao Público em geral, sejam
todos muito bem vindos a Almada.
Viva o Teatro!
29.º Festival de Almada
Maria Emília Neto de Sousa
Presidente da Câmara Municipal de Almada
Um grande esforço
em contexto de crise
O
29.º Festival de Almada realiza-se no quadro condicionante das crises de
instituições tão fortes como a União Europeia, e do sistema financeiro e
económico europeu que afectam o nosso País. Esta situação é agravada
pela tradicional fraqueza do apoio público à Cultura em Portugal. Tal como muitas
outras instituições, o Festival enfrenta, por isso, dificuldades financeiras acrescidas.
Uma atitude derivada, por um lado, da prudência realista, mas também, por outro
lado, do gosto do risco (que foi sempre uma característica do Festival) permite-nos
combinar alguma redução inevitável no número de produções e cortes substanciais
(sobretudo na publicidade) com uma ainda mais criteriosa e oportuna selecção dos
espectáculos apresentados.
Reunir no mesmo evento teatral nomes como Peter Stein (um Mestre que marcou
o teatro do século XX), Christoph Marthaler, um dos mais importantes encenadores
do momento, a companhia alemã Schaubühne am Lehniner Platz, numa co-produção com o Teatro Nacional de Telavive resultante de uma profunda reflexão sobre o
conflito israelo-árabe, a companhia belga tg STAN, e ainda espectáculos que pela
sua qualidade resumem o que de melhor se faz no teatro mundial — é uma proeza
de que justamente nos orgulhamos.
29.º Festival de Almada
A diversidade da programação vem numa das principais tradições do Festival.
Neste plano podem incluir-se a produção de novo circo Murmúrios dos muros, um
espectáculo dirigido por Victoria Thierrée-Chaplin, filha de Charles Chaplin; a performance Lisboa, pela companhia italiana Fondazione Pontedera Teatro; o espectáculo de mímica Dois de nós, pelo grupo romeno Passe-Partout; e o Espectáculo de
Honra Que fazer? (o regresso), do Théâtre Dijon Bourgogne, protagonizado por
François Chattot. No Institut Français de Portugal Philip Boulay apresenta-nos um texto
de um dos principais autores franceses da actualidade, Valère Novarina (Para Louis de
Funès).
No domínio da dança, além da participação da Companhia Nacional de Bailado, com La
valse / A sagração da Primavera, um grande espectáculo de flamenco marca a abertura do
Festival, no dia 4 de Julho, com a apresentação do notável bailarino Israel Galván, cuja exibição no Festival de Avignon constituiu um enorme êxito.
Do lado português, assinalem-se os espectáculos O Mercador de Veneza, com direcção de Ricardo Pais, pela Companhia de Teatro de Almada; O sonho da razão, com
encenação de Luis Miguel Cintra, produção do Teatro da Cornucópia; A controvérsia
de Valladolid, encenação de João Mota para a Comuna - Teatro de Pesquisa; Herodí-
ades, pelos Artistas Unidos, encenação de Jorge Silva Melo; O senhor Ibrahim e as
flores do Corão, pelo Teatro Meridional, encenação de Miguel Seabra; e Enquanto vivermos, de Pedro Gil e Romeu Costa.
Os espectáculos O Mercador de Veneza, de Shakespeare, pela Companhia de Teatro de Almada; Nora, de Ibsen, pelo grupo tg STAN; O senhor Ibrahim e as flores do
Corão, de Eric-Emmanuel Schmitt, pelo Teatro Meridional; e Enquanto vivermos, de
Pedro Gil e Romeu Costa, em co-produção com a Culturgest, constituem estreias
absolutas.
Tenho as mais fundadas esperanças de que o público vai aderir ao esforço que
fizemos para manter o Festival no patamar de qualidade, de diversidade, e de actualidade que constitui uma referência sempre associada ao Festival de Almada.
29.º Festival de Almada
Joaquim Benite
Director do Festival de Almada
Homenagem 2012:
Cecília Guimarães
A
os cinco anos Cecília Guimarães (n.1927) começou a frequentar as matinées
domingueiras de teatro infantil: «Íamos, a minha irmã e eu, ver A história da
Carochinha, A Maria Rita, e outras histórias para crianças ao Teatro Nacional, e
aqueles actores deslumbravam-me. Lembro-me de ver a Adelina Abranches a fazer de
avó da Maria Lalande, com quem vim a contracenar, por exemplo n’As três irmãs [de
Tchekhov]». Ao deslumbramento que o teatro desde cedo lhe provocou («Depois dessas
matinées, eu chegava a casa e pegava numas cadeiras e fazia o meu próprio teatro»),
ter-se-á juntado um inequívoco talento para as letras e as artes: «Costumo dizer que fui
para o teatro porque não percebia nada de matemática!».
Chegada ao Conservatório de Teatro em 1944, «para desgosto da minha mãe, que
dizia que não tinha andado a criar-me para eu ser artista, mas com a bênção do meu
pai, que sempre me apoiou», foi submetida a um exame de admissão cujo júri era integrado pela actriz Maria Matos: «Sabe alguma coisa de cor? perguntou ela com aquela maneira que tinha de falar, e eu disse o poema O dia de anos, do João de Deus.»
29.º Festival de Almada
Em 1953 estreou-se profissionalmente no Teatro da Rua da Fé em A qualquer hora
o Diabo vem, de Pedro Bom, mas seria o cinema que a lançaria, quando fez uma inesquecível Juliana em O primo Basílio (do romance homónimo de Eça de Queiroz, de
cujo elenco fez também parte João Villaret, e que conheceria uma versão radiofónica,
com Curado Ribeiro a fazer de Basílio), fita de António Lopes Ribeiro com que em 1959
obteve o Prémio do SNI para a Melhor Actriz: «Depois andei uns dois anos a fazer pequenos papéis, puseram-me de castigo, como ainda hoje acontece com quem ganha um
prémio em Portugal».
De personalidade vincada, ficou conhecida no meio teatral desse outro tempo como
uma actriz de espírito independente, a quem Palmira Bastos terá chamado a Padeira
de Aljubarrota, e outros a Maria da Fonte. Em 1962, integrada já na Companhia Rey
Colaço/Robles Monteiro (onde ficaria até à sua extinção em 1974), fez As oito mulheres, de Robert Thomas, interpretando «uma solteirona, numa peça policial cujo final a
censura mudou. Foram ao ensaio-geral [o chamado ensaio de censura] e cortaram o
tiro com que a peça terminava. Mas depois levámos a peça ao S. João do Porto e fizemos o texto com o tiro, carago!»
Com o 25 de Abril, trocou o teatro de repertório pelo teatro contemporâneo, arriscando-se mesmo ao mais experimental, mudança de paradigma que em nada a afectou,
pois para ela «é tudo teatro, e faço com a mesma paixão, e o melhor que sei e posso,
dando tudo por tudo como sempre fiz. Tenho uma grande capacidade de adaptação.»
De todo esse teatro de que ainda assim participou de corpo inteiro, alguns momentos
a terão especialmente marcado: quando, em 1984, com o Teatro Experimental de
Cascais, fez A aurora da minha vida, do dramaturgo brasileiro Naum Alves de Souza,
numa encenação de Carlos Avilez; quando, em 1990, integrada já na Companhia de
Teatro de Almada, foi distinguida com o Prémio Garrett pelo seu desempenho em Felicidade e erva-doce, peça de Peter Shaffer, encenada por Joaquim Benite – com quem
no ano seguinte faria Dias inteiros nas árvores, de Marguerite Duras, um texto para ela
inesquecível; e, finalmente, quando fez com os Artistas Unidos a peça Terrorismo, dos
irmãos Presniakov, levada à cena por Jorge Silva Melo no Teatro Taborda em 2004.
29.º Festival de Almada
Sarah Adamopoulos
Um entendimento da evolução do mundo teatral português em que contudo não cabem todos os “modernismos”: «O que fizeram às pancadas de Molière?», tão-pouco
aceita com naturalidade que se faça teatro de autor feito a partir daquele outro escrito
pelos grandes autores clássicos, numa desmontagem cujos processos e finalidades
questiona: «Como se pode fazer teatro a partir de Shakespeare? Ou se faz Shakespeare
ou não se faz!»
espectáculos
DANÇA
Sevilha ESPANHA
A Negro Producciones
Apoio: Embaixada de Espanha em Lisboa
La edad de oro
A idade de ouro
Direcção artística de Pedro G. Romero
A
Israel Galván
PALCO GRANDE
29.º Festival de Almada
Intérpretes Israel Galván (Coreografia)
David Lagos (Canto)
Alfredo Lagos (Guitarra)
Som Pedro León
Luz Rubén Camacho
QUA 4 22H00
11
O sevilhano Israel Galván (n.1973) tem
feito furor (mas também gerado polémica) com a sua forma de abordar o flamenco, quebrando o gesto e a tradição.
Integrado desde 1994 na Compañia Andaluza de Danza, foi já distinguido com o
Prémio Nacional de Dança para a Melhor Criação (Ministério da Cultura de
Espanha, 2005), com o Grande Prémio
de Dança do Syndicat de la Critique
(França, 2010) ou ainda com o Prémio
Max de las Artes Escénicas para o Melhor
Intérprete Masculino (Espanha, 2011). Filho de bailarinos sevilhanos, Israel Galván de los Reyes cresceu no mundo dos
tablaos e queria ser futebolista. “Nijinski
do flamenco”, como já lhe chamaram,
Galván tem sido exímio a fazer novo com
o velho, colhendo consensos até mesmo
entre os mais puristas e conservadores,
que o consideram “o mais velho dos novos bailarinos”.
