Aspectos Políticos - Prefeitura Municipal de Água Branca

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Aspectos Políticos - Prefeitura Municipal de Água Branca
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Anexos
Fontes de Pesquisa

Comunidades

IBGE

Segunda Edição do Livro História de Alagoas

Livro: Terra de Alagoas – AD. Marroquim.
Editora MAGLIONE E STRINI – SUCC. E. LOESCHER – ano 1922

Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto
Fotografias: Edgar Gomes
Zé do Foto (foto silva)
Digitação: Agostinho Teixeira Lima
Correção: Profª Zilda Lima da Silva Feitosa
Profª Vitória Eloise Dantas e Silva Tavares
Revisão: Doutora Quitéria Bezerra de Mello
Cultura a gente vê por aqui.
A PALAVRA É
Edvaldo de Araujo Feitosa.
 Oriundos: Originários, de origem.
 Freguesia: Povoação do ponto de vista Eclesiástico.
 Província: Divisão territorial
 Outrora: Em tempos passados
 Emanente: Que originou-se de.
 Enaltecer: Elevar
 Ressurgir: Tornar a surgir, reaparecer
 Paira: (o verbo pairar): estar ou ficar no alto
 Hidrografia: Conjunto de fontes naturais, rios e seus afluentes.
 Latitude: Ângulo que faz com o plano do equador terrestre o raio que passa por
determinada localidade.
 Longitude: Arco do Equador terrestre que passa entre o meridiano e o observatório de
GREENWICH
 Aderesso: Ornamento, enfeite.
 Tupi-Guarani: Línguas faladas por povos indígenas Brasileiros.
 CO YUY ORE RETOMA - palavras em tupi-guarani que significa:
“ESSA TERRA É NOSSA”
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Biografia do Autor
NOME: Edvaldo de Araújo Feitosa, brasileiro, casado, nascido no dia 04 de
setembro de 1952, na cidade de Água Branca Estado de Alagoas

Iniciei os meus estudos no ano de 1962 no Grupo Escolar “Domingos
Moeda”, vindo a concluir o 1º Grau no Colégio Cenecista Barão de Água Branca,
no ano de 1969.

Após esse período, ingressei na Escola Agrotécnica Federal de Satuba,
Alagoas, onde conclui o curso Técnico em Agricultura, no ano de 1972.

Em março de 1973, através de estágio, consegui fazer parte do quadro efetivo dos funcionários da
Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), lotado na Diretoria de Construção, Laboratório
Central de Engenharia Civil / Centro Tecnológico de Obras e Gerações (CTOG).

Em dezembro de 1982, fui diplomado Técnico em Edificações pela Secretaria de Educação do
Estado de Pernambuco. Fiz vários cursos profissionalizantes, estágios realizados na CESP – Centrais
Elétricas de São Paulo, COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento,
Companhia de Cimento Atol, além de cursos ministrados pelo Departamento de Recursos Humanos da
CHESF.

Em 1984, fui diplomado pela Universidade do Estado da Bahia. (UNEB), no curso de Licenciatura
em Técnicas Agrícolas.

A minha vida profissional dediquei com muito orgulho a Companhia Hidroelétrica do São
Francisco ( CHESF) onde trabalhei durante 25 anos, contribuindo assim para o desenvolvimento do
país.
Hoje estou aposentado.

Ocupei o cargo de Diretor de Cultura, na Secretaria Municipal de Educação Cultura e Desporto de
Água Branca, onde criei novas perspectivas sócio-culturais.
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Dedicatória
Com muito amor dedico este trabalho aos meus filhos: Elaine Cristina da Silva Feitosa, Edewaldo
da Silva Feitosa, Edílson da Silva Feitosa, Eduardo da Silva Feitosa.
A minha esposa: Profª - Zilda Lima da Silva Feitosa, e ao povo em geral, na esperança de ter
contribuído para o desenvolvimento cultural deste município.
Sumário

Capítulo 1 – Aspectos Históricos.

Capítulo 2 – Aspectos Políticos.

Capítulo 3 – Aspectos Religiosos.

Capítulo 4 – Aspectos Folclóricos e Culturais.

Capítulo 5 – Aspectos Geográficos.

Capítulo 6 – Aspectos Econômicos.

Capítulo 7 – Anexos.
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Aspectos Históricos
A cidade de Água Branca está localizada na região Nordeste, na micro-região do Sertão Alagoano,
com uma altitude de 550 metros acima do nível do mar. Possui 195 localidades e abrange uma área de
456,7 Km². Estima-se sua população em cerca de 20.000 habitantes. O nome Água Branca, originou-se
de um conjunto de fontes naturais com límpidas águas existentes na região. Foi denominada Mata
Pequena, Matinha de Água Branca, e por último, “Água Branca”.
Os primeiros desbravadores dessas terras foram membros da família Vieira Sandes, oriundos de
Itiúba, pequeno povoado próximo a Porto Real do Colégio, em Alagoas. Atraídos pelas riquezas da
região, pastagens e fertilidades do solo, o capitão Faustino Vieira Sandes (desbravador do município)
com seus irmãos, José Vieira Sandes e João Vieira Sandes arrendaram grande quantidade de terra aos
sesmeiros e começaram a explorar a região. Em 1770 foi construída a primeira Igreja em plena mata,
pelo Major Francisco Casado de Melo, eqüidistante de três núcleos de povoamento: Várzea do Pico,
Olaria e Boqueirão, atualmente denominada Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Em 1º de junho de
1864, foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição, subordinada à Diocese de Penedo pela Lei
nº 413. Até o século XVII, o território de Água Branca pertencia a Paulo Afonso ( Província
de Alagoas) conhecida pela denominação de Mata Grande da qual constituiu-se por muito tempo um
distrito judiciário. À sesmaria de Paulo Afonso conhecida por Mata Grande, pertencia também o
território do município de Piranhas, e hoje os atuais municípios de Delmiro Gouveia, Olho D’água
do Casado e Pariconha.
Em 24 de abril de 1875, o povoado foi emancipado e instituído a Vila de
Água Branca. Por divergências políticas, a Várzea do Pico, onde se realizava as grandes feiras de
gado, foi chamada Vila do Capiá e em 1893 passou a ser sede da vila de Água Branca. Em 1º de junho
- 10 de 1895 a sede passou definitivamente à Vila de Água Branca. Somente em 02 de junho de 1919,
através da Lei nº 805, a vila passa a categoria de cidade de Água Branca.
Paulo Afonso, conhecida por Mata Grande, originou-se de uma pequena povoação sobre a serra do
mesmo nome, pertencente naquela época a circunscrição
territorial de Penedo.
Com a criação
Paulo Afonso
do município de Traipú em 1835,
passou a jurisprudência desse novo
município vindo a desmembrar-se em março de 1837 em
virtude
da Lei provincial
nº 18, que ao mesmo
tempo
a vila. Em
1846 a Lei
nº 43 de 04 de maio suprimiu a vila, vindo esta a ser restaurada e
Usinaelevou
de Anjiquinho,
inaugurada
em 1913
instalada em 28 de junho de 1852 pela Lei nº 197, ocorrido em 27 de setembro do mesmo ano. Já em
05 de junho de 1902 através da Lei nº 328 a vila de Paulo Afonso passou a categoria de cidade.
Com a evolução dos municípios do Estado de Alagoas, que teve inicio no ano de 1636,
desencadeou-se o processo de independência de vários municípios alagoanos e dentre eles os atuais
municípios de Mata Grande, Água Branca, Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho D’água do Casado e
Pariconha.
Piranhas – Origem do nome. Quando as famílias Alves e Feitosa, data do século XVIII,
começaram a desenvolver a região, o lugar era conhecido pela denominação “Tapera”. Um certo dia
um homem pescou uma piranha num riacho
denominado “riacho das piranhas” ao chegar em
casa o pescador percebeu que tinha esquecido seu
cutelo (faca) e voltando-se para seu filho disselhe: “vai ao porto da piranha e traga meu cutelo”.
Com a propagação dessa história a pequena vila de
pescadores passou a ser denominada “Piranhas”.
Em 20 de julho de 1885, foi criada a freguesia
de Piranhas, sob a invocação de Nossa Senhora da
Saúde, pela Lei provincial nº 964. Em 03 de
junho de 1887, através da Lei nº 966, foi elevada
a categoria de vila de Piranhas, desmembrando-se
de Pão de Açúcar (Emancipação Política).
Cidade de Piranhas - AL
- 11 Em 16 de abril de 1891, por ato do governo Estadual, passou a ter fórum civil passando a se chamar
Marechal Floriano Peixoto. Em 1949, voltou a se chamar de “Piranhas”, definitivamente.
Igreja Nossa Senhora da Saúde
Delmiro Gouveia -
O primeiro nome dado à cidade de Delmiro Gouveia foi Pedra e o povoado se
constituiu a partir de uma estação da estrada de ferro da
então Gret-Western. A denominação Pedra veio de
grandes rochas que existiam junto da estação.
Em 1903 chegou a região, vindo de Recife - Pe, o
cearense Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que se
estabeleceu vendendo couros de bovinos e peles de
caprinos.
Em 1914 ele instalou uma fábrica de linha com o
Antiga estação ferroviária da Pedra
nome de Companhia Agro Fabril Mercantil. Em 1921,
Delmiro Gouveia conseguiu dotar o lugar de energia e
água canalizada, vindo da cachoeira de Paulo Afonso. Em homenagem a este grande empreendedor, a
vila operária recebeu o nome de Pedra, a “Pedra de Delmiro Gouveia” que passou a ser distrito
através do decreto Lei nº 846 de 01 de novembro de 1938 da Intervenção Federal.
Em 30 de dezembro de 1943, através do decreto Lei nº 2902 que fixou a divisão administrativa e
judiciária do Estado, a denominação vila, mudou e passou a se chamar Delmiro Gouveia.
Porém o município só foi criado e emancipado em 16 de junho de 1952, pela Lei nº 1623,
desmembrou-se de Água Branca.
Na época, Arnon de Mello, que era governador do Estado de Alagoas, sancionou a Lei nº 1628 que
nos seus artigos estabelece:

