Aspectos Políticos - Prefeitura Municipal de Água Branca
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Aspectos Políticos - Prefeitura Municipal de Água Branca
-6- Anexos Fontes de Pesquisa Comunidades IBGE Segunda Edição do Livro História de Alagoas Livro: Terra de Alagoas – AD. Marroquim. Editora MAGLIONE E STRINI – SUCC. E. LOESCHER – ano 1922 Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto Fotografias: Edgar Gomes Zé do Foto (foto silva) Digitação: Agostinho Teixeira Lima Correção: Profª Zilda Lima da Silva Feitosa Profª Vitória Eloise Dantas e Silva Tavares Revisão: Doutora Quitéria Bezerra de Mello Cultura a gente vê por aqui. A PALAVRA É Edvaldo de Araujo Feitosa. Oriundos: Originários, de origem. Freguesia: Povoação do ponto de vista Eclesiástico. Província: Divisão territorial Outrora: Em tempos passados Emanente: Que originou-se de. Enaltecer: Elevar Ressurgir: Tornar a surgir, reaparecer Paira: (o verbo pairar): estar ou ficar no alto Hidrografia: Conjunto de fontes naturais, rios e seus afluentes. Latitude: Ângulo que faz com o plano do equador terrestre o raio que passa por determinada localidade. Longitude: Arco do Equador terrestre que passa entre o meridiano e o observatório de GREENWICH Aderesso: Ornamento, enfeite. Tupi-Guarani: Línguas faladas por povos indígenas Brasileiros. CO YUY ORE RETOMA - palavras em tupi-guarani que significa: “ESSA TERRA É NOSSA” -7- Biografia do Autor NOME: Edvaldo de Araújo Feitosa, brasileiro, casado, nascido no dia 04 de setembro de 1952, na cidade de Água Branca Estado de Alagoas Iniciei os meus estudos no ano de 1962 no Grupo Escolar “Domingos Moeda”, vindo a concluir o 1º Grau no Colégio Cenecista Barão de Água Branca, no ano de 1969. Após esse período, ingressei na Escola Agrotécnica Federal de Satuba, Alagoas, onde conclui o curso Técnico em Agricultura, no ano de 1972. Em março de 1973, através de estágio, consegui fazer parte do quadro efetivo dos funcionários da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (CHESF), lotado na Diretoria de Construção, Laboratório Central de Engenharia Civil / Centro Tecnológico de Obras e Gerações (CTOG). Em dezembro de 1982, fui diplomado Técnico em Edificações pela Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. Fiz vários cursos profissionalizantes, estágios realizados na CESP – Centrais Elétricas de São Paulo, COMPESA – Companhia Pernambucana de Saneamento e Abastecimento, Companhia de Cimento Atol, além de cursos ministrados pelo Departamento de Recursos Humanos da CHESF. Em 1984, fui diplomado pela Universidade do Estado da Bahia. (UNEB), no curso de Licenciatura em Técnicas Agrícolas. A minha vida profissional dediquei com muito orgulho a Companhia Hidroelétrica do São Francisco ( CHESF) onde trabalhei durante 25 anos, contribuindo assim para o desenvolvimento do país. Hoje estou aposentado. Ocupei o cargo de Diretor de Cultura, na Secretaria Municipal de Educação Cultura e Desporto de Água Branca, onde criei novas perspectivas sócio-culturais. -8- Dedicatória Com muito amor dedico este trabalho aos meus filhos: Elaine Cristina da Silva Feitosa, Edewaldo da Silva Feitosa, Edílson da Silva Feitosa, Eduardo da Silva Feitosa. A minha esposa: Profª - Zilda Lima da Silva Feitosa, e ao povo em geral, na esperança de ter contribuído para o desenvolvimento cultural deste município. Sumário Capítulo 1 – Aspectos Históricos. Capítulo 2 – Aspectos Políticos. Capítulo 3 – Aspectos Religiosos. Capítulo 4 – Aspectos Folclóricos e Culturais. Capítulo 5 – Aspectos Geográficos. Capítulo 6 – Aspectos Econômicos. Capítulo 7 – Anexos. -9- Aspectos Históricos A cidade de Água Branca está localizada na região Nordeste, na micro-região do Sertão Alagoano, com uma altitude de 550 metros acima do nível do mar. Possui 195 localidades e abrange uma área de 456,7 Km². Estima-se sua população em cerca de 20.000 habitantes. O nome Água Branca, originou-se de um conjunto de fontes naturais com límpidas águas existentes na região. Foi denominada Mata Pequena, Matinha de Água Branca, e por último, “Água Branca”. Os primeiros desbravadores dessas terras foram membros da família Vieira Sandes, oriundos de Itiúba, pequeno povoado próximo a Porto Real do Colégio, em Alagoas. Atraídos pelas riquezas da região, pastagens e fertilidades do solo, o capitão Faustino Vieira Sandes (desbravador do município) com seus irmãos, José Vieira Sandes e João Vieira Sandes arrendaram grande quantidade de terra aos sesmeiros e começaram a explorar a região. Em 1770 foi construída a primeira Igreja em plena mata, pelo Major Francisco Casado de Melo, eqüidistante de três núcleos de povoamento: Várzea do Pico, Olaria e Boqueirão, atualmente denominada Igreja de Nossa Senhora do Rosário. Em 1º de junho de 1864, foi criada a freguesia de Nossa Senhora da Conceição, subordinada à Diocese de Penedo pela Lei nº 413. Até o século XVII, o território de Água Branca pertencia a Paulo Afonso ( Província de Alagoas) conhecida pela denominação de Mata Grande da qual constituiu-se por muito tempo um distrito judiciário. À sesmaria de Paulo Afonso conhecida por Mata Grande, pertencia também o território do município de Piranhas, e hoje os atuais municípios de Delmiro Gouveia, Olho D’água do Casado e Pariconha. Em 24 de abril de 1875, o povoado foi emancipado e instituído a Vila de Água Branca. Por divergências políticas, a Várzea do Pico, onde se realizava as grandes feiras de gado, foi chamada Vila do Capiá e em 1893 passou a ser sede da vila de Água Branca. Em 1º de junho - 10 de 1895 a sede passou definitivamente à Vila de Água Branca. Somente em 02 de junho de 1919, através da Lei nº 805, a vila passa a categoria de cidade de Água Branca. Paulo Afonso, conhecida por Mata Grande, originou-se de uma pequena povoação sobre a serra do mesmo nome, pertencente naquela época a circunscrição territorial de Penedo. Com a criação Paulo Afonso do município de Traipú em 1835, passou a jurisprudência desse novo município vindo a desmembrar-se em março de 1837 em virtude da Lei provincial nº 18, que ao mesmo tempo a vila. Em 1846 a Lei nº 43 de 04 de maio suprimiu a vila, vindo esta a ser restaurada e Usinaelevou de Anjiquinho, inaugurada em 1913 instalada em 28 de junho de 1852 pela Lei nº 197, ocorrido em 27 de setembro do mesmo ano. Já em 05 de junho de 1902 através da Lei nº 328 a vila de Paulo Afonso passou a categoria de cidade. Com a evolução dos municípios do Estado de Alagoas, que teve inicio no ano de 1636, desencadeou-se o processo de independência de vários municípios alagoanos e dentre eles os atuais municípios de Mata Grande, Água Branca, Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho D’água do Casado e Pariconha. Piranhas – Origem do nome. Quando as famílias Alves e Feitosa, data do século XVIII, começaram a desenvolver a região, o lugar era conhecido pela denominação “Tapera”. Um certo dia um homem pescou uma piranha num riacho denominado “riacho das piranhas” ao chegar em casa o pescador percebeu que tinha esquecido seu cutelo (faca) e voltando-se para seu filho disselhe: “vai ao porto da piranha e traga meu cutelo”. Com a propagação dessa história a pequena vila de pescadores passou a ser denominada “Piranhas”. Em 20 de julho de 1885, foi criada a freguesia de Piranhas, sob a invocação de Nossa Senhora da Saúde, pela Lei provincial nº 964. Em 03 de junho de 1887, através da Lei nº 966, foi elevada a categoria de vila de Piranhas, desmembrando-se de Pão de Açúcar (Emancipação Política). Cidade de Piranhas - AL - 11 Em 16 de abril de 1891, por ato do governo Estadual, passou a ter fórum civil passando a se chamar Marechal Floriano Peixoto. Em 1949, voltou a se chamar de “Piranhas”, definitivamente. Igreja Nossa Senhora da Saúde Delmiro Gouveia - O primeiro nome dado à cidade de Delmiro Gouveia foi Pedra e o povoado se constituiu a partir de uma estação da estrada de ferro da então Gret-Western. A denominação Pedra veio de grandes rochas que existiam junto da estação. Em 1903 chegou a