© Félix Vázquez
chamada edad de oro do flamenco terá acontecido algures entre o
final do séc. XIX e os anos 30 do
séc. XX, período em que a arte andaluz
de sapatear atingiu o seu apogeu de pureza e excelência. A idade de ouro recupera essas qualidades do melhor flamenco, recriando-o a partir de imagens
inspiradas, por exemplo, pelo cinema
de Buñuel ou pela literatura de Kafka.
Homenagem e ruptura, o espectáculo
enfrenta os dogmas e oferece, com insolente sensualidade, um momento de
modernidade absolutamente inédito na
História do flamenco.
Duração 1H20
Classificação M/ 12
Escola D. António da Costa
ALMADA
TEATRO
Lisboa PORTUGAL
ARTISTAS UNIDOS
Co-apresentação: Festival de Almada
HERODÍADES
Giovanni Testori
© Jorge Gonçalves
Encenação de Jorge Silva Melo
Elmano Sancho
12
29.º Festival de Almada
E
ste é um dos Três prantos que, no
final da sua vida, escreveu Giovanni
Testori. Intensa variação sobre a
morte de São João Batista e do desejo
recalcado de Herodíades, é uma obra
inclassificável, como o é o seu autor, que
agora revelamos em Portugal. Provavelmente, trata-se de um ajuste de contas,
como ele mesmo disse, com a tradição
de onde vinha, e de que nunca se afastara: o catolicismo, transmitido quer pela
religião ingénua da mãe, quer pela tumultuosa reflexão dos grandes artistas
do barroco (e do barroco lombardo).
Testori, o autor das novelas que deram
origem ao Rocco de Visconti, o tradutor
de Rimbaud e de São Paulo, foi um dos
maiores inventores do teatro do século
XX, propondo, no final da vida, uma reconciliação dramática entre a doutrina
católica e o ardor sexual, o vitupério e a
caridade, à procura do lugar “daquele
que traz o escândalo”. E, estupefactos,
ouvimo-lo no seu combate com a linguagem, com o corpo, com a nudez da cena,
com o espectáculo de feira, com a pobreza. Nas origens e em continuidade de
tanta arte que se faz e se fez em Itália,
sulfuroso, paradoxal, transpirado, sujo,
lírico e ordinário: um teatro indispensável.
acusado de obscenidade devido à temática homossexual. Um elemento crucial
na sua escrita é a utilização de uma linguagem original criada pela fusão do
dialecto lombardo com o francês e o inglês. Com a morte da mãe (1977), Testori aproxima-se da religião e do grupo
católico Comunhão e Liberdade. Todo
este processo irá culminar com a adaptação cénica do seu romance In exitu e
na publicação dos Três prantos (Cleopatras, Herodíades e Mater Mor Angustiosa).
Giovanni Testori (1923-1993) foi poeta, novelista, dramaturgo, historiador de
arte, pintor e crítico literário. É de 1954
o seu primeiro romance, Il Dio di Roserio. A primeira incursão de Testori no
teatro foi com L’Arialda, em 1960, texto
Teatro da Politécnica
Intérprete
Tradução
Cenografia e figurinos
Luz
Vídeo
Imagem
Montagem
Produção
Elmano Sancho
Miguel Serras Pereira
Rita Lopes Alves
Pedro Domingos
Leandro Fernandes
José Luís Carvalhosa
Miguel Aguiar
Vânia Rodrigues
Andreia Bento
Língua Português
Duração 0H50
Classificação M/ 16
Artistas Unidos
LISBOA
QUI 5 19H00 SEX 6 19H00 SÁB 7 19H00
DOM 8 19H00 TER 10 19H00 QUA 11 19H00
QUI 12 19H00 SEX 13 19H00 SÁB 14 19H00
TEATRO DA CORNUCÓPIA
Co-apresentação: Festival de Almada
O
SONHO DA RAZãO
Colagem de textos de Diderot, Voltaire,
Marquês de Sade e Voisenon
Adaptação e encenação de Luis Miguel Cintra
onde se afirmou como actor e encenador,
foi já distinguido com vários prémios, entre os quais o prestigiado Prémio Pessoa. É
presença habitual no Festival de Almada,
tendo apresentado nos últimos anos autores como Jean Genet, Luís de Camões,
Edward Bond e Heinrich von Kleist.
Língua Português
Duração 2H00 (aprox.)
Classificação M/ 16
Teatro da Cornucópia
Luis Miguel Cintra, formado pela Old
Vic Theatre School, é uma figura central
do teatro português contemporâneo. Director do Teatro da Cornucópia, que fundou em 1973 com Jorge Silva Melo, e
Teatro da Cornucópia
LISBOA
QUI 5 21H00 SEX 6 21H00 SÁB 7 21H00
DOM 8 16H00
29.º Festival de Almada
Intérpretes Dinarte Branco
Leonor Salgueiro
Luis Miguel Cintra
Tradução Luís Lima Barreto
Luiza Neto Jorge
Manuel João Gomes
Cenografia e figurinos Cristina Reis
Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção
13
U
ma rapariga toma conta de um filósofo que parece moribundo. Vem
o padre, vem o médico, vampiros
tanto do pensamento do velho, como da
inocência da moça. A paixão pela Liberdade e pela Razão, o sonho de um pensamento novo e de uma nova humanidade, torna-se pesadelo, povoado por
galos e galinhas. O célebre diálogo do
Marquês de Sade entre o padre e o moribundo e o cinismo de uma mundana
marechala vêm pôr fim ao pequeno dies
irae. É um jogo cénico para três actores,
criando novo texto a partir de trechos
dos diálogos filosóficos dos iluministas
franceses. São questões tão graves como
a Civilização face à Barbárie, a hipocrisia Social, o Casamento, a Igreja Católica, os privilégios de classe, o valor subversivo da libertinagem, a conquista da
Liberdade, etc. que são abordados em
tom de brincadeira. Esconde-se atrás
destes textos a vontade de uma mudança
social pré-revolucionária. A revolução de
1789 virá trazê-los para a vida pública.
O espectáculo inventa os corpos frágeis
das vidas humanas por onde a História
sempre passa. Passados uns anos, a vida
humana já se pode tornar em teatro de
boulevard. E rouba o título à famosa
gravura de Goya: O sonho da razão engendra monstros.
Lisboa PORTUGAL
TEATRO
TEATRO
Almada PORTUGAL
Companhia de Teatro de Almada
Em parceria com o Teatro Nacional São João
RECRIAÇÃO
O
MERCADOR DE VENEZA
William Shakespeare
© João Tuna
Encenação de Ricardo Pais
A 14
29.º Festival de Almada
peça de Shakespeare (1564-1616)
O Mercador de Veneza, publicada
em 1600, foi representada pela
primeira vez em 1605 e entrecruza duas
intrigas: a que decorre na Veneza sombria e mercantil, e a que tem por cenário
a beleza de uma Belmonte supostamente
virtuosa.
Oportuna reflexão sobre o poder, a finança e a exclusão, este “Mercador” labora sobre a ambivalência e a consanguinidade irresolvida e conflitual entre
judeu e cristão. Ricardo Pais refunde em
Almada o espectáculo estreado em 2008
no Teatro Nacional São João.
Intérpretes Albano Jerónimo
João Reis
Sara Carinhas
Pedro Penim
Lígia Roque
Pedro Frias
Ivo Alexandre
Maria João Pinho
André Gomes
André Albuquerque
Daniel Fialho
Eduardo Breda
e João Farraia
Pedro Manana
Tradução Daniel Jonas
Versão livre de Ricardo Pais e Daniel Jonas
Cenografia Pedro Tudela
Figurinos Bernardo Monteiro
Música Vitor Rua
Desenho de som Francisco Leal
Desenho de luz Nuno Meira
Assist. de encenação Manuel Tur
Voz e elocução João Henriques
Ricardo Pais é sistematicamente comentado pelos aspectos mais insignificantes
do seu trabalho, respeitado por tudo
aquilo que lhe não interessa e ignorado
por tudo aquilo por que tem lutado. Neste
sentido qualquer currículo seu é uma inutilidade. Nasceu em 1945 e espera morrer o mais tarde possível. Enquanto não
Língua Português
cumpre o seu sonho de comprar um jazigo
Duração 2H30 (com intervalo)
em Itália, agradece a todos os que virem
Classificação M/ 12
O Mercador de Veneza que estejam atentos ao seu respeito e paixão pelos Actores
(que em certos momentos da sua carreira Teatro Municipal de Almada
tem adquirido foros de Escola) e à sua ALMADA
luta cândida pela transparência narrativa SALA PRINCIPAL
e de sentido.
Ricardo Pais QUI 5 21H30 SEX 6 21H30
TEATRO
Lisboa PORTUGAL
Culturgest | AnaPereira.PedroGil
Co-apresentação: Festival de Almada
CRIAÇÃO
ENQUANTO
VIVERMOS
Co-criação de Pedro Gil e Romeu Costa
Direcção artística de Pedro Gil
© José F. Azevedo
Pedro Gil
Intérpretes Pedro Gil
Romeu Costa
Espaço cénico Pedro Silva
Som Pedro Costa
Vídeo João Gambino
Direcção de produção Ana Pereira
Produção e apoio
à dramaturgia Susana Cecílio
Residência Negócio – ZDB
Língua Português
Duração 2H00
Classificação M/ 18
Pedro Gil é actor profissional desde 1999. Culturgest
É fundador da estrutura AnaPereira.Pedro- LISBOA
Gil, que produz trabalhos de e em co- PALCO DO GRANDE AUDITÓRIO
-criação com outros artistas. Enquanto
criador destacam-se os espectáculos Ho- QUI 5 21H30 SEX 6 21H30 SÁB 7 21H30
mem-legenda e Mona Lisa Show.