Artigo 1º - Fica elevado à categoria de
município, com os seus limites atuais e com a
denominação de Delmiro Gouveia, o atual
distrito de Delmiro, do Município de Água
Branca.
- 12 
Artigo 2º - A sede do município será a atual vila de Delmiro que passará a categoria de cidade
com o nome de Delmiro Gouveia.

Artigo 3º - O Município de Delmiro
Gouveia será termo judiciário da comarca de
Fábrica da Pedra – Delmiro Gouveia
Inaugurada em 5 de junho de 1914
Água Branca, até que a lei dê cumprimento ao
disposto no artigo 69, da Constituição do Estado.

Artigo 4º - Esta Lei entrará em vigor a 01 de janeiro de 1954.

Artigo 5º - Revogam-se as disposições em contrário.
Olho D’água do Casado – O nome “Olho
D’água” originou-se de várias nascentes de água
existentes na região. Do “Casado“ em homenagem
ao fazendeiro José de Melo Casado. O lugarejo
possuía poucos habitantes. No entanto, antes de sua
Emancipação Política passou por duas fases que
foram a de povoado e posteriormente a de vila. O
aumento gradativo da população, o progresso na
agricultura, o apoio político e social fêz com que uma
Igreja de São José – Olho D’água do Casado
comissão de moradores da referida vila, fossem a
Maceió, capital do Estado de Alagoas, participar de uma audiência com o Marjor Luiz Cavalcante que
na época era governo do Estado. Essa audiência resultou na publicação do decreto Lei nº 2459 de 22 de
agosto de 1962 que elevou a vila a categoria de cidade. Esta localidade pertenceu a Piranhas e só veio a
ser emancipada no dia 21 de setembro de 1962.
Pariconha – A povoação do município de Pariconha, teve inicio no século XIX, com as famílias
Teodósio, Vieira, Viana e Félix, que se estabeleceram com a
agricultura e pecuária, principalmente com a criação de pequenos
animais. Fixando-se numa localidade denominada Caraibeiras dos
“Teodósios”, às margens do rio Moxotó, a família Teodósios até hoje
tem lá seus descendentes. Já o restante das famílias colonizadoras da
região se estabeleceram no local onde hoje está a sede do município.
Em 01 de maio de 1962 através da Lei 2240 foi criado o distrito
judiciário e o Cartório de Registro Civil de Pariconha. Em 05 de
outubro de 1989 através da
Constituição Estadual ouve o
Igreja Matriz - Pariconha
que pertencia a Água Branca. Somente em 01 de Janeiro de 1993, o povoado de Pariconha se instala
definitivamente na condição de cidade.
- 13 desmembramento (Emancipação Política) do povoado de Pariconha

Principais Figuras Históricas de Água Branca

Capitão Faustino Vieira Sandes (desbravador do município)

Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca)

Teotônio de Siqueira Torres (Pai do Barão)

Gertrudes Vieira Sandes (Mãe do Barão)

Joaquina Vieira Sandes (Primeira Esposa)

Joana Vieira Sandes (Segunda Esposa)
Dentre as figuras citadas destacou-se o Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de
Água Branca).
Foi um homem determinado, grande latifundiário, construtor de
grandes obras e voltado ao progresso.
Pernambucano, nasceu no dia 08 de dezembro de 1808, em um
pequeno povoado denominado Cimbres, no Estado de Pernambuco,
chegando a falecer no dia 29 de janeiro de 1878. Nesse período, casouse duas vezes. A primeira vez com a Srª Joaquina Vieira Sandes com
quem teve três filhos: Severino Pompeu de Siqueira Torres,
Minervina de Siqueira Torres, Joana de Siqueira Torres,
e a
segunda vez com a Srª Joana Vieira Sandes (Baronesa de Água Branca)
com quem teve oito filhos:
Barão de Água Branca
Cícero Joaquim de Siqueira Torres,
Joaquim Antônio de Siqueira Torres, Miguel de Siqueira Torres,
- 14 Manoel
de Siqueira Torres, Antônio de Siqueira
Torres, Alexandre de Siqueira Torres, Luiz de
Siqueira Torres, Brandina de Siqueira Torres.
Casa de nº 01, situada à rua Barão de Água Branca onde residiu o Capitão-Mor Joaquim Antônio de
Siqueira Torres (Barão de Água Branca).
O Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres, recebeu do Papa Leão XIII, a comenda de São
Gregório por ter construído no ano de 1871, com recursos próprios, a Igreja Matriz de Nossa Senhora
da Conceição, um dos mas belos templos do Estado de Alagoas e ter ordenado a padre dois filhos: Pe.
Cícero de Siqueira Torres e Joaquim Antônio de Siqueira Torres. Recebeu também do imperador D.
Pedro II o título honorifico de Barão de Água Branca.
Casa do Barão de Água Branca
Construída em 1860
Saqueada por lampião e seu bando
Preocupado com a educação dos filhos , formou em
Direito o Bacharel Miguel Archanjo de Siqueira Torres,
que exerceu o cargo de Juiz de Direito desta Comarca, o Engenheiro Agrônomo Antônio Vieira Torres,
que foi Coletor Federal no município e o Engenheiro Luiz de Siqueira Torres, que exerceu mandatos de
senador e vice-governador do Estado de Alagoas.

Centro Histórico
O Centro histórico da cidade é
representado pelas Igrejas, Casarios,
Casa do Barão de Água Branca, Praça
de Nossa Senhora do Rosário, Praça da
Matriz e Praça Fernandes Lima. Este
conjunto arquitetônico é um dos maiores
atrativos. Além da beleza é realmente uma
grande obra de arte. Pois possui na sua
Centro Histórico
- 15 arquitetura o estilo Barroco e Colonial
Existe a Lei municipal nº 447/71 de 18 de abril de 2001, que dispõe sobre o Tombamento
Municipal do Centro Histórico, Seus Entornos, Seus Monumentos Históricos e Ecológicos,
publicada e registrada na Secretaria Municipal de Administração e Finanças da Prefeitura Municipal
de Água Branca.
O Artigo 3º desta Lei diz que os bens do patrimônio público e particular situados nos limites da
área tombada, ficam sujeitos, no pertinente a seu uso gozo, às normas que dispõe sua manutenção e
preservação do patrimônio Histórico e Artístico
estabelecidas nas legislações Estadual e Federal
especificadas, bem como a preservação da Lei municipal nº 388/96 de 15 de agosto de 1996.
O artigo 4º desta lei diz que os Projetos de restauração e reforma de edificações considerados de
valor histórico e artísticos, bem como os daqueles não classificados, observarão as diretrizes
estabelecidas nesta Lei.
 Personalidades
Não seria para menos. Na terra de Barão e Baronesa, surgiram inúmeras personalidades de caráter
político, econômico e social. Dentre elas destacamos algumas:

América Fernandes Torres. (in memoriam), Na época foi a primeira mulher que pleiteou o
Poder Executivo deste município, quebrando assim os preconceitos administrativos e políticos.
Pessoa de caráter e temperamento forte, na condição de Prefeita eleita pelo povo (31-01-1966 à
31-01-1970), mantinha bons relacionamentos com os políticos do Estado, criando assim novas
perspectivas para o desenvolvimento local. Somos sabedores que além de prefeita ela era:
Professora, Educadora, Conselheira, Advogada, Delegada e Política.

Ulisses Vieira de Araújo Luna (in memoriam), grande latifundiário, fazendeiro, coronel e
Senador. Foi chefe político deste município por um período ininterrupto de 14 anos. Recebeu no
mês de novembro de 1902 em sua residência situada na Fazenda
Cobra, o grande empreendedor “Delmiro Gouveia”. Em março de
1903 Delmiro Gouveia, fixa residência em Pedra povoado
pertencente ao município de Água Branca.
 Doutora Quitéria Bezerra de Mello – Pessoa ilustre, de
caráter religioso, atuante, médica, que no exercício da sua
profissão assistiu a três gerações totalizando assim quatro décadas
- 16 de serviços prestados a comunidade. É a “Mãe dos Aflitos”... Assim dizem algumas pessoas.
Como professora, contribuiu para a formação intelectual de jovens e cidadãos aguabranquenses
durante 33 anos. Entre outras homenagens recebeu o título de Honra ao Mérito, concedido pela
Câmara Municipal de Vereadores desta Cidade. Filha do Sr. Lourenço Bezerra de Mello e da Srª
Josepha Bezerra de Mello, nasceu no dia 19 de dezembro de 1927.