região, vindo de Recife - Pe, o cearense Delmiro Augusto da Cruz Gouveia, que se estabeleceu vendendo couros de bovinos e peles de caprinos. Em 1914 ele instalou uma fábrica de linha com o Antiga estação ferroviária da Pedra nome de Companhia Agro Fabril Mercantil. Em 1921, Delmiro Gouveia conseguiu dotar o lugar de energia e água canalizada, vindo da cachoeira de Paulo Afonso. Em homenagem a este grande empreendedor, a vila operária recebeu o nome de Pedra, a “Pedra de Delmiro Gouveia” que passou a ser distrito através do decreto Lei nº 846 de 01 de novembro de 1938 da Intervenção Federal. Em 30 de dezembro de 1943, através do decreto Lei nº 2902 que fixou a divisão administrativa e judiciária do Estado, a denominação vila, mudou e passou a se chamar Delmiro Gouveia. Porém o município só foi criado e emancipado em 16 de junho de 1952, pela Lei nº 1623, desmembrou-se de Água Branca. Na época, Arnon de Mello, que era governador do Estado de Alagoas, sancionou a Lei nº 1628 que nos seus artigos estabelece: Artigo 1º - Fica elevado à categoria de município, com os seus limites atuais e com a denominação de Delmiro Gouveia, o atual distrito de Delmiro, do Município de Água Branca. - 12 Artigo 2º - A sede do município será a atual vila de Delmiro que passará a categoria de cidade com o nome de Delmiro Gouveia. Artigo 3º - O Município de Delmiro Gouveia será termo judiciário da comarca de Fábrica da Pedra – Delmiro Gouveia Inaugurada em 5 de junho de 1914 Água Branca, até que a lei dê cumprimento ao disposto no artigo 69, da Constituição do Estado. Artigo 4º - Esta Lei entrará em vigor a 01 de janeiro de 1954. Artigo 5º - Revogam-se as disposições em contrário. Olho D’água do Casado – O nome “Olho D’água” originou-se de várias nascentes de água existentes na região. Do “Casado“ em homenagem ao fazendeiro José de Melo Casado. O lugarejo possuía poucos habitantes. No entanto, antes de sua Emancipação Política passou por duas fases que foram a de povoado e posteriormente a de vila. O aumento gradativo da população, o progresso na agricultura, o apoio político e social fêz com que uma Igreja de São José – Olho D’água do Casado comissão de moradores da referida vila, fossem a Maceió, capital do Estado de Alagoas, participar de uma audiência com o Marjor Luiz Cavalcante que na época era governo do Estado. Essa audiência resultou na publicação do decreto Lei nº 2459 de 22 de agosto de 1962 que elevou a vila a categoria de cidade. Esta localidade pertenceu a Piranhas e só veio a ser emancipada no dia 21 de setembro de 1962. Pariconha – A povoação do município de Pariconha, teve inicio no século XIX, com as famílias Teodósio, Vieira, Viana e Félix, que se estabeleceram com a agricultura e pecuária, principalmente com a criação de pequenos animais. Fixando-se numa localidade denominada Caraibeiras dos “Teodósios”, às margens do rio Moxotó, a família Teodósios até hoje tem lá seus descendentes. Já o restante das famílias colonizadoras da região se estabeleceram no local onde hoje está a sede do município. Em 01 de maio de 1962 através da Lei 2240 foi criado o distrito judiciário e o Cartório de Registro Civil de Pariconha. Em 05 de outubro de 1989 através da Constituição Estadual ouve o Igreja Matriz - Pariconha que pertencia a Água Branca. Somente em 01 de Janeiro de 1993, o povoado de Pariconha se instala definitivamente na condição de cidade. - 13 desmembramento (Emancipação Política) do povoado de Pariconha Principais Figuras Históricas de Água Branca Capitão Faustino Vieira Sandes (desbravador do município) Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca) Teotônio de Siqueira Torres (Pai do Barão) Gertrudes Vieira Sandes (Mãe do Barão) Joaquina Vieira Sandes (Primeira Esposa) Joana Vieira Sandes (Segunda Esposa) Dentre as figuras citadas destacou-se o Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca). Foi um homem determinado, grande latifundiário, construtor de grandes obras e voltado ao progresso. Pernambucano, nasceu no dia 08 de dezembro de 1808, em um pequeno povoado denominado Cimbres, no Estado de Pernambuco, chegando a falecer no dia 29 de janeiro de 1878. Nesse período, casouse duas vezes. A primeira vez com a Srª Joaquina Vieira Sandes com quem teve três filhos: Severino Pompeu de Siqueira Torres, Minervina de Siqueira Torres, Joana de Siqueira Torres, e a segunda vez com a Srª Joana Vieira Sandes (Baronesa de Água Branca) com quem teve oito filhos: Barão de Água Branca Cícero Joaquim de Siqueira Torres, Joaquim Antônio de Siqueira Torres, Miguel de Siqueira Torres, - 14 Manoel de Siqueira Torres, Antônio de Siqueira Torres, Alexandre de Siqueira Torres, Luiz de Siqueira Torres, Brandina de Siqueira Torres. Casa de nº 01, situada à rua Barão de Água Branca onde residiu o Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca). O Capitão-Mor Joaquim Antônio de Siqueira Torres, recebeu do Papa Leão XIII, a comenda de São Gregório por ter construído no ano de 1871, com recursos próprios, a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, um dos mas belos templos do Estado de Alagoas e ter ordenado a padre dois filhos: Pe. Cícero de Siqueira Torres e Joaquim Antônio de Siqueira Torres. Recebeu também do imperador D. Pedro II o título honorifico de Barão de Água Branca. Casa do Barão de Água Branca Construída em 1860 Saqueada por lampião e seu bando Preocupado com a educação dos filhos , formou em Direito o Bacharel Miguel Archanjo de Siqueira Torres, que exerceu o cargo de Juiz de Direito desta Comarca, o Engenheiro Agrônomo Antônio Vieira Torres, que foi Coletor Federal no município e o Engenheiro Luiz de Siqueira Torres, que exerceu mandatos de senador e vice-governador do Estado de Alagoas. Centro Histórico O Centro histórico da cidade é representado pelas Igrejas, Casarios, Casa do Barão de Água Branca, Praça de Nossa Senhora do Rosário, Praça da Matriz e Praça Fernandes Lima. Este conjunto arquitetônico é um dos maiores atrativos. Além da beleza é realmente uma grande obra de arte. Pois possui na sua Centro Histórico - 15 arquitetura o estilo Barroco e Colonial Existe a Lei municipal nº 447/71 de 18 de abril de 2001, que dispõe sobre o Tombamento Municipal do Centro Histórico, Seus Entornos, Seus Monumentos Históricos e Ecológicos, publicada e registrada na Secretaria Municipal de Administração e Finanças da Prefeitura Municipal de Água Branca. O Artigo 3º desta Lei diz que os bens do patrimônio público e particular situados nos limites da área tombada, ficam sujeitos, no pertinente a seu uso gozo, às normas que dispõe sua manutenção e preservação do patrimônio Histórico e Artístico estabelecidas nas legislações Estadual e Federal especificadas, bem como a preservação da Lei municipal nº 388/96 de 15 de agosto de 1996. O artigo 4º desta lei diz que os Projetos de restauração e reforma de edificações considerados de valor histórico e artísticos, bem como os daqueles não classificados, observarão as diretrizes estabelecidas nesta Lei. Personalidades Não seria para menos. Na terra de Barão e Baronesa, surgiram inúmeras personalidades de caráter político, econômico e social. Dentre elas destacamos algumas: América Fernandes Torres. (in memoriam), Na época foi a primeira mulher que pleiteou o Poder Executivo deste município, quebrando assim os preconceitos administrativos e políticos. Pessoa de caráter e temperamento forte, na condição de Prefeita eleita pelo povo (31-01-1966 à 31-01-1970), mantinha bons relacionamentos com os políticos do Estado, criando assim novas perspectivas para o desenvolvimento local. Somos sabedores que além de prefeita ela era: Professora, Educadora, Conselheira, Advogada, Delegada e Política. Ulisses Vieira de Araújo Luna (in memoriam), grande latifundiário, fazendeiro, coronel e Senador. Foi chefe político deste município por um período ininterrupto de 14 anos. Recebeu no mês de novembro de 1902 em sua residência situada na Fazenda Cobra, o grande empreendedor “Delmiro Gouveia”. Em março de 1903 Delmiro Gouveia, fixa