DOM 8 21H30
29.º Festival de Almada
Pedro Gil
Romeu Costa é actor profissional desde
2000. Trabalhou com vários criadores, entre
os quais João Brites, Madalena Vitorino, Maria Emília Correia, Miguel Loureiro, Gonçalo
Amorim, Bruno Bravo, Miguel Seabra, Pedro
Gil, Nuno Pino Custódio, Natália Luíza, Beatriz Batarda, Olga Roriz, Adriano Luz, Nuno
Carinhas, Clara Andermatt e Marco Martins.
15
E
m 1998, ainda sem carta de condução, tive de ir ao teatro por causa da
prova de cultura geral de acesso ao
Conservatório. Um amigo meu, espectador
profissional, levou-me ao já extinto Teatro
do Século. Foi a minha primeira vez num
teatro – não quero que as anteriores contem. Tenho a sensação de que adorei os
actores e o texto e de ter dado algumas gargalhadas embora não me lembre de quase
nada, apenas que havia dois homens e uma
mulher e um deles, a dado momento, deitava-se com ela numa cama e debaixo dos
lençóis fingiam fazer coisas. Ainda não tenho certezas sobre o que irá acontecer neste espectáculo que agora vos tento apresentar, mas sei que o que mais gostava era de,
no fim de tudo, ir com uma ou duas pessoas
comer um bife ao Snob – como da primeira
vez – e uma vez despachado o assunto do
espectáculo, falar de muitas outras coisas,
de uma forma nítida e disponível, com alguma ternura e muitos palavrões. Talvez o vinho ajudasse. Ao longo da conversa, à medida que pisássemos as falas uns dos outros,
chegaríamos a novas ideias e gesticularíamos muito, as paixões reacender-se-iam,
brindaríamos a tudo e a mais alguma coisa,
desenharíamos projectos por entre nuvens
de fumo, e os nossos olhos humedecer-se-iam de entusiasmo e riso.
TEATRO
Paris FRANÇA
Wor(l)ds…cie
Apoio: Institut Français de Portugal
Co-produção: Le Forum/Blanc-Mesnil
Co-apresentação: Festival de Almada | Institut Français de Portugal
Pour Louis de Funès
Para Louis de Funès
Valère Novarina
Encenação de Philip Boulay
16
29.º Festival de Almada
Valère Novarina (n.1947) viu a sua primeira peça teatral, L’atelier volant, levada
à cena em 1974, seguida, em 1976, de
uma sua adaptação de Henrique IV, de
Shakespeare. Autor de dezenas de grandes textos para teatro (mas não só, e bastará dizer que escreve todos os dias), Novarina já encenou também alguns deles.
Artista-total, no sentido em que Almada
Negreiros o era, Novarina mantém desde
meados dos anos 80 uma constante e intensa actividade como pintor, por vezes de
telas que usa nos seus espectáculos.
vaux, Musset, ou Fellini. Depois de em
2006 ter levado Koltès à Culturgest (no
âmbito do Festival de Almada), em 2010
Philip Boulay encenou no TMA Uma visita
inoportuna, de Copi. Nesse mesmo ano
criou Para Louis de Funès em Avignon.
Philippe Durand
Intérprete Philippe Durand
Direcção técnica Abdénor Mezlef
Tradução para legendas Ângela Leite Lopes
Jorge Silva Melo
Joana Frazão
Língua Francês
Depois de ter sido secretário do famoso teLegendado em português
atrólogo Bernard Dort, Philip Boulay (n.
Duração 1H00
1968) fez-se notar com uma sua encenaClassificação M/ 12
ção de Na solidão dos campos de algodão,
de Bernard-Marie Koltès, um autor a que Institut Français de Portugal
tem regressado várias vezes. Entre as vá- LISBOA
rias obras que tem encenado contam-se
textos de Tabucchi, Molière, Mishima, Mari- SEX 6 21H00 SÁB 7 19H00
© Black Spring Graphics
P
ara Louis de Funès começou por ser
representado em casas particulares
pelo actor Pierre Ascaride nos anos
90, tendo sido levado à cena pela primeira vez em 1998. Verdadeiro elogio
do Actor, não é especificamente sobre o
famoso comediante francês Louis de
Funès (1914-1983), constituindo antes
um longo poema centrado no ofício e
no lugar do Actor no Mundo. Um texto
sobre o que verdadeiramente acontece
quando as palavras sobem pelo corpo
do Actor acima, “como fumo que sai dos
homens”. Um texto-programa e um manifesto, de escuta atenta e obrigatória
para todos os que amam o Teatro.
tg Stan
Co-produção: Maria Matos Teatro Municipal, Lisboa,
BIT Teatergarasjen, Bergen, Kaaitheater, Bruxelas
Co-apresentação: Festival de Almada | Maria Matos Teatro Municipal
CRIAÇÃO
NORA
Henrik Ibsen
Antuérpia BÉLGICA
TEATRO
Encenação colectiva
tg STAN
Intérpretes Wine Dierickx
Jolente De Keersmaeker
Tiago Rodrigues
Frank Vercruyssen
Figurinos An d’Huys
Desenho de luz Thomas Walgrave
Língua Inglês
Legendado em português
Duração 1H30
Classificação M/ 12
Maria Matos Teatro Municipal
LISBOA
SEX 6 21H30 SÁB 7 21H30 DOM 8 21H30
SEG 9 21H30
29.º Festival de Almada
O colectivo tg STAN foi fundado em
1989 por Jolente De Keersmaeker, Damiaan De Schrijver, Waas Gramser e
Frank Vercruyssen (quatro actores saídos
nesse ano do Conservatório de Antuérpia), e desde 1997 já se apresentou por
cinco vezes no Festival de Almada. A sigla STAN (que significa Stop Thinking
About Names – “Parem de pensar em nomes”) reflecte de forma clara o espírito
que presidiu à formação deste grupo, caracterizado pelo enfoque dado ao trabalho do actor, e pelo carácter não-dogmático da construção do seu repertório, que
vai de Cocteau a Anouilh, passando por
Tchecov, Thomas Bernhard, Wilde, Ibsen
ou Diderot. Apesar de a companhia trabalhar sem encenador e de recusar o
consenso enquanto objectivo final durante o processo de criação, os espectáculos
deste colectivo demonstram uma forte
unidade.
17
N
ora (ou Casa de bonecas), de
Henrik Ibsen, traça o despertar de
Nora Helmer da sua nunca antes
questionada vida de conforto doméstico
e conjugal. Tendo sido sempre subjugada
tanto pelo seu pai como pelo seu marido,
Torvald, Nora questiona-se enfim sobre o
fundamento de tudo aquilo em que acredita quando o seu casamento é posto à
prova. Muito mais do que um mero estudo histórico da sociedade do século XIX,
a peça constitui, numa perspectiva actual, uma análise alarmante sobre as relações entre homens e mulheres, questionando se a condição da mulher realmente mudou desde 1879. Trata-se de
um conto impressionante sobre a condescendência moralista e a hipocrisia social, e de uma subtil crítica ao consumismo e às potenciais armadilhas que
poderão existir na vida das famílias da
classe média na Europa de 2012.
TEATRO
Pontedera ITÁLIA
FONDAZIONE Pontedera TEATRO
Apoio: Instituto Italiano de Cultura de Lisboa
ABITO
Hábito
© Roberto Palermo
A partir de O livro do desassossego de Fernando PESSOA
Encenação de Roberto Bacci e Anna Stigsgaard
H
18
29.º Festival de Almada
ábito é a história simples de um
homem comum que numa manhã,
em vez de vestir a sua vida normal,
sai de casa pela janela e perde-se nas
ruas do seu mundo do dia-a-dia, que já
não reconhece. O que procura? Será
possível um ser humano perder-se a si
mesmo? Depois de vários anos de leituras e releituras do Livro do desassossego,
Hábito consiste numa homenagem a Fernando Pessoa / Bernardo Soares. A Lisboa de um guarda-livros ressoa na música e nas canções desta performance,
misturando-se com a agitação de doze
bicicletas que dão vida ao espaço da acção, tornando-o constantemente móvel.
Intérpretes
Coro em bicicleta
Dramaturgia
Arranjos musicais
Cenário e figurinos
Desenho de luz
Elisa Cuppini
Francesco Puleo
Savino Paparella
Tazio Torrini
Alice Casarosa
Alice Maestroni
Chiara Coletta
Cristina Valota
Irene Rametta
Julia Filippo
Sara Morena Zanella
Silvia Tufano
Simone Evangelisti
Valentina Bechi
Stefano Geraci
Roberto Bacci
Anna Stigsgaard
Clio Gaudenzi
Márcio Medina
Fabio Sajiz
Roberto Bacci é licenciado em História
Língua Italiano
do Teatro pela Universidade de Pisa. Em
Legendado em português
1974 funda o Centro per la SperimentaDuração 1H20
zione e la Ricerca Teatrale, desde 1999
Classificação M/ 12
conhecido como Fondazione Pontedera
Teatro. É director artístico do centro desde Escola D. António da Costa
essa altura, tendo trabalhado com artis- ALMADA
tas como Jerzy Grotowski, Eugenio Bar- PALCO GRANDE
ba, Peter Brook, Anatolij Vassiliev, Raoul
Ruiz, Julian Beck e Judith Malina.