Símbolos do Município de Água Branca
A Lei nº 251/79, de 21 de novembro de 1979, dispõe a forma e a apresentação dos símbolos do
município de Água Branca e da outras providências. São símbolos do município:

O Brasão Municipal

A Bandeira Municipal

O Hino Municipal.
O artigo 2º - desta Lei diz que consideram-se padrões dos símbolos do município de Água Branca,
os exemplares confeccionados nos termos e dispositivos da presente Lei.
 Bandeira do Município de Água Branca - De conformidade com a tradição da Heráldica
Portuguesa, da qual herdamos os cânunos e regras,
a vexiologia municipal poderá ostentar bandeiras
oitavadas, sextavadas, esquarteladas ou terciadas,
tendo por cores as mesmas constantes do campo do
escudo e ostentado no centro o na talha uma figura
geométrica onde o brasão municipal é aplicado.
Artigo 6º - A Bandeira Municipal de Água
Branca, será esquartelada em cruz, sendo os
quartis de azul, constituídos por faixas amarelas de dois módulos de largura, carregadas de sobre
faixas vermelhas de um módulo, dispostas duas a duas no sentido horizontal e vertical
entrecruzando-se ao centro, tendo neste ponto, brocante, um losango amarelo de oito módulos de
comprimento por seis módulos de altura onde o brasão municipal é aplicado.
∫ 2º - A Bandeira Municipal de Água Branca, obedece a esta regra geral sendo por opção:

Esquartelada em cruz – Este símbolo lembra o espírito do seu povo.

O Brasão aplicado na bandeira – Representa o governo municipal.

O losango amarelo – Representa a própria cidade sede do município.
- 17 
A cor amarela – É o símbolo da glória, esplendor, grandeza, riqueza e soberania.

As faixas amarelas carregadas de sobre faixas vermelhas – Representa a irradiação do poder
municipal que se expande a todos os quadrantes de seu território.

A cor vermelha - É símbolo de dedicação, amor pátrio, audácia, intrepidez, coragem, valentia.

Os quartis de azul – Representa as propriedades rurais existentes no território municipal.

A cor azul – É símbolo de justiça, nobreza, perseverança, zelo e lealdade.
Artigo 10º - A Bandeira Municipal deve-se hastear sol a sol, sendo permitido o seu uso a noite, uma
vez que se encontre convenientemente iluminada. Normalmente far-se-á o hasteamento às 8:00 horas e
o descerramento às 18:00 horas.
∫ 1º - Quando a Bandeira Municipal é hasteada em conjunto com a Bandeira Nacional estará
disposta a esquerda desta; sendo que se a Bandeira Estadual for também hasteada, ficará a nacional ao
centro, ladeada pela municipal a esquerda e a estadual a direita, colocando-se a nacional em plano
superior as demais.
Artigo 13º - Nos desfiles a Bandeira Municipal contará com uma guarda de honra composta por
seis pessoas. Sendo: Uma porta bandeira.
Hino de Água Branca
(não oficial, aguardando porém, o parecer da comissão julgadora de concurso da
letra do Hino de Água Branca, através da Câmara Municipal de Vereadores)
Letra / autor: Edvaldo de Araujo Feitosa
Abril de 2004
Água Branca /
De cantos e encantos /
Que ressurge ao florir /
Das Manhãs /
Deste solo /
És filha formosa /
Grande serra /
Entre serras irmãs /
Terra de Barão e Baronesa /
De doutores / encantos mil /
A cultura, deste povo, enaltece /
A liberdade / de um povo que diz /
Tu Água Branca formosa /
Religiosa / encantos mil /
Salve, ó terra, vitoriosa /
Salve a terra de Água Branca /
Barão de Água Branca
Bandeira Municipal - Água Branca
- 18 Os teus filhos / conduzem a paz /
A bandeira / este hino a seguir /
Hoje paira a esperança em nós /
O futuro / de um povo que diz
Tu Água Branca formosa /
Religiosa / encantos mil /
Salve, ó terra, vitoriosa /
Salve a terra de Água Branca.
Termos da Escritura de Venda e Compra de um escravo pertencente ao Barão de Água Branca,
Extraídos da 2ª Edição do Livro: História de Alagoas.
Autora: Isabel Loureiro de Albuquerque.
- Cartório de Água Branca, livro nº 13 – Folhas 28 a 29.
Maria de Fátima Dantas – Tabelião / Designado.
Escritura pública de venda e compra que faz o Excelentíssimo Senhor Barão de Água Branca
de um escravo chamado Venâncio ao Senhor Manoel Francisco de Sousa Lima, como tudo abaixo se
declara.
SAIBAM quantos este público instrumento de escritura pública de venda e compra virem, do
Escravo Venâncio, que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de Mil oitocentos e
oitenta e três aos quatorze dias do mês de setembro do oito ano, nesta vila de Água Branca, Termo da
Comarca de Paulo Afonso, província de Alagoas, em meu cartório compareceu O Excelentíssimo
Senhor Barão de Água Branca, como Vendedor e do outro lado O Comprador Manoel Francisco
de Souza Lima, pessoas de meu conhecimento e das testemunhas abaixo assinadas de serem os
próprios dou a minha fé, aí presentes as mesmas testemunhas pelo Excelentíssimo Senhor Barão de
Água Branca, foi dito que era Senhor e Possuidor de um escravo de nome Venâncio, Mulato com
vinte e dois anos, matriculado a folha
um do livro competente em doze de agosto de mil
oitocentos e noventa e nove havido por compra a dona Áuria Maria de Mello, cujo escravo está
livre e desembargado de qualquer gênero, penhora e hipoteca, de sua livre e espontânea vontade e sem
constrangimento algum sendo como de fato vendido tenho de hoje para sempre ao Senhor Manoel
Francisco de Sousa Lima, pelo preço justo certo e contratado de trezentos mil reis, cuja quantia
apresentada pelo comprador em moeda corrente do império, sendo pelo mesmo contada em minha
presença e das testemunhas já aludidas, dessa quantia certa sem faltar um reis do que dou fé, e desde já
- 19 transfiro para o comprador todo o domínio e ação que em dito escravo tinha, e que pela presente dava
plena e geral quitação da obrigação a todo e qualquer tempo tenho por firme e valiosa e a defendê-lo
quando chamado a autoridade pelo comprador foi dito que aceitava esta escritura de compra e venda
quitação e obrigação logo me apresentou o conhecimento de toda escritura exercício de mil oitocentos
e oitenta e três a mil oitocentos e oitenta e quatro. Número cento e quarenta e oito mil e trinta reis, fica
encarregado ao atual agente Manoel Felipe Oliveira pela quantia de mil réis que pagou.
Manoel Francisco de Sousa Lima proveniente da cica do escravo Venâncio mulato, solteiro que
comprou ao Barão de Água Branca e para constar se lhe apresentou o conhecimento assinado por mim
agente efetivo a agência de vendas de Paulo Afonso, em julho de mil oitocentos e oitenta e três. O
agente Manoel Felipe de Oliveira.. Eu tabelião como pessoa pública, escrevi o presente, a quem
assistiu as testemunhas presenciais Tenente Miguel Arcanjo Bezerra e Joaquim de Souza Borja
que assinarão com o vendedor e o comprador, do que de tudo dou fé. Eu, José Lino das Virgens,
Tabelião Público, assinei com o sinal público que uso. Em testamento de verdade. Sinal da Verdade.
José Lino das Virgens. Barão de Água Branca. Manoel Francisco de Sousa Lima. Joaquim de
Souza Borja. Miguel Arcanjo Bezerra. Está conforme o original, dou fé. Eu Vanúsia Dantas e Silva
escrevente juramentada, extrair a presente. E eu Maria de Fátima Lima Dantas, Tabelião designado,
conferi, subscrevo, dato e assino em público e rubrico.
Água Branca 25 de setembro de 1989
Em testamento da verdade
Maria de Fátima Lima Dantas
Tabelião Designado
2ª Edição do Livro: História de Alagoas.
Autora: Isabel Loureiro de Albuquerque
- 20 -
De Volta a Água Branca
Letra / Autor: Edvaldo de Araujo Feitosa
Abril de 2004
Água Branca, querida
Terra de muito valor
Igreja do Rosário
A Matriz também consagrou
Faz tempo que não te vejo
Vim matar meu desejo
Passear é minha sina
Ai que saudade de ti. (bis)
Lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá.
Lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá
Água Branca, querida
Terra de muito valor
Igreja do Rosário
Á Matriz também consagrou
Faz tempo que não te vejo
Vim matar meu desejo
E nesse vai e vem
Ai que saudade de ti (bis)
Os casarios da cidade
Também tem muito valor
Arquitetura barroca
Aqui se fez com amor
Faz tempo que não te vejo
Vim matar meu desejo
E nesse vai e vem
Ai que saudade de ti. (bis)
Recanto São Francisco
Nunca mais eu te vi
Fonte do Maneca
Água Branca em ti
Faz tempo que não te vejo
Vi matar meu desejo
Passear é minha sina
Ai que saudade de ti (bis)
Arte Popular
Aqui tem, sim senhor
Panelas de barro
Hoje, sim tem valor
Faz tempo que não te vejo
Vim matar meu desejo
Campo Verde é o caminho
Ai que saudade de ti (bis)
Serra das Viúvas
O nome, Deus consagrou
Chapéu de palha e cipó
Aqui tem preço e valor
Faz tempo que não te vejo
Vim matar meu desejo
Água Branca é o destino
Ai que saudade de ti. (bis)
Mestre Deca dos Santos
O São Gonçalo fundou
Walmir Fonseca de Souza
Santa Cecília abraçou
Faz tempo que não te vejo
-6Vim matar meu desejo
Passear é minha sina
Ai que saudade de ti. (bis)
7
Aspectos Políticos
O Município de Água Branca possui uma população de 19.207 habitantes, onde 4.492 vivem na
zona urbana e 14.715 vivem na zona rural (dados do IBGE, no senso do ano 2000) em termos gerais
9.537 desta população são homens e 9.670 são mulheres desse total 12.076 são eleitores, dados da
ultima eleição municipal.
Como os municípios brasileiros foram criados por lei, existe em nosso povo a consciência de que:

Os municípios representam as democracias mais antigas.

A autonomia e personalidades dos municípios devem ser mantidas e protegidas para o bem de
toda nação. Nesse contexto a Constituição Federal estabelece que a autonomia dos municípios será
segurada:

Pela eleição do Prefeito e dos Vereadores.

Pela administração própria, no que concerne seu peculiar interesse e especialmente à decretação
e arrecadação dos tributos de sua competência e à aplicação de suas rendas assim como a
organização dos serviços públicos locais.
Em nosso país, a sede do município tem categoria de cidade e da o nome a toda região abrangida
pelos municípios. Isso quer dizer que no Brasil não há mais vilas municipais. Todo município é cidade
embora o título de cidade caiba apenas ao povoado onde fica a sede da administração.
Nos demais municípios assim como o município de Água Branca existe: O Poder Executivo e o
Poder Legislativo
 Poder Executivo - Exercido Pelo Prefeito Municipal e compreende:

Uma organização de chefia, formada pelo Gabinete do Prefeito

Um serviço de administração do pessoal, isto é: corpo de funcionários municipais

Um serviço de administração financeira que cuida da arrecadação de impostos e dos serviços de
contabilidade.
8

Vários serviços externos que cuidam: da Saúde Pública, da Educação Cultura e Desporto, da
Segurança Pública (Guardas Municipais), das Obras Públicas (construção e conservação de estradas)
da Limpeza Pública e Serviços Diversos (eletricidade, matadouro, cemitério, transportes coletivos)
do Planejamento de Obras e iniciativas que venham a beneficiar o município.

Prefeito Municipal -
O Prefeito Municipal é o chefe do poder executivo e representante do
município. A sua escolha bem como a do vice-prefeito e vereadores e
feita através de votação direta.
Nos arquivos da Prefeitura deste Município consta que Água Branca
só passou a ser cidade no ano de 1919. Até então era considerada vila.
Entre 1919 e 1926 existe um intervalo de 7 anos, não temos certeza de
quem administrou esse período. De 1926 a 1929, a cidade de Água
Branca foi administrada por Dr. Miguel Torres Filho.
 Relação dos Prefeitos que administraram o município
de Água Branca.
Prefeitura Municipal
Ordem
1º
2º
3º
4º
5º
6º
7º
8º
9º
10º
11º
12º
13º
14º
15º
16º
17º
18º
19º
Nome
Período
Miguel Torres Filho
01-01-1926 à 31-12-1929
José Correia de Figueiredo
01-01-1930 à 31-12-1933
Linduarte Batista Vilar
01-01-1934 à 31-12-1937
Miguel Torres Filho (interventor)
01-01-1938 à 31-12-1945
Mario Fernandes Torres (substituto)
01-01-1946 à 31-12-1947
Mario Fernandes Torres (eleito)
01-01-1948 à 31-12-1950
Dr. Antenor Correia Cerpa
01-01-1951 à 31-12-1954
Linduarte Batista Vilar
01-01-1955 à 28-02-1955
Hercílio Gomes Correia (Assassinado)
01-03-1955 à 31-12-1955
Gilberto Batista Vilar (Assassinado)
01-01-1956 à 11-05-1956
André F.de Barros (Pres. da Câmara Municipal) 01-06-1956 à 07-12-1956
Cícero de Siqueira Torres
08-12-1956 à 02-03-1959
Pedro José dos Santos
03-03-1959 à 31-01-1961
Roberto Vilar Torres
31-01-1961 à 30-01-1966
América Fernandes Torres
31-01-1966 à 31-01-1970
Luiz Xavier de Sá
31-01-1970 à 30-01-1973
Roberto Vilar Torres
31-01-1973 à 30-01-1977
José Pereira de Sá
31-01-1977 à 31-01-1983
Antônio Batista de Oliveira
01-02-1983 à 31-01-1988
9
20º
21º
22º
23º

Wilson Vilar Torres
Luiz Xavier de Sá
José Rodrigues Gomes
José Rodrigues Gomes
01-01-1989
01-01-1993
01-01-1997
01-01-2001
à
à
à
à
31-12-1992
31-12-1996
31-12-2000
31-12-2004
Ao Prefeito Municipal compete as seguintes tarefas:

Administrar os negócios do município, executando (daí o nome do Poder Executivo), as
decisões da câmara de vereadores.

Representar o município nos atos solenes, nos de administração pública e nos que se realiza
perante a justiça.

Preparar proposta do orçamento anual (a ser apreciada e votada pela Câmara de Vereadores).

Determinar os pagamentos de despesas.

Admitir e demitir funcionários.

Dirigir todos os serviços externos diretamente ou através de secretários e adjuntos.

Aplicar os subsídios e verbas de representação para o desenvolvimento do município.
10

Vice-Prefeito – O Vice Prefeito substitui o Prefeito nos impedimentos e na falta. O mandato de
cada um deles e de quatro anos consecutivos
Nome
Partido

Nome
Partido
Câmara Municipal de Vereadores – A Câmara Municipal de
vereadores representa o Poder Legislativo. É uma assembléia que tem
por objetivo verear os negócios municipais, isto é: reger, administrar ou
governar tudo aquilo que se diz respeito ao município. Por isso compete a essa assembléia:

Elaborar as Leis municipais que disponham sobre impostos, taxas, construções, compromissos e
mais assuntos de interesse local.

Votar o orçamento anual de receita e despesa do município.

Fiscalizar, aprovando ou rejeitando as contas do prefeito

Controlar atividades do prefeito e de seus auxiliares
A câmara municipal de vereadores é formada por um certo número de cidadãos
Câmara de Vereadores
(Vereadores), eleito pelo povo, o que quer dizer que agem como representantes de
todos os habitantes do município. Sabemos que o número de vereadores varia de
acordo com o número de habitantes de cada município. No município de Água Branca a Câmara
Municipal é composta por 11 Vereadores.

Eis os vereadores que representaram o município de Água Branca na 1ª e 2ª Mandato do
Prefeito José Rodrigues Gomes: (Zé de Dorinha)
11
Cícero José dos Santos
Erivaldo Soares dos Santos
José Carlos Vieira
José Paulo do Santos
José Heráclito L. S. de Melo (presidente)
José Jocelmo de A. Freire
Lourival Gomes Correia
Maria de Fátima Cavalcante Bezerra
Maria Helena Barroso de Sousa
Pedro Bezerra da Silva
Pedro Barros Freire
PSB
PSB
PSB
PTB
PSB
PSB
PSB
PT
PTB
PSB
PSB
Arlindo Crispim de Andrade
Antônio Bernardo dos Santos
Carlos Alberto Lima Nóia
Fernando José Bezerra da Silva
José Carlos Vieira (presidente)
José Paulo dos Santos
José Jocelmo de A. Freire
Lorival Manoel da Silva
Marleide do Nascimento Cordeiro
Pedro Barros Freire
Tânia Maria B. Vieira Costa
Primeiro Mandato

PSDB
PMN
PMDB
PP
PRP
PMN
PMDB
PMDB
PP
PMDB
PMDB
Segundo Mandato
Voto - Caríssimos leitores e eleitores. O voto é o poder que o eleitor tem para eleger os seus
representantes. Saibam que o voto é: livre, secreto e soberano.