residência em Pedra povoado pertencente ao município de Água Branca. Doutora Quitéria Bezerra de Mello – Pessoa ilustre, de caráter religioso, atuante, médica, que no exercício da sua profissão assistiu a três gerações totalizando assim quatro décadas - 16 de serviços prestados a comunidade. É a “Mãe dos Aflitos”... Assim dizem algumas pessoas. Como professora, contribuiu para a formação intelectual de jovens e cidadãos aguabranquenses durante 33 anos. Entre outras homenagens recebeu o título de Honra ao Mérito, concedido pela Câmara Municipal de Vereadores desta Cidade. Filha do Sr. Lourenço Bezerra de Mello e da Srª Josepha Bezerra de Mello, nasceu no dia 19 de dezembro de 1927. Símbolos do Município de Água Branca A Lei nº 251/79, de 21 de novembro de 1979, dispõe a forma e a apresentação dos símbolos do município de Água Branca e da outras providências. São símbolos do município: O Brasão Municipal A Bandeira Municipal O Hino Municipal. O artigo 2º - desta Lei diz que consideram-se padrões dos símbolos do município de Água Branca, os exemplares confeccionados nos termos e dispositivos da presente Lei. Bandeira do Município de Água Branca - De conformidade com a tradição da Heráldica Portuguesa, da qual herdamos os cânunos e regras, a vexiologia municipal poderá ostentar bandeiras oitavadas, sextavadas, esquarteladas ou terciadas, tendo por cores as mesmas constantes do campo do escudo e ostentado no centro o na talha uma figura geométrica onde o brasão municipal é aplicado. Artigo 6º - A Bandeira Municipal de Água Branca, será esquartelada em cruz, sendo os quartis de azul, constituídos por faixas amarelas de dois módulos de largura, carregadas de sobre faixas vermelhas de um módulo, dispostas duas a duas no sentido horizontal e vertical entrecruzando-se ao centro, tendo neste ponto, brocante, um losango amarelo de oito módulos de comprimento por seis módulos de altura onde o brasão municipal é aplicado. ∫ 2º - A Bandeira Municipal de Água Branca, obedece a esta regra geral sendo por opção: Esquartelada em cruz – Este símbolo lembra o espírito do seu povo. O Brasão aplicado na bandeira – Representa o governo municipal. O losango amarelo – Representa a própria cidade sede do município. - 17 A cor amarela – É o símbolo da glória, esplendor, grandeza, riqueza e soberania. As faixas amarelas carregadas de sobre faixas vermelhas – Representa a irradiação do poder municipal que se expande a todos os quadrantes de seu território. A cor vermelha - É símbolo de dedicação, amor pátrio, audácia, intrepidez, coragem, valentia. Os quartis de azul – Representa as propriedades rurais existentes no território municipal. A cor azul – É símbolo de justiça, nobreza, perseverança, zelo e lealdade. Artigo 10º - A Bandeira Municipal deve-se hastear sol a sol, sendo permitido o seu uso a noite, uma vez que se encontre convenientemente iluminada. Normalmente far-se-á o hasteamento às 8:00 horas e o descerramento às 18:00 horas. ∫ 1º - Quando a Bandeira Municipal é hasteada em conjunto com a Bandeira Nacional estará disposta a esquerda desta; sendo que se a Bandeira Estadual for também hasteada, ficará a nacional ao centro, ladeada pela municipal a esquerda e a estadual a direita, colocando-se a nacional em plano superior as demais. Artigo 13º - Nos desfiles a Bandeira Municipal contará com uma guarda de honra composta por seis pessoas. Sendo: Uma porta bandeira. Hino de Água Branca (não oficial, aguardando porém, o parecer da comissão julgadora de concurso da letra do Hino de Água Branca, através da Câmara Municipal de Vereadores) Letra / autor: Edvaldo de Araujo Feitosa Abril de 2004 Água Branca / De cantos e encantos / Que ressurge ao florir / Das Manhãs / Deste solo / És filha formosa / Grande serra / Entre serras irmãs / Terra de Barão e Baronesa / De doutores / encantos mil / A cultura, deste povo, enaltece / A liberdade / de um povo que diz / Tu Água Branca formosa / Religiosa / encantos mil / Salve, ó terra, vitoriosa / Salve a terra de Água Branca / Barão de Água Branca Bandeira Municipal - Água Branca - 18 Os teus filhos / conduzem a paz / A bandeira / este hino a seguir / Hoje paira a esperança em nós / O futuro / de um povo que diz Tu Água Branca formosa / Religiosa / encantos mil / Salve, ó terra, vitoriosa / Salve a terra de Água Branca. Termos da Escritura de Venda e Compra de um escravo pertencente ao Barão de Água Branca, Extraídos da 2ª Edição do Livro: História de Alagoas. Autora: Isabel Loureiro de Albuquerque. - Cartório de Água Branca, livro nº 13 – Folhas 28 a 29. Maria de Fátima Dantas – Tabelião / Designado. Escritura pública de venda e compra que faz o Excelentíssimo Senhor Barão de Água Branca de um escravo chamado Venâncio ao Senhor Manoel Francisco de Sousa Lima, como tudo abaixo se declara. SAIBAM quantos este público instrumento de escritura pública de venda e compra virem, do Escravo Venâncio, que no ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de Mil oitocentos e oitenta e três aos quatorze dias do mês de setembro do oito ano, nesta vila de Água Branca, Termo da Comarca de Paulo Afonso, província de Alagoas, em meu cartório compareceu O Excelentíssimo Senhor Barão de Água Branca, como Vendedor e do outro lado O Comprador Manoel Francisco de Souza Lima, pessoas de meu conhecimento e das testemunhas abaixo assinadas de serem os próprios dou a minha fé, aí presentes as mesmas testemunhas pelo Excelentíssimo Senhor Barão de Água Branca, foi dito que era Senhor e Possuidor de um escravo de nome Venâncio, Mulato com vinte e dois anos, matriculado a folha um do livro competente em doze de agosto de mil oitocentos e noventa e nove havido por compra a dona Áuria Maria de Mello, cujo escravo está livre e desembargado de qualquer gênero, penhora e hipoteca, de sua livre e espontânea vontade e sem constrangimento algum sendo como de fato vendido tenho de hoje para sempre ao Senhor Manoel Francisco de Sousa Lima, pelo preço justo certo e contratado de trezentos mil reis, cuja quantia apresentada pelo comprador em moeda corrente do império, sendo pelo mesmo contada em minha presença e das testemunhas já aludidas, dessa quantia certa sem faltar um reis do que dou fé, e desde já - 19 transfiro para o comprador todo o domínio e ação que em dito escravo tinha, e que pela presente dava plena e geral quitação da obrigação a todo e qualquer tempo tenho por firme e valiosa e a defendê-lo quando chamado a autoridade pelo comprador foi dito que aceitava esta escritura de compra e venda quitação e obrigação logo me apresentou o conhecimento de toda escritura exercício de mil oitocentos e oitenta e três a mil oitocentos e oitenta e quatro. Número cento e quarenta e oito mil e trinta reis, fica encarregado ao atual agente Manoel Felipe Oliveira pela quantia de mil réis que pagou. Manoel Francisco de Sousa Lima proveniente da cica do escravo Venâncio mulato, solteiro que comprou ao Barão de Água Branca e para constar se lhe apresentou o conhecimento assinado por mim agente efetivo a agência de vendas de Paulo Afonso, em julho de mil oitocentos e oitenta e três. O agente Manoel Felipe de Oliveira.. Eu tabelião como pessoa pública, escrevi o presente, a quem assistiu as testemunhas presenciais Tenente Miguel Arcanjo Bezerra e Joaquim de Souza Borja que assinarão com o vendedor e o comprador, do que de tudo dou fé. Eu, José Lino das Virgens, Tabelião Público, assinei com o sinal público que uso. Em testamento de verdade. Sinal da Verdade. José Lino das Virgens. Barão de Água Branca. Manoel Francisco de Sousa Lima. Joaquim de Souza Borja. Miguel Arcanjo Bezerra. Está conforme o original, dou fé. Eu Vanúsia Dantas e Silva escrevente juramentada, extrair a presente. E eu Maria de Fátima Lima Dantas, Tabelião designado, conferi, subscrevo, dato e assino em público e rubrico. Água Branca 25 de setembro de 1989 Em testamento da verdade Maria de Fátima Lima Dantas Tabelião Designado 2ª Edição do Livro: História de Alagoas. Autora: Isabel Loureiro de Albuquerque - 20 - De Volta a Água Branca Letra / Autor: Edvaldo de Araujo Feitosa Abril de 2004 Água Branca, querida Terra de muito valor Igreja do Rosário A Matriz também consagrou Faz tempo que não te vejo Vim matar meu desejo Passear é minha sina Ai que saudade de ti. (bis) Lá, lá, lá, lá Lá, lá, lá Lá, lá, lá, lá Lá, lá, lá. Lá, lá, lá, lá Lá, lá, lá Água Branca, querida Terra de muito valor Igreja do Rosário Á Matriz também consagrou Faz tempo que não te vejo Vim matar meu desejo E nesse vai e vem Ai que saudade de ti (bis) Os casarios da cidade Também tem muito valor Arquitetura barroca Aqui se fez com amor Faz tempo que não te vejo Vim matar meu desejo E nesse vai e vem Ai que saudade de ti. (bis) Recanto São Francisco Nunca mais eu te vi Fonte do Maneca Água Branca em ti Faz tempo que não te vejo Vi matar meu desejo Passear é minha sina Ai que saudade de ti (bis) Arte Popular Aqui tem, sim senhor Panelas de barro Hoje, sim tem valor Faz tempo que não te vejo Vim matar meu desejo Campo Verde é o caminho Ai que saudade de ti (bis) Serra das Viúvas O nome, Deus consagrou Chapéu de palha e cipó Aqui tem preço e valor Faz tempo que não te vejo Vim matar meu desejo Água Branca é o destino Ai que saudade de ti. (bis) Mestre Deca dos Santos O São Gonçalo fundou Walmir Fonseca de Souza Santa Cecília abraçou Faz tempo que não te vejo -6Vim matar meu desejo Passear é minha sina Ai que saudade de ti. (bis) 7 Aspectos Políticos O Município de Água Branca possui uma população de 19.207 habitantes, onde 4.492 vivem na zona urbana e 14.715 vivem na zona rural (dados do IBGE, no senso do ano 2000) em termos gerais 9.537 desta população são homens e 9.670 são mulheres desse total 12.076 são eleitores, dados da ultima eleição municipal. Como os municípios brasileiros foram criados por lei, existe em nosso povo a consciência de que: Os municípios representam as democracias mais antigas. A autonomia e personalidades dos municípios devem ser mantidas e protegidas para o bem de toda nação. Nesse contexto a Constituição Federal estabelece que a autonomia dos municípios será segurada: Pela eleição do Prefeito e dos Vereadores. Pela administração própria, no que concerne seu peculiar interesse e especialmente à decretação e arrecadação dos tributos de sua competência e à aplicação de suas rendas assim como a organização dos serviços públicos locais. Em nosso país, a sede do município tem categoria de cidade e da o nome a toda região abrangida pelos municípios. Isso quer dizer que no Brasil não há mais vilas municipais. Todo município é cidade embora o título de cidade caiba apenas ao povoado onde fica a sede da administração. Nos demais municípios assim como o município de Água Branca existe: O Poder Executivo e o Poder Legislativo Poder Executivo - Exercido Pelo Prefeito Municipal e compreende: Uma organização de chefia, formada pelo Gabinete do Prefeito Um serviço de administração do pessoal, isto é: corpo de funcionários municipais Um serviço de administração financeira que cuida da arrecadação de impostos e dos serviços de contabilidade. 8 Vários serviços externos que cuidam: da Saúde Pública, da Educação Cultura e Desporto, da Segurança Pública (Guardas Municipais), das Obras Públicas (construção e conservação de estradas) da Limpeza Pública e Serviços Diversos (eletricidade, matadouro, cemitério, transportes coletivos) do Planejamento de Obras e iniciativas que venham a beneficiar o município. Prefeito Municipal - O Prefeito Municipal é o chefe do poder executivo e representante do município. A sua escolha bem como a do vice-prefeito e vereadores e feita através de votação direta. Nos arquivos da Prefeitura deste Município consta que Água Branca só passou a ser cidade no ano de 1919. Até então era considerada vila. Entre 1919 e 1926 existe um intervalo de 7 anos, não temos certeza de quem administrou esse período. De 1926 a 1929, a cidade de Água Branca foi administrada por Dr. Miguel Torres Filho. Relação dos Prefeitos que administraram o município de Água Branca. Prefeitura Municipal Ordem 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º Nome Período Miguel Torres Filho 01-01-1926 à 31-12-1929 José Correia de Figueiredo 01-01-1930 à 31-12-1933 Linduarte Batista Vilar 01-01-1934 à 31-12-1937 Miguel Torres Filho (interventor) 01-01-1938 à 31-12-1945 Mario Fernandes Torres (substituto) 01-01-1946 à 31-12-1947 Mario Fernandes Torres (eleito) 01-01-1948 à 31-12-1950 Dr. Antenor Correia Cerpa 01-01-1951 à 31-12-1954 Linduarte Batista Vilar 01-01-1955 à 28-02-1955 Hercílio Gomes Correia (Assassinado) 01-03-1955 à 31-12-1955 Gilberto Batista Vilar (Assassinado) 01-01-1956 à 11-05-1956 André F.de Barros (Pres. da Câmara Municipal) 01-06-1956 à 07-12-1956 Cícero de Siqueira Torres 08-12-1956 à 02-03-1959 Pedro José dos Santos 03-03-1959 à 31-01-1961 Roberto Vilar Torres 31-01-1961 à 30-01-1966 América Fernandes Torres 31-01-1966 à 31-01-1970 Luiz Xavier de Sá 31-01-1970 à 30-01-1973 Roberto Vilar Torres 31-01-1973 à 30-01-1977 José Pereira de Sá 31-01-1977 à 31-01-1983 Antônio Batista de Oliveira 01-02-1983 à 31-01-1988 9 20º 21º 22º 23º Wilson Vilar Torres Luiz Xavier de Sá José Rodrigues Gomes José Rodrigues Gomes 01-01-1989 01-01-1993 01-01-1997 01-01-2001 à à à à 31-12-1992 31-12-1996 31-12-2000 31-12-2004 Ao Prefeito Municipal compete as seguintes tarefas: Administrar os negócios do município, executando (daí o nome do Poder Executivo), as decisões da câmara de vereadores. Representar o município nos atos solenes, nos de administração pública e nos que se realiza perante a justiça. Preparar proposta do orçamento anual (a ser apreciada e votada pela Câmara de Vereadores). Determinar os pagamentos de despesas. Admitir e demitir funcionários. Dirigir todos os serviços externos diretamente ou através de secretários e adjuntos. Aplicar os subsídios e verbas de representação para o desenvolvimento do município. 10 Vice-Prefeito – O Vice Prefeito substitui o Prefeito nos impedimentos e na falta. O mandato de cada um deles e de quatro anos consecutivos Nome Partido Nome Partido Câmara Municipal de Vereadores – A Câmara Municipal de vereadores representa o Poder Legislativo. É uma assembléia que tem por objetivo verear os negócios municipais, isto é: reger, administrar ou governar tudo aquilo que se diz respeito ao município. Por isso compete a essa assembléia: Elaborar as Leis municipais que disponham sobre impostos, taxas, construções, compromissos e mais assuntos de interesse local. Votar o orçamento anual de receita e despesa do município. Fiscalizar, aprovando ou rejeitando as contas do prefeito Controlar atividades do prefeito e de seus auxiliares A câmara municipal de vereadores é formada por um certo número de cidadãos Câmara de Vereadores (Vereadores), eleito pelo povo, o que quer dizer que agem como representantes de todos os habitantes do município. Sabemos que o número de vereadores varia de acordo com o número de habitantes de cada município. No município de Água Branca a Câmara Municipal é composta por 11 Vereadores. Eis os vereadores que representaram o município de Água Branca na 1ª e 2ª Mandato do Prefeito José Rodrigues Gomes: (Zé de Dorinha) 11 Cícero José dos Santos Erivaldo Soares dos Santos José Carlos Vieira José Paulo do Santos José Heráclito L. S. de Melo (presidente) José Jocelmo de A. Freire Lourival Gomes Correia Maria de Fátima Cavalcante Bezerra Maria Helena Barroso de Sousa Pedro Bezerra da Silva Pedro Barros Freire PSB PSB PSB PTB PSB PSB PSB PT PTB PSB PSB Arlindo Crispim de Andrade Antônio Bernardo dos Santos Carlos Alberto Lima Nóia Fernando José Bezerra da Silva José Carlos Vieira (presidente) José Paulo dos Santos José Jocelmo de A. Freire Lorival Manoel da Silva Marleide do Nascimento Cordeiro Pedro Barros Freire Tânia Maria B. Vieira Costa Primeiro Mandato PSDB PMN PMDB PP PRP PMN PMDB PMDB PP PMDB PMDB Segundo Mandato Voto - Caríssimos leitores e eleitores. O voto é o poder que o eleitor tem para eleger os seus representantes. Saibam que o