SÁB 7 22H00
Co-apresentação: Festival de Almada | São Luiz Teatro Municipal
Theatro Circo de Braga
FAUST FANTASIA
Fantasia Fausto
A partir de Fausto de Goethe
Encenação de Peter Stein
Peter Stein
Intérpretes Peter Stein (Voz)
Giovanni Vitaletti (Piano)
Música Arturo Annecchino
Tradução para legendas João Barrento
Língua Alemão
Legendado em Português
Duração 1H10
Classificação M/ 12
SALA PRINCIPAL
29.º Festival de Almada
Peter Stein (n.1937) foi assistente de
Fritz Kortner no Kammerspiele de Munique, onde veio a assinar em 1967 a sua
primeira encenação: Salvo, de Edward
Bond. Entre 1970 e 1985, assumiu a direcção da Schaubühne, companhia que
rompeu com o modo de trabalhar da generalidade dos teatros municipais, criando um modelo alternativo marcado pela
autonomia artística.
SEG 9 21H00 TER 10 21H00
19
P
eter Stein revisitou o poeta maior da
língua alemã em 2000 quando
criou, para a Exposição Universal de
Hannover, Fausto I e II – um espectáculo
de 19 horas interpretado por Bruno Ganz
e que é um dos marcos do teatro europeu do século XX. É este o espectáculo
que está na origem de Fantasia Fausto
que é apresentado nesta edição do Festival de Almada: um recital para declamador e piano, a partir de excertos da primeira parte do Fausto de Goethe. Com
música de Arturo Annecchino e interpretação ao piano de Giovanni Vitaletti, Fantasia Fausto constitui uma homenagem à
identidade poética da língua alemã, que
a voz e a presença em cena de Peter Stein
tornam imperdível.
© Lorenza Daverio
PETER STEIN
Berlim ALEMANHA
TEATRO
São Luiz Teatro Municipal
LISBOA
TEATRO
Pontedera ITÁLIA
Fondazione Pontedera Teatro
Apoio: Instituto Italiano de Cultura de Lisboa
Co-apresentação: Festival de Almada | Festival ao Largo
LISBOA
Encenação de Anna Stigsgaard
L
20
29.º Festival de Almada
Anna Stigsgaard é licenciada em literatura comparada e árabe pela Universidade de Copenhaga. Entre 2003 e 2005
estudou encenação com Eugenio Barba
no Odin Teatret, na Dinamarca, e com
Kasper Holten, na Ópera Real Dinamarquesa. Desde 2005 tem trabalhado como
encenadora em países como Portugal,
Itália e Brasil. Em Portugal encenou Meu
coração viagem (2009) e A feliz idade
(2010), espectáculos apresentados no
Imaginarius, Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira.
© Roberto Palermo
isboa é um espectáculo de rua em
bicicleta, no qual onze actores-músicos vestidos de preto se deslocam
circulando através da cidade, caindo,
dançando e pedalando em direcção ao
céu. Nesta performance, o poeta move-se pelas ruas e pelas praças numa busca
da sua cidade. Com ele, estão os seus
heterónimos: guiam-no, enganam-no,
cantam e dançam para ele, e, com a leveza, velocidade e fascínio das suas bicicletas, transformam cada cidade que visitam numa Lisboa imaginária. As onze
figuras entram em lojas, aparecem em
varandas, exploram jardins, descem escadarias de igrejas e percorrem praças e
ruas ecoando canções portuguesas melancólicas ou músicas dançáveis. Depois
de uma tournée que percorreu várias cidades da Dinamarca, Itália, Brasil e Japão, o espectáculo chega finalmente à
cidade que o inspirou.
Intérpretes Alice Casarosa
Alice Maestroni
Chiara Coletta
Cristina Valota
Irene Rametta
Julia Filippo
Sara Morena Zanella
Silvia Tufano
Simone Evangelisti
Stefano Franzoni
Valentina Bechi
Duração 1H00
Classificação M/ 6
Largo de São Carlos
LISBOA
SEG 9 22H00
Schaubühne am Lehniner PLaTz
Co-produção: Habima National Theatre Israel
em colaboração com a Comédie de Reims
Co-apresentação: Festival de Almada | Teatro Nacional D. Maria II
The day
before the last day
A véspera do dia final
© Heiko Schäfer
Criação de Yael Ronen e a Companhia
Encenação de Yael Ronen
E
streada em 2011 na Schaubühne, A
véspera do dia final aborda a fé religiosa e a identidade dos povos. A
um tempo irónica e profunda, a peça é
sobre um fim do Mundo próximo dominado pela pergunta: quem somos? Um
futuro que revela um ano de 2030 pejado de conflitos identitários e nacionalismos, grandemente propagados pelos
estandartes das religiões. Um mundo em
que se faz emergir uma mulher judia, um
antigo cristão, um muçulmano sem fé,
um ateu radical e alguns agnósticos, uns
e outros em busca de terra-firme onde
existir e a que pertencer.
Intérpretes
Cenografia e figurinos
Dramaturgia
Vídeo
Música
Luz
Alemão, inglês, hebreu
e árabe
Legendado em português
1H40
M/ 12
SALA GARRETT
29.º Festival de Almada
Língua
Knut Berger
Niels Bormann
Shredy Jabarin
Rotem Keinan
Orit Nahmias
Yusef Sweid
Maryam Zaree
Magda Willi
Irina Szodruch
Benjamin Krieg
Yaniv Fridel
Erich Schneider
TER 10 21H00 QUA 11 21H00
21
Filha de gente do teatro (o seu pai dirige
o Teatro Nacional de Israel), Yael Ronen
(n.1976) é uma das mais estimulantes e
polémicas figuras teatrais da actualidade. Em 2007 começou a colaborar com a
Schaubühne e em 2009 recebeu o New
Theatrical Realities Prize. Abordando-os
através do riso, Ronen pega nos temas
sensíveis do racismo e do preconceito
para falar de cada um de nós e das nossas mais perigosas contradições.
Berlim ALEMANHA | Telavive ISRAEL
TEATRO
Duração
Classificação
Teatro Nacional D. Maria II
LISBOA
TEATRO
Bucareste ROMÉNIA
Passe-Partout Dan Puric Theatre Company
Apoio: Instituto Cultural Romeno de Lisboa
TWO OF US
Dois de nós
Criação e encenação de Ana Pepine e Paul Cimpoieru
D
22
29.º Festival de Almada
Ana Pepine (n.1985), natural de Bucareste, é actriz e marionetista e trabalha
profissionalmente desde 2004, sobretudo em criações teatrais romenas. Em
2009 foi distinguida com o prémio para
a Melhor Actriz-Marionetista da Academia Nacional de Teatro e Cinema de Bucareste. Ane Pepine é ainda professora
de Pantomima em projectos de formação
teatral de arte-terapia para pessoas portadoras de deficiência.
© Tomoaki Minoda
ois de nós, é uma parábola poética
ao amor, usando o movimento dos
corpos, uma delicada expressão
lírica e um domínio raro da ilusão cénica.
Conta a história de um casal que se ama,
se separa e se reencontra para se amar
de novo. Teatro contemporâneo em toda
a sua extensão inovadora e performativa,
Dois de nós foi distinguido em 2010 com
a medalha de ouro do Festival Internacional de Teatro e Pantomima de Belgrado (Sérvia) e tem recebido menções críticas que consensualmente o consideram
o resultado de uma perfeita combinação
de teatro, dança e pantomima.
Intérpretes Ana Pepine
Paul Cimpoieru
Coreografia Lelia Marcu
Desenho de luz Gabi Petrescu
Ilustração musical Ana Pepine
Paul Cimpoieru
Paul Cimpoieru (n.1978) é coreógrafo,
actor e mimo, tendo já participado em dezenas de espectáculos de teatro e dança,
a maior parte produções para o Teatro
Duração 0H55
Nacional de Bucareste e para a CompaClassificação M/ 12
nhia de Teatro Passe-Partout, do encenador romeno Dan Puric. Paul Cimpoieru
tem viajado pelo Mundo, em digressões Escola D. António da Costa
que o levaram já a países como a China, ALMADA
PALCO GRANDE
o Canadá, a Áustria ou a Grécia.
QUA 11 22H00
Companhia Nacional de Bailado
LA
VALSE (Curta-metragem)
Realização de João Botelho
Coreografia de Paulo Ribeiro
ADirecção
SAGRAÇÃO
DA PRIMAVERA
e coreografia de Olga Roriz
Lisboa PORTUGAL
CINEMA | DANÇA
A
La Valse, acabada de compor por Maurice Ravel (1875-1937) em 1919, teve a
sua génese por volta de 1906, quando o
compositor decide fazer um tributo à valsa e a Johann Strauss II (1825-1899). O
resultado final acaba por ser influenciado
pela guerra, com o romantismo a perder
dominância e o ritmo da valsa a derivar
frequentemente para o caos, numa metáfora sobre a Europa de então. Nesta
curta-metragem, o coreógrafo Paulo Ribeiro e o realizador João Botelho partem
da composição de Ravel para conceber
um olhar cinematográfico sobre o movimento dos corpos.