Livre – Porque o eleitor escolhe o candidato que lhe convir.

Secreto – Porque o eleitor não está obrigado a revelar em quem votou.

Soberano – Porque o voto tem a força de colocar ou retirar do poder os governantes:
Municipais, Estaduais ou Federais
Auditório da Câmara Municipal
Aspectos Religiosos
12
A religião predominante neste município é a religião Católica. Porém existem outros segmentos
religiosos como: Assembléia de Deus, Testemunha de Jeová e Adventista do Sétimo Dia. Na cidade as
principais igrejas católicas são:

Igreja de Nossa Senhora do Rosário - (1º construção feita em plena mata) eqüidistante
de três núcleos de povoamento: Várzea do Pico,
Olaria e Boqueirão, construída no ano de 1770 pelo
Major Francisco Casado de Melo, apresentando
características do Século XVII, isto é: fachada com
frontão triangular, telhado a beira-seveira. Na parte
interna destaca-se um arco cruzeiro com capitéis
elegantes, chave em ogiva e altares laterais com
detalhes em madeira ao seu redor. Possui para a
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
devoção de seus fiéis as imagens de:

Santo Antônio – Século XIX, com grande resplendor em prata

Nossa Senhora das Dores – Século XIX

Nossa Senhora da Apresentação – Século XIX

São Sebastião Popular

Nossa Senhora do Rosário, com menino vestido, princípios do Século XIX, formando assim
um patrimônio religioso de grande valia.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – De estilo barroco, foi construída no
13
ano de 1871 (Século XIX), pelo Capitão-mor, Joaquim
Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca)
com uma área de 1.100 m² .Sua beleza encantadora nos
faz dizer principal cartão postal da cidade. No seu
interior encontramos as imagens de:

São José – com resplendor dourado.

São João Menino.

Senhor dos Passos.

São Joaquim – Com rico resplendor dourado.

Senhor Morto – em talha bastante simples com
braços móveis.
Igreja Matriz de N. Senhora da Conceição

Santa Ana com Nossa Senhora Menina – Século XIX

Nossa Senhora da Soledade - Século XIX

Nossa Senhora da Conceição – com coroa de prata. (padroeira deste município)
Estas imagens foram esculpidas pelo imaginário Antônio Pedro da cidade de Penedo estado de
Alagoas. O maior evento cultural / religioso desta cidade acontece no dia 08 de dezembro de cada ano
subseqüente (Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição) e também aniversário do seu benfeitor
(Barão de Água Branca)
Por elas passaram vários sacerdotes no exercício da doutrina cristã. Citamos
Ordem
1º Padre
2º Padre
3º Padre
4º Padre
5º Padre
6º Padre
7º Padre
8º Padre
9º Padre
10º Padre
Nomes
Luiz José de Oliveira Diniz
Atanázio Gonçalves da Silva
Cícero Joaquim de Siqueira Torres
Joaquim Antônio de Siqueira Torres
José Nicodemos da Rocha
Manoel Firmino Ribeiro
Jacinto Castelo Branco
Epifânio Moura
Fernando Soares Vieira
Sebastião Alves Bezerra
1864
1866
1880
1898
1906
1931
1932
1933
1950
1951
à
à
à
à
à
à
à
à
à
à
Período
1865
1879
1897
1905
1930
1932
1933
1950
1951
1982
01 ano
13 anos
17 anos
07 anos
24 anos
01 ano
01 ano
17 anos
01 ano
31 anos
Todos cumpriram sua missão de evangelizador. Mas, dentre eles, destacou-se para o povo
aguabranquense, o Pe. Monsenhor Sebastião Alves Bezerra pelo apoio comunitário, empenho nas
suas decisões, visão de futuro, dedicação e amor ao próximo.
14
Nascido no dia 11 de junho de 1907 as 23 horas na cidade de Mata
Grande, estado de alagoas, filho legítimo do Sr. Theodoro Alves
Bezerra e Maria Florentina Vilar Bezerra, cresceu servindo a igreja
católica como coroinha, auxiliando o Pe Marcelo, que logo percebeu a
sua vocação para o sacerdócio. Cursou Filosofia e Teologia.
No ano de 1929 foi ordenado padre, por Dom Jonas Batinga, na
cidade de Penedo estado de Alagoas. Celebrou a primeira Santa Missa
na cidade de Mata Grande estado de Alagoas sua terra natal. Em 02 de
abril de 1951 foi ordenado vigário da cidade de Água Branca, tomando
posse no dia 15 do referido mês, com uma grande festa oferecida pela
Pe. Mons. Sebastião
* 11-06-1907
+ 08-07-1984
comunidade.
Além das suas atividades religiosas, não mediu esforços, partiu para
o desenvolvimento da cidade.

Construiu a casa paroquial no período de 1952 a 1955.

Construiu o prédio do Educandário no período de 1955 a 1957, com o objetivo de acolher
pessoas carentes para o trabalho educativo.

Construiu 20 casas na vila São Vicente no período de 1956 a 1959, para abrigar pessoas idosas
de famílias carentes.

Construiu uma chácara para encontros religiosos.

Em 24 de setembro de 1959, assumiu a direção do Colégio Cenecista Barão de Água Branca.

Em 1970 formou a primeira turma de Professores.

Em 05 de junho de 1969, recebeu o título de cidadão aguabranquense, dado pela Câmara
Municipal de Água Branca em função dos valiosos serviços prestados a comunidade.
Como ele sempre pronunciou. “Sei em quem acreditei e confiei”. Por isso me entrego a ti ó meu
Deus. E antes da sua partida pronunciou as ultimas palavras dizendo: “combati o bom combate,
completei a minha carreira, guardei a fé”. Assim, no dia 08 de julho de 1984 Deus o chamou
ficando assim a história de um benfeitor do catolicismo.
15

Monumento ao Coração de Jesus –
Construído Pelo Pe. José Nicodemos da
Rocha (1917 a 1920)
Ao Lado deste monumento, está situada a casa
paroquial
onde
residiu
o
Pe.
Monsenhor
Sebastião Alves Bezerra ( 1951 a 1982).
Hoje quem administra estes bens paroquiais é o
Pe. Rosevaldo Caldeira de Souza. Décimo
primeiro Padre desta paróquia
e substituto do
saudoso “Monsenhor Sebastião Alves Bezerra”.
Nasceu no dia 10 de outubro de 1950 na cidade
de Pão de Açúcar,
Estado de Alagoas. É
filho legitimo
Casa Paroquial
do Sr.
Francisco Caldeira de
Souza e da Srª Dália Maria dos Santos Souza, cursou Filosofia,
Teologia na cidade de Viamão – RS, ordenou-se sacerdote em
06 de fevereiro de 1975. Por determinação do clero, foi empossado
vigário desta paróquia em 17 de outubro de 1982. Nesta data, a
comunidade
recebeu
um
grande
evangelizador:
humilde,
competente, coerente, comprometido com o trabalho catequético
Pe. Rosevaldo
e social, na condição de bem servir a Deus e ao povo da nossa terra.
Dentro da hierarquia sacerdotal reconhecida pela Igreja Católica, foi nomeado “Monsenhor”
em 10 de junho de 2003 , pela Vossa Santidade: Papa João Paulo II.
Altar-mor – Igreja Matriz
Nossa S. da Conceição
Teto da Igreja Matriz
Altar- Santíssimo Sacramento
16
Aspectos folclóricos e Culturais
As manifestações culturais do nosso povo são bem diversificadas. Estão presentes em todas as
pessoas. Por sua vez passam de geração a geração mantendo assim os costumes e as tradições culturais.
O município de Água Branca é riquíssimo em cultura. A seguir citamos algumas danças e artes
populares.

Dança de São Gonçalo -
A uma distância de aproximadamente 25 Km, ao sul da cidade
de Água Branca, fica a comunidade do Sitio Cal, local de origem
da dança de São Gonçalo, fundada em meados do ano de 1960
pelo mestre Sr. José Ricardo Neto dos Santos (Mestre Deca).
Esta dança sofreu uma influência muito grande. Pois parte dessa
cultura veio de Santa Brígida, cidade do interior da Bahia, onde
haviam dois marcos fortes, que foram: Beato Pedro Batista
(conhecido por meu padrinho
Pedro) e a Beata Maria das
Dores ( conhecida por madrinha Dodô). Até hoje os devotos do
Santo São Gonçalo realizam esta dança, mantendo assim as
tradições culturais deste povo. Nesta comunidade o primeiro
Mestre Deca
mestre foi o Sr. José Ricardo Neto dos Santos conhecido por
mestre deca que continua como líder realizando este evento cultural.
Comunidade Sitio Cal
Igreja Comunitária de São Gonçalo
17

Grupo de São Gonçalo - O grupo é
composto por seis homens e vinte mulheres.
Na formação da dança, os quatro primeiros
homens são os mestres e as duas primeiras
mulheres são as mestras do ramo. A dança de São
Gonçalo é dividida em oito partes (uma jornada
completa). Cada parte recebe um nome:

Primeira Parte - É chamada de três por
Dança de São Gonçalo
dentro e três por fora.