voto é: livre, secreto e soberano. Livre – Porque o eleitor escolhe o candidato que lhe convir. Secreto – Porque o eleitor não está obrigado a revelar em quem votou. Soberano – Porque o voto tem a força de colocar ou retirar do poder os governantes: Municipais, Estaduais ou Federais Auditório da Câmara Municipal Aspectos Religiosos 12 A religião predominante neste município é a religião Católica. Porém existem outros segmentos religiosos como: Assembléia de Deus, Testemunha de Jeová e Adventista do Sétimo Dia. Na cidade as principais igrejas católicas são: Igreja de Nossa Senhora do Rosário - (1º construção feita em plena mata) eqüidistante de três núcleos de povoamento: Várzea do Pico, Olaria e Boqueirão, construída no ano de 1770 pelo Major Francisco Casado de Melo, apresentando características do Século XVII, isto é: fachada com frontão triangular, telhado a beira-seveira. Na parte interna destaca-se um arco cruzeiro com capitéis elegantes, chave em ogiva e altares laterais com detalhes em madeira ao seu redor. Possui para a Igreja de Nossa Senhora do Rosário devoção de seus fiéis as imagens de: Santo Antônio – Século XIX, com grande resplendor em prata Nossa Senhora das Dores – Século XIX Nossa Senhora da Apresentação – Século XIX São Sebastião Popular Nossa Senhora do Rosário, com menino vestido, princípios do Século XIX, formando assim um patrimônio religioso de grande valia. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição – De estilo barroco, foi construída no 13 ano de 1871 (Século XIX), pelo Capitão-mor, Joaquim Antônio de Siqueira Torres (Barão de Água Branca) com uma área de 1.100 m² .Sua beleza encantadora nos faz dizer principal cartão postal da cidade. No seu interior encontramos as imagens de: São José – com resplendor dourado. São João Menino. Senhor dos Passos. São Joaquim – Com rico resplendor dourado. Senhor Morto – em talha bastante simples com braços móveis. Igreja Matriz de N. Senhora da Conceição Santa Ana com Nossa Senhora Menina – Século XIX Nossa Senhora da Soledade - Século XIX Nossa Senhora da Conceição – com coroa de prata. (padroeira deste município) Estas imagens foram esculpidas pelo imaginário Antônio Pedro da cidade de Penedo estado de Alagoas. O maior evento cultural / religioso desta cidade acontece no dia 08 de dezembro de cada ano subseqüente (Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição) e também aniversário do seu benfeitor (Barão de Água Branca) Por elas passaram vários sacerdotes no exercício da doutrina cristã. Citamos Ordem 1º Padre 2º Padre 3º Padre 4º Padre 5º Padre 6º Padre 7º Padre 8º Padre 9º Padre 10º Padre Nomes Luiz José de Oliveira Diniz Atanázio Gonçalves da Silva Cícero Joaquim de Siqueira Torres Joaquim Antônio de Siqueira Torres José Nicodemos da Rocha Manoel Firmino Ribeiro Jacinto Castelo Branco Epifânio Moura Fernando Soares Vieira Sebastião Alves Bezerra 1864 1866 1880 1898 1906 1931 1932 1933 1950 1951 à à à à à à à à à à Período 1865 1879 1897 1905 1930 1932 1933 1950 1951 1982 01 ano 13 anos 17 anos 07 anos 24 anos 01 ano 01 ano 17 anos 01 ano 31 anos Todos cumpriram sua missão de evangelizador. Mas, dentre eles, destacou-se para o povo aguabranquense, o Pe. Monsenhor Sebastião Alves Bezerra pelo apoio comunitário, empenho nas suas decisões, visão de futuro, dedicação e amor ao próximo. 14 Nascido no dia 11 de junho de 1907 as 23 horas na cidade de Mata Grande, estado de alagoas, filho legítimo do Sr. Theodoro Alves Bezerra e Maria Florentina Vilar Bezerra, cresceu servindo a igreja católica como coroinha, auxiliando o Pe Marcelo, que logo percebeu a sua vocação para o sacerdócio. Cursou Filosofia e Teologia. No ano de 1929 foi ordenado padre, por Dom Jonas Batinga, na cidade de Penedo estado de Alagoas. Celebrou a primeira Santa Missa na cidade de Mata Grande estado de Alagoas sua terra natal. Em 02 de abril de 1951 foi ordenado vigário da cidade de Água Branca, tomando posse no dia 15 do referido mês, com uma grande festa oferecida pela Pe. Mons. Sebastião * 11-06-1907 + 08-07-1984 comunidade. Além das suas atividades religiosas, não mediu esforços, partiu para o desenvolvimento da cidade. Construiu a casa paroquial no período de 1952 a 1955. Construiu o prédio do Educandário no período de 1955 a 1957, com o objetivo de acolher pessoas carentes para o trabalho educativo. Construiu 20 casas na vila São Vicente no período de 1956 a 1959, para abrigar pessoas idosas de famílias carentes. Construiu uma chácara para encontros religiosos. Em 24 de setembro de 1959, assumiu a direção do Colégio Cenecista Barão de Água Branca. Em 1970 formou a primeira turma de Professores. Em 05 de junho de 1969, recebeu o título de cidadão aguabranquense, dado pela Câmara Municipal de Água Branca em função dos valiosos serviços prestados a comunidade. Como ele sempre pronunciou. “Sei em quem acreditei e confiei”. Por isso me entrego a ti ó meu Deus. E antes da sua partida pronunciou as ultimas palavras dizendo: “combati o bom combate, completei a minha carreira, guardei a fé”. Assim, no dia 08 de julho de 1984 Deus o chamou ficando assim a história de um benfeitor do catolicismo. 15 Monumento ao Coração de Jesus – Construído Pelo Pe. José Nicodemos da Rocha (1917 a 1920) Ao Lado deste monumento, está situada a casa paroquial onde residiu o Pe. Monsenhor Sebastião Alves Bezerra ( 1951 a 1982). Hoje quem administra estes bens paroquiais é o Pe. Rosevaldo Caldeira de Souza. Décimo primeiro Padre desta paróquia e substituto do saudoso “Monsenhor Sebastião Alves Bezerra”. Nasceu no dia 10 de outubro de 1950 na cidade de Pão de Açúcar, Estado de Alagoas. É filho legitimo Casa Paroquial do Sr. Francisco Caldeira de Souza e da Srª Dália Maria dos Santos Souza, cursou Filosofia, Teologia na cidade de Viamão – RS, ordenou-se sacerdote em 06 de fevereiro de 1975. Por determinação do clero, foi empossado vigário desta paróquia em 17 de outubro de 1982. Nesta data, a comunidade recebeu um grande evangelizador: humilde, competente, coerente, comprometido com o trabalho catequético Pe. Rosevaldo e social, na condição de bem servir a Deus e ao povo da nossa terra. Dentro da hierarquia sacerdotal reconhecida pela Igreja Católica, foi nomeado “Monsenhor” em 10 de junho de 2003 , pela Vossa Santidade: Papa João Paulo II. Altar-mor – Igreja Matriz Nossa S. da Conceição Teto da Igreja Matriz Altar- Santíssimo Sacramento 16 Aspectos folclóricos e Culturais As manifestações culturais do nosso povo são bem diversificadas. Estão presentes em todas as pessoas. Por sua vez passam de geração a geração mantendo assim os costumes e as tradições culturais. O município de Água Branca é riquíssimo em cultura. A seguir citamos algumas danças e artes populares. Dança de São Gonçalo - A uma distância de aproximadamente 25 Km, ao sul da cidade de Água Branca, fica a comunidade do Sitio Cal, local de origem da dança de São Gonçalo, fundada em meados do ano de 1960 pelo mestre Sr. José Ricardo Neto dos Santos (Mestre Deca). Esta dança sofreu uma influência muito grande. Pois parte dessa cultura veio de Santa Brígida, cidade do interior da Bahia, onde haviam dois marcos fortes, que foram: Beato Pedro Batista (conhecido por meu padrinho Pedro) e a Beata Maria das Dores ( conhecida por madrinha Dodô). Até hoje os devotos do Santo São Gonçalo realizam esta dança, mantendo assim as tradições culturais deste povo. Nesta comunidade o primeiro Mestre Deca mestre foi o Sr. José Ricardo Neto dos Santos conhecido por mestre deca que continua como líder realizando este evento cultural. Comunidade Sitio Cal Igreja Comunitária de São Gonçalo 17 Grupo de São Gonçalo - O grupo é composto por seis homens e vinte mulheres. Na formação da dança, os quatro primeiros homens são os mestres e as duas primeiras mulheres são as mestras do ramo. A dança de São Gonçalo é dividida em oito partes (uma jornada completa). Cada parte recebe um nome: Primeira Parte - É chamada de três por Dança de São Gonçalo dentro e três por fora. Segunda Parte - É chamada