LA VALSE
Intérpretes Bailarinos da Companhia
Nacional de Bailado
Música Maurice Ravel
Produção CNB/Ar de Filmes
A SAGRAÇÃO
DA PRIMAVERA
SALA PRINCIPAL
29.º Festival de Almada
Intérpretes Bailarinos da Companhia
Nacional de Bailado
Música Igor Stravinski
Cenografia Pedro Santiago Cal
Figurinos Olga Roriz
Pedro Santiago Cal
Desenho de luz Clemente Cuba
QUI 12 21H30 SEX 13 21H30
23
Com música de Igor Stravinski (18821971) e coreografia de Vaslav Nijinski
(1890-1950), A Sagração da Primavera
estreou em 1913 em Paris, e é considerada até hoje uma das mais conhecidas e
controversas obras na História da dança.
Olga Roriz respeita o guião de Stravinski
e Roerich que serviu de inspiração a Nijinski, mas transforma a postura mental,
e consequentemente a física, da Eleita.
Atribui-lhe o reconhecimento por ter sido
a escolhida e, refutando qualquer sofrimento, personifica nela a vontade de
dançar até morrer.
Henriet Ventura e artistas da CNB
© Ricardo Brito
Companhia Nacional de Bailado
apresenta um programa duplo,
composto pela curta-metragem La
Valse e pelo bailado A Sagração da Primavera.
Duração 1H15 (com intervalo)
Classificação M/ 4
Teatro Municipal de Almada
ALMADA
TEATRO
Paris FRANÇA
Compagnie des Petites Heures
Co-apresentação: Festival de Almada | Culturgest
MURMURES DES MURS
Murmúrios dos muros
Criação e encenação de Victoria Thierrée-Chaplin
D
24
29.º Festival de Almada
Filha de Charlie Chaplin e de Oona
O’Neill, Victoria Chaplin estreia-se no
cinema com A condessa de Hong Kong,
realizado pelo seu pai em 1967. Após o
casamento com Jean-Baptiste Thierrée,
cria com o marido o Cirque Bonjour, que
dá origem ao Cirque Imaginaire, e ao
Cirque Invisible. Os espectáculos apresentados por esta dupla em França, nos
anos 70, cobrem o casal de fama. Após
um período de afastamento, em 2003
concebe para a sua filha, Aurélia Thierrée, O oratório de Aurélia, repetindo a
experiência no ano passado, com Murmúrios dos muros.
© Richard Haughton
epois de ter apresentado, em
2005, Oratório, Aurélia Thierrée
regressa a Lisboa com um espectáculo de novo circo que tem obtido elogios
unânimes durante a sua digressão europeia: “Um espectáculo gracioso e belo”
(The Guardian); “Fantástico, onírico, original e coroado de graça” (La Libre Belgique); “Mágico, vertiginoso e malicioso”
(Télérama).
Em Murmúrios dos muros Aurélia evolui
no chão e no ar com a graça que lhe é
característica. Utilizando objectos com
formas inventivas, estranhas criaturas
que surgem de combinações improváveis, cenários que se transformam, ou
cúmplices invisíveis, esta artista, única e
inclassificável, é capaz de criar universos
de uma beleza hipnótica, marcados pela
ilusão e pela magia.
Intérpretes Aurélia Thierrée
Jaime Martinez
Magnus Jakobsson
ou Antonin Maurel
Cenografia Victoria Thierrée-Chaplin
Figurinos Véronique Grand
Jacques Perdiguez
Monika Schwarzl
Victoria Thierrée-Chaplin
Coreografia Victoria Thierrée-Chaplin
Armando Santin
Direcção técnica François Hubert
Operação de luz Thomas Dobruszkes
Operação de som Samuel Montoya-Perez
Direcção de cena Antoine Gianforcaro
Aderecistas Sophie Bellin
Brian Servetnyk
Duração 1H20
Classificação M/ 12
Culturgest
LISBOA
GRANDE AUDITÓRIO
QUI 12 21H30 SEX 13 21H30 SÁB 14 21H30
DOM 15 17H00
Apoio: Nordic Culture Fund, Nordic Culture Point e Danish Arts Council
Co-apresentação: Festival de Almada | Centro Cultural de Belém
+-0 (A subarCtic base camp)
+-0 (Um acampamento no subárctico)
© Anna Viebrock
Criação e encenação de Christoph Marthaler
Copenhaga DINAMARCA
TEATRO
Unlimited Performing Arts
Christoph Marthaler
Língua Alemão, francês,
dinamarquês e gronelandês
Legendado em português
Duração 2H10
Classificação M/ 12
GRANDE AUDITÓRIO
29.º Festival de Almada
Temerário arqueólogo do pensamento
alemão, o suíço Christoph Marthaler
(n.1951) faz um teatro impregnado de
música – Marthaler foi flautista, oboísta e
compositor, antes ainda de se tornar encenador de teatro e de ópera. Nos anos 90,
entre outras criações, encenou, para a
Volksbühne, Mess up the european! Mess
him up!, Mess him up!, Mess him up!, Really mess him up!, um polémico exercício
sobre a identidade histórica alemã. Entre
2000 e 2004 dirigiu a Schauspielhaus de
Zurique e em 2010 foi artista associado
do Festival de Avignon.
SEX 13 21H00 SÁB 14 21H00
25
S
e o gelo da Gronelândia derretesse o
planeta inteiro ficaria ameaçado – eis
a razão que levou Christoph Marthaler e a sua equipa durante sete semanas
para a gelada Nuuk, a inóspita capital da
Gronelândia, para a preparação de +– 0,
um trabalho sobre o Norte absoluto e o
seu silêncio e estranheza. Mais do que
uma fábula ecológica, é um ensaio poético e compassivo sobre a deriva da própria
Humanidade. “Uma outra viagem, de uma
outra lógica”, para escutar como se lêssemos Borges, um dos autores evocados no
texto escrito pela equipa de Marthaler.
Intérpretes Bendix Dethleffsen
Bettina Stucky
Gazzaalung Qaavigaq
Jürg Kienberger
Marc Bodnar
Nukâka Coster Waldau
Raphael Clamer
Rosemary Hardy
Sasha Rau
Ueli Jäggi
Dramaturgia Malte Ubenauf
Stefanie Carp
Cenografia e figurinos Anna Viebrock
Direcção musical Rosemary Hardy
Colaboração musical e piano Bendix Dethleffsen
Colaboração artística Gerhard Alt
Desenho de luz Phoenix (Andreas Hofer)
Som Fritz Rickenbacher
Director técnico Peter Riis Mørk
Centro Cultural de Belém
LISBOA
TEATRO
Dijon FRANÇA
Théâtre Dijon Bourgogne – CDN
Apoio: Institut Français
Co-apresentação: Festival de Almada | Theatro Circo de Braga
Espectáculo de Honra
QUE FAIRE? (LE RETOUR)
Que fazer? (O regresso)
Jean-Charles Massera, Benoît Lambert (e convidados)
Encenação de Benoît Lambert
clássico shakespeareano que integrou o
programa da edição de 2010 do Festival
de Almada, Chattot voltou a Portugal o
ano passado com Que fazer? – a peça
escolhida pelo público do Festival em
2011 para regressar este ano.
© V. Arbelet
Martine Schambacher tem trabalhado
com importantes encenadores franceses,
caso de Matthias Langhoff, Jean-Louis
Hourdin ou Irène Bonnaud. “Actriz de estilo límpido e translúcido”, tem-se sobretudo notabilizado no repertório de teatro
contemporâneo, no qual diz sentir-se
mais realizada.
François Chattot e Martine Schambacher
26
29.º Festival de Almada
D
uas pessoas comuns dão consigo
numa cozinha cheia de livros suculentos como se diante de um abismo político e metafísico, enquanto tentam redescobrir posições de combate.
Que fazer? é uma viagem eloquente, poética e burlesca pela história do pensamento ocidental, através de alguns textos
que o fundam – um voluptuoso exercício
de convocação das ideias, que faz do
pensamento uma iguaria para deleite de
todos.
Intérpretes François Chattot
Martine Schambacher
Cenário e luz Antoine Franchet
Figurinos Violaine L. Chartier
Música Yann France
Jean-Marc Bezou
Movimento Véronique Ros de la Grange
Trabalho vocal Pascal Sangla
Ass. de encenação Maxime Contrepois
Direcção de cena Jean-Pierre Dos
Operação de luz Victor dos Santos
Marcenaria François Douriaux
Língua Francês
Legendado em português
Duração 1H30
Classificação M/ 12
François Chattot (n.1953) é director do Escola D. António da Costa
ALMADA
Théâtre Dijon-Bourgogne desde 2007.
PALCO GRANDE
Depois de um Hamlet em versão cabaret,
na revisitação de Matthias Langhoff do SÁB 14 22H00
TEATRO MERIDIONAL
CRIAÇÃO
O SR. IBRAHIM
EEric-Emmanuel
AS FLORES
DO CORÃO
Schmitt
Lisboa PORTUGAL
TEATRO
Versão cénica e encenação de Miguel Seabra
Auditório Fernando Lopes-Graça
29.º Festival de Almada
Eric-Emmanuel Schmitt é um dos dramaturgos de língua francesa mais lidos e
representados no Mundo. Os seus livros
foram traduzidos para 43 línguas e as
suas peças são representadas regularmente em mais de 50 países. Continua a
escrever imparavelmente – muitas vezes
ao ritmo de uma peça ou mais por ano.
Em 2000 recebeu o Grande Prémio de Teatro da Academia Francesa, pelo conjunto
da sua obra teatral, e em 2004 o Grande
Prémio do Público, em Leipzig.