Segunda Parte - É chamada de lua cheia.

Terceira Parte - É chamada de “S”

Quarta Parte - É chamada de meia lua

Quinta Parte -
É chamada de cruzeiro

Sexta Parte -
É chamada de troca de lado

Sétima Parte -
É chamada de oito pequeno

Oitava Parte - É chamada de oito grande.
Encerra-se a dança com as partes: três por dentro e três por fora. Na dança de São Gonçalo
utiliza-se os instrumentos: rabeca, pandeiro, adufo e violão. A imagem do santo fica em posição de
destaque nos braços de uma das mulheres que representa o grupo.
São Gonçalo foi um padre português que tentou acabar com a devassidão e os maus costumes de
sua gente. Aprendeu a tocar viola e com a musica associou a dança, entre as prostitutas. Depois que
elas estavam cansadas de dançar ele pregava os princípios da doutrina cristã.
Na comunidade Sitio Ouricuri, neste município, existe outro grupo de São Gonçalo. É o grupo do
mestre José Luiz dos Santos. (In Memoriam)
18
Reisado “Frei Damião” -
A uma distância de aproximadamente 20 Km, a leste da cidade
de Água Branca, fica a comunidade Lajeiro do Couro, local de
origem do reisado denominado Reisado “Frei Damião”.
Fundado no ano de 1999, pelo mestre Sr. João Augusto e o
contra mestre Sr. Eronildes Pereira da Silva. Participa dos
eventos municipais e de outras cidades da federação representando
assim a folclore e a cultura local. A frente deste reisado esta o
sanfoneiro
José
Roberto auxiliado por um zabumbeiro,
pandeirista e um outro que toca triangulo. O grupo é composto por
trinta componentes onde as indumentárias e adereços são
tradicionais do reisado em cores diferenciadas entre o azul e o
Mestre Eronildes
vermelho com chapéus de colo longo e espelhos atrelados.
O reisado é uma dança de origem portuguesa. Em Portugal,
grupos de janeleiros e reis, saiam pelas ruas pedindo ao povo para que abrissem as portas para
receberem a nova do nascimento de Cristo. Os donos das casas recebiam os grupos e lhes ofertavam
alimento e dinheiro.
Na cidade existe um outro grupo de reisado. É o grupo do mestre Sebastião José conhecido por
“Bogue”.
Reisado Frei Damião
Reisado São Sebastião
“Mestre Bogue”
19
Danças Indígenas (Praiá e Toré) - Encontramos a leste deste município na comunidade
“Lejero do Couro” uma tribo denominada Kalankó, descendente de dois
grandes grupos indígenas: Pankarus e Pankararus. A origem do nome
“Kalankó” veio de o hábito alimentar desses índios. Pois comiam
“calangos” (nome comum a vários lagartos pequenos) segundo informações
do pajé Sr. Antônio Francisco dos Santos, no momento em que eles
capinavam as lavouras e a enxada cortava alguns calangos que ficavam
camuflados abaixo do solo, eles juntavam as partes deste lagarto e
utilizavam como alimento. Observando-se seus descendentes origens e
costumes retirou-se o “K“ das palavras indígenas Pankarus e Pankararus,
o “C” e o “G” da palavra calango e formou-se um novo nome indígena.
Pajé Antônio F. dos Santos
Dança Indígena “Praiá”
Dança Indígena “Toré”
A terra de origem dessa tribo é a fazenda Januária, neste município. Antes viviam lá e os seus
costumes multiplicaram-se mantendo assim a sua identidade cultural.
A tribo é composta por um pajé um cacique e cinqüenta famílias. O pajé é o chefe da tribo o
cacique é o substituto escolhido pelos demais índios. Nesta comunidade existem aproximadamente 270
índios entre adultos e crianças.
Cadastrados pela FUNAI, aguardam o seu reconhecimento para poderem usufruir o que é de
direito.
20
 Índios Kalankó - Seus rituais são:

Dança do Praiá com as vestes de caroá onde participam 12
homens (proibida para mulheres).

Dança do Toré com as vestes de caroá, palhas e penas
( dança homens, mulheres e crianças)

Religião: Mantém suas tradições adorando o Deus Tupã
como pai e Tamay como Mãe.

Atividades de Subsistência: Cultivo de feijão, milho,
mandioca e outros produtos básicos. Desenvolvem pequenos
criatórios de aves, caprinos e também vivem da caça e da pesca.

Produtos artesanais: Confecção de borduna, lança, arco e
flexa, colar e pulseira.
Desejo da Tribo. Ter seus direitos reconhecido
Índio-Kalankó
Cacique
“Paulo Antônio dos Santos”
Comunidade Indígena - Kalankó
21

Quadrilha - É uma dança figurada executada por duas alas de pares, bastante conhecida na
nossa comunidade. Nos festejos de São João, a alegria toma conta de todos. Existe concurso de
quadrilha, forrozão pé-de-serra, escolha da
melhor caipira, eleição da rainha do milho,
sorteio de balaios juninos, tudo isso acontece
nas ruas da cidade, no arraiá 20-Vê das escolas
municipais, no ginásio municipal de esportes e
no tradicional “palhoção” instalado na Praça
Fernandes Lima (local do evento)
No ano de 2003, participaram do concurso as
seguintes quadrilhas:

Beija-flor - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos

Asa Branca - Animador: Eduardo Sandes

Rastapé - Animador: Rosa Maria dos Santos

Pisa na fu-lô - Animador: Mércia Souza dos Santos

Vai-e-Vem - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos

Quadrilha da Terceira Idade -Animador: Marlene Feitosa.
Quadrilha Vai-e-Vem
Avencedora deste concurso foi a quadrilha Vai-e-Vem constituída
pelos professores.
Dança de Quadrilha
Já no ano de 2004 participaram do concurso as quadrilhas denominadas:

Arrastapé - (comunidade “Preguiçoso”) animador: Eduardo Sandes

Sivuca - animador: Fábio de Souza Lima (popular mosquito)

Xaxa-quadrilha - animador: Reginaldo Enoque dos Santos

Beija-flor - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos

Vai-e-Vem - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos.

Flor de Mandacaru (comunidade Serra do Cavalo) - Animador: Rosa
Maria dos Santos
Forrozão pé-de-serra
A vencedora deste concurso, foi a quadrilha Vai-e-Vem representada pelos professores das Escola
Municipais conseguindo assim o titulo de bi-campeã. É a cultura ativa unindo gerações.
22
 Carnaval - Como é do conhecimento de todos o carnaval é um dos maiores eventos de todas as
épocas. Em nosso município, essa tradição cultural
não poderia ser diferente. Geralmente no sábado,
que chamamos: sábado do “Zé Pereira” é feita a
abertura oficial do carnaval.
Os foliões motivados pela eloqüência do
interlocutor
Fernando
Sá
Oliveira,
pela
qualidade dos frevos
apresentados
Praça Fernandes Lima –Local de Eventos
Metais
Orquestra
pela
Marrom
(prata da casa) e pela alegria que contagia a todos; os foliões
saem em forma de “arrastão” do Colégio Cenecista Barão de Água
Branca, passando pelas principais ruas da cidade com destino a Praça
Fernandes Lima.
Após pronunciamentos das autoridades competentes o Prefeito do
Município entrega a chave da cidade ao Rei Momo e a Rainha do
Fernando Sá Oliveira
Interlocutor
Carnaval, que declara aberta a folia se estendendo
até quarta-feira de cinzas. Na cidade existem vários
blocos carnavalesco. Entre eles destacamos:

Bloco na medida – Diretora: Maria das
Graças do Santos Monteiro

Bloco Montila com coca – Diretora: Edjane
Maria dos Santos

Bloco Fotógrafo – Diretor: Manoel Bispo

Bloco Desejo – Diretor: Cristiano Soares

Bloco Paz e Amor – Diretor: Reginaldo Enoque dos Santos

Bloco Caia na Gandaia – Diretora: Tatiana Sandes Gomes

Bloco Zorra – Diretor: Cleber Sandes

Bloco Carnaval da Paz – Diretor: Rodrigo Sandes Gomes
Praça Fernandes Lima – Repleta de Foliões
Pelo reconhecimento, integração e união de todos, o carnaval da cidade de Água Branca passou a
ser denominado “Carnaval da Paz”.
23

Capoeira – É uma luta de defesa pessoal que é conhecida como dança. Tipicamente brasileira,
surgiu entre os escravos provenientes de Angola
na época colonial. Desenvolveu-se na Bahia, onde
os movimentos de ataque e defesa do corpo passam
a ser executados ao som do birimbau. Identificada
como arte criminosa, sua prática era clandestina e
chegou a ser punida pelo código penal de 1890.
Apesar disso a capoeira espalhou-se por vários
estados
Dança de Capoeira
da
federação.
Um
dos
principais
divulgadores da capoeira foi Manoel dos Reis
Machado, conhecido como mestre “Bimba”, no período de 1899 a 1974 (75) anos. Foi ele o primeiro a
normatizar a luta como esporte criando 52 golpes que até hoje fazem parte do ritual da capoeira
regional baiana. Em 1990, foi criada a Associação Brasileira de Professores de Capoeira.
Na cidade de Água Branca, esta dança também é praticada. Existe um grupo de capoeiristas
denominados “Ginga Brasil”, que participa dos eventos culturais do município, sobre a
coordenação do mestre Rodrigo Viana.