de lua cheia. Terceira Parte - É chamada de “S” Quarta Parte - É chamada de meia lua Quinta Parte - É chamada de cruzeiro Sexta Parte - É chamada de troca de lado Sétima Parte - É chamada de oito pequeno Oitava Parte - É chamada de oito grande. Encerra-se a dança com as partes: três por dentro e três por fora. Na dança de São Gonçalo utiliza-se os instrumentos: rabeca, pandeiro, adufo e violão. A imagem do santo fica em posição de destaque nos braços de uma das mulheres que representa o grupo. São Gonçalo foi um padre português que tentou acabar com a devassidão e os maus costumes de sua gente. Aprendeu a tocar viola e com a musica associou a dança, entre as prostitutas. Depois que elas estavam cansadas de dançar ele pregava os princípios da doutrina cristã. Na comunidade Sitio Ouricuri, neste município, existe outro grupo de São Gonçalo. É o grupo do mestre José Luiz dos Santos. (In Memoriam) 18 Reisado “Frei Damião” - A uma distância de aproximadamente 20 Km, a leste da cidade de Água Branca, fica a comunidade Lajeiro do Couro, local de origem do reisado denominado Reisado “Frei Damião”. Fundado no ano de 1999, pelo mestre Sr. João Augusto e o contra mestre Sr. Eronildes Pereira da Silva. Participa dos eventos municipais e de outras cidades da federação representando assim a folclore e a cultura local. A frente deste reisado esta o sanfoneiro José Roberto auxiliado por um zabumbeiro, pandeirista e um outro que toca triangulo. O grupo é composto por trinta componentes onde as indumentárias e adereços são tradicionais do reisado em cores diferenciadas entre o azul e o Mestre Eronildes vermelho com chapéus de colo longo e espelhos atrelados. O reisado é uma dança de origem portuguesa. Em Portugal, grupos de janeleiros e reis, saiam pelas ruas pedindo ao povo para que abrissem as portas para receberem a nova do nascimento de Cristo. Os donos das casas recebiam os grupos e lhes ofertavam alimento e dinheiro. Na cidade existe um outro grupo de reisado. É o grupo do mestre Sebastião José conhecido por “Bogue”. Reisado Frei Damião Reisado São Sebastião “Mestre Bogue” 19 Danças Indígenas (Praiá e Toré) - Encontramos a leste deste município na comunidade “Lejero do Couro” uma tribo denominada Kalankó, descendente de dois grandes grupos indígenas: Pankarus e Pankararus. A origem do nome “Kalankó” veio de o hábito alimentar desses índios. Pois comiam “calangos” (nome comum a vários lagartos pequenos) segundo informações do pajé Sr. Antônio Francisco dos Santos, no momento em que eles capinavam as lavouras e a enxada cortava alguns calangos que ficavam camuflados abaixo do solo, eles juntavam as partes deste lagarto e utilizavam como alimento. Observando-se seus descendentes origens e costumes retirou-se o “K“ das palavras indígenas Pankarus e Pankararus, o “C” e o “G” da palavra calango e formou-se um novo nome indígena. Pajé Antônio F. dos Santos Dança Indígena “Praiá” Dança Indígena “Toré” A terra de origem dessa tribo é a fazenda Januária, neste município. Antes viviam lá e os seus costumes multiplicaram-se mantendo assim a sua identidade cultural. A tribo é composta por um pajé um cacique e cinqüenta famílias. O pajé é o chefe da tribo o cacique é o substituto escolhido pelos demais índios. Nesta comunidade existem aproximadamente 270 índios entre adultos e crianças. Cadastrados pela FUNAI, aguardam o seu reconhecimento para poderem usufruir o que é de direito. 20 Índios Kalankó - Seus rituais são: Dança do Praiá com as vestes de caroá onde participam 12 homens (proibida para mulheres). Dança do Toré com as vestes de caroá, palhas e penas ( dança homens, mulheres e crianças) Religião: Mantém suas tradições adorando o Deus Tupã como pai e Tamay como Mãe. Atividades de Subsistência: Cultivo de feijão, milho, mandioca e outros produtos básicos. Desenvolvem pequenos criatórios de aves, caprinos e também vivem da caça e da pesca. Produtos artesanais: Confecção de borduna, lança, arco e flexa, colar e pulseira. Desejo da Tribo. Ter seus direitos reconhecido Índio-Kalankó Cacique “Paulo Antônio dos Santos” Comunidade Indígena - Kalankó 21 Quadrilha - É uma dança figurada executada por duas alas de pares, bastante conhecida na nossa comunidade. Nos festejos de São João, a alegria toma conta de todos. Existe concurso de quadrilha, forrozão pé-de-serra, escolha da melhor caipira, eleição da rainha do milho, sorteio de balaios juninos, tudo isso acontece nas ruas da cidade, no arraiá 20-Vê das escolas municipais, no ginásio municipal de esportes e no tradicional “palhoção” instalado na Praça Fernandes Lima (local do evento) No ano de 2003, participaram do concurso as seguintes quadrilhas: Beija-flor - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos Asa Branca - Animador: Eduardo Sandes Rastapé - Animador: Rosa Maria dos Santos Pisa na fu-lô - Animador: Mércia Souza dos Santos Vai-e-Vem - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos Quadrilha da Terceira Idade -Animador: Marlene Feitosa. Quadrilha Vai-e-Vem Avencedora deste concurso foi a quadrilha Vai-e-Vem constituída pelos professores. Dança de Quadrilha Já no ano de 2004 participaram do concurso as quadrilhas denominadas: Arrastapé - (comunidade “Preguiçoso”) animador: Eduardo Sandes Sivuca - animador: Fábio de Souza Lima (popular mosquito) Xaxa-quadrilha - animador: Reginaldo Enoque dos Santos Beija-flor - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos Vai-e-Vem - Animador: Reginaldo Enoque dos Santos. Flor de Mandacaru (comunidade Serra do Cavalo) - Animador: Rosa Maria dos Santos Forrozão pé-de-serra A vencedora deste concurso, foi a quadrilha Vai-e-Vem representada pelos professores das Escola Municipais conseguindo assim o titulo de bi-campeã. É a cultura ativa unindo gerações. 22 Carnaval - Como é do conhecimento de todos o carnaval é um dos maiores eventos de todas as épocas. Em nosso município, essa tradição cultural não poderia ser diferente. Geralmente no sábado, que chamamos: sábado do “Zé Pereira” é feita a abertura oficial do carnaval. Os foliões motivados pela eloqüência do interlocutor Fernando Sá Oliveira, pela qualidade dos frevos apresentados Praça Fernandes Lima –Local de Eventos Metais Orquestra pela Marrom (prata da casa) e pela alegria que contagia a todos; os foliões saem em forma de “arrastão” do Colégio Cenecista Barão de Água Branca, passando pelas principais ruas da cidade com destino a Praça Fernandes Lima. Após pronunciamentos das autoridades competentes o Prefeito do Município entrega a chave da cidade ao Rei Momo e a Rainha do Fernando Sá Oliveira Interlocutor Carnaval, que declara aberta a folia se estendendo até quarta-feira de cinzas. Na cidade existem vários blocos carnavalesco. Entre eles destacamos: Bloco na medida – Diretora: Maria das Graças do Santos Monteiro Bloco Montila com coca – Diretora: Edjane Maria dos Santos Bloco Fotógrafo – Diretor: Manoel Bispo Bloco Desejo – Diretor: Cristiano Soares Bloco Paz e Amor – Diretor: Reginaldo Enoque dos Santos Bloco Caia na Gandaia – Diretora: Tatiana Sandes Gomes Bloco Zorra – Diretor: Cleber Sandes Bloco Carnaval da Paz – Diretor: Rodrigo Sandes Gomes Praça Fernandes Lima – Repleta de Foliões Pelo reconhecimento, integração e união de todos, o carnaval da cidade de Água Branca passou a ser denominado “Carnaval da Paz”. 