Intérpretes Miguel Seabra
Rui Rebelo
Tradução Carlos Correia M. Oliveira
Espaço cénico Marta Carreiras
Miguel Seabra
Figurinos Marta Carreiras
Música original e sonoplastia Rui Rebelo
Desenho de luz Miguel Seabra
Montagem Marco Fonseca
Nuno Figueira
Operação de luz e som Nuno Figueira
Produção executiva Natália Alves
Direcção de produção Maria Folque
Direcção artística
do Teatro Meridional Miguel Seabra
Natália Luiza
SEG 16 21H30 TER 17 21H30
27
Teatro Meridional
Miguel Seabra e Rui Rebelo
© Nuno Figueira
E
m Paris, nos anos 60, Momo, um rapazinho judeu de onze anos, torna-se amigo do velho merceeiro árabe
da rua Bleue. Mas as aparências iludem:
o Senhor Ibrahim, o merceeiro, não é árabe, a rua Bleue não é azul e o rapazinho
talvez não seja judeu. No ano em que o
Teatro Meridional comemora 20 anos de
existência e numa altura em que o contexto social e político promove a insegurança, contamos uma história em que a simplicidade e a dimensão afectiva são o
esteio da representação: o “encontro” de
um homem com outro homem que aconteceu no tempo de uma vida. Se cada um de
nós olhar para trás na sua vida, perceberá certamente que existiu, existiram e/ou
existem figuras tutelares que determinam
as pessoas que hoje somos. E, porque
tantas vezes nos cruzamos com elas sem
lhes devolver o seu significado profundo
ou as deixamos partir sem lhes dizer a importância que tiveram, este é um texto sobre a escolha de caminhos e a importância da amizade.
Língua Português
Duração 1H20 (Aprox.)
Classificação M/ 12
Fórum Romeu Correia
ALMADA
TEATRO
Lisboa PORTUGAL
Comuna - TEATRO DE PESQUISA
A CONTROVÉRSIA
DE
VALLADOLID
Jean-Claude Carrière
Versão cénica e encenação de João Mota
29.º Festival de Almada
28
Virgílio Castelo
Intérpretes Alexandre Lopes
Álvaro Correia
Carlos Paniágua
Carlos Paulo
Carlos Vieira de Almeida
Mia Farr
Miguel Sermão
Pessoa Júnior
Virgílio Castelo
e as crianças
João Marcos
Ruben Carvalho
Tradução Carlos Paulo
Cenografia António Casimiro
Figurinos Carlos Paulo
Assistente de encenação Hugo Franco
Desenho de luz Paulo Graça
Autor polivalente, Jean-Claude Carrière
é formado em letras e história. Foi sobretudo autor de guiões para o cinema, tendo ficado célebre pela sua colaboração
permanente com Luis Buñuel, durante 19
anos. Escreveu também para Milos Forman, Volker Schondorff, Andrzej Wajda ou
Jean-Paul Rappeneau. No teatro foi colaLíngua Português
borador de Jean-Louis Barrault e Peter
Duração 1H45
Brook, tendo escrito adaptações de textos
Classificação M/ 12
como o Mahabharata. Como dramaturgo
publica L’aide mémoire (1968) e A controvérsia de Valladolid (1999). Ao longo da Escola D. António da Costa
sua carreira recebeu vários prémios, in- ALMADA
PALCO GRANDE
cluindo um Óscar e um Prémio Molière.
QUA 18 22H00
© Ana Gomes
Q
uando Carlos V suspende as guerras da conquista, nem o estatuto
dos índios nem o seu futuro tinham sido definidos. Foram estas as premissas que, por iniciativa do Papa Paulo
III e sob a arbitragem do seu legado, o
Cardeal Salvatore Roncieri levou a debate num convento em Valladolid em 1550.
Juan Gines Sepúlveda publicou em Roma,
em 1543, uma obra intitulada Democratas Alter, ou as justas causas da guerra,
na qual justificava as guerras levadas a
cabo contra os índios nas Novas Terras.
Quando tentou publicá-la em Espanha,
enfrentou a oposição dos dominicanos
de duas grandes universidades, a de Alcalá e a de Salamanca. Na presença do
legado do Papa, foi obrigado a defender
a sua obra, ante a oposição de frei Bartolomeu de Las Casas, que defendia a
causa dos índios: esta é A controvérsia de
Valladolid.
actos
complementares
EXPOSIÇÃO DOCUMENTAL
Homenagem
a Cecília Guimarães
Concepção e design: Armando Vale
E
m 2012 a actriz Cecília Guimarães
comemora 59 anos de carreira, ao
longo dos quais colaborou com
quinze companhias de teatro portuguesas: mais regularmente com a Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro (19611974), o Teatro Experimental de Cascais
(1979-1986) e a Companhia de Teatro
de Almada (1990-1993).
O seu arquivo pessoal, de 12 volumosos
dossiers de capa preta cuidadosamente
datados e catalogados, inclui documentos que vão desde fotos, críticas e programas, até contratos de trabalho, telegramas e correspondência com várias
personalidades do teatro. Os artigos seleccionados não se limitam a detalhar a
longa carreira no teatro, no cinema e na
televisão de uma das mais destacadas
actrizes portuguesas desde a segunda
metade do século XX até aos nossos dias:
eles testemunham o contacto regular e
frutuoso de Cecília Guimarães com alguns dos mais importantes homens e
mulheres de teatro do nosso tempo.
Escola D. António da Costa
ALMADA
JUNTO AO PALCO GRANDE
4 a 18 de JULHO
15H00 ÀS 24H00
EXPOSIÇÃO DOCUMENTAL
1971-2011: 40 Anos de Teatro
Concepção: André Gomes | Design: João Gaspar
30
29.º Festival de Almada
C
oincidindo com os 40 anos de carreira de Joaquim Benite como encenador (comemorados em 2011),
o percurso da Companhia de Teatro de
Almada é indissociável do do seu fundador e director. Nesta exposição documental faz-se o percurso cronológico das peças da CTA, desde a criação do Grupo de
Campolide (o grupo de teatro amador
que esteve na origem da Companhia) até
ao ano passado. Nas fotos, materiais
gráficos e críticas a espectáculos que integram esta mostra, pode observar-se a
evolução artística da Companhia lidera-
da por Joaquim Benite, assim como a
intensa actividade de divulgação e animação culturais levada a cabo em Almada desde 1977 (ano em que o grupo
passa do Teatro da Trindade para a sala
da Academia Almadense) e da qual o
Festival de Almada é uma das manifestações mais preciosas.
Escola D. António da Costa
ALMADA
SALA POLIVALENTE
4 a 18 de JULHO
15H00 ÀS 24H00
EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS
Inverno no Árctico
José Loureiro
N
a exposição que o autor do cartaz
desta edição do Festival de Almada apresenta na Casa da Cerca,
as pinturas são mostradas como rebocadores coloridos à deriva no Mar da Palha.
Mover grandes navios na correnteza, com
força e perícia: é isso que se espera de
um bom rebocador. Mas um rebocador
sem o peso de um navio às costas, quase
dança. Pode até imaginar-se uma coreografia para essas belas máquinas bojudas no grande palco do Mar da Palha.
Algo de semelhante se passa com este
pequeno conjunto de pinturas, reunidas
sob o título Inverno no Árctico.
José Loureiro nasceu em Mangualde em
1961. Vive e trabalha em Lisboa. Elege,
como momentos marcantes da sua formação artística, duas leituras: o poema
Deslumbramentos de O Livro de Cesário
Verde, de Cesário Verde; e o capítulo de
Guerra e Paz, de Leão Tolstoi, onde é narrada a batalha de Borinodó.
Actualmente, toda a sua vida gira em torno de três palavras: priolo, filamento e
aro.
Casa da Cerca
Centro de Arte Contemporânea
ALMADA
22 de JUNHO a 2 de SETEMBRO
TER A SEX DAS 10H00 ÀS 18H00
SÁB E DOM DAS 13H00 ÀS 18H00
Encerra às Segundas e feriados
INSTALAÇÃO
Waiting for Godot
Raija Malka
Teatro Municipal de Almada
ALMADA
GALERIA
22 de JUNHO a 30 de SETEMBRO
QUI A SÁB DAS 18H00 ÀS 20H00 | DOM DAS 15H00 ÀS 19H00
Em dias de espectáculo a galeria está aberta até às 22H00
29.º Festival de Almada
Raija Malka estudou na Helsinki School
of Art and Design e especializou-se em
Paris com o escultor Daniel Graffin. Depois da sua primeira exposição em Helsínquia, em 1987, produziu vários espectáculos na Finlândia e noutros países,
designadamente no Japão. Para além do
seu trabalho plástico em nome próprio,
Raija Malka tem colaborado como cenógrafa e figurinista com compositores, dramaturgos e encenadores. Professora com
uma longa carreira universitária, dedica
também parte do seu tempo à educação
pela arte. Vive em Lisboa desde 2009.
31
E
stabelecendo uma analogia com
Godot, a personagem que se faz esperar na conhecida obra de Samuel
Beckett, esta exposição de Raija Malka
aborda também o tema da espera. Numa
instalação aller-retour, a artista plástica
finlandesa faz convergir várias pinturas e
uma caixa negra num espaço inteiramente branco.
ENCONTROS DA CERCA
A crise no teatro
N
os países civilizados (verbi gratia a Alemanha, a França, a Itália, a Inglaterra, a
Espanha, etc.) desconhecer tudo o que diz respeito ao teatro, ou não acompanhar as suas actividades, é um motivo de constrangimento e de vergonha. Para
muitos destes países, o índice de desenvolvimento teatral (vide o caso da Alemanha) é
o principal indicador do desenvolvimento cultural.