Teatro – Existe um grupo de teatro na cidade, denominado “Aquarela da Terra”. É um grupo
jovem coordenado pelos diretores: Reginaldo Enoque dos Santos, Gilvam Alves, e Amosiel Feitosa dos
Santos que desenvolveram várias peças teatrais entre elas citamos:

Paixão de Cristo

Lampião o herói do Sertão,

Corisco e Dadá,

Os Loucos Políticos no Hospício

Eldorado dos Carajás

Candelária

A Lei do Cão
O grupo também faz parceria com atores de outros municípios na busca de um trabalho mais coeso.
No tocante a teatro merece destaque os trabalhos realizados pela professora Severina Marlene Feitosa,
conhecedora da cultura local, regional entre outras. Na escola é uma grande multiplicadora da cultura
24
popular, desde as apresentações de pastoris, comédias paródias e quadrilhas. Incansável coordena
algumas atividades com as pessoas da terceira idade ou “melhor idade” como costumamos a dizer.

Música – O município é contemplado pela Banda de Música Santa Cecília (fanfarra
formada
por alunos aprendizes que se apresentam nos
eventos cívicos e religiosos orientados pelo maestro
Valmir Fonseca de Sousa, formado pela Ordem
dos Músicos do Brasil – RN.
A banda é composta por 22 músicos. entre eles
merece destaque: Andreiwes, Aldry e Andressa,
filhos do maestro.
Banda de Musica Sta Cecília
 Banda de Pífano – O mestre Valdemar
Libório, reúne todos os requisitos da cultura
popular. Fundador e diretor desta banda, se
apresenta nos eventos culturais do município. É
também sanfoneiro, com seu famoso pé-de-bode,
atende as comunidades nas festas de casamento, faz
programas de rádio divertindo o homem do campo.
No novenário da Festa da Padroeira Nossa
Senhora da Conceição, toca sempre na frente da
Banda de Pífano
Igreja Matriz. .
 Talentos da Música Local – Existe também outros talentos da música local (vocalistas,
instrumentistas) formado pelos cantores de Maria,
aqui representados por: Egidio Sandes, Josuel,
Fabiana, Oberlan, Cristiane, Oberlânia, Edneide, que
participam das celebrações religiosas.
As festas populares da cidade, também são
animadas pelos artistas da terra ( Jonas Paulo, Ana
Clécia, Caca de Nosinho, Marciano) que hoje fazem
parte de grandes bandas musicais. O famoso forró
Cantores de Maria
pé-de-serra é realizado pelos sanfoneiros da região.
25
Entre eles destacamos: Dudi Bia, Maximiano, Pedro Padre, Elias dos Santos, Fernando da Serra do
Cavalo, Chiquinho da Várzea, além dos grupos “amigos do forró” e Rodrigo dos Teclados.
 Artesanato - Existe uma variedade de produtos que caracteriza a arte popular da terra.

Madeira – Encontramos miniaturas de
móveis, carros, jangadas, peão (brinquedos),
colheres de pau, gamela, cachimbo, casas, pilão,
cabides, (utensílios), quadros, estátuas (obra-dearte) em diversos tamanhos. Os artesãos que
com seu talento, transformam a madeira em obra
de arte, pela técnica de esculpir, utilizando
ferramentas simples como: serrote, formão,
martelo e estilete são: Cristiano Guimarães,
Pilão e Arcos - Madeira
Daniel e Claudionor Guimarães da Silva (Nozinho)

Tecido - A diversidade é grande. Pois no artesanato em tecido temos: pontos de cruz,
singeleza, rendas, bordados, tricô e crochê, que são produzidos em toalhas, panos de prato e colchas.
Nas comunidades (Tinguí, Lagoa do Feijão, Sítio Covões, Salgadinho, Papa Terra, Alto dos
Coelhos, Várzea do Pico). Na cidade encontramos vários artesãos, que contribuem para o
desenvolvimento artesanal deste município.

Tela – Nas artes plásticas, pinturas de cartazes (tela) destacamos os artistas da terra que na
maioria das vezes expõem os seus trabalhos nas feiras de ciências e culturas organizadas pelas
escolas e município. Destacamos alguns nomes desta arte: Gilberto (Gil Artes) Reginaldo Enoque
dos Santos, Reginaldo Medeiros, Egídio Sandes e Maria Cristiane Lima de Souza (Ana)

Couro – Até hoje esse trabalho é feito nos moldes tradicionais da cultura popular desse povo.
Na cidade existem cinco tendas. Duas situadas à rua São Bento s/n, uma pertencente ao artesão
Sr. Severino Batista de Oliveira e outra ao Sr. Jean Araújo da Silva (toquinha). Duas situadas à rua
Cônego Nicodemos s/n, uma pertencente ao Sr. José de Augusto e a outra ao Sr. Mauro Raimundo
Gomes, e outra situada à rua Sto Antônio pertencente ao Sr. Manuel de Aia, que produzem os
seguintes produtos: alpargatas, sandálias, chapéus cintos e sapatos.
Na comunidade Tabuleiro que fica uma distância de aproximadamente 8Km da cidade,
encontramos os artesãos: Hélio Eduardo da Silva, João Eduardo da Silva e as artesãs: Auxiliadora da
Conceição Dias e Maria Creuza da Conceição que produzem: cintos, selas e arreios para animais.
26
 Porcelana Fria – Assim chamamos os produtos de um trabalho artesanal em que os
artesãos utilizam como matéria prima: maisena, vaselina, água e tinta de tingir tecido, que são
produtos de fácil aquisição no comercio local.
Na cidade existem as artesãs que são: Jane, Salete Zuza, Sandra, Sandra Regina, Cíntia Daniela,
que são as pioneiras nessa arte.
 Bijuterias – Inovação artesanal que possui um futuro promissor pela inovação das peças
produzidas e pelo preço acessível.
Na cidade encontramos a artesã Srª Márcia Freire que procura em outros centros comerciais,
pedras preciosas e utensílios que o suporte a confecção dos produtos.
 Palha de Ouricurizeiro e Bananeira – O artesanato em palha é produzido em simples
residências nas comunidades da Serra do Ouricuri, Serra das Viúvas, Sítio Baixa do Pico e
Várzea, que ficam a uma distância de aproximadamente 4Km da cidade. Os produtos são: bolsas,
chapéus, vassouras, tapetes, esteiras e abanos, que são colocados em feiras populares da região. A
matéria prima utilizada na confecção desses produtos são: palhas de ouricurizeiro (planta da família
das palmáceas) e palhas de bananeiras (planta da família das musáceas) que após cortadas sofrem
um processo de secagem natural para extração da umidade.
As artesãs que com toda simplicidade fazem dessa arte o seu meio complementar de
sobrevivência são: Maria José de Araújo, Maria do Carmo de Araújo e Maria de Lourdes da
Conceição.
 Cipó – O artesanato em cipó está centralizado nas comunidades: Serra do Paraíso, Serra da
Laranjeira e Sitio Baixa do Pico que ficam a uma
distância de aproximadamente 4Km da cidade. Os
produtos são: cestas, caçuá, caqueiras, cadeiras,
balaios etc. A matéria prima utilizada na confecção
destes produtos é o cipó (planta da família das
sarmentosas ou trepadeiras) existentes nas serras da
região hoje ameaçado de extinção por não haver
interesse em planejar o seu cultivo. Sobrevivem
Feira livre
desta obra de arte a artesã “Dona Jú” e os artesãos:
Abel Rufino dos Santos, José Lima dos Santos e Valdomiro dos Santos
27