23 Capoeira – É uma luta de defesa pessoal que é conhecida como dança. Tipicamente brasileira, surgiu entre os escravos provenientes de Angola na época colonial. Desenvolveu-se na Bahia, onde os movimentos de ataque e defesa do corpo passam a ser executados ao som do birimbau. Identificada como arte criminosa, sua prática era clandestina e chegou a ser punida pelo código penal de 1890. Apesar disso a capoeira espalhou-se por vários estados Dança de Capoeira da federação. Um dos principais divulgadores da capoeira foi Manoel dos Reis Machado, conhecido como mestre “Bimba”, no período de 1899 a 1974 (75) anos. Foi ele o primeiro a normatizar a luta como esporte criando 52 golpes que até hoje fazem parte do ritual da capoeira regional baiana. Em 1990, foi criada a Associação Brasileira de Professores de Capoeira. Na cidade de Água Branca, esta dança também é praticada. Existe um grupo de capoeiristas denominados “Ginga Brasil”, que participa dos eventos culturais do município, sobre a coordenação do mestre Rodrigo Viana. Teatro – Existe um grupo de teatro na cidade, denominado “Aquarela da Terra”. É um grupo jovem coordenado pelos diretores: Reginaldo Enoque dos Santos, Gilvam Alves, e Amosiel Feitosa dos Santos que desenvolveram várias peças teatrais entre elas citamos: Paixão de Cristo Lampião o herói do Sertão, Corisco e Dadá, Os Loucos Políticos no Hospício Eldorado dos Carajás Candelária A Lei do Cão O grupo também faz parceria com atores de outros municípios na busca de um trabalho mais coeso. No tocante a teatro merece destaque os trabalhos realizados pela professora Severina Marlene Feitosa, conhecedora da cultura local, regional entre outras. Na escola é uma grande multiplicadora da cultura 24 popular, desde as apresentações de pastoris, comédias paródias e quadrilhas. Incansável coordena algumas atividades com as pessoas da terceira idade ou “melhor idade” como costumamos a dizer. Música – O município é contemplado pela Banda de Música Santa Cecília (fanfarra formada por alunos aprendizes que se apresentam nos eventos cívicos e religiosos orientados pelo maestro Valmir Fonseca de Sousa, formado pela Ordem dos Músicos do Brasil – RN. A banda é composta por 22 músicos. entre eles merece destaque: Andreiwes, Aldry e Andressa, filhos do maestro. Banda de Musica Sta Cecília Banda de Pífano – O mestre Valdemar Libório, reúne todos os requisitos da cultura popular. Fundador e diretor desta banda, se apresenta nos eventos culturais do município. É também sanfoneiro, com seu famoso pé-de-bode, atende as comunidades nas festas de casamento, faz programas de rádio divertindo o homem do campo. No novenário da Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, toca sempre na frente da Banda de Pífano Igreja Matriz. . Talentos da Música Local – Existe também outros talentos da música local (vocalistas, instrumentistas) formado pelos cantores de Maria, aqui representados por: Egidio Sandes, Josuel, Fabiana, Oberlan, Cristiane, Oberlânia, Edneide, que participam das celebrações religiosas. As festas populares da cidade, também são animadas pelos artistas da terra ( Jonas Paulo, Ana Clécia, Caca de Nosinho, Marciano) que hoje fazem parte de grandes bandas musicais. O famoso forró Cantores de Maria pé-de-serra é realizado pelos sanfoneiros da região. 25 Entre eles destacamos: Dudi Bia, Maximiano, Pedro Padre, Elias dos Santos, Fernando da Serra do Cavalo, Chiquinho da Várzea, além dos grupos “amigos do forró” e Rodrigo dos Teclados. Artesanato - Existe uma variedade de produtos que caracteriza a arte popular da terra. Madeira – Encontramos miniaturas de móveis, carros, jangadas, peão (brinquedos), colheres de pau, gamela, cachimbo, casas, pilão, cabides, (utensílios), quadros, estátuas (obra-dearte) em diversos tamanhos. Os artesãos que com seu talento, transformam a madeira em obra de arte, pela técnica de esculpir, utilizando ferramentas simples como: serrote, formão, martelo e estilete são: Cristiano Guimarães, Pilão e Arcos - Madeira Daniel e Claudionor Guimarães da Silva (Nozinho) Tecido - A diversidade é grande. Pois no artesanato em tecido temos: pontos de cruz, singeleza, rendas, bordados, tricô e crochê, que são produzidos em toalhas, panos de prato e colchas. Nas comunidades (Tinguí, Lagoa do Feijão, Sítio Covões, Salgadinho, Papa Terra, Alto dos Coelhos, Várzea do Pico). Na cidade encontramos vários artesãos, que contribuem para o desenvolvimento artesanal deste município. Tela – Nas artes plásticas, pinturas de cartazes (tela) destacamos os artistas da terra que na maioria das vezes expõem os seus trabalhos nas feiras de ciências e culturas organizadas pelas escolas e município. Destacamos alguns nomes desta arte: Gilberto (Gil Artes) Reginaldo Enoque dos Santos, Reginaldo Medeiros, Egídio Sandes e Maria Cristiane Lima de Souza (Ana) Couro – Até hoje esse trabalho é feito nos moldes tradicionais da cultura popular desse povo. Na cidade existem cinco tendas. Duas situadas à rua São Bento s/n, uma pertencente ao artesão Sr. Severino Batista de Oliveira e outra ao Sr. Jean Araújo da Silva (toquinha). Duas situadas à rua Cônego Nicodemos s/n, uma pertencente ao Sr. José de Augusto e a outra ao Sr. Mauro Raimundo Gomes, e outra situada à rua Sto Antônio pertencente ao Sr. Manuel de Aia, que produzem os seguintes produtos: alpargatas, sandálias, chapéus cintos e sapatos. Na comunidade Tabuleiro que fica uma distância de aproximadamente 8Km da cidade, encontramos os artesãos: Hélio Eduardo da Silva, João Eduardo da Silva e as artesãs: Auxiliadora da Conceição Dias e Maria Creuza da Conceição que produzem: cintos, selas e arreios para animais. 26 Porcelana Fria – Assim chamamos os produtos de um trabalho artesanal em que os artesãos utilizam como matéria prima: maisena, vaselina, água e tinta de tingir tecido, que são produtos de fácil aquisição no comercio local. Na cidade existem as artesãs que são: Jane, Salete Zuza, Sandra, Sandra Regina, Cíntia Daniela, que são as pioneiras nessa arte. Bijuterias – Inovação artesanal que possui um futuro promissor pela inovação das peças produzidas e pelo preço acessível. Na cidade encontramos a artesã Srª Márcia Freire que procura em outros centros comerciais, pedras preciosas e utensílios que o suporte a confecção dos produtos. Palha de Ouricurizeiro e Bananeira – O artesanato em palha é produzido em simples residências nas comunidades da Serra do Ouricuri, Serra das Viúvas, Sítio Baixa do Pico e Várzea, que ficam a uma distância de aproximadamente 4Km da cidade. Os produtos são: bolsas, chapéus, vassouras, tapetes, esteiras e abanos, que são colocados em feiras populares da região. A matéria prima utilizada na confecção desses produtos são: palhas de ouricurizeiro (planta da família das palmáceas) e palhas de bananeiras (planta da família das musáceas) que após cortadas sofrem um processo de secagem natural para extração da umidade. As artesãs que com toda simplicidade fazem dessa arte o seu meio complementar de sobrevivência são: Maria José de Araújo, Maria do Carmo de Araújo e Maria de Lourdes da Conceição. Cipó – O artesanato em cipó está centralizado nas comunidades: Serra do Paraíso, Serra da Laranjeira e Sitio Baixa do Pico que ficam a uma distância de aproximadamente 4Km da cidade. Os produtos são: cestas, caçuá, caqueiras, cadeiras, balaios etc. A matéria prima utilizada na confecção destes produtos é o cipó (planta da família das sarmentosas ou trepadeiras) existentes nas serras da região hoje ameaçado de extinção por não haver interesse em planejar o seu cultivo. Sobrevivem Feira livre desta obra de arte a artesã “Dona Jú” e os artesãos: Abel Rufino dos Santos, José Lima dos Santos e Valdomiro dos Santos 27 Barro – O artesanato em barro é uma arte milenar conhecida desde os tempos mais remotos. No município de Água Branca existem as comunidades: Sítio Olaria, Sítio Onça e Sítio Campo Verde, todas pioneiras na fabricação artesanal dos produtos em barro. Os processos de fabricação vai desde a extração do barro passando por destorroamento, peneiramento, adição do barro vermelho (para reduzir os efeitos da expansão que produz trincas Artesãs do Sítio Campo Verde nas peças queimadas), água, moldagem das peças, secagem a sobra, forno e queima. Merece destaque as artesãs: Maria Júlia da Conceição Irací Maria da Conceição, Maria São Pedro, Sebastiana dos Santos Cordeiro e Maria Vieira dos Santos Artesã - Sitio Olaria Neuza Clemente Artesãs da Comunidade Campo Verde Processo de Queima Artesão - Sitio Onça Esportes - No tocante ao futebol os desportistas aguabranquenses e os visitantes tem a sua disposição o Ginásio Municipal de Esportes e o Estádio Municipal Manuel Galdino de Souza (in Memoriam). Estádio este que foi reconstruído no ano de 2003. Antes era totalmente coberto de piçarra; hoje com vestiário, muro e gramado foi entregue ao público. Nestas condições, no dia 14 de março de 2004, o centro esportivo aguabranquense ( CSA), foi campeão do ano de 2003 e o visse campeão foi o time de “Rico” Futebol Clube da comunidade Sitio Ouricuri. 