Ao contrário, no nosso País, com uma das mais altas iliteracias da Europa, não ir ao
teatro é uma atitude normal, que não mereceria a crítica de ninguém. O Teatro di
prosa, na acepção italiana, o Teatro de arte, na acepção inglesa, russa e alemã, o Teatro Público, na acepção francesa, é misturado e avaliado com subprodutos de natureza parateatral, e é empurrado cada vez mais para uma lógica de mercado que
continua a alastrar na sociedade consumista em que vivemos. Sem instrução não pode
desenvolver-se o hábito da frequência de teatros. O esforço de criar um público é uma
tarefa que cabe ao Ministério da Educação e ao Ministério da Cultura, que nunca mais
vemos inaugurar um tipo de colaboração que poderia desempenhar um papel fulcral
na formação de públicos. Ibsen, Brecht, Genet, Shakespeare, Garrett, Thomas Bernhard ou Schnitzler são, para uma maioria esmagadora dos portugueses, ilustres desconhecidos.
Ao Teatro de Arte cabe hoje a responsabilidade de defesa da cidadania, da democracia e dos seus valores, numa luta que terá certamente sucessivos desfechos, derrotas
e vitórias, e que se inscreve na História da Cultura.
O resto é silêncio.
Joaquim Benite
Director do Festival de Almada
Participantes
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29.º Festival de Almada
André Albuquerque (Actor, membro do CENA - Sindicato dos Músicos, dos Profissionais
do Espectáculo e dos Audiovisuais)
António Pinto Ribeiro (Programador de Teatro da Fundação Gulbenkian)
Carlos Vargas (Presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II)
Daniel Oliveira (Jornalista)
Fernando Mora Ramos (Encenador, Director do Teatro da Rainha)
Joaquim Benite (Encenador, Director do Festival de Almada)
Jorge Silva Melo (Encenador, Director dos Artistas Unidos)
José Luís Ferreira (Director do São Luiz Teatro Municipal)
José Peixoto (Encenador, Director do Teatro dos Aloés)
Mark Deputter (Director do Maria Matos Teatro Municipal)
Tónan Quito (Actor, Encenador, membro do Grupo Truta)
Casa da Cerca
Centro de Arte Contemporânea
ALMADA
SÁB 7 10H30
ENCONTROS DA CERCA
O Teatro Ibero-Americano
e a crise que nos rodeia
Em colaboração com o Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis
N
esta época conturbada em que vivemos, na qual a conjuntura económica influencia fortemente todas as esferas da acção humana, o mundo da arte teatral
também se vê afectado, e obrigado a empreender alterações profundas que de
alguma forma mitiguem as consequências desta contingência.
Sempre se disse que o conceito de crise, qualquer que fosse a sua acepção, estava
ligado ao acto teatral: a crise de ideias, a crise de criatividade, a crise de estilos, a crise
de dramaturgias, a crise de financiamentos, etc. Mas actualmente estamos perante um
novo conceito: o da crise económica mundial, que está a provocar uma reorganização
das estruturas sociais, políticas, filosóficas e artísticas que rodeiam o universo teatral.
Por este motivo, parece-nos adequado e oportuno poder reflectir em conjunto com os
profissionais de teatro, para que possamos tomar consciência do momento histórico
que vivemos, tentando não só compreendê-lo, mas também partilhar opiniões e encontrar formas de combate.
Pepe Bablé
Director do Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis
Participantes
Carlos Gil (Espanha), Director da revista de teatro Artez
Luís Masci (Uruguai), Encenador
Manuel Sesma (Espanha), Crítico de teatro da revista Primer Acto
Margarita Borja (Espanha), Coordenadora do Encontro de Mulheres das Artes Cénicas
ALMADA
29.º Festival de Almada
SÁB 14 10H30
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Ibero-americanas, do Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis
Mario Rojas (Chile), Professor da Universidade Católica de Washington
Nelsy Echavez-Solano (Colômbia/Estados-Unidos), Professora da Universidade
St. John’s, Minesota
Osvaldo Obregón (Chile/França), Professor Honorário da Uni. Franche-Comté, investigador do teatro latino-americano
Pepe Bablé (Encenador, Director do Festival Ibero-americano de Teatro de Cádis)
Casa da Cerca
Centro de Arte Contemporânea
COLÓQUIOS NA ESPLANADA
C
umprindo uma das tradições do Festival, programámos um conjunto
de colóquios nos quais é dada a oportunidade ao público de contactar de perto com alguns dos criadores, portugueses e estrangeiros,
que participam nesta edição.
Peter Stein: uma fantasia de Fausto
Vera San Payo Lemos conversa com Peter Stein sobre o Fausto, de Goethe,
que o encenador apresenta numa versão em forma de recital.
SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - JARDIM DE INVERNO | QUI 5 18H30
Ricardo Pais: recriar o Mercador de Veneza
Ricardo Pais aborda a experiência de recriar em Almada o texto de Shakespeare que estreou em 2008 no Teatro Nacional São João, no Porto.
ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | SEX 6 18H00
A Fondazione Pontedera Teatro
Os encenadores Roberto Bacci e Anna Stigsgaard apresentam um dos mais
inovadores projectos teatrais italianos, sedeado na periferia de Florença.
ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | DOM 8 18H00
Encontro com Jorge Silva Melo e Elmano Sancho
O encenador e o intérprete de Herodíades, de Testori, conversam sobre a
criação deste polémico texto da dramaturgia italiana contemporânea.
ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | SEG 9 18H00
Yael Ronen: o teatro israelita contemporâneo
A encenadora israelita Yael Ronen situa os efeitos da apresentação de A
véspera do dia final no contexto do conflito israelo-árabe.
ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | QUA 11 18H00
Encontro com a Companhia Nacional de Bailado
A directora da CNB, Luísa Taveira, apresenta La valse/A sagração da Primavera, contextualizando o espectáculo no repertório da sua companhia.
ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | SEX 13 18H00
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29.º Festival de Almada
Encontro com François Chattot e Martine Schambacher
Os protagonistas do Espectáculo de Honra deste ano conversam sobre a
actualidade da divertida comédia política de Jean-Charles Massera.
ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | DOM 15 18H00
Os 20 anos do Teatro Meridional
Miguel Seabra e Natália Luiza, directores artísticos do Teatro Meridional,
fazem o balanço dos 20 anos de actividade desta companhia.
ESPLANADA DA ESCOLA D. ANTÓNIO DA COSTA | TER 17 18H00
MÚSICA NA ESPLANADA
Duo de canto e guitarra clássica
ara Carneiro (soprano) e Bruno Ribeiro (guitarra clássica) juntam-se
S
num recital para homenagear a música espanhola, apresentando
obras de compositores variados, como Manuel de Falla, Francisco Tárrega e Fernando Sor.
QUA 4 21H00
Gelsomina Menounquarto
ioletta e Virginia, com apenas um clarinete, um acordeão e as suas
V
vozes, prometem uma viagem ao sul de Itália, o seu país de origem.
Neste recital apresentarão tarantellas sicilianas e napolitanas, tanto vocais como instrumentais.
SÁB 7 21H00
Pálinka
edicado exclusivamente à apresentação de Danças Ciganas do munD
do, o grupo balcânico Pálinka apresenta uma performance temperada com um toque de romantismo que promete transportar o público para
um mundo fantástico e cheio de humor.
QUA 11 21H00
French swing café
ylvie C. (voz), Jorge Silva (piano e voz) e Gabriel Godoi (guitarra e voz)
S
prometem recriar o imaginário do Cabaret, com marcas latinas de
Tango, Bolero e Bossa-nova, reinventando-se com o swing dos anos 20,
30 ou 40 que evoca a idade de ouro do jazz.
s mexicanos Psappha ensemble de percussões (Fernando Correa,
O
Alejandro Inda, Edmund Lagner e Diego Rojas) vêm pela primeira
vez a Portugal apresentar um concerto invulgar em que, através dos instrumentos de percussão, nos transportam pelo Mundo, da Austrália aos
Estados-Unidos, da Sérvia ao México.
QUA 18 21H00
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Psappha ensemble de percussões
29.º Festival de Almada
SÁB 14 21H00
ACESSOS
HORÁRIOS DOS AUTOCARROS (TST)
Carreira 152 - Pç.ª de Espanha Pç.ª S. João Baptista
(Almada).
Partidas de Lisboa
Dias úteis
Entre as 06H30 e as 00H45.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 06H35 e as 00H45.
Partidas de Almada
Dias úteis
Entre as 07H30 e as 00H00.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 06H00 e as 00H00.
Pragal >> Lisboa
Dias úteis
Entre as 05H49 e as 00H59
Três últimos comboios às 22H59,
23H59 e 00H59.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 05H49 e as 00H09 com
intervalos de 30 minutos.
Setúbal >> Pragal
Dias úteis
Entre as 05H49 e as 00H18
Três últimos comboios às 22H18,
23H18 e 00H18.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 05H57 e as 22H57 com
intervalos de 30 minutos.
Carreira 160 - Pç.ª do Areeiro
Pç.ª S. João Baptista.
Pragal >> Setúbal
Partidas de Lisboa
Dias úteis
Dias úteis
Entre as 06H00 e as 01H45
Entre as 07H00 e as 21H40. Três últimos comboios às 00H15,
Sábados, domingos e feriados
01H00 e 01H45.
Entre as 07H00 e as 21H15.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 07H00 e as 01H00 com
Partidas de Almada
intervalos de 30 minutos.
Dias úteis
Entre as 06H00 e as 20H45.
Sábados, domingos e feriados
HORÁRIO DOS BARCOS
Entre as 06H15 e as 20H30.