Barro – O artesanato em barro é uma arte milenar conhecida desde os tempos mais remotos.
No município de Água Branca existem as
comunidades: Sítio Olaria, Sítio Onça e Sítio
Campo Verde, todas pioneiras na fabricação
artesanal dos produtos em barro. Os processos de
fabricação vai desde a extração do barro passando
por destorroamento, peneiramento, adição do barro
vermelho (para reduzir os efeitos da expansão que
produz trincas
Artesãs do Sítio Campo Verde
nas peças queimadas),
água,
moldagem das peças, secagem a sobra, forno e
queima. Merece destaque as artesãs: Maria Júlia da Conceição Irací Maria da Conceição, Maria
São Pedro, Sebastiana dos Santos Cordeiro e Maria Vieira dos Santos
Artesã - Sitio Olaria
Neuza Clemente
Artesãs da Comunidade
Campo Verde
Processo de Queima
Artesão - Sitio Onça
 Esportes - No tocante ao futebol os desportistas aguabranquenses e os visitantes tem a sua
disposição o Ginásio Municipal de Esportes e o Estádio Municipal Manuel Galdino de Souza (in
Memoriam). Estádio este que foi reconstruído no ano de 2003. Antes era totalmente coberto de piçarra;
hoje com vestiário, muro e gramado foi entregue ao público. Nestas condições, no dia 14 de março de
2004, o centro esportivo aguabranquense ( CSA), foi campeão do ano de 2003 e o visse campeão foi o
time de “Rico” Futebol Clube da comunidade Sitio Ouricuri.
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 Educação – A população aguabranquense é assistida com os programas educacionais dos
governos: Municipal, Estadual e Federal, desde o
ensino fundamental ao ensino básico (Nível
Médio). O município possui:
 40 Escolas na zona rural
 05 Escolas na zona urbana
 01 Colégio Cenecista “Barão de Água
Branca”
 02 Escolas Estaduais ( Escola de 1º e 2º
Grau Mosenhor Sebastião Alves Bezerra)
e
Escola Domingos Moeda.
 09 Escolas Estaduais na zona rural;
Prédio da Secretaria Municipal de Educação
A rede municipal de ensino disponibilizou 6.335 vagas. Já a rede estadual apresentou um total
de 2.365 vagas. Todas com um único objetivo: “Educar para Construir”. Na cidade à rua Barão de
Água Branca nº 38, fica as instalações da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto
com uma sede administrativa, um auditório e uma Biblioteca Pública, totalmente reformada e
construída na gestão do Prefeito Municipal Sr. José Rodrigues Gomes, que teve nesse período os
Secretários de Educação; Sr. João Abílio Dantas, Srª Maria Ivanilda Siqueira Monteiro, Srª Maria
Isabel Siqueira Vieira, todos com a missão de atender bem ao público e contribuir para a erradicação
do analfabetismo no país.
Escola municipal Drª Quitéria B. Mello
Malhada das Pedras –Zona Rural
Escola Municipal Manuel R. Gomes
Bairro Novo
29
Aspectos Geográficos

Localização - O município de Água Branca está localizado na região Nordeste, na micro-região
do sertão Alagoano, a 550m acima do nível do mar. Possui 195 localidades, abrange uma área de
456,7Km² e possui atualmente cerca de 20.000 habitantes.
Encontra-se situado ao estremo Oeste do Estado de Alagoas a 315Km de Maceió, capital do
estado, avançando até os limites de Pernambuco através do Rio Moxotó. Pertence a zona fisiográfica
serrana e está inserida no polígono das secas. Limita-se ao norte com Pernambuco ao Sul com Delmiro
Gouveia e Olho D’água do Casado ao Leste com Mata Grande e Inhapí e ao Oeste com Pariconha
 Como Chegar

Cidade – A cidade está edificada nos flancos da serra do mesmo nome (Água Branca). que as
circundam, apresentando uma distância de 245Km em linha reta da capital e possui as seguintes
coordenadas geográficas: 9º 14’ 54’’ de latitude Sul e 37º 55’ 54” de longitude Oeste de Greenwich.
Água Branca Localiza-se na encosta oriental de vale em “V”, contornado pelos Riachos
Salgadinho e Bodoque, como a se proteger dos ventos úmidos do Sul que lhes resfriam por alguns
meses o vale também e chamado de brejo de altitude. Chama-se brejo toda área úmida encravada no
meio de regiões semi-áridas, caracterizado pela presença de Água na forma de olhos d’água.
A situação geográfica gera um clima serrano quente no verão chegando a 38º C. As médias
máximas são de 32º C, e as médias mínimas são de 22º C, chegando em alguns casos a 12º C, no
período do inverno.
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 Localização de Água Branca dentro do Estado de Alagoas.
Água Branca
 Mapa do Município de Água Branca - Localidades
31

Acidentes Geográficos – Os acidentes geográficos são caracterizados pelas Serras e Picos
existentes na região. Entre eles destacamos: Serra dos Gonçalves
Serra do Ouricuri, Serra das Viúvas, Serra do Estreito, Serra do
Mulungú, Serra do Paraíso entre outras.
Em relação aos picos
existentes
na
destacamos o
região
Pico
do
Himalaia com 725m de
altitude. É
um
natural. Lá temos
Pico do Himalaia
mirante
uma
visão geral de todos os
municípios circunvizinhos.

Hidrografia – O sistema hidrográfico é constituído
Vista da Serra do Mulungú
por um conjunto de fontes naturais, com límpidas águas
existentes na região. Merece destaque a Fonte do Maneca
que abasteceu a cidade por vários anos, a Fonte do Céu,
Fonte do Dedinho, Fonte de Dona Belinha, Fonte da
Bomba, Fonte Grande, entre outras. Os Rios são
temporários. O destaque fica para o Rio Moxotó afluente
do Rio São Francisco com expressão apenas nos períodos
de trovoadas. Encontramos também os Riachos do
Mulungú, Riacho da Mosquita, Riacho do Boqueirão,
Fonte do Maneca
Riacho do Salgadinho, Riacho do Bodoque e Riacho da Cobra que abastece a cachoeira do vai-e-vem.
Vegetação - Apresenta cobertura nativa com floresta subcaducifólia (que perde parcialmente as
folhas durante a estiagem) e caducifólia. As plantas arbóreas mais encontradas são: Umbuzeiro,
Baraúna, catingueiro, juazeiro, entre outras. As cactáceas são: xique-xique, mandacaru e macambira.
Caatinga -
Palavra indígena que em tupi-guarani significa mato branco.
(CAÁ) = Mato
(TINGA) = Branco. Recebeu esse nome porque durante grande parte do ano suas árvores se
apresentavam desfolhadas, fazendo com que sobressaia na paisagem as cores branco e cinza dos caules
secos. Sua flora – É representada pelas plantas típicas como: mandacaru, facheiro, xique-xique,
faveleira, catingueira, baraúna, juazeiro etc. E sua fauna é constituída por animais como: Calango,
jibóia, gavião carcará, cotia, gambá, preá, bem como outras espécies de aves e répteis .
32
Aspectos Econômicos
Dentre os aspectos econômicos do município de Água Branca destacamos:
 Exploração do subsolo para a extração de rochas calcarias utilizadas na fabricação da cal
virgem.


Exploração do subsolo para a retirada de areia utilizada na construção civil

Extração da palha de ouricurizeiro, para a produção artesanal de chapéus, bolsas e outros.

Extração de cipó, para a produção artesanal de cestas, caçuás e outros produtos

Plantio de culturas de subsistência como: milho, feijão, mandioca e outras.

Fruticultura: bananeira, mangueira, laranjeira, etc.

Plantio de cana-de-açúcar para a agroindústria.

Pequenos criatórios: bovinocultura, caprinocultura, ovinocultura, suinocultura e avicultura.
Engenhos - O município já possuiu cerca de trinta engenhos que eram movidos a tração animal.
Hoje com a modernidade, passou-se a utilizar
motores elétricos. Até o anos de 1960 os produtos
da cana-de-açúcar era a principal fonte de renda
da região, gerando empregos diretos no mercado
informal. Os grandes latifundiários do município,
que
também
eram
senhores
de
engenhos,
possuíam grandes canaviais. A mão-de-obra
utilizada era a dos rendeiros, hoje denominados,
Água Branca: Engenhoca de Rapadura
A vovó das usinas
Fotografia do arquivo: Correio da Pedra 1918.
“Os sem terras”. Essas pessoas como não tinha
terra para trabalhar, recebiam dos senhores de
engenho, uma pequena área de terra para plantar: milho, feijão e mandioca, (produtos de subsistência),
e pagavam com um dia de serviço em seus canaviais e engenhos, a cada quinze dias. Era o famoso “dia
de renda”. O não cumprimento desse acordo pelos rendeiros inviabilizava o uso da terra. Ou seja: a
renda era tomada. Os Senhores de engenho que mais se destadcaram desde a fundação desta cidade
foram: Dr Luiz de Siqueira Torres, Abel de Siqueira Torres, Misseno de Siqueira Torres,
Possidônio Vieira Sandes, Lourenço Bezerra de Mello, José Alexandre, Enoque Rodrigues,
Antônio Bezerra da Silva (Antônio Boi) entre outros.
Hoje existe um número bastante reduzido de engenhos. Encontramos em atividades:
33

Engenho Modelo, com um novo perfil tecnológico destinado a associações, futuramente, com a
produção de: rapadura, açucar mascavo, mel e cachaça.

Engenho Cristo Rei, pertencente ao Sr. José Luna Torres, hoje arrendado ao Sr. Manoel Cerilo.

Engenho São Lorenço, Pertencente ao Sr. Mauricio Brandão

Engenho Alto da Boa Vista, Pertencente ao Sr. Amaral Teixeira Lima

Engenho Padre Cicero, Pertencente ao Sr. Cicero Ferreira da Silva (Cicero Mocinha.)
Atualmente os pequenos agricultores estão sendo incentivados para a retomada do cultivo da canade-açúcar para o abastecimento da agroindústria canavieira.
Engenho Modelo
Engenho Cristo Rei