28 Educação – A população aguabranquense é assistida com os programas educacionais dos governos: Municipal, Estadual e Federal, desde o ensino fundamental ao ensino básico (Nível Médio). O município possui: 40 Escolas na zona rural 05 Escolas na zona urbana 01 Colégio Cenecista “Barão de Água Branca” 02 Escolas Estaduais ( Escola de 1º e 2º Grau Mosenhor Sebastião Alves Bezerra) e Escola Domingos Moeda. 09 Escolas Estaduais na zona rural; Prédio da Secretaria Municipal de Educação A rede municipal de ensino disponibilizou 6.335 vagas. Já a rede estadual apresentou um total de 2.365 vagas. Todas com um único objetivo: “Educar para Construir”. Na cidade à rua Barão de Água Branca nº 38, fica as instalações da Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Desporto com uma sede administrativa, um auditório e uma Biblioteca Pública, totalmente reformada e construída na gestão do Prefeito Municipal Sr. José Rodrigues Gomes, que teve nesse período os Secretários de Educação; Sr. João Abílio Dantas, Srª Maria Ivanilda Siqueira Monteiro, Srª Maria Isabel Siqueira Vieira, todos com a missão de atender bem ao público e contribuir para a erradicação do analfabetismo no país. Escola municipal Drª Quitéria B. Mello Malhada das Pedras –Zona Rural Escola Municipal Manuel R. Gomes Bairro Novo 29 Aspectos Geográficos Localização - O município de Água Branca está localizado na região Nordeste, na micro-região do sertão Alagoano, a 550m acima do nível do mar. Possui 195 localidades, abrange uma área de 456,7Km² e possui atualmente cerca de 20.000 habitantes. Encontra-se situado ao estremo Oeste do Estado de Alagoas a 315Km de Maceió, capital do estado, avançando até os limites de Pernambuco através do Rio Moxotó. Pertence a zona fisiográfica serrana e está inserida no polígono das secas. Limita-se ao norte com Pernambuco ao Sul com Delmiro Gouveia e Olho D’água do Casado ao Leste com Mata Grande e Inhapí e ao Oeste com Pariconha Como Chegar Cidade – A cidade está edificada nos flancos da serra do mesmo nome (Água Branca). que as circundam, apresentando uma distância de 245Km em linha reta da capital e possui as seguintes coordenadas geográficas: 9º 14’ 54’’ de latitude Sul e 37º 55’ 54” de longitude Oeste de Greenwich. Água Branca Localiza-se na encosta oriental de vale em “V”, contornado pelos Riachos Salgadinho e Bodoque, como a se proteger dos ventos úmidos do Sul que lhes resfriam por alguns meses o vale também e chamado de brejo de altitude. Chama-se brejo toda área úmida encravada no meio de regiões semi-áridas, caracterizado pela presença de Água na forma de olhos d’água. A situação geográfica gera um clima serrano quente no verão chegando a 38º C. As médias máximas são de 32º C, e as médias mínimas são de 22º C, chegando em alguns casos a 12º C, no período do inverno. 30 Localização de Água Branca dentro do Estado de Alagoas. Água Branca Mapa do Município de Água Branca - Localidades 31 Acidentes Geográficos – Os acidentes geográficos são caracterizados pelas Serras e Picos existentes na região. Entre eles destacamos: Serra dos Gonçalves Serra do Ouricuri, Serra das Viúvas, Serra do Estreito, Serra do Mulungú, Serra do Paraíso entre outras. Em relação aos picos existentes na destacamos o região Pico do Himalaia com 725m de altitude. É um natural. Lá temos Pico do Himalaia mirante uma visão geral de todos os municípios circunvizinhos. Hidrografia – O sistema hidrográfico é constituído Vista da Serra do Mulungú por um conjunto de fontes naturais, com límpidas águas existentes na região. Merece destaque a Fonte do Maneca que abasteceu a cidade por vários anos, a Fonte do Céu, Fonte do Dedinho, Fonte de Dona Belinha, Fonte da Bomba, Fonte Grande, entre outras. Os Rios são temporários. O destaque fica para o Rio Moxotó afluente do Rio São Francisco com expressão apenas nos períodos de trovoadas. Encontramos também os Riachos do Mulungú, Riacho da Mosquita, Riacho do Boqueirão, Fonte do Maneca Riacho do Salgadinho, Riacho do Bodoque e Riacho da Cobra que abastece a cachoeira do vai-e-vem. Vegetação - Apresenta cobertura nativa com floresta subcaducifólia (que perde parcialmente as folhas durante a estiagem) e caducifólia. As plantas arbóreas mais encontradas são: Umbuzeiro, Baraúna, catingueiro, juazeiro, entre outras. As cactáceas são: xique-xique, mandacaru e macambira. Caatinga - Palavra indígena que em tupi-guarani significa mato branco. (CAÁ) = Mato (TINGA) = Branco. Recebeu esse nome porque durante grande parte do ano suas árvores se apresentavam desfolhadas, fazendo com que sobressaia na paisagem as cores branco e cinza dos caules secos. Sua flora – É representada pelas plantas típicas como: mandacaru, facheiro, xique-xique, faveleira, catingueira, baraúna, juazeiro etc. E sua fauna é constituída por animais como: Calango, jibóia, gavião carcará, cotia, gambá, preá, bem como outras espécies de aves e répteis . 32 Aspectos Econômicos Dentre os aspectos econômicos do município de Água Branca destacamos: Exploração do subsolo para a extração de rochas calcarias utilizadas na fabricação da cal virgem. Exploração do subsolo para a retirada de areia utilizada na construção civil Extração da palha de ouricurizeiro, para a produção artesanal de chapéus, bolsas e outros. Extração de cipó, para a produção artesanal de cestas, caçuás e outros produtos Plantio de culturas de subsistência como: milho, feijão, mandioca e outras. Fruticultura: bananeira, mangueira, laranjeira, etc. Plantio de cana-de-açúcar para a agroindústria. Pequenos criatórios: bovinocultura, caprinocultura, ovinocultura, suinocultura e avicultura. Engenhos - O município já possuiu cerca de trinta engenhos que eram movidos a tração animal. Hoje com a modernidade, passou-se a utilizar motores elétricos. Até o anos de 1960 os produtos da cana-de-açúcar era a principal fonte de renda da região, gerando empregos diretos no mercado informal. Os grandes latifundiários do município, que também eram senhores de engenhos, possuíam grandes canaviais. A mão-de-obra utilizada era a dos rendeiros, hoje denominados, Água Branca: Engenhoca de Rapadura A vovó das usinas Fotografia do arquivo: Correio da Pedra 1918. “Os sem terras”. Essas pessoas como não tinha terra para trabalhar, recebiam dos senhores de engenho, uma pequena área de terra para plantar: milho, feijão e mandioca, (produtos de subsistência), e pagavam com um dia de serviço em seus canaviais e engenhos, a cada quinze dias. Era o famoso “dia de renda”. O não cumprimento desse acordo pelos rendeiros inviabilizava o uso da terra. Ou seja: a renda era tomada. Os Senhores de engenho que mais se destadcaram desde a fundação desta cidade foram: Dr Luiz de Siqueira Torres, Abel de Siqueira Torres, Misseno de Siqueira Torres, Possidônio Vieira Sandes, Lourenço Bezerra de Mello, José Alexandre, Enoque Rodrigues, Antônio Bezerra da Silva (Antônio Boi) entre outros. Hoje existe um número bastante reduzido de engenhos. Encontramos em atividades: 33 Engenho Modelo, com um novo perfil tecnológico destinado a associações, futuramente, com a produção de: rapadura, açucar mascavo, mel e cachaça. Engenho Cristo Rei, pertencente ao Sr. José Luna Torres, hoje arrendado ao Sr. Manoel Cerilo. Engenho São Lorenço, Pertencente ao Sr. Mauricio Brandão Engenho Alto da Boa Vista, Pertencente ao Sr. Amaral Teixeira Lima Engenho Padre Cicero, Pertencente ao Sr. Cicero Ferreira da Silva (Cicero Mocinha.) Atualmente os pequenos agricultores estão sendo incentivados para a retomada do cultivo da canade-açúcar para o abastecimento da agroindústria canavieira. Engenho Modelo Engenho Cristo Rei
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