(transtejo e softlusa)
Carreira 176 - Cidade
Universitária / Pç.ª S. João
Baptista.
Partidas de Lisboa
Dias úteis
Entre as 08H10 e as 20H00.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 15H00 e as 18H00.
Partidas Cais do Sodré
Dias úteis
Entre as 05H40 e as 01H40
Três últimos barcos às 00H20,
01H00 e 01H40.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 05H30 e as 01H40.
Partidas de Almada
Dias úteis
Entre as 06H45 e as 19H30.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 14H15 e as 17H15.
Partidas Cacilhas
Dias úteis
Entre as 05H20 e as 01H20
Três últimos barcos às 00H05,
00H40 e 01H20.
Sábados, domingos e feriados
Entre as 05H20 e as 01H20.
HORÁRIOS DOS COMBOIOS
(Fertagus)
Lisboa (Areeiro) >> Pragal
Dias úteis
Entre as 05H43 e as 01H28
Três últimos comboios
às 23H58, 00H43 e 01H28.
Sábados, domingos e feriados
entre as 06H43 e as 00H43
intervalos de 30 minutos.
HORÁRIO DO METRO
(MTS)
Horário de Verão
Dias úteis
Entre as 05H00 e as 01H47
Sábados, domingos e feriados
Entre as 05H00 e as 01H58.
Horário de Inverno
Todos os dias entre as 05H00
e as 02H04.
Contactos E GPS
ALMADA
Teatro Municipal de Almada | Av. Prof. Egas Moniz, Almada | 21 273 93 60 | www.ctalmada.pt
GPS Latitude 38.676238, Longitude -9.160173
Escola D. António da Costa | Av. Prof. Egas Moniz, Almada
GPS Latitude 38.677009, Longitude -9.159218
Fórum Romeu Correia | Praça da Liberdade, Almada | 21 272 49 20
GPS Latitude 38.678575, Longitude -9.157797
Casa da Cerca | Rua da Cerca, Almada | 21 272 49 50
GPS Latitude 38.405892, Longitude -9.93503
LISBOA
Teatro Nacional D. Maria II | Praça D. Pedro V, Lisboa | 21 325 08 00
GPS Latitude 38.714483, Longitude -9.139705
Centro Cultural de Belém | Praça do Império, Lisboa | 21 361 24 00
GPS Latitude 38.696396, Longitude -9.207428
Culturgest | Rua Arco do Cego, Lisboa | 21 790 51 55
GPS Latitude 38.741038, Longitude -9.143034
São Luiz Teatro Municipal | Rua António Maria Cardoso, 38, Lisboa | 21 325 76 40
GPS Latitude 38.709709, Longitude -9.142497
38
29.º Festival de Almada
Teatro Maria Matos | Av. Frei Miguel Contreiras, Lisboa | 21 843 88 00
GPS Latitude 38.745871, Longitude -9.138592
Teatro da Cornucópia | Rua Tenente Raúl Cascais, Lisboa | 21 396 15 15
GPS Latitude 38.71798, Longitude -9.154004
Largo de São Carlos (Teatro Nacional São Carlos)| Largo de São Carlos, Lisboa | 21 325 30 45
GPS Latitude 38.4235, Longitude -9.0830
Teatro da Politécnica | Rua da Escola Politécnica, 56, Lisboa | 21 391 67 50
GPS Latitude 38.43316, Longitude -9.9525
Institut Français de Portugal | Avenida Luís Bivar, 91, Lisboa | 21 311 14 00
GPS Latitude 38.44352, Longitude -9.85833
RESERVAS E ASSINATURAS
Assinatura para todos os espectáculos GERAL Assinatura para todos os espectáculos JOVEM Assinatura para todos os espectáculos CLUBE DE AMIGOS DO TMA
70€
45€
65€
A Assinatura do Festival de Almada dá direito à entrada em todos os espectáculos realizados no Palco Grande
da Escola D. António da Costa, na Sala Principal do Teatro Municipal de Almada e no Fórum Municipal
Romeu Correia, num dos dias programados para a respectiva apresentação. Nas salas de lotação reduzida,
no Teatro Nacional D. Maria II, na Culturgest, no Centro Cultural de Belém, no São Luiz Teatro Municipal e
no Maria Matos Teatro Municipal, o acesso livre dos detentores de títulos de Assinatura está dependente dos
lugares disponíveis.
ATENÇÃO: As reservas de lugares de Assinatura só são respeitadas até 48h antes do início do espectáculo.
ALMADA
Bilhete inteiro
Escola D. António da Costa - Palco Grande
A IDADE DE OURO HÁBITO DOIS DE NÓS Que fazer? (O regresso) A CONTROVÉRSIA DE VALLADOLID
20€
15€
15€ 20€ 15€ O MERCADOR DE VENEZA
La Valse | A Sagração da Primavera 15€
20€
15€
6€ a 17€ (a)
9€ a 17€ (b)
17,5€ a 20€
15€ (c)
12€ (d)
18€ (d)
15€ (e)
12€ (f)
10€ (g)
Teatro Municipal de Almada - Sala Principal
Fórum Romeu Correia
O Sr. Ibrahim e as Flores do Corão
(a) Descontos para jovens até 25 anos, séniores com mais de 65 anos, desempregados, grupos (mais de 15 pessoas), profissionais do
espectáculo, famílias, deficientes e associações de estudantes.
(b) Descontos para estudantes, para menores de 30 anos, maiores de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados e profissionais do espectáculo.
(c) Descontos para jovens até 30 anos, séniores com mais de 65 anos, pessoas com deficiência e acompanhante, desempregados,
profissionais do espectáculo, funcionários da CML e empresas municipais (extensível a acompanhante) e grupos (mais de 10 pessoas).
(d) Descontos para jovens até 30 anos, séniores com mais de 65 anos e profissionais do espectáculo.
(e) Descontos para jovens até 25 anos, séniores com mais de 65 anos e estudantes.
(f) Descontos para jovens até 25 anos e estudantes.
(g) Descontos para jovens até 25 anos, séniores com mais de 65 anos e grupos (mais de 10 pessoas), 4ª feiras: 5€.
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Teatro Nacional D. Maria II - Sala Garrett
São Luiz Teatro Municipal - Sala Principal
Centro Cultural de Belém - Grande Auditório
Maria Matos Teatro Municipal
Culturgest ENQUANTO VIVERMOS - Palco do Grande Auditório
MURMÚRIOS DOS MUROS - Grande Auditório
Teatro da Cornucópia Institut Français de Portugal Teatro da Politécnica 29.º Festival de Almada
LISBOA
Equipa do 29.º Festival de Almada
Director
Joaquim Benite
Directores-adjuntos
Rodrigo Francisco
Carlos Galvão (Coordenação da produção)
Director técnico
José Carlos Nascimento
Administração
Maria Laita e Susana Fernandes
Direcção de montagem
Guilherme Frazão
Cartaz
José Loureiro
Serviços Centrais
Ana Patrícia Santos e Cláudia Teles
Produção
Paulo Mendes
Comunicação e imprensa
Maria João Espadinha
Edições
Sarah Adamopoulos
Consultor artístico
André Gomes
Design
João Gaspar e Armando Vale
Exposições
Exposição de José Loureiro - Casa da Cerca
Coordenação:
Ana Isabel Ribeiro
Waiting for Godot - Galeria do TMA
Raija Malka
Homenagem a Cecília Guimarães
Concepção e design:
Armando Vale
CTA - 40 Anos de Teatro
Concepção: André Gomes
Design: João Gaspar
Exposição histórica do Festival
40
29.º Festival de Almada
Concepção e design:
Armando Vale
Legendagem
Alexander Gesner, David Pais,
Eduardo Brandão e Pedro Ferreira
Acolhimento
Miguel Martins, Pedro Walter,
Elena Polverosi e Glenda Balucani
Assinaturas e público
Ana Patrícia Santos, Cláudia Teles,
João Farraia, Miguel Martins e Pedro Walter
Equipa técnica central
Paulo Horta, António Antunes,
João Martins e Miguel Laureano (TMA)
Rui Simão e Tasso Adamopoulos (Palco Grande)
Vídeo e site
Cristina Antunes e Jorge Freire
Responsáveis técnicos
Guilherme Frazão (TMA)
Manuel Mendonça (Fórum Romeu Correia)
José Carlos Nascimento (TNDM II e Palco Grande)
Rui Marcelino (CCB)
Paulo Prata Ramos (Culturgest)
Hernâni Saúde (São Luiz Teatro Municipal)
Jorge Esteves (Teatro do Bairro Alto / Cornucópia)
José Rui (Maria Matos Teatro Municipal)
Dominique Le Gué (Institut Français de Portugal)
Francisco Vicente (Teatro Nacional de São Carlos)
Fotografia
Rui Carlos Mateus
Recepções
Teresa Gafeira e João Figueiredo Dias
Bilheteira
Sofia Bravo
Estagiários (Escola Secundária D. Pedro V)
Ana Catarina, Ana Fonseca, Bruno Miguel,
Carolina Girão, Cláudia Almeida, Fábio
Pinto, Gonçalo Bispo, Joana Henriques, Lara
Matos, Mariana Varela, Sara Monteiro, Tânia
Veloso e Tiago Filipe
Estagiários (Escola Secundária Anselmo de Andrade)
Abigail Vital, Ana Sousa, Bruno Alvarez,
Cláudia Garcia, Edivânia Santos, Estela
Zambujo, Guilherme Rosa e Joana Francisco